conselho de acompanhamento e fiscalizaÇÃo dos recursos da educaÇÃo bÁsica - cafreb
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Trabalho Final do Curso do PDDE - Programa Dinheiro Direto na Escola - do Programa Formação Pela Escola - FNDETRANSCRIPT
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDEPrograma Formação pela Escola
Tutor: Josenildo Fernandes da Silva
Equipe: Edilene dos Santos Costa, Edilma das Dôres Amaral, Espedito Bento da Silva, Jairo Alves Felipe, Leonete da Silva, Severina dos Santos Paulino.
CONSELHO DE ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DOS RECURSOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA - CAFREB
O QUE É? QUAL SUA FUNÇÃO?
O Conselho de Acompanhamento e Fiscalização dos Recursos da Educação
Básica (CAFREB) é um colegiado, formado por representações sociais variadas,
vinculado diretamente à autarquia do FNDE, cuja função principal é proceder ao
acompanhamento e fiscalização sobre a distribuição, a transferência e a aplicação
dos recursos destinados à educação básica, no âmbito municipal.
Os trabalhos desenvolvidos pelo CAFREB não são remunerados, no entanto,
os funcionários públicos integrantes do Conselho terão sua carga horária de trabalho
reduzida em 50%, pois ficarão responsáveis pela organização, monitoramento e
apresentação dos resultados observados aos demais conselheiros.
O Poder Executivo municipal deve oferecer ao Conselho o necessário apoio
material e logístico, disponibilizando, um local para reuniões mensais, meio de
transporte, quando for necessário, materiais, equipamentos, etc., de forma a garantir
a realização periódica das reuniões, assegurando assim, condições para que o
Colegiado desempenhe suas atividades e, efetivamente, exerça suas funções.
O CAFREB é responsável por acompanhar e fiscalizar permanentemente os
programas realizados com os recursos financeiros provenientes do FNDE,
verificando se os procedimentos adotados no processo de execução e prestação de
contas dos programas estão coerentes com a legislação do Fundo, conduzindo os
problemas e irregularidades identificados, inicialmente aquela autarquia, que
encaminha às autoridades constituídas, para que sejam adotadas providências
cabíveis e aplicadas as penalidades que cada caso venha a exigir.
COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DO CAFREB
O CAFREB deve ser composto por, no mínimo, 12 (doze) membros, sendo:
Quadro nº. 01 - Composição do CAFREB/ Indicação de Titulares e Suplentes.
Quantidade de Representantes Órgão ou Segmento Representado Responsáveis pela Indicação
01 (um) Poder Executivo, vinculado a Secretária de Educação Prefeito ou Secretário de Educação
01 (um) Poder Legislativo Municipal Mediante votação na Câmara dos Vereadores
01 (um) Poder Judiciário (Servidor Técnico-Administrativo) Promotor da Comarca
01 (um) Professores da Educação Básica Pública Por intermédio de sua entidade de classe
01 (um) Servidores Técnico-Administrativos das Escolas
Básicas Públicas
Por intermédio de suas entidades de classe, ou Mediante processo eletivo
02 (dois) Estudantes da Educação Básica Pública Mediante processo eletivo organizado para esse fim
02 (dois) Pais de Alunos da Educação Básica Pública Mediante processo eletivo organizado para esse fim
01 (um) Estudantes do Ensino Superior Mediante processo eletivo organizado para esse fim
01 (um) Comunidade Local Mediante processo eletivo organizado para esse fim
01 (um) Conselho Tutelar Membros do próprio Conselho
Para cada membro titular deverá ser nomeado um suplente, representante da mesma categoria ou segmento social. Todos
devem ser maiores de 18 anos, e devem ter pelo menos o Ensino Médio completo, com exceção dos estudantes da educação
básica. Os membros do conselho terão mandato de, no máximo, 2 (dois) anos, permitida 1 (uma) recondução por igual período.
PROBLEMAS RELACIONADOS À GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DOS RECURSOS DESTINADOS A EDUCAÇÃO BÁSICA
Os problemas mais frequentes referentes à gestão e fiscalização dos recursos
financeiros provenientes do FNDE/MEC, são:
a) Aplicação dos recursos em ações não relacionadas à educação;
b) Ausência de transparência nos comprovantes de prestação de contas: notas
fiscais não apresentam descrições dos serviços efetuados;
c) Não cumprimento da legislação específica dos programas do FNDE;
d) A comunidade desconhece a existência e a importância dos Conselhos;
e) Formação irregular dos Conselhos, sem a realização de processo eletivo para
escolha dos membros que representam oficialmente a entidade/instituição;
f) Falta de preparo e conhecimento específico dos membros dos Conselhos;
g) Falhas nas prestações de contas dos recursos financeiros recebidos;
h) Não participação da comunidade nas ações de acompanhamento e controle
social dos recursos financeiros destinados à educação básica.
PROBLEMAS RELACIONADOS À GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DO PDDE
O PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) é um dos programas do
FNDE/MEC, que tem por objetivo a transferência de recursos financeiros à escola,
de forma suplementar, visando à promoção da melhoria pedagógica e à manutenção
da infraestrutura, com a consequente elevação da qualidade do ensino.
Assim como outros programas do FNDE, o PDDE possui alguns problemas
relacionados à gestão ou fiscalização dos recursos do programa. Tomando por base
o município de Dona Inês/PB, identificamos os seguintes problemas:
a) Ausência de autonomia das escolas na gestão dos recursos do PDDE;
b) Falta de apoio do Município ou Estado às escolas que possuem o programa;
c) Formação irregular dos Conselhos, sem a realização de processo eletivo;
d) Omissão e não participação da comunidade no Conselho Escolar;
e) Inexistência de recursos para as viagens e alimentação dos Conselheiros
responsáveis pela compra dos materiais que serão adquiridos pela escola.
OBJETIVOS DO CAFREB
Objetivo Geral
Fortalecer os princípios democráticos e a gestão participativa da escola
pública, promovendo o controle social dos recursos públicos repassados à
educação, garantindo a correta destinação desses recursos;
Assegurar à transparência pública na gestão e fiscalização dos recursos
financeiros do FNDE/MEC, destinados à educação básica, exigindo dos
gestores públicos a comprovação dos atos praticados.
Objetivos Específicos
Incentivar a participação da sociedade no acompanhamento e verificação da
gestão dos recursos empregados nas políticas públicas;
Promover a participação da comunidade nos conselhos escolares ou
similares, para exercitar o controle social sobre os recursos públicos;
Garantir a transparência pública e o acesso à informação, promovendo o
acompanhamento contínuo dos recursos repassados pelo FNDE;
Fiscalizar as ações com os recursos destinados à educação, adotando
medidas preventivas capazes de evitar que irregularidades sejam cometidas;
Verificar se as comunidades escolar e local participaram do planejamento
para os investimentos dos recursos dos programas do FNDE/MEC, e caso
isso não ocorra denunciar o fato aos órgãos ou entidades competentes.
Identificar as possibilidades para solução de problemas levantados pelos
membros dos Conselhos no tocante a algumas situações do dia a dia;
ESTRATÉGIAS A SEREM DESENVOLVIDAS
Para que os objetivos sejam alcançados serão implementadas as seguintes
estratégias:
Criar em todos os municípios o CAFREB para auxiliar o FNDE/MEC no
acompanhamento e fiscalização sobre a distribuição, a transferência e a
aplicação dos recursos destinados à educação básica;
Fomentar campanhas nos meios de comunicação locais, destacando o que é
ser Cidadão, mostrando às pessoas que todos temos o direito de cobrar do
governo as políticas públicas necessárias para que tenhamos uma Educação
de Qualidade, mas também temos o dever de acompanhar e fiscalizar todas
as ações que estão sendo feitas em prol desse objetivo;
Realizar nas escolas palestra com os pais ou responsáveis para mostrar qual
a importância dos Conselhos, qual sua função e porque é tão relevante a
participação deles nas reuniões. Eles precisam compreender que, assim
como é um direito dos seus filhos ter uma boa educação na escola, é dever
deles acompanhar não só os seus filhos, mas todas as ações que estão
sendo feitas em beneficio dele e de toda comunidade escolar;
Possibilitar que todos os cidadãos tenham acesso às informações referentes
à quantidade de recurso recebido pelo município e por cada escola. Isso
poderia ser feito através da criação de um site para divulgar essas
informações. Também seria interessante que as prefeituras garantissem o
cumprimento da Lei de Acesso à Informação Pública, Lei nº 12.527/2011,
colocando alguém a disposição para dar qualquer informação solicitada;
Criar um site para divulgar as informações sobre os recursos financeiros
recebidos e onde foram aplicados já seria um meio para fiscalizar, só que o
CAFREB estaria encarregado de verificar se as informações prestadas tem
consistência. Isso seria feito a partir de vistorias nas obras que estariam
sendo executadas, inspeção dos materiais comprados, etc. Além disso, ele
iria supervisionar se o que havia sido planejado está realmente sendo
colocado em prática, alertando sobre possíveis irregularidades;
Participar das reuniões dos Conselhos Escolares seria outra função do
CAFREB, para supervisionar como estão sendo as reuniões, se elas
acontecem, de que forma, se as decisões estão sendo tomadas em conjunto
com a comunidade, e o que está sendo feito pela escola para estimular os
pais a participarem das reuniões do Conselho. Caso esteja ocorrendo alguma
irregularidade o CAFREB deve orientar a escola a tomar alguma providência;
Fazer com que o CAFREB não seja apenas um órgão fiscalizador, mas uma
ponte entre escola/município e FNDE/MEC, encarregado de levar ao
conhecimento da instância superior os problemas levantados pelos
Conselhos Escolares para que seja dado um parecer sobre a problemática
em questão, visando assim aproximar as ações promovidas por esta
autarquia, com a realidade de cada escola ou município.
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Educação (MEC). Módulo Competências Básicas / Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - 3. ed., atual. – Brasília: MEC, FNDE, 2010.
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Módulo Fundeb / Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Brasília: MEC, FNDE, 2009.
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Módulo PDDE / Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Secretaria de Educação a Distância – 4ª ed., atual. – Brasília: MEC, FNDE, 2011.