Revista Cultural do Conservatório de TatuíJunho/2008- Ano IV - nº 39

Distribuição Gratuita

As 47 Cordas doCristina Braga TrioShow exclusivo trará o melhor da MPBem apoio à Campanha do Agasalho 2008

As 47 Cordas doCristina Braga TrioShow exclusivo trará o melhor da MPBem apoio à Campanha do Agasalho 2008

Conexões cênicasConexões cênicasJovens alunos de artes cênicas participamde projeto do consulado britânicoJovens alunos de artes cênicas participamde projeto do consulado britânico

Coral bicampeão!Coral bicampeão!Da Boca Pra Fora vence, pela segunda vez,fase final do Mapa Cultural PaulistaDa Boca Pra Fora vence, pela segunda vez,fase final do Mapa Cultural Paulista

2 ENSAIO Magazine

EXPEDIENTEO Ensaio Magazine é uma publicação do Conservatório Dramático

e Musical “Dr. Carlos de Campos” de Tatuí, gerido pela Associação deAmigos do Conservatório de Tatuí, qualificada como Organização Socialda Área de Cultura no Governo do Estado de São Paulo por ato doSenhor Governador, de 12/12/2005, publicado no DOE de 13/12/2005– Seção I. Este informativo foi produzido para distribuição gratuita,financiado exclusivamente por meio de apoio cultural.

Tiragem: 3.000 exemplares

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Rua São Bento, 415 – Tatuí, SP – CEP 18270-820 - Informações: (15) 3251-4573 - www.conservatoriodetatui.org.br - Fotos: Conservatório de Tatuí/Divulgação

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ÍndiceCristina Braga Trio 9Trio carioca apresenta show de MPB; renda serárevertida à Campanha do Agasalho 2008

Conexões do teatro 4Jovens alunos ensaiam espetáculo inédito de LuisAlberto de Abreu, dentro de projeto britânico

Da Boca bicampeão! 5Coral Da Boca Pra Fora vence pela segunda vezfinal do Mapa Cultural Paulista

Bandas da Funarte 8Maestro Neves integra comissão de seleção doprojeto que premiou bandas de todo país

Perspectivas novas 10Diretor Henrique Autran Dourado assina artigosobre rumos pedagógicos

Foto da CapaSaudades de Lina Pires de CamposArtigo

Karin Fernandes*

Provavelmente muitos músicos nãochegaram a conhecer a compositora, pianistae mestra Lina Pires de Campos. Lina faria 90anos dia 18 de junho, se estivesse viva.Infelizmente não está. Sua contribuição parao mundo musical foi muito grande, masmesmo assim muitos de seus discípulosficaram sabendo de sua morte dias depois,devido ao fato de ela não ter filhos e morarsozinha em sua casa em São Paulo. Lina foi,durante alguns anos, assistente de Magda

Lina Pires de Campos

Tagliaferro, uma das mais importantespianistas de todos os tempos. Comocompositora recebeu vários prêmios, dentreeles a “Medalha Roquete Pinto” e o segundoprêmio no “Concurso de Composição RádioMEC”, ambos em 1961. Lina era umaprofessora tão dedicada e capaz que quatrode seus alunos foram primeiros colocadosno sempre disputado “Prêmio Eldorado deMúsica” - Caio Pagano, 1962; MafaldaCarneiro, 1963; Yukie Nishikawa, 1987; eKarin Fernandes, 1999 - feito que nenhumoutro professor de nenhum instrumentoconseguiu realizar.

Suas obras foram publicadas pelas editorasIrmãos Vitale, Ricordi, Musicália e CulturaMusical Editores. Em 1977 ela teve o seucatálogo de peças editado pelo Ministériodas Relações Exteriores.

Fica aqui uma saudosa homenagem paraessa mestra inesquecível

* Pianista, professora do Conservatório deTatuí

Quer escrever pra Ensaio?Leitores interessados em colaborar com

a Ensaio Magazine podem enviar seu artigo,crônica, crítica, carta para a redação:Conservatório de Tatuí - Rua São Bento,415, Tatuí-SP; ou email -comunica@conservatoriodetatui.org.br.

Harpa e MPBA carioca Cristina

Braga faz, e muitobem, o que ninguémpoderia imaginar:coloca a harpa norepertório popular.Ela mostra toda aversatilidade noConservatório deTatuí. A foto é umclose dain s t rument i s t a -cantora.

3ENSAIO Magazine

Natural de Indaiatuba e formado em artescênicas pelo Conservatório de Tatuí, João CarlosBaldasseirine, 22, brilha no longa “Linha de Passe”,de Walter Salles. A produção, que estréia nosegundo semestre, foi aclamada no Festival deCannes em maio – tendo, inclusive, faturado oprêmio de melhor atriz.

Apontado como grande revelação, JoãoBaldasseirine cursa atualmente a Escola de ArteDramática da USP. Para fazer o papel do motoboyde “Linha de Passe”, João participou de quase trêsmeses de laboratórios, ensaios, pesquisas e muitacorreria de moto para cima e para baixo pelasruas de São Paulo.

João Carlos foi escolhido pelo próprio cineasta.“Eu estava em turnê pela Alemanha com a peça‘A Vida na Praça Roosevelt’, e voltei por causa dofilme”, diz.

Ele conta que, após formar-se em Tatuí, deixouo currículo e fez um teste no estúdio de FátimaToledo. O material visual foi analisado por WalterSalles e, após outra bateria de testes, ele foidefinitivamente escolhido. No filme, Joãointerpreta Denis, um motoboy revoltado. A famíliade seu personagem norteia todo o enredo.

Um projeto diferente que tem no cardápio omelhor da música erudita e popular e almoço a R$5. Assim é o “Prato do Dia”, iniciativa da professoraKarin Fernandes que é realizada toda quarta-feira,ao meio-dia, no Espaço Cooperativa (praçaMartinho Guedes, 12).

Semanalmente, alunos de música e artes cênicasdo Conservatório de Tatuí se apresentamgratuitamente no local ao lado de outros artistasda cidade e região. O espaço, garante a professoraKarin Fernandes, “surgiu para que os artistasmostrassem seus trabalhos e, também, para quetodos exercitassem a cidadania tantas vezesesquecida”. “Na verdade nem sempre é fácil ser umcidadão, normalmente é mais fácil ser um meroconsumidor. Se prestarmos atenção em nossoshábitos diários, ficaremos surpresos comodestinamos tão pouca atenção ao nosso planeta eàs outras espécies que nele habitam”, inicia ela.“Por exemplo, nós seres humanos inventamos váriasexplicações para nossos maus hábitos como nãoreciclar lixo por falta de tempo, forçamos animaisa viverem e morrerem de forma terrível porqueachamos que precisamos da proteína da carnedeles...”, comenta.

Pensando nisso, a professora decidiu lançar noespaço uma campanha diferente: “pare de comercarne”. “Se o ser humano parasse de consumir carneos grãos que são usados para alimentar tantosbois poderiam erradicar a fome em nosso planeta”,explica ela.

Outra iniciativa é a de conscientizar cidadãospara a reciclagem. Por isso, quem for assistir ao“Prato do Dia” no mês de junho e levar cincounidades de lixo reciclável (não orgânico)concorrerá ao sorteio de cestas básicas e váriosprêmios. O sorteio acontecerá no dia 25 de junho.

Shows especiais acontecem simultaneamenteao almoço (servido a partir das 11h45). Para quemquiser mostrar sua arte, o agendamento pode serfeito pelo email prato.do.dia@hotmail.com.

Em ‘Linha de Passe’,João Baldasseirine é destaqueFormado no Conservatório de Tatuí ator estréia na ‘telona’ no segundo semestre

A tática de Salles, de selecionar atores aindanão conhecidos do grande público, teve uma únicaexceção: Vinícius Oliveira, o menino que ficouconhecido pela atuação em Central do Brasil, quevive o irmão de Baldasseirine na trama.

O filmeLinha de Passe narra a história de quatro irmãos

envolvidos no mundo do futebol. A tramaacompanha o cotidiano dos quatro irmãos: oaspirante a jogador de futebol Dario (vivido porOliveira); o motoboy Denis (João Baldasseirine); oevangélico Duinho (José Geraldo Rodrigues), quetrabalha em um posto de gasolina; e o pequenoReginaldo (Kaíque de Jesus Santos), uma criançaobcecada pelo desejo de encontrar o pai, umafigura que ele nunca conheceu. Esse quartetoconvive com as angústias de sua mãe, aempregada doméstica Cleuza (Sandra Corveloni),que está grávida de um quinto filho. Sandraganhou prêmio de melhor atriz em Cannes. Lá, aboa acolhida do filme que, ao fim da projeção,foi aplaudido em pé, durante nove minutos, poruma platéia composta por cerca de 2,3 miljornalistas, animou o ator.

‘Prato do Dia’ une música,comida e reciclagem

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Um grupo de dez jovensalunos de artes cênicas doConservatório de Tatuí estáparticipando do projeto“Conexões”, uma iniciativado Consulado Britânico,Cultura Inglesa, ColégioSão Luís, Célia HelenaTeatro-Escola e NationalTheatre. O projetoincentiva o teatro feito porjovens e para jovens comoferramenta para aformação humana ecultural, fomentando, porintermédio do trabalho emequipe, a criação deespaços para a reflexão eexpressão das questõespresentes no jovem de hoje.Sob direção de CarlosRibeiro, os atores locaisestão ensaiando há um mêso espetáculo “O Primeiro Vôo de Ícaro”, musicaldo consagrado Luis Alberto de Abreu.

Para participar do projeto, grupos de teatrodeveriam se inscrever e passar por processoseletivo. Ao todo, são 18 grupos, sendo que doisforam convidados especialmente para participar:o Conservatório de Tatuí e o Núcleo de ArtesCênicas do Sesi Vila Leopoldina. Os grupos recebemuma peça inédita escrita especialmente para serrepresentada, além de participação em atividadesformativas, workshops e oficinas comprofissionais de teatro. São, ao todo, seis textosque serão produzidos por três grupos cada um.Neste ano, participam do projeto os autores LuisAlberto de Abreu, Noemi Marinho, Mário Viana,Moira Buffini, Nigel Williams, Abi Morgan.

Em Tatuí, o elenco é formado por Mateus deMedeiros, Gabriel Henrique, Hélio Jr., RaffaeleBreves, Camila de Moraes, Flávio Rodrigues, RenataRamos, Alexandre Cardoso, Carolina Câmara e

Ciceronados por Simeão Sobral eE d s o n T a m b e l l i ( r o t a r i a n o s et a m b é m c o n s e l h e i r o s d oConse rvatór io ) e pe lo f l aut i s taMar io Mede i ros , o s amer i canosMary Womble, Michelle Hawkins,Kathryn Silva-Brienza Hatch, PennyMay e Patrick Buckohr visitaram acidade de Tatuí em maio. No dia 14,os intercambistas do Rotary ClubI n t e r n a c i o n a l v i s i t a r a m oC o n s e r v a t ó r i o d e T a t u í , aCachaçaria dos Ramos e o resortSabrina (em Cesário Lange).

N o C o n s e r v a t ó r i o d e T a t u í ,v is itaram a maior parte dos setores daesco la e ouv i ram rec i ta l exc lus ivo dopianista Paulo Braga – que apresentou a

Conservatório integra projeto teatraldo consulado britânicoDez jovens atores integram espetáculo inédito de Luis Alberto de Abreu

Letícia Barros. Todos têm entre 12 e 19 anos deidade e estão comemorando a escolha do textode Luis Alberto de Abreu. Isso porque o autor játeve outras obras produzidas pelo Conservatóriode Tatuí.

“Isso será diferente de tudo que já foi feito aqui.Será ótimo para crescimento porque vamos tercontato pessoal com o autor do texto. Serárepercussão nacional”, disse a atriz Raffaele Breves.

Abreu é autor de mais de sessenta peças teatraisencenadas entre as quais “Bella Ciao”, “A GuerraSanta”, “O livro de Jô”, “Um trem chamado desejo”,entre outras. Em cinema realizou, numa parceriacom Eliane Caffé, o roteiro dos filmes “Kenoma”,“Os narradores de Javé” e “Andar às Vozes”.Recentemente co-roteirizou, com Luiz FernandoCarvalho, a microssérie “Hoje é dia de Maria”. “OPrimeiro Vôo de Ícaro” conta a história de umprofessor que relembra a partir de um lugar e defotos, as histórias de três de seus alunos. A primeira

história é sobre uma meninade periferia que nascecondenada por questõessociais e raciais a não darcerto na vida. No entanto,por alguma razãoinexplicável, há nela umsopro de vida que a impelea superar dificuldadessociais e físicas, indo alémdo possível; a segunda ésobre uma garota queresolve se apaixonar e,resolvendo, acaba por seapaixonar de fato; aterceira é sobre umadolescente que detesta asinterferências de seus paisem sua vida até que sedescobre que seus pais jáestão mortos e, mesmoassim, continuam querendodirigir sua vida.

O elenco jovem busca experiência, o que égarantido no projeto. Mateus de Medeiros – queiniciou na área de artes cênicas no projeto“Pensando na Criança” – está perplexo por fazeralgo “tão fantástico” logo no primeiro ano decurso no Conservatório de Tatuí.

Outra expectativa é a de poder comparar suaspróprias produções às de outros grupos. “Vai serótimo, teremos outros parâmetros e, inclusive,poderemos sair de Tatuí e apresentar em SãoPaulo”, disse Renata Ramos.

Conforme o diretor Carlos Ribeiro, o musicalestréia em São Paulo no mês de outubro no Teatroda Cultura Inglesa. Também haverá publicaçãode um livro com textos selecionados. Segundo ele,a experiência é enriquecedora para os estudantese para ele próprio. “Participaremos de váriosworkshops. O próximo será com MarceloLazarotto, professor da Unicamp, entre os dias 30de maio e 1º de junho”, contou ele.

Visita de intercambistas

Americanos com o professor Paulo Braga

acompanhou apresentação daOrques t ra S infôn ica Pau l i s ta ,regida pelo maestro convidadoGottfried Engels.

Um dos americanos, o artistap l á s t i c o P a t r i c k B u c k o h r s ea p a i x o n o u p e l o t r a b a l h o d ocenógrafo Jaime Pinheiro e voltouno dia seguinte para fazer uma“mini-oficina”, abandonando aprogramação do g rupo . “E s telugar é maravilhoso. O Jaime é umartista completo, um fenômeno.Por mim ficaria morando aqui”,brincou ele, que reside em Ohio.

Em quase um mês de Brasil, os americanosconheceram diversos pontos da cidade e daregião.

sua já consagrada composição “Nhonhô daB o t i c a ” . N o m e s m o d i a , o g r u p o

ENSAIO Magazine

O Coral Da Boca Pra Fora, grupo estável doConservatório de Tatuí regido por Cadmo Fausto,tornou-se bicampeão do Mapa Cultural Paulista,evento realizado pela Secretaria de Estado daCultura com objetivo de mapear e premiartalentos em diferentes categorias. A vitória noMapa Cultural Paulista foi anunciada na noitedo dia 11 de maio, em cerimônia realizada noauditório “Simon Bolívar”, no Memorial daAmérica Latina, em São Paulo. Iniciado no anopassado com disputas locais em todos osmunicípios do Estado de São Paulo, o concursoavaliou e premiou trabalhos de artes visuais, cantocoral, dança, literatura, teatro e Vídeo.

Pela categoria canto e coral, o Mapa CulturalPaulista premiou cinco grupos, dentre inscritosde todo o Estado. Foram, ao todo, 14 finalistas.Além do “Da Boca Pra Fora”, foram premiados oscoros “Multicanto da PMSC”, de São Carlos; GrupoVocal do Coral Luiz de Queiroz, de Piracicaba;

Coral “Guiomar Novaes”, de Dracena; e CompanhiaVocal Enrico Nery, de Franca. Os grupos vencedoresfarão apresentações por até cinco cidades doEstado, recebendo ajuda de custo de R$ 1.200,00.

Em 22 anos de existência, o coral Da Boca PraFora não é só o único coro profissional doConservatório de Tatuí. É um dos principais corosdo Estado de São Paulo. Prova disso é o alto níveldos 16 coralistas que integram o grupo regidopor Cadmo Fausto – e, por extensão, a carreira decada um.

Esta é a segunda vez que o Da Boca Pra Foravence o Mapa Cultural Paulista. O grupo já foicampeão na edição de 2001/2002. Na disputa, oDa Boca Pra Fora apresentou três peças. Foramduas peças definidas pelo coro e a terceira, a “peçado ano”, foi indicada pela organização e teve deser apresentada a capela. Foram apresentadas ospiritual “My God is a Rock” e “Benedictus”, deEdmundo Villani-Côrtes. A “peça do ano”, que

obrigatoriamente todos os coros apresentaram, foi“Trem de Ferro”, de Manuel Bandeira e Tom Jobim.

Com um CD gravado, o coral Da Boca Pra Forafoi fundado em 1985 pelo próprio Cadmo Faustoe tem participado de festivais e encontros portodo o Brasil. Em sua trajetória, realizou diversosespetáculos mesclando música com elementos deteatro, destacando a beleza da voz comoinstrumento e ampliando sua expressividadeatravés do canto coletivo. O repertório ecléticoapresenta canções populares (brasileiras, italianase latinas), renascentistas, negro spirituals e peçaseruditas de autores nacionais e internacionais.Pela originalidade e versatilidade de seu trabalho,o “Da Boca” recebeu inúmeros convites paraapresentações em cidades de todo o Brasil e doexterior. O coro é composto exclusivamente poralunos do curso de canto lírico e muitos de seuscomponentes desenvolvem intensa atividade comosolistas nas áreas popular e erudita.

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Da Boca Pra Fora vence fase finaldo Mapa Cultural Paulista

ENSAIO Magazine6

NotasKarin Fernandes no CCBB

A pianista Karin Fernandesparticipa dia 17 de junho doquinto concerto da série“Crisantemúsica, músicacontemporânea erudita japonesa”.Para comemorar os 100 anos daimigração japonesa no Brasil, asérie, que acontece no CentroCultural Banco do Brasil em São

Paulo, promove um intercâmbio musical no qualestão presentes músicos brasileiros compondo novaspeças e executando outras oriundas da tradiçãojaponesa. Também participam da série músicosnisseis que apresentam músicas tradicionais de suasculturas. A direção musical é de Arrigo Barnabé.

Aluno rege orquestra no ParaguaiO aluno de regência Fernando

Peña de Villate rege nos dias 30 e31 de outubro a OrquestraSinfônica Nacional do Paraguay,no Teatro Nacional de Asunción.Ele fará a participação comoregente convidado a convite domaestro Florentino Jimenez. O

repertório das apresentações contará com uma peçainédita do compositor peruano Luis Antônio Meza(“Suíte Átrios”), entre outras.

Quebrando Galho para todosO grupo de choro

Quebrando Galho retomaneste mês de junho suasapresentações porentidades filantrópicasda cidade. A idéia do

coordenador do grupo Alexandre Bauab é levar ochoro e toda sua história a crianças, jovens e adultosque têm pouca ou nenhuma condição de assistir aapresentações formais. Com mais de uma hora deduração, o bate papo em forma de roda de choropassará pela Casa do Bom Menino (dia 3), Lar doBom Velhinho (dia 4), Casa Irmãos de Rua São José(dia 11), Apae (dia 17), Acede (dia 18) e RecantoBetel (dia 24), entre outras instituições.

Engels em masterclassAlém do aplaudidíssimo

concerto frente à OrquestraSinfônica Paulista, o maestroalemão Gottfried Engels realizouuma masterclass para 25 alunosda área de cordas doConservatório de Tatuí. Oitoalunos tocaram para o maestro,

que também é contrabaixista. Ao todo, seapresentaram na da aula seis alunos de contrabaixoe dois alunos de viola, sob coordenação de PedroDelarole.

Em sua passagem pelo Conservatório de Tatuí,Engels afirmou em bom português que “gostou donível dos músicos, que estavam muito bempreparados para o concerto”.

'Descalabro' em cartaz na CapitalEx-alunos do setor de artes

cênicas do Conservatório de Tatuíprotagonizam o “Descalabro”,espetáculo teatral da Trupe Pau aPique que conta fragmentos davida de cinco personagensdistintos. A temporada daprodução começou no último mêsde maio, no Espaço Cultural

Pyndorama (rua Turiaçú 481, Perdizes, São Paulo).Vale destacar no elenco os artistas que já passaram(ou ainda estão) no Conservatório de Tatuí. São ex-

alunos de artes cênicas o diretor geral Iarlei Rangel,os atores Karine Gomes, Rani Guerra, Julio Mello e oiluminador Túlio Pezzoni. A preparação vocal éassinada por Carlos Francisco e Ester Freire. Ester éprofessora do Conservatório de Tatuí e regente docoral “Caindo no Tom”. Quem quiser acompanhar o“Descalabro” pode reservar ingressos pelo telefone(11) 3871 0373.

Apresentação em Águas de São PedroSérgio Gonçalves de Oliveira, o Lagartixa (regente

da Big Band SamJazz), seapresentou no dia 16 de maio comsua banda “Lexo”, formada pormúsicos locais, em Águas de SãoPedro, numa conferênciarotaryana.

Bruno Soares na JazzSinfônica

Bruno Soares, trompetista filho do professorAdalto Soares, brilhou no trompete em maio. Nodia 17, ele fez participação especial no show daJazz Sinfônica no Sesc de Santos. Ele substituiu naocasião nada mais nada menos que Nahor Gomes.

Tese de mestrado sobre arranjos do ProvetaA professora Érica Masson

(curso de MPB&Jazz) defende suatese de mestrado no próximo mêsde julho na Unicamp(Universidade de Campinas). Soborientação do professor Rafaeldos Santos, ela defende tese sobre“Elementos Característicos daEscrita de Nailor Azevedo Proveta

para Instrumentos de Sopro em seus Arranjos paraBig Band”, dentro da linha de pesquisa de análiseaplicada de técnicas e processos composicionais, naárea de processo e criativos.

Noel Rosa, o retornoNão teve quem não se

emocionasse nas duasreapresentações doespetáculo “O Poeta da Vilae Seus Amores”, de PlínioMarcos, produzido pelo

setor de artes cênicas do Conservatório de Tatuí comdireção de Carlos Ribeiro. Acompanhado por platéialotada, o musical transpareceu cuidados de diretorese atores.

Com arrecadação de alimentos não-perecíveisrevertidos ao Fundo Social de Solidariedade, omusical beneficiou as ações sociais com 716 quilosde alimentos, entre eles 226kg de açúcar, 78kg dearroz, 65kg de farinha de trigo e 34kg de açúcarcristal. Todo o alimento foi entregue ao Fundo Socialde Tatuí.

SamJazz no casamento comunitárioA Big Band SamJazz deu

o tom na cerimônia docasamento comunitárioorganizado pelo FundoSocial de Solidariedade daPrefeitura de Tatuí. O grupo

coordenado por Sérgio Gonçalves de Oliveira fez aparticipação musical no evento realizado dia 31 demaio, na Concha Acústica. Ao todo, 51 casaisoficializaram a união.

Aplausos e congratulaçõesNo último mês de maio o Conservatório de Tatuí

recebeu quatro moções de aplausos e congratula-ções aprovadas pelos vereadores da Câmara de Tatuí.O vereador Oswaldo Laranjeira Filho propôs moçãopara o maestro Cadmo Fausto e o coral Da Boca Pra

Fora pela vitória do grupo no Mapa CulturalPaulista. O vereador Ademir Cleto assinou moçãoao maestro Dario Sotelo e à Orquestra de SoprosBrasileira pelo lançamento do primeiro DVD do gru-po. Já o vereador Luiz Antonio Voss Campos propôsmoção ao grupo de choro Quebrando Galho peloexcelente trabalho do quarteto. Edno Galvão assi-nou moção aos novos integrantes do Conselho deAdministração da Associação de Amigos do Con-servatório de Tatuí.

Novo ConselhoDia 26 de maio foi realizada a primeira reunião

do novo Conselho de Administração da Associaçãode Amigos do Conservatório de Tatuí. Presidida porCristiano Guimarães, a reunião contou com presen-

ça maciça de todos os inte-grantes: Cimira Cameron,Deise Juliana de Oliveira,Edson Luiz Tambelli, Fabi-ano Gava, Flora Kuri Mili-to, Gil Jardim, Vlamir Ra-

mos, Jorge Rizek, Ricardo Simões, José Erasmo NegrãoPeixoto, Marcos Pupo Nogueira, Maria Ângela Men-des de Almeida, Simeão José Sobral e WilsonBertrami. O grupo volta a se reunir no mês de julho.

Banzai!O Grupo Percussionista

de Câmara deu show nodia 17 de maio para cele-brar o centenário da imi-gração japonesa em Tatuí.O evento, que lotou o tea-

tro, atraiu dezenas de representantes da comunida-de japonesa local. Destaques para as participaçõesespeciais do Balleteatro Fred Astaire (que apresen-tou coreografias de Marilene Lorenzetti e AnaCristina Machado) e do grupo Inazuma Taiko, daUnião Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira deSorocaba. Os 20 jovens (entre eles um de apenas 11anos de idade) arrancaram aplausos da platéia. Adireção do show, que teve cenário de Jaime Pinhei-ro, foi de Luis Marcos Caldana, maestro do GPC.

Mais um na OsespO aluno Daniel Santos (fagote) foi convidado pelo

maestro John Neschling a integrar o corpo fixo daOsesp. Quem traz a informação, toda orgulhosa, é aprofessora Regina Orsi. Ela, além de Solange Coelho,Renata Botti e Alexandre, foram os professores egrandes incentivadores de Daniel, que está há maisde um ano na Academia da Osesp.

Câmara em AçãoToda terça-feira, às 19h, com entrada franca, o

salão Villa-Lobos recebe grupos de música de câ-mara para o “Câmara em Ação”, projeto coordena-do por Regina Orsi e Miriam Braga. Em maio, oprojeto recebeu grupos como o Quinteto Brasiliano(Otávio Blóes, Marcos Pedroso, Cristiane Blóes, PedroPaulo do Nascimento e Agnaldo Silva) e o coral deTrombonistas. Para junho, já estão agendadas apre-sentações de grupos de performance e, na semanado Dia dos Namorados (celebrado em 12 de junho),um evento especial. A professora Regina Orsi pes-quisa casais para apresentações integradas.

Coral da CidadeO Coral da Cidade “José dos Santos” fez dia 31 de

maio, na Igreja da Santíssima Trindade localizadana Praça Dr. Elias Garcia em Tietê, uma apresenta-ção especial. O coro regido por Cadmo Fausto fezapresentação em homenagem a MarceloTupinambá, nascido em Tietê – aliás, terra natal deCamargo Guarnieri, Fred Jorge, Luis Marcos Caldana.Entre os clássicos de Marcelo Tupinambá está “Tris-teza do Caboclo”.

7ENSAIO Magazine

O maestroAdriano Machado esua OrquestraSymphonica Villa-Lobos estiveram nocentro das atençõesno dia 18 de maiono Parque doIbirapuera em SãoPaulo. O maestrotitular da OrquestraSinfônica Paulistado Conservatório deTatuí coordenou oshow especial doprojeto Viva Cônsul, que levou dezenas deatividades artísticas ao parque.

Em sua segunda edição, a produção do “VivaConsul” ficou por conta do Banco de Eventos, umdos principais players do mercado promocionalbrasileiro. O evento também tem campanha criada

Até parece que o pequeno cachorrinhoadivinhou. Depois de sofrer um atropelamento naavenida Coronel Firmo Vieira de Camargo, o vira-latas escolheu a “casa-estúdio” da Camerata LesEnsembles como abrigou. Não deu outra. Osmúsicos se sensibilizaram e se cotizaram para oatendimento veterinário. E a comoção foitamanha que até outros músicos do Conservatóriode Tatuí colaboraram com o atendimento.

Totalmente recuperado, o filhote virou mascoteda Les Ensembles e foi batizado com nomesignificativo: Lully. Jean Baptiste Lully deucontribuições determinantes à arte da regência.Foi ele quem inventou o ensaio de orquestra paradefinir a interpretação das músicas. E foi numdesses ensaios que inventou também uma novatécnica de regência: sem conseguir reger aorquestra enquanto tocava seu violino, como eracostume na época ele pegou sua bengala ecomeçou a batê-la no chão com muita força afim de marcar o andamento. Com isso estavainventada a batuta. Em tempo: Lully morreu dela.Em 1687 Lully estava regendo um concertoreligioso de costas para a sua orquestra, parapoder ficar de frente para o público – onde estava

Adriano Machado coordenashow do Viva Consul

Les Ensembles e o mascote Lully

o Rei. Empolgado com os violinos, Lully distraiu-se e bateu o bastão com muita força no própriopé, esmagando o seu dedão. Como os sapatosfranceses na época não eram um primor dehigiene, nem Fleeming tinha inventado apenicilina, o dedo de Lully infeccionou a ponto deser preciso amputá-lo. Recusando-se a fazê-lo, oregente morreu quinze dias depois, vítima de suaprópria batuta.

No caso do mascote Lully, o violinista Fernandoexplica o motivo do nome. “Ele estava com a patamachucada, assim como o regente. Teve fraturaexposta e ficou muito mal”, contou ele.

Para quem ficou preocupado com o filhote, elemanda notícias: está feliz da vida na casa nova etornou-se fã de carteirinha da Les Ensembles.“Parece incrível, mas ele assiste a todos os ensaiosno maior silêncio”, contou Fernando.

Agradecimentos especiais à todos que sesensibilizaram com o atropelamento de Lully, emespecial para: Fernando e Felipe (violino), Raissa(cello), Paulo (viola), Marcos Franco (fagote),Giovani (flauta), Fernando Cheque (trombone),Gustavo (viola) e o maestro Claudio Casarini, o“pai adotivo” do Lully.

pela agênciaDM9DDB.

A atraçãoprincipal do “VivaConsul” foi aapresentação daOrquestra Villa-Lobos - que éformada por váriosprofessores e alunosdo Conservatório deTatuí – e contoucom participaçãoespecial de ElbaRamalho, Paula

Lima e Toni Garrido.Os ensaios da orquestra, com a presença dos

cantores, foram realizados nas dependências doConservatório de Tatuí. Todos os arranjos do show,que trouxe grandes sucessos do trio de convidados,foram assinados por Adriano Machado.

A professora Juliana Oliveira está concluindo osúltimos detalhes para o lançamento da “III Mostrade Violões”, projeto idealizado por ele e que visa,em suma, trazer ao setor de violões do Conservatóriode Tatuí grandes nomes da atualidade no cenáriomusical. Ela promete novidades, como a que já seapresentou no dia 6 de maio. O recital do violonistaJoão Carlos Victor, 22, foi uma pequena mostra doque o evento trará em 2008.

O baiano João Victor tem se destacado no cenáriomusical como o violonista mais premiado de suageração. Detentor de 14 prêmios em concursos, elejá recebeu troféus do I Concurso Internacional VitalMedeiros, III Concurso Nacional de InterpretaçãoViolonística do Piauí, VII Concurso Nacional HeitorVilla-Lobos, I Concurso Jovens Solistas da Orquestrade Câmara de Ouro Branco, I Concurso Nacionalde Violão da Universidade Federal de Goiás,obtendo em todos nota máxima.

No prestigiado Concurso Internacional JoaquimRodrigo (Madri – Espanha), foi um dos 22violonistas selecionados de diversos países aparticipar do evento.

A apresentação no Conservatório de Tatuí foi oúltimo recital de João deste ano no Brasil. Nestemês ele segue para a Alemanha, onde recebeu bolsade pós-graduação da DAAD para aperfeiçoar-secom o violonista Franz Halász, na Hochschule fürMusik Nurnberg. Com interpretação impecável eestilo característico, o violonista arrancou suspirosda platéia com um repertório pra lá de difícil: F.Milano- Ricercares 38 e 57, J.S. Bach-Ciaccona BWV1004, F.Schubert- Standchen Aufenthal, J.Rodrigo-En los Trigales, finalizando com o italiano NuccioD’Angelo-Due Canzoni e Lidie.

III Mostra deViolões no forno

‘Procópio Ferreira’ recebeespetáculos de dançaO teatro “Procópio Ferreira” recebe neste mês de

junho espetáculos de dança produzidos e dirigidospelas companhias de dança “Studio SilmaraVerzinhassi” e “Ballteatro Fred Astaire”.

Nos dias 7 e 8 de junho, às 20h, será apresentadoo espetáculo “Cores em Movimento”, que conta com70 bailarinos e traz coreografias de balé clássico,sapateado americano, jazz, dança do ventre, con-temporâneo, dança de salão, entre outras. Os in-gressos custam R$ 10 (antecipados) e R$ 20 (nabilheteria). Vendas pelo telefone (15) 3205-1127 /3305-6682.

Já nos dias 21 e 22 de junho é a vez do BalleteatroFred Astaire apresentar-se com um elenco de 150bailarinos nas modalidades de jazz, sapateado, balé,dança de salão, dança do ventre e dança de rua, emduas sessões. O espetáculo “Ritmo Poético” pode servisto às 15h30min. Ingressos podem ser adquiridospelo telefone (15) 3251-8417.

Pode parecer estranho e até falta de educaçãoreferir-se a uma pessoa tão querida e especialdessa maneira: “O CARA”. Mas isso é uma pequenabrincadeira e ao mesmo tempo uma homenagempara aquele que foi tão importante na vida demuitos de nós trompetistas.

Muitos de seus alunos, porque não a maioria,com certeza logo após ler o título, irão se lembrarde algum momento durante as aulas em que elese virou e com aquele olhar sério dizia: “Ô cara!Você estudou? Se estudou, estudou errado! Perdeutempo! Não é assim! Hummm!”

Assim era o nosso querido Capitão, rigoroso,sério, competente, dedicado e preocupado comseus alunos. Dotado de uma memória fantásticasabia o que cada um de seus alunos estavaestudando porque conhecia todos os estudos epeças de cor. Grande amigo, um ótimo ouvinte denossas queixas e problemas e mestre na arte denos ajudar. Homem culto, discutia sobre qualquerassunto, não gostava de perder tempo, aproveitavasuas viagens de ônibus para ler e fazer palavrascruzadas, seu passatempo predileto.

Pessoa caridosa, quantos de seus alunos oucolegas de trabalho não têm um bocal ou umapartitura que era dele sem ele nunca ter cobradonada por isso?

Edgar Batista dos Santos, nascido em 10 deagosto de 1934, na cidade de Espírito Santo noEstado da Paraíba, filho mais velho de seuFelisberto Batista dos Santos e Otília Batista dosSantos. Depois dele ainda vieram mais 19 irmãos.Seu pai Felisberto era um empresário no ramo depedreiras e pastor da igreja Presbiteriana, daí seorigina seu contato com a música. Aos oito anoso então garotinho Edgar fazia parte do coral daigreja juntamente com sua mãe, cantando semprea voz mais aguda (soprano). Com a chegada da

Um ano sem ele, o ‘cara’,

adolescência, o que era perfeitamente previsto,sua voz sofrera algumas alterações. Paracontinuar exercendo o papel de soprano, forçousua voz, o que o deixou rouco - aliás, seqüela queo acompanhou por toda a sua vida.

Edgar passou por uma pequena maratona parachegar ao trompete. Primeiro veio o clarinete,depois o sax-alto, o bombardino e o trombone.“Eu queria o trompete, mas a escola achava queeu era muito pequeno, fraquinho, então eles foramadiando, esperando que eu ficasse um pouco maisforte, encorpado”, contava ele.

Ainda muito jovem seu dia a dia era bem cheio.Das 8:00 às 12:00 ia à escola, das 13:00 às 18:00ajudava seu tio Antonio em sua alfaiataria - poisé, ele trabalhou como alfaiate - e três vezes porsemana a partir das 20:00 ia à escola de música.Foi o que fez dos dez aos quatorze anos, umaprova que desde muito cedo nunca teve preguiçaou medo de enfrentar a vida.

Nessa época com mais dois amigos os irmãosDorimar e Dorinaldo formaram um trio para tocarmúsicas natalinas. Dorimar no banjo, Dorinaldona percussão e Edgar no trompete. Nos meses denovembro e dezembro tocavam quase todos osdias, conseqüentemente seu amor pela música epelo trompete já estava mais do que declarado.Assim, começaram a surgir alguns trabalhos emfestas, circos, bailes... Porém, a igreja quefreqüentava fez severas restrições em relação aesse tipo de trabalho. Depois de uma boa conversacom seu pai e sua mãe ele acaba abandonando aigreja para seguir carreira como músico.

Seu pai Felisberto queria que Edgar estudasseteologia e viesse a ser pastor, assim como ele. Suamãe Otília gostaria que entrasse para a carreiramilitar - era mais seguro e teria um futuro maisgarantido. Já seu avô João gostaria que ele

estudasse agronomia para que um dia viesse atomar conta da fazenda.

Em 1951, na cidade de Recife assinou seuprimeiro contrato tornando-se um profissional:iria trabalhar na orquestra da Rádio Tamandaré,que só fora inaugurada em 1952. Durante esteperíodo de quase um ano a orquestra gravavajingles e alguns programas pilotos, dentre outros.Foi nesta época, durante os ensaios da orquestra,que Edgar conheceu sua esposa. “Ela ia ver osensaios e meu amigo Dimas Sedicias dizia que elaestava olhando para ele. Como ele já a conheciafoi falar com ela, e ela disse que não era pra eleque estava olhando e sim para aquelejaponesinho... ai (risos)”, contava.

Sim, essa é a dona Carmem, carinhosamentechamada por ele e por nós de dona Carminha,mulher que o acompanhou por toda a sua vida.Foram 55 anos de casamento.

Em março de 1953, período de Carnaval, chegaa São Paulo para trabalhar na Orquestra Clovis-Eli. Primeiro trabalha no Salão Verdi,posteriormente no Cuba Danças “um táxi-dancemuito badalado da época”.

Ainda como free-lancer, sob a regência domaestro Gabriel Migliori, participa de algumasgravações de trilhas para filmes da entãoconhecida Companhia Cinematográfica Vera Cruz.Logo depois vem a ser contratado pela mesma,tendo como maestros titulares Gabriel Migliori eEnrico Simonetti.

Em setembro de 1953 começa a trabalhar naRádio e TV Tupy, deixando-a cinco anos depois, em1958. Em 1960 entrou para a orquestra de EnricoSimonetti com a qual seu primeiro trabalho foi ainauguração de Brasília - em nossas conversas,repetidas vezes Capitão dizia que trabalhar comSimonetti era maravilhoso e foi sem dúvida uma

Leopoldo Artuzo*

Orquestra Clovis Eli (da esquerda para a direita, primeira fila): Jaime, Capitão, Antonio Arruda, Dorimar, Pintan, Serra, Casé, Waltinho. Segunda fila:Marcos, Paulinho, Altino, Piray, Eli (maestro), Norato, Salinas e Bolo Fofo.

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, nosso querido Capitão

das melhores experiências pela qual passou aolongo de toda sua vida como músico, trabalho quedurou aproximadamente cinco anos, pois o maestroSimonetti viajara para Europa.

A partir dessa época já alcançara prestígio efama como trompetista, principalmente comoprimeiro trompete. Muitos de seus companheirosda velha guarda ainda recordam que ele tinhaum maravilhoso domínio do instrumento, alémde uma memória invejável. Certa vez conversandocom o trompetista Magno D’Ancantara, oMaguinho, o mesmo me disse: “Capitão tinha umamemória incrível, depois de um ou dois trabalhos,já tocava tudo de cor”.

Edgar também teve sua passagem pela Osesp.Em 1968 fez o exame tocando o Concerto deHaydn em Eb e a Sonata de Paul Hindemith, ambasas peças usando um trompete em Bb. Trabalhouna orquestra por aproximadamente três anos.

Durante toda sua vida Capitão foi um grandepesquisador. Sempre interessado em melhorar eaprimorar sua técnica não poupou esforços paraestudar e pesquisar métodos, que muitas vezestinha que importar.

Como professor de trompete deixou sua marcaem algumas edições do Festival de Inverno deCampos do Jordão, na Escola Municipal de Músicade São Paulo, na ULM, na Escola Novo Tempo epor mais de 20 anos no Conservatório de Tatuí.

Sobre seus alunos seria injusto citar algunsnomes e esquecer de outros, pois na verdadeCapitão conseguiu deixar um grande legado - amaioria de seus alunos integram grupos eorquestras importantes em todo país.

É impossível dizer o número de shows, gravações,concertos, workshops e palestras que ministrou, poisnem mesmo ele sabia. Sabemos que são inúmerostrabalhos, para citar somente algumas orquestras

com as quais ele trabalhou temos: Enrico Simoneti,Erlon Chaves, Carlos Pipper, Maestro Zezinho, CyroPereira, Luis Arruda Paes, Nelson Ayres, OsmarMilani, Gilberto Gagliardi, Silvio Mazzuca, ÉlsioAlvarez, Chiquinho de Moraes, Orquestra Galery,Banda 150 do Maksoud Plasa e os internacionaisRay Conniff, Paul Mauriat e Benny Carter. Aqui noConservatório várias pessoas tiveram aoportunidade de ouvi-lo em apresentações com aOrquestra do Festival de MPB, Big Band SamJazz eOrquestra de Sopros Brasileira.

No dia 19 de junho fará um ano que nossoquerido Capitão nos deixou. Com essa viagemperdemos um grande amigo, um grande mestre, eo Brasil perdeu um grande artista.

* Trompetista, ex-aluno de Capitão, professordo Conservatório de Tatuí e regente do grupo demetais "Gilberto Gagliardi"

Capitão Festival de MPB de Tatuí 1995 - trompetes: João José, Paulinho, Capitão, Leopoldo e Carioca.Ao fundo Rafael (trompa), Bambam, Cebola e Gilberto Gagliardi (trombones)

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O maestro Antonio Carlos NevesCampos integrou, de 12 a 16 demaio, a comissão de seleção doPrograma Nacional Bandas deMúsica, do Projeto Bandas do Centroda Música da Funarte (Ministérioda Cultura). A comissão foi formadapor cinco músicos, das cincodiferentes regiões do Brasil. Cada umjulgou uma região diferente da suade origem.

O Programa Nacional Bandas deMúsica concede prêmios paraaquisição de instrumentos de soproa bandas de todo o Brasil. O objetivoé contribuir para a melhoria daqualidade técnica e artística dosconjuntos musicais do país. Foramcontemplados 138 projetos, comprêmios no valor de até R$ 20 milcada um, atendendo a todos os Estados dafederação.

Além do maestro Neves representando a regiãoSudeste, integraram a comissão Fernando Berti(Região Sul), Eduardo Nóbrega (Nordeste), JarbasCavendishi (Centro-Oeste) e Anamaria Peixoto(Norte). O grupo foi coordenado por Rosana G. Lemos.A seleção ocorreu na sala Ibiza do Hotel OK, no Riode Janeiro. O grupo avaliou 550 projetos pré-selecionados e, destes, saíram os 138 vencedores.

Maestro Neves integra comissãodo Projeto Bandas

Para selecionar os projetos, a comissão observoua qualificação da banda, a clareza na exposiçãode suas necessidades e a viabilidade prática doprojeto.

O diretor do Centro da Música da Funarte, PedroMüller, explica que esta é a primeira vez que oPrograma Nacional Bandas de Música não distribuidiretamente os instrumentos de sopro e, sim, a verbaa ser utilizada na manutenção da banda. “A Funarteoptou por custear a aquisição dos instrumentos,

pois desta forma evitamos asdespesas com transporte econseguimos atingir mais bandas emtodo o País. Além disso, oscontemplados têm liberdade paraadquirir os instrumentos maisadequados à sua realidade”, disseMuller.

O maestro Neves afirma ter ficadosurpreso com o alto número debandas inscritas na região Norte eNordeste do país. “Eu avaliei cercade 80 bandas da região Nordeste,sendo que o Estado da Paraíba erao que tinha o maior número debandas inscritas”, destacou ele. OEstado de Minas Gerais, com 173bandas pré-selecionadas, foi orecordista nesta edição.

O Programa Nacional Bandas deMúsica é uma das ações do Projeto Bandas,desenvolvido desde 1976 pelo Centro da Música daFunarte. Além do programa que viabiliza a aquisiçãode instrumentos, o Projeto Bandas mantém umcadastramento das bandas de todo o País; promovecursos de reciclagem para instrumentistas e regentes,e cursos de manutenção e reparos em instrumentosde sopro; edita e distribui partituras especialmentearranjadas para bandas e o Manual de Reparo eManutenção de Instrumentos de Sopro.

A flautista Celina Charlier faz neste mêsmasterclass e recital especiais no Conserva-tório de Tatuí. O recital acontece às 20h30da terça-feira, 24, no teatro “ProcópioFerreira”. Já o masterclass será na quarta-feira, 25, nas dependências da escola.

No recital “Sonoridade”, Celina Charlierapresentará obras como “Image” (EugeneBozza - flauta transversal em dó), “SuiteVirtuose” (Hans Ulrich Staeps - flauta docecontralto 440), “Music for a Bird” (HansMartin Linde - flauta doce contralto 440),“Tico-tico no fubá” (Zequinha de Abreu -flauta transversal em dó), “Incertezas”(Henrique Autran Dourado - flauta trans-versal em dó), “Syrinx” (Claude Debussy -flauta transversal em dó), “Mei” (KazuoFukushima - flauta transversal em dó), “A terceirafolha do diário de um saci” (Edmundo Villani-Côrtes- flauta transversal em dó), “Partita em lá menor”(J.S. Bach- em 2 versões - para flauta transversal emdó e flauta doce contralto 415) e “VermontCounterpoint” (Steve Reich - 3 flautas e tape). Os

ingressos serão vendidos a R$ 5 (R$ 2,50 idosos,aposentados e estudantes), e R$ 3 Associados daAACT. Estudantes do Conservatório têm entradafranca.

Nascida em São Paulo em 1974 e radicada emNova Iorque há nove anos, Celina Charlier toca pro-

fissionalmente desde 1989, tendo se apre-sentado no Brasil, Argentina, EstadosUnidos, Malta e Itália, como solista,camerista e integrante de orquestra. For-mada em flauta doce e flauta transver-sal pela Escola Municipal de Música deSão Paulo, Bacharel em flauta pelaUNESP e Mestre em flauta pela New YorkUniversity, onde atualmente termina oPhD in flute performance e leciona nodepartamento de música.

Neste recital de flauta solo, Celina apre-senta um panorama musical através daflauta. O repertório inclui Barroco alemão,Impressionismo francês, Minimalismonorte-americano, além de música brasi-leira erudita e chorinho. Breves explica-

ções musicais, de interesse para leigos e para músicos,enriquecem a audição da vasta gama sonora de cadauma das cinco flautas tocadas por Celina neste pro-grama. O recital inclui duas músicas compostas es-pecialmente para Celina por Edmundo Villani-Côrtese Henrique Autran Dourado.

Celina Charlier em masterclass e recitalRadicada há nove anos em Nova Iorque, flautista faz apresentação com repertório variado

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Unir harpa a música popular brasileira é aexcêntria especialidade da carioca CristinaBraga. Ela faz com seu trio na sexta-feira, dia6, apresentação exclusiva no teatro “ProcópioFerreira”, a partir das 20h30. Será a primeiraapresentação do trio em Tatuí e com caráterespecial: toda a bilheteria do evento serádes t inada à Campanha do Agasa lho ,realizada pelo Fundo Social de Solidariedadeem parceria com a Sabesp. Os ingressos serãovendidos a R$ 10,00 (meia entrada paraestudantes, idosos e aposentados).

Formado por Cristina Braga (harpa e voz),Ricardo Medeiros (contrabaixo, violão edireção musical) e Joca Moraes (bateria debambu) , o Cr i s t ina Braga Tr io traz umrepertório todo especial . Entre as obrasconfirmadas para a apresentação estãomús icas como “Ve le i ros” (V i l la-Lobos ) ,“Valsinha” (Chico Buarque / Vinícius deMoraes), “Inútil Paisagem” (Tom Jobim /Aloysio de Oliveira), “Pedaço de Mim” (ChicoBuarque ) , “Ba ião Malandro” (Egber toGismonti), “1 X 0” (Pixinguinha), “Palma daMão” (C. Braga / R. Medeiros), “Último Canto”(Francis Hime / Ruy Guerra), “Sol com Chuva”(C. Braga / R. Medeiros), “Disparada” (GeraldoVandré / Theo de Barros), “O Beijo” (C. Braga /

T. Moreira / R. Medeiros), “Trenzinho doCaipira” (H. Villa-Lobos), entre outras.

O show fará poético tributo às grandescanções brasileiras que seduziram o mundo evivem no limiar do já popular-clássico quetranscenderam a bossa nova com seusaspectos me lód icos , harmônicos emelancólicos, saindo das penas de ícones damúsica popular brasileira como Tom Jobim,Chico Buarque, Francis Hime, Vinicius deMoraes, e Geraldo Vandré.

Dona de um talento extraordinário que apermite transitar da bossa nova ao samba,passando pelo choro até os grandes clássicos,Cristina Braga é primeira harpista do TheatroMunicipal do Rio de Janeiro, e desde cedo,trilhou paralelamente à sua carreira clássicaum caminho consistente e inesperado na MPB.Nos últimos anos Cristina guardou a surpresade revelar uma voz linda e suave, que temfeito enorme sucesso nos EUA e na Europa epode se r confer ida nos d i scos “HarpaBrasileira (2004), Cortejo (2006) e em seupróximo CD, a ser lançado em abril de 2008,pela Biscoito Fino.

Cristina já participou em DVDs de grandesart istas como Lenine, Ol ív ia Hime, AnaCarolina e Titãs. Fez parte do Opus5, grupo

que gravou o primeiro disco de samba dahistoria brasileira em que a harpa faz a baseharmônica; acompanhou Titãs, Zizi Possi,Nara Leão e Quarteto em Cy entre outros.Cristina tem 14 discos gravados, sendo algunslançados no Japão, Taiwan e nos EstadosUnidos.

Hoje, a harpista é uma das diretoras doCongresso Mundial de Harpas, curadora doCentro Municipal de Referência da MúsicaCarioca e consultora do Festival Vale do Caféque idealizou e dirigiu por quatro anos, naantiga e histórica rota do café, no interiordo Rio de Janeiro.

Campanha do AgasalhoA realização do show "47 Cordas" é a

contribuição do Conservatório de Tatuí àCampanha do Agasalho 2008, realizada nomunicípio pelo Fundo Social de Solidariedade.Toda a renda obtida com o show será destinadaà campanha, promovida em parceria com aSabesp. Os interessados também podem doaragasalhos (de preferência em bom estado) econtribuir com a campanha, que atendeanualmente a centenas de famílias carentesna cidade.

As doações podem ser feitas no próprioFundo Social de Solidariedade.

Conservatório recebe show de MPBConservatório recebe show de MPBRenda do show será revertida à Campanha do Agasalho do Fundo Social de SolidariedadeRenda do show será revertida à Campanha do Agasalho do Fundo Social de Solidariedade

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Perspectivas novas para amúsica em Tatuí

Artigo

Professor DoutorHenrique Autran Dourado*

A carreira de músico, em qualquer país, não éexatamente aquela que volta e meia no vulgo seapregoa, a chamada “vida na flauta”, comoquerem alguns; pelo contrário, é uma vidaestressante, plena de competição em seu dia-a-dia, desde os primeiros momentos de iniciaçãoaté o mais alto grau na carreira; seja do músicopopular que abraça a idéia de conseguir um lugarao sol – principalmente fora dos circuitoscomerciais da TV aberta -, seja a do que buscauma posição em uma boa orquestra sinfônica oucomo solista, por exemplo.

O estudo de um instrumento é uma labutaincessante e desgastante: como Bach dizia, são90% (as cifras são modernas, não são da lavra dogrande compositor alemão) expiração e 10% deinspiração. O trabalho sobre um instrumento éum ato de verdadeira devoção introspectiva, epoucos se qualificam para o sucesso profissional– não fosse assim, haveria uma platéia de músicose um ouvinte no palco! (O grande escritor francêsMarcel Proust dizia que “tudo o que temos debom veio dos neuróticos; foram eles, e não osoutros, que compuseram as obras-primas efundaram as religiões. Jamais o mundo saberá oquanto lhes deve para lhe dar tudo o que deram”).

Quantas horas de sua vida passaram enfurnadosem uma sala de estudos nossos Antonio Meneses,Hermeto Pascoal, Nelson Freire, João Gilberto,Isaac Karabtchevsky ou Eumir Deodato? Essa umacontabilidade de difícil realização, pois o músicose perde no tempo e no espaço em busca dessaconcentração quase contemplativa, para se usaruma expressão dos monges…e um exercício físicoquase olímpico. Pense na trajetória de um inícioinevitável acompanhando cantores em bailes,boates, casamentos, até se chegar ao estrelatotão desejado, ou à perfeição técnica e deimprovisação, quanta música ouvida trabalhandona construção de uma personalidade musical! Equanta luta para se conseguir um lugar naorquestra jovem, galgar etapas para alcançaruma posição profissional, quanta labuta para seconseguir uma bolsa de estudos no exterior, paralá enfrentar jovens muito mais bem preparados,muito mais bem aparelhados com seus melhoresinstrumentos! (Para enfim se sair dessa lutavencedor, ocupando espaço antes quase somentereservado aos norte-americanos e europeus, e

quanta glória o momento de se retornar ao paíscom uma bagagem enorme, para aqui voltar-seao exercício profissional nas melhores posições,nas melhores orquestras, e, finalmente, exerceruma missão, uma quase obrigação de dividirconhecimentos com aqueles que, no futuro,ocuparão seu lugar).

Pensando nisso tudo – propiciar a perspectivade uma carreira sólida no ensino, estimular umacompetição sadia e colaborar no progresso dosprofessores que desejem se aperfeiçoar -,elaboramos uma seleção pública, conforme a rezaa lei, com os atrativos de segurança e benefíciostrabalhistas que a legislação oferece, paraocuparmos as recém-criadas vagas de professortitular no Conservatório. Cabe agora uma ressalvaimportante, antes que o leigo não escorregue emconfusões: titular não significa que os demaissão “reservas”, como no futebol. Nada disso. Oprofessor titular é o grau máximo da carreirauniversitária (ou, na Europa, das Hochschule eAcademias) de qualquer país – grau a que seascende por concurso ou acesso, por merecimentoou titulação. No caso do Conservatório de Tatuí,com flexibilidade bastante maior do que a USP ea UNESP, por exemplo, permitem.

Na universidade, chega-se a titular após oingresso como auxiliar de ensino (Bacharel), depoisprofessor assistente (Mestre), professor-doutor,livre-docente (adjunto) – titular, como finalmentepodemos explicar, é o chamado “catedrático”,aquele que detém a cátedra. Esse acesso se dátão-somente por concurso público, nauniversidade, certame esse aberto a quaisquerinteressados.

Qual seria o papel primordial de um titular emTatuí? Ora, vejamos, entre outros muitos:promover, urgentemente, para os que seinteressarem, possibilidade de aperfeiçoamentodo pessoal docente que já trabalha noConservatório (muitos falam que não têm tempode ir a São Paulo para especialização, porcompreensível falta de tempo e justa dedicaçãoao trabalho); oferecer oportunidade deespecialização para nossos alunos maisadiantados cujos professores julgarem oportunaa hora de trabalhar com solista de renome; trazerpara Tatuí estudantes bastante avançadostecnicamente, que concorrerão para as

pouquíssimas vagas a serem oferecidas ao públicode fora da cidade, contribuindo também para oaprimoramento técnico dos conjuntos.

Como benefícios indiretos, a inserção de novoperfil da cidade e do Conservatório no mapacultural brasileiro, divulgando Tatuí como centrode excelência em formação (embasado nachamada “massa crítica” da formação docente),trazendo para a cidade uma freqüência de públicodesejável para um padrão cultural e musicalímpares; a possibilidade, em vista do crescentenúmero de mestres e doutores que já se interessampelo projeto, de abrirmos fronteiras para um novoflanco de luta para a cidade: a criação de umcurso superior de música que promova ascondições para a melhor preparação profissionale docente de seus estudantes – perspectiva essaque aponta para o desenvolvimento, em Tatuí, deuma nova elite musical que certamente será ovértice para o qual convergirão todos os olhosatentos dos que amam a Cultura e a Música e aela se dedicam no Brasil. (E, porque não, perguntologo sem sonhar, mas embalado na experiênciauspiana em Ribeirão Preto, o surgimento de umapós-graduação em instrumento, única no Estado,uma vez que as universidades públicas apenasabordam a musicologia – etapa que seria o“objeto de desejo” para a qual todas as atençõese projetos convergiriam com grande interesse).

Por fim, mas não por último, a criação de novosempregos, oportunidades para tatuianos – denascimento, adoção ou coração! – ou paulistanose brasileiros natos ou adotados, gente de todas asorigens que acredita conosco estarmos dando umgrande passo rumo ao futuro da música no Brasile ao progresso de Tatuí como centro cultural deSão Paulo. As perspectivas novas para a músicaem Tatuí são o pano de fundo dos atores musicaisque sonham e realizam, o descortinar do futuroaos que plantam e colhem, a abertura de um novoato para os que acreditam poder existir uma vidamais confortadora e justa, uma cultura melhordistribuída em um país onde grassa umadisparidade social sem precedentes.

* Diretor Executivo da Associação de Amigosdo Conservatório de Tatuí

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Espaço Leitura

Miguel Llobet: Canciones Catalanaspara violão (1899-1927) - Final

Dagma Eid*

(Continuação)A pesquisa sobre a origem e a tradução dos

textos das canções escolhidas baseou-se notrabalho de campo do musicólogo catalão JoanAmades (1951), citado em diversas publicaçõessobre folclore catalão. O texto da canção ElMestre foi coletado neste cancioneiro tradicionalcatalão, além dos outros temas utilizados porLlobet em suas versões para violão.

El Mestre (tradução livre para o português):

El pare i la mareno em tenem sino a mime´n fan anar a l´escolaA aprendre de llegir.Mês, ai!, ara tomPatantom, xiribiriclonaTumpena, tumpí.Mes, ai!,ara tomPatantom xiribiriclom.

El mestre quem´ensenyas´ha enamorat de mi;me´n diu: - No et facismonjaque et casaràs amb mi.

Jo li´n faig de respostaque no el sabre servir.- Tu faràs com les altres,quan em veurás venir:

M´hi posarás la taula,M´hi posarás pa i vi,a cada cap de taulaum brot de llessamí.

El mestre va a la guerraA servir el rei Felip,m´ha dit que tornariaQuan será el bruc florit.

Me´n ve una grantristesa;a l´horta jo n´aní,a l´horta del meu pare,Si n´hi ha un tarongí.

La soca n´és de plata,les branques són d´or fi;a la branca més alta,hi canta el francolí*;

Meu pai e minha mãetêm somente a mim

me colocaram na escolapara aprender a ler.

Mês, ai!, ara tomPatantom, xiribiriclona

Tumpena, tumpí.Mes, ai!,ara tom

Patantom xiribiriclom.

O professor que meensina

apaixonou- se por mimme disse: - Não vá para o

conventopois você se casará comigo.

Eu respondique não saberia servi-lo bem- Tu farás como as outras

fazem quando me verretornar

Você colocará a mesapara mim,

me servirá pão e vinho,e em cada ponta da mesaum ramalhete de jasmin.

O professor vai à guerraservir o rei Felipe,

ele me disse que retornaráquando as flores se abrirem.

Uma grande tristeza metomou

eu fui para o jardime no jardim de meu pai

existe uma laranjeira.

Sua base é de prataseus galhos de ouro fino

lá no galho mais altoestá cantando um

francolí;* Pequeno pássaro colorido.

Com as Canciones Catalanas Llobet iniciouuma espécie de tratamento de música folclóricaque não existia no repertório violonístico voltadopara transcrições de obras clássicas, fantasias epout-pourris que exploravam temas de óperasfamosas, ampliando assim o repertório da época,além de influenciar outros compositores aescreverem para violão. Explorou tais temaspopulares antigos de forma inusitada,modernizando-os e tornando-os extremamenteimportantes para o instrumento entrar numa novafase idiomática. O sentido musical que Llobetconfere ao som do violão supera as dimensõesformais das obras para o instrumento solista deseu tempo. De fato, Llobet seguiu os passos de seumestre Francisco Tárrega, a quem é atribuídacriação de uma escola violonística, mas como

discípulo, Llobet elevou os ensinamentos querecebeu, principalmente no que diz respeito àconcepção sonora e experimentação de timbres.Sua escrita explorava efeitos de orquestração pelaforma que explorava os timbres, ao tratar cadacorda do violão de maneira distinta, como se cadacorda fosse um instrumento diferente.

Os efeitos coloridos usados por Llobet atravésda combinação de pizzicatos, o uso de harmônicose sua técnica de mão direita, proveram uma novagama de sons que aumentaram as possibilidadestécnicas e artísticas do instrumento, consideradashoje como elementos naturais das escolas decomposição e interpretação.

Uma breve análise da canção El Mestre indicacomo Llobet expandiu as possibilidades técnicasdo violão. Notamos o uso de harmônicos artificiaisinseridos numa textura contrapontística,atingindo um nível de sofisticação inédito atéentão:

Sua concepção orquestral é denotada pelamaneira expressiva que descreve a melodia na 4ª.corda (compasso 24) e pelo contraste através dospizzicatos (compassos 30 a 32):

Durante o II Encontro Internacional deViolonistas de Tatuí, realizado em 2007, o contatocom o violonista italiano Stefano Grondonaresultou numa maior motivação para a realizaçãoda pesquisa acerca das Canciones Catalanas deLlobet. Grondona vem revelando a existência deobras inéditas do importante violonista-compositor catalão em gravações recentesrealizadas a partir de 2005.

Antes do contato com o trabalho do violonistaStefano Grondona, nos chamou a atenção umartigo da revista Soundboard (2002) que trazia acitação de um arquivo inédito de obras de Llobetredescobertas, nas mãos do violonista catalãoFernando Alonso, mas o acesso a elas ainda nãohavia sido possível. A expectativa era que estearquivo revelasse mais obras e um perfil aindamais modernista de Llobet.

Portanto, ainda não é possível realizar umcatálogo definitivo da obra de Llobet, uma vezque mais obras vêm sendo descobertas. Para maisinformações devemos aguardar a publicação destearquivo. O número de obras citadas nos catálogosrealizados até então por Ronald Purcell (1989) eBruno Tonazzi (1966) fornecem apenas uma partedo patrimônio musical deixado por Llobet, pois arecente pesquisa de Grondona vem revelandogradualmente a existência de mais obras1.

As obras inéditas consistem em transcriçõespara duo de violões e grupo de instrumentos decordas dedilhadas e de plectro. No final do séculoXIX foi fundada a importante sociedade musicalLira Orfeo, da qual Llobet foi co-fundador.

1 Para a consulta destes catálogos, ver pesquisa completa.2 Dentre as obras inéditas não editadas, existeainda uma outra transcrição para duo de violões - acanção popular brasileira Therezinha de Jesus (1918),baseada na versão pianística de Heitor Villa-Lobos, segundoinformações fornecidas por Grondona. Para a nossasurpresa, no dia 22 de Abril, o recital do duo Grondona-Mondiello realizado no II Encontro Internacional deviolonistas de Tatuí revelou a existência desta obra inédita(há um registro em DVD).* Dagma Eid é formada em violão pelo Conservatório deTatuí (1996) e pela Universidade Estadual Paulista (2002).Obteve seu título de mestre em música com a dissertação“Miguel Llobet: Canciones Catalanas (1899-1927)” naUniversidade de São Paulo (2008).É professora de violão erudito desta escola desde 1993,ministra aulas de Interpretação da música do século XVI erealiza pesquisas do repertório para instrumentos antigoscomo alaúde e guitarra barroca.

Sociedade Lira Orfeo (1898-1907)Entre as disciplinas oferecidas aos estudantes

estavam as aulas de grupo de instrumentos. Llobetfoi o diretor artístico de um grupo que reuniainstrumentos como mandolinas espanholas, violões,alaúdes, e um arquialaúde. Tal grupo levava omesmo nome da sociedade catalã e para estaformação Llobet realizou transcrições de obras deMozart, Mitjana, Beethoven, Chopin, Mendelssohn,Schumann e Albeniz, além de mais três versões decanções tradicionais catalãs - La Filla del marxant(usada anteriormente na adaptação para violãosolo), L´Anunciació (na Catalunha mais conhecidacomo La Mare de Deu) e L´hostal de la Peira2.

As atividades do grupo catalão Lira Orfeo estãoemergindo graças à pesquisa de Grondona à frentedo sexteto de violões Nova Lira Orfeo. Este grupofaz referência ao grupo catalão que se reunia nasociedade catalã. Foi formado em 2002 a fim dedifundir a coleção inédita das obras de Llobet paraesta formação que ressurgiu apenas recentemente.Tais obras estão registradas no Cd Homenaje(Stradivarius, 2006).

O reconhecimento da importância das CancionesCatalanas e do conjunto da obra de Llobet temmotivado alguns pesquisadores a desvendar ouniverso deste importante violonista catalão.Graças à pesquisa de Grondona, obras inéditas vêmsendo reveladas e mais informações a respeito detraços dos diferentes momentos criativos de Llobetpodem ser fornecidas.

Diante da possibilidade do surgimento de maisobras, aguardamos a publicação do patrimôniomusical deixado por Llobet. Tais obras devem revelarnovas facetas deste importante artista e irãocompletar um capítulo essencial da história doviolão, da qual as Canciones Catalanas fazem partee representam um marco na literatura do século XX.

BRAVO!

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Gente de todas as idades e de toda a região conferiram aprogramação do Conservatório de Tatuí em maio. Confira osmelhores momentos. QUEM SÃO - 1. Laurita e Dalila (Porto Feliz);2. Maria Angélica, José Roberto e Leila Simões; 3. Mônica (SB doCampo), Terezinha(Sorocaba), Walter, Ciro e Lourdes (Tatuí); 4.Andreia e Antonio Guimarães; 5. Maria Inês, Lucas, Madalena, Ronie Sueli; 6. Carlos Ribeiro e Ana Cláudia (Espaço Cooperativa); 7.Fernando, Roberto e Guilherme; 8. Gabriela, Katia e Karen; 9.Klaus, Daniela e Vanessa; 10. Toni Garrido e maestro AdrianoMachado (ensaio projeto Viva Consul); 11. Junior e maestro AgenorRibeiro; 12. Vilma, Davi e Jéssica; 13. Palmira e Denise; 14. Cibelee Guilherme; 15. Tafnes, Imna, Jemima e Francisco; 16. Sara, Josani,Juliana, Milton e Gabriela; 17. Gustavo Mercadante; 18. MaestrosLutero Rodrigues e Agenor Ribeiro; 19. Vandizia e Luana; 20.Alexandre, Celso e Gustavo (Espaço Cooperativa); 21. Fabio, Olivia,Ana Angélica (Jundiaí); 22. Malu, José Roberto, Eliana, Rosana, Russo,Camila e Uriel; 23. Thainy, Jussara e Michely; 24. Jurandir, Lucinda(SP); Roger, Iago e Fernanda; 25. Paula, Andrea e Elaine.

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BRAVO!

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26. Ana Maria e Tania Ribeiro; 27. Rafaella e Mayara; 28. Mirella,Ana Cristina e Marilene; 29. Giovana e Patricia; 30. Juliana eFernando; 31. Amanda e Juliana; 32. Nelita, Eliseu e Lais; 33.Alessandro Hernandes, Renata, Sara, Maria, Julia, Rafaela, Carol,Débora (Capela do Alto); 34. Cesar (Sorocaba), a americana Mary,Neto (Sorocaba), Fátima (Capão Bonito), Patrick, Penny (USA), Thalita(Capão Bonito), Sandra (Tatuí); 35. Adaide e Helena; 36. Adriana,Oceane e Jéssica; 37. Patricia (Tatui), Michela (Porto Feliz); 38.Samia e Danilo; 39. Gabriel, Luciana, Stephanie, Marcia e Fatima(Boituva); 40. Aparecida e Wanderley Pizzigatti; 41. Reginaldo,Maria Eduarda e Dandara; 42. Gabriela, Giovanna, Carolina, AnaFlavia; 43. José Roberto e Maria Luiza (Araçoiaba da Serra); 44.Débora e Samara; 45. Caio Ascava e Ana Claudia Provasi; 46. Marlae Cristina; 47. Toshiraru Watanabe e Maria Augusta Serrão; 48.Rubia e Miriam; 49. Priscila, Pamela e Bruno; 50. Marcelo, Renata eMariana.

Formado pelos professores do Conservatório deTatuí Cleber Almeida (voz, pandeiro e trombone),Rodrigo Moura (voz e surdo), Marcelo Candido(violão 7 cordas), Beto Corrêa (acordeon) mais oinstrumentista João Nilton (voz, cavaquinho ebandolim), o grupo Bola 7 celebra neste ano ocentenário de nascimento de Cartola.

Criado de maneira despretensiosa a partir daafinidade musical dos integrantes em fevereirode 2007, o Bola Sete acabou se tornando o maiorsucesso de público em todos os lugares por ondese apresenta. Os músicos do grupo, de formação,influência e personalidades musicais distintas,encontraram uma forma autêntica de tocarsamba. Com raízes fincadas nos clássicos do samba,o repertório do grupo, que preza pela pesquisa,permite um passeio pela memória histórico-musical brasileira onde se encontram compatrimônios que vão desde Pixinguinha, Cartola,Nelson Cavaquinho, Jackson do Pandeiro,passando por João Bosco, Chico Buarque, Edu Lobo,Guinga, João Nogueira, Djavan e Paulinho daViola. Sua missão é aglutinar compositoresdistintos (tradicionais e nova safra), fazendo umaponte entre as gerações.

Neste ano, o Bola 7 desenvolve projeto especialem homenagem aos 100 anos de nascimento deCartola - o poeta completaria um século no dia11 de outubro de 2008. O projeto foi selecionadopelo Sesi (Serviço Social da Indústria) e integraráagenda de cinco unidades pelo interior de SãoPaulo. As apresentações serão sempre no Teatrodo Sesi nos dias 29 de agosto (Piracicaba), 26 desetembro (Marília), 31 de outubro (Rio Claro), 28de novembro (Santos) e 12 de dezembro (Mauá).

CartolaAngenor de Oliveira, compositor, cantor e

instrumentista nasceu no Rio de Janeiro em 11 deoutubro de 1908 e faleceu em 30 de novembro de1980. Ganhou o apelido pois quando trabalhavaem obras, usava um chapeu côco, para não sujaros cabelos de cimento. Foi em 1919 que Sebastião,Aida e seus sete filhos chegaram no Buraco Quente,(um bairro no morro de Mangueira). Era franzino,mas muito esperto, conta seu amigo e parceiro

Carlos Cachaça, que já morava em Mangueira eainda vive até hoje, (1997) aos 93 anos de idade.Cartola em uma entrevista disse:

“No meus olhos, em Mangueira só tinham unscinqüenta barracos”. E provavelmente estavacerto. Ele e seus companheiros fundaram

a G.R.E.S Estação Primeira de Mangueira. Suacontribuição à Cultura Brasileira é inestimável.Sua concepção harmônica, suas melodias e versos

são simplesmente maravilhosos. Mestres daMúsica como os maestros Villa-Lobos e Stokovskyforam ao Buraco Quente conhecê-lo e tomarconhecimento de sua obra. Devido ao racismo,Cartola nunca foi economicamente bemsucedido. Trabalhou até como pedreiro parasobreviver, e no meio dos anos 60 o jornalistaStanislaw Ponte Preta passou a ajudá-lo,tornando-o mais popular. Cartola, gravou seuprimeiro disco em 1974. Mas sua vida não foi sóde tristezas. Entre a metade dos anos 60 até suamorte em1980 conheceu um pouco depopularidade (mas não dinheiro), e descobriu quetodos que tinham a chance de ouvir suas canções,ou vê-lo tocar e cantar, passava a amá-lo.Através de suas canções, o povo brasileiro pôdeentender um pouco mais a vida, e como lidarcom o dia a dia de uma maneira mais poética.

‘Bola 7’ celebra centenáriode Cartola pelo interior Eleições

O Diretório Central dos Estudantes doConservatório de Tatuí (antiga UAC) informaque as eleições para a chapa dirigente foramconcluídas. Foi eleita a chapa Arte (chapaúnica) com 167 votos, contra 31 nulos. A chapaé formada por: Renato M. S. de Oliveira Borghi(Presidente), Felipe Vitti Marcondes (SecretárioLegal Geral), Lenara Amaral de Oliveira(Coordenador Legal de Finanças), Ana Paulade Arruda (Coordenadora Legal de Ensino),Rodrigo Jardini Marques (Coordenador Legalde Eventos), Gabriela Silveira de Andrade(Coordenadora Legal de Imprensa), RebecaFriedmann Zetsche, Fabiano Gava e Flora KuriMilito.

O DEC agradece a todos que participaramdas eleições.

Espaço Cooperativa A Cooperativa de Música disponibiliza o

espaço para apresentações dos alunos eprofessores do Conservatório de todas as áreas.Geralmente os grupos se apresentam nassegundas, terças e quartas à noite e às quartasao meio-dia.

Programação do mês de junho:- 03/06, às 21h00 - GPC- Grupo

Percussionista de Câmara;- 10/06, às 21h00 - Tatuí Cello Ensemble;

23h00 - Duo Urubatã- 16/06, às 22h00 - Vintena Brasileira- 17/06 - Marcos Pedroso Quarteto Sax

(horário a confirmar)- 24/06 - Trio Violão (A.C.) (horário a

confirmar)Inscreva seu grupo:

tatui@cooperativademusica.com.br /www.cooperativademusica.com.br

Você sabia?Os alunos também podem se associar à

Organização Social AACT (Associação Amigosdo Conservatório de Tatuí). Basta comparecerao Centro de Produção com xerox do RG e CPF,apresentar uma foto 3x4 e preencher a fichacom seus dados pessoais. É importante seassociar, pois a O.S. é o órgão que define novosencaminhamentos no Conservatório. Sendoassociado você tem direito a voto nasassembléias gerais em questões de grandeimportância.

Pela primeira vez temos a representação dosalunos no conselho da O.S.! Fabiano Gava(Comercial e Teatro) e Flora Kuri (Erudito eMPB) foram eleitos em assembléia geral pelosassociados.

Música de CâmaraO espaço Villa-Lobos é aberto para

apresentações de grupos de câmara em todasas terças-feiras às 19h00. Para participar,basta procurar as professoras Regina Orsi eMiriam Braga (Anexo dos Pianos). Divulgue oseu grupo!

Sobre o GrêmioO Grêmio é órgão de máxima representação

dos alunos do Conservatório. Entre em contatopelo e-mail: dceimprensa@gmail.com

Notícias do DCEpor Gabriela Silveira de Andrade

ENSAIO Magazine16

Dicas para tocar de modo saudável e evitar problemas mais associados a cada instrumento

Embora ninguém costume associar a flauta ouo piano a qualquer risco para a saúde, o índice desintomas de desgaste físico entre músicos podeser muito alto. Uma pesquisa recente com 93pianistas, por exemplo, mostrou que 92% delesapresentam queixas como dor, fadiga muscular edormência. O autor do estudo é o médico e pianistaJoão Gabriel Fonseca (professor de medicina emúsica da UFMG), que estuda problemas de saúderelacionados com a prática musical há 25 anos.Outra pesquisadora, a terapeuta ocupacionalRonise Costa Lima, avaliou violinistas e constatouum índice ainda mais alto de queixas: 94,5% delesapresentavam sintomas físicos ligados ao uso doinstrumento.

A maioria dos músicos sofre com problemas decoluna e tensão muscular, mas só aparece nosconsultórios quando a dor se torna insuportávelou quando já sente perda de controle de algunsmovimentos. Segundo Fonseca, os músicoscostumam achar que “sentir dor faz parte”. As

Fora de compassoPesquisas mostram que mais de 90% de pianistas e violinistas têm lesões; movimentos repetitivos, postura inadequadae esforço exagerado são as causas mais comuns

doenças mais comuns são a LER/Dort (lesões poresforço repetitivo / distúrbios osteomuscularesrelacionados ao trabalho).

O risco de lesão varia conforme o instrumentomusical. De acordo com Fonseca, os maisproblemáticos são os assimétricos, como violão,violino e flauta transversal. Esses instrumentossão os que exigem assimetria do corpo, ou seja, omúsico precisa ficar “torto” para tocá-loscorretamente.

Mas Yumi Kaneko, médica do serviço dereabilitação física que o Sesi (Serviço Social daIndústria) de São Paulo oferece a músicos, étaxativa: “não existe nenhum instrumento musicalque seja ergonomicamente adequado”. Que tocatuba, por exemplo, corre o risco de ter hipertensão,devido à pressão que o fluxo de ar exigido peloinstrumento promove no organismo. Pianistas, porsua vez, ficam numa posição simétrica, maspodem ter problemas na coluna, nos ombros, nopescoço e na articulação dos punhos, dos

cotovelos e dos dedos.Outro aspecto que costuma afetar os músicos é

a pressão emocional – e seus reflexos na tensãomuscular. A ansiedade pelo bom desempenho faza pessoa se esquecer da dor e se submeter a níveisinimagináveis de esforço físico e agressão aocorpo.

Muitos músicos ensaiam e dão aulas durante odia, apresentam-se à noite e, não raro, tambémtêm o fim-de-semana e feriados ocupados portrabalho.

Um método muito usado na reabilitação é atécnica Alexander (uma oficina sobre o tema foioferecida durante o 8º Brasil Instrumental), criadahá mais de cem anos pelo ator Frederick MathiasAlexander. O método busca retirar hábitos ruins,como a projeção da bacia para a frente. Épraticada com a ajuda de um profissional, queconduz, com as mãos, o corpo do paciente.

(Informações sintetizadas do Caderno Equilíbrio- Folha de S. Paulo, 15.05.2008)

FAÇA INTERVALOS - A cada 50 minutostocando, o ideal é parar por dez minutos. Se ainterrupção for superior a 15 minutos, aqueçanovamente.

ESPELHO - Estudar diante do espelho melhoraa percepção da postura e ajuda a observar tensõesdesnecessárias no corpo.

Do aquecimento à pausa

1 - PIANOPrincipais problemas: desvios posturais e

tensão excessiva nos ombros e no pescoço.Cuidados: mantenha a mão na posição

funcional (arqueada), e os ombros na mesmaaltura e o tronco a cerca de 90 graus do chão;fique com os pés apoiados.

2 - INSTRUMENTOS DE SOPROPrincipais problemas: distúrbios na boca, nos

dentes, na gengiva e nos lábios;comprometimento da região cervical devido àposição da cabeça e na região lombar devidoao peso (uma tuba pesa 22kg); menor capacidadepulmonar, devido à inclinação do corpo para afrente; metais, como a tuba, podem levar àhipertensão; problemas nas mãos e nos ombros.

Cuidados: Faça exercícios para os músculosrespiratórios; consulte um dentista (avalie anecessidade de uso de aparelho para corrigir aoclusão dos dentes – forma como eles sefecham); saxofonistas podem usar correia quenão fique em cima do pescoço.

3 - INSTRUMENTOS ASSIMÉTRICOS*Principais problemas: são os que mais

provocam lesões musculares porque o corpo nãoestá no seu eixo natural (os mais problemáticossão os de corda friccionada como violino,contrabaixo e violoncelo)

Cuidados: atenção para não continuar com o

DESCANSE - Quem se apresenta à noiteprecisa ficar atento à necessidade de sono;durma mais cedo nos dias em que não trabalhar.

ACESSÓRIOS - Correias de saxofonista,queixeiras e esteiras de violinistas e outrosacessórios devem ser do tamanho adequado doseu corpo.

corpo torto quando não estiver mais tocando oinstrumento

4 - PERCUSSÃOPrincipais problemas: lesões de punho,

antebraço, cotovelo e ombroCuidados: evite tensões desnecessárias (a mão

deve ficar tensionada, o ombro e o pescoço, não)

* Que forçam mais um lado do corpo, comoguitarra, violão, flauta transversal

17ENSAIO Magazine

ALONGUE - Antes e após a atividade,alongue-se, com atenção para os músicos maisutilizados (no caso de violinistas, o pescoço; nocaso de pianistas, punhos)

AQUEÇA - Aumente a dificuldade de maneiragradual. Nunca comece por uma execução queexija mais da musculatura.

SEJA PACIENTE - Lembre-se de que, para cadaestágio de aprendizagem, há repertórios próprios.Não atropele os níveis de dificuldade.

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Guia de Serviços

Guia de Serviços

19ENSAIO Magazine

AGENDA CULTURAL - JUNHO 200831.05 - 18h30 - Concha Acústica de Tatuí - Casamento Comunitário - Big Band SamJazz. Sérgio Gonçalves Oliveira, regente. Fundo Social de

Solidariedade, organização. Entrada franca.03.06 - 10h30 - Casa do Bom Menino - Projeto Choro na Cidade. Grupo de Choro Quebrando Galho. Alexandre Bauab, coordenação. Entrada

franca.03.06 - 19h00 - Salão Villa-Lobos - Projeto Câmara em Ação - Grupo de Música de Câmara de Percussionistas. Miriam Braga, responsável.

Organização do projeto: Regina Orsi e Miriam Braga. Entrada franca.04.06 - 10h30 - Lar do Bom Velhinho - Projeto Choro na Cidade. Grupo de Choro Quebrando Galho. Alexandre Bauab, coordenação. Entrada

franca.06.06 - 20h30 - Teatro Procópio Ferreira - Show de MPB - Cristina Braga Trio. Show em prol da Campanha do Agasalho 2008. Parceria:

Conservatório de Tatuí, Fundo Social de Solidariedade e Sabesp Tatuí. Ingressos: R$ 10,00 (R$ 5,00 idosos, estudantes e aposentados. R$ 3,00Associados da AACT. Alunos e professores do Consevatório têm entrada franca).

07.06 – 20h – Teatro Procópio Ferreira - Espetáculo de dança "Cores em Movimento" - Studio de Dança Silmara Verzinhassi, coordenação – TeatroProcópio Ferreira - Tatuí-SP. Ingressos à venda: (15) 3205-1127 / 3305-6682.

08.06 – 20h – Teatro Procópio Ferreira - Espetáculo de dança "Cores em Movimento" - Studio de Dança Silmara Verzinhassi, coordenação – TeatroProcópio Ferreira - Tatuí-SP. Ingressos à venda: (15) 3205-1127 / 3305-6682.

10.06 - 19h00 - Salão Villa-Lobos - Projeto Câmara em Ação - Concerto para os Namorados. Participação de professores do Conservatório deTatuí. Organização do projeto: Regina Orsi e Miriam Braga. Entrada franca.

11.06 - 10h30 - Casa Irmãos de Rua São José - Projeto Choro na Cidade. Grupo de Choro Quebrando Galho. Alexandre Bauab, coordenação.Entrada franca.

17.06 - 10h00 - Apae de Tatuí - Projeto Choro na Cidade. Grupo de Choro Quebrando Galho. Alexandre Bauab, coordenação. Entrada franca.17.06 - 19h00 - Salão Villa-Lobos - Projeto Câmara em Ação - Recital de Formatura dos alunos Jabes Dias de Moraes (aperfeiçoamento II) e Ueslei

Vitor Soares (avançado II), saxofone. Miriam Braga, piano. Marcos Pedroso, responsável. Organização do projeto: Regina Orsi e Miriam Braga.Entrada franca.

18.06 - 10h00 - Acede de Tatuí - Projeto Choro na Cidade. Grupo de Choro Quebrando Galho. Alexandre Bauab, coordenação. Entrada franca.21.06 – 15h30 – Teatro Procópio Ferreira - Espetáculo de dança "Ritmo Poético" - Balleteatro Fred Astaire, coordenação – Teatro Procópio

Ferreira - Tatuí-SP. Ingressos à venda: (15) 3251-8417.21.06 – 20h30 – Teatro Procópio Ferreira - Espetáculo de dança "Expressões" - Balleteatro Fred Astaire, coordenação – Teatro Procópio Ferreira -

Tatuí-SP. Ingressos à venda: (15) 3251-8417.22.06 – 15h30 – Teatro Procópio Ferreira - Espetáculo de dança "Ritmo Poético" - Balleteatro Fred Astaire, coordenação – Teatro Procópio

Ferreira - Tatuí-SP. Ingressos à venda: (15) 3251-8417.22.06 – 20h30 – Teatro Procópio Ferreira - Espetáculo de dança "Expressões" - Balleteatro Fred Astaire, coordenação – Teatro Procópio Ferreira -

Tatuí-SP. Ingressos à venda: (15) 3251-8417.23.06 – 10h30 – Teatro Procópio Ferreira - Concerto Didático - Orquestra de Sopros Brasileira. Edson Beltrami, regente convidado. Entrada franca.24.06 - 10h00 - Recanto Betel - Projeto Choro na Cidade. Grupo de Choro Quebrando Galho. Alexandre Bauab, coordenação. Entrada franca.24.06 - 19h00 - Salão Villa-Lobos - Projeto Câmara em Ação - Grupo de Performance "Quem Toca, Toca!", professoras responsáveis: Miriam Braga

e Eliana de Castro Wagner. Organização do projeto: Regina Orsi e Miriam Braga. Entrada franca.24.06 - 20h30 - Teatro Procópio Ferreira - Recital "Sonoridade" - Celina Charlier, flauta. Ingressos: R$ 5,00 (R$ 2,50 idosos, estudantes e

aposentados. R$ 3,00 Associados da AACT. Alunos e professores do Consevatório têm entrada franca).25.06 – 10h30 – Teatro Procópio Ferreira - Concerto Didático - Orquestra de Sopros Brasileira. Edson Beltrami, regente convidado. Entrada franca.25.06 - 14h00 - Salão Villa-Lobos - Masterclass de Flauta com Celina Charlier. Inscrições gratuitas. Informações: Centro de Produção.25.06 - 20h30 - Teatro Procópio Ferreira - Recital de Viola e Cravo. Ricardo Matsuda, viola brasileira, e Patricia Gatti, cravo. Projeto premiado

pelo PAC - Secretaria de Estado da Cultura. Ingressos: R$ 5,00 (R$ 2,50 idosos, estudantes e aposentados. R$ 3,00 Associados da AACT. Alunos eprofessores do Consevatório, e alunos da rede pública e municipal de ensio têm entrada franca.

26.06 - 20h30 - Teatro Procópio Ferreira - Espetáculo de Performance "Quadrilha" - Grupo Avati Pororó (em tupi guarani: pipoca estourando napanela). Miriam Braga, responsável. Organização do projeto: Regina Orsi e Miriam Braga. Entrada franca.

27.06 – 10h30 – Teatro Procópio Ferreira - Concerto Didático - Orquestra de Sopros Brasileira. Edson Beltrami, regente convidado. Entrada franca.27.06 - 20h30 - Teatro Procópio Ferreira - Big Band SamJazz. Sérgio Gonçalves de Oliveira, regente. Ingressos: R$ 5,00 (R$ 2,50 idosos, estudantes

e aposentados. R$ 3,00 Associados da AACT. Alunos e professores do Consevatório têm entrada franca).28.06 - 20h30 - Teatro Procópio Ferreira - Orquestra de Sopros Brasileira. Edson Beltrami, regente convidado. Ingressos: R$ 5,00 (R$ 2,50 idosos,

estudantes e aposentados. R$ 3,00 Associados da AACT. Alunos e professores do Consevatório têm entrada franca).01.07 - 10h00 - Arte pela Vida - Jardim Lírio - Projeto Choro na Cidade. Grupo de Choro Quebrando Galho. Alexandre Bauab, coordenação.

Entrada franca.Programação confirmada até 30 de maio (fechamento desta revista). Confira a programação completa no site www.conservatoriodetatui.org.br.