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CONSELHO DE CLASSE PARTICIPATIVO: ESPAÇO DE POSSIBILIDADES E SUCESSO NO PROCESSO EDUCATIVO
Vânia de Oliveira Kuss1
Zuleika C .Piassa2 Resumo Este texto é conclusivo do trabalho desenvolvido no Programa de Desenvolvimento Educacional- PDE - instituído pela Secretaria do Estado da Educação do Paraná e pretende caracterizar os componentes envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, determinando a função do Conselho de Classe na dinâmica participativa e avaliativa da aprendizagem no contexto atual da instituição escolar. Um dos maiores problemas apresentados na prática avaliativa é a falta de atuação ativa do Conselho de Classe na relação professor-aluno e ação pedagógica, uma vez que desviado de seu papel como instância colegiada, este tem se transformado em espaço de julgamento junto aos professores das turmas, verificando quem merece ficar retido ou não, esquecendo de refletir o que foi proposto ao educando no transcorrer do ano letivo para superar suas dificuldades. Com isso, pretende-se contribuir para que as condutas destes constituintes do processo de ensino e aprendizagem sejam adequadas a sua verdadeira função, auxiliando-os no caminho que percorrer até tornarem-se indivíduos independentes, críticos e participativos e desempenhar seu papel social.Para tanto,adotou-se como procedimentos de estudo a pesquisa-ação que constou de duas fases,sendo a primeira de revisão bibliográfica e a segunda uma pesquisa de campo em que procurou-se,no contexto de uma escola pública estadual do município de Sertanópolis,abrir espaços de discussão coletiva e de construção de uma proposta de Conselho de Classe com a participação de docentes e alunos .Respaldaram a pesquisa bibliográfica as obras de Dalben (1996) e Carrilho (2005).Considerou-se que o conselho de Classe como instância colegiada deve acontecer de forma participativa e para que todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem venham realmente a se comprometer com os resultados . Palavras-Chave: Conselho de Classe;Gestão Democrática;Participação;Avaliação. Abstract This text is conclusive of the work of the Education Development Plan EDP-established by the Secretary of State for Education of Paraná and to characterize the components involved in the teaching process and learning, determining the function of Council of Class in the dynamics participatory and valuative of the learning in the current context of the school institution. One of the largest problems presented in practice valuative is the lack of active performance of Council of Class in the relationship teacher-student and pedagogic action, once diverted of her role as instance collegiate, this has if transformed in judgment space close to the teachers of the groups, verifying who it deserves to be kept or no, forgetting to contemplate what was proposed to the student in elapsing of the school year to overcome their difficulties. With that, it intends to contribute so that the conducts of these constituent of the teaching process and learning are appropriate to theirs true function, aiding them in the road that to travel until they turn her individuals independent, critical and participations and to play theirs social part. For so much, it was adopted as study procedures the research-action that consisted of two phases, being the first of bibliographical revision and second a field research in that it was sought, in the context of a state public school of the municipal district of Sertanópolis, to open spaces of collective discussion and of construction of a proposal of Council of Class with the teachers' participation and students. It backed the bibliographical research the works of Dalben (1996) and Carrilho
1 Docente da Rede Pública Estadual – participante do PDE 2 Docente da Universidade Estadual de Londrina – orientadora do trabalho.
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(2005).It was considered that the piece of advice of Class as instance collegiate should happen of form participating and so that all involved them in the process teaching-learning they really come committing with the results. Word-key: Council of Classe ;Democratic Management ;Participation; Assesment . INTRODUÇÃO
Este texto é fruto do trabalho desenvolvido no Plano de
Desenvolvimento Educacional – PDE, instituído pela Secretaria de Estado da
Educação do Paraná que tem como objetivo principal aprimorar o trabalho
desenvolvido pelos educadores das escolas públicas estaduais. Este projeto
tem possibilitado uma formação continuada pautada no conceito de práxis, ou
seja, a pesquisa teórico-científica aliada à intervenção direta na prática
pedagógica dos estabelecimentos de ensino. Tal feito foi possível devido à com
instituições de Ensino Superior Estadual que fornecem os professores
orientadores do trabalho e organiza a formação para a pesquisa.
Considerando as modificações que se deram nas esferas
sócias - político - econômicas no país a partir da década de 80 e mais
significativamente na década de 90, centradas na abertura política e
democratização das relações sociais, houve um destaque para a
descentralização e participação nas discussões em áreas como: saúde,
educação, assistência social, e habitação e outras. Neste contexto, estabelece-
se uma dinâmica que possibilitou a efetivação de diferentes estruturas
participativas. A descentralização político-administrativa passa a exercer
importante papel na democratização do país. Nesta fase implantaram-se
diversas experiências educativas por parte de alguns estados3 que interferiram
diretamente no trabalho das escolas, uma vez que as mesmas passaram a ter
autonomia didático-pedagógica, podendo construir sua própria proposta
pedagógica e constituir órgãos colegiados legítimos para a tomada das
principais decisões no contexto da escola.
Após a Conferência Mundial de Educação par Todos ,em 1990,
em que cada país estruturou seu Plano Decenal de educação, as linhas de
3 Um exemplo foi o Projeto Escola Cidadã implantada no Estado do Paraná entre os anos de 1990 e 1994 (SILVA, 1998)
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ação estabelecidas enfatizaram a necessidade de novos padrões de gestão
educacional, delegando à escola um importante posicionamento na prestação
de serviços educacionais de qualidade.
A instituição de órgãos colegiados como experiência
participativa nas escolas, de certa forma mascarou as responsabilidades de
competência do Estado relativas à educação, mas não esgotou as
possibilidades de mudanças nesta dimensão, uma vez que está diretamente
ligada aos sujeitos que dela participam. A gestão participativa proporcionou
nova concepção de escola pública, tanto para os que nela estão inseridos,
como para alunos, pais e moradores da comunidade, contribuindo assim para
a formação da cidadania.
Na gestão educacional democrática, a participação das
instâncias colegiadas de decisão coletiva exerce papel fundamental no sentido
de coibir o autoritarismo, a seletividade e a exclusão social. Uma destas
instâncias é o Conselho de Classe, que se constitui como instância avaliativa
do espaço escolar e possibilita a leitura coletiva das práticas escolares e suas
necessidades pedagógicas, estando inserido num contexto que abrange
avaliação, a metodologia e a construção efetiva de uma prática pedagógica
coletiva. Neste sentido, concebe-se, então, a necessidade de destacá-lo como
momento propício para a análise e proposta de intervenção possível no que se
refere às dificuldades presentes no cotidiano escolar.
Nosso objetivo neste texto é, justamente, caracterizar a
dinâmica do Conselho de Classe como instância colegiada e relatar a
experiência decorrente de uma pesquisa-ação desenvolvida em uma escola da
rede pública estadual do Município de Sertanópolis.
O texto foi estruturado discutindo-se as seguintes temáticas: a
efetivação do Conselho de Classe participativo, nos moldes da gestão
democrática, sua importância como instância avaliativa do trabalho escolar e a
necessidade de envolvimento do coletivo. A principal consideração através
deste trabalho é a de situar o trabalho realizado pela escola e o direcionamento
de sua prática para uma análise qualitativa desse processo.
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1 Sobre a prática do conselho de classe
Faz-se necessário rever o processo de interação entre corpo
docente e o Conselho de Classe em sua dinâmica bem como suas ações, que
não podem limitar-se a reuniões esporádicas, que se tornam “sessões de
julgamento” com enfoque à resultados especificamente numéricos com uma
séria tendência a restringir-se nos pareceres formais de aprovação e
reprovação. No âmbito escolar, os Conselhos de Classe são estratégias
importantes na busca de alternativas para a superação de problemas
pedagógicos relacionados ao ensino e principalmente à aprendizagem, pois
este momento não está sendo utilizado como espaço de reflexão e definição de
estratégias para o cumprimento do currículo de cada disciplina para garantir a
melhor aprendizagem do aluno. Por ser também nesse momento que os
resultados de cada turma se expõem, refletindo as dificuldades e o trabalho
realizado bimestralmente, há uma visível resistência em revê-los como
oportunidades de tomar direcionamentos diferenciados e significativos para as
práticas diárias dentro e fora da sala de aula.
A escola, em sua prática avaliativa precisa envolver o corpo
docente e discente nas discussões e enfrentamento de problemas referentes
ás práticas pedagógicas escolares, bem como compreender o Conselho de
Classe como espaço de reflexão/ação produtiva para a qualificação do
processo ensino-aprendizagem. Relacionadas a esta mudança de postura,
deverá analisar a prática atual, bimestral e final, considerando se os resultados
apresentam-se satisfatórios à melhoria da aprendizagem do aluno bem como
estudar a fundamentação legal e teórica constante no Projeto Político
Pedagógico que explicita o conceito, as finalidades e a organização dos
Conselhos de Classe,
Esta identificação junto ao corpo docente possibilita identificar
as ações que facilitarão a revisão dos procedimentos avaliativos que
acompanham o processo de construção do conhecimento Assim, poderá então
dinamizar a organização atual do Conselho de Classe da escola, com vistas a
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interferir positivamente no processo ensino-aprendizagem e seus resultados,
proporcionando a participação efetiva do aluno. (DALBEN,1996).
Nesse sentido, o Conselho de Classe é uma importante
estratégia na busca de alternativas para superar problemas pedagógicos e
administrativos da escola, com a participação direta ou indireta da comunidade
nela inserida, para que se construam propostas que permitam uma ação
conjunta, visando saná-los. Também o Conselho de Classe pode ser
instrumento na luta pela democratização do espaço escolar. A escola deve
comprometer-se com os reais interesses de sua comunidade, entre os quais a
aprendizagem, o respeito às diferenças individuais, igualdade de direitos e de
condições à justiça ao diálogo e, portanto á democracia. A transformação da
educação escolar só será realizada por sujeitos auto-reflexivos, esclarecidos e
conscientes de seu papel social.
Considerando o exposto na atual LDB (BRASIL, 1996), seção
IV, artigo 35 º, entre as demais finalidades da escola de nível médio, destaca-
se “o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação
ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.”
Em seu artigo 36º, define ainda que o currículo de ensino médio,”adotará
metodologias de ensino e avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes”.
A Deliberação n º 07/CEE ( PARANÁ,2007) estabelece em
relação aos Conselhos de Classe em seu artigo 7º que:
Caberá ao órgão indicado pelo Regimento Escolar, o acompanhamento de avaliação da série, ciclo, grau ou período,devendo debater e analisar os dados intervenientes na aprendizagem “
§1º-O órgão será composto, obrigatoriamente, pelos professores, pelo Diretor e pelos profissionais de supervisão e orientação educacional.
§2º-É recomendável a participação de um representante dos alunos.
§3º-A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários deverão ser assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação.
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claramente que o foco então de todas as discussões que permeiam o Conselho
de Classe, deverá centrar-se na aprendizagem do aluno, nos procedimentos
avaliativos e principalmente permitir a sua participação na busca de soluções
para problemas apresentados, gerando ações educativas em seu próprio
benefício, não perdendo de vista que o objetivo maior desse processo é a
possibilidade de reorganizar o processo ensino-aprendizagem de cada
disciplina a partir de dados apontados,discutidos e registrados em sua
dinâmica.
[...] pelos resultados de alunos e alunas também se atribuem valores á professora [...] o aluno, tornado objeto expõe que a professor, presumidamente sujeito da ação também se torna objeto (...) a professora sabe que ao recortar alunos e alunas, recorta a si mesma, que ao expô-los, expõe-se, que ao avaliá-los, avalia-se e é avaliada. (ESTEBAN ,2005 p. 21 e 22 )
Nesse contexto, descarta-se apenas a culpabilização do
professor pelos problemas educativos. Todos os segmentos hierárquicos do
sistema educacional têm sua co-responsabilidade pelos sucessos e insucessos
relacionados ao mesmo. Analisar o seu papel na escola atual por ser ele o
sujeito direto de trabalho com o aluno, junto á equipe pedagógica e a família,
esta última que por questões de organização social deixa de inserir-se nesse
processo como atuante, tornado-se omissa e na maioria das vezes,o que é
pior, assumindo sua incompetência diante dos próprios filhos na tarefa de
educar-lhes, não significa colocar somente à ele,a tarefa de enfrentamento dos
problemas escolares. Há também necessidade do resgate da participação da
família, “peça” importantíssima na montagem desse “quebra –cabeça”.
[...] o professor pessoa sofre as conseqüências de uma sociedade em profunda mudança (...)a competência para ser professor passa assim por sua capacidade de acompanhamento das mudanças e das novas condições de trabalho . (MOURA. 2001 p 153 )
Retomando a dinâmica de sua relação com o Conselho de
Classe, docentes e equipe pedagógica, devem estar cientes de que não são
necessárias somente adaptações às mudanças exigidas e sim, uma abertura
em ouvir, interagir com alunos e família com a finalidade de transpor os
resultados quantitativos analisados e considerados nestes momentos para
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resultados qualitativos. Isto se viabiliza, se é descartada a função de terminal
idade pela qual as avaliações são realizadas, para utilizar-se os resultados
obtidos como retomada de procedimentos e formação global do aluno,
lembrando ainda que estes devem refletir o exposto como objetivos nos planos
de trabalho docente e nas Diretrizes Curriculares Estaduais .
Para Isabel Alarcão (2007 p. 15): “a escola como organização,
tem de ser um sistema aberto, pensante e flexível. Sistema aberto sobre si
mesmo, e aberto à comunidade em que se insere.” Assim o Conselho de
Classe como instância colegiada na instituição de ensino só se fará legítimo se
tornar-se um elo de interação entre aluno, docentes e família. Esta participação
poderá se fazer de forma direta e ou indireta, quando alunos e família colocam
suas expectativas e dificuldades pertinentes à escola, nos momentos de
comunicação dos resultados bimestrais e finais e retorno de decisões tomadas
para cada turma, após o Conselho, entre outras. Permitir que o aluno e família
fossem ouvidos e auxiliem nesses momentos, não significa atribuir-lhes
funções específicas do trabalho docente e pedagógico, mas aproveitar suas
contribuições, revertendo-as positivamente no encaminhamento do trabalho
diário escolar. O que importa à escola é saber a proporcionalidade em que esta
participação acontece, além de definir esses momentos..
Se falarmos em gestão democrática, podemos iniciar pelas
atividades escolares que necessariamente exigem a participação do coletivo,
que é o caso dos Conselhos de Classe. As relações de poder que se
perpetuaram no interior da escola, em toda a sua trajetória, através do
autoritarismo imposto pelas práticas pedagógicas conservadoras, precisam
transpor-se para relações de cooperação e experiências diárias produtivas. Os
instrumentos de avaliação sempre foram utilizados como reforçadores de
hierarquia e poder no espaço escolar.
[...] Todo o processo educativo, envolve por um lado,alguém com a pretensão de modificar comportamentos alheios (educador) e alguém cujos comportamentos se supõem passíveis de serem modificados (educandos) . ( PARO.2008, p.45 )
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Paro (2008), em sua interpretação afirma que a relação de
poder - sobre, deva substituir-se pela relação de poder - fazer, a única forma
compatível com a educação democrática que visa a constituição de sujeitos
livres. Se há uma relação pedagógica competente por parte do professor ou da
escola, toda a ação planejada para ensinar resulta na flexibilidade que permite
modificá-la a partir da resposta do educando no processo de ensino. Há
necessidade então, de um maior tempo para que todos os envolvidos no
processo compreendam o sentido do trabalho coletivo para que participem
politicamente do mesmo. Na experiência participativa não se tem ainda clareza
dos limites e possibilidades de cada um, mas esta certeza só se definirá por
experiências que possibilitem essa organização.
Na perspectiva de rever a função do Conselho de Classe na avaliação escolar,intensificando a necessidade das práticas avaliativas serem desvinculadas do conceito tradicional,principalmente no que diz respeito ao fato de ser instrumento bastante utilizado ainda como classificatório para promover o educando, que precisam ser revistas as funções do Conselho de Classe .(HOFFMANN,1991;1994).
A avaliação, sobre a orientação da lei vigente sugere a
importância do professor não atuar como único responsável pelo processo
avaliativo, uma vez que este deve estar em consonância com o Projeto Político
Pedagógico, enfatizando juntamente o Regimento Escolar, que não deve ser
considerado com displicência. Embora todas as instâncias colegiadas devam
atuar diretamente nas vivências escolares, o Conselho de Classe apresenta
características que o diferencia das demais, pois os seus constituintes são os
professores das diferentes disciplinas, gestor e professor pedagogo e, ainda
em alguns casos os alunos. Assim, é espaço que apresenta maiores
possibilidades de articular os diversos segmentos da escola, tomando como
objeto de estudo o processo de ensino e a avaliação da aprendizagem.
(DALBEN, 2004)
Nessa direção, este conhecimento praticado e inserido no
coletivo, reafirma o nosso compromisso com a democracia no espaço da sala
de aula e da escola como um todo, destacando o nosso trabalho pedagógico,
desde as ações mais simples, a serviço da aprendizagem dos alunos e de sua
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formação plena .Assim nos tornamos responsáveis pela realização de uma
nova proposta educativa em cada escola .
Se pensarmos as instâncias avaliativas na escola e suas
múltiplas possibilidades educativas, iremos perceber que o nosso trabalho na
escola e em sala de aula poderá compor uma miscelânea de saberes
necessários às práticas educativas e avaliativas, nos mostrando ser possível
uma ação compartilhada entre educadores, alunos e suas respectivas famílias.
2 Procedimentos de estudo Após os estudos realizados sobre a temática do Conselho de
Classe , foi escolhida a metodologia da pesquisa- ação , por ter este trabalho,
a finalidade não só de conhecer de forma mais específica o histórico e
fundamentação dessa prática na instituição escolar , sua dinâmica ,e
resultados no processo educativo , mas também de intervir de forma concreta
para que haja um redirecionamento positivo em suas atividades diárias. Para Franco (2005) a pesquisa-ação em educação permite
considerar a voz dos sujeitos do processo e suas perspectivas e não apenas
registrar e interpretar dados por parte do pesquisador. Como o Conselho de
Classe é uma instância colegiada, não teria sentido, pretender modificar sua
dinâmica sem envolver todo o seu coletivo.
Nesta perspectiva de trabalho, os estudos e análise de dados,
permitem praticar gradativamente as intervenções no universo estudado e
direcionar as ações para o foco teórico desejado com a contribuição efetiva
de seus participantes. 2.1 Os sujeitos
Foram sujeitos desta pesquisa ,docentes e alunos de Ensino
Médio e Ensino Médio Integrado do curso de Técnico em Administração,
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diretor e vice-diretor, membros da Equipe Pedagógica e auxiliares
administrativos .
2.2 Etapas da pesquisa O presente trabalho foi estruturado nas etapas que se seguem,
com o objetivo de transformar a prática de Conselho de Classe instituída
na escola , priorizando as questões referentes à aprendizagem do aluno e
promover momentos de reflexão coletiva e torno do Conselho de Classe;
criar e organizar uma nova proposta de Conselho de Classe, em
conformidade com os princípios estabelecidos na proposta pedagógica da
escola :
I - Apresentação do projeto PDE : foi feita ao coletivo escolar na Semana
de Capacitação Pedagógica no início deste ano letivo ressaltando a
importância do tema escolhido no atendimento às necessidades
pedagógicas da escola e também procedeu-se um levantamento dos dados
do Conselho de Classe Final de 2008, consultando-se as atas produzidas
na ocasião. Houve bastante receptividade por parte dos docentes em participar
do projeto, o que corrobora a idéia de Dalben (2004) de que o Conselho de
Classe é motivo de conflito em muitas escolas e para muitos educadores.
Quanto aos dados do Conselho de Classe do ano de 2008, constatou-se que
há necessidade de diminuir os casos de aprovação por Conselho que
chegaram a 41% e também os de reprova. As atas precisam ser mais
específicas nesses casos. Segundo Dalben (2004) quando discutimos o
Conselho de Classe, discutimos também as concepções de avaliação escolar
presentes em nossa prática e essa leitura conjunta permite mobilizar o
coletivo no sentido de alterar as relações nos diversos espaços da instituição
escola.Dessa forma, essa discussão no início das atividades escolares e da
implementação do projeto na escola abre caminhos para as próximas
etapas do trabalho.
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II - Organização e implementação do Grupo de apoio ao Projeto PDE na escola para o estudo do projeto e material didático produzido: esta
segunda etapa do trabalho, foi enriquecida com a possibilidade de formar
no colégio , um Grupo de Apoio à Implementação do Projeto PDE na escola
por parte da Secretaria do Estado da Educação , que possibilitou essa
abertura, com o objetivo de criar condições concretas para discutir as bases
teórico-metodológicas que orientam o processo de intervenção, a pertinência
das atividades propostas e a avaliação das mesmas .Este grupo, constituiu-se
por 15 integrantes, entre eles docentes e auxiliares administrativos,
perfazendo uma carga horária de 32 horas de estudo divididas em 16
horas para estudo dirigido do Caderno Temático “Conselho de Classe
Participativo :espaço de possibilidades e sucesso no processo educativo” , e
outras 16 horas para elaboração, aplicação e tabulação dos dados
coletados nos instrumentos de pesquisa aplicados aos docentes e alunos
.
III - Aplicação dos instrumentos de Pesquisa : nesta fase de aplicação e
tabulação dos questionários de pesquisa aos alunos e professores sobre
o Conselho de Classe, pude constatar que o Caderno Temático foi de
grande contribuição para que o Grupo de Apoio pudesse auxiliar na
elaboração das questões com maior conhecimento e objetivos definidos.
Houve bastante interesse dos alunos em manifestar suas opiniões
através dos instrumentos aplicados, em contrapartida os professores
apresentaram uma certa resistência ao responder o instrumento de
pesquisa a eles direcionados, embora tenham correspondido .
III. a -Instrumentos de Pesquisa aplicados os docentes: foi aplicado aos
35 professores integrantes do colégio e fundamentou-se nos seguintes
aspectos :
relação da dinâmica das aulas no desenvolvimento dos objetivos pelo
aluno;
fatores interferentes no desenvolvimento dos objetivos;
possibilidades de participação do aluno nas aulas;
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fatores determinantes do sucesso docente;
estratégias de superação e intervenção pedagógica.
III.b - Instrumentos de pesquisa aplicado aos alunos - foram aplicados
questionários a 150 alunos que representam 25% dos alunos matriculados
dos três turnos de funcionamento do colégio ao e fundamentou-se :
no conceito do Conselho de Classe;
nas atribuições do aluno no Conselho de Classe;
no significado da aprovação por Conselho de Classe;
na necessidade de participação do aluno nas reuniões de Conselho de
Classe.
IV - Resultados obtidos após a tabulação dos dados pelo Grupo de Apoio,
procedeu-se uma análise dos mesmos que apresentamos a seguir.
Numa primeira questão, indagamos os docentes sobre relação
das suas aulas com o desenvolvimento dos objetivos propostos e 65% deles
declararam em suas respostas que a motivação do aluno para aula, a
conscientização da importância dos conteúdos e a aplicabilidade prática dos
conteúdos são fatores determinantes no alcance dos objetivos além da
utilização de atividades diversificadas com discussões,estudos,debates,
proposição de exercícios variados, experimentos, trabalhos de pesquisa e uso
das Tecnologias Educacionais, estes últimos considerados em segunda
instância .
Quanto aos fatores interferentes no desenvolvimento dos
objetivos de cada aula destacaram-se como respostas que a indisciplina e
as faltas interferem significativamente no processo ensino-aprendizagem ,
destacando-se sobre a ausência de pré-requisitos e dificuldades de
aprendizagem por eles apontadas . Assim, deixam transparecer que o docente
se exclui do sucesso de suas aulas, no momento em que considera a
motivação e o interesse do aluno como determinantes principais para atingir os
objetivos de seus objetivos .
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Mesmo que as aulas sejam bem preparadas e eles se utilizem
de instrumentos e técnicas variadas, aspectos estes apontados em 85% das
respostas, quando indagados sobre as possibilidades de participação
proporcionadas ao aluno , a indisciplina é vista como causa e não como
consequência de um sistema de ensino obsoleto que necessita de
intervenções práticas, em que a porcentagem de freqüência dos alunos nas
aulas reflete também a falta de envolvimento e objetivos em relação aos
estudos. (CARRILHO, 2005)
As estratégias de superação apresentadas pelos professores
sugerem tentativas isoladas em solucionar as questões disciplinares e de
aprendizagem, como por exemplo citado em suas respostas, manter o aluno
“ocupado tempo todo” já resolve em grande parte a questão disciplinar,
assim “ao menos estão fazendo algo relacionado à aula.”
Neste contexto escolar,segundo Carrilho (2005), há uma
significativa precedência das questões disciplinares sobre as da aprendizagem,
uma inadequação da prática ao que se propõe ser modificada através das
dinâmicas de Conselho de Classe. Numa perspectiva de participação poderá
se tornar significativo momento de avaliação diagnóstica da ação educativa da
escola, cumprindo a função de auxiliar na formação da subjetividade do
professor e aluno como processo auxiliar na aprendizagem, considerando que
esta ação conjunta auxilia no desenvolvimento de atitudes de cooperação no
ambiente escolar, favorecendo o cumprimento favorável dos objetivos da
instância colegiada em questão .
4.2-Instrumento de pesquisa aplicado aos alunos
Analisando os resultados obtidos, podemos observar no Gráfico
I que os alunos tem uma visão clara dos objetivos do Conselho de Classe. Este
é um fator importante pois vem a favorecer a sua participação no mesmo.
Observe o gráfico:
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GRÁFICO I: conceito de Conselho de Classe
CONSELHO DE CLASSE É :
0,00%20,00%40,00%60,00%80,00%
100,00%
1) Reunião de professores, equipe pedagógica e direção para falar de alunos com problema :disciplina e faltas ;
Reunião de professores, equipe pedagógica e direção para aprovar e reprovar alunos ;
Reunião de professores, equipe pedagógica e direção para avaliar situações de ensino aprendizagem e buscar soluções com vistas a melhorar o trabalho dos professores e o desempenho dos alunos ;Reunião da direção , pais e professores para “detonar os alunos ” e procurar punições para seus atos ;
Notadamente no Gráfico II, consideram que devam realizar esta
participação em algum momento das reuniões de Conselho de Classe para
emitir opiniões e buscar soluções para os problemas apresentados.e que todos
os envolvidos no processo devem assumir as suas responsabilidades na
efetivação do processo ensino-aprendizagem ,uma vez que os objetivos da
escola dependem do trabalho de cada um.
GRÁFICO II - papel do aluno nos Conselhos de Classe
EM RELAÇÃO AOS CONSELHOS DE CLASSE O ALUNO DEVERÁ :
0,00%20,00%40,00%60,00%80,00%
1Participar em algum momento dos Conselhos de Classe,emitindo opiniões e propondo soluções para problemas apresentados ;Ficar aguardando os resultados do conselho de classe , afinal de contas , não é o seu trabalho enem de sua competência;Fazer sua parte em sala de aula e deixar que professores , direção e equipe pedagógica busquem melhorar a escola ,afinal é o trabalho deles ;
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Os alunos consideram também, pelas respostas obtidas no
Gráfico III que a provação por Conselho de Classe, índice que chegou em 41%
no colégio no ano letivo de 2008, como resultado de uma análise real e positiva
de cada caso pelos docentes. Em contrapartida vêem também que esta
aprovação em número considerável dos alunos do colégio por Conselho de
Classe assume o caráter de obrigação da escola em aprovar alunos, mesmo
que não apresentem um resultado satisfatório durante o ano letivo.
GRÁFICO III – significação dos alunos dada à aprovação pelo Conselho de Classe
SER APROVADO POR CONSELHO DE CLASSE SIGNIFICA QUE :
0,00%10,00%20,00%30,00%40,00%50,00%60,00%
1 Que o aluno faz o que bem entender durante e o ano e depois a escola tem que dar um “empurrãozinho “;"
Que seu caso foi analisado e ele poderá acompanhar a série seguinte;
Que na dúvida , é bom passar mesmo porque no outro ano ele se vira ;
Tirar o mérito daqueles que se esforçam o ano todo ,conseguem bons resultados e são aprovados de forma direta .
Quando indagados sobre a importância de participação nos
Conselhos de Classe, significativamente, justificam-na pela oportunidade de
cooperar, interagir, emitir opiniões, obter informações e em alguns casos até
para se “defenderem” das “acusações” dos docentes. Os que consideram não
haver esta necessidade justificam que há certo corporativismo por parte dos
docentes e que não lhes cabe participar dessas reuniões pelo fato de estarem
sendo avaliados, causando certo constrangimento.
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Sabemos que existe uma resistência inicial à prática do
Conselho de Classe que insere a participação do aluno em algum de seus
momentos, pois se tratando de auto-avaliação do trabalho desenvolvido
por nós educadores, de certa forma estamos desvelando nossas práticas e
refletindo nosso trabalho pelos resultados obtidos. Por isso, Carrilho (2005)
considera ser necessário um clima de confiança e busca coletiva de
transformação da prática educativa pra implantação desse processo,pois não
se soluciona um problema descobrindo culpados, mas agindo sobre a
necessidade que teve como manifestação externa, o problema. Mais do que
a presença do aluno no Conselho de Classe é necessária a sua
participação no processo de avaliação, o que é visto pelo docente como
diminuição de seu poder sobre os alunos .
V – Avaliação da prática atual do Conselho de Classe realizado na escola : nesta etapa foram propostas reflexões do caderno Temático e
apresentados os resultados dos instrumentos de pesquisa. Houve
envolvimento maior por parte do coletivo, o que auxiliou bastante no
estudo e reflexões propostas no material didático. Os docentes
consideraram que a idéia de discutirmos as questões disciplinares do bimestre
por turno, bem como o levantamento de ações para saná-las, possibilitou
que a discussão por área de estudo ocorresse de forma mais voltada para
o ensino aprendizagem, mesmo estas não estando desvinculadas .
No Conselho de classe o 1º bimestre o tempo não foi suficiente
e houve necessidade de estender as discussões para a Reunião Pedagógica,
dando continuidade aos trabalhos. Já no Conselho de Classe realizado no 2º
Bimestre também houve um espaço reservado aos estudos e reflexões, sendo
o tempo suficiente para apresentar propostas de ações pedagógicas por série
e turno. Os professores decidiram a realização de monitoria em turno
alternativo para alunos com dificuldades de aprendizagem, que foi estabelecida
para o 3º bimestre .
Considerando a necessidade de participação dos alunos em
algum momento do Conselho de Classe, ficou definido que gradativamente
esta inserção seja realizada através dos pré-conselhos, inicialmente nas
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turmas que apresentam maiores dificuldades de aprendizagem e problemas
disciplinares, pois há necessidade de um preparo maior tanto dos alunos, como
dos professores no sentido de compartilhar experiências e buscar soluções
conjuntas para alterar positivamente os resultados apresentados até então .
Já no Conselho de Classe do 3º Bimestre, embora esteja este fora do
período de implementação , houve um retrocesso da prática proposta, uma
vez que os docentes centraram suas discussões nas possibilidades de
aprovação e reprovação do aluno, vinculando-as mais às questões
disciplinares do que as de aprendizagem, o que sugere a necessidade de
uma retomada contínua dos estudos referentes a dinâmica do Conselho
de Classe na escola, além da constante avaliação desse processo. Neste
sentido e neste momento se torna apropriado o conceito de práxis, na medida
em que a prefiguração do Conselho de Classe e sua aplicação foram
constantemente envolvidas pela reflexão e ação concomitantemente (KOSIK,
1976).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este texto teve o objetivo de descrever o trabalho desenvolvido
no Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE – de responsabilidade
da Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
Dalben (2004) considera que dependendo do tipo de relação
pedagógica estabelecida entre os sujeitos e sua prática assim como dos
conhecimentos produzidos nessa relação os Conselhos de Classe poderão
permanecer reproduzindo uma cultura escolar apegada ao autoritarismo, à
seletividade e à exclusão social. Precisamos então situar os posicionamentos
de nossa prática profissional diária e determinarmos objetivos. Durante cada
etapa que este trabalho permitiu experienciar, fica claro que temos
contradições claras tanto na fala dos docentes, como dos alunos .
Ao mesmo tempo em que percebem a necessidade da
participação conjunta nos processos avaliativos do trabalho escolar, limitam-se
muitas vezes em atribuir possíveis causas do desenvolvimento
insatisfatório do trabalho escolar, sem apresentar propostas práticas de
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intervenção direta no processo ensino aprendizagem. Existe uma cultura de
acomodação que percorre tanto o trabalho docente como o trabalho do
aluno .È mais fácil atribuir responsabilidades do que assumir
responsabilidades e desafios no meio educacional, pelo fato de que este tipo
de pensamento já se encontra arraigado em nossas práticas. Sabemos
também que a Legislação vigente por si só não garante que a organização
dos Conselhos de Classe na escola aconteça de forma a legitimar os
espaços de participação e que outros conhecimentos são necessários à
nossa prática, além da fundamentação legal.
Em poucos lugares se discutem as questões do ensino-
aprendizagem do aluno e a pertinência dessas dimensões com o Projeto
Político Pedagógico da escola. Existe uma inadequação clara da prática ao que
se propões ser. Precisamos passar da esfera quantitativa para qualitativa, pois
esta última tenta responder a impossibilidade da avaliação quantitativa em
apreender a dinâmica da relação ensino-aprendizagem. Pelos resultados
apresentados no decorrer deda implantação deste trabalho na escola podemos
afirmar que existe possibilidade de alterar de forma gradativa a dinâmica do
Conselho de Classe, através de estudos sistematizados inseridos nas
reuniões pedagógicas, pela própria proposta de modificação sugerida pelos
docentes, considerando também a intenção do aluno de participar em algum
momento dessas reuniões, explícita na pesquisa à eles aplicada .
“Participação que dá certo, gera conflito,”, como ensina Pedro
Demo (1988), mas é um conflito positivo para o crescimento de alunos e
professores.
Este trabalho de pesquisa e intervenção permitiu constatar
ainda que o Conselho de Classe como Instância colegiada é uma das opções
de trabalho pedagógico viável, para efetivar mudanças significativas nas
práticas avaliativas da escola. A oportunidade de participação dos alunos como
“coadjuvantes” e de certa forma, como “parâmetros”, pelos resultados e
considerações que apresentam, permite que sejam diagnosticados, analisados
e revistos os caminhos percorridos no processo ensino-aprendizagem, tanto
pelos docentes e por eles mesmos, com vistas a alcançar os objetivos
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propostos à cada disciplina e aos princípios educativos da instituição
escola.
A Gestão Democrática concretizar-se-á, na medida que
permitirmos espaços de participação coletiva, sem distorcermos as
responsabilidades de cada um nesse processo, nas funções lhe são
pertinentes. O sucesso do coletivo , depende do compromisso e do
empenho individual de todos os envolvidos com a educação.
Nem tudo o que se enfrenta pode ser modificado. Mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado .
(James Baldwin,EUA,1926-1993)
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