gestações conscienciais; coletânea de artigos gpc-grinvex; vol.1; n.1

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GESTAÇÕES CONSCIENCIAIS Coletânea de Artigos Grinvex - Rio Artefatos do Saber Motivação Holopensene da Invéxis Holografia Multimídia Tema Livre

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Page 1: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

GESTAÇÕES CONSCIENCIAIS

C o l e t â n e a d e Ar t igos G r i n v e x - Rio

Artefatos do Saber • Motivação Holopensene da Invéxis • Holografia

Multimídia • Tema Livre

Page 2: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

GESTAÇÕES CONSCIENCIAIS

Coletânea de Artigos Grinvex - Rio

Rio de Janeiro, RJ - Brasil

Dezembro, 1994.

ORGANIZADORES

Débora Machade

Laêmo Loche

Rodrigo Felismino

Tânia Ferraro

INSTITUTO INTERNACIONAL DE PROJECIOLOGIA

Page 3: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Ia Edição - 1994 - Tiragem = 500 exemplares.

Nota: Os direitos autorais desta edição foram graciosamente cedidos pelos autores, integrantes do Grinvex-Rio, ao Instituto Internacional de Projeciologia.

Impressão: Gráfica Portinho Cavalcanti

Digitação e Editoração Eletrônica: Grinvex-Rio

Ficha catalográfica preparada pelo Centro de Informação e Documentação do IIP - Instituto Internacional de Projeciologia

G393 GESTAÇÕES conscienciais: coletânea de artigos GPC-Grinvex. 1a edição-Rio de Janeiro: Instituto Internacional de Projeciologia, 1994 / . v . l ; n . l ; 5 il.

28 cm.

1. Conscienciologia. 2. Projeciologia. I. Instituto Internacional de Projeciologia.

CDD: 133 1/94 CDU: 133

IIP - Instituto Internacional de Projeciologia R. Santo Amaro, 4/3° andar - Glória - Rio de Janeiro - RJ - Brasil - CEP 22221-230

Fone /Fax (021)221.8954 Caixa Postal 70.000 - CEP 22422-970

Reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação,

fotocópia ou outros), sem permição expressa da Editora.

Page 4: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Introdução

Carta de Apresentação

Grinvex é um grupo de pesquisa formado por inversores existenciais que visam otimizar sua evolução

através da técnica da Invéxis.

Sediado no Instituto Internacional de Projeciologia, sem o qual este o Grinvex não existiria, temos como

um dos principais objetivos levar o esclarecimento às consciências através de artigos e trabalhos realizados

pelos seus integrantes.

Inicialmente o grupo chamava-se GPC, sendo o primeiro Grupo de Pesquisa da Consciência do IIP. Mais

tarde, outras categorias de GPC foram criadas, surgindo então a necessidade de uma denominação que

explicitasse mais a proposta do grupo.

Este documento objetiva dar continuidade à tarefa do esclarecimento realizada pelo GPC-Grinvex. Como

é um projeto piloto, nesta primeira coletânea temos apenas trabalhos do GPC-Grinvex-Rio, mas esperamos

que as próximas edições tenham trabalhos de todos os Grinvexes do Brasil.

Com isso pretendemos a propagação e o fortalecimento do Holopensene da Inversão Existencial

alcançando os possíveis inversores, bem como fornecer mais subsídios àqueles que já praticam a Invéxis

e cooperar com projetos dos demais Grinvexes, como por exemplo: O Jornal da Invéxis (GPC-Grinvex-

SP) e Preceitos Básicos de Redação Científica (GPC-Grinvex-MG), estimulando novas iniciativas.

Esta coletânea engloba todos os artigos produzidos até hoje pelo GPC-Grinvex-Rio e que foram para o

painel de exposições, divididos nos seguintes temas: Artefatos do Saber, Holografia, Motivação,

Holopensene da Invéxis e Multimídia. A parte de Tema Livre está direcionada aos trabalhos realizados

por inversores que foram apresentados em Simpósios, Palestras e trabalhos pessoais que passaram pela

apreciação do Grinvex.

Suas críticas cosmoéticas serão muito bem vindas.

Atenciosamente,

GPC-Grinvex.

Qlótta Zhlago

DAD - Diretoria Administrativ!

Gestações Consáenáais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 5: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Carta de Apresentação

Grinvex é um grupo de pesquisa formado por inversores existenciais que visam otimizar sua evolução

através da técnica da Invéxis.

Sediado no Instituto Internacional de Projeciologia, sem o qual este o Grinvex não existiria, temos como

um dos principais objetivos levar o esclarecimento às consciências através de artigos e trabalhos realizados

pelos seus integrantes.

Inicialmente o grupo chamava-se GPC, sendo o primeiro Grupo de Pesquisa da Consciência do IIP. Mais

tarde, outras categorias de GPC foram criadas, surgindo então a necessidade de uma denominação que

explicitasse mais a proposta do grupo.

Este documento objetiva dar continuidade à tarefa do esclarecimento realizada pelo GPC-Grinvex. Como

é um projeto piloto, nesta primeira coletânea temos apenas trabalhos do GPC-Grin vex-Rio, mas esperamos

que as próximas edições tenham trabalhos de todos os Grinvexes do Brasil.

Com isso pretendemos a propagação e o fortalecimento do Holopensene da Inversão Existencial

alcançando os possíveis inversores, bem como fornecer mais subsídios àqueles que já praticam a Invéxis

e cooperar com projetos dos demais Grinvexes, como por exemplo: O Jornal da Invéxis (GPC-Grinvex-

SP) e Preceitos Básicos de Redação Científica (GPC-Grinvex-MG), estimulando novas iniciativas.

Esta coletânea engloba todos os artigos produzidos até hoje pelo GPC-Grinvex-Rio e que foram para o

painel de exposições, divididos nos seguintes temas: Artefatos do Saber, Holografia, Motivação,

Holopensene da Invéxis e Multimídia. A parte de Tema Livre está direcionada aos trabalhos realizados

por inversores que foram apresentados em Simpósios, Palestras e trabalhos pessoais que passaram pela

apreciação do Grinvex.

Suas críticas cosmoéticas serão muito bem vindas.

Atenciosamente,

GPC-Grinvex.

Qlótla Zhlago

DAD - Diretoria Administrattoi

âCemtto tonei

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 6: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Introdução

EQUIPE GRINVEX Debora Machado

rinvex é um grupo ou uma equipe?

Grupos são formados por algumas pessoas trabalhando

no mesmo local somando um número. Equipe é formada

por amigos trabalhando juntos, somando conquistas.

Como nossos objetivos, a princípio é demonstrar rapidez

num trabalho em conjunto, desenvolver agilidade mental e

capacidade de raciocínio rápidos e estudos sobre a consciência,

o termo equipe é mais viável já que se trata de um grupo em equipe

ajudando-se mutuamente com objetivos comuns visando a

evolução conjunta. E isso é muito importante porque não só

conquistamos pontos em comum como também ajudamos uns

aos outros a conquistá-los pessoalmente.

Um exemplo: se um de nós recupera um "Con" (unidade hi­

potética de medida do nível de lucidez) e passa adiante a expe­

riência, o grupo pode conquistar outros "Cons" ou então nenhum,

mas vai ter o estímulo de tentar recuperá-los.

É nesta cooperação que a equipe funciona no trabalho e

principalmente nos estudos, onde leva o esclarecimento a muitas

consciências (Tares: tarefa do esclarecimento), através de seus

artigos e do seu próprio convívio.

Para haveçpssa coesão nem tudo sãoflores. Existe a discor­

dância, "os vários pontos de vista", as opiniões divergentes. E é

aí que entra a democracia e o questionamento existente no grupo,

onde somos guiados pela opinião da maioria sempre levando em

consideração e questionando a opinião da minoria, e contando

com sua colaboração para o complemento da atividade. Não é

porque um integrante da equipe, que funciona como minipeça no

maximecanismo, não colabora, que o maximecanismo vai parar;

outros poderão desempenhar o seu papel, mas o ideal é que todos

participem.

A harmonia entre os integrantes é essencial, como também

a sinceridade. Esta ajuda muito e é um passo marcante para

desembaraçar dúvidas, "cotovelomas", mágoas, ressentimentos,

tudo que causa um entrave na harmonia da equipe. Não podemos

ter competição e sim cooperação, as responsabilidades do grupo

não são apenas de um integrante e sim de todo o grupo, mesmo

que seja realizada por apenas um deles. É por isso que o interesse

e a cooperação nos leva a evolução enquanto a competição só vai

gerar mesquinharias e desagregação do grupo.

Sabermos conviver e produzir em grupo (em equipe), é tão

importante que, se observarmos bem, não conseguimos viver sem

ele. Fazemos parte de uma infinidade de grupos que vão da

intimidade com nossos amparadores à policarmalidade/

multidimensionalidade, passando pelo Grinvex, que se soubermos

tirar bom proveito, poderá ser o mais importante para a nossa

evolução conjunta.

Com base em tudo isso, podemos afirmar que o Grinvex é

uma equipe, funcionando na multidimensionalidade.

Bibliografia

FERRY, Gilles; A Prática do Trabalho em Grupo: 256 p.; 8

caps.; Porto Alegre, RS; Brasil; editora Globo; 1974.

FRITZEN, Silvino José; Exercícios Práticos de Dinânica de

Grupo; 14 a ed.; 2° vol.; editora Vozes Ltda; 1990.

PICHON-RIVIÈRE, Enrique; O Processo Grupai; 182 p.; São

Paulo. SP; Brasil; 1983; Livraria Martins Fontes Editora Ltda.

ROGERS, Carl R.; Grupos de Encontro; 166 p.; 10 caps.; São

Paulo, SP; Brasil; 1970; Livraria Martins Fontes Editora Ltda.

VIEIRA, Waldo; Miniglossário da Conscienciologia; 58 p.;

Rio de Janeiro. RJ; Brasil; 1992; Instituto Internacional de

Projeciologia.

VIEIRA, Waldo; Projeciologia: Panorama das Experiências

da Consciência Fora do Corpo Humano; 900 p.; XVII caps.;

Rio de Janeiro, RJ; Brasil; 1986; Instituto Internacional de

Projeciologia.

VIEIRA, Waldo; 700 Experimentos da Conscienciologia; 1060

p.; XL caps.; Rio de Janeiro. RJ; Brasil; 1994; Instituto

Internacional de Projeciologia; 1994. •

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano J • N° I • Dezembro/94

Page 7: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Introdução

Sumário

Artefatos do Saber

i

Eletrencefalógrafo 2 Alexander Steiner - Tânia Ferraro

Informática: Um Artefato do Saber 2 André Rodrigues

Artefatos do Saber 3 Carla Vicente

Livro: Eternizador da História 4 Carla Vicente

Linguagem e Comunicação 4 Cristiane Ferraro

A Biblioteca 5 Graça Razera

Informação: Uma Fonte de Poder 6 Laênio Loche

Comunicação 6 Ricardo Ferraro

Paralelo entre Holografia e Projeciologia 9 Fábio Ferrari

Projeciologia: A Memória e a Holografia 10 Graça Razera

Os Pesquisadores e suas Pesquisas 11

Holografia Leonel Tractenberg - Tânia Ferraro 8 Crítica ao Modelo Holográfico 12

Leonel Tractenberg - Wilson Vianna

O Paradigma Mecanicista e o Modelo Holográfico 13 Leonel Tractenberg - Wilson Vianna

Histórico 15 Tânia Ferraro

A Automotivação e a Invéxis 18 Carla Vicente

Carta ao Leitor 18 Cristiane Ferraro (colaboração Tânia Ferraro)

Motivação, Autoconhecimento e a Evolução da Consciência 20 Fábio Ferrari

A Projeciologia e a Motivação Consciencial 21 Graça Razera

A Motivação é o Combustível da Evolução Consciencial 23 Laênio Loche - Mariane Correia

Automotivação 24

Motivação Laênio Loche - Mariane Correia 17 Automotivação: Sobre a Necessidade de Mais Estudos 25

Leonel Tractenberg

Motivação, Fisiologia e Comportamento 26 Marcelo Costa

Motivação 27 Nilton Spinelli

Automotivação e Paradigma Consciencial 28 Régis Tractenberg

Exigências Motivacionais da Invéxis .. . .29 Valdomiro Alves

Motivação para o Universalismo 30 Wilson Vianna

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 111

Page 8: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

WM Introdução

Holopensene da Invéxis como Mecanismo Evolutivo 33 Fábio Ferrari

O Holopensene da Invéxis e a Socin Patológica 34 Fernanda Esteves

Holopensene da Invéxis: Conjunto de Outros Holopensenes 34 Laênio Loche

Holopensene Sobre a Interação Consciência-Holopensene: Os Conceitos de Afinidade, da Invéxis Intrusão e Imersão Holopensênicas e sua Aplicação na Invéxis 36

22 Leonel Tractenberg

Holopensene da Invéxis: Entrada e Manutenção 38

Marcelo Costa

Valores Multiexistenciais e o Holopensene da Invéxis 39

Ricardo Ferraro A Conexão Assistencial Extrafísica no Holopensene da Invéxis 41

Rosiméri de Souza

Sincronicidade e Multimídia 44 Carlo Raiher

Multimídia e Higiene Mental 45 Cláudio Nogueira

Multimídia Conscienciologia e Multimídia 46 ^ Fábio Ferrari

O Córtex Cerebral e a Multimídia 48 Rosiméri de Souza

Memória e Multimídia 49

Sônia Regina

Notas Sobre o Domínio Holossomático 51 Cláudio Nogueira

Tema Livre Evolução Consciencial 52 5Q Débora Machado

Consideração Positiva de Vida em Inversores e Não Inversores 54 Leonel Tractenberg

Glossário Glossário 60 59

Grinvex no Brasil Grinvex no Brasil 62 62

IV Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 9: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

ARTEFATOS DO SABER

Rio de Janeiro, abril de 1992.

Leitor:

Com o estudo da Conscienciologia e da Projeciologia tornou-se .necessário a obtenção de novas

informações, ampliando os conhecimentos em diversas áreas do pensamento humano e, assim,

acompanhar os avanços dessas ciências.

Pensando nisso, o GRUPO DE PESQUISAS CONSCIENCIAIS do IIP - GPC * - expõe o tema de abril:

Artefatos do Saber. Este é o primeiro de muitos trabalhos que serão expostos daqui para frente, a fim

de que todos possamos crescer juntos neste novo ramo do saber: a Conscienciologia.

Especificações:

• Artefato: do latim "arte factu"; feito com arte.

• Arte: do latim "arte"; capacidade de dominar a matéria.

• Saber: do latim "sapere"; ter conhecimento, ciência, informação.

• ARTEFATOS DO SABER*

- Sentido restrito - Como recurso do saber na dimensão física, é o instrumento ou objeto criado

pelo homem de forma manufaturada ou industrializada que promove o saber. Ex.: alfabeto, livros,

materiais escolares, jogos educativos, utensílios de laboratórios, etc.

- Sentido Amplo - É o recurso do saber abrangente em todas as dimensões possíveis. Portanto,

trata-se de qualquer sistema ou conjunto de instrumentos, intrafísicos e extrafísicos, que promovam

o saber evolutivo das consciências. Ex.: Universidades, Bibliotecas, Centros de Tecnologia, Psicologia

Humana, Veículos de Manifestação da Consciência, Leis da Evolução dos Planetas, Intermissões,

Ciclo de Renascimentos Intrafísicos, etc.

Em última análise, os Artefatos do Saber servem como canais de comunicação entre o

mentalsoma mais evoluído para mentalsoma menos evoluído, pois toda criação tem origem no plano

das idéias, plano mental. A partir daí, a criação segue em direção a outros mentaissomas. Deste modo,

um laço se estabelece entre as inteligências: o laço da responsabilidade da informação do aprendizado

adquirido. Onde revela-se no nível de organização e disciplina da consciência perante a entropia

natural do planeta.

Porém, organizar-se nesta dimensão não é tarefa das mais fáceis.

As consciências maduras afirmam que, sem 99% de transpiração, o "sapere" não se desenvolve.

E acrescentam que o Artefato do Saber é apenas uma das muletas para o conhecimento real. O restante

- emocionalidade, cosmoética, autenticidade, etc. - depende do ESFORÇO CONSCIENCIAL da

individualidade, atribuição esta que exige paciência, motivação, perseverança e maturidade. Alicerçada

na prioridade máxima fixada em um objetivo maior de vida: a Evolução.

Como se não bastasse, outras consciências mais sábias, num tom de serenidade alertam dizendo: "-

não sofram, nem se lastimem. Se a Evolução fosse fácil, não a valorizaríamos..."

Leitor, depois destas informações, desejamos que você aprenda algo de útil à sua trajetória

evolutiva, aqui, neste Artefato do Saber: o PAINEL DE REFLEXÃO.

Atenciosamente,

GPC

* Este painel foi apresentado quando o grupo ainda se denominava GPC.

Page 10: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Artefatos do Saber

ELETRENCEFALÓGRAFO Alexander Steiner

Tânia Ferraro

Eletrencefalógrafo. Aparelho que registra a atividade

elétrica do cérebro, proveniente das transmissões de

informações que passam de neurônio a neurônio através

das sinapses. Ao resultado desta medição chamamos de EEG

(eletrencefalograma).

A interpretação do EEG baseia-se na freqüência, na ampli­

tude, na forma e na distribuição das ondas cerebrais, que na sua

maioria são irregulares e não apresentam nenhum padrão geral.

Entretanto, em outras ocasiões aparecem padrões característicos

como: as ondas beta (14 - 30 Hz), alfa ( 8 - 1 3 Hz), teta (4 - 7 Hz)

e delta (0,3 - 3,5 Hz), que acontecem com todas as pessoas, e

outras, mostrando anormalidades como a epilepsia.

As ondas beta aparecem durante a ativação do sistema

nervoso central, vigília, e durante climas de tensão. As ondas alfa

são encontradas em quase todas as pessoas adultas em estado de

tranqüilidade, de repouso. Durante o sono as ondas alfa

desaparecem, sendo substituídas pelas ondas beta quando a

atenção da pessoa é dirigida para algo.

As ondas teta ocorrem em crianças despertas e durante o

stress emocional em alguns adultos (desapontamentos, frus­

trações). As ondas delta ocorrem no sono profundo, no início da

infância e em patologias cerebrais orgânicas.

O uso de EEG durante o sono divide-o em dois tipos básicos

o sono REM, paradoxal ou dessincronizado e o não REM ou de

ondas lentas.

No sono REM 1 , o EEG apresenta as seguintes características:

alto nível de atividade cerebral, freqüência cardíaca, respiração

e alguns movimentos musculares irregulares, tônus muscular

deprimido, e a ocorrência de sonhos. O EEG apresenta padrão

dessincronizado de ondas beta, semelhante ao que ocorre na

' REM- do inglês "rapideye movements "— movimento rápido dos olhos - fase do sono em que obsei"va-se movimentos oculares e onde pesquisas a partir de 1953 mostraram ser a parte do sono mais favorável para o aparecimento de sonhos.

vigília. Por isso é chamado de dessincronizado, também é

chamado de sono paradoxal por ser um paradoxo como a pessoa

ainda possa dormir apesar da acentuada atividade cerebral.

O sono não REM é o de maior duração, profundo, restaurador,

e está associado à redução do tônus vascular, da freqüência

respiratória e do metabolismo basal. Embora o sono de ondas

lentas seja chamado de sono sem sonhos, isto não é verdade pois

neste período temos diversos sonhos e pesadelos. O que ocorre

nesta fase é que não existe o processo de consolidação de sonhos

na memória.

Clínica. Um dos mais importantes usos clínicos é no

diagnóstico dos diferentes tipos de epilepsia e o foco que causa

essa epilepsia, bem como a localização de tumores cerebrais e

alguns distúrbios psicopáticos, outra utilização e crescente é para

tirar dúvidas quanto a morte cerebral, através da linha 0, quando

não existe nenhuma oscilação de EEG.

Vigília. Hoje a profundidade do sono e da vigília são

avaliados geralmente com o auxílio do EEG. Sobre a região

occipital do cérebro (área destinada a visão) as ondas do EEG,

com os olhos fechados, são sensivelmente mais acentuadas que

sobre a região frontal e parietal. É detectado o desaparecimento

abrupto de ondas alfa após a abertura dos olhos, dando lugar as

ondas beta, e o reaparecimento de ondas alfa após o fechar dos

olhos que demonstra a presença de ondas beta na vigília.

Várias descobertas importantes para o conhecimento do

corpo biológico têm sido realizadas com o uso do EEG. Ele é um

importante medidor fisiológico, imprescindível para o

desenvolvimento de uma pesquisa séria que pretenda trazer

novos dados ao estudo da saída da consciência fora do corpo.

Bibliografia

GUYTON; " Tratado De Fisiologia Médica"; 6a ed.;

LABERGE, Stephen; " Sonhos Lúcidos"; Eà. Siciliano; 1985.

INFORMÁTICA: UM ARTEFATO DO SABER André Rodrigues

Ainformática pode ser entendida como artefato do saber,

isto porque ela é uma ciência criada pelo homem para

agilizar a organização de informações. Paramaiorproveito

em estudos em geral.

Esta ciência para chegar onde está, sofreu grandes

processos de mudanças de seus sistemas. Na pré-história

o homem não sabia escrever, ler ou contar. Devido ao

aumento das civil izações, através de estudos tentou-se

sempre desenvo lve r t écn i cas m e l h o r e s . O p r ime i ro

instrumento utilizado para auxiliar os cálculos foi o Ábaco,

usado pelos chineses há 2.000 mil anos. O pr imeiro

computador foi construído no final da década de 40, se

chamava ENI AC, e possuía 18.000 válvulas. Com o avanço

tecnológico o homem desenvolve melhor sua inteligência.

2 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° 1 • Dezembro/94

Page 11: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Artefatos do Saber

Um exemplo de cooperação deste avanço é a introdução da

informática nas áreas pedagógicas, trazendo muitos benefícios.

Como já podemos ver, a questão principal, é formar uma

metodologia de ensino visando esclarecer as noções básicas, suas

utilidades e.avanços. Pois estes métodos penetram cada vez mais

nos setores da atividade humana. Nas escolas, os computadores

auxiliam os alunos a aprender, dando-os mais motivação. Outro

ponto muito importante é a influência que a informática traz para

o autodidatismo. Nos países de primeiro mundo as crianças estão

passando a estudar em casa através de programas de computador

que ensinam, ajudam nos deveres e tiram dúvidas de assuntos

diversos.

Em um futuro próximo, pequenos dispositivos que imitam

vida inteligente, os neurônios de silício, que na verdade são chips

de computador capazes de entender ordens verbais ,

reconhecimento de manuscritos ou de rostos das pessoas e em

seguida tomar decisões mais rapidamente do que faz atualmente

um super computador, serão amplamente usados. Outro talento

básico que estes neurônios possuem- é a capacidade de separar

estímulos que recebem, levando em conta apenas os que são

importantes para uma determinada tarefa. É a lei do progresso.

É a Evolução.

Bibliografia

DE BARROS, J. C. Dalledone; Informática e Educação; Ed.

Scipione;

ULLMO, Jean; PAGES, J.C.; A Revolução da Informática;

Ed. Paz e Terra; 1970;

REVISTA Ciência Hoje; Vol. 13; N° 77; outubro/ novembro,

1991;

REVISTA Exame Informática; fevereiro, 1992; Ed. Abril; p.

60, 61;

APOSTILA Curso Ltda.; Introdução à Informática; p. 4-7;

1992. •

ARTEFATOS DO SABER Carla Vicente

T oda área do conhecimento humano, conta com seus

artefatos, ou seja, objetos desenvolvidos para obter e

aperfeiçoar os avanços nestes campos.

Assim, artefatos do saber são todas as criações que visam

facilitar, ampliar, aperfeiçoar ou agilizar o processo do

conhecimento científico e cultural-popular da humanidade.

Dentro da concepção semântica, o vocábulo artefato ou

artefacto, designa a ação humana no ato de fabricar ou construir

com arte e/ou criatividade; já o saber se refere ao conhecimento,

a ciência, a informação, a notícia, instrução e erudição.

Algumas áreas do saber, não têm como artefato a tecnologia

mecânica de objetos concretos, mas sim as sutilezas dos atributos

da consciência como artefatos pioneiros do saber universal. Neste

sentido podemos utilizar a expressão "artefatos do saber" de

forma mais ampla: a arte do saber, onde vão estar presentes os

aspectos fundamentais da inteligência humana.

Os artefatos do saber podem ser classificados como:

primários, quando se referem aos objetos mais gerais, utilizados

por todas as áreas do saber, como por exemplo: jornal, livro, TV;

educacionais quando se relacionam ao processo de ensino-

aprendizagem (material didático, recursos audio-visuais e outros);

tecnológicos, referentes à tecnologia científica(ex.: microscópio,

microcomputadores); específicos, próprios de cada área do

conhecimento (ex.: aparelhos de observação metereológica,

astrológica); e históricos, reportando-se à inventosjá obsoletos (ex.:

o ábaco, a pena utilizada para escrever); e na concepção mais ampla,

os artefatos conscienciais, relativos aos atributos e aspectos da

consciência humana (ex.: a memória, a percepção e outros).

Compreender como funcionam os artefatos do saber para

utilizá-los mais adequadamente na proéxis pessoal, pode ser um

bom método de aprimorar os mecanismos evolutivos conscienciais.

Bibliografia

ENCICLOPÉDIA Século XX; Vol. 5; 3 o ed.; Rio de Janeiro; Ed.

José Olympio; 1977;

DICIONÁRIO Prático Ilustrado; Vol. 1; Ia ed; Ed. Lelo E

Imços; Porto; 1964;

FERREIRA, Aurélio Buarque De Holanda; Novo Dicionário

da Língua Portuguesa; 15 a ed.; Rio de Janeiro; Ed. Nova

Fronteira; 1986. •

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 3

Page 12: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Artefatos do Saber

LIVRO: ETERNIZADOR DA HISTÓRIA Carla Vicente

L ivro é um conjunto de páginas de papel, retangulares,

protegidas por uma capa de material durável e resistente.

Na antigüidade porém, assírios, babilônios, caldeus,

fenícios, egípcios, gregos, hebreus, romanos, astecas, entre

outros, registraram em pedra, tijolo, madeira, tábuas,

pergaminhos, rolos de papiro, seus grandes feitos, suas artes,

crenças e costumes. Na índia, as escrituras foram feitas em

"follium" de palmeira, o que deu origem as folhas para designar

páginas. Os egípcios introduziram o "papyrus", utilizando fibra

de bíblos, planta muito cultivada às margens do Nilo; os papiros

depois de escritos eram enrolados formando cilindros, que os

romanos chamavam de "volumen" que deu origem a volume,

para designar livro; os "quarterniones", couro de animal seco,

esticado e lixado em pedra pome, deram origem aos cadernos e

assim do ponto de vista funcional, o livro foi se transformando

no mais potente transmissor cultural de todas as épocas, motivo

pelo qual foi tão temido e muitas vezes destruído por tantos

incautos, haja visto, os quatros grandes incêndios que a história

humana registra, onde foram assolados grandes acervos culturais,

com intuito de extinguir qualquer comunicação gráfica, veículo

utilitário do saber. Verificamos então que o processo de apri­

moramento deste artefato desde a antigüidade até os nossos dias,

está vinculado a própria evolução da humanidade e aos interesses

político-sociais desta. Por isso o papel descoberto pelos chineses

desde o século XI, só passou a ser fabricado mecanicamente no

princípio do século XIX, o mesmo se dando com o processo de

impressão, que só veio à luz para a civilização ocidental no

século XV e a partir daí avanços diários se deram até chegarmos

nos modernos métodos que essa área utiliza, que faz, hoje, do

livro não só um complexo gráfico, mas um dos maiores

catalisadores do aperfeiçoamento da consciência.

Bibliografia

ENCICLOPÉDIA Barsa; Vol. 8; 6a ed.; Rio de Janeiro; Ed.

Encyclopédia Britannica; 1969;

ENCICLOPÉDIA Século XX; Vol. 5; 3 a ed.; Rio de Janeiro; Ed.

José Olympio; 1977;

BANDEIRA, Pedro; O mistério da fábrica de livros; 6a ed.; São

Paulo; Ed. Gráfico Editora Hamburg; 1974;

LIMA, Lauro de Oliveira; A importância da comunicação no

mundo de hoje; Ia ed.; Rio de Janeiro; Ed. José Olympio; 1974;

Anexo: filme: O nome da rosa. m

LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO Cristiane Ferraro

A comunicação possui vários sentidos: ato ou efeito de

emitir, transmitir e receber mensagens por meio de

métodos e/ou processos convencionados, queratravés da

linguagem falada ou escrita, ou de outros sinais, signos ou

símbolos, quer de aparelhamento técnico especializado, sonoro

e/ou visual; capacidade de trocar ou discutir idéias, de dialogar

e de conversar, com vista ao bom entendimento entre as pessoas;

e, exposição oral ou escrita sobre determinado assunto.

Já a linguagem pode ser descrita como: o uso da palavra

articulada ou escrita como meio de expressão e de comunicação

entre pessoas; tudo quanto serve para expressar idéias,

sentimentos, modos de comportamentos, e que exclui seu uso: a

- . agem musical, a não verbal; e, essa também é todo o sistema

de signos que serve de meio de comunicação entre indivíduos e

pode ser percebido pelos diversos órgãos do sentido, o que leva

a distinguir-se uma linguagem visual, auditiva, olfativa, entre

outras.

A comunicação se expressa pela linguagem verbal - que nem

sempre é comunicativa - e pela não verbal (silêncio, olhar,

gestos). O que se visa neste processo é um máximo de informações,

juntamente a um máximo de fidelidade. Elas são fiéis quando

produzem os efeitos previstos pelo emissor, coincidindo, ainda,

emissor e receptor no concernente ao conteúdo da mensagem.

Pela transmissão desta surgem duas questões no que diz respeito

à expressão do sentido com maior clareza: o vocabulário (o uso

da melhor palavra) e, a gramática (disposição destas palavras).

Há cinco habilidades de comunicação: a escrita, a falada, de

leitura, de ausculta, e de raciocínio. Ainda há outras, como: a

pintura, o desenho e o gesto. Essas habilidades e a facilidade de

manejar o código de linguagem afetam nossos pensamentos e até

nossa capacidade de codificá-los.

Provavelmente a linguagem humana se desenvolveu porque

serviu a uma função. A linguagem está a serviço de duas

principais: 1) um sistema de respostas através do qual os indivíduos

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 13: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

H Artefatos do Saber

se comunicam (comunicação interindividual); 2) um sistema de

respostas que facilita o pensamento e a ação do indivíduo

(comunicação intraindividual).

A comunicação aumenta a possibilidade de semelhança

entre as pessoas, porque intensifica as trocas e, também, de

colaborarem para a consecução de um objetivo.

O pensamento auxiliado pela linguagem é chamado

raciocínio. Esta capacidade de raciocinar depende em grande

parte da formulação de passos numa seqüência de inferência, em

termos de linguagem.

O pensamento corrente apóia-se em nosso repositório

dinâmico de ações passadas, a memória. Dinâmico, pois a cada

instante reconstruímos uma representação interna de nossa

exposição do mundo. Ao mesmo tempo, o pensamento vindouro

resulta de uma restruturação da experiência, passando a fazer

parte do registro mnemónico cumulativo.

Eis algumas questões para você pensar: Você consegue

comunicar exatamente o que você pensa? E a sua memória, ela

atua como agente positivo no processo do raciocínio, ou ela anda

falhando? Você procura aumentar o seu vocabulário e

compreender bem a gramática para ser melhor entendido?

Comunicar é transmitir pensenes.

O que é relevante é a sinceridade da comunicação e não, se

é agradável ou desagradável. Para isso o que você comunica tem

que ser aquilo o que você pensa, com a energia, o sentimento e

a intenção compatíveis com a informação que se pretende passar.

Daí advém a importância da linguagem; ela verbaliza ou

simplesmente, serve de meio para comunicar seus pensenes!

Bibliografia

BERLO, D. K.; O Processo da Comunicação Humana; Rio de

Janeiro; Ed. Nova Fronteira; 1986;

CARROLL, J. B.; Psicologia da Linguagem; Rio de Janeiro;

Ed. Zahar; 1972;

FERREIRA , Aurélio Buarque de Holanda; Novo Dicionário da

Língua Portuguesa; Rio de Janeiro; Ed. Nova Fronteira; 1986;

GREENE, J.; Pensamento e Linguagem; Rio de Janeiro; Ed.

Zahar; 1976;

PENNA, A. G.; Comunicação e Linguagem; Rio de Janeiro; Ed.

Eldorado; 1976. .

A BIBLIOTECA Graça Razera

Oconjunto de artefatos do saber mais intelectualizante

que existe até os tempos atuais, a Biblioteca, foi na

antigüidade um grande foco de conflitos sociais.

Segundo a História, as primeiras bibliotecas surgiram na

Caldeia e no Egito. As maiores vieram depois: Atenas, em

Alexandria com 700 mil volumes, e a de Pérgamo, com 200 mil

pergaminhos.

Neste período antigo até a Idade Média, muitos volumes

foram queimados em praças públicas. Salvaram-se as bibliotecas

que permaneceram escondidas em locais como catacumbas.

Devido a essas tragédias históricas, algumas culturas ficaram

desconhecidas, pois todos os registros com inúmeros livros

desapareceram nas fogueiras. Dentre os principais motivos

desencadeadores deste tipo de atitude, destacam-se as ideologias

bélicas e/ou religiosas, guiadas pela sonegação de informações,

ou seja, ao povo eram negados os recursos do saber. Recursos

estes acessíveis e reservados apenas aos nobres e sacerdotes.

Em contraste com esta época, o mundo moderno teve

progressos sócio-culturais significativos. O abertismo cons-

ciencial se instalou no pensamento da Humanidade e, como

prova, surgiram as primeiras bibliotecas públicas. Esse

movimento começou nos Estados Unidos da América em 1731.

Hoje as bibliotecas dividem-se em nacionais, públicas,

universitárias, escolares, infantis, especializadas e, mais recentes,

as móveis que oferecem serviços a domicílio.

No Brasil, a maior delas é a Biblioteca Nacional, no Rio de

Janeiro, onde é a pioneira da América do Sul, estando entre as

20 maiores do mundo , com 8.000.000 de vo lumes

aproximadamente.

Antigamente a Biblioteca, como patrimônio cultural

aplicada à preservação e evolução do pensamento humano, teve

como adversária as fogueiras. Na atualidade tem como símbolo

da anticultura, a mídia eletrônica, que na sua maioria, mais

deforma do que informa às pessoas. Contudo a população tem

maiores recursos para avaliar o mais sensato para todos. E tudo

indica que a Biblioteca é o melhor meio para este despertamento

coletivo, maduro e consciencial.

Bibliografia

FERRAZ; Wanda; A Biblioteca; São Paulo; Livraria; Freitas

Barros S/A; 1957;

UNESCO, Jornal O Cc.reio; Rio de Janeiro; Abril de 1985.

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 5

Page 14: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

•I Artefatos do Saber

INFORMAÇÃO: UMA FONTE DE PODER Laênio Loche

H oje em dia, mais do que nunca, vemos a grande necessidade

de nos informarmos sobre tudo o que ocorre a nossa volta.

A informação é um objeto do poder. Sempre foi e sempre

será. Quem tem mais conhecimento, manipula quem tem menos,

quando não há cosmoética. Isso é verificado através da História,

e, hoje, pelo controle dos meios de comunicação exercido sobre

grande parte das pessoas, especialmente a televisão. Essas pessoas

fazem parte da massa impensante, em que grande parte de suas

ações é guiada por outros. Elas recebem uma grande carga de

informações, mas não param para refletir, e muitas vezes se

arrependem de atos que cometeram inconscientemente. Fica

claro, então, que, além de se obter informações, deve-se, também,

ponderar sobre elas. Isso deve ser priorizado, procurando-se

saber mais do que é útil, como melhorar a memória, o seu

relacionamento com as pessoas, atualidades científicas, e tc , e

não daquilo sem necessidade.

É muito bom também obter essas informações de diversas

fontes, pois isso permite ter uma visão de vários ângulos,

impedindo de se vincular a apenas uma opinião.

Um dos meios pelo qual podemos obter informações é o

artefato do saber, que consiste em todo objeto que nos permite

adquirir conhecimentos, como a Informática, livros, jornais, e

inclusive o presente trabalho.

Fazendo-se uma metáfora, deve-se lembrar que você também

é um artefato do saber.

Um professor, quando ensina, está passando conhecimentos

a seus alunos. Você muitas vezes não passa conhecimentos a

alguém e aprende coisas novas com outras pessoas?

Pare agora para pensar no que você leu neste texto. Às

seguintes perguntas lhe auxiliarão:

• Você gasta a maior parte do seu tempo, vendo desenhos

animados, novelas, e outras coisas, em vez de assistir a

documentários, reportagens?

• Você se preocupa em: ler somente coisas, como ro­

mances, em vez de saber sobre os últimos avanços

científicos?

• Você compra um produto qualquer, só porque o viu em um

comercial?

• Você adquire informações apenas de uma fonte, limitando

sua visão sobre os fatos?

• Você sabe a hora, o lugar e a quem passar determinadas

informações, respeitando o seu nível evolutivo?

• Você impõe a sua opiniãcTàs pessoas, em vez de apenas

informá-las?

Analise agora o valor das informações que tem adquirido e

passado até este momento. •

COMUNICAÇÃO Ricardo Ferraro

seguir temos seis instrumentos da telecomunicação

atual que esclarecem alguns atributos da comunicação

consciencial:

1. Satélites: A visão do cosmos nos cobra lucidez quanto a

esta realidade. Alimente suas idéias com princípios continentais

e vontade solar, seus sentimentos com o sensoriamento da

biosfera e ausculta estelar, suas energias através da convivência

harmônica entre camadas troposféricas e ionosféricas. Observe

seu universo.

2. Antenas parabólicas: trazem para dentro do nosso núcleo

visceral domiciliar outros universos de experiências. Sensações

e sentimentos. Símbolos e pontos de vista: idéias novas. Fique

em contato.

3. Rádio: A música sustenta o clima de comunicação. A

entoação de sua voz mostra a sinfonia ou a dislalia de seus

sentimentos, o ritmo transparece seu psiquismo, a harmonia sua

maturidade. Eduque-se. Saiba como, onde e quando ouvir,

quando, onde e como falar. Se coloque na posição de seu

interlocutor quando ouvinte, experimente ser o receptor enquanto

fala.

4. Telex, telefone, televisão: Imagens e expressões chaves

desencadeiam reações. Quem adota um lado não tem como

conhecer o outro se estiver desligado. Vistorie e use toda a

irradiação de sua comunicabilidade.

5. Discos óticos: Milhões de unidades de informação

podem ser armazenadas. Dedique sua atenção e energia por

inteiro enquanto dialoga. Não adianta receber informações se

não consegue recuperá-las depois.

6. Aparelhagem audiovisual: Recursos didáticos para

ensinar. Aprender a usar o máximo de nossos recursos de ensino

6 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 15: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Artefatos do Saber

conscienciais. Tente um novo paradigma. Recupere os cons.

MULTID1MENSIONALIDADE. Todos vivemos isola­

mentos de segundos, meses, ou vidas. Usamos mecanismos de

defesa a antipoluições conscienciais. Mesmo o escafandro

explorador de águas abissais se comunica com a superfície.

Lembre-se: a consciência não pára também de se comunicar.

AUTOCONHECIMENTO. Escreva em um pedaço de papel

oito artefatos de nossa tecnologia humana disponíveis para seu

uso. Como eles, não é provável que tenhamos elaborado artefatos

conscienciais catalisadores de nossa evolução, durante o ciclo de

vivências intrafísicas?

Bibliografia

DAVIDOFF, Linda; Introdução A Psicologia; São Paulo;

McGrall-Hill; 1983; p. 294-337;

SIAMAR; A Questão Dos Paradigmas; Ntsc; s.d.; (vídeo de 38

minutos);

VIEIRA, Waldo; Projeciologia: Panorama das Experiências

da Consciência Fora do Corpo Humano; Rio de Janeiro; Ed.

do Autor; 1986; p. 529;

XAVIER, Francisco Cândido; Renúncia; Rio de Janeiro;

Federação Espírita Brasileira; Cl944; p. 27-28. •

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 7

Page 16: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

LOGRAFIA

Rio de Janeiro, setembro de 1992.

Leitor:

E comum encontrar nas revistas e periódicos de ciência algo sobre Holografia. Até mesmo no IIP este assunto é comentado.

Devido à importância dada ao tema, decidimos abrir uma exposição no "Painel Ensaios de Ciência", comparando assuntos básicos entre a Holografia e a Projeciologia.

Esperamos ter atingido esta meta. Que você tenha um boa leitura!

Page 17: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holografia

PARALELO ENTRE HOLOGRAFIA E PROJECIOLOGIA Fábio Ferrari

A holografia é feita da seguinte maneira: um feixe de raio

laser é lançado em direção a um prisma que o divide em

dois: o feixe de referência e o feixe objeto. Este último vai

em direção a um objeto, que, por sua vez, o reflete para a chapa

holográfica, onde encontra o feixe de referência- que não passou

pelo objeto. Ali são gravadas informações sobre o padrão de

interferência, distribuição, e intensidade da luz. Esse procedimento

irá permitir a reprodução das três dimensões do objeto -

comprimento, largura e altura - quando a chapa for revelada.

Sem dúvida, o que chama mais atenção na holografia é que

em cada ponto da chapa está contida a informação de toda chapa.

Com base nesta realidade, alguns cientistas propuseram, entre

inúmeras outras, uma teoria na qual o cérebro seria parte de um

imenso holograma (universo multidimensional) e, assim, faria

interpretações deste universo: a realidade não estaria limitada

apenas ao que os sentidos físicos são capazes de perceber-o que

explicaria muitos dos fenômenos estudados na Parapsicologia, e

considerados, até então, paranormais. No entanto observa-se

claramente a questão da consciência, ou do ser pensante que está

por trás desse cérebro sendo colocada novamente de lado, e o

pesquisador mais autocrítico não poderia deixar de questionar:

"Quem ou o que faz a interpretação?".

Para a Projeciologia e a Conscienciologia a consciência é o

agente controlador do cérebro e é, portanto, "quem" interpreta;

sua manifestação parece não estar restrita apenas à dimensão

física conhecida, mas a muitas outras, onde se manifesta através

de corpos, ou veículos (camadas de energia), diferentes do soma.

São eles:

01 . Mentalsoma. Também conhecido por corpo mental, é

considerado o veículo mais evoluído, sendo a expressão máxima

da consciência.

02. Psicossoma. Conhecido popularmente por corpo as­

tral, é o veículo das emoções, que porta o mentalsoma.

03. Holochacra. Conhecido por corpo etérico, pode ser

definido como um campo bioenergético que liga o psicossoma ao

corpo humano.

04. Soma. E o corpo humano.

Ao que tudo indica, a consciência pode se manifestar em

diversas condições: a intrafisica, que ocorre quando esses veículos

ocupam o mesmo espaço-tempo físico; a projetada, quando há o

afastamento temporário entre o psicossoma e o corpo humano; e

a extrafisica, quando ocorre o desligamento definitivo do corpo

humano e holochacra da consciência (que passa a atuar apenas

de mentalsoma e psicossoma isolados).

O objetivo que segue é fazer algumas comparações entre a

Holografia e a Projeciologia com base na seguinte analogia:

objeto / psicossoma; raio laser / holochacra; e chapa holográfica

/ soma.

Na Holografia, o raio laser é utilizado tanto para fazer o

holograma como para reproduzi-lo, levando informações

tridimensionais do objeto para a chapa holográfica, onde são

registradas;

Na Projeciologia, o holochacra leva informações multidimen-

sionais da consciência (de mentalsoma e psicossoma) para o

cérebro (corpo físico) onde são temporariamente registradas;

Na Holografia, o raio laser permite a reprodução da imagem

tridimensional do holograma- que se projeta no espaço, para fora

da chapa;

Na Projeciologia, o cordão de prata (parte do holochacra),

ou mais propriamente a sua distensão, permite a projeção de um

veículo quadridimensional da consciência, o psicossoma;

Na Holografia há a formação de círculos concêntricos na

chapa holográfica pela interferência de ondas de luz (laser);

Na Projeciologia, há hipótese na qual as impressões digitais

(genética) formadas no corpo biológico são trazidas do psicossoma

(paragenética) pelo holochacra;

Na Holografia, cada parte contém a informação de todo

holograma;

Na Projeciologia, cada veículo consciencial é uma parte da

manifestação de um todo (a consciência);

Na Holografia, a imagem tridimensional gerada pelo filme

holográfico nos ilude: pensamos que o objeto está, realmente,

diante de nós;

Na Projeciologia, a condição de restringimento da cons­

ciência gerado pelo cérebro (corpo físico) nos ilude: pensamos ser

esta - a dimensão física - nossa realidade máxima.

Bibliografia

LUNAZZI, José Joaquim; A Luz Congelada; Ciência Hoje; Rio

de Janeiro; Vol. 3; N° 16; Janeiro/Fevereiro; 1985; p. 36-46;

TALBOT, Michael; O Universo Holográfico;

VIEIRA, Waldo; Projeciologia: Panorama das Experiências

da Consciência Fora do Corpo Humano;

VIEIRA, Waldo; Projeções da Consciência;

WILBER, Ken; Organizador; O Paradigma Holográfico e

Outros Paradoxos; São Paulo, SP; Editora Cultrix; 1991. •

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 9

Page 18: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

WÊ Holografia

PROJECIOLOGIA: A MEMÓRIA E A HOLOGRAFIA Graça Razera

A Holografia, após a invenção do laser, vem colocando

novas questões no meio científico. Entre elas a memória

- assunto ainda obscuro, apesar de todo avanço c ientífico

dos últimos tempos - expressa numa abordagem avançada no

meio fisicalista, mas ainda muito simplista para a Projeciologia.

Vejamos os seguintes tópicos:

1) A Breve História da Memória na Ciência;

2) A Abordagem Holográfica e a Memória;

3) A Ampla Abordagem da Projeciologia.

1) A Breve História da Memória na Ciência

O arquivo de dados, amemória, é de fundamental importância

para todo o ser vivo, pois se relaciona diretamente com a

aprendizagem. Dentre as espécies conhecidas, a espécie humana

é a que possui a memória mais complexa no planeta. No entanto,

as pesquisas aindanão definiram umaquestão básica: a localização

das informações no cérebro.

No início dos anos 20, as experiências cirúrgicas do

neuropesquisador, Wilder Penfield, em pacientes epiléticos,

indicava que as lembranças alojam-se no lobo temporal. Segundo

as observações, o paciente vivia determinadas cenas de sua vida

como se estivesse assistindo a um filme real. Isso no momento em

que seu lobo temporal era estimulado com eletrodos especiais.

Caso este aconteceu com um paciente, em estado de vigília

ordinária, que viveu cenas de sua vida em detalhes. E um garoto,

no momento da operação, também consciente, foi repetindo a

conversa inteira, palavra por palavra, de sua mãe ao telefone com

uma amiga. Enfim, Penfield chegou à conclusão, depois de muito

pesquisar, de que todas as lembranças são armazenadas num

local específico no cérebro.

Mas será que todos os instantes de uma vida inteira são

registrados num local específico ou estão espalhados no córtex

como um todo?

Na década de 60, quarenta anos depois das experiências de

Penfield, outros experimentos foram feitos. Um dos testes era

realizado em laboratório, onde se treinavam alguns ratos para

percorrerem um labirinto. Depois de treinados, um dos ratos era

escolhido para a cirurgia na região temporal e, posteriormente,

nas demais regiões cerebrais. O resultado das experiências foi o

não esquecimento do caminho em todas as fases do teste. E em

seres humanos, a constatação foi idêntica nos pacientes cujo

estado clínico exigia uma cirurgia cerebral. E mesmo quando

grandes proporções do córtex eram removidas, inclusive a zona

temporal, as rememorações permaneciam. Em casos mais graves,

as recordações ficavam indefinidas, nebulosas ou parciais.

Entretanto, havia o reconhecimento dos familiares, das vozes, da

identidade.

Diante dessa situação contraditória, como definir o local da

memória, se numa pequena porção cerebral, apesar de restante,

ela ainda existe?

2) A Abordagem Holográfica e a Memória.

E neste contexto entra a Holografia.

Para o neurocirurgião Karl Pribram, as lembranças estão

distribuídas na região cortical ao invés de localizadas. E a partir

daí, Pribram aderiu à visão holográfica em seus estudos, através

de analogias entre o holograma e o cérebro humano. Uma das

comparações relaciona a imagem do holograma com a memória,

sob o enfoque holístico de que o todo está contido nas partes.

Exemplo: se um holograma de um vaso de flores for partido ao

meio, basta incidir o laser sobre uma das metades para que a

imagem do vaso de flores apareça de forma completa. Deste

modo, a metade reproduz o todo. Se fracionar o holograma em

maior número de partes, a imagem do vaso aparecerá novamente.

Não importa o tamanho das partes. Mesmo as partículas de filme

holográfico compõem a figura inteira. A informação do todo não

é perdida. O que varia é a qualidade, pois quanto menor forem as

partes, mais fraca é a imagem. Mesmo assim o todo permanece.

Em resumo, as informações são perpetuadas desde que exista

algum pedaço do filme. Assim funcionaria a memória. O córtex

inteiro emite a memória inteira. E o córtex incompleto emitiria

amemória inteira, porém mais enfraquecida. Seguindo o raciocínio

de Pribram, pode-se deduzir que as informações do indivíduo não

serão extintas, enquanto o cérebro existir. Em outras palavras, os

dados integrais da figura holográfica são perpétuos enquanto

houver um pedacinho do holograma. Então o córtex guardaria os

dados gerais da pessoa, enquanto existir alguma porção cortical.

E analisando mais profundamente, o ser humano perderia a sua

história ao passar pela primeira morte, onde o cérebro é

completamente extinto.

3) A Ampla Abordagem da Projeciologia

Contudo, as pesquisas da Projeciologia provam a falsidade

desta hipótese, pois, ao que tudo indica, a memória não é material

somente. Ela não se extingue com a primeira morte (desativação

do soma), nem com a segunda morte (desativação do holochacra)

e muito menos com a terceira morte (desativação do psicossoma).

O banco de dados da consciência é muito mais complexo do

que se imagina. Para começar, há vários tipos de memória.

Segundo a psicóloga Linda Davidoff, há mais de 50 modelos já

elaborados. E na Projeciologia esta questão fica ainda mais

complexa devido ao conhecimento da memória integral.

10 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 19: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holografia

Este imenso arquivo de dados, conhecido também como

memória permanente é o mais completo registro de informações

acerca das vivências multiexistenciais. sejam elas intrafísicas ou

intermissivas, da consciência.

E uma polimemória que vai restringindo-se conforme a

densidade energética dos veículos de manifestação. Sabe-se que

o holossoma do ser humano é composto por quatro corpos (soma,

holochacra, psicossoma e mentalsoma) cada um dos quais com

memórias específicas que expressam-se, muitas vezes de maneira

simultânea. Daí a complexidade do tema. O soma possui a me­

mória organísmica (instinto animal), genética (hereditariedade)

e cerebral (vigília física ordinária) que dura em média 70 anos

(este é o veículo mais denso da memória integral e em que se

baseiam os estudos das ciências como a medicina e a psicologia).

O terceiro corpo, o psicossoma, possui a memória extrafísica que

pertence à conscin projetada ou consciex. E o mentalsoma, o

veículo mais sutil e sofisticado, é o portador de todas as memórias:

a própria memória integral.

Quanto ao acesso a este grande banco mnemónico, podemos

dizer que é aumentado conforme o nível evolutivo da consciência.

A pessoa aberta e livre de preconceitos tem um acesso maior às

informações acerca de si mesma e do seu grupo evolutivo, do que

a personalidade puramente humana, vivendo apenas na

intrafisicalidade, desconhecendo ou ignorando a existência das

dimensões extrafísicas. Mas abertura mental ou "open mind"

ainda é pouco. Há evidências de que nem mesmo o Serenão

(Homo sapiens serenissimus), consciência modelo da escala

evolutiva, tem acesso total à sua memória integral.

Enfim, com a visão panorâmica da Projeciologia, vemos o

quanto é superficial a analogia baseada na Holografia quanto às

questões da memória. A sua abordagem parece algo inovador, no

entanto nada apresenta de novo. A sua base continua calcada na

idéia materialista da ciência convencional, variando apenas a

forma com que esta velha idéia se apresenta.

Os cientistas, na sua maioria, acreditam que a memória,

como outras funções superiores da psique humana, é produto da

química cerebral ou produto de um composto elétrico formado

pelas diferenças de potencial ou DDP dos grupamentos de células

neuronais. É evidente que o cérebro, como todo sistema

organísmico do homem, produzenzimas e substâncias bioquímicas

e outras que ajudam e auxiliam a registrar dados na memória.

Mas é apenas um meio para que as informações passem para a

memória maior, não sendo a consciência em si. E "modificando"

o enfoque do tema, os teóricos da holografia associam o processo

da memória com o padrão de interferência da luz. Sair da matéria

natural para chegar a matéria artificial. E sair da matriz para

analisar o protótipo mnemónico a fim de explicar este vasto

campo não é atitude muito racional.

Como se vê, a complexidade das informações vividas pela

consciência são amplas e bem diferentes dos estudos con­

vencionais. Contudo, esperamos que, um dia, a ciência como as

demais formas de saber, tenham abertura suficiente para, de fato,

elaborar métodos mais aprofundados e eficazes neste importante

campo de informações onde se encontra a realidade maior da

consciência ou a realidade da sua personalidade integral, na

própria essência. •

OS PESQUISADORES E SUAS PESQUISAS Leonel Tractenberg

Tânia Ferraro

H oje em dia, diversos cientistas tentam explicar, através de

esquemas teóricos, alguns fenômenos encontrados na

física quântica, bem como o funcionamento do cérebro e

os mecanismos da telepatia, premonição e psicocinese (PK),

dentre outros.

D.Bohm (físico) e K.Pribram (neurocientista) afirmam que

o modelo mais adequado é o Holográfico. Do ponto de vista deles,

este explica satisfatoriamente maior gama de fenômenos, inclu­

sive vários, até então, exilados do conhecimento científico.

Vários estudiosos do assunto relatam suas pesquisas, opin iões

e hipóteses:

- Robert G. Jahm, físico de Princeton, e Brenda*J. Dunne,

psicóloga, fazem analogia entre atividades mentais e conceitos

da mecânica quântica (1984).

- Os físicos J.P. Briggs e A.D.Peat desenvolveram uma

Teoria Holográfica do Universo, apoiando-se também numa

analogia com fenômenos da física quântica.

-O Dr. Stanislav Grof considera os modelos neurofisiológicos

existentes inadequados e, para ele, apenas a Teoria Holográfica

explicaria o que chama de experiências arquetípicas e outros

estados alterados de consciência.

- O Dr. Kenneth Ring, psiquiatra, sugere o modelo de holo­

grama para explicar as Experiências da Quase-Morte (Near

Death Experience). Acredita em que as NDEs são um deslocamento

da consciência de um nível do holograma da realidade para outro.

- O físico Fred A. Wolf afirmou em 1987 que o modelo

holográfico explica os sonhos lúcidos como visitas a realidades

"paralelas" e que este nos permitirá desenvolver uma "física da

consciência", que capacitará a exploração mais ampla desses

níveis de existência em outras dimensões.

Segue a lista de outros pesquisadores relacionados com o

estudo das teorias holográficas e holísticas:

• A. DAVID PEAT, física: estudo das sincronicidades

• ALAN RICHARDSON, psicologia

• ALBERT EINSTEIN, física: paradoxo E.P.R.

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 11

Page 20: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holografia

• BENNET BRAUM, psicologia: estudo sobre personalidade

múltipla

• BERNARD DI ESPAGNATI, física (Univ. de Paris):

Mecânica Quântica

• BERNIE S. SEIGEL, medicina: holografia na medicina

• BOBSAMPLES

• BÓRIS PODOLSKY, física: paradoxo E.P.R.

• BRENDA J. DUNNE, psicologia clínica: pesquisa da PK

• BRUNO KOPLER, psicologia

• CARL JUNG, psicologia

• CHARLES A. GARFIELD, pesquisador e fundador da

NASA

• CHRITY LUDLON, fonoaudiologia

• CORNÉLIA WILBUR, psiquiatria

• DAN1E POLLEN: teoria holográfica aplicada à visão

• DANNIS GABOR, física: descoberta da holografia

• DAVID BOHM, física

• DAVID P. MCCALLIE

• DAVID SHAINBERG: monoideismo e cristalização

• DAVID SOBEL, medicina: Efeito Placebo

• EDGAR A. LEVENSON, psiquiatria

• FRANCINE HOULAND, psiquiatria: personalidade

múltipla

• FRED ALAN WOLF, física: sonhos lúcidos

• FRITJOF CAPRA, física

• GEORG VON BECKESY, fisiologia

• HANS NAEGELI, medicina (OSJORD)

• HARRIET LINTON: Efeito Placebo

• HERBERT BENSON, medicina

• IRVIN L. CHILD, psicologia (YALE Univ. e Centro

Médico Maimônides): PES

• ITZHAK BENTOV, biomedicina: meditação

• JACK SCHWARZ (Centro de Processos Biológicos

Internos): sistema autônomo

• JOHN P. BRIGGS

• JOHN R. BATTISTA, medicina (UCLA)

• JOHNSHIMOTSU

• JOHN WELWOOD: psicologia transpessoal

• KAREN DEVALOIS, neurofísiologia

• KARL H. PRIBRAM, Neurofísiologia

• KEN DYCHTWALD, psicologia e saúde

• KEN WILBER, bioquímica: estudo da consciência

• KENNETH R. PELLETIER, psiquiatria

• KENNETH RING: NDE

• LARRY DOSSEY, medicina

• LEONARD J.DUHL,medicinae psiquiatria: saúde holístici

• MICHAEL TRACTENBERG: estudos sobre a visão,

teoria holográfica aplicada à visão

• MIRIM DAJO: Controle de Processos Biológicos Internos

sistema autônomo

• MOHOTTY: "milagreiro" do Ceilão

• MONTAGNE ULLM AN (Lab. do Sonho do Centro Médico

Maimônides, NY)

• NATHAM ROSEN, física: paradoxo E.P.R.

• NICK HERBERT, física quântica

• PAUL PIETSCH, biologia (Univ. Indiana)

• RENÉE WEBER, filosofia

• RICHARD RESTAK, neurofísiologia

• ROBERTA. PHILLIPS JR., psicologia

• ROBERT G. JAHM, física (Lab. Princeton): pesquisa da

PK

• ROBERT LANGS: Efeito Placebo

• ROBERT M. ANDERSON JR. (Inst. Politécnico

Rensselaer)

• ROGER PENROSE, física (OXFORD)

• RUSSEL DEVALOIS, neurofísiologia

• SAM KEEN, autor, poeta: pesquisas sobre a consciência

• SCHLOMO BREZNITZ, psicologia (Univ. Jerusalém)

• SRANLEY KRIPPNER, psicologia e parapsicologia

• STANISLAVGROF: Holonomiaepsicologiatranspessoal

• WERNER BRUNNER, medicina

• WILLIAM IRWIN THOMPSON, historiador: educação

• WILLIAM TILLER, física: física da consciência

• WILLIS HARMAN, consultor da publicação ReVision e

diretor associado do Center for the Study of Social Policy

(Stanford Research Institute). •

CRÍTICA AO MODELO HOLOGRÁFICO Leonel Tractenberg

Wilson Vianna

A neurociênciaé considerada uma das áreas mais complexas

e obscuras nas fronteiras da ciência convencional. Para

muitos pesquisadores, o modelo holográfíco (MH) é o

que explicamais adequadamente o modo como o cérebro processa

informações. Traz, também, insights profundos e globalizantes

acerca dos conceitos mais avançados em física quântica.

Mas não são somente essas áreas do saber científico a serem

beneficiadas. No âmbito da ciência da informação, um dos fatos

mais surpreendentes, que não se deve propriamente ao modelo, mas

à técnica holográfica, diz respeito à capacidade de armazenar dados.

Teoricamente, cada centímetro cúbico de um cristal fotossensível

pode acomodar de IO1 2 a IO1 4 bites, o que corresponde a uma

biblioteca com cinco milhões de volumes de 200 páginas cada.

Desenvolver técnicas que viabilizem esse recurso é apenas questão

de tempo. Quando isso ocorrer, as conseqüências serão, no mínimo,

tão importantes quanto a invenção da imprensa e do microchip.

Como se vê, a chamada sociedade da informação fará uso

cada vez maior da holografia e, consequentemente do MH.

12 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 21: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holografia

Crítica ao Modelo holográfico

"Haverá, algum dia, uma nova ciência, complementar

àquela que temos, na qual totalidades serão vistas como totalidades,

e a consciência estará mais perto de ser causa que efeito. Essas

teorias holográficas ainda não pertencem a essa nova ciência,

mas àantiga, na qual são feitas tentativas de explicar a consciência

em vez de tentar entendê-la."

Willis Harman

Quando examinado sob o enfoque da Projeciologia/

Conscienciologia, principalmente no que diz respeito a estados

alterados e fenômenos parapsíquicos, o MH revela-se por demais

superficial.

Sua maior falta é, provavelmente, o fato de procurar explicar

a consciência como produto da atividade cerebral. Mesmo do

ponto de vista da ciência convencional, que supõe isso verdadeiro,

a holografia, apesar de todas suas utilidades - inclusive como

modelo didático-explicativo - é extremamente limitada pois

ilustra apenas alguns aspectos do funcionamento cerebral. Não

se está desmerecendo a utilidade dos modelos, mas afirmar que

o cérebro seria "um holograma interpretando um universo

holográfico" é metáfora simplista e pouco esclarecedora. E tão

ingênuo quanto tentar explicar, como muitos já fizeram, a

memória cerebral por meio da memória cibernética, ou a

inteligência humana pela inteligência artificial. Neste caso, o

cérebro não é um computador superdesenvolvido. Muito pelo

contrário, o computador é que apresenta esboços ainda

rudimentares da complexidade cerebral.

De certo modo, apesar de seu enfoque mais holístico, o MH

ainda está encarando o ser vivo como máquina ao afirmar que o

cérebro é um holograma. Atitude tipicamente mecanicista, que

mostra sobretudo a relutância de muitos cientistas em abandonar

suas concepções fisicalistas. E mesmo quando alguns partem

para a análise de experiências transcendentes, estados alterados

de consciência e fenômenos parapsíquicos é comum fazê-lo de

modo indiscriminado, excessivamente teórico e filosófico, ou,

ainda, baseando-se em abordagens místicas.

Salvo exceções, não buscam acumular experiências pessoais

nem analisar a fundo as utilidades e implicações práticas das

mesmas, pois o paradigma no qual se apoiam valoriza mais o

estudo dos mecanismos cerebrais do que dos fenômenos e estados

conscienciais em si. Assim, expansões de consciência, projeções

da consciência, PES (percepção extrasensorial) e vários outros,

costumam ser estudados apenas parcialmente, estatística e/ou

instrumentalmente, mantendo distância entre sujeito observador

e objeto/evento observado. Como afirmava Einstein: "É mais

fácil quebrar um átomo do que um preconceito." .

Vale acrescentar, ainda, que paralelamente ao estudo sério

do MH prolifera uma "farofada" mística, esotérica, "oba-oba",

cheia do romantismo típico do marketing da Nova Era, que se

aproveita de pesquisas de ponta em terreno tão movediço para

fazer elucubrações filosóficas e deduções precipitadas, muitas

vezes partindo apenas de similitudes semânticas. Não é difícil

constatar isso. Basta examinar a literatura popular que aborda o

assunto. É claro que essa propaganda por vezes tem contribuído

positivamente para ampliar o debate sobre as concepções

científicas convencionais e as ditas "alternativas".

Por sua vez, a teática da Conscienciologia/Projeciologia

mostra que é possível estudar a consciência de modo objetivo e

não tão somente através de analogias fisicalistas. A consciência,

e mesmo o cérebro, são infinitamente mais complexos que o

holograma.

Basta traçar um paralelo entre as concepções de mundo

oferecidas pela Conscienciologia e pelos pesquisadores do MH

para verificar que estes utilizam idéias muitas vezes extraídas,

não da óptica física, nem da mecânica quântica, mas do

orientalismo; e que por vezes tangenciam timidamente conceitos

de cosmoética, dimener, energia consciencial, energia imanente,

multidimensionalidade, pensene, holopensene e tantos outros. O

que mostra que o MH, do modo como é apresentado hoje, é um

modelo teórico bastante limitado e, portanto, dispensável no

estudo dos fenômenos e estados conscienciais mais avançados.

Bibliografia

CAPRA, Fritjof; O Ponto de Mutação: a Ciência, a Sociedade

e a Cultura Emergente; São Paulo, SP; Editora Cultrix; 1982;

GLEICK, James; Caos: A Criação de Uma Nova Ciência; Rio

de Janeiro; Editora Campus; 1990;

LUNAZZI, José Joaquim;^ Luz Congelada; Ciência Hoje; Rio

de Janeiro; bimestral; Vol.3; N°16;Janeiro/Fevereiro; 1985;

p.36-46;

WILBER, Ken; Organizador; O Paradigma Holográfico e

Outros Paradoxos; São Paulo, SP; Editora Cultrix; 1991. •

O PARADIGMA MECANICISTA E O MODELO HOLOGRÁFICO Leonel Tractenberg - Wilson Vianna

1. A Visão Mecanicista

Paradigma pode ser entendido corno um conjunto de

hipóteses, métodos, modelos, padrões e teorias que procuram

enquadrar, explicar e manipular a realidade por nós apreendida

até o momento.

O Paradigma Clássico, ou Mecanicista tem predominado na

cultura ocidental desde a época de Galileu (1564-1642), Descartes

(1596-1650) e Newton (1642-1727) até os dias atuais. Nele, a

Natureza é encarada como enorme e complexo mecanismo cujas

peças podem ser desmontadas e estudadas a fim de se entender

seu funcionamento geral. Aí estão implícitos conceitos de

empirismo, entropia, espaço-tempo absolutos, determinismo,

dualidade, mensurabilidade, objetividade, previsibilidade,

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 13

Page 22: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holografia

reducionismo e outros. Para o cientista, em geral, tudo aqui lo que

não se pode observar objetivamente, detectar por meio de

instrumentos, medir, ou prever matematicamente não é digno de

estudo sistemático, e se encontra no campo da especulação.

Essa postura generalizada contribuiu definitivamente para

a consolidação do estado em que o meio científico e tecnológico

se encontra hoje.

A fragmentação cartesiana do pensamento, por um lado, fez

com que disciplinas como a matemática, a física, a química e a

biologia se tornassem cada vez mais setorizadas e especializadas,

possibilitando grandes avanços de conhecimento e o desen­

volvimento de novas tecnologias. Por outro, a superespecialização

levou ao distanciamento entre essas disciplinas, criando hiatos de

conhecimento, dificultando a comunicação entre diferentes

pesquisadores, e, até mesmo, entre instituições.

O ideal determinismo-previsibilidade ampliou a visão

mecanicista do mundo, incentivando a busca do controle dos

processos naturais - a natureza a serviço dos interesses temporais

do Homem. Se, de um lado, foi possível o melhor aproveitamento

de recursos energéticos, desenvolvimento das telecomunicações,

da medicina, e tantas outras áreas, de outro, o uso anti-ético

desses conhecimentos trouxe inúmeros problemas paraa sociedade

e o meio ambiente.

A obsessão por medir e quantificar nos levou a níveis

surpreendentes de precisão e discriminação de certos fenômenos

(como ocorre na física quântica), mas pôs de lado todas aquelas

variáveis de caráter eminentemente qualitativo e subjetivo, como

por exemplo os pensamentos, os sentimentos e as bioenergias.

A ciência tornou-se extremamente limitada em suas abor­

dagens com relação a tudo o que é vivo. Imbuídos da confiança nesse

paradigma, a maioria dos cientistas têm alegado repetidamente falta

de provas convincentes quanto à existência de outros domínios de

realidade em que a consciência pode se manifestar. Em nome da

objetividade científica a ela foi "posta para escanteio".

Felizmente essa situação começa a mudar. Eminentes

cientistas exploram cada vez mais as áreas interdisciplinares.

Combatem o excessivo materialismo científico, reconhecendo as

limitações do paradigma vigente. Modernas teorias no âmbito da

Biofísica (RESSONÂNCIA MÓRFICA), da Física Estatística e

Matemática Computacional (FRACTAIS), da Matemática dos

Sistemas Dinâmicos (CAOS) e da Neurociência (Modelo

Holográfico) vêm provocando a reformulação de muitos

parâmetros em que o Paradigma Mecanicista se baseia.

2. Um Novo Enfoque: O Modelo Holográfico

O Modelo Holográfico foi proposto inicialmente pelo

neurocientista Karl Pribram em 1969 para explicar certos processos

cerebrais como a memória e a interpretação de estímulos olfativos,

auditivos e visuais. Tendo participado, na década de 50, de várias

pesquisas, inclusive junto de outro neurocientista, Karl Lashley,

sobre a localização cerebral da memória, Pribram concluiu que

esta devia ficar armazenada em toda a extensão do cérebro 1. Por

volta de 1960, ao tomar conhecimento do processo holográfico,

no qual cada parte da imagem é registrada em toda a extensão da

chapa, começou a especular sobre a possibilidade do cérebro

armazenar as informações através de princípios matemáticos

semelhantes aos da holografia. Dez anos depois, ele e outros

cientistas concebiam a idéia de que o universo seria um imenso

holograma, e o cérebro construiria matematicamente a realidade

concreta, interpretando diferentes padrões e freqüências de energia.

E comum, para ilustrar a idéia acima, referir-se a um lago

de águas calmas onde são jogadas pedras de tamanhos, formas,

velocidades e trajetórias diferentes. Ao atingirem a superfície,

provocam ondulações concêntricas que se expandem e

interpenetram, interferindo umas nas outras. Se em determinado

instante fotografarmos o padrão de interferência dessas ondas,

teremos algo semelhante a um holograma em escala macroscópica.

A idéia de um universo holográfico é justamente essa: ao invés

das ondas na superfície daágua, têm-se padrões multidimensionais

dinâmicos de energia interferindo-se mutuamente. Razão pela

qual o físico David Bohm os chamou de Holomovimento.

O cérebro seria capaz de registrar apenas alguns desses

padrões de ondas, deixando grande parte deles passar

"despercebidamente". Por exemplo: não percebemos os Raios-X

e outras faixas do espectro de luz. As informações selecionadas

são automaticamente interpretadas e enquadradas em nossos

microuniversos conscienciais. Tudo o que apreendemos, portanto,

são interpretações de alguns conjuntos de freqüências desse

"oceano de energia" que chamamos de realidade.

Esse modelo, exposto aqui de forma simplificada, apresenta

algumas características contrastantes em relação ao paradigma

mecanicista.

Enquanto que o último é analítico em suas abordagens, o

modelo holográfico se preocupa em ver o todo. Desse modo.

considera sujeito (observador, consciência) e objeto como partes

profundamente interdependentes e interagentes de um mesmo

sistema. Os que defendem o modelo afirmam que este traz uma

visão muito mais ética e ecológica dos processos naturais: o

cientista passa a ver o mundo como um único organismo vivo

(Hipótese Gaia), ao invés da clássica máquina newtoniana.

O Modelo postula a existência de uma "matriz invisível",

realidade subjacente que está além dos domínios de nossas

percepções do universo físico e dos modos de conhecer usuais

(pensamento associativo comum, raciocínio lógico, leitura, etc) .

David Bohm chamou essa realidade de ordem implícita, dobrada

ou, ainda, de domínio implicado. Alguns cientistas afirmam que

nessa ordem implicada atua um princípio dinâmico, harmônico,

inteligente, negentrópico. Idéia que coincide com inúmeros

relatos de pessoas que, em diversas épocas e locais, experimen­

taram estados alterados de consciência. Dentre eles: a clarivi­

dência, a cosmoconsciência, o insight profundo, precognição.

retrocognição e visão retrospectiva panorâmica 2. O modelo

' Até então, a teoria clássica defendia a idéia de que processos mentais

específicos ocorriam em lugares também específicos do cérebro. 2 A maioria desses estados têm como principal característica a apreensão

essencial e instantânea de idéias em bloco, quase sempre associadas a

sentimentos elevados, que apesar de inefáveis, deixam a certeza de sua

veracidade. Deste modo, aquilo que poderíamos considerar vivências

subjetivas são, de fato, as experiências mais objetivas, concretas e

reestruturantes que aquelas pessoas vivenciaram.

14 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/9-

Page 23: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holografia

holográfico procura explicar esses fenômenos em termos da

dilatação das percepções normais dos padrões de energia,

possibilitando à mente o livre acesso à ordem implicada.

Fala-se também que haveria hierarquia dentro dessa ordem,

isto é, vários níveis ou dimensões de manifestação da energia. A

matéria e energia "densas" - foco de estudo da física- pertenceriam

ao primeiro nível, seguiriam daí níveis mais e mais sutis onde a

consciência teria maior liberdade de manifestação e facilidade

em captar informações globais da realidade.

Alguns pesquisadores pretendem com essas idéias aproximar

ciência (em particular a física) da filosofia, misticismo e religião.

Outros, mais cautelosos, sugerem que o modelo holográfico pode

servir para aclarar conceitos da mecânica quântica, neurociência

e metafísica, mas qualquer extrapolação para outras áreas como

a parapsicologia e a psicologia transpessoal seria prematura.

Porém a maioria concorda que o modelo holográfico, apesar de

possuir restrições, representa uma perspectiva nova e muito mais

abrangente da realidade que aquela oferecida pelo paradigma

clássico.

Bibliografia

CAPRA, Fritjof; O Ponto de Mutação: a Ciência, a Sociedade

e a Cultura Emergente; São Paulo, SP; Editora Cultrix; 1982;

GLEICK, James; Caos: A Criação de Uma Nova Ciência; Rio

de Janeiro; Editora Campus; 1990;

LUNAZZI, José Joaquim; A Luz Congelada; Ciência Hoje; Rio

de Janeiro; bimestral; Vol. 3;N°16; Janeiro/Fevereiro; 1985;

p.36-46;

WILBER, Ken; Organizador; O Paradigma Holográfico e

Outros Paradoxos; São Paulo, SP; Editora Cultrix; 1991. m

HISTÓRICO Tânia Ferraro

Origem

Em 1948, o húngaro Dennis Gabor (Prêmio Nobel de física

em 1971) começou a delinear a futura técnica da holografia

quando publicou um princípio óptico que combinava fenômenos

da interferência e da difração na reconstrução de ondas. Seu

trabalho teve origem na busca de uma solução às limitações da

microscopia eletrônica da época e não obteve êxito em seu

propósito original.

Referencial (imagem)

A imagem pode aparecer na frente ou atrás da chapa

holográfica.

Mudando o ângulo de observação de um holograma é pos­

sível identificar novos aspectos antes obscuros ou ocultos ao

ponto de vista anterior, da mesma forma como quando

contornamos um objeto. A imagem reproduzida pela iluminação

de um holograma é fantasmática ou fantasmagórica para a

maioria das pessoas pois aparece somente quando iluminada no

ângulo certo, o que permite o surgimento e o desaparecimento de

cenas diferentes no mesmo lugar através de um simples jogo de

luzes.

A Holografia e o holograma burlam os sentidos. Fazem as

pessoas acreditarem na presença real daquilo que os olhos vêem,

confundindo a leitura pelo cérebro. Eles trazem para alguns o

chamado choque de informações, pois diversas vezes apresenta

o objeto onde ele não está.

Reconstrução

A holografia começou a ter desenvolvido seu potencial com

o advento do laser. Em 1962, o uso do laser por E. Leith e Y.

Upatnieks permitiu a criação de outra técnica para reprodução de

imagens de quaisquer objetos tridimensionais. Esta técnica

permitiu a eliminação de freqüências indesejáveis que podiam

formar ondas secundárias.

Mas, a holografia só atingiu o grande público quando se

libertou da necessidade do laser na reconstrução das imagens.

Isso ocorreu em 1964, quando N. Dennisyuk utilizou uma técnica

semelhante à usada por Lippman para a produção da primeira

fotografia em cores do mundo, apresentada na Feira Mundial de

Paris de 1891. Ele utilizou o princípio da interferência.

Em 1968, S. Bentom criou uma nova técnica. A técnica do

holograma de "espectral". Tem esse nome porque conforme a altura

do observador se modifica, a imagem toma as cores do espectro.

Esta técnica espectral permitiu a montagem de pequenas

cenas tridimensionais animadas e a reprodução holográfica em

plástico em larga escala. Apesar desses avanços e de vários

projetos, ainda não existe nenhum caminho técnico para a

criação do cinema holográfico ou da televisão holográfica.

A aplicação técnica atual mais importante é a holografia

interferométrica. Ela permite a superposição de luz originada em

um objeto qualquer em dois instantes diferentes.

Esse tipo de holografia é utilizado na obtenção de registros

precisos de qualquer deslocamento, deformação e vibração em

grandes e pequenas dimensões. Tal registro é primeiramente

utilizado em testes de engenharia, especialmente no estudo de

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 15

Page 24: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holografia

materiais laminados e nas peças que funcionam por rotação.

O próprio E. Leith criou um radar de abertura sintética

usado na geração de uma imagem fotográfica.

Existe fraude especulativa na aplicação de uma futura

radiografia holográfica em estudo de cristalografia.

Atualmente, já está sendo desenvolvido a "holografia

nuclear" para uso na medicina.

Os hologramas podem ser usados como lentes focalizadoras

e na forma de discos varredores para laser nas máquinas leitoras

e impressoras.

A holografia foi usada há pouco tempo para mostrar a não

existência de quantização no magnetismo, na física. E para

identificar estrelas duplas na astronomia (técnica de Speckle).

Existem ainda aplicações como nas artes visuais; onde se

pode recuperar num holograma peças que caíram no chão.

Existem diversas aplicações para a holografia citamos ac_

apenas algumas.

Como podemos ver a holografia ainda é um carr.r:

relativamente novo da ciência. E, com perspectivas amplamer:;

integradoras e geradoras de estudos interdisciplinares, exigindo

intenso intercâmbio científico.

Bibliografia

LUNAZZI, José Joaquim; A Luz Congelada; Ciência Hoje: R::

de Janeiro; bimestral; Vol. 3; N°16; Janeiro/Fevereiro; 198:

p.36-46;

WILBER, Ken; Organizador; O Paradigma Holográfico e

Outros Paradoxos; São Paulo, SP; Editora Cultrix; 1991. ,

16 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex «Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 25: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

IUI OTI V A C A

Rio de Janeiro, janeiro de 1993.

Leitor:

A carta deste painel destinada aos leitores se encontra na página 18, sob o título Carta ao Leitor

(Cristiane Ferraro).

Page 26: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

• Motivação

A AUTOMOTIVAÇÃO E A INVÉXIS Carla Vicente

A IN VÉXIS, proposta evolutiva autoconsciente, planificada

se fundamenta na motivação para o aperfeiçoamento

consciencial de alto nível. Esta motivação se revela nas

priorizações inteligentes que consolidam verdadeira reforma de

valores para esta experiência intrafísica.

O conjunto de procedimentos agilizantes, exige do candidato

à inversão existencial, megamotivos inerentes à sua própria

condição consciencial, como por exemplo a experiência das

seriéxis, os cursos intermissivos, o contato íntimo com consciexes

mais avançadas e disposição absoluta para assumir suas opções

evolutivas.

A motivação para a INVÉXIS surge da própria neces­

sidade intrafísica de se l ibertar do processo de automimeses

existenciais que corrompem a consciência a cada nova seriéxis.

A personalidade inversora é auto-superadora permanente e

incansável no que é relativo à qualidade. Ela atua no contrafluxo

e por isso, no referente a "motivação social ou externa", campo

de pesquisa da psicologia, ela não pode esperar que a socin como

se apresenta, lhe sirva de estímulo, exceto pelo sentimento

profundo de querer reverter a situação extremamente entrópica

na qual esta se encontra. Ao contrário, a motivação para a

INVÉXIS pertence a um holopensene de ponta, que transpõe

razões intrafísicas de sucesso, dinheiro, casamento, etc. A multidimensionalidade é fonte inesgotável de automotivação,

pois aumenta o nível de compreensão da dinâmica existencial,

o que lhe permite saber o exato valor da assistencialidade e da

maturidade holossomática nesta fase de evolução da humanidade.

O momento está propício: a idéia da INVÉXIS sofre

ressonância e catalisa as consciências motivadas. Os GRIN VEXES

estão se estruturando em locais variados do planeta, através de

trabalhos de pesquisa, gestações conscienciais e atenção voltada

para a policarmalidade.

Compromisso: "Você consciência, homem ou mulher, já

ciente dos comprometimentos para com a grupalidade - condição

da evolutividade em grupo - é também responsável pela formação

de um holopensene propício ao amadurecimento intrafísico

precoce das consciências que cada vez mais vêm freqüentando

os cursos inteiro issivos procurando motivar-se para esta proposta.

Participe, você provavelmente ainda vai utilizá-la em uma das

próximas seriéxis".

Bibliografia:

VIEIRA Waldo. Projeciologia: Panorama das experiências

fora do corpo humano. Rio de Janeiro: Autor, 1986.

VIEIRA, Waldo. 700 Experimentos da Consciênciologia.

Comunicação Pessoal. Obra inédita.

VIEIRA, Waldo. Miniglossário da Consciênciologia. Rio de

Janeiro : Instituto Internacional de Projeciologia, 1992. •

CARTA AO LEITOR Cristiane Ferraro

S egue abaixo uma listagem de termos relacionados ao

vocabulário utilizado no estudo da motivação.

As definições incluídas nesta listagem foram extraídas

doNovo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Editora Nova

Fronteira, segunda edição revista e ampliada, 1986). Embora

sendo um instrumento da SOCIN este tem por objetivo o

consenso de definições do vocabulário brasileiro, ele deve servir

como base para pesquisa mas não como limite.

Nossa intenção é posicionar o leitor quanto a dificuldade na

definição de termos. Você leitor, verificará com a leitura dos

diferentes textos do GRINVEX - RIO as mais diversas noções

de motivação utilizadas dentro do próprio grupo.

Leia a lista e os trabalhos mantendo sua postura crítica,

todos devemos ter noções pessoais sobre este assunto, noções

estas que nos amadureçam e enriqueçam a possibilidade de um

debate posterior objetivando o consenso maxifraterno.

1 MOTIVAÇÃO S.f. 1. Ato ou efeito de motivar. 2.

Disposição de motivos ou causas. 3. V. móbil (2). 4. Conjunto

de fatores psicológicos (conscientes e inconscientes) de ordem

fisiológica, intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e

determinam a conduta do indivíduo.

2 MOTIVADO (part. de motivar) Adj. 1. Causado,

determinado. 2. Cujo motivo ou razão se explicou; fundamentado.

3. Diz de atividade (intelectual, social, afetiva etc.) que desperta

18 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 27: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Motivação

o entusiasmo o interesse, curiosidade. 4. Diz-se daquele cujo

interesse ou curiosidade foi despertado para aula, conferência,

exposição. 5. Diz-se daquele que se mostra interessado.

3 MOTIVAR V.t.d. 1. Dar motivo a; causar; produzir. 2.

Expor ou explicar o motivo ou a razão de; fundamentar. 3.

Determinar a motivação. 4. Despertar o interesse a curiosidade,

por (atividade intelectual, social, afetiva, etc) . 5. Despertar o

interesse a curiosidade de. 6. Dar motivo; levar, induzir, incitar,

mover. 7. Despertar o interesse ou entusiasmo; estimular.

4 MOTIVO (Do lat. Motivu, que move) Adj. 1. Que pode

fazer mover; motor. 2. Que causa ou determina alguma coisa.

S.m. 3. Causa, Razão. 4. Fim, intuito, escopo. 5. V. Móbil (2).

6. Mús. Fragmento melódico, harmônico ou rítmico predominante

no desenvolvimento de um trecho musical . MOTIVO

CONDUTOR. Leitmotiv. MOTIVO DE FORÇA MAIOR. Razão

muito forte, muito poderosa.

5 DESEJO (Do lat. vulg. desidiu) S.m. 1. Ato ou efeito de

desejar. 2. Vontade de possuir ou de gozar. 3. Anseio, aspiração.

4. Cobiça, ambição. 5. Vontade de comer ou beber; apetite. 6.

Apetite sexual. 7. Pop. Na gravidez, vontade exacerbada de

comer ou beber determinada(s) coisa(s).

6 ESFORÇO (Dev. de esforçar) S.m. 1. Atividade de um

ser que mobiliza todas as suas forças, físicas ou morais, para

atingir algum fim. 2. Contração muscular. 3. Vigor, energia,

força. 4. Valor, ânimo, coragem. 5. Dificuldade.

7 INTERESSE (Do lat. interesse, "estar entre, no meio;

participar", substantivado) S.m. 1. Lucro material ou pecuniário,

ganho. 2. Parte ou participação que alguém tem nalguma coisa.

3. Vantagem, proveito, benefício. 4. Aquilo que convém, que

importa, seja em que domínio for. 5. Sentimento de cobiça;

avidez. 6. Procura de vantagem pessoal, de proveito. 7. Sentimento

de zelo, simpatia, preocupação ou curiosidade por alguém ou

alguma coisa. 8. Empenho. 9. Curiosidade. 10. Qualidade de

interesse. 11. Relação de reciprocidade entre um indivíduo e um

objeto que corresponde a determinada necessidade daquele. 12.

V. Juro (1). 13. Jur. Pretensão que se baseia ou pode basear-se em

direito.

8 VONTADE (Do lat. voluntat) S.f. 1. Faculdade de

representar mentalmente um ato que pode ou não ser praticado

em obediência a um impulso ou a motivos ditados pela razão. 2.

Sentimento que incita a alguém a atingir o fim proposto por esta

faculdade; aspiração; anseio; desejo. 3. Capacidade de escolha,

de decisão; vontade firme; vontade fraca; casar por legítima

vontade; não ter vontade própria. 4. Deliberação, decisão ou

arbítrio que parte de entidade superior; a vontade do governo; a

vontade do povo. 5. Ânimo firme, firmeza, coragem. 6. Capricho,

Fantasia; veleidade. 7. Desejo, decisão ou determinação expressa.

8. Empenho, interesse e zelo. 9. Disposição do espírito, espontânea

ou compulsiva. 10. Necessidades fisiológicas: Vontade de comer,

de dormir, de vomitar. 11. Pop. Tendência observada nas coisas.

VONTADE DE FERRO. Firmeza e energia nas decisões, força

de caráter. VONTADE DE POTÊNCIA. Filos. Segundo

Nietzsche, impulso fundamental inerente a todos os seres vivos,

que se manifesta na aspiração sempre crescente de maior poder

de dominação. (VONTADE; BOA V O N T A D E ; COM

VONTADE; CONTRA VONTADE; DE VONTADE; ESTAR

COM VONTADE DE; MÁ VONTADE; POR EM SUA

VONTADE; POR VONTADE)

9 DETERMINAÇÃO (Do lat. determinatione) S.f. 1. Ato

ou efeito de determinar(-se). 2. Resolução, decisão. 3. Capacidade

de determinação ou decisão. 4. Ordem superior. 5. Bot.

Reconhecido da família, gênero, espécie, aos quais pertence

uma planta. 6. Filos. Especificação de características que

destinguem um conceito do outro do mesmo gênero, aumentando-

lhe a compreensão. 7. Filos. Característica que serve a

determinação: uma finalidade, um atributo, etc. 8. Quím.

Verificação da quantidade ou concentração de uma substância

em uma amostra.

10 ENTUSIASMO (Do gr. enthosiasmous, pelo fr.

enthousiasme)S.m. 1 .Na antigüidade exaltação ou arrebatamento

extraordinário daqueles que estavam sob inspiração divina,

como as sibilas, etc.; transe, transporte; 2. Veemência, vigor, no

falar ou no escrever; flama. 3. Exaltação criadora; inspiração,

estro. 4. Admiração, arrebatamento. 5. Dedicação ardente;

ardor; paixão. 6. Viva alegria; júbilo.

11 DECISÃO (Do lat. decisione) S.f. 1. Ato ou efeito de

decidir(-se); Resolução, determinação, deliberação. 2. Sentença,

julgamento. 3. Desembaraço, disposição; coragem. 4. Capacidade

de decidir; de tomar decisões.

12 CURIOSIDADE (Do lat. Curiositate) S.f. 1. Qualidade

ou caráter daquele ou daquilo que é curioso. 2. Desejo de ver,

saber, informar-se, desvendar, alcançar, e tc ; interesse. 3. Desejo

de aprender, conhecer, investigar determinados assuntos;

interesses. 4. Desejo irreprimível de conhecer segredos, os

negócios alheios; bisbilhotice, indiscrição. 5. Informação que

revela algo desconhecido e interessante. 6. Tendência de amador

a procurar coisas raras e originais. 7. Objeto raro e/ou interessante;

raridade.

13 OBJETIVO Adj. 1. Relativo ao objeto. 2. Prático,

positivo. S.m. 3. Alvo ou desígnio que se pretende atingir. 4.

Objeto (8) de uma ação, idéia ou sentimento (Sin. (nas acepç. 3

e 4): propósito, intuito).

14 PRIORIDADE (De prior+i+dade) S.f. Qualidade do

que está em primeiro lugar, ou do que aparece primeiro; primazia.

2. Preferênciadada a alguém relativamente ao tempo de realização

de seu direito, com preterição do de outros, primazia. 3. Qualidade

duma coisa que é posta em primeiro lugar, numa série ou ordem.

15 IMPULSO (Do lat. impulsü) S.m. 1. Ato de impelir,

impulsão. 2. V. ímpeto (2). 3. Abalo, estremeção. 4. Fig.

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 19

Page 28: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Motivação

Estímulo, incitamento, instigação. 5. Elétron. Pulso (4). 6. Fís.

V. momento (6). 7. Fís. Impulsão (2). IMPULSO ESPECÍFICO.

Astron. Grandeza que indica o comportamento de um combustível

de um foguete, e que é igual ao empuxo divido pela quantidade

de combustível consumido por segundo; impulsão específica,

impulso específico (opõe-se ao consumo específico de propelente).

16 ANSEIO (Dev. de ansiar) S.m. Ato de padecer ânsias.

2. Desejo ardente; anelo; ânsia; aspiração.

17 ESTIMULAÇÃO (Do lat. stimulatione) S.f. Ato ou

efeito de estimular(-se).

18 INSTINTO (Do lat. instinctii) S.m. 1. Fator inato de

comportamento dos animais, variável segundo a espécie, e que

se caracteriza, em determinadas condições, por atividades

elementares e automáticas. 2. Forças de origem biológica

inerentes ao homem e aos animais superiores, e que atuam, em

geral, de modo inconsciente, mas com, finalidade precisa, e

independentemente de qualquer aprendizado. 3. Tendência natu­

ral; aptidão inata. 4. Impulso espontâneo e alheio à

intuição. INSTINTO DE CONSERVAÇÃO. Conjunto de re::

instintivas que levam o indivíduo a manter-se vivo.

19 DELIBERAÇÃO (Do lat. deliberationé) S.f. 1. AÇ

deliberar; discussão para se estudar ou resolver um assume,

problema, ou tomar uma decisão. 2. Exame interior; reflevid

meditação. 3. Resolução, decisão. 4. Capacidade de resoh

decidir, deliberar; decisão, resolução.

20 INCENTIVO (Do lat. incentivn) Adj. Que incenth^

que incita ou excita. S.m. 2. Aquilo que incentiva, que incita

excita; estímulo.

SUGESTÕES PARA PESQUISA

RAZÃO TENSÃO DINAMISMO

AÇÃO SATISFAÇÃO META

NECESSIDADE AUTONOMIA DESEMPENHO

ATIVIDADE

MOTIVAÇÃO, AUTOCONHECIMENTO E A EVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA

Fábio Ferrari

otivo é conhecido como a causa de uma ação, o que faz

mover algo. Motivação é, então, o motivo em ação; a

conseqüência do motivo.

Hoje, a ciência de ponta admite que no universo existam

duas naturezas principais: a consciência e a energia.

A consciência é o que ou quem manipula a energia em suas

diversas formas. Desse modo podemos pensar na consciência

como o motivo, e na energia como a motivação (uma vez que não

compreendemos a manifestação "pura" da consciência, sem

seus efeitos). A energia pela qual a consciência humana se

manifesta ou se expressa a maior parte do tempo, engloba em si

pensamentos e sentimentos, sendo denominada por pensene.

Assim, podemos dizer que a vontade e o motivo, gera os

pensenes e a motivação.

O animal irracional é o ser com menos pensamentos e

sentimentos na sua energia, e com mais emoções e instintos,

portanto, motivado inconscientemente a viver, sem saber porque

nem como se motiva. Já o Homem tem consciência de suas

motivações ou pode torná-las conscientes, através do veículo

responsável por suas idéias e sentimentos, o mentalsoma.

O interesse no estudo da motivação para a Conscienciologia

e Projeciologia está em sua importância para a evolutividade do

ego, que de forma direta ou indireta é o objeto de estudo destas

duas ciências. O estudo dos trafares e trafores vem para clarear

esta noção.

Os trafores são os traços-força da personalidade, qu;

interferem nageração dos pensenes, para melhor, proporcionare:

níveis de lucidez mental cada vez maiores para o autoco-

nhecimento. Já os traços-fardos geram formas-pensamento e—

sua maioria retrógradas, alienantes e desmotivantes, deixando 2

consciência distante de si mesma, quando analisadas sob o por.::

de vista da cosmoética pessoal. Assim, a doença física parece :er

sua origem no pensene gerado pelo mentalsoma a partir c : ;

trafares. Já o estado de higidez holossomática reflete o predom ir. :

dos trafores na conduta diária do indivíduo.

Usando a vontade representante do seu livre-arbítrio a

consciência redireciona suas motivações existenciais a fim ¿e

evoluir mais depressa. Com isso cria novos trafores. Um desses

trafores é o uso consciente, positivo, do holochacra (o veículo da

consciência responsável pela sua manifestação intrafísica. c -

vida), ou o conjunto dos chacras, no dia a dia. Esta condiçí

fundamental para a evolução pois permite ao indivíduo alcançir

um estado de otimização, alterando seus pensenes para melhor

(tornando-os mais definidos) e servindo como um "atalh:

evolutivo", obtido facilmente através da instalação do estado

pensênico de vibração ou estado vibracional.

Não existe a heteromotivação bem como não existe a

heterocura. Uma pessoa pode ser estimulada por outra e se

motivar, mas não ser motivada diretamente pela outra. Tal fato

atesta duas idéias sobre a individualidade da consciência.

20 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro -

Page 29: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Motivação

•1. Ninguém evolui pelo outro.

2. Tudo o que ocorre na nossa existência, a cada segundo,

é de inteira responsabilidade individual.

Motivar-se pela auto e hetero-ajuda do trabalho evolutivo

é, antes de tudo, questão de lógica cosmoética. Estamos

condenados à evolução e um dia, por mais distante que seja,

chegaremos ao máximo de aperfeiçoamento conhecido dentro

da espécie humana: o Homo sapiens serenissimusl O universo já

conspira a seu favor...

Bibliografía:

VIEIRA, Waldo; Projeciologia : Panorama das Experiencias

Fora do Corpo Humano; 900 p.; 475 caps.; 40 ilus.; 1.907

refs.; glos. 15 termos; ono.; geo.; alf; 27 x 18,5 x 5 cm; Rio

de Janeiro; Brasil; Editora Brasil-América S.A. - EBAL;

1986;

VIEIRA, Waldo. Miniglossário de Conscienciologia; 57 p.; 17

x 11 cm; Rio de Janeiro; Instituto Internacional de

Projeciologia; 1992. u

A PROJECIOLOGIA E A MOTIVAÇÃO CONSCIENCIAL Graça Raze ra

A motivação é tema de suma importância para se

compreender a personalidade do ser humano nas fases do

seu desenvo lv imento b io lógico , ps icológico e

consciencial. É por intermédio dela que pode-se identificar o

estágio evolutivo da personalidade, pois apresenta relação direta

com as maturidades e imaturidades pessoais, na atitude de

discernir entre o que é útil e prioritário para a própria evolução.

Mas a motivação não fica restrita apenas ao indivíduo. O nível

motivacional surge e emerge na humanidade nas fases do

desenvolvimento histórico, da Pré-História à futura Era

Consciencial, apresentando o seu avanço evolutivo através da

maturação motivacional em sociedade.

Existem diversas definições na Psicologia e na Sociologia

sobre o tema da motivação. Alguns dos conceitos são os seguintes:

1. Allport, psicólogo e filósofo de grande expressão na

Psicologia, define: "A motivação é o impulso da personalidade".

2. No Dicionário de Sociologia, da Editora Globo: "a

motivação é o processo de iniciação de uma ação voluntária e

consciente".

3. Pelo Novo Dicionário Aurélio: "a motivação vem de

motivo, que em latim, motivu, quer dizer movimento", ou seja,

algo que é capaz de fazer mover, causando e determinando

ações.

4. Para Linda Davidoff, psicóloga contemporânea; "a

motivação é um estado interno, gerando uma necessidade que

deve ser satisfeita".

5. A Teoria da Homeostase é uma das mais conhecidas

teorias psicológicas. A ênfase está na necessidade do organismo

em manter um Equilíbrio Dinâmico, restaurando-se das carências

fisiológicas e psicológicas, ao atingir o retorno da condição de

equilíbrio.

Quanto a este último tópico, vale um breve comentário. O

conceito da Homeostase veio da Medicina, onde é aplicado no

organismo (soma). Para a Projeciologia, este assunto é abordado

sob uma forma mais ampla: Homeostase Holossomática ou o

estado de equilíbrio dinâmico no Holossoma (4 veículos de

manifestação consciencial): soma (corpo físico), holochacra

(corpo energético), psicossoma (corpo emocional) e mentalsoma

(corpo da intelectualidade, do discernimento e da cosmoética).

A motivação, dentro dos conceitos da Projeciologia, pode ser

entendida como a vontade individual, a bússola da proéxis, que

direciona as ações e os fatos. Esta volição é expressa pelo

pensamento, pelo desejo e pela energia, o PENSENE.

Vejamos o exemplo do banqueiro e do pensador. O primeiro

é motivado para administrar finanças. A sua vontade predominante

é aumentar os bens econômicos. Logo, os seus pensenes são

baseados no poder da competição financeira, na posse de bens

materiais, na liderança econômica, no domínio e prestígio

sociais. Já um pensador é mais motivado para o saber. Ele

necessita de reflexão profunda e articulada para as indagações do

conhecimento e da existência. Seus pensenes estão assentados

no questionamento intenso, na pesquisa, na observação aguçada

dos fatos, na descoberta das leis da natureza humana, na

comprovação e na formulação de pensamentos originais.

Por aí, pode-se reparar os contrastes de opções & escolhas,

conforme os desejos e anseios intrínsecos a cada personalidade,

manifestada pelos PENSENES. Além disso, pela identificação

das motivações é possível repararmos o nível consciencial do

indivíduo. No exemplo do banqueiro, o nível consciencial ou

pensênico está direcionado para a vida física humana comum. Já

o pensador é mais motivado para as questões filosóficas universais

regentes da existência não somente humana, mas consciencial.

Os níveis de motivação, além de variarem de indivíduo para

indivíduo, variam com o desenvolvimento físico: a infância,

adolescênciae adultidade. Estamodificação vai desde a motivação

instintiva (fome, sede, sexo, segurança, defesa, ataque, fuga) até

a motivação da auto-realização (satisfação pela produtividade,

intelectualidade, fraternidade, racionalidade, desejo de

crescimento).

Uma criança de 2 anos de idade sente-se motivada, pela

própria condição biológica de extrema dependência, a querer a

atenção integral da mãe para satisfazer as necessidades de

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 21

Page 30: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Motivação

alimentação, higienização, proteção e afeto. Caso não receba a

atenção, o bebê reivindica a queixa com muito choro ou apatia.

Esta última, pode levá-la, no futuro, caso consiga sobreviver, ao

fenômeno do Autismo (classificação da psiquiatria conhecida

como a patologia caracterizada pelo desligamento da realidade

exterior e criação mental de um mundo autônomo).

A realidade de um adolescente é diferente da realidade

infantil. O adolescente é mais independente da figura materna,

sendo no entanto, dependente do meio social através de grupos

da mesma faixa etária que a sua, denominados pela Sociologia

moderna como "tribos". O ambiente escolar, os amigos do

bairro, a turma de férias e as companhias em geral, exercem forte

influência sobre as suas atitudes e conseqüentemente sobre as

motivações. Ele é atraído pelo esporte (ginástica, vôlei, ciclismo,

skate, surf) e encontros sociais (festas, passeios, praias, clubes,

danceterias). Enfim, o adolescente é motivado em tudo o que se

refira ao exibicionismo do seu corpo e à vaidade da sua pessoa.

É a fase da "turbulência" ou da "fermentação consciencial".

Já um adulto, de 42 anos de idade, por exemplo, tem

necessidade de crescimento no seu ofício. Sua maturidade

psicobiológica descarta a insegurança do bebê e a necessidade

de auto-afirmação do jovem. E um indivíduo mais independente

do meio externo. Já possui suas próprias opiniões. Não se desvia

das prioridades com facilidade. E objetivo no que se propõe a

fazer, e vai até o fim com os compromissos. A sua motivação está

na sua produtividade e na auto-realizaçâo. Sua vontade é

direcionada à criatividade e ao rendimento de seu trabalho.

Esta última fase é conhecida na Projeciologia como a FASE

DA EXECUÇÃO DA PROÉXIS. É onde o indivíduo começa, de

fato, a cumprir o seu mandato existencial, que se encarregou de

fazer no Curso Intermissivo, antes de receber o novo soma. Caso

a pessoa tenha se desviado em demasia da sua programação, o

que seria a auto-realização transforma-se em Melancolia

Intrafísica ou MELIN.

Quanto mais jovem é a pessoa, mais os instintos atuam no

seu poder de livre-arbítrio. E além do porão consciencial e das

automimeses negativas, vindos de existências passadas, há os

assédios interconscienciais. Mas, através da passagem dos anos,

vem o amadurecimento orgânico (em geral, termina aos 26 anos

de idade) o que facilita a atuação da maturidade psicológica, e

então a personalidade começa a se estabilizar e recuperar as

unidades de lucidez, ou os CONS mais elevados. As escolhas são

mais sensatas e ponderadas e o estado emocional é mais

equilibrado, devido ao domínio das energias conscienciais. Por

isso, sustenta a Homeostase Holossomática. Enfim, é a fase da

realização das potencialidades, da eclosão dos talentos, da

criatividade, e da execução inicial da programação existencial.

No contexto histórico da humanidade, a motivação também tem

seus contrastes. O homem das cavernas, na Pré-História, era

motivado para caçar animais, coletar frutos e raízes para a

sobrevivência. Onde o objetivo era apenas se alimentar para não

passar fome. Era o primitivismo consciencial, baseado na

sobrevivência do corpo físico. Hoje, na Idade Contemporânea,

grande parte da sociedade motiva-se para viver mais pela

responsabilidade afetiva e intelectual. A meta de vida evoluiu.

A pessoa pensa em formar uma família, ter filhos, possuir bens

materiais, conhecer outros povos e culturas, e manter uma

profissão. Mas, apesar deste avanço consciencial, há uma mino:: a

desperta que supera estas expectativas.

Sob o ponto de vista desta minoria, a SOCIN, já está

ultrapassada e medíocre perante a realidade interatuante da mui-

tidimensionalidade descoberta principalmente pelo fenômen:

mais importante da Projeciologia, a PROJEÇÃO CONSCIENTE.

Este caso projeciológico é o desdobramento lúcido dos veículos

de manifestação da consciência, em especial, do psicossoma.

Em contato com seres mais evoluídos, as CONSCIEXES

AMPARADORAS amadurecem os graus de motivação da;

conscins projetadas, direcionando-as mais para a evolutividac;

da consciência do que para a materialidade da dimensão física

Os amparadores promovem a PROJEÇÃO ASSISTIDA, onde os projetores recebem novos ensinamentos (acervo de idéia;

originais), indicações para as soluções de alguns problemas, e

principalmente para aassistência energética às consciexes doente;

ou assediadoras.

Com isso, as Projeções desenvolvem as percepções

energéticas, o animismo e o parapsiquismo. E a visão da

realidade torna-se mais global e abrangente para quem as pratica

diariamente de modo consciente, do que a pessoa medíocre (ceaa

ou desconhecedora do mundo extrafísico e da para-humanidade

Por isso, esta minoria se vê na vanguarda dos fatos existencial;,

ou seja, a frente do modo comum de viver da Socin.

Para este restrito grupo, a motivação é consciencial. pc:;

está direcionada para a evolução da consciência e da humanidade

e não apenas para si, ou para o círculo de familiares e amia

Suas idéias, objetivos, ideiais, linhas de pensamento e de trabalh.: -

ultrapassam os grupos provincianos, estados e países e até

mesmo, este Planeta. Eles caminham para o universalismo.

Esta minoria vem ao mundo físico equipada com os chamade;

Cursos Intermissivos Avançados ("Miniglossário da Cons-

cienciologia") com um grau de lucidez quanto à sua realidade

pluriexistencial mais aguçada que a média das conscins, desce

a infância, através da Síndrome do Estrangeiro (termo emprega;

pela professora do IIP, Málu Baiona, que explica a condição de

estranheza da conscin com o meio humano) e de intuições sobre

a existência de fenômenos parapsíquicos como a telepatia. a

precogniçâo, a projeção consciente, a energia consciencial at

e noções filosóficas quanto ao casamento, a procriação, e a:e

sobre a vida "extraterrena".

Pequena percentagem desta minoria, é ainda mais lúcida,

pois apresenta um estágio de motivação constante e permane

denominado como AUTOMOTIVAÇÃO. Já sabe claramente ai

sua proéxis desde a fase uterina através da PROJEÇA .

CONSCIENCIAL no estágio fetal. Desta maneira não perde z

continuidade da sua realidade com a multidimensionalidac-

condição do restringimento físico não superou a sua lucidez

consciencial, e a mesologia não irá afetar a seu potenca.

automotivador no futuro, ou seja, não será "seduzida" peia

artificialidade das ações sociais humanas comuns, e não cairá

nas armadilhas de seu porão consciencial.

E o início da Revolução Consciencial, através de uma

reformulação íntima da pessoa consigo mesma, em busca a>:

auto-enfrentamento e da autoterapia, calcada no universalis~<:

22 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembrc :-

Page 31: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Motivação

e na maxifratern idade. Este é o caminho para a Era Consciencial

(Vieira, Projeciologia, cap. 136). Nesta futura fase da História,

a média de pensamento será mais elevada. O contato consciente

com a multidimensionalidade (dimensões conscienciais intra e

extrafísicas)eaProjetabilidade Lúcida (PL). serão as principais

ferramentas para esta Era que se aproxima, mais avançada que

qualquer Era Tecnológica que venha a surgir, por se tratar da

CONSCIÊNCIA e não de máquinas. Como exemplo deste

começo de mudanças, podemos citar os Reciclantes e Inversores

Existenciais (Vieira, "Miniglossário da Conscienciologia").

Bibliografia

ALLPORT, Gordon W.; Personalidade. Coleção Ciências do

Comportamento; Editora Universidade de São Paulo; 1969;

DAViDOFF, Linda L.; Introdução à Psicologia; Editora

McGraw Hill; 1986;

GLOBO; Dicionário de Sociologia; Editora Globo; 1970.

MASLOW, Abraham H.; Introdução à Psicologia do Ser;

Coleção Anima; Editora Eldorado;

MURREL, Hywe.; Motivação no Trabalho; Editora Zahar;

CBP;

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda; Novo Dicionário

Aurélio da Língua Portuguesa; 1 838 p.; 2a ed.; Botafogo, RJ;

Brasil; Editora Nova fronteira S.A.; 1986;

VIEIRA, Waldo; Projeciologia: Panorama das Experiências

Fora do Corpo Humano; 900 p.; 475 caps.; 40 i lus. ; 1.907

refs.; glos. 15 termos; ono.; geo.; alf; 27 x 18,5 x 5 cm; Rio

de Janeiro; Brasil; Editora Brasil-América

S.A. - EBAL; 1986;

VIEIRA, Waldo. Miniglossário de Conscienciologia; 57 p.; 17

x 1 1 cm; Rio de Janeiro; Instituto Internacional de

Projeciologia; 1992. •

A MOTIVAÇÃO É O COMBUSTÍVEL DA EVOLUÇÃO CONSCIENCIAL

Laênio Loche Mariane Correia

A motivação é o conjunto de fatores que impelem a

realização de uma determinada ação. Dessa forma, todo

comportamento é motivado. Verificamos que toda

motivação é de origem interna ao indivíduo, podendo ser ativada

por fatores intrínsecos (biológicos, conscientes, inconscientes,

etc.) e extrínsecos (sociais, ambientais, energéticos, etc.)

Define-se motivo como o gerador da motivação. Dentre os

motivos encontra-se a NECESSIDADE. Uma pessoa com

necessidades de comer é conduzida a se alimentar. Nesse caso

a fome atuou como desencadeadora da ação.

Também considera-se o DESEJO como motivo. Constata-

se isso no seguinte exemplo: uma criança varre a casa porque sua

mãe tinha prometido que se fizesse isso ganharia um brinquedo.

Verifica-se que o desejo de ganhar o presente motivou a criança

a varrer a casa e a recompensa, o brinquedo, serviu como

incentivo.

A conduta de um indivíduo sofre diversas influências

externas. Observa-se o holopensene de um lugar. Numa biblioteca

há mais incentivo a estudar do que numa discoteca, mesmo

estando esta fechada e sem ninguém. A energia do ambiente

pode, muitas vezes, interferir na motivação para estudar, mas o

que vale é a motivação da pessoa. Se ela estiver realmente

motivada, conseguirá estudar em qualquer lugar, sem que nada

a atrapalhe.

Outra influência é exercida pela mesologia atuando fatores

sociais, ambientais, etc. Destaca-se, por exemplo, o vestuário de

diversos povos. Ainda hoje encontra-se difundido o uso do

turbante na índia, ao passo que no Brasil se alguém for a rua com

o mesmo na cabeça corre o sério risco de ser taxado de louco. A

tradição, então, atua em muitos casos como fator mesológico

conduzindo pessoas a se vestirem de uma maneira.

O prazer também influi na motivação, pois uma pessoa que

faz aquilo que gosta, que sente prazer, tende a fazê-lo com mais

dedicação e satisfação.

Vários benefícios são obtidos pela motivação. Quando se

está motivado muitas vezes, tem-se disposição para realizar algo

e assim a motivação é de grande valia para a realização da

PROGRAMAÇÃO EXISTENCIAL. A produtividade é melho­

rada tanto qualitativa como quantitativamente, isto é, o plano de

projetos, metas existenciais de uma consciência relativo à sua

vida intrafísica. A motivação é essencial tanto para as pessoas

que não têm, como principalmente, para as que têm lucidez em

relação à tarefa existencial.

Fazendo uma analogia, a motivação estaria para a evolução

como o combustível estaria para o automóvel, pois o combustível

impele o carro a andar, e a motivação impele a consciência a

progredir.

Bibliografia

DAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia. São Paulo, Mc

Graw-Hill, 1983.

VIEIRA, Waldo. Projeciologia: Panorama das Experiências

da Consciência Fora do Corpo Humano. Rio de Janeiro:

Autor, 1986. u

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 23

Page 32: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

AUTOMOTIVAÇAO Laênio Loche

Mariane Correia

T odo grande êxito, toda tarefa bem sucedida, são

realizados por indivíduos bastante motivados. As

pessoas de sucesso declaram ter grande motivação

pelo que fazem, pelo que exercem. Podemos considerar então

que a motivação é um verdadeiro fator de sucesso. Se você é

candidato à inversão ou à reciclagem e pretende alcançar seus

objetivos, suas metas, de uma maneira satisfatória, deve dar

intensa importância às suas motivações. Com base nisso,

apresentam-se adiante alguns itens que poderão ajudar o seu

processo motivacional:

SONO - Segundo o professor Waldo Vieira "o sono é o mais

poderoso organizador da fisiologia do corpo físico e da vida

humana do indivíduo, ninguém escapa a esse imperativo. É mais

fácil passarmos sem alimentação, sem água e sem companhia do

que sem dormir". Deve-se saciar as necessidades de sono do

organismo corretamente, não dormindo pouco nem em demasia,

mas apenas o necessário.

Uma pessoa com sono faz sua motivação cair, suas

realizações são mais lentas, o desempenho intelectual diminui e

essas são apenas algumas das muitas conseqüências de uma

pessoa que não dorme devidamente.

SAÚDE HOLOSSOMÁTICA - Os veículos conscienciais

(soma, psicossoma, holochacra, mentalsoma) devem estar em

homeostase, ou seja, em harmonia gozando de boa saúde, pois

um veículo que estiver danificado, inevitavelmente acaba

prejudicando os outros.

Para se manter o Holossoma saudável, é bom manter, entre

outras coisas, uma alimentação equilibrada, exercícios físicos,

estado vibracional, racionalização das emoções.

HABITO - Um ato repetido diversas vezes acaba se tornando

um hábito. Uma pessoa acostumada a realizar algo tende a ter

motivação.

LISTAGEM - E sempre bom escrever em uma folha os

motivos do objetivo que se quer. Para facilitar é interessante

responder as seguintes pergunta:

Por que eu quero (o objetivo)?

Que benefícios eu terei se consegui-lo?

Que acontecerá se eu não o conseguir?

SATURAÇÃO MENTAL - É de grande ajuda pensar todo

dia, toda hora, na cena em que você estaria conseguindo o objetivo e os benefícios que isso criaria, uma forma-pensamento.

ou seja, um pensamento que é plasmado no extrafísico através

de prece, de sugestão, evocação, imaginação, aumentando a

possibilidade da concretização da meta.

AUTO-ORGANIZAÇÃO - Quando algo está bagunçado,

enrolado, acabamos perdendo o ânimo, a disposição e

consequentemente o êxito é prejudicado. Organize seu tempo,

seu espaço físico, sua condição financeira, suas prioridades, para

assim melhor atender todos os seus objetivos, tarefas e

responsabilidades.

CUIDADO COM A AUTOCORRUPÇÃO - A

Autocorrupção tem que ser sempre identificada e evitada logo

quando começa a surgir. É preciso estado de alerta o tempo todo.

Várias vezes imaginamos diversos obstáculos para tornar o

objetivo impossível, mas na verdade são apenas justificativas

para a nossa preguiça.

Em diversas situações somos rigorosos e não aceitamos o

fracasso. Devemos nos permitir ao erro e aprender com ele.

O processo da inversão e da reciclagem requer bastante

esforço, sacrifício e perseverança, mas lembre-se que ele não é

a meta principal. O mega objetivo é o COMPLETISMO, isto é,

o cumprimento da proéxis, sendo a inversão e a reciclagem uma

conseqüência da preparação para a realização da proéxis. Tornar-

se um completista é um desafio difícil, porém desafiante e

atingível, por isso, perante metas dificílimas lembre-se de que o

valor de uma pessoa é pelo que ela fez e não pelo que ela deixou

de fazer.

Bibliografia

ASSAGIOLE, Roberto.; O ato da vontade;

GAWAIN, Shakti.; Visualização Criativa;

MORGAM, Thomas.; Só éfracassado quem quer,

VIEIRA, Waldo; Projeciologia : Panorama das Experiências

Fora do Corpo Humano; 900 p.; 475 caps.; 40 ilus.; 1.907

refs.; glos. 15 termos; ono.; geo.; alfi; 27 x 18,5 x 5 cm; Rio

de Janeiro; Brasil; Editora Brasil-América S.A. - EBAL;

1986. .

24 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 33: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Motivação

AUTOMOTIVAÇAO: SOBRE A NECESSIDADE DE MAIS ESTUDOS

Leonel Tractenberg

Motivação é um dos temas mais controvertidos em

psicologia. Dentro das diversas correntes teóricas,

mui tos es tudiosos descartaram o concei to de

VONTADE por julgarem-no demasiadamente subjetivo para

explicar porque uma pessoa tem desejos e necessidades

particulares. Hoje, o estudo da motivação está muito mais

voltado para a busca de fontes de motivos oriundos na biologia

e no contexto social do que aqueles procedentes da própria

consciência. Vejamos alguns desses enfoques.

Psicólogos do comportamento afirmam que nós não temos

consciência dos motivos que influem na maioria de nossas

atitudes, e apontam para a importância de fatores biológicos

sobre as motivações humanas. São os chamados impulsos

homeostáticos: impulsos primitivos e inconscientes de

autopreservação e de obtenção de prazer, a partir dos quais

partem todos os outros motivos. Todo tipo de defesa contra

ameaças externas; necessidade de saciar a fome, a sede e o sexo;

de suprir carências afetivas; de ser aceito e reconhecido

socialmente; de obter riqueza e poder; são apenas algumas

ilustrações de comportamentos oriundos direta ou indiretamente

desses impulsos.

Já, os sociólogos, ao abordarem o tema, afirmam que

grande parte de nossas motivações e expectativas são pre­determinadas pelos papéis que, consciente ou inconscientemente,

desempenhamos dentro dos diversos grupos sociais nos quais

estamos inseridos. Dois fatores contribuem para essa pre­determinação: a) o poder dos holopensenes da socin como fator

externo cuja coercitividade se manifesta através dos diversos

mecanismos de controle exercido pelas instituições sociais':

violência, controle econômico, emocional, ideológico etc. b) a

maioria das pessoas não pensa, nem tem vontade de assumir a

responsabilidade de ser "dona do próprio nariz". Internamente

buscam se enquadrar nos papéis que lhe são atribuídos pela

socin, a fim de assegurar suas próprias identidades. Agindo dessa

forma, restringem ainda mais o seu livre-arbítrio.

Assim, não surpreende o fato de haver muito mais estudos

sobre heteromotivação do que sobre automotivação. As duas

abordagens expostas acima contribuem de certa forma para que

isso ocorra. Como? Por quê?

Essas abordagens se complementam na medida em que

' Considero aqui o conceito amplo de instituição social definido pela sociologia, que abrange tanto as organizações físicas, objetivas, erguidas pelo homem (governo, policia, igreja, empresa etc), quanto as subjetivas que "pairam" sobre a sociedade (língua, religião, cultura, tradições etc). Neste último aspecto, o mesmo se aproxima do conceito de holopensene da Projeciologia/Conscienciologia.

enfocam corretamente diferentes facetas do problema. Contudo,

é preciso ressaltar que não são as únicas existentes, e que, quando

tomadas isoladamente, fornecem uma visão deturpada da realidade

por serem extremamente determinísticas. É justamente dessa

concepção que as instituições da socin tiram proveito. Para elas

é de grande interesse saber como funcionam os mecanismos

básicos, grosseiros, das motivações do indivíduo, a fim de

melhor manipulá-lo. Assim, todos os estudos que abordarem o

aspecto funcional desses mecanismos serão bem-vindos. Bastará

rápida revisão da literatura sobre motivação para verificar um

número relativamente grande de publicações relacionando-a a

assuntos como marketing, publicidade, gerenciamento, liderança,

negócios, treinamento esportivo, militar etc.. A sociedade norte-

americana, em particular, tirou - e ainda tira — grande proveito

desses estudos. Não é à toa que a psicologia do comportamento

(behaviorismo) se desenvolveu naquele país como em nem um

outro.

Em contrapartida, os estudos que enfocarem a questão da

automotivação serão bem menos estimulados, pois a pessoa

capaz de automotivar-se fica mais independente do meio,

tornando-se cada vez mais imune às inculcações da socin.

Não se está afirmando aqui que tal determinismo não exista.

A robéxis (robotização existencial) é um fato. Mas é preciso

levar em conta o nível evolutivo de cada consciência, fator que,

em tese, pode se impor sobre quaisquer agentes determinantes

externos, sejam de natureza social, psicológica ou, até mesmo,

de ordem biológica. É nesse aspecto que a Conscienciologia /

Projeciologia pode contribuir significativamente. A Teoria dos

Serenões é um exemplo claro dessa possibilidade.

Ora, uma das principais propostas da Conscienciologia /

Projeciologia é fornecer idéias-ferramentas para maior autocon-

scientização multidimensional (AM), objetivo que só é alcançado

mediante muito esforço e perseverança. Então, aConscienciologia

/ Projeciologia (leia-se: os conscienciólogos / projeciólogos)

tem o dever de estimular fortemente os estudos sobre a automo­

tivação consciencial. Só assim o fator VONTADE DA CONS­

CIÊNCIA retomará o seu devido papel dentro dos estudos sobre

motivação.

Bibliografia

BERGER, Peter L.; Perspectivas Sociológicas: Uma Visão

Humanística; 5 ed.; Petrópolis, RJ; Brasil; Editora Vozes;

1980;

MURRAY, Edward J.; Motivação e emoção; Rio de Janeiro;

Editora Zahar; 1967. B

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 25

Page 34: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Motivação

MOTIVAÇÃO, FISIOLOGIA E COMPORTAMENTO

Marcelo Costa

"Qualquer homem pode alcançar o êxito se dirigir os seus pensamentos

numa direção e insistir neles até que se faça alguma coisa. " Thomas Edson

E m nosso estudo, mostraremos a importância dos

hormônios no comportamento humano.

As glândulas produtoras de hormônios em nosso corpo

formam o sistema endócrino. Este mantém íntima interação com

o sistema nervoso. Compõe o sistema endócrino: a glândula

pituitária, a glândula tireóide, as glândulas paratireóides, o

córtex supra renal, os ovários, os testículos e o pâncreas.

A glândula pituitária, localizada na base do cérebro, recebe

deste a mais poderosa influência. O que determina o fluxo

hormonal proveniente da pituitária é o cérebro, que movido por

um reflexo biológico regula o padrão de descarga hormonal em

homens e mulheres. Este reflexo biológico pode ser controlado

de forma consciente?

Tomemos como exemplo uma gestante: mãe e feto, através

da membrana placentária, compartilham de íntima relação. Os

hormônios, o oxigênio e os nutrientes recebidos pelo embrião

passam através da placenta. Assim, qualquer distúrbio hormonal

que ocorra, certamente atingirá o feto. A causa destes distúrbios

pode estar relacionada com fatores psíquicos como: a depressão,

a ansiedade ou preocupação.

Em laboratório, cabe dizer, há décadas altera-se os níveis

hormonais injetando hormônios ou substâncias químicas que

diminuam a eficácia dos hormônios produzidos no organismo

(Newman & Elger, 1966).

Devemos portanto, levantara hipótese de que um indivíduo

com livre vontade possa, emitindo energias conscienciais (ECs),

modificar seus níveis hormonais.

Será possível que a gestante, tendo forte vontade de ter um

bebê do sexo masculino possa, ainda que inconscientemente,

ativar hormônios masculinizantes ou mesmo alterar o padrão

cromossômico de um feto geneticamente feminino?

Se assim ocorrer, o que deveria ser fêmea, com todos os

caracteres desta natureza, poderá vir alterado de forma patológica.

Este ser terá um comportamento psicossexual masculinizado.

Quanto à mudança do padrão cromossômico fetal, parece-

nos coisa mais difícil. A explicação lógica consiste em que,,

estando as diretrizes do plano extrafísico postas no físico, tendo

sido inclusive instalado o código genético (XY ou XX), as ECs

emitidas teriam que ser, tanto em qual idade quanto em quantidade,

superiores.

E a consciência presente no feto? E preciso levar em conta

sua vontade, motivada pela PROÉX1S e que, restringimento

físico, deve influenciar. Só depende da força de cada consciência

emitir os PENSENES guiados pela vontade e sustentados pela

motivação.

Então deduz-se: o que tem que ser acaba sendo, ainda que

alterado por nossa vontade consciencial.

Os androgênios, os estrogênios e a progesterona estão

presentes em ambos os sexos. O quemuda são os níveis hormonais,

prevalecendo no homem normal o primeiro citado, enquanto na

mulher, os estrogênios e a progesterona.

Depois de fabricados em um determinado tecido, os

hormônios são transportados na circulação geral, atuando na

função e outras células do corpo, localmente ou à distância.

Os hormônios têm importância fundamental na formação

do soma. Não necessariamente à psique. Assim, estando na

presença de níveis consideráveis de androgênio em fase de

importante crescimento, o desenvolvimento será basicamente

masculino. Se ao invés disto, tivermos baixos níveis de androgênio,

o desenvolvimento será feminino. Daí dizer-se que "o impulso

básico da natureza é fazer uma fêmea."

Há que se mencionar a ambigüidade ocasional apresentada

em casos de definição sexual por pacientes com distúrbios

endocrinológicos. Em 1965 John Hapson, estudando esses casos,

traçou "sete variáveis de sexo", fornecendo perspectiva para o

problema. Eis aí:

1 - Morfologia genital externa: é o mais óbvio indicador

para distinções ordinárias, feita num relance de olhos, tem-se

uma identificação imediata.

2 - Padrão de cromatina sexual: é determinado através de

teste genético, no qual só um par de cromossomos determina o

sexo.

3 - Sexo gonádico: determinado pela morfologia, que é a

presença das gônadas (órgãos sexuais internos).

4 - Sexo hormonal: correlacionado com as características

sexuais secundárias.

5 - Estruturas reprodutoras acessórias internas: são as

estruturas internas associadas a formação de um ovário, como a

Trompa de Falópio.

6 - O fator "sociedade": que é o sexo da atribuição e da

criação. Por vezes, devido ao erro quanto a identificação do sexo,

o indivíduo é tido pelos pais, familiares e sociedade como do

sexo oposto ao que realmente é . O equívoco só é descoberto, em

geral, pouco antes da puberdade.

7 - Sexo psicológico ou "papel do gênero": é a imagem do

Eu sexual. Pode ser obtido através de sutilezas como o modo de

se vestir, gesticulação, fantasias e outros.

No entanto, nem sempre o desenvolvimento se dá de forma

hígida. Vejamos um caso de erro genético:

A síndrome da Insensibilidade Androgenea ocorre em

26 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 35: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Motivação

indivíduo com genes masculinos (XY). Neles as células do corpo

são insensíveis ao androgênio (hormônio masculino). Não se

sabe a razão desta deficiência. Portanto, desenvolve-se

basicamente com estrutura psicossomática feminina, mas não

por completo. Não obstante, possuem, quando adultos, forte

instinto materno (Money, Ehrhardt & Masica, 1969).

Forças atuantes sobre as conscins

Biológica - Pensênica - Cultural

Qual destas exercem maior influência sobre o mentalsoma?

O provável é que a primeira derive da segunda e que juntas

sofram influência da terceira. Estas forças interagindo atuam

tanto no soma como no mentalsoma, moldando a personalidade

da consciência através da seriéxis.

Não podemos esquecer que todo processo aqui estudado

envolve a paragenética e embora se trate de assunto obscuro para

nós, sabe-se que no extrafísico é mais fácil de se trabalhar. É

preciso descobrir o código que estabelece ligação entre a

paragenética e a genética. Teremos, então maior facilidade de

controlar o soma.

Mas afinal, podemos controlar nossos reflexos biológicos

de forma consciente?

A chave do processo estáno domínio lúcido das bioenergias.

Os que estão começando este trabalho devem ser perseverantes

para terem resultados. Este domínio traz mudanças no

comportamento do indivíduo. As variações bruscas de humor

tendem a se sutilizarem. Isto propicia estabilidade psíquica,

dando oportunidade de se desenvolver trabalhos científicos de

qualidade.

Porém, para se chegar ao complexo é preciso passar pelo

simples. Para dominarmos o corpo físico, mister é conhecê-lo.

Então, ao trabalho.

Bibliografia

GUYTON, Arthur; Tratado de Fisiologia Médica; 7a ed.;

Editora Guanabara; Rio de Janeiro; s.d.;

GOMEZ PÉREZ, Rafael; História Básica da Filosofia; Editora

Nerman; 1988;

VIEIRA, Waldo; Projeciologia: Panorama das Experiências da

Consciência Fora do Corpo Humano; XXVIII + 900 p.; 475

caps.; 40 ilus.; 1.907 refs.; glos.; 15 termos; ono.; geo.; alf; 27

x 18,5 x 5 cm; ene; Rio de Janeiro; Edição do Autor; 1986;

VIEIRA, Waldo; Miniglossário da Conscienciologia; 57 p.; 17

x 11 cm; espiral; Rio de Janeiro; Instituto Internacional de

Projeciologia; 1992. •

MOTIVAÇÃO Nilton Spinelli

O tema motivação tem sido muito discutido entre psicólogos

e cientistas de áreas comportamentais. A psicologia

moderna vem estudando a motivação e sua localização

cerebral buscando relacionar certas regiões do hipotálamo como

responsáveis por esta função, sem obter grande êxito. A pesquisa

da motivação ganhou maior atenção no início do século XX,

quando esta se desenvolveu através do estudo dos "motivos",

"necessidades" e dos "instintos", em uma tentativa de descrever

processos internos hipotéticos que não podem ser diretamente

observados ou medidos.

Com o desenvolvimento da psicologia comportamental, a

motivação passou a ser descrita como "um estado interno que

resulta de uma necessidade que ativa ou desperta o comportamento

usualmente dirigido ao cumprimento da necessidade atuante". O

motivo não deve ser dissociado das VPs - vivências pessoais -

pois estas experiências educativas poderão servir de referencial

para novas ocorrências presentes ou futuras, onde a consciência

motivada procurará obter melhores resultados devido à

aprendizagem anterior. O ambiente também precisa ser

considerado pois tanto pode atuar na modificação do motivo,

quanto ser remodelado por ele.

A psicologia estuda os motivos em: básicos, sociais,

sensoriais, de crescimento e idéias motivantes. Esta divisão visa

facilitar o entendimento dos mecanismos de motivação

psicofisiológica e podem sofrer influências das emoções e das

cognições ou pensamentos que tendem a despertar certo grau de

motivação para ativar o comportamento.

A Conscienciologia enfatiza em seu campo de estudo, a

"automotivação" que é intransferível e representa uma perspectiva

pessoal prática para a realização de metas conscienciais. Ela vem

demonstrando que o grau de motivação de cada indivíduo pode

ser melhorado, caso haja restruturação dos PENSENES deste,

pois a motivação impregna os PENSENES, em uma iniciativa

consciente de retroalimentar os impulsos evolutivos voluntários,

contínua e permanente.

Na reforma pensênica é inevitável se trabalhar com as

estruturas internas da personalidade: os tratores e os trafares, em

uma dinâmica interna para a aquisição de "CONS" necessários

ao aperfeiçoamento consciencial.

Todos somos produtos de nossas próprias motivações, assim

a qualidade desta demonstra o nível de compreensão que se tem

do processo evolutivo.

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 27

Page 36: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

M Motivação

VIEIRA, Waldo; Projeciologia : Panorama das Experiencias

Fora do Corpo Humano; 900 p.; 475 caps.; 40 ilus.; 1.907

refs.; glos. 15 termos; ono.; geo.; alf; 27 x 18,5 x 5 cm; Rio

de Janeiro; Brasil; Editora Brasil-América S.A. - EBAL;

1986;

VIEIRA, Waldo. Miniglossário de Consciencio/ogia; 57 p.; 17

x 11 cm; Rio de Janeiro; Instituto Internacional de

Projeciologia; 1992. •

AUTOMOTIVAÇÃO E PARADIGMA CONSCIENCIAL Régis Tractenberg

Motivo

E tudo aquilo que dirige ou influencia a vontade, de um

animal ou ser humano, para atingir um objetivo. Partindo desta

definição, os psicólogos consideram como motivos fatores

muito variados, como condições psicofisiológicas, ambiente,

influências sociais e instinto.

A Pessoa Desmotivada

Uma pessoa muito desmotivada parece, segundo o ditado

popular, uma verdadeira "Maria vai com as outras", pois precisa

ser constantemente motivada pelos outros para fazer até mesmo

coisas simples, como estudar ou trabalhar.

A carência de motivação é perigosa, pois além de ser um

grande obstáculo para que a consciência atinja seus objetivos,

faz esta ser mais suscetível a seduções holochacrais e a outros

processos bioenergéticos nos quais ela se deixa levar pela

vontade de outras consciências.

Automotivação

Quanto mais evoluída é uma consciência, menos ela é

dominada por sua parte biológica ou o ambiente onde se

encontra. Dependendo de sua automotivação, ela supera tudo

isso.

A automotivação é o tipo de motivação mais avançado que

se conhece, pois é um processo consciente.

Um bom exemplo para ilustrar o que é automotivação, é o

da pessoa que chega ao IIP, toma conhecimento do que é

Projeciologia, começa a estudar o assunto, se dá conta de suas

aplicações e benefícios, pondera e determina-se a produzir o

fenômeno da projeção consciente. Para isso, a pessoa pode

utilizar várias técnicas, mas o principal, segundo autores como

Waldo Vieira e Robert Monroe, ela já tem: vontade.

O ideal seria que fossemos automotivados o tempo todo,

priorizando e escolhendo nossos objetivos com discernimento,

sem sofrermos influência de outros fatores.

Paradigma Consciencial

Voltando ao exemplo anterior, observemos alguns trafores

dessa pessoa, que contribuíram para que ela formasse sua

automotivação de se projetar com lucidez: curiosidade,

perseverança e desejo de realizar tarefas assistenciais.

Estas características ajudaram a pessoa a chegar à

automotivação, mas cada uma delas tem uma origem, um

motivo anterior. Se perguntarmos a um psicólogo - De onde veio

a curiosidade dela? Por que ela deseja tanto ajudar aos outros?

Ela é perseverante desde pequena? - a resposta será incompleta

e pouco satisfatória, pois na Psicologia convencional, muitos

assuntos foram e ainda são simplificados, afim de serem

construídos modelos lógicos que expliquem os fatos. O estudo

da motivação é, infelizmente, um destes casos.

Através do Paradigma Consciencial , podemos nos

aprofundar mais na análise motivacional de uma consciência,

pois entendemos como motivos, muitos novos fatores. Por

exemplo, eis alguns assuntos da Conscienciologia que vão além

de três tópicos motivacionais na Psicologia:

• Holopensene motivação social.

• Influência de consciexes . motivação extrínseca.

• Curso intermissivo comportamento

intrinsecamente motivado.

Pesquisa

O estudo da motivação em Conscienciologia é muito rico,

profundo e detalhado, pois o paradigma da Conscienciologia ao

mesmo tempo que utiliza alguns modelos da Psicologia, acrescenta

novas idéias que vão diretamente contra o antigo paradigma.

Oferece também novos instrumentos válidos em pesquisa, como

28 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Bibliografia

DAVI DO FF, Linda L.; Introdução a Psicologia; São Paulo,

SP; Editora Mc Graw-Hill; 1983;

MURRAY, Edward J.; Motivação e Emoção; Rio de Janeiro;

Editora Zahar; 1967;

KRECH, David; Elementos de psicologia; São Paulo; SP;

Editora Pioneira; 1963;

Page 37: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Motivação

o fenômeno da projeção consciente e a percepção das bioenergias.

Faz do pesquisador um elemento ativo e participante dentro da

questão em estudo. Como foi visto acima, o estudo da motivação

sob o enfoque do paradigma consciencial oferece um vasto

campo ao pesquisador que esteja realmente automotivado para

estudar o assunto (talvez você, leitor).

Bibliografia

BIAGGIO, Angela Maria Brasil; Achievement Motivation of

Brasilian Students; Tese extraída do International Jornal of

Intercultural Relations; 1978;

EVANS, Phil; Motivação; Rio de Janeiro; Editora Zahar; 1976;

MASLOW, Abraham Harold; Introdução à Psicologia do Ser;

Rio de Janeiro; Editora Eldorado sd;

MONROE, Robert; Viagens Fora do Corpo; Rio de Janeiro;

Editora Record sd;

MURRAY, Edward James; Motivação e Emoção.; Rio de

Janeiro; Editora Zahar; 1967;

NUTTING, Joseph; Estudos De Motivação Humana.; São

Paulo, SP; Livraria Duas Cidades; 1982;

VIEIRA, Waldo; Projeciologia : Panorama das Experiências

Fora do Corpo Humano; 900 p.; 475 caps.; 40 ilus.; 1.907 refs.;

glos. 15 termos; ono.; geo.; alf; 27 x 18,5 x 5 cm; Rio de Janeiro;

Brasil; Editora Brasil-América S.A. - EBAL; 1986. m

EXIGÊNCIAS MOTIVACIONAIS DA INVÉXIS Valdomiro Alves

A Teoria da Invéxis é uma proposta original e

revolucionária, que promete alterar para melhor a

qualidade das seriéxis de milhares de consciexes e

conscins no futuro próximo do Planeta Terra. E como toda

inovação positiva, em sua fase inicial, suscita forte oposição,

que, vinda de setores até insuspeitos da Socin, visa derrubar as

fundações de um novo patamar evolutivo em nome de interesses

e sentimentos profundamente egoístas.

O Inversor que planeja cumprir sua proéxis, deve munir-se,

ainda no período intermissivo, de fortes motivos para a Invéxis,

fazendo dela uma Teática, sem acidentes de percurso ou surtos

recorrentes de paralisia evolutiva. Além disso, precisa manter,

aumentar e criar novas motivações, durante sua vivência

intrafísica.

Deste modo, a tarefa da Inversão, no momento atual,

delinea-se como uma das mais trabalhosas a que uma consciência

pode propor-se , exig indo desta poderosos e lementos

automotivadores, traduzidos em excepcional força de vontade.

Dentre as exigências motivacionais fundamentais para a Invéxis

estão:

• Aversão à estagnação evolutiva.

• Admissão e aprovação com louvor em curso intermissivo

de alto nível.

• Compromisso íntimo para o cumprimento da proéxis,

assumido ainda antes da atual existência holochacral.

A conscin jovem que sente atração ou simpatia pela idéia

da Inversão, mas acha não ter nenhum destes requisitos, deve

procurar melhor nos meandros de seu ciclo existencial ou

observar atentamente o "extrato de sua conta-corrente"

policármica, pois sem estes créditos qualquer tipo de interesse

seria dificílimo.

Estas exigências motivacionais da Invéxis são até certo

ponto naturais, conseqüências inevitáveis das pressões contrárias

à instalação efetiva do holopensene do processo inversivo na

Terra.

Motivações básicas, no entanto, não são suficientes. A

Invéxis, como um processo tecnicamente planejado e antinatural,

no sentido de que não obedece às leis da genética ou das socins,

leva inevitavelmente à otimização "artificial" destas motivações

e à descoberta e criação de outras mais.

Outras motivações são descobertas pelo Inversor quando

ele decide "vestir a camisa", aprofundando-se no processo e

aproximando o estudo teórico da prática inversiva, largando o

"lastro" das auto-repressões e servindo de campo de provas para

si mesmo, tomando ciência de suas potencialidades e

responsabilidades no processo de formação de seu holocarma, e

ganhando o impulso extra que esses conhec imentos

proporcionam.

Com o aumento do tempo consciencial investido, o Inversor

começa a avançar no cumprimento de sua proéxis, chamando a

atenção tanto de amparadores quanto de assediadores. Então a

consciência começaaencararmaiores desafios, e inevitavelmente

irá se deparar com processos de intrusão psicossomática ou

pensênica mais elaborados. A continuidade da sua Invéxis

exigirá outros níveis de motivação.

Porém, ao mesmo tempo que aumentam as exigências,

aumentam as possibilidades de atendê-las. Neste momento o

Inversor estará colhendo os frutos de seus esforços anteriores.

Objetivos maiores como a autoprojetabilidade lúcida freqüente

e a condição de Epicon começam a "aparecer no horizonte",

confirmando a propriedade de sua escolha pela Inversão, apesar

de todas as dificuldades. Poucos incentivos seriam mais fortes

que esses.

Aos poucos começa a se desfazer a condição de equilíbrio

dinâmico entre elementos motivadores e não-motivadores, e

finalmente, a favor do Inversor.

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 29

Page 38: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Motivação

Enfim, para o Inversor sério, firme em seus propósitos, não

existem exigências motivacionais severas demais que não possam

ser atendidas e até suplantadas. É apenas uma questão de aceitar

o desafio.

Bibliografia

VIEIRA, Waldo; Projeciologia : Panorama cias Experiências

Fora do Corpo Humano; 900 p.; 475 caps.; 40 i lus. ; 1.907

refs.; glos. 15 termos; ono.; geo.; alf.; 27 x 18,5 x 5 cm; Rio

de Janeiro; Brasil; Editora Brasil-América S.A. - EBAL;

1986;

VIEIRA, Waldo. Miniglossário de Conscienciologia; 57 p.; 17

x 11 cm; Rio de Janeiro; Instituto Internacional de

Projeciologia; 1992;

VICENTE, Carla; A Automotivação e a Invéxis; Banco de

Dados do Grinvex -RJ. •

MOTIVAÇÃO PARA O UNIVERSALISMO Wilson Vianna

Muitos motivos têm sido relacionados ao comportamento

altruísta: em 1959 os psicólogos sociais Thimbaut e

Kelley associaram tal compor tamento a uma

recompensa ou dívida em benefício da pessoa que age em favor

da outra. Gouldner, 1960, reforça a idéia postulando a existência

de uma "lei moral de reciprocidade", sem a qual seria improvável

que alguém demonstrasse espontaneamente o desejo de oferecer

ajuda. Daniel e Berkowitz afirmaram, em 1963, que as pessoas

da nossa sociedade aprendem a ajudar aqueles que lhe são

dependentes, tomando uma conduta social "responsável". Porém,

por trás dessa conduta se esconde uma auto-administração de

recompensa vinda de um fazer o que é correto. Isto é, uma pessoa

auxilia seus dependentes sabendo que isso trará conforto para ela

mesma, pois está em conformidade com a norma que foi

condicionada a seguir.

Assim, em 1966, Geranson e Berkowitz trouxeram à baila

dois tipos de normas sociais eliciadoras de comportamento

altruístico: reciprocidade e responsabilidade.

Judith Regan, 1971, lançou mão de outros dois motivos para

explicar o comportamento altruísta: a culpa e a necessidade de

se acreditar em um mundo justo. Portanto, para ela, manifestamos

comportamentos de ajuda no sentido de expiar uma culpa ou para

mantermos nossa crença num mundo onde os "desfavorecidos"

são auxiliados pelos outros.

Isso não ocorre somente em psicologia social, Melanie

Klein, psicanalista interessada em crianças, acreditava que a

reparação1 é um dos mecanismos que induz o indivíduo ao

comportamento altruísta.

A partir de 1986, com o surgimento da Projeciologia e em

seguida a Conscienciologia, um novo enfoque vem sendo dado

ao estudo do altruísmo: substituiu-se o termo altruísmo,

impregnado de conotações místico-religiosas, pelo termo

universalismo. Antes o que interessava era o soma ou qualquer

' E um mecanismo de estruturação do ego no sentido de dissolver a culpa gerada na criança quando ela descobre que a mesma pessoa pode ser boa e má ao mesmo tempo. Assim, suas atitudes agressivas com relação a mãe má foram também contra a mãe boa. Logo ela deve reparar seus atos quanto ao objeto amado.

outro veículo de manifestação da consciência. Agora o qae

interessa é a própria consciência, sua evolução.

O ser que pratica o universalismo se volta em favc ' . ,•-•,.{-.

consciência sem qualquer expectativa de recompen: i.

concepção científica diferente da que se chegou até IK- , psicologia ou psicanálise.

Denominamos essa análise universalista, em determinado

contexto, de tarefa assistencial. Segundo Calmene a tarefa

assistencial ideal...

"... Não apresenta caráter oficial, sendo espontânea.

Não visa deduções de impostos, nem sindica a aplicação da

doação.

Não demonstra rótulo profissional nem fim

profissionalizante.

Não alimenta segundas intenções proselitistas ou políticas.

Não defende a imagem pessoal nem cultiva mitos.

Não incentiva a segregação de espécie alguma.

Não se restringe por preconceito nenhum.

Não espera gratidão nem aspira entendimento do público.

É a doação simples, pura, direta, sem meditação, exigências

nem condições. E que todos podem praticar em silêncio..."

(Projeções da Consciência, p.31)

O que motiva tal atitude? Seria algum valor externo? Um

condicionamento ou impulso? Acreditamos ser um processo

intraconsciencial, natural no desenvolvimento da maturidade

integral. Esse processo é catalisado pela autoconsciencialidade.

Começa com a conscientização egocármica. O sujeito

percebe que seus atos nâo-cosmoéticos atrapalham principalmente

a própria evolução. Então, a partir do momento em que a

consciência volta-se para si com autenticidade plena e observa

seus TRAF ARES, transformando-os através de seus TRAFORES,

derrubando seus mecanismos de defesa mais grosseiros e, com

eles, a maioria dos condicionamentos da SOCIN patológica,

nasce a compreensão existencial; cresce no indivíduo uma

euforia e um sentimento fraterno que se faz necessário expandir

aos que estão a sua volta. Com o tempo, (que passa mais rápido

para uns do que para outros) adquire-se maior discernimento, e

a consciência se torna, então, capaz de experimentar o

maxifraternismo.

3 0 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 39: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Motivação

Logo, é a partir do amor e respeito próprio que nasce a

compreensão capaz de gerar o sentimento elevado que motiva ao

universalismo - um processo normal de maturação consciencial.

Portanto, a psicologia da motivação tem um fundo de razão ao

associar motivação à emoção; pois melhorando a idéia, traduzindo

seus termos para os da Conscienciologia, é do sentimento elevado que nasce a motivação real, não efêmera.

A comunicação via satélite, o Mercado Comum Europeu,

a consciência ecológica, que agora também é presente em

trabalhadores, indústrias e algumas seções governamentais, são

as primeiras evidências de uma SOCIN onde a média das

consciências será um pouco mais madura. E perfeitamente

exeqüível, depende de nós. De você também, leitor. E o melhor

momento é agora!

"Holossinceramente", como está seu nível de maturidade?

Bibliografia

BINSTOCK, L. 1969. O Poder da Maturidade. Rio de Janeiro.

Editora Record.

DAVIDOFF, L. 1983. Introdução à Psicologia. Rio de Janeiro.

Editora Mac Grall Hill.

PRIGOGINE, Y e STENGERS, 1. 1984. A Nova Aliança

(introdução). Distrito Federal. Editora Universidade de

Brasília;

RODRIGUES, A. 1972. Psicologia Social. Petrópolis. Editora

Vozes;

VIEIRA, W. 1986. Projeciologia: Panorama das Experiências

da Consciência Fora Do Corpo Humano. Rio de Janeiro.

Edição do autor;

. 1992. Miniglossário da Conscienciologia. Rio de

Janeiro. Edições IIP;

. 1992. Projeções da Consciência: Diário de

Experiências Fora do Corpo Físico. Rio de Janeiro. Edições

IIP/ Gráfica Lua Nova.

Palestras

Tarefas Assistenciais Humanas. Marina Thomaz. IIP. Rio de

Janeiro, 14 de novembro de 1992.

Prenúncios da Sociedade Conscienciológica. Waldo Vieira.

IIP. Rio de Janeiro, 26 de dezembro de 1992.

Debates

Da Interprisão à Policarmalidade. Mônica Camargo, Antônio

Pitaguari, Mariângela Luckmann, Sônia Cerato, Leonel

Tractenberg. IIP. Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1992.»

3"

Page 40: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

LOPENSENE INVÉXIS

Rio de Janeiro, julho de 1993.

Leitor:

Esse novo painel, cujo tema é "O Holopensene da Invéxis" vem auxiliar no esclarecimento de algumas dúvidas sobre a Inversão Existencial (Invéxis). Os textos realizados pela Equipe Grinvex-Rio, discutem a Invéxis, a Proéxis (programação existencial), a Recuperação dos Cons (unidade de medida da lucidez), Compléxis (completismo existencial), e outros temas de pesquisa que têm relação com esta exposição. Entre outros tópicos importantes e de interesse para as pesquisas inversivas, debatemos o objetivo da seriéxis (vidas sucessivas) e o rendimento evolutivo, em termos de consciencialidade, rumo ao Serenismo. Sem o rendimento ou lucro evolutivo não adianta tanto empreendimento e esforços multidimensionais, tais como a Invéxis, principalmente. Os artigos da Equipe Grinvex-Rio, foram baseados nos capítulos do livro "700 Experimentos da Conscienciologia", do Professor Waldo Vieira, distribuídos nos cursos "Reciclagem e Inversão Existencial" e "Aprofundamento da Invéxis", ministrados no Brasil. Estamos abertos aos seus comentários, críticas, opiniões e sugestões sobre este 4 o Painel.

Page 41: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holopensene da Invéxis

HOLOPENSENE DA INVÉXIS COMO MECANISMO EVOLUTIVO

Fábio Ferrari Régis Tractenberg

I ma borboleta batendo as asas sobre um jardim no Brasil

I I pode provocar, mais tarde, uma tempestade na China."

De acordo com estudos matemáticos recentes isto é

possível, pois o deslocamento de ar produzido pelo seu vôo

constitui uma pequena variável que pode interferir muito na

evolução de um processo de proporções gigantescas. Apesar de

evidenciarem apriorização (por excluírem a consciência de seus

estudos), esses cálculos -traçando um paralelo entre a Matemática

e a Conscienciologia - servem para ilustrar a nossa capacidade

de participar de um processo evolutivo maior.

Entendemos por consciência o princípio vital, evolutivo, que direciona e organiza seus atributos individuais em diversas

manifestações no cosmos. No caso da consciência humana, vale

destacar uma de suas características mais proeminentes: o

pensamento. Este sempre se manifesta acompanhado de

sentimentos/emoções e energias conscienciais. A esta unidade

indissociável de manifestação da consciência humana chamamos

pensem. Portanto, holopensene significa um aglomerado de

pensamentos, sentimentos e energias, gerado por uma ou mais

consciências, que tenham afinidade com a mesma idéia, estando

sempre associado a um lugar, indivíduo, objeto ou instituição.

Um holopensene atua como transmissor/receptor de rádio,

"contagiando" com pensenes as consciências em sintonia com

suas energias, ao mesmo tempo que atrai para si novos pensenes,

emitidos por essas (feedbackholopensênicó). Assim, o somatório

dos pensenes das consciências que habitam e habitaram este

mundo forma o holopensene terrestre; e cada habitante do globo

possui seu próprio holopensene, que é constituído pelos seus

pensamentos.

No estudo dos holopensenes, podemos considerar uma

simples idéia positiva como peça capaz de trazer para junto de

si outros pensamentos similares, crescendo e se tornando um

poderoso mecanismo de evolução consciencial. Tal mecanismo

pode ser representado pelo holopensene da Inversão Existencial

(Invéxis) - técnica evolutiva que começa a ser empregada por um

número cada vez maior de conscins. Esta técnica consiste,

principalmente, no despertamento da maturidade consciencial

ainda durante a juventude, levando a pessoa a desenvolver-se na

vida intrafísica com maior domínio do holossoma, ampliando as

possibilidades do seu Completismo Existencial (Compléxis).

Este processo levará mais cedo ou mais tarde à restruturação de

certas áreas do conhecimento, com o estabelecimento de um

novo paradigma, o que dinamizará a evolução do policarma.

O holopensene da invéxis, ao que tudo indica, não está

surgindo agora, mas sempre existiu, tanto na dimensão intrafísica

quanto nas extrafísicas, pois se: "Qualquer distrito extrafísico

constitui, antes de tudo, um estado de consciência e não um

lugar" (Vieira, 1986); e, sendo os serenões consciências

multimilenares, ainda não libertos das seriéxis, que para atingirem

tal grau de evolução, provavelmente, se utilizaram de técnicas

evolutivas semelhantes à Invéxis; então, conclui-se que existem

distritos extrafísicos "marcados" pelo estado consciencial ou

pensênico relativo à Iinvéxis" destes seres.

Assim sendo, a responsabilidade dos inversores aumenta,

pois sabemos que, todas as informações necessárias ao

desenvolvimento desta etapa evolutiva estão latentes ao nosso

redor. Para alcançar este banco de dados multidimensional basta

buscar novas idéias, pondo em prática os conhecimentos sobre

a inversão de que já dispomos, criando assim sintonia e

alimentando o holopensene da Invéxis. Este é um dos objetivos

magnos dos Grupos de Inversores (Grinvexes).

O simples fato de você, leitor, ter lido todo este trabalho, já

indica algum interesse e certa afinidade pelo assunto. Mesmo

que ainda não seja um inversor, os pensenes despertados em você

agorajá fazem parte do holopensene da Invéxis e, inevitavelmente,

o conteúdo deste trabalho estará registrado em sua memória

integral. Como já vimos anteriormente, um simples pensene,

ainda que pareça insignificante, pode ter efeito semelhante ao da

borboleta voando no jardim...

Bibliografia:

GLEICK, James; Caos: a Criação de Uma Nova Ciência; Rio

de Janeiro; Editora Campus; 1990;

VIEIRA, Waldo; Projeciologia: Panorama das Experiências

da Consciência Fora do Corpo Humano; XXVIII + 900p.;

475 caps.; 40 ilus.; 1.907 refs.; glos. 15 termos; ono.; geo.;

alf.; 27 x 18,5 x 5 cm; ene ; Rio de Janeiro; Edição do Autor;

1986;

VIEIRA, Waldo; Miniglossário da Conscienciologia; 57 p.; 17

x 11 cm; espiral; Rio de Janeiro; Instituto Internacional de

Projeciologia; 1992;

VIEIRA, Waldo; Teoria dos Serenões; BOLETIM DE

PROJECIOLOGIA; Rio de Janeiro; Instituto Internacional de

Projeciologia. B

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 33

Page 42: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holopensene da Invéxis

O HOLOPENSENE DA INVEXIS E A SOCIN PATOLÓGICA Fernanda Esteves

C ada consciência intrafísica ou extrafísica, cada lugar,

cada objeto possuem seus holopensenes próprios, porém

podem ser totalmente distintos um do outro, como é o

caso do título do trabalho. As disparidades são grandes pois o

inversor, conscin disposta a agilizar sua evolução, apta a executar

o completismo de sua proéxis, tem o holopensene adverso ao da

socin patológica, que tem como características, o egocentrismo

e o materialismo.

O inversor é considerado jovem, pois sua idade média é de

26 anos e a socin patológica espera que ele se enquadre no seu

esquema, valorizando a vida noturna constante, pensando em si

próprio, desinteressando-se generalizadamente pelos estudos,

valorizando princípios hedonísticos da busca desenfreada de

prazeres, a orgasmolatria, e conseqüentemente ao culto

exarcebado do soma e da juventude. O inversor não tem como

prioridade executar estas atitudes, ele está preocupado em

extinguir o mais rápido possível seus comportamentos infantis

e imaturos, próprios de um porão consciência! avantajado, pois

só viveu 1/3 de sua idade humana.

Não vou dizer aqui que o inversor não tenha dificuldades,

pois seu megaproblema é a imaturidade, mas o que o diferencia

de outros integrantes da socin patológica é que o inversor procura

potencializar seus trafores, para eliminar seus trafares. E aspira

à atingir a holomaturidade o mais depressa possível dentro de

suas possibilidades. Ao contrário da socin patológica, estuda

bastante com prazer, dando prioridade ao mentalsoma, tentando

aumentar assim as percepções de seu coronochacra (chacra que

capta as idéias originais e criativas do extrafísico). Procura

sempre assuntos novos, tem gula intelectual para com informações

as quais ele julga prioritárias a fim de ajudá-lo na evolução e

policarmalidade. Não usa drogas, porque não tem o objetivo de

alcançar sensações como a fuga da realidade (perda de memória)

feita com drogas e alterando o estado da consciência. Pode

porém ser feita também sem essas muletas e com outros objetivos,

como por exemplo a assistencialidade através da projeção

consciente. A viagem com drogas é dependente de substâncias

químicas, a consciência fica em estado hipnagógico, numa

desordem mental com baixíssima lucideze com imagens oníricas.

É usada como mecanismo de defesa, fuga para não usar o

mentalsoma. A projeção consciente, é bem mais nítida que a

vigília física, temos muito mais lucidez, não há imagens oníricas

e temos grande poder decisório, não precisando ficar a consciência

presa às restrições físicas. As percepções feitas através das

drogas são percepções ilusórias.

O inversor quer passar por um cam inho diferente do segu ido

pela socin patológica. Ele não tem como "objetivo de vida"

casar-se, construir uma família, conseguir um emprego com o

qual arrecade muito dinheiro, ter o carro do ano. Sua

megaprioridade não é essa, mesmo ele podendo utilizar-se de

algum conforto para ajudá-lo no estudo da consciência. Ele se

programa para fazer parte de uma dupla evolutiva, pois é o mais

promissor para a dinamização da evolução para ambas as

conscins. Tem um pacto de fidelidade, ou até mesmo de

infidelidade consentida, opondo-se às promiscuidades dos excessos

sexuais que caracterizam a socin patológica. O inversor busca

evitar o preconceito quanto à raça e ao sexo de uma conscin, pois

sabe que todos nós somos consciências e as mesmas não possuem

sexo nem cor. O inversor está sempre pensando grande,

multidimensionalmente, em prestar assistência ao máximo de

conscins e consciexes sem pensar em retorno, através da tares.

Procura dar o melhor de si para executar o maxifrater- nismo e

o universalismo. Não quer ficar no mesmo círculo vicio- so da

socin patológica que vai passando de geração em geração.

O Inversor enfrenta uma série de críticas da socin patológica,

pois é tachado de esquisito, estranho, anti-social. Mas o inversor

está lúcido e consciente em relação à essas mesquinharias. Ele

sabe que, executando a Cosmoética, conseguirá alcançar mais

rápido o completismo de sua proéxis. •

HOLOPENSENE DA INVEXIS: CONJUNTO DE OUTROS HOLOPENSENES

Laênio Loche

P ara se entender melhor o holopensene da inversão

definiremos primeiramente o conceito de holopensene.

Holopensene é um agregado de pensenes. Segundo o

Conscienciólogo e Projeciólogo Waldo Vieira no "Miniglossário

daConscienciologia"pensene seria uma unidade de manifestação

da consciência composta de maneira inseparável pelo pen­

samento, sentimento ou emoção e a energia consciencial. Existem

diversos tipos de holopensene como por exemplo:

de lugar - diferentes lugares têm holopensenes diferentes.

O holopensene de um presídio (voltado para violência) é desigual

do de um parque de diversões (voltado para entretenimento,

diversão).

de profissão - o holopensene em que se encontra um médi­

co (mais dirigido a assistência) é diverso do de um comerciante

34 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 43: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holopensene da Invéxis

de ouro (mais dirigido para o enriquecimento rápido).

O holopensene da invéxis constituí-se de vários outros

dentre os quais podemos destacar:

Holopensene Bibliófilo

Envolvido no ato da leitura, no prazer de ler, diretamente

ligado ao estudo e conseqüentemente no aprimoramento do

mentalsoma.

Pessoa envolvida - indivíduo que lê muito, freqüenta

bibliotecas.

Inversor-prioriza a leitura que possa tirar proveito evitando

besteiras e futilidades.

Holopensene Organizacional

Ligado a holo-organização, ou seja, a organização em

diversos aspectos como espacial, cronológica, de estudo, de

atividades e outros.

Pessoa envolvida - indivíduo que mantém suas coisas

arrumadas como por exemplo a mesa do escritório (organização

espacial); indivíduo que é pontual (organização cronológica).

Inversor - para o inversor a organização é imprescindível

no seu bom desempenho.

Holopensene do Parapsiquismo

Ocorrência constante de fenômenos paranormais como

projeções da consciência, clarividencias, telepatia entre outros.

Pessoa envolvida - o indivíduo sofre corriqueiramente fenômenos

paranormais espontaneamente ou produzido por ele mesmo.

Inversor - o inversor se dedica ao desenvolvimento do

parapsiquismo para vivenciar a multidimensionalidade mais

amplamente.

Holopensene Assistencial

Envolvida na ajuda, na assistencialidade para com as

consciências.

Pessoa envolvida - pessoa que aplica o vínculo consciencial,

conscientemente ou inconscientemente, isto é, ajuda os outros

sem esperar remuneração, recompensas "materiais" apesar de

inevitavelmente ser retribuída assistencialmente.

Inversor - em sua assistência que faz predomina a tares

(tarefa do esclarecimento). Não se limita ao ego e ao grupo mas

se expande principalmente ao policarma.

Holopensene Neófilo

Onde não se encontra o conformismo, a imobilidade mas

predomina o progresso, as novidades, a renovação.

Pessoa envolvida - indivíduo livre de verdades absolutas,

de origens diversas como doutrinas, tabus, mantendo sempre a

mente aberta a novas idéias. Procura sempre se atualizar.

Inversor - aplica o omniquestionamento constantemente

tendo para si verdades relativas. Busca se adaptar da melhor

maneira às mudanças do mundo se mantendo sempre na frente.

Holopensene da Maturidade

Onde se encontra o aperfeiçoamento, o crescimento da

consciência em todos os sentidos: biológico, emocional,

psicológico, energético e outros.

Pessoa envolvida - pessoa de atos premeditados, ponde­

rados. Suas ações vêm depois de suas conclusões, menos suscetível

a descontroles emocionais e a infantilismos. Geralmente com o

decorrer da seriéxis isto se dá naturalmente.

Inversor - visa a maturidade consciencial o mais cedo

possível, adquirindo discernimento para vencer rapidamente o

período do porão consciencial (período da consciência mais ou

menos por volta da infância e da adolescência em que seus

trafares estão mais aflorados) e dessa forma evitar erros.

Holopensene da Compléxis

Motiva concretizar os compromissos assumidos, terminar

tudo que se propôs a fazer.

Pessoa envolvida - indivíduo que "dá conta do recado".

Aquele que inicia algo e não desiste enquanto não finalizar.

Inversor - almeja tornar-se um completista existencial

concluindo os compromissos da sua PROÉXIS. Direciona tudo

em sua vida em função deste objetivo.

Holopensene Cosmoético

Medidor da evolução - quanto mais integrado o indivíduo

estiver a esse holopensene, maior será seu estágio evolutivo.

Pessoa envolvida - a cosmoética do indivíduo relaciona-se

com sua evolução, sendo assim uma atitude será cosmoética ou

não dependendo do nível evolutivo da consciência.

Inversor - o inversor adota a moral cósmica como seu

conjunto de leis, normas de conduta pessoal sobrepondo a

qualquer conjunto de valores humanos.

Holopensene da Inversão Propriamente Dito

O holopensene da inversão agrega estes e mais outros

holopensenes priorizando a consciência. A característica funda­

mental do holopensene da inversão é a sintonização destes

holopensenes precocemente, estando o indivíduo na faixa etária

mais ou menos até os 26 anos.

Pessoa envolvida = Inversor - o indivíduo consciente da

sua posição de candidato a inversão- inicia um estudo aprofundado

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 3 5

Page 44: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holopensene da Invéxis

sobre a invéxis; dirige todos seus esforços na vida para completar

sua programação existencial, mesmo que esta no início não

esteja clara; procura unir-se com pessoas que compartilham de

suas idéias; dentre essas pessoas procura formar um grupo de

sujeitos aptos a inversão - GRINVEX.

A criação do GRINVEX traz uma gama de vantagens como:

• Motivação no processo inversivo;

• Ajuda mútua entre os integrantes;

• Catalização do amadurecimento individual;

• Principalmente a fortificação do holopensene pois a união

faz a força.

O holopensene da inversão ainda não está materializado,

cabe a você inversor se esforçar para que ele se estabeleça e a

você reciclante contribuir também já pensando em suas próximas

seriéxis.

Bibliografia:

VIEIRA, Waldo; Projeciologia: Panorama das Experiências

da Consciência Fora do Corpo Humano; XXVIII + 900p.;

475 caps.; 40 ilus.; 1.907 refs.; glos. 15 termos; ono.; geo.;

alfi; 27 X 18,5 x 5 cm; ene ; Rio de Janeiro; Edição do Autor;

1986;

VIEIRA, Waldo; Aprofundamento da Invéxis; Rio de Janeiro;

Instituto Internacional de Projeciologia; 1993;

VIEIRA, Waldo; Miniglossário da Conscienciologia; 57p.; 17

x 11 cm; espiral; Rio de Janeiro; Instituto Internacional de

Projeciologia; 1992. a

SOBRE A INTERAÇÃO CONSCIÊNCIA-HOLOPENSENE: OS CONCEITOS DE AFINIDADE, INTRUSÃO E IMERSÃO

HOLOPENSÊNICAS E SUA APLICAÇÃO NA INVÉXIS Leonel Tractenberg

Considerações Iniciais

O conceito de holopensene - conjunto de pensenes

agregados, consolidados ou afins - é um construeto teático

(teórico-prático), pois além de ajudar a integrar e explicar

inúmeros processos parapsíquicos, psicológicos, antropológicos

e sociológicos é de extrema utilidade nas vivências do dia-a-dia.

Afinidade Holopensênica

Afinidade (ou compatibilidade) holopensênica é a

capacidade da consciência interagir mais estreitamente com

determinado holopensene, isto é, captar ou emitir informações,

influenciar ou ser influenciada, com maior intensidade por um

conjunto de pensenes específicos. Afinização holopensênica é

o processo retroalimentadorde desenvolvimento e intensificação

dessa afinidade, e é proporcional ao grau de participação da

consciência, seja esta consciente, voluntária ou não.

Para fins teóricos e didáticos, pode-se distinguir dois modos

básicos: a intrusão holopensênica e a imersão holopensênica1.

Intrusão Holopensênica

Intrusão holopensênica trata da invasão de pensamentos,

' Ressalto que esta classificação é apenas didática. Na prática

verifica-se uma gradação entre esses dois extremos num continuum.

sentimentos e energias afins ou derivadas de determinado

holopensene sobre a consciência de modo predominantemente

passivo, inconsciente e involuntário: a consciência SOFRE

intrusão.

Todos estamos sujeitos a intrusões em maior ou menor grau,

dependendo de vários fatores, dentre os quais destacam-se: o

grau de afinidade preexistente com o holopensene; a qualidade

dos pensenes; o nível de equilíbrio energético e emocional; o

nível de lucidez, autoconsciência multidimensional e de

cosmoética; e a qualidade do amparo.

A intrusão holopensênica não é necessariamente prejudi­

cial à consciência. Contudo, as intrusões entrópicas e doentias

predominam na sociedade humana (socin), pois, para a maioria

das conscins, o egocentrismo e o emocionalismo irracional e

exacerbado prevalecem sobre a ponderação, racionalidade e

maxifraternismo.

As técnicas de mobilização básica das energias conscienciais

(MBE), e, em particular, o estado vibracional (EV), ajudam a

desenvolver maior capacidade de discriminação e autodefesa

quanto às intrusões holopensênicas. Mas devem ser acom­

panhadas da autoconscientização crescente quanto aos próprios

pensenes pois é a qualidade deles que irá determinar o grau de

afinidade com este ou aquele holopensene.

Imersão Holopensênica

Em contraste com a intrusão, imersão holopensênica é um

processo tipicamente ativo, consciente, proposital, volitivo: a

36 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 45: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holopensene da Invéxis

consciência pratica a imersão.

É correto afirmar que alguns casos referentes a intrusão

podem ser igualmente aplicados no caso da imersão. Ao enquadrar

determinado processo dentro da primeira categoria, está se

ressaltando o caráter passivo da consciência influenciada pelo

holopensene. Inversamente, ao enquadrá-lo na segunda, está se

ressaltando o caráter ativo dessa consciência, embora ambos

constituam um mesmo processo de afinização.

A imersão holopensênica, da mesma forma que a intrusão,

em si, não é positiva nem tampouco prejudicial. Os resultados a

curto, médio e longo prazo dependerão de fatores como: nível de

lucidez e de cosmoética; nível de amparo intra e extrafísico;

experiência e preparo pessoais; trafares e trafores de cada um;

dentre outros.

Técnica de Imersão Holopensênica

Para se conseguir um alto grau de imersão em um

holopensene é preciso considerar os seguintes fatores:

• vontade, interesse, motivação;

• auto-organização, concentração (não dispersão), per­

sistência e constância;

• interação com todas as outras consciências, ambientes e

situações afins àquele holopensene;

• parapsiquismo.

Também já provaram ser muito eficientes as seguintes

técnicas:

• manter estudos e/ou práticas intensas afins ao holopensene

(saturação mental com o assunto);

• estabelecimento de uma base física, com objetos e ativi­

dades afins ao holopensene (ambiente, coleções, rotinas

diversas, etc.) com o propósito de criar "ressonância"

com aqueles pensenes;

• anotar todas as idéias, bem como registrar todas as

"coincidências" e acontecimentos relacionados direta ou

indiretamente com o holopensene em questão. Muitas

vezes, uma minúscula anotação em canto de página pode

desencadear o surgimento de idéias originais;

• criar fatores desencadeantes ("ganchos mentais") para

afinizar rapidamente com o holopensene;

• técnica do "50 X Mais" proposta por Waldo Vieira no

livro 700 Experimentos da Conscienciologia.

Aplicação dos Conceitos na Invéxis

Dependendo da qualidade dos holopensenes e de seus

diferentes níveis de afinidade com a consciência, aqueles poderão

potencializar tanto os trafares quanto os trafores da pessoa.

O inversor ou inversora jovens geralmente não dispõe do

conhecimento pleno de suas proéxis. Contudo, já é de grande

valia saber o que pode ser evitado. A conscientização quanto aos

aspectos potencializadores dos seus trafares e trafores, previne-

o dos traços mais negativos do seu porão consciencial, e quanto

às chamadas "coleiras do ego", ou seja, comprometimentos

humanos que podem restringir, ou mesmo desviar suas ações do

curso da proéxis. Tal identificação é individual, pois está

relacionada com o nível evolutivo de cada consciência. Todavia,

é possível identificar alguns holopensenes intrusivos presentes

em nossa sociedade que, devido à inexperiência da conscin

jovem, podem constituir sério obstáculo às suas tarefas

assistenciais policármicas. Vejamos alguns deles:

• Tanto na escola quanto na universidade o indivíduo é

pressionado pelos colegas a não dar valor ao estudo.

Quando o faz é rotulado de "CDF". O "estigma do CDF"

às vezes é tão forte que faz com que, de forma a se

defender, ele crie uma máscara social para encobrir suas

reais motivações. O sucesso dessa atitude sociosa a

reforça cada vez mais, criando um círculo vicioso difícil

da consciência escapar.

• Paralelamente, nossa sociedade alimenta o holopensene

do consumismo, do culto ao supérfulo e do hedonismo,

em diversas formas: através da supervalorização do sexo

e do corpo, em detrimento da afetividade e do discer­

nimento; a necessidade de andar na moda; de se enquadrar

numa "tribo" ou grupo, pensando e agindo da mesma

forma que os demais; etc.

• O holopensene de diversas religiões e credos, ao mesmo

tempo que estrutura as formas de relacionamento social,

pode tolher os questionamentos da conscin na busca de

respostas para suas questões existenciais, bem como as

manifestações de suas potencialidades parapsíquicas.

Em vez de procurar ativamente explicações em diversas

linhas de pensamento, acaba por restringir-se à aceitação

passiva das verdades absolutas impostas pela doutrina.

• O holopensene do militarismo, bem como o dos esportes

violentos e arriscados facilitam a canalização da agres­

sividade e espírito aventuresco do jovem para atividades

imbecis, negativas e totalmente contraproducentes do

ponto de vista assistencial e evolutivo.

Para os inversores é oportuno identificar holopensenes

intrusivos que podem ser positivos para o cumprimento da proéxis,

como por exemplo: o da informática e da opulência de informações

quando encarados como ferramentas / artefatos do saber; o da

ecologiae da internacionalização (quebrade barreiras); o desportista

e naturalista (quando explorado com ponderação); o da crise de

paradigmas e de instituições, quando encarado como possibilidade

de formular novas propostas e de novas ações.

Mais oportuno ainda é identificar holopensenes menos

evidentes porém muito mais positivos como é o da bibliofilia, o

organizacional, o do parapsiquismo, o datares (tarefa assistencial

do esclarecimento), o holopensene da cosmoética, o da Invéxis,

da compléxis (completismo existencial), da Conscienciologia, o

da desperticidade e do serenismo, etc.

Ao fazer essa identificação, torna-se possível, através das

técnicas de imersão citadas, intensificar a aquisição e produção

de idéias originais, bem como otimizar as atividades compatíveis

com esses holopensenes. E o processo chamado de serendiptidade

Gestações Conscienàais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 3 7

Page 46: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holopensene da Invéxis

(do inglês serendipty) aplicado no cotidiano. Mas, para que isso

ocorra, é preciso que o inversor esteja consciente de certas

dificuldades inerentes ao período da adolescência, entre outros:

• O jovem geralmente não está acostumado a rotinas. É

inconstante e distraído, muito devido à própria entropia

nas relações afetivas e sexuais, bem como a própria

instabilidade do soma em crescimento;

• Os surtos emocionais e de imaturidades relativas ao porão

consciencial são freqüentes, o que prejudica a manutenção

de um holopensene individual homogêneo;

• Nesse período é ainda bastante suscetível às opiniões e

energias alheias, não dispondo de um cabedal suficiente

de conhecimentos e experiências na memória física para

ponderar com maior discernimento, nem de autodefesas

energéticas firmemente estabelecidas.

• É também desorganizado quanto ao tempo e impaciente

quanto a obtenção de resultados, descuidando do processo

para chegar até os mesmos.

Tudo isso reflete na dificuldade que tem de se afinizar e de

fixar a certos holopensenes. Naturalmente, são dificuldades que

não dizem respeito somente a questões abordadas aqui. E

importante ressaltar que imersão holopensênica é, antes de tudo,

um processo de RETROALIMENTAÇÃO, o que justifica a

importância em destacar tais fatores.

Por outro lado, existem fatores positivos, facilitadores do

processo, adstritos ao período daadolescência, como por exemplo:

maior receptividade e curiosidade relativa a idéias novas

(neofilia); motivação para investir em novos projetos; curso

intermissivo recente; diminuição das carências populacional,

econômico-financeira, afetiva e intelectual; e tc . A compreensão

global dessas variáveis é meta a ser atingida pelo inversor ou

inversora o mais cedo possível.

Bibliografia:

BALONA, Málu; A Síndrome do Estrangeiro; ANAIS; I

Congresso Internacional de Projeciologia; Rio de Janeiro;

1990; Edição; 1991; Instituto Internacional de Projeciologia;

p.15-18;

BERGER, Peter L.; Perspectivas Sociológicas: Uma Visão

Humanística; 5a ed.; Petrópolis, RJ; Brasil; Editora Vozes;

1980; 202p.;

BUNGE, Mario; Teoria e Realidade; COLEÇÃO DEBATES;

São Paulo, SP; Editora Perspectiva; 1974; 239p.;

LOCHE, Laênio; Holopensene da Invéxis: Conjunto de Outros

Holopensenes; Grinvex-Rio; Outubro, 1993;

OLIVEIRA, Tânia Maria de; Tesauro de Conscienciologia e

Projeciologia; Rio de Janeiro; Instituto Internacional de

Projeciologia; 1993; 174p.;

VIEIRA, Waldo; Projeciologia: Panorama das Experiências

da Consciência Fora do Corpo humano; XXVIII + 900p.; 475

caps.; 40 ilus.; 1907 refs.; glos. 15 termos; ono; geo; alfi; 27

x 18,5 x 5 cm; ene ; Rio de Janeiro; Edição do Autor; 1986;

928p. .

HOLOPENSENE DA INVÉXIS: ENTRADA E MANUTENÇÃO Marcelo Costa

"O importante é não seguir nunca os caminhos já trilhados mas procurar sempre novos atalhos". Graham Bell.

Resumo: o autor demonstra a praxis da invéxis, prática a qual bem realizada

gera o que propõe de Continuismo Evolutivo, e, aponta para aafmidade entre

pensene e tridotalismo consciencial.

D e início vamos elucidar: a invéxis consiste basicamente

em uma técnica para o esclarecimento de consciências.

Dispondo-se à inversão, a pessoa jovem não precisa

necessariamente ter independência financeira ou ser poliglota,

mas sim deve esforçar-se para adquiri-los. O inversor é o

indivíduo que busca o completismo existencial através da técnica

inversiva. Assim, tendo êxito, o trabalho feito propiciará um

Continuismo Evolutivo', beneficiando as criaturas que chegarem

e ao próprio completista. Importante, no entanto, é haver uma

afinização entre nossos pensenes e os da invéxis.

Vejamos: se há uma necessidade íntima de melhorarmos

' Continuismo Evolutivo. Princípio da Conscienciologia que trata do planejamento multiexistencial, feito de modo coerente e ordenado, incluindo-se aí o período intermissivo. Causa primária para o serenismo.

enquanto consciências, logo torna-se indispensável uma técnica

com este objetivo. Caso contrário, ficaremos somente com nossa

genialidade manifestando-se de forma breve e inconstante. A

técnica visa então, aproveitar estes clarões de genialidade em

prol da própria conscin de modo científico. Vivendo nesta

realidade estaremos reforçando o holopensene em benefício de

outras consciências.

A invéxis realizada é praxes (no grego,práxis significa uma

maneira de ser e de agir na qual o agente, sua ação e o produto

desta são termos indissociáveis, formando assim, uma extensão

da consciência). Para entendermos melhor, tomaremos como

exemplo uma personalidade histórica x: após estudarmos sua

vida em detalhes, sempre associaremos os fatos desencadeados

ao personagem, sendo complicado imaginar sua existência sem

interligarmos ao acontecido, mesmo quando de algum pormenor.

38 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 47: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holopensene da Invéxis

Ora, é precisamente isso que ocorre com a invéxis; porém de

maneira mais hígida e positiva. De forma que, "uma tarefa dessa

executada durante duas décadas consecutivas, traz um nível de

lucidez indissociável à consciência" - E.M.

A própria reciclagem existencial (recéxis) afiniza-se com

nosso holopensene. Podemos chegar ao ponto de afirmar que, a

recéxis para ser bem feita, mister é que auxilie nos processos da

invéxis. Desse modo, o reciclante estará preparando suas próximas

seriéxis.

Atentemos agora ao tridotalismo consciencial, isto é, os três

tipos de inteligência básica à consciência: a Intelectualidade, a

Comunicabilidade e o Parapsiquismo. Devemos ter em conta a

importância do cultivo destas faculdades e seu vínculo com a

coadunância do pensene: o Pensamento, o Sentimento e a

Energia.

a) Pensamento e Intelectualidade. Se dá através da

habitual idade. Uma pessoa, tendo uma biblioteca a sua disposição

e possuindo convívio diário com os livros, exerce um trabalho de

"garimpagem", ou seja, após "digerir" várias obras poderá

selecionar as informações, que de acordo com seu discernimento,

julgar úteis. È certo que uma complexa e bem cuidada rede

interneuronial ajuda a conscin a pensar melhor.

b) Sentimento e Comunicabilidade. A coesão, emoção/

racionalidade forma os sentimentos que estando equilibrados

são expressos com serenidade. De pouco adianta as amizades se

nossa conversa é pura tagarelice.

c) Energia e P a r a p s i q u i s m o . Fator de equilíbrio

holossomático. No momento de trabalhar nossas bioenergias, é

necessário estar com a mente tranqüila, descansada e serena; sem

as preocupações, as turbulências e as vaidades cotidianas. Se

deixarmos a competitividade que busca sempre pequenas

vantagens e nossos apegos arraigados certamente daremos um

importante passo rumo ao Universalismo.

Importante é notarmos que estas três dotações agem de

forma conjugada, ainda que não percebamos. Mas neste caso, o

que fazer? O uso do bom senso faz a consciência transcender o

senso comum. Este se caracteriza por um "conjunto desagregado

de idéias e opiniões difusas e dispersas que fazem parte de um

pensamento genérico de uma época ou de um certo ambiente

popular" (Solis). Assim é chamado porque em seu conhecimento

traz a "média" do saber humano, o "óbvio", normalmente im­

pregnado de alguma ideologia. Desse modo, a crítica torna-se

indispensável para se chegar ao que nomeamos de "verdade

relativa de ponta".

Segundo Popper, a ciência tem como ponto de partida o

senso comum e possui a crítica como instrumento para evoluir.

Mesmo inseguro, daí devemos começar a fim de que possamos

ultrapassar, empregando forma teática, as estruturas cristalizadas

seguindo nosso discernimento.

Cabe lembrar que a natural tendência de acomodação

mental - que afeta a maioria absoluta da população terrestre -

deve ser superada com a tomada de lucidez, de modo definitivo,

alcançando-se certo patamar evolutivo.

Com tudo isso, resta-nos ficar atentos para não entrarmos

em hibernação consciencial.

Por fim, cumpre dizer que a Invéxis é investimento lucroso

a médio e longo prazo. Os que se dispõe a tal empreitada

encontram dificuldades, mas estas devem ser superadas com

esforço e genialidade cosmoética. O desafio está aí.

Bibliografia:

HÚHNE, Leda Miranda; Organizadora; Metodologia

Científica: Caderno de Textos e Técnicas; 263p.; 2a ed.;

Editora Agir; Rio de Janeiro; 1988; p.57, 58, 60;

MURPHY, Josepf; A Magia do Poder Extra-Sensorial; trad.

João Távora; 204p.; 3 a ed.; Editora Record; Rio de Janeiro;

1981; p. 49;

VIEIRA, Waldo; Projeciologia: Panorama das Experiências

da Consciência Fora do Corpo Humano; XXVIII + 900p.;

475 caps.; 40 ilus.; 1.907 refs.; glos. 15 termos; ono.; geo.;

alf; 27 x 18,5 x 5 cm; ene ; Rio de Janeiro; Edição do Autor;

1986; p. 542 - 544. .

VALORES MULTIEXISTENCIAIS E O HOLOPENSENE DA INVÉXIS Ricardo Ferraro

O objetivo principal deste trabalho é como trabalho

científico, fazer pensar, já que entendo esta como a

principal atividade do cientista que não apenas organiza

conhecimento, transmite informação ou verifica hipóteses.

Começo com uma citação:

(Somos todos humanos e com freqüência cedemos aos

encantos de conformismo ao grupo, argumentação e

jogos de poder. (...) não permita a nenhum malabarista

intelectual vociferar-lhe seus direitos naturais. As janelas

aí estão.)

We are all humans and often fall under the spell of group

conformity, argumentation, and power games. (...jdonot

let any intellectual juggler talk you out of your own

birthright. The windows are there. (OSIS in Pinkington,

1987, p. 134)

Karlis Osis foi responsável por 25 trabalhos publicados em

30 anos, entre 1952 e 1982 em jornais como o Journal of

Parapsychology e o Journal of American Society for Psychical

Research, inclusive ESP over distance: Research on the ESP

channel (PES a distância: Pesquisa em comunicação via PES)

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 39

Page 48: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holopensene da Invéxis

junto com Chester Carlson, inventor da Xerox. Seus estudos

foram motivados através de experiências pessoais, sua busca por

uma janela para um algo mais. Em seu trabalho também pode ser

percebida a importância das teorias evolucionistas, tentativas de

extrapolação evolutiva, de suas pesquisas parapsíquicas com

animais, junto a Lorentz, e de sua dedicação ao estudo da

personalidade.

A personalidade pode ser analisada sob diversos aspectos e

cada aspecto irá adquirir sentido diferente em diferentes teorias,

e o que desejo ressaltar são os aspectos e não sua interpretação.

Eles também são chamados traços e podem estar mais ou menos

desenvolvidos. Percebemos aquela personalidade que é terrível

em cálculos sofisticados e raciocínio lógico, mas habilidosa em

sua vida afetiva intensa. Ou aquela com poder de síntese e

precisão em sua comunicação, mas é estabanada e desajeitada.

E ainda outra com parapsiquismo e sensibilidade enormes, mas

não tem nenhuma organização, ou ainda a que desenvolve

intensa atividade profissional, mas sua saúde é sustentada a base

de fármacos.

Eventualmente podemos ouvir um comentário do tipo: "Se

você é bom em uma atividade, poderá se tornar bom em qualquer

outra". Sem ignorar a escala de valores aí proposta, quero

chamar a atenção para o superdotamento, ou o desenvolvimento

de certo aspecto da personal idade em relação a outros. Poderíamos

conjecturar se são fatores limitantes que permitem certo aspecto

se desenvolver mais que outro, ou se a dedicação intensiva,

maior, sobre um certo aspecto acaba subvalorizando outros, ou

ainda se os limites são circunstanciais, ambientais, multidimen-

sionais, ou intraconscienciais, mas isto é objetivo de outros

trabalhos.

No campo da Conscienciologia chamamos traço força

(trafor) ao traço mais desenvolvido, componente positivo da

estrutura do microuniverso consciencial, e traço fardo (trafar) ao

traço menos desenvolvido, componente negativo da estrutura do

microuniverso consciencial, limitante e geralmente passível de

maior influência devido a menor lucidez sobre seu papel nas

relações interconscienciais.

Quando nos tornamos conscientes de determinado aspecto

ou traço, denominamos isto de recuperação de um con, ou de

uma unidade de lucidez., ou lucidez sobre nossa personalidade.

Mas existem cons mais importantes e outros menos. Um con será

tão importante quanto sua capacidade de facilitar a recuperação

de outros cons. Explico. Esta é a técnica do trafor orientando o

trafar. Aquela habilidade que percebemos em nós como a mais

eficiente, a mais desenvolvida, aquela que nos destaca, aquela

que faz com que nos diferenciemos dentro do grupo, esta deve

ser observada. Em que circunstâncias a utilizo, se procuro

dominar com esta habilidade ou se posso ser manipulado através

dela, se a uso economicamente apenas em meu benefício ou se

a uso em benefício de grupos cada vez maiores, se é um agente

para minha motivação, se consigo utilizá-la contra estados

afetivos depressivos, ou como este traço afeta minha criatividade.

Esta habilidade mais desenvolvida irá fornecer um método.

Como chegamos ao seu desenvolvimento? Posso aplicar este

processo para gerar novas habilidades? Este método deve ser

exercitado para que se torne um hábito pessoal. Este hábito será

incorporado ao nosso holopensene pessoal e nos criará

predisposições positivas nas próximas seriéxis, daí a importância

do exercício consciente desta técnica.

Uma idéia original é uma informação nova, criativa para a

consciência. Falando sobre idéias originais Vieira (1986) propõem

300 expressões novas o que corresponde 300 novas informações

e 300 associações novas entre conceitos e fenômenos. Agora

vamos pensar em termos de personalidade. Para a captação de

uma informação nova, ou reconhecimento de um fenômeno é

necessário que haja uma estrutura perceptiva e mnemónica que

possam reter esta informação. Sabemos também que o sistema

nervoso opera através de representações espaço-temporais e

além disso esta informação será introduzida em um universo

preexistente de relações, de conceitos e definições. A introdução

de uma idéia nova significa o emprego de uma quantidade de

energia, provida de carga emocional e também associada a certas

representações. Se o registro da nova informação for totalmente

incompatível com as representações anteriores a nova idéia será

registrada com distorção, seja ela a total desassociação com

juízos de valor, o que significa a ignorância da idéia, a distorção

máxima, ou seja ela o registro parcial associado aos juízos de

valor, um grau intermediário entre a não-distorção e a distorção

máxima, impedida de ser recuperada em sua plenitude. Então os

traços da personalidade podem funcionar como filtros. Uma

personalidade desestruturada afetivamente não conseguirá fixar

sua atenção em detalhes importantes para o desenvolvimento de

uma idéia, mesmo simples. Outra personalidade quenão reconheça

a importância do diálogo para a comunicação não conseguirá

fixar a idéia de feedback.

Se desejamos nos tornar mais aptos a desenvolver idéias

mais complexas e organizar um conhecimento cada vez mais

detalhado, aumentarmos a saúde holossomática, produzir uma

cultura cada vez mais universal, menos lacunada de geração para

geração, devemos observar mais nossa personalidade. Admitido

o planejamento existencial dos eventos intermissivos, se neste

período pudemos reconhecer nosso megatraço, ou trafor maior,

poderemos hoje, de novo reconhecê-lo, e utilizá-lo como modelo

orientador para nossos próprios megatrafares, como agente

recuperador de cons e como agente retrocognitivo. Estes são

valores que procuram manter a consciênciaem seu curso evolutivo

através das diversas existências.

Já que a consciência diminui sua lucidez conforme a

energia vai se densificando e conforme seu nível evolutivo1

(postulado da intrassomação),o desenvolvimento da consciência

será mais organizado quando esta reconhece e identifica, aceita

e procura modificar seu ambiente, seu espaço, de acordo com os

limites de uma escala de valores consciencial, ou melhor, uma

escala de valores interconsciencial e multiexistencial. Adquire

mais valor as atividades que se propõem a serem mais duradouras:

o investimento com prazo mais longo, o desenvolvimento

sustentado, a profilaxia no lugar do tratamento, a educação para

mais de uma existência.

As relações interconscienciais deverão ser ponderadas e

vale ressaltar que um grupo com mesmo objetivo acabará

Seria esta dinâmica uma dinâmica caótica ?

40 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 49: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holopensene da Invéxis

formando uma estrutura energética diferenciada, um holopensene.

O que produzirá então um grupo buscando os aspectos fortes de

sua personalidade, ou, cada elemento do grupo buscando a

maturidade através do reconhecimentos dos aspectos mais íntimos

da própria personalidade?

Mas não é apenas a técnica prática que permitirá a orga­

nização. Talvez pudesse chamar de filatelia, numismática, mu­

seologia, biblioteconomia, informática, história, propedêutica

ou ainda coleção de dados, mas comum a todas estas atividades

é a reunião organizada da informação.

A ciência da informação se propõe a otimizar a memória, ou

seja, organizar a informação de modo a que sua recuperação seja

feita com um mínimo gasto de tempo e energia. Não seria este

também o objetivo dos cursos intermissivos? Aqui relacionamos

bibliofilia à recuperação de informação. Aos que desejam se

tornar "amigos" dos livros, ou profissionais da recuperação da

informação, ou técnicos na recuperação dos cons, estes devem se

ocupar do estudo, em diferentes graus de especialização é claro,

do atual processamento da informação: como, onde, quando e

com quem encontramos a informação.

O "como", por exemplo, diz respeito a qualidade da

informação, ao reconhecimento de softwares eletrônicos que

podem aumentar ou diminuir a organização da informação de

acordo com o uso feito por essas ferramentas, e com a identificação

da personalidade de quem serão os usuários da estrutura de

organização a ser desenvolvida.

O processamento da informação é outra componente de um

grupo que busque o desenvolvimento consciencial, o que em ter­

mos científicos corresponde aos fundamentos teóricos e também

irá sofisticar as estruturas de energia em desenvolvimento.

Devemos pensar mais e valorizar o legado que podemos

deixar para outras gerações, e para nós mesmos, começando em

pequenos hábitos como datar, assinar, paginar, situar, indexar,

resumir e criticar nossos documentos.

Bibliografia

VIEIRA, Waldo. Projeciologia: Panorama das experiências

da consciência fora do corpo humano. 900 p.

PILKINGTON, Rosemarie. Man and Woman ofParapsychol-

ogy- m

A CONEXÃO ASSISTENCIAL EXTRAFISICA NO HOLOPENSENE DA INVÉXIS

Rosiméri de Souza

Resumo: Ressaltar a presença da Assistência Extrafísica no Holopensene

Maxifraternista, Sincero e Autêntico.

A dos indivíduos sempre que se faz necessário, porém, nem

sempre é perceptível

Através das manifestações pensênicas das consciências, ou

seja, por meio do pensamento, sentimento e energia - pois é

sabido que cada ato está ligado a um pensamento, sentimento e

. tes acompanhados de energia - forma-se o holopensene. Cada

consciência tem seu próprio padrão holopensênico, onde é

manifestado através de sua postura íntima. Logo, holopensene é

o resultado daquilo que se pensa, faz e sente.

Idéias, pensamentos e energias estão a envolver todo o

universo e, às vezes, as consciências afinizam-se a estas idéias

de acordo com a sintonia de seus pensamentos.

A Invéxis é uma das idéias que leva a consciência a

direcionar-se no seu real objetivo existencial. E a técnica que a

conscin inversora vai utilizar para desenvolver seu propósito.

Ela é bastante complexa e poderá levar o inversor dispor-se ou

não a ir adiante. Esse percurso é considerado complexo porque

a consciêncianão se permite estagnar, pois um dos seus principais

objetivos é o Completismo Existencial.

O Completista Existencial é aquela consciência que cumpriu

sua Proéxis (Programação Existencial). A megametado Inversor

Existencial é a Evolutividade Policármica, onde ele abre mão de

si mesmo, deixando de ter uma visão somente para o seu "eu", em

prol de um todo, pois no decorrer do desenvolvimento da sua

maturidade, tudo que ele for fazer, certamente pensará na

repercussão multidimensional. Nota-se então, que é essencial

determinação, vontade, sinceridade e autenticidade para alcançar

tal meta.

Dentre outros, dois pontos são fundamentais para a

consciência manter-se no processo: a Intelectualidade e a

Assistência Extrafísica.

A consciência que busca conhecimento com discernimento

é autodidata e estuda de acordo com suas necessidades, alimenta

o cérebro, controla a emoção e contribui para uma boa

comunicação. Os elementos dos estudos estão a disposição de

todos. É questão de trabalho, esforço, dedicação e motivação,

possibilitando-a a conquistar seu espaço, seja profissional ou

social, respeito e confiança; atuando com auto e heterocrítica.

A partir do momento em que a conscin inversora empenha-

se no seu objetivo, dedicando-se o maior tempo possível em prol

da universalidade, sempre que necessário a Assistência se faz

presente por meio de Amparador Extrafísico. O Amparador é

consciência a fim a você e com interesse na sua evolução. Do

extrafísico ele esclarece, orienta, e, às vezes, também consola.

Os esclarecimentos chegam até a pessoa por meio de

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 41

Page 50: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Holopensene da Invéxis

intuição, auto-sugestão, segurança, bem estar... naquilo

que se faz. Porém, é necessário lucidez e discernimento

quanto a essas or ientações , pois, apesar deles serem

consciências evoluídas, também estão suscetíveis a erros.

O ideal seria que a conscin e amparador evoluíssem

ombro-a-ombro, mas pode acontecer da própria conscin

evoluir mais rápido que ele, e, quando isso ocorre, o

amparo é mudado, ou melhor, ele evolui. Ela - a conscin

- , receberá um novo amparador com patamar evolutivo

igual ou superior ao seu. Essa mudança se dá naturalmente,

pois se o nível evolutivo mudou, obviamente o padrão

pensênico também e com isso ela altera suas relações

física e extrafísica.

E importante ressaltar que existem consciências com boa ou

má assistência, pois isso depende da ressonância causadano nível

pensênico do indivíduo, nas suas atitudes e interesses pessoais.

O Inversor num holopense maxifraternista, um meio no

qual está ligado o altruísmo, o senso de equipe, o rendimento

consciencial, ele poderá ter um eficiente intercâmbio com

amparadores, dentro do equilíbrio justo e necessário, exigidos

por suas experiências humanas e necessidade evolutivas pes­

soais, alinhando-se com anseios mais profundos e com o maior

bem que tem para oferecer a si e aos outros, interdimensio-

nalmente.

Bibliografia:

VIEIRA, Waldo; Projeciologia: Panorama das Experiências

da Consciência Fora do Corpo Humano; XXVIII + 900 p.;

475 caps.; 40 ilus.; 1.907 refs.; glos. 15 termos; ono.; geo.;

alfi; 27 x 18,5 x 5 cm; ene. Londrina; Paraná; Brasil; Livraria

e Editora Universalista; 1990;

VIEIRA, Waldo; Miniglossário da Conscienciologia; 57 p.; 17

x 11 cm; espiral; Rio de Janeiro; Instituto Internacional de

Projeciologia. 1992.

SANTOS, Isidoro Duarte dos; Dois Mundos; Estudos Psíquicos

Editora;

CAUBIT, Rosângela; A Intelectualidade no Processo Evolutivo;

Rio de Janeiro; Instituto Internacional de Projeciologia; 1992;

VIEIRA, Waldo; Aprofundamento da Invéxis; Rio de Janeiro;

Instituto Internacional de Projeciologia; Junho, 1993. •

42 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 51: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

MÍDIA

Rio de Janeiro, agosto de 1994.

Leitor:

Estamos dando início ao novo painel - Multimídia.

Este painel tem a finalidade de apresentar os resultados das pesquisas realizadas pelos integrantes do

Grinvex-Rio.

A Multimídia está se tornando cada vez mais popular, e saber tirar proveito dos recursos oferecidos por ela é de grande importância. O fato de ser um tema amplo e o Grinvex-Rio possuir integrantes com formação em diversas áreas, resultou em diversos trabalhos de qualidade, abrangendo definições da Multimídia, para que serve, como usá-la, relações com a Conscienciologia e Projeciologia.

Criticar e opinar sobre os textos, fica sob sua decisão, mas lembre-se de que sua crítica cosmoética só vai ajudar e será bem vinda.

Page 52: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

H Multimídia

SINCRONICIDADE E A MULTIMÍDIA Carlo Raiher

í t — m odos nós temos forças elétricas e magnéticas dentro de

nós e exercemos um poder de atração e repulsão,

dependendo do contato que tivermos com algo afim ou

dessemelhante". 1

Antes de fazermos qualquer paralelo entre a sincronicidade

e amultimídia, fazer-se-áuma breve definição de ordem junguiana

sobre o que venha a ser esta sincronicidade.

Poderíamos caracterizá-la no espaço, distingüi-la e

compreendê-la igualmente como uma percepção no tempo,

contudo não é de fácil entendimento que ela seja espacial.

Acontecimentos sincrónicos que têm suas conexões entre

fatores significativamente coincidentes devem ser concebidos

como acausais, não obstante, na falta de causas demonstráveis,

tentamo-nos a postular causas transcendentais, umacontradictio

in adjecto - uma contradição nos termos, pois o que transcende,

por definição não pode ser demonstrado fisicamente.

Natura lmente , procuramos no mundo macrofísico

acontecimentos acausais, embora em vão, pela simples razão de

sermos, na maioria das ocasiões, incapazes de imaginar

acontecimentos inexplicáveis e sem relação causal. Porém isto

não nos dá nenhuma prova de que eles não existam. Pode-se

legitimar esta afirmação partindo da premissa da verdade

estatística, empírica.

Jung, um conceituado pesquisador, escritor e psicólogo,

caracterizou a sincronicidade como um conteúdo inesperado,

que está ligado direta ou indiretamente a um acontecimento

objetivo exterior, que coincide com o estado psíquico ordinário.

Fazendo-se uma análise do que afirmou Jung, a

sincronicidade estaria intimamente ligada ao inconsciente2 das

pessoas, de maneira que os acontecimentos realizam-se, esteja

ela lúcida ou não para isto.

Poderíamos determiná-la como sendo uma seqüência de

fatos e acontecimentos pré-destinados que estariam ligados a

cada pessoa ou consciência, sendo influenciada e influenciando

na dimensão extrafísica, que coexiste com este mundo humano.

Neste caso, a qualidade dos pensenes é a chave-mestra na

conexão dos fatos sincrónicos resultantes da afinização de cada

consciência, de modo que a responsabilidade pelo que pensamos

é total e completamente nossa e os sincronismos ocorrem

simultaneamente.

Transcendendo a nossa realidade intrafísica quadridimen-

sionalista, poderia ser uma ação promovida por amparadores ou

assediadores (por exemplo o poltergheist, macro-PK...), ou até

' Metaphísica vera, pars III, secunda scientia, p.395s. 2 Entenda-se inconsciente aqui como os momentos de pouca lucidez

do(s) indivíduo(s).

mesmo com sua provável origem na proéxis (programação

existencial) da consciência, feita em período antecedente à sua

intrafisicalidade.

Os sincronismos ocorrer-se-iam em meio ao inconsciente

ou de alguma forma com um certo acesso à nossa memória

integral, em decorrência da afinização dos pensenes da conscin

(consciência intrafísica).

A emissão dos pensenes, juntamente com a articulação

extrafísica promovida, entraria para preencher uma necessidade

da conscin, podendo-se classificar a sincronicidade como um

resultado de auto-sugestões da própria consciência.

Tamanha a dificuldade da obtenção de estudos empíricos

dos quais poderíamos tirar conclusões mais seguras, teremos que

nos aventurar a ângulos mais recônditos, profundos, estando

livres de quaisquer preconceitos dos paradigmas da nossa época,

para tornar possível a ampliação das bases do conhecimento da

natureza.

Sincronicidade na Multimídia

Encontramo-nos na ERA DA INFORMAÇÃO onde o

mundo está sendo inundado com tanta informação que dificulta

a rapidez e a conveniência do acesso ao fluxo informacional.

Fluxo este, que através de uma maneira sincrónica e simultánea,

mediante métodos usados pela multimídia, torna mais organizado

tal acesso a determinados conhecimentos mais específicos e de

vários modos. O exemplo disso são os programas disponíveis em

CD-ROM como as variedades enciclopédicas (podendo-se citar

o Encarta, como exemplo, com o conteúdo de 29 volumes em 1 CD), dicionários (inclusive com o som e a respectiva pronúncia

do conteúdo), banco de dados de fotos e imagens gráficas de

assuntos específicos.

Todos estes programas já se encontram no mercado,

destinados ao usufruto e estão ao alcance de qualquer pessoa que

tenha acesso a um computador, seja em casa, no trabalho, na

escola ou universidade, etc.

Neste processo, além de facilitar a interação, onde sua

apl icabi l idade torna-se ex t remamente funcional ao

reconhecimento e a captação de idéias originais e de novos

concei tos , a multimídia tem apl icabi l idade direta no

desenvolvimento mental e na aquisição de novas sinapses

cerebrais.

Com isso, a insaciabilidade ao conhecimento ganha a

oportunidade de prover deste meio natural para o próprio

aprendizado, podendo provocar até mesmo uma revolução de

idéias.

44 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 53: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Multimídia

Na verdade a multimídia significa a ponte de ligação dos

íàtos e dos meios conscienciais através de seu sincronismo e

¿rrimoracao podendo ocasionar mudanças no holopensene indi­

vidual e coletivo.

A Assimilação de Idéias Via Multimídia

Pelas vias de acesso da multimídia, há uma interação lúcida

para a assimilação de idéias emitidas por amparadores para

podermos ter, de outro ângulo, uma noção da atuação dos fatos

entre amparador e amparado, onde uma presença de parapsiquismo

mais exacerbado facultaria maiores condições de entendimento

¿e tais fatos sincrónicos e entre eles as ligações das consciências

. is subseqüentes questionamentos.

O que pode nos fazer entender a sincronicidade é a lucidez

que temos de desprender para não ficarmos num vazio.

Esta lucidez, na amplitude das informações obtidas e

acoplada à assimilação das idéias por todas as formas e ângulos

provocaria, indubitavelmente, o desbloqueio e o desenvolvimento

acentuado da comunicabilidade, intelectualidade e atingiria,

como se a alfinetadas, despertamentos simultâneos no caminho

odas nossas inteligências da mentalsomaticidade (comunicativa,

contextual, corporal, espacial, experimental, interna, lingüística,

- - musical, parapsíquica e pessoal), o que influenciaria na

tasca ã nossa memória integral.

ma assimilação completa de idéias, pela amplitude das

- ições adquiridas, atua como verdadeira bolha-sincrônica-

. -¿¿tica em plena ebulição consciencial do nosso caldeirão

• e s t a i .

3 ossário

• -dusai: relativo ao princípio filosófico da causalidade,

onde o nexo entre causa e efeito é apenas estatisticamente

válido e só relativamente verdadeiro para explicar os

processos naturais;

• conscin: consciência intrafísica; ser que vive na realidade

física;

• holopensene: conjunto de pensenes;

• pensem: neologismo da Conscienciologia que representa

a unidade mínima de manifestação: pensamento +

sentimento + energia;

sinapses: relações contíguas dos neurônios.

Bibliografia

JUNG, Carl Gustav; Sincronicidade; pref.; trad.; Pe. D. Matheus

Ramalo Rocha; X+109 p.; ilus.; refs.; VII grafs.; bib.; ono.;

alf; br.; 4a ed.; Petrópolis, RJ; Brasil; Editora Voz; 1990; ed.

em alemão;

MAIA, Raul; Editor; Idealizador; Magno Dicionário Brasileiro

da Língua Portuguesa; apres.; 926 p.; ilus.; glos.; br.; São

Paulo, SP.; Brasil; Edipar Edições e Participações Ltda; s.d.;

TWAY, Linda: Multimídia Para Novos Usuários; RJ; Berkeley

Brasil Editora; 1993;

VIEIRA, Waldo; Projeciologia: Panorama das Experiências

da Consciência Fora Do Corpo Humano; XXVIII + 900 p.;

475 caps.; 40 ilus.; 1.907 refs.; glos. 15 termos; ono.; geo.;

alf; 27 x 18,5 x 5 cm; ene ; Londrina, Paraná; Brasil; Livraria

e Editora Universalista; 1990;

VIEIRA, Waldo; Miniglossário da Conscienciologia; 57p.; 17

x 11 cm; espiral; Rio de Janeiro; Instituto Internacional de

Projeciologia; 1992; p. 1-57

VIEIRA, Waldo; 700 Experimentos da Conscienciologia; 1Ö52

p.; 40 caps.; 5116 refs.; glos. 280 termos; bib; ono.; alf.; est.;

cron.; geo.; 28,5 x 21 x 6,5 cm; ene ; I a ed.; I a imp.; Rio de

Janeiro, RJ; Brasil; Instituto Internacional de Projeciologia;

1994; p. 1-1052; ed. em port. •

MULTIMÍDIA E HIGIENE MENTAL Cláudio Nogueira

Resumo: Higiene mental é prevenção de distúrbio consciencial. A Multimídia

pode ser um recurso da Higiene mental e promover a saúde consciencial.

H igiene é um estudo e uma prática que visa a prevenção

da doença e a preservação da saúde, ou seja, a manutenção

' da homeostase holossomática e da higidez consciencial.

S a d o a saúde um estado de completo bem-estar holossomático,

caasciencial. social e para-social e levando em consideração a

«facãoconsciência-holossoma, podemos concluir que a Higiene

l ã ; s e limita ao soma e às práticas de limpeza deste, mas engloba

• • b e m aspectos da consciência, do holossoma, da sociedade e

«tpma-sociedade. A Higiene é multidisciplinar e multidimen-

Higiene mental é uma prática educativa, profilática ou

psicoterápica aplicada para prevenir as doenças mentais. Sendo

preventiva e definitiva a Higiene mental poderia ser considerada

uma Tares. Toda Tares seria uma Higiene mental?

Higiene é também sinônimo de asseio, limpeza, remoção do

que seja considerado sujeira ou entropia. Conseqüentemente, em

geral a Higiene mental é também considerada uma limpeza ou

asseio mental, em remoção da entropia ou distúrbio consciencial

existente, uma Psicoterapia. Ou seja, dependendo de como é

utilizado o termo "Higiene mental" pode se referir a prevenção

Z — \ ' Z : : Í : _ : - ; ; enciais - G P C Grinvex • Ano I o N ° I • Dezembro /94 45

Page 54: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Multimídia

e/ou a terapia do distúrbio consciencial. Entretanto, no sentido de

"prevenção" o termo é mais exato uma vez que a prevenção é uma

das metas principais da ciência Higiene.

Ao ser feito o tratamento, alívio ou remissão dos distúrbios

conscienciais que já existem (como faz a Consciencioterapia)

estão sendo prevenidas, simultaneamente, outras doenças mentais

que poderiam existir. Logo, de forma explícita ou não, numa

Psicoterapia convencional ou numa Consciencioterapia uma

Higiene mental está sendo realizada.

A Higiene é uma matéria de fácil assimilação mas de

aplicação prática mais difícil até que se torne um hábito arraigado

na Consciência. Usando a Multimídia como recurso didático

essa assimilação é facilitada, possibilitando que uma maior

quantidade de informações seja transferida e/ou relembrada com

menor gasto de tempo e energia. Apresentando o conteúdo de

forma fácil, atraente e divertida a Multimídia torna a matéria

mais simpática para a pessoa, motivando-a para que goste do

assunto, criando assim uma relação positiva entre a Consciência

e a informação. Conseqüentemente, em virtude desta relação

positiva, a pessoa poderá não terdifículdade posterior de assimilar

mais informações sobre a mesma matéria ou assuntos

correlacionados, mesmo que a Multimídia não esteja envolvida.

A Higiene mental e o ensino da arte de estar saudável para

que acarretem em aprendizado devem atender às necessidades

individuais e serem constantemente reforçados. A tecnologia

multimídia possibilita que este reforço não seja enfadonho e que

a educação seja personalizada, individual e privada, indo mais

fundo na Consciência do que em outras formas de ensino mais

convencionais.

Dependendo de como é produzida e/ou do tipo de informação

que veicula e/ou do modo que é utilizada,, a Multimídia pode

favorecer ou ser contrária à saúde mental. A realidade virtual e

os jogos multimídia, por exemplo, podem ser utilizados no alívio

do stress. Por outro lado, a Multimídia pode ser veículo de

mensagens subliminares, lavagem cerebral. Dado o caráter

recente da Multimídia a influência desta na saúde ainda é,

ostensivamente, pouco abordada na dimensão intrafísica do

planeta. Assim, até que surjam regras práticas de Higiene para

com a Multimídia é recomendável o uso da lucidez e do

discernimento.

Ler, ver, ouvir, interagir e talvez todas as outras atividades

conscienciais são bases potenciais de terapias. Reunindo texto,

imagem, som e animação, mais a possibilidade de interação, a

Multimídia poderia ser utilizada na terapia de distúrbios

conscienciais (Multimidioterapia), juntamente como recurso

para Higiene mental (Multimidiopsicohigiene ou Multimidio-

psicoprofilaxia). Em decorrência da simultaneidade ler-ver-

ouvir-interagir que um programa multimídia possibilita, a

Multimidioterapia, mais do que umamera aplicação da Multimídia

nas Psicoterapias existentes, tornar-se-á, provavelmente, uma

disciplina própria, com teoria e métodos particulares definidos.

São exemplos de esboço de Multimidioterapia: substituição de

uma aversão traumática a determinada matéria escolar pela

motivação em estudá-la com programas multimídia; educativos;

jogos multimídia como ferramentas de Ludoterapia; uso da

realidade virtual de formasemelhante ao Psicodrama; deslavagem

cerebral via programa multimídia; etc. A Seriéxis é Multimídia.

Bibliografia

ANDRADE FILHO, J.H.; Programa de Saúde: Paz, Amor e

Saúde; Editora Record; 13 a edição; Rio de Janeiro; 1983.

FERREIRA, A.B.H.; Novo Dicionário da Língua Portuguesa;

Editora Nova Fronteira; 2a edição; Rio de Janeiro; 1986.

MENN, Don; Multimedia in Education: Arming Our Kids for

the Future; PC WORLD; october 1993; ilus.; p. 852-60.

TWAY, L.; Multimídia Para Novos Usuários; Rio de Janeiro:

Berkley, 1993.

VIEIRA, Waldo; Miniglossário da Conscienciologia; 57p.; 17

x 11 cm; espiral; Rio de Janeiro; Instituto Internacional de

Projeciologia; 1992; p. 1-57. •

CONSCIENCIOLOGIA E MULTIMÍDIA Fábio Ferrari

A tendência atual da Informática vem sendo a de tirar o máximo de proveito

do soma da conscin, de modo a permitir uma interação maior do ser humano

com a máquina.

A multimídia é uma aplicação que utiliza várias mídias de

forma integradatais como: texto, gráfico, som, animação,

imagem; que permite ao usuário interagir com o aplicativo

ou o programa (software). Essa interação pode ser feita de várias

formas, por exemplo: a partir de microcomputador com caixas

de som e CD-ROM. Neste caso, o meio de contato entre o usuário

e a máquina é, basicamente, o monitor de vídeo, o teclado e as

caixas de som; através de óculos com fones de ouvido e sensores

que captam os movimentos da cabeça do usuário, chamado HMD

(Head Monted Display), reproduzindo um ambiente tridimen­

sional em 360°, permitindo a conscin interagir num mundo

criado no computador. Essa tecnologia multimídia é conhecida

por realidade virtual (RV). Há ainda uma série de outros

dispositivos, como luvas com sensores capazes de captar os

movimentos das mãos e dos dedos, que permitem a manipulação

de objetos virtuais.

Essas novas tecnologias vêm trazer benefícios inevitáveis

para todos nós. Dentre eles, vale citarmos:

46 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 55: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Multimídia

1. Qualidade maior na transmissão de informações para a

consciência, uma vez que se utiliza de várias mídias (som,

imagem, animação, texto) ao mesmo tempo e com realismo cada

vez maior, atingindo maior número de vias sensoriais do soma.

Isso faz com que haja vivência mais profunda do conteúdo da

idéia transmitida e, inevitavelmente, uma melhor assimilação da

informação transmitida. A realidade virtual é capaz de

proporcionar ao indivíduo verdadeira imersão na multimídia.

2. Extensão de atributos do mentalsoma, memória e

criatividade.

3. Aumento do universalismo da consciência (associação

de idéias) e da comunicabilidade interconsciencial a níveis, até

então, inimagináveis. Hoje, além do fax e do BBS (Bulletin

Boarding System: sistema onde microcomputadores são

interligados em rede via linha telefônica capacitando a troca de

informações com pessoas de toda parte do planeta), já se tem

projeto internacional para criação de sistema multimídia por

telefone, onde serão lançados 840 satélites em sete anos, criando

um sistema de vídeo, voz e transmissão de dados, capazes de

atingir o mundo inteiro.

4. Maior interação da conscin e a máquina. Ao assistir TV,

por exemplo, a pessoa assume, em geral, uma postura mais

passiva do que ativa. Através da realidade virtual, a conscin

interage num mundo artificial com a ajuda de sensores que

captam os movimentos da cabeça ou dos globos oculares e das

mãos do seu soma. A sua vontade passa a atuar.

5. Influência positiva no conjunto de pensamentos e

sentimentos da população do planeta (holo/?e«sene terrestre)

com a formação de idéias (pens) mais flexíveis. O holopensene

de open mind que está surgindo com a multimídia poderá

contribuir num maior entendimento da multidimensionalidade

da consciência.

6. Estímulo maior à intelectualidade e criatividade de alto

nível. As possibilidades de estudo se tornam muito mais amplas,

haja vista: a utilização da realidade virtual em aulas de anatomia,

onde o cadáver é substituído por um soma virtual; o hipertexto, que permite ao usuário deslocar-se nas informações, graduando

a profundidade da pesquisa, conforme sua vontade.

7. Auxílio na recuperação de cons. Reprodução multimídia

de aulas Conscienciológicas / Projeciológicas e ambientes

extrafísicos, servirão como poderosos estímulos retrocognitivos.

Tal recurso virá para auxiliar muitas consciências, de proéxis

avançadas - freqüentadoras destes ambientes antes de se

restringirem na intrafisicalidade.

A multimídia vem ampliar as possibilidades do uso da

informação. Não raro, quanto mais tecnologia se usa na

comunicação, mais diluído fica o conteúdo da informação ou

idéia transmitida. Assim, a valorização excessiva de objetos

externos - em detrimento de atributos intrínsecos à consciência

- é, ainda, conduta inexperiente e evitadorado autoconhecimento

maduro. Por isso, vale ponderarmos sobre as questões colocadas

a seguir:

1. Todas as informações que recebemos (conscins,

consciexes, livros, vídeos, CDs, disquetes) carregam em si

pensamentos, sentimentos e energias de consciências (pensenes).

Pergunta: Os pensenes que recebo têm qualidade? Sinto-os fluir

no meu mentalsoma abrindo nova perspectiva de existência,

mais ampla do que a que tenho vivido? Percebo, no íntimo,

cosmoéüca nas idéias que estabeleço contato?

2. Softwares novos surgem no mercado da Informática a

cada dia, enquanto outros desaparecem; o comércio e a

popularização dos micros aumenta a cada ano, no entanto, sua

consciência multidimensional permanece a mesma — sutil - a

espera constante de exploração íntima.

3. O microcomputador - teclado, monitor e gabinete - é

feito de matéria perceptível e de possível interação com seu soma

ou corpo humano, sendo os dois, objetos da dimensão intrafísica.

No entanto, o micro não é por si só um veículo de manifestação

de uma inteligência como a sua.

4. Os jogos eróticos dos CD-ROMs, interativos, apesar dos

estímulos (visual e auditivo) não permitem a troca holochacral

direta com o sexossoma.

5. A falta de força elétrica tira o seu terminal, sem No-

Break, do ar, na mesma hora. A sua consciência, não desaparece

nem após a completa decomposição do seu soma.

6. Infelizmente, a multimídia irá ampliar também as pos­

sibilidades da influenciação do povão através de lavagens

cerebrais com mensagens subliminares feitas pelas conscins

ainda escravas dos trafares do porão consciencial.

7. A multimídia, e mesmo a realidade virtual, mostram-se

incapazes de induzir ou simular as parapercepções relativas aos

estados de lucidez ampliados da consciex sadia. Para isto, seria

necessário o desenvolvimento de uma tecnologia que fosse

capaz de atuar, de alguma forma, com estímulos, não apenas no

soma mas nos outros veículos da consciência.

A finalidade-mor de qualquer invento deve ser o de auxiliar

na autoconscientização multidimensional da população humana,

e, se hoje vivemos numa Sociedade Intrafísica Industrial, não é

inteligente deixarmos amortecer nossa decisão pessoal e os

atributos magnos do mentalsoma (que irão prosseguir conosco

após deixarmos essa dimensão e o corpo humano para trás, na

dessoma), frente à comodidade trazida com os avanços

tecnológicos. Por isso, só a vontade decidida da conscin permite

identificar a tecnologia-sem-informação-dos-lixos-mentais ou

os excessos dispensáveis de molduras na comunicação. A

automotivação é intransferível.

Bibliografia

FADIGA, Marco; Todas as Antenas na Multimídia; O GLOBO;

Rio de Janeiro, RJ; Diário; Caderno: Informática; 28 de

março, 1994; ilus.

FOLHA de S. Paulo; Redação; Microsoft e NT Põem Multimídia

no Telefone; São Paulo, SP, Diário.

INFORMÁTICA EXAME; Redação; A Multimídia sem

Segredos; Revista; Setembro, 1993, ilus.; Reportagem de

Capa; p. 54-62.

ITIBERE, Celso; A Williams de Senna no Mundo da Realidade

Virtual; O GLOBO; Rio de Janeiro, RJ; Diário; Caderno:

Informática e tc ; 2, abril, 1994; ilus.; p. 22.

JANER, Cristaldo; Toda Biblioteca em um Único Volume;

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 47

Page 56: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Multimídia

FOLHA DE S. PAULO; São Paulo, SP; Diário; Caderno:

Cultura; ilus.

JORNAL DO BRASIL; Redação; Multimídia Ajuda a Ensinar

Inglês; Rio de Janeiro; Diário; ilus.; 19, abril, 1994; Caderno:

Negócios e Finanças.

LUCA, Cristina de; New Media; O GLOBO; Caderno; Informática

etc.; Rio de Janeiro, RJ; 18, abril, 1994; ilus.; p. 1.

MELLO, Alexandre Bandeira de; A Informática na Medicina;

CPUPC; Revista; Rio de Janeiro, RJ; Ano 1; N° 6; ilus.

MENN, Don; Multimedia in Education: Arming Our Kids for

the Future; PC WORLD; October 1993; ilus.; p. 852-60.

SCHAFF, Adam; A Sociedade Informática: As Conseqüências

Sociais da Segunda Revolução Industrial; Editora brasiliense;

trad. Carlos Eduardo Jordão Machado e Luiz Arturo Obojes;

4a edição, 1993; Wohin führt der Weg; São Paulo, SP; 157p.

VIEIRA, Arthur W.; Multimedia; fotocópia; 4 p.

VIEIRA, Waldo; Projeciologia: Panorama das Experiências

da Consciência Fora Do Corpo Humano; XXVIII + 900 p.;

475 caps.; 40 ilus.; 1.907 refs.; glos. 15 termos; ono.; geo.;

alf.; 27 x 18,5 x 5 cm; ene ; Londrina, Paraná; Brasil; Livraria

e Editora Universalista; 1990;

VIEIRA, Waldo; 700 Experimentos da Conscienciologia; 1052

p.; 40 caps.; 5116 refs.; glos. 280 termos; bib; ono.; alf.; est.;

crom; geo.; 28,5 x 21 x 6,5 cm; ene ; Ia ed.; Ia imp.; Rio de

Janeiro, RJ; Brasil; Instituto Internacional de Projeciologia;

1994; p. 1-1052; ed. em port. „

O CORTEX CEREBRAL E A MULTIMÍDIA Rosiméri de Souza

A ssim como o córtex cerebral é a parte do sistema nervoso

que comanda os movimentos através dos estímulos - e,

é a partir dele que se inicia os movimentos voluntarios

e conscientes das consciências -, consideremos que a multimídia

pode funcionar como um estímulo cortical à assimilação de

idéias, pelo fato de oferecer ao indivíduo o uso da sua capacidade

decisoria e voluntária, permitindo direcionar o próprio

aprendizado, adaptando-se ao método que melhor facilita a

aquisição das informações.

O Córtex Cerebral

O córtex cerebral é uma das partes mais importantes do

sistema nervoso. E um instrumento que a consciência, que é

multidimensional, utiliza para se manifestar nesta dimensão. Ele

é, mais do que qualquer outra estrutura, que confere aos seres

humanos a enorme aptidão para processar informações e tomar

decisões. Recebe informações de experiências passadas, avalia

dados e planeja a ação.

A Multimídia

A multmídia é definida como uma aplicação que, além de

textos e gráficos, possui uma outra mídia, que pode ser som,

imagem em movimento (animação) ou estática (foto) e ser

manipulada pela consciência de forma inteligente e dinâmica.

Assim como o córtex tem participação no controle das

informações que lhe chegam a nível fisiológico (somático),

bloqueando-as quando necessário, a multimídia, com sua

flexibilidade, permite ao indivíduo aprender conforme sua

vontade, percorrendo todo um texto (navegar), assimilando

apenas as idéias que lhe interessam para sua vivência

momentânea.

No córtex existem áreas denominadas "áreas associativas";

uma expressão que implica haver nessas áreas alguma associação

de sensações ou idéias. Enquanto que, na multimídia a inte­

ratividade é fundamental e significa principalmente dar às

pessoas a liberdade de criar o seu próprio caminho, fazer suas

escolhas, consultando as informações de acordo com seus

objetivos e necessidades, podendo utilizar-se do mecanismo de

associação de idéias - "uma idéia puxa a outra".

Durante a evolução, o conhecimento de localização do

córtex cerebral no Homem cresceu de forma sinuosa. Na década

de 1940 ficou estabelecida a existência de representações

sensoriais e motoras neste aparelho e para cada sensação havia

um verdadeiro mapa da superfície sensível na área cortical

correspondente.

No final dos anos 80, nasceu a multimídia, trazendo aos

indivíduos uma forma de dinamizar o meio da comunicação,

informação e até mesmo as análises de pesquisas laboratoriais,

permitindo, por exemplo, simular experiências com animais,

evitando que o experimentador, ou pesquisador, tenha que

manusear, anestesiar ou sacrificar alguns deles para o estudo de

determinados estímulos e conseqüências de lesões cerebrais. O

fato é que a multimídia está despertando interesse em muitas

pessoas por ser uma ferramenta útil. Uma delas é a sua aplicação

na educação.

A capacidade de aprendizagem varia de um indivíduo para

outro, assim podemos dividi-los em diversas categorias, conforme

a predominância do processamento cerebral dos estímulos

recebidos: a) os que recebem e processam mais informações

visuais; b) os que sintetizam mais informações auditivas; c) os

que contém no centro, regiões com o controle da palavra; d) os

que desempenham mais o processamento de lembranças e

interpretação da linguagem.

A multimídia oferece ao aprendizado das pessoas, som -

48 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano i • N° I • Dezembro/94

Page 57: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Multimídia

para indivíduos cuja área cortical sintetiza dados auditivos;

imagem (animação) e texto - para aquelas pessoas cuja área

cortical, direta ou indiretamente está ligada a órgãos visuais,

onde o individuo completa a imagem a partir da informação, com

a característica de adaptabilidade aõ contexto; vivencia a

experiência visual rica em cor, textura, de maneira estável e

continua, manipulando tudo isso de acordo com a própria

vontade, onde o indivíduo é o componente ativo, que, manuseando

alguns aparelhos, como por exemplo, o mouse ou o teclado, dar-

se-á início à navegações entre as mais diversas informações,

onde a mais poderosa máquina se acarretará dos devidos registros

- o cérebro humano.

MEMORIA E Sônia

Em inúmeras atividades usamos memórias: abstrata,

concreta, memória-hábito, memória-mecânica, auditiva,

visual, etc.

Tudo, ou quase tudo, que fazemos pode ser realizado com

melhor facilidade e eficiência conforme nossa capacidade

mnemónica.

Para suscitar uma lembrança pressupõe que fora fixada. Por

isso, os mnemotécnicos atribuem à fixação e à evocação igual

importância.

Quanto à aquisição mnemotécnica, existem as condições

espontâneas - aquisição natural, que independe de esforço de

memorização.

Os fatores de fixação, em comum, das aquisições

mnemotécnicas destacam-se: atenção; interesses pessoais;

organização entre os elementos ou fatos; memória especializada;

e o fator repetição. Sendo que, na aquisição natural a atenção é

espontânea, ena aquisição voluntária requer atenção determ inada.

Portanto, para memorizar é preciso primeiro estar atento.

Outro fator importante é a organização eficaz de uma

lembrança: inseri-la num contexto lógico, isto é, com coerência

de raciocínio de idéias. Afinal, o que é fácil de ser compreendido,

o que é ordenado, o que se pode deduzir; será melhor fixado. Se

um livro, por exemplo, possuir um conjunto bem estruturado de

idéias, a lembrança destas idéias tenderá a ser mais completa,

mais rica.

Acrescentando aos recursos mnemónicos, a memória

especializada - predominância de uma memória específica

(memória auditiva, memória visual, etc.) - é também um foco de

Bibliografia

CIÊNCIA Hoje; As Ciências do Cérebro; Revista; Outubro,

1993; ilus.;

DAVIDOFF, Linda L.; Introdução à Psicologia; ilus.; São

Paulo, SP; 1983;

GRANDES Temas da Medicina; O Sistema Nervoso; Coleção;

Parte I;

MACHADO, Angelo B. M.; Neuroanatomia

Funcional; ilus.; Rio de Janeiro; 1991;

PC MAGAZINE Brasil; Por que Multimídia? Revista;

Fevereiro; 1994; Vol. 4. •

MULTIMÍDIA Regina

interesse nesse campo de estudo. A associação dos estímulos

visual e/ou auditivo à atividade intelectual favorece tanto para

quem possui a memória especializada como para quem não tem

esse tipo de memória acentuada, pois essa conjugação de

estímulos atua reforçando a memorização das informações.

Essa integração é utilizada na multimídia reunindo textos,

sons (música, ru idos e voz) e imagens (estáticas ou em movimento)

no computador. Com essa nova tecnologia é possível acessar

informações em bloco onde são apresentadas idéias teóricas,

sons e imagens concomitantemente de forma coerente

proporcionando, assim, um sentido mais amplo da informação

e, conseqüentemente, atuando como auxílio mnemónico de

ponta.

Memória e acúmulo de conhecimento estão estreitamente

relacionados.

Para as consciências neófilas, esse auxílio tecnológico vem

impulsionar o acesso às informações, bem como, porem exercício

simultâneo duas ou três memórias, e dessa forma, multiplicar as

possibilidades de recordação.

Bibliografia

BROTHERS, Joyce D.; & EAGAN, Edward P.F.; Como

Desenvolver a Memória;

FILLOUX, J. C; A Memória;

FOLHA DE S. PAULO; São Paulo, SP; Jornal; Diário; 05,

janeiro, 1994. •

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 49

Page 58: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1
Page 59: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Tema Livre

NOTAS SOBRE O DOMÍNIO HOLOSSOMÁTICO Cláudio Nogueira

Resumo: São relacionados ao domínio holossomático o Mentalsoma, a

Invéxis, o Pensene e a Desperticidade. É sugerido o domínio Holossomático

como meio de desenvolver o Mentalsoma, aumentar a qualidade do pensene

e superar o Porão Consciencial, meta importante para o inversor existencial.

OHolossoma não é a consciência, mas um artefato

consciencial que possibilita a manifestação da

ConsciêncianaMultidimensionalidade. A manifestação

plena da consciência na Multidimensionalidade é alcançada

quando o Holossoma é dominado integralmente pela Consciência.

Aparentemente, o domínio do Holossoma só é possível ser

alcançado quando o Mentalsoma é o veículo de manifestação

utilizado predominantemente. O Mentalsoma é utilizado pela

consciênciapara que sejam dominados o Psicossoma, o Holochacra

e o Soma. O Mentalsoma é desenvolvido em certos aspectos da

vontade, do pensamento, do sentimento, da memória, e da

percepção pelo próprio esforço do exercício de controle destes

corpos, ou seja, a busca do domínio do Holossoma amplia o

próprio Mentalsoma. Logo, o domínio do Holossoma pode ser

uma via de desenvolvimento do Mentalsoma.

A priorização do Mentalsoma e a liberdade de interagir

consciente e permanentemente com a Multidimensionalidade

são características do Inversor. A interação consciente e

permanente do inversor quando regida pelo Mentalsoma leva ao

aumento do domínio do Holossoma, a melhor manifestação de

Consciência integral e, conseqüentemente, a melhoria qualitativa

da interação consciente desta Conscin rumo à Autoconscientização

Multidimensional plena. Sendo o Mentalsoma prioritário para o

Inversor parece ser interessante a este buscar o domínio

Holossomático como meio de ampliar o Mentalsoma.

Conscientização, Estudo e Utilização são etapas do caminho

parao domínio Holossomático. O domínio do Holossomacomeça

com a conscientização ou a constatação pela Consciência da

existência dos diferentes veículos de manifestação. A

conscientização é alcançada através do movimento ou mobilização

destes veículos quando estes são utilizados pela Consciênciapara

a sua manifestação ao longo do Ciclo existencial.

Numa segunda etapa a Consciência passa também a perceber

e a estudar empírica e/ou cientificamente detalhes destes veícu los

de manifestação. Nesta fase a consciência aprende que ela não é

os veículos mas algo maior do que eles. Na etapa seguinte,

conseqüentemente, a Consciência aprende a utilizar com mais

eficiência o Holossoma, sem gastos desnecessários de tempo e

energia para a sua manifestação.

Quanto mais cedo for buscado conscientemente o domínio

Holossomático pela Conscin maior apossibilidade de ela terminar

a sua atual Seriex com o domínio do Holossoma ampliado.

Quando jovem, o Inversor enfrenta o problema de dominar um

Soma e um Holochacra novos mas, por outro lado, possui

condicionamentos menos arraigados, o que lhe possibilita dominar

o seu Holossoma do que uma Conscin mais condicionada.

Dominar o Holossoma, que não deixa de ser um Pensene

mais duradouro, é dominar o Pensene e vice-versa. Conseqüen­

temente, e em função do predomínio do Mentalsoma, o domínio

holossomático influencia (e é influenciado pelo) o aumento da

qualidade do Pensene. E aumentando a qualidade do Pensene é

possível se alcançar a Desperticidade. Provavelmente o Desperto

deve apresentar um grau de domínio holossomático maior do que

as consciências não despertas, assim como os tipos superiores a

ele devem apresentar um maior grau de domínio holossomático.

O Holopensene da Invéxis encontra-se indiretamente

vinculado ao Holopensene dos Serenões, que possuem o domínio

do Holossoma em grau máximo. Assim, é possível que o Inversor

(que se encontra mais imerso no primeiro Holopensene citado),

potencialmente possua um domínio holossomático maior, o que

lhe possibilita, mais do que a outras Conscins, alcançar a

Desperticidade, apesar de suas deficiências e imaturidades

conscienciais e/ou as próprias de sua idade intrafísica. Em tempo:

o aumento do domínio holossomático é alcançado com a superação

deste Porão consciencial e/ou o aumento do domínio do Holossoma

é um meio de superar o Porão da Consciência.

O dom ínio do Holossoma é a parte prática da Holossomática.

Da mesma forma que o restante da Holossomática, conhece-se

muito pouco desta área na dimensão intrafísica, apesar de ser

uma busca antiga da Consciência. Esta ignorância pode ter

contribuído para a alienação e o autodesconhecimento

consciencial. Assim, conclui-se que maiores estudos sobre o

assunto, nesta e nas outras dimensões, são necessários.

Bibliografia

VIEIRA, W. , 1990. Projeciologia: panorama das experiências

da consciência fora do corpo humano. 3 o edição - Rio de

Janeiro: Edição do Autor, 1990.

VIEIRA, W. , 1992. Miniglossário da Conscienciologia. Io

edição - Rio de Janeiro: Instituto Internacional de Projeciologia,

1992.

Este texto foi apresentado ao Grinvex-Rio como estudo particular. •

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 51

Page 60: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Tema Livre

EVOLUÇÃO CONSCIENCIAL Débora Machado

Introdução: Durante a evolução consciencial, ultrapassamos vários patamares,

ou níveis evolutivos, desde os minerais até às Cls (Consciências Livres).

Dentre todos os patamares, o mais importante é aquele em que nos

encontramos, porque é a partir dele que podemos agilizar, catalisar hoje a

evolução de amanhã.

É importante estarmos com o nosso ponteiro consciencial no aqui -

agora. O que fomos, ou o que seremos não é de grande importância, mais sim

o que somos, porque é deste ponto que depende a nossa evolução.

Onível de evolução holossomática é aquele que a

consciência na sua vida intrafísica consegue manifestar.

O mineral se manifesta pelo seu soma (corpo físico) e

pelo seu holochacra (corpo energético), não sabendo ser este

holochacra próprio ou projetado por outra consciência. Durante

esta fase a consciência apenas armazena informações.

Os vegetais se manifestam pelo soma, holochacra e pelo

psicossoma (corpo emocional), sendo este apenas um princípio.

A consciência nesta fase já possui alguns tipos de sentimentos e

sensibilidades.

Os animais subumanos se manifestam pelo soma, holochacra,

psicossoma e com um princípio de mentalsoma, este não sendo

usado para o raciocínio, mais sim para um certo grau de

discernimento. Um exemplo é o cachorrinho ensinado, ele sabe

que certas ações e palavras do seu dono geram certas reações suas.

O homem, já mais evoluído, se manifesta pelo soma,

holochacra, psicossoma e mentalsoma, ainda não se utilizando

de sua plena capacidade mentalsomática. Muitos se deixam

predominar pelo soma e pelo psicossoma, esquecendo-se do

mentalsoma que muitas vezes é menor que o do cachorrinho.

EVOLUÇÃO HOLOSSOMÁTICA

M E N T A L S O M A i ? X

P S I C O S S O M A I ? X ', X

H O L O C H A C R A ? [ X ¡ X ¡ X

S O M A X ! X X ! X

M I N E R A L V E G E T A L A N I M A L H O M E M

S U B U M A N O

O patamar evolutivo nos mostra que a consciência vive

muito tempo em coma, sem fazer nada para evoluir. Quando

começamos a trabalhar pela nossa evolução, saímos da condição

52

de "comatosos" e seguimos para um ponto que podemos chamar

de gargalo mor da evolução, onde temos lucidez quanto a ela, mas

nos iludimos com as seduções do intrafísico, não conseguindo

passar este gargalo devido às imaturidades ainda não superadas

pela consciência, tais como: supervalorização do soma e do

psicossoma e, principalmente, pelas automimeses dispensáveis.

P A T A M A R E V O L U T I V O

i

C L .

L

i

Serçnâo i

Orientador Evolutivo

: Gargalo-mor / '

Desperto i ' í

Pré-Sereno o

' í '< ! ; 1 rnmrt

— - ^ j - >

Evolutivo Milhares de Existências 1 Centenas Uma de Existências Existência

? ? — •

Fonte: Estágios de Projeci elogia

Pesquisas realizadas na França recentemente mostram que

as pessoas perdem 70% do seu tempo pensando no passado,

presas às recordações inúteis, à autoculpas, com saudades; 25%

do tempo estão pensando no futuro, elaborando situações previstas

ou não, entrando em devaneios, é aquela conscin que almoça

pensando no que vai fazer à tarde; os 5% restantes a conscin está

no presente, provavelmente em automimese. Uma conscin com

um pouco mais de lucidez, não perde tanto tempo precioso

pensando no passado ou no futuro, pois tenta obter um pouco mais

de discernimento para não entrar em automimeses, para tentar

passar este ponto crítico na escala evolutiva. Uma vez passado

este gargalo mor da evolução a consciência alcança mais rápido

o patamar de Desperto, e não vai mais encontrar estes tipos de

dificuldades em sua evolução, ascendendo assim para o seren ismo.

O soma restringe a consciência, diminuindo a sua visão de

conjunto que é mais ampla no extrafísico, com exceção do pré-

serenão "comatoso" que não tem lucidez quando no estado

projetado ou de consciex.

O restringimento vai sendo superado com as conquistas

evolutivas da consciência. Um exemplo seria a de um pré-serenão

com um nível de visão de conjunto no extrafísico igual a X.

Quando ele consegue atingir o patamar de um Desperto, o nível

X de visão de conjunto no extrafísico do pré-serenão seria igual

ao seu restringimento no intrafísico quando Desperto, e assim

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 61: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Tema Livre

sucessivamente. O nível de visão de conjunto no extrafísico de um

Desperto seria equivalente ao nível de restringimento no intrafísico

de um Orientador Evolutivo.

Quanto mais evoluímos, menos o restringimento do soma

nos afeta.

No caso do Serenão não podemos supor nada disto, pois

sabemos que ele domina o seu soma. Mas até que ponto este soma

não restringe as suas manifestações? Isto não sabemos responder.

N Í V E L D E V I S Ã O D E C O N J U N T O

A

E F I F + E F

E F

E F

I F

I F

I F

I F

• Pré-serenão Pré-serenão Desperto Orientador Serenão

comatoso lúcido Evolutivo

IF - Intrafísico - EF - Extrafísico

* Gráfico para efeito didático.

O nível de lucidez que se encontra a população do planeta

Terra é o de coma evolutivo. Esta população não faz nada para

evoluirnão sabendo se quer da existênciadaexperiência-fora-do-

corpo humano.

Por saber e querer evoluir, estamos acima da média do

planeta, saindo fora do padrão terrestre. A maioria, em geral, se

nega a saber de onde viemos e para onde vamos, são aquelas

conscins de vida intra e extrafísica trancada, o chamado ser

social, vivendo pelo cérebro abdominal, deixando que as emoções

predominem. Mesmo assim estão evoluindo, pois a evolução é

constante e inevitável.

O universo está em evolução, sendo ele formado por

consciências e energias. Como somos consciências e estamos em

evolução utilizando energias, o universo está em evolução.

Para catalisarmos nossa evolução podemos e devemos nos

utilizar das energias, as nossas e as do universo; o domínio das

energias são um dos tipos de catalisadores evolutivos.

Os catalisadores servem para direcionar e agilizar nossa

evolução. Existem vários tipos de catalisadores, que para nosso

patamar evolutivo, de pré-serenão, os mais importantes e que

podemos utilizar são a Tares (tarefa do esclarecimento), a

Tenepes (tarefa energét ica pessoal) , a Cosmóetica, a

Projetabilidade Lúcida, o parapsiquismo e a intelectualidade.

O parapsiquismo e a intelectualidade são apenas coadjuvantes

para a nossa evolução. A aquisição isolada destes atributos

conscienciais não significa, necessariamente, que estejamos

evoluídos. O parapsiquismo é importante para percebermos e nos

relacionarmos melhor com os nossos amparadores. A

intelectualidade faz com que ampliemos nossos conhecimentos

e melhoremos nossas associações de idéias, aumentando as

sinapses. Com isso adquirimos uma nova ferramenta para as

descrições das projeções.

A Tares tem por objetivo levar o esclarecimento às pessoas,

mostrando os fatos e fazendo com que elas raciocinem e evoluam.

Na Tenepes, apenas consciências acima da média dos pré-

serenões é que estão aptas a realizá-la, pois a sua execução

necessita de responsabilidade e muita maturidade.

A consciência que já consegue desenvolver a Tares e a

Tenepes em sua vida, diariamente, está mais próxima da

desperticidade do que as demais.

A Cosmoética é a prática da Moral Cósmica.

A Cosmoética não vem escrita em um livro ou tratado, pois

ela muda, comportando-se de maneiras diferentes para cada

consciência, abrangendo todos os níveis evolutivos, desde a

pessoa egoísta até a policármica. Ela também não é uma verdade

absoluta, agindo da mesma maneira em várias situações, e sim

agindo de várias maneiras em uma mesma situação. Um exemplo

típico é o índio que em sua forma de vida, mata um animal para

comer ou até mesmo para mostrar a sua virilidade dentro de sua

tribo, e a de um industrial que sai de seu apartamento para uma

caçada no Pantanal. A diferença é que, o índio, conscin com bai­

xo nível evolutivo, está sendo cosmoético, ele ainda não tem lu­

cidez suficiente para saber que o que está fazendo é errado; e para

o industrial, conscin já com um nível evolutivo acima do índio,

ele sabe que está errado, que uma caçada é ilegal, ele está sendo

anticosmoético. Na mesma situação a Moral Cósmica age de di­

ferentes maneiras, de acordo com o nível evolutivo de cada um.

A Cosmoética não está vinculada a nenhuma crença ou

dogma religioso. Quem a vivência já está em um nível evolutivo

maior, de maior compreensão.

Os limites impostos ao indivíduo pela Socin (sociedade

intrafísica), estão relacionados com a Cosmoética, exemplo: a

"culpa" é um peso para a conscin sujeita aos dogmas religiosos.

Já a conscin que possui um nível de entendimento mais abrangente,

que vive com predominância de mentalsoma sobre o psicossoma,

identifica com mais facilidade as coleiras do ego impostas pela

socin. Mas a Cosmoética vai muito além destes simples exemplos,

ela tem por objetivo mostrar qual a atitude correta a ser tomada

em todas as situações visando a multidimensionalidade.

A consciência que percebe e aplica a Cosmoética em sua

evolução, compreende melhor a multidimensionalidade e as

consciências que estão em patamares evolutivos inferiores ao seu.

Quanto mais evoluída for a consciência, maior é sua

responsabilidade com a Moral Cósmica e com a Multidimen­

sionalidade.

A Cosmoética faz parte da natureza da consciência, da

mesma forma que a Projetabilidade Lúcida.

A Projetabilidade Lúcida ajuda a conscin a conhecer e viver

a multidimensionalidade.

Uma conscin, já com toda essa visão de conjunto, e com

atitudes anticosmoéticas tem sua Projetabilidade Lúcida cessada

temporariamente pelos seus amparadores.

Uma vez parada, a consciência regride em relação a todas

as outras. Esta regressão não significa que a consciência volta a

patamares evolutivos já ultrapassados da sua evolução, mas que

há uma estagnação em relação às outras que continuam evoluindo

indiscriminadamente.

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 5 3

Page 62: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Tema Livre

É importante para a çonscin vivenciar a Cosmoética para ter

sua Projetabilidade Lúcida e a sua evolução catalisadas.

Todas as conscins se projetam independente de seu nivel

evolutivo. A projetabilidade é uma qualidade parafisiológica de

todas as conscins. Muitas ou quase todas, estão em um estado de

coma evolutivo, ou seja, se projetam dormindo no extrafísico ou

se encontram completamente sonâmbulas. Há aquelas que se

lembram de suas projeções apenas como sonhos lúcidos

(experiências oníricas misturadas com a projeção).

As projeções lúcidas podem, ou não, ser de consciência

contínua. Essas projeções só são atingidas quando a consciência

já alcançou um patamar mais elevado, o que atinge a minoria da

minoria da população intrafísica.

Com o domínio da Projetabilidade Lúcida e com um bom

nível evolutivo, há conscins que se projetam pelo mentalsoma,

onde o objetivo é buscar a integração com a consciência Cósmica.

Tal projeção é muito difícil de ser descrita devido a falta de

parâmetros comparativos na decodificação das informações

realizadas pelo cérebro físico.

As conscins quando entram em sono não somente se projetam,

elas também sonham várias vezes até acabar este período.

Os níveis evolutivos atingem também o plano extrafísico.

Neste existem vários patamares que vão desde os umbrais, crosta

a crosta, habitados pelas consciências mais imaturas e patológicas,

até o Colégio Invisível dos Serenões.

Os ambientes extrafísicos visitados durante nossas projeções

estão ligados diretamente ao nosso patamar evolutivo. Uma

conscin acima da média do pré-serenão deste planeta consegue

atingir vários ambientes extrafísicos.

A evolução não ocorre só no intrafísico, ela ocorre também

na multidimensionalidade.

Os nossos amparadores também estão em evolução.

Amparadores e amparados estão quase sempre no mesmo patamar

evolutivo, o que muda entre eles é a visão de conjunto. A partir

do momento em que a conscin ganha lucidez desta situação, fica

mais fácil ela perceber e entender seus amparadores numa

evolução conjunta.

A evolução ocorre sempre em grupos. A consciência que

está batalhando pela sua evolução, leva a seu grupocarma um

maior esclarecimento, e ambos, mesmo que inconscientes,

começam a evoluir juntos, ocorrendo aí o efeito de ressonância

para a evolução.

A consciência evolui querendo ou não, de forma consciente

ou inconsciente. Apenas a decisão de evoluir é tomada sozinha.

Uma vez tomada essa decisão, a nossa evolução é mais rápida em

relação às outras consciências que estão evoluindo incons­

cientemente.

A evolução não se faz do dia para a noite, também não se

resolve em uma seriéxis. Temos que nos esforçar para errar o

menos possível, fazendo o máximo certo do possível.

Sermos completamente perfeitos segundo a Cosmoética,

para nós ainda é impossível devido ao nosso patamar evolutivo,

mas não podemos ignorá-la.

Bibliografia

FERREIRA, Aurélio; Novo Dicionário da Língua Portuguesa;

Editora Nova Fronteira; 2° edição; 1982.

MARINS FILHO, Luiz A.; Palestra em Vídeo Sobre

Automotivaçâo.

VIEIRA, Waldo; Projeciologia: Panorama das Experiências

da Consciência Fora do Corpo Humano; Rio de Janeiro; ed.

do autor; 1986; p 529.

VIEIRA, Waldo; Miniglossário da Conscienciologia; Rio de

Janeiro; Instituto Internacional de Projeciologia; 1992.

VIEIRA, Waldo; Projeções da Consciência: Diário de

Experiências Fora do Corpo Físico; Rio de Janeiro. Edições

IIP/ Gráfica Lua Nova.

VIEIRA, Waldo; 700 Experimentos da Conscienciologia; em

editoração.

Este trabalho foi apresentado durante o II Simpósio de Projeciologia realizado na Sede-matriz do IIP, nos dias 5 - 7 de Agosto de ¡993. a

CONSIDERAÇÃO POSITIVA DE VIDA EM INVERSORES E NÃO INVERSORES

Leonel Tractenberg

Resumo: Partindo do conceito de consideração positiva de vida {positive life regará)

desenvolvido por Battista e Almond (Battista e Almond, 1973) e do conceito de invéxis -

planejamento técnico que visa a dinamização para melhor da vida do indivíduo, com base

nos enfoques multidisciplinares e multidimensionais da Conscienciologia -, efetuou-se

uma pesquisa a fim de verificar se aqueles que praticam a técnica possuem um grau de

consideração de vida maior do que aqueles que não a conhecem nem aplicam. 57 pessoas

preencheram a escala de consideração de vida (Life Regard Index) desenvolvida pelos

autores acima referidos, sendo 37 praticantes e 20 não praticantes, em sua maioria, jovens

universitários de ambos os sexos. A análise estatística revelou não haver diferença

significativa entre os grupos. São levantadas algumas hipóteses para explicar tal resultado,

sendo recomendados estudos posteriores.

5 4 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

Page 63: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Tema Livre

Motivação inicial

0 presente trabalho foi originalmente elaborado visando ao

cumprimento de uma tarefa acadêm ica exigida pela disciplina de

Análise de Pesquisa em Psicologia, do Curso de Psicologia da

Universidade Federal do Rio de Janeiro. A tarefa consistia em

pesquisa de campo sobre o tema da Aceitação de Vida, e devia

envolver a elaboração de hipótese de pesquisa, aplicação da

Escala de Consideração de Vida (Life Regard Index) e teste da

hipótese, com a análise estatística apropriada.

A idéia de relacionar disciplinas do curso universitário a

temas específ icos das novas áreas do conhecimento ,

Conscienciologia e Projeciologia, consiste numa verdadeira

filosofia, técnica ou estratégia de trabalho na universidade que

vários outros estudantes - inversores e não inversores - já

aplicaram, obtendo resultados bastante enriquecedores. Dentre

os objetivos/ benefícios dessa técnica, podemos citar:

1 - Motivar-se mais para o estudo das disciplinas

universitárias e, consequentemente, fixar melhor as idéias

aprendidas na faculdade;

2 - Estabelecer pontes, paralelos, relações e descobrir aplicações

da Conscienciologia nas demais áreas do saber humano;

3 - Exercitar a capacidade de expor temas da Cons­

cienciologia e Projeciologia a um público leigo, que desconhece

a terminologia e os conceitos, porém dispõe de alto gabarito

intelectual e crítico;

4 - Divulgar os conceitos da Conscienciologia e Projeciologia

no meio acadêmico, tanto aos professores quanto aos alunos,

futura geração de profissionais;

5 - Promover debates, confrontos e somatórios de idéias com

pessoas de outras áreas, cujos pontos de vista divergem, trazendo

benefícios mútuos inarredáveis;

6 - Enfim, promover gradualmente a inserção do corpo de

conhecimentos no âmbito universitário.

Naturalmente, a aplicação deste procedimento exigirá

ponderação sobre diversos fatores, dentre os quais encontramos:

o grau de abertura ou receptividade oferecido pela disciplina,

pelo professor, pela turma e pela instituição; e, principalmente,

o modo como serão apresentadas as idéias1.

Inversamente, ao relacionar diferentes temáticas à

Conscienciologia, criamos a oportunidade de precisar e/ou revisar

conceitos, de levantar novas questões e hipóteses de pesquisa,

bem como de testar a aplicabilidade e limitação das teorias,

técnicas e instrumentos de outras áreas do saber no âmbito do

Paradigma Consciencial.

O Conceito de Consideração Positiva de Vida

O conceito de aceitação ou consideração positiva de vida

adotado aqui foi o concebido por Battista e Almond (Battista e

- Almond, 1973). Refere-se à crença ou convicção do indivíduo de

que está seguindo um referencial ou realizando metas de vida que

lhe proporcionam uma compreensão altamente valiosa da mesma.

Ou seja, a consideração positiva de vida envolve o seguinte

processo: i) o indivíduo se compromete/adota (consciente ou

inconscientemente) conceitos, ideais, valores ou filosofia de vida

que lhe fornece orientação e significado para sua vida; ii) desse

referencial ele retira suas megamotivações, metas, expectativas

e aspirações de vida; iii) ele se percebe realizando essas metas e

isso lhe proporciona sentimentos de integração, realização,

significação e auto-estima; e, globalmente, umaavaliação positiva

da própria existência.

Essa definição de consideração positiva de vida apresenta

vantagens e desvantagens, dependendo do modo como é enfocada.

Trata-se de uma definição que delimita e operacionaliza bem a

variável, e que apresenta ampla independência do referencial de

valores adotado, de modo a tornar sua aplicação mais universal.

Contudo, esse mesmo relativismo e independência de referencial

pode torná-la mais superficial. Por exemplo, não é capaz de

distinguir a consideração positiva de vida dos indivíduos que se

encontram na robéxis, na automimese existencial, daqueles que

são completistas.

O estudo da aceitação ou consideração positiva de vida é

importante na medida em que permite identificar variáveis e

condições sobre as quais o indivíduo experiência, ou não, sua vida

como significativa e positiva. Representa um aspecto psicossocial

a ser considerado no estudo amplo e multidisciplinar da qualidade

de vida, tema que vem sendo cada vez mais explorado. Para a

Conscienciologia pode ter diversas aplicações: qual é e como

identificar o percentual de pessoas num grupo evolutivo que se

consideram no curso de um referencial ou como tendo realizado

suas metas de vida? Destas, qual o percentual que realmente está

no curso de sua proéxis e como identificá-lo? Quais são as

variáveis que a pessoa avalia para identificar a qualidade e o nível

de seu completismo? No seu caso, que fatores considerou como

catalisadores desse processo?

Por ser uma variável essencialmente qualitativa, os

instrumentos desenvolvidosparamensuraro nível de consideração

positiva de vida são ainda bastante grosseiros. Contudo, sua

aplicação e os resultados que estes geram não devem ser

desprezados. Os principais instrumentos existentes são as escalas

psicométricas. Estas podem se constituir apenas de 1 item, ou

podem ser compostas de múltiplos itens. Um exemplo de escala

do primeiro tipo é a Escala Gurin, onde, para uma questão sobre

"como vão as coisas atualmente", o indivíduo deverá escolher

entre "muito feliz ou bem", "ligeiramente feliz ou bem" e "não

tão feliz ou não tão bem". Evidentemente, uma escala dessas

verifica-se extremamente limitada quando analisada quanto a

sua validade 2 e fidedignidade3. Já as escalas de múltiplos itens,

em geral são mais precisas. Podem ser compostas por afirmativas

favoráveis e desfavoráveis, para as quais há uma gradação na

intensidade das respostas, que vão da mais congruente com a

' No segundo ano do curso de Psicologia da UFRJ, pude aplicar a

técnica em 7 entre 10 disciplinas que cursei, de modo bastante

satisfatório. 2 Se a escala mede aquilo que se propõe. 3 Medida da consistência entre os resultados, ao aplicar a escala em

diferentes ocasiões.

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94 55

Page 64: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Tema Livre

afirmativa até a mais antagônica.

A escala de consideração de vida (Life Regará Index)

construída por Battista e Almond tem a finalidade de medir o

nível de valorização e de orientação da existência do sujeito. É

constituída de 28 itens 4 divididos em 2 subgrupos de 14 itens cada

(7 favoráveis e 7 desfavoráveis), que enfocam dois diferentes

aspectos: i) o grau em que o indivíduo vê a si mesmo como tendo

realizado ou estando no curso da realização de seus objetivos de

vida (Subescala de Realização - FullflmentScale); ii) a capacidade

do indivíduo ver sua existência dentro de uma perspectiva ou

contexto e derivar deles um conjunto de objetivos de vida

(Subescala de Estrutura - Framework Scale). Cada afirmativa

pode ser respondida em 5 níveis, que vão do "Nunca é verdadeiro"

ao "Quase sempre é verdadeiro".

Essa escala foi aplicada originalmente em um grupo de 229

estudantes universitários do curso de medicina da universidade

de Stanford. Apresentou distribuição normal nos resultados

(média=98.6/140 (0.70); escore mínimo=36/140 (0.26); escore

máximo=l 37/140 (0.98)), com alta fidedignidade e foi considerada

válida como instrumento de medida.

O Conceito de Invéxis

A Invéxis é a técnica ou conjunto de técnicas 5, baseadas em

conceitos da Conscienciologia e Projeciologia, que visam a

dinamização para melhor da vida do indivíduo através da

organização, planej amento, priorização e racionalização crescente

- sem mecanização - de todas as atividades e projetos de sua

existência. A aplicação da técnica parte da iniciativa pessoal

ponderada e busca evitar quaisquer compromissos familiares,

institucionais e sociais, bem como influências doutrinárias,

místicas, sectárias, ou mesmo cientificistas; que possam tolher

idéias, ações, ou mesmo criar condicionamentos limitantes e

lavagens cerebrais. Exemplos disso seriam o militarismo, as

doutrinas e fanatismos religiosos. Parte do princípio de que o

indivíduo não necessita esperar até os 40 anos de idade - época

em que pode ter alcançado certa maturidade psicológica e

estabilidade econômica - para reavaliar suas escolhas de vida,

suas crises e conflitos afetivos, seu estado de saúde, suas

realizações pessoais e contribuições para a sociedade. Ele pode,

de forma deliberada, consciente e prática, desde jovem, buscar

a condição de maior autoconscientização quanto aseus propósitos

de vida; fazer a auto-análise progressiva de suas maturidades e

imaturidades; buscar o autodomínio de seus pensamentos,

sentimentos e energias; bem como de todos os demais atributos

e capacidades conscienciais. Tudo isso visando a realização de

suas metas existenciais e a melhoria geral da sua qualidade de

vida, do seu e dos outros grupos humanos. Tal antecipação

4 A versão da escala em português é composta de 26 itens. 3 O termo "técnica" deve ser entendido aqui num sentido bastante amplo, e talvez não seja o mais adequado para definir a invéxis por imprimir um certo mecanicismo ou reducionismo sobre o conceito que envolve tanto um conjunto de representações (cosmovisão) quanto de práticas sui generis visando fins específicos.

profilática eprodutiva justifica a denominação do termo inversão

existencial (invéxis).

Hoje, muitas empresas buscam a Qualidade Total com

vistas, em última instância, ao lucro. O inversor ou inversora -

aquele que se predispõe à prática da inversão existencial - pode

aplicar mais cedo a Qualidade Total Conscienciológica

objetivando o bem de todos. A pessoa de hoje pode ser melhor que

a de ontem, e a de amanhã, melhor do que é hoje, com técnica.

Eis um dos princípios básicos da invéxis.

O estudo do perfil psicológico e psicossocial do inversor é

importante na medida em que a invéxis é uma abordagem técnica

nova, proposta por uma ciência também nova, a Conscienciologia,

ainda não suficientemente estudada ou questionada, e que pretende

contribuir para a evolução da sociedade.

Problema e hipótese

Considerando que a invéxis baseia-se no aperfeiçoamento

da qualidade dos objetivos e ações da vida do sujeito, visando a

realização de suas metas de vida, é razoável supor que os

indivíduos que se predispõem a aplicar a técnica possuam um alto

índice de aceitação de vida, do modo como esta foi definida aqui.

Assim, podemos formular nossa hipótese:

Os indivíduos que conhecem e aplicam a técnica da inversão

existencial (invéxis) possuem, em média, um grau de consideração

positiva de vida maior do que aqueles que não a conhecem nem

a praticam.

Método

Para testar a hipótese, pedimos para cada sujeito preencher

o formulário que continha a escala de consideração de vida de

Battista e Almond e outros itens de identificação do seu perfil (ver

anexo). Os formulários foram aplicados em2 grupos de estudantes,

na sua maioria, universitários homens e mulheres entre 18 e 31

anos, com apenas 1 de 52 anos, não inversor, também estudante.

Os do grupo I (n=37) eram conhecedores e praticantes da técnica

- identificados pelas respostas afirmativas aos itens e e / do

formulário -, e os do grupo II (n=20) desconheciam e,

consequentemente, não a praticavam (a excessão de 1 estudante

que a conhecia mas não praticava).

Quanto a composição dos grupos em relação ao curso

escolar/universitário temos:

Grupo F. pré-vestibular, 6; Administração, 1; Economia, 1;

Engenharia, 4; Geologia, 1; Psicologia, 17; Biologia, 2; Direito,

1; Jornalismo, 1; Medicina, 2; e Nutrição, 1.

Grupo II: Psicologia, 19; Ed. Física, 1.

Quanto a religião declarada pelos sujeitos:

Grupo I: Católica, 1 (declarou-se não praticante); sem

religião, 36.

Grupo II: Espiritualista ou espírita, 5; Católica, 3; Outras

crenças, 3; sem religião, 9.

A amostra de 37 inversores foi considerada significativa por

56 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° 1 • Dezembro/94

Page 65: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Tema Livre

representar mais de 33% da população estimada de indivíduos

praticantes da técnica6.

Análise dos Resultados

Após a aplicação dos formulários, prosseguiu-se com a

análise dos dados. As questões 11 e 26 da escala não foram

consideradas no cálculo total da nota de cada indivíduo por serem

consideradas ambíguas tanto pelos respondentes quanto por nós.

O fato não interferiu no equilíbrio das afirmativas pois restaram

igual número de questões "favoráveis" e "desfavoráveis". As

médias dos escores de ambos os grupos foram altas e bastante

próximas (Grupo I: 97; Grupo II: 94.55). A análise estatística

para um T-teste (t(55) = 0,73 e p = 0,05) revelou não haver

diferençasignificativaentre os doisníveis de tratamento (aceitação

de H ). Os resultados foram sintetizados na tabela abaixo: o'

Análise estatística dos resultados

GRUPO I (n=37)

(conhecem e aplicam)

GRUPO II (n=20)

(desconhecem)

Média: 97 (0.81)* 94.55 (0.79)

Desvio padrão: 12.04 12.24

Escore máximo: 113 (0.94) 110 (0.92)

Escore mínimo: 51 (0.43) 67 (0.56)

* Entre parênteses encontra-se o escore percentual relativo ao máximo da escala (=120).

Discussão

Concluímos que, para ambos os grupos - praticantes e não

praticantes da Invéxis - as atitudes frente a consideração de vida

são bastante próximas, contradizendo as expectativas. Sugerimos

algumas explicações/hipóteses para guiar futuras pesquisas:

1 - Não há, de fato, diferença do nível de consideração de

vida entre inversores e não inversores;

2 - Pode haver similaridade de atitudes/condutas entre o

inversor e o universitário de psicologia, predominante em ambos

os grupos, o que mascarou reais diferenças que poderiam surgir

caso a escala fosse aplicada em grupos mais heterogêneos de

estudantes universitários. Ainda assim, deve-se considerar que o

estudante universitário no Brasil constitui parte de uma elite

intelectual e econômica, o que já pode influir bastante no grau de

aceitação de vida;

3 - Dentre aqueles que se classificam como inversores,

alguns podem concretamente não praticar a inversão. Por outro

lado, muitos daqueles que a desconhecem, podem possuir

propósitos e referenciais de vida bastante definidos e esforçar-se

na aplicação de técnicas igualmente ou mais benéficas para a

concretização desses referenciais;

4 - A escala utilizada é inadequada ou incapaz de medir

diferenças mais sutis da variável, concentrando-se em valores

extremos. Vários respondentes consideraram como prejudicial a

ausência de uma opção "Sempre é verdadeiro" em contraposição

à opção "Nunca é verdadeiro". Neste caso, torna-se necessário

elaborar outros instrumentos de medida apropriados 7;

5 - Pode ser, também, que os inversores possuam uma

estrutura (framework) mais bem definida do que aquela presente

namédia dos não inversores. Contudo, pelas metas da invéxis não

serem de realização fácil e imediata, e por exigirem auto-

aperfeiçoamento constante, o nível de auto-insatisfações e

expectativas aumenta, e o inversor experiência um nível menor

de realização dos seus objetivos. Assim, devido a um grau de

exigência menor, a média dos não inversores sentir-se-á mais

facilmente realizada com suas metas de vida. A distância entre

"planejamentos-expectativas" e "objetivos alcançados-auto-

realização pessoal" tenderia a diminuir com o decorrer do tempo,

nos casos de inversão bem sucedidos. Para testar essas hipótese

é necessário fazer uma análise intragrupos quanto aos escores

obtidos pelas subescalas de Estrutura e de Realização, assim

como uma comparação intergrupos das mesmas.

De um modo geral, sugere-se que sejam feitos mais estudos

psicossociais a fim de acompanhar a evolução dos praticantes da

invéxis e dos grupos de inversores (Grinvexes), e verificar os seus

efeitos ao longo da vida dos indivíduos.

Bibliografia

BATTISTA, J. & ALMOND, R. The development ofmeaning

in life. Psychiatry, v.36 , 1973. pp. 409-427.

DIENER, Ed. Subjective Well-Being. Psychological Bulletin,

n.95, 1984. pp.542-575.

VIEIRA, Waldo. 700 Experimentos da conscienciologia. Rio

de Janeiro: Instituto Internacional de Projeciologia, 1994.

1058p. p.689-696.

Anexo na outra página.

6 Conforme estatística do Jornal da Invéxis Ano 1, n. I, p.2, o núimero de inversores era de 109 em fins de 1993.

Ver VIEIRA, Waldo, "700 Experimento da Conscienciologia. ", em particular, págs.: 227-233; 263-288; 631.

57 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano 1 • N° I • Dezembro/94

Page 66: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

Tema Livre

• PREENCHA TODAS AS FRASES

• SEJA O MAIS SENCERO POSSÍVEL

• NÃO EXISTEM RESPOSTAS CERTAS OU ERRADAS

• MARQUE A OPINIÃO QUE MELHOR EXPRESSA SEUS PENSAMENTOS E SENTIMENTOS NO QUE SE REFERE ÀS FRASES ABAIXO:

(1) = NUNCA verdadeiro

(2) = RARAMENTE verdadeiro

(3) = ALGUMAS VEZES verdadeiro

(4) = FREQÜENTEMENTE verdadeiro

(5) = QUASE SEMPRE verdadeiro

1. Eu não me sinto capaz de realizar todas as coisas que são realmente importantes para mim (1) (2) (3) (4) (5)

2. Sinto que realmente alcançarei o que quero no vida (1) (2) (3) (4) (5)

3. Eu realmente cheguei a um acordo a respeito do que é importante em minha vida (1) (2) (3) (4) (5)

4. Eu sinto como se tivesse descoberto um sentimento realmente expressivo para orientar minha vida (1) (2) (3) (4) (5)

5. Fico completamente confuso quando tento entender minha vida (1) (2) (3) (4) (5)

6. Tenho verdadeira paixão pela minha vida (!) (2) (3) (4) (5)

7. Eu realmente não tenho muitos propósitos para viver, nem mesmo por mim (1) (2) (3) (4) (5)

8. Eu fico tão empolgado pelo que estou fazendo que acabo encontrando novas reservas de energia que eu nem sabia que tinha (1) (2) (3) (4) (5)

9. Eu passo a maior parte do meu tempo fazendo coisas que na realidade não são muito importantes para mim (1) (2) (3) (4) (5)

10. Honestamente, não há nada que eu queira fazer totalmente até o fim (1) (2) (3) (4) (5)

11. Tenho um enorme potencial que não uso (D(2) (3) (4) (5)

12. Eu realmente não valorizo o que estou fazendo (1) (2) (3) (4) (5)

13. Sinto que estou vivendo plenamente (1)(2) (3) (4) (5)

14. Realmente, sinto-me bem em relação a minha vida (1) (2) (3) (4) (5)

15. Eu só não sei o que na realidade quero fazer com a minha vida (1) (2) (3) (4) (5)

16. Eu realmente não acredito, muito profundamente, em nada na minha vida (1) (2) (3) (4) (5)

17. Tenho uma idéia muito clara do que gostaria de fazer com a minha vida (1) (2) (3) (4) (5)

18. Outras pessoas parecem se sentir melhor em relação a suas vidas do que eu em relação a minha (1) (2) (3) (4) (5)

19. Tenho uma filosofia de vida que realmente dá sentido à minha existência (1) (2) (3) (4) (5)

20. Alguma coisa parece me impedir de fazer o que realmente quero (1) (2) (3) (4) (5)

21. Outras pessoas parecem ter idéias bem melhores a respeito do que querem fazer de suas vidas do que eu (1) (2) (3) (4) (5)

22. Viver é profundamente satisfatório (1) (2) (3) (4) (5)

23. Quando olho para minha vida, sinto a satisfação de realmente ter trabalhado para realizar alguma coisa (1) (2) (3) (4) (5)

24. Parece que nunca nada de notável acontece comigo : (0(2) (3) (4) (5)

25. Tenho um sistema ou estrutura que me permite entender de forma exata minha existência (1) (2) (3) (4) (5)

26. Preciso encontrar algo com que eu possa realmente me envolver (1) (2) (3) (4) (5)

e) CONHECE A TÉCNICA DA INVÉXIS (S/N) ? f) APLICA A TÉCNICA DA INVÉXIS EM SUA VIDA (S/N) ?

58 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

ANEXO: ESCALA DE CONSIDERAÇÃO DE VIDA

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Glossário

GLOSSÁRIO

• Amparador - Consciex auxiliadora de uma conscin ou de

várias consc ins ; benfei tor extraf ís ico. Expressões

equivalentes, arcaicas, desgastadas e envilecidas pelo emprego

continuado: anjo da guarda; anjo de luz; anjo guardião; guia;

mentor.

• Automimese existencial - Imitação, por parte da conscin, das

próprias vivências ou experiências passadas, sejam do

renascimento intrafísico atual ou de existências anteriores.

• Consciência - (Conscienciologia) princípio inteligente

individualizado; essência do ser em constante evolução ou

amadurecimento. Sinônimos envilecidos pelo uso: ego, alma.

• Consciex (consci + ex) - Consciência extrafísica; o paracidadão

ou paracidadã da Sociex. Sinônimo envilecido pelo uso:

desencarnado.

• Conscin (consci + iri)- Consciência intrafísica; apersonalidade

humana; o cidadão ou a cidadã da Socin. Sinônimo envilecido

pelo uso: encarnado.

• Cosmoética {cosmo + ética) - Ética ou reflexão sobre amoral

cósmica, multidimensionalidade, que define a holomaturidade,

situada além da moral social, intrafísica, ou que se apresente

sob qualquer rótulo humano.

• Curso Intermissivo - Conjunto de disciplinas e experiências

teáticas administradas à consciex, depois de determinado

nível evolutivo, durante o período de intermissão consciencial,

dentro do seu ciclo de existências pessoais, objetivando o

completismo existencial da próxima seriéxis.

• Dupla evolutiva - Duas consciências que interagem

positivamente em evolução conjunta; condição existencial de

evolutividade intercooperativa a dois.

• Energia consciencial (EC) - A energia imanente que a

consciência emprega em suas manifestações em geral; o ene

do pensene.

• Estado vibracional (EV) - Condição técnica de dinamização

máxima das energias do holochacra, através da vontade.

• Extrafísico - Relativo àquilo que esteja fora, ou além do físico

ou humano; estado consciencial menos físico do que o soma.

• Holochacra (holo + chacra) - Paracorpo energético da conscin.

• Holomaturidade (holo + maturidade) - Condição da

maturidade integrada-biológica, psicológica, holossomática

e multidimensional - da conscin.

• Holopensene (holo + pen + sen + ene) - Pensenes agregados

ou consolidados. Sinónimo envilecido pelo uso: egrégora.

Esta palavra gera resistência em larga faixa dos leitores sérios

das ciências.

• Holossoma (holo + soma) - Conjunto dos veículos de

manifestação da conscin: soma, holochacra, psicossoma e

mentalsoma.

• Holossomática - Estudo específico do holossoma.

• Homeostase holossomática - Estado integrado, hígido, de

harmonia do holossoma.

• Intrafisicalidade - Condição da vida intrafísica, humana, ou

da existência da conscin.

• Invexibilidade - Qualidade da execução intrafísica da Invéxis.

• Mentalsoma (mental + soma) - Corpo mental; o paracorpo do

discernimento da consciência.

• Microuniverso consciencial - A consciência considerada de

per si, como um todo, englobando todos os seus atributos,

pensenes e manifestações no desenvolvimento da sua evolução.

O microcosmo da consciência em relação ao macrocosmo do

Universo.

• Multidimensional - Relativo às múltiplas dimensões

existenciais, como dimensão física e extrafísica.

• Multiexistencial - Relativo às múltiplas existências, ou

vivências da consciência. Que considera as vidas passadas.

• Para - Prefixo que significa além de, ao lado de, como

paracérebro. Significa também extrafísico.

• Pensene {pen + sen + ene) - Unidade de manifestação prática

da consciência, segundo a Conscienciologia, que considera o

pensamento ou idéia (concepção), o sentimento ou a emoção,

e a EC (energia consciencial) em conjunto, de modo

indissociável.

• Pluriexistencial - O mesmo que multiexistencial.

• Policarma {poli + carmd) - Princípio de causa e efeito, atuante

na evolução da consciência, quando centrado no senso e

vivência da maxifraternidade cósmica, além do egocarma e do

grupocarma.

• Policármico - Relativo a policarma.

• Proéxis (pro + exis) - Programação existencial específica de

cada conscin em sua seriéxis.

• Psicossoma - Paracorpo emocional da consciência; o corpo

objetivo da conscin.

• Robéxis (rob + exis) - Robotização existencial; condição da

conscin troposférica, excess ivamente escravizada à

intrafisicalidade ou quadridimensionalidade.

• Seriéxis (seri + exis) - 1. Seriação existencial evolutiva da

consciência; existências sucessivas; renascimentos imtafísicos

em série. 2. Vida humana ou intrafísica. Sinónimo desgastado

e envilecido pelo uso excessivo para a primeira acepção:

reencarnação; esta palavra arcaica não mais atinge as pessoas

sérias às pesquisas de ponta da consciência.

• Sociex (soei + ex) - Sociedade extrafísica ou das consciexes.

• Socin (soe + iri) - Sociedade intrafísica ou das conscins;

sociedade humana.

• Teática (te + ática) - Vivência conjunta da teoria e da prática

por parte da conscin ou da consciex.

• Teaticidade - Qualidade teática da consciência.

6 0 Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano 1 • N° I • Dezembro/94

Page 69: Gestações Conscienciais; Coletânea de Artigos GPC-Grinvex; Vol.1; N.1

M Glossário

• T e a c p e s (/ - ene + pes) - Tarefa energética pessoal, diária,

mui t id imens iona l , com assis tência permanente de

amparadores, a longo prazo ou para o restante da vida

intrafisica. Expressão popular: passes para o escuro.

• Trafar (tra + far) - Traço-fardo da personalidade da conscin;

componente negativo da estrutura do microuniverso

consciencial que a consciência ainda não consegue alijar de si

ou desvencilhar-se até o momento.

• Trafor (tra + for) - Traço-força da personalidade da conscin;

componente posit ivo da estrutura do microuniverso

consciencial que impulsiona a evolução da consciência.

Bibliografia

VIEIRA, Waldo; 700 Experimentos da Conscienciologia; 1052

p.; 40 caps.; 5116 refs.; glos. 280 termos; bib; ono.; alf.; est.;

crom; geo.; 28,5 x 21 x 6,5 cm; ene ; I a ed.; I a imp.; Rio de

Janeiro, RJ; Brasil; Instituto Internacional de Projeciologia;

1994; p. 1-1052; ed. em port.

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

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Grinvex no Brasil

Brasília - DF Fone (061)346-5573

Goânia - GO Fone (062) 225-8203

Maringá - PR — Fone (0442) 26-2013

Londrina - PR Fone (043)321-4630

Porto Alegre - RS Fone (051)334-4571

Fortaleza - CE Fone (085) 234-0154

Natal - RN Fone (084)218-2661 Recife - PE Fone (081)461-1320

Salvador-BA Fone (071)381-5461

Belo Horizonte - MG Fone (031)241-1358

Montes Claros - MG Fone (038) 221-9406

Vitória - ES Fone (027) 227-1820

Rio de Janeiro - RJ Fone (021)221-8954

São Paulo-SP Fone (011)69-9880

S. Bernardo do Campo - SP Fone (011) 753-9231

Curitiba - PR Fone (041) 234-4205

Blumenau - SC Fone (0473) 22-7014

Florianópolis - SC Fone (0482) 24-3446

Gestações Conscienciais - GPC Grinvex • Ano I • N° I • Dezembro/94

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ERRATA

1. As localidades e telefones contidos na págma 62 correspondem a Unidades do IIP onde há Grinvex.

2. Na página 62, onde diz "São Paulo - SP - Fone (011) 69-9880", lê-"São Paulo - SP - Fone (011) 64-9880".

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J

f INSTITUTO INTERNACIONAL DE PROJECIOLOGIA