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Agrotóxicos/ defensivos agricolas !

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  • 1. Agrotxicos/ defensivos agricolas !

2. Pimentas Estudo aponta agrotxico em leite materno O leite materno de mulheres de Lucas do Rio Verde, cidade de 45 mil habitantes na regio central de Mato Grosso, est contaminado por agrotxicos, revela uma pesquisa da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso). Foram coletadas amostras de leite de 62 mulheres, 3 delas da zona rural,entre fevereiro e junho de 2010. O municpio um dos principais produtores de gros do MT. A presena de agrotxicos foi detectada em todas. Em algumas delas havia at seis tipos diferentes do produto. Essas substncias podem pr em risco a sade das crianas, diz o toxicologista Flix Reyes, da Unicamp. Bebs em perodo de lactao so mais suscetveis, pois sua defesa no est completamente desenvolvida. Ele ressalta, porm, que os efeitos dependem dos nveis ingeridos. A ingesto diria de leite no foi avaliada, ento no possvel saber se a quantidade encontrada est acima do permitido por lei. A avaliao deve ser feita caso a caso, mas crianas no podem ser expostas a substncias estranhas ao organismo, diz Reyes. A biloga Danielly Palma, autora da pesquisa, afirma que a contaminao ocorre principalmente pela ingesto de alimentos contaminados, mas tambm por inalao e contato com a pele. Entre os produtos encontrados h substncias proibidas h mais de 20 anos. O DDE, derivado do agrotxico (DDT) proibido em 1998 por causar infertilidade masculina e abortos espontneos, foi o mais encontrado. Das mes que participaram da pesquisa, 19% j sofreram abortos espontneos em gestaes anteriores. Tambm relataram m-formao fetal e cncer, mas no possvel afirmar se os casos so consequncia da ingesto de agrotxicos. Mais de 5 milhes de litros de agrotxicos foram utilizados no municpio em 2009, segundo a pesquisa. Fonte: Embrapa Equipe Malagueta 3. Definio de agrotxico ! Os agrotxicos podem ser definidos como Quaisquer produtos de natureza biolgica, fsica ou qumica que tm a finalidade de exterminar pragas ou doenas que ataquem as culturas agrcolas. Os agrotxicos podem ser : pesticidas ou praguicidas combatem insetos em geral) fungicidas (atingem os fungos) herbicidas (que matam as plantas invasoras ou daninhas) Os agrotxicos so produtos qumicos usados na lavoura, na pecuria e mesmo no ambiente domstico: inseticidas, fungicidas, acaricidas, nematicidas, herbicidas, bactericidas, vermfugos. 4. Intoxicao! 5. A intoxicao por agrotxico pode acontecer de duas maneiras. Direta: Que e no momento da aplicao e manuseio do produto. Indireta: Pela contaminao dos alimentos ingeridos ou pela gua. 6. Tipos de intoxicao causada pelos Agrotxicos: 1. Aguda aquela em que os sintomas surgem rapidamente, algumas horas aps a exposio excessiva, por curto perodo, a produtos extremamente txicos (classe I ) e altamente txicos (classe II ). Pode ocorrer de forma leve, moderada ou grave, dependendo da quantidade de veneno absorvida. a mais fcil de ser diagnosticada. 2. Subaguda A intoxicao subaguda ocorre pr exposio moderada ou pequena a produtos altamente txicos (classe II ) e medianamente txicos (classe III ) e tem aparecimento mais lento. 3. Crnica Caracteriza-se pelo surgimento tardio, em meses ou anos, por exposio pequena ou moderada a um agrotxico ou a vrios agrotxicos. Vai depender das caractersticas do produto, do indivduo e das condies de exposio. 7. Quando o txico for inalado ou aspirado: -Remoo do paciente (trabalhador) do local contaminado. -Ventilar o paciente (trabalhador). Quando o txico for exposto a pele/olhos: -Lavagem corporal: usar gua fria, evitar uso de buchas e escovas speras; - Lavagem dos olhos: gua ou soluo fisiolgica 15 min. 8. Aps a intoxicao! No Fazer: O que Fazer? Dar lquidos , alimentos, No provocar vmitos e Respirao boca-boca. Afastar a pessoa para um local ventilado e fora do risco de exposio, retirar roupas e banho geral (no caso de contato externo). Em caso de acidente (emergncia) deve-se procurar atendimento mdico imediatamente. 9. Transporte dos agrotxicos 10. O transporte de defensivos pode ser perigoso, principalmente, quando as embalagens so frgeis, devendo-se tomar as seguintes precaues: evitar a contaminao do ambiente e locais por onde transitam; nunca transportar defensivos agrcolas junto com alimentos, raes, remdios etc.; nunca carregar embalagens que apresentem vazamentos; embalagens contendo defensivos e que sejam suscetveis ruptura devero ser protegidas durante seu transporte usando materiais adequados; verificar se as tampas esto bem ajustadas; impedir a deteriorao das embalagens e das etiquetas; evitar que o veculo de transporte tenha pregos ou parafusos sobressalentes dentro do espao onde devem ser colocadas as embalagens; no levar produtos perigosos dentro da cabine ou mesmo na carroceria se nela viajarem pessoas ou animais; no estacionar o veculo junto s casas ou locais de aglomerao de pessoas ou de animais; e em dias de chuva sempre cobrir as embalagens com lona impermevel se a carroceria for aberta. 11. Armazenamento dos agrotxicos 12. Um fator importante na armazenagem a temperatura no interior do depsito. As temperaturas mais altas podem provocar o aumento da presso interna nos frascos, contribuindo para a ruptura da embalagem, ou mesmo, propiciando o risco de contaminao de pessoas durante a abertura da mesma. Pode ocorrer ainda a liberao de gases txicos, principalmente daquelas embalagens que no foram totalmente esvaziadas, ou que foram contaminadas externamente por escorrimentos durante o uso. Estes vapores ou gases podem colocar em risco a vida de pessoas ou animais da redondeza. 13. Recomendaes gerais! 14. armazenar em local coberto de maneira a proteger os produtos contra as intempries; a construo do depsito deve ser de alvenaria, no inflamvel; o piso deve ser revestido de material impermevel, liso e fcil de limpar; no deve haver infiltrao de umidade pelas paredes, nem goteiras no telhado; funcionrios que trabalham nos depsitos devem ser adequadamente treinados, devem receber equipamento individual de proteo e ser periodicamente submetidos a exames mdicos; junto a cada depsito deve haver chuveiros e torneira, para higiene dos trabalhadores; um "chuveirinho" voltado para cima, para a lavagem de olhos, recomendvel. as pilhas dos produtos no devem ficar em contato direto com o cho, nem encostadas na parede; deve haver amplo espao para movimentao, bem como arejamento entre as pilhas; estar situado o mais longe possvel de habitaes ou locais onde se conservem ou consuma alimentos, bebidas, drogas ou outros materiais, que possam entrar em contato com pessoas ou animais; manter separados e independentes os diversos produtos agrcolas; efetuar o controle permanente das datas de validade dos produtos; as embalagens para lquido devem ser armazenadas com o fecho para cima; os tambores ou embalagens de forma semelhante no devem ser colocados verticalmente sobre os outros que se encontram horizontalmente ou vice-versa; deve haver sempre disponibilidade de embalagens vazias, como tambores, para o recolhimento de produtos vazados; deve haver sempre um adsorvente como areia, terra, p de serragem ou calcrio para adsoro de lquidos vazados; deve haver um estoque de sacos plsticos, para envolver adequadamente embalagens rompidas; nos grandes depsitos interessante haver um aspirador de p industrial, com elemento filtrante descartvel para se aspirar partculas slidas ou fraes de ps vazados; e se ocorrer um acidente que provoque vazamentos, tomar medidas para que os produtos vazados no alcancem fontes de gua, no atinjam culturas, e que sejam contidos no menor espao possvel. Recolher os produtos vazados em recipientes adequados. Se a contaminao ambiental for significativa, avisar as autoridades, bem como alertar moradores vizinhos ao local. 15. Receiturio agronmico ATENO! somente os engenheiros agrnomos e florestais, nas respectivas reas de competncia, esto autorizados a emitir a receita. Os tcnicos agrcolas podem assumir a responsabilidade tcnica de aplicao, desde que o faam sob a superviso de um engenheiro agrnomo ou florestal (Resoluo CONFEA No 344 de 27-07-90); para a elaborao de uma receita imprescindvel que o tcnico v ao local com problema para ver, avaliar, medir os fatores ambientais, bem como suas implicaes na ocorrncia do problema fitossanitrio e na adoo de prescries tcnicas; e as receitas s podem ser emitidas para os defensivos registrados na Secretaria de Defesa Agropecuria - DAS do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, que poder dirimir qualquer dvida que surja em relao ao registro ou recomendao oficial de algum produto. 16. Aquisio dos defensivos agrcolas 17. procurar orientao tcnica com o engenheiro agrnomo ou florestal; solicitar o receiturio agronmico, seguindo-o atentamente; adquirir o produto em lojas cadastradas e de confiana; verificar se o produto recomendado (nome comercial, ingrediente ativo e concentrao); observar a qualidade da embalagem, lacre, rtulo e bula; o prazo de validade, o nmero de lote e a data de fabricao devem estar especificados; e exigir a nota fiscal de consumidor especificada. 18. Cuidados no manuseio dos defensivos 19. O preparo da calda uma das operaes mais perigosas para o homem e o meio ambiente, pois o produto manuseado em altas concentraes. Normalmente esta operao feita prximo a fontes de captao de gua, como poos, rios, lagos, audes etc. Geralmente ocorrem escorrimentos e respingos que atingem o operador, a mquina, o solo e o sistema hdrico, promovendo desta forma a contaminao de organismos no alvos, principalmente daqueles que usaro a gua para sua sobrevivncia. 20. Cuidados antes das aplicaes 21. siga sempre orientao de um tcnico para programar os tratamentos fitossanitrios; leia atentamente as instrues constantes do rtulo do produto e siga-as corretamente. O rtulo das embalagens deve conter as seguintes informaes: a dosagem a ser aplicada; nmero e intervalo entre aplicaes; perodo de carncia; culturas, pragas, patgenos etc. indicados; DL50; classe toxicolgica; efeitos colaterais no homem, animal, planta e meio ambiente; recomendaes gerais em caso de envenenamento; persistncia (tempo envolvido na degradao do produto); modo de ao do produto; formulao; compatibilidade com outros produtos qumicos e nutrientes; precaues; 22. inspecione sempre o plantio; abra as embalagens com cuidado, para evitar respingo, derramamento do produto ou levantamento de p; mantenha o rosto afastado e evite respirar o defensivo, manipulando o produto de preferncia ao ar livre ou em ambiente ventilado; evitar o acesso de crianas, pessoas desprevenidas e animais aos locais de manipulao dos defensivos; no permita que pessoas fracas, idosas, gestantes, menores de idade e doentes, apliquem defensivos. As pessoas em condies de aplicarem defensivos devem ter boa sade, serem ajuizadas e competentes; estar sempre acompanhado quando estiver usando defensivos muito fortes; verifique se o equipamento est em boas condies; use aparelhos sem vazamento e bem calibrados, com bicos desentupidos e filtros limpos; e use vesturios EPIs durante a manipulao e aplicao de defensivos. Aps a operao, todo e qualquer equipamento de proteo dever ser recolhido, descontaminado, cuidadosamente limpo e guardado. 23. Cuidados durante as aplicaes 24. no pulverizar rvores estando embaixo delas; evitar a contaminao das lavouras vizinhas, pastagens, habitaes etc; no aplique defensivos agrcolas em locais onde estiverem pessoas ou animais desprotegidos; no aplique defensivos nas proximidades de fontes de gua; no fume, no beba e no coma durante a operao sem antes lavar as mos e o rosto com gua e sabo; no use a boca - nem tampouco arames, alfinetes ou objetos perfurantes - para desentupir bicos, vlvulas e outras partes dos equipamentos; no aplique defensivos quando houver ventos fortes, aproveite as horas mais frescas do dia; no fazer aplicaes contra o sentido do vento; no permitir que pessoas estranhas ao servio fiquem no local de trabalho durante as aplicaes; e evitar que os operrios durante a operao trabalhem prximo uns dos outros. 25. Cuidados aps as aplicaes 26. as sobras de produtos devem ser guardadas na embalagem original, bem fechadas; no utilize as embalagens vazias para guardar alimentos, raes e medicamentos; queime-as ou enterre-as; no enterre as embalagens ou restos de produto junto s fontes de gua; queime somente quando o rtulo indicar e evite respirar a fumaa; respeite o intervalo recomendado entre as aplicaes; respeite o perodo de carncia; no lave equipamentos de aplicaes em rios, riachos, lagos e outras fontes de gua; evite o escoamento da gua de lavagem do equipamento de aplicaes ou das reas aplicadas para locais que possam ser utilizados pelos homens e animais; e ao terminar o trabalho, tome banho com bastante gua fria e sabo. A roupa de servio deve ser trocada e lavada diariamente. 27. Descarte das embalagens vazias 28. o destino das embalagens vazias atualmente regulamentado por lei e de responsabilidade do fabricante do produto, que periodicamente deve recolh-las. Deve ser realizado a trplice lavagem dos frascos. 29. Manuteno e lavagem dos pulverizadores 30. A manuteno e limpeza dos aparelhos que aplicam defensivos, devem ser realizadas ao final de cada dia de trabalho ou a cada recarga com outro tipo de produto, tomando os seguintes cuidados: colocar os EPIs recomendados; aps o uso, certificar de que toda a calda do produto foi aplicada no local recomendado; junto com a gua de limpeza, colocar detergentes ou outros produtos recomendados pelos fabricantes; repetir o processo de lavagem com gua e com o detergente por no mnimo, mais duas vezes; desmontar o pulverizador, removendo o gatilho, molas, agulhas, filtros e ponta, colocando-os em um balde com gua; limpar tambm o tanque, as alas e a tampa, com esponjas, escovas e panos apropriados; certificar-se de que o pulverizador est totalmente vazio; verificar se a presso dos pneus a correta, se os parafusos de fixao apresentam apertos adequados, se a folga das correias a conveniente etc.; verificar se h vazamento na bomba, nas conexes, nas mangueiras, registros e bicos, regulando a presso de trabalho para o ponto desejado, utilizando-se somente a gua para isso; destravar a vlvula reguladora de presso, quando o equipamento estiver com a bomba funcionando sem estar pulverizando. O mesmo procedimento dever ser seguido nos perodos de inatividade da mquina; no preparo da calda, utilizar somente gua limpa, sem materiais em suspenso, especialmente areia; regular o equipamento, sempre que o gasto de calda variar de 15% em relao ao obtido com a calibrao inicial; e trocar os componentes do bico sempre que a sua vazo diferir de 5% da mdia dos bicos da mesma especificao. 31. Causas de fracassos no controle fitossanitrio 32. aplicao de defensivos deteriorados. O defensivo pode deteriorar-se pelas condies de armazenagem e preparo; uso de mquinas e tcnicas de aplicao inadequadas; no observncia dos programas de tratamento, tanto no que diz respeito poca, intervalo, como em nmero de aplicaes; escolha errnea dos defensivos; incio do tratamento depois que grande parte da produo j est seriamente comprometida; e confiana excessiva nos mtodos de controle qumico.