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Comunicação Institucional Comunicação Institucional LEILÃO JUDICIAL - CASO ABADIA LOGÍSTICA NA JUSTIÇA FEDERAL DE SP DESAFIOS DOS JUIZADOS NO INTERIOR BIBLIOTECA DE LAZER A ferramenta de integração, divulgação e transparência da Administração da Justiça Federal de São Paulo NESTA EDIÇÃO A ferramenta de integração, divulgação e transparência da Administração da Justiça Federal de São Paulo

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ComunicaçãoInstitucionalComunicaçãoInstitucional

LEILÃO JUDICIAL - CASO ABADIA

LOGÍSTICA NA JUSTIÇA FEDERAL DE SP

DESAFIOS DOS JUIZADOS NO INTERIOR

BIBLIOTECA DE LAZER

A ferramenta de integração, divulgaçãoe transparência da Administraçãoda Justiça Federal de São Paulo

N E S T A E D I Ç Ã O

A ferramenta de integração, divulgaçãoe transparência da Administraçãoda Justiça Federal de São Paulo

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EDITORIAL

Uma Política de Recursos Humanos institucionalizada evoltada para a melhoria das relações interpessoais resultará comcerteza em uma diminuição dos níveis de stress e doenças a elerelacionadas, bem como em uma motivação maior de todos parao exercício das atividades diárias, pois apesar de não ser possívelaos gerentes motivar sua equipe é seu papel criar ambientefavorável para que isso ocorra.

É também fundamental que cada um exerça o seu papeldiário na formação de um ambiente de trabalho saudável, motivopelo qual as ações de capacitação estão planejadas para atingirtoda a Instituição, inclusive com eventos que não dependerão de

recursos orçamentários, como é o caso do curso de Coaching que está sendoministrado por servidores treinados para atuarem como instrutores, tornando-seesse o primeiro programa permanente. No primeiro ano de existência (2007)atingiu uma grande parcela dos servidores com turmas lotadas econcorridíssimas e a partir deste ano atingirá ainda mais servidores, pois umadas instrutoras irá a todas as Subseções que queiram recebê-lo.

Outra inovação como a Biblilazer, Biblioteca de Lazer, mostra apreocupação da Administração em melhorar a qualidade de vida do magistradoe servidor, ao lhes propiciar um espaço diferenciado com possibilidade deacesso a obras diversificadas das usualmente existentes voltadas totalmentepara as atividades jurídicas e/ou administrativas diárias.

Visa ao mesmo tempo incentivar o exercício do papel social por todosque ao invés de manterem livros em suas estantes sem qualquer utilidade têmum espaço para doá-lo e possibilitar sua leitura por outras pessoas semqualquer custo.

Muito há ainda por fazer e a Administração sofre golpes constantesem seu planejamento, tal como ocorreu com Plano Plurianual de 2008/2011 que,elaborado em 2006 possuía em seu bojo a previsão de construção e aquisiçãode prédios para abrigar quase todos os Fóruns que hoje estão instalados emprédios locados e que não atendem as necessidades, mas que devido ao tetoorçamentário estabelecido em 2007, que implicou em um corte de cerca de 70%em investimentos, foi seriamente comprometido tendo a Administração queremanejar muitas obras e aquisições para após 2011.

No entanto, existe hoje uma atuação conjunta da Diretoria do Foro ePresidência do Tribunal para obter o máximo necessário para que a JustiçaFederal da 3ª Região possa, no mais curto espaço de tempo possível sanearmais esse ponto, tão crucial para o bom andamento das atividades e bem estarde todos os administrados e público em geral.

Há que se destacar, ainda, a importância da atuação dos JuízesFederais Diretores de Subseção, Coordenadores e Presidentes de Juizado que,em conjunto com seus Supervisores Administrativos ou Diretores de Secretariaque, diga-se de passagem, acumulam mais essa atividade, e demais servidoresbuscam com maestria solucionar os problemas diários que surgem nos Fóruns,relacionados à estrutura física dos prédios, ao abastecimento dos almoxarifadoslocais, dentre outras atividades, propiciando assim o regular funcionamentodiário das Varas.

Tudo isso, somado a revisão de procedimentos e papéis que vemocorrendo nesta Administração Central nos últimos anos, reverterá em prol deuma Justiça melhor para todos e a atuação e participação de cada um dosmagistrados e servidores nesse processo é de fundamental importância paraatingir-se a excelência nos serviços prestados e nas relações diárias.

Rosinei Silva - Diretora da Secretaria Administrativa

Não é tarefa das mais fáceis atender as demandas eatender a contento todos os anseios dos administrados, sejapelas dificuldades orçamentárias, pois os recursos ficam sempreaquém das necessidades, seja pela necessidade constante deobservância dos princípios basilares que devem nortear essaatuação, bem como pela grande diversidade de demandas diáriasque surgem a cada momento.

Exige-se cada vez mais atos administrativos comresultados concretos e positivos para o órgão, de modo ademonstrar a efetividade do atendimento ao fim da administraçãoque, no caso da Justiça é como todos sabem propiciar os meiosnecessários à atuação da área fim com agilidade, qualidade e eficácia. Nessalinha é que a administração da Justiça tem norteado suas ações para a melhoriaconstante das condições de trabalho dos magistrados e servidores.

Além de se buscar a melhoria das instalações físicas comadaptações e reformas, aquisição de mobiliários ergonômicos, equipamentos deponta, etc, é primordial a inserção de ações voltadas para a melhoria daqualidade de vida.

Nos dias atuais pode-se afirmar que o foco da Administração é o serhumano. Isso porque além da busca de novos métodos visando a celeridade eefetividade da prestação jurisdicional, como por exemplo, com a diminuição dotempo de trâmite dos processos judiciais, estão sendo disponibilizados amagistrados e servidores de todos os níveis diversos eventos na área derelacionamento humano propiciando novos conhecimentos e o aperfeiçoamentodas relações em equipe e na vida pessoal.

Essa busca já existia na Seção Judiciária de São Paulo que desdemeados de 1995 por intermédio da área de capacitação, do antigo Núcleo deRecursos Humanos, promoveu diversos cursos para Diretores de Secretaria,tais como: Solução de Conflitos, Relacionamento Interpessoal, dentre outros.Era, no entanto, um trabalho árduo seja pela falta de estrutura, pois aresponsável pela área além de contar com poucos servidores tinha sob suaresponsabilidade outras atividades, seja pelo pouco apoio institucional einsuficiência de recursos orçamentários.

Em 2002/2003 essa área conseguiu o apoio e recursos necessáriospara realização do primeiro Programa de Desenvolvimento Gerencial e, após umcurto período, retomou o Programa em 2005 com força total, pois ampliou oPrograma criando a partir de então ações que envolveram não só gerentes comoservidores de todos os cargos no Programa de Desenvolvimento do Servidor erealizando-se o primeiro Programa de Desenvolvimento Gerencial paraMagistrados.

Tudo isso só foi possível pelo apoio irrestrito da Diretoria do Foro queresolveu investir de vez no material humano, com uma política de capacitaçãovoltada para a busca de melhorias nos relacionamentos interpessoais,fornecendo aos gestores mecanismos que até então eram desconhecidos quaseque pela totalidade dos Diretores que ao assumirem o cargo detém um vastoconhecimento técnico-jurídico, mas se deparam com questões diárias deconflitos inerentes ao ser humano sem as ferramentas necessárias para geri-los.

Recentemente, com o Plano Nacional de Capacitação — PNC paraservidores e do Plano Nacional de Aperfeiçoamento — PNA para magistrados,elaborado com a participação de servidores de todas as Regiões, incluindoservidores da Seção Judiciária de São Paulo, a Justiça definitivamenteconsagrou a institucionalização dessas e de outras ações, dando-lhes aimportância necessária para uma prestação jurisdicional mais célere e efetiva,sem prejuízo da qualidade de vida no trabalho de magistrados e servidores.

ÍNDICEAconteceu.....................................................................................................................................................................,................. 03Casos Federais: Alienação antecipada de bens............................................................................................................................ 04Transporte: Logística na Jutiça Federal......................................................................................................................................... 05Administração Pública: Comunicação institucional........................................................................................................................ 06Boas Práticas: Desafios e prioridades na administração de subseção exclusiva de JEF no interior............................................ 08Bibllilazer: Renovado o prazer da leitura........................................................................................................................................ 10Entretenimento e Cultura................................................................................................................................................................ 11Canal Aberto: “O que realmente importa” ...................................................................................................................................... 11

EXPEDIENTEDiretora do Foro: juíza federal Renata Andrade Lotufo. Vices-diretores do foro: juíza federal Raecler Baldresca e juiz federal Rodrigo Zacharias.Diretora da secretaria administrativa: Rosinei Silva. Projeto Gráfico: Helio C. Martins Jr. Seção de Divulgação Social: Christiane Amélia MartinsFonseca, Dorealice de Alcântara e Silva, Elizabeth Branco Pedro, Gerrinson Rodrigues de Andrade, Hélio C. Martins Jr, Ricardo AcedoNabarro, Viviane Ponstinnicoff, estagiária: Érica Costa. Visite também a versão virtual da revista em http://imprensa.jfsp.gov.br.

Justiça em Revista

Administração, o suporte da prestação jurisdicional

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ACONTECEU

3Justiça em Revista

JF/SP realiza leilão judicial unificado – A Justiça Federal de 1º Grau em São Paulo realizou, no dia 1º de abril, o primeiroleilão via Central de Hastas Públicas no Fórum das Execuções Fiscais em São Paulo, criada para aumentar a divulgaçãodos leilões judiciais, além de intensificar as arrematações dos bens penhorados em processos criminais.

Palestra aborda controle externo e auditoria preventiva – Diretores esupervisores das áreas administrativas das Seções Judiciárias de São Paulo eMato Grosso do Sul reuniram-se no auditório do Tribunal Regional Federal da3ª Região, no dia 13/3, para assistir a palestra “Função e objetivo do ControleExterno junto aos órgãos públicos e Auditoria Preventiva como condição deeficácia das ações de controle”, promovida pelo Secretário de Controle Externodo Estado de São Paulo (TCU).

Eliminação de Autos* – Foi cumpridono dia 6/5 o primeiro edital deeliminação de processos findos daJustiça Federal. Foram triturados 500kg de papel que serão doados ao INPA(Instituto Nacional de PreservaçãoAmbiental) para reciclagem.

Coordenador-Geral da Justiça Federal lança planos de capacitação em São Paulo – Com transmissão ao vivo porvideoconferência para outros dez fóruns de São Paulo e Mato Grosso do Sul, o coordenador-geral da Justiça Federal,ministro Gilson Dipp, fez o lançamento oficial do Plano Nacional de Aperfeiçoamento e Pesquisa para Juízes Federais(PNA) e do Plano Nacional de Capacitação dos Servidores da Justiça Federal (PNC), no dia 12/3, em São Paulo. Naocasião foi apresentado um esquete teatral da companhia “Toque de Areia”, com uma bem humorada representação dapalestra em forma de teatro.

TV Justiça inaugura sinal digital em São Paulo* – Em um de seus últimos atos como presidente do Supremo TribunalFederal, a ministra Ellen Gracie, juntamente com a presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região,desembargadora federal Marli Ferreira, inauguraram no dia 18/4 a transmissão da TV Justiça em sinal digital aberto paraa cidade de São Paulo. A solenidade foi realizada no hall nobre do edifício-sede do TRF3, na avenida Paulista.

*assista ao video no espaço multimídia da Revista virtual em: ttp://imprensa.jfsp.gov.brou pela internet no endereço: www.jfsp.gov.br no botão: imprensa>videoteca virutal.

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4 Justiça em Revista

Muitos dos bens apreendidos nas operações daPolícia Federal e guardados em galpões da JustiçaFederal, por vezes anos a fio até que o processo chegue aofinal (trânsito em julgado), acabam perdendo seu valordevido à depreciação ocasionada pelo tempo. Com aintensificação das operações da PF e a criação das varasespecializadas em lavagem de dinheiro, o número de bensapreendidos não pára de crescer.

A degradação, a falta de espaço adequado para aconservação e a dificuldade no transporte desses materiaissão apenas alguns dos desafios encarados pelaadministração federal. “É preciso catalogar, na presença deoficiais de justiça, um a um os objetos apreendidos. Nãotemos depósitos suficientes para comportar tantos bens,que acabam deteriorados. Também não podemos esquecera cobrança da sociedade, que reclama por justiça e desejaque o condenado perca o objeto do crime”, diz a diretora doForo da Seção Judiciária de São Paulo, juíza federalRenata Andrade Lotufo.

A alienação antecipada de bens, prevista nalegislação brasileira (art.120 § 5º do CPP e incisos I e II doart.670 do CPC), pode ser uma boa alternativa para asolução do problema. Ela possibilita que os bensapreendidos, sujeitos à deterioração, sejam vendidos antesdo processo chegar às instâncias superiores. O valorarrecadado, ou parte dele, deve ser depositado em contajudicial até o trânsito em julgado da ação. Apesar de nãoser um procedimento tão comum na Justiça do país, já éuma realidade em algumas varas federais.

Caso AbadiaUm exemplo disso foi a realização do bazar e leilão

no Jockey Club de São Paulo para a venda dos bensapreendidos na “Operação Farrapos”, na qual o traficanteJuan Carlos Abadia foi condenado, em 1º Grau, a 30 anosde prisão. Por decisão do juiz federal Fausto Martin deSanctis, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, todosos bens do traficante foram colocados à venda e o valorarrecadado (R$ 1,1 milhão) destinado, em parte, paraentidades beneficentes e o restante aplicado em contajudicial.

“Nós constatamos que muitos bens que seencontram no depósito da Justiça Federal estão

deteriorados ou se estragando de maneira acentuada - quenão compensa aguardar o trânsito em julgado para ao finaldar uma destinação a esse bem, quer devolvendo aoacusado ou convertendo em pecúnio para a União”, afirmao juiz.

No bazar foram vendidos, em questão de horas,itens exóticos como 130 cuecas a R$ 1 cada, bíblias (R$ 7)e travesseiros (R$ 20); no leilão, dedicado aos produtos demaior valor agregado, foram arrematados relógiossofisticados como um Breguet (R$ 97 mil), televisores euma caminhonete Rural Willys por R$ 37 mil. Por seremusados, os produtos tiveram o valor até 70% inferior ao demercado, o que levou mais de 5 mil pessoas ao Jóquei parauma disputa acirrada.

Para Fausto Martin De Sanctis, o bazar e leilão docaso Abadia ocorreu graças à possibilidade da alienaçãoantecipada de bens sujeitos à deterioração. Ele espera queo evento estimule outros juízes a adotarem a mesmainiciativa. “É um procedimento que está sendorecomendado por várias instâncias federais, como oMinistério da Justiça, por exemplo. Na 6ª Vara Criminal jáadotamos a medida em vários processos utilizando o leilãoeletrônico e tem sido um sucesso”.

Na opinião do magistrado, a alienação antecipadade bens preserva o interesse tanto do acusado quanto daJustiça. “Para o acusado, pois este poderá receber o valorcorrespondente ao bem caso a decisão seja reformada eele absolvido; e para a Justiça, uma vez que se livra debens que estão ocupando espaço e se deteriorando”.Acesse a página da internet da Justiça Federal de SãoPaulo (www.jfsp.gov.br em imprensa/videoteca virtual) eassista ao vídeo gravado em 9/4/2008 sobre o caso.

Ricardo Acedo Nabarro

CASOS FEDERAIS

Alienação antecipada de bens,uma opção para a Justiça brasileira

Bazar e leilão judicial realizado noJockey Club de São Paulo

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5Justiça em Revista

A Seção de Transporte – SUTS, objetivando amelhoria contínua da prestação dos serviços da JustiçaFederal de São Paulo, visualizou a necessidade de umamudança estratégica em seus trabalhos. Com nova“logística de transporte”: planejar, controlar e organizar ofluxo do transporte de equipamentos e materiais da Capitalaté os fóruns do interior, garantindo o prazo e a proteçãodos mesmos, aliado à otimização dos custos.

A compra de bens da Justiça Federal de São Pauloé centralizada na Capital. A distribuição, determinada pelasnecessidades de cada fórum, priorizava os atendimentosde acordo com a urgência do pedido, respeitando ointervalo bimestral. A qualidade das estradas comprometiaseguir o cronograma de trajeto estipulado pela Seção. Osfóruns mais distantes precisavam receber a entrega demateriais com maior freqüência e nem sempre uma entregaaleatória a uma cidade vizinha era possível.

Um novo projeto reavaliou os trajetos, calculando otempo utilizado nas rodovias estaduais, estradasmunicipais, vias vicinais, desvios e contornos obrigatóriosaté a chegada em cada fórum, estudando cuidadosamenteas particularidades de cada cidade, caminhos para ida ecaminhos para volta, não sendo sempre os mesmos. Esseestudo revelou que o tráfego por estradas principaisdiminuía o tempo dispendido nas entregas.

A análise de todos os dados gerou uma planilhacom as novas rotas para a entrega dos materiaissolicitados. Foram criadas 8 rotas, 4 curtas, para os fórunsmais próximos, e 4 longas, abrangendo os mais distantes.

Um cronograma anual foi criado estipulando asdatas em que os caminhões da área de transporte passampelos fóruns do interior. Os responsáveis pelo recebimentodos novos bens, envio de equipamentos para manutençãoe entrega dos materiais de descarte para o Arquivo daPresidente Wilson, concluíram que a nova escala agilizou amovimentação entre as Subseções e a Seção deTransporte. A programação facilitou muito o fluxo deretirada e entrega de bens em todo o Estado. O intervalo

TRANSPORTE

Logística na Justiça FederalElizabeth Branco Pedro

das visitas reduziu de 60 para 45 dias. A logísticaaperfeiçoou o transporte como ferramenta significativa paraa integração de toda a Instituição.Confira o quadro.

Novos automóveisO Plano de Ação 2005/2008, em sua última etapa,

substitui toda a frota de veículos das subseções do interiorda Justiça Federal de São Paulo por carros novos. Asaquisições, liberadas de acordo com a disponibilidadeorçamentária, estão em fase de finalização.

Estudos precisos sobre as necessidades e uso emcada fórum deram um panorama sobre a escolha do tipode veiculo e a prioridade na distribuição. A padronizaçãoda frota era a opção ideal. O modelo escolhido, perua, foiem função do uso misto — para transporte de magistradose servidores e para pequenas cargas. Para subseçõescom mais de duas varas, foi destinado também o modelo“van”.

Os juizados especiais federais, que não possuíamveículos, foram os primeiros beneficiados, por realizaremtrabalhos itinerantes nas cidades de sua jurisdição. Emseguida foram priorizados os fóruns federais.

Os veículos substituídos, com 10 anos de uso oumais, aguardam, no Arquivo Presidente Wilson, liberaçãopara doação a outros órgãos públicos. Atualmente aSeção de Transporte presta serviços com 98 veículos:80% dos fóruns contam com 2 veículos, 10% com 1 e, emfunção do tamanho da subseção, 10% com 4 veículos.

O projeto finalizará em 2008 a entrega de 9veículos. Em 2005, foram distribuídas 9 unidades; em2006, 12 unidades. E, em dezembro de 2007, foramrecebidas 12 unidades, as quais foram entregues no iníciode 2008. Todos os veículos são liberados após a aquisiçãodo seguro.

Com o Plano de Ação concretizado, a “logística detransporte” ganha funcionalidade e agilidade, uma vez quea frota da Capital deixa de ser utilizada para substituir osveículos em manutenção dos fóruns do Interior, voltando ouso para a finalidade a que se destina.

47.000 km Esta é a média anualpercorrida no estado pelaárea de transporte. Com estaquilometragem é possível ir deSão Paulo a Nova York seis vezes.

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6 Justiça em Revista

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Comunicação institucional - uma nova ferramentapara os órgãos públicos

Viviane Ponstinnicoff

Uma área de atuação recente, em constanteexpansão dentro das empresas privadas, agora ganhaterreno também nos setores públicos. A comunicaçãoinstitucional está sendo vista como uma ferramentaimprescindível de diálogo que se inicia com os funcionáriosde uma empresa e atinge o público externo de forma geral.

Nesse contexto, a Justiça Federal de 1º Grau emSão Paulo (JF/SP) tem realizado divulgações de diversascampanhas de saúde e filantropia; eventos voltados aoservidor, palestras, produção de material gráfico (cartazes,jornal interno, revista) e mídas eletrônicas (Internet,Intranet, videos, banners, etc), além de esclarecimentosvoltados para o público externo e assessoria de imprensa.

A comunicação institucional colabora naconstrução de uma imagem e uma identidade corporativa,enfatizando a missão, a visão, os valores e objetivos deuma organização, além de sintetizar tudo o que a JustiçaFederal de 1º Grau em São Paulo está realizando.

Breve histórico da comunicação institucional no Brasil

Com a política de desenvolvimento nacional e deindustrialização do Brasil, na década de 1950, muitasempresas multinacionais se instalaram no país e trouxeramexperiências nesta área já vivenciadas em suas matrizes.

Desde então, houve uma evolução muito grande naqualidade tanto nos estudos do meio acadêmico como nomercado profissional. Com a redemocratização do país, apartir de 1985, assumiu um papel muito mais relevante ehoje a comunicação institucional é uma realidadecrescente, também, nos órgãos públicos.

Para a professora da Escola de Comunicação eArtes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), dra.Margarida M. Krohling Kunsch, a comunicação institucionalé fundamental em qualquer tipo de organização. “Tanto asempresas privadas quanto públicas necessitamestabelecer relações confiantes com seus públicos, e istosó é possível por meio de ações comunicativas e derelacionamentos decorrentes de um planejamentoestratégico”.

Margarida explica, ainda, que, nos dias de hoje, osórgãos públicos são muito mais exigentes e a opiniãopública muito mais vigilante. “Conseqüentemente, asorganizações e instituições precisam zelar pela suacomunicação institucional e prestar constas à sociedadedos seus atos e comportamentos”.

Para a juíza federal Renata Andrade Lotufo,diretora do Foro da JF/SP, a população tem o direito desaber o que acontece na Justiça. “O cidadão de hoje não

tem uma atitude passiva, ele vai atrás de informações.Quem faz a justiça é todo mundo que está aqui; desde oguarda que está na portaria até o juiz. Esse atendimento éque faz a diferença, e quanto mais informação nósfornecemos, mais nos adiantamos a eventuais problemas”.

A comunicação institucional usa comoinstrumentos uma “convergência midiática”, ou seja, váriostipos de mídia trabalhando conjuntamente, por meiosimpressos, digitais e audiovisuais. A escolha das mídiasmais eficazes para cada segmento de público depende deum planejamento prévio. Os principais instrumentosusados na comunicação institucional na JF/SP são aassessoria de imprensa, a editoração multimídia, apublicidade institucional, o marketing social e cultural e ojornalismo empresarial.

Instrumentos da Comunicação Institucional na JF/SP

O trabalho de assessoria de imprensa da JF/SP éde grande responsabilidade. Consiste em filtrar quaisdecisões judiciais são de interesse para a mídia, interpretá-las e, em seguida, produzir um texto jornalístico dedivulgação para a imprensa - o release. Além dos textos, háo trabalho de campo. Quando há audiência que envolvampessoas públicos e casos de repercussão nacional emalguns dos Fóruns Federais de São Paulo, a mídiaprontamente se interessa pela produção de imagens (fotose vídeos), declarações e entrevistas. Cabe ao profissionalde comunicação da instituição ir pessoalmente ao Fórum epassar à imprensa as informações que o juiz autorizetransmitir.

A editoração multimídia na JF vai na convergênciada expansão das novas tecnologias. As páginas da Internete Intranet são produzidas e atualizadas diariamente, alémdos vídeos institucionais, que podem ser acessados porqualquer pessoa. “Os vídeos institucionais proporcionamuma maior integração de idéias, conhecimento edisseminação de informações da JF/SP. A Internet ganha,agora, aspecto de televisão e essas ferramentasaudiovisuais tendem a crescer em todo o Poder Judiciário”,diz Hélio C. Martins Júnior, supervisor da Seção deDivulgação Social da JF/SP.

A publicidade institucional consiste na transmissãode informações importantes para a Administração, comocomunicados internos, alertas sobre e-mails falsos,prevenção de doenças ou eventos internos, como feiras ouintegrações.

O marketing social é a modalidade de açãoinstitucional que tem como objetivo principal atenuar ou

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eliminar as carências da sociedade relacionadas, entreoutros, às questões de saúde pública, trabalho, educação enutrição. Na JF/SP, com o intuito de chamar o servidor aparticipar de ações sociais, já foram realizadas campanhasde doação de alimentos, de agasalhos e, no momento, estáem andamento a “Biblilazer” (leia mais detalhes na página10).

O marketing cultural chama o público interno eexterno para trabalhos de valor cultural/artístico. O Centrode Memória é o melhor exemplo. Em pleno processo deexpansão, é um espaço que abriga documentos de valorhistórico, fotografias, vídeos, enfim, tudo o que abriga ahistória da Justiça Federal no Brasil.

O jornalismo empresarial abrange um amplo lequede atividades desenvolvidas pela instituição, para adivulgação de suas realizações. O informativo semanal“Em Tempo” é um jornal de uma página que circula on linepara todas as Subseções do Estado. Nele são relatadas asrealizações da administração, que são de interesse detodos — algum serviço novo, como o sistema eletrônico deetiquetas para correspondência, por exemplo.

Para a consolidação de uma comunicaçãoinstitucional eficiente, no entanto, não basta só o usodessas ferramentas. É preciso que os servidores sintam-separte da instituição.

Endomarketing

O cliente de uma instituição não é apenas quemcompra ou utiliza seu produto ou serviço, mastambém quem o vende. No caso da JustiçaFederal, o cliente externo é, em síntese, ojurisdicionado, ou seja, aquele que recebe aprestação jurisdicional, além do público deuma maneira geral, que assiste, lê, ouve asdiversas mídias noticiosas a respeito do órgão.Para que esses clientes externos tenham umaimagem idônea da instituição e sejam bematendidos, é necessário que os clientesinternos (os funcionários) entendam otrabalho e sintam-se satisfeitos.

É aí que entra o endomarketing, oumarketing interno, que pode ser definido comoqualquer ação voltada para a satisfação ealiança do público interno com a empresa,com o intuito de melhor atender aos clientesexternos. A intenção é buscar o fortalecimento econstrução de relacionamentos, compartilhandoobjetivos, inserindo a noção de que todos sãoclientes de todos também dentro da empresa.

As campanhas e ações voltadas aosservidores feitas pela JF/SP são exemplosconstantes para promover o bem-estar dosfuncionários, ou seja, de endomarketing. Além domarketing interno, a comunicação institucional englobaações voltadas ao público externo. Palestras, encontros,

reuniões e eventos em geral são produzidos como umaforma de incentivo à comunicação institucional.

No último mês de março, o Tribunal RegionalFederal da 3ª Região (TRF3) promoveu um evento voltadopara juízes e profissionais da comunicação. “Juiz erepórter: falando a mesma língua” foi o 1º SeminárioJudiciário-mídia da Justiça Federal da 3ª Região. Naocasião, foram exibidos vídeos que tratavam daimportância da linguagem aberta entre o Poder judiciário ea imprensa, além de palestras de jornalistas voltadas aosmagistrados e integração entre ambos comquestionamentos e considerações.

Em 18/4 foi inaugurado o canal digital aberto da TVJustiça no TRF3. O evento teve a presença da ministra doSTF Ellen Gracie, que afirmou que a iniciativa de colocar atransmissão da TV Justiça em canal aberto favorece ummaior conhecimento por parte do cidadão dos caminhosque percorre a Justiça, um dos preceitos da comunicaçãoinstitucional.

“A partir do momento que mostramos um trabalhosério e moderno, as pessoas vão mudando a opinião sobreo funcionalismo público. Trabalhamos com critériosobjetivos e procuramos divulgar a seriedade da nossajustiça. Isso demonstra que seguimos o princípio daimpessoalidade e, sobretudo, da transparência, tão

almejada nos setores públicos”,completa Renata Lotufo.

7Justiça em Revista

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Nesta edição, os magistrados federais Otávio Henrique Martins Port/Andradina, Cláudio Roberto Canata/Botucatue Marília Rechi Gomes de Aguiar/Jundiaí, mostram como administram os Juizados Especiais Federais nasdiferentes subseções do interior do Estado de São Paulo, respeitando as especificidades de cada região.

Desafios e prioridades na administraçãode Subseção exclusiva de JEF no interior

Justiça em Revista

JUNDIAÍMarilia Rechi Gomes de AguiarJuíza Federal - 2ª Vara Gabinete

A Lei n. 10.259/2001 instituiu osJuizados Especiais Federais. De forma

simplificada, pode-se dizer que esta lei veio como respostaà ampliação significativa de demandas por direitosocorrida, em grande parte, com a passagem para ochamado Estado neoliberal, a partir dos anos 80.

E o Juizado tem se mostrado o meio capaz de seatingir acesso ao Judiciário da forma mais irrestritapossível, prescindindo da constituição de advogado para acausa, de recolhimento de custas e despesas judiciais,instalando-se nos mais remotos confins e atendendo ojurisdicionado fora dos limites espaciais dos foros, pormeio dos juizados itinerantes.

Não por acaso, seguiu-se uma explosão dedemanda sob sua jurisdição. E aqui estamos nós, nosdebatendo entre a busca pela entrega jurisdicional daforma mais justa possível, a celeridade em nome da qual sevisionou os juizados e o número significativamente alto dedemandas.

Lidamos com um sistema totalmenteinformatizado, que apresenta suas limitações epeculiaridades, com ferramentas processuais só acessíveis— até aqui, ao menos — aos próprios juizados, como osbancos de dados previdenciários mantidos pelo Dataprev.A troca de idéias, de estudos, de soluções, de experiência,enfim, é primordial neste momento, sob pena de estarmossimplesmente enxugando gelo, nas palavras do MinistroGilmar Mendes no 1º Fórum Nacional dos JuizadosEspeciais Federal, FONAJEF, promovido pela Associaçãodos Juízes Federais do Brasil, AJUFE , no ano de 2004.

O Provimento n.º 235/2004 do Conselho da JustiçaFederal da Terceira Região implantou, em 22/06/2004, oJuizado Especial Federal Cível de Jundiaí, 28ª SubeçãoJudiciária do Estado de São Paulo, com jurisdição sobretreze municípios da região. Desde a instalação, foramdistribuídos aproximadamente 45.500 feitos. Permanecemem tramitação 19.000, aproximadamente. A média dedistribuição mensal é de 652 feitos (considerando-se o ano

de 2007) e de julgamentos, de 676 (considerando-se o anode 2008), para as duas Varas-Gabinetes que o compõem.Há problemas específicos das subseções exclusivas deJEF. Um dos diversos desafios é administrar um juizadocom expressivo número de demandas sem um corpoadministrativo. Aos servidores de secretaria cabe a lidaadministrativa, em prejuízo dos serviços forenses,problema comum nestas subseções.

Dentro desta especificidade, no âmbito dasquestões essencialmente judiciais, a par da premência doaumento de número de juízes e servidores, têm-seprocurado soluções possíveis para o atendimento aojurisdicionado, nas suas mais amplas pretensões. Fatiavolumosa da demanda, as ações de incapacidade ebenefício assistencial merecem atenção especial. Ojuizado de Jundiaí mantém quinze peritos médicos, emdiversas especialidades, e sete assistentes sociaiscadastrados e credenciados para a produção de provatécnica. Como este plantel vem se mostrando insuficiente àdemanda, está-se em vias de credenciar maisprofissionais, conforme Edital publicado em fevereiro docorrente ano.

Relacionamento harmonioso com os réus maiscomuns nas ações, direcionado para a solução deprocessos, vem se mostrando um bom caminho na buscapor acordos, na linha pregada da conciliação como formamelhor de pacificação social.

Enfim, a tentativa é reunir forças e idéias paraentregar da melhor forma possível a prestação jurisdicionalque, oriunda dos juizados, revela-se a mais próxima darealização do que se convenciona chamar justiça social.

BOTUCATUCláudio Roberto CanataJuiz federal - 1ª Vara Gabinete

Como é sabido, os JuizadosEspeciais Federais atendem a um

público diferenciado e especial: são idosos, viúvas, órfãose portadores de deficiências, que comparecem todos osdias aos JEFs para apresentar suas demandas. É elevadoo número de pessoas recebidas diariamente nas

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BOAS PRÁTICAS

Justiça em Revista

Este espaço é reservado para os magistrados da Justiça Federalde São Paulo divulgarem suas opiniões e debaterem acerca dedesafios na administração de Varas e Fóruns. Interessados emparticipar devem encaminhar seu texto ou sugestão de pauta parao endereço: [email protected].

audiências de instrução e conciliação, no Setor deAtendimento, nas perícias médicas. Dar tratamentocondigno a todas essas pessoas é desafio que envolvetambém a parte administrativa.

Dotar os Juizados de setor administrativo próprio,similar ao dos fóruns onde funcionam varas comuns, seriao primeiro passo. Uma pequena equipe voltadaexclusivamente para as tarefas administrativas daSubseção seria o ideal. Isso evitaria que servidorestivessem que se desdobrar entre tarefas ligadas àatividade-fim e aquelas outras, inúmeras, relacionadas coma parte administrativa do Juizado. Sacrificar a atividade-fimé temerário, dado o crescente volume de açõesprotocoladas nos Juizados, apontados recentemente entreaquelas instituições públicas que gozam de maiorcredibilidade no País.

É importante, ainda, que o Juizado possua umcaixa para atender a pequenas despesas emergenciais,tudo com comprovação ulterior, é claro. Não é necessárioque seja quantia mensal elevada, desde que atenda àssituações de urgência, o que o sistema de suprimento defundos, muitas vezes, não consegue. Não são poucos oscasos em que é necessário comprar pequenos objetos deuso diário, de diminuto valor, para atender a uma situaçãoemergencial do Juizado, e isto acaba por ser feito comrecursos próprios do juiz ou de servidor.

Outro desafio é a conscientização do pessoalterceirizado (vigias, faxineiros, telefonistas) quanto àimportância do trabalho que desempenham e do dever deexecutá-lo com qualidade e presteza. Infelizmente, écomum ocorrerem problemas relacionados aosterceirizados: atrasos e faltas injustificadas, desleixoprofissional, falta de compromisso com a instituição,desavenças, descumprimento de ordens, são alguns dosproblemas detectados. Em alguns casos, essescolaboradores da justiça trabalham desmotivados, mercêde atrasos no pagamento dos salários por parte daempresa contratada e descumprimento da lei trabalhista ede cláusulas estabelecidas em convenções e acordoscoletivos. Atuar em repartição judiciária - ainda que nacondição de empregado de terceirizada - exige posturaética, compatível com a própria dignidade do órgão, o quereclama treinamento específico desses profissionais.

ANDRADINAOtávio Henrique Martins PortJuiz Federal - 1ª Vara Gabinete

“Eu realmente fui longe nacarreira”. Quando cheguei em Andradina, em janeiro de2006, vindo de São Paulo, promovido a Juiz Titular, foi oprimeiro pensamento que me ocorreu. Andradina é umacidade de pequeno porte, com economia baseada naagropecuária, praticamente isolada geograficamente noextremo oeste do Estado de São Paulo, a 640 Km daCapital. Após algum tempo, depois de conversar com osservidores dos Juizados, cheguei à conclusão que não erao único que pensava assim. A imensa maioria dosservidores reside em Araçatuba, a 110 km de distância, ecumpre uma jornada de duas horas e meia por dia naestrada, considerando a ida e a volta, apenas paratrabalhar. Analisando a situação, logo percebi que meuprincipal desafio e, por conseqüência, minha prioridade,seria conseguir um método eficiente de manter osfuncionários motivados na prestação de um bom serviço,mesmo sendo submetidos a essa rotina diária desgastante.

A melhor receita, sem dúvida, foi fazer umplanejamento estratégico, estabelecendo metas a serematingidas a curto, médio e longo prazo, e meios para atingi-las. Foi essencial, nesse caminho, identificar as habilidadespessoais e explorá-las da melhor forma possível. É claroque o fato de trabalharmos com funcionários que são, emsua grande maioria, altamente qualificados, como é o casodos quadros da Justiça Federal, facilita esse trabalho.

Primeiramente, foi necessário conhecer osfuncionários, a fim de, explorando suas habilidadesnaturais, incentivando o crescimento profissional e pessoal,definir as atribuições de cada um de forma clara. Èessencial que todos saibam o que devem fazer para atingiressas metas. Só dessa forma pode-se identificar quais sãoos setores dos Juizados que merecem uma atençãoespecial, com eventual remanejamento de funcionários eavaliação do comprometimento de todos na busca dosresultados planejados. O mais importante é criar dentro detodos a convicção de que fazem parte de uma equipe e quetrabalhar em equipe é essencial para que se consigaprestar um serviço de qualidade. Hoje, 2 anos e 3 mesesdepois, os resultados são visíveis: queda sensível nonúmero de processos em tramitação, prestaçãojurisdicional célere, sem descuidar da segurança,pontualidade no cumprimento das obrigações pelos nossosprincipais “clientes”: INSS e CEF. Atingiram-se as metas, enovas foram estabelecidas. Estamos sempre em busca demelhorias. E quando se vê os resultados, a motivação vemnaturalmente.

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10 Justiça em Revista

BIBLILAZER

A Diretoria do Foro em conjunto com o Pró-Socialteve a iniciativa de criar a Biblilazer – Biblioteca Circulantede Lazer – como uma proposta de incentivo à leitura e aolazer dos magistrados e servidores da Justiça Federal deSão Paulo. A formação do acervo está em andamento eserá feita mediante campanhas de doação permanente.

Com um acervo composto por livros com temáticacultural diversificada como literatura, artes, romance,música, comédia, filosofia, auto-ajuda, dentre outros, oprograma busca facilitar não só o acesso, mas também aintegração entre os leitores. Já foramdoados autores consagrados como Joséde Alencar, Machado de Assis, ÉricoVeríssimo, e internacionais como AgathaChristie e George Lucas para o acervoque está crescendo a cada dia.

Doralice de Castro, supervisorada Biblioteca Central e uma dasidealizadoras do projeto, esclarece que oobjetivo da campanha é facilitar a leitura, mas tambémdiversificá-la ao ponto de surgirem novos temas e assuntosem comum entre os leitores. Ela acredita que o programaaproximará ainda mais os funcionários, “uma motivação amais que o prazer da leitura proporciona”, afirma.

A Biblioteca Central Pedro Lessa e a Biblioteca deCampinas farão o controle de empréstimo para osservidores lotados nestas cidades. Juízes, servidores eestagiários, todos poderão usufruir doprojeto retirando obras da Biblilazer.Será permitida a retirada de uma obra decada vez, pelo prazo de um mêspodendo ser renovado, pelo mesmoperíodo, caso não haja reserva anteriorou atraso na devolução. O empréstimoserá feito pessoalmente nos Fórunsmediante assinatura de recibo.

Para os demais fóruns dointerior, serão feitas caixas-bibliotecaformadas pela Biblioteca Central, quecontarão com uma quantidade definida evariável de títulos para empréstimo ecirculação entre os fóruns, de acordocom a disponibilidade. As caixas-Biblioteca e o empréstimo serãocontrolados pelos supervisoresadministrativos dos fóruns interessadosem recebê-las, utilizando-se umformulário de controle. Cada caixapermanecerá durante seis meses nolocal, depois será substituída por outra

Renovado o prazer da leitura

com novos títulos. Com inauguração prevista para o mês de maio, é

válido ressaltar que o projeto da Biblioteca Circulante deLazer será cada vez mais forte quanto maior o número delivros doados, atualmente com cerca de 500 obras. Comoo acervo está disponível no site da Justiça na Internet, osfuturos leitores poderão realizar consultas virtuais em suaprópria casa. Basta acessar www.jfsp.gov.br e clicar no link“Biblioteca”.

Supervisora da BibliotecaCentral - Doralice de Castro eBibioteca do Fórum Pedro Lessa

Para doar: Os livros para a BibliotecaCentral estão sendoarrecadados no próprio local.Na Biblioteca no Fórum deCampinas, eles estão sendocadastrados e disponibiliza-dos para leitura.

Colabore você também!Incentive a leitura enviandoseus livros para a Seção deBenefícios e AssistênciaSocial, na Rua Líbero Badarón.º 73 – anexo II – 4º andarSão Paulo - SP.

Erica Costa

A Diretoria do Foro agradece a todos que doaramseus livros para a Biblilazer: Maria Cristina Luca

Barongeno, Márcia Hoffmann do Amaral e Silva Turri,Angelica Resende, Carlos Alberto dos Reis, Celso Kenji

Miyamoto,Cristiane Gomes Toledo, Doralice de Castro, EmíliaTomoko Tsunechiro Kazama, Ivone de Araújo Monteiro, Luiz Guilherme

Martins, Maria Aparecida Roseira Teixeira, Maria Mikie MuramotoRosemeire de Fatima Ferreira Pinheiro Costa, Yolanda Waldowsky Ralha

Andry Cândida da Silva e àqueles que fizeram doações anônimas.

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11Justiça em Revista

ENTRETENIMENTO E CULTURA

JUÍZODocumentário – Brasil – 2007Maria Augusta RamosAcompanhando a trajetória demenores infratores diante da lei, odocumentário traça o instante daprisão e do julgamento de meninos

e meninas por roubo, tráfico e homicídio. Juízes,promotores, defensores e familiares, todospersonagens do filme, são pessoas reais filmadasdurante audiências e visitas a um dos locais dereclusão dos menores infratores, o Instituto PadreSeverino.

JUSTIÇADocumentário – Brasil – 2004Maria Augusta RamosJustiça retrata a realidade dosistema judiciário, em especial ocotidiano de um Tribunal de Justiçado Rio de Janeiro. Durante vários

dias, a cineasta Maria Augusta Ramos filmoualguns trâmites de processos criminais,acompanhou audiências de interrogatório e a vidade réus e magistrados. O documentário propõedesmistificar alguns estereótipos sobre o PoderJudiciário, por vezes tido como o principal culpadopelas mazelas da sociedade brasileira.

Direito processual constitucional3ª edição / 2007 - Saraiva Marcus Orione Gonçalves CorreiaA obra traz uma reflexão cuidadosa arespeito dos aspectos processuaispermanentes na Constituição

Federal. Orione faz uma concisa introdução dianteda relação existente entre processo e Constituição,examinando os princípios processuaisconstitucionais, o direito de ação e a defesa dosdireitos coletivos.

Direito ao desenvolvimento:antecedentes, significados econseqüências -Ed. 2007-RenovarCarla Abrantkoski RisterA obra, fruto da tese de doutorado daautora, traz no prefácio o renomado

professor Eros Grau, que a considera original peloefetivo conhecimento produzido. A publicação, dizele, é capaz de transmitir (no Direito) umaexpressão de humanismo. Os direitos econômico esocial da Constituição de 1988 devem serentendidos como direitos subjetivos públicos edireito ao desenvolvimento, pois devem ter arealidade social, de forma a possibilitar umaverdadeira transformação da sociedade.

O QUE REALMENTE IMPORTA

Patrícia Sartori Cardozoidealizadora e coordenadorado Espaço Convivência, ADM/NUDE

Sabe aqueles dias em que estamos inertes, semsal, sem tempero, ou como diz meu pai, “só no molho”?Pois é, estava passando por uma fase dessas com umapitada de cansaço e resignação.

E quando se diz que para se melhorar é precisopiorar, pelo menos comigo funcionou... em 2005 Márcia,minha querida diretora do RH, lançou um concurso entrenós para que sugeríssemos meios de integração entreserviços e pessoas.

Parei, pensei, e chegando exausta à minhacasa, sentei para conversar com meu marido e minhafilhinha. Como sempre acreditei que nosso porto seguro,nosso local de reabastecimento e fortalecimento físico eemocional é próximo daqueles que amamos, foi a partirdo contato com minha querida família que surgiu a idéiade propor um modo para que as pessoas se falassem,se conhecessem, convivessem... foi aí então que surgiua idéia do Espaço Convivência.

E como ela veio de encontro ao que as pessoas(que votaram na proposta) estavam sentindo enecessitando, ganhamos o concurso, com direito aviagem e muito mais! E quando digo ganhamos, ganheieu e todos os que participaram e participam daconstrução deste pedacinho de história!

Em 15/12/2006, foi inaugurado nosso ESPAÇOCONVIVÊNCIA, que desde sua idealização e suaimplantação, até o momento, com todos os percalços erealizações já conta com o carinho e a doação de muitostalentos.

Nosso querido Espaço foi palco de mais de 25eventos até hoje, entre palestras, apresentaçõesmusicais e artísticas. E, como coisa boa atrai somentecoisa boa, cada vez mais, os talentos da Justiça e destemundão afora despontam e ajudam a compor um laçode amizade e paixão pelo que fazemos voluntariamente.

Bom, o que realmente importa, não é o status oucoisa parecida, é sim o sentimento de poder fazer umpouco além, de pôr em prática idéias simples paramelhorar a vida das pessoas, é ser um poucomalabarista e mágico nestes dias em que as pessoaslevam tantas coisas sem importância a sério e em que omundo só espera carinho e dedicação da nossa parte.Um forte abraço a todos!

CANAL ABERTO

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texto para [email protected]

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PAPELA maioria do lixo produzidopela Justiça Federal é papel.Ajude-nos no consumoconsciente deste materialseguindo estas dicas:

• leia na tela e faça a revisãoantes da impressão.

• faça impressões frente everso.

• reutilize o papel como folhade rascunho, antes dereciclá-lo.

Use o material de consumocom responsabilidade.Antes de reciclar, reduzao consumo e reutilize.

Desligue o ar-condicionadoalguns minutos antes de sair,apague as luzes e desligueos monitores.

Diariamente faça comprasconscientes evitando o usoexagerado de embalagense sacolas plásticas.

O planeta é nosso.

REDUZIRREUTILIZARRECICLAR

DIRETORIA DO FORO