como passar na oab 1ª fase - 11ª edição - 2015 - amostra

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Page 1: Como Passar Na Oab 1ª Fase - 11ª Edição - 2015 - Amostra

Autores

Wander Garcia Ana Paula Garcia Arthur Trigueiros Bruna Vieira Eduardo Dompieri Gabriela Rodrigues Henrique Subi Hermes Cramacon José Renato Gomes Luiz Dellore Renan Flumian Robinson S. Barreirinhas Teresa Melo

– Contém todas as disciplinas do Novo Exame de Ordem

– Contém todas as questões do Exame Unificado da OAB

– Contém questões de Filosofia do Direito e Hermenêutica

– Questões comentadas alternativa por alternativa*

– Questões objetivas classificadas ao máximo, por disciplinas, temas e subtemas

– Gabarito na mesma página do comentário, facilitando o manu seio do livro

EXAME UNIFICADO + de 2.500 QUESTÕES

FGV + de 2.500 QUESTÕES

*Os comentários das questões objetivas são de responsabilidade da Editora Foco.

SIGA OS AUTOrES NO TwITTEr pArA DICAS E rEVISÕES

1a FASE

5.200QUESTÕES COMENTADAS

QUESTÕES COMENTADAS5.200

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Acesso por 14 dias durante a vigência desta edição

NA

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2015EDIÇÃO

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Siga o Prof. Wander no twitter para dicas e revisões@wander_garcia

SOBRE OS AUTORESWander Garcia – @wander_garcia – Procurador do Município de São Paulo. Professor e coordenador do IEDI. Doutor e Mestre em Direito pela PUC/SP.

Ana Paula Garcia – Procuradora do Estado de São Paulo. Professora do IEDI. Pós-graduada em Direito.

Arthur Trigueiros – @proftrigueiros – Procurador do Estado de São Paulo. Professor da Rede LFG, do IEDI e do PROORDEM. Autor de diversas obras de preparação para Concursos Públicos e Exame de Ordem. Pós-graduado em Direito.

Bruna Vieira – @profa_bruna – Advogada. Professora do IEDI, PROORDEM, LEGALE, ROBORTELLA e ÊXITO. Palestrante e professora de Pós-Graduação em Instituições de Ensino Superior. Autora de diversas obras de preparação para Concursos Públicos e Exame de Ordem. Pós-graduada em Direito.

Eduardo Dompieri – @eduardodompieri – Professor do IEDI. Autor de diversas obras de preparação para Concursos Públicos e Exame de Ordem. Pós-graduado em Direito.

Gabriela Rodrigues Pinheiro – Advogada. Professora Universitária e do IEDI Cursos On-line e preparatórios para concursos públicos exame de ordem. Graduada em Direito pela Faculdade de Direito Prof. Damásio de Jesus. Pós-Graduada em Direito Civil e Processual Civil pela Escola Paulista de Direito. Autora de diversas obras jurídicas para concursos públicos e exame de ordem.

Henrique Romanini Subi – @henriquesubi – Agente da Fiscalização Financeira do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Mestrando em Direito Político e Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Especialista em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas e em Direito Tributário pela UNISUL. Professor de cursos preparatórios para concursos desde 2006. Coautor de mais de 20 obras voltadas para concursos, todas pela Editora Foco

Hermes Cramacon – @hermescramacon – Advogado. Professor do Complexo Damásio de Jesus e do IEDI. Pós-Graduado em Direito.

José Renato Rocco Roland Gomes – Procurador do Estado de São Paulo. Graduado em Direito pela PUC-Campinas. Pós-graduado em Aperfeiçoamento em Direito pela Faculdade Professor Damásio de Jesus. Especialista em Ciências Criminais e em Metodologia do Ensino Superior pelo LFG. Especialista em Direito Processual Civil pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Pós-graduando em Direito Tributário no LFG. Membro Honorário da Academia Limeirense de Letras.

Luiz Dellore – @dellore – Advogado concursado da CEF. Ex-Assessor de Ministro do STJ. Professor especializado em Exame de Ordem e Concursos Públicos e em cursos como IEDI, DAMÁSIO, PRAETORIUM e EXORD. Professor de Graduação (Mackenzie) e Pós-Graduação (EPD). Doutor e Mestre em Direito Processual Civil pela USP e Mestre em Direito Constitucional pela PUC/SP. Autor de livros e artigos jurídicos. Membro do IBDP e da Comissão de Processo Civil da OAB/SP.

Renan Flumian – Professor e Coordenador Acadêmico do IEDI. Mestre em Filosofia do Direito pela Universidad de Alicante, cursou a Session Annuelle D’enseignement do Institut International des Droits de L’Homme, a Escola de Governo da USP e a Escola de Formação da Sociedade Brasileira de Direito Público. Autor e coordenador de diversas obras de preparação para Concursos Públicos e o Exame de Ordem. Advogado.

Robinson S. Barreirinhas – [email protected] – Procurador do Município de São Paulo. Professor do IEDI. Ex-Assessor de Ministro do STJ. Autor e coautor de mais de 20 obras de preparação para concursos e OAB.

Teresa Melo – Procuradora Federal e Assessora de Ministro do STJ. Professora do IEDI.

Siga os autores no twitter para dicas e revisões

SOBRE O COORDENADOR

wANDEr GArCIAÉ um dos maiores especialistas em Exame de Ordem do País. No seu currículo constam passagens pelos

principais cursos preparatórios e a publicação de obras de referência:• Professor e Diretor Pedagógico do IEDI, preparatório on-line para Exame de Ordem e Concursos Públicos –

www.iedi.com.br.• Professor do Complexo DAMÁSIO, nos Cursos Preparatórios para a OAB e Concursos. Nessa instituição, além de

professor, foi Diretor Acadêmico de todos os cursos preparatórios.• Professor da Rede LFG, nos Cursos Preparatórios para a OAB, Concursos e na Pós-Graduação.• Professor do Êxito/Proordem.• Doutor e Mestre pela PUC/SP.• Autor de mais de 20 obras de referência na preparação para Concursos Públicos e OAB.• Advogado e Procurador do Município de São Paulo.

SOBRE A IMPORTÂNCIA DO LIVRO PARA O EXAME UNIFICADOO presente livro traz solução completa em matéria de preparação para o Exame da OAB por meio de

resolução de questões. Primeiro porque traz todas as questões do Exame Unificado, num total de mais de 2.500. Segundo porque traz mais de 2.500 questões elaboradas pela organizadora do exame, a FGV.

Assim, o examinando estuda pelo estilo de questões do Exame de Ordem e também pelo estilo de questões da FGV.Entender os dois estilos é muito importante, pois cada tipo de exame (no caso, o Exame de Ordem) e cada

banca examinadora (no caso, a FGV) têm características próprias em relação aos seguintes aspectos: a) maneira de apresentar as perguntas, b) técnicas utilizadas para dificultar a resolução das questões, c) teses jurídicas preferidas, d) tipo de doutrina utilizada e e) temas preferidos, recorrentes e reputados mais importantes.

E essa identidade é bem acentuada em se tratando das questões típicas de Exame de Ordem e do estilo de questões da Fundação Getúlio Vargas/FGV.

É por isso que a presente obra é indispensável para você que deseja ser aprovado no Novo Exame de Ordem. A partir da resolução de todas as questões presentes no livro, você entrará em contato com o jeito, as técnicas, as teses jurídicas, a doutrina e os temas preferidos e recorrentes do Exame de Ordem e da nova examinadora, o que, certamente, será decisivo para a sua aprovação.

SOBRE COMO PASSAR NA OABA experiência diz que aquele que quer ser aprovado deve cumprir três objetivos: a) entender a teoria; b) ler

a letra da lei, e c) treinar. A teoria é vista em cursos e livros à disposição do candidato no mercado. O problema é que este, normalmente, para nessa providência. A leitura da lei e o treinamento acabam sendo deixados de lado. E é nesse ponto que está o grande erro. Em média, mais de 90% das questões são respondidas a partir do texto da lei. Além disso, as questões de prova se repetem muito.

É por isso que é fundamental o candidato contar com a presente obra. Com ela você poderá ler a letra da lei e treinar. Cada questão vem comentada com o dispositivo legal em que você encontrará a resposta correta. Com isso você terá acesso aos principais dispositivos legais que aparecem no Exame de Ordem, de uma maneira lúdica e desafiadora. Além disso, você começará a perceber as técnicas dos examinadores, as ‘pegadinhas’ típicas de prova e todas as demais características da Banca Examinadora, de modo a ganhar bastante segurança para o momento decisivo, que é o dia da sua prova.

É importante ressaltar que essa obra é única no mercado, pois somente ela traz tamanho número de questões do Exame de Ordem e da FGV, questões estas que estão classificadas e comentadas, sendo que o comentário é feito para cada alternativa de cada questão, sempre que necessário.

É por isso que podemos afirmar com uma exclamação que esta obra vai demonstrar a você COMO PASSAR NA OAB!

ISBN 978-85-8242-109-3

Um dos maiores especialistas em Exames e Concursos do País

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CAPA OAB 11ed_Como Passar.indd 1 12/1/14 5:26 PM

Page 2: Como Passar Na Oab 1ª Fase - 11ª Edição - 2015 - Amostra

2015 © Editora FocoCoordenador: Wander Garcia

Autores: Wander Garcia, Ana Paula Garcia, Arthur da Motta Trigueiros Neto, Bruna Vieira, Eduardo Dompieri, Gabriela R. Pinheiro, Henrique Romanini Subi, Hermes Cramacon, José Renato Rocco Roland Gomes, Luiz Dellore, Renan Flumian, Robinson Sakiyama Barreirinhas e Teresa Melo

Editor: Márcio DompieriGerente Editorial: Paula Tseng

Equipe Editora Foco: Érica Coutinho, Georgia Dias e Ivo Shigueru TomitaCapa: Wilton Carvalho Garcia (WCG Propaganda & Design) e R2 Editorial

Projeto Gráfico e Diagramação: Ladislau LimaImpressão miolo e acabamento: Gráfica EDELBRA

2015Todos os direitos reservados à

Editora Foco LtdaAlameda Júpiter, 578 – Galpão 01 – American Park Distrito Industrial

CEP 13347-653 – Indaiatuba/SPE-mail: [email protected]

www.editorafoco.com.br

Índices para Catálogo Sistemático:1. Exames de Ordem : Ordem dos Advogados do Brasil : Direito 347.965.8(81)(079.1)2. Ordem dos Advogados do Brasil : Exames de Ordem : Direito 347.965.8(81)(079.1)

Impresso no Brasil (11.2014)Data de Fechamento (10.2014)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Garcia, Wander Como passar na OAB : 5.200 questões / Wander Garcia. -- 11. ed. -- Indaiatuba, SP : Editora Foco Jurídico, 2015. -- (Coleção como passar)

ISBN: 978-85-8242-109-3

1. Ordem dos Advogados do Brasil - Exames, questões etc. I. Título. II. Série.

14-11918 CDU-347.965.8(81)(079.1)

Direitos Autorais: É proibida a reprodução parcial ou total desta publicação, por qualquer forma ou meio, sem a prévia autorização da Editora Foco, com exceção do teor das questões de concursos públicos que, por serem atos oficiais, não são protegidas como Direitos Autorais, na forma do Artigo 8º, IV, da Lei 9.610/1998. Referida vedação se estende às caracte-rísticas gráficas da obra e sua editoração. A punição para a violação dos Direitos Autorais é crime previsto no Artigo 184 do Código Penal e as sanções civis às violações dos Direitos Autorais estão previstas nos Artigos 101 a 110 da Lei 9.610/1998.

Atualizações e erratas: a presente obra é vendida como está, sem garantia de atualização futura. Porém, atualizações voluntárias e erratas são disponibilizadas no site www.editorafoco.com.br, na seção Atualizações. Esforçamo-nos ao máximo para entregar ao leitor uma obra com a melhor qualidade possível e sem erros técnicos ou de conteúdo. No entanto, nem sempre isso ocorre, seja por motivo de alteração de software, interpretação ou falhas de diagramação e revisão. Sendo assim, disponibilizamos em nosso site a seção mencionada (Atualizações), na qual relataremos, com a devida correção, os erros encontrados na obra. Solicitamos, outrossim, que o leitor faça a gentileza de colaborar com a perfeição da obra, comunicando eventual erro encontrado por meio de mensagem para [email protected].

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A experiência diz que aquele que quer ser aprovado deve cumprir três objetivos: a) entender a teoria; b) ler a letra da lei, e c) treinar. A teoria é vista em cursos e livros à disposição do candidato no mercado. O problema é que este, normalmente, pára nessa providência. A leitura da lei e o treinamento acabam sendo deixados de lado. E é nesse ponto que está o grande erro. Em média, mais de 90% das questões são respondidas a partir do texto da lei. Além disso, as questões de prova se repetem muito.

É por isso que é fundamental o candidato contar com a presente obra. Com ela você poderá ler a letra da lei e treinar. Cada questão vem comentada com o disposi-tivo legal em que você encontrará a resposta correta. Com isso você terá acesso aos principais dispositivos legais que aparecem no Exame de Ordem, de uma maneira lúdica e desafi adora. Além disso, você começará a perceber as técnicas dos exami-nadores, as ‘pegadinhas’ típicas de prova e todas as demais características da Banca Examinadora, de modo a ganhar bastante segurança para o momento decisivo, que é o dia da sua prova.

É importante ressaltar que essa obra é única no mercado, pois somente ela traz tamanho número de questões do Exame de Ordem e da FGV, questões estas que estão classifi cadas e comentadas, sendo que o comentário é feito para cada alterna-tiva de cada questão.1

1 Eventualmente, algumas questões respondem "de per si" a pergunta, não ensejando comentários adicionais.

APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Como uSAr o LIvro? XvII

1. ÉtICA ProFISSIonAL 1

1. ATIVIDADE DE ADVOCACIA E MANDATO .....................................................................................................................1

2. DIREITOS DO ADVOGADO ........................................................................................................................................... 11

3. INSCRIçãO NA OAB ......................................................................................................................................................30

4. SOCIEDADE DE ADVOGADOS .....................................................................................................................................38

5. ADVOGADO EMPREGADO ...........................................................................................................................................44

6. HONORáRIOS ................................................................................................................................................................45

7. INCOMPATIBILIDADES E IMPEDIMENTOS ..................................................................................................................51

8. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR .............................................................................................................56

9. DEVERES DOS ADVOGADOS, INFRAçõES E SANçõES .........................................................................................60

10. OAB E ELEIçõES ..........................................................................................................................................................72

11. ÉTICA DO ADVOGADO .................................................................................................................................................82

12. quESTõES DE CONTEúDO VARIADO ........................................................................................................................93

2. DIreIto ConStItuCIonAL 95

1. PODER CONSTITuINTE ................................................................................................................................................95

2. TEORIA DA CONSTITuIçãO E PRINCíPIOS FuNDAMENTAIS ...................................................................................98

3. HERMENêuTICA CONSTITuCIONAL E EFICáCIA DAS NORMAS CONSTITuCIONAIS .........................................106

4. CONTROLE DE CONSTITuCIONALIDADE ................................................................................................................109

4.1. CONTROLE DE CONSTITuCIONALIDADE EM GERAL ...................................................................................109

4.2. CONTROLE DIFuSO DE CONSTITuCIONALIDADE ........................................................................................120

4.3. AçãO DIRETA DE INCONSTITuCIONALIDADE ...............................................................................................123

4.4. AçãO DIRETA DE INCONSTITuCIONALIDADE POR OMISSãO ....................................................................126

4.5. AçãO DECLARATóRIA DE CONSTITuCIONALIDADE....................................................................................127

4.6. ARGuIçãO DE DESCuMPRIMENTO DE PRECEITO FuNDAMENTAL .........................................................127

5. DIREITOS E DEVERES INDIVIDuAIS E COLETIVOS ................................................................................................129

5.1. DIREITOS E DEVERES EM ESPÉCIE...............................................................................................................129

Page 6: Como Passar Na Oab 1ª Fase - 11ª Edição - 2015 - Amostra

COMO PASSAR NA OAB – 11ª EDIÇÃOVI

5.2. REMÉDIOS CONSTITuCIONAIS .......................................................................................................................142

5.3. TEORIA GERAL DOS DIREITOS FuNDAMENTAIS ..........................................................................................150

6. DIREITOS SOCIAIS ......................................................................................................................................................152

7. NACIONALIDADE .........................................................................................................................................................153

8. DIREITOS POLíTICOS .................................................................................................................................................155

9. ORGANIzAçãO DO ESTADO ......................................................................................................................................161

9.1. ORGANIzAçãO POLíTICO-ADMINISTRATIVA. uNIãO, ESTADOS, DF, MuNICíPIOS E TERRITóRIOS .............161

9.2. INTERVENçãO ..................................................................................................................................................173

9.3. ADMINISTRAçãO PúBLICA ..............................................................................................................................175

10. PODER LEGISLATIVO .................................................................................................................................................179

10.1. ORGANIzAçãO E COMPETêNCIAS DO CONGRESSO NACIONAL ..............................................................179

10.2. PRERROGATIVAS E IMuNIDADES PARLAMENTARES ..................................................................................184

10.3. COMISSõES PARLAMENTARES DE INquÉRITO – CPI ................................................................................187

10.4. PROCESSO LEGISLATIVO................................................................................................................................189

10.5. FISCALIzAçãO CONTáBIL, FINANCEIRA E ORçAMENTáRIA. TRIBuNAIS DE CONTAS ...........................197

11. PODER ExECuTIVO ....................................................................................................................................................199

12. PODER JuDICIáRIO ....................................................................................................................................................206

13. CONSELHOS NACIONAIS DE JuSTIçA E DO MINISTÉRIO PúBLICO ....................................................................220

14. FuNçõES ESSENCIAIS à JuSTIçA ...........................................................................................................................222

15. DEFESA DO ESTADO ..................................................................................................................................................224

16. TRIBuTAçãO ...............................................................................................................................................................227

17. ORçAMENTO ...............................................................................................................................................................230

18. ORDEM ECONôMICA E FINANCEIRA ........................................................................................................................232

19. ORDEM SOCIAL ...........................................................................................................................................................235

3. DIreIto InternACIonAL 241

1. DIREITO INTERNACIONAL PúBLICO – TEORIA E FuNDAMENTOS ........................................................................241

2. DIREITO INTERNACIONAL PúBLICO – FONTES ......................................................................................................243

3. TRATADO ......................................................................................................................................................................245

3.1. ExPRESSãO DO CONSENTIMENTO ...............................................................................................................247

3.2. TRATADOS NO BRASIL .....................................................................................................................................248

4. ESTADO – SOBERANIA E TERRITóRIO ....................................................................................................................252

4.1. IMuNIDADES .....................................................................................................................................................255

4.2. ExCLuSãO DO ESTRANGEIRO E VISTOS .....................................................................................................261

4.2.1. DEPORTAçãO ...................................................................................................................................................261

4.2.2. ExPuLSãO .........................................................................................................................................................261

4.2.3. ExTRADIçãO .....................................................................................................................................................263

4.2.4. VISTOS ...............................................................................................................................................................265

4.2.5. quESTõES COMBINADAS ...............................................................................................................................267

5. ORGANIzAçõES INTERNACIONAIS – TEORIA GERAL ...........................................................................................268

5.1. ORGANIzAçãO DAS NAçõES uNIDAS ..........................................................................................................269

5.2. ORGANIzAçãO MuNDIAL DO COMÉRCIO .....................................................................................................271

6. SER HuMANO .............................................................................................................................................................274

6.1. NACIONALIDADE ...............................................................................................................................................274

Page 7: Como Passar Na Oab 1ª Fase - 11ª Edição - 2015 - Amostra

VIISuMáRIO

6.2. PROTEçãO DIPLOMáTICA Ou ENDOSSO .....................................................................................................278

7. RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL ....................................................................................................................279

8. DIREITO COMuNITáRIO .............................................................................................................................................281

8.1. TEORIA GERAL ..................................................................................................................................................281

8.2. MERCOSuL ........................................................................................................................................................281

8.3. uNIãO EuROPEIA .............................................................................................................................................286

9. TRIBuNAL PENAL INTERNACIONAL ..........................................................................................................................287

10. quESTõES COMBINADAS E OuTROS TEMAS DE DIREITO INTERNACIONAL PúBLICO....................................289

11. DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO – TEORIA GERAL E FONTES........................................................................299

12. REGRAS DE CONExãO DA LEI DE INTRODuçãO àS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO................................301

12.1. ART. 7º DA LINDB ...............................................................................................................................................301

12.2. ART. 9º DA LINDB ...............................................................................................................................................301

12.3. ART. 10 DA LINDB ..............................................................................................................................................303

12.4. quESTõES COMBINADAS ...............................................................................................................................303

13. APLICAçãO DO DIREITO ESTRANGEIRO – REENVIO Ou DEVOLuçãO, PROVA DO DIREITO

ESTRANGEIRO E PROVA DOS FATOS OCORRIDOS NO ESTRANGEIRO .............................................................307

14. COMPETêNCIA INTERNACIONAL .............................................................................................................................307

15. COOPERAçãO JuDICIáRIA INTERNACIONAL ..........................................................................................................310

16. HOMOLOGAçãO DE SENTENçA E LAuDO ARBITRAL ESTRANGEIROS ..............................................................310

17. quESTõES COMBINADAS E OuTROS TEMAS DE DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO ................................... 311

4. DIreIto emPreSArIAL 315

1. TEORIA GERAL DO DIREITO EMPRESARIAL ............................................................................................................315

1.1. EMPRESA, EMPRESáRIO, CARACTERIzAçãO E CAPACIDADE ..................................................................315

1.2. DESCONSIDERAçãO DA PERSONALIDADE JuRíDICA .................................................................................318

1.3. NOME EMPRESARIAL .......................................................................................................................................319

1.4. INSCRIçãO, REGISTROS, ESCRITuRAçãO E LIVROS .................................................................................321

1.5. LOCAçãO ..........................................................................................................................................................321

1.6. ESTABELECIMENTO .........................................................................................................................................322

2. SOCIEDADES ...............................................................................................................................................................325

2.1. SOCIEDADES SIMPLES E EMPRESáRIA E TEMAS GERAIS .........................................................................325

2.2. SOCIEDADES EM COMuM, EM CONTA DE PARTICIPAçãO, EM NOME COLETIVO E EM COMANDITA ...........329

2.3. DISSOLuçãO E REESTRuTuRAçãO DAS SOCIEDADES EM GERAL .........................................................333

2.4. SOCIEDADE LIMITADA ......................................................................................................................................335

2.5. SOCIEDADE ANôNIMA .....................................................................................................................................342

2.6. SOCIEDADE COOPERATIVA .............................................................................................................................352

2.7. quESTõES COMBINADAS DE SOCIEDADE E OuTROS TEMAS..................................................................353

3. TíTuLOS DE CRÉDITO ................................................................................................................................................356

3.1. TEORIA GERAL ..................................................................................................................................................356

3.2. TíTuLOS EM ESPÉCIE ......................................................................................................................................363

4. FALêNCIA, RECuPERAçãO DE EMPRESAS E LIquIDAçãO ExTRAJuDICIAL .....................................................369

4.1. FALêNCIA ...........................................................................................................................................................369

4.2. RECuPERAçãO JuDICIAL E ExTRAJuDICIAL ...............................................................................................378

4.3. INTERVENçãO E LIquIDAçãO ExTRAJuDICIAL ...........................................................................................384

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COMO PASSAR NA OAB – 11ª EDIÇÃOVIII

4.4. quESTõES COMBINADAS DE FALêNCIA E OuTROS TEMAS......................................................................385

5. CONTRATOS EMPRESARIAIS ....................................................................................................................................385

6. PROPRIEDADE INDuSTRIAL ......................................................................................................................................390

7. DEFESA DA ORDEM ECONôMICA .............................................................................................................................394

8. DIREITO EMPRESARIAL E RELAçõES DE CONSuMO ...........................................................................................395

5. DIreIto Do ConSumIDor 397

1. CONCEITO DE CONSuMIDOR. RELAçãO DE CONSuMO ......................................................................................397

2. PRINCíPIOS E DIREITOS BáSICOS ...........................................................................................................................399

3. RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR .................................................................................................................403

4. PRáTICAS COMERCIAIS ............................................................................................................................................410

5. PROTEçãO CONTRATuAL .........................................................................................................................................415

6. DEFESA DO CONSuMIDOR EM JuízO ......................................................................................................................421

7. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA ....................................................................................................................425

8. RESPONSABILIDADE CRIMINAL ................................................................................................................................427

9. SNDC E CONVENçãO COLETIVA ..............................................................................................................................428

6. DIreIto CIvIL 431

1. LINDB – LEI DE INTRODuçãO àS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO ................................................................431

2. GERAL ..........................................................................................................................................................................433

2.1. PESSOAS NATuRAIS ........................................................................................................................................433

2.2. PESSOAS JuRíDICAS .......................................................................................................................................440

2.3. BENS ..................................................................................................................................................................442

2.4. FATOS JuRíDICOS ............................................................................................................................................445

2.4.1. ESPÉCIES, FORMAçãO, CLASSIFICAçãO E TEMAS GERAIS ........................................................445

2.4.2. CONDIçãO, TERMO E ENCARGO ......................................................................................................446

2.4.3. DEFEITOS DO NEGóCIO JuRíDICO ...................................................................................................447

2.4.4. VALIDADE E INVALIDADE DO NEGóCIO JuRíDICO .........................................................................452

2.5. PRESCRIçãO E DECADêNCIA ........................................................................................................................455

2.6. PROVAS .............................................................................................................................................................458

3. OBRIGAçõES ..............................................................................................................................................................459

3.1. INTRODuçãO, CLASSIFICAçãO E MODALIDADES DAS OBRIGAçõES .....................................................459

3.2. TRANSMISSãO, ADIMPLEMENTOS E ExTINçãO DAS OBRIGAçõES.........................................................463

3.3. INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAçõES .........................................................................................................468

3.4. ATOS uNILATERAIS, PREFERêNCIAS E PRIVILÉGIOS CREDITóRIOS .......................................................469

4. CONTRATOS ................................................................................................................................................................470

4.1. TEORIA GERAL DOS CONTRATOS ..................................................................................................................470

4.2. COMPRA E VENDA ............................................................................................................................................476

4.3. DOAçãO ............................................................................................................................................................477

4.4. DEPóSITO, MúTuO E COMODATO .................................................................................................................479

4.5. MANDATO ..........................................................................................................................................................480

4.6. TRANSPORTE....................................................................................................................................................481

4.7. FIANçA ...............................................................................................................................................................481

4.8. DEMAIS CONTRATOS EM ESPÉCIE E CONTRATOS COMBINADOS ............................................................482

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IXSuMáRIO

5. RESPONSABILIDADE CIVIL ........................................................................................................................................485

5.1. OBRIGAçãO DE INDENIzAR ............................................................................................................................485

5.2. DANO ..................................................................................................................................................................493

6. COISAS .........................................................................................................................................................................495

6.1. POSSE ................................................................................................................................................................495

6.2. PROPRIEDADE ..................................................................................................................................................497

6.3. DIREITO DE VIzINHANçA .................................................................................................................................501

6.4. CONDOMíNIO ....................................................................................................................................................501

6.5. DIREITOS REAIS DE FRuIçãO ........................................................................................................................504

6.6. DIREITOS REAIS EM GARANTIA ......................................................................................................................505

7. FAMíLIA .........................................................................................................................................................................508

7.1. CASAMENTO .....................................................................................................................................................508

7.2. uNIãO ESTáVEL ................................................................................................................................................ 511

7.3. FILIAçãO E PATERNIDADE ..............................................................................................................................513

7.4. ALIMENTOS .......................................................................................................................................................514

7.5. PODER FAMILIAR ..............................................................................................................................................516

7.6. TuTELA E CuRATELA .......................................................................................................................................517

7.7. TEMAS COMBINADOS E OuTROS TEMAS DE DIREITO DE FAMíLIA ...........................................................518

8. SuCESSõES ................................................................................................................................................................519

8.1. SuCESSãO EM GERAL E SuCESSãO LEGíTIMA ...........................................................................................519

8.2. SuCESSãO TESTAMENTáRIA .........................................................................................................................524

9. DIREITO DE EMPRESA E TíTuLOS DE CRÉDITO .....................................................................................................526

10. TEMAS COMBINADOS ................................................................................................................................................528

7. DIreIto ProCeSSuAL CIvIL 531

1. PROCESSO DE CONHECIMENTO .............................................................................................................................531

1.1. JuRISDIçãO E COMPETêNCIA ........................................................................................................................531

1.2. PRINCíPIOS PROCESSuAIS ............................................................................................................................536

1.3. PARTES, PROCuRADORES, SuCuMBêNCIA E MINISTÉRIO PúBLICO .......................................................538

1.4. LITISCONSóRCIO E INTERVENçãO DE TERCEIROS ...................................................................................542

1.5. PRESSuPOSTOS PROCESSuAIS, ELEMENTOS DA AçãO E CONDIçõES DA AçãO ...............................546

1.6. FORMAçãO, SuSPENSãO E ExTINçãO DO PROCESSO ............................................................................548

1.7. PROCEDIMENTO COMuM SuMáRIO .............................................................................................................551

1.8. PETIçãO INICIAL ...............................................................................................................................................552

1.9. RESPOSTA DO RÉu ..........................................................................................................................................555

1.10. PROVAS .............................................................................................................................................................560

1.11. SENTENçA, COISA JuLGADA E AçãO RESCISóRIA ....................................................................................563

1.12. OuTROS ASSuNTOS E TEMAS COMBINADOS DO PROCESSO DE CONHECIMENTO .............................568

2. RECuRSOS ..................................................................................................................................................................574

2.1. TEORIA GERAL DOS RECuRSOS ....................................................................................................................574

2.2. RECuRSOS EM ESPÉCIE .................................................................................................................................578

3. PROCESSO DE ExECuçãO E CuMPRIMENTO DE SENTENçA .............................................................................585

3.1. PROCESSO DE ExECuçãO ............................................................................................................................585

3.2. EMBARGOS à ExECuçãO ...............................................................................................................................592

Page 10: Como Passar Na Oab 1ª Fase - 11ª Edição - 2015 - Amostra

COMO PASSAR NA OAB – 11ª EDIÇÃOX

3.3. CuMPRIMENTO DE SENTENçA E IMPuGNAçãO..........................................................................................592

4. TuTELAS DE uRGêNCIA ............................................................................................................................................595

4.1. TuTELA ANTECIPADA .......................................................................................................................................595

4.2. PROCESSO CAuTELAR ...................................................................................................................................596

4.3. CAuTELARES EM ESPÉCIE .............................................................................................................................599

5. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS...................................................................................................................................601

5.1. POSSESSóRIAS ................................................................................................................................................601

5.2. MONITóRIA ........................................................................................................................................................603

5.3. PROCEDIMENTOS RELATIVOS AO DIREITO DE FAMíLIA .............................................................................604

5.4. JuIzADOS ESPECIAIS ......................................................................................................................................605

5.5. MANDADO DE SEGuRANçA ............................................................................................................................607

5.6. PROCESSO COLETIVO ....................................................................................................................................610

5.7. OuTROS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ........................................................................................................612

6. TEMAS COMBINADOS ENTRE PROCESSO DE CONHECIMENTO, PROCESSO DE ExECuçãO,

TuTELAS DE uRGêNCIA E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ....................................................................................615

8. DIreIto ADmInIStrAtIvo 619

1. PRINCíPIOS ADMINISTRATIVOS ................................................................................................................................619

2. PODERES ADMINISTRATIVOS ...................................................................................................................................625

3. ATO ADMINISTRATIVO ................................................................................................................................................631

3.1. CONCEITOS, REquISITOS E ATRIBuTOS ......................................................................................................631

3.2. CLASSIFICAçãO E ESPÉCIES DE ATO ADMINISTRATIVO ............................................................................638

3.3. DISCRICIONARIEDADE E VINCuLAçãO .........................................................................................................644

3.4. ExTINçãO DO ATO ADMINISTRATIVO ............................................................................................................646

4. ORGANIzAçãO DA ADMINISTRAçãO PúBLICA .......................................................................................................654

4.1. CONCEITOS BáSICOS EM MATÉRIA DE ORGANIzAçãO ADMINISTRATIVA ...............................................654

4.2. ADMINISTRAçãO INDIRETA – PESSOAS JuRíDICAS DE DIREITO PúBLICO .............................................663

4.3. ADMINISTRAçãO INDIRETA – PESSOAS JuRíDICAS DE DIREITO PRIVADO ESTATAIS ...........................666

4.4. TERCEIRO SETOR ............................................................................................................................................670

4.5. CONSELHOS DE FISCALIzAçãO PROFISSIONAL .........................................................................................671

5. SERVIDORES PúBLICOS ...........................................................................................................................................671

5.1. ESPÉCIES DE AGENTES PúBLICOS ...............................................................................................................671

5.2. ESPÉCIES DE VíNCuLOS (CARGO, EMPREGO EM FuNçãO) .....................................................................673

5.3. PROVIMENTO ...................................................................................................................................................674

5.4. VACâNCIA ..........................................................................................................................................................676

5.5. ACESSIBILIDADE E CONCuRSO PúBLICO ....................................................................................................677

5.6. GREVE E SINDICALIzAçãO .............................................................................................................................679

5.7. ACuMuLAçãO REMuNERADA ........................................................................................................................679

5.8. ESTáGIO PROBATóRIO E ESTABILIDADE .....................................................................................................680

5.9. RESPONSABILIDADES E DEVERES DO SERVIDOR......................................................................................682

5.10. DIREITOS, VANTAGENS E SISTEMA REMuNERATóRIO ...............................................................................684

5.11. SISTEMA PREVIDENCIáRIO .............................................................................................................................689

5.12. INFRAçãO DISCIPLINAR E PROCESSO ADMINISTRATIVO ..........................................................................690

5.13. OuTROS TEMAS DE AGENTES PúBLICOS E TEMAS COMBINADOS ..........................................................694

6. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ...............................................................................................................................696

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XISuMáRIO

7. INTERVENçãO NA PROPRIEDADE E NO DOMíNIO ECONôMICO .........................................................................704

7.1. DESAPROPRIAçãO ..........................................................................................................................................704

7.2. SERVIDãO ADMINISTRATIVA ........................................................................................................................... 711

7.3. REquISIçãO ADMINISTRATIVA .......................................................................................................................712

7.4. TOMBAMENTO ..................................................................................................................................................713

7.5. LIMITAçãO ADMINISTRATIVA ...........................................................................................................................715

7.6. INFRAçãO à ORDEM ECONôMICA .................................................................................................................715

8. BENS PúBLICOS .........................................................................................................................................................715

8.1. CONCEITO E CLASSIFICAçãO DOS BENS PúBLICOS .................................................................................715

8.2. REGIME JuRíDICOS DOS BENS PúBLICOS (CARACTERíSTICAS DOS BENS PúBLICOS) .......................718

8.3. BENS PúBLICOS EM ESPÉCIE ........................................................................................................................720

9. RESPONSABILIDADE DO ESTADO ............................................................................................................................721

10. LICITAçõES E CONTRATOS ......................................................................................................................................731

10.1. LICITAçãO .........................................................................................................................................................731

10.1.1. PRINCíPIOS, OBJETIVOS E SuJEITOS à LICITAçãO .......................................................................731

10.1.2. CONTRATAçãO DIRETA ......................................................................................................................734

10.1.3. MODALIDADES DE LICITAçãO ...........................................................................................................739

10.1.4. FASES DA LICITAçãO ..........................................................................................................................744

10.1.5. TIPOS DE LICITAçãO .........................................................................................................................745

10.1.6. SANçõES ADMINISTRATIVAS ............................................................................................................745

10.1.7. ANuLAçãO E REVOGAçãO DA LICITAçãO ......................................................................................746

10.1.8. RECuRSOS ADMINISTRATIVOS NA LICITAçãO ...............................................................................747

10.2. CONTRATO ADMINISTRATIVO .........................................................................................................................747

10.2.1. CLáuSuLAS ExORBITANTES E TEMAS GERAIS ..............................................................................747

10.2.2. EquILíBRIO ECONôMICO-FINANCEIRO ...........................................................................................750

10.2.3. FORMALIzAçãO E CLáuSuLAS NECESSáRIAS ..............................................................................751

10.2.4. ALTERAçõES CONTRATuAIS ............................................................................................................752

10.2.5. ExTINçãO DO CONTRATO .................................................................................................................755

10.2.6. OuTROS TEMAS E TEMAS COMBINADOS DE CONTRATOS ...........................................................755

11. SERVIçO PúBLICO, CONCESSãO E PPP .................................................................................................................756

11.1. SERVIçO PúBLICO ...........................................................................................................................................756

11.2. CONCESSãO DE SERVIçO PúBLICO .............................................................................................................758

11.3. PARCERIA PúBLICO-PRIVADA (PPP) ..............................................................................................................764

12. CONTROLE DA ADMINISTRAçãO ..............................................................................................................................767

13. PROCESSO ADMINISTRATIVO ...................................................................................................................................773

14. TEMAS COMBINADOS ................................................................................................................................................777

9. DIreIto trIButárIo 779

1. COMPETêNCIA TRIBuTáRIA ......................................................................................................................................779

2. PRINCíPIOS TRIBuTáRIOS ........................................................................................................................................785

3. IMuNIDADES ................................................................................................................................................................801

4. DEFINIçãO DE TRIBuTO E ESPÉCIES TRIBuTáRIAS .............................................................................................804

5. LEGISLAçãO TRIBuTáRIA – FONTES .......................................................................................................................812

6. VIGêNCIA, APLICAçãO, INTERPRETAçãO E INTEGRAçãO ..................................................................................819

7. FATO GERADOR E OBRIGAçãO TRIBuTáRIA ..........................................................................................................826

Page 12: Como Passar Na Oab 1ª Fase - 11ª Edição - 2015 - Amostra

COMO PASSAR NA OAB – 11ª EDIÇÃOXII

8. LANçAMENTO E CRÉDITO TRIBuTáRIO ..................................................................................................................829

9. SuJEIçãO PASSIVA, RESPONSABILIDADE, CAPACIDADE E DOMICíLIO ..............................................................837

10. SuSPENSãO, ExTINçãO E ExCLuSãO DO CRÉDITO ............................................................................................854

11. REPARTIçãO DE RECEITAS TRIBuTáRIAS E FINANçAS .......................................................................................867

12. IMPOSTOS E CONTRIBuIçõES EM ESPÉCIE ..........................................................................................................872

13. GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO ...............................................................................................................891

14. ADMINISTRAçãO TRIBuTáRIA, FISCALIzAçãO E PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL.................................895

15. DíVIDA ATIVA, INSCRIçãO, CERTIDõES ...................................................................................................................906

16. AçõES TRIBuTáRIAS .................................................................................................................................................907

17. SIMPLES NACIONAL – MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEquENO PORTE .................................................912

18. DIREITO FINANCEIRO.................................................................................................................................................915

19. OuTRAS MATÉRIAS E quESTõES COMBINADAS...................................................................................................921

10. DIreIto Do trABALho 929

1. FONTES E PRINCíPIOS DO DIREITO DO TRABALHO ..............................................................................................929

2. CONTRATO DE TRABALHO ........................................................................................................................................930

3. SuJEITOS DA RELAçãO DE TRABALHO – MODALIDADES ESPECIAIS DE TRABALHADORES .........................936

4. REMuNERAçãO E SALáRIO ......................................................................................................................................939

5. JORNADA DE TRABALHO – DuRAçãO DO TRABALHO ..........................................................................................949

6. ALTERAçãO, SuSPENSãO E INTERRuPçãO DO CONTRATO DE TRABALHO – FÉRIAS ...................................956

7. TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO ................................................................................................................960

8. ESTABILIDADE .............................................................................................................................................................972

9. NORMAS DE PROTEçãO DO TRABALHO – TRABALHO DO MENOR – TRABALHO DA MuLHER .......................975

10. DIREITO COLETIVO DO TRABALHO .........................................................................................................................978

11. TEMAS COMBINADOS ................................................................................................................................................981

11. DIreIto ProCeSSuAL Do trABALho 987

1. PRINCíPIOS PROCESSuAIS ......................................................................................................................................987

2. COMPETêNCIA DA JuSTIçA DO TRABALHO ............................................................................................................987

3. ATOS, TERMOS E PRAzOS PROCESSuAIS .............................................................................................................991

4. PARTES E PROCuRADORES ....................................................................................................................................994

5. RECLAMAçãO TRABALHISTA E RESPOSTAS DA RECLAMADA .............................................................................997

6. PROCEDIMENTO SuMARíSSIMO ............................................................................................................................1008

7. RECuRSOS ................................................................................................................................................................ 1011

8. ExECuçãO ................................................................................................................................................................1024

9. AçõES ESPECIAIS ....................................................................................................................................................1027

10. TEMAS COMBINADOS ..............................................................................................................................................1030

12. DIreIto AmBIentAL 1035

1. INTRODuçãO E PRINCíPIOS DO DIREITO AMBIENTAL ........................................................................................1035

2. DIREITO AMBIENTAL NA CONSTITuIçãO FEDERAL .............................................................................................1040

3. MEIO AMBIENTE CuLTuRAL ....................................................................................................................................1044

4. COMPETêNCIA EM MATÉRIA AMBIENTAL ..............................................................................................................1046

5. SISNAMA E PNMA ......................................................................................................................................................1049

6. INSTRuMENTOS DE PROTEçãO E PROMOçãO DO MEIO AMBIENTE ...............................................................1054

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XIIISuMáRIO

7. LICENCIAMENTO AMBIENTAL E EIA/RIMA ..............................................................................................................1057

8. uNIDADES DE CONSERVAçãO ...............................................................................................................................1066

9. PROTEçãO DA FLORA. CóDIGO FLORESTAL. MATA ATLâNTICA........................................................................1072

10. PROTEçãO DA FAuNA .............................................................................................................................................1076

11. RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL .................................................................................................................1077

12. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA AMBIENTAL .............................................................................................1083

13. RESPONSABILIDADE PENAL AMBIENTAL ..............................................................................................................1087

14. ESTATuTO DA CIDADE .............................................................................................................................................1094

15. RESíDuOS SóLIDOS ................................................................................................................................................1099

16. RECuRSOS HíDRICOS ............................................................................................................................................. 1100

17. BIOSSEGuRANçA ..................................................................................................................................................... 1103

18. AGRáRIO .................................................................................................................................................................... 1103

19. SANEAMENTO BáSICO............................................................................................................................................. 1104

13. DIreIto DA CrIAnçA e Do ADoLeSCente 1105

1. CONCEITOS BáSICOS E PRINCíPIOS ..................................................................................................................... 1105

2. DIREITOS FuNDAMENTAIS. DIREITO à CONVIVêNCIA FAMILIAR E COMuNITáRIA .......................................... 1106

3. PREVENçãO .............................................................................................................................................................. 1112

4. MEDIDAS DE PROTEçãO ......................................................................................................................................... 1113

5. ATO INFRACIONAL – DIREITO MATERIAL ............................................................................................................... 1114

6. ATO INFRACIONAL – DIREITO PROCESSuAL ........................................................................................................ 1117

7. CONSELHO TuTELAR ............................................................................................................................................... 1120

8. CONSELHO MuNICIPAL DA CRIANçA E DO ADOLESCENTE ................................................................................ 1122

9. ACESSO à JuSTIçA .................................................................................................................................................. 1122

10. INFRAçõES ADMINISTRATIVAS E CRIMES ............................................................................................................ 1123

14. DIreIto PenAL 1125

1. CONCEITO, FONTES E PRINCíPIOS DO DIREITO PENAL ..................................................................................... 1125

2. APLICAçãO DA LEI NO TEMPO ............................................................................................................................... 1129

3. APLICAçãO DA LEI NO ESPAçO ............................................................................................................................ 1132

4. CLASSIFICAçãO DOS CRIMES ................................................................................................................................ 1134

5. FATO TíPICO E TIPO PENAL ..................................................................................................................................... 1136

6. CRIMES DOLOSOS, CuLPOSOS E PRETERDOLOSOS ......................................................................................... 1141

7. ERRO DE TIPO, DE PROIBIçãO E DEMAIS ERROS............................................................................................... 1143

8. TENTATIVA, CONSuMAçãO, DESISTêNCIA, ARREPENDIMENTO E CRIME IMPOSSíVEL ................................. 1145

9. ANTIJuRIDICIDADE E CAuSAS ExCLuDENTES .................................................................................................... 1150

10. CONCuRSO DE PESSOAS ....................................................................................................................................... 1153

11. CuLPABILIDADE E CAuSAS ExCLuDENTES ......................................................................................................... 1156

12. PENA E MEDIDA DE SEGuRANçA .......................................................................................................................... 1158

13. CONCuRSO DE CRIMES .......................................................................................................................................... 1165

14. AçãO PENAL ............................................................................................................................................................. 1167

15. ExTINçãO DA PuNIBILIDADE – PRESCRIçãO ...................................................................................................... 1168

16. CRIMES CONTRA A PESSOA .................................................................................................................................... 1172

16.1. CRIMES CONTRA A VIDA ................................................................................................................................ 1172

16.2. CRIMES CONTRA A HONRA ........................................................................................................................... 1175

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COMO PASSAR NA OAB – 11ª EDIÇÃOXIV

16.3. OuTROS CRIMES CONTRA A PESSOA ......................................................................................................... 1178

17. CRIMES CONTRA O PATRIMôNIO ........................................................................................................................... 1179

18. CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SExuAL ............................................................................................................... 1185

19. CRIMES CONTRA A FÉ PúBLICA ............................................................................................................................. 1187

20. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAçãO PúBLICA ................................................................................................... 1188

21. CRIMES CONTRA AS FINANçAS PúBLICAS ........................................................................................................... 1196

22. OuTROS CRIMES DO CóDIGO PENAL ................................................................................................................... 1196

23. CRIMES RELATIVOS A DROGAS .............................................................................................................................. 1197

24. LEI MARIA DA PENHA ................................................................................................................................................1200

25. CRIMES DE TRâNSITO .............................................................................................................................................1201

26. CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO ......................................................................................................................1203

27. CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBuTáRIA ...............................................................................................................1203

28. CRIMES DE ABuSO DE AuTORIDADE.....................................................................................................................1207

29. CRIMES HEDIONDOS ...............................................................................................................................................1207

30. OuTROS CRIMES DA LEGISLAçãO ExTRAVAGANTE ...........................................................................................1209

31. CRIMES COMBINADOS .............................................................................................................................................1212

15. DIreIto ProCeSSuAL PenAL 1215

1. FONTES, PRINCíPIOS GERAIS E INTERPRETAçãO..............................................................................................1215

2. INquÉRITO POLICIAL ...............................................................................................................................................1219

3. AçãO PENAL, SuSPENSãO CONDICIONAL DO PROCESSO E AçãO CIVIL .......................................................1225

4. JuRISDIçãO E COMPETêNCIA; CONExãO E CONTINêNCIA ...............................................................................1231

5. quESTõES E PROCESSOS INCIDENTES ..............................................................................................................1237

6. PROVA ........................................................................................................................................................................1241

7. PRISãO, MEDIDAS CAuTELARES E LIBERDADE PROVISóRIA ...........................................................................1248

8. SuJEITOS PROCESSuAIS, CITAçãO, INTIMAçãO E PRAzOS .............................................................................1257

9. PROCESSOS E PROCEDIMENTOS; SENTENçA, PRECLuSãO E COISA JuLGADA...........................................1260

10. PROCESSO DOS CRIMES DA COMPETêNCIA DO JúRI ........................................................................................1266

11. NuLIDADES ................................................................................................................................................................1269

12. RECuRSOS ................................................................................................................................................................1270

13. HAbeAs Corpus, MANDADO DE SEGuRANçA E REVISãO CRIMINAL .............................................................1276

14. ExECuçãO PENAL ...................................................................................................................................................1279

15. LEGISLAçãO ExTRAVAGANTE E TEMAS COMBINADOS .....................................................................................1283

16. DIreItoS humAnoS 1291

1. TEORIA GERAL E DOCuMENTOS HISTóRICOS ....................................................................................................1291

1.1. INTERPRETAçãO E APLICAçãO ...................................................................................................................1297

2. GERAçõES DOS DIREITOS HuMANOS ..................................................................................................................1298

3. CARACTERíSTICAS DOS DIREITOS HuMANOS ....................................................................................................1299

4. CLASSIFICAçãO DOS DIREITOS HuMANOS .........................................................................................................1303

5. SISTEMA GLOBAL DE PROTEçãO DOS DIREITOS HuMANOS ............................................................................1303

5.1. DECLARAçãO uNIVERSAL DOS DIREITOS HuMANOS ..............................................................................1303

5.1.1. 2ª CONFERêNCIA MuNDIAL DE DIREITOS HuMANOS ..................................................................1307

5.2. PACTOS INTERNACIONAIS – SOBRE DIREITOS CIVIS E POLíTICOS E SOBRE DIREITOS

ECONôMICOS, SOCIAIS E CuLTuRAIS ........................................................................................................1308

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XVSuMáRIO

5.3. quESTõES COMBINADAS DO SISTEMA GLOBAL DE PROTEçãO DOS DIREITOS HuMANOS .............1312

6. SISTEMA GLOBAL DE PROTEçãO ESPECíFICA DOS DIREITOS HuMANOS ......................................................1314

6.1. CONVENçãO CONTRA A TORTuRA E OuTROS TRATAMENTOS Ou PENAS CRuÉIS,

DESuMANOS Ou DEGRADANTES ................................................................................................................1314

6.2. CONVENçãO SOBRE A ELIMINAçãO DE TODAS AS FORMAS DE DISCRIMINAçãO RACIAL ................1315

6.3. CONVENçãO SOBRE OS DIREITOS DA CRIANçA ......................................................................................1316

6.4. CONVENçãO SOBRE A ELIMINAçãO DE TODAS AS FORMAS DE DISCRIMINAçãO

CONTRA A MuLHER .......................................................................................................................................1317

6.5. CONVENçãO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIêNCIA..................................................1319

6.6. CONVENçãO PARA A PREVENçãO E REPRESSãO DO CRIME DE GENOCíDIO.....................................1319

6.7. TRIBuNAL PENAL INTERNACIONAL ..............................................................................................................1320

7. SISTEMA REGIONAL DE PROTEçãO DOS DIREITOS HuMANOS – SISTEMA INTERAMERICANO ...................1321

7.1. CONVENçãO AMERICANA DE DIREITOS HuMANOS Ou PACTO DE SãO JOSÉ DA COSTA RICA ................1321

7.2. PROTOCOLO DE SAN SALVADOR .................................................................................................................1325

7.3. COMISSãO INTERAMERICANA DE DIREITOS HuMANOS ..........................................................................1326

7.4. CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HuMANOS .................................................................................1335

7.5. quESTõES COMBINADAS DO SISTEMA INTERAMERICANO DE PROTEçãO DOS

DIREITOS HuMANOS .....................................................................................................................................1342

8. SISTEMA AMERICANO DE PROTEçãO ESPECíFICA DOS DIREITOS HuMANOS...............................................1345

9. DIREITOS HuMANOS NO BRASIL ............................................................................................................................1347

9.1. HISTóRICO DAS CONSTITuIçõES ...............................................................................................................1347

9.2. CONSTITuIçãO CIDADã DE 1998 .................................................................................................................1348

9.3. DIREITOS FuNDAMENTAIS – ARTIGO 5º DA CF...........................................................................................1353

9.4. INCORPORAçãO DE TRATADOS NO DIREITO BRASILEIRO ......................................................................1355

9.5. CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE .......................................................................................................1360

9.6. LEGISLAçãO NACIONAL PROTETIVA ...........................................................................................................1362

9.6.1. quILOMBOLAS ...................................................................................................................................1362

9.6.2. COMISSãO NACIONAL DA VERDADE ..............................................................................................1362

9.6.3. PESSOA PORTADORA DE DEFICIêNCIA Ou COM MOBILIDADE REDuzIDA ...............................1362

9.6.4. DIREITO INDIGENISTA .......................................................................................................................1363

9.6.5. IDOSOS ...............................................................................................................................................1363

9.6.6. PRESOS ..............................................................................................................................................1364

9.6.7. IGuALDADE RACIAL ..........................................................................................................................1365

9.7. PROGRAMA NACIONAL DE DIREITOS HuMANOS – PNDH ........................................................................1366

9.8. CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS HuMANOS – CNDH ......................................................................1367

10. DIREITO DOS REFuGIADOS ....................................................................................................................................1368

11. DIREITO HuMANITáRIO............................................................................................................................................1369

12. quESTõES COMBINADAS E OuTROS TEMAS ......................................................................................................1372

17. FILoSoFIA Do DIreIto 1379

1. HERMENêuTICA ........................................................................................................................................................1379

1.1. TEORIA GERAL ................................................................................................................................................1379

1.1.1. NORBERTO BOBBIO .........................................................................................................................1381

1.1.2. HANS KELSEN ....................................................................................................................................1382

1.1.3. CHAÏM PERELMAN.............................................................................................................................1383

1.1.4. RONALD DWORKIN............................................................................................................................1383

Page 16: Como Passar Na Oab 1ª Fase - 11ª Edição - 2015 - Amostra

COMO PASSAR NA OAB – 11ª EDIÇÃOXVI

1.1.5. HERBERT L. A. HART .........................................................................................................................1384

1.2. TENDêNCIAS TEóRICAS................................................................................................................................1384

1.3. TIPOS DE INTERPRETAçãO ..........................................................................................................................1385

1.4. MÉTODOS Ou REGRAS DE INTERPRETAçãO ............................................................................................1386

1.5. INTEGRAçãO DO DIREITO ............................................................................................................................1386

1.6. ANTINOMIA ......................................................................................................................................................1388

1.7. quESTõES COMBINADAS .............................................................................................................................1389

2. ÉTICA ..........................................................................................................................................................................1392

2.1. TEORIA GERAL ................................................................................................................................................1392

2.2. ÉTICA NA CuLTuRA GREGA ANTIGA.............................................................................................................1392

2.2.1. SóCRATES .........................................................................................................................................1393

2.2.2. ARISTóTELES ....................................................................................................................................1393

2.2.3. ESTOICISMO ......................................................................................................................................1394

2.3. ÉTICA MEDIEVAL .............................................................................................................................................1395

2.3.1. TOMáS DE AquINO ...........................................................................................................................1395

2.3.2. AGOSTINHO .......................................................................................................................................1395

2.4. ÉTICA MODERNA ............................................................................................................................................1395

2.4.1. KANT ...................................................................................................................................................1395

2.4.2. uTILITARISMO ....................................................................................................................................1396

2.5. ÉTICA CONTEMPORâNEA ..............................................................................................................................1396

2.5.1. JOHN RAWLS ....................................................................................................................................1397

2.5.2. HABERMAS .........................................................................................................................................1397

2.5.3. TERCIO SAMPAIO FERRAz JúNIOR ................................................................................................1397

2.5.4. GuSTAV RADBRuCH .........................................................................................................................1398

3. quESTõES COMBINADAS E OuTROS TEMAS ......................................................................................................1398

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Para que você consiga um ótimo aproveitamento deste livro, atente para as seguintes orientações:

1o Tenha em mãos um vademecum ou um computador no qual você pos-sa acessar os textos de lei citados.

Neste ponto, recomendamos o vade mecum de Legislação FoCo, que é o Vade Mecum com o maior conteúdo impresso do mercado – confi ra em www.editorafoco.com.br.

2o Se você estiver estudando a teoria (fazendo um curso preparatório ou lendo resumos, livros ou apostilas), faça as questões correspondentes deste livro na medida em que for avançando no estudo da parte teórica.

3o Se você já avançou bem no estudo da teoria, leia cada capítulo deste livro até o fi nal, e só passe para o novo capítulo quando acabar o anterior; vai mais uma dica: alterne capítulos de acordo com suas preferências; leia um ca-pítulo de uma disciplina que você gosta e, depois, de uma que você não gosta ou não sabe muito, e assim sucessivamente.

4o Iniciada a resolução das questões, tome o cuidado de ler cada uma delas sem olhar para o gabarito e para os comentários; se a curiosidade for muito grande e você não conseguir controlar os olhos, tampe os comentários e os ga-baritos com uma régua ou um papel; na primeira tentativa, é fundamental que re-solva a questão sozinho; só assim você vai identifi car suas defi ciências e “pegar o jeito” de resolver as questões; marque com um lápis a resposta que entender correta, e só depois olhe o gabarito e os comentários.

COMO USAR O LIVRO?

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COMO PASSAR NA OAB – 11ª EDIÇÃOXVIII

5o Leia com muita atenção o enunciado das questões. Ele deve ser lido, no mínimo, duas vezes. Da segunda leitura em diante, começam a aparecer os detalhes, os pontos que não percebemos na primeira leitura.

6o Grife as palavras-chave, as afirmações e a pergunta formulada. Ao grifar as palavras importantes e as afirmações você fixará mais os pontos--chave e não se perderá no enunciado como um todo. Tenha atenção especial com as palavras “correto”, “incorreto”, “certo”, “errado”, “prescindível” e “im-prescindível”.

7o Leia os comentários e leia também cada dispositivo legal neles men-cionados; não tenha preguiça; abra o vademecum e leia os textos de leis cita-dos, tanto os que explicam as alternativas corretas, como os que explicam o porquê de ser incorreta dada alternativa; você tem que conhecer bem a letra da lei, já que mais de 90% das respostas estão nela; mesmo que você já tenha entendido determinada questão, reforce sua memória e leia o texto legal indi-cado nos comentários.

8o Leia também os textos legais que estão em volta do dispositivo; por exemplo, se aparecer, em Direito Penal, uma questão cujo comentário reme-te ao dispositivo que trata da falsidade ideológica, aproveite para ler também os dispositivos que tratam dos outros crimes de falsidade; outro exemplo: se aparecer uma questão, em Direito Constitucional, que trate da composição do Conselho Nacional de Justiça, leia também as outras regras que regulamentam esse conselho.

9o Depois de resolver sozinho a questão e de ler cada comentário, você deve fazer uma anotação ao lado da questão, deixando claro o motivo de eventual erro que você tenha cometido; conheça os motivos mais comuns de erros na resolução das questões:

DL – “desconhecimento da lei”; quando a questão puder ser resolvida ape-nas com o conhecimento do texto de lei;

DD – “desconhecimento da doutrina”; quando a questão só puder ser resol-vida com o conhecimento da doutrina;

DJ – “desconhecimento da jurisprudência”; quando a questão só puder ser resolvida com o conhecimento da jurisprudência;

FA – “falta de atenção”; quando você tiver errado a questão por não ter lido com cuidado o enunciado e as alternativas;

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XIXCOMO uSAR O LIVRO?

NUT - “não uso das técnicas”; quando você tiver se esquecido de usar as técnicas de resolução de questões objetivas, tais como as da repetição de elementos (“quanto mais elementos repetidos existirem, maior a chance de a alternativa ser correta”), das afirmações generalizantes (“afirmações generali-zantes tendem a ser incorretas” - reconhece-se afirmações generalizantes pelas palavras sempre, nunca, qualquer, absolutamente, apenas, só, somente exclu-sivamente etc.), dos conceitos compridos (“os conceitos de maior extensão tendem a ser corretos”), entre outras.

obs: se você tiver interesse em fazer um Curso de "Técnicas de Resolução de questões Objetivas", recomendamos o curso criado a esse respeito pelo IEDI Cur-sos On-line: www.iedi.com.br.

10a Confie no bom-senso. Normalmente, a resposta correta é a que tem mais a ver com o bom-senso e com a ética. Não ache que todas as perguntas contêm uma pegadinha. Se aparecer um instituto que você não conhece, repa-re bem no seu nome e tente imaginar o seu significado.

11a Faça um levantamento do percentual de acertos de cada disciplina e dos principais motivos que levaram aos erros cometidos; de posse da primeira informação, verifique quais disciplinas merecem um reforço no estu-do; e de posse da segunda informação, fique atento aos erros que você mais comete, para que eles não se repitam.

12a uma semana antes da prova, faça uma leitura dinâmica de todas as anotações que você fez e leia de novo os dispositivos legais (e seu entorno) das questões em que você marcar “DL”, ou seja, desconhecimento da lei.

13a Para que você consiga ler o livro inteiro, faça um bom planejamento. Por exemplo, se você tiver 30 dias para ler a obra, divida o número de páginas do livro pelo número de dias que você tem, e cumpra, diariamente, o número de páginas necessárias para chegar até o fim. Se tiver sono ou preguiça, levante um pouco, beba água, masque chiclete ou leia em voz alta por algum tempo.

14a Desejo a você, também, muita energia, disposição, foco, organiza-ção, disciplina, perseverança, amor e ética!

Wander GarciaCoordenador

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5. Direito do Consumidor

1. ConCeito De ConsumiDor. relação De Consumo

(OAB/Exame Unificado – 2007.3) No que se refere ao campo de aplicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC), assinale a opção correta.(A) O conceito de consumidor restringe-se às pessoas

físicas que adquirem produtos como destinatárias finais da comercialização de bens no mercado de consumo.

(B) O conceito de fornecedor envolve o fabricante, o construtor, o produtor, o importador e o comer-ciante, os quais responderão solidariamente sem-pre que ocorrer dano indenizável ao consumidor.

(C) O conceito de produto é definido como o conjunto de bens corpóreos, móveis ou imóveis, que sejam oferecidos pelos fornecedores para consumo pelos adquirentes.

(D) O conceito de serviço engloba qualquer atividade oferecida no mercado de consumo, mediante remuneração, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

A: incorreta, pois consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final (art. 2º do CDC); B: incorreta, art. 3º c/c o art. 7º, parágrafo único, do CDC; C: incorreta. art. 3º, § 1º, do CDC; D: correta, art. 3º, § 2º, do CDC.

Gabarito “D”

(FGV – 2013) A Lei n. 8.078/1990 estabelece a denomi-nada Política Nacional das Relações de Consumo, elencando seus princípios norteadores e instrumentos a serem utilizados pelo Poder Público para sua efe-tivação. No tocante ao Código de Proteção e Defesa do Consumidor (CDC) assinale a afirmativa incorreta. (A) Estabelece normas de ordem pública e de inte-

resse social, em especial os direitos básicos do consumidor como a inversão do ônus da prova que podem ser aplicados pelo Judiciário, inde-pendentemente de requerimento específico.

(B) Consumidor é definido como toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.

(C) Mesmo não se enquadrando no conceito legal de Consumidor, o CDC prevê a figura do Consumidor

por equiparação, a fim de preservar direitos de todas as vítimas do evento danoso.

(D) O fabricante, o produtor, o construtor nacional ou estrangeiro e o importador respondem, subjetiva-mente, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequa-das sobre sua utilização e riscos.

(E) A oferta tem caráter vinculante, obrigando o for-necedor a, por exemplo, vender um produto nas condições anunciadas por meio de publicidade suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação.

A: assertiva correta (arts. 1º, caput, e 6º, VIII, do CDC); B: assertiva correta (art. 2º, caput, do CDC); C: assertiva correta, havendo casos de consumidor equiparado nos arts. 2º, parágrafo único, 17 e 29 do CDC; D: assertiva incorreta, devendo ser assinalada; isso se dá pois a responsabilidade, no caso, é objetiva (e não subjetiva), nos termos do art. 12, caput, do CDC; E: assertiva correta (art. 30 do CDC);

Gabarito “D”

(FGV – 2009) Acerca das relações de consumo, assinale a afirmativa incorreta.(A) Podem estabelecer-se entre pessoas físicas.(B) Podem incluir entes despersonalizados.(C) Podem ser fornecidas por instituições financeiras.(D) Podem estabelecer-se mesmo na ausência de

contrato celebrado entre consumidor e fornecedor.(E) Estabelecem-se necessariamente entre um

fornecedor e consumidores determinados ou, ao menos, determináveis.

A: correta, pois tanto o consumidor (art. 2º do CDC), como o fornecedor (art. 3º do CDC) podem ser pessoas físicas; B: correta, pois há previsão expressa, nesse sentido, no conceito de fornecedor (art. 3º do CDC); C: correta, pois é pacífico hoje que as instituições financeiras estão no conceito de fornecedor (art. 3º, caput, do CDC), como prestadoras de serviço (art. 3º, § 2º, do CDC); aliás, a Súmula 297 do STJ dispõe que “O Código de Defesa do Consumidor é apli-cável às instituições financeiras”; D: correta, pois há pessoas que, mesmo não tendo celebrado contrato de consumo, são equiparadas a consumidores, recebendo a proteção do CDC, tais como a pessoa que utiliza um bem de consumo, mesmo não o tendo comprado (art. 2º, caput, do CDC), a vítima de um acidente de consumo (art. 17 do CDC) e as pessoas expostas às práticas comerciais (art. 29 do CDC), como as expostas a uma propaganda, por exemplo; E: incorreta, devendo ser assinalada, pois o parágrafo único do art. 2º

Wander Garcia

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WANDeR GARCiA398

do CDC equipara a consumidores “a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo”.

Gabarito “E”

(FGV – 2009) O Código de Defesa do Consumidor não se aplica às relações entre:(A) a entidade de previdência privada e seus partici-

pantes.(B) a instituição financeira e seus clientes.(C) o comprador e o vendedor proprietário de um

único imóvel, que lhe serve de residência.(D) o comprador de veículo e a concessionária.(E) a instituição de ensino e o estudante.

A: incorreta, pois a atividade de previdência privada é considerada uma atividade securitária, que é conceituada como prestação de serviço pelo CDC (art. 3º, § 2º); B: incorreta, pois é pacífico hoje que as instituições financeiras estão no conceito de fornecedor (art. 3º, caput, do CDC), como prestadoras de serviço (art. 3º, § 2º, do CDC); aliás, a Súmula 297 do STJ dispõe que “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras”; C: correta, pois o vendedor, nesse caso, não “desenvolve atividade”, ou seja, não atua profissionalmente, de modo que não se encaixa no conceito de fornecedor previsto no art. 3º do CDC; D: incorreta, pois o comprador é destinatário final, encaixando-se no conceito de consumidor (art. 2º do CDC), e o vendedor desenvolve atividade, ou seja, atua profissionalmente, encaixando-se no conceito de for-necedor (art. 3º do CDC); E: incorreta, pois a instituição de ensino oferece um serviço aplicando-se assim o que dispõe o art. 3º,§ 2º, do CDC, principalmente se este for pago.

Gabarito “C”(Juiz de Direito/PE – 2013 – FCC) No tocante às relações de consumo, (A) pode-se falar em consumidor por equiparação

à coletividade de pessoas, ainda que indeter-mináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.

(B) fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, neste caso privada, somente, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviço.

(C) produto é qualquer bem, desde que material, podendo ser móvel ou imóvel.

(D) serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, com ou sem remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária.

(E) as normas consumeristas são de natureza dispo-sitiva e de interesse individual dos consumidores.

A: correta (art. 2º, parágrafo único, do CDC); B: incorreta, pois a pes-soa jurídica pública também pode ser fornecedora (art. 3º, caput, do CDC); C: incorreta, pois produto pode ser bem material ou imaterial (art. 3º, § 1º, do CDC); D: incorreta, pois um serviço só está sujeito ao CDC se for remunerado (art. 3º, § 2º, do CDC); E: incorreta, pois são normas de ordem pública (ou seja, não dispositivas, não pas-síveis de serem afastadas pelas partes) e de interesse social (e não meramente individual de consumidor), conforme o art. 1º do CDC.

Gabarito “A”

(Juiz de Direito/PE – 2013 – FCC) NÃO se enquadram ao Código de Defesa do Consumidor (A) as relações jurídicas envolvendo o usuário da

rodovia e a concessionária do serviço público. (B) as relações jurídicas entre a entidade de previ-

dência privada e seus participantes. (C) as relações jurídicas decorrentes dos contratos

de planos de saúde. (D) o exame dos contratos de cartão de crédito,

submetidos apenas às resoluções específicas do Banco Central.

(E) as relações jurídicas concernentes aos condômi-nos, nos condomínios edilícios.

A: incorreta, pois as concessionárias de serviço público estão sujeitas às disposições do CDC (art. 22, caput e parágrafo único, do CDC); B: incorreta, pois a Súmula STJ n. 321 dispõe justamente o contrário: “O Código de Defesa do Consumidor é aplicável à relação jurídica entre a entidade de previdência privada e seus participantes”; C: incorreta, pois a relação securitária está prevista como de consumo (art. 3º, § 2º, do CDC), inclusive com pronunciamento expresso nesse sentido pela Súmula STJ n. 469: “Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde”; D: incorreta, pois as relações de crédito (inclusive cartão de crédito) estão previstas como de consumo (art. 3º, § 2º, do CDC); E: correta, pois o condomínio não se enquadra no conceito de serviço previsto no CDC (art. 3º. § 2º, do CDC), conforme jurisprudência pacífica do STJ: “(...) Não se aplicam as normas do Código de Defesa do Consumidor às relações jurídicas estabelecidas entre condomínio e condôminos” (AgRg no Ag 1.122.191, Quarta Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 22/06/2010, DJ 01/07/2010).

Gabarito “E”

(Defensor Público/AC – 2012 – CESPE) No que diz respeito às relações de consumo, assinale a opção correta. (A) O CDC não se aplica aos contratos de planos de

saúde, regulados por norma específica ditada em lei especial.

(B) Contrato de mútuo firmado entre correntista pes-soa física e instituição financeira, para a compra de ações de sociedade anônima, não configura relação de consumo, pois o correntista não pode ser qualificado como destinatário final do produto, que constitui investimento.

(C) O STJ não admite a revisão de ofício de cláusulas contratuais consideradas abusivas em contratos sujeitos às normas de defesa do consumidor.

(D) Visando à adoção do critério finalista para a interpretação do conceito de consumidor, a juris-prudência do STJ veda a aplicabilidade do CDC às relações entre fornecedores e sociedades empresárias.

(E) A discussão judicial da dívida obsta a negativação do nome do devedor nos cadastros de inadimplen-tes.

A: incorreta, pois o serviço de seguro está previsto no art. 3º, §2º, do CDC e a Súmula STJ n. 469 é expressa no sentido da aplicação do CDC aos planos de saúde; B: incorreta, pois o correntista está contraindo empréstimo do banco para uso pessoal, ainda que ligado a um investimento seu, não se confundindo com a atuação de uma empresa que contrai empréstimo para uso na sua atividade econômica (v., p. ex., decisão do STJ no AgRg no Ag 296516); C:

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3995. DiReiTO DO CONSuMiDOR

correta; há inclusive uma Súmula do STJ nesse sentido (Súmula n. 381), voltada ao contrato bancário, mas que traz o posiciona-mento do STJ nesse assunto; D: incorreta, pois o STJ aplica hoje o finalismo aprofundado, que permite a aplicação do CDC não só nos casos em que o consumidor pessoa jurídica é destinatário final fático e econômico (finalismo puro), como também nos casos em que o consumidor pessoa jurídica é só destinatário final fático, mas, no caso concreto, revele-se vulnerável, precisando da proteção consumerista (ex: STJ, REsp 1.195.642, DJ 21.11.12); E: incorreta, pois, segundo o STJ, a discussão judicial por si só não é suficiente para suspender a negativação do nome, sendo necessário que o consumidor comprove em juízo os requisitos para a concessão de uma tutela de urgência nesse sentido.

Gabarito “C”

(Defensor Público/SE – 2012 – CESPE) O CDC é aplicável a (A) indenização do condômino pelo condomínio, em

razão de furto de bem móvel ocorrido dentro da garagem de prédio de apartamentos.

(B) ressarcimento do valor pago ao advogado que, constituído em processo criminal, tenha deixado de recorrer de sentença de pronúncia.

(C) dívida de contrato de locação.(D) cobrança indevida relativa a crédito educativo

custeado pelo Estado em benefício de aluno.(E) revisão de benefício de previdência privada.

A: incorreta, pois o STJ é pacifico no sentido de que o CDC não se aplica à relação entre condomínio e condômino (STJ, AgRg no Ag 1.122.191, DJ 01.07.10); B: incorreta, pois o STJ também decide que não se aplica o CDC na relação entre advogado e cliente (STJ, REsp 532.377/RJ); C: incorreta, pois o STJ entende que não se aplica o CDC às locações de imóveis urbanos (STJ, AgRg no Ag 1.089.413, DJ 28.06.11); D: incorreta, pois o STJ é no sentido de que não se aplica o CDC no caso (STJ, REsp 1.256.227, DJ 21/08/12); E: correta, pois a Súmula STJ n. 321 é no sentido de que se aplica o CDC aos contratos de previdência privada.

Gabarito “E”

2. PrinCíPios e Direitos BásiCos

(OAB/Exame Unificado – 2013.3) Maria e Manoel, casados, pais dos gêmeos Gabriel e Thiago que têm apenas três meses de vida, residem há seis meses no Condo-mínio Vila Feliz. O fornecimento do serviço de energia elétrica na cidade onde moram é prestado por uma única concessionária, a Companhia de Eletricidade Luz S.A. Há uma semana, o casal vem sofrendo com as contínuas e injustificadas interrupções na prestação do serviço pela concessionária, o que já acarretou a queima do aparelho de televisão e da geladeira, com a perda de todos os alimentos nela contidos. O casal pretende ser indenizado. Nesse caso, à luz do princípio da vulnerabilidade previsto no Código de Proteção e Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa correta. (A) Prevalece o entendimento jurisprudencial no

sentido de que a vulnerabilidade no Código do Consumidor é sempre presumida, tanto para o consumidor pessoa física, Maria e Manoel, quanto para a pessoa jurídica, no caso, o Condomínio Vila Feliz, tendo ambos direitos básicos à indenização e à inversão judicial automática do ônus da prova.

(B) A doutrina consumerista dominante considera a vulnerabilidade um conceito jurídico indetermi-nado, plurissignificativo, sendo correto afirmar que, no caso em questão, está configurada a vulnerabilidade fática do casal diante da conces-sionária, havendo direito básico à indenização pela interrupção imotivada do serviço público essencial.

(C) É dominante o entendimento no sentido de que a vulnerabilidade nas relações de consumo é sinônimo exato de hipossuficiência econômica do consumidor. Logo, basta ao casal Maria e Manoel demonstrá-la para receber a integral proteção das normas consumeristas e o consequente direito básico à inversão automática do ônus da prova e a ampla indenização pelos danos sofridos.

(D) A vulnerabilidade nas relações de consumo se divide em apenas duas espécies: a jurídica ou científica e a técnica. Aquela representa a falta de conhecimentos jurídicos ou outros pertinentes à contabilidade e à economia, e esta, à ausência de conhecimentos específicos sobre o serviço oferecido, sendo que sua verificação é requisito legal para inversão do ônus da prova a favor do casal e do consequente direito à indenização.

A e C: incorretas; de fato, a vulnerabilidade do consumidor (ligada ao direito material) é presumida no CDC; já a hipossuficiência (ligada ao direito processual), que é causa da inversão do ônus da prova, não; dessa forma, é incorreto dizer que o CDC prevê inversão automática do ônus da prova, sendo necessário que o juiz verifique se é o caso, o que depende de haver ou hipossuficiência do consumidor ou verossimilhança da alegação (art. 6º, VIII, do CDC); B: correta, pois o consumidor é presumidamente vulnerável (art. 4º, I, do CDC) e a situação narrada no enunciado narra, ainda, um consumidor ainda mais desamparado dada as características do serviço que lhe é prestado, face à total impossibilidade de se defender do consumidor, o que provavelmente fará com que o juiz também o considere hipossuficiente e inverta o ônus da prova em seu favor; D: incorreta, pois onde consta da alternativa a palavra “vulnerabilidade” deveria constar “hipossuficiência”, sendo que essa sim é que deve ser analisada se existe no caso concreto (já que a vulnerabilidade já é presumida), e, se existir no caso concreto, aí sim é que o juiz inverterá o ônus da prova.

Gabarito “B”

(OAB/Exame Unificado – 2012.3.A) A sociedade empresária XYZ Ltda. oferta e celebra, com vários estudantes universitários, contratos individuais de fornecimento de material didático, nos quais garante a entrega, com 25% de desconto sobre o valor indicado pela editora, dos livros didáticos escolhidos pelos contra-tantes (de lista de editoras de antemão definidas). Os contratos têm duração de 24 meses, e cada estudante compromete-se a pagar valor mensal, que fica como crédito, a ser abatido do valor dos livros escolhidos. Posteriormente, a capacidade de entrega da sociedade diminuiu, devido a dívidas e problemas judiciais. Em razão disso, ela pretende rever judicialmente os contratos, para obter aumento do valor mensal, ou então liberar-se do vínculo.

Acerca dessa situação, assinale a afirmativa correta.

Page 24: Como Passar Na Oab 1ª Fase - 11ª Edição - 2015 - Amostra

WANDeR GARCiA400

(A) A empresa não pode se valer do Código de Defesa do Consumidor e não há base, à luz do indicado, para rever os contratos.

(B) Aplica-se o CDC, já que os estudantes são desti-natários finais do serviço, mas o aumento só será concedido se provada a dificuldade financeira e que, ademais, ainda assim o contrato seja provei-toso para os compradores.

(C) Aplica-se o CDC, mas a pretendida revisão da cláusula contratual só poderá ser efetuada se provado que os problemas citados têm natureza imprevisível, característica indispensável, no sistema do consumidor, para autorizar a revisão.

(D) A revisão é cabível, assentada na teoria da impre-visão, pois existe o contrato de execução diferida, a superveniência de onerosidade excessiva da prestação, a extrema vantagem para a outra parte, e a ocorrência de acontecimento extraordinário e imprevisível.

A: correta, pois o pedido de revisão contratual requer a existência de um fato superveniente relacionado à prestação (ex: um contrato atrelado ao dólar pode ser objeto de revisão se a cotação do dólar aumentar de forma muito forte), não sendo possível que o devedor (no caso, a sociedade XYZ) alegue problema de sua responsabilidade e alheio à prestação que tem de cumprir (crise na empresa) para conseguir uma revisão contratual; vale lembrar que o direito de revi-são contratual está no inciso V, do art. 6º, do CDC, que traz “direitos básicos do consumidor” e não “direitos básicos do fornecedor”; B: incorreta, pelas mesmas razões mencionadas no comentário à alternativa anterior; C e D: incorretas; em primeiro lugar, não é cabível a revisão, conforme se viu dos comentários às demais alternativas; ademais, a revisão contratual no caso é regida pelo CDC e este, como se sabe, traz como requisito à revisão apenas a existência de um fato novo que leve à uma excessiva onerosidade das prestações (art. 6º, V, do CDC), não sendo necessário “imprevisibilidade” (alternativa “c”) ou “extrema vantagem para a outra parte, e a ocorrência de acontecimento extraordinário e imprevisível (alternativa “d”).

Gabarito “A”

(OAB/Exame Unificado – 2011.3.B) O ônus da prova incumbe a quem alega a existência do fato constitutivo de seu direito e impeditivo, modificativo ou extintivo do direito daquele que demanda. O Código de Proteção e Defesa do Consumidor, entretanto, prevê a possi-bilidade de inversão do onus probandi e, a respeito de tal tema, é correto afirmar que(A) ocorrerá em casos excepcionais em que o juiz

verifique ser verossímil a alegação do consumidor ou quando for ele hipossuficiente.

(B) é regra e basta ao consumidor alegar os fatos, pois caberá ao réu produzir provas que os des-constituam, já que o autor é hipossuficiente nas relações de consumo.

(C) será deferido em casos excepcionais, exceto se a inversão em prejuízo do consumidor houver sido previamente ajustada por meio de cláusula contratual.

(D) ocorrerá em todo processo civil que tenha por objeto as relações consumeristas, não se admi-tindo exceções, sendo declarada abusiva qual-quer cláusula que disponha de modo contrário.

A: correta, nos estritos termos do disposto no art. 6º, VIII, do CDC; B: incorreta, pois o CDC presume o consumidor vulnerável (conceito de direito material – art. 4º, I, do CDC) e não hipossuficiente (conceito de direito processual); assim, a inversão do ônus da prova não é automática; o juiz, para decidir pela inversão do ônus da prova, deve verificar se está presente um dos requisitos autorizadores, ou seja, se há HIPOSSUFICIÊNCIA ou VEROSSIMILHANÇA DA ALEGAÇÃO (art. 6º, VIII, do CDC); C: incorreta, pois é nula de pleno direito qualquer cláusula que determine a inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor (art. 51, VI, do CDC); D: incorreta, pois, como se viu, a inversão do ônus da prova não é automática, devendo o juiz determiná-la, caso preenchido o requisito legal.

Gabarito “A”

(OAB/Exame Unificado – 2011.1) Analisando o artigo 6º, V, do Código de Defesa do Consumidor, que prescreve: “São direitos básicos do consumidor: V – a modifica-ção das cláusulas contratuais que estabeleçam pres-tações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas”, assinale a alternativa correta.(A) Exige a imprevisibilidade do fato superveniente. (B) Não traduz a relativização do princípio contratual

da autonomia da vontade das partes. (C) Almeja, em análise sistemática, precipuamente, a

resolução do contrato firmado entre consumidor e fornecedor.

(D) Admite a incidência da cláusula rebus sic stanti-bus.

A: incorreta, pois o art. 6º, V, do CDC não exige que o fato super-veniente que torne a obrigação excessivamente onerosa seja imprevisível, para que se tenha direito à revisão contratual; assim, diferentemente do Código Civil (art. 478), o CDC não adotou a Teoria da Imprevisão, mas sim a Teoria da Onerosidade Excessiva; B: incorreta, pois a possibilidade de modificação contratual (quanto a prestações que já nascem desproporcionais) e de revisão contratual (quanto a prestações que se tornem excessivamente onerosas por fatos supervenientes) faz com que o princípio da autonomia da von-tade seja relativizado, já que o juiz interfere na autonomia da vontade das partes quando promove a modificação ou revisão contratual; C: incorreta, pois o princípio da conservação dos contratos exige que o contrato seja mantido, salvo se não houver possibilidade alguma nesse sentido; a ideia da lei é modificar ou revisar os contratos nas situações mencionadas no art. 6º, V, do CDC, e não resolver (extinguir) o contrato; D: correta, pois tal cláusula determina que as estipulações contratuais sejam mantidas enquanto as condições permanecerem inalteradas; assim, caso ocorra um fato novo, que altere as condições existentes quando da realização do contrato, é cabível a revisão contratual; no caso, basta que esse fato novo torne a prestação de uma das partes excessivamente onerosa, para que se tenha direito à revisão contratual.

Gabarito “D”

(OAB/Exame Unificado – 2011.1) No âmbito do Código de Defesa do Consumidor, em relação ao princípio da boa-fé objetiva, é correto afirmar que (A) importa em reconhecimento de um direito a cum-

prir em favor do titular passivo da obrigação. (B) não se aplica à fase pré-contratual. (C) para a caracterização de sua violação imprescin-

dível se faz a análise do caráter volitivo das partes. (D) sua aplicação se restringe aos contratos de con-

sumo.

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4015. DiReiTO DO CONSuMiDOR

A: assertiva considerada correta pela examinadora; no entanto, a questão deveria ser anulada, pois essa alternativa também está incorreta; primeiro porque o princípio da boa-fé se aplica a ambos os contratantes, mesmo que um deles tenha mais obrigações que o outro, pois esse princípio tem por efeito criar deveres anexos a ambos os contratantes (Enunciado JDC/CJF nº 24); assim, não é só a favor do “titular passivo da obrigação” que se deve reconhecer direitos pela aplicação do princípio; segundo porque, mesmo que assim o fosse, o certo era que constasse a expressão “titular ativo da obrigação”, pois titular passivo é quem tem a obrigação, e não quem se favorece dela; terceiro porque está errado, tecnicamente, dizer que alguém tem um “direito a cumprir em favor” de outrem, sendo correto dizer que alguém tem um “dever a cumprir em favor” de outrem; enfim, a questão tem graves equívocos conceituais, que justificam a sua anulação; B: incorreta, pois o princípio da boa-fé se aplica a todas as fases que envolve o contrato (tratativas, celebração, execução, extinção e pós-extinção do contrato); C: incorreta, pois o princípio é da boa-fé objetiva, que é aquela extraída do contexto social; assim, pouco importa qual é o pensamento ou a intenção das partes, ficando caracterizada a violação ao princípio com a simples conduta que o juiz entender que viola os deveres de lealdade extraídos da ética social; D: incorreta, pois o Código Civil também estabelece o princípio da boa-fé objetiva (art. 422 do CC).

Gabarito “A”

(OAB/Exame Unificado – 2010.3) em relação aos princípios previstos no Código de Defesa do Consumidor, assi-nale a alternativa correta. (A) O CDC é uma norma tipificadora de condutas,

prevendo expressamente o comportamento dos consumidores e dos fornecedores.

(B) O princípio da transparência impõe um dever comissivo e um omissivo, ou seja, não pode o fornecedor deixar de apresentar o produto tal como ele se encontra nem pode dizer mais do que ele faz; não pode, portanto, mais existir o dolus bonus.

(C) O princípio da vulnerabilidade, que presume ser o consumidor o elo mais fraco da relação de consumo, diz respeito apenas à vulnerabilidade técnica.

(D) A boa-fé prevista no CDC é a boa-fé subjetiva.

A: incorreta, pois o CDC tem uma técnica mista, ou seja, trabalha tanto com normas tipificadoras, como com dispositivos instituidores de conceitos legais indeterminados e cláusulas gerais; assim, o CDC traz tanto normas casuísticas (ex: a que veda a venda casada), como normas mais gerais (ex: a que proíbe cláusulas desproporcionais); B: correta, pois a transparência significa tanto o dever de informar as características e os riscos de um produto ou serviço, como o dever de não exagerar na descrição de um produto ou serviço; no Direito Civil tradicional, esse exagero, chamado dolus bonus era tolerado, diferente do que ocorre no sistema do CDC, em que a informação deve ser precisa e adequada; C: incorreta, pois a vulnerabilidade pode ser de ordem técnica, econômica, física etc; D: incorreta, pois a boa-fé é a objetiva, ou seja, é a extraída das regras do sistema e da ética extraída da sociedade, e não a subjetiva, que é aquela ética que cada um tem, ou seja, a ética particular.

Gabarito “B”

(OAB/Exame Unificado – 2009.1) Assinale a opção que não está de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.(A) É direito do consumidor a informação adequada

e clara sobre os diferentes produtos e serviços, o

que inclui a especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço e a explicitação dos riscos relacionados a produtos e serviços.

(B) O consumidor tem direito à efetiva reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.

(C) É direito do consumidor a facilitação da defesa de seus direitos, incluindo-se a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando ele for hipossuficiente.

(D) O consumidor tem direito à modificação das cláu-sulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais, mas não à revisão delas em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas.

A: correta, art. 6º, III, do CDC; B: correta, art. 6º, VI, do CDC; C: correta, art. 6º, VIII, do CDC; D: incorreta, devendo ser assinalada,, art. 6º, V, do CDC.

Gabarito “D”

(FGV – 2010) Assinale a alternativa que NÃO está de acordo com o Código de Defesa do Consumidor a respeito do direito do consumidor.(A) É direito do consumidor a informação adequada

e clara sobre os diferentes produtos e serviços, o que inclui a especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço e a explicitação dos riscos relacionados a produtos e serviços.

(B) O consumidor tem direito à efetiva reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos.

(C) É direito do consumidor a facilitação da defesa de seus direitos, incluindo-se a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando ele for hipossuficiente.

(D) O consumidor tem direito à modificação das cláu-sulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais, mas não à revisão delas em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas.

(E) Na cobrança de débitos, o consumidor inadim-plente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.

A: correta, (art. 6º, III, do CDC); B: correta,(art. 6º, VI, do CDC); C: correta, (art. 6º, VIII, do CDC); D: incorreta, devendo ser assinalada, pois o consumidor também tem direito à revisão de cláusulas em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas (art. 6º, V, do CDC); E: correta, (art. 42, caput e parágrafo único, do CDC).

Gabarito “D”

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WANDeR GARCiA402

(FGV – 2008) Nas relações consumeristas, vige a teoria da carga da prova:(A) dinâmica.(B) reversa.(C) estática.(D) ampliada.(E) geral.

O ônus da prova (ou a carga da prova) no CDC é dinâmico, vez que o juiz pode atribuí-lo ao consumidor ou ao fornecedor, de acordo com a incidência ou não dos requisitos previstos no art. 6º, VIII, do CDC.

Gabarito “A”

(FGV – 2009) Com base no Código de Defesa do Con-sumidor, assinale a afirmativa incorreta. (A) O estado pode intervir diretamente para proteger

de forma efetiva o consumidor em consonância com os princípios da dignidade da pessoa humana e da isonomia.

(B) As sociedades integrantes dos grupos societá-rios são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes do Código de Defesa do Consumidor.

(C) O fornecedor está obrigado a informar sobre seus produtos e serviços oferecidos e colocados no mercado.

(D) O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurí-dica da sociedade quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica, provocados por má administração.

(E) A hipossuficiência do consumidor é a única con-dição que vincula o juiz a decidir pela inversão do ônus da prova.

A: correta (arts. 4º, II, e 5º, ambos do CDC); B: correta (art. 28, § 2º, do CDC); C: correta (arts. 6º, III, e 9º, do CDC); D: correta (art. 28 do CDC); E: incorreta, devendo ser assinalada, pois se deve verificar também a verossimilhança da alegação (art. 6º, VIII, do CDC).

Gabarito “E”

(FGV – 2008) No sistema que tutela o consumidor, é correto afirmar que:(A) é garantido o direito de modificação ou de revisão

das cláusulas contratuais.(B) a reparação dos danos materiais e morais é limi-

tada de acordo com leis especiais reguladoras de setores das relações de consumo.

(C) os serviços públicos são excluídos da tutela, por serem objeto de leis próprias.

(D) o ônus probatório será sempre invertido em benefício do consumidor, por sua presumida hipossuficiência.

(E) o acesso ao Judiciário é sempre gratuito aos consumidores.

A: correta (art. 6º, V, do CDC); B: incorreta, pois a expressão “efetiva reparação”, prevista no art. 6º, VI, do CDC, não se coaduna com a afirmativa; C: incorreta (art. 22 do CDC); D: incorreta, pois há de se verificar, no caso concreto, a hipossuficiência no que diz respeito às características da contratação e de seu objeto e a verossimilhança da alegação (art. 6º, VIII, do CDC); E: incorreta, pois não há esse direito em favor de todos os consumidores, conforme se pode verificar dos arts. 4º a 6º do CDC.

Gabarito “A”

(Defensor Público/AM – 2013 – FCC) Segundo o Código de Defesa do Consumidor, são instrumentos para a exe-cução da política nacional das relações de consumo: (A) a criação de delegacias de polícia especializadas

no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo e a harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do con-sumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores.

(B) a educação e informação de fornecedores e con-sumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo, estudo constante das modificações do mercado de consumo e a racionalização e melhoria dos serviços públicos.

(C) a concessão de estímulos à criação e desenvol-vimento das Associações de Defesa do Consumi-dor, a criação de delegacias de polícia especiali-zadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo e a manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente.

(D) a instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público, o reconhecimento da vulnerabilidade do consu-midor no mercado de consumo e o incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo.

(E) a manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente, a criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo e o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo.

A: incorreta, pois a “harmonização do interesses (…)” é princípio e não instrumento da PNRC (Política Nacional das Relações de Consumo), nos termos do art. 4º, III, do CDC; B: incorreta, pois a “educação e informação (…)” é princípio e não instrumento da PNRC (Política Nacional das Relações de Consumo), nos termos do art. 4º, IV, do CDC; C: correta (art. 5º, I, III e V, do CDC); D: incorreta, pois o “reconhecimento da vulnerabilidade (…)” e “o incentivo à criação (…)” são princípios e não instrumentos da PNRC (Política Nacional das Relações de Consumo), nos termos do art. 4º, I e V, do CDC; E: incorreta, pois “o reconhecimento da vulnerabilidade (…)” é princípio e não instrumento da PNRC (Política Nacional das Relações de Consumo), nos termos do art. 4º, I, do CDC.

Gabarito “C”

(Defensor Público/RO – 2012 – CESPE) entre os instrumentos com os quais o poder público conta para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo inclui-se (A) a instituição de promotorias de justiça de defesa

do consumidor, no âmbito do MP.

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4035. DiReiTO DO CONSuMiDOR

(B) a assistência jurídica integral e gratuita a todos os consumidores.

(C) a criação do balcão de atendimento ao consumi-dor, no âmbito municipal.

(D) a instituição de associações de defesa do consu-midor.

(E) o fomento pecuniário às fundações instituídas para a defesa do consumidor.

A: correta (art. 5º, II, do CDC); B: incorreta, pois a assistência jurídica integral e gratuita é apenas para o consumidor carente (art. 5º, I, do CDC); C: incorreta, pois não há tal previsão no art. 5º do CDC; D: incorreta, pois o instrumento consiste no estímulo à criação de asso-ciações consumeristas e não à própria criação dessas associações pelo Poder Público, art. 5º, V, do CDC; E: incorreta, pois a previsão legal é de “concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor (art. 5º, V, do CDC).

Gabarito “A”

(Defensor Público/SP – 2012 – FCC) De acordo com o que dispõe de forma expressa o art. 5º do Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder público com os seguintes instrumentos, eXCeTO: (A) Concessão de estímulos à criação e desenvolvi-

mento das Associações de Defesa do Consumi-dor.

(B) instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público.

(C) Criação de Delegacias de Polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo.

(D) Criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo.

(E) Criação de Defensorias Públicas de Defesa do Consumidor, provendo assistência jurídica, inte-gral e gratuita, em favor do consumidor necessi-tado.

O único instrumento que não está previsto no art. 5º do CDC é a criação de Defensorias Públicas de Defesa do Consumidor, apesar de haver previsão da manutenção de uma assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente.

Gabarito “E”

3. resPonsaBiliDaDe Do ForneCeDor

(OAB/Exame Unificado – 2014.2) Um homem foi submetido à cirurgia para remoção de cálculos renais em hos-pital privado. A intervenção foi realizada por equipe médica não integrante dos quadros de funcionários do referido hospital, apesar de ter sido indicada por esse mesmo hospital. Durante o procedimento, houve perfuração do fígado do paciente, verificada somente três dias após a cirurgia, motivo pelo qual o homem teve que se submeter a novo procedimento cirúrgico, que lhe deixou uma grande cicatriz na região abdo-minal. O paciente ingressou com ação judicial em face do hospital, visando a indenização por danos

morais e estéticos. Partindo dessa narrativa, assinale a opção correta.(A) O hospital responde objetivamente pelos danos

morais e estéticos decorrentes do erro médico, tendo em vista que ele indicou a equipe médica.

(B) O hospital responderá pelos danos, mas de forma alternativa, não se acumulando os danos morais e estéticos, sob pena de enriquecimento ilícito do autor.

(C) O hospital não responderá pelos danos, uma vez que se trata de responsabilidade objetiva da equipe médica, sendo o hospital parte ilegítima na ação porque apenas prestou serviço de insta-lações e hospedagem do paciente.

(D) O hospital não responderá pelos danos, tendo em vista que não se aplica a norma consumerista à relação entre médico e paciente, mas, sim, o Código Civil, embora a responsabilidade civil dos profissionais liberais seja objetiva.

A: correta, pois, uma vez que o médico foi indicado pelo hospital, há responsabilidade solidária do médico que cometeu o erro e do hospital; da mesma forma, se o médico também fosse daqueles indicados ou credenciados por um plano de saúde, este também responderia de forma solidária com o médico que cometesse o erro (STJ REsp 866.371/RS, j. 27/03/12); quanto ao médico, este responde subjetivamente por ser profissional liberal (art. 14, § 4º, do CDC), ao passo que o hospital responde objetivamente nos termos do art. 14, caput, do CDC; B: incorreta, pois a responsabilidade do hospital, como se viu, não é alternativa, mas solidária (arts. 7º, parágrafo único, e 25, § 1º, do CDC); C: incorreta, pois, conforme se viu o hospital indicou o médico e, assim, responde solidariamente (arts. 7º, parágrafo único, e 25, § 1º, do CDC); D: incorreta, pois o CDC se aplica sim à relação entre médico e paciente, lembrando que o médico responde subjetivamente, por ser profissional liberal (art. 14, § 4º, do CDC), ao passo que o hospital, objetivamente (art. 14, caput, do CDC).

Gabarito “A”

(OAB/Exame Unificado – 2013.2) O Mercado A comer-cializa o produto desinfetante W, fabricado por “W.Industrial”. O proprietário do Mercado B, que adquiriu tal produto para uso na higienização das partes comuns das suas instalações, verifica que o volume contido no frasco está em desacordo com as informações do rótulo do produto. Em razão disso, o Mercado B propõe ação judicial em face do Mercado A, invocando a Lei n. 8.078/90 (CDC), arguindo vícios decorrentes de tal disparidade. O Mercado A, em defesa, apontou que se tratava de responsabilidade do fabricante e requereu a extinção do processo. A respeito do caso sugerido, assinale a alternativa correta. (A) O processo merece ser extinto por ilegitimidade

passiva. (B) O caso versa sobre fato do produto, logo a res-

ponsabilidade do réu é subsidiária. (C) O processo deve ser extinto, pois o autor não se

enquadra na condição de consumidor. (D) Trata-se de vício do produto, logo o réu e o fabri-

cante são solidariamente responsáveis.

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WANDeR GARCiA404

A: incorreta; no caso temos um vício do produto (do tipo vício de quantidade – art. 19 do CDC) e não um defeito do produto (art. 12 do CDC), já que se trata de um problema interno do produto (quantidade díspar do rótulo) e não de um problema externo do produto (que é aquele problema que acontece quando se atinge a segurança do consumidor); nesse sentido, e considerando que o comerciante só está a princípio liberado de responder no caso de defeito (art. 12 do CDC – só respondem o fabricante, o produtor, o construtor e importador), mas responde quando se trata de vício (pois aqui todos os fornecedores respondem, inclusive o comerciante – art. 19 do CDC), não há que se falar em ilegitimidade passiva do comerciante (“Mercado A”), que tem o dever de responder no caso; B: incorreta, pois o caso trata de vício do produto, e não de fato do produto (= a defeito do produto ou acidente de consumo), hipótese em que a responsabilidade dos fornecedores é solidária (art. 19, caput, do CDC) e não subsidiária; C: incorreta, pois o produto em questão não foi adquirido para revenda ou para servir de insumo para a produção (casos em que fica afastada a aplicação do CDC, salvo se se tratar de um adquirente vulnerável), tratando-se de produto de uso interno, no caso, para higienização do local de trabalho; D: correta, tratando de vício de quantidade, com responsabilidade solidária expressamente mencionada na lei (art. 19, caput, do CDC).

Gabarito “D”

(OAB/Exame Unificado – 2013.2) Carla ajuizou ação de indenização por danos materiais, morais e estéticos em face do dentista Pedro, lastreada em prova pericial que constatou falha, durante um tratamento de canal, na prestação do serviço odontológico. O referido laudo comprovou a inadequação da terapia dentária adotada, o que resultou na necessidade de extração de três dentes da paciente, sendo que na execução da extração ocorreu fratura da mandíbula de Carla, o que gerou redução óssea e sequelas permanentes, que incluíram assimetria facial.

Com base no caso concreto, à luz do Código de Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa correta. (A) O dentista Pedro responderá objetivamente pelos

danos causados à paciente Carla, em razão do comprovado fato do serviço, no prazo prescricio-nal de cinco anos.

(B) Haverá responsabilidade de Pedro, independente-mente de dolo ou culpa, diante da constatação do vício do serviço, no prazo decadencial de noventa dias.

(C) A obrigação de indenizar por parte de Pedro é subjetiva e fica condicionada à comprovação de dolo ou culpa.

(D) inexiste relação de consumo no caso em questão, pois é uma relação privada, que encerra obrigação de meio pelo profissional liberal, aplicando-se o Código Civil.

A: incorreta, pois, segundo o art. 14, § 4º, do CDC, o profissional liberal (no caso em questão temos um dentista enquanto profissional liberal, não havendo menção ao fato de que se tratava de um empresa de tratamentos dentários, hipótese em que a regra não se aplicaria) responde subjetivamente (e não objetivamente), ou seja, mediante a verificação de sua culpa (= culpa em sentido estrito ou dolo); B: incorreta, pois, como se viu, a responsabilidade no caso é subjetiva (e não objetiva); ademais, se houvesse responsabilidade o prazo seria prescricional (relativo a pretensão indenizatória) e de 5 anos

(art. 27 do CDC); C: correta (art. 14, § 4º, do CDC); D: incorreta, pois há fornecedor (dentista Pedro, que é um prestador de serviço remunerado – art. 3º, caput e § 2º, do CDC), consumidor (Carla), objeto (prestação de serviço – art. 3º, § 2º, do CDC)) e elemento finalístico cumprido (Carla é destinatária final do serviço – art. 2º, caput, do CDC), de modo que há uma relação de consumo sim, e não relação regida pelo Código Civil.

Gabarito “C”

(OAB/Exame Unificado – 2013.1) Elisabeth e Marcos, dese-jando passar a lua de mel em Paris, adquiriram junto à Operadora de Viagens e Turismo “X” um pacote de viagem, composto de passagens aéreas de ida e volta, hospedagem por sete noites, e seguro saúde e acidentes pessoais, este último prestado pela segu-radora “Y”. Após chegar à cidade, Elisabeth sofreu os efeitos de uma gastrite severa e Marcos entrou em contato com a operadora de viagens a fim de que o seguro fosse acionado, sendo informado que não havia médico credenciado naquela localidade. O casal procurou um hospital, que manteve Elisabeth internada por 24 horas, e retornou ao Brasil no ter-ceiro dia de estada em Paris, tudo às suas expensas. Partindo da hipótese apresentada, assinale a afir-mativa correta. (A) O casal poderá acionar judicialmente a operadora

de turismo, mesmo que a falha do serviço tenha sido da seguradora, em razão da responsabilidade solidária aplicável ao caso.

(B) O casal somente poderá acionar judicialmente a seguradora Y, já que a operadora de turismo responderia por falhas na organização da viagem, e não pelo seguro porque esse foi realizado por outra empresa.

(C) O casal terá que acionar judicialmente a operadora de turismo e a seguradora simultaneamente por se tratar da hipótese de litisconsórcio necessário e unitário, sob pena de insurgir em carência da ação.

(D) O casal não poderá acionar judicialmente a opera-dora de turismo já que havia liberdade de contratar o seguro saúde viagem com outra seguradora e, portanto, não se tratando de venda casada, não há responsabilidade solidária na hipótese.

A: correta, pois o seguro foi adquirido junto à própria Operadora de Viagens, de modo que esta responderá solidariamente com a empresa de seguro de saúde (arts. 7º, parágrafo único, e 25, § 1º, do CDC); B: incorreta, tendo em vista a solidariedade entre ambas (arts. 7º, pará-grafo único, e 25, § 1º, do CDC); C: incorreta, pois, na solidariedade passiva, a obrigação pode ser cobrada de qualquer um dos devedores solidários, individualmente; D: incorreta, pois, conforme mencionado, o seguro foi adquirido junto à própria Operadora de Viagens, de forma que esta responderá solidariamente com a empresa de seguro de saúde (arts. 7º, parágrafo único, e 25, § 1º, do CDC).

Gabarito “A”

(OAB/Exame Unificado – 2012.2) Determinado consumidor, ao mastigar uma fatia de pão com geleia, encontrou um elemento rígido, o que lhe causou intenso des-conforto e a quebra parcial de um dos dentes. Em razão do fato, ingressou com medida judicial em face do mercado que vendeu a geleia, a fim de ser

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4055. DiReiTO DO CONSuMiDOR

reparado. No curso do processo, a perícia consta-tou que o elemento encontrado era uma pequena porção de açúcar cristalizado, não oferecendo risco à saúde do autor. Diante desta narrativa, assinale a afirmativa correta. (A) O fabricante e o fornecedor do serviço devem

ser excluídos de responsabilidade, visto que o material não ofereceu qualquer risco à integridade física do consumidor, não merecendo reparação.

(B) O elemento rígido não característico do produto, ainda que não o tornasse impróprio para o con-sumo, violou padrões de segurança, já que houve dano comprovado pelo consumidor.

(C) A responsabilidade do fornecedor depende de apuração de culpa e, portanto, não tendo o comer-ciante agido de modo a causar voluntariamente o evento, não deve responder pelo resultado.

(D) O comerciante não deve ser condenado e sequer caberia qualquer medida contra o fabricante, posto que não há fato ou vício do produto, motivo pelo qual não deve ser responsabilizado pelo alegado defeito.

A: incorreta, pois, efetivamente, houve um dano à saúde do consu-midor, com nexo de causalidade claro entre a conduta do fornecedor e o dano; configurou-se, assim, o chamado defeito do produto, também conhecimento como acidente de consumo (art. 12 do CDC); vale acrescentar que o produto é considerado defeituoso (requisito essencial para a configuração da responsabilidade) “quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes”, entre as quais “o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam”; no caso, o elemento rígido violou o padrão de segurança esperado para um produto dessa natureza, configurando-se efetivamente o defeito do produto; dessa forma, é incorreto dizer que o fabricante deve ser excluído de responsabilidade; B: correta, conforme comentário feito à alternativa “a”; C: incorreta, pois a responsabilidade pelo fato do produto é objetiva, ou seja, independentemente de culpa ou dolo, nos termos do art. 12 do CDC; D: incorreta; de fato, o comerciante não responde em caso de defeito no produto (art. 12 do CDC), salvo as exceções do art. 13 do CDC; só para lembrar, o comerciante só responde em caso de vício do produto (arts. 18 a 20); já o fabricante, este sim responde tanto no caso de defeito, como no de vício; dessa forma, é incorreto dizer que não cabe qualquer medida contra o fabricante.

Gabarito “B”

(OAB/Exame Unificado – 2011.2) Ao instalar um novo apare-lho de televisão no quarto de seu filho, o consumidor verifica que a tecla de volume do controle remoto não está funcionando bem. Em contato com a loja onde adquiriu o produto, é encaminhado à autorizada. O que esse consumidor pode exigir com base na lei, nesse momento, do comerciante? (A) A imediata substituição do produto por outro novo. (B) O conserto do produto no prazo máximo de 30

dias. (C) um produto idêntico emprestado enquanto durar

o conserto. (D) O dinheiro de volta.

O caso em tela revela um vício de qualidade no produto. Incide, assim, o disposto no § 1º do art. 18 do CDC, pelo qual o fornecedor tem o prazo máximo de 30 dias para sanar o vício. Somente em caso

de não resolução do vício no prazo mencionado é que o consumidor poderá exigir, alternativamente e à sua escolha, a substituição do produto, a restituição da quantia paga ou o abatimento proporcional do preço (art. 18, § 1º, do CDC). O consumidor só poderá pular a primeira parte (pedido para sanar o vício em 30 dias) quando se tratar de produto essencial ou se a substituição das partes viciadas puder comprometer a qualidade ou características do produto. No caso, não há que se falar em produto essencial, nem de compro-metimento do produto em caso de seu conserto. Dessa forma, a alternativa “B” é a única consentânea com o regime jurídico do vício de qualidade em produto.

Gabarito “B”

(OAB/Exame Unificado – 2010.3) em sua primeira viagem com seu carro zero quilômetro, Joaquim, fechado por outro veículo, precisa dar uma freada brusca para evitar um acidente. O freio não funciona, o que leva Joaquim, transtornado, a jogar o carro para o acostamento e, em seguida, abandonar a estrada. Felizmente, nenhum dano material ou físico acontece ao carro nem ao motorista, que, muito abalado, mal consegue acessar seu celular para pedir auxílio. Com a ajuda de moradores locais, se recupera do imenso susto e entra em contato com seus familiares. Na qualidade de advogado de Joaquim, qual seria a orientação correta a ser dada em relação às pro-vidências cabíveis? (A) Propositura de ação de responsabilidade civil

pelo vício do produto em face do fabricante e da concessionária, uma vez que a responsabilidade é solidária.

(B) Propositura de ação de responsabilidade civil pelo fato do produto em face do fabricante do veículo.

(C) Propositura de ação de responsabilidade civil pelo fato do produto em face da concessionária que vendeu o veículo a Joaquim.

(D) Não há ação a ser proposta porque não houve dano.

A questão, infelizmente, ressente-se de algumas imprecisões. Isso porque o caso revela ter havido vício do produto, ou seja, um pro-blema interno do produto que o torna de menor valor ou impróprio ou inadequado ao uso a que se destina (art. 18, caput, do CDC). Nesses casos, o consumidor deve reclamar do fornecedor (conces-sionária ou fabricante) a substituição das partes viciadas e, caso isso não ocorra no prazo legal, deve ingressar com ação buscando a desfazimento do negócio, o abatimento do preço ou a substituição do produto viciado por outro (art. 18, § 1º, do CDC). Repare, dessa forma, que o consumidor deve, num primeiro momento, reclamar extrajudicialmente o conserto do veículo. Não havendo êxito, aí sim deve buscar a via jurisdicional, ingressando com a ação judicial competente. Pois bem. As alternativas da questão ignoraram por completo essa questão do vício, tendo a resposta considerada correta (alternativa “b”) limitado a discutir o defeito (também chamado de acidente de consumo ou fato do produto), tratando apenas do ajuizamento da ação com vistas, ao que tudo indica, à reparação pelo dano moral causado a Joaquim. As imprecisões ocorrem por dois motivos. Primeiro porque o advogado deveria orientar o cliente a tomar medidas com vistas à solução do vício no veículo, medidas que são extrajudiciais num primeiro momento. E segundo porque é bem discutível a ocorrência de dano moral no presente caso, tratando-se o susto de algo que os tribunais dificilmente entendem como caracterizador de dano moral indenizável.

Gabarito “B”

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WANDeR GARCiA406

(OAB/Exame Unificado – 2010.3) O prazo para reclamar sobre vício oculto de produto durável é de (A) 90 (noventa) dias a contar da aquisição do produto. (B) 90 (noventa) dias a contar da entrega do produto. (C) 90 (noventa) dias a contar de quando ficar evi-

denciado o vício. (D) 30 (trinta) dias a contar da entrega do produto.

Art. 26, II e § 3º, do CDC.

Gabarito “C”

(OAB/Exame Unificado – 2009.2) Com base no Código de Defesa do Consumidor, assinale a opção correta acerca da responsabilidade na prestação de serviços.(A) O serviço é considerado defeituoso pela adoção

de novas técnicas.(B) O fornecedor de serviços só não será respon-

sabilizado quando provar culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, ou quando provar que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste.

(C) O fornecedor de serviço responderá pela repa-ração dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços ou decorrentes de informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos somente se comprovada a sua culpa.

(D) A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais deve ser apurada independentemente da verificação de culpa.

A: incorreta, art. 14, § 2º, do CDC; B: correta, art. 14, § 3º, I e II, do CDC; C: incorreta, art. 14, caput, do CDC; D: incorreta, art. 14, § 4º, do CDC.

Gabarito “B”

(OAB/Exame Unificado – 2009.1) Acerca da responsabili-dade no Código de Defesa do Consumidor, assinale a opção correta.(A) É permitida a estipulação contratual de cláusula

que impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar.

(B) Caso o vício do produto ou do serviço não seja sanado no prazo legal, pode o consumidor exigir o abatimento proporcional do preço.

(C) No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor o forne-cedor imediato, mesmo se identificado claramente o produtor.

(D) A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qua-lidade por inadequação dos produtos e serviços o exime de responsabilidade.

A: incorreta, art. 25 do CDC; B: correta, art. 18, § 1º, III, c/c art. 20, III, ambos do CDC; C: incorreta, art. 18, § 5º, do CDC; D: incorreta, art. 23 do CDC.

Gabarito “B”

(OAB/Exame Unificado – 2008.3) No tocante às relações de consumo, é correto afirmar que(A) a pessoa jurídica não sofre dano moral indenizável.(B) é isento de responsabilidade o fornecedor que não

tenha conhecimento dos vícios de qualidade por inadequação de produtos e serviços de consumo.

(C) a reparação do dano moral coletivo está prevista no Código de Defesa do Consumidor.

(D) a interpretação das cláusulas contratuais deve ocorrer de forma a não favorecer nem prejudicar o consumidor.

A: incorreta, art. 6º, VI, do CDC e Súmula 227 do STJ; B: incorreta, art. 23 do CDC; C: correta, art. 6º, VI, do CDC; D: incorreta, art. 47 do CDC.

Gabarito “C”

(OAB/Exame Unificado – 2008.3) Ao consumidor adquirente de produto de consumo durável ou não durável que apresente vício de qualidade ou quantidade que o torne impróprio ou inadequado ao consumo a que se destina, não sendo o vício sanado no prazo de 30 dias, assegura-se(A) a substituição imediata do produto por outro de

qualquer espécie, em perfeitas condições de uso.(B) a imediata restituição do valor pago, atualizado

monetariamente, não cabendo indenização.(C) o abatimento de até 50% do valor pago, em razão

do vício apresentado e do inconveniente causado pela aquisição de produto defeituoso.

(D) convencionar com o fornecedor um prazo maior que 30 dias para que o vício seja sanado.

Art. 18, caput e § 2º, da Lei 8.078/1990, poderão as partes conven-cionar a redução ou ampliação do prazo, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias.

Gabarito “D”(OAB/Exame Unificado – 2006.2) Acerca da responsabili-dade por vícios do produto e do serviço nas relações de consumo, assinale a opção correta.(A) A explosão de loja que comercializa, entre outros

produtos, fogos de artifício e pólvora, causando lesão corporal e morte a diversas pessoas, acarreta a responsabilidade civil do comer-ciante decorrente de fato do produto, se ficar demonstrada a exclusividade de sua culpa pelo evento danoso. Nesse caso, aos consumidores equiparam-se todas as pessoas que, embora não tendo participado diretamente da relação de consumo, venham a sofrer as consequências do evento danoso.

(B) A reparação por danos materiais decorrentes de vício do produto ou do serviço afasta a possibili-dade de reparação por danos morais, ainda que comprovado o fato e demonstrada a ocorrência de efetivo constrangimento à esfera moral do consumidor.

(C) Quando forem fornecidos produtos potencial-mente perigosos ao consumo, mesmo sem haver dano, incide cumulativamente a responsabilidade pelo fato do produto e a responsabilidade por perdas e danos, além das sanções administrativas e penais.

(D) O fornecedor pode eximir-se da responsabilidade pelos vícios do produto ou do serviço e do dever de indenizar os danos por eles causados se provar que o acidente de consumo ocorreu por

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4075. DiReiTO DO CONSuMiDOR

caso fortuito ou força maior ou que a colocação do produto no mercado se deu por ato de um representante autônomo do fornecedor.

A: correta, art. 17 do CDC; B: incorreta, art. 6º, VII, do CDC; C: incorreta, se não há dano, não há que se falar em responsabilidade por vício ou por defeito; D: incorreta, art. 12 e seguintes do CDC; a colocação do produto no mercado por representante autônomo do fornecedor, por óbvio, não exclui a responsabilidade deste. Gabarito “A”

(FGV – 2011) A respeito do tema relações de consumo, disciplinada pela Lei 8.078/90, é correto afirmar que (A) a ignorância do fornecedor sobre os vícios de

qualidade por inadequação do produto para o consumo o exime da responsabilidade solidária para com os demais fornecedores.

(B) o serviço será considerado defeituoso quando não fornecer a segurança que o consumidor dele espere, ainda que se trate de adoção de novas técnicas.

(C) no fornecimento de serviços que tenham por obje-tivo a reparação de qualquer produto, considera-se implícita a obrigação do fornecedor de empregar componentes de reposição novos e originais.

(D) fornecedor é toda pessoa física ou jurídica pri-vada, excetuando-se as públicas, que exerçam atividades como produção, montagem e constru-ção de produtos e prestação de serviços.

(E) nas compras realizadas por telefone, assiste ao consumidor o direito de desistir do contrato no prazo de cinco dias contados do recebimento do produto.

A: incorreta, pois a responsabilidade é objetiva, pouco importando a ciência ou não do vício de qualidade do produto (art. 23 do CDC); B: incorreta, pois o fato de existirem produtos no mercado com novas técnicas, não torna os demais produtos defeituosos (art. 14, § 2º, do CDC); C: correta (art. 21 do CDC); D: incorreta, pois as pessoas jurídicas de direito público também podem ser fornecedoras (art. 3º, caput, do CDC); E: incorreta, pois o direito de desistir pode se dar até sete dias (e não cinco dias), contados da assinatura do contrato ou do ato de recebimento do produto ou serviço. Gabarito “C”

(FGV – 2010) O direito de reclamar por um vício de qua-lidade que torna um produto impróprio ou inadequado ao consumo caduca em:(A) 15 dias, tratando-se de vício aparente ou de fácil

constatação e de produto não durável. (B) 30 dias, tratando-se de vício aparente ou de fácil

constatação e de produto não durável. (C) 60 dias, tratando-se de vício aparente ou de fácil

constatação e de produto durável. (D) 120 dias, tratando-se de vício aparente ou de fácil

constatação e de produto durável. (E) 180 dias, tratando-se de vício oculto.

Art. 26, I, da Lei 8.078/1990 (CDC).

Gabarito “B”

(FGV – 2008) A exclusão de responsabilidade do for-necedor não pode ser alegada com fundamento na:(A) inexistência de nexo causal.(B) superveniência de caso fortuito ou força maior.

(C) culpa exclusiva do consumidor.(D) culpa exclusiva de terceiros.(E) inexistência de defeito na prestação de serviço.

A inexistência de nexo causal, a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro e a inexistência de defeito na prestação do serviço afastam, de fato, a responsabilidade (art. 14, § 3º, do CDC). Porém o caso fortuito ou força maior supervenientes não afastam a res-ponsabilidade. Superveniente significa que o fato se deu durante o processo de prestação do serviço, e não antes, circunstância que está na esfera de atuação do fornecedor e que, segundo a doutrina, não afasta sua responsabilidade. Há quem também faça distinção entre fortuito interno e fortuito externo, para dizer que apenas o primeiro fortuito gera a responsabilidade do fornecedor.

Gabarito “B”

(FGV – 2008) Assinale a afirmativa incorreta.(A) As sociedades integrantes de grupos societários

e as controladas são subsidiariamente responsá-veis pelas obrigações previstas no CDC.

(B) As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações previstas no CDC.

(C) A defesa dos interesses e direitos dos consumi-dores e das vítimas só poderá ser exercida em juízo por meio de defesa coletiva.

(D) O pedido de indenização por perdas e danos, se procedente, não prejudicará eventual multa existente.

(E) As sociedades coligadas somente responderão por culpa.

A: correta (art. 28, § 2º, do CDC); B: correta (art. 28, § 3º, do CDC); C: incorreta, devendo ser assinalada, pois a defesa também pode ser individual (art. 81 do CDC); D: correta (art. 84, § 2º, do CDC); E: correta (art. 28, § 4º, do CDC).

Gabarito “C”

(FGV – 2008) De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, assinale a alternativa correta.(A) O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou

de fácil constatação caduca em noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis.

(B) Os fornecedores de produtos de consumo durá-veis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitá-ria, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza.

(C) A pessoa jurídica, por não se enquadrar na condição de hipossuficiente, não pode assumir a condição de consumidora.

(D) As associações legalmente constituídas há pelo menos cinco anos e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos pelo CDC têm legitimidade concorrente para defesa coletiva dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas, sendo imprescindível a autorização assemblear.

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(E) As ações coletivas reguladas pelo CDC têm autoridade de coisa julgada erga omnes.

A: incorreta, pois o prazo é de 30 dias, em se tratando de produtos ou serviços não duráveis (art. 26, I, do CDC); B: correta (art. 18 do CDC); C: incorreta, pois o art. 2º do CDC prevê expressamente a possibilidade da pessoa jurídica ser consumidora; D: incorreta, pois o prazo de pré-constituição é de 1 ano e é dispensada a autorização assemblear (art. 82, IV, do CDC); E: incorreta, pois isso dependerá do tipo de pedido deduzido em juízo, podendo a coisa julgada ser erga omnes ou ultra partes.

Gabarito “B”

(FGV – 2007) Segundo o Código de Defesa do Con-sumidor (Lei 8.078, de 1990), é errado afirmar que:(A) a inversão do ônus da prova, a favor do consumi-

dor, se dará quando, a critério do juiz, for verossí-mil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência.

(B) as sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes do Código de Defesa do Consumidor.

(C) o juiz poderá desconsiderar a personalidade jurí-dica da sociedade, sempre que sua personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores.

(D) as sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes do Código de Defesa do Consumidor.

(E) é entendimento sumulado que a inscrição de inadimplente pode ser mantida nos serviços de proteção ao crédito por, no máximo, cinco anos.

A: correta (art. 6º, VIII, do CDC); B: incorreta, pois são subsidiaria-mente responsáveis (art. 28, § 2º, do CDC); C: correta (art. 28, § 5º, do CDC); D: correta (art. 28, § 3º, do CDC); E: correta, nos termos do art. 43, § 1º, do CDC e da Súmula 323 do STJ – “A inscrição de inadimplente pode ser mantida nos serviços de proteção ao crédito por, no máximo, cinco anos”.

Gabarito “B”

(Juiz de Direito/PE – 2013 – FCC) Quanto aos prazos pres-cricionais e decadenciais nas relações de consumo, é correto afirmar: (A) Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial

inicia-se no pagamento do produto ou do serviço. (B) O prazo prescricional pode ser suspenso ou inter-

rompido, mas não o prazo decadencial, que não se interrompe ou suspende mesmo nas relações consumeristas.

(C) Na aferição dos vícios de fácil ou aparente consta-tação, o prazo decadencial se inicia tão logo seja entregue o produto ou terminada a execução do serviço.

(D) Decai em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.

(E) O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produto não duráveis.

A: incorreta, pois, em sendo oculto o vício, o prazo somente se inicia no momento em que ficar evidenciado o defeito (art. 26, § 3º, do CDC); B: incorreta, pois o prazo decadencial para reclamar de vícios de produto ou serviço no âmbito do CDC fica suspenso nos casos previstos no art. 26, § 2º, I e III, do CDC (reclamação comprovada até resposta negativa inequívoca e na constância de inquérito civil, respectivamente); C: correta (art. 26, § 1º, do CDC); D: incorreta, pois o prazo em questão não “decai”, mas, sim, “pres-creve”; trata-se de prazo prescricional e não decadencial (art. 27 do CDC); E: incorreta, pois, tratando-se de produtos ou serviços não duráveis, o prazo decadencial é de 30 dias e não de 90 dias, prazo este aplicável aos produtos ou serviços duráveis (art. 26, I e II, do CDC, respectivamente).

Gabarito “C”

(Juiz de Direito/PE – 2013 – FCC) Analise os enunciados abaixo, em relação à responsabilidade pelo fato do produto e do serviço.I. O produto é defeituoso quando não oferece a

segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração circunstâncias relevantes, como sua apresentação, o uso e os riscos razoavelmente esperados e a época em que foi colocado em circulação.

II. O serviço é tido por defeituoso quando não for-nece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em conta circunstâncias relevantes, como o modo de seu fornecimento, o resultado e os riscos razoavelmente esperados e a adoção de novas técnicas.

III. O comerciante é responsabilizado quando o fabricante, o construtor, o produtor ou o importa-dor não puderem ser identificados, ou quando o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou importador ou, ainda, quando não conservar adequadamente os produtos perecíveis.

Está correto o que se afirma em (A) i, ii e iii. (B) ii, apenas. (C) ii e iii, apenas. (D) i e ii, apenas. (E) i e iii, apenas.

I: correta (art. 12, § 1º, I, II e III, do CDC); II: incorreta, pois o serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas (art. 14, § 2º, do CDC); III: correta (art. 13, I, II e III, do CDC).

Gabarito “E”

(Juiz de Direito/PE – 2013 – FCC) Na atividade médica, a responsabilidade civil do profissional liberal (A) é, em regra, apurada com base na responsabili-

dade subjetiva e examinada em todos os casos como obrigação de meio e não de resultado.

(B) é, em regra, apurada com base na responsabili-dade subjetiva e examinada como obrigação de meio, excepcionalmente examinando-se como obrigação de resultado.

(C) é, em regra, apurada com base na responsabi-lidade objetiva e examinada como obrigação de meio e, circunstancialmente, como obrigação de resultado.

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4095. DiReiTO DO CONSuMiDOR

(D) é, em regra, apurada com base na responsabi-lidade objetiva e examinada em todos os casos como obrigação de meio e não de resultado.

(E) é apurada com base na culpa e é aquela sempre considerada obrigação de resultado.

A: incorreta, pois, como regra, a responsabilidade do profissional liberal, inclusive no âmbito do CDC, é subjetiva, ou seja, aferida mediante verificação de culpa ou dolo por parte do profissional (art. 14, § 4º, do CDC); todavia, nas obrigações de resultado (exemplo: cirurgia plástica), a responsabilidade é objetiva; B: correta (art. 14, § 4º, do CDC); C e D: incorretas, pois, como se viu, a responsabili-dade desses profissionais, como regra é objetiva (art. 14, § 4º, do CDC); E: incorreta, pois a obrigação pode ser tanto de meio, como de resultado; por exemplo, um encanador costuma ter obrigação de resultado, mas um médico (com exceção de casos como o de cirurgia plástica) tem obrigação de meio. Gabarito “B”

(Defensor Público/AC – 2012 – CESPE) Acerca da responsa-bilidade pelo fato do produto e do serviço, assinale a opção correta. (A) A culpa concorrente da vítima consumidora não

autoriza a redução de eventual condenação imposta ao fornecedor.

(B) O descumprimento, pelo fornecedor, do dever de informar o consumidor gera os chamados defeitos de concepção, inquinando o produto de vício de qualidade por insegurança.

(C) Conforme o CDC, fato e vício do produto ou ser-viço são conceitos sinônimos.

(D) O defeito gera a inadequação do produto ou ser-viço e dano ao consumidor; assim, há vício sem defeito, mas não defeito sem vício.

(E) Um produto é considerado obsoleto e defeituoso quando outro de melhor qualidade é colocado no mercado de consumo.

A: incorreta, pois a culpa concorrente é, sim, causa para a redução do quantum indenizatório, mesmo em relações de consumo (ex.: STJ, REsp 1.349.894, DJ 11.04.2013); B: incorreta, pois, no caso, tem-se defeito de informação; o defeito de concepção diz respeito à criação (à invenção) do produto; certa vez criou-se um extrato de tomate novo, numa embalagem diferente; porém, havia defeito de concepção, pois boa parte das vezes em que alguém abria a embalagem do molho, cortava o dedo; C: incorreta, pois o vício é um problema interno no produto (quantidade insuficiente ou impropriedade ou inadequação do produto; ex: uma TV que não funciona), ao passo que o defeito é um problema externo do produto, que acaba atingindo a saúde ou a segurança do consumidor (ex: a TV dá um choque no consumidor); o vício enseja o reparo (conserto) do produto, devendo o consumidor reclamar nos prazos previstos no art. 26 do CDC; o defeito enseja ação indenizatória no prazo do art. 26 do CDC; o vício no produto está regulamentado no art. 18 do CDC; o defeito no produto, no artigo 12 do CDC D: correta; de fato, se uma TV não funciona, tem-se só vício; se uma TV dá choque, tem-se defeito (afeta segurança da pessoa, ensejando indenização) e certamente um vício também, pois será necessário consertá-la; E: incorreta, pois o art. 12, § 2º, do CDC dispõe justamente o contrário. Gabarito “D”

(Defensor Público/AC – 2012 – CESPE) Assinale a opção correta com relação ao que dispõe o CDC acerca do vício do produto bem como da prescrição e da decadência.

(A) O prazo prescricional determinado para reclama-ção contra vício oculto inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.

(B) O direito de o consumidor reclamar contra vícios aparentes ou de fácil constatação é decadencial e relacionado a direitos potestativos.

(C) Prescreve em sessenta dias o prazo para o con-sumidor reclamar contra vícios de produtos não duráveis.

(D) Obsta a prescrição a reclamação comprova-damente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmi-tida de forma inequívoca.

A: incorreta, pois o prazo, no caso, não é prescricional, mas deca-dencial (art. 26, § 3º, do CDC); B: correta, podendo se verificar a expressão “decadencial” (ou “decadência”) nos §§, 1º, 2º, 3º, do art. 26 do CDC, e, como se sabe, a decadência é justamente um direito potestativo (de influenciar na relação jurídica de outrem); C: incorreta, pois o prazo em questão é de decadência (e não de prescrição) e de 30 dias (e não de 60 dias), conforme o art. 26, I, do CDC; D: incorreta, pois fica obstada a decadência e não a prescrição (art. 26, § 2º, I, do CDC).

Gabarito “B”

(Defensor Público/SP – 2012 – FCC) em se tratando de res-ponsabilidade do fornecedor pelo fato do produto e do serviço, a pretensão à reparação do consumidor pelos danos causados prescreve em (A) 30 dias. (B) 90 dias. (C) 180 dias. (D) 3 anos. (E) 5 anos.

A pretensão prescreve no prazo de 5 anos, contados do conheci-mento do dano e de sua autoria (art. 27 do CDC).

Gabarito “E”

(Defensor Público/TO – 2013 – CESPE) em relação aos direitos do consumidor e à defesa do consumidor em juízo, assinale a opção correta. (A) É incompatível com o sistema de responsabilidade

civil estabelecido no CDC cláusula contratual de não indenizar que impossibilite, exonere ou ate-nue o dever de indenização do fornecedor pessoa física.

(B) Prevalece na doutrina e na jurisprudência o enten-dimento de que não se aplica aos contratos cele-brados via Internet o prazo de arrependimento.

(C) Caso fortuito e força maior excluem a responsabi-lidade do fornecedor de serviços ou de produtos.

(D) A doutrina é uníssona no sentido de que o momento de inversão do ônus da prova é o do julgamento da causa.

(E) No campo das ações consumeristas individuais, o ajuizamento da ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços poderá ser no foro do domicílio do consumidor autor, mesmo se o foro de eleição for outro, apenas quando se tratar de contrato de adesão.

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A: correta (art. 51, I, do CDC); B: incorreta, pois não há posição jurisprudencial prevalecente nesse sentido; C: incorreta, pois isso só ocorre em caso de fortuitos externos, ou seja, se o caso se deu por motivo inevitável que tiver ocorrido depois que o fornecedor entregou o produto o serviço e desde que não haja relação alguma com o produto ou serviço entregues; assim, o fornecedor não responde se cair um raio na casa de alguém, queimando uma televisão fabricada por ele, por se tratar de fortuito externo; porém, o fornecedor responde se a televisão sai de fábrica com problema devido a um raio que caiu na fábrica no meio da produção da televisão e que gerou algum problema nos produtos fabricados naquela data, já que se tem, no caso, mero fortuito interno, que não afasta a responsabilidade do fornecedor; D: incorreta; o ideal é que o juiz deixe claro, logo no início da demanda, de quem é o ônus da prova, em função do princípio da boa-fé processual; E: incorreta, pois em qualquer caso (contrato de adesão ou não) o consumidor poderá propor ação em seu domicílio (art. 101, I, do CDC), valendo lembrar que as normas de defesa do consumidor são de ordem pública, não podendo ser afastadas por vontade das partes .

Gabarito “A”

4. PrátiCas ComerCiais(OAB/Exame Unificado – 2014.1) Eliane trabalha em deter-minada empresa para a qual uma seguradora apre-sentou proposta de seguro de vida e acidentes pes-soais aos empregados. Eliane preencheu o formulário entregue pela seguradora e, dias depois, recebeu comunicado escrito informando, sem motivo justi-ficado, a recusa da seguradora para a contratação por Eliane. Partindo da situação fática narrada, à luz da legislação vigente, assinale a afirmativa correta. (A) eliane pode exigir o cumprimento forçado da

obrigação nos termos do serviço apresentado, já que a oferta obriga a seguradora e a negativa constituiu prática abusiva pela recusa infundada de prestação de serviço.

(B) Trata-se de hipótese de aplicação da legislação consumerista, mas, a despeito das garantias conferidas ao consumidor, em hipóteses como a narrada no caso, é facultado à seguradora recusar a contratação antes da assinatura do contrato.

(C) Por se tratar de contrato bilateral, a seguradora poderia ter se recusado a ser contratada por eliane nos termos do Código Civil, norma aplicável ao caso, que assegura que a proposta não obriga o proponente.

(D) A seguradora não está obrigada a se vincular a Eliane, já que a proposta de seguro e acidentes pessoais dos empregados não configura oferta, nos termos do Código do Consumidor.

A: correta, nos termos do art. 35, I, do CDC (direito de exigir o cumprimento forçado de oferta) e do art. 39, IX, do CDC (prática abusiva quando se recusa infundadamente a prestação de serviço); B: incorreta, pois a oferta suficientemente precisa feita por forne-cedor vincula este (art. 30 do CDC); C: incorreta; primeiro porque o diploma de regência no caso é o CDC, vez que Eliane é destinatária final de um serviço securitário (art. 2º, caput, e 3º, § 2º, do CDC); segundo porque no Código Civil a oferta também obriga, como regra, o proponente (art. 427 do CC); D: incorreta, pois como se presume que se trata de uma oferta suficiente precisa (com dados sobre o produto e seu preço), que é o que normalmente se dá na prática, tal oferta vincula (art. 30, caput, do CDC).

Gabarito “A”

(OAB/Exame Unificado – 2014.1) Mauro adquiriu um veículo zero quilômetro da fabricante brasileira Surreal, na concessionária Possante Ltda., revendedora de automóveis que comercializa habitualmente diversas marcas nacionais e estrangeiras. Na época em que Mauro efetuou a compra, o modelo adquirido ainda não era produzido com o opcional de freio ABS, o que só veio a ocorrer seis meses após a aquisição feita por Mauro. Tal sistema de frenagem (travagem) evita que a roda do veículo bloqueie quando o pedal do freio é pisado fortemente, impedindo com isso o descontrole e a derrapagem do veículo. Mauro, inconformado, aciona a concessionária postulando a substituição do seu veículo, pelo novo modelo com freio ABS. Diante do caso narrado e das regras atinentes ao Direito do Consumidor, assinale a afirmativa correta. (A) Mauro tem direito à substituição, pois o fato de o

novo modelo ter sido oferecido com o opcional do freio ABS, de melhor qualidade, configura defeito do modelo anterior por ele adquirido.

(B) Se o veículo adquirido por Mauro apresentar futuro defeito no freio dentro do prazo de garantia, a concessionária Possante Ltda. é obrigada a assegurar a oferta de peças de reposição originais enquanto não cessar a fabricação do veículo.

(C) Somente quando cessada a produção no país do veículo adquirido por Mauro, a fabricante Surreal ficará exonerada do dever legal de assegurar o oferecimento de componentes e peças de repo-sição para o automóvel.

(D) Havendo necessidade de reposição de peças ou componentes no veículo de Mauro, a fabricante Surreal deverá, ainda que cessada a fabricação no país, efetuar o reparo com peças originais por um período razoável de tempo, fixado por lei. A reposição com peças usadas só é admitida pelo Código do Consumidor quando houver autoriza-ção do consumidor.

A: incorreta, pois, segundo o art. 12, § 2º, do CDC, um produto não pode ser considerado defeituoso se outro de melhor qualidade tiver sido colocado no mercado; B e C: incorretas, pois, os fabricantes e importadores devem assegurar a oferta de peças de reposição não só enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto, como também por período razoável após a produção ou importação, nos termos de lei (art. 32 do CDC); D: correta (art. 32 c/c com art. 21, ambos do CDC).

Gabarito “D”

(OAB/Exame Unificado – 2013.3) O Banco XYZ, com objetivo de aumentar sua clientela, enviou proposta de abertura de conta corrente com cartão de crédito para diversos estudantes universitários. Ocorre que, por desatenção de um dos encarregados pela instituição financeira da entrega das propostas, o conteúdo da proposta enca-minhada para a estudante Bruna, de dezoito anos, foi furtado. O cartão de crédito foi utilizado indevidamente por terceiro, sendo Bruna surpreendida com boletos e ligações de cobrança por compras que não realizou. O episódio culminou com posterior inclusão do seu

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4115. DiReiTO DO CONSuMiDOR

nome em um cadastro negativo de restrições ao crédito. Bruna nunca solicitou o envio do cartão ou da proposta de abertura de conta, e sequer celebrou contrato com o Banco XYZ, mas tem dúvidas acerca de eventual direito à indenização. Na qualidade de Advogado, diante do caso concreto, assinale a afirmativa correta. (A) A conduta adotada pelo Banco XYZ é prática abu-

siva à luz do Código do Consumidor, mas como Bruna não é consumidora, haja vista a ausência de vínculo contratual, deverá se utilizar das regras do Código Civil para fins de eventual indenização.

(B) A pessoa exposta a uma prática abusiva, como na hipótese do envio de produto não solicitado, é equiparada a consumidor, logo Bruna pode postular indenização com base no Código do Consumidor.

(C) A prática bancária em questão é abusiva segundo o Código do Consumidor, mas o furto sofrido pelo preposto do Banco XYZ configura culpa exclusiva de terceiro, excludente da obrigação da instituição financeira de indenizar Bruna.

(D) O envio de produto sem solicitação do consumidor não é expressamente vedado pela lei consume-rista, que apenas considera o produto como mera amostra grátis, afastando eventual obrigação do Banco XYZ de indenizar Bruna.

A: incorreta; a conduta do banco é prática abusiva e nesse ponto a assertiva está correta (art. 39, III, do CDC); porém, é incorreto dizer que Bruna não é consumidora por não ter assinado contrato algum, pois o CDC equipara a consumidor aquele que é exposto a práticas comerciais do fornecedor (art. 29), como é a prática abusiva de enviar cartão de crédito sem solicitação; B: correta (art. 29 do CDC); C: incorreta; a conduta do banco é prática abusiva e nesse ponto a assertiva está correta (art. 39, III, do CDC); porém, é incorreto dizer que o furto exclui a responsabilidade do banco, vez que o banco assumiu o risco de isso acontecer ao enviar por correio, lembrando que aquele que pratica um ato ilícito (o banco, ao enviar o cartão sem solicitação, praticou um ilícito, nos termos do art. 39, III, do CDC), não pode alegar a própria torpeza para se eximir de responsabilidade; D: incorreta, pois esse envio é sim prática abusiva (art. 39, III, do CDC), questão que é independente de se ter no caso a sanção de considerar o produto ou serviço em questão amostra grátis (art. 39, parágrafo único, do CDC) .

Gabarito “B”

(OAB/Exame Unificado – 2012.3.A) Academia de ginástica veicula anúncio assinalando que os seus alunos, quando viajam ao exterior, podem se utilizar de rede mundial credenciada, presente em 60 países e 230 cidades, sem custo adicional. um ano após continu-amente fazer tal divulgação, vários alunos reclamam que, em quase todos os países, é exigida tarifa de uso da unidade conveniada. A academia responde que a referência ao “sem custo adicional” refere-se à inexistência de acréscimo cobrado por ela, e não de eventual cobrança, no exterior, de terceiro. Acerca dessa situação, assinale a afirmativa correta. (A) A loja veicula publicidade enganosa, que se

caracteriza como a que induz o consumidor a se

comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança.

(B) A loja promove publicidade abusiva, pois anuncia informação parcialmente falsa, a respeito do preço e qualidade do serviço.

(C) Não há irregularidade, e as informações com-plementares podem ser facilmente buscadas na recepção ou com as atendentes, sendo inviável que o ordenamento exija que detalhes sejam prestados, todos, no anúncio.

(D) A loja faz publicidade enganosa, que se configura, basicamente, pela falsidade, total ou parcial, da informação veiculada.

A: incorreta, pois a publicidade que induz o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segu-rança é abusiva (art. 37, § 2º, do CDC) e não enganosa (art. 37, § 1º, do CDC); B: incorreta, pois a publicidade falsa é enganosa (art. 37, § 1º, do CDC) e não abusiva (art. 37, § 2º, do CDC); C: incorreta, pois o fornecedor é obrigado a apresentar informações claras, precisas e ostensivas, o que não aconteceu no caso em tela (art. 31, caput, do CDC); D: correta, pois a publicidade falsa, total ou parcialmente, é considerada enganosa (art. 37, § 1º, do CDC); vale ressaltar que, ao garantir que não haveria qualquer custo adicional, a academia de ginástica enganou o consumidor, apresentando informação falsa, ainda que por omissão, já que o mínimo que teria de fazer era deixar claro que haveria custo adicional nas academias dos outros países.

Gabarito “D”

(OAB/Exame Unificado – 2011.3.A) Franco adquiriu um veículo zero quilômetro em novembro de 2010. Ao sair com o automóvel da concessionária, per-cebeu um ruído todas as vezes em que acionava a embreagem para a troca de marcha. Retornou à loja, e os funcionários disseram que tal barulho era natural ao veículo, cujo motor era novo. Oito meses depois, ao retornar para fazer a revisão de dez mil quilômetros, o consumidor se queixou que o ruído persistia, mas foi novamente informado de que se tratava de característica do modelo. Cerca de uma semana depois, o veículo parou de funcionar e foi rebocado até a concessionária, lá permanecendo por mais de sessenta dias. Franco acionou o Poder Judiciário alegando vício oculto e pleiteando ressar-cimento pelos danos materiais e indenização por danos morais. Considerando o que dispõe o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, a respeito do narrado acima, é correto afirmar que, por se tratar de vício oculto,(A) o prazo decadencial para reclamar se iniciou com

a retirada do veículo da concessionária, devendo o processo ser extinto.

(B) o direito de reclamar judicialmente se iniciou no momento em que ficou evidenciado o defeito, e o prazo decadencial é de noventa dias.

(C) o prazo decadencial é de trinta dias contados do momento em que o veículo parou de funcionar, tornando-se imprestável para o uso.

(D) o consumidor Franco tinha o prazo de sete dias para desistir do contrato e, tendo deixado de exercê-lo, operou-se a decadência.

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A: incorreta, pois, em caso de vício oculto, o prazo decadencial para reclamar tem início a partir do momento em que o vício restar evidenciado (art. 26, § 3º, do CDC), o que se deu apenas no momento em que o veículo parou de funcionar; B: correta, pois o prazo decadencial para reclamar tem início a partir do momento em que o vício restar evidenciado (art. 26, § 3º, do CDC) e, no caso, por ser o carro um bem durável, o prazo para reclamar é de 90 dias (art. 26, II, do CDC); C: incorreta, pois, sendo o carro um bem durável, o prazo para reclamar é de 90 dias (art. 26, II, do CDC); D: incorreta, pois o prazo de 7 dias para a desistência de contratos diz respeito aos contratos feitos fora do estabelecimento comercial (ex: por telefone ou pela internet), conforme o art. 49 do CDC.

Gabarito “B”

(OAB/Exame Unificado – 2010.2) Sobre o tratamento da publicidade no Código de Defesa do Consumidor, é correto afirmar que:(A) a publicidade somente vincula o fornecedor se

contiver informações falsas.(B) a publicidade que não informa sobre a origem do

produto é considerada enganosa, mesmo quando não essencial para o produto.

(C) o ônus da prova da veracidade da mensagem publicitária cabe ao veículo de comunicação.

(D) é abusiva a publicidade que desrespeita valores ambientais.

A: incorreta, pois toda a publicidade, suficientemente precisa, obriga o fornecedor, seja ela falsa, seja ela verdadeira, pois não há distinção, na lei, nesse sentido (art. 30 do CDC); B: incorreta, pois na definição de propaganda enganosa está dito que a omissão quanto à origem do produto deve ser capaz de induzir o consumidor em erro (art. 37, § 1º, do CDC); não bastasse, o CDC estabelece que a publicidade só é enganosa por omissão quando “deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço” (art. 37, § 3º, do CDC); C: incorreta, pois tal ônus cabe a quem patrocina a propaganda, ou seja, cabe ao anunciante (ex: ao fabricante), e não ao veículo de comunicação (ex: a emissora de televisão), nos termos do art. 38 do CDC; D: correta, pois, segundo o art. 37, § 2º, do CDC, “é abusiva, dentre outras, a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa a sua saúde ou segurança” (g.n.).

Gabarito “D”

(OAB/Exame Unificado – 2009.3) Assinale a opção correta a respeito dos bancos de dados e cadastros de consumidores.(A) O consumidor deverá ser informado verbalmente

toda vez que ocorrer alteração de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo, relativos a seu nome, desde que não a tenha solicitado.

(B) Somente poderão constar nos bancos de dados as informações negativas sobre consumidores relativas aos últimos dois anos.

(C) Os serviços de proteção ao crédito e congêneres são considerados entidades que prestam serviços de caráter privado.

(D) O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá exigir ime-diata correção.

A: incorreta, a comunicação deve ser por escrito (art. 43, § 2º, do CDC); B: incorreta, o direito ao esquecimento se dá após 5 anos (art. 43, § 1º, do CDC); C: incorreta, são consideradas entidades de caráter público (art. 43, § 4º, do CDC); D: correta, art. 43, § 3º, do CDC.

Gabarito “D”

(OAB/Exame Unificado – 2009.3) Acerca das práticas comer-ciais dispostas no Código de Defesa do Consumidor, assinale a opção correta.(A) É lícito que o fabricante de produtos duráveis

condicione o fornecimento de seus produtos à prestação de determinados serviços.

(B) O consumidor tem o direito de receber o dobro do que tenha pago em excesso, acrescido de juros e correção monetária, no caso de cobrança indevida, salvo hipótese de engano justificável.

(C) Considera-se publicidade abusiva a comunicação de caráter publicitário inteiramente falsa que induza a erro.

(D) O consumidor que receber produto em sua resi-dência, mesmo sem solicitação, e não devolvê-lo, deve efetuar o pagamento do respectivo preço.

A: incorreta, o art. 39, I, do CDC proíbe a venda casada; B: correta, conforme art. 42, parágrafo único, do CDC; C: incorreta, a propa-ganda abusiva tem outro conceito (art. 37, § 2º, do CDC); e a pro-paganda enganosa, prevista no art. 37, § 1º, do CDC, caracteriza-se pela falsidade inteira ou parcial, bem como pela omissão capaz de induzir ao erro; D: incorreta, conforme dispõe o art. 39, parágrafo único, do CDC.

Gabarito “B”(FGV – 2010) Acerca das práticas comerciais dispostas no Código de Defesa do Consumidor, assinale a alternativa correta.(A) O consumidor tem o direito de receber o dobro

do que tenha pagado em excesso, acrescido de juros e correção monetária, no caso de cobrança indevida, salvo hipótese de engano justificável.

(B) Não se trata de conduta ilícita quando o fabricante de produtos duráveis condicione o fornecimento de seus produtos à prestação de determinados serviços.

(C) Denomina-se publicidade abusiva a comunicação de caráter publicitário inteiramente falsa que induza a erro o consumidor.

(D) Deve efetuar o pagamento do respectivo preço o consumidor que receber produto em sua resi-dência, quando, mesmo sem solicitação, não devolvê-lo.

(E) Os rótulos de produtos estrangeiros podem vir em língua estrangeira, desde que exista um site com a sua tradução à disposição do consumidor.

A: correta (art. 42, parágrafo único, do CDC); B: incorreta, pois a venda casada é considerada prática abusiva (art. 39, I, do CDC); C: incorreta, pois a situação descrita é um dos casos de publicidade enganosa (art. 37, § 1º, do CDC); D: incorreta, pois, nesse caso, a lei equipara a remessa do produto à amostra grátis (art. 39, parágrafo único, do CDC); E: incorreta, pois os rótulos devem vir em língua portuguesa (art. 31 do CDC).

Gabarito “A”

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8. Direito Administrativo

1. PrincíPios ADministrAtivos

(OAB/Exame Unificado – 2012.3.A) De acordo com o art. 2º, inciso XIII, da Lei n. 9.784/1998, a Administração deve buscar a interpretação da norma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada a aplicação retroativa da nova interpretação. Assinale a alternativa que indica o princípio consa-grado por esse dispositivo, em sua parte final. (A) Legalidade. (B) Eficiência. (C) Moralidade. (D) Segurança das relações jurídicas.

A vedação da aplicação retroativa de nova interpretação diz respeito ao princípio de segurança das relações jurídicas, até porque não haveria segurança jurídica aos administrados se a Administração interpretasse a lei de um modo “X” para um determinado caso con-creto, tomando uma determinada decisão na sequência e, um tempo depois, mudasse a interpretação e consequentemente reapreciasse questão já decidida, aplicando a nova forma de interpretar uma dada norma e prejudicando um particular.

Gabarito “D”

(OAB/Exame Unificado – 2008.3) Acerca dos princípios de direito administrativo, assinale a opção incorreta.(A) Tanto a administração direta quanto a indireta

se submetem aos princípios constitucionais da administração pública.

(B) O rol dos princípios administrativos, estabelecido originariamente na CF, foi ampliado para contem-plar a inserção do princípio da eficiência.

(C) O princípio da legalidade, por seu conteúdo genera-lizante, atinge, da mesma forma e na mesma exten-são, os particulares e a administração pública.

(D) Embora vigente o princípio da publicidade para os atos administrativos, o sigilo é aplicável em casos em que este seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.

A: correta, pois esse é o texto do caput do art. 37 da CF; B: correta, pois o princípio veio com a EC 19/1998; C: incorreta (devendo ser assinalada), pois a legalidade para Administração só permite que ela aja quando a lei permitir ou autorizar, ao passo que a legalidade para o particular permite que ele atue à vontade, salvo quando a lei proibir; D: correta, pois a publicidade tem exceções, como a narrada na alternativa.

Gabarito “C”

(OAB/Exame Unificado – 2008.2) Assinale a opção correta com relação aos princípios que regem a administra-ção pública.(A) Não ofende o princípio da moralidade administra-

tiva a nomeação de servidora pública do Poder Executivo para cargo em comissão em tribunal de justiça no qual o vice-presidente seja parente da nomeada.

(B) A administração pública pode, sob a invocação do princípio da isonomia, estender benefício ilegalmente concedido a um grupo de servidores a outro grupo que esteja em situação idêntica.

(C) Ato administrativo não pode restringir, em razão da idade do candidato, inscrição em concurso para cargo público.

(D) O Poder Judiciário pode dispensar a realização de exame psicotécnico em concurso para investi-dura em cargo público, por ofensa ao princípio da razoabilidade, ainda quando tal exigência esteja prevista em lei.

A: incorreta. Fere a Súmula Vinculante nº 13 do STF: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal”; B: incorreta. Benefício ilegal não pode ser estendido; C: correta. Somente a lei pode trazer limite de idade em concurso (art. 37, I, da CF); D: incorreta. A lei pode exigir exame psicotécnico (art. 37, I, da CF, e Súmula 686 do STF).

Gabarito “C”

(OAB/Exame Unificado – 2007.3) O diretor-geral de determi-nado órgão público federal exarou despacho conces-sivo de aposentadoria a um servidor em cuja contagem do tempo de serviço fora utilizada certidão de tempo de contribuição do INSS, falsificada pelo próprio beneficiário. Descoberta a fraude alguns meses mais tarde, a referida autoridade tornou sem efeito o ato de aposentadoria. Na situação hipotética considerada, o princípio administrativo aplicável ao ato que tornou sem efeito o ato de aposentadoria praticado é o da(A) Autotutela.

Wander Garcia

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WANDEr GArCIA620

(B) Indisponibilidade dos bens públicos.(C) Segurança jurídica.(D) razoabilidade das decisões administrativas.

A Administração Pública é titular do poder de anular seus próprios atos, quando eivados de vícios de legalidade. Trata-se do poder de autotutela da Administração Pública (Art. 53 da Lei 9.784/1999 e Súmula 473 do STF).

Gabarito “A”

(OAB/Exame Unificado – 2007.3) A Lei Complementar n.º 1.025, de 7 de dezembro de 2007, do Estado de São Paulo, ao criar a Agência Reguladora de Sanea-mento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP), dispôs que essa agência, no desempenho de suas atividades, deveria obedecer, entre outras, às dire-trizes de “adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público” (art. 2.º, III) e de “indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinem as suas decisões” (art. 2.º, V). Tais diretrizes dizem respeito aos seguintes princípios:(A) Eficiência e devido processo legal.(B) razoabilidade e objetividade.(C) Proporcionalidade e motivação.(D) Legalidade e formalidade.

Vide, também, o art. 2º, parágrafo único, VI e VII, da Lei 9.784/1999. As diretrizes apontadas no enunciado da questão condizem com os princípios da proporcionalidade e da motivação. Pelo primeiro, exige--se a mensuração dos meios (ou medidas) para o cumprimento de um dado objetivo, devendo o Administrador decidir-se pela medida que seja tão eficaz para alcançar a finalidade com a menor restrição possível à esfera dos destinatários da mesma. Já a motivação exige do Administrador a justificação de seu atuar, o qual deve apontar a ocorrência de fatos que, por configurar hipótese de uma dada norma jurídica, lhe permitiria agir.

Gabarito “C”

(OAB/Exame Unificado – 2007.3) Assinale a opção correta acerca dos princípios da administração pública.(A) O princípio da eficiência não constava expressa-

mente do texto original da CF, tendo sido inserido posteriormente, por meio de emenda constitucional.

(B) O princípio da motivação determina que os moti-vos do ato praticado devam ser determinados pelo mesmo órgão que tenha tomado a decisão.

(C) Embora seja consagrado pela jurisprudência e pela doutrina, o princípio da impessoalidade não foi consagrado expressamente na CF.

(D) Em virtude do princípio da legalidade, a adminis-tração pública somente pode impor obrigações em virtude de lei; direitos, por sua vez, podem ser concedidos por atos administrativos.

A: correta. Foi inserido pela EC 19/1998; B: incorreta. O órgão decisor pode acolher motivos indicados por outro órgão (motivação aliunde); C: incorreta (art. 37, caput, da CF/1988); D: incorreta. A atuação administrativa sempre depende de lei.

Gabarito “A”

(OAB/Exame Unificado – 2006.3) Considerando os princípios da administração pública, assinale a opção correta.

(A) O ato imoral não pode ser anulado por meio de ação popular, já que esta pressupõe lesividade econômica, não se estendendo ao dano moral.

(B) Com base no princípio da segurança jurídica, o ordenamento jurídico em vigor veda, no âmbito da União, a aplicação retroativa de nova interpre-tação jurídica dada pela administração ao mesmo dispositivo legal.

(C) Com base no princípio da supremacia do inte-resse público sobre o privado, é lícito ao Estado desapropriar qualquer bem particular, sem que haja prévia e justa indenização.

(D) O princípio da razoável duração do processo, inserido na Constituição por emenda, não se estende, pelo menos expressamente, aos pro-cessos administrativos.

A: incorreta. O art. 5º, LXXIII, da CF/1988, admite ação popular quando haja simples lesão à moralidade administrativa; B: correta (art. 2º, parágrafo único, XIII, da Lei 9.784/1999); C: incorreta (art. 5º, XXIV, da CF/1988); D: incorreto (art. 5º, LXXVIII, da CF/1988).

Gabarito “B”

(FGV – 2014) Acerca do princípio de confiança legitima (Proteção da Confiança) no Direito Administrativo, analise as afirmativas a seguir. I. É o princípio que exige do administrador um agir

conforme a lei, mesmo que isso implique em prejuízo da Administração.

II. É o princípio que deriva da ideia de segurança jurídica e boa-fé objetiva do administrado.

III. É o princípio segundo o qual a Administração Pública não pode mudar de conduta se isso prejudica o administrado, uma vez que é vedado um comportamento contraditório.

Assinale: (A) se somente as afirmativas II e III estiverem cor-

retas. (B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (C) se somente a afirmativa III estiver correta. (D) se somente a afirmativa II estiver correta. (E) se somente a afirmativa I estiver correta.

I: incorreta, pois o princípio que determinar o agir conforme a lei é o princípio da legalidade; II: correta, pois o princípio em questão é o aspecto subjetivo do princípio da segurança jurídica e é protegido também por incidência do princípio da boa-fé objetiva; III: incorreta, pois a violação do princípio em questão pode, em alguns casos, ensejar indenização ao prejudicado, quando o ato administrativo que o prejudica não puder ser mantido na ordem jurídica.

Gabarito “D”

(FGV – 2013) “Princípios administrativos são os postula-dos fundamentais que inspiram todo o modo de agir da administração pública. Representam cânones pré--normativos, norteando a conduta do Estado quando no exercício de atividades administrativas.”

(Carvalho Filho, J. S., 2012).

Tendo em conta a existência de princípios expressos e também dos chamados princípios implícitos ou

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6218. DIREITO ADmInISTRATIVO

reconhecidos, assinale a alternativa que apresenta somente princípios implícitos ou reconhecidos. (A) razoabilidade, publicidade e autotutela. (B) Continuidade do serviço público, supremacia do

interesse público e segurança jurídica. (C) Eficiência, indisponibilidade do interesse público

e segurança jurídica. (D) Moralidade, proporcionalidade e indisponibilidade

do interesse público. (E) Publicidade, autotutela e proporcionalidade.

A: incorreta, pois o princípio da publicidade está expresso no art. 37, caput, da CF e no art. 19 da Constituição do Estado do Maranhão; B: correta, pois nenhum dos princípios mencionados está expresso na CF, tratando-se de princípios implícitos na CF e reconhecidos pelo art. 2º, caput, da Lei 9.784/1999; C: incorreta, pois o princípio da eficiência está expresso no art. 37, caput, da CF; D: incorreta, pois o princípio da moralidade está expresso no art. 37, caput, da CF; E: incorreta, pois o princípio da publicidade está expresso no art. 37, caput, da CF.

Gabarito “B”

(FGV – 2013) A doutrina administrativista aponta a exis-tência de uma diferença entre a função de governo e a função administrativa. Diante dessa diferenciação, analise as afirmativas a seguir. I. As funções de governo estão mais próximas ao

objeto do direito constitucional, enquanto a função administrativa é objeto do direito administrativo.

II. A função de governo tem como um de seus obje-tivos estabelecer diretrizes políticas, enquanto a função administrativa se volta para a tarefa de executar essas diretrizes.

III. A expressão administração pública, quando tomada em sentido amplo, engloba as funções administrativas e as funções de governo.

Assinale: (A) se todas as afirmativas estiverem corretas. (B) se somente as afirmativas II e III estiverem cor-

retos. (C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretos. (D) se somente a afirmativa II estiver correta. (E) se somente a afirmativa III estiver correta.

I e II: corretas, valendo como exemplo de função de governo a iniciativa de um projeto de lei do Chefe do Executivo (regulada pela Constituição) e de função administrativa o cumprimento concreto de uma lei de trânsito, como se dá com a aplicação de uma multa, por exemplo. Nos dois casos temos agentes que atuam no interior da Administração Pública, sendo que, nos exemplos, o Chefe do Executivo pratica uma função de governo e o agente de trânsito, uma função administrativa. III: correta, conforme exposto nas assertivas anteriores.

Gabarito “A”

(FGV – 2011) De acordo com a Constituição Federal de 1988, a Administração Pública obedecerá aos seguintes princípios: (A) legalidade, impessoalidade, moralidade, publici-

dade e eficiência. (B) legalidade, impessoalidade, moralidade, probi-

dade e externalidade.

(C) legitimidade, impessoalidade, moralidade, probi-dade e externalidade.

(D) razoabilidade, proporcionalidade, improbidade e personalismo.

(E) discricionariedade, ponderação, isenção e sepa-ração de poderes.

São princípios da administração pública expressamente elencados na Constituição Federal de 1988: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (art. 37, caput, da CF/1988).

Gabarito “A”

(FGV – 2011) Mévio de Miranda, advogado, ao solicitar os autos do processo judicial que se encontrava em Vara de Justiça do Estado, envolvendo cliente seu, para fins de tirar fotocópias, teve o seu pleito condicionado à apresentação e retenção de sua carteira profissional enquanto estivesse na posse dos autos “como garantia”, conforme foi informado pelo funcionário que realizava o atendimento ao público. À luz da legislação pertinente, é correto afirmar que a conduta do servidor público (A) não implica qualquer ilícito, tendo em vista a tutela

do interesse público e os princípios da eficiência e moralidade administrativa.

(B) é ilícita, já que é desnecessário exigir a apresenta-ção de documento de identificação do advogado, que deve ter assegurada a ampla liberdade do exercício profissional.

(C) deve ser analisada com base no que dispõe o Regimento Interno do Tribunal de Justiça local, visto tratar-se de assunto de natureza eminente-mente interna.

(D) a exigência contraria o disposto na legislação específica, pois, ainda que o documento de iden-tidade seja indispensável para o atendimento à demanda do advogado, a lei prescreve que, para o caso em tela, os dados do interessado devem ser colhidos e anotados no ato, sendo devolvido o documento imediatamente ao profissional.

(E) é lícita, visto que, para a realização do ato preten-dido, a apresentação de documento de identifica-ção é imprescindível, gozando a administração do prazo de até 5 (cinco) dias para a obtenção dos dados de seu interesse, devolvendo o documento.

A conduta fere os princípios da legalidade e da moralidade, já que é terminantemente proibida pela Lei 5.553/1968.

Gabarito “D”

(FGV – 2011) A assessoria jurídica de determinado órgão público estadual, ao apreciar pedidos formulados por administrados com base no hipotético Decreto Estadual 1.234, vinha adotando, desde 2007, interpretação que fundamentava o deferimento das pretensões apresentadas. Em 2010, revendo sua posição, a assessoria jurídica passou a interpretar a referida norma administrativa de forma diversa, o que conduziria ao indeferimento daqueles pedidos. Nessa situação, o princípio aplicável aos processos administrativos que veda a aplicação retroativa de nova interpretação denomina-se

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(A) motivação.(B) segurança jurídica.(C) impessoalidade.(D) legalidade.(E) moralidade.

De fato, o princípio da segurança jurídica é que fundamenta a impossibilidade de aplicação retroativa de uma nova interpretação. Nesse sentido, há norma expressa no art. 2º, parágrafo único, XIII, da Lei 9.784/1999.

Gabarito “B”

(FGV – 2011) Em processos administrativos, a exigên-cia de adequação entre meios e fins, vedando-se a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público, é decorrência da aplicação do princípio do(a)(A) contraditório.(B) eficiência.(C) proporcionalidade.(D) motivação.(E) segurança jurídica.

Trata-se da definição do princípio da proporcionalidade, conforme o texto do art. 2º, parágrafo único, VI, da Lei 9.784/1999.

Gabarito “C”

(FGV – 2010) Analise as disposições a seguir, identifi-cando-as conforme os códigos registrados na tabela:

1. Legalidade

2. Eficiência

3. Publicidade

4. Moralidade

I. Deve ser observado considerando que os inte-resses públicos são indisponíveis e de toda a coletividade, sendo que os atos emitidos a título de implementá-los hão de ser exibidos em público, impondo-se a transparência na atividade adminis-trativa exatamente para que os administrados pos-sam conferir se está sendo bem ou mal conduzida.

II. Significa que o administrador está, em toda a sua atividade funcional, sujeito aos mandamentos da lei e às exigências e do bem comum, e deles não se pode afastar ou desviar.

III. Deve a Administração agir segundo os critérios de lealdade e boa-fé, conforme princípios éticos, sendo que a sua violação configura ilicitude que poderá implicar na invalidação da conduta viciada.

IV. Se configura no desenvolvimento da Administra-ção da forma mais oportuna e adequada para se alcançar os fins almejados, graças à escolha dos meios e da ocasião de utilizá-los, concebíveis como os mais idôneos para tanto.

Assinale a seguir a alternativa que apresenta, sequen-cialmente, a correlação correta entre as disposições acima e os princípios da Administração Pública con-tidos na tabela, segundo seus respectivos códigos:

(A) 1, 2, 3, 4.(B) 3, 1, 4, 2.(C) 1, 3, 4, 2.(D) 2, 3, 1, 4.(E) 4, 1, 2, 3.

I: refere-se ao princípio da publicidade (3), pois a exibição e a transparência guardam total relação com o princípio da publicidade; II: refere-se ao princípio da legalidade (1), pois a sujeição à lei e ao bem comum (nos termos da lei) é justamente o que determina o princípio da legalidade à Administração; III: refere-se ao princípio da moralidade (4), pois o respeito à lealdade, à boa-fé e à ética é justamente o que determina o princípio da moralidade; IV: refere-se ao princípio da eficiência (2), pois esse princípio prega justamente a utilização dos meios mais eficazes para atender às finalidades a serem atendidas pela Administração.

Gabarito “B”

(FGV – 2010) “É o princípio que se traduz na ideia de que a Administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benefícios ou detrimentos. Nem favoritismos nem perseguições são toleráveis. Simpa-tias ou animosidades pessoais, políticas ou ideológicas não podem interferir na atuação administrativa e muito menos interesses sectários, de facções ou grupos de qualquer espécie.” O trecho anterior descreve o princí-pio da Administração Pública denominado:(A) Da impessoalidade.(B) Da motivação.(C) Da proporcionalidade.(D) Da supremacia do interesse público.(E) Da boa administração.

O trecho trata justamente do princípio da impessoalidade, princípio esse que tem três aspectos: a) respeito à igualdade, aspecto tra-zido no enunciado da questão; b) imputação dos atos dos agentes públicos diretamente à Administração; c) respeito ao princípio da finalidade.

Gabarito “A”

(FGV – 2010) Levando em consideração a doutrina da administração pública no Brasil e a Constituição Federal de 1988, o princípio da administração pública que impõe a prática de atos voltados para o interesse público é:(A) o princípio da moralidade.(B) o princípio da finalidade.(C) o princípio da impessoabilidade.(D) o princípio da continuidade.(E) o princípio da publicidade.

De fato, o princípio da finalidade assevera que a Administração deve atender sempre à finalidade dos atos administrativos, que, em última análise, é a busca do “interesse público”. É bom lembrar que o princípio da finalidade está contido no princípio da impessoalidade. Porém, quando, numa questão, duas respostas forem verdadeiras, deve-se buscar a resposta mais específica, que, no caso, é dizer que incide o princípio da finalidade.

Gabarito “B”

(FGV – 2010) A respeito dos princípios básicos da Admi-nistração Pública, considera-se que(A) o princípio da eficiência é o único critério limitador

da discricionariedade administrativa.

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6238. DIREITO ADmInISTRATIVO

(B) o princípio da legalidade não autoriza o gestor público a, no exercício de suas atribuições, prati-car todos os atos que não estejam proibidos em lei.

(C) o princípio da eficiência faculta a Administração Pública que realize policiamento dos atos admi-nistrativos que pratica.

(D) o princípio da eficiência não pode ser exigido enquanto não for editada a lei federal que deve estabelecer os seus contornos.

(E) a possibilidade de revogar os atos administrativos por razões de conveniência e oportunidade é manifestação do princípio da legalidade.

A: incorreta, pois todos os princípios limitam a discricionariedade administrativa; a discricionariedade significa margem de liberdade ditada pela lei e essa margem fica mais adensada pelo conteúdo valorativo dos princípios; os deveres de impessoalidade, moralidade, razoabilidade, motivação, entre outros, efetivamente reduzem essa margem de liberdade; B: correta, pois quem pode praticar todos os atos não proibidos pela lei é o particular, e não o gestor público; então, está correto dizer que o gestor público não está autorizado a praticar todos os atos que não estejam proibidos em lei, e sim agir apenas e tão somente dentro do que é permitido pelas normas legais (legalidade administrativa); C: incorreta, pois o princípio que determina a verificação da correção dos atos praticados é o princípio da legalidade, pelo qual se deve sempre averiguar se os atos prati-cados estão nos limites do que a lei autoriza e estão efetivamente cumprindo a lei; verificando-se que um ato administrativo é ilegal, a Administração deve anulá-lo, invocando o princípio da legalidade e o princípio da autotutela; o princípio da eficiência impõe que a Admi-nistração atenda satisfatoriamente o interesse dos administrados e que os agentes públicos façam o melhor como profissionais; D: incorreta, pois a doutrina e a jurisprudência entendem que o princípio da eficiência, que foi introduzido pela EC 19/1998, tem aplicação imediata, valendo salientar que a Constituição não determina que o princípio seja regulamentado por lei, para que possa ser aplicado; apesar de a expressão “eficiência” ser vaga, fluída, ela não impede que um prejudicado invoque o princípio para pleitear uma melhoria no atendimento de algum serviço público, por exemplo; E: incorreta, pois essa possibilidade decorre do princípio da autotutela. Gabarito “B”

(FGV – 2008) A Constituição da República Federativa do Brasil, ao dispor sobre a Administração Pública, estabeleceu o respeito a determinados princípios. Assinale a alternativa que apresenta todos os princí-pios mencionados no art. 37, da Constituição.(A) Legalidade, impessoalidade, moralidade e publi-

cidade.(B) moralidade, disponibilidade da ação penal pública

e legalidade.(C) Impessoalidade, eficiência, legalidade, publici-

dade e moralidade.(D) Liberdade, igualdade e fraternidade.(E) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publici-

dade, eficiência, alternatividade e irretroatividade.

São princípios da administração pública expressamente elencados na Constituição Federal de 1988: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (Art. 37, caput, da CF/1988).

Gabarito “C”

(FGV – 2008) Observe o caso a seguir que exemplifica a atuação de um gestor público na solução de um

problema. O gestor público realizou determinado procedimento na busca da solução de uma necessi-dade da população moradora em uma área carente. Ao realizá-lo, buscou otimizar os recursos, evitando perdas e desperdícios, mas sem prejuízo do alcance do objetivo pretendido. Sua iniciativa atendeu ao público-alvo, resolvendo o problema de modo satisfa-tório. Sob a ótica da Administração, a atuação desse gestor está baseada nos conceitos de:(A) legalidade, legitimidade e economicidade.(B) moralidade, eficiência e prudência.(C) oportunidade, utilidade e interesse público.(D) eficácia, eficiência e efetividade.(E) legalidade, moralidade e interesse público.

A “otimização de recursos” e a preocupação em alcançar o “objetivo pretendido” revela que o agente público atuou buscando atender ao princípio da eficiência, a fim de garantir a efetividade da atuação da Administração, que deverá ser eficaz, atingindo os seus resultados.

Gabarito “D”

(FGV – 2008) Analise o fragmento a seguir: “O princípio da legalidade denota essa relação: só é legitima a atividade do administrador público se estiver condi-zente com o disposto na lei.” Com base nos modelos de administração, é correto afirmar que o fragmento acima apresenta uma característica intrínseca do modelo:(A) administrativista.(B) gerencial.(C) burocrático.(D) comportamental.(E) estruturalista.

A preocupação com os meios, e não com o atingimento dos fins (dos resultados), é característica da administração burocrática, em contraposição à administração gerencial.

Gabarito “C”

(FGV – 2008) não é princípio da Administração Pública:(A) hierarquia.(B) especialidade.(C) motivação.(D) autotutela.(E) universalidade.

O princípio da universalidade, de fato, não é mencionado na lei, na doutrina ou na jurisprudência como princípio da Administração Pública. Os princípios administrativos mais conhecidos são os seguintes – expressos na Constituição: legalidade, impessoa-lidade, moralidade, publicidade e eficiência; outros expressos ou implícitos na Constituição ou na lei (p. ex: Lei 9.784/1999): supremacia do interesse público, indisponibilidade do interesse público, continuidade do serviço público, razoabilidade, motiva-ção, segurança jurídica, isonomia, contraditório e ampla defesa, autotutela, finalidade, especialidade, hierarquia, controle ou tutela, controle jurisdicional etc. Gabarito “E”

(FGV – 2008) A assertiva “que os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade adminis-trativa em nome do qual age o funcionário” encontra respaldo, essencialmente:

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(A) no princípio da eficiência.(B) no principio da moralidade.(C) no princípio da impessoalidade.(D) no princípio da unidade da Administração Pública.(E) no princípio da razoabilidade.

De fato, essa é uma das facetas do princípio da impessoalidade. A Constituição Federal, ao impor o princípio da impessoalidade (art. 37, caput), impõe três condutas: a) respeito à igualdade entre as pessoas (ou seja, a administração não pode nem favorecer, nem perseguir pessoas); b) proibição da autopromoção dos agentes públicos e imputação dos atos por eles praticados diretamente ao órgão ou entidade (disso resulta, por exemplo, que os agentes públicos não podem fazer autopromoção usando dinheiro e recursos públicos); c) respeito à finalidade dos atos administrativos (ou seja, o agente público deve ser impessoal ao praticar os atos administrativos, buscando a finalidade prevista na lei, e não a finalidade que o agente entende que é a melhor a ser alcançada).

Gabarito “C”

(FGV – 2008) Assinale a afirmativa incorreta.(A) O princípio da supremacia do interesse público

prevalece, como regra, sobre direitos individuais, e isso porque leva em consideração os interesses da coletividade;

(B) O tratamento isonômico por parte de administra-dores públicos, a que fazem jus os indivíduos, decorre basicamente dos princípios da impesso-alidade e da moralidade.

(C) O princípio da razoabilidade visa a impedir que administradores públicos se conduzam com abuso de poder, sobretudo nas atividades discricionárias.

(D) Constitui fundamento do princípio da eficiência o sentimento de probidade que deve nortear a conduta dos administradores públicos.

(E) Malgrado o princípio da indisponibilidade da coisa pública, bens públicos, ainda que imóveis, são alienáveis, desde que observadas certas condi-ções legais.

A: correta, pois o princípio da supremacia estabelece que o interesse público prevalece sobre o interesse privado; por exemplo, entre o interesse público em adquirir um imóvel de um particular e o inte-resse privado deste em não alienar a coisa, prevalece o primeiro, podendo o Poder Público adquirir compulsoriamente o imóvel, mediante a desapropriação; B: correta, pois ser impessoal é tratar as pessoas com igualdade, e agir conforme a moralidade é não praticar condutas que beneficiem indevidamente quem quer que seja; C: correta, pois o princípio da razoabilidade determina a compatibili-zação entre meios e fins, evitando-se tanto a negligência, como o excesso, e agindo-se conforme o padrão normal, sem abusos; vale salientar que o princípio da razoabilidade somente incide sobre atos discricionários, pois somente nestes há possibilidade de haver mais de uma possibilidade de ação, por parte do agente público, devendo este buscar a conduta mais razoável; D: incorreta (devendo ser assinalada), pois o sentimento de probidade é fundamento do princípio da moralidade; E: correta, pois, preenchido os requisitos legais (motivação, desafetação, autorização legislativa, avaliação e licitação), os bens públicos podem ser alienados.

Gabarito “D”

(FGV – 2007) O art. 39, § 3º, da Constituição da Repú-blica autoriza a lei a estabelecer requisitos diferencia-dos de admissão a cargo público, quando a natureza

do cargo o exigir. A pertinência desses requisitos, em relação a determinado cargo a ser provido, é aferida mediante a aplicação do princípio da:(A) razoabilidade.(B) publicidade.(C) igualdade.(D) eficiência.

De fato, a razoabilidade dirá que tipo de requisito é pertinente para o provimento de dado cargo. De qualquer forma, somente a lei (atendendo ao princípio da razoabilidade, como dito) é que poderá trazer esse tipo de requisito (art. 37, I, da CF). Exemplos de requisitos que podem ser exigidos são os seguintes: a) nível superior, quando for necessário; b) altura mínima, quando for necessário; c) idade mínima, quando for necessário, como na magistratura; d) sexo feminino ou masculino, por exemplo, quanto a agente penitenciário de prisão masculina ou feminina, entre outros. Gabarito “A”

(FGV – 2006) Indique o princípio imediatamente rela-cionado ao ato administrativo praticado visando à finalidade legal.(A) Eficiência.(B) Impessoalidade.(C) Legalidade estrita.(D) Moralidade.(E) Publicidade.

O princípio da impessoalidade impõe respeito à igualdade, à neu-tralidade do agente e à finalidade. Quanto a esta, a ideia é que a lei seja aplicada com o objetivo de atender à sua finalidade da lei, sem subjetivismos, sem pessoalidades.

Gabarito “B”

(FGV – 2005) Analise as proposições a seguir:I. Os princípios da eficiência, continuidade, igual-

dade e modicidade orientam a prestação de serviços públicos e são aplicáveis também às concessionárias e permissionárias.

II. Segundo o princípio da legalidade, a Administra-ção Pública direta e indireta pode fazer tudo o que a lei permite e tudo que a lei não proíbe.

III. A Constituição Federal reservou aos Estados--membros a prestação, direta ou sob regime de concessão ou permissão, dos serviços públicos de interesse local.

IV. O não pagamento da taxa ou tarifa pelo usuário do serviço público não essencial pode ensejar a suspensão do seu fornecimento.

Assinale:(A) se somente as proposições I e II forem verdadeiras.(B) se somente as proposições I e III forem verdadeiras.(C) se somente as proposições I e IV forem verdadeiras.(D) se somente as proposições I, II e IV forem verda-

deiras.(E) se somente as proposições II, III e IV forem ver-

dadeiras.

I: verdadeira, pois o art. 6º, § 1º, da Lei 8.987/1995 estabelece que os concessionários e permissionários de serviço público devem prestar serviço adequado, que “é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade,

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6258. DIREITO ADmInISTRATIVO

generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas”; a expressão generalidade está no sentido de igualdade, impondo que o serviço seja colocado à disposição de todos, sem distinções, sem desrespeito à igualdade; II: falsa, pois, segundo o princípio, a Administração até pode fazer “tudo o que a lei permite”, mas não pode fazer “tudo que a lei não proíbe”; somente o particular pode fazer “tudo o que a lei não proíbe”; o princípio da legalidade para a Administração está previsto no art. 37, caput, da CF, ao passo que o da legalidade para o particular encontra-se no art. 5º, II, da CF; III: falsa, pois compete aos municípios tal competência (art. 30, V, da CF); a única exceção se dá quanto aos serviços locais de gás canalizado (art. 25, § 2º, da CF); IV: verdadeira (art. 6º, § 3º, II, da Lei 8.987/1995).

Gabarito “C”

(FGV – 2005) Em decorrência do princípio da supremacia do interesse público, é vedado afirmar que:(A) não é permitido à Administração Pública constituir

terceiros em obrigações mediante atos unilaterais, devendo haver, nesses casos, a propositura da ação própria.

(B) o princípio em cotejo traz consigo a exigibilidade do ato, traduzida na previsão legal de a Adminis-tração impor sanções ou providências indiretas que induzam o administrado a acatá-lo.

(C) enseja à Administração a chamada autoexecuto-riedade do ato administrativo.

(D) possibilita à Administração Pública revogar os próprios atos inconvenientes ou inoportunos.

(E) o princípio em apreço não se encontra expresso na Constituição Federal, mas apenas a sua alu-são.

A: correta. É vedado fazer tal afirmação, pois a Administração tem sim esse poder; aliás, um dos atributos do ato administrativo é jus-tamente a imperatividade, pela qual a Administração pode constituir terceiros em obrigações, independentemente de sua concordância; B: incorreta. Não é vedado fazer tal afirmação, pois os atributos do ato administrativo, que incluem a exigibilidade, corretamente definida na alternativa, de fato decorrem do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado; C: incorreta. Não é vedado fazer tal afirmação, pois os atributos do ato administrativo, que incluem a autoexecutoriedade, de fato decorrem do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado; D: incorreta. Não é vedado fazer tal afirmação, pois o princípio da autotutela, que possibilita a Administração revogar seus atos, quando inconvenientes, de fato decorre do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado; E: incorreta. Não é vedado fazer tal afirmação, pois o prin-cípio da supremacia do interesse público não se encontra expresso na Constituição, mas decorre das ideias de Estado Democrático e de República, além de estar previsto no caput do art. 2º da Lei 9.784/1999.

Gabarito “A”

(FGV – 2005) Com relação aos princípios constitucionais da Administração Pública, é correto afirmar que:(A) o princípio da legalidade comporta exceção, no

caso de ato discricionário.(B) são aplicáveis aos três níveis de governo da

Federação.(C) o desvio de finalidade implica ofensa ao princípio

da publicidade.(D) são aplicáveis apenas ao Poder Executivo da

União.

(E) o desvio de finalidade não implica ofensa ao princípio da publicidade.

A: incorreta, pois a discricionariedade decorre da lei e encontra seus limites na lei; não se deve confundir discricionariedade (margem de liberdade ditada pela lei), com arbitrariedade (liberdade total); B: correta, pois o art. 37, caput, deixa claro isso; C: incorreta, pois o desvio de finalidade constitui ofensa ao princípio da impessoalidade, que, como se viu, determina três condutas (respeito à igualdade, vedação da autopromoção e respeito à finalidade); D: incorreta, pois o art. 37, caput, deixa claro que se aplica à administração pública dos três poderes; E: incorreta, pois é possível que, no caso concreto, desvie-se da finalidade em matéria afeta ao princípio da publicidade.

Gabarito “B”

(FGV – 2004) no Direito Administrativo, o Princípio da Legalidade consiste em afirmar que:(A) é possível fazer tudo aquilo que a lei não proíbe.(B) presume-se legítimo todo ato administrativo,

enquanto não for revogado ou declarado nulo.(C) a disciplina depende da lei.(D) só é permitido fazer aquilo que a lei autoriza ou

permite.(E) é necessário indicar nos atos administrativos a

sua fundamentação.

A: incorreta, pois essa definição é do princípio da legalidade para o particular (art. 5º, II, da CF); B: incorreta, pois um ato revogado não deixa de se presumir legítimo; apenas o ato anulado deixa de ser considerado legítimo; C: incorreta, pois a definição dada não tem relação alguma com o conceito do princípio da legalidade; D: correta, pois a definição trazida na alternativa consiste exatamente no conceito do princípio da legalidade para a Administração (art. 37, caput, da CF); E: incorreta, pois tal necessidade decorre do princípio da motivação, e não do da legalidade.

Gabarito “D”

2. PoDeres ADministrAtivos

Para resolver as questões deste item, vale citar as definições de cada poder administrativo apresenta-das por Hely Lopes meirelles, definições estas muito utilizadas em concursos públicos. Confira:

a) poder vinculado – “é aquele que o Direito Posi-tivo – a lei – confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formali-zação”; b) poder discricionário – “é o que o Direito concede à Administração, de modo explícito, para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha de sua conveniência, oportunidade e con-teúdo”; c) poder hierárquico – “é o de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal”; d) poder disciplinar – “é a faculdade de punir inter-namente as infrações funcionais dos servidores e demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração”; e) poder regulamen-tar – “é a faculdade de que dispõem os Chefes de Executivo (Presidente da República, Governadores e

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Prefeitos) de explicar a lei para sua correta execução, ou de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada por lei”; f) poder de polícia – “é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado”. (Direito Administrativo Brasileiro, 26. ed., São Paulo: malheiros, p. 109 a 123)

(OAB/Exame Unificado – 2014.2) A Secretaria de Defesa do Meio Ambiente do Estado X lavrou auto de infração, cominando multa no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) à empresa Explora, em razão da instalação de uma saída de esgoto clandestina em uma lagoa naquele Estado. A empresa não impugnou o auto de infração lavrado e não pagou a multa aplicada. Con-siderando o exposto, assinale a afirmativa correta.(A) A aplicação de penalidade representa exercício

do poder disciplinar e autoriza a apreensão de bens para a quitação da dívida, em razão da executoriedade do ato.

(B) A aplicação de penalidade representa exercício do poder de polícia e autoriza a apreensão de bens para a quitação da dívida, em razão da executoriedade do ato.

(C) A aplicação de penalidade representa exercício do poder disciplinar, mas não autoriza a apreensão de bens para a quitação da dívida.

(D) A aplicação de penalidade representa exercício do poder de polícia, mas não autoriza a apreensão de bens para a quitação da dívida.

A e C: incorretas, pois a aplicação de penalidades representa o exercício do poder de polícia, e não do poder disciplinar, valendo lembrar que o poder de polícia se dirige à coletividade em geral, condicionando as pessoas ao cumprimento da lei, ao passo que o poder disciplinar se dirige às pessoas que têm específico vínculo com o estado (e não à coletividade em geral), como são os agentes públicos, sujeitos a processos disciplinares nos quais o poder dis-ciplinar atuará; B: incorreta, pois a Súmula STF n. 323 dispõe que “é inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos”, interpretação que se estende à coerção para pagamento de multas; D: correta, pois, como se viu no comentário as alternativas anteriores, trata-se de poder de polícia e é vedada a apreensão de bens como meio coercitivo para cobrança de multas.

Gabarito “D”

(OAB/Exame Unificado – 2014.1) José da Silva é o chefe do Departamento de Pessoal de uma Secretaria de Estado. Recentemente, José da Silva avocou a aná-lise de determinada matéria, constante de processo administrativo inicialmente distribuído a João de Souza, seu subordinado, ao perceber que a questão era por demais complexa e não vinha sendo tratada com prioridade por aquele servidor. Ao assim agir, José da Silva fez uso (A) do poder hierárquico. (B) do poder disciplinar. (C) do poder discricionário. (D) da teoria dos motivos determinantes.

Segundo o art. 15 da Lei 9.784/1999, “Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarqui-camente inferior” (g.n.). Dessa forma, tem-se uma expressão do poder hierárquico.

Gabarito “A”

(OAB/Exame Unificado – 2013.2) Atendendo a uma série de denúncias feitas por particulares, a Delegacia de Defesa do Consumidor (DECOn) deflagra uma ope-ração, visando a apurar as condições dos alimentos fornecidos em restaurantes da região central da capi-tal. Logo na primeira inspeção, os fiscais constataram que o estoque de um restaurante tinha produtos com a validade vencida. Na inspeção das instalações da cozinha, apuraram que o espaço não tinha condições sanitárias mínimas para o manejo de alimentos e o preparo de refeições. Os produtos vencidos foram apreendidos e o estabelecimento foi interditado, sem qualquer decisão prévia do Poder Judiciário. Assinale a alternativa que indica o atributo do poder de polícia que justifica as medidas tomadas pela DECON. (A) Coercibilidade. (B) Inexigibilidade. (C) Autoexecutoriedade. (D) Discricionariedade.

Trata-se de questão imprecisa. As alternativas que tratam da “inexigibilidade” e da “discricionariedade” podem ser descartadas com tranquilidade, pois não guardam relação com o enunciado. Este está a perguntar qual atributo se tem quando o Poder Público toma medidas de ordem material (no caso, apreensão de bens) sem prévia decisão do Judiciário. Em nossa opinião, tanto a alternativa que trata da coercibilidade, como a que trata da autoexecutoriedade poderiam ser assinaladas, pois estão presentes no enunciado. A coercibilidade diz respeito ao poder de a Administração usar a força para que sua decisão seja obedecida, o que é típico em apreensões e interdições. Há quem chame a coercibilidade de executoriedade e até de autoexecutoriedade. Já a expressão autoexecutoridade também é utilizada para indicar aquele atributo que permite a Administração atuar em alguns casos mesmo sem prévia decisão do Judiciário. Como o enunciado da questão acabou focando nesse ponto (atuação da Administração “sem qualquer decisão prévia do Poder Judiciário”) a questão talvez pudesse ser acertada por exclusão. De qualquer forma, acreditamos que essa questão está bastante imprecisa e merecia anulação.

Gabarito “C”

(OAB/Exame Unificado – 2013.1) Oscar é titular da pro-priedade de um terreno adjacente a uma creche particular. Aproveitando a expansão econômica da localidade, decidiu construir em seu terreno um grande galpão. Oscar iniciou as obras, sem solicitar à prefeitura do município “X” a necessária licença para construir, usando material de baixa qualidade. Ainda durante a construção, a diretora da creche notou que a estrutura não apresentava solidez e corria o risco de desabar sobre as crianças. Ao tomar conhecimento do fato, a prefeitura do município “X” inspecionou o imóvel e constatou a gravidade da situação. Após a devida notificação de Oscar, a estrutura foi demolida.

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6278. DIREITO ADmInISTRATIVO

Assinale a afirmativa que indica o instituto do direito administrativo que autoriza a atitude do município “X”. (A) Tombamento.(B) Poder de polícia.(C) Ocupação temporária.(D) Desapropriação.

A: incorreta, pois o tombamento é declaração de que um bem tem especial valor de natureza histórica ou cultural para fins de proteção, o que não é o caso do bem narrado no enunciado, consistente em construção de um imóvel qualquer, sem licença e com material de baixa qualidade; B: correta, pois a medida tomada se deu no âmbito do poder de polícia, ou seja, no poder de condicionar a liberdade e a propriedade aos interesses coletivos, no caso, ao interesse coletivo de que uma construção sem licença e com risco de ruína não pros-siga; C: incorreta, pois a ocupação temporária consiste no direito de uso do Poder Público sobre um bem particular não edificado, de forma transitória, remunerada ou gratuita, com o objetivo de executar obras, serviços ou atividades públicas (art. 36 do Dec.-lei 3.365/1941), o que não é o caso narrado no enunciado; D: incorreta, pois na desapropriação o particular perde a propriedade para o Poder Público, o que não é o caso narrado no enunciado.

Gabarito “B”

(OAB/Exame Unificado – 2010.2) A doutrina costuma afirmar que certas prerrogativas postas à Administração encerram verdadeiros poderes, que são irrenunciá-veis e devem ser exercidos sempre que o interesse público clamar. Por tal razão são chamados poder--dever. A esse respeito é correto afirmar que:(A) o poder regulamentar é amplo, e permite, sem

controvérsias, a edição de regulamentos autô-nomos e executórios.

(B) o poder disciplinar importa à administração o dever de apurar infrações e aplicar penalidades, mesmo não havendo legislação prévia.

(C) o poder de polícia se coloca discricionário, confe-rindo ao administrador ilimitada margem de opções quanto à sanção a ser, eventualmente, aplicada.

(D) o poder hierárquico é inerente à ideia de verticali-zação administrativa, e revela as possibilidades de controlar atividades, delegar competência, avocar competências delegáveis e invalidar atos, dentre outros.

A: incorreta, pois o poder regulamentar consiste no poder de explicar a lei, com vistas à sua fiel execução; assim, como regra, tal poder não permite a edição de decretos autônomos de lei (decretos autônomos), mas tão somente a edição de decretos de execução de lei (decretos executórios); apenas em situações excepcionais (art. 84, VI, da CF) é que é cabível decreto autônomo de lei; assim, está incorreto dizer que o poder regulamentar é amplo e admite, sem controvérsias, a edição de regulamentos autônomos; B: incorreta, pois esse poder implica no dever de apurar infrações e aplicar pena-lidades apenas no âmbito das relações internas da Administração (ex: demissão de um agente público), não sendo tão amplo como a alternativa faz parecer, devendo-se lembrar de que a aplicação externa de penalidades (ex: uma multa de trânsito) caracteriza outro poder, o poder de polícia; não bastasse, a alternativa também incorre em erro ao dizer que esse poder pode ser exercido mesmo não havendo legislação prévia, pois, de acordo com o princípio da legalidade, a Administração só pode agir se houver lei prévia auto-rizando ou determinando a sua atuação; C: incorreta, pois o poder de polícia pode ser tanto vinculado como discricionário, a depender

de a lei conferir ou não margem de liberdade para o agente público; não bastasse, quando há discricionariedade, esta não confere ilimitada margem de opção para o agente, pois discricionariedade não é arbitrariedade, mas margem de liberdade; D: correta, pois o poder hierárquico, de fato, é vertical (ou seja, exerce-se de um órgão superior para um órgão subordinado) e possibilita o controle das atividades do subordinado, bem como a delegação de competências, a avocação e a invalidação de atos.

Gabarito “D”

(OAB/Exame Unificado – 2008.2) No que se refere aos poderes dos administradores públicos, assinale a opção correta.(A) O poder disciplinar caracteriza-se pela discriciona-

riedade, podendo a administração escolher entre punir e não punir a falta praticada pelo servidor.

(B) Uma autarquia ou uma empresa pública estadual está ligada a um Estado-membro por uma relação de subordinação decorrente da hierarquia.

(C) No exercício do poder regulamentar, a administra-ção não pode criar direitos, obrigações, proibições, medidas punitivas, devendo limitar-se a estabelecer normas sobre a forma como a lei vai ser cumprida.

(D) O poder de polícia somente pode ser exercido de maneira discricionária.

A: incorreta. Os poderes públicos não são disponíveis, devendo ser exercidos pelo administrador público; B: incorreta. A relação entre um ente da administração indireta e o ente político que o criou é de controle, e não de hierarquia; C: correta. O poder regulamentar, de fato, é sublegal, ou seja, não pode inovar na ordem jurídica; D: incorreta. O poder de polícia pode ser discricionário ou vinculado, de acordo com a lei que estabelecer a competência para o exercício de dado poder de polícia.

Gabarito “C”

(OAB/Exame Unificado – 2008.1) Com relação aos poderes administrativos, assinale a opção correta.(A) O poder de polícia não pode ser delegado a

pessoas de direito privado, ainda que sejam inte-grantes da administração pública, pois elas não são dotadas do poder de império necessário ao desempenho da atividade de polícia administrativa.

(B) O poder disciplinar é exercido de modo vinculado, pois, diante de infrações funcionais praticadas por servidor, a administração não possui discricio-nariedade no ato de escolha da penalidade que deve ser aplicada, devendo ater-se aos rígidos comandos estabelecidos em lei.

(C) mesmo cabendo ao Poder Executivo o controle dos recursos públicos, inexiste hierarquia entre os membros que compõem os Poderes Judiciário e Legislativo no exercício de suas funções jurisdicio-nais e legislativas, visto que o fazem sem relação de subordinação ou comando.

(D) No exercício do poder regulamentar, o chefe do Poder Executivo só pode disciplinar e alterar, mediante decreto, as leis que tenham sido origi-nariamente propostas por ele.

A: correta. De fato, o poder de polícia é privativo de autoridade pública; B: incorreta. A lei pode estabelecer competência discricio-nária ou vinculada para o exercício do poder disciplinar; C: correta.

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Trata-se do princípio da independência e da harmonia entre os poderes (art. 2º da CF); D: incorreta. O poder regulamentar existe sempre que a lei tiver de ser regulamentada (art. 84, IV, da CF). Em razão de existirem duas alternativas corretas para a questão, a banca examinadora decidiu pela anulação da questão.

Gabarito “A" e "C”

(OAB/Exame Unificado – 2007.3) Não constitui característica do poder de polícia a(A) Autoexecutoriedade.(B) Coercibilidade.(C) Facticidade.(D) Discricionariedade.

A facticidade não constitui atributo ou característica dos atos e poderes administrativos.

Gabarito “C”

(OAB/Exame Unificado – 2006.3) Assinale a opção correta quanto aos poderes e deveres dos administradores públicos.(A) O poder de delegação e o de avocação decorrem

do poder hierárquico.(B) A possibilidade de o chefe do Poder Executivo

emitir decretos regulamentares com vistas a regular uma lei penal deriva do poder de polícia.

(C) O poder discricionário não comporta nenhuma pos-sibilidade de controle por parte do Poder Judiciário.

(D) O poder regulamentar é exercido apenas por meio de decreto.

A: correta. Vale a pena ler os arts. 11 a 17 da Lei 9.784/1999; B: incorreta. Deriva do poder regulamentar; C: incorreta. O Judiciário controla os aspectos de legalidade, razoabilidade e moralidade dos atos discricionários; D: incorreta. Excepcionalmente, atos normativos regulamentares podem vir ao mundo jurídico por meio de resoluções e instruções normativas, por exemplo.

Gabarito “A”

(OAB/Exame Unificado – 2010.2) O poder de polícia, confe-rindo a possibilidade de o Estado limitar o exercício da liberdade ou das faculdades de proprietário, em prol do interesse público(A) gera a possibilidade de cobrança, como contra-

partida, de preço público.(B) se instrumentaliza sempre por meio de alvará de

autorização.(C) afasta a razoabilidade, para atingir os seus

objetivos maiores, em prol da predominância do interesse público.

(D) deve ser exercido nos limites da lei, gerando a possibilidade de cobrança de taxa.

A: incorreta, pois, segundo o art. 145, II, da CF, o exercício do poder de polícia dá ensejo à cobrança de taxa, e não de preço público; B: incorreta, pois o poder de polícia pode resultar em alvará de autorização ou em alvará de licença; no primeiro caso, quando a Administração atua com discricionariedade (ex: alvará de porte de arma); no segundo, quando a Administração atua com vinculação (ex: alvará de construção de uma casa); C: incorreta, pois a razoabilidade é princípio da Administração Pública (art. 2º, caput, da Lei 9.784/1999), e, como tal, não pode ser afastada; D: correta, pois o poder de polícia deve atuar nos limites da lei, em virtude do princípio da legalidade, e, conforme já escrito, dá ensejo à cobrança de taxa (art. 145, II, da CF).

Gabarito “D”

(FGV – 2014) Dentre as prerrogativas da Administração Pública encontram-se os poderes administrativos. Assinale a alternativa que indica um exemplo de exercício do poder disciplinar. (A) Aplicação de multa a uma empresa concessioná-

ria de serviço público decorrente do contrato. (B) Aplicação de multa a um motorista que avança o

sinal. (C) Aplicação de multa, em inspeção da AnVISA, a

uma farmácia. (D) Proibição de funcionamento de estabelecimento

de shows devido a não satisfação de condições de segurança.

(E) Aplicação de multa por violação da legislação ambiental por particular sem vínculo com a admi-nistração.

A: correta; trata-se de poder disciplinar, pois diz respeito a uma sanção aplicada junto a uma pessoa que detém um específico vínculo jurídico com a Administração, no caso, um contrato de concessão de serviço público; B, C, D e E : incorretas, pois aqui se tem poder de polícia, pois diz respeito a uma sanção aplicada a pessoas em geral, que não têm vínculos específicos com a Administração.

Gabarito “A”

(FGV – 2014) Pedro, fiscal sanitário, verificando que as condições sanitárias exigidas pela legislação não vinham sendo cumpridas, autuou a Empresa X, apli-cando-lhe uma multa. Não tendo sido apresentada defesa, nem paga a multa nos prazos legalmente estabelecidos, Pedro retornou ao estabelecimento e, sem realizar nova vistoria, até que a penalidade fosse adimplida, lacrou-o. Considerando a situação acima, analise as afirmativas a seguir. I. O poder de polícia é, em regra, autoexecutório,

porém a aplicação da multa não o é, somente podendo ser cobrada por meio judicial próprio.

II. A empresa X nada mais pode fazer administrati-vamente, só podendo pagar a multa para poder reabrir o seu estabelecimento, vez que não exer-ceu o direito de defesa oportunamente.

III. A multa somente poderia ser mantida, caso Pedro realizasse nova vistoria.

Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa II estiver correta. (C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

I: correta, devendo a multa ser cobrada em juízo por meio de execução fiscal; II: incorreta, pois a empresa pode, ainda, buscar defender seus direitos em juízo, pois nenhuma lesão ou ameaça de lesão a direito pode ser subtraída da apreciação do Judiciário (art. 5º, XXXV, da CF); III: incorreta, pois há presunção de legitimidade nos atos praticados pelo agente público Pedro, não sendo necessário nova vistoria, ressalvados os casos previstos em lei.

Gabarito “A”

(FGV – 2013) Dentre os poderes inerentes à Administra-ção Pública encontra-se o poder regulamentar. Com relação a esse poder, analise as afirmativas a seguir.

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6298. DIREITO ADmInISTRATIVO

I. O poder regulamentar sofre controle por parte do poder legislativo.

II. O poder regulamentar sofre controle judicial. III. A Constituição Federal veda completamente a

figura do Decreto Autônomo.

Assinale: (A) se apenas afirmativa I estiver correta. (B) se apenas a afirmativa II estiver correta. (C) se apenas a afirmativa III estiver correta. (D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.

I: correta, cabendo ao legislativo sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar (art. 49, V, da CF); II: correta, cabendo controle de constitucionalidade concentrado e judicial sobre tais atos; III: incorreta, pois há exceções no art. 84, VI, da CF.

Gabarito “E”

(FGV – 2013) Decreto expedido pelo Chefe do Poder Executivo, regulamentando e estabelecendo limites à emissão de ruídos por casas noturnas, consubstancia manifestação de (A) Poder Disciplinar. (B) Poder de Polícia. (C) Autotutela. (D) Ato Administrativo Complexo. (E) Poder Hierárquico.

A: incorreta, pois o poder disciplinar incide sobre pessoas com vínculo específico com Estado (ex: servidores públicos punidos por faltas disciplinares), o que não é o caso narrado no enunciado, que traz uma atuação estatal sobre casas noturnas em geral; B: correta, pois o poder de polícia traduz-se em criação de regras (e respectiva fiscalização) que incide sobre pessoas indeterminadas, como é o caso trazido no enunciado, que faz referência a casas noturnas em geral; C: incorreta, pois a autotutela significa a possibilidade de a Administração anular seus atos ilegais e revogar seus atos incon-venientes, o que nada tem a ver com o caso trazido no enunciado; D: incorreta, pois ato administrativo complexo é aquele expedido por dois ou mais órgãos, o que não tem qualquer relação com o enunciado da questão; E: incorreta, pois o poder hierárquico é aquele exercido pelo superior sobre o órgão ou agente subordinado, que também não guarda relação algum com o enunciado da questão.

Gabarito “B”

(FGV – 2013) Sobre o Poder de Polícia, avalie as afir-mativas a seguir.I. São características do poder de polícia a autoe-

xecutoriedade e a coercibilidade.II. O poder de polícia somente pode ser exercido

por pessoa jurídica integrante da Administração Pública.

III. A Polícia Administrativa incide sobre pessoas, enquanto a Polícia Judiciária sobre atividades.

Assinale:(A) se somente a afirmativa I estiver correta.(B) se somente a afirmativa II estiver correta.(C) se somente a afirmativa III estiver correta.(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

I: correta, pois esses são dois atributos típicos do poder de polícia, que possibilitam que o Estado, sem ter que buscar o Judiciário, possa atuar concretamente para impedir a violação da lei, como ocorre no caso da polícia de trânsito, que pode inclusive fazer a retenção do veículo nos casos mencionados na lei; II: incorreta, pois o poder de polícia somente pode ser exercido por autoridade pública de pessoa jurídica de direito público, não podendo ser exercido por pessoas jurídicas da Administração Pública que não sejam de direito público; III: incorreta, pois é o oposto, ou seja, a polícia judiciária incide sobre pessoas, ao passo que a polícia administrativa incide sobre atividades.

Gabarito “A”

(FGV – 2013) A Administração Pública, para a realização do interesse público, possui uma série de prerroga-tivas, sendo dotada de um rol de poderes. Dentre esses poderes encontra-se o Poder de Polícia.

Com relação ao Poder de Polícia, analise as afirma-tivas a seguir. I. O poder de polícia é exercido, de forma geral,

sobre a sociedade, independentemente da exis-tência de um título jurídico específico vinculando a administração e o administrado.

II. O poder de polícia possui, entre suas característi-cas, a autoexecutoriedade e a discricionariedade.

III. O poder de polícia poderá impor obrigações positivas ou negativas.

Assinale: (A) se todas as afirmativas estiverem corretas. (B) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se somente a afirmativa II estiver correta.

I: correta, pois o poder de polícia recai sobre pessoas indetermina-das, que têm ou não vínculo jurídico específico com a administração; por exemplo, qualquer pessoa que dirija um carro está sujeito ao poder de polícia de trânsito; II: correta, pois a doutrina de fato aponta esses dois atributos como típicos do poder de polícia; porém, é bom apontar que, quanto ao atributo da discricionariedade, este nem sempre ocorre; vai depender do texto da lei que cria a limitação administrativa; se a lei é bem clara e objetiva sobre o que está proibido e sobre qual conduta o agente público deve tomar, como ocorre com boa parte das normas do Código de Trânsito, está-se diante de competência vinculada e não competência discricionária; já se a lei traz conceito vago sobre a hipótese que enseja uma atuação, bem como possibilita que seja aplicada mais de uma sanção para o agente infrator, aí sim teremos uma competência discricionária; III: correta, servindo de exemplo de obrigação negativa o dever de não violar as normas de trânsito e de obrigação positiva o dever daquele proprietário de terreno vazio de promover a sua limpeza, bem como de fazer a respectiva calçada.

Gabarito “A”

(FGV – 2013) O prefeito recém-eleito do Município “X”, visando tornar a administração municipal mais eficiente, resolve elaborar uma nova forma de atua-ção da Administração Pública e, para tanto, precisa reorganizá-la. Considerando a situação acima, assi-nale a afirmativa correta.(A) O prefeito pode criar qualquer órgão público

sem necessitar de lei para tanto, desde que não implique em aumento de despesa.

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(B) O prefeito não pode criar ou extinguir órgão público, somente podendo reestruturar a admi-nistração pública desde que não crie despesa.

(C) O prefeito pode criar órgão público somente por lei, a qual será de sua iniciativa ou do secretário municipal ao qual o órgão estiver vinculado.

(D) O prefeito pode extinguir qualquer órgão público sem necessitar de lei para tanto, já que isso, necessaria-mente, não implicará em aumento de despesa.

(E) O prefeito pode criar ou extinguir órgão público desde que não crie nova despesa, somente necessitando de lei caso deseje criar ente da administração pública indireta.

A, D e E: incorretas, pois a CF não autoriza a criação ou a extinção de órgão público sem lei, sendo a exceção que se tem na CF é para a extinção de cargos vagos sem lei (art. 84, VI, “b”, da CF); B: correta (art. 84, VI, “a”, da CF); C: incorreta, pois não existe lei de iniciativa de secretário municipal; a iniciativa de leis municipais pode ser do Chefe do Executivo, dos vereadores e popular, na forma da Lei Orgânica.

Gabarito “B”

ADmInISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. mAn-DADO DE SEGURAnÇA. AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO DE rÁDIO COMUNITÁrIA. InÉRCIA DA ADmInISTRAÇÃO PÚBLICA. ABUSO DO PODER DISCRICIOnÁRIO. RECURSO ESPE-CIAL nÃO PROVIDO.1. É entendimento pacífico nesta Corte que a autoriza-ção do Poder Executivo é indispensável para o regular funcionamento de emissora de radiodifusão, consoante o disposto nas Leis 4.117/62 e 9.612/98 e no Decreto 2.615/98. 2. Entretanto, em obediência aos princípios da eficiência e razoabilidade, merece confirmação o acórdão que julga procedente pedido para que a Anatel se abstenha de impedir o funcionamento provisório dos serviços de radiodifusão, até que seja decidido o pleito administrativo da recorrida que, tendo cumprido as formalidades legais exigidas, espera há mais de 2 (dois) anos e meio, sem que tenha obtido uma sim-ples resposta da Administração. 3. recurso especial não provido. rEsp 1062390 / rS. relator Ministro BEnEDITO GOnÇALVES (1142) Órgão Julgador T1 – PRImEIRA TURmA. Data do Julgamento 18/11/2008. Data da Publicação/Fonte. DJe 26/11/2008.

(FGV – 2010) Do texto acima descrito, é correto concluir que(A) a discricionariedade é uma garantia que tem o

agente público para atuar à margem da lei na esco-lha dos critérios de conveniência e oportunidade.

(B) a discricionariedade é uma atuação legítima e em nenhuma hipótese pode ser passível de controle pelo Poder Judiciário.

(C) o controle do poder discricionário no caso se deu com visível violação ao princípio da separação dos Poderes.

(D) o poder discricionário da Administração Pública não inviabiliza o controle do Poder Judiciário, principalmente quando existe expressa violação ao princípio da razoabilidade.

(E) o controle de legalidade, exercido, no caso concreto, pelo Poder Judiciário, viola o princípio da autonomia administrativa porque examinou o mérito do ato administrativo.

A: incorreta, pois a discricionariedade é a margem de liberdade ditada pela lei, e não a atuação à margem da lei; B: incorreta, pois os atos discricionários podem ser controlados pelo Judiciário quanto aos aspectos de legalidade, razoabilidade e moralidade; não se deve esquecer que todo ato discricionário é parcialmente regrado, ou seja, tem um mínimo de amarras legais; Hely Lopes Meirelles entende que o ato discricionário é vinculado pelo menos nos aspectos de competência, forma e finalidade; C e D: A alternativa “C” está incorreta e a “D” correta, pois, como se viu, margem de liberdade não é arbi-trariedade, podendo o Judiciário controlar os aspectos de legalidade, razoabilidade e moralidade; no caso, como o caso narrado envolve conduta não razoável por parte da Administração, o Judiciário fez um controle correto (da razoabilidade), não havendo violação à separação dos poderes; E: incorreta, pois o Judiciário não analisou o mérito, mas se ateve à falta de razoabilidade da conduta da Administração.

Gabarito “D”

(FGV – 2010) Considere as afirmativas abaixo:I. Em decorrência do poder de polícia, a Administra-

ção Pública pode condicionar e restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos individuais.

II. O poder regulamentar, como regra, autoriza que o Poder Executivo discipline as matérias que ainda não foram objeto de lei.

III. O poder discricionário atribui ao administrador a prerrogativa de afastar o princípio da legalidade, o que fará sempre que julgar conveniente e oportuno.

IV. Diante da natureza restritiva dos atos praticados na atuação do poder de polícia administrativa, estes são estritamente vinculados.

V. O exercício do poder regulamentar somente pode dar-se em conformidade com o conteúdo da lei e nos limites que esta impuser.

Estão corretas somente as afirmativas(A) II, IV e V.(B) I e III.(C) I e V.(D) II e III.(E) II, III e IV.

I: correta, pois traz adequada definição do poder de polícia (vide texto no início deste item); II: incorreta, pois o poder regulamentar é justamente o poder de regulamentar, de explicar a lei, não podendo, portanto, regular matérias que ainda não foram objeto de lei; III: incor-reta; primeiro porque quem decide se um ato é discricionário ou não é o legislador, e não o administrador; segundo, porque a competência discricionária se dá nos limites do que dispuser a lei, de modo que esta não pode ser afastada; IV: incorreta, pois a lei é quem vai definir se determinado tipo de poder de polícia encerra competência discricioná-ria ou vinculada; na prática basta verificar se a lei traz alguma margem de liberdade para o agente público (competência discricionária) ou se a lei é bem clara e objetiva quanto ao que está proibido e qual é a sanção cabível (competência vinculada), para que se conclua qual tipo de competência existe, se discricionária ou vinculada; V: correta, pois, conforme já escrito, o poder regulamentar existe justamente para explicar a lei, de modo que deve ser exercido conforme o conteúdo e segundo os limites que ela impuser.

Gabarito “C”

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6318. DIREITO ADmInISTRATIVO

(FGV – 2008) A inspeção de segurança veicular con-substancia, precipuamente, o exercício de poder:(A) vinculado.(B) discricionário.(C) hierárquico.(D) subalterno.(E) regulamentar.

A inspeção veicular envolve dois poderes, o poder de polícia, vez que importa na fiscalização da propriedade particular – carro – a fim de ajustar o seu uso aos interesses da coletividade, e o poder vinculado, vez que a inspeção deve seguir critérios claros e objetivos, não havendo margem de liberdade para o administrador exercer essa fiscalização.

Gabarito “A”

(FGV – 2008) O município do Rio de Janeiro exigiu a demolição de prédio particular ameaçado de ruir. Tal ato:(A) encontra fundamento no poder de polícia dos

Entes Federados.(B) encontra fundamento no poder discricionário dos

Entes Federados.(C) é abusivo por violar o direito de propriedade.(D) é emulativo, por atentar ao domínio privado.(E) configura autoexecutoriedade indireta defesa em

lei.

A: correta, pois a exigência de demolição é fruto do poder de polícia das construções e habitações; B: incorreta, pois há critérios objetivos previstos na lei quanto aos casos em que se pode exigir a demolição de um prédio particular; C: incorreta, pois não há abuso algum, tratando-se de medida de interesse da coletividade; D: incorreta, pois ato emulativo é o mesmo que ato que abusa dos direitos; no caso, não há abuso algum do Município, pois a ameaça de ruína é motivo suficiente para a exigência de demolição; E: incorreta, pois o caso traduz-se em exemplo de imperatividade (imposição de obrigações), que não se confunde com autoexecutoridade (uso da força para fazer valer a vontade administrativa).

Gabarito “A”

(FGV – 2008) A avocação é própria do Poder:(A) Disciplinar.(B) Discricionário.(C) regulamentar.(D) Hierárquico.(E) Delegatório.

A avocação, prevista no art. 15 da Lei 9.784/1999, consiste na tomada temporária da competência atribuída a órgão hierarquica-mente inferior. Ou seja, o órgão superior toma para si, temporaria-mente, a competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior a ele. Assim, trata-se de instituto próprio do poder hierárquico.

Gabarito “D”

(FGV – 2008) no que concerne à Administração Pública, não é correto afirmar que:(A) a finalidade do poder regulamentar é a de com-

plementar as leis para o fim de possibilitar a sua execução.

(B) o poder discricionário propicia a prática de atos administrativos insuscetíveis de controle pelo Poder Judiciário.

(C) o poder de polícia retrata prerrogativa estatal que restringe e condiciona a liberdade e a propriedade.

(D) o Chefe do Poder Executivo expede decretos e regulamentos para exercer o poder de regulamen-tação das leis.

(E) nas atividades discricionárias o administrador público não está inteiramente livre para decidir sobre qual a melhor opção a ser feita em relação aos objetivos da Administração.

A: correta, pois o poder regulamentar é justamente o poder de regulamentar, de explicar a lei, de expedir comandos complemen-tares a estas com vistas à sua fiel execução; B: incorreta (devendo ser assinalada), pois os atos discricionários são, sim, suscetíveis de controle pelo Judiciário, desde que quanto aos aspectos de legalidade, razoabilidade e moralidade; o Judiciário só não pode atingir o mérito do ato administrativo, ou seja, aquela parte do ato em que há margem de liberdade; C: correta, pois traz adequada definição do poder de polícia (vide texto no início deste item); D: correta, não podendo, portanto, regular matérias que ainda não foram objeto de lei; E: correta, pois a competência discricionária é sempre parcialmente vinculada, ou seja, tal competência não confere total liberdade para o agente público, mas apenas margem de liberdade para este; há aspectos do ato discricionário, como a competência, a forma e a finalidade, que são sempre vinculados, segundo Hely Lopes Meirelles.

Gabarito “B”

(FGV – 2004) O Prefeito de determinado município no interior do Estado de Santa Catarina edita normas gerais e abstratas para viabilizar o fiel cumprimento da lei. Este ato está baseado em seu poder:(A) regulamentar.(B) legislativo.(C) vinculado.(D) determinante.(E) sancionador.

Trata-se de expressão do poder regulamentar, pois importa jus-tamente na regulamentação da lei com vistas à sua fiel execução.

Gabarito “A”

3. Ato ADministrAtivo3.1. conceitos, requisitos e Atributos

Para resolver as questões sobre os requisitos e atributos do ato administrativo, vale a pena trazer alguns elementos doutrinários. Confira:Requisitos do ato administrativo (são requisitos para que o ato seja válido)

– Competência: é a atribuição legal de cargos, órgãos e entidades. São vícios de competência os seguintes: a1) usurpação de função: alguém se faz passar por agente público sem o ser, oca-sião em que o ato será inexistente; a2) excesso de poder: alguém que é agente público acaba por exceder os limites de sua competência (ex.: fiscal do sossego que multa um bar que visita por falta de higiene); o excesso de poder torna nulo ato, salvo em caso de incompetência relativa, em que o ato é considerado anulável; a3) função de fato: exercida por agente que está irregularmente investido em cargo público, apesar de a situação ter aparência de legalidade; nesse caso, os pra-

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ticados serão considerados válidos, se houver boa-fé.

– Objeto: é o conteúdo do ato, aquilo que o ato dispõe, decide, enuncia, opina ou modifica na ordem jurídica. O objeto deve ser lícito, possível e determinável, sob pena de nulidade. Ex.: o objeto de um alvará para construir é a licença.

– Forma: são as formalidades necessárias para a seriedade do ato. A seriedade do ato impõe a) respeito à forma propriamente dita; b) motivação.

– Motivo: fundamento de fato e de direito que autoriza a expedição do ato. Ex.: o motivo da interdição de estabelecimento consiste no fato de este não ter licença (motivo de fato) e de a lei proibir o funcionamento sem licença (motivo de direito). Pela Teoria dos Motivos Determinantes, o motivo invocado para a prática do ato condi-ciona sua validade. Provando-se que o motivo é inexistente, falso ou mal qualificado, o ato será considerado nulo.

– Finalidade: é o bem jurídico objetivado pelo ato. Ex.: proteger a paz pública, a salubridade, a ordem pública. Cada ato administrativo tem uma finalidade. Desvio de poder (ou de finalidade): ocorre quando um agente exerce uma compe-tência que possuía, mas para alcançar finalidade diversa daquela para a qual foi criada. Não con-funda o excesso de poder (vício de sujeito) com o desvio de poder (vício de finalidade), espécies do gênero abuso de autoridade.

Atributos do ato administrativo (são as qualidades, as prerrogativas dos atos)

– Presunção de legitimidade é a qualidade do ato pela qual este se presume verdadeiro e legal até prova em contrário; ex.: uma multa aplicada pelo Fisco presume-se verdadeira quanto aos fatos narrados para a sua aplicação e se presume legal quanto ao direito aplicado, a pessoa tida como infratora e o valor aplicado.

– Imperatividade é a qualidade do ato pela qual este pode se impor a terceiros, independente-mente de sua concordância; ex.: uma notificação da fiscalização municipal para que alguém limpe um terreno ainda não objeto de construção, que esteja cheio de mato.

– Exigibilidade é a qualidade do ato pela qual, imposta a obrigação, esta pode ser exigida mediante coação indireta; ex.: no exemplo ante-rior, não sendo atendida a notificação, cabe a aplicação de uma multa pela fiscalização, sendo a multa uma forma de coação indireta.

– Autoexecutoriedade é a qualidade pela qual, imposta e exigida a obrigação, esta pode ser implementada mediante coação direta, ou seja, mediante o uso da coação material, da força; ex.: no exemplo anterior, já tendo sido aplicada a

multa, mais uma vez sem êxito, pode a fiscalização municipal ingressar à força no terreno particular, fazer a limpeza e mandar a conta, o que se traduz numa coação direta. A autoexecutoriedade não é a regra. Ela existe quando a lei expressamente autorizar ou quando não houver tempo hábil para requerer a apreciação jurisdicional.

Obs. 1: a expressão autoexecutoriedade também é usada no sentido da qualidade do ato que enseja sua imediata e direta execução pela própria Administra-ção, independentemente de ordem judicial. Obs. 2: repare que esses atributos não existem normalmente no direito privado; um particular não pode, unilateralmente, valer-se desses atributos; há exceções, em que o particular tem algum desses poderes; mas essas exceções, por serem exceções, confirmam a regra de que os atos administrativos se diferenciam dos atos privados pela ausência nestes, como regra, dos atributos acima mencionados.

(OAB/Exame Unificado – 2013.3) O Estado X concedeu a Fulano autorização para a prática de determinada atividade. Posteriormente, é editada lei vedando a realização daquela atividade. Diante do exposto, e considerando as formas de extinção dos atos admi-nistrativos, assinale a afirmativa correta. (A) Deve ser declarada a nulidade do ato em questão. (B) Deve ser declarada a caducidade do ato em

questão. (C) O ato em questão deve ser cassado. (D) O ato em questão deve ser revogado.

A: incorreta, pois a anulação (ou declaração de nulidade) recai sobre ato que já nasceu ilegal, que não é o caso da questão; B: correta, pois os casos de ilegalidade superveniente à edição do ato dizem respeito ao instituto da caducidade ou decaimento (ex: o particular tem permissão para circular com transporte coletivo por van e uma lei posterior elimina esse tipo de transporte coletivo; nesse caso, tem-se caducidade); C: incorreta, pois a cassação recai sobre atos administrativos válidos na origem e que continuam válidos, mas que determinam, para que continuem beneficiando particulares, que o particular cumpra certos requisitos para dele continuar gozando; nesses casos, quando o particular descumpre esses requisitos, o ato administrativo respectivo deve ser cassado (ex: imagine que o particular tenha direito a uma permissão de serviço público mediante o pagamento de retribuições e outras obrigações e que venha a não mais pagar a retribuição e a não mais cumprir as obrigações; nesse caso terá o ato administrativo de permissão que o beneficia devida-mente cassado pela Administração); D: incorreta, pois a revogação recai sobre ato que se tornou, por fato novo, inconveniente ou inoportuno no caso concreto, mas ainda permitido pela lei, o que não se dá no caso narrado no enunciado da questão. Gabarito “B”

(OAB/Exame Unificado – 2012.3.B) Autarquia competente para a fiscalização de estabelecimentos comerciais que vendam gêneros alimentícios verifica que o maior supermercado do município estava com o funcionamento irregular, bem como vendia produtos com o prazo de validade vencido. Além de todas as outras sanções cabíveis na espécie, a Autarquia aplicou multa ao estabelecimento. Com o objetivo

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6338. DIREITO ADmInISTRATIVO

de assegurar que a multa fosse paga, a Autarquia apreendeu produtos (dentro do prazo de validade) cujo valor somasse exatamente o valor da multa, e que tivessem proveito para a autarquia, como água mineral, café e açúcar. Com base na situação descrita, assinale a afirmativa correta. (A) A apreensão de bens com o objetivo de quitação

de multa regularmente aplicada pela fiscalização é manifestação da autoexecutoriedade do poder de polícia, sendo legitimamente exercida pela Autarquia.

(B) Não é cabível a apreensão de bens, neste caso, pois ela somente seria viável se a Administração tivesse feito pesquisa e constatado que os preços correspondem à média de mercado.

(C) A Administração goza da prerrogativa da auto-executoriedade, mas a cobrança das multas aplicadas não pode se dar de maneira forçada, manu militari, devendo ser feita por meio de processo judicial, caso não ocorra o pagamento administrativamente.

(D) A apreensão de bens para quitação de multa pode se dar sobre produtos cuja validade está vencida ou, como no caso, sobre produtos bons para consumo, e não pode ser questionada por se inserir no mérito do ato administrativo.

A, B e D: incorretas, pois, segundo a Súmula STF n. 323, “é inad-missível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos”; C: correta, pois, apesar da Administração poder executar as leis sem ter de buscar o Judiciário, a cobrança de multas de maneira forçada só pode se dar no âmbito de um processo judicial.

Gabarito “C”

(OAB/Exame Unificado – 2008.2) não configura, segundo a doutrina dominante, elemento ou requisito do ato administrativo(A) a forma.(B) o objeto.(C) a finalidade.(D) a discricionariedade.

Os requisitos dos atos administrativos são: competência, objeto, forma, motivo e finalidade.

Gabarito “D”

(OAB/Exame Unificado – 2008.1) Com relação aos diversos aspectos que regem os atos administrativos, assinale a opção correta.(A) Segundo a teoria dos motivos determinantes do

ato administrativo, o motivo do ato deve sempre guardar compatibilidade com a situação de fato que gerou a manifestação de vontade, pois, se o interessado comprovar que inexiste a realidade fática mencionada no ato como determinante da vontade, estará ele irremediavelmente inquinado de vício de legalidade.

(B) Motivo e motivação do ato administrativo são conceitos equivalentes no direito administrativo.

(C) Nos atos administrativos discricionários, todos os requisitos são vinculados.

(D) A presunção de legitimidade dos atos adminis-trativos é uma presunção jure et de jure, ou seja, uma presunção absoluta.

A: correta. De fato, pela teoria dos motivos determinantes, a ine-xistência do fato invocado como motivo do ato torna este inválido; B: incorreta. Motivo é o fato que autoriza a prática do ato; já moti-vação é a demonstração de que o ato é legal; a inexistência do fato utilizado para praticar o ato é um problema no requisito “motivo”; a inexistência de demonstração da legalidade (de uma motivação) é um problema no requisito “forma”; C: incorreta. Nos atos discricionários há sempre duas partes: a vinculada (ou de legalidade) e a de mérito (consistente na margem de liberdade do administrador público); D: incorreta. Trata-se de uma presunção relativa (juris tantum).

Gabarito “A”

(OAB/Exame Unificado – 2007.3) Considerando que há evidentes elementos de identidade entre ato jurídico e ato administrativo, e que este é espécie do gênero ato jurídico, assinale a opção correta.(A) Existem atos praticados pelos administradores

públicos que não se enquadram como atos admi-nistrativos típicos, como é o caso dos contratos disciplinados pelo direito privado.

(B) Atos administrativos, atos da administração e atos de gestão administrativa são expressões sinônimas.

(C) O exercício de cargo público em caráter efetivo é conditio sine quae non para prática do ato admi-nistrativo.

(D) mesmo nos casos em que o administrador público contrata com o particular em igualdade de condi-ções, está caracterizado o ato administrativo, pois a administração pública está sendo representada por seu agente.

A: correta. Não são atos administrativos típicos os atos praticados pela administração com regência da lei privada (ex.: contrato de locação), os atos políticos (ex.: um veto a uma lei) e os fatos materiais (ex.: a pavimentação de uma rua); B: incorreta. Como se viu na resposta à letra “a”, nem todos os atos da administração são atos administrativos; C: incorreta. Exercentes de cargo em comissão podem expedir atos administrativos, nos termos da lei que rege a competência daquele cargo; D: incorreta. Nos poucos casos em que a administração está em pé de igualdade com o particular (ex.: contrato em que a administração é locatária), não se fala em ato administrativo, mas em ato jurídico regido pelo direito privado.

Gabarito “A”

(OAB/Exame Unificado – 2007.3) O conselho diretor de uma autarquia federal baixou resolução disciplinando que todas as compras de material permanente acima de cinquenta mil reais só poderiam ser feitas pela própria sede. Ainda assim, um dos superintendentes estaduais abriu licitação para compra de microcom-putadores no valor de trezentos mil reais. A licitação acabou sendo feita sem incidentes, e o citado superintendente homologou o resultado e adjudicou o objeto da licitação à empresa vencedora. Nessa situação, o superintendente(A) agiu com excesso de poder.(B) agiu com desvio de poder.

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(C) cometeu mera irregularidade administrativa, haja vista a necessidade da compra e o atendimento aos requisitos de validez expressos na Lei de Licitações.

(D) cometeu o crime de prevaricação, que consiste em praticar ato de ofício (a licitação) contra expressa ordem de superior hierárquico (a resolução do conselho diretor).

O problema é de excesso de poder, pois houve descumprimento ao requisito “competência” do ato administrativo; o desvio de poder é um descumprimento ao requisito “finalidade” do ato administrativo.

Gabarito “A”

(OAB/Exame Unificado – 2007.3) É a qualidade pela qual os atos administrativos se impõem a terceiros, inde-pendentemente de sua concordância. Decorre do que renato Alessi chama de “poder extroverso”, que permite ao Poder Público editar provimentos que vão além da esfera jurídica do sujeito emitente, ou seja, que interferem na esfera jurídica de outras pessoas, constituindo-as unilateralmente em obrigações. Celso Antônio Bandeira de Mello. Curso de Direito Administrativo. 13. ed. São Paulo: malheiros, 2000, p. 373 (com adaptações). O texto acima descreve o seguinte atributo do ato administrativo:(A) Exigibilidade.(B) Executoriedade.(C) Presunção de legitimidade.(D) Imperatividade.

De fato, o texto trata da imperatividade; a exigibilidade é um plus em relação à imperatividade, pois permite uma coação indireta para que o particular cumpra o determinado; e a autoexecutoriedade é um plus ainda maior, pois permite a coação direta (o uso da força) para obrigar o particular a cumprir o determinado. Gabarito “D”

(OAB/Exame Unificado – 2007.2) Acerca dos atos adminis-trativos, assinale a opção correta.(A) Se o motivo que determina e justifica a prática

do ato é inexistente ou é inválido, inválidos serão apenas os efeitos do ato e não o próprio ato em si.

(B) Os elementos do ato administrativo que se refe-rem ao mérito são o objeto e a finalidade.

(C) Os atos administrativos são praticados apenas pela administração pública.

(D) Os atos de caráter normativo, de decisão de recurso administrativo e os de matérias de competência exclusiva, nos termos da Lei n.º 9.784/1999, não são passíveis de delegação.

A: incorreta. Pela teoria dos motivos determinantes, um problema no motivo torna o ato inválido; B: incorreta. Um ato discricionário contém partes vinculadas e partes de mérito; a competência é sempre vinculada; já os outros elementos podem ser trazidos pela lei com margem de liberdade (mérito) para o administrador; C: incorreta. Os atos administrativos podem ser praticados pelas administrações públicas dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário); D: correta. (Art. 13 da Lei 9.784/1999). Gabarito “D”

(OAB/Exame Unificado – 2006.1) Os atos administrativos possuem atributos que os diferenciam dos atos pri-vados. Assinale a opção que não configura atributo exclusivo do ato administrativo.

(A) Presunção de legitimidade.(B) Imperatividade.(C) Autoexecutoriedade.(D) Legalidade.

Atributos são “prerrogativas”, “qualidades”, “notas peculiares” dos atos administrativos. São atributos típicos desses atos a presunção de legitimidade, a imperatividade, a exigibilidade, a autoexecutorie-dade e a tipicidade. A coercibilidade também é trazida por parte da doutrina como atributo do ato administrativo.

Gabarito “D”

(FGV – 2014) Com relação ao ato administrativo, analise as afirmativas a seguir. I. Ato administrativo e ato da administração pública

são sinônimos. II. O ato administrativo, necessariamente, é discipli-

nado pelo regime jurídico de direito público. III. O ato administrativo poderá ser típico ou atípico. Assinale: (A) se somente a afirmativa I estiver correta. (B) se somente a afirmativa III estiver correta. (C) se somente a afirmativa II estiver correta. (D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

I: incorreta, pois os atos da administração são o gênero, que tem por espécies os atos administrativos (que tem prerrogativas públicas) e os demais atos, que não tem tais prerrogativas, como é o caso de um ato material da Administração ou de um ato regido pelo direito privado; II: correta, pois, em se tratando de ato administrativo (aquele em que a Administração atua com prerrogativas públicas com a finalidade de executar direta e concretamente lei), necessariamente se está diante de um regime de direito público, consagrador dessas prerrogativas e finalidades; III: incorreta, pois, em sendo mesmo um ato administrativo, aplica-se o regime de direito público; o que pode ser típico ou atípico é o ato da administração, pois este pode ser do tipo ato administrativo (típico) ou regido pelo direito privado (atípico).

Gabarito “C”

(FGV – 2011) Assinale a alternativa que contempla os elementos do ato administrativo.(A) habilitação, motivação, finalidade pública, legali-

dade e conteúdo(B) competência, tutela, motivo, forma e vinculação(C) forma, finalidade, vinculação e decisão(D) competência, finalidade, forma, motivo e objeto(E) habilitação, forma, tutela, motivo e decisão

Os elementos ou requisitos do ato administrativo são: competência, objeto, forma, motivo e finalidade. Dessa forma, a alternativa “d” é a única correta.

Gabarito “D”

(FGV – 2010) Constituem-se como elementos ou requi-sitos do ato administrativo, EXCETO:(A) Forma.(B) Objeto.(C) Discricionariedade.(D) Motivo.(E) Finalidade.

Os elementos ou requisitos do ato administrativo são: competência, objetivo, forma, motivo e finalidade. A discricionariedade não é, portanto, elemento ou requisito do ato administrativo.

Gabarito “C”