comunicado ps sintra - transportes de doentes não urgentes

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Concelhia de Sintra www.ps-sintra.com [email protected] Comunicado Considerando que: - O Despacho n.º 7860/2011, de 31 de Maio aprova o Regulamento Geral de Acesso ao Transporte em ambulância de doentes não urgentes; - O n.º 3 do referido despacho cria uma comissão técnica de acompanhamento, entre a Secretaria de Estado da Saúde e a Liga de Bombeiros Portugueses, para análise e monitorização do presente Regulamento, com a composiçãode dois representantes de cada uma destas entidades, que reúne trimestralmente; - Em torno das novas regras do transporte de doentes não urgentes está decidido que só os doentes com prescrição médica e rendimento inferior a 419,22€ (Indexante dos Apoios Sociais) tem direito a transporte gratuito; - As condições para aferir os rendimentos dos utentes, têm vindo a revelar-se fator de instabilidade prejudicando os doentes; - A plataforma informática incrementada pelo Ministério da Saúde para a gestão do transporte dos doentes (SGTD) veio criar um sistema que tem vindo a causar diversas disfunções com prejuízo para os doentes; - O impacto humano das medidas de restrição nos transportes de doentes, necessita de ser reavaliado tanto nos critérios clínicos como nos critérios económicos; - O recurso familiar a partir do qual deixa de haver direito ao transporte é muito baixo e incompatível com a capacidade dos doentes suportar a despesa; - Estas medidas restritivas levam a que muitos doentes faltem às consultas e tratamentos; - A ordem dos médicos considera que em termos médicos esta situação é inaceitável; Considerando que as fortes restrições e as disfunções apontadas estão a levar muitas associações humanitárias à asfixia financeira; - São muitos os relatos de associações que assumiram que estão prestes a “fechar as portas”, muitas delas procederam já a despedimentos; - As drásticas reduções no número de transportes de doentes estão a agudizar de forma dramática a já débil capacidade financeira das associações humanitárias; - São necessárias medidas justas e equilibradas que tenham em conta a gestão eficiente do Serviço Nacional de Saúde, as necessidades dos doentes e a sustentabilidade das associações humanitárias;

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Comunicado PS Sintra - Transportes de Doentes não Urgentes

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CCoonncceellhhiiaa ddee SSiinnttrraa

www.ps-sintra.com ● [email protected]

Comunicado

Considerando que:

- O Despacho n.º 7860/2011, de 31 de Maio aprova o Regulamento Geral de Acesso

ao Transporte em ambulância de doentes não urgentes;

- O n.º 3 do referido despacho cria uma comissão técnica de acompanhamento, entre

a Secretaria de Estado da Saúde e a Liga de Bombeiros Portugueses, para análise e

monitorização do presente Regulamento, com a composiçãode dois representantes de

cada uma destas entidades, que reúne trimestralmente;

- Em torno das novas regras do transporte de doentes não urgentes está decidido que

só os doentes com prescrição médica e rendimento inferior a 419,22€ (Indexante dos

Apoios Sociais) tem direito a transporte gratuito;

- As condições para aferir os rendimentos dos utentes, têm vindo a revelar-se fator de

instabilidade prejudicando os doentes;

- A plataforma informática incrementada pelo Ministério da Saúde para a gestão do

transporte dos doentes (SGTD) veio criar um sistema que tem vindo a causar diversas

disfunções com prejuízo para os doentes;

- O impacto humano das medidas de restrição nos transportes de doentes, necessita

de ser reavaliado tanto nos critérios clínicos como nos critérios económicos;

- O recurso familiar a partir do qual deixa de haver direito ao transporte é muito baixo e

incompatível com a capacidade dos doentes suportar a despesa;

- Estas medidas restritivas levam a que muitos doentes faltem às consultas e

tratamentos;

- A ordem dos médicos considera que em termos médicos esta situação é inaceitável;

Considerando que as fortes restrições e as disfunções apontadas estão a levar muitas

associações humanitárias à asfixia financeira;

- São muitos os relatos de associações que assumiram que estão prestes a “fechar as

portas”, muitas delas procederam já a despedimentos;

- As drásticas reduções no número de transportes de doentes estão a agudizar de

forma dramática a já débil capacidade financeira das associações humanitárias;

- São necessárias medidas justas e equilibradas que tenham em conta a gestão

eficiente do Serviço Nacional de Saúde, as necessidades dos doentes e a

sustentabilidade das associações humanitárias;

CCoonncceellhhiiaa ddee SSiinnttrraa

www.ps-sintra.com ● [email protected]

- A taxa de saída foi alterada unilateralmente pela ARSLVT com implicações graves na

estrutura económica das associações.

- À semelhança das associações humanitárias do país, as corporações de bombeiros

de Sintra encontram-se em situação financeira difícil.

- O despacho 1684/2011 de 15 de Dezembro cria um grupo de trabalho ao qual

compete a responsabilidade de estudar e analisar e propor medidas no âmbito do

transporte de doentes não urgentes no prazo de 60 dias.

- A Liga dos Bombeiros Portugueses discordou das propostas apresentadas pelo

grupo de trabalho.

- Urge resolver, sem mais delongas, esta grave situação que prejudica enormemente a

saúde dos doentes do SNS e lesa gravemente as associações humanitárias com

consequências imprevisíveis para a proteção e socorro dos portuguese em geral e do

sintrense sem particular.

A Comissão Política do Partido Socialista de Sintra, reunida em Sintra no dia 22

de Fevereiro deliberou:

1. Manifestar preocupação com a situação vivida pelas corporações de Bombeiros do

Concelho de Sintra e afirmar total solidariedade com as suas reivindicações;

2. Exigir ao Ministério da Saúde que reveja as regras do transporte de doentes não

urgentes com o duplo objetivo de, por uma lado, permitir mais e melhor

acessibilidade, aos cuidados de saúde, dos que mais precisam e, por outro,

atenuar a asfixia financeira a que estão sujeitas as associações humanitárias,

criando condições para um pagamento justo pelos relevantes serviços prestados

no transporte dos doentes/utentes;

3. Recomendar ao Ministro da Administração Externa uma alteração de paradigma no

financiamento das corporações de bombeiros que permita encontrar o ponto de

equilíbrio entre a sua utilidade social das associações humanitárias, as

necessidades de recursos necessários para estas poderem prestar o serviço a que

habituaram os utentes / doentes do SNS e as dificuldades de financiamento que o

país atravessa.