complexo de golgi docente: profa. dra. maria tercília vilela de azeredo oliveira colaboração:...
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Complexo de GolgiComplexo de Golgi
Docente: Profa. Dra. Maria Tercília Vilela de Azeredo Docente: Profa. Dra. Maria Tercília Vilela de Azeredo OliveiraOliveira
Colaboração: Ester Tartarotti / Priscila Pasqüetto Colaboração: Ester Tartarotti / Priscila Pasqüetto MendonçaMendonça
1. Introdução
2. Ultra-estrutura
3. Métodos de estudo
4. Composição química
5. Aspectos funcionais
6. Biogênese do Complexo de Golgi
1. Introdução
a) Histórico1898 Camilo Golgi “aparelho reticular interno”
- impregnação por íons prata- células secretoras, neurônios e células
metabolicamente ativas- críticas: artefato
1955 M.E.= aspectos ultra-estruturais confirmam a organela
Impregnação por íons Prata
M.E.
M.L.
b) Ocorrência e localização
• Na maioria das células eucarióticas (exceção: hemáceas e espermatozóides)
• Próximo ao núcleo
• Dispersos no citoplasma
Célula Animal
Célula Vegetal
Localização do Complexo de Golgi
Microscopia de Contraste de Fase
Entre RE e a membrana plasmática
Próximo ao núcleo
2. Ultra-estrutura (ME)
• Arranjo organizado das membranas que envolvem suas cavidades
• Sáculos achatados, aproximadamente circulares = cisternas = dictiossomos
• Sobrepostas em corte transversal
• Número de cisternas variável tipo e estado fisiológico da célula (4 a 8 cisternas de 10nm)
• Sem comunicação física entre as cisternas espaçadas por 20 a 30nm (matriz protéica difusa)
Ultra Estrutura
• Organização das cisternas:- cisternas cis (RE)- médias - trans (sítio secreção)
• Rede Golgi cis e rede Golgi trans - rede Golgi cis localiza-se entre RE e cisternas cis sítio de entrada do CG parte convexa - rede Golgi trans sítio de saída de substâncias (secreção) parte côncava
• Cisternas e redes Golgi composição química diferente
Ultra-estrutura
3. Métodos de Estudo
a)Microscopia eletrônica de transmissão
Face cis: cromofílica
Face trans: cromofóbica
b) Estudo in situ por métodos citoquímicos
• ML resultados incertos
• ME informações precisas
- Polissacarídeos sulfo e sialomucinas e mucopolissacarídeos: cavidades dos dictiossomos, sáculos da face trans e nas vesículas do Golgi
- Existência de diversas enzimas subdivisão funcional do CG de acordo com o conteúdo enzimático de cada cisterna
c) Análise bioquímica das frações de Golgi
• Isolamento da organela: centrifugação diferencial e gradientes em sacarose microssomos
• Enzimas específicas marcadoras do CG várias glicosiltransferases (adição de açúcares às proteínas e aos lipídios)
c) Análise bioquímica das frações de GolgiIsolamento da organela: centrifugação diferencial e gradientes em sacarose microssomosEnzimas específicas marcadoras do CG várias glicosiltransferases (adição de açúcares às proteínas e aos lipídios)
4. Composição química
a) Membranas
- Composição e espessura (5 e 10nm) difere entre os compartimentos
- Lipídios 35 - 40% fosfolipídios
- Proteínas 60 - 65% enzimas, proteínas estruturais e transferases
- Conteúdo enzimático específico para cada compartimento do CG
Compartimento Conteúdo enzimático
Rede Gogi cis Fostatase
Cisterna cis Manosidases I
Cisterna médiaManosidases II e IIIN-acetilglicosamina transferase
Cisterna trans Galactosiltransferase
Rede Golgi trans
Fosfatase ácida, tiamina pirofosfatase (TPPase), nucleosídeo fosfatase (NDPase), sialiltransferase, sulfotransferase
b) Luz das cisternas do Complexo de Golgi
- Carboidratos: monossacarídeos (glicose, galactose, manose, frutose, ácido siálico, xilose e N-acetilglicosamina)
- Polissacarídeos (pectina, hemicelulose - células vegetais e glicosaminoglicanas - células animais)
- Proteínas de secreção: conteúdo varia com o tipo celular estudado
A. Célula secretora de mucoB. Célula de testículoC. Célula da glândula adrenalD. Célula de mucosa intestinal
5. Aspectos funcionais
a) Processamento de proteínas e lipídeos (glicosilação, sulfatação, fosforilação)
b) Síntese de polissacarídeos
c) Transporte, seleção e endereçamento de substâncias secretadas da célula
d) Formação do acrossomo
e) Formação de membranas celulares
a1) Glicosilação- adição de açúcares às proteínas e lipídios- processamento dos açúcares N-ligados provenientes do RE - elongação e terminalização das cadeias polissacarídeas- glicosiltransferases proteínas de membrana
5. Aspectos funcionais
a) Processamento de proteínas e lipídios
Dois tipos principais de oligossacarídeos
N-ligados:Ricos em manose → Não sofrem adição de açúcar durante seu transporteComplexos → Sofrem adição seqüencial açúcares
a2) SulfataçãoNa luz da rede trans:
Certas proteínas de secreção destinadas à membrana plasmática sofrem sulfatação
Adição de sulfato: Cadeias glicídicas ligadas a essas proteínas e lipídeos Resíduos do aminoácido Tirosina (proteína) Ex.: proteoglicanos (matriz extracelular animal) sulfato:
- Carga negativa- Retenção de água
5. Aspectos funcionais
a) Processamento de proteínas e lipídios
a3) Fosforilação- ocorre apenas na face cis do CG- formação dos resíduos de manose-6-fosfato em
enzimas lisossomais- direcionamento das enzimas lisossomais
5. Aspectos funcionais
a) Processamento de proteínas e lipídios
Sintetizados na luz do CG hemicelulose e pectina (vegetais) e glicosaminoglicanas (animais)Ex.: célula caliciforme - secretam grande quantidade de muco para o intestino - encontradas na face trans
5. Aspectos funcionais
b) Síntese de polissacarídeos
5. Aspectos funcionais
c) Transporte
- CG faz parte da via biossintética secretora da célula
- proteínas e lipídios produzidos RE CG Destino final (lisossomos, vesículas de secreção ou membrana plasmática)
- Transporte antetrógrado RE – CG – destino final - Transporte retrógrado CG – RE (reciclagem)
5. Aspectos funcionais
c) Transporte
Secreção regulada produtos ficam retidos em vesículas de secreção, aguardando um sinal específico para sua liberação - produto sofre condensação ou agregação, com eliminação de água - reserva de material para exocitose - secreção mais eficiente
5. Aspectos funcionais
c) Transporte
Via secretora
Secreção constitutiva produtos secretados de forma contínua e não regulada, logo após deixarem CG - não dependem de sinalização específica
Exemplo de secreção regulada: insulina
Pró-hormônio condensação e acidificação clivagem da pró-insulina
em insulina (hormônio ativo)
Exemplo de secreção regulada: célula caliciforme
- Material a ser secretado: acumulado- Sinal externo dispara a liberação
Vesículas de transporte: - Responsáveis pelo transporte através da Via Biossintética Secretora - Classificadas de acordo com o tipo de substância que carregam e do seu endereçamento em:
5. Aspectos funcionais
c) Transporte
Via secretora
b) vesículas que não selecionam os
produtos de secreção (cobertura protéica:
COP I e COP II – Coatômeros)
a) vesículas que selecionam os
produtos de secreção (cobertura protéica:
clatrina)
Fusão de vesículas
Reconhecimento entre a vesícula de transporte e o alvo (especificidade)
-Proteínas SNARES:
- V-SNARE
- T-SNARE
-Proteínas de ancoragem
- Rabs (GTPases)1. Ancoragem
2. Acoplamento
3. Fusão
1
2
3
5. Aspectos funcionais
c) Transporte
As proteases e glicosidases (enzimas hidrolíticas) do acrossomo são sintetizadas na luz do CG Essas enzimas facilitam a penetração do espermatozóide no ovócito II, por digestão da zona pelúcida
5. Aspectos funcionais
d) Formação do acrossomo
• A vesícula, após liberar seu conteúdo, apresenta a fusão das membranas• Aumento da área da superfície celular• Mecanismo de endocitose: restabelece a superfície celular• Reciclagem da membrana
5. Aspectos funcionais
e) Formação de membranas celulares
6. Biogênese dos sáculos do Complexo de Golgi
- Vesícula → Retículo endoplasmático → Região de transição (alinhamento em fileira)
- Novos sáculos são formados pela face cis (face de formação) – fusão das vesículas alinhadas
- Número de sáculos:
- muda de acordo com as condições fisiológicas
- decresce em células em jejum
- aumenta quando a formação de grânulos de secreção é bloqueadaDurante a mitose:
- Fragmentação das vesículas
- Distribuição das células-filhas
Resumo dos
processos que
ocorrem no Complexo de Golgi
“A evolução do conhecimento dentro da Biologia Celular tem um bom exemplo na
história do “Apparato Reticulare Interno”, o importante Aparelho de Golgi, descoberto por Camilo Golgi, em 1898, por meio do
desenvolvimento, com muitas dificuldades, da técnica de impregnação metálica. O
desenvolvimento posterior dos conhecimentos sobre esta organela mostra
a dependência que existe entre áreas diferentes e o notável desenvolvimento das
técnicas e instrumentos aplicados ao estudo das células. E, embora, o estudo fisiológico do Complexo de Golgi esteja
apenas começando, seus aspectos funcionais que conhecemos até o presente,
podem ser delineados como os mais importantes.”
Benedicto de Campos Vidal
Cabo Frio, RJ
novembro/2007
Obrigada!