conceitos básicos - moacyr b. dias-filhodiasfilho.com.br/palestras/pastagens_m_dias-filho.pdf ·...

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8/10/2010 1 Embrapa Amazônia Oriental Embrapa Amazônia Oriental Embrapa Amazônia Oriental Embrapa Amazônia Oriental Conceitos Básicos Conceitos Básicos © Moacyr B. Dias-Filho © Moacyr B. Dias-Filho Forrageira Forrageira - planta utilizada como forragem planta utilizada como forragem Forrageira Forrageira - planta utilizada como forragem planta utilizada como forragem Massa (matéria) seca Massa (matéria) seca - material vegetal (biomassa) do material vegetal (biomassa) do qual foi extraída toda a água qual foi extraída toda a água Massa (matéria) seca Massa (matéria) seca - material vegetal (biomassa) do material vegetal (biomassa) do qual foi extraída toda a água qual foi extraída toda a água Forragem Forragem - planta ou parte da planta usada para planta ou parte da planta usada para alimentar o gado alimentar o gado Forragem Forragem - planta ou parte da planta usada para planta ou parte da planta usada para alimentar o gado alimentar o gado Um bovino adulto (450 kg) consome, em média, cerca de Um bovino adulto (450 kg) consome, em média, cerca de 2,5% do seu peso em massa seca de forragem (11,3 kg) 2,5% do seu peso em massa seca de forragem (11,3 kg) ou cerca de 50 kg de forragem verde por dia ou cerca de 50 kg de forragem verde por dia Um bovino adulto (450 kg) consome, em média, cerca de Um bovino adulto (450 kg) consome, em média, cerca de 2,5% do seu peso em massa seca de forragem (11,3 kg) 2,5% do seu peso em massa seca de forragem (11,3 kg) ou cerca de 50 kg de forragem verde por dia ou cerca de 50 kg de forragem verde por dia Conceitos Básicos Conceitos Básicos © Moacyr B. Dias-Filho © Moacyr B. Dias-Filho Consumo de (massa seca de) forragem (CMS) pelo Consumo de (massa seca de) forragem (CMS) pelo animal depende do: animal depende do: Consumo de (massa seca de) forragem (CMS) pelo Consumo de (massa seca de) forragem (CMS) pelo animal depende do: animal depende do: Taxa (frequência) de bocado (TX) Taxa (frequência) de bocado (TX) (número de bocados por min.) (número de bocados por min.) Taxa (frequência) de bocado (TX) Taxa (frequência) de bocado (TX) (número de bocados por min.) (número de bocados por min.) Tamanho do bocado (TB) Tamanho do bocado (TB) Tamanho do bocado (TB) Tamanho do bocado (TB) Tempo de pastejo (TP) Tempo de pastejo (TP) Tempo de pastejo (TP) Tempo de pastejo (TP) CMS = TB x TX x TP CMS = TB x TX x TP CMS = TB x TX x TP CMS = TB x TX x TP Conceitos Básicos Conceitos Básicos © Moacyr B. Dias-Filho © Moacyr B. Dias-Filho A dificuldade dificuldade que que o animal animal apresenta apresenta em em apreender apreender a forragem, forragem, a profundidade profundidade de de cada cada bocado, bocado, a área área de de cada cada bocado, bocado, a densidade densidade da da forragem, forragem, bem bem como como as as condições condições ambientais ambientais alteram alteram o TB TB a TX TX e o TP TP A dificuldade dificuldade que que o animal animal apresenta apresenta em em apreender apreender a forragem, forragem, a profundidade profundidade de de cada cada bocado, bocado, a área área de de cada cada bocado, bocado, a densidade densidade da da forragem, forragem, bem bem como como as as condições condições ambientais ambientais alteram alteram o TB TB a TX TX e o TP TP O tamanho tamanho do do bocado bocado (TB) (TB) é o principal principal componente componente do do consumo consumo O tamanho tamanho do do bocado bocado (TB) (TB) é o principal principal componente componente do do consumo consumo A TX TX e o TP TP podem podem compensar compensar as as condições condições adversas adversas (baixo (baixo TB) TB) para para um um bom bom consumo consumo A TX TX e o TP TP podem podem compensar compensar as as condições condições adversas adversas (baixo (baixo TB) TB) para para um um bom bom consumo consumo Tamanhos Tamanhos de de bocado bocado pequenos pequenos provocam provocam tempos tempos de de pastejo pastejo maiores maiores e taxas taxas de de bocados bocados maiores maiores Tamanhos Tamanhos de de bocado bocado pequenos pequenos provocam provocam tempos tempos de de pastejo pastejo maiores maiores e taxas taxas de de bocados bocados maiores maiores Conceitos Básicos Conceitos Básicos © Moacyr B. Dias-Filho © Moacyr B. Dias-Filho Número de animais por área Número de animais por área (Ex: 3 (Ex: 3 cab cab/ha) /ha) Número de animais por área Número de animais por área (Ex: 3 (Ex: 3 cab cab/ha) /ha) Taxa de lotação Taxa de lotação Taxa de lotação Taxa de lotação Pressão de pastejo Pressão de pastejo Pressão de pastejo Pressão de pastejo Número de animais por forragem disponível Número de animais por forragem disponível (Ex: 3 kg de (Ex: 3 kg de ms ms/100 kg de peso vivo) /100 kg de peso vivo) Número de animais por forragem disponível Número de animais por forragem disponível (Ex: 3 kg de (Ex: 3 kg de ms ms/100 kg de peso vivo) /100 kg de peso vivo) Piquete 1 Piquete 2 Piquetes 1 e 2 têm a mesma taxa de lotação e pressão de pastejo Piquetes 1 e 2 têm a mesma taxa de lotação e pressão de pastejo © Moacyr B. Dias-Filho © Moacyr B. Dias-Filho

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8/10/2010

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Embrapa Amazônia Oriental Embrapa Amazônia Oriental Embrapa Amazônia Oriental Embrapa Amazônia Oriental

Conceitos BásicosConceitos Básicos

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

Forrageira Forrageira -- planta utilizada como forragem planta utilizada como forragem Forrageira Forrageira -- planta utilizada como forragem planta utilizada como forragem

Massa (matéria) seca Massa (matéria) seca -- material vegetal (biomassa) do material vegetal (biomassa) do qual foi extraída toda a água qual foi extraída toda a água Massa (matéria) seca Massa (matéria) seca -- material vegetal (biomassa) do material vegetal (biomassa) do qual foi extraída toda a água qual foi extraída toda a água

Forragem Forragem -- planta ou parte da planta usada para planta ou parte da planta usada para alimentar o gado alimentar o gado Forragem Forragem -- planta ou parte da planta usada para planta ou parte da planta usada para alimentar o gado alimentar o gado

Um bovino adulto (450 kg) consome, em média, cerca de Um bovino adulto (450 kg) consome, em média, cerca de 2,5% do seu peso em massa seca de forragem (11,3 kg) 2,5% do seu peso em massa seca de forragem (11,3 kg) ou cerca de 50 kg de forragem verde por diaou cerca de 50 kg de forragem verde por dia

Um bovino adulto (450 kg) consome, em média, cerca de Um bovino adulto (450 kg) consome, em média, cerca de 2,5% do seu peso em massa seca de forragem (11,3 kg) 2,5% do seu peso em massa seca de forragem (11,3 kg) ou cerca de 50 kg de forragem verde por diaou cerca de 50 kg de forragem verde por dia

Conceitos BásicosConceitos Básicos

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

Consumo de (massa seca de) forragem (CMS) pelo Consumo de (massa seca de) forragem (CMS) pelo animal depende do:animal depende do:Consumo de (massa seca de) forragem (CMS) pelo Consumo de (massa seca de) forragem (CMS) pelo animal depende do:animal depende do:

Taxa (frequência) de bocado (TX) Taxa (frequência) de bocado (TX) (número de bocados por min.)(número de bocados por min.)Taxa (frequência) de bocado (TX) Taxa (frequência) de bocado (TX) (número de bocados por min.)(número de bocados por min.)

Tamanho do bocado (TB) Tamanho do bocado (TB) Tamanho do bocado (TB) Tamanho do bocado (TB)

Tempo de pastejo (TP)Tempo de pastejo (TP)Tempo de pastejo (TP)Tempo de pastejo (TP)

CMS = TB x TX x TPCMS = TB x TX x TPCMS = TB x TX x TPCMS = TB x TX x TP

Conceitos BásicosConceitos Básicos

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

AA dificuldadedificuldade queque oo animalanimal apresentaapresenta emem apreenderapreender aaforragem,forragem, aa profundidadeprofundidade dede cadacada bocado,bocado, aa áreaárea dede cadacadabocado,bocado, aa densidadedensidade dada forragem,forragem, bembem comocomo asascondiçõescondições ambientaisambientais alteramalteram oo TBTB aa TXTX ee oo TPTP

AA dificuldadedificuldade queque oo animalanimal apresentaapresenta emem apreenderapreender aaforragem,forragem, aa profundidadeprofundidade dede cadacada bocado,bocado, aa áreaárea dede cadacadabocado,bocado, aa densidadedensidade dada forragem,forragem, bembem comocomo asascondiçõescondições ambientaisambientais alteramalteram oo TBTB aa TXTX ee oo TPTP

OO tamanhotamanho dodo bocadobocado (TB)(TB) éé oo principalprincipal componentecomponente dodoconsumoconsumoOO tamanhotamanho dodo bocadobocado (TB)(TB) éé oo principalprincipal componentecomponente dodoconsumoconsumo

AA TXTX ee oo TPTP podempodem compensarcompensar asas condiçõescondições adversasadversas(baixo(baixo TB)TB) parapara umum bombom consumoconsumoAA TXTX ee oo TPTP podempodem compensarcompensar asas condiçõescondições adversasadversas(baixo(baixo TB)TB) parapara umum bombom consumoconsumo

TamanhosTamanhos dede bocadobocado pequenospequenos provocamprovocamtempostempos dede pastejopastejo maioresmaiores ee taxastaxas dede bocadosbocadosmaioresmaiores

TamanhosTamanhos dede bocadobocado pequenospequenos provocamprovocamtempostempos dede pastejopastejo maioresmaiores ee taxastaxas dede bocadosbocadosmaioresmaiores

Conceitos BásicosConceitos Básicos

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

Número de animais por áreaNúmero de animais por área(Ex: 3 (Ex: 3 cabcab/ha)/ha)

Número de animais por áreaNúmero de animais por área(Ex: 3 (Ex: 3 cabcab/ha)/ha)

••Taxa de lotaçãoTaxa de lotação••Taxa de lotaçãoTaxa de lotação

••Pressão de pastejoPressão de pastejo••Pressão de pastejoPressão de pastejo

Número de animais por forragem disponívelNúmero de animais por forragem disponível(Ex: 3 kg de (Ex: 3 kg de msms/100 kg de peso vivo)/100 kg de peso vivo)

Número de animais por forragem disponívelNúmero de animais por forragem disponível(Ex: 3 kg de (Ex: 3 kg de msms/100 kg de peso vivo)/100 kg de peso vivo)

Piquete 1

Piquete 2

Piquetes 1 e 2 têm a mesma taxa de lotação e pressão de pastejo

Piquetes 1 e 2 têm a mesma taxa de lotação e pressão de pastejo

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

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Piquete 1

Piquete 2

Piquetes 1 e 2 têm diferentes taxas de lotação, porém, a mesma pressão de pastejo

Piquetes 1 e 2 têm diferentes taxas de lotação, porém, a mesma pressão de pastejo

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

Piquete 1

Piquete 2

Piquetes 1 e 2 têm a mesma taxa de lotação, mas diferentes pressões de pastejo

Piquetes 1 e 2 têm a mesma taxa de lotação, mas diferentes pressões de pastejo

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

Conceitos BásicosConceitos Básicos

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

•• CapacidadeCapacidade dede suportesuporte•• CapacidadeCapacidade dede suportesuporte

NúmeroNúmero dede animaisanimais ouou cargacarga animalanimal queque podepode sersermantidamantida porpor áreaárea emem funçãofunção dada disponibilidadedisponibilidade dedeforragemforragem

NúmeroNúmero dede animaisanimais ouou cargacarga animalanimal queque podepode sersermantidamantida porpor áreaárea emem funçãofunção dada disponibilidadedisponibilidade dedeforragemforragem ,, assegurandoassegurando altoalto rendimentorendimento porporanimalanimal ee porpor áreaárea ee mantendomantendo aa produtividadeprodutividade ee aacapacidadecapacidade dede recuperaçãorecuperação dada pastagempastagem

,, assegurandoassegurando altoalto rendimentorendimento porporanimalanimal ee porpor áreaárea ee mantendomantendo aa produtividadeprodutividade ee aacapacidadecapacidade dede recuperaçãorecuperação dada pastagempastagem

Conceitos BásicosConceitos Básicos

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

Eficiência de pastejoEficiência de pastejoEficiência de pastejoEficiência de pastejo

NormalmenteNormalmente variavaria dede 3030 aa 6060%%NormalmenteNormalmente variavaria dede 3030 aa 6060%%

Quantidade de pasto consumido pelo animal, em Quantidade de pasto consumido pelo animal, em relação ao total produzido relação ao total produzido Quantidade de pasto consumido pelo animal, em Quantidade de pasto consumido pelo animal, em relação ao total produzido relação ao total produzido

ÉÉ influenciadainfluenciada pelapela plantaplanta (tipo,(tipo, estruturaestrutura etcetc..),), pelopeloanimalanimal (raça,(raça, categoriacategoria etcetc..)) e,e, principalmente,principalmente, pelopelomanejomanejo dodo pastopasto

ÉÉ influenciadainfluenciada pelapela plantaplanta (tipo,(tipo, estruturaestrutura etcetc..),), pelopeloanimalanimal (raça,(raça, categoriacategoria etcetc..)) e,e, principalmente,principalmente, pelopelomanejomanejo dodo pastopasto

Conceitos BásicosConceitos Básicos

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

Baixo número de animais em relação a forragem Baixo número de animais em relação a forragem disponíveldisponível

(Perda de forragem devido ao “acamamento” e “(Perda de forragem devido ao “acamamento” e “envaretamentoenvaretamento” ” ––roçagem ou fogo)roçagem ou fogo)

Baixo número de animais em relação a forragem Baixo número de animais em relação a forragem disponíveldisponível

(Perda de forragem devido ao “acamamento” e “(Perda de forragem devido ao “acamamento” e “envaretamentoenvaretamento” ” ––roçagem ou fogo)roçagem ou fogo)

•• SubpastejoSubpastejo•• SubpastejoSubpastejo

•• SuperpastejoSuperpastejo•• SuperpastejoSuperpastejoAlto número de animais em relação a forragem Alto número de animais em relação a forragem disponíveldisponível

(Áreas de solo descoberto, erosão, invasoras)(Áreas de solo descoberto, erosão, invasoras)

Alto número de animais em relação a forragem Alto número de animais em relação a forragem disponíveldisponível

(Áreas de solo descoberto, erosão, invasoras)(Áreas de solo descoberto, erosão, invasoras)

Eficiência sistemas de produção a pastoEficiência sistemas de produção a pasto

Potencial forrageiroPotencial forrageiro

Potencial animal

Potencial animal

Valor nutritivo(comp. química, digest.)

Valor nutritivo(comp. química, digest.)

Consumo(aceit., tx. pass., dispo.)

Consumo(aceit., tx. pass., dispo.)

Idade, tamanho, sexo, genética

Idade, tamanho, sexo, genética

AmbienteAmbiente© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

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Eficiência sistemas de produção a pastoEficiência sistemas de produção a pasto

A medida que a pastagem vai perdendo qualidade, maior tem que ser o consumo para compensar a perda em nutrientes

A medida que a pastagem vai perdendo qualidade, maior tem que ser o consumo para compensar a perda em nutrientes

Qualidade da pastagem diminui com o amadurecimento da planta (alongamento dos colmos e floração)Qualidade da pastagem diminui com o amadurecimento da planta (alongamento dos colmos e floração)

Teor de fibra

Teor de fibra

Teor de proteínaTeor de proteína

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Sistema de produção a pastoSistema de produção a pasto

ClimaClima

SoloSoloPlanta forrageiraPlanta forrageira

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AnimalAnimalManejoManejo

Característica importante da pecuária brasileiraCaracterística importante da pecuária brasileira

Migração da pecuária para regiões de fronteira agrícola (Norte, CentroMigração da pecuária para regiões de fronteira agrícola (Norte, Centro--Oeste e Oeste e Nordeste)Nordeste)

Todas essas condições permitem que o pasto seja a base alimentar da pecuária Todas essas condições permitem que o pasto seja a base alimentar da pecuária de corte durante o ano todo (“boi verde” ou “boi de capim”), reduzindo os de corte durante o ano todo (“boi verde” ou “boi de capim”), reduzindo os custos de produçãocustos de produção

Busca de menores custos de produção, principalmente devido a pressão de Busca de menores custos de produção, principalmente devido a pressão de competição exercida pela agricultura em outras regiões (preço da terra)competição exercida pela agricultura em outras regiões (preço da terra)

Condições climáticas (Região Norte) mais favoráveis Condições climáticas (Região Norte) mais favoráveis –– temperaturas mais temperaturas mais uniformes e períodos de seca relativamente menos severos e extensosuniformes e períodos de seca relativamente menos severos e extensos

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

85,585,5

31,331,3

2,022,02 3,63,6

22,222,2

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro‐OesteFonte: IBGE/Pesquisa Pecuária MunicipalFonte: IBGE/Pesquisa Pecuária Municipal

© Moacyr B. Dias‐Filho© Moacyr B. Dias‐Filho

Principais problemas da pecuária na Região NortePrincipais problemas da pecuária na Região Norte

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Baixo grau de intensificação e padrão tecnológico Baixo grau de intensificação e padrão tecnológico –– regime extensivoregime extensivo

Planejamento, controle e avaliação deficientes Planejamento, controle e avaliação deficientes –– baixa visão empresarial baixa visão empresarial

Degradação das pastagensDegradação das pastagens

Baixa produtividade e rentabilidadeBaixa produtividade e rentabilidade

Infraestrutura deficiente (estradas, mão de obra etc.)Infraestrutura deficiente (estradas, mão de obra etc.)

Insegurança na posse da terraInsegurança na posse da terra

Degradação de PastagensDegradação de PastagensDegradação de PastagensDegradação de Pastagens

UmUm dosdos principaisprincipais problemasproblemas parapara aasustentabilidadesustentabilidade dada atividadeatividade pecuáriapecuáriaUmUm dosdos principaisprincipais problemasproblemas parapara aasustentabilidadesustentabilidade dada atividadeatividade pecuáriapecuária

Foto: Embrapa AcreFoto: Embrapa Acre

Foto: Embrapa AcreFoto: Embrapa Acre

Foto: Moacy r Dias-FilhoFoto: Moacy r Dias-Filho

Foto: Embrapa Amazônia OrientalFoto: Embrapa Amazônia Oriental

Na Amazônia cerca de 30 milhões de ha de pastagens estariam degradadas ou em degradação

A recuperação dessas áreas poderia, no mínimo, dobrar a produção atual de carne e leite da região,

sem a necessidade de derrubar uma só árvore

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Para cada hectare de pastagem recuperada deixa-se de desmatar cerca de dois hectares

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Principais causas da degradação de Principais causas da degradação de pastagenspastagens

Principais causas da degradação de Principais causas da degradação de pastagenspastagens

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1.1. PráticasPráticas inadequadasinadequadas dede pastejopastejo–– TaxasTaxas dede lotaçãolotação ouou períodosperíodos dede descansodescanso queque nãonão levamlevam emem contaconta oo ritmoritmo dede

crescimentocrescimento dada pastagempastagem

2.2. PráticasPráticas inadequadasinadequadas dede manejomanejo dada pastagempastagem–– UsoUso excessivoexcessivo dodo fogofogo–– AusênciaAusência dede reposiçãoreposição dada fertilidadefertilidade dodo solosolo

3.3. FalhasFalhas nono estabelecimentoestabelecimento dada pastagempastagem–– PreparoPreparo dada áreaárea–– ÉpocaÉpoca dede semeadurasemeadura–– BaixaBaixa qualidadequalidade dasdas sementessementes

4.4. Doenças,Doenças, pragaspragas ee problprobl.. fisiológicosfisiológicos–– CigarrinhaCigarrinha dasdas pastagens,pastagens, lagartaslagartas etcetc..–– SíndromeSíndrome dada mortemorte dada BB.. brizanthabrizantha cvcv.. MaranduMarandu (solos(solos comcom drenagemdrenagem deficientedeficiente))

5.5. Clima e soloClima e solo–– Excesso ou falta de Excesso ou falta de chuvaschuvas–– BaixaBaixa fertilidade fertilidade natural,natural, drenagem drenagem deficiente do solodeficiente do solo

Processo de degradaçãoProcesso de degradação

Áreas de solo descoberto

Áreas de solo descoberto

Plantas daninhasPlantas daninhas

Ciclagem nutrientes(queda fertilidade do solo)Ciclagem nutrientes(queda fertilidade do solo)

Menor disponibilidade de forragem

(queda na capacidade de suporte)

Menor disponibilidade de forragem

(queda na capacidade de suporte)

Degradação da pastagemDegradação da pastagem

Diminuição da capacidade

competitiva da forrageira

Diminuição da capacidade

competitiva da forrageira

Práticas inadequadas de pastejoPráticas inadequadas de pastejo

Uso excessivo do fogoUso excessivo do fogo

Ausência de adubaçãoAusência de adubaçãoFalhas no estabelecimentoFalhas no estabelecimento Fatores bióticosFatores bióticos

Fatores abióticosFatores abióticos

CausasCausas

Conseq.1as

Conseq.1as

Conseq.2a

Conseq.2a

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Manejo do pastejoManejo do pastejo

A disponibilidade de forragem varia com as condições ambientais (clima e solo) e de manejo (variáveis com o tempo)A disponibilidade de forragem varia com as condições ambientais (clima e solo) e de manejo (variáveis com o tempo)

A carga animal tem que ser ajustada pela quantidade de forragem disponível na pastagemA carga animal tem que ser ajustada pela quantidade de forragem disponível na pastagem

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Variação diária Variação mensal

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© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho © Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

•• TodaToda pastagempastagem temtem umauma alturaaltura idealideal dede pastejopastejo

•• PastoPasto “rapado”“rapado” ouou pastopasto “passado”“passado” indicaindica manejomanejoerradoerrado

•• Taxas Taxas de lotação ou períodos de descanso de lotação ou períodos de descanso devem ser devem ser variáveis (não devem ser fixos)variáveis (não devem ser fixos)

•• Comandados pelo Comandados pelo ritmo de crescimento ritmo de crescimento do pastodo pasto

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

Alturas de entrada e resíduoAlturas de entrada e resíduo

TanzâniaTanzânia 70 cm 70 cm ((entradaentrada)) 30 a 50 cm 30 a 50 cm ((resíduoresíduo))

MombaçaMombaça 90 cm (90 cm (entradaentrada)) 30 a 50 cm (30 a 50 cm (resíduoresíduo))

MaranduMarandu 50 cm 50 cm ((entradaentrada)) 20 a 30 cm 20 a 30 cm ((resíduoresíduo))

XaraésXaraés 60 cm 60 cm ((entradaentrada)) 20 a 30 cm 20 a 30 cm ((resíduoresíduo))

HumidicolaHumidicola 35 cm 35 cm ((entradaentrada)) 10 a 15 cm 10 a 15 cm ((resíduoresíduo))

Práticas inadequadas de manejo Práticas inadequadas de manejo da pastagemda pastagem

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

Solo

Pasto

Fogo

Nutrientes (N, P, cátions etc.) provenientes das cinzas

Pós-fogo

Perda de nutrientes por erosão das cinzas e do solo

Maior mineralização da matéria orgânica devido ao calor

Perda de nutrientes por volatilização

Calor + cinzas aumentam o pH do solo Aumento na

disponibilidade de nutrientes

Perda de nutrientes por lixiviação© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

Ação do sol na decomposição da matéria orgânica

Ação das chuvas e vento na erosão das cinzas e solo

Ação das chuvas na lixiviação dos nutrientes do solo

Se queimada a pastagem deve ser protegida contra o pisoteio e o

pastejo prematuros

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Adubação Adubação

AA adubaçãoadubação dede pastagenspastagens aindaainda éé umauma práticaprática muitomuito poucopouco utilizadautilizada(fatores(fatores econômicoseconômicos etcetc..))

AA eficiênciaeficiência dodo pastejopastejo podepode serser aumentadaaumentada manejandomanejando--seseadequadamenteadequadamente aa pastagem,pastagem, evitandoevitando sobrasobra dede pasto,pasto, queque levamlevam aoaopastejopastejo seletivo,seletivo, ondeonde folhasfolhas novanova sãosão consumidas,consumidas, comcom rejeiçãorejeição dedefolhasfolhas (ou(ou touceiras)touceiras) maismais velhasvelhas

AA baixabaixa eficiênciaeficiência dodo pastejopastejo (forragem(forragem consumida,consumida, emem relaçãorelação aoaototaltotal produzido)produzido) diminuidiminui oo retornoretorno econômicoeconômico dada adubaçãoadubação

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho © Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

SemeaduraSemeadura Valor cultural (VC)Valor cultural (VC)

Percentual de sementes viáveis, isto é, capazes de Percentual de sementes viáveis, isto é, capazes de germinar, caso encontrem condições favoráveis no germinar, caso encontrem condições favoráveis no solosolo

VC % = (% pureza x % germinação) VC % = (% pureza x % germinação) ÷÷ 100100

Exemplo: Um lote de sementes de capimExemplo: Um lote de sementes de capim--marandu marandu com VC de 50%. Em 20kg, apenas 10kg são sementes com VC de 50%. Em 20kg, apenas 10kg são sementes capazes de germinar. 10kg = impurezas (solo, palha capazes de germinar. 10kg = impurezas (solo, palha etc.), sementes de outras espécies e sementes mortas etc.), sementes de outras espécies e sementes mortas de capimde capim--marandumarandu

CustoCusto e Valor culturale Valor cultural

O valor cultural (VC) é útil na escolha do lote de menor O valor cultural (VC) é útil na escolha do lote de menor custocusto

Divisão do custo por kg de semente pelo VC (R$ kg Divisão do custo por kg de semente pelo VC (R$ kg ÷÷VC) resulta no custo de cada unidade de valor culturalVC) resulta no custo de cada unidade de valor cultural

Exemplo: Um lote A com VC de 20%, à venda por R$ Exemplo: Um lote A com VC de 20%, à venda por R$ 3,50/kg e um lote B com VC de 40%, à venda por R$ 3,50/kg e um lote B com VC de 40%, à venda por R$ 5,00/kg 5,00/kg

A melhor compra seria o lote B (custo R$ 0,125 por A melhor compra seria o lote B (custo R$ 0,125 por ponto de VC), pois o lote A custa R$ 0,175 por ponto ponto de VC), pois o lote A custa R$ 0,175 por ponto de VCde VC

Pureza varietalPureza varietal

A pureza de um lote de semente se divide em pureza A pureza de um lote de semente se divide em pureza física e pureza física e pureza varietalvarietal (pureza genética)(pureza genética)

Em lotes com baixa pureza Em lotes com baixa pureza varietalvarietal existe mistura de existe mistura de cultivares (cultivares (ruziziensisruziziensis em lote de em lote de marandumarandu, , mombaçamombaçae e tobiatãtobiatã em lote de em lote de tanzâniatanzânia etc.)etc.)

Em pastagens formadas com misturas de cultivares Em pastagens formadas com misturas de cultivares podem ocorrer baixa eficiência de pastejo, levando a podem ocorrer baixa eficiência de pastejo, levando a degradação da pastagem degradação da pastagem

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Cultivar Até 2008 A partir de 2009 VC (%)B. brizantha (Marandu, Xaraés, Piatã)

40% 60% 48 - 51

B. humidicola 40% 60% 36B. ruziziensis 50% 60% 48 - 51P. maximum (Tanzânia,Mombaça)

30% 40% 32 - 34

Alterações nos padrões mínimos de Alterações nos padrões mínimos de pureza (e VC)*pureza (e VC)*

* * InstruçãoInstrução normativanormativa 30 do MAPA30 do MAPA

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SemeaduraSemeaduraO uso de sementes de capim com VC alto implica em O uso de sementes de capim com VC alto implica em menor volume de sementes para ser semeadomenor volume de sementes para ser semeado

Dificuldade na distribuição das sementes no campo, Dificuldade na distribuição das sementes no campo, pois alguns equipamentos usados para plantio podem pois alguns equipamentos usados para plantio podem não permitir regulagem para baixa quantidade de não permitir regulagem para baixa quantidade de sementessementes

Para aumentar o volume e facilitar a regulagem, Para aumentar o volume e facilitar a regulagem, misturar às sementes (casca de arroz, esterco seco misturar às sementes (casca de arroz, esterco seco moído, areia, super fosfato simples granulado) moído, areia, super fosfato simples granulado)

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Espaçamento entre linhas (cm)

Espaçamento entre linhas (cm)

B. brizantha (Marandu, Piatã, Xaraés)

30 - 40

B. humidicola 40P. maximum 30 - 50

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Formação ideal da pastagemFormação ideal da pastagem

Número ideal de plantas, distribuídas Número ideal de plantas, distribuídas uniformemente:uniformemente:

•• BrachiariaBrachiaria: 20 a 30 plantas/: 20 a 30 plantas/m²m²

•• PanicumPanicum: 50 a 60 plantas/: 50 a 60 plantas/m²m²

SemeaduraSemeaduraSemeaduraSemeadura

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Primeiro pastejoPrimeiro pastejo

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•• NÃONÃO sese devedeve esperaresperar oo florescimentoflorescimento parapara oo primeiroprimeiropastejopastejo ((4545 aa 7575 diasdias apósapós aa semeadura)semeadura)

•• OO pastejopastejo inicialinicial estimulaestimula oo perfilhamentoperfilhamento basalbasal

•• Utilizar animais jovensUtilizar animais jovens

•• Pastejo tardio estimula o acamamento e Pastejo tardio estimula o acamamento e envaretamentoenvaretamento Fatores bióticosFatores bióticosFatores bióticosFatores bióticos

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As plantas daninhas não seriam As plantas daninhas não seriam necessariamente a causa da degradação necessariamente a causa da degradação da pastagem, mas sim a conseqüência do da pastagem, mas sim a conseqüência do processo de degradação.processo de degradação.

Apenas o controle dessas plantas não Apenas o controle dessas plantas não garantiria a recuperação da garantiria a recuperação da produtividade da pastagem a médio ou produtividade da pastagem a médio ou longo prazo longo prazo

O aparecimento e proliferação dessas O aparecimento e proliferação dessas plantas é facilitado por práticas de plantas é facilitado por práticas de manejo que diminuam a capacidade manejo que diminuam a capacidade competitiva da pastagem competitiva da pastagem

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Dano à parte aéreaDano à parte aérea

Gemas dormentesGemas dormentes

Regeneração VegetativaRegeneração Vegetativa

Fonte: Dias-Filho (2007)

Desenvolvimento das gemasDesenvolvimento das gemas

PragasPragasPragasPragas

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho © Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

CigarrinhaCigarrinha--dasdas--pastagenspastagens

• Principal praga responsável pela degradação de pastagens na Amazônia e no Brasil

IncubaçãoIncubação NinfalNinfal Pré Pré oviposiçãooviposição

15 dias15 dias 35 dias35 dias 3 dias3 dias

• Ciclo ovo a ovo em torno de 53 dias (depende da espécie). Adulto vive em media 10 dias

MahanarvaMahanarva fimbriolatafimbriolata Deois flavopictaDeois flavopicta© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

CigarrinhaCigarrinha--dasdas--pastagenspastagens

• Nos últimos anos, devido a monocultura do capim-braquiarão, outras espécies se tornaram freqüentes, causando sérios danos a esse capim

• Inicialmente, espécie predominante na Amazônia (Deois incompleta) não causava danos ao capim-braquiarão (B. brizantha cv. Marandu)

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

CigarrinhaCigarrinha--dasdas--pastagenspastagens

•• Controle químicoControle químico, quando feito, deve ser planejado (ciclo vida), usar , quando feito, deve ser planejado (ciclo vida), usar produtos registrados (MAPA) e verificando período de carência produtos registrados (MAPA) e verificando período de carência

•• A A diversificaçãodiversificação das pastagens é a alternativa mais viável de convivência das pastagens é a alternativa mais viável de convivência com o problemacom o problema

•• Controle biológicoControle biológico, fungo , fungo MetarhiziumMetarhizium anisopliaeanisopliae. Resultados tem sido . Resultados tem sido inconsistentes. Porém, existe potencial para essa práticainconsistentes. Porém, existe potencial para essa prática

Foto: Joaquim AlmeidaFoto: Joaquim Almeida

•• Controle culturalControle cultural feito por meio do ajuste da carga animal, diminuído a altura feito por meio do ajuste da carga animal, diminuído a altura do pasto (evitandodo pasto (evitando--se o se o superpastejosuperpastejo) e o acúmulo de material morto ) e o acúmulo de material morto

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LagartasLagartas

• Mocis latipes (Lagarta-dos-capinzais ou mede-palmo)• Mocis latipes (Lagarta-dos-capinzais ou mede-palmo)

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

LagartasLagartas

• Spodoptera frugiperda (Lagarta-militar)• Spodoptera frugiperda (Lagarta-militar)

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

Percevejo-das-gramíneasPercevejo-das-gramíneas

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

Blissus sp. (B. antillus)Blissus sp. (B. antillus)

HábitoHábito

NinfaNinfa

AdultoAdulto

Praga dos capins tanner-grass, tangola e angolaPraga dos capins tanner-grass, tangola e angola

SÍNDROME DA MORTE DO CAPIM-MARANDUSÍNDROME DA MORTE DO CAPIM-MARANDU

Importante causa de degradação de pastagens Importante causa de degradação de pastagens em diversos locais das regiões Norte e Centroem diversos locais das regiões Norte e Centro--OesteOeste

Importante causa de degradação de pastagens Importante causa de degradação de pastagens em diversos locais das regiões Norte e Centroem diversos locais das regiões Norte e Centro--OesteOeste

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho © Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

• Não ter só um tipo de pasto (diversificar) é a alternativa mais adequada para lidar com o problema da síndrome da morte do capim-marandu

• Substituição do capim-braquiarão, nas áreas já afetadas e áreas de risco, por capins relativamente mais tolerantes(mombaça, tanzânia etc.) a solos com drenagem deficiente

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Estratégias para a recuperação de pastagens degradadas Estratégias para a recuperação de pastagens degradadas

© Moacyr B. Dias-FilhoFonte: Dias-Filho (2007) © Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

Etapas no Etapas no planejamento da recuperação de planejamento da recuperação de pastagenspastagens

Etapas no Etapas no planejamento da recuperação de planejamento da recuperação de pastagenspastagens

• Identificar a principal causa da degradaçãoIdentificar a principal causa da degradação

•• Listar as principais alternativas de recuperação Listar as principais alternativas de recuperação

•• Identificar a “melhor” alternativaIdentificar a “melhor” alternativa

•• Como fazer?Como fazer?•• Quando fazer?Quando fazer?•• Quanto custa?Quanto custa?•• Qual é o risco?Qual é o risco?•• Qual é o Qual é o retorno?retorno?

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

Principais insumos na recuperação de Principais insumos na recuperação de pastagenspastagens

Principais insumos na recuperação de Principais insumos na recuperação de pastagenspastagens

•• Fertilizantes Fertilizantes

•• Sementes Sementes

•• MecanizaçãoMecanização

•• Infraestrutura Infraestrutura (cercas, cochos etc.)(cercas, cochos etc.)

•• AnimaisAnimais

Requisitos para a adoção de tecnologias Requisitos para a adoção de tecnologias para a recuperação de para a recuperação de pastagenspastagens

Requisitos para a adoção de tecnologias Requisitos para a adoção de tecnologias para a recuperação de para a recuperação de pastagenspastagens

• Recursos financeiros própriosRecursos financeiros próprios ou ou acesso a créditoacesso a crédito para os para os investimentos investimentos (compra de insumos, animais etc.)(compra de insumos, animais etc.)

•• Domínio da tecnologiaDomínio da tecnologia ou acesso à ou acesso à assistência técnica qualificadaassistência técnica qualificada

•• Acesso a mercadoAcesso a mercado para para compra decompra de insumosinsumos (sementes, adubos etc.)(sementes, adubos etc.)

•• SegurançaSegurança na na posse da posse da terraterra

•• Estabilidade jurídica e políticaEstabilidade jurídica e política

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

•• QuandoQuando aa proporçãoproporção dede capimcapim éé muitomuito baixabaixa ouou mesmomesmo inexistenteinexistente

•• ÁreasÁreas comcom percentualpercentual bastantebastante altoalto dede plantasplantas daninhasdaninhas lenhosaslenhosasouou dede solosolo descobertodescoberto

•• UsaUsa mecanizaçãomecanização parapara preparopreparo dada área,área, semeadurasemeadura ee fertilizaçãofertilizaçãodada pastagempastagem

RenovaçãoRenovação

Foto: Embrapa AcreFoto: Embrapa Acre

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

Os altos custos e a relativa demora para o Os altos custos e a relativa demora para o retorno do capital investido são importantes retorno do capital investido são importantes barreiras para a adoção de tecnologias de barreiras para a adoção de tecnologias de

recuperação direta de pastagensrecuperação direta de pastagens

Os altos custos e a relativa demora para o Os altos custos e a relativa demora para o retorno do capital investido são importantes retorno do capital investido são importantes barreiras para a adoção de tecnologias de barreiras para a adoção de tecnologias de

recuperação direta de pastagensrecuperação direta de pastagens

© Moacyr B. Dias© Moacyr B. Dias--FilhoFilho© Moacyr B. Dias© Moacyr B. Dias--FilhoFilho

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Devido aos custos elevados da recuperação Devido aos custos elevados da recuperação direta de pastagens, o uso de culturas anuais, direta de pastagens, o uso de culturas anuais,

representa uma forma de minimizar, ou até representa uma forma de minimizar, ou até mesmo, cobrir estes custos por meio da mesmo, cobrir estes custos por meio da comercialização da produção agrícolacomercialização da produção agrícola

Devido aos custos elevados da recuperação Devido aos custos elevados da recuperação direta de pastagens, o uso de culturas anuais, direta de pastagens, o uso de culturas anuais,

representa uma forma de minimizar, ou até representa uma forma de minimizar, ou até mesmo, cobrir estes custos por meio da mesmo, cobrir estes custos por meio da comercialização da produção agrícolacomercialização da produção agrícola

© Moacyr B. Dias© Moacyr B. Dias--FilhoFilho© Moacyr B. Dias© Moacyr B. Dias--FilhoFilho

Sistemas agropastoris Sistemas agropastoris (Integração lavoura(Integração lavoura--pecuária) pecuária)

Sistemas agropastoris Sistemas agropastoris (Integração lavoura(Integração lavoura--pecuária) pecuária)

Plantio de culturas anuais (milho, soja, arroz, sorgo etc.) em sistema Plantio de culturas anuais (milho, soja, arroz, sorgo etc.) em sistema de rotação ou de consorcio com as forrageirasde rotação ou de consorcio com as forrageiras

Um dos principais objetivos é viabilizar economicamente o processo Um dos principais objetivos é viabilizar economicamente o processo de recuperação da pastagem por meio da venda de grãos (pecuária) de recuperação da pastagem por meio da venda de grãos (pecuária) ou a melhoria da lavoura via diversificação (agricultura)ou a melhoria da lavoura via diversificação (agricultura)

© Moacyr B. Dias© Moacyr B. Dias--FilhoFilho© Moacyr B. Dias© Moacyr B. Dias--FilhoFilho

Sistemas agropastoris Sistemas agropastoris (Integração lavoura(Integração lavoura--pecuária) pecuária)

Sistemas agropastoris Sistemas agropastoris (Integração lavoura(Integração lavoura--pecuária) pecuária)

Requer maior grau de especialização dos produtoresRequer maior grau de especialização dos produtores

Tem maior risco e exige maiores investimentos iniciaisTem maior risco e exige maiores investimentos iniciais

© Moacyr B. Dias© Moacyr B. Dias--FilhoFilho© Moacyr B. Dias© Moacyr B. Dias--FilhoFilho

Requisitos básicosRequisitos básicos• Recursos financeiros própriosRecursos financeiros próprios ou ou acesso a créditoacesso a crédito para os para os investimentos na produçãoinvestimentos na produção•• Solos favoráveisSolos favoráveis para a para a produção de grãosprodução de grãos (com (com boa drenagemboa drenagem e e aptos à mecanizaçãoaptos à mecanização))

•• Domínio da tecnologiaDomínio da tecnologia para produção de grãospara produção de grãos•• Acesso a mercadoAcesso a mercado para compra de para compra de insumosinsumos e e comercializaçãocomercialização da da produçãoprodução

•• Disponibilidade de Disponibilidade de mãomão--dede--obraobra ou ou máquinas agrícolasmáquinas agrícolas para para plantioplantioe e colheitacolheita•• Acesso à Acesso à assistência técnicaassistência técnica•• InfraestruturaInfraestrutura adequada para adequada para armazenamentoarmazenamento e e transportetransporte dos dos grãos produzidosgrãos produzidos

© Moacyr B. Dias© Moacyr B. Dias--FilhoFilho© Moacyr B. Dias© Moacyr B. Dias--FilhoFilho

Foto: Moacy r Dias-FilhoFoto: Moacy r Dias-Filho

Foto: Moacy r Dias-FilhoFoto: Moacy r Dias-Filho

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

O aumento na produtividade das pastagens recuperadas, O aumento na produtividade das pastagens recuperadas, permitiria que parte das áreas atualmente utilizadas sob permitiria que parte das áreas atualmente utilizadas sob

pastos, fosse convertida para outros fins agrícolas, pastos, fosse convertida para outros fins agrícolas, florestais ou de preservaçãoflorestais ou de preservação

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

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Recuperação de pastagens Recuperação de pastagens –– principal alternativa para principal alternativa para conciliar o crescimento da pecuária em áreas de conciliar o crescimento da pecuária em áreas de fronteira agrícola com a preservação ambiental fronteira agrícola com a preservação ambiental

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

OO sucessosucesso dede umum empreendimentoempreendimento

agropecuárioagropecuário dependedepende dede umum bombom manejomanejo

dosdos animaisanimais aa pastopasto ee dada exploraçãoexploração

racional,racional, econômicaeconômica ee sustentávelsustentável dessedesse

sistemasistema

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

OO pastopasto éé umauma lavouralavoura dede produçãoprodução dede

forragemforragem (para(para produzirproduzir carnecarne ee leite)leite) ee

comocomo taltal temtem queque serser tratadotratado

© Moacyr B. Dias-Filho© Moacyr B. Dias-Filho

OO produtorprodutor dede carnecarne ouou leiteleite devedeve ser,ser,

primeiramente,primeiramente, umum bombom agricultoragricultor parapara

depoisdepois serser umum bombom pecuaristapecuarista

ContatoContato

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Moacyr Bernardino DiasMoacyr Bernardino Dias--FilhoFilho

Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PAEmbrapa Amazônia Oriental, Belém, [email protected] [email protected]