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CONSERVAÇÃO DO SOLO E ÁGUA

Vergilius Maro Clemente

[email protected]

INTRODUÇÃO

Para que haja uma boa conservação de solo, énecessário fazer um estudo sobre oscomponentes envolvidos neste processo, osquais são:

SOLO – EROSÃO – PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO

ESTUDO DO SOLO

Mesmo de modo superficial, faremos uma exploração

sobre itens relacionados ao solo, tais como:

1. Conceituação2. Formação e Perfil3. Principais características4. Composição volumétrica5. Textura6. Estrutura7. Porosidade8. Permeabilidade9. Densidade

10. Cor11. Profundidade efetiva12. Reação13. Declividade14. Organismos15. Rochas Formadoras16. Classificação17. Solo – Planta – Animal18. Desgaste

ESTUDO DO SOLO

1. CONCEITUAÇÃO:

“Corpo natural sintetizado em forma de perfil,composto de uma mistura variável de minerais

divididos em pedaços e desintegrados, e de matériaorgânica em decomposição, que cobre a terra com

uma camada fina e que fornece, quando contém, asquantidades necessárias de ar, água, amparo

mecânico e subsistência para os vegetais”

“Natureza e Propriedades dos Solos” – Buckman e Brady

ESTUDO DO SOLO

Outras conceituações:

• É a capa que cobre a superfície terrestre, na qual as plantasdesenvolvem as suas raízes para fixarem-se e nutrirem-se.

• O solo, base da agricultura, é o meio onde o vegetal retira osmateriais necessários a sua nutrição e ao mesmo tempo é osuporte sobre o qual se ancora

• Engenharia Civil – É o material sobre o qual tem que erguer a suaconstrução, mais firme ou menos firme, exigindo menores oumaiores cuidados no estaqueamento ou fundação

• Engenharia de Minas – solo é a camada de detritos a cobrir asrochas minerais objeto de sua exploração; é um transtorno a serremovido.

ESTUDO DO SOLO

2. FORMAÇÃO E PERFIL:

O solo pode ser produto de:- Rochas- Agentes de alteração (intemperismo)

• Água• Temperatura• Ar• Organismos vivos• Reações químicas

Um solo é produto de:• Topografia• Tempo

ESTUDO DO SOLO

• Formação do solo:

ESTUDO DO SOLOPERFIL:

As camadas do solo recebem nomes (horizontesA, B, C e D) – Perfil do solo:

• Horizonte ou camada D - Rocha bruta (rocha mãe)• Horizonte ou camada C - Rocha desintegrada (material original)• Horizonte ou camada B – camada do solo que está passando por

transformação químicas e sofrendo enriquecimento orgânico (Sub-solo)

• Horizonte ou camada A - é a parte mais superficial, ou superior doperfil. Bastante diferenciada dos horizontes inferiores é tambémchamada de solo agrícola ou camada arável. São esses 20 ou 30 cmda superfície que garantem a vida no universo. Sem eles a vida seriaimpossível.

ESTUDO DO SOLO• Perfil do solo (horizontes):

ESTUDO DO SOLO• Perfil do solo:

ESTUDO DO SOLO• Principais rochas formadoras de solos:

• Granito• Gnaisses• Basalto• Basaltitos• Diabásios• Filitos• Micaxistos

• Quartzitos• Calcários• Arenitos• Folhelhos• Varvitos• Tilitos• Argilitos

ESTUDO DO SOLO3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:3.1. Composição volumétrica:

O solo é formado por:A) Uma parte cheia – 50%- Matéria mineral- Matéria orgânicaB) Uma parte vazia – poros 50%- Poros pequenos ou microporos- Poros grandes ou macroporos

ESTUDO DO SOLO

• Composição volumétrica:

ESTUDO DO SOLO

A parte mineral tem sua origem nas rochas e éformada por partículas de vários tamanhos. Aargila é a menor delas (tem menos que 0,002milímetros de diâmetro); além de ser menor étambém a mais ativa, pois é dessa partícula que aplanta retira, através da solução do solo, ofósforo, potássio, cálcio, enxofre, manganês,magnésio, zinco, ferro, boro, molibdênio, cobre ecloro. O nitrogênio é orgânico, não é constituintedas argilas e é originário da matéria orgânica.

ESTUDO DO SOLO

A matéria orgânica dá vitalidade aos solos,tornando-os poroso, fofo, solto, escuro, fresco,cheiroso, retendo umidade, formando galeriase enriquecendo o solo com nutrientes, muitoespecialmente o nitrogênio.

ESTUDO DO SOLO

POROS:

• Os poros – 50% do volume do solo – estão cheios de água ede ar, formando a atmosfera, e a água, a solução do solo.

• A água do solo ou solução do solo é mais rica em sais; elase encontra em permanente movimento.

• A água é absorvida pelas raízes e expelida pela transpiraçãoatravés das folhas; é também evaporada diretamente dosolo. A planta precisa de água, mas precisa também de ar.Num solo alagado, em que os poros estão tomados pelaágua, a planta morre asfixiada (afogada); as raízesapodrecem e a planta morre.

ESTUDO DO SOLO

• Existem no solo três tipos de água:- Água higroscópica – encontra-se fortemente presa às

partículas do solo; sua quantidade é pequena e não é aproveitada pela planta (a planta não consegue retirá-la). Grande parte dela encontra-se sob a forma de vapor d´água.

- Água capilar – é a aproveitada pelas plantas, distribui-se pelos poros (onde se encontra solta ou levemente presa às partículas do solo)

- Água gravitacional – Água livre ou água supérflua, existe, principalmente, depois das chuvas, saturando o solo e se perde por gravidade.

ESTUDO DO SOLO

• O ar do solo é importante tanto para arespiração das plantas como para osmicroorganismos ai existentes.

• Quando se analisa a aeração ou arefamento, épreciso considerar:

- Quantidade de ar

- Possibilidade de renovação ou troca (permuta)com a atmosfera exterior

ESTUDO DO SOLO

• A quantidade de ar está na dependência daporosidade e quantidade de água

• O ar do solo apresenta algumas diferenças doar da atmosfera exterior:

- Maior quantidade de carbono

- Menor porcentagem de oxigênio

- Maior porcentagem de umidade

ESTUDO DO SOLO

3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:

3.2. Textura:

• A parte mineral do solo é constituída por partículas de várias formas e tamanhos – são as pedras, os cascalhos, os seixos, areias, limo e argila. São originárias de rochas e estão passando por processos de desintegração, tornando-se cada vez menores. Estas partículas, para efeito de estudos, podem ser separadas em grupos, de acordo com o seu tamanho; são as frações do solo.

• O estudo das frações do solo constitui a granulometria.

ESTUDO DO SOLO

• Existem várias classificações para as partículas, talvez a mais usada seja a de Atterberg:

PARTÍCULAS TAMANHO

Pedra Maior que 20mm (> 2 cm)

Seixo De 2mm a 20mm (0,2 a 2,00 cm)

Areia Grossa 0,2mm a 2mm (0,02 a 0,2 cm)

Areia fina 0,02mm a 0,2 (0,002 a 0,02cm)

Limo (silte 0,002mm a 0,02mm (0,0002 a 0,002cm)

Argila Menores que 0,002mm (<0,0002cm)

ESTUDO DO SOLO

• As pedras, seixos e areia grossa são os fragmentos de rocha vistos a olho nu.

• As argilas, limo (silte) e a areia fina, próxima aos limites inferiores, só pode ser vista ao microscópio

• Tanto as pedras como os seixos e areias, são frações inertes, isto é, não oferecem nutrientes às plantas, embora os possa ter, e por isso, são chamados de esqueleto do solo e nestas frações só se encontram minerais primários insolúveis.

• O limo (silte) é uma partícula intermediária entre as argilas e a areia fina, apresentando pouca capacidade de troca (fornece poucos nutrientes às plantas), sendo porém, macias ao tato (parecem talco). São insolúveis

• As Argilas, partículas microscópicas, são muito plásticas e solúveis.• A argila e o humus (matéria orgânica decomposta), regulam

praticamente todas as atividades do solo; é através destas partículas que as plantas retiram do solo sua alimentação.

ESTUDO DO SOLO

ESTUDO DO SOLO

• As quantidades de partículas ou frações dão atextura do solo, assim:

• Além dessas 3 classes principais, existem o que sechama de classes secundárias, como: muito argiloso,areno-argiloso, limo-argiloso, areno-barrente, etc.

Solo argiloso, quando tem mais de 40% deargila

Solo limoso, quando tem mais de 45% de limo

Solo arenoso, quando tem mais de 50% de areia

ESTUDO DO SOLO

• Os solos arenosos são também denominados solos leves eos argilosos, solos pesados (esses termos se referem àfacilidade com que são trabalhados e não ao seu peso)

• Os solos arenosos são permeáveis e soltos; mais sujeitosao arrastamento pelo vento e pela água; mais facilmentelavados pelas águas de infiltração; queimam maiorquantidade de matéria orgânica (devido a uma maioraeração e caloria); normalmente não se encharcam;podem ser desde altamente férteis a extremamentepobres.

• Nestes solos, deve-se evitar as queimadas, os excessos delavras (aerações e gradagens); evitar cultivar as glebasmuito caídas; fazer rotações de culturas

ESTUDO DO SOLO

• Os solos argilosos são pesados, liguentos,agarram-se aos implementos agrícolas,encharcam-se facilmente e quando secam ficamduros e racham muito

• Os solos argilosos são mais frios (porque retêmmais umidade); neles as raízes desenvolvem-semenos e irregularmente

• Os solos limosos (siltosos) ou barrentosapresentam condições médias entre os argilosose os arenosos.

ESTUDO DO SOLO

3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:3.3. Estrutura:

• Estrutura é o arranjo das partículas minerais no perfil dosolo; é a disposição das partículas em agregados. Aestrutura depende do tamanho e da disposição daspartículas formando os grânulos.

• A estrutura está diretamente ligada à textura e àquantidade de matéria orgânica; a matéria orgânica“granula” as partículas minerais.

• Um perfil, normalmente apresenta agregados de diversasformas, principalmente em horizontes diferentes.

• Os agregados podem ser distribuídos em quatro tiposprincipais conforme sua forma

ESTUDO DO SOLO

• Estruturas:

a) Laminar forma achatada, formando folhas,lâminas ou placas. É também chamada de lamelarou estrutura em placa. As lâminas são mais largasque altas

ESTUDO DO SOLO

• Estruturas:

b) Prismática (colunar) os agregados formamcolunas, mais altas que largas

ESTUDO DO SOLO

• Estruturas:

c) Em blocos formam cubos, em que a largura e aaltura são mais ou menos iguais

ESTUDO DO SOLO

• Estruturas:

d) Granular ou grumosa os agregados tomam formasmais ou menos arredondadas.

ESTUDO DO SOLO

ESTUDO DO SOLO• A estrutura do solo, não é imutável como a textura; ela pode ser

alterada, e deve ser, quando, não sendo boa, cria dificuldades para odesenvolvimento das plantas.

• Solo muito solto, desagregado (arenoso) deve-se aplicar matériaorgânica

• Solo muito compactado, adensado (argiloso) série de artifícios,por exemplo:- Drenagem e irrigação alternadas- Desagregação mecânica (superfície: arações, gradagens,escarificações; subsolo: arações profundas ou subsolagem)- Calagem (provoca a granulação da argila)- Rotação de culturas (usando plantas com sistemas radicularesdiferentes em profundidade e tipo)

• Máquinas e implementos muito pesados tendem a tornar o solomuito compacto; arações feitas sempre a uma mesma profundidadepodem dar origem ao que se chama “piso de arado”, que dificulta omovimento do ar e o desenvolvimento das raízes.

ESTUDO DO SOLO


3.4. Porosidade

• A porosidade refere-se à quantidade de poros; não deve ser confundida com permeabilidade

• No solo, o espaço poroso é a porção ocupada pelo ar e pela água

• Nos poros grandes, a água e o ar movimentam-se mais facilmente. Num solo, há predominância de água nos microporos e de ar nos macroporos.

ESTUDO DO SOLOTipo de solo (porosidade) Exemplo Características

Maior quantidade de MACROPOROS

Solos arenosos

poucos porosos; muito permeáveis; dificilmente se encharcam e secam com rapidez; bastante arejados e laváveis, muito sujeitos à erosão, facilmente trabalháveis (aração, gradação, etc)

Maior quantidade de MICROPOROS

Solos argilosos

muito porosos mas pouco permeáveis; encharcam-se com facilidade; mais úmidos e frios; demoram mais para secar e quando secam, racham muito e ficam duros e empedrados; mais difíceis de serem trabalhados (agarram-se aos implementos); mais resistentes à erosão

ESTUDO DO SOLO


3.5. Permeabilidade

• É a menor ou maior capacidade que um solo apresenta em deixar passar água e ar.

• Está diretamente ligada à textura e estrutura

• Solos mais permeáveis – arenosos

• Solos menos permeáveis - argilosos

ESTUDO DO SOLO

• A permeabilidade, normalmente, não é a mesma emtodos os horizontes do solo; ela, geralmente, é menorno subsolo; por isso, é comum encontrar solos em quea permeabilidade é rápida no solo (horizonte A) emoderada ou lenta no subsolo (horizonte B).

• Pode acontecer de existir ou formar-se, no solo(superfície) ou no subsolo, camadas impermeáveis; nasuperfície são conhecidas como “camadas envidradas”e são removidas ou destruídas pela escarificação,aração, gradação, etc; no subsolo são quebradas ourompidas pela subsolagem ou arações profundas.

ESTUDO DO SOLO


3.6. Densidade

• Densidade é o peso de 1cm³ de partículas do solo; assim, se 1cm³ de partículas do solo pesa 2,6 gramas, diz-se que a sua densidade é de 2,6.

Densidade = Massa/Volume = g/cm³

ESTUDO DO SOLO

• No aspecto prático, a densidade é usada para calcular o peso dos solos.

• Exemplo:

1m³ de solo densidade: 2,6 g/cm³

1m³ = 1.000.000cm³ 1.000.000 cm³ x 2,6g/ cm³

= 2.600.000 gramas = 2600 kg.

Portanto, 1m³ de solo com densidade de 2,6 pesa 2600 kg.

ESTUDO DO SOLO


3.7. Cor

• Existem solos das mais variadas cores; solos amarelos, pretos, vermelho-claros, vermelho-escuros, cinzas; existem até solos com manchas de várias cores (mosqueados)

ESTUDO DO SOLO

ESTUDO DO SOLO

• O que dá cor aos solos?

- A matéria mineral

- A matéria orgânica

- A água

- O ferro (óxido de ferro)

• Temos uma tendência de analisarmos um solo pela cor: os mais escuros são mais férteis e os mais claros são mais pobres

ESTUDO DO SOLO

3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:3.8. Profundidade efetiva• Região até onde as raízes das plantas podem

alcançar no sentido vertical• A profundidade efetiva pode ser verificada de

várias maneiras:a. Abertura de trincheira (vala)b. Perfuração ou tradagemc. Observação em barrancos (de cortes de estradas de ferro ou de rodagem)

ESTUDO DO SOLO

• O que limita a penetração das raízes e pode tornar um solo raso são:

rocha

água

camada impermeável

e adensada

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3.9. Reação

• O maior ou menor grau de acidez oualcalinidade, isto é, as proporções em queentram os íons hidrogênio (H) e os íonsoxidrilas (OH)

• A reação do solo é medida em pH

Potencial (quantidade)

Íons hidrogênio (sinal de acidez)

• Classificação dos solos quanto à sua reação (pH):

Valores de pH Classificação

Menores que 4,5 Muito ácidas

4,6 a 5,5 Ácidas

5,6 a 6,4 Ligeiramente ácidas

6,5 a 7,2 Neutras

7,3 a 8,0 Ligeiramente alcalinas

8,1 a 9,0 Muito alcalinas

Maiores que 9,0 Fortemente alcalinas

NutrientepH

4 5 6 7 8 9

Nitrogênio X XX XXX XXX XXX XXX

Fósforo X XX XXX XX X

Potássio X XX XXX XXX XX X

Cálcio e Magnésio

X XX XXX XXX XXX

Enxofre X XX XXX XXX XXX XXX

Boro X XXX XXX XX XX X

Cobre e zinco X XXX XXX XX X X

Ferro e Manganês

XXX XXX XX X X X

Legenda:xxx – disponibilidade máximaxx – disponibilidade médiax – disponibilidade mínima

• Influência do pH sobre os nutrientes do solo:

• Influência do pH sobre os organismos do solo:

Organismo pH

4 5 6 7 8 9

Bactérias X XX XXX XXX XXX XX

Actionomicetos(bactérias

filamentosas)

X XX XXX XXX XXX XX

Fungos XX XXX XXX XXX XXX XX

Minhocas XX XXX XXX XX

Legenda:xxx – disponibilidade máximaxx – disponibilidade médiax – disponibilidade mínima

ESTUDO DO SOLO

3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:3.10. Declividade• É a inclinação do terreno. O solo, levando-se em

consideração a sua superfície, pode ser plano ou inclinado,pouco inclinado ou bastante inclinado.

• A declividade é muito importante em CONSERVAÇÃO DOSOLO

• Quando se estuda a declividade deve-se levar em conta:a. Grau de declividade (grau de inclinação ou caída)b. Comprimento do declive (extensão da rampa ou do

lançante)c. Regularidade ou Uniformidade, maior ou menor deste

lançante

ESTUDO DO SOLO

• A caída ou declive do terrenopode ser expressa em graus ouem porcentagem(preferencialmente); assim, umterreno com declividade de 1%,cai 1 metro em 100 metros delançante; um de 3% cai 3 metrosem 100 metros de lançante; umde 8% cai 8 metros em 100metros de lançante, e assim pordiante.

ESTUDO DO SOLO

• Instrumentos para verificar o declive:

- Nível de bolha ou de pedreiro (trapézio, pé de galinha, etc)

- Nível de borracha

- Nível de precisão

ESTUDO DO SOLO

3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:3.11. Organismos do Solo• O solo não é como um corpo morto; ele respira,

ingere, digere, pulsa, reproduz-se, multiplica-se,vive – através dos milhões de seres vivos queabriga

• O solo tem, na sua parte viva, vegetais (FLORA) eanimais (FAUNA)

• É difícil estipular quais, como e quantos são osorganismos do solo

ESTUDO DO SOLO

• Animais:

- Ratos, formigas, besouros, larvas diversas, lesmas, caracóis, minhocas, toupeiras, centopéias, ácaros, miriápodes, etc

• Vegetais:

- Raízes de plantas superiores e algas

• Outros grupos:

- Fungos, actinomicetos, bactérias, etc

ESTUDO DO SOLO

• A vida do solo pode ser dividida em dois grupos distintos:

a. Organismos que fornecem resíduos orgânicos ao solo;

b. Organismos que desmembram, ou decompõem, outransformam, ou digerem esses resíduos.

Resíduos orgânicosAtaque dos organismos do solo

Disponibilidade de N-P-K-Ca-S, etc

Morrem Formam os tecidos Aproveitados pelas plantas

• Tanto os organismos microscópicos como os macroscópicostrazem benefício ao solo pois:

Decompõem a matéria orgânica liberando, nutrientes parautilização posterior das plantas;

Ocorrem transformações inorgânicas, no sentido de produçãode sulfatos, sulfitos, fosfatos, etc;

Fixação de nitrogênio do ar, realizado por bactérias. Fixaçãolivre e simbiótica;

ESTUDO DO SOLO

Movimento do solo: principalmente os animais realizamum trabalho extremamente importante, são eles:

- escovam, pulverizam, revolvem, mudam, transportam,alteram a matéria orgânica, digerem a matéria orgânica,acrescentam a matéria orgânica, provocam a granulação,abrem galerias.

ESTUDO DO SOLO


3.12. Rochas Formadoras do solo

A rocha pode ser considerada como sendo um agregado departículas minerais. São elas que formam os solos.

3.12.1 Principais rochas formadoras de solos

a) Cristalinas (ígneas e metamórficas) – ferromagnesianas(basaltos, diabásios, doleritos, basaltitos, etc) granitos,gnaisses, filitos, micaxistos e quartzitos.

ESTUDO DO SOLO

• b) Sedimentares: arenitos (de Bauru, Devoniano, Caiuá,Botocatu, Furnas, etc), argilitos, folhelhos, varvitos e tilitos.

ESTUDO DO SOLO

Cristalinas Sedimentares

3.13. Classificação do solo

• A partir da necessidade de padronizar os solosinternacionalmente, foi adotada uma classificação complexa masmuito perfeita e útil. Levando em consideração todos os agentesde formação do solo (rocha, clima, vegetação, topografia e etc);assim temos:

ESTUDO DO SOLO

Litossolo : Solos incipientesderivados de rochas consolidadas,de espessura efetiva normalmenteinferior a 10 cm. Não apresentamhorizontes genéticos definidos.

Regossolo : correspondente aos solosminerais não consolidados comdesenvolvimento pedológico incipiente.

ESTUDO DO SOLO

Podzólicos : São solos minerais, não-hidromórficos, com horizonte A ou Eseguido de horizonte B textural, com nítidadiferença entre os horizontes. Têmprofundidade variadas e amplavariabilidade de classes texturais.

Latossolo: apresentam a maiorrepresentação geográfica no Brasil emrelação aos demais tipos de solos, sãoconstituídos predominantemente pormaterial mineral, são profundoshorizontes B muito espesso comseqüência de horizontes A, B e Cpouco diferenciados

ESTUDO DO SOLO

Hidromórficos: solos são derivados desedimentos do Holoceno. São formadossob condições de hidromorfismo, emambientes de redução. Apresentam emcomum a limitação de má drenagem.

Orgânicos: é normalmente encontrado materiaisorgânicos em processo de decomposição, esse tipo desolo tem grande facilidade com o plantio considerando aexistência de húmus que é um dos principais resíduos dadecomposição que contribui na produção de nitrogênio.

ESTUDO DO SOLO

3.14. Solo- Planta – Animal

• Os animais não podem sintetizar (fazer) sua alimentação a partir dosminerais existentes no solo (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio,magnésio, enxofre, etc) estes precisam passar por processos detransformação fornecendo as proteínas, carboidratos, etc para seremreaproveitados pelos animais;

• Os vegetais retiram, do solo e do ar, elementos que graças ao seu poderde síntese, realizada nas folhas pelos pigmentos verde (fotossíntese) ,são transformados em matéria orgânica, constituindo a alimentaçãoanimal. Os animais, aproveita a parte que é útil e necessária; sendo queos restos ou resíduos (urina, fezes, etc) passam ao solo onde vãonovamente se mineralizar;

• Este representa o ciclo alimentar solo- planta-animal que guarda umaiterdependência estreita e total. Onde os minerais (solo), vegetais eanimais formam o triangulo de sustentação da vida no universo.

ESTUDO DO SOLO

ESTUDO DO SOLO

• Segue quadro com elementos essenciais à vida do vegetal

3.15. Desgaste do solo

• O solo, após derrubada da mata e cultivo por vários anos,enfraquece, desgasta-se e nele a planta não encontra mais aqueleambiente favorável que precisa.

ESTUDO DO SOLO

Não pode desenvolver bem suas raízes

Não pode retirar os alimentos que

necessita

O solo não absorve águas da chuvas

O ar não penetra e não circula

Solo raso e duro

Solo ficou pobre , ácido e seco.

Solo apresenta-se duro, compacto e impermeável

• Tudo isto tem acontecido com freqüência e continuaacontecendo devido a:

a) Queima da matéria orgânica: o solo é revolvido e exposto araios solares, e quando se queima os restos da cultura, oteor de matéria começa a declinar, provocando profundasalterações no solo (químicas, físicas e biológicas);

b) Retirada de nutrientes para colheita: o solo tem umaquantidade de nutrientes limitada e as plantas para seformar-se e produzir colheitas , retiram nutrientes do solo enão ocorre reposição, desta forma chegará um ponto emque estes faltarão.

ESTUDO DO SOLO

c) Lavagem vertical dos elementos minerais

• As águas das chuvas, quando atingem a superfície do solo,se distribuem em três direções:

- Uma parte volta e é evaporada;

- Uma parte escorre sobre a superfície – enxurrada;

- A outra se infiltra.

• A porção da água que se infiltra desce pelo perfil do sololavando. E esta água arrasta para baixo a argila, nitrogênio,o cálcio, etc, retirando - os do alcance das raízes, ou seja,empobrecendo o solo.

ESTUDO DO SOLO

d) Erosão: A porção da água que escoa sobre a superfície, formandoas enxurradas, provoca uma desagregação do solo e transportaesse material, desta forma, o solo vai sendo rebaixado ficandocada vez mais raso. Este é o fenômeno da erosão, provocado, nestecaso, pelas ação das águas das chuvas;

• Este é um processo ou fenômeno que vai progredindo ficando osolo cada vez mais raso, até atingir o sub solo adentro, resultandoem solo cada vez mais pobre em nutrientes, lavado em argila,compactado, menos poroso e permeável, mais seco (absorvemenos água e não consegue reter), tudo isto ocorre até chegar umponto que o solo não pode mais sustentar uma planta.

ESTUDO DO SOLO

1- Conceituação

• A erosão é um processo que se traduz na desagregaçãotransporte e deposição do solo, sub-solo e rocha emdecomposição, pelas águas, ventos ou geleiras.

ESTUDO DA EROSÃO

2- Agentes da erosão

• Agente de erosão é quem realiza o trabalho. Sendo que osmais importantes são:

• No Brasil, o agente que mais causa erosão é a água,embora o vento já seja problema em algumas regiões ecom o passar dos anos vem intensificando sua ação. Porisso mesmo deve merecer atenção por parte dasentidades oficiais.

Água Ventos Geleiras

ESTUDO DA EROSÃO

3- Fases

• Qualquer que seja o agente, a erosão se processa em três fases,nem sempre muito distintas uma das outras porque podemrealizar-se concomitantemente;

1ª Fase -Desagregação : constitui –se numa fase de choque deimpacto, de batida contra a superfície do solo. No caso daerosão pela água, as gotas batem sobre a terra e comoconseqüência respingam.

ESTUDO DA EROSÃO

2ª Fase – Transporte: Depois de soltas as partículas minerais eorgânicas são transportadas. É preciso considerar, notransporte o tamanho das partículas, a força do agente, atopografia do terreno e a presença ou ausência de obstáculos(vegetação, pedras, etc);

• Tanto para água, como para o vento, á medida que aumenta aforça do agente, ele consegue transportar partículas maiores emaior quantidade de material.

ESTUDO DA EROSÃO

• 3ª Fase – Deposição: A deposição ou assentamento, últimafase do processo erosivo, é a parada do material, ou seja,fim, do seu transporte. Isto se verifica quando o agenteperde a sua força (diminui a velocidade ou volume) ouentão porque encontra um obstáculo que o faça mudar, aomenos parcialmente de direção, ou que lhe divida o volume(caso da água), ou que lhe diminua velocidade, ou ainda,que se coloque à frente do material transportadoretardando o seu movimento ou mesmo forçando suaparada.

ESTUDO DA EROSÃO

4- Tipos• Neste estudo, o que interessa é a erosão acelerada, nociva, realizada

sobre o solo, provocando o seu desgaste. Levando-se em conta oagente, pode-se distribuir a erosão acelerada em:

a) Agente água provoca a erosão hídrica.

• Erosão hídrica pluvial – (chuva);

• Erosão hídrica fluvial – (rios);

• Erosão hídrica lacustre- (lagos);

• Erosão hídrica marinha (mar- ondas – ressacas).

b) Agente vento provoca a erosão eólica ou eólia.

c) Agente geleiras provoca erosão glacial.

ESTUDO DA EROSÃO

Quanto à forma de desgastar o solo temos:

ESTUDO DA EROSÃO

Erosão Laminar: quando se verifica nasuperfície do solo, que o agente sedesgasta por igual; retira uma lâmina dasuperfície.

Erosão em sulcos: quando as águasconcentram-se em determinados pontos,formando espécie de calhas ou dreno quevão se aprofundando e alargando.

Erosão Subterrânea: quando as águas que seinfiltram encontram uma camadaimpermeável e não pode transpor; nesse casoelas correm lateralmente sobre essa camadaaflorando nas encostas, onde provocamsolapamentos, com abertura de sulcos e valas.

5- Fatores• As águas das chuvas , quando caem, se distribuem em três direções:

• As águas que não se evaporam e não conseguem se infiltrar, corrempela superfície e provocam a desagregação e transporte de materiaisdos vários horizontes do solo. É a erosão. A intensidade da erosãodepende de:

Intensidade do agente; Topografia; Cobertura vegetal; Tipo e manejo do solo.

ESTUDO DA EROSÃO

Evapora Infiltra no soloEscorre sobre a superfície

• Intensidade: é o volume de água precipitada(caída) divididopelo tempo:

Onde : I = intensidade, v= volume da água caída(mm³), t =tempo (s ou min).

• Quanto maior for I, mais intensa será a chuva.

• Topografia: quanto maior a caída ou grau de declive, maioré a velocidade e maior o volume da enxurrada, resultandoem uma maior erosão.

ESTUDO DA EROSÃO

I = V : T

Em relação a grau de declive, enxurrada e erosão pode-se dizerque:

• Quando o declive é quatro vezes maior (passa de 2% para 8%,por exemplo), a velocidade da enxurrada duplica;

• Quando a enxurrada dobra de velocidade, a sua capacidade deerodir fica quatro vezes maior;

• Quando a velocidade da enxurrada dobra, ela é capaz dedesagregar e arrastar 32 vezes mais partículas (maiorquantidade) e 64 vezes maiores (tamanho).

• Outro elemento importante a considerar é o comprimento dolançante. A velocidade e o volume da enxurrada aumentam àmedida que aumenta o lançante.

ESTUDO DA EROSÃO

• Cobertura vegetal: no que se refere a vegetação, comofator de influência na erosão, pode-se dizer:

a) Quanto mais vestido (coberto ou vegetado) o solo, menor aerosão;

b) A planta protege o solo em três níveis:

- Nível da copa (folhas, ramos e etc);

- Nível da superfície do solo (troncos, raízes, serapilheiras);

- Nível do interior do solo (raízes).

c) A vegetação acrescenta matéria orgânica aos solos,tornando-os porosos, facilitando a penetração e retençãode água;

ESTUDO DA EROSÃO

d) As raízes das plantas, enterradas no solo, quando morrem,deixam galerias (buracos) que facilitam a penetração daágua;

e) As plantas funcionam como bombas, retirando água do soloe lançando na atmosfera (transpiração);

f) Sombreiam o solo, diminuindo a evaporação e queima damatéria orgânica.

ESTUDO DA EROSÃO

1.1 Tipos e manejo do solo

• Efeitos do tipo de usos do solo, sobre as perdas por erosão:

ESTUDO DA EROSÃO

• No gráfico foram distribuídos os usos do solo em 4 tipos: culturas anuais(algodão), perenes ou permanentes (café), pastagem, mata (natural ouartificial).

• A proteção oferecida ao solo cresce de culturas anuais paramata; é mínima em culturas anuais e é máxima na mata. Aintensidade de uso decresce de culturas anuais para a mata. Istoporque:

a) o preparo do solo (aração e gradagem) desa-

grega o solo;

b) Faz cultivos (capinas) frequentes, mantendo o

solo limpo sem cobertura;

c) Pouca cobertura do solo; favorecendo destrui-

ção da matéria orgânica e a erosão;

d) Retirada de elementos naturais (colheitas)

e) Há queimadas anuais dos restos de cultura.

ESTUDO DA EROSÃO

Nas culturas anuais

a) Há maior proteção do solo, porque a área coberta com

copas é maior;

b) Não há exigência de arações e gradagens anualmente

portanto a desagregação é menor;

c) Há menor nº de capinas; os espaços entre covas e

entre ruas ficam mais vestidos que nas culturas anuais;

d) Há menor distribuição matéria orgânica; não há queima

das anuais de restos de culturas; maior sombreamento.

a) Há melhor cobertura solo em relação as anuais e perma-

nentes;

b) Há retorno parcial dos elementos minerais, através das

dejeções animais;

c) Melhoria da estrutura e enriquecimento matéria orgânica;

d) Não se faz capinas (solo sempre coberto).

ESTUDO DA EROSÃO

Nas culturas permanentes

Nas pastagens

a) Não se faz anualmente arações e gradagens;

b) Não se capina;

c) Não se tira colheitas anuais;

d) Há reversão (devolução ao solo) quase que total

dos nutrientes;

e) Cobertura permanente e quase que total em três

linhas: copada, serapilheira, sistema radicular.

• Outros fatores importantes em erosão são:

Tipo de solo, principalmente no que se refere a textura;

Cultivos

ESTUDO DA EROSÃO

Nas matas

1.2 Controle á erosão

O controle à erosão deve ser ponto de partida em qualquerempreendimento que há o envolvimento de solo (terra).

1.2.1 Práticas de controle à erosão

• Tudo que se faça no sentido de diminuir a desagregação daspartículas do solo e o seu arrastamento constitui práticas decontrole à erosão. As principais baseiam-se em:

a) Proteger o solo contra o impacto da água que cai; vestir o solopara que a queda das gotas das chuvas sejam amortecidas;

• Com essas práticas procura-se diminuir a “soltura” das partículasminerais e orgânicas do solo. Dentre elas podemos citar: coberturacom palhas, capins, cascas, plantas vivas .

ESTUDO DA EROSÃO

b) Diminuir a velocidade das águas: como se sabe, quantomaior velocidade a enxurrada adquire, maiores prejuízos sãocausados. Diminuir a velocidade é diminuir sua capacidadede erodir.

Dentre as medidas usadas para isso temos:

• Cobertura com folhas, capins, cascas;

• Aumento da cobertura vegetal com plantas que “fecham”bastante;

• Cultivos em nível (enleiramentos, arações, gradagens,capinas);

• Terraços, valeteamentos, sulcamentos, culturas em faixas etc.

ESTUDO DA EROSÃO

c) Diminuir o volume das águas da enxurrada: existem práticasque não deixam as águas se unirem e se avolumarem. Aságuas são divididas e “presas”, ou desviadas da gleba.

Dentre essas práticas, pode-se citar:

• Terraceamento (terraços propriamente ditos, cordões emcontorno, banquetas individuais, patamares, sulcamento evaleteamento);

• Cultivos em nível;

• Enleiramento permanente;

• Trincheiras anti- erosivas;

• Culturas em faixas.

ESTUDO DA EROSÃO

• 1º passo: adoção das microbacias hidrográficas para o planejamento,monitoramento e avaliação do uso dos recursos naturais;

• 2º passo: Organização dos produtores ou da comunidade como estratégiapara promover melhoria das condições ambientais ou a produtividadeagrícola e uso de tecnologias adequadas sob ponto de vista ambiental,econômico e social.

CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA


1. Práticas de Conservação do solo

•O primeiro cuidado na conservação do solo é protegê-lo daforça da água das chuvas. Depois é preciso encontrar um meiode favorecer, ajudar a infiltração da água sem que sejamcausados danos ao solo.

1.1 Práticas Vegetativas: Consiste no uso das plantas paraproteger a terra, de modo a evitar a erosão.

a) Plantio em nível: plantar “circulando” ou fazendo curvas deacordo com a feição natural do terreno. Para isso é precisomarcar as curvas de nível ou niveladas básicas, fazendo oplantio no terreno seguindo estas curvas.


Mata de topo

Cultura permanente em

nível

Culturas anuais em nível

Aparelhos simples usados para a marcação das curvas de nível:

• Cavaletes


Triangular Retangular

Trapezoidal

• Nível de mangueira

• Nível de precisão e mira

b) Cobertura morta: consiste em colocar material seco (capinsou restos de cultura) cobrindo o solo para protegê-lo da forçada chuva, ajudar na infiltração da água, diminuir aevaporação e a velocidade das enxurradas.


Cobertura morta

Cultura

c) Faixa de retenção: consiste em plantar faixas de vegetação emnível para reter água entre as linhas de plantio das culturas deinteresse do produtor.


• As melhores plantas para as faixas de retenção são o capimcamerum e a cana de açúcar, que ainda podem ser usadas naalimentação do gado.

Cultura Cana de açúcar(faixa de retenção)

d) Controle de capinas: em culturas permanentes tais como café, laranja,pimenta, eucalipto e outras, pode ser adotada esta prática.

• Capinar somente próximo ao tronco e a projeção da copa das plantascultivadas. Sendo que, este controle pode ser feito de duas maneiras:

1º Capinar somente na linha de plantio até onde termina a copa dasárvores;

2º Fazendo o coroamento das plantas, ou seja, tirando o mato em voltada árvore até onde atinge a sombra da sua copa, ao meio dia.


• 1.2 Práticas Mecânicas:

a) Preparo do solo em nível: o preparo do terreno deve ser feitoem curvas de nível, cortando o sentido natural da corrente daságuas.

Obs.: A marcação das curvas de nível já foi explicada anteriormente.

b) Terraços: são sulcos mais fundos que são abertos - em curvas denível- de espaço em espaço, para ai recolher a água da chuvafacilitando a sua infiltração no solo, evitando a erosão.

• A construção do terraço permite, também, a formação depequenas barreiras que chamamos de camalhão para ajudar areter água. Esta é uma boa prática, porém deve ser feita comorientação técnica.



Terraço tipo Mangumconstruídos em terrenos declive

até 8%

Terraço tipo Nichols construídos em terrenos declive até 16%

c) Barreiras mecânicas: são pequenos obstáculos construídos compedra, sacos de terra, ou areia, caules de bananeira, troncos deárvores em curvas de nível para diminuir a velocidade dasenxurradas e permitir a infiltração da água. O resultado destasbarreiras pode ser melhorado se forem associados a sulcos outerraços que vão ajudar na retenção das águas , propiciando umainfiltração mais rápida:


Barreira ou paliçada

Barreira ou paliçada

Sulco

1.3 Práticas Edáficas: a medida em que vamos trabalhando a terracom plantios, vamos mudando a composição do solo, em geral,para pior. Entre os problemas mais graves que podemos identificarestão:

• Endurecimento ou compactação da superfície a das camadasinternas do solo;

• Perda da fertilidade.

E para melhorias das condições do solo é possível que sejam feitas:

a) Adubação orgânica: consiste na

mistura de plantas e esterco de

animais, para torná-la mais fofa,

porosa e melhorar a nutrição das

plantas.


b) Adubação química: é feita com aplicação de fertilizantes. Estesfertilizantes ou corretivos de solo fornecem nutrientes para asplantas ou proporcionam condições de melhor absorção dosmesmos.


c) Subsolagem: é o recursos mais difícil e mais caro paramelhorar o solo. Torna-se necessário adotar esta prática,quando a camada dura estiver depois da acamada fofa dasuperfície do solo.


Sistema radicular não se desenvolve

Zona compactada/dura

Rompimento camada

e desenvolvimento da

planta.

d) Adubação verde: é uma prática muito utilizada quando se fazrotação de culturas. Ou seja:

• Consiste em deixar uma parte do terreno descansando,plantando ali uma leguminosa como, por exemplo, feijão deporco que quando começar a florescer irá cortar e misturar naterra para enriquece - lá.

d1) Rotação de culturas: plantar na mesma área culturasdiferentes, a cada ano, evitando o esgotamento de nutrientes dosolo.


e)Conservação do solo em pastagens : a falta de cuidado,principalmente com as pastagens, tem provocado oaparecimento de alguns problemas, tais como:

• Aparecimento de focos de erosão;

• Exposição e endurecimento da superfície do solo;

• Assoreamento dos cursos d água;

• Contaminação dos mananciais de água com fezes e urinados animais;

• Diminuição da porosidade do solo e da capacidade deinfiltração e armazenamento de água.


Práticas que podem melhorar as condições da pastagem efavorecer a retenção de água.

a) Abertura de sulcos em nível


b) Divisão das pastagens

c) Distribuição de cochos, bebedouros e áreas de sombreamento


Mata ciliar

d) Eliminação de queimadas: em geral, queimam-se os pastospara acabar com o mato e o capim velho, além de eliminarpragas, como os carrapatos. Adota-se tal prática para possibilitara rebrota do capim novo.

O fogo possibilita tudo isto, mas também causa diversos prejuízos:

• Queima as gemas do capim, fazendo com que a brotação diminuade ano para ano;

• Retira e transforma em cinzas os nutrientes da terra.

• Deixa o solo descoberto, facilitando a erosão.


• Armazenar o máximo possível de água na propriedade deve sera grande preocupação nas regiões, principalmente de seca. Tudoisto deve ser feito para alimentar os rios e córregos e,principalmente, os lençóis freáticos e subterrâneo;

• Na conservação da água, as práticas tem o mesmo objetivodaquelas utilizadas na conservação do solo: diminuir asenxurradas e aproveitar ao máximo as águas das chuvas.

• Entre as práticas mais fáceis de conservação da água estão:

a) Embaciamento das águas de estradas vicinais (barraginhas)

CONSERVAÇÃO DA ÁGUA

Para conter a corrente de água nas estradas pode-se adotar aseguinte prática:

• Construir uma pequena barragem de terra (bacia de acumulação)no local de deságue da estrada para armazenar a água queescorrer desta.


Barraginha (bacia de

contenção)

Estrada

• Construir terraços laterais nos pontos de escoamento da águae abrir ao longo deste terraço vários buracos para armazenare acumular água. São as chamadas bacias de acumulação.


b) Barragens galgáveis: são pequenosbarramentos que podemos fazer emdesaguadouros naturais (talvegues), demodo a represar parte da água que caineles. Estes barramentos são feitos, umapós o outro, ao longo do curso dasenxurradas ou correntes d água que seformam nestes locais. Assim, quando aágua da chuva escorre, uma parte érepresada pelo primeiro barramento.Quando este local se enche, a água passapor cima da barragem e irá encher a áreado segundo barramento. Estas barragenspodem ser construídas com pedras eterras, buscando aproveita o materialexistente no próprio local.


c) Poços de armazenamento de água: Em muitos locais as águas serescondem tão fundo na terra que não é possível fazer cisternas, ou olençol freático é fraco e seca quando as chuvas demoram a cair. Nestecaso, o jeito é fazer nos terreiros poços de armazenamento de água ecanalizar os telhados para aproveitar esta água.

• Os poços devem ter suas paredes cobertas por lona plástica,permanecendo rigorosamente fechados, e tendo suas bocas acima donível do terreno para que não haja contaminação das águas.


• O ideal é que toda a comunidade entre na luta parater boa terra para plantar, construir e ter água parasuprir suas necessidades;

• É importante, também, ter água não só emquantidade mas também que apresente qualidade.Isto é, boa para consumir e utilizar nas atividadesdomésticas e industrias.

CONCLUSÃO

Algumas medidas importantes devem sersempre tomadas para conservação da água edo solo:

Conservar as matas ou vegetação natural nosaltos de morros e nas chapadas;

Não desmatar e conservar as matas ciliares queprotegem as margens dos rios e córregos;

Reflorestar sempre estes lugares, caso foremdesmatados;

CONCLUSÃO

Proteger as nascentes;Não poluir os corpos d’ água; Fazer a correta destinação dos resíduos;Não construir em áreas de APP ou com declividade

acima de 45°.

• O melhor mesmo é unir todas as pessoas ecomunidades, servidas por um rio e pelos riachos ecórregos que o alimentam e promover serviços deproteção a micro-bacia hidrográfica, com práticas queforam mencionadas e outras que possam agregar ecomplementar a proteção.

CONCLUSÃO

CONCLUSÃO

OBRIGADO !!

Vergilius Maro [email protected]

conservaÇÃo do solo e Águanossagente.meioambiente.mg.gov.br/images/ief_homenageados/... · •a...

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