como ajudar seu filho a ser independente

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  • 7/29/2019 Como Ajudar Seu Filho a Ser Independente

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    COMO AJUDAR SEU FILHO A SER INDEPENDENTEUm mtodo positivo para cuidar dos filhos durante a adolescnciaPaul e Jeannie McKean com Maggie Bruehl

    Ser independente algo que inspira alguns a agirem corajosamente e faz outros tremerem de medo.Eu nunca tinha pensado muito nisso, mas depois de falar com outras pessoas comecei a perceber que aemancipao pode inspirar alegria e pode ser uma palavra simblica com um forte impacto emocional. Muitos

    pais no fundo receiam que a emancipao venha a ser sinnimo de dor - dor por ficar s, pela separao,talvez at um rompimento. Eles visualizam filhos arrogantes e altivos gritando: "Vou fazer do meu jeito!" edepois saindo e batendo a porta.

    A emancipao vem, de qualquer forma, quando a criana amadurece e se torna adulta. Se noacontecer, o nosso governo garantir a emancipao pela idade. Cada indivduo tem em si a motivao paraexperimentar o que quer. Chega uma hora quando o filho assume a responsabilidade de dirigir o carro, ganharsustento, pagar impostos, votar, etc. Ele decide tambm o seu prprio destino espiritual. Os pais podem teruma influncia enorme, mas a escolha continua sendo do filho j crescido.

    Os direitos na Declarao de Independncia dos EUA incluem: "Vida, liberdade e a busca dafelicidade". Ns, pais, precisamos ter sempre em mente esses direitos quando deixamos nossos filhos seremindependentes. a "vida" do nosso filho no a nossa. Deus desempenhou um papel vital nos usando para cri-lo e educ-lo nos primeiros anos de vida, mas o ttulo de propriedade dessa vida pertence ao Criador e queleque Ele criou. Ns podemos amar, proteger, ensinar, corrigir e educar da melhor forma possvel, mas o tipo de

    vida que uma pessoa leva depende dela prpria. Quando reconhecemos isto obtemos uma grande dose deliberdade e encontramos um equilbrio no aspecto de assumir responsabilidade. Como pais a nossaresponsabilidade obedecer a Deus no que fazemos e dizemos, mas os resultados finais ficam entre oindivduo e Deus.

    O direito "liberdade" implica em libertar-se das regras ou regulamentos impostos por outros.Enquanto ainda vive na casa dos pais o filho est sujeito s regras da famlia. Muitas vezes estas regras somuito semelhantes s dos pais porque os valores so os mesmos, mas importante que o indivduo sinta queas regras so de acordo com a sua prpria iniciativa e no impostas por outra pessoa.

    A "busca da felicidade" outro direito. Inclui os direitos auto-realizao e livre arbtrio. Rimosquando ouvimos histrias de um pai que d ao seu filho de 3 dias uma luva de beisebol, mas no tem tantagraa quando vemos um homem adulto sendo pressionado a seguir uma carreira ou profisso pela qual no seinteressa. Cada pessoa tem o direito de determinar e buscar o que considera felicidade. Afinal, quem podesentir a felicidade a no ser o indivduo em questo? Entretanto h pais que pensam que sabem o que faria os

    seus filhos felizes. Eles se lamentam, "se ao menos ele tivesse se casado com fulana" ou, "eu podia ter-lhedado um emprego no qual ele ia ganhar muito dinheiro". Precisamos nos dar conta de que a verdadeirafelicidade mais do que um simples emprego ou uma esposa ou marido; ela vem do ntimo do indivduo.Cada um de ns responsvel pela sua prpria felicidade.

    Quando se trata de deixar os filhos partirem para que eles entrem no mundo como adultosindependentes, os pais s vezes erram ou por se importarem demais - de modo que a perda e o temorembaam o pensamento racional - ou por no se importarem o suficiente para prepararem os filhosadequadamente para as suas novas responsabilidades. As aes dos pais variam desde concederem aemancipao cedo demais como se no fosse nada especial, ao extremo de esperarem tanto tempo que o filhochega ao ponto de se revoltar.

    Como determinar a trajetria de um voEnto, por onde vamos comear se quisermos criar filhos independentes?

    Por um tempo eu e o meu marido estvamos habituados a fixar metas para a nossa vida, entoparecia natural pensar em metas para o desenvolvimento dos nossos filhos. Comeamos a tentar imaginar oque achvamos que queramos que eles fossem quando tivessem 18 anos, a idade em que o governo osconsidera "adultos". Nesse perodo de tempo fizemos uma relao de coisas que achvamos que elesdeveriam saber. Abrangemos praticamente tudo - cozinhar, fazer um oramento, trocar um pneu, achar umversculo na Bblia, etc. Fizemos uma relao dos livros que eles deveriam ler e as tarefas domsticas que

    precisavam aprender. Parecia-nos importante tambm que Tnia tivesse um conhecimento bsico de mecnicae que To soubesse trabalhar numa cozinha. Tentamos no nos limitar pelos modelos tradicionais erepassamos sistematicamente seis categorias diferentes (financeira, espiritual, social, fsica, emocional eintelectual), analisando cada uma delas e procurando ver o que as crianas precisariam saber.

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    Desenvolvemos o que chamamos de "fins de semana de planejamento" a fim de termos o tempo dequalidade que precisvamos para buscar o Senhor, progredir e fazermos um plano. Procuramos um lugarneutro, longe do trabalho e de casa, onde ns dois pudssemos nos sentir livres para avaliar a nossa vida e avida dos nossos filhos sem as distraes da vida cotidiana.

    Planejamento pessoalNo nosso primeiro fim de semana de planejamento, levamos conosco perguntas que algum sugeriu

    que discutssemos, relativas comunicao e crescimento pessoal. Antes de pormos mos obra e ensinarmosos nossos filhos, precisvamos consolidar a atmosfera no nosso lar. Discutimos aspectos cruciais como:

    Voc acha que o seu cnjuge d ouvidos ao que voc diz?O seu cnjuge tem a tendncia de dizer coisas que seria melhor no ter dito?s vezes difcil compreender os sentimentos do seu cnjuge?O que facilitaria a compreenso?O seu cnjuge tenta anim-lo quando voc est deprimido(a) ou triste? Isto ajuda? Por que ou por

    que no?Quando surge um problema que precisa ser resolvido, voc acha que voc e o seu cnjuge

    conseguem conversar a respeito? Se no, o que os impede?Voc e o seu cnjuge tm interesses individuais?Voc e o seu cnjuge tm interesses comuns alm do lar e das crianas?Voc e o seu cnjuge dedicam um tempinho para relaxarem e sonharem juntos?

    Incluindo os filhosDepois de aprimorarmos a nossa comunicao, procuramos saber como os nossos filhos se

    encaixariam nos nossos planos pessoais. Vimos que na realidade os teramos por apenas 18 anos de todos os95 anos que planejvamos viver. Isso significava que apenas 1/5 da nossa vida seria centrado nas crianas.Contudo vimos que nessa frao de 1/5 achava-se a maior responsabilidade da nossa vida inteira.

    Ento, como que os filhos encaixam no nosso propsito diante de Deus? Em primeiro lugar, erabvio que eles eram os nossos discpulos principais. Deus nos dera estes discpulos especiais paraderramarmos neles a nossa vida no apenas uma hora por semana, mas 24 horas por dia, todos os dias.Tnhamos a oportunidade de ajud-los, admoest-los e ensin-los sobre tudo que abrangesse nossa vida e adeles.

    Sendo assim, que tipo de prioridade amos dar aos nossos filhos na nossa vida? Comprometemo-nosa trabalhar semanalmente, estudando os nossos horrios e decidindo onde poderamos incluir os nossos filhos

    como prioridade.Tnia tinha dez anos e To oito quando comeamos o processo. Tnhamos pela frente pelo menos

    dez anos de compromisso com os nossos filhos.A parte seguinte do nosso plano inclua avali-los individualmente para ver em que ponto de

    desenvolvimento eles se achavam nessa poca em especial. Ns nos fizemos duas perguntas: (1) Quais soseus pontos fortes e fracos? e (2) Como eles precisam ser desenvolvidos? Como j disse antes, tnhamos emmente seis aspectos da sua vida: espiritual, fsico, intelectual, social, emocional e financeiro.

    Planos para o aspecto espiritualO primeiro era o desenvolvimento espiritual. Fizemos uma lista dos pontos fortes e fracos das

    crianas bem como dos seus interesses espirituais. Fizemos a ns mesmos perguntas do tipo:Que compromisso pessoal eles tm com Jesus Cristo?Eles tm um alicerce bblico para os princpios bsicos da vida?

    Como a sua vida de orao?At que ponto se interessam pelos seus amigos que no so cristos?

    Planos para o aspecto fsicoO prximo aspecto para avaliao era o fsico. Como todos os aspectos do desenvolvimento esto

    interligados, obviamente uma alma espiritualmente alerta ou uma mente brilhante ficaria seriamenteincapacitada se estivesse alojada num corpo doente. Ns nos fizemos algumas perguntas sobre os nossosfilhos, tais como:

    Eles esto se desenvolvendo fisicamente a um ritmo normal?Esto saudveis, ou sofrem de uma quantidade anormal de doenas?

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    Eles tm boa coordenao motora?Fazem escolhas sensatas em termos de alimentao?Esto cientes dos princpios de higiene?

    Planos para o aspecto intelectualNo unicamente o conhecimento ou a ignorncia em si que algo bom ou ruim, mas a maneira

    como se aplica essas duas coisas que conduz ao bem ou ao mal. No queramos desenvolver indivduosinteligentes mas sem corao. Queramos desenvolver o intelecto dos nossos filhos ao mximo ao mesmotempo que edificvamos sua sabedoria. Com essa meta em mente, observvamos o desenvolvimento dascrianas e fazamos perguntas do tipo:

    Elas so curiosas e se interessam pelo mundo ao seu redor?Ficam entusiasmadas em aprender?Como est se desenvolvendo a sua habilidade de se comunicar? Conseguem se expressar bem?Esto se saindo bem na escola?Conseguem aplicar o que aprenderam?Provrbios 2:6 nos lembra: "O Senhor d sabedoria, da Sua boca vem o conhecimento e o

    entendimento".

    Planos para o aspecto socialQueramos que os nossos filhos crescessem com uma vida social equilibrada. Queramos que fossem

    estimados e ainda assim soubessem discordar diplomaticamente quando necessrio. Queramos tambm queeles se sentissem confiantes em novas situaes. J que saber se relacionar com as pessoas e saber secomportar em pblico algo que comea-se a aprender em casa, fizemos a ns mesmos perguntas do tipo:

    Como a sua comunicao em casa? Eles se expressam livremente, contudo com sensibilidade?So obedientes e receptivos correo?Eles buscam criativamente maneiras de colaborarem com os seus pais? Com os outros irmos?Depois de observarmos o relacionamento dos nossos filhos em casa, avaliamos o seu relacionamento

    fora de casa.Como se relacionam com os colegas? Cada um deles tem muitos amigos ou apenas um ou dois?Eles demonstram apreo pelos outros?So capazes de se relacionar com adultos e crianas da mesma maneira que com os colegas?Respeitam autoridade?Como so os seus modos?

    Como reagem presso social?

    Planos para o aspecto emocionalAs nossas emoes so a grade atravs da qual observamos as experincias da vida. Achamos que o

    campo emocional, embora difcil de ser avaliado devido sua subjetividade, era um dos aspectos importantesno qual precisvamos preparar os nossos filhos. Fizemos a ns mesmos perguntas do tipo:

    Que imagem as crianas tm de si mesmas?Como geralmente o seu estado de esprito?So pessoas de fcil convivncia?Adaptam-se facilmente a novas situaes?Como reagem ao medo? depresso?

    Planos para o aspecto financeiro

    O ltimo campo de desenvolvimento que examinamos foi o financeiro. Os nossos filhos tinhampouca experincia no bsico sobre administrao de dinheiro. Fizemos a ns mesmos perguntas do tipo:Eles sabem contar dinheiro?Sabem usar o dinheiro?Sabem fazer compras com sabedoria?Sabem como fazer e usar um oramento?Sabem poupar dinheiro?Sabem trabalhar para ganhar dinheiro?Executam tarefas remuneradas em casa?Sabem o que quer dizer dar a Deus 1/10 do seu dinheiro?

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    So generosos?

    Fazendo uma decolagem perfeitaDepois de avaliarmos a nossa condio e a de nossos filhos, eu e Paul vimos que precisvamos de

    um plano para nos levar do real para o ideal. Tnhamos dois filhos com um monto de coisas para aprender,sendo ensinados por dois adultos que se sentiam totalmente despreparados para o trabalho. Mas aoanalisarmos a nossa situao, comeamos a ver que tnhamos mais recursos do que pensvamos.

    A maioria dos nossos recursos eram subconscientes. Por exemplo, o filho de 7 anos da minha amigacortou-se ontem. A sua me imediatamente estudou a situao, calculou quanto sangue ele estava perdendo,quanta sujeira tinha na ferida, quo profundo era o corte e se ele corria algum perigo. Calculou tudo enquantoo filho gritava histericamente. Depois disso ela foi buscar os recursos de que dispunha, ou seja, compressa,gua e sabonete, anti-sptico e material para um curativo. Se tivesse sido necessrio ela teria chamado ummdico para dar pontos no ferimento. Ora, eu no sei quem se sentou um dia e lhe ensinou esse proceder, masela aprendeu de alguma forma. O truque ser passar o conhecimento dela para o seu filho para que quando elefor mais velho e estiver sozinho saiba avaliar os seus prprios ferimentos e usar os recursos disponveis parasolucionar a situao.

    Diante da meta nossa frente, esboamos os passos que achvamos que os nossos filhos precisavamdar para passarem de onde estavam e chegarem onde deveriam estar - que no s fossem independentes mastambm entusiasmados e confiantes na vida. Em alguns casos fazamos o que para ns era natural, nasatividades que ensinvamos aos nossos filhos. Em outras situaes percebemos que precisvamos adquirir

    novos conhecimentos para darmos aos nossos filhos o background que precisavam.Ao observamos os seis campos de desenvolvimento, sentimos que embora cada filho tivesse

    necessidades diferentes, havia algumas coisas bsicas que deveriam saber. Algumas crianas, devido suapersonalidade e experincia prvia, sabem mais do que outras. Por conseguinte os pais tm que avaliar cadafilho sem se apoiarem em suposies, e descobrirem onde devem comear a agir. Se o filho for adolescenteou pr-adolescente, os pontos de ao devem ser mais avanados do que para uma criana mais nova que

    precisa recapitular o bsico. Conheo uma me que ensinou diplomaticamente a sua filha de 13 anos a lavar orosto quando ela estava tendo problemas de pele. fcil supor o que as crianas deveriam saber com certaidade, mas importante ver o que elas realmente sabem e praticam diariamente.

    bvio que a maneira como os pais comunicam um novo plano de ao essencial. Pode serapresentado de uma maneira positiva ou negativa, e a capacidade da criana de aceitar e receber o plano serto positiva ou negativa quanto a apresentao. A idia de que as "atitudes so imitadas e no ensinadas"aplica-se tanto a esta situao como a qualquer outra.

    Os seus filhos precisam sentir o seu entusiasmo pelo potencial deles. A imagem que tm de simesmos uma grande empecilho hoje em dia tanto para os adolescentes como para os adultos. Se vocapresentar o seu plano em "como aumentar sua auto-estima" em vez de "como evitar que voc fracasse", osseus filhos o recebero como tal. Eles precisam ver que, por serem to valiosos para voc e para Deus, voc seesforar por lhes dar o melhor.

    As seguintes sees contm alguns elementos que consideramos igualmente importantes para ensinarnossos filhos a serem independentes. Com toda certeza a lista no completa. Queremos incentiv-lo a us-lano dogmaticamente, mas como um ponto de partida para desenvolver o seu prprio critrio que serexclusivamente apropriado para o seu filho e os seus padres. No fique desanimado se no conseguir realizarcada detalhezinho do plano, pelo contrrio, entenda que cada coisinha que fizer nesse sentido incentivar

    progressos no seu filho, o que provavelmente no aconteceria por acaso. (Estas sees esto resumidas numquadro no final do sumrio deste livro, e incluem registros de progresso que voc pode usar para ajudar osseus filhos a se tornarem independentes.)

    Desenvolvimento espiritualEspiritual: que diz respeito a Deus ou alma quando operado pelo Esprito Santo. (Webster's New

    World Dictionary)O primeiro aspecto que consideramos no desenvolvimento dos nossos filhos foi o espiritual porque,

    como o meu marido Paul comentou, " o mago do que somos e tudo o que nos tornaremos". Poderamoseducar nossos filhos em todos os aspectos bsicos da vida mas sem o Senhor como centro, a sua vida seriacomo a de outros que j partiram, bem-sucedida nos caminhos do homem mas vazia e sem sentido m relao eternidade.

    No queramos filhos que simplesmente soubessem recitar versculos, mas filhos que tivessem

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    convices profundamente enraizadas atravs de experincias pessoais.Queramos que nossos filhos fossem saudveis no Senhor, o que significava que precisvamos

    ensinar-lhes a se alimentar espiritualmente sozinhos. Comeamos dando-lhes cadernos que eles podiam usarcomo dirios. Durante as horas que passvamos em famlia escolhamos trechos da Bblia e os estudvamos

    juntos. medida que as crianas cresciam, crescia tambm a profundidade dos nossos estudos.

    Investigamos vrios sistemas e tcnicas de estudo bblico. Uma das nossas formas bsicas foi:1) Fazer listas de captulos por assunto;2) Selecionar versculos-chave;3) Fazer uma lista de princpios a seguir;4) Dar exemplos do nosso cotidiano de como usar esses princpios.Achamos que seria importante tambm para To e Tnia aprenderem a usar livros auxiliares bsicos

    sobre a Bblia para incrementar os seus estudos. Durante as nossas horas em famlia ns os ensinamos a usardicionrios, concordncias, dicionrios bblicos, remisso recproca, Bblias em cadeia temtica, e diversastradues da Bblia, mesclando tudo isso num estudo prtico.

    Depois do conhecimento bsico de como estudar a Bblia, achamos que as crianas precisavamdesenvolver o hbito de se comunicarem com o Senhor, um "tempo tranqilo" para passar a ss com o Senhorcom o objetivo de comungar com Ele. composto dos mesmos elementos que qualquer outrorelacionamento: escutar, falar, admitir falhas, contar xitos, louvar, agradecer, fazer planos, contar eventosdos dias passados, presentes ou futuros, e a lista continua. No simplesmente uma horinha de estudo bblico

    ou orao, embora qualquer um desses possa ser includo neste "tempo tranqilo". Mas acima de tudo, passarum tempo assim nos d a sensao de termos estado com Deus e t-Lo reconhecido como nossorelacionamento principal do dia e uma parte intrnseca da nossa vida.

    Em primeiro lugar, preciso ajudar o seu filho ou filha a achar um lugar tranqilo para ficar a sscom o Senhor, sem distraes. Em segundo lugar, certifique-se de que a criana tem uma Bblia e que l eentende perfeitamente. Em terceiro lugar, fornea uma cadernetinha e um lpis para ela anotar pensamentosque lhe ocorram durante esse tempo tranqilo.

    No comeo as perspectivas dos nossos filhos eram bem simples. Ns os incentivamos a passar cincominutos lendo e escrevendo quaisquer observaes ou aplicaes que tivessem a fazer. Muitas vezes lamosessas perspectivas durante o tempo em famlia e nos incentivvamos mutuamente no nosso relacionamentocom o Senhor. Queramos ajudar cada filho a se desenvolver e se tornar numa pessoa que:

    Tem um conhecimento geral e prtico das Sagradas Escrituras. Comeamos aprendendo, com nossosfilhos, os livros da Bblia e onde se encontram. Da trabalhamos no conhecimento bsico de cada livro e do

    tema geral do livro. Mais tarde aprendemos as principais divises da Bblia (isto , Pentateuco, Histria,Poesia, etc), quando foram escritos e sua ordem cronolgica, background histrico e autor.

    Est se desenvolvendo como uma pessoa de f. Como na maior parte da educao espiritual, eu ePaul nos demos conta que o jardim de infncia da f dado em casa, Os nossos filhos precisam nos ver

    buscando o Senhor, decorando a Sua Palavra e confiando obedientemente n'Ele atravs das nossas aes.Para podermos reivindicar as promessas de Deus, temos que conhec-las e ter condies de, no

    momento adequado, lembrar delas. Foi por isso que achamos importante que os nossos filhos "entesourassemem seu corao" a Palavra de Deus. Iniciamos um programa de memorizao.

    Tem um forte conceito de quem Deus. Para poderem confiar em Deus, as crianas tm que saberquem Deus. Ensinamos tambm s crianas sobre a presena de Deus em toda a natureza. Todos nsadoramos fazer caminhadas e acampar, e sempre passamos o mximo de tempo possvel ao ar livre. Mas eu ePaul sabamos que isso no bastava para os nossos filhos conhecerem os atributos de Deus e v-los nanatureza; eles precisavam tambm vivenci-los.

    Alm da nossa prpria influncia, eu e Paul expusemos os nossos filhos a outras influncias quefortaleceriam positivamente a imagem que tinham de si prprios. Para ser sincera, qualquer pessoa comatitudes negativas e hostis no passava muito tempo com os nossos filhos.

    Tenho uma amiga professora que sempre comea o dia com uma relao dos alunos na sua turma, efaz uma marquinha em cada nome depois que encontra alguma forma de estimular ou encorajar aquelacriana. Todas as crianas recebem algum tipo de estmulo todos os dias. No posso deixar de imaginar que sens, pais, tivssemos como meta estimular os nossos filhos diariamente a se tornaram as pessoas que Deus

    pretendia que fossem quando as criou, o nosso mundo seria inteiramente diferente. cada vez mais sincero e franco espiritualmente. Eu e Paul falamos bastante com nossos filhos

    sobre a nossa conduta com o Senhor. To e Tnia tm nos visto confessar nossos pecados ao Senhor e aos

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    outros e com isso tm se aberto mais para confessar os seus pecados. Atravs do nosso esforo paciente emservirmos de modelo e incentivarmos, os nossos filhos tm sido muito mais abertos em relao s suasdificuldades. Juntos temos buscado o Senhor e O temos visto ganhar grandes vitrias em suas vidas.

    Tem uma vida de orao. Orao simplesmente falar com Deus, e queremos que os nossos filhos sesintam to vontade falando com Ele como se estivessem falando conosco. Vimos que grande parte do que ensinado em relao orao no verdadeira comunicao, mas sim frases repetidas e decoradas. Nuncaesquecerei quando o nosso filho To, de 3 anos, inclinou a cabea para guiar a famlia em orao na hora do

    jantar e sussurrou: "Agora me deito para descansar..." E eu fiquei muito mais sem graa do que ele. Naquelemomento vi claramente que precisvamos trabalhar na nossa capacidade de comunicao.

    Queramos que os nossos filhos soubessem tambm que Deus mantm sempre a porta aberta. Elenunca dorme e nunca tranca a porta por estar ocupado demais. Na verdade, Ele anseia por "nos conceder osdesejos do nosso corao".

    Mostramos tambm aos nossos filhos o que a Bblia diz a respeito da orao e do seu relacionamentocom Deus. Estudamos a vida de orao de Jesus e Seu relacionamento com o Pai. Fizemos um caderninho deoraes para cada um. A idia era que eles anotassem cada pedido de orao e a data em que o fizeram. Umaoutra coluna tinha espao para as respostas de Deus e as datas em que foram recebidas. Queramos que elesestivessem conscientes do que estavam pedindo, pedissem especificamente e que se alegrassem ao verem suaorao ser respondida. Sabamos tambm que os caderninhos de orao serviriam como um registro dafidelidade de Deus.

    Desenvolvimento FsicoO aspecto fsico to bvio que muitas vezes negligenciado. Afinal todos temos de um jeito ou de

    outro um corpo que normalmente funciona razoavelmente bem. Geralmente nos fiamos no corpo e noreconhecemos seu valor at que algo acontea que nos impea de depender tanto dele.

    Mas para os adolescentes o corpo nunca digno de confiana. O corpo deles sofre mudanasconstantes. Suas pernas crescem demais para as calas. Seus rostos ficam cheios de espinhas. Eles nuncasabem o que lhes espera quando acordam de manh. Pode haver uns pelinhos de barba ou barba nenhuma,mas qualquer uma dessas coisas embaraosa. E para a menina, h o medo de ficar sem peito para o resto davida.

    Uma das melhores coisas que podemos fazer pelos nossos filhos em crescimento reconhecermosque este aspecto sobre o qual nos sentimos to seguros algo completamente novo para eles.

    Os pontos a seguir foram os que eu e Paul achamos que os nossos filhos deveriam entender medidaque entravam na vida adulta:

    Aceitar o seu corpo fsico como uma ddiva divina. Na nossa sociedade exaltam tanto a beleza fsicaque isso torna a vida bem difcil para aqueles de ns que no so totalmente perfeitos. As crianas adoramfazer troa de outras que so diferentes. Para a vtima no tem graa nenhuma, apenas di. Mas o que triste que tambm di para as crianas que fazem troa, porque elas vem suas prprias imperfeies e ficammorrendo de medo que algum repare nelas.

    por isso que as crianas tm que compreender que quando elas foram criadas Deus estava nocontrole. O Salmo 139 diz: "Possuste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha me ...Os meus ossosno Te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra."

    No tem sido fcil ajudar To e Tnia a cultivarem hbitos fsicos saudveis, e eu e Paul ainda temosque trabalhar nisso de vez em quando. Para os adolescentes difcil no se compararem - geralmente deforma desfavorvel - com outros da mesma idade.

    Entender e adquirir bons hbitos de higiene pessoal. Esta seo pode parecer to bsica que pode serquase embaraosa; mas mais uma vez, lembre-se que ser adulto e arcar com responsabilidades de adulto

    uma experincia nova para muitos jovens.Por higiene entende-se "um sistema de princpios para a preservao da sade e preveno dedoenas". De uma forma mais simples, o cuidado a ter com o corpo. O ponto em questo limpeza. As

    pessoas geralmente tm seus prprios padres de higiene que variam de famlia para famlia e de cultura paracultura. O que pode ser importante para uma pessoa pode parecer ridculo para outra. importante que voccomo pai ou me analise o que faz subconscientemente para cuidar do corpo e transmita essas prticas aosseus filhos.

    Todos ns sabemos que a maldio da adolescncia so as espinhas no rosto, que podem arruinar aimagem que um adolescente faz de si mesmo. Ento os adolescentes deveriam saber o que causa as espinhas,aprender a lavar o rosto, como a alimentao afeta a oleosidade da pele, etc. Mas acima de tudo, os

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    adolescentes precisam aceitar as espinhas como um fato da vida.Tanto o tomar banho como cuidar dos dentes, embora no sejam to visveis como o cuidar da pele,

    so importantes na fase de crescimento dos adolescentes. Com o aumento de atividades como dana eesportes, os adolescentes precisam ajustar seus hbitos. Precisam tambm comear a usar bons desodorantes.

    s vezes mais difcil convencer um rapaz do que uma garota a adquirir bons hbitos de higienepessoal. As garotas parecem ser mais intrinsecamente motivadas pela sua aparncia e pelas roupas que vestemdo que os rapazes.

    Manter o peso certo de acordo com a sua idade. Quadros mdicos nos mostraram o peso ideal paracada criana de acordo com a idade, altura e constituio fsica. Depois falamos sobre boa nutrio e o que necessrio para emagrecer ou engordar. Eu procurei dar um bom exemplo para eles com as refeies elanches que preparava. Paul e eu incentivamos nossos filhos a fazerem exerccios fsicos.

    Manter um programa regular de boa forma fsica. Um programa regular de exerccios serve no spara regular o peso, mas tambm para aumentar a fora e resistncia e aumentar o potencial em outrosaspectos da vida.

    Manter uma boa alimentao. "O que entra tem que sair"; muito simples: se voc ingerir alimentosde baixo teor nutritivo ento o produto ser de baixo teor nutritivo. e Paul e eu queramos que os nossos filhosentendem-se desde cedo o que uma boa alimentao. Como a maior parte das famlias americanas, a nossamaior luta foi com o acar. Tentamos dar um exemplo em casa de tomar decises sensatas quanto nutrioe aprendermos a escolher a partir de diversos grupos de alimentos variando o cardpio para evitar comermosapenas alguns tipos de alimentos.

    Praticar pelo menos um esporte no qual tm aptido. Ser bom num esporte ou em alguma outraatividade no s desenvolve o corpo mas tambm emocionalmente edificante. Quando os nossos filhoschegaram aos dez anos, ns os incentivamos a escolher qualquer esporte que quisessem experimentar para verdo que gostavam. Tnia escolheu futebol, atletismo e ciclismo. To gostava de futebol e beisebol.

    Fazer exames fsicos regularmente. Cuidar do corpo no uma tarefa do tipo "faa voc mesmo"mas muitas vezes precisa da assistncia de peritos. Estabelecemos uma prioridade no nosso programa, deconsultar o dentista duas vezes por ano e o oftalmologista de dois em dois anos.

    Manter uma boa aparncia. Como j dissemos antes, a aparncia no tudo, mas muitas vezesinfluencia a primeira impresso que os outros tm de ns. Ento importante que a nossa aparncia reflita oque somos no ntimo.

    Tnia e eu nos divertimos muito aprendendo certas coisas neste campo. Tentamos tambm incluir asamigas de Tnia em muitas coisas que fazamos. Lembro-me de uma vez que tivemos uma reunio decosmticos na nossa casa e Tnia, que na poca estava na 1 srie do 2 grau, convidou algumas colegas de

    escola e amigas. Nos divertimos a valer comendo pipoca e aprendendo sobre diversos tipos de pele e comocuidar de cada uma.

    Os rapazes parecem no se preocupar tanto com a aparncia como as meninas, mas no se deixeenganar. Experimente convencer um rapaz a fazer um corte de cabelo antiquado e veja o que acontece! Emvez de ressaltar a importncia de ser atraente, fale com o seu filho sobre ter uma boa aparncia ou "enquadrar-se" na aparncia geral. Neste momento importante para ele "enquadrar-se" no grupo dele, mas ele precisasaber que h certos padres de aparncia que precisa seguir a fim de impressionar um tcnico de esportes,obter um emprego ou conquistar a garota dos seus sonhos. Vestir-se de forma apropriada importante tanto

    para os rapazes como para as garotas.A verdadeira beleza est dentro da pessoa e no fora. 1Pedro 2:4 nos diz que o que importa a

    "beleza interior" e no o "frisado de cabelos, o uso de jias de ouro ou o luxo dos vestidos" para nostornarmos atraentes para Deus e para os outros. O exterior deveria ser apenas um reflexo daquilo que oSenhor colocou no nosso interior. Se o exterior for desagradvel, outras pessoas no se sentiro atradas por

    ns nem demonstraro nenhuma curiosidade em conhecer a nossa "beleza interior".Tm uma perspectiva bblica da sexualidade. Eu e Paul queramos que os nossos filhos adquirissemuma perspectiva bblica da sexualidade. Deus olhou para o corpo humano e viu que era "bom"; ento ordenoua Ado e Eva: "frutificai e multiplicai-vos". Ele tambm ordenou que eles deixassem os outros e se "unissem"um ao outro. Eles gozavam de tal intimidade que embora estivessem nus no se envergonhavam.

    Queramos ter filhos que no se envergonhassem do sexo, que fossem livres para gozar tudo o queDeus lhes deu nesta vida. Queramos tambm filhos que respeitassem o dom de Deus da sexualidade e sedeterminassem pessoalmente a us-lo para a glria de Deus em vez de egoisticamente para proveito prprio.O sexo, como qualquer outra coisa neste mundo, pode ser usado para o bem ou para o mal. Eu no queroentrar em grandes detalhes sobre a perspectiva bblica do sexo mas apenas dizer que linda.

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    Desenvolvimento intelectualDa mesma forma que uma pessoa no pode funcionar sem um corpo, a sua contribuio para a vida

    limitada pelo seu desenvolvimento intelectual. Infelizmente, os seres humanos tendem a glorificar a criaoem vez do Criador, parabenizando-se por descobrirem o que Deus j sabia, e ensinando seus filhos a fazeremo mesmo. O desafio do desenvolvimento intelectual das crianas por pais cristos est em lhes ensinar aestarem "no mundo mas a no serem do mundo".

    Os pais cristos deparam-se constantemente com o desafio do equilbrio intelectual. Queremos queos nossos filhos tenham contato com o mundo e todo o conhecimento que este oferece, mas queremostambm que eles percebam que uma pessoa muito mais do que aquilo que sabe. Ela tambm aquilo quesente, acredita, desfruta e faz. Os pais devem ter cuidado para no permitir que a auto-imagem de seus filhosfique emaranhada com as notas na escola e devem incentivar o desenvolvimento em todas as reas, cada reaservindo de apoio outra.

    Tem um conhecimento prtico das matrias bsicas. Cremos firmemente na importncia da leitura,escrita e aritmtica. Sem estes conhecimentos a criana torna-se desnecessariamente deficiente para encarar avida. Precisamos estar a par do nvel de conhecimentos das nossas crianas e dar-lhes ajuda especial caso sejanecessrio. cada vez mais comum ouvirmos falar de estudantes que por alguma razo ingressam nafaculdade com o mesmo nvel de leitura de um aluno da quarta srie.

    Demos aos nossos filhos plena liberdade para lerem o que quisessem de uma lista de livros que lhesoferecemos e os encorajamos a ler, marcando cada ttulo medida que iam lendo. Procuramos distribuir os

    livros a uma mdia de quatro por ano, mas eles gostaram tanto da leitura do primeiro ano que ultrapassaram asua cota.

    Tem um conhecimento geral de Histria e Atualidades Mundiais. Um estudo de Histria nos ensinamuito sobre a vida. Eu e Paul gostamos de Histria e j viajamos bastante. Sempre que possvel levamosnossos filhos conosco, ajudando-os a ver a Histria no s como uma srie de eventos antigos, mas comofatores que contriburam em parte ou totalmente para que um pas se tornasse o que hoje.

    Mas o mais proveitoso conversar sobre o impacto de eventos mundiais passados, presentes efuturos. Em nossas viagens procurvamos relacionar o que vamos com o que as crianas tinham aprendidoem seus estudos.

    Eu e Paul conversvamos sobre atualidades nacionais e internacionais com os nossos filhos.Vivemos num mundo de ritmo acelerado, e para podermos tomar decises inteligentes temos que saber o queest acontecendo. Isso significa que ns, pais, temos que nos manter informados. Conversamos com ascrianas sobre assuntos polticos, ajudando-as a entender a histria por trs das questes e o impacto que tero

    no futuro.Sabe como obter informao necessria. evidente que uma pessoa no pode saber tudo a respeito

    de tudo, mas pode dar essa impresso se souber como obter informaes.Quando as crianas eram pequenas a biblioteca se transformou em nossa segunda casa. Ns as

    ensinamos a usar o fichrio e sees de referncia. Ns lhes mostramos os diversos dicionrios, enciclopdiase lxicos que podem ser teis para expandir seu vocabulrio. Tambm lhes mostramos como obter maisinformao atual a partir de peridicos. Algumas bibliotecas at tm salas onde se pode ouvir discos e assistira filmes em vdeo.

    Achamos tambm que as crianas deveriam ter uma idia correta do processo de pensamentoenvolvido em pesquisas, bem como o procedimento para obter-se informaes. Elas precisam se dar conta deque embora se sintam ignorantes sobre um assunto, elas podem ter acesso a mais informaes.

    Sabe como as mquinas funcionam. Eu e Paul achamos que os nossos filhos precisavam saber algobsico sobre como as mquinas funcionam. Embora talvez nunca precisem se especializar em montar ou

    consertar mquinas, precisavam saber os princpios da manuteno bsica. Em outras palavras, elesprecisavam saber o suficiente para decidir se um vazamento na pia precisaria de um encanador ou se podia serfacilmente consertado com um mnimo de conhecimento bsico.

    Sabe dirigir. As responsabilidades de dirigir um carro esto provavelmente entre as primeirasresponsabilidades de adulto que as crianas tero. Elas precisam da ajuda dos pais para assumirem essasresponsabilidades com maturidade. Os nossos filhos freqentaram auto-escolas para adquirirem umconhecimento e para que pudssemos parar de pagar tantos seguros.

    J que as responsabilidades ligadas ao carro no se limitam a saber dirigir, tivemos tambm aoportunidade de ensinar finanas, manuteno e responsabilidade moral. Tanto um como o outro eramresponsveis pelo dinheiro que gastavam na gasolina, no seguro e na manuteno dos veculos.

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    Tem uma base de conhecimentos gerais. Conhecimentos gerais podem ou no ajudar algum aarranjar emprego, mas so necessrios para sermos bem sucedidos na nossa vida cotidiana. Eu e Paulachamos que tanto Tnia como To precisavam saber o bsico sobre culinria, lavar e passar roupa, costurar econsertar coisas em casa, bem como saber cuidar das suas ferramentas. Temos trabalhado nestas coisas comos dois, menino e menina, de modo que quando forem para a faculdade ou ingressarem no mundo

    profissional, sabero cuidar de si mesmos.Tnia, que tem comeou a faculdade este ano, ficou boquiaberta com o nmero de estudantes na

    faculdade que no sabem lavar roupa, limpar o quarto, combinar as roupas ou pregar um boto. Ela observouo embarao e o medo que tinham de enfrentar novas situaes. Esses pobres jovens podem ser gnios emgeografia, mas nas pequenas coisas da vida se sentem um fracasso.

    Ao cuidarmos de ns mesmos e dos nossos pertences, temos que nos lembrar que tudo o que temosvem de Deus. Somos responsveis pelo uso prudente de tudo o que possumos; chamamos a isso o princpioda intendncia. Saber intender est relacionado com tudo o que possumos: tempo, talentos e bens materiais.Saber consertar uma coisa no serve de nada se no pudermos achar as ferramentas ou se no dedicarmostempo suficiente para fazer o trabalho. Intendncia tem a ver com responsabilidade perante o Senhor por tudoo que Ele nos deu.

    Com o tempo fomos acrescentando mais alguns conhecimentos lista. Queramos que os nossosfilhos soubessem preparar uma refeio equilibrada e fazer compras. Sei que levei um tempinho para aprendera comprar um melo maduro e o melhor tipo de alface; eu queria poupar os meus filhos de comerem frutaestragada.

    Est desenvolvendo a sua criatividade. A criatividade realmente um processo de pensamento: acapacidade de observar uma situao e criar um plano para resolv-la.

    Eu e Paul queramos que os nossos filhos conhecessem a alegria de criar. Tnia realmente nogostava muito de tric nem de croch, mas tornou-se competente o bastante para saber que podia fazer issoquando quisesse. O que ela gostava era de criar lindos lbuns de fotografias. To trabalhava mais no campoda carpintaria e projetos eltricos. Lembro-me ainda do seu primeiro carrinho de mo. Mais parecia um vagocaindo aos pedaos, mas ele estava todo orgulhoso dele, principalmente depois que Paul lhe deu algumasdicas para melhor-lo. To gosta muito de consertar coisas, usando sua capacidade criativa para resolver

    problemas. fcil de se ensinar. Uma pessoa fcil de ser ensinada est aberta a novas idias e a processos de

    pensamento. Eu adoro o provrbio chins: "A mente como um guarda-chuva. Se no for aberta nofunciona". Uma pessoa de mente fechada logo comea a morrer intelectualmente.

    Eu queria ao mesmo tempo que os nossos filhos conseguissem discernir os conhecimentos que tm

    afinidade com as Sagradas Escrituras ou que tm valor intelectual. Muita informao que anda por a e que apresentada como verdade, na realidade no passa de especulao. As crianas precisam saber queinformao devem aceitar sem restries e qual rejeitar.

    Sabe e usa princpios administrativos. Juntamente com o conhecimento intelectual, achamos que osnossos filhos precisavam entender os princpios bsicos de administrao. Vivemos num mundo de ritmoacelerado onde o tempo e a organizao contam, e os que no conseguem dominar o tempo e o esforo deforma sensata ficam para trs. Eles precisam desenvolver bons hbitos de estudo e trabalho como precursoresda disciplina que mais tarde vai ser necessria no seu campo profissional.

    S o fato de comprarmos para cada um dos nossos filhos um despertador os ajudou a programar seutempo independentemente. Ns lhes mostramos como arquivvamos as coisas e os incentivamos a manter umcontrole da sua prpria papelada. H muitas idias criativas sobre como ajudar os nossos filhos adesenvolverem qualidades administrativas.

    Tem um senso de tica. Eu e Paul queramos que os nossos filhos no s tivessem conhecimento mas

    tambm um cdigo de tica - um padro de conduta e critrio moral - ao qual o conhecimento pudesse seraplicado. Queramos que parte do cdigo dos nossos filhos fosse baseado na simples pergunta: "O que Jesusfaria nesta situao?"

    Uma outra linha de questionamento que ensinamos os nossos filhos a usar foi: " honesto? amvel? necessrio?" Sempre que nos sentamos tentados a usar o nosso conhecimento para criticar pessoasem vez de edificar, nos recordvamos desta pequena srie de perguntas.

    Desenvolvimento socialSegundo o dicionrio Webster, a sociedade uma comunidade de indivduos interdependentes e

    relacionados". Definida de uma forma simples, a sociedade uma soma de relacionamentos. Mas como lidar

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    com esses relacionamentos deciso nossa - e no fcil.Queramos filhos que fossem motivados pelo Senhor nos seus relacionamentos. Queramos que eles

    se sentissem confiantes em situaes sociais e que tambm deixassem os outros vontade. Queramos queagissem com responsabilidade quanto a decises tomadas pela sociedade. Mas queramos acima de tudo queeles refletissem o Senhor no seu relacionamento com os outros.

    Entende o que a Bblia incentiva no aspecto de relacionamentos. medida que nos tornamos maisseguros no nosso relacionamento com Deus, somos libertados na nossa relao com outros. Queramos que osnossos filhos em primeiro lugar se sentissem seguros no seu relacionamento com o Senhor, e depois que sesentissem seguros nos seus relacionamentos dentro da famlia.

    Queramos que os nossos filhos se desenvolvessem nas relaes com os colegas. Interao compessoas da idade deles era um passo importante para lidar com a rejeio e presso social. Queramos filhosque se sentissem vontade em qualquer grupo de pessoas simplesmente por saberem quem eram.Incentivamos nossos filhos diariamente a se darem bem com os outros e a usufrurem dos relacionamentoscomo Deus queria, e contudo que permanecessem firmes nas coisas que sabiam que eram verdade. Gostomuito da maneira como o apstolo Paulo expressou em Romanos 12:18, "se for possvel, quando depender devs, tende paz com todos os homens".

    Como parte da sociedade, responsabiliza-se pelas aes dela. Da mesma forma que um indivduodeve assumir a responsabilidade por suas prprias aes, um grupo de indivduos tambm tem que aceitarresponsabilidade pelas suas aes em conjunto. Isto se aplica no s a governos, mas a todos os grupos comos quais nos associamos.

    Quando um jovem se envolve com uma gangue de rua, ele assume responsabilidade pelas aes dagangue; se a gangue for pega roubando, embora ele talvez nem tenha tocado nos bens roubados, participou dadeciso conjunta de cometer o crime.

    Fico espantada como to poucas crianas entendem este simples princpio. Por alguma razo elasacham que se ficarem de fora assistindo a uma tolice infantil mas se no a iniciarem sero absolvidas de todaa responsabilidade. Mas quando vejo que os adultos cujos comportamentos estas crianas imitam so pessoasque tm conhecimento de crimes violentos mas tm medo de se "envolverem", e so pessoas e que sequeixam dos "roubos do governo" mas no se do ao trabalho de votar, a sei por que as crianas pensamassim. Como resultado tem-se crianas passivas e apticas que se tornam adultos passivos e apticos e queformam um governo passivo e aptico. Isto geralmente resulta em alguns ativistas que tomam o controleenquanto os outros observam entorpecidos murmurando: "O que aconteceu com o nosso mundo?"

    Sente-se confiante no seu papel de anfitrio ou convidado. Parte de relacionar-se com os outros saber criar uma atmosfera que satisfaz uma necessidade na vida de outra pessoa. Por exemplo, se eu conhecer

    um jovem missionrio que est procurando apoio financeiro, poderei organizar um jantar formal para amigosque teriam condies de ajud-lo. Avalio a necessidade e vejo como satisfaz-la.

    As crianas precisam aprender coisas semelhantes. Uma vez Tnia deu uma festa surpresa para umaamiga que estava se sentindo extremamente s. Outra vez quando uma das amigas dela estava passando por

    problemas familiares e precisava de algum com quem conversar, Tnia convidou-a para passar a noite emnossa casa.

    Eu e Paul queramos que os nossos filhos se sentissem vontade como convidados. Eles precisavamsaber se comportar na sociedade para saberem aceitar convites de forma educada e, se impossibilitados de ir,comunicarem seu apreo por terem sido convidados. Eles precisavam tambm saber como corresponder aoseu anfitrio, ajudar quando apropriado, a serem servidos ou honrados por outros, a demonstrarem apreodepois verbalmente ou por escrito.

    To e Tnia precisavam tambm saber o que "socialmente aceito" em vrios crculos. Cantar "Cai,Cai, Balo" pode ser divertido ao redor de uma fogueira mas inapropriado num jantar ntimo. Eles tambm

    precisavam saber usar bem os talheres e ter boas maneiras mesa. Ns praticamos jantares formais em casacom todos os talheres, taas e pratos de porcelana. Sabamos que hbitos como cotovelos em cima da mesa efazer barulho com a boca tinham que ser perdidos em casa antes que se espalhassem por outros lugares.

    Conhece as regras de etiqueta e da boa educao. Abrir a porta para uma senhora ou puxar a cadeirapara ela se sentar mesa uma arte que est desaparecendo rapidamente nesta poca dos "direitos damulher". Mas o que a maior parte das pessoas no sabe que esto se privando de uma honra e no de uminsulto. As Sagradas Escrituras nos incentivam vezes sem conta a honrar os outros: mes e pais, crentes,maridos e mulheres, empregados e governantes. Pedro resume tudo isso dizendo: "Honrai a todos. Amai afraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei."

    Queramos que os nossos filhos soubessem e praticassem mais regras de etiqueta. Quero incentiv-lo

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    a se sentar e fazer sua prpria relao de coisas que acha que os seus filhos deveriam saber e praticar.Quando os adolescentes comeam a namorar eles precisam de ajuda para saberem aplicar as regras

    de cortesia. A tendncia quererem dar uma de "gostoses". Os jovens precisam agir com uma certa dose derespeito; e esse respeito tem que ser adquirido como um estilo de vida e no como uma representao. Nsconversamos muito com os nossos filhos sobre como convidar algum do sexo oposto para sair, como aceitarou recusar um convite educadamente e contudo com sinceridade, como aceitar uma recusa e escutarobjetivamente as razes, como insistir diplomaticamente e quando parar de insistir. Conversamos tambm e

    passamos por rompimentos e aprendemos a tratar esse tipo de situao com respeito.Apresenta-se a algum com confiana. Muitas vezes ficamos sem jeito quando nos apresentam a

    algum, e o uso de regras de cortesia social torna a coisa um pouco mais fcil. Um fator importante ao fazeruma apresentao achar alguns interesses que as duas pessoas tm em comum. Por exemplo, Tnia poderiadizer: "Mame, quero lhe apresentar Carol, a minha colega de quarto. Carol, quero lhe apresentar a minhame. Mame, a senhora sabia que os pais de Carol so missionrios nas Filipinas? A minha me esteve nasFilipinas o vero passado." A partir da a conversa pode fluir. Se voc se lembrar que as apresentaes so ocomeo das amizades, evitar ficar repetindo frmulas e ajudar a satisfazer necessidades.

    Os adolescentes, no seu desejo de serem criativos, atendem o telefone das maneiras mais malucas!Nunca se sabe se eles vo grunhir um "Hein?" ou sair-se com "Barzinho do Z!". Sem reprimir a criatividadedeles, voc dever ensinar-lhes as regras comuns de etiqueta ao usar o telefone.

    Ensinamos os nossos filhos a atenderem telefonemas, anotar recados, fazer ligaes, saber o quedizer quando o nmero cai errado, rejeitar telefonemas obscenos e ligar novamente quando a ligao est

    ruim. Ns tambm lhes ensinamos a lidar com telefonemas de pessoas chatas e de vendedores.Consegue relacionar-se com diferentes faixas etrias. Eu e Paul queramos que os nossos filhos

    aprendessem a ter respeito pela vida e pelas pessoas em cada estgio. Achamos importante que eles sesentissem to vontade num asilo de idosos quanto num jardim de infncia. As pessoas so pessoas, e comotal tm necessidades em comum.

    Lembro-me da primeira vez que Tnia foi com o seu grupo de jovens a um asilo de idosos. Ela ficoupetrificada; no sabia o que dizer s "velhinhas". Mas no final da visita Tnia nem queria ir embora.

    Deixa os outros vontade porque se sente vontade. Queramos filhos que soubessem como deixaros outros vontade devido sua autoconfiana e sua capacidade de lidar com situaes sociais. Onde querque tenhamos ido, procuramos incluir nossos filhos como se j fossem adultos. Nunca conversamos com elesnuma linguagem infantil como se fssemos superiores, mas nos comunicamos respeitosamente ao nvel deles.Quando Tnia e To cresceram no foi difcil para eles fazerem a transio para um ambiente social de adulto,

    porque j tinham estado l antes e sabiam o que esperar.

    Desenvolvimento EmocionalUma pessoa muito mais do que um corpo ou crebro; mais do que sabe ou mais do que realiza. A

    essncia de uma pessoa o que ela sente. A Bblia nos diz, "como imaginou no seu corao, assim ".Paul e eu queramos que nossos filhos sentissem liberdade em suas emoes. Queramos que eles

    soubessem se expressar para os outros, que recebessem e fossem recebidos pelas pessoas. Queramos que Toe Tnia no negassem suas emoes, mas que as usassem na sua relao com Deus.

    Tm a sensao de que importante como pessoa. Os nossos filhos precisavam desenvolver osentimento de quem eles so e aprenderem a amar e aceitar esse indivduo. Negar as suas emoes um malque prolifera no nosso pas. Nunca foi a inteno de Cristo que negssemos a pessoa que Ele nos criou parasermos. Pelo contrrio, Ele quer que nos entreguemos a Ele como "sacrifcio vivo, santo e agradvel a Deus".Mas no sei por que, quando pensamos nas nossas emoes, nos sentimos terrivelmente inaceitveis para Ele.

    A auto-aceitao envolve a aceitao de todo o nosso ser, e no s os aspectos que gostamos. Isso

    significa aceitar tambm as nossas emoes. Ao satisfazermos as necessidades dos nossos filhos,transmitimos a eles um Deus bom que quer satisfazer suas necessidades. Mas se as crianas vivem com medode que as suas necessidades no vo ser satisfeitas - se lhes dissermos "cale a boca e v embora" - elas faroexatamente isso e levaro consigo suas necessidades emocionais tambm.

    At mesmo quando as crianas eram bebs, ns lhes falvamos sobre o Amor de Deus. Quandocresceram lhes ensinamos canes e versculos sobre o interesse de Deus por elas. Quando as crianas tinhamidade para estudar, todos ns aprendemos juntos sobre o Amor de Deus e como Ele nos aceitaincondicionalmente. Memorizamos versculos que se tornaram parte do modo de pensar de Tnia e To.

    Sente-se uma parte do todo. Muito intimamente ligada idia que a pessoa faz de si prpria est asensao de pertencer a algo. Percebemos que fazer parte de uma famlia muito importante para uma

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    criana. Na verdade, isso nunca deixa de ser importante at mesmo quando a criana j cresceu. A fim dedesenvolver o sentido de famlia, eu e Paul trabalhamos duro para incentivar recordaes e estabelecertradies de famlia. Dedicvamos as tardes de domingo famlia. Fizemos tambm lbuns de fotos para nosrecordarmos dos nossos tempos juntos. Um dos passatempos preferidos de Tnia quando ela chega da escola

    pegar todos os lbuns e ficar olhando um por um.Mesmo se no tivssemos desenvolvido um sentido de famlia com os nossos filhos, eles agora

    pertencem a uma famlia maior: a famlia de Deus. Incentivamos To e Tnia a quererem conhecer seus"irmos" e a inclu-los no seu crculo de amor.

    Aceita os outros. Jesus nos diz: "Ama o teu prximo como a ti mesmo". Se conseguirmos esquecerdos nossos erros e dar a ns mesmos a oportunidade de progredir, muito mais fcil nos esquecermos doserros dos outros e permitir que eles progridam.

    capaz de tomar decises. Quanto mais uma pessoa se conhece, mais fcil se torna tomar decises.O processo de tomar decises sempre difcil porque envolve risco, qualquer que seja a deciso tomada.

    Incentivamos os nossos filhos, antes de mais nada, a orarem por sabedoria e orientao divinas. Emsegundo lugar, eles deveriam fazer uma lista de todos os prs e os contras de cada opo. Os prs e os contrasno deveriam ser somente racionais, mas deveriam tambm refletir os seus sentimentos sobre as opes. Elesdeveriam marcar os que pesavam mais emocionalmente. Geralmente, atravs deste processo, uma alternativase sobressaa em relao s outras; nesse ponto, por mais difcil que fosse para eles, eles tomavam suasdecises. Ento diziam ao Senhor que achavam que tinham feito uma escolha sbia mas sabiam que Ele eragrande o suficiente para fechar a porta se no fosse a Sua vontade. E a partir da seguiam por f.

    Compreende, assume e leva os seus compromissos at o fim. Assumir compromissos estintimamente ligado a tomar decises. Os americanos hoje em dia so fraqussimos quanto a assumircompromissos. Eles hesitam em apoiar um partido poltico, lutar por causas ou at em se casarem. Tm medode ficar desiludidos, de se sentirem trados quando suas causas ou seus heris fracassam. por isso que importante ser realista sobre todos os aspectos de uma situao antes de nos envolvermos. Mas, uma vez quetenhamos assumido o compromisso, precisamos nos disciplinar e manter a nossa palavra.

    Sabe se divertir e gozar a vida. A vida tambm deveria incluir nos comprometermos a torn-ladivertida para ns mesmos. A Bblia nos diz: "Um corao alegre serve de bom remdio". Divertimentorepresenta algo diferente para cada pessoa. Tnia gosta de conversar com amigas ou andar de bicicleta, ao

    passo que To prefere jogar futebol ou esquiar na neve. O que importante que tanto um como outro possausufruir vontade do que lhes d prazer em vez de ficarem amarrados s expectativas dos outros.

    Consegue expressar os seus sentimentos. Uma das maiores necessidades na vida de um adolescente ser ouvido. Na sua luta pela igualdade ele quer ter um voto no mundo que o rodeia. O problema que muitas

    vezes falta-lhe maturidade e sabedoria para saber o que dizer ou como dizer. Em outras palavras, o que osadolescentes dizem parece bobagem.

    Um pai prudente precisa ignorar o que o filho est dizendo e saber por que ele est dizendo isso.Precisamos tambm ajudar os nossos filhos a aprenderem que comunicao inclui saber expressar-se e ouvir oque os outros tm a dizer. Os adolescentes precisam compreender que muitas vezes as pessoas tm motivosemocionais no manifestos e bom ver os sentimentos que esto por detrs das palavras. Por exemplo,quando um pai ou me recusa dar permisso ao seu filho adolescente para passar o feriado esquiando, oadolescente pode pensar que porque os pais no confiam nele. Contudo, a deciso pode ser motivada pelodesejo dos pais de verem a famlia unida. Estar ciente das coisas no pronunciadas pode facilitar muitoquando lidamos com os verdadeiros problemas.

    Temos muitas conversas em famlia. A hora do jantar para ns um frum. Procuramos tambmpassar tempo com os nossos filhos cada noite. Fazemos perguntas e falamos sobre as nossas alegrias efrustraes do dia. Algumas perguntas que fazemos geralmente so:

    Em que voc tem pensado ultimamente?O que voc acha disso?Qual foi a coisa mais difcil para voc hoje?O que foi que voc gostou na escola (amigo, etc.)?Que relacionamento foi fatigante para voc hoje? O que voc fez a respeito?

    Se eles estiverem abertos a sugestes, ns as damos; mas acima de tudo queremos que eles saibamque o que tm a dizer importante para ns.

    Consegue dar-se emocionalmente a outros. Uma das coisas que eu e Paul ajudamos os nossos filhosa aprender, foi como transmitir aos outros a maneira de ter um relacionamento pessoal com Deus. Ns

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    ressaltamos para eles que o Senhor deseja usar os nossos braos para levarmos a outros o Seu Amor. Aspessoas no querem s ouvir versculos, querem tambm ver demonstrado em outros o que Deus tem aoferecer.

    capaz de lidar com situaes emocionalmente difceis. Nas horas mais escuras da vida precisamosrecorrer fora acumulada durante os dias mais fceis.

    Uma coisa que ensinamos nossos filhos foi a identificarem seus sentimentos e aceit-los como parteda vida. Por exemplo, depois de perder um emprego, seria natural sentir-se decepcionado, zangado e ficar nadefensiva. Se esses sentimentos no forem reconhecidos, apodrecero e resultaro em rancor e depresso. Mas

    precisamos ultrapassar esses sentimentos naturais para alcanarmos outras coisas que sabemos que soverdade. Por exemplo, eu poderia dizer: "Sei que no sou um fracasso e que Deus deve ter outro plano paramim. Sei tambm que o patro tem defeitos que provavelmente resultaram na minha demisso. Precisoreconhecer as minhas fraquezas e o efeito que elas tiveram no meu trabalho." A partir da precisamos seguirem frente, mais sensatos e animados.

    Desenvolvimento financeiro"Quem fiel no mnimo tambm fiel no muito". - Lucas 16:10.

    Queramos filhos livres do apego ao dinheiro, livres para seguirem na direo que Deus tivesse paraeles sem ficarem presos ao dinheiro. Queramos tambm filhos que estivessem dispostos a confiar que Deussupriria todas as suas necessidades e que fossem fiis nas responsabilidades financeiras que o Senhor lhes

    conferisse. Neste mundo materialista, sabamos que estvamos indo contra a corrente; ento traamoscuidadosamente nossa linha de ao.

    Tem uma perspectiva bblica das finanas. s vezes a nossa tendncia limitar Deus ao planoespiritual da vida e esquecer Sua onipresena no nosso cotidiano. A Bblia, porm, tem muito a dizer sobrefinanas: o que temos e no temos, e como devemos usar o que temos.

    Primeiro: Precisamos reconhecer que tudo o que temos vem de Deus. Ele nos d a capacidade deganharmos dinheiro. Ver o Senhor em nossa vida financeira tambm produz um senso de gratido.

    Segundo: Na Bblia, Deus estabeleceu princpios para o uso do dinheiro. So muitos os princpios eno me possvel entrar em detalhes, mas um exemplo est em Provrbios 27:23,24, onde Deus nosincentiva: "Procura conhecer o estado das tuas ovelhas: pe o teu corao sobre o gado. Porque as riquezasno duram para sempre: e duraria a coroa de gerao em gerao?" Deus nos diz tambm para "fazer ascontas dos gastos" quando comeamos um empreendimento, "para que no acontea que depois de haver

    posto os alicerces, e no o podendo acabar, todos os que o virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este

    homem comeou a edificar e no pde acabar". O mundo reconhece estes dois princpios como administraofinanceira sensata.

    Terceiro: A Bblia nos avisa do impacto emocional que o dinheiro tem. Como a "concupiscncia dacarne" no plano fsico, a "concupiscncia dos olhos" (desejo de ter o que vemos) no campo financeiro podeinfluenciar tremendamente as nossas decises. Deus nos aconselha a "buscar primeiro o Seu Reino e a Sua

    justia e todas estas coisas nos sero acrescentadas".Por ltimo: H o princpio espiritual de dar o dzimo, que a nossa reao ao aceitarmos a

    autoridade de Deus sobre a nossa situao financeira. Malaquias 3:10 nos diz para "trazermos todos osdzimos casa do tesouro", e que Deus "abriria as janelas do Cu e derramaria sobre ns uma bno tal quedela nos adviria a maior abastana".

    Tem um corao generoso. Depois de vivenciarmos tudo o que Deus nos deu, no smonetariamente mas tambm a nvel pessoal, a nossa reao deveria ser querer dar a Ele e aos outros. H umadiferena entre dizimar e dar: dizimar a parte que o Senhor nos pede da nossa renda; dar o que ns

    doamos, alm e acima do dzimo.Incentivamos nossos filhos a empreenderem um projeto de doao digna todos os anos. Umdeterminado ano eles deram presentes de Natal para uma famlia que no tinha condies de comprar

    presentes. Numa outra ocasio Tnia e To fizeram parceria com outros para darem presentes a esposasvtimas de maus-tratos e seus filhos. E eles tambm tm ajudado a sustentar missionrios.

    Sabe trabalhar. Em vez de terem uma tica de trabalho, parece que os jovens tm como meta ver doque conseguem escapar na vida. Em vez de buscarem excelncia, eles querer ver o quanto conseguem obtercom o mnimo de esforo.

    Entretanto vejo pessoas insatisfeitas com suas carreiras, queixando-se de que s tm "um emprego emais nada". Poucas tm metas pessoais, e as que tm as medem em dinheiro. Parece que o sucesso aos olhos

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    do mundo se determina pelo dinheiro que se possui. Mas o sucesso deveria ser medido pela satisfao pessoalde que se est honrando o Senhor com o trabalho. De certa forma essa satisfao semelhante alegria dedar.

    Muitas vezes somos negativos em relao ao trabalho e o vemos como um mal necessrio, epassamos essa atitude para os nossos filhos. Se resmungarmos a caminho do trabalho, eles resmungaro aocolocarem o lixo na rua. Se os castigarmos com trabalho extra, eles vero o trabalho como algo negativo. Masse os elogiarmos pelos trabalhos bem feitos, lhes mostrarmos o quanto gostamos do fruto do seu trabalho ereconhecermos o preo que tiveram que pagar para produzi-los, ento eles podero at esquecer a dortemporria do seu trabalho.

    Entende de administrao financeira. Fazer oramento administrar o dinheiro ganho. Vimos queera importante os nossos filhos aprenderem a decidir com antecedncia o que fazer com seu dinheiro em vezde calcularem depois de ter sido gasto.

    Ensinamos nossos filhos a usarem um simples oramento que continha 10% de dzimo, 10% depoupana e 80% de despesas para subsistncia.

    Ao aprenderem a fazer um oramento, as crianas ficam cientes do valor do dinheiro e dasresponsabilidades da vida. Lembro-me da carinha triste de To quando no pde comprar uma bola de futebol

    porque, "no est no meu oramento".Achamos que era importante que eles tomassem conhecimento do oramento da famlia e, como

    parte da famlia, assumissem algum tipo de responsabilidade pelas finanas do lar. Isso os ajudou a se veremcomo parte de um todo em vez de tentarem obter o que podiam para si mesmos. As crianas no precisam

    saber todos os detalhes, mas precisam saber que requer uma quantia enorme de dinheiro para dirigir umafamlia, e que deixar as luzes acesas, por exemplo, faz uma diferena. Eu conheo uma famlia que informa osseus filhos sobre a sua situao financeira em suas reunies de "conselhos de famlia" para poderem planejar

    juntos o que podem e no podem gastar.Sabe investir dinheiro. Temos conversado com nossos filhos sobre diversas oportunidades de

    investimento e as vantagens de cada uma. Temos falado tambm em jogos de azar, loteria e riscos financeiros.Num mundo de "ganhar dinheiro rpido", os jovens precisam aprender um mtodo equilibrado.

    Sabe poupar dinheiro. Saber controlar desejos imediatos em prol de uma causa futura ou maior no s um princpio financeiro mas tambm espiritual. Ns, o povo de Deus, muitas vezes deixamos de ladodesejos imediatos em troca de valores eternos.

    Conhece os procedimentos das transaes bancrias. Transaes bancrias fazem parte do nossoestilo de vida. Em vez de fazermos trocas, ns pagamos com cheque. Para que se sintam confiantes, os nossosfilhos precisam saber como usar um banco, sentirem-se vontade para depositarem e sacarem dinheiro, e

    terem um talo de cheque.Queramos filhos que controlassem as suas finanas em vez de serem controlados por elas.

    Queramos filhos confiantes em lidar com o sistema do mundo sem serem vencidos por ele. Mas acima detudo, queramos filhos que estivessem livres para honrar o Senhor sem ficarem tolhidos por questesfinanceiras.

    Manter-se no rumo certoA parte mais crtica do desenvolvimento dos seus filhos talvez seja no se desviar dos planos que

    voc traou. Para mim, comear foi muito mais fcil do que continuar nesse curso. por isso que importante estar ciente das prioridades. Em todos os nossos negcios, tentamos manter as nossas prioridades edeixar que determinassem as nossas atividades e no o oposto. Quanto aos "dias em famlia", tempo juntoscomo casal ou com os nossos filhos, colocamos isso como prioridade mxima nos nossos planos.

    Dias em famlia. Uma das melhores coisas que fizemos para perseverarmos no nosso esforo para

    atingir nossas metas foi instituir "dias em famlia" - horas em que podamos concentrar-nos em estar juntosem famlia, progredindo juntos e aprendendo a apreciar a companhia uns dos outros. Os domingos tm sido osmelhores dias para ns. Durante os 10 anos em que tivemos dias em famlia, fizemos quase tudo o que se

    pode imaginar: caminhadas, jogos, fomos a festivais de msica, fizemos estudos bblicos, lemos livros,assistimos a filmes, fomos ao zoolgico, praia, montanhas, parques, museus e visitamos todos os lugaresque se possa imaginar. O importante era estarmos juntos e podermos ter comunicao.

    Ajudamos tambm Tnia e To a estipularem metas para as suas vidas. Achamos que parte deemancipar-se saber que rumo tomar. Uma das coisas mais prticas que fazamos durante as nossas horas emfamlia era falar de eventos futuros. Cada semana pegvamos o calendrio, estudvamos os compromissosque tnhamos feito e depois planejvamos o resto da semana.

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    Encontros. Uma coisa que no esquecamos de marcar em nossa agenda eram os nossos "encontros".Eu e Paul procurvamos passar um tempo a ss com cada um dos nossos filhos todas as semanas. Para algunsde vocs isto pode parecer irreal, mas no se esquea que qualquer minuto que voc possa dispensar para estarcom seus filhos ser multiplicado e retribudo a voc. Tivemos muitas idias criativas sobre onde nosencontrarmos; mas o lugar nunca parecia to importante quanto a conversa, a partir da qual tomamosconhecimento dos conflitos dos jovens na escola, suas atitudes em relao sexualidade e seus desejos deservirem o Senhor.

    Fins de semana para ficar a par da situao. Sabamos tambm que para no sairmos da linha,precisvamos estar a par regularmente do nosso progresso e recapitular as nossas metas. Procurvamos nosafastar trs vezes por ano para fazermos uma avaliao e nos descontrairmos. s vezes tnhamos sorte econseguamos um fim de semana fora da cidade, mas outras vezes apenas amos juntos a um restaurante.Alm de nos descontrairmos e desfrutarmos da companhia um do outro, avalivamos como estvamos nossaindo como casal, como Tnia e To estavam indo, o que ainda precisavam saber e em que sentido eles aindatinham que se desenvolver.

    s vezes Paul e eu inclumos nossos filhos nas avaliaes. Perguntvamos-lhes o que elesconsideravam ser seus pontos fracos e em que aspectos queriam progredir. Decidirem quais seriam suas

    prximas metas lhes deu um senso de participao e expectativa.E se for tarde demais? Alguns de vocs podero estar a sentados olhando para o seu adolescente

    mais velho e pensando: ", eu pisei na bola. Tudo isto timo mas tarde demais". Nunca tarde demais. ODr. Bruce Narramore diz: "Enquanto nossos filhos estiverem em nossa casa temos uma certa influncia.

    verdade que eles so mais flexveis nos primeiros anos de vida, mas h muita margem para mudar. Secomearmos agora, cada um de ns pode trabalhar para uma vida em famlia gratificante."

    Qual a sensao de voar?Voc que pai ou me deve realmente ficar se perguntando se ser capaz de deixar os seus filhos

    irem quando chegar a hora. O compromisso de comear a trabalhar para a emancipao deles em parte seu.Voc se compromete a amar o seu filho incondicionalmente, a dedicar-lhe o seu tempo e energias para

    planejar e ajudar a finalizar o plano, a comunicar-se com sinceridade e a ter, o mximo possvel, uma condutairrepreensvel. Voc tambm deve se comprometer a abrir mo quando chegar a hora. Se no o fizer,estabelecer um padro de falta de confiana e de no cumprir a sua palavra, o que ser extremamente difcilde reparar. Por isso importante confiar no Senhor quanto ao seu filho e descansar confiantemente na Suavontade.

    Criar filhos uma das tarefas mais difceis da vida, e criar filhos que conhecem e amam o Senhor

    num mundo mpio ainda mais difcil.Jeremias tem uns versculos interessantes sobre ovelhas, e no posso deixar de sentir que eles se

    aplicam educao dos nossos filhos. Jeremias 17:16 diz: "Eu no me recusei a ser o teu pastor". Ser pastorno um trabalho "divertido". Envolve muita superviso, orientao, proteo; na verdade, pode at se tornarchato mesmo. Mas, da mesma forma que Deus no se recusou a ser o nosso pastor, tampouco deveramosfugir das nossas responsabilidades como pais. claro que h outras coisas l fora que nos atrai - dinheiro,viagens, carreiras promissoras, promoes e posies sociais a serem procuradas - mas nenhuma dessas coisas mais importante que as nossas ovelhas. Um dia o Senhor nos perguntar: "Onde est o rebanho que Eu lhedei, as suas lindas ovelhas?"

    SUMRIO

    Espiritual

    sabe como estudar a Bbliapassa um "tempo tranqilo" regularmente com o Senhortem um conhecimento geral prtico das Escriturasest se desenvolvendo como uma pessoa de f, e sabe inclusive buscar o Senhorest memorizando versculosobedece fielmentecompreende muito bem como ele em Cristoest progredindo regularmente em sinceridade e franqueza espiritual uma pessoa que tem o hbito de orar

  • 7/29/2019 Como Ajudar Seu Filho a Ser Independente

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    Fsicoaceita o seu corpo fsico como uma ddiva de Deuscompreende e pratica hbitos de higiene pessoaltem um peso adequado para a sua idadesegue regularmente um programa para manter uma boa forma fsicatem uma boa alimentaoest praticando pelo menos um esportefaz exames mdicos regularmentezela por uma boa aparnciatem uma perspectiva bblica da sexualidade

    Intelectualtem um conhecimento prtico das matrias bsicastem uma noo geral de Histria e Atualidades Mundiaissabe como achar informaes necessriassabe como as mquinas funcionamsabe dirigir um veculotem um conhecimento prtico de conhecimentos geraisest desenvolvendo sua criatividade fcil de ser ensinado

    consegue discernir quais conhecimentos coincidem com as Escriturassabe e usa princpios para administrar bem o seu tempotem um senso de tica

    Socialentende o que a Bblia incentiva no aspecto de relacionamentoscomo parte da sociedade, responsabiliza-se pelas aes da mesmasente-se confiante no seu papel tanto de anfitrio como de convidadoconhece as regras de etiqueta e boas maneirasapresenta algum com confianaconsegue relacionar-se com pessoas de diferentes faixas etriasdeixa os outros vontade porque se sente vontade

    Emocionalsente-se importante como pessoasente que faz parte do todoaceita os outros capaz de tomar decisescompreende, assume e finaliza os seus compromissossabe se divertir e gozar a vidaconsegue comunicar seus sentimentos aos outrosconsegue dar-se emocionalmente a outros capaz de lidar com situaes emocionalmente difceis

    Financeirotem uma perspectiva bblica das finanas

    generososabe como trabalharentende de administrao financeirasabe investir dinheirosabe poupar dinheiroconhece os procedimentos das operaes bancrias

    (Os seguintes registros de progresso podem ser usados para orientar o desenvolvimento dos seusfilhos. Acrescente os pontos que achar necessrio:)

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    Registro de progresso do desenvolvimento fsico

    1. Entende e adquire hbitos de higiene pessoalcompreende o porqu de uma boa higieneest consciente das funes do corpo e do seu desenvolvimentotem bons hbitos de higiene como os citados abaixo:

    2. Mantm o peso certo para a sua idadesabe o seu peso adequadoconhece os benefcios para a sade de no se estar muito acima ou abaixo do peso ideal

    3. Segue regularmente um programa para manter uma boa forma fsicaescolheu alguma forma de exerccio regular

    4. Tem uma boa alimentaoconhece os grupos de alimentos bsicosconhece os benefcios da boa alimentaoconsegue controlar seus hbitos alimentares

    5. Est aprendendo pelo menos um esporte

    escolheu um esporte no qual se aprimorarest melhorando sua coordenao motora

    6. Faz exames mdicos regularesvai ao dentista duas vezes por anovai ao oftalmologista de dois em dois anos

    7. Zela por uma boa aparnciacompreende a importncia da boa aparnciaveste-se adequadamentecompreende que a verdadeira beleza interior

    8. Tem uma perspectiva bblica da sexualidade

    compreende a perspectiva bblica da sexualidadeest desenvolvendo suas prprias convices sobre o sexosente-se vontade quando fala com os pais e outros adultos a quem respeita sobre sexo

    Registro de progresso do desenvolvimento intelectual

    1. Tem um conhecimento prtico das matrias bsicassabe ler, escrever e fazer contas bemtem sentimentos positivos em relao ao aprendizado e seus deveres de casa

    2. Tem uma idia geral de Histria e Atualidades Mundiaisentende a influncia da Histria nos acontecimentos atuaiscompreende as questes bsicas e o que est acontecendo no cenrio mundial

    3. Sabe como achar informaes necessriassabe usar o fichrio de uma bibliotecasabe onde encontrar diversos tipos de livrossabe usar livros de consulta como dicionrios, enciclopdias e lxicossabe que outros recursos (filmes, discos, vdeos, etc) existem na biblioteca da sua cidade

    4. Sabe como as mquinas funcionam

    5. Sabe dirigir um veculo

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    teve aulas de auto-escolaleva a srio a responsabilidade de dirigir um carrosabe fazer trabalhos simples de manuteno no carro da famlia responsvel financeiramente pela gasolina, seguro e outras despesas com o automvel

    6. Tem uma base de conhecimentos geraisDesenvolveu habilidades domsticas bsicas, tais como:

    cozinhar e preparar refeies,escolher o cardpio e fazer compraslavar e passar roupalimpartirar manchascosturardecorar quartos e interiorescuidar da grama e do jardim

    Sabe fazer tarefas domsticas simples, tais como:desentupir um canodesentupir uma privadatrocar um fusvel

    colar peas quebradaspendurar quadros e cortinasconsertos de carpintariaconsertos eltricosorganiza e cuida das suas ferramentas

    7. Est desenvolvendo sua criatividadetem alguma forma criativa de se extravasar

    8. Sabe os "porqus" da sua crenaest seguro na sua fconsegue defender a sua f

    9. fcil de ser ensinado

    10. Sabe e usa princpios administrativossabe planejar e usar o seu tempo com eficciareconhece a necessidade do lazertem um sistema pessoal de arquivo geralmente pontual

    11. Tem um senso de ticadebateu o princpio de "ser como Jesus"criou convices pessoais sobre o que faria ou no faria em certas situaes capaz de manter suas convices quando sob presso cuidadoso em julgar outros com convices diferentes das suas

    Registro de progresso do desenvolvimento social

    1. Entende o que a Bblia incentiva nos relacionamentoscompreende a sua responsabilidade de representar Cristo aos outrosest seguro no seu relacionamento dentro da famliatem um bom relacionamento com os colegasest formando relacionamentos fora do grupo de colegas

    2. Como parte da sociedade, responsabiliza-se pelas aes dela

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    participa em atividades de grupono evita assumir a sua parte na responsabilidade nas atividades (boas ou ms) do grupodemonstra responsabilidade pessoal nas suas aes quando adultos no esto presentes

    3. Sente-se confiante no seu papel de anfitrio ou convidado sensvel s necessidades dos outros

    pensa de forma criativa para saber como satisfazer essas necessidadesreconhece suas necessidades e como satisfaz-lassabe realizar um evento formalsabe entreter as pessoas de uma forma naturalsente-se vontade no papel de anfitriosabe aceitar ou recusar um convitecomunica fielmente o seu apreo depois de um evento

    4. Conhece as regras de etiqueta e boas maneirasconhece e pratica regras de cortesia comuns, como:compreende a razo para ser cortscompreende e pratica regras de etiqueta nos encontros com o sexo oposto

    5. Apresenta algum com confiana

    sabe fazer apresentaes adequadamenteusa o telefone com confiana

    6. Consegue relacionar-se com pessoas de diversas faixas etriassente-se confiante no seu relacionamento com adultossente-se confiante ao relacionar-se com pessoas idosassente-se confiante ao relacionar-se com crianassente-se confiante ao relacionar-se com indivduos de outras culturas

    7. Deixa os outros vontade porque est vontadegosta da companhia das pessoas uma pessoa com quem os outros gostam de conviver

    Registro de progresso do desenvolvimento emocional

    1. Sente-se importante como pessoaconsegue "ser senhor" das suas emoes e responsabilizar-se por elassabe que Deus o aceitasente-se aceito pelos seus paissegue as recomendaes dos outrostem um senso de integridade pessoal

    2. Sente-se parte do todoconhece a sua identidade familiaraceita o amor da sua famlia e carinhososente-se parte da "famlia de Deus"

    gosta das tradies da famlia

    3. Aceita os outrosest aberto a pessoas de outros pases e culturasesfora-se por receber pessoas com as quais no sente muita afinidadesabe identificar-se com os sentimentos dos outros e compreende emocionalmente seus pontos de

    vistarespeita os outros ainda que no concorde com eles flexvel ao lidar com outros

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    4. capaz de tomar decisessente-se suficientemente seguro para tomar decises que fogem conformidade

    5. Compreende, assume e leva os seus compromissos at o fimest disposto a fazer compromissosleva os compromissos a srio

    permanece fiel aos seus compromissossabe desvencilhar-se de um compromisso se for necessriono tem medo de assumir compromissos em relacionamentos

    6. Sabe se divertir e gozar a vidacompreende os benefcios emocionais, fsicos e espirituais dos momentos de diverso e lazersabe rir e fazer "palhaadas" quando apropriadoreserva um espao na sua agenda para se divertirsabe deixar de lado seu desejo natural de se divertir quando as circunstncias exigirem isso

    7. Consegue expressar seus sentimentos aos outrosdemonstra confiana em se comunicar com os outrossente que tem algo a oferecerest aprendendo a "ler nas entrelinhas" e identificar o nvel emocional de uma conversa

    comunica os seus sentimentos com confiana.

    8. Consegue dar-se emocionalmente a outrosreconhece as necessidades dos outros e deseja satisfaz-lasest aprendendo cada vez mais a satisfazer as necessidades dos outrosno se envolve em relacionamentos no saudveis

    9. capaz de lidar com situaes emocionalmente difceisconsegue ver os seus sentimentos luz das Escrituras e de outras fontes de informao corretasassume a responsabilidade por aes que so fruto de suas emoes

    Registro de progresso do desenvolvimento financeiro

    1. Tem uma perspectiva bblica das finanascompreende que tudo provm de Deustem um esprito de gratido pelo que possuiconhece bem os princpios bblicos das finanasest ciente do controle do materialismo e da invejaconhece e pratica o princpio do dzimo

    2. Tem um corao generosod de boa vontade, sacrificada e regularmente

    3. Sabe como trabalhartrabalha com satisfao fiel nos seus trabalhos

    tem orgulho do seu trabalhodemonstra confiana aos se comunicar com os seus superiores ou patro

    4. Entende de administrao financeirasabe tomar decises financeiras sbiasusa um oramento simplescompreende o oramento da famlia

    5. Sabe poupar dinheiroconsegue poupar dinheiro

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    economiza para fazer compras especiais

    6. Tem conhecimentos prticos de transaes bancriassabe como usar uma conta bancriaconhece os benefcios e perigos de cartes de crditosabe ler e entender declaraes do bancolida com confiana com instituies financeiras

    O oramento de uma criana:1. Renda _____ por semana, da semanada

    _____ por semana por outros trabalhos_____ total por semana

    2. Percentagens _______ % para o dzimo_______ % para poupana_______ % para gastar

    (O oramento pode ser mais diversificado para uma criana mais velha.)

    Um oramento simplificado pode ser usado para explicar o oramento da famlia aos filhos.Alguns amigos mostraram este oramento aos seus filhos (6, 8 e 12 anos) para ajud-los a entender

    onde vai o dinheiro da famlia, em que foi gasto e o que eles podem fazer para ajud-los a no gastar tanto.

    Por causa disso ficou mais fcil para os pais dizerem "no" e as crianas entenderem.

    Salrio US$ 2.000Dzimo (e doaes) -200 = 1.800Despesas da casa -915 = 885 (aluguel, gua, luz, seguros, impostos)Mantimentos -250 = 635Roupa -150 = 485Lazer (inclui comer fora) -100 = 385Bab -50 = 335Aulas/esportes -75 = 260Seguro de vida -50 = 210Mesadas e gratificaes -25 = 185Presentes -40 = 145

    Manuteno da casa -80 = 65Sobravam sessenta e cinco dlares para outras despesas e compras importantes para a casa (isto

    moblia, TV nova, etc.), frias e viagens, brinquedos, etc., alm do oramento normal.Eles comearam a perceber que o oramento no era "infinito" e sentiram-se motivados a ajudar a

    aumentar a renda a fim de fazer algumas coisas que queriam fazer.

    Frmula sugerida para um fim de semana para se colocarem a par da situao1. Descontraiam-se. Gozem da companhia um do outro como casal. Encontrem um lugar neutro

    onde possam ficar livres das preocupaes e interrupes cotidianas.2. Comuniquem-se. Conversem para encontrar a soluo para frustraes, ansiedades,

    preocupaes. Desarmem-se de sentimentos que possam interferir numa reflexo positiva.3. Dediquem-se. Confiem no Senhor, em orao, para o tempo que vo passar juntos. Peam-Lhe

    sabedoria para lidar com as questes.

    4. Avaliem. Falem sobre o que tem funcionado bem e o que no tem funcionado bem. Em que pontoas crianas se encontram no caminho da sua emancipao? O que precisa ser feito a seguir? Em que p est oseu oramento? O seu cronograma reflete as suas prioridades?

    5. Sonhem. Imaginem onde gostariam de estar.6. Planejem. Como podem sair daqui para chegar ali?7. Confiem. Peam a Deus a Sua fora e perseverana para realizarem o plano. Louvem-No por Ele

    ser o que e pelo privilgio que Ele lhes deu de serem pais. Descreva o seu filho ao Senhor e agradea-Lhepor cada aspecto da criana.

    * * *

  • 7/29/2019 Como Ajudar Seu Filho a Ser Independente

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    Certo dia peguei um pedao de massinhaE sem pensar moldei-a como bem me parecia;E ao pressionar meus dedos, ela com facilidadeSe moldava e submetia minha vontade.

    Voltei uns dias depois massinhaA forma que eu lhe dei ainda tinhaE tentei com os meus dedos pressionarMas aquela forma no pude mais mudar.

    Um pedao de "barro vivo" eu pegueiE dia a dia gentilmente o modeleiE com arte e fora foi esculpidoUm corao jovem, macio e rendido.

    Voltei ao fim de muito tempo passadoDiante de mim estava um homem formadoEle mantinha ainda aquela forma primitivaE mud-lo agora no me era mais possvel.

    * * *

    "Ningum tem maior amor do que este"

    Fosse qual fosse o alvo que tinham planejado atingir, os morteiros caram num orfanato dirigido porum grupo missionrio num pequeno vilarejo vietnamita. Os missionrios e uma ou duas crianas morreramimediatamente, outras ficaram feridas, inclusive uma garotinha de oito anos.

    As pessoas do vilarejo pediram auxlio mdico a uma cidade vizinha que mantinha contato por rdiocom o exrcito americano. Finalmente um mdico e uma enfermeira da Marinha norte-americana chegaramnum jipe com apenas as suas maletinhas de primeiros-socorros. Eles constataram que a garotinha era quemestava em piores condies. Se no fosse feito algo rapidamente ela poderia morrer por choque e hemorragia.

    Era imperativo uma transfuso, e era preciso um doador com o mesmo tipo de sangue. Um rpidoexame constatou que nenhum dos dois americanos tinha o sangue do tipo apropriado, mas vrias crianas queno ficaram feridas tinham.

    O mdico arranhava um pouquinho de vietnamita com ingls e a enfermeira falava um pouco defrancs que aprendera no segundo grau. Com essa combinao e por meio de gestos, tentaram explicar

    jovem e assustada audincia que, a menos que conseguissem repor o sangue que a garotinha havia perdidoela certamente morreria. Ento perguntaram se algum estava disposto a doar sangue para ajud-la.

    O seu pedido foi recebido em silncio e olhos arregalados. Depois de uma longa pausa umamozinha trmula foi aparecendo vagarosamente, baixou, e depois subiu novamente.

    - Ah, obrigada - disse a enfermeira em francs.- Qual o seu nome?

    - Heng - foi a resposta.Heng foi posto rapidamente num estrado, o seu brao

    limpo com lcool, e uma agulha inserida na sua veia. Durantetodo esse processo Heng ficou completamente quieto e calado.

    Depois de um momento ele estremeceu com um soluo, cobrindo rapidamente o rosto com a mo

    que tinha livre.- Est doendo Heng? - perguntou o mdico. Heng balanou a cabea, mas depois de algunsmomentos deixou escapar outro soluo, e mais uma vez tentou disfarar o choro. Mais uma vez o mdico lhe

    perguntou se estava doendo, e mais uma vez Heng balanou a cabea negativamente.Mas agora os soluos ocasionais deram lugar a um choro contnuo e silencioso, os seus olhos

    estavam cerrados e a sua mo fechada na boca para abafar os soluos.A equipe mdica estava preocupada. Obviamente havia algum problema. A essa altura chegou uma

    enfermeira vietnamita para ajudar. Vendo o sofrimento do garoto, ela falou com ele rapidamente emvietnamita, ouviu o que ele tinha a dizer e lhe respondeu com uma voz reconfortante.

    Pouco depois o paciente parou de chorar e olhou para a enfermeira vietnamita com ar de dvida.

  • 7/29/2019 Como Ajudar Seu Filho a Ser Independente

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    Quando ela balanou a cabea, um sinal de grande alvio tomou conta de seu semblante.Levantando os olhos a enfermeira disse calmamente para os americanos que ele pensava que estava

    morrendo. Ele no entendera direito e pensou que tinham lhe pedido para dar todo o seu sangue para que agarotinha pudesse viver.

    - Mas por que ele estaria disposto a fazer isso? - perguntou a enfermeira americana.A enfermeira vietnamita perguntou ao garoto, que respondeu simplesmente:- Ela minha amiga.

    Ningum tem maior amor do que este: de dar algum a vida pelos seus amigos.

    Copyright 2001 por A Famlia