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I. APRESENTAÇÃO Fruto de reflexão e investigação sua construção buscou reunir, crenças, convicções, conhecimentos relevantes tanto da comunidade escolar como do contexto social e científico, tornando-se assim um compromisso político e pedagógico coletivo. Toda ação pedagógica é um fato político visto que exige da escola uma formação que propicie competência profissional e vivência democrática, participativa, crítica, responsável e ética. Portanto, política e pedagógica são recíprocos e indissociáveis. Resultado do envolvimento coletivo dos professores e profissionais da educação, corpo discente e comunidade na qual este Colégio está inserido, buscamos traçar diretrizes que definem a ação pedagógica que tornará real a escola que queremos e precisamos. A reflexão crítica sobre a realidade do nosso Colégio possibilitou a seleção de valores a serem perseguidos e consolidados, a busca de pressupostos teóricos e metodológicos postulados por todos e a identificação das aspirações da nossa comunidade em relação ao papel da escola para contribuir na efetivação do “pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho” (art. 2 º da lei no. 9394/96). Procurou ainda apontar uma direção, um sentido explícito de comprometimento coletivo quanto a forma de organização do trabalho pedagógico, desvelando conflitos e contradições buscando viabilizar alternativas reflexivas, intencionais e explícitas tanto imediatas como a médio e longo prazos. Como pensar, executar e avaliar o nosso trabalho para a solução dos problemas detectados, de forma coletiva, diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças, hierarquiza os poderes de decisões para um plano que permita as relações num sentido horizontal no interior do colégio onde, num esforço coletivo todos se comprometem para a plena efetivação da nossa intencionalidade educativa. II. FUNDAMENTOS LEGAIS 1 1

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I. APRESENTAÇÃO

Fruto de reflexão e investigação sua construção buscou reunir,

crenças, convicções, conhecimentos relevantes tanto da comunidade

escolar como do contexto social e científico, tornando-se assim um

compromisso político e pedagógico coletivo. Toda ação pedagógica é um

fato político visto que exige da escola uma formação que propicie

competência profissional e vivência democrática, participativa, crítica,

responsável e ética. Portanto, política e pedagógica são recíprocos e

indissociáveis.

Resultado do envolvimento coletivo dos professores e profissionais

da educação, corpo discente e comunidade na qual este Colégio está

inserido, buscamos traçar diretrizes que definem a ação pedagógica que

tornará real a escola que queremos e precisamos.

A reflexão crítica sobre a realidade do nosso Colégio possibilitou a

seleção de valores a serem perseguidos e consolidados, a busca de

pressupostos teóricos e metodológicos postulados por todos e a

identificação das aspirações da nossa comunidade em relação ao papel da

escola para contribuir na efetivação do “pleno desenvolvimento do

educando, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o

trabalho” (art. 2º da lei no. 9394/96).

Procurou ainda apontar uma direção, um sentido explícito de

comprometimento coletivo quanto a forma de organização do trabalho

pedagógico, desvelando conflitos e contradições buscando viabilizar

alternativas reflexivas, intencionais e explícitas tanto imediatas como a

médio e longo prazos. Como pensar, executar e avaliar o nosso trabalho

para a solução dos problemas detectados, de forma coletiva, diminuindo

os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças,

hierarquiza os poderes de decisões para um plano que permita as relações

num sentido horizontal no interior do colégio onde, num esforço coletivo

todos se comprometem para a plena efetivação da nossa intencionalidade

educativa.

II. FUNDAMENTOS LEGAIS

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1. JUSTIFICATIVA

Justifica-se a elaboração de um Projeto Político Pedagógico como

forma de organizar toda a vida escolar de uma instituição dessa natureza.

Além disso, um Projeto de tal envergadura tem como missão, envolver

toda a comunidade escolar: direção, equipe técnica, professores, alunos,

funcionários, pais, comunidade entorno, e outros, na construção de uma

escola que forme cidadãos integrais. Para tanto, existem dispositivos

legais que norteiam a elaboração desse projeto.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº 9.394/96, prevê no seu

art. 12, inciso I, que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as

normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de

elaborar e executar sua proposta pedagógica”. Além do artigo citado

acima, devem ser observados os artigos 13, I e II “Os docentes incumbir-

se-ão de: participar da elaboração da proposta pedagógica”; “elaborar e

cumprir plano de trabalho, segundo proposta pedagógica do

estabelecimento de ensino”; e Art. 14, I “Os sistemas de ensino definirão

as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica,

de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto

pedagógico da escola”. Existem, também, outros dispositivos legais que

orientam a construção do presente projeto, elencados a seguir:

Nacionais:

Estatuto da Criança e do Adolescente;

Lei 10.172/2001 – PNE (Plano Nacional de Educação);

Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA/AGENDA

21;

Diretrizes Curriculares Nacionais – Ensino Fundamental 04/98 e Ensino

Médio 15/98;

DCN da Educação do Campo;

DCN para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (Lei 10.639);

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Lei de Diretrizes e Bases Nacional, no. 9394/96 – Cap. 5 – art. 58, 59 e 60

(da Educação Especial);

Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica –

Parecer 17/01- CNE e Resolução CNE no. 02/01.

Estaduais:

Plano Estadual de Educação (em processo de conclusão);

Deliberação 07/99-CEE/PR (avaliação);

Deliberação 14/99-CEE/PR (proposta pedagógica);

Deliberação 16/99-CEE/PR (regimento escolar);

Deliberação no. 02/03 - CEE

Diretrizes Curriculares Estaduais;

Programa de Formação da Cidadania Plena (decreto 4588 de 05/04/2005;

Programa de Prevenção e Promoção da Vida – PREVIDA.

Sendo assim, elaboramos o presente Projeto Político-Pedagógico,

com base no acima disposto, observando a realidade escolar, bem como o

contexto histórico e social onde está inserido o Colégio Estadual Pe. Carlos

Zelesny – Ensino Fundamental e Médio, buscando a melhoria da qualidade

de ensino e a organização do trabalho pedagógico (VEIGA, 1995).

A elaboração e execução do Projeto Político-pedagógico, no contexto

da gestão colegiada e de processos participativos de tomada de decisões,

deve considerar a autonomia da escola e a sua capacidade de delinear sua

própria identidade. Assim, sua elaboração é fruto de vários momentos de

reflexão da comunidade escolar, no sentido de definir claramente o que se

deseja realizar num processo conjunto que forneça condições reais de

efetivação e de transformação.

III. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

1. DADOS GERAIS

Denominação: Colégio Estadual Padre Carlos Zelesny – Ensino Fundamental e Médio.

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Endereço: Rua Michel Laidane, s/n – Jardim Sant’ Ana do Sabará CEP 84062-240 – Ponta Grossa – PR. Telefone/Fax : 042 3227-4299 ou 042 3236-2426. e-mail: [email protected]ípio: Ponta Grossa – PrCódigo do Município: 2010NRE: Ponta GrossaCódigo do estabelecimento: 025Dependência Administrativa: EstadualEntidade Mantenedora: Governo do Estado do ParanáAto de autorização de funcionamento: Ato: Dec. nº 1397/75 – DOE 30/12/1975Ato de reconhecimento do Estabelecimento: Ato: Res. 4313/87 DOE 24/11/1987Parecer do NRE de aprovação do Regimento Escolar: Parecer no. 097/2001

2. HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

O Colégio Estadual Padre Carlos Zelesny – Ensino Fundamental e

Médio inicia-se com uma escola que funcionava onde hoje situa-se o

Centro de Educação Infantil D. Geraldo Pelanda, prédio pertencente à

Igreja São Pedro Apóstolo.

Chamava-se Grupo Escolar São Pedro do Sabará, sendo sua diretora

Rosi Mari Carldeira Baggi. Sua fundação data de 06 de março de 1967. O

Estabelecimento mantinha o Curso Primário.

O bairro cresceu e houve a necessidade de ampliar o ensino o qual

já não abrigava o tão grande número de alunos. Como o prédio do Grupo

Escolar estava ameaçado de fechar devido a sua estrutura já muito

precária, em 1977 a diretora, na época Professora Eugênia Gurca, e o

Padre Carlos Zelesny conseguiram um terreno e também um prédio novo

com apoio do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná

(FUNDEPAR).

Fundou-se então no dia 18 de abril de 1980, a Escola Estadual

“Padre Carlos Zelesny – Ensino de 1º Grau”. Recebeu esse nome em

homenagem ao benfeitor do bairro o Padre Carlos Zelesny.

Em 1982, assume a Direção a Professora Maria Felicidade da Silva

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Machado e com muito esforço e garra juntamente com o Padre Carlos,

equipe de professores, funcionários, pais, alunos e autoridades, consegue

em 1984 a autorização para funcionamento gradativo de 5ª a 8ª série.

No ano de 1988 foi autorizado o funcionamento do Curso Auxiliar

Técnico em Contabilidade passando a ser denominado de Colégio Estadual

Padre Carlos Zelesny - Ensino de 1º e 2º Graus.

No ano de 1994 foi autorizado o funcionamento do curso de 2º grau -

Educa鈬o Geral - Prepara鈬o Universal. A Professora Maria Felicidade da

Silva Machado ficou à frente do Colégio por 15 anos, juntamente com a

Professora Salma Calixto da Silva, trazendo muitos benefícios à

comunidade escolar. Montou a Biblioteca Monteiro Lobato, Grêmio

Estudantil, o qual levou o seu nome “Grêmio Estudantil Professora Maria

Felicidade da Silva Machado”, proporcionando melhorias e benfeitorias a

esse Colégio.

Também dirigiu o Colégio a Professora Salma Calixto da Silva, no

ano de 1989.

Em 1998, assume a Direção a Professora Nelci Regina Burgardt

Monteiro, sendo auxiliada pelas professoras Soeli Terezinha Scorsim e

Edilma Aparecida Tramontim.

No ano de 1999, o Colégio passou a denominar-se Colégio Estadual

Padre Carlos Zelesny – Ensino Fundamental e Médio.

No ano de 1999, findamos o Curso Técnico em Contabilidade, pois

foi aderido ao Programa de Extensão e Melhoria do Ensino Médio (PROEM).

Foi construído um laboratório de Informática em 1998 em convênio

entre A.P.M. do Colégio e PROEM. Foi reestruturado o laboratório de Física,

Química e Biologia em 1998 com auxílio de professores, alunos e

comunidade. Também foi aprimorado a Biblioteca Monteiro Lobato com a

compra de Enciclopédias, livros didáticos e fitas de vídeo.

Atualmente é um Colégio de grande porte, abrigando uma clientela

de aproximadamente 1300 alunos, atendendo a quase toda a população

do Jardim Sant’Ana do Sabará e vilas circunvizinhas. Funciona em três

turnos, tendo disponibilidade de 15 salas de aula.

O Patrono do Colégio, Padre Carlos Zelesny, foi um idealizador das

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grandes obras de Ponta Grossa, sobretudo nos bairros de Nova Rússia,

Madureira e Sabará.

Eternizou-se com suas obras, iniciadas desde 19 de fevereiro de

1961, quando construía a Igreja São Sebastião, mas só contentava-se

quando junto a cada Templo Religioso, fosse fundada uma Escola, assim

construiu em 1963-1964 a Escola São Sebastião, hoje Colégio Sagrado

Coração de Jesus. Seus ideais não pararam pôr aí, iniciava a Igreja de São

Jorge, e junto, a Escola São Jorge na Vila Madureira.

Também fundou a Igreja de São Pedro do Sabará, e o Grupo São

Pedro, que mais tarde concretizou-se na grande obra: o “Colégio Estadual

Padre Carlos Zelesny – Ensino Fundamental e Médio – tornando-se Patrono

Fundador, em 18 de abril de 1980, que veio para atender a grande

comunidade deste bairro.

Assim foi seu trabalho, perpetuando solidamente em obras

religiosas, educacionais e sociais. Quando em visita ao Colégio dizia

sempre a direção: “Jamais deixe um só aluno fora da escola, se esse

procura uma vaga, acolhe-o!”

Fundou também a Ação Social São Pedro do Sabará em 20 de

novembro de 1962, pela cruzada São Sebastião, da qual era o presidente,

que tinha por finalidade precípua, o ensino gratuito à infância e a

alfabetização de adultos, assistência médica a comunidade carente e

atendimento fraterno à comunidade em geral.

Também sonhava com a construção de uma creche, o que foi

atendido com a construção da Creche Padre Carlos Zelesny.

Suas sementes espalharam-se e frutificaram. Padre Carlos Zelesny

foi um grande religioso e também um grande professor.

IV. NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO OFERTADOS

A escola oferece à comunidade em que está inserida o ensino

fundamental (séries finais - 6o. ao 9o. ano) e o ensino médio, conforme

abaixo especificado. Também contamos com sala de apoio para as 5a.

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séries ou 6o. ano do ensino fundamental, sala de recurso para alunos com

déficit de aprendizagem e sala de recursos para alunos com altas

habilidades, e ainda, projeto “Mais Educação” que reúne seis projetos de

atendimento a alunos das 5a. e 6a. sérios/6o. e 7o. anos do ensino

fundamental.

Horário/Distribuição de turmas

Matutino - 15 turmas – sendo de séries finais do Ensino Fundamental e

Ensino Médio. Horário de início das aulas às 07 horas e 30 minutos às 11

horas e 50 minutos.

Vespertino – 15 turmas – Apenas turmas do Ensino Fundamental. Início da

primeira aula às 13 horas e término às 17 horas e 25 minutos.

Noturno – Uma turma de 8a. série/9o. ano do Ensino Fundamental e duas

turmas de cada série do Ensino Médio ou conforme a procura de vagas e

necessidade. Início da primeira aula às 18 horas e 50 minutos e término às

23 horas.

Sala de recurso (alunos com déficit de aprendizagem) – Período matutino

Sala de recurso (altas habilidades) – Período vespertino

Projetos “Mais Educação” - Período matutino

V. DIAGNÓSTICO

1. ESPAÇO FÍSICO

Este Colégio conta com quinze salas de aula com capacidade para

quarenta alunos, uma sala de recurso e sala de altas habilidades em

contraturno.

Pela manhã e tarde as classes estão funcionando de acordo com o

quadro de ocupação atendendo, em algumas turmas, acima da

capacidade legal e a noite não são ocupadas todas as quinze salas.

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No piso superior há uma sala para direção e direção auxiliar, uma

sala para a equipe pedagógica, uma sala para aulas de apoio e recurso

(utilizam o mesmo espaço), um saguão com lavatórios, um laboratório de

ciências, sala de laboratório de informática, dois banheiros para

professores, dois banheiros para alunos (sanitários masculino e feminino),

seis salas de aula, uma saleta de arquivo morto e outra saleta para

guardar material de limpeza.

No piso térreo possui a sala para professores, quatro salas de aulas,

uma sala onde se encontra a secretaria do colégio, dois banheiros para

alunos (sanitários masculino e feminino), saguão com lavatórios, um

compartimento embaixo da escada para guardar material de limpeza.

A parte externa possui uma sala para a biblioteca, uma cozinha com

despensa, uma saleta onde são estocados os alimentos da merenda

escolar, dois banheiros pequenos para funcionários, uma sala pequena

como almoxarifado e equipamentos obsoletos, área coberta com mesas e

bancos, pátio, uma quadra de esportes coberta, um depósito externo de

materiais em desuso e/ou estragados e uma casa para permissionário.

Possui ainda um prédio anexo com cinco salas de aula e dois

banheiros (sanitários femininos e masculinos).

2. RECURSOS MATERIAIS

O Colégio Padre Carlos conta com diversos recursos materiais

didático-pedagógicos de uso coletivo, onde todos os profissionais têm

acesso, em acordo com a sua função, seu planejamento possibilitando um

melhor desenvolvimento do trabalho escolar.

A escola possui também recursos audiovisuais, tais como:

televisores PENDRIVE e televisor 21’, vídeos-cassete, aparelhos de DVD e

projetor multimídia que são utilizados em sala de aula quando solicitado;

retro-projetor; micro-systen com cd e entrada USB; temos um laboratório

de informática com 20 computadores (porém, nem todos estão

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funcionando) que são utilizados pelos professores, alunos da sala de

apoio, alunos da sala de recurso e projetos desenvolvidos por professores

e alunos ou ainda de acordo com a necessidade dos nossos alunos, porém

com o auxílio de professores, pois não há nenhum profissional que atue

diretamente na área técnica da informática. Por esse motivo não está

disponível para a comunidade externa ao colégio.

Contamos com um bom acervo bibliográfico, em biblioteca

organizada de forma inteligente para atender não somente os alunos, mas

também os professores que necessitam de material. Além disso, contamos

com uma auxiliar administrativo que atua neste espaço, auxiliando

quando necessário e também realizando atividades de incentivo à leitura

e de promoção à arte, com exposições dos próprios alunos, conforme os

professores programam. Este fator é de suma importância, pois mostra

que a escola está integrada com o objetivo maior de promover a educação

em todos os aspectos.

Os alunos têm acesso aos materiais de uso freqüente, se solicitado

com a autorização do professor responsável e da direção/equipe

pedagógica.

Os demais equipamentos e utensílios estão listados em livro próprio.

3. RECURSOS FINANCEIROS

Para a execução do trabalho na escola dispomos de algumas verbas,

entre elas “Programa Dinheiro Direto na Escola” - PDDE, recurso liberado

pelo MEC/FNDE. Recebemos esta verba uma vez por ano e a quantia deve

ser aplicada para manter e desenvolver o Ensino Fundamental e Médio,

custeando despesas correntes e de capital, a qual poderá usada para

compra de equipamentos, manutenção, conservação e pequenos reparos

da unidade escolar, compra de material de consumo necessário ao

funcionamento da escola; capacitação e aperfeiçoamento de profissionais

da educação; avaliação de aprendizagem e implementação de projeto

pedagógico; desenvolvimento de atividades educacionais diversas.

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Dispomos também de uma verba mensal que é repassada pela

Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED – Fundo Rotativo, que

é um instrumento criado por Lei para viabilizar com maior agilidade, o

repasse de recursos às escolas, para manutenção e outras despesas

relacionadas com a atividade educacional. Quanto aos gastos em

investimentos, somente quando autorizados pela Secretaria de Estado da

Educação – SEED.

Toda e qualquer verba recebida é feita um Plano de Aplicação, uma

análise juntamente com a A.P.M.F. e Conselho Escolar, para verificação

das reais necessidades da escola, para posterior utilização do recurso.

O Colégio dispõe de recursos obtidos com a contribuição espontânea

de R$1,00 por família ao mês, o que não ultrapassa a 15% dos alunos

contribuintes.

Cabe ressaltar o nível sócio-econômico de nossos alunos, tornando-

se difícil a conscientização dos pais da necessidade da contribuição

espontânea, esta que já é prevista no Estatuto da A.P.M.F.. A importância

recolhida ajuda alunos carentes, comemorações, datas festivas.

Contamos ainda com a colaboração de professores e familiares em

campanhas promovidas pela A.P.M.F como “Ação entre amigos”, para

aquisição de bens que visem melhorias à escola e ao educando.

Atualmente temos ainda a verba específica para o projeto “Mais

Educação”, cujo valor é destinado para gastos com monitores, materiais

didáticos e outras necessidades apresentadas na estrutura física do

estabelecimento.

4. RECURSOS HUMANOS

Achamos por bem não elencar os profissionais em um quadro

funcional muito extenso, tendo em vista boa porcentagem de rotatividade

de professores que é comum, não somente neste estabelecimento, mas

em todas as escolas estaduais. Além de que, o quadro de professores e

funcionários lotados neste estabelecimento consta na internet na página

da Secretaria de Educação do Estado e é mantido sempre atualizado.

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Sendo assim, informamos a quantidade de profissionais que atuam

neste estabelecimento, tendo em vista que o número de pessoas lotadas

no Colégio, será aproximadamente o mesmo, sofrendo algumas variações.

Equipe Gestora: 02 (dois): Diretor e Diretora Auxiliar

Professores Regentes: 67 (sessenta e sete) – todos com nível superior.

Equipe Pedagógica: 06 (seis)

Assistentes administrativos: 08 (oito)

Auxiliares de Serviços Gerais: 12 (doze)

5. NORMAS DE FUNCIONAMENTO

Para realizarmos um trabalho compartilhado, participativo em um

ambiente democrático, onde todos devem participar sentindo-se

responsáveis pela melhoria do processo educacional, temos como normas:

1º - A ética profissional deve prevalecer acima de tudo, tanto entre

colegas de trabalho, bem como em relação aos alunos.

2º – Cabe ao professor organizar materiais, cumprir horários,

manter-se informado, planejar suas aulas e participar de eventos na

escola.

3º - Procurar conversar individualmente com os alunos, que

porventura, venham a apresentar dificuldade/indisciplina e, quando

necessário advertência por escrito, encaminhar ao serviço pedagógico.

4º - Evitar faltar. Em caso de necessidade, justificar-se junto à

direção com antecedência, deixando o material para o substituto.

5º - Deve ser respeitado rigorosamente os horários de entrada da

primeira aula e de entrada do recreio, bem como das demais aulas.

6º - Os alunos só poderão ser dispensados antes do sinal bater

mediante autorização da equipe pedagógica ou direção.

7º - Cada professor/a deverá dirigir-se logo após o sinal para a turma

seguinte, não permitindo que gere indisciplina, gazeamento etc. Caso o/ou

professor(a) identifique gazeamento de aulas pelos alunos, deverá

comunicar imediatamente a Equipe Pedagógica.

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8º - Não permitir a saída de alunos da sala de aula, somente poderá

sair em caso de extrema necessidade.

9º - A entrada do aluno após o início das aulas só deverá ser

permitida com a autorização por escrita ou com acompanhamento de um

funcionário do colégio.

10º - Toda ocorrência de sala de aula que necessitar o trabalho da

Equipe Pedagógica deverá ser comunicada o mais breve possível para as

devidas providências, como por exemplo: alunos faltosos ou que não

entregam trabalhos, provas etc.

11º - Os/as professores/as não devem se ausentar da sala de aula.

Deverão providenciar antecipadamente os recursos e materiais para as

aulas. (Os materiais deverão ser devolvidos pelo/a professor/a nos

respectivos lugares.

12º - Os/as professores/as não devem deixar giz na sala de aula, ou

fornecer o mesmo aos alunos. Deixar o quadro limpo ao final de sua aula.

13º - Orientar os alunos a: manter limpo o seu lugar, não sair da sala

de aula durante os intervalos, não mascar chicletes e não comer em sala

de aula, incentive a sua plena conservação.

14º - Os planejamentos dos/as professores/as devem estar em dia

junto a Equipe Pedagógica.

15º - Quando necessário os/as professores/as poderão junto com a

equipe pedagógica, realizar um trabalho contínuo (palestra, debates, auto

avaliação, trabalhos) sobre temas como: disciplina, trabalho

compartilhado, cidadania, responsabilidade, estudo organizado,

produtividade, preparo para a vida, valorização pessoal, afetividade,

higiene, ecologia, drogas e outros.

16º - Não levar para a casa o livro de chamada, o qual só poderá ser

retirado com aviso prévio à Equipe Pedagógica. Deixar os livros

diariamente na Sala dos Professores, devendo estar em dia com

freqüências e conteúdos.

17º - Ao trabalhar a recuperação paralela o professor deverá

registrá-la no livro e não poderá dispensar alunos, devendo proporcionar

atividade diferenciada para estes na própria sala.

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18º - No canhoto e no registro de classe deve-se preencher todos os

campos solicitados: rubrica, nota, faltas, aulas previstas e dadas,

disciplina, data. O livro de chamada deverá ser entregue para a

supervisão do período, no dia do Conselho de Classe, impreterivelmente e

devidamente preenchido.

19º - O adiantamento, bem como a troca de aula entre professores,

só poderá acontecer com a autorização da Equipe Pedagógica.

20º - Nenhum aluno deverá ser colocado para fora da sala de aula,

visto que esta não é a solução. O/A professor/a deve buscar alternativas

para solucionar o caso em sala de aula. Em caso excepcional o aluno

excluído da sala de aula, deverá ser encaminhado a Equipe Pedagógica

onde deverá realizar tarefas pré-determinadas pelo/a professor/a. O fato

será comunicado aos pais ou responsáveis.

21º - Avaliar constantemente o desenvolvimento de seus alunos

utilizando-se de técnicas e instrumentos diversificados, tais como:

pesquisas, atividades individuais ou em grupos, relatórios, debates,

seminários e outros.

22º - Procurar trocar idéias com a Equipe Pedagógica a respeito da

elaboração de suas avaliações e outras orientações gerais.

23º - Quando o aluno machucar-se em horário de aula, procurar

recursos (encaminhe a Equipe Pedagógica para as devidas providências).

24º - O cumprimento da hora-atividade é obrigatório no mesmo

turno de aulas e nas dependências do Colégio.

25º - Os equipamentos eletrônicos deverão ser utilizados somente

para atividades instrutivas, ligadas à disciplina ou para trabalhos de

interpretação e produção de textos. O manuseio dos aparelhos deverá ser

de encargo somente dos professores, fazer uso da agenda.

26º - Em hipótese nenhuma o funcionário/a – professor/a poderá

assinar o livro ponto quando faltar o dia letivo. A justificativa da falta será

registrada pela Direção, após o/a professor/a ou funcionário/a justificarem-

se na Direção. Será colocado o carimbo adequado para cada situação.

27º - Não é permitido o uso de celular durante a aula (Professor e ou

/ aluno) ou qualquer tipo de aparelhos eletrônico.

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28º - Só será permitido passeios e saídas com alunos da escola em

horário de aula, desde que sejam planejados e agendados com projetos

(equipe e pais cientes, transporte e local).

29º - Acompanhar a sua turma quando tiver momento cívico ou

outro tipo de atividade cultural, o professor deverá acompanhar o aluno e

permanecer no local.

30º - O colégio adotou o uniforme e o professor deve colaborar,

cobrando o uso do mesmo pelo aluno. O uniforme não é obrigatório no

turno da noite.

31º - Havendo necessidade, o diretor pode redistribuir as tarefas e

atividades entre os funcionários.

32º - As decisões tomadas em conjunto com os professores não

deverão ser mudadas. Podem ser revistas quando houver necessidade.

6. PERFIL DA POPULAÇÃO ATENDIDA PELA ESCOLA

Para que pudéssemos conhecer nossa comunidade escolar

realizamos uma pesquisa por amostragem da realidade através de

questionários aplicados aos alunos e aos pais de alunos nos três turnos de

funcionamento.

O Colégio Padre Carlos Zelesny localiza-se no bairro da Chapada,

região noroeste de Ponta Grossa, área urbana, residencial e com núcleo

de empresas metal-mecânica. O Colégio oferta as séries finais do ensino

fundamental e ensino médio regular contando aproximadamente 1300

alunos regularmente matriculados distribuídos nos três turnos.

Em nossa coletividade há uma grande diversidade étnica, no

entanto, nos aspectos sócio-econômico, cultural e educacional existe certo

nivelamento. Declararam renda familiar até um salário mínimo quarenta e

dois porcento (42%), renda de dois a três salários mínimos quarenta e

quatro porcento (44%) e acima desse valor quatorze porcento (14%), isto

é, a maioria de oitenta e seis porcento (86%) vive com renda entre um e

três salários mínimos.

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O grau de instrução das mães de nossos alunos concentra-se na

primeira fase do ensino fundamental ficando assim o levantamento: trinta

e oito porcento (38%) possuem até 4ª. série, trinta e dois porcento (32%)

possuem ensino fundamental, vinte porcento (20%) ensino médio, dois

porcento (2%) declararam possuir ensino superior, dois porcento (2%) não

declararam e seis porcento (6%) declararam-se sem escolaridade.

Quanto à ocupação, quarenta e um porcento (41%) possuem

emprego fora de casa e são em sua maioria mensalistas, auxiliares de

serviços gerais, cabeleireiras, vendedoras, operadoras, diaristas,

secretária e uma gerente administrativo. Cinqüenta e nove porcento

(59%) trabalham apenas no lar.

O nível de instrução dos pais ficou praticamente igual ao das mães,

aparecendo trinta e seis porcento (36%) até 4ª. série, vinte e nove

porcento (29%) com ensino fundamental, dezenove porcento (19%) com

ensino médio, três porcento (3%) com ensino superior, dez porcento (10%)

que não declararam e três porcento (3%) declararam-se sem escolaridade.

Em relação à profissão dos pais há uma ampla variedade: mecânico,

pedreiro, motorista de caminhão, pintor, agricultor, lavrador, comerciante,

vigilante, latoeiro, eletricista, metalúrgico, funcionário público, entre

outros. No entanto, é possível observar que a grande maioria enquadra-se

nos trabalhos braçais, nível operacional. Há um pequeno número de

desempregados – um porcento (1%), aposentados e subempregados um

porcento (1%).

Nosso Colégio atende alunos de diversas vilas dessa região leste da

cidade de Ponta Grossa, tais como Vila Sabará (onde o Colégio está

situado), Vila Dalabona, Vila Bonsucesso, Parque do Café, Boa Vista, Vila

Idelmira, Jardim Planalto, entre outras, e, ainda, alunos provindos da zona

rural das Colonias Moema, Taquari e Gertrudes (poloneses). A maioria dos

alunos vem para o Colégio a pé – cinqüenta e sete porcento (57%), poucos

utilizam-se do transporte urbano, além, é óbvio, dos provindos da zona

rural que necessitam do serviço municipal de transporte escolar rural.

Atualmente atendemos alunos com necessidades especiais na sala

de recursos com capacidade até vinte (20) alunos, a escola possui uma

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professora para atender alunos com altas habilidades e quatro turmas de

apoio em matemática e língua portuguesa para atender alunos da 5ª.

série com dificuldades na aprendizagem. Porém, percebemos a dificuldade

de alguns alunos para freqüentar essas turmas no contraturno, apesar da

necessidade, por causa do transporte ou por falta de interesse da família.

Apesar da baixa renda familiar, oitenta e dois porcento (82%) possui

casa própria com água encanada, energia elétrica e banheiro. Bastante

significativa também a quantidade que possui bens: como automóvel –

quarenta porcento (40%), máquina de lavar roupa – setenta e três

porcento (73%), telefone fixo – quarenta porcento (40%). Considerado

baixa a quantidade que possui microcomputador – trinta e quatro porcento

(34%) e dezessete porcento (17%) internet. O número de residentes nas

casas de nossos alunos fica em torno de quatro a cinco pessoas – sessenta

e um porcento (61%).

A religião predominante é a católica – setenta e um porcento (71%),

vindo em segundo lugar a religião evangélica com vinte e três porcento

(23%). Porém, todos os pais expuseram que buscam educar seus filhos

com base nos valores morais e éticos tendo como base o respeito, a

honestidade, a responsabilidade e o valor na educação instrucional como

meio para a conquista de um futuro melhor.

Quanto à participação dos pais em reuniões ou eventos relacionados

à família é baixa apesar de setenta e dois porcento (72%) responderem

que participam. Aqueles que declararam não participar justificaram que é

por causa do trabalho, por doença ou por morar longe. Devido aos fatores

sócio-econômico e cultural os pais ainda são muito alheios à vida escolar

dos filhos, mantendo-se distante do processo ensino-aprendizagem,

relegando aos profissionais da escola toda a responsabilidade pela

educação destes.

Quanto aos alunos, a maioria, ocupam o tempo fora da escola

assistindo televisão – trinta e oito porcento (38%), praticando esporte –

vinte e sete porcento (27%) ou ouvindo música – vinte e quatro porcento

(24%). Em relação a família quinze porcento (15%) dos nossos alunos

moram só com a mãe, oito porcento (8%) moram só com o pai e quatorze

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porcento (14%) moram com outros parentes ou outra situação. A maioria –

sessenta e três porcento (63%) veêm no estudo o melhor meio para terem

um futuro melhor e apenas oito porcento (8%) estudam porque os pais

querem.

Os pais também declararam que a instrução é o melhor meio para

garantir o futuro dos filhos. Colocando como expectativa em relação a

esta instituição de ensino algumas sugestões, tais como: a oferta de curso

profissionalizante; aulas de informática para alunos do ensino médio;

diálogo constante entre professores e alunos; maior atenção aos alunos

com dificuldade de aprendizagem; convênio com empresas para estágio

dos alunos; reuniões com pais em horário diferenciado para que todos

possam participar; capacitação aos professores para que tenham mais

criatividade em suas aulas; diminuição de faltas dos professores; palestras

sobre drogas, violência, empregabilidade e outros.

VI. ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

1. INSTÂNCIAS COLEGIADAS

1.1 Conselho Escolar

O conselho Escolar tem atribuições consultivas, deliberativas e

fiscais, em questões definidas na legislação estadual e no Regimento

Escolar. Essas questões envolvem aspectos pedagógicos, administrativos

e financeiros. Ele é composto por alunos, pais e membros da comunidade

e o mandato tem validade por dois anos.

1.2 Associação de Pais, Mestres e Funcionários

Reúne os pais de alunos, o pessoal docente e técnico-administrativo

e alunos maiores de 18 anos e costuma funcionar mediante uma diretoria

executiva de um conselho deliberativo.

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É um órgão associativo, constituído pelos pais ou responsáveis dos

alunos e pelos membros do Corpo Docente e terá como finalidade

principal a integração Escola-Família-Comunidade, bem como a promoção

de atividades que gerem algum benefício educacional, social, desportivo

ou cultural para os alunos e/ou suas famílias.

1.3 Grêmio Estudantil

É um órgão associativo e representativo do corpo discente com a

finalidade de estimular e difundir as iniciativas de caráter cívico, cultural,

social e científico desde que autorizadas pela direção do colégio.

2. DIREÇÃO

A direção escolar é composta pelo diretor(a) e diretor(a) auxiliar,

escolhidos democraticamente entre os componentes da comunidade

escolar, conforme legislação em vigor.

A função de diretor(a), como responsável pela efetivação da gestão

democrática, é a de assegurar o alcance das metas educacionais definidos

no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino. Ao diretor(a)

auxiliar cabe assessorar o(a) diretor(a) em todas as suas atribuições e

substituí-lo(a) na sua falta ou por algum impedimento.

Compete ao diretor(a):

I. cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;

II. responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da

posse;

III. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto

Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo

Conselho Escolar;

IV. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da

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educação;

V. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em

observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

VI. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de

ensino e submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;

VII. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando

encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;

VIII. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,

consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;

IX. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do

Conselho Escolar e fixando-os em edital público;

X. coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância

com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho

Escolar e, após, encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação (NRE) para

a devida aprovação;

XI. garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste

com os órgãos da administração estadual;

XII. encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no

ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;

XIII. deferir os requerimentos de matrícula;

XIV. elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar,

de acordo com as orientações da Secretaria de Estado da Educação,

submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo

Regional de Educação para homologação;

XV. acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho

docente e o cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e

de conteúdo aos discentes;

XVI. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas

atividade estabelecidos;

XVII. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas

de estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza

pedagógico-administrativa no âmbito escolar;

XVIII. propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de

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Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de

ensino e abertura ou fechamento de cursos;

XIX. participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e

encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;

XX. supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar,

quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente

relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;

XXI. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões

tomadas coletivamente;

XXII. definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa

e equipe auxiliar operacional;

XXIII. articular processos de integração da escola com a comunidade;

XXIV. solicitar ao Núcleo Regional de Educação suprimento e

cancelamento de demanda de funcionários e professores do

estabelecimento, observando as instruções emanadas da Secretaria

Estadual de Educação;

XXV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de

projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino, juntamente com a comunidade escolar;

XXVI. cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância

sanitária e epidemiológica;

XXVII. disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços

e Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação

Especial;

XXVIII. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

XXIX. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XXX. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com

seus colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da

comunidade escolar;

XXXI. assegurar o cumprimento dos programas mantidos e implantados

pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;

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XXXII. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

3. EQUIPE PEDAGÓGICA

A equipe pedagógica é composta por professores graduados em

Pedagogia.

A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e

implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares

definidas no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em

consonância com a política educacional e orientações emanadas da

Secretaria de Estado da Educação.

Compete à equipe pedagógica:

I. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto

Político-Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

II. orientar a comunidade escolar na construção de um processo

pedagógico, em uma perspectiva democrática;

III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho

pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a

especificidade da educação escolar;

IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica

curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas

educacionais da Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes

Curriculares Nacionais e Estaduais;

V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto

ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

VI. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para

reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico

visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de

ensino para todos;

VII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos

profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a

realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;

VIII. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e

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dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de

reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no

estabelecimento de ensino;

IX. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de

intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

X. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de

professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos

sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas;

XI. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de

ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo

trabalho pedagógico;

XII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a

desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à

comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os

alunos;

XIII. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do

Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a

comunidade escolar;

XIV. participar do Conselho Escolar, quando representante do seu

segmento, subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e

reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico

escolar;

XV. orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos

livros e demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino,

fornecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC –

FNDE;

XVI. coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e

seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-

pedagógico, a partir do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de

ensino;

XVII. participar da organização pedagógica da biblioteca do

estabelecimento de ensino, assim como do processo de aquisição de

livros, revistas, fomentando ações e projetos de incentivo à leitura;

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XVIII. acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de

Química, Física e Biologia e de Informática;

XIX. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de

sua participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

XX. coordenar o processo democrático de representação docente de cada

turma;

XXI. colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme

orientação da Secretaria de Estado da Educação;

XXII. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e

disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto

Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XXIII. acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às

atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento;

XXIV. promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de

todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

XXV. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XXVI. acompanhar o processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

XXVII. participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços

pedagógicos;

XXVIII. orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos

didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de

classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e

progressão parcial, conforme legislação em vigor;

XXIX. organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições

de dias letivos, horas e conteúdos aos discentes;

XXX. organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

XXXI. organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica

dos profissionais do estabelecimento de ensino;

XXXII. solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da

Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis

necessidades educacionais especiais;

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XXXIII. coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no

Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de

aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios

especializados da Educação Especial, se necessário;

XXXIV. acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos

alunos, realizando contato com a família com o intuito de promover ações

para o seu desenvolvimento integral;

XXXV. acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as

famílias e encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

XXXVI. acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre

que houver necessidade de encaminhamentos;

XXXVII. orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com

necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações

físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;

XXXVIII. manter contato com os professores dos serviços e apoios

especializados de alunos com necessidades educacionais especiais, para

intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando à

articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino

regular;

XXXIX. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do

estabelecimento de ensino;

XL. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com

colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;

XLI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XLII. elaborar seu Plano de Ação;

XLIII. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

4. SETOR TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que

atuam nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do

estabelecimento de ensino.

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O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário(a)

escolar é indicado pela direção do estabelecimento de ensino e designado

por Ato Oficial, conforme normas da Secretaria de Estado da Educação.

O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela direção.

Compete ao Secretário Escolar:

I. conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

II. cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da

Secretaria de Estado da Educação, que regem o registro escolar do aluno

e a vida legal do estabelecimento de ensino;

III. distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais

técnicos administrativos;

IV. receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;

V. organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções,

instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;

VI. efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à

matrícula, transferência e conclusão de curso;

VII. elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem

encaminhados às autoridades competentes;

VIII. encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que

devem ser assinados;

IX. organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o

inativo, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da

identidade e da regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade

dos documentos escolares;

X. responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar

do aluno, respondendo por qualquer irregularidade;

XI. manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema

informatizado;

XII. organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida

legal da escola, referentes à sua estrutura e funcionamento;

XIII. atender a comunidade escolar, na área de sua competência,

prestando informações e orientações sobre a legislação vigente e a

organização e funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme

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disposições do Regimento Escolar;

XIV. zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos

da secretaria;

XV. orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro

de Classe com os resultados da freqüência e do aproveitamento escolar

dos alunos;

XVI. cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades

administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno

referente à documentação comprobatória, de adaptação, aproveitamento

de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e

regularização de vida escolar;

XVII. organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando

ao setor competente a sua freqüência, em formulário próprio;

XVIII. secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as

respectivas Atas;

XIX. conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos

recebidos;

XX. comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha

ocorrer na secretaria da escola;

XXI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou

por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao

aprimoramento profissional de sua função;

XXII. organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino

extracurricular, quando desta oferta no estabelecimento de ensino;

XXIII. auxiliar a equipe pedagógica e direção para manter atualizado os

dados no Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;

XXIV. fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria

escolar, quando solicitado;

XXV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da

Secretaria de Estado da Educação;

XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com

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seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da

comunidade escolar;

XXVIII. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e

exercer as específicas da sua função.

Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos

estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a):

I. cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da

secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação

comprobatória, necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos,

progressão parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida

escolar;

II. atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando

informações e orientações;

III. cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;

IV. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao

aprimoramento profissional de sua função;

V. controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando

informações sobre os mesmos a quem de direito;

VI. organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços

do seu setor;

VII. efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual,

Histórico Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua

idoneidade;

VIII. organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo

inativo da escola;

IX. classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências,

registrando a movimentação de expedientes;

X. realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e

patrimonial do estabelecimento, sempre que solicitado;

XI. coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar,

alimentando e atualizando o sistema informatizado;

XII. executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;

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XIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da

Secretaria de Estado da Educação;

XIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da

comunidade escolar;

XVI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e

aquelas que concernem à especificidade de sua função.

Compete ao técnico administrativo que atua na biblioteca escolar,

indicado pela direção do estabelecimento de ensino:

I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca,

assegurando organização e funcionamento;

II. atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o

empréstimo de livros, de acordo com Regulamento próprio;

III. auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta

pedagógica curricular do estabelecimento de ensino;

IV. auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos,

DVDs, entre outros;

V. encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das

necessidades indicadas pelos usuários;

VI. zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;

VII. registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;

VIII. receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos

da biblioteca;

IX. manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais,

zelando pela sua manutenção;

X. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por

iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao

aprimoramento profissional de sua função;

XI. auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;

XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da

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Secretaria de Estado da Educação;

XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus

colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da

comunidade escolar;

XV. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e

aquelas que concernem à especificidade de sua função.

5. CORPO DOCENTE

A equipe docente é constituída de professores regentes,

devidamente habilitados.

Compete aos docentes:

I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-

Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e

aprovado pelo Conselho Escolar;

II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do

estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político-

Pedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe

pedagógica, dos livros e materiais didáticos, em consonância com o

Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente;

V. desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão

crítica do conhecimento pelo aluno;

VI. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos

alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar,

resguardando prioritariamente o direito do aluno;

VII. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos,

utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação,

previstas no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

VIII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para

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os alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e

aprendizagem, no decorrer do período letivo;

IX. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar

dos alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob

coordenação e acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação

de possíveis necessidades educacionais especiais e posterior

encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação

Especial, se necessário;

X. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da

escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e

aprendizagem;

XI. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;

XII. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento

discriminatório em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e

orientação sexual, de credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre

outras;

XIII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na

escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as

peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem;

XIV. participar de reuniões e encontros para planejamento e

acompanhamento, junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados,

da Sala de Apoio à Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contraturno,

a fim de realizar ajustes ou modificações no processo de intervenção

educativa;

XV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa

e criação artística;

XVI. participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na

busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do

processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e

decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;

XVII. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da

autonomia intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício

consciente da cidadania;

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XVIII. zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer

irregularidade à equipe pedagógica;

XIX. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e

horas-atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos

períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento

profissional;

XX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a

estudos, pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação

da equipe pedagógica, conforme determinações da Secretaria de Estado

da Educação;

XXI. manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da

equipe pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no

estabelecimento de ensino;

XXII. participar do planejamento e da realização das atividades de

articulação da escola com as famílias e a comunidade;

XXIII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para

o desenvolvimento do processo educativo;

XXIV. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação

educacional em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como

princípios da prática profissional e educativa;

XXV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de

projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino;

XXVI. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho

ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando

convocado;

XXVII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,

funcionários e famílias;

XXVIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com

seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da

comunidade escolar;

XXIX. participar da avaliação institucional, conforme orientação da

Secretaria de Estado da Educação;

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XXX. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

VII. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS QUE FUNDAMENTAM AS AÇÕES DA

ESCOLA

A preparação de uma boa aula deve ser pensada do ponto de vista

do aluno, por isso devemos contemplar as teorias emancipadoras

propostas por Paulo Freire e transformadora defendida por Lewil S.

Vigostky. O que não podemos esquecer jamais é que a primazia para

qualquer escola é o processo de ensino-aprendizagem e este tampouco

poderá ser visto como uma tortura, um peso, algo ruim.

O professor geralmente não segue apenas uma linha pedagógica.

Cada professor carrega em sua história, marcas de sua trajetória escolar,

desde a mais tenra idade no seio familiar até as graduações e pós-

graduações. Neste sentido, também entendemos que cada um trabalha de

forma peculiar, traçando seu modo de ser e de entender as coisas em

suas ministrações.

Isto justifica-se pela falta de linearidade que existe na pedagogia. Ao

longo do tempo, tivemos inúmeras mudanças de concepções e,

consequentemente, de tendências pedagógicas. Esse fator influenciou e

influencia até os dias de hoje aquilo que cada professor é efetivamente em

sala de aula.

Temos que ter em mente, que o conhecimento é construído através

da vivência e o que efetivamente permanece é aquele cujos resultados

nem sempre são vistos a curto prazo, porém, quando chegam, são

duradouros.

2. CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA

Por muito tempo a infância foi negada, as crianças eram tratadas

como “adultos em miniatura”. A visão atual de infância foi moldada e

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construída historicamente entre conceitos e relações que se estabelecem

com intuito de garantir que esses indivíduos fossem respeitados e

assegurados de seus direitos.

A transformação do pensamento social e pedagógico marcam a

evolução dos conceitos que precedem as leis e estatutos, esses regulam e

protegem os indivíduos na faixa etária infantil. O reconhecimento da

individualidade da criança, das suas necessidades e das suas fases

biológicas e sociais – evolutivas passam a ser o fator essencial de

condução e estabelecimento da aprendizagem primária e seqüencial que

terá como conseqüência o conhecimento.

Nessa visão mediadora a afetividade, a empatia e a criação de laços

surgem como referenciais intrínsecos ao processo de ensino e

aprendizagem; o pensar e agir dos indivíduos são contemplados

respeitando sua vivência, sua condição psicológica, econômica, social,

histórica; não permitindo assim qualquer situação constrangedora,

preconceituosa e vexatória, que negue a existência desse indivíduo social,

atrase e negative seu crescimento.

Dessa forma, concebemos a infância o período em que o indivíduo

de menor idade é conduzido para uma plenitude de seus direitos, assim, o

seu aspecto físico e intelectual devem ser vivenciados como subsídio para

fases posteriores. Nessa fase, conceitos e valores são incorporados e

enaltecidos como uma aprendizagem significativa para a vivência desses

indivíduos.

3. CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA

O ato reflexivo e sistêmico do pensar e resolver situações

conflituosas são elencadas aos indivíduos que atingem a maturidade. Esse

desenvolvimento apesar de não ser contínuo, pois progride e regride,

estabelece o crescimento intelectual entre as relações inter e intra sociais.

A abordagem da adolescência se dá com o estabelecimento e

mediação das condições de assimilação do indivíduo sobre a sua própria

vida. As fases maturacionais e as teorias educacionais e pedagógicas

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visualizam nessa fase de desenvolvimento atribuições distintas a esses

indivíduos que por vezes estão se redescobrindo, com isso muitos conflitos

e rebeldias necessitam ser permeadas. Essas ações mediadoras devem

privilegiar um conjunto de instrumentos que proporcione a construção

autônoma e criativa de indivíduos atuantes sobre a sua própria ação,

como forma de estabelecer uma independência reflexiva e constante

construções pessoais e sociais.

O diálogo é o principal instrumento que garante e efetiva a fase de

adolescência, pois é através dele que os indivíduos expressam suas

necessidade, anseios, dificuldades. O estado democrático em que a escola

está construída na esfera social garante a esses indivíduos direitos e

deveres que não devem ser negligenciados e sim usados como subsídio

concreto de uma transformação da realidade social de inserção dos

mesmos.

4. CONCEPÇÃO DE HOMEM

A visão debatida é a de um ser histórico, engajado/empenhado e

sujeito de suas próprias ações em sua totalidade, seja social, político ou

eminentemente pedagógica, ou seja, o aspecto predominante refere-se a

um indivíduo que deve usar suas capacidades intelectuais, psicomotoras e

afetivas para a transformação das estruturas e instituições sociais.

5. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

O mundo atual está pautado por uma desigualdade social estrutural

crescente. No Brasil, a questão central reflete-se na má distribuição de

renda e qualidade dos serviços públicos. Para construirmos novo modelo

de sociedade, uma ética de maior justiça social e solidariedade deve

nortear a produtividade.

Devemos exercer nossos direitos de cidadãos, agindo

conscientemente sobre o nosso destino, participando, exigindo, criando,

lutando, pensando, denunciando, construindo o que há de vir por livre e

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espontânea vontade, não esperando um chamamento.

A sociedade brasileira demanda uma educação de qualidade, que

garanta aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos

autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência,

dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem e na qual

esperam ver atendidas suas necessidades individuais, sociais, políticas e

econômicos.

Só assim poderemos usufruir da nossa cidadania, que é a conquista

da qualidade de vida, a preservação da dignidade humana, da natureza e

do meio ambiente, pois a verdadeira cidadania é isenta de discriminações.

6. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO/ESCOLA

A educação abrange todos os processos formativos e seu escopo

primordial é o de dotar os homens de instrumentos culturais capazes de

impulsionar as transformações exigidas pela sociedade. A educação

aumenta o poder do homem sobre a natureza, impulsionando-o na direção

do progresso e equilíbrio social. Tem por finalidade o “pleno

desenvolvimento do ser humano e o seu preparo para o exercício da

cidadania do ser humano e o seu preparo para o exercício da cidadania e

sua qualificação para o trabalho” (LDBN 9394/96).

Educar um ser humano significa ajudá-lo a desenvolver suas

potencialidades. Nesse processo é levado em consideração fatores

genéticos, psicológicos e ambientais, é a interação entre esses elementos

que orientarão a ação educativa para o processo de desenvolvimento e

adaptação do homem ao mundo e do mundo ao homem numa busca

constante de equilíbrio.

É necessário forjar o novo homem neste presente/futuro tempo. Um

homem capaz de participar ativa e criticamente na sociedade sempre em

busca da justiça e igualdade para todos.

A revolução tecnológica, a cibernética e a informática constituem

um avanço na era pós-industrial onde a tecno-ciência e o consumo

personalizado invadem nosso cotidiano; estamos sempre em busca do

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novo.

A cultura de massa tem trazido grandes contribuições à Educação,

desenvolvendo projetos pedagógicos que oportunizem a alunos e

professores e a todos que demonstram interesse, uma interação crítica

com os meios de comunicação e o processo de transmissão de

conhecimentos.

A idéia de educação está vinculada à idéia de público, a idéia de

direito e direito de todos constrói-se paralela à construção dos direitos

públicos; portanto dos direitos dos cidadãos. Direitos de igualdade, de

democracia que conduzem ao direito de viver com dignidade,

conquistando sua realização individual, através do desenvolvimento das

suas potencialidades de forma que o motivem para a sua participação

ativa na instauração do bem comum, em harmonia consigo mesmo, com

seus semelhantes e com a natureza.

O mundo globalizado que hoje vivemos apresenta múltiplos desafios

para todos e a educação além de necessária é indispensável à

humanidade para que possa construir a paz, a liberdade e a justiça social.

Conforme Relatório da Comissão Internacional UNESCO – A Educação

para o século XXI “entre outros caminhos e para além deles, como uma

via que conduz a um desenvolvimento mais harmonioso, mais autêntico,

de modo a fazer recuar a pobreza, a exclusão social, as incompreensões,

as opressões e as guerras”.

7. CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

A palavra cidadania tomou conta do nosso cotidiano. Ela está

presente no discurso de políticos, educadores, líderes comunitários,

organizações não governamentais, nos jornais, rádio e televisão.

Isso pode significar uma mudança de mentalidade que contribui para

a construção de uma sociedade brasileira mais justa e democrática, mas

também pode resultar na banalização da palavra, esvaziando seu

verdadeiro significado.

A idéia de cidadania é muito antiga, remonta à pólis grega, há cerca

36

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de 2.500 anos, e foi mudando ao longo da história. Não é de hoje que o

homem tenta criar mecanismos para viver em uma sociedade justa e

igualitária. Essa concepção está vinculada ao surgimento da vida na

cidade, à participação nas decisões sobre os rumos da vida social e ao

exercício de direitos e deveres.

Ser cidadão hoje é ter direitos e deveres e essa definição deve muito

à publicação da Carta de Direitos da ONU (1948). Nela afirma-se que todos

os homens são iguais perante a lei, independente de raça, credo e etnia.

Confere-se o direito à educação, um salário digno, à saúde, à habitação e

ao lazer. Assegura-se o direito de livre expressão, de militar em partidos

políticos, sindicatos, movimentos e organizações da sociedade civil.

Em função dos processos sociais que ora vivemos e que se

modificam constantemente, a construção da cidadania é elemento central

da formação do ser humano e deve ser buscada através da continuidade,

da aprendizagem permanente.

A globalização econômica promove o rompimento das fronteiras,

mudando a geografia política e provocando aceleradamente a

transferência de conhecimentos, tecnologias e informações. E através do

ensino, aprendizagem o aluno deve apropriar-se de saberes que serão de

vital importância para o seu futuro, tais como: busca do conhecimento,

desenvolvimento do pensamento crítico sistêmico, e divergente,

capacidade de abstração, de trabalho em equipe de aceitação de críticas,

de criatividade, de saber comunicar-se e arriscar-se.

Somente desta forma ele poderá compreender e acompanhar o

progresso científico e tecnológico, a transformação dos processos de

produção que neste século criam possibilidades de intervenção em áreas

inexploradas.

A educação básica visa a formação indispensável para o exercício da

cidadania, que realizar-se-á através do processo de ensino e

aprendizagem de conhecimentos, habilidades, valores, atitudes, formas de

pensar e atuar na sociedade compreendendo a realidade vivida,

defendendo e vivendo seus direitos, preservando e renovando o

patrimônio comum.

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37

Os educados devem refletir e estruturar sua prática, pedagógica

coerente com o projeto educativo da formação para a cidadania, sendo

que o currículo deve favorecer o crescimento da compreensão articulada e

crítica da prática social.

Considerando as aceleradas mudanças e rupturas que hoje

ocorrem, bem como a crescente presença da ciência e da tecnologia nas

atividades produtivas e nas relações sociais impõem novas concepções

curriculares que devem expressar essa contemporaneidade.

O exercício da cidadania pressupõe o comprometimento coletivo. Se

existe um problema na rua, no bairro ou na escola, não se pode esperar a

solução de braços cruzados, simplesmente porque existe o direito

garantido por lei. É preciso se organizar, reivindicar, buscar soluções e

pressionar os órgãos governamentais competentes, pois participar da vida

pública significa assumir o lugar de quem interfere e é co-responsável pelo

rumo da história de sua coletividade. O papel da escola portanto, é o de

assegurar que os alunos entrem em contato com essa realidade e que

sejam incitados a intervir nela, com atitudes criticas, mas de forma

construtiva.

Portanto, garantir a democracia e construir a cidadania é uma das

formas de evitar a reprodução de injustiças e privilégios lutando pela

construção da cidadania plena e pela extensão dos direitos a todos, sem

exceções.

8. CONCEPÇÃO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

O desenvolvimento científico e tecnológico, a emergência da

economia que se desenvolve em escala planetária, ignorando as fronteiras

geográficas, a mudança cultural como a transformação do papel da

mulher na sociedade e o surgimento de uma consciência ambientalista

caracterizam estes últimos anos do século XX, com grandes repercussões

tanto na prática social como na cultural.

O cidadão desse Milênio necessita de uma atitude crítica frente aos

processos produtivos, que se abrem em leques cada vez mais amplos,

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complexos e específicos, exigem dos trabalhadores capacidade de

pensamento abstrato, de interação, de seleção de informações, de

criatividade e de decisão frente as possibilidades que as inúmeras

informações nos proporcionam.

O cotidiano da vida na sociedade vem exigindo dos sujeitos a

capacidade de saber interagir e a capacidade de abstração de domínio e

aplicação de conhecimentos gerais básicos.

A ciência e a tecnologia se imbricam de tal forma no contexto social

e econômico que, se forem assinaladas e incorporadas adequadamente

levarão o cidadão à exclusão do mundo do trabalho e consequentemente

da vida social na qual está inserido.

O momento histórico atual necessita de indivíduos eficientes, que

dominem os novos códigos da modernidade e participem criativamente do

contínuo processo de produção, pois só assim poderemos construir uma

consciência democrática com qualidade de vida, e isso torna-se possível,

graças a Educação, que cada vez mais abre novos horizontes

possibilitando ao homem ser sujeito de sua própria história.

Vivemos uma circunstância histórica inédita, na qual as capacidades

para o desenvolvimento produtivo seriam idênticas para o papel do

cidadão e para o desenvolvimento social.

Enquanto guardiã da educação formal, a escola deve além de

divulgar o conhecimento acumulado pela humanidade, fazer com que o

aluno vivencie o caráter dialético do conhecimento que é mutável, pois

está sempre avançando, sendo assim superável e detonador de novos

conhecimentos.

Diante dessas inovações a escola deve preocupar-se com a

formação do aluno tendo como alvo principal a aquisição de

conhecimentos básicos visando o desenvolvimento de capacidade de

pesquisar, buscar informações, analisar, selecionar. Priorizando a

capacidade de prender, criar, formular ao invés do simples exercício de

memorização, preparando-o cientificamente para que possa utilizar-se das

diferentes tecnologias relativas às suas áreas de atuação, tornando-se

assim capaz de ingressar num mundo de trabalho hoje tão competitivo.

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De acordo com o que nossos professores pensam, devemos

trabalhar para formar cidadãos, conscientes de seus direitos e deveres,

que valorizem o ser humano e busquem a própria identidade e os meios

para a construção de um mundo melhor para todos.

É preciso contemplar os conteúdos escolares, porém sem deixar de

valorizar o lado humano e a carga sócio-histórica que cada um traz

consigo. Além disso, proporcionar um resgate dos valores humanos,

essenciais, porém esquecidos no mundo hodierno. Nosso aluno ideal terá

a capacidade de atuar na sociedade (em constante mutação) e ter boas

condições de ser bem sucedido, podendo contribuir para o

desenvolvimento dos demais, sendo solidário e participativo.

É de suma importância que os conteúdos trabalhados e ministrados

em sala de aula sejam aliados às necessidades de cada realidade, de cada

sala de aula e logicamente, de cada aluno. Isto é, explicar os porquês, não

se ater apenas a fatos, mostrar a influência de atos heróicos (por

exemplo) em seu cotidiano.

Somente dessa forma poderemos iniciar um processo de reflexão,

que é papel de cada um de nós, educadores comprometidos com um

projeto educativo verdadeiro, que proporcione aos alunos a fantástica

possibilidade de pensar e agir sobre o pensar.

9. CONCEPÇÃO DE INCLUSÃO

Uma das importantes descobertas deste século é a de que a

inteligência não é um Dom, mas um processo. Assim, cada um de nós

desenvolve a inteligência aprendendo, inclusive aqueles que possuem

limitações.

Sempre lutamos pela democratização do conhecimento. Mulheres,

negros e pobres foram sempre relegados. Uma das primeiras lutas

empreendida pelas mulheres foi buscar o direito de acesso à educação. O

processo de aprendizagem deve responder aos desafios das diferenças. Só

o ensino que leva em conta essas condições é que pode, de fato,

responder à realidade social e ser reabilitador do pleno exercício da

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dignidade humana. A sala de aula deve ser o espaço de encontro da

diversidade, do respeito às diferenças culturais, religiosas, políticas,

raciais e outras.

10. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

Entende-se Educação Especial como uma modalidade da Educação

Escolar definida em nossa proposta pedagógica, que assegura um

conjunto de recursos, apoios e serviços educacionais especiais,

organizados para apoiar, complementar, suplementar e em alguns casos,

substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a

educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos

educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em

todos os níveis, etapas e modalidades da educação.

11. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO NO CAMPO

É preciso superar a oposição entre campo e cidade é necessário

acabar com a visão predominante que o moderno e mais avançado é o

urbano. São dois espaços que coexistem, que possuem lógicas e tempo

próprios de produção cultural, ambos com seus valores e peculiaridades. E

políticas universalistas vão gerar desigualdade e exclusão social

distanciando os sujeitos do campo do exercício de sua cidadania.

A educação do campo que respeite a diversidade tem que

identificar-se com seus sujeitos. Educação essa, que, além de instruí-los

com o conhecimento acumulado, leve-os a reconhecer-se como sujeitos

capazes de construir sua identidade sócio-cultural e desenvolver-se

enquanto comunidade do campo, comunidade rural que faz parte da

comunidade maior que é o Brasil. E, portanto, um segmento da sociedade

brasileira não menos importante que qualquer outra, porque trabalham,

produzem e geram riquezas tanto quanto outras da área urbana. Portanto,

necessário se faz reconhecer a importância e que haja a articulação

campo-cidade, o local-global.

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12. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

Toda atividade humana é avaliável, portanto, avaliar um processo

educativo é imprescindível para que se torne um constante trabalho de

ação-reflexão-ação.

A nossa prática educacional deve estar centrada, de forma refletida

e consciente com a promoção da transformação social. Devemos avaliar

de modo a contribuir na construção de competências técnicas e sócio-

política-culturais, sem esquecermos de que a avaliação é um processo que

“não se dá nem se dará num vazio conceitual, mas sim dimensionada pôr

um modelo teórico de mundo e, consequentemente, de educação, que

possa ser traduzido em prática pedagógica” (LUCKESI).

Sendo a aprendizagem fruto de construção elaborada, efetiva e

consciente o “erro” deve ser visto como parte importante da

aprendizagem, pois é uma hipótese de elaboração do conhecimento,

portanto o “erro é construtivo”. Para se verificar os vários momentos de

desenvolvimento do aluno e assumir o caráter de sustentação da

qualidade como acompanhamento cotidiano da aprendizagem, a avaliação

deve ser contínua e investigativa. Um instrumento de análise permanente

do processo pedagógico, com conotação diagnóstica para apontar as

dificuldades demonstradas e possibilitar ao professor adequar ações e

fazer ajustes ao planejamento que promovam o acesso ao conhecimento.

A verificação do rendimento escolar, visto como um momento

privilegiado de estudo será efetuado de modo que o aluno sinta-se livre

para produzir e demonstrar o resultado do processo de construção do

conhecimento e não apenas como acúmulo de dados. Por isso, a ênfase

maior será na qualidade e não na quantidade de conhecimentos

assimilados.

Neste colégio a avaliação será efetuada na totalidade, em todos os

setores que compõem este estabelecimento de ensino, com todos os

indivíduos que de uma forma ou outra interferem no processo ensino-

aprendizagem.

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O compromisso de respeito nas relações envolvidas será observado

fortemente no momento de julgamento, uma vez que comportamento

ético mais do que nunca se faz necessário, pois estamos julgando ações.

A avaliação do aproveitamento escolar, da recuperação de estudos e

da promoção estão na seção X, do Artigo 98º ao 117º do Regimento

Escolar.

O Conselho de Classe realizar-se-á de acordo com o Regimento

Escolar na Seção IV, página 12.

13. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

De acordo com a LDBN, art. 26 “os currículos do ensino fundamental

e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementadas em

cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, pôr uma parte

diversificada exigida pelas características regionais e locais da sociedade,

da cultura, da economia e da clientela”.

A organização curricular do Colégio Padre Carlos é seriada anual no

Ensino Fundamental e seriada organizada por blocos de disciplinas

semestrais no Ensino Médio.

Ensino Fundamental:

A Base Nacional Comum: Arte, Ciências, Educação Física, Geografia,

História, Língua Portuguesa e Matemática.

Parte diversificada - Língua estrangeira moderna : Inglês.

Ensino Médio:

A Base Nacional Comum: Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física,

Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática, Química e Sociologia.

Parte diversificada - Língua estrangeira moderna : Inglês

(Matriz Curricular em anexos)

O currículo escolar deste Colégio é disciplinar e, além do respeito à

política educacional, às diretrizes, leis, orientações e indicações dos

conteúdos de ensino, leva em consideração a nossa realidade escolar

articulando as opções dos professores e as necessidades dos alunos.

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A escola é um espaço onde as diversidades se fazem presente em

grande escala, devemos, portanto, aproveitá-las para propiciar a

construção, a reflexão e o crescimento de todos que encontram-se

envolvidos no cotidiano escolar.

Na formação dos educandos, o conteúdo oculto deverá buscar a

consciência, disposições e sensibilidade que comandarão as relações e

comportamentos sociais e estruturarão a personalidade dos nossos

educandos. Para que se compreenda nossa sociedade e nossa cultura, não

se poderá omitir os problemas e contrastes sociais para se oportunizar a

reflexão de alternativas para a transformação da nossa sociedade.

Para capacitar o aluno, o currículo deve supor predomínio de

atividades práticas sustentadas pela visão teórica, buscando uma

aprendizagem ativa; variedade de opções levando o aluno a aprender a

escolher e a exercer sua autonomia com plena responsabilidade;

heterogeneidade de abordagens para aprender a conviver com as

diferenças quanto para alargar o horizonte de compreensão de mundo, de

vida, de realidade.

A interdisciplinaridade e a contextualização servirão para

reorganizar as experiências vivenciadas, adaptando-as às características

dos nossos alunos, tornando-se assim conteúdos significativos;

incorporados ao pensamento do estudante e transformando-se em

ferramentas para a aquisição de novos conhecimentos e resolução de

problemas concretos contribuindo para a transformação da sociedade.

Na construção do conhecimento escolar não buscar uma

metodologia genérica de ensino e sim maneiras de ensinar compatíveis

com a metodologia específica das diferentes áreas do currículo,

respeitando as características do processo humano de conhecimento e de

aprendizagem, pois pessoas diferentes respondem de modos diferentes

diante de situações reais de aprendizagem. Todo processo de

conhecimento, implica um movimento de relações recíprocas entre sujeito

conhecedor e o universo a ser conhecido, então a contextualização deve

estar sempre presente possibilitando aos alunos a aquisição de conceitos-

chaves para a compreensão do tempo histórico e do mundo vivenciados, e

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44

suporte para a progressão autônoma desse processo de conhecimento.

O entendimento da prática social só ocorrerá se utilizado riqueza de

situações, experiências e recursos que favoreçam o processo múltiplo e

complexo de conhecer, incorporar, relacionar e utilizar o conhecimento.

Sendo nosso Colégio destinado à educação básica tem como

preocupação central formar cidadãos, críticos, curiosos, criativos,

inquiridores da realidade social e capazes de propor soluções para os

problemas colocados pela transformação que a realidade humana coloca.

Através de conteúdos significativos, cabe à escola educar o caráter,

despertar abertura cultural, preservar a integridade pessoal, estimular a

solidariedade, a responsabilidade social, ajudar cada indivíduo a

desenvolver todo o seu potencial, tornando-se um ser completo, com

ideais afirmativos para a vida pessoal e para a busca constante da justiça,

igualdade, fraternidade e felicidade.

A complexidade da sociedade atual inviabiliza respostas fáceis e

simples, uma vez que modelos globais usados tradicionalmente pela

ciência não são mais capazes de dar conta da realidade. Nessa

perspectiva, os processos de produção e transmissão do conhecimento

devem ter como foco as bases sociais e políticas da educação

institucionalizada e não apenas, o processo de ensino-aprendizagem por

si, buscando assim a melhoria da qualidade de ensino,

Na qualidade de produto, o conhecimento parece ser estático, acabado, evolutivo e acumulativo, pois se resume a um conjunto de informações neutras, objetivas e impessoais sobre o real elaborado e sistematizado no trabalho de investigação da realidade. Na qualidade de processo, o conhecimento é dinâmico, está envolto por um contexto de controvérsias e divergências, traz subjacente uma série de compromissos, interesses e alternativas que contestam, sua condição de objetividade a neutralidade. (BACH, 1994, p.13).

Essas são as dimensões básicas do conhecimento, segundo o autor

acima; o conhecimento-produto e conhecimento-processo.

Relacionar esse processo com as bases sociais e políticas da

educação institucionalizada, considerando-se a indissociabilidade entre

produção e socialização do conhecimento, implica a necessidade de um

professor instrumentalizado para construir a ação escolar em sua

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45

totalidade.

Considerando-se que cada estabelecimento de ensino deva possuir

sua própria proposta pedagógica e que esta esteja fundamentada em

pressupostos teóricos coerentes e condizentes com a realidade

educacional é que relatamos a seguir uma síntese das principais assuntos

que permeiam o nosso processo educacional, e que não podem deixar de

ser contemplados no cotidiano da escola, e, que são de essencial

importância para a efetivação de um currículo que proporcione a ampla

aquisição de conteúdos escolares aliados aos saberes essenciais para o

exercício da cidadania.

A escola dever ter como ponto de partida as experiências do aluno

para inseri-las na dimensão universal constituída pelo conjunto básico

comum de conhecimentos. Deve interagir continuamente com as

condições de vida da população para adaptar-se às suas estratégias de

sobrevivência, visando impedir a exclusão e fracasso escolar através de

uma avaliação contínua eliminando cálculo de medidas aritméticas ou

ponderadas, e assim extinguir a seletividade de ensino que atinge grande

parcela da população, excluída da escola por práticas pedagógico-

curriculares que não levam em conta a diversidade de universo sócio-

culturais dos alunos.

A escola e principalmente a sala de aula que são o espaço de

encontro da diversidade devem despertar o respeito às diferenças

culturais, religiosas, políticas e raciais num processo amplo de inclusão

social restituindo a todos a condição maior que é “ser humano”. Para

tanto, os alunos serão levados a refletir sobre o contexto histórico que

estão vivenciando abordando os temas como violência, drogas,

sexualidade, enfim os temas que aparecem nos Temas Transversais, bem

como outros que se fizerem necessários ao longo da nossa caminhada.

Dessa forma a escola deverá combater todas as formas de

preconceito e discriminação propiciando a igualdade de oportunidade e

diversidade de tratamento, conduzindo o educando ao desenvolvimento

pleno de suas potencialidades oportunizando sua realização individual e

por conseqüente, a vida digna. Assim o aluno terá participação ativa na

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46

construção do bem comum, em harmonia consigo mesmo, com seus

semelhantes e com a natureza, priorizando o respeito ao bem comum com

protagonismo constituindo uma das finalidades mais importantes da

política da igualdade e se expressa por condutas de solidariedade,

respeito e senso de responsabilidade, pelo outro e pelo público.

14 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO

O letramento concebe atualmente a alfabetização como uma

concepção social da escrita, entrando em contraste com uma concepção

tradicional que apenas considerava a leitura e a produção textual como a

aprendizagem (KLEIMAN, 2007).

O uso da língua escrita é uma atividade coletiva e cooperativa,

porque envolve vários participantes, com diferentes saberes, que são

mobilizados segundo interesses, intenções e objetivos individuais e metas

comuns. A prática de uso da escrita dentro da escola envolve

prioritariamente a demonstração da capacidade individual de realizar

todos os aspectos de todas as atividades, seja: soletrar, ler em voz alta,

responder a perguntas oralmente ou por escrito, escrever uma redação ou

um ditado (KLEIMAN, 2007).

Na escola, onde predomina a concepção da leitura e da escrita como

competências, concebe-se a atividade de ler e escrever como um conjunto

de habilidades progressivamente desenvolvidas até se chegar a uma

competência leitora e escritora ideal: a do usuário proficiente da sua

língua materna na modalidade escrita. A concepção da escrita dos

indivíduos pressupõe uma aprendizagem em tempos e modos

diferenciados, levando em conta a heterogeneidade; e tendo como

objetivo norteador a autonomia e a cidadania individual.

15 CONCEPÇÃO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA E OS INSTRUMENTOS DE AÇÃO

COLEGIADA

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47

Gestão Democrática e Participativa é o envolvimento de toda a

comunidade escolar, com o objetivo de solucionar problemas, criar

colegiado, conselho escolar que tenha autoridade deliberativa quanto ao

poder decisório para tomar decisões, manutenção de padrões no

desempenho e na garantia de que a escola está atendendo

adequadamente às necessidades de nossos alunos e na melhoria do

processo pedagógico.

O gestor escolar deve promover a criação e a sustentação de um

ambiente propício à participação plena, no processo social escolar, dos

seus profissionais, de alunos e de seus pais, uma vez que se entende que

é por essa participação que os mesmos desenvolvem consciência social

crítica e sentido de cidadania.

Se houver uma gestão participativa, com certeza haverá satisfação

de funcionários, professores, pais, alunos e com isso a produtividade será

satisfatória.

Pois existe a chance de todos compartilhar com o poder de decisões

e com isso aumenta a satisfação e o comprometimento de todos.

Onde quer que haja um forte sentimento de se fazer parte de uma

comunidade observa-se melhoria mensurável nos resultados e

comportamento dos alunos.

Deve-se ter em conta que a motivação, o ânimo e a satisfação não

são responsabilidade exclusiva dos gestores. Os professores e os diretores

devem trabalhar juntos para melhorar a qualidade do ambiente, criando

as condições necessárias para o ensino e a aprendizagem mais eficazes,

identificando e modificando os aspectos do processo do trabalho, e a

qualidade do desempenho.

Dentro da gestão democrática e participativa, toda a comunidade

escolar (diretor, professor, funcionários) devem desenvolver um plano

para a escola, voltado para a identificação da sua missão central, dos

objetivos educacionais específicos, das atividades prioritárias, também

desenvolver programas para estudantes com baixo desempenho;

programas para alunos com risco dentro da população escolar e

estratégias para resolver a escassez de recursos e gerar a melhoria dos

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48

objetivos educacionais e sociais da escola.

As escolas bem dirigidas evidenciam o desempenho dos alunos e

pela percepção clara dos professores sobre seu trabalho, exibem uma

cultura de reforço mútuo das expectativas, confiança, interação entre os

funcionários e a participação na construção dos objetivos pedagógicos

curriculares e de prática em sala de aula.

O diretor dever ser um articulador um medidor que exige equilíbrio

profissional para lidar com tensões entre alunos, corpo docente,

comunidade e Estado.

A escola pública está para servir a comunidade, no cumprimento de

sua missão de educar para a democracia. Nessa medida, professores e

diretores devem possuir uma formação política e técnica que possibilite

aos discentes obter competência para a vida em sociedade.

Nós devemos aprender a viver dentro da democracia e também

viver um mundo de saber, conviver com as críticas, decisões e opiniões.

Saber enfrentar os problemas de acordo como aparece, o olhar do

administrador deve se manter também à parte física, pedagógica e

humana e financeira.

O trabalho de todos é que garante a democracia no interior da

escola, os gestores tem que trabalhar unidos, o grupo dever ter um

potencial positivo, pois todas as normas da escola fazem parte de uma

cultura.

Os administradores devem criar condições para que todos os seus

colaboradores tenham oportunidade de se auto-realizarem e assim

participar com entusiasmo e criatividade.

VIII. PROPOSIÇÃO DE AÇÕES

1 LINHAS DE AÇÃO DA ESCOLA

O Colégio Padre Carlos caminha com o intuito de construir uma

pedagogia de inclusão. Sendo assim, o processo de ensino e

aprendizagem deve responder aos desafios das diferenças, propiciando o

acesso aos conhecimentos que possam atender às necessidades surgidas

49

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com o progresso da ciência, da tecnologia e, também, com a sociedade de

direitos.

Na Escola e, principalmente, na sala de aula é que encontramos espaços

de grandes diversidades, as quais precisam ser respeitadas e, esse

respeito quanto a religiosidade, cultura, raça, política, entre outros, inicia-

se num amplo trabalho realizado pela escola, onde possa haver a inclusão

social restituindo a todos a condição maior que é o ser humano.

Para tanto, o Colégio Padre Carlos Zelesny conta com uma Equipe

Multidisciplinar responsável por planejar e organizar junto aos professores,

alunos e comunidade em geral estudos, trabalhos e apresentações sobre

questões relacionadas ao racismo, homofobia, discriminação e

preconceitos em geral. Também contemplamos os assuntos referentes a

drogas, sexualidade, violência, educação ambiental, educação fiscal, entre

outros que são obrigatórios por lei, nas Propostas Curriculares, onde cada

disciplina e todas articuladas trabalham os assuntos acima mencionados.

Afora o trabalho dos professores temos programações de Mostra Cultural e

Científica, teatros, palestras, que abordam esses temas como forma de

divulgação e conscientização de nossos alunos.

Por isso, a meta deverá ser o combate de todas as formas de

preconceito e discriminação, podendo assim, haver mais igualdade de

oportunidades, não descartando a individualidade que cada educando

traz. Havendo esse entendimento o aluno poderá se desenvolver de forma

plena suas potencialidades oportunizando uma maior realização individual

e social. Terá mais responsabilidade com seus afazeres e solidariedade

pelo próximo.

Outra meta que nosso Colégio buscará é a melhoria na qualidade de

ensino e consequentemente a elevação dos índices de avaliação externa

como Prova Brasil, IDEB, ENEM. Para buscar esse avanço contamos com a

participação e comprometimento de todos os envolvidos (professores,

funcionários, alunos, pais e comunidade) na gestão democrática. Com

relação à participação, a meta é que ocorram debates sobre questões

sociais e econômicas relevantes para o nosso país, estado, cidade e

bairro, com o objetivo de levantar problemas e soluções para a melhoria

50

50

das condições de vida da população. Viabilizar um intercâmbio entre a

comunidade local e a escola para conhecer quais são as condições que a

mesma oferece desde a empregabilidade até a participação real da

mesma.

A interdisciplinaridade será buscada como meio de assegurar aos

alunos a compreensão de fenômenos naturais e sociais, pois articulando,

de forma contextualizada, nas diferentes disciplinas temas afins, poderá

construir-se uma educação mais coerente e humanista. Também o

tratamento contextualizado dos conteúdos curriculares provocará

aprendizagens significativas, estabelecendo entre o aluno e o

conhecimento uma relação de reciprocidade retirando o educando da

passividade e estimulando-o a questionar, a aprofundar-se cada vez mais

numa busca incessante do conhecimento, desenvolvendo seu senso

crítico, fazendo-o capaz de criticar construtivamente, com argumento, sua

opinião.

O trabalho educativo para se consolidar de forma ampla e com

qualidade dependerá de bons projetos, de uma boa formação continuada

dos docentes, da troca permanente das experiências entre os mesmos,

enfim, de uma constante avaliação do processo a que se submete.

2 AVALIAÇÃO

De acordo com o regimento escolar do Colégio a avaliação do

aproveitamento “... deve ser entendida como um dos aspectos do ensino

pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e do

seu próprio trabalho com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o

processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus

resultados e atribuir-lhes valor”.

Os resultados da avaliação serão sintetizados em notas bimestrais,

expressas numa escala de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), fracionados até uma

casa decimal em seguida registrado em documento próprio a fim de

serem assegurados a regularidade e a autenticidade da vida escolar do

aluno, posteriormente os resultados da avaliação são comunicados aos

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51

pais ou responsáveis através de boletim de notas ou outro equivalente.

2.1 Recuperação Paralela

Para os alunos de baixo rendimento escolar, o Colégio proporciona

recuperação de estudos, de forma paralela ao longo do período letivo

conforme legislação. (Considera-se baixo rendimento escolar o fato do

aluno não atingir os objetivos propostos no processo ensino-aprendizagem

ao longo período letivo). Entende-se por recuperação de estudos de forma

paralela, aquela que ocorre no decorrer do processo ensino-aprendizagem,

devendo, estudo, avaliação e reavaliação caminhar juntos.

Entre a nota das avaliações e das recuperações prevalecerá sempre

a maior.

Será considerado aprovado o aluno que apresentar freqüência igual

ou superior a 75% (setenta e cinco porcento) do total das horas coletivas e

média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) resultante da média

aritmética do bimestre, nas respectivas disciplinas como segue:

MF = 1º B + 2º B + 3º B + 4º B = 6,0 4

Será considerado reprovado o aluno que apresentar freqüência

inferior a 75% (setenta e cinco porcento) sobre o total das horas letivas

e/ou média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero).

3 PROCEDIMENTOS DE INTERVENÇÃO DIDÁTICA

Quanto aos processos de classificação, reclassificação, adaptação e

regime de progressão parcial (este estabelecimento não oferta o regime

de progressão parcial) os procedimentos estão descritos no Regimento

Escolar.

4 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

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De acordo com a de Diretrizes e Bases Nacional - LDBN - 9394/96,

artigo 61, incisos I e II, que trata da formação continuada dos profissionais

da educação temos que:

A demanda atual do mundo do trabalho e a reforma educacional no

Brasil exigem profundos conhecimentos dos profissionais da educação.

Para tanto, faz-se necessário atualizar-se frente às novas exigências da

sociedade. Para isso, a formação permanente será um dos elementos do

presente projeto, com o objetivo de potencializar a reflexão interativa

sobre suas práticas e sobre a prática dos outros, estimulá-los à pesquisa

construindo novos conhecimentos, bem como incentivá-los ao exercício de

uma ação pedagógica condizente com as necessidades e exigências

educacionais que os nossos contextos específicos nos colocam, que o

nosso tempo e a história que construímos nos impõe diariamente sempre

abertos às novas metodologias e concepções educacionais.

Aprender a aprender e continuar aprendendo durante toda a vida

profissional é uma competência exigida para todos que estão inseridos no

mundo do trabalho. Nesse caso tanto para os profissionais da educação

quanto para os alunos.

Entendemos que a qualificação dos profissionais em educação

ocorre quando temos autonomia para a realização profissional, quando

temos condições de participar de cursos, quando buscamos leituras que

nos auxiliem, entre outros eventos que nos proporcionem outros

conhecimentos.

O encontro entre os professores em hora e lugar destinado, para

troca de idéias sobre a prática educativa, estudo sobre os diversos temas

pertinentes ao trabalho, organização e planejamento da rotina, do tempo

e atividades relacionadas ao projeto educacional. A instituição escolar

deve oferecer aos profissionais, condições para que todos os profissionais

participem de momentos de formação de naturezas diversas como

reuniões, palestras, cursos, atualização por meio de filmes, vídeos,

oficinas, grupos de estudo, entre outros que surgirem diante das

necessidades, podendo ocorrer durante a hora atividade ou não no caso

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de cursos, simpósios, ou outros eventos ofertados pelo Núcleo Regional de

Educação, Secretaria Estadual de Educação (SEED) e Universidades

conveniadas.

Pois, a prática pedagógica é o ponto de partida e o próprio objeto da

capacitação, e a escola deve ser o local de desenvolvimento da

consciência crítica da realidade também aos professores.

Nessa perspectiva, verificamos a necessidade de uma formação

continuada para todos os profissionais da educação. É imprescindível que

essa formação faça parte da rotina institucional, incluído na carga horária

de trabalho. Os temas a serem contemplados nascerão das necessidades

apresentadas, a partir da reflexão, da tematização ou problematização da

prática docente.

5 ARTICULAÇÃO COM A COMUNIDADE

Para promover uma maior integração entre a escola e a comunidade

buscaremos maior participação dos pais na educação dos filhos, onde

todos caminhem na mesma direção para atingir o mesmo objetivo que é o

aluno. Dessa forma, professores, corpo técnico administrativo e demais

funcionários organizarão atividades diversificadas para que os pais

compareçam e participem dando sugestões para a melhoria do ensino,

colaborar para a conservação dos recursos adquiridos pela escola e que

tomem conhecimento onde os recursos financeiros serão aplicados.

5.1 Comunidade Estudantil

Pensando em ações voltadas para que realmente se efetive a

formação integral do aluno, dentro dos aspectos políticos, sociais e

educacionais, propomos:

Estimular o grêmio estudantil a promover o seu engajamento junto ao

conselho escolar.

Viabilizar palestras, através de parcerias com SENAI, SENAC, SESI, UEPG,

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CEFET, Prefeitura Municipal, mostrando os diversos campos

profissionais, bem como orientando a formação dos envolvidos.

Incentivar a participação em competições esportivas, como futebol,

voleibol, basquetebol, xadrez, atletismo e outros esportes.

Apoio total a promoções estudantis que tragam o enriquecimento tanto

cultural como curricular.

Implantação de provas simuladas de vestibular, ENEM, PSS, para que o

estudante esteja preparado para os referidos Exames.

Organizar com os alunos uma frente ampla de estímulo àqueles que

pensam em desistir de estudar, onde todos procurarão alertar da

importância primordial do estudo para que possam viver

condignamente lutando por seus direitos amparados por lei.

Dar continuidade as atividades já tradicionais do Colégio como: festa

junina, eventos comemorativos, formatura, assim como criar gincanas

culturais além de outros eventos que venham enriquecer nossa

comunidade estudantil, respeitando-se o devido calendário escolar.

Solicitar junto às empresas, estágios para alunos do ensino médio.

Dar prosseguimento a execução das carteiras de estudantes, facilitando

assim o acesso às diversas atividades culturais existentes no município.

5.2 Professores, Técnico-Pedagógicos e Funcionários

Uma das metas prioritárias da proposta de trabalho é a união,

valorização e o fortalecimento da equipe de trabalho, através das

seguintes ações:

Incentivar e garantir a participação em cursos de seu interesse.

Promover a integração dos segmentos através de atividades culturais e

recreativas.

Incentivo e apoio à preparação de material didático que venham contribuir

para a melhoria do ensino.

Repasse de todas as informações e cursos ofertados pelos diversos

segmentos da sociedade, seja Prefeitura, Estado, através do Núcleo

Regional de Educação entre outros.

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Buscar estratégias e práticas pedagógicas para reduzir os conflitos entre a

educação de casa e a educação da escola, com o auxílio de

profissionais especializados e o serviço de orientação, para

acompanhamento dos casos.

Continuação dos trabalhos referentes à divulgação de informações de

interesse da comunidade escolar, sobre alunos matriculados, após o

início do ano letivo, transferências e remanejamento, faltas e outros

pertinentes.

Dar prosseguimento aos trabalhos de divulgação de interesses de

professores e funcionários sobre os diversos eventos, cursos oferecidos,

encontros, etc.

Dar continuidade aos trabalhos da Associação de Pais, Mestre e

Funcionários – APMF, apoiando-se nos atos que forem necessário ao

seu bom desempenho.

Acatar, estudar e respeitar todas as propostas oriundas da comunidade

escolar, a fim de promover uma perfeita integração do sistema.

Respeitar e valorizar o professor como ser imprescindível para a formação

da consciência da cidadania no mundo de hoje e projetada para o

futuro.

Dar continuidade aos projetos culturais como viagens, festa junina dos

professores, jantares de confraternização, entre outros que visem uma

melhor integração de todos os envolvidos nas atividades educacionais

de nossa escola.

5.3 Comunidade de Abrangência

Ação em conjunto com a comunidade de abrangência tem como

objetivo resgatar e valorizar este estabelecimento de ensino junto à

sociedade, com este intuito propomos:

Promover junto à comunidade palestras e debates sobre assuntos

relativos à educação.

Proceder levantamentos de dados junto a comunidade que possam definir

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ações e programas para a educação.

Apoiar e dinamizar atividades como: Associação de Pais e Mestres e

Funcionários, Comemorações cívicas, Festa Junina, Reuniões com os

pais ou responsáveis, Feira Cultural e de Ciências, Torneios Interséries,

Teatro, Festival de Música, Gincana Dia do Estudante.

5.4 Direção

Com a intenção de desenvolver na escola a sua missão educacional

e transformá-la em força viva de desenvolvimento cultural, na

comunidade, realizando um efetivo trabalho de liderança, de atuação

coletiva de professores, alunos, pais e comunidade, a direção deve:

Organizar equipe técnico-pedagógica para atender as necessidades de

gerenciamento pedagógico, em tempo integral.

Promover encontros periódicos entre Direção, Equipe Pedagógica,

Professores e Funcionários para articular os trabalhos, estabelecer

metas, buscando avaliar as atividades desenvolvidas, bem como, se

necessário, replanejá-las para o bom andamento do ensino.

Apoiar o processo de aprendizagem mediante aquisição de equipamentos

que auxiliem o professor.

Continuar atualizando a biblioteca e estimulando nos alunos o gosto pela

leitura.

Disponibilizar a abertura da biblioteca à comunidade escolar nos três

períodos.

Empreender esforços junto ao órgão estadual competente visando a

construção de um auditório bem como, a construção das paredes

laterais da quadra poliesportiva da escola.

Dar continuidade, com dedicação, aos projetos em andamento.

Respeitar o Projeto Político Pedagógico da escola, promovendo o seu

amplo conhecimento a todos os membros da comunidade escolar.

Acatar e colocar em desenvolvimento todas as medidas que visem o bom

desempenho da escola, oriundos do Governo Estadual, através da

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SEED.

Aceitar todas as sugestões e críticas que venham melhorar o sistema

educacional deste Colégio.

IX REGIME DE FUNCIONAMENTO

A escola oferece à comunidade em que está inserida o Ensino

Fundamental (séries finais - 6o. ao 9o. ano) de organização seriada/anual

e o Ensino Médio seriado, porém, dividido em dois blocos de seis meses

(bloco 1: Biologia, Educação Física, Filosofia, História, Ingles e Língua

Portuguesa – bloco 2: Arte, Física, Geografia, Matemática, Química e

Sociologia). Os cursos estão distribuídos em três turnos de funcionamento

conforme já especificado no item IV – Níveis e Modalidades de Ensino.

Calendário Escolar

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases Nacional - LDBN - art. 24,

inciso I: “A carga horária mínima anual será de oitocentas horas,

distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar,

excluído o tempo reservado aos exames, quando houver”.

X CONCLUSÃO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Nosso Projeto Político Pedagógico pretende, sobretudo,

redimensionar a Escola, adotando metodologias que permitam tornar

nossos alunos independentes, criativos, com iniciativa própria, curiosos e

desejosos em saber, aptos à pesquisa. Mas, que ao mesmo tempo,

acreditem que o conhecimento se faz principalmente através da interação

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e da cooperação entre as pessoas e que isso incide, em seu mais alto

grau, na conquista de uma sociedade mais fraterna e menos competitiva.

Entendemos que isso seja construir cidadania.

Esta orientação tem por finalidade o desenvolvimento e a formação

de bons hábitos de estudo. Compreende um conjunto de procedimentos

comuns adotados pelos professores. Visando o treinamento gradativo das

habilidades básicas do ato de estudar: organização, planejamento,

redação, leitura, atenção, concentração, memorização, compreensão e

reflexão.

Todo conhecimento começa pela pergunta, pela curiosidade, pela

eterna busca da razão de ser, e se constrói a partir do que já é conhecido.

Dessa forma, as idéias dos alunos, as suas concepções sobre o mundo são

encaradas como uma das etapas fundamentais do processo de ensino -

aprendizagem.

Ensinar a partir do conhecimento do aluno, provocar perguntas, criar

novos instrumentos de observação da realidade, isto é, ensinar e criar

possibilidades de intervenção na forma do aluno enxergar essa realidade.

Essas possibilidades se constroem sob dois pontos básicos:

características do aluno, sua etapa de desenvolvimento cognitivo, sua

realidade social, sua realidade cultural, suas crenças etc.; a natureza do

conhecimento científico, acumulado historicamente, aplicável em sua

realidade.

Os conteúdos das atividades realizadas compreendem a análise dos

fenômenos naturais, sociais e tecnológicos presentes no cotidiano do

aluno, cuja compreensão possa contribuir para formação de uma visão

global.

O professor se constitui como mediador entre a realidade do aluno e

a realidade proposta pelo conhecimento científico. Sendo assim, compete

ao professor provocar a pergunta, a reflexão; criar situações-problema que

envolva o aluno na elaboração de hipóteses, como ponto de partida para a

organização de investigações. Compete, também, ao professor sugerir

caminhos, reorientar percursos e propiciar as sínteses.

Além desses aspectos, vale destacar que a avaliação deste projeto

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político pedagógico se dará através de critérios que busquem ressaltar a

coerência e a utilização de recursos e procedimentos didáticos que

estejam em consonância com os objetivos propostos.

Os projetos e propostas deste documento sofrerão ajustes sempre

que os resultados das avaliações demonstrarem essa necessidade, já que

este é um projeto que visa a flexibilização das ações, e para que não se

torne apenas um amontoado de palavras sem sentido.

São ainda propostos, momentos de auto-avaliação, enquanto

instrumento de análise e crítica, visando à superação das dificuldades

encontradas.

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XI REFERÊNCIAS

ADRIÃO, Theresa; BARBOSA, Rubens de Camargo. Gestão democrática na Constituição Federal de 1988.

ARANHA, Maria Salete Fábio. Educação Inclusiva: transformação social ou retórica? Inclusão: Intenção e realidade/ Organização de Sadao Omote. Marília: Fundepe, 2004.

BACH, Ana M. Bahia ; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. de L. T. Psicologias – uma introdução ao estudo de psicologia. 6 ed. São Paulo: Saraiva, 1994.

BRASIL. Lei no. 8069/90. (Estatuto da Criança e do Adolescente).

BRASIL. Lei n. 9.394/96. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de 1996.

________. Lei nº 11.525/07. Inclui conteúdo sobre direitos das crianças e adolescentes no currículo do ensino fundamental. Brasília. 2007

________. Lei no. 11.645/08. Inclui no currículo oficial da rede de ensino a temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília. 2008

________. Lei no. 11.769/08. Torna obrigatório o ensino da música na educação básica. Brasília. 2008.

_______. Diretrizes Curriculares Nacionais – Ensino Fundamental 04/98 e Ensino Médio 15/98.

_______. Diretrizes Curriculares Nacionais - da Educação do Campo.

_______. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – Parecer 17/01- CNE e Resolução CNE no. 02/01.

DELORS, Jacques. Educação: Um Tesouro a Descobrir. Ed. Cortez. São Paulo. 1999

GÓMEZ, E. S. Outros tempos para outra escola. Pátio Revista Pedagógica. Ano VIII, nº 30. Porto Alegre: Editora ArtMed, maio/jul de 2004.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: Teoria e prática. 5ª. Ed. (revista e ampliada) Goiânia: Alternativa, 2004.

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Modernidade: presente e futuro da escola. In: GHIRALDELLI, Paulo Jr. Infância, Escola e modernidade, São Paulo: Cortez, 1996.

61

61

LIMA, Bernadete de F. M.; DREWINSKI, Jane M. de Abreu. Infância e adolescência no Brasil: uma prioridade absoluta? Disponível em < http://web03.unicentro.br/especializacao/Revista_Pos/P%C3%A1ginas/5%20Edi%C3%A7%C3%A3o/Humanas/PDF/5-Ed5_CH-Infan.pdf>

LÜCK, H.; FREITAS, K.S. de; GIRLING, R. e KEITH, S..A Escola Participativa: O Trabalho do Gestor Escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 1998.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. Ed. Cortez. 1996.

Lei 10.172/2001 – PNE (Plano Nacional de Educação).

Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental – PNEA/AGENDA 21.

KLEIMAN, Ângela. Letramento e suas implicações para o ensino de língua materna. Revista Signo. 2007. Disponível em : <http://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/viewFile/242/196>

PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais.

______. Deliberação 07/99-CEE/PR (avaliação).

______. Deliberação 14/99-CEE/PR (proposta pedagógica).

______. Deliberação 16/99-CEE/PR (regimento escolar).

_______. Deliberação no. 02/03 – CEE.

______. Plano Estadual de Educação.

Programa de Formação da Cidadania Plena (decreto 4588 de 05/04/2005).

Programa de Prevenção e Promoção da Vida – PREVIDA.

SILVA, Tadeu da Silva. Documentos de Identidade – uma introdução às teorias do currículo. São Paulo: Autêntica, 2004.

VEIGA, Ilma Passos A. Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção coletiva. in Projeto Político-Pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 1995.

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PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARENSINO FUNDAMENTAL

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE CARLOS ZELESNYENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Michel Laidane, s/nº – Bairro Sabará – Ponta Grossa/Pr – Fone 3227-4299E-mail: [email protected]

PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE - ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORES: Anselmo Rodrigues de Andrade Junior; Simone Alvares

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

Sabe-se que a concepção de Arte para o Ensino Fundamental tem

seu enfoque nas relações entre Arte e ideologia, Arte e seu conhecimento

e a Arte e seu trabalho criador, sendo que essas são também as três

concepções que mais se destacam nas teorias críticas da Arte.

Tendo como ponto de partida essa concepção de Arte, busca-se, através

dos conteúdos básicos sistematizados pela equipe do Departamento de

Educação Básica (DEB) juntamente com professores do Estado do Paraná,

propiciar ao aludo do Ensino Médio os conhecimentos considerados

imprescindíveis para a sua formação conceitual.

O conhecimento artístico tem como características centrais a criação

e o trabalho criador. A arte é criação, qualidade distintiva fundamental da

dimensão artística, pois criar “é fazer algo inédito, novo e singular, que

expressa o sujeito criador e simultaneamente, transcende-o, pois o objeto

criado é portador de conteúdo social e histórico e como objeto concreto é

uma nova realidade social” (PEIXOTO, 2003, p. 39).

Esta característica da arte ser criação é um elemento fundamental

para a educação, pois a escola é, a um só tempo, o espaço do

conhecimento historicamente produzido pelo homem e espaço de

construção de novos conhecimentos, no qual é imprescindível o processo

de criação. Assim, o desenvolvimento da capacidade criativa dos alunos,

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inerente à dimensão artística, tem uma direta relação com a produção do

conhecimento nas diversas disciplinas. Desta forma, a dimensão artística

pode contribuir significativamente para humanização dos sentidos, ou

seja, para a superação da condição de alienação e repressão à qual os

sentidos humanos foram submetidos. A Arte concentra, em sua

especificidade, conhecimentos de diversos campos, possibilitando um

diálogo entre as disciplinas escolares e ações que favoreçam uma unidade

no trabalho pedagógico. (DCN, p. 23).

A disciplina de Arte é dividida em quatro eixos distintos, sendo:

Artes Visuais, Teatro, Dança e Música. Os conteúdos no currículo básico

também são repartidos desta forma. O trabalho que será desenvolvido

terá como referência a área de Artes Visuais, que é a formação dos

professores organizadores desta proposta unindo-a aos outros eixos

sempre que houver possibilidade.

Tomando por base os conteúdos estruturantes, pretende-se

construir uma identidade para a disciplina junto ao Ensino Fundamental,

onde o aluno possa transitar através do mundo da Arte de forma livre e

desvinculada de padrões pré-determinados, levando em consideração a

complexidade de cada sujeito envolvido no processo, contribuindo dessa

forma para a formação de um sujeito crítico e capaz.

2 OBJETIVOS GERAIS

Reconhecer a arte como área de conhecimento autêntico e

autônomo, respeitando o contexto sócio-cultural em que está inserida.

Apreciar a arte nas suas diversas formas de manifestação,

considerando-a elemento fundamental da estrutura da sociedade.

Compreender a arte no processo histórico, como fundamento da

memória cultural, importante na formação do cidadão, agente integrante

e participativo nesses processos.

Proporcionar vivências significativas em arte, para que o aluno possa

realizar produções individuais e coletivas.

Conhecer e saber utilizar os diferentes procedimentos de arte,

desenvolvendo uma relação de autoconfiança com a produção artística

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pessoal, relacionando a própria produção com a de outros.

Respeitar as diversas manifestações artísticas em suas múltiplas

funções, identificando, relacionando e compreendendo a arte como fato

histórico contextualizado nas diversas culturas.

Conhecer, respeitar e poder observar as produções presentes no

entorno, assim como as demais do patrimônio cultural e do universo

natural, identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e

estéticos de diferentes grupos culturais. Conhecer a área de abrangência

profissional da arte, considerando as diferentes áreas de atuação e

características de trabalho inerentes a cada uma.

3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Nas discussões coletivas com os professores da rede estadual de ensino, definiu-se que os conteúdos estruturantes da disciplina são: • elementos formais; • composição; • movimentos e períodos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES POR SÉRIE/ANO

5ª SÉRIE - 6º ANO MUSICAElementos Formais: altura, duração, timbre, intensidade, densidade.

Composição: ritmo, melodia, escalas: diatônica, penta tônica, cromática, improvisação.

Movimentos e períodos: Grego Romana, Oriental, Ocidental.

ARTES VISUAISElementos Formais: ponto, linha, textura, forma, superfície, cor, volume e luz.

Composição: bidimensional, figurativa, geométrica, simetria. Técnicas: pintura, escultura, arquitetura. Gêneros: cenas da mitologia.

Movimentos e períodos: Arte grego romana, arte africana, arte oriental, arte pré histórica.

TEATROElementos formais: personagem: expressões corporais, vocais, gestuais

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e faciais.

Composição: enredo, roteiro. Espaço cênico, adereços. Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação.

Movimentos e períodos: Greco romana, teatro oriental, teatro medieval.

DANÇAElementos Formais: Movimento corporal, tempo e espaço.

Composição: kinesfera, eixo, ponto de apoio, movimentos articulares,Dimensões, gêneros, técnica: improvisação.

Movimentos e períodos: pré história, Greco romana, renascimento, dança clássica.

6ª SÉRIE - 7º ANO

MUSICAElementos Formais: altura, duração, timbre, intensidade, densidade.

Composição: ritmo, melodia, escalas. Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico.

Movimentos e períodos: Musica popular e étnica (ocidental e oriental).

ARTES VISUAISElementos Formais: ponto, linha, textura, forma, superfície, cor, volume e luz.

Composição: proporção, tridimensional, figura e fundo, abstrata, perspectiva, Técnicas: pintura, escultura, modelagem, gravura. Gêneros: paisagem, retrato, natureza morta.

Movimentos e períodos: Arte indígena, arte popular, Brasileira e Paranaense, Renascimento. Barroco.

TEATROElementos formais: personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais, ação e espaço.

Composição: representação, leitura dramática, cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas. Gêneros: Rua e arena. Caracterização.

Movimentos e períodos: Comédia Dell’arte, Teatro popular, Brasileiro e Paranaense, teatro africano.

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DANÇAElementos Formais: Movimento corporal, tempo e espaço.

Composição: ponto de apoio, rotação, coreografia, salto e queda, peso, fluxo. Lento, rápido, demorado. Niveis, formação, direção. Gênero: folclórica, popular e étnica.

Movimentos e períodos: dança popular, brasileira, paranaense, africana, indígena.

7ª SÉRIE - 8º ANO

MUSICAElementos Formais: altura, duração, timbre, intensidade, densidade.

Composição: ritmo, melodia, harmonia. Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista.

Movimentos e períodos: Indústria cultural, eletrônica, minimalista, Pap, Rock, Tecno.

ARTES VISUAISElementos Formais: ponto, linha, textura, forma, superfície, cor, volume e luz.

Composição: semelhanças, contrastes, ritmo visual, estilização, deformação. Técnicas: desenho, fotografia, áudio visual e mista.

Movimentos e períodos: Indústria cultural, Arte no séc. XX, Arte contemporânea.

TEATROElementos formais: personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais, ação e espaço.

Composição: representação no cinema e mídias. Texto dramático, maquiagem, sonoplastia, roteiro, técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica.

Movimentos e períodos: Indústria Cultural, realismo, expressionismo, cinema novo.

DANÇAElementos Formais: Movimento corporal, tempo e espaço.

Composição: Girom rolamento e saltos. Aceleração e desaceleração. Direções, improvisacão, coreografia, sonoplastia. Gênero: indústria cultural e espetáculo.

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Movimentos e períodos: Hip hop, Musicais, expressionismo, indústria cultural, dança moderna.

8ª SÉRIE - 9º ANOMUSICAElementos Formais: altura, duração, timbre, intensidade, densidade.

Composição: ritmo, melodia, escalas. Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico.

Movimentos e períodos: Musica popular e étnica (ocidental e oriental).

ARTES VISUAISElementos Formais: ponto, linha, textura, forma, superfície, cor, volume e luz.

Composição: bidimensional, tridimensional, figura e fundo, ritmo visual. Técnica: pintura, grafite, performance.

Movimentos e períodos: Realismo, Vanguardas, Muralismo e Arte Latino Americana, Hip hop.

TEATROElementos formais: personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais, ação e espaço.

Composição: Técnicas: monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro fórum. Dramaturgia, cenografia, sonoplastia, iluminação, figurino.

Movimentos e períodos: Teatro engajado, teatro do oprimido, teatro pobre, teatro do absurdo, vanguardas.

DANÇAElementos Formais: Movimento corporal, tempo e espaço.

Composição: kinesfera, ponto de apoio, peso, fluxo, quedas, saltos, giros, rolamentos, extensão. Coreografia e deslocamento. Gênero: performance e moderna.

Movimentos e períodos: vanguardas, dança moderna, dança contemporânea.

4. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para a formulação desta Proposta Curricular leva-se em conta os três

momentos da organização pedagógica apontados pela Secretaria do

Estado da Educação que são:

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69

- o sentir e perceber: demonstrados e explicitados aqui como a

sensibilização do olhar do aluno, no sentido do reconhecimento dos

elementos e composição da obra como um ato facilitador da apreciação e

apropriação da obra de arte.

- o trabalho artístico: prática criativa que será desenvolvida pelo aluno

com bases sólidas, sensibilidade e razão. Não mais o “fazer por fazer“,

mas o fazer com responsabilidade, expressividade e conhecimento.

- o conhecimento em arte: através da contextualização histórica das obras

e seus artistas, quando o aluno terá condições de através da reflexão e

apropriação dos conhecimentos formar seus conceitos artísticos.

4.1. Recursos

Os recursos didáticos a serem utilizados durante o ano letivo são aqueles

disponíveis na Escola, além de outros próprios do professor da disciplina.

São eles: TV multimídia, filmes, pranchas com imagens de obras de arte,

textos produzidos pelo professor, etc.

5 AVALIAÇÃO

A avaliação da disciplina de Arte no Ensino Fundamental será aquela

proposta pelas Diretrizes Curriculares: diagnóstica e processual.

Pretende-se avaliar o aluno através da observação de seu

crescimento pessoal, do seu processo de apreensão e de trabalho, de seu

processo de produção artística e seu aprendizado do conteúdo.

Quando se fala do crescimento pessoal do aluno, refere-se à sua

capacidade de socialização com o grupo, as expressões e argumentos que

utiliza em discussões, a sua capacidade de resolver seus problemas

criativos e sua capacidade de reflexão, de discussão e de posicionamento

perante o grupo.

A fim de respeitar as diferentes formas de expressão que um grupo

heterogêneo de alunos apresenta, haverá vários instrumentos de

avaliação, entre eles: observação e registro da participação de cada aluno;

aplicação de diversas atividades que envolvam a expressão oral, pictórica,

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70

gráfica, artística, corporal, de4 forma a obter informações que melhor

identifiquem o nível de aprendizagem dos alunos; exposição dos trabalhos

individuais e coletivos; seminários, avaliação participativa, auto avaliação,

avaliações formais.

6 REFERÊNCIAS

BARBOSA, Ana Mae, Arte Educação no Brasil. 5 ed. São Paulo: Perspectiva, 2005.

BIASOLI, C. L. A. A Formação do Professor de Arte. Campinas: Papirus, 1999.

DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual. Tradução Jefferson Luiz Camargo. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

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ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam. 3.ed. Porto Alegre : Mediação, 2006.

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OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. Rio de Janeiro. Campus, 1983.

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BARBOSA, Ana Mae. Inquietações e mudanças no ensino da arte. SãoPaulo: Cortez, 2002.

GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. São Paulo: M. Fontes, 1986.

MAGALDI, Sábato. Iniciação ao Teatro. São Paulo: Editora Ática, 2004.

COLÉGIO ESTADUAL PADRE CARLOS ZELESNYENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Michel Laidane, s/nº – Bairro Sabará – Ponta Grossa/Pr – Fone 3227-4299E-mail: [email protected]

PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORAS: Carmen Lucia da Silva Garcia; Stela Becher

1 APRESENTAÇÃO

Astronomia, biodiversidade, sistemas biológicos, energia e matéria.

O ensino pretende desenvolver uma postura reflexiva, investigativa e

colaborar para a construção da autonomia de pensamento e ação,

ampliando assim a participação social e o desenvolvimento mental,

capacitando o aluno para exercer seu papel de cidadão do mundo.

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Ciências sempre está integrada aos processos que constituem a

própria história da sociedade humana.

A ciência é uma construção humana coletiva da qual participam a

imaginação, a intuição e a emoção. A comunidade científica sofre a

influência do contexto social, histórico e econômico em que está inserida.

Portanto, não existem neutralidade e objetividade humanas.

Como toda construção humana, o conhecimento científico está em

permanente transformação: as afirmações científicas são provisórias e

nunca podem ser aceitas como completas e definitivas.

Talvez poucas áreas do conhecimento tenham sofrido tantas

mudanças e isso se reflete no ensino. Em 1950 o ensino de Ciências

Naturais começou a sofrer mudanças, voltada para o trabalho em direção

às práticas de laboratório e a aprendizagem dos procedimentos científicos.

Essa proposta levou a uma revisão do ensino, mas impediu o

desenvolvimento de qualquer criatividade ou de espírito critico nos alunos.

Na década de 70 passou-se, então, a investir na capacidade de

observação do aluno durante a experimentação, o que logo foi descartado,

pois a experiência pela experiência também não levava ao conhecimento.

No início da década de 80, as questões ambientais e de saúde

começaram a ser incorporadas aos currículos de Ciências e uma intenção

de envolver o aluno no seu ambiente físico e social, exigindo-se dele uma

maior capacidade de observação da relação entre causas e

conseqüências, passou a vigorar.

Os anos de 1990 identificam-se por uma grande e profunda crise

econômica e social, expressa no acirramento das desigualdades sociais.

Os conteúdos passaram a ser indispensáveis à compreensão da prática

social por revelarem a realidade concreta de forma crítica e

transformadora. A proposta veio com a integração dos conteúdos a partir

de três eixos norteadores: Noções de astronomia, transformação e

integração de matéria e energia e saúde com a melhoria da qualidade de

vida. Nesse sentido, esta proposta não explicitou as preocupações em

relação aos resultados das ações do homem sobre a natureza.

A proposta ficou limitada, uma vez que na sua implementação não

73

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apresentou subsídios teórico-metodológicos suficientes para o trabalho

com esses conteúdos de forma articulada.

A partir de 1996, mediante políticas públicas federais, o ensino de

ciências teve seu objeto de estudo redirecionado e o esvaziamento de

seus conteúdos clássicos, tendo em vista a publicação e ampla

distribuição dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino

Fundamental – Ciências Naturais (PCNs) e Temas transversais, hoje

denominados de Temas Sociais Contemporâneos. Nesse momento, o que

eram amplos campos de estudo das disciplinas de ciências, como a Saúde,

Sexualidade, Meio Ambiente, dentre outros, passaram a ser tratados por

outras disciplinas. A forma instrumental com que a tecnologia foi tratada,

deixou de analisar seus aspectos sociais, políticos e econômicos,

mudando de foco do processo de ensino e de aprendizagem.

A partir de 2003 começou a reformulação da política educacional do

Estado. Resgatando a função precípua da escola e o tratamento dos

conteúdos específicos e saberes. Além de instituir o currículo escolar como

eixo fundamental da escola, essa proposta busca suscitar no professor a

reflexão sobre a própria prática, fomentando a formação continuada de

forma a oportunizar a todos os professores a fundamentação teórico-

prático essencial ao desempenho das suas funções.

Perante essa fundamentação, só cabe a nós professores,

transferirmos a todo e qualquer indivíduo, e compartilharmos com ele, a

responsabilidade pelo meio onde vivemos a necessidade de contribuir

para o bem estar da sociedade por meio do conhecimento da ciência e da

tecnologia e por meio da tomada de decisões. Nossos jovens já são

cidadãos; pretendemos que se tornem mais conhecedores e mais

participativos da nossa sociedade.

E nesta caminhada e nos dias de hoje, no panorama internacional da

educação, é consenso que a prevenção é o enfoque prioritário,

principalmente se o alvo dos programas é a população mais jovem. O

objetivo maior da educação dirigida aos jovens, indivíduos em processo de

formação de personalidade, deve ser o de capacitá-los a adotar condutas

positivas, com estímulo crítico, para que possam assim vir a construir

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mentalidades novas, capazes de promover transformações nos objetivos

sociais. Um novo ideal de formação integral do indivíduo, sua estrutura

emocional e intelecto, deve considerar a preocupação com a

complexidade de sua existência, do ambiente cultural e das relações

interpessoais que condicionam sua vida, priorizando valores próprios de

cada sociedade, e apoiando-se nos recursos locais disponíveis e mais

adequados, como é o caso do complexo ambiente da comunidade escolar.

(RODRIGUES, 1995).

O Colégio Estadual Padre Carlos Zelesny, trabalha com conteúdos

permeados por valores e crenças dos professores em relação a diferentes

aspectos. Sendo, portanto, importante o reconhecimento da cultura local,

das necessidades e problemas identificados pela comunidade escolar,

assim como de ações a serem desenvolvidas. É necessária a capacitação

de professores das diversas áreas para trabalhar a educação como

prevenção primária em saúde. Para isto, os temas transversais abrem um

imenso caminho, pois a educação deve ser enfocada na sua totalidade e

não isoladamente com vem sendo feita. Os trabalhos interdisciplinares,

multidisciplinares e a transversalidade propõem uma educação não

fragmentada, que seja aprofundada nas diversas áreas, de modo que se

forme uma rede de construção do conhecimento. Os temas transversais,

com ricas possibilidades temáticas, priorizam o que é relevante,

emergente e urgente se discutir com os jovens; como por exemplo, a

sexualidade humana, prevenção ao uso indevido de drogas, o

enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente, os direitos da

criança e dos adolescentes, (Lei Federal 11.525/07) e o meio ambiente.

Visto a grande importância desses temas, é preciso considerar que a

educação é um elemento indispensável para prevenção primária em

função de uma melhor qualidade de vida. Para Roger (apud MOREIRA,

1999), a aprendizagem significante é obtida através de atos: um dos

meios mais eficazes de promover essa aprendizagem é colocar o aluno em

contato experimental direto com problemas práticos da vida real.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96 regulamenta a

inclusão de Programas de Saúde nos currículos visando à prevenção de

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doenças advindas de drogas, violência e a parte psicossocial e física dos

jovens. Questões ligadas ao desenvolvimento, ao meio ambiente e a

saúde estão estreitamente interligadas – doenças impedem o

desenvolvimento social e econômico, dando início a um ciclo vicioso que

contribui para o uso não sustentável dos recursos e para degradação

ambiental. Uma população saudável e meio ambiente seguro são

precondições importantes para que aja desenvolvimento sustentável.

Fome, desnutrição, higiene, desinformação, doenças transmitidas pela

água, consumo indevido de drogas e alcoolismo, violência e ferimentos,

gravidez não planejada, AIDS e outras infecções transmissíveis são apenas

alguns dos problemas que tem enormes implicações para a saúde.

O Colégio Estadual Padre Carlos Zelesny, deve agir não apenas

como centro de aprendizado acadêmico, mas também como local propício

de apoio para o fornecimento de educação essencial em saúde e serviço,

em colaboração com os pais e a comunidade.

2 OBJETIVOS GERAIS

Identificar o conhecimento científico como resultado do trabalho de

gerações de homens e de mulheres em busca do conhecimento para a

compreensão do mundo, valorizando-o como instrumento para o exercício

da cidadania competente;

Desenvolver hábitos de saúde e cuidado corporal, concebendo a

saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e coletivos que

devem ser conservados, preservados e potencializados;

Compreender a tecnologia como recurso para resolver as

necessidades humanas, diferenciando os usos corretos e úteis daqueles

prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao ser humano;

Usar o conhecimento científico na discussão e interpretação de fatos

do cotidiano;

Possibilitar aos alunos a compreensão aproximada do dinamismo

dos elementos naturais, traduzidos conceitualmente nas relações de

transformação da matéria e energia;

Formular perguntas e suposições sobre os fenômenos naturais,

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desenvolvendo estratégias progressivamente mais sistemáticas de busca

e tratamento das informações;

Motivar no aluno a preservação do meio ambiente, como

demonstração do respeito aos seres vivos e à natureza;

Usar o conhecimento científico na discussão e interpretação de fatos

e suas relações com o ambiente, bem como, sua fisiologia e anatomia;

Estudar as características biológicas dos diversos povos, assim como

as teorias antropológicas e racistas;

Analisar e refletir as condições de higiene proporcional à população

em relação ao corpo e ao ambiente em que vive;

Familiarizar os alunos quanto as mudanças comportamentais e a sua

sexualidade;

Levar o aluno a ser capaz de buscar conhecimentos e soluções para os

diferentes momentos de sua vida;

Criar situações para que os alunos reflitam sobre seus valores éticos,

sociais e culturais, e confrontem com seu modo de pensar e agir com o de

outras pessoas, em relação aos mais variados acontecimentos, podendo

envolver o dia a dia escolar, o próprio Colégio, a família ou a região onde

moram.

3 CONTEÚDOS POR SÉRIE

5ª Série/ 6ºAno

ASTRONOMIA

UNIVERSO -Galáxias, buracos negros, satélites, ano luz, via- Láctea, lua, geocentrismo e heliocentrismo

SISTEMA SOLAR - Localização do sistema solar em nossa galáxia MOVIMENTOS TERRESTRES E CELESTES - Eclipse do sol, eclipse da lua,

fases da lua, constelaçõesASTROS - Estrelas, planetas, satélites naturais e artificiais, meteoros,

meteoritos, cometasGRAVITAÇÃO UNIVERSAL - Mares

BIODIVERSIDADE

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ECOSSISTEMA – Os seres vivos e o ambiente INTERAÇÃO ECOLÓGICA - Extinção das espécies, relações intra e

interespecíficas, habitat e nicho ecológico, ciclos biogeoquímicos, desequilíbrios ambientais, poluição ambiental e lixo (problemas e soluções)

SISTEMAS BIOLÓGICOS

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO - Célula uni e pluricelular, autótrofos e heterótrofos

ENERGIA

TRANSMISSÃO DE ENERGIA - Fotossíntese e respiração, mudanças de estados físicos, temperatura e pressão

FORMAS DE ENERGIA - Energia luminosa, energia eólica

MATÉRIA

CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA - Água, solo, ar PROPRIEDADES DA MATÉRIA - Água e vida, composição da água, água

potável e poluição para o consumo, poluição da água, pressão, densidade, volume, tratamento da água e do esgoto, princípio de Pascal, vasos comunicantes, forma e estrutura da terra, movimentos da crosta terrestre, rocha e solo, tipos de rochas, minérios e jazidas, origem do solo, composição do solo, importância do solo, tipos de solo, utilização e preparação do solo, solo e erosão, combate à erosão do solo,lixo, atmosfera, composição do ar, propriedades do ar, previsão do tempo e poluição ambiental.

6ª Série/ 7º Ano

MATÉRIA

CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA - Célula uni e pluricelular

SISTEMAS BIOLÓGICOS

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO - Níveis de organização, autótrofos e heterótrofos, classificação dos seres vivos, vírus, monera, protista, fungi, plantae, animália.

ASTRONOMIA

UNIVERSO - Origem da vida, evolução do universo, evolução dos seres vivos, teorias evolutivas.

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BIODIVERSIDADE

INTERAÇÃO ECOLÓGICA -Extinção de espécies, relações intra e interespecíficas, habitat e nicho ecológico.

ECOSSISTEMA - Diversidade das espécies ORGANIZAÇÃO E SISTEMÁTICA DOS SERES VIVOS - Relação entre os

sistemas vegetais a partir do entendimento dos mecanismos celulares, relação entre os sistemas animais a partir do entendimento dos mecanismos celulares.

7ª SÉRIES/ 8º Ano

SISTEMAS BIOLÓGICOS

MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS - Características gerais dos seres vivos; estruturas e funcionamento dos tecidos; tipos de tecidos, sistema genital feminino e masculino, métodos contraceptivos e infecções sexualmente transmissíveis, sistema digestório e doenças, sistema respiratório e doenças, sistema cardiovascular e doenças, sistema linfático, sistema urinário e doenças, sistema esquelético e doenças,sistema muscular e lesões nos ossos e músculos, sistema sensorial e doenças, sistema nervoso e sistema endócrino.

CÉLULA - Teoria celular, tipos de células, mecanismos celulares, estrutura celular, respiração celular, fotossíntese e reserva energética

MECANISMOS DE HERANÇA GENÉTICA - Genética, divisão celular, engenharia genética.

ASTRONOMIA

ORIGEM E EVOLUÇÃO DO UNIVERSO - Teorias do universo.

BIODIVERSIDADE

EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS - O ser humano e estrutura.

MATÉRIA

CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA - Elementos da matéria que compõem cada sistema, estrutura química da célula.

ENERGIA

FORMAS DE ENERGIA - Ondas sonoras, ondas de luz, energia mecânica.

8ª Série/ 9º Ano

MATÉRIA

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CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA - Conceito da matéria, átomos, modelos

atômicos, tabela periódica e elementos químicos, íons, substâncias e misturas, ligações químicas, funções químicas.

PROPRIEDADES DA MATÉRIA - Massa, volume, propriedades gerais e específicas da matéria, estados físicos da matéria.

BIODIVERSIDADE

INTERAÇÕES ECOLÓGICAS - Ciclos biogeoquímicos

ENERGIA

CONVERSÃO DE ENERGIA - Movimento, trabalho, energia mecânica, potencial e cinética.

FORMAS DE ENERGIA - Energia térmica, luminosa, nuclear, elétrica, magnetismo e ondas e som.

ASTRONOMIA

GRAVITAÇÃO UNIVERSAL - Gravitação universal do universo, Lei de Newton, Lei de Kepler.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS - Efeitos do calor no ser humano, lente humana, efeitos do som para os seres humanos, fonte sonora no ambiente e olho humano e defeitos da visão.

4 METODOLOGIA

O aprendizado é proposto de forma a propiciar aos alunos o

desenvolvimento de uma compreensão do mundo que lhes dê condições

de colher e processar informações, desenvolver sua concentração, avaliar

situações, tomar decisões e ter atuação positiva e crítica no meio social.

Nesse sentido é responsabilidade da escola e do professor promover o

questionamento, o debate, a investigação visando o entendimento da

ciência como construção histórica e como saber prático, superando as

limitações do ensino passivo, fundado na memorização das definições e de

classificações sem qualquer sentido para o aluno.

Para alcançar os objetivos propostos serão utilizados os seguintes

recursos didáticos: estudo dirigido; seminários; pesquisas em livros

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didáticos, revistas e jornais; aulas expositivas; trabalhos individuais e em

grupo; visitas (ex: centro astronômico UEPG); vídeos e dinâmicas em

grupo.

5 AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem é importante na medida em que nos

oferece um retorno sobre o desenvolvimento do estudante ao longo do

processo de escolarização. Ela pode ser feita em vários momentos e não

apenas ao final do processo. Realizada sistematicamente, a avaliação

pode fornecer informações sobre o processo de ensino-aprendizagem

enquanto ele se desenvolve. O processo avaliativo precisa contar com

instrumentos diversificados de forma que constate diferentes habilidades

dos estudantes para: identificar, descrever, relacionar, inferir, extrapolar,

justificar e argumentar. Assim, o professor terá elementos para identificar

os diferentes níveis de entendimento de seus alunos acerca de

determinado conteúdo e planejar ações que permitam os estudantes

avançarem nesses níveis. A avaliação será constituída por instrumentos

informais, por questões escritas, dissertativas ou de múltipla escolha,

leitura e análise de textos, o importante é que esteja embasada no

trabalho desenvolvido em sala de aula e que seu nível de complexidade

seja adequado ao nível de entendimento que é esperado dos estudantes

nas diferentes etapas de escolarização.

6 REFERÊNCIAS

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NARDI, R. (org). Questões atuais no ensino de ciências. São Paulo: Escrituras, 1998.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Básica / Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Ciências. Curitiba: SEED, 2008.

PURVES, W. K.; SADAVA, D.; ORIANS, G. H. HELLER, H.C. Vida - A ciência da biologia. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORES: Elisangela Cristine da Silva; Sandra Santana Pazinato

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Educação Física tem a proposta de humanizar e

diversificar a prática pedagógica, buscando ampliar para o trabalho que

incorpora as dimensões afetivas, cognitivas e sócio-culturais dos alunos.

A história do ser humano é uma história de cultura na medida em

que tudo o que faz é parte de um contexto que produz e reproduz

conhecimentos.

“O papel da Educação Física será o de transcender aquilo que se

apresenta como senso comum, desmistificando formas já arraigadas e

equivocadas sobre o entendimento das diversas práticas e manifestações

corporais. Priorizando a construção do conhecimento sistematizado como

oportunidade impar, de reelaboração de idéias e praticas que, por meio de

ações pedagógicas, intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama

de conhecimentos produzidos pela humanidade e suas implicações para a

vida. Como exemplo destes conhecimentos, pode-se apresentar a

discussão sobre a diversidade cultural em termos corporais, com o intuito

de que os alunos possam respeitar as diferenças identificadas, bem como

se posicionarem frente a elas de modo autônomo, realizando opções,

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pautadas nos conhecimentos relevantes apresentados pelo professor”.

(Diretrizes Curriculares, 2006).

A Educação Física escolar deve dar oportunidades a todos os alunos

através dos jogos, danças, ginástica, lutas e esportes para que

desenvolvam suas potencialidades de forma democrática e não seletiva,

visando seu aprimoramento como seres humanos para o trabalho e o

mundo.

2 OBJETIVOS GERAIS

Empregar atividades recreativas, visando às brincadeiras como

expressões privilegiadas na infância, momentos organizados nos

quais o mundo de tal qual as crianças o compreendem, é

relembrado, contestado, dramatizado, experienciado;

Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas

e construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando

características físicas e de desempenho de si próprio e dos outros,

sem discriminar por características pessoais, físicas, sociais e

sexuais;

Realizar atividades que melhorem as suas qualidades físicas:

velocidade, resistência, flexibilidade, força, agilidade, coordenação e

equilíbrio;

Despertar o gosto pela dança;

Reconhecer-se como elemento integrante do ambiente, adotando

hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais,

relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde e de melhoria

da saúde coletiva;

Adotar atitudes de respeito mutuo, dignidade e solidariedade na prática

dos jogos e dos esportes, buscando encaminhar os conflitos de

forma não violenta, pelo dialogo e prescindindo da figura do arbitro.

Saber diferenciar os contextos amadores, recreativos, escolares e o

profissional, reconhecendo e evitando o caráter excessivamente

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competitivo em quaisquer desses contextos.

3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Nas diretrizes curriculares os conteúdos estruturantes são definidos

com grande amplitude que identificam e organizam a disciplina na escola.

Nestas diretrizes os conteúdos serão abordados partindo do fácil ao

mais complexo, observando os níveis de ensino e as características dos

alunos.

Conteúdos:

Prevenção da saúde e uso indevido de drogas

Direitos e deveres da criança

Violência contra a criança

Esportes:

Histórico

Regras e táticas

Competições Esportivas

Práticas esportivas com e sem material.

Ginásticas:

Histórico

Diferentes títulos de Ginástica

Práticas de Ginástica.

Danças:

A dança como manifestação cultural

Diferentes tipos de dança

Danças tradicionais e folclóricas

Expressão corporal com e sem material.

Jogos:

Jogos e brincadeiras com e sem material

Diferença entre jogo e esporte

Jogos e brincadeira ao ar livre e em sala de aula.

Lutas:

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Histórico

Diferentes tipos de lutas

Praticas de alguns movimentos de luta.

4 METODOLOGIA

A metodologia usada pelo professor no processo de ensino e

aprendizagem deve garantir a busca do desenvolvimento da autonomia, a

cooperação, a participação social e a afirmação de valores e princípios

democráticos.

Os conteúdos escolares deverão ser abordados em procedimentos

de organização, sistematização de informações, aperfeiçoamento, entre

outros e abranger interesses que venham de encontro às necessidades e

expectativas da realidade escolar. Incluir o aluno no processo de ensino e

aprendizagem, considerando sua realidade social e pessoal, percepção de

si e do outro, suas duvidas e necessidades de compreensão dessa mesma

realidade. A partir de inclusão, constitui-se um ambiente de aprendizagem

significativa, que faça sentido para o aluno, no qual ele tenha a

possibilidade de trocar informações, estabelecer questões e construir

hipóteses na tentativa de respondê-las.

Trabalhar as práticas corporais no sentido que constituem um

espaço de desenvolvimento e formação de personalidade, na medida em

que permitem ao aluno experimentar e expressar diversas formas de ser e

estar no mundo, contribuindo para a construção de seu estilo pessoal de

jogar, lutar, dançar e brincar.

Recursos a serem utilizados pela transmissão de conteúdos são:

palestras, sessões de vídeos, produção e exposição de trabalhos, aulas

práticas e aulas expositivas.

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5 AVALIAÇÃO

A avaliação será de forma constante, durante todo o processo ensino

e aprendizagem, em função dos objetivos propostos, num processo

contínuo, claro e sistemático. O aluno não será avaliado por padrões

técnicos, mas sim através do conhecimento de seus limites e

possibilidades. Será observado também o grau de independência para

cuidar de si mesmo, ou para organizar atividades, alem da forma como

respeita os seus colegas e o respeito por si próprio.

Caso o aluno sinta dificuldade na realização das atividades, serão

analisadas e reformuladas atividades que este consiga realizar e alcançar

os objetivos desejados, possibilitando assim que o aluno reflita e se

posicione criticamente com o intuito de construir uma suposta relação

com o mundo.

6 REFERÊNCIAS

________. Lei nº 11.525/07. Inclui conteúdo sobre direitos das crianças e adolescentes no currículo do ensino fundamental. Brasília. 2007

GONÇALVES, Maria Cristina, PINTO, Roberto Costacurta Alves, TEUBER, Silvia Pessoa. Aprendendo a Educação Física. Ed. Bolsa Nacional do Livro Ltda. 1996.

BOLSARI, Jose Roberto. Educação Física da pré-escola à universidade. EPU, 1980.

NOGUEIRA, Cláudio J. G. Educação Fisica na sala de aula. Sprint, 1995

MEDINA, Joao Paulo S. A Educação Fisica Cuida do Corpo ...e (Mente). Papirus Editora, São Paulo, 1985.

PARANÁ, Governo do Estado do. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental. Secretaria de Educação do Estado. Curitiba, 2006.

TAFFAREL, Celi Nelza Zulke, Criatividade nas aulas de Educação Física. Ed. Ao Livro Técnico, 1985.

COLÉGIO ESTADUAL PADRE CARLOS ZELESNY

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIORua Michel Laidane, s/nº – Bairro Sabará – Ponta Grossa/Pr – Fone 3227-4299E-mail: [email protected]

PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORES: Moisés Ferreira de Lima, Sérgio de Oliveira,

Solange Beltrame

1 APRESENTAÇÃO

Além das habilidades e competências gerais, a Geografia tem outras

que são específicas do seu ramo de conhecimento. Daí a extrema

importância dos conteúdos escolhidos para desenvolver essas

competências e habilidades para desenvolver essas competências e

habilidades e da maneira como serão trabalhados em sala de aula que

devem ser mostrados como fatos muito próximos da realidade do aluno,

porque na verdade o são. A sucessão dos dias e das noites, as mudanças

de tempo, os problemas da cidade onde vivemos são apenas alguns dos

muitos exemplos que podemos citar da interferência dos fenômenos

geográficos no cotidiano das pessoas.

Jornais, revistas, vídeos, filmes são auxiliares preciosos no

desenvolvimento de atividades didáticas. Discussões sobre temas atuais e

sobre problemas específicos da comunidade são outras atividades que

produzem excelentes resultados: despertam a solidariedade, cultivam a

ética e o respeito, que, uma vez assimilados na sala de aula, serão

transferidos para a vida em sociedade.

2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

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Tendo a Geografia um papel fundamental na formação do cidadão

crítico, questionador, reflexivo e democrático, vemos como objetivo geral

da disciplina:

Proporcionar ao aluno a compreensão do mundo em que vive; das

relações entre natureza/homem/trabalho, tornando-o crítico e parte

integrante/participante como agente de transformação;

Permitir o entendimento do espaço geográfico enquanto totalidade-

mundo, uma vez que no atual período de globalização as escalas não se

apresentam dispostas linear e independente;

Contribuir para a formação integral do aluno, para o exercício da

cidadania, conduzindo--o a reflexão, a leitura de mundo e suas

transformações sociais, políticas e econômicas;

Contribuir para o direcionamento do aluno enquanto cidadão,

analisando a sua realidade, incitando o senso crítico, a criatividade e o

raciocínio, direcionado para que o aluno tenha capacidade de ação no

meio em que vive;

Contribuir para o reconhecimento do espaço vivenciado pelo aluno;

Contribuir para que o aluno se oriente e se localize no tempo e no

espaço;

Contribuir para o entendimento das inter-relações entre

homem/natureza e homem/sociedade;

Contribuir para a leitura de mundo através do entendimento do

espaço geográfico, que serve para o exercício da cidadania, auxiliando o

aluno a conhecer a realidade para poder interferir nela;

Proporcionar ao aluno a apropriação do conhecimento científico a

serviço da transformação e da justiça social.

3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico;Dimensão política do espaço geográfica;

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Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico;Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

CONTEÚDOS POR SÉRIE

5ª SÉRIE/6º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do

espaço geográfico;As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista; A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os

indicadores estatísticos;A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da

diversidade cultural;As diversas regionalizações do espaço geográfico.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Contribuição dos Afro-descendentes na formação de nossa sociedade;O espaço geográfico e o resultado das interações entre ele;Semelhanças e diferenças nos modos que diferentes grupos sociais se

apropriam da natureza e a transformam, e suas determinações nas relações de trabalho;

Elementos da linguagem utilizados na cartografia; Emprego de escalas;Convenções cartográficas;Diversos tipos de mapas;Origem do Sistema Solar;Movimentos do planeta Terra;Origem e as formas da Terra;Importância das rochas e minerais;Formas das paisagens;Diferentes manifestações da natureza;Relações entre clima, vegetação relevo e a diferença entre tempo e

clima;A importância dos oceanos e mares;Processo da degradação ambiental (marinha e dos ecossistemas);

6 ª SÉRIE/7º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território

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brasileiro;A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias

de exploração e produção;As diversas regionalizações do espaço brasileiro;As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e

indicadores estatísticos;Movimentos migratórios e suas motivações;O espaço rural e a modernização da agricultura;Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço;A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização;A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do

espaço;A circulação de mão- de- obra, das mercadorias e das informações.

7ª SÉRIE/8º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

As diversas regionalizações do espaço geográfico; A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios

do continente americano;A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do

Estado;O comércio em suas implicações socioespaciais;A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das

informações;A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do

espaço geográfico; As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;O espaço rural e a modernização da agricultura;A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os

indicadores estatísticos;Os movimentos migratórios e suas motivações;As manifestações sociespaciais da diversidade cultural;Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

As relações econômicas e de poder estabelecidas desde o fim da Segunda Guerra Mundial;

As principais características do Sistema Capitalista e Socialista;As características dos três mundos;Diferenças entre Norte e Sul;Principais aspectos da Guerra Fria;Atual organização do espaço mundial;Unidades de relevo, fatores climáticos e clima de cada região;

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Diferenças entre a vegetação original e a vegetação atual;Diferentes povos que viveram ou vivem nas Américas suas tradições e

culturas;Aspectos da distribuição desigual das indústrias, e o desenvolvimento

ou não dos países das Américas;Relação dos indicadores sociais com a vida da população dos países;A colonização dos Estados Unidos, suas indústrias, sua economia e sua

influência nas Américas e no Mundo;Estrutura da população americana e sua distribuição no território;A formação do território do Canadá, sua organização espacial, o uso de

seus recursos minerais, sua industrialização e a diversidade cultural existente;

A organização do espaço mexicano, desde sua independência até o México atual, com suas privatizações;

Pontos positivos e/ou negativos do NAFTA e também da ALCA. Entender a distribuição da população;

O processo de ocupação e povoamento de cada país;Os indicadores sociais dos países e os reflexos para a população;Principais disputas entre os países;Os organismos de integração latino-americana.

8ª SÉRIE/9º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

As diversas regionalizações do espaço geográfico.A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do

Estado. A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no

espaço da produção.O comércio mundial e as implicações socioespaciais.A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos

territórios.A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os

indicadores estatísticos.As manifestações sociespaciais da diversidade cultural.Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem

e a (re)organização do espaço geográfico.A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias

de exploração e produção.O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual

configuração territorial.

4 METODOLOGIA

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Os conteúdos propostos serão trabalhados de forma que o aluno

possa construir seu conhecimento geográfico durante cada série,

chegando ao final do ensino fundamental com uma visão ampla sobre os

assuntos tratados.

Para que o educando possa perceber a importância dos conteúdos

propostos, serão desenvolvidas atividades de ensino como pesquisas ou

trabalhos, debates ou explanações, ou de outra forma que possa vir a ser

pertinente para fazer com que o aluno reflita e não apenas decore,

favorecendo o aluno na elaboração do saber, priorizando o

desenvolvimento das ideias, do raciocínio e da investigação científica,

utilizando imagens como fonte de informação e problematização

conectadas aos temas abordados, além de atividades e textos

complementares, contextualizando os conteúdos com livros, vídeos e

filmes. A partir dessa referência, são propostas e planejadas situações de

ensino significativas e produtivas como:

Pesquisas em: jornais, revistas, livros, e na mídia em geral, etc;

Confecção de painéis referentes à unidade em estudo;

Trabalho com mapas;

Trabalhos em grupos e/ou individuais;

Saídas de campo.

5 AVALIAÇÃO

Por não ser a avaliação um instrumento quantitativo, e sim

qualitativo será efetuada em quatro etapas para que possa ser

diagnosticado se o aluno não teve um rendimento bimestral ou não obteve

um bom resultado em apenas um determinado tempo/período.

Assim, estas quatro etapas serão divididas em:

Trabalho de pesquisa a ser entregue em data marcada;

Teste em sala;

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Avaliação bimestral;

Acompanhamento diário através de atividades e tarefas;

Interpretação de mapas, imagens;

Confecção de painéis;

Seminários ou Debates realizados em sala de aula em momentos

oportunos;

Produções de textos reflexivos sobre determinados assuntos.

CRITÉRIOS PARA APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS

Terá valor máximo de 3,0 (três) pontos e será concedido ao aluno

que entregar o trabalho de acordo com a proposta apresentada pelo

professor no momento em que o mesmo for solicitado. No momento da

correção dos trabalhos será de grande importância:

Coerência do conteúdo;

Clareza;

Dedicação;

Responsabilidade.

TESTE

Terá valor máximo de 3,0 (três) pontos, e será concedido ao aluno

que acertar todas as questões do teste, sendo a nota decrescente

conforme o número de acertos.

AVALIAÇÃO BIMESTRAL

Terá valor máximo de 4,0 (quatro) pontos e será concedido ao aluno

que acertar todas as questões da avaliação, sendo a nota decrescente

conforme o número de acertos.

RECUPERAÇÃO PARALELA

Após a realização da Avaliação bimestral, será concedida, a todos os

alunos, sendo obrigatória para aqueles que não alcançarem a média, uma

Recuperação Paralela, com o objetivo de recuperar a nota daquele aluno

que porventura não alcance a média de 60% da pontuação máxima (10,0)

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do bimestre.

Terá nota máxima a Recuperação Paralela 7,0 pontos.

OBSERVAÇÃO

Poderá em determinado momento ser substituída qualquer etapa

das avaliações acima descritas por uma outra forma que o professor(a)

achar pertinente para o momento.

6 REFERÊNCIAS

Moreira, Joao Carlos, Sene Eustáquio. Geografia. 1ª Ed. – São Paulo, Scipione, 2009.

ADAS, Melhem; Comunicação cartográfica Marcello Martinelli. – 5ª ed.- São Paulo: Moderna, 2006.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.

________. Lei nº 11.525/07. Inclui conteúdo sobre direitos das crianças e adolescentes no currículo do ensino fundamental. Brasília. 2007

________. Lei no. 11.645/08. Inclui no currículo oficial da rede de ensino a temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília. 2008

CARLOS, A. F. A. (org.) A Geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.CARVALHO, Marcos Bernardino de. DIAMANTINO, Alves Correia Pereira. Geografias do Mundo – 1ª Ed. – São Paulo: FTD, 2006. – (Coleções geografias do mundo).

CAVALCANTI, L. de S. Geografia, escola e construção de conhecimento. Campinas: Papirus, 1998.

MARTINS, C. R. K. O ensino de História no Paraná, na década de setenta: as legislações e o pioneirismo do estado nas reformas educacionais. História e ensino: Revista do Laboratório de Ensino de História/UEL. Londrina, n.8, p. 7-28, 2002.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares para a Educação Inclusiva, 2009.

______. Diretrizes Curriculares para a disciplina de Geografia, 2009.

______. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no ensino fundamental e médio da rede pública estadual de ensino,

95

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conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.

PROJETO ARARIBA GEOGRAFIA. Geografia 5ª, 6ª, 7ª e 8ª Séries. Editora Moderna. São Paulo, 2007.

RATZEL, F. Coleção os grandes cientistas sociais. São Paulo: Ática, 1990.

COLÉGIO ESTADUAL PADRE CARLOS ZELESNYENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Michel Laidane, s/nº – Bairro Sabará – Ponta Grossa/Pr – Fone 3227-4299E-mail: [email protected]

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORES:Biani Glai Venske Alves; Elisabete de Goes Ribas Lopes Pola Kalinowski

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Junto com todas as outras disciplinas do currículo escolar, a história

tem influência decisiva na formação de cidadãos dotados de espírito

crítico e participativo.

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O ensino de história pode estimular a formação da visão crítica, ou

seja, estimular a capacidade de compreender os significados dos diversos

acontecimentos do mundo contemporâneo e tudo o que se relaciona a

eles. Esse estímulo se faz ao fornecer ao aluno um instrumental que o

auxilie na interpretação da realidade vivenciada por ele. Mostrando, por

exemplo, que o mundo de hoje foi construído ao longo do tempo, como

resultado de processos históricos que envolveram vários e diferentes

grupos sociais, onde o aluno poderá perceber que a realidade vivenciada

por ele não é eterna e tampouco imutável. Entender a história como

consequência das ações de pessoas como ele, que viveram em tempos e

espaços diferentes, traz ao aluno sua responsabilidade no mundo que vive

para com ele mesmo e seus semelhantes.

O ensino de história presta-se também de modo particular para

dotar o aluno de espírito participativo; qualidade que deve ter tanto na

vida escolar quanto na vida familiar. Essa mesma qualidade deve estar,

mais tarde, em seu trabalho, na sua participação política em seu

município, estado e país. Afinal “democracia só se constrói com

participação”. Para tanto o trabalho enfocado à luz da Nova História

Cultural bem como da Nova Esquerda Inglesa dão aos professores e

alunos a oportunidade de trabalhar para a formação de uma consciência

crítica e dinâmica.

Nas aulas de história essa consciência e percepção do mundo

poderá desenvolver-se em muitas ocasiões, com novas abordagens dos

conteúdos propostos como, por exemplo: vários recortes temporais;

apresentação de diferentes conceitos de documento; abordagens que

coloquem os alunos como sujeitos históricos – durante o estudo dos

diversos movimentos sociais ocorridos no passado, nessas ocasiões, o

professor poderá levar o aluno a perceber que a participação coletiva

constrói e caracteriza a vida em sociedade - ; superação da ideia de

História como verdade absoluta com novas formas de problematização em

relação ao passado, dando condições para elaboração pelos alunos de

novos conceitos históricos.

Ao procurar desenvolver o espírito crítico e participativo a história

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tenta formar alunos conscientes e responsáveis pelo seu mundo, pelas

pessoas que os cercam e pelo futuro que vão legar às novas gerações.

2 OBJETIVOS GERAIS

Compreender o que é produtor e sujeito da história;

Identificar diferenças e semelhanças entre a história individual e

história coletiva, compreendendo sua relação com os outros e percebê-la

inserida na história de um grupo social;

Perceber as diferenças na mensuração dos diversos tempos

(cronológico, geológico, biológico, da natureza e das mentalidades);

Identificar permanências e mudanças na história do indivíduo, na do

grupo social, bem como na sucessão de gerações;

Comparar formas de representação da vida pessoal do indivíduo em

seu tempo e espaço com a de outros tempos e espaços;

Estabelecer as diferenças entre natureza e cultura;

Perceber diferenças culturais entre diversos povos estudados;

Distinguir versões diferentes para um mesmo acontecimento

histórico;

Identificar ritmos de duração temporal por meio de permanências e

mudanças;

Utilizar diferentes linguagens no momento da produção da síntese

do conhecimento;

Construir sínteses e generalizações a partir da observação, leitura ,

interpretação e discussão coletiva de textos e documentos;

Respeitar e valorizar a diversidade cultural;

Valorizar o debate e saber respeitar as várias opiniões surgidas;

Trocar ideias e informações, colaborando na criação coletiva;

Buscar a compreensão dos fatos, mesmo expostos fora de ordem

cronológica.

3 CONTEÚDOS DA DISCIPLINA

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5ª SÉRIE/6ºANO

A EXPERIÊNCIA HUMANA NO TEMPOTemporalidadePeriodizaçãoLugares de memóriaFontes históricas

OS SUJEITOS E SUAS RELAÇÕES SOCIAIS NO TEMPOPovos indígenas paranaensesPovos pré-colombianosPovos africanosPrimeiros contatos com os europeus

A CULTURA LOCAL E A CULTURA COMUMCultura e práticas culturaisManifestações culturais populares no Paraná

6ªSÉRIE/7ºANO

AS RELAÇÕES DE PROPRIEDADEColonização brasileira (engenho de açúcar)Formação territorial brasileira (bandeirantes e colonos)Missões jesuíticas

A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICAS DO MUNDO DO CAMPO E DO MUNDO DA CIDADE

Sistema colonial portuguêsFormação das vilas brasileirasPólis gregaCidades pré-colombianas

AS RELAÇÕES ENTRE O CAMPO E A CIDADERuralização da sociedade romanaRenascimento Comercial – burgosSistema colonial na América EspanholaMineração no BrasilTropeirismoFormação das cidades paranaenses

CONFLITOS E RESISTÊNCIAS E PRODUÇÃO CULTURAL CAMPO/CIDADELatifúndios Luta pela terra

7ªSÉRIE/8ºANO

HISTÓRIA DAS RELAÇÕES DA HUMANIDADE COM O TRABALHOPrimeiros grupos humanosEscravismo e resistência na antiguidade clássicaRelações de trabalho no mundo medievalTransição do trabalho servil para o trabalho assalariadoOrganização do trabalho no sistema fabril

O TRABALHO E A VIDA EM SOCIEDADEO trabalho nas comunidades paranaenses

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O trabalho na sociedade incaTrabalho escravo no Brasil colonialResistência escrava

O TRABALHO E AS CONTRADIÇÕES DA MODERNIDADEIluminismoRevolução FrancesaA classe trabalhadora na Revolução FrancesaIdeias ilumistas e escravidão no BrasilImigraçãoIndustrialização brasileira

OS TRABALHADORES E AS CONQUISTAS DE DIREITOSDireitos trabalhistasOrganizações trabalhistasPartidos políticos

8ªSÉRIE/9ºANO

A CONSTITUIÇÃO DAS INSTITUIÇÕES SOCIAISFamília no período colonialFamília no século XIXFamília na atualidadeInstituições sociaisInstituições recreativas

A FORMAÇÃO DO ESTADOEstado – Pátria – NaçãoImperialismoRepúblicaEstados totalitáriosPopulismo Ditadura MilitarRedemocratizaçãoNeoliberalismo

OS SUJEITOS, GUERRAS E REVOLUÇÕESResistência indígena na colonização paranaenseResistência escrava – quilombosRevoltas no período colonialRevoltas no período imperialMovimentos messiânicosCangaçoRevolução FederalistaTenentismoContraculturaGuerra CisplatinaGuerra do ParaguaiImperialismo no século XIX. Colonização e resistência.Descolonização da África e da Ásia1ª Guerra Mundial2ª Guerra MundialGuerra Fria

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OBSERVAÇÃO

Em todas as séries/anos estão incluídos ainda os temas: História do

Paraná; História e cultura afro brasileira, africana e indígena; Direitos da

Criança e do Adolescente; Enfrentamento à violência contra a criança e o

adolescente.

4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Entendendo que o aprendizado da história se dá em diversos

momentos, por diferentes meios e lugares, sendo a escola um desses

espaços, toda metodologia da disciplina deve levar em consideração os

diversos saberes trazidos pelo aluno até a escola.

Dessa forma, o levantamento de problemas a serem estudados é

apenas um dos passos do processo de aprendizagem sendo necessário

levar em conta o contato de vida dos alunos para que esses se

reconheçam como sujeitos históricos.

Para que o aluno consiga analisar o mundo que o cerca faz-se

necessária a superação do ensino baseado somente na divisão tradicional

da história (européia, linear, política) e inserir na sala de aula outros

atores sociais, inclusive eles mesmos para que tenham suas vivências

valorizadas.

Uma maneira interessante de se trabalhar é através de temas

geradores que vão possibilitar a apreensão do objeto de estudo por meio

da relação presente-passado-presente, bem como do particular ao geral,

as ações individuais e coletivas, os interesses específicos dos grupos e as

articulações sociais.

A partir da vivência do aluno, de suas experiências, suas ideias,

opiniões, dúvidas e/ou hipóteses e de questões do presente problematizar

o passado para compreender o mundo que nos cerca dando respaldo

científico ao seu pensamento. Enfim, motivando o aluno a desenvolver e

expressar seu pensamento, elaborar reconstruções conceituais à luz do

conhecimento científico.

O encaminhamento das aulas será feita com leitura e interpretação

101

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de textos (documentos escritos,visuais), aulas expositivas, trabalhos de

pesquisa individual ou em grupo, ou seja, utilização de diversas

linguagens e meios (livros didáticos e paradidáticos, jornais, fotografias,

pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas, etc...)

O trabalho de história terá perspectiva interdisciplinar, considerando

articulações de conceitos e metodologias entre as diversas áreas do

conhecimento. Com a realização de exercícios diversos, como debates,

entrevistas, pesquisas para o enriquecimento dos conteúdos, e que levem

à reflexão e que dêem ao aluno instrumentos para justificar seu

pensamento à luz do saber histórico científico.

5 AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser formal, processual, continuada e diagnóstica.

Considerando três aspectos importantes: a apropriação de conceitos

históricos; a compreensão das dimensões e relações da vida humana

(conteúdos estrututantes: relações de trabalho, relações de poder,

relações culturais); o aprendizado dos conteúdos específicos.

Para tanto, o professor deve utilizar de diferentes atividades como:

leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e

documentos históricos, produção de narrativas históricas, pesquisas

bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de

seminários, entre outras.

Nesse processo o aluno deverá entender como se constituíram as

experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo e detectar as

permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes sociais.

Em história pretende-se realizar um trabalho de avaliação contínua e

diversificada, ou seja, com a observação cotidiana do desenvolvimento do

aluno nas atividades propostas e com instrumentos variados de avaliação,

para ao final do processo os alunos possam identificar diferentes

processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles

existentes, bem como tenham recursos para intervir no meio em que

vivem sendo sujeitos de sua própria história.

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102

No processo de avaliação é importante considerar o conhecimento

prévio, as hipóteses e o domínio dos alunos para relacioná-los com as

mudanças que ocorrerem no processo de ensino aprendizagem. O

professor deve identificar a apreensão de conteúdos, noções, conceitos,

procedimentos e atitudes, comparando o antes, o durante e o depois dos

trabalhos realizados.

A avaliação diagnóstica poderá também possibilitar ao educador

rever o seu próprio desempenho e de como atuar novamente no processo

de construção da aprendizagem de seu aluno, superando possíveis

dificuldades.

6 REFERÊNCIAS

ALBATROZ, Suzana. O que é trabalho?. São Paulo: BRASILIENSE,2004.

ARRUDA, J. J; PILETTI,N. Toda a História. São Paulo: ÁTICA, 1995.

BAKHTIN, Mikhail. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento. São Paulo: HUCITEC, 1987.

_________ Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: HUCITEC, 1985.

BARCA, Isabel. O pensamento histórico dos jovens. Braga: UNIVERSIDADE DO MINHO, 2000.

BARROS, José D'Assunção. O campo da história. Petrópolis: VOZES, 2004.

BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política. São Paulo: BRASILIENSE,1994.

BRASIL. Secretaria de Educação Infantil e Fundamental. Guia de livros didáticos 2005: história. Brasília: MEC/SEIF, 2004, v.5.

BRASIL. Ministério da Educação.Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. Brasília: MEC/Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2004.

_______. Ministério da Educação. Diretrizes operacionais para a educação básica nas escolas do campo. Brasília: MEC/Secretaria de Inclusão Educacional, 2002.

103

103

_______. Lei 3.551, de 04 de agosto de 2000. Institui o registro de bens culturais de natureza imaterial que constituem o patrimônio cultural brasileiro, cria o programa nacional do patrimônio imaterial e dá outras providências. In: LEX: Coletânea de Legislação e Jurisprudência. São Paulo: LEX, Tomo VIII, p. 3910-3912.

_______. Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. Resolução nº003, de 10 de novembro de 1999. Fixa diretrizes nacionais para o funcionamento das escolas indígenas e dá outras providências. Diário Oficial da União, seção 1, Brasília, p. 58, 14 dez.1999.

_______. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, seção 1, Brasília, 23 dez. 1996.

_______. Lei 11.645/08. Inclui no currículo oficial da rede de ensino a temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Diário Oficial da União. 2008.

_______. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer n. 04/98, de 29 de janeiro de 1998. Diretrizes curriculares nacionais para o ensino fundamental. Diário Oficial da União, seção 1, Brasília, p. 31, 15 abr. 1998.

_______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.

_______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: história. Brasília: MEC/SEF, 1998.

_______. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SEMTEC, 2002.

_______. Lei 11.525, de 25 de setembro de 2007. Acrescenta § 5o ao art. 32 da Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996, para incluir conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes no currículo do ensino fundamental.

CÁCERES, F. História Geral. São Paulo: EDITORA MODERNA, 1997.

CANÊDO, Letícia Bicalho. A descolonização da Ásia e da África. São Paulo: ATUAL EDITORA LTDA, 1994.

COTRIM, G. História Global: Brasil e Geral. São Paulo: SARAIVA, 1997.

DOSSE, François. A história em migalhas. São Paulo: ENSAIO, 1994.

104

104

______.A história à prova do tempo. São Paulo: UNESP, 2001

DOBY, Georges. Guerreiros e camponeses. Lisboa: ESTAMPA, 1993.

______. O domingo de Bouvinis. Rio de Janeiro: PAZ E TERRA, 1993

ELIAS, Norbert. O processo civilizador. São Paulo: ZAHAR, 1993 a

______. O processo civilizador. São Paulo: ZAHAR, 1993 b

______. A sociedade de corte. Rio de Janeiro: ZAHAR, 2001.

FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história. Campinas: PAPIRUS, 2003.

______. Caminhos da história ensinada. Campinas: PAPIRUS, 2000.

FONSECA, Thais Nívia de Lima. História e ensino de história. Belo Horizonte: AUTÊNTICA,2003.

FONTANA, Josep. História depois do fim da História. Bauru: EDUSC, 1998.

______. A história dos homens. Bauru: EDUSC, 2004.

FORQUIN, Jean-Claude. Escola e cultura. Porto Alegre: ARTMED, 1993.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. São Paulo: LOYOLA, 1996.

______. Vigiar e punir. Petrópolis: VOZES, 2001.

______. A arqueologia do saber. São Paulo: FORENSE UNIVERSITÁRIA, 2004 a

______. A microfísica do poder. São Paulo: GRAAL, 2004 b

GEERTZ, Cliffort. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: GUANABARA,1989.

GINSBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: COMPANHIA DAS LETRAS, 1997.

GRAMSCI, Antonio. Cadernos do Cárcere. Rio de Janeiro: CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA, 2004.

HAAG, Carlos. O negócio do saber impresso. São Paulo: Revista Nossa História, 2006.

HILL, Christopher. O mundo de Ponta-Cabeça. São Paulo: COMPANHIA

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DAS LETRAS, 1987.

MELLO NETO, Candido de. O anarquismo experimental de Giovanni Rossi. Ponta Grossa: EDITORA DA UEPG, 1998.

PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório no ensino fundamental e médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná, Curitiba, n. 6134, 18 dez. 2001.

_______. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Segundo Grau. Reestruturação do ensino de segundo grau do Paraná: história/geografia. 2. ed. Curitiba: SEED, 1993.

_______. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico para a escola pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

_______. Secretaria de Estado da Educação. Paraná 150 anos. O sesquicentenário do Paraná no contexto escolar. Curitiba: CETEPAR, 2004. (Caderno síntese e lâminas de projeção ).

_______. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos Temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED, 2005.

PEDROSO, Regina Célia. Violência e Cidadania no Brasil. São Paulo: EDITORA ÁTICA, 1999.

PEREGALLI, Enrique. A América que os europeus encontraram. São Paulo: ATUAL EDITORA LTDA, 1994.

TINHORÃO, José Ramos. As festas no Brasil colonial. São Paulo: EDITORA 34 LTDA, 2000.

VERNANT, Jean-Pierre, VIDAL NAQUET, Pierre. Trabalho e escravidão na Grécia antiga. Campinas: PAPIRUS, 1989.

VICENTINO, C. História Geral. São Paulo: SARAIVA, 1997.

WACHOWICZ, R. C. História do Paraná. Curitiba: EDITORA GRÁFICA VICENTINA, 1995.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE CARLOS ZELESNYENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

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PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA/INGLÊS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORAS: Fernanda Saldanha, Sumara Troyner Scoss

1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino da Língua Estrangeira Moderna na escola pública visa

contribuir para o processo de produção dos sentidos entre interlocutores

levando consideração leitura, oralidade, escrita, ouvir (entender),

estruturas gramaticais objetivando desenvolver as habilidades orais e

escritas tornando-o capaz de interagir com responsabilidade no mundo

em que vive, e assim formando cidadãos críticos e criativos, demonstrar

adequação na produção no que diz respeito,

particularmente, a aspectos que afetam o significado no nível da sintaxe,

da morfologia, do léxico e da fonologia, oportunizar aos alunos a

aprendizagem de conteúdos que ampliem as possibilidades de ver o

mundo,de avaliar os paradigmas já existentes e novas maneiras de

construir sentidos do e no mundo, considerando as relações que podem

ser estabelecidas entre LE e: a inclusão

social; o desenvolvimento da consciência do papei das ínguas na

sociedade,o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de

construção das identidades transformadoras, proporcionar a consciência

sobre o que seja língua e suas potencialidades na interação humana, pois,

107

107

ao utilizar uma língua estrangeira na interação com outras culturas, os

alunos terão a oportunidade de refletir sobre a língua como um artefato

cultural, como um produto que constrói e é concluído pôr determinadas

comunidades que reagem a determinados acontecimentos com base em

história e contextos específicos.

2 OBJETIVOS GERAIS

Perceber o papel da linguagem na sociedade: linguagem como

possibilidade de acesso à informação, de conhecer e expressa modos de

entender o mundo, como forma de construir significado do mundo;

Ampliar o universo de conhecimento do aluno, a fim de facilitar sua

interação no seu meio e com o mundo, e desta forma conhecer as

identidades dos outros e preservar a sua;

Oportunizar os alunos da escola pública a vivência de valores ligados

à cidadania, democratizando o acesso à aprendizagem de uma língua

estrangeira para a comunicação/ interação com grupos e culturas

diferentes.

Instrumentalizar o aluno para que ele seja capaz de usar a língua

estrangeira em situações de comunicação.

3 CONTEÚDOS POR SÉRIE

5ª SÉRIE/6º ANO

SaudaçõesDias da semanaMeses do anoNumerais (cardinais e ordinais)Objetos escolaresCoresArtigos indefinidosAnimaisO alfabetoMembros da famíliaMeios de transportesEsportesPronomes pessoais

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Verbo to be – tempo presenteCorpo humanoVestuárioFrutas e vegetaisComidas e bebidasPronomes demonstrativosAdjetivosDatas comemorativasProfissõesEstações do Ano

6ª SÉRIE/7º ANO

Revisão dos pontos principais do ano anteriorHorasVerbo to be passadoVerbo there to be – presentePresente simplesArtigo definidoPreposiçõesVerbo have – presentePronomes interrogativosPronomes possessivos e adjetivosPronomes pessoais e objetos

7ª SÉRIE/8º ANO

Revisão dos pontos principais dos anos anterioresPreposiçõesPassado simples dos verbos regulares e irregularesPlural dos substantivosSubstantivos contáveis e incontáveisAdvérbios de tempo, lugar e modoFuturo imediatoFuturo simples

8ª SÉRIE/9º ANO

Revisão dos pontos principais dos anos anterioresGrau comparativo dos adjetivosGrau superlativo dos adjetivosDiferentes usos do “também”Gerúndio – Presente e PassadoCognatos e falsos cognatosVerbos modaisQuestion tagAdvérbios de freqüência

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CONTEÚDOS MULTIDISCIPLINARES

Prevenção ao uso de drogas - Explicar o assunto de prevenção ao uso de drogas por meio de textos, vídeos, discussões e palestras.

Enfrentamento à vilência contra a criança e o adolescente – Explicitar o enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente através de discussões, vídeos, textos, palestras e projetos. A violência contra a criança e o adolescente nos leva a percepção dos alunos sobre o Bullying e muitas a evasão escolar.

Direito da criança e do adolescente (Lei 11.525/07) – Apresentar a lei de direito da criança e do adolescente por meio de textos, vídeos e discussões.

História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena (Lei 11.645/09) – Trabalhar a história e cultura afro-brasileira, africana e indígena através de textos, vídeos, projetos, palestras e discussões.

4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Serão trabalhadas as habilidades de comunicação e expressão na

língua inglesa através da interpretação de textos e atividades estruturais.

O educando adquirirá consciência da língua e sua importância

através de experiências significativas e individualizadas.

Com aquisição gradual de vocabulário e através do trabalho

instrumental de compreensão de idéias, ou seja, utilizando técnicas de

leitura e interpretação, o aluno será levado a entender frases e textos sem

a necessidade de todo o momento recorrer ao dicionário ou qualquer

outro tipo de ajuda, visando à busca

do estabelecimento de padrões da língua (regras gramaticais) que o

habilitarão à compreensão autônoma de textos escritos.

Também serão apresentados ao educando textos de crescentes

graus de dificuldade que, depois de lidos e interpretados, servirão de

suporte para a problematização da realidade linguística capacitando o

aluno na percepção das ideias principais de cada texto.

Outros recursos, tais como: músicas, vídeos e as atividades extras

(jogos, notícias em jornais e revistas) serão utilizados para que os alunos

possam interagir diretamente com a língua que está sendo aprendida e

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ensinada.

Portanto, a grande meta no ensino da Língua Inglesa é entender a

comunicação como uma ferramenta imprescindível no mundo moderno,

com vistas à formação profissional, acadêmica e pessoal.

5 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Entendendo que a avaliação é um meio e não o fim do processo

ensino-aprendizagem, deverá servir de diagnóstico para o professor e

alunos, acompanhamento dos sucessos e dificuldades encontradas nas

aulas. Deverá permitir o redirecionamento dos esforços no sentido de

alcançar os objetivos propostos para a disciplina. Desse modo a avaliação

será cumulativa e continua e serão consideradas para tanto, atividades

durante a aula, participação e interesse dos alunos, tarefas, trabalhos,

pesquisas, testes e provas orais e escritas como instrumentos de

avaliação.Por bimestre serão realizadas: atividades avaliativas diárias escritas

ou orais, realizadas nas aulas no valor de 3,0 pontos, uma prova escrita

valendo 4,0 pontos e um trabalho de pesquisa valendo 3,0 pontos.

Totalizando assim 10,0 ao final de cada bimestre. Será dada a

oportunidade de recuperação bimestral caso o aluno não obtenha 60% da

nota estipulada.

6 BIBLIOGRAFIA

ANDREOTTI, V.; JORDÃO, C.M.; GIMENEZ, T. (org.) Perspectivas educacionais e ensino de inglês na escola pública. Pelotas : Ecucart, 2005;

ALMEIDA FILHO, J.P.C. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Pontes, 2002.

BAYNHAM, M. Literancy practices: investigating literancy in social contexts. London: Longman, 1995.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal, São Paulo: Martins Fontes,

111

111

1992.

BRAHIM, C.S.M. Pedagogia crítica, letramento critico e leitura crítica. Texto de Interação: subsídios para uma pedagogia crítica de leitura inglesa. Campinas: Unicamp, 2001. Dissertação (Mestrado)

CANALE, M. De Ia competência comunicativa a Ia pedagogia comunicativa Del lenguaje. ln: LL0BERA, M. et al. Competência Comunicativa - documentos básicos para Ia enseñanza de lenguas extranjeras. Madrid: EDELSA, 2000.

COOK, G. Applied linguistics. Oxford: Oxford University Press, 2003.

CORACINI, M. J. O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas: Pontes, 1995.

CRISTOVÃO, V. O uso de L 1 no ensino/aprendizagem de L2: o real e o possível. São Paulo:PUC, 1996. Dissertação (Mestrado).

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica da autonomia. 20.8d. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.

GIMENEZ, T. Inovação educacional e o ensino de línguas estrangeiras modernas: o caso do Paraná. Revista Signum, v.2, p. 169 - 183, 1999.

GIMENEZ, T. Ensino de línguas estrangeiras no ensino fundamental: questões para debate. Londrina, 2004. Mimeo.

GIMENEZ, T. Competência intercultural na língua inglesa. Disponível em http://www.ue l. br/cch/nap/artigos/artigo05 . htm. Acesso em: 29 de maio de 2006

MOITA LOPES, L.P. A nova ordem mundial, os parâmetros curriculares nacionais e o ensino de inglês no Brasil: a base intelectual para uma ação política. In: BARBARA L. ; RAMOS R.C.G. (org.). Reflexão e ações no ensino-aprendizagem de línguas. Campinas: Mercado de Letras, 2003.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

MENEZES SOUZA, L.M.T. O conflito de vozes na sala de aula. In ORACINI, M.J. (org.) O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas: Pontes, 1995, p.21-26.

PAIVA, V.L.M.O. A formação do professor de línguas. Disponível em: www.veramenezes.com Acesso em 15 de maio de 2006.

PARANÁ. Secretaria do Estado de Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de primeiro Grau. Currículo básico

112

112

da escola pública do Paraná. Curitiba, 1990.

SARMENTO,S.; MULLER,V. (orgs.) . O ensino de língua estrangeira: estudo e reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.

SECRETARIA de Estado da Educação (2007) Língua Estrangeira Moderna Espanhol - Inglês Ensino Médio – 2ª Edição

VOLPI,M. T. A formação de professores de língua estrangeira frente aos novos enfoques de sua ação docente. In: LEFFA, V. O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas: EDUCAT, 2001.

PARANÁ, Governo do Estado do. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Médio. Secretaria do Estado de Educação. Curitiba, 2006.

COLÉGIO ESTADUAL PADRE CARLOS ZELESNY

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ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIORua Michel Laidane, s/nº – Bairro Sabará – Ponta Grossa/Pr – Fone 3227-4299E-mail: [email protected]

PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORAS: Dariene Aparecida Kincheski de Ávila; Luciane Cheres Martinha Aparecida da Silva

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Buscando a dimensão histórica da disciplina Língua

Portuguesa/Literatura, percebemos que esta só passou a integrar os

currículos escolares nas últimas décadas do século XIX, sendo que a

formação do professor só foi alvo de preocupação nos anos 30 do século

XX.

Quando institucionalizada como disciplina, para poucos que tinham

acesso à escolarização, moldava-se ao ensino do Latim.

No Brasil e em Portugal, o Marques de Pombal torna obrigatório o

ensino da língua portuguesa nos meados do século XVIII. Em 1837, a

língua portuguesa foi incluída no currículo (disciplinas: Gramática, Retórica

e Poética (Literatura)). No século XIX, o conteúdo gramatical passou a ser

denominado de Português, e em 1871 é criado o cargo de Professor de

Português.

Até 1967, o ensino de língua portuguesa é elitista, mas com o

processo de democratização, ampliam-se as vagas e são eliminados os

exames de admissão, entre outros. Decorrente disso, acontece o choque

tanto da língua ensinada na escola e as diferentes variedades de

português daqueles que passaram a frequentar a escola, quanto dos

valores escolares e a realidade dos falantes. Não dando conta desse novo

contexto, veiculou-se a educação à industrialização – o que é reforçado na

Lei 5.692/71 que determinava o ensino voltado à qualificação para o

trabalho.

Institui-se a pedagogia tecnicista que pauta a língua portuguesa nas

teorias da comunicação, deixando a gramática de ser enfoque principal,

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pois na prática impera o normativismo (exercícios estruturais, técnicas de

redação, treinamento de habilidades de leitura).

Na década de 80, percebe-se a natureza sociológica da linguagem, a

interação entre sujeitos – através de Bakhtin. Em Geraldi (1997), percebe-

se que essa visão bakhtiniana traz o desprestígio da função referencial da

linguagem.

Quanto ao ensino da literatura, até o século XX, primava-se pela

leitura para transmissão da norma culta, com exercícios e estratégias para

incutir valores religiosos, morais e cívicos. Pensando-se em ultrapassar

essa prática fazem uma análise literária simplificada: questionários sobre

personagens principais e secundários, tempo e espaço da narrativa.

Mesmo mais tarde, quando se propunha a análise do texto (rimas,

escanção dos versos, ritmo, estrofes, etc.), não há estímulo à reflexão

crítica.

Em 1980, busca-se a educação linguística. Já em 1990, a concepção

dialógica e social da linguagem; e no final dos anos 90, uma reflexão

acerca dos usos da linguagem oral e escrita como habilidades e

competências.

Hoje, o estudo acontece através do discurso ou texto, com análise

linguística. Assim, assume-se a língua como interação, numa dimensão

discursivo-textual, criando oportunidades para o aluno refletir, construir,

levantar hipóteses a partir da leitura e da escrita de diferentes textos.

Nesse sentido, a ação pedagógica referente à língua portuguesa

pauta-se na interlocução e em atividades que possibilitem ao aluno a

leitura, a expressão oral ou escrita e reflexão sobre o uso que faz da

linguagem nos diferentes contextos e situações comunicativas.

Nesta proposta a língua é reconhecida como uma das atividades usuais

dos falantes e cabe a escola o papel de discuti-la, organizá-la e estruturá-

la em ordem de prioridades para o ensino-aprendizagem e, se necessário,

alterar as já estabelecidas e convencionais prioridades destinadas ao

processo do ensino da língua portuguesa. Para tanto, faz-se necessário

que os professores e profissionais envolvidos com o ensino da língua

estejam convencidos do alerta do professor POSSENTI (1998), de que “... o

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domínio efetivo e ativo da língua dispensa o domínio de uma

metalinguagem técnica” e de que “... conhecer uma língua é uma coisa e

saber analisá-la é outra.”. Assim, as práticas da linguagem em sala de

aula devem considerar a linguagem em movimento e a produção de

sentidos que acontecem através dela.

Diante de tais considerações a presente proposta reconhece em seu

teor que o papel da escola não é apenas ensinar a língua padrão e, sim,

propiciar condições para seu uso efetivo.

2 OBJETIVOS GERAIS

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo

adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que

estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante das

mesmas;

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas

realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores,

os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o

contexto de produção/leitura;

Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o

gênero e o tipo de texto, assim como os elementos gramaticais

empregados na sua organização;

Ampliar o domínio da língua e da linguagem, visando o pleno

exercício da cidadania;

Expandir suas capacidades de comunicação, reflexão e inserção

pessoal.

3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A aprendizagem não se dá de maneira linear, mas procura abarcar

todos os mecanismos envolvidos no processo de interação. Dessa forma

“a seleção de conteúdos deverá considerar o aluno como sujeito de um

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processo histórico, social, detentor de um repertório linguístico que

precisa ser considerado na busca da ampliação do seu saber”.

Assim sendo, a sistematização do trabalho escolar será pautada nos

seguintes eixos: prática da oralidade, prática da leitura e prática da

escrita.

5ª série/6º ano

OralidadeRelatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, textos lidos, programas de TV, filmes, entrevistas, etc)Debates (assuntos lidos, acontecimentos, atualidades, situações polêmicas, etc)Produção oral: (histórias, piadas, charadas, adivinhações, etc)a)Atividade da fala:- Clareza, sequência, objetividade e consistência argumentativa na exposição de ideias;- Adequação vocabular.

b) Fala do outro:- Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro- Julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, de clareza e consistência argumentativa.

c) Domínio da Norma Padrão:- concordância verbal e nominal- regência verbal e nominal- conjugação verbal- empregos de pronomes, advérbios, conjunções.

LeituraPrática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos.

Interpretação:- Identificar ideias básicas apresentadas nos textos;- Reconhecer no texto as especificidades (texto narrativo ou informativo);- Identificar o processo e o contexto de produção;- Confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;- Atribuir significados que extrapolem o texto lido;- Leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens e perspectivas diferentes; mesmo tema tratado em épocas diferentes).

Análise:- Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;- Avaliar o nível argumentativo;

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- Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos);

Mecânica da Leitura:- Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.

EscritaProdução textual:- Produção de textos ficcionais (narrativos);- Produção de textos informativos.

Estrutura textual:- Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc);- A organização de parágrafos;- A pontuação;- Emprego das classes gramaticais.

Expressão escrita:- Adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjunção verbal)

Organização Gráfica dos textos:- Ortografia;- Acentuação;- Recursos gráficos-visuais (margem, título, etc)

6ª Série/7º ano

OralidadeRelatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, textos lidos, programas de TV, filmes, entrevistas, etc)Debates (assuntos lidos, acontecimentos, atualidades, situações polêmicas, etc)Produção oral: (histórias, piadas, charadas, adivinhações, etc)a)Atividade da fala:- Clareza, sequência, objetividade e consistência argumentativa na exposição de ideias;- Adequação vocabular.

b) Fala do outro:- Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro- Julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, de clareza e consistência argumentativa.

c) Domínio da Norma Padrão:- concordância verbal e nominal- regência verbal e nominal- conjugação verbal

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- empregos de pronomes, advérbios, conjunções.

LeituraPrática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos.Interpretação:- Identificar ideias básicas apresentadas nos textos;- Reconhecer no texto as especificidades (texto narrativo ou informativo);- Identificar o processo e o contexto de produção;- Confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;- Atribuir significados que extrapolem o texto lido;- Leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens e perspectivas diferentes; mesmo tema tratado em épocas diferentes).

Análise:- Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;- Avaliar o nível argumentativo;- Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos);

Mecânica da Leitura:- Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.

EscritaProdução textual:- Produção de textos ficcionais (narrativos);- Produção de textos informativos;- Produção de textos dissertativos.

Estrutura textual:- Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc);- A organização de parágrafos;- A pontuação;

Expressão escrita:- Adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjunção verbal)- Introdução a sintaxe (frase, oração, período, sujeito e predicado)

Organização Gráfica dos textos:- Ortografia;- Acentuação;- Recursos gráficos-visuais (margem, título, etc)

7ª Série/8º ano

OralidadeRelatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, textos

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lidos, programas de TV, filmes, entrevistas, etc)Debates (assuntos lidos, acontecimentos, atualidades, situações polêmicas, etc)Apresentações explanações (trabalhos, palestras, etc)a)Atividade da fala:- Clareza, sequência, objetividade e consistência argumentativa na exposição de ideias;- Adequação vocabular.

b) Fala do outro:- Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro- Julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, de clareza e consistência argumentativa.

c) Domínio da Norma Padrão:- concordância verbal e nominal- regência verbal e nominal- conjugação verbal- empregos de pronomes, advérbios, conjunções.

LeituraPrática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos.Interpretação:- identificar ideias básicas apresentadas nos textos;- reconhecer no texto as especificidades (texto narrativo ou informativo);- identificar o processo e o contexto de produção;- confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;- atribuir significados que extrapolem o texto lido;- leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens e perspectivas diferentes; mesmo tema tratado em épocas diferentes).

Análise:- avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;- avaliar o nível argumentativo;- avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos);

Mecânica da Leitura:- ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.

EscritaProdução textual:- produção de textos ficcionais (narrativos);- produção de textos informativos;- produção de textos dissertativos.

Estrutura textual:- processos de coordenação e subordinação na construção das orações;

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- uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc);- a organização de parágrafos;- a pontuação;

Expressão escrita:- adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjunção verbal)

Organização Gráfica dos textos:- ortografia;- acentuação;- crase- recursos gráficos-visuais (margem, título, etc)

Aspectos da gramática tradicional:- reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos, a conectividade sequencial e a estruturação temática;- refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto, objeto indireto e predicativo;- reconhecer as categorias sintáticas – os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e especificadores;- a posição na sentença do sujeito, verbo e objeto e as possibilidades de inversão;- a estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver;- sintagma verbal nominal e sua flexão;- complementação verbal: verbos transitivos e intransitivos;- a adjunção;- a coordenação e a subordinação.

8ª Série/9º ano

OralidadeRelatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, textos lidos, programas de TV, filmes, entrevistas, etc)Debates (assuntos lidos, acontecimentos, atualidades, situações polêmicas, etc)Apresentações explanações (trabalhos, palestras, etc)a)Atividade da fala:- Clareza, sequência, objetividade e consistência argumentativa na exposição de ideias;- Adequação vocabular.

b) Fala do outro:- Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro- Julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, de clareza e consistência argumentativa.

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c) Domínio da Norma Padrão:- concordância verbal e nominal- regência verbal e nominal- conjugação verbal- empregos de pronomes, advérbios, conjunções.

LeituraPrática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos.Interpretação:- identificar ideias básicas apresentadas nos textos;- reconhecer no texto as especificidades (texto narrativo ou informativo);- identificar o processo e o contexto de produção;- confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;- atribuir significados que extrapolem o texto lido;- leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens e perspectivas diferentes; mesmo tema tratado em épocas diferentes).

Análise:- avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;- avaliar o nível argumentativo;- avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos);

Mecânica da Leitura:- ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.

EscritaProdução textual:- produção de textos ficcionais (narrativos);- produção de textos informativos;- produção de textos dissertativos.

Estrutura textual:- processos de coordenação e subordinação na construção das orações;- uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc);- a organização de parágrafos;- a pontuação;

Expressão escrita:- adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjunção verbal)

Organização Gráfica dos textos:- ortografia;- acentuação;- crase- recursos gráficos-visuais (margem, título, etc)

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Aspectos da gramática tradicional:- reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos, a conectividade sequencial e a estruturação temática;- refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto, objeto indireto e predicativo;- reconhecer as categorias sintáticas – os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e especificadores;- a posição na sentença do sujeito, verbo e objeto e as possibilidades de inversão;- a estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver;- sintagma verbal nominal e sua flexão;- complementação verbal: verbos transitivos e intransitivos;- a adjunção;- a coordenação e a subordinação.

Observação: Trabalhar em todas as séries “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A concepção assumida em Língua Portuguesa pressupõe ações

padagógicas pautadas na construção do conhecimento de forma crítica,

reflexiva e engajada na realidade, considerando que a língua só existe em

situações de interação e através de práticas discursivas.

As atividades serão problematizadas a partir da pesquisa, reflexão,

discernimento e comprometimento do professor, favorecendo o

desenvolvimento das habilidades de falar, ouvir e escrever.

É necessário disponibilizar ao aluno o acesso à leitura de diversos

tipos de textos que favoreçam as relações intertextuais fazendo também

uma ligação entre o conhecimento do educando e os temas abordados.

Para atender a estes pressupostos relacionamos alguns recursos

estratégicos como: apresentação de temas variados, depoimentos,

debates, opiniões, entrevistas, relatos, seminários, análise e comparações

de diversos textos, produção e reestruturação textual por meio dos quais o

aluno criará o hábito de planejar, escrever, revisar e reescrever seus

textos com fins de interlocução e em situação concreta do uso da

linguagem.

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5 AVALIAÇÃO

É imprescindível que a avaliação seja contínua e prioriza a qualidade

e o processo de aprendizagem do aluno durante o ano letivo. Nesse

sentido a avaliação formativa e diagnóstica seria o recurso mais adequado

por enfatizar a aprendizagem dos alunos e considerar os seus diferentes

ritmos e processos de assimilação.

A oralidade será avaliada progressivamente, considerando a

participação dos alunos nos diálogos, relatos e discussões, bem como a

clareza que ele mostra ao expor suas ideias, afluência de sua fala, seu

desembaraço e a argumentação coerente ao defender seus pontos de

vista e, de modo especial a sua capacidade de adequar o discurso/texto

aos diferentes interlocutores e situações.

Quanto à leitura serão propostas, questões abertas, discussões,

debates e atividades que permitam ao professor avaliar as estratégias que

os alunos empregam no decorrer da leitura, bem como a compreensão do

texto lido e a reflexão que possuem a respeito do mesmo.

A escrita dos alunos será vista como uma fase do processo de

produção, privilegiando os contextos reais de interação comunicativa,

sendo que as propostas de produção textual deverão ser elaboradas

claramente de maneira que os aspectos contemplados na avaliação

estejam bem definidos, tanto para o professor como para o aluno.

6 REFERÊNCIAS

AMARAL, Emília, et. AL. Português: novas palavras. São Paulo: FDT, 2000.

BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico. São Paulo: LOYOLA, 2003.

BAKHTIN, M. Trad. Michel e Yara Vieira. Marxismo e filosofia da linguagem. 6º Ed. São Paulo: HUCITEC, 1992.

BORDINI, Maria da Glória; AGUIAR, Vera Teixeira de. Literatura: a formação do leitor. Porto Alegre: Novas Perspectivas, 1988.

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BRASIL. Lei n. 9.394/96. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de 1996.

________. Lei nº 11.525/07. Inclui conteúdo sobre direitos das crianças e adolescentes no currículo do ensino fundamental. Brasília. 2007

________. Lei no. 11.645/08. Inclui no currículo oficial da rede de ensino a temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília. 2008

FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura. Ensino Médio Curitiba: BASE, 2005.

GONÇALVES, Maria Silvia; RIOS, Rosana. Português em outras palavras. São Paulo: Scipione, 2005.

INFANTE, Ulisses. Curso de gramática aplicada ao texto. São Paulo: Scipione, 2001.

POSSENTI, S Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil, 2003.

PLATÃo e FIORIN. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1997.

SECRETARIA DO ESTADO DO PARANÀ. Diretrizes curriculares de língua portuguesa para o ensino médio. Curitiba, 2006.

SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2002.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e Interação. 8. Ed. São Paulo: Cortez, 2002.

GERALDI. J. V. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997.

AZEREDO, J. C. Iniciação à sintaxe do português. 5ª Ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed., 1995.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE CARLOS ZELESNYENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Michel Laidane, s/nº – Bairro Sabará – Ponta Grossa/Pr – Fone 3227-4299E-mail: [email protected]

PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORES: Alda Luiza Pedron; Hilda Borkoski; José Schimiguel eMarcia Cristiane Ramos Padilha

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Matemática está presente na vida de todo cidadão, exercitamos

nossa abstração desde pequenos. Utilizamos conhecimentos matemáticos

de forma pura e construímos assim uma visão matemática que será polida

nos bancos escolares.

São as análises que fazemos junto com o aluno que o levarão a

identificar, construir, praticar e até mesmo gostar da Matemática.

Os textos históricos da Matemática trazidos como leituras

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complementares, ampliarão horizontes e aprofundarão conhecimentos

bem como possibilitarão a troca de experiências.

Inserir o conteúdo num contexto mais amplo e interdisciplinar

provocará a curiosidade do aluno ajudando assim a criação de uma base

sólida de aprendizado, que fará com que os mesmos entendam a real

compreensão dos processos envolvidos na construção do conhecimento.

Assim sendo possibilitaremos aos educandos a utilização e a

exploração de novas perspectivas, permitindo assim, um novo olhar sobre

a Matemática.

2 OBJETIVOS GERAIS

Desenvolver a capacidade de analisar, comparar, conceituar,

representar, abstrair e generalizar;

Desenvolver a capacidade de julgamento e o hábito de concisão e

rigor;

Conhecer, interpretar e utilizar corretamente a linguagem matemática

associando com a linguagem usual;

Desenvolver a partir de suas experiências, um conhecimento

organizado que proporcione a construção de seu aprendizado;

Desenvolver um pensamento reflexivo que permita a elaboração de

conjecturas, descobertas de soluções e a capacidade de concluir;

Associar a Matemática a outras áreas do conhecimento.

3 CONTEÚDOS POR SÉRIE

5ª SÉRIE/6º ANO

Números naturais (as 6 operações – problemas e gráficos)Sistema de Numeração DecimalDivisibilidadeNúmeros PrimosM. M. C.

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Números racionais (noção de fração, termos e tipos de frações)Geometria intuitivaMedidas (comprimento, capacidade e massa)

6ª SÉRIE/7º ANO

ProporcionalidadeNúmeros inteiros (operações, problemas, tabelas e gráficos)Números racionais (operações e problemas)Equação do 1º grau (problemas e regra de três simples)PorcentagemEstatísticaÂngulos (construção, classificação)

7ª SÉRIE/8ºANO

Raiz quadrada (fatoração)Conjunto dos números reaisExpressões algébricasEstudo dos polinômios (operações, produto s notáveis, fatoração)Equações e noção de sistemas de equações do 1º grauGeometria (Polígonos: estudo dos ângulos e diagonais, área de figuras

planas)

8ª SÉRIE/ 9º ANO

Potenciação, Radiciação e suas propriedadesOperações com radicaisRacionalizaçãoEquação do 2º grauEquações irracionaisEquações biquadradasFunções (conceito, aplicações, tabelas, lei de formação de uma

função,construções e interpretações de gráficos)Polígonos congruentesCongruência de triângulos e semelhançaTeorema de TalesTeorema de PitágorasRazão trigonométricaPorcentagem e juros

Obs. Os conteúdos referentes a História e Cultura Afro-Brasileira, africana

e indígena (Lei 11645/08) serão trabalhados de acordo com o Plano de

ação do colégio, sobretudo envolvendo a Estatística, assim como a

Educação fiscal e tributária ( Dec 1143/99, Portaria 413/02).

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4 METODOLOGIA

O aprendizado da Matemática depende muito de uma linguagem

clara e de símbolos próprios e específicos. Se aproveitarmos a facilidade

com que os alunos trabalham a linguagem cifrada da internet e celulares,

estaremos mostrando que também são símbolos significativos e que

usaremos em nossas aulas. A compreensão do conteúdo se tornará mais

fácil e rápida pois ele verá que se assemelha com o que ele usa.

Nenhum aluno mantém interesse por algo em que não veja algum

elemento que satisfaça ou aguce a sua curiosidade. É preciso, portanto

auxiliar estas ligações para que o aprendizado se torne relevante.

Convém também lembrarmos que a Matemática possui caráter

cumulativo. As carências acumuladas quer de informações ou

sistemáticas, gerarão imensas dificuldades na compreensão de novas

ideias. A boa compreensão de conceitos anteriores, a prática, são quase

imprescindíveis para entender as etapas mais avançadas.

Os conteúdos serão organizados para encaminhar o pensamento dos

alunos e desenvolver suas estruturas conceituais por intermédio das

relações entre diversos significados com aulas expositivas buscando

sempre a participação efetiva dos alunos.

A articulação entre os conhecimentos presentes em cada conteúdo

estruturante é realizada na medida em que os conceitos podem ser

tratados em diferentes momentos e, quando situações de aprendizagens

possibilitam a retomada e aprofundamento de cada item trabalhado. Nada

é isolado todos os conhecimentos se intercalam.

As tendências devem ser entendidas como meio que fundamentará

a metodologia para prática docente. Sendo elas: Resolução de problemas,

Modelagem, Abordagens históricas, Mídias tecnológicas e

Etnomatemática.

Devemos lembrar que o aluno deve ter oportunidades para

pesquisar, usar as novas tecnologias, visualizando o mundo como um

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129

todo, no qual ele estará inserido.

5 AVALIAÇÃO

A avaliação tem na Educação um papel de grande importância, pois

faz a mediação entre ensino e aprendizagem.

Deve ser também uma orientação para o professor e aluno na

condução de seus conhecimentos, não devendo ser apenas o meio de

reprovação ou retenção, mas sim o que definirá até onde podemos

avançar com cada indivíduo.

A avaliação deve ocorrer ao longo do processo de aprendizagem,

propiciando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar se houve

aprendizagem. Através da avaliação escrita, trabalhos individuais ou em

grupos, pesquisas, sempre aprofundando o conteúdo trabalhado sendo

que devem ser realizadas no mínimo três avaliações por bimestre.

6 REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n. 9.394/96. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de 1996.

________. Lei nº 11.525/07. Inclui conteúdo sobre direitos das crianças e adolescentes no currículo do ensino fundamental. Brasília. 2007

CASTRUCCI, Benedito; GIOVANNI, José Ruy. A conquista da Matemática, São Paulo: FTD 2009.

PARANÁ, Governo do Estado do. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental. Curitiba, julho 2009.

RIBEIRO, Jackson. Projeto Radix: Matemática, São Paulo: Scipione, 2009.

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PROPOSTAS PEDAGÓGICA CURRICULARENSINO MÉDIO

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE CARLOS ZELESNYENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Michel Laidane, s/nº – Bairro Sabará – Ponta Grossa/Pr – Fone 3227-4299E-mail: [email protected]

PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE - ENSINO MÉDIO

PROFESSORES: Anselmo Rodrigues de Andrade Junior; Simone Alvares

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

Sabe-se que a concepção de Arte para o Ensino Médio tem seu

enfoque nas relações entre Arte e ideologia, Arte e seu conhecimento e a

Arte e seu trabalho criador, sendo que essas são também as três

concepções que mais se destacam nas teorias críticas da Arte.

Tendo como ponto de partida essa concepção de Arte, busca-se, através

dos conteúdos básicos sistematizados pela equipe do Departamento de

Educação Básica (DEB) juntamente com professores do Estado do Paraná,

propiciar ao aludo do Ensino Médio os conhecimentos considerados

imprescindíveis para a sua formação conceitual.

O conhecimento artístico tem como características centrais a criação

e o trabalho criador. A arte é criação, qualidade distintiva fundamental da

dimensão artística, pois criar “é fazer algo inédito, novo e singular, que

expressa o sujeito criador e simultaneamente, transcende-o, pois o objeto

criado é portador de conteúdo social e histórico e como objeto concreto é

uma nova realidade social” (PEIXOTO, 2003, p. 39).

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Esta característica da arte ser criação é um elemento fundamental

para a educação, pois a escola é, a um só tempo, o espaço do

conhecimento historicamente produzido pelo homem e espaço de

construção de novos conhecimentos, no qual é imprescindível o processo

de criação. Assim, o desenvolvimento da capacidade criativa dos alunos,

inerente à dimensão artística, tem uma direta relação com a produção do

conhecimento nas diversas disciplinas. Desta forma, a dimensão artística

pode contribuir significativamente para humanização dos sentidos, ou

seja, para a superação da condição de alienação e repressão à qual os

sentidos humanos foram submetidos. A Arte concentra, em sua

especificidade, conhecimentos de diversos campos, possibilitando um

diálogo entre as disciplinas escolares e ações que favoreçam uma unidade

no trabalho pedagógico. (DCN, p. 23).

A disciplina de Arte é dividida em quatro eixos distintos, sendo:

Artes Visuais, Teatro, Dança e Música. Os conteúdos no currículo básico

também são repartidos desta forma. O trabalho que será desenvolvido

terá como referência a área de Artes Visuais, que é a formação dos

professores organizadores desta proposta unindo-a aos outros eixos

dentro das possibilidades.

Tomando por base os conteúdos estruturantes, pretende-se

construir uma identidade para a disciplina junto ao Ensino Médio, onde o

aluno possa transitar através do mundo da Arte de forma livre e

desvinculada de padrões pré-determinados, levando em consideração a

complexidade de cada sujeito envolvido no processo, contribuindo dessa

forma para a formação de um sujeito crítico e capaz.

2 OBJETIVOS GERAIS

Reconhecer a arte como área de conhecimento autêntico e

autônomo, respeitando o contexto sócio-cultural em que está inserida.

Apreciar a arte nas suas diversas formas de manifestação,

considerando-a elemento fundamental da estrutura da sociedade.

Compreender a arte no processo histórico, como fundamento da

memória cultural, importante na formação do cidadão, agente integrante

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e participativo nesses processos.

Proporcionar vivências significativas em arte, para que o aluno possa

realizar produções individuais e coletivas.

Conhecer e saber utilizar os diferentes procedimentos de arte,

desenvolvendo uma relação de autoconfiança com a produção artística

pessoal, relacionando a própria produção com a de outros.

Respeitar as diversas manifestações artísticas em suas múltiplas funções,

identificando, relacionando e compreendendo a arte como fato histórico

contextualizado nas diversas culturas.

Conhecer, respeitar e poder observar as produções presentes no

entorno, assim como as demais do patrimônio cultural e do universo

natural, identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e

estéticos de diferentes grupos culturais.

Conhecer a área de abrangência profissional da arte, considerando as

diferentes áreas de atuação e características de trabalho inerentes a cada

uma.

3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Nas discussões coletivas com os professores da rede estadual de ensino, definiu-se que os conteúdos estruturantes da disciplina são: • elementos formais; • composição; • movimentos e períodos.

MÚSICA ELEMENTOS FORMAIS

Altura, duração, timbre, Intensidade e densidade.

COMPOSIÇÃO Ritmo, melodia, harmonia tonal e modal, Contemporânea, Escalas, sonoplastia, estrutura, Gêneros: erudita, folclórica;

Técnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação.

MOVIMENTOS E PERÍODOSArte greco-romana, arte oriental, arte africana, arte medieval,

Renascimento, Rap, Tecno, Barroco, Classicismo, Romantismo, Vanguardas artísticas, arte engajada, Música serial, música eletrônica, música minimalista, música popular brasileira, Arte Popular, Arte indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Industria cultural. Word Music, Arte

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Latino americana.

ARTES VISUAIS ELEMENTOS FORMAIS

Ponto, linha, superfície, textura, volume, luz e cor.

COMPOSIÇÃO Figurativa, abstrata, figura-fundo, bidimensional, tridimensional,

semelhanças, contrastes, ritmo visual. Gêneros: paisagem, retrato, natureza-morta, pintura de gênero, autorretrato, madonas. Técnicas: pintura, gravura, fotografia, vídeo, escultura, arquitetura.

MOVIMENTOS E PERÍODOS

Arte Pré-histórica, Arte no antigo Egito, Arte greco-romana, Arte Pré-colombiana, Arte oriental, arte africana, arte medieval, arte Bizantina, Arte Românica, Arte Gótica, Renascimento, Barroco,Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Impressionismo, Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Construtivismo, Surrealismo, Op-art, Pop Art, Arte Naif, Vanguardas artísticas, Arte popular, arte indígena, arte Brasileira, arte paranaense, Industria Cultural, Arte Latino Americana, Muralismo.

TEATRO

ELEMENTOS FORMAISPersonagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais). Ação,

Espaço.

COMPOSIÇÃORepresentação, Texto dramático, dramaturgia, roteiro, espaço

cênico, sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, adereços, máscara, caracterização e maquiagem.

MOVIMENTOS E PERÍODOSArte greco-romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval,

Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Teatro Dialético, Teatro do Oprimido, Teatro Pobre, Teatro Essencial, Teatro do Absurdo, Arte Engajada, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Industria Cultural, Arte Latino Americana. DANÇA

ELEMENTOS FORMAISMovimento Corporal, Tempo, Espaço.

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COMPOSIÇÃOEixo, Dinâmica, Aceleração, Ponto de Apoio, Salto e queda, Rotação,

Deslocamento, Sonoplastia, Coreografia, Gêneros: folclóricas, de salão, Clássica, Dança moderna, Dança étnica.

MOVIMENTOS E PERÍODOSArte Pré-histórica, Arte Greco-romana, Arte Oriental, Arte Africana,

Arte Medieval, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Dança Circular, Industria Cultural, Dança Contemporânea, Hip Hop, Arte Latino Americana. 4 METODOLOGIA

Para a formulação desta Proposta Curricular leva-se em conta os três

momentos da organização pedagógica apontados pela Secretaria do

Estado da Educação que são:

- o sentir e perceber: demonstrados e explicitados aqui como a

sensibilização do olhar do aluno, no sentido do reconhecimento dos

elementos e composição da obra como um ato facilitador da apreciação e

apropriação da obra de arte.

- o trabalho artístico: prática criativa que será desenvolvida pelo aluno

com bases sólidas, sensibilidade e razão. Não mais o “fazer por fazer“,

mas o fazer com responsabilidade, expressividade e conhecimento.

- o conhecimento em arte: através da contextualização histórica das obras

e seus artistas, quando o aluno terá condições de através da reflexão e

apropriação dos conhecimentos formar seus conceitos artísticos.

4.1 Recursos

Os recursos didáticos a serem utilizados durante o ano letivo são

aqueles disponíveis na Escola, além de outros próprios do professor da

disciplina. São eles: TV multimídia, filmes, pranchas com imagens de obras

de arte, textos produzidos pelo professor, etc.

5 AVALIAÇÃO

A avaliação da disciplina de Arte no Ensino Médio será aquela

proposta pelas Diretrizes Curriculares: diagnóstica e processual.

Pretende-se avaliar o aluno através da observação de seu crescimento

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pessoal, do seu processo de apreensão e de trabalho, de seu processo de

produção artística e seu aprendizado do conteúdo.

Quando se fala do crescimento pessoal do aluno, refere-se à sua

capacidade de socialização com o grupo, as expressões e argumentos que

utiliza em discussões, a sua capacidade de resolver seus problemas

criativos e sua capacidade de reflexão, de discussão e de posicionamento

perante o grupo.

A fim de respeitar as diferentes formas de expressão que um grupo

heterogêneo de alunos apresenta, haverá vários instrumentos de

avaliação, entre eles: observação e registro da participação de cada aluno;

aplicação de diversas atividades que envolvam a expressão oral, pictórica,

gráfica, artística, corporal, de4 forma a obter informações que melhor

identifiquem o nível de aprendizagem dos alunos; exposição dos trabalhos

individuais e coletivos; seminários, avaliação participativa, auto avaliação,

avaliações formais.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Ana Mae, Arte Educação no Brasil. 5 ed. São Paulo: Perspectiva, 2005.

BIASOLI, C. L. A. A Formação do Professor de Arte. Campinas: Papirus, 1999.

DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual. Tradução Jefferson Luiz Camargo. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

FERRAZ, M. H. C. de T ; FUSARI, M. F. de R. Metodologia do Ensino de Arte. 4.ed. São Paulo: Cortez, 2002.

GUBERN, Román. Literatura da imagem. Rio de Janeiro, Salvat, 1979.

NETO, Manoel J. de S. (Org.). A (des)construção da Música na CulturaParanaense. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 2004.

ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam. 3.ed. Porto Alegre : Mediação, 2006.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica. 9. ed. Campinas : Autores Associados, 2005.

137

137

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA. Biblioteca Central Prof. Faris Michaele. Manual de normatização bibliográfica para trabalhos científicos. Ponta Grossa : UEPG, 2007.

WÖLFFLIN, Heinrich. Conceitos Fundamentais da História da Arte: o problema da evolução dos estilos na arte mais recente. Tradução João Azenha Junior. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médio, 2008.

BOAL, Augusto. 200 Exercícios e Jogos para Ator e Não Ator com vontade de dizer algo através do teatro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1985.

GOMBRICH, E.H. A história da Arte. Rio de Janeiro. Guanabara, 1988.

OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. Rio de Janeiro. Campus, 1983.

BARBOSA, Ana Mae. Inquietações e mudanças no ensino da arte. SãoPaulo: Cortez, 2002.

GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. São Paulo: M. Fontes, 1986.

MAGALDI, Sábato. Iniciação ao Teatro. São Paulo: Editora Ática, 2004.

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PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO

PROFESSORES: Elisangela Cristine da Silva; Sandra Santana Pazinato

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Uma reflexão critica a respeito das estruturas sócias e suas

desigualdades inerentes ao funcionamento da sociedade.

A Educação Física deve ser trabalhada com interlocuções com

disciplinas variadas, permitindo compreender o corpo em sua

complexidade, ou seja, uma abordagem biológica, sociológica, psicológica,

filosófica e política afim de uma constituição interdisciplinar.

Estar voltada a consciência critica nas suas relações do homem-

natureza e homem-homem e suas manifestações culturais e corporais.

Situar a Educação Física historicamente a partir do século XIX com a

proclamação da Republica, reforma do ensino primário 1882 Rui Barbosa,

afirmou a importância da ginástica na formação de educadores a partir daí

tornou-se obrigatória.

Em 1931 foi adotado o método Frances tornou-se obrigatório.

Consolidou no contexto escolar através da Constituição de 1937

objetivo doutrinar, dominar e conter a ordem e o patriotismo e seguia os

princípios higienistas.

A partir de 1930 o esporte começou a ter maior ênfase a partir de

1964.

Lei 5692/71 caráter obrigatório em todos os cursos e níveis dos

sistemas de ensino.

Em meados da década de 1980 começou-se a formar uma

comunidade cientifica da Educação Física.

A Educação Física tem a finalidade de valorizar a formação integral

da criança, através do movimento tem a função social sujeitos capazes de

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reconhecer o próprio corpo, ter autonomia sobre ele, e adquirir uma

expressividade corporal consciente.

Através de atividades bem elaboradas e desenvolvidas com

consciência corporal os conteúdos serão trabalhados de forma integral no

desenvolvimento físico, psíquico e social do educando.

2 OBJETIVOS GERAIS

Adotar uma postura ativa do praticante das atividades físicas,

consciente da importância das mesmas na vida do cidadão.

Buscar informações para o seu aprofundamento teórico de forma a

construir e adaptar alguns sistemas de melhoria da sua aptidão física.

3 CONTEÚDOS CURRICULARES

1º ANO

Valências físicas e sua aplicabilidade;Atividades físicas e saúde;Pratica corporal na prevenção das doenças;Prevenção do uso indevido de drogas;Ginástica;

Histórico;Classificação;Relaxamento;Técnicas de execução.

Danças e Jogos Interativos:História;Tipos;Expressão Corporal;Classificação

2º ANO

Esportes ColetivosHistórico;Fundamentos;Sistemas táticos e técnicos.

Saúde CorporalPrevenção de doenças;

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Doenças crônicas e degenerativas;Hábitos posturais;Freqüência cardíaca;

Jogos ColetivosIntegração;Tipos de jogos;Evolução.

Lutas e DançasManifestações;Histórico;Expressão Corporal.

3º ANO

CorpolatriaManifestações da cultura corporal;Histórico;Diferentes características;Bio Ritmo

Atividade Física e SaúdeDoenças mais freqüentes;Defeitos posturais;Stress;Obesidade.

EsportesEsportes coletivos;Tática;Movimentação dos jogadores.

Lutas e DançasHistórico e sua evolução;Tipos e suas manifestações;Variações na expressão de cada época.

4 METODOLOGIA

Os fundamentos da disciplina serão pautados nos princípios de

igualdade, autonomia e liberdade, oportunizando momentos de reflexão

sobre as forma de dominação e que contribuam para a formação do

cidadão, valorizando e enfatizando os valores morais e a ética, o respeito

à individualidade e aos limites de cada um.

O ensino de Educação Física possibilita ao aluno a compreensão do

movimento, valorizando, assim, todas as manifestações corporais; durante

esse acompanhamento, diversificando estratégicas de abordagens dos

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conteúdos. Para tanto serão utilizadas estratégias tais como:

- Palestras;

- Sessões de vídeo;

- Produção e exposição de trabalhos;

- Aulas práticas;

- Aulas expositivas.

5 AVALIAÇÃO

Os procedimentos de avaliação acompanharão todo o processo,

tendo, portanto, caráter cumulativo, devendo ser diversificado com

critérios extraídos a partir dos conteúdos propostos e significativos para o

aluno.

A partir da avaliação diagnostica tanto o professor quanto os alunos

poderão rever o processo de ensino e aprendizagem. O professor

organizará e reorganizará o seu trabalho visando às diversas

manifestações corporais, evidenciadas na forma da ginástica, de esporte,

dos jogos, da dança, possibilitando assim que os alunos reflitam e se

posicionem criticamente com o intuito de construir uma suposta relação

com o mundo.

6 REFERÊNCIAS

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF,1998.

BRASIL. Lei n. 9.394/96. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de 1996.

GONÇALVES, Maria Cristina, PINTO, Roberto Costacurta Alves, TEUBER, Silvia Pessoa. Aprendendo a Educação Física. Ed. Bolsa Nacional do Livro Ltda. 1996.

BOLSARI, Jose Roberto. Educação Física da pré-escola à universidade. EPU, 1980.

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NOGUEIRA, Cláudio J. G. Educação Fisica na sala de aula. Sprint, 1995

MEDINA, Joao Paulo S. A Educação Fisica Cuida do Corpo ...e (Mente). Papirus Editora, São Paulo, 1985.

PARANÁ, Governo do Estado do. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Médio. Secretaria de Educação do Estado. Curitiba, 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público de Educação Física. Curitiba, 2006.

TAFFAREL, Celi Nelza Zulke, Criatividade nas aulas de Educação Física. Ed. Ao Livro Técnico, 1985.

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PROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA PARA O ENSINO MÉDIO

PROFESSORES: Maria Soeli Loss/ Solange da Silva Pinto / Antônio Castro

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1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino de filosofia vem propiciar aos educandos a capacidade de

trabalhar conceitos, argumentos e características do processo filosófico,

tratando de compreender a posição entre conhecimento e o papel da

retórica no ensino. Tratando de mitos, teorias de conhecimentos, ética,

política, estética e ciência com as suas características de filosofia que

deve ser muito bem compreendida. Ao estimular a elaboração do

pensamento abstrato, a filosofia ajuda a promover a passagem do mundo

infantil ao mundo adulto. A condição do amadurecimento está na

conquista da autonomia do pensar e agir. A Filosofia contribui para

exercitar desde cedo o olhar crítico sobre si mesmo e sobre o mundo.

Cabe à Filosofia fazer a crítica da cultura. Só assim será possível desvelar

as formas de dominação que se ocultam sob o convencionalismo, a

alienação e a ideologia.

2 OBJETIVO GERAL

Preparar para o exercício consciente da cidadania, oferecendo aos

estudantes subsídios que possam favorecer uma formação humanística

básica.

3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONCEITO DE FILOSOFIASURGIMENTO DA FILOSOFIADO MITO À FILOSOFIAA FILOSOFIA GREGAATIVIDADE RACIONAL E SUAS MODALIDADES: INTUIÇÃO E RACIOCÍNIOA RAZÃO HISTÓRICATEORIA DO CONHECIMENTOOS PRIMEIROS FILÓSOFOS E OS FILÓSOFOS CONTEMPORÂNEOSÉTICAFILOSOFIA POLÍTICAFILOSOFIA DA CIÊNCIAESTÉTICA

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1ª SÉRIE

Saber filosófico: história da FilosofiaO que é Filosofia? Por que estudar Filosofia?O bem e o mal. O que é o bem? O que é o mal?Conhece te a ti mesmo: personalidade, caráter Axiologia: os valores através dos tempos Grécia antiga : saber míticoTales; Sócrates; Platão e Aristóteles.Relação mito e filosofiaAtualidade do mitoO que é Filosofia? Por que estudar Filosofia?Senso comum e conhecimento científicoEpistemologia: teorias filosóficasCeticismo: uma revolução filosóficaFenomenologia: um olhar mais recentePossibilidade do conhecimentoAs formas de conhecimentoO problema da verdadeA questão do método: Filosofia da ciênciaConhecimento e lógica

2ª SÉRIE

Ética e moralPluralidade éticaÉtica e violênciaA busca da virtudeA medida da felicidadeO valor da amizadeNascimento da ética cristãÉtica moderna e contemporâneaEntre paixões, deveres e valores.Senhor e escravo de si mesmoÉtica e vidaRazão, desejo e vontadeLiberdade, autonomia do sujeito e a necessidade de normasDireitos da criança e do adolescenteViolência contra a criança e o adolescenteRelação entre comunidade e poderLiberdade e igualdade políticaPolítica e ideologiaEsfera pública e privadaCidadania formal e/ou participativa

3ª SÉRIE

Concepção de ciênciaA questão do método científico

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Política e IdeologiaEsfera pública e privadaCidadania formal e participativaRelação entre comunidade e poderTipos de liderançaLiberdade e igualdade políticaContribuições e limites da ciênciaCiência e ideologiaCiência e éticaNatureza da arteFilosofia e arteCategorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco,

gosto, etc.Estética e sociedadeFilósofos: Idade Média; Idade Contemporânea; AtualidadeFilósofos brasileiros

4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Aulas expositivasTrabalhos em grupo com exposição.Pesquisas bibliográficasProdução de textosExibição de vídeos, trechos de filmes. Atividades de reflexão, a partir de textos de jornais, revistas e noticiários televisivosDebatesSeminários

5 AVALIAÇÃO

A avaliação será contínua e diversificada, através das atividades

avaliativas (produção de textos reflexivos, debates, seminários) bem como

a participação efetiva nas discussões sobre o conteúdo estudado. A

recuperação será integrada ao processo de aprendizagem. No início do

semestre, os alunos serão informados pelo professor sobre o sistema de

avaliação e recuperação.

6 REFERÊNCIAS

APPEL, E. Filosofia nos vestibulares e no ensino médio. Caderno PET – Filosofia- 2 Depto. De Filosofia da UFPR, 1999.

146

146

ARANHA, Maria Lúcia Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando : Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna,1994.

________, Maria Lúcia Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna.

BOCHENSKI, Joseph M. A filosofia contemporânea ocidental. 2. ed. São Paulo, Herder,1962.

BRASIL. Lei n. 9.394/96. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de 1996.

CHÂTELET, François (org). História da Filosofia; ideias, doutrinas. Rio de Janeiro, Zahar.8v.

CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo:Ática,2000.

_____. Introdução à história da Filosofia: Dos pré-socráticos a Aristóteles.São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

_____. O que é Ideologia. São Paulo, Brasiliense, 1980. ( Col. Primeiros Passos)

CORDI, Cassiano. Para Filosofar . São Paulo. Scipione, 1995

FERRATER, M. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001.

GALLO, S; KOHAN, W.O. (orgs). Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000,

JACQUARD, Albert. Filosofia para não filósofos. Rio de Janeiro: PAZ E TERRA.

KOHAN, W.O.; WAKSMAN, V. Filosofia para crianças na prática escolar. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1998. p. 85-112. (Série Filosofia na Escola, 2)

KOHAN, W.O. Ensino de Filosofia – Perspectivas. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

LUCKESI, Cipriano Carlos; PASSOS, Elizete. Introdução à Filosofia: aprendendo a pensar. São Paulo: Cortez.

MARÇAL, Jairo (org). Antologia de Textos Filosóficos. Curitiba: SEED-PR., 2009.

MONENTE, Manoel Garcia. Fundamentos de Filosofia – Lições preliminares. Ed. Mestre Jou.

OLIVEIRA, Armando Moura (et. all). Primeira Filosofia. Tópicos de Filosofia Geral. São Paulo: Brasiliense.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Básica / Departamento de

147

147

Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Filosofia. Curitiba: SEED, 2008.

_______, Secretaria de Estado da Educação. Vários Autores. Filosofia. Ensino Médio. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SCRUTON, Roger. Introdução à Filosofia Moderna. Rio de Janeiro, Zahar, 1982.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Filosofia. Coleção Magistério 2º Grau. São Paulo: Cortez.

STEGMÜLLER,W. A Filosofia Contemporânea. São Paulo,EPU/ Edusp, 1977.2v.

COLÉGIO ESTADUAL PADRE CARLOS ZELESNYENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Michel Laidane, s/nº – Bairro Sabará – Ponta Grossa/Pr – Fone 3227-4299E-mail: [email protected]

PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO

PROFESSOR: Cristiano Santos Lopes

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Física é a ciência que estuda a matéria, a energia e suas interações

tendo contribuído de forma importante para a compreensão e descrição

dos fenômenos naturais e para avanço do domínio dos conhecimentos

tecnológicos.

A humanidade tem convivido com diferentes formas de

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processamento de informação, fazendo com que um dos grandes desafios

da Física seja o de promover um conhecimento contextualizado e

integrado ao cotidiano da vida, escolhendo, diante de tantas

possibilidades, o que é verdadeiramente relevante para compreendê-la de

forma mais abrangente e profunda, a fim de tornar-se parte do próprio

referencial que o(a) educando(a) passa a ter na sua inserção e

intervenção em um mundo vivido.

A ciência já não é vista como verdade absoluta, mas como a

expressão da própria provisoriedade humana. Portanto, a aprendizagem

em Física pressupõe uma interação que nunca é uma simples circulação

de informações, um sujeito ao mundo, um aprendiz que sempre sabe

alguma coisa e um saber que só existe porque é reconstruído.

Para tanto, a física é abordada em seu caráter prático e na dimensão

filosófica em que o conhecimento está integrado como instrumento,

tecnologia e processo histórico de forma a contribuir para o educando(a)

efetivar uma cultura científica no qual o mesmo é lançado a interpretar

fatos, fenômenos e processos materiais, situando e dimensionando a

interação do homem com o meio.

Desde a Antiguidade, a humanidade possui o interesse por conhecer

a natureza, desvendar seus mistérios e utilizar seus recursos para suprir

suas necessidades. Suas motivações iniciais teriam sido as curiosidades, o

simples prazer pela busca do conhecimentode; o medo das doenças ou

dos fenômenos da natureza, a necessidade de obter alimentos e materiais

para a construção de abrigos, o feitio do vestuário, a preparação para a

guerra etc...

Percebe-se também, que atualmente as pesquisas feitas no campo

da física estão situadas na fronteira do conhecimento e muitos dos novos

equipamentos usados são a materialização destas pesquisas. Desde a

constituição das partículas elementares até a própria formação do

universo, do eletromagnetismo e a fissão nuclear, a física continua

ampliando suas áreas de pesquisa passando pelo uso no raio x, o chip de

computador e no tratamento de doenças através da energia nuclear.

No ensino da disciplina de Física, o ponto de partida para o

149

149

aprendizado será a análise de situações previamente conhecidas pelo(s)

educandos(as). A discussão destas situações contempladas pela

contextualização e estabelecimento de relações interdisciplinares

conduzirá ao estudo das teorias físicas como possibilidade de unificação

de diversos fenômenos. Assim, a partir do estudo das máquinas térmicas

(motor a explosão, geladeiras, etc.), das ferramentas, utensílios e

aparelhos eletrodomésticos, fenômenos naturais, instrumentos ópticos

etc., passamos a discussão e reflexões sobre os conceitos da Física, sua

formalização e significações, com vistas a defrontar a compreensão do

mundo contemporâneo e suas interações com a ciência no seu contexto

histórico social, politico, cultural.

Como o seu desenvolvimento não é independente do

desenvolvimento das forças produtivas da sociedade, seu aprendizado é

estruturado em face ao contexto sócio – econômico, político e cultural em

que surgiram as teorias e descobertas. Por esta razão, algumas leituras

serão introduzidas no curso para situar o(a) estudante no contexto em que

as teorias foram desenvolvidas. Estes textos de significado histórico e

social conduzem a interpretações diferentes da natureza e que algumas

teorias são destacadas em detrimento de outras.

2 OBJETIVOS

Desenvolver o interesse pela Física, identificando habilidades natas

nos alunos em fazer Ciência;

Desenvolver habilidades para medição, e o correto uso dos padrões

de medida;

Familiarizar o estudante com os conceitos fundamentais da Física

sob o ponto de vista teórico e prático, desenvolvendo-lhe o raciocínio e

método de trabalho.

Inter-relacionar a Física com as demais áreas do conhecimento.

Transmitir ao aluno os conceitos de física clássica e contemporânea,

valorizando a sua interação com as ciências afins, o mundo tecnológico, os

150

150

determinantes e as implicações sociais daí decorrentes.

Proporcionar ao individuo a aplicação do conhecimento cientifico no

campo tecnológico e em diversas situações.

3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

MOVIMENTO / ENERGIATERMODINÂMICAELETROMAGNETISMO

CONTEÚDOS POR SÉRIE

1° SÉRIE

Estudo Analítico dos Movimentos Básicos da NaturezaDefinição de grandezas físicas;Ferramentas matemáticas para representar grandezas físicas;Padrões internacionais de unidades de medida;Definições de espaço, tempo, referencial e trajetória;Construção das funções matemáticas do movimento;Equações dos movimentos uniforme e acelerado;Relação entre força, massa e movimento;Conservação do momento linear e impulso.

Energia, Movimento e sua Conservação

Princípio da conservação da energia mecânica;Sistemas conservativos e dissipativos;Trabalho de uma força e potência mecânica.

2° SÉRIE

Estudo do Calor como forma de energiaDefinição microscópica dos conceitos de calor e temperatura;Instrumentos de medição da temperatura;Calor e fenômenos de transformação da matéria;Equações fundamentais da calorimetria;

Estudo dos Gases PerfeitosDefinição de Gás ideal;Equações dos Gases perfeitos;Transformações Gasosas.

151

151

TermodinâmicaMáquina térmicaConceito de Trabalho termodinâmico;Leis da Termodinâmica.

OndulatóriaConceito e classificação de ondas; Fenômenos ondulatórios e suas leis;Equação da onda;Fenômenos relacionados à propagação do som;

3° SÉRIE

Definições e princípios básicos da eletrostáticaDefinição da natureza dos fenômenos elétricos;Fenômenos eletrostáticos;Conceitos de Campo e potencial elétrico;

Definições e princípios básicos da eletrodinâmicaRelação entre potencial elétrico e corrente elétrica;Condução da eletricidade pela matéria;Potência e consumo de energia elétrica; Circuitos elétricos básicos e

geradores;

Princípios básicos do eletromagnetismoMagnetismo;Eletromagnetismo;Indução Eletromagnética;

Física ModernaConceitos e Históricos;Teoria da Relatividade;Efeito Fotoelétrico;Fusão e Fissão Nuclear;Laser e Maser.

4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Atendendo ao contexto social no qual está inserido o

estabelecimento de ensino e sua demanda serão ministradas aulas

teórico-expositivas, dialogadas nas quais predominará a resolução de

exercícios com a participação ativa dos(as) educandos(as), sendo

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152

valorizadas suas experiências cotidianas afim de contextualizar os

conceitos da Física com as práticas do dia a dia e estabelecer relações

interdisciplinares. Para isso, a inclusão do uso da Multimídia (TV-Pen drive)

, vídeos ilustrativos, documentários, textos literários e científicos, revistas,

jornais, livros e outros são ferramentas indispensáveis no processo ensino-

aprendizagem, pois, através da busca, da leitura, da análise e da

pesquisa os(as) educandos(as) podem permear pelos conhecimentos

científicos-tecnológicos, o que possibilita diminuir o distanciamento das

pessoas com a cultura geral e ajudar, a formarem opiniões críticas que os

ajudem a minimizar as relações entre outras áreas de conhecimento.

Para Bazin (1998), uma sociedade pode ser tecnologizada mesmo

que as tecnologias não façam parte da cultura das pessoas. Não é difícil

entender que o fato de as pessoas utilizarem torneiras com sensor ótico,

receberem multas pelos radares nas estradas, retirarem extratos e

fazerem saques nos caixas eletrônicos, efetuarem pagamentos ou

aguardarem a porta do banco e se posicionarem para ter acesso a ele, não

significa que compreendem o seu funcionamento.

Por isso que se vê necessário, pensar e planejar aulas a serem

ministradas a partir de resolução de situações - problemas, envolvendo

conteúdos que estimulem ao trabalho com as inteligências lingüística,

lógico-matemática e espacial, que infelizmente são as mais valorizadas

em nossa sociedade de consumo.

Quando possível serão realizadas atividades extras em laboratório,

relacionadas à matéria, visando aumentar a capacidade de reflexão e

estimular o pensamento científico, levando a apropriação de uma postura

mais crítica e ética em relação a tudo que aflige a comunidade,

instigando-os a se posicionarem sobre questões polêmicas que envolvem

os desafios sócio contemporâneos atendendo às questões da História e

Cultura Afro-Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso indevido de Drogas,

Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e

Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente como recorte,

153

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transversal, complementar e a debater suas conclusões, valorizando as

experiências, ampliando horizontes e confrontando com outros pontos de

vista levando à interagir de forma racional com a natureza, ambiente e

sociedade onde vive.

5 AVALIAÇÃO

A avaliação proposta segue o que estabelece as Diretrizes

Curriculares Estaduais (2008) para o Ensino de Física no Ensino Médio da

Secretaria de Estado da Educação do Paraná:

“A avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos

adotados por esta diretriz. Ao considerarmos importante os

aspectos históricos, conceituais e culturais, a evolução das

idéias em Física e a não neutralidade da ciência, nossa

avaliação deve levar em conta o progresso do estudante quanto

a esses aspectos. Ainda, se o objetivo é garantir o objeto de

estudo da Física, então ao avaliar deve-se também considerar a

apropriação desses objetos pelos estudantes.

Dessa forma, a avaliação deve ter um caráter diversificado,

levando em consideração todos os aspectos: a compreensão

dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um texto, seja

ele literário ou científico, emitindo uma opinião que leve em

conta o conteúdo físico; a capacidade de elaborar um relatório

sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva a

Física, como por exemplo, uma visita a um Parque de Ciência,

dentre outros.

No entanto, a avaliação não pode ser utilizada para classificar

os alunos com uma nota, como tradicionalmente tem sido feita,

com o objetivo de testar o aluno ou mesmo puni-lo, mas sim de

auxiliá-lo na aprendizagem. Ou seja, avaliar só tem sentido

quando utilizada como instrumento para intervir no processo de

aprendizagem dos estudantes, visando o seu crescimento.”

Então, as aulas serão de caráter teórico-prático. A abordagem

154

154

teórica se fará em aulas expositivas, seminários, e discussões em grupo.

As discussões estarão baseadas, preferencialmente, em textos e artigos

de referência previamente desenvolvidos. Face à natureza da disciplina, a

avaliação será baseada em: desempenho nas atividades propostas,

participação no ambiente de aprendizagem utilizado e no desempenho no

desenvolvimento de projetos educacionais multidisciplinares. Provas

individuais ou em grupo, dissertativas ou objetivas, listas de exercícios,

pesquisas histórico – biográficas, apresentações de resenhas escritas,

relatórios, produções diversas. O conceito final será atribuído em função

de tais observações.

Recuperações paralelas, quando pertinentes, serão oferecidas em

forma de retomada do conteúdo, atividades extras entre outras, seguida

da avaliação sob forma de avaliação escrita ou trabalhos voltados para os

projetos correlatos ao longo e ao final do processo de ensino e de

aprendizagem da disciplina. A avaliação será formativa, diagnóstica,

contínua e cumulativa.

6 REFERÊNCIAS

ALVARENGA, Beatriz; MÁXIMO, Antônio. Curso de física. Belo Horizonte: Harbra, 1992.

ANGOTTI, J. A. Fragmentos e totalidades no conhecimento científico e no ensino de ciências. Tese de Doutorado. Faculdade de Educação. USP. 1991. (1992, p.52-71).

ANGOTTI, J. A. P., DELIZOICOV, D. Metodologia de Ensino de Ciências, São Paulo: Cortez Editora, 1992.

ARAÚJO, Mauro Sérgio Teixeira de. ABIB, Maria Lúcia Vital dos Santos. Atividades experimentais no ensino de física: diferentes enfoques, diferentes finalidades. Rev. Bras. Ens. Fis. Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, Universidade Cruzeiro do Sul. Faculdade de Educação, USP. vol.25 no.2 (2003).

BRASIL. Lei n. 9.394/96. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de 1996.

EISBERG, Robert; RESNICK, Robert. Física Quântica, 9. reimpressão. Rio

155

155

de Janeiro: Editora Campus, 1994, pág. 563 a 599.

GONÇALVES, Dalton; Física do Científico e do Vestibular. Rio de Janeiro:Ao Livro Técnico S/A, 1975.

HALLIDAY, David R. Resnick – Fundamentos de Física – Quarta Edição. 1986.

KARAM, Ricardo Avelar Sotomaior. Matemática como estruturante e física como motivação: uma análise de concepções sobre as relações entre matemática e física. cefetsc. (2002, p. 01-12).

KELLER, Frederick J, Gettys E. W, Skove, M. J. Física , v. 1, 2 Ed. Makron Books.

MOREIRA, Marco Antônio. COSTA, Sayonara Salvador Cabral da. Resolução de problemas : propostas de metodologias didáticas.鈬鈬 Instituto de Física. PUC-RS. (2001).

PARANÁ, D. N. da Silva. Física, v. Único, 2 Ed. São Paulo: Editora Ática, 2000. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Básica / Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público de Física. Curitiba, 2006.

PARASKEVA, João M. Michael W. Apple e os estudos [curriculares] críticos. Currículo sem fronteiras, v.2. Universidade do Minho, Portugal. (2002, pg 106-120).

SEARS, Zemansky, Young – Física – Segunda Edição.

SOUSA, Jesus Maria. Um Currículo ao Serviço do Poder ? (1996, p.03).

VALADARES, E. C., Física Mais que Divertida, 2 Ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE CARLOS ZELESNYENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Michel Laidane, s/nº – Bairro Sabará – Ponta Grossa/Pr – Fone 3227-4299E-mail: [email protected]

PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA PARA O ENSINO MÉDIO

PROFESSORES: Moisés Ferreira de Lima, Sérgio de Oliveira, Solange

Beltrame

1 APRESENTAÇÃO

A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabeleceu as

diretrizes e bases da educação nacional (LDB), tirou do ensino médio o

caráter exclusivo de etapa cumulativa de informações para o vestibular,

ao estabelecer em 1998, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino

Médio (DCNEM). Ao propor que o principal objetivo desse período escolar

seja preparar o aluno para o exercício da cidadania, essas diretrizes

determinaram uma nova maneira de ensinar geografia.

Concluídos em 1999, os Parâmetros Curriculares Nacionais para o

Ensino Médio (PCNs) têm como objetivo facilitar a aplicação das DCNEM na

prática da sala de aula. Por esse documento é possível determinar, de

forma mais adequada, os conteúdos geográficos que são os instrumentos

que permitirão formar o cidadão crítico e atuante. Para isso, o aluno

deverá desenvolver competências e habilidades, como formar conceitos,

relacionar conhecimentos (geográficos e interdisciplinares), tirar

conclusões e realizar trabalhos de síntese dos conhecimentos adquiridos.

Além das habilidades e competências gerais citadas, a geografia

tem outras que são específicas do seu ramo de conhecimento. Daí a

extrema importância dos conteúdos escolhidos para desenvolver essas

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competências e habilidades para desenvolver essas competências e

habilidades e da maneira como serão trabalhados em sala de aula que

devem ser mostrados como fatos muito próximos da realidade do aluno,

porque na verdade o são. A sucessão dos dias e das noites, as mudanças

de tempo, os problemas da cidade onde vivemos são apenas alguns dos

muitos exemplos que podemos citar da interferência dos fenômenos

geográficos no cotidiano das pessoas.

Jornais, revistas, vídeos, filmes são auxiliares preciosos no

desenvolvimento de atividades didáticas. Discussões sobre temas atuais e

sobre problemas específicos da comunidade são outro trabalho que

produz excelentes resultados: despertam a solidariedade, cultivam a ética

e o respeito, que, uma vez assimilados na sala de aula, serão transferidos

para a vida em sociedade.

2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Tendo a Geografia um papel fundamental na formação do cidadão

crítico, questionador, reflexivo e democrático, vemos como objetivo geral

da disciplina:

Proporcionar ao aluno a compreensão do mundo em que vive; das

relações entre natureza/homem/trabalho, tornando-o crítico e parte

integrante/participante como agente de transformação;

Permitir o entendimento do espaço geográfico enquanto totalidade-

mundo, uma vez que no atual período de globalização as escalas não se

apresentam dispostas linear e independente;

Contribuir para a formação integral do aluno, para o exercício da

cidadania, conduzindo--o a reflexão, a leitura de mundo e suas

transformações sociais, políticas e econômicas;

Contribuir para o direcionamento do aluno enquanto cidadão,

analisando a sua realidade, incitando o senso crítico, a criatividade e o

raciocínio, direcionado para que o aluno tenha capacidade de ação no

meio em que vive;

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158

Contribuir para o reconhecimento do espaço vivenciado pelo aluno;

Contribuir para que o aluno se oriente e se localize no tempo e no

espaço;

Contribuir para o entendimento das inter-relações entre

homem/natureza e homem/sociedade;

Contribuir para a leitura de mundo através do entendimento do

espaço geográfico, que serve para o exercício da cidadania, auxiliando o

aluno a conhecer a realidade para poder interferir nela;

Proporcionar ao aluno a apropriação do conhecimento científico a

serviço da transformação e da justiça social.

3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica do espaço geográfico;Dimensão política do espaço geográfica;Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico;Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

1º ANO - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Os principais conceitos que fundamentam o estudo da Geografia;O como está formado o espaço geográfico;As principais formas de orientação e coordenadas geográficas;A origem e formação do universo conhecido;Os elementos formadores dos climas e suas principais características,

bem como as formas de atuação no planeta;Os principais tipos de vegetações existentes no planeta terra, bem

como suas principais características;As principais estruturas do relevo terrestre e suas principais feições;A camada líquida da Terra e a sua utilização como recurso hídrico pelos

seres humanos.A influência dos povos negros na cultura brasileira;O histórico da distribuição da população sobre o planeta;As principais teorias sobre o crescimento populacional e a distribuição

atual da população no planeta;A importância das discussões sobre questões ambientais para a vida no

planeta;A produção do lixo em uma sociedade cada vez mais consumista, bem

como a importância da reciclagem;A contribuição da industrialização desenfreada para a alteração nos

fenômenos atmosféricos;A importância da camada de Ozônio para o planeta;As causas da poluição em todas as suas formas;

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O processo de desertificação e suas consequências;Os principais tipos de migrações, suas causas e suas consequências.

2º ANO - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

A localização geográfica do território brasileiro no mundo;Os fusos horários existentes no Brasil;Principais características dos climas brasileiros;Principais classificações climáticas;As principais bacias hidrográficas brasileiras; Os principais ecossistemas existentes no território brasileiro;Os principais domínios morfoclimáticos existentes no território

brasileiro;Os principais problemas ambientais brasileiros e sua localização no

território brasileiro;O processo de formação da população brasileira;A influência africana nos costumes do povo brasileiro;A região brasileira que apresenta a influência afro mais evidente; O desenvolvimento econômico do Brasil atual, relacionado à evolução

da indústria, transporte e telecomunicação;O processo de formação das cidades brasileiras;IDH, suas causas e consequências; Os principais problemas referentes à questão agrária brasileira;Os principais recursos energéticos existentes no território brasileiro;A localização geográfica do Paraná;Os pontos extremos do estado paranaense;Relevo, clima, vegetação e hidrografia, importância para o estado;Os movimentos migratórios;As atividades econômicas do Paraná.

3º ANO - CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Os aspectos físicos e humanos dos continentes;Os processos geopolíticos que envolvem os países e o mundo na

atualidade;Compreender o início do surgimento do capitalismo no mundo;As causas e as consequências da IGM;O processo de formação do Socialismo;Os mecanismos que levaram o mundo à Crise de 1929, com suas

causas e consequências;Compreender as causas da IIGM;O processo de formação do bloco capitalista e do bloco socialista, na

disputa pelo controle mundial;Os processos originados da rivalidade entre capitalismo e socialismo

que culminaram com o fim do socialismo;O processo de formação da CEI e da ONU;Os processos que levaram as diversas crises do petróleo no mundo;Os processos que levaram a queda do Muro de Berlim, símbolo da

divisão do capitalismo e socialismo;Entender a atual configuração sobre o controle d economia mundial;

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Os principais tipos de blocos econômicos existentes no mundo;O fenômeno da Globalização Mundial e suas principais consequências

para a economia mundial;As origens, causas e consequências dos principais conflitos existentes

hoje no mundo.

4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os conteúdos propostos serão trabalhados de forma que o aluno

possa construir seu conhecimento geográfico durante cada série,

chegando ao final do ensino fundamental com uma visão ampla sobre os

assuntos tratados.

Para que o educando possa perceber a importância dos conteúdos

propostos, serão desenvolvidas atividades de ensino como pesquisas ou

trabalhos, debates ou explanações, ou de outra forma que possa vir a ser

pertinente para fazer com que o aluno reflita e não apenas decore,

favorecendo o aluno na elaboração do saber, priorizando o

desenvolvimento das ideias, do raciocínio e da investigação científica,

utilizando imagens como fonte de informação e problematização

conectadas aos temas abordados, além de atividades e textos

complementares, contextualizando os conteúdos com livros, vídeos e

filmes. A partir dessa referência, são propostas e planejadas situações de

ensino significativas e produtivas como:

Pesquisas em: jornais, revistas, livros, e na mídia em geral, etc;

Confecção de painéis referentes à unidade em estudo;

Trabalho com mapas;

Trabalhos em grupos e/ou individuais;

Saídas de campo.

5 AVALIAÇÃO

Por não ser a avaliação um instrumento quantitativo, e sim

qualitativo será efetuada em quatro etapas para que possa ser

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diagnosticado se o aluno não teve um rendimento bimestral ou não obteve

um bom resultado em apenas um determinado tempo/período.

Assim, estas quatro etapas serão divididas em:

Trabalho de pesquisa a ser entregue em data marcada;

Teste em sala;

Avaliação bimestral;

Acompanhamento diário através de atividades e tarefas;

Interpretação de mapas, imagens;

Confecção de painéis;

Seminários ou Debates realizados em sala de aula em momentos

oportunos;

Produções de textos reflexivos sobre determinados assuntos.

CRITÉRIOS PARA APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS

Terá valor máximo de 3,0 (três) pontos e será concedido ao aluno

que entregar o trabalho de acordo com a proposta apresentada pelo

professor no momento em que o mesmo for solicitado. No momento da

correção dos trabalhos será de grande importância:

Coerência do conteúdo;

Clareza;

Dedicação;

Responsabilidade.

TESTE

Terá valor máximo de 3,0 (três) pontos, e será concedido ao aluno

que acertar todas as questões do teste, sendo a nota decrescente

conforme o número de acertos.

AVALIAÇÃO BIMESTRAL

Terá valor máximo de 4,0 (quatro) pontos e será concedido ao aluno

que acertar todas as questões da avaliação, sendo a nota decrescente

conforme o número de acertos.

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RECUPERAÇÃO PARALELA

Após a realização da Avaliação bimestral, será concedida, a todos os

alunos, sendo obrigatória para aqueles que não alcançarem a média, uma

Recuperação Paralela, com o objetivo de recuperar a nota daquele aluno

que porventura não alcance a média de 60% da pontuação máxima (10,0)

do bimestre.

Terá nota máxima a Recuperação Paralela 7,0 pontos.

OBSERVAÇÃO

Poderá em determinado momento ser substituída qualquer etapa

das avaliações acima descritas por uma outra forma que o professor(a)

achar pertinente para o momento.

6 REFERÊNCIAS

MOREIRA, Igor Antonio Gomes – O espaço geográfico: geografia geral e do Brasil / São Paulo: Ática, 2002.

ALMEIDA, Lúcia Marina Alves, RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia – Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2005.

COELHO, Marcos Amorin. Geografia Geral: espaço natural e sócio-econômico. São Paulo: Moderna, 2000.

MAGNOLI, Demétrio, ARAUJO, Regina. Geografia Geral e do Brasil: paisagens e territórios. São Paulo: Moderna, 2000.

IBGE. Atlas nacional do Brasil. Rio de Janeiro, 2000.

OLIVEIRA, Cêurio. Dicionário cartográfico. Rio de Janeiro, IBGE, 1993.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização; do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro, Record, 2001

NEIMAN, Zyrman. Era verde?; ecossistemas brasileiros ameaçados. São Paulo, Atual, 1998.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Básica / Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica –

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Geografia. Curitiba: SEED, 2008.

COLÉGIO ESTADUAL PADRE CARLOS ZELESNYENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Michel Laidane, s/nº – Bairro Sabará – Ponta Grossa/Pr – Fone 3227-4299E-mail: [email protected]

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA PARA O ENSINO MÉDIO

PROFESSORAS: Miriam Carneiro da Silva; Elisabete de Goes Ribas Lopes

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1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A finalidade da história é a busca da superação das carências

humanas fundamentada por meio de um conhecimento constituído por

interpretações históricas. Essas interpretações são compostas por teorias

que diagnosticam as necessidades dos sujeitos históricos e propõe ações

no presente e projetos de futuro. Já a finalidade do ensino de História é a

formação de um pensamento histórico a partir da produção do

conhecimento, configurado pela consciência histórica dos sujeitos.

2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Analisar as relações de trabalho que permitem diversas formas de

organização do mundo do trabalho;

Oportunizar a análise e reflexão sobre as relações de poder que

geralmente envolve poder de domínio político;

Contribuir na formação cultural construídas por sujeitos históricos

inseridos na sociedade.

3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

RELAÇÕES DE TRABALHO

RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS

CONTEÚDOS BÁSICOS/ESPECÍFICOS

1º SÉRIE

TRABALHO ESCRAVO, SERVIL, ASSALARIADO E O TRABALHO LIVRE

URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO

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*HISTORIOGRAFIA: CONCEITUALIZAÇÃO,OBJETIVO, FONTES/DIVISÃO, CONCEPÇÕES DE TEMPO.*TRABALHO: CONCEITO/DIVISÃO/RELAÇÕES DE TRABALHO NAS SOCIEDADES PRÉ COLOMBIANAS,TEOCRÁTICAS DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA,NA SOCIEDADE FEUDAL/ CONSTRUÇÃO DO TRABALHO ASSALARIADO.*CONSTITUIÇÃO DO SISTEMA DE FÁBRICAS: ORGANIZAÇÃO DO TEMPO DO TRABALHO/ TRABALHO INFANTIL/ TRABALHO FEMININO.*URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL E NO PARANÁ.*SOCIEDADES AGRÁRIAS – CULTURA, TÉCNICA E FORMAÇÃO DOS PRIMEIROS NÚCLEOS URBANOS: MESOPOTÂMIA, EGITO, HEBREUS, PALESTINA, AMERÍNDIOS, REINOS AFRICANOS.*SOCIEDADES ESCRAVISTAS: GRÉCIA, ROMA.*HISTÓRIA DO PARANÁ ( LEI 13.381/01)*HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA ( 11.645/08) *ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE.*DIREITO DO ADOLESCENTE LEI 11.525/07.

2° SÉRIE

IDADE MÉDIA OCIDENTAL

FEUDALISMO – CULTURA – CRISE – RENASCIMENTO CULTURAL E CIENTÍFICO

EXPANSÃO MARÍTIMA CONQUISTA E COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA PORTUGUESA – ESPANHOLA INFLUÊNCIA DA CULTURA AFRICANA NO BRASIL

REFORMA RELIGIOSA

ILUMINISMO – REVOLUÇÃO FRANCESA BRASIL COLONIAL

REBELIÕES – CONJURAÇÃO MINEIRA E BAIANA

FAMÍLIA REAL NO BRASIL

INDEPENDÊNCIA E PRIMEIRO REINADO

PARANÁ – TERRITÓRIO E SOCIEDADE

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – URBANIZAÇÃO E INDUSTRIALIZAÇÃO

3° SÉRIE

SEGUNDO IMPÉRIO – TRANSFORMAÇÕES SOCIOECONÔMICAS

REPÚBLICA VELHA

ECONOMIA CAFEEIRA – POLÍTICA CAFÉ-COM-LEITE – CONVÊNIO TAUBATÉ

QUESTÕES SOCIAIS – POLÍTICAS – CULTURAIS

IMPERIALISMO – PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

CRISE DE 1929 E O BRASIL

REGIMES TOTALITÁRIOS – NAZISMO – FASCISMO – ERA VARGAS SEGUNDA GUERRA MUNDIAL – GUERRA FRIA

BRASIL – 1945 A 1964 - 1964 A 1985 (DITADURA MILITAR)MUNDO CONTEMPORÂNEO : BRASIL E PARANÁ (EMANCIPAÇÃO POLÍTICA)CULTURA AFRO-BRASILEIRA

ATUALIDADES

166

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4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

É importante para o ensino-aprendizagem que os estudantes façam

parte do processo de construção do conhecimento histórico. Para que esse

processo realmente ocorra há necessidade que a partir da elaboração dos

conteúdos básicos sejam problematizados e relacionados numa dimensão

política, econômica, social e cultural concomitante aos conteúdos

estruturantes; Trabalho, Poder e Cultura.

Investigar as idéias históricas que os estudantes já possuem é

fundamental.

Após isso, desenvolver a produção do conhecimento histórico a

partir de fontes históricas diversas (livros, filmes, músicas, fotografia,

relatos de memória e informática) fazendo a explicação histórica a partir

da historiografia e da problematização do conteúdo. A intenção do

trabalho com documentos em sala de aula é de desenvolver a autonomia

intelectual adequada, que permita ao aluno realizar análises críticas da

sociedade por meio de uma consciência histórica.

Porém, como o livro didático é o documento pedagógico mais

popular e usado, serão utilizados os seguintes encaminhamentos

metodológicos que permitam sua transformação em uma fonte histórica:

leitura do texto, identificação da ideia principal, identificação das imagens

e ilustrações, relacionando com as ideias do texto. Explicar as relações

feitas, estabelecer relações de causalidade e significado sobre o que

aparece no texto, nas imagens e nas ilustrações. Identificar as ideias

secundárias do texto. Por fim, registrar, de forma organizada e

hierarquizada, as ideias principais e as secundárias do texto.

Atividades propostas pelo livro didático e outras serão realizadas.

Será utilizada apresentação de slides utilizando a TV pendrive para

ilustração, quando for necessário.

Será adotado um método de pesquisa, de forma a problematizar os

conteúdos, buscando por meio de perguntas e respostas questionar e

indagar e então produzir a narrativa histórica valorizando a diversidade e

experiências.

É importante diferenciar as interpretações de um mesmo fato

167

167

histórico, por meio de consultas e pesquisas variadas, principalmente a

respeito do trabalho nas diversas sociedades para a compreensão do

passado numa relação com o presente.

Todo o material impresso e documental será usado de forma crítica

e investigativa. Fazendo o aluno perceber que há várias formas de se

enfocar o fato histórico.

O uso de diferentes materiais didáticos amplia a reflexão por parte

dos alunos e professores contribuindo para a construção do conhecimento

histórico.

5 AVALIAÇÃO

A avaliação da disciplina deverá ser formal, processual, continuada e

diagnóstica.

Deverão ser realizadas atividades como: leitura, interpretação e

análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos,

produção e narrativas históricas, pesquisa bibliográfica e apresentação de

trabalhos.

Atividades diárias: 3,0 pontos Trabalho de pesquisa: 3,0 pontos Prova escrita: 4,0 pontos

Instrumento de avaliação: Atividades diárias; trabalho de pesquisa e

apresentação oral; prova escrita.

6 REFERÊNCIAS

ARRUDA, J. J; PILETTI, N. Toda a História. São Paulo: Ática, 1995.

BRASIL. Lei n. 9.394/96. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de 1996.

________. Lei n. 11.645/08. Inclui no currículo oficial da rede de ensino a temática “História e Cultura Afro-brasileira, africana e indígena”.

168

168

CÁCERES, F. História geral. São Paulo: Editora Moderna, 1997.

COTRIM,Gilberto. História Global: Brasil e Geral – volume único, 8ª edição. São Paulo: Saraiva,2005.

MORAES,JOSÉ GERALDO VINCI DE. HISTÓRIA: GERAL E BRASIL. SÃO PAULO: SARAIVA, 2005.

PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO BÁSICA / DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – HISTÓRIA. CURITIBA: SEED, 2008.

________. LEI 13.381, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2001. TORNA OBRIGATÓRIO, NO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO DA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE ENSINO, CONTEÚDOS DA DISCIPLINA HISTÓRIA DO PARANÁ. DIÁRIO OFICIAL DO PARANÁ, BRASÍLIA, N. 6134, 18 DEZ. 2001.

VICENTINO, C. HISTÓRIA GERAL. SÃO PAULO: SARAIVA, 1997.

WACHOWICZ, R. C. HISTÓRIA DO PARANÁ. CURITIBA: EDITORA GRÁFICA VICENTINA, 1995.

COLÉGIO ESTADUAL PADRE CARLOS ZELESNYENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Rua Michel Laidane, s/nº – Bairro Sabará – Ponta Grossa/Pr – Fone 3227-4299E-mail: [email protected]

PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA/INGLES PARA O ENSINO MÉDIO

PROFESSORAS: Claudia Sniezko; Fernanda Saldanha; Sumara Troyner Scoss

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino da Língua Estrangeira Moderna na escola pública visa

contribuir para o processo de produção dos sentidos entre interlocutores

levando em consideração leitura, oralidade, escrita, ouvir (entender),

estruturas gramaticais objetivando desenvolver as habilidades orais e

escritas tornando-o capaz de interagir com responsabilidade no mundo

em que Vive, e assim formando cidadãos críticos e criativos. Demonstrar

adequação na produção no que diz respeito, particularmente, a aspectos

que afetam o significado no nível da sintaxe, da morfologia, do léxico e da

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fonologia, oportunizar aos alunos a aprendizagem de conteúdos que

ampliem as possibilidades de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já

existentes e novas maneiras de construir sentidos do e no mundo.

Considerando as relações que podem ser estabelecidas entre LE e a

inclusão social; o desenvolvimento da consciência do papei das ínguas na

sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de

construção das identidades transformadoras.

A disciplina também pretende proporcionar a consciência sobre o

que se já língua e suas potencialidades na interação humana, pois, ao

utilizar uma língua estrangeira na interação com outras culturas, os alunos

terão a oportunidade de refletir sobre a língua como um artefato cultural,

como um produto que constrói e é concluído pôr determinadas

comunidades que reagem a determinados acontecimentos com base em

história e contextos específicos.

2 OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Utilizar-se da Língua Inglesa para conhecer outras culturas

ampliando seus horizontes;

Valorizar a cultura nacional através da análise e compreensão de

outras culturas;

Possibilitar aos alunos a ampliação de conhecimentos básicos em

uma língua estrangeira para que exerçam sua cidadania no mundo

globalizado em que estão inseridos;

Perceber o papel da língua inglesa como possibilidade de acesso a

informações

3 CONTEÚDOS DA DISCIPLÍNA

1ª SÉRIE

Caso genitivo Pronomes reflexivos

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Pronomes possessivos, relativos, interrogativos, pessoais, demonstrativos

Presente dos verbos ser, estar, ter (forma afirmativa negativa, interrogativa)

Presente simples dos verbos Gênero dos substantivos Numerais Artigos indefinidos e definidos Forma condicional (1 st conditional ) Preposições Palavras cognatas e falsas cognatas Estratégicas Textos

2a SÉRIE

Adjetivos Advérbios Forma condicional ( 2nd conditional ) Participio PassadoVerbos ModaisOuantitativos Marcadores de discursosLeituraTextos

3ª SÉRIE

Formas condicionais (1st, 2nd, 3 rd conditional ) Discurso direto e indiretoVoz passiva e ativaVerbos preposicionadosTempo presente perfeitoTempos passado e presente Textos

Conforme determinação de Lei Federal os conteúdos abaixo

previstos e obrigatórios serão privilegiados através de textos nas três

séries do Ensino Médio e a partir dos mesmos propiciar a discussão e

reflexão sobre os temas tratados:

Direito da criança e do adolescente (Lei Federal 11.525/07)Prevenção e uso indevido de drogas

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História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena (Lei 11.645/08)Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescenteEducação ambiental (Lei 9796/99 – Dec.420102)

4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Serão trabalhadas as habilidades de comunicação e expressão na

língua inglesa através da interpretação de textos e atividades estruturais.

O educando adquirirá consciência da língua e sua importância

através de experiências significativas e individualizadas.

Com aquisição gradual de vocabulário e através do trabalho

instrumental de compreensão de idéias, ou seja, utilizando técnicas de

leitura e interpretação, o aluno será levado a entender frases e textos sem

a necessidade de todo o

momento recorrer ao dicionário ou qualquer outro tipo de ajuda, visando à

busca do estabelecimento de padrões da língua (regras gramaticais) que o

habilitarão à compreensão autônoma de textos escritos.

Também serão apresentados ao educando textos de crescentes

graus de dificuldade que, depois de lidos e interpretados, servirão de

suporte para a problematização da realidade linguística capacitando o

aluno na percepção das ideias principais de cada texto.

Outros recursos, tais como: músicas, vídeos e as atividades extras

(jogos, notícias em jornais e revistas) serão utilizados para que os alunos

possam interagir diretamente com a língua que está sendo aprendida e

ensinada.

Portanto, a grande meta no ensino da Língua Inglesa é entender a

comunicação como uma ferramenta imprescindível no mundo moderno,

com vistas à formação profissional, acadêmica e pessoal.

5 AVALIAÇÃO

Entendendo que a avaliação é um meio e não o fim do processo

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ensino-aprendizagem, deverá servir de diagnóstico para o professor e

alunos, no acompanhamento dos sucessos e dificuldades encontradas nas

aulas. Deverá permitir o redirecionamento dos esforços no sentido de

alcançar os objetivos propostos para a disciplina. Desse modo a avaliação

será cumulativa e continua e serão consideradas para tanto, atividades

durante a aula, participação e interesse dos alunos, tarefas, trabalhos,

pesquisas, testes e provas orais e escritas como instrumentos de

avaliação.

6 BIBLIOGRAFIA

ANDREOTTI, V.; JORDÃO, C.M.; GIMENEZ, T. (org.) Perspectivas educacionais e ensino de inglês na escola pública. Pelotas : Ecucart, 2005;

ALMEIDA FILHO, J.P.C. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Pontes, 2002.

BAYNHAM, M. Literancy practices: investigating literancy in social contexts. London: Longman, 1995.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal, São Paulo: Martins Fontes, 1992.

BRAHIM, C.S.M. Pedagogia crítica, letramento critico e leitura crítica. Texto de Interação: subsídios para uma pedagogia crítica de leitura inglesa. Campinas: Unicamp, 2001. Dissertação (Mestrado)

CANALE, M. De Ia competência comunicativa a Ia pedagogia comunicativa Del lenguaje. ln: LL0BERA, M. et al. Competência Comunicativa - documentos básicos para Ia enseñanza de lenguas extranjeras. Madrid: EDELSA, 2000.

COOK, G. Applied linguistics. Oxford: Oxford University Press, 2003.

CORACINI, M. J. O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas: Pontes, 1995.

CRISTOVÃO, V. O uso de L 1 no ensino/aprendizagem de L2: o real e o possível. São Paulo:PUC, 1996. Dissertação (Mestrado).

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática da autonomia. 20.8d. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.

173

173

GIMENEZ, T. Inovação educacional e o ensino de línguas estrangeiras modernas: o caso do Paraná. Revista Signum, v.2, p. 169 - 183, 1999.

GIMENEZ, T. Ensino de línguas estrangeiras no ensino fundamental:

questões para debate. Londrina, 2004. Mimeo.

GIMENEZ, T. Competência intercultural na língua inglesa. Disponível em http://www.ue l. br/cch/nap/artigos/artigo05 . htm. Acesso em: 29 de maio de 2006

MOITA LOPES, L.P. A nova ordem mundial, os parâmetros curriculares nacionais e o ensino de inglês no Brasil: a base intelectual para uma ação política. In: BARBARA L. ; RAMOS R.C.G. (org.). Reflexão e ações no ensino-aprendizagem de línguas. Campinas: Mercado de Letras, 2003.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

MENEZES SOUZA, L.M.T. O conflito de vozes na sala de aula. In ORACINI, M.J. (org.) O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas: Pontes, 1995, p.21-26.

PAIVA, V.L.M.O. A formação do professor de línguas. Disponível em: www.veramenezes.com Acesso em 15 de maio de 2006.

PARANÁ. Secretaria do Estado de Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de primeiro Grau. Currículo básico da escola pública do Paraná. Curitiba, 1990.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação (2007) Língua Estrangeira Moderna Espanhol - Inglês Ensino Médio – 2ª Edição.

PARANÁ, Governo do Estado do. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para o Ensino Médio. Secretaria do Estado de Educação. Curitiba, 2006.

SARMENTO,S.; MULLER,V. (orgs.) . O ensino de língua estrangeira: estudo e reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.

VOLPI,M. T. A formação de professores de língua estrangeira frente aos novos enfoques de sua ação docente. In: LEFFA, V. O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão. Pelotas: EDUCAT, 2001.

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PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO FUNDAMENTAL

PROFESSORAS: Dariene Aparecida Kincheski de Ávila; Luciane Cheres Martinha Aparecida da Silva

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Buscando a dimensão histórica da disciplina Língua

Portuguesa/Literatura, percebemos que esta só passou a integrar os

currículos escolares nas últimas décadas do século XIX, sendo que a

formação do professor só foi alvo de preocupação nos anos 30 do século

XX.

Quando institucionalizada como disciplina, para poucos que tinham

acesso à escolarização, moldava-se ao ensino do Latim.

No Brasil e em Portugal, o Marques de Pombal torna obrigatório o ensino

da língua portuguesa nos meados do século XVIII. Em 1837, a língua

portuguesa foi incluída no currículo (disciplinas: Gramática, Retórica e

Poética (Literatura)). No século XIX, o conteúdo gramatical passou a ser

denominado de Português, e em 1871 é criado o cargo de Professor de

Português.

Até 1967, o ensino de língua portuguesa é elitista, mas com o

processo de democratização, ampliam-se as vagas e são eliminados os

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exames de admissão, entre outros. Decorrente disso, acontece o choque

tanto da língua ensinada na escola e as diferentes variedades de

português daqueles que passaram a frequentar a escola, quanto dos

valores escolares e a realidade dos falantes. Não dando conta desse novo

contexto, veiculou-se a educação à industrialização – o que é reforçado na

Lei 5.692/71 que determinava o ensino voltado à qualificação para o

trabalho.

Institui-se a pedagogia tecnicista que pauta a língua portuguesa nas

teorias da comunicação, deixando a gramática de ser enfoque principal,

pois na prática impera o normativismo (exercícios estruturais, técnicas de

redação, treinamento de habilidades de leitura).

Na década de 80, percebe-se a natureza sociológica da linguagem, a

interação entre sujeitos – através de Bakhtin. Em Geraldi (1997), percebe-

se que essa visão bakhtiniana traz o desprestígio da função referencial da

linguagem.

Quanto ao ensino da literatura, até o século XX, primava-se pela

leitura para transmissão da norma culta, com exercícios e estratégias para

incutir valores religiosos, morais e cívicos. Pensando-se em ultrapassar

essa prática fazem uma análise literária simplificada: questionários sobre

personagens principais e secundários, tempo e espaço da narrativa.

Mesmo mais tarde, quando se propunha a análise do texto (rimas,

escanção dos versos, ritmo, estrofes, etc.), não há estímulo à reflexão

crítica.

Em 1980, busca-se a educação linguística. Já em 1990, a concepção

dialógica e social da linguagem; e no final dos anos 90, uma reflexão

acerca dos usos da linguagem oral e escrita como habilidades e

competências.

Hoje, o estudo acontece através do discurso ou texto, com análise

linguística. Assim, assume-se a língua como interação, numa dimensão

discursivo-textual, criando oportunidades para o aluno refletir, construir,

levantar hipóteses a partir da leitura e da escrita de diferentes textos.

Nesse sentido, a ação pedagógica referente à língua portuguesa

pauta-se na interlocução e em atividades que possibilitem ao aluno a

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leitura, a expressão oral ou escrita e reflexão sobre o uso que faz da

linguagem nos diferentes contextos e situações comunicativas.

Nesta proposta a língua é reconhecida como uma das atividades

usuais dos falantes e cabe a escola o papel de discuti-la, organizá-la e

estruturá-la em ordem de prioridades para o ensino-aprendizagem e, se

necessário, alterar as já estabelecidas e convencionais prioridades

destinadas ao processo do ensino da língua portuguesa. Para tanto, faz-se

necessário que os professores e profissionais envolvidos com o ensino da

língua estejam convencidos do alerta do professor POSSENTI (1998), de

que “... o domínio efetivo e ativo da língua dispensa o domínio de uma

metalinguagem técnica” e de que “... conhecer uma língua é uma coisa e

saber analisá-la é outra.”. Assim, as práticas da linguagem em sala de

aula devem considerar a linguagem em movimento e a produção de

sentidos que acontecem através dela.

Diante de tais considerações a presente proposta reconhece em seu

teor que o papel da escola não é apenas ensinar a língua padrão e, sim,

propiciar condições para seu uso efetivo.

2 OBJETIVOS GERAIS

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo

adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que

estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante das

mesmas;

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas

realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores,

os seus objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o

contexto de produção/leitura;

Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o

gênero e o tipo de texto, assim como os elementos gramaticais

empregados na sua organização;

Ampliar o domínio da língua e da linguagem, visando o pleno

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exercício da cidadania;

Expandir suas capacidades de comunicação, reflexão e inserção

pessoal.

3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A aprendizagem não se dá de maneira linear, mas procura abarcar

todos os mecanismos envolvidos no processo de interação. Dessa forma

“a seleção de conteúdos deverá considerar o aluno como sujeito de um

processo histórico, social, detentor de um repertório linguístico que

precisa ser considerado na busca da ampliação do seu saber”.

Assim sendo, a sistematização do trabalho escolar será pautada nos

seguintes eixos: prática da oralidade, prática da leitura e prática da

escrita.

5ª série/6º ano

OralidadeRelatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, textos lidos, programas de TV, filmes, entrevistas, etc)Debates (assuntos lidos, acontecimentos, atualidades, situações polêmicas, etc)Produção oral: (histórias, piadas, charadas, adivinhações, etc)a)Atividade da fala:- Clareza, sequência, objetividade e consistência argumentativa na exposição de ideias;- Adequação vocabular.

b) Fala do outro:- Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro- Julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, de clareza e consistência argumentativa.

c) Domínio da Norma Padrão:- concordância verbal e nominal- regência verbal e nominal- conjugação verbal- empregos de pronomes, advérbios, conjunções.

LeituraPrática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos.

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Interpretação:- Identificar ideias básicas apresentadas nos textos;- Reconhecer no texto as especificidades (texto narrativo ou informativo);- Identificar o processo e o contexto de produção;- Confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;- Atribuir significados que extrapolem o texto lido;- Leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens e perspectivas diferentes; mesmo tema tratado em épocas diferentes).

Análise:- Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;- Avaliar o nível argumentativo;- Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos);

Mecânica da Leitura:- Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.

EscritaProdução textual:- Produção de textos ficcionais (narrativos);- Produção de textos informativos.

Estrutura textual:- Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc);- A organização de parágrafos;- A pontuação;- Emprego das classes gramaticais.

Expressão escrita:- Adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjunção verbal)

Organização Gráfica dos textos:- Ortografia;- Acentuação;- Recursos gráficos-visuais (margem, título, etc)

6ª Série/7º ano

OralidadeRelatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, textos lidos, programas de TV, filmes, entrevistas, etc)Debates (assuntos lidos, acontecimentos, atualidades, situações polêmicas, etc)Produção oral: (histórias, piadas, charadas, adivinhações, etc)a)Atividade da fala:- Clareza, sequência, objetividade e consistência argumentativa na

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exposição de ideias;- Adequação vocabular.

b) Fala do outro:- Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro- Julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, de clareza e consistência argumentativa.

c) Domínio da Norma Padrão:- concordância verbal e nominal- regência verbal e nominal- conjugação verbal- empregos de pronomes, advérbios, conjunções.

LeituraPrática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos.Interpretação:- Identificar ideias básicas apresentadas nos textos;- Reconhecer no texto as especificidades (texto narrativo ou informativo);- Identificar o processo e o contexto de produção;- Confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;- Atribuir significados que extrapolem o texto lido;- Leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens e perspectivas diferentes; mesmo tema tratado em épocas diferentes).

Análise:- Avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;- Avaliar o nível argumentativo;- Avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos);

Mecânica da Leitura:- Ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.

EscritaProdução textual:- Produção de textos ficcionais (narrativos);- Produção de textos informativos;- Produção de textos dissertativos.

Estrutura textual:- Uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc);- A organização de parágrafos;- A pontuação;

Expressão escrita:- Adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjunção verbal)

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- Introdução a sintaxe (frase, oração, período, sujeito e predicado)

Organização Gráfica dos textos:- Ortografia;- Acentuação;- Recursos gráficos-visuais (margem, título, etc)

7ª Série/8º ano

OralidadeRelatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, textos lidos, programas de TV, filmes, entrevistas, etc)Debates (assuntos lidos, acontecimentos, atualidades, situações polêmicas, etc)Apresentações explanações (trabalhos, palestras, etc)a)Atividade da fala:- Clareza, sequência, objetividade e consistência argumentativa na exposição de ideias;- Adequação vocabular.

b) Fala do outro:- Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro- Julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, de clareza e consistência argumentativa.

c) Domínio da Norma Padrão:- concordância verbal e nominal- regência verbal e nominal- conjugação verbal- empregos de pronomes, advérbios, conjunções.

LeituraPrática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos.Interpretação:- identificar ideias básicas apresentadas nos textos;- reconhecer no texto as especificidades (texto narrativo ou informativo);- identificar o processo e o contexto de produção;- confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;- atribuir significados que extrapolem o texto lido;- leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens e perspectivas diferentes; mesmo tema tratado em épocas diferentes).

Análise:- avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;- avaliar o nível argumentativo;- avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos);

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Mecânica da Leitura:- ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.

EscritaProdução textual:- produção de textos ficcionais (narrativos);- produção de textos informativos;- produção de textos dissertativos.

Estrutura textual:- processos de coordenação e subordinação na construção das orações;- uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc);- a organização de parágrafos;- a pontuação;

Expressão escrita:- adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjunção verbal)

Organização Gráfica dos textos:- ortografia;- acentuação;- crase- recursos gráficos-visuais (margem, título, etc)

Aspectos da gramática tradicional:- reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos, a conectividade sequencial e a estruturação temática;- refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto, objeto indireto e predicativo;- reconhecer as categorias sintáticas – os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e especificadores;- a posição na sentença do sujeito, verbo e objeto e as possibilidades de inversão;- a estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver;- sintagma verbal nominal e sua flexão;- complementação verbal: verbos transitivos e intransitivos;- a adjunção;- a coordenação e a subordinação.

8ª Série/9º ano

OralidadeRelatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras, textos lidos, programas de TV, filmes, entrevistas, etc)Debates (assuntos lidos, acontecimentos, atualidades, situações polêmicas, etc)Apresentações explanações (trabalhos, palestras, etc)

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a)Atividade da fala:- Clareza, sequência, objetividade e consistência argumentativa na exposição de ideias;- Adequação vocabular.

b) Fala do outro:- Reconhecer as intenções e objetivos na fala do outro- Julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, de clareza e consistência argumentativa.

c) Domínio da Norma Padrão:- concordância verbal e nominal- regência verbal e nominal- conjugação verbal- empregos de pronomes, advérbios, conjunções.

LeituraPrática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos.Interpretação:- identificar ideias básicas apresentadas nos textos;- reconhecer no texto as especificidades (texto narrativo ou informativo);- identificar o processo e o contexto de produção;- confrontar as ideias contidas no texto e argumentar com elas;- atribuir significados que extrapolem o texto lido;- leitura contrastiva (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema em linguagens e perspectivas diferentes; mesmo tema tratado em épocas diferentes).

Análise:- avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;- avaliar o nível argumentativo;- avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural (paragrafação e recursos coesivos);

Mecânica da Leitura:- ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e sua relação com os sinais de pontuação.

EscritaProdução textual:- produção de textos ficcionais (narrativos);- produção de textos informativos;- produção de textos dissertativos.

Estrutura textual:- processos de coordenação e subordinação na construção das orações;- uso de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc);- a organização de parágrafos;- a pontuação;

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Expressão escrita:- adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, conjunção verbal)

Organização Gráfica dos textos:- ortografia;- acentuação;- crase- recursos gráficos-visuais (margem, título, etc)

Aspectos da gramática tradicional:- reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos, a conectividade sequencial e a estruturação temática;- refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais: sujeito, objeto direto, objeto indireto e predicativo;- reconhecer as categorias sintáticas – os constituintes: sujeito e predicado, núcleo e especificadores;- a posição na sentença do sujeito, verbo e objeto e as possibilidades de inversão;- a estrutura da oração com verbos, ser, ter e haver;- sintagma verbal nominal e sua flexão;- complementação verbal: verbos transitivos e intransitivos;- a adjunção;- a coordenação e a subordinação.

Observação: Trabalhar em todas as séries “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A concepção assumida em Língua Portuguesa pressupõe ações

padagógicas pautadas na construção do conhecimento de forma crítica,

reflexiva e engajada na realidade, considerando que a língua só existe em

situações de interação e através de práticas discursivas.

As atividades serão problematizadas a partir da pesquisa, reflexão,

discernimento e comprometimento do professor, favorecendo o

desenvolvimento das habilidades de falar, ouvir e escrever.

É necessário disponibilizar ao aluno o acesso à leitura de diversos

tipos de textos que favoreçam as relações intertextuais fazendo também

uma ligação entre o conhecimento do educando e os temas abordados.

Para atender a estes pressupostos relacionamos alguns recursos

estratégicos como: apresentação de temas variados, depoimentos,

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debates, opiniões, entrevistas, relatos, seminários, análise e comparações

de diversos textos, produção e reestruturação textual por meio dos quais o

aluno criará o hábito de planejar, escrever, revisar e reescrever seus

textos com fins de interlocução e em situação concreta do uso da

linguagem.

5 AVALIAÇÃO

É imprescindível que a avaliação seja contínua e prioriza a qualidade

e o processo de aprendizagem do aluno durante o ano letivo. Nesse

sentido a avaliação formativa e diagnóstica seria o recurso mais adequado

por enfatizar a aprendizagem dos alunos e considerar os seus diferentes

ritmos e processos de assimilação.

A oralidade será avaliada progressivamente, considerando a

participação dos alunos nos diálogos, relatos e discussões, bem como a

clareza que ele mostra ao expor suas ideias, afluência de sua fala, seu

desembaraço e a argumentação coerente ao defender seus pontos de

vista e, de modo especial a sua capacidade de adequar o discurso/texto

aos diferentes interlocutores e situações.

Quanto à leitura serão propostas, questões abertas, discussões,

debates e atividades que permitam ao professor avaliar as estratégias que

os alunos empregam no decorrer da leitura, bem como a compreensão do

texto lido e a reflexão que possuem a respeito do mesmo.

A escrita dos alunos será vista como uma fase do processo de

produção, privilegiando os contextos reais de interação comunicativa,

sendo que as propostas de produção textual deverão ser elaboradas

claramente de maneira que os aspectos contemplados na avaliação

estejam bem definidos, tanto para o professor como para o aluno.

6 REFERÊNCIAS

AMARAL, Emília, et. AL. Português: novas palavras. São Paulo: FDT, 2000.

185

185

BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico. São Paulo: LOYOLA, 2003.

BAKHTIN, M. Trad. Michel e Yara Vieira. Marxismo e filosofia da linguagem. 6º Ed. São Paulo: HUCITEC, 1992.

BORDINI, Maria da Glória; AGUIAR, Vera Teixeira de. Literatura: a formação do leitor. Porto Alegre: Novas Perspectivas, 1988.

BRASIL. Lei n. 9.394/96. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de 1996.

________. Lei nº 11.525/07. Inclui conteúdo sobre direitos das crianças e adolescentes no currículo do ensino fundamental. Brasília. 2007

________. Lei no. 11.645/08. Inclui no currículo oficial da rede de ensino a temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília. 2008

FARACO, Carlos Alberto. Português: língua e cultura. Ensino Médio Curitiba: BASE, 2005.

GONÇALVES, Maria Silvia; RIOS, Rosana. Português em outras palavras. São Paulo: Scipione, 2005.

INFANTE, Ulisses. Curso de gramática aplicada ao texto. São Paulo: Scipione, 2001.

POSSENTI, S Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil, 2003.

PLATÃo e FIORIN. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1997.

SECRETARIA DO ESTADO DO PARANÀ. Diretrizes curriculares de língua portuguesa para o ensino médio. Curitiba, 2006.

SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2002.

TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e Interação. 8. Ed. São Paulo: Cortez, 2002.

GERALDI. J. V. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997.

AZEREDO, J. C. Iniciação à sintaxe do português. 5ª Ed. Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed., 1995.

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Rua Michel Laidane, s/nº – Bairro Sabará – Ponta Grossa/Pr – Fone 3227-4299E-mail: [email protected]

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO MÉDIO

PROFESSORES: Alda Luiza Pedron; José Schimiguel; Marcia Cristiane Ramos Padilha

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1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Matemática está presente na vida de todo cidadão,

exercitamos nossa abstração desde pequenos. Utilizamos conhecimentos

matemáticos de forma pura e construímos assim uma visão matemática

que será polida nos bancos escolares.

São as análises que fazemos junto com o aluno que o levarão a

identificar, construir, praticar e até mesmo gostar da Matemática.

Os textos históricos da Matemática trazidos como leituras

complementares, ampliarão horizontes e aprofundarão conhecimentos

bem como possibilitarão a troca de experiências.

Inserir o conteúdo num contexto mais amplo e interdisciplinar

provocará a curiosidade do aluno ajudando assim a criação de uma base

sólida de aprendizado, que fará com que os mesmos entendam a real

compreensão dos processos envolvidos na construção do conhecimento.

Assim sendo possibilitaremos aos educandos a utilização e a

exploração de novas perspectivas, permitindo assim, um novo olhar sobre

a Matemática.

2 OBJETIVOS GERAIS

Aplicar seus conhecimentos matemáticos a situações diversas,

utilizando-o na interpretação da ciência, nas atividades tecnológicas e nas

atividades cotidianas;

Analisar e valorizar informações provenientes de diversas

fontes, utilizando ferramentas matemáticas para formar uma opinião

própria que permita expressar-se criticamente sobre problemas de

Matemática, das outras áreas do conhecimento e da atualidade;

Desenvolver conceitos e procedimentos com relação aos

temas: Números, Álgebra, Medidas, Geometria, Estatística, Contagem e

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Probabilidade, bem como aplicá-los na resolução de problemas

matemáticos ou não.

3 CONTEÚDOS DA DISCIPLINA

1ª SÉRIE

Conjuntos NuméricosIntervalosOperações com intervalosPar Ordenado – RelaçõesIgualdade de pares ordenadosProduto CartesianoRelação e FunçãoDefinição, domínio, imagem e representação gráfica de uma relaçãoDefinição, domínio, imagem, contradomínio, gráfico de uma função.Função de 1º grauGráfico da função cartesiana de 1º grauFunção constanteFunção: identidade, linear e afimFunção crescente e função decrescenteestudo do sinal de uma função de 1º grauFunção do 2º grauGráfico cartesiano da função do 2º grauMáximos ou Mínimos e conjunto imagem da função do 2º grauEstudo do sinal da função do 2º grauFunção ExponencialEquação ExponencialGráfico da função exponencialLogaritmoPropriedades imediatas e operatóriasSistemas de logaritmosLogaritmos decimaisMudança de base Função logarítmicaTrigonometriaTrigonometria no triângulo retânguloTrigonometria na circunferênciaArcos e ângulosCálculo das razões: seno, cosseno, tangente, cotangente, secante e

cossecante.Lei dos Senos e CossenosEquações trigonométricas

2ª SÉRIEGeometria EspacialPoliedrosRelação de Euler

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Prisma, área e volumePirâmide, área e volumeCilindro, área e volumeCone, área e volumeEsfera, área e volumeAnálise combinatóriaPermutação simples e com repetiçãoArranjo simples Combinação simplesBinômio de NewtonProbabilidade Experimento aleatório e eventosMatrizesElementos de uma matriz Operações com matrizesDeterminantesRegra de Sarrus Teorema de LaplaceSistemas linearesClassificaçãoRegra de CramerEscalonamento

3ª SÉRIEGeometria AnalíticaEstudo analítico do ponto e retaDistância entre dois pontosPonto médio de um segmentoAlinhamento de três pontosÁrea e baricentro de um triânguloEquação geral da retaCoeficiente angularRetas paralelas e concorrentesDistância entre ponto e retaEquação da circunferênciaPosição de ponto e reta com a circunferênciaNúmeros complexosConjunto dos números complexosForma algébricaOperações com complexosIgualdade de dois complexosPotências de iPolinômiosGrau de um polinômioValor numérico do polinômioOperações com polinômiosTeorema do restoEquações algébricasProváveis raízesRelação de Girard

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EstatísticaInterpretação de gráficos (barras, setor, linhas e colunas)Média aritmética, ponderada e harmônicaMatemática financeiraJuro simples e compostoMontanteProgressõesAritméticaGeométrica

4 METODOLOGIA

O aprendizado da Matemática depende muito de uma

linguagem clara e de símbolos próprios e específicos. Se aproveitarmos a

facilidade com que os alunos trabalham a linguagem cifrada da internet e

celulares, estaremos mostrando que também são símbolos significativos e

que usaremos em nossas aulas. A compreensão do conteúdo se tornará

mais fácil e rápida, pois ele verá que se assemelha com o que ele usa.

Nenhum aluno mantém interesse por algo em que não veja

algum elemento que satisfaça ou aguce a sua curiosidade. É preciso,

portanto auxiliar estas ligações para que o aprendizado se torne relevante.

Convém também lembrarmos que a Matemática possui caráter

cumulativo. As carências acumuladas, quer de informações ou

sistemáticas, gerarão imensas dificuldades na compreensão de novas

ideias. A boa compreensão de conceitos anteriores, a prática, são quase

imprescindíveis para entender as etapas mais avançadas.

Os conteúdos serão organizados para encaminhar o

pensamento dos alunos e desenvolver suas estruturas conceituais por

intermédio das relações entre diversos significados com aulas expositivas

buscando sempre a participação efetiva dos alunos.

A articulação entre os conhecimentos presentes em cada

conteúdo estruturante é realizada na medida em que os conceitos podem

ser tratados em diferentes momentos e, quando situações de

aprendizagens possibilitam a retomada e aprofundamento de cada item

trabalhado. Nada é isolado, todos os conhecimentos se intercalam.

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As tendências devem ser entendidas como meio que

fundamentará a metodologia para prática docente. Sendo elas: Resolução

de problemas, Modelagem, Abordagens históricas, Mídias tecnológicas e

Etnomatemática.

Devemos lembrar que o aluno deve ter oportunidades para

pesquisar, usar as novas tecnologias, visualizando o mundo como um

todo, no qual ele estará inserido.

5 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação tem na Educação um papel de grande importância,

pois faz a mediação entre ensino e aprendizagem.

Deve ser também uma orientação para o professor e aluno na

condução de seus conhecimentos, não devendo ser apenas o meio de

reprovação ou retenção, mas sim o que definirá até onde podemos

avançar com cada indivíduo.

A avaliação deve ocorrer ao longo do processo de

aprendizagem, propiciando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar

se houve aprendizagem. Através da avaliação escrita, trabalhos

individuais ou em grupos, pesquisas, sempre aprofundando o conteúdo

trabalhado sendo que devem ser realizadas no mínimo três avaliações por

bimestre.

6 REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n. 9.394/96. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de 1996.

________. Lei no. 11.645/08. Inclui no currículo oficial da rede de ensino a temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília. 2008

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Básica / Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Matemática. Curitiba: SEED, 2008.

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_______, Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público de Matemática. Curitiba, 2006.

_______, Governo do Estado do. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental. Curitiba, julho 2009.

SOUZA, Joamir Roberto de. Novo Olhar Matemática. 1ª ed. São Paulo: FTD, 2010.

XAVIER, Cláudio. Matemática Aula por Aula. 2ª ed. Renovada. São Paulo: FTD, 2005.

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PROPOSTA CURRICULAR DE QUIMICA PARA O ENSINO MÉDIO

PROFESSORA: Tatiane Skeika

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Química é a ciência que trata das substâncias da natureza, dos

elementos que a constituem, de suas características, propriedades

combinatórias, processos de obtenção, suas aplicações e sua

identificação. A abordagem dos conteúdos no ensino da Química visa

nortear pela construção e reconstrução de significados dos conceitos

científicos, vinculada a contextos históricos, políticos, econômicos, sociais

e culturais, e estará fundamentada em resultados de pesquisa sobre o

ensino de ciências. A química colabora no estabelecimento de uma cultura

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científica, cada vez mais arraigada no capitalismo e presente na

sociedade, e, por conseguinte, na escola.

2 OBJETIVOS GERAIS

Entender que a Química, assim como todas outras Ciências, foi

desenvolvida e é aprimorada para o benefício do ser humano;

Reconhecer que o Universo é constituído por substâncias, que por

sua vez são constituídas por átomos de elementos químicos que, na

maioria das vezes, estão combinados;

Reconhecer e utilizar adequadamente, na forma oral e escrita, a

simbologia usada na representação dos átomos dos elementos químicos;

Aprender que as substâncias químicas estão divididas em diferentes

classes conforme suas características;

Verificar que a mistura de diferentes substâncias podem resultar na

formação de um novo composto químico através das reações químicas;

Estabelecer relações entre a observação dos fatos e a proposição de

teorias para explicá-los.

3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

MATÉRIA E SUA NATUREZABIOGEOQUÍMICAQUÍMICA SINTÉTICA

1ª SÉRIE

Introdução à QuímicaPropriedades da matéria

Mudanças de estado físicoPontos de fusão e ebuliçãoMatériaMisturas homogêneas e heterogêneasSubstância Pura e Mistura

O Lixo e seus componentes ReciclagemEducação Ambiental (Lei 9796/99 decreto 4201/02).

Separação de mistura

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Fenômenos físicos e químicosEstrutura atômica

O átomoRepresentação átomo Elemento x substância simplesSubstâncias simples x compostasModelos atômicos: Dalton, Thomson, RutherfordNúmero atômico e número de massaÍons Isótopos, isótonos e isóbarosModelo BohrConfiguração eletrônica (subníveis de energia)

Tabela periódicaHistória da tabelaEstrutura da tabela

Famílias e períodosConfiguração eletrônica x tabela periódicaMetais, não-metais e semimetais

Propriedades PeriódicasLigações Químicas

Regra do octetoLigação iônicaPropriedades das substâncias iônicasLigação covalente e coordenadaPropriedades das substâncias molecularesLigação metálicaPropriedades das substâncias metálicas

Funções InorgânicasÁcidos e bases

Fórmulas e nomenclaturasIonização de ácidos e bases

II. Sais e óxidosFórmulas e nomenclaturaReação de neutralização total

Reações QuímicasTipos de reações

Reação de adição ou sínteseReação de decomposiçãoReação de simples trocaReação de dupla troca

2ª SÉRIE

SoluçõesClassificação das soluçõesProduto de solubilidadeUnidades de concentraçãoDiluição

Termoquímica

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Primeiro princípio da termodinâmicaReações exotérmicas e endotérmicas.Fatores que influenciam o ∆H

Cinética QuímicaFatores que influenciam a velocidade de uma reação

Equilíbrio químicoEquilíbrio químico em sistemas homogêneosDeslocamento de equilíbrioEquilíbrio iônicoEquilíbrio iônico da água pH e pOH

EletroquímicaReações de oxirredução.

3ª SÉRIE

Introdução à Química OrgânicaFórmulas molecular, estrutural e de linhasClassificação das cadeias carbônicasFunções Químicas

HidrocarbonetosHaletos orgânicosAlcoóis AldeídosCetonasÁcidos carboxílicosFenóisÉteresÉsteresAminas Amidas NitrilasÁcidos sulfônicos

Isomeria RadioatividadeHistória dos cientistas e pesquisadores afrodescendentes que

contribuíram para descobertas da química. (Cultura e história afro-brasileira (Lei n. 10.639/03))

4 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Uma aula que utiliza a contextualização, que contribui para que o

conhecimento ganhe significado para o aluno, de forma que aquilo que lhe

parece sem sentido seja problematizado e apreendido. Para que essa

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situação seja utilizada como aliada na sala de aula, as experiências dos

alunos e seus valores culturais, devem ser reestruturadas e

sistematizadas a partir das ideias ou dos conceitos que estruturam as

disciplinas de referência.

Trabalhando-se com conteúdos interdisciplinares, a química

apresenta-se mais compreensível do que quando há um recorte de

conteúdo qualquer de outra disciplina, ou conteúdos fragmentados. Essa

perspectiva fundamenta o trabalho interdisciplinar dos conceitos de

matéria e suas naturezas, biogeoquímica e da química sintética.

5 AVALIAÇÃO

A avaliação é um mecanismo de superação das dificuldades dos

educandos, bem como o exercício de pesquisa e de reflexão do educador

sobre a sua prática pedagógica, e instrumento indispensável à adequação

do processo de ensino e aprendizagem. A verificação do aproveitamento

escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno, nas diferentes

situações de aprendizagem. A avaliação será contínua e cumulativa no

decorrer do bimestre e realizada por meio de instrumentos diversificados.

A recuperação será integrada ao processo de aprendizagem. Os alunos

serão informados pelo professor, no início do semestre, sobre a

sistemática de avaliação e recuperação.

6 REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n. 9.394/96. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília, 20 de dezembro de 1996.

NÓBREGA, S.O; SILVA, E. R; SILVA, R. H. Química. Volume único. 1ª edição. São Paulo: Ática, 2008.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Básica / Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Química. Curitiba: SEED, 2008.

_______, Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público de Química. Curitiba, 2006.

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PERUZZO,F. M; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano, volume 1. 3ª edição. São Paulo: Moderna, 2003.

SARDELLA, A. Química. Volume único. 5ª edição. São Paulo: Ática, 2003.

ULTIMURA, T. Y. LINGUANOTO, M., Química. Volume único, São Paulo: FTD, 1998.

Química & Sociedade. Volume único, ensino médio. São Paulo: nova geração, 2005.

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PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA – ENSINO MÉDIO

PROFESSORES: Maria Soeli Loss e Antônio Castro

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Sociologia, desde a sua constituição como conhecimento

sistematizado, tem contribuído para a ampliação do conhecimento dos

homens sobre sua própria condição de vida e fundamentalmente para a

análise das sociedades, ao compor, consolidar e destacar fatores e

especificidades pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos

problemas da vida social.

A Sociologia trata do conhecimento e da explicação da sociedade

através da compreensão das diversas formas pelas quais os seres

humanos vivem em grupos, das relações que se estabelecem no interior e

entre diferentes grupos, bem como, a compreensão das consequências

dessas relações para indivíduos e coletividade.

A Sociologia como saber científico, afirmou se no contexto do

desenvolvimento e consolidação do capitalismo e traz, portanto, a

especificidade de simultaneamente “fazer parte” e “procurar explicar” a

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sociedade capitalista como forma de organização social.

Sendo assim, através dessa disciplina espera se oportunizar ao aluno

uma melhor compreensão da sociedade na qual está inserido, através do

conhecimento das diferentes formas de organização social e contribuindo

assim, para a mudança de atitudes e o desenvolvimento de um

pensamento reflexivo, livre de noções preconceituosas e estanques da

sociedade.

2 OBJETIVOS GERAIS

· Compreender as diferentes manifestações culturais e segmentos sociais,

agindo de modo a preservar o direito à diversidade enquanto princípio

estético, político e ético que supera conflitos e tensões do mundo atual;

· Construir a identidade social e política, de modo a viabilizar o exercício

pleno da cidadania, bem como perceber a si mesmo como elemento ativo,

dotado de força política e capacidade de transformar a sociedade,

construindo instrumentos para uma melhor compreensão da vida

cotidiana;

· Produzir novos discursos sobre a realidade social, a partir das

observações e reflexões realizadas, bem como identificar, analisar e

comparar os diferentes discursos sobre a realidade, a partir da teoria e do

senso comum.

3 CONTEÚDOS POR SÉRIE

1º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Histórico da SociologiaPrincipais teóricos do início da SociologiaPrincipais sociólogos brasileirosProcesso de Socialização Tipos de Organização Social

CONTEÚDOS BÁSICOS

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. Ciência, Sociologia e sociedade;· Fato Social, ação social e classe social;· Senso comum e conhecimento científico;· Preconceitos: as diversidades; Bullyng· Constituição e o direito à diferença;· Sexualidade;Paternidade e Maternidade Responsável· Políticas públicas de saúde;· Prevenção, doenças sexualmente transmissíveis;· Planejamento familiar;· Prevenção ao uso de drogas· Etnocentrismo.· Indentidade e alteridade;· Conflito social, dominação cultural e hierarquia social

2º ANO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Trabalho, Produção e Classes SociaisInstituições SociaisPoder, Política e IdeologiaDireito, Cidadania, formas e regimes de governoMovimentos Sociais

CONTEÚDOS BÁSICOS

· Instituições sociais (família, escola, igreja, prisões, educandários, asilos, estado e empresas);· Tipos de sociedade (tribal, medieval, capitalista, socialista, etc);· Sociedade industrial, consumo;· O trabalho nas sociedades capitalistas;· A visão dos diferentes teóricos sobre o trabalho (Durkheim, Marx e Weber);· Desemprego; Problemas sociais da atualidade;. Expansão demográfica.· A comunicação nas sociedades;· Meios de comunicação de massa;· Desigualdades sociais;· Movimentos sociais;· Violência urbana; violência na escola; violência doméstica; violência global.· Cidadania e participação política;· Política e relações de poder;· Democracia; Cidadania· Estado absolutista, liberal, socialista, totalitário, neoliberal;

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3º ANO:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

GlobalizaçãoReligião religiosidadeCultura da Paz-Violência na sociedade e na escolaConstituição Brasileira; Estatuto da Criança e do Adolescente -ECA; Estatuto do Idoso.

CONTEÚDOS BÁSICOS

· Anarquismo;· Ideologia; · Cultura, diversidade cultural;· Cultura e sociedade;· Alienação; Autonomia· Mitologia;· Religião; religiosidade; religiões; igrejas· Globalização e Neoliberalismo;· Marginalidade e Pobreza;· Terrorismo;Guerras; guerras étnicas. Cultura da Paz· Nacionalismo e novas entidades;· Meio ambiente;· Público e privado;· Biodiversidade; . Constituição Brasileira. Estatuto da Criança e do Adolescente. Estatuto do Idoso

4 METODOLOGIA

· Apresentação de trabalhos individuais e coletivos; Exercícios escritos; leituras individuais;· Leitura, interpretação e produção de textos;produção de textos críticos;· Aula audiovisual com audição de músicas, vídeos, filmes, multimídia, TV pendrive, rádio;· Debates ,Seminários, interpretação de textos , aulas expositivas; · Exposição; Confecção de cartazes, murais, análise de acontecimentos sociais na cidade e no bairro;· Estudo dirigido;pesquisas e coleta de dados.

5 AVALIAÇÃO

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A avaliação será processual, continuada e diagnóstica. A avaliação

será realizada através da observação em relação ao interesse, à

participação, ao desenvolvimento das atividades produzidas oralmente ou

por escrito, individuais ou coletivos, através de exercícios, trabalhos e

provas escritas; atividades em sala de aula; interpretação de textos

oralmente e também por escrito, pesquisas bibliográficas; produção de

textos críticos, pesquisas em jornais e revistas.

Serão avaliados também a assiduidade e relacionamento do aluno para

com os seus pares e professores.

6 BIBLIOGRAFIA

BEGOT, Gluconeia de Lima. Sociologia. Norte Editora. Manaus, 2005. Disponível em <http://www.sociologia.incubadora.fapesp.br>

Bacha Filho, Teófilo, 2ª série, Ensino Médio, Manaus, AM: Novo tempo, 2005;Parâmetro em Ação, Sociologia, Ensino Médio; Ministério da Educação, Brasília;Livro didático de Sociologia – Ensino Médio, volume único. SEED-PR

MARTINS, Carlos Benedito. O que é Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1988

SELL, Carlos Eduardo. Sociologia Clássica . Itajai: EdUnivali, 2002

LAKATOS, Eva Maria. Introdução à Sociologia. São Paulo: Atlas, 1997

LAKATOS, E. M. & MARCONI, M. A. Sociologia Geral. São Paulo: Atlas, 1999

CHARON, Joel M. Sociologia . São Paulo: Saraiva, 2002

GUARESCHI, Pedrinho. Sociologia Crítica . Porto Alegre: EdPUCRS, 2002

GOMES, Cândido. A Educação em pesrspectiva sociológica. São Paulo: EPU, 1985

BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Zahar, 1988

GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América Latina. Rio de

202

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Janeiro: Paz e Terra, 2002

BOUDON, R. BOURRICAUD, F. Dicionário crítico de Sociologia. São Paulo: Ática, 2000

SANDRONI, Paulo. Novo Dicionário de Economia. São Paulo: Best Seller, 1994

MEKSENAS, Paulo. Aprendendo Sociologia. São Paulo: Loyola.

MEKSENAS, Paulo. Sociologia. Coleção Magistério 2º Grau. São Paulo: Cortez.COSTA, Cristina. Sociologia – Introdução à Ciência da Sociedade. São Paulo: Moderna.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação Básica / Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Sociologia. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público de Sociologia. Curitiba, 2006.

TOMAZZI, Nelson Dácio. (coord.). Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual.

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