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Versão: 6 Data: 22-04-16 Comissão Vitivinícola Regional Alentejana Manual de Certificação

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Versão: 6 Data: 22-04-16

Comissão Vitivinícola

Regional Alentejana

Manual de Certificação

Manual de Certificação

Versão: 6 Data: 22-04-16 Pág:2/42

Índice

Índice ........................................................................................................................................................... 2 1. Introdução .............................................................................................................................................. 4 2. Histórico das Versões ........................................................................................................................... 4 3. Definições e Abreviaturas .................................................................................................................... 5 4. Produtos certificados pela CVRA ........................................................................................................ 7 5. Inscrição ................................................................................................................................................. 8 5.1. Inscrição de Agente Económico ...................................................................................................... 8 5.2. Inscrição de Instalações na CVRA ................................................................................................... 8 5.3. Inscrição de Vinhas e Cadastro Vitícola ......................................................................................... 9 6. Declaração de Colheita e Produção ................................................................................................. 12 6.1. Análise e verificação dos valores constantes nas Declarações de Colheita e Produção ..... 12 6.1.1. Vinho de Talha ............................................................................................................................. 13 6.1.2. Aguardentes .................................................................................................................................. 13 7. Certificação ......................................................................................................................................... 14 7.1. Esquema de Certificação ............................................................................................................... 14 7.2. Pedido de Certificação ................................................................................................................... 15 7.2.1. Vinhos Espumantes ...................................................................................................................... 15 7.2.2. Vinhos Edulcorados ...................................................................................................................... 16 7.2.3. Verificação da menção tradicional – Garrafeira ..................................................................... 16 7.4. Análises Físico-Químicas ................................................................................................................ 17 7.5. Análise Sensorial .............................................................................................................................. 17 7.6. Decisão de Certificação .................................................................................................................. 17 7.7. Validade da Certificação ................................................................................................................ 18 7.8. Perda da Certificação ..................................................................................................................... 18 7.9. Suspensão da Certificação ............................................................................................................. 19 8. Recolha de Amostra ............................................................................................................................ 20 9. Realização de Ensaios Físico-Químicos e Sensoriais ...................................................................... 22 9.1. Ensaios Físico-Químicos .................................................................................................................. 22 9.1.1. Critérios de conformidade de produto vínico após colocação no mercado em relação à

certificação inicial ................................................................................................................................... 23 9.2. Ensaios Sensoriais ............................................................................................................................ 24 9.2.1. Denominação de Origem Alentejo ............................................................................................ 24 9.2.1.1. Vinho .......................................................................................................................................... 24 9.2.1.1.1. Aspecto ................................................................................................................................... 24 9.2.1.1.2. Nariz ........................................................................................................................................ 25 9.2.1.1.3. Boca ........................................................................................................................................ 25 9.2.1.2. “Vinho de Talha” Denominação de Origem Alentejo ......................................................... 25 9.2.1.2.1. Aspecto ................................................................................................................................... 25 9.2.1.2.2. Nariz e Boca ........................................................................................................................... 26 9.2.1.3. Vinho Espumante Denominação de Origem Alentejo ......................................................... 26 9.2.1.4. Vinho Licoroso com Denominação de Origem Alentejo ..................................................... 26 9.2.1.4.1 Aspecto .................................................................................................................................... 26 9.2.1.4.2. Nariz e Boca ........................................................................................................................... 26 9.2.1.5. Aguardente Denominação de Origem Alentejo ................................................................... 27 9.2.1.5.1. Aspecto ................................................................................................................................... 27

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9.2.1.5.2. Nariz e Boca ........................................................................................................................... 27 9.2.1.6. Colheita Tardia Denominação de Origem Alentejo ............................................................ 27 9.2.1.6.1. Aspecto ................................................................................................................................... 27 9.2.1.6.2. Nariz e Boca ........................................................................................................................... 27 9.2.2. Produtos Vínicos IG Alentejano ................................................................................................. 28 10. Contas-correntes ............................................................................................................................... 29 10.1. Desclassificação ............................................................................................................................. 29 10.2. Abatimento e alterações no designativo de qualidade ........................................................... 30 11. Rotulagem .......................................................................................................................................... 31 11.1. Pedido de aprovação .................................................................................................................... 31 11.2. Apreciação e aprovação ............................................................................................................... 31 12. Selos de Garantia .............................................................................................................................. 32 12.1. Requisição e autorização de impressão de selos de garantia ................................................ 32 12.2. Disponibilização de Selos de Garantia ....................................................................................... 32 12.3. Requisição de selos de garantia à unidade ............................................................................... 33 12.4. Acondicionamento e Segurança dos Selos de Garantia ........................................................... 33 12.5. Devolução de Selos de Garantia ................................................................................................. 33 13. Transporte de Produtos Vitivinícolas ............................................................................................. 35 13.1. Transporte de Produto Vitivinícola a granel não rotulado dentro de Portugal .................. 35 13.2. Expedição ou exportação de produtos vínicos embalados e rotulados ................................ 35 14. Acções de Fiscalização e Controlo ................................................................................................. 36 14.1 - Recolha de Amostras de Verificação da fiscalização ............................................................. 37 15. Recursos ............................................................................................................................................. 39 15.1. Validação de Cadastro .................................................................................................................. 39 15.2. Análise da DCP, que após validação origina contas-correntes com vinho apto à

certificação. ............................................................................................................................................. 39 15.3. Avaliação dos parâmetros físico-químicos ................................................................................ 39 15.4. Avaliação Sensorial ....................................................................................................................... 40 15.5. Aprovação de Rotulagem ............................................................................................................. 40 16.Reclamações e Litígios ...................................................................................................................... 41 16.1. Reclamações Apresentadas à CVRA ............................................................................................ 41 16.1.2. Apreciação e Comunicação da Reclamação .......................................................................... 41 16.1.3. Reclamações Apresentadas aos AE ......................................................................................... 41 16.2. Litígios ............................................................................................................................................. 41

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1.Introdução

Com este manual pretende-se compilar as principais regras necessárias para a

certificação e o controlo dos produtos vitivinícolas da DO Alentejo e IG Alentejano.

O presente manual foi elaborado de acordo com os procedimentos e documentos

existentes na CVR Alentejana e legislação em vigor.

2.Histórico das Versões

Data Versão Resumo das alterações

05-02-2013 1 Versão Inicial.

5-11-2013 2 Adição do processo de certificação de vinho edulcorado

15-05-2014 3

Inclusão do prazo de validade das aguardentes vínicas e

bagaceiras certificadas;

Inclusão da referência à Circular de 19-05-2014 – “Limite

máximo do Teor de Açúcar Total e restrições ao recurso à

edulcoração nos produtos com direito a DO Alentejo”.

28-01-2015 4

Inclusão da confirmação do estatuto de preparador de

espumantes, no momento da validação da DCP.

Alteração da confirmação da 2ª fermentação dos vinhos

espumantes.

28-04-2015 5 Alteração dos critérios de certificação, passando a

rotulagem a não estar incluída no processo.

22-04-2016 6

Eliminação do esquema de certificação da certificação de

vinho sem IG e DO com indicação do ano de colheita e/ou

casta(s).

Clarificação dos prazos de validade dos deferentes

produtos.

Reformulação do manual e clarificação do texto.

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3.Definições e Abreviaturas

AE -Agente Económico - pessoas singulares e colectivas, bem como os agrupamentos

destas, que detenham, seja a que título for, no exercício da sua profissão ou para

fins comerciais, produtos vitivinícolas provenientes da região Alentejo

Amostra de Verificação de Certificação – Amostra de vinho ou produto vínico com

direito a DO Alentejo ou IG Alentejano colhidas pelostécnicos da CVRA, nas

instalações do Agente Económico, com destino à verificação físico-química e

organoléptica da certificação de um lote de depósitos

Cadastro Vitícola – Trabalho de inventariação quantitativa e qualitativa de uma

população vitícola

Conta-corrente - registo de entradas e saídas de produtos vínicos correspondentes a

um determinado ano, cor, tipo de produção, local de armazenamento, produto vínico

apto ou certificado, e se certificado qual o seu designativo de qualidade

CVRA – Comissão Vitivinícola Regional Alentejana

DA – Documento de Acompanhamento (Modelo Electrónico IVV)

DAS – Documento de Acompanhamento Simplificado (Modelo IVV)

DCP - Declaração de Colheita e Produção

Desclassificação – acto pelo qual um produto vínico passa para uma categoria inferior

DO – Denominação de Origem

DOC – Denominação de Origem Controlada

e-DA - Documento de Acompanhamento Electrónico (Modelo Electrónico, Min.

Finanças)

Embalagem – Invólucros de protecção, nomeadamente cartões e caixas utilizados para

o transporte de um ou vários recipientes e ou para a sua apresentação, tendo em vista

a venda ao consumidor final

IG– Identificação Geográfica

IVV – Instituto da Vinha e do Vinho, I.P.

INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Lote a certificar– O lote de produto vínico total a certificar deverá ser homogéneo e

corresponder às características da amostra colhida para análise. A amostra utilizada

para efeito de análise físico-química e sensorial, tendo em vista a certificação, tem

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que corresponder ao lote do produto vínico que se pretende comercializar ou

engarrafar

Lote de Produto Engarrafado – Conjunto de unidades de venda de um produto

acondicionado, idêntico entre si

Produto Vínico – Todos os tipos de vinho (vinho, espumante, licoroso, aguardente, etc.)

Produto Vínico com direito a Denominação de Origem (DO) – Produto vínico produzido

de acordo com as regras definidas para a região de proveniência, em que a totalidade

das uvas usadas para a produção deste vinho provêem dessa região

Produto Vínico com direito a Indicação Geográfica (IG) – Produto vínico produzido de

acordo com as regras definidas para a região de proveniência e legislação em vigor

Rotulagem – conjunto de designações e outras menções, sinais, ilustrações, marcas ou

outra matéria descritiva que caracteriza o produto e que consta do mesmo recipiente,

incluindo no dispositivo de fecho, anel ou gargantilha ou em etiquetas presas ao

recipiente

Rótulo – Parte da rotulagem constituída, nos termos deste procedimento, onde não se

encontram reunidas as menções obrigatórias e ou facultativas, que deverão estar

dispostas noutro campo visual

Rótulo – parte da rotulagem constituída pelas menções obrigatórias dispostas num

mesmo campo visual e que identifica e individualiza o produto no mercado e permite

a sua identificação pelo consumidor

SIvv– Sistema de Informação da Vinha e do Vinho – aplicação informática do IVV

SIVA – Sistema de Informação dos Vinhos do Alentejo - aplicação informática da CVRA

Vinho Regional – Vinho com direito a indicação geográfica, produzido de acordo com as

regras definidas para a região de proveniência, em que a totalidade das uvas usadas

para a produção deste vinho provêm dessa região

Viticultor – Pessoa singular ou colectiva que cultiva vinhas

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4. Produtos certificados pela CVRA

Os produtos vitivinícolas certificados pela CVRA são:

- Vinhos com direito a DO Alentejo;

- Vinhos espumantes com direito a DO Alentejo;

- Vinhos licorosos com direito a DO Alentejo;

- Aguardentes bagaceiras e vínicas com direito a DO Alentejo;

- Vinhos com direito a IG Alentejano;

- Vinhos espumantes com direito a IG Alentejano;

- Vinhos licorosos com direito a IG Alentejano;

- Aguardentes bagaceiras e vínicas com direito a IG Alentejano.

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5.Inscrição

5.1. Inscrição de Agente Económico

Todas as pessoas singulares ou colectivas que se dediquem à produção e

comercialização de produtos vitivinícolas controlados pela Comissão Vitivinícola

Regional Alentejana (CVRA), excluindo a distribuição e a venda a retalho de produtos

engarrafados, estão sujeitos a inscrição na CVRA, a qual deve estar em conformidade

com a inscrição prévia no Instituto da Vinha e do Vinho, I.P. (IVV) como operadores

do sector vitivinícola.

Para tal, os interessados devem:

Enviar o “Mod.CVRA.005 – Ficha de Inscriçãona CVRA”, devidamente preenchido

em duplicado à CVRA;

Proceder ao pagamento da respectiva inscrição conforme tabela de preços em

vigor.

5.2. Inscrição de Instalações na CVRA

As instalações de produção, destilação e armazenagem e pré-embalagem têm de

estar inscritas na CVRA, a qual deve estar em conformidade com a inscrição prévia

no IVV de acordo com o Regulamento Interno da CVRA.

A inscrição é efectuada da seguinte forma:

Preenchimento do modelo “Mod.CVRA.005 – Inscrição de Inscrição na CVRA”;

Proceder ao pagamento da respectiva inscrição conforme tabela de preços em

vigor.

Sempre que a inscrição corresponda a uma nova instalação, que até à data não tenha

sido vistoriada pela CVRA, a mesma poderá sujeita a uma vistoria, dessa acçãoé

emitido um relatório. A incidência das vistorias é definida anualmente.

As instalações onde também sejam elaborados outros produtos vínicos sem direito a

Denominação de Origem Alentejo ou Indicação Geográfica Alentejano, poderão ser

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alvo de fiscalização complementar.Devendo estes ser laborados separadamente em

todas as fases.

Os produtos vínicos devem encontrar-se separados e devidamente, identificados,

quer estejam em depósito, barricas, ou pré-embalados. Na identificação dos

produtos vitivinícolas deve constar:

i. o tipo de produto vínico em causa (mosto, vinho, espumante, licoroso

ou aguardente);

ii. a classificação (apto a, DO, IG);

iii. o ano de colheita;

iv. a cor;

v. o designativo de qualidade, se aplicável;

vi. a capacidade do depósito;

vii. um código identificativo do depósito;

viii. referência de certificação (se aplicável).

Nos depósitos deverá constar de forma visível a sua capacidade nominal de

armazenamento ou a real, se esta última for aferida por uma entidade certificada

para o efeito.

5.3.Inscrição de Vinhas e Cadastro Vitícola

Todos os viticultores e agentes económicos que pretendam produzir uvas com direito

a DO Alentejo ou IG Alentejano têm de inscrever as suas vinhas na CVRA.

Sempre que se verifiquem alterações na constituição dos encepamentos das vinhas

cadastradas e aprovadas para DO Alentejo ou IG Alentejano, os viticultores têm que

informar a CVRA, de modo a esta proceder a nova análise de aptidão da vinha de

acordo com a legislação em vigor.

Incluem-se as alterações por aumento ou diminuição de área, por reenxertia ou por

mudança de titularidade, abandonos ou arranques das vinhas.

O pedido de inscrição ou de alteração é efectuado pelopreenchimento do modelo

“Mod.CVRA.060 Pedido de Inscrição de Vinhas”.

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Posteriormente, o AE é contactado de modo a agendar a realização do cadastro da

vinha no campo, devendo o AE apresentar:

Documento comprovativo da titularidade ou do uso e fruição das parcelas de

vinha a inscrever;

Registo Central Vitícola actualizado.

São sujeitas a pagamento, conforme tabela de preços em vigor:

as novas inscrições de vinhas;

asactualizações de encepamentos

Não são sujeitas a pagamento as diminuições de área e as mudanças de titularidade

da vinha, abandonos ou arranques das vinhas.

5.3.1 Prazos aplicáveis às inscrições de novas vinhas

Para as inscrições de novas vinhas são considerados os seguintes prazos:

Responsável Data limite

Pedido de inscrição de vinhas Viticultor 31 de Maio

Realização do cadastro da vinha no campo CVRA 31 de Julho

Comunicação das áreas aprovadas e

passíveis de incluir na DCP CVRA 10 de Agosto

O incumprimento do prazo do pedido de inscrição de vinhas pode implicar a não

validação da DCP na vindima seguinte.

5.3.2. Verificação de Cadastro

Para além das vistorias a novas inscrições e a alterações, a CVRA realiza anualmente

verificações ao cadastro de vinhas. Estas verificações são efectuadas de modo

aleatório, com o objectivo de confirmar a totalidade da área de vinha em produção

num prazo de 5 anos.

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Quando na verificação de cadastro se confirmarem novas plantações ou alterações no

encepamento, estas são sujeitas a pagamento, conforme tabela de preços em vigor.

Caso este apuramento aconteça após a data limite da comunicação do pedido de

inscrições de vinhas, pode implicar a não validação da DCP na vindima seguinte.

Não são sujeitas a pagamento as diminuições de área e as mudanças de titularidade

da vinha, abandonos ou arranques das vinhas.

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6. Declaração de Colheita e Produção

A Declaração de Colheita e Produção (DCP), é uma declaração anual obrigatória, da

colheita de uvas e de produção de produtos vínicos obtidos, que pretendam vir a ser

comercializados com direito a DO e IG, de forma a permitir aos vitivinicultores e

produtores comercializar a sua produção.

Os vitivinicultores e produtores que produzam uva, mosto ou vinho, devem

apresentar a DCP dentro dos prazos indicados pelo IVV, em cada campanha

vitivinícola.

6.1. Análise e verificação dos valores constantes nas Declarações de Colheita e

Produção

A CVRA consulta a Declaração de Colheita e Produção, na aplicação informática SIvv

do IVV, e depois procede à sua análise e validação.

NaAnálise são verificados os seguintes itens:

Limite máximo de rendimento admitido por hectare declarado na DCP versus

limite máximo de rendimento admitido para a área aprovada pela CVRA;

o Colheita de uvas por hectare aprovado;

o Produção de produto vínico por hectare aprovado;

Caso conste na declaração a compra de uva, o valor inscrito é confrontado

com a Declaração de Colheita do vendedor (sendo esta também sujeita a

análise);

Sempre que sejam declarados vinhos espumantes aptos a DO ou IG, é

confirmado o estatuto de “Preparador”, na inscrição do AE no IVV, se não se

encontrar actualizado não será validada a DCP.

Caso exista uma rectificação da DCP após a inserção no SIVA, os AE’s devem informar

a CVRA de modo a que esta alteração seja analisada.

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6.1.1. Vinho de Talha

O AE deverá, antes do término do prazo de retirada das massas vínicas, comunicar à

CVRA (Mod.CVRA.063 – Declaração de Colheita e Produção de Vinhos de Talha) o

volume produzido de vinho apto a Vinho de Talha. O preenchimento do

Mod.CVRA.063 não substitui o preenchimento da DCP na aplicação informática SIvv,

do IVV, os dados declarados terão que estar obrigatoriamente incluídos na DCP.

A criação da conta-corrente com volume declarado como vinho de Talha,dependerá

das condições de vinificação nas instalações do AE, por forma a garantir o

cumprimento do Regulamento dos Vinhos de Talha. Após a validação dos dados

declarados pelo AE, é criada a conta-corrente de vinho apto a DO Vinho de Talha,

podendo posteriormente esse volume ser submetido ao processo de certificação.

6.1.2. Aguardentes

O AE deverá, um mês após o término do prazo para a destilação dos produtos vínicos,

comunicar à CVRA (“Mod.CVRA.059 – Declaração de Produção de Aguardentes”), o

volume destilado, a aguardente vínica ou bagaceira produzida. Após a recepção do

da declaração é criada a conta-corrente correspondente ao produto vínico declarado.

Os AE deverão manter registos actualizados, que permitam a rastreabilidade das

aguardentes até à vinha, esses registos deverão ser distintos para os produtos DO

Alentejo e IG Alentejano.

Assim que a conta-corrente de aguardente é criada, o pedido de certificação pode

ser submetido no SIVA, informando (se aplicável) qual o volume correspondente em

aguardente declarada no Mod.CVRA.059, e o volume final pós desdobramento. A

comunicação deste volume deverá ser efectuada através de uma adição. Será com

nesse volume que irá ser feito o acerto da conta-corrente para permitir a

certificação.

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7.Certificação

7.1. Esquema de Certificação

A CVRA como organismo de certificação de produtos vínicos com direito a

Denominação de Origem Alentejo e Indicação Geográfica Alentejano adoptou o

esquema de Certificação 4 excepto a alínea c do ponto VI(Adaptado NP EN ISO/IEC

17067):

1. Recolha de amostras representativas do lote a certificar.

2. Determinação das características do produto de acordo com os critérios das

análises físico-químicas e sensoriais legalmente estabelecidos.

3. Avaliação das condições de aptidão dos produtos para a certificação.

4. Avaliação do produto através da emissão do relatório conjunto das análises

físico-químicas e da análise sensorial pelos respectivos laboratórios.

5. Revisão e decisão do processo de certificação e emissão da resposta ao Agente

Económico (Mod.CVRA.030 - Relatório de Certificação).

6. Autorização e controlo da utilização de certificados de conformidade do produto

(selos de garantia).

7. Acompanhamento e fiscalização de amostras dos produtos certificados no

mercado.

8. Acompanhamento e fiscalização de amostras dos produtos certificados nas

instalações dos agentes económicos.

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9. No caso do Vinho de Talha com direito a DO Alentejo o esquema de certificação

não exclui o acompanhamento do processo produtivo, pelo que o esquema de

certificação seguido é o 4.

Sempre que o agente económico pretenda comercializar produtos vínicos com direito

a DO Alentejo e a IG Alentejano tem que os submeter a um processo de certificação.

A certificação dos produtos com direito a DO Alentejo e IG Alentejano implica o

cumprimento dos seguintes requisitos:

- Validação da colheita e produção através da aprovação da DCP e a criação

das contas-correntes;

- Aprovação do lote pelo laboratório de análise físico-química;

- Aprovação do lote pelo laboratório de análise sensorial.

7.2. Pedido de Certificação

Os pedidos de certificação submetidos pelo AE na aplicação informática SIVA, são

processados pela CVRA que,pela sua validação, atribuí o número de amostra. A

aplicação só permite a submissão do pedido se existir saldo suficiente em conta-

corrente.

Se no pedido de certificação for solicitada a certificação de um lote de vinho ou

produto vínico armazenado em mais do que um local de armazenamento (ex: várias

cubas), é solicitada a recolha de mais uma amostra - Amostra de Verificação de

Certificação, sendo atribuído um número de amostra de verificação.

As anulações após validação terão que ser solicitadas por escrito à CVRA.

A CVRA só permite a certificação de produto vínico em barrica, caso todo o lote

esteja armazenado numa única barrica.

7.2.1. Vinhos Espumantes

Requisitos específicos para a certificação de vinho espumante com apto a DO

Alentejo e a IG Alentejano, são os seguintes:

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O método a utilizar na preparação é o “método clássico” (fermentação em garrafa),

que apenas pode ser utilizada quando o produto:

i. Tenha sido tornado espumante por segunda fermentação alcoólica em

garrafa.

ii. Tenha estado ininterruptamente em contacto com as borras durante, pelo

menos, nove meses na mesma empresa após a constituição do vinho base,

no decorrer da segunda fermentação em garrafa (período de estágio);

iii. Tenha sido separado das borras por expulsão (dégorgement).

a) O agente económico tem que comunicar à CVRA a data do engarrafamento,

para que possa ser controlado o período da segunda fermentação de pelo

menos nove meses em garrafa(período de estágio – conforme o ponto ii). O

controlo é efectuado, sempre após a comunicação do engarrafamento e

passado os nove meses, pela comunicação do AE ou com visitas às suas

instalações.

b) O licor de expedição só poderá conter, mosto parcialmente fermentado,

mosto concentrado ou solução de sacarose e vinho.

7.2.2. Vinhos Edulcorados

Para a certificação de vinhos edulcorados os AE informam a CVRA que irão proceder à

edulcoração de um lote de vinho, esta informação deverá ser comunicada à CVRA. O

pedido de certificação deverá ser submetido no SIVA e indicado nas observações que

se trata de um vinho edulcorado. (Ver Circular de 19-05-2014 – “Limite máximo do

Teor de Açúcar Total e restrições ao recurso à edulcoração nos produtos com direito

a DO Alentejo”).

7.2.3. Verificação da menção tradicional – Garrafeira

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O AE deve informar a CVRA da data do engarrafamento, para que se possa proceder à

verificação do volume engarrafado e do local de armazenamento, de forma a

permitir a verificação das quantidades de garrafas e da data de engarrafamento de

produtos vínicos aptos à obtenção do designativo Garrafeira.

7.3. Recolha de Amostra

Após a validação do pedido de certificação é efectuada a recolha da amostra nas

instalações do AE.

7.4. Análises Físico-Químicas

Envio das amostras para o laboratório de análises físico-químicas, para realização de

ensaios, com base nos parâmetros predefinidos pelalegislação em vigor e

regulamentos aplicáveis;

7.5. Análise Sensorial

Envio de Amostras para a Câmara de Provadores para análise sensorial, de acordo

com os procedimentos de prova em vigor.

7.6. Decisão de Certificação

A certificação será concedida se todos os requisitos estiverem em conformidade com

os requisitos definidos para o produto.

Através da emissão “Mod.CVRA.030 – Relatório de Certificação” o AE é informado

da decisão de certificação. Sempre que existam diferenças significativas entre a

amostra de certificação e a amostra de verificação da certificação, o volume total

representado pelas amostras de produto vitivinícola em questão não terá a

aprovação, mesmo que ambas as amostras obtenham parecer positivo durante todas

as fases de apreciação.

O mesmo lote de produto vitivinícola apto a DO Alentejo ou IG Alentejano pode ser

submetido à certificação apenas uma vez, excepto em caso de perda de certificação

por ser ultrapassado o prazo de validade. O agente económico pode, através de

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práticas enológicas autorizadas, modificar um lote de produto vitivinícola(reprovado

ou não), tendo nesse caso que fazer um novo lote e iniciar um novo processo de

certificação. Alterações ao lote de produto vínico certificado obrigam a um novo

processo de certificação por parte do agente económico.

No caso específico das aguardentes a criação da conta-corrente com volume

certificado, para além dos requisitos necessários para os produtos vínicos em geral,

terá que existir a confirmação da aprovação, pelo Laboratório de Análises Físico-

Químicas, do volume adicionado no desdobramento da aguardente declarada. Se esse

valor não for admissível a aguardente não será aprovada.

7.7. Validade da Certificação

a) A validade da certificação é contabilizada entre a data de emissão do

relatório de certificação e a data de emissão da autorização de entrega de

selos de garantia, sendo de:

I) 12 meses para produtos vitivinícolas a granel;

II) 48 meses para vinhos tintos e aguardentes engarrafados, mas não

rotulados;

III) 24 meses para vinhos brancos, rosados engarrafados, mas não rotulados;

IV) vida útil do produto para produtos vitivinícolas rotulados e com selo de

garantia aposto

b) Findos os prazos indicados não haverá lugar ao fornecimento de selos de

garantia. Todavia o AE pode submeter novo pedido de certificação para o lote

de produto em causa;

c) As operações de engarrafamento de cada lote certificado têm que ser

comunicadas à CVRA, submetendo um pedido de engarrafamento na aplicação

SIVA.

7.8. Perda da Certificação

Quando se verifiquem acções/procedimentos por parte do AE, que ocorram durante o

prazo de validade da certificação de produtos vínicos com DO Alentejo ou IG

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Alentejanoe que alterem as características do lote certificado, este perde esse

estatuto. São passíveis de originar a perda da certificação as seguintes acções:

a) Loteamento de produtos vitivinícolas certificados, mas de diferentes

certificações;

b) Loteamento de produtos vitivinícolas certificados com produtos aptos;

c) Operações enológicas que alterem as características físico-químicas e/ou

sensoriais do produtovitivinícola certificado;

d) Pedido de certificação para um produto já certificado;

e) Transporte de produtos vitivinícolas não autorizado pela CVRA;

f) Existência de alterações ou adulterações ao produto certificado verificada na

sequência de resultados de análises físico-químicas e ou sensoriais.

7.9. Suspensão da Certificação

Caso se verifique ou se suspeite ter ocorrido qualquer acção descrita em 7.8. Perda

da Certificaçãoprocede-se à suspensão da certificação correspondente ao volume de

produto vínico constante na conta-corrente associada.

Após o esclarecimento das situações objecto de análise:

- A suspensão será anulada se demostrado que não existiu acção passível de

alterar o produto, mantendo este a certificação.

- A suspensão converte-se em anulação da certificação se demostrado que

existiu acção que alterou o produto.

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8.Recolha de Amostra

Após a atribuição do número de amostra, a CVRA procede à recolha das mesmas.

A amostra do lote é composta por seis garrafas identificadas por etiqueta própria na

qual consta: o número de amostra,a data de colheita da amostra, a assinatura do

responsável/representante do AEe a assinatura do técnico da CVRA que recolheu a

amostra.

Durante o processo de recolha é confirmado o volume indicado nopedidode

certificação com o volume dos depósitos de armazenamento. Esta informação pode

ser confirmada através de uma das seguintes formas:

Capacidade inscrita no depósito

Certificados ou documentos equivalentes de aferição emitidos por uma

entidade certificada para o efeito;

Documento do fabricante do depósito com indicação da capacidade real,

exposto junto à placa que tem a restante informação.

Caso a informação não seja coincidente a amostra não será recolhida (Recolha de

Amostras não sucedida - ver tabela de preços em vigor).

A recolha de amostra na adega deve ser acompanhada por um representante do AE,

autorizado para o efeito, que deve confirmar que as indicações descritas no

”Mod.CVRA.056 – Ficha de Recolha de Amostra” estão de acordo com o pretendido

pelo AE e com a recolha efectuada. A assinatura do ”Mod.CVRA.056 – Ficha de

Recolha de Amostra” pelo representante do AE e pelo técnico da CVRA que recolheu

a amostra comprova essa conformidade.

A colheita de amostras para certificaçãode produtos vitivinícolas que se encontrem a

granel (excluindo barricas), é efectuada retirando uma amostra que deverá ser de um

lote homogéneo e representativo da totalidade do lote que se pretende submeter ao

processo de certificação.

Sempre que o produto se encontre armazenado em mais do que um depósito são

colhidas, pelo menos, duas amostras. Uma amostra é recolhida do depósito indicado

pelo AE no pedido de certificação e a outra amostra – amostra de verificação da

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certificação – é recolhida de outro depósito seleccionado aleatoriamente pela CVRA,

entre os restantes depósitos constantes no pedido de certificação.

Caso o lote constante no pedido seja de embalagens pré-embaladas,os exemplares da

amostra são recolhidos de modo aleatório, em vários níveis da pilha devendo sempre

evitar-se o início e o final da pilha.

O técnico da CVRA é responsável por colocarnos exemplares da amostra as etiquetas

previamente codificadas, terminando o processo com a selagem das mesmas.

A finalidade de cada exemplar da amostra recolhida é:

- 1garrafapara o Agente Económico(amostra de testemunho)

- 5 garrafaspara a CVRA: uma para o laboratório de análises físico-químicas;

três para a Câmara de Provadores; uma paraarquivo da CVRA durante o

período de 1 ano.

O exemplar da amostra que fica na posse do AEdeverá ser guardado e preservado

pelo mesmo, pois só esta amostra permitirá o recurso da decisão de certificação.

Sempre que seja necessário efectuar uma contra-análise, o exemplar a utilizar é o

que ficou na posse do AE, desde que não evidencie sinais de ter sido manipulado.

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9. Realização de Ensaios Físico-Químicos e Sensoriais

9.1.Ensaios Físico-Químicos

Os ensaios físico-químicos constantes da legislação em vigorsão realizados no

Laboratório da CVRA que é acreditado pelo IPAC na NP EN ISO/IEC 17025para os

parâmetros definidos nos critérios de certificação de vinhos.

Os critérios de certificação para os vinhos, vinhos licorosos e vinhos espumantes são

os seguintes:

- Título Alcoométrico Volúmico Adquirido a 20ºC

- Título Alcoométrico Volúmico Total

- Dióxido de Enxofre Total

- Açucares Totais

- Acidez Total (em ácido tartárico)

- Acidez Volátil (em ácido acético)

- pH

- Sobrepressão – Parâmetro específico para os Vinhos Espumantes

Os critérios de certificação para as aguardentes bagaceiras e aguardentes vínicas,

são:

- 1-Butanol

- 1-Propanol

- 2-Butanol

- 2-Metil-1-Butanol

- 2-Metil-1-Propanol (Isobutanol)

- 2-Propeno-1-ol (álcool alílico)

- 3-Metil-1-Butanol

- Acetal

- Acetato de Etilo

- Acidez Fixa

- Acidez Total

- Acidez Volátil (em ácido acético)

- Álcoois Superiores Totais (cálculo)

- Cobre

- Etanal

- Extracto Seco Total

- Massa Volúmica

- Metanol

- Substâncias Voláteis Totais

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Caso se verifique a necessidade de subcontratar este serviço, a CVRA recorrerá a um

laboratório de análises, também acreditado pela NP EN ISO/IEC 17025, para os

ensaios requeridos.

O protocolo analítico mínimo (parâmetros de ensaios físico-químicos) para cada

produto vínico a certificar, é o constante na legislação em vigor.

Os resultados da análise físico-química devem estar de acordo com a legislação em

vigor e com o Regulamento Interno da CVRA.

9.1.1. Critérios de conformidade de produto vínico após colocação no mercado

em relação à certificação inicial

Sempre que uma amostra apresente um resultado (analítico) que não cumpra um

limite legal a amostra é considerada diferente (não conforme).

Sempre que a comparação dos resultados analíticos da certificação com os resultados

analíticos da amostra recolhida do mercado forem diferentes das amplitudes

máximas permitidas, é considerado que as amostras são diferentes. A CVRA analisa

cada processo individualmente, tendo em conta o conjunto dos parâmetros analíticos

na sua globalidade.

Ensaio Amplitude máxima de variação na comparação

de resultados

Título alcoométrico volúmico adquirido 0.7% vol.

Açucares Totais 2 g/dm

3 se teor ≤10 g/dm

3

4 g/dm3 se teor >10 g/dm

3

Acidez Total 1 g/dm3

Extracto Seco total 6 g/dm3

pH 0.6

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9.2. Ensaios Sensoriais

Os ensaios sensoriais a efectuar para controlo da certificação dos produtos

vitivinícolas com direito a DO Alentejo e IG Alentejano, são efectuados pela Câmara

de Provadores da CVRA.

Para efeitos da análise sensorial tendo em vista a certificação, a Câmara de

Provadores pronuncia-se sobre os seguintes parâmetros:

- Aspecto (Cor e Limpidez,)

- Nariz (Intensidade e Complexidade)

- Boca (Complexidade, equilíbrio, adstringência/amargor, Corpo/Estrutura e

Fim de Boca)

Nota final (0 a 100 valores).

Na prova sensorial dos diferentes produtos vínicos os parâmetros avaliados são o

aspecto (cor e limpidez), nariz (intensidade e complexidade aromática) e boca

(complexidade, equilíbrio, adstringência (vinhos tintos) /amargor (vinhos brancos) e

corpo/estrutura e fim de boca).

Não existem valores mínimos de pontuação para os parâmetros em avaliação na

análise sensorial. No entanto se o produto vitivinícola apresentar “Defeito Marcado”

no nariz e/ou boca, reprova independentemente da sua pontuação total final.

9.2.1. Denominação de Origem Alentejo

9.2.1.1. Vinho

9.2.1.1.1. Aspecto

Limpidez

O vinho deve apresentar-se límpido ou ligeiramente opalino. Apenas é admitido que o

vinho se apresente ligeiramente opalino quando este se encontrar em depósito ou em

outro tipo de acondicionamento, exceptuando-se o vinho engarrafado ou embalado.

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Cor

O vinho branco deve apresentar cor entre citrino descorado e ligeiramente dourado.

O vinho tinto deve apresentar cor entre o rubi e vermelho retinto evoluindo para cor

própria de acordo com o ano de colheita, granada e acastanhado.

O vinho rosé deve apresentar cor rosada ou salmão.

9.2.1.1.2. Nariz

Intensidade e Complexidade aromática

O vinho deve apresentar uma intensidade de aroma moderado a intenso, aroma

jovem frutado e/ou floral quando novo, evoluindo com a idade para aromas

terciários mais complexos, e com ausência de defeito marcado.

9.2.1.1.3. Boca

Complexidade, Equilíbrio, Adstringência /Amargor, Corpo/Estrutura e Fim de Boca

O vinho deve apresentar sabor jovem frutado e/ou floral quando novo, evoluindo

com a idade para aromas terciários mais complexos. Deve ser equilibrado, com

estrutura e fim de boca positivo e com ausência de defeito marcado.

Deve ter uma notação igual ou superior ao valor mínimo estipulado para a categoria

em causa de acordo com o Anexo 1 do Regulamento Interno de Rotulagem da CVRA

em vigor.

O vinho com designativo de qualidade deve apresentar, para além dos requisitos

anteriormente referidos, características organolépticas destacadas, nomeadamente

na estrutura e no equilíbrio aromático e gustativo com notação igual ou superior ao

valor mínimo estipulado para a categoria em causa de acordo com o Anexo 1 do

Regulamento Interno de Rotulagem da CVRA em vigor.

9.2.1.2. “Vinho de Talha” Denominação de Origem Alentejo

9.2.1.2.1. Aspecto

O vinho deve apresentar-se límpido, ou ligeiramente opalino. Apenas é admitido que

o vinho se apresente opalino quando este se encontrar em depósito ou outro tipo de

acondicionamento excepto no caso de já estar engarrafado.

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O vinho branco deve apresentar cor entre amarelado e dourado. O vinho tinto deve

apresentar cor entre o vermelho pouco vivo e o acastanhado.

9.2.1.2.2. Nariz e Boca

O vinho deve apresentar como requisitos mínimos aroma (que poderá ser de baixa

intensidade) e sabor com ausência de defeito marcado, sendo permitido

características resultantes da metodologia de elaboração (oxidação) tais como

evolução precoce. Deve ter uma notação igual ou superior ao valor mínimo estipulado

para a categoria em causa de acordo com o Anexo 1 do Regulamento Interno de

Rotulagem da CVRA em vigor.

9.2.1.3. Vinho Espumante Denominação de Origem Alentejo

Para além do definido para os vinhos Denominaçãode Origem Alentejo, o vinho

espumante deve apresentar no exame visual bolha fina a média e

efervescência/cordão abundante a médio.

9.2.1.4.Vinho Licoroso com Denominação de Origem Alentejo

9.2.1.4.1 Aspecto

O vinho licoroso deve apresentar-se límpido. O vinho licoroso com origem em uvas

brancas deve apresentar cor entre ligeiramente dourado e topázio. O licoroso com

origem em uvas tintas deve apresentar cor entre o rubi e vermelho retinto evoluindo

para cor própria de acordo com o ano de colheita, granada e acastanhado.

9.2.1.4.2. Nariz e Boca

O vinho deve apresentar aroma e sabor típico resultante do processo de elaboração

(adição de aguardente ao mosto em fermentação) com ausência de defeito marcado.

Deve ter uma notação igual ou superior ao valor mínimo estipulado para a categoria

em causa de acordo com o Anexo 1 do Regulamento Interno de Rotulagem da CVRA

em vigor.

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9.2.1.5. Aguardente Denominação de Origem Alentejo

9.2.1.5.1. Aspecto

A aguardente vínica ou aguardente bagaceira Alentejo deve apresentar-se límpida. A

aguardente vínica ou aguardente bagaceira Alentejo deve apresentar cor incolor ou

cor entre amarelado e topázio.

9.2.1.5.2. Nariz e Boca

A aguardente vínica ou aguardente bagaceira Alentejo deve ter aroma e sabor com

ausência de defeito marcado e revelarem a matéria-prima que lhes deu origem

(vinho ou bagaço respectivamente). Deve ter uma notação igual ou superior ao valor

mínimo estipulado para a categoria em causa de acordo com o Anexo 1 do

Regulamento Interno de Rotulagem da CVRA em vigor.

9.2.1.6. Colheita Tardia Denominação de Origem Alentejo

9.2.1.6.1. Aspecto

O vinho colheita tardia deve apresentar-se límpido. O vinho colheita tardia

apresentar cor entre alourado claro e dourado.

9.2.1.6.2. Nariz e Boca

O vinho deve apresentar aroma e sabor típico resultante do processo de elaboração

(uvas desidratadas com elevada concentração de açúcar e fermentação parcial) com

ausência de defeito marcado. Deve ter uma notação igual ou superior ao valor

mínimo estipulado para a categoria em causa de acordo com o Anexo 1 do

Regulamento Interno de Rotulagem da CVRA em vigor.

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9.2.2.Produtos Vínicos IG Alentejano

Os produtos vínicos com direito a IG Alentejano deverão apresentar as mesmas

características organolépticas definidas para os produtos vínicos com Denominação

de Origem Alentejo. Deve ter uma notação igual ou superior ao valor mínimo

estipulado para a categoria em causa de acordo com o Anexo 1 do Regulamento

Interno de Rotulagem da CVRA em vigor.

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10.Contas-correntes

Todas as movimentações de produtos vitivinícolas que possam alterar as contas-

correntes deverão ser comunicadas à CVRA.

Os volumes constantes de cada conta-corrente são passíveis de alterações por opção

do AE ou por determinação da CVRA. São permitidas todas as movimentações de

produtos vitivinícolas desde que legalmente admitidas e que cumpram o estipulado

pelo Regulamento Interno da CVRA.

A venda de produtos vitivinícolas aptos ou certificados, que não implique mudança

de instalações, deverá ser comunicada à CVRA através do SIVA, para se proceder à

actualização das respectivas contas-correntes.

10.1.Desclassificação

O AE pode optar pela desclassificação de um produto vitivinícolaatravés de

comunicação prévia e obrigatória à CVRA, na aplicação SIVA, para que se proceda à

actualização da conta-corrente respectiva.

Desclassificações autorizadas:

DE: PARA:

DO Certificado Vinho de Mesa

DO Apto IG Apto

DO Apto Vinho de Mesa

IG Certificado Vinho de Mesa

IG Apto Vinho de Mesa

A CVRA pode proceder à desclassificação de produtos vínicosaptos a certificação ou

certificados sempre que:

Sejam detectadas práticas enológicas não autorizadas;

Não sejam cumpridas as regras estabelecidas para os produtos vínicos com

direito a DO Alentejo ou IG Alentejano.

O controlo dos produtos vínicos desclassificados para Vinho (Vinho de Mesa) é

efectuado pelo IVV.

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10.2. Abatimento e alterações no designativo de qualidade

Com os movimentos de abate, os AE’s comunicam alterações de lotes certificados

para a conta-corrente de produtos vínicos aptos, ou então como comunicação de

borras ou quebras.

Um lote de produto certificado com um designativo de qualidade (Reserva, Escolha,

etc.) é passível de ser comercializados sem essa menção na rotulagem, sendo essa

informação comunicada à CVRA, nas observações de um movimento de abate.

Abatimentos autorizadas:

DE: PARA:

DO Certificado DO Apto

DO com designativo DO sem designativo

IG com designativo IG sem designativo

IG Certificado IG Apto

DO Sub-região DO Alentejo

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11. Rotulagem

Cada embalagem deverá apresentar rotulagem, com as menções obrigatórias e o

respectivo selo de garantia. A rotulagem das embalagens utilizadas para a

comercialização de produtos vitivinícolas com direito a DO Alentejo e IG Alentejano

terão que ser previamente aprovadas.

11.1. Pedido de aprovação

O AE submete, na aplicação informática SIVA, a maquete do rótulo, contra-rótulo ou

do bag-in-box , para aprovação. A aprovação pode ser feita mesmo que o agente

económico não disponha de produto vínico para certificar.

Qualquer AE pode ceder a sua marca a outro AE, desde que, para o efeito, o declare

por escrito à CVRA (declaração de cedência de marca).

Para todos os rótulos submetidos à aprovação deverá ser verificado o registo de

marca no INPI, bem como da sua validade.

11.2. Apreciação e aprovação

A apreciação da rotulagem é efectuada analisando a conformidade da rotulagem face

legislação em vigor e ao Regulamento Interno da Rotulagem da CVRA.

O resultado da apreciação é submetido à apreciação da Direcção que procede à sua

validaçãona aplicação informática SIVA.

A informação da decisão ao AE é efectuada através do “Mod.CVRA.021 – Relatório de

Apreciação de Rotulagem”.

Para os pedidos aprovados é atribuída a referência de rotulagem, a qual irá ser utilizada pelo

AE na requisição de selos de garantia.

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12. Selos de Garantia

A CVRA tem como marca de conformidade o selo de garantia.

A aposição do selo de garantia nas embalagens evidencia a certificação dos produtos

vitivinícolas com direito a DO Alentejo ou IG Alentejano.

Os selos de garantia são identificados através de um códigoalfanumérico, sequencial

e individualizado, o que permite garantir que cada exemplar é único.

Só estão autorizadas a produzir selos de garantia para produtos vínicos com direito a

DO Alentejo e IG Alentejano, as tipografias com as quais a CVRA assinecontratopara a

sua produção.

Os selos de garantia a utilizar devem ser impressos de acordo com o “Manual de

Normas de Impressão dos Selos de Garantia de Certificação de Produtos Vínicos da

DO ALENTEJO e da IG ALENTEJANO”.

12.1. Requisição e autorização de impressão de selos de garantia

A requisição e autorização de impressão de selos de garantia é efectuada na

aplicação informática SIVA, mediante a indicação da referência de aprovação de

rotulagem. Em e a referência de certificação. Simultaneamente o AE faz o pedido de

autorização de impressão indicando a quantidade de selos pretendida e a tipografia

escolhida.

Podem ser solicitados selos de garantia para a totalidade ou parte do produto vínico

certificado.

Este processo está detalhado no Manual de Requisição de Selos 2.

12.2. Disponibilização de Selos de Garantia

Para os selos já estão em stock na CVRA, sejam o AE pode solicitar o seu

levantamento, para tal deverá submeter uma requisição de selos, na aplicação

informática SIVA.

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No acto da entrega dos selos de garantia é confirmada a conformidade do rótulo com

análise de certificação.

12.3. Requisição de selos de garantia à unidade

A requisição e levantamento de selos de garantia da CVRA a adquirir à unidade (Selos

DOC ou Vinho Regional da CVRA) permanecem como anteriormente, com

levantamento nas instalações da CVRA, devendo ser feita a sua requisição prévia na

aplicação informática –SIVA (Requisições Selos).

12.4. Acondicionamento e Segurança dos Selos de Garantia

Os selos de garantia nas instalações dos AE devem estar armazenados em local de

acesso condicionado e em segurança, não devendo ser permitindo o seu

manuseamento por pessoas não autorizadas.

12.5. Devolução de Selos de Garantia

O AE pode devolver os selos previamente requisitados, submetendo na aplicação

informática a devolução de selos de garantia. Estes selos de garantia podem ser para

utilizar posteriormente ou para destruir consoante indicação do AE (ambas com

actualização da conta corrente).

Os selos de garantia a destruir poderão ser entregues na CVRA, ficando esta com a

responsabilidade da sua destruição. Em qualquer uma das situações o volume

correspondente à devolução é creditado na conta-corrente de produto vínico do AE.

Sempre que o AE pretenda inutilizar a embalagem onde o produto vitivinícola está

embalado (com selo de garantia colocado), e pretenda que o produto vitivinícola

fique disponível na sua conta-corrente, deverá informar previamente a CVRA da sua

data de execução, de modo a que haja verificação desta acção nas instalações do AE.

Após esta verificação é emitido o “Mod.CVRA.061 - Relatório de Fiscalização e

Controlo - Destruição de Selos de Garantia” que será enviado ao AE e servirá de base

à confirmação da respectiva devolução de selos de garantia.

12.6. Requisição prévia a transporte de produtos vínicos

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Sempre que os AE tenha os selos de garantia na sua posse e queiram efectuar uma

transferência produto vitivinícola entre instalações, deverão efectuar uma devolução

de selos e posteriormente submeter o pedido de transporte na aplicação SIVA.O

processo de impressão e requisição de selos de garantia deve ser efectuado pelos AE

para as instalações onde vão rotular o produto a comercializar.

Para efectuar transferências de produtos vitivinícolas a granel ou pré-embalado não

rotulado, entre instalações é necessário existir saldo suficiente na conta corrente

respectiva. O processo de requisição de selos de garantia só deve ser iniciado após a

actualização das contas correntes respectivas.

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13. Transporte de Produtos Vitivinícolas

Os AE devem informar a CVRA sempre que necessite movimentar o seu produto

vitivinícola a granel com direito a DO Alentejo e IG Alentejano, dando indicação do

motivo do transporte.

13.1. Transporte de Produto Vitivinícola a granel não rotulado dentro de Portugal

Os produtos vínicos com direito a IG Alentejano podem circular dentro de toda a

Região Alentejo, quer estejam certificados ou aptos.

Os produtos vínicos com a denominação da sub-região de origem das uvas, perdem

direito ao uso do nome dessa sub-região, caso sejam transportados para fora da sub-

região de origem.

Os produtos vínicos certificados como DO Alentejo e IG Alentejano podem ser

movimentados para fora da região Alentejo, desde que a movimentação seja

comunicada à CVRA e esta a aprove.

Para acompanhar o transporte deverá submeter um documento de acompanhamento,

devidamente preenchido (“DA” ou “e-DA”), de acordo com a legislação em vigor,

devendo este ser submetido para validação prévia à CVRA e devendo acompanhar o

transporte.

Os volumes considerados para a actualização das contas correntes são sempre os

constantes no “DA” ou no ”e-DA” que acompanha o transporte. Caso ocorra

apuramento no “DA” ou no “e-DA” por parte do AE comprador em volume diferente

do previamente validado, este deve sempre informar a CVRA, de modo a que se

procedam às actualizações necessárias.

Não são permitidos transportes de produtos vínicos a granel com DO Alentejo ou IG

Alentejano para fora de Portugal.

13.2. Expedição ou exportação de produtos vínicos embalados e rotulados

Sempre que AE pretendaexpedir ou exportaros seus produtos vitivinícolas embalados

e rotulados terá de requerer, se assim lhe for exigido, à CVRA a validação dos

documentos de acompanhamento (DA, e-DA ou DAS).

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14.Acções de Fiscalização e Controlo

A CVRA planeia a realização de acções de controlo (auditorias) de acordo com os

objectivos definidos anualmente, os quais podem ser ajustados sempre que se

entenda necessário e tendo por base, pedidos de certificação e outras situações de

risco.

Os agentes económicos deverão disponibilizar e providenciar o acompanhamento dos

técnicos da CVRA sempre que tal seja solicitado.

As acções de fiscalização e a recolha de amostras de verificação para efeitos de

controlo da certificação que deu origem ao produto vínico, ocorrem nas seguintes

situações em acto isolado ou em simultâneo:

i. Verificação dos produtos vínicos existentes nas instalações do agente

económico;

ii. Recolha de amostras de depósitos com produtos vínicos certificados e

de produtos vínicos engarrafados e não rotulados;

iii. Recolha de amostras na linha de engarrafamento;

iv. Recolha de amostras engarrafadas e rotuladas ou em Regime de

Colheita Periódica nas instalações do agente económico;

v. Recolha de amostras no mercado (em Portugal, União Europeia e

Países Terceiros).

O agente económico tem que possuir e apresentar nas acções de fiscalização,

registos de movimentos ocorridos com todos os produtos vínicos aí existentes.

Antes das visitas de fiscalização é enviado ao AE o “Plano de Auditoria”, onde está

descrito o âmbito e quais os processos que irão ser auditados, bem como quais os

membros da equipa auditora. Este plano será enviado ao AE 2 ou 3 dias antes da

visita.

Após uma acção de fiscalização e controlo procede-se ao enquadramento legal dos

factos apurados e elabora-se um relatório final que contém uma proposta de decisão.

É enviada cópia do relatório ao agente económico para que tome conhecimento das

verificações efectuadas. No caso de haver recomendações, as mesmas são assinaladas

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no relatório da fiscalização para que o agente económico as implemente dentro dos

prazos estipulados.

No relatório é indicado o prazo em que o AE deverá corrigir eventuais não

conformidades detectadas durante a auditoria. Findo esse prazo é verificado se as

diligências efectuadas pelo AE para resolução das não conformidades foi satisfatória,

se todas as respostas forem aceitáveis o processo de fiscalização é considerado

resolvido e é encerrado.

A CVRA pode sempre que o entenda, proceder ao controlo dos rótulos e contra-

rótulos existentes nas instalações do AE.

14.1 - Recolha de Amostras de Verificação da fiscalização

Recolha de amostras de vinhos ou produtos vínicos com denominação DO Alentejo e

IG Alentejano, nas instalações do AE ou no mercado, para verificação do

cumprimento da legislação que regula a rotulagem, e/ou para confrontação com

registos de certificação na CVRA.

A recolha é efectuada de acordo com o “PT.04 – Recolha de Amostra na adega”.

As amostras de verificação podem ser colhidas em qualquer fase do processo de

certificação, para confirmação dos resultados do Laboratório de Análises.

Após a recolha da amostra no mercado e através donúmero do selo de garantia da

amostra de verificação é verificado pelos dados registados no SIVA:

referência de certificação e o boletim de análise que a suporta;

referência de aprovação de rotulagem e a imagem que a suporta.

O resultado da análise físico-química realizada à amostra de verificação é comparado

com os resultados constantes o boletim de análise correspondente à referência de

certificação.

A rotulagem da amostra de verificação é comparada com a rotulagem com a

previamente aprovada (PT.11 – Rotulagem). O AE é informado do resultado da

verificação, através do “Mod.CVRA.050 – Relatório de Fiscalização e Controlo –

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Verificação de Amostras no Mercado”, o qual reúne os pareceres da rotulagem e do

Laboratório de Análises Físico-Químicas. Se as amostras forem colhidas nas

instalações dos AE’s o procedimento é semelhante, mas o documento enviado é o

“Mod.CVRA.079 – Relatório de Fiscalização e Controlo – Verificação de Amostras nas

Instalações do AE”.

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15. Recursos

Sempre que a CVRA emita uma decisão sobre um processo em análise o AE pode

recorrer da decisão. Os processos para os quais o AE pode solicitar recurso são os

abaixo indicados.

15.1. Validação de Cadastro

Sempre que da análise do cadastro efectuado a vinha não seja aprovada como apta à

produção de uvas DO ou IGP ao AE pode recorrer da decisão, apresentando provas

que garantam a conformidade da vinha em causa, o que dará origem a uma

reavaliação do processo por parte da CVRA, após decisão a mesma será comunicada

ao AE.

O prazo de reclamação para o AE é de30 dias após a comunicação da CVRA.

15.2.Análise da DCP, que após validação origina contas-correntes com vinho apto

à certificação.

A validação das contas-correntes está sujeita à verificação das Declarações de

Colheita e Produção do AE e do viticultor fornecedor de uvas, se aplicável.

Sempre que a DCP não é validada a CVRA informapor escrito o AE do motivo da não

validação. O AE poderá recorrer da decisão apresentando provas que garantam a

conformidade da declaração em causa ou procedendo à rectificação da mesma, o que

dará origem a uma reavaliação do processo por parte da CVRA, após decisão a mesma

será comunicada ao AE.

15.3. Avaliação dos parâmetros físico-químicos

Sempre que os resultados da análise físico química se encontram fora dos limites

legais, há uma reprovação imediata do produto vínico, e é emitido um Relatório de

Certificação que menciona a justificação da reprovação. O Relatório é acompanhado

com o Mod.Lab.181 – Relatório de Ensaio.

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15.4. Avaliação Sensorial

Sempre que os resultados da análise sensorial não estejam em conformidade com os

critérios pré definidos, há uma reprovação do produto vínico, e é emitido um

Relatório de Certificação que menciona o motivo da reprovação.

Os Pedidos de Recursos serão analisados de acordo com o Regulamento da Junta de

Recurso.

15.5. Aprovação de Rotulagem

Sempre que existe um pedido de apreciação de rotulagem, e esta não é aprovada, a

CVRA informa o AE das não conformidades identificadas que levaram à reprovação.

O AE resolve as Não Conformidades identificadas e submete de novo a rotulagem à

aprovação.

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16.Reclamações e Litígios

16.1. Reclamações Apresentadas à CVRA

Qualquer colaborador da CVRA pode receber ou reportar uma reclamação.

A reclamação é registada, devendo ser recolhida a identificação e necessários

elementos adicionais do reclamante, para efeitos de resposta.

16.1.2. Apreciação e Comunicação da Reclamação

Face à reclamação apresentada, é desencadeado o processo de tratamento da

reclamação, que inclui uma análise de causas, definição das acções imediatas e

propõe as medidas correctivas a implementar, sempre que necessário.

Ao reclamante é sempre comunicada a conclusão, devidamente fundamentada.

16.1.3. Reclamações Apresentadas aos AE

Os Agentes Económicos sempre que recebam reclamações dos seus produtos vínicos

certificados pela CVRA deverão proceder ao registo respectivo e tratamento, assim

como, disponibiliza-las à CVRA sempre que solicitado.

16.2. Litígios

Caso não haja consenso entre a CVR Alentejana e o reclamante, segue-se o descrito

nos Estatutos da CVRA, observando, igualmente, a legislação.

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Etapas desde a parcela de vinha até à comercialização de Produtos Vitivinícolas

Validação do pedido de certificação

Recolha de amostra

Sim

Laboratório de Análises

(Físico-Químicas)(Sensoriais)

Aprovado Informação ao AENão

Pedido de recurso

Sim

Sim

Requisição de selos de garantia

Autorização de Levantamento de Selos de Garantia

Engarrafamento Rotulagem

Comercialização

Consumidores

Não

Não

Conta Corrente do produto vínico aprovado

Pedido de certificação

efecuado pelo AE

Informação ao AE

Vinhas aptas à produção de DO Alentejo ou IG

Alentejano

Validação da Declaração de

Colheita e Produção

Criação das Contas-Correntes

Sim

Sim

Não

Não

Informação ao AE

Rotulagem

AprovadoInformação ao AE Não

Pedido de recurso

Sim

Sim

Agentes Económicos

CVRA