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Page 1: Combate a Pulgoes e Cochonilhas Sem Uso de Agrotoxicos

Combate a pulgões e cochonilhas sem uso deagrotóxicos

Por: Engº. Agrº. José Zugno

Diferentes modos de combater, sem uso de agrotóxicos, os pulgões ecochonilhas que atacam as árvores frutíferas e outras, além das hortaliças.

Muitos insetos e animais de outras ordens que prejudicam as plantas

cultivadas constituem as chamadas "pragas das lavouras". Dentre todas, os

pulgões e as cochonilhas são os principais inimigos dos pomares, jardins e

hortas, mesmo não sendo os únicos, por muitas razões como a diversidade de

forma com que se apresentam, a facilidade com que se reproduzem e a

freqüência com que atacam as mais diversas plantas.

Segundo a entomologia (ciência que estuda os insetos), os pulgões

pertencem a família dos "Aphideos" e as cochonilhas, à família dos

"Coccídeos".

Os Aphideos caracterizam-se por um aparelho bucal sugador-picador,

pois sugam a seiva das plantas. Apresentam-se sob diversas formas, com asas

ou sem asas. Encontram-se em grandes grupos, nos locais da planta que

parasitam, geralmente na brotação nova e, em alguns casos, nas raízes.

Os Coccídeos compreendem fêmeas e machos. As fêmeas não têm asas

e nem pernas, vivem permanentemente no mesmo local. Possuem aparelho

bucal sugador-pungitivo, têm o corpo coberto por uma substância cerosa ou

resinas, mais ou menos espessas, que determinam diversas formas e

tamanhos. Multiplicam-se rápida e abundantemente por meio de ovos, que

produzem larvas e novas cochonilhas. Os machos têm asas, parecem pequenos

mosquitos e são de rápida duração.

Receitas caseiras para combater pulgões (fórmulas caseiras a base de

sabão, querosene e fumo):

1) Sabão comum (250 gr) - água (10 litros). Dissolver o sabão em ½

litro de água quente, acrescentar o restante de água mexendo bem, deixar

esfriar e aplicar nas partes infestadas de pulgões.

2) Sabão e querosene - à solução acima acrescentar uma a duas

colheres de querosene por litro de solução.

3) Sabão e querosene - sabão comum potássico (1 kg), querosene (5 a

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7 litros), água (100 litros). Desmanchar o sabão em 3 litros de água quente e,

após, sob forte agitação, despejar lentamente o querosene e a água até

completar os 100 litros.

4) Calda de fumo - 20 centímetros de fumo em corda picado. Deixar de

molho em 10 litros de água por 24 horas. Após, coar o produto e pulverizar as

plantas. Se necessário, repetir o tratamento após 15 dias. A calda não deve ser

guardada, pois estraga, prejudicando as plantas.

5) Solução de fumo e sabão - sabão comum (200 gr), fumo em corda

(200 gr) (podem ser tocos de cigarro), água (10 litros). Dissolver o sabão em

água quente, deixar o fumo em maceração em água durante 24 horas ou mais.

Acrescentar o macerado de fumo e completar o volume de água. Aplicar nas

plantas atacadas.

6) Calda de fumo e cinzas - desfibrar 100 gr de fumo em corda e

colocar numa vasilha com 1 litro de água. Deixar em maceração durante um

dia, depois, juntar 100 gr de cinzas de madeira, mais 9 litros de água. Misturar

tudo muito bem, passar num coador de peneira fina e pulverizar as plantas.

Repetir o tratamento se necessário. Consumir os repolhos e hortaliças, se for o

caso, após 7 dias do ultimo tratamento.

Receitas caseiras para combater cochonilhas:1- Com sabão e querosene: servem as mesmas fórmulas utilizadas

contra os pulgões.

2- Com óleo mineral (já utilizados e descartados dos motores de

automóveis) - sabão comum (1 kg), água (2 litros), óleo mineral (4 litros).

Cortar o sabão em pedacinhos, juntar à água e ao óleo, deixar ferver mexendo

bem. Retirar do fogo e continuar mexendo até formar uma pasta homogênea.

Na hora de usar, desmanchar 1 kg desta pasta em 1 litro de água quente e

acrescentar água até completar 100 litros. Pulverizar nas fruteiras de folhagem

perene a 1% da solução. Nas plantas de folhas caducas, no inverno, usar a

concentração de 1,5 a 2%. Repetir o tratamento se necessário.

Convém lembrar que as plantas cultivadas no clima certo e solo fértil,

corrigido na acidez e rico em matéria orgânica, são sadias e assim têm

resistência natural às pragas que costumam atacar as plantas deficientes.

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