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Comemore as 5780–2019 • Guia • Receitas • Kidush • Caparot • Histórias B”H

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Page 1: Comemore as - pt.chabad.org• Guia • Receitas • Kidush • Caparot • Histórias B”H Em Memória: Dina bat Shraga Fajwicz Copeliovitch z”l Joyce (Simcha) bat Esther Chalom

Comemore as

5780–2019

• Guia • Receitas • Kidush • Caparot • Histórias

B”H

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Em Memória:Dina bat Shraga Fajwicz Copeliovitch z”l

Joyce (Simcha) bat Esther Chalom Khalili z”l Kurt e Chana Grunebaum z”lNoel e Ofélia Grunkraut z”l

Pinchas ben Sender (Paulo Lerman) z”l Mordechai ben Baruch Feldman z”l

Chaim Yitschac Meir ben Dov Hacohen Nusbaum z”l Sarah Chava bat Baruch Mordechai z”l (Suzy Gheler)

Elie Hersz (Elias) ben Moshe Ber Gurman z”lSheiva (Sara) Gurman bat Yaakov Shmuel Hacohen z”l

Ester Storch bat Menachem Mendel Hacohen z”lYecheskel (Chaskel) Ben Baruch Slud z”l

Guita Slud Bat Mordechai Efraim z”l Baruch Arie ben Yechezkel Slud z”l

Em Homenagem:Anônimos

Guinesse bat Rivka Feldman

Buffet MenoráA opção ideal para seus eventos

Fone: (11) 3825-3422

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MENSAGEM DO REBE

Caro Amigo,Tishrê é um mês bastante colorido. Cada matiz da vida

judaica está representado – Dias Solenes, Dias de Jejum e Dias de Júbilo. Não é uma coincidência que o primeiro mês do ano tenha “amostras” de cada nuance e cor da vida judaica, pois estas “amostras” têm a finalidade de nos dar uma introdução e uma orientação prática para o restante do ano. Observando os dias especiais de Tishrê em seu espírito apropriado, somos iniciados a uma verdadeira vida judaica, segundo o espírito da Torá, durante todo o ano que se segue.

O que podemos aprender com estes dias especiais?Para começar, temos Rosh Hashaná, o início do Ano Novo, o dia no qual o primeiro

homem, recém-criado, proclamou a soberania de D’us sobre todo o Universo. Quando estamos para começar alguma coisa, devemos sempre nos lembrar que D’us é o Criador do Céu e da Terra, e o único Rei do Universo, e que nossa ação ou empreendimento deve ter a aprovação Divina. Isso é enfatizado pelos…

Dez Dias de Arrependimento, a nos lembrar que, como somos servos do Rei do Universo, devemos contabilizar nossas ações para certificarmo-nos de que estão de acordo com os desejos do Amo. No entanto, como somos apenas seres humanos, é possível que falhemos de vez em quando. Eis por que D’us nos dá…

Yom Kipur, para imprimir sobre nós a percepção de que nunca é tarde demais para voltar ao caminho certo, desde que o façamos com sinceridade, completamente arrependidos, nos livrando dos maus hábitos do passado, e prometendo solenemente melhorar nosso comportamento no futuro. Se tomarmos esta firme resolução, D’us nos perdoará, e nos purificará completamente de nossos pecados. Embora este caminho possa nos parecer difícil…

Sucot nos ajuda a não desesperar em nossos dias de sofrimento, mesmo que sejamos minoria, pois D’us é nosso protetor, como Ele nos demonstrou claramente com as Nuvens de Glória com as quais nos rodeou durante os quarenta anos de perambulação pelo deserto depois da partida do Egito. Finalmente, para saber como levar nossa vida de acordo com os desejos de D’us, temos…

Shemini Atsêret e Simchat Torá, pois na Torá D’us nos concedeu Leis Divinas de justiça e integridade, e uma verdadeira orientação para a vida; moldando nossa existência dessa maneira, temos a certeza da verdadeira felicidade, tanto neste mundo como no Mundo Vindouro. Pois a Torá é uma “árvore da vida para aqueles que se apegam a ela, e os que a apoiam são felizes”.

Estas, brevemente, são algumas das principais lições de Tishrê e não pode restar dúvida de que ao segui-las fielmente, o Ano Novo será feliz, tanto espiritual quanto materialmente, e a bênção que desejamos mutuamente certamente será cumprida. Estes são meus desejos a cada um de vocês.

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entre pessoas maldosas e invejosas. Eles não apreciam as qualidades de sua fi lha e aproveitam todas as opor-tunidades para insultá-la. Mas o senhor é um grande rei. Uma vez que achou conveniente escolher-me como genro, leve-me embora daqui, eleve-me à sua posição, dê-me uma propriedade digna de sua fi lha e do genro do rei, e então serei capaz de dar a ela o tipo de vida que realmente merece!”

O Rei dos reis, o Eterno, bendito seja, quis dar sua fi lha, a Torá, a Adam, o primeiro homem criado pelas Suas próprias mãos. Mas a Torá disse: “Ele é um glutão; ele comeu da Árvore do Conhecimento, contrarian-do Seu mandamento expresso.”

Depois D’us quis dar a Torá a Nôach e a Torá disse: “Ele gosta demais de vinho. Não foi ele que plantou um vinhedo e fi cou bêbado?”

Finalmente, D’us deu a Torá aos fi lhos de Israel, aos quais acabou por tirar da escravidão do Egito.Durante o ano inteiro, a Torá é frequentemente negligenciada e até envergonhada. Dia após dia, a Torá

envia mensagens ao Rei, queixando-se do tratamento que recebe, pois está escrito: “Todos os dias uma voz celeste chama: ‘Ai das criaturas que envergonharem a Torá!’ ”

Então chegam os mensageiros do Rei para anunciar a sua chegada – são os dias de Elul, anunciando a vinda de Rosh Hashaná. Eis que acordamos e começamos a preparação: oramos, estudamos, recitamos Salmos, como nunca antes. Rosh Hashaná não nos encontra despreparados. Tocamos o shofar e aclamamos o Rei dos reis.

D’us está entre nós e desfrutamos de Sua luz Divina; os corações se enchem de reverência e amor pela proximidade de D’us e Sua Majestade Divina. Chega Yom Kipur e D’us encontra todos os judeus peni-tencian do-se, puros e santos, como os anjos.

Mas, com o término de Yom Kipur, depois do toque do shofar que anuncia a partida da Presença Divina, a Torá começa a gritar: “Pai, Pai, não me deixa! Leva-me contigo, porque em breve tomarão de mim toda a glória, esquecerão quem eu sou, recomeçarão a maltratar-me!”

Então D’us diz a Seu povo: “É esta a maneira como tratam minha fi lha? Vocês não sabem que a Torá é uma princesa Divina?”

E o povo judeu responde: “Mestre do Uni verso! Nós conhecemos a grandeza da Torá, mas que podemos fazer? Vivemos na pobreza, não temos um lar adequado. Habitamos entre as nações do mundo que não querem saber da Torá. Assim sendo, por favor, leva-nos daqui, conduze-nos de volta à nossa Terra Santa, pois o mundo inteiro é Teu; devolve-nos a ela como herança e seremos capazes de manter a Torá em glória!”

É por isto que, logo após o toque do shofar, no fi m de Yom Kipur, dizemos:“LESHANÁ HABAÁ BIRUSHALÁYIM!”“No próximo ano em Jerusalém com Teu justo Mashiach e lá Te serviremos como nos tempos antigos!”

MENSAGEM DO REBE

Caro Amigo,Tishrê é um mês bastante colorido. Cada matiz da vida

judaica está representado – Dias Solenes, Dias de Jejum e Dias de Júbilo. Não é uma coincidência que o primeiro mês do ano tenha “amostras” de cada nuance e cor da vida judaica, pois estas “amostras” têm a fi nalidade de nos dar uma introdução e uma orientação prática para o restante do ano. Observando os dias especiais de Tishrê em seu espírito apropriado, somos iniciados a uma verdadeira vida judaica, segundo o espírito da Torá, durante todo o ano que se segue.

O que podemos aprender com estes dias especiais?Para começar, temos Rosh Hashaná, o início do Ano Novo, o dia no qual o primeiro

homem, recém-criado, proclamou a soberania de D’us sobre todo o Universo. Quando estamos para começar alguma coisa, devemos sempre nos lembrar que D’us é o Criador do Céu e da Terra, e o único Rei do Universo, e que nossa ação ou empreendimento deve ter a aprovação Divina. Isso é enfatizado pelos…

Dez Dias de Arrependimento, a nos lembrar que, como somos servos do Rei do Universo, devemos contabilizar nossas ações para certifi carmo-nos de que estão de acordo com os desejos do Amo. No entanto, como somos apenas seres humanos, é possível que falhemos de vez em quando. Eis por que D’us nos dá…

Yom Kipur, para imprimir sobre nós a percepção de que nunca é tarde demais para voltar ao caminho certo, desde que o façamos com sinceridade, completamente arrependidos, nos livrando dos maus hábitos do passado, e prometendo solenemente melhorar nosso comportamento no futuro. Se tomarmos esta fi rme resolução, D’us nos perdoará, e nos purifi cará completamente de nossos pecados. Embora este caminho possa nos parecer difícil…

Sucot nos ajuda a não desesperar em nossos dias de sofrimento, mesmo que sejamos minoria, pois D’us é nosso protetor, como Ele nos demonstrou claramente com as Nuvens de Glória com as quais nos rodeou durante os quarenta anos de perambulação pelo deserto depois da partida do Egito. Finalmente, para saber como levar nossa vida de acordo com os desejos de D’us, temos…

Shemini Atsêret e Simchat Torá, pois na Torá D’us nos concedeu Leis Divinas de justiça e integridade, e uma verdadeira orientação para a vida; moldando nossa existência dessa maneira, temos a certeza da verdadeira felicidade, tanto neste mundo como no Mundo Vindouro. Pois a Torá é uma “árvore da vida para aqueles que se apegam a ela, e os que a apoiam são felizes”.

Estas, brevemente, são algumas das principais lições de Tishrê e não pode restar dúvida de que ao segui-las fi elmente, o Ano Novo será feliz, tanto espiritual quanto materialmente, e a bênção que desejamos mutuamente certamente será cumprida. Estes são meus desejos a cada um de vocês.

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Índice

Guia de Rosh hashaná e Yom KipuR ...................................................................5 Kidush (noite) ....................................................................................................16

Kidush (dia) ........................................................................................................ 17 CapaRot ...............................................................................................................19

históRias de Rosh hashaná e Yom KipuR .........................................................21

Guia de suCot e simChat toRá .........................................................................33

Kidush ................................................................................................................46

a Campanha do Rebe ........................................................................................ 53

ReCeitas .............................................................................................................54

CalendáRio ..........................................................................................................57

históRias de suCot e simChat toRá ................................................................58

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Rosh HashanáAniversário do Universo e Dia do Julgamento

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O Aniversário do Universo

Rosh Hashaná, considerado o aniversário do Universo, é na realidade o sexto dia da Criação, quando D’us criou o primeiro homem, Adam – o propósito de toda a Criação. O primeiro ato de Adam foi proclamar D’us como Rei do Universo. Por isso, a cada Rosh Hashaná coroamos o Todo Poderoso como Regente do mundo, reafirmando nosso compromisso de servi-Lo apropriadamente. Assim como D’us completou a Criação no primeiro Rosh Hashaná, a cada Rosh Hashaná Ele reavalia a qualidade de nosso relacionamento com Ele, assumindo uma vez mais o sustento do mundo. Nisto se constitui o julgamento de Rosh Hashaná.

Hatarat Nedarim

A cerimônia de Hatarat Nedarim anula qualquer promessa não cumprida por esquecimento ou força maior. É realizada antes de Rosh Hashaná para que o ano novo reinicie sem conexão com qualquer falha do passado.

Livro da Vida

Nossos Sábios explicam que em Rosh Hashaná somos julgados por D’us. Se merecedores, D’us nos inscreverá no Livro da Vida. Dez dias depois, em Yom Kipur, o Livro é selado. Pelo arrependimento sincero, preces e práticas de caridade, podemos suavizar Seu decreto e ser digno das bênçãos Divinas de saúde e prosperidade para o próximo ano.

DO PÔR-DO-SOL DE DOMINGO, 29/09 (ÀS 17H45),

ATÉ O COMPLETO ANOITECER DE TERÇA-FEIRA, 01/10 (ÀS 18H39)

VÉSPERA DE ROSH HASHANÁ – DOMINGO, 29/09

• Costuma-se visitar os túmulos dos justos e de parentes para solicitar que intercedam perante o Trono Divino por nosso bem.

• Neste dia distribui-se tsedacá aos pobres para que possam comprar o necessário para Yom Tov.

• Hatarat Nedarim (anulação de promessas) é realizada na sinagoga após Shacharit (a Prece Matinal), perante um tribunal de dez homens.

• Entre as compras feitas para Rosh Hashaná deve-se incluir uma fruta da nova estação que ainda não foi ingerida, para poder recitar a bênção de Shehecheyánu no acendimento das velas e no kidush da segunda noite.

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ROSH HASHANÁ

• Comemora-se Rosh Hashaná por dois dias, 1 e 2 de Tishrê – segunda-feira, 30/09 e terça-feira, 01/10.

• Rosh Hashaná inicia-se antes do pôr-do-sol da véspera, domingo, 29/09, às 17h45 e termina terça-feira, 01/10, às 18h39.

• As atividades proibidas no Shabat também o são em Rosh Hashaná, com exceção de carregar (objetos permitidos) num domínio público e cozinhar para as refeições do mesmo dia.

• Deve-se deixar uma vela ou fogo aceso antes do pôr-do-sol, que dure o suficiente para que, as velas da segunda noite de Rosh Hashaná possam ser acesas e a comida preparada a partir desta chama. É proibido criar fogo em Yom Tov (riscando um fósforo). Somente é permitido passar o fogo de uma chama previamente acesa com um palito ou vela, (tomando cuidado de não apagá-la posteriormente).

• Em Rosh Hashaná os tefilin não são colocados.

PRIMEIRA NOITE DE ROSH HASHANÁ – DOMINGO, 29/09

• Ao acender as velas na primeira noite recita-se as bênçãos:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLAM, ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTAV, VETSIVÁNU LE HAD LIC NER SHEL YOM HAZICARON.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou acender a vela do Dia da Lembrança.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLAM, SHE HECHE YÁNU VEKIYEMÁNU VEHI GUIÁNU LIZMAN HAZÊ.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até a presente época.

Na Sinagoga

• Na primeira noite de Rosh Hashaná, após Arvit (a Prece Noturna), todos se cumprimentam com o voto:

(para um homem) LESHANÁ TOVÁ TICATÊV VETECHATÊM.(para uma mulher) LESHANÁ TOVÁ TICATÊVI VETECHATÊMI.

Que sejas inscrito(a) e selado(a) para um bom ano.

ACENDIMENTO DAS VELAS ÀS 17H45

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A Refeição

• Ao retornar da sinagoga, recita-se o kidush da noite de Rosh Hashaná (vide pág. 16).• Após o kidush, abluem-se as mãos, como em todas as próximas refeições, vertendo

água de uma caneca três vezes consecutivas em cada mão até o pulso, iniciando pela mão direita, recitando-se a bênção “Al netilat yadáyim” antes de enxugar as mãos (veja a bênção por extenso na pág. 18).

• Costuma-se usar chalot redondas em Rosh Hashaná simbolizando, entre outras razões, a coroação de D’us neste dia. Expressa-se também a esperança de que o ano novo seja perfeito e traga o melhor de tudo para cada um.

• Distribui-se um pedaço da chalá para cada participante, mergulhando-o no mel antes de comer. Isto é feito em todas as refeições da Festa. Antes de ingerir a chalá, pronuncia-se a bênção “Hamôtsi” (vide pág. 18).

• Na primeira noite de Rosh Hashaná, antes de iniciar a refeição, mergulha-se uma maçã doce no mel. Recita-se a bênção da fruta e um pedido:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLAM, BORÊ PERI HAÊTS.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que cria o fruto da árvore.

YEHI RATSON MILEFANÊCHA SHETE CHADÊSH ALÊNU SHANÁ TOVÁ UMTUCÁ.

Possa ser Tua vontade renovar para nós um ano bom e doce.

• Em Rosh Hashaná costuma-se saborear alimentos que simbolizam doçura, bênção e fartura. Portanto, vinho doce ou bebidas doces, peixe e carne gorda fazem parte desta refeição. (Não se come nada temperado com vinagre ou raiz forte para não ter um ano amargo. Nozes também não devem ser ingeridas.)

• Serve-se cabeça de peixe ou carneiro (na prática, a língua é utilizada) para representar o desejo de ser “cabeça”, sobressaindo-se com justiça e servindo de exemplo para todos.

• Tsimes, um prato de cenouras doces, também é servido. A palavra yidish para cenouras é meren, que também significa acrescentar. Assim, tsimes representa o desejo de possuir mais méritos que falhas (vide receita na pág. 54).

• Outros alimentos especiais são: alho-poró, acelga, tâmara, abóbora-moranga, feijão fradinho e romã.

• O bolo de mel é também uma sobremesa tradicional durante esta época (vide receita na pág. 54).

• Na conclusão da refeição, recita-se a Bênção de Graças (Bircat Hamazon), encontrada no Sidur (Livro de Rezas). Acrescenta-se o parágrafo Yaalê Veyavô, lembrando a data de Rosh Hashaná (Yom Hazicaron).

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SEGUNDA NOITE DE ROSH HASHANÁ – SEGUNDA-FEIRA, 30/09

• Na segunda noite, uma fruta da nova estação, que ainda não foi provada, é colocada sobre a mesa no horário do acendimento das velas e do kidush.

ACENDIMENTO DAS VELAS APÓS ÀS 18H39

• É proibido criar fogo em Yom Tov riscando um fósforo. As velas são acesas com um palito utilizando o fogo de uma chama acesa desde a véspera (tomando cuidado de não apagar o palito posteriormente).

• Ao acender as velas na segunda noite recita-se as mesmas bênçãos da noite anterior (vide acima na pág. 6).

• Recita-se o kidush da noite de Rosh Hashaná (vide pág. 16).• Em seguida (antes da ablução das mãos), a nova fruta é saboreada, após recitar a bênção:• Como na primeira noite, abluem-se as mãos, recita-se a bênção “Al netilat yadáyim” e

come-se a chalá mergulhada no mel, após pronunciar a bênção “Hamôtsi”.• Na conclusão da refeição, recita-se a Bênção de Graças (Bircat Hamazon), encontrada

no Sidur. Acrescenta-se o parágrafo Yaalê Veyavô, lembrando a data de Rosh Hashaná (Yom Hazicaron).

OS DIAS DE ROSH HASHANÁSEGUNDA-FEIRA, 30/09, E TERÇA-FEIRA, 01/10

O Toque do Shofar

• A principal mitsvá de Rosh Hashaná é ouvir o toque do shofar. De acordo com a Torá deve-se ouvir pelo menos trinta toques. Porém é costume ouvir cem toques, trinta após a leitura da Torá e o restante durante e após o término das orações.

• Deve-se prestar atenção especial às bênçãos antes do toque do shofar e responder amên.• Ao ouvir o toque do shofar, a pessoa deve ser despertada para retornar a D’us e

proclamá-Lo como Rei do Universo.• A partir do momento em que as bênçãos do shofar são recitadas até os últimos toques

(no final do serviço religioso), os presentes devem permanecer em completo silêncio, sem conversar.

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Os almoços

• Ao retornar da sinagoga recita-se o kidush do dia de Rosh Hashaná (vide pág. 17).• Após o kidush abluem-se as mãos, e pronuncia-se a bênção “Al netilat yadáyim”.• Costuma-se usar chalot redondas.• Distribui-se um pedaço da chalá para cada participante, mergulhando-o no mel antes

de comer, recitando a bênção “Hamôtsi”.• Na conclusão da refeição recita-se a Bênção de Graças (Bircat Hamazon), en contrada

no Sidur. Acrescenta-se o parágrafo Yaalê Veyavô, lembrando a data de Rosh Hashaná (Yom Hazicaron).

Primeiro dia de Rosh Hashaná à tardeSEGUNDA-FEIRA, 30/09

• Em Rosh Hashaná à tarde, logo após Minchá (a Prece Vespertina), é costume ir até um lago ou poço onde haja peixes, para recitar a prece de Tashlich e invocar a mercê Divina. Esta oração encontra-se no Machzor (Livro de Rezas) de Rosh Hashaná. A palavra tashlich advém do versículo: “Tu jogarás (tashlich) seus pecados nas profundezas do mar.” A água simboliza bondade; e os peixes, com seus olhos sempre abertos, representam a vigilância constante da Divina Providência.

Término de Rosh HashanáTERÇA-FEIRA, 01/10, ÀS 18H39

• No final do segundo dia de Rosh Hashaná recita-se a havdalá encontrada no Sidur, sem acender a vela trançada e sem cheirar as especiarias.

________________

O Shofar

O shofar, o mais antigo instrumento de sopro, lembra entre outras coisas:1. O toque do shofar ouvido no Monte Sinai quando aceitamos os mandamentos de D’us para

sempre.2. Akedat (amarração de) Yitschac, quando Avraham sacrificou um cordeiro no lugar de seu filho,

um ato de grande mérito para seus descendentes, o povo judeu.3. O chamado do “grande shofar” que D’us tocará na vinda de Mashiach, quando reunirá todos os

exilados do povo judeu na Terra Santa.4. A Ressurreição dos Mortos, despertando o desejo e a crença por este dia.

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Os Dez Dias de Teshuvá CORRIGINDO O PASSADO

• Os dez primeiros dias do mês de Tishrê – os dois dias de Rosh Hashaná, os sete dias que se seguem e Yom Kipur – são época propícia para reparar falhas e nos aproximar de D’us. São conhecidos como os Dez Dias de Teshuvá.

• Durante estes dias, há vários trechos que são acrescentados à Amidá (Prece Principal), inclusive no Shabat. Após a Amidá da manhã e da tarde recita-se a oração Avínu Malkênu (exceto no Shabat).

• O Shabat entre Rosh Hashaná e Yom Kipur é denominado Shabat Teshuvá, baseado na leitura dos profetas (Haftará): “Volta (shuvá), ó Israel, pois tropeçaste...”

Jejum de Guedalyá QUARTA-FEIRA, 02/10, DAS 4H35 ATÉ 18H29

• O dia seguinte a Rosh Hashaná é um dia de jejum, que se inicia ao alvorecer e termina com o surgimento das estrelas.

________________

Teshuvá

Teshuvá, frequentemente traduzida como arrependimento, na realidade significa retorno. O Judaísmo enfatiza que a centelha Divina da alma é boa. Não se alcança o verdadeiro arrependimento por meio de severa autocondenação, mas pela percepção de que nosso mais profundo desejo é realizar o bem de acordo com a vontade de D’us.

Os sete dias entre Rosh Hashaná e Yom Kipur são oportunos para fazer teshuvá pelo ano que passou. Esta semana é um modelo; por exemplo, o domingo engloba todos os domingos do ano e assim por diante.

Guedalyá

Guedalyá ben Achicam, governador de Israel, foi assassinado em Rosh Hashaná 3339, dois meses após a destruição do Primeiro Templo, causando a dispersão do povo judeu remanescente. Nossos Sábios fixaram o jejum para o dia seguinte a Rosh Hashaná.

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Yom KipurDia do Perdão

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Dia do Perdão

Após o pecado do bezerro de ouro, Moshê rezou e, em dez de Tishrê, D’us concedeu pleno perdão ao povo judeu. Desde então foi fixado como dia do perdão para todo o sempre.

Caparot

Quando a pessoa faz caparot deve ter em mente que merecia, por seus erros, o mesmo destino da ave, inspirando-a a uma sincera teshuvá. D’us, em Sua grande misericórdia, lhe concederá uma nova chance.

DO PÔR-DO-SOL DE TERÇA-FEIRA, 08/10 (ÀS 17H48),

ATÉ O COMPLETO ANOITECER DE TERÇA-FEIRA, 09/10 (ÀS 18H43)

VÉSPERA DE YOM KIPUR TERÇA-FEIRA, 08/10

Caparot

• Na madrugada da véspera de Yom Kipur (ou nos dias precedentes) é realizado o ritual de caparot.

• Segura-se um galo branco (para os homens) ou uma galinha branca (para as mulheres), enquanto é recitada uma breve prece (veja o texto completo nas págs. 19 e 20).

• As aves são ritualmente abatidas e uma soma equivalente a seu real valor é doada aos pobres.• Pode-se também fazer caparot com dinheiro, doando-o a seguir para tsedacá.

Fazendo as Pazes

• Yom Kipur perdoa pecado cometido contra D’us; transgressões praticadas contra o próximo são perdoadas somente após ter se desculpado pessoalmente.

Outros Costumes da Véspera de Yom Kipur

• É mitsvá todos os homens irem ao micvê na véspera de Yom Kipur para entrar com pureza no Dia Sagrado.

• Após Shacharit (a Prece Matinal) é costume pedir à alguém um pedaço de lêcach (bolo de mel). A intenção é, caso seja decretado que durante o ano a pessoa deva receber caridade, que cumpra sua pena ao pedir este lêcach. Aquele que entrega o lêcach deve desejar um ano bom e doce.

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• Antes de Minchá (a Prece Vespertina) deve-se dar bastante tsedacá. Neste momento deve-se dar também o resgate das caparot. É costume distribuir caixinhas ou pratos pela sinagoga para coletar esta tsedacá. O Báal Shem Tov afirmou: “O barulho das moedas nos pratos destrói as forças negativas.”

As refeições

• Na véspera de Yom Kipur é mitsvá fazer duas refeições fartas – uma no almoço e outra à tarde. Dizem nossos Sábios: “Todo aquele que come e bebe na véspera e jejua em Yom Kipur é considerado como se jejuasse dois dias seguidos.”

• Costuma-se usar chalá redonda, mergulhando os pedaços no mel, após a ablução das mãos e recitação das bênçãos “Al netilat yadáyim” e “Hamôtsi” (vide pág. 18).

• Na última refeição antes do jejum não se come peixe. Costuma-se comer creplach, tradicionais pasteizinhos de carne (vide receita na pág. 55).

• Os alimentos desta refeição devem ser de fácil digestão.• Deve-se convidar pessoas pobres para a mesa, principalmente na última refeição, para

que a mesa sirva como capará (expiação).

Abençoando os filhos

• Os pais costumam abençoar os filhos com a Bênção Sacerdotal antes de ir à sinagoga, desejando que sejam selados para uma longa vida, com temor a D’us:

YEVARECHECHÁ A-DO-NAI, VEYISH-MERÊCHA. YAER A-DO-NAI PANAV ELÊCHA, VICHUNÊCA. YISSÁ A-DO-NAI PANAV ELÊCHA, VEYASSÊM LE-CHÁ SHALOM.

D’us te abençoe e te proteja. D’us faça Sua face brilhar sobre ti e seja gracioso para contigo. D’us eleve Sua face para ti e te dê paz.

• Para os meninos acrescenta-se as palavras: YESSIMECHÁ E-LO-HIM KEEFRÁYIM VECHIMENASHÊ.

Que D’us te faça como Efráyim e Menashê.

• Para as meninas acrescenta-se as palavras: YESSIMÊCH E-LO-HIM KESSARÁ, RIVCÁ, RACHEL VELEÁ.

Que D’us te faça como Sará, Rivcá, Rachel e Leá.

Pede-se com lágrimas que D’us aceite estas orações. Também os filhos devem neste momento decidir seguir o caminho correto e os passos dos homens justos.

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YOM KIPUR

• Comemora-se Yom Kipur em 10 de Tishrê.• O jejum de Yom Kipur inicia-se antes do pôr-do-sol da véspera, terça-feira, 08/10, às

17h48 e termina ao completo anoitecer de quarta-feira, 09/10, às 18h43.• As atividades criativas proibidas no Shabat também o são em Yom Kipur, inclusive

carregar em propriedade pública. Portanto deve-se tomar cuidado para não transportar o livro de orações, talit e óculos de leitura ou qualquer outro objeto. Estes devem ser deixados na sinagoga antes do início do jejum.

• Em Yom Kipur os tefilin não são colocados.

• Além de abster-se de comer e beber, em Yom Kipur também é proibido: ✓ Usar perfumes, óleos, desodorantes, maquiagem ou loções. ✓ Lavar-se. ✓ Calçar sapatos de couro (mesmo que sejam parcialmente de couro). ✓ Manter relações conjugais.

• Deve-se colocar uma toalha de Shabat sobre a mesa antes de acender as velas, arrumar as camas e vestir roupas festivas em honra a Yom Kipur.

• Antes do acendimento das velas de Yom Kipur, é costume acender uma vela de 24 horas pelos pais falecidos. Esta pode ser acesa em casa, para aproveitar a sua chama na havdalá após Yom Kipur.

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Comer e Beber

A proibição de comer e beber em Yom Kipur recai até mesmo sobre uma quantia mínima. Existe, porém, uma quantia estipulada de comida ou bebida que, se ingerida, consiste em transgressão de uma proibição maior. No caso de um doente que deve comer, conforme veremos adiante, deve ser-lhe dada, na medida do possível, uma quantia menor que esta quantia. No caso de líquidos, deve ser dado ao doente o equivalente a menos de uma bochecha cheia a cada nove minutos, ou pelo menos a quatro minutos, se for suficiente. No caso de alimentos sólidos, deve-lhe ser dado menos de 30 centímetros

cúbicos no prazo acima, se possível. É preferível beber a comer neste dia em caso de doença.As crianças que já entendem a santidade do dia não costumam comer guloseimas neste dia.Até mesmo enxaguar a boca não é permitido.Se a pessoa não tem força suficiente para ir à sinagoga em jejum, deve permanecer em casa, de

cama, mas jamais comer para ter forças para ir à sinagoga ou rezar. Se a pessoa sabe que se for à sinagoga passará mal, talvez precisando comer no meio do jejum, não deve ir.

ACENDIMENTO DAS VELAS E INÍCIO DO JEJUM ÀS 17H48

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• Ao acender as velas recitam-se as bênçãos:BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLAM, ASHER KIDESHÁNU

BEMITSVOTAV, VETSIVÁNU LE HAD LIC NER SHEL YOM HAKIPURIM.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou acender a vela do Dia do Perdão.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLAM, SHEHECHEYÁNU VEKIYEMÁNU VEHIGUIÁNU LIZMAN HAZÊ.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até a presente época.

AS PRECESCol Nidrê

• Em Yom Kipur deve-se deixar de lado as preocupações materiais para dedicar-se às preces. Inicia-se Arvit (a Prece Noturna) com o cântico de Col Nidrê, que exime o indivíduo, de antemão, de qualquer promessa que, porventura, venha a esquecer de cumprir no ano entrante.

• Antes de Col Nidrê, a Torá é retirada. A Torá deve ser beijada, pedindo-lhe perdão por desrespeitá-la durante o ano.

A confissão

• Durante cada uma das preces de Yom Kipur recita-se a confissão (vidui), enumerando os pecados cometidos e pedindo perdão a D’us.

As orações do dia

• As orações da manhã se constituem de Shacharit (a Prece Matinal), uma leitura da Torá e Mussaf (a Prece Adicional) que inclui a Bênção Sacerdotal.

Yizcor

• Antes de Mussaf recita-se Yizcor em memória de entes queridos falecidos.

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Col Nidrê A reza de Col Nidrê, com sua tradicional melodia, tem origem na época da Inquisição, quando

muitos judeus foram forçados a se converter através de torturas. Na noite de Yom Kipur rezavam Col Nidrê com pesar e emoção, anulando o que haviam afirmado contra a religião judaica.

YizcorYom Kipur perdoa também os mortos e seu perdão ocorre quando o filho promete dar caridade em

sua honra. Recitar Yizcor lembra o dia da morte, despertando assim para teshuvá.

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Minchá

• No fim da tarde, antes do pôr-do-sol, recita-se Minchá (a Prece Vespertina) que inclui uma leitura da Torá. Este trecho trata das proibições de incesto e adultério. Por ser uma proibição rigorosa e de fácil transgressão, é lida na tarde de Yom Kipur.

• Neste momento também é lido o livro do Profeta Yoná. Este livro relata como D’us queria destruir uma cidade grande chamada Ninvê, mandando o Profeta Yoná para advertir o povo. Ao ouvir a advertência, todos jejuaram três dias e fizeram teshuvá, fazendo com que D’us os perdoasse. É lido em Yom Kipur para que se aprenda que o principal não é o jejum, mas a sincera vontade da teshuvá.

Ne’ilá – Trancando os Portões Celestiais

• A prece final do dia, quando o julgamento para o ano novo está sendo selado, é denominada Ne’ilá. É o único serviço, de todo o ano, no qual as portas da Arca Sagrada permanecem abertas do início ao fim. Isto simboliza que os portões celestiais das preces estão escancarados para todos neste momento. Esta deve ser rezada com grande intenção e com sentimento de pureza para despertar a piedade Divina nos últimos momentos do dia. Ne’ilá culmina com Shemá Yisrael e outros versículos pronunciados em uníssono, seguindo-se o toque final do shofar.

• É bom lembrar que Yom Kipur não termina com o toque do shofar, mas só após Arvit (a Prece Noturna) e havdalá.

Término de Yom Kipur – 18h43

• No final de Yom Kipur recita-se a havdalá (encontrada no Sidur) com uma vela que ficou acesa durante Yom Kipur.

• Ao sair da sinagoga cada um deseja ao outro “Gut Yom Tov” ou “Chag Samêach”. • Ao chegar em casa, deve-se fazer uma refeição festiva. Nesta refeição mergulha-se a

chalá no mel, após a ablução das mãos e a recitação das bênçãos “Al netilat yadáyim” e “Hamôtsi” (vide pág. 18).

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Laço Eterno

Embora as Grandes Festas sejam dias solenes, não são tristes. De modo sutil, Yom Kipur é considerado um dos dias mais felizes do ano, pois recebemos o que talvez seja a mais sublime dádiva de D’us: Seu perdão. Quando uma pessoa perdoa outra, isto se deve a um sentimento profundo de amizade e amor que anula o efeito de qualquer mal praticado. Do mesmo modo, o perdão Divino é a expressão de Seu amor eterno e incondicional. Embora possamos ter transgredido Sua vontade, nossa essência, a alma, permanece Divina e pura. Yom Kipur é o único dia do ano em que D’us revela mais claramente que nossa essência e a Sua são uma só. Ao nível da alma, o povo judeu é todo igual e indivisível. Sempre que se demonstra a união essencial, agindo com amor e amizade, mais será revelado o amor de D’us.

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KIDUSH PARA AS NOITES DE ROSH HASHANÁ

DOMINGO, 29/09, E SEGUNDA-FEIRA, 01/10

• Segura-se a taça na palma da mão direita e recita-se:

SAVRI MARANAN: BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLAM, BORÊ PERI HAGÁFEN.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLAM, ASHER BÁCHAR BÁNU MICOL AM, VEROMEMÁNU MICOL LASHON, VEKIDESHÁNU

BEMITSVOTAV. VATITEN LÁNU A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU BEA HA VÁ ET YOM HAZI CA RON HAZÊ, ET YOM TOV MICRÁ CÔDESH HAZÊ, YOM TERUÁ MICRÁ CÔDESH, ZÊ CHER LITSIAT MITSRÁYIM; KI VÁNU VACHÁRTA

VEO TÁ NU KIDÁSHTA MICOL HAAMÍM, UD VARE CHÁ MALKÊNU EMET VECAYAM LAAD. BARUCH ATÁ A-DO-NAI, MÊLECH AL COL HAÁRETS,

MECADESH YISRAEL VEYOM HAZICARÔN.

Atenção senhores! Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que cria o fruto da vinha.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que nos escolheu dentre todos os povos, nos elevou acima de todas os idio mas e nos santificou com Seus mandamentos. E nos deste, ó Eterno

nosso D’us, com amor este Dia da Lembrança e este dia propício de santa convocação, dia de toque, santa convocação, em recordação à saída do Egito. Pois a nós Tu escolheste e nos santificaste dentre todos os povos e Tua palavra, ó nosso Rei, é verdade e existe por toda a eternidade. Bendito és Tu, ó

Eterno, Rei sobre toda a Terra, que santifica Israel e o Dia da Lembrança.

• Acrescenta-se aqui a bênção de Shehecheyánu. Ao recitá-la na segunda noite de Rosh Hashaná, segunda-feira, 01/10, olha-se para a fruta nova:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLAM, SHEHECHEYÁNU VEKIYEMÁNU VEHIGUIÁNU LIZMAN HAZÊ.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até a presente época.

• A seguir, sentado, bebe-se a maior parte do conteúdo da taça.• Divide-se o restante do vinho, acrescentando mais um pouco se desejar, entre todos os

presentes.

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KIDUSH PARA OS ALMOÇOS DE ROSH HASHANÁ

SEGUNDA-FEIRA, 01/10, E TERÇA-FEIRA, 02/10

• Segura-se a taça na palma da mão direita e recita-se:

TIC’U VACHÔDESH SHOFAR BAKÊSSE LEYOM CHAGUÊ NU. KI CHOC LE YISRAEL HU, MISHPAT LE-LO-HÊ YAACOV.

SAVRI MARANAN: BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLAM, BORÊ PERI HAGÁFEN.

Soprai o shofar na lua nova, no dia designado como nosso dia festivo. Pois este é um decreto para Israel, [Dia de] Julgamento para o D’us de Yaacov.

Atenção senhores! Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que cria o fruto da vinha.

• A seguir, sentado, bebe-se a maior parte do conteúdo da taça.• Divide-se o restante do vinho, acrescentando mais um pouco se desejar, entre todos os

presentes.

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Netilat Yadáyim e Hamôtsi• Antes de comer a chalá abluem-se as mãos, vertendo água de uma caneca três vezes

consecutivas em cada mão, até o pulso, iniciando pela mão direita.• Recita-se a seguinte bênção antes de enxugar as mãos:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KI DE SHÁ NU BEMITSVOTAV, VETSI VÁNU AL NE TI LAT YADÁYIM.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com os Seus mandamentos e nos ordenou sobre a ablução das mãos.

• Não é permitido conversar entre a recitação desta bênção e a ingestão do primeiro bocado de alimento.

• Antes de comer a chalá, imediatamente após lavar as mãos e pronunciar a bênção sobre a ablução, recita-se:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, HAMÔTSI LÊ CHEM MIN HAÁRETS.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que faz brotar pão da terra.

• Esta bênção isenta a pessoa de todas as outras bênçãos anteriores a alimentos, exceto as do vinho, frutas e sobremesa.

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Caparot

BENÊ ADÁM YOSHEVÊ CHÔSHECH VE TSALMÁVET, ASSIRÊ ÔNI UVAR ZÊL. YOTSIÊM MECHÔSHECH VE TSAL MÁVET, UMOSROTEHÊM

YE NA TÊC. EVILÍM MIDÊRECH PISH’AM, UME AVONOTEHÊM YIT’ÁNU. COL ÔCHEL TETAÊV NAFSHÁM, VAYAGUÍU AD SHAARÊ MÁVET. VAYIZ’ACÚ

EL A-DO-NAI BATSÁR LAHÊM, MIME TSUCOTEHÊM YOSHIÊM, YISHLÁCH DEVARÔ VEYIRPAÊM, VIMALÊT MI SHE CHITOTÁM. YODÚ LA-DO-NAI

CHASDÔ, VENIFLEOTÁV LIVNÊ ADÁM. IM YÊSH ALÁV MAL’ÁCH ME LÍTS ECHÁD MINÍ ÁLEF, LEHAGUÍD LEA DÁM YOSHRÔ. VAYCHUNÊNU, VAYÔMER;

PEDAÊHU MERÊDET SHÁ CHAT, MATSÁTI CHÔFER.

Filhos do homem, que moram na escuridão e à sombra da morte, presos pela miséria e por cadeias de ferro – Ele os tirará da escuridão e da sombra da morte e quebrará seus grilhões. Pecadores insensatos, afligidos por causa de seus caminhos pecaminosos e suas iniquidades;

sua alma abomina todo alimento e eles chegam aos portões da morte – clamam ao Eterno em sua angústia; Ele os salva de suas aflições. Envia Sua palavra e os cura; Ele os salva de seus túmulos. Agradeçam ao Eterno por Sua bondade, e [proclamem] Suas maravilhas para com

os filhos do homem. Se há para um homem [pelo menos] um anjo intercessor dentre mil [acusadores], para falar de sua retidão em seu favor, então Ele lhe será gracioso e dirá:

Salva-o de descer para o túmulo; Eu achei expiação [para ele].

• Gire a ave (ou dinheiro) sobre a cabeça ao pronunciar as palavras “CHALIFATÍ” (minha permuta), “TEMURATÍ” (meu substituto) e “CAPARATÍ” (minha expiação):

Homem: ZÊ CHALIFATÍ. ZÊ TEMURATÍ, ZÊ CAPARATÍ. ZÊ HATARNEGÔL YELÊCH LEMITÁ (QUANDO FEITO COM DINHEIRO SUBSTITUA AS

PALAVRAS SUBLINHADAS POR: ZÊ HAKESSÊF YELÊCH LITSDACÁ), VAANÍ ELÊCH LECHAYÍM TOVÍM ARUCHÍM ULSHALÔM.

Esta é minha permuta, este é meu substituto, esta é minha expiação. Este galo irá para a morte (quando feito com dinheiro substitua as palavras anteriores por: “este dinheiro será

doado à caridade”) e eu irei para uma boa e longa vida e para a paz.

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Mulher: ZÔT CHALIFATÍ, ZÔT TE MU RATÍ, ZÔT CAPARATÍ. ZÔT HATAR NEGÔLET TELÊCH LEMITÁ (QUANDO FEITO COM DINHEIRO

SUBSTITUA AS PALAVRAS SUBLINHADAS POR: ZÊ HAKESSÊF YELÊCH LITSDACÁ), VAANÍ ELÊCH LECHAYÍM TOVÍM ARUCHÍM ULSHALÔM.

Esta é minha permuta, este é meu substituto, esta é minha expiação. Esta galinha irá para a morte (quando feito com dinheiro substitua as palavras anteriores por: “este dinheiro será

doado à caridade”) e eu irei para uma boa e longa vida e para a paz.Mulher grávida faz caparot com um galo e duas galinhas e recita o texto no plural:

ÊLU CHALIFATÊNU, ÊLU TEMURATÊNU, ÊLU CAPARATÊNU. ÊLU HATARNEGÔLIM YELECHU LE MITÁ (QUANDO FEITO COM DINHEIRO SUBSTITUA AS PALAVRAS SUBLINHADAS POR: ZÊ HAKESSÊF YELÊCH

LITSDACÁ), VAANÁCHNU NELÊCH LECHAYÍM TOVÍM ARUCHÍM ULSHALÔM.

Estas são minhas permutas, estes são meus substitutos, estas são minhas expiações. Estas aves irão para a morte (quando feito com dinheiro substitua as palavras anteriores por: “este

dinheiro será doado à caridade”) e nós iremos para uma boa e longa vida e para a paz.

• Repita todo o texto acima (desde a página anterior) três vezes, girando a ave (ou o dinheiro) um total de nove vezes sobre a cabeça.

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HISTÓRIAS DE ROSH HASHANÁ

A COROAÇÃO

Era tarde no sexto dia da criação do mundo. Tudo estava pronto agora, ou quase tudo. O sol raiava brilhante no céu azul, seus raios tremulavam, brincalhões, sobre as águas claras dos rios, riachos e lagos lá embaixo. Os prados verdejavam com grama fresca. Os pássaros pipilavam alegremente no ar. Os bosques estavam repletos de esquilos, coelhos, e toda espécie de grandes e pequenos animais.

No entanto, todos os animais eram parvos e não tinham idéia de como vieram a existir, tampouco Quem os criara. Assim, D’us decidiu criar a última e mais extraordinária criatura, que tivesse capacidade de pensar, falar e fazer coisas maravilhosas. Essa criatura era o Homem.

Quando Adam abriu os olhos e viu o belo mundo que o cercava, soube imediatamente que foi D’us Quem o criara, assim como a Ele mesmo. As primeiras palavras de Adam foram: “ D’us é Rei para sempre!” O eco de sua voz reboou de uma extremidade do mundo até a outra.

“Agora, o mundo todo saberá que Eu sou o Rei” – disse D’us, e Se alegrou com isto.Este foi o primeiro Rosh Hashaná! O primeiro Ano Novo. Era o dia do nascimento do Homem, e o dia

da coroação do Rei dos reis!“Agora, vejamos o que os reis fazem no dia de sua coroação?” – D’us perguntou, e respondeu: “Eles fazem

daquele dia um festival. Os leais súditos reúnem-se em todos os lugares para expressar sua lealdade ao rei. Fazem soar as trombetas e clamam ‘Vida longa ao rei!’ O rei enche-se de amor por seus súditos e concede-lhes vários favores e honras. Ele perdoa até mesmo indivíduos que agiram contra a Sua vontade, se estes tenham se arrependido pelo que fizeram. Sim, é isso o que Eu farei!”

E assim, D’us fez de Rosh Hashaná um festival. Nós nos reunimos em sinagogas, tocamos o shofar e expressamos nosso amor por nosso Rei e Pai no Céu. D’us, por sua vez, concede-nos um ano bom e doce.

OS PRIMEIROS ARREPENDIDOS

De acordo com a tradição, foi em Rosh Hashaná que Cáyin matou seu irmão Hêvel.Hêvel jazia imóvel na terra. Cáyin percebeu que matara o irmão. “O que devo fazer com o corpo?” –

pensou, completamente perdido, pois nunca vira um cadáver antes, nem sabia o que fazer com um. Um pio alto e furioso fê-lo levantar os olhos. Dois corvos lutavam ferozmente. Logo, um dos dois caiu por

terra e lá jazeu, sem vida, assim como o irmão. A ave vencedora começou a cavar um buraco na terra com o bico e as garras. Depois, rolou o corpo da ave morta para dentro dele, cobriu-o com terra e voou para longe.

Cáyin, agora, sabia o que devia fazer. Cavou uma cova no solo e lá depositou o corpo do seu irmão, cobrindo-o com terra. “Tenho que fugir daqui” – pensou. Foi quando ouviu uma Voz Celestial: “Você acha que pode fugir de Mim? Onde está seu irmão, Hêvel?”

Cáyin gelou. “Não sei” – respondeu, “Será que sou o guardião do meu irmão?”“Você, filho insensato do homem!” disse-lhe D’us. “Não pode esconder nada de Mim!”O coração de Cáyin encheu-se de remorso. Estava profundamente arrependido pelo que fizera. “Será que

meu pecado é pesado demais até mesmo para o perdão Divino?” – chorou, agoniado. D’us olhou para dentro do coração de Cáyin e viu que este estava verdadeiramente arrependido. Disse

D’us: “Já que você se arrependeu honestamente, com todo o coração, atenuarei sua punição. Pouparei sua vida, mas você terá que vagar sem descanso até o fim de seus dias; e então, você, também, morrerá nas mãos de um homem.”

Cáyin pôs-se a vagar. Seu pai Adam encontrou-o: “Por que estás tão triste, meu filho?” perguntou-lhe Adam. Cáyin contou-lhe tudo o que acontecera.

“Quer dizer que o poder do arrependimento é tão grande assim?” exclamou Adam. “Que pena não ter sabido disso logo.”

Adam orou a D’us para que perdoasse o seu próprio pecado de ter comido da árvore proibida. Orou com

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todo o seu coração e D’us aceitou seu sincero arrependimento, perdoando-o.Cáyin e Adam foram os primeiros arrependidos. Eles se arrependeram e foram perdoados – em Rosh

Hashaná.

O FURO NO BARCO

Um homem foi chamado para pintar um barco que se encontrava na praia. Trouxe tinta e pincel e começou a pintá-lo de um vermelho brilhante, conforme combinado.

Enquanto pintava, percebeu que a tinta se infiltrava por um furo e deduziu que havia um vazamento. Decidiu consertá-lo. Quando terminou a pintura, recebeu o pagamento pelo serviço e foi embora.

No dia seguinte, o dono do barco foi procurar o pintor e o presenteou com um vultoso cheque. O pintor ficou admirado:

“Você já me pagou pela pintura do barco” – disse. “Mas isto não é pelo serviço de pintura. É por ter consertado o furo no barco.”“Foi algo tão pequeno que nem quis cobrar. Certamente, você não está pagando esta grande soma por

uma coisa tão insignificante.”“Meu caro amigo, você não compreendeu. Deixe-me contar o que aconteceu. Quando lhe pedi para pintar

o barco, esqueci de contar sobre o furo. Depois que o barco ficou bonito e seco, meus filhos foram pescar. Eu não estava em casa neste momento. Quando voltei e notei que haviam saído com o barco, fiquei desesperado ao me lembrar do furo. Imagine meu alívio e alegria quando os vi retornar sãos e salvos. Então, exa minei o barco e constatei que você o havia consertado! Agora compreende o que fez? Salvou a vida de meus filhos! Não tenho o bastante para pagar pela “pequena” coisa boa que você fez…”

O PEDAÇO DE CORDA

Um rico comerciante comprou um candelabro maravilhoso para sua casa. Era uma obra-prima, feito de puro cristal e cravejado de pedras preciosas. Custara uma verdadeira fortuna.

Para dependurar este belo candelabro, o comerciante fez um furo no forro da casa. Através do furo, passou uma corda para dentro da sala e amarrou-a ao candelabro. Prendeu a outra ponta a um prego no sótão. Puxou a corda até que o candelabro ficou dependurado no teto da sala. O que restou de corda foi enrolado em volta do prego no sótão.

Todos que vinham à casa admiravam o maravilhoso candelabro e tanto o homem como os outros membros da família orgulhavam-se muito dele.

Certo dia, veio um rapaz pobre pedir roupas. Disseram-lhe para subir ao sótão onde estavam guardadas roupas velhas e escolher algumas delas. Foi o que o pedinte fez. Escolheu algumas, colocou-as numa sacola e passou a procurar um pedaço de corda para amarrá-la. Vendo a corda enrolada num prego, resolveu tirar um pedaço. Abriu o canivete e cortou-a.

Crás! Ouviu-se um grande estrondo e, no momento seguinte, toda a família corria ao sótão gritando: “Idiota! Veja o que fez! Você cortou a corda e nos arruinou!”

O pobre rapaz não conseguia entender porque havia tanta agitação. Disse ele: “Por que vocês dizem que os prejudiquei? Tudo o que fiz foi pegar um pedacinho de corda. Com certeza, isto não os arruinará!”

“Pobre coitado!” respondeu o comerciante. “Sim, tudo o que fez foi pegar um pedaço de corda. Mas acontece que meu precioso candelabro estava dependurado nela. Agora, você o quebrou e não é mais possível consertá-lo.”

Os dois contos têm uma só moral.Frequentemente, fazendo o que nos parece uma “pequena” mitsvá não podemos imaginar que boa ação

realmente fizemos. E, ao contrário, cometendo algo que nos parece uma “pequena” falha, podemos causar uma grande catástrofe.

As ações boas ou más causam “reações em cadeia”. Uma boa ação resulta em outros bons feitos e uma transgressão provoca outras. Qualquer uma delas, não importa quão insignificante seja na aparência, pode criar ou destruir mundos.

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O TOQUE DO SHOFAR

Examinemos com mais detalhes o shofar.O shofar é um chifre de carneiro. Ele nos lembra o car neiro sacrificado por Avraham no lugar de Yitschac.

A história da Akedá (amarração de Yitschac), li da no segundo dia de Rosh Hashaná, volta à nossa mente cheia de vigor. Orgulhamo-nos de ser descendentes de Avraham e Yitschac e por ter herdado algo de sua lealdade e devoção completas a D’us.

O shofar é um dos instrumentos de sopro mais antigos usados pelo homem. Somente a flauta do pastor o iguala em idade, mas não tem função no Serviço Divino nos dias de hoje. O shofar, porém, é o mesmo que aquele usado há milhares de anos! Durante a história da humanidade foram inventados instrumentos novos, abandonados os velhos e somente nos museus poderemos encontrar uma flauta antiga… Não é digno de admiração que ainda nos apeguemos ao antigo shofar?

Naturalmente, se considerarmos o shofar como um “instrumento musical”, ele não tem grande valor. O shofar não produz sons delicados como o clarim moderno, a trombeta ou outro instrumento de sopro. Mas, para nós, o shofar não é um instrumento “musical”; não é usado por prazer ou divertimento. Longe disto – tem um sentido profundo. É um chamado para o arrependimento, avisando a chegada dos Dez Dias de Retorno, que começam com Rosh Hashaná e culminam com Yom Kipur.

A mensagem do shofar, segundo Maimônides, é: “Acordai de vosso sono e ponderai sobre os vossos feitos; lembrai-vos do Criador e voltai a Ele!”

Esta é a sua função: inspirar a alma e provocar vibrações extraordinárias no coração, ativando o sentimento do arrependimento e humildade.

Por ser finalidade do shofar inspirar-nos humildade, podemos compreender o porquê do shofar não ser ricamente decorado. Os ornamentos não o tornam inadequado, desde que fiquem apenas do lado externo sem que suas paredes sejam perfuradas. Isto nos serve como lição da importância da simplicidade e humildade. Como o shofar que se torna inadequado se qualquer ornamento de ouro ou prata atravessar o osso do qual é feito, assim também nos tornamos seres humanos insignificantes se permitirmos que o ouro e prata sejam tão importantes na vida a ponto de “perfurar o osso” e se apossar da mente e da alma.

O shofar também deve ser curvo, para mostrar que nós temos que curvar nossos corações perante nosso Pai Celestial.

Rosh Hashaná chama-se também “Yom Teruá – Dia do Toque”, pois, neste dia, é obrigação de cada judeu ouvir o shofar.

O toque do shofar em Rosh Hashaná é um mandamento da Torá. É um preceito como todos os outros de nossa fé e, portanto, deve ser feita uma bênção especial antes de cumpri-lo.

O propósito da bênção é agradecer a D’us por nos ter santificado com Seus mandamentos e nos ter dado a oportunidade de cumprir a Sua vontade.

A bênção, em geral, é um preparo para que nossos atos não sejam realizados apenas pela força do hábito e, sim, conscientemente, sabendo seu significado e perante Quem devemos agir. A bênção antes do toque do shofar tem a mesma finalidade.

Vejamos agora que bênção é esta: “Bendito és Tu, ó Eterno, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou ouvir a voz do shofar.”

Em hebraico a palavra lishmôa (ouvir ou escutar) da mesma raiz de shemá, possui vários significados. Em primeiro lugar, significa escutar ou ouvir com os nossos próprios ouvidos; mas também tem o sentido de entender e obedecer.

E assim, quando aquele que toca o shofar faz a bênção por todos nós, espera-se que não só o som do shofar seja ouvido, como também compreendida e obedecida sua mensagem.

Qual é a mensagem do shofar?O shofar emite três sons característicos: tekiá – um som contínuo, como um longo suspiro; shevarim –

três sons interrompidos, como soluços; teruá – nove (ou mais) sons curtís si mos como suspiros entrecortados em prantos.

Estes sons do shofar evocam e expressam sentimentos de profundo pesar pelos erros do passado. Mais

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ainda, são também uma conclamação às armas, como um tambor de guerra. O shofar nos convoca a lutar contra tudo que impeça a prática da religião em sua plenitude: desejos, preguiça e negligência; contra a influência de más companhias, etc. Ele diz: “Seja corajoso, não tenha medo ou preguiça de cumprir os santos preceitos, como rezar todos os dias, colocar tefilin, usar tsitsit, guardar Shabat e assim por diante.”

Os preceitos da nossa religião são dignos para que lutemos por eles. E mesmo se no passado não observamos os preceitos cuidadosamente, o shofar diz que nunca é demasiado tarde para começar. D’us sempre perdoa o passado se tomarmos a firme resolução de cumprir melhor os mandamentos no futuro.

Finalmente, após os toques descritos acima, ouvimos a tekiá guedolá – o último som do shofar, um toque longo. Este som não representa soluço, nem suspiro ou lamento, mas um grito de triunfo e alegria. Ele nos lembra o dia auspicioso, quando o grande shofar será tocado para reunir do exílio todo o povo de Israel, como o pastor reúne seu rebanho; e quando, liderados pelo nosso Mashiach, retornaremos à Terra Santa.

O BOMBEIRO

Muitos anos atrás, antes da existência do corpo de bombeiros e de seus dispositivos modernos contra incêndios, quando a maioria das casas era de madeira, o fogo representava algo terrível. Uma cidade inteira ou grande parte dela podia ser destruída pelas chamas. E quando começava um incêndio todos deixavam seus afazeres e corriam para ajudar a apagar o fogo.

Sempre havia uma torre mais alta que os outros pré dios da cidade, onde um vigia observava atentamente. Logo que surgia uma fumaça ou fogo, ele tocava o alarme. Os moradores da cidade formavam então uma corrente humana entre o fogo e o poço mais próximo, passando baldes de água um para o outro até apagar o fogo.

Certa vez, um rapaz, morador de um pequeno povoado, foi pela primeira vez à cidade. Ele parou numa estalagem da periferia. De repente, ouviu o som de um clarim e perguntou ao estalajadeiro o que significava aquilo.

“Onde quer que tenhamos fogo” – explicou o homem ao rapaz – “tocamos o clarim e o fogo é rapidamente apagado.”

“Que maravilha!” pensou o rapaz. “Que idéia sensacional levarei à minha aldeia!”Em seguida, o rapaz foi comprar um clarim. Quando retornou ao povoado, cheio de entusiasmo, reuniu

os moradores.“Escutem, gente boa” – exclamou – “não é mais preciso temer o fogo. Vejam como o apagarei rápido!”Dizendo isto, correu para o casebre mais próximo e botou fogo no telhado de palha. O fogo começou a

se espalhar rapidamente.“Não se alarmem!” gritou o rapaz. “Agora, observem-me.”O rapaz começou a tocar o clarim com toda sua força, parando apenas para tomar fôlego e dizer: “Esperem,

isto apagará o fogo num instante!”Mas o fogo não parecia se importar com a música e pulava de um teto para outro, até que todo o povoado

ardia em chamas.Os moradores começaram a repreender e xingar o rapaz: “Seu tolo!” gritaram, “Você pensa que um mero

toque de clarim apagará o fogo? O toque é apenas para acordar o pessoal que estiver dormindo ou chamar os que estão preocupados com seus afazeres para trazer água do poço e apagar o fogo!”

Devemos ter em mente esta história quando ouvimos o shofar, tocado várias vezes durante Rosh Hashaná. Alguns podem pensar, como o rapaz do povoado, que o som do shofar, por si só, fará tudo por eles. Imaginam poder continuar adormecidos ou absortos em seus afazeres sem necessidade de modificar sua maneira de viver. O shofar, tocado na sinagoga, lhes trará, sem dúvida, um bom Ano Novo. Mas, como o clarim do conto acima, o shofar também é o som do “alarme”. Ele transmite a seguinte mensagem:

“Acordem, voltem a D’us, apaguem o ‘fogo’ que tenta destruir seus lares judaicos. Vão à fonte, a Fonte das Águas da Vida, à Torá e às mitsvot!”

Por isso, imediatamente após o toque do shofar exclamamos:“Feliz é o povo que compreende o significado do som do shofar; ele anda na Tua luz, ó D’us!”

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A MELODIA

Um rei saiu para caçar. Ao perseguir um cervo, adentrou a floresta e, quando olhou à sua volta, viu-se sozinho. Começou a procurar um caminho para sair dali que o conduzisse de volta à cidade e a seu palácio.

Durante a busca, encontrou alguns camponeses mas não foi reconhecido e ninguém lhe prestou atenção. Quando começou a lhes falar, não ligaram, nem mesmo o compreenderam.

Vagando entre as árvores por um longo tempo, o rei ouviu uma bonita melodia tocada numa flauta por um homem que o reconheceu imediatamente, falando-lhe com humildade e respeito. O rei percebeu que se tratava de uma pessoa de coração e gostou dele. Quando disse ao homem que queria encontrar alguém que o conduzisse de volta a seu palácio e ao trono, o homem ficou feliz em poder levá-lo e o rei sentiu-se grato.

Convidou-o ao seu palácio e lhe deu um lugar de honra entre os conselheiros reais. Mandou então fazer roupas caras para o amigo, adequadas à sua posição.

Tempos depois, este homem desobedeceu ao rei, que ficou furioso e lhe ordenou comparecer perante a corte real para ser julgado. Quando chegou o dia do julgamento, o amigo do rei tirou as roupas suntuosas e vestiu-se com aquelas que usava no dia em que o rei o encontrara pela primeira vez. Levou também sua flauta e compareceu humildemente, arrependido, perante a corte real.

Antes de proferir o veredicto, o rei lhe perguntou se havia algum pedido a fazer.“Permita-me, Majestade, tocar uma melodia na minha flauta” – pediu ao rei. O pedido lhe foi concedido.Ele tocou aquela bonita melodia que havia executado quando o rei estava perdido na floresta. O rei lembrou-se bem. Recordou o feliz encontro quando aquele homem estranho o reconduziu de volta

a seu palácio.O rei perdoou o amigo, que voltou às boas graças.

Esta história ajuda-nos a compreender melhor o significado do toque do shofar, pois o que nos aconteceu é muito semelhante.

Quando D’us estava prestes a nos outorgar a Torá, Ele procurou vários povos, mas nenhum deles quis acei tá-la.

Finalmente, D’us consultou o povo judeu. Nós O aceitamos junto com a Torá, com as bonitas palavras: “Naassê venishmá – Faremos e ouviremos” – uma promessa de cumprir os mandamentos de D’us sem questioná-los. Assumimos a Lei Divina e proclamamos D’us como Rei no mundo inteiro. Isto O agradou muito.

Quando chega Rosh Hashaná, todas as nossas ações são levadas perante D’us para que sejam pesadas na balança. Podemos, sem dúvida, ficar preocupados com o resultado, caso fôssemos julgados como merecemos. Queremos que D’us seja misericordioso e não leve em conta nosso comportamento no passado. Assim, comparecemos perante Ele da mesma maneira que o fizemos naquele dia no Sinai, quando ouviu-se o som do shofar pela primeira vez e cantamos a bela melodia de Naassê venishmá.

Então D’us Se recorda deste dia e Se volta a nós em misericórdia e perdão. Nosso amor por Ele e Seu amor por nós fica mais forte do que nunca. Podemos então ter certeza de que seremos inscritos no Ano Novo com boa saúde e alegria.

SHOFAR EM ALTO MAR

Um grande e santo rabino certa vez estava a bordo de um navio, junto com dois dos seus discípulos. Rosh Hashaná estava se aproximando e não havia sinal de terra à vista. Então o rabino e seus discípulos prepararam-se para passar os dias sagrados de Rosh Hashaná em alto mar.

Na noite de Rosh Hashaná caiu um terrível temporal. O navio era arremessado pelas ondas e corria grande perigo de se quebrar. As ondas gigantescas varriam o navio, inundando-o da proa à popa. Os marinheiros lutavam para retirar a água, até perderem as forças. Parecia que era só questão de tempo para o navio afundar, a não ser que o temporal cessasse imediatamente.

Durante todo esse tempo, o santo rabino estava em sua cabina, absorto em suas preces, sem dar atenção ao temporal que ameaçava a embarcação. Ao nascer do sol, quando o temporal ainda não havia cedido, seus dois

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discípulos decidiram contar-lhe do perigo que ameaçava a todos. Entrando na sua cabina e encontrando-o absorto em suas preces, hesitaram e recuaram, não encontrando coragem para atrapalhá-lo. Finalmente, quando o temporal parecia ter atingido seu auge e era questão de minutos para afundarem, os discípulos decidiram que não havia tempo a perder. Com vozes trêmulas e lágrimas nos olhos, aproximaram-se do rabino e contaram-lhe sobre o perigo que estavam passando.

“Se esse é o caso, então não percamos tempo. Tragam o shofar rapidamente e vamos cumprir o sagrado mandamento de tocar o shofar enquanto ainda estamos vivos” – disse o rabino.

Os discípulos trouxeram o shofar e logo, o som do shofar era ouvido pelo navio – “Tu, tu...” E os fortes ventos pareciam arrebatar o som do shofar e levá-lo para bem longe...

De repente, o vento começou a amainar, como se estivesse com medo de sufocar o som do shofar. Também o bramido do oceano começou a aquietar-se, e pouco tempo depois, a água estava completamente calma. Os últimos toques do shofar soaram claros na tranquilidade da manhã que acabava de começar.

Acontecera um milagre!O capitão, os marinheiros e muitos passageiros, seguindo o som do shofar, chegaram à cabina do rabino,

onde o encontraram com seus dois discípulos concluindo alegremente o solene serviço do shofar. Assombrados, curvaram suas cabeças em respeito, e quando o rabino concluiu o serviço, o capitão disse:

“Este certamente é um chifre mágico que você possui, pois transformou o mar tempestuoso num calmo laguinho. Se você mo vender, lhe darei tudo o que quiser.”

O rabino sorriu e respondeu: “Não, meu amigo, não é um chifre mágico, mas sim um shofar, um simples chifre de carneiro, que nós, judeus, fomos ordenados a tocar nos solenes dias do nosso ano novo. Ele desencadeia uma tempestade nos nossos corações que é muito maior do que a tempestade no mar, pois ele nos chama a retornar a D’us com humildade.

“Eu não sabia” – continuou o rabino – “que isso iria nos salvar. Tudo o que queria era cumprir mais um mandamento Divino nos últimos momentos de vida que nos sobraram. Mas D’us é misericordioso e poupou-nos a todos, para que possamos viver uma vida boa e sagrada. Vamos demonstrar nossa gratidão a D’us seguindo sempre Seus mandamentos, tanto em épocas seguras como em horas de perigo.”

ROSH HASHANÁ EM BERDITCHEV

Era o primeiro dia de Rosh Hashaná na sinagoga do Rabi Levi Yitschac de Berditchev. A sinagoga estava lotada. O próprio Rebe dirigia a oração solene da congregação: “Todos proclamaram Tua majestade, ó D’us que julgas…” A voz suave e vibrante do Rebe tocava o coração de todos. Dificilmente se encontraria alguém que tivesse os olhos secos. Da galeria das mulheres irrompiam soluços que faziam brotar lágrimas nas faces de todos.

“A Ele, que examina os corações no Dia do Julgamento…”Enquanto o Rebe pronunciava estas palavras, sua voz ficou trêmula e os corações dos presentes en cheram-

se de remorso. Cada um se imaginou pe rante o Trono da Glória, onde o Juiz de todo o Universo presidia para julgar e pronunciar o ve redicto.

“Seja misericordioso e benevolente para co nos co” – era a súplica inaudível, vinda dos recônditos de cada coração. O Rebe recitava linha após linha da prece solene, repetida pela congregação até o trecho: “A Ele, que adquire Seus servos em julgamento…” O Rebe parou de repente, pois as palavras morreram em seus lábios. Seu talit escorregou da cabeça para os om bros, expondo sua face pálida; seus olhos estavam fechados e parecia em transe.

Um estremecimento passou entre os que oravam. Havia algo errado. Uma situação crítica deve ter surgido na Corte Celestial, as coisas não iam bem para os suplicantes. A acusação estava aparentemente para triun-far… Somente mais rezas poderiam mudar o veredito desfavorável. A congregação aguardava em silêncio, corações palpitando. Pouco minutos depois, o Rebe voltou a si. A cor retornou à sua face, que agora irradiava alegria. Sua voz ficara extasiada, enquanto recitava: “A Ele, que adquire Seus servos em julgamento!”

Depois do serviço, quando o Rebe sentou-se à mesa festiva, rodeado pelos seus devotos seguidores, um dos mais idosos tomou coragem e lhe perguntou o que cau sara a interrupção da reza e porque justamente naquelas palavras.

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O Rebe contou:“Senti-me elevado aos Portões do Céu quando vi Satan, o anjo do mal, carregando um grande peso. Esta

cena encheu-me de ansiedade, pois sabia que ele carregava um fardo de pecados para serem depositados nas escadarias da Justiça, perante a Corte Celestial. De repente, Satan largou o saco e voltou para trás – indubitavel men te para trazer mais pecados cometidos por alguns judeus infelizes neste dia mui solene.

“Como o saco foi deixado desguarnecido, fui até lá e comecei a examinar o conteúdo. Estava repleto de todos os tipos de pecados: mexericos maliciosos, ódio infundado, ciúmes, tempo perdido que deveria ter sido dedicado ao estudo da Torá, orações sem intenção e assim por diante – criaturas cheias de pecados pequenos e grandes.

“Enquanto estava imaginando o que fazer, percebi que neste mesmo momento, Satan estava à espreita para pegar mais um pecado e colocá-lo no saco. As coisas não vão bem, pensei. Pus a mão no saco e comecei a tirar um pecado após o outro, para olhá-los mais de perto. Vi que quase todos haviam sido cometidos sem querer, sem prazer, por descuido ou total ignorância. Nenhum judeu era realmente mau, mas as circunstâncias do exílio, pobreza e dificuldades às vezes endurecem o coração, descontrolam os nervos, levam ao ciúme mesquinho, etc.

“De uma maneira bastante estranha, enquanto examinava todos esses pecados e pensava sobre o que estaria por trás deles, pareciam desmanchar-se um a um, até que quase nada restou no saco. Este caiu vazio... No momento seguinte ouvi um grito terrível. Satan voltou-se e, descobrindo o que eu tinha feito, ficou consternado e furioso.

“ ‘Seu ladrão! Que fez você com meus preciosos pecados? O ano inteiro trabalhei para reuni-los e agora você vem e os rouba! Você me pagará em dobro!’

“ ‘Mas, como poderia eu pagá-los?’ perguntei. ‘Meus pecados podem ser muitos, mas não tantos!’“ ‘Bem, você conhece a lei’ – respondeu o adversário. ‘Aquele que rouba deve pagar em dobro e se não

puder pagar, será vendido como escravo! Agora venha!’“O pensamento de ser servo de Satan congelou meu sangue e estive prestes a desfalecer.“Finalmente meu captor levou-me perante o Trono Celestial e expôs o caso perante o Juiz Supremo do

Universo.“Após ter escutado a queixa de Satan, o Eterno, Bendito Seja, disse: ‘Vou comprá-lo, pois assim prometi

através de meu profeta Yesha’yáhu: “Apesar de ser idoso, Eu serei o mesmo e quando tiver cabelos brancos, mesmo assim vou sustentá-lo. Eu o fiz, Eu vou mantê-lo, Eu irei sustentá-lo e salvá-lo!” ’

“Neste ponto, voltei a mim” – concluiu o Rebe Levi Yitschac. “Agora entendo o significado das palavras: ‘A Ele, que adquire Seus servos em Julgamento!’

“Somos os servos de D’us e, quando fiéis, D’us nos protege, pois Ele é o Misericordioso.“Sejamos pois servidores fiéis a D’us e para sermos poupados de nos tornar servos dos servos e, em mérito

disso, o Todo Poderoso certamente nos inscreverá, a nós todos, no Livro da Vida, para um ano bom e doce.”

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HISTÓRIAS DE YOM KIPURA BÊNÇÃO NO MOMENTO ADEQUADO

Um pai gostava de brincar com seu filho pequeno, a quem muito amava. Certa vez, trouxe-lhe uma bonita maçã, mas não a deu de imediato. Quando o menininho esticava o braço para pegar a fruta, o pai a afastava. O garoto tentou novamente e outra vez o pai afastou a maçã. Esta brincadeira foi repetida várias vezes.

O menino, todavia, era muito esperto. Elaborou um meio para obrigar o pai a lhe dar a maçã sem demora. Quando o pai de novo retirou a maçã, o garoto recitou imediatamente a berachá (bênção) sobre a fruta, que tão bem conhecia. O pai não teve escolha a não ser entregar a maçã para o filho co mer, pois de outra forma a bênção teria sido em vão!

Em Yom Kipur, o Dia do Perdão, agimos de modo similar, quando jejuamos e rogamos a D’us para perdoar nossos pecados. Nas preces deste dia, pronunciamos uma bênção louvando D’us como “o Rei que perdoa os pecados”.

Como D’us não quer que recitemos bênçãos vãs, Ele por certo nos perdoará; mas para poder receber o perdão Divino, é preciso sentir verdadeiro pesar pelas falhas cometidas.

SALMOS DE CORAÇÃO

Durante Yom Kipur, devemos aproveitar os momentos auspiciosos do mais santo dos dias, proclamando orações sinceras. Assim, costuma-se preencher o tempo livre com a leitura dos Salmos de David.

Em relação a este fato, segue-se a seguinte narrativa.O santificado Báal Shem Tov tinha grande amor por todo seu povo. Ele amava os jovens e os velhos,

o povo da cidade e os moradores do campo, os eruditos e os sem estudo. A todos amava com a alma e o coração. Não é de se estranhar que os judeus afluíam a ele, de longe e de perto, pois não é o coração tal qual um espelho? E é por isso que tantos judeus procuravam o Báal Shem Tov.

Alguns vinham ouvir suas palavras sobre a Torá; a eles, o Báal Shem Tov revelava os mais recônditos segredos da Torá, fazendo seus corações preencherem-se de alegria. Outros, inclusive os não instruídos, vinham pedir conselhos e bênçãos ou apenas ver sua santa face e ficavam inspirados pelas melodias que ouviam; as músicas eram cantadas sem palavras ou com vocábulos muito simples para que todos pudessem entender.

O povo simples e sem instrução sentia-se envergonhado por não ter tido maior oportunidade de estudar na juventude. O Báal Shem Tov percebia como se sentiam. Sabia porém que isto não ocorrera por culpa deles. Assim, dizia frequentemente para que não se sentissem infelizes, pois D’us ama a sinceridade, a simplicidade, a honestidade e a humildade; e estas qualidades encontram-se em abundância entre os menos instruídos. Neste aspecto não eram superados por ninguém.

O Báal Shem Tov era particularmente amistoso e atencioso com estas pessoas simples e sinceras. Quando se sentava à mesa, cercado por seus discípulos, célebres por sua sabedoria, o Báal Shem Tov convidava também pessoas pobres para repartir com elas o vinho com o qual fazia o kidush; dava-lhes grandes fatias de bolo de mel, fazendo-as sentir-se como seus filhos favoritos.

Os eruditos sentados à mesa não compreen diam por que o Báal Shem Tov dispensava tanta atenção a pessoas não instruídas. O Báal Shem Tov percebia também como se sentiam os eruditos. Certa vez lhes disse:

“Vocês estão surpresos por que me dedico tanto à gente humilde? É verdade que não estudaram tanto quanto vocês. Alguns deles nem mesmo sabem o significado das preces que recitam diariamente, mas seus corações são de ouro; estão a transbordar de amor pela humanidade e por todas as criaturas de D’us. São humildes e honestos. Cumprem todas as mitsvot da Torá com simplicidade e fé, mesmo não conhecendo muita coisa a respeito delas. E além do mais, arde um fogo Divino em seus corações, como o arbusto em chamas que não se consumia. Como invejo seus maravilhosos corações e almas judaicos!”

Os discípulos mal acreditaram no que o mestre acabara de proferir. O Báal Shem Tov fitou-os com seriedade e disse: “Em breve lhes mostrarei que não houve exagero.”

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Isto aconteceu durante a terceira refeição de Shabat. Como era de costume, o Báal Shem Tov sentava-se à cabeceira da mesa cercado por seus discípulos. Esta era a ocasião em que lhes ensinava os segredos da Torá. O povo sem poder compreender os mistérios da Torá recolhia-se, nesta hora, a uma sala adjacente onde recitava os Salmos do Rei David da melhor maneira que conseguia.

O Báal Shem Tov fechou os olhos e ficou profundamente absorto. Em seu santo semblante notava-se concentração profunda, e gotas de suor lhe apareceram na fronte. De repente, seu rosto iluminou-se com uma intensa alegria interior. Abriu os olhos e todos os discípulos sentiram-se imersos em felicidade.

O Báal Shem Tov voltou-se ao discípulo à sua direita: “Ponha o braço direito no ombro de seu vizinho.” Ordenou ao seguinte para fazer o mesmo e assim por diante, formando uma cadeia. Então pediu que cantassem uma certa melodia, entoada somente nas ocasiões mais solenes e disse: “Cantem com todo o coração, como nunca o fizeram antes!”

Enquanto cantavam, sentiam os corações elevando-se cada vez mais alto. Quando terminaram o canto, o Báal Shem Tov colocou seu braço direito no ombro do discípulo à sua direita e seu braço esquerdo no ombro do aluno à esquerda, fechando o círculo.

“Fechemos os olhos e nos concentremos” – disse o Báal Shem Tov. Logo, ouviram muitas vozes maravilhosas, melódicas, cantando os Salmos. As vozes eram tão doces e emocionantes que sentiam cada fibra de seus corações vibrar num ritmo maravilhoso. Algumas vozes transmitiam fé inabalável, outras eram plenas de alegria; outras ainda exprimiam um apelo que conquistava os corações. Podiam distinguir claramente as palavras dos Salmos com as quais estavam tão familiarizados e as frequentes exclamações que se mesclavam ao próprio texto: “Ó Pai Celestial!” ou “Ó Doce Pai do Céu!” ou “Ó Mestre do Universo!”

O círculo de discípulos que se juntou ao Báal Shem Tov neste passeio celeste permanecia sentado, fascinado, em completo silêncio. Eles perderam todo o senso de tempo e espaço. Lágrimas brotavam de seus olhos fechados e seus corações estavam repletos de êxtase, a ponto de estourar. De repente, cessou o canto, pois o Báal Shem Tov retirou seus braços, quebrando o elo. Um momento a mais e as almas dos dis cípulos teriam certamente deixado seus corpos.

Quando se refizeram desta experiência como vente, o Báal Shem Tov lhes disse o quanto D’us ama ouvir os Salmos, principalmente quando provêm dos corações puros de gente simples, honesta e humilde.

“Mas de quem eram as vozes que ouvimos há pouco?” perguntaram os discípulos. Eles ficaram realmente surpresos quando o Báal Shem Tov respondeu: “Vocês escutaram, por um breve instante, os Salmos recitados pelo povo humilde na sala adjacente, da maneira pela qual os anjos do Céu os ouvem!”

O MACHZOR ABERTO

Era véspera de Yom Kipur. A congregação permaneceu em silêncio e todos os olhos se voltaram para a figura do reverenciado Báal Shem Tov. Ele lá estava, vestido em sua túnica branca e envolto no talit que cobria sua cabeça inclinada. Enquanto aguardavam o Báal Shem Tov se preparar para a sagrada oração de Col Nidrê, aqueles que estavam próximos a ele viram uma sombra de preocupação a lhe obscurecer a face; mas ninguém ousou perguntar o que havia de errado. Sua visível inquietação refletia-se no rosto de todos os presentes, enquanto recitavam a emocionante prece de Col Nidrê.

Durante a breve pausa entre Col Nidrê e as próximas preces, o Báal Shem Tov voltou a ficar pensativo. De repente, um sorriso suave iluminou sua face e, enquanto pedia que as rezas fossem continuadas, todos sentiram um alívio inexplicável. Não haviam compreendido a razão da preocupação anterior do Rebe, nem por que sorria agora. Tudo o que sabiam era que, qualquer que fosse o motivo que afetou seu santo líder, afetava também a todos e a cada um deles.

Ao término de Yom Kipur, o Báal Shem Tov contou a seus seguidores a seguinte história:“Meus amigos, eu lhes contarei o que me comoveu tão profundamente durante as orações de ontem à

noite. O caso está relacionado com um estalajadeiro judeu numa cidade próxima. “O estalajadeiro era um homem religioso, muito educado e honesto, a quem o dono da terra, um nobre

polonês, muito admirava e tratava como um amigo pessoal. De repente, sem qualquer sinal de doença, o estalajadeiro morreu, deixando uma viúva com um filho pequeno. A pobre mulher ficou profundamente abalada pela perda sofrida e, pouco depois, veio a falecer.

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“O nobre polonês sentiu muito o que se passara com seu arrendatário e amigo e, quando a viúva morreu, achou ser seu dever cuidar da criancinha órfã. Como era um homem muito bondoso, ofereceu à criança os melhores cuidados; educou-a como seu próprio filho.

“Anos se passaram e o menino não sabia que não era filho do nobre cristão. Certo dia, o dono da terra convidou alguns amigos para visitá-lo. Enquanto as crianças brincavam no jardim, uma delas, no meio de uma briga, chamou o ‘filho’ do nobre de judeu. O menino correu ao ‘pai’ chorando e lhe perguntou se era verdade que era judeu!

“ ‘Meu querido rapaz’ – respondeu-lhe com carinho – ‘você sabe o quanto o amo e sempre o tratei como se fosse realmente meu filho. Quando morrer, você será o meu herdeiro; deixar-lhe-ei tudo – fazendas, pomares e florestas. Que mais poderia fazer por você?’

“ ‘Então, eu não sou seu verdadeiro filho! Sou um judeu e você nunca me contou!’ – exclamou o me nino soluçando. ‘Quem eram meus pais? Eu devo saber, por favor!’ O nobre colocou as mãos nos ombros do rapaz tentando reconfortá-lo.

“ ‘Meu rapaz, você deve ter orgulho de seus pais. Eram pessoas muito honestas, bons judeus, tementes a D’us. Seu pai era meu amigo. Foi por causa disso que achei ser meu dever levá-lo à minha casa e criá-lo como um filho. Você sabe, eu não tenho outros filhos e o amo com todo o carinho.’

“Pouco a pouco, o menino soube de toda história de seus pais. O nobre lhe disse que os pais não lhe deixaram nada, a não ser um pequeno pacote que encontrava-se num lugar seguro, aguardando o momento certo de ser entregue. O nobre foi buscar o pacote e deu-o ao menino.

“Com o coração palpitando e as mãos trêmulas, o menino abriu o embrulho. Nele encontrou um velho saco de veludo preto, com estranhas letras bordadas em ouro. Abriu-o e tirou um xale de lã branca; continha ainda duas pequenas caixas pretas com tiras de couro enroladas nelas e um livro.

“Certamente, o menino não sabia que eram talit e tefilin, nem podia compreender o que continha aquele grosso livro, o machzor. Mas como estas coisas preciosas haviam pertencido a seus pais, seus verdadeiros pais, a quem ele jamais conhecera, resolveu guardá-las como um tesouro, durante toda sua vida.

“Um dia o nobre teve de empreender uma viagem de negócios, o que deu ao rapaz a chance de meditar. Fez longos passeios na floresta e passou horas pensando. Chegou à conclusão que amava o nobre e lhe era grato, mas, apesar disto, um sentimento estranho to mou conta dele, impelindo-o a procurar seus irmãos judeus. Sabia da existência de alguns deles nas fazendas de seu ‘pai’. Ele precisava vê-los e falar-lhes. Talvez alguns deles se lembrassem de seus pais!

“Nessa noite, sonhou que seus pais vieram vê-lo, primeiro o pai e depois a mãe. Eles lhe disseram que não era mais criança. Devia saber que era judeu e teria que voltar a seu povo, ao qual pertencia.

“No dia seguinte, cedo, saiu depressa de casa para que nenhum serviçal pudesse pará-lo ou questioná-lo. Andou até o povoado próximo, onde viu alguns judeus colocando malas em carroças. ‘Bom dia para vocês’ – cumprimentou-os. ‘Estão indo à feira?’

“ ‘Não, não agora’ – responderam-lhe. ‘Aproxima-se a data sagrada de Yom Kipur e por isto estamos levando nossas famílias à cidade próxima para que, pelo menos neste dia especial, todos possamos rezar na sinagoga, junto com outros judeus.’

“O rapaz voltou para casa pensativo. Por que não pegaria o presente deixado por seus pais para mostrar a esses judeus? Eles, com certeza, lhe di riam para que servia! A idéia não o deixava em paz. E também, o que é este Yom Kipur?

“Passaram-se alguns dias e o nobre ainda não voltara. O rapaz concluiu que tinha idade suficiente para resolver sozinho as coisas que afetariam o seu futuro. Ele era judeu e queria voltar a seu povo. Assim, pegou algumas roupas, um pouco de comida e deixou uma carta contando a seu ‘pai’ onde iria. Então dirigiu-se para a cidade onde os judeus do povoado disseram que iriam.

“Após vários exaustivos dias de viagem, pegando carona quando conseguia, mas principalmente caminhando, chegou afinal a seu destino. Descobriu onde ficava a sinagoga e entrou lá no exato momento em que todos cantavam as notas solenes de Col Nidrê. Sem fazer barulho, o rapaz sentou-se junto à porta. Olhou ao redor e viu então uma cena que lhe provocou um profundo respeito: judeus de todas as idades, orando de coração, alguns com lágrimas nos olhos. Sentiu um nó na garganta, enquanto tirava seu xale branco e

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o enrolava nos ombros. Pegou seu livro e tentou segurá-lo como os outros. Abriu-o, mas não conseguiu compreender nem ler uma só palavra. Começou então a soluçar.

“Com lágrimas escorrendo pelas faces, o rapaz gritou: ‘Ó D’us! Sabes que não posso ler, nem mesmo sei o que dizer ou como rezar. Eu sou apenas um rapaz perdido! Eis o livro de rezas! Por favor, querido D’us, escolha as palavras certas para formar as minhas preces!’

“O desespero deste pobre menino chegou à Corte Celestial. As portas se abriram para as suas preces e, junto com sua oração simples, as nossas rezas foram aceitas.”

Quando o Báal Shem Tov terminou esta narrativa comovente, lágrimas encheram os olhos dos presentes. Durante as orações, frequentemente voltavam seus pensamentos para esta história diferente sobre um menino judeu que se perdeu por algum tempo. Meditavam sobre sua própria condição e como também eram almas perdidas que não sabiam rezar tão bem quanto deveriam. Todos eles, assim como o rapaz, desejavam sinceramente, que o bondoso D’us aceitasse suas preces e concedesse a todos um Ano Novo verdadeiramente feliz. Aprenderam que a parte mais importante da reza é a sinceridade e a devoção a D’us, que vem do coração.

A PRINCESA

Certa vez, viveu um grande rei que tinha apenas uma filha. A princesa era nobre e honrada e quando cresceu, o rei procurou um jovem virtuoso para desposá-la. Muitos príncipes e duques cortejavam-na, mas ela recusou-os um a um. “Este é um glutão” ou “Este gosta por demais de vinho” – dizia ela. O rei, impaciente, jurou que o próximo jovem que passasse pelos portões do palácio se casaria com a princesa.

Aconteceu que o primeiro homem a passar pelos portões do palácio era um mero camponês. Mas o rei, sendo um homem de palavra, casou sua filha com ele. O noivo levou a esposa até seu povoado, onde se estabeleceram.

Para o camponês, a princesa era apenas uma mulher e a tratava como sempre achou que deveria tratar a sua esposa. Ela trabalhou duro; seu rosto formoso ficou marcado e suas mãos se tornaram ásperas pelo trabalho. Os camponeses vizinhos frequentemente troçavam dela e a insultavam. A coitada da princesa estava muito infeliz. Começou a es crever a seu pai diariamente, queixando-se. O rei ficou com pena de sua querida filha e mandou-lhe um recado que iria visitá-la.

A notícia da chegada do rei espalhou-se rapidamente no povoado e começou o rebuliço. Todos acorreram à casa do genro do rei para ajudar na limpeza e decorá-la. A princesa começou a ser tratada com grande respeito. Não tinha mais que fazer trabalhos pesados e sujos. Fizeram-lhe um tratamento de beleza e foi vestida com roupas finas. Todos passaram a ser amistosos e a respeitá-la.

Quando o estafeta do rei chegou trazendo a notícia que o monarca estava a caminho, todos saíram para cumprimentá-lo. “Viva o rei! Viva a princesa!” – gritavam eles, enquanto acompanhavam o rei e sua filha pelo povoado decorado e iluminado.

O rei entrou na casa de seu genro, achando-a limpa e impecavelmente decorada com enfeites e flores. Viu a honra e o respeito gozados por sua filha e ficou contente. Estranhou que a filha tivesse escrito tais cartas alarmantes.

O pai e a filha passaram um dia feliz, juntos, e o rei preparou-se para voltar. A princesa abraçou seu pai e começou a chorar: “Ó pai, querido pai, não me deixe aqui, leve-me junto! Por favor, leve-me para casa!”

“Mas minha querida filha” – respondeu o rei – “você parece estar feliz aqui; percebe-se que eles a estão tratando com mais respeito e afeição do que a qualquer princesa que conheço!”

“Ó caro pai” – chorou a princesa – “toda essa honra e afeição que eles demonstraram hoje é só para agradar ao senhor. Eles souberam de sua vinda e foi por isso que fizeram tudo isto. Mas assim que partir, começarão a tratar-me como antes, insultando-me e fazendo-me infeliz.”

O rei chamou o seu genro de lado e perguntou-lhe: “Que maneira é essa de tratar a minha filha? Você não sabe que ela é uma princesa?”

Os olhos do marido encheram-se de lágrimas, enquanto respondia: “Sua Majestade, eu sei que ela é uma princesa, mas o que poderia eu fazer? Sou um homem pobre e preciso trabalhar duro para sobreviver. Sou incapaz de proporcionar-lhe o tipo de vida que ela realmente merece. Além disto, vivemos em um povoado, entre pessoas maldosas e invejosas. Eles não apreciam as qualidades de sua filha e aproveitam todas as

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oportunidades para insultá-la. Mas o senhor é um grande rei. Uma vez que achou conveniente escolher-me como genro, leve-me embora daqui, eleve-me à sua posição, dê-me uma propriedade digna de sua filha e do genro do rei, e então serei capaz de dar a ela o tipo de vida que realmente merece!”

O Rei dos reis, o Eterno, bendito seja, quis dar sua filha, a Torá, a Adam, o primeiro homem criado pelas Suas próprias mãos. Mas a Torá disse: “Ele é um glutão; ele comeu da Árvore do Conhecimento, contrariando Seu mandamento expresso.”

Depois D’us quis dar a Torá a Nôach e a Torá disse: “Ele gosta demais de vinho. Não foi ele que plantou um vinhedo e ficou bêbado?”

Finalmente, D’us deu a Torá aos filhos de Israel, aos quais acabou por tirar da escravidão do Egito.Durante o ano inteiro, a Torá é frequentemente negligenciada e até envergonhada. Dia após dia, a Torá

envia mensagens ao Rei, queixando-se do tratamento que recebe, pois está escrito: “Todos os dias uma voz celeste chama: ‘Ai das criaturas que envergonharem a Torá!’ ”

Então chegam os mensageiros do Rei para anunciar a sua chegada – são os dias de Elul, anunciando a vinda de Rosh Hashaná. Eis que acordamos e começamos a preparação: oramos, estudamos, recitamos Salmos, como nunca antes. Rosh Hashaná não nos encontra despreparados. Tocamos o shofar e aclamamos o Rei dos reis.

D’us está entre nós e desfrutamos de Sua luz Divina; os corações se enchem de reverência e amor pela proximidade de D’us e Sua Majestade Divina. Chega Yom Kipur e D’us encontra todos os judeus peni tencian-do-se, puros e santos, como os anjos.

Mas, com o término de Yom Kipur, depois do toque do shofar que anuncia a partida da Presença Divina, a Torá começa a gritar: “Pai, Pai, não me deixa! Leva-me contigo, porque em breve tomarão de mim toda a glória, esquecerão quem eu sou, recomeçarão a maltratar-me!”

Então D’us diz a Seu povo: “É esta a maneira como tratam minha filha? Vocês não sabem que a Torá é uma princesa Divina?”

E o povo judeu responde: “Mestre do Uni verso! Nós conhecemos a grandeza da Torá, mas que podemos fazer? Vivemos na pobreza, não temos um lar adequado. Habitamos entre as nações do mundo que não querem saber da Torá. Assim sendo, por favor, leva-nos daqui, conduze-nos de volta à nossa Terra Santa, pois o mundo inteiro é Teu; devolve-nos a ela como herança e seremos capazes de manter a Torá em glória!”

É por isto que, logo após o toque do shofar, no fim de Yom Kipur, dizemos:“LESHANÁ HABAÁ BIRUSHALÁYIM!”“No próximo ano em Jerusalém com Teu justo Mashiach e lá Te serviremos como nos tempos antigos!”

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SucotFesta das Cabanas

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A História

Nos quarenta anos de peregrinação pelo deserto, ao sair da escravidão egípcia em direção à Terra Prometida, os judeus foram cercados por nuvens de glória, com as quais D'us envolveu o povo em sinal de proteção. Para celebrar este evento e aumentar nossa consciência do amor todo abrangente de D'us, recebemos a ordem: “Em sucot (cabanas) deveis habitar por sete dias.”

Refeições na Sucá

Participar de refeições festivas e desfrutar o tempo na sucá é uma experiência religiosa ímpar. A sucá é uma das poucas mitsvot que envolve todas as partes de nosso corpo.

• Comemora-se Sucot, a terceira das Três Festas de Peregrinação (Pêssach, Shavuot e Sucot), por sete dias, a partir de 15 de Tishrê. Os primeiros dois dias são Yom Tov e os cinco seguintes, Chol Hamoêd.

• As atividades proibidas no Shabat (por exemplo: andar de carro, acender e apagar luz elétrica, etc.) também o são nos dois primeiros dias de Sucot (Yom Tov), com exceção de carregar (objetos permitidos) num domínio público e cozinhar para as refeições do mesmo dia.

• Nos sete dias de Sucot os tefilin não são colocados.

A SUCÁ

• Em lembrança às nuvens que protegeram os judeus no deserto constrói-se uma sucá, uma moradia temporária, cujo teto é coberto de folhagem.

• Durante toda a Festa, os homens devem fazer as refeições dentro da sucá, acrescentando a seguinte bênção antes de ingerir pão, massas ou vinho (mulheres não têm a obrigação de comer exclusivamente numa sucá, mas quando o fazem, também recitam esta bênção):

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTAV, VETSIVÁNU LESHÊV BASSUCÁ.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou morar na sucá.

DO PÔR-DO-SOL DE DOMINGO, 13/10 (ÀS 17H50),

ATÉ O COMPLETO ANOITECER DE TERÇA-FEIRA, 15/10 (ÀS 18H45)

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A VÉSPERA DE SUCOT – DOMINGO, 13/10

Deve-se deixar uma vela ou fogo aceso antes do pôr-do-sol, que dure o suficiente para que, a partir desta chama, as velas da segunda noite de Sucot possam ser acesas e a comida preparada. É proibido criar fogo em Yom Tov (riscando um fósforo). Somente é permitido passar o fogo de uma chama previamente acesa com um palito ou vela (tomando cuidado de não apagá-la posteriormente).

A PRIMEIRA NOITE DE SUCOT – DOMINGO, 13/10

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Visitas na sucá

Segundo o Zôhar (a Cabalá), durante os sete dias de Sucot sete justos vêm nos visitar na sucá nesta ordem: Avraham, Yitschac, Yaacov, Moshê, Aharon, Yossef e David. Estas visitas ficam conosco durante os sete dias da Festa, porém, a cada dia, um deles é o principal convidado e os outros o acompanham.

ACENDIMENTO DAS VELAS ÀS 17H50

• Ao acender as velas na primeira noite recita-se as bênçãos:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTAV, VETSIVÁNU LEHADLIC NER SHEL YOM TOV.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou acender a vela de Yom Tov.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, SHEHECHEYÁNU VEKIYEMÁNU VEHIGUIÁNU LIZMAN HAZÊ.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até a presente época.

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O jantar

• Após Arvit (a Prece Noturna) recita-se o kidush dentro da sucá (vide págs. 46 e 47).• Após o kidush, abluem-se as mãos, e pronuncia-se a bênção "Al netilat yadáyim" (vide

pág. 18).• Costuma-se usar chalot redondas.• Distribui-se um pedaço da chalá para cada participante, mergulhando-o no mel. Isto é

feito em todas as refeições da Festa.• Antes de ingerir a chalá, pronuncia-se a bênção "Hamôtsi" (vide pág. 18) e também a

bênção da sucá (vide acima na pág. 33).• Na primeira noite, os homens devem comer na sucá, no mínimo 28,8 g de pão (mesmo

se estiver chovendo).• Na conclusão da refeição, recita-se a Bênção de Graças (Bircat Hamazon), encontrada no

Sidur (Livro de Rezas). Acrescenta-se o parágrafo Yaalê Veyavô, lembrando a Festa de Sucot.

O PRIMEIRO DIA DE SUCOT – SEGUNDA-FEIRA, 14/10

As quatro espécies

• É mitsvá recitar a bênção sobre as Quatro Espécies em todos os dias de Sucot (exceto no Shabat).

• As Quatro Espécies se compõem de um etrog (cidra), um lulav (palma de tamareira), três hadassim (ramos de murta) e duas aravot (ramos de salgueiro).

• A mitsvá do lulav pode ser cumprida durante o dia todo desde o raiar até o pôr-do-sol. Porém, procuramos realizá-la pela manhã, se possível ainda antes das orações matutinas.

• Quem não tem lulav e demais espécies próprias deve pedi-las de presente a um amigo para poder cumprir a mitsvá, devolvendo-as posteriormente.

• Segura-se o lulav (ao qual hadassim e aravot foram amarrados) na mão direita e o etrog na mão esquerda, com a ponta voltada para cima.

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• Junta-se tudo, balançando levemente as Quatro Espécies com as duas mãos.

Na Sinagoga

• As orações do dia se constituem de: Shacharit (a Prece Matinal), Halel e Hoshaanot (em ambas orações, os homens seguram as Quatro Espécies balançando-as em momentos específicos), uma leitura da Torá relativa a Sucot e Mussaf (a Prece Adicional) que inclui a Bênção Sacerdotal.

O Almoço

• Recita-se o kidush do dia de Sucot, dentro da sucá (vide pág. 48).• Após o kidush, abluem-se as mãos, e pronuncia-se a bênção "Al netilat yadáyim" (vide

pág. 18).• Costuma-se usar chalot redondas.• Distribui-se um pedaço da chalá para cada participante, mergulhando-o no mel antes

de comer.• Antes de ingerir a chalá, pronuncia-se a bênção "Hamôtsi" (vide pág. 18) e também a

bênção da sucá (vide pág. 33).• Na conclusão da refeição, recita-se a Bênção de Graças (Bircat Hamazon), encontrada

no Sidur. Acrescenta-se o parágrafo Yaalê Veyavô, lembrando a Festa de Sucot.________________

Quatro Tipos de Judeus

Dentre muitas explicações, cada uma das Quatro Espécies representa um tipo diferente de judeu. Estas juntas simbolizam a união do povo judeu; precisamos um do outro. As Quatro Espécies são balançadas nas quatro direções, para cima e para baixo, simbolizando a Presença de D'us em toda parte e nossa prece para conter tempestades.

• Recita-se a seguinte bênção:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTAV VETSIVÁNU AL NETILAT LULAV.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou segurar o lulav.

• Na primeira vez acrescenta-se mais uma bênção:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, SHEHECHEYÁNU VEKIYEMÁNU VEHIGUIÁNU LIZMAN HAZÊ.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até a presente época.

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A SEGUNDA NOITE DE SUCOT – SEGUNDA-FEIRA, 14/10

• É proibido criar fogo em Yom Tov riscando um fósforo. As velas são acesas com um palito utilizando o fogo de uma chama acesa desde a véspera (tomando cuidado de não apagar o palito posteriormente).

• Ao acender as velas na segunda noite recita-se as bênçãos:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTAV, VETSIVÁNU LEHADLIC NER SHEL YOM TOV.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou acender a vela de Yom Tov.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, SHEHECHEYÁNU VEKIYEMÁNU VEHIGUIÁNU LIZMAN HAZÊ.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até a presente época.

• Como na primeira noite, recita-se o kidush dentro da sucá (vide págs. 46 e 47), abluem-se as mãos, recita-se a bênção "Al netilat yadáyim" (vide pág. 18) e come-se a chalá mergulhada no mel, após pronunciar a bênção "Hamôtsi" (vide pág. 18) e a bênção da sucá (vide pág. 33).

• Nesta noite também, os homens devem comer na sucá, no mínimo 28,8 g de pão (mesmo se estiver chovendo).

• Na conclusão da refeição, recita-se a Bênção de Graças (Bircat Hamazon), encontrada no Sidur. Acrescenta-se o parágrafo Yaalê Veyavô, lembrando a Festa de Sucot.

ACENDIMENTO DAS VELAS APÓS ÀS 18H45

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O SEGUNDO DIA DE SUCOT – TERÇA-FEIRA, 15/10

Na Sinagoga

• A estrutura das orações do segundo dia é praticamente igual à do primeiro dia (vide pág. 36).

O Almoço

• Como no primeiro dia, recita-se o kidush (vide pág. 48) dentro da sucá, abluem-se as mãos, pronuncia-se a bênção "Al netilat yadáyim" (vide pág. 18), mergulha-se a chalá no mel antes de comê-la, recita-se a bênção do pão "Hamôtsi" (vide pág. 18) e também a bênção da sucá (vide pág. 33). Após a refeição festiva, recita-se Bircat Hamazon (a Bênção de Graças) encontrada no Sidur, acrescentando o parágrafo Yaalê Veyavô, lembrando a Festa de Sucot.

Término dos Dois Primeiros Dias de Sucot (Yom Tov) terça-feira, 15/10, às 18h45

• No final do segundo dia de Sucot recita-se, dentro da sucá, a havdalá (encontrada no sidur) com a bênção da sucá (pág. 33) sem acender a vela trançada e sem cheirar as especiarias.

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CHOL HAMOÊD SUCOT – DIAS INTERMEDIÁRIOS

De quarta-feira à domingo, 16/10 a 20/10

• O terceiro até o sétimo dia de Sucot são denominados Chol Hamoêd (dias intermediários).

• Diariamente come-se na sucá e segura-se as Quatro Espécies, recitando a devida bênção (vide págs. 35 e 36).

• As atividades criativas normalmente proibidas no Shabat e em Yom Tov são permitidas em Chol Hamoêd e Hoshaaná Rabá. Pode-se por exemplo: andar de carro, acender e apagar luz elétrica, etc. Porém todo o trabalho que exige muito esforço, muito tempo ou conserto profissional é proibido em Chol Hamoêd.

• Nas orações de Arvit (noturna), Shacharit (matinal) e Minchá (vespertina), a Amidá recitada é a mesma de todo os dias, porém acrescenta-se o parágrafo Yaalê Veyavô, lembrando a Festa de Sucot.

• Após Shacharit, recita-se Halel e Hoshaanot (segurando as Quatro Espécies), uma leitura da Torá e Mussaf (a Prece Adicional).

• A Amidá de Mussaf é a de Sucot.• O kidush e as bênçãos das velas não são recitados em Chol Hamoêd, exceto quando

coincide com o Shabat.

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SHABAT DE CHOL HAMOÊD SEXTA-FEIRA, 18/10, E SÁBADO, 19/10

• O texto do kidush no jantar e almoço é o mesmo de todo Shabat e pode ser encontrado no Sidur. Ao final do kidush, acrescenta-se a bênção da sucá (vide pág. 33).

• Em todas as refeições, recita-se, além das bênçãos "Al netilat yadáyim" e "Hamôtsi" (vide pág. 18), também a bênção da sucá (vide pág. 33).

• Na conclusão das refeições, recita-se a Bênção de Graças (Bircat Hamazon), encontrada no Sidur. Acrescenta-se o parágrafo Retsê, referente a Shabat, e Yaalê Veyavô, lembrando a Festa de Sucot.

• Nas orações de Arvit (noturna), Shacharit (matinal) e Minchá (vespertina) a Amidá recitada é a de Shabat. Acrescenta-se o parágrafo Yaalê Veyavô, lembrando a Festa de Sucot.

• No final de Shacharit, Halel é recitado.• No Shabat não se faz a bênção sobre as Quatro Espécies e não se fala Hoshaanot.• Há uma leitura especial para Shabat Chol Hamoêd, ao invés da Porção Semanal (parashá). • A Amidá de Mussaf é a de Sucot, acrescentando-se trechos relativos ao Shabat.• A havdalá (encontrada no Sidur) é feita dentro da sucá com as bênçãos das especiarias, da

vela trançada e da sucá (vide pág. 33).

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HOSHAANÁ RABÁ – DOMINGO, 20/10

• O sétimo dia de Sucot (último dia de Chol Hamoêd Sucot) é denominado Hoshaaná Rabá. Este é o último dia em que se faz a bênção do lulav.

• Os homens costumam permanecer acordados na noite precedente, sábado à noite, 19/10, recitando porções da Torá e o Livro dos Salmos, já que nesta data é concluído o julgamento de Rosh Hashaná e Yom Kipur.

• No domingo, 20/10, durante as orações matutinas, a bimá (mesa da leitura da Torá) da sinagoga é circundada sete vezes pelos homens, com lulav e etrog na mão.

• Preces especiais, Hoshaanot, são recitadas. No final da oração matinal, seguindo um rito antigo de profundo significado místico, cinco ramos de salgueiro amarrados juntos são batidos no chão, “adoçando” simbolicamente o julgamento de D'us.

A Refeição

• Faz-se uma refeição festiva dentro da sucá, que inclui pão ou chalá e carne, na qual costuma-se comer creplach, pasteizinhos de carne tradicionais (vide receita na pág. 55).

• Não se faz kidush.• Abluem-se as mãos, pronuncia-se a bênção "Al netilat yadáyim" (vide pág. 18),

mergulha-se a chalá no mel antes de comê-la, recita-se a bênção do pão "Hamôtsi" (vide pág. 18) e também a bênção da sucá (vide pág. 33). Após a refeição festiva, recita-se a Bênção de Graças (Bircat Hamazon), encontrado no Sidur, acrescentando o parágrafo Yaalê Veyavô, lembrando a Festa de Sucot.

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Pela Paz Universal

Na época do Templo Sagrado em Jerusalém, as oferendas da Festa de Sucot incluíam setenta sacrifícios, correspondentes às setenta nações – em prece por seu bem-estar, paz e harmonia.

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Dançando com a Torá

O Rebe explicou que a palavra hacafá, volta (danças com a Torá), também é traduzida como "fiado". Isto significa que, se por acaso, não é possível "pagar nossas dívidas com D'us" em Rosh Hashaná e Yom Kipur pede-se a Ele que dê neste ano as bênçãos "fiado". Tudo que se consegue realizar em Rosh Hashaná e Yom Kipur através das preces, consegue-se em Shemini Atsêret e Simchat Torá através de alegria. Por isso, as 48 horas destes dias devem ser dedicadas a dançar e alegrar-se com a Torá.

Ao dançar com a Torá – diz o Rebe – pegamo-la fechada e coberta para demonstrar que nestes dias todos são iguais perante a Torá, desde os mais estudiosos aos mais simples, pois nos alegramos com a própria Torá (fechada) e não com seu estudo (feito ao abri-la).

Shemini Atsêret e Simchat Torá Rejubilando-se com a Torá

DO PÔR-DO-SOL DE DOMINGO, 20/10 (ÀS 17H53),

ATÉ O COMPLETO ANOITECER DE TERÇA-FEIRA, 22/10 (ÀS 18H49)

• Os dois dias que seguem a Festa de Sucot são Yom Tov. Comemora-se o primeiro, Shemini Atsêret, em 22 de Tishrê; e o segundo, Simchat Torá, em 23 de Tishrê.

• As atividades proibidas no Shabat (por exemplo: andar de carro, acender e apagar luz elétrica, etc.) também o são em Shemini Atsêret e Simchat Torá (Yom Tov), com exceção de carregar (objetos permitidos) num domínio público e cozinhar para as refeições do mesmo dia.

• Em Shemini Atsêret e Simchat Torá os tefilin não são colocados.

A VÉSPERA DE SHEMINI ATSÊRET – DOMINGO, 20/10

• Deve-se deixar uma vela ou fogo aceso antes do pôr-do-sol, que dure o suficiente para que, a partir desta chama, as velas de Simchat Torá possam ser acesas e a comida preparada. É proibido criar fogo em Yom Tov (riscando um fósforo). Somente é permitido passar o fogo de uma chama previamente acesa com um palito ou vela (tomando cuidado de não apagá-la posteriormente).

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A NOITE DE SHEMINI ATSÊRET – DOMINGO, 20/10

• Ao acender as velas recita-se as bênçãos:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTAV, VETSIVÁNU LEHADLIC NER SHEL YOM TOV.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou acender a vela de Yom Tov.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, SHEHECHEYÁNU VEKIYEMÁNU VEHIGUIÁNU LIZMAN HAZÊ.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até a presente época.

Na Sinagoga

• Na noite de Shemini Atsêret (e não apenas em Simchat Torá), após Arvit (a Prece Noturna), realizam-se sete Hacafot (voltas) com os Rolos da Torá ao redor da bimá (mesa da leitura da Torá) com danças e muita alegria.

• É costume trazer as crianças à sinagoga para participarem das danças.

O Jantar e o Almoço do Dia Seguinte

• Na noite e no dia de Shemini Atsêret costuma-se comer na sucá, embora sem recitar a bênção da sucá.

• Recita-se o kidush dentro da sucá (vide págs. 49 e 50). • Após o kidush, abluem-se as mãos, e pronuncia-se a bênção "Al netilat yadáyim" (vide

pág. 18).• Costuma-se usar chalot redondas.• Distribui-se um pedaço da chalá para cada participante, mergulhando-o três vezes no

sal antes de comer. • Antes de ingerir a chalá, pronuncia-se a bênção "Hamôtsi" (vide pág. 18). • Na conclusão da refeição, recita-se a Bênção de Graças (Bircat Hamazon), encontrada

no Sidur. Acrescenta-se o parágrafo Yaalê Veyavô, lembrando a Festa de Shemini Atsêret.

ACENDIMENTO DAS VELAS ÀS 17H53

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O DIA DE SHEMINI ATSÊRET – SEGUNDA-FEIRA, 21/10

Na Sinagoga

• Neste dia as Quatro Espécies não são mais usadas.• As orações do dia se constituem de: Shacharit (a Prece Matinal), cuja Amidá recitada é

a de Shemini Atsêret; Halel; uma leitura da Torá relativa a Shemini Atsêret e Mussaf (a Prece Adicional) que inclui a Bênção Sacerdotal.

• Em Mussaf, recita-se Tefilat Guêshem, um pedido por chuvas. Deste momento até Pêssach pede-se na segunda bênção da Amidá: mashiv haruach umorid haguêshem (Ele faz soprar o vento e cair a chuva).

• No dia de Shemini Atsêret recita-se Yizcor em memória de entes queridos falecidos. Neste momento deve-se prometer um donativo para tsedacá, para elevação das almas.

A NOITE DE SIMCHAT TORÁ – SEGUNDA-FEIRA, 21/10

• É proibido criar fogo em Yom Tov riscando um fósforo. As velas são acesas com um palito utilizando o fogo de uma chama acesa desde a véspera (tomando cuidado de não apagar o palito posteriormente).

• Ao acender as velas recita-se as bênçãos:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTAV, VETSIVÁNU LEHADLIC NER SHEL YOM TOV.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou acender a vela de Yom Tov.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, SHEHECHEYÁNU VEKIYEMÁNU VEHIGUIÁNU LIZMAN HAZÊ.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos deu vida,

nos manteve e nos fez chegar até a presente época.

ACENDIMENTO DAS VELAS APÓS ÀS 18H48

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Na Sinagoga

• Na noite de Simchat Torá, após Arvit (a Prece Noturna), realizam-se sete Hacafot (voltas) com os Rolos da Torá ao redor da bimá (mesa da leitura da Torá) com danças e muita alegria.

• É costume trazer as crianças à sinagoga para participarem das danças.

A Refeição da Noite e o Almoço do Dia Seguinte

• Em Simchat Torá não mais fazemos as refeições na sucá.• Recita-se o kidush (vide págs. 51 e 52). • Após o kidush, abluem-se as mãos, e pronuncia-se a bênção "Al netilat yadáyim" (vide

pág. 18).• Costuma-se usar chalot redondas.• Distribui-se um pedaço da chalá para cada participante, mergulhando-o três vezes no

sal. Antes de ingerir a chalá, pronuncia-se a bênção "Hamôtsi" (vide pág. 18). • É costume servir repolho recheado nas refeições de Simchat Torá (vide receita na pág.

56). Por serem feitos em formato de rolinhos, lembram os Rolos da Torá. • Na conclusão da refeição, recita-se Bircat Hamazon (a Bênção de Graças) encontrada

no Sidur, acrescentando o parágrafo Yaalê Veyavô.

O DIA DE SIMCHAT TORÁ – TERÇA-FEIRA, 22/10

Na Sinagoga

• As orações se constituem de Shacharit (a Prece Matinal) que inclui a Bênção Sacerdotal, Halel, Hacafot (novamente, danças com a Torá), uma leitura da Torá e Mussaf (a Prece Adicional).

• Todos os homens presentes são chamados à Torá.• Meninos menores de bar mitsvá são chamados à Torá todos juntos.• A última parashá da Torá (Vezot Haberachá) é lida, completando o ciclo anual e, a

seguir, a leitura é reiniciada (com Bereshit).

Término de Simchat Torá – terça-feira, 22/10, às 18h49

• No final de Simcat Torá recita-se a havdalá (encontrada no Sidur), sem acender a vela trançada e sem cheirar as especiarias.

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Kidush Para as Noites de Sucot

DOMINGO, 13/10 E SEGUNDA-FEIRA, 14/10

• Segura-se a taça na palma da mão direita e recita-se:

SAVRÍ MARANÁN: BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, BORÊ PERI HA GÁ FEN.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HA OLÁM, ASHER BÁCHAR BÁNU MICOL AM, VEROMEMÁNU MICOL LA SHÔN, VEKIDESHÁNU

BEMITSVOTAV. VATITEN LÁNU A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU BEA HA VÁ MOADÍM LESSIMCHÁ. CHAGUIM UZMANIM LESSASSON, ET YOM CHAG

HASSUCOT HAZÊ, VEÊT YOM TOV MICRÁ CÔDESH HAZÊ, ZEMAN SIM CHA TÊNU MICRÁ CÔ DESH ZÊCHER LITSIAT MITSRÁYIM; KI VÁNU

VA CHAR TA VEOTÁNU KIDÁSHTA MICOL HAAMÍM UMOADÊ COD SHÊ CHA BESSIMCHÁ UV SA SSÔN HINCHALTÁNU. BARUCH ATÁ A-DO-NAI,

ME CA DÊSH YISRAEL VEHA ZEMA NÍM.

Atenção senhores! Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que cria o fruto da vinha.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos escolheu dentre todos os povos e nos elevou acima de todas as línguas e nos santificou com Seus mandamentos. E nos deste,

ó Eterno nosso D'us, com amor dias festivos para alegria, Festas e épocas para júbilo; este dia da Festa de Sucot e este dia propício de santa convocação, época de nossa alegria, santa

convocação, em recordação à saída do Egito. Pois a nós Tu escolheste e nos santificaste dentre todos os povos e Teus santos dias festivos nos deste com alegria e júbilo. Bendito és Tu, ó

Eterno, que santifica Israel e as Festas.

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BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HA OLÁM, ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTAV VETSIVÁNU LESHÊV BASSUCÁ.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou morar na sucá.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HA OLÁM, SHEHECHEYÁNU VEKIYEMÁNU VEHIGUIÁNU LIZMAN HAZÊ.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até a presente época.

• Na primeira noite de Sucot, recita-se a seguinte bênção, dentro da sucá, antes da bênção Shehecheyánu. Na segunda noite ela é dita após Shehecheyánu:

• A seguir, sentado, bebe-se a maior parte do conteúdo da taça.• Divide-se o restante do vinho, acrescentando mais um pouco se desejar, entre todos os

presentes.

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Kidush Para Os dias (almoços) de sucot

SEGUNDA-FEIRA, 14/10 E TERÇA-FEIRA, 15/10

ÊLE MOADÊ A-DO-NAI, MIC RAÊ CÔDESH, ASHER TICREÚ OTÁM BEMOA DÁM.

Estes são os dias festivos do Eterno, santas convocações, as quais proclamareis em épocas estabelecidas.

SAVRÍ MARANÁN: BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, BORÊ PERI HAGÁFEN.

Atenção senhores! Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que cria o fruto da vinha.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HA O LÁM, ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTAV VETSIVÁNU LESHÊV BASSUCÁ.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou morar na sucá.

• A seguir, sentado, bebe-se a maior parte do conteúdo da taça.• Divide-se o restante do vinho, acrescentando mais um pouco se desejar, entre todos os

presentes.

• Segura-se a taça na palma da mão direita e recita-se:

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Kidush Para a Noite de Shemini Atsêret

DOMINGO, 20/10

SAVRÍ MARANÁN: BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, BORÊ PERI HA GÁ FEN.

Atenção senhores! Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que cria o fruto da vinha.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HA OLÁM, ASHER BÁCHAR BÁNU MICOL AM, VEROMEMÁNU MICOL LA SHÔN, VEKIDESHÁNU

BEMITSVOTAV. VATITEN LÁNU A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU BEA HA VÁ MOADÍM LESSIMCHÁ. CHAGUIM UZMANIM LESSASSON, ET YOM SHEMINI ATSÊRET

HACHAG HAZÊ, VEÊT YOM TOV MICRÁ CÔDESH HAZÊ, ZEMAN SIM CHA TÊNU MICRÁ CÔ DESH ZÊCHER LITSIAT MITSRÁYIM; KI

VÁNU VA CHAR TA VEOTÁNU KIDÁSHTA MICOL HAAMÍM UMOADÊ COD SHÊ CHA BESSIMCHÁ UV SA SSÔN HINCHALTÁNU. BARUCH ATÁ

A-DO-NAI, ME CA DÊSH YISRAEL VEHA ZEMA NÍM.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos escolheu dentre todos os povos e nos elevou acima de todas as línguas e nos santificou com Seus mandamentos. E nos deste, ó Eterno nosso D'us, com amor dias festivos para alegria, Festas e épocas para júbilo; este dia da Festa de Shemini Atsêret e este dia propício de santa convocação, época de nossa alegria, santa convocação, em recordação à saída do Egito. Pois a nós Tu escolheste e nos santificaste dentre todos os povos e Teus santos dias festivos nos deste com alegria e júbilo. Bendito és Tu,

ó Eterno, que santifica Israel e as Festas.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HA OLÁM, SHEHECHEYÁNU VEKIYEMÁNU VEHIGUIÁNU LIZMAN HAZÊ.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até a presente época.

• A seguir, sentado, bebe-se a maior parte do conteúdo da taça.• Divide-se o restante do vinho, acrescentando mais um pouco se desejar, entre todos os

presentes.

• Segura-se a taça na palma da mão direita e recita-se:

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Kidush Para o almoço de Shemini Atsêret

SEGUNDA-FEIRA, 21/10

• Segura-se a taça na palma da mão direita e recita-se:

ÊLE MOADÊ A-DO-NAI, MIC RAÊ CÔDESH, ASHER TICREÚ OTÁM BEMOA DÁM.

Estes são os dias festivos do Eterno, santas convocações, as quais proclamareis em épocas estabelecidas.

SAVRÍ MARANÁN: BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, BORÊ PERI HA GÁ FEN.

Atenção senhores! Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que cria o fruto da vinha.

• A seguir, sentado, bebe-se a maior parte do conteúdo da taça.• Divide-se o restante do vinho, acrescentando mais um pouco se desejar, entre todos os

presentes.

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Kidush Para a noite de Simchat Torá

SEGUNDA-FEIRA, 21/10

• Segura-se a taça na palma da mão direita e recita-se:

SAVRÍ MARANÁN: BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, BORÊ PERI HA GÁ FEN.

Atenção senhores! Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que cria o fruto da vinha.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HA OLÁM, ASHER BÁCHAR BÁNU MICOL AM, VEROMEMÁNU MICOL LA SHÔN, VEKIDESHÁNU

BEMITSVOTAV. VATITEN LÁNU A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU BEA HA VÁ MOADÍM LESSIMCHÁ. CHAGUIM UZMANIM LESSASSON, ET YOM SHEMINI ATSÊRET

HACHAG HAZÊ, VEÊT YOM TOV MICRÁ CÔDESH HAZÊ, ZEMAN SIM CHA TÊNU MICRÁ CÔ DESH ZÊCHER LITSIAT MITSRÁYIM; KI VÁNU

VA CHAR TA VEOTÁNU KIDÁSHTA MICOL HAAMÍM UMOADÊ COD SHÊ CHA BESSIMCHÁ UV SA SSÔN HINCHALTÁNU. BARUCH ATÁ A-DO-NAI,

ME CA DÊSH YISRAEL VEHA ZEMA NÍM.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos escolheu dentre todos os povos e nos elevou acima de todas as línguas e nos santificou com Seus mandamentos. E nos deste, ó Eterno nosso D'us, com amor dias festivos para alegria, Festas e épocas para júbilo; este dia da Festa de Shemini Atsêret e este dia propício de santa convocação, época de nossa alegria, santa convocação, em recordação à saída do Egito. Pois a nós Tu escolheste e nos santificaste dentre todos os povos e Teus santos dias festivos nos deste com alegria e júbilo. Bendito és Tu,

ó Eterno, que santifica Israel e as Festas.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HA OLÁM, SHEHECHEYÁNU VEKIYEMÁNU VEHIGUIÁNU LIZMAN HAZÊ.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até a presente época.

• A seguir, sentado, bebe-se a maior parte do conteúdo da taça.• Divide-se o restante do vinho, acrescentando mais um pouco se desejar, entre todos os

presentes.

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Kidush Para o almoço de Simchat Torá

TERÇA-FEIRA, 22/10

• Segura-se a taça na palma da mão direita e recita-se:

ÊLE MOADÊ A-DO-NAI, MIC RAÊ CÔDESH, ASHER TICREÚ OTÁM BEMOA DÁM.

Estes são os dias festivos do Eterno, santas convocações,

as quais proclamareis em épocas estabelecidas.

SAVRÍ MARANÁN: BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, BORÊ PERI HA GÁ FEN.

Atenção senhores! Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que cria o fruto da vinha.

• A seguir, sentado, bebe-se a maior parte do conteúdo da taça.• Divide-se o restante do vinho, acrescentando mais um pouco se desejar, entre todos os

presentes.

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A CAMPANHA DO REBE

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A CAMPANHA DO REBE

Em Sucot, a pedido do Rebe de Lubavitch, seus seguidores fazem uma campanha mundial para divulgar a mitsvá das Quatro Espécies a todos os judeus.

Nas esquinas, hospitais, faculdades, parques, shopping centers e sinagogas, os chassidim encorajam homens e mulheres judeus de todas as idades a segurarem o lulav (palma de tamareira) com hadassim (ramos de murta) e aravot (ramos de salgueiro), e o etrog (cidra) para recitar a bênção apropriada.

Vamos concentrar nossa atenção e seguir um par de jovens chassidim com seus lulav e etrog, descendo uma avenida principal:

Eles avistam um jovem sentado num banco, lendo um jornal; aproximam-se dele rapidamente. Ele levanta os olhos do jornal. “Você fez uma bênção sobre o lulav hoje?” perguntam.

“Não,” responde ele, “mas de que se trata?” O jovem chassid não hesita. “Você é judeu, e nós também. Todos os judeus formam um só corpo. Em questões de Torá e mitsvot – seu negócio é nosso negócio.”

O jovem está visivelmente impressionado com estas palavras. Levanta-se e deixa o jornal de lado. O outro chassid coloca uma kipá sobre sua cabeça. O lulav é colocado em sua mão direita. Ele repete hesitantemente a berachá, palavra por palavra. O etrog é posto em sua mão esquerda, e naquele momento, uma união especial é atingida – entre dois judeus, um outro judeu, uma mitsvá – e D’us.

Em Sucot, a pedido do Rebe de Lubavitch, seus seguidores fazem uma campanha mundial para divulgar a mitsvá das Quatro Espécies a todos os judeus.

Nas esquinas, hospitais, faculdades, parques, shopping centers e sinagogas, os chassidim encorajam homens e mulheres judeus de todas as idades a segurarem o lulav (palma de tamareira) com hadassim (ramos de murta) e aravot (ramos de salgueiro), e o etrog (cidra) para recitar a bênção apropriada.

Vamos concentrar nossa atenção e seguir um par de jovens chassidim com seus lulav e etrog, descendo uma avenida principal:

Eles avistam um jovem sentado num banco, lendo um jornal; aproximam-se dele rapidamente. Ele levanta os olhos do jornal. “Você fez uma bênção sobre o lulav hoje?” perguntam.

“Não,” responde ele, “mas de que se trata?” O jovem chassid não hesita. “Você é judeu, e nós também. Todos os judeus formam um só corpo. Em questões de Torá e mitsvot – seu negócio é nosso negócio.”

O jovem está visivelmente impressionado com estas palavras. Levanta-se e deixa o jornal de lado. O outro chassid coloca uma kipá sobre sua cabeça. O lulav é colocado em sua mão direita. Ele repete hesitantemente a berachá, palavra por palavra. O etrog é posto em sua mão esquerda, e naquele momento, uma união especial é atingida – entre dois judeus, um outro judeu, uma mitsvá – e D’us.

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Receitas Típicas

ATENÇÃO: os ingredientes assinalados com asterisco devem ser CASHER. Podem ser encontrados em vários locais inclusive na All Kosher, Al. Barros, 391, loja 12 – Fone: 3825-1131

TSIMES

Ingredientes1 colher (chá) de óleo6 cenouras fatiadas1 batata doce grande picada em cubos

*3 colheres (chá) de mel1/4 xíc. de suco de laranja1 pitada de sal2 fatias de abacaxi cortadas em pedaços

BOLO DE MEL

Ingredientes4 ovos1 copo de açúcar1 copo de óleo*1 copo de mel3 1/2 copos de farinha de trigo1 copo de chá forte

2 colheres (chá) de fermento em pó 2 colheres (chá) de bicarbonato de sódio1 colher (chá) de noz moscada ralada1 colher (chá) de cravo moído1 colher (de chá) de canela1/2 colher de sal1/2 copo de uvas passas

Modo de fazer Bata as claras em neve e reserve. Em outra tigela bata bem as gemas até clarear. Acrescente aos poucos o açúcar, o óleo e o mel batendo sempre. Adicione os ingredientes secos alternando-os com o chá. Misture à mão as claras em neve. Despeje em fôrma untada. Enfarinhe as uvas passas e coloque-as sobre o bolo. Asse por 55 minutos em forno moderado e pré-aquecido.

Modo de fazerRefogue as cenouras no óleo por 15 minutos. Acrescente a batata doce, o mel, o suco e o sal. Continue refogando em fogo baixo por 30 minutos. Acrescente o abacaxi. Depois de 5 minutos retire do fogo. Sirva quente.

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CREPLACH

Modo de fazerMassa: Misture os ingredientes numa vasilha grande. Trabalhe a massa com as mãos e em seguida abra-a sobre uma superfície polvilhada com farinha de trigo. Corte a massa em círculos ou quadrados de uns 8 centímetros. Recheio: Numa travessa menor, misture bem os ingredientes do recheio. Veja as instruções de como rechear e dobrar a massa nas ilustrações abaixo. Obs.: Os creplach podem ser cozidos em água salgada fervente durante 20 minutos até flutuar ou diretamente na sopa. Ou então podem ser primeiramente dourados em frigideira tefal (sem óleo) em ambos os lados e depois fervidos na sopa durante 10 minutos.Dica: A massa se desenrolará mais facilmente se ficar embrulhada num pano úmido durante uma hora.

IngredientesMassa1 3/4 xícara de farinha de trigo 2 ovos 1/2 colher (chá) de sal 3 colheres (sopa) de óleo

Recheio*1 xícara de carne (ou frango) moída1 cebola pequena ralada1 colher (chá) de sal

4

3 2

1

4

3 2

1

B

A

1 Em uma superfície enfarinhada, abra a

massa o mais fino possível.

2 Modelo quadrado: corte a massa em

quadrados de 8 cm. Coloque 1 colher (chá) de recheio no centro.

3 Junte a ponta A com a ponta B e aperte

dos lados com a ponta do dedo umedecido para ligar melhor.

4 Modelo redondo: corte a massa em círculos de

8 cm com a borda de uma xícara. Coloque 1 colher (chá) de recheio no centro.

5 Levante os lados 1-2 e 1-3 para se

encontrarem no centro, por cima do recheio. Aperte as pontas.

6 Dobre para frente a lateral 3-4-2 e aperte

as pontas para formar um triângulo. Junte os lados com a ponta dos dedos umedecidos para ligar melhor.

20 17

neTilaT YaDáYim e hamôTsi• Antes de comer a chalá abluem-se as mãos, vertendo água de uma caneca três

vezes consecutivas em cada mão, até o pulso, iniciando pela mão direita.• Recita-se a seguinte bênção antes de enxugar as mãos:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KI DE -SHÁ NU BEMITSVOTAV, VETSI VÁNU AL NE TI LAT YADáYIM.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com os Seus mandamentos e nos or-denou sobre a ablução das mãos.

• Não é permitido conversar entre a recitação desta bênção e a ingestão do primeiro bocado de alimento.

• Antes de comer a chalá, imediatamente após lavar as mãos e pronunciar a bênção sobre a ablução, recita-se:

• Esta bênção isenta a pessoa de todas as outras bênçãos anteriores a alimentos, exceto as do vinho, frutas e sobremesa.

BARUCH ATÁ A­DO­NAI E­LO­HÊ­NU MÊLECH HAOLÁM, hamôTsi LÊ­CHEM MIN HAÁRETS.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que faz brotar pão da terra.

CREPLACH

Modo de fazerMassa: Misture os ingredientes numa vasilha grande. Trabalhe a massa com as mãos e em seguida abra-a sobre uma superfície polvilhada com farinha de trigo. Corte a massa em círculos ou quadrados de uns 8 centímetros. Recheio: Numa travessa menor, misture bem os ingredientes do recheio. Veja as instruções de como rechear e dobrar a massa nas ilustrações abaixo. Obs.: Os creplach podem ser cozidos em água salgada fervente durante 20 minutos até flutuar ou diretamente na sopa. Ou então podem ser primeiramente dourados em frigideira tefal (sem óleo) em ambos os lados e depois fervidos na sopa durante 10 minutos.Dica: A massa se desenrolará mais facilmente se ficar embrulhada num pano úmido durante uma hora.

IngredientesMassa1 3/4 xícara de farinha de trigo 2 ovos 1/2 colher (chá) de sal 3 colheres (sopa) de óleo

Recheio*1 xícara de carne (ou frango) moída1 cebola pequena ralada1 colher (chá) de sal

4

3 2

1

4

3 2

1

B

A

B1 Em uma superfície enfarinhada, abra a

massa o mais fino possível.

2 Modelo quadrado: corte a massa em

quadrados de 8 cm. Coloque 1 colher (chá) de recheio no centro.

3 Junte a ponta A com a ponta B e aperte

dos lados com a ponta do dedo umedecido para ligar melhor.

4 Modelo redondo: corte a massa em

círculos de 8 cm com a borda de uma xícara. Coloque 1 colher (chá) de recheio no centro.

5 Levante os lados 1-2 e 1-3 para se

encontrarem no centro, por cima do recheio. Aperte as pontas.

6 Dobre para frente a lateral 3-4-2 e aperte

as pontas para formar um triângulo. Junte os lados com a ponta dos dedos umedecidos para ligar melhor.

20 17

neTilaT YaDáYim e hamôTsi• Antes de comer a chalá abluem-se as mãos, vertendo água de uma caneca três

vezes consecutivas em cada mão, até o pulso, iniciando pela mão direita.• Recita-se a seguinte bênção antes de enxugar as mãos:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KI DE -SHÁ NU BEMITSVOTAV, VETSI VÁNU AL NE TI LAT YADáYIM.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com os Seus mandamentos e nos or-denou sobre a ablução das mãos.

• Não é permitido conversar entre a recitação desta bênção e a ingestão do primeiro bocado de alimento.

• Antes de comer a chalá, imediatamente após lavar as mãos e pronunciar a bênção sobre a ablução, recita-se:

• Esta bênção isenta a pessoa de todas as outras bênçãos anteriores a alimentos, exceto as do vinho, frutas e sobremesa.

BARUCH ATÁ A­DO­NAI E­LO­HÊ­NU MÊLECH HAOLÁM, hamôTsi LÊ­CHEM MIN HAÁRETS.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que faz brotar pão da terra.

CREPLACH

Modo de fazerMassa: Misture os ingredientes numa vasilha grande. Trabalhe a massa com as mãos e em seguida abra-a sobre uma superfície polvilhada com farinha de trigo. Corte a massa em círculos ou quadrados de uns 8 centímetros. Recheio: Numa travessa menor, misture bem os ingredientes do recheio. Veja as instruções de como rechear e dobrar a massa nas ilustrações abaixo. Obs.: Os creplach podem ser cozidos em água salgada fervente durante 20 minutos até flutuar ou diretamente na sopa. Ou então podem ser primeiramente dourados em frigideira tefal (sem óleo) em ambos os lados e depois fervidos na sopa durante 10 minutos.Dica: A massa se desenrolará mais facilmente se ficar embrulhada num pano úmido durante uma hora.

IngredientesMassa1 3/4 xícara de farinha de trigo 2 ovos 1/2 colher (chá) de sal 3 colheres (sopa) de óleo

Recheio*1 xícara de carne (ou frango) moída1 cebola pequena ralada1 colher (chá) de sal

4

3 2

1

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3 2

1

B

A

B1 Em uma superfície enfarinhada, abra a

massa o mais fino possível.

2 Modelo quadrado: corte a massa em

quadrados de 8 cm. Coloque 1 colher (chá) de recheio no centro.

3 Junte a ponta A com a ponta B e aperte

dos lados com a ponta do dedo umedecido para ligar melhor.

4 Modelo redondo: corte a massa em

círculos de 8 cm com a borda de uma xícara. Coloque 1 colher (chá) de recheio no centro.

5 Levante os lados 1-2 e 1-3 para se

encontrarem no centro, por cima do recheio. Aperte as pontas.

6 Dobre para frente a lateral 3-4-2 e aperte

as pontas para formar um triângulo. Junte os lados com a ponta dos dedos umedecidos para ligar melhor.

20 17

neTilaT YaDáYim e hamôTsi• Antes de comer a chalá abluem-se as mãos, vertendo água de uma caneca três

vezes consecutivas em cada mão, até o pulso, iniciando pela mão direita.• Recita-se a seguinte bênção antes de enxugar as mãos:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KI DE -SHÁ NU BEMITSVOTAV, VETSI VÁNU AL NE TI LAT YADáYIM.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com os Seus mandamentos e nos or-denou sobre a ablução das mãos.

• Não é permitido conversar entre a recitação desta bênção e a ingestão do primeiro bocado de alimento.

• Antes de comer a chalá, imediatamente após lavar as mãos e pronunciar a bênção sobre a ablução, recita-se:

• Esta bênção isenta a pessoa de todas as outras bênçãos anteriores a alimentos, exceto as do vinho, frutas e sobremesa.

BARUCH ATÁ A­DO­NAI E­LO­HÊ­NU MÊLECH HAOLÁM, hamôTsi LÊ­CHEM MIN HAÁRETS.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que faz brotar pão da terra.

CREPLACH

Modo de fazerMassa: Misture os ingredientes numa vasilha grande. Trabalhe a massa com as mãos e em seguida abra-a sobre uma superfície polvilhada com farinha de trigo. Corte a massa em círculos ou quadrados de uns 8 centímetros. Recheio: Numa travessa menor, misture bem os ingredientes do recheio. Veja as instruções de como rechear e dobrar a massa nas ilustrações abaixo. Obs.: Os creplach podem ser cozidos em água salgada fervente durante 20 minutos até flutuar ou diretamente na sopa. Ou então podem ser primeiramente dourados em frigideira tefal (sem óleo) em ambos os lados e depois fervidos na sopa durante 10 minutos.Dica: A massa se desenrolará mais facilmente se ficar embrulhada num pano úmido durante uma hora.

IngredientesMassa1 3/4 xícara de farinha de trigo 2 ovos 1/2 colher (chá) de sal 3 colheres (sopa) de óleo

Recheio*1 xícara de carne (ou frango) moída1 cebola pequena ralada1 colher (chá) de sal

4

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1

B

A

B1 Em uma superfície enfarinhada, abra a

massa o mais fino possível.

2 Modelo quadrado: corte a massa em

quadrados de 8 cm. Coloque 1 colher (chá) de recheio no centro.

3 Junte a ponta A com a ponta B e aperte

dos lados com a ponta do dedo umedecido para ligar melhor.

4 Modelo redondo: corte a massa em

círculos de 8 cm com a borda de uma xícara. Coloque 1 colher (chá) de recheio no centro.

5 Levante os lados 1-2 e 1-3 para se

encontrarem no centro, por cima do recheio. Aperte as pontas.

6 Dobre para frente a lateral 3-4-2 e aperte

as pontas para formar um triângulo. Junte os lados com a ponta dos dedos umedecidos para ligar melhor.

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neTilaT YaDáYim e hamôTsi• Antes de comer a chalá abluem-se as mãos, vertendo água de uma caneca três

vezes consecutivas em cada mão, até o pulso, iniciando pela mão direita.• Recita-se a seguinte bênção antes de enxugar as mãos:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KI DE -SHÁ NU BEMITSVOTAV, VETSI VÁNU AL NE TI LAT YADáYIM.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com os Seus mandamentos e nos or-denou sobre a ablução das mãos.

• Não é permitido conversar entre a recitação desta bênção e a ingestão do primeiro bocado de alimento.

• Antes de comer a chalá, imediatamente após lavar as mãos e pronunciar a bênção sobre a ablução, recita-se:

• Esta bênção isenta a pessoa de todas as outras bênçãos anteriores a alimentos, exceto as do vinho, frutas e sobremesa.

BARUCH ATÁ A­DO­NAI E­LO­HÊ­NU MÊLECH HAOLÁM, hamôTsi LÊ­CHEM MIN HAÁRETS.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que faz brotar pão da terra.

CREPLACH

Modo de fazerMassa: Misture os ingredientes numa vasilha grande. Trabalhe a massa com as mãos e em seguida abra-a sobre uma superfície polvilhada com farinha de trigo. Corte a massa em círculos ou quadrados de uns 8 centímetros. Recheio: Numa travessa menor, misture bem os ingredientes do recheio. Veja as instruções de como rechear e dobrar a massa nas ilustrações abaixo. Obs.: Os creplach podem ser cozidos em água salgada fervente durante 20 minutos até flutuar ou diretamente na sopa. Ou então podem ser primeiramente dourados em frigideira tefal (sem óleo) em ambos os lados e depois fervidos na sopa durante 10 minutos.Dica: A massa se desenrolará mais facilmente se ficar embrulhada num pano úmido durante uma hora.

IngredientesMassa1 3/4 xícara de farinha de trigo 2 ovos 1/2 colher (chá) de sal 3 colheres (sopa) de óleo

Recheio*1 xícara de carne (ou frango) moída1 cebola pequena ralada1 colher (chá) de sal

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B1 Em uma superfície enfarinhada, abra a

massa o mais fino possível.

2 Modelo quadrado: corte a massa em

quadrados de 8 cm. Coloque 1 colher (chá) de recheio no centro.

3 Junte a ponta A com a ponta B e aperte

dos lados com a ponta do dedo umedecido para ligar melhor.

4 Modelo redondo: corte a massa em

círculos de 8 cm com a borda de uma xícara. Coloque 1 colher (chá) de recheio no centro.

5 Levante os lados 1-2 e 1-3 para se

encontrarem no centro, por cima do recheio. Aperte as pontas.

6 Dobre para frente a lateral 3-4-2 e aperte

as pontas para formar um triângulo. Junte os lados com a ponta dos dedos umedecidos para ligar melhor.

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BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊ-NU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KI DE -SHÁ NU BEMITSVOTAV, VETSI VÁNU AL NE TI LAT YADáYIM.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com os Seus mandamentos e nos or-denou sobre a ablução das mãos.

• Não é permitido conversar entre a recitação desta bênção e a ingestão do primeiro bocado de alimento.

• Antes de comer a chalá, imediatamente após lavar as mãos e pronunciar a bênção sobre a ablução, recita-se:

• Esta bênção isenta a pessoa de todas as outras bênçãos anteriores a alimentos, exceto as do vinho, frutas e sobremesa.

BARUCH ATÁ A­DO­NAI E­LO­HÊ­NU MÊLECH HAOLÁM, hamôTsi LÊ­CHEM MIN HAÁRETS.

Bendito és Tu, ó Eterno nosso D’us, Rei do Universo, que faz brotar pão da terra.

CREPLACH

Modo de fazerMassa: Misture os ingredientes numa vasilha grande. Trabalhe a massa com as mãos e em seguida abra-a sobre uma superfície polvilhada com farinha de trigo. Corte a massa em círculos ou quadrados de uns 8 centímetros. Recheio: Numa travessa menor, misture bem os ingredientes do recheio. Veja as instruções de como rechear e dobrar a massa nas ilustrações abaixo. Obs.: Os creplach podem ser cozidos em água salgada fervente durante 20 minutos até flutuar ou diretamente na sopa. Ou então podem ser primeiramente dourados em frigideira tefal (sem óleo) em ambos os lados e depois fervidos na sopa durante 10 minutos.Dica: A massa se desenrolará mais facilmente se ficar embrulhada num pano úmido durante uma hora.

IngredientesMassa1 3/4 xícara de farinha de trigo 2 ovos 1/2 colher (chá) de sal 3 colheres (sopa) de óleo

Recheio*1 xícara de carne (ou frango) moída1 cebola pequena ralada1 colher (chá) de sal

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B1 Em uma superfície enfarinhada, abra a

massa o mais fino possível.

2 Modelo quadrado: corte a massa em

quadrados de 8 cm. Coloque 1 colher (chá) de recheio no centro.

3 Junte a ponta A com a ponta B e aperte

dos lados com a ponta do dedo umedecido para ligar melhor.

4 Modelo redondo: corte a massa em

círculos de 8 cm com a borda de uma xícara. Coloque 1 colher (chá) de recheio no centro.

5 Levante os lados 1-2 e 1-3 para se

encontrarem no centro, por cima do recheio. Aperte as pontas.

6 Dobre para frente a lateral 3-4-2 e aperte

as pontas para formar um triângulo. Junte os lados com a ponta dos dedos umedecidos para ligar melhor.

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REPOLHO RECHEADO

Repolho recheado é feito em formato de rolinhos que lembram os Rolos da Torá,por isso são frequentemente servidos durante Simchat Torá

Ingredientes12 folhas grandes de repolho, lavadas e verificadas2 xíc. de arroz cozido*1 xíc. de trigo para quibe ou carne moída1 cebola picada2 colheres (sopa) de salsa picada1 colher (sopa) de manjericão fresco picado

2 colheres (chá) de azeite1 cenoura ralada grosso2 tomates sem pele e sem sementes picados*1/2 xíc. de caldo de carne ou frangoSal a gostoOpcional: uva passa e açúcar a gosto

Modo de fazerDeixe o trigo de molho em água por 1 hora, escorra e esprema com as mãos. Refogue a cenoura e a cebola com 1/2 colher de azeite, junte metade do caldo e deixe cozinhar por 5 minutos. Junte o trigo ou a carne moída, mexa com uma colher de pau, acrescente metade dos tomates, o arroz e os temperos. Misture bem e desligue.Corte as folhas de repolho maiores ao meio, eliminando os talos duros, usando as folhas menores inteiras. Ferva 5 xícaras de água numa panela grande com um pouco de sal. Mergulhe o repolho na água por 2 minutos, escorra e passe rapidamente por água fria. Escorra bem. Enrole o recheio nas folhas de repolho (conforme ilustração abaixo) e acomode-as num pirex. Regue com o que sobrou do caldo, espalhe o resto dos tomates picados. Se quiser um sabor mais adocicado, acrescente a uva passa e açúcar a gosto. Leve ao forno, coberto com papel alumínio para esquentar.Variação: em vez de assar, o repolho pode ser cozido: frite uma cebola grande numa panela funda, até dourar. Corte as folhas de sobra por cima da cebola e disponha os repolhos recheados um ao lado do outro. Cubra com folhas avulsas e disponha mais uma camada de repolho recheado; cubra com as folhas restantes. Cubra com água e deixe cozinhar em fogo mínimo durante várias horas, de preferência sobre uma chapinha.

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REPOLHO RECHEADORepolho recheado é feito em formato de rolinhos que lembram os Rolos da Torá,

por isso são frequentemente servidos durante Simchat Torá

Ingredientes12 folhas grandes de repolho, lavadas e verificadas2 xíc. de arroz cozido*1 xíc. de trigo para quibe ou carne moída1 cebola picada2 colheres (sopa) de salsa picada1 colher (sopa) de manjericão fresco picado

2 colheres (chá) de azeite1 cenoura ralada grosso2 tomates sem pele e sem sementes picados*1/2 xíc. de caldo de carne ou frangoSal a gostoOpcional: uva passa e açúcar a gosto

Modo de fazerDeixe o trigo de molho em água por 1 hora, escorra e esprema com as mãos. Refogue a cenoura e a cebola com 1/2 colher de azeite, junte metade do caldo e deixe cozinhar por 5 minutos. Junte o trigo ou a carne moída, mexa com uma colher de pau, acrescente metade dos tomates, o arroz e os temperos. Misture bem e desligue.Corte as folhas de repolho maiores ao meio, eliminando os talos duros, usando as folhas me-nores inteiras. Ferva 5 xícaras de água numa panela grande com um pouco de sal. Mergulhe o repolho na água por 2 minutos, escorra e passe rapidamente por água fria. Escorra bem. Enrole o recheio nas folhas de repolho (conforme ilustração abaixo) e acomode-as num pirex. Regue com o que sobrou do caldo, espalhe o resto dos tomates picados. Se quiser um sabor mais adocicado, acrescente a uva passa e açúcar a gosto. Leve ao forno, coberto com papel alumínio para esquentar.Variação: em vez de assar, o repolho pode ser cozido: frite uma cebola grande numa panela funda, até dourar. Corte as folhas de sobra por cima da cebola e disponha os repolhos reche-ados um ao lado do outro. Cubra com folhas avulsas e disponha mais uma camada de repolho recheado; cubra com as folhas restantes. Cubra com água e deixe cozinhar em fogo mínimo durante várias horas, de preferência sobre uma chapinha.

ATENÇÃO: os ingredientes assinalados com asterisco devem ser CASHER. Podem ser encontrados em vários locais inclusive na

All Kosher, Al. Barros, 391, loja 12 – Fone: 3825-1131

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Histórias e Pensamentos de Sucot

A FESTA DA COLHEITA

A Torá nos ordena: “No dia quinze de Tishrê celebrareis Sucot por sete dias.” Fora de Êrets Yisrael, Sucot dura oito dias.

Apesar de ser uma mitsvá alegrar-se em todas as Festas, Sucot é a Festa mais alegre de todas. Por quê? Há duas razões:

1. Sucot vem logo após Rosh Hashaná e Yom Kipur, os dias de teshuvá e arrependimento. Depois de fazer teshuvá nestes dias, nossos corações estão alegres, pois nossos pecados foram perdoados.

2. Antigamente, quando Benê Yisrael eram um povo agrícola em Êrets Yisrael, não eram completamente felizes em Pêssach. Acabaram de semear o trigo, e estavam preocupados, já que não sabiam se os resultados da colheita seriam bons ou não. O trigo era o principal alimento durante o ano todo; se a colheita falhasse, não haveria alimento suficiente. Em Shavuot o trigo era colhido, e os agricultores ficavam aliviados. Não estavam, porém, completamente felizes. Os frutos das árvores e vinhas ainda não haviam amadurecido. Talvez a colheita fosse parca.

Finalmente, chegava Sucot. Os camponeses já haviam abastecido seus silos e celeiros de abundantes frutos, e colhido os cereais dos campos. Estavam preparados para enfrentar o longo inverno. Agora sim, podiam sentir-se completamente alegres e felizes. Não admira que Sucot seja a “Época de Nosso Júbilo”.

Em épocas de tal sucesso material há o perigo do homem “engordar e chutar; esquecendo-se de Hashem, seu Criador”. Vendo seu trabalho ser recompensado com tanto sucesso, pode achar que “meu poder e a força de minhas mãos construíram toda essa fortuna”. Há também o perigo de a pessoa pensar que trabalhar e amealhar fortuna é o único propósito da vida, esquecendo-se de que há valores maiores e mais elevados na vida – valores espirituais.

A fim de que o judeu não se esqueça de seu verdadeiro propósito na vida, Hashem, em Sua infinita sabedoria, amor e bondade, nos ordena, nesta época, a deixarmos nossos lares confortáveis, e habitarmos numa frágil cabana, a sucá, durante sete dias. A sucá nos lembra de que confiamos e dependemos de D’us para proteção, pois a sucá não é uma fortaleza, nem sequer provê um teto sólido sobre nossas cabeças. Também nos lembra de que a vida nesta terra não é mais que uma habitação temporária.

Cada um dos sete dias de Sucot representa uma década de vida, ao todo setenta anos, período de vida do homem na terra. Este curto período de vida pode ser considerado apenas como um período de preparação para a vida duradoura que vem depois da vida neste mundo. Uma vida na qual a fortuna material não conta, na qual apenas a fortuna espiritual é levada em conta. Os estoques de grãos, vinho

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e óleo devem ser deixados para trás, enquanto apenas a reserva de Torá, mitsvot e boas ações podem ser “transportadas” e consideradas como vantagem na vida eterna.

Desta maneira, para nós, Sucot é a “Festa da Colheita” num senso mais profundo: ensina-nos a colher, armazenar e estocar as experiências religiosas e elevações espirituais que adquirimos durante as muitas e diversas Festas, preces e mitsvot do mês de Tishrê; de maneira que possamos utilizar-nos desses ricos silos durante todo o ano vindouro.

A RAPOSA E O VINHEDO

O Rei Salomão, o mais sábio dos homens, avisa-nos para que sejamos muito humildes, pois como o homem chega a este mundo sem nada, assim deixa este mundo, sem riquezas.

Nossos Sábios fornecem-nos a seguinte parábola, a fim de que estas sábias palavras do Rei Salomão permaneçam sempre frescas em nossa memória:

Uma raposa matreira passava ao lado de um vinhedo. Uma cerca alta e espessa protegia o vinhedo por todos os lados. Conforme a raposa rodeava a cerca, encontrou um pequeno buraco, através do qual mal podia enfiar a cabeça. Ao ver as suculentas uvas que cresciam no vinhedo, a raposa ficava com água na boca. Mas o buraco era muito pequeno, ela não passava.

O que fez então a astuta raposa? Jejuou por três dias, até ficar tão magra que conseguiu passar através do buraco.

Dentro do vinhedo, a raposa começou a comer a seu bel-prazer. Cresceu e engordou como nunca. Até que quis sair do vinhedo. Mas, Oh! O buraco ficou pequeno novamente. O que fez? Jejuou novamente por três dias, até conseguir escapulir pelo buraco e sair.

Virando-se para as parreiras, a pobre raposa disse: “Vinhedo, oh, vinhedo! Quão apetitosas e atraentes parecem, e quão agradáveis são seus frutos e vinhas. Mas de que me valeram? Como vim a vocês, assim saí…”

Desse modo, dizem os Sábios, é com este mundo. É um mundo maravilhoso, mas da mesma maneira que os homens chegam a este mundo de mãos vazias, assim eles o deixam. Apenas a Torá que estudou, as mitsvot que realizou, e as boas ações que praticou são os verdadeiros frutos que pode levar consigo.

A MITSVÁ DE MORAR EM CABANAS, SUCOT

Hashem nos ordenou: “Durante os sete dias de Sucot, devereis habitar em sucot (cabanas).”

A Torá ordena que cada homem judeu transfira a base de sua moradia de sua casa para a sucá por todos os sete dias da Festa. Durante este tempo, a sucá se torna sua residência permanente, e a casa, a temporária.

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Para que uma sucá não se pareça com uma casa, não pode haver nada sólido que a proteja da chuva. Pelo contrário, deve ser coberta por sechach (ramos), espaçados entre si.

É mitsvá, porém, tornar a sucá habitável como a própria casa, portanto, deve colocar na sucá louça fina, bem como outros artigos domésticos, e estender uma toalha de mesa bonita.

Por que Hashem quer que moremos em sucot durante esta Festa?A Torá explica: “Em sucot habitareis, para que vossas gerações saibam que Eu,

Hashem, coloquei Benê Yisrael em sucot quando vos tirei do Egito.”Em que espécie de sucá os judeus habitaram no deserto?1. Rabi Akiva explicou que os judeus construíram cabanas portáteis de madeira,

nas quais viveram no deserto.2. De acordo com outra opinião, as “sucot” a que a Torá se refere não eram

cabanas de madeira, mas as Nuvens de Glória com as quais o Todo Poderoso rodeou Benê Yisrael, protegendo-os dos inimigos e perigos à sua volta, e do sol escaldante do deserto. Esta é a opinião aceita.

Portanto, fomos ordenados a habitar em sucot neste Yom Tov para lembrar os portentosos milagres que o Todo Poderoso realizou no deserto para nossa nação, protegendo nossos ancestrais com as Nuvens de Glória.

Rabi Akiva sustentava que a Torá enfatiza a grandeza da geração do deserto. Uma enorme população consistindo de homens, mulheres e crianças seguiu Moshê sem hesitar a uma terra de ninguém, desprovida de qualquer vegetação, e habitada por serpentes, escorpiões e feras selvagens. Não habitavam em bairros residenciais, porém tiveram de erguer cabanas para si. Contudo, seguiram a liderança de Moshê durante quarenta anos. Nós também somos ordenados a habitar em cabanas de madeira, a fim de aprendermos a adotar uma atitude de confiança total em Hashem, exatamente como fizeram nossos ancestrais.

Parece que o Yom Tov de Sucot deveria ser comemorado após Pêssach, na estação da primavera, quando os eventos do Êxodo realmente ocorreram.

Não obstante, a Torá coloca propositadamente esta Festa no início da estação fria. Se Sucot fosse no mês de Nissan ou Iyar, poderíamos supor que a família estivesse se mudando para o ar livre a fim de aproveitar o clima ameno e agradável. Da maneira como realmente é, as crianças perguntarão o motivo da mitsvá.

AS VISITAS CELESTIAIS A Cabalá ensina que a Shechiná (Presença Divina) estende Suas asas sobre o

judeu que se senta na sucá. Depois que entra, visitantes celestiais (chamados de ushpizin) também entram para compartilhar da morada Divina com ele.

Conta-se que Rabi Hamnuna, o velho, costumava entrar na sucá com espírito alegre e elevado. Uma vez dentro, levantava-se, dirigia-se à entrada e dizia: “Convidemos as visitas celestiais!”

Quando a mesa estava posta e já recitara a bênção de “leshêv bassucá”, exclamava:

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“Sentem-se, visitas celestiais, acomodem-se!”Antes de comer, erguia as mãos alegremente e anunciava: “Quão afortunado

é nosso quinhão, e quão feliz e afortunado é todo o povo judeu, cuja porção é Hashem!”

A fim de agradar os visitantes celestiais um judeu também deve alegrar os pobres neste Yom Tov, convidando-os às refeições, ou dando-lhes uma considerável doação antes da Festa.

Se, enquanto convida as visitas celestiais à sua sucá, não compartilhar com os pobres da terra, a mesa que ele arruma na sucá não é a mesa do Todo Poderoso, e não é merecedor da presença dos seres Celestiais.

Cada um é obrigado a dar conforme suas possibilidades, como está escrito: “Todo homem deve dar como puder, de acordo com a bênção de Hashem, teu D’us, conforme Ele te deu” (Devarim 15:17). Que não diga: “Primeiro, comprarei supérfluos para mim, então verei o que sobra para os pobres”, mas sim, que faça seu orçamento incluindo os pobres em suas despesas de Yom Tov. Se alegra os pobres, o Todo Poderoso alegra-Se com ele.

AS QUATRO ESPÉCIES – ARBAÁ MINIM

Moshê disse a Benê Yisrael: “Em Sucot, é mitsvá segurar as Quatro Espécies de plantas: etrog, lulav (palma de tamareira), hadassim (murta) e aravot (salgueiro).”

Na época do Bet Hamicdash (Templo Sagrado), estas espécies eram seguradas todo dia por sete dias (pelos cohanim e visitantes no Bet Hamicdash). Contudo, fora do Bet Hamicdash, de acordo com a lei da Torá, eram seguradas apenas no primeiro dia de Sucot.

Após a destruição do Templo, Rabi Yochanan instituiu que os judeus tomassem as Quatro Espécies todos os dias de Sucot por sete dias, em memória ao Bet Hamicdash.

No Bet Hamicdash, o cohen costumava circular o altar uma vez ao dia com as Quatro Espécies na mão, exclamando: “Ana, Hashem, hoshia ná!” (Por favor, Hashem, por favor, salve-nos!) No sétimo dia, Yom Tov, circulava o altar sete vezes como sinal de despedida, louvando-o por proporcionar-lhes expiação.

Por que fomos ordenados a pegar Quatro Espécies em Sucot? Citamos alguns motivos dados pelos Sábios:

1. Em Sucot o Todo Poderoso determina quanta chuva descerá no ano vindouro.Hashem diz: “Ordenei-te pegar as Quatro Espécies a fim de te garantir méritos,

para que haja chuvas abundantes durante o ano.”Como usamos para uma mitsvá estas Quatro Espécies que necessitam de muita

água, Hashem nos garante abundante suplemento de chuvas. 2. As Quatro Espécies também representam os quatro segmentos de Benê Yisrael.• O etrog é comestível e tem cheiro agradável, correspondendo ao judeu que tem

tanto conhecimento de Torá quanto mitsvot.• O lulav brota da palmeira frutífera, porém ele próprio não tem cheiro doce.

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Representa o judeu que estuda Torá mas não realiza as mitsvot.• O hadas exala um odor fragrante, contudo não é comestível, semelhante ao

judeu que cumpre as mitsvot, mas lhe falta conhecimento de Torá.• As aravot não são comestíveis nem exalam aroma agradável. São comparadas

ao judeu desprovido de Torá e mitsvot (mas que ainda está ligado à comunidade judaica).

Hashem disse: “Que os quatro segmentos juntem-se em união, assim um pode complementar o outro!”

Mesmo se alguém despende uma enorme soma de dinheiro para adquirir um jogo das Quatro Espécies casher e belo, não deve pensar que por causa disso incorrerá em perda; na verdade, ganhou. Isto é verdade, com duplo sentido:

Primeiro, a pessoa que gasta dinheiro na verdade não o gasta para si, pois no final terá de deixá-lo para trás. A Torá e mitsvot que adquire, no entanto, permanecem eternamente suas.

Além disso, o dinheiro extra que um judeu despende em honra ao Shabat, Yom Tov, Rosh Chôdesh; ou na educação e estudo de Torá dos filhos lhe é restituído pelo Céu.

Hashem disse: “No Egito, Eu te ordenei a pegar um ramo da erva ezov e mergulhá-lo no sangue do sacrifício de Pêssach (Shemot 12:22). Quanto você gastou para comprar o ezov? É uma erva que não custa quase nada. E o que recebeu em troca? Os despojos do Mar Vermelho!

“Se um judeu gasta uma quantia substancial de dinheiro para adquirir um etrog e lulav, quanto mais não receberá em troca?!”

A RECOMPENSA

Certa vez vivia um homem muito caridoso. Um dia – era Hoshaaná Rabá (último dia de Sucot) – sua esposa lhe deu dez shekalim e pediu-lhe que fosse comprar algo para as crianças. Naquele momento, estavam juntando dinheiro na praça do mercado para uma pobre menina órfã que estava prestes a se casar. Quando os responsáveis pela coleta dessa tsedacá viram esta pessoa caridosa, disseram: “Aí vem um homem muito caridoso.” Dirigiram-se a ele, dizendo: “Você participaria desta valiosa causa, pois pretendemos comprar um presente para a pobre noiva?!”

O bom homem lhes deu todos os dez shekalim que possuía. Então, ficou com vergonha de voltar para casa de mãos vazias, e foi para a sinagoga. Lá, encontrou crianças brincando com etroguim, pois já era o sétimo dia de Sucot, e os etroguim não eram mais necessários. Juntou um saco cheio de etroguim e saiu para tentar a sorte. Vagou até chegar numa terra estranha, sentou-se sobre o saco de etroguim, pensando no que faria a seguir. De repente, os policiais do rei aproximaram-se inquirindo o que havia no saco.

“Sou um homem pobre e não tenho nada para vender,” retrucou. Abriram o saco e viram que estava cheio de etroguim. “Que tipo de fruta é esta?” perguntaram os policiais. “São etroguim, uma fruta especial usada pelos judeus durante as

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festividades de Sucot.”Ao ouvirem isto, os policiais agarraram o homem e o saco, carregando-os o

caminho todo até o palácio. Só então nosso bom homem compreendeu o que era todo esse frenesi: o rei estava muito doente. Disseram-lhe que apenas a fruta usada pelos judeus durante as festividades de Sucot poderia curá-lo. Uma busca intensiva dera em nada, e exatamente quando todas as esperanças pareciam ter se esvaído, este bom homem chega com um saco cheio de etroguim, salvando assim a vida do rei. O rei recuperou a saúde e ordenou que o saco de etroguim, agora vazio, fosse preenchido com dinares de ouro. Nosso bom homem retornava agora para casa ricamente recompensado pela caridade que vinha distribuindo durante toda a vida.

O ETROG NO JARDIM DO ÉDEN (PARAÍSO)

Era o primeiro dia de Sucot, e toda a congregação na sinagoga do mestre chassídico, Rabi Elimêlech de Lisensk, estava num clima festivo. Podia-se sentir o espírito de Yom Tov na atmosfera.

Quando Rabi Elimêlech postou-se ao lado do púlpito e começou a recitar a oração de Halel, todos os olhos voltaram-se em sua direção. Havia algo de incomum em seu comportamento neste Sucot. Por que parara tão de repente no meio de seus balanços, segurando o lulav e etrog nas mãos, para cheirar o ar? E por que não seguiu o serviço em sua costumeira maneira calma e despreocupada? Era evidente que havia algo em sua mente, algo mais excitante e animador que preocupante, pela radiante aparência de seu semblante!

No minuto em que a reza terminou, Rabi Elimêlech correu para onde seu irmão Rabi Zusha (que fora passar as Festas com esse) estava, e disse-lhe com ansiedade: “Venha me ajudar a encontrar o etrog que está permeando a sinagoga inteira com a fragrância do Jardim do Éden!”

Juntos foram de pessoa em pessoa até chegarem ao canto mais afastado da sinagoga, onde estava um homem de aparência tímida, obviamente envolvido em seus próprios pensamentos.

“É ele!”gritou Rabi Elimêlech, exultante. “Por favor, querido amigo, diga-me quem é você e onde conseguiu este maravilhoso etrog?”

O homem, olhando um pouco espantado e sem acreditar nesta pergunta inesperada, replicou devagar, escolhendo cuidadosamente as palavras:

“Rabi, com o devido respeito, é uma história e tanto. O senhor deseja sentar-se e ouvi-la inteira?”

“Mas certamente que quero!” respondeu Rabi Elimêlech enfaticamente. “Tenho certeza de que valerá a pena ouvir a história toda!”

“Meu nome,” principiou retraído o homem, “é Uri, e sou de Strelisk. Sempre considerei a bênção do etrog uma de minhas mitsvot prediletas. Por isso, apesar de ser pobre e geralmente não poder comprar um etrog de acordo com meus desejos, minha jovem esposa, que concorda comigo no que se refere à sua importância, ajuda-me, empregando-se como cozinheira. Desta forma, ela é independente de

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qualquer auxílio financeiro de minha parte, e posso utilizar meus proventos para assuntos espirituais. Tenho emprego como melamed (professor) na aldeia de Yanev, não longe de minha cidade natal. Uso metade de meus ganhos para nossas necessidades, e com a outra metade compro um etrog em Lemberg. Todavia, a fim de não gastar dinheiro na jornada, eu geralmente vou a pé.

“Neste ano, durante os Dez dias de Teshuvá, estava a caminho, como sempre, com cinquenta gulden na carteira, com os quais compraria um etrog. No caminho para Lemberg passei por uma floresta e parei num albergue de beira de estrada para descansar um pouco. Era hora de Minchá (a Prece Vespertina), de modo que fiquei de pé num canto e rezei Minchá.

“Estava no meio da Amidá quando ouvi um terrível som de gemidos e lamentações, como de alguém em grande aflição e angústia. Terminei as orações rapidamente, para descobrir qual era o problema, e se podia ajudar de alguma forma.

“Ao voltar-me em direção ao homem que estava em óbvio sofrimento, vi uma pessoa de aparência bastante rude e fora do comum, vestida com trajes de camponês, com um chicote nas mãos, desabafando seus problemas com o estalajadeiro no balcão do bar.

“Dentre os detalhes da história confusa, entre os soluços do homem, consegui captar e deduzir que o homem com o chicote era um pobre judeu que ganhava seu sustento como carroceiro. Tinha esposa e diversos filhos, e mal conseguia ganhar o suficiente para viver. E agora, uma terrível calamidade abateu-se sobre ele. Seu cavalo, sem o qual não podia fazer nada, desabou de repente na floresta, não longe do albergue, e simplesmente estava lá deitado, sem conseguir se levantar.

“Não pude suportar o desespero do homem e tentei encorajá-lo, dizendo-lhe que não devia se esquecer de que há um D’us sobre nós, que pode ajudá-lo em sua aflição, não importa quão séria essa fosse.

“ ‘Vou lhe vender outro cavalo por cinquenta gulden, apesar de garantir que vale pelo menos oitenta, mas farei isso apenas para lhe ajudar a sair desta dificuldade!’ disse o estalajadeiro para o carroceiro.

“ ‘Não tenho nem cinquenta centavos, e ele me diz que posso comprar um cavalo por cinquenta gulden!’ disse o homem amargamente.

“Senti que não podia ficar com o dinheiro que tinha comigo para o etrog, enquanto havia um homem num apuro tão desesperado que sua vida e a de sua família dependiam do fato dele possuir um cavalo. Assim, eu disse ao estalajadeiro:

“ ‘Diga-me qual o preço mais baixo que você faz pelo cavalo?’“Esse surpreendeu-me: ‘Se você pagar à vista, em espécie, cobrarei quarenta e

cinco gulden, porém nem um centavo a menos. Ainda assim, estou vendendo meu cavalo com prejuízo!’

“Peguei imediatamente a carteira e apresentei-lhe quarenta e cinco gulden; o carroceiro ficou com os olhos tão arregalados que quase se esbugalhavam, incrédulo. Estava sem palavras, aliviado, e seu júbilo era absolutamente indescritível!

“ ‘Agora você vê que o Todo Poderoso pode lhe ajudar, mesmo quando sua posição parece ser inteiramente sem esperanças!’ eu disse ao homem, enquanto esse

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corria para fora com o estalajadeiro, para selar o cavalo recém-comprado à carroça atada ao cavalo doente que jazia na floresta.

“Assim que partiram, rapidamente juntei meus poucos pertences e desapareci, uma vez que não queria ficar envergonhado com os agradecimentos do grato carroceiro.

“Finalmente cheguei a Lemberg, com os restantes cinco gulden no bolso. Naturalmente, tive de me contentar em comprar um etrog de aparência bem comum, mas claro que casher! Minha intenção, a princípio, era gastar cinquenta gulden num etrog, como fazia todos os anos. Contudo, como acabaram de escutar, decidi que o carroceiro necessitava de um cavalo mais do que eu necessitava de um etrog excepcional.

“Geralmente, meu etrog é o melhor de Yanev, e todos costumam vir para recitar a bênção sobre meu etrog. Este ano, contudo, fiquei com vergonha de voltar para casa com um etrog de aparência tão simples e comum; de maneira que minha esposa concordou com que eu viesse aqui, para Lisensk, onde ninguém me conhece.”

“Mas meu querido Reb Uri,” gritou Rabi Elimêlech, agora que o primeiro terminara seu relato, “seu etrog é realmente um etrog excepcional! Agora percebo porque seu etrog possui a fragrância do Jardim do Éden! Deixe-me contar a conclusão de sua história!”

“Quando o carroceiro que você salvou pensou sobre sua inesperada boa sorte, decidiu que você não poderia ser outro que o profeta Eliyáhu, que o Todo Poderoso enviara à terra sob a forma de um homem, a fim de ajudá-lo em seu desespero. Tendo chegado a esta conclusão, o alegre carroceiro procurou uma forma de expressar sua gratidão ao Todo Poderoso; mas o pobre homem não sabia uma palavra sequer em hebraico, tampouco era capaz de recitar prece alguma. Escarafunchou seu cérebro simplório pela melhor maneira de dar graças.

“Repentinamente, sua face iluminou-se. Pegou o chicote e vibrou-o no ar com toda a força, gritando com todo o seu ser:

“ ‘Oh, querido Pai no Céu, eu O amo muito! O que posso fazer para convencê-Lo de meu amor por Você? Deixe-me estalar o chicote para Você, como sinal de que O amo!’ Assim dizendo, o carroceiro estalou o chicote no ar três vezes.

“Na véspera de Yom Kipur o Todo Poderoso estava sentado em Seu Trono de Julgamento, escutando as primeiras preces do Dia da Expiação.

“Rabi Levi Yitschac de Berditchev, que atuava como advogado de defesa em favor de seus semelhantes judeus, estava empurrando um vagão cheio de mitsvot para os Portões dos Céus, quando Satan apareceu, obstruindo o caminho com pecados judeus, de modo que Rabi Levi Yitschac simplesmente ficou preso lá. Meu irmão Rabi Zusha e eu juntamos forças para ajudá-lo a empurrar o vagão, mas fora tudo em vão; nem mesmo nossos esforços conjuntos surtiram efeito.

“De repente, veio um som de estalar de chicote que cortava o ar, fazendo com que um ofuscante raio aparecesse, iluminando o universo inteiro, acima do próprio céu! Lá, vimos os anjos e todos os tsadikim sentados num círculo, cantando louvores a Hashem. Ao ouvirem as palavras do carroceiro enquanto estalava o chicote em

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êxtase, responderam: “ ‘Feliz e bem-aventurado é o Rei que é louvado desta maneira!’“De repente, o anjo Michael apareceu, guiando um cavalo, seguido do carroceiro

com o chicote na mão. “O anjo Michael atrelou este cavalo à carroça de mitsvot, e o carroceiro estalou o

chicote. De repente, a carroça deu um tranco para frente, achatou os pecados judeus que estavam obstruindo o caminho, e rodou de maneira suave e fácil diretamente para cima, ao Trono da Glória. Lá, o Rei dos Reis recebeu-a com muita boa-vontade e, levantando-Se do Trono do Julgamento, mudou e sentou-Se no Trono de Misericórdia. Um feliz e abençoado ano novo estava garantido.

“E agora, querido Rabi Uri,” concluiu Rabi Elimêlech, “você percebe que tudo isto aconteceu através de seu nobre ato! Vá para casa, e torne-se um líder do povo judeu pois você provou seu valor! E levará consigo a aprovação da Corte Celestial! Mas antes que se vá, permita-me segurar este seu maravilhoso etrog e louvar Hashem com ele!”

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Histórias e Pensamentos deSHEMINI ATSÊRET E SIMCHAT TORÁ

SEMPRE PRESENTE

Nossos Sábios nos contam uma bela parábola em relação a Shemini Atsêret: Certa vez, um rei organizou uma festa grandiosa, e convidou seus queridos príncipes e princesas ao palácio. Tendo passado vários dias felizes juntos, os convidados preparavam-se para partir. Porém o rei lhes disse: “Por favor, fiquem mais um dia comigo! É muito difícil para mim despedir-me de vocês!”

Assim também é conosco, os Sábios concluem a parábola. Durante o mês de Tishrê passamos muitos dias felizes na casa de Hashem – a sinagoga. Alguns membros da comunidade são, infelizmente, visitas raras. D’us quer nos ver na sinagoga por um dia adicional. Assim, deu-nos uma Festa extra: Shemini Atsêret.

DAR E RECEBER

A Torá ordena o fazendeiro judeu a dar um décimo de sua produção aos levitas e aos necessitados. Esta décima fração é chamada de maasser (dízimo). Em Shemini Atsêret, lemos a conhecida porção da Torá que começa com as palavras “Asser teasser”, que significam “Separarás o dízimo”.

Sabemos o motivo de lermos esta porção em Shemini Atsêret. Sucot é a Festa da Colheita e Shemini Atsêret é de certa forma o oitavo dia de Sucot. Em outras palavras, este é o momento no qual toda a produção agrícola é recolhida aos silos. É, por conseguinte, o momento de dar o que é devido aos cohanim e aos leviyim, e a outros necessitados e destituídos de terras.

Nas palavras Asser teasser, nossos Sábios vêem uma indicação de uma promessa de riqueza ao que observa fielmente as leis do dízimo. A palavra hebraica asser (dar o dízimo) e a palavra ôsher (riqueza) derivam do mesmo radical. Assim, ficou famoso o ditado dos nossos Sábios: “Asher, bishvil shetit’asher”, ou seja, dê o dízimo, para que enriqueça.

O Talmud contém muitas histórias de como pessoas que observaram as leis de maasser foram amplamente recompensadas. A seguir, uma dessas histórias:

Certa vez, vivia na antiga Terra de Yisrael um fazendeiro cuja terra produzia mil alqueires de trigo, ano após ano. Sendo um judeu piedoso e observante das leis da Torá, seu primeiro ato depois da colheita era separar um décimo da produção como maasser. Em seu caso, eram cem alqueires de trigo, uma bela fortuna. O fazendeiro, contudo, dava o dízimo alegremente aos servos de Hashem no Bet Hamicdash, e aos necessitados. Os novecentos alqueires restantes eram mais que suficientes para suprir todas as suas necessidades, numa grande soma de dinheiro em economias. O

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homem ficava mais rico e próspero a cada ano. Chegou o momento de deixar este mundo terreno, e o pio e sábio fazendeiro

chamou seu filho único à beira do leito: “Meu querido filho,” disse o homem, “D’us está me chamando, e fico contente

em partir, pois tive uma boa vida, conforme os mandamentos de nossa santa Torá. Tudo o que possuo agora será seu, para dispor como bem lhe aprouver. Mas quero lhe dar um conselho. Nossas terras produzem mil alqueires por ano; nunca deixe de dar maasser, e este não lhe desapontará.”

O velho se foi, e o filho então tornou-se o proprietário da fazenda. Ao chegar a época da colheita, a terra havia produzido mil alqueires de trigo, como sempre fizera antes. O filho separou cem alqueires para o maasser, como o pai sempre fizera.

Passaram-se doze luas, e novamente chegara a hora de dar maasser. Ora, a posse de fortuna teve má influência sobre o jovem. Pensou que era uma pena dar o dízimo, uma fortuna tão vultosa, e decidiu dar apenas noventa alqueires, em vez dos completos cem alqueires.

No ano seguinte, todavia, a terra não produzira mil alqueires, mas novecentos.Vendo que sua renda diminuíra, o jovem fazendeiro decidiu compensar um

pouco da perda reduzindo o maasser. Em vez de dar noventa alqueires, deu apenas oitenta.

Esperou pela colheita do ano seguinte bastante impaciente. Para sua consternação, a terra produziu apenas oitocentos alqueires!

Mas o jovem não percebeu que estava jogando um jogo perigoso. Tornou-se teimoso, e continuou diminuindo a quantidade de maasser que dava. Finalmente, atingiu um ponto em que sua terra produzia apenas cem alqueires, a mesma quantidade de maasser que era dado nos bons velhos tempos em que seu pai ainda estava vivo.

O tolo jovem estava cheio de raiva e amargura. Convidou os parentes e amigos à sua casa, para consolá-lo em seu infortúnio.

Os convidados vieram na época e hora determinadas. Porém, ao invés de olharem para ele com solidariedade e tentarem consolá-lo, parecia que vieram para celebrar algo.

O jovem quase perdeu a paciência. “Vocês vieram me insultar, e zombar de mim em meu infortúnio?” gritou com pesar.

“Longe de nós tal idéia,” replicaram as visitas animadamente. “Viemos celebrar com você a transferência de suas terras para as mãos de D’us. Você sabe, até agora você era o proprietário destes campos, e deu um décimo de sua produção aos encarregados de Hashem. Agora, contudo, Hashem é o proprietário da terra, e você é Seu encarregado, recebendo uma décima parte do que a terra pode produzir. Desta forma, você se juntou aos levitas, e viemos aqui para lhe felicitar…”

O jovem compreendeu muito bem a lição que os amigos lhe ensinaram. Decidiu modificar sua má conduta. Quão certos estavam os Sábios ao dizerem: “Dê o dízimo, para que enriqueça.”

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O ROLO DA TORÁ

• Simchat Torá significa nos alegrarmos e regozijarmos com nossa Torá. • Vejamos quantos detalhes conhecemos acerca do Sêfer Torá, (Rolo de Torá)

que vemos com tanta frequência na sinagoga, e do qual sempre lemos as Parshiyot (Porções Semanais).

• Aqui, não levaremos em conta o conteúdo da Torá, ou os 613 mandamentos que esta contém. Mencionaremos apenas isto: a palavra Torá significa ensinamento, pois ela nos ensina nosso modo de vida, o tipo de vida que Hashem quer que conduzamos.

• No momento, estamos interessados em ver o quanto sabemos acerca da aparência externa do Sêfer Torá.

• Desde que recebemos a Torá no Monte Sinai, há mais de três mil anos, ela tem sido nossa luz e vida através das épocas. Nenhuma letra sequer foi mudada ou alterada. Ela foi copiada muitas e muitas vezes; para as sinagogas, sob a forma de Rolos, em pergaminhos; para os lares – sob a forma de livros impressos, Chumash (os Cinco Livros).

• Os Rolos de Torá são feitos de pergaminho, a pele de um animal casher, que recebeu tratamento especial para esta finalidade. Nem é preciso dizer que não existem pergaminhos grandes o suficiente para que a Torá seja escrita num só. Por isso, diversos pergaminhos –chamados de yeri’ot – são costurados juntos, cada um possuindo a forma de um quadrado. Para os fios, não se pode utilizar fibras de algodão, lã, ou outra coisa qualquer, mas apenas tendões de animais.

• A tinta utilizada para escrever a Torá não é comum, mas de um tipo especial, durável. Deve-se usar apenas tinta preta, nenhuma outra cor é permitida, nem mesmo o dourado.

• O instrumento de escrita não é uma caneta comum, mas uma pena de ponta tão afiada que consegue traçar linhas finas e mais grossas, conforme o necessário.

• O pergaminho deve ser marcado com estilete, deixando-o apenas marcado, e não com pautas pretas. Isto garante linhas uniformes.

• A escrita deve ser feita em caracteres hebraicos quadrados, usada tradicionalmente para escrever Sifrê Torá desde tempos imemoriais. Nenhum outro tipo de caracteres pode ser utilizado, não importa quão artístico seja. Algumas letras são adornadas com coroas formadas por linhas curtas. Todavia, nada foi deixado ao gosto artístico dos escribas, pois tudo deve ser copiado estritamente da maneira tradicional que nos foi transmitida de geração para geração, desde os dias de Moshê.

• Em hebraico, o escriba chama-se sofer, que deriva de sêfer (livro).• Antes de iniciar a sagrada tarefa de escrever um Sêfer Torá, o sofer se prepara

adequadamente. Vai ao micvê para imersão ritual, tornando-se puro de corpo e

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alma. Deve passar algum tempo em meditação e auto-reflexão, e direcionar os pensamentos à sagrada tarefa de escrever o Sêfer Torá por amor a Hashem.

• Cada palavra que o sofer escreve deve ser copiada de um texto perfeito. Ele não pode escrever nada de memória.

• O texto deve ser claro e simples; uma letra não pode tocar outra. Deve ser tão simples que qualquer criança alfabetizada possa lê-lo.

• O texto não tem necudot (vogais), diferentemente do Sidur ou Chumash, onde a leitura é facilitada pelas vogais e pontuação.

• As porções são divididas por espaços em branco, e estes espaços devem ter determinadas medidas de extensão, de acordo com a tradição. Uma vez que a Torá não possui pontuação de qualquer espécie, não é lida facilmente por um leitor não treinado, ainda mais que a leitura deve ser realizada de acordo com certas notas melódicas. Todo menino que chega à idade de bar mitsvá experimentou as dificuldades de aprender a ler sua porção na Torá. Contudo, há diversos rapazes que lêem não apenas uma pequena porção, mas a Parashá da respectiva semana inteira. Isto é realmente uma façanha e tanto.

• Quando a Torá está completa, realiza-se uma celebração solene, chamada de Siyum HaTorá. Faltam apenas algumas poucas letras a serem escritas; estas são completadas na cerimônia do Siyum.

• Cada judeu tem a mitsvá de escrever um Sêfer Torá, ou ter um escrito para si.• Os pergaminhos são atados a bobinas de madeira, chamadas de Ets Chayim

(Árvore da Vida), pois a Torá é chamada de “árvore da vida aos que a ela se apegam”. Os Ets Chayim são rolos de madeira especialmente preparados, cada um com um disco plano e redondo em cada uma das pontas. Logicamente, cada Sêfer Torá possui dois Ets Chayim. Ao se enrolar o Sêfer Torá, o Ets Chayim direito deve ser colocado sobre o esquerdo, pois o direito sustenta o pergaminho no qual está escrito o começo da Torá, Bereshit.

• O Sêfer Torá é o objeto mais sagrado do povo judeu. Os judeus frequentemente arriscaram suas vidas para salvar os Sifrê Torá em casos de incêndios, etc.

• O Rolo da Torá não pode ser tocado diretamente com as mãos livres; isto é feito com as franjas do talit, ou com algum outro objeto sagrado. A mesa onde se coloca o Sêfer Torá para a leitura deve estar coberta por um tecido ou talit.

• Do respeito devido ao Sêfer Torá depreende-se o respeito devido a um estudioso da Torá, pois esse é como um Sêfer Torá vivo!

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