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  • 1

    COLETNEA DE EXPERINCIAS QUE AUXILIAM NO TRABALHO PEDAGGICO COM OS CONTEDOS DA DISCIPLINA DE CINCIAS DO CURRCULO PARA REDE PBLICA MUNICIPAL DE ENSINO DE CASCAVEL

    SEMED 2008

  • 2

    SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO MUNICPIO DE CASCAVEL-PR

    LISIAS DE ARAJO TOM

    PREFEITO MUNICIPAL

    VANDER PIAIA VICE-PREFEITO

    ELEMAR MULLER SECRETRIO MUNICIPAL DE EDUCAO

    JULSEMINO SIEBENEICHLER ASSESSOR DE GABINETE

    SONIA MARLIZE SEVERNINI DIRETORA ADMINISTRATIVA

    CLAUDIA PAGNONCELLI DIRETORA PEDAGGICA

    2008

  • 3

    Agradecimentos

    A equipe de sistematizao que disponibilizou tempo para pesquisa e abdicou de

    suas tarefas individuais para pensar na coletividade da Rede Pblica Municipal de

    Ensino.

    A todos os professores da Rede Pblica Municipal de Cascavel que de maneira

    direta e/ou indireta indicaram os contedos a serem pesquisados para subsidiar os

    trabalhos pedaggicos nas Unidades de Ensino.

    A toda equipe da Secretaria Municipal de Educao que efetivamente empenhou

    esforos para a realizao desse trabalho.

  • 4

    EQUIPE DE SISTEMATIZAO:

    Angelita Machado Brizola (org.) (Coordenadora Pedaggica Municipal SEMED)

    Ana Paula Koren

    Arlete de Souza Sehadeck

    Clair Marilene Barella

    Gelcy Souza Ranssoni

    Geisiely de Souza Ronssoni

    Ivanir Salete de Oliveira Gaspar

    Joice Aparecida Broetto Raini

    Landejane Maria Afonso Ferreira

    Lia Mara Rauber

    Rosa Ribeiro Wollinger

    Vincios Broetto Raini

    Contribuies: Professora Dra. Dulce Maria Strieder (Unioeste)

    Grupo de aplicao no laboratrio: Coordenadores dos CMEI de Cascavel

    Colaboradores: Genice Merlo Bissani, Joo Clvis Vargas Alves, Fabiana Luiz, Alessandro Raizer Passos, Paulo Mauro Medeiros

    Elisa Marta G. Pompeu da Silva, Claudinia de Lemos, Sonia Regina Pagadigorria

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    APRESENTAO

    Em 2008 implementou-se em Cascavel o Currculo para a Rede Pblica Municipal

    de ensino, e como parte dessa implementao realizou-se a formao continuada para os

    professores e a elaborao de materiais para a Educao Infantil, Ensino Fundamental

    (anos iniciais) e EJA.

    A idia de organizao deste trabalho partiu da necessidade de se ter uma

    coletnea de materiais que articule a prtica pedaggica com os pressupostos filosficos,

    psicolgicos e pedaggicos que norteiam o currculo.

    Ao organiz-lo, optou-se por selecionar atividades que permitam a articulao dos

    conhecimentos cientficos com a prtica social inicial dos alunos visando compreenso

    do objeto de estudo de cada disciplina e suas relaes com o cotidiano. Para isso

    diversificamos os encaminhamentos metodolgicos, a fim de facilitar a incorporao

    dos conhecimentos cientficos, objetivada pelo professor.

    Por se tratar da primeira elaborao realizada pela Rede Pblica Municipal de

    Ensino de Cascavel, a equipe de pesquisa e sistematizao deparou-se com a escassez

    de materiais na linha da psicologia histrico-cultural e do mtodo materialista histrico-

    dialtico, sendo necessrio se fazer algumas adaptaes em alguns momentos. Sabe-se

    que a pesquisa e o aprofundamento terico-metodolgico no se encerra com este

    material, porm, espera-se que o mesmo suscite outras idias e auxilie na efetivao de

    uma prxis pedaggica coerente com os pressupostos do currculo.

    Esta coletnea constitui-se de CDs e DVDs que contemplam encaminhamentos

    terico-metodolgicos nas seguintes disciplinas: Arte, Cincias, Educao Fsica,

    Geografia, Histria, Lngua Estrangeira Moderna- Lngua Espanhola, Lngua Portuguesa-

    Alfabetizao e Matemtica.

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    INTRODUO

    A pedagogia histrico-crtica contempla o trabalho com metodologias variadas e estas fazem parte de um campo muito vasto na disciplina de Cincias. Neste material a equipe de pesquisa e sistematizao optou por apenas uma metodologia a experimentao a fim de resgatar a importncia das contribuies desta para a incorporao dos contedos cientficos. A metodologia da experimentao est, em geral, associada a diferentes enfoques e tendncias que atualmente influenciam a educao formal. O presente material requer do professor um trabalho aprofundado com o conhecimento cientfico e rigorosidade terica com os pressupostos do currculo. A experimentao neste enfoque no pode se constituir como nica forma metodolgica de trabalho com a disciplina de cincias. No deve tambm, ser realizado o experimento sem aprofundamento terico. Nem ser atribuda ao aluno tarefa de simples manipulao dos materiais sem a mediao do professor. Na etapa da Educao Infantil a criana do maternal, esta passando por um perodo do desenvolvimento no qual sua atividade principal marcada pela explorao do ambiente, dos elementos naturais e dos objetos que a circula, assim este perodo objetal-manipulatrio1 carece de metodologias que o auxiliem nesta tarefa. O trabalho com experincias na disciplina de Cincias permite a criana incorporar noes que lhe serviro de base para o trabalho com conceitos nos nveis posteriores de ensino. O pr-escolar no deixa de se utilizar deste recurso, uma vez que a atividade principal de um perodo no deixa de existir no outro, apenas se torna linhas acessrias do desenvolvimento humano. Isto procede tambm com os demais perodos da vida do sujeito, pois at mesmo ns, adultos, nos utilizamos alm da leitura que imprescindvel, recursos auditivos, visuais, manipulveis para apoiar nossa aprendizagem. Ao iniciar o trabalho com experimentos imprescindvel que se tenha claro qual contedo do currculo ser trabalhado, qual objetivo se pretende alcanar e quais os recursos tcnicos (materiais) sero utilizados. Pode ser dado ao aluno um tempo para formulao de hipteses, sendo estas problematizadas e direcionadas para o objetivo almejado. Assim como importante ter clareza de como ser o desenvolvimento do experimento e qual aprofundamento terico possvel se fazer com o mesmo, e tambm como se dar avaliao deste (registro). Para auxiliar estruturamos este material com os seguintes tpicos: contedos, objetivos, nome do experimento, material a ser utilizado, desenvolvimento, problematizao e aprofundamento. Alm disso, em alguns experimentos conta com o auxilio de fotos para a visualizao da experincia sugerida.

    1Terminologia utilizada por Elkonin, que se utilizou do conceito de atividade principal de Leontiev-

    psicologia russa. Para aprofundamento consultar o texto da periodizao do desenvolvimento humano que

    consta no Currculo para a Rede Pblica Municipal de Ensino de Cascavel

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    DESENVOLVIMENTO DOS EXPERIMENTOS

    Os passos metodolgicos a serem utilizados devem proporcionar a compreenso de conceitos pelo aluno a partir da apresentao de um problema a ser resolvido por meio de uma atividade experimental vivenciada, estimulando o levantamento de hipteses para a soluo da problematizao formulada pelo professor. A formulao do problema deve se pautar no objetivo a ser alcanado com o experimento e com a aula planejada. A realizao da atividade pode ser feita pelo professor e observada pelos alunos. Pode ser feita em grupos, ou individual. Deve ser proposto pelo professor o debate e a expresso individual dos conceitos apreendidos pelos alunos no decorrer do experimento, concluindo com o registro ou desenho da atividade realizada. Desta forma, se a atividade for em grupo, os passos sugeridos para este trabalho so:

    1. Apresentao do problema; 2. Distribuio do material; 3. Tempo para a simples manipulao e para a elaborao de hipteses coletivas

    visando soluo do problema; 4. Realizao do experimento passo a passo. Fazendo neste momento a mediao

    necessria, a qual deve partir das hipteses levantadas, relacionando estas com os contedos objetivados neste experimento;

    5. Relacionar com outros conceitos j trabalhados ou a serem trabalhados; 6. Recolhimento do material; 7. Os alunos devem comentar a concluso do experimento; 8. Realizar o registro atravs de desenho e/ou texto, (podendo neste momento

    utilizar dobraduras, colagens, painis, etc.) contando como, porqu e o que aprendeu;

    9. Fechamento da atividade. O professor poder discutir com os alunos situaes do cotidiano explicadas cientificamente de forma semelhante vivenciada na atividade prtica.

    A mediao do professor de fundamental importncia no processo de articulao entre as hipteses da criana e o conhecimento cientifico objetivado com este trabalho. No entanto importante ressaltar que o professor deve possibilitar aos alunos tempo para pensarem coletivamente na soluo do problema para ir introduzindo, atravs de conversao, a concluso e o aprofundamento nos conhecimentos abordados.

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    EXPERIMENTOS

    1-CONTEDO: Ciclo da gua: formao da nuvem OBJETIVO: Compreender como ocorre a formao das nuvens como parte do processo do ciclo da gua. EXPERIMENTO: Uma nuvem s para voc MATERIAL: 1 garrafa de refrigerante de 2 litros transparente e com tampa, gua quente e fsforo. DESENVOLVIMENTO: 1-Sopre dentro da garrafa. 2-Coloque dois dedos de gua quente dentro da garrafa e tampe-a. 3-Sacuda a garrafa por 30 segundos. Essa sacudida distribuir as molculas de gua no ar. 4-Acenda 5 fsforos ao mesmo tempo. Deixe-os queimar por alguns segundos e, depois os jogue dentro da garrafa, recolocando a tampa rapidamente. 5-Aperte a garrafa com bastante fora durante cerca de 10 segundos. Agora, solte a garrafa e observe-a contra um fundo escuro (pode ser uma porta preta ou algum cartaz escuro pendurado na parede). Repita a operao at que a nuvem comece a se formar. 6-Depois que a sua nuvem j estiver pronta destampe a garrafa e observe a nuvem sair do recipiente.

    PROBLEMATIZAAO: Como se formam as nuvens? Existe gua no ar? APROFUNDAMENTO: Por mais que no consigamos ver, as molculas de gua esto em toda parte em forma de vapor. E quando esto soltas na atmosfera essas molculas tendem a ficarem separadas. Quando voc aperta a garrafa, o ar se comprime e esquenta um pouco. Segurando um tempo, ele volta a ficar com uma temperatura prxima temperatura da gua. Ao soltar a garrafa, o ar se expande e, portanto, se resfria. Depois dessa operao de apertar, segurar e soltar, a mistura de ar e vapor fica com uma temperatura menor que a do incio. Esse resfriamento facilita a ligao entre as molculas, formando pequeninas gotas de gua exatamente o que as nuvens so. A fumaa liberada pelo fsforo apagado tambm auxilia nesse processo. As partculas invisveis de fumaa servem como ncleo que ajuda as molculas de gua a se ligarem.

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    2-CONTEDOS: Germinao; ciclo vital da planta: OBJETIVO: Observar o processo de germinao. Estabelecer paralelo entre a germinao da planta e a vida humana, sua forma de reproduo, diferenas entre as partes do corpo humano e do vegetal. Relacionar o ciclo vital dos vegetais e dos animais, observando o nascimento, crescimento, desenvolvimento, reproduo e morte. EXPERIMENTO: Cabea de alpiste MATERIAL: Serragem, sementes de alpiste; meia fina e gua. DESENVOLVIMENTO: Encher a meia com serragem at formar uma esfera; colocar o alpiste em cima da serragem; regar todos os dias; aps a germinao montar o rosto.

    PROBLEMATIZAO: O que diferencia os seres vivos dos seres no vivos? Quais so os elementos necessrios para ocorrer germinao? Quanto tempo o alpiste leva para germinar? E para atingir 5 cm? APROFUNDAMENTO: Em Biologia chama-se germinao ao processo inicial do crescimento de uma planta a partir de um corpo em estado de vida latente, que pode ser uma semente ou um esporo. Nesta experincia a serragem mantm as sementes midas por maior tempo facilitando a germinao. Quando as condies ambientais so favorveis, a semente germina: os meristemas apicais comeam a crescer e a primeira estrutura a desenvolver-se a radcula, que se transforma numa raiz, segurando a nova planta ao solo ou a outro suporte onde a planta ir viver. Nessa altura, a planta torna-se independente das reservas nutritivas e alguns botnicos consideram que nesse momento termina a germinao e inicia-se o crescimento da nova planta. As sementes germinam e o alpiste cresce em direo luz, seguindo o fototropismo positivo formando uma cabeleira vegetal no boneco.

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    3-CONTEDOS: Ecossistema relaes de interdependncia. Composio do solo; tipos de solo; caractersticas e camadas. OBEJTIVOS: Compreender que o solo composto por camadas. Entender os diversos tipos de solo. Entender as inter-relaes ocorridas no ambiente. EXPERIMENTO: Montagem de um terrrio. MATERIAL: 1 vidro grande de conserva com tampa ou 2 garrafas pet individuais transparentes, 1 poro de areia, 2 pores de terra, cascalho grosso, carvo, minhoca tatuzinho etc; gua para molhar, plantas pequenas, 2 tampas de pet ou pote de margarina. DESENVOLVIMENTO: A montagem simula um ecossistema (meio-ambiente) onde ocorrem fenmenos semelhantes aos de um ambiente natural. Colocam-se pedrinhas e humo dentro de um recipiente de vidro transparente e de boca larga. Plantam-se pequenos vegetais com raiz. Fecha-se o recipiente. Uma hora por semana, abre-se o recipiente para que entre ar. 1- Utilizar uma garrafa pet da qual deve ser cortada do seu corpo e a outra cerca de para fazer a tampa. 2- Montar as camadas: primeiro o cascalho, depois areia, carvo, terra. 3- Colocar as tampas de pet ou pote de margarina com gua. 4- Plantar as mudas que devem ser preparadas anteriormente.

    PROBLEMATIZAO: Do que formado o solo? Quais suas camadas principais? Como os seres vivos conseguem sobreviver dentro de um ambiente fechado? APROFUNDAMENTO: O terrrio apresenta uma parte fsica, seres vivos (comunidade ou biocenoses), ciclos de nutrientes (ciclo biogeoqumicos) e relaes trficas entre os seres vivos (cadeia alimentar), podendo ser considerado um pequeno ecossistema. Em outras palavras, observar um terrrio um timo meio de descobrir no s os componentes biticos (seres vivos) e abiticos desse ecossistema, como tambm reconhecer a cadeia alimentar que nele ocorre. As plantas aquticas, os peixes, e os microorganismos que normalmente no so vistos constituem os componentes biticos. A luz, e a temperatura

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    da gua so fatores abiticos. Usando a luz, as plantas produzem oxignio e alimento que nutrem os microorganismos, que, por sua vez, serviro de alimento para os peixes. H milhes de anos, s existiam rochas compactuadas sobre a superfcie da Terra. Com o passar do tempo, essas rochas foram se quebrando, dando origem a pequenos fragmentos. O solo formado por esses fragmentos de rochas, que sofreram transformaes e se juntaram a restos de animais e vegetais, at se tornarem terra. A desagregao das rochas acontece muito lentamente e pode ser explicada da seguinte maneira: as rochas que esto expostas na superfcie da Terra sofrem constantemente a ao da gua das chuvas, dos rios e dos mares, a ao dos ventos e das razes das plantas e os efeitos das variaes da temperatura. Os fragmentos resultantes da desagregao das rochas podem ficar no mesmo local da rocha de origem, ou podem ser levados pelo vento ou pela gua para outro local, originando vrios tipos de solo. As trs camadas da crosta terrestre so: SOLO: Camada em que se desenvolvem os vegetais, muito rica em substncias nutritivas, necessrias vida das plantas. SUBSOLO: Camada pobre em substncias nutritivas, onde podem ser encontradas reservas de minrio, como, por exemplo, ferro. ROCHAS: Rochas que deram origem ao solo e ao subsolo. 4-CONTEDOS: Presso atmosfrica, gravidade. OBJETIVOS: Compreender a fora da presso atmosfrica exercida sobre os corpos. Entender que devido fora da gravidade os corpos so mantidos em inrcia. EXPERIMENTO: Desafiando a gravidade. MATERiAL: Pedao de papel ou carta de baralho, copo com gua. DESENVOLVIMENTO: Coloca-se um pedao de papel na boca de um copo com gua. Em seguida vira-se o copo segurando o papel, de tal forma que ele toque toda a borda da boca do copo. Solte o papel cuidadosamente e ele se mantm contendo a gua no interior do copo.

    PROBLEMATIZAO: A fora da presso atmosfrica capaz de segurar um papel e conter a gua em um copo de boca para baixo? APROFUNDAMENTO: A presso atmosfrica exercida sobre o papel maior que a presso exercida pelo lquido sobre o papel, ela mantm o papel na posio indicada

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    impedindo a sada de gua. A gravidade a atrao que as partculas que compem o globo terrestre fazem entre si e tudo que est na sua superfcie ou prximo a ele (campo gravitacional). Quanto mais perto da terra maior a gravidade. A gravidade e a fora centrfuga atuam conjuntamente, disputando a fora de atrao e repulso dos corpos. Assim, nos plos a fora centrfuga menor, e na linha do equador maior. 5-CONTEDOS: Sol: fonte de luz e calor OBJETIVO: Reconhecer o sol como fonte de luz e calor e sua importncia para a vida no planeta Terra. EXPERIMENTO: Aquecedor solar. MATERIAL: 1 Copo com gua (que caiba dentro da caixa), papel alumnio (suficiente para revestir a caixa), 1 caixa de sapato grande, (pode ser pintada de preto por fora), 1 tesoura, filme plstico (de cozinha - suficiente para cobrir a caixa), fita adesiva. DESENVOLVIMENTO: 1- Desenhe um retngulo na tampa da caixa, deixando uma borda de 3cm laterais; 2- Recorte-o. 3-Revista o interior da caixa com o papel alumnio e prenda com fita adesiva. 4- Deixar a caixa em local ensolarado e colocar o copo de gua dentro dela. Cubra a parte recortada da tampa da caixa com o filme plstico, prenda com a fita adesiva, de forma a no permitir a entrada de ar. 5- Aps algum tempo (dependendo do calor solar), em aproximadamente 1 hora a gua ficar quente. Dias de inverno deixar por mais tempo exposto ao sol. Faa um teste com os dedos!

    PROBLEMATIZAO: O calor do sol pode esquentar a gua? O papel alumnio retm ou repele o calor? APROFUNDAMENTO: Os raios de calor propagam-se do sol para a terra. As correntes de vento que se formam na atmosfera transmitem calor atravs do movimento do ar. O sol a maior fonte de energia da Terra. Sem ele, no haveria vida entre ns. A luz solar captada pelas plantas transforma-se em energia qumica, que alimenta todos os seres vivos, direta ou indiretamente. A luz e o calor do sol tambm servem como matrias-

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    primas para a gerao de energia eltrica. Colocam-se grandes espelhos nos telhados de casas e edifcios, que refletem a luz do sol e aquecem a gua at ela evaporar. O vapor movimenta pequenas turbinas que geram energia eltrica. (Coleo: De olho no mundo, pg. 33). Esse experimento absorve e armazena esse calor. A energia do sol, em forma de calor nos mantm vivos. Nosso corpo no funcionaria sem ela. O sol e os alimentos que ingerimos nos fornecem quase todo o calor que precisamos para viver. 6-CONTEDOS: Animais vetores de doenas; preveno de doenas. OBJETIVOS: Possibilitar a observao e identificao do mosquito transmissor da dengue; compreender a importncia de atitudes para a preveno de doenas. Verificar se no ambiente local h ou no proliferao deste mosquito.

    EXPERIMENTO: Armadilha para o mosquito da dengue MATERIAL: 1 garrafa pet, 1 pedao pequeno de mini-tule (ou outro tecido em forma de telinha), fita adesiva, gua, arroz, 1 pedao de lixa. DESENVOLVIMENTO: Cortar a garrafa pet um pouco acima do meio, lixar por dentro parte de cima at ficar spera. Utilizar o lacre para prender o pedao de mini-tule ao gargalho, virar com o bico para baixo e colocar dentro da outra metade que deve estar com alguns gros de arroz, vedar as duas partes da garrafa com a fita adesiva, preencher com gua at um pouco acima da metade e deixar na sombra.

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    PROBLEMATIZAO: Quais as conseqncias da falta de atitude para a preveno da dengue? O que dengue? importante identificar o mosquito transmissor?

    APROFUNDAMENTO: A dengue uma doena que tem como hospedeiro vertebrado, o homem e outros primatas. Mas somente o homem apresenta manifestao clnica da infeco e perodo de viremia - presena do vrus vivo no sangue - de aproximadamente sete dias. Nos demais primatas, a viremia baixa e de curta durao. A transmisso se faz pela picada do mosquito fmea do Aedes aegypti. Aps um repasto de sangue infectado, o mosquito est apto a transmitir o vrus, depois de 8 a 12 dias de incubao extrnseca. O perodo de incubao de trs a quinze dias aps a picada.

    7-CONTEDOS: rgos dos sentidos; tato. Sistema nervoso (sensao percepo coordenao viso-motora).

    OBJETIVOS: Identificar diferentes texturas. Perceber que organizamos nossa vida e realizamos tarefas com o corpo porque utilizamos os rgos dos sentidos e a nossa percepo.

    EXPERIMENTO 1: Tempo de ao EXPERIMENTO 2: Ordenando lixas MATERIAL 1: Rgua (pode ser utilizada a rgua comum de 30 cm, mas o melhor uma de 50 cm). MATERIAL 2: 4 pedaos de papelo de aproximadamente 6 cm x 6 cm; 4 lixas de nmeros: 50, 80, 100 e 120; cola; uma tesoura e um leno para vedar os olhos. DESENVOLVIMENTO 1: Um colega de classe segura a rgua, na vertical, segurando-a entre o indicador e o polegar. Outro colega, com o indicador e o polegar envolve a rgua em um ponto sem toc-la. Pode ser feito com as duas mos ao invs dos dedos. Em um instante arbitrrio, sem aviso prvio, o primeiro colega solta a rgua e o segundo deve segur-la o mais rapidamente possvel; DESENVOLVIMENTO 2: Corte as lixas do mesmo tamanho dos pedaos de papelo. Cole as lixas nos pedaos de papelo. Espalhe as lixas sobre a mesa, viradas para baixo. Vende os olhos da criana e pea para a mesma passar as mos sobre as lixas e orden-las.

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    PROBLEMATIZAO: Como posso descobrir, utilizando apenas uma rgua, o meu tempo de ao e percepo do movimento de objetos? Sou lento ou demorado (em comparao a outras pessoas) para reagir a um fenmeno? Atravs do tato posso saber qual das lixas a mais spera?

    APROFUNDAMENTO: Ns temos 5 sentidos: viso, audio, tato, paladar e olfato. O controle viso-motor inicia nos primeiros anos de vida da criana, logo aps o desenvolvimento pleno da viso que se d aproximadamente aps 1 ano de idade. Neste experimento ao desconsiderarmos o atrito com o ar, temos um movimento de queda livre da rgua, partindo do repouso. O ato de acompanhar com os olhos este movimento e reagir segurando a rgua com as mos se d de forma diferente entre indivduos devido a todo histrico de estimulaes que tenha recebido ao longo da vida. Segundo Elkonin, quanto mais estmulos criana receber mais desenvolvido sero estes sentidos possibilitando uma melhor percepo e coordenao viso-motora. O experimento 2 pode ser realizado utilizando-se espumas, tecidos, plsticos, frutas, objetos, folhas, etc. o que vai possibilitar uma melhor aprendizagem da criana com relao a superfcies lisas, rugosas, esponjosas, moles, duras, frias, quentes, etc.

    8-CONTEDOS: Existncia do ar; combusto do gs oxignio; presso atmosfrica.

    OBJETIVOS: Presenciar a combusto do gs oxignio. Perceber a mudana de presso visualizada atravs da absoro da gua. Perceber a existncia do ar.

    EXPERIMENTO: Ar, presso e suas variaes.

    MATERIAL: 1 Prato com gua (pode-se colorir a gua com papel crepom ou tinta), 1 copo grande, transparente, 1 moeda, 1 vela pequena e fsforos.

    DESENVOLVIMENTO: Colocar gua no prato suficiente para cobrir a moeda. Colocar a vela pequena dentro do prato com gua ao lado da moeda; acender a vela e colocar o copo sobre a mesma, deixando a moeda fora do copo.

    PROBLEMATIZAO: possvel retirar a moeda do prato utilizando apenas as mos sem molhar os dedos e sem mover o prato? Por que isso ocorre?

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    APROFUNDAMENTO: A moeda retirada do prato pela fora da presso atmosfrica. A presso atmosfrica a fora produzida pelo peso do ar que est acima. Atmosfera um corpo de gs que cerca qualquer planeta ou estrela, e que exerce presso sobre este. A atmosfera terrestre uma camada de ar que possui cerca de 700 km de espessura. At uma altura de 25 km, os componentes dessa camada podem ser classificados em dois grupos. O primeiro grupo, chamado ar seco, constitudo de nitrognio, oxignio e uma minscula quantidade de hidrognio e gases nobres (hlio, nenio, argnio, xennio e criptnio). O segundo grupo de componentes do ar composto por variados gases: vapor d'gua, dixido de carbono e outros gases de procedncia industrial. Variam tambm as quantidades de lquidos, como as gotas de gua e slidos, como cristais de gelo que, em conjunto, constituem as nuvens. Tambm podem haver partculas slidas procedentes das combustes produtoras de fumaas, areia trazida dos desertos pelo vento e pequenos cristais desprendidos do mar. A atmosfera dividida em algumas regies esfricas com base na maneira pela qual a temperatura varia com a altitude. A camada mais baixa a troposfera, a seguir vem a estratosfera, a mesosfera e a termosfera. Alm de fornecer ar, a atmosfera terrestre age como barreira contra a radiao inica e como receptor do calor solar. A presso do ar diminui medida que se sobe s camadas superiores da atmosfera e vai caindo seu contedo de oxignio, cuja densidade maior que a do nitrognio. A troposfera contm o ar que respiramos e onde se produz a chuva e a neve. A estratosfera fica a cerca de 50 km de altura e nela que se encontra a camada de oznio. A mesosfera contm uma camada de p procedente da destruio de meteoritos. A Termosfera a zona onde se destri a maioria dos meteoritos que entram na atmosfera terrestre. A exosfera onde se produzem as belssimas auroras boreais. A temperatura varia irregularmente entre as camadas da atmosfera e a presso diminui de maneira contnua com o aumento da altitude.

    9-CONTEDOS: Atmosfera: expanso dos gases; trocas de calor.

    OBJETIVOS: Observar a expulso do ar da garrafa em funo do processo de expanso do ar gerado pelo aquecimento, envolvendo processos de troca de calor. Perceber o corpo humano como uma fonte de calor. EXPERIMENTO: Expanso dos gases pelo calor MATERIAL: Garrafa vazia de vidro, parte externa de uma caixa de fsforos pequena e chapa de raios-X DESENVOLVIMENTO: Molhar o gargalo da garrafa; colocar sobre o gargalo o raio-X e a parte externa da caixinha; segurar a garrafa com ambas as mos.

    PROBLEMATIZAO: possvel mover a caixinha do gargalho sem toc-la? O que acontece com a tampa do bule quando a gua ferve?

    APROFUNDAMENTO: Ao aquecer a garrafa com o calor das mos, o ar de dentro da garrafa aquece e se desloca movendo o raio-X e a caixinha. As caractersticas fsicas mais importantes quando se trata do comportamento de gases, so a compressibilidade e a expansibilidade. Ou seja, a capacidade do gs de sofrer grandes variaes de volume

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    quando sujeito a diferentes situaes de presso. As variveis de estado do gs consistem nos valores de seu volume, presso e temperatura. O estado normal de um gs caracterizado pela temperatura de 273 Kelvin e presso de 1 atmosfera e por isso so chamadas de temperatura normal e presso normal. As transformaes gasosas ocorrem quando, pelo menos, duas das variveis do gs se modificam. Quando o volume do gs permanece constante, diz-se que a transformao isocrica; quando a presso permanece constante, a transformao isobrica e quando a temperatura permanece constante, a transformao do gs isotrmica. Nos cilindros dos motores de algumas motos, o calor do combustvel ardente causa mais de quarenta violentas expanses do gs a cada segundo. A fora motora desenvolvida bastante para acelerar a moto, fazendo-a atingir com rapidez os 50 m/s. Os motores a exploso funcionam na base da brusca expanso dos gases. Vlvulas adequadas controlam a entrada do ar e do combustvel dentro do cilindro, no momento oportuno (admisso). Essa mistura comprimida pelo pisto (compresso). Ao final da compresso, a vela permite saltar uma fasca eltrica que deflagra a combusto interna. Os gases superaquecidos expandem-se e empurram o pisto (exploso). Ao retornar, o pisto expele os gases queimados via vlvula de escape (expulso). Da mesma forma tambm posso utilizar a expanso dos gases para desamassar bolinhas de pingue-pongue basta coloc-las dentro de gua bem quente.

    10-CONTEDO: Corpo humano sistema respiratrio. OBJETIVO: Conhecer como ocorre o processo respiratrio para compreender as trocas gasosas do corpo com o ambiente. EXPERIMENTO: Simulando a respirao. MATERIAL: 2 bales pequenos, 1 rolha, 1 chave de fenda fina, 1 corpo de caneta esferogrfica, 1 garrafa de plstico transparente (de refrigerante 330 ou 500 ml), cola branca, barbante e fita adesiva. DESENVOLVIMENTO: Fure a rolha com a chave de fenda (ou com outro objeto qualquer). O furo dever ser largo o suficiente para permitir a passagem do corpo da caneta esferogrfica, mas sem folga. Use a cola para vedar as extremidades entre a rolha e a caneta. Se o tubo tiver um furinho, tape-o com uma gota de cola, ou deixe-o dentro da rolha. Amarre um balo, pela boca, a uma das extremidades do tubo. D vrias voltas no barbante antes de dar o n, para que o balo fique preso e no deixe o ar escapar. Corte o fundo da garrafa plstica e descarte-o. Encaixe a rolha na boca da garrafa, com o balo por dentro da garrafa. D um n no pescoo do segundo balo e corte-o ao meio. Adapte o balo ao fundo cortado da garrafa. Amarre com barbante e passe fita adesiva para que o seu aparelho fique bem selado. Quando tudo estiver pronto: 1-Puxe a borracha do balo para baixo, devagar. O que acontece com o balo que se encontrava no interior da garrafa? 2- Deixe a borracha voltar ao normal. O que se percebeu? 3- Puxe a borracha e deixe que ela volte ao normal vrias vezes. Coloque uma fita de papel perto da abertura da caneta. O que aconteceu com o papel? Ele fica parado ou se movimenta? 4- Qual momento da respirao cada movimento representa? Qual a direo do

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    movimento do ar pela abertura da caneta em cada um dos momentos? 5- Qual parte corresponde: aos seus pulmes? (o modelo s tem um); s suas narinas? (o modelo tem s uma); a traquia e aos brnquios? (no modelo esto juntos); ao diafragma? PROBLEMATIZAO: O que respirao? O que o corpo humano recebe atravs da respirao? E o que o corpo libera para o ar? Quais seres vivos utilizam o gs que liberamos para o ar? APROFUNDAMENTO: O Sistema Respiratrio formado por um conjunto de rgos que tm a funo de absorver o oxignio (O) do ambiente e fornec-lo ao organismo. O organismo, por sua vez, produz o gs carbnico (CO) e fornece-o ao meio ambiente. Para que isto ocorra, necessrio o movimento de inspirao e expirao que ocorre por meio dos rgos do sistema respiratrio vias areas e pulmes. 11-CONTEDO: Quente e frio OBJETIVO: Transformar em slido, ou congelar um lquido. Observar o ponto de congelamento. Verificar como o sal muda o ponto de congelamento. EXPERIMENTO: Criando slidos MATERIAL: Congelador, uma forma de gelo, 2 colheres de sopa de sal, 2 guardanapos de papel, jarra de gua, dois clipes coloridos. DESENVOLVIMENTO: Abra o clipe (n. 3 ) em forma de L com a parte maior para baixo formando uma base. Ponha-os na forma de gelo e cubra-os com gua. Congele-a para fazer cubos de gelo. Estenda dois guardanapos de papel sobre a mesa. Coloque um cubo de gelo em cada um. Espalhe sal em um deles. PROBLEMATIZAO: Por que o mar no se congela, mesmo que esteja muito frio? APROFUNDAMENTO: O cubo com sal derrete mais depressa, o papel fica ensopado e o clipe aparece. O outro cubo derrete mais devagar. Isto ocorre porque com o ponto de congelamento mais baixo, o cubo com sal, no fica frio o suficiente para se manter congelado. O sal abaixa o ponto de congelamento da gua. O que quente e frio? O fogo e os dias de vero so quentes, o gelo e as noites de inverno so frios. O quente e o frio so produzidos pela mesma coisa: calor. Objetos frios contm menos calor que os quentes. Seu corpo quente porque possui muito calor. Se voc mergulhar num lago frio, perder parte desse calor. O calor nos mantm vivos. Nosso Corpo no funciona sem ele. Precisamos do calor para cozinhar e aquecer a casa. O sol e os alimentos que ingerimos nos fornecem quase todo o calor de que precisamos para viver. A composio das guas do mar explicada por diversas teorias, dentre elas a mais aceita a de Edmond Halley, segundo ele com o passar do tempo o sdio foi sugado do fundo do oceano quando os oceanos se formaram. A presena dos outros elementos dominantes como cloreto, resultaram do escape de gases do interior da terra (na forma de cido clordrico), por vulces e fontes de guas termais. O sdio e o cloreto ento se

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    combinaram para formar o constituinte mais abundante da gua do mar, o cloreto de sdio. No Mar Morto, por exemplo, a quantidade de sal por ml dez vezes mais do que em outros oceanos, por isso no possvel haver vida l, mas por outro lado tem suas vantagens somente com essa densidade uma pessoa pode andar sobre suas guas ou pelo menos flutuar com maior facilidade. 12-CONTEDO: Vegetais; germinao. OBJETIVO: Compreender as relaes de interdependncia entre os sistemas bitico e abitico atravs da germinao. EXPERIMENTO: Brincando com feijes MATERIAL: 3 ou 4 sementes de feijo, algodo, 3 ou 4 tampas de plstico (pode ser de refrigerante), 1 colher de sopa de vinagre misturada com, 250 ml de gua, 1 colher de sopa rasa de sal misturada com 2 colheres de gua. DESENVOLVIMENTO: 1-Coloque um pedao de algodo em cada tampa. Sobre ele ponha um gro de feijo e o cubra com outro pedao de algodo, que no deve ser muito espesso. 2-Na primeira tampa adicione um pouco de gua, na segunda, um pouco de gua salgada, na terceira um pouco de gua com vinagre. A seguir, ponha as tampas perto da janela, para que apanhe luz do sol. 3-Regue, diariamente as sementes: a primeira s com gua, a segunda com gua salgada e a terceira com gua misturada com vinagre. 4- importante que voc no se confunda na hora de regar. Ento, identifique o material que contm em cada tampa com pequenas etiquetas - 5- Acompanhe o crescimento das sementes, sempre anotando as modificaes.

    PROBLEMATIZAO: Os vegetais conseguem germinar e se desenvolver na presena de diferentes substncias? Quais so as condies ideais para a germinao? APROFUNDAMENTO: Os feijes cultivados na gua salgada ou com vinagre no crescem, mesmo aps vrios dias. Isso acontece porque os ambientes onde eles foram colocados e que vamos chamar de ambientes extremos no so os ideais para o bom desenvolvimento dos gros, ou seja, so agressivos a eles, por serem muito cidos

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    ou salgados. No Mar Morto, por exemplo, no h presena de seres vivos devido ao alto nvel de salinidade, as pessoas podem at flutuar sobre ele. 13-CONTEDOS: gua: caractersticas e propriedades (solvente universal; densidade da gua). OBJETIVOS: Entender como a matria flutua no lquido, conhecendo a fora da gua que pode levantar grandes pesos e identificar substncias que se dissolvem na gua. EXPERIMENTO: Ovo mgico MATERIAIS: 3 copos transparente, 3 ovos, sal e gua DESENVOLVIMENTO: Colocar gua nos 3 copos e numer-los, depois colocar no primeiro copo um ovo, no segundo acrescenta um pouco de sal mais um ovo e no terceiro coloca-se bastante sal mais o ovo. Observar o resultado de cada um. PROBLEMATIZAO: Por que um navio flutua na gua em vez de afundar? O que densidade? Por que os icebergs flutuam na gua?

    APROFUNDAMENTO: Este experimento mostra que o ovo afunda no copo com gua doce porque ela contm poucos sais minerais. J a gua salgada mais densa que a gua doce e o empuxo sobre o ovo maior neste caso. Por isso o empuxo equilibra o peso e o ovo flutua. Isso s ocorre porque a gua apresenta determinadas caractersticas: apresenta praticamente a mesma massa desde que o Planeta se formou; purificada pela evaporao e tambm pela penetrao no solo, at os lenis freticos. A gua potvel cristalina, inodora, incolor e inspida. considerada solvente universal, propiciando a formao de misturas com outras substncias. Pode transportar substncias e outros corpos. Quando em repouso, apresenta sua superfcie plana e horizontal. Apresenta uma tenso superficial, isto , capacidade de manter juntas as molculas de sua superfcie. Uma torneira que goteja demonstra como a gua se apega a si mesma. medida que a gua cai em gotas, cada gota fica um instante pendurada na torneira, estende-se, solta-se, e a seguir forma instantaneamente uma pequena bola. As molculas da superfcie da gua mantm-se to coesamente ligadas entre si que a gua pode sustentar objetos mais pesados que ela. A gua salgada apresenta maior densidade do que gua doce. A gua e o gelo, apesar de serem feitos de H2O, possuem densidades diferentes. exatamente por isto que o gelo flutua sobre a gua. Quando voc coloca um cubo de gelo dentro de um copo com gua, ele bia porque a densidade da gua congelada menor que a densidade da gua em estado lquido. Com isso, nota-se que a densidade da gua diminui medida que a temperatura diminui. Assim, a 0C sua densidade estar menor que a 4C. Este um comportamento excepcional na natureza. Todas as outras substncias tendem a aumentar a densidade medida que a temperatura diminui. A gua, no entanto, contraria esta regra por causa do arranjo nico entre as suas molculas.

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    14-CONTEDO: Orientao OBJETIVOS: Saber que alguns materiais possuem propriedades magnticas. Reconhecer algumas propriedades dos ims e conhecer a existncia do magnetismo terrestre. Relacionar o funcionamento da bssola com o magnetismo terrestre. EXPERIMENTO: Construindo uma bssola MATERIAL: Im, uma agulha de costura, uma rolha de cortia cortada em fatias de 1 cm, um prato fundo com gua e fita adesiva. DESENVOLVIMENTO: 1-Esfregue o im sobre a agulha, vrias vezes, sempre no mesmo sentido. 2-Use fita adesiva para colar a agulha sobre uma fatia da rolha de cortia. 3-Coloque a cortia com a agulha em um prato com gua. 4-Observe o que acontece. 5-Mude o prato de lugar e observe novamente o que acontece.

    PROBLEMATIZAO: possvel orientar-se com uma bssola feita por voc? Qual a relao entre a bssola e o magnetismo terrestre?

    APROFUNDAMENTO: A bssola um aparelho muito simples constitudo de uma agulha imantada que aponta a direo norte-sul. usada para orientao, localizando o norte, sul, leste e oeste da terra. A agulha da bssola funciona como um im: atrai coisas que tem fora magntica ao mesmo tempo em que atrada por elas. Se a agulha aponta sempre o norte e o sul porque atrada por uma fora magntica. Essa fora magntica s pode ser da terra. A terra um im e por isso que voc pode orientar-se com a bssola seguindo para onde desejar. medida que a terra gira produz-se correntes eltricas que vo reforar as j existentes no seu ncleo. Portanto, a terra funciona como um im com as respectivas linhas de fora. A localizao dos plos no esttica, chegando a oscilar vrios quilmetros por ano. Os dois plos oscilam independentemente um do outro e no esto em posio diretamente opostas no globo. Atualmente o plo sul magntico dista mais do plo sul geogrfico que o plo norte magntico do plo norte geogrfico. O campo magntico terrestre semelhante ao de um m de barra, mas essa semelhana superficial. O campo magntico de um m de barra, ou qualquer outro tipo de m permanente, criado pelo movimento coordenado de eltrons (partculas negativamente carregadas) dentro dos tomos de ferro. O ncleo da Terra, no entanto, mais quente que 1.043 K, a temperatura de Curie em que a orientao dos orbitais do eltron dentro do ferro se torna aleatria. Tal randomizao tende a fazer a substncia perder o seu campo magntico. Portanto, o campo magntico da Terra no causado por depsitos magnetizados de ferro, mas em grande parte por correntes eltricas do ncleo externo lquido. Outra caracterstica que distingue a Terra magneticamente de um m em barra sua magnetosfera. Correntes eltricas induzidas na ionosfera tambm geram

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    campos magnticos. Tal campo sempre gerado perto de onde a atmosfera mais prxima do Sol, criando alteraes dirias que podem defletir campos magnticos superficiais de at um grau.

    15-CONTEDO: Microorganismos - fungos. OBJETIVOS: Compreender e identificar como a matria se decompe. Reconhecer vrios tipos de vida existentes. Reconhecer fenmenos que ocorrem no ambiente, causados pela existncia de microorganismos vivos. EXPERIMENTO: Cultivando fungos MATERIAL: Caixa de madeira com dimenses de uma caixa de sapato, terra mida, quantidade que cubra o fundo da caixa, pedaos de frutas (laranja, mamo, goiaba, etc), pedaos de po e lupa. DESENVOLVIMENTO: 1-Coloque a terra na caixa de madeira. 2- Coloque os pedaos de frutas e de po sobre a terra. 3- Mantenha a terra sempre mida. 4 Observar por alguns dias. Utilize uma lupa nos primeiros dias de observao. Direcionar a ateno das crianas para a presena de microorganismos decompositores. PROBLEMATIZAO: Como se explica o surgimento de manchas nos alimentos? O que aconteceu com os pedaos de fruta e de po? Quais as caractersticas das manchas que surgiram?

    APROFUNDAMENTO: Os fungos ocupam dois nichos ecolgicos: o de decompositores ou saprfitas e o de parasitas. A nica diferena entre decompositores e fungos parasitas que este ltimo desenvolve-se em organismos vivos, enquanto o outro, desenvolve-se em organismos mortos. Muitos fungos decompositores vivem como micorrizas, em relaes simbiticas (simbiose uma relao mutuamente vantajosa entre dois ou mais organismos vivos de espcies diferentes) com plantas. Alguns dos fungos decompositores tambm so considerados "parasitas facultativos", crescendo em organismos enfraquecidos ou agonizantes. Entre os fungos predadores existem espcies que so insectvoras ou helmintvoras (comedoras de vermes, especialmente nematdeos). As espcies insectvoras produzem substncias pegajosas que prendem insetos, enquanto os fungos helmintvoros produzem substncias que drogam e imobilizam os nematdeos, sendo ento consumidos. Esse reino, de mais de um milho e meio de espcies, algumas delas microscpicas, ainda quase desconhecido para a cincia. Mas j sabemos que entre eles h muitos que j se tornaram imprescindveis para a sade humana. primeira vista, os fungos so pouco interessantes. Mas eles contribuem de forma decisiva para a preservao da diversidade biolgica do nosso planeta e esto presentes, de mil formas, no nosso cotidiano. O po que comemos necessita de um fungo, que age como fermento biolgico. Essa levedura o Saccharomyces cerevisae, fungo unicelular, base para muitas indstrias, alm da panificao. A cerveja e todas as bebidas alcolicas feitas a partir da fermentao tambm so produtos fngicos. O mesmo fungo que produz gs carbnico na massa de po, a Saccharomyces cerevisae, ajuda a transformar acar em lcool. Quando tomamos um chope ou uma cerveja, bebidas que sofreram pasteurizao,

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    clulas vivas de fungo, a levedura, est contida no lquido. Os refrigerantes tambm so produtos fngicos, porque a maioria tem cido ctrico, produzido por um fungo, o Aspergillus lividus, que usado industrialmente. (O nome do cido sugere que produzido a partir de frutas ctricas, e de fato, assim era no passado. Hoje todo o cido ctrico consumido produzido a partir do Aspergillus lividus.). Com relao aos tipos de alimentos que utilizam, os fungos so classificados em saprobiticos, parasitas e simbiticos. Os saprobiticos ou saprofticos se alimentam de material morto. o caso dos mofos e bolores e de vrios fungos comestveis, como o shitake, dos japoneses. Associados a bactrias, atuam no ambiente como reguladores naturais da populao de outros organismos. Da o seu papel para a manuteno da biosfera ter importncia igual das plantas. Sem os fungos, a vida tal qual hoje na Terra no seria possvel, pois eles so agentes da decomposio, permitindo a reciclagem de nutrientes. A importncia antropolgica dos fungos no se limita ao seu uso como alucingenos. Eles so apreciados na culinria tambm desde pocas muito antigas. No Imprio Romano, a espcie de cogumelo Amanita cesariae, foi assim batizada por ter sido reservada aos csares. Outros cogumelos comestveis eram de uso exclusivo dos nobres. Um dos usos mais importantes dos fungos , sem dvida, a produo de medicamentos. A primeira e a mais famosa de todas as substncias medicamentosas extrada dos fungos foi a penicilina, descoberta em 1929 por Alexander Fleming. A penicilina foi o primeiro antibitico a ser produzido industrialmente. Muito do que se aprendeu na transformao das observaes de Fleming numa operao de larga escala, economicamente vivel, pavimentou o caminho para a produo de outros agentes quimioterpicos, medida que foram descobertos.

    16-CONTEDO: Gravidade OBJETIVO: Compreender a gravidade terrestre e relacion-la com o ponto de equilbrio dos corpos. EXPERIMENTO: Joo teimoso MATERIAIS: 1 esfera de isopor mdia, 4 ou 5 chumbos de pescar, 1 esfera pequena de isopor para fazer o chapu, 1 pedao de papel carto, cola de isopor e tinta para fazer o rosto. DESENVOLVIMENTO: Fixar os chumbinhos na base da esfera ou semi-esfera, colar a outra parte da esfera, fazer o rosto e chapu. PROBLEMATIZAO: Por que o joo-teimoso no fica deitado? O que movimento? Quais os tipos de movimento que voc conhece? O que equilbrio? O que o equilbrio tem a ver com a gravidade? - Observao: importante perceber que por causa do formato esfrico da base, o ponto de contato entre o joo-teimoso e o apoio muda de posio medida que ele tombado. como se ele fugisse para o lado o qual tombado, afastando-se da vertical que passa pelo centro de gravidade. Deve-se preservar a esfericidade da base, essencial para o movimento de vaivm do joo-teimoso. preciso ter cuidado com o enfeite e quantidade

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    de chumbo em relao ao tamanho da esfera, pois o joo-teimoso deixa de ser teimoso e tomba. APROFUNDAMENTO: Para Isaac Newton, sculo XVll, a gravidade era definida como uma fora de atrao, mas a partir dos estudos de Einstein ela passa a ser definida como uma deformao no espao. a mais fraca das quatro foras da natureza. As outras foras so a eletromagntica, a nuclear forte e a nuclear fraca. A fora eletromagntica percebida por ns nos fenmenos relacionados com eletricidade e com o magnetismo. A fora de gravidade responsvel pela formao e pela permanncia dos corpos celestes que vemos hoje por todos os lugares no universo. Na lei de gravitao proposta por Newton, temos o esclarecimento: a atrao entre dois corpos, como o sol e a terra, a terra e a lua, ser tanto mais intensa quanto maiores forem suas massas, quanto mais prximos estiverem. A terra exerce uma fora de atrao sobre qualquer objeto material, e este fenmeno conhecido pelo nome de fora da gravidade. Para Einstein a gravidade como um tapete de borracha. Quando uma esfera colocada sobre o tapete, ele se deforma sob o peso do objeto. Da mesma forma, um corpo celeste de grande massa deforma o espao. A deformao funciona como uma vala gravitacional que atrai os planetas e os mantm orbitando uma estrela de grande massa como o sol. 17-CONTEDO: Ar; atmosfera: condio de vida. OBJETIVOS: Perceber a existncia do ar. Compreender o ar como elemento essencial vida no planeta. EXPERIMENTO 1: Balo mgico EXPERIMENTO 2: O oxignio e a combusto MATERIAL 1: Recipiente com gua, funil, bexiga ou balo de borracha. MATERIAL 2: 1 vela acesa e um copo DESENVOLVIMENTO 1: Coloque a bexiga na poro afinada do funil, emboque o funil dentro do recipiente com gua. DESENVOLVIMENTO 2: Emboque um copo sobre uma vela acesa e observe o resultado.

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    PROBLEMATIZAO: 1-Do que est se enchendo o balo? 2- Porque o balo comea a se encher? 3-Por que a vela se apaga?

    APROFUNDAMENTO: O balo comea a se encher quando o ar do funil passa para o seu interior. Ns vivemos sobre a superfcie da crosta terrestre, mergulhados na atmosfera. Esta por sua vez a camada de ar que envolve o planeta Terra. O ar composto por uma mistura de gases, sendo: 78% de nitrognio, 21% oxignio, 1% outros gases. Podem ser observados dois gases que esto em maior quantidade que os outros. Isso quer dizer que, em 100 litros de ar, h 78 litros de nitrognio. Depois vem o oxignio, e o restante que inclui o gs carbnico, o argnio, o hlio, o nenio e outros gases, tambm chamados de gases nobres. Esta a proporo de gs no ar seco. Mas, normalmente, h tambm vapor de gua (em quantidade varivel) e poeira. Certos gases vindos das indstrias ou de outras fontes tambm podem estar presentes. O processo de queima da vela chamado combusto. Em 1783, o qumico francs Antoine Lavoisier (1743-1794) explicou esses e outros fenmenos: na combusto ocorre uma combinao do oxignio com outras substncias, liberando grande quantidade de calor. A combusto resulta da coliso entre as molculas de oxignio e o material combustvel. No experimento da vela, est se apaga porque o oxignio de dentro do copo foi gasto durante a queima da mesma. O oxignio , portanto, necessrio para a queima da vela. Alis, ele necessrio para a queima de outros materiais tambm. O oxignio obtido por destilao fracionada do ar e se apresenta no estado gasoso temperatura ambiente. fornecido normalmente em cilindros de ao, de alta presso, at 200 kg/cm. Pode ser tambm fornecido no estado lquido, em casos de maior consumo, a fim de simplificar o transporte. Em casos especiais, pode ser distribudo atravs de tubulaes, ligando o fabricante indstria consumidora. O oxignio o mais conhecido e difundido dos gases. Seu uso, alm do medicinal, traz inmeras vantagens s indstrias siderrgicas, metalrgicas etc. largamente utilizado nos processos de corte e solda, combinando-se com GLP, acetileno, argnio e dixido de carbono. O oxignio tambm amplamente utilizado para enriquecimento do ar em fornos, onde oferece vantagens com reduo do consumo de insumos de petrleo, aumento de produo e melhor controle de temperatura. Outra importante aplicao do oxignio na indstria de papel e celulose, sendo utilizado no branqueamento de celulose. tambm usado na oxigenao dos licores negro e branco, enriquecimento do ar nos fornos de cal e para tratamento de efluentes vindos de diferentes indstrias. Alm das aplicaes j mencionadas, o oxignio usado ainda em queimadores oxi-combustveis para fornos de vidro, chumbo, cobre, alumnio, ao, fero fundido e fornos rotativos em geral.

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    18-CONTEDO: Eroso OBJETIVOS: Reconhecer os efeitos da eroso na superfcie terrestre. EXPERIMENTO: Eroso: Como evitar. MATERIAL: Trs bandejas de alumnio; terra fofa; mudas de grama e sementes de alpiste, ou feijo; um copo de plstico; gua. DESENVOLVIMENTO: Forre uma das bandejas com terra e plante nela mudas de grama, sementes de alpiste e feijo. Espere a grama crescer um pouco e as sementes germinarem para continuar a experincia. Forre com terra o fundo de outra bandeja. Coloque a bandeja que ficou vazia sobre a mesa. Posicione a bandeja com grama dentro da bandeja vazia, levantando-a 10 cm. Posicione tambm desta forma a bandeja que s possui terra. Encha o copo com gua e despeje vagarosamente sobre a bandeja com grama, mantendo o copo 15 cm distante da bandeja. Repita o processo na bandeja que s possui terra. Compare a quantidade de terra que escorreu de cada bandeja.

    PROBLEMATIZAO: A quantidade de terra que escorre durante o processo de eroso em solos que possuem a proteo das plantas a mesma que escorre em solos sem essa proteo? APROFUNDAMENTO: Eroso o fenmeno de desagregao e decomposio das rochas ou as modificaes sofridas pelo solo devido a variaes da temperatura e, principalmente, ao da gua e do vento. O calor do Sol produz aquecimento desigual das rochas, fazendo com que elas se quebrem. As enxurradas arrancam plantas e fazem desmoronar barrancos. A gua da chuva banha a rocha, dissolve seus componentes e vai desgastando-a levemente. A gua dos rios pode arrancar fragmentos das rochas que esto s suas margens. O mar desgasta as rochas devido fora de suas ondas. Os vrios tipos de eroso provocadas pela gua recebem nomes especiais: eroso pluvial: ao das chuvas; eroso fluvial: ao dos rios; eroso marinha: ao dos mares; eroso glacial: ao do gelo. Outros tipos de eroso que ocorrem so: eroso por gravidade: consiste no movimento de rochas e sedimentos montanha abaixo devido principalmente a fora da gravidade; eroso elica: ao dos ventos. A eroso superficial de terrenos depende fundamentalmente da chuva, da infiltrao da gua, da topografia (declive mais acentuado ou no), do tipo solo e da quantidade de vegetao existente. A chuva , sem dvida, a principal causa para que ocorra a eroso e evidente que quanto maior a sua

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    quantidade e freqncia, (a freqncia um dos fatores mais importantes, pois o terreno fica saturado de gua dificultando a absoro da mesma), mais ir influenciar o fenmeno, no entanto se o terreno constar com a proteo da vegetao o impacto da chuva ser menor. A vegetao atenua a velocidade das guas, tanto as em p como as cadas atuam como obstculos. Assim como, importante a ao das razes vivas que daro sustentao mecnica ao solo e as razes mortas que propiciaro a existncia de canais para dentro do solo onde a gua pode penetrar e com isso, sobrar menos gua para correr na superfcie. 19-CONTEDO: Presso Atmosfrica OBJETIVOS: Compreender o efeito da presso atmosfrica sobre os corpos. EXPERIMENTO: A fora da presso atmosfrica. MATERIAL: gua, lata de refrigerante, fogo, bacia. DESENVOLVIMENTO: Coloca-se um pouco de gua numa latinha de refrigerante e leva-se ao fogo. Aps praticamente, toda a gua evaporar afunda-se rapidamente parte da latinha aberta num recipiente contendo gua e observe o resultado. PROBLEMATIZAO: possvel o ar amassar uma latinha? O que faz com que a lata fique amassada? Em que outras situaes verificamos a fora da presso atmosfrica? APROFUNDAMENTO: Aquecendo-se a gua contida na latinha, seu vapor conduzir parte do ar de seu interior para fora. Ao se embocar a latinha em gua, a temperatura normal, o vapor dgua remanescente se condensar formando gua, a presso no seu interior diminuir. Como a presso no interior da latinha, nestas condies muito menor que a atmosfrica esta amassa a latinha instantaneamente. A condensao do vapor dgua contido na atmosfera ocorre, como j vimos, quando o ar est saturado ou quase saturado em relao a esse componente. Tal condensao facilitada pelos ncleos higroscpicos (partculas capazes de causar a condensao do vapor dgua sobre elas). As partculas (tomos ou molculas) que formam os gases se movimentam o tempo todo. O constante movimento das molculas de um gs provoca colises entre elas e tambm entre as molculas e a parede do recipiente em que esto contidas. E so justamente esses choques que explicam a presso do gs contra as paredes do recipiente. 20-CONTEDOS: Estados fsicos da gua; orvalho, geada, nevoa e neblina; OBJETIVO: Entender como se formam as gotas de orvalho, geada e neblina nos dias frios mesmo quando no chove.

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    EXPERIMENTO 1: Formando geada EXPERIMENTO 2: Formando a nevoa MATERIAL 1: colher, cotonete, copo de vidro transparente, gelo esmagado e vaselina. MATERIAL 2: Gelo, sal, forma de bolo com revestimento preto, rolo de macarro, ou martelo, pano de prato. DESENVOLVIMENTO 1: Mergulhe o cotonete na vaselina. Use para desenhar uma figura em forma de estrela no copo. Coloque o gelo esmagado no copo e mexa-o com bastante sal. Aguarde alguns minutos. DESENVOLVIMENTO 2: Embrulhe o gelo no pano e esmague-os com o rolo de macarro. Ponha o gelo esmagado na forma de bolo. Cubra-o com sal e mexa. Espere alguns minutos. Expire calmamente sobre o gelo salgado. PROBLEMATIZAO 1: O que acontecer na superfcie do copo? Como se forma a geada? PROBLEMATIZAO 2: Por que se forma a nevoa? Qual o fenmeno que ocorre na natureza que provoca a geada? APROFUNDAMENTO: A nevoa se forma quando o vapor de gua se condensa no ar frio, transformando-se em gotculas de gua. Por isso no segundo experimento o ar prximo ao gelo salgado bastante frio. O vapor de gua de sua respirao se condensa no ar gelado formando a nevoa. Tambm durante a noite o solo fica frio, o ar prximo contm vapor de gua que se condensa formando a nevoa matinal. No primeiro experimento o vapor de gua que esta no ar se condensa na superfcie fria do copo congelando-se, forma-se uma fina camada de cristal. A gua no se congela sobre a vaselina e o gelo no se forma. Em clima frio a geada muitas vezes cobre o cho e as rvores. A geada do ponto de vista meteorolgico ocorre quando a temperatura atinge 0C sobre as superfcies expostas. Aps o congelamento do orvalho e com a continuao da queda da temperatura, o vapor dgua do ar em contato com a superfcie fria passa diretamente para o estado slido, se depositando sobre as superfcies e conferindo um aspecto esbranquiado sobre a paisagem, esta se constitui a chamada geada branca, mas existe tambm a geada negra, que so danos causados as plantas pelos ventos frios que desidratam os tecidos expostos, e a geada de canela que prejudica o tronco da planta quando a temperatura cai abaixo de -2C perto da superfcie, mas prximo as copas podem ser de 3 a 4C mais elevada. 21-CONTEDOS: Planta: partes da planta; caminho da seiva. OBJETIVOS: Identificar os rgos vegetais: raiz, caule e folha. Perceber o caminho percorrido pela seiva. Compreender como a planta processa a distribuio de alimento e de energia pelo seu corpo. Compreender as funes da raiz, do caule e das folhas. EXPERIMENTO: O caminho da seiva MATERIAL: 4 copos transparente, 3 flores branca, tesoura sem ponta, corantes de alimento (anilina - se possvel, verde, vermelho, azul e amarelo), gua.

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    DESENVOLVIMENTO: Em cada um dos copos, coloque um pouco de um dos corantes. Acrescente gua e misture bem. Experimento 1: coloque cada uma das flores em um copo com gua colorida. Experimento 2: Produzindo uma flor com duas cores: com a tesoura, corte ao meio, no sentido do comprimento, o cabinho de uma das flores - coloque cada metade do cabinho em um copo, (isto , a mesma flor com o cabo lascado colocada em 2 copos com gua de cor diferente) FONTE: www.ajc.pt/cienciaj/n16/marada.php3 PROBLEMATIZAO: possvel mudar a cor de uma flor? Como uma planta distribui o alimento pelo seu corpo? APROFUNDAMENTO: A Raiz o rgo de nutrio da planta, as funes da raiz so: fixar a planta no solo, retirar do solo a gua e os sais minerais que formam a seiva bruta; conduzir a seiva bruta at o caule. O caule serve de suporte aos ramos, as folhas, as flores e aos frutos; conduz a seiva bruta, da raiz para as folhas e distribui a seiva elaborada para toda a planta. A seiva bruta - (mineral) formada de gua e sais minerais nela dissolvidos. Sais minerais so ons partculas com carga eltrica - que desempenham papis especficos nos organismos vivos: Sdio; potssio; Clcio; Ferro; Fosfato; Iodo e Flor. A seiva elaborada formada de gua mais acares. 22-CONTEDOS: gua: solvente universal; estados fsicos da gua, caractersticas e propriedades da gua. OBJETIVO: Compreender as propriedades e caracterstica da gua observando que esta um solvente universal e que sofre mudanas de estado fsico. EXPERIMENTO: A gua que some. MATERIAL UTILIZADO: 1 prato raso, 1 copo com gua, 2 colheres de sal. DESENVOLVIMENTO: Misture o sal na gua at dissolver bem. Coloque um pouco dessa gua no prato e deixe o exposto ao sol (ou prximo a uma janela iluminada pelo sol), por alguns dias e observe o que vai acontecer.

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    PROBLEMATIZAO: O que aconteceu com a gua que estava no prato? Voc acha possvel retirar o sal da gua do mar usando um processo semelhante? Qual o processo da preparao do sal de cozinha, desde sua retirada do mar at chegar na mesa do consumidor? APROFUNDAMENTO: Atravs do aquecimento provocado pela energia solar a gua converte-se em vapor que sobe para a atmosfera ficando no prato apenas o sal utilizado nessa mistura. O processo de preparao do sal de cozinha ocorre, na maioria das vezes da seguinte forma: a gua do mar inicialmente recolhida em tanques grandes e rasos. Com a ao do vento e do sol, a gua se evapora deixando nos tanques apenas o sal. Depois, ele refinado, embalado e acrescentado iodo. Isso feito nas salinas que geralmente ficam em regies quentes e secas. No Brasil, temos grandes salinas no Rio de Janeiro, Esprito Santo e Rio Grande do Norte. Em alguns pases onde h falta de gua doce (a utilizada para beber), utiliza-se dessalinizao. Retirando-se o sal do mar para us-la como fonte de gua doce. J existem vrias usinas para dessalinizao, to grandes quanto s refinarias de petrleo. 23-CONTEDO: Ar OBJETIVO: Compreender que o ar existe, ocupa lugar no espao e exerce fora sobre os objetos. EXPERIMENTO: A bola suspensa MATERIAL: Bola de pingue-pongue ou esfera de desodorante roll-on antitranspirante; secador de cabelo. DESENVOLVIMENTO: Ligar o secador de cabelo e direcionar o fluxo de ar de maneira a que este seja ascendente. Colocar a bola no centro do fluxo de ar imposto pelo secador. Pode-se verificar que a bola fica em suspenso contnua. Se isto no ocorrer tem de utilizar um secador novo ou um com maior potncia. Mover o secador devagar na horizontal. Pode-se verificar que a bola acompanha o movimento do secador.

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    Fonte: http://cienciaemcasa.cienciaviva.pt/

    PROBLEMATIZAO: Uma bola pode ficar suspensa no ar sem ningum estar segurando-a? APROFUNDAMENTO: Em 1738, o matemtico suo Bernoulli observou que quando o ar se move presso deste diminui. Quanto mais depressa o ar se move menor ser a sua presso. Nesta experincia, o ar movimenta-se com maior velocidade no centro do jacto produzido pelo secador fazendo com que a presso neste ponto seja sempre mais baixa comparada com a dos outros locais. Isto procede porque esse local aquele que est mais afastado do ar com maior presso (periferia do jacto). A bola de pingue-pongue mantida sempre no centro do jacto de ar porque esta empurrada para o centro pela maior presso do ar mais lento, ou seja, aquele que est mais prximo das bordas do jacto. Por sua vez, a bola mantida em suspenso porque o jacto de ar ascendente suficiente para vencer o peso da bola de pingue-pongue. 24-CONTEDO: Vento: ar em movimento fenmenos da natureza OBJETIVO: Compreender atravs desta simulao como ocorre o fenmeno tornado. EXPERIMENTO: Tornado MATERIAL: Duas garrafas; fita-cola; gua. DESENVOLVIMENTO: Encher uma das garrafas com gua. Colocar a segunda em posio invertida e juntar com a fita cola as duas bocas das garrafas. Deve-se vedar bem as garrafas de maneira a no permitir a fuga da gua. Inverter a posio das duas garrafas, agitar e observar. A est o tornado!

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    Fonte: http://cienciaemcasa.cienciaviva.pt/

    PROBLEMATIZAO: Como o movimento do ar pode formar um poderoso tornado?

    APROFUNDAMENTO: Quando se agita a garrafa cria-se um vrtice e devido ao gradiente de velocidade de escoamento da gua h a formao de um cone invertido de gua. Isto acontece porque a gua que est mais prxima do orifcio da garrafa tem velocidade superior. No caso dos tornados verdadeiros, estes se formam devido ao encontro de correntes de ar frio com ar quente mido. Devido menor densidade, o ar quente sobe, comea a formar-se um vrtice e, no final, um redemoinho. Um tornado pode-se dizer que um pequeno, porm intenso, redemoinho de vento, formado por um centro de baixa presso durante tempestades. Se o redemoinho chega a alcanar o cho, a repentina queda na presso atmosfrica e os ventos de alta velocidade (que podem alcanar mais de 500 km/h) fazem com que o tornado destrua quase tudo o que encontrar no meio de seu caminho. Normalmente a sua formao ocorre no final da tarde, horrio em que a atmosfera se encontra mais instvel, com forte turbulncia e presena de nuvens Cumulonimbus. Esses cones de ventos rotativos e arrasadores podem ocorrer em qualquer lugar do mundo. Porm h certas regies que so mais propensas formao de tornados, como a parte central dos Estados Unidos da Amrica ou o "corredor dos tornados da Amrica do Sul" que inclui o Uruguai, norte da Argentina e a poro centro-sul do territrio brasileiro. Os tornados so localizados e energticos, apresentando um funil relativamente estreito, que raramente atinge dimetros superiores a 1 km, e tem a durao aproximada de 20 minutos. A Escala Fujita mede a intensidade dos tornados que vai de F0 a F5. Tornados com intensidade F5 so muito raros de se observar Normalmente, os tornados se formam associados a tempestades severas que produzem fortes ventos, elevada precipitao pluviomtrica e freqentemente granizo. Essas clulas normalmente formam-se devido ao contraste existente entre duas grandes massas de ar com diferentes presses e temperaturas. Aps tocar o solo, um tornado pode atingir uma faixa que varia entre 100 a 1200 metros, deslocando-se por uma extenso de aproximadamente 30 km (embora j tenham sido registrados tornados que se deslocaram

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    por distncias superiores a 150 km. Um fenmeno natural associado formao de tornados a chuva de animais. Na chuva de animais comum encontrar peixes, rs, sapos e pssaros que caem como chuva. Tal fenmeno pode ser explicado atravs de um tornado na forma de tromba d'gua, sugando as formas de pequenos animais (peixes, rs e sapos) para o interior da tempestade de ventos ascendentes, ocasionando a posterior precipitao dos mesmos em regies prximas. Relatos indicam que em 14 de fevereiro de 2007 ocorreu uma chuva de peixes em Paracatu, cidade do interior de Minas Gerais.

    25-CONTEDOS: Vegetais e ecossistema; ciclo vital dos vegetais

    OBJETIVOS: Observar os diferentes tempos de germinao e compreender ciclo vital dos vegetais. Comprovar as relaes de interdependncia entre os fatores biticos e abiticos. EXPERIMENTO: Horta Suspensa MATERIAL: 3 a 4 garrafas pet, de 2,5 litros (ou outra), terra adubada, pedrinhas, corda e sementes ou mudas. DESENVOLVIMENTO: Cortar, verticalmente, ao meio as garrafas (em p), dispor pedrinhas e a terra adubada, amarrar as garrafas e prender ao teto, plantar mudas ou sementes.

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    PROBLEMATIZAO: Qual o tempo de germinao das diferentes sementes? Do que a planta precisa para sobreviver? Quais so as etapas do ciclo vital de uma planta? APROFUNDAMENTO: Ao observar diferentes tempos de germinao a criana compreender aspectos tanto do ciclo vital dos vegetais quanto da sua diversidade. Perceber partes da planta e a relao dos vegetais com o solo, a gua, o sol e o ar. O funcionamento de uma planta depende das atividades de seus tecidos e de um fluxo de materiais, como gua, minerais, gases e matrias orgnicas. Basicamente, a planta realiza ento trocas gasosas e nutrio. A nutrio mineral a absoro, principalmente pelas razes, de gua e minrios; j a orgnica proveniente da ao da fotossntese nas folhas, onde so consumidos os nutrientes minerais. Nas razes, a absoro ocorre majoritariamente na zona pilfera, a regio que possui plos radiculares. Esse plos so projees microscpicas de clulas da epiderme da raiz e aumentam muito a rea de superfcie capaz de absorver. A absoro pela raiz pode ocorrer por dois caminhos. Em um deles, a gua e os sais penetram pelos espaos inter-celulares e avana sem penetrar as clulas. O outro caminho possvel por dentro das clulas, penetrando suas paredes e protoplastos. Porm, em um ponto, obrigatria a passagem por dentro das clulas: na endoderme da raiz. As clulas da endoderme esto ligadas por espessamentos das paredes, chamadas estrias de Caspary. Assim, no h espao entre as clulas, sendo o nico caminho, obrigatrio, por dentro do citoplasma dessas clulas. Aps atravessada a endoderme, chega-se ao cilindro central, onde esto localizados o xilema e o floema. Por transporte ativo, os sais so transferidos para o interior do xilema. A gua transportada por osmose. Assim, formada a seiva bruta, que ser transportada para as partes fotossintetizantes da planta (pois a gua e os sais so matria-prima da fotossntese). 26-CONTEDO: Estados fsicos da gua.

    OBJETIVO: Observar em pequena escala fenmenos semelhantes queles ocorridos na natureza, como formao do orvalho e geada, analisando processos de mudana de estado fsico da gua.

    EXPERIMENTO: Formao do orvalho e geada

    MATERIAL: 1- Copo de alumnio, ou uma lata de refrigerante aberta, gelo e sal, (opcional: termmetro atmosfrico).

    DESENVOLVIMENTO: Colocar gelo na lata de refrigerante at ench-la. Acrescentar sal. Opcional: colocar termmetro no interior da lata.

    PROBLEMATIZAO: possvel produzir geada e orvalho utilizando uma lata, gelo e sal? Como ocorre na natureza o fenmeno do orvalho? O que a geada?

    APROFUNDAMENTO: O sal abaixa a temperatura da gua fazendo com que est passe de

    um estado fsico para outro. Os estados fsicos da matria so conjuntos de configuraes

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    que objetos macroscpicos podem apresentar. O estado fsico tem a relao com a

    velocidade do movimento das partculas de uma determinada substncia. Segundo o meio em que foram estudados, so trs os estados considerados: slido, lquido e gasoso. Outros tipos de fases da matria, como o estado pastoso ou o plasma so estudados em nveis mais avanados de fsica. As caractersticas de estado fsico so diferentes em cada substncia e depende da temperatura e presso na qual ela se encontra. Mudando a presso ou a temperatura do ambiente onde um objeto se encontra, esse objeto pode sofrer

    mudana de estado. As principais mudanas de estados so: fuso - mudana do estado slido para o lquido. Existem dois tipos de fuso: gelatinosa - derrete todo por igual; por exemplo o plstico. Cristalina - derrete de fora para dentro; por exemplo o gelo. Vaporizao - mudana do estado lquido para o gasoso. Existem trs tipos de vaporizao: evaporao - as molculas da superfcie do lquido tornam-se gs em qualquer temperatura; ebulio - o lquido est na temperatura de ebulio e fica borbulhando, recebendo calor e tornando-se gs; calefao - o lquido recebe uma grande quantidade de calor em perodo curto e se torna gs rapidamente. J o processo de condensao a mudana de estado gasoso para lquido (inverso da Vaporizao). Solidificao - mudana de estado lquido para o estado slido (inverso da Fuso). Sublimao - um corpo pode ainda passar diretamente do estado slido para o gasoso. Re-sublimao - mudana direta do estado gasoso para o slido (inverso da Sublimao).

    27-CONTEDO: rgos dos sentidos e suas funes: o paladar. OBJETIVO: Propor as crianas a experimentao dos 4 sabores, atravs da percepo do rgo do sentido (lngua) responsvel pela identificao do doce, do azedo, do amargo e do salgado. EXPERIMENTO: O paladar MATERIAL: Pedaos de limo, pedaos de jil, poro de alimento salgado, ou sal, poro de alimento doce ou acar, fita para vedar os olhos. DESENVOLVIMENTO: Vedar os olhos da criana com a fita, dar a ela para degustar os sabores, colocando os alimentos em partes especficas da lngua: na ponta o doce, nas laterais o azedo e o salgado e na parte mais de trs o amargo e tentar adivinh-los. PROBLEMATIZAO: Quais as funes da lngua? Que gostos podem-se sentir com ela? Existem partes especificas da lngua responsveis por determinada funo?

    APROFUNDAMENTO: O paladar um dos cinco sentidos dos animais. uma capacidade que nos permite reconhecer os gostos de substncias colocadas sobre a lngua. Na lngua, existem as papilas gustativas que reconhecem substncias do gosto e enviam a informao ao crebro. Mas o teto da boca (o palato) tambm sensvel aos gostos. A lngua tambm possui terminaes nervosas livres que, quando em contato com substncias como a capsaicina, percebem as sensaes tteis qumicas. Ao conjunto das sensaes de gosto, aroma e das sensaes tteis qumicas d-se o nome de sabor. As

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    papilas gustativas so estruturas compostas por clulas sensoriais que transmitem ao crebro informaes que o permitem identificar os gostos bsicos: o amargo, o cido, o salgado e o doce. As substncias do gosto se ligam (aminocidos e adoantes) ou penetram (on hidrognio e on sdio) na clula sensorial desencadeando um processo que resulta na liberao de neurotransmissores. Os padres de sinais gerados e transmitidos at o crebro a partir da liberao desses neurotransmissores permitem a identificao do tipo de gosto. Embora existam vrios tipos de papilas, e elas se concentrem em determinadas regies da lngua, as clulas sensoriais so capazes de transmitir informaes sobre todos os tipos de gostos. A lngua apresenta duas superfcies: Superior ou dorsal - possui numerosas rugosidades chamadas papilas. Inferior ou ventral - apresenta-se relativamente lisa. As papilas gustativas so pequenas bolsas em nossa lngua cheias de clulas sensoriais. Estas clulas esto ligadas ao nosso crebro por fibras nervosas. necessrio que as substncias estejam dissolvidas em gua para que possamos sentir os gostos. comum, mesmo em publicaes cientficas, ser referido que existe um "mapa do paladar" em que a cada rea da lngua est associado um determinado sabor. Essa idia fundamentalmente um mito. Na realidade, as populaes dos diversos tipos de papilas gustativas distribuem-se por toda a lngua, embora de um modo no inteiramente uniforme, o que faz com que qualquer regio da lngua seja capaz de determinar qualquer dos gostos. O que de fato parece verificar-se que a regio mais perto da ponta da lngua percebe melhor o gosto doce e salgado e a parte que fica na parte de trs percebe melhor o sabor amargo. A intensidade da percepo dos gostos depende: do nmero de papilas; da penetrao da substncia no interior das mesmas; da natureza, concentrao, capacidade ionizante e composio qumica da substncia. Os fenmenos qumicos da gustao apresentam aspectos bastante curiosos. Todos os cidos minerais tm o mesmo gosto, enquanto certos cidos orgnicos, como o tartrico, o actico e o ctrico, tm paladares particulares. Corpos qumicos inteiramente distintos podem ter o mesmo gosto, como a sacarina e o acar. s vezes, basta uma pequena alterao na estrutura atmica para transformar uma substncia doce em amarga. A velocidade da percepo tambm varivel para cada um dos gostos (um quarto de segundo para o salgado e dois segundos para o amargo). O tempo de percepo de cada soluo gustativa (cloreto de sdio, por exemplo) muda sempre da mesma forma sempre que alguma varivel se altera, mantendo-se constantes as demais. O tempo de percepo inversamente proporcional a qualquer uma das seguintes condies: presso, concentrao, temperatura e rea estimulada. O sentido do paladar (a gustao) nos d informaes sobre certas substncias dissolvidas nos alimentos. Por meio do paladar, percebemos centenas de gostos diferentes e reconhecemos diversos tipos de alimento. Podemos identificar, por exemplo, alimentos ricos em acares e evitar alimentos estragados ou substncias venenosas. Mas, assim como em relao ao cheiro, nem todas as substncias prejudiciais podem ser identificadas pelo paladar. Na parte de cima da lngua, h pequenas elevaes que podem ser vistas a olho nu, as papilas. Cada papila contm cerca de duzentas clulas sensitivas, os botes gustativos, que s podem ser vistos com auxlio de microscpio. Na lngua h cerca de nove mil botes gustativos. Quando os botes gustativos so estimulados por partculas de alimento, eles enviam mensagens para o sistema nervoso. Este, por sua vez traduz as mensagens nas sensaes de gosto. Com os botes gustativos, percebemos quatro tipos de sensaes fundamentais: doce, salgado, amargo e azedo.

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    28-CONTEDOS: Fenmenos; decomposio da luz branca. OBJETIVO: Perceber a decomposio da luz do sol nas 7 cores do arco-ris. EXPERIMENTO: Cor da luz MATERIAL: 1 folha de papel em branco, 1 copo com gua e 1 lanterna. DESENVOLVIMENTO: Coloque o papel em frente ao copo com gua e coloque a lanterna ao lado do copo e acenda-a. Est pronto um arco-ris!

    Fonte: www.tvcultura.com.br

    PROBLEMATIZAO: A luz tem cor? O que um arco-ris? De onde vem s cores do arco-ris?

    APROFUNDAMENTO: Os raios infravermelhos so assim denominados devido a estarem abaixo da cor vermelha e os ultravioletas por estarem acima da cor violeta. Um arco-ris (tambm chamado arco-celeste, arco-da-aliana, arco-da-chuva ou arco-da-velha) um fenmeno ptico e meteorolgico que separa a luz do sol em seu espectro (aproximadamente) contnuo quando o sol brilha sobre gotas de chuva. Ele um arco multicolorido com o vermelho no seu exterior e o violeta em seu interior; a seqncia completa vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil (ou ndigo) e violeta. Considerando as cores como luz, a cor branca resulta da sobreposio de todas as cores, enquanto o preto a ausncia de luz. Uma luz branca pode ser decomposta em todas as cores (o espectro) por meio de um prisma. Na natureza, esta decomposio origina um arco-ris.

    29-CONTEDO: Energia trmica (conduo de calor e dilatao de materiais).

    OBJETIVOS: Entender o que energia trmica. Abordar o conceito de condutibilidade de calor e verificar qual dos materiais melhor condutor deste. EXPERIMENTO: Propagao de calor nos slidos MATERIAL: Vela, fsforos, um recipiente de vidro alto que servir como suporte, dois arames de 30 cm de material diferente (pode ser um de cobre e outro de alumnio). DESENVOLVIMENTO: Enrole dois arames (um no outro) deixando as extremidades afastadas e duas a duas; dobre e coloque dentro do copo de forma a deixar as 4

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    extremidades dos fios para fora e em lados opostos; pingue sobre as extremidades, de um lado, cera de vela; e na outra extremidade coloque a vela acesa a alguns centmetros para aquecer os metais. Os fios iro conduzir o calor e derreter a vela pingada na extremidade oposta.

    PROBLEMATIZAO: Como podemos descobrir qual dos fios conduz melhor o calor? Como ocorre o processo de conduo e transformao de energia com os fios em nossa residncia, no chuveiro e no ferro de passar roupas?

    APROFUNDAMENTO: Conduo trmica um dos meios de transferncia de calor que geralmente ocorre em materiais slidos, e a propagao do calor por meio do contato de molculas de duas ou mais substncias com temperaturas diferentes (metais, madeiras, cermicas, etc...). Ocorre a propagao de calor sem transporte da substncia formadora do sistema, ou seja, atravs de choques entre suas partculas integrantes ou intercmbios energticos dos tomos, molculas, e eltrons. Os metais, devido elevada condutividade trmica, so excelentes meios de propagao de calor. Os gases e alguns slidos, que possuem baixa condutividade trmica, so pssimos meios de propagao de calor.

    30-CONTEDO: Transpirao da Plantas OBJETIVO: Entender que a planta um ser vivo e realiza processo respiratrio utilizando-se de boa parte do oxignio que produz. EXPERIMENTO: A planta respira MATERIAL: Uma garrafa de plstico transparente (ou saco plstico transparente) bem seca; chumaos de algodo; fita crepe; vaso com planta pequena ou um ramo de arbusto com boa folhagem.

    DESENVOLVIMENTO: Num dia em que no tenha chovido, cuidadosamente cubra o ramo ou a planta com a garrafa ou o saco plstico. Para evitar que haja desfolhamento ou que a planta se quebre, voc pode dobrar ou enrolar as folhas; procure vedar bem a boca do frasco ou a base do saco plstico usando algodo e a fita crepe. Caso a planta ou o ramo no suporte a garrafa plstica, arranje uma forma de api-la para que, com seu peso, a planta no se quebre. Mantenha a planta assim revestida numa rea iluminada e observe as paredes internas da garrafa a cada 30 minutos, num intervalo de duas horas. Voc notar que, inicialmente, as paredes internas ficaro embaadas e, em seguida, pequenas gotculas se formaro. Voc pode explicar de onde veio essa gua?

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    PROBLEMATIZAO: A planta tambm respira? Como ocorre o processo de transpirao da planta? possvel observar a respirao da planta? APROFUNDAMENTO: A perda de gua na forma de vapor pelas plantas atravs das folhas chamada transpirao. A folha est em contato com o solo atravs de seu sistema vascular. O vapor de gua sai da folha pelos estmatos. Quando a umidade relativa do ar est alta e sem vento, a transpirao pequena, mas quando a umidade do ar est baixa e h vento, a transpirao elevada. O nmero de estmatos varia conforme a espcie vegetal considerada. A maioria das plantas possui uma cutcula cobrindo a superfcie da folha. Quando os estmatos se fecham, a transpirao continua ocorrendo pela cutcula. Se esta cutcula for muito espessa, existe apenas transpirao pelos estmatos. Os estmatos so compostos por duas clulas-guarda associadas ou no clulas epidrmicas. Quanto mais trgidas as clulas, maior a abertura do ostolo. Essa turgidez pode ser determinada pela luz, gs carbnico, presena de potssio nas clulas, etc. Em condies ideais de luz os estmatos se abrem, fechando na sua ausncia. Em altos teores de gs carbnico os estmatos se fecham. Na presena de potssio dentro da clula, a gua tende a entrar por osmose, aumentando a turgidez dos estmatos. Os estmatos normalmente se abrem ao amanhecer do dia e se fecham ao anoitecer. O tempo para sua abertura total de cerca de uma hora. Quando o solo est com deficincia de gua, os estmatos se fecham para impedir a perda de gua, porm a transpirao pode continuar pela cutcula, e se a situao persistir a planta pode at morrer. Fatores que alteram a transpirao: a) Iluminao: a transpirao est intensamente relacionada com a abertura dos estmatos. Como eles se abrem ao amanhecer, a taxa de transpirao tambm aumenta com o decorrer do dia, atingindo seu mximo no final da manh ou incio da tarde, diminuindo at ficar com uma taxa baixa, durante o perodo noturno, quando os estmatos esto fechados; b) Umidade relativa do ar: Quando a umidade relativa do ar baixa, a transpirao tende a aumentar por conta do gradiente de potencial de gua formado. Porm, esse fator aumenta com o aumento da temperatura, portanto, para medirmos a transpirao em relao umidade do ar, precisamos levar em considerao a temperatura. c) Temperatura: em condies ideais de gua, se a temperatura aumentar, pode-se observar um aumento na transpirao, pois a temperatura causa um efeito sobre o potencial de gua. Porm, se o ar estiver saturado de gua e a folha tiver uma temperatura superior ao ambiente, a planta continua transpirando. d) gua disponvel no solo: os estmatos normalmente se fecham quando h pouca gua no solo, diminuindo a absoro e a transpirao, para evitar a desidratao. e) Vento: O movimento do ar (vento) sobre a folha retira o vapor de gua presente na superfcie, promovendo o aumento da transpirao.

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    31-CONTEDOS: Solo; permeabilidade; funo de filtro natural da gua. OBJETIVO: Observar e diferenciar diversos tipos de solo, relacionar os diversos tipos de solo com sua permeabilidade. Verificar se o solo arenoso ou argiloso. Compreender a funo que o solo exerce de filtro natural da gua. EXPERIMENTO: Filtro com diferentes solos MATERIAL: Dois funis, duas garrafas, um pouco de areia e um pouco de argila (barro), dois copos com gua. DESENVOLVIMENTO: Coloque os funis nos gargalos das garrafas. Dentro de cada funil, coloque um chumao de algodo, ponha uma quantidade de areia dentro de um funil; no outro ponha igual quantidade de argila. Despeje a mesma quantidade de gua em cada funil. Observe o resultado.

    PROBLEMATIZAO: Quais so os tipos de solo? Por que em alguns tipos de solo a gua escoa com maior facilidade? O solo funciona como um filtro natural da gua? APROFUNDAMENTO: A gua derramada sobre a areia escoou com facilidade. A gua derramada sobre a argila (barro) no escoou com facilidade. A areia um solo permevel, porque deixa a gua passar com facilidade. A argila um solo impermevel, porque no deixa a gua passar com facilidade. O tipo de solo com muita argila chamado argiloso e fica encharcado depois das chuvas. O solo arenoso (com muita areia), seca depressa. A parte slida do planeta formada de rochas. As rochas formam as diversas camadas da terra. Crosta terrestre a camada mais externa na terra. A camada superficial da crosta terrestre, onde vive o homem e os animais e onde se desenvolvem as plantas chama-se solo. Os solos podem ser secos, midos, arenoso e argiloso, e outros.

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    32-CONTEDOS: Ar; propriedades: o ar ocupa lugar no espao; presso do ar. OBJETIVO: Compreender que o ar ocupa lugar no espao. EXPERIMENTO: Mergulho no ar. MATERIAL: Leno ou quadrado de pano, massinha, fita adesiva linha ou barbante, tesoura. DESENVOLVIMENTO: 1) Corte quatro pedaos iguais de linha. 2) Cole com fita adesiva uma ponta da linha em cada canto do pano. 3) Dobre o pano e junte as pontas soltas das linhas. 4) Cole um pedao de massinha nas pontas soltas. Forme uma bolinha em torno das linhas para mant-las juntas. 5) Jogue o pra-quedas pronto no ar. O pano se abre e o pra-quedas flutua devagar at o cho. PROBLEMATIZAO: O ar ocupa lugar no espao? Como voc percebe que o ar est aqui presente nesta sala? O ar realiza uma presso (fora) contra seu corpo? O ar tem cor? Tem cheiro? APROFUNDAMENTO: A maioria dos objetos caem depressa quando voc os joga. O ar faz pouco para deter a queda. O ar, porm, pode desaceler-la. Voc pode fazer um pra-quedas para descobrir como os pra-quedistas saltam de um avio e flutuam com segurana at o cho. Por que ele funciona? O ar empurra para cima as coisas que esto caindo. Como um pra-quedas fica muito grande quando abre, muito ar empurra-o para cima. Esse empurro bem forte e desacelera a queda do pra-quedista. O ar est em toda parte ao redor de ns (apesar de no conseguirmos v-lo, sabemos que ele existe e podemos senti-lo). O ar tem peso, tem massa e ocupa espao, a massa do ar relativamente pequena porque ele formado por uma mistura de gases, sendo os principais: o nitrognio e o oxignio. Em quantidades bem menores esto os gases nobres e o gs carbnico. No ar tambm h poeira e outros gases produzidos pela indstria e por outras atividades humanas. No vemos o ar, mas estamos envolvidos por ele em todos os momentos da vida. As plantas retiram do ar o gs carbnico e realizam a fotossntese. E tambm os seres vivos retiram dele o oxignio necessrio para a respirao. 33-CONTEDOS: Lixo e reciclagem OBJETIVO: Entender como se da o processo de reciclagem do papel EXPERIMENTO: Papel reciclado MATERIAL: 1 liquidificador, 1 peneira de fundo plano, diferentes tipos de papel, 1 bacia larga, folhas de jornal, pano seco e gua. DESENVOLVIMENTO: 1- Rasgue os papis (reserve algumas folhas de jornal) em pedaos bem pequenos. 2- Coloque os pedaos de papel em uma bacia com gua por 24 horas. 3- Separe pequenas pores do papel molhado e bata no liquidificador com um litro de gua at desmanchar bem e formar uma massa. 4- Coloque a massa novamente

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    em uma bacia com gua pela metade. 5- Agite a massa com a mo para que ela fique depositada no fundo da bacia. 6- Coloque a peneira dentro da gua pela lateral da bacia com cuidado e depois a retire deixando uma camada fina de massa de papel sobre ela. 7- Passe a mo para retirar o excesso de gua e coloque a peneira com a massa sobre algumas folhas de jornal para secar troque o jornal quando este encharcar. 8- Cubra a peneira com um pano e aperte com a mo at a massa ficar quase seca e se tornar uma folha de papel reciclado. 9- Vire a folha de papel reciclado sobre uma folha de jornal seco. Ela dever se soltar com facilidade. Se isso no ocorrer repita o processo. 10- Coloque a folha de papel entre folhas de jornal por 24 horas ou a pendure no varal para secar. No dia seguinte seu papel reciclado estar pronto.

    PROBLEMATIZAO: Como feito o papel reciclado? APROFUNDAMENTO: O papel foi inventado na China, no ano 105, por Tsai Lun, um rapaz que trabalhava no depsito da Corte Imperial. Ele pegou uma bacia com um pouco de gua, colocou dentro restos de roupas e tecidos usados, pedaos de cascas de rvores de amora e de bambu. Foi amassando, rasgando, umedecendo, batendo e misturando tudo dentro da gua at que virou uma massa parecida com um mingau. Pegou uma espcie de peneira grande e seda e a colocou dentro da gua, no fundo da bacia. Depois retirou a peneira, escorreu a gua e o mingau ficou retido sobre a seda. O mingau secou sobre a seda e se transformou em uma pelcula. Com muito cuidado, ele retirou a pelcula e a deixou secar mais um tempo sobre uma mesa. Quando ficou bem firme