coletânea de cartas
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Projeto Pedag[ogico Professor do FuturoTRANSCRIPT
ALTO PARAÍSO DE GOIÁS
JULHO/2010
PROJETO PROFISSIONALPROJETO PROFISSIONALPROJETO PROFISSIONALPROJETO PROFISSIONAL
PROFESSOR DO FUTUROPROFESSOR DO FUTUROPROFESSOR DO FUTUROPROFESSOR DO FUTURO
SUMÁRIO
Alcilene Barbosa de Sousa 7
Amanda Cristhine Cardoso de Moura 8
Amanda Pabline Paulino Bernardes 9
Anairde Ferreira Neres Braga 12
Andrea Deretti 14
Andreia Paulino Silva 16
Athialle Gonçalves Batista 18
Camila Moreira Ramos 20
Cristiane da Costa Meireles 22
Cristina Magda Angelo de Almeida 24
Ediomara C. Dos Santos 25
Fernanda Neres Bernardes 26
Gabriela Costa Pias 28
Geane Raquel Guthnecoht 29
Gerailde Silva de Macedo 31
Gisele Paulino Silva 33
Gizelle Couto Dos Santos 35
Isailde Alves Santos Silva 37
Ivanilde Matsumoto Nagami 38
Leonica Pereira da Silva 40
Lusilene Rodrigues da Silva Pereira 42
Maria Angélica Godói C. Nogueira 44
Maria Helena Pereira dos Santos 45
Michelle Paulino Menezes 46
Patricia Paulino Silva 47
Paula Ediane P. de Passos 49
Roniela Kalyane Souza Silva 50
Rosani Augusta Santos Marques 52
Rozane Terezinha Perius 53
Sebastiana Teodoro De Brito 54
Tatyane Campos Alves 56
Valeria Teodoro De Brito 58
Zelma Ferreira dos Santos 59
Zenaide Almeida de Sales 61
AGRADECIMENTO
Agradecemos primeiramente a Deus por todas as graças concedidas.
Agradecemos a UAB/UnB pela oportunidade de estarmos cursando a Universidade.
Agradecemos ao empenho de nossa professora Norma e da tutora Nadja.
Agradecemos a nossas famílias pelo apoio integral.
E finalmente agradecemos umas as outras pelo companheirismo mutuo.
APRESENTAÇÃO
Coletânea de Cartas desenvolvidas na disciplina Projeto Profissional Organização do Trabalho Pedagógico na turma de Letras UAB 2/2010. A presente Coletânea teve sua apresentação no dia 10 de julho, no Pólo De Alto Paraíso de Goiás - GO
Como convidada de Honra para abrir a II Amostra tivemos a poetisa Londina famosa em Alto Paraíso, pelas suas belíssimas poesias e que nos honrou como uma improvisação especial sobre a Educação.
Estiveram presentes prestigiando o evento a Professora Autora Norma Lucia Neris de Queiroz e a tutora a distância Nadja Eleonai Oliveira Monteiro, assim como a tutora Sandra sua convidada.
A coletânea foi organizada pelas alunas e sua tutora presencial. Toda a programação apresentada foi muito emocionante para todos os presentes, que tiveram a oportunidade de trocar experiências sobre a Educação, compartilhando seus medos, anseios e principalmente as conquistas que permearam todo o semestre.
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ALCILENE BARBOSA DE SOUSA
Alto Paraiso – Go. 30 de maio de 2010.
Cara Edilene,
Venho através desta, agradecer o seu apoio e incentivo que foi a minha maior
motivação para que eu ingressasse nesta faculdade, tendo o objetivo de me tornar um
profissional da educação. Pois sempre acreditei que a educação é o fator primordial e
capaz de fazer com que as pessoas desenvolvam suas capacidades, propiciando a
formação de uma sociedade mais democrática e desenvolvida.
Hoje tenho enorme satisfação enquanto futuro educador, de dividir com você (
uma excelente professora), os conhecimentos e saberes que adquiri nesse tempo de
estudo que ainda é pouco, mas o suficiente para perceber que para nos tornarmos
educadores competentes devemos ter conhecimento não só dos conteúdos, mas também
dos nossos alunos, dos objetivos educativos e de tantos outros que servem de base para
a docência.
O professor sendo aquele que lida com o saber possui um papel crucial tendo em
vista que sua qualidade é imprescindível para a qualidade do ensino. Isto que requer do
professor uma postura investigativa e reflexiva, que é caracterizado pela reflexão de sua
prática, da pesquisa em busca de inovações no processo de ensino-aprendizagem dos
seus alunos.
Tive a oportunidade de adquirir o livro Pedagogia Da Autonomia de Paulo Freire, o
qual traz inúmeras contribuições, enfatizando os saberes que são indispensáveis para
nós, como o respeito aos saberes dos educandos, a criticidade, a estética e ética, a
pesquisa, entre outros que pretendo te mostrar pessoalmente.
Querida, admiro muito o seu apreço pela leitura e também compreendo que é o
melhor caminho para a construção do conhecimento. Mas percebo também que é
necessário o professor despertar o interesse do aluno pela leitura de forma prazerosa
para que assim seja possível a percepção da verdadeira importância do hábito de ler.
Espero estar com você em breve.
De sua amiga Alcilene.
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AMANDA PABLINE PAULINO BERNARDES
Brasília 30 de Maio de 2010
Valquíria...
Olá, tudo bem com você e sua família? Estou com muita saudade!
Espero que você esteja bem, pois eu estou ótima, graças a Deus! Pois é amiga, decidi
escrever esta carta, porque tem muito tempo que nós não nos falamos. Aqui na cidade
grande a vida é corrida, entretanto estou cursando a faculdade de Letras na UAB_UNB,
lá em Alto Paraíso, é maravilhosa a faculdade e também algo necessário hoje em dia
para quem quer ter uma boa profissão seja ela qual for. Pois é preciso se capacitar e se
esforçar. Profissionalmente decidi pela carreira docente. Quero ser um bom professor,
para isto tenho que me dedicar aos estudos e trabalhar muito.
Sabe vivemos hoje uma nova era, na qual a tecnologia e o conhecimento chegam aos
mais distantes locais, o conhecimento chega por meio das novas tecnologias. E o
professor precisa estar antenado com estas tecnologias. É surpreendente: muitas vezes
nossos alunos sabem usar esta tecnologia melhor que os professores, isto se explica
porque eles são uma geração que já nasceu na era digital, enquanto nós professores
somos imigrantes para esta nova era.
O novo mundo também traz conflitos, não que eles não existiam antes, mas antes não se
falava muito destas coisas como diversidade e multiculturalismo. Entende porque é tão
importante o professor está bem capacitado e bem informado?
O professor é de extrema importância, é único e deve agir sempre respeitando os
princípios éticos e morais.
O educador deve sempre prezar a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte e o saber de seus alunos.
E assim eu me despeço de você minha amiga, espero que esta “conversa” lhe seja útil.
Um Grande Abraço minha amiga querida!!!
Você é muito especial, pode contar comigo para o que precisar...
Se cuida menina! E estude muito para ser uma maravilhosa professora!!!
BEIJOS!!!
Amanda.
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AMANDA CRISTHINE CARDOSO DE MOURA
Prezada Prof. Domingas Cardoso,
Por ter você como minha fonte de inspiração, quero através desta expressar, o que depois de muita leitura e pesquisa, acho que um docente deve saber para ter sucesso em sua caminhada.
Primeiramente, quero expor aqui algumas de minhas preocupações em relação à educação e ao comprometimento do educador com o ensino, enfocando as necessidades e alguns dos desafios que claramente percebo na área educacional.
Muitos são os desafios da educação nos dias atuais. Sendo que um grande desafio está na preocupação com a destruição ambiental e a pobreza que uma grande parte das pessoas no mundo está enfrentando. Também me preocupa a condição da exclusão que muitas pessoas têm sofrido, de tudo o que lhes é de direito, mas fatidicamente negado.
Penso que é necessário compreender que os indivíduos são seres que se desenvolvem historicamente dentro de um contexto onde se encontram inseridos. Apesar, de muito se alardear os direitos de igualdade para uma grande parte das pessoas este direito é negado. Muitos se acomodam pois pensam que nada se pode fazer.
Diante do avanço tecnológico acredito ser necessária uma tomada de consciência por todos os professores que deve haver uma adaptação de todos neste mundo da tecnologia e do conhecimento, os benefícios advindos da tecnologia devem ser um direito de todas as pessoas.
Porém não há apenas o tecnológico a ser tratado, a meu ver há também a afetividade e a ética. Penso que o respeito deve ser cultivado entre os alunos e destes com o educador, vemos tantas notícias sobre agressões a professores!
Dentro desse contexto, desejo como profissional ter o compromisso ético, e com a vida principalmente, lutando pelos valores, cidadania, solidariedade e respeito, onde aprendendo a ser e a fazer me tornem um verdadeiro professor.
Bom, acredito que a formação do professor hoje requer um individuo capaz de aprender de forma coletiva, isto é, cooperação entre os profissionais da educação. A forma isolada em que está estruturado o trabalho do professor deve ser questionada, repensada e vista com possibilidades reais de mudança.
Na realidade atual, as questões relacionadas ao ensino e aprendizagem exigem professores que façam da escola um lugar onde o aluno aprenda e seja capaz de pensar. Um lugar no qual os alunos possam transformar e construir seus espaço e expressões, com os conhecimentos diários e que já dispõe usados para possibilitar o seu convívio na sociedade diante das constantes transformações que ocorrem no mundo. A formação do educador deve levar em consideração a associação entre teoria e prática. Bem como o uso das experiências adquiridas, uma preparação continuada para os profissionais da educação que vise à aprendizagem do educando, atenções voltadas às diferenças culturais, o desenvolvimento de trabalho em equipe, um trabalho voltado á pesquisa com ação e compreensão no processo do conhecimento.
Isto seria o ideal, porém apesar das discussões e propostas, muita coisa ainda não foi ainda colocada em prática no ambiente escolar, principalmente no que se refere ao espaço participativo do aluno para que esse se torne sujeito de sua aprendizagem. Segundo a Lei de Diretrizes e Base: “A educação é pára a vida”, isso quer dizer que “o professor precisa construir saberes ligados a sua prática e relacionados e integrados a teoria, ao conteúdo, e organização,
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a gestão do ensino e da aprendizagem, ou seja, ter domínio de competências e habilidades em sala de aula.”
Contudo, o atual quadro docente, ainda enfrenta dificuldades em relação à teoria e prática no que refere ao ensino/aprendizagem.
Sabe, o processo de ensino aprendizagem, atualmente requer que o corpo docente faça da escola um ambiente de saberes que proporcione ao aluno a “aprender a aprender”, ou seja, aprender a pensar e a construir, utilizando-se de recursos (conhecimentos) diários, que capacite a viver em um mundo em constantes mudanças. E para que isso aconteça o professor deve estar atento para o paradigma do conhecimento, onde o aluno é visto como contribuinte da sua própria aprendizagem, ativo e pró-ativo, assimilando e interpretando os acontecimentos do mundo a sua volta.
A reflexão docente tem sido uma constante no bom desempenho do educador. Nesse sentido o professor usa meios para resolver problemas que surgem no dia-a-dia escolar. Através da reflexão, o professor analisa, faz comparações, reorganiza situações, para criar um novo conhecimento e ajustar situações adversas, fazendo uma análise constante de suas práticas. Muitas vezes o improviso em sala de aula, pode acontecer, e é preciso criar alternativas para solucionar alguns problemas inesperados, levando o professor à uma prática reflexiva, onde não há lugar para reprodução ou rotina.nesse caso o educador, que deve procurar desenvolver estratégias exclusivas de aprendizagens, pois um professor reflexivo é aquele, que visualiza situações adversas, ou singulares, os processa e repara, faz as devidas intervenções pedagógicas após identificar o problema.
O poder do professor está na sua capacidade de refletir criticamente sobre a realidade e transformá-la quanto a possibilidade de formar grupos de companheiros para lutar por uma causa comum. Paulo Freire insistia que uma escola transformadora era a “escola do companheirismo”, por isso, sua pedagogia é uma pedagogia de dialogo, das trocas, do encontro, das redes solidarias. “Lutando sozinhos, chegaremos apenas à frustração, ao desanimo...”
Precisamos de uma pedagogia que emerge numa educação voltada para os saberes e os valores, onde se eduque com pensamento global, pois é necessário aprender a pensar a realidade, do saber conhecer, das novas metodologias, e da organização do trabalho nas escolas. É preciso, educar os sentimentos, como seres humanos pensantes e que possuem sentimentos, que vivam dentro de um mesmo planeta, onde é nosso dever, compartilhá-lo e amá-lo. Educando para a justiça e igualdade de todos.
O professor deve desenvolver as competências necessárias para prosseguir aprendendo de forma critica em níveis mais complexos de estudo. Essas competências são de níveis cognitivos, cultural e sócio afetivo. “Assim, é necessária a formação de professores competentes, para formação de alunos também competentes.”
Além de conhecer o conteúdo, o professor de língua portuguesa, precisa adotar métodos, que supra seus objetivos em mente, proporcionando aos alunos um ensino-aprendizagem que os capacite o desenvolvimento de suas habilidades para reconhecer os registros e saber utilizá-los. Dentro das competências e habilidades que o professor de LP precisa adquirir, está a técnica de trabalho na profissão, aptidão mental, ou seja, de intelecto, possuindo capacidade de percepção e discernir situações com presença de espírito, competências cognitivas, com domínio de conhecimento, competência de relacionamento em grupo, competências que estejam voltadas ao processo de ensino e educação, competências de metodologia e liderança influenciável na vida dos alunos, profissional e na sociedade.
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A formação que desejo em um novo professor está concentrado em um profissional, que aprenda cooperativamente, que organizando seu próprio trabalho e o trabalho do aluno, deseje ter consciência e ao mesmo tempo sensibilidade, despertando desejo de aprender par tornar o aluno, também, um sujeito autônomo na sua própria formação.
E tudo isso quero adquirir em uma formação continuada, desenvolvendo habilidades e competências necessárias para o êxito de minha profissão. É dentro dessas competências que desejo ensinar, aprender, mediar, tomar decisões e agir, num ato de reflexão-ação, ser um pesquisador influente, despertando também nos alunos interesse, tornando-os capazes de adquirir autonomia e capazes de visualizar o mundo de forma crítica.
Atenciosamente,
Sua eterna aluna e filha,
Amanda Cardoso
Referências:
Barros, Gilian Cristina. Habilidades e Competências, 2005.
Educação à distância, Fundamentos da Pesquisa – Práticas pedagógicas – 1º período – Pedagogia p. 13
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ANAIRDE FERREIRA NERES BRAGA
Colinas do Sul, Goiás – 28 de maio de 2010
Prezada amiga Gisele
Não compreendo o que vem acontecendo com a nossa educação, parece que
tudo esta fora do normal, estamos passando por um período de grandes transformações.
Como você faz parte da educação, venho por meio desta desabafar e pedir-lhes alguns
conselhos.
Parece que os professores são sabedores dos seus direitos e estão investindo a
cada dia em sua formação, a qual, é interessante recordar, muitos iniciaram com o curso
Técnico em Magistério. Depois deram um grande salto em busca da formação continuada
e o mais importante é que eles não querem aprender apenas conteúdos, mas também
buscam novas técnicas de aprendizagem, saberes como, ser, agir, interagir,
contextualizar e transformar.
Como você está vendo essa caminhada em busca da qualificação profissional?
Espero que esteja olhando com bons olhos? Quanto ao profissional reflexivo
investigativo, estou no caminho de me tornar uma grande educadora, força e vontade não
me falta em nenhum momento de minha vida, procuro refletir sempre sobre a minha
postura enquanto professora, busco corrigir os meus erros e investigo as causas do
desinteresse de alguns alunos, não que eu seja psicóloga, mas porque tenho uma
inquietude dentro de mim que não me permite ver os alunos sem fazer nada a não ser
bagunça ou simplesmente olhando para o tempo como se nada mais lhes interessasse.
Procuro conhecê-los desde a sua formação religiosa, pois acredito que é por meio do
temor a Deus que a mudança acontece.
É necessário também investimento do Poder Público, da escola, da família e ,inclusive,
dos próprios alunos, investimento não falo aqui de apenas o investimento financeiro, mas
e principalmente ético e afetivo.
Mas para que tudo ocorra dentro do previsto o professor de Língua Portuguesa,
falo desta porque é minha área de atuação, precisa desenvolver e ou aprimorar algumas
habilidades e competências necessárias ao bom desempenho da educação, tais como,
ser um exemplo vivo de leitor, escritor e cidadão crítico reflexivo pois, os exemplos
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ensinam mais do que as palavras. Eles também precisam desenvolver a comunicação e
expressão em várias situações de comunicação, demonstrando domínio da linguagem
oral e escrita de acordo com as variantes da língua e, o que considero mais importante,
não sei se para você também o é, falo respeito e da valorização à diversidade
sociocultural e étnica que encontramos nas salas de aula. A uma coisa que preciso
praticar bastante, que é a oralidade, pois pretendo ser professora de Língua Portuguesa
por formação, atuação e paixão.
Temos a Lei de Diretrizes e Bases que auxilia todos os envolvidos na educação,
dando suporte. Nela encontram-se algumas exigências a respeito do ensino de Língua
Portuguesa no ensino fundamental (2ª fase) e na Educação de Jovens e Adultos (2º e 3º
segmento) e Ensino Médio.
No ensino fundamental regular trabalha-se bastante com textos e por meio deles o
estudo da gramática, que outrora era o ponto principal do ensino de Língua Portuguesa.
Quanto a EJA, é solicitado que ensine a partir do conhecimento dos alunos, dando
ênfase aos gêneros discursivos, produção de textos falados e escritos e o domínio do
discurso, para que eles consigam sobressair em diversas situações de comunicação.
Portanto amiga, o ensino tem muitos aliados, mas a meu ver, o aliado mais forte é
a consciência, força de vontade e a crença na mudança que ainda está adormecida em
alguns professores.
Gisele, que as mãos protetoras de Deus estejam sempre te direcionando.
Sua amiga, Anairde
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ANDREA DERETTI
Alto Paraíso, 28 de maio de 2010.
Querida vozinha,
Quantas saudades!
Penso que está é a oportunidade ideal para agradecer por tudo aquilo que fez por
mim, por tudo que me ensinou. Quero lhe falar da alegria em meu coração por estar
cursando uma grande universidade e realizando assim um grande sonho onde a senhora
nunca deixou de acreditar que um dia eu conseguiria.
Não é fácil este caminho, a jornada é árdua mais o que importa é a minha vontade
de tornar-me educadora. Busco informação permanente para a compreensão dos
princípios e saberes que são necessários para a minha prática educativa. O pensar
reflexivo e investigativo implica, portanto, uma ação educativa que envolve conhecimento,
aspirando assim à construção de significações. Implica, na disciplina construtiva e
liberdade responsável, pois aprender é aprender a pensar e envolve também intuição,
emoção e paixão. Sabe vozinha eu compreendi nitidamente que o ponto de partida está
em nós mesmos todo meu caminhar neste universo depende só do meu querer.
Outra notícia importante na área educacional, é que o índice de analfabetismo
vem caindo em nosso país, embora ainda haja muito a ser feito a este respeito. Governos
municipais, estaduais e federais têm dedicado uma atenção especial a esta área.
Programas de bolsa educação têm tirado milhares de crianças do trabalho infantil para
ingressarem nas salas de aula. Programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA),
também tem favorecido este avanço educacional. Tudo isto, aliado a política de
valorização dos professores, principalmente em regiões carentes, tem tido resultados
positivos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, aprovada em 1996, trouxe um grande
avanço no sistema de educação de nosso país. Esta lei visa tornar a escola um espaço
de participação social, valorizando a democracia, o respeito, a pluralidade cultural e a
formação do cidadão. A escola ganhou vida e mais significado para os estudantes. A
intenção é que os governos aperfeiçoem seus gastos com a educação básica de modo a
permitir que as crianças e os jovens tenham uma formação que os capacite conforme as
atuais exigências do mundo atual.
Compreendo hoje que o papel fundamental da educação no desenvolvimento das
pessoas e das sociedades amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta
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para a necessidade de se construir uma escola voltada para a formação de cidadãos.
Vivemos em uma era marcada pela competição e grandes progressos científicos e
avanços tecnológicos, definem-se exigências novas para os jovens que ingressarão no
mundo do trabalho. Com tanta tecnologia e a circulação de muito dinheiro em nosso país
ainda é grande a falta de estimulo, consciência e informação é um grave problema que
enfrentamos mesmo neste século, são milhares de crianças e jovens que vivem ainda
sem aprendizado, buscando em um mundo de conflitos no meio da guerra de poder a sua
própria sobrevivência. Atualmente, considera-se a educação um dos setores mais
importantes para o desenvolvimento de uma nação. É através da produção de
conhecimentos que um país cresce, aumentando sua renda e a qualidade de vida das
pessoas. Embora o Brasil tenha avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há
muito para ser feito
De nada adianta desenvolver saberes, se os mesmos não forem socializados,
com perspectivas de aplicabilidade social para melhorar a qualidade de vida da
população. De nada adianta a educação trabalhar de forma isolada sem estabelecer
vínculos entre o Projeto Político e um Projeto social. De forma a garantir condições
mínimas de dignidade à população.
A medida que forem compreendendo e exercendo a sua função social,
perceberam como cidadãos e passaram a interagir com as mudanças. Modificando a
realidade sócio-educacional e o seu entorno com um comportamento já bem adaptado a
realidade.A humanidade evolui pelo pensamento e a nós futuros educadores cabe vencer
os desafios.
É acreditando que a educação pode promover mudanças que continuamos a
trabalhar todos os dias ensinando e aprendendo com os educandos, procurando
conscientizá-los da sua importância como indivíduo social, dando subsídios para lutar por
sua cidadania justa e igualitária.
Vozinha é com imenso prazer que relatei um pouco da minha jornada como futura
educadora, e peço que reze sempre para eu ter muita paz, amor e sabedoria para
trabalhar com os educandos.
Um grande beijo em seu coração.
Sua neta que lhe ama muito,
Andréa
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ANDREIA PAULINO SILVA
Querida amiga,
Como está você tudo bem?
Eu estou bem. Lhe escrevo para falar de minhas inquietações quanto ao papel do
professor.
A meu ver é necessário que o professor esteja bem interado dos assuntos escolares,
para melhor desenvolvimento em sala de aula tendo à suas mãos recursos pedagógicos
importantes para melhoramento do desempenho de seus alunos.
A interação entre professor e aluno também é importante para um trabalho satisfatório.
Em meio a tantas mudanças que ocorre na sociedade (tecnologias, relações políticas e
econômicas entre os estados e nações, comunicação, biomedicioa, etc.) influem na vida
das pessoas, mesmo e principalmente as consideradas comuns. A educação também é
afetada pelas mudanças que ocorrem no mundo, e estar a par destas mudanças, saber
vivenciá-las e saber usá-las em prol do desenvolvimento humano é um dos desafios que
fazem parte da formação profissional do professor.
Essa formação vem a ser um processo de reflexões no qual que prescindem a lógica e os
objetivos de um educador.
Um educador de qualidade é aquele que se preocupa em ouvir seus alunos, tem sempre
um momento para a turma, deixando um espaço para que esta possa expor suas idéias.
Isso faz com que o aluno tenha melhor desenvolvimento, fazendo com que cresça, o
professor que age dessa forma tem seus objetivos alcançados e os percebe de maneira
satisfatória ao longo de sua carreira.
Quanto à sala de aula e o fazer pedagógico do professor de língua portuguesa na
formação do estudante, creio que é importante trabalhar os meios de expressões e a
linguagem, saber receber e dar informações, saber compreender, saber usar a língua
portuguesa nos diferentes contextos e situações. Interferindo e interagindo na
organização de mundo interno e externo e firmando sua identidade como ser humano e
cidadão – este é o objetivo maior do professor de língua portuguesa, este é meu objetivo
como professora de língua portuguesa.
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Deve também, o professsor, usar as tecnologias de comunicação e de informação na
escola, deve orientar aos estudantes quanto ao seu uso e usa importancia de modo que
seja relevante para sua vida, isto é incluir o aluno na era do conhecimento.
Para mim, amiga, essas são algumas das competências e habilidades mais relevantes
para o contexto educacional na vida de cada individuo, trazendo a ele melhores
benefícios a sua vida estudantil, em meio à sociedade e na continuação de sua
existência.
Estar direcionado à uma formação que possa trabalhar em direção ao repensar
“saberes fechados”, incorporando outros saberes ao projeto político – pedagógico, ao
currículo e ao planejamento de aula inserindo na organização curricular do ensino
fundamental e ensino médio, uma base diversificada pelas características regionais e
locais da sociedade.
Este é o educador que quero ser e a escola que quero ter.
Saudades,
Andréia.
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ATHIALLE GONÇALVES BATISTA
Colinas do Sul, 27 de maio de 2010
Querida professora Conceição, tudo bem?
Venho através desta carta relatar a você meus anseios e expectativas como futura
professora de língua portuguesa. E ninguém melhor para me dizer se estou no caminho
certo ou não, já que é graças a você que passei a me interessar e com o tempo ingressar
em uma graduação de língua portuguesa. E é por esse motivo que a sua opinião é de
fundamental importância para mim.
A principio, quero lhe adiantar que esta carta, trata da elaboração de atuação profissional
como professor de língua portuguesa, e o primeiro ponto que irei tratar é sobre os
conhecimentos que são necessários ao exercício docente nos dias de hoje, contudo é
preciso analisar que a educação vem sofrendo interferências e mudanças ao longo do
tempo e o educador deve estar preparado para lidar com diferentes situações que
envolvem o processo ensino-aprendizagem, ele deve ter o conhecimento das disciplinas
e das ciências da educação para que ele possa ser um profissional seguro, confiante e
capacitado, deve conhecer as tradições pedagógicas que nortearam a educação,
lingüística, semântica, lingística e gêneros do discurso/textual e o modo como abordá-los
na prática de sala de aula, produzir novas metodologias sintonizadas com os novos
saberes sobre o ensino-aprendizagem da língua materna e sua respectiva literatura de
modo integrado;construir experiências e saberes de ação pedagógica que vão sendo
enriquecidos e aprimorados a cada momento de sua prática.
O docente pode ser caracterizado como um profissional reflexivo e investigativo quando
ele associa o conhecimento à prática pedagógica, assim pensa na ação afim de propiciar
ao educando uma aprendizagem significativa e de qualidade, diante disso o professor
deve se aprofundar em conhecimentos que vão bem além dos conhecimentos teóricos, o
professor deve buscar conhecer o cotidiano da escola e dos alunos, e a partir daí
acumular e articular a maior quantidade de informações possíveis para repassá-las aos
seus alunos e promover em sala de aula um momento de interação e troca mútua de
conhecimentos, como cita Alarcão ser professor reflexivo e investigativo:
“implica numa perscrutação ativa, voluntária persistente e rigorosa daquilo que se julga acreditar ou daquilo que habitualmente se prática, evidência os motivos que justificam as nossas ações ou convicções e ilumina as consequências a que elas conduzem. Ser se reflexivo é ter capacidade de utilizar o pensamento, como atribuidor de sentido”. (Alarcão,1996. p. 175).
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Bem, Prof.ª Conceição, quando escolhi esse trecho para citar lembrei de seus
relatos de experiências vivenciadas em sala de aula e como é importante o papel de ser
um professor que reflete em suas atitudes e busca meios para desenvolvê-las da melhor
maneira possível.
Tudo isso que falei até agora, creio que são coisas importantes, mas as
competências e habilidades que devem ser adquiridas pelo professor com a finalidade de
criar possibilidade de estudo e pesquisa, e ser um profissional capacitado à identificar os
objetos que são mais necessários e prioritários à realidade de seus alunos, assim refletir
para buscar estratégias e soluções de forma cada vez mais que leve seus alunos a se
apoderarem da língua e venham a ser capazes de se tornarem estudantes leitores e
escritores. Bem como cidadãos capazes de se inserir no mercado de trabalho, continuar
aprendendo ao longo da vida e exercer sua cidadania de forma plena.
Sabe, se espera que o professor leve os alunos a adquirirem progressivamente
competências e habilidades em relação à linguagem que lhes possibilitem resolver
problemas da vida cotidiana, ter e acesso a bens culturais e alcançar a participação
plena no mundo letrado, pois eles deverão ser capazes de expandir o uso da linguagem,
utilizar diferentes registros, adequando-os às circunstancias da situação comunicativa de
que participam, conhecer e respeitar as diferenças e as variedades da língua portuguesa
, compreender os textos orais e escritos defrontados em diferentes situações de
participação social.
A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (lei n. 9394/96) determina para o
ensino de língua portuguesa nas séries finais (6º/9º ano) do ensino fundamental, segundo
e terceiros segmentos de EJA e ensino médio prevê A LDB nº 9394, de 20/12/1996,
estabelece, em seu Art.36, que a língua portuguesa será encarada como instrumento de
comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania, contemplando, assim,
todas as modalidades expressivas, sem encará-las de forma privilegiada ou não.
Bem professora, minha carta ficou um pouco extensa, mas durante esses três
anos que não nos vemos muitas coisas aconteceram em minha vida, o meu filho já está
com sete anos, e a cada dia que passa sinto uma maior necessidade de estudar, me
qualificar e me solidificar na minha área profissional, para dar a ele um futuro melhor.
Abraços e espero que em breve nos encontremos pessoalmente!
Athialle sua eterna admiradora.
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CAMILA MOREIRA RAMOS
Projeto de atuação profissional como professor de L íngua Portuguesa
Oi tia Simone,
Estou escrevendo uma carta tentando organizar meu futuro projeto de atuação como
professora de Língua Portuguesa e resolvi endereçá-la a você, uma docente com muita
experiência e que, além de me inspirar, sana minhas dúvidas.
Refleti muito esta semana sobre que conhecimentos um docente precisa ter hoje para
que possa atuar e ter sucesso, afinal sabemos que muita coisa mudou se compararmos a
outras épocas. Outrora, o professor era fonte do saber, era o dono da sala de aula e
possuía todo o conhecimento de que o aluno precisava. Atualmente, vivemos numa
sociedade chamada de “sociedade da informação”, conforme nos fala Isabel Alarcão em
seu livro “Professores reflexivos em uma escola reflexiva”. Nesta sociedade o aluno não é
mais apenas um receptor, ele tem a sua disposição, uma avalanche de informações,
pode a qualquer momento procurar no Google, por exemplo, e terá uma resposta
imediata do que precisa. Penso que este é o nosso desafio atual: precisamos saber o que
fazer para ajudar nossos alunos, já que eles possuem muitas informações.
Os alunos de hoje não precisam mais de professores que chegam à sala de aula com
sua gramática e mandam-nos decorar regras, e olha que vemos isso acontecer muito
ainda, não é verdade?. Os alunos de hoje precisam de professores que os auxiliem a
organizar as tantas informações que possuem. Precisam de educadores que os ensinem
a organizar seu pensamento, a formar uma opinião crítica do assunto, a saber qual
informação é valida e qual é supérflua. E para que os educadores consigam ser
mediadores, precisam estar sempre em formação. Hoje não basta mais terem feito
magistério ou formação superior e pronto. É necessário que o profissional esteja interado
sempre, esteja sempre se aperfeiçoando, pois só assim estará preparado para uma boa
convivência e um ensino mais direcionado para seu aluno. E para isso, o professor deve
ser um profissional reflexivo e investigativo, na medida em que analisa suas práticas
pedagógicas antes de colocá-las em prática, planejando-as, e, além disso, as analisa
enquanto estão sendo executadas e se não forem suficientes, estará disposto a
replanejá-las, a fim de terem um melhor resultado.
Pois é tia, acho que este é um primeiro passo para que a docência tenha o sucesso
esperado. Se o profissional estiver sempre em aperfeiçoamento, se for atento ao meio
em que a escola está inserida, adaptando seu material e sua aula na realidade da
comunidade, aí sim estará cada vez mais preparado para motivar seu aluno,
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transformando-o em um estudante autônomo que saberá manipular as informações que
recebe, podendo ser inserido no mercado de trabalho que exige exatamente autonomia e
capacidade, um estudante que verá que também precisa estar sempre se aperfeiçoando.
Concorda comigo?
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CRISTIANE DA COSTA MEIRELES
29 de maio de 2010, Alto Paraíso de Goiás
Saudações
Querida Maria José, é com grande satisfação que lhe escrevo para contar sobre os
progressos que venho alcançando durante a realização desse curso de Letras, o qual
você foi a minha principal incentivadora. Estou cursando o sexto bimestre e estamos
vendo a disciplina Projeto Profissional e Trabalho Pedagógico - PP-OTP, onde fala das
qualificações que o docente precisa ter para atuar nos dias de hoje. Aprendi que
atualmente não é necessário possuir apenas conhecimento técnico ,é preciso ter
também competência ,mas não de modo que aborde apenas o conhecimento ,mas
também capacidade,experiência contatos ,valores e poder.Esse novo conceito de
competência surgiu nos anos 90 ,quando conceituados industriais e reitores das
universidades européias ,se reuniram com o objetivo de discutir o papel da educação no
mundo atual.E como se pode perceber para ser um bom educador no mundo atual é
preciso possuir mais do que conhecimentos acadêmicos ,necessita saber como aplicá-los
a seus alunos de forma organizada para que possam ter a capacidade de se tornarem
reflexivos,que é o que esperamos das escolas e dos educadores,pensamentos reflexivos
,sendo assim capazes de exporem seus conhecimentos de forma dinâmica e valor
funcional.
Maria sei que você já sabe tudo isso que estou lhe contando, mas para mim é um prazer
inenarrável compartilhar esse momento de muitas descobertas com você e para reforçar
toda essa questão que se apresenta diante do docente atualmente,usarei uma citação de
Perronoud diz:
“Seja tempo de aceitar a ideia de que a cultura humana inclusive nas suas dimensões
teológicas e filosóficas está fundamentalmente ligada à ação, a uma presença incerta e
inquieta no mundo, no desejo de antecipar e de dominar os conhecimentos.” (2001:15).
Por isso acredito que para o profissional docente possuir todas essas habilidades é
necessário por o conhecimento em prática, estar sempre buscando novos métodos,
conceitos e princípios que o ajudem a ter uma visão e pensamento crítico, atual e
questionador diante de novos conhecimentos que surgem todos os dias. Podendo assim
se tornar excelentes educadores, assim como você com muita competência,fazendo com
que seus alunos adquiram conhecimento de forma organizada e se tornem capazes de
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discernir o que é bom ou ruim, certo ou errado, útil ou supérfluo. Assim possuindo
instrução suficiente para ter opiniões críticas diante da sociedade tornando donos do seu
saber e capaz de utilizá-lo de forma prática e continua.
Essa disciplina tem me mostrado que ser professor de Língua Portuguesa não é tarefa
fácil e exige muito comprometimento, pois segundo a LBD lei N°9394/96, que deixa claro
que o estudo da língua portuguesa vai além de conhecimentos acadêmicos, ela é
instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício de cidadania. Por isso
que quando me formar e estiver em sala de aula espero ter adquiridos todos os requisitos
necessários para ser uma boa professora de língua portuguesa, e possa ser assim como
você, dinâmica atual e acima de tudo muito compromissada com essa difícil e gratificante
missão que é ser educador, em especial o de língua portuguesa.
Finalizo por aqui, pois os aprendizados foram muitos e uma carta é muito pouco para
contar tantos acontecimentos maravilhosos. Sou muito grata a você pelo o carinho e
incentivo de sempre. Saiba que você é um exemplo de educadora para mim.
Abraços
Cristiane da Costa Meireles
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CRISTINA MAGDA ANGELO DE ALMEIDA
29 de maio de 2010, Alto Paraíso de Goiás.
Carta à Andréia Deretti
De Cristina Magda A de A Nascimento
Olá Andréia, venho através desta destacar como será a minha atuação como profissional
de língua portuguesa.
Para começo de conversa quero aqui explicitar o que é necessário para uma atuação
docente, como sabemos diante das inovações, a sociedade requer profissionais
diferentes. O professor de hoje tem que motivar e ser a motivação de seus alunos, lutar
contra a exclusão social, pois o preconceito é geral (cor, classe social, língua, etc), e é o
preconceito quem leva a exclusão.
Em questão disto e de uma melhor socialização o professor deve incentivar a formação
de grupos dos alunos, e também se agrupar com outros professores.
Andréia você como futura professora e eu, sabemos que um professor nunca deve parar
de estudar, pesquisar, ler enfim buscar inovações. E nunca esquecer de refletir sobre
suas ações, somos humanos e podemos cometer erros e se refletirmos a tempo,
podemos corrigir erros inusitados, são essas questões que irá nos destacar como
profissionais reflexivos e investigativos.
Na minha ação docente primeiramente pretendo planejar todas as minhas aulas e
valorizar a leitura e a prática textual para que meus alunos possam tornarem cidadãos
críticos e capazes de serem autores profissionais.
Querida, conhecendo você como cidadã, penso que assim como eu, você agirá com
seus alunos, valorizando o percentual de cada um e fazendo com que a sua participação
na vida de cada um como profissional seja essencial e excepcional.
UM ABRAÇO!
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EDIOMARA C. DOS SANTOS
Á minha querida amiga, Almira Aparecida Moreira. Tenho passado por experiências novas e gostaria de compartilhar com você. Como sabe estou fazendo faculdade de letras e tenho o prazer em compartilhar com você. Sei que a educação é conseqüência de uma ação comunitária. Por esse motivo ser um educador nos dias de hoje é conviver com as diferenças educacionais. É ser capaz de ver o aluno com igualdade, mesmo sendo ele um aluno problema, com desestruturação familiar. Porém é dever do professor buscar soluções inteligentes e possíveis de serem executados visando sempre o ensino aprendizado do aluno. Assim acredito que um professor deve claramente aliar suas competências e habilidades acadêmicas para atingir diversas maneiras de eliminar as deficiências e ajudá-lo escolher um caminho para sua solução plena. O educador precisa ser coerente, participante e aprender a trabalhar com improviso, transformando sua prática em algo em que o educando possa levar para vida e para sua formação profissional. Para ser um bom educador sei que é necessário alem de tudo isso o meu comprometimento e envolvimento por completo nesse novo desafio. Por que o próprio sistema educacional exige conhecimentos e métodos eficazes para desenvolver projetos e curriculares. Ainda na condição de futuro professor de língua portuguesa, tenho uma enorme responsabilidade na formação do processo ensino e aprendizado. Você se lembra de quando falei que imaginava que a profissão de professora, era angustiante e que jamais seria uma professora, hoje meu conceito é diferente, quero contribuir com a construção de uma educação de qualidade. Deixo um grande abraço de sua amiga Ediomara.
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FERNANDA NERES BERNARDES
Caro professor!
Hoje alguns docentes com base na formação profissional acabam por ter muitas
dificuldades em orientar a sua prática e a reflexão sobre estas tradições é um exercício
útil para que eles possam compreender os processos de formação e a sua ação sobre
suas práticas, vendo as constantes mudanças como meros expectadores. Os programas
de formação docentes estão ligados ao desenvolvimento dos sistemas educativos
modernos que requerem a participação de pessoas capazes de conduzir a ação escolar.
Para haver uma boa prática docente, é preciso que os docentes dominem aquilo que
ensinam. Para superar as diversas tendências, além de conhecê-las, é preciso que o
docente não se conforme e nem aja com passividade, podendo utilizar o melhor do que
cada uma oferece e que lute incessantemente por uma educação democrática e que
forme cidadãos críticos. Além do conhecimento da matéria, que é essencial, o professor
deve ter domínio de convívio social de maneira que possa inteirar-se das dificuldades de
cada aluno e a forma de resolvê-las. Deve saber ser compreendido bem como
compreender.
Deve ser claro na exposição de sua matéria e saber lidar com a sala de aula, nem tão autoritário mais também não tão complacente, pois dessa forma a sala vira uma baderna e é o que mais notamos ultimamente, pois o professor acha que ser autoridade da sala de aula poderá ter qualquer implicação legal, o que não é verdade.
HOMENAGEM AO PROFESSOR
Se os livros alimentam o saber O mestre proporciona-lhes sabor Se são enigmas a resolver O educador é o codificador. Que seria do livro e do leitor Sem orientador a despertar Idéias e sentidos, corpo e cor, Na relevante ação de mediar? Se há na escola uma qualquer contenda O docente é o reconciliador Se há conflito que obstrua a senda O mestre mostra-se apaziguador.
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Que seria de uma escola sem docentes? Salas vazias e paredes nuas Prédio deserto, árido e silente Portal do nada, a esmaecer nas ruas. É que a jornada, sem apoio e guia É trilha escura, sem norte e sem destino, Pois falta o rumo da sabedoria, Facho de luz, clarão para o ensino. Sendo os alunos pássaros que tentam Os seus primeiros vôos do saber É pelas mãos dos mestres que alimentam A fome insaciável de aprender. Se, entretanto, as agruras são gaiolas Que encarceram o aluno em estupor, A porta que liberta é a escola E a chave que a destranca é o professor!
Abraços!
Fernanda Neres Bernardes
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GABRIELA COSTA PIAS
Oi mãe, como vai?
E a escola, está tudo bem? Como está o desempenho dos professores? Estão
tendo um rendimento bom das reuniões? Conte-me tudo!!!
Bem, há alguns dias atrás, pesquisando sobre educação, me surgiu uma dúvida.
Quais são os conhecimentos necessários ao exercício docente nos dias de hoje? Ah
mãe, eu me lembrei de quando você falava sobre isso na escola, mas na verdade quais
são as principais características de um bom professor? Em meio às pesquisas, cito
algumas aqui: a didática caracteriza o perfil do educador, sendo assim, aquele professor
tradicional e com algumas visões e conceito ultrapassados e a sua resistência à mudança
deve ficar de fora do grupo dos novos professores que estão surgindo; a formação
continuada, para aperfeiçoar sua prática de trabalho; ele deve sempre estar atualizado,
ou seja, estudando muito; é importante também que o educador faça uma tematização da
prática, o que se define como um determinado assunto ou algo da realidade, que é
trazido para dentro da sala de aula e após isso teorizá-lo e dele extrair outros conteúdos
que possam ser trabalhados de forma envolvente e divertida, dominando as teorias
subjacentes à sua práxis; ser um profissional crítico reflexivo; tornar-se um intelectual
crítico transformador ao buscar produzir seu conhecimento; apresentar autonomia
profissional para buscar os elementos que lhe faltam, entre outros elementos
fundamentais para a formação docente deste.
Sobre a educação, Luckesi (2004, p.27) afirma: “Como sujeito da história,
compreendo o educador, o autêntico educador, como o ser humano que constrói, pedra
sobre pedra, o projeto histórico de desenvolvimento do povo. Para Libâneo (2002, p.34)
“Os professores são os agentes diretos da transformação dos processos pedagógicos-
didáticos, curriculares e organizacionais.
E aí mãe, o que acha? Na minha opinião, o professor deve ser um crítico reflexivo,
contextualizado na comunidade, que se avalia e que tenha capacidade e vontade de
sempre aperfeiçoar-se, produzindo conhecimento na educação junto aos alunos.
Espero sua resposta para discutirmos mais questões sobre a educação.
Beijos, Gabriela
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GEANE RAQUEL GUTHNECOHT
São João D’Aliança, Goiás. 30 de maio de 2010.
Querida Dulce,
Como vai? Saiba que sinto muita saudades de você e dos meninos. Espero que
esteja tudo bem com vocês. Hoje escrevo esta carta para contar um pouco sobre minhas
descobertas no curso de Letras que faço pela UAB/UNB. Está sendo muito bom poder
estudar e descobrir novidades na área da educação.
Você sabe que já leciono e que gosto de ser professora de Português. Sempre
tive algumas certezas sobre minha atuação docente que agora reafirmo e outras coisas
aprendia agora.
Primeiramente gostaria de te explicar o que acredito ser necessário para que um
professor seja realmente eficaz no seu trabalho. Um professor precisa estar em constante
reciclagem. Precisa ter em mente que ele não sabe tudo e que o mundo está cheio de
novidades que surgem todos os dias. Não basta ao professor apenas conhecer o
conteúdo didático da sua disciplina, mas sim conhecer um pouco de tudo, isto é, ser
desdobrável, criativo, honesto e curioso.
Em segundo lugar, O professor de língua tem um papel muito importante na
formação direta do futuro profissional no mercado de trabalho. Sabemos que este
mercado exige muito dos seus competidores e aquele que se sobressair vencerá a
“disputa”. E é claro que isto exige senso crítico, raciocínio, trabalho em equipe, boa
argumentação e diálogo. E onde se aprende a dialogar? Ou argumentar? Ou produzir
textos? Não é na escola? E não é o professor de língua que tem esse papel?
Assim um professor de língua precisa ser criativo e atento para despertar nos
alunos o desejo de ler e escrever. Precisa ser um leitor e um escritor ativo, pois o
exemplo convence mais que a palavra. Precisa saber jogar com as palavras, chamar
para a reflexão, para a escrita, ter em mente que cada aluno, por melhor que seja,sempre
tem mais para oferecer.
Por último, fechando o que os PCNs dizem não posso deixar de lembrar uma
palestra maravilhosa que assisti ano passado, em Brasília. Foi em um congresso de
educadores. Lá conheci um velhinho que me encantou! Quanta novidade nas palavras de
uma pessoa já idosa! Geralmente essas pessoas são vistas como ultrapassadas, mas
este senhor me mostrou que a jovialidade está na mente. Conheço alguns professores
que são mais novos na idade, mas bem mais velhos do que ele no pensamento.
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Nesse congresso, Dulce, falou-se muito em Aprendizagem Significatica. Não
sabia muito sobre o tema e confesso senti medo de me arrepender de ter ido. Mas
quando entrei na sala, no primeiro dia, e vi aquele velhinho de cabelos brancos falando...
olha cada segundo sentada lá valeu ouro! As palavras saiam de sua boca como música!
Este homem chama-se Celso Antunes. Você conhece? É dele o livro “Professores e
Professauros” que agora é minha luz e não sai da minha cabeceira. O termo criado por
ele retrata a situação dos professores na sala de aula e como agem com relação ao
conhecimento. Acredite: não quero jamais ser uma professaura! Sabe o que quer dizer?
Representa o professor antigo, que não se recicla, que faz tudo igual sempre, autoritário,
que usa o mesmo caderno de planejamento durante 10 anos ou mais. E aí? Você é um
professauro? Eu não. E luto todos os dias para não vir a ser!
Quero ser uma professora! Dulce, ser um professor é fazer com que cada aluno
se sinta como eu me senti naquele dia: encantada, curiosa, atenta, louca para saber das
histórias que ele contaria depois, e não por obrigação, mas por vontade de aprender!
Vontade de ser igual! A isto chamo admiração. Um professor precisa despertar
admiração, pois assim garantirá que os conteúdos ministrados sejam significativos para o
aluno.
Este episódio pessoal me veio à mente porque se encaixa no que acredito ser o
papel do professor e é o quero ser quando finalmente me formar , e como já sou
professora já coloco muito disso em prática hoje, nas minhas aulas.
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GERAILDE SILVA DE MACEDO
Alto Paraíso 27 de maio de 2010
Olá querida amiga Eva!
Já faz algum tempo que não nos falamos e gostaria de dividir com você este
momento de minha vida. Você que tanto admirava meu esforço em aprender e
principalmente em gostar do estudo da língua portuguesa.
Hoje, posso lhe dizer sobre a importância do curso de letras para o meu
crescimento profissional, aprendi que por meio da pesquisa e do ensino dialógico somos
capazes de proporcionar mudanças sociais. Também podemos influir sob as expectativas
dos estudantes, oportunizando todas diferentes formas de aprender, praticando o uso da
língua de uma forma interativa, dinâmica e criativa entre escola e comunidade,
possibilitando através da língua o reconhecimento da identidade de um povo.
Voltando às contribuições deste curso, aprendi que ao me tornar uma professora,
me torno também uma mediadora do saber.
Deixando para trás a arrogância que presenciei, assim como você, de alguns
professores durante minha jornada como aluna do ensino fundamental e médio. Nos
quais o professor era visto como o “sabe tudo” e o aluno era submisso ao professor.
Você se lembra quando falávamos em esperança de uma educação que valorizava o
aluno e seus conhecimentos como um ser social? Então, é o que viveremos futuramente
na educação não sendo apenas um sonho, mais uma bela e atuante realidade e para que
venha a acontecer precisamos mudar nossa forma de agir.
Busco hoje como futura professora tornar-me interativa e mediadora, buscando
aperfeiçoamento no processo de aprendizado dando ênfase ao desenvolvimento da
competência e experiência de cada aluno, ampliando e transformando por meio de um
ensino dialógico e empreendedor, no qual professores e alunos aprendem juntos a
construir atividades com aulas direcionadas para compreensão e construção de
conhecimentos, ou seja, tem que haver finalidade, não se ensina apenas por ensinar.
Aprendi muitas coisas durante o curso, isto me levou a buscar ser uma professora
melhor, ser mediadora. Ter a capacidade de direcionar um assunto discutido em sala de
aula para uma nova construção de conhecimento, aproveitar a oportunidade de um tema
trazido elos alunos, que surgiu naquele momento da aula, entre alunos e professor, um
momento propício para a construção do novo conhecimento. Assim estarei valorizando e
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explorando todas as formas de conhecimento e saberes discutidos e compartilhados
entres os alunos.
Uma grande preocupação minha e pretendo que seja meu foco é preparar o aluno
para o mercado de trabalho.
E para finalizar amiga querida além do meu muito obrigado a você por acreditar
em minha capacidade de aprender, quero agradecer a Deus e aos professores da UAB
por fazerem parte do meu crescimento intelectual que tanto almejei e por aprender como
lidar em sala de aula usando a dinâmica. Deixo registrado para fortalecer ainda mais a
força que um professor exerce na sociedade a frase de Luckesi, que diz assim:
“A ação do educador não poderá ser executada de qualquer forma, como se toda e qualquer
forma fosse suficiente para que ela possa ser bem realizada. Ela só pode ser bem realizada se
tiver um compromisso político que a direcione. Ou seja, o educador só tem duas opções: ou quer a
permanência nesta sociedade; com todas suas desigualdades, ou trabalha para que a sociedade
se modifique”. (Luckesi, 2008, p.116).
Um forte e caloroso abraço de sua eterna amiga,
Gerailde
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GISELE PAULINO SILVA
Colinas do Sul – Goiás, 28 de maio de 2010
Oi mãe!
Não sei se a senhora percebeu o quanto a educação mudou, quero compartilhar algumas descobertas que para mim são novas, embora não sei se para a senhora também será.
Sei bem que em sua época vocês desconheciam muitos dos seus direitos, tais como, formação continuada. Nossa mãe! A educação está passando por um período de grandes transformações e eu realmente acredito que é para melhoria do processo ensino aprendizagem. Hoje os professores estão preocupados em aprender diversas coisas, como domínio do conteúdo, da classe, saber intervir e interagir com o grupo.
Mãe, se ainda estivesse atuando na área da educação você iria se encantar, pelos cursos de capacitação, hoje temos a oportunidade de cursar uma faculdade praticamente sem sair de casa, não mais é necessário mudar para longe da família para obter um diploma de graduação. Nesses cursos estou aprendendo tanto, estou aliando o que vivenciei com você e acrescentando algumas práticas que considero importantes como, refletir sobre a minha prática pedagógica, com o intuito de investigar onde estão os presentes os pontos negativos e os positivos de minha carreira.
Embora reflita com freqüência, ainda não descobri um meio de motivar todos os alunos da escola. Até o momento só falei em coisas boas para você, mo entanto, existe uma coisa que está pior, hoje os alunos perderam a essência do respeito e da religião e está tão difícil de encontrar um meio para devolver essa essência. Pois acredito que elas são as grandes responsáveis pela mudança no comportamento de nossos alunos.
Através dessas formações os professores têm adquiridos várias competências e habilidades a serem desenvolvidas nas aulas de Língua Portuguesa, como por exemplo, ensinar a ler, escrever, ouvir, refletir, lutar em busca de seus direitos, para isso, os alunos precisam aprender a comunicar em várias situações sociocomunicativas em que forem colocados. Os professores de Língua Portuguesa estão demonstrando uma grande preocupação em dar exemplos aos alunos para que a cada dia aumente em nossa escola o número de alunos leitores e escritos.
Tenho uma ótima notícia mãe, a escola em que estou trabalhando foi cadastrada na Olimpíada de Língua Portuguesa e todos os funcionários estão bem confiantes nos resultados.
Não sei se em sua época você tinha conhecimento da Lei de Diretrizes e Bases, ela serve para dar suporte a todas as escolas e também aos professores, nela tem um artigo que fala sobre o ensino de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e na Educação de Jovens e Adultos (2º e 3º segmentos e também o ensino médio). No ensino regular, prioriza o trabalho com textos para depois ensinar-lhes as regras gramaticais, quanto a EJA o ensino de Língua Portuguesa parte da realidade do aluno, ou seja, do conhecimento de mundo que ele tem. Depois é que segue para os gêneros
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do discurso, estudo da linguagem, produção de textos falados e escritos e domínio da oralidade e da escrita para que aprendam a se manifestar em várias situações do dia a dia.
O ensino fundamental e a EJA trabalham com os mesmo temas, o que diferem eles, é que um parte de textos do cotidiano e o outro do conhecimento prévio do aluno.
Não sei se lembro bem, mas parece que no período em que a senhora ainda estava em sala de aula o que hoje nós chamamos de EJA era chamado de Mobral. É isso mesmo mãe? Ouvindo todas essas vantagem que temos não sente vontade de retornar para a sala de aula?
Não consegui ficar sem dar o meu palpite. Sei que no fundo a senhora está morrendo de vontade de assumir de novo uma sala de aula porém, espero que contente-se em apenas ouvir, pois a sua saúde não é a mesmo de alguns anos atrás. Espero que fique feliz em perceber que tudo que você lutou para melhorar está melhorando, mas é preciso dar um tempo para que as pessoas conheçam e acreditem que a mudança é essencial e indispensável ao crescimento humano.
Espero que esteja tudo bem com você, pois comigo está ótimo.
Beijos!
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GIZELLE COUTO DOS SANTOS
Cavalcante-Go 30 de maio de 2010
De: Gizelle
Para: Cristiane
Oi Cristiane como esta? Espero que bem.
Estou te escrevendo para te conta minhas idéias sobre o projeto
pedagógico.
Bem como todos nós sabemos a educação em nosso país precisa de
mudanças o mais rápido possível, e pensando nisso tive algumas idéias que
poderia ajuda, como Por exemplo:
- desenvolver trabalho que envolva pais, alunos, professor e toda a
comunidade, pensei em criar uma feira da língua portuguesa uma forma divertida
de ensina a nossa língua.
- Com brincadeiras, cantinho da leitura, desenvolvimento de peça teatral
com livros literários, cantinho da poesia e o cantinho da gramática etc.
O meu objetivo com esta feira é desenvolver de uma forma divertida o
ensino da língua portuguesa, que para muito é um bicho de sete cabeças.
Então Cristiane o que achou da minha idéia? Ainda estou estudando o
desenvolvimento dessa feira mais queria compartinha com você as minhas idéias.
Beijos e um grande abraço.
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ISAILDE ALVES SANTOS SILVA
São João d’ Aliança, 30 de maio de 2010.
Prezada Luíza,
Venho através de esta carta relatar algumas características inerentes à prática e a
formação do professor. Mas antes quero agradecer por ter me incentivado prestar o
vestibular. Saiba que estou muito feliz por estar fazendo este curso, apesar das
dificuldades que surgem. Entretanto, seria pior, se não estivesse estudando, pois já
houve inúmeras aprendizagens significativas.
Gostaria de ressaltar que não basta o professor dominar conteúdos, pois o
ambiente é desafiador para o aluno e para professor. O processo de ensino
aprendizagem não é uma tarefa fácil, exige-se muito do educador, pois atualmente este
deve ser um mediador.
É excluído o perfil de aluno que depende exclusivamente do professor para
aprender. Quando isso acontece, ele se torna um sujeito autônomo, desenvolvendo
intelectualmente e sendo preparado para lidar com os desafios do mundo.
Os conhecimentos que o professor aprende na teoria há de ser concatenado com
a prática, diante da realidade escolar que ele terá de refletir e adaptar seus
conhecimentos às problemáticas que surgem lá. Focalizando nas pesquisas para melhor
desenvolver seu papel. Buscando recursos e diferentes metodologias para melhor
atender aos alunos, pois estes precisam ser estimulados a desenvolver a competência
escrita e na leitura para se tornarem sujeitos críticos para dar continuidade a seus
estudos.
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Como você já percebeu o meu relato traz provocações que já são do seu
conhecimento, pois você já esta há um ano lecionando, tentando colocar a teoria na
prática.
Agora vou terminando aguardando a sua resposta detalhando como esta
desenvolvendo o seu papel como educadora.
Um grande Abraço,
Isailde.
IVANILDE MATSUMOTO NAGAMI
São João D’Aliança, 23 de maio de 2010
Professora Luzia:
Quanto tempo, heim?
Por intermédio de minha irmã fiquei sabendo de notícias suas. Senti então, uma
felicidade interna misturada com nostalgia de meus tempos de criança. Não sei qual vai
ser a sensação ao receber esta carta, mas suponho que a surpresa será maior por ter
notícias minhas, afinal faz mais de 28 anos!
Hoje, sou uma mulher formada com todos os apetrechos que a vida nos agrega: marido,
filhos e trabalho.
Fiz muitas carreiras e ofícios, mas nos últimos 6 anos venho exercendo a mesma
profissão pela qual há um reflexo de sua imagem: a de professor. Lembro-me de uma
redação cujo tema era “Um sonho de criança”, na ultima série em que a senhora foi a
minha professora. Escrevi os meus sonhos em ser um dia docente. A boa nota foi
marcante, mas o elogio e as palavras “siga em frente com seu sonho” marcaram minha
vida. Nunca desisti de nada sem que eu realmente quisesse ou tentasse. Assim é que
estou tentando seguir um sonho resgatado de meu passado, quase esquecido.
Mas, mesmo com os meus conhecimentos de vida, a minha experiência e a minha
formação, são exigidos conhecimentos pedagógicos, didáticos além da crença de
educabilidade de nossos alunos. Baseando-me, na consciência de que o ser humano é
criativo e autônomo e não apenas mero reprodutor de idéias. Tudo isso envolve a nossa
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educação nos dias atuais em que o professor passa a ser reflexivo, chave principal para
a transformação de sua escola, colocando a educação como prática social. Isso reflete
nas competências do profissional que ultrapassa o senso comum, longe da improvisação,
exigindo de sua criatividade de modo dinâmico, tendo consciência de sua capacidade de
reflexão e entender que ele não está sozinho nesse processo
Hoje, acreditamos sermos uma sociedade que, sem o conhecimento “não há
aprendizagem” exigindo de nós, (professores e alunos) a competência em lidar com o
bombardeio diário de informação vinda de todos os lados. Trazemos também para o
aluno a tomada de consciência de que ele é um ser “aprendente” e ter suas
responsabilidades que são acrescidos com sua autonomia. O reflexo dessas
competências se fará através de meu projeto profissional como futuro professor de
Língua Portuguesa na educação básica, do ensino fundamental, propriamente do 6º ao 9º
ano: Identificar diversos elementos de textos variados, levando o aluno a reconhecer o
contexto, o suporte, o gênero textual; Usar os recursos lingüísticos que são os
responsáveis pela coesão e coerência; Mexer no tocante conhecimento sobre o seu
funcionamento de nossa língua materna percebendo então, as variações lingüísticas e
valorizá-la e inserir no contexto escolar, mostrando a diversidade da sala de aula, em que
cada aluno é singular, proveniente de uma cultura com hábitos e valores diferente, de
falares diferentes.
Creio que a senhora deve estar imaginando como irei fazer tudo isso, não é mesmo? E
se perguntando – e a gramática? Farei isso usando os recursos ortográficos,
morfossintático presente no texto que pretendo levar para sala de aula. Sei que
normalmente é cobrado o conhecimento das regras gramaticais isoladamente, sem
objetivo algum, para realizar meu intento e evitar o uso isolado da gramática usarei novas
abordagens que darão sentido em seu uso.
As minhas aulas serão como um espaço de concepção da língua. Espaço de troca de
informação e, sobretudo, de interação entre aluno, professor com conteúdos compatível
com a realidade dos mesmos, extrapolando o simples de mero leitor de palavras, digno
de captar todos os sentidos possíveis, de entender o que está nas entrelinhas dos textos,
contribuindo para a sua vida futura!
Planejo mais que intenções! Afirmo o meu compromisso como futura educadora,
responsável pelo sucesso de meus alunos, assim como à senhora foi ao meu.
Abraços e aguardo uma resposta,
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De sua ex-aluna,
Ivanilde M.
LEONICA PEREIRA DA SILVA
Alto paraíso de Goiás, 30/05/2010.
Olá minha querida amiga Ana Maria, tudo bem?
Estive lembrando como gostávamos de indagar sobre as questões de
educador e educando nos dias de hoje, os saberes que a docência exige e vou
relatar agora algumas outras considerações que tenho depois que comecei a cursar
Letras, mando – te e espero ansiosa a opinião ao respeito das mesmas.
O professor tem que ter uma boa formação acadêmica visando sempre
crescer e aprofundar cada vez mais os seus horizontes diante da aprendizagem,
evoluindo sempre o seu nível de conhecimento, ainda exercer um papel de
facilitador da criatividade, ser inteligente, dominar a disciplina que ensina ensinar de
forma eficaz e acima de tudo gostar do que faz, assim deverá conhecer a matéria,
para o mesmo se colocar como apresentador dos conteúdos.
Um professor de língua portuguesa tem um papel ativo, selecionando e
organizando as situações que serão registradas. Além do mais, cabe ao docente
organizar a classe da forma mais interessante para atingir as metas, optando por
sugerir tarefas individuais, coletivas ou em grupos. É importante também ele atuar
no sentido de coordenar o intercâmbio de significados que são construídos no
decorrer das atividades, compartilharem as decisões sobre os conteúdos e revisar
as produções.
“Os professores precisam conscientizar-se de que su as metas
educacionais não se resumem na transmissão de conhe cimentos e que
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devem portanto atuar no sentido de promover o desen volvimento dos
processos psicológicos pelos quais o conhecimento é adquirido, ensinando
aos alunos a aprender a aprender.” (POZO, 1996)
Para se tornar um bom profissional o docente deverá planejar suas aulas,
tendo em vista os processos já adquiridos e aqueles em desenvolvimento,
provocando situações que promovam o aprendizado por meio de atividades
diferenciadas,discussões e reflexões que conduzam o aluno na transformação do
seu conhecimento, o professor reflexivo é aquele que reflete sobre sua prática,
relacionando o seu conhecimento profissional com as estratégias, aplicações e
usos, modos de leitura e estudo, e estilos de resolução de problemas. O mesmo
deverá possibilitar a aprendizagem a todos, respeitando as diferenças individuais
reunindo o maior número possível de informação do seu aluno, olhando-o, lidando
com ele, ouvindo-o, observando sua postura para poder executar o seu papel que é
de estimular o aluno.
Assim sendo, o trabalho do professor será rendoso na medida em que tiver
conseguido que seus alunos alcancem aquisições definitivas quanto: à maneira de
compreender e interpretar as situações especificas focalizadas por sua matéria e
resolver inteligentemente seus problemas reais; ao domínio da linguagem técnica
da sua especialidade, sabendo interpretar seus símbolos e utilizá-los corretamente
na vida real e profissional. O professor deve levar os estudantes a se expressarem
cada vez melhor, afinal isso deve ser o seu objetivo, pois ele será responsável por
tornar o aluno em um cidadão conhecedor de seus direitos e deveres inserindo-o na
sociedade.
O educador ensinará ao aluno que na hora de iniciar uma produção escrita,
todo estudante precisará saber o quê, para quê e para quem vai escrever. Só então
se define a forma do texto, que precisa ser entendido pelo leitor. Após a escrita do
texto o mesmo deverá revisar o que produziu e verificar se ele está realmente
adequado aos objetivos e às idéias que tinha intenção de comunicar, sendo assim
deverá executar as três ações básicas que são: planejar, escrever e revisar de
maneira sucessiva, desenvolvendo um complexo processo de transformação de
seus conhecimentos em um texto. Também deverá mostrar ao educando que para
ser um bom escritor o mesmo precisará ser um excelente leitor, ou seja, os dois
caminham sempre juntos enriquecendo cada vez mais o seu vocabulário e
aprimorando os seus conhecimentos e horizontes.
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Um forte e grande abraço!!!
Saudades, e até mais ver querida.
Leonica Silva.
LUSILENE RODRIGUES DA SILVA PEREIRA
Projeto de atuação profissional como Professor de L íngua Portuguesa
Querida amiga Helma,
Quero através desta carta, compartilhar com você as alegrias e dificuldades que tenho enfrentado no meu curso de Letras. Como você sabe, eu estou no terceiro semestre e tem sido muito “puxado”. Tenho aprendido muito com meus tutores e principalmente com minhas colegas de turma. Cada semana para mim é um desafio, mas as dificuldades se tornam pequenas diante das boas notas que tenho tirado. Pois jamais pensei no quanto seria gratificante receber boa nota e elogios de minhas tutoras depois de um longo e árduo bimestre de estudo. Já posso até sentir a imensa responsabilidade que me aguarda, e acredito que tudo que estou aprendendo será válido para alcançar o meu sucesso profissional.
Hoje, para o exercício da docência é necessária grande dedicação, criatividade para estimular sempre o aluno, trabalho em equipe através de projetos, manter contato com a família do educando e principalmente buscar todos os meios de inovação e informação, para que tanto o professor como a escola, sejam reflexivos.
O professor Língua Portuguesa para formar estudantes, tem que se adaptar a era da informática e principalmente tem que estar atento às mudanças tecnológicas, vale a pena inovar, pois se a escola e os alunos mudaram, eu como professora tenho de seguir o mesmo caminho. Será um processo lento eu acredito, mas vejo nessa formação continuada um meio eficiente de tornar o meu dia-a-dia em sala de aula mais dinâmico, prazeroso e eficiente. Creio que os desafios, como eu já disse, serão muitos, pois vários fatores atuarão contrariamente a esse processo, exemplo disso é o medo que tenho de errar, de ver que aluno às vezes sabe mais do que eu, medo que a aula vire uma “bagunça”, entre outros. Penso que o primeiro desafio será me libertar do simples domínio de conteúdo e enfrentar a onda de meios tecnológicos, “a informática”.
Nesta era comunicacional, o uso de tais recursos proporcionarão maior rendimento, interesse e envolvimento do aluno com os temas abordados e para isso, eu, como professora, tenho que estar atualizada e inserida no mundo globalizado, orientando meus
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alunos dentro de suas necessidades, garantindo a ele competência e aprendizado em todas as atividades propostas.
O meu projeto profissional, será voltado para o desenvolvimento de uma inclusão digital bem orientada fazendo do aluno um constante pesquisador, que vê na máquina, muitas chances de aprendizado.
Disciplinas como a literatura, a gramática e a produção de textos, podem ser bem exploradas no computador, pois os recursos multimídia oferecem vídeos, músicas, obras, aulas e exercícios sobre todos os assuntos de todos os tempos, além de poder contar como o “editor de textos” que nos ajudará a corrigir, em parte, os erros de ortografia.O computador com suas funções será uma excelente ferramenta de trabalho. Podendo o aluno, chegar ao final do curso, sabendo usar todos os recursos que essa tecnologia os oferece. E então, o que você me diz?
Para desenvolver meu projeto, preciso da colaboração de todos. O primeiro passo é comunicar à direção da escola, para que possa subsidiar meu Projeto e o segundo passo é colocá-lo em prática, pois saiba que tenho me esforçado muito para construir o meu conhecimento de maneira justa, aceitando o novo, fundamentando nos quatro pilares da educação. Quero levar o meu aluno rumo ao conhecimento e ao desenvolvimento sócio- cultural. Despertando nele, um comportamento crítico construtivo, sobre o mundo em que vivemos.
Estou aguardando uma carta sua. Aceito sugestões e críticas, pois elas vão me ajudar na construção do conhecimento.
“Um professor atualizado é aquele que tem olhos no futuro e ação no presente.”
Abraços carinhosos
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MARIA ANGELICA GODOI C. NOGUEIRA
Bom dia querida irmã Valéria!
São João d’Aliança 30/05/10
Hoje acordei com uma vontade imensa de trocar idéias sobre um bom projeto educacional o qual, tenho certeza de que você vai poder me ajudar a elaborar e construir, já que você já está nessa área ha tanto tempo e sei que é por amor a profissão.
Tenho notado que o aprendizado dos alunos pode ser muito mais proveitoso quando é feito de maneira prazerosa, e não imposto como uma sentença de morte. No entanto, os professores encontram muitas dificuldades em aceitar o novo e alguns ainda não entenderam que ser professor não e ser o dono de todo o conhecimento e sim um mediador do aprendizado coletivo.
A língua portuguesa tem suas peculiaridades por isso ela deve ser colocada de uma maneira menos enigmática para que seja compreendida pelos alunos, então uma aula de produção textual, por exemplo, não precisa ser necessariamente uma redação com um titulo já pré definido, pode se previamente fazer uma pesquisa sobre o assunto verificar imagens elaborar um roteiro pedir opiniões de outros colegas enfim encontrar um lugar para que se sinta inspirado a escrever.
Assim eu como estudante de Letras, pretendo inserir o hábito da escrita e da boa leitura aos meus alunos, pois acredito que se eu for flexível e facilitadora deste aprendizado os alunos poderão se interessar mais e ir em busca de novos conhecimentos já que nos dias atuais a pesquisa é facilitada por vários meios de comunicação principalmente a internet.
Gostaria de te pedir algumas novas dicas para que o meu plano tenha um bom andamento, acredito que você conheça muitas técnicas pois a sua experiência e dedicação contam muito nesta profissão que é a mais rica de todas,por ser a base de todos os cidadãos.O meu curso já está-me orientando mostrando uma ampla gama de novas formas de ensino e me mostrando que um professor criativo e participativo do cotidiano dos seus alunos tem muito mais chances de obter o êxito junto a sua proposta. Mais nada melhor que uma troca de experiência entre pessoas que se identificam...
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Beijos e espero ansiosa por sua resposta.
MARIA HELENA PEREIRA DOS SANTOS
Alto Paraíso-GO, 17 de maio de 2010
Ola Jullyene
Quando eu escolhi o curso de Letras, foi pensando em me tornar docente.
Penso que cada professor tem que se apoiar na reflexão para se organizar, fazendo da investigação um instrumento efetivo de trabalho. Nesse nível individual de planejamento, o professor também precisa situar-se, coletar dados,definir e organizar-se. Atualmente as fontes de pesquisa que possuímos e que nos facilitam a aprendizagem são inúmeras, muito mais fáceis de serem consultadas devido ao grande volume de dados existentes e armazenados, principalmente na internet.Contudo precisamos estar atentos pois nem sempre as informações são fidedignas. Cabe, pois, ao professor investigar estas fontes e ensinar os seus alunos para que eles se tornem pesquisadores.
Há muito acabou a educação bancária, na qual os conhecimentos eram despejados sobre os alunos. O professor não é mais o "sabe-tudo" ele agora é apenas o mediador entre o conhecimento e e o aluno.
Olha Jullyene, para o grande Piaget a aprendizagem depende do nível de desenvolvimento já alcançado pela criança. Segundo ele, é o desenvolvimento que cria as condições para a aprendizagem, ou seja, ele é anterior à aprendizagem. Só é possível aprender quando há um amadurecimento das funções cognitivas compatível com o nível aprendizagem, mas o professor não pode pensar apenas nesta faceta do desenvolvimento dos seus alunos, ele deve respeitar o seu desenvolvimento cognitivo, mas deve também valer-se de seu conhecimento anterior , para oferecer uma aprendizagem verdadeiramente significativa.
E o professor de Português ele ainda precisa ensinar aos seus alunos a se comunicar nos diversos contextos sociais.
Trabalhar com alunos no papel de mediadora requer bastante preparo e orientação, mais é um investimento que vale a pena!
Penso, em uma sala multiseriada, como uma professora das séries iniciais estabeleceria uma rotina que permitiria, dentro da sala de aula, o desenvolvimento
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simultâneo de várias atividades diferentes pelos alunos? Para aprender a trabalhar com os alunos precisamos ser bem orientados e apoiados. Assim como os alunos também precisam ser bem orientados, um exemplo: escrever no quadro as atividades proposta para o dia. A troca de saberes e experiências entre as diferentes idades também é benéfico porque o contato dos mais jovens com os mais velhos e vice-versa beneficia a ambos.
Eu tenho aprendido muito amiga, mas sei que este é apenas o início para que eu me torne uma professora investigadora e reflexiva. Outra coisa inportante: a partir do momento que resolvi me envolver com a área de educação descobri que terei que estudar sempre, pois o conhecimento é ilimitado.Pense nisso!
Beijos da amiga Maria
MICHELLE PAULINO MENEZES
Alto Paraíso 30 de maio de 2010
É com grande prazer que hoje me reporto à você tia Nerina, minha queria ex
professora e alfabetizadora. É extremamente gratificante hoje poder lhe participar da
minha prática pedagógica e docente. Como futura professora de língua portuguesa,
posso descrever um projeto no qual o ensino da língua seja um processo prazeroso. Para
que isso ocorra de maneira satisfatória o professor deve abandonar seu espaço individual
e se inserir juntamente com os educandos num espaço em que as reflexões sejam todas
bem vindas e aceitas é necessária uma interação mutua entre professor e aluno. O
professor deve estar apto a repassar com clareza os conteúdos propostos mostrando-se
reflexivo e investigativo para que o aluno receba a informação por meio de variadas
estratégias. Com esse método é possível proporcionar ao aluno a apropriação de
conhecimento próprio, ou seja, será ele capaz de receber e interpretar a meteria de
maneira coerente inserindo sua opinião no mesmo. Uma pratica pedagógica seqüencial e
organizada é a estratégia capaz de nortear as atividades escolares permitindo, assim, a
construção de uma escola inserida na realidade e aberta à múltiplas relações sociais,
bem como o desenvolvimento dos alunos como co-autores de suas aprendizagens, ou
seja, sendo ele o responsável por sua própria aprendizagem o aluno poderá produzir algo
que tenha sentido e/ou uma utilidade, devendo, portanto ser relacionado à sua vida
cotidiana sempre objetivando a inserção do aprendiz no meio em que vive promovendo
uma familiarização entre ambos, o que transmite a ele a responsabilidade de aquisição
de seu próprio conhecimento. Com isso, o professor irá ter despertado em seu aluno o
“querer aprender” daí é só proporcionar-lhe meios para que adquira essa aprendizagem.
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Essas querida tia Nerina, são minhas estratégias para um bom ensino da língua
portuguesa, sem mais para o momento, desejo-lhe muita saúde e paz.
Michelle Paulino
PATRICIA PAULINO SILVA
Colinas do Sul – Goiás, 28 de maio de 2010.
Prezada amiga Zelma
Sei que para você também é complicado falar em conhecimentos necessários à
pratica docente, pois você não tem experiência de sala de aula. Mas é realmente por
esse motivo amiga que decidi escrever para você. Talvez por estarmos do lado de fora
consigamos ver melhor o que é imprescindível à educação. Acredito que o professores
deve ter visão holística dos fatos para poder compreender melhor as atitudes e reações
de seus alunos e, ter uma didática boa e o domínio do conteúdo. Percebo esses pontos,
pois na época em que estudei no ensino fundamental (1ª fase) as coisas não aconteciam
dessa maneira.
Hoje em dias para um professor ser considerado bom, ele precisa refletir sobre a
sua prática a todo o momento, buscando e investigando temas que chamem e prendam a
atenção de seus alunos. Refletir sobre a prática é construir mecanismos de evitar os
erros, sabendo o que deu certo e o que não deu.
Enquanto futura professora de Letras, creio que você também se pergunta: o que
preciso aprender para transmitir aos meus alunos? Não tenho experiência, mas arriscarei
alguns palpites como por exemplo, adquirir e ou melhorar suas habilidades e
competências relacionadas ao conteúdo, ao domínio dos gêneros do discursos e a
oralidade. Antes de tudo isso, imagino que seja de extrema importância o professor ser
agente de transformação, pois ao assumir uma sala de aula ele encontra alunos de todos
os estilos, digo estilos de aprendizagem;há alunos gostam mais de ler, outros gostam
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mais de escrever, e há ainda tantos outros que não descobriram ainda se gostam de ler,
escrever ou ambas atividades e é claro apenas olhando o professor não saberá qual é o
gosto deles! Por isso, o professor terá que lançar mão de sua habilidade investigativa por
meio de atividades e dinâmicas. O que lhe dará um perfil dos seus alunos e ao mesmo
tempo são atividades que os estudantes acham atraente nas aulas de Língua
Portuguesa! Outro aspecto que julgo importante é o fato do professor demonstrar ser um
verdadeiro leitor e escritor, ou seja, um apaixonado pelas letras.
Parece não ser muito difícil Zelma, pois existe a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (Lei n. 9394/96) que estabelece algumas normas para o ensino de
Língua Portuguesa no ensino fundamental (6º ao 9º ano) e 2º e 3º segmentos da EJA,
bem como o ensino médio. O que percebi de diferente foi em relação a Educação de
Jovens e Adultos que prioriza o conhecimento de mundo que os alunos têm. Imagino que
se nos outros segmentos de ensino trabalhassem assim, os alunos produziriam textos
com mais fluência.
Posso-te dizer amiga, que hoje compreendo as minhas limitações enquanto
escritora, pois não tínhamos a variedade de textos que são trabalhados nas escolas hoje.
Os alunos são vistos como produtores de textos de diversos gêneros. Será se na nossa
época não existiam esses gêneros ou nossos professores desconheciam a existência
das variedades textuais. Não posso deixar de comentar com você sobre o respeito que o
professor deve ter sobre a questão da variedade lingüística. Sei que na cidade que você
mora as escolas recebem alunos de vários lugares, o mesmo acontece aqui em minha
cidade e nós futuras professoras de língua portuguesa, profissionais das Letras temos
que aprender a respeitar e valorizar cada criança e sua variante lingüística.
Deixo a você um forte abraço e a certeza de que obterei sua resposta o mais
breve possível.
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PAULA EDIANE P. DE PASSOS
Olá Lígia, como vai?
Espero que esteja tudo bem.
Aqui estamos todos bem, você se lembra do Mauro? Nós três estudamos juntos, pois é
agora ele trabalha na mesma escola que eu, e está passando por muitas adversidades,
pois não se prepara para atuar em sala, e teve várias reclamações de alguns alunos.
Ele é diferente não se preocupa em obter conhecimento, muito menos em transmiti-lo,
não se importa em si qualificar. Para profissionais assim é comum o despreparo a até um
desconhecimento do que seja um processo de ensino-aprendizagem.
Para um profissional docente é necessário compreender, dominar uma técnica
pedagógica e saber manuseá-la para ter total aproveitamento no ensino.
E eu sei que você é uma professora investigativa, pois nos dias de hoje onde temos
múltiplas inovações tecnológicas, você age com as mudanças implementado-as,
trazendo-as para dentro da sala de aula. Você busca se aperfeiçoar e sempre está no
processo de aprender a ensinar.
A meu ver os professores têm que examinar constantemente suas ações pedagógicas e
procurar ensinar seus alunos a serem capazes de se tornarem cidadãos de bem.
Mudando de assunto gostaria de te ver logo, estou com muita saudade, vê se responde
ta? Vou aguardar resposta.
Fica com Deus.
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Até em breve.
RONIELA KALYANE SOUZA SILVA
Cara amiga Juliana
Como vai?
Venho através desta carta dividir minha felicidade com você, estou cursando
uma faculdade maravilhosa, e a cada dia que passa adquirindo mais conhecimentos, esta
semana quero compartilhar com você o que eu aprendi:
Para ser tornar uma excelente docente nos dias de hoje, você sabe que é um
desafio muito grande, pois a educação vem mudando a cada dia, com esse acordo
ortográfico mesmo, temos que estar atentos para não confundir a cabeça dos nossos
alunos! E para isto precisamos agir com habilidade e conhecimentos técnicos, usar
estratégias de formação referenciadas, por isso é importante que nós os professores
estejamos sempre agindo como investigadores para trabalharmos de forma competente
correlacionado os conteúdos com o cotidiano de nossa turma.
A escola também tem que estar a par do que ocorre na sociedade. Escola e
professores não podem permanecer isolados no interior da sua sala, têm que estar
ativos, têm que construir reflexão e opinião sobre a escola e o que nela se vive. E sobre
tudo o educador tem que ter amor pelo que faz.
Um bom professor tem que ser reflexivo e investigativo. Como? Você pode
perguntar. É tão simples: tem que tentar resolver os problemas de sala de aula. Também
estar consciente dos valores e dos conteúdos que traz para a sala de aula. O educador
necessita participar no desenvolvimento dos projetos escolares. Buscar aperfeiçoamento
e aprimoramento profissional. Desenvolver qualidades assertivas no ambiente de
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trabalho, tais como : ser prestativo, que planejar sua aula, e quando algo der errado
procurar de forma positiva saber analisar qual foi sua falha.
A escola é o lugar onde as novas competências devem ser adequadas ou
reconhecidas e desenvolvidas. O domínio da informática uma destas novas
competências a ser aduiridas.
A escola é também um dos espaço de formação da cidadania. Há de se
reconhecer que o exercício livre e responsável a cidadania exige das pessoas a
capacidade de pensar livremente e a sabedoria para decidir com base numa informação
e em conhecimento sólidos. O cidadão é hoje cada vez mais considerado como pessoa
responsável, ativo na sociedade democrática.
Você lembra quando saiu à lei de diretrizes e bases? Quando nós duas ficava
questionando! Pois bem aprendi, mais sobre ela, e descobri que é não e nada daquilo
que nós falamos, estávamos enganadas, vou te explicar como funciona: no ensino
fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública,
terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia,
das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição
de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Nossa amiga, estudar nunca é demais, e tão bom ficarmos mais sábias, heim?,
Espero resposta, me conta como tá sendo sua faculdade?
Um grande Abraço
Saudades das nossas fofocas
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ROSANI AUGUSTA SANTOS MARQUES
Queridos Colegas.
No início deste curso pudemos perceber o quanto a educação é uma das principais
discussões em destaque no Brasil. É evidente e nos faz compreender como as coisas
acontecem naturalmente bastando estar aptos e sempre aprimorando a nossa
capacidade de aperfeiçoamento. Com essa concepção muitos educadores lutam por uma
educação de qualidade e igualdade para todos seguindo com a valorização da classe
profissional: da educação.
A escolha para solução de conflitos, também para bom desempenho profissional e até
mesmo da boa escolha de uma profissão, se faz presente quando temos como aliada a
competência e a habilidade. Sem estas o profissional não saberá lidar com os obstáculos
que frequentemente aparecerão.
O educador terá como aliado nas horas de dificuldade a experiência para saber aplicar e
compreender os desafios existentes nesta árdua profissão: profissão de educar, formar
pessoas. O professor não deverá ser um agente de transformação, que saiba toenar-se
cada dia mais em um profissional que participe ativamente num verdadeiro processo de
inovação, dinamismo e flexibilidade nas instituições educativas, estabelecendo assim um
preparo atuante para conhecimento permanente em função das mudanças que ocorrem,
serem capazes de adequar suas atuações às necessidades dos alunos, aplicando uma
metodologia que resulte na capacidade de uso do conhecimento adquirido na escola em
prática diária, motivando o aluno, conhecendo suas expectativas e valorizando sua auto
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estima fortalecendo sua identidade, possibilitando que os educandos se tornem como
cidadãos críticos.
Finalizando, espero como futura educadora de língua portuguesa poder inovar
sempre, estando interagindo com os alunos e em parceria com a sociedade, pois um
professor reflexivo e criativo busca ser maleável e tolerante nas diversas situações de
aprendizagem e também agir de forma inteligente e otimista. Buscando conscientizar
sobre a importância que ambos, educador e educando, têm na escola.
ROZANE TEREZINHA PERIUS
São João d’ Aliança, 26 de maio de 2010.
Olá professora Nadja!
Estou muito feliz por tê-la como minha professora de Organização profissional e Organização do trabalho Pedagógico, que é de fundamental importância para a formação de professores, principalmente de Língua Portuguesa, que na minha opinião é a matéria mais importante.
Nos dias de hoje, o professor tem que estar sempre atualizado para passar informações aos seus alunos, hoje eles têm em mãos meios de comunicações que têm uma grande influência sobre a sociedade, a mídia como você sabe tem o lado positivo e negativo, por isto o educador tem que saber usar para melhorar a aprendizagem, tanto a sua na educação continuada, quanto a dos alunos.
O profissional reflexivo e investigativo têm como características a compreensão do seu ambiente de trabalho como algo que pode ser melhorado a cada dia, ou seja, este profissional inserido num ambiente cheio de incertezas e que lida com diversos tipos de problemas, precisa atuar de forma reflexiva e criativa, buscando sempre ser flexível às novas situações e reagir a elas de forma inteligente e otimista. É importante salientar que o professor-pesquisador que age de forma reflexiva precisa dá suporte e atentar para que as informações passadas aos alunos sejam trabalhadas em conjunto com o contexto em que estão inseridos, pois, só dessa forma, estaremos transformando informações adquirias na escola em conhecimento a serem utilizados pelos alunos no dia a dia, ou seja, na medida em que os conhecimentos aprendidos na escola tiverem importância no seu contexto social, tornando-os cidadãos cada vez mais letrados e conscientes de seu papel na sociedade, com certeza, eles estarão caminhando para ter autonomia, e conseqüentemente, aptos para encarar as adversidades e os desafios do mundo moderno.
Eu vejo que o professor de língua portuguesa que pretende formar estudantes leitores e escritores deve ser primeiramente ser um excelente leitor e escritor, buscar novas estratégias para que o aluno possa ter uma formação completa dos seus ideais, sonhos e
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acima de tudo suas realizações como ser humano, só assim poderá ensinar com qualidade ao passo de atingir o auge de seus sonhos educacionais, mas também não abrir mão de ser uma boa base para a formação dos educandos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. 9394/96) determina para o ensino de Língua Portuguesa o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita. Destaca também a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania.
Abraços! Rozane Terezinha Perius
SEBASTIANA TEODORO DE BRITO
Querida Izabel Cristina,
Puxa, há tanto tempo a gente não se vê, heim? Estou morrendo de
saudade, mas feliz por poder compartilhar com você um pouco do meu cotidiano. Estou
aproveitando o final de semana para lhe escrever contando como vem sendo importante
as noções que tenho aprendido acerca da docência na Faculdade. Lembra, na ultima vez
que nos vimos falamos sobre a formação profissional docente? Apesar de não trabalhar
diretamente com a educação, depois daquela conversa fiquei muito pensativa... Nossa,
como a educação mudou nos últimos anos!!!!
Sabe Izabel Cristina, vejo como um grande marco na educação a LBD. Ela
mudou a cara da Educação no Brasil, que saiu de um quadro ruim em que se encontrava
para uma posição mais avançada. Hoje vejo a necessidade de muitos ajustes ainda,
principalmente investimentos em tecnologia, qualificação, infra-estrutura (escolas melhor
equipadas, transporte, acesso) e material didático, por exemplo. Mas de um modo geral,
a LBD tem promovido a democratização da gestão escolar e alavancar um processo de
formação e qualificação dos profissionais da educação. Esse incentivo à qualidade dos
profissionais da educação tem sido de grande importância na busca de novos métodos
de ensino. Novos olhares. Tem despertado muitos conhecimentos necessários ao
exercício do docente atualmente. Paulo Freire nos fala da necessidade de se respeitar o
conhecimento que os seus educandos trazem para escola, pois estes já trazem de sua
casa vários saberes aprendido no seu dia-a-dia, assim o professor deve valorizar esse
conhecimento desenvolvendo-o cada vez mais. O professor não deve transferir o seu
conhecimento como um dono das verdades absolutas e inquestionáveis, mas ajudar esse
“aprendiz” a desenvolver seu pensamento; o conhecimento é inacabado, pois os
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educadores são eternos aprendizes e aquele sujeito que está sempre em busca de novos
conhecimentos, por isso seu conhecimento está sempre inacabado; o professor deve ter
consciência que o ser humano é um ser condicionado, preso a uma história, uma cultura
e um tempo, por isso pode se dizer que o pensamento, vai sendo desenvolvido ao longo
do tempo, e ter consciência que os educandos também estão presos as suas realidades,
é necessário que eles reflitam sobre sua própria existência.
Como a gente tem sempre conversado, para a boa formação de um
docente é bom considerar a experiência, os conhecimentos e os saberes pedagógicos.
Os saberes da experiência vividas pelos graduados são de suma importância, pois se
dão através dos conhecimentos vividos social, historica e politicamente e contribuiem
para formar as suas vivências. O conhecimento tem grande relação com a experiência,
ele não pode ser pautado apenas nos saberes adquiridos na universidade, mas existe a
necessidade de construir a contextualização entre o conhecer especifico e o de vida. Os
saberes pedagógicos são compostos dos saberes da experiência, do conhecimento em
geral e pedagógico. Ele se realiza através da prática.
De um modo geral, vejo que as escolas devem exercer função social,
cultivando os bens culturais e sociais. Considerando sempre as necessidades e as
expectativas dos alunos, dos pais, dos membros da comunidade e dos professores. Na
escola o aluno deve viver situações diversificadas que favoreçam o aprendizado, para
dialogar de maneira competente com as pessoas, desta forma, participando ativamente
da vida e dos acontecimentos do país e do mundo. Os conteúdos escolares que são
ensinados devem estar em harmonia com as questões sociais. Isso requer que a escola
seja um espaço de formação e informação, em que a aprendizagem deve favorecer a
introdução do aluno no dia-a-dia das questões sociais e em um universo cultural maior. A
formação escolar deve propiciar aos alunos usufruir de manifestações culturais, você não
acha?
Finalizando, quero lhe presentear com um pensamento de Paulo Freire,
que a psicóloga que estava dando um curso em meu trabalho esta semana utilizou em
nosso ultima encontro: “Estudar não é um ato de construir idéias, mas de criá-las e
recriá-las.”
Mande notícias. Um grande Abraço! Sebastiana Brito
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TATYANE CAMPOS ALVES
Querida Iéty
Venho por meio desta, lembrá-la a importante contribuição e incentivo que tens me dado nesta árdua caminhada em busca de minha formação profissional e pessoal também. Quero lhe dizer ainda, que o relato de sua experiência como educadora tem funcionado pra mim, como um guia de estudo complementar ao da faculdade.
Sabe minha querida, lembro-me bem quando você me ensinou a diferença entre professor e educador, o mais importante, me ensinou através do exemplo e hoje posso traduzir com as palavras de Casemiro A. Neto, o seu verdadeiro objetivo para o ensino. O exercício docente nos dias atuais exige do profissional que ele seja mais que professor, exige que ele seja sim, um educador. Casemiro nos relata em seu trabalho de pesquisa sobre: “As Diferenças entre Professor e Educador” que existem diferenças gritantes entre professor e educador. O professor tem a função de transmitir o seu conhecimento, já o educador é comprometido com a formação integral do ser humano e com a sua interação com a família e a sociedade. O professor sai de casa para mais um dia de aula, enquanto o educador busca formas para promover a transformação do seu educando. O professor vê no erro do aluno apenas um erro enquanto o educador o vê como fase de transição no processo de aprendizagem. O professor impõe seus ideais como centro do conhecimento, enquanto o educador é um mediador da relação ensino-aprendizagem. Por fim, para ser um profissional capaz no exercício da docência, é necessário humildade, discernimento, relacionamento, atitude e compromisso. É necessário ser educador e não apenas professor e isso, é o que você me incentiva a ser e é isso, o que quero pra mim.
O processo educativo é complexo e como você mesma me dizia sempre exige criatividade para se trabalhar as diferenças, que dentro de uma determinada turma de educandos. É preciso que sejamos sucintos e cautelosos, observadores e participativos na vida destes educandos. É preciso, contudo desvendar os paradigmas da educação, ler nas entre linhas.
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Rubem Alves já nos dizia: "O estudo da gramática não faz poetas. O estudo da harmonia não faz compositores. O estudo da psicologia não faz pessoas equilibradas. O estudo das "ciências da educação" não faz educadores. Educadores não podem ser produzidos. Educadores nascem. O que se pode fazer é ajudá-los a nascer. Para isso eu falo e escrevo: para que eles tenham coragem de nascer. Quero educar os educadores. E isso me dá grande prazer porque não existe coisa mais importante que educar. Pela educação o indivíduo se torna mais apto para viver: aprende a pensar e a resolver os problemas práticos da vida. Pela educação ele se torna mais sensível e mais rico interiormente, o que faz dele uma pessoa mais bonita, mais feliz e mais capaz de conviver com os outros". E concordo com ele, os educadores nascem e não são produzidos e foi assim que aprendi a gostar do que faço e por isso que busco dia após dia aprender e ensinar, esse é o meu objetivo enquanto profissional, enquanto educadora.
Olha só Iéty, um fato interessante que gostaria de compartilhar com você Para nos amparar nessa nova caminhada de educadores comprometidos, temos a lei 9394/96 que defende uma gestão democrática que acompanha as mudanças socioculturais e as exigências da nossa sociedade globalizada e em busca de cidadãos humanizados e capacitados profissionalmente. Esta é a proposta de educador que devemos seguir, este é o profissional desejado pelo ensino.
Acredito que tenha me ensinado muito querida Iéty, mas há muito a aprender sobre este “ser educador”, espero ainda, que possamos fazer isso juntas. Afinal, o caminho que resolvemos trilhar é cheio de surpresas boas e ruins e com toda certeza pode contar comigo, assim como conto com você.
Atenciosamente,
Tatyane de Campos Alves
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VALERIA TEODORO DE BRITO
Cara amiga Juliana,
É com muito prazer que venho mais uma vez confidenciar-lhe mais uma de minhas conquistas. Assim como sempre o faço, escrevo-lhe para relatar minhas conquistas, metas e sonhos. Como sabe, estou fazendo o curso de Letras e aprendo a cada dia. Sinto o imenso compromisso que me aguarda e acredito que todo o conhecimento científico, pedagógico e didático não é suficiente para este grande desafio. Para o exercício docente nos dias atuais é necessária a elaboração de projetos e materiais curriculares em equipe, e uma constante pesquisa sobre a docência. É preciso também saber relacionar-se com a comunidade e estar sempre inovando, além de muitas outras coisas.
O principal objetivo da educação é o de levar o aluno com um certo nível inicial a atingir um determinado nível final. Se conseguir fazer com que o aluno passe de um nível para outro, então terá registrado um processo de aprendizagem. Cabe aos educadores proporcionar situações de interação tais, que despertem no educando motivação para interação com o objeto do conhecimento, com seus colegas e com os próprios professores. Temos de criar ambientes de aprendizagem em potência, ou seja, ambientes em que haja situações propícias para o aprendizado. Há a necessidade de acolhimento nas atividades propostas, o medo não pode fazer parte desse processo, tem que haver liberdade para poder concordar ou discordar. A cooperação entre os alunos tem de ocorrer para que a auto-organização dos grupos e dos indivíduos possa ajudá-los no processo de aprendizagem. A partir disso, o erro não deve ser encarado como desvio de norma ou como algo que deva ser punido. Ele tem de ser entendido como parte do processo de aprendizagem. Como uma forma de raciocínio no qual a recursividade tem papel importante, pois a partir do erro busca-se superá-lo e o indivíduo e a classe acabam se auto-organizando. Somos parte e produto do processo de aprendizagem, pois temos uma ontogênese que nos marca profundamente, que pode nos motivar ou nos inibir. E ainda somos influenciados pela dinâmica que se faz presente nos ambientes de aprendizagem em que o coletivo demonstra toda a sua força. Se nós queremos um mundo melhor em que a solidariedade, o cuidado e a tolerância façam parte desse novo ideário, temos de dar oportunidade para que os alunos que freqüentam as escolas possam vivenciar essas situações. A complexidade tida e vista como algo tecido junto, tenta aproximar professor, aluno, pai, mãe, irmão, irmã, amigo, comunidade, bairro,
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cidade, estado, país, continente, terra e o universo. Pois, todos nós temos a nossa ontogênese, mas também temos marcas e estigmas da nossa filogenia, ou seja, temos a nossa história pessoal, mas também temos marcas da nossa história como espécie que habita o planeta Terra e faz parte do universo. Nesse contexto geral, ir à escola tem de ser um momento de alegria, de satisfação, de motivação, de estímulo, pois, lá há pessoas que acolhem e são acolhidas, e há momentos de aprendizagem para a vida presente e também para o futuro.
Eis aqui, minha querida, meu singelo projeto. Obrigado por mais uma vez me permitir compartilhar com você mais um de meus sonhos que em breve se tornará realidade. Um abraço! De sua amiga,
Valéria.
ZELMA FERREIRA DOS SANTOS
Alto Paraíso de Goiás, 30 de maio de 2010
Olá Professora Sigridi!
Espero que você esteja bem, este semestre você não foi nossa tutora, mas saiba
que tenho sentido muito falta da sua presença nos incentivando. Estou te escrevendo
esta cartinha para te colocar a par do desenvolvimento da disciplina de Projetos que
iniciou agora no mês de maio.
A principio confesso que fiquei meio indecisa, muitos textos, pouco tempo, bloco
de anotações, no fim muitas novidades. Mas quando comecei a ler os textos fiquei
admirada de tantas abordagens que eu não atentara até então.
Percebi que para ser professora, ou melhor educadora, não basta apenas ter um
diploma de pedagogia ou letras na mão... ser educadora é muito mais do que isso!
É pesquisar, criar, mediar, é ver a vida pela ótica dos alunos, para entender o que
se passa na vida deles e assim aproximar a aprendizagem da sua realidade para torná-la
mais significativa. É não ter medo de ousar com novas práticas desde que elas te levam
a uma reflexão e a um aprimoramento.
É saber que cada novo dia o professor vai se deparar com um obstáculo diferente
além de todos aqueles que estamos cansados de conhecer (baixos salarios,
incompreensão, falta de material, etc).
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Sigridi, me vejo dando aula, mais para jovens do que para crianças pequenas. E
crio em minha mente meu projeto. (shhhiuuuu, é um segredo, eu vou escrevendo cada
ideia que eu tenho) Me lembro da minha dificuldade em ler os clássicos e imagino uma
roda onde cada aluno lê um capítulo, e o texto é comentado... vejo os alunos no
laboratório de informática, pesquisando e criando com fotos, videos, HQ, os assuntos
propostos... um tema se derramando em outro e somando na matemática, na história,
nas artes, na geografia...
Me sinto bem imaginando – me como mediadora e incentivando meus alunos enquanto
construtores de sua própria aprendizagem a se comunicarem sem ruido, a entenderem
as variações e o por que de empregá-las ou não, a analisarem contextos e discursos
variados, produzindo textos para depois publicá-los na internet, dentro das normas da
ABNT(afinal porque só conhecer as normas dentro da faculdade?).
A Educação é o caminho para levar crianças e jovens a se tornarem cidadãos críticos
capazes de compreender por si mesmo um discurso, analisando – o.
Se nossos alunos se transformam em cidadãos conscientes, as novas gerações e o
nosso futuro serão com certeza diferente, pois teremos quebrado o velho círculo vicioso
que a tanto tempo estamos vivendo.
Sigri, estou muito contente, apesar de todas as dificuldades que venho enfrentado
dentro da faculdade, cada etapa vencida é mais um passo dado na direção do meu
objetivo. Você, Magda, Carol, Janaina, Nadja (que apesar de não conhecer bem já se
mostra companheira, dividindo seu conhecimento e sua metodologia conosco)e todas as
outras tutoras que farão parte desta nossa jornada daqui pra frente, com certeza serão
uma inspiração para cada um de nós.
Beijos e Abraços
Zelma Ferreira dos Santos
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ZENAIDE ALMEIDA DE SALES
Alto Paraíso – Go. 03 de junho de 2010.
Prezada Silvia,
O motivo desta é para lhe falar sobre o meu projeto de atuação profissional como professor de Língua Portuguesa.
Para que possamos desempenhar bem a nossa função precisamos antes de qualquer coisa conhecer os objetivos do ensino da Língua para saber interagir linguísticamente, com outros sujeitos. Precisamos também conhecer as unidades, pois elas servem de orientação na realização de práticas educativas.
A necessidade de ser um profissional reflexivo e investigativo ajudará no trabalho frente aos alunos e nos capacitará a repensar sobre minha prática docente, sempre buscando tornar as aulas mais criativas tendo como alvo o aprendizado significativo do educando.
Com base nos quatro pilares da educação; aprender a fazer, aprender a conhecer, aprender a viver juntos, aprender a ser, o nosso trabalho será bem mais produtivo.
O primeiro passo na formação de estudantes leitores e escritores autônomos só se processarão de forma satisfatória se formos professores leitores e oportunizar aos alunos o contato com bons textos e incentivá-los a produzir suas próprias criações.
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Paulo Freire é um bom guia para nós professores. Em seu livro Pedagogia da Autonomia nos mostra quão gratificante pode ser o nosso trabalho, é só abraçar sua causa e deixar o nosso “ser” educador fluir.
Precisamos aproximar o nosso currículo de Língua Portuguesa das questões do mundo real, através de conteúdos relevantes e interessantes.
Silvia, foi muito bom compartilhar com você o meu Projeto de atuação profissional como Professor de língua Portuguesa e espero que um dia assim como eu, você queira ser uma professora de Língua Portuguesa.
Sem mais, deixo aqui o meu abraço,
Zenaide.