conjuntura macroeconômica em contexto da crise internacional, andré moreira cunha

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Conjuntura Macroeconômica em Contexto de Crise

Internacional

André Moreira Cunha Professor Associado do DERI/UFRGS e Pesquisador do CNPq

Porto Alegre, 26 de Setembro de 2013

Email: [email protected]/[email protected]

http://www.ufrgs.br/ppge/


Visão Geral

1) Economia Brasileira

(i) O contexto internacional

(ii) Semi-estagnação -> “novo modelo”?

(iii) Especialização regressiva e problemas estruturais de competividade

2) Considerações Finais: desafios da competitividade


Contexto Internacional

Crise Subprime -> Crise Financeira Global -> Grande Recessão

(recuperação lenta, assimétrica e instável)


Gráfico 1 – Taxa de Crescimento da Economia Mundial, 1980-2015* (%)

Fonte: IMF – World Economic Outlook, April, 2013. (*) Projeções da fonte para 2013-2015.

Gráfico 2. Taxa de Crescimento – Países Avançados e Emergentes e em Desenvolvimento, 1980-2015* (%)


-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

2012

2014

1981-1990: 3,4%

1991-2000: 3,2%

2001-2007: 4,2%

2008-2015: 3,4%

-3,5

1,2

2,7

5,3

-6,0

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

2012

2014

Avançados Emergentes e em Desenvolvimento


Gráfico 4. Taxa de Desemprego em Economias Selecionadas, Maio de 2013 (%)

Fonte: OECD, IBGE e Bloomberg.

3,1

4,1

4,1

4,6

4,7

5,1

5,3

5,5

5,5

5,8

6,2

6,2

6,6

6,8

6,9

7,1

7,2

7,6

7,7

7,9

8,3

8,4

8,4

8,6

10,5

10,7

10,9

11,2

12,2

12,2

13,6

14,2

17,6

26,8

26,9

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0

CoreiaJapão

China*Suíca

ÁustriaMéxico

AlemanhaIslândia

AustráliaBrasil

Nova ZelândiaChile

HolandaDinamarca

IsraelCanadá

República TchecaEstados Unidos

Grã-BretanhaSuécia

EstôniaFinlândia

TurquiaBélgica

HungriaPolôniaFrança

EslovêniaZona do Euro

ItáliaIrlanda

República EslovacaPortugal

GréciaEspanha


Gráfico 4 – PIB e Exportações de Bens e Serviços da Economia Mundial, 1980-2015* (US$ bilhões)


Gráfico 5. Exportações de Bens e Serviços da Economia Mundial, 1980-2015* (% do PIB)


PIB em 2012 US$ 71.707 bilhões

Exportações em 2012 US$ 22.432 bilhões

-

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

90.000

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

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1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

2012

2014

PIB Exportações

32,3%

27,4%

15,0%

17,0%

19,0%

21,0%

23,0%

25,0%

27,0%

29,0%

31,0%

33,0%

35,0%

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

2012

2014


Antes da crise ......


Antes da CFG: o ciclo foi banido e a Macroeconomia havia resolvido todos os problemas...

“Macroeconomics was born as a distinct field in the 1940's, as a part of the intellectual response to the Great Depression. The term then referred to the body of knowledge and expertise that we hoped would prevent the recurrence of that economic disaster. My thesis in this lecture is that macroeconomics in this original sense has succeeded: Its central problem of depression prevention has been solved, for all practical purposes, and has in fact been solved for many decades. (Robert Lucas Jr., THE AMERICAN ECONOMIC REVIEW, March, 2003, p. 1)


“One of the most striking features of the economic landscape over the past twenty years or so has been a substantial decline in macroeconomic volatility … Several writers on the topic have dubbed this remarkable decline in the variability of both output and inflation "the Great Moderation." Similar declines in the volatility of output and inflation occurred at about the same time in other major industrial countries, with the recent exception of Japan, a country that has faced a distinctive set of economic problems in the past decade.” (Remarks by Governor Ben S. Bernanke at the meetings of the Eastern Economic Association, Washington, DC, February 20, 2004)


“The theme is that, after the explosion (in both the positive and

negative meaning of the word) of the field in the 1970s, there has

been enormous progress and substantial convergence. … The state

of macro is good”. (Olivier J. Blanchard, NBER Working Paper

14259, August 2008)


Has the Business Cycle Changed and Why? James H. Stock, Mark W. Watson: http://www.nber.org/chapters/c11075


Depois da crise ......


Olivier Blanchard

Giovanni Dell'Ariccia Paolo Mauro


“The 2008–09 global economic and financial crisis shook the consensus on how to run macroeconomic policy. It reminded us of the dangers associated with financial sector imbalances; showed the limitations of monetary policy and cast doubt on some of the tenets of its intellectual foundations; and led to a reevaluation of what levels of public debt can be considered safe. This prompted a healthy reconsideration of what worked and what did not, and a debate on how to fix things, ranging from nitty-gritty technical points to broad-based institutional design questions. Five years from the beginning of the crisis, the contours of a new macroeconomic policy consensus remain unclear. But policies have been tried and progress has been made, both theoretical and empirical.” (p. 3)

Blanchard, Dell'Ariccia e Mauro (2013)


Lições de Fischer (2013)


Lição 1 – Atingir taxas nominais de juros próximas a zero (armadilha de

liquidez) não significa chegar ao fim do ativismo monetário.

Lição 2 – Ter um sistema financeiro robusto é forte é uma condição

crítica para a estabilidade econômica.

Lição 3 – Necessidade de regulação macroprudencial.

Lição 4 – Lidar com as bolhas especulativas.

Lição 5 – Prestamista em Última Instância e Grande Demais para

Quebrar


Lição 6 – A importância da taxa de câmbio para economias

pequenas.

Lição 7 – FMI (papel crucial de disseminador de boas práticas)

Lição 8 – Sistema de Metas de Inflação – flexibilidade (olhar para

inflação, emprego/renda e estabilidade financeira).

Lição 9 – Banqueiros centrais não podem entrar em pânico.

Lição 10 – “Nunca diga nunca”.


BRASIL: semi-estagnação -> novo modelo?


Moderate recovery after a quarter of century of semi-stagnation

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

1910

1914

1918

1922

1926

1930

1934

1938

1942

1946

1950

1954

1958

1962

1966

1970

1974

1978

1982

1986

1990

1994

1998

2002

2006

2010

(A) GDP growth, 1910-2011 - 10 Years Moving Average (%)

Globalisation(1980� s onwards)

National Developmentalism(1950� s to 1980� s)

2,50

2,70

2,90

3,10

3,30

3,50

3,70

3,90

4,10

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

(B) GDP based on purchasing-power-parity, 1980 - 2011 (share of world total, %)


Recent recovery versus long term relative decline

0

50

100

150

200

250

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

(A) Exports Value - US$ Billion

0

1

2

3

4

5

6

7

8

Brazil China Korea, Republic of Mexico

(B) Share of World Total (Average, %)

1980-1985 1986-2000 2001-2010


3,9

2,9

2,5

2,7

2,9

3,1

3,3

3,5

3,7

3,9

4,1

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

GDP -PPP, 1980-2011 (IMF)

1,4

0,8

1,3

0,8

0,9

1,0

1,1

1,2

1,3

1,4

1,5

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

Exports current USD (WTO)

2,6

1,7

1,5

1,7

1,9

2,1

2,3

2,5

2,7

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

Manufacturing Value Added, 1980-2010 constant prices 2005 (United Nations)


Brazil – Sectoral Trade Balance, 1997-2012 (US$ billion)Deindustrialization and China’s effect?

Source: APEX-Brasil

19

-60

79

-80-60-40-20

020406080

100

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

Total

Manufacturing sector and others

Natural Resources (raw materials and NR-intensive manufactures)


Brazil: low levels of investments and efficiency

6.148 4.451 1.998 1.120

12.696 14.914

29.874

7.992 13.690

45.158

8.939 14.196

19.725

43.275

68.155

40.953

-

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

Braz

il

Sout

h K

orea

Indi

a

Chin

a

Mex

ico

Ger

man

y

Uni

ted

Stat

es

Japa

n

(A) Labour Productivity, 1960-2011 (GDP per Person Employed, in 1990 GK $)

1960 2011

10

15

20

25

30

35

40

45

1960

1962

1964

1966

1968

1970

1972

1974

1976

1978

1980

1982

1984

1986

1988

1990

1992

1994

1996

1998

2000

2002

2004

2006

2008

2010

(B) Gross capital formation, 1960-2010 (% of GDP)

East Asia & Pacific (developing only) High income: OECD

Latin America & Caribbean Brazil

116 109

163

141

93

158

9889

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

Germany United States

China India Japan South Korea

Brazil Mexico

(C) Total Factor Productivity - Cumulative Growth, 1990- 2009 (1990=100)


Business Cycles Synchronization between Brazil and Its Main Trade Partners, 1975-2010*

Source: Author´s calculations based on The World Bank “World Development Indicators”(*) 15 Year-Window Rolling Correlations of real output fluctuations using Hodrick-Prescott filter.


Considerações Finais: desafios da competitividade

1) Demografia

2) Novos players em setores/etapas intensivos(as) em trabalho: Índia, Vietnã, Bangladesh, Indonésia, África (“fronteira final”)

3) Nova etapa do desenvolvimento da China (avanço acima nas cadeias de valor + grande investidor).

4) Novas tecnologias (ex. gás de xisto) e retorno do ativismo estatal nos PDs.


5) Maldição dos recursos naturais?

6) Custos elevados e baixa produtividade: problemas estruturais (tributários, logísticos etc) dificultam a capacidade do país ser competitivo (especialmente na lógica das CGV)


MUITO OBRIGADO!

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