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Comissão Organizadora

Coordenador Docente do Projeto de Extensão Prof. Dr. José de Araújo Nogueira Neto – Curso de Geologia/FCT/UFG Coordenadora Geral do Evento Carolina Michelon Camarda – Curso de Geologia/FCT/UFG Direção Curso de Geologia/FCT/UFG: Débora Santos Maia João Pedro Rodrigues Silveira Comissão Discente Curso de Geologia/FCT/UFG: Amanda Pereira Álvares Bruna Edriane Ramos de Oliveira Danielly Roberta Domingos de Carvalho Davi Resende Messias Eric Gonzaga Rocha Heliana Ribeiro Gregório Henrique Pereira Secco Isabela Araújo Barbosa João Emerson Vasconcelos Leite Vieira Jordanna Brenda Ferreira de Souza Joyce Brenda Ferreira de Souza Julia Tatsue Fogaça Saijo Nathália Amaral Coutinho Naywanii Geovana Garcia de Oliveira Nicole Lima Magny Sara Vieira Cardoso Taís Costa Cardoso Túlio Moreira de Assis Comissão Científica Curso de Geologia/FCT/UFG: Dr. Carlos Roberto dos Anjos Candeiro Dra. Fernanda Gervasoni Dra. Joana Paula Sánchez

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APRESENTAÇÃO

A Semana da Geologia é um evento tradicional em grande parte das escolas de Geologia do Brasil, no qual é realizado anualmente visando a comemoração do dia do Geólogo (30 de maio). Neste ano de 2018, o evento está sendo planejado e organizado apenas por discentes do curso de geologia da Universidade Federal de Goiás. A II Semana da Geologia - “Geologia: Diversificação, perspectivas e técnicas” que ocorrerá nos dias 28, 29 e 30 de maio de 2018.

O evento proporciona um maior conhecimento por parte dos estudantes não só da geologia bem como de outros cursos da Geociências, ou até mesmo estudantes que queiram ingressar na Universidade sobre: O que é a profissão de um geólogo? O que é ser geólogo? Quais são os lugares em que se pode trabalhar? Qual é a diversidade da profissão?

Débora Santos Maia (Curso de Geologia/UFG) Henrique Pereira Secco (Curso de Geologia/UFG) Naywanii Geovana Garcia de Oliveira (Curso de Geologia/UFG) Editor(a) do Boletim de Resumos Carolina Michelon Camarda (Curso de Geologia/UFG) Coordenadora Geral do Evento

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Sumário 1. A CIÊNCIA GEOLOGIA: COMENTÁRIOS SOBRE SUA HISTÓRIA E INSTITUCIONALIZAÇÃO Costa, A.R.C. .............................................................................................................................. 4 2. AS CONTRIBUIÇÕES PALEONTÓLOGICAS DE CARLOTTA JOAQUINA MAURY NOS ESTUDOS DA FORMAÇÃO JANDAÍRA, BACIA POTIGUAR, COSTA NORDESTE, BRASIL Almeida - Alves. B.G.A.; Candeiro. C.R.A.; Peyerl, D. ................................................................. 5 3. ADAPTAÇÃO DA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO DE ROCHA SEDIMENTAR PARA RECUPERAÇÃO DE MICROFÓSSEIS: TESTE EM ARENITO DA FORMAÇÃO MARÍLIA (MEMBRO SERRA DA GALGA), BACIA DO PARANÁ Carelli, D.; Cavalcanti, R. ............................................................................................................. 6 4. ANÁLISE ECONÔMICA DE UM DEPÓSITO DE FOSFATO A PARTIR DE MÚLTIPLOS CENÁRIOS OBTIDOS POR SIMULAÇÃO GAUSSIANA Araújo, R.P.; Caixeta, V.H.; Ribeiro, C.C.; Silva, G.G.; Pereira, P.E.C. ....................................... 7 5. APLICAÇÃO DE KRIGAGEM INDICADORA PARA A MODELAGEM DE TIPOLOGIAS EM UM DEPÓSITO DE FOSFATO Araújo, R.P.; Caixeta, V.H.; Ribeiro, C.C.; Diniz-Pinto, H.S.; Silva, G.G. ..................................... 8 6. CRATERA DE IMPACTO POR METEORITO EM ARAGUAINHA-MT E PROCESSOS GEOMORFOLÓGICOS NA FORMAÇÃO DA SERRA DA ARNICA Oliveira, N.G.G.; Sánchez, J.P. .................................................................................................... 9 7. DOLINAS: UMA EVOLUÇÃO NATURAL- ESTUDO DE CASOS NO MUNICÍPIO DE COROMANDEL-MG Camarda, C.M.; Rodrigues, A.S. ................................................................................................ 10 8. ESTUDO DA ESTABILIDADE DA ILMENITA EM KIMBERLITOS Maciel,V. A.S. , Gervasoni, F. .................................................................................................... 11 9. GEOLOGIA ESTRUTURAL APLICADA AO PROCESSO DE SONDAGEM Cavalcante, P.A.B.H.; Oliveira, B.E.R. ....................................................................................... 12 10. ICNOFÓSSEIS DE DINOSSAUROS HERBÍVOROS (SAUROPODA, DINOSAURIA) NA FORMAÇÃO CORDA, CRETÁCEO INFERIOR: INVENTÁRIO PARCIAL E GEOCONSERVAÇÃO Lopes, R.F.; Candeiro, C.R.A. ................................................................................................... 13 11. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO PRELIMINAR SOBRE MICROFÓSSEIS DAS BACIAS SEDIMENTARES PETROLÍFERAS DO BRASIL Maia, D.S.; Candeiro, C.R.A. ..................................................................................................... 14 12. NOVOS ESPÉCIMES DE RÉPTEIS COLETADAS EM ROCHAS DO GRUPO BAURU (CRETÁCEO SUPERIOR) NO SUL DO ESTADO DE GOIÁS Gomes, M.M.N. .......................................................................................................................... 15 13. NOVOS ESPÉCIMES DO ACERVO PALEOBOTÂNICO DO LABORATÓRIO DE PALEONTOLOGIA E EVOLUÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Gomes. M.N. .............................................................................................................................. 16

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Universidade Federal de Goiás. [email protected]

A CIÊNCIA GEOLOGIA: COMENTÁRIOS SOBRE SUA HISTÓRIA E INSTITUCIONALIZAÇÃO

Costa, A.R.C.¹;

1Universidade Federal de Goiás;

O resumo tem como objetivo apresentar a trajetória e a institucionalização da Geologia como ciência. A metodologia utilizada neste estudo foi baseada em levantamento bibliográfico. O termo Geologia vem do grego geo que significa terra e logos que significa razão/estudo, sendo a ciência que estuda a Terra por um todo, desde a sua composição, seu mecanismo de formação, as alterações que ocorrem ou que ocorreram, exemplos: erosão, dobramento, falhas, etc., desde a sua origem até a estrutura que é encontrada atualmente. Esta ciência se preocupa no estudo de corpos planetários no sistema solar. A Geologia é considerada uma das Ciências da Terra (ou Geociências), assim como outras relacionadas, exemplo, Oceanografia, Metereologia e Astronomia. Os historiadores das Geociências que colaboraram com os conhecimentos geológicos e o desenvolvimento desta ciência foram inúmeros, desde a Antiguidade Clássica, somente na Segunda e Terceira Revolução Científica que surgiram nomes como de Nicolaus Steno (1638-1686) que formulou o princípio da sobreposição das camadas, que é um princípio da estratigrafia onde o mesmo afirmava que a sedimentação sempre ocorria por ordem cronológica, ou seja, da base para o topo, que foi um avanço no pensamento geológico; James Hutton (1972-1797), que forjou epistemologicamente a Geologia como ciência a partir da produção de uma importante literatura geológica baseada principalmente a partir da interpretação de processos geológicos; Sir Charles Lyell (1797-1875), que foi o autor da obra “Princípios da Geologia” que apresentava uma nova abordagem do estudo da terra, sendo um grande sucesso. Grande paradigma da Geologia foi discutido nas teorias de Alfred Wegner (1880-1930), que formulou a teoria da Deriva Continental, o mesmo baseava a sua teoria em evidências circunstanciais e não foi capaz de usar algum tipo de mecanismo para então fazer a sua comprovação, o que faz com que a sua hipótese fosse pouco apoiada até o século XX. A Geologia é uma ciência relacionada ao estudo racional do Sistema Terra e sempre esteve presente desde a Antiguidade Clássica nas discussões do entendimento do nosso Planeta, ela vem se institucionalizar somente no final da Segunda Revolução Científica e início da Terceira Revolução Científica onde encontrou geocientistas que colaboraram de forma determinante para a solidificação de suas bases como uma ciência moderna. PALAVRAS-CHAVE: CIÊNCIAS, BRASIL, GEOLOGIA.

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Universidade Federal de Goiás. [email protected]

AS CONTRIBUIÇÕES PALEONTÓLOGICAS DE CARLOTTA JOAQUINA

MAURY NOS ESTUDOS DA FORMAÇÃO JANDAÍRA, BACIA POTIGUAR, COSTA NORDESTE, BRASIL.

Almeida - Alves. B. G. A.¹; Candeiro. C. R. A.1; Peyerl. D.2 1Universidade Federal de Goiás;

2Universidade Federal de São Paulo

O objetivo deste trabalho consiste em explanar as contribuições paleontológicas realizadas pela paleontóloga norte-americana Carlotta Joaquina Maury (1874-1938) para a Formação Jandaíra (Bacia Potiguar) localizada na costa nordeste do Brasil. Esta unidade geológica tem partes aflorantes na porção emersa e submersa da parte setentrional dos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. A paleontóloga, apesar de nunca ter estado no Brasil, realizou pesquisas em parceria com o Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil (SGMB) e foi membro correspondente da Academia Brasileira de Ciências. Entre as suas dez publicações sobre invertebrados, destacamos três monografias sobre fauna de invertebrados marinhos do Norte e Nordeste do Brasil: “Fósseis terciários do Brasil com novas formas cretáceas” (1925), “O Cretáceo de Sergipe” (1936) e “O Cretáceo da Paraíba do Norte” (1930). As associações fossilíferas da Formação Jandaíra localizada na região nordeste do Brasil, na bacia Potiguar, passaram a ser notórias a partir de trabalhos realizados por C. J. Maury. O trabalho publicado em 1925 teve como base os exemplares das coleções organizadas anteriormente pelo geólogo norte-americano Roderic Crandall (1885-1967), originários de diversas localidades da mesma bacia. Realizou ainda, comparações entre os materiais encontrados em Jandaíra com faunas do mesmo período da Colômbia, Venezuela e México. Com a finalização das pesquisas se concluiu que os calcários destas localidades deveriam ser datados para o Turoniano. Atualmente, esses exemplares da coleção fazem parte do acervo do Museu de Ciências da Terra/DNPM-RJ. Em 1930 Maury descreveu e ilustrou os fósseis coletados por Luciano Jacques de Moraes 1938-1942 em 1928, localizados em Engenho Estiva e Mamucabinhas, estado de Pernambuco, enviados a paleontóloga pelo SGMB. Dentre os fósseis descritos, estão os gastrópodos Actaeonella lucionoi, A. pompei, A. tamandarensis e A. silvai e o biválvia Lima fazenda estivica, onde a pesquisadora descreveu como pertencente ao Turoniano. No ano de 1934, Carlotta J. Maury publicou uma de suas mais importantes pesquisas onde descreve 17 espécies de biválves, 12 de gastrópodes e sete de equinóides encontrados em sete localidades de diversos pontos da Bacia Potiguar. Com ajuda de geólogos e outros profissionais do período, os fósseis foram coletados e enviados para Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas. Ainda em 1934, Maury descreveu um novo gênero de equinóide da Formação Jandaíra (Bacia Potiguar). Os fósseis coletados e utilizados para ambos os trabalhos realizados no ano de 1934 estão depositados na coleção do Americam Museum of Natural History, em Nova Iorque, Estados Unidos. Por consequência de valorosas contribuições em meio a Geologia, Biologia e Paleontologia, Carlotta Joaquina Maury passou a ser reconhecida dentre os grandes pesquisadores do meio científico. PALAVRAS-CHAVE: CARLOTTA JOAQUINA MAURY, PALEONTOLOGIA, INVERTEBRADOS, FORMAÇÃO JANDAÍRA, BRASIL.

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ADAPTAÇÃO DA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO DE ROCHA SEDIMENTAR PARA RECUPERAÇÃO DE MICROFÓSSEIS: TESTE EM ARENITO DA

FORMAÇÃO MARÍLIA (MEMBRO SERRA DA GALGA), BACIA DO PARANÁ

Carelli, D.¹; Cavalcanti, R.1

1Universidade Federal de Goiás

Este trabalho apresenta uma adaptação de técnica mista de preparação de rochas sedimentares, utilizando métodos mecânicos e químicos, aplicados em um arenito do Membro Serra da Galga da Formação Marília (Cretáceo Superior do Grupo Bauru). A amostra foi coletada em Peirópolis, Uberaba – Minas Gerais e pertencente a Coleção Científica Paleontológica do Laboratório de Paleontologia e Evolução, Curso de Geologia da UFG. A preparação química aliada à mecânica foi escolhida por tratar-se de um arenito grosso cimentado por carbonato de cálcio, onde o tratamento com ácido fragiliza o cimento e expõe mais facilmente os fósseis. A presente técnica foi dividida nas seguintes etapas: ataque ácido, desagregação mecânica, peneiramento e recuperação de material fóssil. O ataque ácido consiste em aplicar pequenas doses de ácido clorídrico 10% em pontos de maior resistência do material para auxiliar na desagregação mecânica feita com ponteiras. Já o peneiramento consiste em um peneiramento vibratório que auxilia na separação granulométrica do material, tornando possível a recuperação de microfósseis. Durante a preparação foram encontrados em sua maioria coprólitos e alguns fragmentos de ossos. Pelo estado de conservação dos fósseis, podemos concluir que ocorreu pouco transporte do material da sua origem, preservando pequenas estruturas. PALAVRAS-CHAVE: PREPARAÇÃO, FORMAÇÃO MARÍLIA.

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ANÁLISE ECONÔMICA DE UM DEPÓSITO DE FOSFATO A PARTIR DE MÚLTIPLOS CENÁRIOS OBTIDOS POR SIMULAÇÃO GAUSSIANA

Araújo, R.P.1; Caixeta, V.H.2; Ribeiro, C.C.3; Silva, G.G.4; Pereira, P.E.C.5

1Universidade Federal de Goiás;

2Universidade Federal de Goiás;

3Universidade Federal de Goiás;

4Universidade

Federal de Goiás; 5Universidade Federal de Goiás

A avaliação econômica de projetos mineiros é embasada fundamentalmente no inventário mineral de teores, elaborado a partir da modelagem geológica dos corpos que controlam a mineralização, seguida da estimativa de teores dos parâmetros químicos e/ou mineralógicos, os quais fornecem uma aproximação da qualidade do depósito em termos de teor e massa. Pelo fato de se tratar de um processo de inferência, erros de estimativa, propagados pelos erros de amostragem, interpretação geológica e devido ao próprio estimador, podem conduzir a decisões errôneas no estudo de viabilidade. Portanto, torna-se necessário a utilização de métodos de modelagem e/ou de estimativa que forneçam a incerteza associada. Além disso, a avaliação de diversos cenários no estudo de viabilidade possibilitam a verificação da existência ou não, de fato, da viabilidade do projeto. Métodos de simulação geoestatística permitem a criação de diversos cenários, onde cada um reproduz a variabilidade dos dados amostrais e simultaneamente honram os valores nos locais amostrados (simulação condicional). O erro padrão, calculado em cada bloco do modelo, é uma quantificação da incerteza nos teores simulados, e portanto, no teor médio do bloco, possibilitando a delimitação de regiões de elevado risco geológico. Neste trabalho, a partir de um modelo geológico obtido por krigagem indicadora das tipologias presentes (aloterita, isalterita, rocha alterada, rocha micácea e rocha sã), foram simulados teores de P2O5 apatítico em 30 cenários, por meio de simulação sequencial gaussiana. As realizações obtidas foram comparadas, cada uma, com a amostragem, identificando-se três casos: um pessimista, um otimista e um estipulado como o mais representativo quanto à amostragem. Sob o aspecto de representatividade, as estimativas honraram os dados amostrados, porém com um maior desvio no intervalo de teores acima do teor médio, ou seja, em teores elevados. A otimização de cava e o sequenciamento da lavra dos três cenários permitiu um estudo comparativo em termos de reserva lavrável, relação estéril minério, massa de concentrado e valor presente líquido. Na avaliação dos fluxos de caixa das três realizações constatou-se a existência de viabilidade do projeto, mesmo para o cenário mais pessimista, o qual demonstrou menor média global, porém quantidade considerável de blocos valorados e classificados como minério. Em proveito desta metodologia, concluiu-se que a região estudada apresenta viabilidade econômica, sob as variáveis estabelecidas, o que permite estudos mais robustos e detalhados para o futuro, além de permitir a inserção da simulação em novos projetos de longo prazo. A análise de múltiplos cenários possibilita a construção de conclusões embasadas tecnicamente, além de ser possível o mapeamento de incertezas geológicas, atribuídas às regiões com deficiência de amostragem e/ou com maior variabilidade dos atributos geológicos. PALAVRAS-CHAVE: INCERTEZA. SIMULAÇÃO GAUSSIANA. OTIMIZAÇÃO DE CAVA.

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APLICAÇÃO DE KRIGAGEM INDICADORA PARA A MODELAGEM DE TIPOLOGIAS EM UM DEPÓSITO DE FOSFATO

Araújo, R.P.1; Caixeta, V.H.2; Ribeiro, C.C.3; Diniz-Pinto, H.S.4; Silva, G.G.5

1Universidade Federal de Goiás;

2Universidade Federal de Goiás;

3Universidade Federal de Goiás;

4Universidade

Federal de Goiás; 5Universidade Federal de Goiás

Os projetos de empreendimentos mineiros são caracterizados por apresentarem diversas incertezas, principalmente as de ordem geológica, as quais ocorrem basicamente em virtude da pequena quantidade de amostras coletadas em relação à população estudada (depósito mineral). A partir da amostragem e de interpretações geológicas quanto aos contatos entre litologias e à gênese do depósito são elaborados modelos geológicos com o propósito de suportar análises de viabilidade do projeto. Técnicas tradicionais de modelagem geológica (método das seções transversais) apresentam uma elevada subjetividade, além de não serem capazes de fornecer dados estatísticos quanto às incertezas na delimitação dos contatos geológicos. Portanto, a insuficiência de dados de amostragem e inconsistências subjetivas sujeitam o corpo mineral à distorções quanto ao seu formato físico (contatos geológicos) e desafiam sua confiabilidade. Contrariamente, métodos geoestatísticos, particularmente os métodos baseados em indicadores (krigagem indicadora), podem ser utilizados para estimar a probabilidade de ocorrência de cada categoria geológica, baseada na quantificação da continuidade geológica de cada litotipo. Tal análise fornece resultados embasados geologicamente, em termos de continuidade espacial das categorias geológicas, e são capazes de fornecer informações quanto às incertezas na delimitação dos contatos, o que permite mapear regiões com debilitações na amostragem. Neste trabalho foi aplicada a krigagem indicadora para a modelagem física das zonas de alteração em um depósito de fosfato. As categorias avaliadas foram aloterita, isalterita, rocha alterada, rocha micácea e rocha sã. As tipologias do modelo da krigagem indicadora apresentaram aproximadamente as proporções amostradas. Em relação à amostragem, as tipologias com maior proporção de ocorrência (aloterita e rocha sã) foram sobrestimadas pela técnica, enquanto as de menor ocorrência na amostragem (isalterita, rocha micácea e rocha alterada) foram subestimadas. As estatísticas de incerteza foram efetuadas para o modelo global e para cada litotipo, o que resultou em variações expressivas locais, principalmente em pontos distantes da amostragem, o que pode ser consequência do baixo nível de correlação espacial entre o bloco estimado e as amostras da vizinhança de busca, de tal forma que estas estariam a uma distância muito próxima do alcance variográfico. O mapeamento de risco mostrou também que há incertezas da ordem de 80%, o que indica necessidade de maior conhecimento geológico em alguns locais. Tal modelo pode ser, então, utilizado como orientação para futuras amostragens, além de suportar futuras estimativas de teores, com o intuito de elaborar inventários de recursos e reservas. PALAVRAS-CHAVE: MODELAGEM GEOLÓGICA. KRIGAGEM INDICADORA. FOSFATO.

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CRATERA DE IMPACTO POR METEORITO EM ARAGUAINHA-MT E PROCESSOS GEOMORFOLÓGICOS NA FORMAÇÃO DA SERRA DA

ARNICA

Oliveira, N.G.G.¹; Sánchez, J. P.¹ ¹Universidade Federal de Goiás

Este resumo tem como objetivo apresentar observações geológicas sobre a estrutura de impacto por meteorito no Domo de Araguainha - MT, dando ênfase na Formação Furnas e processos geomorfológicos pós-impacto que formaram a Serra da Arnica, tais como deformação, silicificação e intemperismo. Estruturas erodidas são crateras de impacto antigas modificadas por processos erosivos e que apresentam rochas metamorfizadas e fraturadas, devido à onda de impacto de um meteorito. Localizado entre as cidades de Araguainha e Ponte Branca no Estado de Mato Grosso, o Domo de Araguainha é o maior astroblema da América Latina, possui cerca de 40 km de diâmetro e foi formada durante o Permiano (245 ± 2 Ma). As rochas afetadas durante o impacto são unidades sedimentares da Bacia do Paraná (Formação Furnas, Ponta Grossa, Aquidauana e Estrada Nova) , o embasamento cristalino granítico e filitos do Grupo Cuiabá. A Serra da Arnica em peculiar, encontra-se no núcleo do domo, em um conjunto de morros circulares que variam entre 150 a 700 m de elevação. Correspondente a Formação Furnas, a serra pertence a Bacia do Paraná, formada no devoniano e é caracterizada por arenitos conglomeráticos a finos, mal selecionados que apresentam oxidações em algumas partes. Um mapeamento geológico-estrutural em detalhe feito por Sánchez (2006) na área mostra que a intensa onda de choque fez com que as camadas deformassem abruptamente, formando dobras assimétricas com mergulhos subverticais a verticais e zonas fraturas radiais. O arcabouço na Serra da Arnica apresenta grande resistência ao intemperismo, propriedade resultante localmente de um processo de silicificação que ocorreu devido a alta pressão e temperatura decorrente ao impacto, permitindo que os grãos do arenito fundissem parcialmente e que, conforme a temperatura do sistema diminuiu, esses grãos recristalizaram diminuindo os espaços entre eles, tornando a rocha mais coesa .A resistência ao intemperismo aumenta devido a alta dureza e estabilidade dos minerais silicáticos na crosta. A erosão diferencial entre os arenitos com coesões distintas, formam zonas de relevo positivo com escarpas íngremes e outras extremamente erodidas com cavidades e locais propícios a desmoronamento. A realização do mapeamento geológico em detalhe possibilitou uma compreensão significativa sobre os processos estruturais e geomorfológicos do Domo de Araguainha que explicam o relevo e características da Serra da Arnica. PALAVRAS-CHAVE: CRATERA DE IMPACTO, SERRA DA ARNICA, DOMO DE ARAGUAINHA.

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DOLINAS: UMA EVOLUÇÃO NATURAL- ESTUDO DE CASOS NO MUNICÍPIO DE COROMANDEL-MG

Camarda, C.M.1; Rodrigues, A.S.2

1Universidade Federal de Goiás;

2Universidade Federal de Uberlândia;

O presente trabalho é um estudo parcial, em 11 dolinas que ocorrem no município de Coromandel, situado na Mesorregião do Triangulo Mineiro/Alto Paranaíba no Estado de Minas Gerais. No referido município ocorrem litologias de idade Mesoproterozoica, pertencentes aos Grupos Araxá, Canastra, Ibiá, Paranoá e Vazante, todos inseridos na Faixa de Dobramentos Brasília. Dolinas são depressões no terreno em áreas de relevo cárstico, podendo ser a sua evolução lenta e gradual ou repentina (dolinas de colapso). Os sistemas cársticos são caracterizados por uma alta permeabilidade no conjunto solo/rocha, e que na área em questão são metacalcários. O Grupo Vazante com litotipos carbonáticos, metacalcários, ocorrem, no município, numa faixa estreita no sentido N-S. As áreas de ocorrência das dolinas seguem o mesmo padrão de orientação e o seu acesso pode ser feito pela MG 188. O segundo semestre de 2017 foi pouco chuvoso na região, todos os cursos d’água estavam muito abaixo do normal, alguns pequenos tributários chegaram a ficar sem água. Na fazenda Castelhana, área de cultivo de soja, surgiu, em novembro, uma grande dolina de colapso, na área de cultivo, com aproximadamente 30 m de diâmetro e com uma profundidade estimada em 35 m, a qual teve grande repercussão de mídia. Ao investigar o local, constatou-se que um pequeno riacho que corta a propriedade estava sem água, devido a estiagem, fato que não ocorria há anos. Sendo assim, tomou-se como ponto de referência a fazenda Santa Cruz, abrangeu-se a área investigada num raio de 25 km, usando-se para tanto, imagens de satélites. As dolinas foram encontradas em áreas de pastagens parcialmente estabilizadas, com vegetação nativa crescendo no seu interior. Na várzea da margem direita do ribeirão Santo Inácio, afluente do Rio Paranaíba, um campo de pequenas dolinas, com aproximadamente três m de diâmetro e cerca de dois m de profundidade, com nível freático aflorante no seu interior, foram investigadas. Os fazendeiros do entorno, as soterram a cada ciclo chuvoso, pois tal local é uma importante área de pastoreio na época da estiagem e estão intimamente ligadas a flutuação do nível do rio. O famoso Poço Verde, cantado em prosa e verso por gerações, o qual é uma das atrações turísticas da região, é uma grande dolina de colapso com nível freático aflorante no seu interior. O avanço da ocupação agrícola na região com seus implementos de grande peso nas antigas áreas de pastagens, deverão ser feitos com toda a atenção possível, principalmente nas áreas de ocorrência do Grupo Vazante. PALAVRAS-CHAVE: DOLINAS, COROMANDEL, INCIDENTE NATURAL.

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ESTUDO DA ESTABILIDADE DA ILMENITA EM KIMBERLITOS

Maciel,V. A. S.1 , Gervasoni, F.¹

1Universidade Federal de Goiás

Kimberlitos são rochas ígneas raras, ultrabásicas e que possuem um alto teor de elementos traços e elementos voláteis nas suas composições. Devido à alta presença de voláteis, a ascenção de magmas kimberlíticos é extremamente rápida quando comparado a outros tipos de vulcanismo. Corpos kimberlíticos ocorrem na forma de pipes verticais, diques e sills. Os kimberlitos possuem um amplo valor econômico pois são as rochas hospedeiras de diamantes. Entretanto, sua importância também se dá por conter nele fases minerais primárias formadas sob altas pressões e altas temperturas, que nos fornecem informações relevantes sobre o limite litosfera-astenosfera e a origem dos kimberlitos. A ilmenita é um mineral primário em kimberlitos, e sua química pode nos fornecer informações importantes sobre a gênese desses magmas. A necessidade de pesquisar os kimberlitos e sua origem, vêm pela falta de certeza sobre sua gênese. Embora tenha grande relevância, sua origem ainda é amplamente discutida entre vários pesquisadores. Alguns acreditam que o kimberlito tenha sua formação a partir da fusão de um lherzolito carbonatado no manto superior. Outros afirmam que os magmas kimberlítcos são gerados a partir da fusão parcial de um manto metassomatizado com minerais hidratados (pargasita e flogopita) e carbonatos. Essas teorias coincidem apenas quando afirmam que líquidos ricos em CO2 e pobres em sílica são formados em altas pressões e em grandes profundidades no manto litosférico. A paragênese mineralógica dos kimberlitos é diferenciada, existindo dois diferentes grupos conhecidos como kimberlito tipo I e tipo II. O kimberlito tipo I é formado principalmente por ilmenita, granada, olivina e flogopita, ocorrendo pouca mica na matriz, e sendo pobre em titânio. O kimberlito tipo II é formado por macrocristais arredondados de olivina e macrocristais de flogopita e sua matriz é formada essencialmente por microfenocristais de flogopita, diopsídio, perovskita e calcita. Neste trabalho, serão estudadas amostras naturais de ambos tipos de kimberlitos, e também serão realizados experimentos para determinar a estabilidade da ilmenita em líquidos kimberlíticos. Neste trabalho, teremos como metodologia a análise mineralógica das rochas naturais através do Microscópio Binocular, Microscópio Eletrônico de Varredura e Microssonda Eletrônica. Esta parte será realizada na FCT-UFG e CRTI. A parte experimental será realizada no Laboratório de Altas Pressões e Materiais Avançados do Instituto de Física da UFRGS. Os experimentos irão ter como foco a cristalização da ilmenita em líquidos kimberlíticos. O projeto visa determinar a estabilidade da ilmenita em líquidos kimberlíticos e determinar o coeficiente de partição entre mineral/líquido de elementos traços significativos. Assim, será possível uma melhor compreensão da origem do magma kimberlítico (composição da fonte mantélica e condições de pressão e temperatura). PALAVRAS-CHAVE: KIMBERLITOS, ILMENITA, COEFICIENTE DE PARTIÇÃO.

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Universidade Federal de Goiás. [email protected]

GEOLOGIA ESTRUTURAL APLICADA AO PROCESSO DE SONDAGEM

Cavalcante, P.A.B.H.¹; Oliveira, B.E.R.² 1Universidade Federal de Minas Gerais;

2Universidade Federal de Goiás

A mineração é um setor de grande importância para o desenvolvimento econômico do país, gerando emprego e bens para insumos, utilizados e destinados para industrias de siderurgia, geração de energia elétrica, indústrias gerais, construção civil, etc. Sendo perceptível a impossibilidade de manter a sociedade atual sem a existência da mesma. A pesquisa mineral compreende os processos de prospecção, sondagem e comprovação de viabilidade econômica para extração. Representa a fase minerária primária de mineração e é indispensável para o sucesso dos processos posteriores, desenvolvidos durante a vida útil da mina. A sondagem é um método utilizado na pesquisa mineral para fins de cubagem do minério e confirmação da viabilidade econômica, objetivando analisar qualidade e quantidade de minério final apto para extração em lavra. Todavia, a sondagem também está presente durante a vida útil da mina, pois cumpre o objetivo de garantir que o teor do minério extraído esteja de acordo com o planejado. Basicamente, a sondagem é utilizada para perfuração de rochas e solos para reconhecimento da litologia em subsuperfície, permitindo a retirada de testemunhos da rocha recortada, podendo atingir grandes profundidades. Este é o método mais completo a qual a geologia tem acesso para seus estudos e, portanto, sendo fundamental para viabilizar a construção de seções geológicas fundamentais para a abertura da mina e também no decorrer da mesma. Pelo fato da pesquisa mineral se tratar de uma fase com grandes riscos, relacionados à confiabilidade de dados gerados e consequentemente à viabilidade econômica associada, são necessários outros métodos de análise que permitam ampliar a utilidade da sondagem. Com tal objetivo, surge a orientação de furos de sondagem que vem sendo desenvolvida através de novas tecnologias para se adequar a qualidade de informações ao que é exigido no mercado e otimizar cada vez mais o processo de prospecção mineral. O processo de orientação de sondagem funciona da seguinte forma: No início da perfuração é inserido um dispositivo que acompanha o processo de recorte da rocha e marca a posição do testemunho enquanto este ainda estava preso à rocha sã, possibilitando a recuperação da posição original da camada quando o material é elevado à superfície. A partir de dados de furos orientados é possível medir a atitude de estruturas primárias e secundárias graças a aplicação da geologia estrutural. Com base nos conceitos estruturais é possível mapear padrões de fraturamento, feições planares e lineares e estabelecer a relação entre o padrão deformacional e a mineralização, procedimento essencial em ambientes onde o minério apresenta forte controle estrutural. Outra possibilidade é a definição de novos furos graças a observação do padrão estrutural observado. Essas possibilidades são viáveis graças à orientação de furos de sondagem, técnica ainda pouco usada, mas de extrema importância para o desenvolvimento econômico do País. PALAVRAS-CHAVE: SONDAGEM, ORIENTAÇÃO, GEOLOGIA ESTRUTURAL.

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ICNOFÓSSEIS DE DINOSSAUROS HERBÍVOROS (SAUROPODA, DINOSAURIA) NA FORMAÇÃO CORDA, CRETÁCEO INFERIOR:

INVENTÁRIO PARCIAL E GEOCONSERVAÇÃO

Lopes, R.F.¹; Candeiro, C.R.A.2 1 Universidade Federal do Tocantins;

2 Universidade Federal de Goiás

Até a década de 1980 não eram conhecidos vestígios de vertebrados para a Formação Corda (Bacia Parnaíba) Cretáceo Inferior. O primeiro, e até o momento o único, registro deste tipo de achado nesta unidade geológica foi realizado por Giuseppe Leonardi em 1980. Este paleontólogo relatou a ocorrência de trilhas de pegadas e pegadas isoladas de dinossauros do cretáceo encontradas às margens do rio Tocantins, no distrito de São Domingos, Itaguatins, estado do Tocantins. Os achados eram até então compostos por sete trilhas de dinossauros que foram redescritas recentemente por pesquisadores do Brasil e Argentina que as atribuíram como pertencentes a dinossauros saurópodes. O presente trabalho tem o objetivo realizar o inventário do Patrimônio Geológico (“Paleontológico”) que apresenta valor científico e educativo, além de divulgar as atividades que estão sendo desenvolvidas para sua geoconservação. Os icnofósseis estão preservados em uma laje de arenito que está sendo erodida pelas águas da drenagem do rio Tocantins, já que estas se encontram às margens da drenagem, que erode as pegadas sazonalmente. Quando foi descrito na década de 1980, o geossítio era constituído por um total de cinquenta e seis pegadas em trilhas e também pegadas isoladas. Estas quando foram redescritas recentemente se contabilizou apenas vinte pegadas remanescentes. Em novos trabalhos realizados na área foram descobertas mais três pegadas isoladas e também três impressões que podem ser atribuídas como de área de descanso do animal no substrato. Com a erosão da rocha portadora dos icnofósseis, medidas de geoconservação estão sendo buscadas para a salvaguarda deste Patrimônio Paleontológico, uma das medidas de conservação para os icnofósseis que está sendo buscada para as próximas etapas do trabalho é a retirada das pegadas com maior risco de destruição, para serem depositadas em museu ou coleção paleontológica, conservando-as ex situ. Outras medidas de conservação que estão sendo buscadas são a conscientização da população (nas escolas da região) e do poder público local para cuidar e utilizar esse patrimônio, pois pegadas já desprendidas da rocha foram retiradas e levadas por moradores da região, fato que ocorre por não existir nenhum tipo de proteção, fiscalização ou conscientização em relação aos icnofósseis; e também meios de conservar algumas pegadas in situ, pois assim se torna possível o desenvolvimento de estudos científicos e atividades educacionais no geossítio. PALAVRAS-CHAVE: ICNOFÓSSEIS, FORMAÇÃO CORDA, PATRIMÔNIO PALEONTOLÓGICO.

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LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO PRELIMINAR SOBRE MICROFÓSSEIS DAS BACIAS SEDIMENTARES PETROLÍFERAS DO BRASIL

Maia, D.S.¹; Candeiro, C. R. A.¹

1Universidade Federal de Goiás

Bacias sedimentares são regiões que, durante um determinado período, sofrem lento abatimento, gerando uma depressão que é preenchida por sedimentos. Além do acúmulo de camadas e estratificações formadas por rochas sedimentares, há também o acúmulo de substâncias químicas e matéria orgânica, tanto de origem animal, quanto vegetal. Conforme a aglomeração de sedimentos depositados nessas unidades geológicas, a pressão e a temperatura aumentam sobre o material orgânico. Quando essa pressão e temperatura se tornam elevadas, os restos orgânicos passam por um processo denominado de litificação. Então, sob condições adequadas de armazenamento, esse material se transforma em petróleo (origem orgânica). Antes de iniciar o processo de extração de petróleo é preciso saber sobre as idades das rochas, pois esse óleo se encontra em rochas de determinadas idades, para isso é coletada amostras das rochas que contenham microfósseis para melhor data-las. Os microfósseis são organismos inteiros de tamanhos microscópicos ou em partes que foram preservados nos registros geológicos, entre os grupos principais são conhecidos os foraminíferos, ostracodes, radiolários, nanofósseis e palinomorfos. O objetivo do presente estudo é apresentar um levantamento preliminar das bacias portadoras de petróleo do Brasil que contenham microfósseis do tipo foraminíferos a partir dos artigos disponibilizados no Portal Periódicos CAPES. Atualmente as bacias sedimentares no Brasil onde há produção de petróleo são a de Campos, de Santos, do Espírito Santo, do Solimões, Potiguar, de Sergipe e Alagoas, do Recôncavo, de Camamu-Almada, do Tucano e do Jequitinhonha. A pesquisa realizada foi feita através de artigos encontrados no Portal Periódicos CAPES, contendo no total 115 trabalhos, na qual houve coleta de informações sobre foraminíferos nessas bacias. Os resultados obtidos apresentaram três bacias petrolíferas, são elas: Bacia de Santos e Bacia de Sergipe e Alagoas com a mesma quantidade de 23,08% e a Bacia de Campos com 53,84% de artigos. Com assuntos variados, poucos abordam a relação que esse microfóssil tem com a exploração do petróleo, a maioria apresentam dados sobre paleoambientes que esse microfóssil se encontra, informações sobre suas características e datação. Aqui pode se concluir que a Bacia de Campos é a que possui maiores informações sobre foraminíferos por possuir um interesse maior nessa região tanto por parte dos cientistas quanto pela economia do país, é observado também que esse tema sobre a relação do petróleo e dos foraminíferos não é muito comum por apresentar poucos artigos sobre, até porque o enfoque está em na relação de palinomorfos e petróleo, ressalvando que este assunto abordado nesse trabalho é recente no ambiente científico. PALAVRAS-CHAVE: BACIAS PETROLÍFERAS, MICROFÓSSEIS, FORAMINÍFEROS.

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NOVOS ESPÉCIMES DE RÉPTEIS COLETADAS EM ROCHAS DO GRUPO BAURU (CRETÁCEO SUPERIOR) NO SUL DO ESTADO DE GOIÁS

Gomes, M.M.N.¹

1Universidade Federal de Goiás

No sul do estado de Goiás afloram rochas do Grupo Bauru, Cretáceo Superior da Bacia do Paraná, formado pelas formações Adamantina (ADA) datado do Turoniano-Santoniano e Marília (MA) do Maastrichtiano, que se encontram sobrepostas aos basaltos da Formação Serra Geral (Grupo São Bento). Estratigraficamente, a partir dos perfis (verticais) estratigráficos realizado no local, o paleoambiente é identificado como canal fluvial para a formação ADA e leque aluvial distal para a formação MA. Nestas unidades geológicas têm sido reportados recentemente vertebrados fósseis que apresentam grande importância para estudos paleontológicos da região. Dentre estes, os materiais com maior significância são os fragmentos fósseis de tartarugas, crocodiloformes e dinossauros que foram coletados nos últimos anos, no sul do estado de Goiás, nos municípios de Quirinópolis e Rio Verde. A presente pesquisa tem por objetivo apresentar os novos relatos de répteis coletados nas duas municipalidades e os níveis de proveniencias. Para o desenvolvimento deste trabalho foram realizados levantamentos bibliográficos, trabalhos de campo nas localidades e consulta no local de tombamento dos espécimes os quais se encontram no Laboratório de Paleontologia e Evolução (Labpaleoevo). De Quirinópolis provém: o espécime Paleo-UFG/V 0024 que é um centro de vértebra de Crocodyliformes indet, possivelmente dorsal anterior, pertencente a Formação Adamantina. De Rio Verde: o espécime Paleo-UFG/V 0022 refere a um epiplastrão direito fragmentado da Formação Marília; o Paleo-UFG/V-0023 corresponde a um fragmento da diáfise de um fêmur esquerdo da formação MA; o Paleo-UFG/V 0026 é um fragmento da diáfise de rádio direito de um dinossauro Titanossauria da unidade Marília; o Paleo-UFG/V 0027 se refere a um fragmento de dente coletado na formação MA; e o Paleo-UFG/V 0028 corresponde a uma costela parcial de um Titanosauriformes indet. Também proveniente da Formação Marília. Estes registros fósseis, apesar de incompletos e fragmentados, representam a vasta abundância da fauna terrestre de répteis, ocorrentes no sul do estado de Goiás durante o período Cretáceo, no Grupo Bauru, podendo futuramente após uma análise e descrição mais detalhada auxiliar para um melhor entendimento acerca da fauna que habitou essa região durante o Neocretáceo do Centro-Oeste do Brasil e consequentemente enriquecer com o estudo paleontológico desta região.

PALAVRAS-CHAVE: FÓSSEIS, RÉPTEIS, GRUPO BAURU.

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NOVOS ESPÉCIMES DO ACERVO PALEOBOTÂNICO DO LABORATÓRIO DE PALEONTOLOGIA E EVOLUÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

Gomes. M.N.¹

¹Universidade Federal de Goiás

A origem da Coleção de Paleontologia do Laboratório de Paleontologia e Evolução (Labpaleoevo) do Curso de Geologia, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Campus Aparecida de Goiânia da Universidade Federal de Goiás se remete ao ano 2015. Nesta oportunidade já foi instalada uma cultura científica no laboratório da utilização de métodos curadorias de todos os materiais paleontológicos que fossem incorporados à coleção do Labpaleoevo. Esta coleção se constitui de três subáreas: Paleobotânica, Paleozoologia e Icnofósseis. Com o Livro de Tombo do Labpaleoevo se pôde ter a possibilidade de incorporar novos materiais, assim como dar qualidade na movimentação dos fósseis (entrada e saída/empréstimo). O objetivo deste trabalho é apresentar os novos espécimes fósseis de plantas incorporados ao laboratório. A metodologia utilizada para a realização deste trabalho foi baseada em pesquisas bibliográficas focadas em elementos paleobotânicos e métodos curadorias de plantas fósseis. Estes materiais se constituem de angiospermas que são provenientes do paleolago da mina de fosfato da Mineradora Fosfértil do município de Catalão, estado de Goiás. Os espécimes adicionados à coleção do Labpaleoevo são constituídos por duas angiospermas e um espécime de pteridófita (fragmento de tronco) com proveniência ainda não identificada, possivelmente do Permiano. Até o momento, os materiais ainda não foram atribuídos a níveis taxonômicos mais inclusivos (ex. espécie, gênero, família, superfamília, etc.). Estes espécimes apresentam cores e tamanhos variados, sendo que duas angiospermas que apresentam estruturas frágil/friável e que libera uma poeira alérgica, onde, para seu manuseio é obrigatório materiais de proteção como luvas descartáveis, jaleco, máscaras descartáveis e óculos. Os materiais apresentam importância didática e científica que poderão colaborar nas atividades de investigação e ensino do Labpaleoevo. Estudos futuros serão realizados por especialistas com estes materiais, assim uma identificação e descrição mais acurada possibilitará conhecer a taxonomia destes raros fósseis do Labpaleoevo. PALAVRAS-CHAVE: PALEOBOTÂNICA; COLEÇÃO; ACERVO.

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