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Comissão Organizadora

Vera Monteiro (Coord.)

Margarida Alves Martins Lourdes Mata

Francisco Peixoto José Morgado

Ana Cristina Silva José Castro Silva

Marta Gomes

Comissão Científica

Ana Isabel Santos (Universidade Açores) Ana Teresa Brito (Fundação Brazelton/Gomes Pedro, UIED-FCT Universidade Nova Lisboa) Carlos Ceia (FCSH, Universidade Nova Lisboa) Carolina Carvalho (IE, Universidade Lisboa) Cecília Aguiar (ISCTE) Cristina Nunes (Universidade Algarve) David Rodrigues (IE, Universidade Lisboa) Denise Fleith (Universidade Brasília) Elisabete X. Gomes (ESEI Mª Ulrich) Elisa Chaleta (Universidade Évora Feliciano Veiga (IE, Universidade Lisboa) Francisco Peixoto (ISPA-Instituto Universitário) Gabriela Portugal (Universidade Aveiro) Isabel Macedo Pinto Abreu-Lima (Universidade Porto) João Lopes (IE, Universidade Minho) João Pedro da Ponte (IE, Universidade Lisboa) João Rosa (ESE Lisboa) Joaquim Armando Ferreira (Universidade Coimbra) Jorge Pinto (ESE Setúbal) Júlia Serpa Pimentel (ISPA-Instituto Universitário) Leandro Almeida (IE, Universidade Minho) Lúcia Amante (Universidade Aberta) Luisa Alvares Pereira Aveiro (Universidade Aveiro) Luísa Grácio (FP, Universidade Évora) Manuel Montanero (Universidade Extremadura) Manuel Peralbo Uzquiano (Universidade Corunha) Manuela Veríssimo (ISPA-Instituto Universitário) Margarida Pocinho (Universidade Madeira) Mariana Gaio Alves (FCT, Universidade Nova Lisboa) Marina Serra Lemos (Universidade Porto) Paulo Brazão (Universidade Madeira) Peter Bryant (Universidade Oxford) Sara Mourão (Universidade Federal Minas Gerais) Terezinha Nunes (Universidade Oxford) Tiago Almeida (ESE Lisboa)

 

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                                         Programa Geral  

1  

2ª feira, 9/Jul/2018

8:00am -

9:00am

Registo / registration 1 Piso 3, Sala 306

9:00am -

9:30am

Abertura da Conferência / Conference Opening Local: Auditório 1 / Sala 301 Francisco Peixoto (Vice-Reitor do ISPA), Margarida Alves Martins (Coordenadora do CIE-ISPA) & Vera Monteiro (Coordenadora do XIV CIPE 2018)

9:30am -

10:30am

Keynote 1: Peter Bryant: LEARNING TO READ AND WRITE: HOW IT STARTS AND HOW IT CONTINUES Local: Auditório 1 / Sala 301 Chair: Margarida Alves Martins

10:30am -

11:00am

Intervalo / Coffee & Tea Break 1 Piso 3

11:00am -

12:30pm

M 1.1: Avaliação em Contexto Educativo Sala: 303 Coordenador: Ana Cristina Silva

M 1.2: Contextos Educativos e Comportamentos Sala: 305 Coordenador: Lourdes Mata

M 1.3: Contextos Sociais e Desenvolvimento Sala: 309 Coordenador: Margarida Alves Martins

M 1.4: Diversidade e Educação Sala: 310 Coordenador: José Castro Silva

M 1.5: Ensinar e Aprender Sala: 203 Coordenador: Patrícia Pacheco

S 1.1: Contextos Educativos e Comportamentos Título: Bullying - investigação, prevenção e intervenção Sala: 301 Coordenador: José Morgado

12:30pm -

14:00pm Almoço / Lunch 1

14:00pm -

15:30pm

M 2.1: Educação, Família(s) e Comunidade Sala: 303 Coordenador: José Morgado

M 2.2: Ensinar e Aprender Sala: 305 Coordenador: José Castro Silva

M 2.3: Literacia e Educação Sala: 309 Coordenador: Ana Cristina Silva

M 2.4: Motivação e Emoções Sala: 310 Coordenador: Vera Monteiro

S 2.1: Literacia e Educação Título: Práticas educativas promotoras do desenvolvimento da literacia em jardim-de-infância Sala: 301 Coordenador: Margarida Alves Martins

15:30pm -

15:45pm

Intervalo / Coffee & Tea Break 1 Piso 3

15:45pm -

16:45pm

Keynote 2: Maria do Céu Roldão: CURRÍCULO FORMAL E APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA - DILEMA INSOLÚVEL OU INTEGRAÇÃO ESQUECIDA? Local: Auditório 1 / Sala 301 Chair: José Morgado

17:00pm -

18:30pm

M 3.1: Problemáticas do Currículo Sala: 303 Coordenador: José Morgado

M 3.2: Avaliação em Contexto Educativo Sala: 305 Coordenador: Joana Pipa

M 3.3: Avaliação Psicológica Sala: 309 Coordenador: Ana Cristina Silva

M 3.4: Contextos Educativos e Comportamentos Sala: 310 Coordenador: Margarida Alves Martins

M 3.5: Educação, Família(s) e Comunidade Sala: Sala de Atos Coordenador: José Castro Silva

S 3.1: Avaliação em Contexto Educativo Título: Avaliação na Educação pré-escolar: O sentido de uma proposta de mudança Sala: 301 Coordenador: Lourdes Mata

18:30pm -

19:30pm Porto de Honra | Evening reception

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                                         Programa Geral  

2  

3ª feira, 10/Jul/2018

8:30am -

9:00am

Registo / registration 2 Piso 3

9:00am -

10:30am

M 4.1: Contextos Sociais e Desenvolvi-mento Sala: 303 Coordenador: Miguel Mata Pereira

M 4.2: Contextos Educativos e Comporta-mentos Sala: 305 Coordenador: José Morgado

M 4.3: Diversidade e Educação Sala: 309 Coordenador: José Castro Silva

M 4.4: Ensinar e Aprender Sala: 310 Coordenador: Ana Cristina Silva

S 4.1: Educação, Família(s) e Comunidade Título: Dependências ONLINE: da Investigação à Intervenção Sala: 301 Coordenador: Pedro Aires Fernandes

S 4.2: Contextos Educativos e Comportamentos Título: A dimensão subjetiva da realidade escolar: diálogos sobre educar hoje a partir do materialismo histórico dialético e da psicologia de Vigotski Sala: 203 Coordenador: Wanda Maria Junqueira de Aguiar

10:30am -

10:45am

Intervalo / Coffee & Tea Break 1 Piso 3

10:45am -

11:45am

Keynote 3: Leandro S. Almeida: ADAPTAÇÃO E SUCESSO NO ENSINO SUPERIOR: QUANDO AS TAXAS DE INSUCESSO E DE ABANDONO CONTRADIZEM A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO Local: Auditório 1 / Sala 301

11:45am -

12:15pm

Apresentação do programa HOPEs: Programa de Promoção das Relações Interpessoais Positivas no 1º ciclo Local: Auditório 1 / Sala 301

13:15pm -

14:30pm Almoço / Lunch 2

14:30pm -

15:30pm

Keynote 4: Miguel Zabalza: NUEVAS METÁFORAS PARA RECONSTRUIR EL RELATO DE LA DIDÁCTICA: COREOGRAFÍAS, ENGAGEMENT, BUENAS PRÁCTICAS Local: Auditório 1 / Sala 301

13:15pm -

14:30pm Almoço / Lunch 2

15:30pm -

17:00pm

M 5.1: Avaliação em Contexto Educativo Sala: 303 Coordenador: Vera Monteiro

M 5.2: Contextos Educativos e Comportamentos Sala: 305 Coordenador: José Morgado

M 5.3: Ensinar e Aprender Sala: 309 Coordenador: Liliana Salvador

M 5.4: Literacia e Educação Sala: 310 Coordenador: Ana Cristina Silva

M 5.5: Motivação e Emoções Sala: Sala de Atos Coordenador: Lourdes Mata

S 5.1: Educação, Família(s) e Comunidade Título: Inclusão de jovens e adultos com deficiência/incapacidade na comunidade Sala: 301 Coordenador: Júlia Serpa Pimentel

17:00pm -

17:30pm

Sessão de Encerramento / Closing Ceremony Auditório 1 / Sala 301

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                               Resumos 9 de Julho 2018 – Segunda‐feira ‐ Manhã 

3  

 

 

 

 

KEYNOTE  1 ‐ 9h 30m‐10h 30m 

 Learning to read and write: How it starts and how it continues 

Peter Bryant – Universidade de Oxford 

 

SIMPÓSIO 1.1‐ 11.00‐12h 30m 

 Bullying ‐ Investigação, prevenção e intervenção  

Coordenador: José Morgado, ISPA – Instituto Universitário, CIE‐ISPA Resumo:  O  fenómeno  do  bullying  entre  crianças,  adolescentes  jovens  nas  suas  diferentes  variações  é  actualmente  uma  das maiores  preocupações  na  generalidade  das  comunidades  educativas.  Diferentes  estudos  sugerem  que  em  Portugal entre 20 a 30% de adolescentes até aos 13 e os 15 anos já se terá envolvido em episódios de bullying verificando‐se com particular preocupação a subida significativa de cyberbullying e também o envolvimento de crianças mais novas. Sabe‐se também  que  a  ocorrência  de  situações  de  bullying  é  bem  superior  ao  número  de  casos  que  são  relatados.  Neste contexto  e  dada  a  gravidade  e  frequência  com  que  ocorrem  estes  episódios  é  imprescindível  que  lhes  dediquemos atenção  ajustada,  nem  sobrevalorizando,  nem  tudo  é  bullying,  o  que  promove  insegurança  e  ansiedade,  nem desvalorizando,  o  que  pode  negligenciar  riscos  e  sofrimento.  Neste  universo  para  além  da  investigação  e aprofundamento dos conhecimentos obre o fenómeno importa considerar dois eixos fundamentais de intervenção por demais  conhecidos,  a  prevenção  e  a  intervenção.  Nesta  perspectiva,  este  simpósio  procura  complementar  uma abordagem  a  estas  três  dimensões:  investigação,  prevenção  e  intervenção  considerando  diferentes  variantes  do bullying.  Comunicação 1 ‐ Bullying: estado da arte 

Sónia Seixas, Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém Resumo:  Nesta  comunicação  proceder‐se‐á  à  caraterização  concetual  do  fenómeno  bullying,  aos  seus  diferentes  tipos  de comportamentos e papéis desempenhados. Será igualmente feito um pequeno resumo quanto aos principais resultados da investigação neste domínio.  Comunicação 2 ‐ Bullying e cyberbullying: semelhanças e diferenças 

Luís Fernandes, Associação Sementes de Vida, Beja  Resumo:  Nesta  comunicação,  serão  abordadas  as  diferenças  entre  o  bullying  e  o  cyberbullying,  na  sua  grande  maioria decorrentes  das  características  da  comunicação mediada  pelos  ecrãs.  Serão  ainda  abordados  os  principais  sinais  de alerta e facilitadores da sua ocorrência.  Comunicação 3 ‐ Abordagens de intervenção face ao cyberbullying 

Tito de Morais, Projeto MiudosSegurosNa.Net Resumo: Esta comunicação procura caracterizar de forma breve, as diferentes abordagens de intervenção face ao cyberbullying, nomeadamente  regulamentares,  educacionais,  parentais  e  tecnológicas.  Serão  igualmente  apresentadas  algumas orientações práticas.  

Manhã dia 9 de julho 

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                               Resumos 9 de Julho 2018 – Segunda‐feira ‐ Manhã 

4  

Sessão M1 ‐ 11.00‐12h 30m 

MESA 1.1 Avaliação em Contexto Educativo 

Comunicação 1 – Avaliação da educação superior no Brasil: Avanços e impasses com foco na qualidade Maria das Graças Vieira Guerra, Lourdes Maria Rodrigues Cavalcanti, Universidade Federal da Paraíba Iracema Campos Cusati / Universidade de Pernambuco 

Resumo:  O presente estudo tem como objetivo principal debater sobre a qualidade da educação universitária, que, embora não nova, facilite o processo de avaliação e acreditação de instituições e programas. Quanto à metodologia aplicada para o alcance de  tal  finalidade, adotou‐se a pesquisa de caráter descritivo e de abordagem qualitativa,  tratando‐se de uma revisão  da  literatura  sobre  a  temática,  em  especial  desde  o  Sistema  Nacional  de  Avaliação  da  Educação  Superior  – SINAES, que foi criado, através da Lei nº 10.861 de 14 de abril de 2004 e na política da internacionalização, bem como o olhar dos atores envolvidos sobre qualidade com relação aos cursos de graduação como fator decisivo nos planos de melhoria das  instituições de educação superior. Com os resultados, constatou‐se que o fato de que a qualidade é um conceito  histórico  e  que  em  cada  período  foi  avaliado  de  uma  maneira  diferente,  é  importante  que  na  era  da globalização  seja  adotada  uma  nova  concepção,  pelo  menos,  pensar  no  campo  da  materialização.  Entretanto,  a qualidade tem múltiplas dimensões e  interpretações. Mas o problema não consiste em buscar uma nova definição de qualidade, já que na literatura encontramos várias, mas precisamos determinar o que melhor se adequa à avaliação nas condições  da  realidade  de  cada  curso,  de  cada  área,  sem  esquecer  que  a  qualidade  deve  ser  a  combinação  de  dois fatores preponderantes, que é a relevância e o impacto, porque você não consegue conceber instituição universitária de qualidade que não seja relevante em seu ambiente social.  Comunicação 2 – As habilidades socioemocionais na perspectiva da avaliação da aprendizagem dos alunos da EEFM Joao Mattos  

Laudenise Damasceno, Maria Flávia Albuquerque, Rivane Oliveira da Costa, Simone Sales Portela Lima & Vladimir Primo de Sousa, EEFM JOÃO MATTOS ‐ SEDUC ‐ CE, Fortaleza 

Resumo:  Este  estudo  procura  identificar  como  as  relações  interpessoais  baseadas  nas  competências  sócioemocionais  entre alunos e professores da EEFM João Mattos interferem na avaliação da aprendizagem e procuram indicam caminhos para amenizar  as  reprovações  e  abandono  existentes  no  ensino médio  da  citada  escola,  pois  ainda  há  uma  preocupação conteudista  de  professores  e  gestão  que  encontra‐se  desarticulada  do  contexto  da  juventude  da  sociedade  atual.  É preciso atentar para as relações professor‐aluno, aluno‐aluno, professor‐professor, gestão‐professor e gestão‐aluno. É importante considerar que a escola é feita de seres humanos com desejos, anseios, problemas e questionamentos e não apenas  seres  humanos  aptos  a  receber  informações  das  disciplinas  ensinadas.  É  imprescindível  que  a  escola  compreenda  que  a  aprendizagem  possui  várias  dimensões  e  abrange  a  relação  entre  os  diversos  aspectos  do desenvolvimento que se desenrolam mediadas por interações estabelecidas entre as pessoas e seu ambiente. Assim, o objetivo  desse  estudo  foi  identificar  como  as  relações  interpessoais  que  acontecem  na  escola  e  principalmente  as relações entre  professores  e  alunos  interferem no desempenho da  avaliação da  aprendizagem nas  turmas de  Ensino Médio  da  EEFM  João  Mattos.  Através  desse  estudo  pudemos  vivenciar  momentos  de  reflexão  sobre  os  tipos  de avaliação da aprendizagem que são utilizadas na EEFM João Mattos e como o sucesso ou fracasso escolar estão ligados à afetividade entre professor e aluno. A metodologia utilizada na elaboração desse trabalho foi a quali‐quantitativa, uma vez que foram utilizados questionários e  entrevistas com professores e alunos dos turnos da manhã, tarde e noite.  Comunicação 3 ‐ O uso do kahoot como ferramenta de avaliação gamificada: Um relato de experiências no ensino de física 

Artur Araújo Cavalcante, João Bathista, Gylvandenys Sales,  Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Estado do Ceará 

Resumo:  Diante  do  aumento  das  pesquisas  sobre  a  utilização  da  gamificação  como  estratégia  de  ensino,  têm  surgido  alguns recursos tecnológicos cujo propósito é facilitar o uso dessa metodologia em sala de aula. Nesse sentido, este artigo tem como objetivo descrever as potencialidades do Kahoot, um destes referidos recursos tecnológicos, como ferramenta de avaliação  em  atividades  gamificadas.  Esta  pesquisa,  de  natureza  qualitativa,  apresenta  um  estudo  exploratório  e descritivo  de  uma  experiência  vivenciada  com  o  Kahoot  por  alunos  de  Ensino  Médio  de  uma  instituição  de  ensino particular de Fortaleza (CE). Os resultados evidenciaram o potencial dessa ferramenta como instrumento de avaliação 

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                               Resumos 9 de Julho 2018 – Segunda‐feira ‐ Manhã 

5  

em atividades gamificadas por possibilitar a utilização de feedback imediato das respostas, pontuação e ranking. Além disso, o uso adequado do Kahoot associado ao conhecimento substancial sobre gamificação também possibilitará que a avaliação seja atraente, envolvente e prazerosa para o aluno. Por fim, acredita‐se que subjacente à utilização eficaz das tecnologias  digitais  em  sala  de  aula  deve  sempre  existir  uma  metodologia  de  ensino/aprendizagem  adequada  e consistente.    Comunicação 4 ‐ GIFs Aplicados na Avaliação formativa no Moodle 

Monck Charles Nunes de Albuquerque, Gilvandenys Leite Sales, IFCE | Eliana Alves Moreira Leite, PMF Resumo:  O design de interação das interfaces dos AVA, que priorizam espaços de emissão e recepção de mensagens ou arquivos, não  facilitam  a  formação  de  vínculos  afetivos,  necessários  muitas  vezes  ao  processo  de  aprendizagem.  Este  artigo descreve  a  concepção  da  inserção  de  GIFs  animados  como  escala  de  avaliação  formativa  associada  à  menções qualitativas no Ambiente Virtual Moodle. Tomou‐se por  fundamentação o Modelo Learning Vectors  (Modelo LV) com seus Vetores‐Aprendizagem e escala iconográfica, LV Ícones. A escolha de menções qualitativas tipo: Muito Bom, Bom, Regular,  Fraco,  Não  Satisfatório  e  Neutro,  associada  à  GIFs  pode  ser  um  caminho  mais  motivador  e  engajador  no processo de avaliação. Foi feita a implementação na ferramenta Fóruns de discussão simples. Concebida e desenvolvida essa escala de avaliação que utiliza o poder das cores e  ícones animados a serem aplicados pelos Professores/Tutores em suas intervenções pedagógicas nos AVA, espera‐se tornar a sala de aula virtual em espaço mais afetivo  e motivador.  

MESA 1.2  Contextos Educativos e Comportamentos 

 Comunicação 1 – Inteligência emocional e ajustamento psicológico de educadoras de infância: O papel da perceção de aceitação‐rejeição pelo/a superior/a hierárquico/a 

Carla Peixoto, Vânia de Magalhães Rodrigues, Francisco Machado, Instituto Universitário da Maia Resumo:  A qualidade das relações que os profissionais de educação estabelecem no seu contexto de trabalho, nomeadamente a aceitação por parte de figuras significativas, parece estar associada à sua competência socioemocional (e.g., Jennings & Greenberg,  2009;  Brackett,  Palomera,  &  Mojsa‐Kaja,  2010)  e  ao  seu  bem‐estar  pessoal  (e.g.,  Erkman,  Caner,  Sart, Börkan,  &  Sahan,  2010;  Rohner,  Khaleque,  Elias,  &  Sultana,  2010;  Tulviste  &  Rohner,  2010).  Sendo  esta  uma  área temática pouco explorada, nomeadamente em Portugal e junto de profissionais de educação de infância, este trabalho procurou  analisar  o  papel  preditor  da  perceção  de  aceitação‐rejeição  relativamente  ao/à  seu/sua  superior/a hierárquico/a na  inteligência emocional e no ajustamento psicológico de educadores/as de  infância. Participaram 100 educadoras de infância a exercer atividade profissional maioritariamente no norte do país. A sua experiência profissional variava entre 1 e 38 anos  (M = 18.38, DP = 11.40). A  recolha de dados  realizou‐se online através de um questionário sociodemográfico, do Questionário de Aceitação‐Rejeição do Supervisor (Machado, Machado, & Simão, 2016), da Escala de Avaliação das Emoções (Schutte, Malouff, & Bhullar, 2009) e do Questionário de Avaliação da Personalidade (Rohner &  Khaleque,  2005).  Recorrendo  a  análises  de  regressão múltipla  hierárquica,  e  após  controlar  o  efeito  dos  anos  de experiência,  foi  possível  verificar  que  a  perceção  de  aceitação‐rejeição  em  relação  ao  superior/a  hierárquico/a  em contextos  de  educação  de  infância  representa  um  fator  relevante  na  predição  da  inteligência  emocional  e  do ajustamento psicológico dos/as educadores/as de infância, dimensões consideradas determinantes para a qualidade das experiências educativas proporcionadas às crianças em idade pré‐escolar.  Comunicação 2 – Comportamento exploratório em relação à carreira de universitários brasileiros de Administração: Comparando ingressantes e concluintes 

Fernanda Aguillera, Suellen Estevam Bortolotti, Universidade de São Paulo | Mara Leal, Universidade do Minho Resumo:  O  ensino  superior  exerce  importante  papel  no  planejamento  de  carreira  dos  estudantes.  Segundo  a  perspectiva desenvolvimentista, para além da formação profissional, tarefas de exploração e preparação para o mundo do trabalho interferem na empregabilidade dos jovens e precisam ser estimuladas. O presente objetivou: mapear o comportamento exploratório  de  carreira  de  jovens  universitários  iniciantes  e  concluintes  de  um  curso  de  Administração;  e,  verificar possíveis diferenças em seu repertório tendo em vista a vivência universitária. Justifica‐se como diagnóstico inicial para nortear ações futuras de estimulação desses comportamentos entre os jovens. Participaram 83 estudantes do curso de Administração  de  uma  universidade  privada,  de  ambos  os  sexos,  com  idade  entre  18  e  37  anos  (M=25),  sendo  41 matriculados  no  1º  período  (ingressantes)  e  42  no  8º  período  (concluintes).  Foram  aplicados  questionário  de 

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                               Resumos 9 de Julho 2018 – Segunda‐feira ‐ Manhã 

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caracterização  e  a  Escala  de  Exploração  Vocacional  para  Universitários,  e  realizadas  análises  descritivas  e  test  t  de Student. Resultados preliminares mostraram que o comportamento exploratório dos estudantes é reduzido, tanto em termos de autoconhecimento,  como na exploração de oportunidades e  informações acerca da carreira, o que parece aumentar com a vivência prática de estágios. A partir desse diagnóstico, oficinas de Planejamento de Carreira passaram a  ser  oferecidas.  Além  disso,  passou‐se  a  incentivar,  entre  os  docentes,  que  adotem métodos  didáticos  que melhor aproximem  teoria  e  prática,  como  metodologias  ativas  de  ensino‐aprendizagem  e  realização  de  visitas  técnicas.  O estimulo  à  exploração  e  preparação  para  a  carreira  no  contexto  universitário  é  discutido,  considerando‐se  meios contemporâneos que podem ser adotados para se cumprir tal função.  Comunicação 3 ‐ Prevenção do abandono no Ensino Superior: Contributos do Psicólogo nas instituições 

Joana Casanova, CIEd ‐ Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho | Ana Bernardo, Escola de Psicologia  da  Universidade  de  Oviedo  |  Leandro  S.  Almeida,  CIEd  ‐  Centro  de  Investigação  em  Educação  da Universidade do Minho 

Resumo:  A progressiva democratização do acesso ao Ensino Superior trouxe uma maior diversidade de estudantes às instituições, constituindo um maior desafio para os estudantes e instituições. Havendo uma preocupação europeia com o aumento da taxa de população adulta com formação superior, a par do aumento do número de ingressos, a redução do abandono é  um  objetivo  incontornável.  As  possibilidades  que  o  sistema  educativo  permite  como  a mobilidade  dentro  e  entre instituições  e  o  reingresso,  complexificam  o  conceito  de  abandono.  Face  a  esta  complexidade,  várias  são  as possibilidades das instituições para promoverem a persistência e prevenirem o abandono e os psicólogos da educação podem  dar  um  especial  contributo  para  tal.  Partindo  da  análise  de  alguns  fatores  que  colocam,  especialmente  os estudantes  do  1º  ano  em  risco  de  insucesso  e/ou  de  abandono,  analisamos  a  pertinência  e  viabilidade  de  algumas respostas  institucionais.  Para  além  da  tradicional  disponibilização  de  Serviços  de  Psicologia,  mais  dedicados  à intervenção  direta  e  individualizada  junto  do  estudante,  é  possível  refletir  outras  formas  de  atuação  do  psicólogo consubstanciadas  em práticas  institucionais  preventivas  e  abrangentes  com vista  ao desenvolvimento psicossocial  do estudante, à capacitação docente e à reflexão sobre a missão do ensino superior.    Comunicação 4 – A Pedagogia sistêmica e suas contribuições no ambiente escolar dos discentes da EEFM João Mattos 

Elizabete Távora Francelino, Maria Flávia Coelho Albuquerque, Luzia Mônica Lima da Fota Araújo, Maria de Lourdes Benevides de Magalhães, Jorge Fernandes, EEFM João Mattos ‐ SEDUC ‐ CE, Fortaleza, Brasil 

Resumo:  Este artigo tem como objetivo apresentar uma experiência de pedagogia sistêmica na Escola de Ensino Fundamental e Médio  João  Mattos  com  enfoque  nas  dificuldades  apresentadas  pelos  alunos  no  cotidiano  escolar.  A  pedagogia sistêmica se apresenta como uma abordagem na qual os problemas são vistos na sua complexidade, pois o aluno traz o seu  problema  para  a  escola. O  trabalho  se  justifica  pela  contribuição  da  pedagogia  sistêmica  através  da  constelação familiar na escola com jovens com dificuldades de aprendizagem que decorrem de questões emocionais e familiares. A pesquisa é de natureza qualitativa e teve como sustentação uma revisão bibliográfica com foco na experiência empírica e  na  compreensão  da  teoria  das  Constelações  Familiares  Sistêmicas  desenvolvida  por  Bert  Hellinger  e  a  teoria  da Pedagogia Sistêmica de Marianne Franke‐Gricksch. A metodologia será a pesquisa de investigação qualitativa/descritiva, fazendo  uso  da  investigação‐ação  com  o  estudo  de  caso,  usando  os  instrumentais  de  coleta  de  dados:  entrevistas, grupos focais, observação sistemática e participante. Constatou‐se que as constelações familiares associada à pedagogia sistêmica contribuem como uma nova abordagem para a educação contemporânea, com eficácia na terapia de jovens com dificuldades de aprendizagem na escola e em relacionamentos interpessoais.  

MESA 1.3 Contextos Sociais e Desenvolvimento 

 

Comunicação 1 – Desenvolvimento moral e conceito de mentira nas crianças Maria José D. Martins, Instituto Politécnico de Portalegre, UIDEF – Instituto de Educação da Universidade de Lisboa | Beatriz Estevão, Instituto Politécnico de Portalegre 

Resumo:  Esta investigação teve como objetivos compreender como se processa o desenvolvimento moral de crianças em idade escolar,  em  particular  no  que  concerne  à  compreensão  e  evolução  do  conceito  de  mentira  e  à  capacidade  para diferenciarem entre as consequências das ações e as intenções dos atores em pequenas narrativas, no âmbito da teoria de  Piaget  sobre  desenvolvimento moral.  Atualmente  a  convenção  dos  direitos  da  criança  e  a  legislação  portuguesa admitem o direito de audição e de participação da criança nos processos judiciais e administrativos que lhe respeitem e 

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o  referencial  da  educação  para  a  cidadania,  do Ministério  de  Educação  Português,  pressupõe  uma  educação  para  a responsabilidade  e  autonomia.    A  metodologia  deste  estudo  foi  de  natureza  qualitativa  e  envolveu  entrevistas individuais semi‐estruturadas a 146 crianças, com idades entre os 6 e os 10 anos, a frequentar um dos quatro anos de escolaridade, de uma escola do 1.º ciclo do ensino básico numa cidade do Alto Alentejo. Foram efetuadas 10 questões: 3 sobre a mentira; 4 sobre uma história que avaliava o nível de desenvolvimento moral no que concerne especificamente o realismo versus subjetivismo moral; e 3 sobre a susgestionabilidade a 3 figuras de referência. Os resultados sugerem que a maioria das crianças é capaz de diferenciar a verdade da mentira e encontra‐se em transição da heteronomia para a autonomia moral, sendo no entanto altamente sugestionável por figuras de referência. Os resultados são discutidos em termos das competências e limitações das crianças para atuarem de forma responsável e fornecerem depoimentos credíveis.  Comunicação 2 – As perdas podem contribuir para o desenvolvimento psíquico? 

Cristina Cruz, Helena Ventura & Margarida Pocinho, Escola Básica do 2º e 3º Ciclo dos Louros Resumo:  O luto é caracterizado por um conjunto de particularidades que o torna distinto de outros processos comportamentais. O objetivo deste  trabalho  consiste em  fazer uma abordagem sobre as perdas na  infância até à adolescência,  sobre a forma de  como a criança e o  jovem vivem o processo de  luto. Este estudo analisa a  forma de  como as crianças e os jovens percecionam as perdas. Para compreender este fenómeno, foi utilizado o desenho  e uma grelha de análise que teve como base o questionário Fear Survey Schedule for Children – Revised (FSSC‐R) de Ollendick. Participaram crianças e  jovens  com  idades  compreendidas  entre  9  e  17  anos  que  frequentam  o  5º  e  9º  ano  de  escolaridade,  em  escolas públicas  e  privadas  do  Funchal.  Os  principais  resultados  revelam  que  o  tema mais  representado  pelas  crianças  está relacionado com a perda associada à morte de uma  figura  significativa e do  seu animal de estimação e na do  jovem acresce  o  amor  pelo  outro.  Este  estudo  permitiu‐nos  ainda,  conhecer  os  fatores  que  podem  facilitar  ou  dificultar  o processo de  luto nas crianças e nos  jovens, com o  intuito de  integrá‐lo de  forma saudável no  seu desenvolvimento e contexto social.  Comunicação 3 ‐ O papel da agressão e vitimação entre pares no insucesso e abandono escolar  

Maria José D. Martins, Instituto Politécnico de Portalegre, UIDEF‐IEUL | Adelaide Proença, Instituto Politécnico de Portalegre 

Resumo:  O sistema educativo português tem tido como uma das suas preocupações prioritárias o combate ao insucesso escolar e a promoção do sucesso educativo. Os ambientes relacionais na escola podem ser um importante fator de facilitação das aprendizagens. No sentido de contribuir para compreender as causas do insucesso escolar e melhor promover o sucesso educativo analisam‐se os dados de duas investigações (uma com 572 alunos do ensino básico e secundário e outra com 15  professores  dos  três  níveis  do  ensino  básico)  que  procuraram  verificar  quais  as  relações  que  existem  entre  as condutas agressivas entre pares, percepcionadas e auto relatadas pelos alunos e o seu sucesso escolar, por um lado, e as percepções dos professores sobre as condutas dos seus alunos e o seu sucesso escolar, por outro. No primeiro estudo utilizou‐se um questionário para avaliar agressão/vitimação entre pares (verbal, relacional e física) e um questionário de nomeação  de  pares.  No  segundo  estudo  aplicou‐se  um  questionário  de  perceção  de  crianças  em  risco  social  a professores,  que  incluía  uma  escala  sobre  condutas  agressivas.  Os  dados  obtidos  nestes  questionários  foram relacionados com uma medida de sucesso escolar (aprovação/reprovação no final do ano letivo). Os resultados sugerem uma relação entre o comportamento agressivo dos alunos e o  insucesso escolar, quer nos seus auto e hetero relatos, quer  através  da  perceção  dos  docentes,  sugerindo  que  programas  de  prevenção  de  bullying,  indisciplina  e  agressão entre pares, envolvendo a participação dos próprios alunos, podem contribuir para a promoção do sucesso escolar e para a prevenção do abandono escolar.    Comunicação 4 ‐ Intervenção do psicólogo escolar em contextos de risco  

Susana Vilarinho, Instituto de Educação da Universidade de Lisboa Resumo:  Será  que  a  intervenção  de  um  psicólogo  escolar,  orientada  por  um  Programa  de  Competências  de  Vida  (PCV)  numa escola  com elevada  taxa de  insucesso escolar, pode alterar este  cenário? No presente  trabalho procura  analisar‐se o impacto  do  PCV  nos  comportamentos  de  52  alunos  de  13  anos  (M=12.94,  DP=1.23),  bem  como  no  desempenho académico. A metodologia adoptada foi de um estudo quasi experimental, onde os alunos do grupo de controlo (n=39), de 13 anos (M=12.79, DP=0.98), não foram alvo de  intervenção. O PCV foi  implementado durante um ano  letivo pelo psicólogo  escolar  na  presença do diretor  de  turma,  consistiu  em 30  sessões  e  assentou  em  atividades  participativas, assembleias de turma mensais e trabalho de projeto. O programa foi parte integrante do currículo escolar dos alunos. 

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Um  Questionário  de  Competências  de  Vida  foi  aplicado  aos  alunos  dos  dois  grupos,  antes  e  após  a  intervenção. Compararam‐se os resultados escolares e as competências de vida dos dois grupos. Os resultados indicam que o grupo de intervenção revelou maiores benefícios do que o grupo de controlo, nomeadamente no que diz respeito à resiliência, método de estudo, empatia, participação nas aulas e autoestima. As raparigas do grupo de intervenção aumentaram a média de todas as competências, com exceção da cooperação. Os participantes do grupo de intervenção registaram um maior sucesso académico (taxa de transição) do que os participantes do grupo de controlo. Enfatizamos as vantagens observadas  para  alunos  em  risco  de  trajetórias  escolares  de  insucesso  e  a  importância  do  psícologo  escolar  em contextos de exclusão social.  Comunicação 5 ‐ O curso de pedagogia e a EAD: Limites e possibilidades de inclusão digital  

Maria José Portela Corrêa, António Rodrigues, João Carlos Coqueiro, Maria do Socorro Silva, Sílvia de Fátima Silva, Universidade de Trás os Montes e Alto Douro – UTAD 

Resumo:  Usar  as  Tecnologias  da  Informação  e  Comunicação  (TIC)  como  aliadas  da  educação  tem  sido  um  grande  desafio  aos educadores deste milênio e quando se trata de EaD, elas se tornam estratégias  indispensáveis de  inclusão digital,   na perspectiva de    atingir um público adulto que  trabalha e dispõe de pouco  tempo para  investir em uma  faculdade de ensino  regular.  Este  trabalho  tem  como  objetivo  analisar  o  uso  das  Tecnologias  da  Informação  e  Comunicação  (TIC) como  ferramenta de  inclusão  social na  implantação do curso de Pedagogia ministrado pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), ofertado pelo Polo da Universidade Aberta do Brasil de Nina Rodrigues no Estado do Maranhão. A metodologia  utilizada  na  investigação  foi  análise  documental,  estudos  bibliográficos  e  um  relato  de  experiências  de tutores e alunos sobre a  implantação do curso de Pedagogia no segundo semestre de 2017. Ao final desse estudo de caso  constatamos  a  importância  das  políticas  de  Integração  das  TIC  e  a  necessidade  de  um maior  investimento  na implantação de políticas públicas voltadas para as pessoas de classes populares  

MESA 1.4 Diversidade e Educação 

 Comunicação 1 – Inclusão no ensino superior: perspetivas de estudantes com Necessidades Educativas Especiais de uma universidade pública portuguesa 

Evelyn Santos, Centro de Investigação em Didática e Tecnologia na Formação de Formadores, Universidade de Aveiro | Paula Vagos, Universidade Portucalense | Dayse Neri de Souza, Centro Universitário Adventista de São Paulo – UNASP‐EC 

Resumo:  A  inclusão  de  estudantes  com  necessidades  educacionais  especiais  (NEE)  tem  sido  uma  realidade  cada  vez  mais verificada na educação. Novas práticas em favor da acessibilidade física, atitudinal e digital para os alunos também tem sido percebidas ao nível do Ensino Superior. No caso de Portugal, nos últimos anos, um maior número de alunos com NEE  tem  ingressado  em  Instituições  de  Ensino  Superior  (IES).  Entre muitas  razões,  acredita‐se  que  o  apoio  de  uma política que apresenta um Contingente de Acesso Especial que garanta um número de vagas para alunos com NEE, pode ser um dos principais aspectos. No entanto, ao nível nacional, as políticas de inclusão no ensino superior que garantem os  direitos  e  permanência  dos  alunos  com  NEE  não  são  verificadas.  Dada  essa  realidade,  as  IES  criaram  estatutos internos e tem apoiado os alunos caso a caso. Por um lado, essas iniciativas de apoio podem favorecer a trajetória dos alunos,  por  outro,  podem  permitir  que  o  aluno  fique  à  mercê  da  sensibilidade  das  IES.  Neste  sentido,  este  estudo apresenta, num contexto qualitativo, as percepções de 10 alunos com diferentes NEE, de vários ciclos e cursos sobre inclusão numa Universidade Pública Portuguesa. Nosso objetivo é representar os principais apoios oferecidos pela IES, evidenciados pelos alunos como potenciadores na inclusão no Ensino Superior. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada e analisados por meio da técnica de análise de conteúdo, com o apoio do software de análise qualitativa webQDA.  A  partir  dos  resultados,  verificou‐se  que  os  alunos  relataram  um  apoio  satisfatório  das  IES  nos diferentes  suportes  oferecidos.  A  partir  desses  resultados,  diferenciamos  três  categorias  de  acessibilidade,  sendo apresentadas em ordem de maior referência: 1. atitudinais (187 referências), 2. físicas / estruturais (49 referências) e 3. digitais / materiais (48 referências). É notável que todos esses aspectos se fundem, e um trabalho de coesão entre todos os suportes  listados é necessário. Neste sentido, o presente trabalho visa promover a reflexão sobre as dimensões de apoio à inclusão de alunos com NEE no Ensino Superior, com base na realidade de uma IES pública portuguesa  Comunicação 2 – Diversidade e Inclusão nas Instituições de Ensino Superior 

Júlio Mello D’Amato,  Unilasalle, Simone Garrido Esteves Cabral, Adriana Pires de Arezzo, Unilasalle, Rio de Janeiro 

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Resumo:  A educação inclusiva nas Instituições de Ensino Superior (IES), além de cada vez mais ser pauta de discussão frequente no meio acadêmico, se faz presente, configurando‐se como uma realidade a ser aprimorada, uma vez que reconhecer a diversidade,  promovendo  sua  aceitação  é um dos  grandes  desafios do mundo  contemporâneo. O presente  relato de experiência se refere à inclusão de alunos, com necessidades educativas específicas ou em situação de vulnerabilidade social  no  Centro Universitário  La  Salle/RJ  – UNILASALLE/RJ  –,  Instituição  de  Ensino  Superior  Confessional.  A  inclusão torna‐se  possível  por  haver  na  instituição  um  espaço  de  escuta,  por  excelência,  o  NAPPE  (Núcleo  de  Atendimento Psicopedagógico), com vistas a encaminhamentos que tornam o cotidiano do aluno possível, de acordo com o que de melhor a  Instituição Lassalista pretende oferecer. Ao  longo dos anos, o Núcleo vem se  tornando uma referência para todos que acreditam que este trabalho ao lado da direção, coordenações, professores e funcionários bem representa a proposta  maior  de  formação  da  Instituição.  Promover  Educação  é,  antes  de  tudo,  acreditar  que  nossa  condição  de humanos passa pelo receber, respeitar e nos solidarizar frente à toda a diversidade humana e suas vicissitudes. O Centro Universitário LaSalle/RJ inseriu‐se na vida desses alunos como uma importante contribuição no caminhar, que, espera‐se, seja de sucesso em suas trajetórias de vida e na constituição de uma profissão.  Comunicação 3 – Percursos de vida de jovens que foram abrangidos por currículos específicos  

Maria Teresa Santos,  Adelaide Espírito Santo, José Pereirinha Ramalho, Maria Cristina Faria, Cesário Almeida, José Pedro Fernandes & José António Espírito Santo, Instituto Politécnico de Beja 

Resumo:  A  expansão  da  escolaridade  obrigatória  a  todas  as  crianças  e  jovens,  incluindo  as  que  apresentam  necessidades educativas especiais decorrentes das mais variadas situações, é hoje uma realidade em muitos sistemas educativos que prosseguem  o  objetivo  de  garantir  o  direito  a  uma  educação  inclusiva.  No  sistema  educativo  português,  a  partir  do decreto lei 3/2008, foram propostos currículos específicos individuais (CEI) para alunos com problemáticas mais graves, abrindo‐se uma via de certificação de competências muito distante do currículo comum. Neste quadro, iniciámos uma investigação sobre os percursos de vida dos  jovens que  frequentaram os agrupamentos de escolas do Baixo Alentejo com CEI e PIT (Plano Individual de Transição) e que terminaram a sua escolaridade obrigatória a partir de 2012. É nosso propósito ter uma abordagem tão compreensiva e aprofundada quanto possível sobre as competências adquiridas na escola, na família, na comunidade, nos contextos de formação vocacional e profissional com impacto nos processos de capacitação, autodeterminação e qualidade de vida. No âmbito de um modelo de investigação de natureza exploratória, descritiva e  interpretativa, socorremo‐nos de vários métodos e técnicas, confrontando diversas  fontes e recorrendo à análise qualitativa  e quantitativa.  Participam no estudo  coordenadores  dos Departamentos de Educação Especial dos Agrupamentos  de  escolas,  jovens,  familiares  e  coordenadores  de  outras  instituições.  Nesta  comunicação apresentaremos alguns dos dados preliminares da investigação em curso. Prevê‐se que os problemas identificados e as conclusões  obtidas  possibilitarão  desenhar  planos  de  intervenção  educativa  mais  adequados  a  esta  população  e implementar ações de formação junto dos atores educativos locais.    Comunicação 4 ‐ Os conceitos de inclusão e amorosidade, utilizados como fundamentos para uma educação de qualidade social para jovens e adultos 

Ana Cláudia Lima de Assis, Maria José Marques Lima, Sandra Maria Soares de Oliveira, Universidade do Minho Resumo:  Promover  a  escolarização  de  Jovens  e  adultos,  garantindo  permanência  com  sucesso  é  um  desafio  da contemporaneidade,  principalmente  se  tratando  de  um  público  envolto,  numa  vida  de  exaustivo  trabalho, responsabilidade,  educação  dos  filhos  e  sobrevivência  sua  e  da  família.  Aliado  a  uma  sala  de  aula  formal, descontextualizada,  pautada  numa  educação  bancária,  que  não  motiva  esse  educando  a  permanecer  de  forma prazerosa na escola, por se encontrar esvaziada de sentido e significados. Este trabalho discute os desafios enfrentados pelo  Centro  de  Educação  de  Jovens  e  Adultos  Donaninha  Arruda,  de  envolver  seus  alunos  no  processo  ensino aprendizagem, promovendo a inclusão social e o sucesso escolar, a partir de uma ação político pedagógica, pautada na construção  coletiva,  no  diálogo  e  amorosidade,  utilizando  das  diversas  linguagens  para  envolver  seus  educandos.  O Trabalho, a partir da revisão bibliográfica, e observação participante, trazem as principais dificuldades enfrentadas pela escola,  na  busca  de  uma  educação  pautada  em  princípios  de  igualdade,  respeito  pelo  diferente,  dialogicidade  e amorosidade,  considerando  o  ‘outro’  como  sujeito  de  direitos,  pleno  de  possibilidades.  Nesse  sentido,  o  artigo  se fundamenta  na  discussão  dos  seguintes  autores:  Freire(1996),  Andriola(2000),  Calado(2001)  e  Toniolo(2010).  Estes, colaboram na recuperação do sentido do educar, enquanto acolhida das  diversas gerações e a sua inserção na cultura, bem como, fundamentam a realização de um trabalho com a comunidade educativa, viabilizando a permanência com sucesso,  a  partir  de  ambientes  inclusivos,  cuja  tônica  da  amorosidade  e  do  acolhimento,  contribuíram  para  o desenvolvimento pessoal e profissional dos educandos daquela instituição. 

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 Comunicação 5 ‐ Os desafios da implementação de uma rede de apoio à escolarização de uma estudante com paralisia cerebral: A dimensão subjetiva do trabalho colaborativo 

Alessandra Bonorandi Dounis & Neiza de Lourdes Frederico Fumes, PPGE/Universidade Federal de Alagoas Resumo:  Este trabalho tem como objetivo analisar a constituição da dimensão subjetiva dos envolvidos na construção de uma rede de apoio à inclusão e à permanência escolar de uma estudante com Paralisia Cerebral. Para alcançá‐lo, optamos pelo desenvolvimento de uma pesquisa qualitativa, com abordagem Sócio‐Histórica, ancorada nos pressupostos epistemológicos de Vigotski. Iniciamos a aproximação com o campo de pesquisa em uma escola municipal de Ensino Fundamental da cidade Maceió/Alagoas/Brasil, no começo do ano letivo de 2016 e permanecemos na instituição até o momento. . Os participantes são os professores, os gestores, a técnica de Educação Especial e os familiares de uma estudante com Paralisia Cerebral.  Os dados estão sendo produzidos a partir dos procedimentos da entrevista reflexiva individual e coletiva, da autoconfrontação simples e cruzada e da consultoria colaborativa.  Até o momento, pudemos vivenciar encontros de consultoria colaborativa e formação com os professores da escola, reuniões de planejamento conjunto com professoras, gestoras, técnica de educação especial e família, além de algumas observações em sala de aula e demais espaços escolares. Inicialmente, identificamos os entraves para o desenvolvimento das atividades de colaboração e para a articulação da rede, além de certa resistência de alguns dos membros para o trabalho coletivo. No entanto, no decorrer das vivências e a partir do envolvimento na resolução coletiva dos problemas emergentes da inclusão da estudante com paralisia cerebral nas atividades escolares, vimos se destacarem as mediações da subjetividade dos participantes da rede, que vêm colaborando ou não para sua efetivação. Os resultados preliminares apontam para uma necessária modificação na forma de pensar a formação de professores para a inclusão, que permita o desenvolvimento de práticas que  levem a interlocução e a colaboração entre os diferentes atores do processo inclusivo.  Acredita‐se que a constituição de uma rede colaborativa na escola possa mediar o desenvolvimento profissional de todos os atores da escola, não apenas do professor. 

 

MESA 1.5 Ensinar e Aprender 

 Comunicação 1 – A dialética objetividade e subjetividade mediando a significação da prática educativa bem sucedida na escola: Um olhar sobre o lugar dos afetos 

Eliana de Sousa Alencar Marques & Maria Vilani Cosme de Carvalho, Universidade Federal do Piauí Resumo:  A comunicação a ser apresentada no XIV Colóquio  Internacional de Psicologia e Educação reúne elementos teóricos e empíricos que explicam como o professor, ao subjetivar a realidade objetiva consegue realizar a prática educativa bem sucedida. A discussão é realizada a partir das  ideias de Vigotski (2009, 2004, 2000, 1998) e Baruch de Espinosa (2008, 2007) que contribuem com a compreensão de que na relação com o mundo, o ser humano constitui sua subjetividade significando o mundo objetivo. Nesse processo, destacam‐se os afetos  como  forças motivadoras das ações humanas. Para explicitar essas compreensões no plano da realidade dos processos de ensino e aprendizagem, serão apresentados resultados de pesquisa envolvendo um professor e quatro alunos de escola pública no estado do Piauí(BR). Os dados foram produzidos mediante o uso de entrevistas semiestruturadas e memoriais. Como procedimento de análise fez‐se uso  dos  Núcleos  de  significação.  Os  resultados  apontam  que  professores  e  alunos  vivenciam  situações  de  ensino  e aprendizagem que medeiam a produção de afetos que aumentam a potência de pensar e agir, portanto, movimentam os sujeitos porque (re)orientam a produção de sentidos que vão determinar a qualidade das práticas educativas.  Comunicação 2 – Dificuldades de aprendizagem na visão de professores do 4º ano do ensino fundamental da secretaria de educação do distrito federal/Brasil  

Erika Rodrigues de Freitas & Otília Maria Alves da Nóbrega Alberto Dantas, Universidade de Brasília Resumo:  Como  Pedagoga  da  Equipe  de  Apoio  Pedagógico  (EEAA)  da  SEDF,  tenho  me  deparado  com  inúmeros  problemas referentes  a  aprendizagem  dos  estudantes  dos  anos  iniciais  do  Ensino  Fundamental.  Como  os  professores  lidam didaticamente com as dificuldades de aprendizagem de seus alunos? O papel de Pedagogo da Equipe visa dar suporte aos professores quanto a organização dos processos didáticos e pedagógicos da escola. Este trabalho tem como objetivo analisar as Dificuldades de Aprendizagem dos estudantes por meio dos relatos de experiências dos professores dos anos iniciais de uma escola pública do Distrito Federal ‐ DF/Brasil. A fundamentação teórica está pautada em Piaget (1971), Vygotsky  (1994),  Godoy  (2011),  Pimenta  (2003)  e  outros  quanto  as  categorias  Aprendizagem,  Ensino  e  Didática. 

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Metodologicamente,  trata‐se  de  uma  pesquisa  qualitativa  em  que  foi  aplicado  questionários  (GIL,  1984)  à  dez professores do 4ª ano do Ensino Fundamental em três diferentes escolas. Os resultados mostraram que os professores compreendem  três  concepções  distintas  de  Dificuldades  de  Aprendizagem  quais  sejam:  assimilar  conteúdos, incapacidade em assuntos específicos e obstáculos durante o processo de aprendizagem como: dificuldade na escrita, na leitura, na fala, na concentração e em cálculos matemáticos. Verificou‐se que a atuação desses profissionais frente a esse fenômeno está centrada na superação das dificuldades,  realizando  intervenções, buscando apoio em  instituições sociais  como a  família  e  a  escola. O  interesse  em discutir  este  tema decorre  da  necessidade de  encontrar  iniciativas visando à construção de novas metodologias que evitem ou superem as Dificuldades de Aprendizagem e  ressaltem o papel do Pedagogo neste contexto. Neste sentido, conclui‐se que o conhecimento didático é pouco empregado pelos professores,  seja  por  comodismo  ou  pelo  limitado  conhecimento  sobre  a  Didática.  Acreditamos  que  cabe  a  EAPE promover  formação  continuada  a  estes  docentes  no  sentido  de  superação  de  tais  dificuldades  e  promovendo  a aprendizagem de seus alunos.  Comunicação 3 ‐ Aprender viajando: A aula de campo como mecanismo facilitador no processo de aprendizagem dos discentes da EEFM João Mattos ‐ Fortaleza/Ce 

Maria Flávia Coelho Albuquerque, Laudenise Fonseca Botelho Damasceno, Rivane Oliveira da Costa, Simone Azeredo Sales Portela Lima & Antonio Flávio Costa Pinheiro, EEFM João Mattos ‐ Fortaleza/Ce 

Resumo:  Este  trabalho  objetivou  investigar  o  papel  da  aula  de  campo  como  mecanismo  facilitador  no  processo  de  ensino‐aprendizagem na EEFM João Mattos. Optou‐se por trabalhar com alunos do Ensino Médio, que em conversas informais demonstravam desinteresse pelos estudos,  reclamavam das aulas repetitivas e da ausência de visualizar na prática os conteúdos  dados  em  sala  de  aula.  Esta  pesquisa  foi  baseada  no  processo  investigativo,  sendo  utilizadas  análises qualitativas  e  quantitativas,  com  o  uso  de  questionários  aplicados  antes  e  após  as  aulas  de  campo,  como  também entrevistas  e observação. Nos questionários aplicados  antes das  aulas práticas,  foi observado o pouco  conhecimento histórico,  geográfico  e  biológico  dos  destinos  visitados.  Após  a  aula  de  campo,  as  respostas  aos  questionamentos apontaram uma diferença considerada em relação ao apre(e)nder conhecimentos novos.  Os resultados demonstraram que as aulas de campo e a metodologia utilizada favoreceram o processo ensino‐aprendizagem, pois  foi constatada a ampliação do conhecimento e do desenvolvimento do espírito crítico dos alunos acerca dos temas estudados, além da visível cooperação e visão da importância do trabalho em equipe.    Comunicação 4 ‐ Bilinguismo: Uma proposta de aprendizagem para a vida 

Rosemere Impéres Lira, Escola Santo Afonso Rodriguez – ESAR – Rede Jesuíta de Educação Resumo:  Por  compreendermos  que  a  formação  de  alunos‐cidadãos  do  mundo,  conscientes  do  seu  papel  como  agentes transformadores do meio ambiente, da sociedade em que estão inseridos e das relações inter e intrapessoais é a função principal  da  escola,  nos  propomos  a  apresentar  no  XIV  Colóquio  Internacional  de  Psicologia  e  Educação  uma comunicação  que  reúne  elementos  teóricos  e  empíricos  que  explicam  a  importância  do  desenvolvimento  de  um currículo  aberto,  vivo  e  provocador  de  demandas  interativas  que  se  serve  de múltiplos  espaços,  compreendendo‐os como ambientes de aprendizagem. A análise  se  sustenta a partir  das  ideias de  Freire  (1987, 1991, 1996 e 2016) que contribui com a compreensão de que a escola deve desenvolver uma prática para além do bancarismo possibilitando que o aluno se perceba como um ser capaz de conhecer e analisar criticamente o mundo, desenvolvendo autonomia e exercitando  a  empatia  e  o  engajamento  nas  causas  humanas.  Será  apresentada  a  experiência  da  implantação  do programa bilíngue em uma escola particular filantrópica no estado do Piauí, Brasil. A experiência contempla 319 alunos com idades entre 06 e 10 anos e acontece a partir de um planejamento integrado entre as diversas áreas do saber e as estratégias  linguísticas  para  a  aquisição  da  língua  inglesa.  Nesse  âmbito,  o  aluno  é  agente  da  sua  aprendizagem, enquanto  o  professor,  como  facilitador,  busca  naquele  as  verdadeiras  razões  para  a  sua  prática  pedagógica.  Numa perspectiva  interdisciplinar,  a  imersão  total  na  língua  inglesa  possibilita  a  construção  de  habilidades,  competências, atitudes e valores essenciais para o desenvolvimento das crianças.  Comunicação 5 ‐ Uma proposta didático‐pedagógica para o ensino de convecção térmica no ensino médio 

Matheus Fernandes Mourão & Gilvandenys Leite Sales, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) 

Resumo:  A busca por novas metodologias de ensino tem sido alvo de pesquisas na área da educação. O presente trabalho propôs o uso do ensino investigativo, método que visa estimular os alunos a pensar, questionar e discutir assuntos em sala de aula  através  de  situações‐problema. O  objetivo  deste  trabalho  foi  avaliar  como o  ensino  investigativo  pode  ser  uma 

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ferramenta para motivar e  interessar os alunos em sua aprendizagem. Foi elaborado e aplicado um plano de aula do conteúdo de Convecção Térmica  com abordagem  investigativa  tendo como  temática um experimento de baixo  custo denominado “Lâmpada de Lava”. A aula foi aplicada com 25 alunos do Ensino Médio de uma escola em Fortaleza‐CE. Os alunos  tiveram que analisar e  identificar durante o experimento conceitos de propagação de calor por  convecção. As equipes expuseram suas hipóteses e foi aplicado um questionário para avaliar a proposta metodológica. Todos os dados gerados  foram  analisados  quati‐qualitativamente  com  auxílio  do  Excel.  Como  resultados,  observou‐se  a  participação ativa dos alunos. Embora nenhum deles tenham chegado a uma conclusão cientificamente correta sobre o experimento, todos  se  aproximaram  e  mostraram  domínio  sobre  conceitos  básicos  de  Termodinâmica.  Foi  possível  observar  a motivação de todos com demonstração investigativa, onde 96% relataram sentir‐se desafiados a fazer previsões e 100% admitiram obter novos conhecimentos durante o ato investigativo. Mais da metade dos alunos afirmaram ainda que o processo  de  análise,  reflexão  e  discussão  foram os mais  interessantes.  Conclui‐se  que  um ensino  eficaz  e motivador pode ser feito por meio dessa metodologia.  

 

 

 

 

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 SIMPÓSIO 2.1‐ 14h‐15h 30m 

 

Práticas Promotoras do Desenvolvimento da Literacia em Jardim‐de‐Infância Coordenador: Margarida Alves Martins 

 Resumo: O objetivo deste  simpósio é o de apresentar e discutir os  resultados de quatro estudos desenvolvidos em contexto  de  jardim‐de‐infância.  Num  primeiro  estudo  realizou‐se  um  levantamento  das  práticas  de  literacia desenvolvidas  em  jardins  de  infância  em  Portugal  no  sentido  de  perceber  quais  as  práticas   mais  frequentemente usadas nas salas de jardim‐de‐infância de todo o país. Num segundo estudo avaliou‐se a eficácia de uma intervenção explícita,  conduzida  em  contexto  naturalístico  por  educadores  de  infância,  no  desenvolvimento  da  consciência morfológica de crianças pré‐escolares. Num terceiro, analisaram‐se detalhadamente as ajudas providenciadas por um adulto durante as interações de pequenos grupos de crianças de 5 anos sobre a escrita de várias palavras, ajudas essas que  levaram  à  apropriação  de  procedimentos  de  análise  do  oral  por  parte  das  crianças,  que  permitiram  o desenvolvimento das suas escritas. Num quarto estudo, foram descritas a comparadas as estratégias de ajuda verbal usadas  por  professoras  de  educação  infantil  no  decurso  de  atividades  de  escrita  conjunta  de  palavras  por  crianças espanholas de 4 e de 5 anos.  Comunicação 1 – Práticas de literacia em jardim‐de‐infância: Um estudo de âmbito nacional 

Margarida Alves Martins, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA | Tiago Almeida | ESELx, Instituto Politécnico de Lisboa, CIE‐ISPA | Ana Albuquerque | Ana Cristina Silva, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA | Leonor Moreira Rato, Liliana Salvador, CIE‐ISPA | Ana Isabel Santos, Universidade dos Açores, CIE‐ISPA 

Resumo:  Diversos  trabalhos  de  investigação  têm  realçado  que  os  ambientes  de  literacia  e  a  qualidade  das  práticas desenvolvidas com as crianças em torno da leitura e da escrita antes da entrada para a escola, em particular no jardim‐de‐infância,  são  da  máxima  importância  para  o  sucesso  educativo  de  todas  as  crianças.  Neste  contexto, desenvolvemos  um estudo de  âmbito  nacional  em que  procurámos  caracterizar  as práticas  de  literacia  atualmente desenvolvidas em  jardim‐de‐infância. Participaram 859 educadoras de  todas as  regiões do país maioritariamente de jardins de  infância públicos. O  instrumento usado  foi um questionário on‐line em que As educadoras, para além de caracterizarem a organização e gestão do ambiente educativo das suas salas de atividades no que respeita à literacia, caracterizaram as práticas de leitura e de escrita desenvolvidas no dia‐a‐dia com as crianças, e a frequência com que ocorrem. O questionário permitiu ainda caracterizar detalhadamente as práticas relacionadas com a linguagem oral e a  consciência  linguística,  as  práticas  relacionadas  com o  conto  e  a  leitura  de  histórias  e  as  estratégias  usadas  para ajudar a ler e a escrever. Os resultados são apresentados e discutidos à luz das recentes orientações curriculares para a educação pré‐escolar, em particular no que é preconizado relativamente ao domínio da linguagem oral e abordagem à escrita.  Comunicação 2 – Podem os educadores de infância trabalhar explicitamente a consciência morfológica de crianças pré‐escolares?  

João Rosa, ESELx, Instituto Politécnico de Lisboa / CIED / CIE‐ISPA Resumo:  Este  estudo  avalia  a  eficácia  de  uma  intervenção  explícita,  conduzida  em  contexto  naturalístico  por  educadores  de infância, no desenvolvimento da consciência morfológica de crianças pré‐escolares. Estudos anteriores mostraram que embora  este  desenvolvimento  ocorra  naturalmente,  o  seu  trabalho  explícito  tem  um  efeito  significativo  no desenvolvimento  de  diversas  competências  de  literacia.  Participaram  neste  estudo  162  crianças  de  5  anos  que provinham  de  18  salas  de  Jardim  de  Infância,  de  duas  escolas.  As  crianças  foram  alocadas  em  duas  condições, experimental e de controlo. As educadoras cujas crianças foram alocadas ao grupo experimental participaram em duas horas de formação, selecionaram seis livros de histórias que acharam particularmente estimulantes onde identificaram palavras  para  trabalhar morfologicamente  com  as  crianças.  A  intervenção  com  as  crianças  durou  seis  semanas. Na condição de controlo, desenvolveram‐se as atividades curriculares normais incluindo também a leitura de histórias. Os 

Tarde do dia 9 de julho 

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resultados  no  pós‐teste  mostraram  que  as  crianças  do  grupo  experimental  eram  significativamente  melhores  a produzir  palavras  da  mesma  família,  a  interpretar  morfemas‐base  e  afixos  em  pseudopalavras  e  a  identificar morfemas‐base  em  palavras  flexionadas  e  derivadas,  mesmo  depois  de  se  controlarem  os  efeitos  explicados  por diferenças em  idade,  inteligência não verbal,  vocabulário,  consciência  fonológica e  consciência morfológica, no pré‐teste. Concluiu‐se que os educadores de  infância podem promover  com eficiência o  conhecimento morfológico das crianças e que  isso é otimizado por um conhecimento profissional específico acerca das  formas  como as diferentes crianças aprendem.  Comunicação 3 ‐ Dinâmicas interativas em programas de escrita inventada: um estudo qualitativo em contexto de jardim‐de‐infância 

Ana Albuquerque, CIE‐ISPA | Margarida Alves Martins, ISPA‐Instituto Universitário CIE‐ISPA Resumo:  Diversos  estudos  têm demonstrado que a promoção da escrita em pequeno grupo no pré‐escolar  tem um  impacto positivo  na  forma  como  as  crianças  conceptualizam  as  relações  entre  a  linguagem  oral  e  a  linguagem  escrita.  No entanto, poucos são os trabalhos que analisam detalhadamente os processos de "scaffolding" que ocorrem durante as interações,  levando  à  apropriação  de  procedimentos  de  análise  linguística  por  parte  das  crianças. Neste  sentido,  o presente  estudo qualitativo  teve  como principal  objetivo explorar  as  relações entre  a  dinâmica das  interações  e os progressos na escrita de um conjunto de crianças participantes num programa coletivo de escrita inventada no jardim‐de‐infância. Selecionaram‐se quatro grupos (num total de 16 participantes), cada um constituído por quatro crianças com competências metalinguísticas iniciais heterogéneas (número de letras conhecidas, nível de consciência silábica e nível de consciência fonémica). Após a transcrição das sessões do programa, foram estudadas as dinâmicas interativas ocorridas na  sessão  inicial,  numa  sessão  intermédia e na  sessão  final,  analisando‐se  a  frequência e a qualidade das intervenções do experimentador e de cada criança. A partir desta análise, foram identificadas sequências de interação ilustrativas  das  ajudas  providenciadas  pelo  adulto  e,  em  particular,  a  forma  como  foram  adaptadas  ao  nível  de desenvolvimento  de  cada  criança  aos  seus  conhecimentos  e  competências  individuais.  As  implicações  destes resultados são discutidas no âmbito da formação inicial e contínua de profissionais de educação de infância.    Comunicação 4 ‐ Análisis de la ayuda educativa en actividades de escritura conjunta con niños de 4 y 5 años  

Candela Ruiz & Manuel Montanero, Universidad de Extremadura Resumo:  El  aprendizaje  de  la  lectoescritura  en  la  Educación  Infantil  es  una  cuestión  controvertida  que  ha  suscitado  una abundante investigación, tanto sobre la edad más adecuada para iniciarla, como sobre los métodos pedagógicos más efectivos. Sin embargo, son escasos los estudios que documenten la naturaleza de las actividades de lectoescritura que se desarrollan realmente en las aulas.  En este sentido, el principal objetivo de este trabajo es describir y comparar las estrategias  de  ayuda  verbal  empleadas  por  las  maestras  de  Educación  Infantil  durante  actividades  de  escritura conjunta  de  palabras  en  español,  desarrolladas  en  pequeño  grupo.  Para  ello  se  seleccionaron  6  grupos‐clase  de alumnos  de  4  y  5  años,  y  sus  correspondientes maestras,  de  colegios  españoles  públicos  y  privados.  Siguiendo  un método  de  análisis  del  discurso  se  identificaron  y  categorizaron  un  total  de  556  mensajes  verbales  de  ayuda verbalizados por las profesores durante actividades de escritura conjunta de palabras. De promedio,  las profesoras  verbalizaron 23,7 ayudas para  conseguir  que  los niños escribieran  correctamente  cada una de las palabras. Los resultados ponen de manifiesto una gran similitud en cuanto al perfil de la interacción que se establece  en  las  actividades,  en  función  de  la  edad  de  los  estudiantes,  con  una  preeminencia  de  elaboraciones fonéticas en 4 años y de ayudas indagatorias en 5 años, así como una práctica ausencia de instrucciones directivas y correcciones  en  ambos  niveles.  Finalmente,  se  discuten  estas  y  otras  conclusiones  y  sus  implicaciones  para  futuras investigaciones.   

Sessão M2 ‐ 14.00‐15h 30m 

MESA 2.1  Educação, Família(s) e Comunidade 

 Comunicação 1 – Trabalho com dificuldades de aprendizagem de crianças e adolescentes 

Angelica Capelari, Universidade Metodista de São Paulo Resumo:  Muitas vezes, recebemos em nossos consultórios, crianças com dificuldade de aprendizagem. O primeiro passo, talvez 

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seja, investigar a origem da dificuldade: habilidade acadêmicas específicas; habilidades de estudo e/ou os dois tipos de origem. Habilidades acadêmicas especificas se referem informações adquiridas previamente, tanto nas escolas quanto fora delas e depenem dos sentidos e da percepção do mundo para serem adquiridas. Assim, uma dificuldade nessa habilidade  pode  dever‐se  a  alguma questão  orgânica  ou de  experiência  com o mundo. No  caso  das  habilidades  de estudo,  se  referem  a  aquisição  e manutenção  de  hábitos  de  estudo.  Tais  hábitos  são  praticados  fora  do  ambiente acadêmico, na casa dos estudantes e envolvem o treino das informações aprendidas, adquiridas na escola e como são treinados em casa, devemos avaliar, também, o ambiente físico e as possíveis intercorrências  na emissão da resposta de estudar. Como os hábitos de estudo ocorrem em casa, a participação dos pais é totalmente necessária e relevante para que a resposta possa ser adquirida e mantida. Toda avaliação e o trabalho realizados nesses casos, pode ser feito em  consultório  ou  na  casa  do  paciente,  onde  poderemos  ter  acesso  diretamente  as  informações  necessárias  para avaliar o caso e alterar as respostas que dificultam o aprendizado como um todo.  Comunicação 2 – O Ensino doméstico em Portugal: Práticas, perceções e motivações de famílias portuguesas 

Maria Inês Peceguina & Cecília Aguiar, ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa Resumo:  In  the  last years  the number of Portuguese  families  that chose  to homeschool  their  children  increased significantly. According with  the  available  data  from  the Ministry  of  Education,  in  just  3    school  years  (2012/13  ‐  2015‐16)  the number of homeschooled children increased from 63 to 661. The purpose of this study is to initiate the demographic characterisation of this phenomenon from the perspective of the families, contributing to a more realistic and inform perception  on  this  practice.  An  adaptation  of  the  Survey  About  Homeschooling  in  America,  from  the  national Household Education Survey was used to collect the data. The data were collected through the social networks with the support of the Free Learning Movement Association (Movimento Educação Livre), a non‐profit association, formed in 2011, that assists families in the matter of education freedom, their rights and the legal options on the Portuguese school system. Until now,  starting in January 2018, 67 families participated, with children ranging from preschool age to  secondary  years,  representing  about  10%  of  the  homeschooled  population.  Results  indicate  that,  overall,  the mother is the main responsible for the child education. Concerns on the school social environment, including negative peer  pressure,  bullying  and  safety,  dissatisfaction  with  the    academic  instructional  quality,  and  interest  over educational  approaches  other  than  the  traditional  one are  pointed as  the main  reasons  for  homeschooling.  Coping with  prejudice  on  the  practice  of  homeschooling  and  lack  of  public  spaces  that  promote  interaction  and communication with other families are pointed as the major difficulties on going through this educational option that, it  appears, goes well beyond “just” and educational  choice.  The  failure of  the public  school  system and a  tendency towards a parentocratic educational approach structure the data discussion.  Comunicação 3 ‐ Construindo uma educação para paz 

Maria José Marques Lima, Ana Cláudia Lima de Assis, Elizabete Távora Francelino, Aparecida Alves dos Santos Coelho & Gesilane Domingos de Sousa, Universidade do Minho 

Resumo:  Este projeto quer investigar as ações escolares em prol da formação de uma educação para paz como uma prioridade no  ambiente  escolar,  da  escola  pública  da  rede  estadual  do  Ceará  na  cidade  de  Fortaleza  no  Brasil.  Focaremos  a pesquisa no Centro de Educação de Jovens e Adultos‐ CEJA/JOSÉ WALTER. Os objetivos desta pesquisa são: Objetivo geral‐Analisar e problematizar a escola enquanto uma organização que desenvolve ações voltadas para a promoção do conceito de educação para a paz no sentido de formar um ambiente propício de bem‐estar, de trabalho e realização para todos os que fazem parte da escola. Objetivos específicos: Descrever e Analisar as experiências exitosas da escola em busca de uma educação para paz; Auscultar os alunos, professores, gestores e funcionários sobre o que entendem sobre educação para  a paz;  Estruturar  elementos  curriculares  e atividades  interdisciplinares presentes no ambiente escolar que  tratam da educação para paz. Buscar‐se‐á aprofundar a pesquisa com os seguintes autores: Boff(2006), Freire(2005),  Gil(1991),  Grundy(1991),  Kemmis  (1988),  Jares  (1991),Montessori  (2004),Pacheco  (2001),Silva(2011).A metodologia será a pesquisa de investigação qualitativa/descritiva, fazendo uso da investigação‐ação com o estudo de caso, usando os instrumentais de coleta de dados: questionários, entrevistas, grupos focais, observação sistemática e participante.    Comunicação 4 ‐ Uma terapia de mudança para as famílias – Intervenção sistémica e a rede secundária 

Cristina Cruz, Goreti Mendes, Dora Pereira, Margarida Pocinho & Helena Ventura, Núcleo de Apoio à Família e Aconselhamento Parental (NAFAP) 

Resumo:  Em 2015, foi criado o NAFAP com a missão de criar competências parentais positivas. Os objetivos centraram‐se nas 

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forças e no reforço de competências familiares, relacionais e individuais, necessárias para a construção do bem‐estar das crianças, na promoção do sucesso escolar; privilegiar a construção de relações de colaboração com as famílias que promovam  a  sua  competência  e  autonomia;  promover  a  articulação  e  colaboração  escola‐família‐comunidade educativa. O papel da terapia familiar é o de mediar a comunicação,  formar um suprassistema educativo e criar um contexto de colaboração entre escola‐família‐comunidade. No que se refere a monitorização e avaliação do impacto da  intervenção familiar, utiliza‐se o SCORE‐15, SOFA‐ s clientes e terapeutas,   após a primeira consulta e no final de forma  a  tornar  possível  a  monitorização.  Pretende‐se  identificar  as  mudanças  ocorridas  na  família  e  nos  seus elementos  durante  o  processo  terapêutico.  O  serviço  funciona  com  duas  terapeutas  famílias  em  coterapia,  duas investigadoras sendo uma terapeuta familiar e supervisora e uma psicóloga. Já foram referenciadas para o núcleo 95 famílias por diversos serviços, 22 tiveram alta e 50 continuam em acompanhamento. Os principais resultados após a intervenção  indicam  que  as  famílias  identificam  o  que  funciona  na  sua  relação  e  apontam  os  objetivos  de  vida  e estratégias  para  os  alcançar.  Neste  sentido,  a  intervenção  sistémica  contempla  todos  os  elementos  envolvidos  e explica a dinâmica das  relações e as  suas mudanças e de como estas podem ser sucesso para a mudança do grupo familiar.  Comunicação 5 ‐ Fórum Municipal dos Conselhos Escolares de Nova Iguaçu: repercussão no fortalecimento dos conselhos escolares 

Aparecida Alves dos Santos Coelho, Maria José Marques Lima & Cláudia Maria Sales Mendes, Universidade do Minho 

Resumo:  A pesquisa busca colher dados para estabelecer uma relação entre o Fórum dos Conselhos Escolares e a repercussão no  fortalecimento  dos  Conselhos  Escolares  da  Rede  Municipal  de  Ensino  do  município  de  Nova  Iguaçu,  Baixada Fluminense,  no Estado do Rio de  Janeiro Brasil.  Compreender  a  dinâmica  da participação dos  atores  envolvidos  no cotidiano  escolar  e  como  essa  atuação  pode  ser  analisado  numa  gestão  compartilhada,  dialógica  e  democrática.  E destacamos  como  objetivos  específicos:  Verificar  os  impactos  causados  nos  conselheiros/  escolares  e  nas  ações desenvolvidas por eles/as a partir da instituição do Fórum dos Conselhos Escolares. Analisar qual o entendimento que o Conselho Escolar tem sobre gestão democrática. Vamos focar a pesquisa em escolas da rede municipal, tendo como atores a Comunidade Escolar, através dos segmentos de professores, de alunos, de pais/responsáveis, de funcionários e  do  diretor  da  unidade  escolar.  A  investigação  se  constituirá  de  um  estudo  de  cunho  qualitativo,  com  base  em questionários estruturados com perguntas abertas e fechadas, aplicadas aos docentes, discentes, diretor, funcionários e pais/responsáveis, e terá sua interpretação seguida pela análise textual. Por questionário “entende‐se um conjunto de  questões  que  são  respondidas  por  escrito  pelo  pesquisado”  (GIL.2002,p.114)  Vamos  fundamentar  a  pesquisa dialogando com os autores Vitor Paro(1986) e Gadotti(1994).   

MESA 2.2 Ensinar e Aprender 

 Comunicação 1 – Is there critical thinking in teacher education? Promoting the inclusion of critical thinking in teachers' practices in higher education 

Amanda R. Franco, Rui Marques Vieira, CIDTFF ‐ Universidade de Aveiro | Carlos Saiz, Universidad de Salamanca Resumo:  According to the 2017 Students' Profile at the End of Compulsory Education, commissioned by the Portuguese Ministry of Education to be used as a referential for decision‐makers and educational actors, there are 10 core sets of skills that are  indissociable  of  students'  profile  when  they  finish  school.  One  of  them  is  Critical  Thinking.  Critical  Thinking comprises,  besides  thinking  criteria  and a  knowledge base,  a  range of  capacities  and attitudes  that  characterize  an individual  who  is  both  capable  and  inclined  to  search,  identify,  interpret,  analyze,  evaluate,  infer,  and  explain information, as well as to reflect, argument, and dialogue, while keeping a curious, deliberate, persistent, flexible, and modest disposition towards thinking, knowledge, self, and others. In the European Qualifications Framework, Critical Thinking becomes more evident along  the eight  reference  levels of education‐training,  from  lower  (Elementary and Secondary Education) to higher (Higher Education) levels. This shows how its importance is coherent along schooling. In a post‐doctorate research project aimed at (i) identifying and promoting pedagogic practices that stimulate Critical Thinking,  and  also,  at  (ii)  providing  teacher  education  specifically  oriented  towards  the  inclusion  and  promotion  of Critical  Thinking, we  aim  to  stress  the  relevance  of  including  Critical  Thinking  in  class,  so  that  students  are  offered formal opportunities to develop their thinking throughout university. We present an example of a training session for 

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Health Sciences' teachers, aimed at raising awareness about Critical Thinking, by stimulating them to reflect on their pedagogic conceptions and practices, and to include Critical Thinking in their classes, deliberately and explicitly.  Comunicação 2 – Escala de Competências e Métodos de Estudo (ECMS – ES): adaptação e validação no contexto do ensino superior angolano 

Laurinda Mendes & Anabela Pereira, Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro | Agatângelo Eduardo, Universidade Agostinho Neto | Jéssica Mendes, Universidade Lusíada | Evelyn Santos, Centro de Investigação em Didática e Tecnologia na Formação de Formadores da Universidade de Aveiro | Edgar Mesquita, Departamento de Matemática da Universidade do Minho 

Resumo:  Há evidências de que o sucesso no Ensino Superior depende muito dos métodos e aptidões de estudo que os alunos utilizam. Nesse intuito, o presente trabalho pretende adaptar e validar a Escala de Competências e Métodos de Estudo no Ensino Superior para a população angolana. A amostra foi constituída por 286 alunos, de ambos os géneros, com médias  de  idade  de  22.58  anos  (DP=4.65),  que  frequentavam  os  primeiros  anos  das  licenciaturas  de  um  Instituto Superior em Angola. O instrumento de avaliação utilizado foi a Escala de Competências de Métodos de Estudo (ECMS‐ES),  com escala  tipo  Likert,  constituída na  sua  versão  final por  47  itens  e na  versão original  63  itens. Os  resultados indicaram  que  esta  escala  (ECMS‐ES),  constituída  por  seis  subescalas,  apresentou  como  resultados  médios  mais elevados,  por  ordem  decrescente,  as  seguintes  dimensões:  I.  Motivação,  II.  Compreensão,  III.  Avaliação,  IV. Organização diária da área de estudo, V. Gestão do Tempo e VI. Procrastinação. Os valores de fidelidade e validade dos resultados que integram a escala mostram‐se consentâneos com as exigências métricas para este tipo de instrumento: a  variância  explicada  variou  entre  47.4%  e  60.6%  e  as  cargas  fatoriais  variaram  entre  0.40  e  0.81.  Tais  resultados, permitem‐nos  evidenciar  a  utilidade  deste  instrumento  como medida  de  avaliação  de  competências  e métodos  de estudo, em contexto do Ensino Superior. São referidas algumas implicações ao nível do ensino angolano, no sentido de sensibilizar  os  estudantes  para  a  utilização  de  adequados  métodos  de  estudo  que  possam  facilitar  o  sucesso académico.  Comunicação 3 ‐ Impacto do diálogo investigativo sobre a Arte nas habilidades cognitivas de estudantes universitários 

Gizele Parreira, Instituto Federal de Goiás | António M. Duarte & Filipe C. Mesquita, Universidade de Lisboa Resumo:  Este  estudo  teve por objetivo  testar  o  impacto de uma  intervenção que  implica o  uso do diálogo  investigativo  (DI) (Lipman,  1990)  sobre a  temática da Arte, nas habilidades  cognitivas  (HC) de estudantes universitários  – ou  seja, na elaboração  de:      conceitos;  relações;  comprovações;  questões;  hipóteses;  explicações;  inferências;  e    juízos.  Uma amostra  de  24  estudantes  foi  equitativamente  dividida  em  grupo  experimental  (GE)  e  grupo  controle  (CT).  O  GE visionou e discutiu, na lógica do DI, quatro curtos documentários sobre a temática da Arte. O GC apenas visionou os mesmos  documentários.  Antes  e  depois  da  intervenção  com  o  GE,  todos  os  participantes  (do  GE  e  do  GC) responderam a um questionário de questões abertas sobre concepções de Arte.  Prevê‐se uma avaliação das HC dos participantes pela análise temática das respostas abertas ao questionário e pelo cálculo das suas frequências em cada um dos momentos de avaliação. Através de estatística não paramétrica, serão comparadas as médias de  frequência das HC do GE e do GC antes e depois da intervenção. As frequências das HC nesses dois momentos serão igualmente comparadas para cada participante.    Comunicação 4 ‐ Ensino e avaliação de competências comunicacionais em estudantes da área da saúde: exemplo de uma metodologia centrada no estudante 

Teresa Guimarães, Ana Monteiro Grilo, Margarida Custódio dos Santos & Graça Andrade, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, IPL 

Resumo:  Esta  comunicação  pretende  apresentar  um  exemplo  de  uma  metodologia  de  ensino/aprendizagem  centrada  no estudante,  desenvolvida  no  âmbito  do  ensino  de  competências  comunicacionais  a  estudantes  da  área  da  saúde. ENQUADRAMENTO TEÓRICO: Nas  últimas  décadas,  importantes  contributos  vieram  recolocar  a  importância  da  comunicação  e  salientar  a necessidade  do  ensino  de  competências  comunicacionais  na  área  da  saúde.  O  desafio  prende‐se  agora  com  as metodologias  mais  eficazes  para  o  ensino  e  avaliação  destas  competências.  METODOLOGIA:  No  contexto  de  uma unidade curricular (UC) da área científica de Psicologia, foi implementado um exercício a realizar por estudantes do 3º ano de sete cursos da área da saúde, tendo como objetivo promover a aquisição e desenvolvimento de competências no âmbito da comunicação profissional de saúde‐paciente. O exercício é concretizado em duas  fases:  (1)  realização, 

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pelos estudantes, da vídeo gravação de uma situação simulada de interação com um paciente; (2) os estudantes são direcionados  para  uma  análise  crítica  e  reflexiva  das  ações/comportamentos  exibidos  durante  a  simulação.  Para  a concretização desta  2ª  fase,  os  estudantes  recorrem a  uma  adaptação da  SEGUE  Framework  (checklist  utilizada  na avaliação  dos  estudantes  de  medicina),  bem  como  aos  conhecimentos  teóricos  adquiridos  ao  longo  do  semestre. RESULTADOS:  A aquisição de competências evidenciada pelos estudantes no momento da avaliação do exercício (com instrumentos específicos) e da UC e o feedback positivo expresso pelos próprios estudantes, permite considerar esta uma metodologia eficaz no ensino/aprendizagem de competências comunicacionais em estudantes da área da saúde, ao mesmo tempo que promove o envolvimento ativo do estudante no processo de aprendizagem.     Comunicação 5 ‐ Leitura no Ensino Médio Integrado: Sentidos e significados produzidos pelos docentes 

Adriana Nunes de Souza & Maria Auxiliadora da Silva Cavalcante, Universidade Federal de Alagoas‐UFAL Resumo:  A  leitura é  tema frequente nas discussões entre docentes das diversas modalidades de ensino. Este artigo trata dos sentidos  e  significados  produzidos  por  professores  de  disciplinas  técnicas  do  Ensino  Médio  Integrado  (EMI)  – modalidade que  se  consolidou e  sofreu ampliação no Brasil  desde 2008,  quando  surgiram os  Institutos  Federais de Educação Tecnolócica – que têm a leitura como elemento facilitador da aprendizagem em suas aulas. Discutimos qual a importância que dão a ela em sua prática pedagógica. Pautando nossa pesquisa na clínica da atividade de Ives Clot (2006,  2010)  e  na  psicologia  sócio‐histórica  de  Vigotski  (1991,  2000),  foi  feita  uma  coleta  de  dados  através  de entrevistas filmadas com docentes de um campus do Instituto Federal de Alagoas. Nelas, discutimos diversas questões ligadas aos processos de ensino e de aprendizagem; a  leitura  foi protagonista da  conversa, ora como vilã – pois os docentes reclamam que discentes da modalidade têm muita dificuldade de compreensão textual –, ora como heroína –  por  acreditarem  que  o  ensino  da  leitura  e  o  ato  de  ler  podem  solucionar  diversas  dificuldades  enfrentadas  na aprendizagem  das  disciplinas  técnicas  no  EMI.  As  entrevistas  revelaram  que,  embora  os  docentes  reconheçam  a importância  da  leitura  no  processo  ensino‐aprendizagem,  eles  desconhecem  a  teoria  linguística  e  as  técnicas  de leitura.  Neste  artigo,  analisaremos  os  dados  encontrados  na  coleta  e  discutiremos  a  leitura  como  facilitadora  da aprendizagem na educação técnica de nível médio.  

MESA 2.3 Literacia e Educação  

 

Comunicação 1 – Literacia da informação e Ciência Aberta: os desafios no ensino superior Carlos Lopes, ISPA‐Instituto Universitário | Maria da Luz Antunes, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa | Tatiana Sanches, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa 

Resumo:  Em 2016, a Association of College and Research  Libraries adotou a  FRAMEWORK FOR  INFORMATION LITERACY FOR HIGHER EDUCATION. Nela, a literacia da informação assume um padrão de competências integradas que contemplam a  descoberta  reflexiva  da  informação,  a  compreensão  de  como  a  informação  é  produzida  e  valorizada  e  o  uso  da informação  na  criação  ética  e  legal  de  novo  conhecimento.  Que  desafios  e  implicações  práticas  têm  a  nova FRAMEWORK para a Ciência Aberta no ensino superior? Desenvolveu‐se uma reflexão teórica baseada na revisão da literatura,  evidenciando  a  tónica  dinamizadora  da  nova  FRAMEWORK.  Esta  apresenta  um  conjunto  de  conceitos básicos  interconectados,  de  implementação  flexível.  Desenvolve‐se  em  torno  de  um  conjunto  de  molduras conceptuais  (frames),  que  integram metas  e  conceitos  que os  estudantes  devem alcançar  e  ultrapassar  de modo  a garantir o desenvolvimento de conhecimentos genuínos numa disciplina, profissão ou domínio do conhecimento. Os conceitos são: a Autoridade, que se constrói e é contextual; a Criação de Informação como um processo; a Informação como  valor;  a  Investigação  como  processo  interativo;  a  Comunicação  Académica  como  plataforma  de  diálogo;  e  a Pesquisa como exploração estratégica. Cada um destes conceitos inclui uma secção de prática do conhecimento usada para  demonstrar  como  o  domínio  do  conceito  conduz  à  sua  aplicação  em  novas  situações  e  à  criação  de  mais conhecimento;  inclui  também  um  conjunto  de  disposições  que  trabalham  o  saber‐estar  em  processos  de aprendizagem.  A  FRAMEWORK  sugere  a  integração  da  literacia  da  informação  na  Ciência  Aberta,  enfatizando  o conhecimento  sobre  a  aquisição  de  competências.  A  sua  flexibilidade  tem  vantagens  significativas.  São  oferecidas propostas e desafios para estimular os profissionais da informação, professores e outros parceiros institucionais para reformular a formação, cursos e currículos; associa a literacia da informação a iniciativas de sucesso dos estudantes; colabora pedagogicamente na investigação e envolve os estudantes nesse processo; e amplia o diálogo, dentro e fora do ensino superior, sobre a aprendizagem, a sua avaliação e a comunicação académica.   

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Comunicação 2 – O impacto de um programa de sensibilização à linguagem escrita nas competências de literacia em crianças de idade pré‐escolar  

Anabela Reis Antunes, CBEI| Leonor Moreira Rato, CBEI / CIE‐ISPA | Ana Cristina Silva, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA 

Resumo:  A compreensão do princípio alfabético  inicia‐se muito antes da  frequência do 1º ano de escolaridade. Vários são os estudos  que  apontam  para  a  importância  de  se  desenvolverem  programas  em  idade  pré‐escolar  que  integrem atividades de escrita inventada, indicando que estes contribuem para evoluções das concetualizações da criança sobre a linguagem escrita e progressos na consciência fonológica (Alves Martins, Albuquerque, Salvador & Fernández, 2017; Albuquerque & Alves Martins,  2015; Ouellette &  Sénéchal,  2017).  Também as  atividades  de  consciência  fonológica têm impacto nas competências de literacia em crianças pré‐leitoras. Este estudo pretende compreender o impacto de um  programa  que  contempla  atividades  estruturadas  de  escrita  inventada  e  jogos  fonológicos  na  evolução  das concetualizações precoces da  linguagem escrita e da  consciência  fonológica em crianças em  idade pré‐escolar.  Este programa, integra 81 crianças de 5 anos de idade que não sabiam ler nem escrever. As crianças foram submetidas a uma  avaliação  inicial  e  final  de  consciência  silábica  e  fonémica,  bem  como  do  seu  conhecimento  relativo  à  escrita sendo‐lhes  pedido  que  escrevessem  8  palavras  como  soubessem.  O  programa  contemplou  10  sessões  de  escrita inventada  intercaladas  com  10  sessões  de  consciência  fonológica,  desenvolvidas  ao  longo  do  ano  letivo.  Após implementação  do  programa  verificou‐se  que  um  maior  número  de  crianças  apresentou  níveis  superiores  de consciência  fonológica,  bem  como  evolução  nas  concetualizações  sobre  a  linguagem  escrita,  onde  as  hipóteses  de escrita apresentadas pelas crianças estavam  mais próximas das características das escritas alfabéticas.  

Comunicação 3 ‐ Diferentes práticas de ensino da leitura e da escrita no 1º ano de escolaridade Sérgio Gaitas, Voz do Operário / CIE‐ISPA | Margarida Alves Martins, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA 

Resumo:  O objetivo deste trabalho foi o de descrever as práticas de ensino da leitura e da escrita de professores a lecionar no 1º  ano  de  escolaridade.  Participaram  42  professores  a  leccionar  em  escolas  de  contextos  sociais  diversificados.  As práticas de ensino da  leitura e da escrita foram avaliadas a partir das respostas a um questionário constituído por 3 partes: atividades de ensino da leitura (16 itens); atividades de ensino da escrita (13 itens) e escrita de diferentes tipos de  textos  (11  itens). Uma análise hierárquica de clusters  revelou três grupos de professores com práticas de ensino contrastadas:  I)  professores  que  centram  o  seu  trabalho mais  na  leitura  do  que  na  escrita;  apesar  de  realizarem  a maioria dos procedimentos de leitura considerados, destacam‐se pela elevada frequência de trabalho sobre o código e por uma menor frequência de trabalho centrado na leitura de textos. II) professores que desenvolvem quer atividades de  leitura,  quer  de  escrita;  realizam  com  muita  frequência  todas  as  atividades  consideradas  destacando‐se  a reconstituição ou comparação de palavras a partir de sílabas escritas, as cópias de textos e os ditados aos alunos. III) professores que mobilizam quer atividades de leitura, quer de escrita. Este grupo destaca‐se dos outros por mobilizar com menor  frequência  atividades  de  associação  entre  letras  e  sons.  Quanto  às  atividades  de  escrita  utilizam  com maior  frequência  o  ditado  de  frases  dos  alunos  ao  professor.  Serão  ilustradas  as  práticas  dos  diferentes  grupos  e discutida a sua relevância para a aprendizagem da leitura e da escrita.    Comunicação 4 ‐ À descoberta do mundo da escrita: um programa de intervenção com uma criança surda no pré‐escolar  

Sebastião Pereira Palha, CIE‐ISPA) | Margarida Alves Martins, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA Resumo:  Atualmente, a  revisão de  literatura  tem vindo a demonstrar cada vez mais o enorme  impacto que os programas de intervenção  na  linguagem  escrita  em  idades  precoces  exercem  na  posterior  aprendizagem  formal  da  leitura  e  da escrita.  Estes  são  cruciais  pois  permitem  às  crianças  a  construção  de  novos  conhecimentos  essenciais  para  a compreensão  do  mundo  da  escrita.  No  presente  estudo  desenvolvemos  um  programa  de  intervenção  com  uma criança surda profunda em idade pré‐escolar com o objectivo de promover a evolução das suas concepções sobre a linguagem  escrita.  Realizou‐se  um  pré‐teste  onde  se  avaliou  os  conhecimentos  já  existentes  da  criança  sobre  a linguagem escrita, um programa de intervenção baseado em princípios construtivistas e a aplicação de um pós‐teste para se verificar o impacto deste programa. Recorrendo a diversas atividades relacionadas com a linguagem escrita, e tendo sempre em consideração a sua adaptação às características cognitivas e motivacionais da criança, conseguimos levar  esta  a  compreender  que  as  palavras  são  compostas  por  letras  numa  determinada  sequência,  a  reforçar  as relações entre os gestos, as imagens e as palavras impressas e a desenvolver a linguagem em situações comunicativas. Desta  forma,  concluiu‐se que a promoção da  reflexão acerca da  linguagem escrita  teve um  impacto  significativo na evolução do desenvolvimento da  linguagem escrita ao permitir à  criança colocar novas hipóteses  infantis acerca do 

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mundo  da  escrita,  adquirindo  conhecimentos  relacionados  com  o  princípio  alfabético.  Linhas  orientadoras  para  o desenvolvimento da linguagem escrita em alunos surdos são sugeridas.  

Comunicação 5 ‐ Práticas de Literacia Familiar – Conceções de papel e perceções de eficácia em famílias de crianças no início de escolaridade – Estudo longitudinal 

Lourdes Mata, ISPA‐ Instituto Universitário, CIE‐ISPA | Patrícia Pacheco, CIE‐ISPA | Maria José Mackaaij, Biblioteca Municipal de Loulé, CML 

 Resumo: As famílias podem ter um importante papel no processo de aprendizagem da linguagem escrita. Os estudos sobre Literacia Familiar têm mostrado que as práticas de literacia desenvolvidas pelas famílias com as crianças poderá facilitar o processo de aprendizagem. Para além disso, as perceções de eficácia e de papel dos pais também podem ser determinantes na  forma como estes apoiam e envolvem os  filhos. Neste sentido acompanhámos durante dois anos um grupo de 47 crianças e suas famílias com o objetivo de caraterizar as práticas de literacia familiar, as perceções de eficácia  e  conceções  de  papel  dos  pais.  Caraterizámos,  nas  crianças,  as  emoções  e  motivação  face  à  leitura. Constatámos  que  as  práticas  de  literacia  de  Ensino,  ao  longo  dos  2  anos,  foram  sempre  mais  frequentes  que  as Lúdicas. Por outro  lado, verificámos durante o 1º ano um aumento de práticas de  literacia conjuntas, embora no 2º ano se tenha observado um decréscimo significativo. As conceções de papel dos pais no início do 1º ano apareceram significativamente  correlacionadas  com  as  práticas  no  final  do  2º  ano,  e  com  as  emoções  dos  filhos  face  à  leitura. Assim,  quanto mais  os  pais  acreditavam  que  era  seu  papel  desenvolverem  práticas  de  literacia  com  os  filhos mais prazer e menos aborrecimento estes relatavam. A autoeficácia dos pais no início do 1º ano também surgiu associada às práticas desenvolvidas no final do 2º ano. Os resultados serão discutidos realçando a importância de se estar atento às crenças parentais e valorizar as práticas de literacia familiar.   

MESA 2.4 Motivação e Emoções 

 Comunicação 1 – O papel da motivação para aprender em estudantes do Ensino Superior 

Adriana Satico Ferraz & Acácia Aparecida Angeli dos Santos, Universidade São Francisco, Campus de Campinas | Simone  Nenê  Portela  Dalbosco,  IMED,  Passo  Fundo  |  Leandro  S.  Almeida,  CIEd  ‐  Centro  de  Investigação  em Educação da Universidade do Minho 

Resumo:  O presente  estudo  visou à  investigação da motivação para  a  aprendizagem em estudantes  do Ensino  Superior,  por meio da  análise  das  atribuições de  causalidade e  das metas  de  realização,  avaliadas  respetivamente pela  Escala de Avaliação das Atribuições de Causalidade para Sucesso e Fracasso Acadêmico de Universitários e a Escala de Avaliação da Motivação  para  a  Aprendizagem  em Universitários.  A  amostra  contou  com  319  estudantes  do  Ensino  Superior, provenientes  dos  cursos  de  Administração,  Arquitetura  e  Urbanismo,  Direito  e  Psicologia  de  uma  universidade particular situada na região Sul do Brasil. As  idades dos participantes variaram entre 16 a 57 anos  (M = 22,55; DP = 6,60), em sua maioria mulheres (n = 237; 74,29%). A coleta de dados foi realizada seguindo a Resolução 466/12 que regulamenta a pesquisa com seres humanos no Brasil. A aplicação dos instrumentos foi em lápis e papel e em situação de  sala  de  aula,  após  a  concordância  em  colaborar  com  a  pesquisa.  No  tocante  aos  resultados,  verificaram‐se correlações  estatisticamente  significativas  e  de  magnitude  moderada  entre  os  dois  constructos  motivacionais avaliados. Adicionalmente,  são apresentados resultados sobre diferenças nas atribuições de causalidade e metas de realização  dos  estudantes  em  razão  do  sexo  e  do  momento  do  curso  em  que  se  encontram  (ingressantes  e concluintes). As conclusões, a par de avanços teóricos na área dos perfis motivacionais dos estudantes, possibilitam sugestões de atuação dos professores e outros profissionais envolvidos com o Ensino Superior.  Comunicação 2 – Aspetos afetivos e regulatórios durante o processo de estudo de estudantes do ensino superior 

Fátima Leal, Universidade de Évora Resumo:  A  universidade  exige  que  os  estudantes  desenvolvam  e  utilizem  estratégias  de  estudo  e  de  aprendizagem  mais profundas e profícuas do que nos níveis de ensino anteriores (Almeida, Araújo & Martins, 2016). Durante o processo de  estudo  e  de  aprendizagem  emergem  emoções  académicas  (Pekrun,  2014)  e  afeto  que  intereferem significativamente com a prestação dos estudantes.  Identificar aspetos afetivos e de regulação emocional durante o estudo  revela‐se  importante  para  maximizar  a  aprendizagem  (quer  aumentando  o  afeto  positivo  potenciador  da 

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aprendizagem  quer    diminuindo  o  afeto  negativo  de  forma  a  não  prejudicar  o  estudo  e  a  aprendizagem  dos estudantes). Esta investigação qualitativa, de cariz exploratório, teve por objetivo conhecer aquilo que os estudantes de ensino  superior  sentem enquanto estudam e quais  as  estratégias  regulatórias que utilizam para  lidar  com essas experiências  emocionais.  Realizou‐se  uma  análise  de  conteúdo  a  48  entrevistas  semi‐estruturadas.  Os  resultados mostraram que as experiências afetivas dos estudantes caracterizam‐se por variabilidade emocional e diferenciação em termos de presença/ ausência de gosto, vivência de dificuldade e regulação afetiva. Concluímos que apesar dos estudantes mobilizarem  estratégias  específicas,  emergem  poucas  estratégias  de  regulação  emocional  para  lidarem com o muito que sentem enquanto estudam. Propostas de intervenção são deixadas nas conclusões deste trabalho.  Comunicação 3 ‐ Perfis Motivacionais dos Alunos do 1º Ciclo e a sua Relação com o Desempenho na Matemática 

Marta Gomes, Vera Monteiro, Lourdes Mata, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA | Natalie Santos, Cristina Sanches, CIE‐ISPA 

Resumo:  Centrado na abordagem da teoria da autodeterminação aplicada à educação, o presente estudo utilizou a análise de clusters para identificar os perfis motivacionais e de perceção de competência em matemática de alunos do 1º ciclo. A investigação teve como objetivo analisar a relação entre os perfis motivacionais dos alunos e o seu desempenho em matemática.  Participaram  neste  estudo  82  crianças  que  frequentavam  os  3º  e  4ºanos  do  1º  Ciclo,  com  idades compreendidas entre os 7 e 10 anos. A análise efetuada permitiu  identificar 5 perfis motivacionais diferenciados: 1) alunos com boa qualidade motivacional (elevada autonomia e baixo controlo) e elevada perceção de competência; 2) alunos  com moderada  qualidade motivacional  (moderada  autonomia  e  baixo  controlo)  e  perceção  de  competência moderada;  3)  alunos  com  elevada  quantidade  motivacional  (elevada  autonomia  e  elevado  controlo)  e  elevada perceção;  4)  alunos  com  baixa  quantidade  motivacional  (baixa  autonomia  e  baixo  controlo)  e  baixa  perceção  de competência;  5)  alunos  com  fraca  qualidade  motivacional  (baixa  autonomia  e  alto  controlo)  e  baixa  perceção  de competência.  Uma  análise  comparativa  dos  perfis  considerando  as  avaliações  sumativas  dos  professores  e  os resultados obtidos no teste de matemática no final de período, identificaram os alunos de perfis de maior qualidade motivacional (1 e 2) com um desempenho académico significativamente melhor do que os alunos de perfil com fraca qualidade motivacional (5). Estes resultados corroboram os fundamentos da teoria da autodeterminação e sublinham a pertinência da diferenciação dos perfis motivacionais  dos  alunos para uma melhor  compreensão do desempenho académico.    Comunicação 4 ‐ Psychological (Des)adjustment in a sample of Portuguese students attending the 3rd cycle of schooling 

Ana Rita Reboredo, Vera Monteiro, ISPA‐Instituto Universitário,  CIE‐ISPA Resumo:  The  present  research  is  based  on  the  Interpersonal  Theory  of Acceptance‐Rejection  (IPARTheory)  of  Rohner  (1975; 2004). This theoretical postulate argues that the lack of parental affection, as perceived by daughters and sons, leads to    negative  consequences  such  as  the  possibility  of  developing  emotional  and  /  or  behavioral  disturbances  and academic  failure  (Rohner,  2004,  Rohner,  Khaleque  and  Couronoyer,  2005).  Our  main  aim  was  to  study  the psychological  des  (adjustment)  of  the  students  according  to  their  gender,  by  analyzing  the  psychological  des (adjustment)  of  the  boys  and  girls  of  the  sample.  For  this  purpose we  applied  PAQ  short  form  to  a  sample  of  574 portuguese students from the 7th to 9th grade. The results suggest high levels of psychological malajustment in both sexes,  boys  and  girls.  There  were  found  no  significant  differences  between  sexes  regarding  to  psychological maladjustment.  MANOVA  test  revealed  that  in  both  sexes  it  is  in  the  dependence  dimension  that  the  means  are higher. Discussing beyond results, we promote a cultural view from them, integrated in the global worldwide theory.  Comunicação 5 ‐ Escala de autoeficácia para psicólogos em contexto escolar: construção e estudo de validação 

Solange Ester Koehler, ISPA‐Instituto Universitário / Instituto Federal Farroupilha‐Santa Maria | Lourdes Mata, ISPA‐ Instituto Universitário, CIE‐ ISPA 

Resumo:  O  propósito  desta  comunicação  é  apresentar  como  foi  o  desenvolvimento  e  processo  de  construção  e  busca  de evidência  de  validade  da  Escala  de  Autoeficácia  de  Psicólogos  Escolares.  Tendo  como  referência  a  Teoria  Social Cognitiva de Bandura, a autoeficácia (AE) é a confiança na capacidade pessoal para organizar e executar certos cursos de ação. Uma vez que a AE é especifica para atividades e contextos e, não havendo instrumentos validados no Brasil para os profissionais da psicologia que atuam em contexto escolar optou‐se pela criação dessa escala, partindo‐se de uma primeira versão de 35 itens, testada entre psicólogos Portugueses a trabalhar em contexto escolar. A amostra foi formada  por  203  psicólogos  que  atuam  nos  Institutos  Federais  de  Educação,  Ciência  e  Tecnologia  no  Brasil,  sendo 

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80,3% do gênero  feminino e 19,7% do masculino. A  análise  fatorial dos  itens da escala,  revelou que os mesmos  se distribuíam  por  6  dimensões  de  autoeficácia  na  atuação:  Acompanhamento  de  Casos  Individuais,  Relação  com Famílias,  Colaboração  com  a  Comunidade  Educativa,  Colaboração  com Direção,  Resiliência  (lidar  com  dificuldades), Aspetos  Gerais.  Os  valores  de  Alfa  de  Cronbach  revelaram  valores  ajustados  para  todas  as  dimensões.  A  partir  da multidimensionalidade  da  escala  serão  apresentados  os  perfis  de  autoeficácia  dos  participantes  e  discutidos  em termos de áreas de intervenção para as quais se sentem mais e menos eficazes. 

  

KEYNOTE  2 – 15h 45m – 16h 45m 

 Currículo Formal e Aprendizagem Significativa – Dilema insolúvel ou integração esquecida 

Maria do Céu Roldão – Universidade Católica Portuguesa, Porto  

SIMPÓSIO – S3 ‐ 17.00‐18h 30m 

 A Avaliação na Educação Pré‐Escolar: O sentido de uma proposta de mudança 

Coordenador: Lourdes Mata Resumo:  A  Avaliação  é  essencial  para  a monitorização  do  processo  educativo,  a  compreensão  dos  progressos,  conquistas  e aprendizagens  e  também  para  a  intencionalidade  educativa.  A  forma  como  se  concebe  a  avaliação  condiciona  os instrumentos que se escolhem, os indicadores que se recolhem e a forma como se utilizam. A avaliação em contextos de educação pré‐escolar assume algumas especificidades, clarificadas nas OCEPE de 2017, mas nem sempre são bem entendidas  nem  implementadas.  Este  simpósio  tem  como  grande  objetivo  promover  a  reflexão  sobre  este  tema, procurando identificar e concretizar algumas caraterísticas centrais do processo avaliativo em contextos de educação de  infância. Assim, está organizado com quatro enfoques distintos, mas complementares: O 1º direciona‐se para os referenciais  teóricos  e  conceptuais  que  devem  estar  presentes  na  avaliação  no  pré‐escolar  e  a  necessidade  de  os explicitar  e  apoiar  os  educadores  na  sua  transposição  para  a  prática;  o  2º  procura  apresentar  os  fundamentos  da documentação pedagógica e como esta é um meio fundamental no processo avaliativo, e um elemento central para a reflexão  para  a  melhoria  de  práticas;  o  3º  realça  o  papel  que  as  famílias  podem  e  devem  ter  na  avaliação  e  os benefícios  que  daí  podem  advir  para  as  crianças,  famílias  e  profissionais;  o  4º  e  último  tópico  aborda  o  trabalho formativo  que  tem  sido  desenvolvido  com  os  educadores  e  as  expetativas,  dificuldades  e  necessidades  que  estes sentem nesta área.  Comunicação 1 – ‘Remar contra a maré’ de uma avaliação burocrática 

Isabel Lopes da Silva, DGE, Ministério da Educação Resumo:  A avaliação formativa é preconizada nos documentos legais para o ensino básico, embora se verifique uma tendência para  centrar  a  avaliação  em  resultados  quantificados  da  aprendizagem.  Esta  tendência  alargou‐se  à  educação  pré‐escolar,  tornando‐se  habitual  a  construção  e  adoção  de  checklists,  por  faixas  etárias,  que  permitiem  quantificar percentagens das aprendizagens “adquiridas” e “não adquiridas”. Esta prática, não agradando a muitos educadores, é aceite, por falta de alternativas, como exigência a cumprir. A perspetiva de avaliação formativa adotada pelas OCEPE (2016) considera‐a como intimamente ligada ao planeamento e como suporte do educador na construção e gestão do currículo.  Esta  perspetiva,  em  consonância  com  os  fundamentos  e  princípios  das  OCEPE,  remete  para  conceções teóricas  que encaram a  avaliação,  como  “recolha  de  informações para  tomar  decisões  sobre  a  prática”,  como uma construção de sentido que envolve todos os intervenientes (educadores, crianças e pais). Este processo, que assenta na recolha e organização de documentação pedagógica, integra diferentes vertentes da avaliação: ao ser orientadora do planeamento da ação constitui‐se uma avaliação “para” a aprendizagem, sendo a participação das crianças nesse planeamento e avaliação vistos “como” um meio de aprendizagem,  inclui, ainda, uma avaliação “da” aprendizagem, centrada  na  descrição  dos  progressos  de  cada  criança,  partilhada  com  crianças  e  pais.  Se  muitos  educadores concordam com esta perspetiva, manifestam também as dificuldades.  Na implementação “Para remar contra a maré” considerou‐se prioritário promover formação contínua, que apoiasse práticas de planeamento e avaliação interligadas.  

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Comunicação 2 – Documentação pedagógica como suporte da avaliação e do planeamento Liliana Marques, DGE, Ministério da Educação 

Resumo:  A documentação pedagógica desempenha um papel central na avaliação formativa e no planeamento. Reconhecer a criança  como  única,  competente  e  com  direito  a  ser  protagonista  da  sua  própria  aprendizagem,  exige  que  o/a educador/a  conheça  cada  criança  e  o  grupo  bem  como  o  seu  processo  de  aprendizagem  e  de  desenvolvimento. Organizar,  analisar  e  interpretar  os  registos  e  documentos  que  o  educador  vai  recolhendo  durante  os  processos pedagógicos,  permite‐lhe  compreender  e  criar  significados  para  a  tomada  de  decisão  sobre  a  prática  pedagógica  e atribuir  sentido  às  aprendizagens  realizadas  pelas  crianças.  Podemos  dizer  que  documentar,  é  sobretudo,  escolher porque  assim  como  não  é  possível  observar  tudo  o  que  acontece  no  quotidiano  educativo,  também  não  se  pode documentar tudo. Nem fazia sentido. Este é um processo que envolve decidir o que é essencial e mais significativo, o que levanta várias questões: Que documentos recolher? Como os organizar? Como é que a documentação pode ser utilizada  para  comunicar  a  avaliação?  Que  linguagem,  conteúdos  e  forma  se  adequam melhor  tendo  em  conta  os destinatários  (crianças,  famílias,  comunidade,  outros  docentes)? Que princípios  éticos  considerar? A  documentação pedagógica  apoia  a  reflexão,  fundamenta  o  planeamento  e  a  avaliação  e  ao  tornar  visíveis  as  aprendizagens  das crianças, promove a participação da família e da comunidade educativa.  Comunicação 3 ‐ Avaliar ‘com’ ou ‘para’ as famílias? 

Lourdes Mata, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA Resumo:  Tradicionalmente as famílias não eram envolvidas no processo avaliativo, pois este era da exclusiva responsabilidade dos profissionais, que depois informavam as crianças e famílias sobre o resultado final dessa avaliação. Contudo, numa perspetiva ecológica e sistémica, onde se consideram essenciais os vários contextos onde a criança se desenvolve, o papel dos diferentes intervenientes não pode ser ignorado nem negado. Complementarmente, uma abordagem socio‐construtivista ao desenvolvimento e à aprendizagem tem também de encarar as  famílias e  crianças como parceiros neste processo, de modo a que a avaliação permita  ter uma visão  clara dos progressos e aquisições de cada um, e promover autoconhecimento, responsabilização, partilha de objetivos e continuidade(s) na atuação. Como envolver as crianças e as famílias? Porquê envolve‐los? Que vantagens ou dificuldades? Estas serão as questões orientadoras desta comunicação  onde  se  procurará  refletir  sobre  o  papel  de  profissionais,  famílias  e  crianças,  aliando  os  referenciais teóricos com exemplos da prática de modo a clarificar as potencialidades de uma avaliação participada.    Comunicação 4 ‐ Da teoria à prática – As dificuldades do percurso 

Manuela Rosa, ESELx, Instituto Politécnico de Lisboa Resumo:  Os  fundamentos  e  princípios  das  OCEPE  2016  dão  sustentabilidade  teórica  à  ação  profissional,  sendo  também  um contributo essencial para uma reflexividade  interveniente na ação e na estruturação  identitária destes profissionais. Tem‐se verificado que não  tem  sido  consensual  para os profissionais de educação de  infância  referenciá‐los na  sua ação  educativa.  As  questões  que  orientam  esta  comunicação  surgem  da  análise  de  expetativas,  dificuldades  e reflexões  expressas  por  grupos  de  educadoras  de  infância  que  frequentaram  oficinas  de  formação  sobre  a praticabilidade  das  OCEPE  2016.  Assim,  pretende‐se  perceber:  qual  o  entendimento  sobre  suporte  teórico  destes fundamentos e princípios? Como estão presentes na  intencionalidade educativa?  Em que medida o planeamento e avaliação  são  estratégias  para  os  pôr  em  prática?  Se  a  reflexão  sobre  a  prática  é  baseada  neste  conhecimento? Termina‐se refletindo sobre a importância do encontro entre pares profissionais na construção do saber da prática. 

 

Sessão M3 ‐ 17.00‐18h 30m 

MESA 3.1 Problemáticas do Currículo 

 

Comunicação 1 – O espaço exterior como palco para o desenvolvimento curricular em educação de infância – Possibilidades e desafios 

Gabriela Portugal & Gabriela Bento, CIDTFF, Universidade de Aveiro Resumo:  Em Portugal, as práticas pedagógicas em contextos de educação de infância focalizam‐se sobretudo no que acontece dentro  da  sala  de  atividades,  ignorando‐se,  frequentemente,  as  virtualidades  do  espaço  exterior  para  o  bem‐estar, 

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aprendizagem e desenvolvimento das crianças. Nesta sessão, apresentamos um projeto de transformação e melhoria de  práticas  de  desenvolvimento  curricular  no  espaço  exterior  em  dois  contextos  de  educação  de  infância.  Este processo de mudança e inovação pedagógica foi levado a cabo pela equipa de educadores de infância das instituições, sendo  o  nosso  papel,  enquanto  formadoras  e  supervisoras,  o  de  estimular,  apoiar  e  monitorizar  as  mudanças  e progressos ao nível das práticas educativas no espaço exterior. Nesta apresentação, apresentamos uma reflexão sobre a experiência vivida. Como quadro concetual, consideramos a importância: do brincar no exterior para a aprendizagem e  desenvolvimento;  de  práticas  reflexivas  para  mudanças  pedagógicas  sustentadas;  e  ainda  da  exploração  de conceções  dos  profissionais  sobre  as  crianças  e  sobre  o  papel  do  adulto  no  processo  educativo.  A  parte  empírica envolve  a  caracterização  do  contexto,  a  descrição  da  intervenção  (tarefas  e  desafios  propostos  no  contexto  de formação  e  supervisão)  e,  finalmente,  assinalam‐se  as  principais  conquistas  e  dificuldades  observadas  nas  práticas educativas. Finalmente, com base no percurso experienciado, tecemos considerações sobre fatores facilitadores e/ou dificultadores  do processo de mudança pedagógica e  de desenvolvimento do  currículo nos espaços  exteriores.  Este trabalho  é  financiado  por  Fundos  Nacionais  através  da  FCT  –  Fundação  para  a  Ciência  e  a  Tecnologia  no  âmbito  de UID/CED/00194/2013 – CIDTFF  Comunicação  2  –  Diferenciação  Curricular  e  Pedagógica:  Dificuldades  de  concretização  nas  perceções  e representações de professores do Ensino Básico e Secundário em Escolas do Alentejo 

Maria de Lurdes Moreira & Marília Favinha, Universidade de Évora Departamento de Pedagogia e Educação/CIEP Resumo:  Este artigo resulta de dois fatores relevantes, a revisão do que nos últimos anos se tem escrito sobre a necessidade de se  fazer  diferenciação  curricular  e  pedagógica,  e  um  estudo  que  realizámos  com  professores  do  Ensino  Básico  e Secundário  sobre  as  suas  perceções  e  representações  relativas  a  este  fenómeno.  Neste  estudo  recolhemos  os testemunhos escritos de 63 professores de Escolas do Alentejo e da região Oeste, procedemos à análise de conteúdo e à sua categorização. As conclusões obtidas permitem realçar um conjunto de fatores intrínsecos e extrínsecos à ação dos professores e, ainda,  fazer um  levantamento de questões que  julgamos serem evidenciadas nesta problemática relativamente  a  duas  linhas  de  focagem,  a  sala  de  aula  e  a  Escola  enquanto  organização  e  o  Sistema  de  ensino Português em pleno processo de Autonomia e Flexibilidade Curricular (Despacho nº 5908/2017).  Comunicação 3 ‐ Identidade do pedagogo docente: O conteúdo dos memoriais formativos  

Laryssa  Bezerra  Lima,  Otília  Maria  A.  N.  A.  Dantas  &  Érika  Rodrigues  de  Freitas,  Faculdade  de  Educação  / Universidade de Brasília 

Resumo:  Como  se  constrói  a  Identidade  do  Pedagogo  docente?  A  formação  inicial  contribui  para  consolidação  desta identidade?  No  Curso  de  Pedagogia  da  Universidade  de  Brasília,  o  Trabalho  de  Conclusão  de  Curso  tem  em  sua primeira parte, o Memorial Formativo. Este recurso, de caráter literário e estético, possibilita ao autor narrar, por meio de recortes de sua história de vida, momentos marcantes da construção de sua identidade docente. Com o objetivo de compreender o sentido da  identidade docente,  tendo em vista os discursos extraídos dos Memoriais Formativos de estudantes egressos do curso de Pedagogia da Universidade de Brasília. A pesquisa, de natureza qualitativa, pautou‐se em histórias de vida. De maneira aleatória, os Memoriais Formativos  foram selecionados e extraídos do Repositório Virtual da Biblioteca de Monografias – BDM da UnB, correspondentes aos últimos 10 (dez) anos de produção (2007 – 2016). Os memoriais  foram  analisados  a  partir  dos  seguintes  aspectos:  origem,  formação  docente,  visão  acerca  do trabalho docente e perspectivas  futuras dos autores pesquisados com base na perspectiva  teórico‐metodológica da análise  do  discurso.  A  fundamentação  teórica  compõe‐se  de  uma  compilação  de  estudos  acerca  da  temática pesquisada  com  base  em  autores  diversos  as  seguintes  categorias:  identidade  docente,  memoriais  formativos, formação  docente  inicial  e  continuada. Os  resultados  demonstram,  a  partir  dos  discursos  extraídos  dos memoriais formativos, que a identidade docente é uma construção tecida a partir de um longo processo formativo do sujeito.    Comunicação 4 ‐ Brincar em relação com os outros e a natureza: um estudo sobre a criação de uma cozinha de lama em contexto pré‐escolar  

Fátima Martins,  Maria Figueiredo & Isabel Abrantes,  Escola Superior de Educação de Viseu Resumo:  estudo  desenvolveu‐se  em  torno  da  questão  ”Quais  os  contributos  de  brincar  no  exterior  para  a  aprendizagem de conceitos de Geologia na educação pré‐escolar?”. A recolha de dados realizou‐se num jardim de infância de Viseu, com 25  crianças de 3  a 6 anos. O estudo descritivo  foi  baseado em observação participante e  entrevistas às  crianças. A análise  recorreu às escalas de  implicação e bem‐estar  (Portugal & Laevers, 2010) e à análise de conteúdo temática. Tratou‐se de um estudo sobre as próprias práticas no contexto de Prática de Ensino Supervisionada do Mestrado em 

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Educação Pré‐Escolar e Ensino do 1.º CEB. Iniciou‐se a construção de uma cozinha de lama de forma colaborativa com crianças  e  pais,  focando‐se  a  importância  de  brincar  no  exterior,  em  contacto  com  a  natureza  e  com  os  seus elementos;  mais  especificamente,  pretendeu‐se  destacar  a  aprendizagem  de  conceitos  e  conhecimentos  ligados  à Geologia. O estudo  fundamentou‐se na  relevância do brincar em espaços exteriores e de natureza  reconhecida por vários  autores  (Miller,  Tichota  & White,  2009;  Bilton,  Bento  &  Dias,  2017).  Ao  longo  do  período  de  utilização  da cozinha (dois meses), as crianças demonstraram  níveis de bem‐estar e implicação progressivamente mais altos. Houve evolução na complexidade do faz de conta e na exploração de conceitos geológicos com ênfase nas características do solo. Analisam‐se, ainda, situações de resolução de conflitos e relacionamento no contexto exterior. Conclui‐se que as cozinhas de lama contribuem para aprendizagens que permitem às crianças compreender melhor o que as rodeia, ao mesmo tempo que sustentam futuras aprendizagens.    

 

MESA 3.2 Avaliação em Contexto Educativo 

 Comunicação 1 – Vozes dos alunos sobre feedback: Um estudo com alunos de ensino superior 

Juana de Carvalho Ramos Silva, Carolina Carvalho, Camila Marta de Almeida & Sofia Freire, Instituto de Educação ‐ Universidade de Lisboa 

Resumo:  Na perspetiva construtivista, a  linguagem, a comunicação e a  interação social,  incluindo nesse contexto o  feedback, são fatores fundamentais de aprendizagem enquanto construção e transformação progressiva de conhecimento. É por intermédio do feedback que estudantes têm conhecimento de como devem se comportar,  raciocinar e realizar algo num determinado contexto para conseguir atingir objetivos. A investigação revela que o feedback dos professores é o mais apreciado pelos estudantes, e que quando eficaz tem um impacto positivo na aprendizagem. O presente estudo tem como objetivo conhecer a perceção dos estudantes do ensino superior sobre o que consideram ser um feedback eficaz. Participaram 57 estudantes do primeiro ano de uma licenciatura na área da educação, dos quais 85% são do sexo  feminino,  apresentando  uma  média  de  idade  de  19,2  anos  (DP=1,7).  Para  recolha  de  dados  utilizou‐se  um questionário constituído de seis questões abertas. Por meio de uma análise de conteúdo das respostas, constatou‐se que os aspetos mais importantes do feedback salientados pelos estudantes foram: aspetos afetivos (incentivo, apoio e estímulo para  fazer melhor)  (22% das respostas) e o caráter construtivo do feedback ( um feeback que permita aos alunos  melhorar  e  corrigir  os  seus  erros)  (16%  das  respostas).  Estes  resultados  vêm  dar  um  contributo  para  a compreensão do feedback enquanto fator de aprendizagem no ensino superior, reconhecendo‐se a  importância não só dos processos cognitivos, mas também afetivos na construção de conhecimento. Sendo assim, pensar contributos para uma pedagogia do ensino superior obriga a (re)criar práticas de feedback onde os estudantes sejam ouvidos.  Comunicação 2 – Sistema nacional de avaliação da educação superior (SINAES): Avanços na qualidade da avaliação da educação superior no Brasil 

Maria das Graças Gonçalves Vieira Guerra, Universidade Federal da Paraíba Resumo:  O  presente  estudo  tem  como  finalidade  apresentar  a  avaliação  da  educação  superior  na  atualidade  no  Brasil, apresentando o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES, que foi criado, através da Lei nº 10.861 de 14 de abril de 2004, pois nos últimos anos, a avaliação tem sido utilizada como ferramenta de gestão da qualidade das  instituições educacionais de ensino superior. Esta pesquisa é de orientação qualitativa, exploratória e descritiva, onde foram realizadas pesquisas bibliográficas e pesquisas documentais.  Constatamos que, os sistemas de avaliação oferecem subsídios para que as universidades busquem adotar procedimentos formais de melhoria de desempenho, pautados  no  autoconhecimento  e  na  organização  dos  processos,  visando  uma  melhor  oferta  de  seus  serviços  à comunidade  universitária.  Dessa  forma,  como  contribuição  acadêmica  e  profissional  para  a  educação  superior brasileira, esta pesquisa descreveu a história do processo de avaliação de cursos e os mecanismos utilizados para a avaliação educativa propriamente dita, de natureza formativa, mais voltada à atribuição de juízos de valor e mérito em vista de aumentar a qualidade e as capacidades de emancipação do cidadão brasileiro.  Comunicação 3 ‐ A atuação dos diretores escolares: Entre limites e necessidades 

Maria João de Carvalho, Universidade de Trás‐os‐Montes e Alto Douro & CIIE – Centre for Research and Intervention in Education, Faculty of Psychology and Education Sciences, University of Porto | Luciana Salvador Joana, CIIE – Centre for Research and Intervention in Education, Faculty of Psychology and Education Sciences, 

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University of Porto Resumo:  A  necessidade  de  as  organizações  e  as  suas  lideranças  se  adaptarem  à  exigente  dinâmica  atual  foi  o  que  mais contribuiu para engrossar o  léxico pedagógico  com os  conceitos de  líder e  liderança,  situação a que não é alheio o contexto educativo português. O Decreto‐Lei nº 75/2008 formaliza‐o de modo bastante reforçado quando reconhece importância  às  dimensões  da  gestão  e  da  liderança  para  o  desenvolvimento  de  uma  escola  mais  autónoma  e  de qualidade. Enquadramento que  justifica a criação do cargo de diretor, constituindo um órgão unipessoal,  “para que em  cada  escola  exista  um  rosto,  um primeiro  responsável”  (Preâmbulo,  p.  2342). Neste  âmbito,  foi  nosso  objetivo conhecer se as representações e as práticas de liderança deste órgão de gestão enforma as decretadas características do “reforço de liderança” no que respeita ao favorecimento de resultados escolares e do comportamento dos alunos. O  nosso  trabalho  compreendeu  uma  opção metodológica  de  natureza  qualitativa  sobre  5  agrupamentos  de  escola situados na região do Alto Douro, sendo que a recolha de dados foi realizada entre o período que mediou entre 2016‐2017.  Fez‐se  uso  da  análise  documental,  que  incidiu  sobre  os  documentos  estruturantes,  e  da  entrevista semiestruturada realizada aos diretores. A interpretação dos dados foi feita através da análise de conteúdo associada à utilização do MAXQDA. Foi possível concluir que os objetivos  inclusos no decreto supracitado, na maior parte dos casos,  estão  longe  de  serem  atingidos,  sendo  que  nas  situações  em  que  parece  existir  alguma melhoria  ela  não  é consequência direta da unipessoalidade da gestão.    Comunicação 4 ‐ Avaliação da qualidade em creche: Contributos da experimentação do programa Beel em contexto português 

Tânia Meireles Monteiro, Brincar e Inventar | Sara Barros Araújo, Instituto Politécnico do Porto | Lois Ferradas Blanco, Universidade Santiago de Compostela 

Resumo:  O presente estudo pretende analisar os contributos do programa Baby Effective Early Learning (BEEL) (Bertram, Pascal & Saunders, 2013) na avaliação e melhoria da qualidade em contexto de creche e, através da sua implementação integral, aumentar a compreensão de tais processos em contexto português. Trata‐se de um estudo de investigação‐ação que foca as perceções das participantes, a investigadora e três educadoras de infância, acerca da experiência de contextualização do BEEL numa valência de creche localizada na cidade do Porto. Este processo foi desenvolvido ao longo de cinco fases: 1) Formação das profissionais no programa BEEL; 2) Avaliação participada da qualidade do contexto (documentação da qualidade e elaboração do relatório de avaliação); 3) Elaboração participada de um plano de ação; 4) Formação em contexto, considerando prioridades de ação co definidas; e, 5) Reflexão sobre o impacto do processo de implementação do BEEL. Nesta comunicação pretende‐se explorar de forma mais detalhada as fases 2 e 3, procurando analisar, na perspetiva das participantes, a experiência de utilização deste programa. Os dados foram recolhidos através de observação naturalista participante e notas de campo da investigadora, sujeitas a análise de conteúdo. Resultados preliminares relativos ao envolvimento na avaliação e planeamento participados revelam potencialidades do BEEL ao nível de princípios e modos operatórios. Adiantam‐se algumas implicações do estudo relativas à preparação profissional para o trabalho em creche e às vantagens de tornar disponível um programa que poderá influenciar favoravelmente a avaliação da qualidade destes contextos de atendimento a crianças nos primeiros três anos de vida.  Comunicação 5 ‐ Is grade retention an effective practice? A systematic review 

Mieke  Goos,  Department  of  Teacher  Training,  University  College  Leuven  –  Limburg  |  Joana  Pipa  |  CIE‐ISPA  | Francisco Peixoto, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA 

Resumo:  The  practice  of  grade  retention  (i.e.,  holding  struggling  students  back  in  the  same  grade  for  an  extra  school  year, instead  of  promoting  them  to  the  next  grade  level  along  with  their  peers)  is  a  ‘hot  topic’  across  many  countries worldwide (EACEA, 2011). Research on the effectiveness of grade retention has improved tremendously during the last decade, with recent studies showing higher design quality (RD‐design, PS‐method, IV‐approach or diff‐in‐diff‐method), evaluating  effects  in  more  outcome  domains  and  focusing  on  students  from  a  greater  amount  of  countries,  as compared  to  previous  studies.  Nevertheless,  the  most  recent  systematic  reviews  and  meta‐analyses  on  grade retention effectiveness  (Allen et  al., 2009; Bright, 2011; Xia & Kirby, 2009) do not  reflect  these  improvements. This paper presents a systematic review of research regarding the effectiveness of grade retention, tackling this gap. More specifically,  we  aim  to  describe  the  effects  of  repeating  a  (K‐12)  grade  on  repeaters’  academic  achievement, psychosocial  functioning,  school  career,  and  job  career  as well  as  on  their  peers’  academic  achievement,  based  on studies published in English, German, French, Spanish, Portuguese and Dutch, published between 2000 and 2018. Our search  strategy  was  based  on  the  Preferred  Reporting  Items  for  Systematic  Reviews  and  Meta‐Analysis  (PRISMA) 

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Statement (Liberati et al., 2009). Several databases were considered (WOS, PsychINFO, ERIC, Google Scholar). Results indicate that repeaters benefit less from their retention year than generally believed by educators, especially in terms of their academic achievement and school career in the long run. Implications for practice, policy, and research will be discussed.  

MESA 3.3 Avaliação Psicológica 

 Comunicação 1 – Habilidades Cognitivas e Sucesso Escolar: Estudo de Validade da Bateria de Provas de Raciocínio 

Argentil O. Amaral, Universidade Pedagógica, Delegação de Quelimane, Moçambique | Leandro S. Almeida, CIEd ‐ Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho 

Resumo:  Tomado uma amostra de alunos moçambicanos do ensino secundário da 8.ª, 9.ª e 10.ª classe (n=1080), provenientes de escolas publicas urbanas, privadas urbanas e públicas periféricas, analisamos os resultados na Bateria de Provas de Raciocínio  (BPR8/10).  Os  resultados  sugerem  que  o  tipo  de  escola  se  encontra  relacionada  com  o  desempenho cognitivo dos alunos avaliado pelos subtestes da Bateria (raciocínio abstracto, raciocínio verbal,  raciocínio espacial e raciocínio numérico) e nas classificações escolares na disciplina de Português e Matemática. Como seria esperado, os resultados  nos  subtestes  de  raciocínio  aumentam  à medida  que  avançamos  no  nível  escolar  dos  alunos.  Por  outro lado,  observam‐se  correlações  positivas  e  significativas  entre  os  resultados  nos  subtestes  da  Bateria  de  Provas  de Raciocínio e o rendimento escolar dos alunos (classificações nas disciplinas curriculares).  Comunicação 2 – Contributos para a definição de uma estrutura fatorial do Inventário de Habilidades Sociais Educativas do Professor Universitário – versão Aluno (IHSE‐PU‐Aluno) 

Joene Vieira‐Santos, Almir Del Prette & Zilda Aparecida Pereira Del Prette, Universidade Federal de São Carlos | Leandro S. Almeida, CIEd ‐ Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho 

Resumo:  O  presente  trabalho  apresenta  uma  versão  preliminar  da  estrutura  fatorial  do  Inventário  de  Habilidades  Sociais Educativas do Professor Universitário – versão aluno (IHSE‐PU‐Aluno), o qual consiste na adaptação do Inventário de Habilidades Sociais Educativas para Professores Universitários – versão Professor (IHSE‐PU‐Professor), um instrumento de autorrelato que avalia as habilidades sociais educativas  (HSE). Tais habilidades são compreendidas como aquelas habilidades  sociais voltadas para promover o desenvolvimento e aprendizagem do outro. A  versão  respondida pelo aluno  foi  aplicada  em  1406  estudantes  universitários  brasileiros  e  os  dados  foram  analisados  utilizando  o  FACTOR. Foram  testadas  soluções  fatoriais  com  3,  4  e  5  fatores,  baseadas  em  correlações  policóricas,  usando  o método  de extração  do  mínimo  quadrado  não  ponderado  robusto  (do  inglês,  Robust  Unweighted  Least  Squares  –  RULS)  e  o método  de  rotação  oblíqua  PROMAX.  A  solução  de  4  fatores  foi  a  que  apresentou  melhores  índices  de  ajuste  e adequação teórica. Assim, tomando como base itens com carga fatorial superior a 0.500, o IHSE‐PU‐Aluno apresentou os seguintes fatores: Mediação Reflexiva (11 itens), Afetividade e Suporte Social (10 itens), Mediação de Conflito (10 itens)  e  Comunicação  e  Diálogo  (9  itens).  O  valor  de  ORION  (índice  de  precisão)  para  cada  um  dos  fatores  foi, respectivamente,  0.946,  0.952,  0.948  e  0.928.  O  IHSE‐PU‐Aluno,  bem  como  o  IHSE‐PU‐Professor,  pode  ser  um instrumento valioso para fornecer feedback sobre o desempenho do professor universitário e para avaliar a eficácia de programas de intervenção destinados ao desenvolvimento de HSE de docentes.  Comunicação 3 ‐ A música no desenvolvimento e avaliação de crianças e jovens com necessidades educativas especiais 

Ana Rita Maia, ISPA‐Instituto Universitário | José Morgado, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA  Resumo:  A presente comunicação, tem como objetivo apresentar os dados resultantes de uma investigação‐ação, levada a cabo pelos  respetivos  autores,  que  teve  como  principal  objetivo  avaliar  a  importância  da música  no  desenvolvimento  e avaliação  de  competências  em  crianças  e  jovens  com  necessidades  educativas  especiais.  A  pesquisa  desenvolvida nesta área tem demonstrado que a música tem influência e estabelece uma relação direta com o organismo humano (Gordon, 2000; Sacks, 2008) possibilitando, entre outras coisas, avaliar o crescimento físico, psicológico e emocional do indivíduo (Pocinho, 1999), desempenhando um papel importante no desenvolvimento de competências musicais e não musicais na criança com necessidades educativas especiais (Ockelford, 2000, Norddof‐Robbins, 1965, Welch et al., 2001). Pretendeu‐se, assim, recolher e analisar dados de forma a contribuir empiricamente para um mapeamento do 

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perfil sonoro‐musical individual de desenvolvimento em crianças e jovens com NEE, através da implementação de um programa musical específico, o programa Sounds of Intent. Recorreu‐se a uma metodologia de investigação‐ação, com estudo de caso múltiplo longitudinal, metodologia esta que assume um carácter qualitativo e experimental.  Os resultados obtidos sugeriram que é possível observar e avaliar de forma sistemática, através da manifestação de comportamentos sonoro‐musicais, o desenvolvimento dos alunos com NEE, ao longo de um determinado período de tempo, através de um programa como o SOI. Os dados recolhidos através da grelha e do perfil concêntrico dos alunos, demonstraram uma ampla variedade de manifestações sonoro‐musicais ao longo do período de intervenção. Todos os alunos demonstraram diferentes níveis de progresso no que diz respeito aos seus comportamentos musicais.    Comunicação 4 ‐ Adaptação da Escala S‐SRQ e SRSI à População de Psicoterapeutas Portugueses 

João Almeida & António Pazo Pires, ISPA‐Instituto Universitário Resumo:  O  tema da  supervisão  tem  vindo  a  ser  estudado  em psicólogos  com  relativa  profundidade  nos  últimos  vinte  anos. Estudos com psicoterapeutas sobre as dimensões da relação de supervisão têm sido escassos. Um dos  instrumentos mais promissores sobre relação de supervisão tem sido referido por Tangen e Borders (2016) como sendo a escala S‐SRQ  de  Cliffe  et  al.,  (2016).  Não  existem  estudos  para  além  do  referente  à  sua  estruturação,  conceptualização  e adaptação à população Inglesa numa amostra de Psicólogos. Este tema, de emergência conceptual, teórica e prática, revela‐se imprescindivel  aos Psicólogos e psicoterapeutas de qualquer área curricular. Objectivo: Pretende‐se estudar e adaptar as dimensões relacionais Base Segura, Educação Reflexiva e Suporte, Abertura, Desafio e Estrutura, inseridas na recente vertente teórica sobre relação em supervisão, entre Psicoterapeutas. Método: Utilizou‐se um questionário em  internet  ao  qual  responderam  229  psicoterapeutas  portugueses.  Resultados:  Foi  efectuada  a  análise  descritiva, análise da validade interna confirmatória e validade convergente entre as escalas, S‐SRQ de Cliffe et al., (2016) e SRSI de Lizzio et al., (2009).  Comunicação 5 ‐ WISC‐III – Análise e comparação entre crianças portuguesas e angolanas 

Inês Pessoa e Costa, Rita Antunes, Ana Soares & Sandra Afonso, Hospital CUF Descobertas  Resumo:  Vários  autores  apresentam  fatores  que aproximam a  cultura de  Portugal  e  a  cultura  dos países  africanos de  língua portuguesa. Fatores como a história comum, o contexto social e económico, o uso da língua portuguesa, a cooperação a  nível  da  educação  e,  sobretudo,  da  saúde  (e.g.  Correia,  2010).      Cada  vez  mais  famílias  angolanas  recorrem  ao sistema de  saúde em Portugal  e  vêm à  consulta de psicologia do Hospital CUF Descobertas para  realizar  avaliação. Tendo em conta a  influência da  cultura em questões  como o  comportamento e  a  aprendizagem  (Rodrigues,  2013), pretende‐se  neste  estudo,  analisar  e  comparar  os  resultados  obtidos  por  crianças  portuguesas  e  por  crianças angolanas  na  Escala  de  Inteligência  de  Wechsler  para  Crianças  (WISC‐III),  principal  referência  na  medição  da inteligência de crianças e adolescentes (Simões, 2002). Apesar da WISC‐III não estar aferida para a população angolana o número crescente de crianças avaliadas com esta prova justifica a relevância deste estudo. A recolha de dados foi realizada na Consulta de Psicologia da Unidade de Neurodesenvolvimento do Hospital  CUF Descobertas,  através da aplicação de 12 subescalas da Prova de Inteligência de Wechsler para Crianças (WISC‐III). Os dados obtidos encontram‐se  em  análise,  com  recurso  à  comparação  das  médias  obtidas,  quer  nos  resultados  brutos,  quer  nos  resultados padronizados  dos  quocientes  de  inteligência  global,  verbal  e  de  realização,  dos  três  índices  fatoriais  (compreensão verbal, organização percetiva e velocidade de processamento) e das subescalas avaliadas.   

MESA 3.4 Contextos Educativos e Comportamentos 

 Comunicação 1 – Tipos de jogo no berçário: Uma análise exploratória em contexto natural 

Joana Conceição, Catarina Ramos & Tiago Almeida, ESELx, Instituto Politécnico de Lisboa Resumo:  Desde  cedo,  as  crianças  desenvolvem  competências  sociais  que  lhes  permitem  relacionar‐se  com  o  outro.  Para compreender  como os  bebés manifestam essas  competências,  desenvolveu‐se  um estudo  exploratório  de  natureza mista, sustentado na observação direta e indireta de 24 bebés em contexto natural, em duas organizações educativas na área da Grande Lisboa. Os seus objetivos foram: i) caracterizar as interações entre bebés com idades cronológicas entre os 6 e os 17 meses e: ii) caracterizar o tipo de jogo dos bebés em berçário. A observação direta concretizou‐se 

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com  base  na  tradução  de  Soares  (2013),  do  instrumento  Assessment  of  Peer  Relations  (Guralnick,  2003). Paralelamente, a observação  indireta decorreu da gravação de 13 vídeos de 60 minutos cada, ao  longo de maio de 2016, nos quais cada criança foi observada durante 4 minutos e 30 segundos (por vídeo), selecionados aleatoriamente. A  adaptação  do  Play  Observation  Scale  (Rubin,  2001)  permitiu  a  cotação  dos  vídeos  quanto  às  categorias  de participação  social  de  Parten  (1932),  os  tipos  de  jogo  (Smilansky,  1968)  e  não  jogo  (Rubin,  2001).  A  análise  dos resultados evidenciou que:  i) os bebés se envolveram maioritariamente em jogo solitário  (85%), ocorrendo também alguns casos de jogo paralelo (13%); ii) no que às categorias de jogo diz respeito, as ocorrências de jogo exploratório foram  proeminentes  (87%);  iii)  em  situação  de  não  jogo,  os  bebés  assumem  principalmente  uma  postura  de espectador  (51%)  e  de  observador  de  proximidade  (17%).  Compreende‐se  portanto  que  os  bebés  demonstram intencionalidade nas interações que realizam, revelando estar despertos para as ações dos pares.  Comunicação 2 – Memória e Significado dos Brinquedos da Infância 

Maria Cristina Faria, José Pereirinha Ramalho & Adelaide Espírito Santo, Instituto Politécnico de Beja Resumo:  Os  brinquedos  fazem  parte  do  mundo  imaginário  da  criança,  da  concretização  de  sonhos  e  da  realização  de brincadeiras  promotoras  de  desenvolvimento,  aprendizagem  e  criatividade.  Por  conseguinte,  contribuem  para  a formação  pessoal  e  social  dos  humanos  desde  muito  cedo  e  produzem  cultura.  Nesta  abordagem  positiva  dos brinquedos da  infância é compreensível que as memórias a eles associadas tenham um significado positivo e  façam desencadear  à  posterior  lembranças  e  emoções  positivas.  Cada  brinquedo  tem  uma  história  pessoal  repleta  de significado,  sentimento,  afecto,  ação  e  ludicidade.  É  pressuposto  que  o  brinquedo  enquanto  objecto  de  desejo, motivação  e  conhecimento  e  a  brincadeira  compreendida  como  simples  acto  de  brincar  se  encontrem  ligados  a pessoas, valores, crenças, atitudes, escolhas, recreações e representações sociais que podem ser determinantes para a organização  e  estruturação  da  personalidade.  Até  que  ponto  um  brinquedo  de  eleição  e  o  seu  contexto  podem influênciar a vida futura de uma criança? A presente investigação tem como principal objetivo conhecer a importância da  memória  e  do  significado  do  brinquedo  de  infância  ao  longo  da  vida.  Trata‐se  de  um  estudo  exploratório,  de caracter  transversal  e  qualitativo.  Apresenta  40  participantes  (20  homens  e  20  mulheres),  professores  das  quatro Escolas do IPBeja, com idade igual ou superior a 45 anos. Foi aplicada uma entrevista semiestruturada que visava as seguintes dimensões: memória significativa do brinquedo de infância; história do brinquedo; brincadeiras associadas; interferência na saúde e bem estar; influência nas representações sociais e escolhas pessoais. Os resultados sugerem a influência do brinquedo nos acontecimentos pessoais ao longo da vida.  Comunicação 3 ‐ O brincar de crianças com perturbação da linguagem e os seus pares com desenvolvimento típico numa situação de interação proposta 

Joana Guimarães, ComDignitatis / Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Educação | Tiago Almeida, ESELx, Instituto Politécnico de Lisboa, CIE‐ISPA 

Resumo:  Este  estudo  procura  analisar  o  tipo  de  brincadeira  (Rubin,  2001)  de  crianças  com  PL  e  dos  seus  pares  com desenvolvimento típico numa situação de interação proposta e identificar as estratégias utilizadas pelas educadoras, na  mesma  situação,  para  mediar  a  interação.  Frequentemente,  as  crianças  com  Perturbação  da  Linguagem  (PL) tendem a  apresentar‐se,  em  situações de brincadeira  e  jogo, mais  retraídas,  com mais  comportamentos negativos, comparativamente  aos  seus  pares,  preferem  interagir  mais  com  adultos  do  que  com  os  pares  e  respondem  com enunciados mais curtos ou com recurso a respostas não‐verbais. Tendem ainda a apresentar dificuldade em explicar as regras de um jogo, em fazer reparos ou clarificações e são parceiros de jogo menos preferidos pelos seus pares, em contextos  inclusivos.  Para  responder  às  questões  de  investigação  foram  constituídos  três  grupos  com  crianças  com desenvolvimento típico e PL, na proporção de 2:1. Após avaliação inicial, foram realizadas filmagens de cada um dos grupos numa  situação de brincadeira  livre  e  filmagens na mesma  situação, mas  com a  intervenção das  educadoras enquanto  elemento mediador.  Foi  analisado  o  tipo  de  brincar  adotado  pelas  crianças  na  presença  e  ausência  das educadoras,  bem  como  as  estratégias  utilizadas  pelo  adulto  para mediar  e  incluir  as  crianças  com  PL  no  jogo.  Os resultados sugerem que a presença das educadoras é facilitadora da participação de crianças com PL em situações de jogo do tipo paralelo e de grupo e que o ensino incidental individual, a modelação e a promoção da linguagem são as estratégias mais eficazes.    Comunicação 4 ‐ Valorização do espaço exterior como ambiente promotor de aprendizagens e desenvolvimento: a abordagem FloresSer da Associação Nacional de Intervenção Precoce 

Gabriela Bento, CIDTFF, Universidade de Aveiro | Gisela Dias, Patrícia Oliveira & Leonor Carvalho | ANIP Resumo:  

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Reconhecendo  a  importância  do  espaço  exterior  para  o  desenvolvimento  e  aprendizagem da  criança,  a  Associação Nacional de Intervenção Precoce (ANIP) tem vindo a investir numa abordagem educativa focada no brincar ao ar livre. Esta abordagem, denominada de FloresSER, enquadra no presente ano letivo o projeto Serei(a) no Jardim, inserido na valência  de  Creche  e  Jardim  de  Infância.  Este  projeto  diferencia‐se  das  respostas  educativas  mais  tradicionais, propondo  uma  utilização  sistemática  e  pedagogicamente  sustentada  dos  espaços  exteriores  em  contextos  de educação de infância. O projeto funciona com um grupo de 8 crianças a tempo inteiro no Jardim da Sereia (Parque de Santa  Cruz,  Coimbra)  e  com  visitas  diárias  ao  espaço  por  parte  dos  grupos  de  pré‐escolar  e  creche  sediados  nas instalações da ANIP. A ocupação a tempo integral do Jardim da Sereia está a cargo de duas educadoras de  infância. Atendendo ao carácter inovador desta iniciativa, uma equipa da Universidade de Aveiro, Departamento de Educação e Psicologia,  está  a  apoiar  e  a  monitorizar  o  processo  de  implementação  e  melhoria  das  práticas,  considerando dimensões  relacionadas  com  os  processos  de  acompanhamento  das  crianças,  a  organização  dos  espaços  e  o envolvimento  das  famílias.  Nesta  apresentação,  iremos  apresentar  os  resultados  iniciais  do  processo  de implementação do projeto Serei(a) no Jardim. Ainda, procuraremos evidenciar, com base na experiência adquirida até à  data,  de  que  forma  é  que  o  desenvolvimento de  práticas  educativas  no  espaço  exterior  permitem  concretizar  os princípios e objetivos educativos preconizados nos principais documentos orientadores da educação de  infância em Portugal.  Comunicação 5 ‐ Tipo de brincadeira de crianças com PEA e dos seus pares com desenvolvimento típico, com e sem a presença da educadora, numa situação de brincar proposta 

Tatiana Grazina, Comdignitatis, Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Educação & Tiago Almeida, ESELXInstituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Educação / CIE‐ISPA 

Resumo:  A  literatura  refere  que  o  desenvolvimento  e  a  manutenção  de  vínculos  sociais  em  crianças  com  Perturbação  do Espetro do Autismo (PEA) é influenciado por vários aspetos do seu funcionamento relacionados com a comunicação e o comportamento. Este estudo pretende analisar o tipo de brincadeira (Rubin, 2001) de crianças com PEA e os seus pares  com  desenvolvimento  típico  numa  situação  de  brincar  proposta,  e  identificar  as  estratégias  utilizadas  pelas educadoras,  na  mesma  situação,  para  mediar  a  sua  interação.  Foram  constituídos  três  grupos,  cada  um  com  três crianças com desenvolvimento típico e PEA, na proporção de 2:1. O pré‐teste incluiu uma avaliação da linguagem, uma avaliação global do desenvolvimento e a um rastreio audiológico. Posteriormente, foram realizadas seis filmagens de cada um dos grupos numa situação de brincadeira na área da casinha, na ausência e posteriormente na presença da educadora,  enquanto  elemento  mediador  das  interações.  Ulteriormente  procedeu‐se  à  análise  do  tipo  de  brincar adotado pelas crianças na presença e ausência das educadoras, bem como as estratégias utilizadas pelo adulto para mediar e  incluir as crianças com PEA no brincar. Os resultados demostram que as crianças com PEA, na ausência da educadora, assumem mais brincar do tipo solitário, comparativamente aos seus pares de desenvolvimento típico. Por outro lado, na presença da educadora, estas crianças aumentam a sua participação em situações de brincar de grupo. Quanto às estratégias utilizadas pelas educadoras é possível aferir que a estratégia mais utilizada é o questionamento, seguido da repetição.  

MESA 3.5 Ensinar e Aprender 

 Comunicação 1 – A Colaboração entre os Serviços de Intervenção Precoce na Infância e os Serviços de Promoção e Proteção de Crianças e Jovens em Risco 

Joana Albuquerque, Cecília Aguiar, Eunice Magalhães, ISCTE‐Instituto Universitário de Lisboa Resumo:  O  presente  estudo,  de  caráter  qualitativo,  pretendeu  compreender  a  perspetiva  de  19  profissionais  do  Sistema Nacional de  Intervenção Precoce na  Infância  (SNIPI),  sobre os processos colaborativos entre o SNIPI e o Sistema de Promoção e Proteção de Crianças e Jovens em Risco (SPPCJR). Para tal foram realizadas entrevistas, cujo guião incluía 9 questões que pretendiam recolher  informação sobre a perceção dos profissionais quanto ao conceito de  trabalho colaborativo  e  das  potencialidades  da  colaboração  entre  serviços.  Os  dados  foram  analisados  com  recurso  a  uma análise de conteúdo, através do software NVivo 11.  Os resultados obtidos revelam que, na generalidade, a colaboração é descrita como a articulação e cooperação entre profissionais e serviços, com vista à potencialização da intervenção junto da criança e da sua família. Os profissionais consideram que a principal vantagem de uma relação colaborativa é a promoção da eficácia da intervenção junto da criança  e  da  família.  No  entanto,  os  profissionais  descrevem  o  padrão  de  colaboração  atual, maioritariamente,  de 

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forma negativa, reconhecendo que os contatos estabelecidos são maioritariamente não presenciais e que o processo de  intervenção  decorre  isoladamente.  Por  fim,  os  profissionais  identificam  como  barreira  mais  significativa  à colaboração a escassez de tempo e de recursos, considerando os contatos e as relações entre os profissionais como o principal  facilitador. O presente estudo tem um conjunto diversificado de  implicações para a definição de práticas e políticas que visam a colaboração entre os serviços em análise.  Comunicação 2 – O autocuidado do cuidador familiar: Intervenção psicoeducativa  para o desenvolvimento de competências pessoais/sociais 

Lisneti Castro, Centro de Investigação Didática e Tecnologia na Formação de Formadores (CIDTFF), Universidade de  Aveiro  |  Dayse  Neri  de  Souza,  Centro  Universitário  Adventista  de  São  Paulo  –  UNASP‐EC;  Centro  de Investigação  Didática  e  Tecnologia  na  Formação  de  Formadores  (CIDTFF),  Universidade  de  Aveiro  |  Anabela Pereira,  Centro  de  Investigação  Didática  e  Tecnologia  na  Formação  de  Formadores  (CIDTFF),  Universidade  de Aveiro 

Resumo:  O  processo  de  ensino  aprendizagem  orientado  para  cuidadores  familiares,  não  contempla  na  literatura,  aspetos relacionados  com  o  desenvolvimento  e  a  aprendizagem  na  vida  adulta.  No  entanto  construir  ações  de  formação, levando em conta esses aspetos, poderá tornar o contexto de aprendizagem deste público‐alvo mais robusto, uma vez que  os  conteúdos  repassados  em  contexto  de  educação  informal  poderão  ser  conjugados  com  as  experiências adquiridas ao longo da vida por esses indivíduos, resultando na construção de novos saberes. Objetivo: Apresentar na integralidade uma  intervenção psicoeducativa com vistas ao desenvolvimento de competências pessoais/sociais nos cuidadores. Método: estudo de cariz qualitativo e paradigma interpretativo. Participaram 11 cuidadores de ambos os sexos. Os  utentes  foram  contatados  pela  equipe de  enfermagem das Unidades  de  saúde de Aveiro  e Ovar.  Toda  a intervenção foi conduzida por meio de dinâmica de grupo, e as competências abordadas foram: Autoconhecimento, empatia,  autoestima,  assertividade,  resiliência  e  suporte  social. Os dados  foram  recolhidos  no período de  janeiro  a julho/2016. Foi realizada a análise de conteúdo com o apoio do webQDA. Resultados: Os cuidadores, demonstraram possuir as competências, porém não conseguiam nomeá‐las e nem reconhece‐las em seu repertório comportamental. Após serem intervencionados, denotaram consciencialização sobre a necessidade de terem maior atenção com o seu autocuidado. Conclusão: A intervenção possibilitou aos cuidadores reconhecerem em si competências que poderiam ajuda‐los no desempenho de suas atividades ao mesmo tempo que passaram a valorizar o autocuidado, ficando assim assegurado o seu bem‐estar físico e psicológico.  Comunicação 3 ‐ Relação entre a qualidade da vinculação e o desempenho académico 

Miguel Barbosa, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina Resumo:  As  crianças  com uma  vinculação  segura  demonstram maior  capacidade de  regulação  emocional  e maior motivação para  explorar  o  meio  e  aprender  a  resolver  problemas,  o  que  representam  aspectos  essenciais  no  processo  de aprendizagem. Este estudo teve como objectivo avaliar a associação entre a qualidade da vinculação e o desempenho académico.  Um  total  de  450  alunos  do  3º  ciclo  preencheu  o  questionário  Experiences  in  Close  Relationships  ‐ Relationship Structures. O desempenho académico foi avaliado a partir dos resultados escolares dos alunos, o número de reprovações e a percepção dos alunos sobre o seu estatuto académico. Os alunos com uma vinculação preocupada apresentaram  uma  percentagem  de  reprovações  mais  elevadas  quando  comparados  com  os  alunos  com  uma vinculação  segura  e  evitante.  Os  alunos  com  uma  vinculação  segura  obitveram  notas  mais  elevadas  do  que  os estudantes  com  vinculações  preocupadas  e  evitantes.  Os  alunos  com  uma  vinculação  evitante  tenderam  a percepcionarem‐se  como  piores  alunos  comparados  com  estudantes  com  vinculação  segura.  Estes  resultados suportam o pressuposto de que a qualidade de vinculação constitui um  importante recurso que promove o sucesso académico.    Comunicação 4 – A estabilidade da sensibilidade materna em diferentes condições e ao longo do tempo 

Miguel Barbosa, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina | João Moreira, Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia | Marina Fuertes, ESELx, Instituto Politécnico de Lisboa 

Resumo:  A  sensibilidade  materna  reflecte  a  capacidade  de  um  cuidador  interpretar  com  precisão  os  sinais  implícitos  no comportamento  do  bebé  e  responder  de  forma  apropriada  e  rápida,  sendo  determinante  para  o  desenvolvimento saudável de um bebé. Este estudo teve como objectivo avaliar a estabilidade da qualidade da sensibilidade materna em diferentes contextos de interacção e ao longo de um período de seis meses. Método: 121 mães e seus bebés de termo saudáveis foram avaliados longitudinalmente aos 3 e 9 meses. A sensibilidade materna foi avaliada durante uma 

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                               Resumos 9 de Julho 2018 – Segunda‐feira ‐ Tarde 

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interacção de brincadeira livre (condição sem stress) através do CARE‐Index e durante o paradigma Face‐to‐Face Still‐Face  (FFSF,  condição  com  stress)  através  das  escalas Maternal  Engagement, Maternal  Intrusiveness,  and Maternal Ability  to  Comfort  the  Infant.  Resultados:  Verificou‐se  uma  associação  positiva  entre  a  sensibilidade  materna  na interacção de brincadeira livre e a capacidade de a mãe acalmar o bebé e o envolvimento positivo no paradigma FFSF. A sensibilidade materna na brincadeira livre aos 3 meses correlacionou‐se positivamente com a sensibilidade materna aos 6 meses. A sensibilidade maternal na condição de stress e sem stress relacionou‐se com diferentes organizações regulatórias  do  bebé.  Conclusão:  Estes  resultados  sugerem  existir  uma  estabilidade  da  sensibilidade  materna  em diferentes contextos de interacção e ao longo de um período de 6 meses.  Comunicação 5 ‐ À conversa com os pais sobre a sexualidade: Uma abordagem psico‐educativa na Perturbação do Desenvolvimento Intelectual 

José Alberto Ribeiro Gonçalves, ISPA‐Instituto Universitário e Centro Hospitalar Lisboa/Norte – Hospital de Santa Maria – Centro de Neurodesenvolvimento |  Catarina Rebolo, ISPA‐Instituto Universitário e Centro Hospitalar Lisboa/Norte – Hospital de Santa Maria – Centro de Neurodesenvolvimento |  Cláudia Bandeira de Lima, Centro Hospitalar Lisboa/Norte – Hospital de Santa Maria – Centro de Neurodesenvolvimento 

Resumo:  A sexualidade é um construto dominado por diversos pré‐conceitos sócio‐culturais.   Em  jovens com Perturbação do Desenvolvimento Intelectual (PDI) este facto torna‐se ainda mais relevante e de mais difícil gestão. A dificuldade em abordar,  perceber  e  pensar  sobre  esta  temática,  especialmente  por  parte  dos  pais,  condiciona  a  qualidade  da educação sexual que os filhos passam a adquirir. A forma como os pais de jovens com PDI lidam com a sexualidade dos filhos tem sido pouco explorada, associada a uma falta de investigação na área da sexualidade na deficiência. Com o objetivo  de  contribuir  para  um melhor  conhecimento  neste  domínio,  foi  construído  um  Programa  de  Intervenção Psico‐Educativa Grupal  sobre a Sexualidade na PDI, dirigido a pais de  jovens com PDI. Trata‐se de um programa de curta duração composto por 5 sessões de grupo, onde são exploradas cinco áreas: etapas do desenvolvimento sexual, mitos  sobre  a  sexualidade  na  PDI,  influência  intergeracional  na  sexualidade  –  educação  sexual,  comportamentos sexuais e abuso sexual. Foi aplicada uma metodologia mista, com uma vertente psico‐educativa e outra de  reflexão exploratória grupal. O grupo é constituído por 9 pais de filhos com PDI, com idades entre 12 e 18 anos, selecionados através  das  consultas  do  Centro  de  Neurodesenvolvimento.  Até  ao  momento,  verificam‐se  opiniões  contrastantes relativas  ao  conhecimento  dos  pais  sobre  a  sexualidade  dos  filhos,  tal  como  crenças  e  atitudes  estereotipadas, contudo,  de  um modo  geral,  os  pais  reconhecem  a  necessidade  e  importância  de  falar  sobre  esta  temática  e  de partilhar com outros pais sobre os comportamentos atípicos dos seus filhos.  

FINAL do dia 9 de julho 

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SIMPÓSIO – S4.1 ‐ 9.00‐10h 30m 

 Dependências ONLINE: Da investigação à intervenção 

Coordenador: Pedro Aires Fernandes Resumo:  Parece‐nos hoje evidente que a internet veio para ficar, registando‐se um crescimento exponencial de utilizadores em todo  o mundo,  de  acordo  com  os  dados mais  recentes  existentes  sobre  esta  matéria.  Neste  contexto,  ao mesmo tempo que  se  reconhecem as potencialidades que  as  tecnologias  encerram em  tantos  quadrantes  da nossa  vida,  é necessário sublinhar os riscos associados à utilização das tecnologias e da internet em particular, refletindo sobre os desafios  que  essa mesma  utilização  acarreta,  em  particular  junto  das  faixas  etárias mais  jovens.  Conscientes  desta realidade,  tem  sido  levada  a  cabo  uma  intervenção  integrada  no  concelho  de  Odivelas  nesta  área,  envolvendo diferentes setores da comunidade, incluindo escolas, instituições de ensino superior, famílias, estruturas de saúde e o próprio Poder Local. O percurso até agora efetuado teve como base duas  investigações académicas sobre hábitos e comportamentos  online,  realizadas  em Odivelas,  cujos  resultados  nos  impulsionaram  para  a  realização  de  diversas ações e projetos de natureza socioeducativa, visando contribuir, em última instância, para uma utilização saudável das tecnologias e da internet em particular. O presente simpósio pretende, desta forma, colocar à discussão os resultados obtidos  e  as  estratégias  utilizadas,  contribuindo  para  o  desenvolvimento  de  uma  área  de  estudo  considerada, atualmente, de extrema relevância no contexto da intervenção nos comportamentos aditivos e dependências.  Comunicação 1 – Comportamentos ONLINE, Prevenção e Comunidade(s): uma intervenção em Rede no concelho de Odivelas 

Pedro Aires Fernandes, Câmara Municipal de Odivelas Resumo:  Prevenção das Toxicodependências (PECPT), em vigor desde setembro de 2006. Este trabalho é assegurado por uma Rede  de  Parceria  composta  por  três  dezenas  de  instituições  de  âmbito  local,  regional  e  nacional,  integrando  um conjunto de entidades com  responsabilidades diretas e  indiretas nesta área,  representativas de diversos  setores da sociedade.  Nos  últimos  anos,  a  Câmara  Municipal  de  Odivelas  assumiu  a  área  das  Dependências  Online  como prioritária,  face à  relevância  crescente desta  temática, evidenciada pela mais  recentes  investigações neste domínio, promovendo  uma  intensa  atividade  em  conjunto  com  os  seus  Parceiros,  Iniciou‐se  este  percurso  com  uma  aposta renovada na área da Investigação, por via do estabelecimento de uma colaboração institucional com o ISPA‐IU, cujos resultados  apontaram  para  a  necessidade  de  uma  intervenção  estruturada  e  concreta  no  terreno,  de  natureza preventiva,  junto  dos  diversos  atores  sociais  e  educativos,  visando  sensibilizar  para  a  importância  de  uma  gestão saudável das tecnologias em contexto socioeducativo e familiar. Os dados obtidos contribuíram para o delineamento de ações e projetos concretos, que visam responder eficazmente às necessidades identificadas, com uma aposta clara e inequívoca na formação daqueles que, no terreno, lidam diariamente com as crianças, jovens e respetivas famílias. No  entanto,  mais  do  que  um  fim  em  si  mesmos,  os  projetos  desenvolvidos  até  à  data  têm  levantando  novas interrogações e desafios, num percurso em construção que se deseja naturalmente continuar e enriquecer.  Comunicação 2 – Dependências online: Estudo sobre a perceção da supervisão parental numa amostra de pais de crianças e jovens 

Ivone Patrão, ISPA‐Instituto Universitário / Promoting Human Potential Research Group Resumo:  A  dependência  online  é  transversal  a  todas  as  gerações.  A  geração  cordão  é  aquela  que  não  desliga,  que  tem dificuldade nas  competências  sociais,  na  autorregulação emocional  e no processo de  autonomia.  A  questão que  se coloca é a do modelo parental na gestão da tecnologia. Os dados em amostras portuguesas de jovens, considerados a 

Manhã do dia 10 de julho 

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geração cordão (Patrão, 2017) (entre os 12 e os 30 anos), apontam para um cenário preocupante de cerca de 25% com adição à  internet, sobretudo dos  jogos online e das redes sociais. O objetivo do estudo foi de avaliar a perceção do controlo parental numa amostra de pais e a relação com a dependência online e funcionamento familiar.  Aplicou‐se um protocolo de investigação online a uma amostra de 95 pais, com a avaliação de dados sociodemográficos, dados do uso e acesso à  internet, da  supervisão parental, da dependência online e do  funcionamento  familiar. Os  resultados recolhidos  indicam que há um baixo nível de supervisão parental nas atividades online dos filhos. Os pais, em geral, apresentam‐se como um modelo com preferência pelas redes sociais com consumo diário de, em média, 5h por dia, sendo  que  nesta  amostra  a  dependência  online  está  correlacionada  com  a  perceção  de  um  bom  funcionamento familiar. Estes dados remetem para a necessidade de apostar na promoção da gestão saudável dos comportamentos online, por todos, e na clara sensibilização daqueles que funcionam como modelo educativo.  Comunicação 3 ‐ Utilização saudável da internet no contexto educativo: o projeto Escolas ONLINE 

Raul Melo, Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências Resumo:  A  preocupação  com  o  desenvolvimento  de  comportamentos  aditivos  sem  substância  é  recente  e  acompanhou  o crescente  desenvolvimento  tecnológico  e  o  impacto  que  este  teve  em  termos  de  acessibilidade  a  determinados serviços.  A  utilização  da  internet  é  um  claro  exemplo  desta  realidade,  com  a  constante  inovação  em  termos  de eletrónica e  qualidade dos  suportes  de  comunicação  digital.  Com esta  evolução,  vem  igualmente  a necessidade do individuo se regular na utilização que faz destes recursos. O prazer proporcionado, conduz a uma procura mais regular e  prolongada  destas  experiências  em  comportamentos  que,  por  vezes,  evoluem  para  além  da  consciência  e  da capacidade de controlo. Esta realidade é mais preocupante em populações que, pela sua imaturidade, estão expostas a maiores riscos. A importância de desenvolver intervenções preventivas dirigidas a estas populações é fundamental, para promover uma maior consciência dos comportamentos e desenvolver estratégias de controlo face ao risco de uso indevido desta tecnologia. Contudo, a eficácia destas intervenções preventivas depende de muitos fatores, tal como, a pertinência,  a  adequação  à  população  alvo,  o  envolvimento  da mesma  na  construção  das mensagens  que  lhe  são dirigidas,  etc.  O  projeto  Escolas  ONLINE  é  um  exemplo  inovador  da  abordagem  preventiva  a  uma  problemática emergente e a presente  apresentação  incidirá  sobre os  passos dados,  a estratégia  adotada e os  resultados obtidos num esforço integrado e articulado entre a autarquia, a saúde e a educação.     

SIMPÓSIO – S4.2 ‐ 9.00‐10h 30m 

 

Dimensão Subjetiva da realidade escolar: Diálogos sobre educar hoje a partir do materialismo histórico dialético e da Psicologia de Vigotski. 

Coordenador: Wanda Maria Junqueira de Aguiar Resumo:  Este  Simpósio  apresenta  reflexões  teóricas  e  metodológicas  acerca  da  pesquisa  em  desenvolvimento  por  quatro equipes de pesquisadores de diferentes universidades do Brasil que  integram um projeto de cooperação acadêmica financiado pelo Programa de Cooperação Acadêmica fomentado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível  Superior  (PROCAD/CAPES).  O  que  define  este  grupo  é  a  produção  de  conhecimentos  mediante  o desenvolvimento  de  pesquisas  comprometidas  com  as  transformações  sociais,  especialmente  aquelas  relacionadas diretamente com a educação, mas com foco na dimensão subjetiva da realidade escolar e como fundamentos teórico‐metodológicos o Materialismo Histórico Dialético e a Psicologia de Vigotski. No primeiro momento da discussão serão apresentadas algumas proposições teóricas e metodológicas que têm orientado as pesquisas desse grupo, em especial as  categorias  historicidade,  mediação,  totalidade,  contradição,  significado  e  sentido.  No  segundo  momento,  será discutido o conceito vigotskiano perejivanie para explicitar que o processo de (trans)formação do educador deve estar mediado  pela  vivência  de  situações  formativas  com  possibilidades  de  desenvolvimento  da  reflexão  crítica  sobre  as bases  ideológicas  que  historicamente  têm  orientado  a  prática  docente.  No  terceiro  momento  serão  levantadas reflexões  sobre  as  ideias  de  Vigotski  e  de  Espinosa  para  discutir  as  determinações  da  relação  afeto‐intelecto  no desenvolvimento  de  professores  e  alunos  que  vivenciam  práticas  educativas  bem  sucedidas.  Por  fim,  serão recuperadas algumas proposições vigotskianas sobre a Defectologia, para se repensar a formação de professores e a constituição de redes colaborativas com vistas à inclusão de alunos do público alvo da Educação Especial.   

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Comunicação 1 – Síntese teórica e metodológica do grupo de pesquisa procad sobre a dimensão subjetiva da realidade escolar 

Wanda Maria Junqueira de Aguiar, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC‐SP) Resumo:  No  primeiro momento  deste  simpósio,  será  apresentado  uma  síntese  teórica  e  metodológica  –  entendida  sempre como  provisória  –  alcançada  por  nossos  grupos  de  pesquisa.  Deste  modo,  serão  enfatizadas  as  contribuições  de Vigotski,  Lefebvre, Mészáros  e  outros  autores  contemporâneos no que diz  respeito  ao método de pesquisa,  com o propósito  de  resgatar  e  discutir  proposições  teórico  metodológicas  orientadoras  da  analise  dos  processos educacionais.  Para  tanto,  serão  destacadas  as  seguintes  categorias  do  materialismo  histórico  dialético:  totalidade, historicidade, contradição e mediação. Também serão discutidas algumas das categorias da Psicologia Sócio Histórica, perspectiva da psicologia que fundamenta nossa compreensão de Humano e de seu desenvolvimento. As categorias destacadas serão: significações  (significado e sentido), atividade, subjetividade e dimensão subjetiva da realidade. O entendimento  é  de  que  as  categorias  em  destaque  são  recursos  constitutivos  de  possibilidades  de  apreensão  da  realidade, ampliando o processo de objetivação de novas explicações sobre o objeto em estudo: a dimensão subjetiva da realidade.  Comunicação 2 – Diálogos sobre “educar hoje” sob mediação do conceito vigotskiano perijivanie 

Maria Vilani Cosme de Carvalho, Universidade Federal do PIIAUI (UFPI) Resumo:  No segundo momento do Simpósio o norte teórico‐metodológico das reflexões é o conceito Perijivanie, desenvolvido nos textos pedológicos de Vigotski (1996, 2009) para argumentar em favor da ideia de que todo ser humano constitui sua  singularidade  como  ser  mediado  pela  história  e  pela  cultura.  Para  tanto,  cada  pessoa  está  submetida  a  um processo contínuo de (trans)formação que é produto das situações sociais geradoras de seu desenvolvimento histórico e cultural. No que tange ao processo de (trans)formação do educador, este para gerar desenvolvimento profissional, faz‐se necessário  vivenciar  situações  formativas  com possibilidades de desenvolvimento da  reflexão  crítica  sobre  as bases  ideológicas  que  historicamente  têm  orientado  a  prática  docente,  mas  também  a  dimensão  subjetiva  da realidade escolar. Nestes termos, desenvolver pesquisa com potencial formativo tem se apresentado, para o grupo do Procad, como necessidade dos professores‐pesquisadores em compreender e colaborar no processo de transformação da educação, da escola, dos educadores, dos educandos e, portanto, da sociedade em direção da igualdade e justiça social.  Assim,  esse  grupo  de  cooperação  acadêmica  está  produzindo  as  condições  objetivas  e  subjetivas,  para  vir  a desenvolver pesquisas acadêmicas sobre o educar hoje, dialogando com a Psicologia de Vigotski, em especial com o conceito Perejivanie.  Comunicação 3 – A prática educativa bem sucedida sob a mediação da relação afeto‐intelecto 

Eliana de Sousa Alencar Marques, Universidade Federal do PIIAUI Resumo:  No  terceiro momento deste  simpósio  serão  levantadas  reflexões  teóricas e empíricas  com o objetivo de analisar  as determinações  da  relação  afeto‐intelecto  no  desenvolvimento  de  professores  e  alunos  que  vivenciam  práticas educativas bem  sucedidas. As  reflexões partem das  ideias de Vigotski  (1996, 2009) e de Baruch de Espinosa  (2007, 2008) que sustentam a premissa de que as ações humanas são sempre mediadas pela relação afeto‐intelecto, ou seja, o  ser  humano,  no  processo  de  desenvolvimento  histórico  se  relaciona  afetivamente  com  os  objetos,  situações  e acontecimentos  sociais  produzindo  sentidos,  processo  esse  que  (re)  orienta  a  tomada  de  decisões.  As  reflexões fundamentam‐se  também  em  resultados  de  pesquisa  realizada  com  um professor  de matemática  e  quatro  alunos. Utilizou‐se para produção dos dados entrevista semiestruturada e memoriais. Como procedimento de análise  fez‐se uso  dos  Núcleos  de  Significação.  Os  resultados  apontam  que  a  prática  educativa  se  constitui  como  bem  sucedida sempre que é mediada por perejivanies que  levam a produção de afetos alegres e assim aumentam a potência dos sujeitos.    Comunicação 4 – A colaboração na formação docente para a inclusão educacional 

Neiza de Lourdes Frederico Fumes, Universidade Federal de ALagoas Resumo:  Por  fim,  para  concluir  o  Simpósio  será  recuperado  algumas  proposições  vigotskianas  sobre  a  Defectologia,  para  se repensar a formação de professores e a constituição de redes colaborativas com vistas à inclusão de alunos do público alvo da Educação Especial. O ponto de partida destas pesquisas  é a  idéia de que é preciso atuar na  linha  social  do desenvolvimento da pessoa com deficiência e que a escola regular e seus múltiplos atores têm papel importante neste processo.  De  forma  mais  especifica,  será  tratado  sobre  a  formação  docente  em  serviço  e  o  desenvolvimento 

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profissional visando o processo inclusivo, sem deixar de ponderar que há limites objetivos para a sua efetivação e que o professor não é o único responsável. Para isto, as pesquisas orientam‐se pelos princípios do método propostos por Vigotsky e pela pesquisa  colaborativa.   Deste modo, a entrevista, os  ciclos  reflexivos,  a  autoconfrontação  simples e cruzada  e  o  grupo  focal  têm  sido  os  recursos metodológicos,  as  principais  categorias  empregadas  nas  análises  das pesquisas  têm  sido  mediação,  pensamento  e  palavra  e  significado  e  sentido.  Os  resultados  permitem  mostrar  as amplas  possibilidades  deste  enfoque  metodológico  que  fomenta  a  atividade  intersubjetiva  entre  pesquisadores  e professores,  transformando  colaborativamente  significações  sobre  inclusão  e  práticas  pedagógicas  realizadas  em contextos inclusivos.  

Sessão M4 – 11.00‐12h 30m 

MESA 4.1 Contextos Sociais e Desenvolvimento 

 

Comunicação 1 – Metodologia de projeto e o desenvolvimento de competências em pessoas com DID Miguel Mata Pereira, Associação QE, CIE‐ISPA 

Resumo:  Nesta  comunicação  pretende‐se  apresentar  e  debater  a  importância  da  metodologia  de  projecto  no  trabalho  de intervenção com jovens e adultos com dificuldades intelectuais e desenvolvimentais (DID), no contexto de um Centro de Actividades Ocupacionais (CAO).  No  trabalho por projectos a heterogeneidade dos participantes é mobilizada como catalisador do desenvolvimento, colocando  pessoas  com  competências  muito  diferentes  a  interagir  e  a  cooperar  para  a  consecução  de  objectivos comuns.  Os  projectos  originam  produções  concretas  e  com  visibilidade,  em  alguns  casos  com  retorno  financeiro, sustentando uma linha de significação do trabalho realizado em grupo e do contributo individual de cada participante, ao  encontro  do  princípio  da  exteriorização  em  educação.  De  uma  outra  perspectiva,  e  tendo  em  consideração  o desiderato da integração sócio‐profissional autêntica, a metodologia de projecto permite que o conjunto de tarefas a realizar  pelos  participantes  possa  ser  alinhado  com  o  trabalho  desenvolvido  em  contexto  comunitário  real,  numa lógica de práticas  isomórficas, contribuindo para que as competências, os desempenhos e as aprendizagens possam ser transferidas entre contextos com eficiência, fomentando também o alargamento das redes sociais de suporte. As potencialidades da  implementação de projectos como resposta de  intervenção psico‐educativa em contexto de CAO representam  uma  gradual  transposição  de  um  paradigma  sócio‐ocupacional  para  um  paradigma  sócio‐laboral, consubstanciando o desenvolvimento de competências funcionais, a motivação, e o reconhecimento social do valor e da capacidade para trabalhar de pessoas com DID.  

Comunicação 2 – O contexto familiar e as competências sociais em idade pré‐escolar: Poderá a qualidade das interações educador‐criança influenciar esta relação? 

Margarida Fialho, Nadine Correia, Cecília Aguiar, Lígia Monteiro, ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa/CIS‐IUL | Francisco Esteves, Mid Sweden University 

Resumo:  A investigação tem suportado a relação positiva entre a sensibilidade materna e o desenvolvimento das competências sociais (e.g., Mintz, Hamre, & Hatfield, 2011). Outros estudos têm também demonstrado que níveis mais elevados de qualidade  das  interações  educador‐criança  estão  associados  a  melhores  resultados  sociais  para  as  crianças  (e.g., Mashburn  et  al.,  2008).  Considerando  o  contexto  teórico‐prático  descrito,  o  presente  estudo  tem  como  objectivo testar  o  efeito  moderador  da  qualidade  das  interações  educador‐criança  na  relação  entre  os  fatores  do  contexto familiar  (sensibilidade  materna  e  fatores  de  risco)  e  as  competências  sociais  e  problemas  de  comportamento  das crianças  em  idade  pré‐escolar,  quando  controladas  as  suas  características  individuais  (temperamento,  competência verbal,  sexo,  idade).  Para  esse  efeito,  reportaremos  resultados  baseados  numa  amostra  de  58  salas  de  jardim  de infância (área da Grande Lisboa), num total de 318 crianças (4‐6 anos) e respetivas mães. A sensibilidade materna foi avaliada através da Tarefa dos Três Sacos (Ainsworth, Bell, & Stayton, 1974; Egeland, Erickson, Clemenhagen‐Moon, Hiester,  &  Korfmacher,  1990),  as  competências  sociais  e  os  problemas  de  comportamento  através  do  Social  Skills Rating System (Gresham & Elliott, 2007), a qualidade da interação educador‐criança através do Classroom Assessment Scoring  System  (Pianta,  La  Paro,  &  Hamre,  2008),  o  temperamento  através  do  Children’s  Behavior  Questionnaire (Putnam & Rothbart, 2006) e a capacidade verbal através do Peabody Picture Vocabulary Test – Revised (Dunn, 1986). Espera‐se  contribuir  para o avanço do  conhecimento  sobre os preditores das  competências  sociais  das  crianças  em contexto  de  jardim  de  infância,  descrevendo  efeitos  potenciadores  e/ou  compensatórios  de  diferentes  níveis  de qualidade das interações educador‐criança. 

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   Comunicação  3  –  Dificuldade  de  aprendizagem  no  processo  de  alfabetização  na  unidade integrada Maria Mata 

Maria José Portela Corrêa, António Rodrigues, João Carlos Coqueiro, Maria do Socorro Silva, Sílvia Nunes da Silva, Universidade de Trás os Montes e Alto Douro – UTAD 

Resumo:  As dificuldades de aprendizagem fazem parte do processo escolar, abrangendo com o passar do tempo, um número cada vez mais elevado de educandos. A função da escola é proporcionar aos alunos as estratégias necessárias para que eles aprendam cada vez mais e possibilitem aos mesmos atuar criticamente em seu meio social. O objetivo geral deste artigo  é  propor  práticas  pedagógicas  que  ajudem às  crianças  em  suas  dificuldades.  Esse  trabalho  é  uma  análise  da escola frente às dificuldades encontradas pela criança no processo de alfabetização. O interesse em discutir esse tema ocorre  de  vários  motivos,  todos  apontados  para  necessidade  de  iniciativas  que  visam  à  construção  de  novas metodologias que evitem que uma dificuldade de aprendizagem resulte no fracasso educacional. Para a metodologia de trabalho utilizou‐se a abordagem qualitativa enfocando a pesquisa bibliográfica  (livros, artigos), como referencial teórico  a  concepção  de  vários  educadores  sobre  o  tema  bem  como  a  realização  de  uma  entrevista  voltada  aos professores. Os  resultados permitirão a possibilidade de  identificação das dificuldades de aprendizagem na escola e como tratá‐las logo no início do processo alfabetizador. 

 

 

MESA 4.2 Contextos Educativos e Comportamentos 

 Comunicação 1 – Competências socioemocionais de crianças em idade pré‐escolar: O papel da perceção de aceitação‐rejeição materna 

Carla Peixoto, Susana Fonseca, Francisco Machado, Instituto Universitário da Maia Resumo:  A família representa um contexto primordial de desenvolvimento das crianças em idade pré‐escolar, atendendo ao seu impacto nas variadas áreas do desenvolvimento das crianças, incluindo a área socioemocional. A qualidade da relação pais‐filhos  afigura‐se  como  uma  das  principais  variáveis  deste  contexto.  Assim,  tendo  por  referência  a  Teoria  da aceitação‐rejeição interpessoal (e.g., Rohner, 2016; Rohner, Khaleque, & Cournoyer, 2012) e a escassez de trabalhos desenvolvidos  sobre  esta  temática  com  crianças  em  idade pré‐escolar,  este  trabalho  teve  como objetivo  analisar  a perceção  de  aceitação‐rejeição  materna  de  crianças  em  idade  pré‐escolar  e  a  sua  associação  com  o  seu desenvolvimento  socioemocional.  Participaram  90  crianças  (55.6%  do  sexo  masculino)  com  idades  compreendidas entre  54  e  82 meses  e  respetivas  famílias.  Aplicou‐se  diretamente  às  crianças  o Questionário  sobre  a  Perceção  de aceitação‐rejeição  parental  para  a  primeira  infância  –  versão  para  a  mãe  (Rohner,  2015;  traduzido  por  Fonseca, Peixoto, & Machado, 2016). As famílias responderam ao Social Skills Rating System (Gresham & Elliott, 2007; traduzido por Aguiar, Moiteiro, & Serpa‐Pimentel, 2010) e à Emotion Regulation Checklist (Shields & Cicchetti, 1997, traduzido e adaptado por Melo, 2005). Os resultados obtidos indicaram que as crianças mais velhas relataram uma maior perceção de  rejeição  materna  e  que  as  crianças  cujas  mães  possuem  mais  escolaridade  tendem  a  demonstrar  uma  maior perceção de aceitação materna. Adicionalmente, verificou‐se que a perceção de rejeição materna parece exercer uma influência estatisticamente significativa nas competências sociais das crianças, sendo que as crianças que apresentam melhores resultados a nível das competências sociais tendem a percecionar menor rejeição materna.  Comunicação 2 – Educação tutorial: Contributos as práticas curriculares 

Silvana Cavalcanti dos Santos, Valquíria F. Bezerra Barbosa & Ana Carla Silva Alexandre, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE, PE/Brasil 

Resumo:  A  educação  tutorial  caracteriza‐se  como  uma  metodologia  de  ensino  com    compromissos  epistemológicos, pedagógicos,  éticos e  sociais. A  tutoria universitária  configura‐se no acompanhamento e orientação,  sistemático de grupos de alunos, por pessoa experiente nas áreas de formação dos acadêmicos. Nesse sentindo, pretende‐se relatar a experiência  da  disciplina  do  tutorial  I  do  curso      de  Graduação  em  Enfermagem  do  Instituto  Federal  de  Educação Ciências, e Tecnologia de Pernambuco/Brasil. Trata‐se de um relato de experiência da vivência do docente. A disciplina do Tutorial  I acontece semestralmente com carga horária de 36 h, com um encontro semanal. Cada grupo tutorial é formado por no máximo dez discentes e  tem o  suporte de um docente. Essa disciplina  tem por ementa o processo grupal envolvendo docentes e discentes na discussão das dificuldades de vinculação e adaptação do (a) estudante à universidade e de construção de uma identidade profissional individual e coletiva.  A disciplina possibilita construção 

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da  identidade  de  grupo,  permitir  apoio  para  uma  boa  adaptação  dos  estudantes  aos  estudos  curriculares universitários,  momento  esse  de muitas mudanças  para  a  vida  acadêmica  do  graduando.  Cada  grupo  tutorial  tem liberdade e autonomia para  identificar qual grupo/temática  lhe desperta o  interesse em intervir. Todos os membros precisam estar comprometidos a prática curricular do   diálogo do grupo. A prática do tutorial fortalece a capacidade de  trabalho  em  grupo,  a  compreensão  de  características  e  dinâmica  individuais.  A  investigação  mostrou  que  a educação Tutorial consiste em um espaço de construção de conhecimento curricular, que extrapolam o aprendizado individual e produz modo próprio e coletivo de pensar.  Comunicação 3 – Qualidade das interações adulto‐criança em berçário e a formação dos/as profissionais 

Sílvia Barros, Instituto Politécnico do Porto | Joana Cadima, Universidade do Porto | Manuela Pessanha & Carla Peixoto, Instituto Politécnico do Porto | Ana Isabel Pinto & Vera Coelho, Universidade do Porto | Donna M. Bryant & Frank Porter Graham, Child Development Institute 

 Resumo:  A qualidade das interações adulto‐criança é uma dimensão central dos contextos de educação e cuidados na primeira infância. De forma a garantir interações de elevada qualidade, vários países têm aumentado os requisitos na formação inicial dos/as profissionais. No entanto, os resultados da investigação têm sido inconsistentes quanto à relação entre a formação inicial e a qualidade das interações. Este estudo pretende analisar a qualidade das interações adulto‐criança em salas de creche para bebés e a sua associação com a formação dos/as profissionais, tendo em consideração não apenas  a  formação  do/a  profissional  responsável  pela  sala  como  de  todos/as  os/as  que  trabalham  na  sala. Participaram neste estudo 90 salas de creche para bebés, nas quais  se observou a qualidade das  interações adulto‐criança  com  um  sistema  de  observação  estandardizado  –  CLASS‐Infant  (Hamre  et  al.,  2011).  Adicionalmente,  as profissionais que participaram no estudo preencheram um questionário  (e.g.,  formação,  condições de  trabalho). Os resultados indicaram que as salas cuja responsável principal tinha, pelo menos, licenciatura, apresentavam níveis mais elevados de qualidade no que se refere à facilitação da aprendizagem e à estimulação da linguagem. No subgrupo de profissionais sem qualificação em educação de infância, a participação em workshops estava associada a níveis mais elevados  de  facilitação  da  aprendizagem  pré‐escolar.  Estes  resultados  realçam  a  importância  de  políticas  que promovam a formação inicial e em serviço dos/as profissionais em educação pré‐escolar, assim como do trabalho em equipa.    Comunicação 4 – As estratégias de mediação da educadora em momentos de grande grupo e a participação das crianças 

Catarina Ramos, ESELx, Instituto Politécnico de Lisboa, CIE‐ISPA | Tiago Almeida, ESELx, Instituto Politécnico de Lisboa, CIE‐ISPA 

Resumo:  A reflexão sobre a prática apresenta‐se  como uma estratégia  fundamental para o desenvolvimento profissional dos educadores de infância. Como tal, os profissionais devem refletir sistemática e profundamente sobre a sua forma de estarem  e  de  serem  na  profissão,  bem  como  aquilo  que  defendem.  Não  obstante,  porque  as  interações  entre  os educadores  e  as  crianças  e  a  comunicação  pelos  primeiros  potenciada  se  reveste  de  capital  importância,  surgiu  a necessidade de realizar um estudo de caso de natureza mista, numa IPSS de Lisboa com um grupo de 20 crianças entre os  3  e  os  5  anos  de  idade.  Os  momentos  de  grande  grupo  surgiram  como  foco  para  o  estudo,  cujo  objetivo  foi compreender  a  relação  das  estratégias  de mediação utilizadas  pela  educadora  e  pela  estagiária,  nos momentos  de grande  grupo,  com  os  tipos  de  participação  das  crianças.    Durante  2  meses  foram  efetuadas  filmagens  aleatórias destes  momentos  com  8  min/momento,  tendo  sido  registadas  numa  grelha  de  observação  as  frequências  das estratégias  de mediação  do  educador  (Stanton‐Chapman  &  Hadden,  2011)  e  os  tipos  de  participação  das  crianças (Trilla  &  Novella,  2001).  Constatou‐se,  assim,  que  as  estratégias  mais  utilizadas  pelos  adultos  foram  o  outro questionamento  (30%)  e  a  sinalização  (23%),  tendo  existido  poucas  disparidades  entre  os  dois  mediadores.  Já  a participação  simples  (60%)  destaca‐se  das  restantes  em  oposição  à  metaparticipação  (2%).  Com  recurso  ao  SPSS, aferiu‐se,  ainda,  se  as  duas  variáveis  se  correlacionavam,  entendendo‐se  que,  de  um  modo  geral,  não  existe correlação, uma vez que tal se verificou apenas em 3 das 28 situações possíveis.  

 

MESA 4.3 Diversidade e Educação 

 Comunicação 1 – Tudo começou com o livro da joaninha... A Filosofia para Crianças na Educação Pré‐Escolar 

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Ana Isabel Santos, FCSH / NICA‐Universidade dos Açores & CIE‐ISPA | Magda Costa Carvalho, FCSH/NICA‐Universidade dos Açores 

Resumo:  Esta comunicação tem como objetivo a reflexão sobre a utilização de materiais concretos na Filosofia para Crianças, como recursos propiciadores do pensamento, a partir de uma experiência com crianças de Educação Pré‐Escolar. As sessões  decorrem  segundo  o  modelo  da  comunidade  de  investigação  filosófica  (Sharp,  1987;  Lipman,  2003)  e acontecem uma vez por semana. Os recursos utilizados começaram a ser desenvolvidos através da história Mariquita Juanita, de Angélica Sátiro (2008). A sua exploração foi seguida por um observador que, através de registos das falas das crianças e fotográficos, foi acompanhando a colocação de perguntas, a exploração de conceitos e a promoção de diálogo no  grupo.  Considerando  que  o  concreto  é  uma  dimensão  essencial  do modo  como  se  pensa  na  infância,  a “Joaninha  Joanita”  começou  por  ser  apresentada  em  formato  de  fantoche.  De  imediato,  alguém  contestou:  Essa joaninha  de  papel  não  é  verdadeira!  Devíamos  ter  aqui  uma  joaninha  verdadeira.  A  partir  desta  provocação,  nas sessões  seguintes  recorreu‐se  a  um  brinquedo  de  madeira,  permitindo  a  representação  a  três  dimensões. Posteriormente,  foram apresentados  exemplares  de  joaninhas  vivas. O  conceito  de  verdadeiro  tornou‐se então um dos centros da investigação da comunidade. Do diálogo estabelecido observou‐se que o pensamento da comunidade orientou‐se pelos desafios que os recursos foram colocando em termos de critérios de verdade; que, indo para além dos  sentidos mais  imediatos  do  conceito  verdade,  o  pensamento  criativo  da  infância  tornou‐se  presente;  e  que  o material  tornou  a  Filosofia  mais  presente  e  próxima  das  crianças,  mantendo  a  temática  presente  de  sessão  para sessão.  Comunicação 2 – Inclusão escolar de alunos com deficiência visual: Perceções dos professores de educação especial 

Tatiana Soares Salvador, Cristina Petrucci Albuquerque & Marcelino Arménio Pereira, Faculdade Psicologia Ciências Educação Universidade Coimbra 

Resumo:  Esta  comunicação  apresenta  um  estudo  que  pretende  contribuir  para  a  verdadeira  prática  da  inclusão  escolar  dos alunos com Deficiência Visual (DV). Visa‐se, usando técnicas quantitativas e qualitativas – identificar os facilitadores e as  barreiras  face  à  inclusão  escolar  de  alunos  com  DV  e  contribuir  para  uma  educação  de  qualidade  inclusiva  e equitativa. A  inclusão da DV é, no nosso país – onde poucos estudos têm sido realizados –, um tema emergente na construção de uma escola  inclusiva. No âmbito desta  investigação, decidimos construir questionários – direcionados aos  professores  –,  e um guião de  entrevistas  –  direcionado  a  alunos  com DV  ‐,  devido à  ausência  de  instrumentos nacionais consonantes com os objetivos da investigação. A amostra é constituída por alunos com DV, do 5º ao 12º ano de escolaridade, – sem comorbidades associadas –, e professores de EE e DT, do Centro de Portugal e de Sintra.  Nesta comunicação apresentaremos conclusões relativas às perceções de professores de EE, participantes no estudo, face à inclusão escolar de alunos com DV. Na sua maioria, os professores referem que: têm dificuldades em delinear estratégias de acordo com as necessidades dos alunos com DV; as escolas não estão preparadas para receber alunos com DV; a formação inicial dos professores não os prepara para trabalhar com a DV; nas escolas é dada mais ênfase às dificuldades e limitações das crianças com DV do que às suas capacidades. Ainda assim, a maior parte dos professores de EE refere que a inclusão de alunos com DV é uma realidade na escola onde lecionam.  

Comunicação 3 – Representações de Dificuldades de Aprendizagem de profissionais de educação Cristina Petrucci Albuquerque, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra 

Resumo:  Introdução:  É  essencial  estudar  as  representações  de  Dificuldades  de  Aprendizagem  (DA)  dos  profissionais  de educação, uma vez que eles estão directamente envolvidos na respectiva identificação e intervenção. Objectivos: Esta comunicação analisa as  representações do conceito de DA de 310 profissionais de educação  (professores do ensino regular, professores de educação especial e psicólogos). Metodologia: Utilizou‐se um questionário elaborado para o efeito que apresenta indicações favoráveis de validade e precisão. O questionário é constituído por 3 partes e avalia as perspectivas  dos  profissionais  em  relação:  1)  aos  critérios  de  identificação  (e.g.,  exclusão;  discrepância;  RTI)  e  à fenomenologia das DA  (manifestações; natureza específica); 2) ao emprego, amplo ou restrito, do  termo DA; e 3) à legislação nacional relativa às DA. Resultados: Os resultados obtidos expressam acordo em relação às manifestações das  DA  (e.g.,  baixo  desempenho),  ao  critério  da  discrepância  e  a  uma  visão  dimensional  das  DA  (manifestações diversificadas  distribuídas  num  contínuo  de  gravidade).  Os  profissionais  consideraram  que  as  DA  se  podem  ficar  a dever  a  determinantes  biomédicos  e  contextuais  (e.g.,  desvantagem  socioeconómica,  interacções  familiares)  e  em consequência, discordaram em parte do critério da exclusão. Os participantes também concordaram com um emprego muito abrangente do termo, designadamente na ausência de diagnóstico, em situações de insucesso escolar e quando os  professores  não  estão  preparados  para  responder  às  necessidades  dos  alunos.  Os  profissionais  de  educação 

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também  exprimiram  uma  perspectiva  negativa  em  relação  ao  apoio  educativo  dispensado  às  DA  em  Portugal.  As comparações  entre  grupos  profissionais  documentaram  a  existência  de  algumas  diferenças  significativas  entre  as respectivas percepções.    Comunicação 4 – Práticas em Intervenção Precoce: Um estudo qualitativo  

Maria Dulce Duarte, CIE‐ISPA | Júlia Serpa Pimentel, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA Resumo:  A Associação Nacional de Intervenção Precoce na Infância publicou “Práticas Recomendadas em Intervenção Precoce na Infância ‐ um Guia para Profissionais” (Carvalho et al., 2016), com o objetivo de promover práticas de qualidade no âmbito  do  Sistema  Nacional  de  Intervenção  Precoce  na  Infância  (Decreto  Lei  nº  281/2009).  Os  estudos  avaliativos sobre  a  prestação  de  serviços  em  intervenção  precoce  na  infância  (IPI)  são  fundamentais  para  a  sua melhoria.  No estudo de  investigação, de que apresentamos alguns resultados, realizamos observação e análise das práticas de  IPI precoce implementadas por técnicos do SNIPI e por docentes do Ministério da Educação. O objectivo era avaliar em qual  dos  contextos  as  práticas  implementadas  se  adequam  ao  modelo  de  intervenção  centrado  na  família internacionalmente  recomendado.  A  nossa  amostra  é  constituída  por  36  crianças  com Perturbação  do  Espectro  do Autismo,  de  idades  compreendidas  entre  os  0  e  os  6  anos  de  idade,  suas  mães  e  diferentes  profissionais  – maioritariamente docentes de educação especial – que apoiam as crianças em contextos de domicilio, creche e jardim de infância. A observação das práticas dos profissionais junto das crianças, foi realizada tendo como base na Inclusive Classroom  Profile  (Soukakou,  2010).  A  partir  dos  itens  desta  escala,  encontramos  categorias  que  descrevem:  a qualidade  do  contexto  de  prestação  de  serviços;  as  interações  entre  pares  e  adulto/criança;  a  adaptação  das atividades  e  transição  entre  as  mesmas;  o  apoio  para  a  comunicação  da  criança  e  o  feedback  pelo  adulto.  Os resultados mostram que maioritariamente as intervenções decorrem no contexto de sala de aula entre os pares.  Comunicação 5 – O uso das ferramentas Tecnológicas como facilitadora do método Paulo Freire na alfabetização de adultos surdos 

Cristiane Eleutério Pinheiro & Márcia Ferreira Streng,  Universidade do Minho Resumo:  A  inovação  tecnológica  vem  facilitando  as  atividades  escolares  e  a  educação  e  direito  de  todos  no  Brasil,  leis  de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9394/96.  Com isso buscamos a utilização das Tecnologias de Informação e comunicação TICs, como ferramentas facilitadoras, em conjunto com o Método Paulo freire, para alfabetização de adulto com deficiência auditiva do Instituto Alliance – Associação de Assistência  para  pessoas  com deficiência,  localizado na  cidade de  Petrópolis,  Rio de  Janeiro –  Brasil. Segundo Freire (2014), a alfabetização não pode se restringir aos processos de codificação e decodificação, o grande objetivo da alfabetização de adultos é promover a conscientização acerca dos problemas cotidianos, a compreensão do mundo  e  o  conhecimento  da  realidade  social.  A  proposta  do  Instituto  Alliance  é  promover  uma  aprendizagem motivadora e significativa, adaptada a uma proposta inclusiva e situar o aluno com necessidades especiais no mundo em  que  se  atua.  Com  isso  através  das  TICs  como  ferramenta  auxiliadora  do  Método  Paulo  Freire,  queremos proporcionar aos alunos a oportunidade de aprender, interagir, criar, pensar e ter acesso as tecnologias que auxiliem a superar  as  barreiras que  encontram em  razão de  sua  limitação. O  computador  significa para  o  deficiente  físico um caderno eletrônico; para o deficiente auditivo, a ponte entre o concreto e o abstrato...”  (Valente 1997  ) O objetivo desse  estudo  é  investigar  a  adequação  e  utilização  das  TICs,  para  que  possa  viabilizar    o  aprendizado  dos  alunos adultos  com deficiência auditiva e contribuir com o seu processo de inclusão no contexto das escolas  regular.  

MESA 4.4 Ensinar e Aprender 

 

Comunicação 1 – Mestrado em Educação Pré‐Escolar ‐ construção partilhada da identidade profissional Ana Teresa Brito, Cátia Amaral, Raquel Jesus & Ana Rita Glória, Escola Superior de Educadores de Infância Maria Ulrich 

Resumo:  A  Unidade  Curricular  de  Prática  Supervisionada  em  Jardim‐de‐Infância  tem  lugar  na  etapa  final  do  Mestrado  em Educação  Pré‐Escolar.  Em  articulação  com  o  Seminário  de  Intervenção  e  Investigação,  o  seu  principal  objetivo  é potenciar o desenvolvimento de uma prática profissional reflexiva e de qualidade. Pretende‐se que as/os estudantes articulem modelos teóricos e de prática pedagógica, sustentados na investigação e na reflexão crítica partilhada; criem competências de tomada de decisão no contexto das suas opções pedagógicas, de modo fundamentado e reflexivo; e 

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que  sejam,  progressivamente,  capazes  de  organizar  ambientes  de  aprendizagem  de  qualidade,  respeitando  e promovendo a identidade individual, cultural e social das crianças e adultos com quem desenvolvem a sua ação. Nesta comunicação, a docente responsável pela unidade curricular e três estudantes finalistas, suas orientandas, apresentam uma reflexão critica partilhada sobre o percurso experienciado nos eixos fundamentais em que a unidade curricular se ancora:    (1)  Seminários:  apresentação,  análise  e  discussão  de  situações  reais;  pesquisa  sobre  temas  necessários  à compreensão  das  situações  e  ao  delineamento  de  ações  educativas;  (2)  Supervisão  pedagógica:  apoio  individual; discussão  e  reflexão  sobre  problemas/dúvidas,  estratégias  e  metodologias;  (3)  Orientação  Tutorial:  apoio  na  a) construção de uma investigação/intervenção decorrente da experiência e das atividades desenvolvidas no estágio; b) articulação entre as práticas educativas e a  intencionalidade pedagógica; c) construção da  identidade profissional. A análise de registos escritos, durante e sobre o processo, e os focus groups/grupos de discussão realizados, traduzem a relevância  de  refletir  partilhadamente  sobre  o  processo  de  aprendizagem  vivido  para  a  construção  ativa  da profissionalidade.  Comunicação 2 – Aprender: A conceção de estudantes universitários de um curso na área da educação 

Camila Marta de Almeida, Ana Sofia Freire, Juana de Carvalho Ramos Silva & Carolina Carvalho, Instituto de Educação ‐ Universidade de Lisboa 

Resumo:  Investigações focadas nas conceções de aprendizagem dos alunos revelam que estas diferem e que originam formas de aprender também diferentes. Algumas destas conceções são compatíveis com perspectivas mais atuais sobre o que se pretende com o ensino superior e que  tipo de envolvimento se pretende dos alunos. Sabendo que as conceções sobre o que é aprender originam formas distintas de interagir com o contexto de ensino‐aprendizagem, é fundamental conhecê‐las  de  forma  adequá‐las  às  exigências  da  sociedade  actual.    Este  estudo  de  cunho  exploratório  objetivou conhecer  as  conceções  de  estudantes  do  ensino  superior  sobre  o  que  é  aprender.  Participaram  56  estudantes  do primeiro ano de uma licenciatura na área da educação, sendo a maioria do sexo feminino (83,9%), com idade média de 19,5  anos  (DP=1,7).  Para  a  recolha  de dados  utilizou‐se  um questionário  constituído  de  cinco  questões  abertas. Os dados foram analisados a partir de um conjunto de categorias prévias sobre concepções de aprendizagem utilizadas em  investigações  fenomenográficas.  Os  resultados  obtidos  revelam  que  os  estudantes  entendem  a  aprendizagem como a  aquisição  de  conhecimentos    (55% do  total  de  respostas).  Poucos  respostas mencionaram os  processos  de construção de significados pessoais e a transformação (13% do total de respostas), sendo estes aspetos essenciais da pedagogia  universitária.  Assim,  este  estudo  vem  salientar  a  importância  de  se  explorar  a  conceção  de  estudantes sobre  o  que  é  aprender  e  como  se  aprende,  para  possibilitar  o  desenvolvimento  de  pedagogias  promotoras  do envolvimento ativo dos estudantes  e estimulando a construção de significado.  Comunicação 3 – Professores em formação: Uma análise do percurso de aprendizagem baseado no ciclo de aprendizagem de Kolb 

Eliana Alves Moreira Leite & José Alberto Lencastre Freitas Borges Araújo, Universidade do Minho Resumo:  Este artigo apresenta uma análise reflexiva do percurso de aprendizagem de um grupo de professores em formação na modalidade  blended  learning  a  partir  da  aplicação  de  situações  metacognitivas  para  que  percebessem  o desenvolvimento  cognitivo  que  obtêm  a    partir  das  atividades      propostas  no  Ambiente  Virtual  de  Aprendizagem (AVA). O instrumento de coleta de dados foi elaborado a partir de uma adaptação do ciclo de aprendizagem de Kolb proposto  pelo  teórico  por  David  A.  Kolb. O  estudo  segue  o  objetivo  de  compreender  o  desenvolvimento  cognitivo destes profissionais em formação e analisar os resultados obtidos para nortear a elaboração de atividades que serão ofertadas posteriormente no AVA, de forma que torne o curso em andamento embasado em uma aprendizagem mais personalizada. O percurso metodológico desta pesquisa é um estudo descritivo exploratório com abordagem quanti‐qualitativa, com um design de estudo de caso. Buscar‐se‐á aprofundar a pesquisa com o aporte teórico da teoria da aprendizagem  experiencial  formulada  de  Kolb  (1994),  Gardner  (1997),  Siemens  (2005), Moran, Masetto  e  Behrens (2013). Esta pesquisa pode colaborar para implementar plataformas de ensino mais adaptativas para corroborar com o perfil cognitivo dos estudantes nos ambientes virtuais de aprendizagem.    Comunicação 4 – Supervisão na formação inicial de professores – um modelo em construção  

Joana Cortes Figueira & Teresa da Silveira‐Botelho, Instituto de Educação e Ciências de Lisboa Resumo:  Este estudo surgiu a partir da nossa experiência enquanto supervisoras da Prática de Ensino Supervisionada II (PES II). O  foco da análise  incidiu no papel da supervisão e avaliação da prática pedagógica e do modelo que preconizamos, com  o  objetivo  de  a  melhorar,  assim  como  promover  a  relação  entre  os  intervenientes:  alunos,  professores 

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cooperantes e supervisores. Desenvolvemos  uma  investigação  aplicada,  inspirada  no  paradigma  crítico  cujo  objetivo  principal  do  investigador  é intervir diretamente numa situação ou contexto e solucionar problemas reais, Investigação Ação (Coutinho, 2006). Pretendemos (...) monitorizar os processos centrais da supervisão que são a experimentação e a reflexão (Vieira,1993) e, ainda, ir ao encontro das novas tendências da supervisão que se enquadram numa visão democrática, que realça a importância  da  reflexão  e  da  aprendizagem  colaborativa  e  horizontal,  perspetivando  o  desenvolvimento  de mecanismos  que  possibilitem  a  auto  supervisão  e  autoaprendizagem  e  a  capacidade  de  gerar,  gerir  e  partilhar  o conhecimento (Oliveira‐Formosinho, 2012).  As  alunas  referiram  que  o  número  de  horas  da  PES  II  era  suficiente;  cumpriu  os  objetivos  a  que  se  destinava;  e correspondeu às suas expectativas. A maioria manifestou interesse em estagiar em dois anos de escolaridade, um em cada  semestre.  Sentiram‐se  envolvidas  na  dinâmica  da  escola  e  da  sala  de  aula,  tendo  sido  muito  importante  a supervisão realizada pela professora cooperante, logo seguida pelo acompanhamento que era feito pelas colegas. Quanto  às  supervisoras,  reconhecem  o  seu  papel  fundamental  na  gestão  dos  três  intervenientes  da  supervisão, nomeadamente na preparação, acompanhamento, análise e reflexão da prática pedagógica.  

KEYNOTE  4 – 10h 45m – 11h 45m 

 

Adaptação e sucesso no Ensino Superior: Quando as taxas de Insucesso e de Abandono Contradizem a democratização do Acesso. 

Leandro de Almeida – Universidade do Minho  

SESSÃO de POSTERS – 12h 15m ‐13h 15m 

 

Poster 1 – Perguntas dos estudantes sobre textos de ciências: A influência do título  P. Vaz‐Rebelo, Universidade de Coimbra |  J. Morgado, Escola Secundária com 3º ciclo Sta Maria do Olival  | C. Costa,  Universidade  de  Coimbra  |  G.  Bidarra,  Universidade  de  Coimbra  |  G.  Franco‐Borges,  Universidade  de Coimbra | M. L. Vale‐Dias, Universidade de Coimbra 

Resumo:  O presente estudo teve por objetivo analisar a formulação de perguntas a partir de textos sobre planetas do sistema solar,  com  títulos  formulados  na  forma  afirmativa  ou  na  forma  interrogativa.  Se  vários  estudos  têm  evidenciado  a importância das características do texto na compreensão do mesmo, nomeadamente do seu nível de abstração ou da extensão dos parágrafos que o compõem, pode  também destacar‐se a  influência das características do  título nesse processo  de  compreensão,  dado  que  textos  com  títulos  diferentes  podem  originar  inferências  também  diversas.  A amostra é constituída por 98 alunos do 7º ano de uma Escola Secundária da região centro de Portugal. A média de idade foi de 12 anos. Foram escritos quatro textos homogéneos sobre os planetas do sistema solar, sendo solicitado aos participantes a formulação de pelo menos duas perguntas sobre o que gostariam de saber mais sobre o tema em questão.  O  que  diferiu  em  cada  texto  foi  o  título:  num  dos  textos,  o  título  era  uma  afirmação,  num  outro,  uma pergunta  de  antecedência  causal,  e  num  terceiro,  uma  pergunta  de  consequência  causal.  As  perguntas  formuladas pelos participantes  foram classificadas de acordo com a  taxonomia desenvolvida por, por  Ishiwa e Otero  (2013), Os resultados evidenciam que as características afirmativa ou interrogativa do título de um texto influenciam o processo de formulação de perguntas sobre o mesmo, contribuindo assim para a identificação de características suscetíveis de influenciar o processo da sua compreensão e devendo por isso ser considerados na elaboração dos mesmos.  

Poster 2 – Intervir em Belém ‐ Afetos na escola e no jardim‐de‐infância Catarina Abreu, Ana Morato, Marta Barreiros & Marília Braga, Junta de Freguesia de Belém 

Resumo:  Pelouro da Ação Social com o Programa «Intervir em Belém». Este programa desenvolve o Projecto “Afetos na Escola e no Jardim‐de‐Infância” dirigido ao pré‐escolar e 1º ciclo, onde pretende contribuir para promover o desenvolvimento integral  das  crianças,  desenvolvendo  competências  pessoais  e  sociais,  visando  enriquecê‐las  de  um  reportório  de comportamentos e estratégias de socialização, bem como dotá‐las de  instrumentos que  lhes permitam  lidar com as diferentes situações do quotidiano, prevenindo possíveis comportamentos de risco no futuro. Os objectivos principais do projecto são: Aquisição de competências pessoais; Aquisição de estratégias para  lidar com a ameaça e  influência entre  pares;  Aumento  da  autoestima,  autoconfiança,  autocontrole,  assertividade  e  competências  na  resolução  de problemas; Aquisição de comportamentos saudáveis; A relação com os outros; Preparação da transição para o 5º ano 

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e introdução à temática da educação sexual em contexto relacional e social (alunos do 4º ano); Promoção da inclusão e  sucesso  escolar;  As  metodologias  utilizadas  são:  expositivas;  trabalho  de  grupo;  reflexão;  dinâmicas  de  grupo; relaxamento; sessões semanais de 1 hora em contexto de pequeno‐grupo (ji) e sala de aula (1º ciclo). Os resultados obtidos são verificados ao longo do ano lectivo e no final do 1º ciclo através da avaliação qualitativa dos professores e técnicos, através da observação das crianças na aquisição de comportamentos saudáveis tendo em conta as situações pelas quais vão passando.  

Poster 3 ‐ A transição do 1º para o 2º ciclo do ensino básico: construção e validação de questionários para alunos e professores do 4º ano de escolaridade e professores do 5º ano de escolaridade 

Edite Mendes, ISPA‐Instituto Universitário | Francisco Peixoto, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA Resumo:  Este  trabalho  teve  como  principal  objetivo  construir  e  validar  três  questionários,  para  aplicar  num  estudo  sobre  a transição do 1º para o 2º Ciclo do Ensino Básico. Pretendeu‐se, nos alunos, analisar a percepção e as expetivas que os mesmos  demonstram  ter  em  relação  ao  novo  ciclo  quando  ainda  frequentam  o  ciclo  anterior.  Relativamente  aos professores e escolas, avaliaram‐se as estratégias de apoio à transição de ciclo. Participaram 141 alunos do 4º ano de escolaridade e 264 professores, sendo 133 do 4º ano de escolaridade e 131 do 5º ano de escolaridade. O questionário aos  alunos  é  constituído  por  41  itens.  Considerou‐se  previamente,  mediante  a  estrutura  do  questionário,  quatro fatores referentes às dimensões esperadas: Aprendizagem, Expetativas em Relação ao Espaço Escolar, Articulação e Relação com Professores e Colegas. O questionário dos professores do 4º ano de escolaridade é constituído por 23 itens  e  o  questionário  dos  professores  do  5º  ano  de  escolaridade  por  31  itens.  Foram  definidos  os  três  fatores seguintes: Articulação, Informação sobre o 2º Ciclo e Estratégias de Ensino. Os resultados da análise às propriedades métricas dos três instrumentos permitem concluir que os instrumentos apresentam uma estrutura fatorial e valores de fidelidade adequados possibilitando a sua utilização.    Poster 4 ‐ Autoconceito e sucesso académico 

Edite Oliveira | Vera Monteiro, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA Resumo:  O autoconceito é um constructo académico que influencia positivamente o envolvimento e desempenho académicos. no estudo  realizado com estudantes dos 1º ano de universidade dos  cursos de economia e gestão da  faculdade de economia  e  gestão  da  universidade  nova  de  lisboa  verificou‐se  que  os  alunos  que  participaram  no  programa  de mentorado ao longo do ano, obtiveram melhores resultados académicos e média final superior do que os alunos que não participaram no programa. verificou‐se igualmente que o autoconceito destes alunos participantes no programa era  muito  superior  aos  alunos  que  não  participaram.  A  mentoria  teve  um  efeito  muito  positivo  nos  alunos  que participaram no programa, levando‐os a níveis de autoconceito elevados e a melhores resultados académicos.  

Poster 5 ‐ Comportamentos sociais e não‐sociais em contexto pré‐escolar. Um olhar sobre as características individuais da criança  

Ana Rita Amaral, Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE‐IUL) | Lígia Monteiro, Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE‐IUL), CIS‐IUL | Carolina Santos 

Resumo:  Atualmente as crianças entram cada vez mais cedo e passam mais tempo em contexto de cuidados não maternos, com Portugal a ter uma das percentagens mais elevadas da Europa de crianças nestes contextos. As dificuldades em iniciar e manutenção interações positivas com os pares durante os anos pré‐escolares são consideradas por diversos autores como  preditores  de  dificuldades  de  ajustamento  futuro  (e.g.,  Rubin  et  al.,  2009).  O  presente  trabalho  teve  como objetivo caracterizar os comportamentos sociais e não‐sociais de crianças em idade pré‐escolar, controlando variáveis como a idade, sexo, o temperamento e a competência verbal da criança. Participaram 100 crianças, entre os 3 e os 6 anos,  as  suas  mães  e  as  respetivas  educadoras.  As  mães  preencheram  a  Ficha  Sociodemográfica  e  o  Children's Behavior  Questionnaire  ‐  Short  Form  Version  (Rothbart,  2000).  A  competência  verbal  foi  avaliada  com  base  na Wechsler Preschool and Primary Scale of Intelligence – Revised (Wechsler, 1989), tendo sido aplicado individualmente por um  investigador. As educadoras preencheram a Escala dos Comportamentos de Brincadeira  Social  e Não‐Social (Coplan & Rubin, 1998). Resultados preliminares  indicam que a qualidade dos comportamentos sociais e não sociais está associada com a idade das crianças, e existe variabilidade nos comportamentos em função do sexo (brincadeira de lutas), assim como com características de temperamento. Os resultados serão discutidos no contexto das teorias da competência e isolamento social, e da importância de identificar dificuldades precoces de ajustamentos por parte das educadoras.  

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Poster 6 ‐ Intervir em Belém ‐ Psicomotricidade na escola  Marília Braga, Junta de Freguesia de Belém 

Resumo:  A Junta de Freguesia de Belém no âmbito do “Programa Intervir”  intervém nas escolas públicas do Agrupamento do Restelo, da freguesia de Belém.  Um dos  projectos  em  vigor  é  o  da  “Psicomotricidade  na  Escola”  que  pretende  promover  competências  pessoais  e sociais em crianças em idade pré‐escolar e 1º ciclo.  A rápida evolução da sociedade obriga cada vez mais a um ajuste diário das formas de pensar e agir das crianças, para se adaptarem às situações de risco e vulnerabilidade presentes no seu desenvolvimento. Assim, a terapia psicomotora orientada para a experiência proporciona uma maior vivência e perceção dos estados internos. Através da expressão e regulação  das  emoções  a  criança  será  capaz  de  aumentar  a  tolerância  à  frustração,  diminuir  o  comportamento impulsivo,  melhorar  a  interação  social,  aprender  a  estabelecer  limites,  aumentar  a  autoconfiança,  potenciar  a perceção de si e do seu corpo, desenvolver a autorreflexão e potenciar uma visão mais consciente dos conflitos inter e intrapsíquicos.  Neste  projecto  encontram‐se  apenas  as  crianças  sinalizadas  pelos  professores  que  têm  de  preencher  certos  pré‐requisitos para que faça sentido a sua entrada no projecto.  A metodologia utilizada para avaliação do projecto  realização através da aplicação de questionários a professores e encarregados de educação dos participantes, nomeadamente: Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ); e Social Skills Rating Scale (SSRS –K6). Até  aos  dias  de  hoje,  esta  intervenção  tem  tido  resultados  muito  positivos,  como  a  atenuação  de  determinados comportamentos  desajustados,  o  desafio  e  agressões  físicas  e  verbais,  redução  global  dos  problemas  de comportamento, de relacionamento e hiperatividade.  Poster 7 ‐ Famílias Multiproblemáticas: Influência no desenvolvimento e investimento objetal da criança 

Alexandra  Dias,  Serviço  de  Psicologia  da  Santa  Casa  da  Misericórdia  de  Sintra  |  Isabel  Castelo,  Serviço  de Psicologia da Santa Casa da Misericórdia de Sintra | Edite Oliveira | Vera Monteiro, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA 

Resumo:  O presente estudo visa compreender a relação entre a pertença a uma família desestruturada, com diversos sintomas comprometedores do funcionamento parental e social e o desenvolvimento da criança. O conceito, vasto e complexo, de família multiproblemática é aqui definido e a sua pertença é operacionalizada através de  indicadores suportados pela  literatura.  Os  objetivos  específicos  são  fazer  uma  análise  comparativa  de  algumas  áreas  do  desenvolvimento cognitivo  e  emocional/relacional  de  crianças  em  idade  pré‐escolar  inseridas  em  famílias  multiproblemáticas  e  de crianças pertencentes a um grupo de controlo,  retirado da população normal. A metodologia passa pela recolha de dois desenhos realizados por crianças de quatro e cinco anos pertencentes ao grupo em estudo e ao grupo de controlo (20  de  cada).  Os  instrumentos  são  o  Desenho  da  Figura  Humana  (Goodenough)  e  o  Desenho  de  Si  e  Objetos Representativos  (Castelo & Dias). No tratamento dos dados opta‐se por uma estatística não‐paramétrica, não só no estudo comparativo, como na análise de correlações entre variáveis. Os resultados irão contribuir para uma reflexão sobre as diferenças ao nível do desenvolvimento entre crianças oriundas de diferentes contextos socioeconómicos e familiares.  Este  estudo  poderá  lançar  algumas  bases  para  uma  posterior  análise  de  relação  causa‐efeito  sobre  o impacto  direto  da  pertença  a  uma  família  desestruturada  em  alguns  aspetos  do  desenvolvimento  cognitivo  e emocional.  Ainda,  no  âmbito  da  Psicologia  Relacional,  irá  consolidar‐se  o  conhecimento  sobre  a  forma  como  os objetos externos afetivos e destrutivos, presentes no mundo real, são internalizados a partir do investimento afetivo neles feito pelo sujeito.  Poster 8 ‐ Análise do impacto da utilização dos mapas de conceitos sobre a motivação intrínseca e o rendimento académico em alunos do Ensino Superior  

Susana Pestana, IPBeja / ISPA‐Instituto Universitário / CIE‐ISPA | Francisco Peixoto, ISPA‐Instituto Universitário / CIE‐ISPA | Patrícia Rosado Pinto, NOVA Medical School / Faculdade de Ciências Médicas ‐ Universidade Nova de Lisboa 

Resumo:  Este  estudo  teve  como objetivo  estudar  os  efeitos  da  introdução  de Mapas  de  Conceitos  (MC)  como  estratégia  de aprendizagem num curso de Terapia Ocupacional de um Instituto Politécnico. Esses efeitos foram analisados do ponto de vista da Motivação e do Rendimento Académico (RA). Do ponto de vista da Motivação a investigação suportou‐se na Teoria da Autodeterminação a qual pressupõe três necessidades básicas fundamentais: competência, autonomia e relacionamento  as  quais  quando  satisfeitas,  promovem  uma  maior  volição  e  elevados  níveis  de  qualidade  da 

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motivação e envolvimento em atividades. Participaram no estudo 60 estudantes (Grupo Experimental (GE) – 23; Grupo de Controlo (GC) – 37) do 1º ano do Curso de Terapia Ocupacional. A motivação foi avaliada através de três aplicações (início, meio e final) do Inventário de Motivação Intrínseca (IMI), o qual avalia as dimensões Prazer (P), Competência Percebida (CP), Pressão/Tensão (PT), Escolha Percebida (EP) e Valor (V). Os resultados evidenciaram uma diminuição das principais dimensões associadas à motivação intrínseca – P, CP e EP – em ambos os grupos. No que se refere ao RA, apesar de uma diminuição do 1º para o 2º momento em ambos os grupos, o GE revelou um aumento significativo do 2º para o 3º momento, diferenciando‐se significativamente do GC. A dificuldade dos estudantes em concetualizar, o confronto com a diminuição do rendimento académico e o trabalho suplementar na realização dos MC explicam os baixos resultados da motivação intrínseca. Apesar disso, os MC podem ser uma boa estratégia de aprendizagem, como revela a melhoria do RA no 3º momento.  Poster 9 ‐ O programa de educação estética e artística (ProgestArt): o seu impacto no desenvolvimento estético e na criatividade  

Teresa Almeida‐Rocha, ISPA‐Instituto Universitário |  Francisco Peixoto, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA | Saul Neves de Jesus, Centro de Investigação em Educação, Universidade do Algarve 

Resumo:  O presente estudo enquadra‐se no desenvolvimento estético e na educação estética e artística e  tem por objectivo averiguar  se  o  programa  ProgestArt  tem  impacto  no  desenvolvimento  estético  e  na  criatividade.  O  programa  foi aplicado  a  18  crianças  de  7‐8  anos.  No  pré‐teste  os  dois  grupos  foram  avaliados  no  desenvolvimento  estético (entrevista de Parsons),  na  criatividade  (CREA) e numa prova de  linguagem  (GOL). Após o programa os dois  grupos foram  avaliados  no  desenvolvimento  estético  e  na  criatividade  (pós‐teste).e  após  um mês  (pós‐teste  diferido).  No decurso da  fase experimental  foi aplicada a escala Achievement Emotions Questionnaire‐ Elementary Scholl que  foi adaptada  do  contexto  da  matemática  para  o  contexto  da  arte,  e  aplicada  na  3ª,  5ª  e  8ª  semanas.  Os  principais resultados mostram que no desenvolvimento  estético,  no pós‐teste  as pontuações  são mais  elevadas  para o  grupo experimental do que para o grupo de controlo. Estes resultados mantêm‐se no pós‐teste diferido enquanto há uma tendência  para o  grupo de  controlo  piorar  entre  os dois momentos. Na  criatividade há uma evolução no pós‐teste sendo que esta não se verifica no grupo de controlo. No pós‐teste diferido há um ganho significativo, para o grupo experimental, mas não para o grupo de controlo. No AEQES observam‐se Scores na generalidade muito elevados na dimensão positiva (prazer) e muito baixos na negativa (aborrecimento) nos 3 momentos. O ProgestArt teve impacto no desenvolvimento estético, há ganhos significativos após o programa que se mantêm após um mês, enquanto na criatividade existem sempre ganhos desenvolvimentais nos três momentos.  Poster 10 ‐ ‘Primeiros Anos’: Um blogue sobre educação de infância baseado em investigação 

Cecília Aguiar, ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, CIS‐IUL, | Nadine Correia, ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, CIS‐IUL, | Tiago Almeida, ESELx, Instituto Politécnico de Lisboa, CIE‐ISPA, | Sílvia Barros, Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto, | Tânia Boavida, ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, CIS‐IUL, |  Carla  Peixoto Melo  de  Carvalho,  ESELx,  Instituto  Politécnico  do  Porto,  | Margarida  Fialho,  ISCTE  –  Instituto Universitário  de  Lisboa, CIS‐IUL,  | Marina  Fuertes,  ESELx,  Instituto Politécnico  de  Lisboa,  | Manuela Pessanha, ESEPorto, Instituto Politécnico do Porto, | Manuela Sanches‐Ferreira, ESEPorto, Instituto Politécnico do Porto, | Miguel Santos, ESEPorto, Instituto Politécnico do Porto 

Resumo:  A  investigação  tem  demonstrado,  de  forma  persistente  e  consistente,  a  importância  da  qualidade  dos  contextos educativos  para  o  desenvolvimento  das  crianças  (e.g.,  Bryant,  Zaslow, &  Burchinal,  2010).  Simultaneamente,  várias organizações  internacionais  têm  recomendado  a  monitorização  da  qualidade  destes  contextos  e  do  seu  impacto, sobretudo  junto  de  grupos  de  risco  (e.g.,  OCDE,  2012).  Deste modo,  é  fundamental  fortalecer  as  perspetivas  e  as competências  de  profissionais  de  educação  de  infância,  com  vista  à  adoção  de  práticas  inclusivas  e  de  elevada qualidade. No entanto, os resultados da investigação científica nem sempre estão disponíveis para os profissionais de educação,  de  forma  acessível  e  fidedigna.  Na  tentativa  de  colmatar  esta  lacuna  e  promover  a  articulação  entre  a investigação e a prática em educação de infância, está a ser desenvolvido um projeto Erasmus+ que integra o blogue europeu ‘EarlyYearsBlog’ e quatro blogues nacionais (Bélgica, Holanda, Polónia e Portugal), enquanto plataformas de aprendizagem.  Neste  poster,  pretendemos  dar  a  conhecer  ‘PrimeirosAnos’,  o  blogue  português  que  integra  este projeto.  Mantido  por  investigadores  e  docentes  da  área  da  educação,  o  blogue  debruça‐se  sobre  inclusão  social, investigação e inovação. Tem como objetivos principais (1) consolidar os conhecimentos empíricos sobre a qualidade da educação de infância e a educação de crianças em situação de desvantagem, (2) sensibilizar para a diversidade e promover  a  inclusão  social,  dentro do quadro de  referência  europeu para  a qualidade da educação de  infância,  (3) desenvolver  uma  atitude  positiva  em  relação  à  investigação  e  à  inovação  e  (4)  promover  uma  comunidade  de 

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aprendizagem partilhada por educadores de infância, formadores, investigadores e decisores políticos. Destinado a um grande número de leitores, pretende‐se com este blogue convidar à reflexão sobre práticas inovadoras, influenciando a  prática  de  educadores, mas  também  os  conteúdos  de  cursos  de  formação  contínua  e  os  planos  de  estudos  que habilitam para a docência.  Poster 11 ‐ Perceções de docentes sobre o estado de Implementação da Inclusão Escolar e a Formação de Professores em Escolas Públicas de Angola  

Deolinda N'Dala, CIE‐ISPA | José Castro Silva, CIE‐ISPA,  ISPA‐Instituto Universitário Resumo:  A  inexistência  de  programas  focados  na  capacitação  de  professores  para  o  ensino  especial  nas  escolas  públicas angolanas  determinou  a  presente  investigação,  a  qual  pretende  analisar  o  atual  estado  da  inclusão  escolar,  assim como a configuração atual referente à formação de professores no campo da educação especial. Para o efeito aplicou‐se  questionário  junto  de  441  sujeitos  que  exercem  funções  docentes  em  escolas,  primárias,  secundaria  e  ensino Superior, de cinco regiões diferentes nomeadamente: Cabinda, Bengo, Huila, Luanda e Malange e por um grupo focal, de  dez  professores  dos  quais  cinco  professores  do  ensino  regular  e  outros  cinco  do  ensino  especial.  Os  principais resultados identificam um conjunto fatores associados às dificuldades sentidas, com destaque para a falta de redes de apoio  e  capacitação  vocacionada  para  inclusão  escolar.  Ao  nível  de  formação  inicial  de  professores  para  educação especial, apontam‐se como fatores determinante: A capacitação de saberes práticos do corpo docente, por meio de programas de formações continuadas em educação especial; A criação de políticas de formação voltadas para o ensino especial, atendendo a que o modelo atual de formação de professores abrange noções de N.E.E.s como uma disciplina semestral  no  segundo  ano  do  curso  de  Pedagogia,  logrando  com  isso  um  impacto  reduzido  na  lista  de  opções  de pretendentes  na  busca de  formação especializada no  ramo do Ensino Especial  e,  consequentemente,  em Educação Inclusiva.  Tendo  em  consideração  os  efeitos  na  formação  de  professores,  aponta‐se  a  necessidade  de  criação  de projetos  de  formação  a  curto  e  longo  prazo  a  nível  das  Escolas  Superiores  Pedagógicas  de  Angola,  bem  como  as práticas pedagógicas que visem os processos inclusivos de alunos no ensino regular.  Poster 12 ‐ Observatório de práticas de educação sexual em escolas públicas de ensino fundamental  de Canoas/RS  

Jamila Usama Baja, Universidade la Salle Canoas/RS Resumo:  O presente estudo está em andamento e  inserido no Programa de Pós‐Graduação em Educação da Universidade La Salle Canoas na  linha de pesquisa Formação de Professores. Tem como objetivo  investigar como as/os alunos/as de escolas públicas de ensino fundamental em Canoas(RS) vivenciam a educação sexual em suas experiências escolares, verificando  quais  ações  reconhecem  e  interpretam  como  práticas  de  educação  sexual,  analisando  os  artefatos pedagógicos  utilizados  pelos/as  docentes,  questionando  que  lugar  ocupa  nestas  práticas  a  diversidade  sexual  e problematizando as discussões que circulam nas escolas sobre a educação sexual. Os objetivos específicos são: discutir os  efeitos  dessas  práticas  e  desses  discursos  na  produção  de  identidades  juvenis  "saudáveis";  problematizar  as discussões  que  circulam  nas  escolas  sobre  a  educação  sexual;  verificar  variáveis  como  sexo,  idade,  métodos anticoncepcionais,  primeira  relação  sexual,  gravidez  na  adolescência  e  demais  variáveis  relacionadas  ao  tema  que emergirem  na  pesquisa.  Entende‐se  que  atentar  a  estas  interrogantes  contribuirá  para  o  desenvolvimento  teórico, conceitual  e  metodológico  das  temáticas  relacionadas  ao  projeto  (educação  sexual  e  prevenção  às  doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e a gravidez da adolescência). Trata‐se de um estudo de natureza qualitativa, com o apoio  dos  dados  quantitativos,  com  o  intuito  de  buscar  aumentar  o  conhecimento  e  a  compreensão  sobre  esta temática, sendo que para a coleta de dados, elegemos as entrevistas semi‐estruturadas, o Grupo Focal e o Diário de Campo, sendo que a coleta de dados através do diário de campo acontecerá durante a pesquisa a partir da própria inserção da equipe de pesquisadores nos ambientes investigados. Serão analisadas, a partir das respostas obtidas, as estratégias que são desenvolvidas no âmbito escolar para superar as atitudes discriminatórias baseadas na orientação sexual  e  como  a  prevenção  das  DSTs,  a  prevenção  da  gravidez  na  adolescência  e  a  saúde  reprodutiva  são contempladas na Educação Sexual. Espera‐se que os resultados deste projeto possam oferecer subsídios às políticas públicas  no  campo  da  Educação  Sexual  e  que  possam  contribuir  para  o  desenvolvimento  teórico,  conceitual  e metodológico das temáticas relacionadas ao projeto. Resultados preliminares apontam se carece de espaços escolares para  discutir  sobre  sexualidade  bem  como  percebe‐se    a  ocorrência  de  gravidez  na  adolescência  nas  escolas pesquisadas.  Poster 13 ‐ A Parentalidade na Perspetiva do Pai  

Ana Rita Amaral,  Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE‐IUL) | Lígia Monteiro, Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE‐IUL), CIS‐IUL | Carolina Santos  

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Resumo:  Nos  últimos  anos,  devido  às  progressivas  mudanças  ocorridas  sobre  a  visão  do  papel  do  homem  na  família  e  no desenvolvimento  da  criança,  diversos  autores  têm  vindo  a  procurar  estudar  a  parentalidade  no  masculino, nomeadamente, as suas características e determinantes. Tal é fundamental para pensar em intervenções, sustentadas empiricamente,  que  incluam  a  promoção  do  envolvimento  paterno  e  ajustamento  da  criança.  No  modelo  socio‐contextual  da  parentalidade de Belsky  (1984)  são  identificados  três  domínios principais:  características  dos Pais,  da Criança e  fatores Contextuais. No presente estudo  foram consideradas  como preditores dos estilos  parentais:  1)  as perceções do pai sobre as suas próprias capacidades e competência, idade e educação; 2) a idade e sexo da criança; 3) o suporte social e horas de trabalho do pai. Participaram 150 pais de famílias nucleares Portuguesas, com crianças em idade pré‐escolar. Os pais preencheram a Escala de Sentimento de Competência Parental (Johnston & Mash, 1989); o Questionário de Estilos e Dimensões Parentais  (Robinson et al,  2001) e a Escala de Satisfação com o Suporte Social (Ribeiro,  2011).  Dados  preliminares  indicam  que  pais  com  maior  sentimento  de  eficácia  apresentam  um  estilo autoritativo,  enquanto  pais  permissivos  e  autoritários  indicam  estar  menos  satisfeitos  com  a  parentalidade.  A satisfação com o suporte da família e amigos está associada com o sentimento de competência e satisfação paterno, enquanto a ausência de suporte por parte de amigos e entre casal está associada a um estilo autoritário. Os resultados são discutidos no contexto das perspetivas teóricas sobre “o novo pai” e do sistema parental.  Poster 14 ‐ Círculo de cultura como espaço de fomento ao cuidado em saúde: uma experiência com adolescentes no interior de Pernambuco 

Silvana  Cavalcanti  dos  Santos,  Instituto  Federal  de  Educação,  Ciência  e  Tecnologia  de  Pernambuco  –  IFPE, PE/Brasil 

Resumo:  A abordagem de ensino do Círculo de Cultura de Paulo Freire como estratégia didática para prevenção à saúde por meio do encontro dialógico entre sujeitos, contribui para a transformação do sujeito e da sua realidade. Objetiva‐se apresentar a experiência de pesquisa e intervenção sobre prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) com adolescentes. Trata‐se de um relato de experiência, do projeto de extensão HIV/IST: uma abordagem  preventiva,  desenvolvido por os acadêmicos  do Curso de Enfermagem, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco/Brasil,  cujos  sujeitos  participes  foram  adolescentes  da  rede  pública  do  Município  de  Pesqueira  – Pernambuco/Brasil.  A  metodologia  utilizada  foi  o  círculo  de  cultura,    escolhida  por  permitir  que  os  participantes, socialmente inseridos no mundo cultural, expressassem sua opinião e compreensões sobre o tema proposto (IST’s), de modo a perceber a  importância das  formas de prevenção do ser  saudável. Os círculos de cultura possibilitaram um diálogo com os adolescentes, oportunizando que eles  expressassem seus saberes e leituras de mundo sobre o tema em  diálogo,  constituindo‐se  em  um  momento  muito  rico  de  troca  de  conhecimento,  participação  ativa  entre  os sujeitos  e  os  mediadores  dos  círculos,  possibilitando  uma  reflexão  sobre  a    realidade  a  que  estão  vulneráveis.  Os adolescentes perceberam a  importância da  transformação da  realidade bem como da mudança do comportamento para hábitos saudáveis e atitude positiva. A experiência apontou que precisamos (re)inventar as ações educativas, de modo que estimulem o diálogo que possibilite a consciência e transformação do mundo e das realidades dos sujeitos, bem como dos risco em Saúde a que estão vulneráveis.   Poster 15 ‐ Métodos e estratégias de estudo e de aprendizagem de estudantes de ensino superior  

Fátima Leal, Universidade de Évora Resumo:  O estudo e a aprendizagem são considerados como processos significativos uma vez que é com base no sentido que os estudantes atribuem aos conteúdos de estudo e de aprendizagem, que estes constroem as representações internas do conhecimento  (Oosterheert  &  Vermunt,  2001;  Rosário  &  Almeida,  2010).  Conhecer  os  métodos  e  estratégias  de estudo  e  de  aprendizagem  de  estudantes  do  ensino  superior  revela‐se  crucial  para  a  promoção  de  competências necessárias para uma aprendizagem de qualidade. Participaram 48 estudantes, rapazes e raparigas, do 1º e do 3º ano, dos cursos psicologia e biologia. As idades variavam entre os 18 e os 25 anos. A recolha de dados foi obtida através de entrevistas  semi‐estruturadas  e  os  dados  tratados  através  de  metodologias  qualitativas  (analise  de  conteúdo)  e quantitativas.  Os  resultados  revelam  que  os  estudantes  utilizam  diversos  métodos  e  estratégias  de  estudo  e  de aprendizagem,  nomeadamente  estratégias  cognitivas,  metacognitivas  e  de  organização.  As  estratégias  cognitivas foram as mais  referidas  (a  leitura,  a  identificação de  informação mais  relevante,  a  realização de apontamentos  e  a escrita). Não foram encontradas associações significativas por relação com nenhuma das variáveis: curso, ano e sexo. Implicações para a prática são apresentadas na conclusão deste trabalho.  

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Poster 16 ‐ O País das Letras Maria de Lurdes Moreira, Universidade de Évora 

Resumo:  Partindo do pressuposto que o contacto com a leitura e a escrita e a possibilidade de as experimentar e constatar o seu  funcionamento,  mesmo  antes  do  ensino  formal,  é  determinante  para  facilitar  a  aprendizagem  da  linguagem escrita  (Alves Martins,  2000; Treiman & Bourassa, 2000; Alves Martins &  Silva,  2006),  foi  construída uma aplicação para  computador  que  apresente  tarefas  e  jogos  associados  à  leitura  e  à  escrita  e  desenvolva  competências facilitadoras desta aprendizagem. Este produto  teve como estrutura base a apresentação de um  livro  interativo em suporte multimédia, que cria um contexto de exploração do objeto escrita que permite adquirir conhecimentos sobre os conceitos de letra, palavra, frase e história, conhecer as convenções da leitura e da escrita, e compreender o que é afinal  ler.  A  aplicação  “Viagem  ao  País  das  Letras/O  País  das  Letras”  provou  ser  eficaz  no  desenvolvimento  da consciência  fonológica  e  da  compreensão  do  princípio  alfabético  em  crianças  de  idade  pré‐escolar  com  quem  foi testada. Uma vez que atualmente, não faz mais sentido colocar a questão se é ou não adequada a utilização das novas tecnologias para promover conhecimentos, mas sim como tirar proveito das novas tecnologias presentes no mundo das  crianças  de hoje,  a  aplicação  construída para  computador  está agora em  fase de  adaptação para  funcionar  em qualquer  dispositivo  android,  visto  os  tablet  e  os  smartphone  serem,  atualmente,  o  principal  dispositivo  de entretenimento, também de crianças quase desde o nascimento.  Poster 17 ‐ Leitura e Escrita em Família – Emoções vivenciadas pelas crianças  

Inês Candeias, ISPA‐Instituto Universitário | Lourdes Mata, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA | Francisco Peixoto, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA 

Resumo:  As emoções estão presentes no nosso dia‐a‐dia e assumem especial importância nas relações interpessoais. Também a investigação  no  âmbito  do  envolvimento  parental  tem  procurado  analisar  o  papel  das  emoções  vivenciadas  nos momentos de apoio em situações educativas, concluindo sobre a sua importância. Sendo que as práticas de literacia familiar são muito importantes não só para o desenvolvimento de conhecimentos e competências, mas também para o desenvolvimento de afetos positivos, foi esse o foco deste trabalho. Assim, procurámos estudar as emoções sentidas por crianças do 1º ciclo nos momentos de  leitura e escrita, partilhados com os pais. Nesse sentido, adaptámos uma escala de emoções para a matemática para esta situação específica. Com esta comunicação pretendemos apresentar a escala e caraterizar as emoções das crianças. A escala ficou constituída por itens que reenviam para 3 emoções, Prazer, Ansiedade  e  Aborrecimento,  e  contemplando  tanto  situações  de  leitura  como  de  escrita  em  ambiente  familiar. Recorrendo  a  uma  análise  fatorial  confirmatória  testámos  a  estrutura  da  escala,  tendo  esta  evidenciado  índices  de ajustamento  adequados.  Também  a  consistência  interna  para  as  dimensões  foi  boa.  As  emoções  sentidas  pelas crianças são essencialmente positivas, uma vez que o Prazer é o referido como mais frequente, surgindo a Ansiedade e o  Aborrecimento  com  valores  significativamente  mais  baixos.  Estes  resultados  serão  discutidos  realçando  a necessidade de se envolverem os pais e de se valorizar a sua participação, pois esta é fundamental para o processo de apropriação da linguagem escrita e a estruturação de hábitos de leitura.    Poster 18 ‐ Porque aprendemos melhor ciência através de narrativas?  

Sara Soares, Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE‐IUL), CIS‐IUL | Université Libre de Bruxelles, CRCN | Rita Jerónimo, Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE‐IUL), CIS‐IUL | Régine Kolinsky, Université Libre de Bruxelles, CRCN | José Morais, Université Libre de Bruxelles, CRCN 

Resumo:  A  literacia científica e os obstáculos ao ensino de ciência constituem temas de grande relevância para a Psicologia e para a Educação. Estudos têm demonstrado (e.g., Arya & Maul, 2012; Hadzigeorgiou et al., 2012) que a apresentação de  conteúdos  científicos  em  formato  narrativo  literário,  comparativamente  ao  expositivo,  promove  uma  melhor aprendizagem.  No  entanto,  os  processos  cognitivos  envolvidos  nesta  influência  permanecem  pouco  investigados. Neste  projecto  de  doutoramento  propomo‐nos  a  investigar  o  papel  que  funções  executivas  (FE;  nomeadamente: actualização da memória de trabalho, flexibilidade cognitiva e planeamento), capacidade inferencial, e teoria da mente (ToM)  desempenham  na  aprendizagem  de  ciência  em  diferentes  formatos.  Participantes  adultos  lerão  textos científicos escritos em formato narrativo literário ou expositivo e executarão, simultaneamente, tarefas que recrutam as FE e ToM mencionadas (dual task paradigm). No final serão aplicadas medidas de aprendizagem e de geração de inferências.  Serão  também  recolhidas medidas  electrofisiológicas.  Para  adicionalmente  examinar  o  papel  específico que  as  FE,  capacidade  inferencial  e  ToM  desempenham  na  aprendizagem  de  conteúdos  científicos  nos  diferentes 

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formatos, será realizado um estudo com grupos etários que estão a desenvolver estas capacidades. Participantes do 5º e 10º anos completarão tarefas que avaliam as capacidades referidas e lerão, seguidamente, textos científicos escritos em  formato  narrativo  literário  ou  expositivo.  No  final  completarão  medidas  de  aprendizagem  e  serão  realizadas análises  de  mediação  e  moderação.  Com  este  projecto  espera‐se  contribuir  para  a  compreensão  dos  processos cognitivos envolvidos  na aprendizagem de  ciência em diferentes  formatos e para  a  construção de metodologias de aprendizagem mais eficientes e cientificamente informadas.   Poster 19 ‐ ‘Chumbei’ e agora? …. Como me sinto? : Efeitos da retenção escolar no autoconceito, autoestima, orientações motivacionais, relações entre pares e envolvimento dos alunos na escola 

Joana Pipa, ISPA‐Instituto universitário, CIE‐ISPA | Francisco Peixoto, ISPA‐Instituto universitário, CIE‐ISPA Resumo:  Em Portugal, as taxas de retenção escolar são das mais elevadas da UE. Esta prática tem profundas implicações, quer a nível económico, quer no subsequente percurso académico dos alunos. Os estudos sobre a retenção têm dado lugar a resultados  controversos:  enquanto  alguns  estudos  referem  os  seus  benefícios,  outros  estudos,  a  longo‐prazo, evidenciam a ineficácia desta prática. Grande parte dos estudos focam‐se em estudantes de níveis de ensino iniciais e exploram  primordialmente  os  efeitos  da  retenção  no  rendimento  académico,  negligenciando  as  componentes afectivas da aprendizagem. Apresenta‐se um projecto de doutoramento cujos objectivos principais são: a) analisar os efeitos  da  retenção  escolar  nas  trajectórias  de  desenvolvimento  do  autoconceito,  auto‐estima,  e  orientações motivacionais em alunos com e sem história de retenção, a frequentar o 3º ciclo e ensino secundário; b) analisar os efeitos a médio prazo da retenção escolar na relação entre pares e nos sentimentos de pertença à escola em alunos repetentes e promovidos socialmente, a frequentar o 5º e 7º anos. No caso dos alunos promovidos socialmente, não são claras as razões para que estes alunos progridam com os seus pares apesar do seu baixo rendimento académico. Este estudo pretende dar algumas luzes sobre este fenómeno, controlando alguns aspectos que poderão estar na base destas  diferenças  (e.g,  crenças  dos  professores  face  à  retenção,  expectativas  face  desempenho  dos  alunos,  outras competências individuais dos alunos). Considerando o papel determinante do contexto subjacente a esta prática, será explorado o efeito moderador das políticas de retenção em cada escola inquirida.   Poster 20 ‐ Questionário de autorregulação ‐ académica (SRQ‐A): Adaptação para crianças do 1.º ciclo do ensino básico  

Marta Gomes, Departamento de Psicologia da Educação, ISPA‐Instituto Universitário | Vera Monteiro, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA | Lourdes Mata, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA | Natalie Santos, CIE‐ISPA | Cristina Sanches, CIE‐ISPA 

Resumo:  No presente estudo realizou‐se uma adaptação para a língua portuguesa do Academic Self‐Regulation Questionnaire (SRQ‐A),  instrumento  fundamentado  na  Teoria  da  Autodeterminação  (SDT)  e  utilizado  para  avaliar  as  orientações motivacionais dos alunos do ensino básico. O instrumento foi adaptado para o domínio específico da matemática e o estudo teve como foco a análise das suas características psicométricas. Participaram 341 crianças dos 3º e 4º anos do 1º Ciclo, com idades compreendidas entre os 8 e os 11 anos. A versão portuguesa incluiu 24 itens que identificavam as razões dos comportamentos dos alunos em matemática e avaliavam quatro estilos regulatórios (externo; introjetado; identificado; intrínseco) distribuídos por três categorias comportamentais (porquê fazer os trabalhos de casa; porquê fazer os exercícios na aula; porquê responder às questões na aula). Uma análise  fatorial  confirmatória evidenciou a estrutura multidimensional do instrumento com quatro estilos regulatórios. As correlações entre estes quatro estilos revelaram‐se conformes ao padrão de continuum da SDT. Verificou‐se um bom nível de consistência interna para os quatro  estilos  e  também  estabilidade  temporal  (intervalo  de  quatro  meses  teste‐reteste).  Ainda  se  confirmou  a invariância do questionário em função do género e do ano de escolaridade. No geral, os resultados relativos à versão portuguesa  do  SRQ‐A  sugerem  boas  propriedades  psicométricas,  indicando  que  é  apropriada  para  avaliar  os constructos teóricos subjacentes à SDT, permitindo obter perfis motivacionais diferenciados dos alunos no domínio da matemática, trazendo várias implicações para a investigação e para a prática.   Poster 21 ‐ Questionário de emoções de realização: validação para crianças do 1.º ciclo do ensino básico  

Natalie Santos, CIE‐ISPA | Vera Monteiro, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA | Lourdes Mata, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA | Cristina Sanches, CIE‐ISPA | Marta Gomes, Departamento de Psicologia da Educação, ISPA‐Instituto Universitário 

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Resumo:  O  presente  estudo  teve  como  principal  objetivo  estudar  as  propriedades  psicométricas  de  um  questionário  para  a avaliação das emoções na matemática, quer em situação de aprendizagem na aula, quer em situação de  teste para alunos do 1.º ciclo do ensino básico. A escala está  fundamentada na  teoria de controlo‐valor de Pekrun  (2006) que estudo  a  compreensão  do  papel  das  emoções  nos  ambientes  de  aprendizagem  e  as  suas  implicações  na  prática educacional. Os participantes foram 350 alunos do 3.º e 4.º ano de escolaridade (idades compreendidas entre os 7 e 12  anos),  que  responderam  ao  Questionário  de  Emoções  de  Realização,  a  uma  escala  de  motivação  para  a aprendizagem, e uma escala de perceção de competências, no domínio específico da matemática. A análise  fatorial confirmatória  e  as  estatísticas  descritivas  corroboraram  a  validade  estrutural,  convergente  e  divergente  do instrumento, assim como a sua fiabilidade. Corroboramos a invariância do questionário em função do género e do ano de escolaridade. Correlações significativas entre as emoções de realização dos alunos, a sua motivação e a perceção das suas competências evidenciam a validade externa do questionário. Estes  resultados  indicam que o questionário apresenta boas qualidades psicométricas e é adequado para a avaliação de crianças de 1.º ciclo do ensino básico.   Poster 22 ‐ Motivação dos alunos para a aprendizagem da Matemática nos 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico  

Filipa Dinis* | Carolina Costa* | Ana Neves*, Ana Borgas Leal* | Lourdes Mata** | Francisco Peixoto** *ISPA‐Instituto Universitário, **ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA 

Resumo:  Em Portugal, a matemática é uma disciplina com elevadas taxas de insucesso. Por outro lado, a literatura revela que a motivação é um fator importante no desempenho, bem‐estar e realização dos alunos. A investigação realizada acerca da motivação para a matemática tem reportado diferenças introduzidas pelo género e pelo ano de escolaridade dos alunos, na motivação e desempenho a matemática. Esta investigação, teve como objetivo estudara motivação e o desempenho a matemática de alunos do 1º e 2º Ciclos, procurando  caracterizar  a  motivação  dos  alunos,  e  estudar  diferenças  de  género  para  os  diferentes  anos  de escolaridade. Simultaneamente, pretendeu‐se perceber de que  forma a motivação  se  relaciona  com o desempenho dos  alunos  e  como  esta  relação  varia  em  função  do  ano  de  escolaridade.  Procurou‐se  ainda  compreender  de  que modo  os  níveis  de  motivação  em  cada  uma  das  dimensões  da  escala  utilizada  variam  em  função  do  ano  de escolaridade e do género. Participaram  360  alunos  dos  3º,  4º,  5º  e  6º  anos  de  escolaridade  de  escolas  públicas  e  privadas,  dos  distritos  de Setúbal e Lisboa . Para caraterizar a motivação dos alunos para a disciplina de matemática, recorreu‐se à Math Motivation Scale (MMS; Peixoto,  Mata,  Radisic,  Baucal,  Laine  & Mononen,  2017).  A  escala  tem  por  base  a  teoria  expectativa‐valor,  sendo constituída por 33 itens, divididos por quatro dimensões: Interesse/Prazer, Utilidade, Competência Percebida e Custos. Os dados foram analisados através de correlações e análises de variância. Os  resultados  são  discutidos  à  luz  da  teoria  de  expectativa‐valor  e  das  implicações  para  a  aprendizagem  da matemática.    Poster 23 ‐ Diretrizes curriculares nacionais para a formação inicial em educação física no Brasil: reflexões preliminares  

Adriano Barros Carneiro, Instituto Federal do Ceará | Isabel Maria da Torre Carvalho Viana, Universidade do Minho | Maria Eleni Henrique da Silva, Universidade Federal do Ceará 

Resumo:  Para Moreira e Tadeu (2013) as discussões e estudos sobre o currículo da formação de professores têm sido objeto de constantes  debates  das  autoridades  governamentais,  gestores,  profissionais  da  educação,  pais,  estudantes  e comunidade, ao longo da última década. No Brasil, o Conselho Nacional de Educação (CNE) e o Conselho Pleno (CP), por meio  da  Resolução  Nº  2/2015,  instituíram  as  novas  Diretrizes  Curriculares  Nacionais  (DCNs)  para  os  cursos  de formação  inicial em nível superior  (licenciaturas). Diante disso, que estrutura curricular os cursos de  licenciatura em Educação  Física devem  ter para atender  as novas DCNs? Buscou‐se  a partir  dessa questão  identificar que estrutura curricular os cursos de licenciatura em Educação Física devem ter para atender a atual Legislação. Buscando responder o objetivo proposto realizou‐se uma análise documental da Resolução CNE/CP Nº 2/2015. A investigação revelou que as novas diretrizes têm o objetivo de consolidar as normas nacionais para a formação de profissionais do magistério para  a  educação  básica,  articulando‐as  com  as  diretrizes  deste  nível  de  formação.  Identificou‐se  que  os  cursos  de licenciatura em Educação Física no Brasil, para atender a atual legislação, devem ter duração mínima de 08 semestres 

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ou 04 anos; carga horária mínima de 3.200 horas, compreendendo 400 horas de prática como componente curricular, 400 horas de estágio  supervisionado na educação básica, 200 horas de atividades  complementares, de pesquisa ou extensão, e pelo menos 2.200 horas de atividades  formativas em núcleos de estudos de  formação geral, específica, pedagógica e aprofundamento; além de efetiva e concomitante relação entre teoria e prática.   

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KEYNOTE  4 – 14h 30m – 15h 30m 

 Nuevas Metáforas para Reconstruir el Relato de la Didáctica: Coreografias, Engagement, Buenas Práticas 

Miguel Zabalza – Universidade de Santiago de Compostela  

SIMPÓSIO – S5 – 15h 30m – 17h 

 Inclusão de Jovens e Adultos com Deficiência/Incapacidade na Comunidade 

Coordenador: Júlia Serpa Pimentel  Resumo:  Apesar da legislação que preconiza a inclusão (dec‐lei 3/2008) e o alargamento da escolaridade obrigatória para todos os  alunos  (dec‐lei  176/2012),  os  jovens  com  deficiência  e  incapacidade,  ao  chegarem  a  esse  nível  e,  mais  ainda, quando ao atingirem os 18 anos terminam a escola, confrontam‐se com poucas respostas que não sejam o centro de atividades ocupacionais ou a formação profissional ministrada em instituições de ensino especial. Mesmo quando as atividades são ditas “socialmente úteis”, raramente decorrem de um planeamento centrado na pessoa ou dos gostos e preferências  dos  clientes  dessas  instituições  são,  maioritariamente  desenvolvidas  na  própria  instituição,  não favorecendo assim nem a  interação com pares sem deficiência, nem a  inclusão do  jovem na sua comunidade. Foi a constatação desta realidade que levou a associação pais‐em‐rede e colaborar com a Associação de Solidariedade Social de  Lafões  (ASSOL)  na  implementação  do  projeto‐piloto  transição  para  a  vida  adulta  e  autodeterminação.  Dessa experiência resultaram diversos projetos, que serão apresentados neste simpósio, visando a construção de um modelo de redes comunitárias de apoio à autonomia e realização pessoal de jovens/adultos com incapacidade, através da sua integração em contextos diversificados de trabalho e lazer, conforme as suas características singulares, preferências e interesses. Considerando o  caráter  inovador e os  resultados positivos,  estes projetos poderão  surgir  como modelos para outras entidades.  Comunicação 1 – Projeto “Sintra Inclui”: Transição para a Vida Adulta Centrada na pessoa e na comunidade  

Ana Sofia Mota & Ana Rita Dezoito, Associação Pais‐em‐Rede Resumo:  Educativas Especiais, sendo essencial reforçar todos os fatores protetores para uma maior autonomia. Importa investir progressivamente  na  educação  para  a  transição,  através  da  promoção  de  competências  sociais  e  funcionais  que permitam aos  jovens  total participação na comunidade como cidadãos de pleno direito. Segundo a metodologia do Planeamento Centrado na Pessoa, estes jovens como qualquer individuo, apenas alcançam uma efectiva realização em comunidade e apresentam as mesmas necessidades  intrínsecas à  condição humana. O projeto “Sintra  Inclui”  surgiu em 2014  resultante de uma parceria entre a Associação Pais em Rede e  a Câmara Municipal  de  Sintra,  e pretende promover a inclusão socioprofissional da pessoa com deficiência. A vertente de apoio à transição para a Vida Adulta, com  início no ano  letivo 2015/2016, emergiu devido às necessidades  identificadas pelas  escolas  secundárias  e para proporcionar  atividades  de  cariz  prático  em  contexto  comunitário.  O  impacto  do  projeto  tem  sido  notório  e significativo:  os  alunos melhoraram  as  competências  sociais  e  funcionais,  a  autoestima,  satisfação  pessoal  e  a  sua autodeterminação.  Nas  famílias  é  visível  uma  mudança  de  espectativas  traduzida  no  desejo  de  verem  os  seus educandos  mais  autónomos  e  integrados  profissionalmente.  As  escolas  realçam  um  aumento  da  capacidade  de resposta e um alargamento das parcerias, bem como um maior envolvimento e capacitação para o apoio à Transição. As  empresas  demonstram  uma  recetividade  crescente  e  vontade  de  continuar  a  colaborar.  Nesta  comunicação apresenta‐se a forma como o projeto tem sido implementado e alguns dados mais significativos dos seus resultados.  

Tarde do dia 10 de julho 

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Comunicação 2 – GraMI – Grândola Mais Igual – Do Diagnóstico À Ação Com As Pessoas Com Deficiência E Incapacidade  

Célia Fernandes, Associação Pais‐em‐Rede | Conceição Baião, Ministério da Educação e Núcleo de Grândola da Associação Pais‐em‐Rede | Soraia Nunes, Núcleo de Grândola da Associação Pais‐em‐Rede 

Resumo:  O projeto GraMI visa a realização de um diagnóstico aprofundado acerca das necessidades de apoios percecionadas pela população com deficiência e incapacidade (PcDI) do concelho de Grándola e o levantamento de recursos formais e  comunitários  existentes,  com  vista  à  construção  de  respostas  individualizadas  e  inclusivas  que  permitam  a  real participação da PcDI na vida comunitária e a construção de projetos de vida centrados na pessoa. Garante um espaço de atendimento que permite à PcDI e suas famílias e/ou cuidadores manterem‐se informados sobre os seus direitos e onde  podem esclarecer  dúvidas.  O  projeto  assenta  numa  forte  dinâmica  de  parcerias,  na mobilização  dos  diversos atores  e  agentes  comunitários  e  na  rentabilização  de  respostas  já  construídas  na  comunidade  pelo  que  prevê  a sensibilização e capacitação das famílias e/ou cuidadores, dos agentes educativos e da comunidade empresarial. Serão apresentados os principais resultados e ações desenvolvidas até ao momento e que concorrem para a construção de um modelo de resposta e de mobilização de apoios centrados na pessoa.  Comunicação 3 ‐ GAPRIC – Gabinetes de Apoio a Programas Incluídos na Comunidade   

Sandra Dias, Associação Pais‐em‐Rede Resumo:  Os Gabinetes de Apoio a Programas Incluídos na Comunidade (GAPRIC) são estruturas flexíveis que recorrem a redes comunitárias  de  apoio  à  realização  de  uma  cidadania  plena  das  pessoas  com  deficiência  ou  incapacidade  (PcDI), focando‐se no desenvolvimento das competências psicossociais, na promoção da autoestima, da autoconfiança e de comportamentos  relacionais,  adequados  à  autodeterminação  das  PcDI.  O  seu  funcionamento  tem  como  base  o Planeamento Centrado na Pessoa e decorre atendendo às seguintes etapas: Inscrição dos participantes e entrevistas; Construção  do  Acordo  de  Apoio  com  o  participante  e  significativos;  Implementação  dos  Acordos  e  respetivo acompanhamento, e; Avaliação dos Acordos. Realizam‐se  reuniões de equipa e visitas de acompanhamento com os objetivos de discutir casos, definir procedimentos e partilhar experiências. De acordo com as motivações, interesses e sonhos dos participantes, os Acordos de Apoio visam a  inclusão em: 1) Experiências Socioprofissionais; 2) Atividades de desenvolvimento de competências de leitura e escrita; 3) Atividades desportivas regulares, e; 4) Atividades culturais e  recreativas  pontuais  que  incluem  visitas  a  vários  locais  de  referência  históricos  e  culturais,  sendo  privilegiada  a participação da família e amigos nestas atividades. O projeto GAPRIC, no âmbito da Associação Pais‐em‐Rede, funciona desde  2015  nas  localidades  de  Aljustrel,  Aveiro  e  Braga.  Em  2017,  foram  estabelecidos  35  Acordos  de  Apoio  com jovens e adultos com deficiência que se encontravam, na sua maioria, sem resposta após o percurso escolar e/ou de formação  profissional,  e  outros  que  já  tinham  integrado  o  projeto GAPRIC  em 2016. Os  novos  participantes  foram encaminhados por outros serviços da comunidade, já informados sobre o projeto.   

Sessão M5 ‐ 15.30‐17h 00m 

MESA 5.1 Avaliação em Contexto Educativo 

 Comunicação 1 – Análise de práticas de supervisão na formação inicial em educação de infância e ensino do 1º Ciclo: O caso da ESEI Maria Ulrich  

Elisabete Xavier Gomes & Maria Lacerda, ESEI Maria Ulrich | Etienne Andrade de Medeiros Dantas, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte 

Resumo:  Pretende‐se  neste  artigo  analisar  e  compreender  as  práticas  de  supervisão  na  formação  inicial  de Educadores/Professores  desenvolvidas  nos  contextos  da  Licenciatura  em  Educação  Básica  e  dos  Mestrados  em Educação Pré‐Escolar e em Educação Pré‐Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico da associação ISPA‐ ESEI Maria Ulrich.  Com  mais  de  60  anos  de  existência  ininterrupta,  a  ESEI  Maria  Ulrich  é  uma  das  escolas  de  referência  na formação inicial de educadores/as (Sarmento, 2002; CNE, 2015). A supervisão pedagógica, alicerçada em modelos de natureza  tendencialmente  personalista,  construtivista  (Delgado  Santos,  2012)  e  socio‐construtivista,  é  um  dos elementos nucleares da identidade da Escola. Neste sentido, e no contexto de outros estudos que procuram analisar e caracterizar o projeto formativo da ESEI Maria Ulrich (Lacerda & Pereira, 2017; Gomes, 2017; Gomes & Brito, 2018), esta comunicação analisa as práticas de supervisão em curso nos atuais planos de estudo ‐ em funcionamento desde 

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2015/2016 em parceria com o ISPA. Recorrendo a uma metodologia qualitativa, utilizaram‐se técnicas de inquérito e análise documental, a partir de dimensões de análise da supervisão pedagógica propostas por Vieira (2010) e Delgado‐Santos  (2012).  Analisaram‐se  as  Fichas  de  Unidades  Curriculares  de  Iniciação  à  Prática  Profissional  e  de  Prática  de Ensino Supervisionada e foram inquiridas/os as/os supervisoras/es com o objetivo de caracterizar as suas conceções e práticas  de  supervisão.  Pretende‐se:  (i)  conhecer  os  procedimentos  e  as  estratégias  de  supervisão  e  de  avaliação previstas  e  utilizadas;  (ii)  conhecer  as  perspetivas  e  abordagens  pedagógicas  selecionadas;  (iii)  compreender  as principais características deste percurso de supervisão.  Comunicação 2 – Da formação inicial à prática pedagógica: análise de estratégias de ensino da língua portuguesa desenvolvidas no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada  

Jorge Pinto & Ana Pires Sequeira, ESSE, Instituto Politécnico de Setúbal Resumo:  A nossa comunicação centra‐se na análise de estudos realizados por estudantes do Mestrado em Educação Pré‐Escolar e  Ensino do  1º  ciclo  do  Ensino Básico,  da  Escola  Superior  de Educação de  Setúbal,  no  âmbito  da  Prática de  Ensino Supervisionada, com vista à obtenção do grau de mestre. Os estudos analisados têm como enfoque estratégias de ensino da Língua Portuguesa, referentes, nomeadamente à aprendizagem da escrita, procurando compreender se o recurso a guiões de apoio à estruturação de textos, seguido de  feedback  (oral  e/ou  escrito)  aos  produtos  realizados,  favorecem  a  produção  textual.  A  partir  dos  relatórios produzidos,  por  duas  estudantes,  desenvolveu‐se  uma  meta  análise  com  incidência  sobre  o  modo  como  estas estratégias foram implementadas pelas estudantes, nomeadamente sobre o papel do feedback na produção textual. Para a meta análise utilizou‐se a análise de conteúdo. Os dados disponíveis apontam para a importância do recurso a guiões e ao feedback (oral e/ou escrito) enquanto instrumentos que sustentam positivamente a produção textual.  Comunicação 3 ‐ Refletindo sobre a prática de dar e receber feedback em contexto escolar  

Vera Monteiro, Lourdes Mata, Marta Gomes, ISPA‐Instituto Universitário, CIE ‐ISPA | Cristina Sanches, Natalie Santos, CIE‐ISPA 

Resumo:  Os estudos falam do poder do feedback mas pouco se tem investigado sobre como é que esse poder se operacionaliza no contexto de sala de aula. Existem vários tipos de feedback com diferentes funções umas mais diretivas outras mais facilitadoras  ao  nível  da  aprendizagem,  com  consequências  diferentes  nas  aprendizagens  dos  alunos.  Partindo  do princípio  de  que  a  aprendizagem  é  um  processo  social,  construída  com  base  nas  interações  diárias  que  alunos  e professores têm na sala de aula, então, será que estes elementos do processo de ensino aprendizagem partilham o mesmo  significado  do  conceito  de  feedback?  Dar  não  implica  receber  e,  quando  os  professores  afirmam  que  dão muito feedback, será que os alunos sentem que esse feedback é para eles? Será que o compreendem? Será que sabem como  irão  utilizar  essa  informação  em  benefício  da  sua  aprendizagem?  Nesta  linha  de  pensamento,  este  estudo qualitativo  estudou  as  perceções  dos  professores  e  alunos  sobre  o  feedback  nas  aulas  de  matemática  usando entrevistas  semiestruturadas  com  os  primeiros  e  focus  grupos  com  os  segundos  para  a  recolha  de  informação. Utilizou‐se  uma  abordagem  de  estudo  de  caso  em  que  participaram  83  alunos  e  cinco  professores  do  3º  ano  de escolaridade. Os  resultados  sugerem  que  os  alunos  atribuem  ao  feedback  uma  função mais  pedagógica  do  que  os professores. No entanto  trata‐se de um  feedback  informativo  principalmente  sobre o  que o  aluno  já  sabe  e pouco informativo  sobre  o  que  o  aluno  precisa  de  aprender  para  avançar  na  aprendizagem.  Estes  resultados  irão  ser explorados em termos das suas implicações educacionais.    Comunicação 4 ‐ As equipas de autoavaliação e o seu desempenho  

Maria João de Carvalho, Universidade de Trás‐os‐Montes e Alto Douro & CIIE – Centre for Research and Intervention in Education, Faculty of Psychology and Education Sciences, University of Porto | Ana Cristina Folgado Ferreira, Universidade de Trás‐os‐Montes e Alto Douro 

Resumo:  Assumindo  tensões,  conflitos  e  ambiguidades,  uma  tendência  ideológica mais  progressista  advoga  a  favor  de  uma autoavaliação  de  escola  assente  no  pressuposto  de  que  este  processo  pode  ser  um  exercício  da  democracia participativa e um espaço de confronto de diferentes racionalidades, do qual resultarão as soluções negociadas sobre aquilo que a escola deverá fazer em prol do seu desenvolvimento e da sua melhoria, reclamando mais envolvimento e responsabilidade de toda a comunidade, bem como o compromisso dos diferentes atores e a partilha de valores e de objetivos comuns, sustentando a prestação de contas em valores essenciais como a justiça, a transparência, o direito à informação, a participação e a cidadania. Assim, centrados no processo de autoavaliação da organização escolar, no papel da equipa de autoavaliação, na forma 

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como se constrói e divulga o dispositivo de autoavaliação, procuraremos desenvolver a nossa pesquisa na expetativa de Conhecer  e descrever  as  representações dos professores  relativamente  à  equipa de  autoavaliação e ao  impacto desta equipa sobre o seu desempenho enquanto docentes. O trabalho desenvolvido envolveu um estudo quantitativo, com  recurso  à  aplicação  de  um  questionário.  Foi  possível  concluir  que  a  existência  da  equipa  de  autoavaliação potencia o processo, no sentido em que o torna mais organizado e sistematizado, sendo que a equipa deve usufruir de condições  que  facilitem  o  seu  desempenho,  muito  embora  reconheçam  que  nem  sempre  as  suas  práticas  dele beneficiam.    

 

MESA 5.2 Contextos Educativos e Comportamentos 

 Comunicação 1 – Oficinas psicoeducativas dentro do contexto escolar 

Etienne Andrade de Medeiros Dantas, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte 

Resumo:  O serviço de psicologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) realiza em  seus  campi,  atendimento  de  plantão  psicológico  ao  aluno.  Através  das  demandas  trazidas  pelos  alunos  a  este serviço psicológico,  identificou‐se  a  necessidade de  trabalhar  alguns  temas  como  forma de ampliar  o  atendimento. Dessa  forma, organizou‐se os  temas das oficinas a partir das queixas mais  trazidas  individualmente pelos alunos. O objetivo principal foi discutir diversos temas que fazem parte do cotidiano escolar dos estudantes, contribuindo para o desenvolvimento  acadêmico  e  pessoal  dos  nossos  alunos.      Essas  atividades  tiveram  como embasamento  teórico o aporte da psicologia cognitivo comportamental,  tendo como metodologia a psicoeducação. Os  temas desenvolvidos nas  oficinas  foram:  Planejamento  pessoal:  tempo  é  vida;  A  vida  social  no mundo moderno; O mundo  do  trabalho; Enfrentando o estresse e a ansiedade; Perdas e resiliência. Como resultado, teve‐se uma boa participação dos alunos em todos os 21 campi do IFRN, inclusive diminuindo a demanda de atendimentos individuais.  Comunicação 2 – O trauma da hiperactividade, ou a hiperactividade do trauma? ‐ História de um estudo de Caso  

João Serra de Almeida, ISPA‐Instituto Universitário Resumo:  Neste estudo de  caso pretende‐se  reflectir  sobre novas abordagens do  índice de hiperactividade e as  suas  relações com o trauma psíquico e com a criatividade. Num primeiro momento, como o trauma desorganiza a identidade, num segundo momento, a inquietação e ansiedade e, possíveis sintomas que emergem do referido efeito, e num terceiro momento a utilização da criatividade como ponte à  (re)construção do sujeito psíquico,  (re)integrando o  trauma e a identidade. Como tal,  recorre‐se à utilização de uma amostra de um caso clínico, estudado a partir do pensamento contemporâneo psicanalítico, claro, sem descurando outro tipo de abordagens, na possibilidade de um encontro e não de um desencontro entre metodologias interpretativas da psique humana.  Comunicação 3 ‐ Efeitos de uma intervenção em habilidades sociais na redução do bullying 

Jorge Luiz da Silva, Universidade de Franca | Wanderlei Abadio de Oliveira, Universidade de São Paulo | Lilian Cristina Gomes do Nascimento, Universidade de Franca | Marta Angélica Iossi Silva, Universidade de São Paulo 

Resumo:  O bullying compreende a manifestação  intencional de atitudes violentas e repetidas que são praticadas por uma ou mais pessoas em relação a seus pares. Ele afeta negativamente o desenvolvimento e o bem‐estar físico e psicossocial dos estudantes. Este estudo objetivou verificar se a melhoria de habilidades sociais reduz a vitimização por bullying em estudantes do 6º ano escolar. A investigação foi realizada em 18 turmas de 6º ano de seis escolas públicas da cidade de Ribeirão Preto,  SP, Brasil.  Participaram 78  crianças  vítimas de bullying  (idades entre 10 e 12  anos),  38 no grupo intervenção  e  40  no  grupo  comparação.  Foi  realizada  uma  intervenção  baseada  em  habilidades  sociais  em  oito encontros  com  duração  de  50  minutos  cada,  sendo  um  encontro  por  semana.  As  habilidades  sociais  trabalhadas relacionavam‐se  à  comunicação  interpessoal,  estabelecimento  e  manutenção  de  amizades,  prevenção  e gerenciamento de conflitos, autocontrole emocional e resolução de problemas. Modelos de regressão de Poisson com efeito  aleatório  foram  utilizados  para  a  análise  dos  dados.  Os  resultados  indicaram  que  a  vitimização  diminuiu significativamente  no  grupo  intervenção  (p<0,001)  e  no  grupo  comparação  (p<0,001).  A  agressão  aumentou significativamente  no  grupo  controle  (p<0,01).  Outras  variáveis  não  relacionadas  às  habilidades  sociais  podem  ter colaborado para diminuir a quantidade de vitimização. Entretanto, a intervenção foi efetiva em impedir o aumento de 

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agressão,  pois  ela  aumentou  significativamente  somente  no  grupo  comparação.  Sugere‐se  que  outros modelos  de intervenção  sejam  testados  na  realidade  brasileira,  com  vistas  à  identificação  daqueles mais  efetivos  em  relação  à vitimização por bullying.    Comunicação 4 ‐ Bullying e qualidade de interações familiares na perspectiva de estudantes brasileiros 

Wanderlei Abadio de Oliveira, Universidade de São Paulo | Jorge Luiz da Silva, Universidade de Franca | Manoel Antônio dos Santos, Universidade de São Paulo | Simona Carla Silvia Caravita, Università Cattolica del Sacro Cuore | Marta Angélica Lossi Silva, Universidade de São Paulo 

Resumo:  Esse estudo utilizou a triangulação de métodos para analisar a relação entre a qualidade das interações familiares de adolescentes e o envolvimento em práticas de bullying escolar ou vitimização. Os dados foram coletados junto a 2.354 estudantes (meninas = 50, 7%; idade média = 14,5 anos, DP = 2,0 anos) de 11 escolas públicas brasileiras. A coleta de dados  ocorreu  por meio  da  aplicação  de  duas  escalas  (bullying  e  interações  familiares)  em  2.354  estudantes  e  da técnica de entrevistas semiestruturadas com 55 estudantes sorteados entre o total de participantes. Os dados foram analisados por meio de análises estatísticas no programa SPSS e de análise de conteúdo, em sua modalidade temática, no software Atlas.TI. O referencial teórico adotado foi a Teoria Bioecológica do Desenvolvimento. Identificou‐se uma prevalência  de  10,3%  de  estudantes  agressores,  10,1%  de  vítimas  e  5,4%  de  vítimas‐agressoras.  Aspectos  do microssistema  ‘família” assumiram papéis na promoção ou  inibição de comportamentos de bullying. Nesse  sentido, sumarizam‐se  os  principais  resultados:  1)  estudantes  não‐envolvidos  em  situações  de  bullying  possuíam melhores interações familiares; 2) ambientes familiares negativos ou com muitos conflitos colocavam os adolescentes em maior situação de vulnerabilidade para a prática do bullying ou a vitimização; e 3) variáveis familiares positivas, como regras e supervisão, envolvimento e sentimentos positivos entre pais/cuidadores e filhos, foram considerados protetivos em relação ao fenômeno. Os resultados do estudo confirmam padrões de bullying e sua relação com fatores familiares.  

MESA 5.3 Ensinar e Aprender 

 Comunicação 1 – Educação no século XXI: O papel da criatividade no 1.º CEB 

Carlota Pereira da Silva, Colégio de Santa Maria Resumo:  O princípio do século XXI levanta uma série de desafios, marcados pelos avanços da ciência e da tecnologia. É urgente que  existam  pessoas  inovadoras  e  criativas,  capazes  de  resolver  os  problemas  da  sociedade  contemporânea.  No âmbito do Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória, Gomes et al.  (2017) afirmam que criar e  inovar são processos que devem ser olhados, não só relativamente ao artista, ao poeta e ao artesão, mas também ao desportista, ao cientista e ao técnico, i.e., “à pessoa concreta que todos somos” (p.6). Segundo Robinson (2011), a criatividade é a capacidade de se “obter ideias originais e valiosas” (p.73), dado que o ser humano só será criativo se criar algo novo, se  aplicar  a  sua  imaginação.  Neste  contexto,  a  minha  comunicação  apresentará  uma  investigação/intervenção realizada ao  longo da Prática Supervisionada em 1.º CEB, onde  foram propostas situações de ensino‐aprendizagem, objeto de observação,  fotografia,  recolha de notas de campo e entrevistas às  crianças,  com base numa abordagem qualitativa, permitindo‐me explicitar o pensamento criativo dos alunos. Pretendo dar a conhecer o que se entende por criatividade, bem como a sua importância e o modo como pode ser promovida no 1.º CEB (papel do professor, perfil de  aluno  que  se  pretende  desenvolver,  ambiente  facilitador  deste  fenómeno  e  características  das  situações pedagógicas que melhor asseguram a sua promoção), concluindo, pois, que a criatividade assenta, segundo Morais e Bahia  (2008),  em  dois  aspetos  essenciais:  “todas  as  pessoas  possuem  um  potencial  criativo”  (p.232)  e  esta característica pode ser estimulada.  Comunicação 2 – Atividades de consciência fonológica e aquisição da leitura e escrita: Um programa de intervenção com crianças do 1º ano do E.B em risco de desenvolver dificuldades  

Liliana Salvador, CIE‐ISPA | Margarida Alves Martins | ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA  Resumo:  Tendo  em  conta  a  relação  interdependente  entre  consciência  fonológica  e  aprendizagem  da  leitura,  vários  são  os estudos que focam intervenções onde se procura desenvolver esta competência como forma de ultrapassar eventuais dificuldades.  Em  Portugal,  porém,  atividades  de  treino  fonológico  potencialmente  benéficas  em  crianças  com dificuldades  iniciais  na  aquisição  da  leitura  e  escrita,  não  se  constituem,  porém,  como  uma  prática  educativa recorrente. Com este estudo pretende‐se avaliar o efeito de um programa de consciência fonológica na leitura, escrita 

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e consciência fonémica de crianças do 1º ano em risco de desenvolver dificuldades de leitura. Participaram 35 crianças com resultados baixos em medidas de vocabulário, conhecimento das letras e consciência fonémica. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente por duas condições: experimental e de controlo. Foram realizados pré‐testes e pós‐testes  em  leitura,  escrita  e  consciência  fonémica.  O  programa  experimental  de  consciência  fonológica  incluía atividades de  rima,  identificação  silábica e  fonémica, análise,  segmentação,  reconstrução e manipulação  fonémicas. Foram encontradas  diferenças  estatisticamente  significativas  entre  o  grupo de  consciência  fonológica  e  o  grupo de controlo  em  termos  de  leitura,  escrita  e  consciência  fonémica,  tendo  o  grupo  experimental  obtido  resultados superiores nestas medidas, com efeito superior em leitura do que em escrita. Estes resultados são consistentes com os estudos que sublinham a relevância de desenvolver atividades de consciência fonológica, tanto no pré‐escolar como nos primeiros anos de escolaridade, especialmente com crianças em risco de dificuldades, na medida em que possui um impacto positivo na aquisição inicial da leitura e escrita.  Comunicação 3 ‐ “Os Intergalácticos – Uma aventura do Comportamento” ‐ Pré‐teste de um material lúdico‐terapêutico e lúdico‐pedagógico para a promoção de comportamentos adaptativos 

Rita  Antunes,  ISPA‐Instituto  Universitário,    Hospital  CUF  Descobertas  |  Manuela  Veríssimo  |  ISPA‐Instituto Universitário | Joana Alexandre | ISCTE‐UL 

Resumo:  Esta  comunicação  tem  como  objetivos  a  apresentação  e  discussão  dos  resultados  de  uma  avaliação  sobre  a adequabilidade do  jogo  lúdico‐terapêutico  e  lúdico‐pedagógico para  a promoção de  comportamentos  adaptativos”: “Os Intergalácticos – Uma Aventura do Comportamento”. Os jogos e as atividades lúdicas têm um papel fundamental enquanto recursos pedagógicos para a promoção de um ensino de qualidade, revelando‐se instrumentos facilitadores da  aprendizagem  (Cunha,  2012),  uma  vez  que  é  através  dos mesmos  que  as  crianças  aprendem a  concentrar‐se,  a cumprir  regras,  a  lidar  com as  frustrações,  a monitorizar o  seu  comportamento  (Costa,  2012),  a  promover  relações positivas  entre  os  pares  (Pereira,  2014)  ou  seja,  a  desenvolver  as  suas  competências  intelectuais  e  sociais  (Cunha, 2012). “Os Intergalácticos – Uma Aventura no Comportamento”, jogo de tabuleiro para crianças entre os 8 e os 12 anos, visa trabalhar  comportamentos  adaptativos:  processos  de  autorregulação,  treino de  competências  sociais  e  emocionais, desatenção;  irrequietude  psicomotora;  empatia;  reflexividade.  Para  efeitos  de  avaliação  da  sua  adequabilidade, recorreu‐se  a  uma  metodologia  qualitativa,  estando  a  ser  realizadas  entrevistas  semiestruturadas  individuais  a crianças, pais, professores e psicólogos. Os resultados serão apresentados e discutidos à luz da literatura existente.  

MESA 5.4 Literacia e Educação 

 Comunicação 1 – Melhorar a produção textual em crianças do 5º ano de escolaridade 

Ana Cristina Silva, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA | Sandra Borges, CIE‐ISPA Resumo:  A  revisão  é  um  processo  central  para  promover  a  qualidade  dos  textos  narrativos  infantis.  Pretende‐se  avaliar  o impacto de um programa de escrita com instrumentos de autorregulação nas produções narrativas. Participaram 83 crianças  do  5º  ano  de  escolaridade  que  foram  divididas  em  3  grupos  experimentais,  e  1  de  controlo,  tendo  sido controladas ao desenvolvimento da linguagem. No pré‐teste e pós‐teste era pedido às crianças para escreverem uma composição  que  foram  pontuadas  acordo  com  os  critérios  definidos  na  prova  PROESC  (Cuetos  et  al.,  2002).  A intervenção inclui 21 sessões, nas quais as crianças dos grupos experimentais escreviam composições. Às crianças dos grupos experimentais 1 e 2 era‐lhes proporcionado uma grelha com indicações sobre os principais elementos de uma estrutura narrativa, com base na qual deveriam orientar a sua revisão. Em relação às crianças do grupo experimental 2 era‐lhes explicitado, na grelha   os elementos que falharam no seu texto de modo a poderem melhorá‐lo, o que não acontecia com os sujeitos do grupo experimental 1. Às crianças do grupo experimental 3 era‐lhes apenas pedido que revissem os textos. As crianças dos grupos de controlo tinham aulas de matemática e leitura. Os resultados apontam para uma evolução significativa em relação à qualidade dos textos narrativos produzidos entre o pré e o pós‐ teste por parte de todos os grupos experimentais e o grupos de controlo. Essa evolução foi superior no grupo experimental 2 quando comparada aos outros grupos experimentais, verificando‐se ainda que o grupo experimental 1 não foi superior ao grupo experimental 3.  Comunicação 2 – 1, 2, 3 conta‐me tu desta vez 

Leonor Vargas Moniz Moreira Rato, CIE‐ISPA | Margarida Alves Martins, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA 

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Resumo:  Diversos trabalhos de investigação têm mostrado que a leitura de histórias é uma atividade de extrema importância na promoção da aprendizagem da leitura e da escrita, sendo hoje comumente reconhecidos os seus benefícios em idade pré‐escolar.  Tem  sido  igualmente  realçado  que  a  leitura  dialógica  de  histórias,  isto  é  a  leitura  de  livros  ilustrados partilhada e interativa, é particularmente benéfica para o desenvolvimento da linguagem oral das crianças desta faixa etária. Neste contexto, o nosso objectivo foi o de avaliar o impacto de um programa de leitura dialógica de histórias em  crianças  de  idade  pré‐escolar  no  desenvolvimento  da  sua  linguagem  oral,  mais  especificamente  ao  nível  do vocabulário,  compreensão  e  reconto  de histórias.  Participaram neste  estudo 26  crianças  portuguesas  de  5  anos de idade, tendo sido distribuídas aleatoriamente por 2 grupos, um grupo experimental que participou num programa de leitura dialógica e um grupo de controlo num programa de  leitura tradicional. Foi  realizado um pré‐teste e um pós‐teste em que se avaliou o vocabulário a  compreensão e o  reconto de histórias das  crianças de ambos os grupos. A partir da análise dos resultados foi possível observar diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos e verificar  que  as  crianças  do  grupo  experimental  apresentam  resultados  superiores  aos  das  crianças  do  grupo  de controlo  nas  diversas  competências  analisadas.  As  implicações  educativas  destes  resultados  serão  analisadas  e discutidas.  Comunicação 3 ‐ A formação e seus reflexos no ensino da leitura nos anos iniciais 

Marta Maria Minervino dos Santos & Maria Auxiliadora da Silva Cavalcante, Universidade Federal de Alagoas Resumo:  As  formações  continuadas  sobre  o  ensino  de  língua  portuguesa,  recorrentes  nas  escolas  e  Secretaria Municipal  de Educação  –  SEMED  –  da  cidade  de  Maceió,  vêm  almejando  contribuir  para  que  se  alcancem  avanços  e, consequentemente,  mudanças  no  trabalho  com  leitura  em  (1º  ao  5º  ano)  em  sala  de  aula.  Nesse  sentindo, defendemos  que  torna‐se  imprescindível  pesquisas  que  analisem  como  as  formações  continuadas  estão  sendo ofertadas e, sobretudo, quais os efeitos que elas estão proporcionando para o ensino e a aprendizagem da leitura no Ensino Fundamental. Com base nisso, o presente trabalho “A formação continuada de professores e seus reflexos no ensino da leitura nos anos iniciais” teve como objetivo principal compreender as propostas de formação continuada de professores dos anos iniciais e suas contribuições para a prática docente no que concerne ao ensino de leitura. Para tanto,  realizamos  um  levantamento  sobre  estudos  que  trataram  dos  temas  base  da  investigação,  a  saber:  sobre formação  continuada,  utilizamos:  Shön,  (2000);  Nóvoa,  (1999),  Imbernón  (2010)  entre  outros;  já  sobre  leitura,  os trabalhos  estudados  foram  os  de  Kleinan  (2011),  Koch  e  Elias  (2010);  Leffa,  (1996),  etc.;  também  foi  importante estudamos os  programas: Gestar  I  (2007);  Pró‐letramento  (2007);  PNAIC  (2012) que  abordam a  leitura  a  partir  das relações entre os  sujeitos e  seus  conhecimentos. A pesquisa,  de natureza qualitativa,  foi  realizada na  Secretaria de Educação e em duas escolas pública da cidade de Maceió, especificamente em duas turmas do Ensino Fundamental – 1º  e  5º  ano,  cujas  observações  foram  voltadas  para  a  prática  dos  professores.  Identificamos  que  a  formação continuada contribui de forma significativa para o ensino de leitura nos anos iniciais, o que já representa um avanço, porém, verificamos que os professores ainda encontram impasses em sala de aula, para abordar esses conhecimentos adquiridos, e desenvolver o aprendizado significativo da leitura, ou seja, os professores, mesmo depois de passar por uma  formação  inicial  (em  pedagogia)  e  por  formações  continuadas,  ainda  encontram  dificuldades  em  utilizar  os conceitos e orientações para o ensino da leitura em sala de aula.    Comunicação 4 ‐ Estudo longitudinal do desempenho em leitura e perfis cognitivo‐linguísticos de bons e maus leitores 

Edlia Simões, University of Saint Joseph | Margarida Alves Martins |ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA Resumo:  A compreensão da forma como se processa a evolução da aprendizagem da leitura e, em particular, das características que distinguem bons e maus leitores, é fundamental para se poder intervir adequadamente nesta área. Tivemos como objetivo analisar a evolução do desempenho em  leitura de bons e maus  leitores do 1º ciclo e avaliar os  seus perfis cognitivo‐linguísticos. Participaram 60 crianças de 5 escolas da região de Lisboa. No final do 1º ano selecionámos 15 bons leitores e 15 maus leitores que reavaliamos no final do 2º. No final do 3º ano selecionámos 14 bons leitores e 16 maus  leitores  que  reavaliámos  no  final  do  4º  ano.  Usámos  testes  de  leitura  oral  de  palavras  e  um  teste  de compreensão  no  3º  e  4º  ano.  Avaliámos  a  capacidade  intelectual  não‐verbal,  a  memória  verbal  a  curto‐prazo,  a capacidade de nomeação rápida, o vocabulário e as capacidades fonológicas dos participantes. Os resultados da leitura oral de palavras mostraram que os maus leitores atingem no final do 2º ano resultados equivalentes aos que os bons leitores  tinham  atingido  no  final  do  1º  ano.  Quanto  à  evolução  do  3º  para  o  4º  ano  os  maus  leitores,  apesar  de progredirem não atingem no final do 4º ano valores equivalentes aos que os bons leitores tinham no final do 3º ano. O mesmo se verifica para a compreensão leitora. Na comparação de perfis cognitivo‐linguísticos verificámos diferenças 

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significativas  entre  bons  e  maus  leitores,  apresentando  os  maus  leitores  competência  inferior  em  todas  as competências avaliadas exceto na capacidade intelectual não‐verbal.  Comunicação 5 ‐ Programa integrado de promoção da literacia 

Sofia Ferreira,   Carolina Silva,   Fundação Aga Khan Portugal | Lourdes Mata & Ana Cristina Silva,  ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA 

Resumo:  O  Programa  Integrado  de  Promoção  da  Literacia  (PIPL)  combina  duas  abordagens  preventivas  do  insucesso  na aprendizagem  da  leitura  e  da  escrita:  1)  através  do  incremento  das  práticas  de  literacia  familiar  conducentes  ao desenvolvimento de competências de literacia emergente de crianças em idade pré‐escolar e 2) através do reforço das competências dos docentes do 1.º ciclo no processo de ensino‐aprendizagem da linguagem escrita. O PIPL resulta da experiência  de  implementação  do  Programa  de  Literacia  Familiar  Conto  Contigo  (PLF)  em  bibliotecas  municipais, bibliotecas escolares e organizações de base local e do Programa Clubes de Leitura e Escrita em escolas de 1.º ciclo de agrupamentos de escolas TEIP, no contexto de uma parceria entre a AKF Prt, a DGE, a RBE, a DGALB e o ISPA. O PLF Conto Contigo prevê a realização de 8 sessões lúdicas, com um grupo de 6 a 8 famílias, em que através de um conjunto de atividades em torno da linguagem escrita, são desocultadas as oportunidades que as famílias têm para, no dia a dia, estimularem as competências de literacia emergente. Os Clubes de Leitura e Escrita, preveem a realização de sessões lúdicas  em  torno  da  aprendizagem  da  linguagem  escrita,  com  crianças  do  1.º  ano  do  1º  ciclo.  O  PIPL  tem  como principal  vetor  uma  forte  componente  formativa,  ancorada  na  prática.  O  PIPL  será  objeto  de  um  estudo  quase‐experimental,  ao  longo de  três  anos  letivos,  em que  serão  avaliadas  as  competências de  literacia das  crianças  e  as práticas de literacia em contexto escolar e familiar. 

 

 

 MESA 5.5 

Motivação e Emoções  

Comunicação 1 – Motivação e Emoções face à Leitura de crianças do 1º ciclo no âmbito do projeto L.E.R. Cãofiante Lourdes Mata,  ISPA‐Instituto  Universitário,  CIE‐ISPA  | Maria  José Mackaaij,  Biblioteca Municipal  de  Loulé,  CM Loulé | Margarida Calado, CIE‐ISPA 

Resumo:  Sabe‐se que os  fatores afetivos  são  importantes para o desenvolvimento de hábitos e competências de  leitura. Por outro lado, intervenções tendo como base a Leitura Assistida por Animais (LAA), têm mostrado um importante papel sobre aspetos afetivos e motivacionais face à leitura, para crianças no início da aprendizagem, ou com dificuldades em leitura. Este trabalho pretende apresentar os resultados de um projeto LAA desenvolvido pela Biblioteca Municipal de Silves  –  L.E.R.  Cãofiante.  O  projeto  decorreu  durante  dois  anos  com  crianças  que  estavam  a  iniciar  o  1º  ciclo. Participaram 52 crianças integrando 3 grupos: um grupo de controlo sem intervenção (G1), dois grupos de intervenção sendo que um só participou no 1º ano (G2) e o outro participou nos 2 anos (G3). No início, a meio (final do 1º ano) e no final do 2º ano da intervenção as crianças responderam a um questionário onde se caracterizou a sua motivação e as  emoções  vivenciadas  face  à  leitura. Uma ANOVA para medidas  repetidas  permitiu‐nos  constatar  a  existência  de diferenças entre estes 3 grupos, sendo estas especialmente evidentes no Prazer face à leitura. Mesmo a comparação entre os dois grupos de intervenção, mostrou diferenças tanto na motivação como nas suas emoções, beneficiando as crianças  que  integraram  o  projeto  durante  os  2  anos.  Os  resultados  serão  discutidos  mobilizando  os  referenciais teóricos da motivação intrínseca no sentido de analisar o potencial deste programa para o processo de internalização da motivação extrínseca.  

Comunicação 2 – Efeitos do Programa “Educação Positiva ‐ Promoção do bem‐estar e da resiliência nos professores Luísa Fernandes, CIE‐ISPA | Francisco Peixoto, ISPA‐Instituto Universitário, CIE‐ISPA | Maria João Gouveia, ISPA – Instituto Universitário 

Resumo:  O presente estudo teve por objetivo averiguar o impacto do programa de formação “Educação Positiva – Promoção do bem‐estar e da resiliência nos professores”. Este Programa é uma adaptação do projeto europeu ENTREE ‐ ENhancing Teacher REsilience in Europe (2014), constituído por seis módulos temáticos: 1 –Resiliência; 2 – Construindo relações; 3 – Bem‐estar emocional; 4 – Gestão do stresse; 5 – Ensino eficaz e 6 – Gestão da sala de aula; acrescido de um novo módulo de cariz nuclear ‐ Educação para o bem‐estar. O estudo utilizou um delineamento quase‐experimental, com Pré‐teste  e  Pós‐teste  utilizando  um  grupo  de  controlo.  Participaram  no  estudo  67  professores  (18  no  grupo 

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experimental  e  49  no  grupo  de  controlo)  do  Ensino  Pré‐escolar  ao  Ensino  Secundário.  Para  avaliar  o  impacto  do programa  foram  utilizadas  as  seguintes  escalas:  Multidimensional  de  Resiliência  em  Professores;  Compromisso  do Professor com a Profissão; Resiliência em Professores; Autoeficácia dos Professores; Contexto Social; Suporte Escolar; Bem‐estar no Trabalho; Balanço Afetivo ‐ SPANE e Significado do trabalho. A análise das propriedades psicométricas das medidas aplicadas revelou que os  instrumentos apresentam valores aceitáveis  (Alfa de Cronbach variando entre 0,75 e 0,93 no pré‐teste e entre 0,80 e 0,95   no pós‐teste). O grupo experimental foi sujeito ao Programa de 18 horas de duração, distribuído por 9 sessões, de duas horas cada, uma vez por semana.  No colóquio serão apresentados resultados da comparação entre o pré‐teste e o pós‐teste e entre os dois grupos, com o recurso a análises de variância de medidas repetidas.  Comunicação 3 ‐ Competências socioemocionais em estudantes brasileiros e portugueses: um estudo comparativo 

Mara de Souza Leal, Universidade de São Paulo / Universidade do Minho | Lucy Leal Melo‐Silva, Universidade de São Paulo | Maria do Céu Taveira, Universidade do Minho 

Resumo:  As competências socioemocionais estão relacionadas ganhos positivos nos mais diversos aspectos da vida. De modo que,  no  contexto  escolar,  a    promoção  dessas  competências  têm  sido  cada  vez  mais  incentivada  como  forma  de auxiliar  o  desenvolvimento  integral  dos  alunos.  Este  estudo  compara  competências  socioemocionais  de  alunos brasileiros e portugueses, de ambos os sexos. Participaram do estudo 165 alunos brasileiros, 44.2 % meninos e 55.8% meninas  e 162 alunos portugueses, 55.6% rapazes e 44.4% raparigas, com idades entre 14 e 18 anos ( M = 15.65; D. P. = .98). Para medir as competências socioemocionais no contexto escolar foi utilizado o SENNA, instrumento brasileiro organizado  com  base  no  Big  Five.  O  SENNA  avalia  as  dimensões:  (a)  conscienciosidade,  relativo  a  atitudes  de responsabilidade;  (b)  abertura  a  novas  experiências,  referente  à  curiosidade;  (c)  amabilidade,  que  inclui comportamentos  de  cooperação;  (d)  estabilidade  emocional,  referente  a  capacidade  de  autocontrole;  e  (e) extroversão, relativa a sociabilidade.  O instrumento foi aplicado em sala de aula por psicólogas, no contexto brasileiro e no contexto português. Foi realizado um teste t para amostras independentes para verificar possíveis diferenças de médias entre os grupos. Os  resultados  indicaram que os brasileiros apresentam maior  conscienciosidade  (t(325) =  ‐2.396;  p  =.017)  e  que  os  portugueses  apresentam  maior  estabilidade  emocional  (t(325)  =  2.984;  p  =.003).  Esses resultados sugerem que os alunos brasileiros parecem ser mais organizados e centrados nas suas tarefas que os alunos portugueses, por outro lado, os alunos portugueses parecem ser mais calmos e estáveis emocionalmente no contexto escolar que os alunos brasileiros.    Comunicação 4 ‐ Desenvolvimento das relações interpessoais em contexto de sala de aula: Proposta de um programa para os alunos do 1º Ciclo do EB 

Patrícia  Pacheco,  Lourdes  Mata,  Francisco  Peixoto,  José  Castro  Silva,  ISPA‐Instituto  Universitário,  CIE‐ISPA Maria João Gouveia, ISPA‐Instituto Universitário 

Resumo:  Esta  comunicação  tem  como  principal  objetivo  a  apresentação  do  programa  HOPEs  e  de  alguns  resultados  da  sua implementação com um grupo de professores do 1º ciclo do EB. Este programa parte da premissa de que as emoções estão  presentes  no  nosso  quotidiano,  bem  como  no  contexto  escolar  e,  por  isso,  a  competência  emocional desempenha um papel importante no bem‐estar, na aprendizagem e no ensino. O programa propõe um conjunto de princípios, métodos e técnicas que visam apoiar os professores no desenvolvimento destas competências na sala de aula, e assenta nos quadros teóricos da Psicologia Positiva e Educação para os Valores com contributos da Broaden and  Build  Theory  e  decorre  do  desenvolvimento  do  Projecto  HOPEs  (Happiness,  Optimism,  Positivity  and  Ethos  in schools). A  implementação do programa é apoiada por três materiais – Currículo, Manual do Professor e Manual do aluno ‐ abordando 5 temáticas: Emoções Positivas, Valores e Pontos Fortes, ‘Projeto de Vida Positivo’, ‘Coping Positivo’ e ‘Relações Positivas’. O Currículo apresenta a fundamentação teórica promovendo reflexão sobre os temas. O Manual do professor apresenta estratégias, atividades, materiais para desenvolver em sala de aula. O Manual do aluno integra os materiais para a  concretização dessas atividades. Apresentaremos os  resultados da  implementação do programa com um grupo de 11 professores do 1º ciclo, no que se refere à sua perceção de eficácia para abordar estes tópicos na sala de aula. Estes resultados apontam no sentido de que o programa HOPEs pode ser uma ferramenta válida no apoio à ação do professor. Comunicação 5 ‐ Partilhar ou não partilhar, eis a questão. Um estudo sobre as motivações para a partilha em idades pré‐escolares 

Sara  Delgado,  ISPA‐Instituto  Universitário  |  Sofia  Menéres,  ISPA‐Instituto  Universitário,  APPsyCI‐Applied Psychology Research Center  Capabilities &  Inclusion  |  Carla  Sebastian, Universidad de  la  Rioja  | Marta  Castel‐

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Branco, SPA‐Instituto Universitário | Lígia Monteiro, Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE‐IUL) Resumo:  Apesar  do  crescente  número  de  estudos  sobre  a  emergência  e  desenvolvimento  dos  comportamentos  pró‐sociais, ainda não é claro quais as motivações que, em idades pré‐escolares, subjazem ao comportamento de partilha, como é que  as  crianças  partilham  recursos  em  diferentes  situações  de  necessidade  e,  de  que  modo,  estas  motivações  e comportamentos  de  partilha  variam em  função da  idade. O presente  estudo  teve  como objetivos  investigar:  (a)  as motivações  subjacentes  ao  comportamento  de  partilha  (mais  genuína,  assente  numa  ‘aversão  à  desigualdade’,  ou estratégica, associada a questões de reputação e reciprocidade); (b) se as crianças variam na forma como partilham recursos, em  função da necessidade do outro  (“rico” ou “pobre”); e  (c)  se as motivações e  forma como as  crianças partilham variam em função da  idade. Participaram neste estudo 74 crianças, com  idades entre os 3 e os 6 anos. O comportamento de partilha foi avaliado através do Jogo do Ditador, no qual as crianças partilharam autocolantes com uma criança conhecida, presente na sala, uma criança que não conheciam, de quem viram apenas uma fotografia, com uma  criança  que  tinha  muitos  autocolantes  e  com  uma  criança  que  tinha  apenas  um  autocolante.  As  crianças manifestaram tendencialmente uma motivação genuína nos seus comportamentos de partilha (não diferiram na forma como partilharam com as crianças presentes e ausentes). As crianças mais velhas partilharam mais com quem tinha apenas  um  autocolante  do  que  as mais  novas.  Os  presentes  resultados  trazem  implicações  para  a  compreensão  e promoção do comportamento de partilha e investigações futuras. 

   

Fim