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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Vitória, ES - 2010

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

LEGISLAÇÃO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO DAS EDIFICAÇÕES

E ÁREAS DE RISCO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Vitória, ES - 2010

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Comandante Geral do CBMES Fronzio Calheira Mota – Cel BM

Chefe do Centro de Atividades Técnicas Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM

Subchefe do Centro de Atividades Técnicas Áureo Buzatto – Maj BM

Organizador Wesley Nunes Reis – Cap BM

Comissão Elaboradora Carlos Marcelo D’Isep Costa – Ten Cel BM

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Áureo Buzatto – Maj BM

Vitor Lúcio Escalfoni – Cap BM Fábio Maurício Rodrigues Pereira – Cap BM

Wesley Nunes Reis – Cap BM Pedro Dalvi Boina – Cap BM

Antônio Severino da Silva – Cap BM Antonina Maria do Nascimento – Cap BM Domingos Sávio Almonfrey – 1º Ten BM

Euclides Júnior Correa Muniz – 1º Sgt BM Howlinkston Bausen – 1º Sgt BM

Elisane Veras da Silva de Brito – Sd BM

Capa Patrick Barbosa Soares – Sd BM

Editoração e Correção Ortográfica Leonardo de Araújo Pennafort – Sd BM

Heitor Barcellos Coelho – Sd BM Karoline Fadini Effegem – Sd BM

Carolina Antunes de Oliveira – Sd BM João Paulo Gradim – Sd BM

Revisão Geral Wesley Nunes Reis – Cap BM

Todos os direitos reservados ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo

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COMISSÃO ELABORADORA

Em pé: 1º Sgt Bausen, Cap Antonina, Cap Dalvi, Cap Antônio, 1º Ten Sávio, Sgt Muniz e Sd Elisane Sentados: Cap Wesley, Cap Escalfoni, Ten Cel Cerqueira, Ten Cel D’Isep, Maj Buzatto e Cap Maurício.

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Legislação de Segurança Responsável Lei nº 9.269/2009 Comissão Elaboradora

Dec. Est. nº 2423 – R/2009 Comissão Elaboradora

Portaria nº 201 – R/2010 Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM

Áureo Buzatto – Maj BM

NT 01/2010 Procedimentos Administrativos

Parte 1 – Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico

Wesley Nunes Reis – Cap BM

Parte 2 – Apresentação de Projeto Técnico Wesley Nunes Reis – Cap BM Antonina Maria do Nascimento – Cap BM

Parte 3 – Vistoria Wesley Nunes Reis – Cap BM

Euclides Júnior Correa Muniz – 1º Sgt BM Parte 4 – Cadastramento Wesley Nunes Reis – Cap BM

NT 02/2010 Exigências das Medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de

Risco. Comissão Elaboradora

NT 03/2009 Terminologia de Segurança Contra Incêndio e

Pânico Wesley Nunes Reis – Cap BM

NT 04/2009 Carga de Incêndio nas Edificações e Áreas de

Risco Wesley Nunes Reis – Cap BM

NT 05/2010 Segurança Contra Incêndio Urbanística Wesley Nunes Reis – Cap BM

NT 06/2009 Acesso de Viatura Nas Edificações e Áreas de

Risco Wesley Nunes Reis – Cap BM

NT 07/2010

Brigada de Incêndio – Bombeiro Profissional Civil Primeiro Socorros ou Socorros de Urgência

Procedimentos para Formação, Treinamento, Reciclagem e Cadastramento de Empresas.

Carlos Marcelo D’Isep Costa – Ten Cel BM André Pimentel Lugon – Cap BM

NT 08/2010 Separação entre Edificações (Isolamento de Risco) Domingos Sávio Almonfrey – 1º Ten

NT 09/2010 Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção

Vitor Lúcio Escalfoni – Cap BM Fábio Maurício Rodrigues Pereira – Cap BM

NT 10/2010 Saídas de

Emergência

Parte 1 – Condições Gerais Wesley Nunes Reis – Cap BM Parte 2 – Pressurização de Escada de Segurança Domingos Sávio Almonfrey – 1º Ten Parte 3 – Dimensionamento de Lotação e Saídas

de Emergência em Centros Esportivos e de Exibição

Domingos Sávio Almonfrey – 1º Ten

Parte 4 – Dimensionamento de Saídas de Emergência para Edificações e Áreas de Risco

Destinadas a Shows e Eventos

Pedro Dalvi Boina – Cap BM Domingos Sávio Almonfrey – 1º Ten

NT 11/2010 Compartimentação Horizontal e Compartimentação

Vertical Wesley Nunes Reis – Cap BM Pedro Dalvi Boina – Cap BM

NT 12/2009 Extintores de Incêndio Antônio Severino da Silva – Cap BM NT 13/2010 Iluminação de Emergência Domingos Sávio Almonfrey – 1º Ten NT 14/2010 Sinalização de Emergência Wesley Nunes Reis – Cap BM

NT 15/2009 Sistema de Hidrantes e Mangotinhos para Combate à Incêndio

Fábio Maurício Rodrigues Pereira – Cap BM

NT 16/2010 Hidrante Urbano de Coluna Pedro Dalvi Boina – Cap BM NT 17/2009 Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio Wesley Nunes Reis – Cap BM

NT 18/2010 Líquidos e

Gases combustíveis e

Inflamáveis

Parte 1 – Central de Gás Liquefeito do Petróleo (GLP) Pedro Dalvi Boina – Cap BM

Parte 2 – Comercialização Distribuição e Utilização de Gás Natural

Wesley Nunes Reis – Cap BM

Parte 3 – Locais de Abastecimento Pedro Dalvi Boina – Cap BM

Howlinkston Bausen – 1º Sgt BM Elisane Veras da Silva de Brito– Sd BM

NT 19/2010 Fogos de Artifício

Parte 1 – Comercio Varejista Antônio Severino da Silva – Cap BM

Parte 2 – Espetáculos Pirotécnicos Wesley Nunes Reis – Cap BM Antônio Severino da Silva – Cap BM

NT 20/2010 Sistema de Proteção por Chuveiros Automáticos Fábio Maurício Rodrigues Pereira – Cap BM

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APRESENTAÇÃO A evolução da tecnologia utilizada pela indústria da construção civil impõe a correspondente evolução da legislação aplicada ao setor, possibilitando assim que a burocracia não seja obstáculo ao desenvolvimento de toda a sociedade. Além das edificações as preocupações com relação à segurança abrangem diversas outras atividades, tais como o armazenamento e comercialização de gás liquefeito de petróleo, a realização de shows pirotécnicos, a realização de eventos para grandes públicos, entre outros. Todas essas questões merecem a atenção do Estado que tem o dever legal de cuidar da segurança pública, por tal razão a necessidade de normatização que as contemple. A elaboração das minutas que deram origem à Lei Estadual nº 9.269, de 21 de julho de 2009, e ao Decreto Estadual nº 2.423-R, de 15 de dezembro de 2009, além da elaboração das normas técnicas contidas na presente consolidação, ocorreram após um exaustivo trabalho coordenado pelo Centro de Atividades Técnicas, com a participação voluntária de vários integrantes do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo (CBMES). Esse trabalho foi desenvolvido através de pesquisas comparadas das diversas legislações e normas existentes no Brasil e no mundo, o que nos dá a garantia de contarmos hoje com um conjunto normativo atualizado e eficiente. Esta consolidação de leis e normas tem como objetivo permitir que os diversos profissionais que as utilizam possam ter mais praticidade em encontrá-las reunidas num único volume e com isso terem maior agilidade no desenvolvimento de seus respectivos trabalhos. O formato que ora é apresentado também permitirá uma rápida atualização e substituição das normas técnicas e é fruto do reconhecimento de que se o mundo muda o tempo todo, as normas também precisam mudar, do contrário correm o risco de ficarem obsoletas e não refletirem a realidade que nos cerca. Dessa forma, com orgulho pelo trabalho de equipe realizado pelos integrantes do CBMES, é que apresentamos esse conjunto normativo que contribuirá para a prevenção de desastres e de uma maneira mais ampla para melhorar a segurança do cidadão capixaba.

Fronzio Calheira Mota – Coronel BM Comandante Geral do CBMES

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AGRADECIMENTO

O CBMES vem trabalhando a alguns anos na atualização da legislação de segurança contra incêndio e pânico, e em 2008, foi idealizado um plano de elaboração. Iniciou-se um trabalho árduo envolvendo uma equipe multidisciplinar e bastante competente que resultou na edição da lei 9.269/09, decreto 2.423-R/09 e em 20 (vinte) normas técnicas que abrangem a maioria dos assuntos relacionados à segurança contra incêndio e pânico no Estado do Espírito Santo. Todo este material faz parte desta coletânea que visa facilitar a consulta e a compreensão dos fatores que tem a legislação de segurança contra incêndio e pânico como uma ferramenta de trabalho. A legislação atual é flexível, moderna e segue uma padronização com outros estados da federação em relação aos níveis de exigências, procedimentos e simbologias, além de criar exigências de novas medidas de segurança como: chuveiros automáticos, detecção de incêndio, compartimentação vertical e horizontal, acesso de viaturas nas edificações e áreas de risco e outras, com intuito de fornecer mais opções ao elaborador do projeto. Ademais, cria a parametrização de análise de projetos e vistorias, que juntamente com o Sistema Integrado de Atividades Técnicas (SIAT), proporcionará mais conforto e agilidade ao contribuinte na emissão do Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros (ALCB). Na condição de chefe do Centro de Atividades Técnicas, agradeço e parabenizo a equipe por ter trabalhado com entusiasmo e de forma produtiva resultando nesta coletânea que é entregue à sociedade capixaba. Agradeço ao Coronel BM Fronzio Calheira Mota pelo apoio e confiança depositado na equipe do CAT. Agradeço ao Tenente Coronel BM Carlos Marcelo D’Isep Costa e ao Capitão BM Vitor Lúcio Escalfoni, que mesmo não fazendo parte do CAT contribuíram de forma importante e decisiva. Agradeço ao Major BM Áureo Buzatto, Subchefe do CAT e ao Capitão BM Wesley Nunes Reis, Chefe da Seção de Normas e Cadastros, pela coordenação dos trabalhos. Agradeço aos Capitães BM Fábio Maurício Rodrigues Pereira, Pedro Dalvi Boina, Antônio Severino da Silva, Antonina Maria do Nascimento e ao 1º Tenente BM Domingos Sávio Almonfrey, pela seriedade na condução de cada tema técnico. Agradeço aos 1º Sargentos Euclides Junior Corrêa Muniz, Howlinkston Bausen e a Soldado Elisane Veras da Silva de Brito, pelo auxílio na empreitada. Agradeço a Deus que nos guiou com equilíbrio e sensatez para esta produção.

“Prevenir também é salvar” CAT

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel Chefe do CAT

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SUMÁRIO

Lei nº 9269, de 21 de julho de 2010....................................................................................................................11

Decreto 2423-R, de 15 de dezembro de 2009....................................................................................................13

Portaria 201-R, de 23 de Abril 2010...................................................................................................................29

NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 1 - Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico.....47

NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico................................57

NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 3 - Vistoria........................................................................ 99

NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 4 - Cadastramento............................................................115

NT 02/2010 - Exigências das Medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas Edificações e

Áreas de Risco......................................................................................................................................................131

NT 03/2009 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico................................................................169

NT 04/2009 - Carga de Incêndio nas Edificações e Áreas de Risco..................................................................193

NT 05/2010 - Segurança Contra Incêndio Urbanística.......................................................................................207

NT 06/2009 - Acesso de Viatura nas Edificações e Áreas de Risco..................................................................213

NT 07/2010 - Brigada de Incêndio e Bombeiro Profissional Civil, Primeiros Socorros e Socorros

de Urgência........................................................................................................................................................225

NT 08/2010 - Separação Entre Edificações (Isolamento de Risco)....................................................................255

NT 09/2010 - Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção........................................................ 267

NT 10/2010 - Saídas de Emergência Parte 1 - Condições Gerais.....................................................................287

NT 10/2010 - Saídas de Emergência Parte 2 - Pressurização de Escada de Segurança...................................327

NT 10/2010, Parte 3 - Dimensionamento de Lotação e Saídas de Emergência em Centros

Esportivos e de Exibição.....................................................................................................................................355

NT 10/2010 - Saídas de Emergência Parte 4 - Dimensionamento de Saídas de Emergência para

Edificações e Áreas de Risco Destinadas a Shows e Eventos...........................................................................381

NT 11/2010 - Compartimentação Horizontal e Compartimentação Vertical.......................................................393

NT 12/2009 - Extintores de Incêndio...................................................................................................................411

NT 13/2010 - Iluminação de Emergência............................................................................................................429

NT 14/2010 - Sinalização de Emergência..........................................................................................................435

NT 15/2009 - Sistemas de Hidrantes e de Mangotinhos para Combate à Incêndio...........................................467

NT 16/2010 - Hidrante Urbano de Coluna..........................................................................................................505

NT 17/2009 - Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio................................................................................ 515

NT 18/2010 - Líquidos e Gases Combustíveis e Inflamáveis Parte 1 - Central de Gás Liquefeito de

Petróleo (GLP) ...................................................................................................................................................523

NT 18/2010 - Líquidos e Gases Combustíveis e Inflamáveis Parte 2 - Comercialização,

Distribuição e Utilização de Gás Natural............................................................................................................549

NT 18/2010 - Líquidos e Gases Combustíveis e Inflamáveis Parte 3 - Locais de Abastecimento de

Combustíveis......................................................................................................................................................557

NT 19/2010 - Fogos de Artifício Parte 1 - Comércio Varejista........................................................................... 569

NT 19/2010 - Fogos de Artifício Parte 2 - Espetáculos Pirotécnicos................................................................. 577

NT 20/2010 - Sistema de Proteção por Chuveiros Automáticos....................................................................... 591

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ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

LEI Nº 9.269

Consolida dispositivos das Leis nos 3.218 de 20.7.1978 e 7.990 de 25.5.2005.

O GOVERNADOR DO ESPÍRITO SANTO Faço saber que a Assembléia Legislativa

decretou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Ficam consolidados nesta Lei os dispositivos constantes das Leis nos 3.218, de 20.7.1978 e 7.990, de 25.5.2005 que dizem respeito ao serviço de segurança das pessoas e de seus bens, contra incêndio e pânico.

Art. 2º Compete ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo - CBMES estudar, analisar, planejar, normatizar, exigir e fiscalizar todo o serviço de segurança das pessoas e de seus bens, contra incêndio e pânico, conforme disposto nesta Lei e em sua regulamentação.

Art. 3º Fica autorizada a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social - SESP a celebrar convênios com os municípios para atender interesses locais relacionados à segurança contra incêndio e pânico.

Art. 4º Os pedidos de licença para construir e para o funcionamento de quaisquer estabelecimentos, bem como os de permissão para utilização de edificações ou áreas de risco, novas ou não, deverão ser objeto de exames pelo CBMES, com vistas à prévia aprovação das medidas de segurança contra incêndio e pânico e expedição de Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros.

Art. 5º As medidas de segurança contra incêndio e pânico, bem como suas exigências e isenções, serão objeto de definição na regulamentação desta Lei.

Art. 6º Em cumprimento ao disposto nesta Lei, o CBMES poderá vistoriar todos os imóveis já habitados e todos os estabelecimentos e áreas de risco em funcionamento, para verificação e registro de instalações preventivas contra incêndio e pânico, com vistas à expedição do Alvará de Licença, a que se refere o artigo 4º.

Art. 7º O CBMES, no exercício da fiscalização que lhe compete, poderá aplicar as seguintes penalidades, de forma cumulativa ou não:

I - multa de 100 (cem) a 2000 (dois mil) Valores de Referência do Tesouro Estadual - VRTEs, aos responsáveis por edificações ou áreas de risco, às empresas e aos profissionais cadastrados que, após um prazo determinado, não cumprirem as normas de segurança contra incêndio e pânico, exigidas em notificação regular;

II - interdição de edificação ou área de risco, podendo ser solicitada cassação de alvará ou habite-se, quando se apresentar perigo sério e iminente;

III - embargo de local em construção ou reforma,

quando não executados de acordo com a legislação de segurança contra incêndio e pânico, ou expuserem as pessoas ou outras edificações a perigo;

IV - apreensão de materiais e equipamentos estocados ou utilizados indevidamente ou fabricados em desacordo com as especificações técnicas exigidas por lei ou norma de referência;

V - suspensão de cadastro.

Art. 8º O CBMES manterá cadastro de empresas e profissionais promotores de shows e eventos; empresas especializadas na formação e treinamento de brigadas de incêndios, de bombeiros profissionais civis, de primeiros socorros ou socorros de urgência; empresas prestadoras de serviços de bombeiros profissionais civis; profissionais projetistas e empresas ou profissionais devidamente habilitados a executar a instalação, manutenção, fabricação ou comercialização de medidas de segurança contra incêndio e pânico, competindo à Corporação baixar as respectivas normas para o cadastramento.

§ 1º Os cursos de formação e os treinamentos

de brigadas de incêndios, de bombeiros profissionais civis, de primeiros socorros ou socorros de urgência serão realizados pelo CBMES ou por empresas especializadas, conforme normatização estabelecida pela Corporação.

§ 2º As empresas e os profissionais referidos no

“caput” deste artigo, além das penalidades previstas em lei, ficarão sujeitos às penalidades previstas no artigo 7º, quando atuarem em desacordo com a legislação de segurança contra incêndio e pânico, sem prejuízo das sanções civis pertinentes.

Art. 9º A aplicação das multas previstas nesta Lei obedecerá à gradação proporcional à gravidade da infração e risco de incêndio da edificação ou área de risco, conforme definida em sua regulamentação e, em caso de reincidência específica, serão aplicadas em dobro.

Art. 10. Esta Lei entra em vigor 30 (trinta) dias

após a data de sua publicação. Art. 11. Ficam revogadas as Leis nos 3.218/78 e

7.990/05. Palácio Anchieta em Vitória, 21 de Julho de 2009.

PAULO CESAR HARTUNG GOMES GOVERNADOR DO ESTADO

Publicada no Diário Oficial de 22 de julho de 2009

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPIRITO SANTO Gabinete do Governador

DECRETO Nº 2423-R, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2009.

Regulamenta a Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP) no âmbito do território do Estado e estabelece outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO,

no uso da atribuição que lhe confere o Art. 91, inciso III,

da Constituição Estadual e, ainda, o que consta do

processo nº 46065610/2009.

DECRETA:

CAPÍTULO I

Das Disposições Preliminares

Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e fixa as medidas para todo o serviço de segurança das pessoas e dos seus bens contra incêndio e pânico no âmbito do território do Estado, dispondo sobre a aplicação das penalidades com objetivos que visam estabelecer parâmetros para: I. proporcionar condições de segurança contra

incêndio e pânico às edificações e áreas de risco, possibilitando aos ocupantes o abandono seguro e evitando perdas de vidas;

II. dificultar a propagação do incêndio nas

edificações e áreas de risco, reduzindo danos ao meio ambiente e ao patrimônio;

III. proporcionar meios de prevenção e controle de

pânico em edificações e áreas de risco, bem como meios de controle e extinção de incêndio de forma sustentável; e

IV. dar condições de acesso às edificações e áreas

de risco para as operações de salvamento e combate a incêndios.

Art. 2º Compete ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo - CBMES, por meio do Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico (SISCIP), estudar, analisar, planejar, normatizar, exigir e fiscalizar o cumprimento das disposições legais, assim como todo o serviço de segurança contra incêndio e pânico na forma estabelecida neste Decreto. Art. 3º Fica autorizada a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social - SESP a celebrar convênios com os municípios para atender interesses locais relacionados à segurança contra incêndio e pânico.

Art. 4º Nos municípios, os pedidos de licença para construir e para o funcionamento de quaisquer estabelecimentos, bem como os de permissão para utilização de edificações ou áreas de risco, novas ou não, deverão ser objeto de exames pelo CBMES, com vistas à prévia aprovação das medidas de segurança contra incêndio e pânico e expedição de Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros (ALCB).

CAPÍTULO II

Das Definições Art. 5º Para efeito deste Decreto são adotadas as definições abaixo descritas:

I. agente fiscalizador: militar do CBMES, oficial ou praça, imbuído da função fiscalizadora;

II. altura da edificação: é a medida em

metros entre o nível do terreno circundante à edificação ou via pública ao piso do último pavimento, excluindo-se pavimentos superiores destinados exclusivamente à casa de máquinas, barriletes, reservatórios de água e assemelhados;

III. Alvará de Licença do Corpo de

Bombeiros (ALCB): documento emitido pelo CBMES, certificando que, durante a vistoria, a edificação ou área de risco possuía as condições de segurança contra incêndio e pânico, previstas pela legislação e constantes no processo, estabelecendo um período de validade;

IV. ampliação: é o aumento da área

construída da edificação;

V. análise: é o ato formal de verificação, no projeto técnico, das exigências das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco;

VI. área da edificação: é o somatório da área

a construir e da área construída de uma edificação;

VII. área de risco: local de concentração de público ou ambiente externo a edificação que contenha armazenamento de produtos inflamáveis, produtos combustíveis, instalações elétricas e de gás e outros onde haja a possibilidade da ocorrência de um sinistro;

VIII. ático: é a parte do volume superior de uma

edificação, destinada a abrigar máquinas, piso técnico de elevadores, caixas de água e circulação vertical;

IX. avaliação do processo de segurança

contra incêndio e pânico: é o ato formal de verificação das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco, constantes no processo de segurança contra incêndio e pânico, podendo ser análise ou vistoria;

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X. carga de incêndio: é a soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos em um espaço, inclusive o revestimento das paredes, divisórias, pisos e tetos; que, quando dividido pela área de piso do ambiente considerado é denominada carga de incêndio específica;

XI. compartimentação: são medidas de

proteção passiva constituídas de elementos de construção resistentes ao fogo, destinados a evitar ou minimizar a propagação do fogo, calor e gases, interna ou externamente à edificação, no mesmo pavimento ou para pavimentos consecutivos;

XII. consulta prévia: consulta feita pelos

responsáveis técnicos pelos Processos de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP) ao CBMES, mediante pagamento de emolumento, para sanar dúvidas de estudos preliminares, não cabendo tal procedimento ao PSCIP já protocolado;

XIII. descarga: parte da saída de emergência

de uma edificação que fica entre a escada e o logradouro público ou área externa com acesso a este;

XIV. edificação: área construída destinada a

abrigar atividade humana ou qualquer instalação, equipamento ou material;

XV. edificação térrea: construção de um

pavimento, podendo possuir mezaninos;

XVI. edificação histórica: edificação de valor histórico reconhecido por lei federal, estadual ou municipal;

XVII. emergência: situação crítica e fortuita que

representa perigo à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio, decorrente de atividade humana ou fenômeno da natureza que obriga a uma rápida intervenção operacional;

XVIII. medidas de segurança contra incêndio

e pânico: é o conjunto de dispositivos ou sistemas necessários às edificações e áreas de risco para evitar o surgimento de um incêndio, limitar sua propagação, possibilitar sua extinção e ainda propiciar controle de pânico e proteção à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio;

XIX. megajoule (MJ): é a medida da

capacidade calorífica dos corpos e materiais, estabelecida pelo Sistema Internacional de Unidades - SI;

XX. mudança de ocupação: alteração que

implique na mudança da classe ou divisão de ocupação da edificação ou área de risco constante da tabela de classificações das ocupações prevista neste Decreto;

XXI. nível: é a parte da edificação contida em

um mesmo plano;

XXII. nível de descarga: é o nível no qual uma porta externa conduz a um local seguro no exterior;

XXIII. Norma Técnica: documento técnico,

elaborado pelo CBMES, de aspecto formal próprio, que regulamenta as medidas de segurança contra incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco;

XXIV. Ocupação: uso real ou previsto de uma

edificação ou parte dela, para abrigo e desempenho de atividades de pessoas ou proteção de animais e bens;

XXV. ocupação mista: é a edificação que

abriga mais de um tipo de ocupação;

XXVI. ocupação principal: é a atividade ou uso predominante exercido na edificação;

XXVII. pânico: susto ou pavor que, repentino,

provoca nas pessoas reação desordenada, individual ou coletiva, de propagação rápida;

XXVIII. Parecer Técnico: documento técnico

elaborado pelo CBMES, de aspecto formal próprio, que visa a avaliação de determinada matéria, onde é emitido juízo de valor sobre o assunto tratado;

XXIX. pavimento: parte de uma edificação

situada entre a parte superior de um piso acabado e a parte superior do piso imediatamente superior, ou entre a parte superior de um piso acabado e o forro acima dele, se não houver outro piso acima;

XXX. piso: é a superfície superior do elemento

construtivo horizontal sobre a qual haja previsão de estocagem de materiais ou onde os usuários da edificação tenham acesso;

XXXI. platibandas:uma faixa horizontal (muro ou

grade) que emoldura a parte superior de um edifício e que tem a função de esconder o telhado;

XXXII. prevenção de incêndio: é o conjunto de

medidas que visa evitar o incêndio, permitir o abandono seguro dos ocupantes da edificação e áreas de risco, dificultar a propagação do incêndio, proporcionar meios de controle e extinção do incêndio e permitir o acesso para as operações do CBMES;

XXXIII. Processo de Segurança Contra Incêndio

e Pânico (PSCIP): é a documentação que contém os elementos formais das medidas de segurança contra incêndio e pânico de uma edificação ou área de risco que deve ser apresentada no CBMES para avaliação em análise ou vistoria;

XXXIV. Projeto Técnico: conjunto de peças

gráficas e escritas, necessárias para a definição das características principais das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco;

XXXV. proteção ativa: são medidas de

segurança contra incêndio que dependem de uma ação inicial para o seu funcionamento, seja ela

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manual ou automática. Exemplos: extintores, hidrantes, chuveiros automáticos, sistemas fixos de gases, entre outros;

XXXVI. proteção passiva: são aquelas medidas

de segurança contra incêndio que não dependem de ação inicial para o seu funcionamento. Exemplos: compartimentação horizontal, compartimentação vertical, escada de segurança, materiais retardantes de chamas, entre outros;

XXXVII. reforma: são as alterações nas

edificações e áreas de risco sem aumento de área construída;

XXXVIII. responsável técnico: é o profissional

legalmente habilitado perante órgão de fiscalização profissional, para elaboração e/ou execução de atividades relacionadas à segurança contra incêndio e pânico devidamente cadastrado no CBMES;

XXXIX. risco: exposição ao perigo e a

probabilidade da ocorrência de um sinistro;

XL. risco de incêndio: é a classificação de uma edificação ou área de risco de acordo com a carga de incêndio específica prevista em norma de carga de incêndio ou definida por formulação própria a partir de ensaios laboratoriais;

XLI. risco isolado: é a característica

construtiva na qual se tem a separação física de uma edificação em relação às demais circunvizinhas, cuja característica básica é a impossibilidade técnica de uma edificação ser atingida pelo calor irradiado, conduzido ou propagado pela convecção de massas gasosas aquecidas, emanadas de outra atingida por incêndio;

XLII. segurança contra incêndio e pânico: é o

conjunto de ações e recursos internos e externos à edificação e áreas de risco que permite controlar a situação de incêndio e pânico;

XLIII. vistoria: é o ato de fiscalizar o

cumprimento das exigências das medidas de segurança contra incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco, em inspeção no local.

CAPÍTULO III

Da Aplicação Art. 6º As normas de segurança previstas neste Decreto se aplicam às edificações e áreas de risco, devendo ser observadas por ocasião da:

I. construção ou reforma; II. mudança de ocupação ou uso;

III. ampliação ou redução de área construída; IV. regularização das edificações e áreas de

risco existentes na data da publicação deste Decreto; e

V. realização de eventos.

§ 1º São consideradas existentes as edificações e áreas de risco construídas anteriormente à publicação deste Decreto com documentação comprobatória. § 2º As edificações e áreas de risco construídas antes da vigência deste Decreto, cujo Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP) não tenha sido aprovado pelo CBMES, deverão atender às exigências nele contidas, respeitadas as condições estruturais e arquitetônicas, podendo, a critério do CBMES, as exigências comprovadamente inexequíveis serem reduzidas ou dispensadas e, em consequência, substituídas por outros meios de segurança. § 3º As edificações cujo PSCIP tenha sido aprovado pelo CBMES, no período de vigência do Decreto nº 2.125 - N de 12 de setembro de 1985, deverão atender às exigências nele contidas, desde que não sofram modificações consideráveis, podendo o CBMES, quando couber, exigir outras medidas de segurança contra incêndio e pânico. § 4º As edificações cujo PSCIP tenha sido aprovado pelo CBMES antes do período de vigência do Decreto nº 2125 - N de 12 de setembro de 1985, deverão atender a Tabela 4 em anexo, respeitadas suas condições estruturais e arquitetônicas, podendo, a critério do CBMES, as exigências comprovadamente inexequíveis serem reduzidas ou dispensadas e, em consequência, substituídas por outros meios de segurança. § 5º As medidas de segurança contra incêndio e pânico em edificações históricas deverão ser avaliadas pelo Conselho Técnico. § 6º Para as edificações ou atividades cujas concepções peculiares ou temporalidades necessitem de medidas de segurança específicas, o CBMES poderá, além das constantes neste Decreto, exigir medidas que julgar necessárias ou convenientes à segurança contra incêndio e pânico. Art. 7º Estão excluídas das exigências deste Decreto:

I. residências exclusivamente unifamiliares; II. a parte residencial, exclusivamente

unifamiliar, localizada no pavimento superior de edificação de ocupação mista, com até dois pavimentos e que possuam acessos independentes; e

III. edificações exclusivamente residenciais

com altura igual ou inferior a 6,0 m (seis metros) e cuja área total construída não ultrapasse a 900 m2 (novecentos metros quadrados).

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CAPÍTULO IV

Da Classificação das Edificações e Áreas de Risco

Seção I

Dos Parâmetros de Classificação Art. 8º As edificações e áreas de risco são classificadas de acordo com os seguintes parâmetros:

I. quanto à ocupação: de acordo com a Tabela 1 em anexo;

II. quanto à altura: de acordo com a Tabela 2

em anexo; e III. quanto ao risco de incêndio: de acordo

com a Tabela 3 em anexo.

Seção II

Da Ocupação Art. 9º A ocupação será definida de acordo com as principais atividades desenvolvidas ou previstas para as edificações e áreas de risco. Art. 10. Quando se tratar de edificações, áreas de risco ou atividades diferentes das constantes deste Decreto, o CBMES poderá determinar as medidas que julgar convenientes à segurança contra incêndio e pânico. Art. 11. Quando existirem ocupações mistas que não sejam separadas por compartimentação, aplica-se as exigências da ocupação de maior risco. Caso haja compartimentação, aplicam-se as exigências de cada risco específico. Art. 12. Para que a ocupação mista se caracterize, é necessário que a área destinada às ocupações principais diversas, excluindo-se a maior delas, seja superior a 10 % da área total do pavimento onde se situa. Art. 13. Não se considera como ocupação mista, o local onde predomine uma atividade principal juntamente com atividades subsidiárias, fundamentais para sua concretização.

Seção III

Da Altura e Áreas das Edificações Art. 14. Para fins de aplicação deste Decreto na mensuração da altura da edificação não serão considerados:

I. pavimentos superiores destinados

exclusivamente a áticos, casa de máquinas, barriletes, reservatórios de água e assemelhados; e

II. o pavimento superior de unidade duplex,

ou assemelhado, do último piso da edificação. Art. 15. Para a implementação das medidas de segurança contra incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco que tiverem saída para mais de uma via pública, em níveis diferentes, prevalecerá a maior altura.

§ 1º Para o dimensionamento das saídas de emergência, as alturas poderão ser tomadas de forma independente, em função de cada uma das saídas. § 2º Para o dimensionamento das saídas de emergência a altura será a medida em metros entre ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao piso do último pavimento. § 3º O desnível existente entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga e o nível do terreno circundante ou via pública não poderá exceder 3 (três) metros. Art. 16. Para fins de aplicação deste Decreto, no cálculo da área a ser protegida com as medidas de segurança contra incêndio e pânico, não serão computados:

I. telheiros, com laterais abertas, destinados a proteção de utensílios, caixas d’água e outras instalações similares;

II. platibandas;

III. beiral de telhados até 1,20 m de projeção;

IV. passagens cobertas, com largura máxima

de 3 (três) metros, com laterais abertas, destinadas apenas à circulação de pessoas ou mercadorias;

V. escadas enclausuradas, incluindo as

antecâmaras;

VI. dutos de ventilação das saídas de emergência;

VII. edificações destinadas a residências

exclusivamente unifamiliares enquadradas no Art 7º.

Seção IV

Do Risco de Incêndio Art. 17. Para efeito da classificação do risco de incêndio são utilizadas as densidades de carga de incêndio conforme Norma Técnica específica e Tabela 3, em anexo. Art. 18. Os riscos são considerados isolados quando forem atendidos os afastamentos e isolamentos entre edificações, cujos requisitos são estabelecidos em Norma Técnica especifica.

CAPÍTULO V

Das Medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico Art. 19. Constituem medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco:

I. acesso de viatura na edificação e áreas de risco;

II. separação entre edificações (isolamento

de risco);

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III. segurança estrutural nas edificações;

IV. compartimentação horizontal;

V. compartimentação vertical;

VI. controle de materiais de acabamento;

VII. saídas de emergência;

VIII. elevador de emergência;

IX. controle de fumaça;

X. brigada de incêndio;

XI. sistema de iluminação de emergência;

XII. sistema de sinalização de emergência;

XIII. sistema de detecção de incêndio;

XIV. sistema de alarme de incêndio;

XV. sistema de proteção por extintores;

XVI. sistema de proteção por hidrantes e mangotinhos;

XVII. sistema de proteção por chuveiros

automáticos;

XVIII. sistema de resfriamento;

XIX. sistema de aplicação de espuma;

XX. sistema fixo de gases limpos e dióxido de carbono (CO2);

XXI. sistema de proteção contra descargas

atmosféricas (SPDA);

XXII. hidrante urbano de coluna;

XXIII. plano de intervenção contra incêndio e pânico.

§ 1º Admitem-se, ainda, outras medidas de segurança não classificadas neste artigo, desde que devidamente reconhecidas e publicadas pelo CBMES. § 2º Para a exigência, implantação e execução das medidas de segurança contra incêndio e pânico devem ser atendidas às Normas Técnicas elaboradas pelo CBMES, na sua falta às normas da ABNT ou outra referência normativa, a critério do CBMES. § 3º As medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco devem ser projetadas e executadas visando atender aos objetivos deste Decreto.

CAPÍTULO VI

Dos Hidrantes Urbanos de Coluna Art. 20. A exigência, a quantidade e os locais de instalação de hidrantes urbanos de coluna ao longo da rede pública serão definidos de acordo com Norma Técnica específica do CBMES. Art. 21. Todos os loteamentos e desmembramentos efetuados em zonas urbanas devem possuir hidrantes urbanos de coluna, devendo ser instalados de acordo com as Normas Técnicas vigentes, sob responsabilidade do loteador. Art. 22. A empresa concessionária de água é responsável pela interligação, manutenção e abastecimento de água dos hidrantes urbanos de coluna. Art. 23. É de responsabilidade do Município em que estiverem instalados hidrantes urbanos de coluna, a demarcação e sinalização dos locais onde estiverem acoplados, definindo áreas privativas para o estacionamento de viaturas do CBMES. Art. 24. O uso dos hidrantes é privativo do CBMES e da concessionária de água, e a utilização indevida e por pessoas não autorizadas constitui-se em infração, sem prejuízo das demais sansões legais cabíveis.

CAPÍTULO VII

Do Cumprimento das Medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico

Art. 25. Na implementação das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco devem ser atendidas às exigências contidas nas Normas Técnicas do CBMES. Art. 26. Cada medida de segurança contra incêndio e pânico, deve obedecer aos parâmetros estabelecidos na Norma Técnica respectiva. Art. 27. Além da observância das normas gerais do presente Decreto, deverão ser atendidas às Normas Técnicas respectivas, quando:

I. houver comercialização, armazenamento, manipulação e/ou utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP) ou gás natural combustível (GNC).

II. houver manipulação, comercialização e/ou

armazenamento de produtos perigosos, explosivos e líquidos inflamáveis ou combustíveis;

III. utilizar cobertura de sapê, piaçava ou

similares; IV. for provida de heliporto ou heliponto; V. houver comércio e utilização de fogos de

artifício;

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VI. houver locais de concentração de público; VII. houver eventos temporários ou similares;

VIII. outros a critério do CBMES.

Art. 28. As edificações e áreas de risco devem possuir sua estrutura executada de acordo com normas brasileiras oficiais. Art. 29. As edificações e áreas de risco devem ter suas instalações elétricas executadas de acordo com as prescrições das normas brasileiras oficiais e normas das concessionárias dos serviços locais.

CAPÍTULO VIII

Da Gestão da Segurança Contra Incêndio e Pânico

Seção I

Do Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico (SISCIP)

Art. 30. A gestão da Segurança Contra Incêndio e Pânico se dará por meio do Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico (SISCIP) que compreende o conjunto de Unidades e Seções do CBMES, que têm por finalidade desenvolver as atividades relacionadas à segurança contra incêndio e pânico, observando-se o cumprimento, por parte das edificações e áreas de risco, das exigências estabelecidas neste Decreto. § 1º O Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico é composto por um órgão central e por órgãos secundários pertencentes à estrutura organizacional do CBMES. § 2º O Centro de Atividades Técnicas (CAT) é o órgão central e as Seções de Atividades Técnicas (SAT) os órgãos secundários do Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico. Art. 31. É função do Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico:

I. planejar e implantar uma doutrina e uma política de segurança contra incêndio e pânico em âmbito Estadual;

II. normatizar e regulamentar as medidas de

segurança contra incêndio e pânico através de Normas Técnicas;

III. avaliar os Processos de Segurança Contra

Incêndio e Pânico (PSCIP);

IV. credenciar oficiais e praças como agentes fiscalizadores;

V. fiscalizar e exigir as medidas de segurança

contra incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco;

VI. expedir alvarás;

VII. usar o poder de polícia, quando a situação requerer, para apreender materiais e equipamentos, expedir notificação, aplicar multas, cassar alvarás, interditar ou embargar edificações e áreas de risco que não atendam ao presente Decreto; e

VIII. cadastrar e suspender o cadastro de

empresas e profissionais devidamente habilitados e fiscalizar seus serviços.

Parágrafo único. As funções previstas nos incisos I, II e VIII são de competência exclusiva do Centro de Atividades Técnicas. Art. 32. É de competência do Comandante Geral do CBMES, por meio de portarias, a homologação das Normas Técnicas expedidas pelo Chefe do Centro de Atividades Técnicas.

Seção II

Do Conselho Técnico e da Comissão Técnica Art. 33. O Conselho Técnico tem a finalidade de avaliar as edificações licenciadas ou construídas antes da vigência do Decreto Estadual 2.125 – N de 12 de setembro de 1985. Parágrafo único. A composição do Conselho Técnico, suas funções, atribuições, funcionamento e decisões são definidos por Portaria do Comando Geral do CBMES. Art. 34. A Comissão Técnica, grupo de estudo composto por militares do Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico, tem por objetivo estudar os casos que necessitarem de soluções técnicas mais complexas ou apresentarem dúvidas quanto às exigências previstas nas normas vigentes, pesquisando e emitindo pareceres e, se for o caso, propor modificações na legislação vigente.

Parágrafo único. A organização da Comissão será definida por Portaria do Chefe do CAT/CBMES.

CAPÍTULO IX

Dos Procedimentos Administrativos

Seção I

Do Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico Art. 35. O Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP) trata-se da documentação que contém os elementos formais das medidas de segurança contra incêndio e pânico de uma edificação ou área de risco que deve ser apresentada ao CBMES para avaliação em análise ou vistoria. Art. 36. A avaliação do Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico é de competência dos órgãos pertencentes ao Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico.

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§ 1º O PSCIP será iniciado com o protocolo do requerimento, devidamente instruído, e quando couber, de plantas, especificações das medidas de segurança contra incêndio e pânico e demais documentos necessários à demonstração do atendimento das disposições técnicas contidas neste Decreto. § 2º O PSCIP será objeto de avaliação por oficial ou praça credenciado pelo Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico, conforme regulamentação. § 3º As medidas de segurança contra incêndio e pânico submetidas à avaliação do CBMES devem ser projetadas por profissionais devidamente habilitados e cadastrados no CBMES. § 4º As medidas de segurança contra incêndio e pânico submetidas à avaliação do CBMES devem ser executadas por profissionais ou empresas devidamente habilitados e cadastrados no CBMES. § 5º O PSCIP será aprovado desde que atendidas às disposições contidas neste Decreto e legislação específica. § 6º Constatada qualquer irregularidade nas medidas de segurança contra incêndio e pânico previstas neste Decreto e legislação específica, o CBMES poderá cassar a aprovação do PSCIP.

Seção II

Dos Projetos Técnicos Art. 37. Os Projetos Técnicos das medidas de segurança contra incêndio e pânico serão apresentados ao CBMES para análise, obedecendo às exigências deste Decreto e ao disposto em Norma Técnica específica. § 1º A análise de projetos tem por objetivo conferir se os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico estão sendo obedecidos, sendo de inteira responsabilidade do autor do projeto e do responsável técnico pela execução da obra, os danos advindos do descumprimento deste Decreto e das Normas Técnicas do CBMES. § 2º O prazo máximo para análise dos projetos será de 20 (vinte) dias, podendo ser prorrogado por igual período nos casos mais complexos. § 3º O prazo máximo para tramitação do projeto até sua aprovação será de 1 (um) ano, podendo ser prorrogado nos casos mais complexos mediante solicitação formal fundamentada, sendo que, após esse período o processo será cancelado e devolvido ao interessado. Art. 38. A consulta prévia para análise de projetos poderá ser realizada junto ao CBMES, devendo ser apresentado o estudo preliminar e os dados necessários à análise. Parágrafo único. O CBMES expedirá documento referente à consulta prévia, contendo as exigências mínimas de segurança contra incêndio e pânico, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período nos casos mais complexos.

Seção III

Das Vistorias Art. 39. Para garantir o cumprimento das medidas de segurança contra incêndio e pânico previstas na legislação em vigor, o CBMES poderá, por meio de seus agentes fiscalizadores, vistoriar todos os imóveis já habitados e todos os estabelecimentos e áreas de risco em funcionamento, avaliando todos os documentos relacionados com a segurança contra incêndio e pânico, aplicando, quando necessário, as sanções previstas neste Decreto e em legislação específica. § 1º A vistoria nas edificações e áreas de risco será feita mediante solicitação do proprietário, responsável pelo uso, responsável técnico, autoridade competente mediante denúncia ou a critério do CBMES. Os procedimentos serão previstos em norma técnica específica. § 2º Após a execução das medidas de segurança contra incêndio e pânico, a edificação ou área de risco será objeto de vistoria pelo CBMES para emissão do ALCB. § 3º O prazo máximo para realização da vistoria é de 15 (quinze) dias. Art. 40. As vistorias são obrigatórias para o funcionamento de qualquer edificação ou área de risco, exceto às constantes no Art. 7º deste Decreto. § 1º Na vistoria, compete ao CBMES a verificação da existência integral das medidas de segurança contra incêndio e pânico, bem como seu funcionamento, coibindo também a falta de conservação e utilização indevida dos equipamentos, não se responsabilizando pela instalação, manutenção ou utilização indevida. § 2º As modificações na edificação que alterem as medidas de segurança contra incêndio e pânico previstas em Projeto Técnico aprovado, constatadas na vistoria, constituirá infração e implicará na notificação do responsável para apresentação de modificação do projeto.

Seção lV

Do Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros Art. 41. O Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros (ALCB) é documento obrigatório para toda edificação e área de risco, exceto para as constantes no Art. 7º deste Decreto, e será expedido desde que verificada a execução e o funcionamento das medidas de segurança contra incêndio e pânico. § 1º Após a emissão do ALCB, sendo constatada qualquer irregularidade nas medidas de segurança contra incêndio e pânico previstas neste Decreto, o CBMES providenciará a sua cassação. § 2º O responsável pela edificação ou área de risco deverá expor a via própria do ALCB em local visível. Art. 42. O ALCB terá validade, a contar de sua expedição, de:

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I. 3 (três) anos para as ocupações do Grupo A, com exceção de edificações que possuam escada enclausurada a prova de fumaça pressurizada cujo ALCB terá validade de 1 (um) ano; e

II. 1 (um) ano para as demais ocupações.

Parágrafo único. A não renovação do ALCB em até 30 (trinta) dias após o vencimento constituirá infração e implicará na notificação do responsável pela edificação ou área de risco.

Seção V

Da Revisão de Ato Administrativo

Art. 43. Quando o proprietário ou interessado discordar do ato administrativo praticado pelo CBMES na avaliação do PSCIP, poderá apresentar pedido de revisão do processo no prazo máximo de 30 dias, contados da ciência formal do ato. § 1º O pedido de revisão do ato administrativo será dirigido à autoridade que o praticou, e deverá ser protocolado no órgão a que esta autoridade pertencer, a qual poderá reconsiderar sua decisão no prazo de 10 (dez) dias. § 2º Do indeferimento do pedido de revisão previsto no parágrafo anterior, caberá novo pedido de revisão à autoridade imediatamente superior no prazo máximo de 30 dias, contados da ciência formal do ato, cuja decisão deverá ser proferida dentro do prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento do pedido. § 3º Em última instância, caberá pedido de revisão ao Chefe do Centro de Atividade Técnicas no prazo máximo de 30 dias, contados da ciência formal do ato, cuja decisão deverá ser proferida dentro do prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento do pedido de revisão.

Seção VI

Do Cadastramento de Empresas ou Responsáveis Técnicos

Art. 44. O CBMES manterá cadastro de:

I. empresas e profissionais promotores de

shows e eventos;

II. empresas especializadas na formação e treinamento de brigadas de incêndios, de bombeiros profissionais civis, de primeiros socorros ou socorros de urgência;

III. empresas prestadoras de serviços de

bombeiros profissionais civis;

IV. profissionais projetistas e empresas ou profissionais devidamente habilitados a executar a instalação, manutenção, fabricação ou comercialização das medidas de segurança contra incêndio e pânico.

§ 1º As especificações técnicas do cadastro a que se refere o caput serão definidas pelo CBMES por meio de Norma Técnica. § 2º As empresas e os profissionais cadastrados no CBMES, quando cometerem qualquer das infrações dispostas neste Decreto ou em normas do CBMES, independente das demais penalidades previstas, poderão ter o cadastro no CBMES suspenso por um período de até 01(um) ano. Art. 45. Os cursos de formação e treinamento de brigadas de incêndios, de bombeiros profissionais civis, de primeiros socorros ou socorros de urgência serão realizados pelo CBMES ou pelas empresas referidas no inciso II do art. 44, em conformidade com Norma Técnica especifica estabelecida pela corporação.

CAPÍTULO X

Das Responsabilidades Art. 46. Nas edificações e áreas de risco a serem construídas é de responsabilidade dos autores dos projetos, devidamente habilitados, o detalhamento técnico das medidas de segurança contra incêndio e pânico, objeto deste Decreto e Normas Técnicas, sob pena das sanções previstas neste Decreto. Art. 47. Durante a construção ou reforma das edificações e áreas de risco, é de responsabilidade da empresa construtora, suas contratadas e responsáveis técnicos, todos devidamente habilitados, e também do proprietário da edificação, o fiel cumprimento do que foi projetado ou previsto neste Decreto e Normas Técnicas, sob pena das sanções dispostas neste Decreto. Art. 48. Nas edificações e áreas de risco já construídas é de responsabilidade da empresa contratada para instalação ou manutenção das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco o fiel cumprimento do que foi projetado ou previsto neste Decreto e Normas Técnicas, sob pena das sanções dispostas neste Decreto. Art. 49. O proprietário do imóvel ou responsável pelo uso, independente das responsabilidades administrativas, civis e penais cabíveis, obriga-se:

I. a utilizar a edificação de acordo com a ocupação para a qual foi projetada;

II. a manter as medidas de segurança contra

incêndio e pânico em condições de utilização, providenciando sua adequada manutenção sob pena de cassação do alvará; e,

III. a tomar as providências cabíveis para a

adequação da edificação e áreas de risco às exigências deste Decreto, respeitadas as condições do Art 7º.

Art. 50. As empresas e os profissionais promotores de shows e eventos, empresas especializadas na formação e treinamento de brigadas de incêndios, de bombeiros profissionais civis, de primeiros socorros ou socorros de urgência, empresas prestadoras de serviços de bombeiros profissionais civis, além das penalidades

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previstas em lei, ficarão sujeitas às penalidades dispostas neste Decreto, quando atuarem em desacordo com a legislação de segurança contra incêndio e pânico, sem prejuízo das sanções civis pertinentes.

CAPÍTULO XI

Das Sanções Administrativas, das Infrações e dos Recursos

Seção I

Das Sanções Administrativas

Art. 51. Compete ao CBMES a aplicação de sanções administrativas, de forma cumulativa ou não, quando houver cometimento das infrações previstas neste Decreto. Art. 52. As sanções administrativas são as seguintes:

I. multa; II. apreensão de materiais e equipamentos;

III. embargo;

IV. interdição total e parcial de

estabelecimento;

V. interdição de shows, eventos e similares;

VI. cassação do ALCB; e

VII. suspensão de cadastro. Art. 53. As sanções administrativas deverão ser aplicadas pelos agentes fiscalizadores do CBMES gradativamente, salvo exceções. Art. 54. Compete ao chefe do CAT a aplicação das sanções administrativas dos incisos I ao VII, do Art. 52, em todo o Estado. Art. 55. Compete aos comandantes ou subcomandantes de unidades operacionais ou comandantes das subunidades operacionais a aplicação das sanções administrativas dos incisos I ao VI, do Art. 52, na sua área de atuação. Art. 56. Compete aos chefes de SAT a aplicação das sanções administrativas dos incisos I ao V, do Art. 52, na sua área de atuação. Art. 57. No âmbito da competência concorrente para aplicação de penalidades a que se refere os arts. 54, 55 e 56, havendo atos formais divergentes entre os respectivos agentes públicos competentes prevalecerá o ato proferido por aquele que possuir circunscrição administrativa mais ampla. Art. 58. Quando houver risco potencial e imediato, poderão ser aplicadas diretamente às sanções dos incisos II, III, IV ou V do Art. 52. Parágrafo único. Compete ao Oficial de serviço, a seu critério, a aplicação do inciso V do Art. 52, na sua área

de atuação, e na sua ausência, ao chefe da equipe de serviço no local. Art. 59. A aplicação de multa será conforme a gravidade da infração e risco de incêndio, observadas as disposições contidas neste Decreto. Art. 60. Os recursos administrativos serão apreciados e julgados em 1ª instância pela Comissão Especial de Julgamento de Recursos (CEJUR), que terá sua composição, atribuições, funcionamento e procedimentos definidos por Portaria do Comando Geral do CBMES.

Seção II

Das Infrações

Art. 61. Consideram-se infração administrativa levíssima, leve, média, grave e gravíssima as seguintes condutas:

I. levíssima:

a) deixar de apresentar/expor Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros (ALCB).

II. leve:

a) utilizar indevidamente aparelhagem ou equipamentos de segurança conta incêndio e pânico.

III. médias:

a) estar com ALCB vencido; e

b) dificultar a ação de fiscalização do agente fiscalizador do CBMES.

IV. graves:

a) ter as medidas de segurança contra incêndio e pânico incompletas ou em mau estado de conservação;

b) modificar a edificação ou suas medidas de

segurança contra incêndio e pânico aprovadas;

c) alterar a ocupação, área, altura ou características construtivas de edificação com ALCB, sem a devida aprovação;

d) instalar medidas de segurança contra incêndio e

pânico de maneira inadequada ou em desacordo com a legislação vigente;

e) fabricar, reparar ou manter equipamentos de

proteção contra incêndio e pânico de forma inadequada ou em desacordo com a legislação vigente; e

f) não possuir ALCB;

V. gravíssimas:

a) descumprir Auto de Interdição;

b) adulterar de forma fraudulenta projeto contra incêndio ou outros documentos correlatos;

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c) descumprir Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros (ALCB) ou Laudo de Exigências Complementares;

d) ocupar edificação com atividade incompatível

para o local;

e) armazenar produtos perigosos incompatíveis com o local;

f) não possuir nenhuma das medidas de

segurança contra incêndio e pânico a que estiver obrigado.

Seção III

Dos Procedimentos

Art. 62. Os procedimentos na aplicação das sanções administrativas e julgamento de recursos serão regulamentados nesta Seção e por Portaria do Comando Geral do CBMES. Art. 63. A notificação a cargo do agente fiscalizador será lavrada no momento da constatação da irregularidade ou da ilegalidade de que trata este Decreto, ficando uma via do auto com o notificado para que, num prazo de 15 (quinze) dias, apresente defesa prévia à chefia imediata do agente fiscalizador. § 1º Apresentada a defesa, mas tendo sido o recurso julgado improcedente, será concedido ao infrator o prazo de 30 (trinta) dias para que sane a irregularidade e dê conhecimento formal da regularização ao CBMES, nesse prazo. § 2º Findo o prazo de recurso e não apresentada a defesa, não sanada a irregularidade ou não cientificado formalmente ao CBMES acerca do cumprimento da regularização no prazo estabelecido, deverá ser expedido auto de infração para aplicação da sanção de multa e o prazo da notificação será prorrogado por até trinta dias. § 3º Findo o prazo da prorrogação de que trata o parágrafo anterior e novamente verificado o não cumprimento das exigências, o infrator será multado em dobro, podendo ser o local interditado até o cumprimento total das exigências do Corpo de Bombeiros. § 4º Se o não cumprimento das exigências for plenamente justificado em requerimento, perante o CBMES, o prazo da Notificação poderá ser prorrogado sem aplicação de multa. § 5º O proprietário ou responsável que for notificado por motivos idênticos, será multado em dobro e intimado a cumprir, num prazo de trinta dias, as exigências que constarão da nova notificação. Art. 64. A Comissão Especial de Julgamento de Recursos(CEJUR) será competente para conhecer dos autos e decidir nos limites da lei quanto à imputação das sanções de multa por intermédio do devido processo legal.

Art. 65. Da decisão da CEJUR, caberá recurso, em 2ª instância, para o Comandante Geral do CBMES, no prazo de 10 (dez) dias.

Art. 66. O Comandante Geral do CBMES terá prazo de 10 (dez) dias para acolher ou não a defesa apresentada pelo infrator.

Art. 67. Mantida a decisão da CEJUR, o infrator, após tomar ciência, terá o prazo de 05 (cinco) dias para recolher a multa, sob pena de a mesma ser inscrita em dívida ativa do Estado, para cobrança judicial. Parágrafo único. Fica impedido de manifestar-se e julgar o processo, o membro da CEJUR que nele tiver atuado como agente fiscalizador. Art. 68. Não se confunde a sanção pecuniária de que trata este Capítulo, com as taxas devidas ao Estado em razão do exercício regular do poder de polícia ou pelos serviços prestados ou postos à disposição dos contribuintes. Art. 69. A comunicação oficial com as pessoas físicas ou jurídicas objeto deste Decreto serão realizadas por intermédio dos Autos de Notificação, de Infração, de Interdição e de Desinterdição, de Embargo, de Apreensão, de Cassação do ALCB, de Suspensão de Cadastro e de Liberação, criados através de Portaria do Comando Geral do CBMES. Parágrafo único. Para fins deste Decreto, a comunicação oficial de que trata o caput, poderá ser realizada pessoalmente, via correio ou por edital. Art. 70. O Auto de Infração é o documento hábil para comunicar a aplicação da sanção de multa. § 1º Expedido o Auto de Infração, o prazo para interpor recurso à CEJUR é de 15 (quinze) dias contados do primeiro dia útil ao seu recebimento. § 2º A sanção de multa será cumulada com interdição, embargo, apreensão ou suspensão do cadastro nos casos em que a infração for classificada como gravíssima. § 3º Após aplicada a pena de multa, e findo o prazo de 30 (trinta) dias para regularização das atividades, será aplicada pelo CBMES a multa em dobro, caso a irregularidade não seja sanada. Art. 71. Nos casos em que o CBMES julgar necessário, em face da gravidade dos perigos sérios e iminentes, de imediato interditará o local, até o cumprimento total das exigências, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis. § 1º O Auto de Interdição é o documento hábil para comunicar a aplicação da sanção de interdição. § 2º A interdição da edificação ou área de risco será cumulada com a pena de multa. Art. 72. O Auto de Desinterdição é documento hábil para comunicar a liberação do local que se encontrava interditado. § 1º Constatada em vistoria a correção de todas as causas ensejadoras da interdição a que se refere este Decreto, a mesma autoridade que interditou, ou seu superior, procederá a expedição de auto de desinterdição.

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§ 2º Durante a efetivação da interdição, fica o interditado autorizado, caso queira, a solicitar a retirada de produtos perecíveis ao agente responsável pelo ato, e caso deferido o pedido, a liberação deverá ser realizada mediante acompanhamento do agente público competente, lavrando-se Termo de Liberação. Art. 73. Nos casos em que o CBMES julgar necessário, em construções ou reformas executadas em desacordo com a legislação de segurança contra incêndio e pânico, ou que expuserem as pessoas ou outras edificações ao perigo, de imediato embargará o local, até o cumprimento total das exigências, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis. § 1º O Auto de Embargo é o documento hábil para comunicar a aplicação da sanção de embargo. § 2º O embargo da edificação ou área de risco será cumulado com a pena de multa. Art. 74. O agente fiscalizador do CBMES deverá apreender os materiais e equipamentos estocados ou utilizados indevidamente ou fabricados em desacordo com as especificações técnicas exigidas por lei ou norma de referência. § 1º O Auto de Apreensão é o documento hábil para comunicar a aplicação da sanção de apreensão. § 2º A apreensão será cumulada com a pena de multa. Art. 75. A aplicação de multa se dará conforme a Gravidade da Infração cometida e do Risco de Incêndio da edificação. § 1º O valor da multa será obtido pelo resultado da equação M = G x R, onde M é a multa a ser lançada, G é a multa-base que quantifica a gravidade da infração e R é o fator que quantifica o risco de incêndio da edificação. § 2º A multa-base a que se refere o § 1º, implica na gradação proporcional à Gravidade da Infração com o limite mínimo e máximo, respectivamente, nos valores de 100 (cem) a 500 (quinhentos) VRTE (Valor da Referência do Tesouro Estadual) e serão aplicadas conforme a seguinte graduação:

I. a infração levíssima terá como multa-base o valor de 100 VRTE;

II. a infração leve terá como multa-base o

valor de 200 VRTE; III. a infração média terá como multa-base o

valor de 300 VRTE; IV. a infração grave terá como multa-base o

valor de 400 VRTE; e V. a infração gravíssima terá como multa-

base o valor de 500 VRTE.

§ 3º O fator de quantificação do Risco de Incêndio a que se refere o § 1º implica na gradação proporcional ao risco de incêndio previsto na Tabela 3 do Anexo, sendo:

I. o risco de incêndio Baixo terá fator de

quantificação 1,0;

II. o risco de incêndio Médio terá fator de quantificação 2,0; e

III. o risco de incêndio Alto terá fator de

quantificação 4,0.

CAPÍTULO XII

Das Medidas Administrativas Art. 76. O descumprimento de Auto de Interdição implicará ao infrator, além das sanções previstas, a autuação em flagrante e comunicação à autoridade policial para o devido processo. Art. 77. A adulteração fraudulenta de Projeto Técnico ou outros documentos correlatos acarretará ao infrator, além das sanções previstas, a autuação em flagrante, comunicação a autoridade policial para o devido processo e ao Conselho Profissional, quando couber. Art. 78. O descumprimento de ALCB ou de Laudo de Exigências Complementares implicará ao infrator, além das sanções previstas, a interdição a critério da autoridade do CBMES no local, com comunicação aos órgãos competentes. Parágrafo único. O responsável será notificado, ficando este, para os casos de eventos temporários, proibido de realizá-los por um período de até um ano, a contar da data de emissão do Auto de Infração. Art. 79. A ocupação de edificação com atividade incompatível para o local implicará ao infrator, além das sanções previstas, a interdição a critério da autoridade do CBMES no local, com comunicação aos órgãos competentes. Art. 80. O armazenamento de produtos incompatíveis com o local implicará ao infrator, além das sanções previstas, a apreensão pela autoridade do CBMES no local, com comunicação aos órgãos competentes. Art. 81. Quando a edificação ou área de risco não possuir nenhuma das medidas de segurança contra incêndio e pânico a que estiver obrigada, implicará ao infrator, além das sanções previstas, a interdição a critério da autoridade CBMES no local, com comunicação aos órgãos competentes. Art. 82. Quando a edificação ou área de risco tiver com suas medidas de segurança contra incêndio e pânico incompletas ou em mau estado de conservação, implicará ao infrator, além das sanções previstas, notificação com prazo para regularização. Art. 83. Constatadas em vistoria alterações nas medidas de segurança contra incêndio e pânico aprovadas em Projeto Técnico, além das sanções previstas, implicará na apresentação de modificação do projeto. Art. 84. Constatadas em vistoria alterações na ocupação, área, altura ou características construtivas de edificação com ALCB, sem a devida aprovação implicará ao infrator, além das sanções previstas, notificação com prazo para regularização.

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Art. 85. A instalação ou a manutenção de medidas de segurança contra incêndio e pânico de maneira inadequada ou em desacordo com a legislação vigente pela empresa instaladora ou mantenedora, além das sanções previstas, implicará notificação do responsável pela edificação para regularização. Art. 86. Quando a edificação ou área de risco não possuir ALCB implicará, além das sanções previstas, notificação ao responsável pela edificação para regularização. Art. 87. Quando a edificação ou área de risco estiver com o ALCB vencido implicará, além das sanções previstas, notificação ao responsável pela edificação para regularização. Art. 88. Dificultar a ação de fiscalização do agente fiscalizador do CBMES implicará ao infrator, além das sanções previstas, medida administrativa de notificação sobre a realização de vistoria com dia e hora marcados. Art. 89. Utilizar indevidamente equipamento de segurança contra incêndio e pânico implicará ao infrator, além das sanções previstas, medida administrativa de notificação sobre a irregularidade cometida. Art. 90. Deixar de apresentar/expor o ALCB implicará ao infrator, além das sanções previstas, medida administrativa de notificação sobre a irregularidade cometida.

CAPÍTULO XIII

Das Disposições Finais

Art. 91. Na impossibilidade técnica de cumprimento de qualquer das exigências deste Decreto, o profissional habilitado (responsável técnico) deve encaminhar Laudo Técnico circunstanciado, acompanhado de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), juntamente com estudo propondo soluções alternativas, as quais serão avaliadas pelo CBMES. Art. 92. Os casos omissos ou os especiais, não contemplados neste Decreto, serão avaliados por Comissão Técnica do CBMES. Art. 93. Fica revogado o Decreto nº 2125 - N, de 12 de setembro de 1985. Art. 94. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Palácio Anchieta, em Vitória, aos 15 dias de dezembro de 2009; 188º da Independência; 121º da República; e, 475º do Início da Colonização do Solo Espiritossantense. PAULO CESAR HARTUNG GOMES Governador do Estado. Publicado no Diário Oficial de 16 de dezembro de 2009

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ANEXO

Tabela 1 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação

Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos

A Residencial

A-1 Habitação unifamiliar Casas térreas ou assobradadas (isoladas e não isoladas)

A-2 Habitação multifamiliar Edifícios de apartamentos e condomínios residenciais em geral.

A-3 Habitação coletiva Pensionatos, internatos, alojamentos, mosteiros, conventos, residências geriátricas. Capacidade máxima de 16 leitos.

B Serviço de

hospedagem

B-1 Hotel e assemelhado

Hotéis, motéis, pensões, hospedarias, pousadas, albergues, casas de cômodos e divisão A3 com mais de 16 leitos e assemelhados.

B-2 Hotel residencial Hotéis e assemelhados com cozinha própria nos apartamentos (incluem-se apart-hotéis, hotéis residenciais) e assemelhados.

C Comercial

C-1 Comércio com baixa carga de incêndio.

Armarinhos, mercearias, butiques, artigos de metal, louças, artigos hospitalares e outros.

C-2 Comercializados com média e alta carga de

incêndio.

Edifícios de lojas de departamentos, magazines, galerias comerciais, supermercados em geral, mercados e outros.

C-3 Centro comerciais. Centro de compras em geral (shopping centers).

D Serviço

profissional

D-1

Repartição pública e local para prestação de serviço profissional ou condução

de negócios; clínica, consultório médico,

odontológico e veterinário.

Edificações do Executivo, Legislativo e Judiciário, tribunais e cartórios; escritórios administrativos ou técnicos, instituições financeiras (que não estejam incluídas em D-2), repartições públicas, cabeleireiros e centros profissionais; clínicas médicas, consultórios em geral, unidades de hemodiálise e ambulatórios (todos sem internação) e assemelhados.

D-2 Agencia bancária Agencias bancárias e assemelhados

D-3 Serviço de reparação (exceto os classificado

em G-4 e I)

Lavanderias, assistência técnica, reparação e manutenção de aparelhos eletrodomésticos, chaveiros pintura de letreiros e outros.

D-4 Laboratório Laboratórios de análises clínicas sem internação, laboratórios químicos, fotográficos e assemelhados.

E Educacional e cultura física

E-1 Escola em geral Escolas de primeiro, segundo e terceiro graus, cursos supletivos e pré-universitário e assemelhados.

E-2 Escola especial Escolas de artes e artesanato, de línguas, de cultura geral, de cultura estrangeira, escolas religiosas e assemelhados.

E-3 Espaço para cultura física

Locais de ensino e/ou práticas de artes marciais, ginástica (artística, dança musculação e outros) esportes coletivos (tênis, futebol e outros que não estejam incluídos em F-3), sauna, casas de fisioterapia e assemelhados.

E-4 Centro de treinamento

profissional Escolas profissionais em geral.

E-5 Pré-escola Creches, escolas maternais, jardins-de-infância.

E-6 Escola para portadores de deficiências

Escolas para excepcionais, deficientes visuais e auditivos e assemelhados.

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F Local de reunião

de público

F-1 Local onde há objeto de

valor inestimável Museus, centro de documentos históricos, bibliotecas e assemelhados.

F-2 Local religioso e velório

Igrejas, capelas, sinagogas, mesquitas, templos, cemitérios, crematórios, necrotérios, salas de funerais e assemelhados.

F-3 Centro esportivo e de

exibição

Estádios, ginásios e piscinas com arquibancadas, rodeios, autódromos, sambódromos, arenas em geral, academias, pista de patinação e assemelhados.

F-4 Estação e terminal de

passageiro

Estações rodoferroviárias e marítimas, portos, metrô, aeroportos, heliponto, estações de transbordo em geral e assemelhados.

F-5 Arte cênica e auditório Teatros em geral, cinemas, óperas, auditórios de estúdios de rádio e televisão, auditórios em geral e assemelhados.

F-6 Clubes social e Diversão

Boates, clubes noturnos em geral, salões de baile, restaurantes dançantes, clubes sociais, bingo, bilhares, tiro ao alvo, boliche e assemelhados.

F-7 Construção provisória Circos e assemelhados

F-8 Local para refeição Restaurantes, lanchonetes, bares, cafés, refeitórios, cantinas e assemelhados.

F-9 Recreação pública Jardim zoológico, parques recreativos e assemelhados. Edificações permanentes.

F-10 Exposição de objetos e animais

Salões e salas de exposição de objetos e animais, show-room, galerias de arte, aquários, planetários, e assemelhados. Edificações permanentes.

G Serviço

automotivo e assemelhados

G-1 Garagem sem acesso de

público e sem abastecimento

Garagens automáticas.

G-2 Garagem com acesso de

público e sem abastecimento

Garagens coletivas sem automação, em geral, sem abastecimento (exceto veículos de carga e coletivos).

G-3 Local dotado de

abastecimento de combustível

Postos de abastecimento e serviço, garagens (exceto veículos de carga e coletivos).

G-4

Serviço de conservação, manutenção e reparos.

Oficinas de conserto de veículos, borracharia (sem recauchutagem). Oficinas e garagens de veículos de carga e coletivos, máquinas agrícolas e rodoviárias, retificadoras de motores.

G-5 Hangares Abrigos para aeronaves com ou sem abastecimento

H Serviço de saúde

institucional

H-1 Hospital veterinário e assemelhados

Hospitais, clínicas e consultórios veterinários e assemelhados (inclui-se alojamento com ou sem adestramento)

H-2

Local onde pessoas requerem cuidados

especiais por limitações físicas ou mentais

Asilos, orfanatos, abrigos geriátricos, hospitais psiquiátricos, reformatórios, tratamento de dependentes de drogas, álcool. E assemelhados. Todos sem celas.

H-3 Hospital e assemelhados

Hospitais, casa de saúde, prontos-socorros, clínicas com internação, ambulatórios e postos de atendimento de urgência, postos de saúde e puericultura e assemelhados com internação.

H-4 Edificações das forças armadas e policiais.

Quartéis, centrais de polícia, delegacias, postos policiais e assemelhados.

H-5 Local onde a liberdade

das pessoas sofre restrições.

Hospitais psiquiátricos, manicômios, reformatórios, prisões em geral (casa de detenção, penitenciárias, presídios) e instituições assemelhadas. Todos com celas.

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I Indústria

I-1

Locais onde as atividades exercidas e os materiais utilizados apresentam

baixo potencial de incêndio. Locais onde a carga de incêndio não chega a 300MJ/m2 .

Atividades que manipulam materiais com baixo risco de incêndio tais como fábricas em geral, onde os processos não envolvem a utilização intensiva de materiais combustíveis (aço; aparelhos de rádio e som; armas; artigos de metal; gesso; esculturas de pedra; ferramentas; fotogravuras; jóias; relógios; sabão; serralheria; suco de frutas; louças; metais; máquinas)

I-2

Locais onde as atividades exercidas e os materiais utilizados apresentam

médio potencial de incêndio. Locais com

carga de incêndio entre 300 a 1200MJ/m2.

Atividades que manipulam materiais com médio risco de incêndio, tais como artigos de vidro; automóveis; bebidas destiladas; instrumentos musicais; móveis; alimentos; marcenaria; fábricas de caixas e assemelhados.

I-3

Locais onde há alto risco de incêndio. Locais com

carga de incêndio superior a 1200 MJ/m².

Atividades industriais que envolvam líquidos e gases inflamáveis, materiais oxidantes, destilarias, refinarias, ceras, espuma sintética, elevadores de grãos, tintas, borracha e assemelhados.

J Depósito

J-1 Depósitos de material

incombustível.

Edificações sem processo industrial que armazenam tijolos, pedras, areias, cimentos, metais e outros materiais incombustíveis. Todos sem embalagem.

J-2 Todo tipo de Depósito Depósitos com carga de incêndio até 300MJ/m2.

J-3 Todo tipo de Depósito Depósitos com carga de incêndio entre 300 a 1200MJ/m2.

J-4 Todo tipo de Depósito Depósitos onde a carga de incêndio ultrapassa a 1200MJ/m2.

L Explosivos

L-1 Comércio Comércio em geral de fogos de artifício e assemelhados.

L-2 Indústria Indústria de material explosivo

L-3 Depósito Depósito de material explosivo

M Especial

M-1 Túnel Túnel rodoferroviário e marítimo, destinados a transporte de passageiros ou cargas diversas.

M-2 Tanques ou Parque de Tanques

Edificação destinada a produção, manipulação, armazenamento e distribuição de líquidos ou gases combustíveis e inflamáveis.

M-3 Central de comunicação e

energia

Central telefônica, centros de comunicação, centrais de transmissão ou de distribuição de energia e assemelhados.

M-4 Propriedade em transformação

Locais em construção ou demolição e assemelhados.

M-5 Processamento de lixo Propriedade destinada ao processamento, reciclagem ou armazenamento de material recusado/descartado.

M-6 Terra selvagem Floresta, reserva ecológica, parque florestal e assemelhados.

M-7 Pátio de Containers Área aberta destinada a armazenamento de containers.

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Tabela 2 – Classificação quanto à altura

Tipo Denominação Altura

I Edificação Térrea H ≤ 1,0 m

II Edificação Baixa H ≤ 6,00 m

III Edificação de Média Altura 6,00 m < H ≤ 12,00 m

IV Edificação Mediamente Alta 12,00 m < H ≤ 30,00 m

V Edificação Alta Acima de 30,00 m

NOTA: a altura da edificação a ser considerada é a medida em metros entre o nível do terreno circundante à edificação ou via pública ao piso do último pavimento, excluindo-se pavimentos superiores destinados exclusivamente a casa de máquinas, barriletes, reservatórios de águas e assemelhados.

Tabela 3 – Classificação quanto ao risco de incêndio

RISCO Carga de Incêndio MJ/m²

Baixo até 300 MJ/m²

Médio entre 300 e 1.200 MJ/m²

Alto acima de 1.200 MJ/m²

Tabela 4 – Exigências mínimas para edificações com PSCIP aprovados antes da vigência do Decreto nº 2125 – N de 12 de setembro de 1985.

PERÍODO DE EXISTÊNCIA DA EDIFICAÇÃO E ÁREAS DE RISCO

ÁREA CONSTRUÍDA > 900 m2 e/ou ALTURA > 9 m

Anterior a 12 de setembro de 1985 Saída de Emergência; Iluminação de Emergência; Sinalização de Emergência; Extintores e Sistema Hidráulico Preventivo.

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 201 - R, DE 23 DE ABRIL DE 2010.

Disciplina o procedimento para notificação, autuação, apreensão, embargo, cassação de ALCB, suspensão de cadastro e interdição de edificações e áreas de risco.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL

DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01;

Considerando o que preceitua o art. 2º c/c art.

7º da Lei nº 9.269, de 21/07/09, que delega ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo a atribuição de fiscalizar a segurança das pessoas e dos seus bens, contra incêndio e pânico;

Considerando o que preceitua o art. 62 do

Decreto 2.423-R (COSCIP), de 15 de dezembro de 2009, que fixa os procedimentos na aplicação das sanções administrativas;

Considerando que o exercício da fiscalização

compete estabelecer a regulamentação e aplicação das penalidades constantes da legislação em vigor;

Considerando que existe a necessidade de

dinamizar e normalizar o fiel exercício das missões da Corporação, o Cel BM Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar, no uso de suas atribuições legais,

RESOLVE:

Art. 1º Sistematizar a execução dos serviços

de controle e fiscalização de segurança das pessoas e de seus bens, contra incêndio e pânico e dispor sobre a aplicação das penalidades às pessoas físicas ou jurídicas que infringirem a Lei 9.269/09, regulamentada pelo Decreto 2.423-R (COSCIP), de 15 de dezembro de 2009.

Art. 2º Delegar aos agentes fiscalizadores do

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo - CBMES o poder de notificar, multar, apreender materiais e equipamentos, embargar, cassar ALCB, suspender cadastro de profissionais e empresas cadastradas e interditar edificações e áreas de risco em desacordo com a legislação contra incêndio e pânico em vigor.

Art. 3º O bombeiro militar do CBMES investido

na função de agente fiscalizador poderá, observadas as formalidades legais, vistoriar qualquer imóvel ou estabelecimento e documentos relacionados com a segurança contra incêndio e pânico.

Parágrafo Único. Em caso de vistorias em locais que ofereçam risco à integridade física do agente fiscalizador, deverá este comunicar o fato à chefia imediata para que seja providenciada a vistoria junto com outro(s) agente(s) e/ou com auxílio policial.

Art. 4º A notificação a cargo do agente

fiscalizador será lavrada no momento da constatação da irregularidade ou da ilegalidade de que trata o Decreto 2.423-R, mesmo que a edificação ou área de risco possua ALCB com data de validade em vigência.

§ 1º Caso o notificado se recuse a assinar a

Notificação, o agente fiscalizador fará constar a ocorrência no próprio documento, assinado por duas testemunhas, quando possível.

§ 2º Uma via da notificação ficará com o

notificado para que, num prazo de 15 (quinze) dias, apresente defesa prévia à chefia imediata do agente fiscalizador, ou sane a irregularidade.

§ 3º A pessoa física ou jurídica poderá

apresentar defesa prévia, por intermédio de representante legal, observando-se os prazos especificados.

§ 4º A Chefia Imediata será competente para,

no prazo de 10 (dez) dias, prorrogáveis por igual período, conhecer da defesa prévia e decidir nos limites da lei quanto à manutenção ou arquivamento da notificação.

Art. 5º Apresentada a defesa prévia, mas

tendo sido ela julgada improcedente, será concedido ao infrator, a partir de sua ciência, o prazo de 30 (trinta) dias para que sane as irregularidades e dê conhecimento formal da regularização ao órgão técnico local do CBMES, nesse prazo.

Art. 6º Findo o prazo de defesa prévia e ela

não tiver sido apresentada, não sanada a irregularidade ou não cientificado formalmente ao órgão técnico local do CBMES, acerca do cumprimento da regularização no prazo estabelecido, deverá ser expedido Auto de Infração para aplicação da sanção de multa.

Art. 7º O prazo para o infrator sanar a

irregularidade pela qual foi notificado será prorrogado por até 30 (trinta) dias, a contar da data da autuação, devendo pagar a multa ou recorrer da mesma, protocolando recurso no órgão técnico local do CBMES responsável pela autuação, o qual deverá anexar toda a documentação necessária, encaminhando-a para apreciação e julgamento.

Parágrafo Único. O prazo para o infrator

interpor recurso da multa é de 15 (quinze) dias contados do primeiro dia útil ao seu recebimento.

Art. 8º Findo o prazo da prorrogação de que

trata o Art. 7º e, novamente verificado o não cumprimento das exigências, o infrator será multado em dobro, podendo ser o local interditado e

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seu ALCB cassado, até o cumprimento total das exigências do Corpo de Bombeiros.

Art. 9º O Auto de Cassação é o documento

hábil para comunicar a aplicação da sanção de cassação de ALCB.

§1º A cassação do ALCB deverá ser

procedida de publicação no Diário Oficial do Estado.

§ 2º Sendo o infrator empresa ou profissional

cadastrado no CBMES, findo o prazo da prorrogação de que trata o item anterior e novamente verificado o não cumprimento das exigências, além da multa em dobro, poderá ter seu cadastro suspenso, nos termos dos Artigos 28 e seguintes, até o cumprimento total das exigências do Corpo de Bombeiros.

Art. 10. Se o não cumprimento das exigências

for plenamente justificado em requerimento, perante o Comandante da OBM local, o prazo da Notificação poderá ser prorrogado, por até 90 (noventa) dias, sem aplicação de multa.

Art. 11. O proprietário ou responsável, a

empresa ou profissional que forem notificados por motivos idênticos, serão multados em dobro e intimados a cumprir, num prazo de 30 (trinta) dias, as exigências que constarão da nova notificação.

Art. 12. A apreciação e o julgamento dos

recursos serão feitos por uma Comissão, denominada Comissão Especial de Julgamento de Recurso - CEJUR composta por 01(um) oficial superior, 02 (dois) oficiais intermediários ou subalternos e 01(um) subtenente ou sargento, com renovação anual de sua metade, criada por Portaria do Comando-Geral do CBMES.

Art. 13. Compete à CEJUR: a) julgar os recursos interpostos pelos

infratores; b) solicitar as OBMs informações

complementares relativas aos recursos, objetivando uma melhor análise dos processos;

c) encaminhar as OBMs informações sobre problemas observados nas autuações e apontados em recursos que se repitam sistematicamente;

d) encaminhar o resultado do julgamento do recurso ao órgão técnico local do CBMES responsável pela autuação para que este dê ciência formal ao infrator e arquive uma cópia junto ao respectivo processo.

§ 1º A CEJUR se reunirá por convocação de

sua presidência de acordo com a demanda. § 2º A CEJUR será presidida pelo militar mais

antigo e será secretariada pelo mais moderno. § 3º A decisão da CEJUR será ratificada por

maioria simples de votos. § 4º O secretário da CEJUR não tem direito a

voto.

Parágrafo Único. A CEJUR será competente para, no prazo de 10 (dez) dias, prorrogáveis por igual período, conhecer dos autos e decidir nos limites da lei quanto à imputação das sanções por intermédio do devido processo legal.

Art. 14. Da decisão da CEJUR, caberá

recurso, em 2ª instância, para o Comandante-Geral do CBMES, no prazo de 10 (dez) dias do conhecimento formal da decisão.

Art. 15. O Comandante-Geral do CBMES terá

prazo de 10 (dez) dias, prorrogáveis por igual período, para acolher ou não a defesa apresentada pelo infrator.

Art. 16. Mantida a decisão da CEJUR pelo

Comandante-Geral do CBMES, no caso de multa, o infrator, após tomar ciência, terá o prazo de 05 (cinco) dias para recolhê-la, sob pena de a mesma ser inscrita em dívida ativa do Estado, para cobrança judicial.

§ 1º Nos demais casos o infrator, após tomar

ciência, terá o prazo de 15 (quinze) dias para sanar as irregularidades pelas quais foi notificado.

§ 2º Fica impedido de manifestar-se e julgar o

processo, o membro da CEJUR que nele tiver atuado como agente fiscalizador.

Art. 17. Os Comandantes de OBMs deverão,

mensalmente, encaminhar à BM/4 a relação dos infratores que deixarem de recolher a multa.

Art. 18. Não se confunde a sanção de multa

com as taxas devidas ao Estado em razão do exercício regular do poder de polícia ou pelos serviços prestados ou postos à disposição dos contribuintes.

Art. 19. A comunicação oficial com as

pessoas físicas ou jurídicas decorrente da fiscalização será realizada por intermédio dos Autos de Notificação, Infração, Interdição, Embargo, Apreensão, Cassação do ALCB, Suspensão de Cadastro, Desinterdição, Desembargo, Revalidação de Cadastro, Liberação de Perecíveis e Devolução de Apreendidos, conforme modelos do Anexo A.

Parágrafo Único. Para fins de fiscalização, a

comunicação oficial de que trata o caput, poderá ser realizada pessoalmente, via correio ou por edital.

Art. 20. O Auto de Infração é o documento

hábil para comunicar a aplicação da sanção de multa.

Parágrafo Único. A sanção de multa será

cumulada com interdição, embargo, apreensão ou suspensão do cadastro nos casos em que a infração for classificada como gravíssima.

Art. 21. A aplicação de multa se dará

conforme a Gravidade da Infração cometida e do Risco de Incêndio da edificação.

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§ 1º As infrações, definidas no Anexo B, terão seus valores qualificados de acordo com a sua gravidade em levíssimas, leves, médias, graves e gravíssimas.

§ 2º O valor da multa será obtido pelo

resultado da equação M = G x R, onde M é a multa a ser lançada, G é a multa-base que quantifica a Gravidade da Infração e R é o fator que quantifica o Risco de Incêndio da edificação.

§ 3º A multa-base a que se refere o § 2º,

implica na gradação proporcional à Gravidade da Infração com o limite mínimo e máximo, respectivamente, nos valores de 100 (cem) a 500 (quinhentos) VRTE (Valor da Referência do Tesouro Estadual) e serão aplicadas conforme a seguinte graduação:

A infração levíssima terá como multa-base o

valor de 100 VRTE; A infração leve terá como multa-base o valor

de 200 VRTE; A infração média terá como multa-base o valor

de 300 VRTE; A infração grave terá como multa-base o valor

de 400 VRTE; e A infração gravíssima terá como multa-base o

valor de 500 VRTE. § 4º O fator de quantificação do Risco de

Incêndio a que se refere o § 2º implica na gradação proporcional ao Risco de Incêndio, sendo:

O risco de incêndio Baixo terá fator de

quantificação 1,0; O risco de incêndio Médio terá fator de

quantificação 2,0; e O risco de incêndio Alto terá fator de

quantificação 4,0. Art. 22. Nos casos em que o CBMES julgar

necessário, em face da gravidade dos perigos sérios e iminentes, de imediato interditará o local, até o cumprimento total das exigências, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis.

§ 1º O Auto de Interdição é o documento hábil

para comunicar a aplicação da sanção de interdição.

§ 2º A interdição da edificação ou área de

risco será cumulada com a pena de multa. § 3º As autoridades competentes para a

lavratura do Auto de Interdição deverão observar: a) comunicação prévia à autoridade bombeiro

militar do escalão superior; b) distribuição do Auto de Interdição para o

Ministério Público e Prefeitura local; c) distribuição do Auto de Interdição para a

Polícia Civil, quando se tratar de estabelecimentos exploradores de diversões públicas.

§ 4º Durante a efetivação da interdição, fica o

responsável pelo estabelecimento interditado autorizado, caso queira, a solicitar a retirada de

produtos perecíveis ao agente responsável pelo ato, e caso deferido o pedido, a liberação deverá ser realizada mediante o seu acompanhamento, lavrando-se Termo de Liberação.

Art. 23. O Auto de Desinterdição é o

documento hábil para comunicar a liberação do local que se encontrava interditado.

Parágrafo Único. Constatada em vistoria a

correção das irregularidades, a mesma autoridade que lavrou o Auto de Interdição, ou seu superior, lavrará o Auto de Desinterdição, comunicando previamente o fato à autoridade bombeiro militar do escalão superior e distribuindo-o às mesmas autoridades que receberam o Auto de Interdição.

Art. 24. Nos casos em que o CBMES julgar

necessário, em obras de construções ou reformas executadas em desacordo com a legislação de segurança contra incêndio e pânico, ou que expuserem as pessoas ou outras edificações em perigo, de imediato embargará o local, até o cumprimento total das exigências, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis.

§ 1º O Auto de Embargo é o documento hábil

para comunicar a aplicação da sanção de embargo. § 2º O embargo da edificação ou área de

risco será cumulado com a pena de multa. § 3º As autoridades competentes para a

lavratura do Auto de Embargo deverão observar o previsto nos § 3º e 4º do Artigo 22.

Art. 25. O Auto de Desembargo é o

documento hábil para comunicar a liberação do local que se encontrava embargado.

Parágrafo Único. Constatada em vistoria a

correção das irregularidades, a mesma autoridade que lavrou o Auto de Embargo, ou seu superior, lavrará o Auto de Desembargo, comunicando previamente o fato à autoridade bombeiro militar do escalão superior e distribuindo-o às mesmas autoridades que receberam o Auto de Embargo.

Art. 26. O agente fiscalizador do CBMES

deverá apreender os materiais e equipamentos estocados ou utilizados indevidamente ou fabricados em desacordo com as especificações técnicas exigidas por lei ou norma de referência.

§ 1º O Auto de Apreensão é o documento

hábil para comunicar a aplicação da sanção de apreensão.

§ 2º A apreensão será cumulada com a pena

de multa. Art. 27. O Auto de Devolução de Apreendidos

é o documento hábil para formalizar a devolução de materiais e equipamentos apreendidos.

Parágrafo Único. Constatada em vistoria a

correção das irregularidades, a mesma autoridade que lavrou o Auto de Apreensão, ou seu superior,

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lavrará o Auto de Devolução de Apreendidos, comunicando previamente o fato à autoridade bombeiro militar do escalão superior e distribuindo-o às mesmas autoridades que receberam o Auto de Apreensão.

Art. 28. As empresas e os profissionais

cadastrados no CBMES, quando cometerem qualquer das infrações dispostas no Decreto 2.423-R de 15 de dezembro de 2009, em normas do CBMES e nesta Portaria, independente das demais penalidades previstas, poderão ter o cadastro no CBMES suspenso.

§ 1º A suspensão de cadastro, se aplicada,

deverá ser precedida de notificação, nos termos do Art. 4º e por intermédio do devido processo.

§ 2º A suspensão do cadastro, se aplicada,

será por um período de até 01 (um) ano e de no mínimo:

a) 10 (dez) dias se a infração cometida tiver

sido levíssima; b) 20 (vinte) dias se a infração cometida tiver

sido leve; c) 30 (trinta) dias se a infração cometida tiver

sido média; d) 60 (sessenta) dias se a infração cometida

tiver sido grave; e) 90 (noventa) dias se a infração cometida

tiver sido gravíssima. § 3º A suspensão do cadastro impedirá a

pessoa física ou jurídica de desenvolver as atividades relativas à segurança contra incêndio e pânico, pelo período aplicado.

Art. 29. Compete exclusivamente ao Chefe

do Centro de Atividades Técnicas do CBMES, a suspensão do cadastro, bem como a revalidação do mesmo.

§ 1º O Chefe do Centro de Atividades

Técnicas do CBMES poderá ouvir a CEJUR, para a suspensão do cadastro, bem como para a revalidação do mesmo.

§ 2º O Auto de Suspensão de cadastro é o

documento hábil para comunicar a aplicação da sanção de suspensão de cadastro.

Art. 30. Para as empresas e os profissionais

cadastrados no CBMES, além dos casos definidos no Anexo B, serão consideradas infrações graves:

a) exercerem ou executarem atividades

relativas à segurança contra incêndio e pânico estando com o cadastro vencido;

b) exercerem ou executarem atividades relativas à segurança contra incêndio e pânico para as quais não estiverem cadastrados;

c) colocarem, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não

existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro).

Art. 31. No caso de falsificação de

documentos, comprovada pelos devidos meios legais, para possibilitar a emissão do ALCB ou face às gravidades das irregularidades constatadas, o CBMES suspenderá o cadastro independente da notificação.

§ 1º Não serão aceitos, para efeito de

liberação de ALCB, certificados, notas fiscais, ART’s ou quaisquer outros documentos emitidos a partir da data da suspensão do cadastro.

§ 2º As Notificações e demais sanções

aplicadas às empresas e profissionais cadastrados, emitidos pelas diversas OBM’s, serão encaminhadas ao CAT para providências e arquivo junto ao processo de cadastro.

Art. 32. O Auto de Revalidação de cadastro é

o documento hábil para formalizar a revalidação de cadastro que estiver suspenso.

Parágrafo Único. A pessoa física ou jurídica

poderá solicitar a revalidação de cadastro suspenso, desde que tenha sanado todas as irregularidades que motivou o ato, tenha transcorrido o período de suspensão e sejam cumpridas as exigências estabelecidas nas Normas Técnicas.

Art. 33. Na contagem dos prazos previstos na

presente Portaria, excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o dia do vencimento, sempre iniciando e finalizando em dia de expediente da Corporação.

Art. 34. Os formulários previstos no anexo A

da Portaria nº 132-N, de 24 de maio de 2001, poderão ser utilizados pelo prazo de 60 (sessenta) dias.

Art. 35. Esta Portaria entra em vigor na data

de sua publicação. Art. 36. Revogam-se as disposições em

contrário, em especial a Portaria nº 132-N, de 24 de maio de 2001.

Vitória, 23 de abril de 2010

FRONZIO CALHEIRA MOTA - CEL BM Comandante Geral do CBMES

Publicada no Diário Oficial de 10 de junho de 2010

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PORTARIA Nº 201 – R ANEXO A 1

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PORTARIA Nº 201 – R ANEXO A 2

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PORTARIA Nº 201 – R ANEXO A 3

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PORTARIA Nº 201 – R ANEXO A 4

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PORTARIA Nº 201 – R ANEXO A 5

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PORTARIA Nº 201 - R ANEXO A 6

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PORTARIA Nº 201 - R ANEXO A 7

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PORTARIA Nº 201 - R ANEXO A 8

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PORTARIA Nº 201 - R ANEXO A 9

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PORTARIA Nº 201 - R ANEXO A 10

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PORTARIA Nº 201 - R ANEXO A 11

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PORTARIA Nº 201 - R ANEXO A 12

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PORTARIA N.º 201- R

ANEXO B

INFRAÇÕES LEVÍSSIMAS

1 - Deixar de apresentar/expor Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros (ALCB) Penalidade: multa Medida administrativa: notificação com prazo para regularização.

INFRAÇÕES LEVES

2 - Utilizar indevidamente aparelhagem ou equipamentos de segurança contra incêndio e pânico Penalidade: multa Medida administrativa: notificação ao responsável pela edificação.

INFRAÇÕES MÉDIAS

3 - Estar com o ALCB vencido Penalidade: multa após efeitos da notificação Medida administrativa: notificação com prazo para regularização. 4 - Dificultar a ação de fiscalização do agente fiscalizador do CBMES Penalidade: multa após efeitos da notificação Medida administrativa: notificar realização de vistoria com dia/hora marcado.

INFRAÇÕES GRAVES

5 - Ter as medidas de segurança contra incêndio e pânico, incompletas ou em mau estado de conservação Penalidade: multa após efeitos da notificação Medida administrativa: notificação com prazo para regularização. 6 - Modificar a edificação ou suas medidas de segurança contra incêndio aprovadas Penalidade: multa após efeitos da notificação Medida administrativa: notificação com prazo para regularização, mediante apresentação de modificação de projeto técnico para aprovação. 7 - Alterar a ocupação, área, altura ou características construtivas de edificação com o ALCB, sem a devida aprovação Penalidade: multa após efeitos da notificação Medida administrativa: notificação com prazo para regularização. 8 - Instalar medidas de segurança contra incêndio e pânico de maneira inadequada ou em desacordo com a legislação vigente Penalidade: multa para empresa instaladora. Após reincidência, suspensão do credenciamento no CBMES por período de até 01(um) ano Medida administrativa: notificação ao responsável pela edificação para regularização. 9 - Fabricar, reparar ou manter equipamentos de proteção contra incêndio e pânico de forma inadequada ou em desacordo com a legislação vigente Penalidade: multa para empresa fabricante, reparadora ou mantenedora. Após reincidência, suspensão do credenciamento no CBMES por período de até 01(um) ano Medida administrativa: notificação ao responsável pela edificação para regularização. 10 - Não possuir o ALCB Penalidade: multa após efeitos da notificação Medida administrativa: notificação com prazo para regularização.

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INFRAÇÕES GRAVÍSSIMAS 11 - Descumprir termo de interdição Penalidade: Multa Medida administrativa: Autuação em flagrante e comunicação à autoridade policial para o devido processo.

12 - Adulterar projeto de proteção contra incêndio e pânico e outros documentos correlatos Penalidade: Multa Medida administrativa: Autuação em flagrante e comunicação à autoridade policial para o devido processo, e ao Conselho profissional quando couber (CREA quando se tratar de projeto). 13 - Descumprir Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros - ALCB ou de Laudo de Exigências Complementares Penalidade: Multa Medida administrativa: Interdição a critério da Autoridade Bombeiro Militar no local, comunicação ao Ministério Público, Prefeitura Municipal e Polícia Civil e notificação do responsável, ficando este, em caso de evento, proibido de realizá-los pelo período de até um ano, a contar da data de emissão do auto de infração. 14 - Ocupar edificação com atividade incompatível para o local Penalidade: multa Medida administrativa: Interdição a critério da Autoridade BM no local, comunicação ao Ministério Público, Prefeitura Municipal e, sendo o caso, Polícia Civil. 15 - Armazenar produtos perigosos incompatíveis com o local Penalidade: multa Medida administrativa: Apreensão a critério da Autoridade BM no local, comunicação ao Ministério Público, Prefeitura Municipal. 16 - Não possuir nenhuma das medidas de segurança contra incêndio e pânico a que estiver obrigado Penalidade: multa Medida administrativa: Interdição a critério da Autoridade BM no local.

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 01/2010

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

PARTE 1 - PROCESSO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - FORMULÁRIO PARA ATENDIMENTO TÉCNICO

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 172 - R, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009.

Aprova a Norma Técnica nº 01/2010, Parte 1 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os procedimentos administrativos para o processo de segurança contra incêndio e pânico.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas

atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 01/2010, Parte 1 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os

procedimentos administrativos para o processo de segurança contra incêndio e pânico. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 12 de janeiro de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM Comandante Geral do CBMES

Publicada no Diário Oficial de 12 de fevereiro de 2010 Parte específica: Documentos Técnicos cancelados ou substituídos:

• NT 05 do CBMES publicada no Diário Oficial de 11 de dezembro de 1996.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos

Parte 1 - Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico

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1 OBJETIVO Esta Norma Técnica visa definir a forma de apresentação, bem como a composição do Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP), aplicado às edificações e áreas de risco de acordo com suas características. 2 APLICAÇÃO A presente Norma Técnica define os procedimentos administrativos adotados pelo CBMES, para a apresentação do PSCIP. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS Decreto 2.423-R de 15 de dezembro de 2009 – Regulamenta a Lei 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo (COSCIP); Instrução Técnica nº 04/2004 - Procedimentos Administrativos - CBPMESP; Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009; Meirelles, Hely Lopes - Direito Administrativo Brasileiro, 25ª edição - 2000 - Editora Malheiros. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes da NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico, além do seguinte: 4.1 Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP): documentação que contém os elementos formais das medidas de segurança contra incêndio e pânico de uma edificação ou área de risco que deve ser apresentada no CBMES para avaliação em análise e vistoria. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Formas de apresentação 5.1.1 As medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco devem ser apresentadas ao CBMES para avaliação por meio de: a) Projeto Técnico; b) Processo Simplificado; c) Processo Simplificado para Shows, Eventos e Edificações Temporárias. 5.1.2 Estão excluídas desta exigência: a) residências exclusivamente unifamiliares; b) residências exclusivamente unifamiliares localizadas no pavimento superior de edificação de ocupação mista, com

até dois pavimentos e que possuam acessos independentes; e c) edificações exclusivamente residenciais com altura igual ou inferior a 6 m e cuja área total construída não ultrapasse a 900 m2. 5.2 Avaliação e tramitação do PSCIP O PSCIP será avaliado pelo CBMES, conforme forma de apresentação, através de análise ou vistoria de acordo com a Tabela 1.

Tabela 1 - Forma de avaliação do PSCIP

Forma de apresentação do PSCIP

Forma de avaliação

Projeto Técnico

Análise e vistoria

Processo Simplificado

Vistoria

Processo Simplificado para

Shows, Eventos e Edificações Temporárias

Vistoria

5.3 Composição Conforme forma de apresentação o Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico poderá ser composto de: a) Documentos de Processo; b) Formulário de Segurança Contra Incêndio e Pânico; c) Memorial Descritivo; d) Detalhes de Projeto; e) Documentos Complementares; f) Planta de Segurança; g) Pasta de Processo; e h) Arquivo Digital. Nota: os modelos dos documentos acima mencionados serão apresentados em normas técnicas específicas, conforme forma de apresentação do PSCIP. 5.3.1 Documentos de Processo Os Documentos de Processo serão os seguintes: a) requerimento;

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos

Parte 1 - Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico

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b) comprovante de pagamento do emolumento correspondente; c) Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). 5.3.1.1 Requerimento Documento apresentado pelo interessado para solicitação de serviço de segurança contra incêndio e pânico. O requerimento padrão, junto com os demais documentos constantes na subseção 5.3, quando couber, deve ser encaminhado ao órgão responsável pela avaliação do processo. 5.3.1.2 Anotação de Responsabilidade Técnica A Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) deve: a) ter todos os campos preenchidos e no campo “descrição complementar do serviço contratado” deve estar especificado o serviço pelo qual o profissional se responsabiliza; b) a ART deve possuir assinatura do proprietário e responsável técnico; e c) deve ser apresentada a 1ª via original ou fotocópia. 5.3.2 Formulário de Segurança Contra Incêndio e Pânico Ficha que contém os dados básicos da edificação e áreas de risco além das medidas de segurança contra incêndio e pânico exigidas. 5.3.3 Memorial Descritivo O memorial descritivo apresenta os conceitos, premissas e etapas utilizadas para definir, localizar, caracterizar e detalhar as medidas de segurança contra incêndio e pânico que deverão ser executadas na edificação. Será apresentado por meio de: a) memorial descritivo das atividades desenvolvidas; b) memorial descritivo das medidas de segurança; c) memorial de cálculo. 5.3.3.1 Memorial descritivo das atividades desenvolvidas O memorial descritivo das atividades desenvolvidas, obrigatório para todas as edificações e áreas de risco, apresenta as atividades desenvolvidas, processo industrial, produtos armazenados (quantidades, características), equipamentos existentes e outras informações a critério do agente fiscalizador. 5.3.3.2 Memorial descritivo das medidas de segurança O memorial descritivo das medidas de segurança apresenta os parâmetros e as principais características técnicas das medidas de segurança contra incêndio e pânico.

5.3.3.3 Memorial de Cálculo Planilha descritiva dos cálculos realizados para dimensionamento dos sistemas fixos de combate à incêndio (hidrantes, chuveiros automáticos, pressurização de escada, sistema de espuma e resfriamento) ou dos cálculos realizados para dimensionamento dos revestimentos das estruturas contra ação do calor e outros. 5.3.4 Detalhes de Projeto Detalhe padrão das medidas de segurança, a fim de subsidiar a análise do processo de segurança contra incêndio e pânico e instalação das referidas medidas. 5.3.5 Documentos Complementares a) quando nos processos apresentados constarem outras medidas de segurança, além das exigidas na legislação de segurança contra incêndio e pânico, deverão ser apresentados, também, memorial descritivo e outros dados que facilitem a análise de tais medidas; b) documentos julgados necessários pelo CBMES para avaliação do processo apresentado. 5.3.6 Planta de Segurança A Planta de Segurança será constituída pela planta de arquitetura contendo as medidas de proteção passiva além de informações, através de símbolos gráficos padronizados pelo CBMES, da localização das medidas de segurança contra incêndio e pânico, bem como os riscos existentes na edificação. 5.3.7 Pasta de Processo Pasta apropriada à forma de apresentação do processo conforme NT 01 - Procedimentos Administrativos, Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico. 5.3.8 Arquivo Digital Projeto e memoriais aprovados, apresentados em mídia. 5.4 Projeto Técnico O Projeto Técnico deve ser utilizado para apresentação das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco que se enquadrem em qualquer dos critérios a seguir: a) área construída:

1) edificações que possuam área total construída superior a 900 m²;

2) conjunto de unidades isoladas, agrupadas ou em blocos independentes que possuam área total construída superior a 900 m². Nota: no cálculo da área para exigência de Projeto Técnico, não serão computadas as áreas das residências exclusivamente unifamiliares localizadas no pavimento

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos

Parte 1 - Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico

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superior de ocupação mista, com até dois pavimentos e que possuam acessos independentes. b) altura da edificação:

1) número de pavimentos superior a um, para edificações do grupo “F” (local de reunião de público, exceto “F-3”), que possuam capacidade de público superior a 150 pessoas no pavimento de maior lotação, excluindo o pavimento térreo;

2) edificações que, de acordo com a altura,

necessitam de escada enclausurada ou escada de emergência conforme norma de saídas de emergência;

3) altura superior a 9 metros para demais

ocupações. Nota 1: enquadram-se na subalínea 1 as seguintes edificações:

- divisão “F-1, F-10 e F-4” com área do maior

pavimento, excluindo o pavimento térreo, superior a 450 m2 ;

- divisão “F-2, F-5 e F-8” com área do maior

pavimento, excluindo o pavimento térreo, superior a 150 m2;

- divisão “F-6, F-7 e F-9” com área do maior

pavimento, excluindo o pavimento térreo, superior a 75 m2

Nota 2: as edificações e áreas de risco serão classificadas quanto à ocupação de acordo com a Tabela 1 do Decreto 2423-R de 15 de dezembro de 2009.

c) ocupação, carga de incêndio ou riscos existentes:

1) edificações permanentes da divisão “F-3” com capacidade de público superior a 2.500 pessoas;

2) central de gás liquefeito de petróleo (GLP) com

recipientes transportáveis ou estacionários independente da capacidade armazenada, desde que não tenha sido contemplado no projeto geral da edificação;

3) armazenamento de recipientes transportáveis

de GLP com capacidade superior a 1560 kg; 4) edificações e áreas de risco que possuam

comercialização, industrialização, consumo, manuseio ou depósitos de gases ou líquidos inflamáveis/combustíveis (exceto GLP) acondicionados ou fracionados em tambores ou outros recipientes transportáveis, com armazenamento superior a 250 litros, se líquidos, ou 520 Kg, se gases;

5) edificações e áreas de risco que possuam comercialização, industrialização, consumo, manuseio ou depósitos de gases ou líquidos inflamáveis/combustíveis em recipientes estacionários (tanques, cilindros ou vasos subterrâneos, de superfície ou aéreos), independente da área construída ou capacidade armazenada;

6) edificações da divisão “L” independente da área construída;

7) eventos temporários realizados em áreas públicas, privadas ou edificações permanentes, não licenciadas para o exercício de atividade da mesma natureza do evento, com previsão de público superior a 10.000 pessoas se área plana ou 2.500 pessoas se arquibancadas, ou ainda onde seja montada estrutura provisória com área superior a 2.000 m², desde que possuam delimitações com barreiras que impeçam o trânsito livre de pessoas. d) exigência de medidas de segurança contra incêndio e pânico:

1) independente da área da edificação ou área de risco, quando esta apresentar risco no qual necessite de sistemas fixos tais como: hidrantes, chuveiros automáticos, alarme e detecção, entre outros;

2) edificação e/ou área de risco que necessite de proteção de suas estruturas contra a ação do calor proveniente de um incêndio. 5.5 Processo Simplificado O Processo Simplificado é utilizado para apresentação das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco que não se enquadrem em Projeto Técnico e Processo Simplificado para Shows, Eventos e Edificações Temporárias. 5.6 Processo Simplificado para Shows, Eventos e Edificações Temporárias 5.6.1 O Processo Simplificado para Shows, Eventos e Edificações Temporárias deve ser utilizado para apresentação das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco que se enquadrem em qualquer dos critérios a seguir: a) instalações destinadas a eventos temporários como circos, parques de diversão, feiras de exposições, feiras agropecuárias, rodeios, shows artísticos, entre outros, realizados em áreas públicas, privadas ou edificações permanentes, não licenciadas para o exercício de atividade da mesma natureza do evento, com previsão de público igual ou inferior a 10.000 pessoas se área plana, ou 2.500 pessoas se arquibancadas, ou ainda onde seja montada estrutura provisória com área igual ou inferior a 2.000 m²; b) instalações destinadas a eventos temporários independente da área da estrutura provisória ou da população, onde não existam delimitações de barreiras que impeçam o trânsito livre de pessoas; c) canteiros de obras e edificações da divisão “M-4” independente da área construída. 5.6.2 O evento temporário deve possuir o prazo máximo de 6 meses de duração, sem interrupção. Após este prazo, as instalações que não forem desmontadas e transferidas para outros locais passam a ser consideradas como permanentes.

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Parte 1 - Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico

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5.6.3 Canteiros de obras e edificações da divisão “M-4” que não forem desmontados após a conclusão da obra deverão atender as exigências previstas para edificações permanentes. 5.6.4 As edificações e áreas de risco permanentes que forem abrigar shows e eventos temporários devem estar devidamente regularizadas junto ao CBMES e atender as exigências para a atividade temporária que se pretende nela desenvolver. 5.7 Formulário para Atendimento Técnico (FAT) 5.7.1 O Formulário para Atendimento Técnico é o instrumento administrativo que deve ser utilizado pelo interessado nos seguintes casos: a) para solicitação de retificação de dados do Projeto Técnico; b) para esclarecimento de dúvida quanto a procedimentos administrativos e técnicos; c) para solicitação de revisão de ato praticado pelo Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico; e d) outras situações a critério do CBMES. 5.7.2 O interessado quando do preenchimento do FAT deve propor questão específica sobre aplicação da legislação, ficando vedadas perguntas genéricas que deixem a cargo do CBMES a busca da solução específica. 5.7.3 A solicitação do interessado pode ser feita no modelo do Anexo A ou modelo semelhante confeccionado com recursos da informática e pode ser acompanhado de documentos que elucidem a dúvida ou comprovem os argumentos apresentados. 5.7.4 Podem fazer uso do presente instrumento, o proprietário, seu procurador ou o responsável técnico. 5.7.5 A contar da data do protocolo, o CBMES deve responder no prazo máximo de 10 dias, respeitando a ordem cronológica de entrada do pedido. 6 DISPOSIÇÕES GERAIS A ocupação será definida de acordo com as principais atividades desenvolvidas ou previstas para as edificações e áreas de risco conforme Tabela 1 do Decreto 2423-R de 15 de dezembro de 2009.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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Parte 1 - Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico

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ANEXO A

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

FORMULÁRIO PARA ATENDIMENTO TÉCNICO (FAT)

DATA ______/_____/______ SOLICITANTE: RG: N° Projeto Técnico: N° PSCIP: 1. Finalidade: Anexos:

________________________________________ Assinatura do solicitante

2. Parecer:

__________________________________________

Assinatura do analista

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 01/2010

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

PARTE 2 - APRESENTAÇÃO DE PROJETO TÉCNICO

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - REQUERIMENTO

B - FORMULÁRIO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

E PÂNICO

C - MEMORIAL DESCRITIVO DAS ATIVIDADES

DESENVOLVIDAS

D - CAPA DE PROJETO TÉCNICO

E - LAUDO DE IRREGULARIDADES

F - REQUERIMENTO PARA COMISSÃO TÉCNICA /

CONSELHO TÉCNICO

G - TABELA DE NÍVEIS DE PROJETO

H - SÍMBOLOS GRÁFICOS PARA PROJETO TÉCNICO

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 173 - R, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009.

Aprova a Norma Técnica nº 01/2010, Parte 2 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os procedimentos administrativos para apresentação de projeto técnico.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 01/2010, Parte 2 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os

procedimentos administrativos para apresentação de projeto técnico. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 12 de janeiro de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM Comandante Geral do CBMES

Publicada no Diário Oficial de 12 de fevereiro de 2010 Parte específica: Documentos Técnicos cancelados ou substituídos:

• NT 05 do CBMES publicada no Diário Oficial de 11 de dezembro de 1996.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

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1 OBJETIVO Fixar os procedimentos para análise do Projeto Técnico pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo (CBMES) e determinar os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico que devem constar no mesmo. 2 APLICAÇÃO A presente Norma Técnica define os procedimentos administrativos adotados pelo CBMES para avaliação do Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP). 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 6492/1994 - Representação de Projetos de Arquitetura; ABNT NBR 8196/1999 - Emprego de Escalas; ABNT NBR 10067/1995 - Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico; ABNT NBR 10068/1987 - Folha de Desenho - Layout e Dimensões; ABNT NBR 10647/1989 - Desenho Técnico; ABNT NBR 13273/1999 - Desenho Técnico - Referência a Itens; ABNT NBR 14100/1998 - Proteção Contra Incêndio - Símbolos Gráficos; ABNT NBR 14699/2001 - Desenho Técnico - Representação de Símbolos Aplicados a Tolerâncias Geométricas - Preparos e Dimensões; Decreto 2.423-R de 15 de dezembro de 2009 – Regulamenta a Lei 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo (COSCIP); Instrução Técnica nº 04/2004 - Procedimentos Administrativos - CBPMESP; Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009; Meirelles, Hely Lopes – Direito Administrativo Brasileiro, 25ª edição – 2000 – Editora Malheiros; NT 01/2009 - Procedimentos Administrativos, Parte 1- Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes da NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico, além do seguinte:

4.1 Análise: ato de verificação do atendimento às exigências da legislação de segurança contra incêndio e pânico no Projeto Técnico.

4.2 Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico: documentação que contém os elementos formais das medidas de segurança contra incêndio e pânico de uma edificação ou área de risco que deve ser apresentada no CBMES para avaliação em análise e vistoria. 4.3 Visto: é o ato administrativo pelo qual o Poder Público controla outro ato da própria administração ou do administrado, aferindo legitimidade formal para dar-lhe exequibilidade, não examinando para isto o conteúdo do mérito. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Considerações gerais 5.1.1 As medidas de segurança contra incêndio e pânico devem ser elaboradas segundo critérios de uma única norma. 5.1.2 Na falta de Normas Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo e nos casos omissos, deverão ser adotadas as normas de órgãos oficiais, normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT ou outras reconhecidas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo. 5.1.3 No caso de inexistência de normas nacionais atinentes a determinado assunto, poderão ser utilizadas normas internacionais, desde que autorizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, através do Centro de Atividades Técnicas. 5.1.4 A apresentação de norma técnica ou literatura estrangeira pelo interessado deverá estar acompanhada de tradução juramentada para a língua portuguesa, a fim de ser verificada sua compatibilidade com os objetivos do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP). 5.1.5 O Projeto Técnico deverá ser elaborado por profissional habilitado e cadastrado no CBMES, e conterá as medidas de segurança necessárias ao combate inicial a incêndios em edificações e áreas de risco, bem como todos os dispositivos fundamentais para sua evacuação rápida e segura. 5.1.6 O Projeto Técnico será constituído, quando couber, do projeto arquitetônico da edificação dotado das medidas de proteção passiva e da localização das demais medidas de segurança contra incêndio e pânico, atendendo ao previsto na subseção 5.3 da presente norma. 5.1.7 Na apresentação do Projeto Técnico, contendo sistema de chuveiros automáticos, a representação do referido sistema deverá ser feita em planta separada, porém em ordem numérica sequencial do processo. 5.1.8 Serão adotadas as unidades de medida do Sistema Internacional com exceção de: a) diâmetro de tubulação e esguichos - mm (milímetro); b) vazão - l/min (litro por minuto); c) perda de carga no sistema - mca (metro de coluna d'água).

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5.2 Das responsabilidades 5.2.1 Cabe aos respectivos autores e/ou responsáveis técnicos, o detalhamento técnico dos projetos e especificação das medidas de segurança contra incêndio e pânico objeto do COSCIP, e ao responsável pela obra, o fiel cumprimento do que foi projetado. 5.2.2 As Normas Técnicas são públicas e caberá aos autores e/ou responsáveis técnicos, solicitar ao CBMES consulta prévia, conforme normas estipuladas pela Corporação, para dirimir possíveis dúvidas sobre determinada medida de segurança ou aplicação de determinada Norma Técnica. 5.2.3 A análise de projeto tem por objetivo conferir se os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico estão sendo obedecidos e se as medidas de segurança contra incêndio e pânico exigidas foram contempladas no projeto, sendo de responsabilidade do autor do projeto e do responsável técnico pela execução da obra, o fiel cumprimento do estipulado pelas Normas Técnicas e os danos advindos do descumprimento das Normas Técnicas do CBMES. 5.3 Composição 5.3.1 O Projeto Técnico será composto, quando couber, de: a) Documentos de Processo:

1) requerimento (Anexo A);

2) comprovante de pagamento do emolumento correspondente à análise;

3) anotação de responsabilidade técnica (ART) apresentada pelo responsável técnico que elabora o Projeto Técnico;

4) procuração do proprietário, quando este transferir seu poder de signatário. b) Formulário de Segurança Contra Incêndio e Pânico para Projeto Técnico (Anexo B); c) Memorial Descritivo:

1) memorial descritivo das atividades desenvolvidas (Anexo C);

2) memorial descritivo das medidas de segurança – apresentado, quando couber, de acordo com modelos existentes nas Normas Técnicas específicas;

3) memorial de cálculo - apresentado, quando

couber, de acordo com modelos existentes nas Normas Técnicas específicas. d) Detalhes de Projeto: deverão ser apresentados, quando couber, de acordo com modelos existentes nas Normas Técnicas específicas. e)Documentos Complementares: documentos julgados necessários pelo CBMES para melhor compreensão do processo apresentado.

f) Planta de Segurança; g) Pasta de Processo; e h) Arquivo Digital, todos conforme NT 01 – Procedimentos Administrativos, Parte 1- Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico. Nota: os elementos citados nas alíneas de “a” a “e” devem ser apresentados organizados na sequência estipulada na subseção 5.3.1 e fixados por meio de grampos ou similar. 5.3.2 Planta de Segurança 5.3.2.1 Considerações Gerais a) a Planta de Segurança será constituída pela planta de arquitetura contendo as medidas de proteção passiva além da localização das medidas de segurança contra incêndio e pânico, através de símbolos gráficos padronizados pelo CBMES (Anexo H), bem como dos riscos existentes na edificação; Nota: os símbolos gráficos devem ser apresentados numa escala, que seja proporcional à escala do desenho do projeto. b) o projeto arquitetônico deve ser limpo de todas as informações que não são necessárias para o Projeto Técnico, como paisagismo, folhas de portas, com exceção das que fazem parte das saídas de emergência, etc., para evitar confusão na visualização dos elementos de proteção contra incêndio; c) é facultativa a apresentação da planta de fachada, porém, os detalhes de proteção estrutural, compartimentação vertical e escadas, devem ser apresentados em planta de corte; d) quando o processo apresentar dificuldade para visualização dos sistemas e equipamentos em planta, devido a quantidade de elementos gráficos, deverá ser feita linha de chamada em círculo com linha pontilhada com a alocação dos símbolos exigidos; e) as plantas de segurança a serem arquivadas no CBMES devem ser apresentadas com as medidas de segurança contra incêndio na cor vermelha, distinguindo-as dos demais detalhes da planta. Outros itens da planta na cor vermelha podem ser incluídos desde que sua representação tenha vínculo com as medidas de segurança contra incêndio apresentadas no Projeto Técnico. 5.3.2.2 Apresentação da Planta de Segurança Deve ser apresentada da seguinte forma: a) ser elaborada no formato A4 (210 mm x 297 mm), A3 (297 mm x 420 mm), A2 (420 mm x 594 mm) ou A1 (594 mm x 840 mm) possuindo na parte superior da legenda um espaço mínimo de 18 x 08 centímetros, reservado ao carimbo do Corpo de Bombeiros; b) as escalas adotadas devem ser as estabelecidas em normas oficiais e permitir a visualização dos sistemas e equipamentos de segurança contra incêndio; e

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c) seguir a forma de apresentação gráfica conforme padrão adotado por normas oficiais. 5.3.2.3 Composição da Planta de Segurança A Planta de Segurança será composta de: a) plantas de implantação e situação; b) plantas baixas; c) esquema vertical dos sistemas hidráulicos preventivos (isométrico); d) cortes. 5.3.2.3.1 Planta de implantação e situação A Planta de implantação e situação deverá conter: a) representação das edificações circunvizinhas e dos logradouros que delimitam a quadra (situação); b) legenda identificando todas as edificações existentes (implantação); c) localização do hidrante de coluna; d) vias de acesso para viaturas do Corpo de Bombeiros; e) localização das lojas de comércio varejista de fogos de artifício num raio de 200 m, caso exista.1 Nota: quando a planta de uma área construída não couber integralmente em escala reduzida em condições de legibilidade na folha “A1”, esta pode ser fracionada, contudo deve adotar numeração que indique onde está localizada tal área na implantação. 5.3.2.3.2 Planta baixa Deverão ser apresentadas plantas baixas, quando couber, dos subsolos, térreo, pavimento-tipo, cobertura e reservatórios. Tais plantas deverão conter: a) a localização das medidas de segurança contra incêndio e pânico; b) saídas de emergências e proteção passivas; c) toda área edificada e riscos existentes. 5.3.2.3.3 Isométrico O esquema vertical do sistema hidráulico preventivo e chuveiros automáticos, deverá conter, no mínimo, as seguintes informações: a) dimensões e volume da reserva técnica de incêndio; b) tubulação de incêndio com indicação do diâmetro; c) saída de limpeza do reservatório pelo fundo em ferro galvanizado; d) saída de consumo predial pela face lateral do reservatório;

e) bomba de combate a incêndios e/ou bomba auxiliar; f) dispositivo para funcionamento automático da bomba de combate a incêndios (pressostato); g) dispositivo para absorver os golpes de aríete da rede (pulmão/acumulador); h) dispositivo para teste nas proximidades da bomba que permita sensibilizar o pressostato com precisão; i) válvulas de gaveta; j) válvulas de retenção; k) hidrantes de parede; l) hidrantes de recalque; m) especificação dos materiais empregados; e n) legenda de todos os sistemas utilizados no PSCIP. 5.3.2.3.4 Plantas de corte Devem apresentar as medidas de proteção passiva contra incêndio tais como: dutos de ventilação, distância verga/peitoril, compartimentação vertical e escadas. 5.3.2.4 Informações gerais que devem constar em todas as plantas As informações abaixo relacionadas são de caráter geral e devem constar em todas as plantas: a) áreas construídas e/ou áreas de risco com suas características, tais como: tanques de combustível (produto e capacidade); casa de caldeiras ou vasos sob pressão; dutos e aberturas que possibilitem a propagação de calor; cabinas de pintura; locais de armazenamento de recipientes contendo gases inflamáveis (capacidade do recipiente e quantidade armazenada); áreas com risco de explosão; centrais de gases inflamáveis; depósitos de metais pirofóricos; depósito de produtos perigosos e outros riscos que necessitem de proteção contra incêndio;

Nota: as áreas das partes das edificações devem ser especificadas em planta baixa e o quadro de áreas da edificação deve ser colocado na primeira prancha. b) cotas dos desníveis em planta baixa quando houver; c) espessura das paredes e respectivo tempo de resistência ao fogo; d) localização da independência do sistema elétrico em relação a chave geral de energia da edificação e área de risco sempre que a medida de segurança contra incêndio e pânico tiver seu funcionamento baseado em motores elétricos; e) miniatura da implantação com hachuramento da área, sempre que houver planta fracionada em mais de uma folha, conforme planta chave;

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1 Já com nova redação da Portaria n° 205 publicada no DIO de 28/05/10

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f) destaque no desenho das áreas frias não computáveis (banheiros, vestiários, escadas enclausuradas, dentre outros) especificadas em um quadro de áreas próprio, quando houver solicitação de isenção de medidas de segurança contra incêndio e pânico. 5.3.2.5 Parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico que devem constar no PSCIP, de acordo com a medida projetada para a edificação e áreas de risco: I 5.3.2.5.1 Acesso de viatura às edificação e áreas de risco: a) largura e altura do portão de entrada e da via de acesso; b) indicação do peso suportado pela pavimentação da via em quilograma-força (kgf); c) indicação da altura mínima livre, quando for o caso; d) indicar o retorno para as vias de acesso com mais de 45 m de comprimento; e) largura e comprimento da faixa de estacionamento; f) indicação da porcentagem de inclinação da faixa de estacionamento; g) nota indicando que a faixa de estacionamento deve ficar livre de postes, painéis, árvores ou outro tipo de obstrução; h) localização da placa de proibição na faixa de estacionamento das viaturas do Corpo de Bombeiros. 5.3.2.5.2 Separação entre edificações: a) indicar a distância de outras edificações; b) indicar a ocupação; c) indicar a carga de incêndio; d) indicar as aberturas nas fachadas; e) indicar a fachada da edificação considerada para o cálculo de isolamento de risco; f) parede corta-fogo de isolamento de risco; g) juntar o memorial de cálculo de isolamento de risco. 5.3.2.5.3 Segurança estrutural nas edificações: Identificar os tipos de estruturas e constar o tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF) das estruturas em memorial e Formulário de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 5.3.2.5.4 Compartimentação horizontal e compartimentação vertical: a) indicar as áreas compartimentadas e o respectivo quadro de áreas; b) indicar o isolamento proporcionado:

1) aba horizontal;

2) aba vertical; 3) afastamento de aberturas perpendiculares à

parede corta-fogo de compartimentação; c) indicar o tempo de resistência ao fogo dos elementos estruturais utilizados;

d) indicar os elementos corta-fogo:

1) parede corta-fogo de compartimentação; 2) vedador corta-fogo; 3) selo corta-fogo; 4) porta corta-fogo.

5.3.2.5.5 Controle de materiais de acabamento e revestimento: Indicar nos respectivos cortes em notas específicas, as classes dos materiais de piso, parede, teto e forro, correspondentes a cada ambiente, conforme norma específica. 5.3.2.5.6 Saídas de emergências: 5.3.2.5.6.1 Condições Gerais a) detalhes de degraus; b) detalhes de corrimãos; c) detalhes de guardacorpos; d) largura das escadas; e) detalhe da ventilação efetiva da escada de segurança (quando houver); f) largura das portas das saídas de emergência; g) indicar barra antipânico (quando houver); h) casa de máquinas do elevador de emergência (quando houver exigência); i) antecâmaras de segurança (quando houver exigência); j) indicar a lotação do ambiente quando se tratar de local de reunião de público, individualizando a lotação por ambiente. 5.3.2.5.6.2 Escada Pressurizada a) localização da fonte alternativa de energia do sistema; b) grelhas de insuflamento; c) caminhamento dos dutos; d) localização do grupo motogerador; e) janela de sobre pressão; f) apresentação esquemática do sistema em corte;

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g) acionadores manuais dos motoventiladores localizados na sala do grupo motoventilador e no local de supervisão predial com permanência humana constante; h) elementos de compartimentação de risco (parede e porta corta-fogo) da sala do grupo motoventilador; i) antecâmara de segurança e indicação da porta estanque quando a sala do grupo motoventilador estiver localizada em pavimento que possa causar risco de captação de fumaça de um incêndio; j) juntar o memorial de cálculo de vazão e pressão do sistema de pressurização da escada; k) juntar o memorial de cálculo de vazão e pressão do sistema de pressurização do elevador de emergência (quando houver exigência). 5.3.2.5.6.3 Dimensionamento de lotação e saídas de emergência em centros esportivos e de exibição: a) larguras das escadas, acessos e portas das saídas de emergência; b) barra antipânico onde houver; c) corrimãos em escadas e rampas, inclusive os corrimãos centrais; d) dimensões da base e espelho dos degraus; e) porcentagem de inclinação das rampas; f) as lotações dos setores de arquibancadas e camarotes; g) dimensões dos camarotes (quando houver); h) dimensões das cadeiras fixas (dobráveis ou não) e o espaçamento entre as mesmas; i) indicar o revestimento do piso; j) indicar os equipamentos de som; k) localização do grupo motogerador quando houver; l) localização das medidas de segurança necessárias; m) juntar o memorial de cálculo de dimensionamento de lotação e saídas de emergência em centros esportivos e de exibição. 5.3.2.5.7 Carga de incêndio nas edificações e áreas de risco: a) indicar a carga de incêndio específica para as ocupações; b) juntar o memorial de carga de incêndio (quando necessário). 5.3.2.5.8 Controle de fumaça: a) entrada de ar (aberturas, grelhas, venezianas e insuflação mecânica);

b) exaustores naturais (entradas, aberturas, grelhas, venezianas, claraboias e alçapões); c) exaustores mecânicos; d) dutos e peças especiais; e) registro corta-fogo e fumaça; f) localização dos pontos de acionamento alternativo do sistema; g) localização dos detectores de incêndio; h) localização da central de alarme/detecção de incêndio; i) localização da casa de máquinas dos insufladores e exaustores; j) localização da fonte de alimentação, quadros e comandos; l) juntar o memorial de dimensionamento e descritivo da lógica de funcionamento do sistema de controle de fumaça. 5.3.2.5.9 Iluminação de emergência: a) os pontos de iluminação de emergência; b) fonte alternativa de energia do sistema; c) quando o sistema for abrangido por grupo motogerador (GMG), deve constar em Projeto Técnico a localização, abrangência e autonomia do sistema; d) o reservatório de combustível do GMG e sua capacidade, bem como as dimensões do dique de contenção; e) duto de entrada, duto de saída, parede corta-fogo e porta corta-fogo da sala do GMG quando o mesmo estiver localizado em área com risco de captação de fumaça ou gases quentes provenientes de um incêndio; f) detalhe ou nota em planta da proteção dos dutos quando passarem por área de risco. 5.3.2.5.10 Sistema de detecção e alarme de incêndio: a) localização pontual dos detectores; b) os acionadores manuais de alarme de incêndio; c) os sinalizadores sonoros e visuais; d) central do sistema; e) painel repetidor (quando houver); f) fonte alternativa de energia do sistema. 5.3.2.5.11 Sistema de sinalização de emergência: a) a sinalização de orientação e salvamento deve constar no Projeto Técnico, indicada através de um círculo dividido ao meio na posição a ser instalada, conforme norma técnica específica, ou através de linhas finas de chamada;

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b) na parte superior do círculo deve constar o código do símbolo, conforme norma técnica específica; c) na parte inferior do círculo devem constar as dimensões (diâmetro, altura e/ou largura) da placa (em milímetros), conforme norma técnica específica; d) inserir no Formulário de Segurança Contra Incêndio e Pânico que o sistema de sinalização de emergência será executado de acordo com norma técnica específica do CBMES. 5.3.2.5.12 Sistema de proteção por extintores de incêndio: a) indicar as unidades extintoras; b) quando forem usadas unidades extintoras com capacidades diferentes de um mesmo agente, deve ser indicada a capacidade ao lado de cada símbolo. 5.3.2.5.13 Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio: a) indicar os hidrantes ou mangotinhos; b) indicar as botoeiras de acionamento da bomba de incêndio; c) indicar o dispositivo responsável pelo acionamento no barrilete, quando o sistema de acionamento for automatizado, bem como, a localização do acionador manual alternativo da bomba de incêndio em local de supervisão predial, e com permanência humana constante; d) indicar o registro de recalque, bem como o detalhe que mostre suas condições de instalação; e) indicar o reservatório de incêndio e sua capacidade; f) indicar a bomba de incêndio principal e jockey (quando houver) com indicação de pressão, vazão e potência; g) quando forem usadas mangueiras de incêndio e esguichos com comprimentos e requintes diferentes, devem ser indicadas as respectivas medidas ao lado do símbolo do hidrante; h) deve constar a perspectiva isométrica completa, sem escala e com cotas; i) deve constar o detalhe da sucção quando o reservatório for subterrâneo ou ao nível do solo; j) quando o sistema de abastecimento de água for através de fonte natural (lago, lagoa, açude etc.), indicar a sua localização; l) juntar o memorial de cálculo do sistema de hidrantes. 5.3.2.5.14 Sistema de chuveiros automáticos (SPK): a) localização das bombas do sistema com indicação da pressão, vazão e potência; b) a área de aplicação dos chuveiros hachurada para os respectivos riscos;

c) os tipos de chuveiros especificados; d) localização dos cabeçotes de testes; e) área de cobertura e localização das válvulas de governo e alarme (VGA) e dos comandos secundários (CS); f) localização do painel de alarme; g) locais onde foram substituídos os chuveiros por detectores de incêndio; h) deve constar o esquema isométrico somente da tubulação envolvida no cálculo; i) toda a tubulação abrangida pelo cálculo deve ter seu diâmetro e comprimento cotado no esquema isométrico; j) devem ser apresentadas todas as tubulações de distribuição com respectivos diâmetros; l) devem ser indicados os pontos de chuveiros automáticos em toda a edificação e áreas de risco; m) localização do registro de recalque; n) quando o sistema de abastecimento de água for através de fonte natural (lago, lagoa, açude etc.), indicar a sua localização; o) indicar o dispositivo responsável pelo acionamento do sistema no barrilete, bem como a localização do acionador manual alternativo da bomba de incêndio em local de supervisão predial com permanência humana constante; p) indicar a capacidade e localização do reservatório de incêndio; q) juntar o memorial de cálculo do sistema de chuveiros automáticos. 5.3.2.5.15 Sistema de proteção contra descarga atmosférica (SPDA): Nota no Formulário de Segurança Contra Incêndio e Pânico que o SPDA será executado conforme ABNT NBR 5419. 5.3.2.5.16 Armazenagem de líquidos inflamáveis e combustíveis: a) indicar os tanques, instalações, cilindros ou esferas considerados de maior risco para elaboração dos cálculos; b) indicar tipo de tanque (elevado, subterrâneo, vertical ou horizontal); c) indicar tipo de superfície do tanque (teto flutuante ou fixo); d) afastamentos entre tanques, edificações, vias públicas, limites de propriedades e dimensões das bacias de contenção; e) o produto químico, sua capacidade armazenada e ponto de fulgor; f) distribuição dos hidrantes, canhões monitores, aspersores, bomba de incêndio, capacidade e localização

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da reserva de incêndio, registro de recalque e forma de acionamento do sistema; g) indicar a pressão manométrica medida no topo do tanque para que se possa utilizar as tabelas de afastamentos; h) juntar a planilha de cálculos utilizada no dimensionamento da proteção dos tanques. 5.3.2.5.17 Sistema de resfriamento para líquidos e gases inflamáveis e combustíveis: a) indicar as instalações, tanques, cilindros ou esferas de GLP; b) indicar qual tanque é considerado o de maior risco para efeito de cálculo; c) indicar os tanques considerados vizinhos ao tanque de maior risco; d) indicar as taxas de vazão para o resfriamento do tanque em chamas e tanques vizinhos; e) indicar as áreas dos costados e tetos dos tanques considerados no cálculo hidráulico; f) indicar a vazão e pressão das bombas de incêndio; g) indicar a capacidade e a localização do reservatório de incêndio; h) indicar os canhões monitores, aspersores, bomba de incêndio e registro de recalque; i) apresentar quadro que contenha as seguintes informações:

1) indicação do tanque; 2) produto armazenado; 3) volume; 4) ponto de fulgor; 5) diâmetro e altura do tanque.

j) juntar o memorial de cálculo do sistema de resfriamento. 5.3.2.5.18 Sistema de proteção por espuma: a) indicar os esguichos lançadores ou proporcionadores e canhões monitores; b) indicar os reservatórios do extrato formador de espuma (EFE), indicando volume e forma de armazenagem; c) indicar as câmaras de espuma; d) deve constar o esquema isométrico somente da tubulação envolvida no cálculo; e) indicar as especificações dos equipamentos envolvidos no cálculo; f) definição do maior risco a proteger;

g) juntar o memorial de cálculo do sistema de proteção por espuma. 5.3.2.5.19 Sistema fixo de gases para combate a incêndio: a) indicar a botoeira alternativa para acionamento do sistema fixo; b) indicar a botoeira de desativação do sistema de gases; c) indicar a central do sistema de detecção e alarme de incêndio; d) indicar os detectores de incêndio; e) indicar a bateria de cilindros de gases; f) indicar as áreas protegidas pelo sistema fixo de gases; g) indicar o tempo de retardo para evacuação do local; h) deve constar o esquema isométrico somente da tubulação envolvida no cálculo; i) juntar o memorial de cálculo do sistema de gases limpos e CO2. 5.3.2.5.20 Centrais de GLP: a) localização da central de GLP; b) indicar a capacidade dos cilindros, bem como da capacidade total da central; c) afastamentos das divisas de terrenos, áreas edificadas no mesmo lote e locais de risco; d) local de estacionamento do veículo abastecedor, quando o abastecimento for a granel; e) sistema de proteção da central; Nota: quando não configurar a necessidade de central de GLP deve-se inserir a seguinte nota: “Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizadas no pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.” 5.3.2.5.21 Comercialização, distribuição e utilização de gás natural: a) indicar os compressores, estocagem e unidades de abastecimento de gás; b) indicar as distâncias mínimas de afastamentos previstos na Tabela I da ABNT NBR 12236, para postos que comercializem gás combustível comprimido; c) indicar o local de estacionamento do veículo abastecedor quando o gás natural for distribuído por este meio de transporte. 5.3.2.5.22 Comércio de fogos de artifício: a) croqui das edificações limítrofes (ocupação identificada) num raio de 100 m;

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b) detalhe em planta das espessuras das paredes, lajes de cobertura, telhados, pisos, dentre outros. 5.3.2.5.23 Heliponto e heliporto: a) sinalização do heliponto; b) indicar a capacidade de carga do heliponto. 5.3.2.5.24 Cobertura de sapê, piaçava e similares: a) especificar qual o tipo de cobertura utilizada; b) afastamentos dos limites do terreno e de postos de abastecimento de combustíveis, gases inflamáveis, fogos de artifício ou seus depósitos; c) localização de fogões, coifas e similares; d) localização da central de GLP (quando houver). 5.3.2.5.25 Hidrante de coluna: a) posicionamento dos hidrantes na planta de situação/localização; b) o raio de ação do hidrante. 5.3.2.5.26 Túnel rodoviário: a) indicar a interligação dos túneis paralelos (quando for o caso); b) indicar o sistema de exaustão; c) indicar as defensas das laterais do túnel; d) indicar os detalhes dos corrimãos; e) indicar as áreas de refúgio (quando houver); f) indicar as rotas de fuga e as saídas de emergência; g) indicar as medidas de segurança contra incêndio adotadas; h) indicar o sistema de drenagem de líquidos e bacias de contenção; i) indicar o sistema de comunicação interno; j) indicar o sistema de circuito interno de televisão. 5.3.2.5.27 Pátios de contêineres: Indicar as áreas de segregação de cargas e respectivas proteções. 5.3.2.5.28 Subestação elétrica: a) indicar as áreas destinadas aos reatores, transformadores e reguladores de tensão; b) indicar as vias de acesso a veículos de emergência; c) indicar as paredes corta-fogo de isolamento de risco utilizadas no local;

d) indicar a bacia de contenção com drenagem do óleo isolante e a caixa separadora de óleo e água; e) detalhamento do sistema de água nebulizada para os casos de subestação compartilhada. 5.3.2.5.29 Proteção contra incêndio em cozinha profissional: a) indicar o caminhamento dos dutos de exaustão; b) indicar o sistema fixo de extinção a ser instalado, quando for o caso. 5.3.2.5.30 Outros parâmetros: Além dos parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico especificados na subseção 5.3.2.5 outras informações poderão ser exigidas nas respectivas Normas Técnicas das medidas de segurança contra incêndio e pânico, por ocasião da apresentação do PSCIP. 5.3.3 Pasta de Processo 5.3.3.1 Pasta aberta, sem elástico, com grampo, semi-rígida, que acondiciona todos os documentos do Projeto Técnico afixado na seqüência estabelecida na subseção 5.3.1. Deve ter dimensões de 215 a 280 mm (largura) x 315 a 350 mm (comprimento) e espessura conforme a quantidade de documentos a serem anexados. 5.3.3.2 A pasta de projeto deve conter o cartão de identificação conforme Anexo D. 5.4 Consulta prévia 5.4.1 Consulta feita ao CBMES, pelos responsáveis técnicos pelo Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP), mediante pagamento de emolumento, para sanar dúvidas de estudos preliminares, não cabendo tal procedimento, ao PSCIP já protocolado. 5.4.2 O agendamento de consulta prévia deverá ser solicitado através de Formulário de Atendimento Técnico (FAT), contendo as características da edificação e o assunto a ser abordado, incluindo fundamentação legal, quando for o caso. 5.4.3 Deverá ser recolhido emolumento referente à consulta prévia, previsto em lei, cujo comprovante deverá ser anexado ao formulário, quando protocolado no CBMES. 5.4.4 Será informado ao solicitante a data, horário do agendamento e o analista responsável pelo acompanhamento do processo, previamente indicado pela chefia, no prazo máximo de 10 dias, a contar da data de protocolo do pedido. 5.4.5 O analista disporá o tempo máximo de uma hora para o atendimento a cada consulta, respeitando o agendamento, e que após este período, retornará as suas atividades habituais. 5.4.6 O atendimento à consulta prévia será restrito ao assunto constante no requerimento, não sendo permitido ao responsável técnico consultar assuntos referentes a

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outros processos, protocolados ou não no CAT/SAT, durante o período da consulta. 5.4.7 O CBMES,quando couber, expedirá documento referente à consulta prévia, contendo as informações necessárias para a continuação do PSCIP, no prazo máximo de 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período nos casos mais complexos.

5.5 Apresentação e tramitação do Projeto Técnico

a) os documentos citados na subseção 5.3.1, quando couber, devem ser apresentados no CAT/SAT para solicitação de análise; b) o Formulário de Segurança Contra Incêndio e Pânico (Anexo B), Memorial Descritivo, Detalhes de Projeto, Documentos Complementares e Planta de Segurança deverão ser apresentados em duas vias, sendo a via do interessado e o arquivo digital, apresentados por ocasião da aprovação; Nota: o arquivo digital poderá ser solicitado durante a fase de análise. c) todos os documentos citados no item anterior, quando couber, deverão ser assinados pelo proprietário do imóvel e autor do projeto;

d) quando for emitido laudo de irregularidades constatadas na análise do projeto (Anexo E), o interessado deve tomar as providências necessárias para corrigi-las, para que o projeto possa ser reanalisado pelo CBMES, até a sua aprovação. As pranchas e memoriais, analisados e corrigidos, deverão ser reapresentados no retorno das correções; e) durante a fase de análise do Projeto Técnico, quando da necessidade de responder ao Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico sobre qualquer irregularidade ou dúvida, a comunicação deve ser feita por carta resposta, anexada ao Projeto Técnico; f) o pagamento do emolumento dá direito a três análises, na comunicação de irregularidades; g) quando houver a discordância do interessado em relação aos itens emitidos e esgotadas as argumentações técnicas na fase de análise, o interessado pode solicitar recurso em Comissão Técnica conforme subseção 5.12; h) atendido as normas em vigor, todos os documentos devem receber carimbo padrão de aprovação e/ou visto, sendo uma via arquivada no CBMES e uma cópia devolvida ao interessado; i) a fidelidade da cópia do Projeto Técnico com o original (analisado pelo CBMES) é de inteira responsabilidade do projetista; j) após instalada toda a proteção exigida, deve ser realizada a vistoria e emitido o respectivo Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros (ALCB), caso não haja irregularidades, com validade somente para o endereço onde esteja localizada a instalação na época da vistoria.

5.6 Análise do Projeto Técnico 5.6.1 A análise do projeto técnico tem por objetivo: a) verificar se todos os elementos constituintes do Projeto Técnico foram apresentados conforme subseção 5.3.1; b) verificar se todas as medidas de segurança contra incêndio e pânico exigidas para a edificação ou área de risco foram contempladas no projeto; c) verificar se os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico, estipulado nesta NT e nas normas específicas, estão sendo obedecidos. 5.6.2 Os Memoriais de Cálculo receberão visto do CBMES e seus resultados serão elencados nos Memoriais Descritivos das Medidas de Segurança que serão analisados pelo CBMES. 5.6.2.1 É de responsabilidade do autor do projeto: os cálculos para o dimensionamento dos sistemas e as medidas necessárias para o atendimento aos parâmetros especificados nos Memoriais Descritivos das Medidas de Segurança, além do fiel cumprimento ao estipulado pelas Normas Técnicas do CBMES. 5.6.3 O projeto executivo das medidas de segurança contra incêndio e pânico poderá ser exigido, a critério do CBMES, por ocasião da análise ou vistoria, quando houver dúvida sobre o correto dimensionamento das medidas de segurança contra incêndio e pânico e atendimento às Normas Técnicas do CBMES. 5.6.4 Os Detalhes de Projeto são modelos padrões ilustrativos a fim de subsidiar a análise do projeto e instalação das referidas medidas. 5.7 Prazos para Análise a) os órgãos ligados ao Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico, têm o prazo máximo de 20 dias para analisar o Projeto Técnico, podendo ser prorrogado por igual período nos casos mais complexos; b) o Projeto Técnico deve ser analisado conforme ordem cronológica de entrada; c) a ordem do item anterior pode ser alterada para o atendimento das ocupações ou atividades temporárias, ou interesse da administração pública, conforme cada caso; d) o prazo máximo para tramitação do projeto até sua aprovação será de 1 ano, a contar da data da primeira análise, podendo ser prorrogado nos casos mais complexos, sendo que, após esse período, o processo será cancelado e devolvido ao interessado, caso não tenha sido aprovado; e) os projetos, aprovados ou não, que não forem retirados pelos interessados no prazo de 1 ano após a análise do CBMES, ficarão arquivados por um período de 5 anos, sendo que, após esse período, a destinação do processo fica a cargo da discricionariedade do CBMES.

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5.8 Revisão de Ato Administrativo 5.8.1 Quando houver discordância do ato administrativo praticado na análise do Projeto Técnico da edificação e/ou área de risco, o proprietário, responsável pelo uso ou responsável técnico poderá apresentar pedido de revisão no prazo de 10 dias, contados da data da vista dos autos. 5.8.2 O pedido será dirigido à autoridade que praticou o ato recorrido, e deverá ser protocolado no órgão a que esta autoridade pertencer, a qual poderá reconsiderar sua decisão nos 10 dias subsequentes. 5.8.3 Do indeferimento do pedido de revisão previsto no parágrafo anterior, caberá novo pedido de revisão à autoridade imediatamente superior cuja decisão deverá ser proferida dentro do prazo de 10 dias, contados do recebimento do pedido. 5.8.4 Em última instância, caberá pedido de revisão ao Chefe do Centro de Atividade Técnicas cuja decisão deverá ser proferida dentro do prazo de 10 dias, contados do recebimento do pedido de revisão. 5.9 Cassação a) a qualquer tempo o CBMES pode anular o Projeto Técnico que não tenha atendido todas as exigências previstas no COSCIP; b) o Projeto Técnico anulado deve ser substituído por novo processo baseado nas exigências do COSCIP; c) o ato de anulação de Projeto Técnico deve ser publicado na Imprensa Oficial do Estado; d) o ato de anulação deve ser comunicado ao proprietário/responsável pelo uso, responsável técnico e prefeitura municipal; e e) havendo indício de crime o responsável pelo serviço de atividades técnicas deve comunicar o fato ao Ministério Público. 5.10 Divisão do Projeto Técnico de acordo com a característica do processo 5.10.1 Projeto Novo Projeto elaborado conforme item 5.3 para edificações a serem construídas ou construídas que atendam integralmente às exigências da legislação de segurança contra incêndio e pânico. 5.10.2 Projeto de Modificação 5.10.2.1 A edificação e área de risco que se enquadrar dentro de uma das condições abaixo relacionadas, deve ter o seu Projeto Técnico modificado: a) modificações estruturais ou arquitetônicas que comprometam a eficiência das medidas de segurança contra incêndio e pânico; b) ampliação de área construída que implique o redimensionamento dos elementos das saídas de emergência, tais como: tipo e quantidade de escadas, acessos, portas, rampas, lotação e outros;

c) ampliação de área construída que implique o redimensionamento do sistema hidráulico de segurança contra incêndio existente, tais como: pressão, vazão, potência da bomba do sistema de combate a incêndio e reserva técnica de incêndio; d) ampliação de área que implique a adoção de nova medida de segurança contra incêndio e pânico; e) mudança de ocupação da edificação e áreas de risco com ou sem agravamento de risco que implique a ampliação das medidas de segurança contra incêndio e pânico existentes e/ou exigência de nova medida de segurança contra incêndio e pânico; f) mudança de leiaute da edificação e áreas de risco que implique a adoção de nova medida de segurança ou torne ineficaz a medida de segurança prevista no Projeto Técnico existente; g) aumento da altura da edificação e áreas de risco que implique a adoção de nova medida de segurança contra incêndio e/ou redimensionamento do sistema hidráulico de segurança contra incêndio existente e/ou rotas de fuga; h) outras modificações que, a critério do vistoriador, implicarem na necessidade de modificação do Projeto Técnico. 5.10.2.2 Deve ser apresentado documento informando modificações ocorridas. 5.10.2.3 A apresentação do Projeto de Modificação deverá ser feita em plantas que mantenham a ordem numérica do processo aprovado, quando couber. 5.10.2.4 O analista, após aprovação do PT deverá remover os documentos alterados e colocá-los no final do PSCIP devendo rubricá-los e carimbá-los, especificando a data de modificação. 5.10.2.5 Em casos que não se enquadrem nos previstos na subseção 5.10.2.1, poderá ser feita a atualização de Projeto Técnico através da complementação de informações ou alterações técnicas relativas ao Projeto Técnico aprovado, por meio de documentos encaminhados ao Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico, via Formulário para Atendimento Técnico, que ficam apensos ao Projeto Técnico. 5.10.3 Projeto de Substituição 5.10.3.1 Sempre que, em decorrência de várias ampliações ou diversas alterações, houver acúmulo de plantas que dificultem a compreensão e o manuseio do Projeto Técnico por parte do Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico, o projeto deverá ser substituído por completo. A decisão para substituição do Projeto Técnico cabe ao Comando da Unidade ou chefe da Seção de Atividades Técnicas. 5.10.3.2 O projeto substituído deve ser arquivado em pasta separada e identificada, para consulta. 5.10.4 Projeto de Regularização Projeto elaborado para edificações construídas após a vigência do Decreto 2.125-N de 12 de setembro de 1985 e

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que não atendam integralmente às exigências da legislação de segurança contra incêndio e pânico. As exigências comprovadamente inexequíveis devem ser substituídas por outros meios de segurança contra incêndio e pânico, avaliados por Comissão Técnica, conforme subseção 5.12. 5.10.5 Projeto de Adequação Projeto de edificações licenciadas e/ou construídas antes da vigência do Decreto 2.125-N de 12 de setembro de 1985, com documentação comprobatória, apreciado pelo Conselho Técnico, conforme subseção 5.13. 5.11 Divisão do Projeto Técnico de acordo com a complexidade Para avaliação do CBMES, de acordo com a complexidade das edificações e áreas de risco, os Projetos Técnicos serão divididos em: a) Projeto Técnico Nível I; b) Projeto Técnico Nível II; c) Projeto Técnico Nível III; e d) Projeto Técnico Nível IV. 5.11.1 Projeto Técnico Nível I 5.11.1.1 Características da edificação e área de risco: O Projeto Técnico Nível I é utilizado para apresentação das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco que se enquadrem nas exigências para apresentação de Projeto Técnico previstas na NT 01 – Procedimentos Administrativos, Parte 1- Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico, e classificados como Nível I conforme Anexo G desta norma técnica. 5.11.1.2 Composição O Projeto Técnico Nível I será composto de: a) Documentos de Processo; b) Formulário de Segurança Contra Incêndio e Pânico para Projeto Técnico; c) Memorial Descritivo; d) Detalhes de Projeto; e) Planta de Segurança; e f) Pasta de Processo, todos conforme NT 01 – Procedimentos Administrativos, Parte 1- Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico e subseção 5.3.1 desta norma. 5.11.1.3 Apresentação para avaliação do CBMES a) o Projeto Técnico Nível I será analisado por militar estadual do CBMES credenciado ou sistema informatizado. Quando sistema, este fará análise, através do cruzamento

de dados inseridos pelo profissional projetista, com os parâmetros existentes no banco de dados do sistema, fornecendo o Formulário de Segurança Contra Incêndio e Pânico, Memorial Descritivo das Medidas de Segurança e Detalhes de Projeto necessários a composição do processo; Nota: as Plantas de Segurança, os Memoriais Descritivos das Atividades Desenvolvidas e os Memoriais de Cálculos deverão ser confeccionados pelo projetista, seguindo os parâmetros constantes nos documentos fornecidos (alínea “a”) e apresentados por ocasião do protocolo da vistoria. b) os documentos citados na subseção 5.11.1.2, devem ser apresentados no CAT/SAT para solicitação de vistoria, depois de cumpridas todas as exigências referentes à segurança contra incêndio e pânico constantes no processo; c) se durante a realização de vistoria forem constatadas alterações que justifiquem a modificação do Projeto Técnico o mesmo será exigido; d) todos os documentos citados no item anterior deverão ser assinados pelo proprietário do imóvel e autor do projeto. 5.11.2 Projeto Técnico Nível II 5.11.2.1 Características da edificação e/ou área de risco: O Projeto Técnico Nível II é utilizado para apresentação das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco que se enquadrem nas exigências para apresentação de Projeto Técnico previstos na NT 01 – Procedimentos Administrativos, Parte 1- Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico e assinaladas com “II” nas tabelas do Anexo G desta norma técnica, devendo, ainda, serem observadas as ressalvas, em notas logo abaixo das tabelas. 5.11.2.2 Composição O Projeto Técnico Nível II será composto de: a) Documentos de Processo; b) Formulário de Segurança Contra Incêndio e Pânico para Projeto Técnico; c) Memorial Descritivo; d) Detalhes de Projeto; e) Documentos Complementares; f) Planta de Segurança; g) Pasta de Processo; e h) Arquivo Digital, todos conforme NT 01 - Procedimentos Administrativos, Parte 1- Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico e subseção 5.3.1 desta norma.

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5.11.2.3 Apresentação para avaliação do CBMES Os documentos citados na subseção 5.11.2.2, devem ser apresentados no CAT/SAT para análise por graduado ou oficial credenciado. Demais exigências conforme prescrito na subseção 5.5. 5.11.3 Projeto Técnico Nível III 5.11.3.1 Características da edificação e/ou área de risco: O Projeto Técnico Nível III é utilizado para apresentação das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco que se enquadrem nas exigências para apresentação de Projeto Técnico previstos na NT 01 – Procedimentos Administrativos, Parte 1- Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico e assinaladas com “III” nas tabelas do Anexo G desta norma técnica, devendo, ainda, serem observadas as ressalvas, em notas logo abaixo das tabelas. 5.11.3.2 Composição Conforme subseção 5.11.2.2. 5.11.3.3 Apresentação para avaliação do CBMES Os documentos citados na subseção 5.11.3.2, devem ser apresentados no CAT/SAT para análise por oficial credenciado. Demais exigências conforme prescrito na subseção 5.5. 5.11.4 Projeto Técnico Nível IV 5.11.4.1 Características da edificação e/ou área de risco: O Projeto Técnico Nível IV é utilizado para apresentação das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco que se enquadrem nas exigências para apresentação de Projeto Técnico previstos na NT 01 – Procedimentos Administrativos, Parte 1- Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico e assinaladas com “IV” nas tabelas do Anexo G desta norma técnica, devendo,ainda, serem observadas as ressalvas, em notas logo abaixo das tabelas. 5.11.4.2 Composição Conforme subseção 5.11.2.2. 5.11.4.3 Apresentação para avaliação do CBMES Os documentos citados na subseção 5.11.4.2, devem ser apresentados no CAT/SAT para análise por oficial credenciado do Centro de Atividades Técnicas. Demais exigências conforme prescrito na subseção 5.5. 5.12 Comissão Técnica 5.12.1 Grupo de estudo composto por militares do Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico (SISCIP),

nomeados pelo Chefe do Centro de Atividades Técnicas, com objetivo de analisar e emitir pareceres relativos a casos de soluções mais complexas ou que apresentarem dúvidas quando às exigências previstas nas normas vigentes. 5.12.2 Serão objetos de avaliação pela Comissão Técnica: a) as edificações construídas após a vigência do Decreto 2.125-N de 12 de setembro de 1985, que não atendam integralmente às exigências da legislação de segurança contra incêndio e pânico; b) adoção de normas de órgãos oficiais, normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT ou outras, na falta de Normas Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo e nos casos omissos; c) utilização de novos sistemas construtivos ou novos conceitos de medidas de segurança contra incêndio e pânico; d) casos em que o Sistema de Segurança Contra Incêndio não possua os instrumentos adequados para avaliação em análise e/ou vistoria. 5.12.3 Para os casos que se enquadrarem na subseção 5.12.2, deve ser endereçado ao Chefe do CAT/SAT, requerimento (Anexo F), contendo as informações sobre a edificação, o pedido e o motivo do pedido, incluindo fundamentação legal, quando for o caso. 5.12.4 Quando as edificações e/ou áreas de risco não possuírem Projeto Técnico, deverá ser anexado ao requerimento, os documentos necessários a melhor elucidação do pleito, tais como: croqui, fotos, memorial descritivo do processo industrial e qualquer risco específico existente (ex.: caldeira, produtos perigosos, etc.). 5.12.5 Por ocasião da Comissão Técnica, cessa-se o cômputo de prazo de análise e/ou vistoria, recomeçando nova contagem após o retorno do PSCIP ao Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 5.12.6 Quando solicitada análise de Projeto Técnico, não protocolado no CBMES, em Comissão Técnica, deve ser pago emolumento com valor igual ao adotado para a análise de Projeto Técnico. 5.12.7 A solicitação de avaliação do PSCIP já protocolado no CBMES, pela Comissão Técnica, bem como a reavaliação da solução apresentada pela Comissão, não acarreta novo pagamento de emolumento. 5.12.8 O prazo para resposta da Comissão Técnica será de 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período nos casos mais complexo. 5.13 Conselho Técnico 5.13.1 O Conselho Técnico tem a finalidade de avaliar as edificações licenciadas e/ou construídas antes da vigência do Decreto Estadual 2125-N de 12 de setembro de 1985. 5.13.2 O Conselho Técnico terá a seguinte composição:

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a) Presidente: Chefe do Centro de Atividades Técnicas (CAT), e na sua ausência, seu subchefe; b) Membros: 03 Oficiais do CAT e 01 Engenheiro de Segurança do Trabalho, indicado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Estado do Espírito Santo - CREA-ES. Nota: o Conselho Técnico somente se reunirá com a totalidade de seus membros. 5.13.3 O Conselho Técnico reunir-se-á mensalmente e/ou extemporaneamente de acordo com a necessidade e/ou importância dos processos a serem apreciados. 5.13.4 Para apreciação do processo pelo Conselho Técnico, deverá ser apresentada a seguinte documentação: a) requerimento (Anexo F), contendo informações sobre a edificação, bem como, as solicitações de dispensa de itens que não cumprem às exigências das medidas de segurança contra incêndio e pânico, com as devidas justificativas; b) documentação autenticada que comprove data de licença e/ou construção da edificação anterior à vigência do Decreto 2125-N de 12 de setembro de 1985; c) laudos técnicos com a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART); d) material fotográfico com ilustrações que possibilitem melhor visualização dos itens a serem avaliados; e) outros a critério do Conselho Técnico. 5.13.5 A decisão do Conselho Técnico será ratificada por maioria simples de votos. 5.13.6 O militar mais moderno será o secretário, a quem caberá efetuar os registros e a lavratura de Ata em livro próprio. 5.13.7 Excepcionalmente, poderão ser realizadas visitas técnicas a fim de subsidiar decisão do Conselho Técnico. 5.13.8 As decisões do Conselho Técnico serão estritamente técnicas, devendo-se observar as legislações e normas pertinentes ao assunto. 5.13.9 As transcrições das atas serão encaminhadas ao CREA-ES, através de certidão. 5.13.10 Serão emitidas tantas transcrições quantos forem os processos, e nestes serão anexadas como parte integrante dos mesmos. 6 DISPOSIÇÕES GERAIS 6.1 No projeto e na implementação das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco, devem ser atendidas às exigências contidas nas Normas Técnicas do CBMES.

6.2 Cada medida de segurança contra incêndio e pânico, deve obedecer aos parâmetros estabelecidos na Norma Técnica respectiva.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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ANEXO A

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

REQUERIMENTO PARA ANÁLISE DE PROJETO TÉCNICO

1. Projetista Nome: N.º cadastro: n.º CREA: tel: e-mail: 2. Dados da edificação Razão social: Nome fantasia: Rua/avenida: n.º: Complemento: Bairro: Município: Proprietário: RG: CPF: CNPJ: 3. Áreas A construir (m²): Existente (m²): Total (m²): 4. Característica do Processo Novo Modificação - anexar documento informando modificações

ocorridas nº PSCIP aprovado:

Substituição Regularização Adequação

5. Nível de Projeto (reservado ao CBMES) Projeto Técnico Nível I Projeto Técnico Nível II Projeto Técnico Nível III Projeto Técnico Nível IV

REGISTRO GERAL: Nº PROJETO TÉCNICO: Nº PSCIP:

Protocolado em: _________/__________/_________ Protocolista:

Nestes termos pede deferimento.

Espaço reservado ao carimbo de aprovação: Assinatura do Projetista

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ANEXO B

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

FORMULÁRIO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO PARA PROJETO TÉCNICO

1. Classificação da Edificação Área a construir (m²): Existente (m²): Total (m²): Área do maior pavimento, incluindo descarga (m²): Ocupação: Divisão: Carga de Incêndio (MJ/m²): Risco: Capacidade e público (obrigatório para ocupações F): Altura em relação ao terreno circundante (m): Altura em relação nível de descarga (m): Números de pavimentos: Características construtivas: X Y Z Edificação permanente Edificação/evento temporário Isolamento de risco (apresentar memorial de cálculo comprobatório) 2. Riscos especiais Consumo de GLP em Kg: Central de GLP: transportável estacionário volume por recipiente: Depósito de recipientes transportáveis de GLP (capacidade total): Armazenamento de líquido/gases combustíveis/inflamáveis (capacidade total): Locais dotados de abastecimento de combustível Armazenamento de produtos perigosos Vaso sob pressão Fogos de artifício Outros: 3. Tipo de Escada

Escada não enclausurada Escada enclausurada à prova de fumaça Escada externa Escada pressurizada Escada enclausurada protegida

4. Medida de Segurança Contra Incêndio e Pânico Acesso de viatura Elevador de emergência Hidrante de coluna urbano Brigada de incêndio Iluminação de emergência Sistema de alarme de incêndio Saída de emergência Sinalização de emergência Sistema de detecção de

incêndio Compartimentação horizontal Proteção por extintores Sistema chuveiros automáticos Compartimentação vertical Sistema de hidrantes e mangotinhos Central de GLP ou Gás Natural SPDA Segurança contra incêndio dos elementos de construção Outros:

5. Saídas de emergência Dimensionamento das Saídas

Acessos/descargas Escadas e rampas Portas U: U: U:

Distância máxima a percorrer:

6. Observações gerais

As medidas de segurança contra incêndio e pânico deverão ser fabricadas, executadas e manutenidas conforme normas do CAT/CBMES e ABNT. Instalações elétricas conforme normas da ABNT.

Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) conforme normas da ABNT. Estrutura metálica e de concreto armado conforme normas da ABNT. Elevadores, caso existam, conforme normas da ABNT.

Assinatura do Projetista

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ANEXO C

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

1. Atividades desenvolvidas Enumerar atividades desenvolvidas, processos de produção, produtos armazenados, equipamentos existentes entre outros.

2. Matérias primas e produtos acabados combustíveis / produtos perigosos Produto: Risco específico:

Ponto de fulgor: Quantidade estocada:

Produto: Risco específico:

Ponto de fulgor: Quantidade estocada:

Produto:

Risco específico:

Ponto de fulgor:

Quantidade estocada:

3. Funcionários Indicar o número de funcionários por turno de serviço.

4. Informações Complementares (Obs.: podem ser anexados documentos complementares)

Assinatura do Projetista

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ANEXO D

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

CAPA DE PROJETO TÉCNICO

Analista:

1. Dados da edificação

Proprietário:

Razão social: CNPJ:

Nome fantasia: Rua/avenida: n.º:

Complemento:

Bairro:

Município:

2. Característica do Processo 3. Tipo de Processo (reservado ao CBMES) Novo Projeto Técnico Nível I Modificação Projeto Técnico Nível II Substituição Projeto Técnico Nível III Regularização Projeto Técnico Nível IV Adequação

4. Classificação OCUPAÇÃO/DIVISÃO:

RISCO:

RG:

Nº PROJETO TÉCNICO: Nº PSCIP:

5. Espaço reservado ao código de barras

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ANEXO E

LAUDO DE IRREGULARIDADES PARA PROJETO TÉCNICO

RG: Nº Projeto:

Nº PSCIP: 1. Divisão do Projeto Técnico de acordo com a característica do processo Projeto novo Modificação Substituição Regularização Adequação 2. Divisão do Projeto Técnico de acordo com a complexidade Projeto Nível I Nível II Nível III Nível IV 3. Irregularidades observadas

Notas: 1) O pagamento do emolumento dá direito a três análises, na comunicação de irregularidades; 2) O prazo máximo para tramitação do projeto até sua aprovação será de 1 (um) ano, a contar da data da primeira análise, podendo ser prorrogado nos casos mais complexos, sendo que, após esse período, o processo será cancelado e devolvido ao interessado, caso não tenha sido aprovado; 3) Os projetos, aprovados ou não, que não forem retirados pelos interessados no prazo de 1 (um) ano após a análise do CBMES, ficarão arquivados por um período de 5 anos, sendo que, após esse período, a destinação do processo fica a cargo da discricionariedade do CBMES; 4) A análise de projeto tem por objetivo conferir se os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico estão sendo obedecidos e se as medidas de segurança contra incêndio e pânico exigidas foram contempladas no projeto, sendo de responsabilidade do autor do projeto e do responsável técnico pela execução da obra, o fiel cumprimento do estipulado pelas Normas Técnicas e os danos advindos do descumprimento das Normas Técnicas do CBMES; 5) A fidelidade da cópia do Projeto Técnico com o original (analisado pelo CBMES) é de inteira responsabilidade do projetista.

Fl: Nº análise:

Data análise: Assinatura do analista

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 79

ANEXO F

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

REQUERIMENTO PARA COMISSÃO TÉCNICA / CONSELHO TÉCNICO

1. Endereço: Rua/avenida/n.º: Bairro: Município: Nome da edificação: Proprietário:

2. Áreas : A construir (m²): Existente (m²): Total (m²):

3. Classificação da Edificação: Data da construção (anexar documento comprobatório): Ocupação: Divisão: Carga de Incêndio: Risco: Altura (m): Número de pavimentos: Tipo de escada: Características construtivas: X Y Z 4. Pedido:

5. Motivo do pedido (incluir fundamentação legal, quando for o caso):

6. Anexos:

Em ______ de _____________de_______________

Assinatura do Proprietário Assinatura do Projetista

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 80

ANEXO G

TABELA G-1 - TABELA DE NÍVEIS DE PROJETO PARA OCUPAÇÕES EM GERAL.

Grupo de ocupação e uso

Classificação quanto à altura (em metros)

Divisão Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

A-2 e A-3 aII aII aII II III

B-1 e B-2 aII aII3 II10 II10 IV

C-1, C-2 e C-3 aII3 aII6 II8 II9 IV

D-1, D-2, D-3 e D- 4 aII aII6 II8 II10 IV

E-1, E-2, E-3, E-4, E-5 e E-6 aII aII II II IV

F-1 II10 II10 III III IV

F-2, F-9 aII II II5 II8 III

F-3 bIII11 bIII11 bIII11 IV IV

F-4 aII II II5 II8 IV

F-5, F-6 III III III III IV

F-7 cII3 cII3 - - -

F-8 II II III III IV

F-10 aII II II8 II9 IV

G-1, G-2, G-3 aII aII II5 II8 IV

G-4 aII1 aII3 II5 II9 IV

G-5 IV IV IV IV IV

H-1, H-4 aII aII II5 II8 IV

H-2, H-3, H-5 aII aII III III IV

I-1, I-2 aII aII1 II3 II8 IV

I-3 II2 II3 II5 III IV

J-1 aII aII II5 II8 IV

J-2 aII1 aII3 III III IV

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 81

J-3, J-4 III III III III IV

L-1 I - - - -

L-2, L-3 IV (altura definida por legislação específica)

M-1 IV (independente da extensão)

M-2 Tabela G-2 e G-3

M-3 III III III IV IV

M-4, M-5, M-6 e M-7 II10 IV IV IV IV

LEGENDA: xNy

N - Nível de Projeto

x - Nota genérica

y - Nota específica

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Edificações com área do maior pavimento, incluindo descarga, superior a 10.000 m2 serão classificadas como nível III;

2 - Edificações com área do maior pavimento, incluindo descarga, superior a 7.500 m2 serão classificadas como nível III;

3 - Edificações com área do maior pavimento, incluindo descarga, superior a 5.000 m2 serão classificadas como nível III;

4 - Edificações com área do maior pavimento, incluindo descarga, superior a 4.000 m2 serão classificadas como nível III;

5 - Edificações com área do maior pavimento, incluindo descarga, superior a 3.000 m2 serão classificadas como nível III;

6 - Edificações com área do maior pavimento, incluindo descarga, superior a 2.500 m2 serão classificadas como nível III;

7 - Edificações com área do maior pavimento, incluindo descarga, superior a 2.000 m2 serão classificadas como nível III;

8 - Edificações com área do maior pavimento, incluindo descarga, superior a 1.500 m2 serão classificadas como nível III;

9 - Edificações com área do maior pavimento, incluindo descarga, superior a 1.000 m2 serão classificadas como nível III;

10 - Edificações com área do maior pavimento, incluindo descarga, superior a 750 m2 serão classificadas como nível III;

11 - Considerar Projeto Técnico nível IV as edificações da divisão F-3 com capacidade de público superior a 10.000

pessoas.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Os Projetos Técnicos para as edificações ou áreas de risco com área construída igual ou inferior a 2.000 m2 serão

classificados como nível I;

b - Edificações permanentes da divisão F-3 com capacidade de público igual ou inferior a 2.500 pessoas estão dispensadas

da apresentação de Projeto Técnico;

c - Instalações destinadas a eventos temporários como circos, parques de diversão, feiras de exposições, feiras

agropecuárias, rodeios, shows artísticos, entre outros, realizados em áreas públicas, privadas ou edificações permanentes

não licenciadas para o exercício de atividade da mesma natureza do evento, com previsão de público igual ou inferior a

10.000 pessoas se área plana ou 2.500 pessoas se arquibancada, ou ainda onde seja montada estrutura provisória com

área igual ou inferior a 2.000 m² estão dispensadas da apresentação de Projeto Técnico. Quando se enquadrarem na

necessidade de projeto o mesmo será classificado como nível II;

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

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d - O conjunto de unidades isoladas, agrupadas ou em blocos independentes, com área total construída superior a 900 m²,

onde se configure a necessidade de comprovar o isolamento de risco mediante cálculo, terá seu Projeto Técnico classificado

em nível II ;

e - Altura da edificação é a medida em metros entre o nível do terreno circundante à edificação ou via pública ao piso do

último pavimento, excluindo-se pavimentos superiores destinados exclusivamente à casa de máquinas, barriletes,

reservatórios de águas e assemelhados;

f - Edificações dotadas de escadas do tipo EPFP, elevadores de emergência e áreas de refúgio serão classificadas em

nível III;

g - Quando a compartimentação for substituída por sistema de controle de fumaça e/ou chuveiros automáticos o projeto

será considerado nível IV;

h - Os projetos modificativos serão classificados no mesmo nível do projeto modificado a menos que a modificação

proposta altere a classificação do projeto para um nível superior.

Page 83: 1 - Coletânea

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 83

TABELA G-2 - TABELA DE NÍVEIS DE PROJETO PARA OCUPAÇÃO M-2 (GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO - GLP)

TABELA G-3 - TABELA DE NÍVEIS DE PROJETO PARA OCUPAÇÃO M-2 (PRODUTOS DIVERSOS)

M-2 (Produtos Diversos)

Locais dotados de abastecimento

combustível

Produtos acondicionados, tanques ou cilindros

250 litros < líquidos ≤ 20.000 litros

520 kg < gases ≤ 6.240 Kg

Líquidos acima de 20m3 ou gases acima de 6.240 Kg

II II1 III1

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Quando, de acordo com as normas de órgãos oficiais adotadas pelo CBMES, houver exigências de chuveiros

automáticos, sistemas de resfriamento, proteção por espuma, canhões monitores ou outra medida de segurança contra

incêndio e pânico não regulada pela legislação do CBMES, para o produto e volume armazenado, o projeto se enquadrará

em nível IV.

M-2 (Gás Liquefeito de Petróleo - GLP)

Central de GLP Depósito de recipientes transportáveis de GLP

Base de envasamento

de GLP

Recipientes transportáveis

Recipientes estacionários

(volume por recipiente)

1.560 Kg

<

Capacidade total

24.960 Kg

Capacidade total

>

24.960 Kg

< 10 m3

≥ 10 m3

I

II III II III IV

NOTAS GENÉRICAS:

a - Os projetos modificativos serão classificados no mesmo nível do projeto modificado a menos que a modificação

proposta altere a classificação do projeto para um nível superior;

b - Adota-se a ABNT NBR 15514 – Área de armazenamento de recipientes transportáveis de gás liquefeito de petróleo

(GLP), destinados ou não à comercialização – critérios de segurança, no que não contrariar as Normas Técnicas do

CBMES;

c - Adota-se a ABNT NBR 15186 – Base de armazenamento, envasamento e distribuição de GLP – projeto e construção;

d - Na falta de Normas Técnicas do CBMES e nos casos omissos, deverão ser adotadas as normas de órgãos oficiais,

normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT ou outras reconhecidas pelo Corpo de Bombeiros Militar do

Estado do Espírito Santo.

Page 84: 1 - Coletânea

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 84

NOTAS GENÉRICAS:

a - Os projetos modificativos serão classificados no mesmo nível do projeto modificado a menos que a modificação

proposta altere a classificação do projeto para um nível superior;

b - Adota-se a ABNT NBR 17505 - Armazenamento de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis, e ABNT NBR 7820 -

Segurança nas Instalações de Produção, Armazenamento, Manuseio e Transporte de Etanol (álcool etílico), no que não

contrariar as Normas Técnicas do CBMES;

c - Na falta de Normas Técnicas do CBMES e nos casos omissos, deverão ser adotadas as normas de órgãos oficiais,

normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT ou outras reconhecidas pelo Corpo de Bombeiros Militar do

Estado do Espírito Santo.

Page 85: 1 - Coletânea

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 85

ANEXO H

Símbolos gráficos para projeto técnico

EX

TIN

TO

RE

S

EX

TIN

TO

RE

S P

OR

TE

IS

CARGA D’ÁGUA

CARGA DE ESPUMA MECÂNICA

CARGA DE DIÓXIDO DE CARBONO (CO2)

CARGA DE PÓ BC

CARGA DE PÓ ABC

CARGA DE PÓ D

EX

TIN

TO

RE

S S

OB

RE

RO

DA

S

CARGA D’ÁGUA

CARGA DE ESPUMA MECÂNICA

CARGA DE DIÓXIDO DE CARBONO (CO2)

CARGA DE PÓ BC

CARGA DE PÓ ABC

CARGA DE PÓ D

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 86

SIS

TE

MA

DE

HID

RA

NT

ES

SIS

TE

MA

DE

HID

RA

NT

ES

HIDRANTE SIMPLES

HIDRANTE DUPLO

HIDRANTE URBANO DE COLUNA

HIDRANTE URBANO SUBTERRÂNEO

MANGOTINHO

REGISTRO DE RECALQUE COM VÁLVULA DE RETENÇÃO

REGISTRO DE RECALQUE SEM VÁLVULA DE RETENÇÃO

ACIONADOR DE BOMBA DE INCÊNDIO (BOTOEIRA TIPO LIGA E DESLIGA)

BOMBA DE INCÊNDIO

RESERVA DE INCÊNDIO

SIS

TE

MA

FIX

O D

E E

XT

INÇ

ÃO

S C

AR

NIC

O

ÁREA PROTEGIDA PELO SISTEMA FIXO DE CO2

BATERIA DE CILINDROS DO SISTEMA FIXO DE CO2

ACIONADOR MANUAL DO SISTEMA FIXO DE CO2

Page 87: 1 - Coletânea

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 87

SIS

TE

MA

FIX

O D

E E

XT

INÇ

ÃO

CH

UV

EIR

OS

AU

TO

TIC

OS

PONTO (BICO DE SPRINKLER)

ÁREA PROTEGIDA PELO SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

REGISTRO DE RECALQUE PARA O SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

BOMBA DE INCÊNDIO PARA SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

RESERVA DE INCÊNDIO PARA SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

PAINEL DE COMANDO CENTRAL DO SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

VÁLVULA DE GOVERNO E ALARME (VGA) E / OU DE COMANDO SECCIONAL (CS)

S

IST

EM

A A

LTE

RN

AT

IVO

AO

HA

LON

ÁREA PROTEGIDA HALON

CENTRAL DE BATERIAS HALON

ACIONADOR MANUAL HALON

NE

BU

LIZ

AD

OR

ES

ÁREA PROTEGIDA PELO SISTEMA DE NEBULIZADORES

REGISTRO MANUAL DO SISTEMA DE NEBULIZADORES

Page 88: 1 - Coletânea

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 88

SIS

TE

MA

FIX

O D

E E

XT

INÇ

ÃO

SIS

TE

MA

DE

ES

PU

MA

TANQUE ATMOSFÉRICO DE EFE SISTEMA FIXO DE ESPUMA

ESTAÇÃO FIXA DE EMULSIONAMENTO

ESTAÇÃO MÓVEL DE EMULSIONAMENTO

CANHÃO MONITOR (PORTÁTIL) SISTEMA FIXO DE ESPUMA

CANHÃO MONITOR (PORTÁTIL) SISTEMA FIXO DE RESFRIAMENTO

ÁREA PROTEGIDA PELO SISTEMA FIXO DE ESPUMA

CÂMARA DE ESPUMA DO SISTEMA FIXO DE ESPUMA

EXTRATO FORMADOR DE ESPUMA (EFE)

SISTEMA PORTÁTIL DE ESPUMA (ESGUICHO LANÇADOR)

SIS

TE

MA

DE

DE

TE

ÃO

E A

LAR

ME

SIS

TE

MA

DE

ALA

RM

E

AVISADOR SONORO TIPO SIRENE

AVISADOR SONORO TIPO AUTO-FALANTE

AVISADOR SONORO TIPO GONGO

AVISADOR VISUAL

AVISADOR SONORO E VISUAL

AVISADOR SONORO E VISUAL (COM ALTO-FALANTE)

Page 89: 1 - Coletânea

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 89

AVISADOR SONORO E VISUAL (COM GONGO)

SIS

TE

MA

DE

DE

TE

ÃO

E A

LAR

ME

DE

TE

CT

OR

ES

LIN

EA

RE

S

DETECTOR DE CALOR LINEAR

DETECTOR DE FUMAÇA LINEAR

DETECTOR DE CHAMAS LINEAR

DETECTOR DE GÁS LINEAR

DE

TE

CT

OR

ES

LIN

EA

RE

S E

NT

RE

FO

RR

O DETECTOR DE CALOR

LINEAR ENTRE FORRO

DETECTOR DE FUMAÇA LINEAR ENTRE FORRO

DETECTOR DE CHAMAS LINEAR ENTRE FORRO

DETECTOR DE GÁS LINEAR ENTRE FORRO

DE

TE

CT

OR

ES

LIN

EA

RE

S

E

NT

RE

PIS

O

DETECTOR DE CALOR LINEAR ENTRE PISO

DETECTOR DE FUMAÇA LINEAR ENTRE PISO

DETECTOR DE CHAMAS LINEAR ENTRE PISO

Page 90: 1 - Coletânea

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 90

DETECTOR DE GÁS LINEAR ENTRE PISO

SIS

TE

MA

DE

DE

TE

ÃO

E A

LAR

ME

DE

TE

CT

OR

ES

LIN

EA

RE

S E

M A

RM

ÁR

IO

DETECTOR DE CALOR PONTUAL EM ARMÁRIO

DETECTOR DE FUMAÇA PONTUAL EM ARMÁRIO

DETECTOR DE CHAMAS PONTUAL EM ARMÁRIO

DETECTOR DE GÁS PONTUAL EM ARMÁRIO

DE

TE

CT

OR

ES

PO

NT

UA

IS

DETECTOR DE CALOR PONTUAL

DETECTOR DE FUMAÇA PONTUAL

DETECTOR DE CHAMAS PONTUAL

DETECTOR DE GÁS PONTUAL

DE

TE

CT

OR

ES

PO

NT

UA

IS

EN

TR

E F

OR

RO

DETECTOR DE CALOR PONTUAL ENTRE FORRO

DETECTOR DE FUMAÇA PONTUAL ENTRE FORRO

DETECTOR DE CHAMAS PONTUAL ENTRE FORRO

Page 91: 1 - Coletânea

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 91

DETECTOR DE GÁS PONTUAL ENTRE FORRO

SIS

TE

MA

DE

DE

TE

ÃO

E A

LAR

ME

DE

TE

CT

OR

ES

PO

NT

UA

IS E

NT

RE

PIS

O

DETECTOR DE CALOR PONTUAL ENTRE PISO

DETECTOR DE FUMAÇA PONTUAL ENTRE PISO

DETECTOR DE CHAMAS PONTUAL ENTRE PISO

DETECTOR DE GÁS PONTUAL ENTRE PISO

DE

TE

CT

OR

ES

PO

NT

UA

IS E

M A

RM

ÁR

IO

DETECTOR DE CALOR PONTUAL EM ARMÁRIO

DETECTOR DE FUMAÇA PONTUAL EM ARMÁRIO

DETECTOR DE CHAMAS PONTUAL EM ARMÁRIO

DETECTOR DE GÁS PONTUAL EM ARMÁRIO

DE

TE

CT

OR

ES

LIN

EA

RE

S C

OM

P

RO

TE

ÇÃ

O

DETECTOR DE CALOR LINEAR COM PROTEÇÃO CONTRA INTEMPÉRIES

DETECTOR DE FUMAÇA LINEAR COM PROTEÇÃO CONTRA INTEMPÉRIES

DETECTOR DE CHAMAS LINEAR COM PROTEÇÃO CONTRA INTEMPÉRIES

Page 92: 1 - Coletânea

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 92

DETECTOR DE GÁS LINEAR COM PROTEÇÃO CONTRA INTEMPÉRIES

SIS

TE

MA

DE

DE

TE

ÃO

E A

LAR

ME

DE

TE

CT

OR

ES

PO

NT

UA

IS C

OM

PR

OT

ÃO

DETECTOR DE CALOR PONTUAL COM PROTEÇÃO CONTRA INTEMPÉRIES

DETECTOR DE FUMAÇA PONTUAL COM PROTEÇÃO CONTRA INTEMPÉRIES

DETECTOR DE CHAMAS PONTUAL COM PROTEÇÃO CONTRA INTEMPÉRIES

DETECTOR DE GÁS PONTUAL COM PROTEÇÃO CONTRA INTEMPÉRIES

CO

MP

LEM

EN

TO

S

ACIONADOR MANUAL DO SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME

CENTRAL DE DETECÇÃO E ALARME

BATERIAS DO SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME

+ -

PAINEL REPETIDOR DO SISTEMA

TELEFONE DE EMERGÊNCIA / INTERFONE

Page 93: 1 - Coletânea

Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 93

SIS

TE

MA

DE

ILU

MIN

ÃO

DE

EM

ER

NC

IA

ILU

MIN

ÃO

DE

EM

ER

NC

IA

PONTO DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

BATERIAS DE ACUMULADORES PARA O SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

+ -

PONTO DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA TIPO BALIZAMENTO

GRUPO MOTO GERADOR

CENTRAL DO SISTEMA DE ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

VA

SO

S E

TA

NQ

UE

S

CE

NT

RA

L D

E G

LP

CENTRAL PREDIAL DE GLP OU GÁS NATURAL

SO

B

PR

ES

O

VASO SOB PRESSÃO

TA

NQ

UE

S

TANQUE HORIZONTAL ABAIXO DO SOLO (ENTERRADO)

TANQUE HORIZONTAL ACIMA DO SOLO (SUPERFÍCIE)

TANQUE VERTICAL ABAIXO DO SOLO (ENTERRADO)

TANQUE VERTICAL ACIMA DO SOLO (ELEVADO)

TANQUE HORIZONTAL SEMI-ENTERRADO

TANQUE VERTICAL SEMI-ENTERRADO

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 94

RIS

CO

S

ÁR

EA

S D

E R

ISC

O

ÁREA DE RISCO ESPECIAL

11

ÁREAS FRIAS

PR

OD

UT

OS

PE

RIG

OS

OS

RADIOATIVO

TÓXICO

CORROSIVO

EXPLOSIVO

COMBUSTÍVEL

COMBURENTE

RO

TA

S D

E F

UG

A

DIR

EC

ION

AM

EN

TO

DIREÇÃO DO FLUXO DA ROTA DE FUGA

SAÍDA FINAL DA ROTA DE FUGA

SIS

TE

MA

ELÉ

TR

ICO

INS

TA

LAÇ

ÃO

ELÉ

TR

ICA

CHAVE ELÉTRICA SECUNDÁRIA

CHAVE ELÉTRICA PRINCIPAL

QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE LUZ (QDL)

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 95

SIS

TE

MA

PA

SS

IVO

PA

RA

- R

AIO

PARA - RAIO

AN

TIP

ÂN

ICO

BARRA ANTIPÂNICO

AB

ER

TU

RA

S P

RO

TE

GID

AS

PORTA CORTA-FOGO P-60

60

PORTA CORTA-FOGO P-90

90

PORTA CORTA-FOGO P-120

120

ABERTURA PROTEGIDA P-60

60

ABERTURA PROTEGIDA P-30

30

VE

DO

S

PAREDES CORTA-FOGO

PAREDE DE COMPARTIMENTAÇÃO

PAREDE COMUM

DIVISÓRIAS LEVES

ELE

VA

DO

RE

S

ELEVADOR MONTACARGA

ELEVADOR SIMPLES

ELEVADOR DE EMERGÊNCIA

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 96

SIS

TE

MA

PA

SS

IVO

MP

ER

S

DÂMPERS CORTA-FOGO

DÂMPERS CORTAFUMAÇA

DÂMPERS CORTA-FOGO E CORTAFUMAÇA

SIS

TE

MA

DE

VE

NT

ILA

ÇÃ

O E

SIS

TE

MA

DE

CO

NT

RO

LE D

E F

UM

A

GRUPO MOTO VENTILADOR OU GRUPO MOTO EXAUSTOR OU EXAUSTOR PARA CONTROLE DE FUMAÇA

ACIONADOR MANUAL PRESSURIZAÇÃO / EXAUSTÃO

DÂMPER SOBRE PRESSÃO

VENEZIANA DE ENTRADA DE AR COM FILTRO METÁLICO LAVÁVEL

VENEZIANA DE ENTRADA DE AR PARA SISTEMA DE CONTROLE DE FUMAÇA (JUNTO AO PISO)

VENEZIANA DE EXAUSTÃO PARA SISTEMA DE CONTROLE DE FUMAÇA (JUNTO AO TETO)

DIMENSÕES DA VENEZIANA E ALTURA DO PISO (M)

LARGURA x ALTURA

___(VENEZIANA)___ ALTURA DO PISO

GRELHA COM DISPOSITIVO DE AJUSTE DE BALANCEAMENTO

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico

Página 97

IST

EM

A P

AS

SIV

O

SV

E S

CF

GRELHA PARA SISTEMA DE CONTROLE DE FUMAÇA

REGISTRO DE FLUXO

CENTRAL DE ACIONAMENTO DAS VENEZIANAS

OU

TR

OS

OU

TR

OS

ACESSO DE VIATURA NA EDIFICAÇÃO OU ÁREA DE RISCO

CB

ACESSO DE GUARNIÇÃO NA EDIFICAÇÃO OU ÁREA DE RISCO

EQUIPAMENTOS À PROVA DE EXPLOSÃO

N

OT

AS

GE

RIC

AS

:

H.1 Os símbolos gráficos são compostos por uma forma geométrica básica, que define uma categoria de segurança contra incêndio e por um símbolo suplementar, que, quando colocado no interior da forma geométrica básica, define o significado específico do conjunto. H.2 As dimensões dos símbolos devem estar em uma mesma escala, proporcional à escala de qualquer desenho do projeto. H.3 Caso seja conveniente, a área na cor preta existente no interior de algum dos símbolos pode ser substituída por hachuras ou pode ser pontilhada. H.4 Os símbolos podem ser suplementados por figuras detalhadas, números ou abreviaturas. H.5 Os significados de todos os símbolos utilizados devem ser representados em uma legenda, de forma clara e de fácil identificação pelo leitor.

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 01/2010

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

PARTE 3 - VISTORIA

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - MODELO DE ALCB

B - FICHA DE CADASTRO

C - REQUERIMENTO DE VISTORIA

D - FORMULÁRIO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO

E PÂNICO PARA PROCESSO SIMPLIFICADO

E - NÍVEIS DE VISTORIA

F - RELATÓRIO DE VISTORIA

Page 100: 1 - Coletânea
Page 101: 1 - Coletânea

PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 198 - R, DE 15 DE ABRIL DE 2010.

Aprova a Norma Técnica nº 01/2010, Parte 3 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os procedimentos para vistorias das edificações e áreas de risco.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas

atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 01/2010, Parte 3 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os

procedimentos para vistoria nas edificações e áreas de risco. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 15 de abril de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES Publicada no Diário Oficial de 28 de maio de 2010 Diário Oficial XX de XXXXX de 2010

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1 OBJETIVO Fixar os procedimentos para vistoria das edificações e áreas de risco pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo (CBMES). 2 APLICAÇÃO A presente Norma Técnica define os procedimentos administrativos adotados pelo CBMES para realização de vistorias. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS Decreto 2.423-R de 15 de dezembro de 2009 – Regulamenta a Lei 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo (COSCIP); Instrução Técnica nº 04/2004 - Procedimentos Administrativos - CBPMESP; Meirelles, Hely Lopes – Direito Administrativo Brasileiro, 25ª edição – 2000 – Editora Malheiros; NT 01/2009 - Procedimentos Administrativos / Parte 1- Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico - CBMES. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes da NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico, além do seguinte: 4.1 Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros (ALCB): documento emitido pelo CBMES, certificando que, durante a vistoria, a edificação possuía as condições de segurança contra incêndio e pânico, previstas pela legislação e constantes no processo, estabelecendo um período de revalidação.

4.2 Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP): documentação que contém os elementos formais das medidas de segurança contra incêndio e pânico de uma edificação ou área de risco que deve ser apresentada no CBMES para avaliação em análise e vistoria. 4.3 Vistoria: é a avaliação da edificação ou área de risco para verificação de conformidade das medidas de segurança contra incêndio e pânico com o PSCIP e/ou com as demais exigências da legislação vigente. 4.4 Vistoria de licenciamento de edificação ou área de risco: é a primeira vistoria em edificações ou áreas de risco após seu cadastro no CBMES ou aprovação do Projeto Técnico. Tem a finalidade de atestar se as medidas de segurança contra incêndio e pânico exigidas no PSCIP foram corretamente executadas. 4.5 Vistoria de renovação do licenciamento de edificação ou área de risco: são as vistorias posteriores à vistoria de licenciamento de edificação ou área de risco. Tem a finalidade de atestar se as medidas de segurança

contra incêndio e pânico exigidas no PSCIP permanecem em condições de uso. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Da obrigatoriedade de vistoria As vistorias são obrigatórias para o funcionamento de qualquer edificação ou área de risco, por ocasião da construção ou reforma, mudança de ocupação ou uso, ampliação ou redução de área construída, regularização das edificações e áreas de risco existentes e realização de eventos, exceto para: a) residências exclusivamente unifamiliares;

b) residências exclusivamente unifamiliares localizadas no pavimento superior de edificação de ocupação mista, com até dois pavimentos e que possuam acessos independentes; e

c) edificações exclusivamente residenciais com altura igual ou inferior a 6 m e cuja área total construída não ultrapasse 900 m2. Compete ao CBMES a aplicação de sanções quando houver cometimento de infrações, conforme previsto em legislação específica. 5.2 Do Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros (ALCB) 5.2.1 O Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros (ALCB) é documento obrigatório para toda edificação e área de risco, exceto as previstas na subseção 5.1, e só será expedido desde que verificada a execução e o funcionamento das medidas de segurança contra incêndio e pânico exigidas no PSCIP, ou ainda, desde que sanadas as possíveis observações apontadas em vistoria. 5.2.2 Mesmo após a emissão do ALCB, qualquer irregularidade ou modificação constatada nas medidas de segurança contra incêndio e pânico previstas na legislação, implicará na cassação do documento pelo CBMES. 5.2.3 O ALCB terá validade, a contar de sua expedição: a) de 3 anos para as ocupações exclusivamente do grupo A (residencial), com exceção de edificações que possuam escada enclausurada a prova de fumaça pressurizada, cujo ALCB terá validade de 1 ano; b) de 1 ano para as demais ocupações; c) para o período da realização de atividades temporárias como shows e eventos, não podendo ultrapassar o prazo máximo de 6 meses, sendo válido para o endereço onde foi efetuada a vistoria. 5.2.4 Para ocupações do grupo F (local de reunião de público), shows e eventos, o público licenciado deverá ser especificado no alvará. 5.2.5 O ALCB seguirá o modelo constante no Anexo A.

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5.3 Dos tipos de vistoria 5.3.1 Quanto à forma de apresentação do PSCIP 5.3.1.1 Vistoria de Processo Simplificado É a vistoria realizada em edificações e áreas de risco que se enquadrem em Processo Simplificado conforme NT 01 – Procedimentos Administrativos, Parte 1 – Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 5.3.1.2 Vistoria de Processo Simplificado para Shows, Eventos e Edificações Temporárias É a vistoria realizada em edificações e áreas de risco que se enquadrem em Processo Simplificado para Shows, Eventos e Edificações Temporárias conforme NT 01 – Procedimentos Administrativos, Parte 1 – Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 5.3.1.3 Vistoria de Projeto Técnico É a vistoria realizada nas edificações e áreas de risco que possuem Projeto Técnico aprovado no CBMES conforme exigido na NT 01 – Procedimentos Administrativos, Parte 1 – Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico, com a finalidade de atestar se as medidas de segurança aprovados no referido projeto foram devidamente instaladas. 5.3.2 Quanto à complexidade 5.3.2.1 Vistoria Nível I Consideram-se habilitados para realizar vistorias Nível I os oficiais, subtenentes, sargentos, cabos e soldados credenciados pelo Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico (SISCIP). Classificam-se como Nível I as vistorias de Processo Simplificado, para renovação do ALCB, assinaladas com “I” na Tabela E.1 do Anexo E, devendo, ainda, serem observadas as ressalvas em notas logo abaixo da tabela. 5.3.2.2 Vistoria Nível II Consideram-se habilitados para realizar vistorias Nível II os oficiais, subtenentes e sargentos credenciados pelo SISCIP. Classificam-se como Nível II as vistorias de Projeto Técnico, Processo Simplificado, Processo Simplificado para Shows, Eventos e Edificações Temporárias, assinaladas com “II” nas Tabelas E.1 e E.2 do Anexo E, devendo, ainda, serem observadas as ressalvas em notas logo abaixo da tabela. 5.3.2.3 Vistoria Nível III Consideram-se habilitado para realizar vistorias Nível III os oficiais credenciados pelo SISCIP. Classificam-se como Nível III as vistorias de Projeto Técnico, assinaladas com “III” na Tabela E.2 do Anexo E, devendo, ainda, serem observadas as ressalvas em notas logo abaixo da tabela.

5.4 Do Agente fiscalizador Para realizar vistorias, o oficial ou praça deverá estar devidamente classificado como agente fiscalizador, e sua classificação deverá estar publicada em boletim do Comando Geral Para ser classificado como agente fiscalizador, o oficial ou praça deverá possuir conhecimento técnico conforme nível de vistoria a ser executado. É de competência do Comandante da OBM credenciar oficiais e praças como agentes fiscalizadores. 5.5 Trâmites administrativos 5.5.1 Solicitação de vistoria 5.5.1.1 A vistoria do CBMES nas edificações e áreas de risco será feita mediante: a) solicitação do proprietário, responsável pelo uso, responsável técnico ou autoridade competente; b) denúncia; c) a critério do CBMES. 5.5.1.2 Os proprietários, responsáveis pelo uso ou responsáveis técnicos deverão efetuar o cadastramento ou renovação do cadastro das edificações e áreas de risco junto aos órgãos do SISCIP (CAT/SAT), quando receberão um número seqüencial de entrada (Registro Geral - RG). 5.5.1.3 Após o cadastro da edificação e/ou área de risco, o interessado poderá solicitar a conferência na Seção de Atividades Técnicas (SAT) responsável pelo município onde se encontra o estabelecimento a ser vistoriado ou via internet. 5.5.1.4 Deve ser recolhido o emolumento junto à instituição bancária estadual autorizada, de acordo com a área construída especificada no PSCIP a ser vistoriado (projeto técnico e processo simplificado) ou em função do número de pessoas (processo simplificado para shows, eventos e edificações temporárias), quando couber. 5.5.1.4.1 Poderá ser solicitada isenção de pagamento do emolumento nos casos previsto em lei. 5.5.1.5 O pagamento dos emolumentos realizado através de compensação bancária que apresentar irregularidades de quitação deve ter seu processo de vistoria interrompido. 5.5.1.6 O processo de vistoria deve ser reiniciado quando a irregularidade for sanada. 5.5.1.7 Após o pagamento do respectivo emolumento, deverá ser protocolado nos órgãos do SISCIP (CAT/SAT) o requerimento para realização do serviço (Anexo C). 5.5.1.8 A edificação ou área de risco a ser vistoriada deverá atender às exigências constantes no: a) Projeto Técnico quando o mesmo é exigido;

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b) Formulário de Segurança Contra Incêndio e Pânico e Memoriais Descritivos fornecidos pelo CBMES, para Processo Simplificado; c) Relatório de Vistoria fornecido pelo agente fiscalizador. Nota: caso o interessado não concorde com as exigências mencionadas, deve apresentar suas argumentações através do Formulário para Atendimento Técnico (FAT), conforme NT 01/2010 – Procedimentos Administrativos, Parte 1 – Procedimentos de Segurança Contra Incêndio e Pânico (Anexo A), devidamente fundamentado nas referências normativas. 5.5.1.9 As medidas de segurança contra incêndio e pânico devem ser projetadas e/ou executadas por profissionais ou empresas habilitadas e cadastradas no CBMES. 5.5.1.10 Após o atendimento às exigências previstas na subseção 5.5.1.8 o interessado confirmará o pedido de conferência. 5.5.1.11 A solicitação de vistoria por autoridade pública só pode ser realizada nos casos em que o interessado pela vistoria seja o responsável pelas edificações ou área de risco da administração pública, ou a autoridade solicitante tenha competência para impor aos proprietários de edificações privadas e públicas a vistoria. 5.5.1.11.1 A solicitação de vistoria pode ser feita via ofício com timbre do órgão público, contendo endereço da edificação, endereço e telefone do órgão solicitante, motivação do pedido e identificação do funcionário público signatário. 5.5.1.12 O CBMES, através de seus agentes fiscalizadores, pode, a qualquer tempo, realizar vistoria em edificação ou área de risco, respeitados os direitos constitucionais. 5.5.1.12.1 Constatada qualquer irregularidade nas medidas de segurança da edificação ou área de risco, o agente fiscalizador emitirá a devida notificação ao proprietário e ou responsável pela edificação. 5.5.1.13 Os procedimentos para aplicação de sanções, serão prescritos por Portaria do Comandante Geral do CBMES. 5.5.2 Prazos para realização da Vistoria 5.5.2.1 Os órgãos ligados ao SISCIP têm o prazo máximo de 15 dias para realização da conferência, a contar do primeiro dia útil subsequente ao dia da solicitação.

5.5.2.1.1 Nos casos de Projeto Técnico, após a aprovação e execução das medidas de segurança contra incêndio e pânico constantes no mesmo, o interessado deverá protocolar o pedido de vistoria.

5.5.2.1.2 Nos casos de Processo Simplificado, após a emissão do Formulário de Segurança Contra Incêndio e Pânico e Memorial Descritivo pelo CBMES, o interessado terá o prazo de até 30 dias para execução das exigências e solicitar conferência.

5.5.2.2 Será observada a ordem cronológica do número sequencial de entrada para a realização da vistoria.

5.5.2.3 A ordem do item anterior pode ser alterada para o atendimento das ocupações ou atividades temporárias, denúncia ou interesse da administração pública, conforme cada caso. 5.5.3 Durante a vistoria 5.5.3.1 Na vistoria, compete ao CBMES a verificação das medidas de segurança contra incêndio e pânico, bem como seu funcionamento, não se responsabilizando pela instalação, manutenção ou utilização indevida. 5.5.3.2 O interessado terá direito a uma conferência e um retorno, caso haja comunicação de irregularidades. 5.5.3.2.1 As irregularidades observadas em vistoria devem constar no Relatório de Vistoria (Anexo E), que deve ser deixado pelo agente fiscalizador na edificação com interessado. 5.5.3.3 O prazo máximo para solicitação de retorno para segunda conferência é de 30 dias a contar da data de emissão do Relatório de Vistoria apontando as irregularidades. Após este prazo é exigido o recolhimento de novo emolumento. 5.5.3.3.1 O prazo previsto no item anterior pode ser prorrogado nos casos mais complexos, desde que devidamente justificados em tempo hábil. 5.5.3.4 O responsável pela solicitação da vistoria deve deixar pessoa habilitada, com conhecimento do funcionamento dos sistemas e equipamentos de proteção contra incêndios da edificação, para que possa manuseá-los quando da realização da conferência ou, em caso de simplicidade dos sistemas de segurança, julgada pelo agente fiscalizador, deverá deixar pessoa com conhecimento aos acessos relativos à segurança contra incêndio e pânico. 5.5.3.5 Se durante a realização da conferência for constatada alterações que justifiquem a atualização do cadastro da edificação/área de risco ou Projeto Técnico, o mesmo será exigido. 5.5.3.5.1 As alterações arquitetônicas ou qualquer outra alteração referente ao Projeto Técnico, que não implique na modificação do processo, conforme previsto na NT 01 – Procedimentos Administrativos, Parte 2 – Apresentação de Projeto Técnico, devem ser registradas no próprio projeto pelo agente fiscalizador, que deve assinar e datar o fato. 5.5.3.6 O agente fiscalizador após realizada a conferência, irá recolher todos os documentos exigidos, relativos à instalação ou manutenção das medidas de segurança, que serão arquivados junto ao PSCIP para possíveis auditorias. 5.5.3.7 Caso o agente fiscalizador não encontre o local solicitado, devido à deficiência ou insuficiência de dados, ou ainda encontre o local fechado, poderá despachar a solicitação para que no prazo de 30 dias haja nova manifestação do solicitante, que possibilite a realização da conferencia, observada a ordem das demais solicitações.

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5.5.4 Emissão do ALCB Após a realização da conferência na edificação ou área de risco, e aprovação do PSCIP pelo agente fiscalizador, deve ser emitido pelo Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico, o respectivo ALCB. O ALCB só terá validade ser for realizada a verificação de sua autenticidade através do site do CBMES. 5.5.5 Cassação do ALCB 5.5.5.1 O proprietário e/ou responsável pelo uso da edificação ou área de risco é responsável pela manutenção e funcionamento dos sistemas e equipamentos de proteção contra incêndio sob pena de cassação do ALCB. 5.5.5.2 Os procedimentos para cassação do ALCB serão definidos por Portaria do Comando Geral do CBMES. 5.6 Dos tipos de Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico 5.6.1 Do Projeto Técnico Os documentos, procedimentos e peculiaridades acerca de Projeto Técnico serão especificados na NT 01 – Procedimentos Administrativos, Parte 2 – Apresentação de Projeto Técnico, contudo os procedimentos para vistoria dos referidos processos são os estipulados nesta NT. 5.6.2 Do Processo Simplificado O Processo Simplificado será composto de: a) Documentos de Processo:

1) requerimento de vistoria (Anexo C);

2) comprovante de pagamento do emolumento correspondente à vistoria;

b) Formulário de Segurança Contra Incêndio e Pânico para Processo Simplificado: fornecido pelo CBMES (Anexo D); c) Memorial Descritivo das Medidas de Segurança: fornecido pelo CBMES de acordo com as medidas de segurança contra incêndio e pânico exigidas para edificação ou área de risco;

d) Documentos Complementares: - Anotação de Responsabilidade Técnica, quando couber, de:

1) instalação e/ou de manutenção dos sistemas e equipamentos de proteção contra incêndio;

2) instalação e/ou de manutenção dos sistemas de utilização de gases inflamáveis;

3) instalação e/ou manutenção do grupo moto gerador;

4) instalação e/ou manutenção do revestimento dos elementos estruturais protegidos contra incêndio;

5) inspeção e/ou manutenção de vasos sob

pressão; - Laudo de teste para sistemas especiais: espuma, chuveiros automáticos, detecção e alarme de incêndio, dentre outros; - Atestado de brigada contra Incêndio; - Notas fiscais de compra, instalação, manutenção ou serviços prestados relacionados à segurança contra incêndio e pânico, quando couber;

- Outros documentos julgados necessários pelo CBMES. e) Pasta de Processo, todos conforme NT 01 –Procedimentos Administrativos, Parte 1- Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 5.6.3 Do Processo Simplificado para Shows, Eventos e Edificações Temporárias 5.6.3.1 O processo será composto de: a) Documentos de Processo:

1) requerimento de vistoria (Anexo C); 2) comprovante de pagamento do emolumento

correspondente à vistoria;

b) Documentos Complementares: - ART do responsável técnico sobre:

1) arquibancadas e arenas desmontáveis; 2) brinquedos de parques de diversão; 3) palcos; 4) armações de circos; 5) instalações elétricas; 6) tratamento com material retardante ao

fogo; 7) grupo motogerador; 8) outras montagens mecânicas ou

eletromecânicas; 9) outras a critério do CBMES.

- Layout em escala que deve abranger, quando couber:

1) toda área especificando perímetros, áreas e larguras das saídas;

2) todas as dependências, áreas de riscos, arquibancadas, arenas e outras áreas destinadas à permanência de público, instalações, equipamentos, brinquedos de parques de diversões, palcos, centrais de

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gases inflamáveis, enfim, tudo o que for fisicamente instalado, sempre com dimensões da respectiva área;

3) devem ser lançados os símbolos gráficos dos sistemas e equipamentos de segurança contra incêndio;

4) assinatura do responsável.

- Notas fiscais de venda, instalação, manutenção ou serviços prestados relacionados à segurança contra incêndio e pânico, quando couber.

- Outros documentos julgados necessários pelo CBMES. c) Pasta de Processo, todos conforme NT 01 – Procedimentos Administrativos, Parte 1- Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 5.6.3.2 Para solicitação de vistorias referentes a shows e eventos, o interessado deve protocolar o pedido com antecedência mínima de 15 dias da data da realização da atividade. 5.6.3.2.1 O responsável pelo evento poderá obter orientações no Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico quanto às providências necessárias para realização do evento, podendo, inclusive, apresentar plantas para melhores esclarecimentos. 5.6.3.3 Em caso de estruturas e instalações provisórias, as mesmas deverão estar concluídas, assim como as demais medidas de segurança até às 12 horas do último dia útil que antecede o evento, quando será realizada a última conferência do agente fiscalizador. 5.6.3.3.1 A emissão do ALCB se dará até às 17 horas do último dia útil que antecede o evento, caso não haja irregularidades apontadas em vistoria. 5.6.3.4 Em caso de necessidade de Projeto Técnico para tais eventos, previsto na NT 01 – Procedimentos Administrativos, Parte 1 – Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico, o mesmo deve ser apresentado com antecedência mínima de 30 dias. 5.6.3.5 Se for acrescida uma instalação temporária em área externa junto da edificação e áreas de risco permanente deve ser observada a necessidade de projeto conforme norma específica. 5.6.3.6 Se no interior da edificação e área de risco permanente, for acrescida instalação temporária, tais como boxe, estande, entre outros, prevalece a proteção da edificação e áreas de risco permanente, desde que atenda aos requisitos para a atividade em questão. 6 DISPOSIÇÕES GERAIS

6.1 É permitida a vistoria para áreas parcialmente construídas, desde que atendam aos critérios de risco isolado previstos em norma técnica específica. 6.2 Quando um Projeto Técnico englobar várias edificações que atendam aos critérios de risco isolado e que possuam sistemas e equipamentos instalados e

independentes, e que não haja vínculo funcional ou produtivo será permitida a vistoria para áreas parciais. 6.3 Os sistemas e equipamentos de proteção contra incêndios, instalados na edificação, e não previstos no Projeto Técnico, podem ser aceitos como sistemas adicionais de segurança, desde que não interfiram na cobertura dos sistemas originalmente previstos no Projeto Técnico. Os mesmos não precisam seguir os parâmetros previstos em normas, porém, se não for possível avaliar no local da vistoria a interferência do sistema de proteção adicional, o interessado deve esclarecer a proteção adotada para avaliação no Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico.

6.4 Em edificações com ocupação comercial (lojas) ou serviço profissional (salas), possuindo unidades autônomas cuja porta principal dê acesso à circulação comum da edificação na qual está instalado o sistema de segurança contra incêndio, para cada loja ou sala poderá ser concedido o ALCB vinculado ao ALCB da edificação principal (independente de vistoria), desde que a área da unidade seja igual ou inferior a 150 m².

6.5 Os cabos e soldados credenciados pelo Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico (SISCIP) poderão, mediante despacho do chefe da seção de vistorias e de acordo com a necessidade de serviço, realizar vistorias nível II, desde que tenham conhecimento técnico específico e recebam treinamento para tal.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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ANEXO A - MODELO DE ALCB

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ANEXO B

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

FICHA DE CADASTRO DE EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO

RG GERAL Nº:

1. Dados Pessoais: Nome proprietário: CPF: Endereço: n º.: Complemento: Bairro: Telefone: Celular: e-mail: Município: 2. Dados do Estabelecimento: Razão Social: Nome Fantasia: CNAE: CNPJ: Endereço: n º.: Complemento: Bairro: Telefone: Celular: e-mail: Município: Ponto de Referência:

3. Dados da edificação: (caso exista Projeto Técnico dispensa-se o preenchimento deste item) Área construida (m²): Projeto Técnico n º.: Área do maior pavimento, incluindo descarga (Sp) (m²): Área dos pavimentos abaixo da soleira (Ss) (m²): Ocupação: Divisão: Carga de Incêndio (MJ/m²): Risco: Capacidade e público (obrigatório para ocupações F): Altura em relação ao terreno circundante (m): Altura em relação nível de descarga (m): Números de pavimentos: Características construtivas: X Y Z Edificação permanente Edificação/evento temporário Risco isolado 4. Riscos especiais Consumo de GLP em Kg: Central de GLP transportável estacionário volume por recipiente: Depósito de recipientes transportáveis de GLP (capacidade total): Armazenamento de líquido/gases combustíveis/inflamáveis (capacidade total): Locais dotados de abastecimento de combustível: Armazenamento de produtos perigosos Vaso sob pressão Fogos de artifício Outros: 5. Observações: - Poderão ser requeridos novos dados a qualquer momento; - Qualquer modificação nas características da edificação ou em qualquer dado implicará em revisão do Processo de Segurança Incêndio e Pânico.

Assinatura do proprietário

www.siat.es.gov.br Av. Tenente Mário Francisco de Brito, 100 – Enseada do Suá – Vitória – ES – CEP: 29.050-555

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ANEXO C

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

REQUERIMENTO DE VISTORIA

RG PARCIAL Nº: RG PRINCIPAL Nº: PROJETO TÉCNICO Nº:

Em: _________/__________/_________ PSCIP Nº:________________________

1. Dados da edificação Razão social: CNPJ: Nome fantasia: Rua/avenida/n.º: Complemento: Bairro: Município: Ponto de referência:

2. Área construída / população estimada Área total (m2): População estimada (shows e eventos): Valor da taxa: 3. Forma de apresentação do PSCIP Processo Simplificado Processo Simplificado para Shows, Eventos e Edificações Temporárias

Projeto Técnico 4. Finalidade da vistoria Licenciamento de edificação ou área de risco Renovação do licenciamento de edificação ou área de risco 5. Nível de Vistoria (reservado ao CBMES) Vistoria Nível I Vistoria Nível II Vistoria Nível III

VISTORIA (Reservado ao CBMES)

Vistoriador: Data / /

Situação:

Vistoriador: Data / / Situação:

Vistoriador: Data / / Situação:

Vistoriador: Data / / Situação:

Aprovado: Data / / Vistoriador:

1) Prazo de até 30 dias, após o protocolo, para execução das exigências e solicitar conferência.

2) O interessado terá direito uma conferência e um retorno, caso haja comunicação de irregularidades.

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ANEXO D

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

FORMULÁRIO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO PARA PROCESSO SIMPLIFICADO

1. Dados da edificação Razão social: Nome fantasia:

2. Tipo de Processo Processo Simplificado Processo Simplificado para Shows, Eventos e Edificações Temporárias

3. Área construída / população estimada A construir (m²): Existente (m²): Total (St) (m²): População estimada (shows e eventos):

4. Classificação da Edificação Ocupação: Divisão: Risco: Altura em relação ao terreno circundante (m): Número de pavimentos: 5. Riscos especiais Armazenamento de líquidos combustíveis/inflamáveis

volume:

Armazenamento de produtos perigosos

Armazenamento de gases combustíveis/inflamáveis volume:

Vaso sob pressão

Consumo de GLP em Kg: Fogos de artifício

Outros (volume):

6. Medida de Segurança Contra Incêndio e Pânico Proteção por extintores Iluminação de emergência Saída de emergência Sinalização de emergência Outros:

7. Observações gerais

As medidas de segurança contra incêndio e pânico deverão ser fabricadas, executadas e manutenidas conforme normas do CAT/CBMES e ABNT. Instalações elétricas conforme normas da ABNT.

Estrutura metálica e de concreto armado conforme normas da ABNT Elevadores, caso existam, conforme normas da ABNT.

Assinatura do agente fiscalizador (confirmando dados do formulário)

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ANEXO E

TABELA E.1 - NÍVEIS DE VISTORIA PARA RENOVAÇÀO DO LICENCIAMENTO DE EDIFICAÇÃO OU ÁREA DE RISCO PARA PROCESSO SIMPLIFICADO

Grupo de ocupação e uso

NÍVEIS DE VISTORIA

Ocupação/Divisão Térrea H ≤≤≤≤ 6 (m) 6 < H ≤≤≤≤ 9 (m)

A / B / C / D I I I

E-1, E-2, E-3, E-4 I I I

E-5, E-6 I I Tabela E.2

F II1 II1 II1

G-1, G-2, G-4, G-5 I I I

G - 3 Tabela E.2 Tabela E.2 Tabela E.2

H I I I

I-1 I I I

I-2, I-3 II1 II1 II1

J-1, J-2 I I I

J-3, J- 4 II1 II1 II1

L Tabela E.2 Tabela E.2 Tabela E.2

M II1 II1 II1

NOTAS ESPECÍFICAS:

1- Quando houver necessidade de Projeto Técnico consultar Tabela E.2;

NOTAS GENÉRICAS:

a) Na mensuração da altura da edificação não será considerado o pavimento superior de unidade duplex, ou assemelhados,

do último piso da edificação;

b) Classificam-se como Nível II as vistorias para licenciamento de edificação ou área de risco para Processo Simplificado;

c) Classificam-se como Nível II as vistorias em Processo Simplificado para Shows, Eventos e Edificações Temporárias;

d) Após qualquer alteração no cadastro da edificação ou área de risco a mesma será submetida a vistoria classificada em

Nível II;

e) Salas e lojas com área igual ou inferior a 150 m2, cuja porta principal dê acesso à circulação comum da edificação

licenciada, na qual está instalado o sistema de segurança contra incêndio, poderão ter seu alvará expedido mediante alvará

da edificação principal independente da existência de medidas de segurança.

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TABELA E.2 - NÍVEIS DE VISTORIA PARA RENOVAÇÃO DO LICENCIAMENTO DE EDIFICAÇÃO OU ÁREA DE RISCO

PARA PROJETO TÉCNICO

Nível de Projeto Técnico Níveis de Vistoria

Projeto Nível I II

Projeto Nível II II

Projeto Nível III II

Projeto Nível IV II

NOTAS GENÉRICAS:

a) Na mensuração da altura da edificação não será considerado o pavimento superior de unidade duplex, ou assemelhados,

do último piso da edificação;

b) Classificam-se como Nível III as vistorias para licenciamento de edificação ou área de risco para Projeto Técnico Nível II,

III e IV;

c) Deverá ser exigido que uma via do Projeto Técnico Nível III ou IV fique na portaria da edificação, área de risco, ou local de

fácil acesso e sob supervisão humana.

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Parte 3 - Vistoria

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ANEXO F

Relatório de vistoria

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 01/2010

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

PARTE 4 - CADASTRAMENTO

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - REQUERIMENTO

B - PRODUTOS E SERVIÇOS CERTIFICADOS

C - CERTIFICADO DE CADASTRAMENTO

D - TERMO DE REVALIDAÇÃO DE CADASTRAMENTO

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 194 - R, DE 29 DE MARÇO DE 2010.

Aprova a Norma Técnica nº 01/2010, Parte 4 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os procedimentos administrativos para o cadastramento de pessoas físicas e jurídicas envolvidas com atividades relacionadas à segurança contra incêndio e pânico.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 01/2010, Parte 4 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os procedimentos administrativos para o cadastramento de pessoas físicas e jurídicas envolvidas com atividades relacionadas à segurança contra incêndio e pânico.

Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 29 de março de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM Comandante Geral do CBMES

Publicada no Diário Oficial de 28 de maio de 2010 Parte específica: Documentos Técnicos cancelados ou substituídos:

• NT 11 do CBMES publicada no Diário Oficial de 23 de abril de 2002.

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Parte 4 - Cadastramento

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1 OBJETIVO 1.1 A política nacional de relações de consumo prevista no código de defesa do consumidor tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito a sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendido a princípios consagrados, dentre eles a ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor. 1.2 O cadastramento realizado pelo CBMES visa garantir que as pessoas físicas e jurídicas que prestam serviços na área de segurança contra incêndio e pânico, possuam as condições técnicas mínimas estipuladas por esta norma, resguardando assim a segurança do consumidor e dos cidadãos. 1.3 Serão exigidos das Pessoas Jurídicas e Físicas interessadas no cadastro, os dados necessários à sua caracterização jurídica e responsabilidade legal, devendo o declarante responder civil e criminalmente, a qualquer tempo, pela veracidade das informações apresentadas. 1.4 Este cadastramento será disponibilizado para o consumidor em um banco de dados para consulta pública de empresas e profissionais aptos a realizarem atividades de segurança contra incêndio e pânico. 1.5 A consulta pública estará disponível através do site oficial do Corpo de Bombeiros. 1.6 Para cumprir o disposto acima, esta norma tem por objetivo fixar os critérios para o cadastramento de profissionais e empresas prestadores de serviço de segurança contra incêndio e pânico. 2 APLICAÇÃO Esta norma se aplica: a) às empresas e profissionais promotores de shows e eventos; b) aos profissionais habilitados a elaborar projeto de segurança contra incêndio e pânico (profissional projetista); c) às empresas ou profissionais devidamente habilitados a executar a instalação, manutenção, conservação, fabricação ou comercialização de medidas de segurança contra incêndio e pânico. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS Decreto 2.423-R de 15 de dezembro de 2009 – Regulamenta a Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo (COSCIP); Deliberação nº 001 de 06/03/1998 - Comissão de Exercício Profissional do Conselho Federal de Engenharia Arquitetura e Agronomia- CONFEA;

Lei nº 5.194, de 24/12/1966, que regula o exercício das profissões do Engenheiro, do Arquiteto e do Engenheiro Agrônomo; Lei nº 8.078 de 11/10/1990 - Código de Defesa do Consumidor; Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009; Resolução nº 218 de 29/06/1973 do Conselho Federal de Engenharia Arquitetura e Agronomia - CONFEA, que discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia; Resolução nº 359/91 do Conselho Federal de Engenharia Arquitetura e Agronomia - CONFEA. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes da NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico, além do seguinte: 4.1 Cadastramento: registro de empresas e profissionais liberais junto ao CBMES através do qual pessoas físicas e pessoas jurídicas ficam autorizadas a abrir processo perante os órgãos de atividades técnicas do CBMES, com base em documento enunciativo de órgão ou entidade legalmente constituída para tal fim, adquirindo dessa forma, habilitação para executar atividades relacionadas a segurança contra incêndio e pânico no Estado do Espírito Santo. 4.2 Certificado de cadastramento: é o documento expedido pelo Centro de Atividades Técnicas que registra a capacidade técnica da pessoa física ou jurídica a executar atividades relacionadas a segurança contra incêndio e pânico no estado do Espírito Santo. 4.3 Comercialização: ato ou efeito de comercializar. Venda de mercadorias. Serviço efetuado com a finalidade de comercializar equipamentos, peças e acessórios de prevenção contra incêndio e pânico. 4.4 Conservação: serviço efetuado periódica ou permanentemente com a finalidade de conter as deteriorizações em seu início nos equipamentos, peças e acessórios do sistema de prevenção contra incêndio e pânico. 4.5 Fabricação: ato de fabricar equipamentos, peças e acessórios relativos às medidas de segurança contra incêndio e pânico. 4.6 Instalação: serviço efetuado com a finalidade de instalar equipamentos, peças e acessórios de prevenção contra incêndio e pânico. 4.7 Manutenção: serviço efetuado com a finalidade de manter as condições originais de operação nos equipamentos, peças e acessórios do sistema de prevenção contra incêndio e pânico. 4.8 Organismo de Certificação Credenciado (OCC): são entidades que conduzem e concedem a certificação de conformidade. São organismos credenciados com base nos princípios e políticas adotadas no âmbito do Sistema

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Parte 4 - Cadastramento

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Brasileiro de Certificação, nos critérios, procedimentos e regulamentos estabelecidos pelo INMETRO. 4.9 Organismo de Certificação de Produto (OCP): são entidades que conduzem e concedem a certificação de conformidade de produtos na área voluntária e na área compulsória, com base em regulamentos técnicos ou normas nacionais, regionais e internacionais, estrangeiras e de consórcio. 4.10 Projeto Técnico: conjunto de peças gráficas e escritas, necessárias para a definição das características principais das medidas de segurança contra incêndio e pânico, composto de plantas, seções, elevações, detalhes e perspectivas isométricas e, inclusive, das especificações de materiais e equipamentos.

4.11 Responsável Técnico: pessoa física ou jurídica legalmente habilitada para elaboração e/ou execução de atividades relacionadas com a segurança contra incêndio e pânico, devidamente registrada e regularizada no Conselho Regional competente. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Das exigências 5.1.1 Empresas e profissionais promotores de shows e eventos Deverá se cadastrar no CBMES a empresa ou profissional organizador ou responsável por instalações destinadas a eventos temporários como circos, parques de diversão, feiras de exposições, feiras agropecuárias, rodeios, shows artísticos, entre outros, realizados em áreas públicas, privadas ou edificações permanentes, não licenciadas para o exercício de atividade da mesma natureza do evento. Há necessidade de apresentação de Projeto Técnico junto ao CBMES para os eventos temporários realizados em áreas públicas, privadas ou edificações permanentes, não licenciadas para o exercício de atividade da mesma natureza do evento, com previsão de público superior a 10.000 pessoas se área plana ou 2.500 pessoas se arquibancadas, ou ainda onde seja montada estrutura provisória com área superior a 2.000 m², desde que possuam delimitações com barreiras que impeçam o trânsito livre de pessoas. 5.1.1.1 Cadastramento de pessoa física O requerimento de cadastro (Anexo A) deverá ser protocolado na Seção de Normas e Cadastros ou na Seção de Atividades Técnicas (SAT) do Corpo de Bombeiros, acompanhado dos seguintes documentos: a) guia de recolhimento da taxa estadual (DUA); b) cópia autenticada do CPF e RG; c) cópia do comprovante de endereço. 5.1.1.2 Cadastramento de pessoa jurídica O requerimento de cadastro (Anexo A) deverá ser protocolado na Seção de Normas e Cadastros ou na SAT do Corpo de Bombeiros, acompanhado dos seguintes documentos:

a) guia de recolhimento da taxa estadual (DUA); b) cópia autenticada do CPF e RG do proprietário ou responsável legal pela empresa; c) cópia autenticada do Alvará de Funcionamento emitido pela Prefeitura Municipal, com descrição da atividade; d) cópia autenticada do Contrato Social, com descrição da atividade, registrada na junta comercial do Estado; e) cópia autenticada do Registro de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ); f) cópia do Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros (ALCB) no endereço onde estiver instalada. Quando a empresa estiver instalada em outro Estado, poderá ser seguido o procedimento que comprove a execução das medidas de segurança contra incêndio e pânico previsto pelo Corpo de Bombeiros Militar local. 5.1.1.3 Recadastramento 5.1.1.3.1 Para a renovação do cadastro, o interessado deverá apresentar, além do requerimento, a seguinte documentação: a) pessoa física: documentação prevista na alínea “a” da subseção 5.1.1.1; b) pessoa jurídica: documentação prevista nas alíneas “a”, “c”, “e” e “f” da subseção 5.1.1.2. 5.1.1.3.2 Caso ocorra destituição ou substituição do proprietário ou representante legal, ou alteração do objeto da empresa, deverá ser apresentado o novo Contrato Social e a devida atualização do cadastro junto ao CBMES. 5.1.2 Profissional habilitado a apresentar Projeto Técnico (profissional projetista) 5.1.2.1 Cadastramento 5.1.2.1.1 Será considerado profissional apto a apresentar Projetos Técnicos o profissional registrado no CREA habilitado a elaborar projetos de segurança contra incêndio e pânico. 5.1.2.1.2 O requerimento de cadastro (Anexo A) deverá ser protocolado na Seção de Normas e Cadastros ou na SAT do Corpo de Bombeiros, acompanhado dos seguintes documentos: a) guia de recolhimento da taxa estadual (DUA); b) cópia autenticada do CPF e RG; c) cópia do comprovante de endereço; d) cópia autenticada da certidão de registro e quitação de pessoa física junto ao CREA.

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Parte 4 - Cadastramento

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5.1.2.2 Recadastramento Para a renovação do cadastro, o interessado deverá apresentar, além do requerimento, a documentação prevista nas alíneas “a” e “d” da subseção 5.1.2.1.2. 5.1.3 Pessoa física e jurídica responsável pela instalação, manutenção, conservação, fabricação ou comercialização das medidas de segurança contra incêndio e pânico. 5.1.3.1 Cadastramento de pessoa física O requerimento de cadastro (Anexo A) deverá ser protocolado na Seção de Normas e Cadastros ou na SAT do Corpo de Bombeiros, acompanhado dos seguintes documentos: a) guia de recolhimento da taxa estadual (DUA); b) cópia autenticada do CPF e RG; c) cópia do comprovante de endereço; d) cópia autenticada da certidão de registro e quitação de pessoa física junto ao CREA. 5.1.3.2 Cadastramento de pessoa jurídica 5.1.3.2.1 A empresa de instalação, manutenção, conservação, fabricação ou comercialização das medidas de segurança contra incêndio e pânico, deverá possuir em seu quadro, profissionais permanentes de nível superior e médio, habilitados na área específica de segurança contra incêndio e pânico, em acordo com o quadro de atribuições e responsabilidades elaborado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. 5.1.3.2.1.1 As empresas de comercialização de equipamentos ficam dispensadas do requisito previsto no item 5.1.3.2.1 5.1.3.2.2 Será exigido o cadastro no CBMES, da fábrica de aparelho e equipamento de segurança contra incêndio e pânico situada no Espírito Santo. 5.1.3.2.3 Para as empresas que efetuam comercialização de aparelhos e equipamentos de segurança contra incêndio e pânico será exigida cópia do Certificado de Conformidade às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT correspondente ao produto comercializado, emitido por Organismo de Certificação Credenciado ao INMETRO ou órgão competente. 5.1.3.2.4 Para empresas que efetuam manutenção de aparelhos e equipamentos de segurança contra incêndio e pânico será exigida cópia do Certificado de Conformidade às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT correspondente aos serviços prestados, emitido por Organismo de Certificação Credenciado ao INMETRO ou órgão competente. 5.1.3.2.5 O requerimento de cadastro (Anexo A) deverá ser protocolado na Seção de Normas e Cadastros ou na SAT do Corpo de Bombeiros, acompanhado dos seguintes documentos: a) guia de recolhimento da taxa estadual (DUA);

b) cópia autenticada do CPF e RG do proprietário ou responsável legal pela empresa; c) cópia autenticada do Alvará de Funcionamento emitido pela Prefeitura Municipal, com descrição da atividade; d) cópia autenticada do Contrato Social, com descrição da atividade, registrado na junta comercial do Estado; e) cópia autenticada do Registro de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ); f) cópia do Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros (ALCB) no endereço onde estiver instalada. Nota: Quando a empresa estiver instalada em outro Estado, poderá ser aceito documento que comprove a execução das medidas de segurança contra incêndio e pânico previsto pelo Corpo de Bombeiros Militar de seu Estado de origem. g) relação de equipamentos, produtos e\ou sistemas a serem comercializados ou fabricados; h) cópia do certificado emitido por órgão competente, atestando a conformidade dos produtos, equipamentos, sistemas a serem comercializados e/ou fabricados ou serviços prestados, com as normas pertinentes em vigor; i) cópia autenticada da certidão de registro e quitação de pessoa jurídica junto ao CREA.

5.1.3.3 Recadastramento 5.1.3.3.1 Para renovação anual do cadastramento para pessoas físicas e jurídicas deverão ser apresentados os seguintes documentos: a) pessoa física: documentação prevista nas alíneas “a” e “d” da subseção 5.1.3.1; b) pessoa jurídica: documentação prevista nas alíneas “a”, “c”, “e”, “f”, “g”, “h” e “i” da subseção 5.1.3.2.5; 5.1.3.3.2 Caso ocorra destituição ou substituição do proprietário ou representante legal, ou alteração do objeto da empresa, deverá ser apresentado o novo Contrato Social e a devida atualização do cadastro junto ao CBMES. 5.1.3.3.3 Caso ocorra destituição, substituição ou acréscimo de responsável técnico, a empresa deverá apresentar a cópia autenticada do registro de quitação de pessoa jurídica junto ao CREA constando o referido profissional. 5.2 Coordenação e Controle 5.2.1 O cadastramento de pessoa física e jurídica será realizado pela Seção de Normas e Cadastro do Centro de Atividades Técnicas (CAT). 5.2.2 Atendido aos requisitos mínimos estabelecidos nesta Norma Técnica, o interessado deverá apresentar na Seção de Normas e Cadastros ou na SAT do Corpo de Bombeiros, o requerimento de cadastro acompanhado da documentação necessária.

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5.2.2.1 As cópias dos documentos requeridos poderão ser autenticadas pelo CBMES desde que apresentado documento original, com exceção do Contrato Social que deve ser autenticado em cartório. 5.2.3 Nas unidades do CBMES, a Seção de Atividades Técnicas (SAT) receberá toda a documentação das empresas e dos profissionais, enviando ao CAT para avaliação e cadastro. 5.2.4 O prazo para conferência da documentação será de dez dias a partir do protocolo no Centro de Atividades Técnicas, sendo efetuado o cadastro do requerente, desde que atendido ao especificado nesta NT. 5.2.5 O cadastramento será efetivado através da emissão do Certificado de Cadastramento do CBMES (Anexo C). 5.2.6 O Certificado de Cadastramento terá a validade de um ano a contar da data do cadastro. 5.2.7 O recadastramento da empresa ou profissional implicará no recolhimento de nova taxa. 5.2.7.1 A alteração no cadastro da empresa ou profissional por parte do interessado implicará no recolhimento de taxa de recadastro. 5.2.8 O CAT atualizará e disponibilizará semanalmente no endereço eletrônico oficial do CBMES a lista das pessoas físicas e jurídicas cadastradas. 5.2.9 A qualquer tempo, o CBMES poderá realizar diligências para verificação da documentação apresentada para o cadastro.

5.2.10 O CBMES poderá a qualquer tempo inspecionar as instalações da empresa e seus equipamentos, a fim de verificar o fiel cumprimento das exigências prescritas na legislação aplicável. 5.3 Suspensão do cadastro 5.3.1 Na constatação de irregularidades, tipificadas no Decreto 2.423-R de 15 de dezembro de 2009, cometidas por pessoas físicas ou jurídicas cadastradas no CBMES, os procedimentos para aplicação das sanções administrativas e julgamento de recursos serão os previstos no referido diploma legal e portaria específica sem prejuízo ao disposto nesta subseção.

5.3.2 Compete exclusivamente ao Chefe do Centro de Atividades Técnicas do CBMES, podendo ouvir a Comissão Especial de Julgamento de Recursos (CEJUR), a suspensão do cadastro, bem como a revalidação do mesmo. 5.3.3 As notificações e demais autos emitidos contra empresas e profissionais cadastrados, serão encaminhadas ao CAT para providências e arquivo junto ao processo de cadastro. 5.3.4 Não serão aceitos, para efeito de liberação de ALCB, certificados, notas fiscais, ART’s ou quaisquer outros documentos emitidos por profissionais ou empresas com cadastrado suspenso.

5.3.5 A Seção de Normas e Cadastros deverá realizar o controle do período de suspensão do cadastro no qual a pessoa física ou jurídica está impedida de desenvolver as atividades relativas à segurança contra incêndio e pânico para o cumprimento do disposto na subseção 5.3.4. 5.3.6 A Seção de Normas e Cadastro deverá observar a revalidação do cadastro de pessoa física ou jurídica quando sanadas todas as irregularidades que motivaram sua suspensão. 6 DISPOSIÇÕES GERAIS Os casos omissos serão tratados junto ao Centro de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades

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Parte 4 - Cadastramento

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ANEXO A

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

REQUERIMENTO DE CADASTRO DE PESSOA FÍSICA

Protocolo nº: __________________

Data: _____/_____/_______ Nº Cadastro: _________/_________

Validade: _____/_____/_______

Ilmo Sr. Chefe do Centro de Atividades Técnicas Nome: CPF: RG: CREA: Título: Rua/avenida/n.º: CEP: Bairro: Município: UF: tel: e-mail: Cadastro Recadastro Anexar os seguintes documentos: a) guia de recolhimento da taxa estadual (DUA); b) cópia do CPF e RG; c) cópia do comprovante de endereço; d) cópia autenticada da certidão de registro e quitação de pessoa jurídica junto ao CREA (apenas para profissional projetista) Obs: para a renovação do cadastro, o interessado deverá apresentar a documentação prevista na alínea “a” e “d”. Venho requerer a V.S.ª o cadastramento no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, concernente à(s) atividade(s) de:

REALIZAÇÃO DE SHOWS E EVENTOS (PFSE) ELABORAÇÃO DE PROJETO TÉCNICO (PFPT) OUTROS ESPECIFICAR (PFEQ): Instalação Manutenção Medida/equipamento de

segurança Instalação Manutenção Medida/equipamento

de segurança Segurança contra incêndio

dos elementos de construção Detecção de incêndio

Iluminação de emergência SPDA Sinalização de emergência Outros

Alarme de incêndio Outros (especificar): ______________________________________________________________________

Declaro sob única responsabilidade que o(s) serviço(s) prestados na(s) atividade(s) acima requeridas está(ão) em conformidade com a Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo e Normas Brasileiras aplicáveis.

Nestes termos pede deferimento,

Vitória, ________de___________________de__________

_________________________________________ assinatura do requerente

Documentação conforme estabelecido na NT 01/2010, Parte 4. _________________________________

assinatura do conferente

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Parte 4 - Cadastramento

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ANEXO A (continuação)

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

REQUERIMENTO DE CADASTRO DE PESSOA JURÍDICA

Protocolo nº: __________________

Data: _____/_____/_______ Nº Cadastro: _________/_________

Validade: _____/_____/_______

Ilmo Sr. Chefe do Centro de Atividades Técnicas Nome da empresa: CNPJ: Insc. Municipal: Rua/avenida/n.º: CEP: Bairro: Município: UF: tel: Representante legal: CPF: RG: tel: e-mail: Cadastro Recadastro Anexar os seguintes documentos: a) guia de recolhimento da taxa estadual (DUA); b) cópia autenticada do CPF e RG do proprietário ou responsável legal pela empresa; c) cópia autenticada do Alvará de Funcionamento emitido pela Prefeitura Municipal, com descrição da atividade; d) cópia autenticada do Contrato Social, com descrição da atividade, registrado na junta comercial do Estado; e) cópia autenticada do Registro de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);

f) cópia do Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros (ALCB) no endereço onde estiver instalada. Quando a empresa estiver instalada em outro Estado, poderá ser seguido o procedimento que comprove a execução das medidas de segurança contra incêndio e pânico previsto pelo Corpo de Bombeiros Militar local;

g) relação de equipamentos, produtos e\ou sistemas a serem comercializados ou fabricados (desnecessário para empresa promotora de show e evento); h) cópia do certificado emitido por órgão competente, atestando a conformidade dos produtos, equipamentos, sistemas a serem comercializados e/ou fabricados ou serviços prestados, com as normas pertinentes em vigor(desnecessário para empresa promotora de show e evento); i) cópia autenticada da certidão de registro e quitação de pessoa jurídica junto ao CREA (desnecessário para empresa promotora de show e evento).

Obs: para a renovação do cadastro, o interessado deverá apresentar a documentação prevista nas alíneas “a”, “c”, “e”, “f”, “g”, “h” e “i”.

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Venho requerer a V.S.ª o cadastramento no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, concernente à(s) atividade(s) de:

REALIZAÇÃO DE SHOWS E EVENTOS INSTALAÇÃO, MANUTENÇÃO, CONSERVAÇÃO, FABRICAÇÃO OU COMERCIALIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO, CONFORME ASSINALADO ABAIXO:

Instalação Manutenção Comercialização Fabricação Medida/equipamento de segurança Segurança contra incêndio dos elementos

de construção Porta corta-fogo Pressurização de escada Elevador de emergência Iluminação de emergência Sinalização de emergência Extintores Hidrantes e mangotinhos Mangueiras de incêndio Alarme de incêndio Detecção de incêndio Chuveiros automáticos Central e tubulação de GLP ou gás natural SPDA Outros

Outros (especificar): _____________________________________________________________________

Informo a seguir o quadro de Responsável(is) Técnico(s) da empresa:

Nome - ________________________________ CREA - ______________ Titulo: ______________

Nome - ________________________________ CREA - ______________ Titulo: ______________

Nome - ________________________________ CREA - ______________ Titulo: ______________

Nome - ________________________________ CREA - ______________ Titulo: ______________

Declaro sob única responsabilidade que o(s) serviço(s) prestados na(s) atividade(s) acima requeridas está(ão) em conformidade com a Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo e Normas Brasileiras aplicáveis.

Nestes termos pede deferimento,

Vitória, ________de___________________de__________

_________________________________________

assinatura do requerente

Documentação conforme estabelecido na NT 01/2010, Parte 4. ________________________________

assinatura do conferente

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ANEXO B PRODUTOS COM CERTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

Programas Órgão Regulamentador Documento Legal

Regra Especifica - RE ou Regulamento (ou Requisitos)

de Avaliação da Conformidade - RAC

Documento Normativo - NBR ou Regulamento

Técnico da Qualidade - RTQ

Fabricação ou importação de extintores de

incêndio

Inmetro Portaria Inmetro nº 337 de 29/08/07

RAC anexo à Portaria Inmetro nº 337 de 29/08/2007

NBR 10721 NBR 11715 NBR 11716 NBR 11751 NBR 11762

Mangueiras de PVC plastificados, para

instalações domésticas de GLP

ANP

Resolução Conmetro nº 17 de

30/10/1984 e Portaria Inmetro nº 189 de 08/06/2007

RAC anexo à Portaria Inmetro n° 189 de 08/06/2007 NBR 8613: 1999

Recipientes transportáveis de aço, para gás liquefeito de

petróleo (GLP) - botijão de gás

Inmetro Portaria Conmetro

nº 017 de 30/10/1984

REGRA ESPECÍFICA -NIE-DINQP -105 - Rev01- Out 1999

NBR 8460

Reguladores de baixa pressão para gases

liquefeitos de petróleo (GLP) com

capacidade até 4 kg/h

ANP

Resolução Conmetro nº 17 de

30/10/1984 e Portaria Inmetro nº 099 de 24/05/2005

RAC anexo à Portaria Inmetro nº 099 de 24/05/2005 NBR 8473

Tanque de armazenamento subterrâneo de

combustível em posto revendedor

Conama

Resoluções Conama: nº 273 de

29/11/2000 e nº 319 de 04/12/2002

RAC anexo à Portaria Inmetro nº 185 de 04/12/2003

NBR 13312 NBR 13782 NBR 13785 NBR 13212

Tubulação não metálica subterrânea

para combustível automotivo

Conama

Resoluções Conama: nº 273 de

29/11/2000 e nº 319 de 04/12/2002

RAC anexo à Portaria Inmetro nº 186 de 04/12/2003 NBR 14722

Tanques Aéreos de Armazenamento de

Derivados de Petróleo e outros Combustíveis

CONAMA

Resoluções Conama : nº 273

de 29/11/2000 e nº 319 de 04/12/2002

RAC anexo à Portaria Inmetro nº 117 de 05/05/2009

NBR 15461:2007 NBR 13782:2001

SERVIÇOS COM CERTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

Programas Órgão Regulamentador Documento Legal

Regra Especifica - RE ou Regulamento de Avaliação da

Conformidade - RAC Documento Normativo

Empresas distribuidoras GLP ANP Portaria Inmetro nº

167 de 25/10/1996

Regra Específica - NIE DQUAL 017, de março de

2001

NBR 8866/02 NBR 8865

Serviço de comissionamento de

sistema de abastecimento de gás natural veicular (GNV)

em postos de abastecimento

Conama

Resoluções Conama nº 273 de

29/11/2000 e nº 319 de

04/12/2002

RAC anexo a Portaria do Inmetro nº 111 de 13/06/2005

NBR 12.236

Serviço de instalação de sistema de abastecimento subterrâneo de

combustíveis (SASC)

Conama

Resoluções Conama nº 273 de

29/11/2000 e nº 319 de

04/12/2002

RAC anexo a Portaria do Inmetro nº 109 de 13/06/2005

NBR 13781, NBR 13783, NBR 13784, NBR 13786, NBR 14605 e NBR 14639

Serviço de instalação em postos de

abastecimento de gás natural veicular (GNV)

Conama

Resoluções Conama nº 273 de

29/11/2000 e nº 319 de

04/12/2002

RAC anexo a Portaria do Inmetro nº 110 de 13/06/2005

NBR 13781, NBR 13783, NBR 13784, NBR 13786, NBR 14605 e NBR 14639

Serviço de ensaio de estanqueidade em

instalações subterrâneas

Conama

Resoluções Conama

nº 273 de 29/11/2000 e nº

319 de 04/12/2002

RAC anexo à Portaria do Inmetro n° 259 de 24/07/08

NBR 13781:2001, NBR 13783:2005,

NBR 13786:2005 e

NBR 14639:2001

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos

Parte 4 - Cadastramento

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ANEXO B (continuação)

Nota 1: para as empresas que efetuam comercialização de aparelhos e equipamentos de segurança contra incêndio e pânico será exigida cópia do Certificado de Conformidade às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT correspondente ao produto comercializado, emitido por Organismo de Certificação Credenciado ao INMETRO ou órgão competente. Nota 2: para empresas que efetuam manutenção de aparelhos e equipamentos de segurança contra incêndio e pânico será exigida cópia do Certificado de Conformidade às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT correspondente ao produto ou serviços prestado emitido por Organismo de Certificação Credenciado ao INMETRO ou órgão competente. Nota 3: as empresas de manutenção de extintores de incêndio deverão apresentar o Certificado de Conformidade à NBR 12962 (ou à norma que venha substituí-la ou complementá-la) emitido por Organismo de Certificação Credenciado (OCC) ao Instituto Nacional de Metrologia (INMETRO) ou Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Nota 4: as empresas de comercialização de extintores de incêndio deverão apresentar cópia do Certificado de Conformidade a NBR 12962 (ou à norma que venha substituí-la ou complementá-la) emitido por OCC/INMETRO ou ABNT referente à empresa de fabricação fornecedora. Nota 5: as empresas de fabricação e manutenção de portas corta-fogo e mangueiras de incêndio deverão apresentar Certificado de Conformidade emitido por OCC/Inmetro ou ABNT. Nota 6: empresas de Instalação e Manutenção de Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA) ou os profissionais legalmente habilitados a executarem tais serviços deverão apresentar, também, o Certificado de Aprovação Especial pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) para embalo e transporte de para-raios contendo Am-241 (BR/006/XT), quando da retirada ou substituição de para-raios radioativos por para-raios convencionais, nos termos do item 2 da Resolução CNEN 04/89 de 09 de maio de 1989.

PRODUTOS COM CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA Chuveiros automáticos para extinção de incêndio Indicador de pressão para extintores de incêndio Mangueira de borracha para GLP, Gás Natural e Gás Nafta Mangueira de incêndio Porta corta-fogo para saída de emergência Porta e vedadores corta-fogo com núcleo de madeira para isolamento de riscos em ambientes comerciais e industriais Tubo flexível metálico para instalação doméstica de gás combustível

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos

Parte 4 - Cadastramento

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ANEXO C

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 01/2010 - Procedimentos Administrativos

Parte 4 - Cadastramento

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ANEXO C (continuação)

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 02/2010

EXIGÊNCIAS DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO NAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - TABELAS DE EXIGÊNCIAS DAS MEDIDAS DE

SEGURANÇA

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 174 - R, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009.

Aprova a Norma Técnica nº 02/2010, do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina as exigências das medidas de segurança contra incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 02/2010, do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina as exigências

das medidas de segurança contra incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 12 de janeiro de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES

Publicada no Diário Oficial de 12 de fevereiro de 2010

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado Espírito Santo NT 02/2010 - Exigências das Medidas de Segurança Contra

Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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1 OBJETIVO Esta Norma Técnica tem por objetivo estabelecer as exigências das medidas de segurança contra incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco conforme suas ocupações. 2 APLICAÇÃO Esta Norma Técnica se aplica à determinação das exigências das medidas de segurança contra incêndio e pânico, conforme prescreve o contido no Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS Decreto 2.423-R de 15 de dezembro de 2009 – Regulamenta a Lei 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo (COSCIP); Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009; Normas Técnicas do CBMES; Regulamento de Segurança Contra Incêndio das edificações e Áreas de Risco do Estado de São Paulo – CBPMESP. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes na NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Exigência das medidas de segurança contra incêndio e pânico 5.1.1 Na implementação das medidas de segurança contra incêndio e pânico, as edificações e áreas de risco devem atender ao seguinte: a) consideram-se obrigatórias as medidas de segurança contra incêndio e pânico assinaladas com “SIM” nas tabelas anexas, devendo, ainda, serem observadas as ressalvas, em notas logo abaixo das tabelas; b) as medidas de segurança contra incêndio e pânico assinaladas com “NÃO” nas tabelas anexas, não serão exigidas para a edificação ou área de risco. 5.1.2 Na implementação das medidas de segurança contra incêndio e pânico, a altura da edificação a ser considerada é a medida em metros entre o nível do terreno circundante à edificação ou via pública ao piso do último pavimento, excluindo-se o pavimento superior de unidade duplex, ou assemelhados, do último piso da edificação e pavimentos superiores destinados exclusivamente à casa de máquinas, barriletes, reservatórios de águas e assemelhados.

6 DISPOSIÇÕES GERAIS 6.1 Quando existirem ocupações mistas que não sejam separadas por compartimentação, aplicam-se as exigências da ocupação de maior risco. Caso haja compartimentação, aplicam-se as exigências de cada risco específico. 6.2 Para que a ocupação mista se caracterize, é necessário que a área destinada às ocupações principais diversas, excluindo-se a maior delas, seja superior a 10 % da área total do pavimento onde se situa. 6.3 Não se considera como ocupação mista, o local onde predomine uma atividade principal juntamente com atividades subsidiárias, fundamentais para sua concretização.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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ANEXO A

TABELA 1

EXIGÊNCIAS PARA EDIFICAÇÕES COM ÁREA IGUAL OU INFERIOR A 900 m2 E

ALTURA IGUAL OU INFERIOR A 9,00 m

Medidas de Segurança

Contra Incêndio Pânico

A

B

C

D

E

F

G

H

I e J A2, A3

Saídas de Emergência

SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Iluminação de Emergência NÃO SIM2 SIM2 SIM2 SIM2 SIM2 ou 3 SIM2 SIM2 SIM2

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM

Central de Gás NÃO SIM4 SIM4 SIM4 SIM4 SIM4 SIM4 SIM4 SIM4

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - As distâncias máximas a serem percorridas até atingir escada, rampa ou local seguro serão de 20 m para saída única e

30m para mais de uma saída;

2 - Para as edificações com altura superior a 5 m ou rotas de saídas horizontais que ultrapassarem 20 m;

3 - Para edificação com lotação superior a 50 pessoas;

4 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS*:

a - Edificações exclusivamente residenciais com altura igual ou inferior a 6,0 m (seis metros) e cuja área total construída não

ultrapasse a 900 m2 (novecentos metros quadrados) estão isentas das exigências acima;

b - Para o grupo L (explosivos), ver tabelas específicas;

c - Para o grupo M, ver tabelas específicas;

d - Outras medidas de segurança poderão ser exigidas conforme o estipulado nas normas específicas.

_________________________________________________________________________

* Já com nova redação da Portaria n° 205 publicada no DIO de 28/05/10

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 A

EDIFICAÇÕES DO GRUPO A COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO A – RESIDENCIAL

Divisão A-2 e A-3

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação

SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM2 SIM2 SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência* SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM3 SIM SIM

Alarme de Incêndio NÃO NÃO NÃO SIM2 SIM

Central de Gás SIM SIM SIM SIM SIM

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendada para vias de aceso e faixas de estacionamento. Exigido para portão de acesso ao condomínio;

2 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

3 - Será dispensado o SHP para edificações exclusivamente residenciais com área menor ou igual a 750 m2.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Na mensuração da altura da edificação não será considerado o pavimento superior de unidade duplex, ou

assemelhados, do último piso da edificação;

b - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

_________________________________________________________________________

* Já com nova redação da Portaria n° 205 publicada no DIO de 28/05/10

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 B

EDIFICAÇÕES DO GRUPO B COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO B – SERVIÇOS DE HOSPEDAGEM

Divisão B-1 e B-2

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio

SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Horizontal

NÃO SIM5 SIM5 SIM6 SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM7 SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio SIM8 SIM2 SIM2 SIM SIM

Detecção de Incêndio NÃO NÃO SIM3,4 SIM3,4 SIM

Central de Gás SIM9 SIM9 SIM9 SIM9 SIM9

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

3 - Para edificações com área do maior pavimento superior a 750 m2;

4 - Os detectores de incêndio devem ser instalados em todos os quartos e locais de concentração de público;

5 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos;

6 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos e detecção de incêndio;

7 - Poderá ser substituído por sistema de controle de fumaça, detecção de incêndio e chuveiros automáticos, exceto para

as escadas de emergência, compartimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações;

8 - Para edificações com área total construída superior a 5.000 m2;

9 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 C

EDIFICAÇÕES DO GRUPO C COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO C – COMERCIAL

Divisão C-1, C-2 e C-3

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio

SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Horizontal SIM4 SIM4 SIM4 SIM5 SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM6 SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio SIM7 SIM2 SIM2 SIM SIM

Detecção de Incêndio SIM3 SIM3 SIM3 SIM3 SIM

Central de Gás SIM8 SIM8 SIM8 SIM8 SIM8

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

3 - Somente para as áreas de depósitos superiores a 250 m2;

4 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos;

5 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos e detecção de incêndio;

6 - Poderá ser substituído por sistema de controle de fumaça, detecção de incêndio e chuveiros automáticos, exceto para

as escadas de emergência, compartimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações;

7 - Para edificações com área total construída superior a 5.000 m2;

8 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 D

EDIFICAÇÕES DO GRUPO D COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO D – SERVIÇOS PROFISSIONAIS

Divisão D-1, D-2, D-3 e D- 4

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Horizontal NÃO SIM3 SIM3 SIM4 SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM5 SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio NÃO NÃO SIM2 SIM SIM

Detecção de Incêndio NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Central de Gás SIM6 SIM6 SIM6 SIM6 SIM6

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

3 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos;

4 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos e detecção de incêndio;

5 - Poderá ser substituído por sistema de controle de fumaça, detecção de incêndio e chuveiros automáticos, exceto para

as escadas de emergência, compartimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações;

6 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 E

EDIFICAÇÕES DO GRUPO E COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO E – EDUCACIONAL E CULTURA

Divisão E-1, E-2, E-3, E-4, E-5 e E-6

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM2 SIM3

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio NÃO NÃO SIM SIM SIM

Central de Gás SIM4 SIM4 SIM4 SIM4 SIM4

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - Será considerada para as escadas de emergência, fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações;

3 - Poderá ser substituído por sistema de controle de fumaça, detecção de incêndio e chuveiros automáticos, exceto para

as escadas de emergência, compartimentação das fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações;

4 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Edificações que possuam alojamentos ou dormitórios devem ser protegidas pelo sistema de detecção de fumaça nos

quartos;

b - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 F.1

EDIFICAÇÕES DO GRUPO F COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO F – LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO

Divisão F-1

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM2 SIM2

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio SIM3 SIM3 SIM SIM SIM

Detecção de incêndio SIM4 SIM4 SIM SIM SIM

Central de Gás SIM5 SIM5 SIM5 SIM5 SIM5

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos quando houver abertura entre pavimentos, exceto para as

escadas de emergência, compartimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações;

3 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

4 - Para edificações com área do maior pavimento superior a 750 m2;

5 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 F.2

EDIFICAÇÕES DO GRUPO F COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO F – LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO

Divisão F-2

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM2 SIM3

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos SIM SIM SIM SIM SIM

Alarme de Incêndio SIM4 SIM4 SIM SIM SIM

Detecção de incêndio NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Central de Gás SIM5 SIM5 SIM5 SIM5 SIM5

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - A compartimentação vertical será considerada para as escadas de emergência, fachadas e selagens dos shafts e dutos

de instalações;

3 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos quando houver abertura entre pavimentos, exceto para as

escadas de emergência, compartimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações;

4 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

5 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 F.3 EDIFICAÇÕES DO GRUPO F COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2

OU ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso GRUPO F – LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO

Divisão F-3 e F-9

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio

SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM2 SIM2

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM3 SIM3 SIM3 SIM3 SIM3

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM SIM SIM

Alarme de Incêndio NÃO NÃO SIM4 SIM SIM

Central de Gás SIM5 SIM5 SIM5 SIM5 SIM5

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - A compartimentação vertical será considerada para as escadas de emergência, fachadas e selagens dos shafts e

dutos de instalações;

3 - Na divisão F-3 os equipamentos deverão ser instalados em locais com acesso privativo (fica vedada a instalação dos

equipamentos em arquibancadas ou em área de circulação dos expectadores);

4 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

5 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica;

b - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências constantes em

Norma Técnica específica;

c - Os locais de comércio ou atividades distintas da divisão F-3 terão as medidas de segurança contra incêndio e pânico

conforme suas respectivas ocupações.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado Espírito Santo NT 02/2010 - Exigências das Medidas de Segurança Contra

Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

Página 145

TABELA 2 F.4

EDIFICAÇÕES DO GRUPO F COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO F – LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO

Divisão F-4

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM2 SIM2

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio SIM3 SIM3 SIM SIM SIM

Detecção de incêndio NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Central de Gás SIM4 SIM4 SIM4 SIM4 SIM4

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - A compartimentação vertical será considerada para as escadas de emergência, fachadas e selagens dos shafts e dutos

de instalações;

3 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

4 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica;

b - Os locais de comércio ou atividades distintas da divisão F-4 terão as medidas de segurança contra incêndio e pânico

conforme suas respectivas ocupações.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado Espírito Santo NT 02/2010 - Exigências das Medidas de Segurança Contra

Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

Página 146

TABELA 2 F.5 EDIFICAÇÕES DO GRUPO F COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2

OU ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO F – LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO

Divisão F-5 e F-6

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação

SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio

SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Horizontal

NÃO NÃO NÃO SIM2 SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM3 SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio SIM4 SIM SIM SIM SIM

Detecção de incêndio SIM5 SIM5 SIM5 SIM5 SIM

Central de Gás SIM6 SIM6 SIM6 SIM6 SIM6

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos e detecção de incêndio;

3 - Poderá ser substituído por sistema de controle de fumaça, detecção de incêndio e sistema de chuveiros automáticos,

exceto para as escadas de emergência, compartimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações;

4 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

5 - Os detectores de incêndio devem ser instalados em locais onde haja carga de incêndio como depósitos, escritórios,

cozinha, pisos técnicos, casa de máquinas etc. e nos locais de reunião onde houver teto ou forro falso com revestimento

combustível;

6 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica;

b - Será exigido controle de materiais de acabamento para as edificações das divisões F-5 e F-6.

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

Página 147

TABELA 2 F.6 EDIFICAÇÕES DO GRUPO F COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2

OU ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO F – LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO

Divisão F-7 F-8

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de

30 Acesso de Viatura na

Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Horizontal NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM2 SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM3 SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio NÃO NÃO NÃO SIM4 SIM4 SIM SIM

Detecção de incêndio NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM

Central de Gás NÃO NÃO SIM5 SIM5 SIM5 SIM5 SIM5

SPDA NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos e detecção de incêndio;

3 – Poderá ser substituído por sistema de controle de fumaça, detecção de incêndio e sistema de chuveiros automáticos,

exceto para as escadas de emergência, compartimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações;

4 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

5 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Será exigido controle de materiais de acabamento para as edificações da divisão F-7;

b - A divisão F-7 com altura superior a 6 m, será submetida à Comissão Técnica para definição das medidas de segurança

contra incêndio e pânico;

c - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado Espírito Santo NT 02/2010 - Exigências das Medidas de Segurança Contra

Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 F.7

EDIFICAÇÕES DO GRUPO F COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO F – LOCAIS DE REUNIÃO DE PÚBLICO

Divisão F-10

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Horizontal NÃO NÃO SIM2 SIM2 SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM3 SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio NÃO NÃO SIM4 SIM SIM

Detecção de Incêndio NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Central de Gás SIM5 SIM5 SIM5 SIM5 SIM5

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos;

3 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos e detecção de incêndio, exceto para as escadas de

emergência, compartimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações;

4 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

5 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

Page 149: 1 - Coletânea

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

Página 149

TABELA 2 G.1

EDIFICAÇÕES DO GRUPO G COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO G – SERVIÇOS AUTOMOTIVOS E ASSEMELHADOS

Divisão G-1 e G-2

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação

SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio

SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO NÃO SIM2

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio NÃO NÃO NÃO SIM3 SIM3

Detecção de Incêndio NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Central de Gás SIM4 SIM4 SIM4 SIM4 SIM4

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - A compartimentação vertical será considerada para as escadas de emergência, fachadas e selagens dos shafts e dutos

de instalações;

3 - Deve haver pelo menos um acionador manual por pavimento, a no máximo 5 m da saída emergência;

4 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

Página 150

TABELA 2 G.2

EDIFICAÇÕES DO GRUPO G COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO G – SERVIÇOS AUTOMOTIVOS E ASSEMELHADOS

Divisão G-3

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM2 SIM2

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio NÃO NÃO SIM3 SIM3 SIM3

Detecção de Incêndio NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Central de Gás SIM4 SIM4 SIM4 SIM4 SIM4

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - A compartimentação vertical será considerada para as escadas de emergência, fachadas e selagens dos shafts e dutos

de instalações;

3 - Deve haver pelo menos um acionador manual por pavimento, a no máximo 5 m da saída emergência;

4 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

Page 151: 1 - Coletânea

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

Página 151

TABELA 2 G.3

EDIFICAÇÕES DO GRUPO G COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO G – SERVIÇOS AUTOMOTIVOS E ASSEMELHADOS

Divisão G-4

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Horizontal SIM2 SIM2 SIM2 SIM2 SIM2

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM3 SIM3

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio NÃO NÃO SIM4 SIM4 SIM4

Detecção de Incêndio NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Central de Gás SIM5 SIM5 SIM5 SIM5 SIM5

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos;

3 - A compartimentação vertical será considerada para as escadas de emergência, fachadas e selagens dos shafts e dutos

de instalações;

4 - Deve haver pelo menos um acionador manual por pavimento, a no máximo 5 m da saída emergência;

5 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - A ocupação da divisão G-5 será analisada por Comissão Técnica (CT);

b - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

Página 152

TABELA 2 H.1

EDIFICAÇÕES DO GRUPO H COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO H – SERVIÇOS DE SAÚDE E INSTITUCIONAL

Divisão H-1

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação

SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio

SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM2 SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio NÃO NÃO SIM3 SIM SIM

Detecção de Incêndio NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Central de Gás SIM4 SIM4 SIM4 SIM4 SIM4

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - Poderá ser substituído por sistema de controle de fumaça, detecção de incêndio e sistema de chuveiros automáticos,

exceto para as escadas de emergência, compartimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações;

3 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

4 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

Page 153: 1 - Coletânea

Corpo de Bombeiros Militar do Estado Espírito Santo NT 02/2010 - Exigências das Medidas de Segurança Contra

Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

Página 153

TABELA 2 H.2

EDIFICAÇÕES DO GRUPO H COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO H – SERVIÇOS DE SAÚDE E INSTITUCIONAL

Divisão H-2

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação

SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio

SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM2 SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio SIM3 SIM SIM SIM SIM

Detecção de Incêndio NÃO NÃO SIM4 SIM4 SIM4

Central de Gás SIM5 SIM5 SIM5 SIM5 SIM5

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - Poderá ser substituído por sistema controle de fumaça, detecção de incêndio e sistema de chuveiros automáticos,

exceto para as escadas de emergência, compartimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações;

3 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

4 - Os detectores deverão ser instalados em todos os quartos;

5 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

Page 154: 1 - Coletânea

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

Página 154

TABELA 2 H.3

EDIFICAÇÕES DO GRUPO H COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO H – SERVIÇOS DE SAÚDE E INSTITUCIONAL

Divisão H-3

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação

SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio

SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Horizontal NÃO NÃO NÃO SIM SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM2 SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio SIM3 SIM SIM SIM SIM

Detecção de Incêndio NÃO NÃO SIM4 SIM4 SIM4

Central de Gás SIM5 SIM5 SIM5 SIM5 SIM5

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 – Poderá ser substituído por sistema controle de fumaça, detecção de incêndio e sistema de chuveiros automáticos,

exceto para as escadas de emergência, compartimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações;

3 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

4 - Os detectores deverão ser instalados em todos os quartos;

5 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

Page 155: 1 - Coletânea

Corpo de Bombeiros Militar do Estado Espírito Santo NT 02/2010 - Exigências das Medidas de Segurança Contra

Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

Página 155

TABELA 2 H.4

EDIFICAÇÕES DO GRUPO H COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO H – SERVIÇOS DE SAÚDE E INSTITUCIONAL

Divisão H-4

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação

SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio

SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM2 SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio NÃO NÃO SIM3 SIM SIM

Detecção de Incêndio NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO

Central de Gás SIM4 SIM4 SIM4 SIM4 SIM4

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - A compartimentação vertical será considerada para as escadas de emergência, fachadas e selagens dos shafts e

dutos de instalações;

3 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

4 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

Página 156

TABELA 2 H.5

EDIFICAÇÕES DO GRUPO H COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO H – SERVIÇOS DE SAÚDE E INSTITUCIONAL

Divisão H-5

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação

SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio

SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Detecção de Incêndio NÃO NÃO SIM2 SIM2 SIM2

Central de Gás SIM3 SIM3 SIM3 SIM3 SIM3

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendado para as vias de acesso e faixas de estacionamento. Exigido para o portão de acesso ao condomínio;

2 - Apenas para hospitais psiquiátricos e assemelhados devendo ser instalados nos quartos;

3 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica;

b - Nas prisões em geral (casas de detenção, penitenciárias, presídios, etc), os equipamentos deverão ser instalados em

locais com acesso privativo. Fica vedado a instalação dos equipamentos em áreas onde os detentos tenham acesso.

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

Página 157

TABELA 2 I.1

EDIFICAÇÕES DO GRUPO I COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO I – INDÚSTRIA

Divisão I-1

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação

SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio

SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Horizontal NÃO SIM2 SIM2 SIM2 SIM2

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio NÃO NÃO SIM3 SIM SIM

Detecção de Incêndio NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Central de Gás SIM4 SIM4 SIM4 SIM4 SIM4

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendada para vias de aceso e faixas de estacionamento. Exigido para portão de acesso ao condomínio;

2 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos;

3 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

4 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado Espírito Santo NT 02/2010 - Exigências das Medidas de Segurança Contra

Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

Página 158

TABELA 2 I.2

EDIFICAÇÕES DO GRUPO I COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO I – INDÚSTRIA

Divisão I-2

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Horizontal NÃO SIM2 SIM2 SIM2 SIM2

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio SIM3 SIM SIM SIM SIM

Detecção de Incêndio NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Central de Gás SIM4 SIM4 SIM4 SIM4 SIM4

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendada para vias de aceso e faixas de estacionamento. Exigido para portão de acesso ao condomínio;

2 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos e detecção de incêndio;

3 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

4 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado Espírito Santo NT 02/2010 - Exigências das Medidas de Segurança Contra

Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 I.3

EDIFICAÇÕES DO GRUPO I COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO I – INDÚSTRIA

Divisão I-3

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Horizontal SIM2 SIM2 SIM2 SIM SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Detecção de Incêndio NÃO NÃO NÃO SIM SIM

Central de Gás SIM3 SIM3 SIM3 SIM3 SIM3

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendada para vias de aceso e faixas de estacionamento. Exigido para portão de acesso ao condomínio;

2 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos e detecção de incêndio;

3 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado Espírito Santo NT 02/2010 - Exigências das Medidas de Segurança Contra

Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 J.1

EDIFICAÇÕES DO GRUPO J COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO J – DEPÓSITO

Divisão J-1

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM2 SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM3 SIM3 SIM3 SIM3 SIM3

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

NÃO NÃO NÃO SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio NÃO NÃO NÃO SIM SIM

Detecção de Incêndio NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Central de Gás SIM4 SIM4 SIM4 SIM4 SIM4

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendada para vias de aceso e faixas de estacionamento. Exigido para portão de acesso ao condomínio;

2 - A compartimentação vertical será considerada para as escadas de emergência, fachadas e selagens dos shafts e dutos

de instalações;

3 - Somente para balizamento e se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 30 m;

4 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado Espírito Santo NT 02/2010 - Exigências das Medidas de Segurança Contra

Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 J.2

EDIFICAÇÕES DO GRUPO J COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO J – DEPÓSITO

Divisão J-2

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação

SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio

SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Horizontal SIM2 SIM2 SIM2 SIM2 SIM2

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio NÃO NÃO SIM SIM SIM

Detecção de Incêndio NÃO NÃO SIM SIM SIM

Central de Gás SIM3 SIM3 SIM3 SIM3 SIM3

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendada para vias de aceso e faixas de estacionamento. Exigido para portão de acesso ao condomínio;

2 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos;

3 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 J.3

EDIFICAÇÕES DO GRUPO J COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2 OU

ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO J – DEPÓSITO

Divisão J-3 e J-4

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Horizontal SIM2 SIM2 SIM2 SIM2 SIM2

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Alarme de Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Detecção de Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Central de Gás SIM3 SIM3 SIM3 SIM3 SIM3

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendada para vias de aceso e faixas de estacionamento. Exigido para portão de acesso ao condomínio;

2 - Poderá ser substituído por sistema de chuveiros automáticos;

3 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica.

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 L

EDIFICAÇÕES DO GRUPO L

Grupo de ocupação e uso

GRUPO L – EXPLOSIVOS

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - As medidas de segurança contra incêndio e pânico das Divisões L-1, L-2 e L-3 serão estabelecidas conforme legislação

específica;

3 - As Divisões L-2 e L-3 serão analisadas por Comissão Técnica (CT).

NOTAS GENÉRICAS:

a - Deverão ainda serem observadas as exigências referentes a hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica

específica.

TABELA 2 M.1

EDIFICAÇÕES DO GRUPO M

Grupo de ocupação e uso

GRUPO M – ESPECIAL

Divisão M-1

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Extensão em metros

Até 200 De 200 a 500 De 500 a 1000 Acima de 1000

Segurança Estrutural Contra Incêndio SIM SIM SIM SIM

Saídas de Emergência SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Controle de fumaça em espaços comuns e amplos

NÃO NÃO SIM2 SIM2

Iluminação de Emergência NÃO SIM SIM SIM

Extintores NÃO SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

NÃO SIM3 SIM SIM

Circuito de TV NÃO NÃO NÃO SIM

Sistema de Comunicação NÃO NÃO SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Considerar saídas como sendo passarelas laterais (corredores de circulação com guarda corpo em ambos os lados) e

com largura mínima de 1,00 m;

2 - Deve ser ligado a sistema automático de funcionamento (ex: detector de incêndio);

3 - Rede de Hidrante seca;

4 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS*:

a - Outras medidas de segurança poderão ser exigidas conforme o estipulado nas normas específicas.

_________________________________________________________________________

* Já com nova redação da Portaria n° 205 publicada no DIO de 28/05/10

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 M.2

EDIFICAÇÕES DO GRUPO M

Grupo de ocupação e uso

GRUPO M – ESPECIAL

Divisão M-2 (Gás Liquefeito de Petróleo - GLP)

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à destinação

Central de GLP Depósito de recipientes transportáveis de GLP

Base de envasamento de GLP

Acesso de Viatura na Edificação NÃO NÃO SIM1

Saídas de Emergência SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

aSIM bSIM cSIM

Resfriamento aSIM bSIM cSIM

Espuma aSIM bSIM cSIM

Alarme de Incêndio aSIM bSIM cSIM

Detecção de Incêndio aSIM bSIM cSIM

SPDA aSIM bSIM cSIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Exigido para vias de acesso, faixas de estacionamento e portão de acesso ao condomínio e vias internas para circulação

e estabelecimento de viaturas.

NOTAS GENÉRICAS:

a - Para essa medida de segurança adotar o exigido na NT 18 - Líquidos e Gases Combustíveis e Inflamáveis, Parte 1 -

Central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP);

b - Para essa medida de segurança adotar o exigido na ABNT NBR 15514 - Área de Armazenamento de Recipientes

Transportáveis de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), destinados ou não à comercialização – critérios de segurança;

c - Para essa medida de segurança adotar o exigido na ABNT NBR 15186 - Base de Armazenamento, Envasamento e

Distribuição de GLP – Projeto e Construção;

d - Outras medidas de segurança poderão ser exigidas conforme o estipulado nas normas específicas.

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 M.3 EDIFICAÇÕES DO GRUPO M

Grupo de ocupação e uso

GRUPO M – ESPECIAL

Divisão M-2 (Produtos Diversos)

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à destinação

Locais dotados de abastecimento combustível

Produtos acondicionados, tanques ou cilindros

Acesso de Viatura na Edificação SIM SIM

Saídas de Emergência SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM

Extintores SIM SIM

Sistema de Hidrantes e Mangotinhos

aSIM bSIM

Resfriamento NÃO bSIM

Espuma NÃO bSIM

Alarme de Incêndio NÃO bSIM

Detecção de Incêndio NÃO bSIM

SPDA SIM bSIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Exigido para vias de acesso, faixas de estacionamento e portão de acesso ao condomínio e vias internas para circulação

e estabelecimento de viaturas.

NOTAS GENÉRICAS: a - Para área superior a 900 m2 ou altura superior a 9 m;

b - Para essa medida de segurança adotar o exigido na ABNT NBR 17505 - Armazenamento de Líquidos Inflamáveis e

Combustíveis, e ABNT NBR 7820 - Segurança nas Instalações de Produção, Armazenamento, Manuseio e Transporte de

Etanol (álcool etílico), no que não contrariar as Normas Técnicas do CBMES;

c - Outras medidas de segurança poderão ser exigidas conforme o estipulado nas normas específicas.*

_________________________________________________________________________

* Já com nova redação da Portaria n° 205 publicada no DIO de 28/05/10

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Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 M.3 EDIFICAÇÕES DO GRUPO M COM ÁREA SUPERIOR A 900 m2

OU ALTURA SUPERIOR A 9,00 m

Grupo de ocupação e uso

GRUPO M – ESPECIAL

Divisão M-3

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea H ≤≤≤≤ 6 6 < H ≤≤≤≤ 12 12 < H ≤≤≤≤ 30 Acima de 30

Acesso de Viatura na Edificação SIM1 SIM1 SIM1 SIM1 SIM1

Segurança Estrutural Contra Incêndio SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Horizontal SIM SIM SIM SIM SIM

Compartimentação Vertical NÃO NÃO NÃO SIM SIM

Saídas de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Iluminação de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Sinalização de Emergência SIM SIM SIM SIM SIM

Extintores SIM SIM SIM SIM SIM

Sistema Hidráulico Preventivo SIM SIM SIM SIM SIM

Chuveiros Automáticos NÃO NÃO NÃO NÃO SIM2

Alarme de Incêndio NÃO NÃO SIM3 SIM SIM

Detecção de Incêndio NÃO NÃO NÃO NÃO SIM

Central de Gás SIM4 SIM4 SIM4 SIM4 SIM4

SPDA SIM SIM SIM SIM SIM

NOTAS ESPECÍFICAS:

1 - Recomendada para vias de aceso e faixas de estacionamento. Exigido para portão de acesso ao condomínio;

2 - Poderá ser substituído por sistema de gases, através de supressão total do ambiente;

3 - Se as rotas de saídas horizontais ultrapassarem 20 m;

4 - Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizados no

pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.

NOTAS GENÉRICAS*:

a - Além das medidas de segurança indicadas na tabela, deverão ser observadas as demais exigências referentes a

hidrante de coluna urbano segundo Norma Técnica específica;

b - Outras medidas de segurança poderão ser exigidas conforme o estipulado nas normas específicas.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado Espírito Santo NT 02/2010 - Exigências das Medidas de Segurança Contra

Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco

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TABELA 2 M.4 EDIFICAÇÕES DO GRUPO M

Grupo de ocupação e uso

GRUPO M – ESPECIAL

Divisão M-4, M-5, M-6 e M7

Medidas de Segurança Contra Incêndio Pânico

Classificação quanto à altura (em metros)

Térrea

Saídas de Emergência SIM

Sinalização de Emergência SIM

Extintores SIM

NOTAS GENÉRICAS:

a - Nas divisões M-4, M-5, M-6 e M7, quando houver edificação (construção) deverão ser atendidas as exigências

conforme ocupação específica.

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 03/2009

TERMINOLOGIA DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO

SUMÁRIO

1. OBJETIVO

2. APLICAÇÃO

3. REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4. DEFINIÇÕES

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 153 - R, DE 25 DE MARÇO DE 2009.

Aprova a Norma Técnica nº 03/2009 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a terminologia de segurança contra incêndio e pânico no Estado do Espírito Santo.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas

atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 1º da Lei nº 3.218, de 20 de julho de 1978 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2.125-N, de 12 de setembro de 1985,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 03/2009 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a Terminologia

de Segurança Contra Incêndio e Pânico no Estado do Espírito Santo. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação. Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 25 de março de 2009.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM Comandante Geral do CBMES

Publicada no Diário Oficial de 14 de abril de 2009

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 03/2009 - Terminologia de Segurança Contra

Incêndio e Pânico

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1 OBJETIVO Esta Norma Técnica padroniza os termos e definições utilizados na legislação de segurança contra incêndio e pânico do CBMES. 2 APLICAÇÃO Esta Norma Técnica se aplica a toda legislação de segurança contra incêndio e pânico do CBMES. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 13860/97 - Glossário de Termos Relacionados com a Segurança Contra Incêndio; Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo; Instrução Técnica 03/2004 - CBPMESP. 4 DEFINIÇÕES Para efeitos da legislação de segurança contra incêndio e pânico no Estado do Espírito Santo, aplicam-se os seguintes termos e definições: 4.1 Abafamento: método de extinção de incêndio destinado a impedir o contato do ar atmosférico com o combustível e a liberação de gases ou vapores inflamáveis.

4.2 Abandono de edificação: retirada organizada e segura da população usuária de uma edificação conduzida à via pública ou espaço aberto, ficando em local seguro.

4.3 Abertura desprotegida: porta, janela ou qualquer outra abertura não dotada de vedação com o exigido índice de proteção ao fogo, ou qualquer parte da parede externa da edificação com índice de resistência ao fogo menor que o exigido para a face exposta da edificação.

4.4 Abrigo de mangueira: compartimento, embutido ou aparente, dotado de porta, destinado a armazenar mangueiras, esguichos, carretéis e outros equipamentos de combate a incêndio, capaz de proteger contra intempéries e danos diversos.

4.5 Acesso: caminho a ser percorrido pelos usuários do pavimento ou do setor, constituindo a rota de saída horizontal, para alcançar a escada ou rampa, área de refúgio ou descarga. Os acessos podem ser constituídos por corredores, passagens, vestíbulos, balcões, varandas e terraços.

4.6 Acesso de bombeiro: área da edificação que proporcione facilidade de acesso, em caso de emergência para bombeiro.

4.7 Acesso para viaturas de emergência: vias trafegáveis com prioridade para aproximação e operação dos veículos e equipamentos de emergência junto às edificações e áreas de risco.

4.8 Acionador manual: dispositivo destinado a dar partida a um sistema ou equipamento de segurança contra incêndio, pela interferência do elemento humano.

4.9 Adutora: canalização, geralmente de grande diâmetro, que tem como finalidade conduzir a água da Estação de Tratamento de Águas (ETA), até as redes de distribuição.

4.10 Afastamento horizontal entre aberturas: distância mínima entre as aberturas nas fachadas (parede externa) dos setores compartimentados.

4.11 Agente extintor: produto utilizado para extinguir o fogo.

4.12 Agente fiscalizador: militar do CBMES, oficial ou praça, imbuído da função fiscalizadora.

4.13 Água molhada; líquido umectante: aditivo usado na água, de combate a incêndio, para facilitar a sua penetração em combustíveis sólidos.

4.14 Alambrado: tela de arame ou outro material similar, com resistências mecânicas de 5000 N / m.

4.15 Alarme de incêndio: aviso de um incêndio, sonoro e/ou luminoso, de acionamento automático ou manual e desligamento manual, destinado a alertar as pessoas sobre a existência de um incêndio no risco protegido.

4.16 Alívio de emergência: aquele capaz de aliviar a pressão interna quando submetido ao calor irradiado que resulta de incêndio ao seu redor.

4.17 Altura da edificação: é a medida em metros entre o nível do terreno circundante à edificação ou via pública ao piso do último pavimento, excluindo-se pavimentos superiores destinados exclusivamente à casa de máquinas, barriletes, reservatórios de águas e assemelhados.

Nota: para o dimensionamento das saídas de emergência a altura será a medida em metros entre ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao piso do último pavimento. 4.18 Altura de sucção: altura entre o nível de água de um reservatório e a linha de centro da sucção da bomba de incêndio.

4.19 Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros (ALCB): documento emitido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, certificando que, durante a vistoria, a edificação possuía as condições de segurança contra incêndio e pânico, previstas pela legislação e constantes no processo, estabelecendo um período de revalidação.

4.20 Ampliação de área: aumento da área construída da edificação.

4.21 Análise: ato de verificação do atendimento às exigências da legislação de segurança contra incêndio e pânico no Projeto Técnico.

4.22 Análise preliminar de risco: estudo prévio sobre a existência de riscos, elaborado durante a concepção e o desenvolvimento de um projeto ou sistema.

4.23 Andar: volume compreendido entre dois pavimentos consecutivos, ou entre o pavimento e o nível superior à sua cobertura.

4.24 Antecâmara: recinto que antecede a caixa da escada, com ventilação natural garantida por janela

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 03/2009 - Terminologia de Segurança Contra

Incêndio e Pânico

Página 174

para o exterior, por dutos de entrada e saída de ar ou por ventilação forçada (pressurização).

4.25 Aplicação por espuma: Tipo I: utiliza aplicador que deposita a espuma suavemente na superfície do líquido, provocando o mínimo de submergência; Tipo II: Utiliza aplicadores que não depositam a espuma suavemente na superfície do líquido, mas que são projetados para reduzir a submergência e agitar a superfície do líquido; Tipo III: Utiliza equipamentos que aplicam a espuma por meio de jatos que atingem a superfície do líquido em queda livre.

4.26 Aprovado: aceito pela autoridade competente.

4.27 Área a construir: área projetada não edificada.

4.28 Área construída: somatório de todas as áreas ocupáveis e cobertas de uma edificação.

4.29 Área da edificação: somatório da área a construir e da área construída de uma edificação.

4.30 Área de aberturas na fachada de uma edificação: superfície aberta nas fachadas (janelas, portas, elementos de vedação), paredes, parapeitos e vergas que não apresentam resistência ao fogo, e pelas quais se podem irradiar o incêndio.

4.31 Área de pavimento: medida em metros quadrados, em qualquer pavimento de uma edificação, do espaço compreendido pelo perímetro interno das paredes externas e paredes corta-fogo, e excluindo a área de antecâmara, e dos recintos fechados de escadas de segurança.

4.32 Área de pouso e decolagem de emergência para helicópteros: local construído sobre edificações, cadastrado no Comando Aéreo Regional respectivo, que poderá ser utilizado para pousos e decolagens de helicópteros, exclusivamente em caso de emergência ou de calamidade.

4.33 Área de pouso ocasional: local de dimensões definidas, que pode ser usado, em caráter temporário, para pousos e decolagens de helicópteros mediante autorização prévia, específica e por prazo, do órgão regional do Comando da Aeronáutica Regional.

4.34 Área de refúgio para helipontos: local ventilado, previamente delimitado, com acesso à escada de emergência, separado desta por porta corta-fogo e situado em helipontos elevados, próximo ao local de resgate de vítimas com uso de helicópteros para casos de impossibilidade de abandono da edificação pelas rotas de fuga previamente dimensionadas.

4.35 Área de refúgio: local seguro que é utilizado temporariamente pelo usuário, acessado através das saídas de emergência de um setor ou setores, ficando entre esse(s) e o logradouro público ou área externa com acesso aos setores.

4.36 Área de risco: local de concentração de público ou ambiente externo a edificação que contenha armazenamento de produtos inflamáveis, produtos combustíveis, instalações elétricas e de gás e outros onde haja a possibilidade da ocorrência de um sinistro.

4.37 Área do maior pavimento: área do maior pavimento da edificação, incluindo-se o de descarga.

4.38 Área fria: local que possui piso e paredes, normalmente revestidos com cerâmica, possuindo também instalações hidráulicas. Ex.:banheiro, vestiário, sauna, cozinha e copa.

4.39 Área protegida: área dotada de equipamento de proteção e combate a incêndio.

4.40 Armazém de líquidos inflamáveis: construção destinada, exclusivamente a armazenagem de recipientes de líquidos inflamáveis.

4.41 Armazém de produtos acondicionados: área coberta ou não, onde são acondicionados recipientes (tais como tambores, tonéis, latas, baldes, etc...) que contenham produtos ou materiais combustíveis ou produtos inflamáveis.

4.42 Arruamento de quadras: vias de circulação de veículos pesados existentes entre as quadras de armazenamento externo de um pátio de contêineres.

4.43 Aspersor: dispositivo utilizado nos chuveiros automáticos ou sob comando, para aplicação de agente extintor.

4.44 Aterramento: processo de conexão à terra, de um ou mais objetos condutores, visando à proteção do operador ou equipamento contra descargas atmosféricas, acúmulos de cargas estáticas e falhas entre condutores vivos.

4.45 Aterramento de veículos: ligação à terra de veículos transportadores de produtos perigosos, durante o processo de carga e descarga, para eliminação nos casos passíveis de eletricidade estática.

4.46 Ático: parte do volume superior de uma edificação, destinada a abrigar máquinas, piso técnico de elevadores, caixas de água e circulação vertical.

4.47 Átrio (Atrium): espaço amplo criado por um andar aberto ou conjuntos de andares abertos, conectando dois ou mais pavimentos cobertos, com fechamento na cobertura, excetuando-se os locais destinados a escada, escada rolante e shafts de hidráulica, eletricidade, ar condicionado e cabos de comunicação.

4.48 Autonomia do sistema: tempo mínimo em que o sistema de iluminação de emergência assegura os níveis de iluminância exigidos.

4.49 Autoridade competente: órgão, repartição pública ou privada, pessoa jurídica ou física investida da autoridade para legislar, examinar, aprovar e/ou fiscalizar os assuntos relacionados à segurança contra incêndio nas edificações e áreas de risco.

4.50 Avaliação do processo de segurança contra incêndio e pânico: é o ato formal de verificação das medidas de segurança contra incêndio e pânico das edificações e áreas de risco, constantes no processo de segurança contra incêndio e pânico, podendo ser análise ou vistoria.

4.51 Avisador: dispositivo previsto para chamar a atenção de todas as pessoas dentro de uma área de perigo, controlado pela central.

4.52 Avisador sonoro: dispositivo que emite sinais audíveis de alerta.

4.53 Avisador sonoro e visual: dispositivo que emite sinais audíveis e visíveis de alerta combinados.

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4.54 Avisador visual: dispositivo que emite sinais visuais de alerta.

4.55 Bacia de contenção: região delimitada por uma depressão do terreno ou diques destinada a conter integralmente o vazamento de produtos líquidos dos tanques.

4.56 Balcão ou sacada: parte de pavimento da edificação em balanço em relação à parede externa do prédio, tendo, pelo menos, uma face aberta para o espaço livre exterior.

4.57 Barra antipânico: dispositivo de destravamento da folha de uma porta, na posição de fechamento, acionado mediante pressão exercida no sentido de abertura, em uma barra horizontal fixada na face da folha.

4.58 Barra antipânico dupla: barra antipânico destinada à utilização em portas com duas folhas, com uma barra acionadora em cada folha, possuindo em uma delas (a que deve fechar em primeiro lugar) um ou dois pontos de travamento (superior ou superior e inferior) e na outra (a que se sobrepõe) pelo menos um ponto de travamento (contra a primeira folha). O acionamento de qualquer uma das barras deve abrir pelo menos a folha respectiva.

4.59 Barra antipânico simples: barra antipânico com uma única barra acionadora destinada à utilização em portas com uma única folha, possuindo pelo menos um ponto de travamento.

4.60 Barreiras de fumaça (smoke barriers): membrana, tanto vertical quanto horizontal, tal como uma parede, andar ou teto, que é projetada e construída para restringir o movimento da fumaça. As barreiras de fumaça podem ter aberturas que são protegidas por dispositivos de fechamento automático ou por dutos de ar, adequados para controlar o movimento da fumaça.

4.61 Barreiras de proteção: dispositivos que evitam a passagem de gases, chamas ou calor de um local ou instalação para outro contíguo.

4.62 Bateria de cilindros: conjunto de dois ou mais cilindros ligados por uma tubulação coletora contendo gás extintor ou propulsor.

4.63 Bico nebulizador: dispositivo de orifícios fixo, normalmente aberto, para descarga de água sob pressão, destinado a produzir neblina de água de forma geométrica definida.

4.64 Bocel ou nariz do degrau: borda saliente do degrau sobre o espelho, arredondada inferiormente ou não.

Nota: se o degrau não possui bocel, a linha de concorrência dos planos do degrau e do espelho, neste caso obrigatoriamente inclinada, chama-se quina do degrau; a saliência do bocel ou da quina sobre o degrau imediatamente inferior não pode ser menor que 15 mm em projeção horizontal

4.65 Bomba de combate a incêndio (BCI): bomba destinada a suprir deficiências de pressão em uma instalação hidráulica de proteção contra incêndio.

4.66 Bomba com motor a explosão: equipamento para o combate a incêndio, cuja força provém da explosão do combustível misturado com o ar.

4.67 Bomba com motor elétrico: equipamento para combate a incêndio, cuja força provém da eletricidade.

4.68 Bomba de escorva: bomba destinada a remover o ar do interior das bombas de combate a incêndio.

4.69 Bomba de pressurização (jockey): dispositivo hidráulico centrífugo destinado a manter o sistema pressurizado em uma faixa preestabelecida.

4.70 Bomba de recalque: dispositivo hidráulico centrífugo destinado a recalcar água para os sistemas de combate a incêndio.

4.71 Bomba de reforço: dispositivo hidráulico destinado a fornecer água aos hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis hidraulicamente, quando estes não puderem ser abastecidos pelo reservatório elevado.

4.72 Bombeiro militar: funcionário público pertencente a uma corporação de atendimento às emergências públicas.

4.73 Bombeiro profissional civil: pessoa que pertencente a uma empresa especializada, ou da própria administração do estabelecimento, com dedicação exclusiva, que presta serviços de prevenção de incêndio e atendimento de emergência em edificações e eventos, e que tenha sido aprovado no curso de formação, de acordo com a norma específica.

4.74 Bombeiro voluntário: pessoa pertencente a uma organização não governamental que presta serviços de atendimento às emergências públicas.

4.75 Botijão: recipiente transportável de gás liquefeito de petróleo (GLP), com capacidade nominal de até 13 kg de GLP.

4.76 Botoeira de alarme: dispositivo destinado a dar um alarme em um sistema de segurança contra incêndio, pela interferência do elemento humano.

4.77 Botoeira “liga-desliga”: acionador manual, do tipo liga-desliga, para bomba principal.

4.78 Brigada de incêndio: grupo organizado de pessoas, voluntárias ou não, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção, abandono da edificação, combate a um princípio de incêndio e prestar os primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida.

4.79 Camada de fumaça (smoke layer): espessura acumulada de fumaça abaixo de uma barreira física ou térmica.

4.80 Câmara de espuma: dispositivo dotado de selo de vapor destinado a conduzir a espuma para o interior do tanque de armazenamento de teto cônico.

4.81 Canal de Fuga: canal que interliga os tanques à bacia de contenção a distância, construído com material incombustível, inerte aos produtos armazenados e com o coeficiente de permeabilidade mínima de 10-6 cm/s, referenciado à água a 20 ºC.

4.82 Canalização (tubulação): rede de tubos, conexões e acessórios, destinada a conduzir água para alimentar o sistema de combate a incêndios.

4.83 Canhão monitor: equipamento destinado a formar e a orientar jatos de longo alcance para combate a incêndio.

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4.84 Capacidade extintora: medida do poder de extinção de fogo de um extintor, obtida em ensaio prático normalizado.

4.85 Capacidade volumétrica: capacidade total em volume de água que o recipiente pode comportar.

4.86 Carga de incêndio: soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos em um espaço, inclusive o revestimento das paredes, divisórias, pisos e tetos.

4.87 Carga de incêndio específica: valor da carga de incêndio dividido pela área de piso do espaço considerado, expresso em megajoule (MJ) por metro quadrado (m2).

4.88 Carretel de mangotinho: dispositivo com alimentação axial onde se enrola o mangotinho.

4.89 Central de alarme: equipamento destinado a processar os sinais provenientes dos circuitos de detecção, convertê-los em indicações adequadas, comandar e controlar os demais componentes do sistema.

4.90 Central de gás: área devidamente delimitada, que contém os recipientes transportáveis ou estacionários e acessórios, destinados ao armazenamento de gás liquefeito de petróleo (GLP) para consumo.

4.91 Chama: zona de combustão na fase gasosa, com emissão de luz.

4.92 Chuveiro automático: dispositivo hidráulico para extinção ou controle de incêndios que funciona automaticamente quando seu elemento termo-sensível é aquecido à sua temperatura de operação ou acima dela, permitindo que a água seja descarregada sobre uma área especifica. (I) Chuveiro de extinção precoce e resposta rápida (ESFR-Early Suppression and Fast Response): chuveiro de resposta rápida utilizado para extinção (e não simplesmente controle) de alguns tipos de incêndios, considerados graves, típico em armazenagem a grande altura de material combustível. (2) Chuveiro de cobertura extensiva: chuveiro projetado para cobrir uma área maior do que a área de cobertura de chuveiros padrão. (3) Chuveiro de gotas grandes: chuveiro capaz de produzir gotas grandes de água, utilizado para controle de alguns tipos de incêndios graves. (4) Difusores: dispositivo para uso em aplicações que requerem formas especiais de distribuição de água, sprays direcionais ou outras características incomuns. (5) Chuveiro de estilo antigo: chuveiro que direciona 40% a 60% da água para o teto e que deve ser instalado com o refletor pendente ou de pé. (6) Chuveiro aberto: chuveiro que não possui elementos acionadores ou termossensíveis. (7) Chuveiro de resposta imediata e cobertura estendida: chuveiro de resposta rápida projetados para cobrir uma área maior do que a área de cobertura de chuveiros padrão. (8) Chuveiro de resposta imediata (QR – Quick-Response): tipo de chuveiro de resposta rápida utilizado para extinção (e não simplesmente controle) de alguns tipos de incêndio. (9) Chuveiro especial: chuveiro testado e certificado para uma aplicação específica. (10) Chuveiro tipo spray: chuveiro cujo defletor direciona a água para baixo, lançando uma quantidade mínima de água, ou nenhuma, para o teto. É o chuveiro de uso mais difundido nos últimos cinquenta anos devido à

sua capacidade de controlar incêndios em vários tipos de riscos. (II) Chuveiro resistente à corrosão: chuveiro fabricado com materiais resistentes à corrosão, ou com revestimentos especiais, para serem utilizados em atmosferas que normalmente causam corrosão. (12) Chuveiro seco: chuveiro fixado a niple de extensão que é provido de um selo na extremidade de entrada para permitir que a água ingresse em seu interior somente em caso de operação do chuveiro. Definições quanto à instalação: (a) Chuveiro oculto: chuveiro embutido coberto por uma placa que é liberada antes do funcionamento do chuveiro. (b) Chuveiro flush: chuveiro decorativo cujo corpo, ou parte dele, incluindo a rosca, é montado acima do plano inferior do teto. Ao ser ativado, o defletor se prolonga para baixo do plano inferior do teto. (c) Chuveiro pendente: chuveiro projetado para ser instalado em uma posição na qual o jato de água é direcionado para baixo, contra o defletor. (d) Chuveiro embutido: chuveiro decorativo cujo corpo, ou parte dele, exceto a rosca, é montado dentro de um invólucro embutido. (e) Chuveiro lateral: chuveiro com defletor especial projetado para descarregar água para longe da parede mais próxima a ele, em um formato parecido com um quarto de esfera. Um pequeno volume de água é direcionado à parede atrás do chuveiro. (f) Chuveiro em pé: chuveiro projetado para ser instalado em uma posição na qual o jato de água é direcionado para cima, contra o defletor.

4.93 Circulação de uso comum: passagem que dá acesso à saída de mais de uma unidade autônoma, quarto de hotel ou assemelhado.

4.94 Classe de incêndio: classificação didática na qual se definem fogos de diferentes naturezas. Adotada no Brasil em quatro classes: fogo classe A, fogo classe B, fogo classe C e fogo classe D.

4.95 Cobertura: elemento construtivo, localizado no topo da edificação, com a função de protegê-la da ação dos fenômenos naturais (chuva, calor, vento etc.).

4.96 Combate a incêndio: conjunto de ações táticas destinadas a extinguir ou isolar o incêndio com uso de equipamentos manuais ou automáticos.

4.97 Combustibilidade dos elementos de revestimento das fachadas das edificações: característica de reação ao fogo dos materiais utilizados no revestimento das fachadas dos edifícios, que podem contribuir para a propagação e radiação do fogo, determinados nas normas técnicas em vigor.

4.98 Comissão Técnica: grupo de estudo composto por militares do Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico, com objetivo de analisar e emitir pareceres relativos aos casos que necessitarem de soluções técnicas mais complexas ou apresentarem dúvidas quanto às exigências previstas nas normas vigentes.

4.99 Como construído (“as built”): documentos, desenhos ou plantas, que correspondem exatamente ao que foi executado e construído.

4.100 Compartimentação de áreas (vertical e horizontal): medidas de proteção passiva, constituídas de elementos de construção resistentes ao fogo, destinados a evitar ou minimizar a propagação do fogo, calor e gases, interna ou

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externamente ao edifício, no mesmo pavimento ou para pavimentos elevados consecutivos.

4.101 Compartimentação horizontal: medida de proteção, constituída de elementos construtivos resistentes ao fogo, separando ambientes, de tal modo que o incêndio fique contido no local de origem e evite a sua propagação no plano horizontal. Incluem-se nesse conceito os elementos de vedação abaixo descritos:

a) paredes corta-fogo de compartimentação de áreas;

b) portas e vedadores corta-fogo nas paredes de compartimentação de áreas;

c) selagem corta-fogo nas passagens das instalações prediais existentes nas paredes de compartimentação;

d) registro corta-fogo nas tubulações de ventilação e de ar condicionado que ultrapassem as paredes de compartimentação;

e) paredes corta-fogo de isolamento de riscos entre unidades autônomas;

f) paredes corta-fogo entre autônomas e áreas comuns;

g) portas corta-fogo de ingresso de unidades autônomas.

4.102 Compartimentação vertical: medida de proteção, constituída de elementos construtivos resistentes ao fogo, separando pavimentos consecutivos, de tal modo que o incêndio fique contido no local de origem e dificulte a sua propagação vertical. Incluem-se nesse conceito os elementos de vedação abaixo descritos:

a) entrepisos ou lajes corta-fogo de compartimentação de áreas;

b) vedadores corta-fogo nos entrepisos ou lajes corta-fogo;

c) enclausuramento de dutos (shafts) por meio de paredes corta-fogo;

d) enclausuramento das escadas por meio de paredes e portas corta-fogo;

e) selagem corta-fogo dos ductos (shafts) na altura dos pisos e/ou entrepisos;

f) paredes resistentes ao fogo na envoltória do edifício;

g) parapeitos ou abas resistentes ao fogo, separando aberturas de pavimentos consecutivos;

h) registros corta-fogo nas aberturas em cada pavimento dos ductos de ventilação e de ar condicionado.

4.103 Compartimentar: separar um ou mais locais do restante da edificação por intermédio de paredes resistentes ao fogo, portas, selos e “dampers” corta-fogo.

4.104 Compartimento: parte de uma edificação, compreendendo um ou mais cômodos, espaços ou andares, construídos para evitar ou minimizar a propagação do incêndio de dentro para fora de seus limites.

4.105 Compensadores síncronos: equipamento que compensa reativos do sistema, trabalhando como carga quando o sistema está com a tensão alta e trabalhando como gerador quando o sistema está com a tensão baixa.

4.106 Comunicação visual: conjunto de informações visuais aplicadas em uma edificação, com a finalidade de orientar sua população, tais como: localização de ambientes, saídas, prestação de serviços e propagandas, não se tratando especificamente de sinalização de emergência.

4.107 Conselho Técnico: conselho instituído pelo Comando Geral do CBMES com a finalidade de avaliar as edificações licenciadas e/ou construídas antes da vigência do Decreto Estadual 2.125 – N de 12 de setembro de 1985.

4.108 Consulta prévia: consulta feita pelos responsáveis técnicos pelos PSCIP’s ao CBMES, mediante pagamento de emolumento, para sanar dúvidas de estudos preliminares, não cabendo, tal procedimento, ao PSCIP já protocolado.

4.109 Contêiner: grande caixa metálica de dimensões e características padronizadas, para acondicionamento de carga geral a transportar, com a finalidade de facilitar o seu embarque, desembarque e transbordo entre diferentes meios de transporte.

4.110 Cor de contraste: aquela que contrasta com a cor de segurança a fim de fazer com que a última se sobressaia.

4.111 Cor de segurança: aquela para a qual é atribuída uma finalidade ou um significado específico de segurança ou saúde.

4.112 Corredor de inspeção: intervalo entre lotes contíguos de recipiente de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) ou outros gases.

4.113 Corrimão: barra, cano ou peça similar, com superfície lisa, arredondada e contínua, aplicada em áreas de escadas e rampas destinadas a servir de apoio para as pessoas durante o deslocamento.

4.114 Dano: lesões a pessoas, destruição de recursos naturais (água, ar, solo, animais, plantas ou ecossistemas) ou de bens materiais.

4.115 Degrau: conjunto de elementos de uma escada composta pela face horizontal conhecida como “piso”, destinado ao pisoteio e o espelho que é a parte vertical do degrau, que lhe define a altura.

4.116 Deflagração: explosão que se propaga à velocidade subsônica.

4.117 Defletor de chuveiros automáticos: componente do bico destinado a quebrar o jato sólido, de modo a distribuir a água segundo padrão estabelecido.

4.118 Densidade populacional (d): número de pessoas em uma área determinada (pessoas/m2).

4.119 Descarga: parte da saída de emergência de uma edificação que fica entre a escada e o logradouro público ou área externa com acesso a este.

4.120 Deslizador de espuma: dispositivo destinado a facilitar a aplicação suave da espuma sobre líquidos combustíveis armazenados em tanques.

4.121 Destravadores eletromagnéticos: dispositivo de controle de abertura com travamento determinado pelo acionamento magnético, decorrente da passagem de corrente elétrica.

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4.122 Detector automático de incêndio: dispositivo que, quando sensibilizado por fenômenos físicos e/ou químicos, detecta princípios de incêndio podendo ser ativado, basicamente, por calor, chama ou fumaça.

4.123 Detonação: explosão que se propaga à velocidade supersônica, caracterizada por uma onda de choque.

4.124 Dique: maciço de terra, concreto ou outro material quimicamente compatível com os produtos armazenados nos tanques, formando uma bacia capaz de conter o volume exigido por norma.

4.125 Dique intermediário: dique colocado dentro da bacia de contenção com a finalidade de conter pequenos vazamentos.

4.126 Dispositivos de descarga: equipamentos que aplicam a espuma sob forma de neblina e que aplicam o agente numa corrente compacta de baixa velocidade. Podem ser: dispositivo que descarreguem a espuma sob a forma de aspersão e terminam em um defletor ou uma calha que distribui a espuma; dispositivos que descarregam a espuma sob a forma de uma corrente compacta de baixa velocidade; podem ter ou não defletores ou calhas incluídos como parte integrantes do sistema. Esses dispositivos podem ter formas como as de tubos abertos, esguichos de fluxo direcional ou pequenas câmaras de geração com bocas de saídas abertas.

4.127 Distância de segurança: afastamento entre uma face exposta da edificação ou de um local compartimentado à divisão do lote, ao eixo da rua ou a uma linha imaginária entre duas edificações ou áreas compartimentadas do mesmo lote, medida perpendicularmente à face exposta da edificação. Com relação a líquidos combustíveis/inflamáveis e GLP é a distância mínima livre, medida na horizontal, para que em casos de acidente (incêndio, explosão), os danos sejam minimizados.

4.128 Distância máxima horizontal de caminhamento: distância máxima a ser percorrida para atingir um local seguro (espaço livre exterior, área de refugio, escada protegida ou a prova de fumaça ou local análogo do ponto de vista da segurança contra incêndio e pânico).

4.129 Distância mínima de segurança: afastamento mínimo entre a área de armazenamento de recipientes transportáveis de gás liquefeito de petróleo (GLP) e outra instalação necessária para a segurança do usuário, do manipulador, de edificação e do público em geral, estabelecida a partir do limite da área de armazenamento.

4.130 Divisória ou tabique: parede interna, baixa ou atingindo o teto, sem efeito estrutural e que, portanto, pode ser suprimida facilmente em caso de reforma.

4.131 Dosador: equipamento destinado a misturar quantidades determinadas de “extrato formador” de espuma e água.

4.132 Duto de entrada de ar (DE): espaço no interior da edificação, que conduza ar puro, coletado ao nível inferior desta, às antecâmaras, mantendo-as, com isso, devidamente ventiladas e livres de fumaça em caso de incêndio.

4.133 Duto de saída de ar (DS): espaço vertical no interior da edificação, que permite a saída, em qualquer pavimento, de gases e fumaça para o ar livre, acima da cobertura da edificação.

4.134 Duto plenum: condição de dimensionamento do sistema de pressurização no qual se admite apenas um ponto de pressurização, dispensando-se o duto interno e/ou externo para pressurização.

4.135 Ebulição turbilhonar (Boil Over): expulsão total ou parcial de petróleo ou misturas de combustíveis com características similares, ocasionada pela vaporização brusca de água existente no tanque, quando atingida pela onda de calor que se forma em consequência da combustão do produto. Para que este fenômeno ocorra, é necessário que o tanque já tenha perdido seu teto.

4.136 Edificação: área construída destinada a abrigar atividade humana ou qualquer instalação, equipamento ou material.

4.137 Edificação aberta lateralmente1: edificação ou parte de edificação que, em cada pavimento:

a) tenha ventilação permanente em duas ou mais fachadas externas, providas por aberturas que possam ser consideradas uniformemente distribuídas e que tenham comprimentos em planta que somados atinjam pelo menos 40% do perímetro do edifício e áreas que somadas correspondam a pelo menos 20% da superfície total das fachadas externas; ou b) tenha ventilação permanente em duas ou mais fachadas externas, provida por aberturas cujas áreas somadas correspondam a pelo menos 1/3 da superfície total das fachadas externas, e pelo menos 50% destas áreas abertas situadas em duas fachadas opostas. Observação: Em qualquer caso, as áreas das aberturas nas laterais externas somadas devem possuir ventilação direta para o meio externo e devem corresponder a pelo menos 5% da área do piso no pavimento e as obstruções internas eventualmente existentes devem ter pelo menos 20% de suas áreas abertas, com aberturas dispostas de forma a poderem ser consideradas uniformemente distribuídas, para permitir a ventilação. 4.138 Edificação destinada ao comércio de fogos de artifício no varejo: local destinado ao armazenamento e venda de fogos de artifício e estampido industrializados.

4.139 Edificação em exposição: construção que recebe a radiação de calor, convecção de gases quentes ou a transmissão direta de chama.

4.140 Edificação expositora: construção na qual o incêndio está ocorrendo, responsável pela radiação de calor, convecção de gases quentes e ou transmissão direta de chamas.

4.141 Edificação histórica: edificação de valor histórico reconhecido por lei federal, estadual ou municipal.

4.142 Edificação importante: edificação considerada crucial em caso de exposição ao fogo. Exemplos: casa de controle, casa de combate a incêndio, edificações com permanência de pessoas ou que contenham bens de alto valor, equipamentos ou suprimentos críticos.

__________________________________________________________________________

1 Já com nova redação da Portaria n° 205 publicada no DIO 28/05/10

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4.143 Edificação principal: construção que abriga a atividade principal sem a qual as demais edificações não teriam função.

4.144 Edificação térrea: construção de um pavimento, podendo possuir mezaninos.

4.145 Edificação histórica: edificação de valor histórico reconhecido por lei federal, estadual ou municipal.

4.146 Efeito chaminé (stack effect): fluxo de ar vertical dentro das edificações, causado pela diferença de temperatura interna e externa.

4.147 Efeito do sistema: efeito causado pelo erro de projeto e/ou instalação com configurações inadequadas do sistema onde o ventilador está instalado, ocasionando redução do desempenho do ventilador em termos de vazão.

4.148 Elemento de compartimentação: elemento de construção que compõe a compartimentação da edificação.

4.149 Elemento estrutural: todo e qualquer elemento de construção do qual dependa a resistência e a estabilidade total ou parcial da edificação.

4.150 Elemento termossensível: componente de dispositivos de proteção contra incêndio, acionado pelo efeito da elevação da temperatura.

4.151 Elevador de emergência: equipamento dotado de alimentação elétrica, independente da chave geral da edificação com comando específico, instalado em local próprio com antecâmara, permitindo o acesso e a sua utilização em casos de emergência, aos diversos andares de uma edificação.

4.152 Emergência: situação crítica e fortuita que representa perigo à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio, decorrente de atividade humana ou fenômeno da natureza que obriga a uma rápida intervenção operacional.

4.153 Entrepiso: conjunto de elementos de construção, com ou sem espaços vazios, compreendido entre a parte inferior do forro de um pavimento e a parte superior do piso do pavimento imediatamente superior.

4.154 EPI: equipamentos de proteção individual. Ex.: capacete de bombeiro, capa de bombeiro, luvas de bombeiro, óculos de segurança e outros.

4.155 Escada aberta: escada não enclausurada por paredes e porta corta-fogo.

4.156 Escada aberta externa: escada de emergência precedida de porta corta-fogo (PCF) no seu acesso, cuja projeção esteja fora do corpo principal da edificação, sendo dotada de guardacorpo ou gradil (barreiras) e corrimãos em toda sua extensão (degraus e patamares), permitindo desta forma eficaz ventilação, propiciando um seguro abandono.

4.157 Escada à prova de fumaça pressurizada: escada à prova de fumaça, cuja condição de estanqueidade à fumaça é obtida por intermédio de pressurização.

4.158 Escada enclausurada: escada protegida com paredes resistentes ao fogo e portas corta-fogo.

4.159 Escada enclausurada à prova de fumaça: escada cuja caixa é envolvida por paredes corta-fogo e dotada de portas corta-fogo, cujo acesso é por antecâmara igualmente enclausurada ou local aberto, de modo a evitar fogo e fumaça em caso de incêndio.

4.160 Escada enclausurada protegida: escada devidamente ventilada situada em ambiente envolvido por paredes resistentes ao fogo e dotada de portas corta-fogo.

4.161 Escada não enclausurada ou escada comum: escada que, embora possa fazer parte de uma rota de saída, comunica-se diretamente com os demais ambientes como corredores, “halls” e outros, em cada pavimento, não possuindo portas corta-fogo.

4.162 Escoamento (E): número máximo de pessoas possíveis de abandonar um recinto dentro do tempo máximo de abandono.

4.163 Esguicho: dispositivo adaptado na extremidade das mangueiras destinado a dar forma, direção e controle ao jato, podendo ser do tipo regulável (neblina ou compacto) ou de jato compacto.

4.164 Esguicho regulável: acessório hidráulico que dá forma ao jato, permitindo o uso d’água em forma de chuveiro de alta velocidade.

4.165 Esguicho universal: esguicho dotado de válvula destinada a formar jato sólido ou de neblina ou fechamento da água. Permite ainda acoplar um dispositivo para produção de neblina de baixa velocidade.

4.166 Espaçamento: é a maior distância livre entre os equipamentos, unidades de produção, instalações de armazenamento e transferência, edificações, vias publicas, cursos d’água e propriedades de terceiros.

4.167 Espaço confinado: local onde a presença humana é apenas momentânea para prestação de um serviço de manutenção em máquinas, tubulações e sistemas.

4.168 Espaço livre exterior: espaço externo à edificação para o qual abram seus vãos de ventilação e iluminação. Pode ser constituído por logradouro público ou pátio amplo.

4.169 Espaços comuns (communicating space): espaços dentro de uma edificação com comunicação com espaços amplos adjacentes, nos quais a fumaça proveniente de um incêndio pode propagar-se livremente. Os espaços comuns podem permitir aberturas diretamente dentro dos espaços amplos ou podem conectar-se por meio de passagens abertas.

4.170 Espaços comuns e amplos (largue volume spaces): espaço descompartimentado, geralmente com dois ou mais pavimentos que se comunicam internamente, dentro do qual a fumaça proveniente de um incêndio, tanto no espaço amplo como no espaço comum, pode mover-se ou acumular-se sem restrições. Os átrios e shoppings cobertos são exemplos de espaços amplos.

4.171 Espaços separados (separated spaces): espaços dentro de edificações que são isolados das áreas grandes por barreiras de fumaça, os quais não podem ser utilizados no suprimento de ar, visando restringir o movimento da fumaça.

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4.172 Espuma mecânica: agente extintor constituído por um aglomerado de bolhas produzidas por agitação da água com extrato formador de espuma (EFE) e ar.

4.173 Estação de carregamento: instalação especialmente construída para carregamento de caminhões-tanques ou de vagões-tanques.

4.174 Estação fixa de emulsificação: local onde se situam bombas, dosadores, válvulas e reservatórios de extrato formador de espuma.

4.175 Estação móvel de emulsificação: veículo especificado para transporte de extrato formador de espuma (EFE) e o seu emulsionamento com a água.

4.176 Estado de flutuação: condição em que a bateria de acumuladores elétricos recebe uma corrente necessária para a manutenção de sua capacidade nominal.

4.177 Estado de funcionamento do sistema: condição na qual a(s) fonte(s) de energia alimenta(m), efetivamente, os dispositivos da iluminação de emergência.

4.178 Estado de repouso do sistema: condição na qual o sistema foi inibido de iluminar propositadamente. Tanto inibido manualmente com religamento automático ou por meio de célula fotoelétrica, para conservar energia e manter a bateria em estado de carga para uso em emergência, quando do escurecimento da noite.

4.179 Estado de vigília do sistema: condição em que a fonte de energia alternativa (sistema de iluminação de emergência) está pronta para entrar em funcionamento na falta ou na falha da rede elétrica da concessionária.

4.180 Estanqueidade: (I) Propriedade de um vaso de não admitir a passagem indesejável do fluido nele contido. (2) Propriedade de um elemento construtivo em vedar a passagem de gases quentes e/ou chamas, por um período de tempo.

4.181 Exaustão: princípio pelo qual os gases e produtos de combustão são retirados do interior do túnel.

4.182 Exercício simulado: atividade prática realizada periodicamente para manter a brigada e os ocupantes das edificações com condições de enfrentar uma situação real de emergência.

4.183 Exercício simulado parcial: atividade prática abrangendo apenas uma parte da planta, respeitando-se os turnos de trabalho.

4.184 Expedidor: pessoa responsável pela contratação do embarque e transporte de logística envolvendo produtos perigosos expressos em nota fiscal ou conhecimento de transporte internacional. É responsável pela segurança veicular, compatibilidade entre os produtos e a identificação de seus riscos.

4.185 Explosão: fenômeno acompanhado de rápida expansão de um sistema de gases, seguida de uma rápida elevação na pressão; seus principais efeitos são o desenvolvimento de uma onda de choque e ruído.

4.186 Explosivos: substâncias capazes de rapidamente se transformarem em gases, produzindo calor intenso e pressões elevadas.

4.187 Extinção ou supressão de incêndio: redução drástica da taxa de liberação de calor de um incêndio e prevenção de seu ressurgimento pela aplicação direta de quantidade suficiente de agente extintor através da coluna de gases ascendentes gerados pelo fogo ate atingir a superfície incendiada do material combustível.

4.188 Extintor de incêndio: aparelho de acionamento manual, portátil ou sobre rodas, destinado a combater princípios de incêndio.

4.189 Fachada: face de uma edificação constituída de vedos e aberturas, que emitirá ou receberá a propagação de um incêndio.

4.190 Fachada de acesso operacional: face da edificação localizada ao longo de uma via pública ou privada com largura livre maior ou igual a 6 m, sem obstrução, possibilitando o acesso operacional dos equipamentos de combate e seu posicionamento em relação a ela. A fachada deve possuir pelo menos um meio de acesso ao interior do edifício e não ter obstáculos.

4.191 Faixa de estacionamento: trecho das vias de acesso que se destina ao estacionamento e operação das viaturas do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo.

4.192 Fator de massividade (“fator de forma”) (m-1): razão entre o perímetro exposto ao incêndio e a área da seção transversal de um perfil estrutural.

4.193 Filtro de partículas: elemento destinado a realizar retenção de partículas existentes no escoamento de ar e que estão sendo arrastadas por este fluxo.

4.194 Fluxo luminoso nominal: fluxo luminoso medido após 2 min de funcionamento do sistema.

4.195 Fluxo luminoso residual: fluxo luminoso medido após o tempo de autonomia garantida pelo fabricante no funcionamento do sistema.

4.196 Fogo: é a reação química de oxidação (processo de combustão), caracterizada pela emissão de calor, luz e gases tóxicos. Para que o fogo exista, é necessária a presença de quatro elementos: combustível, comburente (normalmente o oxigênio), calor e reação em cadeia.

4.197 Fogo classe A: fogo em materiais combustíveis sólidos, que queimam em superfície e profundidade, deixando resíduos.

4.198 Fogo classe B: fogo em líquidos e gases inflamáveis ou combustíveis sólidos, que se liquefazem por ação do calor e queima somente em superfície.

4.199 Fogo classe C: fogo em equipamentos de instalação elétrica energizadas.

4.200 Fogo classe D: fogo em materiais pirofóricos.

4.201 Fogos de artifício e estampido: artefato pirotécnico, que produz ruídos e efeitos luminosos.

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4.202 Fonte de energia alternativa: dispositivo destinado a fornecer energia elétrica ao(s) ponto(s) de luz de emergência na falta ou falha de alimentação na rede elétrica da concessionária.

4.203 Fonte de ingnição: fonte de calor (externa) que inicia a combustão.

4.204 Fotoluminescência: efeito alcançado por meio de um pigmento não radioativo, não tóxico, o qual absorve luz do dia ou luz artificial e emite brilho (luz) por no mínimo 10 min. O pigmento armazena fótons claros (como energia) que excita as moléculas de sulfeto, aluminato, silicato, etc e emite brilho intenso, em ambiente escuro, de cor amarelo-esverdeado.

4.205 Fumaça (smoke): partículas de ar transportadas na forma sólida, líquida e gasosa, decorrente de um material submetido a pirólise ou combustão, que juntamente com a quantidade de ar que é conduzida, ou de qualquer outra forma, misturada formando uma massa.

4.206 Gás limpo: agentes extintores na forma de gás que não degradam a natureza e não afetam a camada de ozônio. São inodoros, incolores, maus condutores de eletricidade e não corrosivos. Dividem-se em compostos halogenados e mistura de gases inertes.

Nota: o CO2 não é considerado gás limpo por sua ação asfixiante na concentração de extinção.

4.207 Gás liquefeito de petróleo (GLP): produto constituído de hidrocarbonetos com três ou quatro átomos de carbono (propano, propeno, butano, buteno), podendo apresentar-se em mistura entre si e com pequenas frações de outros hidrocarbonetos.

4.208 Gás natural liquefeito (GNL): fluido no estado líquido em condições criogênicas, composto predominantemente de metano e que pode conter quantidades mínimas de etano, propano, nitrogênio ou outros componentes normalmente encontrados no gás natural.

4.209 Gerador de espuma: equipamento que se destina a facilitar a mistura da solução com o ar para a formação de espuma.

4.210 Gerenciamento de riscos: são procedimentos a serem tomados em uma edificação ou área de risco, visando o estudo, planejamento e execução de medidas que venham a garantir a segurança contra incêndio desses locais.

4.211 Grelha de insuflamento: dispositivo utilizado nas redes de distribuição de ar, posicionado no final de cada trecho. Este elemento terminal é utilizado para direcionar e/ou distribuir de modo adequado o fluxo de ar de determinado ambiente.

4.212 Grupo motoventilador: equipamento composto por motor elétrico e ventilador, com a finalidade de insuflar ar dentro de um corpo de escada de segurança para pressurizá-la e expulsar a possível entrada de fumaça.

4.213 Grupo motogerador: equipamento cuja força provém da explosão do combustível misturado ao ar, com a finalidade de gerar energia elétrica.

4.214 Guarda ou guardacorpo: barreira protetora vertical, maciça ou não delimitando as faces laterais abertas de escadas, rampas, patamares, terraços, balcões, galerias e assemelhados, servindo como

proteção contra eventuais quedas de um nível para outro.

4.215 Heliponto: área homologada ou registrada, ao nível do solo ou elevada, utilizada para pousos e decolagens de helicópteros.

4.216 Heliportos: helipontos públicos dotados de instalações e facilidades para apoio de helicópteros e de embarque e desembarque de pessoas, tais como: pátio de estacionamento, estação de passageiros, locais de abastecimento, equipamentos de manutenção, etc.

4.217 Hidrante: ponto de tomada de água onde há uma (simples) ou duas (duplo) saídas contendo válvulas angulares com seus respectivos adaptadores, tampões, mangueiras de incêndio e demais acessórios.

4.218 Hidrante urbano de coluna: aparelho ligado à rede pública de distribuição de água, que permite a adaptação de bombas e/ou mangueiras para o serviço de extinção de incêndios.

4.219 Hidrante de parede: ponto de tomada de água instalado na rede particular, embutido em parede, podendo estar no interior de um abrigo de mangueira.

4.220 Hidrante de recalque: registro para uso do Corpo de Bombeiros, que permite o recalque de água para o sistema, podendo ser dentro da propriedade quando o acesso do Corpo de Bombeiros estiver garantido.

4.221 Hidrante para sistema de espuma: equipamento destinado a alimentar com água ou solução de espuma as mangueiras para combate a incêndio.

4.222 Ignição: iniciação da combustão.

4.223 Iluminação auxiliar: iluminação destinada a permitir a continuação do trabalho, em caso de falha do sistema normal de iluminação. Por exemplo: centros médicos, aeroportos, metrô, etc.

4.224 Iluminação de ambiente ou aclaramento: iluminação com intensidade suficiente para garantir a saída segura de todas as pessoas do local em caso de emergência.

4.225 Iluminação de balizamento ou de sinalização: iluminação de sinalização com símbolos e/ou letras que indicam a rota de saída que pode ser utilizada neste momento.

4.226 Iluminação de emergência (IE): sistema que permite clarear áreas escuras de passagens, horizontais e verticais, incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de reestabelecimento de serviços essenciais e normais, na falta de iluminação normal.

4.227 Iluminação não permanente: sistema no qual, as lâmpadas de iluminação de emergência não são alimentadas pela rede elétrica da concessionária e, só em caso de falta da fonte normal, são alimentadas automaticamente pela fonte de alimentação de energia alternativa.

4.228 Iluminação permanente: sistema no qual, as lâmpadas de iluminação de emergência são alimentadas pela rede elétrica da concessionária,

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sendo comutadas automaticamente para a fonte de alimentação de energia alternativa em caso de falta e/ou falha da fonte normal.

4.229 Incêndio: fogo sem controle, intenso, o qual causa danos e prejuízos à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio.

4.230 Índice de propagação de chamas: produto do fator de evolução do calor pelo fator de propagação de chama.

4.231 Inertização: redução do percentual de oxigênio no ambiente de modo a não ocorrer a combustão.

4.232 Inibidor de vórtice: acessório de tubulação destinado a eliminar o efeito do vórtice dentro de um reservatório.

4.233 Instalação: toda montagem mecânica, hidráulica, elétrica, eletroeletrônica, ou outra, para fins de atividades de produção industrial, geração ou controle de energia, contenção ou distribuição de fluídos líquidos ou gasosos, ocupação de toda espécie, cuja montagem tenha caráter permanente ou temporário, que necessite de proteção contra incêndio previsto na legislação.

4.234 Instalação de gás liquefeito de petróleo (GLP): sistema constituído de tubulações, acessórios e equipamentos que conduzem e utilizam o GLP para consumo, por meio da queima e/ou outro meio previsto e autorizado na legislação competente.

4.235 Instalações fixas de mangotinhos: dispositivo com suprimento fixo de gases compreendendo um ou mais cilindros que alimentam um mangotinho acondicionado em um carretel de alimentação axial, equipado na sua extremidade livre de um esguicho difusor com válvula de comando manual de jato. Este equipamento é de comando manual.

4.236 Instalações industriais: conjunto de equipamentos que não se enquadram como depósitos, postos de serviço ou refinarias, mas, onde líquidos inflamáveis são armazenados e processados.

4.237 Instalação interna de gás : conjunto de tubulações, medidores, reguladores, registros e aparelhos de utilização de gás, com os necessários complementos, destinado à condução e ao uso do gás no interior da edificação.

4.238 Instalações sob comando: o agente extintor fica armazenado em depósitos fixos e é conduzido através de tubulações rígidas até pontos táticos, onde existem válvulas terminais (difusores). Destes pontos, por meio da intervenção do homem, as tubulações são complementadas com mangotinhos até o local do foco de incêndio onde o agente é aplicado.

4.239 Instalações temporárias: locais que não possuem características construtivas em caráter definitivo, podendo ser desmontadas e transferidas para outros locais.

4.240 Instalador: pessoa física ou jurídica responsável pela execução da instalação do sistema de proteção contra incêndio em uma edificação.

4.241 Interface da camada de fumaça (smoke layer interface): limite teórico entre uma camada de fumaça e a fumaça provinda do ar externo (livre). Na prática, a interface da camada de fumaça é um limite efetivo

dentro da zona de diminuição de impacto, que pode ter vários metros de espessura. Abaixo desse limite efetivo, a densidade da fumaça na zona de transição cai a zero.

4.242 Inundação total: descarga de gases limpos, por meio de difusores fixos no interior do recinto que contém o equipamento protegido, de modo a permitir uma atmosfera inerte com uma concentração determinada de gás a ser atingida em tempo determinado.

4.243 Isolamento de riscos: medidas de proteção passiva por meio de compartimentação ou afastamentos entre blocos destinados a evitar a propagação do fogo, calor e gases, entre os blocos isolados.

4.244 Isolamento térmico: material com característica de resistir à transmissão do calor, impedindo que as temperaturas na face não exposta ao fogo superem determinados limites.

4.245 Jato compacto: tipo de jato de água caracterizado por linhas de corrente de escoamento paralelas, observado na extremidade do esguicho.

4.246 Jato de espuma de monitor (canhão): jato de grande capacidade de esguicho, que está apoiado em posição e que pode ser dirigido por um homem. O fluxo de solução de 1200L/min ou mais pode ser usado.

4.247 Jato de neblina: jato d’água contínuo de gotículas finamente divididas e projetadas em diferentes ângulos.

4.248 Lance de mangueira: mangueira de incêndio de comprimento padronizado, identificada nas extremidades conforme estabelecido nas normas da ABNT.

4.249 Lanço de escada: sucessão ininterrupta de degraus entre dois patamares sucessivos.

Nota: Um lanço de escada nunca pode ter menos de três degraus, nem subir altura superior a 3,70m.

4.250 Largura do degrau (b): distância entre o bocel do degrau e a projeção do bocel do degrau imediatamente superior, medida horizontalmente sobre a linha de percurso da escada.

4.251 Legislação de segurança contra incêndio e pânico: conjunto formado por Lei, Decreto, Normas Técnicas e Pareceres Técnicos relativos à segurança das pessoas e seus bens contra incêndio e pânico no Estado do Espírito Santo.

4.252 Leiaute (layout): distribuição física de elementos num determinado espaço.

4.253 Limite de área de armazenamento: linha fixada pela fileira externa de recipientes transportáveis de gás liquefeito de petróleo (GLP), em um lote de recipientes, acrescida da largura do corredor de inspeção, quando este for exigido.

4.254 Limite do lote de recipientes: linha fixada pela fileira externa de recipientes transportáveis de gás liquefeito de petróleo (GLP), em um lote de recipientes.

4.255 Linha de espuma: tubulação ou linha de mangueiras destinada a conduzir a espuma.

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4.256 Linha de percurso de uma escada: linha imaginária sobre a qual sobe ou desce uma pessoa que segura o corrimão, estando afastada 0,55m da borda livre da escada ou da parede.

4.257 Linha de solução: tubulação ou linha de mangueiras destinada a conduzir a solução de espuma mecânica.

4.258 Líquido combustível: líquido que possui ponto de fulgor igual ou superior a 37,8º C, subdividido como segue:

a) Classe II: líquidos que possuem ponto de fulgor igual ou superior a 37,8º C e inferior a 60º C; b) Classe IIIA: líquidos que possuem ponto de fulgor igual ou superior a 60º C e inferior a 93,4º C; c) Classe IIIB: Líquidos que possuem ponto de fulgor igual ou superior a 93,4º C.

4.259 Líquido inflamável: líquido que possui ponto de fulgor inferior a 37,8º C, também conhecido como líquido Classe I, subdividindo-se em:

a) Classe IA: líquido com ponto de fulgor abaixo de 22,8º C e ponto de ebulição abaixo de 37,8º C; b) Classe IB: líquido com ponto de fulgor abaixo de 22,8º C e ponto de ebulição igual ou acima de 37,8º C; c) Classe IC: líquido com ponto de fulgor igual ou acima de 22,8º C e ponto de ebulição abaixo de 37,8º C.

4.260 Líquidos instáveis ou reativos: líquidos que no estado puro ou nas especificações comerciais, por efeito de variação de temperatura, pressão ou de choque mecânico, na estocagem ou no transporte, tornam-se auto reativos e, em consequência, se decomponham, polimerizem ou venham a explodir.

4.261 Local de abastecimento: área determinada pelo conjunto de veículo abastecedor, mangueira flexível de abastecimento e central de gás liquefeito de petróleo (GLP).

4.262 Local de risco: área interna ou externa da edificação, onde haja a probabilidade de um perigo se materializar causando um dano.

4.263 Local de saída única: condição de um pavimento da edificação, onde a saída é possível apenas em um sentido.

4.264 Loteamento: parcelamento do solo com abertura de novos sistemas de circulação ou prolongamento, modificação ou ampliação dos existentes.

4.265 Lotes de recipientes: conjunto de recipientes transportáveis de gás liquefeito de petróleo (GLP) sem que haja corredor de inspeção entre estes.

4.266 Maior risco: aquele que possa existir oriundo de instalações projetadas ou existentes que requeira a maior demanda de água para o combate a incêndio.

4.267 Mangotinho: ponto de tomada de água onde há uma simples saída contendo válvula de abertura rápida, adaptador (se necessário), mangueira semirrígida, esguicho regulável e demais acessórios.

4.268 Mangueira de incêndio: tubo flexível, fabricado com fios naturais ou artificiais, usado para canalizar água, solução ou espuma.

4.269 Mangueira flexível: tubo flexível de material sintético com características comprovadas para uso do gás liquefeito de petróleo (GLP), podendo ou não possuir proteção metálica ou têxtil.

4.270 Manômetro: instrumento que realiza a medição de pressões efetivas ou relativas.

4.271 Manômetro de líquido ajustável: tipo de manômetro que permite a realização da avaliação da diferença de pressão entre dois ambientes por meio da comparação entre alturas de colunas de líquido dito manométrico. Permite o ajuste do valor inicial, antes do início da medição (ajuste do “zero”).

4.272 Materiais combustíveis: produtos ou substâncias (não resistentes ao fogo) que sofrem ignição ou combustão quando sujeitos a calor.

4.273 Materiais de acabamento: produtos ou substâncias que, não fazendo parte da estrutura principal, são agregados à mesma com fins de conforto, estética ou segurança.

4.274 Materiais fogorretardantes: produtos ou substâncias que, em seu processo químico, recebem tratamento para melhor se comportarem frente a ação do calor, ou ainda aqueles protegidos por produtos que dificultem a queima.

4.275 Materiais incombustíveis: produtos ou substâncias que, submetidos a ignição ou combustão, não apresentam rachaduras, derretimento, deformações excessivas e não desenvolvem elevada quantia de fumaça e gases.

4.276 Materiais semicombustíveis: produtos ou substâncias que, submetidos a ignição ou combustão, apresentam baixa taxa de queima e pouco desenvolvimento de fumaça.

4.277 Medidas de segurança contra incêndio e pânico: conjunto de dispositivos ou sistemas a serem instalados nas edificações e áreas de risco necessários para evitar o surgimento de um incêndio, limitar sua propagação, possibilitar sua extinção e ainda propiciar a proteção à vida, ao meio ambiente e ao patrimônio.

4.278 Megajoule (MJ): é a medida da capacidade calorífica dos corpos e materiais, estabelecida pelo Sistema Internacional de Unidades – SI.

4.279 Meio defensável (tenable environment): meio no qual a fumaça e o calor estão limitados e restritos, visando preservar os ocupantes num nível que não exista ameaça de vida.

4.280 Memorial: o memorial apresenta os conceitos, premissas e etapas utilizadas para definir, localizar, caracterizar e detalhar as medidas de segurança contra incêndio e pânico que deverão ser executadas na edificação.

4.281 Mezanino: pavimento que subdivide parcialmente um andar em dois andares. Não considerar pavimento os mezaninos e jiraus com área inferior a 50% da área do andar subdividido ou que possuam pé direito igual ou inferior a 2,40 m, desde que não possuam ocupação por pessoas.

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4.282 Módulo habitável: contêiner adaptado, que recebeu portas e janelas, além de instalação elétrica e/ou hidráulica; empregado como escritório, sala de reuniões, sala de treinamento ou de aula, depósito, almoxarifado ou guarita. O módulo habitável pode ser formado por um ou mais contêineres conjugados, dispostos horizontalmente (afastados ou não entre si) ou verticalmente, havendo comunicação entre os módulos, através de portas, com ou sem emprego de escadas.

4.283 Monitor: equipamento destinado a formar e orientar jatos de água ou espuma de grande volume e alcance.

4.284 Monitor fixo (canhão): equipamento que lança jato de espuma e está montado num suporte estacionário fixo ao nível do solo ou em elevação. O monitor pode ser alimentado com a solução mediante tubulação permanente ou mangueiras.

4.285 Monitor portátil (canhão): equipamento que lança jato de espuma e encontra-se num suporte móvel ou sobre rodas, de modo que pode ser transportado para cena do incêndio.

4.286 Mudança de ocupação: alteração de uso que motive a mudança de divisão da edificação e áreas de risco constante da tabela de classificações das ocupações.

4.287 Neblina de água: jato de pequenas partículas d’água, produzido por esguichos especiais.

4.288 Nível: é a parte da edificação contida em um mesmo plano.

4.289 Nível de acesso: ponto do terreno em que atravessa a projeção do parâmetro externo da parede do prédio, ao se entrar na edificação.

Nota: é aplicado para a determinação da altura da edificação para dimensionamento das saídas de emergência.

4.290 Nível de descarga: nível no qual uma porta externa conduz a um local seguro no exterior.

4.291 Norma Técnica: documento técnico, elaborado pelo CBMES, de aspecto formal próprio, que regulamenta as medidas de segurança contra incêndio e pânico nas edificações e áreas de risco, dispondo sobre as exigências de sua aplicação.

4.292 Ocupação: uso real ou uso previsto de uma edificação ou parte dela, para abrigo e desempenho de atividades de pessoas ou proteção de animais e bens.

4.293 Ocupação mista: edificação que abriga mais de um tipo de ocupação.

4.294 Ocupação principal: atividade ou uso principal exercido na edificação.

4.295 Ocupação temporária: atividade desenvolvida de caráter temporário, tais como circos, feiras, espetáculos e parques de diversões.

4.296 Ocupações temporárias em instalações permanentes: instalações de caráter temporário e transitório, não definitivo em local com características de estrutura construtiva permanente, podendo ser anexadas ocupações temporárias.

4.297 Operação automática: atividade que não depende de qualquer intervenção humana para determinar o funcionamento da instalação.

4.298 Operação manual: atividade que depende da ação do elemento humano.

4.299 Pânico: susto ou pavor que, repentino, provoca nas pessoas reação desordenada, individual ou coletiva, de propagação rápida.

4.300 Parecer Técnico: documento técnico elaborado pelo CBMES, de aspecto formal próprio, que visa a análise sobre determinada matéria, onde é emitido juízo de valor sobre o assunto tratado.

4.301 Parede corta-fogo: elemento construtivo que, sob a ação do fogo, conserva suas características de resistência mecânica, é estanque à propagação da chama e proporciona um isolamento térmico tal que a temperatura medida sobre a superfície não exposta não ultrapasse 140ºC durante um tempo especificado.

4.302 Parede corta-fogo de compartimentação: elemento estrutural resistente ao fogo por um determinado período de tempo, mantendo sua integridade e as características de vedação contra gases e fumaça. Pode possuir abertura(s), desde que provida(s) de porta(s) corta-fogo, e chega até o teto da edificação, não necessitando que o utrapasse.

4.303 Parede corta-fogo de isolamento de risco: elemento construtivo que, sob a ação do fogo, conserva suas características de resistência mecânica. É estanque à propagação da chama e proporciona um isolamento térmico tal que a temperatura medida sobre a superfície não exposta não ultrapasse 140ºC durante um determinado período de tempo. Não possui abertura(s) e deve ultrapassar um metro acima dos telhados ou das coberturas quando possuírem materiais combustíveis em seus elementos construtivos.

4.304 Parede, divisória ou porta parachamas: são aquelas que atendem as exigências de estabilidade (resistência mecânica) e estanqueidade.

4.305 Parque de tanques: área destinada à armazenamento e transferência de produtos, onde se situam tanques, depósitos e bombas de transferência; não se incluem, de modo geral, as instalações complementares, tais como escritórios, vestiários, etc.

4.306 Passarela de emergência: passagem estreita para pedestres que ocorre ao longo da pista ou dos trilhos do túnel, servida exclusivamente para rota de fuga, manutenção ou resgate, sendo iluminada, sinalizada e monitorada.

4.307 Pavimento: plano de piso.

4.308 Pavimento em pilotis: local edificado de uso comum, aberto em pelo menos três lados, devendo os lados abertos ficar afastados, no mínimo, 1,50 m das divisas. Considera-se, também, como tal, o local coberto, aberto em pelo menos duas faces opostas, cujo perímetro aberto tenha, no mínimo, 70% do perímetro total.

4.309 Pé direito: (1) distância vertical que limita o piso e o teto de um pavimento. (2) Altura livre de um andar de um edifício, medida do piso à parte inferior do teto (ou telhado).

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4.310 Peitoril: muro ou parede que se eleva à altura do peito ou pouco menos.

4.311 Percentual de aberturas em uma fachada: relação entre a área total (edificações não compartimentadas) ou área parcial (edificações compartimentadas) da fachada de uma edificação, dividido pela área de aberturas existentes na mesma fachada.

4.312 Perigo: propriedade de causar dano inerente a uma substância, a uma instalação ou a um procedimento.

4.313 Piso: superfície superior do elemento construtivo horizontal sobre a qual haja previsão de estocagem de materiais ou onde os usuários da edificação tenham acesso irrestrito.

4.314 Plano de intervenção de incêndio: plano estabelecido em função dos riscos da edificação para definir a melhor utilização dos recursos materiais e humanos em uma situação de emergência.

4.315 Plano global de segurança: integração de todas as medidas de prevenção contra incêndios e pânico que garantam a segurança efetiva das pessoas (aspecto humano) e do edifício, envolvendo as medidas de proteção ativa e passiva.

4.316 Plano particular de intervenção (PPI): procedimento peculiar de atendimento de emergência em locais previamente definidos, elaborado por profissionais de grupo multidisciplinar (Engenheiros ou Técnicos que atuem na área de segurança de incêndio e ambiental), em conjunto com o Corpo de Bombeiros.

4.317 Planta de Segurança: a Planta de Segurança será constituída pela planta de arquitetura contendo as medidas de proteção passiva além de informações, através de símbolos gráficos padronizados pelo CBMES, da localização das medidas de segurança contra incêndio e pânico, bem como os riscos existentes na edificação.

4.318 Platibandas: uma faixa horizontal (muro ou grade) que emoldura a parte superior de um edifício e que tem a função de esconder o telhado.

4.319 Poço de instalação (shaft): passagem essencialmente vertical deixada numa edificação com finalidade específica de facilitar a instalação de serviços tais como dutos de ar-condicionado, ventilação, tubulações hidráulico-sanitárias, eletrodutos, cabos, tubos de lixo, elevadores, montacargas, e outros.

4.320 Ponto de combustão: menor temperatura na qual um combustível emite vapores em quantidade suficiente para formar uma mistura com o ar na região imediatamente acima da sua superfície, capaz de entrar em ignição quando em contato com uma chama e manter a combustão após a retirada da chama.

4.321 Ponto de fulgor (flash point): menor temperatura na qual um combustível emite vapores em quantidade suficiente para formar um mistura com o ar na região imediatamente acima da sua superfície, capaz de entrar em ignição quando em contato com uma chama e não mantê-la após retirada da chama.

4.322 Ponto de ignição ou autoignição: menor temperatura na qual um combustível emite vapores em

quantidade suficiente para formar uma mistura com o ar de entrar em ignição quando em contato com o ar.

4.323 Ponto de luz: dispositivo constituído de lâmpada(s) ou outros dispositivos de iluminação, invólucro(s) e/ou outros(s) componente(s) que têm a função de promover o aclaramento do ambiente ou a sinalização.

4.324 População: número de pessoas para as quais uma edificação, ou parte dela, é projetada.

4.325 População fixa: número de pessoas que permanece regularmente na edificação, considerando-se os turnos de trabalho e a natureza da ocupação, bem como os terceiros nessas condições.

4.326 População flutuante: número de pessoas que não se enquadra no item de população fixa. Será sempre pelo número máximo diário de pessoas.

4.327 Porta corta-fogo (PCF): dispositivo construtivo (conjunto de folha(s) de porta, marco e acessórios), com tempo mínimo de resistência ao fogo, instalado nas aberturas da parede compartimentação e destinado à circulação de pessoas e equipamentos. É um dispositivo móvel que, vedando aberturas em paredes, retarda a propagação do incêndio de um ambiente para outro. Quando instaladas nas escadas de segurança, possibilitam que os ocupantes das edificações atinjam os pisos de descarga com as suas integridades físicas garantidas. Deve atender às exigências de residência mecânica, estanqueidade e isolamento térmico.

4.328 Posto de abastecimento e serviços: atividade onde são estabelecidos os tanques de combustível de veículos automotores.

4.329 Posto de abastecimento privativo: instalação interna a uma indústria ou empresa, cuja finalidade é o abastecimento de combustível e/ou lubrificantes para sua frota.

4.330 Posto de comando: local fixo ou móvel, com representantes de todos os órgãos envolvidos no atendimento de uma emergência.

4.331 Prevenção de incêndio: conjunto de medidas que visam: evitar o incêndio; permitir o abandono seguro dos ocupantes da edificação e áreas de risco; dificultar a propagação do incêndio; proporcionar meios de controle e extinção do incêndio e permitir o acesso para as operações do Corpo de Bombeiros.

4.332 Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP): é a documentação que contém os elementos formais das medidas de segurança contra incêndio e pânico de uma edificação ou área de risco que deve ser apresentada no CBMES para avaliação em análise ou vistoria.

4.333 Produtos perigosos: substâncias químicas com potencial lesivo à saúde humana e ao meio ambiente.

4.334 Profissional habilitado: pessoa física ou jurídica que goza do direito, segundo as leis vigentes, de prestar serviços especializados de proteção contra incêndio e pânico.

4.335 Profundidade de piso em subsolo: profundidade medida em relação ao nível de descarga da edificação.

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4.336 Projetista: pessoa física responsável pela elaboração de todos os documentos de um projeto, assim como do memorial.

4.337 Projeto Técnico: conjunto de peças gráficas e escritas, necessárias para a definição das características principais das medidas de segurança contra incêndio e pânico, composto de plantas, seções, elevações, detalhes e perspectivas isométricas e, inclusive, das especificações de materiais e equipamentos.

4.338 Propagação por condução: decorrente do contato direto de chamas pela fachada ou pela cobertura (em colapso) de um incêndio em uma edificação, que se propaga para outra edificação contígua.

4.339 Propagação por convecção: decorrente de gases quentes emitidos pelas aberturas existentes na fachada ou pela cobertura da edificação incendiada, que atingem a fachada da outra edificação adjacente.

4.340 Propagação por radiação térmica: aquela emitida por um incêndio em uma edificação, que se propaga por radiação por meio de aberturas existentes na fachada, pela cobertura (em colapso), ou pela própria fachada (composta de material combustível) para outra edificação adjacente.

4.341 Proporcionador: equipamento destinado a mistura em quantidades proporcionais preestabelecidas de água e liquido gerador de espuma.

4.342 Proteção ativa: são medidas de segurança contra incêndio que dependem de uma ação inicial para seu funcionamento, seja ele manual ou automática. Exemplos: extintores, hidrantes, chuveiros automáticos, sistema fixos de gases, etc.

4.343 Proteção contra exposição: recursos permanentemente disponíveis, representados pela existência de medidas de segurança contra incêndio dentro da empresa, capazes de resfriar com água as estruturas vizinhas à armazenagem de líquidos inflamáveis e combustíveis e adjacentes, enquanto durar o incêndio.

4.344 Proteção estrutural: característica construtiva que evita ou retarda a propagação do fogo e auxilia no trabalho de salvamento de pessoas em uma edificação.

4.345 Proteção passiva: são aquelas medidas de segurança contra incêndio que não dependem de ação inicial para o seu funcionamento. Exemplos: compartimentação horizontal, compartimentação vertical, escada de segurança, materiais retardantes de chamas etc.

4.346 Quadro de armazenamento de contêineres: área descoberta, não constituída, possuidora de demarcação de solo indicativa da disposição de contêineres em pátio externo.

4.347 Quadro de áreas: tabela que contém as áreas individualizadas das edificações e seus pavimentos.

4.348 Rampa: parte construtiva inclinada de uma rota de saída, que se destina a unir dois níveis ou setores de um recinto de evento.

4.349 Recipiente: vaso de pressão destinado a conter gás liquefeito de petróleo.

4.350 Recipiente aterrado: recipiente assentado no solo, devendo ser completamente coberto com areia, terra ou outro material inerte semelhante.

4.351 Recipiente enterrado: recipiente situado abaixo do nível do solo em uma cova ou trincheira preenchida com terra ou material inerte semelhante.

4.352 Recipiente estacionário: recipiente com capacidade volumétrica total superior a 0,5 m³, projetado e construído conforme normas reconhecidas internacionalmente.

4.353 Recipiente transportável trocável: recipiente transportável com capacidade volumétrica total igual ou inferior a 0,5 m³ (aproximadamente 250 kg de capacidade de GLP), projetado e construído conforme ABNT NBR 8460, abastecido por massa em base de engarrafamento e transportado cheio para troca.

4.354 Recipiente transportável abastecido no local: recipiente transportável, projetado e construído conforme ABNT NBR 8460, DOT ou ASME seção VIII e que pode ser abastecido por volume no próprio local da instalação, através de dispositivos apropriados para este fim.

4.355 Rede de alimentação: (I) conjunto de condutores elétricos, dutos e demais equipamentos empregados na transmissão de energia do sistema, inclusive a sua proteção. (II) Trecho da instalação de alta pressão, situado entre os recipientes de GLP e o primeiro regulador de pressão.

4.356 Rede de detecção, sinalização e alarme: conjunto de dispositivos de atuação automática destinados a detectar calor, fumaça ou chama e a atuar como equipamentos de proteção e dispositivos de sinalização e alarme.

4.357 Rede de distribuição: parte do sistema de abastecimento formado de tubulações e órgãos acessórios destinada a colocar água potável à disposição dos consumidores, de forma contínua, em quantidade e pressão recomendada.

4.358 Rede elétrica da concessionária: energia elétrica fornecida pela concessionária do município, a qual opera independente da vontade do usuário.

4.359 Refinaria: unidade industrial na qual são produzidos líquidos inflamáveis, em escala comercial, a partir de petróleo, gasolina natural ou outras fontes de hidrocarbonetos.

4.360 Reforma: alterações nas edificações e áreas de risco sem aumento de área construída.

4.361 Registro (damper) de sobrepressão: dispositivo que atua como regulador em ambiente que deva ser mantido em determinado nível de pressão, evitando que a pressão assuma valores maiores por onde ocorra escape do ar.

4.362 Registro de fluxo: dispositivo com a função de direcionar o fluxo de ar, normalmente utilizado na saída dos grupos motoventiladores, quando utilizado duplicidade de equipamentos.

4.363 Registro de fumaça (smoke damper): dispositivo utilizado no sistema de controle de fumaça, projetado para

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resistir à passagem de ar ou fumaça. Um registro de fumaça pode ser combinado, atendendo a requisitos de resistência a fogo e fumaça.

4.364 Registro de paragem: dispositivo hidráulico manual, destinado a interrromper o fluxo de água das instalações hidráulicas de combate a incêndio em edificações.

4.365 Registro de recalque: dispositivo hidráulico destinado a permitir a introdução de água proveniente de fontes externas, na instalação hidráulica de combate a incêndio das edificações.

4.366 Registros corta-fogo (dampers): dispositivos construtivos com tempo mínimo de resistência ao fogo, instalados nos dutos de ventilação e dutos de exaustão, que cruzam as paredes de compartimentação ou entrepisos.

4.367 Reserva Técnica de Incêndio: volume de água destinado exclusivamente ao combate a incêndio.

4.368 Reservatório ao nível do solo: reserva de incêndio cujo fundo se encontra instalado no mesmo nível do terreno natural.

4.369 Reservatório de escorva: reservatório de água com volume necessário para manter a tubulação de sucção da bomba de incêndio sempre cheia d’água.

4.370 Reservatório elevado: reserva de incêndio cujo fundo se encontra instalado acima do nível do terreno natural com a tubulação formando uma coluna d’água.

4.371 Reservatório enterrado ou subterrâneo: reserva de incêndio cuja parte superior encontra-se instalada abaixo do nível do terreno natural.

4.372 Reservatório semienterrado: reserva de incêndio cujo fundo se encontra instalado abaixo do nível do terreno natural e com a parte superior acima do nível do terreno natural.

4.373 Resistência à chama: propriedade de um material, através da qual a combustão com chama é retardada, encerrada ou impedida. A resistência à chama pode ser uma propriedade do material básico ou então imposta por tratamento especifico.

4.374 Resistência ao fogo: propriedade de um elemento construtivo, de resistir à ação do fogo por um determinado período de tempo, mantendo sua integridade, estanqueidade e isolação e/ou características de vedação aos gases e chamas.

4.375 Responsável técnico: é o profissional legalmente habilitado perante órgão de fiscalização profissional, para elaboração e/ou execução de atividades relacionadas à segurança contra incêndio e pânico devidamente cadastrado no CBMES.

4.376 Risco: propriedade de um perigo se materializar causando um dano. O risco é a relação entre a probabilidade e a consequência. O risco pode ser físico (ruídos, vibrações, radiações, pressões anormais, temperaturas extremas, umidade e iluminação deficiente). Pode ser químico (poeiras, fumos, vapores, gases, líquidos e neblinas provenientes de produtos químicos). Pode ainda ser biológico (vírus, bactérias, protozoários, fungos, bacilos, parasitas e animais peçonhentos).

4.377 Risco iminente: possibilidade de ocorrência de sinistro que requer ação imediata.

4.378 Risco isolado: é a característica construtiva na qual se tem a separação física de uma edificação em relação às demais circunvizinhas, cuja característica básica é a impossibilidade técnica de uma edificação ser atingida pelo calor irradiado, conduzido ou propagado pela convecção de massas gasosas aquecidas, emanadas de outra atingida por incêndio

4.379 Risco isolado de central de GLP: distância da central de gás liquefeito de petróleo (GLP) à projeção da edificação.

4.380 Risco predominante: maior risco determinado pela carga de incêndio dentre as ocupações, em função da área dos pavimentos.

Notas: 1) ocorrendo equivalência na somatória da carga de incêndio, adotar-se-á, para efeito da classificação do maior risco, a ocupação que possuir maior carga de incêndio por m²; 2) para o dimensionamento das saídas de emergência, os locais com concentração de público prevalecerão como sendo o maior risco. 4.381 Saída de emergência, rota de fuga, rota de saída ou saída: caminho contínuo, devidamente protegido e sinalizado, proporcionado por portas, corredores, “halls”, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas, conexões entre túneis paralelos ou outros dispositivos de saída ou combinações desses, a ser percorrido pelo usuário em caso de emergência, de qualquer ponto da edificação, recinto de evento ou túnel, até atingir a via pública ou espaço aberto (área de refúgio) com garantia de integridade física.

4.382 Saída horizontal: passagem de um edifício para outro por meio de porta corta-fogo, vestíbulo, passagem coberta, passadiço ou balcão.

4.383 Saída única: local em um setor do recinto de evento, onde a saída é possível apenas em um sentido.

4.384 Sapê, piaçava (ou piaçaba): fibras vegetais de fácil combustão, de largo emprego na zona rural para cobertura de ranchos, no fabrico de vassouras e também utilizadas como cobertura de edificações destinadas a reunião de público, tais como bares, lanchonetes, restaurantes, casas de espetáculos etc.

4.385 Seção de Atividade Técnica (SAT): órgão secundário do Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico, vinculado a estrutura organizacional da OBM onde está situada.

4.386 Segurança contra incêndio: conjunto de ações e recursos, internos e externos à edificação e áreas de risco, que permitam controlar a situação de incêndio.

4.387 Segurança: compromisso a cerca da relativa proteção da exposição a riscos.

4.388 Selos corta-fogo: dispositivos construtivos com tempo mínimo de resistência ao fogo, instalados nas

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passagens de eletrodutos e tubulações que cruzam as paredes de compartimentação ou entrepisos.

4.389 Separação corta-fogo: elemento de construção que funciona como barreira contra a propagação do fogo, avaliado conforme norma existente.

4.390 Separação de riscos de incêndio: recursos que visam separar fisicamente edificações ou equipamentos. Podem ser áreas livres, barreiras de proteção, anteparos e/ou paredes de material incombustível, com resistência mínima à exposição ao fogo de 2 horas.

4.391 Setor: espaço delimitado por elementos construtivos que condicionam a circulação das pessoas para outras partes do recinto, permitindo ainda a lotação ordenada do local.

4.392 Severidade da exposição: soma total da energia produzida com a evolução de um incêndio, que resulta na intensidade de uma exposição.

4.393 Shaft: abertura existente na edificação, vertical ou horizontal, que permite a passagem e interligação de instalações elétricas, hidráulicas ou de outros dispositivos necessários.

4.394 Shopping coberto (covered mall): espaço amplo criado por uma área coberta de pedestre em uma edificação agregando um número de ocupantes, tais como lojas de varejo, bares, entretenimento e diversão, escritórios ou outros usos similares, onde esses espaços ocupados são abertos permitindo comunicação direta com a área de pedestres.

4.395 Simulado: emprego técnico e tático dos meios disponíveis, realizados por pessoal especializado, em situação não real, visando o treinamento dos participantes.

4.396 Sinais visuais: compreendem a combinação de símbolos, mensagens, formas geométricas, dimensões e cores.

4.397 Sinalização de emergência: conjunto de sinais visuais que indicam, de forma rápida e eficaz, a existência, a localização e os procedimentos referentes a saídas de emergência, equipamentos de segurança contra incêndios e riscos potenciais de uma edificação ou áreas relacionadas a produtos perigosos.

4.398 Sinistro: ocorrência de prejuízo ou dano, causado por incêndio ou acidente, explosão etc.

4.399 Sistema de aspersão de espuma: sistema especial, ligado à fonte da solução produtora, estando equipado com aspersores de neblina para descarga e distribuição na área a ser protegida.

4.400 Sistema de carregamento: dispositivo para o abastecimento de tanques de combustível de motores de veículos, que engloba uma ou mais unidades de abastecimento.

4.401 Sistema de chuveiros automáticos: conjunto integrado de tubulações, acessórios, abastecimento de água, válvulas e dispositivos sensíveis à elevação de temperatura, de forma a processar água sobre o foco de incêndio em uma densidade adequada para extinguí-lo ou controlá-lo em seu estágio inicial.

4.402 Sistema de chuveiro automático de tubo seco: rede de tubulação fixa, permanentemente seca, mantida sob pressão do ar comprimido ou nitrogênio, em cujos ramais são instalados os chuveiros automáticos.

4.403 Sistema de controle de fumaça (smoke management system): um sistema projetado, que inclui todos os métodos isolados ou combinados, para modificar o movimento da fumaça.

4.404 Sistema de detecção e alarme: conjunto de dispositivos que visa a identificar um princípio de incêndio, notificando sua ocorrência a uma central, que repassará este aviso a uma equipe de intervenção, ou determinará o alarme para a edificação, com o consequente abandono da área.

4.405 Sistemas de hidrantes ou de mangotinhos: conjunto de dispositivos de combate a incêndio composto por reserva de incêndio, bombas de incêndio (quando necessário), rede de tubulação, hidrantes ou mangotinhos e outros acessórios descritos nesta norma.

4.406 Sistema fixo de espuma: sistema constituído de um reservatório e dispositivo de dosagem do EFE (extrato formador de espuma) e uma tubulação de fornecimento da solução que abastece os dispositivos formadores de espuma.

4.407 Solução de espuma: pré-mistura de água com EFE (extrato formador de espuma).

4.408 Sprinkler: ver chuveiro automático.

4.409 Subestação atendida: instalação operada localmente e que dispõe de pessoas permanentes ou estacionadas.

4.410 Subestação compacta: instalação atendida ou não, localizada em região urbana, com os tipos descritos abaixo:

a) subestação abrigada: Instalação total ou parcialmente abrigada, devido a fatores diversos, com limitação de área do empreendimento, aspectos econômicos e sociais; b) subestação subterrânea: instalações que se encontram situadas abaixo do nível do solo;

c) subestação de uso múltiplo: Instalação localizada em uma única área compartilhada pelo proprietário e por terceiros.

4.411 Subestação de uso múltiplo: instalação convencional, acrescida de outras edificações separadas e distanciadas entre si, de único proprietário.

4.412 Subestação elétrica convencional: instalação de pátio que se encontra ao ar livre, podendo os transformadores permanecer ou não enclausurados.

4.413 Subestação não-atendida: instalação tele-controlada ou operada localmente por pessoas não permanentes ou não estacionadas.

4.414 Subsolo: pavimento situado abaixo do perfil do terreno. Não será considerado subsolo o pavimento que possuir ventilação natural e tiver sua laje de cobertura acima de 1,20m do perfil do terreno.

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4.415 Substância tóxica: aquela capaz de produzir danos a saúde, através do contato, inalação ou ingestão.

4.416 Supervisão (supervision): autoteste do sistema de controle de fumaça, na qual o circuito de condutores ou dispositivos de função é monitorado para acompanhar a falha ou integridade dos condutores e dos equipamentos controlam o sistema.

4.417 Supressão de incêndio: ver extinção de incêndio.

4.418 Tambor: grande vasilha metálica, cilíndrica, usada para armazenar e transportar combustíveis líquidos.

4.419 Tanque: reservatório cilíndrico estacionário com capacidade volumétrica maior que 250 litros, que se destina a armazenagem de produtos.

4.420 Tanque a baixa pressão: tanque vertical projetado para operar com pressão manométrica interna, superior a 6,9 KPa (I psi), até 103,4 KPa (15 psi), medida no topo do tanque.

4.421 Tanque atmosférico: tanque vertical projetado para operar com pressão manométrica interna, desde a pressão atmosférica até 6,9 KPa (I psi), medida no topo do tanque.

4.422 Tanque atmosférico não refrigerado: reservatório não equipado com sistema de refrigeração.

4.423 Tanque atmosférico refrigerado: reservatório equipado com sistema de refrigeração, que visa controlar a temperatura entre – 35ºC a – 40ºC de forma a manter o gás liquefeito de petróleo (GLP) em estado líquido sem a necessidade de pressurização.

4.424 Tanque de consumo: tanque diretamente ligado a motores ou equipamentos térmicos, visando a alimentação destes.

4.425 Tanques de maior risco: reservatório contendo líquido combustível ou inflamável, que possui maior demanda de vazão de espuma mecânica e/ou água para resfriamento.

4.426 Tanque de superfície: tanque que possui a sua base totalmente apoiada sobre a superfície do solo.

4.427 Tanque de teto cônico: reservatório com teto soldado na parte superior do costado.

4.428 Tanque de teto fixo: tanque vertical cujo teto está ligado à parte superior de seu costado.

4.429 Tanque de teto flutuante: Tanque vertical projetado para operar à pressão atmosférica, cujo teto flutua sobre a superfície do líquido.

4.430 Tanque elevado: tanque instalado acima do nível do solo, apoiado em uma estrutura e com espaço livre sobre esta.

4.431 Tanque horizontal: tanque com eixo horizontal, que pode ser construído e instalado para operar acima do nível, no nível, ou abaixo do nível do solo.

4.432 Tanque subterrâneo: tanque horizontal construído e instalado para operar abaixo do nível do solo e totalmente enterrado.

4.433 Tanque vertical: reservatório de base apoiada sobre o solo.

4.434 Taxa de aplicação: vazão de solução de espuma a ser lançada sobre a área da superfície líquida em chamas.

4.435 Temperatura crítica: temperatura que causa o colapso no elemento estrutural.

4.436 Tempo de comutação: intervalo de tempo entre a interrupção da alimentação da rede elétrica da concessionária e a entrada em funcionamento do sistema de iluminação de emergência.

4.437 Tempo máximo de abandono (t): duração considerada para que todos os ocupantes do recinto consigam atingir o espaço livre exterior.

4.438 Tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF): duração de resistência ao fogo dos elementos construtivos de uma edificação, estabelecida pelas normas.

4.439 Terceiros: prestadores de serviço.

4.440 Terraço: local descoberto sobre uma edificação ou ao nível de um de seus pavimentos acima do pavimento térreo.

4.441 Teste: verificação ou prova (fazer funcionar experimentalmente), para determinar a qualidade ou comportamento de um sistema de acordo com as condições estabelecidas na Norma Técnica.

4.442 Torre de espuma: equipamento portátil destinado a facilitar a aplicação da espuma em tanques.

4.443 Trajetórias de escape: vazão de ar que sai dos ambientes pressurizados, definida no projeto do sistema, e é através deste fluxo de ar que são estabelecidas as trajetórias que serão percorridas pelo ar que gera a pressurização.

4.444 Transposição: abertura ou túnel de interligação entre túneis gêmeos, sinalizada, com pavimentação rodoviária ou trilhos ferroviários, servindo para desvio do tráfego de veículos ou trens.

4.445 Tuboluva de proteção: dispositivo no interior do qual a tubulação de gás (GLP, nafta, natural ou outro similar) é montada, e cuja finalidade é diminuir o risco de um princípio de incêndio próximo às juntas, soldas e conexões, atingir a proteção contra incêndio existente nos dutos de sucção e/ou pressurização, visando ainda ao não confinamento de gás em locais não ventilados.

4.446 Tubulação (canalização): conjunto de tubos, conexões e outros acessórios destinados a conduzir água, desde a reserva de incêndio até os hidrantes ou mangotinhos.

4.447 Tubulação seca: parte do sistema de hidrantes, que por condições específicas, fica permanentemente sem água no seu interior, sendo pressurizada por viatura de combate a incêndios.

4.448 Túnel ferroviário: estrutura pavimentada com trilhos, abaixo do nível do solo, com superfície protegida por estrutura de rocha, concreto e/ou aço, destinada à passagem de trens ferroviários para transporte de passageiros e/ou cargas.

4.449 Túnel metroviário: estrutura pavimentada com trilhos, abaixo do nível do solo, com superfície protegida por estrutura de rocha, concreto, e/ou aço,

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destinada à passagem de trens metroviários para transporte de passageiros.

4.450 Túnel rodoviário: estrutura pavimentada, abaixo do nível do solo, com superfície protegida por estrutura de rocha, concreto, e/ou aço, destinada à passagem de veículos de passageiros e/ou transporte de carga.

4.451 Unidade autônoma: parte da edificação vinculada a uma fração ideal de terreno, sujeita às limitações da lei, constituída de dependências e instalações de uso privativo e de parcela de dependências e instalações de uso comum da edificação, assinalada por designação especial numérica, para efeitos de identificação, nos termos da Lei Federal nº 4591, de 16 de dezembro de 1964. Unidades autônomas: para efeitos de compartimentação e resistência ao fogo entende-se como sendo os apartamentos residenciais; os apartamentos de hotéis, motéis e flats; as salas de aula; as enfermarias e quartos de hospitais; as celas dos presídios e assemelhados.

4.452 Unidade de passagem: largura mínima para a passagem de uma fila de pessoas, fixada em 0,55 m.

Nota: Capacidade de uma unidade de passagem é o número de pessoas que passa por esta unidade em 1,0 minuto.

4.453 Unidade de processamento: estabelecimento ou parte de estabelecimento cujo objetivo principal é misturar, aquecer, separar ou processar, de outra forma, líquidos inflamáveis. Nesta definição não estão incluídas as refinarias, destilarias ou unidades químicas.

4.454 Válvula de retenção: dispositivo hidráulico destinado a evitar o retorno da água para o reservatório.

4.455 Válvulas: acessórios de tubulação destinado a controlar ou bloquear o fluxo de água no interior das tubulações.

4.456 Varanda: parte da edificação, não em balanço, limitada pela parede perimetral do edifício, tendo pelo menos uma das faces aberta para o logradouro ou área de ventilação.

4.457 Vaso de pressão: reservatório que opera com pressão manométrica interna superior a 103,4 KPa (1,05 kgf/cm2), fabricado conforme a norma ASME “Boiler and Pressure Vessel Code”.

4.458 Vazamento: vazão de ar que sai do ambiente e/ou da rede de dutos de modo não desejável causando perda de uma parcela do ar que é insuflado.

4.459 Vedadores corta-fogo: dispositivos construtivos com tempo mínimo de resistência ao fogo, instalados nas aberturas das paredes de compartimentação ou dos entrepisos, destinadas à passagem de instalações elétricas e hidráulicas etc.

4.460 Veículo abastecedor: veículo especificamente homologado para transporte e transferência de gás liquefeito de petróleo (GLP) a granel.

4.461 Veios: dispositivos instalados no interior de curvas, bifurcações ou outros acessórios com a finalidade de direcionar o fluxo de ar, visando, também, à diminuição da perda de carga localizada.

4.462 Velocidade (v): distância percorrida por uma pessoa em uma unidade de tempo (m/min).

4.463 Veneziana de tomada de ar: dispositivo localizado em local fora do risco de contaminação por fumaça proveniente do incêndio e por partículas que proporcionam o suprimento de ar adequado para o sistema de pressurização.

4.464 Ventilação constante: movimentação constante de ar em um ambiente.

4.465 Ventilação cruzada: movimentação de ar, que se caracteriza por aberturas situadas em lados opostos das paredes de uma edificação, sendo uma localizada junto ao piso e a outra situada junto ao teto.

4.466 Verga: peça que se põe horizontalmente sobre ombreiras de porta ou de janela.

4.467 Via de acesso: espaço destinado para as viaturas do CBMES adentrarem no entorno da edificação, da área de risco e da faixa de estacionamento.

4.468 Via urbana: espaços abertos destinados à circulação pública (tais como ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares), situados na área urbana e caracterizados principalmente por possuírem imóveis edificados ao longo de sua extensão.

4.469 Viaduto: obra de construção civil destinada a transpor uma depressão de terreno ou servir de passagem superior.

4.470 Vias de acesso para atendimento à emergências: áreas ou locais definidos para passagem de pessoas, em casos de abandono de emergência, e/ou para transporte de equipamentos ou materiais para extinção de incêndios.

4.471 Vigas principais: elementos estruturais ligados diretamente aos pilares ou a outros elementos estruturais que sejam essenciais à estabilidade do edifício como um todo.

4.472 Visto: é o ato administrativo pelo qual o Poder Público controla outro ato da própria administração ou do administrado, aferindo legitimidade formal para dar-lhe exequibilidade, não examinando para isto o conteúdo do mérito.

4.473 Vistoria: é a avaliação da edificação ou área de risco para verificação de conformidade das medidas de segurança contra incêndio e pânico com o PSCIP e/ou com as demais exigências da legislação vigente.

4.474 Vistoria de concessão do ALCB: é a primeira vistoria em edificações ou áreas de risco após seu cadastro no CBMES ou aprovação do Projeto Técnico. Tem a finalidade de atestar se as medidas de segurança contra incêndio e pânico exigidas no PSCIP foram corretamente executadas.

4.475 Vistoria de renovação do ALCB: são as vistorias posteriores à vistoria de concessão do ALCB. Tem a finalidade de atestar se as medidas de segurança contra incêndio e pânico exigidas no PSCIP permanecem em condições de uso.

4.476 Vistoriador: servidor público militar, credenciado para o Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico do CBMES.

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4.477 Vítima: pessoa ou animal que sofreu qualquer tipo de lesão ou dano.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 04/2009

CARGA DE INCÊNDIO NAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - CARGAS DE INCÊNDIO ESPECÍFICAS

B - LEVANTAMENTO DA CARGA DE INCÊNDIO

C - EXEMPLO DE MEMORIAL DE CÁLCULO DE CARGA

DE INCÊNDIO

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 164-R, DE 29 DE OUTUBRO DE 2009.

Aprova a Norma Técnica nº 04/2009 do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo que versa sobre carga de incêndio nas edificações e áreas de risco.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2.125-N, de 12 de setembro de 1985,

RESOLVE: Art. 1º Aprovar a Norma Técnica n° 04/2009, do Centro de Atividades Técnicas. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor 30 (trinta) dias após a data da publicação. Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 29 de Outubro de 2009.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES

Publicada no Diário Oficial de 08 de dezembro de 2009

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1 OBJETIVO Estabelecer valores característicos de carga de incêndio nas edificações e áreas de risco, conforme a ocupação e uso específico. 2 APLICAÇÃO As cargas de incêndio constantes nesta Norma Técnica aplicam-se às edificações e áreas de riscos para classificação do risco de incêndio e determinação do nível de exigência das medidas de segurança contra incêndio e pânico, atendendo ao previsto na Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 14432/2000 - Exigências de Resistência ao Fogo de Elementos Construtivos de Edificações - Procedimento; Instrução Técnica 14/2004 - CBPMESP. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes na NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico, além do seguinte: 4.1 Carga de incêndio: é a soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis em um espaço, inclusive os revestimentos das paredes, divisórias, pisos e tetos. 4.2 Carga de incêndio específica (qfi): é o valor da carga de incêndio dividido pela área de piso do espaço considerado, expresso em megajoule (MJ) por metro quadrado (m²). 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Condições Gerais 5.1.1 Para efeito da classificação do risco de incêndio são utilizadas as densidades de carga de incêndio conforme Tabela 1.

Tabela 1 - Classificação quanto ao risco de incêndio.

Risco Carga de incêndio específica (MJ/m²)

Baixo qfi ≤ 300 MJ/m²

Médio 300 < qfi ≤ 1200 MJ/m²

Alto qfi ≥1200 MJ/m²

5.1.2 Para determinação da carga de incêndio específica das edificações aplica-se a Tabela A.1 constante do Anexo A, observadas as condições específicas constantes na subseção 5.2.

5.1.3 Quando existirem ocupações mistas que não sejam separadas por compartimentação, aplica-se as exigências da ocupação de maior risco. Caso haja compartimentação, aplicam-se as exigências de cada risco específico. 5.1.4 Os riscos são considerados isolados quando forem atendidos os afastamentos e isolamentos entre edificações, cujos requisitos são estabelecidos em Norma Técnica especifica. Caso haja isolamento de risco, aplicam-se as exigências de cada risco específico. 5.2 Condições específicas 5.2.1 Ocupações não listadas na Tabela A.1 do Anexo A devem ter os valores da carga de incêndio específica determinados por similaridade. Pode-se admitir a similaridade entre as edificações comerciais (Grupo “C”) e industriais (Grupo “I”). 5.2.2 As edificações destinadas a depósitos (Grupo “J”), explosivos (Grupo “L”) e ocupações especiais (Grupo “M”) aplicam-se a metodologia constante do Anexo B. 5.2.2.1 As edificações destinadas a depósitos (Grupo “J”) que tiverem os materiais armazenados bem definidos, poderão ter os valores da carga de incêndio específica determinados por similaridade. Pode-se admitir a similaridade entre as edificações destinadas a depósitos (Grupo ”J”), comerciais (Grupo “C”) e industriais (Grupo “I”). 5.2.2.2 As edificações do Grupo “L” (explosivos) e divisão “M-2” (tanques ou parques de tanques) que não comprovarem carga de incêndio mediante memorial de cálculo, serão classificadas como risco alto. 5.2.3 O levantamento da carga de incêndio específica constante do Anexo B deve ser realizado em módulos de no máximo 500 m² de área de piso, ou em um módulo igual a área do piso do compartimento se este for inferior a 500 m². Módulos maiores de 500 m² podem ser utilizados quando o espaço analisado possuir materiais combustíveis com potenciais caloríficos semelhantes e uniformemente distribuídos. 5.2.4 A carga de incêndio específica do piso analisado deve ser tomada como sendo a média entre os dois módulos de maior valor. 5.2.5 Quando artigos incombustíveis que não estejam incluídos na Tabela A.1 do Anexo A tiverem acondicionamento combustível, os valores da carga de incêndio específica devem ser equiparadas aos valores do acondicionamento, conforme a Tabela A.2 do Anexo A. 5.2.6 Para levantamento da carga de incêndio específica deve-se considerar o maior valor entre a carga de incêndio específica do acondicionamento e do material acondicionado. 5.2.7 Considerar que 1 kg (um quilograma) de madeira equivale a 19,0 megajoules (MJ); 1 caloria equivale a 4,185 joules (J); e 1 BTU equivale a 252 calorias (cal).

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6 DISPOSIÇÕES GERAIS 6.1 Quando a densidade de carga de incêndio não for uniformemente distribuída sobre a área de piso de edificação, a critério do responsável técnico pelo processo de segurança contra incêndio e pânico, a densidade de carga de incêndio característica poderá ser determinada por medição direta, segundo o método descrito no Anexo B. 6.2 Nas edificações em que a densidade de carga de incêndio superar em quantidade os valores característicos estipulados no Anexo A, o responsável técnico pelo processo de segurança contra incêndio e pânico, deverá necessariamente utilizar o método de medição direta, conforme subseção 6.1. 6.3 Em todos os casos de medição direta da densidade de carga de incêndio, o memorial correspondente deverá ser submetido à aprovação do CBMES. 6.4 Os parâmetros básico de segurança contra incêndio e pânico, referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico são os seguintes: a) carga de incêndio específica; b) juntar o memorial de carga de incêndio quando necessário.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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ANEXO A

TABELA A.1 - VALORES DAS CARGAS DE INCÊNDIO ESPECÍFICAS1

Ocupação/Uso Descrição Divisão Carga de incêndio (qfi)

em MJ/m2

Residencial

Alojamentos estudantis A - 3 300 Apartamentos A - 2 300 Casas térreas ou sobrados A - 1 300 Pensionatos A - 3 300

Serviços de Hospedagem

Hotéis B - 1 500 Motéis B - 1 500

Apart-hotéis B - 2 300

Comercial varejista, Loja

Ver subseção 5.2

Açougue C - 1 40 Antiguidades C - 2 700 Aparelhos eletrodomésticos C - 1 300 Aparelhos eletrônicos C - 2 400 Armarinhos C - 2 600 Armas C - 1 300 Artigos de bijouteria, metal ou vidro C - 1 300 Artigos de cera C - 2 2100 Artigos de couro, borracha, esportivos C - 2 800 Automóveis C - 1 200 Bebidas destiladas C - 2 700 Brinquedos C - 2 500 Calçados C - 2 500 Couro, artigos de C - 2 700 Drogarias (incluindo depósitos) C - 2 1000 Esportes, artigos de C - 2 800 Ferragens C - 1 300 Floricultura C - 1 80 Galeria de quadros C - 1 200 Joalherias C - 1 300 Livrarias C - 2 1000 Lojas de departamento ou centro de compras (Shoppings) C - 2/ C - 3 800

Materiais de construção C - 2 800 Máquinas de costura ou de escritório C - 1 300 Materiais fotográficos C - 1 300 Móveis C - 2 400 Papelarias C - 2 700 Perfumarias C - 2 400 Produtos têxteis C - 2 600 Relojoarias C - 2 600 Supermercados C - 2 400 Tapetes C - 2 800 Tintas e vernizes C - 2 1000 Verduras frescas C - 1 200 Vinhos C - 1 200 Vulcanização C - 2 1000

Serviços profissionais,

pessoais e técnicos

Agências bancárias D - 2 300 Agências de correios D - 1 400 Centrais telefônicas D - 1 100 Cabeleireiros D - 1 200 Clínicas e consultórios médicos ou odontológicos. D - 1 200

Copiadora D - 1 400 Encadernadoras D - 1 1000 Escritórios D - 1 700

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Serviços profissionais,

pessoais e técnicos

Estúdios de rádio ou de televisão ou de fotografia D - 1 300

Laboratórios químicos D - 4 500 Laboratórios (outros) D - 4 300 Lavanderias D - 3 300 Oficinas elétricas D - 3 600 Oficinas hidráulicas ou mecânicas D - 3 200 Pinturas D -3 500 Processamentos de dados D - 1 400

Educacional e cultura física

Academias de ginástica e similares E - 3 300 Pré-escolas e similares E - 5 300 Creches e similares E - 5 300 Escolas em geral E-1/E-2/E-4/E-6 300

Locais de reunião de Público

Bibliotecas F - 1 2000 Cinemas, teatros e similares F - 5 600 Circos e assemelhados F - 7 500 Centros esportivos e de exibição F - 3 150 Clubes sociais, boates e similares F - 6 600 Estações e terminais de passageiros F - 4 200 Exposições F - 10 Adotar Anexo B Igrejas e templos F - 2 200 Museus F - 1 300 Restaurantes F - 8 300

Serviços automotivos e assemelhados

Estacionamentos G - 1/G - 2 200

Oficinas de conserto de veículos e manutenção

G - 4 300

Postos de abastecimentos (tanque enterrado) G - 3 300

Hangares G - 5 200

Serviços de saúde e Institucionais1

Asilos H - 2 350 Hospitais em geral H-1/H-3 300 Presídios e similares H - 5 100 Quartéis e similares H - 4 450

Industrial

Ver subseção 5.2

Aparelhos eletroeletrônicos, fotográficos, ópticos

I - 2 400

Acessórios para automóveis I - 1 300 Acetileno I - 2 700 Alimentação I - 2 800 Aço, corte e dobra, sem pintura, sem embalagem

I - 1 40

Artigos de borracha, coriça, couro, feltro, espuma I - 2 600

Artigos de argila, cerâmica ou porcelanas I - 1 200

Artigos de bijuteria I - 1 200 Artigos de cera I - 2 1000 Artigos de gesso I - 1 80 Artigos de madeira em geral I - 2 800 Artigos de madeira, impregnação I - 3 3000 Artigo de mármore I - 1 40 Artigos de metal, forjados I - 1 80 Artigos de metal, fresados I - 1 200 Artigos de peles I - 2 500 Artigos de plásticos em geral I - 2 1000 Artigos de tabaco I -1 200 Artigos de vidro I - 1 80 Automotiva e autopeças (exceto pintura)

I - 1 300

Automotiva e autopeças (pintura) I - 2 500 Aviões I - 2 600

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Industrial

Ver subseção 5.2

Balanças I - 1 300

Barcos de madeira ou de plástico I - 2 600 Barcos de metal I - 2 600 Baterias I - 2 800 Bebidas destilada I - 2 500 Bebidas não alcoólicas I - 1 80 Bicicletas I - 1 200 Brinquedos I - 2 500 Café (inclusive torrefação) I - 2 400 Caixotes barris ou pallets de madeira I - 2 1000 Calçados I - 2 600 Carpintarias e marcenarias I - 2 800 Cera de polimento I - 3 2000 Cerâmica I - 1 200 Cereais I - 3 1700 Cervejarias I - 1 80 Chapas de aglomerado ou compensado I - 1 300 Chocolate I - 2 400 Cimento I - 1 40 Cobertores, tapetes I - 2 600 Colas I - 2 800 Colchões (exceto espuma) I - 2 500 Condimentos, conservas I - 1 40 Confeitarias I - 2 400 Congelados I - 2 800 Cortiça, artigos de I - 2 600 Couro, curtume I - 2 700 Couro sintético I - 2 1000 Defumados I - 1 200 Discos de música I - 2 600 Doces I - 2 800 Espumas I - 3 3000 Estaleiros I - 2 700 Farinhas I - 3 2000 Feltros I - 2 600

Fermentos I - 2 800

Ferragens I - 1 300 Fiações I - 2 600 Fibras sintéticas I - 1 300 Fios elétricos I - 1 300 Flores artificiais I - 1 300 Fornos de secagem com grade de madeira

I - 2 1000

Forragem I - 3 2000 Frigoríficos I - 3 2000 Fundições de metal I - 1 40 Galpões de secagem com grade de madeira

I - 2

400

Galvanoplastia I - 1 200 Geladeiras I - 2 1000 Gelatinas I - 2 800 Gesso I - 1 80 Gorduras comestíveis I - 2 1000 Gráficas (empacotamento) I - 3 2000 Gráficas (produção) I - 2 400 Guarda-chuvas I - 1 300 Instrumentos musicais I - 2 600 Janelas e portas de madeira I - 2 800 Jóias I - 1 200 Laboratórios farmacêuticos I - 1 300

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Industrial

Ver subseção 5.2

Laboratórios químicos I - 2 500 Lápis I - 2 600 Lâmpadas I - 1 40 Latas metálicas, sem embalagem I - 1 100 Laticínios I - 1 200 Malas, fabrica I - 2 1000 Malharias I - 1 300 Máquinas de lavar de costura ou de escritório I - 1 300

Massas alimentícias I - 2 1000 Mastiques I - 2 1000 Matadouro I - 1 40 Materiais sintéticos ou plásticos I - 3 2000 Metalúrgica I - 1 200 Montagens de automóveis I - 1 300 Motocicletas I - 1 300 Motores elétricos I - 1 300 Móveis I - 2 600 Ólarias I - 1 100 Óleos comestíveis e óleos em geral I - 2 1000 Padarias I - 2 1000 Papéis (acabamento) I - 2 500 Papéis (preparo de celulose) I - 1 80 Papéis (procedimento) I - 2 800 Papelões betuminados I - 3 2000 Papelões ondulados I - 2 800 Pedras I - 1 40 Perfumes I - 1 300 Pneus I - 2 700 Produtos adesivos I - 2 1000 Produtos de adubo químico I - 1 200 Produtos alimentícios (expedição) I - 2 1000 Produtos com ácido acético I - 1 200 Produtos com ácido carbônico I - 1 40 Produtos com ácido inorgânico I - 1 80 Produtos com albumina I - 3 2000 Produtos com alcatrão I - 2 800 Produtos com amido I - 3 2000 Produtos com soda I - 1 40 Produtos de limpeza I - 3 2000 Produtos graxos I - 2 1000 Produtos refratários I - 1 200 Rações balanceadas I - 2 800 Relógios I - 1 300 Resinas I - 3 3000 Roupas I - 2 500 Sabões I - 1 300 Sacos de papel I - 2 800 Sacos de juta I - 2 500 Serralheria I - 1 200 Sorvetes I - 1 80 Sucos de fruta I - 1 200 Tapetes I - 2 600 Têxteis em geral (tecidos) I - 2 700 Tintas e solventes I - 3 4000 Tintas e vernizes I - 3 2000 Tintas látex I - 2 800 Tintas não-inflámaveis I - 1 200 Transformadores I - 1 200 Tratamento de madeira I - 3 3000 Tratores I - 1 300

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Vagões I - 1 200 Vassouras ou escovas I - 2 700 Velas de cera I - 3 1300 Vidros ou espelhos I - 1 200 Vinagres I - 1 80 Vulcanização I - 2 1000

Demais usos

Demais atividades não enquadradas acima

Levantamento da carga de incêndio conforme Anexo B

Tabela A.2 - Acondicionamentos

Acondicionamento qfi

MJ/m3

Armações de madeira com caixotes de madeira 400

Armações de madeira com prateleiras de madeira 100

Armações metálicas 20

Armações metálicas com prateleiras de madeira 80

Caixotes de madeira ou de plástico 200

Pallets de madeira 400

_________________________________________________________________________

1 Já com nova redação da Portaria n° 205 publicada no DIO de 28/05/10

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ANEXO B

Método para levantamento da carga de incêndio específica

1. Os valores da carga de incêndio específica para as edificações destinadas a depósitos, explosivos e ocupações especiais podem ser determinadas pela seguinte expressão:

fA

HMfiq

ii∑=

Onde: qfi - valor da carga de incêndio específica, em megajoule por metro quadrado de área de piso;

Mi - massa total de cada componente i do material combustível, em quilograma. Esse valor não poderá ser excedido durante a vida útil da edificação exceto quando houver alteração de ocupação, ocasião em que Mi deverá ser reavaliado;

Hi - potencial calorífico específico de cada componente i do material combustível, em megajoule por quilograma, conforme Tabela B1 abaixo;

Af - área do piso do compartimento, em metro quadrado.

2. O levantamento da carga de incêndio deverá ser realizado conforme item 5.2 (Condições específicas) desta Norma Técnica.

Tabela B.1 - Valores do potencial calorífico específico

Tipo de material Hi

(MJ/kg) Tipo de material Hi

(MJ/kg) Tipo de material Hi

(MJ/kg) Acetona 30 Grãos 17 Poliéster 31

Acrílico 28 Graxa, Lubrificante 41 Poliestireno 39

Algodão 18 Lã 23 Polietileno 44

Benzeno 40 Lixo de cozinha 18 Polimetilmetacrilico 24

Borracha Espuma – 37 Tiras – 32

Madeira 19 Polioximetileno 15

Metano 50

Celulose 16 Metanol 19 Poliuretano 23

C-Hexano 43 Monóxido de carbono 10 Polipropileno 43

Couro 19 N-Butano 45 Polivinilclorido 16

D-glucose 15 N-Octano 44 Propano 46

Epóxi 34 N-Pentano 45 PVC 17

Etano 47 Palha 16 Resina melamínica 18

Etanol 26 Papel 17 Seda 19

Eteno 50 Petróleo 41

Etino 48 Poliacrilonitrico 30

Fibra sintética 6,6 29 Policarbonato 29

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ANEXO C

EXEMPLO DE MEMORIAL DE CÁLCULO

MEMORIAL DE CÁLCULO DA CARGA DE INCÊNDIO

1. Carga de incêndio por módulos O levantamento da carga de incêndio específica deve ser realizado em módulos de no máximo 500 m² de área de piso, ou em um módulo igual a área do piso do compartimento se este for inferior a 500 m². Módulos maiores de 500 m² podem ser utilizados quando o espaço analisado possuir materiais combustíveis com potenciais caloríficos semelhantes e uniformemente distribuídos.

fA

HMfiq

ii∑=

Onde:

qfi - valor da carga de incêndio específica, em megajoule por metro quadrado de área de piso;

Mi - massa total de cada componente i do material combustível, em quilograma;

Hi - potencial calorífico específico de cada componente i do material combustível, em megajoule por quilograma;

Af - área do piso do compartimento, em metro quadrado.

MÓDULO 1: Área: qfi1: Produtos: Mi Hi

MÓDULO 2: Área: qfi1: Produtos: Mi Hi

MÓDULO 3: Área: qfi1: Produtos: Mi Hi

MÓDULO 4: Área: qfi1: Produtos: Mi Hi

MÓDULO 5: Área: qfi1: Produtos: Mi Hi

MÓDULO 6: Área: qfi1: Produtos: Mi Hi

MÓDULO 7: Área: qfi1: Produtos: Mi Hi

MÓDULO 8: Área: qfi1: Produtos: Mi Hi

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MÓDULO 9: Área: qfi1: Produtos: Mi Hi

MÓDULO 10: Área: qfi1: Produtos: Mi Hi

Os módulos deverão ser identificados conforme projeto. Se necessário, juntar relação de produtos armazenados por módulo.

2. Carga de incêndio específica A carga de incêndio específica do piso analisado deve ser tomada como sendo a média entre os dois módulos de maior valor.

MÓDULO A qfiA:

MÓDULO B qfiB:

Carga de incêndio específica da edificação qfi = (qfiA+ qfiB)/2:

OBS:

Assinatura do projetista

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 05/2010

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO URBANÍSTICA

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

ANEXOS

A - TIPOS DE RETORNOS

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 175 - R, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009.

Aprova a Norma Técnica nº 05/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a segurança contra incêndio urbanística.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 05/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a segurança contra incêndio urbanística.

Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 12 de janeiro de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES Publicada no Diário Oficial de 18 de fevereiro de 2010

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 05/2010 - Segurança Contra Incêndio Urbanística

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1 OBJETIVO Esta Norma Técnica fixa condições mínimas exigíveis para o deslocamento de viaturas de bombeiros na zona urbana, visando a possibilitar o seu emprego operacional na busca e salvamento de vítimas e no combate a incêndios, atendendo ao previsto na Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo.

2 APLICAÇÃO Esta Norma Técnica é recomendativa. 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Código de Trânsito Brasileiro. Lei nº 9.503 de 23 de setembro de 1997; Decreto 2.423-R de 15 de dezembro de 2009 – Regulamenta a Lei 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo (COSCIP); Instrução Técnica nº 05/2004 – CBPMESP; Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009; Resolução CONTRAN Nº 12/98. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes na NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Via Urbana 5.1.1 Possuir largura mínima de 6,00 m. 5.1.2 Suportar viaturas com peso de 25.000 quilogramas-força. 5.1.3 Altura livre mínima de 4,50 m. 5.1.4 A via urbana que exceda 45 m de comprimento deve possuir retorno em formato de “Y” (Figura 1), circular (Figura 2) ou em formato de “T” (Figura 3), respeitadas as medidas mínimas indicadas. 5.1.5 São aceitos outros tipos de retornos, que não os especificados acima, mas que garantam a entrada e a saída de viaturas, desde que atendam aos itens 5.1.1, 5.1.2 e 5.1.3, desta NT. 5.2 Passagens subterrâneas e viadutos 5.2.1 Possuir largura mínima de 5,00 m.

5.2.2 Suportar viaturas com peso de 25.000 quilogramas-força. 5.2.3 Desobstrução em toda a largura e com altura livre mínima de 4,50 m. 5.3 Passarelas

Possuir altura livre mínima de 4,50 m.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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ANEXO A

Tipos de retornos

Figura 1 - Retorno em Y Figura 2 - Retorno circular

Figura 3 - Retorno em T

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 06/2009

ACESSO DE VIATURA NAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - TABELA PARA COLOCAÇÃO DE VIA DE ACESSO E

FAIXA DE ESTACIONAMENTO

B - PORTÃO DE ACESSO

C - TIPOS DE RETORNOS

D - DESNÍVEL LONGITUDINAL E LATERAL

E - FAIXA DE ESTACIONAMENTO

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 165-R, DE 29 DE OUTUBRO DE 2009.

Aprova a Norma Técnica nº 06/2009 do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo que versa sobre acesso de viaturas nas edificações e áreas de risco.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2.125-N, de 12 de setembro de 1985,

RESOLVE: Art. 1º Aprovar a Norma Técnica n° 06/2009, do Centro de Atividades Técnicas. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor 30 (trinta) dias após a data da publicação. Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 29 de Outubro de 2009.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM Comandante Geral do CBMES

Publicada no Diário Oficial de 08 de dezembro de 2009

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 06/2009 - Acesso de Viatura nas Edificações e Áreas

de Risco

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1 OBJETIVO Esta Norma Técnica fixa as condições mínimas exigíveis para o acesso e estacionamento de viaturas do Corpo de Bombeiros nas edificações e áreas de risco visando a disciplinar o seu emprego operacional na busca e salvamento de vítimas e no combate a incêndios. 2 APLICAÇÃO Esta Norma Técnica se aplica as edificações e aos condomínios em geral (residenciais, comerciais, industriais e outros) que tenham arruamento interno e que seja exigido o acesso de viaturas operacionais do Corpo de Bombeiros, para combate a incêndios, busca e salvamento, sendo recomendatória às demais edificações e áreas de risco. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS Instrução Técnica nº 06/2004 – CBPMESP; International Fire Service Training Association - Fire Department Aerial Apparatus. First Edition, 1991. Oklahoma State University; Resolução CONTRAN Nº 12/98; The Building Regulations, 1991 - Código de Prevenção Inglês. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes na NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Condições gerais 5.1.1 Via de acesso e faixa de estacionamento 5.1.1.1 Características da via de acesso São características da via de acesso: a) largura mínima de 4,00 m; b) suportar viaturas com peso de 25.000 quilogramas-força; c) desobstrução em toda a largura e com altura livre mínima de 4,50 m; d) quando o acesso for provido de portão, este deverá atender à largura mínima de 4,00 m e altura mínima de 4,50 m; (Figura 1) e) as vias de acesso que excedam 45,00 m de comprimento devem possuir retorno em formato de “Y” (Figura 2), circular (Figura 3) ou em formato de “T” (Figura 4), respeitadas as medidas mínimas indicadas;

f) são aceitos outros tipos de acessos com retornos, que não os especificados acima, mas que garantam a entrada e a saída de viaturas, desde que atendam às alíneas a, b, c e d do item 5.1.1.1 desta NT. 5.1.1.2 Características das faixas de estacionamento São características das faixas de estacionamento: a) largura mínima de 8,00 m; b) comprimento mínimo de 15,00 m; c) suportar viaturas com peso de 25.000 quilogramas-força; d) o desnível máximo da faixa de estacionamento não poderá ultrapassar o valor de 5%, tanto longitudinal quanto transversal; (Figuras 5 e 6) e) ser paralela a uma das faces da edificação que possua aberturas (portas e ou janelas); (Figura 7) f) distância máxima da faixa de estacionamento até a face da edificação deve ser de 8,00 m, medidas a partir de sua borda mais próxima do edifício; (Figura 7) g) a faixa de estacionamento deve estar livre de postes, painéis, árvores ou qualquer outro elemento que possa obstruir a operação das viaturas; h) a faixa de estacionamento deve ser adequadamente sinalizada, com placas de “PROIBIDO PARAR E ESTACIONAR” e com sinalização de solo demarcadas com faixas amarelas e identificadas com as palavras “RESERVADO PARA VIATURAS DO CORPO DE BOMBEIROS”. 5.2 Condições específicas 5.2.1 Edificações com altura menor ou igual a 12,00 m 5.2.1.1 Quando a edificação principal estiver afastada mais de 20,00 m da via pública, a contar do meio fio, deve possuir via de acesso e faixa de estacionamento. 5.2.1.2 A via de acesso deve atender ao disposto no subitem 5.1.1.1 e alíneas. 5.2.1.3 A faixa de estacionamento deve atender ao disposto no subitem 5.1.1.2 e alíneas. 5.2.1.4 No caso da edificação possuir riscos isolados que ultrapassem 1.500,00 m2, cada risco deve ser atendido pela via de acesso e ter pelo menos uma faixa de estacionamento. 5.2.2 Edificações com altura superior a 12,00 m 5.2.2.1 No caso da edificação apresentar afastamento superior a 10,00 m da via pública, esta deve possuir via de acesso e faixa de estacionamento. 5.2.2.2 A via de acesso deve atender ao disposto no subitem 5.1.1.1 e alíneas.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 06/2009 - Acesso de Viatura nas Edificações e Áreas

de Risco

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5.2.2.3 A faixa de estacionamento deve atender ao disposto no subitem 5.1.1.2 e alíneas. 5.2.2.4 No caso da edificação ser constituída de riscos isolados, cada risco deve ser atendido pela via de acesso e possuir pelo menos uma faixa de estacionamento. 6 DISPOSIÇÕES GERAIS Os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico, referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico, quando couber, são os seguintes: a) largura e altura do portão de entrada e da via de acesso (apresentar detalhe constante no Anexo B); b) indicação do peso suportado pela pavimentação da via em quilograma-força (kgf); c) indicação da altura mínima livre das vias de acesso, quando for o caso; d) indicar o retorno para as vias de acesso com mais de 45 m de comprimento; e ) largura e comprimento da faixa de estacionamento; f) indicação da porcentagem de inclinação da faixa de estacionamento; g) nota indicando que a faixa de estacionamento deve ficar livre de postes, painéis, árvores ou outro tipo de obstrução; h) localização da placa de proibição na faixa de estacionamento das viaturas do Corpo de Bombeiros.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 06/2009 - Acesso de Viatura nas Edificações e Áreas

de Risco

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ANEXO A

Tabela para colocação de via de acesso e faixa de estacionamento

Tabela Tipo de edificação Afastamento em relação ao meio fio Medida adotada

Edificação com altura menor ou igual a 12 metros

Edifício principal afastado mais que 20 metros

Via de acesso e faixa de estacionamento

Edifício principal com afastamento menor ou igual a 20 metros

Nenhuma

Edificação com altura maior que

12 metros

Edifício principal afastado mais que 10 metros

Via de acesso e faixa de estacionamento

Edifício principal com afastamento

menor ou igual a 10 metros Nenhuma

Condomínio em geral Via de acesso

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 06/2009 - Acesso de Viatura nas Edificações e Áreas

de Risco

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ANEXO B

Portão de acesso

Figura 1 – Altura e largura mínimas do portão de acesso à edificação

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de Risco

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ANEXO C

Tipos de retornos

Figura 2 – Retorno em Y Figura 3 – Retorno circular

Figura 4 – Retorno em T

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ANEXO D

Desnível longitudinal e lateral de via de acesso

Figura 5 – Desnível lateral Figura 6 – Desnível longitudinal Fonte: Fire Department Aerial Apparatus Fonte: Fire Department Aerial Apparatus

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 06/2009 - Acesso de Viatura nas Edificações e Áreas

de Risco

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ANEXO E

Faixa de estacionamento

Figura 7 – Faixa de estacionamento

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 07/2010

BRIGADA DE INCÊNDIO - BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL

PRIMEIROS SOCORROS OU SOCORROS DE URGÊNCIA Procedimentos para formação, treinamento, reciclagem e

cadastramento de empresas

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - FICHA DE CADASTRAMENTO DE INSTRUTOR

B - ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

PROFISSIONAL

C - CURRÍCULO CFBI

D - CURRÍCULO DE RECICLAGEM DO CFBI

E - CURRÍCULO CFBPC

F - CARTEIRA DE HABILITAÇÃO

G - CURRÍCULO DE RECICLAGEM DO CFBPC

H - REQUERIMENTO LAUDO TÉCNICO

I - CERTIFICADO CADASTRAMENTO EEFT

J - DECLARAÇÃO CONTRATO SOCIAL

K - CERTIFICADO DE CADASTRAMENTO EPSBPC

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 176 - R, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009.

Aprova a Norma Técnica nº 07/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina o procedimento para formação, treinamento e reciclagem de brigada de incêndio e bombeiro profissional civil, bem como o cadastramento de empresas relacionadas a essas atividades.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas

atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 07/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina o procedimento para formação, treinamento e reciclagem de brigada de incêndio e bombeiro profissional civil, bem como o cadastramento de empresas relacionadas a essas atividades. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 12 de janeiro de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES Publicada no Diário Oficial de 18 de fevereiro de 2010 Parte específica: Documentos Técnicos cancelados ou substituídos:

• NT 14 do CBMES publicada no Diário Oficial de 26 de novembro de 2008.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 07/2010 - Brigada de Incêndio e Bombeiro Profissional

Civil, Primeiros Socorros e Socorros de Urgência

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1 OBJETIVO Considerando o artigo 8º do da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo (CBMES), através do Centro de Atividades Técnicas (CAT), resolve normatizar os procedimentos para formação, treinamento e reciclagem de Brigadas de Incêndio, de Bombeiros Profissionais Civis e de Primeiros Socorros ou Socorros de Urgência, bem como o cadastramento de Empresas Especializadas na Formação e Treinamento desses serviços e de Empresas Prestadoras de Serviço de Bombeiro Profissional Civil. Esta Norma Técnica tem por objetivo: 1.1 Estabelecer as condições mínimas necessárias para a formação, treinamento e reciclagem de Brigadas de Incêndio e de Bombeiros Profissionais Civis visando à proteção da vida e do patrimônio, bem como reduzir as conseqüências sociais dos sinistros e dos danos ao meio ambiente. 1.2 Estabelecer as condições mínimas necessárias para o cadastramento de Empresas Especializadas na Formação e Treinamento de Brigadas de Incêndio, de Bombeiros Profissionais Civis, de Primeiros Socorros ou Socorros de Urgência e de Empresas Prestadoras de Serviço de Bombeiro Profissional Civil. 2 APLICAÇÃO Esta Norma Técnica se aplica em todo o território do Estado do Espírito Santo. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 14.276/2006 - Brigada de Incêndio: Requisitos (ABNT); ABNT NBR 14.277/2005 - Instalações e Equipamentos para Treinamento de Combate a Incêndios: Requisitos (ABNT); ABNT NBR 14.608/2007 - Bombeiro Profissional Civil (ABNT); ABNT NBR 14787/2001 - Espaço Confinado: Prevenção de Acidentes, Procedimentos e Medidas de Proteção (ABNT); ABNT NBR 15.219/2005 - Plano de Emergência Contra Incêndios: Requisitos (ABNT); Decreto 2.423-R de 15 de dezembro de 2009 – Regulamenta a Lei 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo (COSCIP); Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009; NR 23 - Proteção Contra Incêndios: Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho.

4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica são adotadas as definições constantes na NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico, além do seguinte: 4.1 Anotação de Responsabilidade Profissional (ARP): documento que registra, para efeitos legais, o serviço prestado por empresa especializada responsável pela formação e treinamento de brigadistas de incêndio ou bombeiros profissionais civis. 4.2 Brigada de incêndio: grupo organizado de pessoas voluntárias ou indicadas, pertencente à população fixa da edificação, que são treinadas e capacitadas para atuar, sem exclusividade, na prevenção e no combate a incêndio, no abandono de área e prestar os primeiros socorros, dentro de edificações industriais, comerciais, de serviços e áreas de risco, bem como as destinadas à habitação (residenciais ou mistas). 4.3 Brigadista de incêndio: pessoa pertencente à brigada de incêndio que presta serviços, sem exclusividade, de prevenção e combate a incêndio, abandono de área e primeiros socorros em edificações e que tenha sido aprovada no Curso de Formação de Brigada de Incêndio. 4.4 Bombeiro profissional civil: pessoa pertencente a uma empresa prestadora de serviço, ou da própria administração do estabelecimento, com dedicação exclusiva, que presta serviços de prevenção e combate a incêndio, abandono de área, primeiros socorros e atendimento de emergência em edificações e eventos e que tenha sido aprovada no Curso de Formação de Bombeiros Profissionais Civis e se encontre habilitado junto ao CBMES. 4.5 Carteira de habilitação (CH): documento, expedido pelo CBMES, que certifica que o Bombeiro Profissional Civil está habilitado a exercer as atividades de prevenção e combate a incêndio, abandono de área, primeiros socorros e atendimento de emergência em edificações e eventos. 4.6 Curso de formação de bombeiros profissionais civis (CFBPC): curso ministrado pelo CBMES ou Empresa Especializada na Formação e Treinamento, que tem por objetivo formar e treinar bombeiros profissionais civis. 4.7 Curso de formação de brigada de incêndio (CFBI): curso ministrado pelo CBMES ou Empresa Especializada na Formação e Treinamento que tem por objetivo formar e treinar brigadas de incêndio. 4.8 Empresa especializada na formação e treinamento: pessoa jurídica, com autorização dos competentes órgãos governamentais para funcionamento, que esteja devidamente cadastrada no CBMES e que disponha dos seguintes recursos: instalações adequadas, corpo técnico compatível, materiais didáticos específicos e campo de treinamento. 4.9 Empresa prestadora de serviço de bombeiro profissional civil: pessoa jurídica, com autorização dos competentes órgãos governamentais para funcionamento, que esteja devidamente cadastrada no CBMES para prestar serviços de bombeiro profissional civil.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 07/2010 - Brigada de Incêndio e Bombeiro Profissional

Civil, Primeiros Socorros e Socorros de Urgência

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4.10 Primeiros socorros: é o primeiro atendimento recebido por uma vítima numa cena de emergência, com o intuito de evitar o agravamento de seu estado, até a chegada de socorro especializado. 4.11 Profissional habilitado: profissional que possui cadastramento no CBMES para atuar como instrutor nos Cursos de Formação de Brigada de Incêndio e nos Cursos de Formação de Bombeiros Profissionais Civis. 4.12 Socorrista: pessoa tecnicamente capacitada e habilitada para, com segurança, avaliar, identificar problemas que comprometam a vida, prestar o adequado socorro pré-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as lesões já existentes. 4.13 Socorros de urgência ou atendimento pré-hospitalar: conjunto de procedimentos realizados por profissional capacitado, no local da emergência e durante o transporte da vítima, visando mantê-la com vida e estável até sua chegada em uma unidade hospitalar. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Cadastramento de Instrutor de Cursos de Formação de Brigada de Incêndio (CFBI) e de Bombeiros Profissionais Civis (CFBPC) 5.1.1 Requisitos para o cadastramento 5.1.1.1 Possuir formação em Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho, registrados nos conselhos regionais competentes ou Ministério do Trabalho, ser militar dos Corpos de Bombeiros Militares, ou ser profissional com experiência mínima comprovada de 05 (cinco) anos de atuação como instrutor de brigadas de incêndio antes da vigência desta Norma. 5.1.1.2 O CBMES poderá designar através dos Comandantes de OBM, mediante publicação em Boletim do Comando Geral (BCG), qualquer bombeiro militar pertencente ao seu quadro organizacional para atuar como instrutor dos Cursos de Formação de Brigada de Incêndio (CFBI) e de Bombeiros Profissionais Civis (CFBPC) ministrados pela Corporação. 5.1.2 Documentação necessária para o cadastramento Os profissionais enquadrados no item 5.1.1 deverão preencher a ficha de cadastramento, conforme o modelo previsto no Anexo A, e apresentá-la, em duas vias, ao Centro de Ensino e Instrução de Bombeiros (CEIB) do CBMES juntamente com a seguinte documentação: a) cópia da carteira de identidade e do CPF; b) cópia do diploma de formação específica; c) cópia do comprovante de pagamento da anuidade do respectivo Conselho, quando for o caso; d) cópia da carteira de identidade funcional, caso seja militar; e) declaração comprobatória de experiência profissional, quando for caso;

f) duas fotos 3x4 recentes; g) documento Único de Arrecadação (DUA) comprovando o pagamento da respectiva taxa estadual. 5.1.3 Validade do cadastramento O cadastramento do Instrutor de CFBI e CFPBC terá validade de três anos. 5.1.4 Avaliação e vistorias periódicas 5.1.4.1 As aulas e os procedimentos de treinamento dos profissionais habilitados estarão sujeitos a vistorias periódicas por parte do CEIB. 5.1.4.2 Os instrutores cadastrados poderão ter seus conhecimentos avaliados, conforme regulamentação baixada pelo CEIB. 5.1.4.3 Em caso de irregularidades cometidas pelo profissional habilitado, o Certificado de Cadastramento poderá ser suspenso e/ou cancelado, conforme regulamentação baixada pelo CEIB. 5.1.5 Recadastramento Para renovação do cadastramento, o Instrutor de CFBI e CFBPC deverá apresentar a documentação prevista nas letras “c”, “d” ou “e”, conforme o caso e “g” do item 5.1.2 desta Norma Técnica. 5.2 Anotação de Responsabilidade Profissional (ARP) 5.2.1 Todas as Empresas Especializadas na Formação e Treinamento para ministrarem cursos de brigadas de incêndios e/ou cursos de bombeiros profissionais civis deverão, obrigatoriamente, emitir para cada curso a respectiva Anotação de Responsabilidade Profissional (ARP), conforme modelo previsto no Anexo B. 5.2.2 A ARP tem por finalidade garantir aos cursandos que a formação é efetivamente realizada por empresas e profissionais habilitados e em instalações certificadas, além de possibilitar uma fiscalização e controle por parte do CEIB. 5.2.3 A ARP, devidamente preenchida e paga, deverá ser apresentada no CEIB para receber a autorização de realização do curso específico, sendo que a 1ª via ficará com a Empresa Especializada na Formação e Treinamento e a 2ª via, arquivada no CEIB. 5.2.4 Os cursos ministrados pelo CBMES estão desobrigados da emissão da ARP, devendo, entretanto, o CEIB publicar, em Boletim do Comando geral (BCG), matéria relativa à realização dos cursos constando o nome do instrutor, o local, o período, o horário e a relação nominal dos cursandos. 5.3 Curso de Formação de Brigada de Incêndio (CFBI) 5.3.1 Objetivo Habilitar pessoal com treinamento em atividades de prevenção e combate a incêndio, abandono de área e

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Civil, Primeiros Socorros e Socorros de Urgência

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primeiros socorros para comporem as brigadas de incêndio. 5.3.2 Público-alvo Qualquer pessoa, de ambos os sexos, que atenda aos seguintes requisitos: a) ter mais de 18 anos; b) possuir boa condição física e boa saúde; e c) ser alfabetizado. 5.3.3 Currículo e carga horária do curso O currículo e a carga horária do Curso de Formação de Brigada de Incêndio (CFBI) seguirão o previsto no Anexo C. 5.3.4 Validade do curso O CFBI terá validade de 01 (um) ano. 5.3.5 Realização do curso 5.3.5.1 O CFBI somente poderá ser realizado por Empresa Especializada na Formação e Treinamento após autorização do CEIB registrada na ARP ou, no caso do CBMES, após publicação dos dados do curso em Boletim do Comando geral (BCG), conforme previsto no item 5.2.4 desta Norma. 5.3.5.2 O CFBI deverá funcionar com turmas de no máximo 20 alunos. 5.3.6 Avaliação dos cursandos 5.3.6.1 A avaliação dos cursandos é de competência exclusiva do CEIB, para tanto ele fixará um calendário anual com as datas e os locais dos exames teóricos. 5.3.6.1.1 A avaliação dar-se-á através de exame teórico. 5.3.6.1.2 A Empresa Especializada na Formação e Treinamento solicitará mediante requerimento e com base no calendário anual, estabelecido com data e local, a avaliação dos cursandos. 5.3.6.1.3 Para realizar o exame o cursando deverá apresentar a carteira de identidade aos avaliadores. 5.3.6.2 Para a avaliação, o CEIB designará no mínimo um bombeiro militar e na ocasião, a Empresa Especializada na Formação e Treinamento deverá apresentar o Documento Único de Arrecadação (DUA) referente à taxa de avaliação dos brigadistas de incêndio e registro dos certificados, e as folhas de presença com as assinaturas dos cursandos. 5.3.6.3 O CEIB deverá enviar para a Empresa Especializada na Formação e Treinamento a relação nominal dos cursandos com a respectiva nota final e a freqüência, em até 10 (dez) dias úteis após a aplicação da avaliação. 5.3.6.3.1 Serão considerados APROVADOS todos os cursandos com nota final igual ou superior a 7,00 (sete) e

que tenham freqüência de 100% (cem por cento) da carga horária do curso. 5.3.6.3.2 Os cursandos que não obtiverem o índice previsto no item anterior estarão automaticamente REPROVADOS. 5.3.6.4 A Empresa Especializada na Formação e Treinamento poderá, dentro do prazo de 05 (cinco) dias úteis após o recebimento relação nominal dos cursandos com a respectiva nota final, solicitar vista da prova, e se for o caso a revisão da nota. 5.3.6.5 A relação nominal dos cursandos com a nota final e a freqüência no curso é o documento que autoriza a Empresa Especializada na Formação e Treinamento a emitir a competente certificação do curso. 5.3.6.6 Nos cursos realizados pelo CBMES a avaliação dos cursandos seguirá os mesmos critérios estabelecidos para o tipo de exame e aprovação fixados nesta Norma. 5.3.7 Certificação do curso 5.3.7.1 O certificado somente poderá ser emitido pelo CBMES ou por Empresa Especializada na Formação e Treinamento para todos os cursandos aprovados na avaliação e que tenham freqüência de 100% (cem por cento) da carga horária do curso. 5.3.7.2 O certificado de conclusão do CFBI será confeccionado em papel de formato A4, tendo obrigatoriamente a logomarca e o nome da Empresa Especializada na Formação e Treinamento e no mínimo os seguintes dados: a) nome completo do brigadista com RG (registro geral); b) carga horária do curso; c) local e período de treinamento; d) número e data da ARP; e) nome da Empresa Especializada na Formação e Treinamento; e f) nome completo, formação e número de cadastramento do instrutor no CBMES. 5.3.7.2.1 O certificado de conclusão do CFBI emitido pelo CBMES seguirá o modelo padrão da Corporação. 5.3.8 Registro de certificado de conclusão 5.3.8.1 Todos os certificados de conclusão do CFBI emitidos pelas Empresas Especializadas na Formação e Treinamento deverão ser obrigatoriamente, apresentados no CEIB para as devidas anotações no verso do certificado e registro em livro próprio, condição necessária para o reconhecimento e validação do curso. 5.3.8.2 Os certificados de conclusão emitidos pelo CBMES receberão automaticamente as anotações e registro previstos no item anterior.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 07/2010 - Brigada de Incêndio e Bombeiro Profissional

Civil, Primeiros Socorros e Socorros de Urgência

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5.3.9 Reciclagem de brigadistas de incêndio 5.3.9.1 O currículo e a carga horária do curso de reciclagem seguirão o previsto no Anexo D. 5.3.9.2 Para realização da reciclagem, nos cursos ofertados pelo CBMES, o Brigadista de Incêndio deverá apresentar o Certificado do CFBI e o Documento Único de Arrecadação (DUA) referente ao pagamento da taxa estadual. 5.3.9.3 As Empresas Especializadas na Formação e Treinamento para a realização da reciclagem deverão apresentar no CEIB a seguinte documentação: a) ARP devidamente preenchida e paga; e b) cópia dos Certificados do CFBI dos Brigadistas de Incêndio. 5.3.9.4 A validade, realização, avaliação dos cursandos, certificação e registro do certificado do curso de reciclagem seguirão os mesmos procedimentos estabelecidos para o CFBI. 5.3.9.5 O Brigadista de Incêndio que comprovar ter freqüentado CFBI, no CBMES ou em Empresa Especializada cadastrada em qualquer Corpo de Bombeiro Militar do país, antes da publicação desta Norma, poderá realizar diretamente o previsto para a reciclagem. 5.4 Curso de Formação de Bombeiros Profissionais civis (CFBPC) 5.4.1 Objetivo Habilitar pessoal com treinamento em atividades de prevenção e combate a incêndios, abandono de locais de sinistros, primeiros socorros e atendimento de emergência em edificações e eventos. 5.4.2 Público-alvo Qualquer pessoa, de ambos os sexos, que atenda os seguintes requisitos: a) ter mais de 18 anos; b) possuir boa condição física e boa saúde; e c) possuir o ensino médio completo. 5.4.3 Currículo e carga horária do curso 5.4.3.1 O currículo e a carga horária do Curso de Formação de Bombeiros Profissionais Civis (CFBPC) seguirão o previsto no Anexo E. 5.4.3.2 A especialização nesta área será objeto de cursos e treinamentos específicos com currículos próprios. 5.4.4 Validade do curso O CFBPC terá validade de 3 anos.

5.4.5 Realização do curso 5.4.5.1 O CFBPC somente poderá ser realizado por Empresa Especializada na Formação e Treinamento após autorização do CEIB registrada na ARP ou, no caso do CBMES, após publicação dos dados do curso em Boletim do Comando geral (BCG), conforme previsto no item 5.2.4 desta Norma. 5.4.5.2 O CFBPC deverá funcionar com turmas de no máximo 20 alunos. 5.4.6 Avaliação dos cursandos 5.4.6.1 A avaliação dos cursandos é de competência exclusiva do CEIB para tanto ele fixará um calendário anual com as datas e os locais dos exames. 5.4.6.1.1 A avaliação dar-se-á através de exame teórico e prático. 5.4.6.1.2 A Empresa Especializada na Formação e Treinamento solicitará mediante requerimento e com base no calendário anual, estabelecido com data e local, a avaliação dos cursandos. 5.4.6.1.3 Somente será submetido ao exame prático aquele cursando aprovado no exame teórico. 5.4.6.1.4 Para realizar a avaliação, o cursando deverá apresentar aos avaliadores no exame teórico, a carteira de identidade e, no exame prático, atestado médico expedido no prazo máximo de 60 (sessenta) dias do exame. 5.4.6.2 Para a avaliação, o CEIB designará no mínimo um bombeiro militar, devendo a Empresa Especializada na Formação e Treinamento apresentar nas datas estabelecidas a seguinte documentação: a) no exame teórico: Documento Único de Arrecadação (DUA) referente à taxa de avaliação dos bombeiros profissionais civis e registro dos certificados, e as folhas de presença com as assinaturas dos cursandos até a presente data. b) no exame prático: folhas de presença com as assinaturas dos cursandos dos dias restantes do curso. 5.4.6.3 O CEIB deverá enviar para a Empresa Especializada na Formação e Treinamento a relação nominal dos cursandos com a respectiva nota final e freqüência em até 10 (dez) dias úteis após a aplicação do exame prático. 5.4.6.3.1 Serão considerados APROVADOS todos os cursandos que obtiverem nota igual ou superior a 7,00 (sete) em cada um dos exames e que tenham freqüência de 85% (oitenta e cinco por cento) da carga horária do curso. 5.4.6.3.2 Os cursandos que não obtiverem os índices previstos no item anterior estarão automaticamente REPROVADOS. 5.4.6.4 A Empresa Especializada na Formação e Treinamento poderá, dentro do prazo de 05 (cinco) dias úteis após o recebimento relação nominal dos cursandos

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com a respectiva nota final, solicitar vista da prova, e se for o caso a revisão da nota. 5.4.6.5 A relação nominal dos cursandos com a nota final e a freqüência no curso é o documento que autoriza a Empresa Especializada na Formação e Treinamento a emitir a competente certificação do curso. 5.4.6.6 Nos cursos realizados pelo CBMES, a avaliação dos cursandos seguirá os mesmos critérios estabelecidos para os tipos de exames e aprovação fixados nesta Norma. 5.4.7 Certificação do curso 5.4.7.1 O certificado somente poderá ser emitido pelo CBMES ou por Empresa Especializada na Formação e Treinamento para todos os cursandos aprovados na avaliação e que tenham freqüência de 85% (oitenta e cinco por cento) da carga horária do curso. 5.4.7.2 O certificado de conclusão do CFBPC será confeccionado em papel de formato A4, tendo obrigatoriamente a logomarca e o nome da Empresa Especializada na Formação e Treinamento e no mínimo os seguintes dados: a) nome completo do bombeiro profissional civil com RG (Registro Geral); b) carga horária do curso; c) local e período de treinamento; d) número e data da ARP; e) nome da empresa especializada na formação e treinamento; e f) nome completo, formação e número de cadastramento instrutor no CBMES. 5.4.7.2.1 O certificado de conclusão do CFBPC emitido pelo CBMES seguirá o modelo padrão da Corporação. 5.4.8 Registro de certificado de conclusão 5.4.8.1 Todos os certificados de conclusão do CFBPC emitidos pelas Empresas Especializadas na Formação e Treinamento deverão ser obrigatoriamente, apresentados no CEIB para as devidas anotações no verso do certificado e registro em livro próprio, condição necessária à validação do curso e à habilitação como Bombeiro Profissional Civil. 5.4.8.2 Os certificados de conclusão emitidos pelo CBMES receberão automaticamente as anotações e registro previstos no item anterior. 5.4.8.3 A habilitação como Bombeiro Profissional Civil é caracterizada pela expedição, através do CBMES, da respectiva Carteira de Habilitação (CH), conforme modelo previsto no Anexo F. 5.4.8.3.1 A CH será expedida em até 30 (trinta) dias após a validação do CFBPC. 5.4.8.3.2 A validade da CH será a mesma registrada para o CFBPC.

5.4.8.4 O CEIB manterá um cadastro de todos os Bombeiros Profissionais Civis habilitados. 5.4.9 Reciclagem de Bombeiros Profissionais Civis 5.4.9.1 O currículo e a carga horária do curso de reciclagem seguirão o previsto no Anexo G. 5.4.9.2 Para realização da reciclagem, nos cursos ofertados pelo CBMES, o Bombeiro Profissional Civil deverá apresentar o Certificado do CFBPC e o Documento Único de Arrecadação (DUA) referente ao pagamento da taxa estadual. 5.4.9.3 As Empresas Especializadas na Formação e Treinamento para a realização da reciclagem deverão apresentar no CEIB a seguinte documentação: a) ARP devidamente preenchida e paga; e b) cópia dos Certificados do CFBPC dos Bombeiros Profissionais Civis. 5.4.9.4 A validade, avaliação dos cursandos, certificação e registro do certificado do curso de reciclagem seguirão os mesmos procedimentos estabelecidos para o CFBPC. 5.4.9.5 O Bombeiro Profissional Civil que comprovar através de Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) que já exercia essa atividade antes da publicação desta Norma poderá realizar diretamente o previsto para a reciclagem. 5.5 Cadastramento de empresa especializada na formação e treinamento 5.5.1 Requisitos para o cadastramento 5.5.1.1 Os Cursos de Formação de Brigada de Incêndio, os Cursos de Formação de Bombeiros Profissionais Civis e os Cursos de Primeiros Socorros ou Socorros de Urgência somente poderão ser ministrados por Empresas Especializadas na Formação e Treinamento, devidamente cadastradas no CEIB do CBMES. 5.5.1.2 As Empresas Especializadas na Formação e Treinamento de Brigadas de Incêndios e de Bombeiros Profissionais Civis, para funcionarem com um mínimo de estrutura, devem possuir os seguintes requisitos técnicos: a) instalações físicas adequadas (salas de aula, vestiários, banheiros); b) Corpo Técnico Especializado, composto da seguinte forma:

b.1) responsável técnico: Engenheiro de Segurança do Trabalho com registro no CREA ou Oficial Bombeiro Militar da Reserva.

b.2) instrutores: profissionais habilitados,

conforme item 5.1 desta Norma. c) materiais didáticos específicos, tais como apostilas, meios auxiliares, extintores de incêndio, mangueiras de combate a incêndio, manequim para prática de primeiros socorros, equipamentos de proteção individual (luvas,

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óculos, capacetes, roupas de aproximação etc.) e/ou equipamentos de proteção respiratória (EPR); e d) campo de treinamento, próprio ou alugado. 5.5.1.2.1 No caso das Empresas Especializadas na Formação e Treinamento de Bombeiros Profissionais Civis, os requisitos técnicos referentes às instalações físicas, aos materiais didáticos e ao campo de treinamento deverão ser atestados através de laudo técnico após vistoria do CEIB. 5.5.1.2.2 As Empresas Especializadas na Formação e Treinamento de Bombeiros Profissionais Civis para obtenção do laudo técnico deverão apresentar no CEIB a seguinte documentação: a) requerimento padrão conforme o modelo do Anexo H; e b) DUA comprovando o pagamento da taxa estadual de vistoria dos requisitos técnicos. 5.5.1.2.3 Se a Empresa Especializada na Formação e Treinamento de Bombeiros Profissionais Civis for reprovada na vistoria dos requisitos técnicos deverá recolher nova taxa estadual. 5.5.1.2.4 As Empresas Especializadas na Formação e Treinamento de Brigadas de Incêndios estão isentas do laudo técnico, sendo autorizada a utilização das instalações físicas das empresas contratantes dos serviços ou de locais alugados, desde que atendam ao previsto no item 5.5.1.2. 5.5.2 Exigências para o cadastramento 5.5.2.1 As Empresas Especializadas na Formação e Treinamento de Brigadas de Incêndios e de Bombeiros Profissionais Civis deverão apresentar no CEIB a seguinte documentação: a) DUA comprovando o pagamento da taxa estadual; b) laudo técnico emitido pelo CEIB, quando for o caso; c) documentação comprovando vínculo empregatício do Responsável Técnico; d) cópia do Alvará de Funcionamento (Inscrição Municipal), emitido pelas Prefeituras Municipais; e) cópia do Alvará de Licenciamento do Corpo de Bombeiros; f) cópia do Contrato Social registrado na Junta Comercial do Estado; e g) cópia do registro de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). 5.5.2.2 As Empresas Especializadas na Formação e Treinamento de Primeiros Socorros ou Socorros de Urgência deverão apresentar no CEIB a seguinte documentação: a) DUA comprovando o pagamento da taxa estadual;

b) declaração da empresa indicando os profissionais da empresa responsáveis pela formação e treinamento, bem como a sua respectiva formação profissional; c) cópia do Alvará de Funcionamento (Inscrição Municipal), emitido pelas Prefeituras Municipais; d) cópia do Alvará de Licenciamento do Corpo de Bombeiros Militar; e) cópia do Contrato Social registrado na Junta Comercial do Estado; e f) cópia do registro de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). 5.5.3 Certificado de cadastramento O Certificado de Cadastramento seguirá o modelo do Anexo I. 5.5.4 Validade do cadastramento 5.5.4.1 O cadastramento das Empresas Especializadas na Formação e Treinamento terá validade de 03 (três) anos. 5.5.4.2 A validade do cadastramento está condicionada à apresentação anual da Certidão de Vistoria do CBMES ao CEIB. 5.5.5 Vistorias periódicas 5.5.5.1 As instalações das Empresas Especializadas na Formação e Treinamento, bem como os procedimentos de treinamento dos cursandos, estarão sujeitos a vistorias periódicas por parte do CEIB. 5.5.5.2 Em caso de irregularidades, o Certificado de Cadastramento poderá ser suspenso e/ou cancelado até que a Empresa Especializada na Formação e Treinamento regularize sua situação, conforme regulamentação baixada pelo CEIB. 5.5.6 Recadastramento 5.5.6.1 Para a renovação do Certificado de Cadastramento, a Empresa Especializada na Formação e Treinamento de Brigadas de Incêndios e de Bombeiros Profissionais Civis deverá apresentar a documentação prevista nas letras “a”, “b”, “c”, “d”, “e” do item 5.5.2.1, bem como declaração de que não houve alteração do contrato social conforme modelo do Anexo J. 5.5.6.2 Para a renovação do Certificado de Cadastramento, a Empresa Especializada na Formação e Treinamento de Primeiros Socorros ou Socorros de Urgência deverá apresentar a documentação prevista nas letras “a”, “b”, “c” e “d” do item 5.5.2.2, bem como declaração de que não houve alteração do contrato social conforme modelo do Anexo J. 5.6 Cadastramento de empresa prestadora de serviço de Bombeiro Profissional Civil 5.6.1 Exigências para o cadastramento

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5.6.1.1 As Empresas Prestadoras de Serviço de Bombeiro Profissional Civil deverão apresentar no CEIB a seguinte documentação: a) DUA comprovando o pagamento da taxa estadual; b) cópia do Alvará de Funcionamento (Inscrição Municipal), emitido pelas Prefeituras Municipais; c) cópia do Alvará de Licenciamento do Corpo de Bombeiros; d) documentação comprovando vínculo empregatício dos Bombeiros Profissionais Civis; e) cópia do Contrato Social registrado na Junta Comercial do Estado; e f) cópia do registro de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). 5.6.2 Identificação dos Bombeiros Profissionais Civis Os Bombeiros Profissionais Civis, durante suas jornadas de trabalho, devem permanecer identificados e trajando uniformes específicos, os quais não poderão ser em qualquer hipótese similar aos utilizados pelo CBMES. 5.6.3 Certificado de cadastramento O Certificado de cadastramento seguirá o modelo do Anexo K. 5.6.4 Validade do cadastramento 5.6.4.1 O cadastramento das Empresas Prestadoras de Serviço de Bombeiro Profissional Civil terá validade de 03 (três) anos. 5.6.4.2 A validade do cadastramento está condicionada à apresentação anual da Certidão de Vistoria do CBMES ao CEIB. 5.6.5 Vistorias periódicas 5.6.5.1 Os serviços de bombeiro profissional civil estarão sujeitos a vistorias periódicas por parte do CEIB. 5.6.5.2 Em caso de irregularidades, o Certificado de Cadastramento poderá ser suspenso e/ou cancelado até que a Empresa Prestadora de Serviço de Bombeiro Profissional Civil regularize sua situação, conforme regulamentação baixada pelo CEIB. 5.6.6 Recadastramento Para a renovação do Certificado de Cadastramento, a Empresa Prestadora de Serviço de Bombeiro Profissional Civil deverá apresentar a documentação prevista nas letras “a”, “b”, “c” do item 5.6.1.1, bem como declaração de que não houve alteração do contrato social conforme modelo do Anexo J.

6 DISPOSIÇÕES GERAIS 6.1 Os casos omissos na presente Norma serão resolvidos por Comissão Técnica nomeada pelo Comandante-Geral do CBMES. 6.2 As regulamentações necessárias ao complemento desta Norma deverão ser baixadas pelo CEIB do CBMES no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data de publicação. 6.3 Esta Norma entrará em vigor após publicação no Diário Oficial do Estado, tendo os interessados o prazo de 90 (noventa) dias, a contar da data de publicação, para atenderem as exigências nela dispostas.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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ANEXO A – Ficha de Cadastramento de Instrutor

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR FOTO

3 x 4 CENTRO DE ENSINO E INSTRUÇÃO DE BOMBEIROS (CEIB)

FICHA DE CADASTRAMENTO DE INSTRUTOR DOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE BRIGADAS DE INCÊNDIO E DE BOMBEIROS

PROFISSIONAIS CIVIS

Nome do Instrutor

Data de Nascimento Identidade Org Emissor CPF

/ / -

Naturalidade UF Endereço (Rua, Av., etc) Continuação do endereço Nº Complemento

Bairro Cidade UF

CEP (DDD) Tel Residencial (DDD) Tel Celular - ( ) - ( ) -

E-mail

Formação Profissional

Órgão de Formação

Registro no Conselho ou MT Data do Registro

/ / Data: ____/____/_______ ______________________________ Assinatura do Instrutor

PARA USO DO CEIB

Data do Cadastramento Taxa Estadual nº do Cadastro Validade do Cadastro

/ / R$

/ / Data: ____/____/_______ ______________________________ Responsável pelo Recebimento

1º Recadastramento Data: ____/____/________

2º Recadastramento Data: ____/____/________

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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ENSINO E INSTRUÇÃO DE BOMBEIROS (CEIB)

ARP nº ___________

AUTORIZADO em ____/____/______

CEIB/CBMES

ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL - ARP

Curso de Formação de Brigada de Incêndio

Curso de Formação de Bombeiros Profissionais Civis Início / / Término / / Local Horário às EMPRESA ESPECIALIZADA NA FORMAÇÃO E TREINAMENTO Nome/Razão Social CNPJ Cadastro no CBMES Inscrição Municipal / - Endereço (Rua, Av., etc) Nº Complemento

Bairro Cidade UF

CEP (DDD) Tel Comercial (DDD) Tel Celular

- ( ) - ( ) -

E-mail

Responsável Técnico

CPF Identidade Org. Emissor CR -

INSTRUTORES DE BRIGADA DE INCÊNDIO E BOMBEIROS PROFISSIONAIS CIVIS Nome do Instrutor CR 01 02 03

ALUNO IDENTIDADE 01

02

03

04

05 06

07

08

09

10

11

12

13

14

15

16

17 18

19

20 _________________________________________________________________________

Assinatura do Responsável Técnico

1ª Via – Empresa Especializada

ANEXO B – Modelo de ARP

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ANEXO C Currículo do CFBI

A - PARTE TEÓRICA Módulo Assunto Objetivos C.H.

01 Introdução Objetivos do curso e brigada de incêndio

Listar os objetivos gerais do curso, definir brigada de incêndio, sua estrutura organizacional, critérios de seleção responsabilidades e ações em emergências.

01 h

02 Teoria do fogo Combustão e seus elementos Identificar os componentes do tetraedro do fogo. 01 h 03 Propagação do fogo Condução, irradiação e convecção. Identificar os processos de propagação do fogo. 04 Classes de incêndio Classificação e características Identificar as classes de incêndio A, B, C e D.

01 h

05 Métodos de extinção Isolamento, abafamento, resfriamento e extinção química

Definir os métodos e suas aplicações. 01 h

06 Agentes extintores Água (jato e neblina), PQS, CO2, espumas e outros

Identificar os agentes, suas características e aplicações.

07 Equipamentos de combate a incêndio

Extintores, hidrantes, mangueiras, chave de mangueira, adaptadores, reduções, acessórios, EPI, materiais de corte, arrombamento e remoção

Identificar os equipamentos suas aplicações e manuseio.

01 h

08 Sistemas de proteção contra incêndio e pânico

Sistema de proteção por extintores, sistema hidráulico preventivo, sistema de detecção e alarme, iluminação de emergência e saídas de emergência

Identificar os componentes, características, funcionamento e aplicações.

02 h

09 Abandono de área Procedimentos Relacionar as técnicas de abandono de área, saída organizada, pontos de encontro e chamada e controle de pânico.

01 h

10 Avaliação da cena e abordagem de vítimas

Dimensionamento da cena, avaliação primária e secundária

Gerenciar risco de uma cena de emergência, aplicar as técnicas de exame primário e secundário.

01 h

11 Vias aéreas Causas de obstrução e liberação Identificar os sintomas de obstruções em adultos, crianças e bebês conscientes e inconscientes.

01 h

12 RCP (Reanimação Cardio-Pulmonar)

Ventilação artificial e compressão cardíaca externa

Aplicar as técnicas de RCP com 1 e 2 socorristas para adultos, crianças e bebês.

02 h

13 Estado de Choque Definição, classificação, prevenção e tratamento

Reconhecer os sinais e sintomas, aplicar as técnicas de prevenção e intervenção

01 h

14 Hemorragias Classificação e tratamento Reconhecer hemorragias e aplicar técnicas de contenção.

15 Fraturas Definição, classificação e tratamento Reconhecer as fraturas e realizar as técnicas de intervenção.

01 h

16 Ferimentos Definição, classificação e tratamento Reconhecer os ferimentos e realizar as técnicas de intervenção.

01 h

17 Queimaduras Definição, classificação e tratamento Reconhecer as queimaduras e realizar as técnicas de intervenção.

18 Transporte de vítimas Avaliação e técnicas Reconhecer e aplicar as técnicas de transporte de vítimas.

01 h

B – PARTE PRÁTICA Módulo Assunto Objetivos

19 Prática Combate a incêndios Praticar as técnicas de combate a incêndio, em local adequado.

04 h

20 Prática Primeiros Socorros Praticar as técnicas dos módulos 11 a 14 da parte A ---- CARGA HORÁRIA TOTAL 20 h

C – AVALIAÇÃO Módulo Assunto Objetivos

01 Avaliação Geral Avaliar individualmente os alunos 01 h

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ANEXO D

CURRÍCULO DO CURSO DE RECICLAGEM DE BRIGADA DE INCÊNDIO

A - PARTE TEÓRICA Módulo Assunto Objetivos C.H.

01 Teoria do fogo Combustão e seus elementos, propagação do fogo, métodos de extinção e agentes extintores

Identificar os componentes do tetraedro do fogo.

01h

02 Equipamentos de combate a incêndio

Extintores, hidrantes, mangueiras, chave de mangueira, adaptadores, reduções, acessórios, EPI, materiais de corte, arrombamento e remoção

Identificar os equipamentos suas aplicações e manuseio.

01h

06 Sistemas de proteção contra incêndio e pânico

Sistema de proteção por extintores, sistema hidráulico preventivo, sistema de detecção e alarme, iluminação de emergência e saídas de emergência

Identificar os componentes, características, funcionamento e aplicações.

01h

07 Abandono de área Procedimentos Relacionar as técnicas de abandono de área, saída organizada, pontos de encontro e chamada e controle de pânico.

01h

11 Avaliação da cena e abordagem de vítimas

Dimensionamento da cena, avaliação primária e secundária

Gerenciar risco de uma cena de emergência, aplicar as técnicas de exame primário e secundário.

02h

12 Vias aéreas Causas de obstrução e liberação Identificar os sintomas de obstruções em adultos, crianças e bebês conscientes e inconscientes.

13 RCP (Reanimação Cardio-Pulmonar)

Ventilação artificial e compressão cardíaca externa

Aplicar as técnicas de RCP com 1 e 2 socorristas para adultos, crianças e bebês.

14 Estado de Choque Definição, classificação, prevenção e tratamento

Reconhecer os sinais e sintomas, aplicar as técnicas de prevenção e intervenção

01h

15 Hemorragias Classificação e tratamento Reconhecer hemorragias e aplicar técnicas de contenção.

16 Fraturas Definição, classificação e tratamento Reconhecer as fraturas e realizar as técnicas de intervenção.

17 Ferimentos Definição, classificação e tratamento Reconhecer os ferimentos e realizar as técnicas de intervenção.

01h

18 Queimaduras Definição, classificação e tratamento Reconhecer as queimaduras e realizar as técnicas de intervenção.

19 Transporte de vítimas Avaliação e técnicas Reconhecer e aplicar as técnicas de transporte de vítimas.

B – PARTE PRÁTICA Módulo Assunto Objetivos

15 Prática Combate a incêndios Praticar as técnicas de combate a incêndio, em local adequado.

04h

16 Prática Primeiros Socorros Praticar as técnicas dos módulos 11 a 14 da parte A.

----

CARGA HORÁRIA TOTAL 12 h

C – AVALIAÇÃO Módulo Assunto Objetivos

01 Avaliação Geral Avaliar individualmente os alunos. 01 h

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ANEXO E

CURRÍCULO DO CFBPC

CURSO DE FORMAÇÃO DE BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL Módulo Parte Teórica Parte Prática OBJETIVO

A Básico 08h ---- Conhecer a legislação específica que norteia a atuação do Bombeiro Profissional Civil e informações necessárias à sua atuação, seus direitos e deveres.

B Prevenção e combate a incêndio 36h 40h Capacitar o aluno para atuar em Operações de Combate a Incêndio Estruturais, abordando temas peculiares ao processo da combustão para propiciar o aprimoramento de conhecimentos, visando o despertar da percepção e conscientização para a interação dos fatores envolvidos na dinâmica dos incêndios estruturais com riscos e conseqüências que podem resultar na decisão do mais adequado processo de intervenção.

C Socorros de Urgência 26h 28h Capacitar o aluno para tratar vítimas de traumas e emergências clínicas, buscando sempre a excelência no atendimento, com desenvoltura, ética e segurança.

D Salvamento Terrestre 14h 16h Capacitar o aluno para o salvamento, demonstrando aptidão, e se utilizando das técnicas corretas para garantir a segurança da cena, de vítimas aprisionadas em espaços confinados ou ainda que se encontre em locais de difícil acesso que requeiram então a transposição de obstáculos.

E Salvamento em Alturas 02h 30h Capacitar o aluno para o salvamento em locais elevados e propiciar o aprimoramento de conhecimentos, visando o despertar da percepção e conscientização para a interação dos fatores envolvidos em uma cena de salvamento em alturas

F Emergências Químicas 12h 10h Aprimoramento do conhecimento das peculiaridades que envolvem as atividades de intervenção e controle de eventos geradores de risco ambiental, em eventos derivados de acidentes que envolvam transporte, estocagem e derramamento de produtos químicos, proporcionando a estes empregar as técnicas de segurança para evitar a ocorrência do dano e/ou minimizar seus efeitos, com a prática da adoção de medidas mitigadoras de contenção do risco e segurança para a equipe de intervenção.

G Gerenciamento de Emergências 10h 02h Capacitar o aluno para o gerenciamento de emergências.

Carga horária 108h 124h CARGA HORÁRIA TOTAL: 232 HORAS

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ANEXO E (continuação)

A – Módulo Básico Parte Teórica Parte Prática

Assunto Objetivos C.H Objetivos C.H 01 Introdução Conhecer os objetivos e conceitos gerais

do curso 01 h

__________________ 02 Bombeiro

Profissional Civil

Definição, estrutura, atribuições e dimensionamento

04 h

03 Legislação específica

Conhecer seus direitos e deveres 01 h

04 Normalização Conhecer o sistema normativo e as principais normas técnicas oficiais inerentes (NR, NBR e normas do CBMES)

02 h

Carga horária teórica 08 h Carga horária prática ---- CARGA HORÁRIA TOTAL: 08 horas

B – Módulo Prevenção e Combate a Incêndio Parte Teórica Parte Prática

Assunto Objetivos C.H Objetivos C.H 01 Prevenção de

incêndio Conhecer técnicas de prevenção de incêndio

02h

______________________

02 Química/física Conhecer os elementos necessários para a combustão; triângulo e tetraedro do fogo; Dinâmica da combustão; tipos de combustão, velocidade da combustão, produtos da combustão e seus efeitos, pontos notáveis de temperatura.

04h

03 Propagação do fogo

Conhecer os processos de propagação do fogo

01h

04 Classificação de Incêndio

Conhecer a classificação e suas características

01h

05 Métodos de extinção

Conhecer os métodos de extinção e suas aplicações

01h

06 Agentes extintores

Conhecer os agentes, suas características e aplicações

02h

07 Equipamentos de combate a incêndio

Conhecer os equipamentos, suas aplicações, manuseio e manutenção

01h Identificar, manusear e manutenir os equipamentos de combate a incêndio

01h

08 Equipamentos de proteção individual

Conhecer os equipamentos, suas aplicações, manuseio e manutenção

01h Identificar, manusear e manutenir os equipamentos de proteção individual

01h

09 Equipamentos de proteção respiratória

Conhecer os equipamentos, suas aplicações, manuseio e manutenção

01h Identificar, manusear e manutenir os equipamentos de proteção respiratória

02h

10 Materiais acessórios

Conhecer os equipamentos, suas aplicações, manuseio e manutenção (corte, arrombamento, remoção, escadas, iluminação)

02h Identificar, manusear e manutenir os materiais acessórios utilizados nas operações de incêndio

04h

Técnicas de Maneabilidade

____________________ ___ Realizar as técnicas de maneabilidade de incêndio em plano horizontal, vertical e misto

12h

11 Técnicas de combate a incêndio

Conhecer as técnicas para combate a incêndios (ataque direto, indireto e ventilação)

02h Demonstrar as técnicas de combate incêndios e de ventilação natural e forçada em ambientes confinados

04h

12 Incêndios específicos

Conhecer os riscos e técnicas para combate a incêndios específicos: hospitais, indústrias, bibliotecas, Central de GLP, automóveis de transporte de produtos perigosos, hotéis, teatros, farmácia, caldeiras, subestação elétrica, depósitos de cereais e veículo.

02h

______________________

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Primeiros Socorros e Socorros de Urgência

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13 Fenômenos em incêndios e abordagem de ambientes

Identificar os indicadores de fenômenos nos incêndio (flashover, backdraft, lean flashover, roll over, BLEVE, boil over, slop over)

02h Executar a abordagem de ambientes pré-backdraft e pré-flashover

02h

14 Sistemas de Proteção contra incêndio e pânico

Identificar os sistemas de proteção contra incêndio e Pânico e suas legislações específicas.

02h

______________________

15 Sistemas de Proteção por extintores

Identificar os sistemas de proteção por extintores: tipos, composição e funcionamento e aplicação.

02h Realizar combate a princípios de incêndio em combustíveis sólidos e líquidos inflamáveis, utilizando extintores de incêndio

02h

16 Sistema hidráulico preventivo

Identificar o sistema hidráulico preventivo: composição, funcionamento e aplicação.

02h Realizar combate a incêndio utilizando o sistema hidráulico de uma edificação

04h

17 SPDA, iluminação de emergência, detecção e alarme, sprinklers e saídas de emrgências

Identificar o SPDA, iluminação de emergência, saídas de emergência e sistema de detecção e alarme: tipos, composição e funcionamento e aplicação.

04h Identificar “in loco” o SPDA, iluminação de emergência, saídas de emergência e sistema de detecção e alarme e sprinklers

04h

18 Busca em incêndios

Conhecer os equipamentos e técnicas de busca em incêndios

02h Realizar a busca de vítimas em ambiente confinado incendiado

04h

19 Explosivos e misturas explosivas

Conhecer suas características, classificação, causas, efeitos, tipos, legislação e técnicas de prevenção

02h _______________________

Carga horária teórica 36 h Carga horária prática 40 h CARGA HORÁRIA TOTAL: 76 horas

C – Módulo Socorros de Urgência Parte Teórica Parte Prática

Assunto Objetivos C.H Objetivos C.H 01 Conceitos Conhecer os conceitos de trauma,

emergências clínicas, socorrista, primeiros socorros.

01h

________________________ 02 Legislação

aplicada aos socorros de urgência.

Conhecer acerca dos aspectos legais que cercam a atividade de APH e os deveres do socorrista e a ética no atendimento;

01h

03 Biomecânica do trauma

Diferenciar o padrão de lesões sofridas por uma vítima de acordo com o tipo de colisão e a energia envolvida no processo.

01h

04 Avaliação da Cena

Gerenciar os riscos presentes no cenário da ocorrência

01h

05 Analise de vitimas

Conhecer as técnicas de exame primário (sinais vitais) e exame secundário (sintomas e exame da cabeça aos pés)

02h Realizar o exame primário e secundário em vítimas de trauma

02h

06 Vias aéreas Conhecer as causas e os sintomas de obstruções e manobras de liberação em adultos, crianças e bebes conscientes e inconsciente

01h Realizar a intervenção em vítimas que apresentam obstrução de vias aéreas por corpo estranho

02h

07 RCP (reanimação cardiopulmonar)

Conhecer as técnicas de reanimação cardiopulmonar (RCP) com ventilação artificial e compressão cardíaca externa, com um e dois socorristas, para adultos, crianças e bebês

02h Realizar a intervenção em vítimas que apresentam parada cardiorrespiratória

02h

08 DEA (desfibrilador automático externo)

Conhecer os procedimentos de utilização do DEA

01h Realizar a intervenção em vítimas que apresentam parada cardiorrespiratória utilizando o DEA

02h

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Primeiros Socorros e Socorros de Urgência

Página 243

09 Estado de choque

Conhecer a classificação, reconhecimento dos sinais e sintomas e técnicas de prevenção e tratamento

01h Realizar a intervenção em vítimas que apresentam Estado de Choque

01h

10 Hemorragias Conhecer a classificação e técnicas de contenção de hemorragias

01h Realizar a intervenção em vítimas que apresentam hemorragia

02h

11 Fraturas Conhecer a classificação de fraturas abertas e fechadas e técnicas de imobilizações

01h Realizar a intervenção em vítimas que apresentam fraturas em membros

02h

12 Ferimentos Conhecer a classificação e técnicas de tratamentos específicos em traumas específicos

04h Realizar a intervenção em vítimas que apresentam TCE, TRM, trauma torácico, trauma abdominal, amputação

04h

13 Queimaduras Conhecer a classificação, avaliação e técnicas de tratamento para queimaduras térmicas, químicas e elétricas

01h Realizar a intervenção em vítimas queimaduras 01h

14 Emergências clínicas

Conhecer os sintomas e tratamento emergência para síncope, convulsões, AVE (ataque vascular encefálico), dispnéias, crises hipertensiva e hipotensiva, IAM (infarto agudo do miocárdio), diabetes e hipoglicemia

04h Realizar a intervenção em vítimas que apresentam síncope, convulsões, AVE (ataque vascular encefálico), dispnéias, crises hipertensiva e hipotensiva, IAM (infarto agudo do miocárdio), diabetes e hipoglicemia

02h

15 Movimentação de vítimas traumáticas

Conhecer as técnicas de movimentação de vítimas e traumáticas (rolamentos, chave de rautec)

01h Executar as técnicas de movimentação de vítimas e traumáticas (rolamentos, chave de rautec)

02h

16 Transporte de vítimas

Conhecer as técnicas de transporte de vítimas

01h Executar as técnicas de transporte de vítimas 04h

17 Triagem de vítimas

Conhecer o protocolo de atendimento a incidente com múltiplas vítimas.

02h Realizar triagem de vítimas utilizando o método START

02h

Carga horária teórica 26 h Carga horária prática 28 h CARGA HORÁRIA TOTAL: 54 horas

D – Módulo Salvamento Terrestre Parte Teórica Parte Prática

Assunto Objetivos C.H Objetivos C.H 01 Elevadores Conhecer os tipos de instalações e

procedimentos de emergência 02h Realizar resgate de vítimas em elevadores

02h

02 Controle de

pânico Conhecer formas de controle de pessoal em casos de emergência

01h _______________________

03 Abandono de área

Conhecer as técnicas de abandono de área, saída organizada, pontos de encontro e chamada

02h Coordenar um abando no de área de uma edificação

02h

04 Entradas Forçadas

Conhecer os materiais, equipamentos e as técnicas de entradas forçadas

01h Executar as técnicas de entradas forçadas utilizando material e equipamento específico

02h

05 Operações em ambientes confinados

Conhecer adequadamente as normas, riscos, equipamentos e técnicas utilizados durante um resgate em espaço confinado

08h Realizar operações e salvamento de vítimas em ambientes confinado

10h

Carga horária teórica 14 h Carga horária prática 16 h CARGA HORÁRIA TOTAL: 30 horas

E – Módulo Salvamento em Alturas Parte Teórica Parte Prática

Assunto Objetivos C.H Objetivos C.H 01 Fundamentos

básicos de salvamento em alturas

Conhecer os conceitos fundamentais nas atividades de salvamento em alturas (normas, definições, princípios etc)

02h ______________________

Equipamentos e materiais

Reconhecer os equipamentos e materiais utilizados e acondicionar as cordas utilizadas em uma atividade de salvamento em alturas

02h

02 Nós e amarrações

Confeccionar os principais nós e amarrações utilizados em uma atividade de salvamento em alturas e ancoragem tradicional em linha

02h

03 Adaptação à altura

Executar atividades básicas de adaptação em altura máxima de 12 metros

02h

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Página 244

04 Técnicas de descensão

________________________ Executar rapel em suas diversas modalidades e executar salvamento de vítima utilizando

04h

05 Técnicas de ascensão

Executar ascensão em suas diversas modalidades

04h

06 Montagem de circuito

Montar circuito nos planos horizontal e inclinado

04h

07 Transposição de vítimas nos planos horizontal

Transpor maca com vítima nos planos horizontal

04h

08 Sistemas de redução de força com roldanas

Executar montagem de sistema de redução de força com roldanas e executar içamento de vítimas com sistema de redução de força com roldanas

04h

09 Descida de vítimas com “oito-fixo”

Executar descida de vítimas com “oito-fixo”; 04h

Carga horária teórica 02 h Carga horária prática 30 h CARGA HORÁRIA TOTAL: 32 horas

F – Emergências Químicas Parte Teórica Parte Prática

Assunto Objetivos C.H Objetivos C.H 01 Legislação

Específica Conhecer a legislação que regulamenta a identificação, transporte, armazenagem, manipulação de produtos perigosos

02h

__________________ 02 Conceitos, classificação e identificação

Diferenciar produto perigoso de carga perigosa, definir emergência química, conhecer os riscos ambientais em emergências químicas e identificar e classificar os produtos perigosos com a utilização do manual da ABIQUIM

04h

03 Equipamentos de proteção

Conhecer os equipamentos de proteção individual e respiratória específicos para emergências químicas

02h Identificar, manusear e manutenir os equipamentos de individual e respiratória específicos para emergências químicas

02

04 Procedimentos em emergências

Conhecer os procedimentos em emergências químicas (organização da cena, técnicas de contenção e confinamento de derramamento)

02h Organizar uma cena de uma emergência química e realizar as técnicas de contenção e confinamento de derramamento de produtos perigosos

04

05 Resgate de vítimas

Conhecer as técnicas de resgate de vítimas e técnicas de descontaminação

02h Executar as técnicas de resgate de vítimas e técnicas de descontaminação

04

Carga horária teórica 12 h Carga horária prática 10 h CARGA HORÁRIA TOTAL: 22 horas

G – Módulo Gerenciamento de Emergências

Parte Teórica Parte Prática Assunto Objetivos C.H Objetivos C.H

01 Gerenciamento de riscos

Conhecer os conceitos e ferramentas para melhorar a percepção de risco

02h

02 Análise de risco Conhecer os procedimentos básicos para realização de inspeções em riscos para minimizá-lo ou elimina-lo

02h _______________________

03 Plano de emergência

Conhecer os requisitos e normas referentes e confeccionar um plano de emergência

02h _______________________

04 Comunicações Conhecer os equipamentos, suas aplicações, manuseio e manutenção e procedimentos para o acionamento do Corpo de Bombeiros

02h Realizar comunicação utilizando equipamentos específicos (rádios, telefones)

02h

05 Relatório de estatística

Conhecer os procedimentos de elaboração de relatórios e estatística e preencher um relatório de ocorrência

02h _______________________

Carga horária teórica 10 h Carga horária prática 02 h CARGA HORÁRIA TOTAL: 12 horas

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ANEXO F

MODELO DE CARTEIRA DE HABILITAÇÃO DE BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ENSINO E INSTRUÇÃO DE BOMBEIROS (CEIB)

Foto 3 x 4

CARTEIRA DE HABILITAÇÃO Nº 001 BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL Nome: CI: Órgão Emissor: CPF: Validade: O portador possui o Curso de Formação de Bombeiros Profissional Civil estando habilitado a exercer as atividades de prevenção e combate a incêndio, abandono de área, primeiros socorros e atendimento de emergência em edificações e eventos.

Serra, ____de__________de_____.

Chefe do CEIB

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ANEXO G

CURRÍCULO DO CURSO DE RECICLAGEM DE BOMBEIROS PROFISSIONAIS CIVIS

CURSO DE FORMAÇÃO DE BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL Módulo Parte Teórica Parte Prática OBJETIVO

A Básico 04h ---- Conhecer a legislação específica que norteia a atuação do Bombeiro Profissional Civil, transmitindo aos alunos as informações necessárias à sua atuação, seus direitos e deveres.

B Prevenção e combate a incêndio 10h 30h Capacitar o aluno para atuar em Operações de Combate a Incêndio Estruturais, abordando temas peculiares ao processo da combustão para propiciar o aprimoramento de conhecimentos, visando o despertar da percepção e conscientização para a interação dos fatores envolvidos na dinâmica dos incêndios estruturais com riscos e conseqüências que podem resultar na decisão do mais adequado processo de intervenção.

C Socorros de Urgência 08h 24h Capacitar o aluno para tratar vítimas de traumas e emergências clínicas, buscando sempre a excelência no atendimento, com desenvoltura, ética e segurança.

D Salvamento Terrestre 04h 12h Capacitar o aluno para o salvamento, demonstrando aptidão, e se utilizando das técnicas corretas para garantir a segurança da cena, de vítimas aprisionadas em espaços confinados ou ainda que se encontre em locais de difícil acesso que requeiram então a transposição de obstáculos.

E Salvamento em Alturas 01h 12h Capacitar o aluno para o salvamento em locais elevados e propiciar o aprimoramento de conhecimentos, visando o despertar da percepção e conscientização para a interação dos fatores envolvidos em uma cena de salvamento em alturas

F Emergências Químicas 04h 06h Aprimoramento do conhecimento das peculiaridades que envolvem as atividades de intervenção e controle de eventos geradores de risco ambiental, em eventos derivados de acidentes que envolvam transporte, estocagem e derramamento de produtos químicos, proporcionando a estes empregar as técnicas de segurança para evitar a ocorrência do dano e/ou minimizar seus efeitos, com a prática da adoção de medidas mitigadoras de contenção do risco e segurança para a equipe de intervenção.

G Gerenciamento de Emergências 04h 01h Capacitar o aluno para o gerenciamento de emergências aplicando corretamente o Sistema de Comando em Incidentes.

Carga horária 35h 85h CARGA HORÁRIA TOTAL: 120 HORAS

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ANEXO G (continuação)

A – Módulo Básico Parte Teórica Parte Prática

Assunto Objetivos C.H Objetivos C.H 01 Introdução Conhecer os objetivos e conceitos gerais

do curso 01 h

__________________ 02 Bombeiro

Profissional Civil

Rever a definição, estrutura, atribuições e dimensionamento e legislação específica

02 h

04 Normalização Rever o sistema normativo e as principais normas técnicas oficiais inerentes (NR, NBR e normas do CBMES)

01 h

Carga horária teórica 04 h Carga horária prática 00 h CARGA HORÁRIA TOTAL: 04 horas

B – Módulo Prevenção e Combate a Incêndio

Parte Teórica Parte Prática Assunto Objetivos C.H Objetivos C.H

01 Prevenção de incêndio

Rever as técnicas de prevenção de incêndio

01h

______________________

02 Química/física Rever os elementos necessários para a combustão; triângulo e tetraedro do fogo; Dinâmica da combustão; tipos de combustão, velocidade da combustão, produtos da combustão e seus efeitos, pontos notáveis de temperatura.

02h

03 Propagação do fogo

Rever os processos de propagação do fogo

01h

04 Classificação de Incêndio

Rever a classificação e suas características

05 Métodos de extinção

Rever os métodos de extinção e suas aplicações

01h

06 Agentes extintores

Rever os agentes, suas características e aplicações

07 Equipamentos de combate a incêndio

____________________ Identificar, manusear e manutenir os equipamentos de combate a incêndio

01h

08 Equipamentos de proteção individual

____________________ Identificar, manusear e manutenir os equipamentos de proteção individual

01h

09 Equipamentos de proteção respiratória

____________________ Identificar, manusear e manutenir os equipamentos de proteção respiratória

01h

10 Materiais acessórios

____________________ Identificar, manusear e manutenir os materiais acessórios utilizados nas operações de incêndio

01h

Técnicas de Maneabilidade

____________________ Realizar as técnicas de maneabilidade de incêndio em plano horizontal, vertical e misto

08h

11 Técnicas de combate a incêndio

Rever as técnicas para combate a incêndios (ataque direto, indireto e ventilação)

01h Demonstrar as técnicas de combate incêndios e de ventilação natural e forçada em ambientes confinados

04h

12 Incêndios específicos

Rever os riscos e técnicas para combate a incêndios específicos: hospitais, indústrias, bibliotecas, Central de GLP, automóveis de transporte de produtos perigosos, hotéis, teatros, farmácia, caldeiras, subestação elétrica, depósitos de cereais e veículo.

02h

______________________

13 Sistemas de Proteção contra incêndio e pânico

Rever os sistemas de proteção contra incêndio e Pânico e suas legislações específicas.

01h _______________________

14 Fenômenos em incêndios e abordagem de ambientes

____________________

Executar a abordagem de ambientes pré-backdraft e pré-flashover

02h

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15 Sistemas de Proteção por extintores

____________________ Realizar combate a princípios de incêndio em combustíveis sólidos e líquidos inflamáveis, utilizando extintores de incêndio

02h

16 Sistema hidráulico preventivo

____________________ Realizar combate a incêndio utilizando o sistema hidráulico de uma edificação

02h

17 SPDA, iluminação de emergência, sprinklers

____________________

Identificar “in loco” o SPDA, iluminação de emergência, saídas de emergência e sistema de detecção e alarme e sprinklers

04h

18 Busca em incêndios

____________________ Realizar a busca de vítimas em ambiente confinado incendiado

04h

19 Explosivos e misturas explosivas

Rever suas características, classificação, causas, efeitos, tipos, legislação e técnicas de prevenção

01h _______________________

Carga horária teórica 10 h Carga horária prática 30 h CARGA HORÁRIA TOTAL: 40 horas

C – Módulo Socorros de Urgência

Parte Teórica Parte Prática Assunto Objetivos C.H Objetivos C.H

01 Conceitos Rever os conceitos de trauma, emergências clínicas, socorrista, primeiros socorros.

01h

________________________ 02 Legislação

aplicada aos socorros de urgência.

Rever acerca dos aspectos legais que cercam a atividade de APH e os deveres do socorrista e a ética no atendimento;

03 Biomecânica do trauma

Rever o padrão de lesões sofridas por uma vítima de acordo com o tipo de colisão e a energia envolvida no processo.

01h

04 Avaliação da Cena

Gerenciar os riscos presentes no cenário da ocorrência

01h

05 Analise de vitimas

____________________

Realizar o exame primário e secundário em vítimas de trauma

02h

06 Vias aéreas ____________________

Realizar a intervenção em vítimas que apresentam obstrução de vias aéreas por corpo estranho

02h

07 RCP (reanimação cardiopulmonar)

____________________

Realizar a intervenção em vítimas que apresentam parada cardiorrespiratória

02h

08 DEA (desfibrilador automático externo)

Rever os procedimentos de utilização do DEA

01h Realizar a intervenção em vítimas que apresentam parada cardiorrespiratória utilizando o DEA

02h

09 Estado de choque

____________________ Realizar a intervenção em vítimas que apresentam Estado de Choque

01h

10 Hemorragias ____________________

Realizar a intervenção em vítimas que apresentam hemorragia

01h

11 Fraturas ____________________

Realizar a intervenção em vítimas que apresentam fraturas em membros

02h

12 Ferimentos ____________________

Realizar a intervenção em vítimas que apresentam TCE, TRM, trauma torácico, trauma abdominal, amputação

04h

13 Queimaduras Rever a classificação, avaliação e técnicas de tratamento para queimaduras térmicas, químicas e elétricas

01h Realizar a intervenção em vítimas queimaduras 01h

14 Emergências clínicas

Rever os sintomas e tratamento emergência para síncope, convulsões, AVE (ataque vascular encefálico), dispnéias, crises hipertensiva e hipotensiva, IAM (infarto agudo do miocárdio), diabetes e hipoglicemia

02h Realizar a intervenção em vítimas que apresentam síncope, convulsões, AVE (ataque vascular encefálico), dispnéias, crises hipertensiva e hipotensiva, IAM (infarto agudo do miocárdio), diabetes e hipoglicemia

02h

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Página 249

15 Movimentação de vítimas traumáticas

____________________ Executar as técnicas de movimentação de vítimas e traumáticas (rolamentos, chave de rautec)

02h

16 Transporte de vítimas

____________________ Executar as técnicas de transporte de vítimas 02h

17 Triagem de vítimas

Rever o protocolo de atendimento a incidente com múltiplas vítimas.

01h Realizar triagem de vítimas utilizando o método START

01h

Carga horária teórica 08 h Carga horária prática 24 h CARGA HORÁRIA TOTAL: 32 horas

D – Módulo Salvamento Terrestre Parte Teórica Parte Prática

Assunto Objetivos C.H Objetivos C.H 01 Elevadores Rever os tipos de instalações e

procedimentos de emergência 01h Realizar resgate de vítimas em elevadores 02h

02 Controle de

pânico Rever formas de controle de pessoal em casos de emergência

01h

_______________________

03 Abandono de área

Rever as técnicas de abandono de área, saída organizada, pontos de encontro e chamada

Realizar abandono de área de uma edificação 02h

04 Entradas Forçadas

____________________ Executar as técnicas de entradas forçadas utilizando material e equipamento específico

02h

05 Operações em ambientes confinados

Rever adequadamente as normas, riscos, equipamentos e técnicas utilizados durante um resgate em espaço confinado

02h Realizar operações e salvamento de vítimas em ambientes confinado

06h

Carga horária teórica 04 h Carga horária prática 12 h CARGA HORÁRIA TOTAL: 16 horas

E – Módulo Salvamento em Alturas Parte Teórica Parte Prática

Assunto Objetivos C.H Objetivos C.H 01 Fundamentos

básicos de salvamento em alturas

Rever os conceitos fundamentais nas atividades de salvamento em alturas (normas, definições, princípios etc)

01h ______________________

Equipamentos e materiais

____________________

Reconhecer os equipamentos e materiais utilizados e acondicionar as cordas utilizadas em uma atividade de salvamento em alturas

01h

02 Nós e

amarrações Confeccionar os principais nós e amarrações utilizados em uma atividade de salvamento em alturas e ancoragem tradicional em linha

03 Técnicas de descensão

________________________ Executar rapel em suas diversas modalidades e executar salvamento de vítima utilizando

02h

04 Técnicas de ascensão

Executar ascensão em suas diversas modalidades

02h

05 Montagem de circuito

Montar circuito nos planos horizontal e inclinado 02h

06 Transposição de vítimas nos planos horizontal

Transpor maca com vítima nos planos horizontal 02h

07 Sistemas de redução de força com roldanas

Executar montagem de sistema de redução de força com roldanas e executar içamento de vítimas com sistema de redução de força com roldanas

02h

08 Descida de vítimas com “oito-fixo”

Executar descida de vítimas com “oito-fixo”; 01h

Carga horária teórica 01h Carga horária prática 12 h CARGA HORÁRIA TOTAL: 13 horas

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F – Emergências Químicas Parte Teórica Parte Prática

Assunto Objetivos C.H Objetivos C.H 01 Legislação

Específica Rever a legislação que regulamenta a identificação, transporte, armazenagem, manipulação de produtos perigosos

01h

__________________ 02 Conceitos, classificação e identificação

Diferenciar produto perigoso de carga perigosa, definir emergência química, conhecer os riscos ambientais em emergências químicas e identificar e classificar os produtos perigosos com a utilização do manual da ABIQUIM

02h

03 Equipamentos de proteção

____________________ Identificar, manusear e manutenir os equipamentos de individual e respiratória específicos para emergências químicas

02

04 Procedimentos em emergências

Rever os procedimentos em emergências químicas (organização da cena, técnicas de contenção e confinamento de derramamento)

01h Organizar uma cena de uma emergência química e realizar as técnicas de contenção e confinamento de derramamento de produtos perigosos

02

05 Resgate de vítimas

Executar as técnicas de resgate de vítimas e técnicas de descontaminação

02

Carga horária teórica 04h Carga horária prática 06 h CARGA HORÁRIA TOTAL: 10 horas

G – Módulo Gerenciamento de Emergências

Parte Teórica Parte Prática Assunto Objetivos C.H Objetivos C.H

01 Gerenciamento de riscos

Conhecer os conceitos e ferramentas para melhorar a percepção de risco

01h

02 Analise de risco Conhecer os procedimentos básicos para realização de inspeções em riscos para minimiza-lo ou elimina-lo

01h _______________________

03 Plano de emergência

Conhecer os requisitos e normas referentes e confeccionar um plano de emergência

01h _______________________

04 Comunicações Identificar os equipamentos de comunicação, manuseá-los, realizar comunicação via rádio e manutení-los

01h

Relatório de estatística

Conhecer os procedimentos de elaboração de relatórios e estatística e preencher um relatório de ocorrência

01h _______________________

Carga horária teórica 04 h Carga horária prática 01 h CARGA HORÁRIA TOTAL: 05 horas

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ANEXO H – Modelo de Requerimento de Laudo Técnico

Ao Sr. Tenente-Coronel BM Chefe do Centro de Ensino e Instrução de Bombeiros (CEIB)

______________________________________________________, representante legal da empresa

______________________________________________________, localizada

na____________________________________________________________,

requer a Vossa Senhoria o competente Laudo Técnico referente às suas instalações

físicas, material didático e campo de treinamento para dar início ao processo de

cadastramento junto ao CBMES.

NESTES TERMOS PEDE DEFERIMENTO

Serra, ______ de _______________________ de ______

_____________________________________ Nome do Representante legal CPF n.º _________________

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ANEXO I – Modelo de Certificado de Cadastramento de EEFT

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CERTIFICADO DE CADASTRAMENTO

A empresa _____________________________________________________

estabelecida à____________________________________________________________________, CNPJ nº

___.___.___/___-___, Inscrição Municipal nº __________________, tendo como representante legal

_______________________________________________________________,

CPF ___________________, está devidamente cadastrada no Centro de Ensino e Instrução de Bombeiros do Corpo de

Bombeiros Militar, sob o nº ______/CEIB, e, portanto, autorizada a ministrar os Cursos de Formação de Brigada de

Incêndio e os Cursos de Formação de Bombeiros Profissionais Civis em todo o território do Estado do Espírito Santo.

Validade: de de

Serra, ______ / ______ / _____

CHEFE DO CEIB

Nº _____ / CEIB

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Página 253

ANEXO J – Modelo de Declaração de Contrato Social

DECLARAÇÃO

Declaro para os devidos fins que a Empresa_____________________

___________________________________________________________________________, CNPJ

nº ____________, localizada na __________________________,

não sofreu alteração do contrato social desde a data de ______________________,

permanecendo como representante legal este signatário.

Serra, ____ de _________ de ______

_____________________________________ Nome do Representante legal CPF n.º _________________

Reconhecimento de firma

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 07/2010 - Brigada de Incêndio e Bombeiro Profissional Civil,

Primeiros Socorros e Socorros de Urgência

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ANEXO K – Modelo de Cadastramento de EPSBPC

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CERTIFICADO DE CADASTRAMENTO

A empresa _____________________________________________________

estabelecida à____________________________________________________________________, CNPJ nº

___.___.___/___-___, Inscrição Municipal nº __________________, tendo como representante legal

_______________________________________________________________,

CPF ___________________, está devidamente cadastrada no Centro de Ensino e Instrução de Bombeiros do Corpo de

Bombeiros Militar, sob o nº ______/CEIB, e, portanto, autorizada a prestar os serviços de Bombeiro Profissional Civil

em todo o território do Estado do Espírito Santo.

Validade: de de

Serra, ______ / ______ / _____

CHEFE DO CEIB

Nº _____ / CEIB

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 08/2010

SEPARAÇÃO ENTRE EDIFICAÇÕES (ISOLAMENTO DE RISCO)

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - TABELA 3 (ÍNDICE PARA DISTÂNCIAS DE

SEGURANÇA)

B - TABELA 4 (REDUTORES DE DISTÂNCIA DE

SEPARAÇÃO)

C - EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTOS DE

AFASTAMENTO

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 204, DE 11 DE MAIO DE 2010.

Aprova a Norma Técnica nº 08/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a separação entre edificações (isolamento de risco) no Estado do Espírito Santo.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 08/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a separação

entre edificações (isolamento de risco) no Estado do Espírito Santo. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 11 de maio de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES Publicada no Diário Oficial de 28 de maio de 2010 Parte específica: Documentos Técnicos cancelados ou substituídos:

• PT 03 do CBMES publicado no Diário Oficial de 15 de dezembro de 1999.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 08/2010 - Separação Entre Edificações

(Isolamento de Risco)

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1 OBJETIVO O objetivo desta Norma é de determinar critérios para isolar externamente os riscos de propagação do incêndio por radiação de calor, convecção de gases quentes e transmissão de chama, para evitar que o incêndio proveniente de uma edificação se propague para outra, ou retardar a propagação permitindo a evacuação do público. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica aplica-se a todas as edificações, independente de sua ocupação, altura, número de pavimentos, volume, área total e área específica de pavimento, para considerar-se uma edificação como risco isolado em relação à(s) outra(s) adjacente(s) na mesma propriedade (Figura 1), conforme previsto na Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo.

Figura 1- Separação entre edificações no mesmo lote 2.2 Considera-se isolamento de risco a distância ou proteção, de tal forma que, para fins de previsão das exigências de medidas de segurança contra incêndio, uma edificação seja considerada independente em relação à adjacente. 2.3 As edificações situadas no mesmo lote que não atenderem às exigências de isolamento de risco deverão ser consideradas como uma única edificação (somar área total) para o dimensionamento das medidas de segurança previstas na Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo. . 2.4 Para separação entre edificações de propriedades distintas (em lotes distintos), esta NT será recomendatória. 2.4.1 Para fins desta NT, propriedades distintas são edificações localizadas em lotes distintos, podendo ser geminadas, com plantas aprovadas pela Prefeitura Municipal separadamente, sem qualquer tipo de abertura ou comunicação de área, mesmo sob o telhado, exceto no caso de lajes com TRRF de 2 horas. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS Decreto 2.423-R de 15 de dezembro de 2009 – Regulamenta a Lei 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo (COSCIP);

IT 07- Isolamento de Risco (Separação entre Edificações), CBPMESP; Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009; NFPA 80A “Recommended Practice for Protection of Buildings from Exterior Fire Exposures”. Ed. Eletrônica, USA, 1996 edition; NFPA 5000 Bulding Construction and Safety Code, USA, 2003 edition. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes da NT 03 – Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 4.1 Edificação expositora: construção na qual o incêndio está ocorrendo, responsável pela radiação de calor, convecção de gases quentes ou transmissão direta das chamas. É a que exige a maior distância de afastamento, considerando-se duas edificações em um mesmo lote ou propriedade. 4.2 Edificação em exposição: construção que recebe a radiação de calor, convecção de gases quentes ou a transmissão direta das chamas. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Relação entre os tipos de propagação e os arranjos físicos das edificações 5.1.1 O tipo de propagação e o consequente tipo de isolamento a ser adotado dependem do arranjo físico das edificações que podem ser: a) entre as fachadas das edificações adjacentes, por radiação térmica (Figura 2);

Figura 2 - Propagação entre fachadas

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 08/2010 - Separação Entre Edificações

(Isolamento de Risco)

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b) entre a cobertura de uma edificação de menor altura e a fachada da outra edificação, por radiação térmica. (Figura 3);

Figura 3 - Propagação entre cobertura e fachada. c) entre duas edificações geminadas, pelas aberturas localizadas em suas fachadas e/ou pelas coberturas das mesmas, pelas três formas de transferência de energia (Figura 4);

Figura 4 -Propagação entre duas edificações geminadas com a mesma altura d) entre edificações geminadas, por meio da cobertura de uma edificação de menor altura e a fachada de outra edificação, pelas três formas de transferência de energia (Figura 5).

Figura 5 - Propagação entre duas edificações geminadas com altura diferenciada 5.2 Isolamento de risco O isolamento de risco pode ser obtido por: a) isolamento (distância de segurança) entre fachadas de edificações adjacentes (Figura 6);

Figura 6 - Distância de segurança b) isolamento (distância de segurança) entre a cobertura de uma edificação de menor altura e a fachada de uma edificação adjacente (Figura7);

Figura 7 - Distância de segurança entre a cobertura e fachada c) por parede corta-fogo entre edificações contíguas (Figura 8).

Figura 8 - Parede corta-fogo 5.2.1 Isolamento de risco por distância de separação entre fachadas: 5.2.1.1 Para determinar a distância de separação acima descrita, deve-se considerar o risco que o edifício adjacente (expositor) gera ao edifício a ser considerado isolado (em exposição) (Figura 9).

Figura 9 - Exposição entre edificações adjacentes

PAREDE CORTA-FOGO

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 08/2010 - Separação Entre Edificações

(Isolamento de Risco)

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5.2.1.2 Parâmetros preliminares a serem determinados para distâncias de separações: 5.2.1.2.1 A propagação por radiação térmica depende basicamente do nível de radiação proveniente de uma edificação em chamas. 5.2.1.2.2 O nível de radiação está associado à severidade do incêndio, à área de aberturas existentes e à resistência ao fogo dos vedos. 5.2.1.2.3 Dentre vários fatores que determinam a severidade de um incêndio, dois possuem importância significativa e estão relacionados com o tamanho do compartimento incendiado e a carga de incêndio da edificação. 5.2.1.2.4 O tamanho do compartimento está relacionado com a dimensão do incêndio e a relação – largura e altura – do painel radiante localizados na fachada. 5.2.1.2.5 A Tabela 1 indica qual a parte da fachada a ser considerada no dimensionamento. Tabela 1 - Determinação da Fachada para o Dimensionamento

Notas Genéricas da Tabela 1:

1) Edificações com TRRF inferior ao especificado na Tabela A da NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, devem ser consideradas sem compartimentação horizontal e vertical e devem ser considerados com porcentagem de abertura de 100%.

2) Para edifícios residenciais, consideram-se compartimentadas horizontalmente as unidades residenciais separadas por paredes e portas que atendam aos critérios de TRRF especificados na NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção para unidades autônomas.

5.2.1.2.6 Para as edificações que possuem fachadas não paralelas ou não coincidentes, devem-se efetuar os dimensionamentos de acordo coma Tabela 1 e aplicar a distância para o ponto mais próximo entre as aberturas das edificações. 5.2.1.2.7 A carga de incêndio é outro fator a ser considerado e as edificações classificam-se, para esta NT, conforme Tabela 2. Tabela 2 - Severidade da Carga de Incêndio para o Isolamento de Risco

5.2.1.2.8 Caso a edificação possua proteção por chuveiros automáticos, a classificação da severidade será reduzida em um nível. Caso essa edificação tenha inicialmente a classificação “I”, então, poder-se-á reduzir o índice “α” da Tabela 3 - Anexo A em 50% (com a previsão de chuveiros automáticos). 5.2.1.2.9 Para determinação dos valores de Carga de Incêndio para as diversas ocupações, deve-se consultar a NT 04 - Carga de Incêndio. 5.2.1.3 Procedimentos para dimensionamento da distância de separação: 5.2.1.3.1 Para dimensionar a distância de separação segura entre edificações (d), considerando a radiação térmica, deve-se: 1º passo: Relacionar as dimensões (largura/altura ou altura/largura) do setor da fachada a ser considerado na edificação conforme Tabela 1, dividindo-se sempre o maior parâmetro pelo menor (largura e altura) e obter o valor x; Observação: Se o valor x obtido for um valor intermediário na Tabela 3 (Anexo A), deve-se adotar o valor imediatamente superior. 2º passo: Determinar a porcentagem de aberturas y no setor a ser considerado (Figura 10);

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 08/2010 - Separação Entre Edificações

(Isolamento de Risco)

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Figura 10 - Porcentagem de aberturas na fachada Observação: Se o valor obtido y for um valor intermediário na Tabela 3 (Anexo A), deve-se adotar o valor imediatamente superior. 3º passo: Verificar a carga de incêndio da edificação e classificá-la conforme Tabela 2; 4º passo: Com os valores x e y obtidos e a classificação da severidade, consultar a Tabela 3 (Anexo A), obtendo-se o índice α, que é a base de cálculo para a distância segura entre edificações; 5º passo: A distância de separação é obtida multiplicando-se o índice α pela menor dimensão do setor considerado na fachada (largura ou altura), acrescentando o fator de segurança β; Observação: O fator de segurança β assume dois valores: a) β1 igual a 1,5 m nos municípios que possuem Corpo de Bombeiros com viaturas para combate a incêndios; ou b) β2 igual a 3,00 metros nos municípios que não possuem Corpo de Bombeiros. 5.2.1.3.2 A fórmula geral é: d = α x (largura ou altura) + β d = distância de separação em metros; α = coeficiente obtido da Tabela 3 (Anexo A), em função da relação (largura/altura ou altura/largura), da porcentagem de aberturas e da classificação de severidade; β = coeficiente de segurança que assume os valores de 1,5m (β1) ou de 3,0 m (β2), conforme a existência de Corpo de Bombeiros no município. Observação: Ver exemplo no Anexo “C”. 5.2.1.4 Fatores redutores de distância de separação 5.2.1.4.1 Os fatores especificados na Tabela 4 (Anexo B) são redutores da distância de separação (d), considerando as fachadas que recebem exposição de calor proveniente de edificações adjacentes localizadas dentro do mesmo lote.

5.2.2 Isolamento de risco por distância de separação entre cobertura e fachada 5.2.2.1 Para edificações com alturas distintas, caso a cobertura da edificação de menor altura não atenda ao TRRF estabelecido na Tabela A da NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, devem-se adotar as distâncias contidas na Tabela 5. Tabela 5 - Mínima distância de separação entre a cobertura da edificação menor em relação a outra edificação adjacente de maior altura.

Número de pisos que contribuem para a propagação pela

cobertura

Distância de separação horizontal

em metros

1 4 2 6

3 ou mais 8 5.2.2.2 Na Tabela 5, considera-se o número de pavimentos que contribuem para o incêndio e que variam conforme a existência de compartimentação vertical. 5.2.2.3 Quando a cobertura como um todo atender a NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção fica dispensado o dimensionamento previsto no item 5.2.2, permanecendo o dimensionamento conforme o item 5.2.1. 5.2.2.4 Caso a edificação possua resistência ao fogo parcial da cobertura, a área a ser computada na determinação da distância de separação será aquela desprotegida. 5.2.2.5 O distanciamento horizontal, previsto na Tabela 5, pode ser substituído por paredes de isolamento, prolongando-se acima do topo da fachada, com altura igual ou superior ao distanciamento obtido. 5.2.2.6 O distanciamento horizontal, previsto na Tabela 5, pode ser desconsiderado quando a fachada da edificação adjacente for “cega”, e com resistência ao fogo de acordo com a Tabela A da NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção. 5.2.3 Considerações gerais 5.2.3.1 Nas edificações com alturas diferenciadas, deve-se adotar a distância de separação mais rigorosa, dimensionando as separações pelos métodos descritos no item 5.2.1 para qualquer dos dois edifícios, e no item 5.2.2 para o edifício mais baixo. 5.2.3.2 Para a distância de separação entre edificações adjacentes com a mesma altura, pode-se desconsiderar o dimensionamento decorrente da propagação pela cobertura, permanecendo somente o dimensionamento pelas fachadas das edificações.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 08/2010 - Separação Entre Edificações

(Isolamento de Risco)

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5.2.4 Proteção por paredes corta-fogo de risco em edificações contíguas (geminadas) 5.2.4.1 Independente dos critérios anteriores, são considerados isolados os riscos que estiverem separados por paredes corta-fogo, construídas de acordo com as normas técnicas em vigor. 5.2.4.2 A espessura da parede corta-fogo deve ser dimensionada em função do material empregado e de acordo com os ensaios realizados em laboratórios técnicos oficiais ou normas técnicas, e deve apresentar as características de isolamento térmico, estanqueidade e estabilidade. 5.2.4.3 A parede corta-fogo deve ultrapassar 1,00 m, acima dos telhados ou das coberturas dos riscos.

Figura 11 – Prolongamento horizontal da parede corta-fogo substituindo o afastamento entre aberturas. 5.2.4.4 Existindo diferença de altura nas paredes, de no mínimo 1 m entre dois telhados ou coberturas, não haverá necessidade de prolongamento da parede corta-fogo. 5.2.4.5 As armações dos telhados ou das coberturas podem ficar apoiadas em consolos (suportes), e não em uma parede corta-fogo. Caso ocorra dilatação desses consolos decorrente de um incêndio, deverá ser prevista uma distância de compensação da parede. 5.2.4.6 A parede corta-fogo deve ser capaz de permanecer estável quando a estrutura do telhado entrar em colapso. 5.2.4.7 A parede corta-fogo deve ter resistência suficiente para suportar, sem grandes danos, impactos de cargas ou equipamentos normais em trabalho dentro da edificação. 5.2.4.8 O tempo mínimo de resistência ao fogo deve ser igual ao TRRF da estrutura principal, porém, não inferior a 120 min. 5.2.4.9 As aberturas situadas em lados opostos de uma parede corta-fogo devem ser afastadas no mínimo 2,00 m entre si, exceção àquelas aberturas que estejam contidas em compartimentos considerados áreas frias (banheiro, vestiário, caixa de escada ou outra ocupação sem carga de incêndio), com ventilação permanente. 5.2.4.10 A distância mencionada no item anterior poderá ser substituída por uma aba vertical, perpendicular ao plano das aberturas, com 0,90 m de saliência.

5.2.4.11 Essa saliência deverá ser solidária à estrutura da parede corta-fogo. 5.2.4.12 A parede corta-fogo não deve possuir nenhum tipo de abertura, mesmo que protegida. 5.2.5 Passagens cobertas No caso de edificações que obedeçam aos critérios de afastamento, interligadas por passagens cobertas, as seguintes regras devem ser adotadas: 5.2.5.1 As passagens cobertas deverão possuir largura máxima de 10,0 m e serem utilizadas exclusivamente para o trânsito de pessoas, materiais, equipamentos de pequeno porte e trânsito de veículos. 5.2.5.2 As passagens cobertas ou coberturas destinadas ao estacionamento de veículos, equipamentos de grande porte ou linhas de produção industriais descaracterizam o afastamento entre as edificações. 5.2.5.3 Serão admitidas nas áreas adjacentes às passagens cobertas construções destinadas a sanitários, escadas com materiais incombustíveis, elevadores, guarita de recepção, reservatórios de água e similares. 5.2.5.4 Todos os materiais utilizados na construção das passagens cobertas deverão ser incombustíveis. 5.2.5.5 As passagens cobertas deverão possuir as laterais totalmente abertas, sendo admissíveis apenas as guardas e proteções laterais, também incombustíveis. 6 DISPOSIÇÕES GERAIS Os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico são, no mínimo, os seguintes: a) indicar a distância de outras edificações; b) indicar a ocupação; c) indicar a carga de incêndio; d) indicar as aberturas nas fachadas; e) indicar a fachada da edificação considerada para o cálculo de isolamento de risco; f) parede corta-fogo de isolamento de risco; g) juntar o memorial de cálculo de isolamento de risco.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades

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(Isolamento de Risco)

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ANEXO A

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 08/2010 - Separação Entre Edificações

(Isolamento de Risco)

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ANEXO B

TABELA 4 - REDUTORES DE DISTÂNCIA DE SEPARAÇÃO

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 08/2010 - Separação Entre Edificações

(Isolamento de Risco)

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ANEXO C

EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO DE AFASTAMENTOS

1. Em uma edificação de escritórios que possui uma carga de Incêndio de 700 MJ/m2, com superfície radiante de 50m de largura e altura de 15 m (sem compartimentação), com percentual de aberturas de 60%, a distância de separação será calculada abaixo: Obs.: A edificação situa-se em uma cidade com Corpo de Bombeiros. 1º Passo: Relação largura/altura, x = 50/15= 3,333 (adotar índice “4” na Tabela 3); 2º Passo: Determinação do percentual de abertura, y = 60% (área considerada da fachada - vedos - / área total da fachada); 3º Passo: Determinar a severidade, conforme carga de Incêndio (ver Tabela 2) = Classificação de severidade “II”; 4º Passo: Com os valores de “x” e “y”, consultar a Tabela 3, obtendo-se o índice “α“ = “2,88”; 5º Passo: Multiplicar a menor dimensão (15m) pelo índice “α“. Então: 2,88 x 15 m = 43,2m e adicionando-se o índice “β” =1,5 m, obtém-se 44,7 m de distância (d = α x (menor dimensão) + β).

Pela Tabela 4, temos: a) cobrindo todas as aberturas com proteção para 90 minutos – reduzir a distância a 1,50 m; b) instalando cortina d’água automática de inundação em todas aberturas providas com vidro aramado com proteção para 45 minutos - reduzir a 1,50m; c) instalando cortina d’água automática de inundação em todas as aberturas providas de vidro ordinário – reduzir a distância em 50% (1/2). 2. Em uma edificação de escritórios que tenha uma carga incêndio de 700 MJ/m2, com superfície radiante de largura igual a 50 m e altura de 18 m (sem chuveiros automáticos e com compartimentação horizontal e vertical entre pisos, pé direito de 3 metros), com percentual de aberturas de 20%. Terá como distância de separação a medida calculada abaixo: Obs.: A edificação situa-se em uma cidade com Corpo de Bombeiros. 1º. Passo: Relação largura/altura, x = 50/3= 16,7 (adotar índice “20” na Tabela 3); 2º. Passo: Determinação do percentual de abertura y = 20% (área considerada da fachada - vedos - / área total da fachada); 3º Passo: Determinar a classificação da severidade, conforme carga de Incêndio (ver Tabela 2) = Classificação de severidade “II”; 4º Passo: Com os valores de “x” e “y”, consultar a Tabela 3, obtendo-se o índice “α“ = “1,34”; 5º Passo: Multiplicar a menor dimensão da maior área compartimentada (50 m comprimento e 3 metros de pé direito) pelo índice α . Então 3 x 1,34 m = 4,02 m e adicionando-se mais o “índice β” de1, 5 m, obtendo-se 5,52 m de distância. Obs: verifica-se neste exemplo a importância da compartimentação de áreas.

Pela Tabela 4 , temos: a) cobrindo todas as aberturas com proteção para 90 minutos – reduzir a distância a 1,50 m; b) instalando cortina d’água automática de inundação em todas aberturas providas com vidro aramado com proteção para 45 minutos – reduzir a 1,50 m c) instalando cortina d’água automática de inundação em todas as aberturas providas de vidro ordinário – reduzir a distância em 50%. 3. Em um Galpão Industrial que tenha uma Carga de Incêndio de 1500 MJ/m2, com superfície radiante de largura igual a 100 m e altura de 5 m, com percentual de aberturas de 40%. Terá como distância de separação a medida calculada abaixo: Obs.: A edificação situa-se em uma cidade com Corpo de Bombeiros. 1º. Passo: Relação largura/altura, x = 100/5 = 20 (índice Tabela 3); 2º. Passo: Determinação do percentual de abertura y = 40% (área considerada da fachada - vedos - / área total da fachada); 3º Passo: Determinar a classificação da severidade, conforme carga de Incêndio (ver Tabela 2) = Classificação de severidade “III”; 4º Passo: Com os valores de “x” e “y”, consultar a Tabela 3, obtendo-se o índice “α“ = “5,41”; 5º Passo: Multiplicar a menor dimensão da maior área compartimentada (100 m comprimento e 5 metros de pé direito) pelo índice α . Então 5 x 5,41 m = 27,05 m e adicionando-se mais o “índice β” de1, 5 m, obtendo-se 28,55 m de distância. Obs: Caso a severidade fosse “II” a distância de separação iria ser 15,00 m.

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 09/2010

SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO DOS ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - TEMPOS REQUERIDOS DE RESISTÊNCIA AO FOGO (TRRF)

B - TABELA DE RESISTÊNCIA AO FOGO PARA ALVENARIAS

C - TABELA DE RESISTÊNCIA AO FOGO DE PAREDES EM CHAPAS DE GESSO ACARTONADO (DRYWALL)

D - MÉTODO DO TEMPO EQUIVALENTE DE RESISTÊNCIA AO FOGO

E - MEMORIAL DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO DOS ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO

F - DECLARAÇÃO DE ELABORAÇÃO DE PROJETO ESTRUTURAL

G - DECLARAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA EXECUÇÃO DO PROJETO DE SEGURANÇA ESTRUTURAL

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 192 - R, DE 10 DE MARÇO DE 2010.

Aprova a Norma Técnica nº 09/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a segurança contra incêndio dos elementos de construção.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas

atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 09/2010, do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a segurança

contra incêndio dos elementos de construção. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor após 30 dias da data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 10 de março de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES Publicada no Diário Oficial de 28 de maio de 2010

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 09/2010 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos

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1 OBJETIVO Estabelecer as condições a serem atendidas pelos elementos estruturais e de compartimentação que integram as edificações, quanto aos Tempos Requeridos de Resistência ao Fogo (TRRF), para que, em situação de incêndio, seja evitado o colapso estrutural por tempo suficiente para possibilitar o cumprimento dos objetivos descritos na Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo. 2 APLICAÇÃO 2.1 Aplica-se a todas as edificações e áreas de risco onde for exigida a segurança dos elementos de construção contra incêndio, conforme prescrito na NT 02 - Exigências das Medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco. 2.2 Na ausência de norma nacional sobre dimensionamento das estruturas em situação de incêndio adota-se o Eurocode em sua última edição, ou norma similar reconhecida internacionalmente. No momento da publicação de norma nacional sobre o assunto, esta passará a ser adotada nos termos desta NT. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 5628/1980 - Componentes Construtivos Estruturais - Determinação da Resistência ao Fogo; ABNT NBR 6118/2003 - Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento; ABNT NBR 6120/1980 - Cargas para Cálculo de Estruturas de Edifícios - Procedimento; ABNT NBR 6479/1992 - Portas e Vedadores - Determinação da Resistência ao Fogo - Método de ensaio; ABNT NBR 8681/2003 - Ações e Segurança nas Estruturas - Procedimento; ABNT NBR 8800/1986 - Projeto e Execução de Estruturas de Aço de Edifícios - Procedimento; ABNT NBR 9062/1985 - Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-Moldado - Procedimento; ABNT NBR 9077/1993 - Saídas de Emergência em Edifícios - Procedimento; ABNT NBR 10636/1989 - Paredes Divisórias Sem Função Estrutural - Determinação da Resistência ao Fogo - Método de Ensaio; ABNT NBR 11711/1992 - Porta e Vedadores corta-fogo com Núcleo de Madeira para Isolamento de Riscos em Ambientes Comerciais e Industriais - Especificação; ABNT NBR 11742/1992 - Porta Corta-fogo para Saída de Emergência - Especificação; ABNT NBR 14323/1999 - Dimensionamento de Estrutura de Aço em Situação de Incêndio - Procedimento;

ABNT NBR 14432/2000 - Exigência de Resistência ao Fogo de Elementos de Construção de Edificações - Procedimento; ABNT NBR 14715/2010 - Chapas de Gesso para Drywall (gesso acartonado) - Requisitos; ABNT NBR 14716/2001 - Chapas de Gesso Acartonado - Verificação das Características Geométricas; ABNT NBR 14717/2001 - Chapas de Gesso Acartonado - Determinação das Características Físicas; ABNT NBR 14762/2001 - Dimensionamento de Estruturas de Aço Constituídas por Perfis Formados a Frio - Procedimento; ABNT NBR 15200/2004 - Projeto de Estruturas de Concreto em Situação de Incêndio - Procedimento; ABNT NBR 15217/2009 - Perfis de Aço para Sistemas Construtivos em Chapas de Gesso para "drywall" - Requisitos e Métodos de ensaio; Decreto Nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009, que regulamenta a Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP) no âmbito do território do Estado do Espírito Santo; Instrução Técnica Nº 06/2005 do CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE MINAS GERAIS (CBMMG) - Segurança Estrutural das Edificações; Instrução Técnica Nº 08/2010 do CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO (CBPMSP) - Resistência ao Fogo dos Elementos de Construção; Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009, que dispõe sobre o serviço de segurança das pessoas e de seus bens, contra incêndio e pânico no âmbito do território do Estado do Espírito Santo; Regulamentação de MARGARET LAW and TURLOGH O’BRIEN - “Fire Safety of Bare External Structure Steel”. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da NT 03 – Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Os tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) são aplicados aos elementos estruturais e de compartimentação, conforme os critérios estabelecidos nesta Norma Técnica e em seu Anexo A. 5.2 Para comprovar os TRRF constantes desta Norma Técnica, são aceitas as seguintes metodologias:

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a) execução de ensaios específicos de resistência ao fogo em laboratórios; b) atendimento a tabelas elaboradas a partir de resultados obtidos em ensaios de resistência ao fogo; c) modelos matemáticos (analíticos) devidamente normatizados ou internacionalmente reconhecidos. 5.2.1 Para os elementos de compartimentação, admitem-se as metodologias previstas nas alíneas “a” e “b”; já para os elementos estruturais, as três metodologias podem ser aceitas. São considerados como elementos estruturais: lajes, painéis pré-moldados que apresentem função estrutural e painéis alveolares utilizados para compartimentação. 5.2.2 A metodologia de que trata a subseção 5.2, alínea “c”, desta NT, somente será aceita após análise em Comissão Técnica. 5.3 Método do tempo equivalente 5.3.1 Para edificação com altura menor ou igual a 6,00m, admite-se o uso do método do tempo equivalente de resistência ao fogo em substituição aos TRRF estabelecidos nesta norma, conforme metodologia descrita no Anexo D. 5.3.2 Para edificação com altura superior a 6,00 m, admite-se o uso do método acima descrito, contudo, fica limitada a redução de 30 min dos valores dos TRRF constantes no Anexo A, desta NT. 5.3.3 Na utilização do método do tempo equivalente, os TRRF resultantes dos cálculos não poderão ter valores inferiores a 30 min. 5.3.4 O método do tempo equivalente não pode ser empregado nas condições abaixo: a) edificações do grupo L (explosivos); b) edificações de divisões M1 (túneis); M2 (parques de tanques) e M3 (centrais de comunicação e energia); c) edificações com estruturas de madeira. 5.3.5 No dimensionamento desse método, adotar módulos de no máximo 500 m² de área de piso. Módulos maiores podem ser utilizados quando o espaço analisado possuir características construtivas e cargas de incêndio uniformes. Será considerado o TRRF de maior valor obtido (observar item 5.15 desta NT, quando se tratar de ocupação mista). 5.4 Ensaios Os ensaios devem ser realizados em laboratórios reconhecidos, de acordo com as normas técnicas nacionais ou, na ausência destas, de acordo com normas ou especificações estrangeiras internacionalmente reconhecidas. 5.5 Dimensionamento de elementos estruturais em situação de incêndio

5.5.1 Aço: Adota-se a ABNT NBR 14323 - Dimensionamento de estruturas de aço em edifícios em situação de incêndio. Recomenda-se que a temperatura crítica do aço seja tomada como um valor máximo de 550ºC para os aços convencionais utilizados em perfis cujo estado limite último à temperatura ambiente não seja o de instabilidade local elástica ou calculada para cada elemento estrutural de acordo com a norma supracitada. Se aceita também o dimensionamento através de ensaios de resistência ao fogo de acordo com ABNT NBR 5628. 5.5.2 Concreto: Adota-se a ABNT NBR 15200 - Projeto de Estruturas de Concreto em Situação de Incêndio. Se aceita também o dimensionamento através de ensaios de resistência ao fogo de acordo com ABNT NBR 5628. 5.5.3 Outros materiais estruturais: na ausência de normas nacionais, adota-se o Eurocode em sua última edição, ou norma similar reconhecida internacionalmente. No momento da publicação de norma nacional sobre o assunto, esta passará a ser adotada nos termos desta Norma Técnica. Se aceita também o dimensionamento através de ensaios de resistência ao fogo de acordo com ABNT NBR 5628. 5.6 Cobertura As estruturas das coberturas que não atendam aos requisitos de isenção do Anexo A desta NT, devem ter, no mínimo, o mesmo TRRF das estruturas principais da edificação. 5.7 Elementos de compartimentação e divisórias de unidades autônomas 5.7.1 Para as escadas e elevadores de segurança, os elementos de compartimentação, constituídos pelo sistema estrutural das compartimentações e vedações das caixas, dutos e antecâmaras, devem atender no mínimo, ao TRRF igual ao estabelecido no Anexo A, desta Norma Técnica, porém, não podendo ser inferior a 120 min. 5.7.2 Os elementos de compartimentação (externa e internamente à edificação, incluindo as lajes, as fachadas, paredes externas e as selagens dos shafts e dutos de instalações) e os elementos estruturais essenciais à estabilidade desta compartimentação, devem ter, no mínimo, o mesmo TRRF da estrutura principal da edificação, não podendo ser inferior a 60 min, inclusive para as selagens dos shafts e dutos de instalações. 5.7.3 As vedações usadas como isolamento de riscos e os elementos estruturais essenciais à estabilidade destas vedações devem ter, no mínimo, TRRF de 120 min. 5.7.4 As paredes divisórias entre unidades autônomas e entre unidades e as áreas comuns, para as ocupações dos Grupos A (A2 e A3), B, E e H (H2, H3 e H5), devem possuir TRRF mínimo de 60 min, independente do TRRF da edificação e das possíveis isenções. As edificações que possuem chuveiros automáticos projetados conforme Norma Técnica específica, ficam isentas dessa exigência. Nota: São exemplos e consideradas unidades autônomas os apartamentos residenciais; os apartamentos de hotéis, motéis e “flats”; as salas de aula; as enfermarias e quartos de hospitais; as celas dos presídios e assemelhados.

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5.7.4.1 As portas das unidades autônomas que dão acesso aos corredores e/ou hall de entrada das Divisões B-1, B-2, H-2, H-3 e H-5, excetuando-se edificações térreas, devem ser do tipo resistente ao fogo (30 min), ensaiadas de acordo com a ABNT NBR 6479. As edificações que possuem chuveiros automáticos projetados conforme Norma Técnica específica ficam isentas dessa exigência. 5.8 Mezaninos Os mezaninos que não atendam aos requisitos de isenção do Anexo A desta NT devem ter os TRRF conforme estabelecido nesta Norma Técnica, de acordo com a respectiva ocupação. 5.9 Materiais de proteção térmica 5.9.1 A escolha, dimensionamento e aplicação de materiais de proteção térmica são de responsabilidade exclusiva do(s) responsável(eis) técnico(s) pelo projeto. 5.9.2 As propriedades térmicas e o desempenho dos materiais de proteção térmica quanto à aderência, combustibilidade, fissuras, toxidade, erosão, corrosão, deflexão, impacto, compressão, densidade e outras propriedades necessárias para garantir o desempenho e durabilidade dos materiais, devem ser determinados por ensaios realizados em laboratório nacional ou estrangeiro reconhecido internacionalmente, de acordo com norma técnica nacional ou, na ausência desta, de acordo com norma estrangeira reconhecida internacionalmente. 5.10 Subsolo Os subsolos das edificações devem ter o TRRF estabelecido em função do TRRF da ocupação a que pertencer, conforme Anexo A, não podendo ser inferior ao TRRF dos pavimentos situados acima do solo. Os TRRF dos elementos estruturais do subsolo, cujo dano possa causar colapso progressivo das estruturas dos pavimentos acima do solo, a critério do profissional habilitado responsável pelo projeto, não poderão ser inferiores ao TRRF dos pavimentos situados acima do solo. 5.11 Isenção de TRRF As edificações isentas de TRRF, conforme Anexo A, devem ser projetadas (considerando medidas ativas e passivas) visando atender os objetivos do Código de Segurança contra Incêndio e Pânico. Caso contrário, as isenções não são admitidas. 5.12 Estruturas externas 5.12.1 O elemento estrutural situado no exterior da edificação pode ser considerado livre da ação do incêndio, quando o seu afastamento das aberturas existentes na fachada for suficiente para garantir que a sua elevação de temperatura não superará a temperatura crítica considerada. Tal situação deve ser tecnicamente comprovada pelo responsável técnico pelo projeto estrutural. 5.12.2 Para estruturas de aço, o procedimento para a verificação da possibilidade de aceitação do item anterior deve ser analítico, envolvendo os seguintes passos:

a) definição das dimensões do setor que pode ser afetado pelo incêndio; b) determinação da carga de incêndio específica; c) determinação da temperatura atingida pelo incêndio; d) determinação da altura, profundidade e largura das chamas emitidas para o exterior à edificação; e) determinação da temperatura das chamas nas proximidades dos elementos estruturais; f) cálculo da transferência de calor para os elementos estruturais; g) determinação da temperatura do aço no ponto mais crítico. 5.12.2.1 Para atender aos itens 5.12.1 e 5.12.2, usar a regulamentação de MARGARET LAW and TURLOGH O’BRIEN - “Fire Safety of Bare External Structure Steel” ou regulamento similar. 5.12.2.2 Caso a temperatura determinada de acordo com o item 5.12.2 seja superior à temperatura crítica das estruturas calculadas, essas devem ter o TRRF conforme o estabelecido nesta Norma Técnica. 5.12.3 Para outros materiais estruturais, aceita-se método analítico internacionalmente reconhecido. 5.13 Estruturas encapsuladas ou protegidas por forro resistente ao fogo 5.13.1 Os elementos estruturais encapsulados estarão livres da ação de incêndio desde que o encapsulamento tenha o TRRF no mínimo igual ao que seria exigido para o elemento encapsulado considerado. 5.13.2 Considera-se forro resistente ao fogo o conjunto envolvendo as placas, perfis, suportes e selagens das aberturas, devidamente ensaiado (conjunto), atendendo ao TRRF mínimo igual ao que seria exigido para o elemento protegido considerado. O ensaio de resistência ao fogo deve mencionar as soluções adotadas para as selagens das aberturas (penetrações) no forro (tais como: iluminação, ar condicionado e outras). 5.14 Edificação aberta lateralmente 5.14.1 Será considerada aberta lateralmente a edificação ou parte de edificação que, em cada pavimento: a) tenha ventilação permanente em duas ou mais fachadas externas, providas por aberturas que possam ser consideradas uniformemente distribuídas e que tenham comprimentos em planta que, somados, atinjam pelo menos 40% do perímetro da edificação e áreas que, somadas, correspondam a pelo menos 20% da superfície total das fachadas externas; b) tenha ventilação permanente em duas ou mais fachadas externas, provida por aberturas cujas áreas somadas correspondam a pelo menos 1/3 da superfície total das fachadas externas e pelo menos 50% destas áreas abertas situadas em duas fachadas opostas.

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5.14.2 Em qualquer caso, as áreas das aberturas nas laterais externas somadas devem possuir ventilação direta para o meio externo e devem corresponder a pelo menos 5% da área do piso no pavimento; as obstruções internas eventualmente existentes devem ter pelo menos 20% de suas áreas abertas, com aberturas dispostas de forma que possam ser consideradas uniformemente distribuídas, para permitir a ventilação. 5.15 Ocupação mista À edificação que apresentar ocupação mista, aplicam-se os seguintes critérios para o estabelecimento dos Tempos Requeridos de Resistência ao Fogo (TRRF): a) o valor correspondente à ocupação que deve atender às exigências mais rigorosas, caso não haja compartimentação entre essas ocupações; b) o valor correspondente a cada uma das ocupações, caso haja compartimentação entre elas. 5.16 Vigas e estruturas principais 5.16.1 Vigas principais: considerar, para efeito desta Norma, como sendo todas as vigas que estão diretamente ligadas aos pilares ou a outros elementos estruturais que sejam essenciais à estabilidade da edificação como um todo e cuja ruína pode provocar o colapso de toda a edificação ou de parte da mesma. 5.16.2 Estruturas principais: considerar, para efeito desta Norma, como sendo todas as estruturas que sejam essenciais à estabilidade da edificação como um todo e cuja ruína pode provocar o colapso de toda a edificação ou de parte da mesma. 5.17 Vigas e estruturas secundárias 5.17.1 São as vigas e estruturas não enquadradas no conceito do item 5.16 desta NT e cuja ruína tem efeito apenas localizado, ou seja, não provoca o colapso de outras partes da edificação. 5.17.2 A classificação das vigas e estruturas como principais ou secundárias é de total responsabilidade do técnico responsável pelo projeto estrutural. 5.18 Controle de qualidade Para as edificações com área superior a 10.000 m², será exigido controle de qualidade durante a execução e aplicação dos materiais de proteção térmica às estruturas, realizado por empresa ou profissional qualificado e cadastrado no CBMES. 5.19 Documentos a serem apresentados no momento da solicitação da análise de projeto junto ao CBMES 5.19.1 Deverá ser anexado um Memorial de Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, conforme Anexo E desta NT, com os seguintes dados: a) metodologia utilizada para atingir os TRRF dos elementos estruturais da edificação, citando a norma empregada;

b) os TRRF para os diversos elementos construtivos: estruturas internas e externas; compartimentações; mezaninos; coberturas; subsolos; proteção de dutos e shafts; encapsulamento de estruturas etc; c) especificações e condições de isenções e/ou reduções de TRRF; d) tipo e espessuras de materiais de proteção térmica a serem utilizados nos elementos construtivos, quando for o caso, nas estruturas de aço, ou requisitos de dimensões e respectivas cartas de cobrimento de armadura nas estruturas de concreto. Para outros materiais estruturais, detalhar a solução adotada. 5.19.2 Declaração de Elaboração de Projeto Estrutural em conformidade com as Normas Brasileiras e esta NT. Deverá ser anexada uma declaração assinada pelo responsável técnico pelo projeto de segurança estrutural da edificação, juntamente com a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), conforme anexo F desta NT. 5.20 Documentos a serem apresentados no momento da solicitação da vistoria para emissão do ALCB junto ao CBMES. Deverá ser anexada ao projeto a Declaração do Responsável Técnico pela Execução do Projeto de Segurança Estrutural, que consiste em uma declaração assinada pelo responsável técnico pela execução do projeto de segurança estrutural da edificação, juntamente com a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), conforme Anexo G desta NT. 6 DISPOSIÇÕES GERAIS 6.1 As edificações com estruturas em madeira, independentemente da resistência da estrutura e das possíveis isenções e reduções de TRRF, devem possuir tratamento retardante ao fogo. 6.2 Os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico, referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico são os seguintes: a) identificar os tipos de estruturas e constar o tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF) das estruturas em memorial e Formulário de Segurança Contra Incêndio e Pânico; b) apresentar documentos citados na subseção 5.19.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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ANEXO A

Tempos requeridos de resistência ao fogo

Os tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) devem ser determinados conforme a Tabela A deste anexo, obedecendo-se às recomendações contidas nesta Norma e nas considerações a seguir: A1 Condições de isenção e redução dos TRRF A1.1 As edificações desta seção para obterem o benefício de isenção ou redução dos TRRF devem atender aos objetivos do Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico (COSCIP) do CBMES e possuírem as saídas de emergência, as rotas de fuga e as condições de ventilação dimensionadas conforme regulamentações vigentes. A1.2 As isenções e reduções abaixo não se aplicam: a) aos subsolos com mais de um piso de profundidade ou área de pavimento superior a 500 m²; b) à estrutura e paredes de vedação das escadas e elevadores de segurança, de isolamento de riscos e de compartimentação descritos nos itens 5.7.1, 5.7.2 e 5.7.3 desta NT; c) às edificações do grupo L (explosivos) e das divisões M1 (túneis); M2 (parques de tanques) e M3 (centrais de comunicação e energia) (Decreto nº 2423-R/2009). A1.3 Edificações, incluindo suas coberturas, enquadradas nos subitens abaixo, estão ISENTAS de TRRF, nas condições do item A1.1, sendo que as áreas indicadas referem-se à área total construída da edificação: A1.3.1 Edificações de classe P1 e P2 com área inferior a 750 m². A1.3.2 Edificações de classe P2 com área inferior a 1.500 m², com carga de incêndio (qfi) menor ou igual a 500 MJ/m², excluindo-se dessa isenção as edificações pertencentes às divisões C2; C3; E6; F1; F5; F6; H2; H3 e H5. A1.3.3 Edificações pertencentes às divisões F3; F4 (exclusivo para as áreas de transbordo e circulação de pessoas) e F7, de classes P1 e P2, exceto nas áreas destinadas a outras ocupações, que caracterizem ou não ocupação mista (nessas regiões devem ser respeitados os TRRF constantes da Tabela A, conforme a ocupação específica). A1.3.4 Edificações pertencentes às divisões G1 e G2, de classes P1 a P4, quando abertos lateralmente conforme item 5.14 desta Norma e com as estruturas dimensionadas conforme Anexo D da ABNT NBR-14432. A1.3.5 Edificações pertencentes à divisão J1 de classes P1 e P2. A1.3.6 As coberturas das edificações que atendam aos requisitos abaixo: a) não tiverem função de piso; b) não forem usadas como rota de fuga; c) o seu colapso estrutural não comprometa a estabilidade das paredes externas nem a estrutura principal da edificação. A1.3.7 Os mezaninos que apresentem área inferior a 750 m², cuja estrutura não dependa da estrutura principal do edifício, bem como os mezaninos com área superior a 750 m² das edificações isentas de verificação do TRRF, cuja estrutura não dependa da estrutura principal do edifício e que possuam carga de incêndio até 500 MJ/m². A1.3.8 As escadas abertas (escadas simples), desde que não possuam materiais combustíveis incorporados em suas estruturas, acabamentos ou revestimentos.

A1.3.9 Edificações destinadas a academias de ginástica e similares (divisão E-3), de classes P1 e P2, nas áreas destinadas a piscinas, vestiários, salas de ginástica, musculação e similares, desde que possuam nestas áreas materiais de acabamento e revestimento incombustíveis. A1.3.10 Edificações térreas, quando atenderem aos requisitos: a) a edificação possuir carga de incêndio específica menor ou igual a 500 MJ/m² (excluem-se desta regra os depósitos e indústrias, que seguem as regras abaixo); b) a edificação for de grupo I (industrial), com carga de incêndio específica menor ou igual a 1.200MJ/m²; c) a edificação for de grupo J (depósito), com carga de incêndio específica menor ou igual a 2.000MJ/m². A1.3.10.1 A isenção deste item não se aplica: a) quando a cobertura da edificação tiver função de piso ou for usada como rota de fuga; b) quando a estrutura considerada, a critério do responsável técnico pelo projeto estrutural, for essencial à estabilidade de um elemento de compartimentação ou isolamento de risco. A1.3.11 Não estarão isentos os elementos estruturais que forem essenciais à estabilidade de um elemento de compartimentação das edificações térreas. Esses elementos estruturais devem ser dimensionados de forma a não entrar em colapso caso ocorra a ruína da cobertura do edifício do lado afetado pelo incêndio. A1.4 As edificações térreas podem ter os TRRF constantes da Tabela A reduzidos em 30 min, caso atendam a um dos seguintes requisitos abaixo: a) forem providas de chuveiros automáticos; b) possuírem área total menor ou igual a 5.000 m², com pelo menos duas fachadas para acesso e estacionamento operacional de viaturas, conforme consta na NT 06 - Acesso de Viatura nas Edificações e Áreas de Risco, que perfaçam no mínimo 50% do perímetro da edificação; c) forem consideradas lateralmente abertas, conforme item 5.14 desta norma. A1.4.1 As edificações térreas, independente de área, serão isentas de TRRF quando providas de chuveiros automáticos com bicos do tipo resposta rápida (quick response), dimensionados conforme normas específicas. A1.5 O TRRF das vigas secundárias, conforme item 5.17 desta NT, das edificações até 80 m de altura, não necessita ser maior que: a) 60 min para as edificações de classes P1 a P4; b) 90 min para as edificações de classe P5. A1.6 A opção de escolha para a determinação do TRRF conforme item 5.3 (tempo equivalente) fica a critério do responsável técnico, não podendo haver em qualquer hipótese sobreposições de isenções, em função do item A1 e subitens ou em função de aços não convencionais.

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Tabela A

Tempos Requeridos de Resistência ao Fogo (TRRF)

Para a classificação detalhada das ocupações (Grupo e Divisão), consultar a Tabela 1, do Anexo do Decreto nº 2423-R/2009.

Grupo Ocupação/Uso Divisão

Profundidade do Subsolo hs

Altura da edificação h

Classe S2 hs > 10m

Classe S1 hs ≤ 10m

Classe P1

h ≤ 6m

Classe P2

6m < h ≤ 12m

Classe P3

12m < h ≤ 23m

Classe P4

23m < h ≤ 30m

Classe P5

30m < h ≤ 80m

Classe P6

80m < h ≤ 120m

Classe P7

120m < h ≤ 150m

Classe P8

150m < h ≤ 250m

A Residencial A-1 a A-3 90 60 30 30 60 90 120 120 150 180

B Serviços de hospedagem

B-1 e B-2 90 60 30 60 60 90 120 150 180 180

C Comercial varejista C-1 90 60 60 60 60 90 120 150 150 180

C-2 e C-3 90 60 60 60 60 90 120 150 150 180

D Serviços

profissionais, pessoais e técnicos

D-1 a D-3 90 60 30 60 60 90 120 120 150 180

E Educacional e cultura física

E-1 a E-6 90 60 30 30 60 90 120 120 150 180

F Locais de reunião

de público

F-1, F-2, F-5, F-6, F- 8 e F-

10 90 60 60 60 60 90 120 150 180 CT

F-3, F-4 e F-7

90 60 ver item A1.3.3. 30 60 60 90 120 CT

F-9 90 60 30 60 60 90 120 CT CT CT

G Serviços

automotivos

G-1 e G-2 não Abertos lateralmente e G-3 a G-5

90 60 30 60 60 90 120 120 150 180

G-1 e G-2 abertos

lateralmente 90 60 30 30 30 30 60 120 120 150

H Serviços de saúde e

Institucionais

H-1 e H-4 90 60 30 60 60 90 120 150 180 180 H-2, H-3 e

H5 90 60 30 60 60 90 120 150 180 180

I Industrial I-1 90 60 30 30 30 60 120 CT CT CT I-2 120 90 30 30 60 90 120 CT CT CT I-3 120 90 60 60 90 120 120 CT CT CT

J Depósitos

J-1 60 30 ver item A1.3.4. 30 30 60 CT CT CT J-2 90 60 30 30 30 30 60 CT CT CT J-3 90 60 30 60 60 120 120 CT CT CT J-4 120 90 60 60 90 120 120 CT CT CT

L Explosivos L-1, L-2 e L-

3 120 120 120 CT CT CT CT CT CT CT

M Especial M-1 150 150 150 CT CT CT CT CT CT CT M-2 CT CT CT CT CT CT CT CT CT CT M-3 120 90 90 90 120 120 150 CT

NOTAS: 1. Casos não enquadrados: utilizar Comissão Técnica (CT) junto ao Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo.

2. O TRRF dos subsolos não pode ser inferior ao TRRF dos pavimentos situados acima do solo (ver item 5.10)

3. Para edificações em madeira: verificar item 5.21

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ANEXO B

Tabela de Resistência ao Fogo para Alvenarias

(*) Paredes sem função estrutural ensaiadas totalmente vinculadas dentro da estrutura de concreto armado, com dimensões 2,8 m x 2,8 m totalmente expostas ao fogo (em uma face). (**) Ensaio encerrado sem ocorrência de falência em nenhum dos três critérios de avaliação.

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ANEXO C

Tabela de Resistência ao Fogo de Paredes em Chapas de Gesso Acartonado (Drywall)

Itens Paredes ensaiadas

Características das paredes Resultado dos ensaios

Espessura total da

parede (mm)

Largura da estrutura de aço (mm)

Espaçamento da estrutura de aço (mm)

Qtd. Tipo e esp.

(mm) da chapa de gesso de cada lado

da estrutura

Tempo de atendimento aos critérios de avaliação

Resistência ao fogo CF (corta-fogo) Integridade Estanqueidade Isolação

térmica

1 73/48/600/ 1 ST 12,5 –

1 ST 12,5 73 48 600 1 ST 12,5 30 30 30 CF 30

2 95/70/600/ 1 ST 12,5 – 1 ST 12,5 95 70 600 1 ST 12,5 30 30 30 CF 30

3 115/90/600/ 1 ST 12,5 – 1 ST 12,5

115 90 600 1 ST 12,5 30 30 30 CF 30

4 98/48/600/ 2 ST 12,5 – 2 ST 12,5 98 48 600 2 ST 12,5 60 60 60 CF 60

5 120/70/600/ 2 ST 12,5 -2 ST 12,5

120 70 600 2 ST 12,5 60 60 60 CF 60

6 140/90/600/ 2 ST 12,5

– 2 ST 12,5 140 90 600 2 ST 12,5 60 60 60 CF 60

7 98/48/600/ 2 RF 12,5 – 2 RF 12,5 98 48 600 2 RF 12,5 90 90 90 CF 90

8 120/70/600/ 2 RF 12,5

– 2 RF 12,5 120 70 600 2 RF 12,5 90 90 90 CF 90

9 140/90/600/ 2 RF 12,5 – 2 RF 12,5 140 90 600 2 RF 12,5 90 90 90 CF 90

10 108/48/600/ 2 RF 15 – 2 RF 15

108 48 600 2 RF 15 120 120 120 CF 120

11 130/70/600/ 2 RF 15 –

2 RF 15 130 70 600 2 RF 15 120 120 120 CF 120

12 150/90/600/ 2 RF 15 – 2 RF 15

150 90 600 2 RF 15 120 120 120 CF 120

- 78/48/600/ 1 ST 12,5 –

1 ST 12,5 150 90 600 2 RF 15 120 120 120 CF 30

- 125/75/600/ 2 ST 12,5 – 2 ST 12,5 150 90 600 2 RF 15 120 120 120 CF 60

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de Construção

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ANEXO D

Método do tempo equivalente de resistência ao fogo

O tempo equivalente a ser determinado de acordo com a formulação abaixo não poderá ter valores menores de TRRF conforme o especificado no item 5.3.3 desta Norma Técnica.

Teq = qfi,k x γn x γs x K x W x M (Eq. D1)

Onde: teq – tempo equivalente (minutos); qfi,k – é o valor característico da carga de incêndio específica determinada pela ABNT NBR 14432 (MJ/m²); γn = γn1 x γn2 x γn3 – coeficiente adimensional que leva em conta a presença de medidas de proteção ativa da edificação, determinado conforme a Tabela D2; γs = γs1 x γs2 – coeficiente de segurança que depende do risco de incêndio e das onseqüências do colapso da edificação, determinado conforme equação D4 e Tabela D3; K – fator determinado conforme Tabela C1; W – fator que depende da área de ventilação e da altura do compartimento, conforme equação D3; e M – fator de correção que depende do tipo de material da estrutura, determinado conforme Tabela D4.

Tabela D1 – Fator K

b = λρc

(J/m2 s1/2 °°°°C)

K (min . m2 / MJ)

λρc > 2500 0,040

720 ≤ ρ λc ≤ 2500 0,055

ρ λc < 720 0,070

ρ – massa específica do elemento de vedação do compartimento (kg/m³) c – calor específico do elemento de vedação do compartimento (MJ/kg°C) λ – condutividade térmica do elemento de vedação (W/m°C) Obs.: Como forma de simplificação do método e em favor da segurança, a critério do responsável técnico pelo projeto estrutural, admite-se diretamente o uso de K = 0,07 min.m2/MJ. Notas: 1) Quando houver elementos de compartimentação com diferentes camadas de material, pode ser utilizado o menor valor de b ( ), a favor da segurança. 2) Quando houver diferentes valores de b em paredes, pisos e tetos, este valor é determinado conforme a expressão abaixo:

vt

ii

AA

Ab=b

∑ (Eq. D2)

Onde: bi – é o fator b do elemento de compartimentação i Ai – área do elemento de compartimentação i (m2) At – área total do compartimento (piso, teto e paredes) (m2) Av – área de ventilação vertical (janelas, portas e similares) (m2) Obs.: Não computar forros e revestimentos que possam ser destruídos pela ação do incêndio.

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de Construção

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5,0

1015,121

4

4,090

62,03,06

++

+

=

fA

hA

fA

vA

fA

vA

HW

(Eq. D3)

Nota: limites de aplicação: 0,025 ≤ f

v

A

A ≤ 0,30

Onde: H – altura do compartimento (distância do piso ao teto) (m); Av – área de ventilação vertical para o ambiente externo do compartimento, considerando-se que os vidros das janelas se quebrarão em incêndio (m2); Ah – área de ventilação horizontal (m2); e Af – área total do piso do compartimento (m2).

Tabela D2 – Fatores das medidas de segurança contra incêndio Valores de γγγγn1 , γγγγn2 e γγγγn3

Existência de chuveiros automáticos

(γn1) Brigada contra incêndio (γγγγn2)

Existência de detecção automática

(γn3)

0,60 Não profissional Profissional

0,9 0,90 0,60

Na ausência de algum meio de proteção, indicado na Tabela D2, deve ser adotado o respectivo γn igual a 1.

Característica da edificação

(Eq. D4)

Onde:

1≤γγγγs1≤3 Af – área de piso do compartimento analisado (m2); e h – altura do piso habitável mais alto do edifício (m).

Tabela D3 – Risco de ativação

valores de γγγγs2 risco de ativação do

incêndio exemplos de ocupação

0,85 Pequena Escola, galeria de arte, parque aquático, igreja, museu

1,0 Normal

Biblioteca, cinema, correio, consultório médico, escritório, farmácia, frigorífico, hotel, livraria, hospital, laboratório

fotográfico, indústria de papel, oficina elétrica ou mecânica, residência, restaurante, teatro, depósitos de produtos

farmacêuticos e de bebidas alcoólicas, venda de acessórios de automóveis, depósitos em geral

1,2 Média Montagem de automóveis, hangar, indústria mecânica

1,5 Alta Laboratório químico, oficina de pintura de automóveis

Nota: as ocupações não relacionadas poderão ser enquadradas por similaridade.

51 10

)3(1

++

hA=

f

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de Construção

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Tabela D4 – valores do fator M

Material da estrutura Fator M

Concreto armado 1,0

Aço revestido termicamente 1,0

Aço sem revestimento térmico 13,7 V

Nota: no caso de estruturas mistas de aço e concreto, utilizar, onde aplicável, o valor mais desfavorável de M. Onde: V – grau de ventilação do compartimento calculado conforme a seguinte expressão:

t

eqv

A

hA=V (Eq. D5)

Nota: limites de aplicação: 0,02 m1/2 ≤ V ≤ 0,20 m1/2 heq – altura média das aberturas em que hi é a altura da abertura “i”, em metro (m); At – área total do compartimento (paredes, teto e piso, incluindo aberturas) (m2); e Avi – é a área da abertura vertical “i” (m²).

As seguintes limitações para uso deste método devem ser aplicadas: 1) O tempo determinado por meio do método apresentado neste anexo não poderá ser inferior a 30 min nem ao tempo determinado pela Tabela A desta NT reduzido de 30 min; e 2) qfi,k x γn x γs ≥ 300 MJ/m².

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ANEXO E

MEMORIAL DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO DOS ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO

(Nome da Empresa) ,registrada no CREA sob o nº ________, atendendo o disposto no item 5.19 da NT 09/2010 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, e no Decreto Estadual nº 2.423-R, e visando a aprovação do Projeto de Segurança Contra Incêndio e Pânico junto ao CBMES, atesta que os elementos estruturais (vigas, lajes, pilares, etc.) constituintes da estrutura (concreto, aço, alvenaria estrutural, madeira, alumínio, etc.) da edificação em referência estão em conformidade com as informações abaixo descritas. Edificação: (nome da Edificação) Logradouro Público/nº: (endereço) Responsável pelo Uso: (nome) Altura da Edificação (m): (altura) Ocupação: (tipo) Data: (data) Estrutura: (concreto, aço, alvenaria estrutural, madeira, alumínio, etc.) 1 Determinação do tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF) 1.1 Critérios para determinação do TRRF Para a definição dos TRRF foi adotada... (por exemplo: Tabela A da NT 09, conforme o item “5. Procedimentos” da referida NT; ou método do tempo equivalente ou outros devidamente comprovados, tudo conforme a NT 09). 1.2 Valores do TRRF Exemplo: - As estruturas principais (pilares e vigas principais) terão TRRF de ... (exemplo: 90 min conforme Tabela A, Grupo D, Classe P4 da NT 09). - As vigas secundárias terão TRRF de ... (exemplo: 60 min, conforme o anexo A, item A1.5ª da NT 09). - As compartimentações, escadas de segurança, selagens de shafts e divisórias entre unidades autônomas serão executadas conforme segue: _______________________, com os seguintes TRRF: _____________________. Tudo conforme item 5.7 da NT 09. - Observações: ______________________________________________ . 1.3 Isenções ou reduções de TRRF: Exemplos: Não foi adotada nenhuma condição para redução ou isenção de TRRF na presente edificação..., Ou, foi adotado isenção de TRRF para os pilares externos protegidos por alvenaria cega..., Ou, foi adotado isenção dos perfis confinados em áreas frias conforme folhas... 2 Métodos para se respeitar os TRRF dos elementos estruturais Os métodos adotados foram __________ (descrever os métodos: métodos analíticos/numéricos, tabelas, experimentais, cartas de cobertura, etc. sempre citando as normas que foram empregadas). Os ensaios de resistência ao fogo adotados foram __________ (relatório IPT no, UL no, etc. citar os ensaios e especificar se é para pilares, vigas, etc. ...). 3 Materiais de revestimento contra fogo e respectivas espessuras de proteção e/ou dimensionamento dos elementos estruturais (citar cartas de cobertura adotadas) Materiais utilizados: (citar todos os materiais utilizados na proteção)

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Espessuras adotadas: (exemplo: vide tabela do anexo x carta de cobertura). As espessuras foram calculadas com base nos ensaios laboratoriais acima mencionados, de acordo com os procedimentos da Norma... Para fins de dimensionamento dos elementos de construção e dos revestimentos para proteção passiva das estruturas, será contratado especialista em estruturas, que deverá seguir as prescrições da NT 09, ou outras que surgirem ou que vierem a substituí-las, conforme TRRF previsto neste Memorial. No ato da apresentação do Projeto Técnico com as medidas de segurança contra incêndio e pânico para análise e aprovação, serão apresentados ART referente ao Projeto de Estruturas e Execução, juntamente com as respectivas declarações de que o projeto e execução foram realizados conforme o prescrito na NT 09/2010 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção. Obs.: Nos casos de edificações construídas antes da publicação da NT 09, serão utilizados os dispositivos previstos no Decreto 2423-R, para avaliar a obrigatoriedade de atendimento das condições de Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção. 4 Controle de qualidade: Verificar a necessidade de Controle de Qualidade por empresa qualificada, conforme item 5.18 da NT 09 e anexá-lo a este memorial.

_______________________________ ___________________________________ Nome: Nome: Resp. Técnico pelo PSCIP – CREA nº Proprietário ou responsável pela Edificação

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ANEXO F

DECLARAÇÃO DE ELABORAÇÃO DE PROJETO ESTRUTURAL EM CONFORMIDADE COM AS NORMAS BRASILEIRA E NT 09: DECLARAÇÃO

Declaro para os devidos fins, que todos os elementos de construção da edificação localizada à rua _______________, nº __________, Bairro ____________, Cidade _____________, ES, Projeto Técnico nº _______, foram dimensionados em conformidade com a NT 09 do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, sendo previstas as devidas medidas de segurança para as estruturas com as seguintes características:

Estrutura de aço/mista:

Procedimento adotado: Foi adotado o método de cálculo previsto na (NBR

14.323/Eurocode) Materiais Utilizados: (citar todos materiais utilizados na proteção dos elementos estruturais,

se for o caso). Espessuras Adotadas: As espessuras foram calculadas com base: nos seguintes ensaios

laboratoriais / de acordo com os procedimentos da Norma ____ / conforme carta de cobertura em anexo ... Estrutura de Concreto: Procedimento adotado: Foi adotado o método tabular/ método simplificado de cálculo/método experimental/outros métodos, conforme norma _______. Dimensões adotadas: Para vigas/pilares/outros foram adotadas as seguintes dimensões. Outras estruturas: Procedimento adotado: Foi adotado o método ____conforme norma _____. Dimensões adotadas: Para vigas/pilares/outros foram adotadas as seguintes dimensões.

Materiais Utilizados: (citar todos materiais utilizados na proteção dos elementos estruturais, se for o caso).

TRRF: Foram adotados os TRRF previstos no Projeto Técnico com as medidas de segurança contra incêndio e pânico ou/ os TRRF foram redimensionados adotando-se o método _____, cujo memorial segue em anexo.

Nome: CREA nº Resp. Técnico pelo Projeto de Segurança Estrutural

Obs.: A presente declaração deverá ser acompanhada da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

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ANEXO G

DECLARAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA EXECUÇÃO DO PROJETO DE SEGURANÇA ESTRUTURAL

DECLARAÇÃO

Declaro para os devidos fins, que todos os elementos de construção da edificação localizada

à rua _______________, nº __________, Bairro ____________, Cidade _____________, ES,

Projeto Técnico nº _______, foram executadas em conformidade com o respectivo projeto

estrutural.

Nome: CREA nº Resp. Técnico pela execução do Projeto de Segurança Estrutural

Obs.: A presente declaração deverá ser acompanhada da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 10/2010

SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

PARTE 1 - CONDIÇÕES GERAIS

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXO

A - TABELAS

B - TERMO DE RESPONSABILIDADE DE SAÍDAS DE

EMERGÊNCIA

C - MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE

SEGURANÇA

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 202 – R, DE 11 DE MAIO DE 2010.

Aprova a Norma Técnica nº 10/2010 Parte 1 do Centro de Atividades Técnicas, que estabelece as condições gerais a serem observadas para as saídas de emergência.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas

atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 10/2010, Parte 1 do Centro de Atividades Técnicas, que estabelece as

condições gerais a serem observadas para as saídas de emergência. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 11 de maio de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES Publicada no Diário Oficial de 28 de maio de 2010 Parte específica: Documentos Técnicos cancelados ou substituídos:

• PT 11 do CBMES publicado no Diário Oficial de 31 de julho de 2001;

• PT 12 do CBMES publicado no Diário Oficial de 06 de maio de 2002;

• PT 14 do CBMES de 22 de outubro de 2003;

• PT 16 do CBMES de 31 de julho de 2007.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT10/2010 - Saídas de Emergência

Parte 1 - Condições Gerais

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1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis que as edificações devem possuir: a) a fim de que sua população possa abandoná-las, em caso de incêndio, completamente protegida em sua integridade física; b) para permitir o fácil acesso de auxílio externo (bombeiros) para o combate ao fogo e a retirada da população. 1.2 Os objetivos previstos em 1.1 devem ser atingidos projetando- se: a) as saídas comuns das edificações para que possam servir como saídas de emergência; b) as saídas de emergência, quando exigidas. 2 APLICAÇÃO Esta Norma se aplica a todas as edificações, independentemente de suas alturas, dimensões em planta ou características construtivas, excetuados os casos onde se aplicam a NT 10 – Saídas de Emergência, Parte 3 – Dimensionamento de Lotação e Saídas de Emergência em Centros Esportivos e de Exibição e NT 10 – Saídas de Emergência, Parte 4 – Dimensionamento de Saídas de Emergência para Edificações ou Áreas de Risco Destinadas a Shows e Eventos. Esta norma fixa requisitos para edifícios novos, podendo, entretanto, servir como exemplo de situação ideal que deve ser buscada em adaptações de edificações em uso, consideradas suas devidas limitações. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 6479/1992 – Portas e Vedadores – Determinação da Resistência ao Fogo; ABNT NBR 7199/1989 – Projeto, Execução e Aplicação de Vidros na Construção Civil; ABNT NBR 9050/1994 – Adequação das Edificações e do Imobiliário Urbano à Pessoa Deficiente; ABNT NBR 9077/1993 – Saídas de Emergência em Edifícios; ABNT NBR 11742/1997 – Porta Corta-fogo para Saídas de Emergência; ABNT NBR 11785/1997 – Barra Antipânico – Requisitos; ABNT NBR 13768/1997 – Acessórios para PCF em Saídas de Emergência;

ABNT NBR 14718/2001 – Guardacorpos para Edificações;

Brentano, Telmo – A Proteção Contra Incêndios no Projeto de Edificações, 1ª edição – Porto Alegre – 2007;

BS (British Standard) 5588/86; BS 7941-1/99 – Methods for Measuring the Skid Resistence of Pavement Surfaces; Decreto 2.423-R de 15 de dezembro de 2009 – Regulamenta a Lei 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo (COSCIP); Instrução Técnica 11/2004 – CBPMESP; Japan International Cooperation Agency. Tradução do Código de Segurança Japonês feita pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, Volume 1, mar/94; Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009; NFPA 101/97 – Life Safety Code; The Building Regulations, 1991 Edition. Means of Escape. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes da NT 03 – Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico, além do seguinte: 4.1 Altura da edificação: é a medida em metros entre o nível do terreno circundante à edificação ou via pública ao piso do último pavimento, excluindo-se pavimentos superiores destinados exclusivamente à casa de máquinas, barriletes, reservatórios de águas e assemelhados. Nota 1: para o dimensionamento das saídas de emergência a altura será a medida em metros entre ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao piso do último pavimento. Nota 2: o desnível existente entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga e o nível do terreno circundante ou via pública não poderá exceder 3 (três) metros. Nota 3: para o dimensionamento das saídas de emergência, as alturas poderão ser tomadas de forma independente, em função de cada uma das saídas. 4.2 Altura ascendente: medida em metros entre o ponto que caracteriza a saída ao nível da descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao ponto mais baixo do nível do piso do pavimento mais baixo da edificação (subsolo). 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Classificação das edificações Para os efeitos desta norma, as edificações são classificadas: a) quanto à ocupação, de acordo com a Tabela 1 do Decreto 2423-R de 15 de dezembro de 2009;

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT10/2010 - Saídas de Emergência

Parte 1 - Condições Gerais

Página 292

b) quanto à altura e características construtivas, de acordo, respectivamente, com as Tabelas 1 e 2 do Anexo A. 5.2 Componentes da saída de emergência A saída de emergência compreende o seguinte: a) acessos ou rotas de saídas horizontais, isto é, acessos às escadas, quando houver, e respectivas portas ou ao espaço livre exterior, nas edificações térreas; b) escadas ou rampas; c) área de refúgio; d) descarga. 5.3 Cálculo da população 5.3.1 As saídas de emergência são dimensionadas em função da população da edificação. 5.3.2 A população de cada pavimento da edificação é calculada pelos coeficientes da Tabela 3 do Anexo A, considerando sua ocupação. 5.3.3 Exclusivamente para o cálculo da população, devem ser incluídas nas áreas de pavimento: a) as áreas de terraços, sacadas, beirais, platibandas e assemelhados, excetuadas aquelas pertencentes às edificações dos grupos de ocupação A, B e H; b) as áreas totais cobertas das edificações F-3 e F-6, inclusive canchas e assemelhados; c) as áreas de escadas, rampas e assemelhados, no caso de edificações dos grupos F-3, F-6 e F-7, quando, em razão de sua disposição em planta, estes lugares puderem, eventualmente, ser utilizados como arquibancadas. 5.3.4 Exclusivamente para o cálculo da população, as áreas de sanitários, corredores e elevadores nas ocupações D e E, bem como áreas de sanitários e elevadores nas ocupações C e F, são excluídas das áreas de pavimento. 5.4 Dimensionamento das saídas de emergência 5.4.1 Largura das saídas 5.4.1.1 A largura das saídas deve ser dimensionada em função do número de pessoas que por elas deva transitar, observados os seguintes critérios: a) os acessos são dimensionados em função dos pavimentos que servirem à população; b) as escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do pavimento de maior população, o qual determina as larguras mínimas para os lanços correspondentes aos demais pavimentos, considerando-se o sentido da saída. 5.4.1.2 A largura das saídas, isto é, dos acessos, escadas, descargas, e outros, é dada pela seguinte fórmula:

N = P / C Onde: N = número de unidades de passagem, arredondado para número inteiro P = população, conforme coeficiente da Tabela 3 do Anexo A e critérios das seções 5.3 e 5.4.1.1. C = capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela 3 do Anexo A. 5.4.2 Larguras mínimas a serem adotadas As larguras mínimas das saídas, em qualquer caso, devem ser as seguintes, conforme ocupação: a) 1,10 m, correspondendo a duas unidades de passagem de 55 cm, para as ocupações em geral, ressalvando o disposto a seguir; b) 1,65 m, correspondente a três unidades de passagem de 55 cm, para as escadas, acessos às escadas (corredores de passagens) e descarga das escadas, nas ocupações do grupo H, divisão H-2 e H-3; c) 1,65 m, correspondente a três unidades de passagem de 55 cm, para as rampas, acessos às rampas (corredores e passagens) e descarga das rampas, nas ocupações do grupo H, divisão H-2; d) 2,20 m, correspondente a quatro unidades de passagem de 55 cm, para as rampas, acessos às rampas (corredores e passagens) e descarga das rampas, nas ocupações do grupo H, divisão H-3. 5.4.3 Exigências adicionais sobre largura de saídas 5.4.3.1 A largura das saídas deve ser medida em sua parte mais estreita, não sendo admitidas saliências de alizares, pilares, e outros, com dimensões maiores que as indicadas na Figura 1, e estas somente em saídas com largura superior a 1,10 m.

Figura 1 - Medida da largura em corredores e passagens 5.4.3.2 As portas que abrem para dentro de rotas de saída, em ângulo de 180°, em seu movimento de abrir, no sentido do trânsito de saída, não podem diminuir a largura efetiva destas em valor menor que a metade (ver Figura 2), sempre mantendo uma largura mínima livre de 1,10 m para as ocupações em geral e de 1,65 m para as divisões H-2 e H-3. 5.4.3.3 As portas que abrem no sentido do trânsito de saída, para dentro de rotas de saída, em ângulo de 90°, devem ficar em recessos de paredes, de forma a não

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT10/2010 - Saídas de Emergência

Parte 1 - Condições Gerais

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reduzir a largura efetiva em valor maior que 0,10 m (ver Figura 2).

Figura 2 – Abertura das portas no sentido de saída 5.5 Acessos 5.5.1 Generalidades 5.5.1.1 Os acessos devem satisfazer às seguintes condições: a) permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes da edificação; b) permanecer desobstruídos em todos os pavimentos; c) ter larguras de acordo com o estabelecido em 5.4; d) ter pé-direito mínimo de 2,50 m, com exceção de obstáculos representados por vigas, vergas de portas, e outros, cuja altura mínima livre deve ser de 2,10 m; e) ser sinalizados e iluminados com indicação clara do sentido da saída, de acordo com o estabelecido em Norma Técnica específica. 5.5.1.2 Os acessos devem permanecer livres de quaisquer obstáculos, tais como móveis, divisórias móveis, locais para exposição de mercadorias, e outros, de forma permanente, mesmo quando o prédio esteja supostamente fora de uso. 5.5.2 Distâncias máximas a serem percorridas 5.5.2.1 As distâncias máximas a serem percorridas para alcançar uma rota de saída vertical, uma área de refúgio, uma descarga ou uma saída, tendo em vista o risco à vida humana decorrente do fogo e da fumaça, devendo considerar: a) o acréscimo de risco quando a fuga é possível em apenas um sentido; b) o acréscimo de risco em função das características construtivas da edificação; c) a redução de risco em caso de proteção por chuveiros automáticos ou detectores. 5.5.2.2 As distâncias máximas a serem percorridas constam da Tabela 4 do Anexo A e deve ser considerado o caminhamento efetivo a partir da porta de acesso da unidade autônoma mais distante, desde que seu caminhamento interno não ultrapasse 10 m. Caso o caminhamento interno seja maior que 10 metros, o

excedente a 10 m será contado na distância máxima a ser percorrida. 5.5.2.3 Para uso da Tabela 4 do Anexo A devem ser consideradas as características construtivas da edificação, constante na Tabela 2 do Anexo A, edificações classes X, Y e Z. 5.5.3 Tipo e número de saídas 5.5.3.1 O tipo de saída exigido para os diversos tipos de ocupação, em função da altura de cada edificação, acha-se na Tabela 5 do Anexo A. 5.5.3.2 Devem ser previstas tantas escadas quanto forem necessárias de forma a atender aos parâmetros de distâncias máximas a percorrer e quantidade mínima de unidades de passagem conforme ocupação. 5.5.3.3 Havendo necessidade de acrescer escadas, estas devem ser do mesmo tipo que a exigida na Tabela 5 do Anexo A levando-se em consideração o pavimento em questão. 5.5.4 Portas de saídas de emergência 5.5.4.1 As portas das rotas de saída e aquelas das salas com capacidade acima de 50 pessoas e em comunicação com os acessos e descargas devem abrir no sentido do trânsito de saída (ver Figura 2). 5.5.4.1.1 É vedado o uso de peças plásticas em fechaduras, espelhos, maçanetas, dobradiças e outros nas portas das rotas de saída, salas com capacidade acima de 50 pessoas e entrada em unidades autônomas. 5.5.4.2 A largura, vão livre ou “luz” das portas, comuns ou corta-fogo, utilizadas nas rotas de saída, deve ser dimensionada como estabelecido em 5.4, admitindo-se uma redução no vão de luz, isto é, no vão livre, das portas em até 75 mm de cada lado (golas), para o contramarco, marco e alizares. As portas devem ter as seguintes dimensões mínimas de luz: a) 80 cm, valendo por uma unidade de passagem; b) 1,00 m, valendo por duas unidades de passagem; c) 1,50 m, em duas folhas, valendo por três unidades de passagem; d) 2 m, em duas folhas, valendo por quatro unidades de passagem. Nota 1: porta com dimensão maior que 1,2 m deverá ter duas folhas; Nota 2: porta com dimensão maior ou igual a 2,2 m exige coluna central. 5.5.4.3 As portas das antecâmaras, das escadas à prova de fumaça e das paredes corta-fogo devem ser do tipo corta-fogo (PCF), obedecendo à ABNT NBR 11742, no que lhe for aplicável. 5.5.4.4 As portas corta-fogo deverão ser equipadas com fechadura dotada de maçaneta de alavanca ou barras

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antipânico, conforme especificações da ABNT, na face interna e externa, que propiciem que as mesmas permaneçam fechadas, porém destrancadas, atendendo ainda ao seguinte:

a) as fechaduras a serem instaladas devem ser dotadas de trinco simples, sem acionamento por chave ou similar sendo proibida a utilização de qualquer dispositivo ou mecanismo de travamento ou trancamento das portas que interfira no seu funcionamento normal;

b) a colocação de fechaduras com chave nas portas de acesso e descargas é permitida, desde que seja possível a abertura pelo lado interno, sem necessidade de chave, admitindo-se que a abertura pelo lado externo seja feita apenas por meio de chave, dispensando-se maçanetas, etc;

c) é admissível que as portas corta-fogo se mantenham abertas, desde que disponham de dispositivos de fechamento automático, conforme estabelecido na ABNT NBR 11742;

d) serão pintadas na cor vermelha, possuindo numeração na face interna com o indicativo do andar e a palavra “SAÍDA” na parte externa (hall), conforme especificado na NT 14 – Sinalização de Emergência.

5.5.4.5 Cada porta deve receber uma identificação indelével e permanente, por gravação ou por plaqueta metálica, com as seguintes informações:

a) porta corta-fogo conforme ABNT NBR 11742;

b) identificação do fabricante;

c) classificação da porta quanto ao tempo de resistência ao fogo;

d) número e ordem de fabricação;

e) mês e ano de fabricação. 5.5.4.6 Se as portas dividem corredores que constituem rotas de saída, devem: a) ter condições de reter a fumaça, ou seja, devem ser corta-fogo e a prova de fumaça (ABNT NBR 11742) e ser providas de visor transparente de área mínima de 0,07 m2, com altura mínima de 25 cm e com a mesma resistência ao fogo da porta; b) abrir no sentido do fluxo de saída; c) abrir nos dois sentidos, caso o corredor possibilite saída nos dois sentidos. 5.5.4.7 Em salas com capacidade acima de 200 pessoas, será obrigatória a instalação de barra antipânico nas portas de saídas de emergência (conforme ABNT NBR 11785) das salas, das rotas de saída, das portas de comunicação com os acessos às escadas e descarga. 5.5.4.8 Nas rotas de fuga não se admite porta de enrolar, exceto quando esta for utilizada com a finalidade de

segurança patrimonial,devendo permanecer aberta durante todo o período de funcionamento da edificação, mediante compromisso do responsável pelo uso, através de Termo de Responsabilidade das Saídas de Emergência (Anexo B). Nesse caso, havendo, internamente, portas na rota de saída, estas devem abrir no sentido de fuga. 5.6 Rampas 5.6.1 Obrigatoriedade 5.6.1.1 O uso de rampas é obrigatório nos seguintes casos: a) para unir o nível externo ao nível do saguão térreo das edificações em que houver usuários de cadeiras de rodas (ver ABNT NBR 9050); b) em edificações com ocupações dos grupos E-5, E-6, H-2 e H-3 com altura igual ou inferior 12 m (acima de 12 m, atender ao prescrito na subseção 5.9); c) na descarga e acesso de elevadores de emergência, quando existir qualquer desnível; d) sempre que a altura a vencer for inferior a 0,48 m, já que são vedados lanços de escadas com menos de três degraus; e) quando a altura a ser vencida não permitir o dimensionamento equilibrado dos degraus de uma escada; 5.6.2 Condições de atendimento 5.6.2.1 O dimensionamento das rampas deve obedecer ao estabelecido em 5.4. 5.6.2.2 As rampas não podem terminar em degraus ou soleiras, devendo ser precedidas e sucedidas sempre por patamares planos. 5.6.2.3 Os patamares das rampas devem ser sempre em nível, tendo comprimento mínimo de 1,10 m, medidos na direção do trânsito, sendo obrigatórios sempre que houver mudança de direção ou quando a altura a ser vencida ultrapassar 3,70 m. 5.6.2.4 As rampas podem suceder um lanço de escada no sentido descendente de saída, mas não podem precedê-lo. 5.6.2.4.1 No caso de edificações dos grupos H-2 e H-3, as rampas não poderão suceder ao lanço de escada e vice-versa. 5.6.2.5 Não é permitida a colocação de portas em rampas; estas devem estar situadas sempre em patamares planos, com largura não-inferior à da folha da porta de cada lado do vão. 5.6.2.6 O piso das rampas deve ser antiderrapante, com no mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, e permanecer antiderrapante com o uso.

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5.6.2.7 As rampas devem ser dotadas de guardas e corrimãos de forma análoga ao especificado na subseção 5.8. 5.6.2.8 As exigências de sinalização, iluminação, ausência de obstáculos, e outros, dos acessos aplicam-se, com as devidas alterações, às rampas. 5.6.2.9 Devem atender às condições estabelecidas no item 5.7.1 desta NT. 5.6.2.10 Devem ser classificadas, a exemplo das escadas, como Não Enclausurada (NE), Enclausurada Protegida (EP), Enclausurada Protegida à Prova de Fumaça (PF) seguindo para isso as condições específicas a cada uma delas estabelecidas. 5.6.3 Declividade 5.6.3.1 A declividade máxima das rampas externas à edificação deve ser de 10% (1:10). 5.6.3.2 As declividades máximas das rampas internas devem ser de: a) 10%, isto é, 1:10, nas edificações de ocupações A, B, E, F e H; b) 12,5%, isto é, 1:8, quando o sentido de saída é na descida, nas edificações de ocupações D e G; sendo a saída em rampa ascendente, a inclinação máxima é de 10%; c) 12,5% (1:8), nas ocupações C, I e J. 5.6.3.3 Quando, em ocupações em que sejam admitidas rampas de mais de 10% em ambos os sentidos (C, I e J), e o sentido da saída for ascendente, deve ser dado um acréscimo de 25% na largura calculada conforme 5.4. 5.7 Escadas 5.7.1 Generalidades Em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em nível para o espaço livre exterior devem ser dotados de escadas, enclausuradas ou não, as quais devem: a) ser constituída com material estrutural e de compartimentação com TRRF de no mínimo 2 h para escadas não enclausuradas e TRRF equivalente ao da caixa de escada para escadas enclausuradas; b) atender a norma específica quanto aos materiais de acabamento e revestimento sendo os pisos dos degraus e patamares revestidos com materiais resistentes à propagação superficial de chama, isto é, com índice "A" da ABNT NBR 9442 ou norma específica; c) ser dotados de guardas em seus lados abertos, conforme subseção 5.8; d) ser dotadas de corrimãos em ambos os lados, conforme 5.8; e) atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga, mas terminando obrigatoriamente no piso desta,

não podendo ter comunicação direta com outro lanço na mesma prumada (ver Figura 3) devendo ter compartimentação na divisão entre os lanços ascendente e descendente em relação ao piso de descarga, exceto para escadas tipo ENE (escada não enclausurada), onde deve ser acrescida a iluminação de emergência e sinalização de balizamento, indicando a rota de fuga e descarga; f) ter os pisos em condições antiderrapantes, com no mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, e que permaneçam antiderrapantes com o uso.

Figura 3 – Segmentação das escadas no piso da descarga 5.7.2 Largura As larguras das escadas devem atender aos seguintes requisitos: a) ser proporcionais ao número de pessoas que por elas devam transitar em caso de emergência, conforme subseção 5.4; b) ser medidas no ponto mais estreito da escada ou patamar, excluindo os corrimãos (mas não as guardas ou balaustradas), que se podem projetar até 10 cm de cada lado, sem obrigatoriedade de aumento na largura das escadas; c) ter, quando se desenvolver em lanços paralelos, espaço mínimo de 10 cm entre lanços, para permitir localização de guarda ou fixação do corrimão. 5.7.3 Dimensionamento de degraus e patamares 5.7.3.1 Os degraus devem: a) ter altura h (ver Figura 4) compreendida entre 16,0 cm e 18,0 cm, com tolerância de 0,5 cm; b) ter largura b (ver Figura 4) dimensionada pela fórmula de Blondel:

63 cm ≤ (2h+ b) ≤ 64cm;

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c) ter, num mesmo lanço, larguras e alturas iguais e, em lanços sucessivos de uma mesma escada, diferenças entre as alturas de degraus de, no máximo, 0,5cm; d) ter bocel (nariz) de 1,5 cm, no mínimo, ou, quando este inexistir, balanço da quina do degrau sobre o imediatamente inferior com este mesmo valor mínimo (ver Figura 4).

Figura 4 – Altura e largura dos degraus 5.7.3.2 O lanço mínimo deve ser de três degraus e o lanço máximo, entre dois patamares consecutivos, não deve ultrapassar 3,70 m de altura. 5.7.3.3 O comprimento dos patamares deve ser (ver Figura 5): a) dado pela fórmula:

p = (2h + b) n + b;

onde n é um número inteiro (1, 2 ou 3), quando se tratar de escada reta, medido na direção do trânsito; b) no mínimo, igual à largura da escada, quando há mudança de direção da escada, não se aplicando, neste caso, a fórmula anterior. 5.7.3.4 Em ambos os lados de vão da porta, deve haver patamares com comprimento mínimo igual à largura da folha da porta.

Figura 5 – Lanço mínimo e comprimento de patamar

5.7.4 Caixas das escadas 5.7.4.1 As paredes das caixas de escadas, das guardas, dos acessos e das descargas devem ter acabamento liso. 5.7.4.2 As caixas de escadas não podem ser utilizadas como depósitos, mesmo por curto espaço de tempo, nem para a localização de quaisquer móveis ou equipamentos, exceto os previstos especificamente nesta norma. 5.7.4.3 Nas caixas de escadas, não podem existir aberturas para tubulações de lixo, passagens para a rede elétrica, centros de distribuição elétrica, armários para medidores de gás e assemelhados, excetuadas as escadas não enclausuradas em edificações de baixa e de média altura. 5.7.4.3.1 É permitida a existência de tubulações de incêndio nas escadas e antecâmaras desde que não diminuam a largura mínima de circulação ou a resistência térmica e mecânica de sua parede. 5.7.4.4 As paredes das caixas de escadas enclausuradas devem garantir e possuir TRRF de, no mínimo, 2 h. 5.7.4.5 Os pontos de fixação das escadas metálicas na caixa de escada devem possuir TRRF de 2 h. 5.7.5 Escadas para mezaninos e áreas privativas 5.7.5.1 Nos mezaninos e áreas privativas de qualquer edificação, podem ser aceitas escadas em leque, em espiral e de lances retos, desde que: a) a população seja inferior a 20 pessoas, com altura da escada de até 3,7 m; b) tenha largura mínima de 0,80 m; c) tenha os pisos em condições antiderrapantes e que permaneçam como tais com o uso; d) seja dotada de corrimãos, atendendo ao prescrito em 5.8, bastando, porém, apenas um corrimão nas escadas com até 1,10 m de largura e dispensando-se corrimãos intermediários; e) seja dotada de guardas em seus lados abertos, conforme 5.8; f) atenda ao prescrito no item 5.7.3 (dimensionamento dos degraus, conforme fórmula de Blondel, balanceamento e outros) e, nas escadas curvas (escadas em leque), dispensa-se a aplicação da fórmula dos patamares (5.7.3.3), bastando que o patamar tenha um mínimo de 80 cm; g) ser balanceados quando o lanço da escada for curvo (escada em leque) ou em espiral, caso em que a medida do degrau (largura do degrau) será feita segundo a linha de percurso e a parte mais estreita desses degraus engrauxidos não tenha menos de 15 cm. 5.7.5.2 Admitem-se nas escadas secundárias, exclusivamente de serviço e não destinadas a saídas de emergência, as seguintes alturas máximas h dos degraus, respeitando- se, porém, sempre a lei de Blondel:

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a) ocupações A até G: h = 20 cm; b) ocupações H: h = 19 cm; c) ocupações I até M: h = 23 cm. 5.7.6 Escadas em edificações em construção Em edificações em construção, as escadas devem ser construídas concomitantemente com a execução da estrutura, permitindo a fácil evacuação da obra e o acesso dos bombeiros. 5.7.7 Escadas não-enclausuradas ou escada comum (ENE) A escada comum (ENE) deve atender aos requisitos dos itens 5.7.1 a 5.7.3. 5.7.8 Escadas enclausuradas protegidas (EEP) 5.7.8.1 As escadas enclausuradas protegidas devem atender aos requisitos de 5.7.1 a 5.7.4 além do seguinte: a) ter suas caixas enclausuradas por paredes com TRRF igual ao exigido para e estrutura conforme NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, mais nunca inferior a duas horas; b) ter as portas de acesso a esta caixa de escada do tipo corta-fogo (PCF) com resistência ao fogo de 60 min (P 60); c) possuir ventilação permanente inferior (VPI), com área mínima efetiva de 1,20 m2 em espaço livre exterior, no pavimento de descarga, preferencialmente junto ao piso, que permita a entrada de ar puro;

d) ser dotadas de alçapão de alívio de fumaça ou alçapão de tiragem (AAF) que permita a ventilação em seu término superior, com área mínima efetiva de 1,00 m2 (um metro quadrado), devendo estar localizada na parede junto ao teto ou no máximo 15 cm deste, no término da escada; e) as aberturas da VPI a do AAF devem ser guarnecidas por telas de arame galvanizado, com espessura dos fios superior ou igual a 3 mm e malhas com dimensões mínimas de 2,5 cm por 2,5 cm; Nota: admite-se a VPI seja guarnecida por veneziana quando executada em corredor ou átrio enclausurado, desde que possua área mínima efetiva (abertura) de 1,20 m2. f) ser dotadas, em todos os pavimentos (exceto no da descarga, onde isto é facultativo), de janelas abrindo para o espaço livre exterior, atendendo ao previsto em 5.7.8.2. 5.7.8.2 As janelas das escadas protegidas devem: a) estar situadas junto ao teto ou, no máximo a 15 cm deste, estando o peitoril, no mínimo, a 1,10 m acima do piso do patamar ou degrau adjacente e ter largura mínima de 0,80 m, podendo ser aceitas na posição centralizada, acima dos lances de degraus, devendo pelo menos uma das faces da janela estar a no máximo 15 cm do teto;

b) ter área de ventilação efetiva mínima de 0,80 m², em cada pavimento; c) ser dotadas de vidros de segurança aramados, com área máxima de 0,50 m² cada um; d) ser construídas em perfis metálicos reforçados, com espessura mínima de 3 mm, sendo vedado o uso de perfis ocos, chapa dobrada, madeira, plástico, e outros; e) ter nos caixilhos móveis, movimento que não prejudique o tráfego na escada e não ofereça dificuldade de abertura ou fechamento, em especial da parte obrigatoriamente móvel junto ao teto, sendo de preferência do tipo basculante, sendo vedados os tipos de abrir com eixo vertical e “maximar”. (Figura 6.1)

Figura 6.1 – Janela da escada enclausurada protegida

5.7.8.3 Na impossibilidade de colocação de janela na caixa da escada enclausurada protegida, conforme alínea “f” da subseção 5.7.8.1, os corredores de acesso devem: a) ser ventilados por janelas, tipo veneziana, abrindo para o espaço livre exterior, com área mínima efetiva de 0,80 m², largura mínima de 0,80, situados junto ao teto ou no mínimo a 15 cm deste, com distância horizontal máxima de 10,00 m da entrada da escada, observando o previsto na alínea “d” de 5.7.8.2 (ver Figura 6.2); ou b) ter sua ligação com a caixa da escada por meio de antecâmaras ventiladas, executadas nos moldes do especificado em 5.7.10 ou 5.7.12. 5.7.8.4 A captação de ar deve atender aos seguintes requisitos(ver Figura 6.3): a) possuir área mínima efetiva de 1,20 m2 em espaço livre exterior, no pavimento de descarga, preferencialmente junto ao piso, que permita a entrada de ar puro; b) as seguintes distâncias mínimas devem ser adotadas, em relação às aberturas próximas à tomada de ar:

1) dois metros e meio (2,50 m) das aberturas nas laterais, medidos horizontalmente. Quando esta abertura provém do subsolo da edificação, a distância deverá então ser de cinco metros (5,0 m);

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Figura 6.2 – Ventilação da escada enclausurada protegida 2) dois metros (2,0 m) das aberturas acima da

tomada de ar; 3) abaixo da abertura de tomada de ar não serão

permitidas aberturas, exceto quando, comprovadamente, esta abertura não prejudicar a tomada de ar, devido à posição, à existência de proteções etc.

Figura 6.3 – Captação de ar da escada enclausurada

protegida

c) exclusivamente para escada enclausurada protegida, admite-se a captação de ar da VPI em corredor ou átrio enclausurado conforme subseção 5.10.1.2, por veneziana na própria porta de saída térrea (PRF) ou em local conveniente da caixa de escada desde que:

1) o corredor ou átrio enclausurado possua abertura que permita captação de ar em área externa em condições análogas ao estabelecido na subseção 5.7.8.4;

2) o corredor ou átrio enclausurado deve atender a

norma específica quanto ao controle de materiais de acabamento e revestimento.

5.7.9 Escadas enclausuradas à prova de fumaça (EPF) 5.7.9.1 As escadas enclausuradas à prova de fumaça (ver Figuras 7, 8 e 9) devem atender ao estabelecido em 5.7.1 a 5.7.4 e ao seguinte: a) ter suas caixas enclausuradas por paredes com TRRF igual ao exigido para e estrutura conforme NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, mais nunca inferior a duas horas; b) ter ingresso por antecâmaras ventiladas, terraços ou balcões, atendendo as primeiras ao prescrito em 5.7.10 e os últimos em 5.7.12; c) ser providas de portas corta-fogo (PCF) com resistência a 60 min (P60) em sua comunicação com a antecâmara. 5.7.9.2 A iluminação natural das caixas de escadas enclausuradas à prova de fumaça, recomendável mas não indispensável, quando houver, deve obedecer aos seguintes requisitos: a) ser obtida por abertura provida de caixilho de perfil metálico reforçado, com 3 mm de espessura mínima, provido de fecho acionável por chave ou ferramenta especial, devendo ser aberto somente para fins de manutenção ou emergência; b) este caixilho deve ser guarnecido com vidro aramado, transparente ou não, malha de 12,5 mm, com espessura mínima de 6,5 mm; c) em paredes dando para o exterior, sua área máxima não pode ultrapassar 0,50 m2; em parede dando para antecâmara ou varanda, pode ser de até 1,00 m2;

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d) havendo mais de uma abertura de iluminação, a distância entre elas não pode ser inferior a 0,50 m, e a soma de suas áreas não deve ultrapassar 10% da área da parede em que estiverem situadas. 5.7.10 Antecâmaras 5.7.10.1 As antecâmaras, para ingressos nas escadas enclausuradas (ver Figura 7), devem: a) ter comprimento mínimo de 1,80 m; b) ter pé-direito mínimo de 2,50 m; c) ser dotadas de porta corta-fogo (PCF) na entrada e na comunicação com a caixa da escada, com resistência a 60 min de fogo cada; d) ser ventiladas por dutos de entrada e saída de ar, de acordo com 5.7.11; e) ter a abertura de entrada de ar do duto respectivo situada junto ao piso, ou, no máximo, a 15 cm deste, com área mínima de 0,84 m² e, quando retangular, obedecendo à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões; f) ter a abertura de saída de ar do duto respectivo situada junto ao teto, ou, no máximo, a 15 cm deste, com área mínima de 0,84 m² e, quando retangular, obedecendo à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões; g) ter, entre as aberturas de entrada e de saída de ar, a distância vertical mínima de 2,00 m, medida eixo a eixo; h) ter a abertura de saída de ar situada, no máximo, a uma distância horizontal de 3,00 m, medida em planta, da porta de entrada da antecâmara, e a abertura de entrada de ar situada, no máximo, a uma distância horizontal de 3,00 m, medida em planta, da porta de entrada da escada; i) ter paredes resistentes ao fogo por no mínimo 2 h; j) as aberturas dos dutos de entrada e saída de ar das antecâmaras deverão ser guarnecidas por telas de arame galvanizado, com espessura dos fios superior ou igual a 3 mm, e malha com dimensões mínimas de 2,5 cm por 2,5 cm. 5.7.11 Dutos de ventilação natural 5.7.11.1 Os dutos de ventilação natural devem formar um sistema integrado: o duto de entrada de ar (DE) e o duto de saída de ar (DS). 5.7.11.2 Os dutos de saída de ar (gases e fumaça) devem: a) ter aberturas somente nas paredes que dão para as antecâmaras; b) ter secção mínima calculada pela seguinte expressão:

s = 0,105 n

Onde: s = secção mínima, em m² n = número de antecâmaras ventiladas pelo duto; c) ter, em qualquer caso, área não inferior a 0,84 m² e, quando de secção retangular, obedecer à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões; d) elevar-se no mínimo 3,00 m acima do eixo da abertura da antecâmara do último pavimento servido pelo eixo, devendo seu topo situar-se a 1,00 m acima de qualquer elemento construtivo existente sobre a cobertura; e) ter, quando não forem totalmente abertos no topo, aberturas de saída de ar com área efetiva superior ou igual a 1,5 vez a área da secção do duto, guarnecidas, por tela de arame galvanizado, com espessura dos fios superior ou igual a 3 mm, e malha com dimensões mínimas de 2,5 cm por 2,5 cm, ou equivalente, devendo estas aberturas serem dispostas em, pelo menos, duas das faces opostas com área nunca inferior a 1m² cada uma, e se situarem em nível superior a qualquer elemento construtivo do prédio (reservatórios, casas de máquinas, cumeeiras, muretas e outros); f) não serem utilizados para a instalação de quaisquer equipamentos ou canalizações; g) ser fechados na base. 5.7.11.3 As paredes dos dutos de saída de ar devem: a) possuir TRRF de, no mínimo, a 2 h de fogo; b) ter revestimento interno liso. 5.7.11.4 Os dutos de entrada de ar devem: a) ter paredes resistentes ao fogo por 2 h, no mínimo; b) ter revestimento interno liso; c) atender às condições das alíneas “a” a “c” e “f” de 5.7.11.2; d) ser totalmente fechados em sua extremidade superior; e) ter abertura em sua extremidade inferior no pavimento de descarga, preferencialmente junto ao piso, possuindo acesso direto ao exterior, que assegure a captação de ar fresco respirável em condições análogas ao prescrito na subseção 5.7.8.4; f) esta abertura deve ser guarnecida por tela de arame galvanizado, com espessura dos fios superior ou igual a 3 mm, e malha com dimensões mínimas de 2,5 cm por 2,5 cm, que não diminua a área efetiva de ventilação, isto é, sua secção deve ser aumentada para compensar a redução.

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Figura 7 – Escada enclausurada à prova de fumaça com elevador de emergência (a posição deste é somente exemplificativa) na antecâmara

5.7.11.5 A secção da parte horizontal inferior do duto de entrada de ar deve: a) ser, no mínimo, igual à do duto, em edifícios com altura igual ou inferior a 30 m; b) ser igual a 1,5 vez a área da secção do trecho vertical do duto de entrada de ar, no caso de edificações com mais de 30 m de altura. 5.7.11.6 As dimensões dos dutos dadas em 5.7.11.2 são as mínimas absolutas, aceitando-se e, mesmo, recomendando-se o cálculo exato pela mecânica dos fluidos destas secções, em especial no caso da existência de subsolos e em prédios de excepcional altura ou em locais sujeitos a ventos excepcionais. 5.7.12 Balcões, varandas e terraços 5.7.12.1 Os balcões, varandas, terraços e assemelhados, para ingresso em escadas enclausuradas, devem atender aos seguintes requisitos: a) ser dotados de portas corta-fogo na entrada e na saída com resistência mínima de 60 min (P60); b) ter guarda de material incombustível e não vazada com altura mínima de 1,30 m atendendo ao previsto na subseção 5.8; c) ter piso praticamente em nível e desnível máximo de 30 mm dos compartimentos internos do prédio e da caixa de escada enclausurada; d) em se tratando de terraço a céu aberto, não situado no último pavimento, o acesso deve ser protegido por marquise com largura mínima de 1,20 m. 5.7.12.2 A distância horizontal entre o paramento externo das guardas dos balcões, varandas e terraços que sirvam

para ingresso às escadas enclausuradas à prova de fumaça e qualquer abertura desprotegida do próprio prédio, outras edificações ou limite de propriedade deverá ser, no mínimo, de 3 m quando a altura da edificação for inferior ou igual a 12 m, e de 8 m quando a altura da edificação for superior a 12 m; 5.7.12.2.1 Para edificações com altura superior a 12 m, distância de que trata o item anterior poderá ser inferior a 8 m desde que seja igual a um terço da altura da edificação, ressalvado o estabelecido em 5.7.12.2.2, mas nunca inferior a 3,00 m. 5.7.12.2.2 A distância estabelecida em 5.7.12.2.1 pode ser reduzida à metade, isto é, um sexto da altura, mas nunca a menos de 3,00 m, quando: a) o prédio for dotado de chuveiros automáticos; b) o somatório das áreas das aberturas da parede fronteira à edificação considerada não ultrapassar um décimo da área total desta parede; c) na edificação considerada, não houver ocupações pertencentes aos grupos C ou I. 5.7.12.3 Será aceita uma distância de 1,20 m, para qualquer altura da edificação, entre a abertura desprotegida do próprio prédio até o paramento externo do balcão, varanda ou terraço para o ingresso na escada enclausurada à prova de fumaça (EPF), desde que entre elas seja interposta uma parede com TRRF mínimo de 2 horas (ver Figura 9)

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Figura 8 – Exemplo de dutos de ventilação

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Figura 9 – Escada enclausurada do tipo PF ventilada por balcão

5.7.12.4 Será aceita a ventilação no balcão da escada à prova de fumaça, através de janela com ventilação permanente (veneziana), desde que: a) área efetiva mínima de ventilação seja de 1,5 m²; b) os balcões deverão atender o item 5.7.10.1 “a”, “b” e “c”; c) ter altura de peitoril de 1,3 m; d) ter distância de no mínimo 3 m de outras aberturas em projeção horizontal, no mesmo nível ou em nível inferior ao seu ou da divisa de propriedade, e no mesmo plano de parede; e) os pisos de balcão, varandas e terraços deverão ser antiderrapantes, conforme Item 5.7.1 alínea “f”. 5.7.13 Escadas à prova de fumaça pressurizada (EPFP) As escadas à prova de fumaça pressurizadas, ou escadas pressurizadas, podem sempre substituir as escadas enclausuradas protegidas (EEP) e as escadas enclausuradas à prova de fumaça (EPF), devendo atender a todas as exigências contidas em Norma Técnica específica. 5.7.14 Escada aberta externa (EAE) 5.7.14.1 As escadas abertas externas (ver Figuras 10 e 11) podem substituir os demais tipos de escadas quando consideradas como rota de saída alternativa, para atendimento da distância máxima a percorrer ou adequação de edificações existentes, devendo atender aos requisitos dos Itens 5.7.1 a 5.7.3, além do seguinte: a) ter seu acesso provido de porta corta-fogo com resistência mínima de 60 min; b) atender somente aos pavimentos acima do piso de descarga, terminando obrigatoriamente neste, atendendo ao prescrito no item 5.10; c) a parede entre a escada aberta externa e a fachada da edificação deverá ter um TRRF igual ao exigido para e estrutura conforme NT 09 – Segurança Contra Incêndio

dos Elementos de Construção, mais nunca inferior a duas horas; d) de toda abertura desprotegida do próprio prédio, até escada, deverá ser mantida uma distância mínima de 3 m quando a altura da edificação for inferior ou igual a 12 m, e de 8 m quando a altura da edificação for superior a 12 m; e) a estrutura portante da escada aberta externa deverá ser construída em material incombustível, atendendo os critérios estabelecidos na NT 09 - Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, com TRRF de 2 h; f) na existência de shafts, dutos ou outras aberturas verticais que tangenciam a projeção da escada aberta externa, tais aberturas deverão ser delimitadas por paredes estanques nos termos da NT 09 - Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção; g) será admitido esse tipo de escada até edificações com altura de 30 m.

Figura 10 – Escada aberta externa

Figura 11 – Escada aberta externa

5.8 Guardas e corrimãos 5.8.1 Guardacorpos e balaustradas 5.8.1.1 Toda saída de emergência - corredores, balcões, terraços, mezaninos, galerias, patamares, escadas, rampas e outros - deve ser protegida de ambos os lados por paredes ou guardas (guardacorpos) contínuas, sempre que houver qualquer desnível maior de 19 cm, para evitar quedas.

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5.8.1.2 É vedada a utilização, na face interna do guardacorpo, de componentes que facilitem a escalada por crianças (ornamentos e travessas que possam ser utilizados como degraus). 5.8.1.3 A altura mínima do guardacorpo, medida entre o piso acabado e a parte superior do peitoril, deve ser de 1,10 m (ver figura 12). Se altura da mureta for menor ou igual a 0,2 m ou maior que 0,8 m, a altura total deve ser de no mínimo 1,10 m. se altura da mureta estiver entre 0,2 m e 0,8 m, a altura da proteção do guardacorpo não deve ser inferior a 0,90 m.

ht: altura total; hp: altura da proteção do guarda corpo; hm: altura da mureta.

Figura 12 – Guardacorpo

5.8.1.4 A altura das guardas em escadas abertas externas, em balcões e assemelhados, deve ser de, no mínimo, 1,30 m, medido como especificado em 5.8.1.3. 5.8.1.5 Exceto em ocupações do grupo I e J, as guardas constituídas por balaustradas, grades, telas e assemelhados, isto é, as guardas vazadas, devem: a) ter balaústres verticais, longarinas intermediárias, grades, telas, vidros de segurança laminados ou aramados e outros, de modo que uma esfera de 15 cm de diâmetro não possa passar por nenhuma abertura; b) ser isentas de aberturas, saliências, reentrâncias ou quaisquer elementos que possam enganchar em roupas; c) ser constituídas por materiais não-estilhaçáveis, exigindo-se o uso de vidros aramados ou de segurança laminados, se for o caso. 5.8.1.6 O envidraçamento de balaustradas, parapeitos, sacadas e vidraças verticais sobre passagem, deve ser executado com vidro de segurança laminado ou aramado, salvo se for prevista proteção adequada conforme subseção 5.8.1.5.

5.8.1.6.1 Acima do pavimento térreo, as chapas de vidro, quando dão para o exterior e não tem proteção adequada (subseção 5.8.1.5), só podem ser colocadas a 1,10 m acima do respectivo piso; abaixo desta cota, quando sem proteção adequada, o vidro deve ser de segurança laminado ou aramado. Internamente, os vidros recozidos só podem ser colocados a partir de 0,10 m acima do piso. 5.8.2 Corrimãos 5.8.2.1 Os corrimãos deverão ser dotados em ambos os lados das escadas ou rampas, devendo estar situados entre 80 cm e 92 cm acima do nível do piso, sendo, em escadas, esta medida tomada verticalmente da forma especificada em 5.8.1.3 (ver Figura 13).

Figura 13 – Dimensões de guardas e corrimãos 5.8.2.2 Uma escada pode ter corrimãos em diversas alturas, além do corrimão principal na altura normal exigida; em escolas, jardins-de-infância e assemelhados, se for o caso, deve haver corrimãos nas alturas indicadas para os respectivos usuários, além do corrimão principal. 5.8.2.3 Os corrimãos devem ser projetados de forma a poderem ser agarrados fácil e confortavelmente, permitindo um contínuo deslocamento da mão ao longo de toda a sua extensão, sem interrupção nos patamares e sem encontrar quaisquer obstruções, arestas ou soluções de continuidade, prolongando-se pelo menos 20 cm do início e término da escada com extremidade voltada para parede. No caso de secção circular, seu diâmetro varia entre 38 mm e 65 mm (ver Figura 14). 5.8.2.4 Os corrimãos devem estar afastados 40 mm, no mínimo, das paredes ou guardas às quais forem fixados. 5.8.2.5 Não são aceitáveis, em saídas de emergência, corrimãos constituídos por elementos com arestas vivas, tábuas largas, e outros (ver Figura 14).

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Figura 14 – Pormenores de corrimãos 5.8.3 Exigências estruturais 5.8.3.1 As guardas de alvenaria ou concreto, as grades de balaustradas, as paredes, as esquadrias, as divisórias leves e outros elementos de construção que envolvam as saídas de emergência devem ser projetados de forma a: a) resistir a cargas transmitidas por corrimãos nelas fixados ou calculadas para resistir a uma força horizontal de 730 N/m aplicada a 1,05 m de altura, adotando-se a condição que conduzir a maiores tensões (ver Figura 15); b) ter seus painéis, longarinas, balaústres e assemelhados calculados para resistir a uma carga horizontal de 1,20 kPa aplicada à área bruta da guarda ou equivalente da qual façam parte; as reações devidas a este carregamento não precisam seradicionadas às cargas especificadas na alínea precedente (ver Figura 15). 5.8.3.2 Os corrimãos devem ser calculados para resistirem a uma carga de 900 N, aplicada em qualquer ponto deles, verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em ambos os sentidos. 5.8.3.3 Nas escadas tipo ENE, pode-se dispensar o corrimão, desde que o guardacorpo atenda também os preceitos do corrimão, conforme itens 5.8.2.3, 5.8.2.4 e 5.8.2.5 desta NT.

5.8.4 Corrimãos intermediários 5.8.4.1 Escadas com mais de 2,2 m de largura devem ter corrimão intermediário no máximo a cada 1,8 m. Os lanços determinados pelos corrimãos intermediários devem ter no mínimo 1,1 m de largura, ressalvado o caso de escadas em ocupações dos tipos H-2 e H-3, utilizadas por pessoas muito idosas e deficientes físicos, que exijam máximo apoio com ambas as mãos em corrimãos, em que pode ser previsto, em escadas largas, uma unidade de passagem especial com 69 cm entre corrimãos. 5.8.4.2 As extremidades dos corrimãos intermediários devem ser dotadas de balaústres ou outros dispositivos para evitar acidentes. 5.8.4.3 Escadas externas de caráter monumental podem, excepcionalmente, ter apenas dois corrimãos laterais, independentemente de sua largura, quando forem utilizadas por grandes multidões. 5.9 Área de refúgio 5.9.1 Conceituação e exigências 5.9.1.1 Área de refúgio é a parte de um pavimento separada por paredes corta-fogo e portas corta-fogo, tendo acesso direto, cada uma delas (a área de refúgio e o restante do pavimento), a pelo menos uma escada/rampa de emergência (ver Figura 16).

5.9.1.2 Os prédios dotados de áreas de refúgio devem atender ao previsto na NT 09 - Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção. As paredes que definem as áreas de refúgio devem atender ainda a NT 11 - Compartimentação Horizontal e Compartimentação Vertical.

Figura 15 – Pormenores construtivos da instalação de guardas e as cargas a que elas devem resistir

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Figura 16 – Desenho esquemático da área de refúgio 5.9.2 Obrigatoriedade É obrigatória a existência de áreas de refúgio em todos os pavimentos nos seguintes casos: a) em edificações institucionais de ocupação E-5, E-6, H-2 e H-3 com altura superior a 12 m. Nesses casos a área mínima de refúgio de cada pavimento será equivalente a 30% da área do pavimento; b) a existência de compartimentação de área no pavimento será aceita como área de refúgio, desde que tenha acesso direto às saídas de emergência (escadas ou rampas). 5.9.3 Hospitais e assemelhados 5.9.3.1 Em ocupações H-2 e H-3, deve haver tantas compartimentações quanto forem necessárias para que as áreas de refúgio não tenham áreas superiores a 2000 m². 5.9.3.2 Nessas ocupações H-2 e H-3, bem como nas ocupações E-5 e E-6, a comunicação entre as áreas de refúgio e/ou entre essas áreas e saídas deve ser em nível ou, caso haja desníveis, em rampas, como especificado no item 5.6. 5.10 Descarga 5.10.1 Tipos 5.10.1.1 A descarga, parte da saída de emergência de uma edificação, que fica entre a escada ou rampa e a via pública ou área externa em comunicação com a via pública, pode ser constituída por: a) corredor ou átrio enclausurado; b) área em pilotis;

c) corredor a céu aberto. 5.10.1.2 O corredor ou átrio enclausurado que for utilizado como descarga deve: a) ter paredes resistentes ao fogo por tempo equivalente ao das paredes das escadas que a ele conduzirem; b) ter pisos e paredes revestidos com materiais resistentes ao fogo; c) ter portas corta-fogo com resistência de 60 min de fogo (P60) quando a escada for à prova de fumaça ou quando a escada for enclausurada protegida, isolando-o de todo compartimento que com ele se comunique, tais como apartamentos, salas de medidores, restaurante e outros. 5.10.1.3 Admite-se que a descarga seja feita por meio de saguão ou hall térreo não-enclausurado, desde que atenda a norma específica quanto aos materiais de acabamento e revestimento e entre o final da descarga e a fachada ou alinhamento predial (passeio) mantenha-se um espaço livre para acesso ao exterior, atendendo-se às dimensões exigidas no item 5.10.2, sendo admitido nesse saguão ou hall elevadores, portaria, recepção, sala de espera, sala de estar e salão de festas (ver Figura 17). 5.10.1.4 A área em pilotis que servir como descarga deve: a) não ser utilizável como estacionamento de veículos de qualquer natureza, sendo, quando necessário, dotada de divisores físicos que impeçam tal utilização; b) ser mantida livre e desimpedida, não podendo ser utilizada como depósito de qualquer natureza. Nota: Não será exigida a letra “a” acima nas edificações em que as escadas exigidas forem do tipo ENE – escadas não enclausuradas e altura de até 12 m, desde que entre o

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acesso à escada e a área externa (fachada ou alinhamento predial) possua um espaço reservado e desimpedido, no mínimo com largura de 2,2 m. 5.10.1.5 O corredor a céu aberto que servir como descarga, deve ser protegido por marquise com largura mínima de 1,20 m.

Figura 17 – Descarga através de hall térreo não-enclausurado

5.10.2 Dimensionamento 5.10.2.1 No dimensionamento da descarga, devem ser consideradas todas as saídas horizontais e verticais que para ela convergirem. 5.10.2.2 A largura das descargas não pode ser inferior: a) a 1,1 m, nos prédios em geral, e a 1,65 e 2,2 m, nas edificações classificadas com H-2 e H-3 por sua ocupação; b) a largura calculada conforme 5.4, considerando-se esta largura para cada segmento de descarga entre saídas de escadas (ver Figura 18), não sendo necessário que a descarga tenha, em toda a sua extensão, a soma das larguras das escadas que a ela concorrem.

Figura 18 – Dimensionamento de corredores de descarga

5.10.2.3 O elevador de emergência pode estar ligado ao hall de descarga, desde que seja agregado à largura desta uma unidade de saída (0,55 m). 5.10.3 Elevadores com acesso 5.10.3.1 Os elevadores com acesso direto à descarga devem: a) ser dotados de portas resistentes ao fogo; b) ter seus poços (caixas de corrida) com ventilação em sua parte superior. 5.10.3.2 Os elevadores que atenderem a pavimentos inferiores à descarga só podem a ela ter acesso se as paredes inferiores contiverem antecâmaras enclausuradas e ventiladas naturalmente, nos moldes do estabelecido em 5.7.11. 5.10.3.3 É dispensável a ventilação das antecâmaras enclausuradas exigidas em 5.10.3.2, nos seguintes casos: a) quando os pavimentos inferiores à descarga forem constituídos por garagens com acesso direto para o exterior em todos os seus níveis, e a edificação tiver ocupação do grupo A (residencial), sendo as aberturas vedadas unicamente com grades; b) quando, em prédios de ocupação B e D, os pavimentos inferiores à descarga forem constituídos por garagens, amplamente ventiladas e com acesso direto ao espaço livre exterior, com acessos vedados apenas por grades ou completamente abertos, tendo a edificação área construída inferior a 1.500 m² e altura inferior a 12 m, apresentando ainda característica construtiva tipo Z; c) quando existir sistema de pressurização da saída de emergência, incluindo descarga e caixas de corrida dos elevadores. 5.10.4 Outros ambientes com acesso Galerias comerciais (galerias de lojas) podem estar ligadas à descarga desde que seja feito por meio de antecâmara enclausurada e ventilada diretamente para o exterior ou através de dutos, dentro dos padrões estabelecidos para as escadas à prova de fumaça (EPF), dotadas de duas portas corta-fogo P-60, conforme indicado na Figura 19.

Figura 19 – Acesso de galeria comercial à descarga

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5.11 Elevadores de emergência 5.11.1 Obrigatoriedade É obrigatória a instalação de elevadores de emergência: a) em todas as edificações com altura superior a 60 m, excetuadas as de classe de ocupação G-1 e em torres exclusivamente monumentais de ocupação F-2; b) nas ocupações institucionais H-2 e H-3, sempre que sua altura ultrapassar a 12 m, em número igual ao das escadas de emergência. 5.11.2 Exigências 5.11.2.1 Enquanto não houver norma específica referente a elevadores de emergência, estes devem atender a todas as normas gerais de segurança previstas nas NBR 5410 e NBR NM 207 e (ver Figura 7): a) ter sua caixa enclausurada por paredes resistentes a 4 h de fogo, independente dos elevadores de uso comum; b) ter suas portas metálicas abrindo para antecâmara ventilada, nos termos de 5.7.10, para varanda conforme 5.7.12, para hall enclausurado e pressurizado, para patamar de escada pressurizada ou local análogo do ponto de vista de segurança contra fogo e fumaça; c) ter circuito de alimentação de energia elétrica com chave própria independente da chave geral do edifício, possuindo este circuito chave reversível no piso da descarga, possibilitando que ele seja ligado a um gerador externo na falta de energia elétrica na rede pública; d) deve estar ligado a um grupo motogerador (GMG) de emergência. 5.11.2.2 O painel de comando deve atender, ainda, às seguintes condições: a) estar localizado no pavimento da descarga; b) possuir chave de comando de reversão para permitir a volta do elevador a este piso, em caso de emergência; c) possuir dispositivo de retorno e bloqueio dos carros no pavimento da descarga, anulando as chamas existentes, de modo que as respectivas portas permaneçam abertas, sem prejuízo do fechamento do vão do poço nos demais pavimentos; d) possuir duplo comando automático e manual reversível, mediante chamada apropriada. 5.11.2.3 Nas ocupações institucionais H-2 e H-3, o elevador de emergência deve ter cabine com dimensões apropriadas para o transporte de maca. 5.11.2.4 As caixas de corrida (poço) e casas de máquinas dos elevadores de emergência devem ser enclausuradas e totalmente isoladas das caixas de corrida e casas de máquinas dos demais elevadores. A caixa de corrida (poço) deve ter abertura de ventilação permanente em sua parte superior, dotadas de abertura, com área mínima de 0,80 m², devendo estar localizada na parede junto ao teto ou no máximo a 15 cm deste.

5.12 Iluminação e sinalização 5.12.1 Iluminação das rotas de saídas de emergência As rotas de saída devem ter iluminação natural e/ou artificial em nível suficiente, de acordo com a ABNT NBR 5413 - Iluminância de Interiores. Mesmo nos casos de edificações destinadas a uso unicamente durante o dia, é indispensável a iluminação artificial noturna. 5.12.2 Iluminação de emergência 5.12.2.1 A iluminação de emergência deve ser executada obedecendo à NT 13 - Iluminação de Emergência. 5.12.3 Sinalização de saídas de emergência 5.12.3.1 A sinalização de saída deve ser executada obedecendo à NT 14 - Sinalização de Emergência. 5.13 Construções subterrâneas, subsolo e edificações sem janela 5.13.1 Construções subterrâneas ou subsolos 5.13.1.1 Para os efeitos desta NT, consideram-se construções subterrâneas ou subsolos as edificações, ou parte delas, na qual o piso se encontre abaixo do pavimento da descarga, ressalvando o especificado no item 5.13.1.2. 5.13.1.2 Não são considerados subsolos, para efeito de saídas de emergência, os pavimentos nas condições seguintes: a) o pavimento que for provido em pelo menos dois lados de no mínimo 2 m² de aberturas inteiramente acima do solo a cada 15 m lineares de parede periférica; b) estas aberturas tenham peitoril a não mais de 1,20 m acima do piso interno, e que não tenham medida alguma menor que 60 cm (luz), de forma a permitir operações de salvamento provenientes do exterior; c) estas aberturas sejam de fácil manuseio, tanto do lado interno como externo, devendo ter identificação tanto internamente como externamente. 5.13.2 Edificações sem janelas 5.13.2.1 As edificações sem janelas são aquelas edificações, ou parte delas, que não possuem meios de acesso direto ao exterior, através de suas paredes periféricas ou aberturas para ventilação ou salvamento, das janelas ou grades fixas existentes, ressalvados os casos descritos nos Itens 5.13.2.2 e 5.13.2.3. 5.13.2.2 Uma edificação térrea (ver Tabela 1) ou porção dela não é considerada sem janelas quando: a) o pavimento tiver portas ao nível do solo, painel de acesso ou janelas espaçadas a não mais de 50 m nas paredes exteriores; b) estas aberturas devem possuir dimensões mínimas de 60 cm x 60 cm, obedecendo às alíneas “a”, “b” e “c” do Item 5.13.1.2.

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5.13.2.3 Uma edificação não-térrea (ver Tabela 1) não é considerada sem janelas quando: a) existirem acessos conforme a alínea “a” do item 5.13.2.2; b) todos os pavimentos acima do térreo tiverem aberturas de acesso ou janelas em dois lados do prédio pelo menos, espaçados no mínimo a 15m nestas paredes, obedecendo às alíneas “b” e “c” do Item 5.13.1.2, com no mínimo 60 cm de largura livre por 1,1 m de altura livre. 5.13.3 Exigências especiais para construções subterrâneas, subsolos e edificações sem janelas 5.13.3.1 As construções subterrâneas, subsolos e as edificações sem janelas, além das demais exigências desta Norma Técnica que lhes forem aplicáveis, considerando que, em áreas sem acesso direto ao exterior e sem janelas para permitir ventilação e auxílio de bombeiros, qualquer incêndio ou fumaça tende a provocar pânico, devem permitir a saída conveniente de seus usuários e atender às seguintes exigências: a) para subsolos com áreas de construção superior a 500 m2 ou população total superior a 100 pessoas, ter no mínimo duas saídas de emergência, em lados opostos, com distância mínima de 10 m entre elas, exceto para os subsolos destinados a estacionamento de veículos; b) quando, com acesso de público ou população superior a 50 pessoas, ter ao menos uma das saídas direta ao exterior, sem passagem pela descarga térrea, no caso de subsolo; c) é obrigatória a adoção de áreas de refúgio em subsolos com área superior a 500 m², não destinados a garagem. Nesse caso, a área de refúgio fica restrita a, no mínimo, 30% da área de cada pavimento. A existência de compartimentação de área no pavimento será aceita como área de refúgio, desde que tenha acesso direto às saídas de emergência (escadas ou rampas); d) nos subsolos de edificações com exigência de escada tipo EEP ou EPF, com altura ascendente de até 12 m, exige-se escada simplesmente enclausurada com PCF P-60. Alturas superiores a 12 m, exige-se pressurização da escada; e) além das exigências acima, os subsolos e prédios sem janelas devem atender aos parâmetros de controle de fumaça conforme legislação específica. 6 DISPOSIÇÕES GERAIS Os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico são, no mínimo, os seguintes: a) detalhes de degraus; b) detalhes de corrimãos; c) detalhes de guardacorpos; d) largura das escadas;

e) detalhe da ventilação efetiva da escada de segurança (quando houver); f) largura das portas das saídas de emergência; g) indicar barra antipânico (quando houver); h) casa de máquinas do elevador de emergência (quando houver exigência); i) antecâmaras de segurança (quando houver exigência); j) indicar a lotação do ambiente quando se tratar de local de reunião de público, individualizando a lotação por ambiente.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades

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ANEXO A

TABELA 1 – CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES QUANTO À ALTURA

Denominação Altura da edificação

Edificações térreas H ≤ 1 m

Edificações baixas H ≤ 6

Edificações de média altura 6 m < H ≤ 12 m

Edificações medianamente altas 12 m < H ≤ 30 m

Edificações altas

H > 30 m

Notas:

1 - para o dimensionamento das saídas de emergência a altura será a medida em metros entre ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga, sob a projeção do paramento externo da parede da edificação, ao piso do último pavimento, excluindo-se pavimentos superiores destinados exclusivamente à casa de máquinas, barriletes, reservatórios de águas e assemelhados. 2 - o desnível existente entre o ponto que caracteriza a saída ao nível de descarga e o nível do terreno circundante ou via pública não poderá exceder 3 (três) metros. 3 - para o dimensionamento das saídas de emergência, as alturas poderão ser tomadas de forma independente, em função de cada uma das saídas.

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TABELA 2 – CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES QUANTO ÀS SUAS CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS

Para classificação da edificação quanto à sua característica construtiva, deverão ser consideradas as condições a seguir: a) os elementos estruturais apresentam resistência ao fogo compatível com o risco, mesmo que a regulamentação compulsória ou a normatização pertinente não incluam ou isentem desta exigência; b) apresenta compartimentação vertical completa, compatível com o risco, mesmo que a regulamentação compulsória ou a normatização pertinente não incluam ou isentem desta exigência; c) possue controle de materiais de revestimento, de acabamento, de isolamento termo-acústico e de impermeabilização, incluindo aqueles integrados ao sistema construtivo, como forros, coberturas, fechamentos laterais etc., mesmo que a regulamentação compulsória ou a normatização pertinente não incluam ou isentem desta exigência.

CÓDIGO TIPO ESPECIFICAÇÃO

X

Edificações em que o crescimento e a propagação do incêndio podem ser fáceis e onde a estabilidade pode ser ameaçada pelo incêndio

Edificações onde somente uma das três condições está presente.

Y

Edificações com mediana resistência ao fogo onde um dos três eventos é provável: a) rápido crescimento do incêndio; b) propagação vertical do incêndio; c) colapso estrutural.

Edificações onde pelo menos duas das três condições estão presentes.

Z

Edificações concebidas para limitar: a) o rápido crescimento do incêndio; b) a propagação vertical do incêndio; c) o colapso estrutural.

Edificações onde as três condições estão presentes.

Notas: 1 - as edificações devem, preferencialmente, ser sempre projetadas e executadas conforme classificação do tipo Z; 2 - a existência de chaminés ou dutos de ventilação natural ou mecânica não prejudica o isolamento, desde que com área máxima de 1,50 m2, com suas aberturas com vergas a, no máximo, 15 cm do forro e peitoris com altura mínima de 1,80 m.

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Parte 1 - Condições Gerais

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TABELA 3 – DADOS PARA O DIMENSIONAMENTO DAS SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

Ocupação

População (A)

Capacidade da U de passagem

Grupo Divisão Acessos/

Descargas Escadas/ rampas Portas

A A-1, A-2 Duas pessoas por dormitório (C)

60 45 100 A-3 Duas pessoas por dormitório e uma pessoa

por 4 m² de área de alojamento (D)

B - Uma pessoa por 15 m² de área (E) (G)

C - Uma pessoa por 3 m² de área (E) (J)

100 60 100 D - Uma pessoa por 7 m² de área

E E-1 a E-4 Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de aula (F)

E-5, E-6 Uma pessoa por 1,50 m² de área de sala de

aula (F)

30 22 30

F

F-1, F-10 Uma pessoa por 3 m² de área

100 75 100

F-2, F-5, F-8 Uma pessoa por m² de área (E) (G)

F-3, F-6, F-7, F-9

Duas pessoas por m² de área (G)

F-4 Uma pessoa por 3 m² de área (E) (J) (F)

G G-1, G-2, G-3 Uma pessoa por 40 vagas de veículo

100 60 100 G-4 Uma pessoa por 20 m² de área (E)

H

H-1 Uma pessoa por 7 m² de área (E) 60 45 100

H-2 Duas pessoas por dormitório (C) e uma

pessoa por 4 m² de área de alojamento (E) 30 22 30

H-3 Uma pessoa e meia por leito + uma pessoa por 7 m² de área de ambulatório (H)

H-4, H-5 Uma pessoa por 7 m² de área (F) 60 45 100

I Uma pessoa por 10 m² de área 100 60 100

J Uma pessoa por 30 m² de área (J)

L L-1 Uma pessoa por 3 m² de área

100 60 100 L-2, L-3 Uma pessoa por 10 m² de área

M

M-1 + 100 75 100

M-3, M-5 Uma pessoa por 10 m² de área 100 60 100

M-4 Uma pessoa por 4 m² de área 60 45 100

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Parte 1 - Condições Gerais

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Notas: (A) Os parâmetros dados nesta Tabela são os mínimos aceitáveis para o cálculo da população (ver seção 5.3). (B) As capacidades das unidades de passagem em escadas e rampas estendem-se para lanços retos e saída descendente. Nos demais casos devem sofrer redução como abaixo especificado. Essas porcentagens de redução são cumulativas, quando for o caso: a) Lanços ascendentes de escadas, com degraus até 17 cm de altura – redução de 10%; b) Lanços ascendentes de escada com degraus até 17,5 cm de altura – redução de 15%; c) Lanços ascendentes de escadas com degraus até 18 cm de altura – redução de 20%; d) Rampas ascendentes, declividade até 10% – redução de 1% por degrau percentual de inclinação (1% a 10%); e) Rampas ascendentes de mais de 10% (máximo – 12,5%) – redução de 20%. (C) Em apartamentos de até dois dormitórios, a sala deve ser considerada como dormitório: em apartamentos maiores (três e mais dormitórios), as salas de costura, gabinetes e outras dependências que possam ser usadas como dormitórios (inclusive para empregadas) são considerados como tais. Em apartamentos mínimos, sem divisões em planta, considera-se uma pessoa para cada 6 m² de área de pavimento. (D) Alojamento = dormitório coletivo, com mais de 10 m². (E) Por “Área” entende-se a “Área do pavimento” que abriga a população em foco, conforme terminologia da NT 03; quando discriminado o tipo de área (exemplo: área do alojamento), é a área útil interna da dependência em questão. (F) Auditórios e assemelhados em escolas, salões de festas e centros de convenções em hotéis são considerados nos grupos de ocupação F-5 ,F-6 e outros, conforme o caso. (G) As cozinhas e suas áreas de apoio, nas ocupações B, F-6 e F-8, têm sua ocupação admitida como no grupo D, isto é, uma pessoa por 7 m² de área. (H) Em hospitais e clínicas com internamento (H-3), que tenham pacientes ambulatoriais, acresce-se à área calculada por leito a área de pavimento correspondente ao ambulatório, na base de uma pessoa por 7 m². (I) O símbolo “+” indica necessidade de consultar normas e regulamentos específicos (não apresentados por esta Norma Técnica). (J) A parte de atendimento ao público de comércio atacadista deve ser considerada como do grupo C. (K) Exclusivamente para o cálculo da população de áreas de lazer em cobertura de edificações residenciais deve-se utilizar o seguinte parâmetro: a) salão de festas e áreas em comunicação direta com este - uma pessoa por 1,0 m² de área; b) áreas cobertas - uma pessoa por 2,0 m² de área; c) áreas descobertas - uma pessoa por 3,0 m² de área. Nesse caso, utilizar como capacidade da unidade de passagem o seguinte: a) acessos e descargas - 100; b) escadas e rampas - 75; c) portas - 100.

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Parte 1 - Condições Gerais

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TABELA 4 – DISTÂNCIAS MÁXIMAS A SEREM PERCORRIDAS

Tipo de edificação

Grupo e divisão de ocupação

Sem chuveiros automáticos e sem detectores de incêndio

Com chuveiros automáticos ou com detectores de incêndio

Rota de saída em uma única

direção

Rota de saída em mais de uma direção

Rota de saída em uma única

direção

Rota de saída em mais de uma direção

X Qualquer 10 m 20 m 25 m 35 m

Y Qualquer 20 m 30 m 35 m 45 m

Z

C, D, E, F, G-3, G-4, H, I, L

e M 30 m 40 m 45 m 55 m

A, B, G-1, G-2 e J 40 m 50 m 55 m 65 m

Notas: a) para que ocorram as distâncias previstas nesta tabela e respectivas notas, é necessária a apresentação do leiaute definido em planta baixa (salão aberto, sala de eventos, escritórios, escritórios panorâmicos, galpões e outros). Caso não seja apresentado o leiaute, as distâncias definidas acima serão reduzidas em 30% (trinta por cento). b) a distância máxima a percorrer em pavimentos pilotis utilizados como garagem, independente da ocupação, do número de saídas, da existência de chuveiros automáticos ou detecção de incêndio, é de 40 m respeitada a condição mais benéfica prevista nesta tabela. c) edificações exclusivamente térreas dos grupos I-1 até 200 MJ/m² e J-1 até 100 MJ/m² terão suas distâncias máximas a serem percorridas acrescidas de 150%. Para as edificações dos grupos G-1, G-2, I-1 com mais de 200 MJ/m², J-1 com mais de 100 MJ/m² e J-2, que possuam controle de fumaça conforme norma específica, as distâncias máximas a serem percorridas serão acrescidas de 150% e para as divisões I-2, J-3 e J-4, estas distâncias poderão ser acrescidas de 100% desde que possua a referia medida de segurança.

d) nas ocupações do grupo J em que as áreas de depósitos sejam automatizadas e sem presença humana, a exigência de distância máxima a percorrer de caminhamento poderá ser desconsiderada.

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Parte 1 - Condições Gerais

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TABELA 5 – TIPOS DE ESCADAS DE EMERGÊNCIA POR OCUPAÇÃO

Altura (em m)

H ≤ 6 6 <H ≤ 12 12 <H ≤ 30 Acima de 30 m

Ocupação Tipo de escada

Tipo de escada

Tipo de escada

Tipo de escada Gr. Div.

A A-1 A-2 A-3

ENE ENE ENE

ENE ENE ENE

– EEP EEP

– EPF EPF

B B-1 B-2

ENE ENE

ENE ENE

EPF EPF

EPF EPF

C C-1 C-2 C-3

ENE ENE ENE

ENE ENE ENE

EPF EPF EPF

EPF EPF EPF

D - ENE ENE EPF EPF

E

E-1 E-2 E-3 E-4 E-5 E-6

ENE ENE ENE ENE ENE ENE

ENE ENE ENE ENE EEP EEP

EPF EPF EPF EPF EPF EPF

EPF EPF EPF EPF EPF EPF

F

F-1 F-2 F-3 F-4 F-5 F-6 F-7 F-8 F-9

F-10

ENE ENE ENE ENE ENE ENE ENE ENE ENE ENE

ENE ENE ENE ENE ENE ENE

– ENE ENE ENE

EEP EPF ENE

+ EPF EPF

– EPF EPF EPF

EPF EPF EPF

+ EPF EPF

– EPF EPF EPF

G

G-1 G-2 G-3 G-4 G-5

ENE ENE ENE ENE ENE

ENE ENE ENE ENE ENE

ENE EEP EPF EEP

-

EEP EEP EPF EPF

-

H

H-1 H-2 H-3 H-4 H-5

ENE ENE ENE ENE ENE

ENE EEP EEP ENE ENE

- EPF EPF

+ +

- EPF EPF

+ +

I I-1 I-2 I-3

ENE ENE ENE

ENE ENE ENE

EEP EPF EPF

EPF EPF EPF

J –

ENE ENE EEP EPF

L L-1 L-2 L-3

- ENE ENE

- EEP EEP

- EPF EPF

- EPF EPF

M

M-1 M-2 M-3 M-4 M-5

ENE ENE ENE ENE ENE

ENE EEP EEP ENE EEP

+ EPF EPF ENE EPF

+ EPF EPF ENE EPF

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Parte 1 - Condições Gerais

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NOTAS: a) Símbolos e abreviaturas: ENE = Escada não enclausurada (escada comum) EEP = Escada enclausurada protegida (escada protegida) EPF = Escada à prova de fumaça Gr. = Grupo de ocupação (uso) Div. = Subdivisão do grupo de ocupação + = Símbolo que indica necessidade de consultar Norma Técnica, outras ou regulamentos específicos (ocupação não abordada nessa Norma Técnica) – = Não se aplica b) Para as ocupações do grupo F-3, verificar os casos em que se aplicam a NT 10 - Saídas de Emergência - Parte 3 - Dimensionamento de Lotação e Saídas de Emergência em Centros Esportivos e de Exibição.

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Parte 1 - Condições Gerais

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ANEXO B

TERMO DE RESPONSABILIDADE DE SAÍDA DE EMERGÊNCIA

Visando a concessão do Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros Militar do

Estado do Espírito Santo, atestamos que as PORTAS DE SAÍDA DE EMERGÊNCIA da

edificação, situada na______________________________________________________

___________________________________________________________, Município de

______________________________________, que possui Projeto Técnico aprovado

nessa Corporação sob o nº ______________, permanecem abertas durante todo o

período de funcionamento da edificação.

Dessa maneira, assumo toda a responsabilidade civil e criminal quanto à

permanência das portas abertas.

__________________, _____ de ___________ de _________.

__________________________________________ Nome

Endereço Proprietário / Responsável legal pelo imóvel

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Parte 1 - Condições Gerais

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ANEXO C

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

SAÍDAS DE EMERGÊNCIA - CONDIÇÕES GERAIS

1 - As larguras mínimas das saídas, em qualquer caso, devem ser as seguintes, conforme ocupação: a) 1,10 m para as ocupações em geral; b) 1,65 m para as escadas, acessos às escadas (corredores de passagens) e descarga das escadas, nas ocupações do grupo H, divisão H-2 e H-3; c) 1,65 m para as rampas, acessos às rampas (corredores e passagens) e descarga das rampas, nas ocupações do grupo H, divisão H-2; d) 2,20 m para as rampas, acessos às rampas (corredores e passagens) e descarga das rampas, nas ocupações do grupo H, divisão H-3. 2 - Portas de saídas de emergência As portas das rotas de saída e aquelas das salas com capacidade acima de 50 pessoas e em comunicação com os acessos e descargas devem abrir no sentido do trânsito de saída; É vedado o uso de peças plásticas em fechaduras, espelhos, maçanetas, dobradiças e outros nas portas das rotas de saída, em salas com capacidade acima de 50 pessoas e entrada em unidades autônomas; As portas corta-fogo deverão ser equipadas com fechadura dotada de maçaneta de alavanca ou barras antipânico, conforme especificações da ABNT, na face interna e externa, que propiciem que as mesmas permaneçam fechadas, porém destrancadas, atendendo ainda ao seguinte:

a) as fechaduras a serem instaladas devem ser dotadas de trinco simples, sem acionamento por chave ou similar sendo proibida a utilização de qualquer dispositivo ou mecanismo de travamento ou trancamento das portas que interfira no seu funcionamento normal; b) a colocação de fechaduras com chave nas portas de acesso e descargas é permitida, desde que seja possível a abertura pelo lado interno, sem necessidade de chave, admitindo-se que a abertura pelo lado externo seja feita apenas por meio de chave, dispensando-se maçanetas, etc; c) é admissível que as portas corta-fogo se mantenham abertas, desde que disponham de dispositivos de fechamento automático, conforme estabelecido na ABNT NBR 11742; d) serão pintadas na cor vermelha, possuindo numeração na face interna com o indicativo do andar e a palavra “SAÍDA” na parte externa (hall), conforme especificado na NT 14 – Sinalização de Emergência. Cada porta deve receber uma identificação indelével e permanente, por gravação ou por plaqueta metálica, com as seguintes informações: a) porta corta-fogo conforme ABNT NBR 11742; b) identificação do fabricante; c) classificação da porta quanto ao tempo de resistência ao fogo; d) número e ordem de fabricação; e)mês e ano de fabricação. 3 - As escadas devem: a) ser constituída com material estrutural e de compartimentação com TRRF de no mínimo 2 h para escadas não enclausuradas e TRRF equivalente ao da caixa de escada para escadas enclausuradas; b) atender a norma específica quanto aos materiais de acabamento e revestimento sendo os pisos dos degraus e patamares revestidos com materiais resistentes à propagação superficial de chama, isto é, com índice "A" da ABNT NBR 9442 ou norma específica; c) ser dotadas de guardas em seus lados abertos; d) ser dotadas de corrimãos em ambos os lados; e) atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga, mas terminando obrigatoriamente no piso desta, não podendo ter comunicação direta com outro lanço na mesma prumada devendo ter compartimentação na divisão entre os

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Parte 1 - Condições Gerais

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lanços ascendente e descendente em relação ao piso de descarga, exceto para escadas tipo ENE (escada não enclausurada), onde deve ser acrescida a iluminação de emergência e sinalização de balizamento, indicando a rota de fuga e descarga; f) ter os pisos em condições antiderrapantes, com no mínimo 0,5 de coeficiente de atrito dinâmico, conforme norma brasileira ou internacionalmente reconhecida, e que permaneçam antiderrapantes com o uso. 4 - Os degraus devem: a) ter altura h compreendida entre 16,0 cm e 18,0 cm, com tolerância de 0,5 cm; b) ter largura b dimensionada pela fórmula de Blondel: 63 cm ≤ (2h+ b) ≤ 64cm 5 - O comprimento dos patamares deve ser: a) dado pela fórmula: p = (2h + b) n + b, onde n é um número inteiro (1, 2 ou 3), quando se tratar de escada reta, medido na direção do trânsito; b) no mínimo, igual à largura da escada, quando há mudança de direção da escada, não se aplicando, neste caso, a fórmula anterior. 6 - Caixas das escadas a) as paredes das caixas de escadas, das guardas, dos acessos e das descargas devem ter acabamento liso; b) nas caixas de escadas, não podem existir aberturas para tubulações de lixo, passagens para a rede elétrica, centros de distribuição elétrica, armários para medidores de gás e assemelhados, excetuadas as escadas não enclausuradas em edificações de baixa e de média altura; c) as paredes das caixas de escadas enclausuradas devem garantir e possuir TRRF de, no mínimo, 2 h. 7 - Guardas e corrimãos Toda saída de emergência - corredores, balcões, terraços, mezaninos, galerias, patamares, escadas, rampas e outros - deve ser protegida de ambos os lados por paredes ou guardas (guardacorpos) contínuas, sempre que houver qualquer desnível maior de 19 cm, para evitar quedas. A altura mínima (ht) do guardacorpo, medida entre o piso acabado e a parte superior do peitoril, deve ser de 1,10 m (ver Figura). Se altura da mureta (hm) for menor ou igual a 0,2 m ou maior que 0,8 m, a altura total deve ser de no mínimo 1,10 m. Se a altura da mureta estiver entre 0,2 m e 0,8 m, a altura da proteção (hp) do guardacorpo não deve ser inferior a 0,90 m. A altura das guardas em escadas abertas externas, em balcões e assemelhados, deve ser de, no mínimo, 1,30 m.

ht: altura total; hp: altura da proteção do guarda corpo; hm: altura da mureta.

Exceto em ocupações do grupo I e J, as guardas constituídas por balaustradas, grades, telas e assemelhados, isto é, as guardas vazadas, devem: a) ter balaústres verticais, longarinas intermediárias, grades, telas, vidros de segurança laminados ou aramados e outros, de modo que uma esfera de 15 cm de diâmetro não possa passar por nenhuma abertura; b) ser isentas de aberturas, saliências, reentrâncias ou quaisquer elementos que possam enganchar em roupas; c) ser constituídas por materiais não-estilhaçáveis, exigindo-se o uso de vidros aramados ou de segurança laminados, se for o caso. O envidraçamento de balaustradas, parapeitos, sacadas e vidraças verticais sobre passagem, deve ser executado com vidro de segurança laminado ou aramado, salvo se for prevista proteção adequada. Acima do pavimento térreo, as chapas de vidro, quando dão para o exterior e não tem proteção adequada, só podem ser colocadas a 1,10 m acima do respectivo piso; abaixo desta cota, quando sem proteção adequada, o vidro deve ser de segurança laminado ou aramado. Internamente, os vidros recozidos só podem ser colocados a partir de 0,10 m acima do piso. Os corrimãos deverão ser dotados em ambos os lados das escadas ou rampas, devendo estar situados entre 80 cm e 92 cm acima do nível do piso. Não são aceitáveis, em saídas de emergência, corrimãos constituídos por elementos com arestas vivas, tábuas largas, e outros.

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

ESCADA ENCLAUSURADA PROTEGIDA (JANELAS NA ESCADA)

1 - Ter suas caixas enclausuradas por paredes com TRRF igual ao exigido para e estrutura conforme NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, mas nunca inferior a duas horas; 2 - Ter as portas de acesso a esta caixa de escada do tipo corta-fogo (PCF) com resistência ao fogo de 60 min (P 60); 3 - Possuir ventilação permanente inferior (VPI), com área mínima efetiva de 1,20 m2 em espaço livre exterior, no pavimento de descarga, preferencialmente junto ao piso, que permita a entrada de ar puro; 4 - Ser dotadas de alçapão de alívio de fumaça ou alçapão de tiragem (AAF) que permita a ventilação em seu término superior, com área mínima efetiva de 1,00 m2 (um metro quadrado), devendo estar localizada na parede junto ao teto ou no máximo 15 cm deste, no término da escada; 5 - As aberturas da VPI a do AAF devem ser guarnecidas por telas de arame galvanizado, com espessura dos fios

superior ou igual a 3 mm e malhas com dimensões mínimas de 2,5 cm por 2,5 cm;

6 - Ser dotadas, em todos os pavimentos (exceto no da descarga, onde isto é facultativo), de janelas abrindo para o

espaço livre exterior;

7 - As janelas das escadas protegidas devem: a) estar situadas junto ao teto ou, no máximo a 15 cm deste, estando o peitoril, no mínimo, a 1,10 m acima do piso do patamar ou degrau adjacente e ter largura mínima de 0,80 m, podendo ser aceitas na posição centralizada, acima dos lances de degraus, devendo pelo menos uma das faces da janela estar a no máximo 15 cm do teto; b) ter área de ventilação efetiva mínima de 0,80 m², em cada pavimento; c) ser dotadas de vidros de segurança aramados, com área máxima de 0,50 m² cada um; d) ser construídas em perfis metálicos reforçados, com espessura mínima de 3 mm, sendo vedado o uso de perfis ocos, chapa dobrada, madeira, plástico, e outros; e) ter nos caixilhos móveis, movimento que não prejudique o tráfego na escada e não ofereça dificuldade de abertura ou fechamento, em especial da parte obrigatoriamente móvel junto ao teto, sendo de preferência do tipo basculante, sendo vedados os tipos de abrir com eixo vertical e “maximar”.

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

ESCADA ENCLAUSURADA PROTEGIDA (JANELAS NO ACESSO)

1 - Ter suas caixas enclausuradas por paredes com TRRF igual ao exigido para e estrutura conforme NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, mais nunca inferior a duas horas; 2 - Ter as portas de acesso a esta caixa de escada do tipo corta-fogo (PCF) com resistência ao fogo de 60 min (P 60); 3 - Possuir ventilação permanente inferior (VPI), com área mínima efetiva de 1,20 m2 em espaço livre exterior, no pavimento de descarga, preferencialmente junto ao piso, que permita a entrada de ar puro; 4 - Ser dotadas de alçapão de alívio de fumaça ou alçapão de tiragem (AAF) que permita a ventilação em seu término superior, com área mínima efetiva de 1,00 m2 (um metro quadrado), devendo estar localizada na parede junto ao teto ou no máximo 15 cm deste, no término da escada; 5 - As aberturas da VPI a do AAF devem ser guarnecidas por telas de arame galvanizado, com espessura dos fios superior ou igual a 3 mm e malhas com dimensões mínimas de 2,5 cm por 2,5 cm; 6 - Na impossibilidade de colocação de janela na caixa da escada enclausurada protegida, os corredores de acesso devem: a) ser ventilados por janelas, tipo veneziana, abrindo para o espaço livre exterior, com área mínima efetiva de 0,80 m², largura mínima de 0,80, situados junto ao teto ou no mínimo a 15 cm deste, com distância horizontal máxima de 10,00 m da entrada da escada; b) as janelas devem ser construídas em perfis metálicos reforçados, com espessura mínima de 3 mm, sendo vedado o uso de perfis ocos, chapa dobrada, madeira, plástico, e outros.

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CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

ESCADA ENCLAUSURADA PROTEGIDA OU ESCADA ENCLAUSURADA À PROVA DE FUMAÇA COM

ACESSO POR ANTECÂMARA

1 - Ter suas caixas enclausuradas por paredes com TRRF igual ao exigido para e estrutura conforme NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, mas nunca inferior a duas horas; 2 - Ter ingresso por antecâmaras ventiladas, terraços ou balcões;

3 - Ser providas de portas corta-fogo (PCF) com resistência a 60 min (P60) em sua comunicação com a antecâmara;

4 - A iluminação natural, recomendável mas não indispensável, quando houver, deve obedecer aos seguintes requisitos: a) ser obtida por abertura provida de caixilho de perfil metálico reforçado, com 3 mm de espessura mínima, provido de fecho acionável por chave ou ferramenta especial, devendo ser aberto somente para fins de manutenção ou emergência; b) este caixilho deve ser guarnecido com vidro aramado, transparente ou não, malha de 12,5 mm, com espessura mínima de 6,5 mm; c) em paredes dando para o exterior, sua área máxima não pode ultrapassar 0,50 m2; em parede dando para antecâmara ou varanda, pode ser de até 1,00 m2; d) havendo mais de uma abertura de iluminação, a distância entre elas não pode ser inferior a 0,50 m, e a soma de suas áreas não deve ultrapassar 10% da área da parede em que estiverem situadas. 5 - As antecâmaras, para ingressos nas escadas enclausuradas, devem: a) ter comprimento mínimo de 1,80 m e pé-direito mínimo de 2,50 m; b) ser dotadas de porta corta-fogo (PCF) na entrada e na comunicação com a caixa da escada, com resistência a 60 min de fogo cada; c) ser ventiladas por dutos de entrada e saída de ar; d) ter a abertura de entrada de ar do duto respectivo situada junto ao piso, ou, no máximo, a 15 cm deste, com área mínima de 0,84 m² e, quando retangular, obedecendo à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões; e) ter a abertura de saída de ar do duto respectivo situada junto ao teto, ou, no máximo, a 15 cm deste, com área mínima de 0,84 m² e, quando retangular, obedecendo à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões; f) ter, entre as aberturas de entrada e de saída de ar, a distância vertical mínima de 2,00 m, medida eixo a eixo; g) ter a abertura de saída de ar situada, no máximo, a uma distância horizontal de 3,00 m, medida em planta, da porta de entrada da antecâmara, e a abertura de entrada de ar situada, no máximo, a uma distância horizontal de 3,00 m, medida em planta, da porta de entrada da escada; h) ter paredes resistentes ao fogo por no mínimo 2 h; i) as aberturas dos dutos de entrada e saída de ar das antecâmaras deverão ser guarnecidas por telas de arame galvanizado, com espessura dos fios superior ou igual a 3 mm, e malha com dimensões mínimas de 2,5 cm por 2,5 cm. 6 - Os dutos de saída de ar (gases e fumaça) devem: a) ter aberturas somente nas paredes que dão para as antecâmaras; b) ter secção mínima calculada pela seguinte expressão:

s = 0,105 n

Onde: s = secção mínima, em m²; n = número de antecâmaras ventiladas pelo duto; c) ter, em qualquer caso, área não inferior a 0,84 m² e, quando de secção retangular, obedecer à proporção máxima de 1:4 entre suas dimensões; d) elevar-se no mínimo 3,00 m acima do eixo da abertura da antecâmara do último pavimento servido pelo eixo, devendo seu topo situar-se a 1,00 m acima de qualquer elemento construtivo existente sobre a cobertura; e) ter, quando não forem totalmente abertos no topo, aberturas de saída de ar com área efetiva superior ou igual a 1,5 vez a área da secção do duto, guarnecidas, por tela de arame galvanizado, com espessura dos fios superior ou igual a 3 mm, e malha com dimensões mínimas de 2,5 cm por 2,5 cm, ou equivalente, devendo estas aberturas serem dispostas em, pelo menos, duas das faces opostas com área nunca inferior a 1m² cada uma, e se situarem em nível superior a qualquer elemento construtivo do prédio (reservatórios, casas de máquinas, cumeeiras, muretas e outros);

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Parte 1 - Condições Gerais

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f) não serem utilizados para a instalação de quaisquer equipamentos ou canalizações; g) ser fechados na base. 6.1 - As paredes dos dutos de saída de ar devem: a) possuir TRRF de, no mínimo, a 2 h de fogo; b) ter revestimento interno liso. 7 - Os dutos de entrada de ar devem: a) ter paredes resistentes ao fogo por 2 h, no mínimo; b) ter revestimento interno liso; c) atender às condições das alíneas “a” a “c” e “f” do item 6 acima; d) ser totalmente fechados em sua extremidade superior; e) ter abertura em sua extremidade inferior no pavimento de descarga, preferencialmente junto ao piso, possuindo acesso direto ao exterior, que assegure a captação de ar fresco respirável; f) esta abertura deve ser guarnecida por tela de arame galvanizado, com espessura dos fios superior ou igual a 3 mm, e malha com dimensões mínimas de 2,5 cm por 2,5 cm, que não diminua a área efetiva de ventilação, isto é, sua secção deve ser aumentada para compensar a redução. 7.1 - A secção da parte horizontal inferior do duto de entrada de ar deve: a) ser, no mínimo, igual à do duto, em edifícios com altura igual ou inferior a 30 m; b) ser igual a 1,5 vez a área da secção do trecho vertical do duto de entrada de ar, no caso de edificações com mais de 30 m de altura.

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CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

ESCADA ENCLAUSURADA PROTEGIDA OU ESCADA ENCLAUSURADA À PROVA DE FUMAÇA COM

ACESSO POR BALCÃO, VARANDA OU TERRAÇO

1 - Ter suas caixas enclausuradas por paredes com TRRF igual ao exigido para e estrutura conforme NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, mas nunca inferior a duas horas; 2 - Ter ingresso por antecâmaras ventiladas, terraços ou balcões; 3 - A iluminação natural, recomendável mas não indispensável, quando houver, deve obedecer aos seguintes requisitos: a) ser obtida por abertura provida de caixilho de perfil metálico reforçado, com 3 mm de espessura mínima, provido de fecho acionável por chave ou ferramenta especial, devendo ser aberto somente para fins de manutenção ou emergência; b) este caixilho deve ser guarnecido com vidro aramado, transparente ou não, malha de 12,5 mm, com espessura mínima de 6,5 mm; c) em paredes dando para o exterior, sua área máxima não pode ultrapassar 0,50 m2; em parede dando para antecâmara ou varanda, pode ser de até 1,00 m2; d) havendo mais de uma abertura de iluminação, a distância entre elas não pode ser inferior a 0,50 m, e a soma de suas áreas não deve ultrapassar 10% da área da parede em que estiverem situadas; 4 - Os balcões, varandas, terraços e assemelhados, para ingresso em escadas enclausuradas, devem atender aos seguintes requisitos: a) ter comprimento mínimo de 1,80 m e pé-direito mínimo de 2,50 m; b) ser dotados de portas corta-fogo na entrada e na saída com resistência mínima de 60 min (P60); c) ter guarda de material incombustível e não vazada com altura mínima de 1,30 m; d) ter piso praticamente em nível e desnível máximo de 30 mm dos compartimentos internos do prédio e da caixa de escada enclausurada; e) em se tratando de terraço a céu aberto, não situado no último pavimento, o acesso deve ser protegido por marquise com largura mínima de 1,20 m. 5 - Será aceita a ventilação no balcão da escada à prova de fumaça, através de janela com ventilação permanente (veneziana), desde que: a) área efetiva mínima de ventilação seja de 1,5 m²; b) ter altura de peitoril de 1,3 m; c) ter distância de no mínimo 3 m de outras aberturas em projeção horizontal, no mesmo nível ou em nível inferior ao seu ou da divisa de propriedade, e no mesmo plano de parede; d) os pisos de balcão, varandas e terraços deverão ser antiderrapantes.

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ESCADA ABERTA EXTERNA

1 - As escadas abertas externas devem atender aos requisitos: a) ter seu acesso provido de porta corta-fogo com resistência mínima de 60 min; b) atender somente aos pavimentos acima do piso de descarga, terminando obrigatoriamente neste; c) a parede entre a escada aberta externa e a fachada da edificação deverá ter um TRRF igual ao exigido para e estrutura conforme NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, mais nunca inferior a duas horas; d) de toda abertura desprotegida do próprio prédio, até escada, deverá ser mantida uma distância mínima de 3 m quando a altura da edificação for inferior ou igual a 12 m, e de 8 m quando a altura da edificação for superior a 12 m; e) a estrutura portante da escada aberta externa deverá ser construída em material incombustível, atendendo aos critérios estabelecidos na NT 09 - Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, com TRRF de 2 h; f) na existência de shafts, dutos ou outras aberturas verticais que tangenciam a projeção da escada aberta externa, tais aberturas deverão ser delimitadas por paredes estanques nos termos da NT 09 - Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção; g) será admitido esse tipo de escada até edificações com altura de 30 m.

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ELEVADOR DE EMERGÊNCIA

1 – Características a serem observadas no elevador de emergência: 1.1 – Enquanto não houver norma específica referente a elevadores de emergência, estes devem atender a todas as normas gerais de segurança previstas na NBR 5410, e ao seguinte: a) ter suas caixas enclausuradas por paredes com TRRF igual ao exigido para e estrutura conforme NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, mais nunca inferior a duas horas; b) ter suas portas metálicas abrindo para varanda, para antecâmara ventilada, para hall enclausurado e pressurizado, para patamar de escada pressurizada ou local análogo do ponto de vista de segurança contra fogo e fumaça; c) ter circuito de alimentação de energia elétrica com chave própria independente da chave geral do edifício, possuindo este circuito chave reversível no piso da descarga, que possibilite que ele seja ligado a um gerador externo na falta de energia elétrica na rede pública. d) Deve estar ligado a um grupo motogerador (GMG) de emergência. 1.2 – O painel de comando deve atender, ainda, às seguintes condições: a) estar localizado no pavimento da descarga; b) possuir chave de comando de reversão para permitir a volta do elevador a este piso, em caso de emergência; c) possuir dispositivo de retorno e bloqueio dos carros no pavimento da descarga, anulando as chamas existentes, de modo que as respectivas portas permaneçam abertas, sem prejuízo do fechamento do vão do poço nos demais pavimentos; d) possuir duplo comando automático e manual reversível, mediante chamada apropriada. 1.3 – Nas ocupações de hospital e assemelhados, o elevador de emergência deve ter cabine com dimensões apropriadas para o transporte de maca. 1.4 – As caixas de corrida e casas de máquinas dos elevadores de emergência devem ser enclausuradas e totalmente isoladas das caixas de corrida e casas de máquinas dos demais elevadores.

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NORMA TÉCNICA 10/2010

SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

PARTE 2 - PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA DE SEGURANÇA

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - TABELAS

B - RESUMO DE EXIGÊNCIAS PARA OS DIVERSOS

TIPOS DE EDIFICAÇÕES COM SISTEMAS DE

PRESSURIZAÇÃO

C - CONDIÇÕES PARA INSTALAÇÃO DE CASA DE

MÁQUINAS DE PRESSURIZAÇÃO NO PAVIMENTO

COBERTURA

D - CONDIÇÕES PARA NÃO SE REVESTIR OS DUTOS

METÁLICOS DE SUCÇÃO E/OU PRESSURIZAÇÃO;

E - ESQUEMA GERAL DO SISTEMA

DE PRESSURIZAÇÃO

F - MODELO DE CÁLCULO DE VAZÃO DO SISTEMA DE

PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA

G - MEMORIAL DESCRITIVO

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 199, DE 20 DE ABRIL DE 2010.

Aprova a Norma Técnica nº 10/2010, Parte 2 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os requisitos para a pressurização de escada de segurança no Estado do Espírito Santo.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 10/2010, Parte 2 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os

requisitos para pressurização de escada de segurança no Estado do Espírito Santo. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 20 de abril de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM Comandante Geral do CBMES

Publicada no Diário Oficial de 28 de maio de 2010 Parte específica: Documentos Técnicos cancelados ou substituídos:

• PT 13 do CBMES publicado no Diário Oficial de 09 de janeiro de 2003.

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Parte 2 - Pressurização de Escada de Segurança

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1 OBJETIVO 1.1 Estabelecer os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento da pressurização de escadas de segurança em edificações. 1.2 Manter as escadas de emergência livres da fumaça, de modo a permitir a fuga dos ocupantes de uma edificação no caso de incêndio. Esse sistema também pode ser acionado em qualquer caso de necessidade de abandono da edificação. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica se aplica a todas as edificações de acordo com o descrito no Anexo B. 2.2 A utilização do Sistema de Pressurização de Escada de Segurança substitui a Escada Enclausurada à Prova de Fumaça quando obrigatória de acordo com a NT 10 - Saídas de Emergência, Parte 1 – Condições Gerais. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ABNT NBR 9050/2004 - que trata da Adequação das Edificações e do Imobiliário Urbano à Pessoa Deficiente – Procedimento; ABNT NBR 9077/2001 – Saídas de Emergências em Edifícios; ABNT NBR 9441/1998 - Execução de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio; ABNT NBR 11742/1992 – Porta Corta-fogo para Saída de Emergência; ABNT NBR 13768/1997 – Acessórios Destinados à Porta Corta-fogo para Saída de Emergência – Requisitos; ABNT NBR 14880/2002 – Saídas de Emergência em Edifícios – Escada de Segurança – Controle de Fumaça por Pressurização; AMCA (Air Movement and Control Association International, Inc.) - AMCA 203, pela literatura Field Performance Measurement of Fan System; AMCA-210 e o Manual da AMCA “Fans and Systems” - publicação 201-90 - “O fator do efeito do sistema” (System Effect Factor ) e suas tabelas Norma ISO 6944 - Fire Resistance Tests – Ventilation Ducts ou similar; ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers) Handbook – Normas ASNI / ASHRAE 51; BS-5588 Parte 4 (British Standards Institution) - Pressurização de Escadas de Segurança; HVAC (Heating, Ventilating, and Air-Conditioning, and Refrigeration) Publications - Recomendação Técnica DW/143 da Heating and Ventilation Contractors’ Association (HVAC); SMACNA (Sheet Metal and Air Conditioning Contractors’ National Association) Publications HVAC Duct

Construction - Metal and Flexible; HVAC System Duct Design; HVAC Air Duct Leakage Test Manual. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes da NT 03 – Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Conceitos básicos do sistema de pressurização 5.1.1 Princípio geral da pressurização a) considera-se um espaço pressurizado quando este receber um suprimento contínuo de ar que possibilite manter um diferencial de pressão entre este espaço e os adjacentes, preservando-se um fluxo de ar através de uma ou várias trajetórias de escape, que conduzem o ar para o exterior da edificação; b) para a finalidade prevista nesta NT, o diferencial de pressão deve ser mantido em nível adequado para impedir a entrada de fumaça no interior da escada; c) o método estabelecido nesta NT também se aplica às escadas de segurança com pavimentos abaixo dos de descarga. 5.1.2 Pressurização de um ou dois estágios O sistema de pressurização pode ser projetado de duas formas: 5.1.2.1 Sistema de um estágio: para operar somente em situação de emergência. 5.1.2.2 Sistema de dois estágios: incorporar um nível baixo de pressurização, para funcionamento contínuo, com previsão para um nível maior de pressurização que entra em funcionamento em uma situação de emergência. 5.1.2.3 Recomenda-se dar preferência para a opção do sistema de dois estágios, para que se mantenha um nível mínimo de proteção em permanente operação, bem como propiciar a renovação de ar no volume da escada. 5.1.3 Elementos básicos de um sistema de pressurização São elementos básicos de um sistema de pressurização: a) sistema de acionamento e alarme; b) ar externo suprido mecanicamente; c) trajetória de escape do ar; d) fonte de energia garantida. 5.1.4 Unidades adotadas Toda e qualquer proposta de sistema de pressurização deve seguir os critérios de apresentação e desenvolvimento de acordo com o estabelecido abaixo:

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Parte 2 - Pressurização de Escada de Segurança

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Vazão (Q) = m3/s Velocidade (V) = m/s Área (A) = m2 Pressão (P) = Pa (Pascal), ou mmH2O (milímetro de coluna d’ água) Potência = CV (Cavalo Vapor) ou HP (Horse Power) Temperatura em Graus Celsius = ºC Altura da Edificação (h) = m 5.1.5 Níveis de pressurização adotados 5.1.5.1 O nível de pressurização utilizado para fins de projeto não deve ser menor que o apresentado na Tabela I do Anexo A desta NT e não deve ultrapassar o limite de 60 Pa, considerando-se todas as PCF (portas corta-fogo) de acesso à escada, na condição fechadas. 5.1.5.2 Os edifícios utilizados por crianças, idosos e ou pessoas incapacitadas precisam de considerações especiais, a fim de assegurar que as PCF possam ser abertas, apesar da força criada pelo diferencial de pressão. 5.1.5.3 Para obtenção dos níveis de pressurização no interior dos espaços pressurizados, na determinação da capacidade de vazão e pressão dos motoventiladores, devem ser avaliadas as perdas de carga localizadas em todos os componentes de captação e distribuição do sistema (dutos, venezianas, grelhas, joelhos, dampers, saídas dos motoventiladores, rugosidades das superfícies internas dos dutos etc.), que devem constar de memorial de cálculo, atendendo as seguintes condições: a) desenvolvimento do cálculo do suprimento de ar necessário considerando as duas situações previstas no item 5.1.6 abaixo: escape de ar com todas as portas do espaço pressurizado na condição fechadas, e escape de ar considerando as portas na condição abertas, conforme a quantidade estipulada no Anexo B desta NT ; b) desenvolvimento do cálculo das perdas de carga ao longo da rede de captação e distribuição de ar, considerando todas as singularidades. Devem constar também a velocidade do fluxo de ar em todos os trechos e acessórios, que devem estar dentro dos limites estipulados nesta NT. Tabelas e ábacos de fabricantes de acessórios podem ser considerados para determinação das perdas de carga de singularidades, a partir da velocidade e vazão; c) a velocidade do fluxo de ar em todo o trecho de captação deve ser de, no máximo, 8m/s e, no trecho de distribuição, de até 15m/s, conforme parâmetros do manual da ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air- Conditioning Engineers), podendo ser aceitas velocidades diferentes, quando se tratar de edificação existente, desde que não haja possibilidade técnica de adequação, devidamente justificada. 5.1.6 Suprimento de ar necessário 5.1.6.1 Cálculo do suprimento de ar Para determinação do primeiro valor de suprimento de ar necessário para obtenção de um diferencial de pressão entre o ambiente a ser pressurizado e os ambientes contíguos, deve-se adotar a equação 1. Essa equação depende diretamente da área de restrição e do diferencial de pressão entre os ambientes contíguos. A área de

restrição é determinada pelo escape de ar para fora do espaço a ser pressurizado, quando o ar passa, por exemplo, pelas frestas ao redor de uma PCF. O diferencial de pressão é o mínimo estabelecido na Tabela 1 do Anexo A desta NT, ou seja, 50 Pa. Equação 1: Q = 0,827 x A x (P)(1/N) Onde: Q é o fluxo de ar (m³/s) A é a área de restrição (m²) P é o diferencial de pressão (Pa) N é um índice que varia de 1 a 2 No caso de frestas em torno de uma PCF, N = 2 No caso de frestas em vãos estreitos, tais como frestas em torno de janelas, N = 1,6 Vazão de ar (condição padrão de ar com densidade de 1,204 kg/m³ ). 5.1.6.2 Trajetórias de escape em série e paralelo a) na trajetória de escape do ar para fora de um espaço pressurizado, podem existir elementos de restrição posicionados em paralelo, tal como ilustrado na Figura 1, ou em série, como apresentado na Figura 2, ou ainda uma combinação desses.

Figura 1 – Trajetórias de escape de ar em paralelo b) no caso de trajetórias de escape do ar em paralelo, com as portas do ambiente conforme Figura 1 acima, a área total de escape é determinada pela simples soma de todas as áreas de escape envolvidas, então: Equação 2:

Atotal = A1 + A2 + A3 + A4

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Parte 2 - Pressurização de Escada de Segurança

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Figura 2 – Trajetórias de escape do ar em série c) no caso das portas em série, como a PCF da escada e a PCF da antecâmara não ventilada a ela associada, como demonstrado na Figura 2 acima, temos: Equação 3:

d) o escape total e efetivo de uma combinação de trajetórias de escape do ar em série e em paralelo pode ser obtido combinando sucessivamente grupos simples de escape isolados (PCF da escada e da antecâmara pressurizada do mesmo pavimento), com os outros equivalentes (PCF em paralelo). 5.1.6.3 Áreas de escape a partir de uma escada pressurizada De maneira geral, o escape de ar a partir de uma escada ocorre: a) por meio das frestas em torno das PCF (quando essas estiverem fechadas), devendo ser adotados os valores constantes da Tabela 2 do Anexo A desta NT; b) por meio do vão de luz das PCF consideradas na condição abertas, na quantidade estipulada na Tabela do Anexo B desta NT, somadas às perdas pelas frestas das demais PCF consideradas na condição fechadas; c) por meio das frestas no entorno de portas de elevadores e janelas existentes no espaço pressurizado.

5.1.6.4 Portas corta-fogo abertas e outras aberturas a) para ser eficaz, a escada de emergência deve ter seus acessos protegidos por PCF, sendo inevitável que estas sejam abertas ocasionalmente. A pressurização projetada não pode ser mantida, se houver grande abertura entre a área pressurizada e os espaços adjacentes; b) caso haja uma abertura permanente (uma janela dentro da caixa de escada, por exemplo), deve ser considerada a introdução de vazão de ar suficiente para se obter uma velocidade média do ar, através desta abertura, de 4 m/s;

c) abertura intermitente das PCF, quando do abandono da edificação, produz, momentaneamente, uma perda de pressão no interior da escada. Nesta situação, a vazão de

ar determinada pela Equação 1 deve ser avaliada para que seja obtida uma condição satisfatória para minimizar a infiltração de fumaça no interior da escada nesta situação, devendo possibilitar a manutenção de uma velocidade de ar mínima de 1,0 m/s saindo através das PCF consideradas na condição abertas; d) os critérios para verificação da velocidade do ar a que se referem os itens seguintes são os estipulados no item 5.1.6.5, adiante; e) número de PCF, na condição abertas, a ser utilizado nos cálculos, depende do tipo de edificação, considerando-se o número de ocupantes e as dificuldades encontradas para o abandono, devendo obedecer aos critérios estipulados no Anexo B, desta NT; f) uma PCF considerada na condição aberta (em relação ao estabelecido no Anexo B, desta NT) deve ser acrescentada no cálculo do suprimento de ar do sistema de pressurização, em edificações onde existem locais de reunião de público, com capacidade para 50 ou mais pessoas (tais como auditórios, refeitórios, salas de exposição e assemelhados). Esse critério deve ser desconsiderado quando o local de reunião de público estiver no piso de descarga (térreo ou nível com saída direta para o exterior) ou em mezaninos do piso térreo com acessos através de escadas exclusivas, de tal modo que a escada pressurizada não seja utilizada como rota predominante de saída de emergência para esse público; g) devem ser considerados os vãos e frestas reais de todas as PCF da caixa da escada pressurizada, conforme especificado abaixo, na quantidade estipulada no Anexo B desta NT:

1) PCF simples, quando todos os acessos à escada pressurizada ocorrerem apenas através de PCF simples;

2) PCF duplas, quando a quantidade de PCF duplas instaladas for igual ou superior à quantidade de PCF abertas - critério esse estipulado no Anexo B desta NT, para efeito de dimensionamento de escapes de ar por meio de PCF na condição abertas;

3) PCF duplas e PCF simples na mesma caixa de escada, quando a quantidade de PCF duplas for inferior à quantidade de PCF consideradas na condição abertas (conforme critério estipulado no Anexo B desta NT, para efeito de dimensionamento de escapes de ar por meio de PCF na condição abertas) devem ser consideradas todas as PCF duplas e, na quantidade devida, complementar com PCF simples. Neste caso, cada PCF dupla deve ser computada como uma PCF aberta e não como duas, embora devam ser somados o vão de luz real de cada PCF dupla e simples consideradas; h) em edificações existentes é comum o uso da pressurização de um amplo hall e o uso da PCF no acesso às unidades residenciais ou unidades de escritório etc., como estabelecido na Figura 1 do item 5.1.6.2. Nesses casos, o número de PCF duplas ou simples calculadas (respeitando-se suas áreas), deve ser de 4 (quatro) para edificações com até 60 (sessenta) metros de altura, sendo que acima desse valor é exigido o cálculo de 5 PCF abertas.

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Parte 2 - Pressurização de Escada de Segurança

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Nota 1: o número máximo de PCF por pavimento em contato com esse ambiente pressurizado deve ser de 4 PCF simples. Características diferentes devem ser avaliadas em Comissão Técnica do CBMES. Nota 2: a vazão total requerida para o sistema de pressurização de escadas deve ser calculada pela equação abaixo: Equação 4: • Se QFT > QAT, então QT = QFT • Se QFT < QAT, então QT = QAT Onde: QT = vazão total requerida do sistema de pressurização; QFT = vazão total das frestas com todas as portas fechadas (m³/s) conforme Equação 1; QAT = vazamento de ar através das portas consideradas na condição abertas somadas às frestas das demais portas, na condição fechadas (m³/s), com velocidade de 1,0 m/s; Obs.: Em todos os casos, levar em consideração a condição padrão do ar. 5.1.6.5 Estimativa da velocidade de saída do ar através da PCF aberta a) a prática, a velocidade de saída do ar deve ser obtida dividindo-se a vazão de ar de suprimento (Equação 1) pela área de abertura total; b) a área de abertura total deve ser calculada somando-se as áreas das PCF consideradas abertas (ver Anexo B, desta NT) e as frestas das demais PCF previstas na escada, na condição fechadas; c) quando a velocidade obtida no cálculo especificado no item “a” acima for inferior ao parâmetro mínimo estabelecido, a vazão de ar deve ser aumentada até que seja alcançado o valor requerido (1 m/s); d) sobre o valor de vazão de ar obtido conforme itens “a” ou “c” acima devem ser aplicados os fatores de vazamentos em dutos e de vazamentos não identificados, conforme item 5.1.6.6; e) para atender a todas as hipóteses de escapes de ar e de vazamentos não-identificados, contidos nesta NT, invariavelmente a escada pressurizada deve ser provida de dispositivos que impeçam que a pressão no seu interior eleve-se acima de 60 Pa, devido ao excesso de ar que pode ser necessário. 5.1.6.6 Vazamentos em dutos e vazamentos não identificados Para se determinar a vazão de ar total requerida, após o desenvolvimento da equação 4, constante do item anterior, acrescentar ao resultado final, conforme equação 5, abaixo, os fatores de vazamentos de ar em dutos e de vazamentos não-identificados: a) acrescentar 15% para vazamentos em dutos metálicos ou 25% para dutos construídos em alvenaria ou mistos, sendo que esses valores percentuais devem ser

considerados independentemente do comprimento dos dutos; b) acrescentar 25% - para atender a hipótese de vazamentos não-identificados. • QTS = QT + 15% (vazamentos em dutos metálicos) + 25% (vazamentos não-identificados); ou • QTS = QT + 25% (vazamentos em dutos de alvenaria ou mistos) + 25% (vazamentos não-identificados); Onde: QT = vazão total requerida do sistema de pressurização (m3/s) conforme equação 4, levando-se em consideração a condição padrão do ar; QTS = vazão total requerida do sistema de pressurização (m³s), conforme equação 4 acrescida dos fatores de segurança, levando-se em consideração a condição padrão do ar; Nota: A vazão total requerida para o sistema de pressurização de escadas, somada aos dois fatores de segurança acima descritos, deve ser calculada conforme abaixo: Equação 5: a) QTS = QT x 1,4 (quando se tratar de duto metálico);

ou b) QTS = QT x 1,5 (quando se tratar de duto de alvenaria ou misto). 5.1.6.7 Elevador de emergência A antecâmara de segurança do elevador de emergência deve ser pressurizada, adotando-se os critérios do item 5.1.6.8 e da Tabela 1 do Anexo A desta NT e apresentar as seguintes características: a) no cálculo da vazão de ar de pressurização, deve ser considerado o escape de ar através das aberturas no entorno da passagem de cabos de aço e outros no topo do poço do elevador, no piso da casa de máquinas, em série com o escape pelas frestas das portas de acesso ao elevador nos diversos pavimentos; b) o cálculo para determinação da vazão de ar de pressurização deverá considerar as frestas das portas do elevador e das PCF de acesso às antecâmaras conforme a Tabela 2 do Anexo A. Considerando que esses parâmetros dimensionais poderão estar alterados na conclusão da obra, a vazão de ar introduzida em cada antecâmara deve ser regulada para que a pressão interna não ultrapasse a 60 Pa; c) quando contígua com a escada pressurizada, a antecâmara, quando não pressurizada por duto exclusivo, deve ser pressurizada pelo mesmo sistema da escada, através de vasos comunicantes, controlados por venezianas reguláveis e independentes em cada nível de pavimento, de forma a manter um gradiente de pressão no sentido do interior da escada pressurizada para a antecâmara de segurança – neste caso considerar o

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Parte 2 - Pressurização de Escada de Segurança

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escape de ar através dessas janelas no cálculo do suprimento total de ar necessário para o sistema de pressurização da escada (adotar as frestas e vão reais efetivos); d) ser protegida por PCF-P90, no acesso à antecâmara de segurança, a partir do pavimento; e) a casa de máquinas deve ser independente e isolada em relação aos demais elevadores, com paredes com TRRF mínimo de 2 h e acessos por PCF P-90; f) alternativamente, pode ser adotada a pressurização das antecâmaras do elevador de emergência a partir do poço do elevador que, nesse caso, funcionará como um duto de pressurização – para tanto, avaliar as condições para se manter as antecâmaras pressurizadas até o limite de 60 Pa, considerando-se as resistências das frestas no entorno das portas dos elevadores e PCF de acesso em cada pavimento – precaver-se de que haja um fluxo de ar contínuo entre esse espaço pressurizado com os ambientes contíguos e, desses, com aberturas permanentes para o exterior da edificação. As paredes do poço do elevador devem seguir os critérios do item 5.3.3, desta NT; g) também, alternativamente, pode-se fazer o acesso ao elevador de segurança diretamente por um patamar da escada pressurizada, a partir de um hall disposto fora da rota de circulação das pessoas na escada, formando um ambiente único com a caixa de escada. No ingresso a este conjunto, deve haver uma antecâmara de segurança conforme item 5.1.6.8 desta NT. O gradiente de pressão entre a escada e a antecâmara poderá ser obtido por meio de grelha unidirecional, no sentido da escada para antecâmara. As dimensões do acesso ao elevador deverão considerar a população de cada pavimento.

5.1.6.8 Antecâmara de segurança de escada pressurizada a) para as edificações residenciais com altura superior a 80 m e para as demais ocupações com altura superior a 60 m será exigida, além da pressurização da escada de segurança, a existência de uma antecâmara de segurança; b) essa antecâmara deve possuir as seguintes características:

1) ser interposta entre a escada pressurizada e as áreas comuns ou privativas da edificação, em todos os níveis de pavimento, considerando-se a partir do piso de descarga, nos sentidos ascendente e descendente (pavimentos superiores e inferiores ao nível da descarga) dentro do critério de altura fixado na Tabela do Anexo B desta NT;

2) ser protegida por PCF P-60, tanto no acesso à

antecâmara de segurança quanto no acesso à escada pressurizada; c) deve haver um diferencial de pressão (DDP) entre a antecâmara de segurança e o interior da escada pressurizada, garantindo-se dessa forma o gradiente de pressão no sentido do interior da escada pressurizada para a antecâmara de segurança; para realizar essa DDP, o Corpo de Bombeiros aceita:

1) a previsão de insuflamento somente na escada, deixando uma abertura na parede entre a escada e cada antecâmara, adotando o princípio de vasos comunicantes, com um único dispositivo de controle de pressão localizado no interior da escada (veneziana unidirecional), sendo que o ar deverá ter fluxo somente no sentido da escada à antecâmara, impedindo o fluxo da antecâmara à escada. O sistema deve ser dimensionado considerando as aberturas de frestas da antecâmara ao exterior, incluindo o poço do elevador; e

2) sistemas de pressurização independentes

entre a escada e as antecâmaras, com dutos, ventiladores e controles exclusivos para cada sistema, tendo um nível de pressurização mais alto na escada e mais baixo nas antecâmaras, aceita-se o controle de pressurização pela variação da rotação dos ventiladores utilizando inversores de freqüência na alimentação elétrica de seus motores. d) a antecâmara de segurança deve possuir dimensões mínimas de acordo com a NT 10 - Saídas de Emergência, Parte 1 - Condições Gerais. Nota: quando exigido (ver Anexo B), as antecâmaras de segurança das escadas pressurizadas e dos elevadores de emergência, localizadas em níveis inferiores ao piso de descarga, devem possuir as mesmas características mencionadas acima. 5.1.6.9 Efeito do sistema Com a finalidade de eliminar o risco de redução de desempenho do ventilador, em termos de vazão, deve ser considerado o “efeito do sistema”, atendendo aos parâmetros definidos pelo fabricante. Normas de referência: Normas ASNI / ASHRAE 51; AMCA-210 e o Manual da AMCA “Fans and Systems” - publicação 201- 90 - “O Fator do Efeito do Sistema” (System Effect Factor) e suas tabelas. 5.2 A edificação 5.2.1 Aspectos gerais a) cuidados especiais devem ser avaliados para dimensionamento do sistema de pressurização de escada de segurança para edificação com altura superior a 80 m, principalmente quanto a velocidade máxima nos dutos, vazão e perdas; b) a edificação deve ser planejada de forma a atender aos requisitos do sistema de pressurização, garantindo o seu funcionamento com relação às condições descritas nesta NT; c) todos os componentes do sistema de pressurização (dutos, grupo motoventilador, grupo motogerador automatizado) devem ser protegidos contra o fogo por no mínimo 2 h (exceção feita às portas corta-fogo que devem ser do tipo P-90, nas casas de máquinas), a fim de garantir o abandono dos ocupantes da edificação, bem como o acesso do Corpo de Bombeiros; d) portas corta-fogo devem estar de acordo com a norma ABNT NBR 11742, e serem instaladas de forma a atender às premissas básicas do projeto de pressurização de escadas.

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Parte 2 - Pressurização de Escada de Segurança

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e) quando a pressurização da escada dificulta o fechamento das PCF (como exemplo, PCF posicionada no pavimento de descarga), dispositivos de fechamento devem ser dimensionados de forma a vencer esta força. Tais dispositivos devem ser capazes de mantê-las fechadas contra a pressão do sistema de pressurização; f) deve ser prevista sinalização orientativa nas PCF, na face externa à escada, com os seguintes dizeres: “ESCADA PRESSURIZADA”, seguindo critérios da NT 14 – Sinalização de Emergência; g) visando à selagem como forma de não prejudicar o estabelecido no item 5.1.6.4 desta NT, deve ser considerado o controle da porosidade das paredes que envolvem as escadas, bem como dos dutos de sucção e pressurização, construídos em alvenaria; h) caso exista algum compartimento ou equipamento que, direta ou indiretamente, possa gerar dúvida quanto à sua real interferência no sistema de pressurização, como por exemplo, sistema de controle de fumaça, o projeto deve ser submetido à análise de Comissão Técnica do CBMES. 5.2.2 Edifícios com múltiplas escadas a) em edifícios com múltiplas escadas pressurizadas, devem ser instalados sistemas independentes de pressurização para cada escada. A exigência de sistemas independentes aplica-se aos equipamentos a serem instalados, devendo estes serem independentes para cada escada (conjunto motoventilador, dutos de insuflamento, dumpers e grelhas), e quanto ao ambiente onde serão instalados os motoventiladores (proteção passiva dos sistemas) pode-se aceitar uma casa de máquinas única, desde que seja dimensionada conforme item 5.2.4, letras "e'" e "j" desta NT. Esse conceito aplica-se igualmente para os sistemas de detecção automática de incêndio e para o grupo motogerador, que pode ser único para alimentação dos sistemas de pressurização de uma edificação; b) não devem ser aceitas escadas de segurança com aberturas entre si (uma escada se comunicando com a outra, através de dutos, janelas etc); c) no caso de uma escada em que for utilizado o recurso arquitetônico de aproveitamento de área da caixa de escada, mantendo-se as larguras, unidades de passagens etc, com duas entradas distintas para a mesma caixa de escada em um mesmo nível, é permitida a pressurização por um único duto, devendo-se levar em conta o número de portas abertas, frestas e perdas em duplicata;

d) devem ser projetados sistemas de pressurização para as escadas que atenderem os pavimentos superiores e subsolos, desde que estes sejam utilizados para atividades diversas de estacionamento de veículos ou possuam profundidade maior que 12 m; e) em um edifício não devem existir escadas de segurança pressurizadas, escadas simples ou enclausuradas atendendo aos mesmos espaços. Casos específicos em que se comprove a não interferência da escada pressurizada sobre as demais, poderão ser aceitos pelo CBMES.

5.2.3 Relação entre a pressurização e o sistema de ar condicionado a) a circulação de ar promovida pelo sistema de condicionamento de ar ou de exaustão mecânica deve ser projetada de modo a manter a trajetória do fluxo de ar no sentido contrário ao estabelecido para o abandono da população da edificação, a fim de diminuir o risco das rotas de fuga serem atingidas pela fumaça oriunda do incêndio. Caso isso não seja atendido, devem ser previstos dispositivos de fechamento automático, que garantam o bloqueio da passagem de fumaça em caso de incêndio. Portanto, esses dispositivos devem ser utilizados quando existir o risco desses dutos e/ou sistemas contribuírem para o alastramento do incêndio, ou não atenderem aos critérios de compartimentação horizontal e/ou vertical; b) na situação de emergência (em funcionamento do sistema de pressurização), todo o sistema de circulação de ar existente na edificação deve ser projetado para imediata interrupção do seu funcionamento; c) sistemas de exaustão podem ser mantidos ligados desde que promovam um fluxo favorável ao sentido do escape de ar do sistema de pressurização de escada, sendo que tais casos devem ser analisados em Comissão Técnica do CBMES; d) o sistema de alarme e detecção de incêndio também deve ser o responsável pelo comando das alterações necessárias no sistema de ventilação e ar condicionado. O sinal, que deve dar início a todas estas alterações na operação desses sistemas, deve vir da mesma fonte que aciona a pressurização na situação de emergência; e) detector de fumaça dentro dos dutos de retorno do ar condicionado pode ser utilizado como sistema auxiliar de acionamento do sistema de pressurização, devendo o mesmo ser adequadamente instalado e ter sua eficiência comprovada por meio de ensaio, de acordo com ABNT NBR 9441.

5.2.4 Estruturas de proteção e garantias de funcionamento do sistema de pressurização a) a edificação deve proporcionar a proteção adequada contra incêndio para todos os componentes que garantam o funcionamento do sistema de pressurização. Assim a Escada Pressurizada deve ter suas caixas enclausuradas por paredes com TRRF igual ao exigido para e estrutura conforme NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, mas nunca inferior a duas horas; b) os dutos de sucção e/ou pressurização, seus ancoramentos ou seus revestimentos contra incêndio, em seu caminhamento interno ou externamente à edificação, não devem passar por ambientes que possam prejudicar (com danos mecânicos, químicos ou do próprio incêndio) a eficiência do sistema de pressurização;

c) os dutos de sucção e/ou pressurização, no seu caminhamento, devem, de preferência, estar posicionados o mais próximo possível ao teto (laje) dos ambientes, sendo que quaisquer outras instalações devem estar posicionadas logo abaixo, desde que atendam aos requisitos dos itens 5.2.4.f., 5.2.4.g e 5.2.4.h desta NT;

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d) os ancoramentos dos dutos e outros acessórios, necessários ao sistema de pressurização, não podem servir funcionalmente a outros tipo de instalações; e) cabos elétricos e dutos de sucção e/ou pressurização devem estar devidamente protegidos contra a ação do fogo em caso de incêndio, garantindo o acionamento e o funcionamento do sistema de pressurização para no mínimo 2 (duas) horas; f) os dutos de sucção e/ou pressurização, para que não seja exigido o revestimento contra incêndio, devem estar afastados de sistemas de vasos sob pressão, baterias de GLP ou sistemas alimentados por gás natural, de nafta ou similares e depósitos ou tanques de combustível, de acordo com o estabelecido no Anexo D desta NT; g) para os riscos citados no item 5.2.4.f, em que não consiga os afastamentos estabelecidos no Anexo D (todos desta NT), além da proteção que garanta resistência ao fogo por 2 horas nos dutos de sucção e/ou pressurização, deve ser prevista distância mínima, medida no plano horizontal, de 2 (dois) metros desses riscos; h) caso o afastamento de 2 m entre as tubulações que conduzem gás GLP, gases naturais, de nafta ou similares e os dutos de sucção e/ou pressurização não seja cumprido, essas tubulações de gás devem ser envolvidas por tuboluva de proteção, de ferro galvanizado ou aço carbono, devidamente identificada na cor vermelha e suportado de forma independente, com diâmetro nominal mínimo 1,5 vezes maior que a tubulação a ser envolvida. O afastamento, medido no plano horizontal, entre a entrada e saída do tubo-luva de proteção e os dutos de sucção e/ou pressurização, deve ser de no mínimo 1 m, de acordo com o estabelecido no Anexo D desta NT; i) o grupo motoventilador, seus acessórios, componentes elétricos e de controle, devem ser alojados em compartimento resistente ao fogo por, no mínimo, 2 h. As PCF de acesso a esse compartimento devem ser do tipo PCF P-90; j) caso o compartimento casa de máquinas do grupo motoventilador esteja posicionado em pavimento subsolo, ou outro pavimento que possa causar risco de captação da fumaça de um incêndio, deve ser previsto uma “antecâmara de segurança” entre esse compartimento e o pavimento. Também deve ser previsto sistema de detecção no acesso a esse conjunto compartimento casa de máquinas. Essa “antecâmara de segurança” pode possuir dimensões reduzidas, com relação ao estabelecido na NT 10 - Saídas de Emergência, Parte 1 – Condições Gerais. O acesso à “antecâmara de segurança” deve ser protegido por uma PCF P-90, bem como o acesso à casa de máquinas do grupo motoventilador ser protegido por uma porta estanque, de forma a evitar a captação de fumaça que porventura passe pelas frestas desta PCF. Essa solução pode ser substituída por outra que garanta a diminuição de risco de captação da fumaça de um incêndio pelo compartimento casa de máquinas do grupo motoventilador;

k) quando o sistema de interligação do grupo motoventilador for realizado por correias, deve ser providenciada proteção contra eventuais acidentes pessoais, por meio de grade ou outro dispositivo que possua mesma finalidade e eficiência;

l) o grupo motogerador automatizado e seus acessórios, quando exigidos, de acordo com os critérios do Anexo B, desta NT, devem ter em seu compartimento, o mesmo nível de proteção estabelecido no item 5.2.4. i desta NT. Tais compartimentos devem ser projetados com vistas a garantir a manutenção de sua estabilidade, integridade e estanqueidade, tendo em vista a vibração originária do funcionamento do grupo motogerador; m) o circuito formado pela tomada de ar frio e saída do ar aquecido (do compartimento casa de máquinas do grupo motogerador), bem como o escape dos gases da combustão, para o perfeito funcionamento do grupo motogerador automatizado e seus acessórios, devem ser adequadamente projetados como forma de garantir a alimentação elétrica dos sistemas de segurança e sistema de pressurização das edificações. Preferencialmente, o grupo motogerador e seus acessórios devem estar posicionados no pavimento térreo ou próximo deste. Caso não exista condição técnica para o cumprimento dessa exigência, no mínimo, deve ser garantida que a tomada de ar frio seja realizada próximo ao pavimento térreo, através de dutos, sem o risco de se captar a fumaça oriunda de um incêndio. Os dutos de tomada de ar frio devem, se passarem por áreas de risco, possuir proteção que garanta resistência ao fogo por no mínimo 2 h. Cuidados especiais, quanto ao isolamento térmico e/ou de resistência ao fogo, devem ser tomados para os dutos de saída do ar aquecido e dutos de escape de gases da combustão; n) cuidados especiais devem ser tomados para evitar a entrada de água ou produtos agressivos nos compartimentos casa de máquinas do grupo motoventilador e do grupo motogerador automatizado, por intempéries ou mesmo quando da manutenção geral da edificação; o) o grupo motoventilador deve estar posicionado em compartimento diferente do que abriga o grupo motogerador automatizado. 5.3 A Instalação e equipamentos 5.3.1 Ventilador a) o conjunto motoventilador deve atender a todos os requisitos desta NT, para proporcionar a pressurização requerida; b) em todos os edifícios devem ser previstos sistemas motoventiladores em duplicata, com as mesmas características, para atuarem especificamente na situação de emergência, de acordo com os critérios estabelecidos no Anexo B desta NT; c) nos edifícios residenciais com até 60 metros de altura, nos edifícios de escritórios com até 21 m de altura e nos edifícios escolares com até 30 m de altura, é permitido o uso de somente um ventilador com um motor. De forma substitutiva, nestes casos, podem ser utilizados dois grupos motoventiladores, sendo que cada grupo deve, no mínimo, garantir 50% da vazão total do sistema e 100% da pressão total requerida, para atuarem especificamente no estágio de emergência e em conjunto.

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5.3.2 Tomada de ar a) é essencial que o suprimento de ar usado para pressurização nunca esteja em risco de contaminação pela fumaça proveniente de um incêndio no edifício. Medidas para minimizar a influência da ação dos ventos sobre o sistema de pressurização (como a tomada e a saída de ar) também devem ser adotadas; b) as seguintes distâncias mínimas devem ser adotadas, em relação às aberturas próximas à tomada de ar da pressurização:

1) dois metros e meio (2,50 m) das aberturas nas laterais, medidos horizontalmente. Quando esta abertura provém do subsolo da edificação, a distância deverá então ser de cinco metros (5,0 m);

2) dois metros (2,0 m) das aberturas acima da

tomada de ar; 3) abaixo da veneziana de tomada de ar não

serão permitidas aberturas, exceto quando, comprovadamente, esta abertura não prejudicar a tomada de ar, devido à posição, à existência de proteções etc.

c) a tomada de ar e instalação do grupo motoventilador e seus acessórios, para o sistema de pressurização, devem atender às seguintes características:

1) localizarem-se no pavimento térreo ou próximo deste e possuir filtro de partículas, conforme ABNT NBR 6401, sendo do tipo metálico lavável;

2) caso necessário, a tomada de ar deve ser

realizada através de duto de captação de um local sem risco de fumaça de incêndio até o compartimento que abriga o conjunto motoventilador;

3) não é permitido conjugar a captação de ar do

sistema de pressurização com a saída da extração de fumaça dos subsolos;

4) o compartimento que abriga o conjunto

motoventilador deve permitir facilidades de acesso para manutenção, mesmo quando estiver posicionado em nível subterrâneo.

5.3.2.1 Edificações existentes anteriores á Norma Técnica do Corpo de Bombeiros a) em edificações existentes e quando não houver condições técnicas de se cumprir o estabelecido no item 5.3.2 desta NT, devidamente comprovada a inviabilidade, quanto à instalação do conjunto motoventilador e a

tomada de ar, pode ser permitida sua instalação no pavimento cobertura; b) caso seja aceita a tomada de ar ao nível da cobertura da edificação, requisitos mínimos devem ser providenciados de modo a diminuir o risco de captação da fumaça que sobe pelas fachadas do edifício, a saber:

1) construção de uma parede alta, posicionada em

todo o perímetro da cobertura da edificação, e afastada da tomada de ar 5 m, medida no plano horizontal, tal parede deve ser 1 m mais alta que o nível da tomada de ar.

Obs.: Ver Anexo C desta NT; 2) construção de uma parede alta, 2 m acima da

tomada de ar, posicionada em todo o perímetro da cobertura da edificação, quando não se conseguir o afastamento de 5,0 m, medidos no plano horizontal.

Obs.: Ver Anexo C desta NT.

c) da mesma forma, o ponto de descarga de qualquer duto vertical que possa eventualmente descarregar fumaça de um incêndio, deve também estar afastado 2 m, no mínimo, medida no plano vertical, em relação ao nível da tomada de ar. Esse duto deve atender aos requisitos estabelecidos no item 5.2.4.b, desta NT, e preferencialmente o seu ponto de descarga deve ficar posicionado o mais próximo possível, medido no plano horizontal, da tomada de ar do sistema de pressurização. Obs.: Ver Anexo C desta NT.

5.3.3 Sistema de distribuição de ar a) nos edifícios com vários pavimentos, a disposição preferida para um sistema de distribuição de ar para pressurização consiste em um duto vertical que corre adjacente aos espaços pressurizados, sendo que, para edificações existentes, havendo impossibilidade técnica justificada de execução desse duto, pode ser aceita a distribuição de ar através de duto plenum. Neste caso o projeto deve ser analisado em Comissão Técnica do CBMES. Deve-se verificar os efeitos da “resistência fluidodinâmica” associada ao escoamento vertical do ar pela escada, que se manifesta em série, de um andar a outro. O problema fica, portanto, na dependência da geometria da escada, que deve ser objeto de análise específica de cada caso; b) os dutos devem, de preferência, ser construídos em metal laminado, com costuras longitudinais lacradas à máquina, com material de vedação adequado. Os aspectos construtivos devem obedecer às recomendações da SMACNA, através das literaturas HVAC Duct Construction - Metal and Flexible e HVAC System Duct Design. A utilização de dutos confeccionados em outros materiais, além de atender as condições de exigência relativas aos dutos metálicos, deve ser submetida à avaliação da Comissão técnica do CBMES, no Serviço de Segurança Contra Incêndio;

c) cuidados especiais devem ser tomados na ancoragem dos dutos do sistema de pressurização, quando for necessário o uso de revestimento resistente ao fogo para sua proteção, tendo em vista o aumento de peso causado por esses revestimentos;

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d) dutos de alvenaria podem ser utilizados, desde que sejam somente para a distribuição do ar de pressurização, e que a sua superfície interna, preferencialmente, possua revestimento com argamassa, com objetivo de se obter uma superfície lisa e estanque, ou revestida com chapas metálicas ou outro material incombustível. Dutos para pressurização, com áreas internas inferiores a 0,5 m² e triangulares, devem, à medida do possível, ser evitados; e) recomenda-se que o nível de ruído transmitido pelo sistema de pressurização no interior da escada não deve ultrapassar a 85 dB, na condição desocupada; f) caso necessário, um teste de vazamento nos dutos pode ser aplicado de forma a se verificar a exatidão dos parâmetros adotados. O método de teste deve ser o recomendado pela SMACNA, por meio da literatura HVAC Air Duct Leakage Test Manual; g) registros corta-fogo não devem ser usados na rede de dutos de tomada ou distribuição do ar de pressurização, de modo que o seu acionamento não prejudique o suprimento de ar; h) os dutos metálicos, tanto na tomada de ar quanto na sua distribuição, que ficarem posicionados de forma aparente, devem possuir tratamento de revestimento contra o fogo, que garanta resistência ao fogo por 2 h, mesmo que esses dutos estejam posicionados em pavimentos subsolos ou na face externa do edifício. Exceção se faz quando do caminhamento do duto externo à edificação com os afastamentos citados no Anexo D desta NT; i) os revestimentos resistentes ao fogo aplicados diretamente sobre os dutos metálicos de ventilação, quando submetidos às condições de trabalho esperadas, principalmente às condições de um incêndio, devem demonstrar resistência ao fogo por um período mínimo de 2 h, atendendo aos seguintes critérios abaixo:

1) integridade à passagem de chamas, fumaça e gases quentes;

2) estabilidade ao colapso do duto, que evitaria o cumprimento normal de suas funções;

3) isolamento térmico, para evitar que a elevação da temperatura na superfície interna do duto não alcance 140ºC (temperatura média) e 180ºC (temperatura máxima pontual), acima da temperatura ambiente;

4) incombustibilidade do revestimento.

Obs.: Os critérios acima devem ser definidos em testes normalizados de resistência ao fogo de dutos de ventilação, utilizando a norma brasileira, e na sua ausência a norma ISO 6944 - Fire Resistance Tests - Ventilation Ducts ou similar.

j) caso se adote parede sem função estrutural para proteger dutos metálicos verticalizados, pode ser adotada a Tabela de Resistência ao Fogo para Alvenarias, conforme Anexo B da NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção.

5.3.4 Grelhas de insuflamento de ar a) para a pressurização de uma escada, através de duto, devem ser previstas várias grelhas de insuflamento, localizadas a intervalos regulares por toda a altura da escada, e posicionadas de modo a haver uma distância máxima de dois pavimentos entre grelhas adjacentes. Os pontos de saída devem ser balanceados para permitir a saída de quantidades iguais de ar em cada grelha, devendo obrigatoriamente haver uma grelha no piso de descarga (pavimento térreo) e uma no último pavimento; b) os dispositivos de ajuste e balanceamento das grelhas de insuflamento não podem permitir alterações, mesmo que acidentais, após montagens e testes, a não ser por pessoal técnico capacitado. 5.3.5 Sistema elétrico a) deve ser assegurado o fornecimento de energia elétrica para o sistema de pressurização e de segurança existente na edificação durante o incêndio, de modo a garantir o funcionamento e permitir o abandono seguro dos ocupantes da edificação. O edifício deve possuir um sistema de fornecimento de energia de emergência por meio de um grupo motogerador automatizado, de acordo com as Normas Técnicas Oficiais, com autonomia de funcionamento de acordo com os critérios do Anexo B desta NT e acionado automaticamente quando houver interrupção no fornecimento de energia normal para o sistema de pressurização; b) os demais sistemas de emergência (tais como iluminação de emergência, registros corta-fogo, bombas de pressurização hidráulicas de incêndio, elevadores de segurança etc.) podem ser alimentados pelo mesmo grupo motogerador automatizado; c) o comando elétrico, de início de funcionamento do grupo motoventilador, na situação de emergência, deve se dar a partir de um sistema automático de detecção de fumaça, cuja instalação é exigida nos locais citados no item 5.2.4 e Anexo B desta NT além dos que prescreve a NT 17 - Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio; d) as instalações elétricas devem estar de acordo com a ABNT NBR 5410; e) os circuitos elétricos do sistema de pressurização devem ser acondicionados de forma a garantir a operação do sistema conforme tempo preconizado nesta NT. Se os circuitos elétricos do sistema de pressurização passarem por áreas de risco, aparentes ou embutidas em forros sem resistência contra incêndio, devem ser protegidos contra a ação do calor do incêndio, pelo tempo de utilização do grupo motogerador automatizado;

f) quando a edificação for isenta de grupo moto gerador, deverá ser prevista uma alimentação independente do consumo geral, de forma a permitir o desligamento geral da energia, sem prejuízo do funcionamento do sistema de pressurização da escada. 5.3.6 Sistemas de controle a) considerando-se a diversidade de condições a que o sistema é submetido, para manter um diferencial de pressão adequado, quando todas as PCF estiverem fechadas e a velocidade mínima necessária, referida à

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condição padrão do ar, por meio das PCF consideradas na condição abertas, deve ser previsto registro de sobrepressão, ou damper motorizado acionado por sensor diferencial de pressão, a fim de impedir que a pressão se eleve acima de 60 Pa, quando todas as PCF estiverem fechadas; b) esse registro é colocado entre um espaço pressurizado e um espaço interno ou externo, desde que haja garantias de funcionamento, considerando-se a influência da ação dos ventos. Esse registro deve ser posicionado fora das áreas de risco e afastados de acordo com o Anexo E desta NT; c) alternativamente ao registro de sobrepressão, podem ser adotados sistemas que modulem a capacidade dos ventiladores de pressurização (variador de freqüência do motor), sob comando de um controlador de pressão com sensor instalado no interior da escada pressurizada; d) para sistemas de pressurização que se utilizam 2 (dois) conjuntos motoventiladores, um funcionando como reserva do outro, deve ser instalado no sistema de dutos, um dispositivo automático que identifique a parada de um grupo motoventilador e possibilitar o imediato acionamento do outro; e) orienta-se que, quando se utilizar registros (dampers) nas descargas dos ventiladores, suas lâminas sejam posicionadas de forma perpendicular ao eixo do ventilador, como forma de diminuir o chamado “efeito do sistema”; f) sistemas de controle também devem ser aplicados nos trechos de escadas situados em subsolos, quando existir a descontinuidade no piso de descarga (térreo) – todavia deve-se ter a precaução de que aberturas não sejam utilizadas para os pavimentos enterrados – deve-se dar preferência para instalação de registros de sobrepressão localizados no nível térreo ou, então, de variador de frequência ou similar. 5.3.7 Sistema de acionamento e alarme a) o sistema principal para acionamento do sistema de pressurização, na situação de emergência, deve ser o de detecção automática de fumaça, pontual ou linear. Em todos os edifícios deve haver tal sistema, no mínimo, no hall interno de acesso à escada pressurizada e nos seus corredores principais de acesso, dimensionados conforme NT 17 - Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio; Obs.: todos os ambientes ou halls que possuem acesso direto à escada pressurizada devem possuir sistema de detecção de fumaça. b) nos edifícios em que os detectores de fumaça foram instalados apenas para acionar a situação de emergência do sistema de pressurização, esse detector deve ser posicionado no lado de menor pressão de todas as PCF de comunicação entre a escada pressurizada e o espaço adjacente, nos locais indicados no Anexo B desta NT; c) a instalação do detector de fumaça dentro do espaço pressurizado não é aceitável;

d) o uso do sistema de detecção não isenta o uso do sistema de alarme manual, sistema de chuveiros

automáticos ou outro sistema de prevenção ou combate a incêndios:

1) a existência de sistema de chuveiros automáticos ou outro sistema de combate a incêndios não isenta a necessidade de instalação de sistema de detecção e alarme, como forma principal de acionamento do sistema de pressurização;

2) o treinamento da brigada de combate a incêndios e a elaboração de plano de abandono e emergências, para a plena utilização do sistema de detecção e alarme, devem ser elaborados e constantemente avaliados.

e) procedimentos devem ser adotados no sentido de se testar o sistema de alarme de incêndio, sem necessariamente operar o sistema de pressurização de escadas;

f) o painel da central de comando de alarme/detecção deve sinalizar o setor atingido, não sendo permitido que um laço de alarme/detecção supervisione mais de um pavimento; todas as indicações da central de alarme/detecção devem ser informadas na língua portuguesa;

g) qualquer sinal de alarme ou defeito deve ser interpretado pela central de alarme/detecção como alarme e deve acionar o sistema de pressurização, sendo que não é permitido, por meio da central de alarme, realizar o desligamento do sistema de pressurização, respeitadas as considerações dos itens seguintes;

h) o sistema de pressurização deve ser acionado imediatamente quando a central de alarme e detecção de incêndio receber sinal de ativação do detector de fumaça/calor e/ou acionador manual de alarme de incêndio instalados na edificação. O funcionamento de motoventiladores não pode depender da ativação dos dispositivos sonoros (sirenes), cujo retardo pode causar a contaminação da escada pela fumaça oriunda do incêndio; dessa forma, o sistema de alarme e detecção de incêndio deve ativar o sistema de pressurização antes mesmo do reconhecimento do sinal de alarme pela pessoa responsável pela vigilância;

i) o detector de fumaça instalado na sala dos motoventiladores deve possuir laço exclusivo e independente (ou similar) dos demais e funcionar de forma diferenciada, ou seja, ao ser acionado, deve inibir o acionamento do sistema de pressurização;

j) somente é aceito, para garantia do sistema de pressurização, sistemas com acionadores manuais que sejam supervisionados pela central de alarme e detecção, de acordo com os critérios estabelecidos na NT 17 - Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio;

k) a lógica do sistema deve contemplar a necessidade de se evitar que o sistema de pressurização da escada entre em funcionamento automaticamente em caso da existência real de fumaça no interior do compartimento que abriga o conjunto motoventilador, proveniente de um incêndio em suas adjacências. Dessa forma, devem ser adotados mecanismos adequados que impeçam que o falso alarme desative o funcionamento do conjunto motoventilador. O monitoramento através do sistema de detecção de fumaça desse compartimento deve ser

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realizado através de um laço exclusivo e independente (ou similar) em relação aos demais detectores de fumaça e acionadores manuais de alarme da edificação; l) o sistema de detecção deve ser submetido aos testes de acordo com a NT 17 - Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio, e também com as interferências da pressurização, quando o sistema for de dois estágios. Deve-se apresentar o laudo de teste do sistema de detecção, quando da solicitação da vistoria junto ao Corpo de Bombeiros; comprovando que foram realizados os testes de acordo com a referida norma, bem como o devido recolhimento da ART (Anotação de Responsabilidade Técnica);

m) é permitido o uso de destravadores eletromagnéticos para PCF de acesso à escada pressurizada, sendo que o seu circuito deve ser ligado à central de comando do sistema de detecção e alarme. O sistema deve permitir ainda o destravamento manual por meio da central de comando do sistema de alarme, ou manualmente na própria PCF. Esse sistema tem a função de destravar a PCF automaticamente na falta de energia elétrica ou quando acionado o sistema de pressurização de escadas; n) o tempo máximo de fechamento das PCF de acesso à escada pressurizada, onde houver destravadores eletromagnéticos, deve ser de 30 segundos;

o) os acionadores manuais de alarme, de forma complementar (e nunca substitutiva), devem sempre permitir o acionamento do sistema de pressurização em situação de emergência;

p) um acionador remoto manual, do sistema de pressurização, deve sempre ser instalado em cada local abaixo descrito:

1) na sala de controle central de serviços do edifício (desde que possua fácil comunicação com todo o edifício) ou na portaria ou guarita de entrada do edifício com vigilância permanente;

2) no compartimento do grupo motoventilador e seus acessórios, se este for distante da sala de controle central;

3) a parada do sistema de pressurização, em situação de emergência, somente pode ser realizada de modo manual. 5.3.8 Métodos de escape do ar para o exterior, a partir dos pavimentos a) no dimensionamento do sistema de pressurização devem ser previstas áreas de escape de ar para o exterior da edificação, de preferência utilizando-se de aberturas em pelo menos 2 (duas) de suas faces. Tais aberturas em cada pavimento devem proporcionar, no total, um mínimo de vazão correspondente a 15% da vazão volumétrica média que escapa de 1 (uma) PCF aberta (com velocidade de 1,0 m/s). Para tanto, o projetista deve adotar uma das alternativas abaixo:

1) método do escape de ar por janelas;

2) método do escape de ar através de aberturas especiais no perímetro do edifício, que permanecem normalmente fechadas, na condição normal de uso da

edificação, e funcionem no caso de ativação do sistema de pressurização;

3) método do escape de ar através de dutos verticais, desde que não comprometa a compartimentação vertical exigida para a edificação – as aberturas devem ser protegidas nos moldes do especificado na NT 11 – Compartimentação Horizontal e Compartimentação Vertical;

4) método do escape de ar através de extração

mecânica, seguindo critérios adotados na NT 11 - Compartimentação Horizontal e Compartimentação Vertical e norma específica relativa a Controle de Fumaça;

5) outro método, a critério do projetista, desde

que seja possível comprovar o desempenho e não haja prejuízo às demais medidas de segurança exigidas para a edificação, como por exemplo, compartimentação vertical, entre outras.

b) nos edifícios onde haja necessidade de sistema de escape do ar de pressurização, baseado na operação automática dos dispositivos instalados para esta finalidade, o sinal que opera tais dispositivos deve ser o mesmo que aciona o grupo motoventilador no estágio de emergência. Sensores independentes, que acionem apenas os dispositivos de escape, não são permitidos; c) todo equipamento acionado automaticamente para proporcionar o escape do ar de pressurização, do edifício, caso exista, deve ser incluído nos procedimentos de manutenção.

5.3.9 Procedimentos de manutenção a) todo equipamento de pressurização deve ser submetido a um processo regular de manutenção, que inclui: o sistema de detectores de fumaça ou qualquer outro tipo de sistema de alarme de incêndio utilizado, o mecanismo de comutação, o grupo motoventilador, suas correias de interligação, dutos (sucção e/ou pressurização) e suas ancoragens e proteções contra incêndio, os sistemas para o fornecimento de energia em emergência, portas corta-fogo e o equipamento do sistema de escape do ar acionado automaticamente. Os cuidados com esses equipamentos devem ser incluídos no programa de manutenção anual do edifício e devem ser apresentados quando da solicitação de vistoria. Esses cuidados são de inteira responsabilidade do proprietário da edificação e/ou seu representante legal (como exemplo o síndico);

b) todos os sistemas de emergência devem ser colocados em operação semanalmente, a fim de garantir que cada um dos grupos motoventiladores de pressurização esteja funcionando; c) sistemas que se utilizam de duplicidade de motores, condições devem ser dadas para o teste individualizado; d) os diferenciais de pressão devem ser verificados anualmente, podendo ser prevista a instalação permanente de equipamentos para esta finalidade. Uma lista de verificações dos procedimentos de manutenção deve ser fornecida aos proprietários do edifício ao final das obras, pelos responsáveis da instalação do sistema, com manuais em português.

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5.4 Integrações com outras medidas ativas de proteção contra incêndio 5.4.1 Acionamento do sistema de pressurização O acionamento do sistema de pressurização deve estar em conformidade com o item 5.3.7 desta NT, podendo haver a interligação com outros sistemas automáticos de combate, permitindo de forma secundária, o acionamento do sistema. 5.4.2 Dutos conjugados com outros sistemas Serão aceitos projetos com dutos conjugados de pressurização de escadas e controle de fumaça (para entrada de ar), desde que atendam as respectivas demandas concomitantemente. 5.5 Testes de aprovação 5.5.1 Aspectos gerais a) um teste de fumaça não é satisfatório para se determinar o correto funcionamento de uma instalação de pressurização, visto que não se pode garantir que todas as condições climáticas adversas possam estar presentes no momento da execução do teste. Entretanto, esse teste pode, às vezes, revelar trajetórias indesejáveis de fluxo da fumaça provocadas por defeitos na construção; b) o teste de aprovação da pressurização deve consistir de:

1) medição do diferencial de pressão entre a escada e os espaços não pressurizados adjacentes com todas as PCF fechadas;

2) medição da velocidade do ar que sai de um

conjunto representativo (de acordo com estipulado no cálculo) de PCF abertas que, quando fechadas, separam o espaço pressurizado dos recintos ocupados do edifício. c) o teste deve ser feito quando o edifício estiver concluído, com os sistemas de condicionamento de ar e de pressurização balanceados e todo o sistema pronto e funcionando, com cada componente operando satisfatoriamente e sendo controlado pelo sistema de acionamento no seu modo correto de operação em emergência. As medições efetuadas em campo devem seguir as recomendações da AMCA 203, pela literatura Field Performance Measurement of Fan System; d) nos sistemas com dois estágios são exigidas medições apenas com o segundo estágio operando (estágio de emergência); e) o sistema de detecção deve ser submetido aos testes, de acordo com a NT 17 - Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio, considerando as interferências da pressurização, quando o sistema for de dois estágios. 5.5.2 Medição dos diferenciais de pressão a) a medição dos diferenciais de pressão, entre os espaços pressurizados e os espaços não pressurizados adjacentes, deve ser feita com o auxílio de um manômetro de líquido ajustável ou outro instrumento sensível e adequadamente calibrado;

b) um local conveniente para medir o diferencial de pressão é por meio de uma PCF fechada. Pequenas sondas são colocadas de cada lado da PCF, sendo que uma das sondas passa através de uma fresta da PCF, ou por baixo dela. As duas sondas, a seguir, são ligadas ao manômetro por meio de tubos flexíveis. É importante que o tubo que passa através da fresta da PCF, efetivamente, atravesse-a e penetre suficientemente no espaço, para que a extremidade livre fique em uma região de ar parado. Sugere-se que essa sonda tenha uma dobra em L (de pelo menos 50 mm de comprimento), para que depois da inserção através da fresta, a sonda possa ser girada em ângulo reto em relação à fresta. Este processo introduz a extremidade livre em uma região de ar parado; c) é importante que a inserção da sonda não modifique as características de escape da PCF, por exemplo, afastando a superfície da PCF do rebaixo no batente. A posição da sonda de medição deve ser escolhida de acordo com esses critérios.

5.5.3 Correção de divergências no nível de pressurização obtido a) se houver qualquer divergência séria, entre os valores medidos e os níveis de pressurização especificados, os motivos dessa divergência devem ser detectados e corrigidos. Há três razões principais que explicam a não obtenção do nível de pressurização projetado:

1) vazão de ar insuficiente; 2) áreas de vazamento para fora do espaço

pressurizado excessivas;

3) áreas de escape do ar para fora do edifício insuficientes.

b) deve ser medida a vazão de ar dos ventiladores e a vazão de ar através de todas as grelhas de insuflamento, a fim de se detectar os níveis de escape e o suprimento total de ar que chega à escada. Para a avaliação do teste de escape podem ser utilizados os procedimentos previstos no MANUAL SMACNA, HVAC AIR DUCT LEAKAGE TEST MANUAL ou da Recomendação Técnica DW/143 da Heating and Ventilation Contractors’ Association (HVAC). Essas medições devem ser efetuadas com as PCF da escada fechadas; c) caso a vazão de ar que entra na escada esteja de acordo com a prevista em projeto, devem ser verificadas as frestas em redor das PCF, dando-se atenção especial à folga na sua parte inferior. Se qualquer PCF tiver folgas inaceitavelmente grandes, estas devem ser reduzidas. Devem ser localizadas, também, áreas de vazamentos adicionais não previstas, que devem ser vedadas; d) caso a vazão de ar não atinja o nível previsto, o escape de ar a partir dos espaços não pressurizados deve ser examinado para se ter certeza que está em conformidade com o projeto e as necessidades desta NT. Se for inadequado, o escape deve ser aumentado para os valores recomendados. Como alternativa, pode ser aumentada a vazão de entrada de ar até o nível desejado de pressurização a ser atingido, mesmo diante de escapes adicionais ou de condições insuficientes. O nível de pressurização medido não deve ser menor que 90% do valor projetado, nem exceder a 60 Pa.

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5.5.4 Medição da velocidade média do ar através de uma PCF aberta a) essa medida deve ser tomada com um anemômetro de fio quente ou outro instrumento com resolução e exatidão adequados e devidamente calibrados; b) a velocidade média através da PCF aberta deve ser obtida por meio da média aritmética de pelo menos doze medições em pontos uniformemente distribuídos no vão da PCF, sendo necessárias condições estáveis de vento e com o edifício vazio; c) o número de PCF abertas durante a realização das medições deve seguir o estabelecido no Anexo B desta NT. 6 DISPOSIÇÕES GERAIS Os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico, referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico são os seguintes: a) localização da fonte alternativa de energia do sistema; b) grelhas de insuflamento; c) caminhamento dos dutos; d) localização do grupo motogerador; e) janela de sobre pressão; f) apresentação esquemática do sistema em corte; g) acionadores manuais dos motoventiladores localizados na sala do grupo motoventilador e no local de supervisão predial com permanência humana constante; h) elementos de compartimentação de risco (parede e porta corta-fogo) da sala do grupo motoventilador; i) antecâmara de segurança e indicação da porta estanque quando a sala do grupo motoventilador estiver localizada em pavimento que possa causar risco de captação de fumaça de um incêndio; j) juntar o memorial de cálculo de vazão e pressão do sistema de pressurização da escada; k) juntar o memorial de cálculo de vazão e pressão do sistema de pressurização do elevador de emergência (quando houver exigência).

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades

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ANEXO A

Tabela 1 - Níveis de Pressurização

VALORES DE DIFERENCIAL DE PRESSÃO (Pa)

SISTEMA DE 1 ESTÁGIO

SISTEMA DE 2 ESTÁGIOS

50

1º ESTÁGIO

2º ESTÁGIO

15

50

Observações: 1) Pa = Pascal, sendo que 10 Pa equivalem a 1,0 mmH2O 2) Quando pavimentos subterrâneos necessitem ser pressurizados, o projeto deve ser submetido à avaliação em Comissão Técnica do CBMES.

Tabela 2 – Áreas Típicas de Escape para Quatro Tipos de PCF

Observação: Nos demais tipos de PCF, PCF duplas, portas de elevadores, suas dimensões devem ser verificadas junto aos fabricantes

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ANEXO B

Resumo de Exigências para os Diversos Tipos de Edificações com Sistemas de Pressurização

GRUPO

OCUPAÇÃO/USO

CRITÉRIO DE

ALTURA (4) e (5)

NÚMERO DE PCF

CONSIDERADAS ABERTAS

(6) e (7)

PREVER MOTOGERADOR AUTOMATIZADO (AUTONOMIA DE

4 h)

PREVER DUPLICATA DO

GRUPO MOTOVENTILADOR

LOCAIS A SEREM SUPERVISIONADOS PELO SISTEMA DE

DETECÇÃO AUTOMÁTICA DE

FUMAÇA (1) A

Residencial (2) e (3)

Até 60 m 1

NÃO NÃO a) no hall comum ou privativo de acesso à saída de emergência pressurizada; b) em todos os corredores de circulação, em áreas comuns, utilizados como rota de fuga para acesso à saída de emergência pressurizada; c) em todos os corredores de circulação privativos, quando o acesso à saída de emergência pressurizada atender diretamente as áreas privativas; d) em todos os ambientes com acesso direto à saída de emergência pressurizada; e) no compartimento destinado ao conjunto motoventilador (laço exclusivo e independente ou similar); f) no compartimento destinado ao grupo motogerador, quando este atender ao sistema de pressurização de escadas; g) nos acessos à antecâmara de segurança do compartimento destinado ao conjunto motoventilador, quando este estiver localizado em pavimento subsolo;

Acima de 60 m

2 SIM SIM

B Serviço de

Hospedagem

Até 30 m

2 SIM SIM

Acima de 30 m

2 SIM SIM

C

Comercial

Até 12 m

2 SIM SIM

Acima de 12 m

2 SIM SIM

D Serviço

Profissional

Até 21 m

1 NÃO NÃO

Acima de 21 m

2 SIM SIM

E Educacional

e cultura física

Até 30 m

2 NÃO NÃO

Acima de 30 m

2 SIM SIM

F Local de Reunião Pública

Até 12m

2 SIM SIM

Acima de 12m

2 SIM SIM

G Serviço

Automotivo

Até 12 m

2 SIM SIM

Acima de 12 m

2 SIM SIM

H Serviço de Saúde e

Institucional

Até 12 m

2 SIM SIM

Acima de 12 m

2 SIM SIM

I

Indústria

Até 12 m

2 SIM SIM

Acima de 12 m

2 SIM SIM

J

Depósito

Até 12 m

2 SIM SIM

Acima de 12 m

2 SIM SIM

K

Explosivos

Até 12 m

2 SIM SIM

Acima de 12 m

2 SIM SIM

L

Especial

Até 12 m

2 SIM SIM

Acima de 12 m

2 SIM SIM

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(1) A exigência de sistema de detecção de fumaça para o sistema de pressurização não isenta a edificação das demais exigências previstas no Código de Segurança contra Incêndio das Edificações e Áreas de Risco do Estado do Espírito Santo.

(2) Conforme item 5.3.1.c: “Nos edifícios residenciais com até 60 m de altura e escritórios com até 21 m de altura e nos edifícios escolares com até 30 m de altura, é permitido o uso de somente um ventilador com um motor. De forma substitutiva, podem ser utilizados 2 grupos motoventiladores, sendo que cada grupo deve, no mínimo, garantir 50% da vazão total do sistema e 100% da pressão total requerida, para atuarem especificamente no estágio de emergência e em conjunto”.

(3) Quando o subsolo necessitar de proteção por escada à prova de fumaça, conforme NT 10 - Saídas de Emergência – Parte 1 – Condições Gerais, esta poderá alternativamente ser dotada de sistema de pressurização.

(4) Somente é exigido “antecâmara de segurança” nos acessos à escada pressurizada, de acordo com item 5.1.6.8 desta NT, para edificações residenciais com altura igual ou superior a 80 m e demais ocupações com altura igual ou superior a 60m.

(5) Quando a edificação for dotada de elevador de emergência, seus acessos devem ser protegidos por antecâmara de segurança, conforme descrito no item 5.1.6.7. desta NT, em todos os pavimentos, inclusive para os pavimentos situados abaixo do piso de descarga; essa antecâmara pode ser dispensada apenas no nível térreo (piso de descarga) quando este não estiver em local de risco de incêndio, ou seja, esse pavimento seja destinado única e exclusivamente a hall de recepção ou, caso possua loja ou dependências com carga-incêndio, estas devem possuir compartimentação em relação à esse hall.

(6) Caso o edifício possua local de reunião de público, adotar o item 5.1.6.4.f desta NT. (7) Foi considerado que o acesso do pavimento para a escada se dá apenas por uma PCF; se o pavimento tiver acesso por

duas ou mais PCFs, o cálculo será pelo nº total de PCFs de acesso multiplicado pelo nº de pavimentos do cálculo. Nota 01: A previsão de detecção automática de fumaça nos locais descritos no item I acima não isenta a edificação da instalação desse mesmo sistema em outros locais que porventura sejam exigidos pelo Código de Segurança contra Incêndio das Edificações e Áreas de Risco do Estado do Espírito Santo. Nota 02: Toda edificação com altura superior a 150 metros deve obrigatoriamente ser analisada através de Comissão Técnica do CBMES.

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ANEXO C

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ANEXO D

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ANEXO E

Esquema Geral do Sistema de Pressurização (com duto no interior da escada)

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ANEXO F

Modelo de Memorial de Cálculo de Vazão do Sistema de Pressurização de Escada

MEMORIAL DE CÁLCULO DE VAZÃO DO SISTEMA DE PRESSURIZAÇÃO DE ESCADA

I – Parâmetros para os cálculos de vazão de ar 1) Quantidade de pavimentos com comunicação com a escada pressurizada: 18 2) Quantidade total de portas corta-fogo (PCF) de ingresso à escada de segurança: NPI = 17 portas simples 3) Quantidade total de PCF de saída da escada de segurança: NPS = 01 porta simples 4) Quantidade de PCF abertas a serem consideradas no cálculo para a situação de emergência (incêndio): NPA = 02 (conforme Anexo B - edifício de serviços profissionais) 5) Área de vazamento por meio de frestas das portas corta-fogo (PCF) que comunicam a escada pressurizada com os diversos pavimentos adotando PCF simples e batentes rebaixados. Conforme Tabela 2 do Anexo A:

a) 0.03 m2 – porta de acesso ao espaço pressurizado b) 0.04 m2 – porta de saída do espaço pressurizado

6) Área de passagem de ar por meio do vão de luz de uma porta corta-fogo aberta, em caso de situação de incêndio – adotar PCF simples: 1,64 m2 (conforme Tabela 1 do Anexo A) 7) Fator de segurança adotados:

a) 15% para vazamentos em dutos metálicos b) 25% para vazamentos não identificados

8) Velocidade mínima de ar pressurizado escapando através de uma porta aberta: V = 1m/s II - Cálculo do suprimento de ar necessário para se obter o diferencial de pressão entre a escada e os ambientes contíguos: 1) Condições consideradas:

a) situação de emergência (incêndio) b) todas as PCF da escada pressurizada fechadas c) diferencial de pressão entre o espaço pressurizado e os ambientes contíguos igual a 50 Pa

2) Cálculo das áreas de restrição - escape de ar por meio de frestas das portas - (A): a) Dados: NPI = 17; área de fresta de 0,03m2 para PCF de ingresso NPS = 01; área de frestas de 0,04m2 para PCF de saída b) Cálculo da área de escape de ar por meio das frestas das PCF de ingresso ao espaço pressurizado (API):

API = 17 x 0,03 m2 API = 0,51 m2

c) Cálculo da área de escape de ar por meio das frestas das PCF de saída do espaço pressurizado (APS): APS = 01 x 0,04 m2 APS = 0,04 m2

d) Cálculo da área total de restrição (A): A = API + APS = 0,51 m2 + 0,04 m2 A = 0,55 m2

3) Cálculo do fluxo de ar necessário para o sistema de pressurização considerando as PCF fechadas - (QFT) Cálculo de QFT :

QFT = 0,827 x A x (P)(1/N) (Equação 1) sendo A = área de restrição = 0,55 m2 P = diferencial de pressão = 50 (Pa) (conforme Anexo A da IT) N = índice numérico = 2 Portanto, QFT = 0,827 x 0,55 x (50)1/2

QFT = 3,22 m3/s III - Cálculo do suprimento de ar necessário para a condição de portas abertas: 1) Condições consideradas:

a) Área de passagem de ar por meio do vão de luz de uma porta corta-fogo aberta: AVL = 1,64 m2;

b) Quantidade de PCF abertas a serem consideradas no cálculo para a situação de emergência (incêndio): NPA = 02 (sendo 1 de ingresso e 1 de saída)

c) Área de passagem de ar por meio das frestas de uma porta corta-fogo fechada: APF = 0,03 m2 (portas de ingresso);

d) Quantidade de PCF fechadas a serem consideradas no cálculo:

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NPF = 16 e) Velocidade mínima de ar pressurizado escapando através de uma porta aberta:

VPA(min) = 1m/s 2) Cálculo da área aberta considerando as portas abertas mais as frestas das PCF consideradas fechadas:

APA = AVL x NPA + APF x NPF APA = 1,64 m2 x 02 + 0,03 x 16 APA = 3,76 m2

3) Cálculo da vazão de ar através da área aberta (QAT ): QAT = APA x VPA QAT = 3,76 m2 x 1,0 m/s QAT = 3,76 m3/s

IV - Cálculo de vazão de ar considerando o incremento dos valores referenciais de vazamentos em dutos e vazamentos não identificados 1) Condições:

a) Fator de segurança quanto ao tipo de duto: dutos metálicos: 15% b) Fator de segurança para vazamentos não identificados: 25%

2) Aplicação das condições previstas na Equação 4: QFT < QAT , então QT = QAT QT = 3,76 m3/s

3) Cálculo da vazão de ar para pressurização com acréscimo dos fatores de segurança: QTS = QT x 1,4 [Equação 5 a) item 5.1.6.6] QTS = 3,76 x 1,4 QTS = 5,26 m3/s

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ANEXO G

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

ESCADA PRESSURIZADA

1 - A Escada a Prova de Fumaça Pressurizada deve ter suas caixas enclausuradas por paredes com TRRF igual ao exigido para e estrutura conforme NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, mais nunca inferior a duas horas; 2 - O duto de pressurização deverá ter suas superfícies internas revestidas com argamassa, com chapas metálicas ou outro material incombustível com objetivo de obter-se uma superfície lisa e estanque para minimizar a perda de carga. O duto de pressurização deverá ainda possuir acessos para manutenção e limpeza; 3 - As grelhas de insuflamento de ar localizadas no duto de pressurização, no interior da escada de emergência, deverão possuir regulagem em suas aletas para que o fluxo de ar seja equalizado em toda a extensão da escada. 4 - O duto de sucção será equipado com um filtro de partículas metálico, do tipo lavável, classe G-1, conforme ABNT NBR 6401; 5 - Na parte superior da escada de emergência deverão ser instalados dois dampers em paredes opostas para tiragem do ar em excesso (DAMPER DE SOBREPRESSÃO). Esses dampers deverão ser metálicos do tipo basculante horizontal com alavanca e contrapeso (ou motorizados acionados por sensor diferencial de pressão), a fim de impedir que a pressão interna da escada pressurizada se eleve acima de 60 Pa quando todas as PCF estiverem fechadas; 6 - As paredes da casa do motoventilador deverão resistir a 2 horas de fogo no mínimo. A porta de acesso a casa do motoventilador deverá ser do tipo PCF P-90. A porta de entrada da antecâmara da casa do moto ventilador, caso necessária, deverá ser do tipo PCF P-90; 7 - O acionamento do sistema de pressurização deverá ser obtido automaticamente por meio de detctores de fumaça ou manualmente através da botoeira do alarme bitonal para incêndio; 8 - A ligação da energia elétrica para alimentar o motoventilador deverá ser independente da instalação geral da edificação ou ser executada de maneira que se possa desligar a instalação geral sem interromper a alimentação desse conjunto; 9 - Toda mudança de direção dos dutos de sucção e pressurização deverá ser feita de maneira suave, inserindo-se nas curvas veios para direcionamento do fluxo; 10 - As PCF’s posicionadas no pavimento de descarga deverão possuir dispositivo que mantenha-as fechadas contra a pressão do sistema de pressurização (mola, fecho eletromagnético, outros); 11 - Deverá ser prevista sinalização orientativa nas PCF, nas faces interna e externa da escada de emergência, com os seguintes dizeres: “ESCADA PRESSURIZADA”; 12 - Os suportes e ancoramentos de sustentação dos dutos de sucção e/ou pressurização, não poderão servir funcionalmente a outros tipos de instalações e deverão resistir também ao peso do revestimento de proteção contra fogo; 13 - Deverá ser instalado um acionador remoto do tipo “LIGA” para o sistema de pressurização que deverá estar instalado na portaria, guarita ou entrada da edificação e no compartimento do grupo motoventilador e seus acessórios; 14 - As instalações elétricas deverão ser protegidas por duas horas de fogo no mínimo e deverão estar de acordo com a ABNT NBR 5410/97; 15 - Todos os equipamentos de pressurização deverão ser submetidos a um processo regular de manutenção, que inclui: o sistema de detectores de fumaça ou qualquer outro tipo de sistema de alarme de incêndio utilizado, o mecanismo de comutação, o grupo motoventilador, dutos de sucção, pressurização e seus ancoramentos e proteções contra incêndio, os sistemas de fornecimento de energia elétrica, portas corta-fogo, o sistema de difusão, sucção e escape do ar pressurizado;

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Parte 2 - Pressurização de Escada de Segurança

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16 - Todos os sistemas de emergência deverão ser colocados em operação semanalmente, a fim de garantir que cada um dos componentes esteja em condições de atender a um sinistro; 17 - Deverá ser apresentado na ocasião da vistoria do CBMES a ART e o certificado de teste e regulagem do sistema de pressurização da escada de emergência, emitido pela empresa executante; 18 - Deverá ser instalado na edificação um grupo motogerador automatizado com autonomia mínima de 4 horas, quando exigir, para atender ao sistema de pressurização da escada de emergência; 19 - Para sistemas de pressurização que utilizam 02 conjuntos de motoventiladores, um funcionando como reserva ou complemento do outro, deve ser instalado no sistema de dutos um dispositivo de controle automático de pressão diferencial, para identificar a parada de um grupo motoventilador ou solicitação de insuficiência de pressão e possibilitar o imediato acionamento do outro conjunto; 20 - Será exigido de todas as edificações que utilizarem escadas pressurizadas de um ou dois estágios, inclusive as residenciais, regularização anual junto ao CBMES; 21- As portas de acesso à caixa de escada e ante-câmara, quando necessária, serão do tipo P60 dotadas de maçaneta. Serão pintadas na cor vermelha, possuindo numeração na face interna com o indicativo do andar e a palavra “SAÍDA” na parte externa (hall), com letras nas dimensões mínimas de 01 centímetro de traço e moldura de 04x04 centímetros na cor amarela. As PCF deverão atender à ABNT NBR 11742 e possuir marca de conformidade; 22 - Tubulações que porventura transitarem próximas aos dutos de sucção e pressurização deverão possuir tubo luva de proteção; 23 - As demais exigências para o Sistema de Pressurização da Escada estão contidas NT 10 – Saídas de Emergência, Parte 2 – Pressurização de Escada de Segurança.

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 10/2010

SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

PARTE 3 - DIMENSIONAMENTO DE LOTAÇÃO E SAÍDAS DE EMERGÊNCIA EM CENTROS ESPORTIVOS E DE EXIBIÇÃO

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - FIGURAS

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 203-R, DE 29 DE ABRIL DE 2010.

Aprova a Norma Técnica nº 10/2010, Parte 3 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina o dimensionamento de lotação e saídas de emergência em centros esportivos e de exibição no Estado do Espírito Santo.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 10/2010, Parte 3 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina o

dimensionamento de lotação e saídas de emergência em centros esportivos e de exibição no Estado do Espírito Santo. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 29 de abril de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM Comandante Geral do CBMES

Publicada no Diário Oficial de 28 de maio de 2010 Parte específica: Documentos Técnicos cancelados ou substituídos:

• NT 10 do CBMES publicado no Diário Oficial de 21 de fevereiro de 2009.

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1 OBJETIVO 1.1 Estabelecer os requisitos mínimos necessários para a determinação da população e o dimensionamento das saídas de emergência em centros esportivos e de exibição. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica se aplica às edificações enquadradas nas divisões F-3 (estádios, ginásios, rodeios, arenas e similares) e F-7 (construções provisórias para público, circos, arquibancadas e similares), permanentes ou não, fechadas ou abertas, cobertas ou ao ar livre. 2.2 A NT 10 - Saídas de Emergência, Parte 1 - Condições Gerais completará o presente texto nos assuntos não detalhados nesta NT. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS ABNT NBR 5410/2001 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão; ABNT NBR 5419/2001 – Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas; ABNT NBR 9050/2004 – Adequação das Edificações e do Imobiliário Urbano à Pessoa Deficiente; BRASIL. Lei nº 10.671, de 15 de maio de 2003. Dispõe sobre o Estatuto de Defesa do Torcedor e dá outras providências; BRASIL. Decreto nº 6.795, de 16 de março de 2009. Regulamenta o art. 23 da Lei nº 10.671, de 15 de maio de 2003; COELHO, Antônio Leça. Modelação matemática do abandono de edifícios sujeitos à ação de um incêndio. Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Portugal; COTÉ, Ron. NFPA-101 - Life Safety Code Handbook. 18.ed. Quincy: NFPA, 2000; Decreto 2.423-R de 15 de dezembro de 2009 – Regulamenta a Lei 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo (COSCIP); FIFA. Football Stadiums - Technical recommendations and requirements. 4.ed. FIFA: Zurich, 2007; GUIDE TO SAFETY AT SPORTS GROUNDS (Green Guide). 5.ed. United Kingdom, 2008; Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009; PAULS, JAKE. Movement of People. Fire Protection Engineering. 2ed. Quincy: NFPA,1995; PORTUGAL. Decreto Regulamentar nº 34/95, de 16 de dezembro de 1995. Regulamento das Condições Técnicas e de Segurança dos Recintos de Espetáculos e Divertimentos Públicos;

StadiumAtlas - Technical Recommendations for Grandstands in Modern Stadia. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes da NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico, além do seguinte: 4.1 Acesso: caminho a ser percorrido pelos usuários do pavimento ou do setor, constituindo a rota de saída para se alcançar uma escada, ou uma rampa, ou uma área de refúgio, ou descarga para saída do recinto. Os acessos podem ser constituídos por corredores, passagens, vestíbulos, balcões, varandas, terraços. 4.2 Acesso lateral: é um corredor de circulação paralelo às filas (fileiras) de assentos ou arquibancadas, geralmente possui piso plano ou levemente inclinado (ver Figura 5). 4.3 Acesso radial: é um corredor de circulação que dá acesso direto a área de acomodação dos espectadores (patamares das arquibancadas), sendo com degraus. Deve ter largura mínima de 1,20 m (ver Figura 5). 4.4 Arquibancada: série de assentos em filas sucessivas, cada uma em plano mais elevado que a outra, à maneira de escada, e que se destina a dar melhor visibilidade aos assistentes, em estádios, anfiteatros, circos, auditórios etc. Os assentos podem ser em cadeiras ou poltronas, ou diretamente nos degraus da arquibancada. 4.5 Setor: espaço delimitado por elementos construtivos que condicionam a circulação das pessoas para outras partes do recinto, permitindo ainda a lotação ordenada do local. 4.6 Túnel de acesso (“vomitório”): corredor de circulação que interliga as circulações de acesso (ou saída) da edificação à área de acomodação (assistência) do público ou à área destinada ao evento (gramado, campo, pista, quadra, arena etc.). 4.7 Barreiras de proteção: obstáculos existentes à frente dos assentos dos espectadores destinados a evitar queda de nível a partir da posição sentada, com altura mínima de 0,65m (Figura 9,10 e 11). 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Áreas de acomodação do público – setores 5.1.1 Os recintos de eventos devem ser setorizados em função de suas dimensões a fim de evitar-se que, em uma situação de emergência, o movimento dos ocupantes venha a saturar determinadas rotas de fuga. 5.1.2 Em todos os setores deve haver saídas suficientes, em função da população existente, sendo, no mínimo, duas alternativas de saída de emergência, separadas fisicamente. 5.1.3 As rotas de fuga dos espectadores devem ser independentes das rotas de fuga dos atletas ou artistas que se apresentam no recinto.

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5.1.4 Recomenda-se que os setores sejam identificados por meio de cores diferenciadas e predominantes. 5.1.4.1 Serão obrigatórias cores diferenciadas nos acessos radiais onde não possuem arquibancadas com cadeiras. 5.1.5 Os lugares destinados a assentos dos espectadores (cadeiras, poltronas e assento direto nos patamares ou bancadas), bem como as filas (fileiras) por eles constituídas, devem ser devidamente numerados, com a identificação fixa e visível. 5.1.5.1 Os ingressos disponibilizados para o evento devem conter a respectiva numeração do setor, da fila e do assento. Tal medida objetiva: controlar e facilitar o acesso do público; evitar tumultos durante a acomodação dos espectadores; coibir possíveis vendas de ingressos acima da capacidade do recinto. 5.1.6 Somente são considerados lugares destinados a espectadores aqueles inseridos dentro dos setores previamente estabelecidos e com rotas de fuga definidas. 5.1.7 Os setores das arquibancadas com cadeiras individuais devem possuir: a) largura mínima de 0,85 m (Figura 2); b) altura entre 0,45 e 0,50 m (figura 2).

1) aceita-se altura superior a 0,50 m desde que mecanismo de segurança sejam utilizados para evitar queda de nível, ou seja, barreiras de proteção (figuras 9,10 e 11);

2) as barreiras de proteção deverão apresentar resistência mecânica no mínimo igual as do guardacorpos. 5.1.8 Os setores das arquibancadas para assento direto nas bancadas (sem cadeiras ou poltronas) devem ter as seguintes dimensões: a) largura mínima de 0,75 m; b) altura entre 0,45 e 0,50 m.

1) aceita-se altura superior a 0,50 m desde que mecanismos de segurança sejam utilizados para evitar quedas de nível, ou seja, barreiras de proteção (figuras 9,10 e 11);

2) as barreiras de proteção deverão apresentar resistência mecânica no mínimo igual as do guardacorpos. 5.1.9 Quando os próprios patamares da arquibancada são usados como degraus de escada (acesso radial), a altura destes deve estar entre 0,15 m a 0,18 m. 5.1.10 As arquibancadas fixas não devem possuir elementos vazados. 5.1.11 O comprimento máximo e o número máximo de assentos (cadeiras, poltronas, assento direto nas bancadas) nas filas das arquibancadas devem ser respectivamente:

a) 24 m de comprimento e 48 assentos, quando houver acessos nas duas extremidades das filas de assentos (ver Figura 5); b) 12 m de comprimento e 24 assentos, quando as filas de assentos estiveram entre um acesso e uma barreira física (ver Figura 5). 5.1.12 Os assentos individuais e fixos das arquibancadas (cadeiras ou poltronas), destinados aos espectadores devem ter as seguintes características (ver Figuras 2 e 4): a) serem inquebráveis; b) constituídos com material retardante ao fogo; c) ficarem 0,45 m acima do piso do pavimento; d) para assentos sem braço: espaçamento mínimo de 0,47 m, medidos de entre eixos de assentos consecutivos; e) para assentos com braço: espaçamento mínimo de 0,50 m entre eixos de assentos consecutivos. Para maior conforto do usuário, recomenda-se distância acima de 0,55 m entre assentos; f) profundidade do assento: 0,40 m a 0,50 m; g) encosto mínimo: 0,30 m de altura (ver Figura 2); h) ter espaçamento mínimo de 0,40 m, para circulação nas filas, entre a projeção dianteira de um assento de uma fila e as costas do assento em frente. Essa distância determina o quanto os espectadores ou uma assistência (administradores, seguranças, socorristas) podem mover-se ao longo das filas de assentos (ver Figura 2 e 4). 5.1.13 À frente das primeiras fileiras de assentos fixos dos setores de arquibancadas, localizadas em cotas inferiores, deverá ser mantida a distância mínima de 55 cm para circulação (ver Figura 4). 5.1.14 Inclinações máximas para os setores de arquibancada serão de 35 graus desde que atendidos os itens 5.1.7 e 5.1.8 (Figura 8). 5.2 Cálculo da população 5.2.1 As saídas de emergência são dimensionadas em função da população máxima no recinto e/ou setor do evento. 5.2.2 A lotação do recinto (população máxima) deve ser calculada obedecendo-se aos seguintes critérios: a) para assentos fixos: número total de assentos fixos demarcados (observando-se o espaçamento mínimo conforme item 5.1.12); b) sem assentos fixos: na proporção de 0,5 m linear de arquibancada por pessoa; c) não será aceito para compute de pessoas as áreas planas. A finalidade da padronização das arquibancadas é proporcionar visibilidade ao espetáculo (Figura 13). 5.2.3 A organização dos setores com as respectivas lotações deve ser devidamente comprovada pelo

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responsável técnico, por meio de memória de cálculo, sendo tais informações essenciais para o dimensionamento das rotas de fuga. 5.2.4 Para se evitar que haja migração de determinadas áreas para outras com maior visibilidade do evento, provocando assim uma saturação de alguns pontos e esvaziamento de outros. Nesse caso, acessos independentes, barreiras físicas e outros dispositivos eficazes devem ser usados para se evitar a superlotação de algum setor. 5.2.5 Para definição da lotação máxima e disponibilização de ingressos de cada setor, deverá ser observada, para cada evento, a necessidade de redução do público em função da necessidade de isolamento de torcidas, por parte das autoridades policiais, e possíveis áreas de risco verificadas em vistoria. 5.3 Saídas (normais e de emergência) – generalidades 5.3.1 As saídas podem ser nominadas didaticamente em: a) acessos; b) circulações de saídas horizontais e verticais e respectivas portas, quando houver; c) escadas ou rampas; d) descarga; e) espaços livres no exterior. 5.3.2 É importante que se forneça, nos recintos de grande aglomeração de pessoas, circulações de saída capazes de comportar, de forma segura, a passagem das pessoas dentro de um período de tempo aceitável, e evitar o congestionamento das saídas e o “stress” psicológico. 5.3.3 Os responsáveis pela edificação e pela segurança do evento devem assegurar que as vias de saída estão planejadas para prover aos espectadores uma circulação livre e desimpedida até que eles consigam atingir a área externa da edificação, ou, em uma emergência, um lugar de segurança. Assim, deve-se assegurar que: a) haja números suficientes de saídas em posições adequadas (distribuídas de forma uniforme); b) todas as circulações de saída tenham larguras adequadas à respectiva população; c) as pessoas não tenham que percorrer distâncias excessivas para sair do local de assistência (acomodação); d) haja dispositivos de controle de fluxo máximo de pessoas que irão adentrar em uma rota de saída; e) todas as saídas tenham sinalização e identificação adequadas, tanto em condições normais como em emergência. 5.3.4 Nas saídas, os elementos construtivos e os materiais de acabamentos e de revestimento devem atender à Norma Técnica específica.

5.3.5 O piso das áreas destinadas à saída do público, além de ser incombustível, deverá também ser executado em material antiderrapante. 5.3.6 As circulações não podem sofrer estreitamento em suas larguras no sentido da saída do recinto, devendo-se, no mínimo, manter a mesma largura ou, no caso de aumento de fluxo na circulação, deve-se dimensionar para o novo número de pessoas. 5.3.7 As saídas devem possuir, no mínimo, 1,20 m de largura (figura 12). 5.3.8 As saídas devem ser dimensionadas em função da população de cada setor considerado, sendo que deve haver, no mínimo, duas opções (alternativas) de fuga, em lados distintos, em cada setor. 5.3.9 No plano de segurança da edificação, devem constar as plantas ou croquis que estabeleçam o “plano de abandono” de cada um dos setores. 5.3.10 As saídas que não servem aos setores de arquibancadas ou à platéia devem seguir aos parâmetros da NT 10 – Saídas de Emergências, Parte 1 - Condições Gerais. Ex: camarins, vestiários, área de concentração dos atletas ou artistas e outros. 5.3.11 Os acessos destinados aos portadores de deficiências devem observar ainda os demais critérios descritos na ABNT NBR 9050. 5.3.12 Toda circulação horizontal deve estar livre de obstáculos e permitir o acesso rápido e seguro do público às saídas verticais dos respectivos pisos ou à área de descarga. 5.3.13 Os desníveis existentes nas saídas horizontais devem ser vencidos por rampas de inclinação não superior a 10% e patamar horizontal de descanso a cada 10 m. 5.3.14 Nas barreiras ou alambrados que separam a área do evento (arena, campo, quadra, pista etc.) dos locais acessíveis ao público devem ser previstas passagens que permitam aos espectadores sua utilização em caso de emergência, mediante sistema de abertura acionado pelos componentes do serviço de segurança ou da brigada de incêndio (Figura 5). 5.3.15 Quando houver mudanças de direção, as paredes não devem ter cantos vivos. 5.3.16 As portas e os portões de saída do público devem abrir sempre no sentido de fuga das pessoas, e possuir largura dimensionada para o abandono seguro da população do recinto, porém, nunca inferior a 1,20 m. 5.3.17 As portas e portões de saída devem ser providos de barras antipânico, não sendo permitido qualquer tipo de travamento no sentido de saída do recinto. 5.3.18 Nenhum sistema de saída deve ser fechado de modo que não possa ser facilmente e imediatamente aberto em caso de emergência. 5.3.19 As saídas finais devem ser monitoradas pessoalmente pela segurança, enquanto o recinto for utilizado pelo público.

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5.3.20 Todas as portas e portões de saída final em uma via de saída normal devem ser mantidos na posição totalmente aberta antes do fim do evento. Quando abrir, não deve obstruir qualquer tipo de circulação (corredores, escadas, descarga etc.). O responsável pela segurança deve verificar ou ser informado quando todas as portas e portões das saídas finais estiverem seguramente na posição aberta, com prazo suficiente para garantir o egresso seguro do público. 5.3.21 Não devem existir peças plásticas em fechaduras, espelhos, maçanetas, dobradiças e outros. 5.3.22 As catracas de acesso devem ser reversíveis, para permitir a saída de alguém do recinto, em caso de necessidade, a qualquer momento. 5.3.23 Ao lado das entradas devem ser previstas portas ou portões de saída, dimensionados de acordo com o estabelecido nesta Norma Técnica, com as respectivas sinalizações, não podendo ser obstruídos pela movimentação de entrada do público ao recinto (em caso de emergência, devem estar livres e prontas para o uso). 5.3.24 Portas e portões de correr ou de enrolar não devem ser usados nas saídas (proibido), pois são incapazes de serem abertos quando há pressão exercida na direção do fluxo da multidão, e também por possuírem mecanismos ou trilhos que são suscetíveis a travamentos (emperramentos). 5.3.25 As circulações devem ser iluminadas e sinalizadas com indicação clara do sentido da saída, de acordo com o estabelecido e adotado em Normas Técnicas especificas. 5.3.26 Todas as saídas (portas, portões) devem ser claramente marcadas, nos dois lados (interno e externo), com seus respectivos números de identificação, para facilitar o deslocamento rápido em caso de emergência. 5.4 Saídas verticais - escadas ou rampas 5.4.1 As saídas verticais (escadas ou rampas) devem ainda satisfazer as exigências descritas a seguir: a) serem contínuas desde o piso ou nível que atendem até o piso de descarga ou nível de saída do recinto ou setor; b) terem largura mínima de 1,20 m; c) o lanço máximo, entre dois patamares consecutivos, não deve ultrapassar 3,7 m de altura (rampas e escadas); d) devem ser construídas em lances retos e sua mudança de direção deve ocorrer em patamar intermediário e plano; e) os patamares deverão ter largura igual à da escada e comprimento igual ou superior à sua largura. 5.4.2 Os degraus das escadas devem atender aos seguintes requisitos: a) altura dos espelhos dos degraus (h) deve situar-se entre 0,15 m e 0,18 m, ou seja, 0,15 m ≤ h ≤ 0,18 (m), com tolerância de 0,005 m (0,5 cm);

b) largura mínima das pisadas (b): 0,27 m;

c) o balanceamento dos degraus deve atender a relação entre altura do espelho (h) e a largura da pisada (b), a saber: 0,60 < 2h+ b < 0,65 (m). 5.4.3 O uso de rampas é obrigatório nos seguintes casos: a) na descarga e acesso de elevadores de emergência; b) quando a altura a ser vencida não permitir o dimensionamento equilibrado dos degraus de uma escada; c) para unir o nível externo ao nível do saguão térreo das edificações para acesso de deficientes físicos (ver ABNT NBR-9050). 5.4.4 As rampas devem atender ainda aos seguintes requisitos: a) ser dotadas de guardas e corrimãos de forma análoga às escadas de saída de emergência; b) não podem terminar em degraus ou soleiras, devendo ser precedidas e sucedidas sempre por patamares planos; c) os patamares devem ser sempre em nível, tendo comprimento mínimo de 1,2 m, medidos na direção do trânsito, sendo obrigatórios sempre que houver mudança de direção ou quando a altura a ser vencida ultrapassar 3,7 m; d) as rampas podem suceder um lanço de escada, no sentido descendente de saída, mas não podem precedê-lo; e) não é permitida a colocação de portas em rampas, sendo que estas devem estar situadas sempre em patamares planos, com comprimento não inferior à da folha da porta de cada lado do vão; f) as inclinações não deverão exceder a 10% (1:10). 5.4.5 Elevadores e escadas rolantes não são aceitos como saídas de emergência, exceto os elevadores de emergência que atendam os requisitos da NT 10 - Saídas de Emergência, Parte 1 - Condições Gerais para este tipo de elevador; 5.4.6 Em áreas de uso comum não são admitidas escadas em leque ou caracol. 5.5 Descarga e espaços livres no exterior 5.5.1 A descarga, parte da saída de emergência que fica entre a escada ou a rampa e a via pública ou área externa em comunicação com a via pública pode ser constituída por corredores ou átrios cobertos ou a céu aberto. 5.5.2 Cuidados especiais devem ser adotados pela organização do evento e pelas autoridades competentes para que a descarga do público tenha fluxo suficiente na área externa, ao redor do recinto, para evitar-se congestionamento nas circulações internas da edificação, o que comprometeria as saídas do recinto, mesmo que corretamente dimensionadas. Dessa forma, medidas de segurança devem ser adotadas para se evitar a aglomeração de público nas descargas externas do recinto, por exemplo: desvios de trânsito nas vias próximas

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ao recinto, proibição de “comércio” nas proximidades das saídas etc. 5.5.3 No dimensionamento da área de descarga, devem ser consideradas todas as saídas horizontais e verticais que para ela convergirem. 5.5.4 As descargas devem atender aos seguintes requisitos: a) não serem utilizadas como estacionamento de veículos de qualquer natureza. Caso necessário, prever divisores físicos que impeçam tal utilização;

b) serem mantidas livres e desimpedidas, não devendo serem dispostas dependências que, pela sua natureza ou sua utilização, possam provocar a aglomeração de público, tais como bares, pistas de dança, lojas de souvenirs ou outras ocupações; c) serem mantidas livres e desimpedidas, não devendo serem dispostas dependências que, pela sua natureza ou sua utilização, possam provocar a aglomeração de público, tais como bares, pistas de dança, lojas de souvenirs ou outras ocupações; d) não serem utilizadas como depósito de qualquer natureza; e) serem distribuídas de forma equidistante e de maneira a atender o fluxo a elas destinado e o respectivo caminhamento máximo; f) não possuir saliências, obstáculos ou instalações que possam causar lesões em caso de abandono de emergência. 5.6 Guardacorpos (barreiras) e corrimãos 5.6.1 Toda saída deve ser protegida, de ambos os lados, com corrimãos e/ou guardacorpos contínuos, sempre que houver qualquer desnível maior de 18 cm, a fim de se evitar quedas. 5.6.2 A altura das guardas (barreiras), internamente, deve ser, no mínimo, de 1,1 m e sua resistência mecânica varia de acordo com a sua função e posicionamento (ver Figuras 1 e 3). 5.6.3 As arquibancadas cujas alturas em relação ao piso de descarga sejam superiores a 3 m devem possuir fechamento dos encostos (guardacostas) do último nível superior de assentos, de forma idêntica aos guardacorpos, porém, com altura mínima de 1,8 m em relação a este nível (ver Figura 4). 5.6.4 A altura mínima do guardacorpo das laterais da arquibancada inicia com 1,80m e termina em 1,10m; 5.6.5 O fechamento dos guardacorpos deve atender aos mesmos requisitos da NT 10 - Saídas de Emergências, Parte 1 - Condições Gerais. 5.6.6 Os corrimãos deverão ser adotados em ambos os lados das escadas ou rampas, devendo estar situados entre 80 cm e 92 cm acima do nível do piso atendendo também aos demais requisitos previstos na NT 10 - Saídas de Emergências, Parte 1 - Condições Gerais.

5.6.7 Nos acessos radiais (arquibancadas), quando houver acomodações ou assentos em ambos os lados, os corrimãos deverão ser centrais, com descontinuidades (intervalos) não superiores a cinco fileiras de bancos, visando facilitar o acesso ao assento e permitir a passagem de um lado para o outro. Esses intervalos (aberturas) terão uma largura livre mínima de 56 cm e máxima de 91 cm, medida horizontalmente. 5.6.7.1 Recomenda-se, para os corrimãos centrais, que haja uma barra de corrimão adicional localizada aproximadamente 30 cm abaixo da barra principal. 5.6.8 Os corrimãos devem possuir as terminações (pontas) arredondadas ou curvas. 5.6.9 As escadas centrais que servem os setores de arquibancadas e platéias, com mais de 2,2 m de largura, devem ser dotadas de um corrimão central com barra dupla de apoio para as mãos, espaçados a intervalos de 1,2 m, com os mesmos requisitos dos corrimãos centrais, com interrupções nos patamares para permitir o acesso e fluxo de pessoas entre setores adjacentes e, neste caso, suas extremidades devem ser dotadas de balaústres ou outros dispositivos para evitar acidentes (ver Figura 5). 5.6.10 Os corrimãos devem ser construídos para resistir a uma carga de 900 N/m (Newton por metro) aplicada verticalmente de cima para baixo e horizontalmente em ambos os sentidos. 5.7 Tempo máximo de saída 5.7.1 O tempo de egresso (saída) é o tempo no qual todos os espectadores, em condições normais, conseguem deixar a respectiva área de acomodação (setor) e adentrarem em uma saída (livre e desimpedida) que conduza ao exterior. Nota: Não inclui, assim, o tempo total necessário para percorrer a circulação inteira de saída (do assento ao exterior). 5.7.2 O tempo máximo de saída, nos termos desta Norma Técnica, será de 8 (oito) minutos para estádios e similares e de 6 (seis) minutos para ginásios cobertos e similares. 5.7.3 Caso os espectadores, no dimensionamento ou em testes práticos, não consigam sair do setor dentro de tempo estipulado, por algum motivo (exemplo: divisão de torcidas, insuficiência de saídas etc.), então, uma redução da capacidade final do(s) setor(es) deverá ser avaliada. 5.7.4 O limite de oito minutos, em estádios e similares, foi estabelecido em consequência de pesquisas e experiências internacionais (em especial, na Europa e nos Estados Unidos), sugerindo que, dentro deste período, há menor probabilidade dos espectadores ficarem agitados, frustrados ou estressados. 5.7.5 Em certas circunstâncias pode ser necessário aplicar um tempo de egresso menor do que o estabelecido, por exemplo, se for constato pelos responsáveis, em observação regular, que os espectadores ficam agitados, frustrados ou estressados, em menos tempo do que o período pré-estipulado para a saída completa do setor.

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5.7.6 Para diminuir o tempo de saída, podem ser adotadas medidas como: limitar a lotação no setor, aumentar as saídas, redirecionar o fluxo dos espectadores para outras saídas não saturadas etc. 5.7.7 Deve-se também ser considerado que alguns espectadores, em certas circunstâncias, ficarão na área de acomodação para olharem placares, ouvirem anúncios adicionais, ou simplesmente esperando a multidão dispersar-se, assim, levará um tempo maior que oito minutos para deixarem o local. Esta prática não deve ser considerada na determinação do tempo de egresso. 5.8 Distâncias máximas a serem percorridas 5.8.1 Os critérios para se determinar as distâncias máximas de percurso e o tempo máximo de saída da área de acomodação, tendo em vista o risco à vida humana, decorrente da emergência, são os seguintes: a) a distância máxima de percurso para se alcançar uma saída que conduza ao exterior do recinto (escadas, rampas, túneis) não pode ser superior a 60 m (incluindo a distância percorrida na fila de assentos e nos acessos – radiais e laterais);

b) distância máxima a ser percorrida pelo espectador (partindo de seu assento ou posição), em setores de arquibancadas, para alcançar um acesso radial (corredor) não pode ser superior a 12 m. (ver Figura 5);

c) os modelos dos acessos radiais a fim de atingir o túnel de acesso ou Vomitórios estão previstos nas figuras 6 e 7. 5.9 Dimensionamento das saídas de emergência - parâmetros relativos ao escoamento de pessoas Para dimensionar o abandono de uma edificação, deve ser utilizado o fluxo unitário (F) que é o indicativo do número de pessoas que passam por unidade de tempo (pessoas/minuto) por determinada saída. 5.9.1 Siglas adotadas: P = população (pessoas) E = capacidade de escoamento (pessoas) D = densidade (pessoas por m²) F = fluxo (pessoas por minuto por metro) L = Largura (metro) 5.9.2 Para efeito de cálculo, a largura das saídas será considerada em módulos de 0,30 m (30 cm), sendo que a largura mínima exigida é de 1,20 m (quatro módulos de 0,30 m). Por exemplo: caso uma saída possua 1,40 m de largura, será considerada, no dimensionamento, apenas a largura de “1,20 m” (4 módulos de 0,30 m); caso tenha 1,50 m, serão considerados 5 módulos de 0,30 m. 5.9.3 O dimensionamento será em função do fluxo de pessoas por minuto (pessoas/minuto) que passam por uma circulação de saída. O fluxo, a ser considerado nesta Norma Técnica, deve ser conforme as taxas abaixo: a) nas escadas e circulações com degraus: 78 pessoas por minuto, para uma largura de 1,20 m (ou 19,5 pessoas por minuto, para cada módulo de 0,30 m);

b) nas saídas horizontais (rampas, portas, corredores): 100 pessoas por minuto, para uma largura de 1,20 m (ou 25 pessoas por minuto, para cada módulo de 0,30 m). 5.9.3.1 Caso o cálculo resultar em valor fracionado de pessoas, adota-se o número inteiro imediatamente inferior. Por exemplo: 97,5 pessoas (valor de cálculo). Adota-se como resultado final o valor de 97 pessoas.

5.10 Exemplos de dimensionamento de estádios 5.10.1 Estádio novo com previsão de lotação de 41.850 espectadores: Para saídas horizontais (rampas):

• Fluxo (F) nas saídas horizontais = 100 pessoas por minuto para cada 1,20 m.

• Tempo (T) de saída dos setores = máximo de 8 minutos.

• Capacidade de escoamento (E) para saída de

1,20m: E = F x T = 100 x 8 = 800 pessoas.

• Quantidade de saídas de 1,20 m necessárias: 41850 / 800 = 52,3125 saídas de 1,20 m;

• Largura total das saídas= (52,31 X 1,20 =

62,77m);

• Equivale a 209,25 módulos de 0,30m (62,77 / 0,30m);

• Assim deverá ser arredondado para 210 módulos

de 0,3m = 63 m de saída .

Saídas verticais (escadas):

• Fluxo (F) nas saídas horizontais = 78 pessoas por minuto para cada 1,20 m.

• Tempo (T) de saída dos setores = máximo de 8 minutos.

• Capacidade de escoamento (E) para escada de 1,20 m: E = F x T = 78 x 8 = 624 pessoas.

• Quantidade de escadas de 1,20 m necessárias: 41850 / 624 = 67,0673 escadas de 1,20 m;

• Largura total das saídas (67,06 X 1,20 = 80,4807 m);

• Equivale a 268,26 módulos de 0,30 m (268,26 / 0,30m);

• Assim, deverá ser arredondado para 269 módulos

= 80,70 metros de saída.

• Obs: Caso um Estádio possua 80,60m de saída será aceito apenas 80,40m que autorizaria uma capacidade de 41808 pessoas, em virtude dos módulos.

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Emergência em Centros Esportivos e de Exibição

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5.10.2 Estádio existente para uma lotação a ser calculada: Para saídas horizontais (rampas):

• Largura da rampa existente: 1,68 m;

• Quantidade de rampas exisitentes : 10 rampas;

• Fluxo (F) nas saídas horizontais = 100 pessoas por minuto para cada 1,20m (4 módulos).

• Conforme definição de módulos será aceito apenas múltiplo de 0,3,ou seja, para uma saída de 1,68m adota-se para o cálculo 1,5m de saídas (mais um módulo);

• Tempo (T) de saída dos setores = máximo de 6 minutos (edificação existente em desacordo com esta NT);

• Aumento do valor do fluxo (F) = 100 + (25 pessoas por minuto de acréscimo por módulo);

• Fluxo total (F) = 125 pessoas por minuto para

uma rampa de de 1,68m;

• Capacidade de escoamento (E) para saída de 1,50 m: E = F x T = 125 x 6 = 750 pessoas por rampa;

• Quantidade da lotação 750 (espectadores) X 10 (rampas) = 7.500 espectadores.

Para saídas horizontais (escadas):

• Largura da escada existe: 1,68 m;

• Quantidade de escadas: 10 escadas;

• Fluxo (F) nas saídas horizontais = 78 pessoas por minuto para cada 1,20m (4 módulos).

• Conforme definição de módulos será aceito apenas múltiplo de 0,3,ou seja, para uma saída de 1,68m adota-se para o cálculo 1,5m de saídas (mais um módulo);

• Tempo (T) de saída dos setores = máximo de 6 minutos (edificação existente em desacordo com esta NT);

• Aumento do valor do fluxo (F) = 78 + 19,5 (

pessoas por minuto de acréscimo por módulo);

• Fluxo total (F) = 97 pessoas por minuto para uma escada de 1,68m;

• Capacidade de escoamento (E) para saída de

1,50 m: E = F x T = 97 x 6 = 582 pessoas por escada;

• Quantidade da lotação 582 (espectadores) X 10

(escadas) = 5.820 espectadores;

6 DISPOSIÇÕES GERAIS 6.1 Sistemas de Segurança Contra Incêndio e Pânico 6.1.1 Extintores de incêndio A proteção por extintores de incêndio é obrigatória em todos os estádios. 6.1.1.1 Nos locais administrativos, vestiários, bares, restaurantes, museus, lojas, cabines de rádios, camarotes, sala de imprensa, estacionamentos cobertos e demais áreas onde não há presença de espectadores; deverão atender o previsto na NT 12 - Extintores de Incêndio. 6.1.1.2 Nos locais de acesso de público para assistência aos espetáculos desportivos, os extintores deverão ser instalados em baterias, em locais de acesso restrito ao Corpo de Bombeiros Militar, brigada de incêndio ou bombeiro profissional civil, atendendo ao seguinte: a) o caminhamento (distância a percorrer) máximo para alcançar uma bateria de extintores deve ser de no máximo 30 m; b) as áreas de acomodação do público (arquibancadas, cadeiras, sociais e similares) estão isentas da instalação de extintores de incêndio; c) a quantidade, capacidade extintora, instalação e classes de incêndio, deverão atender a NT 12 – Extintores de Incêndio. 6.1.2 Sistema de hidrantes A proteção por hidrantes, quando necessária, deverá estar conforme especificações abaixo: a) os locais administrativos, vestiários, bares, restaurantes, museus, lojas, cabines de rádios, camarotes, sala de imprensa, estacionamentos cobertos e demais áreas onde não há presença de espectadores, deverão atender o previsto na NT 15 – Sistemas de Hidrantes de Mangotinhos para Combate à Incêndios; b) nos locais de acesso de público para assistência aos espetáculos desportivos, os hidrantes deverão ser instalados em locais de acesso restrito ao Corpo de Bombeiros Militar, brigada de incêndio ou bombeiro profissional civil, atendendo ao seguinte: 1) a administração do estádio deverá colocar a disposição no centro de comando dos bombeiros ou brigada, uma chave mestra para abertura de todos os locais de acesso restrito que contenham equipamentos de combate a incêndio, citados nos artigos anteriores e disponibilizar funcionários, que possuam a cópia da chave, próximo aos locais para sua abertura; 2) o caminhamento (distância a percorrer) máximo para alcançar um hidrante deve ser de 30 m; 3) poderão ser utilizados no máximo 4 lances de mangueiras de quinze metros junto aos hidrantes instalados nas circulações de acesso às áreas de acomodação de público a fim de atender toda a área do evento (arquibancadas, cadeiras sociais e similares);

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4) as áreas de acomodação do público (arquibancadas, cadeiras, sociais e similares) estão isentas da instalação de hidrantes; 5) todas as demais características de uma instalação de hidrantes e mangotinhos, como reserva técnica, pressão, vazão, tubulações, bombas, registros, válvulas, etc. deverão atender à NT 15 – Sistemas de Hidrante de Mangotinhos para Combate à Incêndios. 6.1.3 Alarme de incêndio 6.1.3.1 A proteção por alarme quando necessária deverá atender ao seguinte: a) os locais administrativos, vestiários, bares, restaurantes, museus, lojas, cabines de rádios, camarotes, sala de imprensa, estacionamentos cobertos e demais áreas onde não há presença de espectadores, deverão atender o previsto na NT 17 – Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio; b) nos locais de acesso de público para assistência aos espetáculos desportivos, o sistema de alarme será instalado atendendo o que segue:

1) os acionadores manuais de alarme deverão ser instalados junto aos hidrantes;

2) os avisadores sonoros deverão ser substituídos por sistema de som audível em toda a área de circulação e acomodação do público (arquibancadas, cadeiras, sociais e similares);

3) junto à central de alarme deverá ser instalado microfone conectado ao sistema de som do estádio;

4) todas as demais características de instalação do sistema de alarme e sonorização deverão atender o previsto na ABNT NBR 9441. 6.1.3.2 Os recintos devem ser equipados com sistema de sonorização e instalações que permitam difundir, em caso de emergência, aviso de abandono ao público e acionar os meios de socorro para intervir em caso de incêndio ou outras emergências. 6.1.3.3 Os equipamentos de som amplificados devem ser conectados a sistemas autônomos de alimentação elétrica para que, no caso de interrupção do fornecimento de energia, sejam mantidos em funcionamento por período mínimo de 120 minutos. 6.1.3.4 Antes do início de cada evento, o público presente deve ser orientado através do sistema de som quanto à localização das saídas de emergência para cada setor e sobre os sistemas de segurança existentes. 6.1.3.5 Os difusores de alarme geral devem ser instalados em local seguro e fora do alcance do público. 6.1.3.6 O sistema de alarme de incêndio deve ser setorizado e monitorado pela central de segurança. 6.1.4 Iluminação de emergência O sistema de iluminação de emergência é obrigatório em

todos os estádios, devendo atender ao prescrito na NT 13 – Iluminação de Emergência. . 6.1.5 Sinalização de emergência

6.1.5.1 O sistema de sinalização de emergência é obrigatório em todos os estádios. 6.1.5.2 A sinalização de orientação e salvamento, além do previsto na NT 14 – Sinalização de Emergência, deverá conter a palavra “SAÍDA”.

6.1.6 Central de GLP / GN 6.1.6.1 Nos estádios em que houver a necessidade da utilização de gás liquefeito de petróleo ou gás natural, este deverá ser abastecido através de central. 6.1.6.2 Não será permitido o abastecimento de sistemas a granel nos horários de competições e funcionamento dos estádios com acesso de público. 6.1.6.3 Os afastamentos e demais requisitos deverão atender o previsto na NT 18 - Líquidos e Gases Combustíveis e Inflamáveis, sendo que a central deverá ser instalada em local sem acesso de público. 6.1.7 Acesso de viaturas 6.1.7.1 Deve-se prever o acesso e saída adequados aos serviços de emergência, obedecendo aos critérios da NT 06 – Acesso de Viaturas nas Edificações e Áreas de Risco 6.1.7.2 As vias de acesso e saída dos serviços de emergência devem ser separadas dos acessos e saídas usadas pelo público. 6.1.7.3 As edificações atendidas por esta Norma devem ser servidas por no mínimo 2 (duas) vias de acesso que permitam a aproximação, estacionamento e a manobra das viaturas do Corpo de Bombeiros, e atender aos demais requisitos preconizados na NT 06 – Acesso de Viaturas nas Edificações e Áreas de Risco. 6.1.8 Brigada de incêndio / bombeiro profissional civil Os critérios para a constituição e exigência da brigada de incêndio ou bombeiro profissional civil estão estabelecidos em NT especifica. 6.1.9 Outras exigências

6.1.9.1 Os elementos estruturais dos recintos devem apresentar resistência mecânica compatível com as ações e as solicitações a que são sujeitos (conforme normas da ABNT), bem como devem possuir resistência ao fogo suficiente para o abandono seguro dos ocupantes e para as ações de socorro, conforme NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção. 6.1.9.2 A estabilidade estrutural da edificação deve ser comprovada em laudo técnico específico, emitido por profissional capacitado e habilitado. 6.1.9.3 As áreas técnicas, depósitos, escritórios, geradores e outras áreas similares devem ser compartimentadas das áreas de público e rotas de fuga com elementos resistentes ao fogo (ver NT 11 - Compartimentação Horizontal e Compartimentação Vertical).

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6.1.9.4 Os dutos e shafts horizontais e verticais das instalações do recinto devem ser devidamente selados quando atravessarem qualquer elemento de construção (em especial paredes e lajes), mantendo-se assim a compartimentação dos espaços, o isolamento dos locais e a proteção das circulações (ver NT 11 - Compartimentação Horizontal e Compartimentação Vertical). 6.1.9.5 A reação ao fogo dos materiais utilizados nos acabamentos, nos elementos de decoração e no mobiliário principal fixo deve ser controlada para limitar o risco de deflagração e a velocidade do desenvolvimento do incêndio. 6.1.9.6 Os estádios com capacidade superior a vinte mil pessoas deverão manter central técnica de informações, com infraestrutura suficiente para viabilizar o monitoramento por imagem do público presente. 6.1.9.7 Os elementos decorativos e demais materiais de acabamento devem ser dispostos de maneira a não criar obstáculos nas áreas de circulação e atender Norma Técnica especifica. 6.1.9.8 Será exigido sistema de controle de público (catracas ou similar), quando a expectativa de público for superior a 70% da lotação do estádio. 6.1.9.9 É dever da entidade responsável pela organização da competição disponibilizar equipe médica e uma ambulância para cada dez mil torcedores presentes à partida conforme prevê o Estatuto do Torcedor. 6.1.9.10 As instalações elétricas e o sistema de proteção contra descargas atmosféricas devem atender aos requisitos previstos, respectivamente, na ABNT NBR 5410 (Instalações Elétricas de Baixa Tensão) e na ABNT NBR 5419 (Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas). 6.1.9.11 As edificações construídas que não atenderem os dimensionamentos dos degraus das arquibancadas previstas nesta Norma Técnica estará sujeita a redução de público de até 30% de sua capacidade, quando for viável a utilização das arquibancadas atendendo os parâmetros de segurança. 6.2 Sala de segurança 6.2.1 Na edificação deve-se prever uma sala de segurança em local estratégico, que possa dar visão completa de todo recinto (setores de público, campo, quadra, arena etc.), devidamente equipada com os todos os recursos de informação e de comunicação disponíveis no local. 6.2.2 Nesta sala devem-se interligar os sistemas de monitoramento e de alarmes (incêndio e segurança) existentes no recinto. 6.2.3 A sala de segurança funcionará como Posto de Comando das operações desenvolvidas em situação de normalidade, sendo que em caso de emergência, deve-se avaliar o melhor local para destinação do Posto de Comando.

6.3 Edificações de caráter temporário Além dos critérios estabelecidos nos itens anteriores, as edificações cuja estrutura seja de caráter temporário, devem atender ainda ao seguinte: a) os espaços vazios abaixo das arquibancadas não podem ser utilizados como áreas úteis, tais como depósitos de materiais diversos, áreas de comércio, banheiros e outros, devendo ser mantidos limpos e sem quaisquer materiais combustíveis durante todo o período do evento; b) os vãos (espelhos) entre os assentos das arquibancadas que possuam alturas superiores a 0,3 m devem ser fechados com materiais de resistência mecânica análoga aos guardacorpos, de forma a impedir a passagem de pessoas; c) em ocupações temporárias (desmontáveis) são aceitos pisos em madeira na rota de fuga, desde que possuam resistência mecânica compatível, características antiderrapantes e sejam afixados de forma a não permitir sua remoção sem auxílio de ferramentas; d) nos locais destinados aos espectadores e rotas de fuga, todas as fiações e circuitos elétricos devem estar embutidos, além de devidamente isolados; e) os elementos estruturais dos recintos devem apresentar resistência mecânica compatível com as ações e solicitações a que são sujeitos, prevendo-se inclusive as ações das intempéries, especialmente do vento; f) os materiais utilizados nos acabamentos, elementos de decoração, coberturas flexíveis (lonas) e no mobiliário principal devem estar em conformidade com norma específica, de forma a restringir a propagação de fogo e o desenvolvimento de fumaça; g) os elementos de suporte estrutural das tendas ou outras coberturas flexíveis devem possuir as mesmas características de resistência e/ou retardo de fogo, de forma a garantir a necessária evacuação do público. 6.4 Os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico são, no mínimo, os seguintes: a) larguras das escadas, acessos radiais, laterais e portas das saídas de emergência; b) barra antipânico onde houver; c) corrimãos em escadas e rampas, inclusive os corrimãos centrais; d) dimensões da base e espelho dos degraus; e) porcentagem de inclinação das rampas; f) as lotações dos setores de arquibancadas e camarotes; g) dimensões dos camarotes (quando houver); h) dimensões das cadeiras fixas (dobráveis ou não) e o espaçamento entre as mesmas;

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i) indicar o revestimento do piso; j) indicar os equipamentos de som; k) localização do grupo motogerador quando houver; l) localização das medidas de segurança necessárias; m) juntar o memorial de cálculo de dimensionamento de lotação e saídas de emergência em centros esportivos e de exibição; n) inclinações das arquibancadas.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades

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ANEXO A - FIGURAS

Figura 1- Disposição dos guardacorpos (barreiras) (posição, altura e resistência mecânica)

Fonte: Green Guide, UK, com adaptações do CBMES.

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Figura 2 - Detalhe de assentos e patamares

Fonte: Green Guide, UK, com adaptações do CBMES

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Notas:

a) O fechamento do guardacorpo deve atender aos requisitos previstos na NT 10-Saída de Emergência, Parte 1- Condições Gerais

b) Verificar também os itens sobre guardacorpos e corrimãos desta NT.

Figura 3 - Detalhe de altura de corrimãos e guardacorpos

Fonte: Green Guide, UK, com adaptações do CBPMESP.

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Figura 4 - Detalhe dos assentos e guardacorpos (barreiras)

Fonte: Green Guide, UK, com adaptações do CBMES.

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Figura 5 - Distâncias a percorrer e acessos

Fonte: Green Guide, UK, com adaptações do CBMES.

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Figura 6 - Detalhe de Distribuição dos Acessos Radiais e Vomitórios (Modelos)

Fonte: StadiumAtlas, com adaptações do CBMES.

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Figura 7 - Detalhe de Distribuição dos Acessos Radiais e Vomitórios (Modelos)

Fonte: StadiumAtlas, com adaptações do CBMES.

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Figura 8 - Inclinações das Arquibancadas

Fonte: StadiumAtlas, com adaptações do CBMES.

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Figura 9 - Altura das barreiras (m)

Fonte: StadiumAtlas, com adaptações do CBMES

Figura 10 - Detalhes das barreiras (m)

Fonte: StadiumAtlas, com adaptações do CBMES

0,65

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Figura 11 - Vista Lateral das barreiras

Fonte: StadiumAtlas, com adaptações do CBMES

Figura 12 - Largura mínima de Saídas (m)

Fonte: StadiumAtlas, com adaptações do CBMES

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Figura 13 - Visibilidade do Espetáculo

Fonte: StadiumAtlas, com adaptações do CBMES

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 10/2010

SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

PARTE 4 - DIMENSIONAMENTO DE SAÍDAS DE EMERGÊNCIA PARA EDIFICAÇÕES OU ÁREAS DE RISCO DESTINADAS A

SHOWS E EVENTOS

ANEXOS

A - GRÁFICO DA LARGURA DAS SAÍDAS

B - MODELO DE REGISTRO DE SUPERVISÃO DE

EVENTO

C - DISTRIBUIÇÃO DAS SAÍDAS

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 200 - R, DE 20 DE ABRIL DE 2010.

Aprova a Norma Técnica nº 10/2010, Parte 4 do Centro de Atividades Técnicas, que estabelece as condições gerais a serem observadas para o dimensionamento das saídas de emergência para edificações e áreas de risco destinadas a shows e eventos.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas

atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 10/2010, Parte 4 do Centro de Atividades Técnicas, que estabelece as

condições gerais a serem observadas para dimensionamento das saídas de emergência para edificações e áreas de risco destinadas a shows e eventos.

Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 20 de abril de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES Publicada no Diário Oficial de 28 de maio de 2010 Parte específica: Documentos Técnicos cancelados ou substituídos:

• NT 16/2009 do CBMES publicado no Diário Oficial de 14 de abril de 2009.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 10/2010 - Saídas de Emergência

Parte 4 - Dimensionamento de Saídas de Emergência para Edificações e Áreas de Risco Destinadas a Shows e Eventos

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1 OBJETIVO 1.1 Estabelecer os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento de saídas de emergência em shows e eventos realizados em áreas públicas ou privadas cuja população seja superior a 1.200 (mil e duzentas) pessoas. 1.2 Proteção da vida humana e do patrimônio público e privado. 2 APLICAÇÃO 2.1 A presente Norma Técnica aplica-se a todos os recintos ou setores situados em edificações permanentes ou temporárias, fechadas ou abertas, cobertas ou descobertas, plana e ao nível do terreno circundante que abrigam eventos, shows e similares em período limitado capaz de concentrar pessoas em determinado espaço físico construído cuja população seja superior a 1.200 (mil e duzentas) pessoas. 2.2 As edificações e áreas de risco enquadradas no item anterior, permanentes ou temporárias, fechadas ou abertas, cobertas ou descobertas, plana e ao nível do terreno circundante com população igual ou inferior a 1.200 pessoas, bem como as demais ocupações, devem atender aos requisitos da NT 10 - Saídas de emergência, Parte 1 - Condições Gerais, quanto à lotação e dimensionamento das saídas de emergência. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS Para compreensão desta Norma Técnica é necessário consultar as seguintes normas, levando em consideração todas as suas atualizações e outras que vierem substituí-las: ABNT NBR 9050/2004 – Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos; ABNT NBR 9077/2001 – Saídas de Emergências em Edifícios; ABNT NBR 10898/1999 – Sistema de Iluminação de Emergência – Procedimento; ABNT NBR 13434-1/2004 – Sinalização de Segurança Contra Incêndio e Pânico; COELHO, Dr. Antônio Leça. Modelação matemática do abandono de edifícios sujeitos à ação de um incêndio. Portugal: Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto; Instrução Técnica CBPMESP nº 12 – Dimensionamento de Lotação e Saídas de Emergência em Centros Esportivos e de Exibição; Instrução Técnica CBMMG nº 33 – Eventos Temporários; Lei nº 10.671, de 15 de maio de 2003 – Estatuto do Torcedor.

4 DEFINIÇÕES Para atendimento desta Norma Técnica definem-se shows e eventos qualquer acontecimento de especial interesse público ocorrendo em período limitado capaz de concentrar pessoas em determinado espaço físico construído ou preparado para a atividade. Os shows e eventos são subdivididos em: 4.1 Eventos de baixo impacto 4.1.1 Serão considerados eventos de baixo impacto: a) os eventos realizados em espaços abertos sem delimitação com barreiras que impeçam o trânsito livre de pessoas e não sejam realizadas atividades que envolvam risco de incêndio e pânico às pessoas; b) eventos que não sejam realizados sobre estruturas de madeira e/ou metálica montadas temporariamente para receber o público. 4.1.2 Será admitida a montagem de estrutura temporária de madeira e/ou metálica, assim considerado palcos e similares para uso específico da coordenação do evento e apresentações artísticas e culturais. 4.2 Eventos de médio impacto São considerados eventos de médio impacto todos os eventos realizados em edificações ou áreas públicas ou privadas com previsão de público superior a 1.200 e inferior a 5.000 pessoas que não se enquadrem no item 4.1. 4.3 Eventos de impacto São considerados eventos de impacto todos os eventos realizados em edificações ou áreas públicas ou privadas com previsão de público igual ou superior a 5.000 e inferior a 10.000 pessoas que não se enquadrem no item 4.1. 4.4 Eventos de alto impacto São considerados eventos de alto impacto todos os eventos realizados em edificações ou áreas públicas ou privadas com previsão de público igual ou superior a 10.000 pessoas que não se enquadrem no item 4.1. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Condições gerais 5.1.1 Além do disposto nesta Norma Técnica deverão ser observadas as demais exigências referentes às medidas de segurança contra incêndio e pânico estabelecidas em Normas Técnicas específicas. 5.1.2 Para os Eventos de alto impacto especificados nesta Norma Técnica será exigido o Projeto Técnico, aprovado pelo Corpo de Bombeiros, conforme norma em vigor.

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5.2 Saídas de Emergência 5.2.1 As saídas de emergência compreendem o seguinte: a) acesso ou rotas de saídas horizontais, ou seja, acessos às portas ou ao espaço livre exterior; b) área de dispersão. 5.2.2 Em todos os locais de eventos deverá haver, no mínimo, duas alternativas de saída de emergência que possibilitem diferentes sentidos de fuga (Anexo C). 5.2.3 Os setores verticais tais como camarotes e camarins deverão atender a parâmetros de norma técnica específica para dimensionamento de suas saídas de emergências. 5.3 Rotas de saídas horizontais – acessos e portas 5.3.1 Os acessos horizontais devem satisfazer as seguintes condições: a) possuir no mínimo 3,0m de largura; b) estar livres de obstáculos e permitir o acesso rápido e seguro do público às portas de saída; c) os acessos destinados aos portadores de deficiência devem observar ainda os demais critérios descritos na ABNT NBR 9050; d) ser iluminados e sinalizados com indicação clara do sentido da saída, de acordo com o estabelecido e adotado em normas específicas. 5.3.2 As portas de saída de emergência devem atender aos seguintes requisitos: a) abrir no sentido de fuga podendo, na impossibilidade, ser do tipo de correr; b) possuir largura dimensionada para evacuação segura da população do recinto ou setor e nunca inferior a 3,00m; c) serem distribuídas de forma equidistantes e de maneira a atender o fluxo a elas destinado; d) não possuir peças plásticas em fechaduras, espelhos, maçanetas, dobradiças e outros; e) não é permitida a colocação de portas em rampas, sendo que estas devem estar situadas sempre em patamares planos, com comprimento igual ou superior à da folha da porta de cada lado do vão. 5.4 Áreas de dispersão 5.4.1 A área de dispersão é a parte da saída de emergência que contempla o local fora dos limites do evento ou show na qual ocorre a dispersão das pessoas após o termino do evento. 5.4.2 As áreas de dispersão devem atender o seguinte: a) dimensionadas a fim de evitar o acúmulo de pessoas considerando todas as saídas horizontais e verticais que para ela convergirem;

b) não serem utilizadas como estacionamento de veículos de qualquer natureza, sendo, quando necessário, dotadas de divisores físicos que impeçam tal utilização; c) ser mantida livre e desimpedida, não devendo ser dispostas dependências que, pela sua natureza ou sua utilização, possam provocar a aglomeração de público, tais como bares, pistas de dança, lojas de souvenirs ou outras ocupações; d) não ser utilizada como depósito de qualquer natureza. 5.5 Cálculo da população 5.5.1 As saídas de emergência são dimensionadas em função da população máxima no recinto e/ou setor do evento. 5.5.2 Para as edificações, o cálculo da população máxima será determinado pelos itens abaixo: a) a população do recinto e/ou setor do evento, como um todo, é calculada considerando 2 pessoas por metro quadrado (m2) em área plana; b) no caso de camarotes que não possuam cadeiras fixas, a densidade para fins de cálculo é de 2 pessoas por metro quadrado (m2) da área bruta do camarote. 5.6 Dimensionamento das Saídas 5.6.1 A largura total das saídas (L) das edificações e áreas de risco destinadas a shows e eventos com população (P) superior a 1.200 e inferior a 5.000 pessoas (evento de médio impacto) devem ser dimensionadas conforme o seguinte: a) locais cobertos: b) locais descobertos: 5.6.2 A largura total das saídas (L) das edificações e áreas de risco destinadas a shows e eventos com população (P) igual ou superior 5.000 pessoas (eventos de impacto e alto-impacto) devem ser dimensionadas conforme o seguinte: a) locais cobertos:

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b) locais descobertos: 6 DISPOSIÇÕES GERAIS 6.1 Sistemas complementares 6.1.1 Para todo show ou evento é obrigatória a presença de um responsável legal pelo evento, que conheça o projeto de segurança, o plano de emergência e que esteja pronto para atender ao Corpo de Bombeiros durante fiscalização e responder em caso de emergência. 6.1.2 Em shows ou eventos de impacto e alto impacto os equipamentos de som amplificados devem ser conectados a sistemas autônomos de alimentação elétrica para que, no caso de interrupção do fornecimento de energia, sejam mantidos em funcionamento por período mínimo de 60 minutos. 6.1.3. Antes do início de cada evento, o público presente deve ser orientado através do sistema de som quanto à localização das saídas de emergência para cada setor e sobre os sistemas de segurança existentes. 6.1.4 Os sistemas de iluminação e sinalização de emergência, alarme e detecção de incêndio, extintores e hidrantes devem ser executados obedecendo aos critérios das respectivas normas técnicas específicas. 6.1.5 Os elementos decorativos e demais materiais de acabamento devem ser dispostos de maneira a não criar obstáculos nas áreas de circulação e atender à norma técnica específica. 6.1.6 Será exigido Sistema de Controle de Público (catracas ou similar) nos shows e eventos, exceto nos eventos de baixo impacto. 6.1.7 É dever do responsável pela organização do evento disponibilizar equipe médica e uma ambulância para cada dez mil pessoas. 6.2 Brigada de Incêndio Os critérios para a constituição de Brigada de Incêndio nos locais em que se aplicam esta norma estão estabelecidos em Norma Técnica especifica. 6.3 Edificações de caráter temporário Além dos critérios estabelecidos nos itens anteriores, as edificações cuja estrutura seja de caráter temporário, devem atender ainda ao seguinte: a) os elementos estruturais dos recintos devem apresentar resistência mecânica compatível com as ações e solicitações a que são sujeitos, prevendo-se inclusive as ações das intempéries, especialmente do vento; b) os materiais utilizados nos acabamentos, elementos de decoração, coberturas flexíveis (lonas) e no mobiliário

principal devem restringir a propagação de fogo e o desenvolvimento de fumaça, conforme norma específica; c) os elementos de suporte estrutural das tendas ou outras coberturas flexíveis devem possuir as mesmas características de resistência e/ou retardo de fogo, de forma a garantir o abandono do público; d) em ocupações temporárias (desmontáveis) são aceitos pisos em madeira na rota de fuga, desde que possuam resistência mecânica compatível, características antiderrapantes e sejam afixados de forma a não permitir sua remoção sem auxílio de ferramentas; e) os circuitos elétricos e fiação do sistema de iluminação de emergência devem ser instalados em conformidade com norma específica, e as demais instalações elétricas devem atender aos demais requisitos previstos na ABNT NBR 5410; f) nos locais destinados aos espectadores e rotas de fuga, todas as fiações e circuitos elétricos devem estar embutidos, além de devidamente isolados; g) as edificações atendidas por esta norma devem ser servidas por no mínimo uma via de acesso que permita a aproximação, estacionamento e a manobra das viaturas do Corpo de Bombeiros, e atender aos demais requisitos preconizados em norma específica. 6.4 Procedimentos de fiscalização 6.4.1 As edificações e áreas de risco permanentes que forem abrigar shows e eventos temporários devem estar devidamente regularizadas junto ao CBMES e atender as exigências para a atividade temporária que se pretende nela desenvolver. 6.4.1.1 Se no interior da edificação e área de risco permanente, for acrescida instalação temporária, tais como boxe, estande, entre outros, prevalece à proteção da edificação e áreas de risco permanente, desde que atenda aos requisitos para a atividade em questão. 6.4.2 Deve-se apresentar Projeto Técnico para eventos de alto impacto realizados em áreas públicas, privadas ou edificações permanentes, não licenciadas para o exercício de atividade da mesma natureza do evento, ou ainda onde seja montada estrutura provisória com área superior a 2.000 m², desde que possuam delimitações com barreiras que impeçam o trânsito livre de pessoas. O projeto deve ser apresentado para análise pelo CBMES com antecedência mínima de 30 dias. 6.4.3 Nos casos onde não há a necessidade de Projeto Técnico, deve ser apresentado layout em escala, que deve abranger, quando couber:

1) toda área especificando perímetros, áreas e larguras das saídas;

2) todas as dependências, áreas de riscos, arquibancadas, arenas e outras áreas destinadas à permanência de público, instalações, equipamentos, brinquedos de parques de diversões, palcos, centrais de gases inflamáveis, enfim, tudo o que for fisicamente instalado, sempre com dimensões da respectiva área;

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3) devem ser lançados os símbolos gráficos dos sistemas e equipamentos de segurança contra incêndio; e

4) assinatura do responsável. 6.4.4 Para solicitação de vistorias referentes a shows e eventos, o interessado deve protocolar o pedido com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data da realização da atividade. 6.4.5 Em caso de estruturas e instalações provisórias, as mesmas deverão estar concluídas, assim como as demais medidas de segurança até às 12 horas da último dia útil que antecede o evento, quando será realizada a última conferência do agente fiscalizador. 6.4.6 A emissão do ALCB se dará até às 17 horas do último dia útil que antecede o evento, caso não haja irregularidades apontadas em vistoria. 6.4.7 A validade do Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros (ALCB) estará condicionada a duração do evento. 6.4.8 Nos casos em que o Corpo de Bombeiros se fizer presente na atividade de prevenção contra incêndio e pânico do evento, o empreendedor, ao final do evento, deverá atestar junto ao Comandante das Operações de Bombeiros o documento que certifica o público presente, conforme Anexo B desta Norma Técnica.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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ANEXO A

Legendas:

FÓRMULAS PARA O CÁLCULO DA LARGURA TOTAL DAS SAÍDAS

Eventos de médio impacto: Eventos de impacto e alto impacto:

(1.200 < P < 5.000) (P ≥ 5.000)

a) Locais Cobertos:

a) Locais Cobertos:

b) Locais Descobertos:

b) Locais Descobertos:

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ANEXO B

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

REGISTRO DE SUPERVISÃO DE EVENTO

DADOS DO EVENTO

Nome do Evento: ______________________________________________________________.

Local: _______________________________________________________________________.

Data: _____/_____/________.

Hora do início do evento: ____:____ h. Hora do término do evento: ____:____ h.

CONTROLE DE PÚBLICO

Dispositivo (nº ou local) _____________ Numeração Inicial: _________ Final: ___________ Dispositivo (nº ou local) _____________ Numeração Inicial: _________ Final: ___________ Dispositivo (nº ou local) _____________ Numeração Inicial: _________ Final: ___________ Dispositivo (nº ou local) _____________ Numeração Inicial: _________ Final: ___________ Dispositivo (nº ou local) _____________ Numeração Inicial: _________ Final: ___________ Dispositivo (nº ou local) _____________ Numeração Inicial: _________ Final: ___________ Dispositivo (nº ou local) _____________ Numeração Inicial: _________ Final: ___________ Dispositivo (nº ou local) _____________ Numeração Inicial: _________ Final: ___________

Público no início do evento: ______________ . Em conformidade Em excesso

Estimativa do excesso: ___________ %

Notificação: Sim Não

Responsável pelo Evento Comandante da Operação

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ANEXO C

Distribuição das Saídas

Saídas Alternativas bem distribuídas (em conformidade com esta NT)

Saídas Alternativas mal distribuídas (em desconformidade com esta NT)

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 11/2010

COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL E COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - FIGURAS

B - TABELA

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 193 - R, DE 10 DE MARÇO DE 2010.

Aprova a Norma Técnica nº 11/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a compartimentação horizontal e a compartimentação vertical.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas

atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 11/2010, do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a

compartimentação horizontal e a compartimentação vertical. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 10 de março de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM Comandante Geral do CBMES

Publicada no Diário Oficial de 28 de maio de 2010

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1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma Técnica estabelece os parâmetros a serem observados para a compartimentação horizontal e compartimentação vertical, exigida pela Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo. 1.2 A compartimentação horizontal se destina a impedir a propagação de incêndio no pavimento de origem para outros ambientes no plano horizontal. 1.3 A compartimentação vertical se destina a impedir a propagação de incêndio no sentido vertical, ou seja, entre pavimentos elevados consecutivos. 2 APLICAÇÃO Esta Norma Técnica se aplica a todas as edificações onde são exigidas a compartimentação horizontal e a compartimentação vertical, conforme NT 02 - Exigências das Medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco, estabelecendo detalhamentos técnicos relativos à área de compartimentação. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS Para mais esclarecimentos, consultar as seguintes normas: ABNT NBR 5628/1980 – Componentes Construtivos Estruturais – Determinação da Resistência ao Fogo; ABNT NBR 6118/2003 – Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento; ABNT NBR 6479/1992 – Portas e Vedadores – Determinação da Resistência ao Fogo; ABNT NBR 7199/1989 – Projeção, Execução e Aplicações de Vidros na Construção Civil; ABNT NBR 9441/1998 – Execução de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio; ABNT NBR 10636/1989 – Paredes Divisórias Sem Função Estrutural – Determinação da Resistência ao Fogo; ABNT NBR 11711/1992 – Portas e Vedadores Corta-fogo com Núcleo de Madeira para Isolamento de Riscos em Ambientes Comerciais e Industriais; ABNT NBR 11742/1992 – Porta Corta-fogo para Saída de Emergência; ABNT NBR 13768/1997 – Acessórios Destinados à Porta Corta-fogo para Saída de Emergência – Requisitos; ABNT NBR 14323/1999– Dimensionamento de Estrutura de Aço de Edifício em Situação de Incêndio – Procedimento; ABNT NBR 14432/2001 – Exigências de Resistência ao Fogo de Elementos Construtivos de Edificações – Procedimento;

ABNT NBR 14925/2003 – Unidades Envidraçadas Resistentes ao Fogo para Uso em Edificações; ISO 1182 – Reaction to Fire Tests for Building Products – Non-combustibility Test. 4 DEFINIÇÕES Para efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da NT 03 – Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Compartimentação horizontal 5.1.1 A compartimentação horizontal é constituída dos seguintes elementos construtivos: a) paredes de compartimentação ou corta-fogo; b) portas corta-fogo; c) vedadores corta-fogo; d) registros corta-fogo (dampers); e) selos corta-fogo; f) afastamento horizontal entre aberturas. 5.1.2 Características de construção Para os ambientes compartimentados horizontalmente entre si, serão exigidos os seguintes requisitos: a) a parede de compartimentação deverá ser construída entre o piso e o teto devidamente vinculada à estrutura do edifício, com reforços estruturais adequados; b) no caso de edificações que possuam cobertura combustível (telhado), a parede de compartimentação deverá estender-se, no mínimo, a 1 m acima da linha de cobertura (telhado); c) alternativamente ao item anterior, se o telhado for constituído por cobertura ou telhas combustíveis, translúcidas ou não, deve-se prever um distanciamento mínimo de dois metros entre as referidas telhas e a parede de compartimentação; d) as aberturas situadas na mesma fachada, em lados opostos da parede de compartimentação, devem ser afastadas horizontalmente entre si por trecho de parede com dois metros de extensão devidamente consolidada à parede de compartimentação e apresentando a mesma resistência ao fogo (Figura 1 - Anexo A); e) a distância mencionada no item anterior poderá ser substituída por um prolongamento da parede corta-fogo de compartimentação, externo à edificação, com extensão mínima de 0,90 m (Figura 1 - Anexo A); f) as paredes de compartimentação devem ser dimensionadas estruturalmente de forma a não entrarem em colapso caso ocorra a ruína da cobertura do edifício do

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Compartimentação Vertical

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lado afetado pelo incêndio; g) a resistência ao fogo da parede de compartimentação, no que tange aos panos de alvenaria ou de painéis pré-moldados fechando o espaço entre os elementos estruturais, deve ser determinada por meio da ABNT NBR 10636; já a resistência ao fogo dos seus elementos estruturais deve ser dimensionada para situação de incêndio, de acordo com o prescrito na NT 09 - Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção; h) as aberturas situadas em fachadas paralelas ou ortogonais, pertencentes a áreas de compartimentação horizontal distintas dos edifícios devem estar distanciadas de forma a evitar a propagação do incêndio por radiação térmica; para isso deve ser considerada a porcentagem de aberturas da área total das fachadas, indicados na Tabela 01; Tabela 01: Afastamentos mínimos entre aberturas situadas

em fachadas paralelas ou ortogonais Afastamentos entre aberturas

Porcentagem de abertura * Distância (metros) ≤ 30% 6,0

> 30% até 70% 8,0 > 70% 10,0

* a porcentagem considerada é a soma das áreas de aberturas dividida pelas áreas de fachada. i) se as aberturas forem protegidas com elementos de proteção com TRRF 30 min menor que a resistência das paredes, porém nunca inferior a 60 min, consideram-se compartimentadas as áreas; j) as distâncias requeridas na Tabela 01 podem ser suprimidas caso as aberturas sejam protegidas por portas ou vedadores corta-fogo ou vidros corta-fogo, estes atendendo às condições da ABNT NBR 14925 e apresentando resistência ao fogo conforme as condições do item 5.1.4.2 desta Norma Técnica; k) a compartimentação horizontal deve ser compatibilizada com o atendimento da NT 10 – Saídas de Emergência, Parte 1 – Condições Gerais, inclusive no que se refere a distâncias máximas a serem percorridas, de forma que cada área compartimentada seja dotada de no mínimo uma saída para o exterior; l) no caso de mais de uma saída, necessariamente situada em lado oposto, esta poderá ter acesso a uma área compartimentada adjacente, desde que esta área possua saída para o exterior da edificação (Figura 1 - Anexo A). 5.1.3 Proteção das aberturas nas paredes de compartimentação As aberturas existentes nas paredes de compartimentação devem ser devidamente protegidas por elementos corta-fogo de forma a não serem comprometidas suas características de resistência ao fogo, conforme as condições do item 5.1.4.2 desta Norma Técnica. 5.1.3.1 Portas corta-fogo As portas destinadas à vedação de aberturas em paredes de compartimentação devem ser do tipo corta-fogo, sendo aplicáveis as seguintes condições:

a) as portas corta-fogo devem atender ao disposto na norma ABNT NBR 11742 para saída de emergência e ABNT NBR 11711 para compartimentação em ambientes comerciais e industriais; b) na situação de compartimentação de áreas de edificações comerciais e industriais são aceitas também portas corta-fogo de acordo com a norma ABNT NBR 11742, desde que as dimensões máximas especificadas nesta norma sejam respeitadas; c) quando houver necessidade de passagem entre ambientes compartimentados providos de portas de acordo com a ABNT NBR 11711, devem ser instaladas adicionalmente portas de acordo com a ABNT NBR 11742 (Figura 1 - Anexo A). 5.1.3.2 Vedadores corta-fogo As aberturas nas paredes de compartimentação de passagem exclusivas de materiais devem ser protegidas por vedadores corta-fogo atendendo às seguintes condições: a) os vedadores corta-fogo devem atender ao disposto na norma ABNT NBR 11711; b) caso a classe de ocupação não se refira a edifícios industriais ou depósitos, o fechamento automático dos vedadores deve ser comandado por sistema de detecção automática de fumaça que esteja de acordo com a ABNT NBR 9441; c) quando o fechamento for comandado por sistema de detecção automática de incêndio, o status dos equipamentos deve ser indicado na central do sistema e deve ser prevista a possibilidade de fechamento dos dispositivos de forma manual na central do sistema; d) na impossibilidade de serem utilizados vedadores corta-fogo, pela existência de obstáculos na abertura, representados, por exemplo, por esteiras transportadoras, pode-se utilizar alternativamente a proteção por cortina d’água, desde que a área da abertura não ultrapasse 1,5 m2, atendendo aos parâmetros da NT 20 - Sistema de Proteção por Chuveiros Automáticos e normas técnicas específicas. A cortina d’água pode ser interligada ao sistema de hidrantes, que deve possuir acionamento automático. 5.1.3.3 Selos corta-fogo Quaisquer aberturas existentes nas paredes de compartimentação destinadas à passagem de instalações elétricas, hidrossanitárias, telefônicas e outros que permitam a comunicação direta entre áreas compartimentadas devem ser seladas de forma a promover a vedação total corta-fogo atendendo às seguintes condições: a) devem ser ensaiadas para caracterização da resistência ao fogo seguindo os procedimentos da ABNT NBR 6479; b) os tubos plásticos de diâmetro interno superior a 40 mm devem receber proteção especial representada por selagem capaz de fechar o buraco deixado pelo tubo ao ser consumido pelo fogo em ambos os lados da parede;

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Compartimentação Vertical

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c) a destruição da instalação do lado afetado pelo fogo não deve promover a destruição da selagem. 5.1.3.4 Registros corta-fogo (Dampers) Quando dutos de ventilação, ar condicionado ou exaustão atravessarem paredes de compartimentação, além da adequada selagem corta-fogo da abertura em torno dos dutos, devem existir registros corta-fogo devidamente ancorados à parede de compartimentação. As seguintes condições devem ser atendidas: a) os registros corta-fogo devem ser ensaiados para caracterização da resistência ao fogo seguindo os procedimentos da ABNT NBR 6479; b) os registros corta-fogo devem ser dotados de acionamentos automáticos comandados por meio de fusíveis bimetálicos ou por sistema de detecção automática de fumaça que esteja de acordo com a ANBT NBR 9441; c) no caso da classe de ocupação não se referir aos edifícios industriais ou depósitos, o fechamento automático dos registros deve ser comandado por sistema de detecção automática de fumaça que esteja de acordo com a ABNT NBR 9441; d) quando o fechamento for comandado por sistema de detecção automática de fumaça, o status dos equipamentos deve ser indicado na central do sistema e o fechamento dos dispositivos deve poder ser efetuado por decisão humana na central do sistema; e) a falha do dispositivo de acionamento do registro corta-fogo deve se dar na posição de segurança, ou seja, qualquer falha que possa ocorrer deve determinar automaticamente o fechamento do registro; f) os dutos de ventilação, ar condicionado ou exaustão, que não possam ser dotados de registros corta-fogo, devem ser dotados de proteção em toda a extensão (de ambos os lados das paredes), garantindo resistência ao fogo igual a das paredes. 5.1.4 Características de resistência ao fogo 5.1.4.1 No interior da edificação, as áreas de compartimentação horizontal devem ser separadas por paredes de compartimentação, devendo atender aos tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF), conforme NT 09 - Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção. 5.1.4.2 Os elementos de proteção das aberturas existentes nas paredes corta-fogo de compartimentação podem apresentar TRRF 30 min menor que a resistência das paredes de compartimentação, porém nunca inferior a 60 min. 5.1.5 Condições especiais da compartimentação horizontal 5.1.5.1 A compartimentação horizontal está dispensada nas áreas destinadas exclusivamente a estacionamento de veículos. 5.1.5.2 Em subsolos não destinados exclusivamente ao estacionamento de veículos, a área de compartimentação

será de 500 m2. 5.1.5.3 Em complementação aos sistemas de proteção, os subsolos deverão possuir aberturas de ventilação adequadas ao exterior, que permitam realizar a exaustão de gases e fumaça do ambiente. 5.1.5.4 As paredes divisórias entre unidades autônomas e entre unidades e as áreas comuns, para as ocupações dos grupos A (A2 e A3), B, E e H (H2, H3, H5) devem possuir requisitos mínimos de resistência ao fogo, de acordo com o prescrito na NT 09 - Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção. O mesmo se aplica às portas das unidades autônomas que dão acesso aos corredores ou hall de entrada, que devem também ter os requisitos de resistência ao fogo conforme o prescrito na NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção. 5.1.5.5 São consideradas unidades autônomas, para efeito desta NT, os apartamentos residenciais, os quartos de hotéis, motéis e flats, as salas de aula, as enfermarias e quartos de hospital, as celas de presídios e assemelhados. 5.2 Compartimentação vertical 5.2.1 A compartimentação vertical é constituída dos seguintes elementos construtivos: a) entrepisos corta-fogo; b) enclausuramento de escadas por meio de parede de compartimentação; c) enclausuramento de elevadores e montacarga, poços para outras finalidades por meio de porta parachama (observar NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção); d) selos corta-fogo; e) registros corta-fogo (dampers); f) vedadores corta-fogo; g) os elementos construtivos corta-fogo / parachama de separação vertical entre pavimentos consecutivos; h) selagem perimetral corta-fogo; i) cortina corta-fogo. 5.2.2 Características de construção 5.2.2.1 Compartimentação vertical na envoltória do edifício 5.2.2.1.1 As seguintes condições devem ser atendidas pelas fachadas, com intuito de dificultar a propagação vertical do incêndio pelo exterior dos edifícios: a) deve existir separação na fachada entre aberturas de pavimentos consecutivos, que podem se constituir de vigas ou parapeito ou prolongamento dos entrepisos, além do alinhamento da fachada; b) quando a separação for provida por meio de vigas ou parapeitos, estes devem apresentar altura mínima de

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1,2 m separando aberturas de pavimentos consecutivos (Figura 2 - Anexo A); c) quando a separação for provida por meio dos prolongamentos dos entrepisos, as abas devem projetar-se, no mínimo, 0,90 m além do plano externo da fachada (Figura 3 - Anexo A); d) para efeito de compartimentação vertical externa das edificações de baixo risco, poderão ser somadas as dimensões da aba horizontal e a distância da verga até o piso da laje superior, totalizando o mínimo de 1,20 m. (Figura 5 - Anexo A); e) os elementos de separação entre aberturas de pavimentos consecutivos e as fachadas cegas devem ser consolidadas de forma adequada aos entrepisos, a fim de não comprometer a resistência ao fogo destes elementos; f) as fachadas pré-moldadas devem ter seus elementos de fixação devidamente protegidos contra a ação do incêndio e as frestas com as vigas ou lajes devidamente seladas, de forma a garantir a resistência ao fogo do conjunto; g) os materiais transparentes ou translúcidos das janelas devem ser incombustíveis, exceção feita aos vidros laminados. A incombustibilidade desses materiais deve ser determinada em ensaio utilizando-se o método ISO 1182; h) todas as unidades envidraçadas devem atender aos critérios de segurança previstos na ABNT NBR 7199; 5.2.2.1.2 Nas edificações com fachadas totalmente envidraçadas ou “fachadas-cortina” são exigidas as seguintes condições: (Figura 4 - Anexo A) a) os caixilhos e os componentes transparentes ou translúcidos devem ser compostos por materiais incombustíveis, exceção feita aos vidros laminados; a incombustibilidade desses materiais deve ser determinada em ensaios utilizando-se o método ISO 1182; b) devem ser previstos atrás destas fachadas, elementos de separação, ou seja, instalados parapeitos, vigas ou prolongamentos dos entrepisos, de acordo com o item 5.2.2.1 desta Norma Técnica; c) as frestas ou as aberturas entre a “fachada-cortina” e os elementos de separação devem ser vedados com selos corta-fogo, em todo perímetro; tais selos devem ser fixados aos elementos de separação de modo que sejam estruturalmente independentes dos caixilhos da fachada não sendo danificados em caso de movimentação dos elementos estruturais da edificação. 5.2.2.2 Compartimentação vertical no interior dos edifícios 5.2.2.2.1 A compartimentação vertical no interior dos edifícios é provida por meio de entrepisos, cuja resistência ao fogo não deve ser comprometida pelas transposições que intercomunicam pavimentos. Os entrepisos podem ser compostos por lajes de concreto armado ou protendido ou por composição de outros materiais que garantam a separação física dos pavimentos. A resistência ao fogo dos entrepisos deve ser determinada por meio de ensaio segundo a ABNT NBR 5628 ou dimensionada de acordo com norma brasileira pertinente. Deve atender às

seguintes condições: a) no interior da edificação, todas as aberturas no entrepiso destinadas às passagens das instalações de serviços devem ser vedadas por selos corta-fogo; tais selos podem ser substituídos por paredes corta-fogo de compartimentação cegas posicionadas entre piso e teto; b) as aberturas existentes nos entrepisos, devem ser protegidas por vedadores corta-fogo, construídas e instalados de acordo com ABNT NBR 11711; c) os poços destinados a elevadores, montacarga e outras finalidades devem ser constituídos por paredes corta-fogo de compartimentação, devidamente consolidadas de forma adequada às lajes dos pavimentos, com resistência ao fogo. Suas aberturas devem ser protegidas por vedadores parachamas os quais devem apresentar resistência ao fogo igual às das paredes; d) as escadas devem ser enclausuradas por meio paredes de compartimentação e portas corta-fogo, as quais devem atender aos requisitos da NT 10 – Saídas de Emergência, Parte 1 – Condições Gerais; e) no caso de dutos de ventilação, ar condicionado e exaustão que atravessarem as lajes, além da selagem da passagem destes equipamentos, devem existir registros corta-fogo, devidamente ancorados à laje. Caso esses registros não possam ser instalados, toda tubulação deve estar protegida de forma a apresentar resistência ao fogo conforme requisitos da NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção. 5.2.2.3 Aberturas nos entrepisos As aberturas existentes nos entrepisos devem ser devidamente protegidas por elementos corta-fogo de forma a não serem comprometidas suas características de resistência ao fogo, como apresentado nos itens a seguir: 5.2.2.3.1 Escadas As escadas devem ser enclausuradas por meio de paredes de compartimentação e portas corta-fogo, atendendo às seguintes condições: a) a resistência ao fogo da parede de compartimentação, no que tange aos panos de alvenaria ou de painéis pré-moldados fechando o espaço entre os elementos estruturais, deve ser determinada por meio da ABNT NBR 10636, já a resistência ao fogo dos seus elementos estruturais deve ser dimensionada para situação de incêndio, seguindo-se as orientações contidas na NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção; b) as portas corta-fogo de ingresso nas escadas e entre as antecâmaras e a escada devem atender ao disposto na ABNT NBR 11742; c) as portas corta-fogo utilizadas para enclausuramento das escadas devem ser construídas integralmente com materiais incombustíveis, caracterizados de acordo com o método ISO 1182, exceção feita à pintura de acabamento; d) quando a escada de segurança for utilizada como via de circulação vertical em situação de uso normal dos edifícios, suas portas corta-fogo podem permanecer abertas desde

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que sejam utilizados dispositivos elétricos que permitam seu fechamento em caso de incêndio, comandados por sistema de detecção automática de fumaça instalado no(s) hall(s) de acesso à(s) escada(s), de acordo com a ABNT NBR 9441; e) a falha dos dispositivos de acionamento das portas corta-fogo deve dar-se na posição de segurança, ou seja, qualquer falha que possa ocorrer deve determinar automaticamente o fechamento da porta; f) a situação “status” das portas corta-fogo (aberto ou fechado) deve ser indicada na central do sistema de detecção e o fechamento das mesmas deve poder ser efetuado por decisão humana na central; g) nos pavimentos de descarga, os trechos das escadas que provém do subsolo ou dos pavimentos elevados devem ser enclausurados de maneira equivalente a todos os outros pavimentos; h) a exigência de resistência ao fogo das paredes de enclausuramento da escada também se aplica às antecâmaras quando estas existirem. 5.2.2.3.2 Elevadores Os poços destinados a elevadores devem ser constituídos por paredes de compartimentação devidamente consolidadas aos entrepisos. As portas de andares dos elevadores devem ser classificadas como parachamas. As seguintes condições devem ser adicionalmente consideradas: a) devem ser atendidas as condições estabelecidas nas letras “a” e “b” do item 5.2.2.3.1; b) as portas de andares dos elevadores não devem permanecer abertas em razão da presença da cabine nem abrir em razão do dano provocado pelo calor aos contatos elétricos que comandam sua abertura; c) as portas parachamas, conforme item anterior, podem ser substituídas pelo enclausuramento dos halls de acesso aos elevadores, por meio de paredes e portas corta-fogo; d) as portas corta-fogo mencionadas no item anterior devem fechar automaticamente em caso de incêndio, comandadas por sistema de detecção automática de fumaça devendo atender ao disposto na ABNT NBR 11742 e as disposições das letras “d” a “g” do item 5.2.2.3.1; e) uma outra alternativa às portas parachamas de andar constitui-se de enclausuramento dos halls dos elevadores, por meio de portas retráteis corta-fogo, mantidas permanentemente abertas e comandadas por sistema de detecção automática de fumaça, de acordo com a ABNT NBR 9441, fechando automaticamente em caso de incêndio e atendendo ainda ao disposto das letras “f” a “g” do item 5.2.2.3.1; f) as portas mencionadas no item anterior não devem estar incluídas nas rotas de fuga; g) as portas retráteis corta-fogo também devem ser abertas ou fechadas no local de sua instalação, manual ou mecanicamente, requerendo na primeira situação um esforço máximo de 130 N;

h) o enclausuramento dos halls dos elevadores permitirá a disposição do elevador de emergência em seu interior; i) as portas de andar de elevadores e as portas de enclausuramento dos halls devem ser ensaiadas para a caracterização da resistência ao fogo seguindo-se os procedimentos da ABNT NBR 6479. 5.2.2.3.3 Montacargas Os poços destinados à montacarga devem ser constituídos por paredes de compartimentação devidamente consolidadas aos entrepisos. As portas de andar devem ser classificadas como parachamas. As seguintes condições devem ainda ser consideradas: a) devem ser atendidas as condições estabelecidas nas letras “a” e “b” do item 5.2.2.3.1; b) as portas de andar do montacarga não devem permanecer abertas em razão de presença da cabine nem abrir em razão do dano provocado pelo calor aos contatos elétricos que comandam sua abertura; c) as portas mencionadas devem ser ensaiadas seguindo-se os procedimentos da ABNT NBR 6479; d) alternativamente às portas parachamas do montacarga, os “halls” de acesso aos elevadores devem ser enclausurados conforme as condições estabelecidas nas letras “c” a “g” do item 5.2.2.3.1. 5.2.2.3.4 Prumadas das instalações de serviço Quaisquer aberturas existentes nos entrepisos destinadas à passagem de instalação elétrica, hidrossanitárias, telefônicas e outras, que permitam a comunicação direta entre os pavimentos de um edifício, devem ser seladas de forma a promover a vedação total corta-fogo atendendo às seguintes condições: a) devem ser ensaiadas para a caracterização da resistência ao fogo seguindo-se os procedimentos da ABNT NBR 6479; b) os tubos plásticos com diâmetro interno superior a 40 mm devem receber proteção especial representada por selagem capaz de fechar o buraco deixado pelo tubo ao ser consumido pelo fogo abaixo do entrepiso; c) a destruição da instalação do lado afetado pelo fogo não deve promover a destruição da selagem. 5.2.2.3.5 Aberturas de passagem de dutos de ventilação, ar condicionado e exaustão 5.2.2.3.5.1 Quando dutos de ventilação, ar condicionado ou exaustão atravessarem os entrepisos, além da adequada selagem corta-fogo da abertura em torno do duto, devem existir registros corta-fogo devidamente ancorados aos entrepisos e atendidas as condições estabelecidas nas letras “a” a “e” do item 5.1.3.4. 5.2.2.3.5.2 Caso os dutos de ventilação, ar condicionado e exaustão não possam ser dotados de registros corta-fogo na transposição dos entrepisos, devem ser dotados de proteção em toda a extensão, garantindo a adequada resistência ao fogo. Nesse caso, as derivações existentes

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nos pavimentos devem ser protegidas por registros corta-fogo, cujo acionamento deve atender às condições estabelecidas nas letras “a” a “e” do item 5.1.3.4. 5.2.2.3.6 Aberturas de passagem de materiais As aberturas nos entrepisos de passagem exclusiva de materiais devem ser protegidas por vedadores corta-fogo, atendendo às seguintes condições estabelecidas no item 5.1.3.2. 5.2.2.3.7 Átrios Os átrios devem ser entendidos como espaços no interior de edifícios que interferem na compartimentação horizontal ou vertical, devendo atender a uma série de condições para não facilitarem a propagação do incêndio. Para que a existência do átrio não afete a compartimentação vertical, é necessário que as seguintes condições adicionais sejam atendidas: a) compartimentação do átrio deve ser feita em todos os pavimentos servidos em seu perímetro interno ou no perímetro da área de circulação que o rodeia em cada pavimento; b) os elementos de compartimentação do átrio devem apresentar resistência ao fogo, podendo, inclusive, constituírem-se por paredes de compartimentação, vidros corta-fogo e vedadores corta-fogo; c) as paredes de compartimentação devem atender às condições estabelecidas nas letras “a” e “b” do item 5.2.2.3.1; d) os vedadores corta-fogo podem ser retráteis, de correr ou de deslocamento horizontal, devendo ser compostos integralmente por materiais incombustíveis; se os vedadores apresentarem fechamento automático comandado por sistema de detecção automática de fumaça, devem estar de acordo com a ABNT NBR 9441; quanto à resistência ao fogo, devem estar caracterizados através dos procedimentos de ensaio da ABNT NBR 6479; e) as condições de fechamento dos vedadores mencionados no item anterior devem ser tais que não ofereçam risco de provocar acidentes e ferimentos nas pessoas. 5.2.2.3.8 Prumadas enclausuradas As prumadas totalmente enclausuradas por onde passam as instalações de serviço, como esgoto e águas pluviais, não necessitam ser seladas desde que as paredes sejam de compartimentação e as derivações das instalações que as transpassam sejam devidamente seladas (conforme condições definidas em outros tópicos desta NT). As paredes de enclausuramento devem atender ao disposto nas letras “a” e “b” do item 5.2.2.3.1 desta NT. 5.2.2.3.9 Prumadas de ventilação permanente Os dutos de ventilação permanente de banheiros e similares devem atender às seguintes condições para que não comprometam a compartimentação vertical dos edifícios: a) devem ser integralmente compostos por materiais

incombustíveis; b) cada prumada de ventilação deve fazer parte, exclusivamente, de uma única prumada de áreas de compartimentação horizontal, ou seja, as áreas distintas de compartimentação horizontal não devem intercomunicar-se através dos dutos de ventilação permanente; c) a prumada de ventilação permanente deve ser compartimentada em relação às demais áreas da edificação não destinadas a banheiros ou similares por meio de paredes e portas corta-fogo; d) alternativamente ao disposto no item anterior, cada derivação das prumadas deve ser protegida por registro corta-fogo, cujo acionamento deve atender às condições estabelecidas nas letras “a” a “e” do item 5.1.3.4; e) as paredes que compõem estas prumadas devem atender ao disposto nas letras “a” e “b” do item 5.2.2.3.1. 5.2.2.3.10 Cortina corta-fogo Serão aceitas cortinas corta-fogo automatizadas para implementação da compartimentação vertical, nas edificações protegidas com chuveiros automáticos, atendendo as seguintes condições: a) interligação de no máximo dois pavimentos consecutivos; b) apenas uma abertura entre os pavimentos pode ser implementada através deste sistema; c) a interligação não deve ser a rota de fuga principal; d) os materiais de construção da interligação devem ser incombustíveis; e) a cortina corta-fogo deverá ser acionada por sistema de detecção automática e por acionamento alternativo manual; f) o equipamento deverá ser certificado de acordo normas nacionais ou internacionais e testado em laboratório reconhecido. 5.2.2.4 Características de resistência ao fogo 5.2.2.4.1 Os entrepisos devem atender aos TRRF, conforme a NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção. 5.2.2.4.2 Os elementos de proteção das transposições nos entrepisos (selagens corta-fogo) e os elementos de compartimentação vertical na envoltória do edifício, incluindo as fachadas sem aberturas (cegas), devem atender aos TRRF conforme NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção. Portas e Vedadores corta-fogo podem apresentar TRRF de 30 min menor que as paredes, porém nunca inferior a 60 min. 5.2.2.4.3 Como exceção às regras estabelecidas nos itens 5.2.2.4.1 e 5.2.2.4.2: a) as paredes de enclausuramento das escadas e elevadores de segurança, constituídas pelo sistema estrutural das compartimentações e vedações das caixas,

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dutos e antecâmaras, devem atender, no mínimo, ao TRRF igual ao estabelecido na NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, porém, não podendo ser inferior a 120 min; b) as selagens das prumadas das instalações de serviço e os registros protegendo aberturas de passagem de dutosde ventilação, ar condicionado e exaustão e prumada de ventilação permanente devem apresentar, no mínimo, os tempos requeridos de resistência ao fogo conforme NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção, porém nunca inferior a 60 min; c) as portas corta-fogo de ingresso nas escadas em cada pavimento devem apresentar resistência mínima ao fogo de 60 minutos; d) os dutos de ventilação, ar condicionado ou exaustão, quando não podem ser dotados de registros corta-fogo na transposição dos entrepisos devem ser protegidos em toda a extensão de forma a garantir a resistência mínima ao fogo de 120 min, porém nunca inferior ao TRRF estabelecido na NT 09 – Segurança Contra Incêndio dos Elementos de Construção; e) as paredes e registros corta-fogo tratadas em 5.2.2.3.9 (prumadas de ventilação permanente) devem apresentar resistência mínima ao fogo de, respectivamente, 60 min e 30 min; f) todos os elementos de selagem corta fogo devem ser autoportantes ou sustentados por armação protegida contra a ação do fogo. 5.3 Áreas máximas de compartimentação 5.3.1 Para o estabelecimento das áreas máximas de compartimentação horizontal deve-se atender aos valores estabelecidos no Anexo B. 5.3.2 Não será considerada a compartimentação vertical nos casos de interligação de pavimentos consecutivos (nos pisos acima do térreo), por intermédio de átrios, escadas, rampas de circulação ou escadas rolantes, desde que o somatório de áreas desses pavimentos não ultrapasse os valores estabelecidos para a compartimentação horizontal, conforme Anexo B, limitando-se, no máximo, a três pavimentos consecutivos. 5.3.3 As escadas, rampas destinadas à circulação de pessoas, dutos e shafts de instalações dos subsolos devem ser compartimentados integralmente em relação ao piso térreo, piso de descarga e demais pisos elevados. 5.3.4 As áreas descobertas destinadas ao armazenamento de grandes quantidades de produtos combustíveis devem ser fracionadas em lotes e possuir afastamentos dos limites da propriedade, bem como corredores internos que proporcionem o fracionamento do risco, de forma a dificultar a propagação do fogo e facilitar as operações de combate a incêndio, de acordo com a Tabela 02.

Tabela 02: Afastamentos mínimos para áreas de armazenamento de combustíveis descobertas

Afastamentos mínimos

Exigências Distância (metros)

Largura do corredor de inspeção e acesso 1,5

Limite do passeio público 3,0

Limite de propriedades vizinhas 3,0

Equipamentos e máquinas que produzam calor 5,0

Bombas de combustíveis, descarga de motores a explosão

não instalada em veículos e outras fontes de ignição

7,0

6. DISPOSIÇÕES GERAIS Os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico, referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico são os seguintes: a) indicar as áreas compartimentadas e o respectivo quadro de áreas; b) indicar o isolamento proporcionado: 1) aba horizontal; 2) aba vertical; 3) afastamento entre aberturas. c) indicar o tempo de resistência ao fogo dos elementos estruturais utilizados; d) indicar os elementos corta-fogo: 1) parede de compartimentação; 2) porta corta-fogo; 3) vedador corta-fogo; 4) registro corta-fogo (Damper); 5) selo corta-fogo; 6) cortina corta-fogo.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM

Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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ANEXO A

Figura 1 - Exemplo de compartimentação horizontal

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ANEXO A (continuação)

Figura 2 - Exemplo de compartimentação vertical (verga-peitoril)

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ANEXO A (continuação)

Figura 3 - Exemplo de compartimentação vertical (abas)

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ANEXO A (continuação)

Figura 4 - Exemplo de compartimentação vertical (fachada envidraçada)

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ANEXO A (continuação)

Figura 5 - Exemplo de compartimentação vertical em edificações com risco baixo (composição entre aba e verga-peitoril)

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ANEXO B

TABELA DE ÁREA MÁXIMA DE COMPARTIMENTAÇÃO (m²)

GRUPO CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ALTURA

TIPO I II III IV V

DENOMINAÇÃO Edificação Térrea

Edificação Baixa

Edificação de Média Altura

Edificação Mediamente Alta

Edificação Alta

ALTURA H ≤ 1,0m H ≤ 6,0m 6,0m < H ≤ 12,0m 12,0m < H ≤ 30,0m Acima de 30,0m

A-1, A-2, A-3 – – – – –

B-1, B-2 – 5.000 4.000 3.000 1.000

C-1, C-2 5.000 3.000 2.000 2.000 1.500

C-3 5.000 2.500 1.500 1.000 1.500

D-1(1), D-2, D-3, D-4 – 2.500 1.500 1000 1.500

E-1,E-2, E-3, E-4, E-5 e E-6 – – – – –

F-1, F-2, F-3, F-4 e F-9 – – – – –

F-5, F-6 e F-8 – – – 2.000 800

F-7 – – CT(2) CT(2) CT(2)

F-10 – – 1.500 1.000 800

G-1, G-2, G-3 – – – – –

G-4 10.000 5.000 3.000 2.000 1.000

G-5 Ver Norma Técnica específica ou Comissão Técnica

H-1, H-2, H-4, H-5 – – – – –

H-3 – – – 2.000 1.000

I-1 – 10.000 5.000 3.000 2.000

I-2 20.000 10.000 5.000 3.000 2.000

I-3 7.500 5.000 3.000 1.500 1.500

J-1 – – – – –

J-2 10.000 5.000 3.000 2.000 1.500

J-3 7.500 3.000 2.000 2.500 1.000

J-4 4.000 2.500 1.500 2.000 1.000

L-1 100 CT(2) CT(2) CT(2) CT(2)

L-2 e L-3 CT(2) CT(2) CT(2) CT(2) CT(2)

M-1 Atender às exigências da Norma Técnica específica

M-2(3) 1.000 500 500 300 200

M-3 5.000 3.000 2.000 1.000 500

M-4, M-5, M-6 e M-7 750 CT(2) CT(2) CT(2) CT(2)

Notas específicas: 1. A edificação destinada à clínica (divisão D-1) com internação, será enquadrada como H-3, de acordo com o exigido na Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo. 2. CT - Comissão Técnica. 3. A área máxima de compartimentação para edificações do grupo M-2 poderá ser dobrada quando a edificação for protegida por sistema de espuma mecânica automatizado. Notas genéricas: a) observar os casos permitidos de substituição da compartimentação de áreas, por sistema de chuveiros automáticos, acrescidos, em alguns casos, dos sistemas de detecção automática e/ou controle de fumaça, conforme tabelas de exigências da NT 02 - Exigências das Medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco.

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ANEXO B (continuação)

b) os locais assinalados com traço ( – ) estão dispensados da compartimentação horizontal, mantendo a compartimentação vertical, de acordo com as tabelas de exigências da Norma Técnica de Exigências das Medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico. c) não será considerada a compartimentação vertical nos casos de interligação de pisos ou pavimentos consecutivos, por intermédio de átrio, escadas, rampas de circulação ou escadas rolantes, desde que o somatório de área dos pavimentos não ultrapasse os valores estabelecidos para cada grupo e tipo de edificação, limitando-se no máximo a 3(três) pisos. Esta exceção não se aplica para as compartimentações das fachadas e selagens dos shafts e dutos de instalações. d) no caso desta NT, as edificações térreas dotadas de subsolo para cálculo de área máxima de compartimentação deverão ser enquadradas na classe II desta tabela, caso esse subsolo não seja compartimentado em relação ao térreo. e) os subsolos das edificações deverão ser compartimentados com PCF P-60 em relação aos demais pisos contíguos.

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 12/2009

EXTINTORES DE INCÊNDIO

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - TABELAS

B - ABRIGO PARA EXTINTORES

C - TABELA PRÁTICA PARA INSPEÇÃO,

MANUTENÇÃO E RECARGA DE EXTINTORES DE

INCÊNDIO

D - RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

E - NÍVEIS DE MANUTENÇÃO

F - CLASSES DE FOGO

G - MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS

DE SEGURANÇA – QUADRO RESUMO DA PROTEÇÃO

POR EXTINTORES DE INCÊNDIO

H - MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE

SEGURANÇA – REQUISITOS MÍNIMOS PARA

PROTEÇÃO POR EXTINTORES DE INCÊNDIO

I - ROTEIRO DE VISTORIA

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 166-R, DE 29 DE OUTUBRO DE 2009.

Aprova a Norma Técnica nº 12/2009 do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo que versa sobre sistema de proteção por extintores.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2.125-N, de 12 de setembro de 1985,

RESOLVE: Art. 1º Aprovar a Norma Técnica n° 12/2009, do Centro de Atividades Técnicas. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor 30 (trinta) dias após a data da publicação. Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 29 de Outubro de 2009.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES

Publicada no Diário Oficial de 08 de dezembro de 2009

Parte Específica:

Documentos Técnicos cancelados ou substituídos:

• NT 12 do CBMES publicada no Diário Oficial de 10 de dezembro de 2003

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1 OBJETIVO Fixar os critérios básicos indispensáveis para proteção contra incêndio em edificações e áreas de risco por meio de extintores de incêndio (portáteis ou sobre rodas), com o estabelecimento de medidas para aplicação na análise e vistoria. 2 APLICAÇÃO Esta Norma Técnica se aplica às edificações e áreas de risco onde é exigido o Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio, conforme Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 9443/2002 - Extintores de Incêndio Classe A - Ensaio de Fogo em Engradado de Madeira; ABNT NBR 9444/2006 - Extintores de Incêndio Classe B - Ensaio de Fogo em Líquido Inflamável; ABNT NBR 10721/2006 - Extintores de Incêndio com Carga de Pó; ABNT NBR 11715/2006 - Extintores de Incêndio com Carga d’água; ABNT NBR 11716/2006 - Extintores de Incêndio com Carga de Gás Carbônico; ABNT NBR 11751/2006 - Extintores de Incêndio com Carga de Espuma Mecânica; ABNT NBR 11762/2006 - Extintores de Incêndio Portáteis com Carga de Halogenados; ABNT NBR 12693/1993 - Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio; ABNT NBR 12962/1998 - Inspeção, Manutenção e Recarga em Extintores de Incêndio; ABNT NBR 12992/1993 - Extintores de Incêndio Classe C - Ensaio de Condutividade Elétrica; ABNT NBR 13485/1999 - Manutenção de Terceiro Nível (vistorias em extintores de incêndio); Boletim Técnico de Segurança Contra Incêndio - BTSCI Nº 001 / 2009 do Corpo de Bombeiros Militar de São Paulo. Brentano, Telmo - A Proteção Contra Incêndios no Projeto de Edificações, 1ª edição - Porto Alegre - 2007; Portarias nº54/2004 e 158/2006 do INMETRO; Seito, Alexandre Itiu (coordenador) - A Segurança Contra Incêndio no Brasil, Projeto Editora - São Paulo - 2008;

4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica são adotadas as definições constantes na NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico, além do seguinte: 4.1 Agente extintor: agente extintor é toda substância capaz de intervir na cadeia de combustão quebrando-a, diminuindo a quantidade de comburente na reação, interferindo no ponto de fulgor do combustível e/ou atuando por redução na formação de radicais livres, impedindo que o fogo possa crescer e se propagar, controlando-o e/ou extinguindo-o. 4.2 Anel de Identificação Externa de Manutenção: é aquele que tem como finalidade comprovar que o extintor foi desmontado para realização dos serviços de manutenção de 2º e 3º níveis. 4.3 Área protegida: área em metros quadrados de piso, protegida por uma unidade extintora, em função do risco. 4.4 Capacidade extintora: é a medida do poder de extinção do fogo por um extintor, obtida em ensaio prático normalizado. 4.5 Carga: quantidade de agente de extinção contido no extintor de incêndio, medida em litro ou quilograma. 4.6 Classe de fogo: relacionada à natureza do material combustível. 4.7 Classe de incêndio: classificação na qual se definem fogos de diferentes natureza (fogo de classe A, fogo de classe B, etc. ). 4.8 Classe de risco: é o risco de um incêndio numa edificação ou área de risco, que pode ser baixo, médio ou alto. 4.9 Distância máxima a percorrer para alcançar um extintor: consiste no caminhamento entre o ponto de fixação do extintor a qualquer ponto da área protegida pelo extintor. 4.10 Etiqueta Adesiva: é aquela que é colocada no corpo do extintor pela empresa credenciada, quando efetuada alguma manutenção no extintor. 4.11 Extintor portátil: extintor que possui massa total até 196 N (20Kgf). 4.12 Extintor sobre rodas: extintor que possui massa total superior a 196 N (20Kgf). 4.13 Inspeção: exame periódico, efetuado por pessoal habilitado, que se realiza no extintor de incêndio, com a finalidade de verificar se este permanece em condições originais de operação. 4.14 Manutenção de primeiro nível: manutenção geralmente efetuada no ato da inspeção por pessoal habilitado, que pode ser executada no local onde o extintor está instalado, não havendo necessidade de removê-lo para oficina especializada.

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4.15 Manutenção de segundo nível: manutenção que requer execução de serviços com equipamento e local apropriados e por pessoal habilitado. 4.16 Manutenção de terceiro nível: processo de revisão total do extintor, incluindo a execução de ensaios hidrostáticos. 4.17 Recarga: é a reposição ou a substituição da carga nominal de agente extintor e/ou expelente. 4.18 Selo de Identificação da Conformidade: é o selo controlado e com características definidas pelo INMETRO. 4.19 Unidade extintora: é a carga mínima que um extintor deve possuir para constituir em uma unidade extintora. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Generalidades As substâncias (agentes extintores) a serem utilizadas nos extintores de incêndio para a extinção, de acordo com a natureza do fogo, são as apresentadas na Tabela A.1 do Anexo A. Será permitida a utilização de outros agentes extintores, desde que apresentem certificação emitida por organização certificadora reconhecida, ficando condicionada a aceitação desses agentes extintores à aprovação por Comissão Técnica do Centro de Atividades Técnicas. 5.2 Capacidade extintora 5.2.1 A capacidade extintora mínima de cada tipo de extintor para que se constitua em uma unidade extintora deve ser a especificada nas Tabelas A.2 e A.3 do Anexo A. 5.2.2 Cada unidade extintora deve sempre corresponder a um só extintor, não sendo aceitas combinações de dois ou mais extintores, com exceção do extintor de espuma mecânica. 5.2.3 A capacidade extintora de 01 (um) extintor de pó ABC sempre poderá substituir no máximo 02 (dois) extintores de classes diferentes, desde que o extintor de pó ABC contenha as capacidades extintoras mínimas dos extintores substituídos. 5.2.4 Não será considerado como carreta o conjunto de dois ou mais extintores instalados sobre rodas, cuja capacidade por unidade, seja inferior a determinada na Tabela A.3 do Anexo A. 5.3 Dimensionamento 5.3.1 Condições gerais 5.3.1.1 O número mínimo, tipo e a capacidade dos extintores dependem: a) da adequação do agente extintor à classe de incêndio; b) da capacidade extintora;

c) da classificação da edificação ou área de risco quanto ao risco de incêndio; d) da área a ser protegida; e e) da distância máxima a ser percorrida. 5.3.1.2 Os extintores de incêndio mais adequados de acordo com a classe de incêndio estão especificados na Tabela A.4 do Anexo A. 5.3.1.3 A área de proteção e as distâncias máximas a serem percorridas, de acordo com o risco de incêndio, são as previstas nas Tabelas A.5 e A.6 do Anexo A. 5.3.1.3.1 Cada pavimento de uma edificação, com área construída a partir de 50m², deve possuir, no mínimo, dois extintores, sendo um para incêndio classe A e outro para incêndio classe B e C, mesmo que ultrapassem a área mínima a proteger. 5.3.1.3.2 É permitida a instalação de uma única unidade extintora para o risco principal em edificações ou áreas de risco com área construída inferior a 50m². 5.3.1.3.3 Em edificações com ocupação comercial (lojas) ou serviço profissional (salas), possuindo unidades autônomas cuja porta principal dê acesso à circulação comum da edificação na qual está instalado o sistema de segurança contra incêndio, para cada loja ou sala poderá ser dispensado a proteção por extintores, desde que a área da unidade seja igual ou inferior a 150 m². 5.3.1.4 Excepcionalmente considera-se risco médio os edifícios-garagem e as garagens, no que se refere ao dimensionamento do sistema de proteção por extintores de pó químico. 5.3.1.4.1 O elevador transportador de veículos deverá ser equipado com um extintor de capacidade extintora mínima de pó químico. 5.3.1.5 Os postos de abastecimento de combustíveis serão protegidos utilizando-se um extintor de pó químico com capacidade extintora mínima de 20B:C para cada unidade de abastecimento, sendo necessário, ainda, a colocação nas áreas de abastecimento de um extintor sobre rodas de pó químico com capacidade extintora mínima de 40B:C. 5.3.1.5.1 Nos postos de abastecimento com apenas uma unidade de abastecimento instalada, será dispensada a exigência do extintor sobre rodas. 5.3.1.6 A determinação do tipo e quantidade de agente extintor para a classe D deve ser baseada no metal combustível específico, na sua configuração, na área a ser protegida, bem como nas recomendações do fabricante do agente extintor. A distância máxima em metros, a ser percorrida será de acordo com a Tabela A.6 do Anexo A. 5.3.1.7 Quando houver diversificação de riscos numa mesma edificação, os extintores devem ser localizados de modo a serem adequados à natureza do risco a proteger dentro de sua área de proteção. 5.3.1.8 Devem ser instalados extintores de incêndio, independente da proteção geral da edificação ou área de

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risco, na parte externa dos abrigos de riscos especiais, tais como: a) casas de caldeira; b) casa de força elétrica; c) casas de bombas; d) casas de máquinas; e) galeria de transmissão; f) transformadores; g) quadro de distribuição de energia elétrica. 5.3.2 Extintores sobre rodas 5.3.2.1 Não é permitida a proteção de edificações ou áreas de risco unicamente por extintores sobre rodas, admitindo-se, no máximo, a proteção da metade da área total correspondente ao risco, considerando o complemento por extintores portáteis, de forma alternada entre extintores portáteis e sobre rodas na área de risco. 5.3.2.2 A proteção por extintores sobre rodas deve ser obrigatória nas edificações onde houver manipulação e ou armazenamento de explosivos e líquidos inflamáveis ou combustíveis. 5.3.2.3 Para ocupações de risco alto com áreas superiores a 400 m² (quatrocentos metros quadrados) será obrigatória a proteção por extintores portáteis e extintores sobre rodas (carretas). 5.4 Instalação 5.4.1 Condições gerais A instalação dos extintores obedecerá aos seguintes requisitos: a) haja boa visibilidade e acesso desobstruído; b) a probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso deve ser a menor possível; c) seja adequado à classe de incêndio predominante dentro da área de risco a ser protegida; d) deve ser instalado, pelo menos, um extintor de incêndio a não mais que 5 m da entrada principal da edificação e das escadas nos demais pavimentos; e) a sua localização não será permitida nas escadas, nos patamares e nem nas antecâmaras das escadas; f) nos riscos constituídos de armazéns, depósitos e outros grupos em que não haja quaisquer processos de trabalho, a não ser operações de carga e descarga, será permitida a colocação de extintores em grupos (bateria), em locais de fácil acesso, de preferência em mais de um grupo e próximos às portas de entrada e/ou saída; e g) permitem-se também extintores em grupos, nos centros esportivos, nas escolas para portadores de deficiências

físicas, e nos locais onde a liberdade das pessoas sofre restrições. 5.4.2 Extintores portáteis 5.4.2.1 O suporte de fixação dos extintores em paredes, divisórias ou colunas, deve resistir a três vezes a massa total do extintor. 5.4.2.2 Devem ser fixados em colunas, paredes ou divisórias, de maneira que sua parte superior (gatilho) fique a uma altura máxima de 1,60m (um metro e sessenta centímetros) do piso acabado. 5.4.2.3 É permitida a instalação de extintores sobre o piso acabado, desde que permaneçam apoiados em suportes apropriados, com altura de 0,20m (vinte centímetros) do piso, desde que não fiquem obstruídos e que não tenham sua visibilidade prejudicada. 5.4.2.4 Os extintores nas áreas descobertas ou sem vigilância, poderão ser instalados em abrigos de latão, fibra de vidro ou materiais sintéticos, pintados em vermelho, com as portas estanques, mas envidraçadas (Anexo B); 5.4.2.5 Quando os extintores de incêndio forem instalados em abrigos embutidos na parede ou divisória, além da sinalização, deve existir uma superfície transparente que possibilite a visualização do extintor no interior do abrigo, que não pode ficar trancado. 5.4.3 Extintores sobre rodas 5.4.3.1 Os extintores sobre rodas devem ser localizados em pontos estratégicos e sua área de proteção deve ser restrita ao nível do piso em que se encontram.

5.4.3.2 O emprego de extintores sobre rodas só é computado como proteção efetiva em locais que permita o livre acesso.

5.5 Inspeção, manutenção e recarga 5.5.1 As inspeções, manutenções e recargas deverão ser realizadas em conformidade com o estabelecido na ABNT NBR 12962 (Anexo C). 5.5.2 As inspeções deverão ser realizadas por profissionais habilitados ou empresas cadastradas junto ao Corpo de Bombeiros Militar. 5.5.2.1 Consideram-se habilitados a realizar inspeções em extintores os seguintes profissionais: a) profissionais de engenharia devidamente registrados no CREA; b) técnicos em Segurança no Trabalho registrados no Ministério do Trabalho; c) bombeiros profissionais civis regulamentados por norma técnica do CBMES e de acordo com a Lei nº 11901/2009; d) membros da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ou representante designado, das empresas e instituições, devidamente homologados e registrados no Ministério do Trabalho, conforme norma regulamentadora Nº 05 da Portaria 3214/1978 do Ministério do Trabalho.

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5.5.3 As manutenções e recargas deverão ser realizadas por empresas cadastradas junto ao Corpo de Bombeiros Militar, desde que legalmente habilitadas e registradas junto ao Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). 5.5.4 Somente serão aceitos os extintores portáteis ou sobre rodas que possuírem a identificação de conformidade do INMETRO, respeitadas as datas de vigência e devidamente lacrados. 5.5.5 Para efeito de vistoria do Corpo Bombeiros, o prazo de validade/garantia de funcionamento dos extintores deve ser aquele estabelecido pelo fabricante e/ou da empresa de manutenção certificada pelo Sistema Brasileiro de Certificação. 5.5.6 Anualmente ou trienalmente conforme legislação específica, por ocasião das vistorias do Corpo de Bombeiros Militar, será exigido um Relatório de Inspeção (Anexo D) e a nota fiscal dos serviços executados nos extintores. 5.5.6.1 O Relatório de Inspeção deverá conter, no mínimo, as seguintes informações: a) empresa proprietária dos extintores / localização do extintor; b) data da inspeção e identificação do executante; c) identificação do extintor; e d) nível de manutenção executado, discriminado de forma clara e objetiva. 5.5.6.2 No Relatório de Inspeção poderão ser incluídas outras informações, além das constantes do Anexo D, a critério dos profissionais habilitados ou das empresas cadastradas junto ao Corpo de Bombeiros Militar. 5.5.6.3 Os Relatórios de Inspeção elaborados pelas empresas cadastradas deverão ser em papel timbrado e conter a assinatura do responsável técnico e o seu registro junto ao CREA. 5.5.6.4 O Relatório de Inspeção deve ser preenchido em relação aos níveis de manutenção de acordo com os Anexos D e E. 6 DISPOSIÇÕES GERAIS 6.1 Para casos de riscos específicos e pontuais, a critério do CBMES, poderão ser exigidos aparelhos com capacidade extintora diferente do previsto nesta Norma Técnica. 6.2 Serão aceitos extintores com acabamento externo em material cromado, latão, metal polido entre outros, desde que possuam marca de conformidade expedida pelo Sistema Brasileiro de Certificação. 6.3 A simbologia para Projeto Técnico e a sinalização dos extintores obedecerão a normas técnicas especificas.

6.4. Acompanharão o Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico os memoriais descritivos das medidas de segurança dos Anexos G e H. 6.5 Os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico, referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico são os seguintes: a) os símbolos gráficos dos extintores, em dimensões proporcionais à escala da planta do projeto; b) a capacidade extintora ao lado de cada símbolo gráfico; c) detalhes de instalação. 6.6 Em relação às classes de fogo, de acordo com material combustível, consultar o Anexo F. 6.7 Com o objetivo de padronização das vistorias no âmbito do CBMES em relação aos extintores, há um Roteiro de Vistoria no Anexo I. 6.8 Naquilo que não contrarie o disposto nesta Norma Técnica, adota-se a ABNT NBR 12693 - “Sistema de Proteção por Extintores de Incêndio”.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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ANEXO A

TABELA A.1 - SUBSTÂNCIAS DOS EXTINTORES DE ACORDO COM A NATUREZA DO FOGO

NATUREZA DO FOGO SUBSTÂNCIA Classe A Água, Espuma, Soda Ácida ou Soluções do mesmo efeito, Compostos Químicos

em Pó Classe B Espuma, Compostos Químicos em Pó, Gás Carbônico e Compostos / Gases

Halogenados aprovados Classe C Compostos Químicos em Pó (Pó Químico), Gás Carbônico e Compostos / Gases

Halogenados aprovados Classe D

Compostos Químicos Especiais, Limalha de Ferro, Sal-gema, Grafite, Areia e Outros

Classe K Compostos Químicos em Pó e Compostos Químicos Especiais

TABELA A.2 - CAPACIDADE EXTINTORA MÍNIMA DE EXTINTOR PORTÁTIL

AGENTE EXTINTOR CAPACIDADE EXTINTORA MÍNIMA Água 2A

Espuma Mecânica 2A:10B Dióxido de Carbono (CO2) 5B:C

Pó BC 20B:C Pó ABC 2A:20B:C

Compostos / Gases Halogenados 5B:C

TABELA A.3 - CAPACIDADE EXTINTORA MÍNIMA DE EXTINTOR SOBRE RODAS

AGENTE EXTINTOR CAPACIDADE EXTINTORA MÍNIMA Água 10A

Espuma Mecânica 6A:40B Dióxido de Carbono (CO2) 10B:C

Pó BC 40B:C Pó ABC 6A:80B:C

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ANEXO A (continuação)

TABELA A.4 - EXTINTORES DE INCÊNDIO MAIS ADEQUADOS DE ACORDO COM AS CLASSES DE INCÊNDIO

TABELA A.5 - ÁREA MÁXIMA A SER PROTEGIDA POR CADA UNIDADE EXTINTORA.

CLASSE DE RISCO ÁREA

Baixo 500 m²

Médio 250 m²

Alto 150 m²

TABELA A.6 - PERCURSO MÁXIMO DE MODO A ALCANÇAR UMA UNIDADE EXTINTORA

CLASSE DE RISCO PERCURSO

Baixo 20 m

Médio 15 m

Alto 10 m

Agente extintor

Fogo classe A B C D K

Água x Espuma mecânica x X x

Dióxido de Carbono (CO2) X x Pó BC X x x

Pó ABC x X x Pó D x

Compostos / Gases Halogenados X x

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ANEXO B

Abrigo para extintores

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ANEXO C

TABELA PRÁTICA PARA INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO E RECARGA EM EXTINTORES DE INCÊNDIO (ABNT NBR 12962)

TIPO

INSPEÇÃO

RECARGA TESTE

HIDROSTÁTICO

OBSERVAÇÕES

Espuma Química 12 meses 12 meses 05 anos

NBR 12962 Item 5.1.1, letra “A”

Espuma Mecânica

(pressuriz.) 12 meses

Observar recomendações do fabricante

05 anos NBR 12962

Itens 4.1.2 e 5.1.2, letra “B”

Espuma Mecânica

(Press. Ind.) (Cilindro)

12 meses Observar

recomendações do fabricante

05 anos NBR 12962

Itens 4.1.2 e 5.1.2, letra “B”

Água Pressurizada

12 meses 05 anos 05 anos NBR 12962

Itens 4.1.2 e 5.1.2, letra “A”

Água Press. (Press. Ind.) (Cilindro)

12 meses 05 anos 05 anos NBR 12962

Itens 4.1.2 e 5.1.2, letra “A”

Pó Químico Seco

Pressurizado 12 meses

Observar garantia dada

pelo fabricante do Pó Químico

05 anos NBR 12962

Itens 4.1.2 e 5.1.4, letras “A,D,E,F e G”

Pó Químico Seco

(Press. Ind.) (Cilindro)

12 meses

Observar garantia dada

pelo fabricante do Pó Químico

05 anos NBR 12962

Itens 4.1.2 e 5.1.3, letras “A,D,E,F e G”

Cilindros para Gás Expelente

(CO2 ou N2) 06 meses

05 anos

05 anos

NBR 12962 Itens 4.1.2 e 5.1.4

Gás Carbônico (CO2)

06 meses Perda de 10% da

carga nominal 05 anos

NBR 12962 Itens 4.1.2 e 5.1.4

Hidrocarbonetos Halogenados

12 meses

05 anos ou quando a pressão estiver fora da faixa

de operação

05 anos

NBR 12962 Item 5.1.5, letra “A”

NBR11762

Item 4.11, letra “N”

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ANEXO D

RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

EMPRESA / PROPRIETÁRIO: ENDEREÇO: BAIRRO: CIDADE: UF: CNPJ: TELEFONE: DATA DA INSPEÇÃO:

Itens

Identificação do extintor

Tipo e Capacidade

Níveis de Manutenção

1º 1º ou 2º 1º ou 3º 2º 3º

A B A B A A B C A B C

01 02 03 04 05 06 07

____________________________ Resp. Técnico e o registro do CREA

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ANEXO E

Níveis de manutenção

Níveis de

Manutenção

Situações constatadas em uma inspeção

1º A) Lacre (s) violado (s) ou vencido (s);

B) Quadro de instruções ilegíveis ou inexistente.

1º ou 2º A) Inexistência de algum componente;

B) Validade da carga de espuma química e carga líquida.

1º ou 3º A) Mangueira de descarga apresentando danos, deformações ou ressecamento.

2º A) Extintor parcial ou totalmente descarregado;

B) Mangotinho, mangueira de descarga ou bocal de descarga, quando houver, apresentando entupimento que não seja possível reparar na inspeção;

C) Defeito nos sistemas de rodagem, transporte ou acionamento.

3º A) Corrosão no recipiente e/ou em partes que possam ser submetidas à pressão momentânea ou estejam submetidas à pressão permanente e/ou em partes externas contendo mecanismo ou sistema de acionamento mecânico;

B) Data do último ensaio hidrostático igual ou superior a cinco anos;

C) Inexistência ou ilegibilidade das gravações originais de fabricação ou do último ensaio hidrostático.

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ANEXO (Informativo)

Classes de fogo

1 Os fogos, de acordo com o material combustível, são classificados em: 1.1 Fogo de classe A

São os que ocorrem em materiais combustíveis sólidos comuns, tais como madeiras, papéis, tecidos, borrachas, plásticos termoestáveis, etc. Esses materiais queimam em superfície e em profundidade, deixando resíduos após a combustão, como brasas e cinzas. A extinção se dá por resfriamento, principalmente pela ação da água, que é o mais efetivo agente extintor, e por abafamento, como ação secundária. 1.2 Fogo de classe B

São os que ocorrem em líquidos combustíveis e em gases inflamáveis, tais como gasolina, álcool, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP), gás natural, acetileno. A combustão desses materiais se caracteriza por não deixarem resíduos. A extinção se dá por abafamento, pela quebra da cadeia de reação química e/ou pela retirada do material combustível. Os agentes extintores podem ser produtos químicos secos, líquidos vaporizantes, gases, água nebulizada e a espuma mecânica, que é o melhor agente extintor. 1.3 Fogo de classe C

São os que ocorrem em equipamentos e instalações elétricas energizados. Deve ser usado um agente extintor não condutor de eletricidade. São usados o pó químico seco, líquidos vaporizantes e gases, principalmente estes. 1.4 Fogo de classe D

São os que ocorrem em metais combustíveis, chamados de pirofóricos, como magnésio, titânio, zircônio, sódio, potássio, lítio, alumínio. Esses metais queimam mais rapidamente, reagem com o oxigênio atmosférico, atingindo temperaturas mais altas que outros materiais combustíveis. O combate exige equipamentos, técnicas e agentes extintores especiais para cada tipo de metal combustível, que formam uma capa protetora isolando o metal combustível do ar atmosférico. 1.5 Fogo de classe K

São os que ocorrem em óleos vegetais, óleos animais ou gorduras, graxas, etc., muitos desses são usados, por exemplo, em cozinhas comerciais e industriais. O combate ao fogo exige agentes extintores que proporcionem ótima cobertura em forma de lençol de abafamento. São usados pós químicos secos e líquidos especiais.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 12/2009 - Extintores de Incêndio

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ANEXO G

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

QUADRO RESUMO DA PROTEÇÃO POR EXTINTORES DE INCÊNDIO

AGENTE EXTINTOR

CAPACIDADE EXT. MÍMINA

QUANTIDADE LOCALIZAÇÃO

TOTAL

OBS.: A critério do vistoriador poderão ser alocados extintores, por ocasião da vistoria do CBMES.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 12/2009 - Extintores de Incêndio

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ANEXO H

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

REQUISITOS MÍNIMOS PARA PROTEÇÃO POR EXTINTORES DE INCÊNDIO

1 - Cada unidade extintora protegerá uma área máxima de:

CLASSE DE RISCO ÁREA

Baixo 500 m²

Médio 250 m²

Alto 150 m²

2 - Os extintores devem ser distribuídos de forma a cobrir a área do risco, e que o operador deve percorrer do extintor até o ponto mais afastado uma distância máxima de:

CLASSE DE RISCO PERCURSO

Baixo 20 m

Médio 15 m

Alto 10 m

3 - Quando houver diversificação de riscos numa mesma edificação, os extintores devem ser localizados de modo a serem adequados à natureza do risco a proteger dentro de sua área de proteção; 4 - Devem ser instalados extintores de incêndio, independente da proteção geral da edificação ou área de risco, na parte externa dos abrigos de riscos especiais, tais como: a) casas de caldeira; b) casa de força elétrica; c) casas de bombas; d) casas de máquinas; e) galeria de transmissão; f) transformadores; g) quadro de distribuição de energia elétrica. 5 - A instalação dos extintores obedecerá aos seguintes requisitos: a) haja boa visibilidade e acesso desobstruído; b) a probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso deve ser a menor possível; c) seja adequado à classe de incêndio predominante dentro da área de risco a ser protegida; d) deve ser instalado, pelo menos, um extintor de incêndio a não mais que 5 m da entrada principal da edificação e das escadas nos demais pavimentos; e e) a sua localização não será permitida nas escadas, nos patamares e nem nas antecâmaras das escadas. 6 - Devem ser fixados em colunas, paredes ou divisórias, de maneira que sua parte superior (gatilho) fique a uma altura máxima de 1,60m (um metro e sessenta centímetros) do piso acabado; 7 - É permitida a instalação de extintores sobre o piso acabado, desde que permaneçam apoiados em suportes apropriados, com altura de 0,20m (vinte centímetros) do piso, desde que não fiquem obstruídos e que não tenham sua visibilidade prejudicada; 8 - As manutenções e recargas deverão ser realizadas por empresas cadastradas junto ao Corpo de Bombeiros Militar, desde que legalmente habilitadas e registradas junto ao Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO); 9 - Por ocasião das vistorias do Corpo de Bombeiros Militar, será exigido um Relatório de Inspeção e a nota fiscal dos serviços executados nos extintores.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 12/2009 - Extintores de Incêndio

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ANEXO I

Roteiro de vistoria

1 Itens a serem verificados nos extintores de incêndio em uma vistoria do CBMES: 1.1 Verificar o número mínimo, tipo e a capacidade dos extintores que dependem:

a) da adequação do agente extintor à classe de incêndio; b) da capacidade extintora; c) da classificação da edificação ou área de risco quanto ao risco de incêndio; d) da área a ser protegida; e) da distância máxima a ser percorrida.

1.2 Verificar se a instalação dos extintores obedece aos seguintes requisitos: a) haja boa visibilidade e acesso desobstruído; b) a probabilidade de o fogo bloquear o seu acesso deve ser a menor possível; c) seja adequado à classe de incêndio predominante dentro da área de risco a ser protegida; d) deve ser instalado, pelo menos, um extintor de incêndio a não mais que 5 m da entrada principal da edificação e das escadas nos demais pavimentos; e) a sua localização não será permitida nas escadas, nos patamares e nem nas antecâmaras das escadas.

1.3 Verificar a altura de instalação (entre 0,20m para a parte inferior do aparelho e 1,60m para a parte superior do aparelho).

1.4 Verificar o selo de identificação de conformidade do INMETRO.

1.4.1 Extintores novos: devem possuir selo vermelho, com data da fabricação. Nestes casos, será exigido etiqueta adesiva com a

data da próxima manutenção, devendo ser aceito o extintor que estiver dentro do prazo de garantia e validade do agente extintor dada pelo fabricante.

1.4.2 Extintores recarregados: devem possuir selo azul esverdeado, com a data da manutenção de 2º ou 3º níveis. Além deste, deve haver uma etiqueta adesiva no corpo do extintor com a data da próxima manutenção. Se esta data estiver dentro do prazo, o extintor está de acordo.

1.4.3 A etiqueta adesiva deve possuir as indicações da empresa que realizou o serviço, o tipo de serviço realizado, o mês e o ano indicado para a próxima manutenção.

1.5 Verificar a validade do teste hidrostático (prazo de 5 anos).

1.6 Verificar se o lacre e o anel de identificação de manutenção estão intactos (extintores novos não possuem este anel).

1.6.1 Nessa ocasião também devem ser verificado se foram substituídos o selo do INMETRO e o lacre, devendo todos eles possuírem a identificação da empresa que realizou a manutenção.

1.7 Verificar se a marca da empresa credenciada está presente no selo de conformidade, no lacre e no anel de identificação de manutenção (quando houver anel).

1.8 Verificar se os manômetros estão indicando a pressão adequada.

1.9 Verificar condições gerais dos extintores tais como quadro de instruções e integridade do recipiente e dos seus componentes.

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 13/2010

ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS A - MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE

SEGURANÇA - ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 187 - R, DE 04 DE MARÇO DE 2010.

Aprova a Norma Técnica nº 13/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os requisitos relacionados à iluminação de emergência.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas

atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 13/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os requisitos relacionados à iluminação de emergência. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 04 de março de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES Publicada no Diário Oficial de 17 de março de 2010

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 13/2010 - Iluminação de Emergência

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1 OBJETIVO Esta Norma Técnica fixa as condições necessárias para o projeto e instalação do sistema de iluminação de emergência em edificações e áreas de risco. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica se aplica às edificações e áreas de risco onde o sistema de iluminação de emergência é exigido.

2.2 Adota-se a ABNT NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência, naquilo que não contrariar o disposto nesta Norma Técnica. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 5410/2004 - Instalação Elétrica de Baixa Tensão. ABNT NBR 6150/1980 - Eletroduto de PVC Rígido – Especificação; ABNT NBR 10898/1999 - Sistema de Iluminação de Emergência. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes na NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Condições gerais 5.1.1 Os componentes da fonte de energia centralizada de alimentação do sistema de iluminação de emergência, bem como seus comandos, devem ser instalados em local não acessível ao público, sem risco de incêndio, ventilado e que não ofereça risco de acidentes aos usuários. 5.1.2 No caso de instalação aparente, a tubulação e as caixas de passagem devem ser metálicas ou em PVC rígido antichama, conforme ABNT NBR 6150. 5.1.3 A distância máxima entre dois pontos de iluminação de aclaramento deve ser de 15m ponto a ponto. 5.1.3.1 Outro distanciamento entre pontos poderá ser aceito, desde que atenda a ABNT NBR 10898. 5.1.4 As luminárias de aclaramento (ou de ambiente), quando instaladas a menos de 2,5 m de altura e as luminárias de balizamento (ou de sinalização), devem ter tensão máxima de alimentação de 30 Vcc. 5.1.5 Na impossibilidade de reduzir a tensão de alimentação das luminárias, pode ser utilizado um interruptor diferencial de 30 mA com disjuntor termomagnético de 10 A.

5.1.6 O CBMES, na vistoria, poderá exigir que os equipamentos utilizados no sistema de iluminação de emergência sejam certificados por órgão competente. 5.2 Grupo motogerador (GMG) 5.2.1 Deve-se garantir acesso controlado e desobstruído desde a área externa da edificação até o grupo motogerador. 5.2.2 No caso de grupo motogerador instalado em local confinado, para o seu perfeito funcionamento, deve ser garantido que a tomada de ar seja realizada sem risco de se captar a fumaça oriunda de um incêndio. 5.2.3 Na condição acima descrita, o GMG deve ser instalado em compartimento resistente ao fogo por 2 h, com acesso protegido por PCF (P90). 5.2.4 Quando a tomada de ar externo for realizada por meio de duto, este deve ser construído ou protegido por material resistente ao fogo por 2 h. 6 DISPOSIÇÕES GERAIS

Os parâmetros básico de segurança contra incêndio e pânico, referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico são os seguintes: a) indicação dos pontos de iluminação de emergência; b) fonte alternativa de energia do sistema; c) o posicionamento da central do sistema; d) quando o sistema de iluminação de emergência for alimentado por grupo motogerador (GMG) que não abranja todas as luminárias da edificação e áreas de risco, devem ser indicadas as luminárias a serem acionadas em caso de emergência; e) o reservatório de combustível do GMG e sua capacidade, bem como as dimensões do dique de contenção; f) quando o sistema for abrangido por GMG, deve constar em projeto técnico a abrangência, autonomia e sistema de automatização; g) duto de entrada, duto de saída, parede corta-fogo e porta corta-fogo da sala do GMG quando o mesmo estiver localizado em área com risco de captação de fumaça ou gases quentes provenientes de um incêndio; h) detalhe ou nota em planta da proteção dos dutos quando passarem por área de risco.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 13/2010 - Iluminação de Emergência

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ANEXO A

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

1 - O sistema de iluminação de emergência deverá ser projetado, instalado e manutenido conforme ABNT NBR 10898 e NT 13;

2 - Para as edificações com área construída igual ou inferior a 900 m2 será exigido sistema de iluminação de emergência desde que a altura seja superior a 5 m ou as rotas de saídas horizontais ultrapassem 20 m;

3 - Será exigido sistema de iluminação de emergência para locais de reunião de público (ocupação F) para edificação com lotação superior a 50 pessoas;

4 - Os pontos de iluminação de emergência devem ser distribuídos de forma a manterem no mínimo 3 lux para áreas planas, sem obstáculos e hall de entrada para elevadores e no mínimo 5 lux em áreas com obstáculos e em escadas; 5 - A fixação da luminária na instalação deve ser rígida, de forma a impedir queda acidental, remoção sem auxílio de ferramenta e que não possa ser facilmente avariada ou posta fora de serviço. Deve-se prever em áreas com material inflamável, que a luminária suporte um jato de água sem desprendimento parcial ou total do ponto de fixação; 6 - O sistema não poderá ter uma autonomia menor que uma hora de funcionamento, com uma perda maior que 10% de sua luminosidade inicial; 7 - Para escolha do local onde devem ser instalados os componentes de fonte de energia centralizada de alimentação do sistema de iluminação de emergência, bem como seus comandos, devem ser consideradas as seguintes condições:

• seja de uso exclusivo, não se situe em compartimento acessível ao público e com risco de incêndio; • que o local seja protegido por paredes resistentes ao fogo de 2 horas; • seja ventilado conforme ABNT NBR 10898; • não ofereça riscos de acidentes aos usuários; • tenha fácil acesso e espaço de movimentação ao pessoal especializado para inspeção e

manutenção; • os painéis de controle devem estar ao lado da entrada da sala do(s) gerador(es) para facilitar a

comunicação entre pessoas com o equipamento em funcionamento. 8 - Não são admitidas ligações em série de pontos de luz; 9 - Os eletrodutos utilizados para condutores da iluminação de emergência não podem ser usados para outros fins, salvo instalação de detecção e alarme de incêndio ou de comunicação (quando houver), conforme ABNT NBR 5410, contando que as tensões de alimentação estejam abaixo de 30 Vcc e os circuitos devidamente protegidos contra curto circuitos;

10 - As luminárias de aclaramento (ou de ambiente), quando instaladas a menos de 2,5 m de altura e as luminárias de balizamento (ou de sinalização), devem ter tensão máxima de alimentação de 30 Vcc;

11 - Na impossibilidade de reduzir a tensão de alimentação das luminárias, pode ser utilizado um interruptor diferencial de 30 mA com disjuntor termomagnético de 10 A;

12 - A iluminação de sinalização deve assinalar todas as mudanças de direção, obstáculos, saídas, escadas, etc. e não deve ser obstruída por anteparos ou arranjos decorativos. O fluxo luminoso do ponto de luz, exclusivamente de iluminação de sinalização, deve ser no mínimo igual a 30 lúmens.

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 14/2010

SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - FORMAS GEOMÉTRICAS E DIMENSÕES

B - SIMBOLOGIA PARA SINALIZAÇÃO DE

EMERGÊNCIA

C - EXEMPLOS DE INSTALAÇÃO DE SINALIZAÇÃO

D - MEMORIAL DESCRITIVO DO SISTEMA DE

SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

E - EXEMPLO DE INDICAÇÃO DA ORIENTAÇÃO DE

SAÍDA NO PROJETO TÉCNICO

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 177 - R, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009.

Aprova a Norma Técnica nº 14/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a sinalização de emergência no Estado do Espírito Santo.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas

atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 14/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina a sinalização

de emergência no Estado do Espírito Santo. Art. 2º As edificações já licenciadas terão o prazo de 1(um) ano para se adequarem as exigências desta

Norma Técnica. Art. 3º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação. Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 12 de janeiro de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES Publicada no Diário Oficial de 18 de fevereiro de 2010

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 14/2010 - Sinalização de Emergência

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1 OBJETIVO Esta Norma Técnica fixa as condições exigíveis que devem satisfazer o sistema de sinalização de emergência em edificações e áreas de risco, atendendo o previsto na Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo. A sinalização de emergência tem como finalidade reduzir o risco de ocorrência de incêndio, alertar para os riscos existentes e garantir que sejam adotadas ações adequadas às situações de risco, que orientem as ações de combate e facilitem a localização dos equipamentos e das rotas de saída para abandono seguro da edificação em caso de incêndio. 2 APLICAÇÃO Esta Norma Técnica se aplica a todas as edificações e áreas de risco onde é exigido o sistema de sinalização de emergência de acordo com o previsto na Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 13434/2004 - Sinalização de Segurança Contra Incêndio e Pânico - Parte 1: Princípios de Projeto - Parte 2: Símbolos e Suas Formas, Dimensões e Cores - Parte 3: Requisitos e Métodos de Ensaio; Decreto 2.423-R de 15 de dezembro de 2009 – Regulamenta a Lei 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo (COSCIP); DIN 67510 - Longtime Afterglowing Luminescent Pigments; Directive 92/58/EEC (OJ L 245, 26.8.1992) Minimum Requirements for the Provision of Safety and/or Health Signs at Work Germany, Spain, Italy. Instrução Técnica 20/2004 – CBPMESP; Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009; Norma BS 5378-1 - Safety Signs and Colours. Specifications for Colour and Design; Norma BS 5499-1 - Fire Safety Signs, Notices and Graphic Symbols. Specification for Fire Safety Signs; Norma ISO 3864 - Safety Colours and Safety Signs; Norma ISO 6309 - Fire Protection - Safety Signs. 4 DEFINIÇÕES Para efeito desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico.

5 PROCEDIMENTOS 5.1 Características da sinalização de emergência 5.1.1 Características básicas A sinalização de emergência faz uso de símbolos, mensagens e cores, que devem ser alocados convenientemente no interior da edificação e áreas de risco, segundo os critérios desta NT. 5.1.2 Características específicas a) as formas geométricas e as dimensões das sinalizações de emergência constam no Anexo A; b) as simbologias das sinalizações de emergência constam no Anexo B. 5.2 Tipos de sinalização A sinalização de emergência divide-se em sinalização básica e sinalização complementar, conforme segue: 5.2.1 Sinalização básica A sinalização básica é o conjunto mínimo de sinalização que uma edificação deve apresentar, constituído por quatro categorias de acordo com sua função: a) proibição: visa proibir e coibir ações capazes de conduzir ao início do incêndio ou ao seu agravamento; b) alerta: visa alertar para áreas e materiais com potencial de risco de incêndio, explosão, choques elétricos e contaminação por produtos perigosos; c) orientação e salvamento: visa indicar as rotas de saída e as ações necessárias para o seu acesso e uso; d) equipamentos: visa indicar a localização e os tipos de equipamentos de combate a incêndio e alarme disponíveis no local. 5.2.2 Sinalização complementar A sinalização complementar é o conjunto de sinalização composto por faixas de cor ou mensagens complementares à sinalização básica, porém das quais esta última não é dependente. A sinalização complementar é constituída por cinco categorias de acordo com sua função: a) rotas de saída: visa indicar o trajeto completo das rotas de fuga até uma saída de emergência (indicação continuada); b) obstáculos: visa indicar a existência de obstáculos nas rotas de fuga tais como: pilares, arestas de paredes e vigas, desníveis de piso, fechamento de vãos com vidros ou outros materiais translúcidos e transparentes, etc; c) mensagens escritas: visa informar o público sobre:

1) uma sinalização básica, quando for necessária a complementação da mensagem dada pelo símbolo;

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 14/2010 - Sinalização de Emergência

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2) as medidas de proteção contra incêndio existente na edificação ou áreas de risco;

3) as circunstâncias específicas de uma edificação e áreas de risco;

4) a lotação admitida em recintos destinados a

reunião de público. d) demarcações de áreas: visa definir um layout no piso, que garanta acesso do público às rotas de saída e aos equipamentos de combate a incêndio e alarme, em áreas utilizadas para depósito de materiais, instalações de máquinas e/ou equipamentos industriais e em locais destinados a estacionamento de veículos; e) identificação de sistemas hidráulicos fixos de combate a incêndio: visa identificar, através de pintura diferenciada, as tubulações e acessórios utilizados para sistemas de hidrantes e chuveiros automáticos quando aparentes. 5.3 Implantação da sinalização básica Os diversos tipos de sinalização de emergência devem ser implantados em função de características específicas de uso e dos riscos, bem como em função de necessidades básicas para a garantia da segurança contra incêndio e pânico na edificação (ver exemplos no Anexo C). 5.3.1 Sinalização de proibição A sinalização de proibição apropriada deve ser instalada em local visível e a uma altura de 1,80 m medida do piso acabado à base da sinalização, distribuída em mais de um ponto dentro da área de risco, de modo que pelo menos uma delas possa ser claramente visível de qualquer posição dentro da área, distanciadas em no máximo 15 m entre si. 5.3.2 Sinalização de alerta A sinalização de alerta apropriada deve ser instalada em local visível e a uma altura de 1,80 m medida do piso acabado à base da sinalização, próxima ao risco isolado ou distribuída ao longo da área de risco generalizado, distanciadas entre si em no máximo 15 m. 5.3.3 Sinalização de orientação e salvamento A sinalização de orientação e salvamento apropriada deve assinalar todas as mudanças de direção, saídas, escadas, etc., e ser instalada segundo sua função, a saber: a) a sinalização de portas de saída de emergência deve ser localizada imediatamente acima das portas, no máximo a 0,10 m da verga, ou diretamente na folha da porta, centralizada a uma altura de 1,80 m medida do piso acabado à base da sinalização; b) a sinalização de orientação das rotas de saída deve ser localizada de modo que a distância de percurso de qualquer ponto da rota de saída até a sinalização seja de no máximo 15 m. Adicionalmente, esta também deve ser instalada de forma que na direção de saída de qualquer ponto seja possível visualizar o ponto seguinte, respeitado o limite máximo de 30,0 m. A sinalização deve ser

instalada de modo que a sua base esteja a 1,80 m do piso acabado; c) a sinalização de identificação dos pavimentos no interior da caixa de escada de emergência deve estar a uma altura de 1,80 m medido do piso acabado à base da sinalização, instalada junto à parede, sobre o patamar de acesso de cada pavimento, de tal forma a ser visualizada em ambos os sentidos da escada (subida e descida); d) a mensagem escrita “SAÍDA” deve estar sempre grafada em língua portuguesa. Caso exista a necessidade de utilização de outras línguas estrangeiras, devem ser aplicados textos adicionais; e) a abertura das portas em escadas não deve obstruir a visualização de qualquer sinalização. 5.3.4 Sinalização de equipamentos A sinalização apropriada de equipamentos de combate a incêndio deve estar a uma altura de 1,80 m medida do piso acabado à base da sinalização, e imediatamente acima do equipamento sinalizado, além do seguinte: a) quando houver na área de risco obstáculos que dificultem ou impeçam a visualização direta da sinalização básica no plano vertical, a mesma sinalização deve ser repetida a uma altura suficiente para a sua visualização; b) quando a visualização direta do equipamento ou sua sinalização não for possível no plano horizontal, a sua localização deve ser indicada a partir do ponto de boa visibilidade mais próxima. A sinalização deve incluir o símbolo do equipamento em questão e uma seta indicativa, sendo que o conjunto não deve distar mais que 7,5 m do equipamento; c) quando o equipamento encontrar-se instalado em pilar, devem ser sinalizadas todas as faces do pilar que estiverem voltadas para os corredores de circulação de pessoas ou veículos; d) quando se tratar de hidrante e extintor de incêndio instalados em garagem, área de fabricação, depósito e locais utilizados para movimentação de mercadorias e de grande varejo, deve ser implantada também a sinalização de piso. 5.4 Implantação da sinalização complementar 5.4.1 Sinalização complementar de rotas de saída A sinalização complementar de indicação continuada das rotas de saída é facultativa e, quando utilizada, deve ser aplicada sobre o piso acabado ou sobre as paredes de corredores e escadas destinadas a saídas de emergência, indicando a direção do fluxo, atendendo aos seguintes critérios (ver exemplos no Anexo C): a) o espaçamento entre cada uma delas deve ser de até 3,0 m na linha horizontal, medidas a partir das extremidades internamente consideradas; b) independentemente do critério anterior, deve ser aplicada a sinalização a cada mudança de direção;

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 14/2010 - Sinalização de Emergência

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c) quando aplicada sobre o piso, a sinalização deve estar centralizada em relação à largura da rota de saída; d) quando aplicada nas paredes, a sinalização deve estar fixa e em uma altura entre 0,25 m e 0,50 m do piso acabado à base da sinalização, podendo ser aplicada alternadamente à parede direita e esquerda da rota de saída. 5.4.2 Sinalização complementar de obstáculos A sinalização complementar de indicação de obstáculos ou de riscos nas circulações das rotas de saída deve ser implantada toda vez que houver uma das seguintes condições: a) desnível de piso; b) rebaixo de teto; c) outras saliências resultantes de elementos construtivos ou equipamentos que reduzam a largura das rotas de saída, prejudicando a sua utilização; d) elementos translúcidos e transparentes, tais como vidros utilizados em esquadrias destinadas a portas e painéis (com função de divisórias ou de fachadas, desde que não assentadas sobre muretas com altura mínima de 1,00 m de altura). A sinalização complementar de indicação de obstáculos e riscos na circulação de rotas de saída deve ser instalada de acordo com os seguintes critérios: a) faixa zebrada, conforme Anexo B:

1) nas situações previstas nas alíneas “a” e “c” do item anterior, devem ser aplicadas verticalmente a uma altura de 0,50 m do piso acabado, com comprimento mínimo de 1,0 m;

2) nas situações previstas na alínea “c” do item anterior, devem ser aplicadas horizontalmente por toda a extensão dos obstáculos, em todas as faces, com largura mínima de 0,10 m em cada face. b) nas situações previstas na alínea “d” do item anterior, devem ser aplicadas tarjas em cor contrastante com o ambiente, com largura mínima de 50 mm, aplicada horizontalmente em toda sua extensão, na altura constante compreendida entre 1,00 m e 1,40 m do piso acabado. 5.4.3 Sinalização complementar de mensagens escritas As mensagens escritas específicas que acompanham a sinalização básica devem se situar imediatamente adjacente à sinalização que complementar e devem ser escritas em língua portuguesa. Quando houver necessidade de mensagens em uma ou mais línguas estrangeiras, essas podem ser adicionadas sem, no entanto, substituir a mensagem na língua portuguesa. As mensagens que indicam circunstâncias específicas de uma edificação ou área de risco devem ser utilizadas em placas a serem instaladas nas seguintes situações:

a) no acesso principal da edificação, informando o público sobre:

1) os sistemas de proteção contra incêndio (ativos e passivos) instalados na edificação (exigido para edificações com projeto nível III ou IV);

2) a característica estrutural da edificação

(metálica, protendida, concreto armado, madeira, etc.); 3) no acesso principal aos recintos destinados a

reunião de público, indicando a lotação máxima admitida pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo (CBMES).

b) no acesso principal da área de risco, informando o público sobre:

1) os sistemas de proteção contra incêndio (ativos e passivos) instalados na área de risco;

2) os produtos líquidos combustíveis

armazenados, indicando a quantidade total de recipientes transportáveis ou tanques, bem como a capacidade máxima individual de cada tipo, em litros;

3) os gases combustíveis armazenados em

tanques fixos, indicando a quantidade total de tanques, bem como a capacidade máxima individual dos tanques, em litros ou metros cúbicos e em quilogramas;

4) os gases combustíveis armazenados em

recipientes transportáveis, indicando a quantidade total de recipientes de acordo com a capacidade máxima individual de cada tipo, em quilogramas;

5) outros produtos perigosos armazenados,

indicando o tipo, a quantidade e os perigos que oferecem às pessoas e meio ambiente. Além das sinalizações previstas nesta Norma Técnica, as áreas de armazenamento de produtos perigosos devem ser sinalizadas de acordo com a ABNT NBR 7500. 5.4.4 Sinalização complementar de demarcações de áreas As sinalizações complementares destinadas à demarcação de áreas devem ser implantadas no piso acabado, através de faixas contínuas com largura entre 0,05 m e 0,20 m, nas seguintes situações: a) na cor branca ou amarela, em todo o perímetro das áreas destinadas a depósito de mercadorias, máquinas e equipamentos industriais, etc., a fim de indicar uma separação entre os locais desses materiais e os corredores de circulação de pessoas e veículos; b) na cor branca ou amarela, para indicar as vagas de estacionamento de veículos em garagens ou locais de carga e descarga; c) na cor branca, paralelas entre si e com o espaçamento variando entre uma e duas vezes a largura da faixa adotada, dispostas perpendicularmente ao sentido de fluxo de pedestres (faixa de pedestres), com comprimento mínimo de 1,20 m, formando um retângulo ou quadrado de pelo menos 1,20 m de largura por 1,80 m de comprimento,

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sem bordas laterais nos acessos às saídas de emergência, a fim de identificar o corredor de acesso para pedestres localizado junto a:

1) vagas de estacionamento de veículos; 2) depósitos de mercadorias.

5.4.5 Sinalização complementar de identificação de sistemas hidráulicos fixos de combate a incêndio As sinalizações complementares destinadas à identificação de sistemas hidráulicos fixos de combate a incêndio devem ser implantadas da seguinte forma: a) para o sistema de proteção por hidrantes e chuveiros automáticos, as tubulações aparentes não-embutidas na alvenaria (parede e piso) devem ter pintura na cor vermelha; b) nas tubulações do sistema de chuveiros automáticos, as tubulações dos ramais podem ser pintadas na cor branca, desde que os bicos de chuveiros automáticos sejam facilmente visualizados para identificação do sistema; caso contrário, a tubulação na cor branca deverá receber pintura em forma de anel, em cor vermelha, com largura mínima de 30 mm, distanciadas entre si de 3,0 m a 4,0 m ao longo da rede; c) as portas dos abrigos dos hidrantes:

1) podem ser pintadas em outra cor, mesmo quando metálicas, combinando com a arquitetura e decoração do ambiente, desde que as mesmas estejam devidamente identificadas com o dístico “INCÊNDIO” – fundo vermelho com inscrição na cor branca ou amarela;

2) podem possuir abertura no centro com área

mínima de 0,04 cm2, fechada com material transparente(vidro, acrílico, etc.), identificado com o dístico “INCÊNDIO” – fundo vermelho com inscrição na cor branca ou amarela. d) os acessórios hidráulicos (válvulas de retenção, registros de paragem, válvulas de governo e alarme) devem receber pintura na cor amarela; e) a tampa de abrigo do registro de recalque deve ser pintada na cor vermelha; f) quando houver dois ou mais registros de recalque na edificação, tratando-se de sistemas diferenciados de proteção contra incêndio (sistema de hidrantes e sistema de chuveiros automáticos), deve haver indicação específica no interior dos respectivos abrigos: inscrição “H” para hidrantes e “CA” ou “SPK” para chuveiros automáticos. 5.5 Requisitos para sinalização de emergência São requisitos básicos para que a sinalização de emergência possa ser visualizada e compreendida no interior da edificação ou área de risco: a) a sinalização de emergência deve destacar-se em relação à comunicação visual adotada para outros fins;

b) a sinalização de emergência não deve ser neutralizada pelas cores de paredes e acabamentos, dificultando a sua visualização; c) a sinalização de emergência deve ser instalada perpendicularmente aos corredores de circulação de pessoas e veículos, permitindo-se condições de fácil visualização; d) as expressões escritas utilizadas nas sinalizações de emergência devem seguir as regras, termos e vocábulos da língua portuguesa, podendo de maneira complementar nunca exclusiva ser adotada outra língua estrangeira; e) as sinalizações básicas de emergência destinadas à orientação e salvamento, alarme de incêndio e equipamentos de combate a incêndio devem possuir efeito fotoluminescente; f) as sinalizações complementares de indicação continuada das rotas de saída e de indicação de obstáculos devem possuir efeito fotoluminescente; g) os recintos destinados à reunião de público, cujas atividades se desenvolvem sem aclaramento natural ou artificial suficientes para permitir o acúmulo de energia no elemento fotoluminescente das sinalizações de saídas, devem possuir luminária de balizamento com a indicação de saída (mensagem escrita e/ou símbolo correspondente), sem prejuízo do sistema de iluminação de emergência, em substituição à sinalização apropriada de saída com o efeito fotoluminescente; h) os equipamentos de origem estrangeira instalados na edificação e utilizados na segurança contra incêndio devem possuir as orientações necessárias à sua operação na língua portuguesa. 5.6 Material 5.6.1 Os seguintes materiais podem ser utilizados para a confecção das sinalizações de emergência: a) placas em materiais plásticos; b) chapas metálicas; c) outros materiais semelhantes. 5.6.2 Os materiais utilizados para a confecção das sinalizações de emergência devem atender às seguintes características: a) possuir resistência mecânica; b) possuir espessura suficiente para que não sejam transferidas para a superfície da placa possíveis irregularidades das superfícies em que forem aplicadas. 5.6.3 Devem utilizar elemento fotoluminescente para as cores branca e amarela dos símbolos, faixas e outros elementos empregados para indicar: a) sinalizações de orientação e salvamento; b) equipamentos de combate a incêndio e alarme de incêndio;

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c) sinalização complementar de indicação continuada de rotas de saída; d) sinalização complementar de indicação de obstáculos e de riscos na circulação de rotas de saída. 5.6.3.1 Os materiais que constituem a pintura das placas e películas devem ser atóxicos e não-radioativos, devendo atender às propriedades de resistência à luz, de resistência mecânica e colorimétricas. 5.6.4 O material fotoluminescente deve atender à norma ABNT NBR 13434-3. 5.6.5 A sinalização de emergência complementar de rotas de saída aplicada nos pisos acabados devem atender aos mesmos padrões exigidos para os materiais empregados na sinalização aérea do mesmo tipo. 5.6.5.1 As demais sinalizações aplicadas em pisos acabados podem ser executadas em tinta que resista a desgaste, por um período de tempo considerável, decorrente de tráfego de pessoas, veículos e utilização de produtos e materiais utilizados para limpeza de pisos. 5.6.6 As placas utilizadas na sinalização podem ser do tipo plana ou angular, quando angular, devem seguir as especificações conforme demonstrado na Figura 1:

Parede ou pilar

45°

90°

Figura 1 - Instalação de placa angular 6 DISPOSIÇÕES GERAIS 6.1 Os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico, referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico são os seguintes:1 a) nota com o seguinte teor “O sistema de sinalização de emergência atenderá ao contido na Norma Técnica 14 - Sinalização de Emergência”; b) indicar no projeto a orientação de saída por meio de setas indicativas do sentido de fuga conforme exemplo do Anexo E. As setas são ilustrativas e exigidas apenas para auxiliar a análise do Projeto Técnico, devendo a sinalização atender ao previsto nesta NT. 6.2 É recomendada a elaboração de projeto executivo do sistema de sinalização de emergência, de forma a adequar tecnicamente a edificação aos parâmetros desta NT. Contudo, tal projeto não necessita ser encaminhado para a análise do Corpo de Bombeiros, mas pode ser solicitado para suprir possíveis dúvidas do agente vistoriador.

6.3 O projeto executivo de sinalização de emergência, quando elaborado, deve ser constituído de memoriais descritivos do sistema de sinalização e de plantas-baixa da edificação em que constem os tipos e dimensões das sinalizações apropriadas à edificação, indicadas através de um círculo dividido ao meio na posição a serem instaladas, conforme indicado na Tabela 4 do Anexo A, ou através de linhas finas de chamada, onde: a) na parte superior do círculo deve constar o código do símbolo, conforme Anexo B; b) na parte inferior do círculo devem constar as dimensões (diâmetro, altura e/ou largura) da placa (em milímetros), conforme Tabela 1 do Anexo A. 6.3.1 Quando as sinalizações se utilizarem de mensagens escritas, deve constar a altura mínima de letras (conforme Tabela 2 do Anexo A) para cada placa, indicando-se através de linha fina de chamada. 6.3.2 Deve ainda constar no projeto uma legenda contendo todos os símbolos adotados em conformidade com o Anexo B desta NT, bem como o quadro de quantidades de placas de sinalização discriminadas por tipo e dimensões. 6.4 A sinalização de emergência utilizada na edificação e áreas de risco deve ser objeto de inspeção periódica para efeito de manutenção, desde a simples limpeza até a substituição por outra nova, quando suas propriedades físicas e químicas deixarem de produzir o efeito visual para as quais foram confeccionadas.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

_________________________________________________________________________

1 Já com nova redação da Portaria n° 205 publicada no DIO de 28/05/10

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ANEXO A

Formas geométricas e dimensões para a sinalização de emergência

TABELA 1 - FORMAS GEOMÉTRICAS E DIMENSÕES DAS PLACAS DE SINALIZAÇÃO

Sinal Forma

geométrica Cota (mm)

Distância máxima de visibilidade (m)

4 6 8 10 12 14 16 18 20 24 28 30

Proibição

D 101 151 202 252 303 353 404 454 505 606 706 757

Alerta

L 136 204 272 340 408 476 544 612 680 816 951 1019

Orientação, salvamento

(verde) e

equipamentos (vermelho)

L

L 89 134 179 224 268 313 358 402 447 537 626 671

L

H

H (L = 2,0 H)

63 95 126 158 190 221 253 285 316 379 443 474

Notas: 1. Dimensões básicas da sinalização A > L²___ 100 Em que: A = Área da placa (m2) L = Distância do observador à placa (m). Esta relação é válida para L < 50 m, sendo que deve ser observada a distância mínima de 4 m, conforme Tabela 1. 2. A Tabela 1 apresenta dimensões e valores referenciais para algumas distâncias pré-definidas. 3. Formas da sinalização:

a) Circular: utilizada para implantar símbolos de proibição e ação de comando (ver forma geométrica da

Tabela 1); b) Triangular: utilizada para implantar símbolos de alerta (ver forma geométrica da Tabela 1); c) Quadrada e retangular: utilizadas para implantar símbolos de orientação, socorro, emergência,

identificação de equipamentos utilizados no combate a incêndio, alarme e mensagens escritas (ver forma geométrica da Tabela 1).

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4. Sinalização de proibição: a) Forma: circular; b) Cor de contraste: branca; c) Barra diametral e faixa circular (cor de segurança): vermelha; d) Cor do símbolo: preta; e) Margem (opcional): branca.

5. Sinalização de alerta:

a) Forma: triangular; b) Cor do fundo (cor de contraste): amarela; c) Moldura: preta; d) Cor do símbolo (cor de segurança): preta; e) Margem (opcional): amarelo.

6. Sinalização de orientação e salvamento:

a) Forma: quadrada ou retangular; b) Cor do fundo (cor de segurança): verde; c) Cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente; d) Margem (opcional): fotoluminescente.

7. Sinalização de equipamentos:

a) Forma: quadrada ou retangular; b) Cor de fundo (cor de segurança): vermelha; c) Cor do símbolo (cor de contraste): fotoluminescente; d) Margem (opcional): fotoluminescente.

TABELA 2 - ALTURA MÍNIMA DAS LETRAS EM PLACA DE SINALIZAÇÃO EM FUNÇÃO DA DISTÂNCIA DE LEITURA

Altura Mínima (mm) Distância de leitura com maior impacto (m) Altura mínima (mm) Distância de leitura com

maior impacto (m)

30 4 300 36 50 6 350 42 65 8 400 48 75 9 500 60 85 10 600 72

100 12 700 84 135 16 750 90 150 18 800 96 200 24 900 108 210 25 1000 120 225 27 1500 180 250 30 1500 180

Notas: 1. No caso de emprego de letras, elas devem ser grafadas obedecendo à relação: h > _____L_____ 125 Em que: h = Altura da letra (m) L = Distância do observador à placa (m) 2. A Tabela 2 apresenta valores de altura de letra para distâncias predefinidas. Todas as palavras e sentenças devem apresentar letras em caixa alta, fonte Univers 65 ou Helvetica Bold.

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TABELA 3 - CORES DE SEGURANÇA E CONTRASTE

Referência Denominação

Vermelho Amarelo Verde Preto Branco

Munssell Book of Colors® 1 5R 4/14 5Y 8/12 2.5G 3/4 N 1.0 N 9.5

Pantone® 2 485C 108C 350C 419C – CMYK 3 C0 M100 Y91 K0 C0 M9 Y94 K0 C79 M0 Y87 K76 C0 M0 Y0 K100 –

RGB R255 G0 B23 R255 G255 B0 R0 G61 B0 R0 G0 B0 – 1) O padrão de cores básico é o Munsell Book of Colors®. 2) As cores Pantone® foram convertidas através do sistema Munsell Book of Colors®. 3) Os valores das tabelas CMYK e RGB para impressão gráfica foram convertidos a partir do sistema Pantone®.

Notas: 1. Cores de sinalização: as cores de segurança e cores de contraste são apresentadas na Tabela 3. 2. Cores de segurança: a cor de segurança deve cobrir no mínimo 50% da área do símbolo, exceto no símbolo de proibição, em que este valor deve ser de no mínimo 35%. A essa cor é atribuída uma finalidade ou um significado específico de segurança. 3. Aplicação das cores de segurança:

a) Vermelha: utilizada para símbolos de proibição, emergência e identificação de equipamentos de combate a incêndio e alarme;

b) Verde: utilizada para símbolos de orientação e salvamento; c) Preta: utilizadas para símbolos de alerta e sinais de perigo.

4. Cores de contraste: as cores de contraste são a branca ou amarela, conforme especificado na Tabela 3, para sinalização de proibição e alerta, respectivamente. Essas cores têm a finalidade de contrastar com a cor de segurança, de modo a fazer com que esta se sobressaia. As cores de contraste devem ser fotoluminescentes para a sinalização de orientação e salvamento e de equipamentos.

TABELA 4 - SÍMBOLOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE PLACAS EM PLANTA BAIXA DE PROJETO EXECUTIVO

Sinalização Retangular Sinalização quadrada Sinalização triangular Sinalização circular

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ANEXO B

Simbologia para a sinalização de emergência

1. Símbolos da sinalização básica Os símbolos adotados por esta norma para sinalização de emergência são apresentados a seguir, acompanhados de exemplos de aplicação. A especificação de cada cor designada abaixo é apresentada na Tabela 3 do Anexo A desta NT. a. Sinalização de proibição Código Símbolo Significado Forma e cor Aplicação

P1

Proibido fumar

Símbolo: circular Fundo: branca Pictograma: preta Faixa circular e barra diametral: vermelha

Todo local em que fumar pode aumentar o risco de incêndio

P2

Proibido produzir chama

Todo o local em que a utilização de chama pode aumentar risco de incêndio

P3

Proibido utilizar água para apagar o fogo

Toda situação em que o uso de água for impróprio para extinguir o fogo

P4

Proibido utilizar elevador em caso de incêndio

Nos locais de acesso aos elevadores comuns e montacargas

P5

Proibido obstruir este local

Em locais sujeitos a depósito de mercadorias em que a obstrução pode apresentar perigo de acesso às saídas de emergência, rotas de fuga, equipamentos de combate a incêndio, etc.)

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b. Sinalização de alerta Código Símbolo Significado Forma e cor Aplicação

A1

Alerta geral

Símbolo: triangular Fundo: amarela Pictograma: preta Faixa triangular: preta

Toda vez que não houver símbolo específico de alerta, deve sempre estar acompanhado de mensagem escrita específica

A2

Cuidado, risco de incêndio

Próximo a locais em que houver presença de materiais altamente inflamáveis

A3

Cuidado, risco de explosão

Próximo a locais em que houver presença de materiais ou gases que oferecem risco de explosão

A4

Cuidado, risco de corrosão

Próximo a locais em que houver presença de materiais corrosivos

A5

Cuidado, risco de choque elétrico

Próximo a instalações elétricas que oferecem risco de choque

A6

Cuidado, risco de radiação

Próximo a locais em que houver presença de materiais radioativos

A7

Cuidado, risco de exposição a produtos tóxicos

Próximo a locais em que houver presença de produtos tóxicos

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c. Sinalização de orientação e salvamento Código Símbolo Significado Forma e cor Aplicação

S1

Saída de emergência

Símbolo: retangular Fundo: verde Pictograma: fotoluminescente

Indicação do sentido (esquerda ou direita) de uma saída de emergência, especialmente para ser fixado em colunas Dimensões mínimas: L = 1,5 H

S2

Indicação do sentido (esquerda ou direita) de uma saída de emergência Dimensões mínimas: L = 2,0 H

S3

Indicação de uma saída de emergência a ser afixada acima da porta, para indicar o seu acesso

S4

a) indicação do sentido do acesso a uma saída que não esteja aparente b) indicação do sentido de uma saída por rampas c) indicação do sentido da saída na direção vertical (subindo ou descendo) Nota: A seta indicativa deve ser posicionada de acordo com o sentido a ser sinalizado

S5

S6

S7

S8

Indicação do sentido de fuga no interior das escadas Indica direita ou esquerda, descendo ou subindo O desenho indicativo deve ser posicionado de acordo com o sentido a ser sinalizado

S9

S10

S11

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S12

Saída de emergência

Símbolo: retangular Fundo: verde Mensagem “SAÍDA” ou Mensagem “SAÍDA” e/ou pictograma e/ou seta direcional: fotoluminescente, com altura de letra sempre > 50 mm

Indicação da saída de emergência, com ou sem complementação do pictograma fotoluminescente (seta ou imagem, ou ambos)

S13

S14

S15

Símbolo: retangular Fundo: verde Mensagem “SAÍDA”: fotoluminescente, com altura de letra sempre > 50 mm

Indicação da saída de emergência com rampas para deficientes, utilizada como complementação do pictograma fotoluminescentes (seta ou imagem, ou ambos)

S16

S17

Exemplo:

Número do pavimento

Símbolo: retangular ou quadrado Fundo: verde Algarismos indicando número do pavimento: fotoluminescente Pode se formar pela associação de duas placas Por exemplo: 1º + SS = 1º SS, que significa 1º Subsolo

Indicação do pavimento, no interior da escada, patamar e porta corta-fogo (lado da escada)

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S18

Instrução de abertura da porta corta-fogo por barra antipânico

Símbolo: quadrado ou retangular Fundo: verde Pictograma: fotoluminescente.

Indicação da forma de acionamento da barra antipânico instalada sobre a porta corta-fogo Pode ser complementada pela mensagem “aperte e empurre”, quando for o caso

S19

S20

S21

Acesso a um dispositivo para abertura de uma porta de saída

Orienta uma providência para obter acesso a uma chave ou um modo de abertura da saída de emergência

d. Sinalização de equipamentos de combate a incêndio e alarme Código Símbolo Significado Forma e cor Aplicação

E1

Alarme sonoro

Símbolo: quadrado Fundo: vermelha Pictograma: fotoluminescente

Indicação do local de acionamento do alarme de incêndio

E2

ALARMEDE

INCÊNDIO

Comando manual de alarme ou bomba de incêndio

Ponto de acionamento de alarme de incêndio ou bomba de incêndio Deve vir sempre acompanhado de uma mensagem escrita, designando o equipamento acionado por aquele ponto

E3

BOMBADE

INCÊNDIO

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E4

Telefone ou interfone de emergência

Símbolo: quadrado Fundo: vermelha Pictograma: fotoluminescente

Indicação da posição de interfone para comunicação de situações de emergência a uma central

E5

Extintor de incêndio

Indicação de localização dos extintores de incêndio

E6

Mangotinho Indicação de localização do mangotinho

E7

Abrigo de mangueira e hidrante

Indicação do abrigo da mangueira de incêndio com ou sem hidrante no seu interior

E8

Hidrante de incêndio

Indicação da localização do hidrante quando instalado fora do abrigo de mangueiras

E9

Coleção de equipamentos de combate a incêndio

Indica a localização de um conjunto de equipamentos de combate a incêndio (hidrante, alarme de incêndio e extintores), para evitar a proliferação de sinalizações correlatas

E10

Válvula de controle do sistema de chuveiros automáticos

Indicação da localização da válvula de controle do sistema de chuveiros automáticos

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E11

Extintor de incêndio tipo carreta

Símbolo: quadrado (1,00 m x 1,00 m) Fundo: vermelha (0,70 m x 0,70 m) Pictograma: borda amarela (largura = 0,15 m) Símbolo: quadrado Fundo: vermelha Pictograma: seta indicativa fotoluminescente

Indicado para facilitar a localização de extintor tipo carretas em caso de incêndio de maior proporção

E12

Manta antichama

Indicada para o abafamento de chamas em pessoas

E13

Seta à esquerda, indicativa de localização dos equipamentos de combate a incêndio ou alarme

Indicação da localização dos equipamentos de combate a incêndio ou alarme Deve sempre ser acompanhado do símbolo do(s) equipamento(s) que estiver(em) oculto(s)

E14

Seta à direita, indicativa de localização dos equipamentos de combate a incêndio ou alarme

E15

Seta diagonal à esquerda, indicativa de localização dos equipamentos de combate a incêndio ou alarme

E16

Seta diagonal à direita, indicativa de localização dos equipamentos de combate a incêndio ou alarme

E17

Sinalização de solo para equipamentos de combate a incêndio (hidrantes e extintores)

Símbolo: quadrado (1,00 m x 1,00 m) Fundo: vermelha (0,70 m x 0,70 m) Borda: amarela (largura = 0,15 m)

Usado para indicar a localização dos equipamentos de combate a incêndio e alarme, para evitar a sua obstrução

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2. Sinalização complementar

A padronização de formas, dimensões e cores da sinalização complementar é estabelecida nesta parte. a. Mensagens escritas A complementação da sinalização básica por sinalização complementar composta por mensagem escrita deve atender aos requisitos de dimensionamento apresentados nas Tabelas 1 e 2 do Anexo A desta NT.

Código Símbolo Significado Forma e cor Aplicação

M1 Ver Figura 1 (abaixo)

Indicação dos sistemas de proteção contra incêndio existentes na edificação

Símbolo: quadrado ou retangular Fundo: verde Mensagem escrita referente aos sistemas de proteção contra incêndio existentes na edificação, o tipo de estrutura e os telefones de emergência: branca

Na entrada principal da edificação

Figura 1 – modelo de sinalização tipo M1

Esta edificação está dotada dos seguintes

Sistemas de Proteção Contra Incêndios:

. Extintores de Incêndio

. Hidrantes

. Iluminação de Emergência

. Alarme de Incêndios

. Detecção Automática de Fumaça/Calor

. Chuveiros Automáticos

. Escada de Segurança

. Sinalização de Emergência

-

Edificação em Estrutura Metálica - Em caso de emergência: ligue 193 – Corpo de Bombeiros

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M2 Lotação máxima:

120 pessoas sentadas30 pessoas em pé

Indicação da lotação máxima admitida no recinto de reunião de público

Símbolo: retangular Fundo: verde Mensagem escrita “Lotação máxima admitida: x pessoas sentadas y pessoas em pé”: branca

Nas entradas principais dos recintos de reunião de público

M3 APERTE E EMPURRE

Aperte e empurre o dispositivo de abertura da porta

Símbolo: retangular Fundo: verde Mensagem escrita “aperte e empurre”: fotoluminescente

Nas portas de saídas de emergência com dispositivo antipânico

M4 PORTA CORTAFOGO

mantenha fechada

Manter a porta corta-fogo da saída de emergência fechada

Símbolo: retangular Fundo: verde Mensagem escrita “porta corta-fogo mantenha fechada”: fotoluminescente

Nas portas corta-fogo instaladas nas saídas de emergência

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b. Indicação continuada de rotas de fuga A indicação continuada de rotas de fuga deve ser realizada por meio de setas indicativas, de acordo com os critérios especificados no texto desta norma, instaladas no sentido das saídas, com as especificações abaixo:

Código Símbolo Significado Forma e cor Aplicação

C1

Ver Figura 2

Direção da rota de saída

Símbolo: retangular Fundo: verde Pictograma: fotoluminescente

Nas paredes, próximo ao piso, e/ou nos pisos de rotas de saída

C2

Direção da rota de saída

Símbolo: quadrado Fundo: verde Pictograma: fotoluminescente

Complementa uma sinalização básica de orientação e salvamento

C3

C4

C5

C6

C7

70 m

m

200 mm

Figura 2 – Detalhe da sinalização tipo C1

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c. Indicação de obstáculos Obstáculos nas rotas de saídas devem ser sinalizados por meio de uma faixa zebrada, conforme símbolos abaixo, com largura mínima de 100 mm. As listras amarelas e pretas ou brancas fotoluminescentes e vermelhas devem ser inclinadas a 45° e com largura mínima de 50 mm cada.

Código Símbolo Significado Forma e cor Aplicação

O1

Obstáculo

Símbolo: retangular

Fundo: amarelo

Listras pretas

inclinadas a 45°

Nas paredes, pilares, vigas,

cancelas, muretas e

outros elementos que podem constituir

um obstáculo à circulação de pessoas e veículos

Utilizada quando o ambiente

interno ou externo possui sistema

de iluminação de emergência

O2

Obstáculo

Símbolo: retangular

Fundo:

fotoluminescente

Listras vermelhas inclinadas a 45°

Nas paredes, pilares, vigas,

cancelas, muretas e

outros elementos que podem constituir

um obstáculo à circulação de pessoas e veículos

Utilizada quando o ambiente

possui iluminação artificial

em situação normal, porém

não possui sistema de iluminação

de emergência

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ANEXO C

Exemplos de instalação de sinalização

Figura 1 - Sinalização de porta corta-fogo (vista da escada)

Figura 2 - Sinalização de porta corta-fogo (vista do hall)

Figura 3 - Sinalização de porta corta-fogo Figura 4 - Sinalização de elevadores (vista da escada)

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Figura 5 - Sinalização de portas com barras antipânico (Modelos 1 e 2)

Figura 6 - Sinalização de extintores Figura 7- Sinalização de hidrante

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Figura 8 - Sinalização complementar. Exemplo de rodapé

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Figura 9 - Sinalização de saída sobre verga de portas, sinalização complementar de saídas e obstáculos

Figura 10 - Sinalização de saída sobre porta corta-fogo, sinalização complementar de saídas e obstáculos

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Figura 11 - Sinalização de saída sobre paredes e vergas de portas

Figura 12 - Sinalização de saída sobre porta corta-fogo

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Figura 13 - Sinalização de saída perpendicular ao sentido da fuga, em dupla face

Figura 14 - Sinalização de saída no sentido da fuga, em dupla face

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Figura 15 - Sinalização

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ANEXO D

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO DO SISTEMA DE SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

1 - A sinalização de emergência faz uso de símbolos, mensagens e cores, que devem ser distribuídos convenientemente no interior da edificação e áreas de risco, segundo os critérios da NT 14 - Sinalização de emergência;

2 - A sinalização de proibição deve ser instalada em local visível e a uma altura de 1,80 m, distribuída em mais de um ponto dentro da área de risco, de modo que pelo menos uma delas possa ser claramente visível de qualquer posição dentro da área, distanciadas em no máximo 15 m entre si;

3 - A sinalização de alerta deve ser instalada em local visível e a uma altura de 1,80 m, próxima ao risco isolado ou distribuída ao longo da área de risco generalizado, distanciadas entre si em no máximo 15 m;

4 - A sinalização de orientação e salvamento deve assinalar todas as mudanças de direção, saídas, escadas, etc., e ser instalada segundo sua função, a saber: a) a sinalização de portas de saída de emergência deve ser localizada imediatamente acima das portas, ou diretamente na folha da porta, centralizada a uma altura de 1,80 m; b) a sinalização de orientação das rotas de saída deve ser localizada de modo que a distância de percurso de qualquer ponto da rota de saída até a sinalização seja de no máximo 15 m. Adicionalmente, esta também deve ser instalada de forma que na direção de saída de qualquer ponto seja possível visualizar o ponto seguinte, respeitado o limite máximo de 30,0 m. A sinalização deve ser instalada de modo que a sua base esteja a 1,80 m do piso acabado; c) a sinalização de identificação dos pavimentos no interior da caixa de escada de emergência deve estar a uma altura de 1,80 m, instalada junto à parede, sobre o patamar de acesso de cada pavimento, de tal forma a ser visualizada em ambos os sentidos da escada (subida e descida); d) a mensagem escrita “SAÍDA” deve estar sempre grafada em língua portuguesa; e) a abertura das portas em escadas não deve obstruir a visualização de qualquer sinalização.

5 - A sinalização apropriada de equipamentos de combate a incêndio deve estar a uma altura de 1,80 m, e imediatamente acima do equipamento sinalizado, além do seguinte: a) quando houver obstáculos que dificultem ou impeçam a visualização direta da sinalização, a mesma deve ser repetida a uma altura suficiente para a sua visualização; b) quando a visualização direta do equipamento ou sua sinalização não for possível no plano horizontal, a sua localização deve ser indicada a partir do ponto de boa visibilidade mais próxima. A sinalização deve incluir o símbolo do equipamento em questão e uma seta indicativa, sendo que o conjunto não deve distar mais que 7,5 m do equipamento; c) quando o equipamento encontrar-se instalado em pilar, devem ser sinalizadas todas as faces do pilar que estiverem voltadas para os corredores de circulação de pessoas ou veículos; d) quando se tratar de hidrante e extintor de incêndio instalados em garagem, área de fabricação, depósito e locais utilizados para movimentação de mercadorias e de grande varejo, deve ser implantada também a sinalização de piso.

6 - A sinalização complementar deve ser instalada seguindo os critérios desta NT; 7 - São requisitos básicos para que a sinalização de emergência possa ser visualizada e compreendida no interior da edificação ou área de risco: a) a sinalização de emergência deve destacar-se em relação à comunicação visual adotada para outros fins; b) a sinalização de emergência não deve ser neutralizada pelas cores de paredes e acabamentos, dificultando a sua visualização; c) a sinalização de emergência deve ser instalada perpendicularmente aos corredores de circulação de pessoas e veículos, permitindo-se condições de fácil visualização; d) as sinalizações básicas de emergência destinadas à orientação e salvamento, alarme de incêndio e equipamentos de combate a incêndio devem possuir efeito fotoluminescente. 8 - Os seguintes materiais podem ser utilizados para a confecção das sinalizações de emergência, desde que possuam resistência mecânica e espessura suficiente para que não sejam transferidas para a superfície da placa possíveis irregularidades das superfícies em que forem aplicadas: a) placas em materiais plásticos; b) chapas metálicas; c) outros materiais semelhantes.

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ANEXO E

Exemplo de indicação da orientação de saída no Projeto Técnico

Figura 1 - No Projeto Técnico deve ser indicada a orientação de saída por meio de setas indicativas do sentido de fuga conforme figura. As setas são ilustrativas e exigidas apenas para auxiliar a análise do Projeto Técnico, devendo a sinalização atender ao previsto na NT14.

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 15/2009

SISTEMAS DE HIDRANTES E DE MANGOTINHOS PARA COMBATE À INCÊNDIO

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - TABELAS A.1, A.2 E A.3

B - DETALHE DE HIDRANTES E MANGOTINHOS

C - RESERVATÓRIOS

D - BOMBAS DE COMBATE A INCÊNDIO

E - CASOS DE ISENÇÃO DE PROTEÇÃO POR

SISTEMAS DE HIDRANTES

F - MEMORIAL DE HIDRANTES E CÁLCULO

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 160 - R, DE 29 DE JULHO DE 2009.

Aprova a Norma Técnica nº 15/2009 do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, que versa sobre sistemas de hidrantes e mangotinhos.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas

atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 1º da Lei nº 3.218, de 20 de julho de 1978 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2.125-N, de 12 de setembro de 1985,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 15/2009 do Centro de Atividades Técnicas. Art. 2º Esta Norma entrará em vigor 90 (noventa) dias após a data de sua publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 29 de julho de 2009.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES Publicada no Diário Oficial de 18 de agosto de 2009 Parte específica: Documentos Técnicos cancelados ou substituídos:

• NT 06 do CBMES publicada no Diário Oficial de 11 de dezembro de 1996.

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1 OBJETIVO Fixar as condições mínimas necessárias para o dimensionamento, instalação, manutenção, manuseio e aceitação, bem como as características dos componentes dos sistemas de hidrantes e mangotinhos para uso exclusivo de combate a incêndio. 2 APLICAÇÃO Aplica-se às edificações e áreas de risco em que sejam necessárias as instalações de Sistemas de Hidrantes ou Mangotinhos para combate a incêndio, de acordo com o previsto na Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 5410/1997 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão; ABNT NBR 5580/1993 – Tubos de Aço-carbono para Rosca Whitworth Gás para Usos Comuns na Condução de Fluídos – Especificação; ABNT NBR 5587/1985 – Tubos de Aço para Condução, com Rosca ANSI/ASME B1.20.1 – Dimensões Básicas – Padronização; ABNT NBR 5590/1995 – Tubo de Aço-carbono com ou Sem Costura, Pretos ou Galvanizados por Imersão a Quente, para Condução de Fluídos – Especificação; ABNT NBR 5626/1998 – Instalação Predial de Água Fria; ABNT NBR 5647-1/1999 – Sistemas para Adução e Distribuição de Água – Tubos e Conexões de PVC 6,3 com Junta Elástica e com Diâmetros Nominais até DN 100 – Parte 1: Requisitos Gerais; ABNT NBR 5647-2/1999 – Sistemas para Adução e Distribuição de Água – Tubos e Conexões de PVC 6,3 com Junta Elástica e com Diâmetros Nominais até DN 100 – Parte 2: Requisitos Específicos para Tubos com Pressão Nominal PN 1,0 Mpa BR 5647-3/1999 – Sistemas para Adução e Distribuição de Água – Tubos e Conexões de PVC 6,3 com Junta Elástica e com Diâmetros Nominais até DN 100 – Parte 3: Requisitos Específicos para Tubos com Pressão Nominal PN 0,75 Mpa NBR 5647-4/1999 – Sistemas para Adução e Distribuição de Água – Tubos e Conexões de PVC 6,3 com Junta Elástica e com Diâmetros Nominais até DN 100 – Parte 4: Requisitos Específicos para Tubos com Pressão Nominal PN 0,60 Mpa NBR 5667/1980 – Hidrantes Urbanos de Incêndio – Especificações; ABNT NBR 6414/1983 – Rosca para Tubos onde a Vedação é feita pela Rosca – Designação, Dimensões e Tolerâncias – Padronização; ABNT NBR 6925/1985 – Conexão de Ferro Fundido Maleável, de Classes 150 e 300, com Rosca NPT, para Tubulação – Especificação; ABNT NBR 6943/1993 – Conexão de Ferro Maleável para Tubulações – Classe 10 – Especificações;

ABNT NBR 10351/1988 – Conexões Injetadas de PVC Rígido com Junta Elástica para Redes e Adutoras de Água – Especificação; ABNT NBR 10897/1990 – Proteção Contra Incêndio por Chuveiro Automático – Procedimento; ABNT NBR 11720/1994 – Conexão para Unir Tubos de Cobre por Soldagem ou Brasagem Capilar – Especificações; ABNT NBR 11861/1998 – Mangueira de Incêndio – Requisitos e Métodos de Ensaio; ABNT NBR 12779/1992 – Inspeção, Manutenção e Cuidados em Mangueiras de Incêndio – Procedimento; ABNT NBR 12912/1993 – Rosca NPT para Tubos – Dimensões – Padronização; ABNT NBR 13206/1994 – Tubo de Cobre Leve, Médio e Pesados Sem Costura, para Condução de Água e Outros Fluídos – Especificação; ABNT NBR 13435/1995 – Sinalização de Segurança Contra Incêndio e Pânico – Procedimento; ABNT NBR 13714/2000 – Sistemas de Hidrantes e de Mangotinhos para Combate a Incêndio, Associação Brasileira de Normas Técnicas; ABNT NBR 14105/1998 – Manômetros com Sensor de Elemento Elástico – Recomendações de Fabricação e Uso; ABNT NBR 14349/1999 – União para mangueira de Incêndio – Requisitos e Métodos De Ensaio; ANSI/ASME B1.20.7 NH/1998 – Hose Coupling Screw Threads; ASTM A 234/1997 – Specification for Piping Fitting Wrought Carbon Steel and Alloy Steel for Moderate and Elevate Temperature; ASTM B 30/1998 – Specification for Copper-Base Alloys in Ingot Form; ASTM B 62/1993 – Specification for Composition Bronze or Ounce Metal Castings; ASTM B 283/1996 – Specification for Copper and Copper – Alloy Die Forgings (Hot-pressed); ASTM B 584/1998 – Standard Specification for Copper Alloy Sand Castings for General Applications; ASTM D 2000/1998 – Classification System for Rubber Products in Automotive Applications; AWS A5.8/1992 – Brazing Filler Metal (Classifications BcuP-3 or Bcup-4); BS 5041 Part 1/1987 – Specification for Landing Valves for Wet Risers; EN 694/1996 – Fire-Fighting Hoses – Semi-Rigid Hoses for Fixed Systems;

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Instalações Hidráulicas de Combate a Incêndio nas Edificações – Telmo Brentano – Editora EDIPUCRS, 3ª edição – Porto Alegre – RS – 2007; Instalações Hidráulicas e Sanitárias – Hélio Creder – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A – Rio de Janeiro/RJ – 5º edição – 1991; IT 22 do CBPMSP/2004 – Sistema de Hidrantes e de Mangotinhos para Combate a Incêndio; Bombas e Instalações de Bombeamento – Archibald Joseph Macintyre – Livros Técnicos e Científicos Editora S. – Rio de Janeiro/RJ – 2º edição – 1997; Hydraulics for Fire Protection – Harry E. Hickey – NFPA – Boston/Massachussaets/EUA – 1980; Fire Protection Engineering – NFPA – 2ª edição – 1995. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes da NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico, além do seguinte: 4.1 Esguichos: dispositivos hidráulicos para lançamento de água através de mangueiras de incêndio, possibilitando a emissão do jato compacto ou neblina. 4.2 Mangotinho: mangueiras semirrígidas de borracha reforçada capazes de resistirem à pressões elevadas, dotadas de esguichos próprios permanentemente conectados, não permitindo deformações em sua seção quando enroladas. 4.3 Hidrante externo: hidrante instalado no exterior das edificações afastado no mínimo uma vez e meia a altura da parede a ser protegida imediatamente a frente do hidrante. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Requisitos Gerais 5.1.1 Os sistemas de combate a incêndio estão classificados em sistemas de mangotinho (tipo I) e sistemas de hidrantes (tipos 2, 3, 4 e 5), conforme especificado na Tabela A.1 do Anexo A. 5.1.2 Todos os parâmetros, ábacos, tabelas e outros recursos utilizados no projeto e no dimensionamento devem ser relacionados no memorial. Não é admitida referência a outro projeto para justificar a aplicação de qualquer informação no memorial. 5.2 Projeto 5.2.1 Ao sistema a ser instalado, deverá corresponder um memorial constando cálculos, dimensionamentos e uma perspectiva isométrica da tubulação. 5.2.2 O Corpo de Bombeiros poderá solicitar documentos relativos ao sistema, se houver necessidade. 5.2.3 O Memorial de Cálculo deve seguir modelo próprio do Corpo de Bombeiros conforme Anexo F. Outras formas

para confecção dos cálculos de sistemas de hidrantes mais complexos sofrerão avaliação do Corpo de Bombeiros para aceitabilidade e aprovação. 5.3 Recalque 5.3.1 Todos os sistemas devem ser dotados de dispositivos de recalque, consistindo em um prolongamento de diâmetro no mínimo igual ao da tubulação principal, cujos engates devem ser compatíveis com junta de união tipo “engate rápido” de DN 65 mm. 5.3.2 Quando a vazão do sistema for superior a 1000 L/min, o dispositivo de recalque deve possuir um registro de recalque adicional com as mesmas características definidas no item 5.3.1, sendo que o prolongamento da tubulação deve ter diâmetro no mínimo igual ao existente na tubulação de recalque do sistema. 5.3.3 O hidrante do recalque é uma válvula de paragem tipo globo com diâmetro mínimo de 65 mm, preferencialmente ângulo de 45º, com junta storz e tampão cego de 65 mm e deverá ser localizado junto à via de acesso de viaturas, sob a calçada frontal e afastado da edificação de modo que possa ser operado com facilidade e segurança. 5.3.4 O abrigo de hidrante de recalque deverá ser em alvenaria de tijolo ou em concreto com as dimensões mínimas de 0,60 X 0,40 X 0,40 metros, dotado de dreno ligado à canalização de escoamento pluvial ou com uma camada de 05 (cinco) centímetros de brita no fundo.

Figura 1 – Dispositivo de recalque no passeio público

5.3.4.1 A borda do hidrante de recalque não poderá ficar abaixo de 15 (quinze) centímetros da tampa do abrigo, e o hidrante instalado deverá ocupar uma posição que facilite o engate da mangueira com a introdução, preferencialmente, voltada para cima em ângulo de 45º. 5.3.4.2 A tampa do abrigo do hidrante de recalque será metálica, preferencialmente em ferro fundido, pintada em vermelho com as dimensões mínimas de 0,40 X 0,60 m e possuirá a inscrição "INCÊNDIO". 5.3.4.3 O abrigo deve estar afastado preferencialmente a 0,50 m da guia do passeio, quando instalado no passeio público. 5.3.4.4 O volante de manobra deve ser situado a no máximo 0,50 m do nível do piso acabado. 5.3.4.5 A válvula deve ser do tipo gaveta ou esfera permitindo o fluxo de água nos dois sentidos e instalada de forma a garantir seu adequado manuseio.

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5.3.5 O dispositivo de recalque poderá ser instalado na fachada principal da edificação ou no muro da divisa com a rua, com a introdução voltada para a rua e para baixo em um ângulo de 45º e a uma altura entre 0,60 m e 1 m em relação ao piso do passeio da propriedade. A localização do dispositivo de recalque sempre deve permitir aproximação da viatura apropriada para o recalque da água, a partir do logradouro público, para o livre acesso dos bombeiros. 5.3.6 O dispositivo de recalque pode ser constituído de um hidrante de coluna externo localizado à distância máxima de 10 m até o local de estacionamento das viaturas do Corpo de Bombeiros ou acesso principal da edificação. 5.3.7 É vedada a instalação do dispositivo de recalque em local que tenha circulação ou estacionamento de veículos. 5.3.8 É proibido o uso de válvula de retenção que impeça a retirada de água do sistema através do hidrante de recalque.

ou,

Figura 2 – Dispositivo de recalque no passeio público 5.4 Abrigo 5.4.1 As mangueiras de incêndio devem ser acondicionadas dentro dos abrigos, aduchadas, conforme especificado na ABNT NBR 12779, sendo que as mangueiras de incêndio semirrígidas podem ser acondicionadas enroladas, com ou sem o uso de carretéis axiais ou em forma de oito, permitindo sua utilização com facilidade e rapidez.

5.4.2 No interior do abrigo pode ser instalada a válvula angular, desde que o seu manuseio e manutenção estejam garantidos. 5.4.3 Os abrigos podem ser construídos em alvenaria, em materiais metálicos, em fibra ou em vidro, pintados preferencialmente na cor vermelha e devidamente sinalizados conforme norma técnica específica. 5.4.4 Os abrigos devem possuir apoio ou fixação própria, independente da tubulação que abastece o hidrante ou mangotinho. 5.4.5 O abrigo deve ter utilização exclusiva, conforme estabelecido nesta Norma Técnica. 5.4.6 Os abrigos dos sistemas de hidrantes ou de mangotinhos não devem ser instalados a mais de 5 m da expedição da tubulação, devendo estar em local visível e de fácil acesso. 5.4.6.1 Para expedições da tubulação instaladas no térreo de edificações para atender lojas comerciais, quando houver risco de furto ou vandalismo dos equipamentos do sistema de proteção por hidrantes, seus abrigos de mangueiras poderão ser instalados no hall de acesso do condomínio em lugar visível e de fácil manuseio. 5.4.7 Os abrigos poderão ser dotados de dispositivos de fechamento com chave, devendo observar: a) os dispositivos utilizados devem permitir a rápida abertura dos abrigos; b) a chave (ou outro dispositivo que possibilite a abertura) deve ser situada ao lado do abrigo de mangueiras; c) o abrigo para a chave deve ser envidraçado, vidro temperado 3 mm, contendo informações quanto a sua destinação e forma de acioná-lo. 5.4.7.1 Os abrigos com fachada envidraçada deverão: a) ser construídos em vidro temperado 3 mm; b) possuir afixado ao abrigo dispositivo para auxiliar no arrombamento do vidro, devidamente identificado; c) permitir a sua abertura para a manutenção ou vistoria; d) possuir interior pintado na cor vermelha. 5.4.8 As mangueiras de incêndio, a tomada de água e a botoeira de acionamento da bomba de incêndio podem ser instaladas dentro do abrigo, desde que não impeçam a manobra ou a substituição de qualquer peça. 5.4.9 Os abrigos devem, preferencialmente, possuir dimensões de acordo com a Figura 3. Outras configurações deverão sofrer avaliação do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo para aprovação.

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Figura 3 – Abrigo de mangueiras e suas dimensões 5.5 Válvulas de abertura para hidrantes ou mangotinhos. 5.5.1 As válvulas dos hidrantes devem ser do tipo angular (45º) de diâmetro DN65 (2 ½”). 5.5.2 As válvulas para mangotinhos devem ser do tipo abertura rápida, de passagem plena e diâmetro mínimo DN25 (1”). 5.6 Requisitos específicos 5.6.1 Tipos de sistemas 5.6.1.1 Os tipos de sistemas previstos são dados na Tabela A.1 do Anexo A. 5.6.1.2 As vazões da Tabela A.1 correspondem a: a) esguicho regulável na posição de maior vazão para sistema tipo 1; b) jato compacto de 13 mm para sistema tipo 2; c) jato compacto de 16 mm para sistema tipo 3; d) jato compacto de 19 mm para sistema tipo 4; e) jato compacto de 25 mm para sistema tipo 5.

5.6.1.2.1 A pressão mínima na ponta do esquicho regulável do sistema tipo 1 deverá ser de 10 m.c.a. para atender de forma satisfatória as vazões previstas na Tabela A.1. 5.6.1.3 As edificações, em que for instalado o sistema do tipo 1, devem ser dotadas de ponto de tomada de água de engate rápido para mangueira de incêndio de DN 40 mm (1 ½”), conforme Anexo B. 5.6.1.4 As vazões da Tabela A.1 devem ser obtidas no requinte do esguicho acoplado à sua respectiva mangueira de incêndio, sendo que para o sistema tipo 1 a mangueira semi-rígida deve estar na posição enrolada. 5.6.1.5 Para cada ponto de hidrante ou mangotinho são obrigatórios os materiais descritos na Tabela A.2 (Anexo A).

5.7 Distribuição dos hidrantes e ou mangotinhos 5.7.1 Os pontos de tomada de água devem ser posicionados: a) nas proximidades das portas externas, escadas e/ou do acesso principal a ser protegido, a não mais de 5m; b) em posições centrais nas áreas protegidas, devendo atender a alínea “a” obrigatoriamente; c) fora das escadas ou antecâmaras de fumaça; d) de 0,90 m a 1,5 m do piso acabado. 5.7.2 No caso de projetos utilizando hidrantes externos, que atendam ao afastamento de no mínimo uma vez e meia a altura da parede externa da edificação a ser protegida, podem ser utilizados até 60 m de mangueira de incêndio (preferencialmente em lances de 15 m), desde que devidamente dimensionados por cálculo hidráulico. Recomenda-se que sejam utilizadas mangueiras de incêndio de DN 65 mm para redução da perda de carga e o último lance de DN 40 mm para facilitar seu manuseio, nesse caso deve haver uma redução de mangueira de 65 mm para 40 mm. 5.7.3 A utilização do sistema não deve comprometer a fuga dos ocupantes da edificação; portanto, deve ser projetado de tal forma que dê proteção em toda a edificação, sem que haja a necessidade de adentrar as escadas, antecâmaras ou outros locais determinados exclusivamente para servirem de rota de fuga dos ocupantes. 5.8 Dimensionamento do sistema 5.8.1 O dimensionamento deve consistir na determinação do caminhamento das tubulações, dos diâmetros dos acessórios e dos suportes necessários e suficientes para garantir o funcionamento dos sistemas previstos nesta Norma Técnica. 5.8.2 Os hidrantes ou mangotinhos devem ser distribuídos de tal forma que qualquer ponto da área a ser protegida seja alcançado por um esguicho (sistemas tipo 1, 2, 3 ou 4) ou dois esguichos (sistema tipo 5), considerando o comprimento da(s) mangueira(s) de incêndio através de seu trajeto real e desconsiderando o alcance do jato de água. 5.8.3 Para o dimensionamento, deve ser considerado o uso simultâneo dos dois jatos de água mais desfavoráveis considerados nos cálculos para qualquer tipo de sistema especificado, considerando, em cada jato de água, no mínimo as vazões obtidas conforme a Tabela A.1 (Anexo A) e condições previstas na subseção 5.6.1.4. 5.8.4 Independente do procedimento de dimensionamento estabelecido, deve-se utilizar esguichos reguláveis em função da melhor efetividade no combate. Dessa forma, deve-se também atender a vazão mínima para cada esguicho prescrita na Tabela A.1 e alcance do jato, conforme item 5.11.2.1 e 5.11.2.2. 5.8.5 O local mais desfavorável considerado nos cálculos deve ser aquele que proporciona menor pressão dinâmica no esguicho.

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5.8.6 Nos casos de mais de um tipo de ocupação (ocupações mistas) na edificação (que requeira proteção por sistemas distintos), o dimensionamento dos sistemas deve ser feito para cada tipo de sistema individualmente ou, dimensionado para atender o maior risco. 5.8.7 Cada sistema deve ser dimensionado de modo que as pressões dinâmicas nas entradas dos esguichos não ultrapassem 50 m.c.a. ou o dobro daquela obtida no esguicho mais desfavorável considerado no cálculo. Pode-se utilizar quaisquer dispositivos para redução de pressão, desde que comprovadas as suas adequações técnicas.1

5.8.8 Recomenda-se que o sistema seja dimensionado de forma que a pressão máxima de trabalho em qualquer ponto não ultrapasse o 100 m.c.a. (1.000 KPa). Situações que requeiram pressões superiores à estipulada serão aceitas, desde que comprovada a adequação técnica dos componentes empregados e atendido ao requisito especificado no item 5.8.7. 5.8.9 O cálculo hidráulico da somatória das perdas de carga nas tubulações deve ser executado por métodos adequados para este fim, sendo que os resultados alcançados têm que satisfazer a seguinte equação:

Hazen-Williams hf = J.Lt J = 605 . Q1.85 . C-1.85 . D-4.87 . 104

Onde: hf é a perda de carga em metros de coluna d’água Lt é o comprimento total, sendo a soma dos comprimentos da tubulação e dos comprimentos equivalentes das conexões J é a perda de carga por atrito em metros por metros Q é a vazão, em litros por minuto C é o fator de Hazem Willians (ver Tabela 1) D é o diâmetro interno do tubo em milímetros

5.8.10 A velocidade da água no tubo de sucção das bombas de incêndio não devem ser superior a 2 m/s (sucção negativa) ou 3 m/s (sucção positiva), a qual deve ser calculada pela equação:

V = Q/A

Para o cálculo da área deve ser considerado o diâmetro interno da tubulação. Onde: V é a velocidade da água, em metros por segundo Q é a vazão de água, em metros cúbicos por segundo A é a área interna da tubulação, em metros quadrados

Tabela 1 – Fator “C” de Hazen-Williams

Tipo de tubo Fator "C"

Ferro fundido ou dúctil sem revestimento interno 100 Aço preto (sistema de tubo seco) 100 Aço preto (sistema de tubo molhado) 120 Galvanizado 120 Plástico 150 Ferro fundido dúctil com revestimento interno de

140 cimento Cobre 150 Nota - Os valores de "C" de Hazen-Williams são válidos para tubos novos

5.8.11 A velocidade máxima da água na tubulação de recalque não deve ser superior a 5 m/s, a qual deve ser calculada conforme equação indicada no item 5.8.10. 5.8.12 No sistema de malha ou anel fechado devem existir válvulas de paragem localizadas de forma que pelo menos dois lados de uma malha que envolva quadras de processamento ou armazenamento possam ficar em operação, no caso de rompimento ou bloqueio dos outros dois. 5.8.13 Para efeito de equilíbrio de pressão nos pontos de cálculos é admitida a variação máxima de 0,50 m.c.a. (5,0 KPa) para mais ou para menos. 5.9 Reservatório e reserva técnica de incêndio 5.9.1 O abastecimento do sistema de hidrantes e mangotinhos será feito, de preferência, por reservatório elevado. 5.9.2 O volume de água da reserva técnica de incêndio deve ser conforme Tabela A.3 (Anexo A). 5.9.3 Pode ser admitida a alimentação de outros sistemas de proteção contra incêndio, sob comando ou automáticos, através da interligação das tubulações, desde que atenda aos parâmetros para dimensionamento do Sistema de Chuveiros Automáticos conforme norma específica e o volume de RTI prevista na Tabela A.3. 5.9.4 Deve ser previsto reservatório construído conforme o Anexo C (normativo). 5.9.5 O inibidor de vórtice e poço de sucção para reservatório elevado deve ser conforme o Anexo C. 5.9.6 O reservatório que também acumula água para consumo normal da edificação deve ser adequado para preservar a qualidade da água, conforme a ABNT NBR 5626. 5.9.7 As águas provenientes de fontes naturais tais como: lagos, rios, açudes etc. devem ser captadas, conforme descrito no Anexo C. 5.9.8 O reservatório pode ser subdividido desde que todas unidades estejam ligadas diretamente à tubulação de _________________________________________________________________________

1 Já com nova redação da Portaria n° 205 publicada no DIO de 28/05/10

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sucção da bomba de incêndio e tenha subdivisões em unidades mínimas de 3 m³. 5.9.9 Não é permitido a utilização da reserva técnica de incêndio pelo emprego conjugado de reservatórios subterrâneos e elevados. 5.9.10 Os reservatórios devem ser dotados de meios que assegurem uma reserva técnica de incêndio efetiva e ofereçam condições seguras para inspeção. 5.9.11 Quando o reservatório for enterrado, deverá ser previsto um sistema motriz para bomba através de motor de combustão interna e, caso a sucção seja negativa, uma reserva mínima para escorva de 500 litros, instalada em nível superior à sucção da bomba de combate a incêndio. 5.10 Bombas de incêndio 5.10.1 A bomba de incêndio deve ser do tipo centrífuga, acionada por motor elétrico ou combustão interna. 5.10.2 As prescrições e recomendações encontram-se no Anexo D (normativo). 5.10.3 No caso de ocupações mistas com uma bomba de incêndio principal, deve ser feito o dimensionamento de vazão da bomba e de reservatório para o maior risco e os esguichos e mangueiras podem ser previstos de acordo com os riscos específicos. A altura manométrica total da bomba deve ser calculada para o hidrante mais desfavorável do sistema, respeitando o maior risco. 5.11 Componentes das instalações 5.11.1 Geral 5.11.1.1 Os componentes das instalações devem ser de acordo com prescrições de normas específicas, conforme aquelas descritas na seção 3 - Referências Normativas e Bibliográficas, ou em especificações reconhecidas e aceitas pelos órgãos oficiais. 5.11.1.2 Os componentes que não satisfaçam a todas as especificações das normas existentes ou às exigências dos órgãos competentes e entidades envolvidas devem ser submetidos a ensaios e verificações, a fim de obterem aceitação formal da utilização nas condições específicas da instalação. 5.11.2 Esguichos 5.11.2.1 O alcance do jato compacto produzido por qualquer sistema adotado conforme Tabela A.1 (Anexo A) não deve ser inferior a 8 m, medido da saída do esguicho ao ponto de queda do jato, com o jato paralelo ao solo. 5.11.2.2 O alcance do jato para esguicho regulável produzido por qualquer sistema adotado conforme Tabela A.1 não deve ser inferior a 8 m, medido da saída do esguicho ao ponto de queda do jato, com o jato paralelo ao solo e o esguicho regulado para jato compacto. 5.11.2.3 Devem ser construídos em latão ligas C-37700, C-46400 e C-48500 da ASMT B 283 para forjados ou C-83600, C-83800, C-84800 e C-86400 da ASMT B 584, liga 864 da ASMT B 30 para fundidos, ou bronze ASMT B 62, para fundidos. Outros materiais podem ser utilizados,

desde que comprovada a sua adequação técnica e aprovado pelo órgão competente. 5.11.2.4 Os componentes de vedação devem ser em borracha, quando necessários, conforme ASMT D 2000. 5.11.2.5 O acionador do esguicho regulável, de alavanca ou de colar, deve permitir a modulação da conformação do jato e o fechamento total do fluxo. 5.11.2.6 Cada esguicho instalado deve ser adequado aos valores de pressão disponível e de vazão de água, no ponto de hidrante considerado, para proporcionar o seu perfeito funcionamento. 5.11.2.7 O adaptador tipo engate rápido para acoplamento das mangueiras deve obedecer ao item 5.11.4.1. 5.11.3 Mangueira de incêndio 5.11.3.1 A mangueira de incêndio para uso de hidrante deve atender às condições da ABNT NBR 11861. 5.11.3.1.1 A especificação das mangueiras deverá ser conforme a Tabela 2.

Tabela 2 – Tipos de mangueiras de hidrantes

Tipo Pressão Máxima Características Utilização

KPa m.c.a.

1 980 100 - Edifícios residenciais

2 1370 140 - Edifícios comerciais

3 1470 150 Boa resistência a abrasão

Instalações industriais

4 1370 140 Alta resistência a abrasão

Instalações industriais

5 1370 140 Alta resistência a

abrasão e a superfícies quentes

Instalações industriais

5.11.3.1.2 A mangueira deve trazer gravada nas duas extremidades:2

a) a logomarca do fabricante; b) a inscrição NBR 11861; c) tipo; d) mês e ano de fabricação. 5.11.3.2 A mangueira de incêndio semi-rígida para uso de mangotinho deve atender às condições da EN 694 para o sistema tipo 1. 5.11.3.3 O comprimento total das mangueiras que servem cada saída a um ponto de hidrante ou mangotinho deve ser suficiente para vencer todos os desvios e obstáculos que existem, considerando também toda a influência que a ocupação final é capaz de exercer, não excedendo os comprimentos máximos estabelecidos na Tabela A.1. 5.11.3.4 Para sistemas de hidrantes com linhas de combate com 30 m de comprimento devem ser utilizadas duas mangueiras de 15 m. _________________________________________________________________________

2 Já com nova redação da Portaria n° 205 publicada no DIO de 28/05/10

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5.11.4 Uniões/Engates 5.11.4.1 As uniões de engate rápido entre mangueiras de incêndio devem ser conforme a ABNT NBR 14349. 5.11.4.2 As dimensões e os materiais para a confecção dos adaptadores tipo engate rápido devem atender à ABNT NBR 14349. 5.11.5 Válvulas 5.11.5.1 Na ausência de normas brasileiras aplicáveis às válvulas, é recomendável que atendam aos requisitos da BS 5041 parte 1/87. 5.11.5.2 As roscas de entrada das vávulas devem ser de acordo com a ABNT NBR 6414 ou ABNT NBR 12912. 5.11.5.3 As roscas de saída das válvulas para acoplamento do engate rápido devem ser conforme a ABNT NBR 5667 ou Ansi/Asme B1.20.7 NH/98. 5.11.5.4 As válvulas devem satisfazer aos ensaios de estanqueidade pertinentes, especificados em A.1.1 e A.1. 2 da BS 5041 PARTE 1/87. 5.11.5.5 É recomendada a instalação de válvulas de bloqueio adequadamente posicionadas, com objetivo de proporcionar manutenção em trechos da tubulação sem desativação do sistema. 5.11.5.6 As válvulas que comprometem o abastecimento de água a qualquer ponto do sistema, quando estiverem em posição fechada, devem ser do tipo indicadoras. Recomenda-se a utilização de dispositivos de travamento para manter as válvulas na posição aberta. 5.11.6 Tubulações e conexões 5.11.6.1 A tubulação do sistema não deve ter diâmetro nominal inferior a DN65 (2 ½ “). 5.11.6.1.1 Para sistemas tipo 1 ou 2 poderá ser utilizada tubulação com diâmetro nominal DN50 (2”), desde que comprovado tecnicamente o desempenho hidráulico dos componentes e do sistema, através de laudo de laboratório oficial competente. 5.11.6.2 A canalização do sistema poderá ser executada em tubulação de ferro fundido ou galvanizado, aço ou cobre. As redes subterrâneas exteriores e fora da projeção da edificação poderão ser em materiais termoplásticos que satisfaçam todos os requisitos de resistência à pressão interna e a esforços mecânicos necessários ao funcionamento da instalação. 5.11.6.3 Os drenos, recursos para simulação e ensaios, escorvas e outros dispositivos devem ser dimensionados conforme a aplicação. 5.11.6.4 As tubulações aparentes do sistema devem ser em cor vermelha. 5.11.6.5 Os trechos das tubulações do sistema, que passam em dutos verticais ou horizontais e que sejam visíveis através da porta de inspeção, devem ser em cor vermelha.

5.11.6.6 Opcionalmente a tubulação aparente do sistema pode ser pintada em outras cores, desde que identificada com anéis vermelhos com 0,20 m de largura e dispostos no máximo a 5 m um do outro, exceto para edificações do Grupo I, J, L e M da Tabela 1 do anexo do Decreto Estadual nº 2423-R.

5.11.6.7 As tubulações destinadas à alimentação dos hidrantes e de mangotinhos não podem passar pelos poços de elevadores e/ou dutos de ventilação. 5.11.6.8 Todo e qualquer material previsto ou instalado deve ser capaz de resistir ao efeito do calor e esforços mecânicos, mantendo seu funcionamento normal. 5.11.6.9 O meio de ligação entre os tubos, conexões e acessórios diversos deve garantir a estanqueidade e a estabilidade mecânica da junta e não deve sofrer comprometimento de desempenho, se for exposto ao fogo. 5.11.6.10 A tubulação deve ser fixada nos elementos estruturais da edificação por meio de suportes metálicos, conforme a ABNT NBR 10897, rígidos e espaçados em no máximo 4 m, de modo que cada ponto de fixação resista a cinco vezes a massa do tubo cheio de água mais a carga de 100 kg. 5.11.6.11 Os materiais termoplásticos, na forma de tubos e conexões, somente devem ser utilizados enterrados a 0,50 m e fora da projeção da planta da edificação satisfazendo a todos os requisitos de resistência à pressão interna e a esforços mecânicos necessários ao funcionamento da instalação. 5.11.6.12 A tubulação enterrada com tipo de acoplamento ponta e bolsa deve ser provida de blocos de ancoragem nas mudanças de direção e abraçadeiras com tirantes nos acoplamentos conforme especificado na ABNT NBR 10897. 5.11.6.13 Os tubos de aço devem ser conforme as ABNT NBR 5580, ABNT NBR 5587 ou ABNT NBR 5590. 5.11.6.14 As conexões de ferro maleável devem ser conforme a ABNT NBR 6925 ou ABNT NBR 6943. 5.11.6.15 As conexões de aço devem ser conforme ASMT A 234/97. 5.11.6.16 Os tubos de cobre devem ser conforme a ABNT NBR 13206. 5.11.6.17 As conexões de cobre devem ser conforme a ABNT NBR 11720, utilizando solda capilar com material de enchimento BcuP-3, BcuP-4, de acordo com AWS A5.8/ 92 ou equivalentes. Outros tipos de solda podem ser usados, desde que atendam ao item 5.11.6.9.3

5.11.6.18 O diâmetro de canalização poderá diminuir somente na direção do fluxo de água. 5.11.7 Instrumentos do sistema 5.11.7.1 Os instrumentos devem ser adequados ao trabalho a que se destinam, pelas suas características e localização no sistema, sendo especificados pelo projetista. _________________________________________________________________________

3 Já com nova redação da Portaria n° 205 publicada no DIO de 28/05/10

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5.11.7.2 Os manômetros devem ser conforme a ABNT NBR 14105. 5.11.7.3 A pressão de acionamento a que podem estar submetidos os pressostatos corresponde a no máximo 70% da sua maior pressão de funcionamento. 5.11.7.4 A chave de nível deve ser utilizada em tanque de escorva, para garantia do nível de água, e pode ser utilizada no reservatório de água somente para supervisionar seu nível. Tal dispositivo deve ser capaz de operar normalmente após longos períodos de repouso ou falta de uso (ver Anexo C - C.1.6). 5.12 Considerações gerais 5.12.1 Nas edificações em um só bloco, de uso exclusivo como residencial, escada comum, quando se tratar de sistema por gravidade, desde que a altura mínima do piso do último pavimento ao fundo do reservatório seja de 7,50 metros, ficarão dispensadas de atender aos requisitos mínimos de vazão e pressão previstos nesta norma. 5.12.1.1 As mangueiras terão diâmetro de 40 mm, serão dotadas de esguicho regulável e deverão cobrir todo o pavimento. 5.12.1.2 A tubulação que une o reservatório superior ao hidrante mais desfavorável deverá ter diâmetro mínimo de 100 (cem) milímetros, dotada de válvula de gaveta, válvula de retenção vertical invertida e uma união para desmontagem. Todas as peças deverão ter diâmetro igual ao da tubulação. 5.12.2 A proteção por sistemas de hidrantes para as áreas de risco destinadas a parques de tanques ou tanques isolados, sistemas de resfriamento para líquidos e gases inflamáveis e combustíveis, devem atender a normas específicas para essas ocupações. 5.12.3 O dimensionamento do sistema de hidrantes, de acordo com o item 5.8, deve seguir os parâmetros definidos pela Tabela A.1 (Anexo A), conforme cada ocupação respectiva. 5.12.4 Quando o conjunto do sistema hidráulico de combate a incêndio for único (bombas de incêndio e tubulações), sendo utilizado para atender às condições do item 5.8.6, as bombas de incêndio devem atender aos maiores valores de pressão e de vazão dos cálculos obtidos, considerando a não simultaneidade de eventos. 5.12.5 Nas áreas de edificações, tais como tanque ou parque de tanques, onde seja necessária a proteção por sistemas de resfriamento e/ou de proteção por espuma, a rede de hidrantes pode possuir uma bomba de pressurização para completar a altura manométrica necessária, desde que alimentada por fonte alternativa de energia. 5.12.6 A proteção por sistemas de hidrantes para as áreas de risco destinadas a parques de tanques ou tanques isolados devem atender a normas específicas sobre sistemas de resfriamento para líquidos e gases inflamáveis e combustíveis e legislação sobre sistemas de proteção por espuma.

6 DISPOSIÇÕES GERAIS4

6.1 Os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico, referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico são os seguintes: a) indicar os hidrantes ou mangotinhos bem como os detalhes que mostrem suas condições de instalação; b) indicar as botoeiras de acionamento da bomba de incêndio; c) indicar o dispositivo responsável pelo acionamento no barrilete, quando o sistema de acionamento for automatizado, bem como, a localização do acionador manual alternativo da bomba de incêndio em local de supervisão predial, e com permanência humana constante; d) indicar o registro de recalque, bem como os detalhes que mostrem suas condições de instalação; e) indicar o reservatório de incêndio e sua capacidade; f) indicar a bomba de incêndio principal e jockey (quando houver) com indicação de pressão, vazão e potência; g) quando forem usadas mangueiras de incêndio e esguichos com comprimentos e requintes diferentes, devem ser indicadas as respectivas medidas ao lado do símbolo do hidrante; h) deve constar a perspectiva isométrica completa, sem escala e com cotas, com especificação das conexões; i) deve constar o detalhe da sucção quando o reservatório for subterrâneo ou ao nível do solo; j) quando o sistema de abastecimento de água for através de fonte natural (lago, lagoa, açude etc.), indicar a sua localização; k) juntar o memorial de cálculo do sistema de hidrantes; l) localizar, quando houver, dispositivos para redução da pressão do sistema, no esquema isométrico.

6.2 O esquema vertical (isométrico) do sistema de hidrantes e mangotinhos deverá conter, no mínimo, as seguintes informações: a) dimensões e volume da reserva técnica de incêndio; b) tubulação de incêndio, com indicação do diâmetro; c) saída de limpeza do reservatório pelo fundo em ferro galvanizado; d) saída de consumo predial pela face lateral do reservatório; e) bomba de combate a incêndios e/ou bomba auxiliar; f) dispositivo para funcionamento automático da bomba de combate a incêndios (pressostato); g) dispositivo para absorver os golpes de aríete da rede (pulmão/acumulador);

_________________________________________________________________________

4 Já com nova redação da Portaria n° 205 publicada no DIO de 28/05/10

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h) dispositivo para teste nas proximidades da bomba que permita sensibilizar o pressostato com precisão; i) válvulas de gaveta; j) válvulas de retenção; k) hidrantes de parede; l) hidrantes de recalque; m) especificação dos materiais empregados; e n) legenda de todos os sistemas utilizados no PSCIP.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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ANEXO A

Tabelas de classificação

TABELA A.1 - TIPOS DE SISTEMAS DE PROTEÇÃO POR HIDRANTES OU MANGOTINHOS

Tipo Esguicho

Mangueiras de Incêndio

Número

de expedições

Vazão mínima no hidrante

mais desfavorável

(l/min) Diâmetro

(mm)

Comprimento

máximo (m)

1 jato regulável 25 ou 32 453) Simples 801)

ou 1002)

2 jato compacto

& 13mm ou regulável 40 30 Simples 130

3 jato compacto

& 16mm ou regulável 40 30 Simples 200

4 jato compacto

& 19mm ou regulável 40 ou 65 30 Simples 400

5 jato compacto

& 25mm ou regulável 65 30 Duplo 600

Notas:

1) Ocupações enquadradas no grupo A, E, F-2 e F-3 da Tabela A.3.

2) Demais ocupações da Tabela A.3, que utilizam sistema Tipo 1 e 2, não enquadradas na Nota 1.

3) Acima de 30m de comprimento de mangueira semirrígidas é obrigatório o uso de carretéis axiais.

TABELA A.2 - COMPONENTES PARA CADA HIDRANTE SIMPLES E MANGOTINHO

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TABELA A.3 - TIPO DE SISTEMAS E VOLUME DA RESERVA TÉCNICA DE INCÊNDIO5

Área das edificações e áreas de

risco

CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO

CONFORME TABELA 1 DO ANEXO DO DECRETO ESTADUAL Nº 2423-R/09

A-2, A-3, C-1, D-1(até 300 MJ/m2),

D-2, D-3(até 300 MJ/m2), D-4 (até

300 MJ/m2), E-1, E-2, E-3, E-4,

E-5, E-6, F-1(até 300 MJ/m2), F-2,

F-3, F-4, F-8, G-1, G-2, G-3, G-4,

H-1, H-2, H-3, H-5, H-6, I-1, J-1, J-2

e M-3.

D-1(acima de 300 MJ/m2), D-3

(acima de 300 MJ/m2), D-

4(acima de 300 MJ/m2), B-1, B-

2, C-2 (acima de 300 MJ/m2 até

800 MJ/ m2), C-3, F-5, F-6, F-7,

F-9, H-4, I-2(acima de 300

MJ/m2 até 800 MJ/m2) J-2 E J-3

(acima de 300 MJ/m2 até 800

MJ/m2).

C-2(acima de 800

MJ/m2), F-1 (acima de

300 MJ/m2), F-10, G-5,

I-2 (acima de 800

MJ/m2), J-3 (acima de

800 MJ/m2), L-1 e M-1.

I-3, J-4, L-2 e

L3

Até 2.500m2 Tipo 1 RTI = 5 m3

Tipo 2 RTI = 8 m3

Tipo 3 RTI = 12 m3

Tipo 3 RTI = 16 m3

Tipo 3 RTI = 20 m3

Acima de 2.500 até 5.000 m2

Tipo 1 RTI = 8 m3

Tipo 2 RTI = 12 m3

Tipo 3 RTI = 18 m3

Tipo 4 RTI = 25 m3

Tipo 4 RTI = 35 m3

Acima de 5.000 até 10.000 m2

Tipo 1 RTI = 12 m3

Tipo 2 RTI = 18 m3

Tipo 3 RTI = 25 m3

Tipo 4 RTI = 35 m3

Tipo 5 RTI = 55 m3

Acima de 10.000 até 20.000 m2

Tipo 1 RTI = 18 m3

Tipo 2 RTI = 25 m3

Tipo 3 RTI = 35 m3

Tipo 5 RTI = 48 m3

Tipo 5 RTI = 80 m3

Acima de 20.000 até 50.000 m2

Tipo 1 RTI = 25 m3

Tipo 2 RTI = 35 m3

Tipo 3 RTI = 48 m3

Tipo 5 RTI = 70 m3

Tipo 5 RTI = 110 m3

Acima de 50.000 m2

Tipo 1 RTI = 35 m3

Tipo 2 RTI = 47 m3

Tipo 3 RTI = 70 m3

Tipo 5 RTI = 100 m3

Tipo 5 RTI = 140 m3

__________________________________________________________________________

5 Já com nova redação da Portaria n° 205 publicada no DIO de 28/05/10

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ANEXO B

Detalhes

Sistema de mangotinho com ponto de tomada de água para mangueira de incendio de 40mm

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ANEXO C

Reservatórios C.1 Geral C.1.1 Quando o reservatório atender a outros abastecimentos, as tomadas de água destes devem ser instaladas de modo a garantir o volume que reserve a capacidade efetiva para o combate. C.1.2 A capacidade efetiva do reservatório deve ser mantida permanentemente. C.1.3 O reservatório deve ser construído em material que garanta a resistência ao fogo e resistência mecânica. C.1.4 O reservatório pode ser uma piscina da edificação a ser protegida, desde que garantida a reserva efetiva permanentemente, através de uma declaração do responsável pelo uso. C.1.5 O reservatório deve ser provido de sistemas de drenagem e ladrão convenientemente dimensionados e independentes. C.1.6 É recomendado que a reposição da capacidade efetiva seja efetuada à razão de 1 L/min por metro cúbico de reserva. C.2 Reservatório elevado (ação da gravidade) C.2.1 Quando o abastecimento é feito somente pela ação da gravidade, o reservatório elevado deve estar à altura suficiente para fornecer as vazões e pressões mínimas requeridas para cada sistema. Essa altura é considerada: a) do fundo de reservatório (quando a adução for feita na parte inferior do reservatório) até os hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis considerados no cálculo; b) da face superior do tubo de adução (quando a adução for feita nas paredes laterais dos reservatórios) até os hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis considerados no cálculo.

C.2.2 Quando a altura do reservatório elevado não for suficiente para fornecer as vazões e pressões requeridas, para os pontos dos hidrantes ou mangotinhos mais desfavoráveis considerados no cálculo, deve-se utilizar uma bomba de reforço, em sistema “by pass”, para garantir as pressões e vazões mínimas para aqueles pontos. A instalação desta bomba deve atender ao Anexo D e demais itens desta Norma Técnica. C.2.3 A tubulação de descida do reservatório elevado para abastecer os sistemas de hidrantes ou de mangotinhos deve ser provida de uma válvula de gaveta e uma válvula de retenção, considerando o sentido reservatório – sistema. A válvula de retenção deve ter passagem livre, sentido reservatório–sistema. C.3 Reservatório ao nível do solo, semienterrado ou subterrâneo C.3.1 Nestas condições, o abastecimento dos sistemas de hidrantes ou mangotinhos deve ser efetuado através de bombas fixas.

C.3.2 O reservatório deve conter uma capacidade efetiva, com o ponto de tomada da sucção da bomba principal localizado junto ao fundo deste, conforme ilustrado nas Figuras C.1 a C.3 e Tabela C.1. C.3.3 Para o cálculo da capacidade efetiva, deve ser considerada como altura a distância entre o nível normal da água e o nível X da água, conforme as Figuras C.1 a C.3. C.3.4 O nível X é calculado como o mais baixo nível, antes de ser criado um vórtice com a bomba principal em plena carga, e deve ser determinado pela dimensão A da Tabela C.1 (ver tabela abaixo):

Tabela C.1 - Dimensões de poços de sucção

C.3.5 Quando o tubo de sucção D for dotado de um dispositivo antivórtice, pode-se desconsiderar a dimensão A da Tabela C.1. C.3.6 Não se deve utilizar o dispositivo antivórtice quando a captação no reservatório de incêndio ocorrer em posição horizontal, conforme exemplos das Figuras C.1 e C.2. C.3.7 Sempre que possível, o reservatório deve dispor de um poço de sucção como demonstrado nas Figuras C.1 a C.3 , e com as dimensões mínimas A e B da Tabela C.1, respeitando, também, as distâncias mínimas com relação ao diâmetro D do tubo de sucção. C.3.8 Caso não seja previsto o poço de sucção, as dimensões mínimas A e B da Tabela C.1 ainda assim deverão ser previstas, não computando como reserva de incêndio, respeitando também as dimensões mínimas com relação ao diâmetro D do tubo de sucção. C.3.9 No caso de reservatório ao nível do solo, semienterrado ou subterrâneo, deve-se atender aos requisitos dos itens C.1.1 a C.1.6. C.3.10 O reservatório deve ter localização, dentro do possível, de fácil acesso às viaturas do Corpo de Bombeiros.

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Figura C.1 - Tomada superior de sucção para bomba principal

Figura C.2 - Tomada lateral de sucção para bomba principal

Figura C.3 – Tomada inferior de sucção para bomba principal

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C.4 Fontes naturais (lagos, rios, açudes, lagoas) C.4.1 Para estes casos, suas dimensões devem ser conforme as Figuras C.4 e C.6, incluindo a Tabela C.2. C.4.2 Nos casos das Figuras C.4 e C.6 a profundidade da água em canais abertos ou adufas (incluindo a adufa entre a câmara de decantação e a câmara de sucção), abaixo do menor nível de água conhecido de fonte, não deve ser inferior ao indicado na Tabela C.2, para as correspondentes larguras W e vazão Q. C.4.3 A altura total dos canais abertos ou adufas deve ser tal que comporte o nível mais alto de água conhecido da fonte. C.4.4 Cada bomba principal deve possuir uma câmara de sucção com respectiva câmara de decantação independente. C.4.5 As dimensões da câmara de sucção, a posição da tubulação de sucção da bomba principal em relação às paredes da câmara, a parte submersa da tubulação em relação ao menor nível de água conhecido e a sua distância em relação ao fundo, indicadas nas Figuras C.4 a C.6 são idênticas. C.4.6 A câmara de decantação deve possuir a mesma largura e profundidade da câmara de sucção e o comprimento mínimo igual a 4,4 x h1/2, onde h é a profundidade da câmara de decantação. C.4.7 Antes de entrar na câmara de decantação, a água deve passar através de uma grade de arame ou uma placa

de metal perfurada, localizada abaixo do nível de água e com uma área agregada de aberturas de no mínimo 15cm² para cada dm³/min da vazão Q; a grade deve ser suficientemente resistente para suportar a pressão exercida pela água em caso de obstrução. C.4.8 É recomendável que duas grades sejam previstas, sendo que enquanto uma delas se encontra em operação, a outra pode ser suspensa para limpeza. C.4.9 Deve ser feita uma previsão para que as câmaras de sucção e de decantação possam ser isoladas periodicamente para a limpeza e manutenção. C.4.10 Nos casos da Figura C.6, o conduto de alimentação deve possuir uma inclinação mínima constante de 0,8%, no sentido da câmara de decantação, e um diâmetro que obedeça à seguinte equação: D = 21,68 x Q0,357

Onde: D é o diâmetro interno do conduto, em milímetros Q é a máxima vazão da bomba principal, em decímetros cúbicos por minuto C.4.11 Ainda nos casos da Figura C.6, a entrada do conduto de alimentação deve possuir um ralo, submerso no mínimo um diâmetro abaixo do nível de água conhecido, para o açude, represa, rios, lagos ou lagoas; as aberturas do ralo citado devem impedir a passagem de uma esfera de 25 mm de diâmetro.

Figura C.4 – Alimentação natural do reservatório de incêndio

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Figura C.5 – Alimentação natural do reservatório por canal

Figura C.6 – Alimentação natural do reservatório por conduto

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TABELA C.2 – NÍVEIS DE ÁGUA E LARGURA MÍNIMA PARA CANAIS E ADUFA EM FUNÇÃO DA VAZÃO DE

ALIMENTAÇÃO

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ANEXO D

Bombas de incêndio

D.1 Geral D.1.1 Quando o abastecimento é feito por bomba de incêndio, deve possuir pelo menos uma bomba elétrica ou de combustão interna, devendo ser utilizada para este fim. D.1.2 As dimensões das casas de bombas devem ser tais que permitam acesso em toda volta das bombas de incêndio e espaço suficiente para qualquer serviço de manutenção local, nas bombas de incêndio e no painel de comando, inclusive viabilidade de remoção completa de quaisquer das bombas de incêndio. D.1.2.1 As casas de bombas quando estiverem em compartimento enterrado ou em barriletes deverão possuir acesso no mínimo através de escadas do tipo marinheiro, sendo que o barrilete deve possuir no mínimo 1,5 m de pé-direito. D.1.3 As bombas de incêndio devem ser utilizadas somente para este fim. D.1.4 As bombas de incêndio devem ser protegidas contra danos mecânicos, intempéries, agentes químicos, fogo ou umidade . D.1.5 As bombas principais devem ser diretamente acopladas por meio de luva elástica, sem interposição de correias e correntes, possuindo a montante uma válvula de paragem e a jusante uma válvula de retenção e outra de paragem. D.1.6 A automatização da bomba principal ou de reforço deve ser executada de maneira que, após a partida do motor, seu desligamento seja somente manual no seu próprio painel de comando, localizado na casa de bombas. D.1.7 Quando a(s) bomba(s) de incêndio for(em) automatizada(s), deve ser previsto pelo menos um ponto de acionamento manual para a(s) mesma(s), instalado em local seguro da edificação e que permita fácil acesso. D.1.8 O funcionamento automático é indicado pela simples abertura de qualquer ponto de hidrante da instalação. D.1.9 As bombas de incêndio devem atingir pleno regime em aproximadamente 30s após a sua partida. D.1.10 As bombas de incêndio, preferencialmente, devem ser instaladas em condição de sucção positiva. Esta condição é conseguida quando a linha do eixo da bomba se situa abaixo do nível X de água. Admite-se que a linha de centro do eixo da bomba se situe 2 m acima do nível X de água, ou a 1/3 da capacidade efetiva do reservatório, o que for menor, acima do qual é considerada condição de sucção negativa (ver Figura D.1). D.1.11 A capacidade das bombas principais, em vazão e pressão, tem de ser suficiente para manter a demanda do

sistema de hidrantes e mangotinhos, de acordo com os critérios adotados. D.1.12 Não é recomendada a instalação de bombas de incêndio com pressões superiores a 100 m.c.a. (1 Mpa). D.1.13 Quando for necessário, manter a rede do sistema de hidrantes ou de mangotinhos devidamente pressurizada em uma faixa preestabelecida e, para compensar pequenas perdas de pressão, uma bomba de pressurização (jockey) deve ser instalada; tal bomba deve ter vazão máxima de 20 L/min. D.1.13.1 A pressão de operação da bomba de pressurização (jockey) instalada no sistema deve ser no mínimo 5 m.c.a. acima da pressão da bomba principal, medida sem vazão (shut-off). Recomenda-se que o diferencial de pressão entre os acionamentos sequenciais das bombas seja de aproximadamente 10 m.c.a. (100 kPa). D.1.13.2 As automatizações da bomba de pressurização (jockey) para ligá-la e desligá-la automaticamente, e da bomba principal para somente ligá-la automaticamente devem ser feitas através de pressostatos instalados conforme apresentado na Figura D.2 e ligadas nos painéis de comando e chaves de partida dos motores de cada bomba. D.1.14 O painel de sinalização das bombas principal ou de reforço, elétrica ou de combustão interna, deve ser dotado de uma botoeira para ligar manualmente tais bombas, possuindo sinalização ótica e acústica, indicando pelo menos os seguintes eventos: D.1.14.1 Bomba elétrica a) painel energizado; b) bomba em funcionamento; c) falta de fase; d) falta de energia no comando da partida. D. 1.14.2 Bomba de combustão interna a) painel energizado; b) bomba em funcionamento; c) baixa carga da bateria; d) chave na posição manual ou painel desligado. D.1.15 As bombas principais devem ser dotadas de manômetro para determinação da pressão em sua descarga. Nos casos em que foram instaladas em condição de sucção negativa, deverão também ser dotadas de manovacuômetro para determinação da pressão em sucção. D.1.16 Nas edificações que tenham áreas de risco destinadas à produção, manipulação, armazenamento, transferência e distribuição de gases (com capacidade superior a 6.240 kg) e líquidos inflamáveis ou combustíveis (com capacidade superior a 120m³), tendo a(s) bomba(s) de incêndio dos hidrantes atendendo a sistemas de resfriamento de líquidos e gases combustíveis ou inflamáveis e/ou sistemas de proteção

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por espuma, conforme 5.9, é obrigatória a instalação de duas bombas de incêndio, sendo uma elétrica e a outra, movida com motor à explosão (não sujeita à automatização); ambas as bombas deverão possuir as mesmas características de vazão e pressão.

Figura D.1 – Condição positiva de sucção da bomba de incêndio

Figura D.2 – Cavalete de automação das bombas principal e de pressurização

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D.2 Bombas de incêndio acopladas a motores elétricos D.2.1 As bombas de incêndio dos sistemas de hidrantes e de mangotinhos podem dispor de dispositivos para acionamento automático ou manual. D.2.2 Quando o acionamento for manual devem ser previstas botoeiras do tipo “liga-desliga”, junto a cada hidrante ou mangotinho. D.2.3 Nos casos em que houver necessidade de instalação de bomba de reforço, conforme especificado no item D.2.2, sendo a bomba de reforço acionada por botoeira do tipo “liga-desliga”, para os pontos de hidrantes ou mangotinhos que atendam às pressões e vazões mínimas requeridas em função da ação da gravidade, podem ser dispensadas as botoeiras junto a estes hidrantes ou mangotinhos, devendo ser demonstrado nos cálculos hidráulicos e detalhe isométrico da rede. D.2.4 Os condutores elétricos das botoeiras devem ser protegidos contra danos físicos e mecânicos por meio de eletrodutos rígidos embutidos nas paredes, ou quando aparentes em eletrodutos metálicos, não devendo passar em áreas de risco.

D.2.5 As bombas de incêndio não podem ser instaladas em salas que contenham qualquer outro tipo de máquina ou motor, exceto quando estes últimos se destinem a sistemas de proteção e combate a incêndio que utilizem a água como agente de combate. D.2.6 É permitida a instalação de bombas de incêndio com as sucções acima do nível de água, desde que atenda aos seguintes requisitos (ver Figura D.3): a) ter a sua própria tubulação de sucção; b) ter a válvula de pé com crivo no extremo da tubulação de sucção; c) ter meios adequados que mantenham a tubulação de sucção sempre cheia de água; d) o volume do reservatório de escorva e o diâmetro da tubulação que abastece a bomba de incêndio devem ser para sistemas do tipo 1 no mínimo de 100 litros e diâmetro de 19 mm respectivamente e, para sistemas do tipo 2 e 3, no mínimo de 200 litros e diâmetro de 19mm, desde de que atendido o previsto em 5.9.11; e) o reservatório de escorva deve ter seu abastecimento por outro reservatório elevado e possuir de forma alternativa abastecimento pela rede pública de água da concessionária local.

Figura D.3 - Esquema de instalação de bomba de incêndio com sucção acima do nível da água.

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D.2.7 A alimentação elétrica das bombas de incêndio deve ser independente do consumo geral, de forma a permitir o desligamento geral da energia, sem prejuízo do funcionamento do motor da bomba de incêndio (ver Figura D.4). D.2.8 Na falta de energia da concessionária, as bombas de incêndio acionadas por motor elétrico podem ser alimentadas por um gerador diesel, atendendo ao requisito do item D.2.9. D.2.9 A entrada de força para a edificação a ser protegida deve ser dimensionada para suportar o funcionamento das bombas de incêndio em conjunto com os demais componentes elétricos da edificação, a plena carga. D.2.10 As chaves elétricas de alimentação das bombas de incêndio devem ser sinalizadas com a inscrição “ALIMENTAÇÃO DA BOMBA DE INCÊNDIO – NÃO DESLIGUE”. D.2.11 Os fios elétricos de alimentação do motor das bombas de incêndio, quando dentro da área protegida pelo sistema de hidrantes, devem ser protegidos contra danos mecânicos e químicos, fogo e umidade. D.2.12 Nos casos em que a bomba de reforço, conforme especificado no item C.2.2, for automatizada por chave de fluxo, a instalação pode ser conforme esquematizado na Figura D.5. D.2.13 A bomba de pressurização (jockey) pode ser sinalizada apenas com recurso ótico, indicando bomba em funcionamento. D.2.14 Cada bomba principal ou de reforço deve possuir uma placa de identificação com as seguintes características: a) nome do fabricante; b) número de série;

c) modelo da bomba; d) vazão nominal; e) pressão nominal; f) rotações por minutos de regime; g) diâmetro do rotor. D.2.15 Os motores elétricos também devem ser caracterizados por meio de placa de identificação, exibindo: a) nome do fabricante; b) tipo; c) modelo; d) número de série; e) potência, em CV; f) rotações por minuto sob a tensão nominal; g) tensão de entrada em volts; h) corrente de funcionamento, ampéres; i) frequência, em hertz. D.2.16 O painel de comando para proteção e partida automática do motor da bomba de incêndio deve ser selecionado de acordo com a potência em CV do motor. D.2.17 A partida do motor elétrico deve estar de acordo com as recomendações da ABNT NBR 5410/97 ou da concessionária local. D.2.17.1 O sistema de partida deve ser do tipo magnético. D.2.17.2 O período de aceleração do motor não deve exceder 10 s.

Figura D.4 – Esquema de ligação elétrica para acionamento da bomba de incêndio

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Figura D.5 - Esquema de instalação de bomba de reforço abastecendo os pontos de hidrantes mangotinhos mais desfavoráveis considerados no cálculo Legenda: 1 - Bomba de reforço 2 - Válvula – gaveta 3 - Válvula de retenção 4 - Chave de fluxo com retardo 5 - Pontos de hidrantes /mangotinhos 6 - Registro de recalque 7 - Reservatório NOTA: NA - Normalmente aberta NF - Normalmente fechada D.2.18 O painel deve ser localizado o mais próximo possível do motor da bomba de incêndio e convenientemente protegido contra respingos de água e penetração de poeira. D.2.19 O painel deve ser fornecido com os desenhos dimensionais, layout, diagrama elétrico, régua de bornes, diagrama elétrico interno e listagem dos materiais aplicados. D.2.20 Todos os fios devem ser anilhados, de acordo com o diagrama elétrico correspondente. D.2.21 O alarme acústico do painel deve ser tal que, uma vez cancelado por botão de impulso, volte a funcionar normalmente quando surgir um novo evento. D.2.22 O sistema de proteção dos motores elétricos deve ser conforme a ABNT NBR 5410/97. D.2.23 As bombas de incêndio com vazão nominal acima de 600 L/min deverão dispor de um fluxo contínuo de água através de uma tubulação de 6mm ou placa de orifício de 6 mm, derivada da voluta da bomba e com retorno preferencialmente para o reservatório ou tanque de escorva (ver Figura D.6), a fim de se evitar o superaquecimento das mesmas.

D.3 Bombas acopladas a motores de combustão interna D.3.1 O motor a combustão deve ser instalado em ambiente cuja temperatura não seja, em qualquer hipótese, inferior à mínima recomendada pelo fabricante, ou dotado de sistema de pré-aquecimento permanentemente ligado. D.3.1.1 São dotados de injeção direta de combustível por bomba injetora ou de ar comprimido, para a partida. D.3.1.2 São dotados de sistema de arrefecimento por ar ou água, não sendo permitido o emprego de ar comprimido. D.3.1.3 A aspiração de ar para combustão pode ser natural ou forçada (turbo). D.3.1.4 Dispõe de controlador de rotação, o qual deve manter a rotação nominal, tolerada uma faixa de + 10% seja qual for a carga. D.3.1.5 Dispõe de meios de operação manual, de preferência no próprio motor, o qual volta sempre à posição normal. D.3.2 As bombas de incêndio devem ter condição de operar a plena carga, no local onde forem instaladas, durante 6 h ininterruptas, sem apresentar quaisquer avarias. D.3.3 Os sistemas de refrigeração aceitáveis devem ser os descritos nos itens D.3.3.1 a D.3.3.4. D.3.3.1 A injeção direta de água, da bomba para o bloco do motor, de acordo com as especificações do fabricante. A saída de água de resfriamento deve passar no mínimo 15 cm acima do bloco do motor e terminar em um ponto onde possa ser observada sua descarga. D.3.3.2 Por trocador de calor, vindo água fria diretamente da bomba específica para este fim, com pressões limitadas pelo fabricante do motor. A saída de água do trocador também deve ser posicionada conforme o item D.3.3.1. D.3.3.3 Por meio de radiador no próprio motor, sendo o ventilador acionado diretamente pelo motor ou por intermédio de correias, as quais devem ser múltiplas. D.3.3.4 Por meio de ventoinhas ou ventilador, acionado diretamente pelo motor ou por correias, as quais devem ser múltiplas. D.3.4 A entrada de ar para a combustão deve ser provida de um filtro adequado. D.3.5 O escapamento dos gases do motor deve ser provido de silencioso, de acordo com as especificações do fabricante, sendo direcionados para serem expelidos fora da casa de bombas, sem chances de retornar ao seu interior. D.3.6 O tanque de combustível do motor deve ser montado de acordo com as especificações do fabricante e deve conter um volume de combustível suficiente para manter o conjunto motobomba operando a plena carga

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durante o tempo de no mínimo duas vezes o tempo de funcionamento dos abastecimentos de água, para cada sistema existente na edificação. Deve ser instalada sob o tanque uma bacia de contenção com volume mínimo de uma vez e meia a capacidade do tanque de combustível. D.3.7 Existindo mais de um motor a explosão, cada um deve ser dotado de seu próprio tanque de combustível, com suas respectivas tubulações de alimentação para bomba injetora. D.3.8 O motor a explosão deve possuir uma placa de identificação com as seguintes características: a) nome do fabricante; b) tipo; c) modelo; d) número de série; e) potência em CV, considerando o regime contínuo de funcionamento; f) rotações por minuto nominal. Instrução Técnica nº 22/2004 - Sistemas de Hidrantes D.3.9 Um painel de comando deve ser instalado no interior da casa de bombas, indicando bomba em funcionamento e sistema automático desligado (chave seletora na posição manual). D.3.10 As baterias do motor a explosão, localizadas na casa de bombas, devem ser mantidas carregadas por um sistema de flutuação automática, por meio de um carregador duplo de baterias. O sistema de flutuação deve ser capaz de atender, independente, aos dois jogos de baterias (principal e reserva). D.3.11 O sistema de flutuação automática deve ser capaz de carregar uma bateria descarregada em até 24 h, sem que haja danos às suas placas, determinando ainda, por meio de amperímetros e voltímetros, o estado de carga de cada jogo de baterias. D.3.12 Nos casos em que houver apenas uma bomba de incêndio, por motor à explosão, o sistema de partida deve ser sempre automático.

Figura D 6 - Arrefecimento da bomba principal elétrica

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ANEXO E

Casos de isenção de sistemas de hidrantes e de mangotinhos

E.1 Podem ser considerados casos especiais de isenção de sistemas de hidrantes e de mangotinhos as áreas das edificações com as seguintes ocupações: E.1.1 Nas indústrias térreas, com áreas exclusivamente destinadas a processos industriais com carga de incêndio igual ou inferior a 200 MJ/m2, exceto para as indústrias destinadas a: artigos de bijouterias, artigos de tabaco, defumados, produtos de adubo químico, vagões e transformadores; E.1.1.1 A isenção acima não se aplica às áreas de apoio superiores a 900 m², contíguas aos processos industriais, tais como escritórios, depósitos, almoxarifados, expedições, refeitórios etc; E.1.2 Depósitos de materiais incombustíveis, tais como: cimento, cal, metais, cerâmicas, agregados e água, desde que, quando embalados, a carga de incêndio calculada de acordo com Norma Técnica 04/2009 – Carga de Incêndio - não ultrapasse 100 Mj/m²; E.1.3 Piscinas cobertas, desde que não utilizados para outros eventos que não atividades esportivas e desde que as áreas de apoio não ultrapassem 900 m²; E.1.4 Processos industriais com altos fornos onde o emprego de água seja desaconselhável. E.2 Fica isenta a instalação de pontos de hidrantes ou de mangotinhos em edículas, mezaninos, escritórios em andar superior, porão e subsolo de até 200 m² ou nos pavimentos superiores de apartamentos “duplex” ou “triplex”, desde que o caminhamento máximo adotado seja o comprimento estabelecido na Tabela A.1 desta NT, e que o hidrante ou mangotinho do pavimento mais próximo assegure sua proteção e o acesso aos locais citados não seja por meio de escada enclausurada. E.3 Fica isenta a instalação de pontos de hidrantes ou de mangotinhos em zeladorias, localizadas nas coberturas de edifícios, com área inferior a 70 m², desde que o caminhamento máximo do hidrante ou mangotinho seja o estabelecido na Tabela A.1 desta NT e o hidrante ou mangotinho do pavimento inferior assegure sua proteção.

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ANEXO F

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

SISTEMA DE HIDRANTES E MANGOTINHOS

Carga incêndio específica (MJ/m2): Classe de Risco: BAIXO MÉDIO ALTO Tipo do sistema: 1. Quantidade de hidrantes 1.1 Hidrante de parede: 1.2 Hidrante industrial: 1.3 Hidrante de recalque: 1.4 Hidrante urbano de coluna: 2. Tubos, conexões e outros materiais 2.1 Diâmetro da tubulação (mm): Material: 2.2 Registro globo angular de 45°, diâmetro de 65: 2.3 Diâmetro das expedições - 40mm: - 65mm: 2.4 Adaptação rosca fêmea p/ engate rápido - 65 p/ 40 mm: 65 p/ 65 mm: 2.5 Posição da válvula de retenção: 2.6 Chaves de mangueiras: 3. Mangueiras

Diâmetro (mm) Comprimento (m) Tipo (NBR 11861) Quantidade

4. Esguichos reguláveis Diâmetro (mm) Diâmetro do requinte (mm) Quantidade

5. Reservatório 5.1 Capacidade total (m3): Elevado Subterrâneo 5.2 Reserva Técnica de Incêndio adotada (m3): 5.3 Altura do último piso até o fundo do reservatório (m): 6.Vazões e pressões (hidrantes mais desfavoráveis) H1

vazão: H2 vazão: pressão: pressão:

7.Vazões e pressões (hidrante mais favorável) Hn

vazão: pressão:

Nota: Cada sistema deve ser dimensionado de modo que as pressões dinâmicas nas entradas dos esguichos não ultrapassem 50 m.c.a. ou o dobro daquela obtida no esguicho mais desfavorável considerado no cálculo. Pode-se utilizar quaisquer dispositivos para redução de pressão, desde que comprovadas as suas adequações técnicas. 8. Bomba de combate a incêndio 8.1 Marca/modelo: 8.2 Potência (cv): 8.3 Altura manométrica: 8.4 Vazão total: 9. Bomba auxiliar 9.1 Marca/modelo: 9.2 Potência (cv): 9.3 Altura manométrica: 9.4 Vazão total:

Assinatura do Proprietário Assinatura do Projetista

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ANEXO F (continuação)

MODELO DE MEMORIAL DE CÁLCULO

MEMORIAL DE CÁLCULO - SISTEMA DE HIDRANTES E MANGOTINHOS

1. HIDRANTE MAIS DESFAVORÁVEL: 1.1 HP-

1.1.1. Pressão: m.c.a. 1.1.2. Vazão: L/minuto 1.1.3. Mangueira: Comprimento: m - Diâmetro: mm 1.1.4. Requinte do esguicho: Diâmetro: mm 1.1.5. Tubulação: - Diâmetro: mm a) PERDA DE CARGA NA MANGUEIRA: ∆∆∆∆Pm = j x L j = perda metro/metro - j = m/m ∆∆∆∆Pm = L = comprimento da mangueira ∆∆∆∆Pm = m.c.a. L = m b) PERDA DE CARGA NA VÁLVULA GLOBO ANGULAR 45° - ∅∅∅∅65 mm: ∆∆∆∆Pr = j x MCR j = perda metro/metro - j = m/m ∆∆∆∆Pr = x 10 MCR = metros de canalização retilínea ∆∆∆∆Pr = m.c.a. MCR = 10 m c) PERDA DE CARGA NA TUBULAÇÃO Ø mm = PERDA DISTR.+PERDA LOCAL: ∆∆∆∆Pt = j x Lt j = perda metro/metro - j = m/m ∆∆∆∆Pt = Lt = Ldistribuído + Llocalizado ∆∆∆∆Pt = m.c.a. Lt = + + + + Lt = m d) PRESSÃO NO PONTO "A":

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P"A" = item 1.1.1. + ∆∆∆∆Pm + ∆∆∆∆Pr + ∆∆∆∆Pt + h h = Desnível entre o “HP - “ e o ponto “A” / h = m P"A" = + + + + P"A" = m.c.a. 2. HIDRANTE MAIS PRÓXIMO DO MAIS DESFAVORÁVEL: 2.1. HP- 2.1.1. Pressão: m.c.a. 2.1.2. Vazão: L/minuto 2.1.3. Mangueira: Comprimento: m - Diâmetro: mm 2.1.4. Requinte do esguicho: Diâmetro: mm 2.1.5. Tubulação: - Diâmetro: mm a) PERDA DE CARGA NA MANGUEIRA: ∆∆∆∆Pm = j x L j = perda metro/metro - j = m/m ∆∆∆∆Pm = L = comprimento da mangueira ∆∆∆∆Pm = m.c.a. L = m b) PERDA DE CARGA NA VÁLVULA GLOBO ANGULAR 45° - ∅∅∅∅65 mm ∆∆∆∆Pr = j x MCR j = perda metro/metro - j = m/m ∆∆∆∆Pr = x 10 MCR = metros de canalização retilínea ∆∆∆∆Pr = m.c.a. MCR = 10 m c) PERDA DE CARGA NA TUBULAÇÃO Ø mm = PERDA DISTR.+PERDA LOCAL: ∆∆∆∆Pt = j x Lt j = perda metro/metro - j = m/m ∆∆∆∆Pt = Lt = Ldistribuído + Llocalizado ∆∆∆∆Pt = m.c.a. Lt = + + + Lt = m d) PRESSÃO NO PONTO "B"

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P"B" = item 2.1.1.+ ∆∆∆∆Pm + ∆∆∆∆Pr + ∆∆∆∆Pt + h h = desnível entre o "HP - " e o ponto "B" / h = m P"B" = + + + + P"B" = m.c.a.

********** P"A" - P"B" = – = m.c.a. (<0,50m.c.a.) ********** 3. CÁLCULO DA ALTURA MANOMÉTRICA TOTAL (AMT) DA BCI: 3.1. VAZÃO TOTAL

Qt = Q1 + Q2 Qt = + Qt = L/minuto 3.2. PRESSÃO NA SAÍDA DA BCI (TUBULAÇÃO ∅∅∅∅ mm)

Hs = P> + Htubo que sobe - Htubo que desce + ∆∆∆∆p

P> = P"A" = m.c.a. ∆∆∆∆P = j x Lt j = perda metro/metro - j = m/m ∆∆∆∆P = Lt = Ldistribuído + Llocalizado ∆∆∆∆P = m.c.a. Lt = + + +

Lt =

Lt = m Hs = + - + Hs = m.c.a. V = m/s 3.3. PRESSÃO NA ENTRADA DA BCI (TUBULAÇÃO ∅∅∅∅ mm) He = Hg - ∆∆∆∆P Hg = Altura Geométrica ∆∆∆∆P = j x Lt j = perda metro/metro - j = m/m ∆∆∆∆P = x Lt = Ldistribuído + Llocalizado ∆∆∆∆P = m.c.a. Lt = + + + Lt = m He = – He = m.c.a. V = m/s 3.4. ALTURA MANOMÉTRICA TOTAL DA BOMBA DE COMBATE A INCÊNDIO:

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AMT = Hs - He Hs = pressão na saída da bomba AMT = - He = pressão na entrada da bomba AMT = m.c.a. 4. RESERVA TÉCNICA DE INCÊNDIO (RTI)

RTI = m³ 5. BOMBA DE COMBATE A INCÊNDIO (BCI): O recalque será feito por uma eletro-bomba centrífuga horizontal, monoestágio, trifásica, 60 Hz, V, de CV com m.c.a., para uma vazão de l/m. 6. ACIONAMENTO E DESACIONAMENTO DA BCI: O acionamento da bomba de combate a incêndio será feito por um pressostato instalado adiante das válvulas de retenção no barrilete da tubulação de incêndio e o seu desacionamento será obtido automaticamente. Deverá ser instalada no reservatório superior uma chave de bóia para desligar a bomba de combate a incêndio ao se esgotar a RTI. Deverá ser instalada junto à BCI uma chave liga/desliga para operação manual da mesma.

7. ALIMENTAÇÃO DA BOMBA DE COMBATE A INCÊNDIO (BCI): A ligação de energia elétrica para alimentar o conjunto motor-bomba de combate a incêndio deverá ser independente da instalação geral da edificação ou ser executada de maneira que se possa desligar a instalação geral sem interromper a alimentação desse conjunto. NOTA: As chaves elétricas de alimentação das bombas de combate à incêndios devem ser sinalizadas com inscrição “ALIMENTAÇÃO DA BOMBA DE COMBATE A INCÊNDIO – NÃO DESLIGUE”

Assinatura do Proprietário Assinatura do Projetista

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 15/2009 - Sistemas de Hidrantes e de Mangotinhos

para Combate à Incêndio

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FÓRMULAS SUGERIDAS PARA CÁLCULOS

VAZÃO

H= Pressão em coluna d’água . Q= Vazão. 1. Para d = 1/2" (13 mm): 2. Para d = 5/8" (16 mm): Q= 131,99 . (1/2)² . vH Q= 131,99 . (5/8)² . vH Q = 33 vH Q = 51.55 vH 3. Para d= 3/4" (19 mm): 4. Para 1" (25,4 mm): Q = 131,99 . (3/4)². vH Q = 74,24 vH Q = 131,99 vH

PERDA DE CARGA

C = Em função da rugosidade do material empregado

EM TUBULAÇÃO EM MANGUEIRA 1. Mangueira de 38 mm: J = 1.237,76 Q 1,85 D4,87 J = 0,0000136 . Q 1,85 D = mm. 2. Mangueira de 63 mm: J = m/m Q = 1pm J = 0,00000116 . Q 1,85

FÓRMULA GERAL DE HAZEN-WILLIANS

J = 10,643 . Q 1,85 C 1,85. D4,87 Q = m³/s D = m

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 16/2010

HIDRANTE URBANO DE COLUNA

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - CORES-PADRÃO DE IDENTIFICAÇÃO

B - ESQUEMA DE INSTALAÇÃO

C - POSICIONAMENTO NO PASSEIO PÚBLICO

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 190 - R, DE 04 DE MARÇO DE 2010.

Aprova a Norma Técnica nº 16/2010, que disciplina os procedimentos referentes a hidrante urbano de coluna.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 16/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os

procedimentos referentes a hidrante urbano de coluna. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 04 de março de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM Comandante Geral do CBMES

Publicada no Diário Oficial de 15 de março de 2010

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 16/2010 - Hidrante Urbano de Coluna

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1 OBJETIVO Esta Norma Técnica define a exigência, a quantidade e os locais de instalação de hidrantes urbanos de coluna ao longo da rede pública nas áreas urbanizadas do Estado do Espírito Santo. 2 APLICAÇÃO Esta Norma Técnica se aplica à instalação de hidrantes urbanos de coluna na rede pública de distribuição de água exigida em edificações, loteamentos e desmembramentos nas áreas urbanizadas dos municípios do Estado do Espírito Santo. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 5667-1 – Hidrantes Urbanos de Incêndio de Ferro Fundido Dúctil: Hidrantes de Coluna; ABNT NBR 12218 – Projeto de Rede de Distribuição de Água para Abastecimento Público; Decreto 2.423-R, de 15 de dezembro de 2009; Instrução Técnica nº 34/2004 – CBPMESP. 4 DEFINIÇÕES Para efeitos desta Instrução Técnica, aplicam-se as definições constantes da NT 03 – Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Das exigências de instalação 5.1.1 Todos os loteamentos e desmembramentos efetuados em zonas urbanas devem possuir hidrantes urbanos de coluna, devendo ser instalados de acordo com as exigências desta norma técnica. 5.1.2 É obrigatória a instalação de hidrante urbano de coluna para as seguintes edificações: a) edificações com altura superior a 12,0 m; b) edificações com área construída total superior a 2.000 m2 (dois mil metros quadrados). 5.1.3 Somente será aceita a instalação de hidrantes urbanos do tipo “coluna” conforme as especificações da ABNT NBR 5667-1. 5.2 Das quantidades e localização dos hidrantes 5.2.1 Deverão ser observados os seguintes parâmetros para o projeto: 5.2.1.1 Loteamentos industriais:

a) os hidrantes urbanos de coluna terão, cada um, um raio de ação de, no máximo, 300 (trezentos) metros, devendo atender a toda área do loteamento; b) o hidrante urbano de coluna mais desfavorável deverá fornecer uma vazão mínima de 2.000 L/min, sendo que haverá, no mínimo, 2 (dois) hidrantes urbanos de coluna no loteamento. 5.2.1.2 Demais loteamentos e condomínios horizontais: a) os hidrantes urbanos de coluna terão, cada um, um raio de ação de, no máximo, 300 (trezentos) metros, devendo atender a toda área do loteamento; b) o hidrante urbano de coluna mais desfavorável deverá fornecer uma vazão entre 1.000 L/min e 2.000 L/min, sendo que haverá, no mínimo, 2 (dois) hidrantes de coluna no loteamento. 5.2.1.3 Edificações: a) as edificações cuja instalação de hidrantes urbanos é obrigatória deverão possuir um hidrante urbano de coluna localizado num raio de ação máximo de 80 (oitenta) metros, com centro no eixo da fachada da edificação; b) o hidrante urbano de coluna deverá fornecer uma vazão entre 1.000 L/min e 2.000 L/min. 5.2.2 Os hidrantes urbanos de coluna serão instalados em rede de diâmetro nominal mínimo de 100 mm. 5.3 Da sinalização e identificação 5.3.1 É de responsabilidade do Município em que estiverem instalados hidrantes urbanos de coluna, a demarcação e sinalização dos locais onde estiverem acoplados, definindo áreas privativas para o estacionamento de viaturas do CBMES. 5.3.2 Os hidrantes urbanos de coluna devem possuir pintura de acabamento externo em esmalte sintético à base de resina alquídica, monocomponente, acabamento semibrilho, de espessura de película seca de no mínimo 40µm, na cor vermelha 5 R 4/14, do padrão Munsell Book of Color . A cúpula e os tampões dos bujões dos hidrantes devem possuir cores que identifiquem a capacidade de vazão da rede de abastecimento, conforme o padrão definido no Anexo A. 5.4 Da instalação e manutenção dos hidrantes urbanos de coluna 5.4.1 O proprietário ou loteador deverá providenciar o assentamento dos hidrantes urbanos de coluna exigidos para a edificação, loteamento ou condomínio horizontal, solicitando à concessionária local dos serviços de água e esgotos a interligação do aparelho à rede de abastecimento de água, indicando o local de instalação conforme os parâmetros mínimos exigidos nesta norma técnica. 5.4.2 Os hidrantes urbanos de coluna serão preferencialmente instalados nas esquinas das vias públicas e no meio das grandes quadras.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 16/2010 - Hidrante Urbano de Coluna

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5.4.3 A concessionária local dos serviços de águas e esgotos é responsável pelo projeto, interligação, substituição, manutenção e abastecimento de água dos hidrantes urbanos de coluna. 5.4.4 Os hidrantes urbanos de coluna serão instalados até que toda a área urbana e distritos do município sejam totalmente atendidos por este benefício, após o que, ele poderá ser estendido à área rural. 5.4.5 Recomenda-se que a concessionária local dos serviços de água e esgotos, ao implantar novas redes de distribuição de água ou substituir as antigas, faça a previsão e a instalação dos hidrantes urbanos de coluna. 5.4.6 O Corpo de Bombeiros solicitará à concessionária local dos serviços de água que indique a localização dos hidrantes urbanos de coluna em mapa circunstanciado, mantendo-o constantemente atualizado. 5.4.7 O Corpo de Bombeiros da área fará regularmente a inspeção dos hidrantes urbanos de coluna e solicitará à concessionária local dos serviços de água o conserto dos defeitos constatados, de forma a mantê-los sempre em perfeitas condições de funcionamento. 5.4.8 A unidade do Corpo de Bombeiros daquela determinada área de atuação enviará a concessionária local dos serviços de água e esgoto cópia do relatório com o resultado dos testes da vazão dos hidrantes de coluna para avaliação do desempenho da rede.

6 DISPOSIÇÕES GERAIS 6.1 O uso dos hidrantes é privativo do CBMES e da concessionária de água, e a utilização indevida e por pessoas não autorizadas constitui-se em infração, sem prejuízo das demais sansões legais cabíveis. 6.2 As edificações que possuem exigência de instalação de hidrantes urbanos de coluna somente receberão o Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros (ALCB) após a inspeção e verificação do funcionamento dos hidrantes urbanos exigidos. 6.3 Recomenda-se que a concessionária local dos serviços de água e esgotos ou a prefeitura municipal somente assine o “aceite” da rede de distribuição de água de loteamentos ou desmembramentos, após a inspeção e testes dos hidrantes urbanos de coluna e a verificação de que foram instalados conforme projeto aprovado, além do cumprimento dos demais requisitos desta norma técnica. 6.4 O disposto no item anterior aplica-se igualmente aos loteamentos implantados pela administração direta ou indireta. 6.5 Os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico, referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico são os seguintes: a) posicionamento dos hidrantes na planta de situação/localização;

b) o raio de ação do hidrante.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 16/2010 - Hidrante Urbano de Coluna

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ANEXO A

Cores-padrão para a identificação da vazão dos hidrantes de coluna

a) Hidrante com vazão maior do que 2.000 litros por minuto.

b) Hidrante com vazão de 1.000 a 2.000 litros por minuto.

c) Hidrante com vazão menor do que 1.000 litros por minuto.

Cor verde 10 GY 6/6 Munsell Book of Color

Cor amarela 5 Y 8/12 Munsell Book of Color

Cor vermelha 5 R 4/14 Munsell Book of Color

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 16/2010 - Hidrante Urbano de Coluna

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ANEXO B

Esquema de instalação do hidrante de coluna e relação de seus componentes

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 16/2010 - Hidrante Urbano de Coluna

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ANEXO C

Posicionamento do hidrante de coluna no passeio público

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 17/2009

SISTEMA DE DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - MEMORIAL DESCRITIVO DO SISTEMA DE ALARME

DE INCÊNDIO

B - MEMORIAL DESCRITIVO DO SISTEMA DE

DETECÇÃO DE INCÊNDIO

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 167-R, DE 29 DE OUTUBRO DE 2009.

Aprova a Norma Técnica nº 17/2009 do Centro de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo que versa sobre sistema de detecção e alarme de incêndio.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 3.218, de 20 de julho de 1978 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2.125-N, de 12 de setembro de 1985,

RESOLVE: Art. 1º Aprovar a Norma Técnica n° 17/2009, do Centro de Atividades Técnicas. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor 30 (trinta) dias após a data da publicação. Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 29 de Outubro de 2009.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM Comandante Geral do CBMES

Publicada no Diário Oficial de 08 de dezembro de 2009

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 17/2009 - Sistema de Detecção e Alarme de

Incêndio

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1 OBJETIVO Estabelecer os requisitos mínimos necessários para o dimensionamento dos sistemas de detecção e alarme de incêndio, na segurança e proteção de uma edificação e área de risco. Adequar o texto da ABNT NBR 9441 - “Execução de sistemas de detecção e alarme de incêndio”, para aplicação na análise e vistoria dos Processos de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP) submetidos à avaliação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, atendendo ao previsto na Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 2 APLICAÇÃO Aplica-se a todas as edificações onde se exigem os sistemas de detecção e alarme de incêndio, conforme Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 9441/98 - Execução de Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio; ABNT NBR 11836/92 - Detectores Automáticos de Fumaça para Proteção Contra Incêndio; ABNT NBR 13848/97 - Acionador Manual para Utilização em Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio; ISSO 8201 - Audible Emergency Evacuation Signal; IT 19/2004 - Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio, CBPMESP; NFPA 72 - National Fire Alarm Code, 1993. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica são adotadas as definições da ABNT NBR 9441 além das constantes na NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 O projeto de sistemas de detecção e alarme de incêndio deve atender aos parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico previsto na seção 6 desta Norma Técnica, sendo de responsabilidade do autor do projeto e do responsável técnico pela execução da obra, o fiel cumprimento do estipulado pela ABNT NBR 9441 e os danos advindos do descumprimento da referida norma. 5.2 Todo sistema deve ter duas fontes de alimentação. A principal é a rede de tensão alternada e a auxiliar é constituída por baterias ou gerador. A fonte de alimentação auxiliar deve ter autonomia mínima de 24 h em regime de supervisão, sendo que no regime de alarme deve ser de no mínimo 15 min. para suprimento das indicações sonoras

e/ou visuais ou o tempo necessário para a evacuação da edificação. 5.3 A central de alarme/detecção e o painel repetidor, devem ficar em local onde haja constante vigilância humana e de fácil visualização. 5.4 As centrais de alarme/detecção deverão ter dispositivo de teste dos indicadores luminosos e dos sinalizadores acústicos. 5.5 Nas centrais de alarme/detecção é obrigatório conter um painel/esquema ilustrativo indicando a localização com identificação dos acionadores manuais ou detectores dispostos na área da edificação, respeitadas as características técnicas da central. Esse painel pode ser substituído por um display da central que indique a localização do acionamento.

5.6 A central deve acionar o alarme geral da edificação, que deve ser audível em toda edificação em suas condições normais de uso, e inconfundível com qualquer outro tipo de som que possa ser emitido na edificação. 5.6.1 O sinal de desocupação de edificação por emergência de incêndio consiste na repetição de três pulsos temporizados e uma pausa em ciclos de quatro segundos. 5.7 Nos locais de reunião de público, tipo: casas de show, música, espetáculos, dança, discoteca, danceteria, salões de baile, etc., onde se tem naturalmente uma atividade sonora elevada, será obrigatória a instalação de avisadores visuais e sonoros, quando houver a exigência de sistema de detecção ou alarme. 5.8 Em locais de grande concentração de pessoas, o alarme geral pode ser substituído por um sinal sonoro (pré-alarme) apenas na sala de segurança, junto à central, para evitar tumulto. No entanto, a central deve possuir um temporizador para o acionamento posterior do alarme geral, com tempo de retardo de no máximo 2 min, caso não sejam tomadas às ações necessárias para verificar o pré-alarme da central. Nesses tipos de locais, pode-se ainda optar por uma mensagem eletrônica automática de orientação de abandono, como pré-alarme, ao invés do alarme geral; sendo que só será aceita essa comunicação, desde que exista brigada de incêndio ou bombeiro profissional civil na edificação. Mesmo com o pré-alarme na central de segurança, o alarme geral é obrigatório para toda a edificação. 5.9 Os acionadores manuais deverão ser colocados próximos às entradas no pavimento térreo e próximos às escadas nos diversos pavimentos. A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, em qualquer ponto da área protegida até o acionador manual mais próximo, não deve ser superior a 30 m. 5.9.1 Os botões referidos devem ser colocados em locais visíveis e no interior de uma caixa lacrada com tampa de vidro, com uma descrição sucinta de como acionar o alarme, instalada a uma altura compreendida entre 1,20 m e 1,60 m acima do piso acabado; 5.10 Preferencialmente, os acionadores manuais devem ser localizados junto aos hidrantes.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 17/2009 - Sistema de Detecção e Alarme de

Incêndio

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5.11 Nos edifícios com mais de um pavimento, deverá ser previsto pelo menos um acionador manual em cada pavimento. Os mezaninos estarão dispensados desta exigência, caso o acionador manual do piso principal dê cobertura/caminhamento para a área do mezanino, atendendo à subseção 5.9 acima. 5.12 Os acionadores manuais instalados na edificação devem obrigatoriamente conter a indicação de funcionamento (cor verde) e alarme (cor vermelha) indicando o funcionamento e supervisão do sistema, quando a central do sistema for do tipo convencional. Quando a central for do tipo inteligente pode ser dispensada a presença dos leds nos acionadores, desde que haja um retorno do alarme, para a pessoa que acionou o dispositivo, informando que a central recebeu a identificação. 5.13 Onde houver sistema de detecção instalado, será obrigatória a instalação de acionadores manuais, exceto para ocupações das divisões F-6, onde o acionador manual é opcional, quando há sistema de detecção. 5.14 Quando houver exigência de sistema de detecção para uma edificação, será obrigatória a instalação de detectores nos entreforros e entrepisos (pisos falsos) que contenham instalações com materiais combustíveis. 5.15 A seleção do tipo e local de instalação dos detectores deve ser efetuada com base nas características mais prováveis da conseqüência imediata de um princípio de incêndio, além do julgamento técnico, considerando-se os seguintes parâmetros: aumento de temperatura, produção de fumaça ou produção de chama; materiais a serem protegidos; forma e altura do teto e a ventilação do ambiente, entre outras particularidades de cada instalação. 5.16 A distribuição e o dimensionamento dos detectores automáticos deverá seguir o que estabelece a ABNT NBR 9441. 5.17 Em locais em que a altura da cobertura do prédio prejudique o sensoriamento dos detectores, bem como naqueles pontos em que não se recomenda o uso de detectores sobre equipamentos, devem ser usados detectores com tecnologias, que atuem pelo princípio de detecção linear de absorção da luz (beam detector). 5.18 Em locais de ocupação de indústria e depósito com alto risco de propagação de incêndio, podem ser acrescentados sistemas complementares de confirmação de indicação de alarme, tais como interfone, rede rádio, etc., devidamente sinalizados. 5.19 Os elementos de proteção contra calor que contenham a fiação do sistema deverão ter resistência mínima de 60 min. 5.20 Deverá ser apresentado ao Corpo de Bombeiros, quando do pedido de vistoria, uma ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) preenchida pelo responsável técnico pela instalação do sistema de alarme e detecção, garantindo que os mesmos foram instalados de acordo com o prescrito na ABNT NBR 9441.

6 DISPOSIÇÕES GERAIS Os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico, referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico são os seguintes: a) localização pontual dos detectores; b) localização dos acionadores manuais de alarme de incêndio; c) localização dos sinalizadores sonoros e visuais; d) localização da central do sistema; e) localização do painel repetidor (quando houver); f) fonte alternativa de energia do sistema.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 17/2009 - Sistema de Detecção e Alarme de

Incêndio

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ANEXO A

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO DO SISTEMA DE ALARME DE INCÊNDIO

ALARME DE INCÊNDIO

1 - O alarme de incêndio deverá ser projetado, instalado e manutenido conforme a ABNT NBR 9441 e NT 17 do CBMES; 2 - A fonte de alimentação auxiliar poderá ser constituída por baterias ou gerador e deve ter autonomia mínima de 24 h em regime de supervisão, sendo que no regime de alarme deve ser de no mínimo 15 min. para suprimento das indicações sonoras e/ou visuais ou o tempo necessário para a evacuação da edificação; 3 - A central de alarme e o painel repetidor devem ficar em local onde haja constante vigilância humana e de fácil visualização. As centrais de detecção e alarme deverão ter dispositivo de teste dos indicadores luminosos e dos sinalizadores acústicos;

4 - Nas centrais de alarme é obrigatório conter um painel/esquema ilustrativo indicando a localização com identificação dos acionadores manuais dispostos na área da edificação, respeitadas as características técnicas da central;

5 - Deverá emitir som, audível em todo o edifício em suas condições normais de uso, que seja inconfundível com qualquer outro tipo de som que possa ser emitido na edificação. O sinal de desocupação de edificação por emergência de incêndio consiste na repetição de três pulsos temporizados e uma pausa em ciclos de quatro segundos; 6 - Em locais, tais como casas de show, música, danceteria e etc., onde a atividade sonora é intensa, será obrigatória a instalação de avisadores visuais e sonoros, quando houver a exigência de sistema de detecção ou alarme; 7 - Os acionadores manuais deverão ser colocados próximos às entradas no pavimento térreo e próximos às escadas nos diversos pavimentos. A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, em qualquer ponto da área protegida até o acionador manual mais próximo, não deve ser superior a 30 m; 8 - Os botões referidos devem ser colocados em locais visíveis e no interior de uma caixa lacrada com tampa de vidro, com uma descrição sucinta de como acionar o alarme, instalada a uma altura compreendida entre 1,20 m e 1,60 m acima do piso acabado; 9 - Os elementos de proteção contra calor que contenham a fiação do sistema deverão ter resistência mínima de 60 min.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 17/2009 - Sistema de Detecção e Alarme de

Incêndio

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ANEXO B

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO DO SISTEMA DE DETECÇÃO DE INCÊNDIO

DETECÇÃO DE INCÊNDIO

1 - O sistema de detecção de incêndio deverá ser projetado, instalado e manutenido conforme a ABNT NBR 9441 e NT 17 do CBMES;

2 - Onde houver sistema de detecção instalado, será obrigatória a instalação de acionadores manuais, exceto para ocupações das divisões F-6, onde o acionador manual é opcional, quando há sistema de detecção;

3 - A fonte de alimentação auxiliar poderá ser constituída por baterias ou gerador e deve ter autonomia mínima de 24 h em regime de supervisão, sendo que no regime de alarme deve ser de no mínimo 15 min. para suprimento das indicações sonoras e/ou visuais ou o tempo necessário para a evacuação da edificação;

4 - A central de alarme/detecção e o painel repetidor devem ficar em local onde haja constante vigilância humana e de fácil visualização. As centrais de detecção e alarme deverão ter dispositivo de teste dos indicadores luminosos e dos sinalizadores acústicos;

5 - Nas centrais de alarme/detecção é obrigatório conter um painel/esquema ilustrativo indicando a localização com identificação dos acionadores manuais ou detectores dispostos na área da edificação, respeitadas as características técnicas da central; 6 - Deverá emitir som, audível em todo o edifício em suas condições normais de uso, que seja inconfundível com qualquer outro tipo de som que possa ser emitido na edificação. O sinal de desocupação de edificação por emergência de incêndio consiste na repetição de três pulsos temporizados e uma pausa em ciclos de quatro segundos; 7 - Em locais, tais como casas de show, música, danceteria e etc., onde, devido a sua atividade sonora intensa não seja possível ouvir o alarme geral, será obrigatória a instalação de avisadores visuais e sonoros, quando houver a exigência de sistema de alarme; 8 - Será obrigatória a instalação de detectores nos entreforros e entrepisos (pisos falsos) que contenham instalações com materiais combustíveis; 9 - A seleção do tipo e local de instalação dos detectores deve ser efetuada com base nas características mais prováveis da conseqüência imediata de um princípio de incêndio, além do julgamento técnico, considerando-se os seguintes parâmetros: aumento de temperatura, produção de fumaça ou produção de chama; materiais a serem protegidos; forma e altura do teto e a ventilação do ambiente, entre outras particularidades de cada instalação; 10 - A distribuição e o dimensionamento dos detectores automáticos deverá seguir o que estabelece a ABNT NBR 9441; 11 - Em locais em que a altura da cobertura do prédio prejudique o sensoriamento dos detectores, bem como naqueles pontos em que não se recomenda o uso de detectores sobre equipamentos, devem ser usados detectores com tecnologias, que atuem pelo princípio de detecção linear de absorção da luz ( “beam detector”); 12 - Os elementos de proteção contra calor que contenham a fiação do sistema deverão ter resistência mínima de 60 min.

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 18/2010

LÍQUIDOS E GASES COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS

PARTE 1 - CENTRAL DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP)

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA - TABELAS

B - MEMORIAIS DESCRITIVOS

C - DETALHES - FIGURAS

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 178 - R, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009.

Aprova a Norma Técnica nº 18/2010, Parte 1 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os requisitos relacionados a central de gás liquefeito de petróleo (GLP).

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas

atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto nº 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 18/2010, Parte 1 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os requisitos relacionados a central de gás liquefeito de petróleo (GLP). Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 12 de janeiro de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES Publicada no Diário Oficial de 19 de fevereiro de 2010 Parte específica: Documentos Técnicos cancelados ou substituídos:

• NT 07 do CBMES publicada no Diário Oficial de 11 de dezembro de 1996;

• NT 08 do CBMES publicada no Diário Oficial de 16 de setembro de 1999.

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1 OBJETIVO Esta Norma Técnica estabelece os requisitos mínimos para projeto, montagem, alteração, localização, proteção e segurança das centrais de gás liquefeito de petróleo (GLP), para instalações residenciais, comerciais e industriais com capacidade de armazenagem total até 1.500 m3, atendendo ao previsto na Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica aplica-se às Centrais de GLP de cilindros transportáveis ou estacionários, trocáveis ou abastecidos no local, onde o gás liquefeito de petróleo é conduzido por um sistema de tubulações e acessórios, desde o recipiente de GLP até o primeiro regulador de pressão. 2.2 Esta Norma não se aplica às bases de estocagem a granel, bases de engarrafamento/distribuição de GLP e depósitos de recipientes envasados. 2.3 As prescrições desta Norma não se aplicam às instalações, equipamentos, instrumentos ou estruturas que já existiam ou tiveram sua construção, instalação ou ampliação aprovadas anteriormente à data de publicação desta Norma. 2.4 Adotam-se as seguintes normas; com inclusões e adequações constantes nesta Norma Técnica: ABNT NBR 5419/2001 - Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas / Para-raios; ABNT NBR 8460/2008 - Recipiente Transportável de Aço para Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) – Requisitos e Métodos de Ensaio; ABNT NBR 13523/2008 - Central de Gás Liquefeito de Petróleo – GLP; ABNT NBR 14024/2006 - Central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - Sistema de Abastecimento a Granel - Procedimento Operacional; ABNT NBR 15526/2009 - Redes de Distribuição Interna para Gases Combustíveis em Instalações Residenciais e Comerciais - Projeto e Execução. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 14024/2006 - Central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - Sistema de Abastecimento a Granel - Procedimento Operacional; ABNT NBR 13523/2008 - Central de Gás Liquefeito de Petróleo - GLP; ABNT NBR 15526/2009 - Redes de distribuição Interna para Gases Combustíveis em Instalações Residenciais e Comerciais - Projeto e Execução;

BRENTANO, Telmo. A Proteção Contra Incêndios no Projeto de Edificações, 1ª Ed., 2007; Decreto 2.423-R de 15 de dezembro de 2009 – Regulamenta a Lei 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo (COSCIP); Instrução Técnica no 28/2004 - CBPMESP; Lei Estadual nº 9.269, de 21 de julho de 2009; Lei Federal nº 8.078/1990 - Proteção do Consumidor (e outras providencias). 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes na NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico, além do seguinte: 4.1 Abrigo: construção com material não inflamável, destinada à proteção física de recipientes transportáveis e seus complementos. 4.2 Ambiente ventilado: local ao ar livre ou que possua ventilação natural para ambiente ao ar livre, conforme parâmetros desta Norma Técnica. 4.3 Botijão: recipiente transportável trocável com capacidade volumétrica de 32 litros e massa líquida de GLP de até 13Kg, fabricado conforme ABNT NBR 8460. 4.3 Capacidade volumétrica: capacidade total em volume de água que o recipiente pode transportar. 4.4 Central de gás: área devidamente delimitada destinada a conter os recipientes e acessórios, destinados ao armazenamento de GLP. 4.5 Chama aberta: chama permanentemente acesa, oriunda de um equipamento, em contato com a atmosfera do ambiente onde o equipamento se encontra instalado. 4.6 Distância mínima de segurança: distância mínima necessária para os limites da propriedade, edificações, aberturas, fontes de ignição, produtos tóxicos, perigosos ou inflamáveis, chama aberta, materiais combustíveis, redes elétricas, veículos abastecedores e proteções da central, para a segurança das pessoas e edificações, estabelecida a partir do costado do recipiente ou tomada para abastecimento. 4.7 Edificação: construção de materiais diversos (alvenaria, madeira, metal, etc.) de caráter relativamente permanente, que ocupa determinada área de um terreno, limitada por paredes e teto, que serve para fins diversos como, por exemplo, depósito, garagens fechadas, moradia, etc. 4.8 Gás liquefeito de petróleo: produto constituído de hidrocarbonetos com três ou quatro átomos de carbono (propano, propeno, butano e buteno). Pode se apresentar em mistura entre si e com pequenas frações de outros hidrocarbonetos.

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4.9 Mangueira flexível: tubo flexível de material sintético, com características comprovadas para o uso do GLP, podendo ou não possuir proteção metálica ou têxtil. 4.10 Parede resistente a fogo: parede erguida com o objetivo de proteger as edificações próximas de um incêndio na área de armazenagem, ou o(s) recipiente(s) da radiação térmica de fogo próximo. 4.11 Pontos de ignição: pontos onde possa ocorrer liberação de energia suficiente par produzir calor, faísca ou chama temporária que possam iniciar uma combustão. 4.12 Profissional habilitado: pessoa devidamente graduada e com registro no respectivo órgão de classe, com a autoridade de elaborar e assumir responsabilidade técnica sobre projetos, instalações e ensaios de centrais de GLP. 4.13 Profissional qualificado: pessoa devidamente capacitada por meio de treinamento e credenciamento executado por profissional habilitado ou entidade pública ou privada reconhecida, para executar montagens, manutenções e ensaios de instalações de acordo com os projetos e normas. 4.14 Rede de distribuição interna: conjunto de tubulações, medidores, reguladores e válvulas, com os necessários complementos, destinados à condução e ao uso do gás, compreendido entre o limite da propriedade até os pontos de utilização, com pressão de operação não superior a 150 KPa. 4.15 Recipiente: vaso de pressão destinado a conter o gás liquefeito de petróleo. 4.16 Recipiente aterrado: recipiente assentado no solo, devendo ser completamente coberto com areia, terra ou material inerte semelhante. 4.17 Recipiente enterrado: recipiente situado abaixo do nível do solo em uma cova ou trincheira preenchida com terra ou material inerte semelhante. 4.18 Recipiente estacionário: recipiente com capacidade volumétrica total superior a 0,5 m3, projetado e construído conforme normas reconhecidas internacionalmente. 4.19 Recipiente transportável trocável: recipiente com capacidade volumétrica total igual ou inferior a 0,5 m3, projetado e construído conforme ABNT NBR 8460, abastecido por massa em base de engarrafamento e transportado cheio para troca. 4.20 Recipiente transportável abastecido no local: recipiente transportável projetado e construído conforme ABNT NBR 8460, DOT ou ASME seção VIII, que pode ser abastecido por volume no próprio local da instalação, através de dispositivos apropriados para esse fim, respeitando o limite máximo de enchimento a 85 % da capacidade volumétrica. 4.21 Registro geral de corte: dispositivo destinado a interromper o fornecimento de gás para todos os pontos de consumo.

4.22 Regulador de pressão: equipamento destinado a reduzir a pressão do GLP, antes de sua entrada na rede primária. 4.23 Tomada para abastecimento: ponto destinado ao abastecimento a granel por volume, através do acoplamento de mangueiras, para transferência de GLP do veículo-tanque para o recipiente e vice-versa. 4.24 Válvula de segurança ou válvula de alívio de pressão: dispositivo destinado a aliviar a pressão interna do recipiente ou tubulação, por liberação total ou parcial do produto nele contido para a atmosfera. 4.25 Vaporizador: dispositivo, que não é o recipiente, que recebe o GLP de forma líquida e adiciona calor suficiente para converter o líquido em estado gasoso. 4.26 Ventilação natural: movimento de ar e sua renovação por meios naturais. 5. PROCEDIMENTOS 5.1 Recipientes 5.1.1 As centrais de GLP devem ser constituídas por recipientes, sendo classificados quanto: a) à localização: de superfície, enterrados ou aterrados;

b) ao formato: cilíndricos ou esféricos;

c) à posição: verticais ou horizontais;

d) à fixação: fixos ou não fixos;

e) ao manuseio: transportáveis ou estacionários;

f) ao abastecimento: trocáveis ou abastecidos no local. 5.1.2 Todo recipiente transportável deve possuir acessórios adequados para o manuseio e transporte. 5.1.3 Deve possuir também base na parte inferior dos recipientes transportáveis, permitindo assentamento estável em plano nivelado, evitando seu contato com o solo. A base deve ser parte integrante do recipiente. 5.1.4 Não devem existir conexões na parte inferior de recipientes transportáveis. Todas as válvulas e conexões devem ser localizadas na sua parte superior, protegidas contra impactos diretos durante transporte e manuseio. Os protetores devem ser parte integrante do recipiente. 5.1.5 Recipientes com capacidade volumétrica total acima de 0,5 m³ (estacionários) somente podem ser transportados com no máximo 5 % de volume de GLP. 5.1.6 Os recipientes de GLP não podem apresentar vazamentos, corrosão, amassamentos, danos por fogo ou outras evidências de condição insegura e devem apresentar bom estado de conservação das válvulas, conexões e acessórios. 5.1.7 É recomendável que recipientes horizontais sejam instalados de forma que seus eixos longitudinais não

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fiquem direcionados a edificações, equipamentos importantes ou recipientes de armazenamento de produtos perigosos. 5.1.8 O recipiente transportável não deve ser fixado ao local da instalação. Sua remoção, em situação de emergência, deve ser possível após o fechamento da válvula de serviço e desconexão do coletor, não possuindo outros meios de ligação como prisioneiros, chumbadores, correntes, etc. 5.1.9 Os recipientes de GLP não podem ser instalados uns sobre os outros. Devem permanecer afastados entre si, conforme distâncias da Tabela 05 do Anexo A, independentemente da posição de instalação. 5.2 Identificação dos recipientes 5.2.1 Para os efeitos desta Norma, cada recipiente deve ser identificado em lugar visível e com gravações de forma permanente, de acordo com o descrito nos itens abaixo relacionados. I - Para todos os recipientes estacionários: a) identificação da Norma ou código de construção e ano de edição;

b) nome do fabricante;

c) capacidade volumétrica total (em litros ou metros cúbicos);

d) pressão de projeto ou PMTA em megapascal (MPa);

e) data de fabricação do recipiente;

f) número de fabricação do recipiente;

g) pressão de ensaio (MPa);

h) categoria do vaso de pressão conforme NR-13 do Ministério do Trabalho;

i) área da superfície externa em metro quadrado (m²).

II - Para recipientes transportáveis, atender à ABNT NBR 8460. 5.3 Localização da central 5.3.1 As centrais de GLP com recipientes transportáveis ou estacionários devem ser instaladas em local próprio, fora da projeção da edificação, de fácil acesso, desimpedido, ventilado e sem qualquer outra ocupação. Não devem ser consideradas as projeções de telhados, sacadas, marquises ou similares. 5.3.2 A instalação de central de GLP (recipientes transportáveis ou estacionários) é vedada sobre forros e terraços de coberturas, sendo obrigatória a sua instalação no exterior da edificação. Nota: edificações existentes, que não disponham de área tecnicamente adequada para instalação de central de GLP, poderão instalar recipientes abastecidos no local em teto, laje de cobertura ou terraço, desde que atendam ao

prescrito na ABNT NBR 13523:2008, nesse quesito, e tenha Projeto Técnico devidamente avaliado e autorizado por Comissão Técnica do CBMES. 5.3.3 É proibida a instalação em locais confinados, subsolos, porões, garagens subterrâneas, forros, fossos de ventilação ou iluminação. 5.3.4 Devem ser observadas as distâncias mínimas de segurança, considerando a capacidade individual do recipiente, conforme as tabelas do Anexo A. 5.3.5 Ter distâncias mínimas de segurança de 1,50 m de caixas de passagem, ralos, valetas de captação de águas pluviais, aberturas de dutos de água ou esgoto, aberturas para compartimentos subterrâneos, janelas e portas, e outras aberturas que estejam em nível inferior aos recipientes. 5.3.6 Os recipientes não devem estar localizados sob redes elétricas e devem atender às distâncias mínimas de sua projeção do plano horizontal, conforme Tabela 07 do Anexo A. 5.3.7 Os recipientes, quando protegidos por instalação em abrigos com cobertura, que atendam às condições de ventilação mínimas conforme o item 5.4.4, podem ser instalados sob redes de até 0,6 KV. 5.3.8 As tomadas para abastecimento das centrais com recipientes abastecidos no local devem estar localizadas dentro da propriedade, no exterior da edificação, podendo ser nos próprios recipientes, na central ou em outro ponto afastado da central, desde que devidamente demarcadas, devendo respeitar as distâncias mínimas de segurança conforme Tabela 09 do Anexo A. 5.3.9 O piso situado sob a projeção do plano horizontal do recipiente deve ser de material incombustível e ter nível igual ou superior ao do piso circundante, não sendo permitida a instalação em rebaixos e recessos. Deve ainda ter declividade que garanta escoamento para fora de sua projeção. A declividade do terreno não deve permitir que o produto seja conduzido na direção de equipamentos adjacentes que contenham GLP ou fontes de ignição. 5.4 Proteção física da central 5.4.1 Somente pessoas autorizadas deverão ter acesso às centrais de GLP. 5.4.2 Na central de GLP é proibida a armazenagem de qualquer tipo de material, bem como outra utilização diversa da instalação. 5.4.3 Os recipientes estacionários, de superfície, enterrados ou aterrados, vaporizadores e tubulações aéreas devem ser fisicamente protegidos com muretas, pilares ou outro sistema em locais onde os recipientes estão sujeitos a danos, originados por circulação de veículos ou outros. 5.4.4 A central de GLP com recipientes transportáveis trocáveis ou abastecidos no local deverá ser protegida por abrigo com as seguintes características construtivas:

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a) ter paredes e cobertura com tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF) de duas horas; b) ter altura interna útil de 1,80 m, no mínimo; c) possuir acesso aos recipientes por abertura protegida com portas feitas de material incombustível, podendo ser de correr ou abrir em toda a sua extensão, dotadas de veneziana, tela metálica, grade ou similar, que permita ventilação natural permanente; d) possuir aberturas de ventilação natural permanente, junto ao piso e cobertura, com área total mínima de 10% da área do piso. 5.4.5 A central de GLP com recipientes estacionários deverá ser protegida conforme descrito nos itens abaixo: a) os recipientes estacionários de superfície devem ser protegidos através de cerca de tela ou gradil com 1,80 m de altura, contendo no mínimo dois portões em lados opostos ou localizados nas extremidades de um mesmo lado da central, abrindo para fora, com no mínimo 1,00 m de largura, posicionado em relação aos recipientes conforme afastamentos indicados na Tabela 01;

b) os recipientes estacionários enterrados poderão ter sua proteção delimitada por estacas ou correntes;

c) existindo delimitações em alvenaria ou elemento vazado, estas não poderão ultrapassar 50% do perímetro de proteção da central. Tabela 01 - Afastamentos mínimos da cerca ou gradil de proteção da central de GLP aos recipientes estacionários.

Afastamentos da cerca ou gradil aos recipientes Capacidade do recipiente (m3) Afastamento mínimo

≤ 8,0 1,0 > 8,0 até 16 1,5 > 16 até 120 3,0

> 120 7,5 5.5 Proteção contra incêndio 5.5.1 A central de GLP, por ser considerada um risco especial, deve ser protegida de forma exclusiva por extintores de incêndio de capacidade extintora mínima de 20-B, independente da proteção projetada para a edificação onde estiver instalada, de acordo com a Tabela 02. Tabela 02 - Extintores de incêndio necessários para proteção de centrais de GLP.

Proteção por Extintores nas Centrais de GLP Capacidade

total da central (Kg)

Quantidade e capacidade extintora

Extintor portátil Extintor

sobre rodas ≤ 270 20-B -

> 271 a 1800 2 x 20-B - > 1800 2 x 20-B 80-B

5.5.2 Os extintores devem ser posicionados nas imediações da central, de forma que não fiquem obstruídos em caso de incêndio, localizados a distâncias

máximas de 10 m, e sinalizados de acordo com a Norma Técnica específica. 5.5.3 Quando uma edificação possuir sistema de hidrantes e a central de GLP não constituir risco isolado, é obrigatória a proteção da central de GLP por um dos hidrantes, admitindo-se 10 m de jato, sem a necessidade de acrescentá-lo no cálculo do dimensionamento do sistema. 5.5.4 Para recipientes estacionários de superfície com capacidade individual igual ou superior a 10 m3 é obrigatória a instalação de proteção por sistema fixo de água, conforme Tabela 03. Tabela 03 - Proteção contra incêndio em recipientes estacionários de superfície com sistemas hidráulicos.

Proteção por sistemas hidráulicos Capacidade do recipiente (m3)

Tipo de sistema hidráulico

≥ 10 Hidrantes ≥ 20 Nebulizadores ou aspersores

5.5.5 Devem ser colocados avisos com letras não menores que 50 mm, na cor preta, sobre fundo amarelo, em quantidade tal que possam ser visualizados de qualquer direção de acesso à central de GLP, com os seguintes dizeres: “PERIGO”; “INFLAMÁVEL”; “PROIBIDO FUMAR”. 5.6 Paredes resistentes ao fogo 5.6.1 O objetivo de uma parede resistente ao fogo é proteger os recipientes da radiação térmica de fogo próximo e assegurar uma distância de dispersão adequada dos itens indicados nas tabelas do Anexo A e demais distâncias/afastamentos de segurança estabelecidos nesta norma para cada situação específica. 5.6.2 A parede resistente ao fogo deve ser totalmente fechada (sem aberturas) e construída em alvenaria sólida, concreto ou construção similar, com materiais e formas aprovados, com tempo requerido de resistência ao fogo de no mínimo 2h, conforme ABNT NBR 10636. 5.6.3 A parede resistente ao fogo deve possuir no mínimo 1,80 m de altura ou estar na mesma altura do recipiente (o que for maior), e estar localizada entre 1,0 m e 3,0 m medidos a partir do ponto mais próximo do recipiente. 5.6.4 É recomendável a construção de somente uma parede resistente ao fogo. O número total de paredes deve ser limitado a duas. 5.6.5 Os recipientes podem ser instalados ao longo do limite da propriedade, desde que seja construída uma parede resistente ao fogo conforme o item 5.6.2, posicionada na divisa ao longo dos recipientes, com altura mínima de 1,80 m, sendo que o acesso à central deve ser interno à propriedade e não aberto à via pública. 5.6.6 O comprimento total da parede deve ser de no mínimo o comprimento do lado do recipiente ou conjunto de recipientes, acrescido de no mínimo 1,0 m para cada lado, e deve atender às distâncias mínimas de segurança referentes às tabelas do Anexo A sendo que esta distância

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deve ser medida ao redor da parede, conforme exemplo da Figura 8 do Anexo C. 5.6.7 O muro de delimitação da propriedade pode ser considerado parede resistente ao fogo quando atender a todas as considerações estipuladas nesta norma. 5.6.8 Em recipientes instalados em abrigos, a própria parede do abrigo pode ser enquadrada como resistente ao fogo, desde que atenda ao Item 5.6.2, ficando nestes casos dispensada dos acréscimos dimensionais de 1,0 m no comprimento e do respectivo posicionamento descrito no Item 5.6.3. 5.7 Rede de distribuição interna 5.7.1 A rede de distribuição interna deverá ser projetada e executada conforme o prescrito na norma ABNT NBR 15526. 5.7.2 A tubulação da rede de distribuição interna pode ser instalada: a) aparente (instalada com elementos adequados);

b) embutida em paredes ou muros;

c) enterrada. 5.7.3 É proibida a instalação da tubulação da rede de distribuição interna em: a) duto em atividade (ventilação de ar condicionado, produtos residuais, exaustão, chaminés, etc.);

b) cisterna e reservatório de água;

c) compartimento de equipamento ou dispositivo elétrico (painéis elétricos, subestação, outros);

d) depósito de combustível ou inflamável;

e) elementos estruturais (lajes, pilares, vigas);

f) espaços fechados que possibilitem o acúmulo de gás eventualmente vazado;

g) escadas enclausuradas, inclusive dutos de ventilação da antecâmara; h) poço ou vazio de elevador. 5.7.4 As tubulações quando aparentes devem obedecer aos seguintes requisitos: a) não podem estar instaladas em espaços fechados que possibilitem o acúmulo de gás eventualmente vazado ou que dificultem inspeção ou manutenção;

b) devem manter os afastamentos mínimos conforme apresentado na Tabela 10 do Anexo A;

c) devem contar com suportes adequados com área de contato devidamente protegida contra corrosão sendo proibido que elas estejam apoiadas, amarradas ou fixadas a tubulações existentes de condução de água, vapor ou outros, nem a instalações elétricas;

5.7.5 As tubulações quando embutidas devem obedecer aos seguintes requisitos: a) podem atravessar elementos estruturais (lajes, vigas, paredes, etc.), seja transversal ou longitudinal, desde que não exista o contato entre a tubulação embutida e esses elementos estruturais, de forma a evitar tensões inerentes à estrutura da edificação sobre a tubulação. Quando for utilizado tubo-luva, a relação da área da seção transversal da tubulação e do tubo-luva deve ser de no mínimo 1 para 1,5. b) na instalação da tubulação entre andares da edificação, deve ser verificada a exigência de proteção contra propagação de fumaça e fogo (compartimentação vertical); c) em paredes construídas em alvenaria e nas pré-moldadas, sistemas dry-wall, a tubulação de gás embutida deve ser envolta por revestimento maciço e sem vazios, ou seja, com argamassa de cimento e areia, evitando-se o contato com materiais porosos, heterogêneos ou potencialmente corrosivos;

d) nas instalações em pisos, deve ser feita proteção adequada para evitar infiltrações de detergentes ou outros materiais corrosivos que provoquem danos à tubulação;

e) devem manter os afastamentos mínimos conforme apresentado na Tabela 10 do Anexo A.

5.7.6 As tubulações quando enterradas devem obedecer aos seguintes requisitos: a) manter um afastamento de outras utilidades, tubulações e estruturas de no mínimo 0,30 m, medidos a partir de sua face;

b) ter profundidades de no mínimo 0,30 m, ou 0,50 m em locais sujeitos a tráfego de veículos;

c) receber tratamento anticorrosivo. 5.7.7 No caso em que seja imprescindível que a rede de distribuição interna passe por espaços fechados, as tubulações devem passar pelo interior de dutos ventilados (tubos-luva), atendendo aos seguintes requisitos: a) possuir no mínimo duas aberturas para a atmosfera, localizadas fora da edificação, em local seguro e protegido contra a entrada de água, animais e outros objetos estranhos;

b) ter resistência mecânica adequada à sua utilização;

c) ser estanques em toda a sua extensão, exceto nos pontos de ventilação;

d) ser protegidos contra corrosão;

e) possuir suporte adequado com área de contato devidamente protegida contra corrosão. 5.7.8 Os abrigos de medidores devem ser instalados nas seguintes condições: a) ser ventilados através de aberturas com ventilação efetiva de 10 % da área da planta baixa do compartimento;

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b) quando localizados nos andares, em local sem possibilidade de ventilação permanente, devem possuir porta estanque e ser ventilados por aberturas na parte superior, comunicando diretamente com o exterior da edificação ou conectadas a duto de ventilação vertical que conduza o gás eventualmente vazado para a atmosfera. 5.8 Procedimento operacional no abastecimento a granel 5.8.1 Para o abastecimento de recipientes estacionários deve-se atender aos procedimentos prescritos na ABNT NBR 14024/2006. 5.8.2 Durante a operação de abastecimento, o veículo abastecedor deve ser posicionado de forma a permitir sua rápida evacuação do local, em caso de risco. 5.8.3 Durante o abastecimento a mangueira não deve passar pelo interior de habitações, em locais sujeitos ao tráfego de veículos sobre a mangueira, sobre ou nas proximidades de fontes de calor ou fontes de ignição, como tubulações de vapor, caldeiras, fornos, etc. 5.8.4 O veículo abastecedor, durante a operação de abastecimento, deve atender aos afastamentos mínimos estabelecidos na Tabela 04. Tabela 04 - Afastamentos mínimos para o veículo abastecedor em operações de abastecimento a granel.

Afastamentos mínimos para o veículo abastecedor

Posicionamento do veículo Afastamento mínimo (m)

Do recipiente ou do ponto de abastecimento 1,5

De qualquer abertura ao nível do solo 1,5

Da projeção horizontal de qualquer edificação

3,0

5.9 Instalação individual de GLP 5.9.1 A utilização de recipientes com capacidade igual ou inferior a 32 litros (13Kg) de GLP, é vedada em edificações, exceto para uso doméstico, nas seguintes condições: a) residências unifamiliares como casas térreas ou assobradadas.

b) edificações residenciais multifamiliares constituídas em blocos com área útil de construção de até 900 m2 e altura máxima de 9,0 m, caracterizados como risco isolado.

c) as edificações residenciais multifamiliares existentes devem atender às exigências da legislação vigente na época da expedição da licença de funcionamento, desde que os recipientes estejam acondicionados em área com ventilação efetiva e permanente e o gás seja usado exclusivamente para cocção de alimentos de consumo próprio. 5.9.2 O uso de recipiente de 32 litros (13 Kg) será permitido excepcionalmente, desde que em área externa e ventilada, nas condições abaixo: a) trailers e barracas em eventos temporários;

b) em cozinhas, copas, ou assemelhados localizados no térreo de edificações, destinadas exclusivamente para cocção de alimentos, limitado no máximo a três botijões em toda a edificação;

c) em aviculturas, para aquecimento de aves. 5.9.3 A mangueira entre o aparelho de consumo de GLP e o botijão deverá ser do tipo metálica flexível, de acordo com normas pertinentes, podendo ser utilizada mangueira flexível de PVC com o comprimento entre 0,80 m e 1,25 m, sendo que esta deve sair da fábrica já cortada, atendendo a ABNT NBR 8613/1999. 5.9.4 Não será permitido o uso de botijões em motores de qualquer espécie, saunas, caldeira e aquecimento de piscinas ou para fins automotivos. 5.9.5 Não será permitido o uso de recipientes com capacidade inferior a 32 litros(13 Kg) em áreas internas às edificações. 5.9.6 Em toda edificação que possua sistema centralizado de distribuição de gás é vedada a utilização de recipientes de GLP no seu interior. 6 DISPOSIÇÕES GERAIS 6.1 Os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico, referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico são os seguintes: a) localização da central de GLP; b) indicar a capacidade dos cilindros, bem como da capacidade total da central; c) cortes da central, indicando a posição dos recipientes, paredes corta-fogo, proteção e outros elementos construtivos; d) afastamentos das divisas de terrenos, áreas edificadas no mesmo lote e locais de risco; e) forma de abastecimento e local de estacionamento do veículo abastecedor, quando o abastecimento for a granel; f) medidas de segurança contra incêndio da central. Nota: quando não configurar a necessidade de central de GLP deve-se inserir a seguinte nota: “Permite-se o uso de até 3 recipientes de 30 litros (13 Kg) de GLP, em cozinhas ou assemelhados, localizadas no pavimento térreo das edificações, para cocção de alimentos.” 6.2 A pressão de projeto para os recipientes, tubulações, acessórios e vaporizadores até o primeiro regulador de pressão é de 1,7 MPa. 6.3 Antes do início da execução da instalação, deve ser emitida a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) por profissional habilitado e registrado no órgão de classe. 6.4 Tubulações de fase líquida de GLP não podem passar no interior das edificações, exceto nos abrigos para recipientes e outros equipamentos pertencentes à central.

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Somente é permitida a passagem de tubulações de GLP na fase líquida em interior de edificações para processos industriais específicos que utilizem o GLP na fase líquida. 6.5 As instalações da central de GLP devem permitir o reabastecimento ou troca dos recipientes, sem a interrupção da alimentação do gás aos aparelhos de utilização. 6.6 A distribuidora somente poderá abastecer uma instalação centralizada após realizar os ensaios e testes de acordo com as normas vigentes. 6.7 Para os casos omissos desta norma serão adotadas as normas citadas no item 2.4.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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Inflamáveis. Parte 1 - Central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

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ANEXO A

Distâncias mínimas de segurança

TABELA 05 - DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA PARA RECIPIENTES ESTACIONÁRIOS E TRANSPORTÁVEIS

Afastamentos dos recipientes estacionários e transportáveis de GLP

Capacidade individual do

recipiente

Divisas de propriedades edificáveis / edificações

(4., 6., 7. e 8.) Entre recipientes

Aberturas abaixo da descarga da válvula de segurança

Fontes de ignição e outras aberturas

Produtos tóxicos, Perigosos

inflamáveis e chama aberta

(9.)

Materiais combustíveis

De superfície (1., 3. e 5.)

Enterrados / aterrados (2.)

Abastecidos no local Trocáveis

Abastecidos no local Trocáveis

m3 m m m m m m m m m

≤ 0,5 0 3 0 1 1 3 1,5 6 3 > 0,5 a 2 1,5 3 0 1,5 – 3 – 6 3

> 2 a 5,5 3 3 1 1,5 – 3 – 6 3 > 5,5 a 8 7,5 3 1 1,5 – 3 – 6 3 > 8 a 120 15 15 1,5 1,5 – 3 – 6 3

> 120 22,5 15 (*) 1,5 – 3 – 6 3 (*) O espaço entre recipientes deve ser de ¼ da soma dos diâmetros dos recipientes adjacentes, no mínimo. 1. Nos recipientes de superfície, as distâncias apresentadas são medidas a partir da superfície externa do recipiente mais

próximo. A válvula de segurança deve estar fora das projeções da edificação, tais como telhados, balcões, marquises ou similares.

2. A distância para os recipientes enterrados/aterrados deve ser medida a partir da válvula de segurança, enchimento e indicador de nível máximo.

3. As distâncias de afastamento das edificações não devem considerar projeções de complementos ou partes destas, tais

como telhados, balcões, marquises ou similares. 4. Em uma instalação, se a capacidade total com recipiente até 0,5m³ for menor ou igual a 2,0m³, a distância mínima

continuará sendo de 0,0 metros; se for maior que 2,0m³, considerar:

•••• no mínimo 1,5 m para capacidade total de 2,0m³ até 3,5m³; •••• no mínimo 3,0 m para capacidade total de 3,5m³ até 5,5m³; •••• no mínimo 7,5 m para capacidade total de 5,0m³ até 8,0m³; •••• no mínimo 15,0 m para capacidade total acima de 8,0m³.

Notas:

� Caso o local destinado à instalação da central que utilize recipiente de até 0,5m³ não permita os afastamentos acima, a central pode ser subdividida com a utilização de paredes divisórias resistentes ao fogo com TRRF mínimo de 2 h, de acordo com ABNT NBR 10636, com comprimento e altura de dimensões superiores ao recipiente. Neste caso, deve se adotar o afastamento mínimo à capacidade total de cada subdivisão.

� Para recipientes abastecidos no local de até 0,5m³, a capacidade conjunta total da central é limitada em até 10 m³.

5. No caso de existência de duas ou mais centrais de GLP com recipientes de até 0,5m³, estas devem distar entre si em no mínimo 7,5 m.

6. Para recipientes acima de 0,5m³, o número máximo de recipientes deve ser igual a 6. Se mais que uma instalação como esta for feita, ela deve distar pelo menos 7,5 m da outra.

7. A distância de recipientes de superfície de capacidade individual maior que 0,5m³ e até 8,0m³, para edificações/divisa de

propriedade, pode ser reduzida à metade, desde que sejam instalados no máximo 3 recipientes de capacidade individual de até 5,5m³. Este recipiente ou conjunto de recipientes deve estar distante de pelo menos 7,5 m de qualquer outro recipiente com capacidade individual maior que 0,5m³.

8. Os recipientes de GLP não podem ser instalados dentro de bacias de contenção de outros combustíveis 9. No caso de depósito de oxigênio e hidrogênio, os afastamentos devem ser conforme as tabelas próprias para esses

elementos.

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ANEXO A (continuação)

TABELA 06 - DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA ENTRE CENTRAIS DE GLP E ESTOCAGEM DE OXIGÊNIO

Afastamentos para estocagem de oxigênio

Capacidade conjunta GLP (m³)

Oxigênio - incluindo reservas (Nm³) Até 11 11,1 a 566 Acima de 566

Até 5,5 0 6,0 7,5

Acima de 5,5 0 6,0 15

TABELA 07 - DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA ENTRE CENTRAIS DE GLP E ESTOCAGEM DE HIDROGÊNIO

Afastamentos para estocagem de hidrogênio

Capacidade conjunta GLP (m³)

Hidrogênio - incluindo reservas (Nm³) Até 11 11 a 85 Acima de 85

Até 2,0 0 3,0 7,5

Acima de 2,0 0 7,5 15

TABELA 08 - DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA ENTRE CENTRAIS DE GLP E REDES ELÉTRICAS

Afastamentos para redes elétricas

Nível de Tensão (kV) Distância mínima (m)

Menor ou igual a 0,6 1,8 Entre 0,6 e 23 3,0 Maior que 23 7,5

TABELA 09 - DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇA DE TOMADAS PARA ABASTECIMENTO

Afastamentos das tomadas para abastecimento

Local Distância mínima (m)

Ralos, rebaixos ou canaletas e dos veículos abastecedores

1,5

Aberturas, janelas, portas, tomadas de ar e similares 3,0

Pontos de ignição e materiais de fácil combustão 3,0

Reservatórios que contenham fluidos inflamáveis

6,0

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ANEXO A (continuação)

TABELA 10 - AFASTAMENTOS MÍNIMOS NA INSTALAÇÃO DE TUBOS DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO INTERNA

Afastamentos das tubulações de gás

Tipo Redes em paralelo b (mm)

Cruzamento de redes b (mm)

Sistemas elétricos de potência em baixa tensão isolados em eletrodutos não metálicos a

30 10 (com material isolante aplicado na tubulação de

gás) Sistemas elétricos de potência em baixa tensão isolados em eletrodutos metálicos ou sem eletrodutos a 50 c

Tubulação de água quente e fria 30 10

Tubulação de vapor 50 10

Chaminés (duto e terminal) 50 50

Tubulação de gás 10 10

Outras tubulações (águas pluviais , esgoto) 50 10

a cabos telefônicos, de TV e de telecontrole não são considerados sistemas de potência. b considerar um afastamento suficiente para permitir manutenção. c nestes casos a instalação elétrica deve ser protegida por eletroduto numa distância de 50 mm para cada lado e atender à recomendação para sistemas elétricos de potência em eletrodutos em cruzamento.

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ANEXO B

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

CENTRAL DE GÁS COM RECIPIENTES TRANSPORTÁVEIS

A Central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) com recipientes transportáveis deve atender às seguintes condições:

1 - Ser instalada em local próprio, fora da projeção da edificação, de fácil acesso, desimpedido, ventilado e sem qualquer outra ocupação. Não devem ser consideradas as projeções de telhados, sacadas, marquises ou similares;

2 - É proibida a instalação em locais confinados, subsolos, porões, garagens subterrâneas, forros, fossos de ventilação ou iluminação;

3 - Ser observadas as distâncias mínimas de segurança, considerando a capacidade individual do recipiente, conforme as tabelas abaixo, além do prescrito na NT 18/2009 - Líquidos e Gases Combustíveis e Inflamáveis, Parte 1 - Central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) do CBMES.

Afastamentos dos recipientes estacionários e transportáveis de GLP

Capacidade individual

do recipiente

Divisas de propriedades edificáveis / edificações

(4., 6., 7. e 8.) Entre recipientes

Aberturas abaixo da descarga da válvula de

segurança

Fontes de ignição e outras aberturas

Produtos tóxicos,

Perigosos inflamáveis e chama aberta

(9.)

Materiais combustíveis De

superfície (1., 3. e 5.)

Enterrados / aterrados

(2.)

Abastecidos no local

Trocáveis Abastecidos no local

Trocáveis

m3 m m m m m m m m m

≤ 0,5 0 3 0 1 1 3 1,5 6 3

> 0,5 a 2 1,5 3 0 1,5 – 3 – 6 3

> 2 a 5,5 3 3 1 1,5 – 3 – 6 3

> 5,5 a 8 7,5 3 1 1,5 – 3 – 6 3 > 8 a 120 15 15 1,5 1,5 – 3 – 6 3

> 120 22,5 15 (*) 1,5 – 3 – 6 3 (*) O espaço entre recipientes deve ser de ¼ da soma dos diâmetros dos recipientes adjacentes, no mínimo.

Afastamentos para estocagem de oxigênio

Capacidade conjunta GLP (m³)

Oxigênio - incluindo reservas (Nm³) Até 11 11,1 a 566 Acima de 566

Até 5,5 0 6,0 7,5

Acima de 5,5 0 6,0 15

Afastamentos para estocagem de hidrogênio

Capacidade conjunta GLP (m³)

Hidrogênio - incluindo reservas (Nm³) Até 11 11 a 85 Acima de 85

Até 2,0 0 3,0 7,5

Acima de 2,0 0 7,5 15

Afastamentos para redes elétricas

Nível de Tensão (kV) Distância mínima (m)

Menor ou igual a 0,6 1,8 Entre 0,6 e 23 3,0 Maior que 23 7,5

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Afastamentos das tomadas para abastecimento

Local Distância mínima (m)

Ralos, rebaixos ou canaletas e dos veículos abastecedores 1,5

Aberturas, janelas, portas, tomadas de ar e similares

3,0

Pontos de ignição e materiais de fácil combustão

3,0

Reservatórios que contenham fluidos inflamáveis 6,0

Afastamentos das tubulações de gás

Tipo Redes em paralelo b

(mm) Cruzamento de redes b

(mm)

Sistemas elétricos de potência em baixa tensão isolados em eletrodutos não metálicos a 30

10 (com material isolante aplicado na tubulação de

gás) Sistemas elétricos de potência em baixa tensão isolados em eletrodutos metálicos ou sem eletrodutos a

50 c

Tubulação de água quente e fria 30 10

Tubulação de vapor 50 10

Chaminés (duto e terminal) 50 50

Tubulação de gás 10 10

Outras tubulações (águas pluviais , esgoto) 50 10 a cabos telefônicos, de TV e de telecontrole não são considerados sistemas de potência. b considerar um afastamento suficiente para permitir manutenção. c nestes casos a instalação elétrica deve ser protegida por eletroduto numa distância de 50 mm para cada lado e atender à recomendação para sistemas elétricos de potência em eletrodutos em cruzamento.

4 - Ter afastamentos mínimos de segurança de 1,50 m de caixas de passagem, ralos, valetas de captação de águas pluviais, aberturas de dutos de água ou esgoto, aberturas para compartimentos subterrâneos, janelas e portas, e outras aberturas que estejam em nível inferior aos recipientes;

5 - Ser instalada no interior de abrigo com as seguintes características construtivas: a) ter paredes e cobertura com tempo requerido de resistência ao fogo (TRRF) de duas horas; b) ter altura interna útil de 1,80m, no mínimo; c) ter piso firme, nivelado e de material incombustível, em nível superior ao piso circundante, obrigatoriamente; d) possuir acesso aos recipientes por abertura protegida com portas feitas de material incombustível, podendo ser de correr ou abrir em toda a sua extensão, dotadas de veneziana, tela metálica, grade ou similar, que permita ventilação natural permanente; e) possuir aberturas de ventilação natural permanente, junto ao piso e cobertura, com área total mínima de 10% da área do piso.

6 - Possuir proteção contra incêndio conforme tabela: Proteção por Extintores nas Centrais de GLP

Capacidade total da central

(Kg)

Quantidade e capacidade extintora

Extintor portátil Extintor sobre rodas

≤ 270 20-B - > 271 a 1800 2 x 20-B -

> 1800 2 x 20-B 80-B

7 - Devem ser colocados avisos com letras não menores que 50 mm, na cor preta, sobre fundo amarelo, em quantidade tal que possam ser visualizados de qualquer direção de acesso à central de GLP, com os seguintes dizeres: “PERIGO; INFLAMÁVEL; NÃO FUME”.

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ANEXO B (continuação)

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA

CENTRAL DE GÁS COM RECIPIENTES ESTACIONÁRIOS

A Central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) com recipientes estacionários deve atender às seguintes condições:

1 - Ser instalada em local próprio, fora da projeção da edificação, de fácil acesso e desimpedida, ventilado, sem qualquer outra ocupação. Não devem ser consideradas as projeções de telhados, sacadas, marquises ou similares;

2 - É proibida a instalação em locais confinados, subsolos, porões, garagens subterrâneas, forros, fossos de ventilação ou iluminação;

3 - Ser observadas as distâncias mínimas de segurança, considerando a capacidade individual do recipiente, conforme as tabelas abaixo, além do prescrito na NT 18/2009 - Líquidos e Gases Combustíveis e Inflamáveis, Parte 1 - Central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) do CBMES.

Afastamentos dos recipientes estacionários e transportáveis de GLP

Capacidade individual

do recipiente

Divisas de propriedades edificáveis / edificações

(4., 6., 7. e 8.) Entre recipientes

Aberturas abaixo da descarga da válvula de

segurança

Fontes de ignição e outras aberturas

Produtos tóxicos,

Perigosos inflamáveis e chama aberta

(9.)

Materiais combustíveis De

superfície (1., 3. e 5.)

Enterrados / aterrados

(2.)

Abastecidos no local

Trocáveis Abastecidos

no local Trocáveis

m3 m m m m m m m m m

≤ 0,5 0 3 0 1 1 3 1,5 6 3

> 0,5 a 2 1,5 3 0 1,5 – 3 – 6 3

> 2 a 5,5 3 3 1 1,5 – 3 – 6 3

> 5,5 a 8 7,5 3 1 1,5 – 3 – 6 3 > 8 a 120 15 15 1,5 1,5 – 3 – 6 3

> 120 22,5 15 (*) 1,5 – 3 – 6 3

(*) O espaço entre recipientes deve ser de ¼ da soma dos diâmetros dos recipientes adjacentes, no mínimo.

Afastamentos para estocagem de oxigênio

Capacidade conjunta GLP (m³)

Oxigênio - incluindo reservas (Nm³) Até 11 11,1 a 566 Acima de 566

Até 5,5 0 6,0 7,5

Acima de 5,5 0 6,0 15

Afastamentos para estocagem de hidrogênio

Capacidade conjunta GLP (m³)

Hidrogênio - incluindo reservas (Nm³) Até 11 11 a 85 Acima de 85

Até 2,0 0 3,0 7,5

Acima de 2,0 0 7,5 15

Afastamentos para redes elétricas

Nível de Tensão (kV) Distância mínima (m)

Menor ou igual a 0,6 1,8 Entre 0,6 e 23 3,0 Maior que 23 7,5

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Afastamentos das tomadas para abastecimento

Local Distância mínima (m)

Ralos, rebaixos ou canaletas e dos veículos abastecedores 1,5

Aberturas, janelas, portas, tomadas de ar e similares

3,0

Pontos de ignição e materiais de fácil combustão

3,0

Reservatórios que contenham fluidos inflamáveis 6,0

Afastamentos das tubulações de gás

Tipo Redes em paralelo b

(mm) Cruzamento de redes b

(mm)

Sistemas elétricos de potência em baixa tensão isolados em eletrodutos não metálicos a 30

10 (com material isolante aplicado na tubulação de

gás) Sistemas elétricos de potência em baixa tensão isolados em eletrodutos metálicos ou sem eletrodutos a

50 c

Tubulação de água quente e fria 30 10

Tubulação de vapor 50 10

Chaminés (duto e terminal) 50 50

Tubulação de gás 10 10

Outras tubulações (águas pluviais , esgoto) 50 10

4 - Ter afastamentos mínimos de segurança de 1,50m de caixas de passagem, ralos, valetas de captação de águas pluviais, aberturas de dutos de água ou esgoto, aberturas para compartimentos subterrâneos, janelas e portas, e outras aberturas que estejam em nível inferior aos recipientes;

5 - Os recipientes estacionários de superfície, enterrados ou aterrados, vaporizadores e tubulações aéreas devem ser fisicamente protegidos com muretas, pilares ou outro sistema em locais onde os recipientes estão sujeitos a danos, originados por circulação de veículos ou outros;

6 - Os recipientes estacionários de superfície devem ser protegidos através de cerca de tela ou gradil com 1,80 m de altura, no mínimo, contendo no mínimo dois portões em lados opostos ou locados nas extremidades de um mesmo lado da central, abrindo para fora, com no mínimo 1,00 m de largura, posicionada pelos afastamentos indicados na tabela:

Afastamentos da cerca ou gradil aos recipientes Capacidade do recipiente

(m3) Afastamento mínimo

≤ 8,0 1,0 > 8,0 até 16 1,5 > 16 até 120 3,0

> 120 7,5

7 - Os recipientes estacionários enterrados poderão ter sua proteção delimitada por estacas ou correntes;

8 - Possuir proteção contra incêndio conforme tabela: Proteção por Extintores nas Centrais de GLP

Capacidade total da central

(Kg)

Quantidade e capacidade extintora

Extintor portátil Extintor sobre rodas

≤ 270 20-B - > 271 a 1800 2 x 20-B -

> 1800 2 x 20-B 80-B

9 - Devem ser colocados avisos com letras não menores que 50mm, na cor preta, sobre fundo amarelo, em quantidade tal que possam ser visualizados de qualquer direção de acesso à central de GLP, com os seguintes dizeres: “PERIGO; INFLAMÁVEL; NÃO FUME”.

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ANEXO C

Detalhes

Classificação dos recipientes quanto à localização

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ANEXO C (continuação)

Classificação dos recipientes quanto à localização

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Inflamáveis Parte 1 - Central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

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ANEXO C (continuação)

Afastamentos entre recipientes

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Inflamáveis Parte 1 - Central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

Página 544

ANEXO C (continuação)

Distâncias mínimas de segurança com paredes corta-fogo

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Inflamáveis Parte 1 - Central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

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ANEXO C (continuação)

Abrigo para centrais com recipientes transportáveis

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ANEXO C (continuação)

Distâncias mínimas de segurança para recipientes estacionários

Figura 10 – Distâncias mínimas de segurança para recipientes estacionários de superfície.

Figura 11 - Distâncias mínimas de segurança para recipientes estacionários enterrados.

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Inflamáveis Parte 1 - Central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

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ANEXO C (continuação)

Distâncias mínimas de segurança entre recipientes e aberturas

Figura 12 - Distâncias mínimas de segurança entre central de gás com recipientes transportáveis e aberturas.

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 18/2010

LÍQUIDOS E GASES COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS

PARTE 2 - COMERCIALIZAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E UTILIZAÇÃO DE GÁS NATURAL

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXO

A - TERMO DE SUBSTITUIÇÃO DE GÁS LIQUEFEITO

DE PETRÓLEO (GLP) PARA GÁS NATURAL (GN)

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 179 - R, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009

Aprova a Norma Técnica nº 18/2010, Parte 2 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os requisitos relacionados a comercialização, distribuição e utilização de gás natural .

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas

atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 18/2010, Parte 2 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os

requisitos relacionados a comercialização, distribuição e utilização de gás natural. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação. Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 12 de janeiro de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES Publicada no Diário Oficial de 18 de fevereiro de 2010 Parte específica: Documentos Técnicos cancelados ou substituídos:

• PT 06 do CBMES publicada no Diário Oficial de 04 de agosto de 2.000.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 18/2010 - Líquidos e Gases Combustíveis e

Inflamáveis. Parte 2 - Comercialização, Distribuição e Utilização de Gás Natural

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1 OBJETIVO Esta Norma Técnica estabelece as condições necessárias para a proteção contra incêndio nos locais de comercialização, distribuição e utilização de gás natural, conforme as exigências da Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo. 2 APLICAÇÃO Esta Norma Técnica aplica-se às edificações destinadas a: a) comercialização e utilização de gás natural (GN); b) distribuição de gás natural liquefeito (GNL). Esta norma não se aplica a: a) instalação de gases liquefeitos de petróleo (GLP); b) edificações nas quais a utilização de gás combustível se destina a finalidades industriais que são objeto de normas específicas, adequadas às peculiaridades de cada instalação; c) postos de abastecimento de gás natural veicular (GNV). 3. REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009; Decreto 2.423-R de 15 de dezembro de 2009 – Regulamenta a Lei 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo (COSCIP); Adotam-se as seguintes normas com inclusões e adequações constantes nesta NT: ABNT NBR 13103/2007 - Adequação de Ambientes Residenciais para Instalação de Aparelhos que Utilizam Gás Combustível; ABNT NBR 14570/2000 - Instalações Internas para Uso Alternativo dos Gases GN e GLP - Projeto e Execução; ABNT NBR 15358/2008 – Redes de Distribuição Interna para Gases Combustíveis em Instalações Industriais – Projeto e Execução; ABNT NBR 15526/2009 – Redes de Distribuição Interna para Gases Combustíveis em Instalações Residenciais – Projeto e Execução; Portaria nº 118 de 11 de julho de 2000 da Agência Nacional de Petróleo (regulamenta as atividades de distribuição de gás natural liquefeito (GNL) a granel e de construção, ampliação e operação das centrais de distribuição de GNL).

4 DEFINIÇÕES Para efeito desta Norma aplicam-se as definições constantes na NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico além das constantes nas normas mencionadas na referência bibliográfica. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Utilização e instalação de gás natural (GN) 5.1.1 A instalação de gás deve ser provida de válvulas de fechamento manual em cada ponto em que se tornarem convenientes para segurança, operação e a manutenção da instalação. 5.1.1.1 Deve ser previsto uma válvula de fechamento no pavimento térreo (chave geral) instalada em abrigo próprio e local de fácil acesso, atendendo todos os requisitos da ABNT NBR 13933. 5.1.2 Além do disposto nas ABNT NBR 13933 e ABNT NBR 14570, deve-se atentar para que a tubulação da rede interna não passe no interior de: a) dutos de lixo, ar condicionado e águas pluviais; b) reservatório de água; c) dutos para incineradores de lixo; d) poços e elevadores; e) compartimentos de equipamentos elétricos; f) compartimentos destinados a dormitórios, exceto quando destinada à conexão de equipamento hermeticamente isolado; g) poços de ventilação capazes de confinar o gás proveniente de eventual vazamento; h) qualquer vazio ou parede contígua a qualquer vão formado pela estrutura ou alvenaria, ou por estas e o solo, sem a devida ventilação. Ressalvados os vazios construídos e preparados especificamente para esse fim (shafts), os quais devem conter apenas as tubulações de gás, líquidos não inflamáveis e demais acessórios, com ventilação permanente nas extremidades, sendo que estes vazios devem ser sempre visitáveis e previstos em área de ventilação permanente e garantida; i) qualquer tipo de forro falso ou compartilhamento não ventilado, exceto quando utilizado tubo-luva; j) locais de captação de ar para sistemas de ventilação; k) todo e qualquer local que propicie o acúmulo de gás vazado; l) paredes construídas com tijolos vazados observando a ressalva no item 5.1.2 letra “h”.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 18/2010 - Líquidos e Gases Combustíveis e

Inflamáveis. Parte 2 - Comercialização, Distribuição e Utilização de Gás Natural

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5.1.3 Toda a tubulação antes de ser abastecida com gás combustível deve ser obrigatoriamente submetida ao ensaio de estanqueidade. 5.1.4 As edificações, habitadas, em funcionamento ou em construção, que tenham projeto aprovado no Corpo de Bombeiros Militar com a exigência de instalação de central de gás liquefeito de petróleo (GLP) e que optarem pela utilização do sistema de fornecimento de gás natural (GN), devem apresentar junto ao CBMES o Laudo Técnico do Ensaio de Estanqueidade da rede interna de GLP existente. 5.1.4.1 Deverá se apresentado um termo onde fique registrada a substituição do gás liquefeito de petróleo (GLP) por gás natural (GN) (Anexo A), o qual será anexado ao respectivo projeto. 5.1.5 As empresas instaladoras de aquecedores ou as construtoras, nos casos de edificações novas, devem apresentar a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de projeto e de execução da instalação dos aquecedores a gás natural ou a GLP, além de Termo de Responsabilidade atestando que os serviços de instalação obedeceram às normas da ABNT. 5.1.5.1 Para as edificações dotadas de aquecedores de água a GLP, onde os itens relativos a chaminé e ventilação de ambiente não tenham sido executados conforme as normas da ABNT, a regularização dos equipamentos, após conversão, para utilização de gás natural (GN) ficará a cargo do próprio proprietário, não cabendo qualquer responsabilidade à Distribuidora de Gás Natural pelo não cumprimento desta adequação. 5.2 Distribuição de GNL 5.2.1 A pessoa jurídica autorizada a exercer a atividade de distribuição de gás combustível comprimido (GCC) a granel é responsável pelo procedimento de segurança nas operações de transvasamento, ficando obrigada a orientar os usuários do sistema quanto às normas de segurança a serem obedecidas. 5.2.2 As normas de segurança acima citadas referem-se ao correto posicionamento, desligamento, travamento e aterramento do veículo transportador, bem como do acionamento das luzes de alerta, sinalização por meio de cones e prevenção por extintores, dentre outros procedimentos. 5.2.3 O veículo transportador deve estacionar em área aberta e ventilada e possuir espaço livre para manobra e escape rápido.

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

6.1 Os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico, referentes a utilização e instalação de gás natural, que devem constar no Projeto Técnico são os seguintes: a) localização da válvula de fechamento e abrigo;

b) nota na planta do térreo especificando que o fornecimento de gás será efetuado através de Gás Natural (GN) e que as instalações internas seguirão as normas da ABNT.

6.2 Deverá ser exigido por ocasião da vistoria, Laudo Técnico do Ensaio de Estanqueidade e Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) da elaboração do projeto e da execução da instalação de gás natural.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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Inflamáveis. Parte 2 - Comercialização, Distribuição e Utilização de Gás Natural

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ANEXO A

Papel Timbrado da

Distribuidora

TERMO DE SUBSTITUIÇÃO DE

GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO (GLP) PARA GÁS NATURAL (GN)

RG do Projeto Técnico: ___________________

Nome da Edificação: ____________________________________________________ Rua/Av. : _____________________________________________________________ Bairro: ___________________________Cidade: ______________________________ Anexos: Laudo Técnico do Ensaio de Estanqueidade da prumada existente.

Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) da execução de interligação da rede de GN à rede de GLP.

Pelo presente Termo a ( nome da Distribuidora ) certifica que o abastecimento e a distribuição de GLP da edificação foi substituído por Sistema de Gás Natural obedecendo todas as exigências e recomendações quanto ao Dispositivo de Segurança Contra Sobrepressão, Registros e Materiais de Interligação de Equipamentos constantes das Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

_____________________________________

Distribuidora [Carimbo com CNPJ]

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 18/2010

LÍQUIDOS E GASES COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS

PARTE 3 - LOCAIS DE ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - FIGURAS

B - MEMORIAIS

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 195- R, DE 24 DE MARÇO DE 2010

Aprova a Norma Técnica nº 18/2010, Parte 3 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os requisitos relacionados aos locais de abastecimento de combustível.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas

atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 18/2010, Parte 3 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina os

requisitos relacionados aos locais de abastecimento de combustível. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação. Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 24 de março de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES Publicada no Diário Oficial de 15 de abril de 2010 Parte específica: Documentos Técnicos cancelados ou substituídos:

• NT 09 do CBMES publicada no Diário Oficial de 25 de julho de 2001.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 18/2010 - Líquidos e Gases Combustíveis e

Inflamáveis, Parte 3 - Locais de Abastecimento de Combustíveis

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1 OBJETIVO Esta Norma Técnica estabelece os requisitos mínimos para projeto, instalação, localização, proteção e segurança dos locais de abastecimento de combustíveis, atendendo ao previsto na Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo. 2. APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica aplica-se aos postos revendedores varejistas e aos postos de abastecimentos privativos. 2.2 A prescrições desta Norma Técnica não se aplicam a: a) armazenagem de líquidos reativos ou instáveis; b) instalações marítimas (off-shore);

c) armazenagem de líquidos criogênicos e gases liquefeitos; d) instalações de armazenagem de líquidos combustíveis e inflamáveis que disponham de Normas Brasileiras especificas, tais como aeroportos.

2.3 Nos casos de armazenamento de petróleo, seus derivados líquidos, inclusive os petroquímicos, álcool carburante, instalações de refino, indústrias petroquímicas, bases de distribuição, terminais e estações coletoras nas áreas de produção de petróleo, deverão ser aplicadas, além do que preceitua o Decreto nº 2.423-R, de 15 de dezembro de 2009, a ABNT NBR 17505, bem como, as recomendações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP). 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS Nas normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta Norma Técnica: ABNT NBR 5410/2004 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão - Procedimentos; ABNT NBR 5419/2001 – Proteção de Edificações Contra Descargas Elétricas Atmosféricas - Procedimentos; ABNT NBR 12236/1994 – Critérios de Projeto, Montagem e Operação de Posto de Gás Combustível Comprimido; ABNT NBR 15514/2007 – Área de Armazenamento de Recipientes Transportáveis de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), Destinados ou Não à Comercialização – Critérios de Segurança; ABNT NBR 17505/2006 – Armazenagem de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis.

4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica aplicam-se as definições constantes na Norma Técnica 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico, além do seguinte: 4.1 Área de abastecimento: local que contêm uma ou mais unidades de abastecimento, isoladas de qualquer edificação. 4.2 Bacia de contenção: região delimitada por uma depressão do terreno ou diques destinada a conter integralmente o vazamento de produtos líquidos de tanques. 4.3 Dique: maciço de terra, concreto ou outro material quimicamente compatível com os produtos armazenados nos tanques, formando uma bacia de contenção. 4.4 Ponto de abastecimento: conjunto formado por mangueira e bico, destinado a efetuar a transferência do combustível para veículos, podendo possuir as facilidades necessárias para a medição da quantidade abastecida. 4.5 Posto revendedor varejista: estabelecimento ou instalação, destinado a venda à varejo de combustíveis automotivos, e que tenham registro de revendedor varejista de combustíveis automotivos expedido pela ANP. 4.6 Posto de abastecimento privativo: instalação interna a uma indústria ou empresa, cuja finalidade é o abastecimento de frota própria com combustíveis automotivos. 4.7 Tanque elevado: tanque instalado acima do nível do solo, apoiado em uma estrutura e com espaço livre sob ela. 4.8 Tanque de superfície: tanque que possui sua base totalmente apoiada sobre a superfície do solo. 4.9 Tanque subterrâneo: tanque horizontal construído e instalado para operar abaixo do nível do solo e totalmente enterrado. 4.10 Unidade de abastecimento: conjunto de um a quatro pontos de abastecimeto de combustível (bomba). 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Considerações Gerais 5.1.1 É vedada a instalação de tanques no interior de edificações. 5.1.2 A capacidade de cada tanque instalado será de no máximo 30 m3. 5.1.3 É permitida a subdivisão do tanque, inclusive com armazenamento de líquidos diferentes, respeitado o volume máximo de 30 m3 por tanque.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 18/2010 - Líquidos e Gases Combustíveis e

Inflamáveis, Parte 3 - Locais de Abastecimento de Combustíveis

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5.1.4 A capacidade máxima de líquido inflamáveis e combustíveis instalada no local de abastecimento não poderá ultrapassar 120 m3. 5.1.5 O volume do tanque destinado exclusivamente ao armazenamento de óleo lubrificante usado, não é computado na determinação da capacidade máxima instalada. 5.1.6 Os aspectos construtivos dos tanques para armazenamento de combustíveis obedecerão às condições previstas nas normas brasileiras próprias. 5.1.7 Os tanques deverão dispor de tubulações de respiro projetadas pelo menos 3,5 metros acima do solo ou do piso acabado.

5.1.8 Os tanques de postos revendedores varejistas somente poderão ser do tipo subterrâneo. 5.1.9 Os postos de abastecimento revendedor e privativo deverão possuir canaletas metálicas de contenção do escoamento de combustíveis que circundem tanto os tanques quanto a área de abastecimento. 5.1.10 Os tanques instalados em áreas sujeitas a inundações devem atender aos requisitos da ABNT NBR 17505 no que se refere à sua instalação. 5.1.11 As instalações de locais de abastecimento de combustíveis deverão ser protegidas por Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA), conforme previsto na ABNT NBR 5419.

5.1.12 A malha de aterramento do SPDA deverá ter afastamento mínimo de 3,0 m dos tanques. 5.1.13 Nos locais de descarga de combustível deverá existir condutor terra apropriado, conforme a NR 10 do Ministério do Trabalho, para se descarregar a energia estática dos carros transportadores, antes e durante a descarga do combustível. 5.2 Tanques subterrâneos 5.2.1 Os tanques e unidades de abastecimento (bombas) deverão possuir afastamento mínimo do alinhamento de vias públicas, de divisas de propriedades e de demais edificações, conforme a Tabela 1. Tabela 01: Afastamentos mínimos de tanques e unidades de abastecimento à via pública, divisa de propriedade e edificações.

Afastamentos mínimos de tanques e bombas

Locais Tanque Unidade de

abastecimento

Via pública e divisa de

propriedade 3,0 m 4,0 m

Edificações 3,0 m 3,0 m

5.2.2 O afastamento mínimo entre tanques subterrâneos deve ser de 1,0 m.

5.2.3 A profundidade mínima dos tanques subterrâneos será de 1,0 m, do nível do terreno ao seu costado, podendo ser reduzido para 0,60 m quando sob pavimentação de concreto, asfalto ou material similar, com no mínimo de 0,15 m de espessura. 5.2.4 Os tanques deverão estar abaixo de quaisquer tubulações a que estejam ligados. 5.2.5 Os tanques serão circundados por material inerte, tal como areia, ou solo inorgânico, com no mínimo 0,15 m de espessura.

5.2.6 Os locais de abastecimento com tanques subterrâneos deverão apresentar piso impermeabilizado na área dos tanques e em toda a área de abastecimento. 5.3 Tanques de superfície (ou elevado) 5.3.1 Os tanques de superfície devem estar afastados no mínimo 1,0 m entre si. No caso de vasos ou recipientes de GLP os tanques devem ser afastados a uma distância mínima de 6,0 m.

5.3.2 Os tanques de superfície deverão ter afastamentos mínimos de segurança do alinhamento de vias públicas, de divisas de propriedades e de demais edificações, conforme a Tabela 2. Tabela 02: Afastamentos mínimos de tanques de superfície à via pública, divisa de propriedade e edificações.

Afastamentos mínimos de tanques de superfície

Capacidade do tanque (m3)

Via pública e divisa de

propriedade Edificações

até 1,0 1,5 m 1,5 m

> 1,0 até 3,0 3,0 m 1,5 m

> 3,0 até 30,0 4,5 m 3,0 m

5.3.3 Os tanques poderão dispor de cobertura aérea, com laterais abertas, e com afastamento mínimo de 1,5 m de seu costado.

5.3.4 Os tanques de superfície deverão ser instalados no interior de bacias de contenção delimitadas por diques, a fim de conter eventuais vazamentos e de se evitar abalroamentos por veículos. Os diques devem possuir as seguintes características construtivas: a) ser fechado em todo o seu perímetro; b) ter altura mínima de 0,45 m; c) possuir afastamento mínimo de 1,5 m do costado dos tanques; d) ter dimensões mínimas compatíveis com o volume do tanque contido em seu interior; e) ter tempo requerido de resistência ao fogo mínima de 2 horas.

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Inflamáveis, Parte 3 - Locais de Abastecimento de Combustíveis

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5.3.5 Para bacias de contenção que circundam apenas um tanque de volume de até 15,0 m³, a distância entre este tanque e a face interna da bacia poderá ser reduzida, não podendo ser inferior a 0,60 m. 5.3.6 Os tanques de superfície devem possuir sistema de alívio de pressão interna excessiva, causada pela exposição ao fogo. 5.3.7 Os costados dos tanques aéreos deverão ser sinalizados de forma a identificar o conteúdo, os riscos do produto (inflamabilidade) e informações de segurança sobre o produto. Exemplo: “Cuidado – Inflamável”, “Não Fumar”, “Não aproximar chama”.

5.3.8 As unidades de abastecimento deverão ser instaladas conforme item 5.2.1 desta Norma Técnica. 5.3.9 Os locais de abastecimento com tanques de superfície deverão apresentar piso impermeabilizado dentro e no entorno das bacias de contenção e em toda a área de abastecimento. 5.4 Proteção contra incêndio 5.4.1 Os locais de abastecimento serão protegidos utilizando-se uma unidade extintora de capacidade extintora mínima de 20-B:C para cada unidade de abastecimento, sendo necessário ainda a colocação, na área de abastecimento, de um extintor sobrerrodas com capacidade extintora mínima de 80-B:C. 5.4.3 Os locais de abastecimento com área construída superior a 900 m², incluindo a cobertura da área de abastecimento, áreas de escritórios, oficinas, depósitos, lojas de conveniências e outros, deverão possuir Sistema de Proteção por Hidrantes. 6 DISPOSIÇÕES GERAIS 6.1 Toda instalação de locais de abastecimento, seja posto revendedor varejista ou para uso privativo, deverão ter seus projetos técnicos de segurança contra incêndio e pânico aprovados no CBMES, independente de área construída. 6.2 Os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico, referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico são os seguintes: a) planta de situação das edificações, mostrando o posicionando dos tanques e das unidades de abastecimento, bem como as cotas dos seus afastamentos em relação às edificações, limites de propriedade, vias públicas e também entre si (tanque - tanque), conforme Figura 1 do Anexo A; b) indicação em planta baixa da capacidade volumétrica e dimensões de cada tanque, bem como do tipo de produto armazenado do tanque; c) planta esquemática do corte dos tanques, salientando suas dimensões e profundidade de assentamento conforme Figura 2 do Anexo A;

d) planta baixa e cortes das bacias de contenção, com indicação de capacidade volumétrica e das cotas das suas dimensões e afastamentos, bem como a altura do dique. e) detalhes em geral (canaletas de contenção); f) planta do sistema de combate a incêndio mostrando a localização, a capacidade extintora e o tipo de cada extintor, bem como das demais exigências previstas na legislação vigente. 6.3 Os locais de abastecimento de gás natural deverão seguir o que prescreve a ABNT NBR 12236, apresentando em seu projeto técnico as partes componentes do sistema, tais como: área de compressão, área de estocagem, unidades de abastecimento de gás e rede de tubulações com suas válvulas de segurança, informando ainda em projeto a capacidade de armazenamento.

6.2 O armazenamento de recipientes de GLP em postos revendedores varejistas somente será permitido quando em conformidade com a ABNT NBR 15514. 6.3 Os casos não abrangidos por esta Norma Técnica devem seguir as prescrições da ABNT NBR 17505.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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Inflamáveis, Parte 3 - Locais de Abastecimento de Combustíveis

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ANEXO A

Figura 1 - Posto revendedor varejista – afastamentos de segurança

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Inflamáveis, Parte 3 - Locais de Abastecimento de Combustíveis

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ANEXO A (continuação)

Figura 2 - Tanque subterrâneo para armazenagem de combustível – Corte

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Inflamáveis, Parte 3 - Locais de Abastecimento de Combustíveis

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ANEXO B

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

LOCAIS DE ABASTECIMENTO COM TANQUES SUBTERRÂNEOS

Os locais de abastecimento com tanques subterrâneos devem atender às seguintes condições:

1 - As instalações de locais de abastecimento de combustíveis deverão ser protegidas por Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA), conforme previsto na ABNT NBR 5419;

2 - A malha de aterramento do SPDA deverá ter afastamento mínimo de 3,0 m dos tanques;

3 - Nos locais de descarga de combustível deverá existir condutor terra apropriado, conforme a NR 10 do Ministério do Trabalho, para se descarregar a energia estática dos carros transportadores, antes e durante a descarga do combustível;

4 - Os tanques deverão dispor de tubulações de respiro projetadas pelo menos 3,5 metros acima do solo ou do piso acabado;

5 - Os tanques instalados em áreas sujeitas a inundações devem atender aos requisitos da ABNT NBR 17505 no que se refere à sua instalação;

6 - Os tanques deverão estar abaixo de quaisquer tubulações a que estejam ligados;

7 - Os tanques serão circundados por material inerte, tal como areia, ou solo inorgânico, com no mínimo 0,15 m de espessura;

8 - Os locais de abastecimento com tanques subterrâneos deverão apresentar piso impermeabilizado na área dos tanques e em toda a área de abastecimento;

9 - Os locais de abastecimento serão protegidos utilizando-se uma unidade extintora de capacidade extintora mínima de 20-B:C para cada unidade de abastecimento, sendo necessário ainda a colocação, na área de abastecimento, de um extintor sobrerrodas com capacidade extintora mínima de 80-B:C.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 18/2010 - Líquidos e Gases Combustíveis e

Inflamáveis, Parte 3 - Locais de Abastecimento de Combustíveis

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ANEXO B (continuação)

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

LOCAIS DE ABASTECIMENTO COM TANQUES DE SUPERFÍCIE

Os locais de abastecimento com tanques de superfície devem atender às seguintes condições:

1 - As instalações de locais de abastecimento de combustíveis deverão ser protegidas por Sistemas de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA), conforme previsto na ABNT NBR 5419;

2 - A malha de aterramento do SPDA deverá ter afastamento mínimo de 3,0 m dos tanques;

3 - Nos locais de descarga de combustível deverá existir condutor terra apropriado, conforme a NR 10 do Ministério do Trabalho, para se descarregar a energia estática dos carros transportadores, antes e durante a descarga do combustível;

4 - Os tanques deverão dispor de tubulações de respiro projetadas pelo menos 3,5 metros acima do solo ou do piso acabado;

5 - Os tanques instalados em áreas sujeitas a inundações devem atender aos requisitos da ABNT NBR 17505 no que se refere à sua instalação;

6 - Os tanques superfície devem possuir sistema de alívio de pressão interna excessiva, causada pela exposição ao fogo;

7 - Os costados dos tanques aéreos deverão ser sinalizados de forma a identificar o conteúdo, os riscos do produto (inflamabilidade) e informações de segurança sobre o produto. Exemplo: “Cuidado – Inflamável”, “Não Fumar”, “Não aproximar chama”;

8 - Os locais de abastecimento com tanques de superfície deverão apresentar piso impermeabilizado dentro e no entorno das bacias de contenção e em toda a área de abastecimento;

9 - Os locais de abastecimento serão protegidos utilizando-se uma unidade extintora de capacidade extintora mínima de 20-B:C para cada unidade de abastecimento, sendo necessário ainda a colocação, na área de abastecimento, de um extintor sobrerrodas com capacidade extintora mínima de 80-B:C.

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 19/2010

FOGOS DE ARTIFÍCIO

PARTE 1 - COMÉRCIO VAREJISTA

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 188 - R, DE 04 DE MARÇO DE 2010.

Aprova a Norma Técnica nº 19/2010, Parte 1 do Centro de Atividades Técnicas, que estabelece as condições necessárias de segurança contra incêndio e pânico em edificações e áreas de risco destinadas ao comércio de fogos de artifício no varejo em áreas urbanas.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 19/2010, Parte 1 do Centro de Atividades Técnicas, que estabelece as condições necessárias de segurança contra incêndio e pânico em edificações e áreas de risco destinadas ao comércio de fogos de artifício no varejo em áreas urbanas.

Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 12 de janeiro de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM Comandante Geral do CBMES

Publicada no Diário Oficial de 15 de março de 2010 Parte específica: Documentos Técnicos cancelados ou substituídos:

• NT 04 do CBMES publicada no Diário Oficial de 09 de novembro de1995.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 19/2010 - Fogos de Artifício

Parte 1 - Comércio Varejista

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1 OBJETIVO Esta norma técnica tem por objetivo estabelecer as condições necessárias de segurança contra incêndio e pânico em edificações destinadas ao comércio de fogos de artifício no varejo em áreas urbanas. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica se aplica às edificações e áreas de risco destinadas ao comércio de fogos de artifício no varejo em áreas urbanas, conforme Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo. 2.2 As ocupações destinadas à fabricação, depósitos e comércio de explosivos e de fogos de artifício no atacado, que por legislação são de responsabilidade do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército – SFPC, devem, portanto, seguir as orientações e exigências dessa Instituição. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS ABNT NBR 5410/1997 Instalações Elétricas de Baixa Tensão; ABNT NBR 5419/2001 Sistema de Proteção Contra Descargas Elétricas Atmosféricas; ABNT NBR 9077/1993 Saídas de Emergências em Edifícios; ABNT NBR 11584/1991 Embalagens de Produtos Perigosos – Classe 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 8; Decreto Estadual 2.423-R, de 15 de dezembro de 2009 – Regulamenta a Lei 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo (COSCIP); Decreto Federal nº 3.665, de 20 de novembro de 2000. Dá nova redação ao Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados (R 105); Estatuto do Desarmamento, Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009; Norma Regulamentadora - NR nº 19 – do Ministério do Trabalho, publicada no D.O.U. em 02 de Abril de 2007; Portaria nº 03 – D Log, do Exército Brasileiro, de 16 de julho de 2008; Portaria nº 08 – D Log, do Exército Brasileiro, de 29 de outubro de 2008; Portaria do Ministério dos Transportes n° 204, de 20 de maio de 1997. Aprova as Instruções Complementares aos Regulamentos dos Transportes Rodoviários e Ferroviários de Produtos Perigosos.

4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica são adotadas as definições constantes na NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico, além do seguinte: 4.1 Área de estocagem: local destinado ao acondicionamento de fogos de artifícios industrializados, adotando-se como parâmetro à carga de incêndio de 1520 MJ /m³, admitindo-se acréscimo de 25%, totalizando 1900 MJ/m³.

4.2 Carga a granel: produto que é transportado sem qualquer embalagem, contido apenas pelo equipamento de transporte, seja ele tanque, vaso, caçamba ou container.

4.3 Comércio de fogos de artifício no varejo: local destinado à venda de fogos de artifício de classes, respeitando o Código do Consumidor, Código Civil, Código Penal, Estatuto da Criança e do Adolescente e o Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados do Exército.

4.4 Edificação térrea: construção de um pavimento, podendo possuir mezaninos.

4.5 Embalagem: elemento ou conjunto de elementos destinados a envolver, conter ou proteger produtos durante sua movimentação, transporte, armazenamento, comercialização ou consumo.

4.6 Explosivos: substâncias capazes de rapidamente se transformarem em gases, produzindo calor intenso e pressões elevadas.

4.7 Fogos de artifício e estampido: artefatos pirotécnicos preparados para transmitir inflamação com a finalidade de produzir luz, ruído, fumaça ou outros efeitos visuais ou sonoros.

4.8 Manuseio de produtos controlados: trato com produto controlado com finalidade específica como por exemplo, sua utilização, manutenção, armazenamento e manipulação, em acordo com as condições legais exigidas.

4.9 Mezanino: pavimento que subdivide parcialmente um andar em dois andares. Não considerar pavimento os mezaninos e jiraus com área inferior a 50% da área do andar subdividido ou que possuam pé direito igual ou inferior a 2,40 m, desde que não possuam ocupação por pessoas.

4.10 Pessoa habilitada: pessoa dotada de conhecimento técnico e treinada para comercializar fogos de artifício, devidamente treinada por órgão ou instituição similar, que se tornará responsável pelo treinamento.

4.11 Produto controlado pelo Exército e/ou Polícia Civil: produto que, devido ao seu poder de destruição ou outra propriedade, deva ter seu uso restrito a pessoas físicas e jurídicas legalmente habilitadas, capacitadas técnica, moral e psicologicamente, de modo a garantir a segurança social e militar do país.

4.12 Rótulo: elemento que apresenta informações como, símbolos e/ou expressões emolduradas referentes à natureza, manuseio e identificação do produto.

4.13 Substância sujeita a combustão espontânea: substância sujeita a aquecimento espontâneo nas condições normais de pressão e temperatura, de

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transportes ou estocagem, que se aquecem em contato com ar, sendo, capazes de se incendiarem.

4.14 Uso permitido: a designação "de uso permitido" é dada aos produtos controlados pelo Exército, cuja utilização é permitida a pessoas físicas em geral, bem como a pessoas jurídicas, de acordo com a legislação normativa do Exército.

4.15 Uso restrito: a designação "de uso restrito" é dada aos produtos controlados pelo Exército que só podem ser utilizados pelas Forças Armadas ou, autorizadas pelo Exército, algumas Instituições de Segurança, pessoas jurídicas habilitadas e pessoas físicas habilitadas, de acordo com a legislação normativa do Exército. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Generalidades Para efeitos desta norma, considera-se: a) comércio de produtos de uso restrito: a venda a varejo e/ou atacado de fogos de artifício de uso restrito, conforme estabelecido pela legislação do Exército Brasileiro; b) comércio de produtos de uso permitido: a venda a varejo e/ou atacado de fogos de artifício em geral que não são definidos como de uso restrito pela legislação do Exército Brasileiro; c) fogos de artifício de Classe A, B, C e D: classificação oriunda da legislação do Exército, contida expressamente nas embalagens dos fogos de artifícios; d) atualmente de forma expressa, encontram-se nas embalagens, para os Fogos de Classes A e B, a designação “uso permitido” e para as Classes C e D a designação “uso permitido” ou “uso restrito”. 5.2 Características das edificações 5.2.1 Somente são permitidas instalações para venda de fogos de artifícios em edificações com as seguintes características: a) edificações de até 100 m²; e b) edificações térreas com paredes resistentes a 02 (duas) horas de fogo, conforme norma específica, podendo haver mezanino ou assemelhados. 5.2.1.1 Para edificações térreas com paredes justapostas a outra edificação, além do exigido no item anterior, a edificação adjacente deverá possuir entrada distinta da loja de fogos de artifícios. 5.2.2 A fachada da edificação deve estar voltada para a via pública, de modo a garantir acesso de viatura conforme norma específica. 5.2.3 O estabelecimento de venda de fogos de artifícios deve ser ventilado e seco, protegido contra elevações bruscas de temperatura e umidade que possam influir na degradação dos produtos.

5.2.4 O piso da edificação deve ser contínuo e sem interstícios, feito em material incombustível, impermeável, antideparrante e antifaíscante (acabamento liso para evitar centelhamento, por atrito ou choques). 5.2.5 A cobertura da edificação deve construída de material incombustível. 5.2.6 Toda instalação elétrica deve ser à prova de explosão, executada conforme a NBR 5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão, preferencialmente sendo embutida nas paredes e ou lajes. 5.2.6.1 As tomadas devem ser blindadas no local de estocagem dos fogos de artifício. 5.3 Distâncias em relação a edificações e áreas de risco 5.3.1 Possuir afastamento de no mínimo 100 metros das seguintes edificações e áreas de risco:

a) estabelecimento de ensino de qualquer espécie, em qualquer nível;

b) hospitais, maternidades, sanatórios, prontos-socorros, postos de saúde, casas de saúde, casas de repouso, creches e assemelhados;

c) cinemas, teatros, casas de espetáculos, estádios de futebol, praças de esportes públicos ou particulares, templos religiosos, galerias comerciais, mercados, supermercados, shopping center e similares, feiras de qualquer espécie, bem como qualquer outro local de concentração de público;

d) terminais rodoviários, ferroviários e marítimos;

e) repartições públicas;

f) locais temporários de concentração de público.

5.3.2 Possuir afastamento de no mínimo 200 metros das seguintes edificações e áreas de risco:

a) posto de serviços de combustível;

b) fábricas e depósitos de explosivos, inflamáveis e/ou combustíveis líquidos e/ou gasosos;

c) terminais de abastecimento de gás liquefeito de petróleo e similares.

5.4 Estocagem

5.4.1 Os fogos de artifício somente poderão ser expostos à venda devidamente acondicionados em suas embalagens originais e com rótulos explicativos em português de seu efeito e de seu manejo e, onde estejam discriminadas sua denominação usual, sua classificação e procedência. 5.4.2 Os fogos de artifício deverão estar dispostos de forma fracionada em prateleiras de madeira, arejada e afastadas do solo cerca de 0,3m, e afastadas do teto no mínimo 0,5m para assegurar boa circulação de ar.

5.4.3 As embalagens ou caixas dos fogos de artifícios devem ser dispostas entre si nas prateleiras com afastamento de forma que permita a colocação e a retiradas com segurança.

5.4.4 Fica proibida a estocagem e comercialização de fogos de artifício a granel, seja de qualquer natureza, e de

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qualquer tipo de embalagem (exemplos: sacos de papel, de ráfia, plástico e estopa).

5.4.5 Em uma loja, os fogos de artifício não podem ser comercializados juntamente com os seguintes produtos: líquidos inflamáveis, substâncias oxidantes, corrosivas e outras de riscos similares.

5.4.6 Fogos de artifício não podem ser estocados com pólvoras e outros explosivos, inclusive no balcão de venda.

5.4.7 Só pode ser armazenado e comercializado nas lojas os fogos de artifícios de uso permitido para a venda em varejo; os fogos de artifícios de uso restrito (para eventos pirotécnicos) só podem ser adquiridos diretamente das fabricas ou depósitos localizados nas áreas rurais, conforme legislação do Exército.

5.4.7.1 É vedada a estocagem e a comercialização de fogos de artifícios de uso restrito nas lojas objeto desta norma técnica, no entanto pode haver embalagens ou caixas vazias dos fogos de uso restrito para exposição aos profissionais de eventos pirotécnicos.

5.4.8 As prateleiras e os balcões de venda de fogos de artifício devem ser dotados de sinalização de advertência quanto à proibição de fumar ou provocar qualquer tipo de chama ou centelha, com os indicativos: “Perigo” e “É Proibido Fumar”.

5.4.9 Fica proibida a existência de qualquer fonte de calor na área da edificação térrea, incluindo no mezanino se houver.

5.5 Do Comércio de Armas e Munições

5.5.1 A venda de fogos de artifícios poderá ser conjugada a de Armas e Munições quando, além do disposto nesta Norma Técnica, forem apresentados os documentos constantes no item 5.6.1.2. 5.5.2 Deverá haver áreas de depósito de cartuchos (cofres). 5.5.3 Acondicionamentos em ambientes separados em relação aos fogos de artifício.

5.6 Documentação

5.6.1 Da ocasião da apresentação do Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico, deverão constar os documentos a seguir, além do constante de norma técnica específica:

5.6.1.1 Documentos referentes ao comércio de Fogos de Artifícios:

a) cópia do Alvará de Localização e Funcionamento emitido pela Prefeitura do Município, referente ao Plano Diretor Urbano daquele município para o comércio de fogos de artifício;

b) declaração emitida pela Polícia Civil / DAME – Delegacia de Armas, Munições e Explosivos, da ciência do proprietário da relação de documentos necessários a serem apresentados a DAME para o comércio de fogos de artifícios.

5.6.1.2 Documentos referentes à Armas e Munições:

a) cópia do Alvará de Localização e Funcionamento emitido pela Prefeitura do Município, referente ao Plano

Diretor Urbano daquele município para o comércio de armas e munições;

b) cópia do Certificado de Registro emitido pelo Exército Brasileiro designando as atividades desenvolvidas daquela edificação, juntamente com a cópia da relação dos produtos controlados, no tocante a armas e munições.

5.7 Das Medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico

As edificações de que trata esta Norma Técnica deverão dispor das seguintes medidas de proteção contra incêndio e pânico:

a) extintor de incêndio, de acordo com norma técnica especifica;

b) iluminação de emergência com luminárias à prova de explosão, de acordo com norma técnica específica;

c) indicativos de placas constando: “PERIGO” e “É PROIBIDO FUMAR”, nas prateleiras e nos balcões de venda;

d) saída de emergência de acordo com norma técnica específica;

e) a edificação deverá possuir sistema de proteção para descarga atmosférica e aterramento, independentemente de sua altura e dimensões.

6 DISPOSIÇÕES GERAIS 6.1 Nas lojas de comercialização de produtos pirotécnicos de uso permitido são expressamente vedadas as atividades de fabricação, testes, embalagem, montagem e desmontagem de fogos de artifício. 6.2 A Polícia Civil / DAME, por meio de seu próprio Alvará de Licença, irá delimitar nos estabelecimentos comerciais de fogos de artifício no varejo em áreas urbanas: a quantidade bruta máxima de produtos pirotécnicos de uso permitido (para venda / estoque nas prateleiras), o prazo de validade e o fim a que se destina. 6.3 Os estabelecimentos de comercialização de produtos de uso restrito (fabricas e grandes depósitos) devem estar localizados de modo a atender ao Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105), Decreto nº. 3.665/2000, não sendo objeto dessa norma. 6.3.1 A quantidade máxima de fogos de artifício no local de comercialização de produtos de uso restrito deve atender ao disposto no Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados do Exército Brasileiro (R-105), Decreto n.º. 3.665/2000, não sendo objeto dessa norma.

6.4 Por ocasião da emissão do ALCB, deverá estar expresso no campo observações os seguintes dizeres: Este Alvará apenas terá validade mediante a emissão do Alvará da Policia Civil / DAME.

6.5 É necessária a apresentação de Projeto Técnico, que, além do exigido na NT 01 - Procedimentos Administrativos, Parte 2 - Apresentação de Projeto Técnico, deve conter o seguinte:

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a) planta baixa e corte da disposição das prateleiras com os devidos afastamentos do piso e do teto, incluindo o balcão de vendas e circulação; b) planta de implantação, respeitando os afastamentos das edificações e áreas de risco descritas nessa norma técnica; c) croqui das edificações limítrofes (ocupação identificada) num raio de 100 m; d) detalhe em planta das espessuras das paredes, lajes de cobertura, telhados, pisos, dentre outros.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 19/2010

FOGOS DE ARTIFÍCIO

PARTE 2 - ESPETÁCULOS PIROTÉCNICOS

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - ÁREA DE SEGURANÇA

B - MEMORIAL DESCRITIVO PARA ESPETÁCULOS

PIROTÉCNICOS

C - TERMO DE COMPROMISSO

D - TERMO DE DECLARAÇÃO

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 189 - R, DE 04 DE MARÇO DE 2010.

Aprova a Norma Técnica nº 19/2010, Parte 2 do Centro de Atividades Técnicas, que prescreve as condições mínimas a serem observadas para a realização de espetáculos pirotécnicos na presença de público.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 19/2010, Parte 2 do Centro de Atividades Técnicas, que prescreve as

condições mínimas a serem observadas para a realização de espetáculos pirotécnicos na presença de público. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 12 de janeiro de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM

Comandante Geral do CBMES Publicada no Diário Oficial de 15 de março de 2010 Parte específica: Documentos Técnicos cancelados ou substituídos:

• NT 13 do CBMES publicada no Diário Oficial de 28 de dezembro de 2006.

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Parte 2 - Espetáculos Pirotécnicos

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1 OBJETIVO Fixar as prescrições mínimas que deverão ser observadas para a realização de Espetáculos Pirotécnicos na presença de público. 2 APLICAÇÃO 2.1 A presente Norma Técnica se aplica exclusivamente para espetáculos pirotécnicos realizados em ambientes abertos onde são utilizados fogos de artifício da categoria C e D, acima de 02 (dois) conjuntos de até 06 (seis) tubos de lançamento de até 3” (76,2 mm) ou duas girândolas, “minishow”, etc. com 120 (cento e vinte) tubos de até 1” (25,4 mm). 2.2 Esta Norma não se aplica aos fogos de artifício com venda livre ao público em geral. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS Na aplicação desta Norma Técnica, é necessário consultar: Decreto 2.423-R, de 15 de dezembro de 2009 – Regulamenta a Lei 9.269, de 21 de julho de 2009 e institui o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Espírito Santo (COSCIP); Decreto-lei 4.238, de 08 de abril de 1942, alterado pela Lei 6.429, de 05 de julho de 1977; Lei 9.269, de 21 de julho de 2009; R-105 – Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados, do Exército Brasileiro, aprovado pelo Decreto nº 3665, de 20 de novembro de 2000, da Presidência da República, publicado no DOU de 21 de novembro de 2000; REG/T 02 – Fogos de Artifício, Pirotécnicos, Artifícios Pirotécnicos e Artefatos Similares, do Exército Brasileiro; REG/T 03 – Espetáculos Pirotécnicos, do Exército Brasileiro. 4 DEFINIÇÕES 4.1 Fogos de Classe A, B, C e D: classificação oriunda da legislação do Exército, contida expressamente nas embalagens dos fogos de artifícios. 4.2 Espetáculo pirotécnico: evento onde se realiza a ignição de fogos de artifício das classes C ou D. 4.3 Fogos de solo: dispositivo cujo efeito é produzido no solo ou a poucos metros de altura, podendo ser fixado em pequenas estacas ou mastros. Normalmente não tem efeito explosivo. Exemplo: fontes, cascatas, giratórios ou bengalas. 4.4 Área de segurança: área de acesso restrito, delimitada pela distância de segurança destinada ao posicionamento seguro dos fogos de artifício, incluindo a área de queda e área de disparo. Deverá ser visualmente delimitada por cordões de isolamento, alambrados, “fitas

zebradas” ou similares, devidamente sinalizadas com placas de advertência, com os respectivos dizeres, em letras vermelhas sobre fundo branco: a) “ÁREA DE QUEIMA DE FOGOS. NÃO SE APROXIME. NÃO FUME”; b) “QUEIMA DE FOGOS. ÁREA DE SEGURANÇA. NÃO ULTRAPASSE”. Nota: as dimensões mínimas das letras serão de 20x30 cm com traço cheio variando de 03 a 04 cm de espessura. A quantidade de placas será determinada de modo a existir pelo menos uma em cada quadrante por onde possa ser possível aproximação de pessoas, cabendo adicionar mais uma unidade quando o comprimento linear de um quadrante exceder a 100 m. 4.5 Distância de segurança: distância medida a partir da extremidade do artifício pirotécnico, devendo ser utilizada como distância mínima para o início de posicionamento do público. Distância delimitadora da Área de Segurança. 4.6 Blaster pirotécnico: pessoa com habilitação oficial para assumir responsabilidades oriundas do planejamento e execução de espetáculos pirotécnicos (incluindo a montagem, queima e desmontagem dos fogos de artifício), devendo a mesma ser reconhecida sob registro de autoridade policial competente. 4.7 Fornecedor de serviço: empresa detentora de Título ou Certificado de Registro, segundo o R-105, habilitada à realização de espetáculos pirotécnicos. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Documentação O profissional ou empresa responsável pela manipulação dos fogos de artifício durante o espetáculo, deverá apresentar ao CBMES, no prazo mínimo de 10 (dez) dias úteis antecedentes ao evento, os seguintes documentos: a) Memorial Descritivo (Anexo B) para queima de fogos contendo:

1) nome do evento, local, data e hora; 2) dados da empresa promotora do evento (nome,

endereço, telefone, CNPJ, além do nome e telefone do representante da empresa no local do evento);

3) dados da empresa e/ou blaster encarregado do

espetáculo pirotécnico (nome, endereço, telefone, CNPJ e/ou CPF, número de registro no Exército Brasileiro e número da carteira de blaster pirotécnico);

4) classe e quantidade de fogos de artifício a serem

utilizados; 5) nome, CNPJ e número de registro no Exército

Brasileiro da indústria fabricante dos fogos de artifício que serão utilizados;

6) assinatura do responsável pelo espetáculo

pirotécnico.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 19/2010 - Fogos de Artifício

Parte 2 - Espetáculos Pirotécnicos

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b) planta baixa da área a ser utilizada no evento, contendo os seguintes itens:

1) assinatura do responsável pelo espetáculo pirotécnico;

2) detalhamento gráfico da disposição dos fogos

separando-os por tipos e diâmetro interno dos dispositivos;

3) distância de redes elétricas, vias públicas, estacionamentos de veículos, edificações, reservas ecológicas, instalações de líquidos e gases inflamáveis e ou produtos perigosos e quaisquer outras áreas que possam ser sensíveis à ação dos fogos de artifício;

4) distanciamento da área de segurança ao público

presente. c) requerimento através de formulário padrão solicitando vistoria do Corpo de Bombeiros Militar; d) comprovante de pagamento do DUA (Documento Único de Arrecadação) comprovando recolhimento de taxa de vistoria para o evento; e) cópia do registro atualizado de blaster junto à autoridade policial competente; f) alvará de funcionamento da empresa fornecedora dos fogos, emitido por autoridade policial competente; g) licença de Autoridade Marítima quando espetáculo for, em parte ou em seu todo, realizado sobre embarcações, plataformas, praias ou locais sujeitos à fiscalização pela Capitania dos Portos; h) licença de autoridade ambiental para a atividade, quando couber; i) declaração de responsabilidade civil e criminal, por parte do responsável pelo espetáculo pirotécnico, de que possui ciência da presente norma e que todos os itens de segurança serão cumpridos (Anexo C);

j) termo de declaração de recolher, após a apresentação e antes que o público tenha acesso à área de segurança, qualquer artefato pirotécnico, bomba falhada ou componente ativo, inclusive embalagens, a fim de evitar possíveis acidentes (Anexo D). 5.2 Condições específicas 5.2.1 Área de segurança 5.2.1.1 A Área de Segurança, no mar, rio, lago, lagoa ou em terra, deve apresentar a dimensão mínima estabelecida na Tabela 1 correspondente ao tubo de lançamento de maior calibre utilizado na apresentação. A Área de Segurança exigida para o maior calibre deve abranger as áreas de segurança exigidas para os calibres menores.

Tabela 1 - Área de Segurança

Calibre nominal do tubo de lançamento

Diâmetro externo mínimo

< 3” (76,2 mm) 85 m

3” (76,2 mm) 128 m

4” (101,6 mm) 171 m

5” (127,0 mm) 213 m

6” (152,4 mm) 256 m

7” (177,8 mm) 299 m

8” (203,2 mm) 341 m

5.2.1.2 A distância mínima de segurança exigida entre qualquer tubo de lançamento e a área reservada aos espectadores (em oposição à área de queda) consta na Tabela 2.

Tabela 2 - Área Reservada ao Público - Distância Mínima

Calibre nominal

do tubo de lançamento

Distância do tubo

de lançamento

na vertical

Distância do tubo de lançamento

inclinado

< 3” (76,2 mm) 43 m 29 m

3” (76,2 mm) 64 m 43 m

4” (101,6 mm) 85 m 58 m

5” (127,0 mm) 107 m 70 m

6” (152,4 mm) 128 m 85 m

7” (177,8 mm) 149 m 98 m

8” (203,2 mm) 171 m 113 m

5.2.1.3 A distância mínima de separação entre qualquer tubo de lançamento, na vertical ou inclinado, e locais com exigência de precauções especiais, ou seja, hospitais, estabelecimentos policiais ou correcionais, bem como postos de combustível, depósitos de materiais inflamáveis, explosivos ou tóxicos e outros, a critério do CBMES, está apresentada na Tabela 3.

Tabela 3 - Precauções Especiais - Distância Mínima

Calibre nominal do tubo

de lançamento

Distância de risco especial

< 3” (76,2 mm) 85 m 3” (76,2 mm) 128 m 4” (101,6 mm) 171 m 5” (127,0 mm) 213 m 6” (152,4 mm) 256 m 7” (177,8 mm) 299 m 8” (203,2 mm) 341 m

5.2.1.4 A área de disparo, contida na área de segurança, deve ser estabelecida de forma que a área de queda se situe em oposição à área prevista para os espectadores, locais com exigência de precauções especiais, estacionamento e outros, a critério do CBMES.

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Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo NT 19/2010 - Fogos de Artifício

Parte 2 - Espetáculos Pirotécnicos

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5.2.1.5 A área de queda, inclusa na área de segurança, deve estar livre de edificações, de material de fácil combustão, de veículos e de pessoas (inclusive dos integrantes da equipe). 5.2.1.6 O local de queima dos fogos de artifício de solo deve situar-se a, no mínimo, 25 m das áreas reservadas aos espectadores e ao estacionamento de veículos. No caso de fogos de artifício com diâmetro igual ou superior a 3” (76,2 mm), essa distância deve elevar-se para 40 m. No emprego de “velas romanas” e de fogos de ação múltipla, deve ser adotado o maior valor entre 40 m ou 22 m para cada 1” (25,4 mm) de diâmetro do tubo do maior calibre utilizado. 5.2.1.7 Para tubo de lançamento posicionado verticalmente, a localização da peça deve ser aproximadamente no centro da Área de Segurança, conforme Figura 1 do Anexo A. Para posição inclinada, o tubo de lançamento deve manter um afastamento do centro da Área de Segurança, no sentido da área prevista para os espectadores entre 1/6 e 1/3 do raio do círculo da Área de Segurança, conforme Figura 2 do Anexo A. 5.2.1.8 O ângulo de inclinação do tubo de lançamento deve ser estabelecido de modo que o ponto de queda da bomba falhada situe-se simetricamente em oposição ao tubo de lançamento, tendo o centro do círculo como centro de simetria. 5.2.2 Embarcações ou plataformas flutuantes 5.2.2.1 A embarcação ou plataforma flutuante deve dispor apenas da tripulação (no máximo 05 componentes) necessária à realização do evento. No caso de comando à distância, todos devem desembarcar. 5.2.2.2 Durante o acionamento elétrico e ou manual dos fogos de artifício, as embarcações ou plataformas flutuantes devem estar equipadas com meio de proteção/abrigo cuja forma construtiva deve apresentar: a) dimensões compatíveis com o efetivo embarcado durante a apresentação; b) teto e, no mínimo, três lados; c) teto e paredes construídos em madeira compensada de, no mínimo, 19 mm de espessura ou equivalente. 5.2.2.3 A separação entre os tubos de lançamento de calibre até 6” (152,4 mm) e o abrigo deve corresponder a 0,6 m para cada 1” (25,4 mm) de calibre; para calibres superiores, adotar 1,22 m para cada 1” (25,4 mm) de calibre. 5.2.2.4 Deve ser estabelecida, no mínimo, uma rota de fuga desobstruída. 5.2.2.5 O acionamento manual é permitido para bombas simples e com diâmetro máximo de 6” (152,4 mm). 5.2.2.6 No emprego de acionamento elétrico e manual, deve ser mantida uma separação de, no mínimo, 8 m entre os tubos de lançamento com acionamento manual e os acionados eletricamente.

5.2.2.7 A distância dos tubos de lançamento nas embarcações ou plataformas flutuantes em relação ao público e locais com exigência de precauções especiais deve atender ao estabelecido nas Tabelas 2 e 3 respectivamente . 5.2.2.8 Cada pessoa a bordo deve portar salva-vidas dotado de dispositivo de localização visual. 5.2.2.9 A área de segurança deve atender ao previsto na subseção 5.2.1. 5.2.3 Procedimentos na execução do evento 5.2.3.1 O responsável técnico, sob pena de responsabilidade penal, cível e/ou administrativa, deve interromper o espetáculo sempre que: a) for constatada a existência de qualquer condição perigosa, devendo qualquer acendimento ser interditado até que a condição seja corrigida; b) houver ocorrência de condições meteorológicas adversas (chuva ou ventos fortes, por exemplo) que possam oferecer risco significativo. A apresentação deve ser adiada até a ocorrência de condições favoráveis; c) for necessária a entrada na área de disparos de equipe de combate a fogo ou de pessoal para atendimento a outras emergências. 5.2.3.2 A primeira bomba disparada deve ter sua trajetória observada, objetivando a comprovar que o funcionamento, os destroços incandescentes e os eventuais impactos de bombas falhadas incidam sobre a área de queda. A qualquer tempo em que seja constatado a infringência a essa condição, os disparos devem ser interrompidos e os tubos de lançamento devem ter revista a inclinação ou serem reposicionados. 5.2.3.3 Na ocorrência de nega, o tubo de lançamento deve ser marcado para indicar a interdição da recarga ou utilização. O fabricante ou fornecedor do material deve fornecer as instruções a serem seguidas no caso de ser necessária a neutralização ou destruição da bomba. 5.2.3.4 Após a apresentação e antes que o público tenha acesso, a equipe deve efetuar uma inspeção na área de segurança, com a finalidade de localizar e recolher qualquer artefato pirotécnico, bomba falhada ou componente ativo, inclusive embalagens, a fim de evitar possíveis acidentes. 5.2.3.5 A critério do CBMES, durante a realização da vistoria, poderá ser solicitado teste para verificação da área de queda. 6 DISPOSIÇÕES GERAIS 6.1 Em um mesmo suporte só podem ser montados tubos de lançamento de um mesmo calibre e nas quantidades de, no máximo, quinze tubos de lançamento de 3” (76,2 mm); doze tubos de lançamento de 4” (101,6 mm) e dez tubos de lançamento de 5” (127,0 mm) a 6” (152,4 mm). Acima desse calibre, só podem ser montados individualmente ou enterrados diretamente no solo.

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6.2 Os tubos de lançamento enterrados diretamente no solo devem se posicionar a uma profundidade entre 2/3 e 3/4 do comprimento do tubo. 6.3 Quando os tubos de lançamento estiverem aterrados acima do solo devem estar fixados entre 2/3 e 3/4 do comprimento do tubo. 6.4 Os fogos de artifício devem estar, em qualquer situação, firmemente estacados, de modo a impedir a sua movimentação ou tombamento. 6.5 Quer para os enterrados diretamente no solo, quer para os aterrados acima do solo, os tubos de lançamento devem estar separados entre si, no mínimo, por distância igual ao diâmetro dos mesmos. 6.6 Os fogos de artifício devem atender as prescrições estabelecidas no REG/T 02, do Exército Brasileiro. 6.7 Para a utilização de dispositivos com diâmetro interno acima de 8” (203,2 mm), deverá ser feita uma análise de risco por parte do responsável pelo evento, a qual deverá ser submetida a avaliação e aprovação do CBMES e Exército Brasileiro. 6.8 A queima de fogos de artifício em locais fechados, por meio dos fogos frios ou fogos indoor, fica proibida em razão dos acidentes (queimaduras e incêndios) que podem ocorrer, tendo em vista a proximidade de pessoas e de carga incêndio.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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ANEXO A

Área de Segurança

Figura 1 - Local da apresentação para tubo de lançamento na vertical

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ANEXO A (continuação)

Figura 2 - Local da apresentação para tubo de lançamento inclinado

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ANEXO B

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

MEMORIAL DESCRITIVO PARA ESPETÁCULOS PIROTÉCNICOS

1. Evento Nome: Data: / / Hora: Local: 2. Empresa promotora de evento Nome: CNPJ: Endereço: Tel: 3. Representante da empresa no local do evento Nome: RG: Tel: 4. Responsável pela execução do espetáculo pirotécnico Nome: CPF: Endereço: Tel: Blaster pirotécnico carteira nº: Validade: / / 5. Material utilizado (relacionar a quantidade de girândolas e tiros, número e tamanho de morteiros e outros)

6. Empresa fabricante dos fogos Nome: Nº de registro no exército: CNPJ:

Documentos a apresentar: a) planta baixa da área a ser utilizada no evento; b) cópia do registro atualizado de blaster junto à autoridade policial competente; c) alvará de funcionamento da empresa fornecedora dos fogos, emitido por autoridade policial competente; d) licença de Autoridade Marítima quando espetáculo for, em parte ou em seu todo, realizado sobre embarcações, plataformas, praias ou locais sujeitos à fiscalização pela Capitania dos Portos; e) licença de autoridade ambiental para a atividade, quando couber; f) declaração de responsabilidade civil e criminal, por parte do responsável pelo espetáculo pirotécnico, de que possui ciência da presente norma e que todos os itens de segurança serão cumpridos; g) termo de declaração de recolher, após a apresentação e antes que o público tenha acesso à área de segurança, qualquer artefato pirotécnico, bomba falhada ou componente ativo, inclusive embalagens, a fim de evitar possíveis acidentes.

Assinatura do blaster pirotécnico

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ANEXO C

TERMO DE COMPROMISSO

A EMPRESA OU BLASTER COMPROMETE-SE EM OBSERVAR TODAS AS NORMAS DE SEGURANÇA E RESPONSABILIZA-SE POR QUALQUER DANO QUE VIER A CAUSAR A TERCEIROS EM DECORRÊNCIA DA MÁ EXECUÇÃO DO ESPETÁCULO PIROTÉCNICO E/OU QUALIDADE DO PRODUTO UTILIZADO.

_______________________,_________de____________________de_________

Responsável pelo espetáculo pirotécnico / blaster pirotécnico

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ANEXO D

TERMO DE DECLARAÇÃO

A EMPRESA OU BLASTER DECLARA QUE, APÓS A APRESENTAÇÃO E ANTES QUE O PÚBLICO TENHA ACESSO À ÁREA DE SEGURANÇA, SERÁ REALIZADA UMA INSPEÇÃO NA ÁREA DE QUEDA E NA PRÓPRIA ÁREA ONDE OS FOGOS DE ARTIFÍCIO FORAM POSICIONADOS, COM A FINALIDADE DE LOCALIZAR E RECOLHER QUALQUER ARTEFATO PIROTÉCNICO, BOMBA FALHADA OU COMPONENTE ATIVO, INCLUSIVE EMBALAGENS, A FIM DE EVITAR POSSÍVEIS ACIDENTES.

_______________________,_________de____________________de_________

Responsável pelo espetáculo pirotécnico / blaster pirotécnico

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GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ATIVIDADES TÉCNICAS

NORMA TÉCNICA 20/2010

SISTEMAS DE PROTEÇÃO POR CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

SUMÁRIO

1 OBJETIVO

2 APLICAÇÃO

3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS

4 DEFINIÇÕES

5 PROCEDIMENTOS

6 DISPOSIÇÕES GERAIS

ANEXOS

A - PASSOS BÁSICOS PARA CÁLCULOS HIDRÁULICOS

DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

B - SINALIZAÇÃO DO REGISTRO DE RECALQUE DO

SISTEMA DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

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PREFÁCIO

Parte Geral:

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

PORTARIA N.º 191 - R, DE 09 DE MARÇO DE 2010.

Aprova a Norma Técnica nº 20/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina o sistema de proteção por chuveiros automáticos.

O CORONEL BM COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no inciso XII do art. 2º do Regulamento do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo, aprovado pelo Decreto n.º 689-R, de 11.05.01, c/c o art. 2º da Lei nº 9.269, de 21 de julho de 2009 e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 2423-R, de 15 de dezembro de 2009,

RESOLVE:

Art. 1º Aprovar a Norma Técnica nº 20/2010 do Centro de Atividades Técnicas, que disciplina o sistema de

proteção por chuveiros automáticos. Art. 2º Esta Portaria entrará em vigor na data da publicação.

Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.

Vitória, 09 de março de 2010.

FRONZIO CALHEIRA MOTA – CEL BM Comandante Geral do CBMES

Publicada no Diário Oficial de 17 de março de 2010

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1 OBJETIVO Esta Norma Técnica visa a adequar o texto da norma NBR 10.897 – Proteção Contra Incêndio por Chuveiro Automático da ABNT - para aplicação na análise e vistoria de processos submetidos ao Corpo de Bombeiros, atendendo ao previsto no Decreto nº 2423-R. 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica se aplica a todas as edificações onde é exigida a instalação de chuveiros automáticos, de acordo com as Tabelas do Anexo A da NT 02 - Exigências da Medidas de Segurança Contra Incêndio e Pânico nas Edificações e Áreas de Risco. 2.2 Adotam-se a NBR 10.897 – Proteção Contra Incêndio por Chuveiro Automático e NBR 13.792 – Proteção Contra Incêndio, por Sistema de Chuveiros Automáticos, para áreas de armazenamento em geral - Procedimento, com as adequações constantes no item 5 desta Norma Técnica. 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS Para compreensão desta Norma Técnica é necessário consultar a seguinte bibliografia: NFPA 13 -– “Standard for the Installation of Sprinkler Systems - 1999 Edition”. 4 DEFINIÇÕES Para os efeitos desta Norma Técnica, aplicam-se as definições constantes da NT 03 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio e Pânico. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Os sistemas de proteção por chuveiros automáticos serão elaborados de acordo com critérios estabelecidos em normas técnicas brasileiras, sendo aceita a norma NFPA – 13 da National Fire Protection Association - se o assunto não for por elas contemplado. 5.2 A classificação do risco, área de operação, tabelas e demais parâmetros técnicos deverão seguir os critérios contidos nas normas técnicas. 5.3 Para fins de apresentação junto ao Corpo de Bombeiros, deve ser elaborada uma proposta com a simbologia adotada pelo CBMES, devendo ser apresentado o projeto preliminar, de acordo com as normas técnicas, contendo o esquema isométrico da área de operação e caminhamento da tubulação até o abastecimento de água.

5.3.1 Na apresentação do Projeto Técnico, a representação do referido sistema deverá ser feita em planta separada das demais medidas de segurança, porém em ordem numérica seqüencial do processo.

5.3.2 O projeto executivo do sistema de chuveiros automáticos não necessita ser encaminhado para análise

junto ao Corpo de Bombeiros, mas deve estar à disposição na edificação para suprir possíveis dúvidas do agente fiscalizador. 5.4 Nas edificações, onde houver exigência da instalação do sistema de chuveiros automáticos, deve-se atender a toda área de edificação, podendo, a critério do projetista, deixar de abranger a casa do zelador, quando localizada na cobertura. 5.4.1 Nas edificações existentes, onde não exista exigência do sistema de chuveiros automáticos ou quando este for proposto como solução técnica alternativa, pode ser utilizada a instalação parcial, atendendo-se às demais exigências previstas nas normas técnicas oficiais. 5.5 A critério do projetista, a instalação de chuveiros automáticos em casa de máquinas, subestações, casa de bombas de incêndio e sala de gerador, pode ser substituída pela instalação de detectores, ligados ao sistema de alarme do prédio ou ao alarme do sistema de chuveiros. 5.6 A substituição do item acima fica limitada a compartimentos com área máxima de 200 m². 5.7 Nos casos de edificações com ocupação mista, a reserva de incêndio deve ser calculada em função da vazão de risco mais grave e do tempo de funcionamento do risco predominante. 5.8 O dimensionamento do sistema pode ser feito por tabelas e cálculo hidráulico ou cálculo total, de acordo com a norma adotada. 5.9 Nos casos em que hidrantes e mangotinhos são instalados em conjunto com o sistema de chuveiros automáticos, devem ser garantidas as vazões e pressões mínimas exigidas, sendo somadas as reservas efetivas de água para o combate a incêndios, e que atendam aos requisitos técnicos previstos nas normas técnicas oficiais. 5.9.1 As tubulações para hidrantes e mangotinhos devem ser conectadas às tubulações principais, antes das válvulas de governo e alarme, de forma que estejam em condições de operar quando o sistema de chuveiros estiver em manutenção. 5.10 Nas edificações elevadas, constituídas de múltiplos pavimentos, serão aceitos os limites máximos previstos na NBR 10897 para cada válvula de governo e alarme, sendo que após a instalação de pelo menos uma para cada limite de área atendida, os demais pavimentos podem conter apenas as chaves de fluxo secundárias, ficando sob o controle da respectiva válvula de governo e alarme. 5.11 Quando não houver necessidade da instalação de mais do que uma válvula de governo e sendo a reserva efetiva, situada acima do pavimento mais elevado, a instalação desta válvula de governo pode ser dispensada, substituindo-se por válvula de retenção instalada na expedição da bomba e chave de fluxo para acionamento do alarme, de modo que atenda as funções da válvula de governo e alarme. 5.12 O gongo hidráulico, normalmente presente nas válvulas de governo e alarme, pode ser substituído pelo alarme elétrico, interligando a mesma ao sistema de

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alarme principal da edificação, de forma a avisar quando passar água no sistema a partir do funcionamento de um único chuveiro. 5.12.1 O circuito do alarme de que trata este item deverá ser supervisionado. 5.13 O registro de recalque para chuveiros automáticos deve conter sinalização e indicação claras, de forma a ser diferenciado do recalque do sistema de hidrantes, de acordo com o Anexo B desta NT. 5.14 Não são aceitas placas de orifício para balanceamento do sistema de chuveiros automáticos. 5.15 Quando for necessária a redução de pressão, em sistemas conjugados ou não, deverão ser utilizadas válvulas redutoras de pressão, aprovadas para o uso em instalações de proteção contra incêndios. 6 DISPOSIÇÕES GERAIS Os parâmetros básicos de segurança contra incêndio e pânico, referentes a esta Norma Técnica, que devem constar no Projeto Técnico são os seguintes: a) localização das bombas do sistema com indicação da pressão, vazão e potência; b) a área de aplicação dos chuveiros hachurada para os respectivos riscos; c) os tipos de chuveiros especificados; d) localização dos cabeçotes de testes; e) área de cobertura e localização das válvulas de governo e alarme (VGA) e dos comandos secundários (CS); f) localização do painel de alarme; g) locais onde foram substituídos os chuveiros por detectores de incêndio; h) deve constar o esquema isométrico somente da tubulação envolvida no cálculo; i) toda a tubulação abrangida pelo cálculo deve ter seu diâmetro e comprimento cotado no esquema isométrico; j) devem ser apresentadas todas as tubulações de distribuição com respectivos diâmetros; k) devem ser indicados os pontos de chuveiros automáticos em toda a edificação e áreas de risco; l) localização do registro de recalque; m) quando o sistema de abastecimento de água for através de fonte natural (lago, lagoa, açude, etc.), indicar a sua localização; n) indicar o dispositivo responsável pelo acionamento do sistema no barrilete, bem como a localização do acionador manual alternativo da bomba de incêndio em local de supervisão predial com permanência humana constante;

o) indicar a capacidade e localização do reservatório de incêndio; p) juntar o memorial de cálculo do sistema de chuveiros automáticos.

Alexandre dos Santos Cerqueira – Ten Cel BM Chefe do Centro de Atividades Técnicas

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ANEXO A

Passos básicos para cálculos hidráulicos de chuveiros automáticos

A técnica de projeto hidráulico pode ser resumida em 15 passos básicos. Esses passos podem ser usados como um guia para o projeto do sistema ou como um check list para a análise do projeto. Os 15 passos são os seguintes: Passo 1: Identificar a ocupação ou o risco a ser protegido; Passo 2: Determinar o tamanho da área de aplicação dos chuveiros automáticos; Passo 3: Determinar a densidade de projeto exigida; Passo 4: Estabelecer o número de chuveiros contidos na área de cálculo; Passo 5: Determinar o formato da área de cálculo; Passo 6: Calcular a vazão mínima exigida para o primeiro chuveiro; Passo 7: Calcular a pressão mínima exigida para o primeiro chuveiro; Passo 8: Calcular a perda de carga entre o primeiro e o segundo chuveiro; Passo 9: Calcular a vazão do segundo chuveiro; Passo 10: Repetir os passos 9 e 10 para os chuveiros seguintes até que todos os chuveiros do ramal estejam calculados; Passo 11: Se a área de cálculo se estender até o outro lado do subgeral, os passos 6 até 10 são repetidos para o lado oposto. Os ramais que cruzam deverão ser balanceados com a mais alta pressão de demanda; Passo 12: Calcular o fator K para a primeira subida, com fatores adicionais calculados para as linhas desiguais; Passo 13: Repetir os passos 8 e 9 para as subidas (ao invés de chuveiros) até que todas as subidas da área de cálculo tenham sido calculadas; Passo 14: Computar a perda de carga no ponto de abastecimento com as compensações devido a desníveis geométricos, válvulas e acessórios e diferença de materiais da tubulação enterrada; Passo 15: Comparar a vazão calculada com o suprimento de água disponível.

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ANEXO B

Sinalização do registro de recalque do sistema de chuveiros automáticos

I – Registro de recalque enterrado e de parede