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12 UNIDADE COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

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Comunicação Empresarial - Unidade12

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12UNIDADE

COMUNICAÇÃO

ORGANIZACIONAL

COMUNICAÇÃOEMPRESARIAL

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

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2 Unidade 12. Comunicação Organizacional EXCE LÊ NCIA E M EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

A comunicação exerce grande poder sobre as empresas assim como outros fatores a influenciam. Sendo assim Rego, destaca que

[...] a comunicação, que, enquanto processo, transfere sim-bolicamente ideias entre interlocutores, é capaz de, pelo simples fato de existir, gerar influências. E mais: exerce, em sua plenitude, um poder que preferimos designar de poder expressivo, legitimando outros poderes existentes na orga-nização, como o poder remunerativo, o poder normativo e o poder coercitivo. (REGO, 1986, p. 17)

A organização como um todo busca um equilíbrio entre as suas partes constitutivas. E o equilíbrio é o resultado da disposição orde-nada entre suas partes, que é obtida pelo processo comunicacional.

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Segundo Rego (1986, p. 16),

[...] a comunicação, enquanto processo, dá vida, por meio do encadeamento das partes, à empresa. Aceitando-se a premissa, pode-se extrair a conclusão: uma empresa se or-ganiza, se desenvolve, enfim, sobrevive, graças ao sistema de comunicação que ela cria e mantém e que é responsável pelo envio e recebimento de mensagens [...] (REGO, 1986, p. 16)

O autor ainda destaca a existência de três grandes sistemas no envio e recebimento de mensagens, a saber:

1.sistema sociopolítico: onde se inserem os valores globais e as po-líticas do meio ambiente;

2.sistema econômico-industrial: onde se inserem os padrões da competição, as leis de mercado, a oferta e procura;

3.sistemainerenteaomicroclimainternodasorganizações: onde são estabelecidas as norma e políticas necessárias às operações empresariais. (REGO, 1986, p. 16, adaptado).

Estes sistemas operando em equilíbrio, isto é, trazendo e en-viando informações, “o processo comunicacional estrutura as con-venientes ligações entre o microssistema interno e o macrossistema social, estuda a concorrência, analisa as pressões do meio ambien-te, gerando as condições para o aperfeiçoamento organizacional”. (REGO, 1986, p. 6).

Na contrapartida, segundo dados da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (s/d) (Aberje) a comunicação interna ainda não é considerada como ação estratégica pelas organizações. A en-tidade aponta que em pesquisa realizada em 200 empresas, apenas 37% consideram a atividade uma estratégia, enquanto 44% apontam que é apenas uma ferramenta tática. (Revista Aberje, s/d).

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O diretor-executivo da Aberje, Paulo Nassar, diz que a comu-nicação com os colaboradores deve ser considerada tão importante quanto à realizada com consumidores, pois isso é pensar de modo estratégico no negócio. (Revista Aberje, s/d).

Rego (1986, p. 6), afirma que “a aplicação de um modelo de comunicação embasado na cultura organizacional influi terminante-mente sobre a eficácia geral da empresa”, e continua:

Como técnica, a comunicação direciona naturalmente seus estudos para a procura de mensagens adequadas, corre-tas, oportunas, claras, concisas, precisas, que possam ser assimiladas sem ruídos pelos participantes organizacionais. Para atingir tal meta, a comunicação procurará ajustar seu discurso, estudando as habilidades e disposições das fontes e receptores, a natureza técnica dos canais, a complexidade e/ou simplicidade dos conteúdos, a oportunidade e regu-laridade dos fluxos o tamanho dos grupos. (REGO, 1986 p. 6-7).

Assim, quanto mais conhecimento sobre o campo da comuni-cação houver dentro das corporações maior será o entrosamento en-tre os participantes e seus colaboradores. A empresa é um organismo vivo, pois existe a partir de pessoas e elas, como seres sociais, podem interferir decisivamente de modo positivo ou negativo na eficiência e eficácia do desempenho organizacional e funcional.

As empresas que investem em comunicação interna podem re-duzir a circulação de informações erradas, boatos ou a ação da rá-dio peão. A redução dos maus entendidos proporciona um ambiente mais limpo, sem barreiras e paralelamente atuando na melhora da saúde da organização.

Na mesma pesquisa da Aberje (s/d), outro dado interessante é que a atividade da comunicação por vezes é delegada apenas ao se-tor de Recursos Humanos. Entretanto, vale lembrar que este trabalho também é função dos gestores da organização, que vai tornado o ato de administrar mais que uma relação mecânica entre posições hierár-quicas, mas uma relação social positiva dentro do que se entende por trabalho.

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Tudo isso foi presentado para que pudéssemos chegar aos ti-pos mais comuns de redação administrativa (veículos): carta, circular, e-mail, relatório, boletim, manual, jornal e revista. Sendo que alguns destes veículos são mais utilizados, como as cartas e e-mails, e têm destinatário definido; outros são utilizados em situações exclusivas e destinam-se a um público mais amplo: manuais, boletins, “folders”, jornais, revistas. Os relatórios atendem aos dois tipos.

A seguir, serão apresentados, de modo reduzido, os documen-tos mais utilizados nas empresas, conforme indicado por Pimenta (2002, p. 152-153). E, em unidades posteriores serão retomados al-guns destes exemplos, com maiores detalhes.

• Carta - correspondência utilizada para: informar aprovação em concurso; tratar de assuntos grais com variadas instituições; soli-citar ou agradecer colaboração; justificar atos ou atitudes; home-nagear, censurar, advertir, etc. Deve-se usar vocabulário simples, primando pela exatidão, clareza e evitando chavões.

• Circular – correspondência, produzida em várias vias, tratando de interesse amplo e dirigida a multidestinatários. Cada via deve ser assinada ou autenticada, para ter um caráter original. Seu conteú-do, em geral, é composto por orientações e recomendações.

• Memorando – correspondência interna para comunicações breves e menos solenes: avisos, consultas, etc.

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• Relatório – documento que contém informações, fatos, estatísti-cas ou recomendações coletadas por uma pessoa ou um grupo com objetivo de melhorar processos ou serviços. Há uma variação bastante útil que é o relatório de reunião. Os relatórios são escri-tos por várias razões e de várias formas. No entanto, é necessário, sempre, cuidar da organização, precisão, clareza, veracidade e boa apresentação das informações. Em geral, utilizam-se gráficos, ta-belas, diagramas.

• Requerimento – documento que serve para se fazer solicitação a uma autoridade. Também chamado de petição.

• Procuração – documento pelo qual uma pessoa confere poderes legais a outra para tratar de negócios ou agir em seu nome.

• Ofício – comunicação oficial expedida por autoridades da adminis-tração ou dirigidos a particulares.

• Notificação– documento através do qual e informa o destinatário, pessoa física ou jurídica, sobre procedimentos a serem tomados pelo interessado ou medidas que serão tomadas pelo remetente.

• Ata – documento de registro do desenvolvimento de uma reunião, assembleia ou sessão.

• Boletim – texto produzido para informação interna ou externa. Em geral, é composto de resultados de pesquisas ou resumo de algum evento importante.

• Manual – texto didático, pra ser utilizado por vária pessoas, que apresenta informações e orientações em linguagem técnica.

• Jornal, revista – devem seguir o mesmo formato, linguagem e qualidade técnica dos jornais e revistas em circulação, tratando as-suntos de interesse interno e externo.

A autora ainda destaca que os componentes do boletim, ma-nual, jornal ou revista não são fixos, pois dependem dos objetivos de seus realizadores e do público-alvo. (PIMENTA, 2002, p. 152-154).

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Conheça mais sobre a ABERJE. No portal da Asso-ciação você pode ver a revista e sempre estar por dentro das novidades que aparecem no mercado. O endereço ele-trônico é: http://www.aberje.com.br/.

LISTA DE IMAGENS

Fig.01:www.public-domain-image.com

Fig.02: forums.thesims.com

REFERÊNCIAS

CAVALCANTE, S. H. GestãodaComunicaçãoOrganizacional: Co-nhecendoasferramentasesuasaplicabilidades. Universidade Po-tiguar, João Pessoa, 2008.

NOGUEIRA, K., BAGUÊS, T.ComunicaçãoEmpresarial:OProcessoComunicativoeasBarreirasàComunicaçãoEficaz. Centro Univer-sitário Anhanguera de São Paulo, 2010.

PIMENTA, M. A. Comunicação empresarial: conceitos e técnicasparaadministradores. Campinas – São Paulo: Alínea, 2002.

REGO, F. G. T. Comunicaçãoempresarial,comunicaçãoinstitucio-nal: conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento etécnicas.São Paulo: Summus, 1986.

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