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13 UNIDADE DÚVIDAS GRAMATICAIS MAIS COMUNS COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

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Comunicação Empresarial - Unidade13

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Page 1: Comunicação Empresarial - Unidade13

13UNIDADE

DÚVIDAS GRAMATICAIS MAIS COMUNS

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

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Unidade 13. Dúvidas Gramaticais Mais Comuns 2EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

DÚVIDAS GRAMATICAIS MAIS COMUNS

Escrever bem não é difícil, mas para que isso aconteça, é neces-sário o conhecimento das normas gramaticais. É por esse motivo que estudaremos mais um pouco sobre esse assunto.

Muitas vezes, no momento de escrever um texto, nos vemos na dúvida sobre como se escreve determinada palavra, qual letra é a correta, o tempo verbal correto ou se o texto está objetivo.

Visto isso, iremos aprender mais algumas dicas para orientá-lo (a) nestas questões.

BARBARISMO significa o desvio relativo à palavra. É quando grafamos ou pronunciamos uma palavra que não está de acordo com a norma culta. O barbarismo pode ser

de grafia, morfologia, semântica, regência e colocação, citan-do, apenas, os mais comuns. Observe a figura a seguir.

fig.01

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Unidade 13. Dúvidas Gramaticais Mais Comuns 3EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Para melhor entendimento, verifique os exemplos a seguir.

• Gráficos: usa-se hontem, proesa, conssessiva, aza, por ontem, pro-eza, concessiva e asa.

• Ortoépicos: usa-se interese, carramanchão, subcistir, por interesse, caramanchão, subsistir.

• Prosódicos: usa-se pegada, rúbrica, filântropo, por pegado, rubri-ca, filantropo.

• Semânticos: usa-se tráfico (por tráfego) indígena (como sinônimo de índio, em vez de autóctone).

• Morfológicos: usa-se cidadões, uma telefonema, proporam, reavi, deteu, por cidadãos, um telefonema, propuseram, reouve, deteve.

• Mórficos:usa-se antidiluviano, filmeteca, monolinear, por antedi-luviano, filmoteca, unlinear.

É importante destacar que diversos autores consideram barba-rismo palavras, expressões e construções estrangeiras, mas, neste es-tudo, elas serão consideradas “estrangeirismo”.

• ESTRANGEIRISMO:todo e qualquer emprego de palavras, expres-sões e construções estrangeiras em nosso idioma recebe denomi-nação de estrangeirismo.

Para Faraco (2014), algumas regras simples podem ser seguidas.

• Textos formais: jamais empregar uma palavra estrangeira se há em uso uma expressão equivalente em português.

• Se não há solução, senão usar uma palavra estrangeira, destacá-la graficamente (negrito, itálico ou aspas). Se a palavra não é muito conhecida, é interessante traduzi-la entre parênteses, em respeito ao leitor.

• Muitas palavras já se popularizaram em inglês, como: skate, site,

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Unidade 13. Dúvidas Gramaticais Mais Comuns 4EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

mouse, videogame, rock. Neste caso, não há necessidade de des-tacá-las. É possível que com o tempo, elas acabem recebendo for-ma gráfica portuguesa, como xampu (de shampoo), máuser (do alemão mauser) etc. Em outros casos, a forma original resiste e se consolida: show e rock. Neste caso, parece bem mais adequado manter a grafia estrangeira do que gerar formas gráficas esdrúxu-las (chou por show; por exemplo; ou roque por rock, muito embora já tenhamos criado roqueiro).

• No caso de textos técnicos destinados a especialistas, não há mes-mo solução, senão usar os termos estrangeiros que não disponham de tradução corrente, sem destaque gráfico, pois o texto ficaria po-luído de tantas aspas, negritos, itálicos.

• Na transcrição de títulos de filmes, livros, discos etc. preferir sem-pre a tradução corrente em português; se necessário, acrescentar entre aspas o título original. (FARACO, 2014, p. 36, adaptado)

• NEOLOGISMO: segundo o dicionário Soares Amora, essa palavra significa: 1. palavra nova formada no seio da língua ou importada de língua estrangeira; 2. palavra antiga com sentido novo. (AMO-RA, 2009, p. 484)

fig.02

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Unidade 13. Dúvidas Gramaticais Mais Comuns 5EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

• SOLECISMO: são os erros que condizem com as normas de con-cordância, de regência ou de colocação. A seguir, apresentamos alguns exemplos desse vício de linguagem e que deve ser evitado.

• Solecismo de regência

Ontem assistimos o filme (correto: ontem assistimos ao filme).

Cheguei no Brasil em 1923 (correto: cheguei ao Brasil em 1923).

Pedro visava o posto de chefe (correto: Pedro visava ao posto de chefe).

• Solecismo de concordância

Haviam muitas pessoas na festa (correto: havia muitas pessoas na festa)

O pessoal já saíram? (correto: O pessoal já saiu?)

• Solecismo de colocação

Foi João quem avisou-me (correto: Foi João quem me avisou)

Me empresta o lápis (Correto: Empresta-me o lápis)

fig.03

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Unidade 13. Dúvidas Gramaticais Mais Comuns 6EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

• COLISÃO:se refere à aproximação de sons consonantais idênticos ou semelhantes, como: Sua saia saiu suja da máquina.

• HIATO: se refere à aproximação de vogais idênticas, como se ob-serva a seguir.

Traga a água.

Trago o ovo.

• ARCAÍSMO: é o uso de expressões que caíram em desuso.

Eu sou um pão = eu sou bonito

A sinhá deixa eu dar uma saída hoje? (“sinhá” = senhora, pa-troa).

• PLEBEÍSMO: é qualquer desvio que caracteriza a falta de instrução. As gírias são um bom exemplo.

Tipo assim, cara, fala sério, entre outras.

fig.04

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Unidade 13. Dúvidas Gramaticais Mais Comuns 7EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

• TAUTOLOGIA: é a utilização de termos como: “subir para cima” ou “entrar para dentro”. Essas expressões são consideradas incorretas, pois há a combinação de duas palavras com o mesmo significado.

A tautologia também pode ser chamada de redundância ou de pleonasmo vicioso. A seguir apresentamos alguns exemplos de tau-tologia.

Abertura inaugural Elo de ligaçãoAbusar demais Goteira no teto

Acabamento final Gritar / bradar bem altoAdiada para depois Há anos atrásAmanhecer o dia Obra-prima principal

Anexo (a) junto a carta Passatempo passageiroA seu critério pessoal Planejar antecipadamente

Comparecer em pessoa Preconceito intoleranteConcluímos finalmente Relações bilaterais entre dois paísesContinua a permanecer Repetir outra vez

Conviver junto Retornar de novoCriação nova Sintomas indicativos

Demasiadamente excessivo Superávit positivoEm duas metades iguais Surpresa inesperadaEmpréstimo temporário Última versão definitiva

Escolha opcional Todos foram unânimesExceder em muito Vereador da cidade

fig.05

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Unidade 13. Dúvidas Gramaticais Mais Comuns 8EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Mesmo que essas repetições possam parecer necessárias num primeiro momento, a norma culta pede que façamos a escolha certa, ou seja, evitar o uso desse tipo de expressão.

Assim, se observarmos essas dicas no momento de elaborar um texto, já podemos eliminar alguns erros mais comuns. No entanto, essa não é a fórmula final da boa comunicação. Outro fator muito importante é a ortografia.

Para Amora (2009, p. 504), ortografia é: 1. escrita correta; 2. par-te da gramática que ensina a escrever corretamente as palavras; 3. maneira de escrever; grafia. (AMORA, 2009, p. 504). Sendo assim, o ato de escrever impõe também a escrita correta das palavras, e isto implica na observância das mudanças que, de tempos em tempos são incorporadas em nossa língua, isto é, as mudanças ortográficas.

Nesse sentido, a última alteração ortográfica entrou em vigor em 01 de janeiro de 2009, com o intuito de unificar o idioma nos oito países que utilizam como língua principal a língua portuguesa. E, para que houvesse um período de adaptação foi determinado o prazo de quatro anos, quer dizer, até 31 de dezembro de 2012, eram conside-radas corretas as duas grafias. No entanto, a partir desta data apenas a nova ortografia seria aceita.

Assim, a seguir, abordaremos as mudanças da Reforma Orto-gráfica da Língua Portuguesa.

A primeira mudança se deu em relação ao alfabeto. Hoje, nosso alfabeto é composto de 26 letras, pois houve a inclusão das letras k, w e y, visto que antes não eram consideradas letras pertencentes ao nosso alfabeto.

A outra mudança ocorreu com o trema. É incorreto grafar pala-vras como: linguiça, pinguim, tranquilo, delinquir, entre outras com o trema na letra u que está posposta à letra “q”.

Já, em relação à acentuação, deixou-se de grafar com acento agudo (´) em palavras como: ideia, assembleia, jiboia, apoio, paranoi-co, plateia, entre outras. Porém, para palavras que possuam ditongos abertos em palavras oxítonas e monossílabas o acento continua como podemos observar em: herói, constrói, dói, anéis, papéis. Também, nas palavras com ditongo aberto o acento permanece: chapéu, véu, céu, ilhéu.

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Unidade 13. Dúvidas Gramaticais Mais Comuns 9EXCELÊNCIA EM EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Nos hiatos “oo” e “ee”, não existem mais o acento circunflexo (^), como se observa em: voo, coo, moo, coroo, creem, releem.

Para as palavras homográficas (mesma grafia e sentido diferen-te), não se aplica o acento diferencial, como em: para (verbo), pelo (substantivo), polo (substantivo), entre outras. No entanto, o acento diferencial permanece no verbo “poder” (3ª pessoa do pretérito per-feito do indicativo: pôde) e no verbo “pôr” para diferenciar da prepo-sição “por”.

Outro caso de acentuação que não se utiliza mais é em relação às formas verbais rizotônicas, quando precedidas de “g” ou “q”, antes de “e”, ou “i”, como nos exemplos: argui, averigue, enxague, oblique.

Ainda em relação à acentuação, não se acentua mais o “i” e “u” tônicos em palavras paroxítonas quando precedidas de ditongos, a saber: boiuna, baiuca, feiume, feiura etc.

Outra mudança substancial ocorreu em relação ao uso do hí-fen (-), ele não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por “r” ou “s”, portanto, essas palavras devem ser dobradas, como observado em: autorretrato, antirrugas, extrasseco, ultrassonografia, suprarrenal, suprassensível etc.

Ainda em relação ao hífen, temos mais uma mudança, ele não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal, como nos exemplos: autoafirmação, autoescola, contraexemplo, contraindica-ção, intraocular, neoimperialista, semiárido, semiaberto, ultraelevado etc.

Agora, se utiliza o hífen para palavra que é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal, como por exemplo, em: anti-ibérico, anti-inflamatório, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico etc.

Portanto, com o conhecimento destes itens aqui destacados, juntamente com os conteúdos anteriores, teremos um texto com maior eficiência, eficácia, coesão e coerência.

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LISTA DE IMAGENS

Fig.01:thiago.correia.zip.net

Fig.02:ventosdalusofonia.wordpress.com

Fig.03:slideplayer.com.br

Fig.04:www.mensagenscomamor.com

Fig.05: nobrenews.blogspot.com

REFERÊNCIAS

AMORA, A. S.MinidicionárioSoaresAmoradalínguaportuguesa. 19 ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

FARACO, C. A. Práticadetextoparaestudantesuniversitários. 24 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

TERRA. E. Minigramática. Ed. Reform. São Paulo: Scipione, 2007.

Víciosdelinguagem. Disponível em: <http://www.mundovestibular.com.br/articles/9567/1/Vicios-de-Linguagem/Paacutegina1.html>. Acesso em: fev. 2016.

ReformaOrtográficadaLínguaPortuguesa. Disponível em:

<http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/reforma-ortografica-da-lingua-portuguesa>. Acesso em: fev. 2016.

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