compartilhando saberes e prÁticas 2011
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Relatos de Práticasdas ações pedagógicas ocorridas nas Unidades Escolares da DRE Santo Amaro em 2010TRANSCRIPT
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Compartilhando
Saberes
e Práticas
III
Compartilhando
Saberes e
Práticas
DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO
SANTO AMARO
São Paulo
2011
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Gilberto Kassab
Prefeito
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Alexandre Alves Schneider Secretário
DIRETORIA DE ORIENTAÇÃO TÉCNICA
Regina Célia Lico Susuki
Diretora
DIRETORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO SANTO AMARO
Silvana Ribeiro de Faria
Diretora Regional de Educação
Terezinha Queiroz Godoy Daniel
Diretora da Divisão de Orientação Técnico-Pedagógica
EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICA
Ana Maria Gonçalves Pravadelli
Carmen Pereira Iroza Alves Cristina
Aparecida Moretti
Cristina Dalva Van Berghem Motta
Debora Gerez Paladino Correa
Linéia Ruiz Trivilin
Maria Tereza Azevedo Braga Roberto Maria
Tereza Dantas de Santana dos Santos
Mariza Beranger Sardim
Marta Leonor Silva Pincigher Pacheco Vieira
Neide Maria da Silva Rosangela de
Almeida Canto Oliveira Roseli Alves
Ferreira
Sueli Yoshie Nomura
Thereza Cristina Chiaradia
IV ISBN 978-85-86508-87-5
Sumário
Apresentação ................................................................. VII
Índice das Escolas .......................................................... IX
Introdução ....................................................................... XI
EDUCAÇÃO INFANTIL
• Introdução ....................................................................... 1
• Explorando materiais diversos: Cotidiáfonos .................. 2
• Roda de história .............................................................. 4
• Brincar de pintar ............................................................. 6
• Boneca de pano .............................................................. 8
• Saberes a respeito de si, do outro
e do ambiente ............................................................... 10
• Parabéns para você ...................................................... 12
• Construção coletiva de um brinquedo - A boneca ........ 14
• Projeto jogos, brinquedos e brincadeiras do tempo
de nossos avós com enfoque nas obras de
Ivan Cruz ...................................................................... 16
• Pequenos arteiros fazendo arte .................................... 18
• Brincando de cuidar do bebê ........................................ 20
• A África está em nós: Trabalhando igualdade
racial com bebês e crianças bem pequenas ................ 22
• Brincando e recriando com materiais não estruturados .. 26
• Projeto horta ................................................................. 28
• Alimentação .................................................................. 30
• Música e movimento: Tamborilar .................................. 32
• Leitura e os espaços .................................................... 34
• Sons tecnológicos ........................................................ 36
• Gentileza gera gentileza, poesia gera poesia ............... 38
• Observando a natureza ................................................. 40
• Rodas cantadas ............................................................ 42
• Comportamentos leitores .............................................. 44
• Brincadeiras com materiais não estruturados ............... 46
• O sanduíche da Maricota .............................................. 48
• Convivendo com a Bibi ................................................. 50
• Quem canta seus males espanta ................................. 52
• O brincar como atividade permanente na
Educação Infantil ......................................................... 54
• Apresentação teatral "O casamento da Dona
Baratinha" ..................................................................... 56
• Semana da criança ....................................................... 58
• Linguagem musical ....................................................... 60
• Resgate da história da EMEI Neusa Maria Rossi ......... 62
• Contos de tradição oral ................................................. 64
• Vivenciando aprendizagem de leitura ........................... 66
• Conhecendo o Brasil por meio da brincadeira
e dos costumes ............................................................ 68
ENSINO FUNDAMENTAL I - CICLO I
LÍNGUA PORTUGUESA
• Introdução ..................................................................... 71
• EAD - Cantos de atividades diversificadas ................... 72
• Brincadeira simbólica na brinquedoteca ....................... 74
• Desbravando Cecilia Meirelles ...................................... 76
• Texto de autoria dos alunos .......................................... 78
ARTES E EDUCAÇÃO FÍSICA
• 1ª Copa Estudantil Figueredo ....................................... 82
• Música nos anos iniciais do ciclo I do Ensino
Fundamental de 9 anos ................................................ 84
MATEMÁTICA
• Introdução ..................................................................... 87
• Brincar e aprender com os números ............................. 88
• O uso da tecnologia na aprendizagem matemática ...... 90
• Troca 100 ...................................................................... 92
V
NATUREZA E SOCIEDADE
• Introdução ..................................................................... 95
• A horta: Sustentabilidade na escola pública
é possível? ................................................................... 96
• Alimentos e nutrientes .................................................. 98
• Vulcão ........................................................................ 100
ENSINO FUNDAMENTAL - CICLO II
• Introdução ................................................................... 103
• A socialização por meio do esporte ............................ 104
• A caixa de Pandora .................................................... 106
• Autorretrato com volume ............................................ 108
• Alimentação saudável e reaproveitamento
de alimentos ............................................................... 110
• Trabalhando com gêneros textuais da esfera jornalística:
notícia e reportagens (escrevendo reportagem)
................................................................ 112
• Copa do Mundo 2010: conhecendo territórios e
representando-os em campo ...................................... 114
• Stop the destruction! Save the Planet! ....................... 116
• Estudo do DNA ........................................................... 118
• Espaço e forma “Bloco retangular ou paralelepípido
e o cubo” .................................................................... 120
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS/CIEJA/MOVA
• Introdução ................................................................... 123
• Primeiros moradores - parte integrante do projeto
multidisciplinar: "Nossas origens multiculturais:
o indígena, o branco e o negro" .................................. 124
• Resgatando a identidade para ler e escrever .............. 126
• Aproveitamento de alimentos ..................................... 128
SALA ESPAÇO DE LEITURA
• Introdução ................................................................... 131
• Projeto: Meu olhar transformando o mundo ................ 132
• Crianças pequenas também gostam de "ler" .............. 134
• Jardim de Leitura ........................................................ 136
• Autonomia leitora a partir da desconstrução e
contrução de um jornal ............................................... 138
• Conhecendo Monteiro Lobato ..................................... 140
• Clube de leitura ........................................................... 142
INFORMÁTICA EDUCATIVA
• Introdução ................................................................... 145
• Nossa história favorita para o meu amigo secreto ...... 146
• Eleição 2010 ............................................................... 148
• Utilizando webcam para falar de esquema corporal .... 150
• Clicando e brincando com o nome .............................. 152
• Meu 1º CD - Parlendas, Músicas e Poesias ............... 154
• Conhecendo a África do Sul ....................................... 156
• Concurso de receitas - Combate ao desperdício
de alimentos ............................................................... 158
SALA DE APOIO PEDAGÓGICO
• Introdução ................................................................... 161
• Projeto teatro de leitores ............................................. 162
• Plano de ensino da sala de apoio pedagógico
- Rotina semanal ........................................................ 164
• Projeto sarau poético .................................................. 166
EDUCAÇÃO ESPECIAL
• Introdução ................................................................... 169
• Minha identidade ......................................................... 170
• Integração social ........................................................ 172
GESTÃO ESCOLAR
• Introdução ................................................................... 175
• Gestão e protagonismo juvenil ................................... 176
• Gestão dos tempos e espaços do CEI: um novo
olhar para o brincar! .................................................... 178
• Gestão do diretor ........................................................ 180
• Rotina coletiva do ciclo II ........................................... 182
• Bienal nos CEU .......................................................... 184
• Plataforma dos centros urbanos - Grupo articulados
do Jabaquara .............................................................. 186
Bibliografia ..................................................................... 189
VI
Apresentação
Aos profissionais de educação da Diretoria Regional de Educação Santo Amaro
É com prazer que apresentamos a todos os educadores uma pequena amostra de práticas
pedagógicas realizadas nas Unidades Educacionais da Diretoria Regional de Educação - Santo
Amaro. Os relatos contidos no livro são fruto de uma parceria que envolveu a equipe da Diretoria
Técnico-Pedagógica, as Equipes Gestoras e os professores de todas as escolas.
Este registro teve a intenção de apresentar a esta e as próximas gerações de educadores,
possibilidades de traçar novos caminhos voltados ao sucesso dos alunos, ao longo do percurso
escolar.
Agradeço a todos os educadores da DRE Santo Amaro que tornaram possível, com esse
trabalho, empenho e parceria, a realização deste livro.
Silvana Ribeiro de Faria
Diretora Regional de Educação
VII
Índice das Escolas da Diretoria de Educação Santo Amaro
CEI
CEI Angela Maria Fernandes
CEI Balneário Mar Paulista
CEI CEU Alvarenga
CEI CEU Caminho do Mar
CEI Domingos Rufino Barbosa
CEI Helena Iracy Junqueira
CEI Jardim Cupecê
CEI Jardim Luso
CEI José Salvador Julianelli, Dep.
CEI Onadyr Marcondes
CEI Palmira dos Santos Abrante
CEI Parque Sabará
CEI Pequeno Seareiro
CEI Raul Tabajara Vidigal Leitão, Ver.
CEI Rubens Granja, Ver.
CEI Vila Ernestina
CEI Vila Império
CEI Vila Missionária
EMEI
EMEI Alexandre Correia, Prof.
EMEI CEU Alvarenga
EMEI Anhanguera
EMEI Arthur Baptista da Luz
EMEI Ayrton Senna da Silva
EMEI Borba Gato
EMEI CEU Caminho do Mar
EMEI Casimiro de Abreu
EMEI Celso Ferreira da Silva, Prof.
EMEI Cora Coralina
EMEI Cruz e Souza
EMEI Francisco Manuel da Silva
EMEI Geloira de Campos
EMEI João de Deus Bueno dos Reis, Dr.
EMEI Laudo Ferreira de Camargo
EMEI Leonor Mendes de Barros, Da.
EMEI Lourdes Heredia
EMEI Machado de Assis
EMEI Neusa Maria Rossi
EMEI Raul Joviano do Amaral
EMEI Sylvio de Magalhães Figueiredo
EMEI Vanda Coelho de Moraes
EMEI Virgílio Távora
EMEF
EMEF Ana Maria Alves Benetti, Profa.
EMEF Antenor Nascentes
EMEF Antonio Carlos de Abreu Sodré, Dr.
EMEF Antonio de Sampaio Dória, Prof.
EMEF Armando Arruda Pereira, Eng.
EMEF Ary Parreiras, Alm.
EMEF Bernardo O´Higgins
EMEF Cacilda Becker
EMEF Calógeras, Min.
EMEF Carlos Augusto de Q. Rocha
IX
EMEF Carlos de Andrade Rizzini
EMEF Chiquinha Rodrigues
EMEF Elza Maia Costa Freira, Profa.
EMEF Habib Carlos Kyrillos, Dr.
EMEF Isabel Vieira Ferreira, Profa.
EMEF João de Souza Ferraz, Prof.
EMEF João Gualberto do A. Carvalho
EMEF João Sussumu Hirata, Dep.
EMEF Joaquim Candido de A.Marques, Des.
EMEF Laerte Ramos de Carvalho
EMEF Liliane Verzini Silva
EMEF Manoel Carlos de F. Ferraz, Des.
EMEF Maria Lucia dos Santos, Profa.
EMEF Marina Vieira de Carvalho Mesquita
EMEF Mario Schonberg
EMEF Nelson Pimentel
EMEF Padre Aldo da Tofori
EMEF Pereira Carneiro, Conde
EMEF Prestes Maia
EMEF Sylvio Heck, Alm.
EMEF Tiradentes, Alferes
EMEF CEU Alvarenga
EMEF CEU Caminho do Mar
EMEFM Linneu Prestes, Prof.
EMEE Anne Sulivan
CIEJA MOVA
GESTÃO CEU
DRE
X
Introdução
Saberes e fazeres constituem uma parceria indissociável, quando o assunto é Educação. Não
há como negar que um alimenta e qualifica o outro, num movimento constante.
Este livro conta uma parte do percurso desta Diretoria Técnico-Pedagógica, ao longo dos
últimos cinco anos, dentro da perspectiva dos Programas da Secretaria Municipal de Educação
“Ler e escrever - prioridade na escola municipal” e o “Rede em rede”.
À medida que os saberes e os fazeres se qualificavam, coletamos, em parceria com as Equi-
pes Gestoras, em todas as nossas Unidades Educacionais, registros dos avanços de nossos
alunos, quanto à consolidação de uma proficiência leitora e escritora, que permita não só a
inserção, como também as transformações sociais positivas e igualitárias, razão de ser e objeti-
vo maior da escola.
Os textos a seguir representam um momento de cada escola em seu percurso e trazem aos
leitores recortes do cotidiano escolar que envolvem, de forma simples e objetiva, o registro da
ação e suas irradiações para que outras ações a ela se conectem, com vista à melhoria e
ressignificação da aprendizagem. Com este percurso estamos construindo conhecimentos e
fazendo a nossa parte na história da educação da cidade de São Paulo.
Agradecemos a todos os gestores, professores e demais educadores, a parceria e contribui-
ção, aqui presentes, partes integrantes do cotidiano da nossa DRE - Santo Amaro.
Parabenizamos a todos!
Terezinha Queiroz Godoy Daniel Diretora da Divisão de Orientação Técnico-Pedagógica
XI
1
Educação Infantil
Dentre as ações desenvolvidas nas Unidades
Educacionais nos anos de 2009 e 2010, apresenta-
mos alguns relatos, selecionados pelos CEI e EMEI,
que não sinalizam modelos, mas antes, apresentam
práticas vivenciadas pelas crianças nesse período.
Práticas essas que são frutos de um processo
formativo, em constante desenvolvimento, a partir de
reflexões em um movimento de ir e vir, em que todos
os envolvidos nesse processo voltam seus olhares
para a teoria e sua relação com a prática, tanto indi-
vidualmente quanto coletivamente, em busca da
práxis educativa.
As práticas educativas, na Educação Infantil, pro-
piciam o desenvolvimento da identidade individual e
coletiva visando à autonomia da criança, valorizan-
do suas vivências, o diálogo e a participação demo-
crática. Essas práticas ocorrem num espaço lúdico
e coletivo de relações múltiplas entre crianças e adul-
tos, por meio das quais é possível ampliar experiên-
cias, enfrentar desafios, fomentar a criatividade, a
cooperação, a solidariedade, a autonomia e a cida-
dania, em uma concepção de criança que, desde o
nascimento, é produtora de conhecimento e de cul-
tura, a partir das múltiplas interações sociais e das
relações que estabelece com o mundo, pois, os CEI
e EMEI se caracterizam como "ambientes que pos-
sibilitem à criança ampliar suas experiências e se
desenvolver em todas as dimensões humanas:
afetiva, motora, cognitiva, social, imaginativa, lúdica,
estética, criativa, expressiva, lingüística". (Tempos
e Espaços para a Infância e suas Linguagens nos
CEI, EMEI da cidade de São Paulo, pág.23).
As aprendizagens que são promovidas partem da
concepção da função social e do que se pretende
como objetivo da ação educacional e são
selecionadas pelo professor que "tem que respon-
der à especificidade das necessidades de crianças
tão pequenas e atuar como um mediador especial,
como um recurso que elas dispõem para aprender.
No decorrer das interações que estabelece com elas
o professor busca ser sensível a suas necessida-
des e desejos, fortalecer as relações que elas esta-
belecem entre si, envolve-las em atividades signifi-
cativamente variadas, mediar-lhes a realização das
atividades e otimizar o uso pedagógico de diferentes
recursos, dentre eles os tecnológicos e os éticos".
(Orientações Curriculares: Expectativas de Apren-
dizagens e Orientações Didáticas, pág.23).
B
Experiências de Brincar e Imaginar Tema do trabalho: Explorando materiais diversos: cotidiáfonos
Período de realização: ano letivo de 2010
rincar é uma “atividade aprendida na cultu-
ra que possibilita que as crianças se cons-
tituam como sujeitos em um ambiente em
contínua mudança, onde ocorre constante
recreação de significados, condição para
construção por ela de uma cultura de pares, conjunto
relativamente estável de rotinas, artefatos, valores e
interesses que as crianças produzem e partilham na
interação com companheiros de idade” Orientações
Curriculares: Expectativas de Aprendizagens e Orien-
tações Didáticas para Educação Infantil, pág. 54.
Em sala de aula, ao longo do ano letivo, foi utiliza-
das sucatas, grãos variados, barbantes, guisos,
miçangas, tecidos, CDs na construção de objetos so-
noros (cotidiáfonos) em que as crianças puderam ex-
plorar os mais variados sons, por meio de brincadei-
ras e manipulações.
Incentivou-se as crianças a perceberem os varia-
dos sons, a textura dos objetos e cores.
A mediação do professor, nos momentos de explo-
ração, favoreceu um olhar da criança para a diferenci-
ação dos materiais e seus referidos sons.
CEI ANGELA MARIA FERNANDES Educadores envolvidos:
Professoras:
Madalena, Waldeir, Maria do Socorro e Rosana
Coordenadora Pedagógica:
Regina Conceição Zenoveli
Diretora de Escola:
Maria de Fátima de Moraes Martineli
A mediação do professor
na exploração dos materiais confeccionados
2
3
C
Experiências de Exploração da Linguagem Verbal Tema do trabalho: Roda de história
Período de realização: julho de 2010
om o obejtivo de estimular a imaginação, das
crianças por meio da narração de histórias,
desenvolvemos a narrativa da história "Os
três Porquinhos"
A atividade foi realizada na sala de aula,
com os agrupamentos de Berçário I e II visando à
integração entre os mesmos. Os materiais utilizados
foram: o retro projetor, figura dos personagens que
compõem a história em color set preto com varetas de
madeira e o espaço foi organizado pelas professoras,
propiciando às crianças um ambiente favorável à
contação de histórias.
Antes de iniciar a atividade: Houve uma sensibiliza-
ção apresentando os materiais, manuseio do livro es-
crito pelas crianças, conversa sobre os personagens.
Durante a atividade: O professor atuou com recur-
sos da voz e com o manuseio dos fantoches, narran-
do a história e observou-se, constantemente, a ativi-
dade para posterior avaliação.
Para finalizar a atividade: Foi cantada com as crian-
ças a música dos três porquinhos, trabalhou-se os per-
sonagens por meio das figuras do blocão e apresentou-
se a história, novamente, com dedoches e fantoches.
Foi possível observar a interação e participação das
crianças durante a apresentação da história com co-
mentários que evidenciaram o interesse e apropriação
da história.
4
CEI BALNEÁRIO MAR PAULISTA Educadores Envolvidos:
Professoras:
Evanir, Andréa Gonçalves, Andréa Silva, Bianca, Ester.
Coordenadora Pedagógica:
Claudia Cintra de Andrade Napole
Diretora de Escola:
Sonia Maria Bari
Interação e participação das crianças
durante a apresentação
5
“A
Experiências com a Expressividade das
Linguagens Artísticas Tema do trabalho: Brincar de pintar
Período de realização: setembro de 2010
s Linguagens Artísticas apóiam as crianças
na ampliação de sua sensibilidade e capaci-
dade de lidar com sons ritmos, melodias,
formas, cores, imagens, gestos, falas e com
obras elaboradas por artista e por elas mes- mas, que emocionam e constituem o humano. A
expressividade pressupõe, acima de tudo, muita pes-
quisa e experimentação...”. Orientações Curriculares:
Expectativas de Aprendizagens e Orientações Didáti-
cas para Educação Infantil, pág.116.
Diante da importância do trabalho com as expressi-
vidades artísticas, elaboramos para a as crianças uma
atividade para que as mesmas pudessem manusear
pincéis, tintas e objetos de uma maneira diferenciada.
Entrando em contato com um suporte móvel no quais
os objetos ficavam pendurados, as crianças tinham li-
berdade para colori-los individual ou coletivamente.
Puderam perceber o movimento do pincel ao som
do chocalho, adequando-o, tivera autonomia para es-
colher as cores e oportunidade de movimentos com o
corpo ao redor do suporte móvel. Para realização des-
sa atividade foi organizado o espaço denominado
solário contendo mesas para as tintas, pinceis, copos
e um varal com meias para colocação do chocalho
pelas crianças após Roda de Conversa sobre o de-
senvolvimento.
A intervenção do professor ocorreu em dois momen-
tos: a própria atividade já foi um desafio (suporte móvel)
e durante a atividade, a criança foi estimulada a experi-
mentar cores e movimentos diferentes dos usuais.
CEU CEI CAMINHO DO MAR
Educadores envolvidos:
Professoras:
Christiana Maria Pereira Iazzetta e Maria das Graças da Silva
Coordenadora Pedagógica:
Sonia Ferreira da Costa Moreira Prates
Diretora de Escola:
Juliana Aparecida da Costa Borges
Pintura no suporte móvel:
varal com meias
6
7
“G
Experiências de Brincar e Imaginar Tema do trabalho: Boneca de pano
Período de realização: 2º semestre de 2010
arantir um espaço de brincar no CEI, Cre-
che ou EMEI deve assegurar a educa-
ção numa perspectiva criadora, em que
a brincadeira possibilite o estabelecimento
registrados momentos de suas vidas, principalmente
dos nossos alunos que demonstraram empenho des-
de o início do mesmo. Temos a certeza que esta brin-
cadeira ficará guardada para sempre em nossas me-
de formas de relação com o outro, de
apropriação e produção de cultura, do exercício da de-
cisão e da criação. [...] Desafiadas pelas situações no-
vas ou incongruentes construídas nas diferentes for-
mas de brincadeiras, as crianças exploram encaminha-
mentos inovadores que tem que ser disputados e nego-
ciados com diferentes parceiros, e passam a fazer par-
te da cultura daquele grupo infantil.” Orientações
Curriculares Expectativas de Aprendizagens e Orienta-
ções Didáticas para Educação Infantil, pág. 55 e 57.
O projeto foi pensado para ser executado no 2º se-
mestre. Os materiais foram reunidos, aos poucos.
Desde o início do projeto, a intenção não era só criar
um brinquedo, mas sim um personagem que faria par-
te da história das crianças, professoras, família e co-
munidade. Iniciamos o esboço da boneca em um pe-
daço de papel, que foi transferido e costurado num
pano. O processo de enchimento da boneca levou al-
gum tempo, pois foi realizado pelas crianças. Depois
desse processo começamos a trabalhar com a bone-
ca, com as crianças e também com as famílias.
Foi possível observar que este projeto fez parte da
história das crianças e permitiu que nele ficassem
mórias.
A Boneca participou de vários
momentos da rotina do CEI
8
CEI DOMINGOS RUFINO DE SOUZA
Educadores envolvidos:
Professoras:
Adriana Barboni X. Gomes,
Alessandra B. Amorosino,
Claudia P. O. Longhi, Maria Lucia Novaes,
Rutiane de Souza Galli e Vânia Cristina Xavier
Coordenadora Pedagógica:
Cristina Maria Alves Andreza Bezerra
Diretora de Escola:
Iara Marques Barbosa de Oliveira
9
E
Experiências Voltadas ao Conhecimento e
Cuidado de Si, do Outro, do Ambiente Tema do trabalho: Saberes a respeito de si, do outro e do ambiente
Período de realização: ano letivo de 2010
xplorando seus nomes e fotos, as crianças
tiveram oportunidades de vivenciar por meio
da Linguagem Verbal, sua identidade inicial,
ampliando desta maneira seus saberes a res-
peito de si, do outro e do ambiente.
Organizamos as salas com painel de fotos do gru-
po, de tal forma que as crianças puderam identificar-
se e reconhecer o outro. Utilizamos músicas, cartaz
da rotina diária e cartaz de pregas. O tempo foi o esta-
belecido pelo interesse demonstrado pelas crianças.
Observamos que as interações que apresentaram
maior receptividade foram as estabelecidas entre cri-
anças/ crianças e professoras/crianças, essas eram
expressas, principalmente, pelas aprendizagens sig-
nificativas no campo da oralidade, quando reconheci-
am seus amigos e a si próprios com comentários ri-
cos, mostrando o pertencimento a um grupo e sentin-
do-se, ao mesmo tempo, acolhido pelos colegas.
Observamos a alegria infantil, no momento em que
tinham seus nomes e suas marcas expressas pelo
grupo do qual faziam parte.
As intervenções foram realizadas na organização
do ambiente de maneira que os nomes e fotos das cri-
anças valorizavam e ampliavam os saberes infantis
com relação à amizade.
CEI HELENA IRACY JUNQUEIRA
Educadores envolvidos:
Professoras:
Angela Maria S. de Souza, Jamima S. Guedes,
Tatiane do N. Paulino, Sônia Regina da R.F.D. Ferreira,
Carla V. Zeviani, Claúdia R. Barbosa,
Sayaka Numata, Dilce Mª A. Vieceli, Silvana C. D. Togna,
Márcia I. L. da Fonseca, Gilcélia F. S. da Motta,
Euza R. Temperany, Eliene G. Maciel,
Denise P. P. de Souza, Mª Aparecida Barbosa Ribeiro e
Benedita Teresa do Rosário
Coordenadora Pedagógica:
Sônia Cândida Maciel
Diretora de Escola:
Maria dos Prazeres Corte Ângelo
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Exploração do Mural de Fotos.
11
V
Experiências Voltadas ao Conhecimento e
Cuidado de Si, do outro, do Ambiente Tema do trabalho: Parabéns para você
Período de realização: julho de 2010
er-se como alguém importante em seu gru-
po, em sua família, com sua história pes-
soal (nome, data de nascimento), construir
identidade como membro de grupos sociais
variados (escolar, etnorracial), favorece a
auto-estima construindo uma imagem positiva de si,
as demais ações de interação e construção de identi-
dade são momentos importantes no percurso de uma
criança na Educação Infantil.
A partir da leitura diária de textos literários, feita pro-
fessora, as crianças escolhiam a história favorita do
mês que servia como tema pra elaboração, pelas pro-
fessoras juntamente com as crianças, do cartão de fe-
licitação para cada uma, com nome, data de nascimento
e felicitações e do painel homenageando todas as cri-
anças do CEI, nascidas no mês, que enfeitou a festa
de aniversário com todas as crianças do CEI, come-
morada sempre na última semana de cada mês.
Foi possível observar o envolvimento de todo gru-
po (todas as crianças, professoras e funcionários do
CEI), as interações, e estabelecimento de relações de
respeito com adultos e outras crianças. O painel, além
do seu significado junto aos contos escolhidos garan-
te as histórias de vida de cada um, estabelecendo vín-
culos e valorizando a auto-estima. As crianças desen-
volveram várias características leitoras de modo lúdico.
CEI JOSÉ SALVADOR JULIANELLI, Dep.
Educadores envolvidos:
Professoras:
Ana Isabel Volta Rodrigues Rosa,
Aparecida Odete Delfino,
Claudete Felix Ribeiro dos Santos e
Maria Aparecida Fernandes da Silva
Coordenadora Pedagógica:
Maria Henriqueta Carvalho de Oliveira
Diretora de Escola:
Ana Maria Helene
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Festa de aniversário mensal
13
“A
Experiências com a Expressividade das
Linguagens Artísticas Tema do trabalho: Construção coletiva de um brinquedo - A boneca
Período de realização: julho de 2010
expressividade pressupõe acima de tudo,
muita pesquisa e experimentação, e uma
grande familiaridade com os materiais e
processos que estão implicados nos dife-
Fruto da ação coletiva, as crianças utilizaram a es-
cultura para ler e contar histórias. Tivemos a oportuni-
dade de convidar a mãe de uma criança para contar
"causos" e histórias para o grupo.
nhecer
rentes fazeres artísticos. Deve-se reco-
o que as crianças já sabem , como se expres-
Assim, a escultura passou a fazer parte de todos os
momentos significativos; enfim, construíram uma rela-
sam , o que gostam de produzir, olhar, escutar, reco-
nhecer a intenção, o propósito, o prazer que está por
trás de cada gesto, de cada traço o movimento delas e
saber propor desafios que façam sentido para elas."
Orientações Curriculares - página 116
Como referência para o trabalho da construção da
boneca, apresentamos a artista plástica Niki de Saint
Phalle(1). Durante todo o processo surgiram vários
questionamentos por parte das crianças:
"Quem vai colar o papel?"
"Vamos rasgar, amassar?"
"Ela vai ter cabelo?"
"E rosto quem vai fazer?"
"Como iremos colar?"
"E a pintura?"
E o trabalho começou...
Todas as questões transformaram-se em ações
construídas pelo grupo, embaladas pelo olhar atento
do educador.
Utilizamos materiais que iriam para o lixo como jor-
ção de afetividade e sempre que a utilizávamos o grupo
já sabia: " ...algo novo ou especial iria acontecer."
Durante a realização deste projeto observamos que
o grupo ficou mais unido, diminuíram os conflitos, com-
partilhavam os brinquedos e construíram uma relação
de carinho e cuidado um com o outro. (1) Nascida na França em 1930 e criada em Nova York, Niki de Saint
Phalle é um dos artistas internacionais que se destacaram usando a
técnica do papel machê. Em 1965, ela criou as primeiras Nanás (em
francês, moças), esculturas que lhe deram fama. Feitas de lã, fibra de
algodão, papel machê e tela de arame, as Nanás são grandes bone-
cas que representam o mundo feminino.
CEI ONADYR MARCONDES Educadores envolvidos:
Professora:
Jacilene Ferreira de Lima
nais, revistas, sacolas de plástico, e também fita ade-
sivas e tintas. Coordenadora Pedagógica:
Vanda Zuppo
Diretora de Escola:
Luci Aparecida Guidio Godinho
14
15
Experiências com a Expressividade das
Linguagens Artísticas Tema do trabalho: Projeto jogos, brinquedos e brincadeiras do tempo
de nossos avós com enfoque nas obras de Ivan Cruz
Período de realização: ano de 2010
“... a brincadeira que é universal e que é pró-
pria da saúde: o brincar facilita o crescimen-
to e, portanto, a saúde...” (Winnicott)
Antes de iniciarmos este projeto, envia-
Ainda na roda escolhíamos todos juntos uma das
brincadeiras e compartilhávamos no parque, e em ou-
tros momentos usávamos outros espaços (solário,
galpão brincante, sala de aula, pátio ou área externa)
mos aos pais uma pesquisa (retratando brin-
cadeiras), como forma de resgatar jogos, canções,
danças de roda, brincadeiras antigas e brinquedos uti-
lizados pelos nossos pais e avós e também de socia-
lizar as famílias na vida escolar dos filhos.
Em um primeiro momento na roda de conversa ex-
plicamos para o grupo de crianças sobre a atividade
que realizaríamos, no decorrer do ano letivo e de início
montamos o cartaz de combinados .Apesar das crian-
ças ainda não saberem ler é importante ter este regis-
tro por escrito (tendo o professor como escriba) e com
o apoio de algumas gravuras como suporte .
Em um outro momento, nós professoras seleciona-
mos algumas imagens das obras de arte do autor Ivan
Cruz (bolinha de sabão, criança jogando bola, soltan-
do pipa, brincando de roda, balanço, etc) que retrata-
vam brincadeiras, e já faziam parte do cotidiano do gru-
po de crianças. As imagens circularam na roda, para
que, as crianças pudessem manipulá-las e apreciá-las
e em seguida identificarem algumas brincadeiras. Ao
estimularmos a oralidade demos à criança a oportuni-
dade para conversar, expressar idéias e opiniões.
para a realização das próximas brincadeiras com brin-
quedos feitos de sucata (relinho: feito com barbante e
uma madeirinha/brinquedo amarrado na ponta, pé - de-
lata: feito com barbante e lata de sardinha, barquinho
de papel: feito com sulfite e técnica de dobradura, den-
tre outras). Dentre as atividades também pintamos te-
las (utilizando tela, tinta guache, rolinhos, pincéis e gra-
vuras/revistas) para a montagem de algumas brinca-
deiras produzidas na tela. .
Reflexão: No decorrer das atividades percebemos
que os olhinhos das crianças brilhavam de tanta felici-
dade, e não queriam parar de brincar. No começo os
conflitos ocorriam seja por disputa de brinquedos, ou
das imagens (obras de arte do autor Ivan Cruz) mas,
com a nossa interferência (professoras) resgatando os
combinados, os conflitos aos poucos foram sanados,
dando vazão para novas aprendizagens
Aos poucos fomos introduzindo novas brincadeiras
(cabo de guerra, telefone de lata, currupinha, rolando
bambolê, passarás, cavalinho etc) como forma de de-
safio e aumentando com isso o repertório (brincadei-
ras) do grupo.
16
Finalizamos o trabalho com uma mostra cultural, onde
a comunidade pode apreciar o trabalho através de ima-
gens (fotos e relatórios escritos) e utilizar vivenciando
alguns materiais expostos (brinquedos) neste evento.
CEI PALMIRA DOS SANTOS ABRANTE
Educadores envolvidos: Professoras:
Erika Muelher Couto e Ivete de Lima Coordenadores Pedagógicos:
Roseli Alves Ferreira e Francisco do Amparo Lopes Diretora de Escola:
Mariete Rodrigues S. Cardoso
Crianças e seus familiares
17
P
Experiências com as Expressividades das
Linguagens Artísticas Tema do trabalho: Pequenos arteiros fazendo arte
Período de realização: de março a novembro de 2009
ara iniciar esse projeto, desenvolveu-se uma
pesquisa com um questionário respondido
pelas famílias, perguntando sobre artes visu-
ais, peças de teatro, musicais e danças, cujas
informações foram tabuladas e serviram de subsídios para a elaboração do mesmo; além do levanta-
mento do conhecimento prévio das crianças, após ob-
servação da exploração e manipulação dos materiais que
utilizaram para as suas produções artísticas foi oferecida
uma variedade de materiais que possibilitou expressões
em diversos estilos e técnicas, que puderam ser explora-
das, aperfeiçoadas e ampliadas no decorrer do mesmo.
Oportunizou-se às crianças o contato com diferen-
tes fazeres artísticos, como: desenhar, pintar, modelar
e vivenciar apreciações das obras da artista plástica
Ana Beatriz Alessi, convidada a expor suas obras na
escola e participar de uma conversa com as crianças.
A organização do ambiente partiu da elaboração e ofer-
ta de atividades que possibilitaram a descoberta de co-
res, formas, utensilios e suportes diversos, bem como
de técnicas precisas e bem organizadas, com alusão à
construção de desenhos, pinturas, formas em argila e a
pintura do muro da escola pelas crianças. Foram prepa-
radas exposições das próprias produções das crian-
ças, visando à apreciação e valorização das mesmas.
Por fim, foram preparados materiais em potes e ces-
tos compostos de giz de lousa e água, para que qual-
quer criança pudesse escolher as cores e pintar o muro.
Escolhemos a parte externa e lateral da escola, onde
quase não passa carro, por motivo de segurança e fo-
mos dar inicio a pintura. Convidamos a Coordenadora
Pedagógica Roseli e também a professora Maria Solene
com seu grupo de 7 crianças pequenas do Berçário I.
As produções artísticas, as fotos e o vídeo das cri-
anças foram expostos na Mostra Cultural de 28 de
novembro de 2009, muito elogiada e apreciada por to-
dos os pais, familiares e visitantes, inclusive pelo
Supervisor Senhor Marcelo Augusto.
As observações e a avaliação das crianças, quanto
às expectativas de aprendizagens, foram um processo
contúnuo em que se puderam observar aprendizagem
de novas técnicas e exploração de materiais diferencia-
dos em novos espaços, além do interior da escola. As
atividades e técnicas realizadas pelas crianças foram:
desenho com carvão vegetal; pinturas e desenhos em
papel microondulado; massinha de modelar com dife-
rentes suportes; colagem e pintura com barbante; de-
senhos com pingos de cola e tinta plástica; desenhos e
pinturas no muro da escola com giz de lousa e água.
As crianças e seus familiares aprenderam a ter um
novo olhar para as suas produções, as das outras
crianças e para as produções de artistas, que tiveram
possibilidades de expressar-se em outras épocas;
como eles, puderam durante este ano, desenvolver o
gosto, o cuidado e o respeito às obras artísticas.
18
CEI PARQUE SABARÁ
Educadores envolvidos:
Professoras:
Monica Guedes Cunha Scamardi e Monice Moioli Oliveira
Coordenadora Pedagógica:
Luciane de Almeida Alessi
Diretora de Escola:
Leontina Bechara
Foto - Pequenos arteiros do
CEI Parque Sabará, fazendo arte.
21/10/2009
19
A
Experiências voltadas ao Conhecimento e
Cuidado de Si, do Outro, do Ambiente Tema do trabalho: Brincando de cuidar do bebê
Período de realização: agosto de 2010
partir da proposta de um jogo simbólico,
oportunizou-se, principalmente, às crianças,
o "cuidado de si". O objetivo constou de in-
centivar o desfralde, uma vez observado que
as crianças apresentavam maturidade físi- ca, neuro e psíquica para iniciar o treino dos esfíncteres
com segurança e tranquilidade.
A sala foi organizada em cantos compostos por
bonecas, panelinhas, paninhos, penicos e fraldas
descartáveis. As crianças permaneceram envolvidas
na brincadeira por 27 minutos: cuidaram das bonecas:
alimentado-as, trocando as fraldas, dando banho, co-
locando no penico, fazendo ninar; tais quais os adultos
fazem com elas. As interações ocorridas foram entre
as crianças e destas com os objetos.
Foi observado grande interesse e envolvimento das
crianças na atividade, além da socialização entre elas
e tentativa de ensaio e erro na troca de fralda das bo-
necas. A intervenção pedagógica constou da organi-
zação do espaço e mediação a fim de que a atividade
se desenvolvesse da melhor maneira e atingisse o
objetivo.
CEI PEQUENO SEAREIRO
Educadores envolvidos:
Professoras:
Cristiane Beralde Cardoso e Maria Margarida André
Coordenadora Pedagógica:
Bernadete Moraes Carvalho
Diretora de Escola:
Maria Rosária Silva Callil
Tentativa de ensaio e erro na troca de fralda das bonecas.
20
21
O
Educação Etnorracial Tema do trabalho: A África está em nós: Trabalhando igualdade racial
com bebês e crianças bem pequenas *
Período de realização: ano letivo de 2010 (em continuidade)
CEI Vereador Rubens Granja é um espaço
de convívio coletivo de crianças de 0 a 4
anos que, de formas diferentes, dizem sobre
suas impressões à cerca do mundo e das
pessoas com quem convivem, adultos e
crianças. Ao longo dos últimos anos, temos objetivado
construir um Projeto Político Pedagógico fundamenta-
do nos princípios da pedagogia da escuta, da partici-
pação, das relações e do diálogo. Nesse percurso,
temos nos desafiado a apurar a escuta das crianças,
considerando imprescindível ouvi-las, para conhecer,
respeitar e considerar o que elas dizem por meio da
palavra, do gesto, do desenho, do texto, enfim, de suas
linguagens verbais e não verbais, e fazendo dessa es-
cuta, matéria-prima da ação pedagógica. Essa escuta
sensível abrange também as famílias e a comunidade,
que revelam em seus ditos e não ditos, suas visões de
mundo, necessidades, valores, aspectos de ordem
cultural, dentre outros, com os quais procuramos, como
comunidade educativa, dialogar, a fim de construir uma
Educação Infantil significativa para as crianças, em par-
ceria com a comunidade. Nesse universo, permeado
pela escuta, percebemos que algumas falas (das cri-
anças, da comunidade e dos educadores), revelavam,
por vezes, conteúdos discriminatórios e preconcei-
tuosos, ou ainda traduziam uma concepção negativa
relativa à beleza negra e suas características. Essa
escuta nos inquietou e fomentou a necessidade de
construir um trabalho de intervenção, pautado na ideia
do respeito e da promoção da igualdade racial.Com
esse desafio em mãos, o grupo debruçou-se sobre a
temática objetivando: refletir e discutir sobre a questão
da desigualdade racial, desvelando o preconceito e o
racismo presentes no contexto histórico-social e pen-
sar em contextos educativos, juntos aos bem peque-
nos (crianças de 0-4 anos) que, corroborassem com
as questões vinculadas à promoção da igualdade raci-
al e ao trabalho com a cultura africana. Estes dois ob-
jetivos caminharam de forma integrada fecundando-se
na construção desse caminho, repleto de dúvidas,
questões e inquietações.
Afinal, o que significa trabalhar as questões étnico-
raciais, tendo em vista a promoção da igualdade, com
crianças tão pequenas? Essa é uma questão que nos
habita e para qual não temos respostas definitivas, ou
previamente prontas, mas que nos leva, diariamente,
a construir possibilidades de trabalho junto aos peque-
nininhos. Para subsidiar o percurso, integramos ao pro-
cesso de formação coletiva e permanente a temática,
a fim de problematizar as questões que a permeiam e
fomentar a construção de prática educativas significa-
tivas junto às crianças. Compreendemos, nesta pers-
* Projeto premiado em 2010 pelo CEERT, no Prêmio Educar para a igualdade racial
22
pectiva, que toda prática educativa traz em seu bojo
fundamentos e concepções, que muitas vezes se en-
contram veladas, mas que influenciam de forma deci-
siva o planejamento, as tomadas de decisões e as
ações cotidianas. Desvelar estas concepções, discuti-
las e propiciar a constante reflexão sobre o que funda-
menta nossa prática cotidiana é o exercício necessário
para buscarmos sempre a coerência entre aquilo em
que acreditamos e desejamos e aquilo que realizamos.
Deste modo, avaliamos que, o debate reflexivo sobre
as questões relativas, ao racismo, ao preconceito e a
discriminação, são fundamentais para a conscientização
sobre como esses aspectos perpassam os contextos
educativos, fomentando necessidades de promover prá-
ticas que favoreçam a igualdade racial. Consideramos,
também, que essa proposição implica ainda, na ruptura
de certos paradigmas e visões, baseadas no modelo
curricular "branco, eurocêntrico e cristão", que marcou
de forma intensa a história do processo de escolarização
da maioria de nós, educadores. Durante as discussões
realizadas, ficaram explícitas as marcas deixadas pelo
processo de escolarização pelo qual, nós educadores
passamos: em que a cultura africana foi negligenciada,
ou trabalhada a partir de estereótipos superficiais, equi-
vocados e preconceituosos, assim como a história do
negro e o processo de escravização. Compreendemos
que, embora esse não seja um processo simples e nem
tampouco rápido, a abordagem e a problematização da
temática, durante os momentos de formação permanen-
te são imprescindíveis para a construção de ações que
favoreçam e fomentem a igualdade entre todos. Nota-
mos então que precisamos, como educadores da infân-
cia, recuperar aquilo que nos foi negado em relação à
história da África e sua cultura.
Dessa forma, o objetivo da formação é balizado pela
necessidade de desvelar contextos, falas, ações
preconceituosas e discriminatórias que permeiam o
ambiente escolar, tomando consciência da importância
das intervenções imediatas no combate à multiplicação
desses contextos. De forma integrada, buscamos, ain-
da, auxiliar crianças e adultos a compreenderem a im-
portância da igualdade racial e a necessidade de incor-
porar a cultura africana e afro-descendente no planeja-
mento curricular da Educação Infantil. Paralelamente ao
processo formativo, o planejamento de práticas e con-
textos educativos, concernente à abordagem da
temática da igualdade racial, foi sendo construído de
forma coletiva, considerando as crianças, seus interes-
ses, curiosidades e inquietações. Cabe salientar, no en-
tanto, que não se trata de "dar aula" sobre igualdade
racial para os bebês, mas, sobretudo, pensar nas pos-
sibilidades de abordar o tema de forma lúdica, prazerosa,
imaginativa, incorporando os elementos da cultura afri-
cana, nos diferentes contextos educativos .
Dentro dessa perspectiva, o grupo de educadores
elegeu a arte*, em suas diferentes manifestações, como
eixo para a abordagem da temática junto aos peque-
nos. Para tanto, nos empenhamos em pesquisar de
forma mais aprofundada, livros de literatura infantil, fil-
mes, músicas, imagens e danças reveladoras da rica
cultura africana que constitui uma importante matriz da
cultura popular brasileira. Cultura, portanto, que nos
constitui e que constituímos. Dessa premissa, surgiu
o título desse trabalho: "A África está em nós", no en-
tendimento de que os brasileiros, independente da ori-
gem familiar, têm como parte fundante da cultura que
nos constitui, a África e seus elementos histórico e
cultural. A integração dos elementos da cultura africa-
1 Compreendemos que arte traz em seu bojo aspectos potencializadores das aprendizagens dos pequeninhos, o lúdico, o simbólico, a criatividade, a imaginação,
envolvendo as crianças por inteiro: pensamento, sentimento e sensações. Constituindo, portanto, um valioso eixo no planejamento de contos educativos que
seja efetivamente significativo. O eixo da arte potencializou o contato, a admiração, o encanto pela estética e pelo imaginário africano e afro-descendente.
23
na nos diferentes contextos educativos do CEI, tendo
a arte como eixo principal, corroborou também com a
desconstrução do padrão de beleza dominante "loiro,
branco, olhos claros, magro e cabelo liso", valorizando
de forma positiva a estética e cultura negra presente
no nosso cotidiano. Outro aspecto que merece ser des-
tacado, diz respeito ao fato de que o trabalho aqui apre-
sentado, não constitui um projeto pontual, episódico ou
com um percurso pré definido, tendo em vista um pro-
duto final. Ao contrário, o que se pretende com o mes-
mo é a construção de ações ininterruptas que possam
permear o planejamento de forma integrada com as de-
mais ações que fazem parte da jornada das crianças
no CEI. Essa é a nossa trajetória até o momento. Tra-
jetória que não se finda, mas que vai ganhando novos
rumos à medida que vai sendo construída de forma
coletiva por adultos e crianças e que ainda tem como
desafio buscar uma maior integração com as famílias,
visando ampliar com as mesmas o debate sobre as
questões étnicorraciais. Afinal, acreditamos ser este
um caminho eficaz para o debate e desconstrução dos
mitos de superioridade e inferioridade entre os grupos
pertencentes a nossa sociedade. Trajetória que dese-
ja aprofundar no âmbito da formação permanente o es-
tudo sobre a temática por meio da pesquisa, da refle-
xão e da tematização de práticas, no desafio contínuo
de ampliar nossos conhecimentos sobre a cultura afri-
cana, fomentando a integração de seus elementos na
composição dos contextos educativos.
Assim, nossa perspectiva, na construção desse
percurso, é a de que nesses primeiros anos de vida
das crianças, em um espaço coletivo de Educação
Infantil, elas possam ter a oportunidade de interagir com
a riqueza da diversidade étnicorracial, garantindo um
espaço educativo que represente a diversidade, a ima-
gem positiva dos negros e a valorização das relações
baseadas na escuta, no diálogo, no respeito, na coo-
peração, na solidariedade e em relações promotoras,
portanto, da igualdade entre todos.
24
Roda de História com todas as crianças do CEI, com o conto Africano:
“Por que a galinha d´angola tem pintas brancas?”
CEI RUBENS GRANJA
Educadores envolvidos:
Professoras: Grupo Docente 2010
Coordenadora Pedagógica: Renata Cristina Dias Oliveira
Diretora de Escola: Alice Michie Hatta da Fonseca
Leitura do livro:
“O cabelo de Lelê para os bebês menores
25
“O
Experiências de Brincar e Imaginar Tema do trabalho: Brincando e recriando com materiais não estruturados
Período de realização: novembro de 2010
O tempo de brincar, para a criança," não é
o tempo dos relógios, não é o tempo plane-
jado, não é o tempo consciente. "É sim-
plesmente um tempo especial e precioso"
(Friedman, 2000). Isso significa, entre ou- tras coisas, assumir que a criança brincar no seu dia a
dia, não apenas nos minutos destinados ao parque, o que
vai exigir do professor um planejamento que considere o
caráter essencialmente lúdico das vivências infantis.
A organização do ambiente para ampliar a ocorrên-
cia das brincadeiras infantis nos CEI, nas creches e
nas EMEI e torná-las mais criativas, significativas, deve
envolver os seguintes aspectos: materiais disponíveis,
os tempos e espaços para brincar e as interações in-
fantis." (Tempos e Espaços para a Infância e suas Lin-
guagens no CEI, Creche e EMEI da cidade de São
Paulo, pág 49. )
Para incentivar a participação da família e para in-
centivar o brincar com materiais não estruturados, so-
licitamos que as mesmas nos enviassem o que esta-
va disponível em casa. Após seleção desse material,
feitas pelos funcionários da Unidade Educacional, o
mesmo foi apresentado às crianças. Nesse ponto do
projeto, as professoras observaram a qualidade das
interações das crianças com os objetos e com elas
mesmas, ora individualmente, ora em grupo.
Pudemos observar que quanto mais diverso for o
material, maiores possibilidades de interação serão
geradas e, consequentemente, crianças desta faixa
etária, terão melhores condições de envolvimento em
atividades desta natureza. CEI VILA ERNESTINA Educadores envolvidos:
Professoras:
Cleide, Viviane e Alessandra
Coordenadora Pedagógica:
Maria Avanita de A. Sernajoto
Diretora de Escola:
Marcia Helena G. Krause
Quanto mais diverso o material,
mais possibilidade oferece para o enriquecimento
da brincadeira e das interações
26
27
“C
Experiência de Exploração da Natureza e da Cultura Tema do trabalho: Projeto horta
Período de realização: ano letivo de 2010
CEI, Creche e EMEI são importantes
ambientes onde as crianças podem ela-
borar ideias acerca do mundo, transfor-
mando em conhecimento suas curiosida-
des sobre os animais, as plantas, a
humano e outros aspec-
O envolvimento dos alunos propiciou um sentido mais
apurado do cuidar do ambiente, assim como possibili-
tou uma apropriação melhor qualificada das representa-
ções que fazem a respeito do mundo que os cerca.
tecnologia, o comportamento
tos da cultura, se forem criadas condições para tal. Se
tais ambientes propiciam o contato da criança com dife-
rentes fatos e a desafiam a pensar sobre o que ela ob-
serva, eles influenciam a apropriação que ela faz de sa-
beres e representações do mundo que a cerca." Orien-
tações Curriculares: Expectativas de Aprendizagens e
Orientações Didáticas para Educação Infantil, pág. 96.
Nosso objetivo com esse projeto foi promover o
envolvimento de todos os alunos da escola, com a
transformação do espaço do CEI em que cada turma
foi contemplada com um canteiro que se localiza na
entrada da Unidade. Cada turma semeou seu canteiro
previamente preparado.
Ao longo do tempo, as crianças, em sua rotina, eram
estimuladas a observar e acompanhar o crescimento
das hortaliças, como também a regá-las e cuidar dos
brotos. Colheram alface que foi utilizada como enrique-
cimento das refeições para educar e estimular uma ali-
mentação mais saudável.
CEI VILA IMPÉRIO
Educadores envolvidos:
Professores:
Todos os professores do CEI
Coordenadora Pedagógica:
Katia Cristina Caiani Carraturi Eigenheer
Diretora de Escola :
Margaret Eliane Costa
Hora da colheita
28
29
O
Experiências Voltadas ao Conhecimento e
Cuidado de Si, do Outro, do Ambiente Tema do trabalho: Alimentação
Período de realização: setembro de 2010
trabalho teve como objetivo propiciar expe-
riências que possibilitem a aquisição de
novas competências, em relação ao ato de
alimentar-se, destacando o conhecimento
sobre os alimentos, sua função social e as práticas culturais.
Iniciaram-se as atividades com uma exploração do
espaço externo do CEI, em que as crianças puderam
observar, com maior intencionalidade, os tipos de ár-
vores frutíferas que fazem parte do parque externo:
abacateiro, amoreira e jaqueira com degustação das
frutas. Em seguida, houve uma excursão ao estabele-
cimento comercial da região, Sacolão, em que as cri-
anças puderam realizar uma compra com degustação
e escolha de frutas comparando suas características
e conhecendo sua origem e, também, puderam explo-
rar o ato da compra com realização da pesagem e pa-
gamento no caixa.
Dando continuidade, o grupo de crianças foi convi-
dado a preparar uma salada de frutas com as que fo-
ram compradas, em um momento coletivo que se ini-
ciou com a confecção de cartaz com a receita, segui-
do do cuidado com a vestimenta para o momento do
preparo com o uso de avental e touca, e o cuidado
com as frutas em sua higienização.
Foi possível observar o interesse das crianças quan-
to à origem das frutas e seu paladar, tanto na explora-
ção do espaço externo do CEI com suas árvores, quan-
to no momento da compra; à experiência de fazer a
pesagem e pagamento da compra realizada; os cuida-
dos quanto à preparação da salada de frutas e, ao lon-
go do ano, uma melhor aceitação de frutas que fazem
parte do cardápio oferecido no CEI.
CEI VILA MISSIONÁRIA Educadores envolvidos:
Professoras:
Maria Jose M Nóbrega e Sonia B Soriano
Coordenadora Pedagógica:
Elisangela dos Santos Santana
Diretora de Escola:
Nanci Aparecida Rodrigues
Muita diversão, atenção e empenho na
preparação da salada de frutas.
30
31
A
Experiências com a Expressividade das
Linguagens Artísticas Tema do trabalho: Música e movimento: Tamborilar
Período de realização: ano letivo de 2010
s vivências oportunizadas no projeto foram
baseadas nas linguagens: corporal e musi-
cal, pois ambas se completam, e proporcio-
nam experiências riquíssimas de explora-
ção, experimentação, organização e situa-
forma a compreender e ser
progressiva atividade de escuta musical, as sensibili-
za (crianças), com relação as qualidades específicas
da música estimulando, incidindo e promovendo o de-
sejo de produção sonora e musical" Orientações
Curriculares: Expectativas de Aprendizagens e Orien-
tações Didáticas para Educação Infantil, pág. 122.
ções de comunicação, de
compreendido, expressar suas ideias, sentimentos,
necessidades, enriquecendo mais a capacidade ex-
pressiva.
A atividade foi desenvolvida na própria sala de aula
com as crianças em roda e os materiais espalhados
no chão (caixas de papelão vidros, latas, madeira, vaso
de barro) para que as crianças pudessem tamborilar e
perceberem as diferentes qualidades do som.
Que objeto diferente você pode encontrar para tam-
borilar ou batucar?
Você consegue fazer sons fortes ou fracos? Que
objeto faz o som mais curtos ou longos?
Quando batiam em objetos diferentes, as crianças
descobriam que os parâmetros sonoros produzidos
dependiam do material e da maneira como batiam. De-
pois foi solicitado que batessem forte e devagarzinho
para que entendessem que o volume de um som pode
ser controlado. As crianças descobriram também o que
acontece a um som, se os batedores são revestidos
de pano ou de outro material, pois entende-se que "a
EMEI ALEXANDRE CORREIA, Prof.
Educadores envolvidos:
Professoras:
Ana Paula Nascimento,
Pâmela Carvalho da Silva
e Zilda Aparecida Pereira
Coordenadora Pedagógica:
Lucéia Maria Ferreira da Silva
Diretora de Escola:
Rosemeire Gama Bezerra Yamashiro
Tamborilando diferentes materiais
32
33
E
Experiências de Exploração da Linguagem Verbal Tema do trabalho: Leitura e os espaços
Período de realização: ano letivo de 2010
m 2010, realizamos um trabalho sistemáti-
co com leituras de poesias para os alunos.
Diariamente foi oferecido um texto com uma
biografia inicial do autor e uma foto. A leitura
dos textos tinha como objetivo ampliar o
e o vocabulário.
CEU EMEI ALVARENGA Educadores Envolvidos:
Professores:
todos os educadores do ano letivo de 2010. repertorio literário
Foram apresentados os autores: Cecília Meireles,
Elias José, Vinicius de Morais e José Paulo Paes. Logo
depois, Lalau e Laurabeatriz, Tatiana Belink e outros.
Os textos trabalhados foram encadernados, e, volta e
meia, as crianças manuseavam essas encadernações
falando que estão fazendo "a leitura de tal autor".
Simultaneamente a este trabalho, realizamos o ca-
dastro de todos os alunos na Biblioteca Rachel de
Queiroz - do CEU Alvarenga, para que estes fizessem
a retirada de livros, semanalmente, além de realizarem
atividades de leitura no espaço da biblioteca.
Inicialmente, alguns pais e professores tiveram re-
ceio de trabalhar com o sistema de empréstimo, mas
devido ao bom resultado de outras turmas tivemos uma
ótima adesão por parte da maioria.
Os alunos passaram a ter incorporados, na rotina
semanal, as visitas à biblioteca, um espaço para leitu-
ra e estudo.
Acreditamos que este movimento contribuiu para a
construção de um comportamento leitor nas crianças.
Coordenadora Pedagógica:
Nicole Hanna Fleischmann
Diretora de Escola:
Jane Persinotti Trujillo
Interação e participação das
crianças durante a apresentação
34
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D
Experiências com a Expressividade das
Linguagens Artísticas Tema do trabalho: Sons tecnológicos
Período de realização: 2º semestre de 2010
urante o ano de 2010, buscou-se dar um
novo enfoque ao trabalho desenvolvido com
a linguagem musical. Com base na forma-
ção dada pela assessora, Profª. Liliana
Bertolini, iniciaram-se vivências com explo-
ração de escutas sonoras.
Os Alunos foram incentivados a realizar diferentes
escutas, em diferentes espaços da escola. A partir
desse momento, os sons foram reunidos em três gran-
des grupos: natureza, corpo e tecnologia. A partir dos
conteúdos explorados pelos grupos, a POIE, Maria
Cristina, possibilitou que as crianças registrassem os
sons tecnológicos, com uso do programa Paint Brush
e sugeriu ao grupo o levantamento de novos sons.
Foram apontadas diversas possibilidades como: heli-
cóptero, sirene, buzinas, motores e outros. Com o re-
curso de imagens e sons tecnológicos, a POIE criou
telas interativas.
Todas as professoras participaram deste projeto
criando, junto com os alunos, um ambiente lúdico com
a construção de objetos sonoros em que foi possível
explorar vivências sonoras, com diferentes recursos,
e apresentações em um espaço, extremamente, cria-
tivo e artístico construído por várias mãos.
No que se refere à linguagem musical, pode-se
ampliar, primeiramente, o repertório da Equipe Gestora
e Docente que passou a ter uma amplitude maior das
possibilidades da música no cotidiano da Educação
Infantil. Foi possível observar o envolvimento, o en-
cantamento e o entusiasmo dos alunos ao criarem ob-
jetos sonoros; e de toda comunidade escolar ao
vivenciar a exploração dos ambientes sonoros
construídos pelos grupos e apresentados durante a
Mostra Cultural.
EMEI ANHANGUERA
Educadores envolvidos:
Professora:
todo o grupo docente de 2010.
Coordenadora Pedagógica:
Alzira Bechara Ferreira de Mattos
Diretora de Escola:
Maria da Penha Freitas
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Ambiente construído com móbiles sonoros feito pelos alunos, utilizando objetos de nosso sucatário
37
O
Experiências de Exploração da Linguagem Verbal Tema do trabalho: Gentileza gera gentileza, poesia gera poesia...
Período de realização: ano letivo de 2010
Projeto propiciou que as crianças exploras-
sem o gênero poético com acesso a ins-
trumentos e recursos de pesquisa, ampliou
o repertório cultural; além de uma constru-
ção coletiva de valores para o grupo e indi-
viduais, finalizando com um sarau poético oferecido
para outras crianças e para os pais.
Iniciamos o trabalho com uma conversa relaciona-
da ao conceito de "gentileza", momento em que as cri-
anças puderam expressar o que consideravam atitu-
des gentis. Em seguida, fizemos a leitura da obra: "A
Caligrafia de Dona Sofia", que narra a história de uma
professora que, para ser gentil, distribuía poesias para
os moradores da cidade. Como o livro é repleto de po-
esias ao longo da história, as crianças se interessa-
ram, rapidamente, pelo gênero e criamos um caderno
de poesias para cada um. Pequenos grupos entrevis-
taram os professores do período, buscando poetas para
nosso repertório. No caderno, investimos na represen-
tação do desenho por meio da poesia, na oralidade, na
musicalidade do gênero poético, e na identificação de
palavras e frases escritas e conhecidas.
Paralelamente, produzimos um livro coletivo relatan-
do nosso processo. Fizemos uma pesquisa na Internet
e com a família sobre a história do "Profeta Gentileza",
ponto de partida para aprofundarmos a discussão so-
bre valores, como sermos gentis e o que poderíamos
fazer por nossa escola. As crianças resolveram organi-
zar um sarau e oferecer poesias para as outras turmas,
pais e comunidade no entorno da escola. No sarau, apre-
sentamos nosso repertório poético, o muro que pinta-
mos (assim como fez o profeta gentileza), a música da
cantora Marisa Monte ("Gentileza") e que atos de genti-
leza o grupo gostaria de espalhar.
Para finalizar, saímos em grupo pelo quarteirão da
escola, entregando envelopes com poesias para os
moradores.
Como resultado do trabalho, notamos umas gran-
des diferenças em relação ao comportamento das cri-
anças, que antes se mostravam menos preocupadas
com o outro e com o espaço. EMEI ARTHUR BAPTISTA DA LUZ Educadores envolvidos:
Professora:
Natália Tazinazzo Figueira
Coordenadora Pedagógica:
Dagma de Andrade Vieira
Diretor de Escola :
Geneildo Sélio Valença da Silva
Entrega de poesias aos moradores do quarteirão da escola.
38
39
“A
Experiências de Exploração da Natureza e
da Cultura Tema do trabalho: Observando a natureza
Período de realização: ano letivo de 2010
curiosidade e a observação são caracte-
rísticas presentes nas crianças desde a
mais tenra idade. Através delas e dos
questionamentos que fazem aos adultos
próximos, as crianças buscam entender
e compreender o mundo que as cerca, tanto o físico
como o social. Vivendo em um meio repleto de produ-
tos da ciência e da tecnologia, elas manipulam objetos
e experimentam ações na busca de explicações de
seu funcionamento. Da mesma forma, buscam enten-
der o "como e o "porquê" das coisas e dos fenômenos
da natureza e da sociedade em que vivem." Orienta-
ções Curriculares: Expectativas de Aprendizagens e
Orientações Didáticas para Educação Infantil pág. 96.
A atividade foi iniciada com a captura da lagarta no
jardim da escola e sua observação com uma lupa. O
grupo de alunos colocou a lagarta em um vidro com
terra, folhas e gravetos, tampado com gaze e fez o
registro com desenho. Foi realizada uma observação
diária da transformação da lagarta com registro em fo-
tos de cada estágio.
Observamos que as crianças ficaram fascinadas e
ao mesmo tempo com medo da lagarta. Quando ela se
transformou em um casulo, eles queriam mexer, po-
rém fizemos uma intervenção dizendo que ela preci-
sava ficar lá dentro para se transformar.
A ansiedade foi grande no período de metamorfose,
mas as crianças ficaram extasiados com a saída do
casulo já como borboleta. Queriam soltá-la, porém dis-
semos à eles que as asas dela precisavam ficar mais
fortes para poder voar.
Quando colocamos a borboleta na árvore e ela voou
foi uma alegria só. Sempre quando vêem uma borbole-
ta voando perguntam se é a "deles". EMEI BORBA GATO Educadores envolvidos:
Professora:
Suselei Raschi Beltrame
Coordenadora Pedagógica:
Regina Gomes de Vasconcellos Oliveira
Diretora de Escola:
Rosely Martinez Lopes
Borboleta já solta no espaço da EMEI
40
41
“A
Experiências de Exploração da Linguagem Corporal Tema do trabalho: Rodas cantadas com as músicas: "Linda rosa juvenil,
cirandas da primavera, carneirinho, carneirão e de onde vem pastora?
Período de realização: ano letivo de 2010
“captura” do movimento como gesto de-
pende de uma combinação das habilida-
des motoras próprias a cada estágio de
desenvolvimento da criança com as pos-
sibilidades oferecidas pela cultura. Cada
cultura tem um jeito próprio de preservar os respecti-
vos recursos expressivos do movimento e de valori-
zar seu domínio e interpretação." [...] O patrimônio cul-
tural da humanidade oferece um amplo repertório de
movimentos ligados à dança, que podem ser mobiliza-
dos e, especialmente, recriados no trabalho com as
crianças na Educação Infantil.". [...] Orientações
Curriculares: Expectativas de Aprendizagens e Orien-
tações Didáticas para Educação Infantil pág 61 e 63.
O trabalho iniciou com as crianças em roda/círculo
ouvindo as músicas "Linda rosa Juvenil; Cirandas da
Prima Vera; Carneirinho, Carneirão e de onde vem Pas-
tora?", fazendo comentários sobre as mesmas. Cada
apresentação se deu em momentos distintos. Os alu-
nos fizeram a escolha dos personagens, bem como
seria a apresentação de cada um deles, tendo uma
autonomia e segurança na hora da apresentação, pois
a criança tinha domínio sobre seu papel. Os ensaios
eram prazerosos e existia uma expectativa e ansieda-
de por parte dos alunos. Os alunos deram sugestões
de como poderia ser o figurino. Houve participação dos
pais na elaboração do figurino, pois a criança vinha
com parte desse figurino vestida de casa e os acessó-
rios eram colocados pela professora.
O trabalho encerrou-se com apresentação no tea-
tro do CEU, em outubro e dezembro. No momento da
apresentação, os alunos se sentiram protagonistas do
processo como atores e atrizes, dando grande impor-
tância a esse momento.
Houve muitas interações com o envolvimento das
crianças, desde a escolha dos personagens até a
montagem do figurino e cenário, autonomia e seguran-
ça na encenação e também houve a parceria da famí-
lia ajudando na montagem e no figurino.
EMEI CEU CAMINHO DO MAR Educadores Envolvidos:
Professora:
Sandra Reis e Wilza Maria Nery
Coordenadora Pedagógica:
Cícera Batista da Silva
Diretor de Escola:
José Gonsales Filho
Encenação no espaço do Teatro do CEU
42
43
“O
Exploração da Linguagem Verbal Tema do trabalho: Comportamentos leitores: Uma proposta de
trabalho com crianças de 3 a 4 anos
Período de realização: outubro de 2010
desenvolvimento das narrativas não é
natural nas crianças, mas sim fruto da
experiência socialmente construída, a
partir do contato com a escuta e a produ-
ção de narrativas. Além de um vasto re-
pertório de histórias, as crianças também podem de-
senvolver o que chamamos de "comportamentos leito-
res"." Orientações Curriculares: Expectativas de Apren-
dizagens e Orientações Didáticas para Educação In-
fantil pág 85.
Para garantir a entrada da criança neste universo
letrado, o professor emprestou sua voz na Roda de
Leitura, que acontecia diariamente, ampliando assim,
o repertório de histórias, com diversos tipos de texto e
modos de expressão, se utilizando também de diver-
sas brincadeiras, cantigas, textos de tradição oral bra-
sileira, dramatizações, trabalhos artísticos, computa-
dores, máquina digital, registros e tudo mais que a
criatividade possibilitava.
Para aprender sobre linguagem não basta a crian-
ça ouvir as histórias que o professor conta, mas prin-
cipalmente, recontá-las e assim, se apropriar da ex-
pressão oral e escrita, mostrando um comportamento
leitor mesmo antes de ler, como os alunos que tem a
idade entre 3 e 4 anos.
Objetivando ampliar repertório de histórias dessas
crianças e melhorar seu vocabulário, foi planejada a
aula em que se desenvolveu a proposta do reconto
autônomo. As crianças foram convidadas a manipular
livros para interagir, escolher e recontar para o amigo
a história escolhida.
Organizaram-se seis grupos, cada um com 3 ou 4
integrantes; dependendo da história, os grupos foram
demarcados junto com o livro e objetos de
dramatização, no chão com tapetes de EVA marcan-
do a quantidade, por exemplo: o livro Pega-pega num
canto, no chão com 3 tapetes em volta, os objetos de
dramatização para Os Três porquinhos e quatro tape-
tes próximos e cada criança escolhia um tapete para
sentar e fazer o reconto com seus colegas.
Observar este comportamento leitor dos alunos e
ver as crianças recontando com graça manuseando o
livro ou objetos foi de grande satisfação, pois trabalhar
com literatura para a constituição dos alunos da EMEI
é uma meta importantíssima a ser realizada. Os alu-
nos também foram se desenvolvendo, positivamente
a cada proposta, e esta aula, do reconto autônomo,
refletiu a qualidade do trabalho realizado.
Reconto aos colegas
44
EMEI CASIMIRO DE ABREU
Educadores Envolvidos:
Professoras:
Marcia Vieira Carvalho da Costa, Maria Lúcia Ribeiro Viana
de Queiroz e Rosangela de Almeida Felipe
Coordenadora Pedagógica:
Sueli Garcia Alonso
Diretora de Escola:
Silvane Younis
45
Experiências do Brincar e Imaginar Tema do trabalho: Brincadeiras com materiais não estruturados
Período de realização: ano letivo de 2010
“A
s crianças podem aprender a construir, com mais autonomia e independência, for-
mas planas e volumosas, a pensar sobre
as relações dessas formas com os espa-
ços tridimensionais, seja por meio de es-
cultura, modelagem, instalação, a conhecer, descre-
ver e expressar opiniões sobre tais formas, seus pro-
cessos de produção e a sua ocupação nos espaços,
e a elaborar e sustentar um meio tridimensional dis-
posto e ordenado intencionado no espaço" Orientações
Curriculares: Expectativas de Aprendizagens e Orien-
tações Didáticas para Educação Infantil, página 136
Nosso objetivo foi possibilitar a vivência da explo-
ração de materiais não estruturados e a resolução de
problemas: construção de brincadeiras com caixas.As
crianças foram desafiadas a exercitar a curiosidade, a
memória, a capacidade de observação, de análise, de
construção de hipóteses (O que fazer?, Como?); de
seleção, de interação com as outras crianças e adul-
tos (educadoras), de exploração das espacialidades
(caixas/caixas, caixas/corpo, caixas/ambiente) e a brin-
car muito.
Muitas tentaram construir castelos e aviões que ti-
nham como referência, mas logo começaram a explo-
rar outras possibilidades como esconder-se,
transformá-las em carrinhos, cama e outros, convidan-
das crianças, foram disponibilizadas panelinhas, carri- nhos, bonecas para enriquecer o faz-de-conta. As cri-
anças ficaram envolvidas em suas narrativas por um
longo período e, com isso, tendo o lúdico como eixo
norteador, possibilitamos a construção de conhecimen-
to sobre a tridimensionalidade e também a movimenta-
ção espacial de melhor qualidade.
EMEI CELSO FERREIRA DA SILVA, Prof. Educadores Envolvidos:
Professora:
Danielle Costa Leite
Coordenadora Pedagógica:
Marta da Silva Mendes
Diretora:
Ana Maria Ferrarez Rebeschini
do os amigos para ajudar e participar. Após solicitação Construindo um robô com materiais não estruturados
46
47
C
Experiências Voltadas ao Conhecimento e
Cuidado de Si, do Outro, do Ambiente Tema do trabalho: "O sanduíche da Maricota"
Período de realização: 3º bimestre de 2010
onsiderando as Orientações Curriculares:
Expectativas de Aprendizagens, a importân-
cia do cuidado de si e do outro por meio de
uma alimentação saudável e equilibrada, ini-
ciou-se com as crianças um projeto: "O San-
duíche da Maricota"
As professoras solicitaram às famílias pesquisas
sobre os hábitos alimentares das crianças e construí-
ram gráfico sobre as preferências infantis. Esta pes-
quisa nos oportunizou visualizar algumas falhas em sua
alimentação.
Na semana seguinte, as nutricionistas convidadas
para uma palestra na EMEI visitaram os grupos de alu-
nos, apresentaram uma Pirâmide Alimentar e discuti-
ram sobre a importância de cada grupo alimentar. Em
seguida, apresentaram para todo o grupo no pátio da
escola o desenho animado da Turma da Mônica e to-
dos foram presenteados com um caderno de ativida-
des educativas sobre alimentação saudável.
Receitas culinárias foram preparadas, com a ajuda
das crianças, e degustadas em sala de aula e a cada
semana, um grupo de alunos pintava o painel de azu-
lejos do parque de areia com desenhos sobre o tema.
O livro "O Sanduíche da Maricota" foi lido pelas pro-
fessoras, recontado pelos alunos e, com a ajuda das
professoras do módulo, dramatizado por algumas cri-
anças de cada sala do turno. Como encerramento do
projeto, todos foram convidados para prepararem o seu
próprio Sanduíche da Maricota.
O grupo de professores avaliou que houve um gran-
de interesse dos alunos em participar das atividades
propostas, experimentar novos alimentos e incentivar
suas próprias famílias a modificar seus hábitos alimen-
tares. Foi grande a expectativa para o dia do teatro do
Sanduíche da Maricota, com a preparação do sanduí-
che natural. Todos fizeram questão de experimentar a
receita. Toda a comunidade escolar pode observar o
desenvolvimento das atividades sobre alimentação sau-
dável no blog da escola: emeicoracoralina.blogspot.com
EMEI CORA CORALINA
Educadores Envolvidos:
Professoras:
Patrícia Amaral Carvalho Caversan, Ana Maria de
Medeiros, Patrícia Costa Barbosa, Maria Aparecida
Machado Del Porto, Lucília Aparecida Coral Koseki,
Edna dos Reis Lima e Cássia Aparecida Kawabata
Coordenadora Pedagógica:
Valéria Gonçalves Moreira
Diretor de Escola:
Luzenário Cruz
48
Crianças preparando o sanduíche natural.
49
N
Experiências Voltadas ao Conhecimento e
Cuidado de Si, do Outro, do Ambiente Tema do trabalho: Convivendo com a Bibi
Período de realização: março a novembro de 2010
osso objetivo, com este trabalho, foi propor-
cionar às crianças um ambiente acolhedor,
estimulante para o convívio com outras
crianças, suas famílias e educadores.
O trabalho foi iniciado com a história do
livro "Bibi vai a Escola" que basicamente descreve a
relação de um personagem dentro de uma escola e
confecção de uma boneca que participou do período
de integração. A partir desta leitura houve conversa da
professora e nos dias subsequentes a Bibi apareceu e
começou descrever as atividades, propor brincadei-
ras, conversar sobre o seu dia, suas preocupações e
suas dificuldades.
A cada dia, Bibi também ia para a casa de uma das
crianças e os pais compartilhavam essa atividade.
Durante o desenvolvimento desse projeto, notamos
que as condições de convívio entre os alunos já esta-
vam se qualificando de melhor maneira e o quanto a
presença da boneca Bibi contribuiu para esse avanço.
EMEI FRANCISCO MANUEL DA SILVA
Educadores Envolvidos:
Professora: Silvana Maria Rodrigues Ares Negrão Silva.
Coordenador Pedagógico: Braz Gica da Paz Junior
Diretora de Escola: Agda Cesari Santos.
1) Recados da família
2) Um dos recados às famílias
50
Abaixo, Bibi
51
O
Experiências de Exploração da Linguagem Verbal Tema do trabalho: Quem canta seus males espanta
Período de realização: agosto a dezembro de 2010
objetivo de nosso trabalho foi oportunizar ex-
periências de acesso às informações, para
construção de conhecimentos sobre a histó-
ria da cultura infantil e sua riqueza em ele-
mentos simbólicos, lúdicos e artísticos. Com
repertórios lúdicos, cantigas de roda
panhamento de seus registros, além da interlocução
da família com a escola (pais reviviam junto a seus
filhos a cultura que também fez parte de sua infância);
levantamento de
e parlendas, com as crianças e seus pais, fizeram a
aproximação entre a escola e a família.
Durante o 2º semestre de 2010, as crianças pude-
ram vivenciar diversas brincadeiras e cantigas da cul-
tura infantil e elaborar o registro através de desenhos,
colagens, recortes, pinturas e dobraduras, utilizando
diferentes materiais, orientadas e mediadas pela pro-
fessora, na construção destas vivências e registros.
Foram ocupados os diversos espaços da escola: pá-
tio, sala de aula e quadra. Finalizamos o projeto com
a elaboração de um caderno, por criança, que contin-
ha a letra das cantigas ou parlendas e os respectivos
registros elaborados por elas. Ao final do caderno, foi
anexado, também, um CD, gravado pela professora,
contendo todas as cantigas trabalhadas. Este cader-
no foi apresentado aos pais em nossa "Mostra Cultu-
ra" 2010.
Foi possível observar apropriação, pelas crianças,
das brincadeiras e cantigas; a exploração dos ritmos e
sons; o aprendizado de cantigas e parlendas e o acom-
EMEI GELOÍRA DE CAMPOS Educadores Envolvidos:
Professora:
Flávia Citrangolo Destro
Coordenadora Pedagógica:
Lucia Regina C Godoy Rivolta
Diretor de Escola:
Carlos Antonio Vieira
Brincando de amarelinha
52
53
Experiências de Brincar e Imaginar Tema do trabalho: O brincar com atividade permanente
na Educação Infantil
Período de realização: ano letivo de 2010
“(
...) brincar é o principal modo de expressão da infância, a ferramenta por excelência para
a criança aprender a viver, revolucionar seu
desenvolvimento e criar cultura. A criança
teria na brincadeira que faz com outra crian-
ça, ou sozinha, oportunidade para usar seus recursos
para explorar o mundo, ampliar sua percepção sobre
ele e sobre si mesma, organizar seu pensamento e
trabalhar seus afetos, sua capacidade de ter iniciativa
e ser sensível a cada situação. Em especial o brincar
de faz-de-conta é apontado por diferentes pesquisa-
dores como ligado à promoção da capacidade de ima-
ginar e criar pela criança" Orientações Curriculares:
Expectativas de Aprendizagens e Orientações Didáti-
cas, pág. 54.
A partir de uma proposta na Roda de Conversa, so-
bre os brinquedos preferidos, os alunos desenharam
seu brinquedo preferido e socializaram com os demais
sua produção. No dia seguinte, foi feita, pela professo-
ra, a seleção de brinquedos e a organização da sala
com outros materiais que existiam na escola: tecidos,
triciclos, quebra-cabeças e outros jogos. Quando as
crianças chegaram e se depararam com os brinque-
dos, ficaram, inicialmente, em dúvida sobre o que iriam
primeiro explorar; mas,depois, em pequenos grupos,
foram se organizando nas escolhas. As crianças ex-
ploraram a maioria dos brinquedos e as fantasias cha-
maram atenção das meninas que, após vestirem e ro- dopiarem, sentiram-se como princesas enquanto os
meninos, super heróis.
Algumas intervenções diretas foram feitas quando
se percebeu que as crianças não tinham notado os
tecidos grandes. Neste momento, foi solicitado que a
estagiária abrisse um deles e aí, a festa das "cabanas"
começou. Outros momentos de intervenções foram
realizados quanto à disputa por brinquedos e escolhas
mais diversificadas. Foi possível observar o tempo de
envolvimento das crianças, as interações realizadas
e a diversidade de enredos no faz de conta. EMEI JOÃO DE DEUS BUENO DOS REIS, Dr.
Educadores Envolvidos:
Professora:
Maria Carolina e Estágiaria Viviane
Coordenadora Pedagógica:
Geny Rodrigues da Silva
Diretora de Escola:
Maria Inez de Oliveira Carlo
Escolhendo brinquedos...
54
55
“O
Experiências com a Expressividade das
Linguagens Artísticas Tema do trabalho: Apresentação teatral “O casamento da Dona Baratinha”
Período de realização: 2009
Teatro na educação infantil deve ser
entendido como uma experiência com-
pletamente integrada às outras experi-
ências vividas pelas crianças: a leitura
de histórias, a brincadeira, a expressão
plástica, a Música, o movimento. Desde cedo, as cri-
anças podem refletir sobre o que é específico desta
arte: o espaço cênico, a presença de personagens, a
dramaturgia, bem como sobre o cenário, o figurino, a
maquiagem, objetos de cena, luz e som, elementos
que compõem a linguagem teatral. (...) A aprendiza-
gem do fazer teatral, além de passar pelo aperfeiçoa-
mento do brincar de faz-de-conta, também se benefi-
cia da maior experiência das crianças em usufruir da
contação de histórias que se faz cotidianamente no
CEI, creche ou EMEI, em que aprendem a lidar com
as palavras e imagens às quais elas remetem.As cri-
anças pequenas interessam-se muito por histórias li-
das, contadas ou dramatizadas pelo professor, nas
quais ele se utiliza dos recursos expressivos da voz
(entonações) e expressão corporal, recursos estes
também fartamente utilizados no teatro." Orientações
Curriculares:expectativas de Aprendizagens e Orien-
tações Didáticas, pág 124
O trabalho, desenvolvido por toda equipe docente,
objetivou oportunizar às crianças a vivência com tex-
to teatral e os códigos específicos da linguagem tea-
tral ao conhecer a história, personagens diferentes e
a montagem de uma peça teatral.
O produto final foi a apresentação da peça "O Ca-
samento da Dona Baratinha" apresentado na quadra,
onde foi criado o cenário com cortina de TNT, brinque-
dos e objetos que faziam parte da peça com duração
de aproximadamente 30 minutos; os personagens fo-
ram encenados pelos professores que se caracteriza-
ram com fantasias e máscaras.
Os alunos gostaram muito, participaram e cantaram
junto com os personagens. Depois, puderam vivenciar
como comentar apresentações teatrais em relação aos
objetos, personagens e seus enredos. EMEI LAUDO FERREIRA DE CAMARGO Educadores Envolvidos:
Professor:
Todos os professores
Coordenadora Pedagógica:
Emiliana dos Santos Pinheiro
Diretora de Escola:
Olga Maria de Azevedo Mehlmann
56
57
“C
Tempos e Espaços para a Infância e suas Linguagens Tema do trabalho: Semana da criança
Período de realização: outubro de 2010
EI , Creches e EMEI devem se caracte-
rizar como ambientes que possibilitem
à criança ampliar suas experiências e
se desenvolver em todas as dimensões
humanas: afetiva, motora, cognitiva, so-
cial, imaginativa, lúdica, estética, criativa, expressiva,
linguística. (Tempos e Espaços, pág.23). Parte-se do
reconhecimento de que a curiosidade infantil pode ser
dirigida a compreender seu entorno. Nele, cultura e na-
tureza provocam instigantes questões às crianças e
as diferentes linguagens artísticas que existem podem
ser trabalhadas como rupturas em relação às formas
estereotipadas de olhar a realidade que foram histori-
camente produzidas." Orientações Curriculares: Ex-
pectativas de Aprendizagens e Orientações Didáticas
para Educação Infantil, pág.38
Com o objetivo de vivenciar as diferentes Linguagens,
partindo do Brincar e Imaginar e com o apoio das Lin-
guagens Artísticas e Corporais, foi desenvolvido, em um
dia da atividade intitulada "Semana da Criança", um ro-
dízio com três oficinas em diferentes espaços.
1- Oficina de Artes (pintura coletiva com guache e
pincel) com exposição final objetivando a experimen-
tação e familiaridade com materiais e processos nos
diferentes fazeres artísticos;
2- Teatro de fantoches (A História dos Três
Porquinhos);objetivando contribuir para aumentar o pró-
prio repertório expressivo das crianças em seu faz de
conta e em seu fazer teatral.
3-A Dança da Laranja (atividade corporal dirigida,
envolvendo dança, música e brincadeira) que objetivou
a vivência de situações interessantes envolvimento o
movimento e que ajude a conhecer o próprio corpo,
ajustando suas habilidades às situações das quais
participa, conhecendo e tomando consciência de suas
potencialidades e limites.
Houve uma boa interação entre professores e alu-
nos, com expectativa pela participação nas diferentes
atividades e com grande satisfação por parte de todos
envolvidos ao término da proposta.
EMEI LEONOR MENDES DE BARROS, Dona Educadores Envolvidos:
Professoras:
Ana Paula, Cláudia, Maria Silvia, Cirlene,
Luciana e Ednalva
Coordenadora Pedagógica:
Maria Tereza K. Melo
Diretora de Escola:
Cristina C. Martins
Oficina de artes: pintura coletiva
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59
C
Expressividade com as Linguagens Artísticas Tema do trabalho: Linguagem musical
Período de realização: ano letivo de 2010
om o objetivo de proporcionar vivencias de
sensibilização e aprimoramento da percep-
ção do mundo sonoro, foram realizadas vá-
rias vivencias como: pesquisas em diversos
ambientes e dos sons que nos rodeiam; pes-
quisas e exploração de cotidiáfonos e a percepção de
que objetos comuns, feitos de materiais diversos, que
fazem parte do nosso dia-a-dia, podem assumir outra
função - a de instrumentos musicais.
O projeto foi desenvolvido de fevereiro a dezembro
de 2010, com duas salas de 3º estágio, do período in-
termediário. Todos os espaços da escola foram utili-
zados: quadra, galpão, sala de aula e até mesmo o
parque para pesquisas sonoras e foram utilizados ma-
teriais como: CD, DVD, livros, fotos, histórias, papéis
diversos, papelão, objetos de plástico, madeira e alu-
mínio, instrumentos musicais, objetos sonoros, mate-
riais de sucata, miçangas, sementes, pedrinhas, tin-
tas, pinceis, lixas e outros.
As interações que ocorreram em grupos menores e
no grupo classe foram diversas como a apresentação
de histórias para outras classes; audição com um mú-
sico de uma Orquestra Sinfônica que trouxe para as
crianças instrumentos de corda e de sopro; também
houve uma apresentação com bailarina de dança do
ventre demonstrando como se usa o instrumento ára-
be "snurgs".
Foi possível observar o envolvimento das crianças
com as pesquisas sonoras, não só na escola, mas tam-
bém, em casa; todos os dias traziam de casa diversos
objetos e, até mesmo, pedacinhos de papel de bala
para mostrar os sons que conseguiam produzir, mui-
tas vezes, com um pedacinho minúsculo de papel. E o
mais gratificante, além de perceber a empolgação das
crianças nessas pesquisas espontâneas, foi ouvir de-
las o emprego do vocabulário correto da linguagem mu-
sical. Diziam: - "Que som agudo, mas se eu fizer as-
sim (e modificava o gesto sobre o objeto) o som fica
mais grave".
Observou-se também a ampliação e o refinamento
musical adquiridos, pois as crianças ficaram mais se-
letivas, inclusive com as músicas do repertório infantil.
Alguns compositores, como por exemplo, Villa-Lobos
e Adoniran Barbosa, a nossa intenção era apenas uma
escuta musical e uma introdução ao samba, viraram
as grandes paixões das crianças. As crianças seleci-
onaram um repertório de Adoniran (Centenário do nas-
cimento) e cantavam suas músicas espontaneamente
por todos os cantos da escola.
Todas as produções e construções, como por exem-
plo, no caso dos instrumentos, foram decididas, plane-
jadas e executas em grupo. Isso fez com que as crian-
ças adquirissem uma consciência fantástica do que
vem a ser um trabalho de equipe; de esperar a sua vez
60
de falar e de agir, de ouvir o que o outro está falando,
de valorizar, não só as suas ideias e execuções, como
também, as dos colegas e as do grupo como um todo.
Outra atividade que ajudou muito a desenvolver
essa consciência foram as rodas que fazíamos toda
as semanas para a execução do jogo de mãos e co-
pos, brincadeiras rítmicas de percussão. Esse jogo
exige muita concentração e a percepção de que um
erro ou uma distração minha, com certeza, vai prejudi-
car o grupo todo.
Foi de fácil observação também, o desenvolvimen-
to do senso rítmico das crianças, da coordenação
motora, da lateralidade, da memória musical e da per-
cepção auditiva. No decorrer do processo, nos mo-
mentos da escuta musical, as crianças identificavam
com facilidade vários instrumentos musicais e todas
as propriedades do som.
EMEI LOURDES HEREDIA MELO, Profª
Educadores envolvidos:
Professora:
Iara Rubia Fiorentino de Araujo
Coordenadora Pedagógica:
Sandra Placoná Ferreira
Diretora de Escola:
Marli Gomes Barbosa Construções de instrumentos com experimentação sonora
61
C
Experiências Voltadas ao Conhecimento e
Cuidado de Si, do Outro, do Ambiente Tema do trabalho: Resgate da história da EMEI Neusa Maria Rossi
Período de realização: ano letivo de 2009
onsiderando a necessidade de promover a
abertura da escola para a comunidade, inici-
amos um projeto com o resgate do patrono
da escola. Foram mobilizadas as famílias dos
alunos, educadores e familiares da Profes-
sora Neusa Maria Rossi, Patrona da Unidade.
Em 2009, após anos, a Equipe Gestora conseguiu
o primeiro contato com os familiares de Neusa Maria
Rossi. Até então não se sabia quem era ela, e nem a
sua história, a não ser que a EMEI fora denominada
com seu nome em 1970, ainda como Parque Infantil.
O corpo docente, juntamente, com funcionários e
Equipe Gestora resolveu apresentar à comunidade
escolar a história da EMEI e de Neusa, uma educado-
ra muito dedicada à escola.
Todos os professores trabalharam a história de Neu-
sa Maria Rossi e de outros funcionários que fizeram a
história da EMEI, resgatando fatos e momentos impor-
tantes nesta trajetória desde 1956.
As crianças entrevistaram os familiares para orga-
nizar a história de Neusa, organizaram um texto coleti-
vo sobre a vida da educadora e, a partir de uma foto,
doado pela família, fizeram o retrato da mesma.
Para encerrar o projeto, preparou-se uma comemo-
ração intitulada "O Dia do Patrono" em que foram ho-
menageados diversos familiares de Neusa e antigos
funcionários. A escola fez um quadro com a foto origi-
nal em branco e preto, inaugurado no dia da comemo-
ração, pelos familiares e comunidade.A homenagem
foi realizada com uma exposição contendo todos os
trabalhos sobre a história de Neusa Maria Rossi, um
livro que falava sobre os vários funcionários antigos:
"Muitas vidas, muitas histórias" e uma apresentação
de flauta organizada pela professora Fernanda Gouvêa
e as crianças da EMEI.
As crianças interagiram com o tema, conheceram a
história de Neusa Maria Rossi e o porquê de seu nome
ser escolhido para denominar esta escola.
Conscientizaram-se sobre a sua importância na histó-
ria da EMEI, assim como de outros funcionários anti-
gos, fizeram entrevistas e desenhos, apropriaram-se não
só do conhecimento sobre a escola como, principalmen-
te, da sua patrona, percebendo-se também como parte
de uma história maior a da EMEI Neusa Maria Rossi.
EMEI NEUSA MARIA ROSSI Educadores envolvidos:
Professores: Todos os professores
Coordenadora Pedagógica: Rita de Cássia Esteves Aguiar
Diretora de Escola: Maria Cristina Geromel
Assistente de Diretora: Eunice dos Santos Lins
62
Retratos de Neusa Maria Rossi
a partir de sua foto pelos
alzmos dos Testagios.
63
O
Experiências de Exploração da Linguagem Verbal Tema do trabalho: Contos de tradição oral
Período de realização: ano letivo de 2010
projeto objetivou a ampliação, pelas crian-
ças, do repertório dos contos de tradição
oral, desenvolvimento da oralidade e o
acionamento das memórias pela narrativa de
repetição e cumulativa, além do desenvolvi-
mento de habilidades, para o registro de diferentes
mídias: foto, desenho, vídeo.
Foi desenvolvido em várias etapas iniciando-se com
uma pesquisa com os pais sobre contos conhecidos
que foram lidos na EMEI, apreciação dos vídeos do
grupo "Baú de Histórias" e leitura da coleção de con-
tos da autora Ana Maria Machado.
Dando continuidade, as crianças escolheram os
contos preferidos e realizaram a escrita coletiva: listas
de histórias, dos personagens com reescrita de dois
contos escolhidos: "Sopa de Pedra" e "A velha debai-
xo da cama" e desenho no editor de desenho "Paint
Bush". Foi realizada também a dramatização para a
produção de um vídeo.
O produto final do projeto foi a elaboração de um
livro dos "Contos de tradição Oral" feito em "Power
Point" com os passos do trabalho.
Durante o trabalho, foi possível observar o grande
envolvimento com a narrativa dos contos, sendo que,
rapidamente, as crianças se apropriaram dos contos
escolhidos oralmente. Em reunião, os pais comenta-
ram que reviveram histórias que conheciam há muito
tempo. O uso das mídias para o registro e apreciação
foi ao encontro do PEA, Projeto Especial de Ação, da
escola e da realidade dos nossos alunos.
EMEI RAUL JOVIANO DO AMARAL Educadores envolvidos:
Professora:
Cyntia Simone de Souza Rodrigues
Coordenadora Pedagógica:
Débora de Barros Turella
Diretora de Escola:
Ana Maria Spena Avino
64
Elaboração dos registros com uso do "Paint Brush" e "Power Point"
65
V
Experiências de Exploração da Linguagem Verbal Tema do trabalho: Vivenciando aprendizagens de leitura
Período de realização: ano letivo de 2010
isando garantir às crianças a vivência de ex-
periências e saberes, o trabalho foi planeja-
do a partir do projeto pedagógico para apro-
ximar as famílias dos alunos como parcei-
ros na construção das aprendizagens,
envolvê-las no desenvolvimento do gosto e hábito pela
leitura e, assim, participarem, ativamente, da vida es-
colar de seus filhos.
O trabalho iniciou-se com o manuseio de diferentes
livros de Literatura Infantil em sala de aula, comparti-
lhados em momentos prazerosos de descobertas de
histórias, das diversas emoções que provocam e dos
ensinamentos que os livros possibilitam. Realizou-se,
também, o empréstimo semanal de livros com a Biblio-
teca Circulante envolvendo as famílias nessa prática.
A partir dessas ações, as crianças construíram um
grande relacionamento com os livros e as histórias.
Podem-se destacar diferentes situações, como:
• o despertar do gosto pela leitura, que crescia
gradativamente, percebido na espera e compromis-
so da família em receber, realizar a leitura dos livros
e apresentar a devolutiva, semanalmente, nos dias
combinados;
• a postura de crianças leitoras, ao se interessar por
histórias e querer compartilhar com os colegas em
rodas de conversas;
• o cuidado e o carinho ao manusear os livros;
• o interesse e curiosidade para conhecer histórias
novas, dramatizações e enredos de livros que apa-
reciam em suas brincadeiras.
Ao final desse semestre, houve a escolha dos dois
livros preferidos da turma: "Bem-te-vi e outras poesi-
as" e "Girassóis e outras poesias", ambos dos auto-
res: Lalau e Laurabeatriz. Foram selecionadas as po-
esias que mais apreciaram e, então, as crianças es-
colheram, individualmente, quais das poesias gostari-
am de levar para casa para compartilhar com a família
confeccionando seus próprios livros que também fo-
ram socializados entre as crianças.
EMEI SYLVIO DE MAGALHÃES FIGUEIREDO,
Almirante Educadores envolvidos:
Professora:
Ana Paula de Lima
Coordenadora Pedagógica:
Edires Gonçalves de Souza
Diretora de Escola:
Maria das Dores Duran M. Silva
66
Crianr;;ru com os seus pr6prios livros de poesiru.
67
Experiências de Exploração da Natureza e da Cultura Tema do trabalho: Conhecendo o Brasil por meio da brincadeira e dos
costumes
Período de realização: ano letivo de 2010
A
s turmas referentes ao Infantil II conheceram um pouco sobre os estados do Ceará e Es-
pírito Santo em um trabalho que objetivou ofe-
recer às crianças oportunidades de estabe-
lecer algumas relações entre o modo de vi- ver (música, dança, artesanato, comida, lugares e pai-
sagens) característico de outros grupos sociais e o
modo de viver do seu grupo (São Paulo); utilizar, com
a ajuda do professor, diferentes fontes para buscar in-
formações como fotografias, objetos, textos, histórias,
livros, mapas; formular perguntas, manifestar opiniões
sobre os acontecimentos; confrontar suas ideias com
as de outras crianças.
Durante a realização do projeto, as crianças pude-
ram observar fotografias dos Estados; manusear o
Mapa do Brasil; brincar das brincadeiras tradicionais
de cada região; ouvir histórias regionais; assistir a
vídeos de danças e festas folclóricas; conhecer e pro-
var frutas da região; observar e produzir artigos do ar-
tesanato local, como as panelas de barros do Espírito
Santo, as garrafinhas de areia colorida do Ceará; ouvir
as músicas, conhecer a dança e dançar os ritmos tra-
dicionais desses Estados. As crianças também pude-
ram construir, em homenagem às belas praias dos dois
Estados, um jogo intitulado "Jogos dos Mergulhado-
res" e construir uma maquete: "O Fundo do Mar".
O espaço mais utilizado para realização das ativi-
dades foi a sala de aula, que foi sofrendo alterações e
68
adequações, de acordo com as atividades realizadas. Já as brincadeiras foram realizadas no pátio da esco-
la, com algumas adaptações e uso de materiais espe-
cíficos de cada região, entrando em contato com ma-
teriais e portadores de textos diversos.
Foi possível observar que as crianças se envolve-
ram muito durante a elaboração do projeto, muitas con-
taram que já conheciam outros estados e um relatou
que nasceu no Ceará e ficou "muito feliz porque está-
vamos estudando o Estado dela"; sua mãe, durante
reunião de pais, confirmou contando o quanto a filha
estava gostando das atividades realizadas. EMEI VANDA COELHO DE MORAES Educadores envolvidos:
Professoras:
Denise Ruiz Medeiros e Roberta Aparecida da Trindade
Coordenadora Pedagógica:
Cibele Becherini
Diretora de Escola:
Elaine Cristina Ramos de Almeida
Apresentação: informações sobre alimentação da região.
.\ (-
69
70
71
Ensino Fundamental - Ciclo I
Língua Portuguesa
“Nas últimas décadas, criou-se um relati-
vo consenso de que a Educação Básica deve
visar, fundamentalmente, à preparação para
o exercício da cidadania, cabendo à escola
formar o aprendiz em conhecimentos, habili-
dades, valores, atitudes, formas de pensar e
atuar na sociedade, por meio de uma apren-
dizagem que seja significativa.” (Orientações
Curriculares Proposição de Expectativas de
Aprendizagem Ensino Fundamental I, p.19)
“O ensino de Língua Portuguesa, dessa
forma, deve se dar num espaço em que as
práticas de uso de linguagem sejam compre-
endidas em sua dimensão histórica e em que
a necessidade de análise e sistematização
teórica dos conhecimentos linguísticos decor-
ra dessas mesma práticas.” (Orientações
Curriculares Proposição de Expectativas de
Aprendizagem Ensino Fundamental I, p. 31)
Neste livro, as atividades apresentadas em
Língua Portuguesa, nos diferentes anos que
compõem o Ciclo I, possuem a característi-
ca comum de trabalhar a língua materna, nas
modalidades oral e escrita, como conteúdo
no campo de conhecimento “Língua Portugue-
sa e Matemática” e, como ferramenta de in-
serção social e comunicativa - de fato - nos
demais campos de conhecimento, ou seja,
em “Natureza e Sociedade” e “Artes e Edu-
cação Física”. Também devemos lembrar que
estas mesmas práticas ilustram os avanços
de nossos regentes, à medida que foram se
apropriando, qualitativamente, dos pressupos-
tos teóricos presentes em todo o material que
compõe o Programa “Ler e escrever - priori-
dade na escola municipal”.
O
EAD - A criança de 6 anos no
Ensino Fundamental de 9 anos Tema do trabalho: Cantos de atividades diversificadas
Período de realização: ano letivo de 2010
s objetivos da atividade foram: promover a
autonomia de escolhas dos alunos, tendo
suas decisões respeitadas e apoiadas pe-
los adultos por meio de: realizações de ações
sozinhos ou com pouca ajuda do adulto e de
outros parceiros; valorização de cooperação e solida-
riedade; relacionamento com os outros, adultos e cri-
anças, demonstrando suas necessidades, interesses,
gostos e preferências; participar de situações de brin-
cadeiras e jogos nos quais se pode escolher parcei-
ros; participação em situações que envolvam a combi-
nação de algumas regras de convivência em grupo e
aquelas referentes ao uso de materiais e do espaço,
quando isto for pertinente; cuidados com os materiais
de uso individual e coletivo.
A sala foi dividida em vários espaços, de acordo
com a necessidade observada:
Escrita: (Grupo de 5 crianças) - Com letras móveis
as crianças escreveram o próprio nome e dos colegas
do grupo. Nesse pequeno grupo, o professor tinha a
possibilidade de atuar de forma mais precisa, verifican-
do as dificuldades de cada um e auxiliando para que
avançassem em suas hipóteses alfabéticas.
Matemática: Jogo de Dados (Grupos de 6 crianças)
- Em trios, as crianças anotavam os nomes dos partici-
pantes, com auxílio do crachá. Iniciavam o jogo e ano-
tavam os pontos obtidos no dado em três rodadas, res-
peitando a ordem dos nomes. Ao término era hora da
72
contagem dos pontos de cada um com apoio das tampi-
nhas. Ganhava aquele com maior número de tampinhas.
Leitura: (Grupo de 6 crianças) - Roda de Gibi em
que as crianças escolhiam os gibis e apreciavam as
histórias. Mesmo sem saber ler faziam comparações
e interpretações por meio dos desenhos e socializa-
vam suas descobertas com o grupo.
Jogos Simbólicos (Grupo de 12) - Caixa de brin-
quedos- Atividade mais procurada. As crianças esco-
lhiam de maneira ordenada, de acordo com os combi-
nados, os brinquedos da caixa como: panelinhas, bo-
necas, carrinhos, amarelinha, animais da selva e se
organizavam em pequenos grupos.
Por meio do Curso EAD "A Criança de 6 Anos no
Ensino Fundamental", tive conhecimento, na prática,
da importância da atividade diversificada por meio das
leituras, exemplos e troca com as colegas de curso.
Desta forma, incluí em minha rotina, esta atividade três
vezes por semana.
A constante formação do profissional da educação
contribui para a sua prática em sala de aula.
EMEF CHIQUINHA RODRIGUES, Dona Educadores envolvidos:
Professora: Claudia Antonelli Zancan Angerame
Aluna Pesquisadora: Filippa Jorge Rosso
Coordenadora Pedagógica: Regina Maria Guerra Valente
Diretora: Márcia Regina de Souza Quintino Costa
Jogo de Amarelinha
Escrita de Nomes
Roda de Gibi
Jogo de Dados
Jogos Simbólicos
73
N
Ciclo I - Língua Portuguesa Tema do trabalho: Brincadeira simbólica na brinquedoteca
Período de realização: ano letivo de 2010
osso objetivo foi proporcionar às crianças do
2º ano do Ensino Fundamental de 9 anos,
momentos de brincadeira simbólica. Esta é
uma condição essencial para o desenvolvi-
mento infantil, pois envolve aspectos naturais, culturais e sociais que podem desenvolver e/ou ampliar
diferentes capacidades e buscar novas significações.
Em sala de aula, na Roda de Conversa, propus uma
atividade diferenciada, onde a turma seria dividida em
quatro grupos e cada grupo participaria de um tema na
Brinquedoteca. Nesta Roda de Conversa estabelece-
mos algumas regras:
a) como seria a divisão dos membros. Por votação
foi decidido sorteio;
b) quais seriam estes temas? Os grupos ficaram
divididos em Canto das fantasias, da família, do con-
sultório médico e da oficina mecânica;
c) os alunos não poderiam trocar de grupo, mas
poderiam transitar entre eles;
d) as demais regras e combinados foram feitas para
o desenvolvimento de um trabalho coletivo harmonioso.
Os grupos construíram seus ambientes de modo sig-
nificativo que remetiam a elementos do real. A partir de
minhas intervenções, puderam qualificar melhor o de-
senvolvimento das brincadeiras. Como no Canto da Fan-
tasia: quando já haviam resolvido que o vestido branco
seria da noiva, perguntei quem usaria um paletó. As
crianças pensaram um pouco e me responderam: "O
74
pai da noiva!" Intervenções desafiadoras e qualitativas
como esta foram feitas em todos os cantos.
As crianças puderam vivenciar regras, transformá-
las e recriá-las conforme suas necessidades e inte-
resses; assimilaram a cultura de diferentes modos de
vida, de forma lúdica, social e democrática.
EMEF ANA MARIA ALVES BENETTI, Profª
Educadores envolvidos:
Professora:
Gláucia Félix Melchioretto
Coordenadora Pedagógica:
Patrícia de Vasconcelos Pegrucci
Diretora: Sonia Regina Moreira
Canto das fantasias
O que faremos? Oba, um casamento!
Celebração
(o noivo fez questão de estar fantasiado)
Troca de alianças (anéis de chiclete,
que tempo delicioso!)
Jogando o buquê(a noiva resistiu um
pouco...mas depois adorou!)
Saída dos membros e seus convidados. A FAMÍLIA: Quem será a mãe?
A mais alta é a mãe!
As filhas preparando a neta
para ir ao médico.
CONSULTÓRIO MÉDICO: A neta sendo
examinada. Muita febre!
A enfermeira medicando a neta,
"Amoxil".
OFICINA MECÂNICA: O pai explicando para o mecânico (boneco) que precisa trocar os pneus do automóvel..
75
O
Ciclo I - Língua Portuguesa Tema do trabalho: "Desbravando Cecília Meireles"
Período de realização: ano letivo de 2010
objetivo principal de meu trabalho, com esta
sala de 4º ano PIC foi o de construir e de-
senvolver a fluência leitora nestes alunos, que
nem sequer a haviam consolidado ainda.
Tudo isto para que estes alunos pudessem se descobrir como leitores competentes de diferentes
gêneros textuais e, particularmente, do literário.
O PIC- Projeto Intensivo no Ciclo I, criado em 2006,
integra o Programa "Ler e Escrever- Prioridade na Es-
cola Municipal". É uma sala formada por alunos que
foram retidos ao final do Ciclo I, por não dominarem os
conhecimentos mínimos necessários para seu pros-
seguimento nos estudos no Ciclo II, constituindo-se,
portanto, numa ação intensiva que visa recuperar os
conteúdos não aprendidos por estes alunos, particu-
larmente, no que se refere às habilidades de ler e es-
crever, convencionalmente, de forma autônoma.
O "Teatro de Leitores" é uma atividade de leitura na
qual cada aluno interpreta um personagem com a
expressividade necessária para lhe dar vida. Assim,
originalmente, no "Teatro de Leitores" os alunos ensai-
am a leitura de textos literários preparando-se para uma
representação teatral na qual deverão ler seus rotei-
ros diante de uma plateia. O material do PIC, traz no
volume 1, uma sequência didática de leitura de poe-
mas que consideramos bastante atraente para desen-
volvermos nosso projeto de leitura oral dos alunos. Fi-
zemos uma mescla dos dois projetos, cuja concepção
de leitura é a mesma e optamos pela leitura de poemas
porque este é um gênero onde os autores não apenas
exploram a sentido das palavras (ampliando o repertó-
rio dos alunos), mas principalmente, brincam com a
sonoridade das mesmas criando efeitos diversos.
No início de setembro de 2010, os alunos fizeram a
leitura dos poemas da Cecília Meireles para seus fa-
miliares num evento promovido pela escola. Desde o
início das atividades os alunos sentiram-se atraídos
pela ideia de se apresentarem em público, especial-
mente para seus familiares, lendo poesias. Talvez por-
que no caso dos alunos do PIC que passaram anos de
sua vida escolar sem domínio da leitura e escrita, mui-
tas vezes já desacreditados e estigmatizados pela pró-
pria família, esta possibilidade de ler, de mostrar sua
capacidade perante os familiares tenha um significado
muito especial. Por isso, eles se empenharam muito
nos ensaios, que se iniciaram ainda no 1º semestre,
demonstraram cooperação diante das dificuldades de
algum colega do grupo, buscaram soluções conjuntas
para os problemas que surgiam durante os ensaios.
As crianças que já liam de forma fluente apoiavam e
auxiliavam aqueles que tinham mais dificuldade.
O sucesso deste trabalho nos leva a concluir que o
"Teatro de Leitores" é uma atividade motivadora, pos-
sível de ser aplicada para crianças com diferentes ní-
76
veis de leitura e faixa etária, que contribui muito para o
desenvolvimento da competência leitora dos alunos,
para a elevação de sua autoestima e principalmente,
para a formação de indivíduos que encontram na leitu-
ra uma fonte inesgotável de informação, de entreteni-
mento, de emoção e de prazer.
"Teatro de Leitores" apresentação pública, setembro de 2010.
EMEF MÁRIO SCHÖNBERG, Prof.
Edudacador (a) envolvido(a):
Professora: Salete de Fátima Francisco
Coordenadora Pedagógica:
Eneida Cristina de Faria Lario
Diretora:
Regina Conceição Alexandre Silva
77
N
Ciclo I - Língua Portuguesa Tema do trabalho: Texto de autoria dos alunos
Período de realização: ano letivo de 2010
osso objetivo foi registrar o dia a dia da nova
experiência que seria a relação diária com
alunos de seis anos numa Escola Municipal
de Ensino Fundamental, preparada, até en-
tão, apenas para alunos maiores.
Pensamos em desenvolver um trabalho significativo
e, amplamente, registrado. Montamos o passo a passo,
com prazos determinados para entrega de material, para
revisão e possível retomada dos mesmos. Deixamos
claro o que queríamos registrar: o referente às ativida-
des feitas em classe no coletivo, bem como o produto
individual produzido por nossos pequenos autores.
Em reunião com os pais, falamos de nosso projeto,
cujo produto final seria a publicação de um livro - com
textos feitos pelos alunos dos quatro primeiros anos -
demonstrando o avanço na alfabetização e na cons-
trução de suas competências leitora e escritora. Nes-
te encontro dissemos aos pais a importância de que
nos dessem a autorização para o uso da imagem, som
e das produções textuais das crianças.
O que queríamos era comprovar que podíamos fa-
zer acontecer o melhor, pedagogicamente falando, se-
guindo as propostas do material do Programa "Ler e
escrever - prioridade na escola municipal", nas 'Orien-
tações Curriculares Proposição de Expectativas de
Aprendizagem Ensino Fundamental I" e nos "Guias de
Orientação e Planejamento do Professor Alfabetizador"
e nos conteúdos das formações, para Professores e
Coordenadores Pedagógicos oferecidos pela DRE -
Santo Amaro. Estes materiais foram companheiros
inseparáveis em nossos horários coletivos, momen-
tos em que avaliávamos e conduzíamos nosso traba-
lho. A máquina fotográfica foi também companheira
inseparável das professoras e das alunas pesquisa-
doras, no dia a dia, para que os acontecimentos signi-
ficativos fossem registrados. A rotina destas quatro
salas, contou, ao longo deste ano com uma proposta
inovadora, no sentido de respeitar a faixa etária destes
alunos: os cantinhos diversificados, o parquinho, os
brinquedos, e os jogos compuseram um ambiente
alfabetizador alegre, lúdico e decisivo para uma alfa-
betização significativa e de qualidade.
O resultado final foi, extremamente, gratificante. As
professoras trabalharam com empenho, os alunos sen-
tiam-se participantes ativos da construção do livro, a
Equipe Gestora envolveu-se no trabalho desde a sua
fase inicial, dando suporte técnico para que tudo acon-
tecesse dentro do programado, os ATE mostravam-se
disponíveis e colaboravam em tudo que era solicitado,
as Alunas Pesquisadoras ajudavam muito e também
participaram dando seus depoimentos. Por tudo que foi
relatado, creio que a melhor síntese para esse trabalho
é concluir dizendo que esse livro foi o produto de um
sonho, que para tornar-se real foi planejado, minuciosa-
mente, com várias mãos trabalhando em harmonia,
como numa orquestra. Escreveram, registraram o que
78
era feito no decorrer do ano, colorindo com a grata rea-
lidade as páginas de "Estou Chegando". Ao longo de
suas páginas, podemos identificar as formações reali-
zadas na DRE - Santo Amaro, as trocas de experiênci-
as acumuladas nos cinco anos do Projeto "Toda força
no 1º ano - TOF", a coragem de enfrentar desafios e a
certeza de poder contar com grandes parceiros.
Êta cantinho mágico!
EMEF PEREIRA CARNEIRO, Conde
Educadores envolvidos:
Professoras: Anna Fabíola Maranho Tucilho, Déa Maria
Vieira Coelho, Vilma Aparecida Pantarotto, Dirce de
Oliveira Risso, Altemira Maria Batista Marcilio, Marcia
Regina Barbosa, Maria L. Soares Bessa e Raquel Cristina
Diniz, Ivone Rodrigues
Alunas Pesquisadoras: Fernanda Priscila Ribeiro Benites,
Adriele Souza Lopes, Ângela de Fátima Morales e
Celianny Soares Mendes
Coordenadoras Pedagógicas: Maria da Conceição Marques
Ferreira e Rosângela Mattos Magro
Diretora: Erzsebet Shcmuck Orui
79
80
81
Ensino Fundamental - Ciclo I
Artes e Educação Física
"A área de Artes e Educação Física agre-
ga as variadas formas de percepção e ex-
pressão de ideias, sentimentos, emoções e
saberes culturalmente construídos e
reconstruídos, ou seja, compreende as dife-
rentes linguagens. Entende-se por linguagem
os modos de percepção e expressão que se
manifestam por meio de signos (corporais,
visuais, musicais, teatrais)... Por isso, enten-
de-se a cultura como uma multiplicidade de
manifestações e produções culturais, materi-
ais e imateriais, que surgem a partir dos en-
contros de grupos sociais diversos e, tam-
bém, como um campo de conflitos para a va-
lidação dos significados dados a essas pro-
duções e manifestações." (IN: Orientações
Curriculares Proposição de Expectativas de
Aprendizagem Ensino Fundamental I, p.96)
O trabalho com o campo de conhecimento
"Artes e Educação Física", com os anos ini-
ciais do Ensino Fundamental de 9 anos, foi
realizado em três frentes paralelas em nos-
sa DRE - Santo Amaro, ao longo de 2010:
duas assessoras em algumas escolas,
focando a importância do movimento e da lin-
guagem corporal para uma alfabetização qua-
lificada e significativa, curso optativo focando
a necessidade da inserção dos momentos de
brincadeira simbólica, na Rotina Semanal de
Atividades e curso EAD focando - entre ou-
tros assuntos - a organização de cantos de
aprendizagem, no âmbito do Ensino Funda-
mental.
Nossa escola, que teve suas atividades
contempladas neste campo de conhecimen-
to, favoreceu o aspecto cultural e proporcio-
nou, a seus alunos, momentos diversificados
e lúdicos, nos quais a construção de conhe-
cimentos ocorreu de forma significativa, re-
fletindo-se, diretamente, na qualificação de
suas alfabetizações.
N
Ciclo I - Educação Física Tema do trabalho: 1ª Copa Estudantil Figueiredo
Período de realização: ano letivo de 2010
osso trabalho teve como objetivo apresentar
para os alunos do Ciclo I Temas Transver-
sais como: Pluralidade Cultural, Meio Am-
biente, Saúde, Trabalho e Consumo.
O futebol é uma das maiores paixões do
povo brasileiro. No período de realização da Copa
Mundial de Futebol, na África do Sul, aproveitamos
esse acontecimento, para enriquecer, dar mais senti-
do às aulas, conhecer e saber um pouco mais sobre
outras culturas e povos. Desta forma, os Temas Trans-
versais surgiram com um assunto central, a realiza-
ção da Copa Mundial de Futebol, na África do Sul, en-
tre junho e julho de 2010.
Por se tratar de um campeonato mundial, aprovei-
tamos para inserir também o tema Paz, ao abordar a
união entre os povos por meio do esporte, e os aspec-
tos positivos e negativos das ações praticadas pelas
torcidas. Quanto ao tema Meio Ambiente trabalhamos
com os seguintes assuntos: poluição visual, auditiva,
sujeira em locais públicos.
Paralelamente à abordagem destes Temas, organi-
zamos um campeonato interno que contou com a par-
ticipação de todos os anos do Ciclo I - do 1º ao 4º.
Neste campeonato demos ênfase à organização de:
tabelas contendo dados significativos a esta modali-
dade esportiva; jogos de modalidades diversificadas,
respeitando a faixa etária dos alunos; bandeiras, mas-
cotes e gritos de guerra para as torcidas; murais com
82
as informações diárias sobre a realização do campeo-
nato; acompanhamento dos jogos da Copa Mundial por
meio de agendas, destacando os jogos do Brasil. Ao
mesmo tempo, demos ênfase também à organização
das regras junto aos alunos, que deveriam nortear o
desenvolvimento do projeto.
Notamos que houve participação, interesse, moti-
vação, comportamentos contextualizados aos diferen-
tes momentos do desenvolvimento do projeto, desem-
penho nas atividades propostas e procedimento do alu-
no diante do conteúdo, apresentado de forma diferen-
ciada, lúdica e significativa a esta faixa etária.
EMEF MANOEL CARLOS DE FIGUEIREDO
FERRAZ, Desembargador
Educadores Envolvidos:
Professores Artur de Oliveira Torres, Lucia da Silva Xavier
e Roseline Alves Rosa, de Educação Física
Colaboradores: professores e estagiárias dos 1ºs anos do
Ciclo I, as POIE, Márcia e Ivone e o professor Paulo, de
Artes
Coordenadora Pedagógica: Cléa dos Reis Rodrigues
Diretor: Fábio Renzo
Realizm;iio dos jogos
83
“A
Ciclo I - Artes Tema do trabalho: Música nos anos iniciais do
ciclo I do Ensino Fundamental de 9 anos
Período de realização: ano letivo de 2010
s crianças são aprendizes ativos, atribuem
e constroem significados para suas expe-
riências culturais, tanto de forma individu-
al como por meio da experiência coletiva,
no espaço familiar, na comunidade e, prin-
cipalmente, pelo contato com as mídias.” (Orientações
Curriculares Proposição de Expectativas de Aprendi-
zagem Ensino Fundamental I, p.182) O uso da música
- nos anos iniciais do Ensino Fundamental de 9 anos -
está referendado pelas “Orientações Curriculares Pro-
posição de Expectativas de Aprendizagem Ensino
Fundamental I”, no campo de conhecimentos “Artes e
Educação Física”. Nosso objetivo, nestas atividades,
foi o de proporcionar aos alunos, destas classes, mo-
mentos de construção de conhecimentos significativos,
aliando as linguagens corporal e musical; promover o
uso contextualizado da linguagem oral, bem como,
gradativamente, organizar o discurso oral, na medida
em que as crianças participavam de situações comu-
nicativas; promover a aprendizagem em diferentes
espaços escolares.
Para a construção de instrumentos musicais foram
realizados vários momentos em que as crianças se uti-
lizaram de sucata, materiais recicláveis, massinha de
modelar, areia e feijão. Estes instrumentos foram utiliza-
dos nos momentos de Rodas Cantadas, nas quais des-
tacamos as músicas: “Alecrim Dourado”, “Peixe Vivo”,
“Saci Pererê”, “As flores já não crescem mais”.
Paralelamente ao trabalho com as Rodas Cantadas,
os alunos desenvolveram - com assuntos pertinentes
- Rodas de Conversa, leituras coletivas, confecção de
cartazes alusivos às atividades realizadas.
“Os movimentos, procedimentos, gostos e ações
padronizadas e já conhecidas pelos estudantes medi-
ante inúmeros veículos de informação não devem ser
negados, pois fazem parte da cultura do grupo. Na di-
reção da autonomia e da valorização das identidades,
é importante acolhê-los para que, no processo de cons-
trução coletiva, sejam ampliados e reconstruídos” (Ori-
entações Curriculares Proposição de Expectativas de
Aprendizagem Ensino Fundamental I, p.185). Neste
sentido, nossa avaliação foi contínua - à medida que
as atividades iam se desenvolvendo - os aspectos
observados foram: as possibilidades de movimentos
das crianças desta faixa etária, aliados ou não, às
músicas utilizadas; o envolvimento e a socialização
entre crianças e crianças e professores; os benefícios
desta forma de construção de conhecimentos para uma
alfabetização melhor qualificada.
84
EMEF SYLVIO HECK, Almirante
Educadores Envolvidos:
Professoras: Mileine Rodrigues Santos
e Marilete Pires Silva Lima
Coordenadora Pedagógica: Camila da Rocha Muner
Apresentação musical, outubro de 2010
Diretora: Andréia Sevilha
85
86
87
Ensino Fundamental - Ciclo I
Matemática
Por que ensinar Matemática? Como res-
posta a esta pergunta poderíamos dizer que
encontramos argumentos úteis, relacionados
às necessidades cotidianas e ao exercício da
cidadania, bem como, argumentos que se jus-
tificam na formação de capacidades intelec-
tuais dos alunos.
A escola é o lugar, por excelência, onde
interrogamos o Mundo. Aprendemos a
conhecê-lo, atuar nele e sobre ele. Para in-
terrogar o Mundo, interrogamos os saberes
nele constituídos. Este patrimônio cultural é
parte importante dos saberes que a humani-
dade tem produzido durante séculos e a es-
cola deve garantir que crianças e jovens te-
nham a oportunidade de se apropriar desses
saberes.
Considerando a importância de que a Ma-
temática seja entendida pelos estudantes
como uma forma de compreender e atuar no
mundo e que o conhecimento gerado nessa
área do saber seja percebido como fruto da
construção humana na sua interação cons-
tante com o contexto natural, social e cultu-
ral, é fundamental que, além da aprendiza-
gem de conceitos e procedimentos, ao longo
do Ensino Fundamental, professores e estu-
dantes construam um ambiente favorável para
essa aprendizagem constituindo atitudes po-
sitivas.
“Como as demais áreas de conhecimento,
em Matemática, as atividades devem ser or-
ganizadas de modo a contemplar a leitura de
textos, a produção escrita, a comunicação
oral, especialmente levando-se em conta que
os eixos metodológicos do trabalho devem ser
a resolução de problemas, as investigações,
a contextualização (histórica e de aplicações)
e o recurso aos equipamentos tecnológicos.”
(Orientações Curriculares Proposição de Ex-
pectativas de Aprendizagem para o Ensino
Fundamental - Ciclo I, p. 70).
Os trabalhos apresentados neste livro pre-
tendem compartilhar saberes e práticas dos
nossos professores na busca constante de
oferecer aprendizagens significativas.
O
Ciclo I - Matemática Tema do trabalho: Brincar e aprender com os números
Período de realização: março a setembro de 2010
objetivo do trabalho foi proporcionar experi-
ências favoráveis para que os alunos am-
pliassem os seus conhecimentos sobre o
sistema de numeração decimal.
A sequência de atividades contemplou a
aprendizagem de conhecimentos quanto à sequência
oral dos números, procedimentos de contagem, bem
como a leitura e escrita em diferentes contextos.
O trabalho se desenvolveu por meio de diferentes
atividades. Dentre elas destacaram-se:
• O trabalho sistemático com o calendário, explo-
rando as datas mais significativas do período, bem
como situações problemas envolvendo o controle
e quantidade de dias (quanto falta para; quantos
dias no mês tivemos educação física...);
• As brincadeiras dentro e fora da sala de aula, tais
como: Amarelinha, corda, bingo;
• Rodas de contagem;
• A construção e trabalho com o quadro numérico;
• O registro sistemático das coleções de tampinhas;
• O ditado de números e a reflexão sobre as dife-
rentes hipóteses;
• A resolução de situações problemas vivenciadas
a partir de histórias.
As sondagens e avaliações diagnósticas foram im-
portantes instrumentos para observarmos os avanços
dos alunos e realizarmos os ajustes necessários a
partir dos conhecimentos já consolidados. Dentre es-
tes conhecimentos destacamos a apropriação e uso
de estratégias para contagem e a escrita convencio-
nal dos números. Durante as atividades os alunos
aprenderam conteúdos matemáticos, mas também,
desenvolveram atitudes favoráveis à aprendizagem
como o gosto por enfrentar desafios, a cooperação com
os colegas, a confiança em sua capacidade para apren-
der e fazer matemática na escola.
EMEF ANTENOR NASCENTES
Educadores envolvidos:
Professora:
Rita de Cássia Alves dos Santos
Coordenadora Pedagógica:
Kenya de Paula
Diretora:
Denise Ribeiro de Carvalho
88
Contagem e registro da coleção de tampinhas
89
O
Ciclo I - Matemática Tema do trabalho: O uso da tecnologia na aprendizagem matemática
Período de realização: novembro de 2010
objetivo do trabalho foi proporcionar experi-
ências nas quais os alunos pudessem utili-
zar a calculadora para aprender sobre o Sis-
tema de Numeração Decimal e como recur-
so para verificar procedimentos de cálculo,
utilização de diferentes estratégias e recursos de apren-
dizagem motivaram os alunos, o que facilitou o
envolvimento e a aprendizagem.
analisando erros e validando resultados.
O desenvolvimento da proposta contemplou diferen-
tes situações de aprendizagem. Os alunos tiveram a
oportunidade de conhecer e explorar o uso da calcula-
dora, discutindo seu uso social e a utilização para rea-
lizar operações aritméticas. Dentre as atividades pro-
postas destacamos:
• Roda de Conversa sobre o uso social da calcula-
dora: "Para que serve?" "É usada pela família?"
"Vocês sabem usar?"
• Desenhar a calculadora e socializar os diferentes
registros;
• Digitação exploratória de números;
• Digitação exploratória para realizar cálculos;
• Utilização da calculadora para validar outros pro-
cedimentos pessoais de cálculo dos alunos.
As explorações incluíram o levantamento de hipó-
teses, comparações, conflitos, resoluções, validações.
As aprendizagens dos alunos foram observadas em
relação ao conhecimento numérico e às operações. A
EMEF ARY PARREIRAS, Almirante Educadores envolvidos:
Professora:
Neiri de Oliveira Mouco
Formadora de matemática:
Regina Célia Santiago do Amaral Carvalho (Incentivadora
das práticas em sala de aula - formação em horário
coletivo)
Coordenador Pedagógico:
Flávio Roberto Braçorroto
Diretora:
Wilma B. Felinto.
Realizando cálculos com a calculadora
90
91
A
Ciclo I - Matemática Tema do trabalho: Troca 100
Período de realização: 2º semestre de 2010
s crianças apresentam um interesse natu-
ral/social pelo sistema monetário brasileiro,
o uso social possibilita explorar diferentes
contextos do cotidiano para aprender sobre
este conteúdo. Com o objetivo de ampliar o conhecimento que as crianças possuem sobre este
conteúdo de grandezas e medidas, planejamos ativi-
dades nas quais realizaram possíveis trocas entre
moedas e cédulas, em razão de seus valores.
Inicialmente, discutimos na Roda da Conversa o uso
social do dinheiro, para que o utilizamos, se conheci-
am todas as cédulas e moedas, qual valia mais, o que
daria para comprar, por exemplo, com R$ 10,00. Após
esta atividade, passamos a trabalhar com o jogo “tro-
ca 100”. Os alunos jogaram em grupos, cada grupo
recebeu o seguinte material:
• Fichas que representavam moedas (R$ 0,01/ R$
0,05/ R$ 0,10/ R$ 0,25/ R$ 0,50);
• Cartões que representavam cédulas de R$ 1,00;
• Um cubo com as seguintes marcações em cada
face: R$ 0,01 - R$ 0,05 - R$ 0,10 - R$ 0,25 - R$
0,50 e passa a vez.
Iniciou o jogo quem tirou o maior número no dado. O
primeiro a jogar lançou o cubo e pegou a moeda cor-
respondente ao valor da face, os outros jogadores fi-
zeram a mesma coisa. Quando um jogador comple-
tasse 100 centavos, na sua vez de jogar, ele trocava
as moedas por uma cédula de R$ 1,00. O jogo finali-
zou-se quando terminaram as cédulas de R$ 1,00 e
ganhou o jogo quem obteve mais cédulas, ou seja, o
maior valor.
Acompanhando as atividades observamos que os
alunos avançaram no conhecimento sobre o sistema
monetário brasileiro, e também nas operações aditivas.
O jogo garantiu um bom envolvimento da turma e o
desenvolvimento da cooperação e do respeito mútuo.
EMEF PRESTES MAIA Educadores envolvidos:
Professora:
Luciana Evangelista da Silva
Coordenadora Pedagógica:
Maria do Carmo Monteiro Paes
Diretor:
João Silveira Silva Junior
92
Alunos realizando a atividade
93
94
95
Ensino Fundamental - Ciclo I
Natureza e Sociedade
Os alunos dos anos iniciais do Ensino Fun-
damental Ciclo I são curiosos por natureza e
possuem suas hipóteses sobre os fenôme-
nos que observam na natureza, sobre a
tecnologia e sobre o que observam na socie-
dade e na convivência humana.
O eixo “Natureza e Sociedade” no ciclo I
engloba conhecimentos organizados das dis-
ciplinas Ciências Naturais, Geografia e His-
tória, tendo como finalidade estudos
interdisciplinares, “a partir de questões pró-
prias das vivências humanas e suas
interações com a natureza, com o intuito de
favorecer às crianças, dessa faixa de idade,
condições de indagação, a elaboração e a
compreensão de diferentes elementos do
mundo, presentes em seu cotidiano e relaci-
onados à diversidade de procedências cultu-
rais, lugares e épocas”1.
Para esse trabalho, é indicada a metodologia
investigativa, que propõe o levantamento dos
conhecimentos prévios dos alunos, por meio
de uma situação problema, que seja contextua-
lizada e que possibilite a elaboração de hipóte-
ses, com discussões que podem ser feitas, ini-
cialmente, em pequenos grupos e em seguida
compartilhadas por toda a classe .
Para a construção do conhecimento, o pro-
fessor planeja atividades de vivências, expe-
riências e pesquisas, que proporcionam o de-
senvolvimento de competências e habilidades,
como domínio de noções e conceitos, proce-
dimentos e atitudes.
É de suma importância que, ao concluir o
estudo, sejam consideradas as conclusões
iniciais dos alunos para a elaboração de sín-
tese final, registrando os conhecimentos
construídos e comparando-os com suas con-
cepções iniciais.
O trabalho desenvolvido pelos professores
tem sido apoiado pela formação destes em
cursos optativos, quando há: apresentação de
portifólios do trabalho desenvolvido em sala
de aula; reuniões de formação de Coordena-
dores Pedagógicos, sobre o tema “Gestão
no eixo Natureza e Sociedade”.
1 Orientações Curriculares Proposição de Expectativas de Aprendizagem Ensino Fundamental I.
O
Ciclo I - Natureza e Sociedade Tema do trabalho: A horta: Sustentabilidade na escola pública, é possível?
Período de realização: 2010
trabalho teve os seguintes objetivos: em re-
lação à escola:
- Promover estudos, pesquisas, debates
e atividades sobre as questões ambiental,
alimentar e nutricional; oportunizar a partici- pação da comunidade nas atividades escolares; Inte-
grar os diversos profissionais da escola por meio de
ações práticas, estudos e pesquisas sobre o tema
Educação Ambiental.
Em relação à aprendizagem dos alunos:
- Promover a ampliação de conhecimentos do cotidia-
no e aproximá-los dos conhecimentos científicos por meio
de projeto didático inter e transdisciplinar; estimular a
aprendizagem dos alunos por meio de metodologia
investigativa; conhecer o processo de germinação, plan-
tio e colheita na horta escolar; reeducar e estimular um
estilo de alimentação saudável aprendendo receitas que
utilizem os alimentos produzidos na horta; conhecer a
composição dos alimentos, funções nutritivas e digestão
adequadas à manutenção da saúde; reconhecer a pro-
dução de resíduos sólidos (lixo) a partir do consumo de
alimentos e de outros produtos utilizados em casa, na
escola e na cidade hoje e no passado; gerar formas de
consumo conscientes de redução do lixo e de reutilização
de materiais e de objetos; aprender a organizar uma
composteira para fertilizar o solo da horta, com a
reutilização de resíduos orgânicos; popiciar o compro-
metimento dos educandos com o ambiente e a saúde
comunitária; gerar relações interpessoais mais respeito-
sas das individualidades e diversidades, além de práti-
cas humanas mais cooperativas, solidárias e fraternas.
Nosso trabalho iniciou-se com uma visita à horta da
escola, para verificar como estava o espaço. Perce-
bemos que nossos canteiros estavam vazios e levan-
tamos as hipóteses sobre as possíveis causas que
fizeram com que os alimentos tivessem morrido: terra
pobre de nutrientes, pouca água nos canteiros.
Foram realizados: a limpeza e o preparo do terreno,
semeadura de couve, brócolis e rúcula na sementeira
e replantio das mudas para o canteiro. Foi estabeleci-
do um cronograma com os grupos, para que regas-
sem as mudas e todos os dias as mudinhas eram agua-
das pela turma responsável.
Quando as plantas estavam no ponto para consu-
mo, colhemos, lavamos, picamos e fizemos salada de
couve e pizza de rúcula. Contamos com a colabora-
ção da coordenadora do Projeto, da INMED Brasil
(International Medical Services for Health -Serviços
Médicos de Ajuda Internacional), nossa parceira,
Sandra Márcia Passos, que trouxe molho natural de
tomate, mussarela e discos de pizza. Para saborear a
pizza, foram convidados todos os alunos da escola.
No dia da colheita da couve, nós encontramos uma
lagarta. Colocamos num terrário e ficamos observan-
do o seu desenvolvimento. Depois de ter comido muito
e quase dobrado de tamanho, ela virou um casulo e
96
depois de sete dias se transformou numa borboleta.
Para entendermos um pouco melhor a transformação
da lagarta em borboleta, trabalhamos com um texto ci-
entífico encontrado numa revista Recreio.
Durante todo o ano letivo elaboramos receitas culi-
nárias com os vegetais que eram colhidos na horta: “O
livro de receitas dos 3º anos”. Este projeto nos rendeu
uma matéria no site do nosso parceiro Inmed: htpp://www.inmed.org/2010/noticias/noticias.asp?
codigo=212.
Montamos uma composteria, como uma alternativa
viável de reciclagem do lixo doméstico, observando a
possibilidade de utilizar como adubo para pequenas
plantações domésticas, melhorando assim a qualida-
de de nutrientes do solo da horta da escola.
Quando chegamos ao final do ano, sentimos que
nossos alunos estavam diferentes, percebemos maior
autonomia, criticidade e enriquecimento em seus co-
nhecimentos.
ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
ESPECIAL ANNE SULLIVAN
Educadores envolvidos:
Professoras: Verônica Maria Garbin Menna, Ana Claudia
Fossati Mota e Ana Lúcia Hoppy
Coordenadora Pedagógica: Silvia Helena Bueno Guidugli
Diretora: Marília Gonçalves de Moraes
Horta construída
pelos alunos
97
O
Ciclo I - Natureza e Sociedade Tema do trabalho: Alimentos e nutrientes
Período de realização: ano letivo de 2010
objetivo do trabalho foi propiciar a valoriza-
ção da alimentação adequada para a manu-
tenção da saúde, do bem estar, do cresci-
mento e do desenvolvimento do organismo.
Por meio da metodologia investigativa,
propusemo-nos a desenvolver conteúdos conceituais,
procedimentais e atitudinais.
Iniciamos uma sensibilização com a apresentação
de imagens de pessoas obesas e desnutridas.
Contextualizamos através de: “Rodas de Conversa”;
leitura de textos informativos, científicos; pesquisas
sobre a deficiência causada pela falta de alguns nutri-
entes e suas consequências, como o aparecimento de
doenças e a importância de uma dieta saudável e ali-
mentos que devem ser consumidos em menor quanti-
dade, como por exemplo, os doces.
Foram levantadas as seguintes questões: “A alimen-
tação deve ser igual para todos?” “Por que é importan-
te variar os alimentos?” “Quantas vezes devemos co-
mer por dia?” “Qual a refeição mais importante?” “Po-
demos comer muito à noite?”
Foram registradas as hipóteses dos alunos, e em
seguida realizada uma pesquisa em diversos portado-
res de texto.
Os alunos realizaram as atividades selecionadas:
entrevistas com seus familiares sobre os alimentos
mais consumidos; produções de textos coletivos e in-
dividuais; relatórios de observação; discussões, com-
parações, análises de dados estatísticos e resolução
de situações problema.
Foram construídos conhecimentos sobre a pirâmi-
de de alimentos; a comparação da alimentação ontem
e hoje (com o gênero textual receita culinária) e a ori-
gem dos alimentos, contemplando assim conhecimen-
tos das áreas de Ciências, História e Geografia.
Foi realizada uma Palestra com a Nutricionista, em
que os alunos puderam relatar nosso projeto e fazer
diversas perguntas para ampliar o que já haviam
pesquisado.
Foram confeccionados murais e um audiovisual re-
alizado pela professora de Informática Educativa, com
o registro de todo o processo.
A avaliação foi contínua, pela observação das ativi-
dades, das mudanças de atitudes e dos hábitos ali-
mentares dos alunos.
Os alunos mostraram-se interessados e valoriza-
dos, pois perceberam que podem contribuir com su-
gestões e orientações em suas casas. Começaram a
ler rótulos e influenciar compras, modificando os hábi-
tos das famílias.
98
EMEF CEU ALVARENGA
Educadores envolvidos:
Professoras:
Patrícia Lopes,
Joana Gilsônia de Lima Silva e
Roselane Maria da Silva Baracho
Coordenadoras Pedagógicas:
Maria da Conceição Moises Nunes
e Nilcéia Antonia de Campos
Diretora:
Marlene Sabino Maciel
Alunos assistindo à palestra com nutricionista,
quando tiraram suas dúvidas sobre alimentação.
99
O
Ciclo I - Natureza e Sociedade Tema do trabalho: Vulcão
Período de realização: abril/maio de 2010 (6 aulas)
objetivo do trabalho foi desenvolver uma
sequência didática para que o aluno entenda
o que acontece dentro do vulcão em erup-
ção e a relação entre o vulcão em erupção e
o “caos aéreo Europeu”.
Após entrarem em contato com a notícia veiculada
nos meios de comunicação sobre o vulcão que entrou
em erupção, na Europa, em abril de 2010, os alunos
do 2º ano ficaram muito curiosos para saber o que
acontece dentro do vulcão quando ele entra em erup-
ção e qual a relação entre o que aconteceu e o tráfego
aéreo. A professora, na “Roda de Conversa”, obser-
vou que esta seria uma ótima oportunidade para seus
alunos pesquisarem, lerem e produzirem um texto com
objetivo de buscar respostas para as dúvidas levanta-
das. Fez perguntas para que pudessem dizer o que já
sabiam sobre o assunto e levantou o que gostariam de
saber. Jornais e revistas, abordando o assunto, foram
trazidos para sala de aula para serem lidos pela turma.
Também pesquisaram na Internet, em busca de res-
postas para as questões: “O que acontece dentro do
vulcão quando ele entra em erupção?” “Qual a relação
entre o vulcão em erupção e o tráfego aéreo local?”
Para finalizar os trabalhos, os alunos produziram
um texto coletivo sobre o que aprenderam, tendo a pro-
fessora como escriba, fizeram cartazes com desenhos
de vulcões em erupção e realizaram uma experiência,
que simula a erupção de um vulcão, vista na Internet.
A avaliação foi realizada por meio de Roda de Con-
versa com os alunos, quando puderam expressar não
só o que aprenderam com a atividade realizada, como
também a alegria que fez parte dos estudos.
Algumas falas: “Eu achei legal fazer a experiência
do vulcão, pois eu nunca tinha feito e é muito legal.”
(Thaís); “Eu achei legal, pois pudemos conhecer como
é um vulcão e como ele pode afetar a população que
mora em volta dele.” (Davi); “Eu gostei de participar da
experiência do vulcão, confesso que fiquei até com
medo quando foi saindo da garrafa PET.” (Caroline);
“Eu gostei de fazer a pesquisa na Internet, pois o pro-
fessor de informática ajudou muito.” (Raiany)
EMEF CEU CAMINHO DO MAR
Educadores envolvidos:
Professora:
Rosângela Assumpção Cabello
Coordenadora Pedagógica:
Leila da Silva Mângia de Souza Carvalho
Diretora:
Thelma Helena Alota Ales
Confecção de cartaz com desenho de vulcão.
100
101
102
103
Ensino Fundamental - Ciclo II
O trabalho proposto para o Ensino Fundamental
- Ciclo II pressupõe o diálogo entre as áreas do co-
nhecimento como, por exemplo, projetos
interdisciplinares e a exploração de procedimentos
comuns, como a resolução de problemas e explora-
ção de diferentes gêneros textuais e linguagens.
Pretende-se que o aluno aprenda a ler, compre-
enda o que lê e escreva, sendo estimulado em to-
das as áreas do conhecimento, considerando-se a
leitura e a escrita como responsabilidade de todas.
Sabemos que há alguns gêneros textuais
discursivos mais utilizados e vocabulários próprios
de cada área do conhecimento, entretanto um tra-
balho em equipe necessita de um currículo articula-
do com reflexão sobre as concepções de aprendi-
zagem que definem as estratégias e escolha de ati-
vidades pela equipe escolar.
As Orientações Curriculares - Proposições de
Expectativas de Aprendizagem do Ensino Funda-
mental II, da Secretaria Municipal de Educação de
São Paulo, indicam a busca de uma aprendizagem
significativa, que pressupõe um caráter dinâmico,
"exigindo ações de ensino direcionadas para que os
estudantes aprofundem e ampliem os significados
elaborados mediante suas participações nas ativi-
dades de ensino e de aprendizagem". (Orientações
Curriculares - SME Ensino Fundamental II- Língua
Portuguesa, p. 20)
Os critérios para seleção de expectativas de
aprendizagem para todas as áreas do conhecimento
foram: relevância social e cultural; relevância para a
formação intelectual do aluno; potencialidade de es-
tabelecimento de conexões interdisciplinares; aces-
sibilidade e adequação aos interesses da faixa etária.
A metodologia indicada para a implementação
dessas expectativas propõe o levantamento dos
conhecimentos prévios, vivências e pesquisa em di-
ferentes portadores de texto, utilizando diferentes gê-
neros textuais e linguagens que promovam o desen-
volvimento de competências e habilidades. A cons-
trução dos conhecimentos deve proporcionar um
avanço no que os alunos já sabiam, anteriormente,
e fornecer subsídios para o desenvolvimento da ci-
dadania.
Os Coordenadores Pedagógicos têm recebido
apoio nas reuniões mensais para troca de experiên-
cias e formação, com o objetivo de fornecer subsí-
dios para os momentos de formação dos professo-
res, em horário coletivo. Os professores têm parti-
cipado de cursos que promovem a ampliação de
seus conhecimentos, com vista a uma metodologia
que proporcione uma aprendizagem significativa.
N
Ciclo II - Educação Física Tema do trabalho: A socialização por meio do esporte
Período de realização: junho a novembro de 2010
osso trabalho teve os seguintes objetivos:
• Organizar as relações sociais a partir da
prática de esporte;
• Promover maior integração entre a escola
e a comunidade; • Utilizar o esporte como uma das diversas cultu-
ras corporais que permitem a constituição de no-
vos significados da realidade do aluno, bem como
sua a socialização.
O trabalho foi desenvolvido, seguindo as seguintes
etapas:
- Diagnóstico: Roda de Conversa em que os alunos
apontaram os esportes que poderiam ser praticados
na rua, nos campos e quadras do entorno, além do
futebol. Tabulação da pesquisa e escolha de três es-
portes que obtiveram o maior número de votações:
Vôlei, Atletismo e Handebol ;
- Pesquisa pelos alunos sobre o que conheciam de
cada esporte : Apresentação elencando semelhanças
e diferenças entre eles;
- Aulas práticas nos horários de Educação Física;
- Criação de horários especiais para a prática des-
ses esportes na escola;
- Integração das práticas corporais possibilitando a
socialização entre os alunos que já conheciam as mo-
dalidades com os novatos e aulas mistas;
- Discussão entre os alunos e professores com le-
vantamento dos problemas surgidos e como era pos-
sível melhorar as relações por meio do esporte;
- Registro, em mural, do conceito do ESPORTE,
por meio das diferentes imagens produzidas na oca-
sião da Copa do Mundo de Futebol;
- Mostra Cultural com exposição de troféus, fotos e
medalhas conquistadas pelos alunos da U.E. e pro-
fessores de Educação Física praticando esporte
(Ressignificação com ênfase nas relações sociais em
detrimento dos resultados);
- Participação nos Eventos Externos Esportivos
(Jogos Estudantis 2010).
A metodologia utilizada constou de: Roda de Con-
versa, pesquisa, brincadeiras, competições, jogos pré-
desportivos, cooperativos, lúdicos e exercícios; regis-
tro e discussão das relações sociais na escola e fora
dela, apontando facilidades e dificuldades para utilizar
o esporte na comunidade; mural com registro dos alu-
nos; registro fotográfico das participações da escola
em eventos esportivos.
Observou-se por meio da prática de outros espor-
tes na escola e fora dela, se foi permitido um diálogo
entre as diferentes culturas, de modo a tornar os espa-
ços públicos locais que promovam manifestação da
linguagem corporal e das relações sociais.
104
Estabeleceu-se, como desafio principal, aumentar
as possibilidades de acesso do aluno e da comunida-
de aos espaços livres do entorno, utilizando o esporte.
Mostra Cultural:
Ressignificação, com ênfase nas relações sociais
EMEF ANTONIO CARLOS
DE ABREU SODRÉ, Dr.
Educadores envolvidos:
Professores: Eliete Venceslau , Marcos Cardoso
Gonçalves e Márcia Maria Carneiro Shimmoto
Coordenadoras Pedagógicas: Renata Cavaci e Darcy
e Madalena Melo Miwa
Diretor: Rogério Gomes Muniz
105
Ciclo II - História (trabalho interdisciplinar) Tema do trabalho: A caixa de Pandora
Período de realização: agosto a novembro de 2010
O
trabalho teve como objetivo que os alunos de 5ª Série (6º ano do ensino de nove anos),
ao estudarem o universo mitológico grego,
pudessem realizar analogias a partir de ex-
pressões como “presente de grego”, para a Guerra De Troia e a partir daí, construíssem conexões
entre a importância dos mitos para o povo grego, seu
declínio e, por conseguinte, o nascimento da Filosofia.
Com os alunos das séries seguintes o objetivo foi
trabalhar os males da Caixa de Pandora como a
referência às tragédias que assolaram a Humanidade,
tais como: o Holocausto durante a II Guerra Mundial; a
solidão na era tecnológica do século XX através da
poesia de Fernando Pessoa; as inquietações da judia
Clarice Lispector; a morte nos campos de
concentração traduzida na família de Anne Frank.
Por fim que todos os alunos se identificassem com
a proposta de esperança, paz, sonho e amizade
trazidos na mensagem do Personagem o Pequeno
Príncipe.
O trabalho foi desenvolvido com apresentação em
duas linguagens durante a Mostra Cultural da Escola.
Em parceria com a USP (Universidade de São Pau-
lo) trabalhamos a História e Memória do Holocausto.
Houve um momento em que recebemos na escola, um
casal de poloneses, sobreviventes dos campos de
concentração, quando fomentamos o debate entre eles
e os alunos, conferindo um momento único que cul- minou em produções literárias sobre o respeito à
Diversidade.
Serviram de material de apoio pedagógico: o filme
“O Menino Do Pijama Listrado”; “Tróia”; leitura de
diferentes Mitos gregos; a apostila História e Memória
do Holocausto, elaborada pela professora da USP
Maria Tucci Carnero, trechos do vídeo Arquitetura da
Destruição e o Referencial de Expectativas de História
(DOT/ SME). Enfatizando o debate em Arte com a obra
“Guernica” de Pablo Picasso e “A Família” de Lasar
Segall.
Houve participação de professores de diversas
áreas do conhecimento
Foi organizada uma exposição, e a monitoria ficou
a cargo dos alunos.
Agregamos às exposições o caráter mitológico na
sala Caixa de Pandora1.
Na sala Caixa de Pandora 2, expusemos a realidade
cruel que assolou a Humanidade como: o Racismo e
a bandeira de Luther King, Nelson Mandela, a Bahia
dos Capitães de Areia de Jorge Amado, análises de
canções como a “Saudosa Maloca” de Adoniran
Barbosa, cuja temática é expulsão dos moradores da
Metrópole Paulistana para a periferia. Também
instalamos um campo de concentração com fotos de
cenas do Holocausto dramatizadas pelos alunos.
106
Espetáculo teatral A caixa de Pandora:
Como castigo a Prometeu, o ladrão do fogo, os
deuses enviaram à Terra uma divindade chamada
Pandora. Aquela bela mulher com sua caixa trazia
todos os males do mundo, Guerra, Crueldade, Solidão
e Morte. Após saírem todos os horrores da Huma-
nidade, Pandora fecha sua caixa, não deixando
escapar a Esperança.
Como cena final, o Pequeno Príncipe representa a
“Esperança” que todos temos em um mundo melhor,
a partir de ações simples que desencadeiam valores
de respeito e amor, estabelecendo uma cultura de paz.
Todo o trabalho apresentou um protagonismo juvenil
muito intenso, conferindo a todos os alunos mudanças
de atitudes e posturas com relação ao convívio social,
ao perceberem que grandes tragédias podem começar
com um gesto “aparentemente inocente” de bullying.
A cada etapa do trabalho avaliamos o desempenho
dos alunos, seja por meio de produção individualizada
ou em equipe.
Os alunos desenvolveram analogias, debates e
críticas.
Estabelecemos atividades envolvendo as diferentes
áreas do conhecimento, resultando em um trabalho
multidisciplinar.
A seriedade e respeito com que o tema foi tratado
foram relevantes para o desenvolvimento do projeto,
no que os alunos conscientes, corresponderam com
maestria.
EMEF ISABEL VIEIRA FERREIRA, Profª
Professores envolvidos diretamente no projeto:
Mônica Alves Vieira Savoldi (História), Carla Lam-berti (Ed.
Física), Deise Tadeu Rodrigues (Matemática), Fernando
Salustiano (Geografia), José Alves Rodrigues e Patrícia Lopes
(POIEs de Informática) Josefa Mônica de Jesus Santana
(Geografia), Laura de Souza Pinto e S. Da Luz, Maria Rita
Barros e Edirlene Glória A. Pinhão (L. Portuguesa), Lúcia
Iara C. Brasil e Sandra Elisa B. Carvalho (Artes), Olindina
Francisca de O. Ferreira (OSL), Rosália Maranhão da C.
Helcias (Inglês).
Coordenadoras Pedagógicas:
Geiza Ribeiro Batista e Gisele Aparecida Trevelato Villani
Diretora:
Ana Patrícia Ranea
107
Ciclo II - Artes Tema do trabalho: Autorretrato com volume
(5ª série do Ensino Fundamental de oito anos)
Período de realização: outubro/novembro/2009
O
objetivo do trabalho foi desenvolver a percep-
ção visual e a composição a partir do próprio
esquema corporal, com indicação de volume,
utilizando a cor de forma expressiva e regis-
trando, assim, sua marca pessoal.
Após um exercício de desenho "autorretrato", sur-
giu a idéia de realizar um autorretrato do corpo inteiro,
utilizando folhas de papel craft e delimitando a lápis o
contorno do corpo. Essa etapa foi desenvolvida no chão.
A proposta envolvia registrar gostos, preferências,
atividades praticadas de modo que a pintura expres-
sasse todas essas idéias, em cada região do corpo,
no desenho.
O acabamento foi realizado com o enchimento (jor-
nal, folhas de revista) do desenho já recortado e suas
partes coladas ou grampeadas, para dar volume à obra.
Foi realizada uma avaliação de forma contínua, ob-
servando-se procedimentos como o uso do lápis, da
tesoura, da cola ou do grampeador, mas principalmen-
te a postura de cuidado e respeito pelo outro durante a
vivência coletiva (contornar os corpos uns dos outros,
divisão de materiais, segurar a folha para o outro colar
e grampear).
Entre as expectativas de aprendizagem contempla-
das, podemos destacar:
• Criar objetos culturais visuais, a partir de sucatas
e outros materiais reutilizáveis, criando a consci-
ência de reciclar;
• Criar objetos culturais visuais, a partir de estímu-
los diversos (tais como a ação, a sensação, o sen-
timento, a observação de modelos naturais e arti-
ficiais e a apreciação de obras de obra de arte);
• Planejar, executar e finalizar objetos culturais vi-
suais, cuidando dos materiais e da limpeza do am-
biente de trabalho, com a orientação do profes-
sor. (SME - Orientações Curriculares - Ensino
Fundamental II Artes) EMEF JOÃO DE SOUZA FERRAZ, Prof. Educadores envolvidos:
Professora:
Mary Santos de Souza
Coordenadora Pedagógica:
Edna Aparecida Martinatti
Diretora:
Dinorá da Penha Paleari Kataoka
Organização da exposição de trabalho dos alunos
108
109
Ciclo II - Ciências Tema do trabalho: Alimentação saudável e reaproveitamento de alimentos
Período de realização: ano letivo de 2010
A
lunos das 6ª e 7ª séries do Ensino Funda-
mental de oito anos.
O objetivo do trabalho foi desenvolver a
percepção dos alunos como cidadãos cons-
cientes, questionadores, reflexivos e trans- formadores no que se refere às questões sociais e
culturais, visando:
• Conscientizar sobre a importância de escolher uma
alimentação saudável como prevenção de possí-
veis problemas de saúde;
• Saber ler e interpretar informações contidas nas
embalagens dos produtos alimentícios;
• Elaborar registros sobre as informações obtidas,
de forma individual e coletiva;
• Reconhecer a importância de se evitar o desper-
dício de alimentos.
Foram realizados, com os alunos, estudos e ativi-
dades relacionadas à alimentação saudável. Inicialmen-
te, os alunos pesquisaram os nutrientes dos alimen-
tos, aditivos alimentares, data de fabricação e valida-
de de produtos industrializados, a origem dos produ-
tos e a importância das diferentes partes dos vegetais
como fonte de nutrientes.
Após a pesquisa, foram desenvolvidas as seguin-
tes atividades:
• Observação e análise da tabela nutricional;
• Montagem e análise de cardápio pelos alunos;
• Cardápios e expressões utilizadas em restauran- tes de língua estrangeira;
• Pirâmide alimentar e hábitos alimentares de diver-
sos países e regiões;
• Cálculo do Índice de Massa Corporal;
• Pesquisa de receitas de reaproveitamento de ali-
mentos;
• Pesquisa de receitas de pratos saudáveis para
diabéticos, idosos, crianças e adolescentes, atle-
tas e gestantes;
• Ilustração das partes comestíveis de alguns ve-
getais;
• Confecção de livros das receitas pesquisadas;
• Produção de pratos das receitas pesquisadas;
• Confecção de cartazes.
Numa exposição foram distribuídas as receitas dos
pratos expostos à comunidade escolar, bem como a
degustação dos mesmos.
A avaliação e a observação aconteceram durante o
processo e elaboração do trabalho, baseadas nos tra-
balhos expostos, na exposição com o tema “Reedu-
cação alimentar”, na qual os alunos explicaram como
desenvolveram a pesquisa, nas receitas, nos livros e
nos pratos produzidos, bem como na constatação da
mudança de hábito alimentar dos alunos, a médio e
longo prazo.
110
EMEF JOÃO GUALBERTO
DO AMARAL CARVALHO
Educadores envolvidos:
Professoras:
Iraci Morales do Amaral,
Luzia Oliveira Rodrigues de Faria,
Célia da Silva e
Odete Assunção dos Santos
Coordenadora Pedagógica:
Maria Alice de Freitas
Diretora:
Ruth Angélica de Oliveira Campos
Alimentos reaproveitados: Bolo com casca de limão e laranja e bolinho de arroz
111
Ciclo II - Língua Portuguesa Tema: Trabalhando com gêneros textuais da esfera jornalística:
notícia e reportagem (escrevendo reportagem)
Período de realização: de 24/08/09 a 04/09/09
O
trabalho teve como objetivos específicos:
a) Comparar gêneros textuais diferentes
(notícia e reportagem) de uma mesma es-
fera de circulação (jornalística), buscan-
do e explorando semelhanças e diferen-
ças quanto às ideias e finalidades dos textos;
b) Conhecer e empregar o discurso direto e o discurso
indireto no gênero reportagem;
c) Reescrever texto usando a norma culta da língua a
partir de modelo prévio;
d) Produzir reportagem usando a norma culta da lín-
gua, a partir de pauta escolhida pelo professor.
Realizamos leitura individual e compartilhada de duas
notícias para que pudéssemos reconhecer o lide e tomar
consciência dos fatos apresentados ("Brigas na família
favorecem dor de cabeça" e "Beber diariamente eleva
riscos de câncer", Folha de São Paulo, 22/08/09). Anali-
samos, ainda, uma reportagem ("Prefeitura de America-
na usa inglês em sinalização de trânsito e confunde mo-
toristas", Folha de São Paulo, 20/08/09) com o objetivo
de comparar as características de cada gênero textual
específico. A leitura conjunta desses gêneros textuais,
da esfera jornalística, habilitou-nos a compreender o con-
texto de elaboração de cada texto, bem como suas fina-
lidades e elementos constitutivos (o uso de imagens, por
exemplo). A seguir, passamos à fala dos atores sociais
envolvidos na reportagem (os motoristas, os pedestres,
o prefeito da cidade e o secretário de transportes).
Discutimos a pertinência ou não da cidade de Ame-
ricana (SP) usar termos em inglês nas ruas para ho-
menagear seus primeiros fundadores. No entanto, quais
seriam as conseqüências e os efeitos dessa homena-
gem para os cidadãos que não dominam a língua in-
glesa? Abordamos o uso público da linguagem e sua
função primordial de fomentar a interação entre os in-
divíduos. O uso do discurso direto e indireto feito pelos
atores sociais em suas manifestações de apoio ou re-
púdio à atitude do município.
Então, a partir do que haviam aprendido sobre a re-
portagem, todos os alunos escreveram uma reporta-
gem a partir de uma pauta dada pelo professor. Fato:
desapropriação de terreno na zona sul de São Paulo,
Capão Redondo; elemento que gerou o fato: ordem ju-
dicial para desocupação imediata; grupos em conflito:
policiais e moradores; autoridades envolvidas: prefei-
tura de SP (e/ou subprefeitura da ZS) e moradores do
terreno.
O trabalho permitiu que todos os alunos do 8º ano
do Ensino Fundamental de oito anos, da escola en-
trassem em contato com diversos gêneros textuais da
esfera jornalística e, o mais importante, que escreves-
sem suas próprias reportagens, de acordo com aquilo
que cada um pôde oferecer de melhor, por meio das
vivências, crenças e valores que eles têm do mundo e
de suas realidades. Consideramos que para que haja
uma apropriação efetiva dos gêneros textuais, os alu-
112
nos devem compreender que a circulação dos textos
se faz pela e na esfera pública, isto é, é na prática so-
cial de leitura e escrita que o sujeito que escreve e lê
interage com o mundo e busca construir sentidos e
significados para sua vida.
Aula: Esfera jornalística - notícias e reportagens
EMEF JOAQUIM CANDIDO DE AZEVEDO
MARQUES, Desembargador Educadores envolvidos:
Professor: Haroldo Heverton Souza de Arruda
Coordenadoras Pedagógicas: Neusa de Melo Pompei e
Irene Groschitz
Diretora: Mariluci Thoni de Almeida
113
Ciclo II - Geografia (Trabalho Interdisciplinar) Tema do trabalho: Copa do Mundo 2010: conhecendo territórios e
representando-os em campo
Período de realização: 2010
O
objetivo do trabalho foi desenvolver as com-
petências da motivação pessoal e coletiva
para a coleta, triagem e análise de informa-
ções gerais a respeito de localidades geo-
gráficas.
A realização da copa do Mundo de 2010 serviu de
mote para buscarmos a motivação do corpo discente
à procura de informações que caracterizassem de
modo geral alguns dos diversos países que participa-
ram do campeonato mundial de futebol. Aleatoriamen-
te, a cada sala do Ensino Fundamental II foi atribuído
um time, sendo que os alunos deveriam pesquisar em
diversos meios de comunicação e informação carac-
terísticas gerais do país de forma interdisciplinar. Após
a coleta de dados, foram feitas a triagem com a ajuda
do corpo docente, seguida de análise (montagem de
painéis) e apresentação dos resultados da pesquisa.
Após esta etapa foi realizado um campeonato de fute-
bol, nas modalidades masculina e feminina, onde cada
sala representou o país cujas características gerais
conheceram um pouco mais.
Foi observado empenho por parte do corpo discen-
te, já que sabiam que era importante o trabalho coleti-
vo, visando à pesquisa e à participação no campeona-
to, dessa forma cumprindo integralmente com êxito os
objetivos iniciais.
O trabalho desenvolvido atendeu à expectativa de aprendizagem - “Identificar as diferenças e relações
entre o local e a pluralidade de lugares que constituem
o mundo”.
EMEF MARIA LUCIA DOS SANTOS, Profª Educadores envolvidos:
Professores:
Todos do quadro docente de 2010
Coordenadora Pedagógica:
Joseane Oliveira
Diretor:
Paulo Gonçalo
Copa do mundo 2010 - Representação da cultura do Japão
114
115
Ciclo II - Língua Inglesa Tema: Stop the destruction! Save the Planet!
Período de realização: 3º bimestre de 2010
N
osso trabalho teve como objetivos:
- Conscientizar sobre a intervenção do ho-
mem no Planeta Terra;
- Ampliar o repertório e o vocabulário do
tema, na Língua Inglesa; - Conhecer e aplicar as estruturas gramaticais progra-
madas para o ano/ciclo da Língua Inglesa;
- Realizar um trabalho em PowerPoint semelhante a
uma campanha publicitária.
Texto selecionado: (Adapted from “Paradise Lost,
Countdown to Destruction”, Greenpeace Ltd., and
“Planet Report”, an article in The Greenpeace Dossier,
by Stephen Rabley, Macmilliam Publishers.)
Retirado do livro didático Password - Read and
Learn 4 - Autores: Amadeu Marques, Kátia Tavares,
Susanna Preston. Editora Ática,1995.
Foram utilizados os seguintes procedimentos de
leitura:
Antes da leitura:
- Ler o título e o parágrafo final do texto;
- Instigar os alunos quanto ao seu conhecimento
sobre as conseqüências da intervenção do ho-
mem no planeta;
- Levantar o que chama atenção numa propaganda
(imagem, som, mensagem escrita);
- Questionar sobre: o conhecimento do conceito de
“slogan”; repertório de propaganda com slogan e
Inglês; conhecimentos sobre grupo “Greenpeace”.
Durante a leitura - Questões:
- Quais são as palavras chave e as palavras trans-
parentes do texto?
- É possível criar um trabalho semelhante na sala de
informática? Que programas poderíamos utilizar?
- Como utilizar o dicionário de maneira prática e efi-
ciente, para realizar essa tarefa?
Depois da leitura e tradução:
- Montagem da apresentação do trabalho realizado
pelas duplas de alunos, utilizando os programas
Word; Powerpoint, além de imagens da Internet,
com o auxílio da professora orientadora de
Informática Educativa.
Os alunos foram avaliados durante cada etapa do
trabalho que culminou com a apresentação em
Powerpoint do trabalho realizado pelas duplas.
EMEF MARINA VIEIRA DE
CARVALHO MESQUITA
Educadores envolvidos:
Professoras:
Rita de Cássia Matioli Dias e Maria Thereza Borges
Coordenadoras Pedagógicas:
Edineusa de Souza Floriano e Miriam Schilling Brigagao
Diretor: José Maria Volpi Furtado
116
Stop the destruction. Save the
planet. It's the only one we have!
Pare a destruição. Salve o planeta.
É o único que temos!
Aluno monitor, Diego Souza Silva, Profª Rita de Cássia Matioli Dias e Professora Maria Thereza Borges
117
Ensino Médio - Biologia Tema
do trabalho: Estudo do DNA Período de
realização: outubro de 2010
O
trabalho teve como objetivo sensibilizar e in- troduzir o início do estudo do DNA, por meio
de uma música popular brasileira, de auto-
ria de José Wisnick, intitulada DNA. Além
de interpretação de imagens, fazendo uso
de capa da revista Nature, janeiro de 2001, para que
o aluno percebesse que o tema DNA não é apenas um
tema científico, mas também cultural/popular do cotidi-
ano real e próximo.
A aula se iniciou com a apresentação da música e
exposição da imagem, projetada em Power-point. Após
essa etapa inicial, a aula seguiu com questionamentos
sobre a interpretação da letra e da imagem da revista,
que trazia como tema "The Human Genome", ilustrada
com diferentes faces.
As questões discutidas foram:
"Qual o significado e relação dessas diferentes fa-
ces com o DNA?"
"A que elo o autor da música se refere?"
"Que relação há entre o nome da personagem cen-
tral da letra da música e o DNA?"
Os alunos respondiam às questões de forma indivi-
dual e, previamente, à aula expositiva sobre a estrutu-
ra do DNA; depois discutíamos em grupo as questões
anteriores, seguida de explicação sobre a estrutura
molecular do DNA (bases nitrogenadas).
A avaliação foi realizada observando-se a partici- pação no debate e a entrega do registro das respostas
das questões trabalhadas durante a aula.
EMEFM LINNEU PRESTES, Prof. Educadores envolvidos:
Professora:
Clécia Soares de Alencar Mota
Coordenadoras Pedagógicas:
Elisa Valério e Francisca Fabiana
Diretora:
Adelires de Fátima P. de S. Batista
Alunos na aula de Biologia
118
119
Ciclo II - Matemática Tema do trabalho: Espaço e forma “Bloco retangular o paralelepípedo
e o cubo"
Período de realização: maio de 2010
Série/Ano: 6ª série do Ensino Fundamental de oito anos
O belecendo
trabalho teve como objetivos:
Esboçar diferentes planificações do cubo e
distinguir, em contextos variados, figuras
bidimensionais e tridimensionais descreven-
do algumas de suas características, esta-
relações entre elas e utilizando a nomen-
• Descoberta da regularidade que existe entre a
soma dos pontos das faces opostas de um dado;
• Descoberta das 11 planificações de um cubo;
• Pesquisa de imagens sobre pinturas ou escultura
realizadas com a forma cúbica.
clatura própria.
Foi utilizada a metodologia investigativa, com as
seguintes etapas de trabalho:
• Apresentação para a sala de aula, de uma caixa
de sapato (ou outra disponível com a forma de
um bloco retangular, pois o importante é usar al-
gum modelo concreto);
• Realização de uma avaliação diagnóstica do que
os alunos conheciam sobre o bloco retangular e
anotações no quadro ou no papel Kraft de suas
observações;
• Apresentação, para a sala de aula, de um cubo e
levantamento do que conheciam sobre essa for-
ma geométrica.
• Abordagem de conceitos geométricos ligados às
formas espaciais (bloco retangular e cubo) - fa-
ces, vértices, arestas. Falamos sobre as três di-
mensões: comprimento, largura, altura;
• Montagem de um bloco retangular e de um cubo
com base em planificação dada pela professora
(cada aluno confeccionou o seu);
A avaliação teve por foco todo o desenvolvimento
do trabalho, considerando-se além dos conceitos ma-
temáticos envolvidos, a atitude dos alunos, frente aos
desafios propostos, a curiosidade, a participação e a
cooperação nas atividades em grupo.
EMEF NELSON PIMENTEL QUEIROZ, Prof.
Educadores envolvidos:
Professora:
Mesadi Kassem Droubi
Coordenadores Pedagógicos:
Maria Isabel Perez Martinez e Itamar Felipi das Neves
Diretor:
Marcos Volpi
Montagem de um bloco retangular
e de um cubo com base em planificação
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121
122
123
Educação de Jovens e Adultos/CIEJA/MOVA
“Compreendida de forma dinâmica, a EJA
deve ser entendida como uma ação perma-
nente, como processo de educação continu-
ada, em que educandos e educadores apren-
dem, produzem e avaliam conhecimentos e
os incorporam em suas vidas. Daí impor-se
como tarefa da escola contribuir para que os
sujeitos participantes do processo educativo
desenvolvam a capacidade de ler, estudar,
refletir, pesquisar e intervir”.
(IN: Orientações Curriculares - Expectati-
vas de Aprendizagens EJA, pág. 19).
A ação educativa envolve e impõe como exi-
gências:
- a ampliação da capacidade de interpreta-
ção da realidade;
- a apreensão de conceitos;
- o desenvolvimento das habilidades de lei-
tura, escrita e cálculo;
- a problematização da vida concreta;
- o exercício sistemático de análise da
realidade;
Nessa modalidade de ensino há pelo menos
duas diferenças essenciais entre o trabalho com
crianças e o trabalho com os jovens e adultos:
a relação com o trabalho, os conhecimentos e
experiências adquiridos e a possibilidade de
reflexão sobre eles. Há outro elemento, tam-
bém, que é a possibilidade de reflexão sobre o
próprio processo de aprendizagem.
Além da diversidade que as classes da EJA
apresentam (seja em termos etários, gênero,
origem, etnia), há uma diversidade de sabe-
res presentes nos alunos que não devem ser
deixadas de lado. Os encontros de formação
nos possibilitaram refletir sobre as experiên-
cias vivenciadas e acreditarmos que o pro-
cesso de aprendizagem ocorreu também pela
interação entre as pessoas.
As atividades que aqui representam esta mo-
dalidade nos mostram a promoção da constru-
ção de conhecimentos, respeitando o prota-
gonismo de seus alunos que, para se constituirem
como cidadãos de fato, sejam capazes de reco-
nhecer e transformar sua realidade.
N
Ciclo I - Língua Portuguesa Tema do trabalho: Primeiros moradores - parte integrante do projeto
multidisciplinar: "Nossas origens multiculturais: o indígena, o branco
e o negro"
Período de realização: abril e maio de 2010
ossos objetivos específicos pra as ativida-
des desenvolvidas foram:
• Conhecer características e costumes do
povo indígena;
• Descobrir heranças culturais;
• Reconhecer os direitos do povo indígena como pri-
meiro morador do Brasil;
• Proporcionar atividades com diversos gêneros tex-
tuais e diferentes linguagens.
Esta etapa do projeto iniciou-se com um levanta-
mento do conhecimento prévio dos alunos sobre os
indígenas brasileiros, principalmente em relação à sua
alimentação, pintura corporal, músicas, moradia, tradi-
ções e costumes.
Após o levantamento, foram ouvidos relatos de ex-
periências e momentos de convívio dos próprios alu-
nos e da professora junto a alguns destes povos.
Posteriormente, no laboratório de informática
educativa, realizou-se visita orientada a um site sobre
a cultura indígena onde cada dupla deveria observar
algumas características e fazer um relato oral aos co-
legas de classe.
Concomitantemente, vários textos foram lidos, indi-
vidualmente, ou ouvidos em leitura compartilhada,
como: “A corrida de toras”, “Ritos de passagem”, “Edu-
cação de crianças nas comunidades indígenas" e "O
casamento entre os Bororó” (Vários autores, 2004). Os
textos foram seguidos de interpretações orais e escri-
124
tas, assim como a realização de comparações entre
as tradições indígenas e sua própria vida ou a da co-
munidade em que vive.
Tais reflexões culminaram em desenhos livres so-
bre objetos indígenas nas aulas de Artes e na produção
de cartas endereçadas ao Presidente da República.
Algumas das cartas produzidas foram lidas para o
grupo e duas delas foram selecionadas para reescrita
coletiva, complementando o trabalho desenvolvido com
gêneros textuais.
A avaliação foi feita através da observação do profes-
sor, durante as reflexões orais realizadas no coletivo, e
na produção escrita desenvolvida individualmente. Per-
cebemos que para os alunos ficou clara a importância de
se ler em voz alta para um público, um texto escrito, pos-
sibilitando uma comunicação real. A utilização do porta-
dor de texto “carta” reafirmou o uso social do mesmo. Por
fim, a utilização de mídias de comunicação permitiu a in-
clusão destes alunos no “mundo digital”. EMEF ANTONIO DE SAMPAIO DÓRIA, Prof.
Educadores Envolvidos:
Professora: Valkiria
Venancio Coordenadora
Pedagógica: Juraci de
Cassia Fonseca Diretora:
Lourdes Quadros
Momentos de leitura individual
Educação de Jovens e Adultos Tema do trabalho: Resgatando a identidade para ler e escrever
Período de realização: março a novembro de 2010
N
osso trabalho teve como objetivo promover a elevação da autoestima para a construção/
apropriação das competências leitora-escri-
tora do aluno, para se constituir num cidadão
de fato, capaz de reconhecer e transformar
sua realidade. Para tal, trabalhamos com os seguintes
objetivos específicos: resgatar, oralmente, a história de
vida dos alunos; desenvolver textos na forma de relato;
registrar as memórias por meio de músicas, textos, fo-
tos e objetos; aprimorar a oralidade; desenvolver práti-
cas de leitura e escrita; valorizar a cultura do aluno.
O desenvolvimento do trabalho ocorreu por meio
das seguintes estratégias: escuta de contos e causos
lidos pelo professor; apresentação de experiências vi-
vidas; apreciação dos relatos ouvidos; socialização de
cantigas, brincadeiras; leitura dramatizada de contos;
populares; filmagem de alguns relatos de vida; escrita
da narrativa de sua própria história; revisão/correção
da escrita das narrativas.
No ano de 2009, a direção, a coordenação e os pro-
fessores que atuaram no módulo I concluíram que um
grande número de alunos não aprendia porque tinha
uma crença absoluta de que não era capaz de apren-
der. A baixa autoestima desses alunos era um grande
problema a ser enfrentado e resolvido.
No início do ano de 2010, novos professores se
uniram ao grupo de profissionais que atuam junto aos
módulos I e II, que constituem as fases iniciais do pro-
cesso de alfabetização, e, a partir da avaliação do tra- balho realizado em 2009, planejaram a articulação de
uma série de ações que, juntas, tinham como finalida-
de fazer as pessoas mais felizes, capazes de trans-
formar suas realidades e acreditar nas suas capacida-
des de apropriação do conhecimento, socialmente
construído, e sistematizado pela escola. Para isso, se
fez necessário possibilitar aos alunos revisitar suas
memórias, desde a infância, com o resgate de brin-
quedos, brincadeiras, canções infantis para que as-
sim se chegassem às suas experiências pessoais.
Esse processo foi gerido e administrado por profis-
sionais que têm uma visão freiriana de mundo, que se
reconhece igual entre seus iguais , ou seja,- GENTE.
O resultado não foi uma surpresa, mas revelou para
o próprio aluno, a cara de um povo, que na infância, não
brincou, só trabalhou; que não conheceu cantigas de
roda e nem teve brinquedos. Revelou um povo traba-
lhador que desde seus primeiros dias de vida teve seus
direitos violados, que foi levado a acreditar que era me-
nos, que valia menos. Esse momento da reelaboração
da própria identidade foi marcado por lágrimas, por de-
sabafos e tantos outros sentimentos que por vezes, nem
fomos capazes de perceber ou nomear.
No decorrer do projeto, recebemos o apoio de um
psicólogo, através de reflexão e vivências sobre os
temas: autoestima; medo; procrastinação; resiliência.
Fortalecidos, ousaram a rabiscar as primeiras ideias.
126
Era o início do desenvolvimento de habilidades que
culminariam com o desenvolvimento das competências
escritora e leitora.
A avaliação valorizou todos os textos e participações
porque reconhecemos que a alfabetização é um pro-
cesso e que cada pessoa é única no seu processo. Esse
não é um trabalho acabado, é um material esplêndido
que pretendemos utilizar no início de 2011, continuando
esse percurso de materialização da cidadania.
CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO DE
JOVENS E ADULTOS - SANTO AMARO
Educadores envolvidos:
Professoras: Aparecida Maria Sonvesso, Vilma da Costa,
Cleide de Sá Alves, Judith Ferreira Vitoriano, Roselene
Aguiar Santos
Orientadoras Pedagógicas Educacionais: Maria Karina
Rosa da Silva Ferreira e Sandra Maria Fabiano de Almeida
Coordenadora Geral: Luciene Barros Vaz de Campos
127
Movimento de Alfabelização de Jovens e Adultos Tema do trabalho: Aproveitamento de alimentos
Período de realização: setembro de 2010
N
osso trabalho teve como objetivo primeiro,
a discussão e a reflexão sobre a importân-
cia do não desperdício de alimentos, esta
discussão foi desencadeadora de atividades
como pesquisa, leitura, escrita dentre outras.
Os alunos pesquisaram receitas preparadas com
partes de alimentos que normalmente não utilizamos,
como cascas de frutas, talos de verduras. As receitas
foram lidas e escolhidas pelo grupo de alunos. Passa-
mos então a confecção de um livro de receitas. Os
alunos fizeram algumas receitas e trouxeram para de-
gustação em sala de aula.
Também organizamos a degustação das receitas,
convidando amigos e familiares, na “Semana de Alfa-
betização”, momento prazeroso de integração dos alu-
nos e de acolhimento dos demais convidados, valori-
zando o espaço escolar como construção coletiva de
saberes e práticas.
A sequência de trabalho permitiu estudar tanto o
gênero como os portadores de texto, pesquisando,
comparando e selecionando receitas. A leitura e a es-
crita foram partes integrantes deste trabalho, melho-
rando a competência leitora e escritora dos alunos.
ENTIDADE DE PROMOÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL ESPAÇO ABERTO
Educadores envolvidos:
Monitoras de MOVA: Maria Inez S. Andrade e
Vera Lúcia C. dos Santos
Coordenadora de MOVA: Noêmia Saldanha Lemos
128
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131
Sala Espaço de Leitura
“Dupla delícia.
O livro traz a vantagem de a gente
poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado”
Mário Quintana (1906-1994)
O objetivo do trabalho da Sala de Leitura
e Espaço de Leitura apoia-se no artigo 2º da
Portaria nº 3.079 de 23 de julho de 2008:
II- Despertar o interesse pela leitura, por
meio do manuseio de livros, revistas e ou-
tros textos e da vivência de diversas situa-
ções nas quais seu uso se faça necessário;
III- Favorecer a aprendizagem dos diferen-
tes procedimentos de leitura e uso dos diver-
sos gêneros de circulação social.
Conforme o Referencial de Expectativas
para o Desenvolvimento da Competência Lei-
tora e Escritora no Ciclo II do Ensino Funda-
mental, à pág. 10, os textos nunca dizem tudo.
São estruturas porosas que dependem do tra-
balho interpretativo do leitor. O que não sig-
nifica, é claro, que o leitor esteja livre para
atribuir qualquer sentido ao que lê. O materi-
al para ler regula a atividade interpretativa à
medida que fornece indícios que orientam
quem lê. Por essa razão é que se diz que a
prática da leitura se realiza como interação
entre textos e leitores.
É o professor mediador que, primeiro
compartilhadamente, reconhece as vozes,
traz à tona as ênfases dadas pelo grupo, es-
tabelece esta troca na relação do texto com
o leitor dentro de um grupo. Num segundo
momento, cada leitor, progressivamente,
internaliza o diálogo com o texto e a leitura
se torna autônoma.
Os trabalhos ora apresentados, nas mo-
dalidades Educação Infantil e Ensino Funda-
mental e Médio, compartilham saberes e prá-
ticas deste lugar especial, ímpar, em que os
sentimentos, as emoções, alegrias, tristezas,
decepções e sonhos são vivenciados a cada
página, a cada livro.
Assim á a Sala de Leitura. Assim são os Es-
paços de Leitura. Aconchegantes, encantadores.
Espaço de Leitura - Educação Infantil Tema do trabalho: Projeto "Meu olhar transformando o mundo"
Período de realização: ano letivo de 2010
O
objetivo do nosso projeto foi incentivar as
crianças a se apropriarem do hábito de ler,
desenvolvendo comportamentos leitores, a
oralidade, a autonomia, a socialização, a
criatividade e a ludicidade.
Explorando a literatura dirigida ao público infantil,
foram desencadeadas ações como: literatura diária,
manuseio de livros, empréstimos, teatro de fantoches,
dramatizações, reconto de história feito pelas crianças,
cantinho da leitura e rodas de conversa.
Trabalhando as diferenças nesse primeiro momen-
to, exploramos a história “Meu Amigo é Especial”, da
Turma do Cocoricó, que destaca a deficiência visual.
A partir desse conto fizemos a brincadeira da “Cabra
Cega” e outras, cantamos algumas canções focando
o respeito ao outro e reconto da história pelas crian-
ças. Nas salas de aula criamos o Cantinho da Leitura
com livros e gibis diversificados, sempre focando a
importância da leitura. Com o passar dos dias, as cri-
anças foram se apropriando desse espaço com auto-
nomia e prazer.
Dentro desse trabalho, a Biblioteca "Rachel de
Queiroz" foi o espaço privilegiado por nós para o de-
senvolvimento do projeto. Explicamos o que é uma bi-
blioteca, sua importância, o que faríamos lá e como
deveríamos nos comportar naquele ambiente.
Escolhemos um dia da semana para visitação. Na
primeira visita fizemos as carteirinhas. Toda semana
íamos com a turma à biblioteca. Cada criança escolhia
um livro para levar para casa. Fizemos uma reunião
com os pais e explicamos a importância do trabalho,
solicitando a participação deles lendo para os filhos em
casa e valorizando os livros escolhidos.
O resultado foi surpreendente. As crianças adquiri-
ram comportamentos adequados a várias situações.
Desenvolveram um gosto apurado pela literatura,
recontando histórias, imitando personagens e reconhe-
cendo alguns autores como: Ruth Rocha, Eva Furnari,
Ziraldo, Ana Maria Machado e Tatiana Belinky, estes
bastante explorados no decorrer do trabalho.
Ao longo do ano, fomos constatando o quanto es-
sas ações foram significativas para os alunos e que o
fato de ter uma conexão com a casa, refletiu, direta-
mente, na maneira como eles agiam em relação aos
cuidados com os livros, o gosto pela leitura e a res-
ponsabilidade de devolução na data certa.
Depoimentos de alguns pais:
“Eu adorei esta parte deles poderem pegar um livro
e trazerem para casa, pois é um incentivo para ela
aprender a ler. É maravilhoso ver a satisfação por ler,
pegando o livro...” (Eliana - mãe da Vitória)
132
“Eu, mãe do Ryan, fiquei muito feliz com o projeto e
vou continuar lendo para o meu filho. Muito obrigada
por este projeto lindo existir. Desejo que faça várias
outras crianças gostarem da leitura” (Roberta Ferreira)
“A leitura é um dos meios interessantes para ensi-
nar as crianças a ter um bom desenvolvimento. As his-
tórias nos trazem felicidades, esperanças, amor, so-
nhos e desejos.” (Rubiana Carla - mãe do Christian)
CEU CEI ALVARENGA Educadores envolvidos:
Professoras: Cléa Marcia de Souza, Cirlene Martins dos
Santos e Roselane Maria da Silva Baracho
Coordenadora Pedagógica: Marieta Emilia Pereira Gomes
Diretora de Escola: Charlene Sales Soares do Nascimento
133
Espaço de Leitura - Educação Infantil Tema do trabalho: Crianças pequenas também gostam de "ler"
Período de realização: ano letivo de 2010
T
ivemos como objetivo deste trabalho possi-
bilitar às crianças, desde o Berçário I, mo-
mentos prazerosos para manuseio de livros,
ouvir histórias, “ler” para si e para os outros
e escolher o livro para a leitura.
A preocupação da equipe do CEI é manter um acer-
vo de livros de qualidade para que o imaginário da cri-
ança possa ser alimentado constantemente. Estes
momentos de manuseio ocorreram nos espaços ex-
ternos e internos. O nosso desafio constante é man-
ter, também, o projeto de empréstimo de livros em que
a criança leva um exemplar todas as sextas-feiras,
numa tentativa de ampliar este prazer pela leitura com
todas as pessoas que convivem com ela, em seu am-
biente familiar.
Este projeto envolveu toda a equipe escolar que
confeccionou as sacolinhas temáticas, nas quais as
crianças colocavam o livro escolhido.
Outra conquista do grupo foi a possibilidade de ofe-
recer o mesmo exemplar numa quantidade que aten-
desse toda a classe. Os momentos de leitura compar-
tilhada eram realizados, em algumas situações, com
grupos de idades diferentes: Berçário com Mini-grupo
II; Mini-gupo I com Berçário.
Observamos a satisfação com que a criança rece-
bia ou escolhia os livros para a leitura e a necessidade
de comentar sobre o que estava “lendo”. A escuta aten-
ta ocorria desde os mais novos e, pelo olhar, percebí-
amos o quanto a criança estava compreendendo. Nes-
ses momentos, as crianças demonstram as suas pre-
ferências. Coube ao professor oferecer outros temas
para que pudessem comparar e cada vez mais expres-
sar opiniões sobre suas escolhas.
CEI JARDIM LUSO Educadores envolvidos:
Professores, gestores, ATEs, agente escolar e família.
Coordenadora Pedagógica:
Eliana Kuribayashi Maciel Okabayashi
Diretora de Escola:
Adriana Maria Pochini Martines
Após o professor selecionar livros
de qualidade e apresentá-los ao
grupo, ele possibilita que criança
faça uma escolha pessoal para
"leitura" e empréstimo.
134
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135
Espaço de Leitura - Educação Infantil Nome do trabalho: Jardim de leitura
Período de realização: abril e maio de 2010
N
osso objetivo foi propor a organização de um Espaço de Leitura, no qual a criança pudes-
se escolher, reconhecer, partilhar histórias
conhecidas e desfrutar o prazer da leitura.
A organização do Jardim de Leitura sur-
giu após o início do Plano Estratégico de Ação - PEA,
quando cada grupo montou sua caixa de leitura para a
sala de aula. As professoras desse grupo sempre fi-
zeram uso dos diversos espaços da unidade e verifi-
caram que as crianças do Mini Grupo se movimenta-
vam melhor em espaços externos e gostavam de ler
deitadas nos tapetes expostos no parque.
Depois de uma atividade de exploração da caixa de
leitura com livros de Artes, as professoras exploraram
diversas telas com o tema jardim. Visitaram o jardim
da escola e resolveram construir um canto a partir da
tela de Raquel Taraborelli "O Jardim".
Trabalharam as vivências dos campos de experiên-
cias da linguagem verbal, por meio da pesquisa de Arte
com tela de jardim e preparam um Espaço de Leitura.
No campo de experiências de exploração da natu-
reza e da cultura, vivenciaram o cuidado com um can-
to do jardim do CEI, com manuseio da terra e plantio
de flores, tendo o apoio do projeto Horta, em parceria
com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente.
Foi possível observar o empenho do grupo de cri- anças, pais e professores na construção do espaço,
na parceria para manutenção, no plantio feito pelas cri-
anças que analisavam a tela e procuravam pintar os
materiais através da releitura do quadro.
Foram planejadas, para o canto, as Semanas: da
poesia, do Jornal Estadinho, dos livros de bruxas, de
crianças protagonistas, dos gibis, etc, consolidando a
proposta do PEA de explorar os diferentes gêneros li-
terários. CEI RAUL TABAJARA VIDIGAL LEITÃO,
Vereador Educadores envolvidos:
Professoras:
Teresa Cristina da Costa Lobo,
Maria Cristina Nascimento,
Maria das Graças dos Santos Souza e
Valéria Tadeu Ricord Arita
Coordenadora Pedagógica:
Marta Cristina Gomes Lima
Diretora de Escola:
Nereida Motta Giorgi Reis
136
As crianças nas vivências
no Jardim de Leitura
137
Sala de Leitura Tema do trabalho: Autonomia leitora
a partir da desconstrução e construção de um jornal
Período de realização: 2º semestre de 2010
C
om o objetivo de oportunizar condições que viabilizassem a autonomia leitora dos alunos
da Etapa Final da EJA em textos da esfera
jornalística, durante o segundo semestre de
2010, as professoras de Língua Portuguesa
e a Professora Orientadora de Sala de Leitura - POSL -
trabalharam os diferentes textos que compõem a esfera
jornalística, no portador de texto jornal.
Inicialmente, foram trabalhados tanto em sala de aula,
pelas professoras de Língua Portuguesa, quanto na Sala
de Leitura, pela Professora Orientadora de Sala de Lei-
tura, os diferentes textos que compõem a esfera jorna-
lística. Em seguida, os alunos se agruparam para reali-
zar a atividade de desconstrução e construção de um
jornal. Esta atividade foi desenvolvida em várias etapas:
- distribuição de uma lista contendo 30 elementos
que compõem um jornal;
- identificação e recorte, em periódicos diversos, dos
elementos da lista recebida;
- colagem dos recortes em folhas de sulfite, devida-
mente identificadas, e acondicionamento das mes-
mas em uma pasta por ordem alfabética.
Os alunos foram orientados a organizar suas pas-
tas de forma a elaborar, para cada trabalho, capa e
contra-capa, índice, introdução, o conteúdo descrito,
conclusão e bibliografia.
A observação durante todas as etapas do proces-
desenvolvimento do trabalho, como também, de avali- ar o desenvolvimento e avanço de cada grupo. Após a
entrega e análise, por parte da Professora Orientadora
de Sala de Leitura, os trabalhos foram encaminhados
às professoras de Língua Portuguesa para fechamen-
to da atividade.
Ao final dos trabalhos, os alunos expressaram seu
entusiasmo pela realização dessa atividade, pois tive-
ram a oportunidade de conhecer, saber manusear e
consultar um periódico de acordo com seus interesses.
EMEF CACILDA BECKER Educadores envolvidos:
Professoras:
Lilian Alves, Maria Cecília Simões e
Arlete Marques de Oliveira
Coordenadora pedagógica:
Devair Delgado
Diretora:
Agnalzita Gomes Moura da Silva
so foi uma das maneiras de, não só acompanhar o Alunos da EJA
138
139
Sala de Leitura Tema do trabalho: Conhecendo Monteiro Lobato
Período de realização: abril de 2010
N
osso objetivo principal foi proporcionar mo-
mentos de leitura, aos nossos alunos, para
que desenvolvessem comportamentos lei-
tores, entre eles o prazer por ler.
Elegemos um livro base, O Saci, de
Monteiro Lobato e apresentamos aos alunos diferen-
tes "desafios de leitura" que só seriam solucionados
com a leitura, na íntegra, do texto indicado.
Os alunos se mostraram muito envolvidos. Teciam
comentários dentro e fora da sala de aula. Mesmo os
alunos que não dominavam a competência leitora parti-
ciparam das tarefas. Percebemos que a leitura e o en-
tendimento de textos mostraram melhores resultados,
por se tratar de situações significativas e desafiadoras.
EMEF ELZA MAIA COSTA FREIRE, Profª Educadores envolvidos:
Professora:
Sandra Moraes da Silva Linares
Coordenadora Pedagógica:
Eliana Seravalle Starling de Oliveira
Diretora de Escola:
Marcia Fonseca Simões
140
141
Sala de Leitura Tema do trabalho: Clube de leitura
Período de realização: 2º semestre de 2010
A
atividade desenvolvida teve como objetivos: estimular o prazer por ler, desenvolver com-
petências leitoras ampliar o letramento dos
alunos, e principalmente, criar possibilidade
para que as práticas de leitura passem a fa-
zer parte efetiva do cotidiano da criança.
O trabalho foi realizado com os alunos do 4º ano do
Ciclo I e se iniciou com a sensibilização do tema pro-
posto: apresentação de um vídeo feito a partir do poe-
ma “Ler”, de Luís Fernando Veríssimo. Após a apre-
sentação do vídeo, houve uma Roda de Conversa so-
bre o ato de ler e as diversas possibilidades de leitura.
A professora falou sobre o Clube de Leitura, como ele
funciona e fez um convite para saber se os alunos gos-
tariam de participar de um. A turma aceitou o convite e
criou um nome para seu clube, estabelecendo as re-
gras para seu funcionamento.
Num segundo momento, foram distribuídos pelas
mesas cinco diferentes títulos de livros, de acordo com
acervo da escola. A professora apresentou a sinopse
dos mesmos e a turma circulou pela sala. Cada aluno
escolheu o livro que gostaria de ler. Sentados com seus
parceiros de título, foram orientados quanto ao roteiro
para a leitura e levaram o livro para casa.
No dia agendado, os parceiros de título discutiram
sobre o livro lido e depois socializaram suas opiniões
Foram propostos novos títulos para dar continuida- de ao Clube de Leitura.
Houve uma melhora na postura leitora e um cres-
cente interesse pela leitura. Os alunos tiveram curiosi-
dade por ler todos os títulos que fizeram parte do Clu-
be e trocaram informações com seus colegas. EMEF LILIANE VERZINI SILVA, Profª Educadores envolvidos:
Professora:
Maria Isméria Aguiar de Souza
Coordenadoras Pedagógicas:
Cristine Keiko Nakamata e
Rosa da Gloria Oliveira
Diretor de Escola:
José Marcelo Biagioni Baroni
com toda a turma. Alunos em atividade na Sala de Leitura
142
143
144
Informática Educativa
"...A escola é um lugar de aprendizagens e
encantamentos que convida adultos e crian-
ças a buscarem sempre novos desafios na
trajetória do aprender." (As Mídias no Universo
Infantil - um diálogo possível, p. 90)
Atualmente, as crianças têm acesso a apa-
relhos de TV, máquinas fotográficas, filmado-
ras, celulares, DVD, brinquedos eletrônicos
e computadores com diferentes recursos de
som e vídeo, acesso à Internet que facilitam
a sua comunicação com o mundo.
O grande desafio da escola é acompanhar
essas evoluções tecnológicas, desenvolven-
do novas formas de comunicação e aprimo-
rando estratégias para construção de conhe-
cimento.
Diante desses avanços tecnológicos, a
Informática Educativa da RME-SP vem pro-
pondo aos educadores vivências e reflexões
sobre a utilização das diferentes mídias no
cotidiano educacional, que contribuem para
o crescimento, a interação e a potencialização
das aprendizagens nas diversas linguagens.
"O uso das mídias no universo infantil pos-
sibilita que a criança possa ver-se e reco-
nhecer-se no desenvolvimento de atividades
diárias..." (As Mídias no Universo Infantil - um diá-
logo possível, p. 71).
Estas linguagens midiáticas podem se
constituir em recursos que auxiliam no de-
senvolvimento das competências leitora e
escritora, incorporadas ao processo de ensi-
no-aprendizagem.
"É preciso enfatizar que o conteúdo do
Currículo Tecnologia da Informação e Comu-
nicação consiste de competências, isto é, de
saber-fazeres. O processo de desenvolvi-
mento dessas competências é eminentemen-
te ativo: as competências se desenvolvem
no processo de fazer alguma coisa interativa
145
Informática Educativa
e colaborativamente." (Orientações Curriculares
Tecnologias de Informação e Comunicação - Propo-
sições de Expectativas de Aprendizagem, p. 62).
Saber utilizar as diferentes fontes de infor-
mação e seus recursos servem como moti-
vação aos alunos, facilitando uma aprendiza-
gem colaborativa por meio da resolução de
problemas, aquisição e construção do conhe-
cimento, bem como a criação de espaços de
participação interativa e projetos de constru-
ção coletiva.
Nas formações, desafios são lançados.
Educadores e alunos são convidados a traba-
lhar num ambiente colaborativo construindo:
• aprendizagens que favoreçam a desco-
berta, a comparação, a troca, a análise e
resolução de problemas;
• ações protagonizadas pelas crianças;
• pesquisa, comunicação e publicação na
internet;
• práticas em que a criança constrói e re-
faz sua história, contribuindo assim, para
elaboração, sistematização e ampliação
de seu repertório;
• comunicação colaborativa em comunida-
des virtuais e diferentes redes sociais;
• ampliação do público leitor para além dos
muros da escola;
• projetos de Intervenção social;
• registros significativos e intencionais, que
contemplam o olhar do educador e da
criança.
Neste espaço, apresentam-se produções
que expressam o envolvimento de cada edu-
cador intensificando o protagonismo dos alu-
nos neste mágico mundo tecnológico.
Informática Educativa - Educação Infantil Tema do trabalho: Nossa história favorita para meu amigo secreto
Período de realização: agosto 2010
C
om esta atividade, as crianças vivenciaram novas experiências com uso de aplicativos
e softwares, colocando em prática a apren-
dizagem construída ao longo do processo,
propiciando diferentes possibilidades de
ouvir e contar, objetivando conhecer meios para nar-
rar histórias. Utilizaram aplicativos do computador para
gravar voz e recontar. Aprenderam a utilidade da
digitação e impressão, compreendendo a importância
do teclado, do mouse, da impressora.
As atividades foram iniciadas com uma entrevista com
as crianças utilizando o Audacity referente à história fa-
vorita dentre as quais conheciam. A segunda etapa foi a
lista coletiva no Word, escrita pela professora com a
colaboração dos alunos, sobre as histórias citadas.
Foi proposta a escolha de uma história que repre-
sentasse a turma, realizando uma votação utilizando o
Excel; cada criança escolheu sua história favorita e
pintou o quadrado para montar o gráfico. Após a vota-
ção, as crianças conheceram a história em versão di-
gital, acompanhando a leitura no projetor de imagens.
Depois, a história foi recontada pelas crianças utili-
zando o Audacity; digitaram o nome dos personagens
livremente, de acordo com os conhecimentos que pos-
suíam sobre escrita.
No aplicativo Tux Paint, fizeram a ilustração da his-
tória, que depois, foi impressa para a realização do
amigo secreto. Nesta etapa houve o sorteio e leitura do nome do amigo para a entrega da ilustração da his-
tória escolhida pela turma.
Este projeto foi aplicado com o intuito de aproximar
as crianças e valorizar a amizade entre eles, bem como
evidenciar e colocar em prática as aprendizagens ad-
quiridas na Informática Educativa.
O resultado foi bastante positivo, pois passaram a
conquistar mais autonomia na utilização dos recursos
tecnológicos oferecidos a elas durante o percurso. Al-
gumas crianças apresentaram dificuldades na relação
com os aplicativos e foram orientadas sobre as ferra-
mentas disponíveis, como usar, para que serviam
aqueles recursos. Porém, no geral, conseguiram utili-
zar os recursos e ficaram muito satisfeitas com a
finalização da atividade, a entrega das ilustrações.
146
EMEI AYRTON SENNA DA SILVA
Educadores envolvidos:
Professoras:
Jayane Nunes Ferreira e Vera Lúcia Avelino - turma 3º G
Coordenadora Pedagógica:
Mara Paranaguá
Diretora:
Magali Aquino de Muro
147
Informática Educativa - Educação Infantil Tema do trabalho: Eleição 2010
Período de realização: outubro 2010
P
roporcionar às crianças a aprendizagem sig- nificativa sobre o processo eleitoral, a de-
mocracia e a cidadania, foram os objetivos
de nosso trabalho.
Organizamos a 1ª Eleição na EMEI Cruz e
Sousa, com o auxílio dos monitores mirins, por meio de
reuniões combinamos a ação de cada um nesse pro-
cesso. Durante a semana as professoras trabalharam
com as crianças o que é, e para que serve a eleição.
O tema da nossa eleição foi "Quais os melhores
lugares na escola para se conviver e aprender".
Os monitores mirins realizaram enquete, confecci-
onaram gráficos, elaboraram cédula eletrônica, título
de eleitor, comprovante de votação e organizaram a
Sala de Informática como sessão eleitoral.
O título eleitoral foi entregue e explicado a sua im-
portância, no dia da eleição. O eleitor deixava o seu
título na posse do mesário, e votava no computador
em que estava a cédula eletrônica, com o auxílio do
monitor mirim.
Notamos a animação das crianças em participar des-
se processo, pois ressaltaram o desejo de trabalhar em
eleições, de ensinar seus pais a votar e participar, e de
crescer logo para poder votar com seus pais.
O auxílio dos monitores mirins foi essencial para o
êxito do trabalho, pois envolveram toda a escola no
148
processo eleitoral. Com o projeto de monitores mirins e eleição, procuramos formar cidadãos conscientes e
responsáveis, consigo, com outros e com o mundo.
EMEI CRUZ E SOUSA Educadores envolvidos:
Professoras:
Silvana Sizuko Tokashiki, Adriana, Marlena, Maria Emilia,
Maria Guiomar, Edeli, Lucilia, Kelma, Silvia, Sandra Chelli,
Vera Lucia, Marilza, Daniela, Sandra Farah, Etelvina,
Lindinalva, Sonia, Simone e Glaucia.
Coordenador Pedagógico: Fabio Borges Souza
Diretora de Escola: Sheila de Paula Soares
Enquete, EMEI Cruz e Sousa, outubro de 2010
Sessão eleitoral, mesário
Confeccionando gráficos
149
Informática Educativa - Educação Infantil Tema do trabalho: Utilizando webcam para falar de esquema corporal
Período de realização: ano letivo de 2010
P
romover o uso das mídias pela criança de
forma livre e lúdica, particularmente a
WebCam - para possibilitar a formação crí-
tica e criativa sobre si e sobre o outro e cri-
ar um novo olhar sobre aquilo que se vê.
Ver - se no computador é diferente de se ver ao espe-
lho, o que gerou uma nova leitura sobre as dimensões
do corpo humano.
O corpo e suas partes de forma simples e descon-
traída foram temas das Rodas de Conversa. Os alu-
nos contaram com a ilustração de um esqueleto (nos-
so personagem) e manipularam os games "CORPO
HUMANO" e "OLHA O PASSARINHO", que permiti-
ram que cada criança tirasse foto de algumas partes
do seu próprio corpo e do amigo.
O uso do TuxPaint (Editor de desenho), permitiu a
representação do corpo humano - o desenho - favore-
cendo às crianças a observação de particularidades e
generalidades das figuras.
Essa atividade permitiu o manuseio do Software
Esqueleto Humano, em que cada criança pode identifi-
car, se conscientizar sobre as partes do corpo huma-
no, assim como construir sua auto - imagem.
EMEI MACHADO DE ASSIS Educadores envolvidos:
Professores:
Viviane Aparecida Alves do Nascimento e todos os
professores da Unidade
Coordenadora Pedagógica:
Cláudia De Donato
Diretora:
Silvana Maria Guilhen Reggiani
150
Fotografando parte do corpo
151
Informática Educativa - Educação Infantil Tema do trabalho: Clicando e brincando com o nome
Período de realização: ano letivo de 2010
O
portunizar o desenvolvimento da identifica- ção e registro escrito do nome das crian-
ças, utilizando as mídias como meio de cap-
tação de imagens com a máquina fotográfi-
ca digital e desenvolvimento de jogo
educativo no computador, que estimula a memória vi-
sual, o raciocínio lógico e a lateralidade. Também ex-
plora habilidades no uso de periféricos do computador,
no manuseio do mouse em exercícios de clicar e ar-
rastar, e teclado no exercício de reconhecer a grafia
das letras e digitação.
A princípio em sala de aula, com mediação da pro-
fessora Cleonice, as crianças manusearam a máqui-
na fotográfica registrando fotos de seus colegas e po-
sando para os mesmos, garantindo que todos fossem
fotógrafos e modelos. Foi tirada também uma foto da
turma e da professora. Estas fotos foram editadas em
vídeo para reprodução e apreciação das crianças, no
telão na Sala de Informática.
Num segundo momento, as fotos foram inseridas
em atividades que constituíram um jogo na plataforma
JClic, jogo este desenvolvido, previamente, pela POIE
que continha as seguintes atividades:
• Jogo da memória (combinações entre imagem/
imagem e imagem/nome);
• Quebra-cabeça com a foto da turma;
• Identificação das letras faltantes no nome preen- chendo as lacunas.
Para as crianças, manusear a máquina digital e fo-
tografar os amigos foram práticas curiosas, dado que
esta era a primeira vez que algumas delas tiveram a
oportunidade de manuseá-la sem restrições. Durante
a exibição das fotos, no telão na Sala de Informática,
os comentários foram vários, desde as poses até a
recordação de quem havia fotografado aquele colega.
No desenvolvimento do jogo, contendo as fotos e os
nomes das crianças a euforia foi geral: reconheceram-
se nas telas de cada atividade, levantaram hipóteses
sobre a escrita de seus nomes e dos colegas.
EMEI VIRGÍLIO TÁVORA Educadores envolvidos:
Professoras:
Daniela F. Costa e Cleonice Pacheco
Coordenadora Pedagógica:
Zirlene Marinho Correia
Diretora:
Eliane de Fátima Voltarelli Ignez Tavares
152
Fotografando os colegas
153
Informática Educativa Tema do trabalho: Meu 1º CD - Parlendas, Músicas e Poesias
Período de realização: no decorrer do ano letivo de 2010
O
s objetivos no referido trabalho proporcio- naram aos alunos:
• participar de situações de intercâmbio oral,
apreciando os textos trabalhados;
• ler (com ajuda, quando necessário) par-
lendas e cantigas;
• escrever os textos que já conhecem de memória.
O trabalho foi desenvolvido na sala de aula e no
Laboratório de Informática.
Elaboramos e selecionamos com os educandos
uma relação de parlendas, músicas e poesias para
posterior apresentação e gravação.
As parlendas, músicas e poesias lidas, semanal-
mente, utilizaram as estratégias de leitura: seleção,
antecipação, decodificação, inferência e verificação,
respeitando sempre as fases em que cada criança se
encontrava, procurando atividades para que todos pu-
dessem avançar.
No Laboratório de Informática e em sala de aula os
alunos reescreviam, de memória, as parlendas, as
músicas e poesias. Na etapa final os educandos gra-
varam as produções e produziram a capa do CD, con-
feccionaram convites para que seus familiares vies-
sem à escola, em uma manhã de autógrafos, em que
puderam ouvi-los e receber seu CD autografado.
Os alunos tiveram um avanço tanto na leitura como na escrita, por meio da participação nestas atividades.
Cada etapa foi desenvolvida com muita alegria e entu-
siasmo.
EMEF BERNARDO O'HIGGINS Educadores envolvidos:
Professoras:
Adriana Guedes Medeiro,
Áurea Lucia Fernandes dos Santos Paiva e
Ana Cristina Pinto Ribeiro
Coordenadora Pedagógica:
Caroline Cassiana Silva dos Santos
Diretora:
Maridéa Fernandes Martins
154
Reescrevendo parlendas, músicas e poesias
155
Informática Educativa Tema do trabalho: Conhecendo a África do Sul
Período de realização: ano letivo de 2010
U
tilizar com autonomia o processador de tex-
to (Word), a Internet e o Windows Movie
Maker, vivenciar a produção de informação,
ampliar a reflexão sobre informação e mei-
os de comunicação, exercitar as especifici- dades da linguagem audiovisual, incentivar a produ-
ção de textos informativos, incentivar o hábito de ler,
reler e corrigir seus próprios textos, foram os objeti-
vos propostos neste trabalho.
O trabalho foi iniciado com uma conversa a respei-
to da África do Sul, país sede do evento, sua importân-
cia durante a realização da Copa do Mundo de 2010.
A produção de um vídeo de até 3 minutos sobre a
África do Sul, ressaltando as suas características e
ênfase ao evento da Copa do Mundo, foi o desafio pro-
posto aos alunos.
O desenvolvimento do projeto proporcionou aos alu-
nos usar com autonomia: o Windows Movie Maker (para
a organização e elaboração do vídeo), o software
Audacity (para a gravação da trilha sonora do vídeo),
o processador de texto Word para armazenar as infor-
mações pesquisadas na Internet e o aplicativo Paint
Brush para o registro das imagens (que foram salvas
em jpeg).
As informações coletadas foram pesquisadas e selecionadas na Internet em sites de busca, na
Wikipédia e no portal Globo.
Os vídeos finalizados foram apresentados aos alu-
nos e votados através de cédula, com notas de 5 a 10.
Os vídeos mais votados foram publicados no canal do
Youtube da escola.
O trabalho foi desenvolvido com os alunos do 4º
Ano do Ciclo II (Ensino Fundamental de 8 anos), en-
volvendo três classes, todos os alunos realizaram suas
produções, algumas com mais riquezas do que as ou-
tras, mas todos obtiveram um produto final, superando
o desafio proposto.
Acesse os links para apreciar as produções:
http://www.youtube.com/watch?v=lmcsfYxByPo
http://www.youtube.com/watch?v=TKX1hiJ4MDs
http://www.youtube.com/watch?v=GdcemJkB1p8
Foi muito gratificante o desenvolvimento desse pro-
jeto, pois apesar de alguns alunos terem dificuldades
conseguiram realizar o desafio com êxito.
Os alunos foram avaliados durante o processo de
produção do vídeo e na apresentação para a classe,
levando em conta o interesse, postura e produto final
apresentado.
156
EMEF LAERTE RAMOS DE CARVALHO, Prof.
Educadores envolvidos:
Professora:
Cristina Afonso Mendonça Nunes
Coordenadora Pedagógica:
Elizabeth Valentini Ribeiro
Diretora:
Alaíde Maria Bessa Ottoni Zillig
157
Informática Educativa - Alunos Monitores Tema do trabalho: Concurso de receitas - Combate ao desperdício de
alimentos
Período de realização: agosto a novembro de 2009
P
romovemos a reflexão acerca de formas de combate e diminuição do desperdício de ali-
mentos, por meio da divulgação de receitas
que utilizam partes, normalmente descarta-
das, dos alimentos (cascas, talos, folhas, sementes).
A partir do trabalho desenvolvido com os alunos
monitores, dentro do Projeto "Minha Terra 2009", orga-
nizamos um concurso de receitas com partes, geral-
mente não utilizadas, dos alimentos. Esse concurso
foi aberto a todos os alunos; as receitas foram analisa-
das e selecionadas pelas funcionárias da cozinha. Ao
final, durante a Mostra Cultural, os vencedores foram
premiados pela Diretora com cadernos, contendo as
receitas escolhidas.
Verificamos a boa interação entre os alunos
monitores e a comunidade escolar, durante o proces-
so de desenvolvimento da atividade e o envolvimento
dos demais alunos no concurso.
EMEF ALFERES TIRADENTES Educadores envolvidos:
Professores:
Ana Emília dos Santos Monteiro e
Valmir Vieceli
Coordenadoras Pedagógicas:
Izilda Aparecida Manzano de Almeida
e Elizete Miguel Antão
Diretora:
Adriana Tadeu Magalhães
Livro de Receitas
158
Alunos Monitores
Diretora Adriana T. Magalhães
159
160
161
Sala de Apoio Pedagógico
Dentre as ações desenvolvidas nas Unidades
Educacionais, nos anos de 2009 e 2010, relativas à
formação do Professor Regente da Sala de Apoio
Pedagógico, destacamos as de três Unidades Edu-
cacionais, que permitiram ao professor fazer inter-
venções pedagógicas na aula, na perspectiva de
apropriação da competência leitora e escritora pelos
alunos e, por conseguinte, da aprendizagem da lei-
tura e da escrita.
"Organizar uma rotina semanal de leitura e escrita
é fundamental para orientar o planejamento e o cotidi-
ano da sala de aula. Ela se expressa na forma como
são organizados o tempo, o espaço, os materiais,, as
propostas e intervenções do professor e revela suas
intenções educativas" Projeto toda força ao 1º Ano:
Guia para Planejamento e avaliação do trabalho com
o 1º Ano do Ensino Fundamental (pág. 20 e 21). A
prática aqui apresentada como ação de planejamento
de uma rotina semanal, revela que o professor se pre-
ocupa com o ajuste das suas intervenções à aprendi-
zagem do grupo ou mesmo do aluno, individualmen-
te. O planejamento semanal possibilitou visualizar o
todo, para atingir as partes dentro da necessidade de
cada aluno, permitindo a avaliação de cada conteúdo
dado, das situações de aprendizagem planejadas e
avaliadas.
A melhoria da fluência leitora foi outro item da pauta
de formação que permitiu aos professores a elabora-
ção de projetos que envolvessem o conteúdo da leitu-
ra em voz alta pelo aluno. O Teatro de Leitores é uma
situação de aprendizagem que busca melhorar o de-
sempenho do aluno que apresenta dificuldades em ler
e compreender textos. Tal procedimento de leitura re-
petida e em voz alta permite que o aluno melhore sua
fluência leitora além de, ao estudar as características
dos personagens, compreenda melhor o que lê. O Pro-
jeto tem várias etapas e culmina com uma apresenta-
ção para o público escolar. Nesta situação de ensino,
o aluno ao ouvir sua voz, pode modular sua entonação
respeitando a pontuação do texto permitindo a com-
preensão do mesmo.
Os projetos "Teatro de Leitores" e "Sarau Poético"
ampliaram essa possibilidade colocando o aluno como
protagonista e participante de situações sociais reais
mediadas pela leitura em voz alta.
Outros relatos, voltados para a prática do profes-
sor no seu fazer pedagógico, já são uma realidade nesta
DRE; no entanto, destacamos estes três que revelam
um dos momentos de formação da Sala de Apoio Pe-
dagógico.
A
Sala de Apoio Pedagógico Tema do trabalho: Projeto teatro de leitores
Período de realização: de setembro a novembro de 2010
atividade desenvolvida teve como objetivo
melhorar o desempenho dos alunos que
apresentavam dificuldades para ler e com-
preender textos, assim como, observar os
efeitos do procedimento de releitura sobre a
fluência leitora dos mesmos e com isto tornar o ato de
ler algo prazeroso na visão do aluno.
O grupo foi formado por alunos dos 7º anos do Ci-
clo II que apresentavam muita dificuldade de leitura e
compreensão de texto e que faziam pouco uso da lei-
tura em seu cotidiano. Parte do grupo apresentava lei-
tura restrita: lia praticamente soletrando.
Num primeiro momento, em Roda de Conversa,
apresentei o Projeto Teatro de Leitores e seus objeti-
vos; levantei os conhecimentos prévios sobre teatro e
fiz o registro.
Demos inicio à seleção do texto a ser apresentado.
Foram trazidos à sala, textos de diferentes autores, para
que os alunos tivessem contato e pudessem juntos, es-
colher o texto que mais agradasse ao grupo. (a professo-
ra fez uma pré seleção, antes de levá-los à sala de aula).
Após a escolha do texto, o mesmo foi lido várias
vezes pela professora e recontado pelos alunos, até
que todo o grupo o compreendesse.
Os ensaios ocorreram duas vezes por semana e
foram gravados para que os alunos tivessem uma fer-
ramenta para a autoavaliação, propiciando material
162
para discutirem os avanços e mudanças que julgas-
sem necessárias.
A avaliação se deu por meio do acompanhamento,
pela professora nos ensaios de leitura; pela escuta da
própria leitura pelos alunos, já que os ensaios foram
gravados; pela autoavaliação, permitindo ajustes que
julgaram necessários. A apresentação do grupo foi para
os alunos do 1º ano- C do Ciclo I.
O Projeto “Teatro de Leitores” desenvolveu nos alu-
nos, o hábito de compor um registro/roteiro de trabalho.
Proporcionou um envolvimento dos educandos com os
textos literários, além de fazê-los vivenciar o prazer de ler.
Os alunos adquiriram uma postura leitora demons-
trando assim, comportamento leitor. Todos os partici-
pantes do Projeto “Teatro de Leitores” levantam-se e
se colocam eretos quando solicitados a lerem em voz
alta e isto foi incorporado de forma natural.
A Professora Orientadora de Sala de Leitura cola-
borou com o Projeto por meio das pesquisas de textos
e na audição de alguns ensaios.
EMEF ARMANDO ARRUDA PEREIRA
Educadores envolvidos:
Professoras: Cristiane Costa Ribeiro e
Malvina Sant’ana Padui
Coordenadora Pedagógica: Selma Caetano
Assistente de Diretor: Maria Helena Bertipaglia
Diretora: Ana Lúcia Cersosimo
163
Sala de Apoio Pedagógico Tema do trabalho: Plano de ensino da sala de apoio pedagógico –
Rotina semanal
Período de realização: fevereiro de 2010 a março de 2011
A
experiência desse relato apresenta uma ação
teórica reflexiva sobre alguns pontos pertinen-
tes à Sala de Apoio Pedagógico (SAP), des-
de o momento da definição das expectativas
de aprendizagem para cada grupo atendido
até como se dá o registro desses fazeres.
Por ser de fácil visualização, a planilha de planeja-
mento semanal elaborada para o meu trabalho, permi-
te organizar as atividades. Assim, ao final do mês, é
possível perceber no que é preciso dar continuidade
e/ou elencar novos conteúdos que deverão ser con-
templados.
A leitura feita pelo professor é diária e ocorre, geral-
mente, no momento inicial da aula. O espaço é prepa-
rado para que essa ocasião proporcione prazer. A apre-
ciação de obras literárias permite ampliar o comporta-
mento leitor do aluno.
No Projeto Teatro de Leitores, os alunos estudam e
ensaiam um texto literário que será apresentado a uma
das turmas do primeiro ao terceiro ano do Ensino Fun-
damental I: a rotina semanal já contempla o tempo para
ensaios e a apresentação.
Essas estratégias colaboram com o aprimoramen-
to de habilidades com relação à fluência leitora, a partir
da inferência, do aperfeiçoamento da leitura e da com-
preensão do que lêem, favorecendo a formação de lei-
tores autônomos e críticos.
164
As atividades de comunicação oral também têm seu
tempo garantido na organização da rotina. É estimula-
do que os alunos teçam comentários sobre um texto
lido, verbalizem suas opiniões sobre a elaboração de
um projeto e participem de uma conversa informal, ade-
quadamente, no próprio espaço da sala.
As situações didáticas de produção, análise e refle-
xão sobre a língua escrita são realizadas diariamente
e também necessitam de intervenções regulares por
parte do professor. Há momentos individuais e coleti-
vos de trabalho, ocasiões em que escrevem textos di-
versos e os mesmos são passíveis de revisão. Às
vezes, o professor pode ser o próprio escriba do gru-
po. Quando um texto é revisado, geralmente, faz-se
uso do retroprojetor ou do computador.
O ato de planejar dá maior segurança e é possível
redimensionar a prática a partir de um olhar crítico.
Permite fazer escolhas metodológicas mais adequa-
das para cada turma de alunos, além de qualificar o
trabalho. É visto como um suporte que instrumentaliza
o trabalho do educador e a aprendizagem dos
educandos. Este é apenas um exemplo das inúmeras
possibilidades de como o registro mensal e/ou diário
pode se materializar. É, portanto, passível de mudan-
ças e adaptações para cada realidade.
EMEF HABIB CARLOS KYRILLOS, Dr.
Educadores envolvidos:
Professora: Sandra Cristina Floresta
Coordenadores Pedagógicos:
João Paulo de Oliveira e
Inês Rodrigues Franzói
Diretora de Escola:
Helena Coutinho de Medeiros
Alunos em Atendimento em Sala de Apoio Pedagógico.
165
Sala de Apoio Pedagógico Tema do trabalho: Projeto sarau poético
Período de realização: agosto a novembro de 2010
O
s objetivos específicos da atividade desen- volvida foram melhorar o desempenho dos
alunos participantes da Sala de Apoio Peda-
gógico do ciclo II, que apresentavam dificul-
dades para ler e compreender textos e pro-
porcionar situações que valorizasseem o potencial de
cada um, desenvolvendo sua autoestima.
Inicialmente, lemos várias poesias e poemas de al-
guns autores brasileiros e conhecemos a biografia de
cada um. Devido aos alunos terem demonstrado inte-
resse por este gênero textual, solicitei que cada um
escolhesse o poema com o que mais se identificava,
de acordo com seu desempenho na leitura, a fim de se
sentirem competentes na mesma e para participarem
do Sarau Literário no final do ano letivo.
Todos os alunos do ciclo II participaram deste Pro-
jeto.
Os ensaios ocorriam duas vezes por semana, du-
rante 30 minutos. A partir do momento em que os alu-
nos conseguiam ler com mais entonação e respeitan-
do os sinais de pontuação, utilizamos o microfone, para
que se familiarizassem com este recurso.
No dia da Feira Cultural (27/11/10) o grupo recitou
os poemas para o público e eles tiveram reconheci-
mento por parte de toda a comunidade presente (dire-
ção, coordenação, professores e familiares).
Os alunos tiveram a oportunidade de se auto avali- arem durante o processo, pois ouviam e assistiam aos
ensaios gravados no celular e com câmera fotográfi-
ca. O retorno ocorria, imediatamente, após a atuação
de cada aluno ou quando acabavam os ensaios.
EMEF JOÃO SUSSUMU HIRATA, Dep.
Educadores envolvidos:
Professora: Simone Alves dos Santos Guerra
Coordenadora Pedagógica: Helena Sugiyama
Diretor de Escola: Carlos Ribeiro Lopes
166
FUI E ENIGMA
,_R...EI VI..oS...;;A;;.;..O;;.;;;;. •
AO MEN0-:::-S SINTA
Apresenta<;iio Da Feira Cultural- 27103110:
Acima,, Alunos Do r.Ano Do Ciclo II-5as Series.
Ao lado, Comunidade Presente Assistindo a Apresentaqao dos Alunos
167
168
169
Educação Especial
“Entende-se por crianças, adolescentes, jo-
vens e adultos com Necessidades Educacio-
nais Especiais, aqueles cujas necessidades
educacionais se relacionem com diferenças
determinadas, ou não, por deficiências, limi-
tações, condições e/ou disfunções no proces-
so de desenvolvimento e altas habilidades/
superdotação”. (Referencial sobre Avaliação
da Aprendizagem de alunos com Necessida-
des Especiais- Educação Especial, p. 18)
Os alunos que apresentam Necessidades
Educacionais Especiais (NEE) têm assegu-
rada a matrícula na classe comum de acordo
com a legislação brasileira vigente. De acor-
do com a Resolução Federal/MEC nº 04 de
2009, os alunos que apresentem NEE têm
direito ao Atendimento Educacional Especi-
alizado (AEE), no contraturno escolar. Na
Rede Municipal, o AEE é realizado nas SAAI
(Sala de Apoio e Acompanhamento à Inclu-
são), por professoras com comprovada es-
pecialização ou habilitação em Educação Es-
pecial que têm como atribuição, dentro da Uni-
dade Educacional: a formação dos professo-
res de classe comum, nos horários coletivos;
a articulação do trabalho dos diferentes pro-
fissionais da escola; o atendimento e orienta-
ção das famílias; o atendimento aos alunos,
individual ou em pequenos grupos; a organi-
zação dos registros avaliativos de seus aten-
dimentos tanto na SAAI quanto ao grupo de
professores; o auxílio aos professores nos mo-
mentos de avaliação dos alunos com o uso
do documento Referencial de Avaliação de Alu-
nos com Deficiência Intelectual.
Apresentamos, neste livro, relatos de prá-
tica de professoras regentes da SAAI em duas
Unidades Educacionais que demonstram a
implementação das políticas de formação pro-
fissional da Secretaria Municipal de Educa-
ção, referente à Educação Especial, na DRE-
Santo Amaro
Educação Especial - Sala de Apoio à Inclusão Tema do trabalho: Minha identidade
Período de realização:
2 º semestre de 2010
O
objetivo do nosso trabalho foi desenvolver no
aluno a postura de educando ativo na cons-
trução de seu conhecimento, percebendo
através da vivência com seus colegas as di-
ferenças e semelhanças entre as pessoas. A escola recebeu a matrícula de um aluno com Pa-
ralisia Cerebral, no ano de 2010. Não sabíamos nada
sobre a criança, era um universo desconhecido até o
momento.
Logo, a coordenação organizou um plano de ação,
juntamente com os docentes, para acolhimento inicial
do educando. Muitas situações hipotéticas foram
construídas, a fim de mobilizar recursos, para o que nos
esperava.
Um dos primeiros pontos a serem discutidos foi à aces-
sibilidade estrutural de nossa escola. Pensamos nas adap-
tações que deveriam ser realizadas, para garantir a mobi-
lidade do aluno tais como: sala de aula próxima ao lavabo
e ao refeitório, (que o trajeto não necessitasse do uso de
escadas), carteira adequada nos diferentes ambientes de
aprendizado e acesso ao Laboratório de Informática, Sala
de Leitura e quadra de esportes.
Foi organizado um encontro com a família e o edu-
cando, a fim de identificar as necessidades educacio-
nais especiais do mesmo e conhecer sua trajetória edu-
cacional. Nesta reunião tanto professora da SAAI, como
a Coordenação estavam presentes, já que o início na
sala regular foi concomitante com a sala da SAAI. No
segundo encontro, conhecemos Luan, que apesar da
mobilidade reduzida, era dono de um comportamento
inquieto, com olhos ávidos.
Após o encontro, a equipe escolar traçou um plano
de ação, para o acolhimento do aluno. Passou a ser
atendimento na SAAI, duas vezes por semana, no con-
tra turno de suas aulas regulares.
O comportamento recorrente do aluno era de inquie-
tação, ao ser contrariado ou frustrado ele se jogava ao
chão, cuspia, ou agredia quem estivesse perto ou a si
próprio. Seu tempo de concentração era bastante redu-
zido, atendia pouco ou quase nada das comandas, não
estava alfabetizado.
A preocupação primeira foi em fazer do âmbito esco-
lar, um lugar agradável, que trouxesse experimentações
diversas, aguçando não só a curiosidade, mas desper-
170
tando o interesse em conhecer aquele espaço, até en-
tão misterioso.
Para tal, foi preciso pensar em estratégias pedagó-
gicas, que auxiliassem no aumento de concentração e
atenção do educando. Muitas destas estratégias fo-
ram realizadas com jogos didáticos, dinâmicas,
vivências de vida prática e apresentação da funciona-
lidade de alguns objetos.
Foi necessário estabelecer vínculo e lançar mão de
recursos para a comunicação verbal. Os gestos foram
substituídos por palavras, as vontades também come-
çaram a ser expostas de forma verbal, o "não" até ga-
nhou seu espaço, não mais como um elemento de con-
trariedade, mas como necessário para organização.
O aluno que não caminhava sozinho, que não sabia
sentar, foi estimulado, ganhou confiança, hoje caminha
sozinho por nossa escola, e até se arrisca a rolar. O
alimento que chega a sua boca vem de suas próprias
mãos, assim como a higiene bucal que já faz sem apoio.
Suas fraldas que antes tanto incomodavam, já não
fazem parte de sua rotina, sabe pedir para ir ao banhei-
ro e como qualquer criança, às vezes o que ele quer é
apenas sair da sala.
O que não podia ser escrito, era descrito visualmen-
te, o recorte inicialmente ganhou apoio, as figuras ga-
nharam nomes, as cores foram contextualizadas, o choro
foi substituído por comunicação, o tapa por exploração
sensorial, o grito por ritmos folclóricos, a dificuldade de
locomoção por exploração de movimentos amplos e
restritos em diferentes níveis. A ajuda excessiva pas-
sou a ser a ajuda assistida, as letras criaram nomes e
construíram um repertório lingüístico. O problema cha-
mado Luan, deu lugar ao educando esforçado, que vem
superando expectativas no dia a dia.
Naquele mundo desconhecido de símbolos, um ele
já conhece bem, é o seu nome, Luan,dentre tantas
letras..essa tem significado..olhos bocas...cabelos....ele
descobriu a sua própria identidade!
Usa tintas, escolhe as cores, recorta com tesoura,
ouve histórias, participa das aulas de Educação Física,
tem rotina escolar.
Descrição de atividade/ metodologia:
Com o uso de imagens grandes, sem resíduos visu-
ais o aluno foi estimulado a descrever cenas do cotidia-
no, formular pequenas histórias e reconhecer as letras
de seu nome. A rotina do dia também ganhou imagens,
que já eram conhecidas pelo aluno.
As imagens ora eram de revistas, histórias e ou jor-
nais, ora confeccionadas pelo aluno com apoio da do-
cente, ou até mesmo fotos do cotidiano escolar.
De forma gradual, as imagens foram substituídas
pelo quadro branco e peças imantadas. As figuras ga-
nharam texturas diversas, com o intuito de utilizar o tato
como canal de aprendizagem, garantindo assim, me-
lhor aproveitamento pedagógico. Nesta fase, o apoio já
não era mais necessário, o aluno, a partir do comando
verbal, começou a escrever seu nome e montar peque-
nas sequências de sua rotina diária.
A avaliação se deu por meio da observação siste-
mática e registro em pauta de observação, de forma pro-
cessual e contínua. Tudo dentro de seu potencial, com
suas particularidades atendidas, alguns recursos mate-
riais nem foram utilizados, e inúmeras vezes foi neces-
sário repetir as comandas, mas o que foi imprescindível
para a inclusão, foi a disposição interna da Equipe Es-
colar, para ver além da deficiência!
EMEF CALÓGERAS, Ministro
Educadores envolvidos:
Professora: Luciana Nascimento
Coordenadora Pedagógica: Roselene Primo Sartori
Diretora de Escola: Célia Braz van de Vooren
171
N
Educação Especial – Sala de Apoio à Inclusão Tema do trabalho: Integração social
Período de realização: ano letivo de 2010
osso trabalho teve como objetivo favorecer
a integração social do grupo, o respeito às
regras, reconhecer as letras do alfabeto e
escrever além do seu próprio nome, os no-
mes dos colegas.
A aluna Carollyne Vitória de Oliveira Ribeiro, aluna
do 2º ano do Ciclo I, deficiente, com síndrome de Down,
chegou a nossa escola apresentando dificuldades de
respeitar as regras, os colegas. Não tinha concentra-
ção, não parava em sala de aula, procurava fugir ao ir
ao banheiro e não voltava para sala após o recreio.
Com relação à parte cognitiva a aluna escrevia seu
nome e conhecia as letras do alfabeto, porém, apre-
sentava dificuldades para terminar as atividades por
ter um tempo de concentração muito pequeno.
Percebeu-se também que aluna tinha um grande
interesse pelos colegas e memorizava com facilidade
seus nomes. A aluna passou a receber Atendimento
Educacional Especializado, na SAAI de nossa escola.
Foi um começo difícil, porém ao observá-la traça-
mos uma rotina a ser seguida por todos os envolvidos,
inclusive funcionários e família, onde deveríamos
orientá-la a respeitar as regras como todos os alunos
e ter limites, apesar de sua resistência.
A professora da sala percebeu que a aluna gostava
de participar da chamada e insistia para que todos res-
pondessem ao ouvirem o seu nome. Nossa Coorde-
nadora sugeriu que fizéssemos jogos utilizando a ima-
gem e os nomes dos alunos da sua sala, possibilitan-
do sua associação. Com ajuda dos professores que
estavam em módulo esse material foi confeccionado.
Foi surpreendente, o avanço da aluna, ao desen-
volver atividades com jogos, além de fazer as associ-
ações com a figura e os nomes, fazia a chamada para
a professora na ordem correta e até mesmo fora da
ordem alfabética. Começou a reconhecer outras pala-
vras, a memorizar, a ler e a escrever. Como todo jogo
necessita de regras, foram momentos para aprender a
ouvir, respeitar a vez do colega e esperar a sua vez de
jogar, contribuindo para sua concentração e respeito
aos colegas, favorecendo sua interação no grupo.
Atividades realizadas para e pela aluna:
Fazer a chamada acompanhando a leitura dos no-
mes dos colegas em painel afixado em sala de aula;
confecção de jogos com fotografias dos colegas da
sala associando-os aos seus respectivos nomes; Jogo
da memória e Jogo cara-crachá.
A avaliação foi realizada através de observação cons-
tante, respeitando as condições da aluna e o seu tempo
de aprendizagem. Foi de modo dinâmico pois possibili-
tou a integração na rotina escolar e criou situações que
demonstraram as potencialidades da aluna.
172
EMEF ALDO DA TOFORI, Padre
Educadores envolvidos:
Professoras:
Magda T. Grahor, Mara L. N. Carvalho
Coordenadora Pedagógica:
Amanda Guerra Melo
Diretora de Escola:
Maristela Moraes
173
174
175
Gestão Escolar
“Gestão é uma expressão que ganhou cor-
po no contexto educacional acompanhando
uma mudança de paradigma no encaminha-
mento das questões desta área. Em linhas
gerais, é caracterizada pelo reconhecimento
da importância da participação consciente e
esclarecida das pessoas nas decisões sobre
a orientação e planejamento de seu trabalho.
O conceito de gestão está associado ao for-
talecimento da democratização do processo
pedagógico, à participação responsável de to-
dos nas decisões necessárias e na sua
efetivação mediante um compromisso coleti-
vo com resultados educacionais cada vez
mais efetivos e significativos” (IN: A evolu-
ção da gestão educacional, a partir de mu-
dança de paradigma, Heloísa Luck, p.1). Uma
escola é o que são seus gestores, os seus
educadores, estudantes e pais. A “cara da
escola” decorre de uma ação conjunta de to-
dos esses elementos, de atuação compro-
metida e coordenada, e da existência de uma
meta comum, compartilhada e assumida por
todos. É dentro dessa concepção de Gestão
democrática e participativa que alguns
Gestores da nossa Diretoria Regional de Edu-
cação relataram experiências em seu âmbito
profissional, mostrando a criação de espa-
ços para participação em que todos ocupem
os seus papeis da melhor forma possível, tor-
nando a escola um local de aprendizagem e
desenvolvimento. Tais ações só ocorrem por
meio de liderança, autoridade, respeito, res-
ponsabilidade, acolhimento e acompanhamen-
to, provendo, assim, condições, meios e re-
cursos necessários ao ótimo funcionamento
da escola e do trabalho promovido para nos-
sos alunos.
Gestão Escolar - Supervisão Escolar Tema do trabalho: Gestão e protagonismo juvenil
Período de realização: ano de 2009
N
osso objetivo foi promover condições para que os gestores e professores das unida-
des escolares revissem o papel do aluno,
criando oportunidades de participação cria-
tiva e solidária.
Inicialmente foi oferecido aos gestores da Diretoria
Regional de Educação Santo Amaro um curso de 12
horas, com o tema Protagonismo Juvenil e Gestão. Este
promoveu reflexões críticas sobre formas de Gestão e
Protagonismo Juvenil, por meio de divulgação de me-
canismos e instrumentos de participação. Foram abor-
dados projetos como o GRÊMIO ESTUDANTIL e
EDUCON, PROTAGONISMO E COMUNICAÇÃO,
PROTAGONISMO E MEIO AMBIENTE. A metodologia
desenvolvida por meio de exposição dialogada e traba-
lho com dinâmicas de grupo, veiculou informações e trou-
xe ao vivo as experiências de profissionais e escolas
que vêm produzindo este trabalho.
Estes encontros foram marcados pela participação,
pela reflexão e encantamento, a partir dos relatos dos
profissionais da área e dos jovens protagonistas que
mostraram aos presentes o quanto influenciam em seu
desenvolvimento, as oportunidades que a escola lhes
oferece.
A partir do envolvimento dos gestores foram ofere-
cidos mais três cursos dirigidos a professores, com
aprofundamento dos temas acima apresentados.
Avaliamos como significativa a participação dos gestores e professores. A cada encontro deveriam tra-
zer relatos com observações do cotidiano escolar, ar-
ticulando os temas desenvolvidos no Curso e o seu
lócus de trabalho, criando-se condições para que hou-
vesse o desencadeamento ou implementação de ações
protagonistas na Unidade. Foram ainda apresentadas
propostas de trabalho para comporem o projeto peda-
gógico da escola.
Após estes encontros ressaltamos que a gestão
participativa, que dá a voz ao aluno, é um eterno reco-
meçar; dependerá da força do coletivo dos educado-
res que creem no potencial do jovem que representa a
nossa Escola.
Estes jovens, para agirem como protagonistas, ne-
cessitam a cada ano, de condições favoráveis a se-
rem oferecidas pela escola: incentivo, parceria e
acompanhamento.
Educadores envolvidos:
Gestores das Unidades de Ensino Fundamental,
Professores, Supervisores.
Regência:
Supervisora Maria Carolina André Cícero de Sá,
em parceria com a Diretoria de Orientação
Técnico-Pedagógica e Programas Especiais.
Diretora Regional de Educação:
Silvana Ribeiro Faria
176
Alunos protagonistas dn EMEF Conde Pereira Carneiro:
atividades do Gremio Estudnntil.
177
Gestão Escolar - Dupla Gestora Tema do trabalho: Gestão dos tempos e espaços do CEI:
um novo olhar para o brincar!
Período de realização: ano letivo de 2010
A
Equipe Gestora do CEI Jardim Cupecê enten- de que "ser educador" é uma escolha, e uma
escolha especial porque lida com pessoas e
revela "paixão", e neste aspecto, o nosso gran-
de desafio, em 2010, foi refletir sobre a postura
que os educadores do CEI assumiram, ao longo dos anos,
frente ao brincar. Por isso, o foco do trabalho da gestão foi
despertar o olhar do educador para o lúdico, para que ele
usasse este repertório de forma a contribuir com o desen-
volvimento das crianças. Nosso objetivo também foi o res-
gate do registro como instrumento de reflexão e aprimora-
mento das ações, a fim de criar condições sempre melho-
res para que a criança confie em si e acredite nas suas
possibilidades. Para que isso fosse possível, porém, foi
imprescindível o envolvimento das famílias. Acreditamos
que a parceria com a família fortalece as interações e o
convívio, fazendo com que a aprendizagem ocorra de for-
ma significativa e prazerosa.
Investimos, em 2010, num processo de formação que
oportunizasse ao professor o aprimoramento do plane-
jamento e organização de suas ações junto aos alunos,
focando o "brincar" como parte de um processo signifi-
cativo, em que o papel do professor não se limita a acom-
panhar os momentos lúdicos das crianças, mas tam-
bém expressa a sua intencionalidade de educador. Para
que isso ocorresse, a formação também focou o apri-
moramento de metodologias, nas quais o professor pu-
desse organizar materiais, jogos e outros instrumentos
lúdicos nos espaços e tempos do CEI, favorecendo assim o desenvolvimento do pensar, das linguagens,
da convivência e interação.
Focamos também a realização de atividades envol-
vendo pais e filhos, bem como seus registros, trazendo
para a formação dos educadores o resgate do seu pa-
pel frente à nova realidade dos CEI. A partir da transfe-
rência dos CEI para a Secretaria Municipal de Educa-
ção, o caráter de "cuidador" passou a ganhar um outro
olhar: o de "educador". Por isso, os educadores dos di-
ferentes CEI viveram um processo de transição, em que
seu papel deixou de ser apenas o de acolher as crian-
ças para que suas mães pudessem trabalhar, mas prin-
cipalmente, acolher e investir na construção de conhe-
cimentos. Foram tempos de observação da equipe,
acolhimento, cumplicidade, troca de experiências, valo-
rização individual e coletiva. As leituras no PEA passa-
ram a ser compartilhadas e os relatos de práticas se
tornaram atividades significativas para o grupo. A dis-
posição dos materiais na sala da Coordenação Peda-
gógica, a entrega - a cada semestre - de estojos e ma-
teriais pedagógicos planejados a partir do Projeto da Es-
cola, a dinâmica nas reuniões (utilização de textos tra-
balhados no Rede em Rede e também os oferecidos
pelas professoras) fizeram com que todos crescessem
e se sentissem valorizados.
A acolhida aos pais / familiares se deu a partir de
diversas metodologias, algumas incluindo exposições
178
de fotos / trabalhos e apresentação de vídeos das ativi-
dades realizadas pelos filhos. Estas dinâmicas contri-
buíram, positivamente, com o processo de valorização
dos professores pelos pais (novos e antigos).
O trabalho da equipe gestora organizou-se por meio
de uma parceria diária que se revelou tanto nas ações
cotidianas, quanto em reuniões quinzenais planejadas,
com assuntos pertinentes e objetivos claros que auxili-
aram no desenvolvimento deste processo de definição
de metas. Buscamos sempre desenvolver ações de-
mocráticas, tanto na administração de conflitos quanto
na construção e reconstrução de nossa prática. A valo-
rização e respeito à experiência da equipe docente tor-
naram-se estímulo ao desenvolvimento profissional, pro-
vocando em cada educador um olhar mais atento à cri-
ança. Neste processo, contamos também com a parti-
cipação de formadoras especialistas nas áreas (con-
tratadas pela Diretoria Regional de Educação Santo
Amaro), cujo foco em 2010 foi: Brincadeiras / danças /
tempos e espaços, o que contribuiu significativamente
para o aperfeiçoamento profissional da equipe.
A avaliação feita pela comunidade e por toda a equi-
pe escolar apontou que estamos avançando na direção
da valorização das relações humanas e convivência, o
que se reflete na relação família-escola, nas relações
internas entre os funcionários e, principalmente, nas re-
lações com as crianças. O trabalho realizado em 2010
contribuiu para o resgate de um grupo unido, valorizado
pelos pais e colegas de outro período, um grupo que
buscou sempre o aprimoramento das parcerias. Nossa
equipe de trabalho uniu-se em torno de um mesmo obje-
tivo: acolher as crianças, diariamente, de forma respei-
tosa, afetuosa e desafiadora, e isto se refletiu, direta-
mente, no desenvolvimento da autonomia dos nossos
alunos. Por isso, avaliamos que o trabalho de 2010 atin-
giu seus objetivos e tende a se aprimorar em 2011. Educadores envolvidos:
Professores: todos educadores do CEI Jardim Cupecê.
Coordenadora Pedagógica: Jaqueline Aparecida
Matsumoto do Espírito Santo
Diretora de Escola: Sonia Aparecida Marcon de Barros
Atividades que envolviam pais e alunos
179
Gestão Escolar - Diretor de Escola Tema do trabalho: Gestão do diretor
Período de realização: janeiro de 2009 a dezembro de 2010
O
objetivo do trabalho foi desenvolver na uni- dade escolar ações para a eficiência da ges-
tão, propiciando uma reflexão mais apurada
sobre o planejamento e integração dos fa-
zeres de toda a equipe escolar, visando à melhoria da qualidade de aprendizagem dos alunos.
Ao participar do Curso de Formação de Gestão Edu-
cacional em 2006, aperfeiçoei as práticas de gestão
democrática, autonomia e responsabilidade, bem como,
as práticas de aproveitamento dos tempos e espaços
da escola para atender, com qualidade, os alunos e fa-
vorecer as ações pedagógicas. Outro aspecto do Cur-
so de Formação foi a possibilidade de encontrar outros
gestores, conhecer outras realidades parecidas ou não
com a nossa. Durante a nossa jornada de trabalho, so-
mos solicitados a tomar decisões no micro e no macro,
o tempo todo. Esta situação se minimiza um pouco quan-
do o núcleo gestor está integrado e toma decisões acor-
dadas, porque desta forma o sentimento de
pertencimento e a vontade de ver acontecer na prática
são maiores, por todos se sentirem parte das ideias,
dos processos e dos resultados. O diálogo é a única
ferramenta que possibilita uma gestão de qualidade.
Em relação ao trabalho desenvolvido, delego as res-
ponsabilidades a cada um da equipe, definindo bem o
seu papel, pois quem sabe o que tem que fazer se sente
mais seguro para executar as tarefas; isto facilita o tra-
balho e a supervisão do mesmo, pois ao avaliar sabe- se em quem chegar para esclarecimentos.
Avalio positivamente os cursos de formação, pois
acredito na possibilidade de mudança nas pessoas.
Alguns profissionais são mais abertos às transforma-
ções, talvez por ter uma visão mais clara de que a so-
ciedade está em constante evolução de ideais,
tecnologias e relacionamentos. Todos saem enrique-
cidos a cada participação.
EMEF CARLOS AUGUSTO DE QUEIROZ
ROCHA
Educadores Envolvidos: toda a equipe escolar
Diretor de Escola:
Geraldo Guedes Fagundes
180
Participat;ao da Diret;ao nas atividades do cotidiano escolar
181
Gestão Escolar - Coordenação Pedagógica Tema do trabalho: Rotina coletiva do Ciclo II
Período de realização: ano letivo de 2010
O
objetivo foi implementar uma rotina de tra- balho pedagógico comum entre os profes-
sores, os alunos, a coordenação pedagógi-
ca e os funcionários de apoio ao Ciclo II,
para aprimorar a competência leitora e es-
critora no que diz respeito aos conteúdos conceituais,
procedimentais e atitudinais.
Todos os dias, no início das aulas, os professores
registram o conteúdo a ser desenvolvido e os alunos
anotam na agenda.
Uma vez por semana, em aulas e dias alternados,
todo o Ciclo II passa pela experiência da leitura com-
partilhada de um texto literário. Os grupos de profes-
sores, juntamente com a coordenação pedagógica, se-
lecionam os textos que serão distribuídos. Os funcio-
nários que atuam como apoio entregam os textos para
os professores em sala de aula; após a leitura, todos
os textos são devolvidos para a coordenação pedagó-
gica, para o replanejamento da leitura da semana se-
guinte; todas as classes lêem todos os textos.
Uma vez por semana, é distribuída para os alunos
por meio da coordenação pedagógica uma lição de casa
elaborada pelos regentes e coordenadores. O aluno
tem prazo de uma semana para desenvolvê-la e ela é
corrigida pelos professores da área do conhecimento.
Esta lição tem como objetivo o desenvolvimento da
competência leitora e escritora.
Avaliando ao longo do ano esta rotina, entendemos que se tornou um trabalho de extrema importância.
Para os professores:
• Interação entre o grupo de professores de forma
positiva para a pesquisa e desenvolvimento do tra-
balho pedagógico; • Maior envolvimento no trabalho pedagógico co-
mum, em relação ao Programa Ler e Escrever;
• Uma referência positiva de leitura para os alunos. Para os alunos:
• Maior organização dos alunos em relação a rotina
diária;
• Maior repertório de leitura;
• Desenvolvimento do comportamento leitor, defi-
nindo diferentes propósitos pelos quais lemos um
texto;
• O aluno é estimulado a desenvolver o hábito de
estudo;
• A lição de casa passa a fazer parte da rotina da
escola.
EMEF Carlos de Andrade Rizzini
Educadores Envolvidos: todos os professores do Ciclo II,
equipe de apoio e equipe gestora.
Coordenadora Pedagógica:
Valéria Rodrigues Faria
Diretora de Escola:
Márcia Siqueira Mello
182
r
183
A
Gestão CEU Alvarenga Tema do trabalho: Bienal nos CEU
Período de realização: agosto a dezembro de 2010
atividade teve como objetivo apresentar, de
forma lúdica, os vídeos-arte selecionados
pela 29ª Bienal de Arte de São Paulo, bem
como adequar a proposta à infra-estrutura
do CEU, de forma que as apresentações destes vídeos mantivessem o diálogo estético com a
concepção da própria curadoria da Bienal. A ideia foi
estabelecer uma mediação entre o espectador, a obra,
o artista e seu contexto, para melhor entendimento e
fruição artística.
Seguindo a proposta da Bienal, dividimos a exposi-
ção por terreiros (lugares) adequando os nossos es-
paços: Sala Multiuso, Camarim, Ateliês e Biblioteca.
Todas as montagens tiveram um tratamento de vídeo-
instalação. Para cada vídeo foi necessário a constru-
ção de um cenário, iluminação cênica e sistema de
áudio-vídeo. Foram pensados todos os aspectos da
exposição: a variação de altura conforme a idade do
público; a distância entre espectador e obra; a legenda
com informações precisas sobre a obra; o autor e o
contexto. Para seguir o roteiro da exposição houve a
capacitação de mediadores/monitores/instrutores para
acompanhamento do público e multiplicação dos con-
teúdos de forma oral. Para atender às escolas do CEU,
do entorno e comunidade, criamos oficinas de arte,
acompanhadas por arte-educadores para reprodução
de obras contemporâneas (Caminhando - Lygia Clak
sob a "Fita de Moebius"). Criamos o espaço-literário
JORGE DE LIMA (autor da frase da Bienal) com li-
vros, jornais e revistas na Biblioteca do CEU.
Criamos um Sarau Especial Bienal: "Da Baía de
Caymmi o Islã de Neruda", seguindo a temática da bienal
sob a frase "Há sempre um copo de mar para o ho-
mem navegar". Ocupamos o terreiro "Eu sou a Rua",
dia 03 de novembro, às 14h, no 2º andar do Pavilhão
da Bienal, para relatarmos nossa experiência.
Obtivemos retornos bem significativos de alunos,
professores, coordenadores, diretores e comunidade.
Cada turma teve a permanência de 45 minutos pelo
circuito proposto, sempre finalizando com a oficina.
Todos ficaram maravilhados, muitos deles não tiveram
acesso à própria Bienal, mas se sentiram envolvidos.
A Bienal foi um evento bem divulgado pela televisão,
muitos alunos assistiram às reportagens e depois co-
mentaram, demonstrando conhecimento sobre o con-
teúdo. Recebemos a visita do Sr. Alexandre Alves
Schneider, Secretário Municipal da Educação para o
encerramento do Sarau. A Fundação Bienal também
ficou muito satisfeita com o resultado e a parceria. No
CEU Alvarenga, o Projeto Bienal nos CEU trouxe um
momento especial sob a inter-relação de núcleos: cul-
tura, educação e esporte.
184
Educadores envolvidos:
Professores, coordenadores e diretores das escolas do
CEU Alvarenga, EMEF Padre Aldo da Tofori, Escola
Estadual Dr. Ayres Neto, entre outros.
Oficineiros:
Sonia Aparecida da Silva Piaulino
Coordenadores dos Núcleos Educacional e Cultural do CEU
Alvarenga:
Educacional: Amanda Fagundes, Leandra Fonseca,
Eliana Abib
Cultural: Jacson Matos, Radi Oliveira e Ricardo de Lucca
Esporte: César Augusto Fernandes
Gestora: Regina D´Ipolitto de Oliveira Sciré
185
Gestão CEU Caminho do Mar Tema do Trabalho: Plataforma dos centros
urbanos – Grupos articulados do Jabaquara
Período de realização: anos letivos de 2009 a 2010
A
Plataforma dos Centros Urbanos (PCU)/ UNICEF no Jabaquara visa contribuir para
que as crianças e os adolescentes da re-
gião possam crescer e se desenvolver com
saúde e ter seus direitos garantidos, atra-
vés do protagonismo. Foram estabelecidas metas de
desenvolvimento social e diminuição do índice de
vulnerabilidade, a serem atingidas por meio do plano
de ação, este construído por membros da sociedade
civil, privada e poder público, intitulado Grupo Articula-
dor (GA). O principal papel do GA é atuar nas comuni-
dades, dando apoio aos projetos e ideias elaborados
pelos moradores, a serem cumpridas até 2011. Dessa
maneira, a Plataforma espera reduzir as desigualda-
des entre quem mora nessas comunidades e quem vive
em outras regiões da cidade
O CEU Caminho do Mar participa da PCU, por meio
do Grupo Articulador/Jabaquara, que abrange as regi-
ões Jardim Lourdes, Movimentos Sem Terra, Vila Cla-
ra, Americanópolis, Vila do Encontro, Vila Campestre
e Vila Santa Catarina. É composto pelo Conselho Tu-
telar, 2(dois) adolescentes comunicadores, ONG,
Subprefeitura do Jabaquara, Secretaria do Verde e do
Meio Ambiente, Centro de Referência de Ação Social
(CRAS), Unidade Básica de Saúde, Programa de Saú-
de da Família, Sociedade Civil, SENAC, Rede CRIAD
e Rede Social Jabaquara, Coordenadoria do Negro,
além do CEU. Todos os membros são capacitados e
orientados pelo Centro Integrado de Estudos e Pro- gramas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS), em
encontros, seminários e oficinas mensais. Já os dois
adolescentes comunicadores também são capacitados
pela Revista Viração, sendo orientados para articular
as ações entre o GA e a comunidade, recebendo uma
ajuda de custo por 20 horas de atividades semanais,
subsidiadas pela Prefeitura. Os passos para constru-
ção do Plano de Ação foram constituídos por: 1.
Mapeamento participativo das comunidades; 2. Escu-
ta à comunidade, por meio de um questionário; 3.
Tabulação do questionário pelo Instituto Paulo
Montenegro/Ibope; 4. Divulgação do resultado, reali-
zada durante o Fórum Comunitário, tendo a participa-
ção da comunidade e autoridades locais. Diante des-
ses números, foram escolhidas 6 (seis) metas e mu-
danças a serem alcançadas até 2011. Dentre as prin-
cipais metas a serem atingidas estão: 1. Sobreviver:
diminuição dos casos de violência doméstica entre cri-
anças e adolescentes; 2. Aprender: qualidade do aten-
dimento pedagógico de crianças com deficiências nas
escola; 3. Proteger-se do HIV/AIDS: participação dos
adolescentes em programas de educação sexual; 4.
Crescer sem violência: abrangência e a qualidade de
programas para adolescentes em medidas sócio-
educativas; 5. Participação do adolescente: nas ações
e decisões da comunidade; 6. Inclusão e prioridades
em políticas públicas: condições de mobilidade de
186
crianças e adolescentes dentro e fora da comunidade.
Avaliamos os resultados da construção do plano de
ação, levando-se em conta as prioridades definidas pela
comunidade durante o Fórum Comunitário, que propôs:
as ações a serem desenvolvidas, local, tipo de ativida-
de, prazos, responsáveis do GA pela ação, recursos
necessários, meio de mobilização, ativos de comuni-
cação, resultados esperados e meios de verificação.
O plano de ação desencadeou as seguintes ativida-
des desenvolvidas no CEU Caminho do Mar, envol-
vendo os alunos e a comunidade: Balaio Cultural, Fei-
ra da Saúde e do Adolescente, Roda de Conversa, I e
II Conferências Lúdicas do CMDCA, Agenda 21, Ca-
ravana do Esporte, Esporte Inclusivo, CAT Móvel-
Centro de Apoio ao Trabalhador, Projeto Africanidades
em todos os cantos, elaboração e execução de proje-
tos para o desenvolvimento local, por adolescentes
matriculados no curso PET/SENAC- Programa de
Educação para o Trabalho e Bloco de Carnaval. Ou-
tras ações foram e são apoiadas pelo CEU Caminho
do Mar: Clube da Amizade, Ação civil em defesa dos
direitos coletivos – movimento creche para todos, 1ª e
2ª Marcha da Consciência Negra do Jabaquara, Trans-
formando Vida, de combate à violência doméstica, en-
tre outras, em andamento. Educadores envolvidos:
Núcleo de Ação Educacional: Teresa Cristina dos Santos
Martins – Coordenador de Projetos Educacionais
Núcleo de Esportes e Lazer: Willian Balduino – Coordena-
dor de Projetos e Daniel Martins Candido da Silva – Espe-
cialista de Informação Técnico/Cultural/Desportivo – Educa-
ção Física
Núcleo de Ação Cultural: Maria Claudia S. Reis - Coorde-
nador de Projetos e Rodolfo Henrique Simões Morais –
Coordenador de Projetos
Gestora: Kátia Maria Vergne Vicente
187
“Feliz aquele que
transfere o que
sabe e aprende o
que ensina”.
Cora Coralina
188
Bibliografia
SÃO PAULO (Cidade). Secretaria de Educação. Diretoria de . Orientações curriculares: proposições de expec-
Orientação Técnica. Caderno de orientações didáticas ler e
escrever: tecnologias na educação. São Paulo, 2007.
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. As Mídias no universo infantil: um diálogo possí- . Projeto Intensivo no Ciclo I: material do professor.
vel. São Paulo, 2008. São Paulo, 2006. Vol. 1, Vol. 2, Vol. 3.
. A Rede em rede a formação continuada na educa- . Projeto Toda Força ao primeiro ano: guia para o
ção infantil: fase 1. São Paulo, 2007.
. Eixo natureza e sociedade - Reorganização das
Expectativas de Aprendizagem para o Ensino Fundamental -
Primeiro ao quinto ano - Ciclo I - SME/DOT, 2011
. Orientações curriculares: expectativas de apren-
dizagem para educação de jovens e adultos EJA. São Paulo,
2008.
. Orientações curriculares: expectativas de apren-
dizagem para educação étnico-racial. São Paulo, 2008.
. Orientações didáticas: alfabetização e letramento
- EJA e MOVA. São Paulo, 2008.
. Orientações curriculares: proposição de expecta-
tivas de aprendizagem do Ensino Fundamental; Ciclo I. São
Paulo, 2007.
. Orientações curriculares: proposição de expecta-
tivas de aprendizagem do Ensino Fundamental; Ciclo II. (Ma-
temática, Língua Portuguesa, História, Geografia, Ciências,
Artes, Inglês e Educação Física). São Paulo, 2007.
planejamento do professor alfabetizador; orientações para o
planejamento e avaliação do trabalho com o 1° ano do Ensi-
no Fundamental. São Paulo, 2006. Vol. 1, Vol. 2, Vol. 3.
. Referencial de expectativas para o desenvolvimen-
to da competência leitora e escritora no Ciclo II do Ensino
Fundamental. São Paulo, 2006.
. Referencial sobre avaliação da aprendizagem de
alunos com necessidades educacionais especiais. São Pau-
lo, 2007.
. Referencial sobre avaliação da aprendizagem na
área da deficiência intelectual - RAADI. São Paulo, 2008.
. Toda Força ao primeiro ano: contemplando as
especificidades dos alunos surdos. São Paulo, 2007.
. Tempos e espaços para a infância e suas lingua-
gens nos CEIs, creches e EMEIs da cidade de São Paulo.
São Paulo, 2006.
189
190
191
EDITORA E GRAFICA LTOA.
Z RUA JULIO DE CASTILHOS, 1.138
(.J CEP 03059-005 - SAO PAULO - SP
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