comunidade ativa - edição 74

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15 mil exemplares. Distribuição gratuita no Anchieta, Carmo, Comiteco, Cruzeiro, Mangabeiras, e Sion Ano 12 - número 74 - Belo Horizonte, setembro de 2013 pág. 4 O Quintal da Guegué será um dos pontos altos da festa Festa na Floresta é o espetáculo do Curupaco O churrasquinho na brasa e a pizza no forno a lenha são os destaques da Praça de Alimentação, onde também não vão faltar as bebidas geladas e outras delícias Para a diversão da criançada, a Rua do Lazer 2013 também terá os brinquedos infláveis com tobogãs com cinco metros de altura e nove de comprimento, o jump, pula-pula, oficinas e muito mais! . Saiba mais na página 3. Divulgação Reprodução Divulgação SORTEIO NA RUA DO LAZER pág. 2 Fundado por integrantes do Uakti, pelo segundo ano consecutivo o grupo presenteará o público da Rua do Lazer com apresentação que diverte adultos e crianças pág. 3 pág. 4 pág. 7 Também nesta edição Lançado no último dia 29 de agosto, o Projeto RUA, de apoio a dependentes de drogas e álcool e aos familiares dos dependentes, iniciará reuniões no próximo dia 3 de outubro, quinta-feira, na Amoran pág. 9 Com metas previstas para serem cumpridas até o ano que vem, a Política Nacional de Resíduos Sólidos apresenta desafios para estados e municípios, que devem atender o que determina a lei págs. 10 e 11 Onda de criminalidade que afeta o Anchieta e demais bairros atendidos pela 127ª Cia. é motivo de apreensão de moradores e de empresários e de reuniões com a PM. Tam- bém veja o que diz o presidente da Amoran. Capa Ed74_COMUNIDADE ATIVA 12/09/2013 14:34 Page 1

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Comunidade Ativa - Edição 74 Destaque: Rua do Lazer 2013

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Page 1: Comunidade Ativa - Edição 74

15 mil exemplares. Distribuição gratuita no Anchieta, Carmo, Comiteco, Cruzeiro, Mangabeiras, e Sion

Ano 12 - número 74 - Belo Horizonte, setembro de 2013

pág. 4

O Quintal da Gueguéserá um dos pontosaltos da festa Festa na Floresta é o

espetáculo do CurupacoO churrasquinho nabrasa e a pizza noforno a lenha são osdestaques da Praçade Alimentação, ondetambém não vão faltar as bebidasgeladas e outras delícias

Para a diversão da criançada, a Rua do Lazer 2013também terá os brinquedos infláveis com tobogãscom cinco metros de altura e nove de comprimento,o jump, pula-pula, oficinas e muito mais!

.Saiba mais na página 3.

Divulgação

Reprod

ução

Divulgação

SORTEIO NA

RUA DO LAZER

pág. 2

Fundado por integrantes do Uakti, pelo segundo ano consecutivoo grupo presenteará o público da Rua do Lazer com apresentaçãoque diverte adultos e crianças

pág. 3

pág. 4

pág. 7

Também nesta edição

Lançado no último dia 29 de agosto, o Projeto RUA, de apoio a dependentesde drogas e álcool e aos familiares dos dependentes, iniciará reuniões no próximodia 3 de outubro, quinta-feira, na Amoran

pág. 9

Com metas previstas para serem cumpridasaté o ano que vem, a Política Nacional deResíduos Sólidos apresenta desafios paraestados e municípios, que devem atender oque determina a lei

págs. 10 e 11

Onda de criminalidade que afeta o Anchietae demais bairros atendidos pela 127ª Cia. émotivo de apreensão de moradores e de empresários e de reuniões com a PM. Tam-bém veja o que diz o presidente da Amoran.

Capa Ed74_COMUNIDADE ATIVA 12/09/2013 14:34 Page 1

Page 2: Comunidade Ativa - Edição 74

2 Comunidade Ativa - Ano 12 - Número 74Belo Horizonte, setembro de de 2013Rua do Lazer 2013

UMA DAS PRINCIPAISatrações voltadas para as cri-anças na Rua do Lazer 2013,O Quintal da Guegué é umprojeto itinerante, que per-corre bairros de Belo Hori-zonte e cidades do interior deMinas, levando diversão e cul-

tura paraos peque-nos. Idea-lizado pelaatriz e arteeducadoraG l e d e sGualberto,a Guegué,a apresen-tação in-clui his-tórias ebrincadei-ras can-tadas, queinteragemcom as cri-anças, dei-xando osolhos dameninadacheios debrilho e ospais emo-c ionadoscom a par-t icipação

dos filhos nas atividades. Umresultado que só é possívelquando o trabalho é desen-volvido com talento, paixãoe competência, o que sobranessa atriz mineira.

Casada com o músico Paulo

David, que é responsávelpelas composições dorepertório doQuital e por todaa parte musical das apresen-tações, Guegué tem três filhos(Clara, 16, Nina, 13 e Arthur,o Figulinho, com um ano eseis meses). Ainda, inclui sobseus cuidados seis cães ecinco gatos. Mesmo assim,encontra um jeito para percor-rer Minas, ministrando cursose oficinas e fazendo as suasapresentações, o que só é pos-sível graças ao suporte dafamília. “Eu digo que aqui emcasa somos mais que umafamília. Somos uma ver-dadeira comunidade. Sem oapoio do meu marido e dasminhas filhas nada seria pos-sível. Dona Pilar, a minhamãe, também não escapa. Du-rante as viagens e apresen-tações, o nosso pessoal se or-ganiza para o Figulinho ficarbem e o Quintal acontecer”,explica Guegué.Aliás, até o seu nome artís-

tico é fruto dessa história fa-miliar e ela já está tão acostu-mada com ele que estranha serchamada pelo nome debatismo. “Quando comecei acontar histórias, o meu apelidoera ‘Dis’. Mas, sempre que eu

me apresentava, o pessoal meperguntava: ‘é Dirce?’. Comoum presente, surgiu ‘Guegué’,apelido que ganhei do meuamor e companheiro maior, oPaulo David. Aí, num dia, aminha amiga Luciana me a-presentou assim para osalunos de uma escola. Pronto,pegou e eu adorei!”, ela conta.

Lidar com as crianças éalgo que parece sempre terfeito parte da vida de Guegué.“Pra falar a verdade, eu nemsei quando surgiu essa von-tade de sempre estar com ascrianças. Simplesmente, euestava sempre com elas.Acabei entrando para o cursode Pedagogia. Logo, lá estavaeu, como professora regentena Educação Infantil. Mas, oteatro sempre fez parte deminha vida. Por isso, procureia formação no Teatro Univer-sitário da UFMG e o melhoraconteceu. Juntei tudo, edu-cação e teatro, e continuo en-tre as crianças”, explica aatriz.Há 12 anos ela está con-

tando histórias para os pe-quenos. Porém, antes de sededicar somente a eles, porcinco anos Gledes frequentou

os palcos do teatro, traba-lhando com Pedro PauloCava, Marco Amaral, LuizCarlos Garrocho e Yuri Si-mon, que a dirigiu em A Re-volta dos Brinquedos. “Foientão que decidi dedicar-meinteiramente às crianças. Con-tei histórias, estudei musica-lização, fiz um programa derádio, O Fala Meninada, naRádio Favela”, ela lembra dafase que antecedeu o Quintal.

Guegué percorre trêscidades mineiras por semana,onde diz encontrar muita di-versidade cultural e social.“Aprendo tanto quanto ensinoe às vezes o pessoal me recebecomo celebridade”, ela conta,rindo. Numa folga de suas an-

danças, no ano passado a atrizesteve com toda a família naRua do Lazer, gostou do queviu e ficou com vontade de seapresentar na festa. Pois, paraa alegria das crianças e dosadultos, esta vontade daGuegué vai se realizar.Com a produção da artista

plástica Anita Fernandes, OQuintal da Guegué se apre-sentará na Rua do Lazer 2013ao meio-dia.

ENTRE AS ATRAÇÕES já consagradas da Rua doLazer, a Escultura em Balão eo Camarim, que faz amaquiagem da meninada e otererê nos cabelos mais ousa-dos, também estarão presentesnesta edição do evento. Anovidade está por conta doCantinho das Crianças, comgiz de cêra e massa de mode-lar, para os pequenos - e ospais - descansarem um poucodo exercício que os brinque-dos infláveis exige. Tudo isso,é claro, com a preseça demonitores treinados.

Outra novidade é o Espaçode Ginástica, onde educadoresfísicos orientarão crianças eadultos de todas as idades so-

bre exercícios simples e de fá-cil prática diária. O que não vai faltar é di-

versão e atividade física.

Se a diversão é boa no quintal, n’ O Quintal da Guegué ela é ainda melhor

E vem aí a Galinha Pintadinha Oficinas e muita ginástica para crianças e adultos

Com 12 anos de estrada, a atriz e arte educadora Gledes “Guegué” Gualberto fará da Rua do Lazer o seu quintal

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Sonho

Celebridade no Anchieta

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A popstar da garotada,preferida por nove entre dezmeninos e meninas daprimeira idade, fenô-meno que estourouna a Internet, aGalinha Pinta-dinha fará a suaaparição na Ruado Lazer 2013, com aprodução da SuaFesta Eventos.

Divulgação

pagina2 - Ed74_ComunidadeAtiva 12/09/2013 19:37 Page 1

Page 3: Comunidade Ativa - Edição 74

IDEALIZADO PELOSmúsicos Décio Ramos e Pau-los Santos, integrantes doGrupo Uakti, com a coorde-nação pedagógica de AnaLúcia Braga, o Grupo Curu-paco realiza projetos de musi-calização e de percussão vol-tados para crianças. Este tra-balho resultou na gravaçãodos CDs O voo do Pterodác-tilo e Festa na Floresta e narealização de vários espetácu-los, entre eles o Estica Dobra(2004), Curupaco - Música eBrincadeiras (2005), O voodo Pterodáctilo (2006), Bi-chos Birutas (2007) e Lá VemO Boi (2008). Ainda, o grupo

tem partici-pações emfestivais, in-cluindo oFestival Na-tura Musi-cal, com aúltima apre-sentação re-alizada naPraça Duquede Caxias,no últimomês de agos-to. Para pre-

sentear osconvivas daRua do La-zer, pelo se-

gundo ano consecutivo oCurupaco se apresentará noevento, desta vez com o es-petáculo Festa na Floresta.Com repertório inédito, o es-petáculo brinca com elemen-tos tradicionais da culturainfantil, ao mesmo tempo emque aborda assuntos contem-porâneos pertinentes ao coti-diano dos pequenos. A apresentação do Curu-

paco será logo após à quefará O Quintalda Guegué.

Na sequência,duas presençasmusicais estãoconfirmadas naRua do Lazer2013. A primeiraé a da dupla for-mada pelo can-tor e instrumen-tista Paulo Pen-teado e por suafilha, a cantoraJéssica Pentea-do. Pelo terceiroano consecutivo,

Paulo e Jéssica trarão para afesta grande variedade musi-cal, garantindo a diversão dopúblico adulto de todos osgostos. A dupla transita pelaMPB, pelo samba, pelo me-lhor rock n’ roll de todas asépocas e gêneros, lembrandomuitas músicas que setornaram clássicos namemória popular. As apresentações de Paulo

e Jéssica são marcadas pelaparticipação do público, pelaqualidade musical e pelo al-cance vocal dos cantores. Outra atração que promete

agitar o público é a do BlocoCaricato Os Aflitos do Anchi-eta, fundado no bairro há 48anos. Sob a presidência deSônia Pereira, Os Aflitos éum dos responsáveis pelapreservação do Carnaval deBelo Horizonte e atualmenteconstitue um dos grupos desamba mais solicitados deBelo Horizonte, se apresen-tando em formaturas e festasde todos os gêneros.Além destas apresentações,

surpresas agradáveis podemacontecer durante a festa.

Com o Grupo Curupaco a música entra pela tardeOutras apresentações musicais garantem diversão para todas as idades

3Rua do Lazer 2013Comunidade Ativa - Ano 12 - Número 74Belo Horizonte, setembro de 2013

U N I S S E X

Rua Francisco Deslandes, 697 Anchietawww.salaopuraart.blogspot.com

(31) 3221-9686 (31) 8812-2659

U N I S S E X

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Integrante do Grupo Uakti, o músico Paulo Santos,no primeiro plano, é um dos idealizadores do Curupaco

Jéssica Penteado e o pai, Paulo Penteado,transitam por todos os gêneros musicais. Nafoto eles estão acompanhados pelo flautistaSaulo Jardim, dirigente da Amoran.

Divulgação

O sorteio do tablet na pro-moção Porteiro Parceiroserá realizado no dia 22 desetembro, durante a Ruado Lazer 2013. Então,você ainda tem chance departicipar. Se você tra-balha na portaria ou nalimpeza e conservação de condomínios vocêpode ganhar um mini tablet MP5 Player com telade 4,3”, que reproduz músicas, vídeos, e-books,jogos e fotografias. Para participar, basta vocêgarantir que o Comunidade Ativa chegue às mãosdos condôminos do edifício onde você trabalha epedir a eles que inscrevam o seu nome nosorteio. Quanto mais inscrições você tiver mais chancesvocê tem de ganhar!As inscrições devem ser feitas por e-mail [email protected] , contendo o seu nome, onome e o endereço do condomínio e o nome e onúmero do apartamento ou sala do condôminoque fizer a sua inscrição.Entregue o Comunidade Ativa e boa sorte!!

PromoçãoPORTEIRO PARCEIRO

Sorteio de um mini tabletMP 5 player

Para maiores

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Page 4: Comunidade Ativa - Edição 74

4 Rua do Lazer 2013 Comunidade Ativa - Ano 12 - Número 74Belo Horizonte, setembro de 2013

Domingo, 22 de setembro, de 9 às 17 horas,

na Rua Itapema, entreJoaquim Linhares e

Cassiporé, no Anchieta

Na Praça de Alimentação, a Pizzaria Caraíva já virou tradição na Ruado Lazer. Junto a ela, o churrasquinho na brasa, do Rodrigo, com feijãotropeiro e batatas fritas. Como novidade, nesta edição a Sua FestaEventos montará uma barraca de doces especiais, onde também serãoservidos frozens de sabores variados, para refrescar a garotada. Cerve-jas e refrigerantes também não faltarão.

No Parque de Brinquedos Infláveis, acompa-nhadas por monitores especializados, as cri-anças maiores poderão brincar no TobogãFundo do Mar, que tem escorregador duplo epula-pula, e os menores contarão com o BarcoKid Play, com escorregador, piscina de bolinhas,pula-pula e joão-bobo. Ambos com mais denove metros de comprimento! Outras atraçõesda festa são o jump, que fazem a loucura dameninada arremessando a turma nas alturas, ea cama elástica. Uma novidade deste ano é oCantinho das Crianças, para os pequenos, comoficina de giz de cera e massinha, camarim compintura e tererê e as esculturas com balões. Umespaço de ginástica também será criado, com omonitoramento de um educador físico.

As Atrações Musicais infatis incluem O Quin-tal da Guegué, com histórias e brincadeirascantadas, e o Grupo Curupaco. Para os adultos,a dupla Paulo e Jéssica Penteado tocará MPB,rock de todas as épocas e gêneros, além de ou-tros ritmos. Haverá ainda a apresentação doBloco Caricato Os Aflitos do Anchieta.

A Gincana dos Jovens é outra novidade daRua do Lazer 2013, que será realizada pela Pas-toral da Juventude da Paróquia de São Mateus,como parte das comemerações do Dia de SãoMateus, celebrado em 21 de setembro.

Não perca! Traga a sua família e os amigos evenha receber a primavera em grande estilo naRua do Lazer 2013!

Carlos Alberto RochaCarlos Alberto Rocha

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Page 5: Comunidade Ativa - Edição 74

Caminhando pelas ruas deBelo Horizonte a gente sem-pre se depara com um passeioesburacado. Muitas vezes acausa desses danos são as ár-vores que foram plantadas emoutros tempos, sem que hou-vesse planejamento quanto àespécie a ser utilizada. Con-tudo, como é sabido, ou de-veria ser, a responsabilidadepela manutenção de uma cal-çada, com ou sem o dano daárvore, é do proprietário ou dolocatário do imóvel junto aoqual ela está. O passeio épúblico, mas a responsabili-dade pela conservação é pri-vada. Mesmo assim, boa parte

das pessoas fecha os olhospara este dever e deixa quetudo se deteriore, bem ali, àsua frente.

Estou abordando o assuntodas calçadas porque acreditoque ele é bastante simbólico erepresenta a atitude de muitaspessoas diante de assuntosque são de interesse público,que influenciam a vida da co-letividade, que estão sob a responsabilidade delas, maspara os quais elas preferemfechar os olhos ou transferirpara o outro a necessidade decuidar das soluções ou dasprevenções. São estas pessoasas que não se importam em

sujar as ruas, em infringir a leido silêncio, em desrespeitar asinalização de trânsito, emdesrespeitar os direitos dosidosos e das pessoas com ne-cessidades especiais etc..Como todo mundo sabe, sem-pre tem o espertinho queocupa a vaga reservada paraos deficientes. Sempre háquem se faça de distraídoquando ocupa um dos lugaresreservados no ônibus, en-quanto ao lado dele está umidoso ou uma grávida.

Destas pessoas talvez sejadesnecessário esperar qual-quer atitude que não sejaaquela que atenda aos desejos

imediatos queelas têm.Contudo, nãoé raro obser-varmos quemuitas delas

são as primeiras que estrilamquando algum dos seus direi-tos não são respeitados.

Sempre que abordo ques-tões como estas me lembro deum grande cidadão que tive asatisfação de conhecer e deentrevistar em algumas ocasi-ões. Falo do dentista HugoWerneck, decano do ambien-talismo mineiro, que morreuem 2008, aos 89 anos. Fontede inspiração para muitos am-bientalistas do seu tempo epara novos profissionais daatualidade, Doutor Hugo erahomem de reflexões profun-das que, em grande parte, di-recionaram as políticasmineiras para o meio ambi-ente.

Recordo-me que, nas vezesquando o entrevistei, em umtempo não muito anterior à

morte dele,D o u t o rHugo meapresenta-va a con-dição deconceder aentrevistacom pra-zer, desdeque o as-sunto a serabordadode fato me-

recesse atenção e pudesse sertratado de maneira que apre-sentasse alguma contribuiçãopara a sociedade. Nestacondição eu percebia a va-lorização da entrevista, vindade uma pessoa que se ocupavacom o próprio comporta-mento diante da sociedade,desejando sempre contribuir.

Numa ocasião, o assuntoera a educação ambiental.Perguntei a ele sobre qualseria o maior benefício que aeducação ambiental poderiaoferecer à sociedade e aomeio ambiente. Como res-posta, em poucas palavras, re-cebi uma lição que meserviria para o resto da vida.

De acordo com o pensa-mento de Hugo Werneck, aeducação ambiental deveriase preocupar, sobretudo, coma formação de bons cidadãos.Ele copreendia que um bomcidadão, consciente dospróprios deveres, age natural-mente em prol da sociedade edo meio ambiente. Simples.

É o óbvio, para o qualmuita gente não tem atenção.Uma sociedade formada porbons cidadãos é mais feliz.Tem ruas mais limpas, trân-sito mais seguro, deficientes eidosos respeitados e, certa-mente, passeios bem conser-vados.

5Da redaçãoComunidade Ativa - Ano 12 - Número 74Belo Horizonte, setembro de 2013

Diretoria Executiva (2013-2015)Presidente: Paulo Omar do N. Pereira Vice-Presidente: Ronaldo Silva Kfuri1º Secretário : Valdir Cardoso2ª Secretária: Regina Lopes Ratton1º Tesoureiro: Saulo Lages Jardim2ª Tesoureira: Ieda Rodrigues

Editor: Carlos Alberto RochaReportagens, redação e diagramação:Carlos Alberto Rocha E-mail: [email protected]: 15 mil exemplares Para anunciar ligue: (31) 8591 8885Email: [email protected]

Editorial

Anunciando no Comunidade Ativa você fortalece o veículoque está a serviço dos moradores e das pessoas que

trabalham nos bairros da região do Anchieta.

Os passeios, Hugo Werneck e os bons cidadãosCarlos Alberto Rocha

Esta edição é distribuída gratuitamente, de porta em porta, nosbairros Anchieta, Carmo, Comiteco, Cruzeiro, Serra, Sion eMangabeiras. Artigos assinados são de responsabilidade de seusautores e não refletem, necessariamente, a opinião do jornal.

Associação dos Moradores do Bairro Anchieta

EXPE

DIE

NTE Publicação da Associação dos Moradores do Bairro Anchieta (Amoran)

Rua Itapema, 162 - Anchieta - BH - MG - CEP 30310 490 - fone: (31) 2555-5399

Acesse e conheça: www.almg.gov.br

ABERTURA DO CALENDÁRIO DE ATIVIDADES DE MONITORAMENTO DE

POLÍTICAS PÚBLICAS 201321 de agosto de 2013

14h − Plenário Juscelino Kubitschek − ALMG

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Page 6: Comunidade Ativa - Edição 74

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Page 7: Comunidade Ativa - Edição 74

7Comunidade Ativa - Ano 12 - Número 74Belo Horizonte, setembro de 2013 Projeto RUA

(31) 3287-7884www.trilhadacrianca.com.br Vitório Marçola, 105 – Cruzeiro

Matrículas abertas

toda a vida.

prefácio

aprenderconviver,descobrir,

Projeto RUA iniciará as atividades no dia 3 de outubroIniciativa dará suporte à recuperação de dependentes químicos e de alcoólicos e aos familiares

UM ENCONTRO EMO-cionante, que contou comgrande público e foi enrique-cido por depoimentos de de-pendetes e de familiares dedependentes de álcool e dedrogas, marcou o lançamentodo Projeto RUA - Recupe-ração, Unidade, Amor, no úl-timo dia 20 de agosto, no

Salão Dom João, da Paróquiade São Mateus. Idealizado porpessoas que encontraram su-porte para a própria recupe-ração em grupos de ajudamútua, o RUA conta com aparticipação de voluntários dediversos segmentos da so-ciedade, inclusive da área desaúde.

A proposta do projeto éapoiar os dependentes de ál-cool e de drogas, sobretudoaqueles que receberam alta detratamento hospitalar ou declínica de recuperação, paraque estes mantenham a de-pendência estacionada. Oapoio também será estendidoaos familiares dos depen-dentes, que também necessi-tam de suporte.Mantendo o anonimato

como princípio, o RUA bus-cará orientar os doentes e asfamílias para as salas de apoioexistentes no Al-Anon e noNar-Anon. Além disso, o pro-jeto desenvolverá atividadesde arteterapia, com grupos demúsica, dança, teatro, esportee literatura. Segundo o artesão JPS, um

dos idealizadores do RUA,sem a participação em umasala de ajuda mútua o depen-dente não encontra meios para

que a doença se mantenhaestacionada. “O alcoolismo ea dependência química sãodoenças crônicas, que pre-cisam de acompanhamentocontínuo. Em uma sala deauto ajuda familiares e depen-dentes encontram pessoas quepassam pelo mesmo pro-blema, encontrando forçaspara manter a dependênciaestacionada”, diz o artesão,que há 15 anos conseguiuestacionar o próprio alco-olismo.De acordo com a médica

psiquiátrica Érika Pinheiro,que apoia o Projeto RUA, osgrupos de ajuda mútua podemdesenvolver um papel deter-minante na recuperação dedependentes. “Se o trabalhonão é feito com amigos, comfamiliares e com a própria co-munidade onde o dependentevive, possivelmente o trata-mento hospitalar não apresen-

tará resultados”, diz a médica.Segundo ela, também é muitoimportante o trabalho de vo-luntários no apoio aos depen-dentes e aos familiares. “Essetrabalho junto aos familiares eaos dependentes é indispen-sável”, ela afirma. O RUA não recebe doações

financeiras e se mantém ape-nas com os meios materiaisoferecidos por empresas e instituições para que as ativi-dades sejam desenvolvidas. Reuniões com familiares e

dependentes estão sendo rea-lizadas no Salão do João (RuaJoaquim Linhares, 11, Anchi-eta), às sextas-feiras, de 19 às20h. As reuniões do RUAserão iniciadas no próximodia 3 de outubro, quinta-feira,às 20h, na sede da Amoran. Mais informações no site

www. projetoruabh.com.br oupelo e-mail [email protected].

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pagina7' - Ed74_ComunidadeAtiva 12/09/2013 20:55 Page 1

Page 8: Comunidade Ativa - Edição 74

No último dia 30 de agostoo governador Anastasia en-tregou 235 veículos, entremotos e automóveis, à Poli-cia Militar de Minas Gerais(PMMG) para serem uti-lizadas no patrulhamento daRegião Metropolitana deBelo Horizonte (RMBH),com investimento da ordemde R$ 4,7 milhões. Ao todo,112 motocicletas com 300 ccforam entregues à 1ª Regiãoda Polícia Militar, respon-sável pela segurança da capi-tal. Todas serão utilizadaspelo projeto Setorização doMoto Patrulhamento. “Tem havido um grande

esforço da Polícia Militarjunto ao Sistema deDefesa Social do Es-tado para melhorarseus instrumentos detrabalho. Todos temosconsciência de que oefetivo necessita deser aumentado, masinfraestrutura e ferra-mentas de trabalhosão igualmente funda-

mentais. Como dis-se o governador A-nastasia, a moto émuito importante,porque ela propor-ciona maior mobi-lidade”, disse naentrega o deputadoestadual Fred Costa(PEN).

Atento para as questões dasegurança na região do An-chieta, Fred Costa tem parti-cipado das reuniões pro-movidas pela Associação dosMoradores do Bairro Anchi-eta (Amoran), que contamcom a presença de moradorese empresários da região e docoordenador do setor 127.1,da 127ª Cia., tenente Te-odoro. As reuniões têmtratado da implantação daRede de Vizinhos Protegidos(RVP) e da Rede de Comer-ciantes Protegidos (RCP),iniciativa da PMMG e daAmoran, que contam com oapoio do deputado.

8 Festas Comunidade Ativa - Ano 12 - Número 74Belo Horizonte, setembro de 2013

Caravaggio. A inspiração de São Mateus (1602).Capela Contarelli na Igreja San Luigi dei Francesi,

em Roma

Festa de São MateusDeputado Fred Costa e governadorAnastasia entregam 112 motos àsegurança da capital

Desde o sábado, 14 de setembro, até odomingo, 22, a Paróquia de São Mateuscomemora a Festa de São Mateus, que temcomo ponto alto o dia 21, dedicado ao após-tolo de Jesus Cristo. Missas, vigílias, cânticose outras celebrações estão programadas parao período, conforme programação disponívelna secretaria da Igreja, na Rua Joaquim Li-nhares, 47, no Anchieta, telefone (31)32236344.

Originalmente chamado Levi, Mateus foium próspero coletor de impostos, na épocaem que a Palestina era uma província ro-mana. Como os impostos eram pesados paraos judeus, os homens que seguiam este ofí-cio eram vistos como pessoas cruéis, repudi-adas pela sociedade. Quando abandonou acoletoria e passou a seguir Jesus seu nomefoi alterado para Mateus, que significa “domde Deus”. Após a morte de Jesus, o apóstoloseguiu para evangelizar a Arábia, a Pérsia e aEtiópia. Por se recusar a celebrar o casa-mento do rei Hitarco da Etiópia com a jovemEfigênia, que se consagrara a Jesus, Mateusfoi morto pelos soldados do rei aos pés doaltar onde celebrava missas.

A jovem se tornaria a Santa Efigênia, cujodia também é 21 de setembro.

Na tarde do sábado, 31 de agosto, aanimação tomou conta da Amoran aosom do grupo Forró Conexão, que foiacompanhado pela cerveja gelada epelos tira-gostos preparados na hora,com destaque para os caldos de feijão ede mandioca.

O evento serviu para mais uma con-fraternização entre moradores, em-presários e trabalhadores da região doAnchieta, que também puderam se des-contrair com um divertido bingo, quecontemplou os ganhadores com prêmiosdoados por empresas do bairro.

A festa contou com o prestígio dovereador Pelé do Volei, na foto commoradoras do Anchieta.

Tarde de forró e bingo na Amoran

Reprodução

Divulgação

Aurísia Pereira

Aurísia Pereira

Cel. Santana e o deputado Fred Costa,na entrega das motocicletas

Tenente Teodoro, Fred Costa e o presidente da Amoran, Paulo Omar, emuma reunião de segurança da Amoran

Região do Anchieta

Informe publicitário

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Page 9: Comunidade Ativa - Edição 74

NO ÚLTIMO DIA 29 DEagosto, em evento promovidopela ONG ambientalista PontoTerra, especialistas na gestãode resíduos urbanos anali-saram a Política Nacional deResíduos Sólidos (PNRS) eapresentaram ao público o quedetermina a Lei Federal nº12.305, de 2010, e o que vemsendo feito em Minas Geraise em Belo Horizonte para queela seja cumprida no prazo es-tabelecido, que termina dentrode menos de um ano. Noevento, o Comunidade Ativacolheu algumas impressõessobre a PNRSe sobre a gestãode resíduos urbanos, que vocêvê nesta reportagem.

Como representante do Sin-dicato das Empresas de Co-leta, Limpeza e Industrializa-ção do Lixo de Minas Gerais(Sindilurb), o engenheio Eleu-sis di Creddo apresentou umaimpressão bastante positivacom relação às metas esta-belecidas pela PNRS, compa-rando-a ao que existe de maismoderno no mundo. “ APNRS é bastante moderna. Elaestá perfeitamente alinhadacom o que se faz de melhorno mundo. O que se faz naCoréia do Sul é o que a nossalei preconiza aqui. Só que elesestão 30 anos na nossa frente”,

disse Creddo. De acordo como especialista, existe uma pre-ocupação que não se deve àqualidade da legislação, masao atraso no qual o Brasil seencontra no tocante à gestãode resíduos. Só para se teruma ideia da dimensão doproblema, o engenheiro rela-tou que em 2008, por ano,cada habitante brasileiro des-tinava 2,15 quilos de materiaisrecicláveis para a coleta sele-tiva, enquanto nos EstadosUnidos este volume era de200 quilos por habitante.

Creddo afirma que a maiorparte do problema da gestãode resíduos encontra-se nascidades de menor porte, so-bretudo naquelas que dispõemde menor recurso, localizadasnas regiões mais isoladas dopaís. “63% dos lixões queainda existem no Brasil estãonos municípios com menos de100 mil habitantes. Municí-pios que não têm um enge-nheiro responsável pela gestãodos resíduos e, às vezes, se-quer têm coleta de lixo”,ressaltou o engenheiro.

Para solucionar esta situ-ação, o representante doSindilurb aponta a necessi-dade de investimentos no setore de valorização das ParceriasPúblico Privadas, previstas naPNRS, com participação da

sociedade. A Lei 12.305/2010 prevê

que até 2014 os lixões sejamerradicados do Brasil. Alémdisso, determina que se in-cremete a compostagem, a re-ciclagem e o aproveitamentodo gás gerado nos aterros paraa geração de energia. Creddopercebe estas metas comograndes desafios que o Brasiltem que vencer, sobretudo noâmbito municipal. “Afinal,são os prefeitos que têm queresolver esta situação”, ele ar-gumentou.

Sobre os níveis de investi-mento no setor existentes noBrasil, comparados com o quese pratica no restante domundo, o especialista apresen-tou números que revelam umagrande disparidade. Enquantoa cidade de Tóquio investemais de R$1 mil por habitantepor ano na gestão dos resíduospúblicos e o volume médio deinvestimento no mundo ficana casa dos R$ 480, por pes-soa, por ano, no Brasil estevalor é de menos de R$ 90 nasquatro maiores capitais dopaís, incluindo Belo Hori-zonte.

No âmbito do Estado de Mi-nas Gerais a regulamentaçãoda gestão de resíduos é ante-rior à estabelecida pela PNRS,uma vez que já era dire-cionada pela Política Estadualde Resíduos Sólidos (Lei18.031), desde 2009. Segundoa presidente da Fundação Es-tadual de Meio Ambiente(Feam), Zuleika Torquetti, emconsonância com as duas leis,Minas Gerais vem tratando aquestão de acordo com umahieraquia, que parte da nãogeração de resíduos, passandopela redução na geração, pelareutilização de materiais, pelareciclagem, pelo tratamentode rejeitos, até chegar à dis-posição final destes rejeitos.“Temos estágios diferentes de

avanços em cada uma destasetapas” disse a presidente noevento. De acordo com ela, oenvolvimento da sociedadecomo um todo é fundamentalpara que as etapas da não ge-ração e da redução da geraçãode resíduos possam ser cum-pridas com êxito, enquanto aetapa da reutilização de mate-riais tem sido estimulada juntoàs associações de catadores ejunto à indústria. Torquettidisse que a reciclagem tam-bém passa pelo estímulo às as-sociações de catadores. To-davia, ela revela que aindústria do setor em Minasainda não é suficiente para ab-sorver todo o material gerado,afirmando que existe por partedo governo estadual um es-forço para estimular o desen-volvimento desta indústria noestado. Na etapa do trata-mento, a presidente da Feamdisse que há déficit de insta-lações em Minas para o trata-mento de resíduos sólidos ur-banos. Sobre a disposiçãofinal, ela disse que há hoje umgrande desafio. “Em Minas háboa parte dos materiais reci-cláveis sendo encaminhadapara os aterros sanitários, oque só será superado a partirdo cumprimento das etapasanteriores”, disse Torquetti.

Sobre o fim dos lixões emMinas, meta que a PNRS es-tabelece para todo o Brasil em2014, a presidente da Feamfez referência ao programa

Minas Sem Lixões, iniciadoem 2001. De acordo com Tor-quetti, desde a criação do pro-grama até 2012 houve uma re-dução acentuada do númerode lixões existentes no estado,que eram 823 em 2001, contra267 no ano passado. Os dadosmostram ainda que existem291 aterros controlados, quesão solução intermediária, 263aterros regularizados e 32 emfase de regularização.

Observando a PNRS a partirdas dificuldades que as pre-feituras enfretarão nos próxi-mos meses, o diretor de Plane-jamento da Superintendênciade Limpeza Urbana (SLU) deBelo Horizonte, Lucas Garí-glio, ressaltou a necessidadede apoio financeiro aos mu-nicípios, que hoje têm dificul-dade em custear as açõesnecessárias ao cumprimentoda lei. Outro ponto abordadopor Garíglio diz respeito à dis-tinção econômica que a lei fazentre resíduos e rejeitos, quetambém deveria estar associ-ada à característica de cadamunicípio. Citando o exemplode Manaus, que está a mi-lhares de quilômetros da in-dústria de reciclagem devidro, ele falou sobre a difi-culdade que aquele municípioencontra para tratar o vidrocomo reciclável. “A questãoeconômica é importantíssimapara fomentar a indústria dereciclagem”, disse Garíglio.

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2 de agosto de 2014 é a data limite para que os municípios brasileiros se adequem à Lei Federal nº 12.305/2010,que instituiu no Brasil a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Quem não a cumprir poderá perder o acessoa determinados recursos federais. Bastante moderna, a lei exige investimentos pesados em planejamento e em in-fraestrutura, o que traz a dúvida sobre a capacidade de boa parte dos municípios de colocar na prática o que estáno papel. Veja algumas informações que o Comunidade Ativa apurou em um evento recente sobre o tema.

Metas ambiciosas

Em Minas

Nos municípios

Política Nacional de Resíduos Sólidos traz desafios para cidades

De acordo com o especialista Eleusis di Creddo, do Sindilurb,mesmo com 52% da população brasileira recebendo atendimentoda coleta seletiva, apenas 1,6% dos materiais recicláveis têm destinação adequada. O restante acaba se misturando ao rejeitoe chegando aos aterros e lixões.

A partir da Lei Federal nº 12.305/2010, os lixões tornaram-sealvos dos estados e municípios brasileiros. Todavia, continuamsendo uma dura realidade na paisagem de boa parte das cidades.

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10 Segurança Comunidade Ativa - Ano 12 - Número 74Belo Horizonte, setembro de 2013

ÀS DUAS HORAS DAmanhã de um sábado uma pe-dra com cerca de 700 gramasestoura o vidro da janela deum apartamento no Anchietae atravessa o quarto da mora-ra que dorme. Em plena luzdo dia, uma senhora de 73anos sofre uma tentativa deassalto a mão armada e acabacom escoriações. Um homemé assaltado e agredido por queestava com pouco dinheiro.No Cruzeiro, também com vi-olência, duas estudantes sãoassaltadas nas proximidadesda Fumec. Uma delas seguepara o Hospital João XXIII,em função dos ferimentos.Estes são apenas alguns dos

relatos do que parece ter setornado uma onda de crimi-nalidade violenta no Anchietae nos demais bairros daregião, assunto que tem sido

amplamentea b o r d a d opela im-prensa. Emvárias dasreportagens,o presidenteda Amoran,Paulo Omar,destacou oe m p e n h odos policiaisda 127ª Cia.,no sentidode combateros crimes.C o n t u d o ,

também salientou que o es-forço não tem sido suficiente,em função do reduzido efe-tivo de policias que estão aserviço daquela companhia. .“A 127ª é responsável pela se-gurança de mais de 150 milpessoas, numa região de altopoder aquisitivo, que temgrande número de estabeleci-mentos comercias, shoppings,bares e restaurantes, bancos,colégios e até uma universi-dade . Tudo isso atrai os cri-minosos, que precisam sercombatidos por meio de umpoliciamento ostensivo”, dizPaulo, que tem buscado apoioinclusive junto ao legislativoestadual.A partir da Assembleia

Legislativa de Minas Gerais(ALMG) este apoio temsurgido na pessoa do de-putado estadual Fred Costa

(PEN), que tem acompanhadode perto as reuniões de segu-rança da Amoran, incenti-vando as ações que estimulama criação do videomonitora-mento e o desenvolvimentoda Rede de Vizinhos Protegi-dos (RVP) e da Rede de Co-merciantes Protegidos (RCP).“O videomonitoramento con-tribuiria muito. Porém, a açãoda polícia, em conjunto com asociedade, continua sendo decrucial importância para mi-nimizar a criminalidade”, dizo deputado. Dentro de suas limitações,

a Polícia Militar de MinasGerais (PMMG) tem atuadono combate aos crimes. Se-gundo o coordenador do setor127.1 da 127ª Cia., tenenteTeodoro, que atende aos bair-ros Anchieta e Cruzeiro,como resposta aos crimes, aPMMG tem estimulado a par-ticipação do cidadão nasações de segurança, incenti-vando o incremento da Redede Vizinhos Protegidos (RVP)e a criação da Rede de Co-merciantes Protegidos (RCP)nos bairros, bem como a instalação de câmeras de se-gurança. “Além disso, váriosesforços estão sendo envida-dos para o aumento do polici-amento ostensivo na região,como a realização de ope-rações policiais ‘Proteja seuBairro’ que são geradas cons-tantemente”, diz Teodoro.

Crimes com violência pedem reforço do efetivo Rifa do VôleiNo próximo dia 22, durante a Rua do Lazer2013, a Amoran fará o lançamento da Rifa doVôlei, que sorteará uma bola oficial de vôlei euma camisa oficial da equipe do Minas TênisClube, ambas autografadas pelos jogadores datime principal do clube. As rifas custarãoR$1,00 e a arrecadação será revertida para instituição de assistência a carentes e para asações da Amoran. Vendas antecipadas com as equipesda Gincana dos Jovens daParóquia de São Mateus.

Oferecimento: Pelé do Vôlei

Além do suporte das novas viaturas recebidas pela PM, a região atendida pela127ª Cia. necessita urgentemente do aumento do efetivo, para melhorar o policiamento ostensivo.

Divulgação

Apesar do empenho, policiais da 127ª não têm conseguido reprimir onda

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Uma situação que temosnotado, e que nos causaapreensão, é a aparente posi-ção que a Secretaria de De-fesa Social (Seds), do Gover-no do Estado de Minas Ge-rais, vem adotando com re-lação à segurança pública,pelo menos no que toca o An-chieta e os demais bairros queestão sob a responsabilidadeda 127ª Cia, do 22º Batalhãoda Polícia Militar de MinasGerais (PMMG). Se por umlado percebemos com satis-fação a valorização do polici-amento comunitário por parteda Seds, por outro tememosuma transferência de deveresdo Estado para o cidadão.Afinal, cada vez mais se falaem ações preventivas porparte da sociedade, emadoção de medidas de segu-rança por parte da população,enquanto cada vez menospercebemos a polícia nasruas, a não ser em situaçõesespeciais.Ora, reconhecemos que a

manutenção da segurançapública é uma responsabili-dade de todos, como esta-belece o Artigo 144 daConstituição Federal. Con-tudo, antes disso, a mesmaConstituição estabelece queque a garantia da segurançatambém é direito de todos e

dever do Estado.

Cá na Amoran estamoscientes de nossas responsa-bilidades como cidadãos eprocuramos agir de acordocom elas. Tanto é assim quenos empenhamos ao máximopara manter a mais profícuaparceria com a PMMG, a fimde cumprirmos o nosso papelna promoção de campanhasde segurança e de garantir ascondições ideais para o fun-cionamento do posto policialque existe junto à sede da As-sociação. Também neste sen-tido, damos todo o suporte àampliação da Rede de Vizi-nhos Protegidos (RVP) e àcriação da Rede de Comer-ciantes Protegidos (RCP).Ainda, buscamos incluir a instalação de câmeras de se-gurança nos bairros Anchietae Cruzeiro como investi-mento do Orçamento Partici-pativo, da PrefeituraMunicipal de Belo Horizonte(PBH). Também junto àPBH, temos insistido sobre anecessidade de poda das co-pas das árvores, pretendendouma melhor iluminação emnossas ruas. Ao mesmotempo, temos buscado nosaliar a outros atores da região- demais associações debairro, escolas etc. - a fim deencontramos uma soluçãoconjunta que seja efetiva paraa situação de aflição que es-tamos vivendo. Enfim, fazemos o nosso

papel em uma parceria quefoi conquistada há 25 anos,desde a fundação da Amoran.Afinal, reconhecemos a segu-rança como base fundamentalpara qualquer sociedade quebusca viver tranquila e com

qualidade de vida.

Justiça seja feita, aliado àpostura que assumimos naAmoran, sem sombra dedúvidas, percebemos a exis-tência de um empenho abso-luto na busca para a soluçãodos problemas e para a va-lorização da parceria queconstruímos, que partem do22º Batalhão, comandadopelo tenente coronel AlfredoVeloso, e da 127ª Cia., co-mandada pelo major Câmara,que estão sempre atentos àsmanifestações da populaçãocom relação aos problemasda segurança. Também, te-mos contado com a proativi-dade do tenente Teodoro,coordenador do setor 127.1,que inclui os bairros Anchietae Cruzeiro, quem tem traba-lhado bastante para incre-mentar a RVP e implementara RCP em nossa região, man-tendo-se próximo à popu-lação, a fim de fazer valer osprincípios do policiamentocomunitário. Notamos queestes oficiais e seus comanda-dos buscam agir no sentidode garantir a segurança daspessoas e dos patrimôniosque estão sob os cuidados da127ª. Contudo, percebemos tam-

bém que este esforço, pormaior que seja, não tem sidosuficiente para fazer frenteaos problemas de segurançaque temos enfrentado e quevêm se agravando a cada dia.Aliás, este é um assunto quetem sido motivo de amplacobertura por parte da im-prensa há alguns dias, em re-latos sobre a ousadia e aviolência cada vez maior coma qual os bandidos têm atu-

ado nos bairros da região,causando não só prejuízosmateriais, como tambémlesões corporais às vítimas.

Contra estas ações crimi-nosas, além do esforço docontigente de policiais exis-tentes na 127ª, temos notadoque a Seds tem buscado va-lorizar a precaução docidadão, o que consideramoslouvável. Contudo, a formacomo as coisas têm se apre-sentado nos causa a sensaçãode que aquela secretaria temcolocado fichas demais nestapostura do cidadão, deixandode lado a necessidade de am-pliar o número de policiaisnas ruas.Ora, reconhecemos que a

prevenção é uma excelentearma para combater o crime.Claro! Uma bolsa deixadadentro de um carro é quaseum pedido de arrombamento.Afinal, qualquer descuido étudo o que um ladrão precisapara agir. Acreditamos bas-tante na prevenção, ao pontode repassarmos para a popu-lação todas as dicas de segu-rança que recebemos daPMMG. Porém, estamos cer-tos de que, mesmo arcandocom a responsabilidade daprevenção, o cidadão não es-tará isento de sofrer um as-salto seguido de agressão,uma saidinha de banco ou umarrombamento de sua resi-dência ou automóvel, situ-ações cada vez mais fre-quentes nos bairros que estãosob a responsabilidade da127ª Cia.. Não somos especialistas

em segurança. Contudo, a ex-periência que temos naAmoran nos permite deduzir

alguma coisa que o sensocomum percebe facilmente.Como qualquer pessoa,percebemos que está faltandopoliciamento ostensivo, rea-lizado por número de polici-ais suficientes para atacar demaneira frontal a ação dosmarginais.

É bom lembrar que a 127ªCia. é responsável pelo poli-ciamento de sete bairros (An-chieta, Carmo, Comiteco,Cruzeiro, Mangabeiras, Serrae Sion) e de duas vilas(Cafezal e Acaba Mundo).Ela cobre uma região degrande adensamento urbano,com grande concentração derenda, onde há um comérciode alto padrão bastante de-senvolvido, muitas agênciasbancárias e atividade noturnaintensa, em muitos bares erestaurantes. Diante de tudoisso, estamos certos de que oefetivo da 127ª é bastantepreparando e competentepara agir, como também esta-mos certos de que ele não ésuficiente para exercer a co-erção necessária aos crimi-nosos.Diante do fato negativo

que estamos vivendo, pre-tendemos investir cada vezmais na parceria com aPMMG. Desejamos que apopulação de nossa região,incluindo moradores, em-presários e trabalhadores, semobilize em torno da pre-venção, assumindo a própriaresponsabilidade. Ao mesmotempo, desejamos tambémque o Governo do Estado deMinas Gerais cumpra com oseu dever de garantir a segu-rança dos cidadãos.

11Amoran Comunidade Ativa - Ano 12 - Número 74Belo Horizonte, setembro de 2013

A segurança pública é dever do EstadoPaulo Omar Pereira

Paulo é presidente da Amoran

A nossa parte A contrapartida

Transferência?

A parte de cada um

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