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COMPLEXIDADE DO SISTEMA TRIBUTÁRIO E A BUSCA PELO COMPLIANCE

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COMPLEXIDADE DO SISTEMA TRIBUTÁRIO E A BUSCA PELO COMPLIANCE

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complexidade do sistema tributário e a busca pelo compliance 2

Como dar conta das obrigações fiscais no Brasil, se aqui existem 19 impostos? Esse montante ainda pode chegar aos 94, se consideradas taxas, contribuições e outras categorias tidas como tributárias. E cada uma delas possui regras distintas e exige modos de prestação de contas específicos. Isso é o suficiente para deixar os gestores da área apreensivos.

A equipe precisa estar afinada e ser altamente qualificada, pois os erros em processos, ainda manuais e pouco integrados, certamente geram grandes impactos negativos, do pagamento de multas e juros à suspensão das atividades da empresa. A hora de prestar contas, no Brasil, é uma briga com o relógio.

Quem é empreendedor e brasileiro já deve separar 1.958 horas por ano somente para pagamento de tributos. Proporcionalmente, é bastante tempo investido em uma só tarefa, já que um ano tem aproximadamente 8.760 horas.

Em um contexto como esse, ser controller, tax director ou CFO (Chief Financial Officer) significa aceitar o desafio da busca de caminhos que levem à redução do tempo dedi-cado a essa missão da gestão fiscal, ou seja, de estar em compliance com as normas que regem o ambiente de negócios brasileiro.

Nesse cenário complexo, sua empresa corre o risco de estar exposta. já que é bem difícil acompanhar tantas mudanças em tantos tributos. A boa notícia é que a tec-nologia consegue deixa-la protegida.

IDENTIFIQUE OS PONTOS DE RISCO NOS PROCESSOS TRIBUTÁRIOS DA SUA EMPRESA.

A complexidade do sistematributário brasileiro

Não é apenas a carga tributária que pesa, mas o modode arrecadação praticado no Brasil acaba tornando o siste-ma tributário complexo. Fernando Rezende, que foi dire-tor executivo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), costumava dizer que, em território brasileiro, o Fisco opera com princípio da comodidade: arrecadar mais com menos trabalho. O Estado não busca orientar o processo de arrecadação, mas controlar o resultado.

No Brasil, estar em dia com as obrigações fiscais é uma tare-fa extremamente árdua e solitária para o empreendedor. A sensação é de que o Governo aparece somente na função do Fisco, para cobrar e impor os tributos. Não presta auxílio ao empreendedor quando ele se descobre em dúvida di-ante de tantas obrigações fiscais e diante da cobrança por eventuais falhas, em um tempo de vigência que abrange os últimos cinco anos de história da empresa.

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A pesquisa fomentada pelo Banco Mundial reúne 190 economias e mede índices capazes de montar um cenário de negócios para cada país. A contro-ladoria de empresas brasileiras investe 1.958 horas anuais para pagar tributos e gerar todas as informa-ções ao Fisco. Se forem consideradas outras tarefas, como horas em cartórios, regularizações, certidões, alvarás, a gestão fiscal acaba extrapolando as pes-quisas e envolvendo outros setores da mesma empresa. A situação do sistema tributário brasileiro mais parece um beco sem saída.O empresário pre-cisa buscar meios de sobreviver ao turbilhão norma-tivo que envolve as obrigações fiscais. Por isso, quem empreende no Brasil deve contar com tecnologias que integrem e automatizem esses processos, trans-formando horas em minutos proveitosos, no qual a perda de tempo com o operacional se torna en-volvimento estratégico com as diretrizes do negócio.

O pesquisador Isaias Coelho, em texto

escrito para o portal Endeavor, afirma que “a

complexidade emana do desenho das leis

tributárias”. Parece que elas são

feitas para não serem compreendidas. Não é

a má fé, mas a falta de entendimentos e de atualização que leva boa parte dos empreendedores a

sofrerem duras penas diante do Fisco.

complexidade do sistema tributário e a busca pelo compliance 4

Entre 1988 e 2013, o Brasil experimentou quinze reformas tributárias. Nesse período, foram adicionadas ao nosso ordenamento jurídico, em média, 31 novas normas tributárias por dia?

Em fevereiro de 2016, existiam 92 diferentes tipos de tributos no país?

Uma empresa comercializando seus produtos apenas dentro de seu estado deve cumprir uma legislação de aproximadamente 3512 normas.

E o que é ainda pior, ao empreendedor não cabe a defesa de desconhecimento da legislação tributária, pois lhe é imposto pela Constituição Federal o dever de cumprir com todos os man-damentos legais, ainda que confusos e imprecisos. Manter a guarda dos documentos fiscais e dos arquivos eletrônicos durante longos períodos, caso o Fisco bata à porta, é algo que a controladoria está acostumada a fazer. O que não deveria ser comum é o pagamento em cas-cata ou, em muito casos, em duplicidade. Quem já sofreu penalidades assim, percebe o quanto o sistema tributário necessita de uma reforma urgente. Dois órgãos podem cobrar multa, por exemplo, sobre a mesma ocorrência. O cálculo por den-tro, ou seja, o imposto calculado sobre o imposto também mostra o quanto essa engrenagem pode ser injusta. O pior de tudo isso é que a complexidade não permite enxergar os reais fraudadores e acaba gerando punições para aqueles que tentam entender o bombardeio diário de regras sobre as regras. Diante deste cenário, Caio Bonatto, empresário da construção civil, considera que a solução seja “simplificar radicalmente o sistema e punir severamente os reais fraudadores”. Mas como fazer isso se o país parece caminhar na direção oposta das outras economias diante da apuração de tributos? A simplificação necessária ao país, infelizmente, não está nas mãos dos empreend-edores.

O Brasil continua sendo, pelo segundo ano consecutivo o dono da 184 posição do Ranking Doing Business, quando o assunto é facilidade no pagamento de tributos.

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DESCRIÇÕES 2015 2016 2017

AUDITORIAS EXTERNAS 125,398 117,719 119,350

REV. DECLARAÇÃO 4,332 4,438 5,636

TOTAL 129,730 122,157 204,986

DESCRIÇÕES 2015 2016 2017

PESSOA JURÍDICA 124,888 114,102 193,458

PESSOA FÍSICA 4,842 8,055 11,528

TOTAL 129,730 122,157 204,986

Por setor econômico (bilhões de R$)

DESCRIÇÕES 2015 2016 2017

COMÉRCIO 21,4 8,7 20,4

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 16,0 16,0 21,1

INDÚSTRIA 40,3 55,5 107,4

TRANSPORTE E RELACIONA-DOS

2,5 2,5 4,6

CONSTRUÇÃO CIVIL 2,6 9,0 4,7

SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO, ENERGIA E ÁGUA

1,7 2,1 2,3

SERVIÇOS FINANCEIROS 21,4 10,5 15,3

SOCIEDADES DE PARTICIPAÇÃO 12,7 3,3 8,2

OUTROS SETORES 3,2 3,3 5,7

SUBTOTAL 121,8 111,0 189,6

(+) MULTAS E REVISÃO DE DECLARAÇÕES

3,0 3,1 3,9

TOTAL 124,8 114,1 193,4

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COMPLEXIDADE DA GESTÃO DE TRIBUTOS NA EMPRESA

2015 2017

FLUXO DE CAIXA 1 1 =

CONTÁBIL 3 2

TRIBUTÁRIO E FISCAL 5 3

CRÉDITO 9 4

TRABALHISTA 2 5

TAXAS DE JUROS NACIONAIS 17 6

CAPACIDADE OPERACIONAL 7 7

CONDUTA ANTIÉTICA E FRAUDE

8 8

ADERÊNCIA ÁS REGRAS 10 9

REGULAMENTAÇÃO DO SETOR DE ATUAÇÃO

13 10

Um estudo feito pela Deloitte demonstra que os principais riscos gerenciados são fluxo de caixa e resultados financeiros (contabilidade) e Tributário/Fiscal.

Os dez riscos empresariais mais gerenciadosPosição ocupada pelos riscos em cada edição da pesquisa

Uma das regras para o sucesso dos negócios é de que não há gestão sem controle. Isso vale particularmente para a gestão das obrigações fiscais já que a empresa precisa apresentar inúmeros documentos, em forma de arquivos digitais, para o Fisco Federal, Estadual e Municipal. Muitas vezes a mesma informação é analisada sob enfoques diferentes em diversas obrigações acessórias e que são entregues em momentos distintos. Acontece até de não ser a mesma equipe que gerencia tudo o que é informado ao governo, não é mesmo?

Essa grande movimentação deixa a empresa exposta a erros e inconsistências que serão fatalmente detectadas pelo Fisco em cruzamento de dados. Veja o caso do EFD Fiscal e do EFD Contribuições, ambos são compostos pelos documentos fiscais que refletem as operações de entrada e saída, porém para finalidades diferentes.

Assim, se o time que está apurando PIS e COFINS identifica que a nota fiscal em questão foi escriturada de forma errada e, no entanto, a obrigação de fevereiro já foi entregue com a informação errada, o que fazer? Imagine o retrabalho e o custo de retificar a informação que foi enviada anteriormente multiplicados por um grande volume de notas e por diversas unidades e filiais, sem falar nos eventos financeiros envolvidos, como multas e juros.

Exemplo real dessa situação: um importante fornecedor de eletrônicos emitiu uma nota fiscal de R$ 900 mil contra uma rede varejista. Por alguma razão a operação não foi efetivada, e como provavelmente o prazo para cancelamento da nota fiscal já havia expirado, o fornecedor emitiu uma nota de devolução para ele mesmo e deu o caso por encerrado.

O varejista, sem conhecimento da transação, teve seu CNPJ envolvido em duas notas fiscais e não realizou a escrituração destes documentos. Certamente o Fisco, que aprovou a emissão das duas notas fiscais, espera que esta informação faça parte das obrigações acessórias de ambos.

Em fevereiro, é preciso apresentar os dados de janeiro ao Fisco Federal e Estadual, demonstrando em detalhes a apuração dos impostos ICMS e IPI, por meio do arquivo EFD Fiscal

E em março, é preciso apresentar a mesma base de dados ao Fisco Federal, com foco na apuração do PISe COFINS, através da entrega da EFDContribuições.

Cerca de 10 a 15% das notas emitidas para as empresas não são escrituradas!**Dados baseados no histórico de clientes da Avalara

E como saber que tudo foi emitido contra a sua empresa foi realmente escriturado?

Entre os 36 riscos mensurados naquela edição do estudo

Entre 32 riscos mensurados nesta edição do estudo

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A finalidade é o “x” da questão

Imagine que sua empresa comprou 20 caixas de álcool de determinado fornecedor. Enquanto quinze delas serão usadas no processo produtivo, as outras cinco serão destinadas ao departamento de lim-peza. Faz diferença o que acontece com cada caixa depois da compra? Para o Fisco faz! E claro, se mexe com a Receita Federal, SEFAZ Estadual ou Municipal, mexe com seu bolso também.

Isso porque, na escrituração fiscal, além do correto cálculo do imposto, o que conta é a finalidade da operação. Se você compra o insumo tendo como finalidade a produção, há um tipo de tributação in-cidente. Já se a finalidade de uso do mesmo insumo for destinado à limpeza, o imposto muda. Dentro da imensa complexidade fiscal do país, é importante que cada detalhe seja levado em conta. O risco é registrar a operação erroneamente o que vai afetar se haverá ou não a utilização de créditos e, por consequência, a apuração do imposto. A finalidade do produto e sua correta tributação e apropriação de crédito irá, sem dúvida alguma, ser refletida nos diversos arquivos digitais entregues pela empresa, seja EFD Fiscal, EFD Contribuições, ECD ou ECF. Em todos elas, deverá haver uma coerência na informação prestada sob pena de glosa de créditos e autuações fiscais.

Por vezes a apuração é pensada como um evento único e isolado como “hoje fulano precisa apurar o ICMS”. Mas na verdade ela acontece continuamente, no dia a dia. Cada vez que ocorre a escrituração de uma nota fiscal já são destacados os impostos envolvidos naquela operação e, por consequência, a apuração já está sendo composta.

A busca pelo compliance não é tarefa final, portanto, não pode estar restrita à apuração de tributos. Ela deve envolver todos os departamentos da empresa, compras, vendas, logística etc

COMPLEXIDADE DA GESTÃO DE TRIBUTOS EM COMPRAS

O processo cadastral

Cadastro de participantes

Órgãos oficiais para consulta de CNPJ

Você já ouviu que a ordem dos fatores não altera o produto. Bem, isso é verdade quando falamos em soma ou multiplicação. No entanto, a lógica se inverte quando o tema é compliance. Aqui, é preciso seguir uma sequência de ações para garantir que seu negócio tenha fluidez e, ao final do processo, a prestação de contas seja uma tarefa mais simples e assertiva.

Para “andar na linha” com suas obrigações fiscais e não ser surpreendido por multas, cálculo errado de impostos, emissão incorreta de documentos fiscais (entre outros) e problemas na operação, fazer um cadastro completo e mantê-lo atualizado é a tarefa-chave.

Confira a seguir os tipos de cadastros que devem ser acompanhados e os pontos de atenção em cada um deles.

Ao cadastrar o participante de uma transação (seja cliente, fornecedor ou prestador de serviço) é necessário garantir que o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) esteja ativo, além de incluir e manter atualizados os dados básicos, como o endereço.

Tudo seria mais prático se a consulta pudesse ser realizada em uma única fonte oficial, mas ela não existe. Portanto, os 14 dígitos do CNPJ devem ser incluídos manualmente nos vários órgãos de validação:

Federal

Receita Federal do BrasilSimples Nacional (RFB)Portal do Empreendedor (MEI)Suframa - Superintendência daZona Franca de ManausAnvisa - Agência Nacional deVigilância SanitáriaSicaf - Sistema de CadastramentoUnificado de Fornecedores

Estadual

Sefaz - Secretaria da FazendaSintegra - Sistema Integrado deInformações sobre OperaçõesInterestaduais com Mercadorias eServiçosJunta Comercial dos estados

Municipal

CPOM ou CEPOM - Cadastro deEmpresas de Fora do MunicípioDiário Oficial das PrefeiturasCorpo de Bombeiros (consulta dealvará)

Serviços prestados ou tomados ainda exigem um cuidado extra para validar seu cadastro: é preciso incluir o código de serviço em conformidade com a Lei Complementar 116/03 (LC116). Esta lei trata do ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza).

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Cadastro de produtos

Riscos gerados por um cadastro inconsistente

Deve-se guardar o comprovante da pesquisa feita nos órgãos competentes, pois, caso haja alguma alteração do status fiscal do cliente/fornecedor durante o período da transação, essa evidência vale como prova jurídica.

Evidência comprovada

NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) é o nome dela: a pedra no sapato do profissional que se dedica ao compliance. Afinal, cadastrar o produto com a NCM correta e com a descrição técnica adequada, é o que vai garantir que os tributos calculados estejam em conformidade.

No entanto, a classificação da NCM (e também do CEST - Código Especificador da Substituição Tributária) pode ser um processo subjetivo, manual e impreciso. O que significa dizer que ele consome tempo e dinheiro, com um enorme risco de fazer o cadastro de forma equivocada e ter problema com o Fisco.

Como uma bola de neve, um erro no cadastro vai impactar em muitos aspectos ao longo dos processos de compra e venda. O que faz com que a empresa perca produtividade, rentabilidade e ainda não esteja em compliance.

Veja alguns exemplos de riscos em diferentes momentos:

Baixa produtividade operacional

Imagine que você é um distribuidor e já tem um caminhão todo carregado. Ao emitir as notas, descobre um CNPJ não habilitado - e justo o relacionado ao pedido que está lá no fundo do baú. Será preciso descarregar e perder um tempo enorme.

Risco de multas e penalidades

Ao realizar uma transação comercial com um CNPJ inválido ou não habilitado, o Fisco entende que sua empresa é conivente com a “fraude” e ela passa a ser responsável por levar adiante o erro. Assim, fica exposta e sujeita à multas e penalidades previstas pela legislação. Para garantirque no momento da transação o CNPJ estava ativo e habilitado, é preciso guardar a evidência da pesquisa realizada (cada vez que houver transação comercial).

Erro no cálculo e apuração dos

impostos

O endereço do participante, a classificação da NCM, a ori-gem e o destino do produto, bem como sua finalidade são aspectos do cadastro que im-pactam diretamente o cálculo e recolhimento dos tributos. Se a informação do cadastro estiver errada, é falta grave para o Fisco.

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COMPLIANCE TRIBUTÁRIO EM COMPRASJORNADA FISCAL DO PROCESSO DE COMPRA

PROBLEMAErros no cálculo do imposto, entrega de dados inválidos nas obrigações, risco de fraude fiscal por recebimento de notas fiscais de compras inexistentes ou irregulares.

PROBLEMAErros no cálculo de impostos, custos com devolução de mercado-rias, atrasos nas operações, créditos/retenções indevidos de impostos.

SOLUÇÃOValidar as informações que vão determinar o cálculo de impostos e obrigações em âmbito Federal, Estadual e Municipal, incluindo Simples Nacional, CEPOM e CND Federal. Manter comprovantes de consultas a fornecedores feitas nas fontes oficiais.

ESCRITURAÇÃO FISCAL

SOLUÇÃOValidar o cálculo dos impostos incidentes nas compras, bem como suas exceções, com base na NCM, GTIN, CEST, LC116, Simples Nacional, CEPOM, status e endereço fiscal das partes. Emissão de Nota Fiscal própria de importação. Cálculo de impostos considerando despesas acessórias.

PROBLEMAErros no cálculo de impostos, pagamento e/ou crédito indevido dos impostos. Mudança na legislação de regras e alíquotas, entrega de dados inválidos nas obrigações.

SOLUÇÃOCertificar o código dos produtos/serviços (NCM/GTIN/CEST/LC116), tributos incidentes e suas exceções. Atualização de conteúdo tributário.

PROBLEMAErros no cálculo de impostos, entrega de dados inválidos nas obrigações, risco de fraude fiscal por recebimento de notas fiscais de compras inexistentes ou irregulares, custos com devolução de mercadorias, insatisfação do cliente final, pagamento indevido dos impostos, lentidão e/ou erro no processo derecebimento de mercadorias.

SOLUÇÃOIdentificar, validar, manifestar e armazenar a Nota Fiscal. Automatizar o processo de recebimento de mercadorias, serviços e/ou transportes.

PROBLEMANão ter ciência das retenções de impostos, diferencial de alíquota e substituição tributária.

SOLUÇÃOCalcular as retenções federais e municipais, quando aplicáveis, com possibilidade de configuração de regimes especiais. Verificar a substituição tributária e/ou diferencial de alíquota da transação.

PROBLEMAErro na escrituração fiscal, omissão de documentos válidos, escrituração de documentos cancelados/alterados e créditos indevidos.

SOLUÇÃOAutomatizar a escrituração fiscal do documento fiscal, verificar a veracidade e/ou status do documento fiscal.

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COMPLEXIDADE DA GESTÃO DE TRIBUTOS EM VENDAS

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Nos processos de compra e venda de mercadorias e serviços existem particularidades para as quais sua empresa precisa estar preparada. Todas elas geram demandas e obrigações fiscais imbuídas de complexidades e trâmites que podem passar despercebidos e gerar um grande transtorno.

Imagine que a sua empresa fez a compra de um lote de cadeiras de plástico. No entanto, a nota fiscal foi emitida com a informação de cadeiras de madeira. A mudança de produto pode implicar na modificação do NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul). Isso significa que o Fisco tem a possibilidade de interpretar que a sua empresa está tirando vantagem e buscando pagar menos impostos ao trocar o item principal da nota, caso incida sobre esse objeto um tributo menor.

Não é algo tão grave assim, certo? Pelo contrário! Tome cuidado em todos os processos da jornada de compra e venda, que têm, pelo menos seis fases. Veja a seguir como cada uma delas está sujeita a riscos.

RISCO DE FRAUDE NO REGISTRO DO CLIENTE E DO FORNECEDOR

ERROS DE CÁLCULO POR PROBLEMAS NO REGISTRO DO PRODUTO

Se a empresa paga seu fornecedor ou emite uma nota contra um cliente, usando um CNPJ ou CPF errado, por exemplo, o Fisco pode considerar essa operação como a geração de uma nota fria. O que configura fraude e até lavagem de dinheiro. Por isso ter o registro correto tanto do fornecedor quanto do cliente é crucial. Também é preciso verificar o status fiscal do cliente para evitar a emissão de notas para empresas inativas, além de garantir o endereço correto, para evitar erros no cálculo dos impostos. Falhas assim podem configurar fraude e até lavagem de dinheiro. Se a empresa paga seu fornecedor ou emite uma nota contra um cliente, usando um CNPJ ou CPF errado, por exemplo, o Fisco pode considerar essa operação como a geração de uma nota fria. O que configura fraude e até lavagem de dinheiro. Por isso ter o registro correto tanto do fornecedor quanto do cliente é crucial. Também é preciso verificar o status fiscal do cliente para evitar a emissão de notas para empresas inativas, além de garantir o endereço correto, para evitar erros no cálculo dos impostos. Falhas assim podem configurar fraude e até lavagem de dinheiro.

O Fisco não separa erro de fraude, e qualquer desvio implica em operações fraudulentas. Como a atividade principal da sua empresa não é a gestão fiscal - não é nisso que a sua empresa é especializada - é comum que sejam enfrentados desafios. O erro na classificação dos produtos pode gerar a aplicação de alíquotas equivocadas de diferentes tributos, tanto no processo de compras quanto no de vendas.

INFORMAÇÕES INVÁLIDAS E RUÍDOS NAS ORDENS DE COMPRA E VENDA

ERRO COM A ESCRITURAÇÃO FISCAL

CUSTOS DE DEVOLUÇÃO NO RECEBIMENTO E NA EXPEDIÇÃO DE MERCADORIA

CONHECIMENTO SOBRE AS RETENÇÕES

A informação de dados incorretos para o Fisco, se comprovada a má fé ou dolo do contribuinte, tam-bém pode acarretar em fraude fiscal. Por isso, erros de cálculo repercutem nesta tarefa, que é a base das relações entre clientes e fornecedores. Sua empresa, seu fornecedor e seu cliente precisam declarar os mesmos valores para uma mesma operação.

Registrar equivocadamente as transações realizadas e apurar incorretamente os tributos, implica diretamente no risco de autuações fiscais. Essas informações erradas podem vir desde o registro até a entrega ou devolução de uma mercadoria.

O custo de devolução de mercadoria ou de pagamentos por serviço não prestado gera demanda fiscal que precisa de máxima atenção. Devolver também pressupõe ajuste fiscal. Qualquer relação de com-pra e venda é taxada, seja o objeto dessa relação um produto ou serviço. Essa taxa também precisa ser contabilizada na devolução.

Se o pagamento ou recebimento não aconteceram na sua totalidade, é preciso verificar se os tributos retidos retornaram ao caixa da empresa. Parece simples, mas não ter esse cuidado implica em lidar com rombos causados pela má gestão fiscal.O simples cruzamento entre os dados da Nota Fiscal Eletrônica e a escrituração mensal já é capaz de alertar ao Fisco as principais inconsistências para a lavratura de autuações fiscais.

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ETAPA 1 - COTAÇÃONo momento da cotação, a solução fiscal valida o CNPJ do clientenos órgãos competentes e faz o cálculo dos impostos baseado nocódigo dos produtos/serviços (NCM/GTIN/CEST/LC116) conside-rando o cenário envolvido e suas exceções.

ETAPA 2 - PEDIDO DE VENDAA solução fiscal da Avalara possibilita calcular os impostos quevão compor o valor de venda, baseados no NCM, GTIN, CEST,LC116, status e endereço fiscal e operação fiscal das partes. Comisso você consegue precificar corretamente os produtos/serviçosconsiderando o impacto dos impostos. Isso facilita também paraque o seu cliente saiba exatamente o que pagará e o que incidiráde tributos e o resultado correto da operação de venda.

ETAPA 3 - EMISSÃO DE DOCUMENTO FISCALA sua empresa faz centenas ou milhares de vendas todo mês,para diferentes localidades, cada uma gerando documentosfiscais. Neste momento é importante garantir o cálculo preciso dosimpostos para a emissão dos documentos fiscais, possibilitandoo faturamento correto. Por meio de um API (ApplicationProgramming Interface) integrado ao sistema de gestão da suaempresa, a solução da Avalara emite a NFe automaticamente.Com um conteúdo tributário e um “motor de cálculo” queconsidera as diferenças de legislação em todo o território nacional,a solução fiscal garante a correta tributação dos impostosincidentes nas notas fiscais e uso atualizado de alíquotas.

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COMPLIANCE TRIBUTÁRIO EM VENDASJORNADA FISCAL DO PROCESSO DE VENDA

PROBLEMAErros no cálculo do imposto, entrega de dados inválidos nas obrigações, risco de fraude fiscal por recebimento de notas fiscais de compras inexistentes ou irregulares.

PROBLEMAPrecificação incorreta de produtos/serviços causando impacto nos impostos, erros no cálculo de impostos, custos com devolução de mercadorias, insatisfação do cliente final.

SOLUÇÃOValidar as informações que vão determinar o cálculo de impostos e obrigações em âmbito Federal, Estadual e Municipal, incluindo Simples Nacional, CEPOM e CND Federal. Manter comprovantes de consultas a fornecedores feitas nas fontes oficiais.

ESCRITURAÇÃO FISCAL

SOLUÇÃOOferecer condições de calcular o preço de venda baseado em margem/tributos. Calcular os impostos incidentes nas vendas, bem como suas exceções, baseados na NCM, GTIN, CEST, LC116, status e endereço fiscal das partes

PROBLEMAErros no cálculo de impostos, pagamento e/ou crédito indevido dos impostos. Mudança na legislação de regras e alíquotas, entrega de dados inválidos nas obrigações.

SOLUÇÃOCertificar o código dos produtos/serviços (NCM/GTIN/CEST/LC116), tributos incidentes e suas exceções. Atualização de conteúdo tributário.

PROBLEMAErros no faturamento e notas fiscais estaduais e municipais, além do não faturamento que pode resultar em custos com logística, financeiro e outros.

SOLUÇÃOCálculo preciso para a emissão dos documentos fiscais, alta disponibilidade para emissão da nota fiscal em 27 estados e cerca de 5.500 municípios, e envio ao governo com abrangência nacional.

PROBLEMANão ter ciência das retenções de impostos.

SOLUÇÃOCalcular as retenções federais e municipais, quando aplicáveis, com possibilidade de configuração de regimes especiais.

PROBLEMAErros no cálculo de impostos, entrega de dados inválidos nas obrigações, risco de fraude fiscal por emissão de notas fiscais para empresas inexistentes ou irregulares, custos com devolução de mercadorias, insatisfação do cliente final, pagamento indevido dos impostos.

SOLUÇÃOCaso não tenham sido feitas validações anteriores, após a emissão da nota haverá a necessidade de validar se as informações contidas nos XMLs estão em conformidade com a legislação, garantindo consistência dos dados reportados às autoridades tributárias com validações ao longo de todo o processo de vendas e no momento da escrituração..

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COMPLIANCE: UMA ÚNICA SOLUÇÃO PARA SEIS PROBLEMASAo encontrar a solução que melhor ajuda a equacionaresses desafios, sua empresa pode focar em compliance.Isso mesmo, uma única solução, 100% em nuvem, é capaz de equacionar todas as obrigações fiscais — de compras e de vendas — de acordo com as exigências legais. E ainda ajuda a sedimentar o caminho para o crescimento do negó-cio dentro e fora do território nacional.

Uma combinação das melhores ferramentas pode levar asua empresa a ser mais atrativa dentro e fora do territóriobrasileiro.

Os seis desafios listados anteriormente são comunsa todas as etapas da gestão fiscal para empresasbrasileiras que não tenham embasamento no melhor quea tecnologia pode oferecer. O que pode acabar resultandoem fraude fiscal, multas e outras penalidades. Por isso,a importância de validar informações que determinamo cálculo de tributos e obrigações fiscais fará toda adiferença.

E a sua empresa não precisa fazer malabarismos parachegar lá. Basta encontrar a solução certa para estar emcompliance nas esferas federal, estadual e municipal.

Observe quais são as principais ações que funcionamcomo antídoto para aqueles seis problemas comuns nasrotinas diárias de todas as empresas:

Validar informações - declientes e de fornecedores - quedeterminam as obrigações emtodas as esferas;

Identificar a correta tributaçãopor código do produto — NCM eEAN;

Calcular os tributos sobreos produtos vendidos,considerando as exceções e osendereços fiscais das partesenvolvidas;

Validar o cálculo de taxas nascompras e suas exceções;

Garantir alta disponibilidadepara a emissão de NFes e enviode dados para respectivosórgãos;

Identificar, validar, manifestar earmazenar faturas e notas;

Validar a fatura após emissão,gerando XML compatível com alegislação vigente;

Fazer a apuração e escrituraçãofiscal das operações realizadas;

Calcular as retenções dostributos.

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“O compliance tributário é fundamental para a saúde financeira da empresa. No momento que estamos realizando nossas compras na empresa, o valor do tributo é um fator decisório na es-colha de um fornecedor, tanto com relação a análise do custo total da aquisição, quanto para sabermos sobre a idoneidade de nosso fornecedor.No momento de analisarmos as propostas recebidas, a questão tributaria é um fator muito rel-evante para tomada de decisão. Empresas que hoje estão investindo em conhecer melhor as oportunidades tributárias existentes na nossa legislação terão uma vantagem competitiva pe-rante seus concorrentes, que trabalham de forma mais tradicional na gestão de seus tributos.”

RICARDO RUIZ RODRIGUESDIRETOR DE LOGÍSTICA E SERVIÇOSDE CAMPO, MAGAZINE LUIZA

EDUARDO MULTARIDIRETOR DE PROCUREMENT NA AMÉRICALATINA DO SUL, PFIZER

“Diante da elevada complexidade do sistema tributário nacional, especialmente em transações que envolvem movimentações e negócios interestaduais, seja por desconhecimento, seja por oportunismo, os profissionais de Compras e Vendas acabam fazendo planos de negócios, negociações e transações sem se assegurar suficientemente de que as análises e os cálculos estão efetivamente corretos do ponto de vista tributário. Isto pode levar a perdas de oportunidades concretas de ganhos (por precificação errada, por exemplo) ou até a sérios passivos fiscais que podem comprometer todo um negócio. Logo, o estabelecimento de uma Governança Tributária para estas áreas é fundamental para minimizar estes impactos negativos”

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complexidade do sistema tributário e a busca pelo compliance 24

Realizar todas essas ações manualmente ou com controles não integrados, além de fazer disparar o risco fiscal ainda consome um tempo gigantesco da equipe com um baixo índice de assertividade. Por isso, a tecnologia é ferramenta indispensável.

Invista em uma suite única, que resolva os problemas em toda a jornada de compra, venda e compliance.

A tecnologia é um importante atributo que auxiliar na simplificação dos processos, nos esforços de compliance, tornando a área mais ágil e efetiva. Além disso, melhora a performance na rotina da equipe que estará mais focada em estratégias do que em processos.

Neste cenário da complexidade do sistema tributário que tende a evoluir, é indispensável implantar ferramentas tecnológicas para evitar riscos, diminuir os encargos administrativos e aumentar a transparência, projetando o desenvolvimento e sustentabilidade da área. A tecnologia é o caminho para um compliance efetivo.

Ana Lidia, professora da Live University e Sócia do escritório SSC Advogados.

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