o operador independente

21
O OPERADOR NACIONAL INDEPENDENTE E SEU PAPEL NO ESTABELECIMENTO DE UM MERCADO COMPETITIVO

Upload: lmaurer

Post on 26-May-2015

251 views

Category:

Technology


2 download

DESCRIPTION

O OPERADOR NACIONAL INDEPENDENTE E SEU PAPEL NO ESTABELECIMENTO DE UM MERCADO COMPETITIVO

TRANSCRIPT

Page 1: O Operador Independente

O OPERADOR NACIONAL INDEPENDENTE E SEU PAPEL NO ESTABELECIMENTO DE UM MERCADO COMPETITIVO

Page 2: O Operador Independente

O OPERADOR INDEPENDENTE (ISO) É UM ELEMENTO CHAVE DE UM SETOR ELÉTRICO COMPETITIVO

Um dos pilares dos processos de reestruturação é a segregação vertical entre G e T para propiciar a concorrência em geração

Isto requer:- Todos os proprietários de T devem prover serviços comparáveis- Separação da propriedade e da operação do sistema

O conceito de um Operador Independente (ISO) ganhou aceitação universal para colocar em prática o princípio da isonomia no uso do sistemas de transmissão

As responsabilidades do ISO variam em função do modelo conceitual adotado para o mercado – mas as diversas correntes concordam pelo menos quanto à:- Sua existência- O operador do “pool” será o operador do sistema

Page 3: O Operador Independente

VÁRIAS QUESTÕES DEVEM SER ABORDADAS PARA SE ATINGIR OS OBJETIVOS DE INDEPENDÊNCIA E FUNCIONALIDADE DO ISO ...

Deve o ISO ser uma organização que visa lucro?

Como determinar a regência e escolha dos membros do Conselho de Administração do ISO?

Quais os procedimentos de votação e resolução de disputas entre seus membros?

Devem os detentores de ativos de T disporem de direitos especiais?

Como o ISO deve ser estruturado como uma organização?

* Qual a relação entre o ISO e o mercado?

Page 4: O Operador Independente

EM DECORRÊNCIA, SURGEM VÁRIAS ALTERNATIVAS DE ESTRUTURAÇÃO DO OPERADOR INDEPENDENTE ...

Um acordo operacional entre as concessionárias detentoras de ativos de transmissão

Um ISO que opere o sistema, mas não tenha autoridade ou responsabilidade para planejar sua expansão (ISO-light)

Um ISO que opere o sistema e que tenha a responsabilidade e autoridade para construir linhas de transmissão; e

Uma empresa de transmissão que detenha os ativos de transmissão e que os opere.

Page 5: O Operador Independente

DIFERENTES PAÍSES TEM ADOTADO DIFERENTES MODELOS E ATRIBUIÇÕES PARA SEUS OPERADORES INDEPENDENTES

Natureza societária – lucrativa ou não, agente governamental ou privado

Natureza e número de participantes

Composição do Conselho de Administração e existência/papéis de Comitês

Processo para alteração das regras de despacho e regras de mercado

Grau de regulamentação do Regulator – fixação de preços e controle de custos

Papel em monitoramento do grau de competitividade do mercado

Page 6: O Operador Independente

EM DOS DESAFIOS MAIS IMPORTANTES É COMO ASSEGURAR QUE O ISO OPERE DE FORMA EFICIENTE E EFICAZ

Na grande maioria dos casos, trata-se de um monopólio em suas funções básicas

Ademais, para evitar conflitos de interesse na expansão e operação do sistema, é organizado como entidade não lucrativa, e por vezes sem ativos

Avaliar seu desempenho é uma atividade que tem ocupado a atenção do meio acadêmico e dos governos

Como agravante, dispõe de uma forte autoridade que, se mal aplicada, pode favorecer o estabelecimento de “cartéis”

Acredita-se que a solução deste problema reside em uma aplicação inteligente dos mecanismos de regência e regulamentação.

Page 7: O Operador Independente

EXISTEM VÁRIAS POSSIBILIDADES DE REGÊNCIA (GOVERNANCE) PARA O ISO ...

Um Conselho de Adminstração com representação múltipla dos agentes

Um Conselho independente dos agentes

Um Conselho representado por uma única classe de agentes

Uma empresa independente sem qualquer vinculação com os agentes

Page 8: O Operador Independente
Page 9: O Operador Independente

VISLUMBRA-SE TAMBÉM UM IMPORTANTE PAPEL PARA OS ÓRGÃOS REGULADORES – ESTRUTURA E REGÊNCIA EM SI NÃO GARANTEM UM MERCADO COMPETITIVO

Regulamentação dos preços do Mercado

Monitoramento do comportamento do mercado

Homologação das Regras de Mercado e dos Procedimentos de Rede

Assento no Conselho de Adminstração

Outras

Page 10: O Operador Independente

ASSIM COMO EM OUTROS PAÍSES, A CONSTITUIÇÃO DO ISO FOI UMA DAS PRIMEIRAS DECISÕES TOMADAS PARA CRIAR O MERCADO COMPETITIVO

Uma das primeiras recomendações do Projeto RE-SEB endossadas pelo Governo, em junho de 1997

Início do detalhamento em setembro de 1997, suporte legal através da Lei 9.648 e Decreto 2.655 em meados de 1998

Logo em seguida, assinatura do Acordo de Mercado, primeira Assembléia do MAE, nomeação do Conselho e Diretoria

Algumas semanas para o estabelecimento burocrático

O ONS já está se operacionalizando – em uma primeira fase com o suporte de profissionais cedidos por outras empresas;

Prazo para transferência das funções do GCOI.

Page 11: O Operador Independente

O ISO NO BRASIL (ONS) FOI ADEQUADO À REALIDADE DE SEU SETOR ELÉTRICO

ONS segregado da transmissão

Organização que não visa lucro

Regência através de representação de segmentos de G, T e D/Cs

Assento e veto do Governo

Aneel deve aprovar Estatutos, Procedimentos de Rede e Regras de Mercado

Custeado pelas tarifas de transmissão pagas por G e D/Cs

Page 12: O Operador Independente

PERMANCEM ALGUMAS DÚVIDAS NA CONSTITUIÇÃO DO ONS

Planejamento determinativo da transmissão

Poder coercitivo para garantir a expansão do sistema

Papéis vis-a-vis MAE – contabilização e liqüidação, precificação do spot

Desenvolvimento dos sistemas computacionais de otimização

Revisão nos procedimentos de votação evitando a dominação de grupos

Page 13: O Operador Independente

O MAIOR DESAFIO É UM TRABALHO DE CONSTITUIÇÃO HARMÔMICO COM O MERCADO – OS PAPÉIS ESTÃO MUITO ENTRELAÇADOS

Implementação de processos e sistemas é uma tarefa hercúlea

Independente dos ajustes finos sobre divisão de atribuição entre ONS e MAE, é necessário um trabalho de desenvolvimento conjunto dos processos e sistemas

Os quais tem um grau de inter-dependência muito forte

Há um risco de que constituídas as organizações elas tendam a seguir seus próprios caminhos

Caberá às organizações buscar este diálogo, preferencialmente através de uma estrutura de gerenciamento comum dos sistemas de informação

E ao governo monitorar para garantir um desenvolvimento harmônico, alinhado com os objetivos originais