conhecimento, saber e ciência

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Introdução O trabalho a seguir aborda os conceitos, tipos, históricos e classificação do que vem a ser Conhecimento, Saber e Ciência. 1

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Page 1: Conhecimento, saber e ciência

Introdução

O trabalho a seguir aborda os conceitos, tipos, históricos e classificação do

que vem a ser Conhecimento, Saber e Ciência.

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Conhecimento

Conceito

Conhecimento é o ato ou efeito de abstrair ideia ou noção de alguma coisa,

como por exemplo: conhecimento das leis; conhecimento de um fato

(obter informação); conhecimento de um documento; termo de recibo ou nota em que se

declara o aceite de um produto ou serviço; saber, instrução ou

cabedal científico (homem com grande conhecimento).

O tema "conhecimento" inclui, mas não está limitado a, descrições,

hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos que são ou úteis ou

verdadeiros. O estudo do conhecimento é a gnoseologia. Hoje existem vários conceitos

para esta palavra e é de ampla compreensão que conhecimento é aquilo que se sabe de

algo ou alguém. Isso em um conceito menos específico.

Teorias do Conhecimento ao longo do tempo

I – Teoria do Conhecimento na Antiguidade

Podemos perceber que os Filósofos gregos deixaram algumas contribuições

para a construção da noção de conhecimento:

a. Estabeleceram a diferença entre conhecimento sensível e conhecimento

intelectual

b. Estabeleceram diferença entre aparência e essência.

c. Estabeleceram diferença entre opinião e saber

d. Estabeleceram regras da lógica pra se chegar à verdade

II - Teoria do Conhecimento na Idade Média:

1. Na Patrística - Temos a tendência da conciliação do pensamento cristão

ao pensamento platônico, sendo seu grande expoente Santo Agostinho.

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2. Na Escolásticas - Temos a anexação da Filosofia aristotélica ao

pensamento cristão, com o estreitamento da relação Fé e razão, sendo seu grande

expoente São Tomás de Aquino.

3. Nominalismo - Temos o final do domínio do Pensamento Medieval, com

a separação da Filosofia da teologia através do esvaziamento dos conceitos. Sendo seus

expoentes Duns Scotto e Guilherme de Oclkam.

III - Teoria do Conhecimento na Idade Moderna:

A primeira revolução Científica trouxe várias mudanças para o pensamento,

dentre as quais podemos destacar a mudança da visão teocentrista (Deus é o centro do

conhecimento), para visão antropocentrista (o homem é o centro do conhecimento).

1. O racionalismo de. René Descartes - O discurso do Método: A máxima

do cartesianismo "Cogita ergo sun".

2. O empirismo:

a. John Lock - a experiência

b. David Hume - a Crença

3. O criticismo kantiano: O conhecimento a priori: Universal e necessário.

4. A herança iluminista: A razão.

IV - Teoria do Conhecimento na Idade Contemporânea: A Crise da

Razão.

O novo iluminismo de Habermas

A razão crítica precisa:

a. Fazer a crítica dos limites

b. Estabelecer princípios éticos

c. Vincular construção a raízes sociais.

Tipos de Conhecimento

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Conhecimento sensorial: É o conhecimento comum entre seres humanos e

animais. Obtido a partir de nossas experiências sensitivas e fisiológicas (tato, visão,

olfato, audição e paladar).

Conhecimento intelectual: Esta categoria é exclusiva ao ser humano; trata-

se de um raciocínio mais elaborado do que a mera comunicação entre corpo e ambiente.

Aqui já pressupõe-se um pensamento, uma lógica.

Conhecimento vulgar/popular: É a forma de conhecimento do tradicional

(hereditário), da cultura, do senso comum, sem compromisso com uma apuração ou

análise metodológica. Não pressupõe reflexão, é uma forma de apreensão passiva,

acrítica e que, além de subjetiva, é superficial.

Conhecimento científico: Preza pela apuração e constatação. Busca por leis

e sistemas, no intuito de explicar de modo racional aquilo que se está observando. Não

se contenta com explicações sem provas concretas; seus alicerces estão na metodologia

e na racionalidade. Análises são fundamentais no processo de construção e síntese que o

permeia, isso, aliado às suas demais características, faz do conhecimento científico

quase uma antítese do popular.

Conhecimento filosófico: Mais ligado à construção de ideias e conceitos.

Busca as verdades do mundo por meio da indagação e do debate; do filosofar. Portanto,

de certo modo assemelha-se ao conhecimento científico - por valer-se de uma

metodologia experimental -, mas dele distancia-se por tratar de questões imensuráveis,

metafísicas. A partir da razão do homem, o conhecimento filosófico prioriza seu olhar

sobre a condição humana.

Conhecimento teológico: Conhecimento adquirido a partir da fé teológica,

é fruto da revelação da divindade. A finalidade do teólogo é provar a existência de Deus

e que os textos bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina, devendo por isso ser

realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis. A fé pode basear-se em

experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas que lhe dão sustentação.

Conhecimento intuitivo: Inato ao ser humano, o conhecimento intuitivo

diz respeito à subjetividade. Às nossas percepções do mundo exterior e à racionalidade

humana. Manifesta-se de maneira concreta quando, por exemplo, tem-se uma epifania.

1.Intuição sensorial/empírica: “A intuição empírica é o conhecimento direto

e imediato das qualidades sensíveis do objeto externo: cores, sabores, odores, paladares,

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texturas, dimensões, distâncias. É também o conhecimento direto e imediato de estados

internos ou mentais: lembranças, desejos, sentimentos, imagens.” (in: Convite à

Filosofia; CHAUÍ, Marilena).

2.Intuição intelectual: A intuição com uma base racional. A partir da

intuição sensorial você percebe o odor da margarida e o da rosa. A partir da intuição

intelectual você percebe imediatamente que são diferentes. Não é necessário demonstrar

que a “parte não é maior que o todo”, é a lógica em seu estado mais puro; a razão que se

compreende de maneira imediata.

Aprofundando o tema sobre Conhecimento Científico

O desenvolvimento do método científico deu um contributo significativo

para a nossa compreensão do conhecimento. Para ser considerado científico, um método

inquisitivo deve ser baseado na coleta de

provas observáveis, empíricas e mensuráveis sujeitas aos princípios específicos

do raciocínio. O método científico consiste na coleta de dados através

de observação e experimentação, bem como na formulação e teste de hipóteses.[2] A

ciência e a natureza do conhecimento científico também se tornaram objeto de estudo

da filosofia. Como a própria ciência tem desenvolvido, o conhecimento desenvolveu um

amplo uso que sido desenvolvido no âmbito da biologia / psicologia - discutido em

outro lugar como meta-epistemologia ou epistemologia genética, e em certa medida,

relacionadas com a "teoria do desenvolvimento cognitivo".

Saber

Conceito

O saber é uma forma de compreensão das coisas na qual se integram

conhecimentos particulares, numa perspectiva universal, sendo indissociável da

consciência dos limites do próprio sabe

Tipos:

Saber Empírico

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Representa o primeiro nível de contacto com o real. Trata-se de um saber

pouco organizado e dominado pela espontaneidade.

Saber Científico

O mesmo que conhecimento científico.

Diferença entre saber e conhecimento:

Enquanto conhecimento se refere a situações objetivas e pode originar

formas de conhecimento mais sistematizadas como a ciência, o termo saber aplica-se

num sentido muito amplo aplicando-se a todo o tipo de situações, objetivas ou

subjetivas.

Ciência

Conceito

Em sentido amplo, ciência (do latim scientia, traduzido por

"conhecimento") refere-se a qualquer conhecimento ou prática sistemáticos. Em sentido

estrito, ciência refere-se ao sistema de adquirir conhecimento baseado no método

científico bem como ao corpo organizado de conhecimento conseguido através de

tais pesquisas.

Este artigo foca o sentido mais estrito da palavra. Embora as duas estejam

fortemente interconectadas, a ciência tal como enfatizada neste artigo é muitas vezes

referida como ciência experimental a fim de diferencia-la da ciência aplicada, que é a

aplicação da pesquisa científica a necessidades humanas específicas.

A ciência é o conhecimento ou um sistema de conhecimentos que abarca

verdades gerais ou a operação de leis gerais especialmente obtidas e testadas através do

método científico. Nestes termos ciência é algo bem distinto de cientista, podendo ser

definida como o conjunto que encerra em si o corpo sistematizado e cronologicamente

organizado de todas as teorias científicas (destaque normalmente é dado para

os paradigmas válidos) bem como o método científico e todos os recursos necessários à

elaboração das mesmas.

Histórico da Ciência

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Como já visto, Ciência é um conjunto de

conhecimentos empírico, teórico e prático sobre a natureza, produzido por uma

comunidade global de pesquisadores fazendo uso do método científico, que dá ênfase a

observação, explicação e predição de fenômenos reais do mundo através

de experimentos. Dada a natureza dual da ciência como um conhecimento objetivo e

como uma construção humana, a historiografia da ciência usa métodos históricos tanto

da história intelectual como da história social.

Traçar as exatas origens da ciência moderna se tornou possível através de

muitos importantes textos que sobreviveram desde o mundo clássico. Entretanto, a

palavra cientista é relativamente recente - inventada por William Whewell no século

XIX. Anteriormente, as pessoas investigando a natureza chamando a si mesmas

de filósofos naturais.

Enquanto as investigações empíricas do mundo natural foram descritas

desde a antiguidade clássica (por exemplo, por Thales, Aristóteles, e outros), e o método

científico ter sido usado desde a Idade Média (por exemplo, por Ibn al-Haytham, Abū

Rayhān al-Bīrūnī, Roger Bacon), Robert Grosseteste e Jean Buridan o surgimento

da ciência moderna é geralmente traçado até a Idade Moderna, durante o que é

conhecido como Revolução Científica que aconteceu nos

séculos XVI e XVII na Europa.

Métodos científicos são considerados como sendo fundamentais para a

ciência moderna que alguns - especialmente os filósofos da ciência e cientistas -

consideram investigações antigas da natureza como sendo pré-científica.

Tradicionalmente, historiadores da ciência têm definido ciência sendo suficientemente

abrangente para incluir essas investigações.

A Ciência no tempo

I. A Ciência na idade média

A supremacia da Igreja Católica sobre o pensamento científico

Segundo Kosminsky (1960), a ciência, encontrava-se nessa época.

Sob forte influência da Igreja Católica. A autoridade da Igreja impunha sua

doutrina como verdade que não podia ser discutida. Do mesmo modo, alguns escritores

antigos, como Aristóteles, gozavam de tratamento semelhante. Por isso, muito pouco

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conhecimento a ciência acumulou neste período. A esta ciência foi dado o nome de

escolástica e, sua finalidade principal era demonstrar a verdade da doutrina da Igreja

Católica.

Os sábios medievais acreditavam que a terra tinha forma de disco e

considerava um absurdo a crença em sua esfericidade. Somente no século XIII esta

crença obteve alguma aceitação por alguns sábios que vieram a ter conhecimento da

teoria de Ptolomeu. Porém, ainda acreditavam que a terra era o centro do universo. Em

geral, as noções verídicas encontradas nos escritores antigos eram tidas por estes sábios

como idéias fantásticas.

A Igreja, temendo perder sua autoridade, reprimia toda ideia que poderia

traçar novos caminhos para a ciência, impedindo seu livre desenvolvimento. Mesmo

assim, houve alguns sábios na Idade Média que ousaram com algumas ideias e

descobertas novas. Um deles foi Roger Bacon, que no século XIII foi condenado pela

Igreja Católica ao encarceramento por ensinar que a experiência e a matemática eram a

base da verdadeira ciência.

Durante toda essa época a Igreja foi o maior obstáculo para o progresso do

conhecimento científico. O obscurantismo do clero combateu longa e encarniçadamente

a nova ciência, que lentamente se manifestava, baseada na experiência e na razão.

Contudo, tais empecilhos não podiam deter seu desenvolvimento.

A luta entre a Igreja e a ciência refletia a luta de classes entre o feudalismo e

a então progressista burguesia. Entretanto, depois da vitória, a própria burguesia se aliou

à religião, a fim de desviar a atenção das massas populares exploradas e mantê-las em

estado de submissão.

A escola de Oxford

Ainda vinculada à Igreja, a escola de Oxford é enfocada por Heer(1968) por

ser o primeiro centro de erudição científica, criado por Robert Grossteste. Grossteste foi

estudante e, posteriormente voltou à Oxford para ensinar, chegando a ser chanceler da

universidade e mentor da escola franciscana. A luz que irradiou de Oxford durante a sua

vida foi a luz da sabedoria grega e da pura razão, e a sua influência rapidamente se

espalhou.

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Heer (1968) menciona que Grossteste, adepto de Platão, explicava a

estrutura do cosmos, relacionando a luz e sua energia como a base de toda causalidade

da natureza. Por esta razão, as leis da óptica serviam de fundamento a todas as

interpretações da natureza. O cosmos era a auto revelação do princípio da lua.

Grossteste defendia, tal como defenderia posteriormente Roger Bacon e Galileu, que

nada poderia ser percebido na investigação empírica sem a matemática e a geometria e

que, como em seus próprios estudos, a luz exprimia-se em números e modelos

geométricos.

Grossteste, conforme citação de Heer, fez com que sua teoria da luz, como

princípio universal, servisse para ilustrar as relações da Santíssima Trindade. A luz seria

o agente por meio do qual a alma agiria no corpo.

II. Da Renascença ao Século XX

O Renascimento

Ronan (1983), em sua “História Ilustrada da Ciência”, define a Renascença

como “uma modificação geral no modo pelo qual o homem via a si mesmo e ao mundo

em que vivia.”

A apreciação dos valores humanísticos juntamente com o elemento de

independência política e a expansão capitalista determinaram o surgimento da

Renascença. Teve seu início na Itália, no século XIV, com a redescoberta da

Antiguidade Clássica, cujo espírito humanístico herdado passou, a partir de então, a

desafiar o misticismo e o ascetismo que marcaram a Idade Média e a motivar os homens

a uma mudança de atitudes, ultrapassando os limites do simbolismo medieval. Os

homens passaram, então, a reconhecer a beleza do mundo natural e não apenas um

mundo limitado por imagens sacras.

Aliado a esta mudança de atitude, o aparecimento de cartas marítimas que

redefiniam o conhecimento geográfico da época estimularam o início de grandes

navegações que, com as novas descobertas, com destaque para o navegador Cristóvão

Colombo, trouxeram consigo a ideia de que o homem ainda tinha muito a conhecer,

além do conhecimento adquirido na Antiguidade. Foi também neste período que foram

feitas duas importantes invenções: o papel e a imprensa.

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Com as invenções do papel e da imprensa, os livros passaram a ser copiados

e produzidos muito mais rapidamente do que com o trabalho feito pelos copistas. Isto

permitiu que o pensamento renascentista fosse difundido para muito além dos domínios

da Igreja, e da universidade por ela condicionada.

Este pensamento e as novas descobertas deram origem à Reforma

Protestante, que questionava a autoridade da Igreja e, segundo Ronan (1983), motivou a

ruptura entre a ciência e a religião. Assim, a ciência no século XV ganha um grande

impulso para o seu desenvolvimento e para a sua prática.

III. Personalidades que contribuíram para a revolução científica

Nicolau Copérnico

Segundo Kosminsky (1960), até o século XVI predominou o sistema de

Ptolomeu, o qual defendia que a terra era um centro imóvel onde, ao seu redor, giravam

o Sol, as estrelas e os planetas.

Nicolau Copérnico, nascido em 1473, critica a teoria elaborada por

Ptolomeu, identificando algumas incorreções nesta teoria e abrindo caminho para a

grande revolução astronômica do século XVI(Ronan, 1983).

Insatisfeito com a proposição de Ptolomeu, que dizia que os astros estavam

em movimento desigual, Copérnico apresentou outra explicação: tudo no universo

deveria se mover a uma velocidade invariável. Um ponto de vista mais correto, que

incorporasse o movimento absoluto, poderia surgir se o Sol fosse colocado no centro do

universo e a terra, sendo vista como um planeta percorreria uma órbita em torno do Sol

como faziam os outros planetas (Kosminky,1960;Ronan,1983; Védrine, 1971).

A teoria de Copérnico foi um produto típico da especulação renascentista,

demonstrando como derrubar ideias pré-concebidas e doutrinas aceitas, sendo possível

chegar à uma nova síntese e formulação de uma visão nova da natureza. Além da visão

que o homem tinha de si mesmo, mudou também o modo pelo qual ele encararia sua

ciência. Não coloca mais a autoridade acima da observação e testa cada nova hipótese

contra as experiências, já adquiridas.

Giordano Bruno

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Page 11: Conhecimento, saber e ciência

Como cita Kosminsky (1960), Giordano Bruno apoiava a teoria

heliocêntrica de Copérnico e ensinava que o espaço universal era infinito; que o Sol não

é o centro do universo, mas apenas o centro do nosso sistema planetário, um dos

infindáveis sistemas do mundo.

Segundo Védrine (1971), Bruno cria duas formas de infinito, as quais vão

unificar conceitos heterogêneos como a de um Deus separado, criador de todas as

coisas. O primeiro infinito é chamado de “totalmente infinito”: é tudo o que pode ser,

totalmente presente em tudo, indivisível, ativo e perfeito. O segundo infinito, podendo

ser chamado extensivo, participa do primeiro, mas não é totalmente infinito em cada

uma das suas partes.

Desse modo, pode-se afirmar que Deus e o universo são infinitos, cada qual

a seu modo. Enquanto o universo se desenvolve no tempo e no espaço, Deus os contém

de uma só vez e totalmente.

Galileu Galilei

Segundo Ronan (1983), Galileu nasceu em Pisa, em 1564 e se tornou crítico

da teoria Aristotélica sobre o movimento, escrevendo um pequeno tratado, Movimento,

que Aristóteles distinguiu entre duas diferentes espécies: forçado e natural; para Galileu,

ambos eram essencialmente o mesmo. Galileu pesquisou o movimento da queda dos

corpos provando, ao contrário da teoria Aristotélica, que mesmo que fossem leves ou

pesados, levavam precisamente o mesmo tempo para chegar ao chão. Rolando bolas em

planos inclinados, discutiu também o movimento de corpos ao longo de umasuperfície e

aproximou-se do que mais tarde seria chamada de Primeira Lei do Movimento de

Newton.

Sua abordagem matemática foi de fato tão eficaz que se tornaria a marca

registrada da nova física que se desenvolveria nos séculos XVII e XVIII; razão pela

qual ochamam de “pai da física matemática.”

Segundo Kosminsky (1960) e Ronan (1983), em 1607, na Holanda, foi

inventado um telescópio de longo alcance. Ao tomar conhecimento da invenção, pelas

descrições que chegaram a ele, Galileu construiu com seus próprios meios, um

telescópio para aumentar três vezes o tamanho aparente de um objeto observado e, logo

construiu um instrumento com o poder de ampliação de até 30 vezes. A importância de

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Galileu na história do telescópio deve-se ao fato dele ter empregado cientificamente

esse instrumento, sendo o primeiro a usá-lo com fins astronômicos.

A visão do universo adotada por Galileu era baseada na observação, na

experimentação e numa generosa aplicação da matemática (Kosminsky, 1960; Ronan,

1983).

Isaac Newton

Segundo Ronan (1983), Newton, com a história da queda da maçã, forneceu

a base para a solução do problema dos planetas, confirmando a hipótese de que a força

de atração exercida pela terra para fazer a maçã cair era a mesma que fazia a Lua “cair”

para a terra, e assim a colocava em órbita elíptica em torno de nosso planeta.

Para Kosminsky (1960), Newton expôs os fundamentos das leis mais

importantes do movimento dos corpos, com o que lançou as bases da mecânica

científica, levando os conceitos esboçados por Leonardo Da Vinci e desenvolvidos por

Galileu. Completou também o descobrimento de Kepler, explicando a força da atração

universal. Portanto, a lei da gravitação explicava e unia num só sistema harmonioso

toda a complexidade da mecânica celeste.

IV. Desenvolvimento científico nos séculos XIX e XX

Segundo Ronan (1983), a partir do século XIX todos os ramos da ciência

sofreriam grande desenvolvimento. Com isso surgem as sociedades científicas

especializadas, denotando um grau crescente de especialização ao conhecimento e

tornando necessárias técnicas mais elaboradas. A ciência começou a apresentar um

aspecto mais público, conforme suas conseqüências práticas se tornavam evidentes na

vida diária. Foi durante o século XIX em Glasgow, que a Associação Britânica para o

Progresso da Ciência, foi fundada e criou a palavra cientista. Esta associação organizava

encontros onde cientistas se reuniriam para discutirem seus trabalhos e levá-los ao

conhecimento do público.

É fato que no século XVIII alguns periódicos incluíam contribuições

referentes a assuntos científicos, mas foi a partir do século XIX que essa tendência se

desenvolveu num ritmo mais acelerado e as publicações se tornaram mais

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especializadas. Certamente, conferências científicas populares e instrutivas, assim como

livros científicos populares também se tornaram mais acessíveis à população.

Para Ronan (1983), mais rapidamente que no século XIX a ciênciacomeçou

a avançar durante o século XX. Não foram apenas as descobertas científicas que se

aceleram. Os equipamentos tornaram-se cada mais vez mais poderosos e sofisticados,

obtendo-se resultados muitas vezes assombrosos. Uma vasta quantidade de novas

provas detalhadas conduziu à alguns conceitos complexos e especializados sobre o

mundo.

A ciência no século XX também foi transformada pelo desenvolvimento de

sua tecnologia que facilitou a pesquisa em muitos campos novos. É preciso analisar que

estando ainda no século XX, é prematuro tentar analisar a ciência sob o ponto de vista

histórico; assim, grande parte da pesquisa é muito recente para nos permitir julgá-los,

pois muita coisa ainda está sendo feita.

Classificação da Ciência

Ciências factuais e formais, e ciências naturais e sociais.

Uma das classificações mais fundamentais da ciência se dá em função dos

objetos ou alvos de estudo. Neste nível a ciência geralmente é separada em ciências

formais - geralmente voltadas ao estudo das ferramentas necessárias para se fazer

ciência - a citar-se a linguagem matemática como o exemplo imediato - e em ciências

empíricas, estas voltadas ao estudo dos fatos e fenômenos naturais em si - incluso o

homem em sua integridade.

As ciências formais dedicam-se às ideias, ou seja, ao estudo de processos

puramente lógicos e matemáticos. São objetos de estudo das ciências formais

os sistemas formais, como por exemplo, a lógica, matemática, teoria dos sistemas e os

aspectos teóricos da ciência computacional, microeconomia, teoria da

decisão, estatística e linguística.

Por sua vez as ciências empíricas se dividem em duas

classificações: ciências naturais, cujo alvo principal de estudo é a natureza como um

todo aparte o comportamento humano em específico, e ciências sociais, que estudam o

comportamento do homem e suas sociedades. Embora o alvo de estudo das ciências

sociais seja um alvo científico legítimo, a metodologia específica empregadas por

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Page 14: Conhecimento, saber e ciência

muitas subáreas de estudo neste grupo encerradas muitas vezes exigem importantes

considerações à respeito dos pilares da ciência, principalmente quanto ao associado às

suas fronteiras. Ao se considerarem as ciências sociais não é raro encontrarem-se

estudos no limite do que se considera científico.

As ciências empíricas, por vezes também chamadas de reais, fáticas ou

factuais - se encarregam de estudar os fatos e fenômenos naturais em si - aparte a

questão humana, como dita. Por encontrarem-se facilmente apoiadas na observação e na

experimentação, geralmente não implicam considerações mais rigorosas quanto à

unicidade e fronteiras da ciência, sendo o método científico facilmente compatível com

a metodologia específica a cada uma das subáreas neste grupo - qualquer que seja a

escolhida - e por tal seguido em essência .

As ciências naturais estudam o universo, que é entendido como regulado

por regras ou leis de origem natural, ou seja, os aspectos físicos, ficando os aspectos

humanos geralmente em segundo plano - estes deixados estes para as ciências sociais.

Isso é válido para praticamente para todas as subáreas - todas as cadeiras científicas - a

saber, a Astronomia, Biologia, Física, Química, Geografia e outras.

Considerações Finais

Ao terminar o trabalho a lição que eu tiro dele é que conhecimento, saber e

ciência estão andando sempre juntos com classificações muito parecidas.

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Page 15: Conhecimento, saber e ciência

Referências

http://pt.wikipedia.org/wiki/Conhecimento - Conceito e tipos de

Conhecimento (Acessado em 08/03/2012).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia – Conceito de Ciência

(Acessado em 08/03/2012).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_ci%C3%AAncia –

História da Ciência (Acessado em 08/03/2012).

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia#Classifica.C3.A7.C3.B5es -

Classificação de Ciência (Acessado em 08/03/2012).

http://editora.metodista.br/Psicologo1/psi03.pdf - Histórico da Ciência

(Acessado em 08/03/2012).

http://afilosofia.no.sapo.pt/CONCEITos1.htm - Conceito e Tipos de Saber,

diferença entre saber e conhecimento (Acessado em 08/03/2012).

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