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Conecte Vi Fundação Romi Edição 12 Setembro e Outubro de 2010 Folclore repercute o riquíssimo patrimônio cultural herdado pelo Brasil pelaformação mista de índios, negros e europeus. Pgs. 06, 07 e 08 Arquivo | CEDOC inicia digitalização das atas da Câmara. Pg. 03 Entrevista | Carlos Eduardo de Barros fala sobre educação. Pgs. 04 e 05

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Conecte Vi Fundação Romi

Edição 12 Setembro e Outubro de 2010

Folclore repercute o riquíssimo patrimônio cultural herdado pelo Brasil pela formação mista de índios, negros e europeus. Pgs. 06, 07 e 08

Arquivo | CEDOC inicia digitalização das atas da Câmara. Pg. 03

Entrevista | Carlos Eduardo de Barros fala sobre educação. Pgs. 04 e 05

02 Conecte Setembro e Outubro de 2010

Editorial O folclore é defnido como um

conjunto de mitos, crenças, histórias populares, lendas,

tradições e costumes próprios de um povo e que são transmitidos de gera­ção em geração constituindo o que chamamos de cultura popular.

Tem algumas características que o identifcam como a mais legítima expressão cultural de um povo: ema­na do saber popular, é uma tradição transmitida através da oralidade e a prática, é uma produção anônima, espelha uma situação ou ação, tem caráter universal e é resultado da criatividade espontânea de um povo.

Estamos em pleno século XXI, era da globalização e de notáveis avanços tecnológicos, porém em meio a tantas inovações onde fca a nossa cultura? Será que a escola tem procurado pre­servá-la diante de tantas outras novi­dades? A cultura brasileira representa a nossa identidade e não podemos perdê-la. O conhecimento da nossa ri­queza cultural despertará na criança e no adolescente a admiração e o respei­to à sabedoria das gerações anteriores.

É preciso, portanto, que a escola procure minimizar o efeito negativo que a promoção da cultura estrangei­ra exerce sobre nossas crianças, atri­buindo a personagens, que nos são es­tranhos, poderes extraordinários que os elevam à categoria de heróis e que povoam os sonhos de nossa garotada em detrimento de histórias, folguedos, músicas, lendas e personagens mís­ticos que tornaram tão rico o mundo criado pelos nossos antepassados.

Errata Devido a um erro técnico nas páginas 06 e 07 da edição nº 11 não foi citado o nome do superintendente da FEAC Arnaldo Rezende.

Fique sabendo Janeiro a agosto de 2010

Programa de educação Integrada • N.E.I. - Núcleo de Educação Integrada - alunos 240 • Meu Amigo da Escola Pública - alunos 294 • Seja seu flho por um dia - pais/responsáveis 212 • Abelhas Ocupadas - alunos 96 • LEP - Logo na Escola Pública - alunos 668 • Bolsa Auxílio - alunos benefciários 56 • Gestão Escolar - professores/diretores da rede pública 46 • Encontro de Educadores - professores/educadores 1.209

CEDOC • Educação Patrimonial - participantes 1.141 • Pesquisas - diretas e on-line 2.968 • Visitas 4.552

estação cultural • Cine Debate 363 • Música na Estação 355 • Canta Santa Bárbara - evento da Secretaria de Cultura de Santa Bárbara d’Oeste em parceria 2.950 • Ninho Musical - apoio Secretaria de Estado da Cultura - SP e parceria Secretaria de Cultura de Santa Bárbara d’Oeste 125 • Virada Cultural - apoio Secretaria de Estado da Cultura - SP e parceria Secretaria de Cultura de Santa Bárbara d’Oeste 13.260 • Caminhada Cultural - evento da Secretaria de Cultura de Santa Bárbara d’Oeste em parceria 600 • Villa Lobos - Um Sonho de Menino 220 • Exposição - História da História em Quadrinhos - apoio Secretaria de Estado da Cultura - SP e parceria Secretaria de Cultura de Santa Bárbara d’Oeste 120 • Folclore em Cena - alunos participantes 973 • Festa do Folclore 750 • Ofcina de Street Dance 15 • Ofcina de Percussão 100 • Diversos 650 • Ponto de Cultura - ofcina de capacitação 90 • Eventos acumulados 134 • Visitantes/Participantes acumulados 21.383

CEDIN • Educação Infantil para 4 e 5 anos de idade: 70 alunos (convênio com a Secretaria de Educação de Santa Bárbara d´Oeste).

EXPEDIENTE Conselho Editorial | Liu Fat Kam, Vainer Penatti, Antonio Carlos Angolini, Sueli Torres e Elen Duarte Geraldo. Projeto gráfico e editorial | www.tantas.com.br Jornalista Responsável | Juliana Freitas (MTb. 31805). Textos | Juliana Freitas e Alberto Augusto. Impressão | www.graficamundo.com.br. Tiragem | 3.000 exemplares.

Setembro e Outubro de 2010 Conecte 03

Memórias na Era Digital Fundação Romi assinou convênio de parceria com a Câmara de Santa

Bárbara d’Oeste para a digitalização e preservação de documentos

esde a sua consolidação, em de­zembro de 2009, o CEDOC (Cen­

tro de Documentação Histórica) dispo­nibiliza para a comunidade o acervo histórico da cidade, digitalizado e em exposição permanente no local.

Com o processo de digitalização, toda a história da cidade

guardada nas atas vai poder ser

acessada e conhecida pela comunidade

barbarense. A Fundação sente-se honrada em participar desse

momento para que a história da cidade

não se perca.”

Liu Fat Kam - Superintendente

da Fundação Romi

Agora, o CEDOC é responsável por mais uma digitalização: a de Atas manuscritas e datilografadas relativas ao período de 1879 a 2000, em parce­ria com a Câmara de Santa Bárbara d’Oeste. O convênio vai vigorar por 12 meses, podendo ser prorrogado por períodos sucessivos de seis meses,

Presidente da Câmara de Santa Bárbara d’Oeste, Anízio Tavares da Silva (gravata) em visita a Fundação Romi para conhecer o trabalho de digitalização

sem nenhum custo para a Câmara. De acordo com o plano de traba­

lho, o CEDOC receberá dois livros de atas todas as segundas, quartas e sextas-feiras, no período da manhã, a partir de setembro. Para cada livro de ata, a Câmara deverá disponibilizar DVDs para a gravação do conteúdo digitalizado. Ao todo são 65 livros de atas, contendo aproximadamente 20 mil páginas. O trabalho será feito no Scanner Zeustchel, comprado da Ale­manha, com capacidade de digitalizar três páginas por minuto.

O objetivo é preservar esses docu­mentos e disponibilizar o material consi­derado de relevância pública no Centro de Documentação Histórica da Fun-

dação Romi e nos sites da Fundação Romi e da Câmara Municipal. Dessa forma, nesses locais, as informações contidas nas atas estarão acessíveis a qualquer interessado em um banco de dados que permitirá realizar pesquisas por assunto, nome e data.

Segundo o superintendente da Fundação Romi, Liu Fat Kam, a co­munidade só tem a ganhar com a parceria. “Com o processo de digitali­zação, toda a história da cidade guar­dada nas atas vai poder ser acessada e conhecida pela comunidade barba-rense. A Fundação sente-se honrada em participar desse momento para que a história da cidade não se per­ca”, destacou Liu Fat Kam.

Setembro e Outubro de 2010

Educação, além dos muros escolares

Experto Universitario en Neurociencias pela Universidad de Salamanca (2006), Mestre em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (2006), Máster en neurociencias pela Universidad de Salamanca (2007) e doutorando em Educação Psicologia Educacional pela Unicamp, o professor Carlos Eduardo de Barros fala sobre a importância da formação do desenvolvimento das áreas cognitivas na formação profssional.

O que é o desenvolvimento cognitivo e quando ele acontece? Carlos Eduardo de Barros | A questão do desenvolvimento cogni­tivo tem uma gênese, um histórico, que inicia propriamente no sentido de interação humana, para seu de­senvolvimento, desde o seu nasci­mento, o primeiro contato com os pais, e podem alcançar um estágio de equilíbrio, de funcionamento e complexidade durante a adolescên­cia - preparando o que chamamos de pensamento adulto ou pensa­mento hipotético cognitivo, de impli­cações, pensamento formal.

A educação deve ir além do desenvolvimento cognitivo, que maneira pode ser viável? Nós precisamos olhar o desenvolvi­mento da criança, da sua aprendiza­gem, não como uma fnalidade em si, mas como um estado de transição, em direção à realidade adulta. En­tão, é preciso olhar para meu aluno independentemente da idade em que ele está, do que eu estou ensinando,

seja puramente aspectos psicomoto­res seja relações matemáticas e as­sim por diante. Preciso olhar o aluno e enxergar o homem de amanhã.

Preciso olhar

o aluno e

enxergar o

homem de amanhã

Seria como iniciar esse processo de transição na base? A infância é um estado temporário, por mais encantador que ela seja, é tran­sitória, então o foco da infância é a an­gústia de querer crescer, de chegar à vida adulta. Quando nós, educadores, pensamos que estamos trabalhando com a inteligência deles, com os sen­timentos, com a parte emocional, com o raciocínio, com a aprendizagem em geral, nós estamos trabalhando com algo que será o substrato, as condi-

ções básicas, para que ele se realize na vida, como pessoa, como profssio-nal, como ser-humano.

O estilo educacional utilizado nas escolas é importante para esse desenvolvimento cognitivo? No geral, existe uma angústia de bus­car um trabalho com o aluno e de ten­tar alcançar essa compreensão. Mas de modo geral, vejo que a educação no Brasil é questionada a respeito dis­so. Agora, efetivamente, muitas tenta­tivas, muitas propostas, que a gente tem visto por aí, ainda estão no fgu-rativo. Estão mais no aspecto externo, ou seja, oferecem computador, recur­sos materiais - que são importantes -, mas são meios. O que potencializa, desenvolve o ser humano está ligado diretamente à qualidade da interação que o aprendente tem com o seu meio.

Qual a importância de se contar com a tecnologia, artes e música no desenvolvimento dos alunos nas salas de aula? Tudo que está se tentando fazer

Setembro e Outubro de 2010 Conecte 05 pela educação é importante e tem que acontecer. Mas não é sufcien-te. É como se você morasse em Athenas e subisse diariamente a Acrópole, você não vai necessaria­mente tomar consciência da impor­tância do que a Grécia signifca para nossa civilização ocidental. Ter tudo isso é fantástico, mas nós vamos chegar à conclusão que ainda não vai trazer os resultados que precisa­mos, porque é necessário, mas não sufciente e nós precisamos chegar ao grau de compreensão, de matu­ridade social e não só os governos, mas a sociedade, o empresariado.

E como o empresariado pode começar a investir neste processo de formação de novos profssionais? Já existem várias iniciativas de em­presários que se voltam para a escola, para a educação. Acho que a grande força motriz que vai acelerar o pro­cesso de mudança educacional virá da empresa. Na medida dessa toma­da de consciência, dela entender que para evitar problemas e potencializar resultados será preciso investir no ser humano. Apoiar a sociedade, a esco­la em especial, dando uma direção di-

ferenciada para a escola, mostrando não apenas o conteúdo, mas precisa ter esse trabalho, dessa capacidade de resolução de problemas.

A grande força motriz que vai acelerar o processo de mudança educacional virá da empresa

O profssional atual sente a falta desse desenvolvimento na prática? O que eu tenho visto nas empresas, é que pessoas com pós-graduação, com MBA, com mestrado, apresen­tam uma difculdade cognitiva mui­to acentuada. Têm conhecimento técnico, mas sem conseguir utilizar aquilo como uma ferramenta. Há tantos profssionais com MBA, mas são raros os que habilitados a apre­sentar resultados para enfrentar os

problemas, como os da vida e dos desafos do mercado. O profssional atual tem que ser capaz de estrutu­rá-los, signifcá-los e encontrar res­postas. Então para isso, esse tipo de pessoa que realmente pensa, e não é apenas usuário do conhe­cimento, mas que produz conheci­mentos, não no sentido da univer­sidade cientifcamente, mas do seu cotidiano, na sua prática em que a aprendizagem seja encarada como processo contínuo, que se identifca com a própria natureza humana, e não um processo escolar.

Já tem exemplos concretos desse trabalho? Há cerca de dois anos, dou supor­te a empresas. Comecei com uma rede de supermercados, que mes­mo investindo, fazendo consultoria e treinamentos, não tinha retorno. Até que me convidou para fazer uma reestruturação da empresa. Começamos a mostrar todos os as­pectos do desenvolvimento cogniti­vo, das questões do raciocínio dos funcionários, que estão por trás, para que você faça as mudanças necessárias de maneira que elas sejam assimiladas.

06 Conecte Setembro e Outubro de 2010

Sabedoria Popular O folclore brasileiro faz parte de um riquíssimo patrimônio cultural

herdado de uma população mista, formada por índios, negros e europeus

p atrimônio cultural, consequência Brasil é dono de um riquíssimo

de uma formação hibrida de índios, africanos e europeus. A população - de formação mista - trouxe de seus países de origem suas identidades culturais, através da prática de costumes e cultos de suas crenças e valores.

Assim, em cada canto diferente do país, foram surgindo mitos, lendas e histórias, ou seja, o Folclore Brasileiro – histórias criadas para passar mensa­gens importantes ou apenas para as­sustar as pessoas. Muitas delas deram origem às festas populares.

A palavra folclore, grafada inicial­mente Folk-Lore, foi formada a par­tir das velhas raízes saxônicas em que folk signifca povo e lore saber. Assim, segundo seu criador Willian John Thoms a nova palavra signifca-ria Sabedoria do Povo e foi publicada no Jornal londrino “The Atheneum” em 22 de agosto de 1846. Daí, come-morar-se o Dia do Folclore nesta data.

Para o artista plástico José Aveli­no Bezerra, que também é músico, pesquisador de Folclore, diretor e

responsável pela dinâmica cultural da Casa do Lago nos últimos sete anos: “O Folclore é o conjunto das criações culturais de uma comunida­de, baseado nas suas tradições ex­pressas individual ou coletivamente,

O Folclore é o conjunto das criações culturais de uma comunidade, baseado nas suas tradições

representativo de sua identidade so­cial. Constituem-se fatores de iden­tifcação da manifestação folclórica: aceitação coletiva, tradicionalidade, dinamicidade e funcionalidade”.

Cultura Popular Brasileira X Internacional Com o advento da tecnologia, da globalização e a invasão de flmes e

desenhos internacionais, a cultura po­pular brasileira perdeu um pouco de espaço, principalmente, entre a prefe­rência de crianças e jovens.

Para a coordenadora de Educação do N.E.I., Sueli Torres, a TV infuencia negativamente na educação e se as es­colas não oferecerem projetos de resga­te, a cultura popular tende a se perder.

“Os educadores precisam trabalhar de maneira lúdica com as crianças e os jovens com projetos que resgatem e recuperem essa riqueza cultural. Pois raramente este assunto é tratado em casa pela família e a infuência de programas, desenhos e flmes estran­geiros é muito grande”, afrma Sueli.

A coordenadora ainda destaca que na Fundação Romi projetos culturais têm grande aceitação por parte dos alunos. “Nossas crianças e adolescentes adoram trabalhar com o folclore, encantam-se com a riqueza das histórias e personagens e são muito participativos”, assegura.

Há ainda projetos que trabalham no sentido de resguardar esta riqueza cul­tural, como o Projeto Folclore desenvol­vido na UNICAMP desde 1992.

Curiosidades

• É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de Agosto, aqui no Brasil, o Dia do Folclore.

• Em 2005, foi criado do Dia do Saci, que deve ser comemorado em 31 de outubro. Festas fol­clóricas ocorrem nesta data em homenagem a este personagem. A data, recém-criada, con-

corre com a forte influência norte-americana em nossa cultura, representada pela festa do Hallo-ween - Dia das Bruxas.

• Muitas festas populares, que ocorrem no mês de Agosto, possuem temas folclóricos como des­taque e também fazem parte da cultura popular.

Setembro e Outubro de 2010 Conecte 07

Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil

(5A

6 \G

Boitatá Representada por uma cobra de fogo que pro­tege as matas e os ani­mais e tem a capacida­de de perseguir e matar

aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indí­gena e que seja um dos primeiros do folclo­re brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como “fogo que corre”.

Boto Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é re­presentado por um homem jovem, bo­nito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar ele mergulha nas águas do para transformar-se em um boto.

rio

kO Saci-Pererê O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma

perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando

travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar co acordar pessoas com gargalhadas.

Mula-sem-cabeça Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em to­das as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrú­pede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.

Curupira Assim como o boitatá, o curu­pira também é um protetor das matas e dos ani­mais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desapare­ce nas matas, muitos habi­tantes do interior acreditam que é obra do curupira.

081 Conecte Setembro e Outubro de 2010

Mantendo viva nossa herança cultural

Com a preocupação em res­gatar as tradições folclóricas

brasileiras, a Fundação Romi criou o projeto “Mantendo viva nossa herança cultural”, em que os alu­nos do N.E.I. (Núcleo de Educação

Integrada) organizaram uma festa típica em comemoração à data, na Estação Cultural. Os alunos foram divididos em duas turmas e escolheram manifestações folcló­ricas das regiões brasileiras, que

incluem músicas, brincadeiras, danças, teatros, literatura, perso­nagens etc. Após pesquisarem so­bre o assunto, eles apresentaram danças de várias regiões brasilei­ras. Veja nas fotos abaixo.