coletivo de mulheres workshop debate liderança feminina … · dia 31 de maio, o workshop...

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FORLUZ E CEMIG SAÚDE Chapa 12 vence eleições e promete ampliar vigilância Os candidatos do Coletivo de Entidades De Olho na Forluz e Cemig Saúde, representados pela chapa 12, venceram as eleições para os conselhos deliberativo e fiscal e das diretorias do plano Cemig Saúde e do fundo de pensão da Forluz. Veja na página 8 como foram as eleições. 10º CONSENGE Encontro Estadual debate temas e elege delegados O Senge-MG realizou, nos dias 23 e 24 de maio, o Encontro Estadual de Minas Gerais para o 10º Consenge. O evento serviu para que fossem debatidos os temas propostos para o Congresso e eleitas propostas e os delegados que vão representar o Sindicato no evento em agosto. Veja mais nas páginas 4 e 5. Posse Confea O conselheiro eleito com 80% dos votos para o Confea, na modalidade elétrica, Raul Otávio da Silva Pereira, e seu suplente João José Magalhães Soares, tomaram posse em 23 de maio. Veja mais na página 3. O Coletivo de Mulheres do Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG) realizou, no dia 31 de maio, o workshop “Liderança Feminina na Engenharia”, que teve como objetivo discu- tir as formas de empoderamento da mulher e as melhores estratégias para alcançar e manter a liderança. Além do tema es- pecífico tratado no workshop, foram apresentados dados sobre a partici- pação das engenheiras no mercado de trabalho e questões de gênero na Engenharia, pelo consultor do Dieese no Senge-MG, Thiago Luiz Rodarte e pela pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, Maria Rosa Lombardi. Saiba mais nas páginas 6 e 7. COLETIVO DE MULHERES Workshop debate liderança feminina e discriminação no trabalho

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Page 1: COLETIVO DE MULHERES Workshop debate liderança feminina … · dia 31 de maio, o workshop “Liderança Feminina na Engenharia”, ... Coutinho Brito DIRETORIA REGIONAL CENTRO •

1 SENGE INFORMA Nº 209 - 25/JUNHO/2014

FORLUZ E CEMIG SAÚDE

Chapa 12 vence eleições e promete ampliar vigilância

Os candidatos do Coletivo de Entidades De Olhona Forluz e Cemig Saúde, representados pela

chapa 12, venceram as eleições para os conselhos deliberativo e fiscal e das diretorias do plano Cemig

Saúde e do fundo de pensão da Forluz.Veja na página 8 como foram as eleições.

10º CONSENGE

Encontro Estadual debate temas e elege delegados

O Senge-MG realizou, nos dias 23 e 24 de maio, o Encontro Estadual de Minas Gerais para o 10º Consenge.

O evento serviu para que fossem debatidos os temas propostos para o Congresso e eleitas propostas e os

delegados que vão representar o Sindicato no evento em agosto. Veja mais nas páginas 4 e 5.

Posse ConfeaO conselheiro eleito com 80% dos votos para o Confea, na

modalidade elétrica, Raul Otávio da Silva Pereira, e seu suplente João José Magalhães Soares,

tomaram posse em 23 de maio. Veja mais na página 3.

O Coletivo de Mulheres do Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG) realizou, no dia 31 de maio, o workshop “Liderança Feminina na Engenharia”, que teve como objetivo discu-tir as formas de empoderamento da mulher e as melhores estratégias para alcançar e manter a liderança. Além do tema es-pecífico tratado no workshop, foram apresentados dados sobre a partici-pação das engenheiras no mercado de trabalho e questões de gênero na Engenharia, pelo consultor do Dieese no Senge-MG, Thiago Luiz Rodarte e pela pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, Maria Rosa Lombardi. Saiba mais nas páginas 6 e 7.

COLETIVO DE MULHERES

Workshop debateliderança femininae discriminaçãono trabalho

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2 SENGE INFORMA Nº 209 - 25/JUNHO/2014

OPINIÃO

SINDICATO DE ENGENHEIROS NO ESTADO DE MINAS GERAIS - Rua Ara-guari, 658 - Barro Preto - CEP 30190-110 - Belo Horizonte-MG - Tel.: (31) 3271.7355 - Fax: (31) 3546.5151 e-mail: [email protected] - site: www.sengemg.org.br - GESTÃO 2013/2016 - DIRETORIA EXECUTIVA •

Presidente: Raul Otávio da Silva Pereira • 1º Vice-Presidente: Augusto César Santiago e Silva Pirassinunga • 2º Vice-Presidente: José Flávio Gomes • Diretor 1º Tesoureiro: Antônio Carlos de Souza • Diretor 2º Tesoureiro: Abe-lardo Ribeiro de Novaes Filho • Secretário Geral: Élder Gomes Dos Reis • Diretor 1º Secretário: Anivaldo Matias De Sousa DIRETORIAS DEPARTAMENTAIS • Diretor de Aposentados: Paulo Roberto Mandello • Diretor de Ciência e Tecnologia: Cynthia Franco Andrade • Diretor de Assuntos Comunitários: Josias Gomes Ribeiro Filho • Diretor de Imprensa: Mateus Faria Leal • Diretor Administrativo: Alírio Ferreira Mendes Júnior • Diretor de Assuntos Jurídicos: Ricardo Cézar Duarte • Diretora da Saúde e Segurança do Trabalhador: Anildes Lopes Evangelista • Diretor de Rela-ções Intersindicais: Rubens Martins Moreira • Diretor de Negociações: Antônio Azevedo • Diretor de Interiorização: Ricardo dos Santos Soares • Diretor Socioeconômico: Antônio Dias Vieira • Diretor de Promoções Culturais: José Marcius Carvalho Valle CONSELHO FISCAL • Iocanan Pinheiro de Araújo Moreira • Éderson Bustamante • Virgílio Almeida Medeiros • Júlio César Lima • Gilmar Pereira Narciso DIRETORIA REGIONAL ZONA DA MATA • Diretor Administrativo: Fernando José • Diretora Secretária: Vânia Barbosa Vieira • Diretora Tesoureira: Ilza Conceição Mau-rício • Diretores Regionais: Maria Angélica Arantes de Aguiar Abreu; Gilwayne Alves de Sousa Gomes; Sílvio Rogério Fernandes; Luiz Antônio Fazza; Liércio Feital Motta Junior; Francisco de Paula Lima Netto; Marcos Felicíssimo Beaklini Cavalcanti; Carlos Alberto de Oliveira Joppert; Eduardo Barbosa Monteiro de Castro; João Vieira de Queiroz Neto DI-

RETORIA REGIONAL NORTE NORDESTE • Diretor Administrativo: Guilherme Augusto Guimarães Oliveira • Diretor Secretário: Jessé Joel de Lima • Diretor Tesoureiro: Melquíades Ferreira de Oliveira • Diretores Regionais: Holbert Caldeira; Renata Athayde Gomes; Pedro Bicalho Maia; Plínio Santos de Oliveira DIRETORIA REGIONAL SUL • Dire-tor Administrativo: Nelson Benedito Franco • Diretor Secretário: Fernando Barros Magalhães • Diretora Tesoureira: Fabiane Lourdes de Castro • Diretor Regional: Nélson Gonçalves Filho DIRETORIA REGIONAL TRIÂNGULO • Diretor Administrativo: Ismael Dias Figueiredo da Costa Cunha • Diretor Secretário: Pedrinho da Mata • Diretor Tesoureiro: Jean Marcus Ribeiro • Diretores Regionais: Francielle Oliveira Silva; Hélver Martins Gomes DIRETORIA REGIONAL VALE DO AÇO • Diretor Administrativo: Antônio Germano Macedo • Diretor Secretário: Sergino Ventura Dos Santos Oliveira • Diretor Tesoureiro: Bruno Balarini Gonçalves DIRETORIA REGIONAL CAMPO DAS VERTENTES • Diretor Administrativo: Domingos Palmeira Neto • Diretor Secretário: Wilson Antônio Siqueira • Diretor Tesoureiro: Arnaldo Coutinho Brito DIRETORIA REGIONAL CENTRO • Diretor Administrativo: Alfredo Marques Diniz • Diretor Secretário: Wellington Vinícius Gomes da Costa • Diretores Regionais: Aline Almeida Guerra; Gilmar Côrtes Sálvio Santana; Marcelo Fernandes da Costa; Marcos Moura do Rosário; Epaminondas Bittencourt Neto; Marcelo de Camargos Perei-ra; Andrea Thereza Pádua Faria; Sávio Nunes Bonifácio; Waldyr Paulino Ribeiro Lima; Wanderley Acosta Rodrigues; Laurete Martins Alcântara Sato; José Tarcísio Caixeta (licenciado); Carlos Moreira Mendes; Jairo Ferreira Fraga Barrioni; Jucelino Dias Moreira; Paulo Henrique Francisco Santos.

SENGE INFORMA• EDIÇÃO: Miguel Ângelo Teixeira REDAÇÃO: Miguel Ângelo Teixeira, Luiza Nunes e Caroline Diamante ARTE FINAL: Viveiros Editoração IMPRESSÃO: Gráfica Millenium

As boas conquistasestão acontecendo

RAUL OTÁVIO DA SILVA PEREIRA*

Este primeiro semestre tem sido de mui-to trabalho e boas conquistas para o nosso Sindicato. Graças à mobilização e participa-ção de muitos companheiros, engenheiros e engenheiras, logramos importantes vitórias que terão impacto positivo nas nossas lutas e bandeiras históricas.

Começamos pela eleição de conselheiro federal para o Confea. Imbuídos da necessi-dade de uma representação efetiva de Minas Gerais no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, unimos os engenheiros e enge-nheiras do estado em torno da nossa candida-tura e da candidatura do também engenheiro eletricista João José Magalhães Soares, dentro de um projeto cujos principais pontos são a construção de um mandato transparente e participativo e que trabalhe, efetivamente, pela valorização dos engenheiros. A resposta da categoria foi extremamente positiva e, com o sufrágio de 80% dos votos, o nosso projeto foi vitorioso. Agora é arregaçar as mangas e trabalhar.

Outra vitória importante aconteceu nas eleições para Diretor de Relação com Parti-cipantes (DRP) e para os conselhos Fiscal e Deliberativo da Cemig Saúde e da Fundação Forluminas de Seguridade Social (Forluz). O Senge-MG, juntamente com outras entidades representativas dos trabalhadores da empre-sa, construiu e lançou chapas com propostas claras e objetivas para melhorar a qualidade da representação dos trabalhadores nestas instituições. O resultado foi, mais uma vez, a significativa vitória de nossas propostas e a eleição da Chapa 12, com quase 5 mil votos contra 3.500 do concorrente.

Mais que a eleição dos novos diretores e conselheiros, o pleito marcou uma mudança de patamar no debate em torno do fundo de pensão e do plano de saúde oferecido pela Cemig, o que aponta para uma maior partici-pação nas decisões e uma melhor fiscalização. O lema das duas chapas – para a Forluz e para a Cemig Saúde – é que o preço de uma apo-sentadoria tranquila e de um plano de saúde

equilibrado é a eterna vigilância. O nosso reconhecimento às entidade que

estiveram e estão conosco nesta luta – Asso-ciação dos Eletricitários Aposentados e Pen-sionista da Cemig e Subsidiária (AEA-MG), os sindicatos dos Administradores (Saemg), dos Eletricitários do Sul de Minas (Sindsul), dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Mi-nas Gerais, dos Eletricitários de Juiz de Fora, dos Eletricitários de Santo Dumont e dos Con-tabilistas – que constituem o Coletivo de Olho na Forluz e Cemig Saúde.

Outra importante conquista é a efetivação do Coletivo de Mulheres do Senge-MG. Gra-ças ao empenho de nossas diretoras, o grupo já é uma realidade e o seu primeiro evento foi

um sucesso. Focado no debate sobre as ques-tões relativas à participação das mulheres no mercado de trabalho, o Coletivo promoveu o workshop sobre liderança feminina. Além do tema específico, foram debatidos números sobre a participação das mulheres no merca-do de trabalho e as questões de gênero na Engenharia. Os avanços ainda são pequenos, mas as engenheiras estão conquistando es-paços e iniciativas como as deste coletivo são fundamentais para fortalecer esta bandeira.

Ainda neste primeiro semestre, o Sindicato está envolvido em importantes negociações coletivas com diversas empresas e setores econômicos. São negociações difíceis, cada vez com maiores dificuldades colocadas pe-los patrões, que insistem em não reconhecer a contribuição dada pelos trabalhadores. Para dar suporte a estas negociações, o Sindicato tem um setor estruturado e conta ainda com uma subseção do Dieese, com um economis-ta à nossa disposição, que atua em todas as negociações. Mas, as conquistas dependem, fundamentalmente, da mobilização e partici-pação dos engenheiros e engenheiras nas as-sembleias e reuniões de negociação.

E as perspectivas para o próximo semes-tre são ainda mais desafiadoras. Teremos eleições gerais no país e será fundamental discutir a participação e a representação da Engenharia em todos os níveis de poder. E, no final do ano, teremos eleições para a presidência do Confea e Creas, momento de debater questões importantes que afetam o exercício profissional e a valorização dos engenheiros e engenheiras que trabalham e constroem este país.

(*) Raul Otávio da Silva Pereira é engenheiro eletricista, presidente do Senge-MG e conselheiro federal no Confea.

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3 SENGE INFORMA Nº 209 - 25/JUNHO/2014

ELEIÇÃO CONSELHEIROS CONFEA

Raul Otávio e João José vencemcom 80% dos votos e tomam possePor 1.601 votos a 349, Raul

Otávio da Silva Pereira e seu su-plente João José Magalhães So-ares venceram as eleições para conselheiro federal do Conselho Federal de Engenharia e Agrono-mia (Confea) na modalidade En-genharia Elétrica. Raul Otávio é também presidente do Sindicato de Engenheiros no Estado de Mi-nas Gerais (Senge-MG) e João José é presidente da AMES (Associação Mineira de Engenharia de Segu-rança). Eles foram empossados no dia 23 de maio, em Brasília.

Para Raul Otávio, a vitória com 80% dos votos, além de ser motivo de alegria, traduz em nú-meros a confiança dos eleitores depositada neles. “Certamente retrata a nossa experiência profis-sional e pessoal, e mais que isso, a seriedade com que fizemos a campanha, nos apresentando pessoalmente ao maior número de eleitores possível. Esse núme-ro carrega consigo uma grande responsabilidade da qual não po-demos nos furtar”, comenta.

Com os conselheiros recém-

empossados, Minas Gerais volta a ter representantes no Confea. “A ausência de Minas Gerais no Plenário do Confea, em função do rodízio, certamente trouxe prejuízos de ordem institucional, à medida que o estado não pode manifestar e nem encaminhar suas demandas específicas no

que se refere ao exercício da Engenharia”, aponta Raul Otávio.

Raul Otávio e João José irão exercer mandato que vai do dia 30 de maio de 2014 a 31 de de-zembro de 2016. Os conselheiros derrotaram os candidatos Krisdany Vinicius Santos de Magalhães Ca-valcante e Marita Arêas de Souza

Tavares nas eleições, que acontece-ram no dia 14 de maio. O proces-so eleitoral foi realizado através de urnas eletrônicas, que ficaram dis-poníveis nas sedes e inspetorias do Conselho Regional de Engenha-ria e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) em todo o estado e na sede da Cemig, em Belo Horizonte.

A campanha eleitoral dos conselheiros federais eleitos teve como slogan: Um mandato par-ticipativo e transparente. “Muito mais do que apenas uma frase de efeito com o cunho puramente eleitoral, o slogan é o compro-misso nosso durante o mandato como conselheiros federais. Que-remos que essa representação tente, na medida do possível, traduzir em ações efetivas os an-

seios da Engenharia e dos enge-nheiros de Minas Gerais - e esse é nosso maior desafio”, diz Raul.

Segundo os novos conselhei-ros, as ações no Confea irão se pautar pelo interesse maior da na-ção brasileira, na defesa da ética profissional e dos interesses dos profissionais; na busca pelo forta-lecimento das entidades de classe; no aprimoramento da legislação profissional; na busca da padroni-

zação de procedimentos em todo o país e na representação no Ple-nário do Confea dos profissionais do Estado de Minas Gerais.

Durante a campanha os can-didatos percorreram cidades do interior de Minas Gerais, como Itajubá, Governador Valadares, João Monlevade, Furnas e Passos. Eles tiveram como apoiadores nomes como o do vereador em Belo Horizonte, Tarcísio Caixeta,

do presidente do Crea-MG, Jo-bson Andrade, do ex-presidente do Crea-MG, Onofre de Resende, do ex-presidente da Funasa e ex--presidente do Crea-MG, Gilson Queiroz, do ex-presidente do Confea e do Crea-MG, Marcos Túlio De Melo, e do presidente da Federação das Associações de Engenharia, Arquitetura e Agro-nomia do Estado de Minas Gerais (Faea-MG), Jean Marcus Ribeiro.

Campanha

Empossados em 23/5, Raul Otávio Pereira e João José Magalhães têmcomo compromisso um mandato transparente como conselheiros federais

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4 SENGE INFORMA Nº 209 - 25/JUNHO/2014

O Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge--MG) realizou, nos dias 23 e 24 de maio, o Encontro Estadual de Mi-nas Gerais para o 10º Congresso Nacional de Sindicatos de Enge-nheiros (Consenge), a ser realiza-do em agosto, no Rio de Janeiro. O evento serviu para que fossem debatidos os temas propostos para o Congresso e para que fos-sem eleitas propostas que serão levadas ao 10º Consenge por to-dos os sindicatos participantes. Além disso, o encontro teve como objetivo eleger os delegados que vão representar o Sindicato no Congresso em agosto.

A partir do tema geral do Congresso “Um Projeto de Na-ção para o Brasil”, foram desen-volvidos dois subtemas: O Papel do Estado Brasileiro no Desen-volvimento Nacional e O Papel do Movimento Sindical Frente às Modificações do Mundo do Trabalho. Dentro destes subte-mas, o Senge-MG trabalhou com “Infraestrutura de Transportes e Mobilidade Urbana”, “Telecomu-nicações” e “Ambiente de Nego-ciação”. Foram realizadas pales-tras sobre estes três assuntos, no dia 23 de maio.

Mobilidade UrbanaA palestra sobre o tema Mo-

bilidade Urbana foi proferida pelo engenheiro civil especialista em

Planejamento de Transportes Ur-banos, José Carlos Xavier. O en-genheiro explicou que Mobilidade Urbana engloba muito mais do que o transporte coletivo. “Quan-do se discute esse assunto tem que se ter em mente a questão da acessibilidade, do uso indiscri-minado do automóvel, dos meios não convencionais de transporte e, claro, do transporte coletivo”, observou. Para o especialista, é preciso transformar o transporte público em uma política. “O trans-porte coletivo tem um papel estru-turador da cidade. Por isso, precisa ser incentivado, com investimentos em melhorias e com a prática de um plano de mobilidade urbana. Além disso, é necessário estimular o uso desse modal pelas pessoas e, para tanto, é necessário aumentar a qualidade e rapidez do transpor-te”, afirmou Xavier.

TelecomunicaçõesO engenheiro eletricista e ex-

-presidente da Anatel, Pedro Jai-me Ziller de Araújo ministrou pa-lestra sobre o quadro atual e as perspectivas para as telecomuni-cações no Brasil. O engenheiro fez o histórico do setor, desde 1879, quando ocorreu a primei-ra concessão no país, até os dias de hoje. Para Pedro Jaime, o pas-sado deve ser usado como base para contextualização, mas o que interessa é o futuro e o que

é preciso fazer. “O que interessa é que o órgão regulador, que é a Anatel, seja efetivo naquilo que é a sua obrigação, ou seja, a fis-calização das telecomunicações. Ela tem que fiscalizar o que está sendo feito, não deixar as em-presas fazerem o que bem en-tenderem. Além disso, a Anatel tem que garantir um modelo de telecomunicações que seja com-petitivo”, considerou.

Outra questão levantada por Pedro Jaime é que o mundo, hoje, exige uma internet mui-to potente, o que não está dis-ponível no Brasil. “Nos grandes centros nós encontramos fibra ótica para tudo que é lado, então é facílimo fazer muitos acessos nesses lugares. Você fazer isso no Amazonas, no Acre, no interior de Minas Gerais é muito mais di-fícil. O serviço é precário. É aí que entra a Telebrás, que deve levar a banda larga para todos os lados efetivamente”, finalizou.

Negociações ColetivasO tema “Negociações Coleti-

vas: realidade e perspectivas” foi abordado pelo assessor de Nego-ciações Coletivas do Senge-MG, Júlio César Silva. O assessor co-meçou explanando sobre o que são as negociações coletivas e

para que servem e falou também sobre o papel dos sindicatos. “Os sindicatos têm como objetivo ajudar os trabalhadores em suas questões coletivas e individuais. No entanto, não estão cumprin-do os seus papeis adequadamen-te. Estamos fazendo muito pou-co ainda”, criticou Júlio. Para o assessor, é preciso que haja maior envolvimento e capacitação dos diretores para poderem partici-par efetivamente das mesas de negociação. “O Senge-MG já evoluiu muito, mas o maior gar-galo enfrentado hoje é a falta de dirigentes sindicais para partici-parem das negociações. Isso de-manda tempo, formação, capaci-tação, ou seja, demanda muito mais do que eles pensam”, disse.

Encontro preparatório debate temase formula propostas para o Congresso

Plenária, dia 24/5, elegeu propostas edelegados que vão para o 10º Consenge

José Carlos Xavier, engenheiro civil

Pedro Jaime Ziller, ex-presidente da Anatel

Júlio Silva, assessor de Negociações Coletivas

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5 SENGE INFORMA Nº 209 - 25/JUNHO/2014

“Um projeto de nação para o Brasil”. Este é o tema central do 10º Congresso Nacional de Sindi-catos de Engenheiros (Consenge) que será realizado entre os dias 27 e 30 de agosto, em Búzios, no Rio de Janeiro, pela Federação Interestadual de Sindicatos de En-genheiros (Fisenge). Na ocasião será eleita e tomará posse a nova diretoria da Federação e serão de-batidas e deliberadas diretrizes de ação para o próximo mandato da diretoria eleita. Como preparação para o Congresso, todos os sindi-catos filiados estão realizando en-contros estaduais para o debate dos subtemas propostos, forma-tação de propostas e eleição de seus delegados.

A programação do 10º Con-senge terá início no dia 27 de agosto, quando será realizada a abertura do evento e o lança-mento do livro “Fisenge 20 Anos: Duas décadas de lutas e esperan-ças”. O ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência da Repú-blica, Luiz Dulci, vai ministrar a Palestra Magna “Um Projeto de Nação para o Brasil”. No dia 28,

está programada a aprovação do Regimento Interno e Homologa-ção da Filiação do Sindicato dos Engenheiros Agrônomos do Rio Grande do Norte (SEA-RN). Have-rá, ainda, a palestra “O papel do Estado Brasileiro no Desenvolvi-mento Nacional”, ministrada pelo ex-diretor da Cepal e professor da UFRJ, Ricardo Bielshowsky, e pelo representante da Secretaria do Programa de Aceleração do Crescimento, do Ministério do Planejamento, Maurício Muniz Carvalho.

Já no dia 29 de agosto, o Con-senge terá início com a palestra “O papel do Movimento Sindical Frente às Modificações do Mun-do do Trabalho”. Irão ministrar a palestra o doutor em sociologia pela USP e professor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ, Adalberto Moreira Cardoso; o secretário nacional de Previdên-cia, Aposentados e Pensionistas da CTB, Pascoal Carneiro e a se-cretária nacional de saúde do tra-balhador da CUT, Junéia Batista. No encerramento do Congresso, dia 30 de agosto, haverá, a dis-

Congresso Nacional da Fisenge vai debater projeto de nação para o Brasil

cussão e deliberação das propos-tas, recomendações e moções, com base nos grupos de trabalho. Na parte da tarde será discutida e

aprovada a Carta do Rio de Janei-ro. Em seguida haverá a eleição, apresentação e posse da nova di-retoria da Fisenge.

O evento serviu, também, para que fossem eleitos os delegados que vão representar o Estado no Congresso. Os delegados eleitos são: Alí-rio Ferreira Mendes Júnior, Anildes Lopes Evangelista, Antônio Germano Macedo, Augusto César Santiago e Silva Pirassinunga, Cynthia Franco Andrade, Fabiane Lourdes de Castro, Fernando de Barros Magalhães, Gil-mar Cortes Salvio Santana, Guilherme Augusto Guimarães Oliveira, Ilza Conceição Maurício, Jesse Joel de Lima, Julio César de Lima, Laurete Mar-tins Alcântara Sato, Maria Angélica Arantes de Aguiar Abreu, Melquíades Ferreira de Oliveira, Nelson Benedito Franco, Domingos Palmeira Neto, Raul Otávio da Silva Pereira, Renata Athayde Rebello Gomes, Ricardo dos Santos Soares, Waldyr Paulino Ribeiro de Lima; Wilson Antônio Siqueira, Karla Batista Gonçalves e Matheus Faria Leal.

Como suplentes foram eleitos Anivaldo Matias de Sousa, Josias Gomes Ribeiro Filho, Abelardo Ribeiro Novaes Filho, Paulo Roberto Mandello, Pe-drinho da Mata, Nelson Gonçalves Filho, Plínio Santos de Oliveira, Paulo Henrique Francisco Santos, Holbert Caldeira, Arnaldo Coutinho Brito, Lo-rena Karla da Silveira, Lucas Andrade e Silva, Francisco Lopes Dornela e Deivison Batista.

DELEGADOS ELEITOSPOR MINAS GERAIS

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6 SENGE INFORMA Nº 209 - 25/JUNHO/2014

O Coletivo de Mulheres do Sindicato de Engenheiros no Es-tado de Minas Gerais (Senge-MG) realizou, no dia 31 de maio, o workshop “Liderança Feminina na Engenharia”, que teve como obje-tivo discutir as formas de empode-ramento da mulher e as melhores estratégias para alcançar e manter a liderança. O evento contou com a participação de profissionais da Engenharia, diretoras e funcioná-rias do Sindicato e demais inte-ressadas, além do presidente do Senge-MG, Raul Otávio da Silva Pereira. Além do tema específico tratado no workshop, foram apre-

Workshop discute liderança femininae participação no mercado de trabalho

sentados dados sobre a participa-ção das engenheiras no mercado de trabalho e questões de gênero na Engenharia pelo consultor do Dieese no Senge-MG, Thiago Luiz Rodarte e pela pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, Maria Rosa Lombardi.

Anildes Lopes Evangelista, di-retora do Senge-MG e membro do Coletivo de Mulheres, expli-ca que o objetivo do workshop foi dar continuidade à discussão iniciada na primeira reunião do grupo. “As mulheres, muitas ve-zes, estão preparadas para assu-mir novos postos e funções, mas não se dão conta disso. Queremos qualificar e preparar mais ainda as mulheres para liderarem seus es-paços de trabalho, suas empresa, onde quer que elas atuem, para que haja o empoderamento femi-nino”, revela.

A diretora da Mulher da Fede-ração Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (Fisenge), Simone Baía, participou do evento e con-sidera a criação do Coletivo de Mulheres do Senge-MG e o work-shop iniciativas muito positivas. “É

Saber realçar seus pontos fortes e adquirir e exercitar novas habilidades são atitudes fundamentais para as mulhe-res que almejam chegar aos postos de liderança. A frase acima abriu a palestra “Li-derança Feminina em Foco”, ministrada pelas consultoras organizacionais da RT Consul-ting, Valéria França e Rosana Tozelli, no workshop “Lideran-ça Feminina na Engenharia”, realizado pelo Coletivo de Mu-lheres do Senge-MG, no dia 31 de maio.

Segundo as consultoras, a mulher já possui as caracterís-ticas procuradas pelo mercado atualmente, como a intuição e a capacidade de fazer várias coisas ao mesmo. Porém, ne-

um avanço nas nossas bases. Este é um anseio antigo do Coletivo de Mulheres e da diretoria da Mulher da Fisenge, que fossem criados os coletivos estaduais, para que pos-samos colocar em prática políticas locais. Com esse momento, vejo a concretização do nosso ideal”, afirma.

Reunião do ColetivoAinda no dia 31 de maio, o

Coletivo de Mulheres do Senge--MG realizou sua segunda reu-

nião. Na ocasião, foram feitas propostas para o andamento dos trabalhos do coletivo, entre elas de realizar uma pesquisa, através do Dieese, sobre o perfil da mulher mineira e, com base nos resultados, desenvolver es-tratégias para dar continuidade às discussões. Além disso, o co-letivo pretende organizar um ca-lendário de eventos para 2014, para que os temas levantados nas pesquisas possam ser discu-tidos com o público.

cessitam aprimorar alguns aspec-tos. “É fundamental que a mulher mantenha suas características em um ambiente predominantemen-te masculino. No entanto, ela vai precisar desenvolver novas habi-lidades, entre elas a inteligência emocional, que é saber controlar suas emoções para que seja pos-sível reagir da maneira adequada diante das mais diferentes situa-ções”, afirmou Valéria.

Rosana Tozelli destacou que a criação do Coletivo de Mulhe-res do Senge-MG foi o primeiro passo para o empoderamento das engenheiras. No entanto, é preciso investir cada vez mais em capacitação. “As mulheres têm que estar preparadas. Por isso, é de extrema importância que elas invistam em capacita-

Engenheiras aprendem técnicas de liderançação, que busquem sempre no-vos conhecimentos e novas ha-bilidades”, alertou.

As consultoras reforçaram a necessidade de se sair da zona de conforto, de mudar e cor-rer riscos. “É importante que as mulheres entendam que de-vem quebrar paradigmas. Por exemplo, a presença feminina é maior nas áreas de educação e saúde e quase imperceptível na área de tecnologia. Isso acon-tece porque as mulheres fo-ram educadas para achar que foram feitas para essas áreas. Não há nenhum impedimento para que elas procurem a área da tecnologia, da Engenharia e, com isso, entrem nas áreas que remuneram melhor”, afir-ma Rosana.

Rendimentos Valéria França comentou

sobre a desigualdade de salá-rios existente entre os gêneros. “A questão salarial é um dos grandes desafios para as mu-lheres. Em áreas iguais, com as mesmas tarefas, a mulher ainda recebe menos do que o homem. Mesmo com 12 anos de estudo a mais, continuamos recebendo salários menores, realizando o mesmo trabalho”, disse. Segundo a consultora, a mulher tem que investir além da educação. “A capacitação é um diferencial. Não basta estu-dar, é preciso trabalhar as ha-bilidades que temos e adquirir as que não temos se quisermos acabar com esta desigualda-de”, reforçou Valéria.

Anildes Lopes Evangelista, diretora do Senge-MG

As consultoras Rosana Tozelli e Valéria Françaensinaram estratégias para a liderança feminina

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7 SENGE INFORMA Nº 209 - 25/JUNHO/2014

Pesquisa aponta que questão degênero pouco mudou na última década

A realidade visível da Enge-nharia, formada pelos dados co-letados em pesquisas, utilizados na construção das estatísticas, revelam que não houve grande avanço nas questões de gênero nos últimos 10 anos nesse setor. Esta é uma das principais conclu-sões dos estudos efetuados pela socióloga e pesquisadora da Fun-dação Carlos Chagas, Maria Rosa Lombardi. “Tivemos avanços, mas muito pequenos. De acordo com as pesquisas, a procura das mu-lheres pelos cursos de Engenharia, por exemplo, aumentou cerca de 3% apenas”, revela Lombardi.

De acordo com o levanta-mento feito pela pesquisadora, a Engenharia continua sendo uma área predominantemente mas-culina. “Há uma resistência mui-to grande contra a inserção das mulheres nessa área. Isso aconte-ce tanto pelo impedimento edu-cacional quanto pelo social, ou seja, as mulheres são ensinadas

a pensar que não devem entrar nas áreas de tecnologia e, quando entram, encontram o preconceito social”, revela Maria Rosa.

Há ainda muita discriminação contra as mulheres engenheiras. “A Engenharia é uma área mas-culina, em que os melhores salá-rios e os postos de comandos são dominados pelos homens. Existe, inclusive, a divisão de trabalho, ou seja, mesmo que a mulher seja engenheira, tenha a mesma formação que o homem, ela rece-be determinadas tarefas e outras, consideradas masculinas, não”, conta a socióloga.

Segundo Lombardi, as enge-nheiras são segregadas nas áreas de administração, planejamento e projeto. “As mulheres não são bem recebidas nos canteiros de obras e têm muita dificuldade de liderar equipes masculinas. Já ouvi relatos de engenheiras que fazem uma lista de compra de materiais para uma obra e o

mestre de obras confere a lista com um profissional homem an-tes de comprar”, lembra.

Realidade invisível No entanto, na realidade invi-

sível, aquela que não é mensura-da nas estatísticas, as mudanças foram mais significativas. “Este workshop é um exemplo dessa mudança. A criação dos coleti-vos de mulheres nos sindicatos de engenheiros é outro exemplo dessa mudança”, avalia Maria Rosa. Segundo a pesquisadora, a criação dos coletivos é um movi-mento muito importante de “luta contra a dominância masculina em todos os aspectos”. “Os cole-tivos são os responsáveis pela re-sistência”, afirma. A pesquisado-ra considera que o Senge-MG é um ambiente propício para que o trabalho de empoderamento da mulher continue e acredita que é de extrema importância que as jovens assumam essa luta.

Maria Rosa defende, ainda, que o debate deve ser ampliado e deve extrapolar os limites do Sindicato. “Essa temática tem que se espalhar e, para isso, é necessário que promovamos a divulgação de todas essas ações realizadas pelos coletivos, gru-pos e demais canais que traba-lham pela mulher. As mudanças são reais, mas não definitivas. Por isso, é preciso disseminar o movimento”, finaliza.

O salário das mulheres conti-nua a ser menor do que o salário dos homens em diversas capitais do Brasil. Esta é conclusão apre-sentada em boletim produzido pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioe-conômicos (Dieese) com base em informações coletadas pelo Sistema Pesquisa de Emprego e Desemprego (SPED) nas regiões metropolitanas de Belo Horizon-te, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo, entre 2011 e 2013. Neste período, o rendimen-to hora das trabalhadoras chegou

a ser, em média, 29% menor do que o rendimento hora dos tra-balhadores nas áreas de produ-ção mais industrializadas, mesmo com as mulheres apresentando maior tempo de escolaridade.

“No mercado de trabalho como um todo, em termos de remuneração, a mulher ainda ga-nha menos que o homem. São em torno de 300 Reais a menos na re-muneração média da mulher. Isso também acontece no mercado de trabalho da Engenharia. A mu-lher engenheira, no Brasil, ganha 81% do que o engenheiro e, em Minas Gerais, ela recebe 85% do que um engenheiro recebe. En-tão, isso ainda é uma pauta para a luta sindical e para a formação de políticas publicas”, considera Thiago Rodarte, técnico da sub-

seção do Dieese no Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Senge-MG).

DiferençasDe acordo com a análise do

Dieese, foram encontrados poucos grupos ocupacionais nos quais a remuneração média das mulheres é equivalente ou superior à remu-neração masculina. Nesses casos, sobressaiu o nível de escolaridade maior entre as mulheres. Em Forta-leza as mulheres apresentaram 1,5 ano a mais de escolaridade em re-lação aos homens e, em São Pau-lo, a diferença foi de 4,1 anos. Os casos em que as mulheres ganham mais que os homens, no entanto, são exceções.

“Por certo, é e sempre será possível identificar poucas mu-

Desigualdade salarial entre homens e mulheres persistenos centros urbanos brasileiros

lheres que, por particularidades das carreiras profissionais, alcan-çaram remuneração superior à da maioria dos homens, mas o que os dados de grande amplitu-de populacional informam é que tratam-se de exceções, incapazes de alterar os resultados médios por grupo ocupacional”, informa o boletim do Dieese.

O nível maior de escolaridade feminina não proporciona me-lhores salários para as mulheres, segundo o estudo. Em todas as capitais pesquisadas (Belo Hori-zonte, São Paulo, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e Salvador), as mu-lheres apresentaram maior escola-ridade e, em todas, o rendimento delas era cerca de 40% menor do que o dos homens que exerciam as mesmas funções.

Maria Rosa Lombardi, pesquisadora da Fundação

Carlos Chagas

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8 SENGE INFORMA Nº 209 - 25/JUNHO/2014

FORLUZ E CEMIG SAÚDE

Chapa apoiada pelo Senge vence eleição para representação dos trabalhadores

Os candidatos do Coletivo de Entidades De Olho na Forluz e Cemig Saúde, representados pela chapa 12, venceram as eleições para os conselhos deliberativo e fiscal e das diretorias do pla-no Cemig Saúde e do fundo de pensão da Fundação Forluminas de Seguridade Social (Forluz). As eleições ocorreram via internet e telefone entre os dias 22 de maio e 1º de junho. O Senge-MG apoiou os candidatos do coletivo.

A Chapa 12 teve como candi-dato à diretoria de relação com os participantes (DRP) da Cemig Saúde, João Isidro Vinhal. Fo-ram 4.920 votos contra 3.600 do candidato da Chapa 11. Os conselheiros obtiveram 4.970 votos, enquanto os conselheiros concorrentes obtiveram 3.516. O candidato do Coletivo de Entida-des à Diretoria de Relações com os Participantes (DRP) da Forluz, Vanderlei Toledo, recebeu 4.962 votos contra 3.575 votos do can-didato da chapa 11. Os conse-lheiros da chapa 12 receberam 4.973 contra 3.575 da chapa concorrente.

Segundo Vanderlei Toledo, essa é a primeira vez na história da Forluz que ocorre a vitória de uma chapa de oposição nos ór-

gãos de representação dos par-ticipantes. Para João Isidro, a vitória veio com “a interação do esforço, do diálogo e da união do Coletivo de Entidades que traba-lhou por uma causa justa e co-mum a todos os ativos, aposen-tados e pensionistas: a mudança de paradigmas”.

Para o coordenador das cam-panhas da Chapa 12, o asses-sor de Negociações Coletivas do Senge-MG, Júlio Silva, a vitória se deu por três fatores. “Em primei-ro lugar ao projeto do Coletivo

Melhorar a comunicação é o principal desafio

de Entidades De Olho na Forluz e Cemig Saúde, necessário e fá-cil de entender, como o próprio nome do coletivo deixa claro”, explica o coordenador. Um se-gundo fator, segundo Júlio Silva, é o alto nível dos candidatos e a mescla da experiência e reno-vação sem perder a qualidade. Outro ponto destacado por ele é a postura limpa e transparen-te da Chapa 12 e do Coletivo de Entidades, que sempre estavam focados em apresentar e debater o projeto.

Além da vigilância constante, os candidatos eleitos da Cemig Saúde e da Forluz têm outros de-safios a enfrentar na gestão dos patrimônios. Segundo João Isi-dro, um dos principais problemas da Cemig Saúde é a comunica-ção. “O 0800 necessita de cuida-dos. Faltam canais de comunica-ção específicos, até mesmo por especialidades: um óbito pode ocorrer na demora de liberação de um procedimento ou aten-dimento médico, e a culpa?”. A reestruturação da rede convenia-da, principalmente no interior, e a ouvidoria são outros aspectos a serem melhorados.

Apesar de escutar elogios rela-cionados ao atendimento aos be-neficiários, Isidro percebe que ain-da tem muito que melhorar e lista alguns pontos como atendimento de consulta eletiva no interior do

O Coletivo de Entidades acre-dita que o órgão fiscalizador não atuava de forma preventiva para evitar prejuízos aos trabalhadores. Por isso, vencer as eleições, para Júlio Silva, é a oportunidade de implantar uma nova filosofia de acompanhamento da gestão dos patrimônios que são da categoria dos eletricitários mineiros. “Pela votação expressiva e diante de um adversário tão poderoso, foi importantíssimo o aval e a apro-vação dos eleitores ao projeto e ideias do Coletivo de Entidades.”

ColetivoO coletivo de entidades De

Olho na Forluz e Cemig Saúde é formado por entidades repre-sentativas dos trabalhadores da ativa e aposentados da Cemig e de algumas empresas do Gru-po Cemig. Ele tem como slogan “O preço de uma aposentadoria tranquila e de um plano de saúde equilibrado é a eterna vigilância”. O coletivo surgiu da necessidade de um acompanhamento mais próximo dos fundos de pensão e plano de saúde da Cemig. O ob-jetivo é blindar a Cemig Saúde e a Forluz de ameaças que coloquem em risco o equilíbrio e a saúde fi-nanceira das entidades.

estado e o credenciamento de novas clínicas e hospitais. Sobre a parte financeira do plano de saú-de, o diretor assume como dever zelar pelo seu equilíbrio. “Torna-se necessário trabalho efetivo nos in-vestimentos em promoção à saú-de e conscientizar o usuário do plano quanto a gastos desneces-sários, como consulta em dema-sia, estocagem de medicamentos, exames laboratoriais sem a devida necessidade.”

Para Vanderlei Toledo, assim

como na Cemig Saúde, o canal de comunicação com o participante do fundo de pensão da Forluz deve ser melhorado. “Cabe des-tacar que diversas ações têm sido implementadas para melhorar o contato com o participante, en-tretanto, durante a recente cam-panha por todo Estado, muitos questionamentos e reclamações foram feitas em torno do assun-to comunicação eficiente com o participante. Temos a obrigação de disseminar a cultura previden-

ciária e o interesse do participan-te para com a Forluz, o que am-plia sobremaneira a fiscalização por parte dele, fortalece a trans-parência e consequentemente a cobrança sobre seus dirigentes, principalmente os eleitos.”

Quanto ao financeiro da Fun-dação, o DRP pretende manter os bons resultados. “A Forluz tem apresentado resultados superavi-tários, à exceção de pontuais dé-ficits conjunturais que não com-prometem, a princípio, seu índice de solvência. Assim, o mínimo a ser feito é manter os resultados para garantia de cumprimento dos compromissos com os par-ticipantes. Também é possível buscar novos investimentos que possam garantir resultados me-lhores, observado obviamente o controle dos riscos e as melhores práticas de governança.”

Vanderlei Toledo (esquerda) e João Isidro Vinhal forameleitos para a Diretoria de Relação com os Participantes

(DRP) da Forluz e Cemig Saúde, respectivamente

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9 SENGE INFORMA Nº 209 - 25/JUNHO/2014

ENGENHEIRO NO SETOR PÚBLICO

Crea lança projeto de valorização profissional com pesquisa e workshops

O Conselho Regional de En-genharia e Agronomia de Mi-nas Gerais (Crea-MG) lançou, no dia 9 de junho, o projeto de Valorização Profissional no Se-tor Público, durante o primeiro workshop técnico da Câmara Te-mática de Valorização Profissio-nal no Setor Público. Segundo Oswaldo Dehon, coordenador geral das Câmaras Temáticas do Crea-MG e responsável pelo projeto, o objetivo da iniciativa é mapear as atividades dos enge-nheiros, agrônomos e técnicos que atuam no setor público em Minas Gerais. “Com a pesquisa, queremos descobrir e entender melhor as condições profissio-nais de cada um desses seg-mentos, as responsabilidades, as ocupações em que eles se en-contram no momento, para po-dermos enxergar melhor o mer-cado de trabalho e a situação profissional e ocupacional dos profissionais ligados ao Sistema Crea’s/Confea”, revela.

O projeto terá várias etapas,

segundo Dehon, e teve início com um grande mapeamento das instituições ligadas ao setor público para que fosse possível ter um melhor entendimento so-bre as condições de trabalho dos profissionais deste setor. “Logo após, iniciamos todo um traba-lho de pesquisa secundária para entendermos melhor as bases de dados que disponibilizariam informações, tais como a Rais (Relação Anual de Informações Sociais). Queríamos ir além des-sa metodologia e ter uma base de dados mais ampla, uma vez que as informações da Rais são importantes, mas se limitam apenas às informações do traba-lho formal”, explica o coordena-dor. Oswaldo conta, ainda, que buscaram informações do Censo 2010, da Pesquisa de Amostras Domiciliares (PAD) e que está sendo realizado um trabalho de campo. A última etapa será de avaliação e inferência dos dados obtidos.

De acordo com coordenador,

serão abordados vários aspectos durante as pesquisas. “Quere-mos saber do salário, da forma-ção, do desenvolvimento da car-reira, das responsabilidades dos profissionais, da permanência no emprego, se ele está no setor público e também no privado, se os salários e outros benefícios do setor público são similares. São em coisas assim que as pes-quisas conseguem nos auxiliar”, conta Dehon.

Workshops O projeto de Valorização

Profissional do Setor Público vai realizar 11 workshops em cida-des do interior de Minas Gerais. “A nossa estratégia é chamar as entidades de Engenharia e demais profissões ligadas ao Conselho, em especial as do se-tor público, discutir com elas e apresentar os dados iniciais para que possamos conferir se aquilo que apresentamos condiz com a realidade destas 11 regiões. Isso auxilia os nossos pesquisadores

O Sindicato de Engenheiros no Estado de Minas Gerais (Sen-ge-MG) participou do workshop organizado pela Câmara Temáti-ca de Valorização Profissional no Setor Público do Crea-MG, reali-zado em 9 de junho, e pretende participar da iniciativa. “O Senge acredita que a iniciativa do Con-selho é de extrema importância. Este é um projeto muito inova-dor, que vai dar um subsídio mui-to grande para a atuação futura do próprio Sindicato”, considera o diretor Ricardo Soares, respon-sável pela atuação do Sindicato de Engenheiros no projeto.

O coordenador das Câmaras Temáticas do Crea-MG e respon-

sável pelo projeto de Valorização Profissional, Oswaldo Dehon, considera a participação do Sen-ge-MG de extrema importância. “O Sindicato de Engenheiros pos-sui uma capilaridade muito gran-de no Estado e, do ponto de vista das políticas a serem construídas, o resultado deste projeto pode or-ganizar muito melhor as campa-nhas de defesa dos profissionais da Engenharia em Minas Gerais. Quando se entende melhor a questão dos salários, das condi-ções profissionais, do emprego, é possível qualificar melhor a luta sindical”, acredita Dehon.

Na verdade a luta pela valori-zação profissional no Setor Públi-

co é uma das principais bandei-ras do Senge-MG. Em agosto de 2013, o Sindicato liderou campa-nha contra a intenção do gover-no federal de importar engenhei-ros para atuar no Serviço Público. Naquela oportunidade, o Sindi-cato publicou nota nos principais jornais do Estado, repudiando a iniciativa e defendendo a posição de que o problema não estava na falta de profissionais, mas nos baixos salários pagos aos engenheiros que trabalham no Serviço Público. Além de colocar esta questão nas mesas de nego-ciações com diversas prefeituras municipais, o projeto Senge Pre-sente percorre os municípios do

na produção de questionários mais adequados, amostras mais qualificadas, para que quando a pesquisa for feita ela possa ser executada de acordo com os pa-râmetros de cada região”, afir-ma Oswaldo Dehon.

Ao final do projeto serão pu-blicados cadernos técnicos com a apresentação de dados e aná-lise sobre a situação profissional dos engenheiros, agrônomos e técnicos no setor público de Mi-nas Gerais.

Valorização passa pela alteração na legislaçãointerior do Estado e mobiliza os engenheiros para este tema.

Por outro lado, o Sindicato entende que a valorização do profissional no Setor Público passa pela extensão do direito ao Salário Mínimo Profissional, o que precisa ser garantido em leis. Para tanto, o Senge-MG apóia iniciativas para que o Es-tado e municípios adotem leis específicas de adoção do piso da categoria e luta pela apro-vação da proposta de emenda constitucional, a PEC 02/2010, que torna obrigatória a obser-vância pelo setor público do piso nacional das categorias conforme leis federais.

Oswaldo Dehon, coordenador das Câmaras Temáticas do Crea-MG

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10 SENGE INFORMA Nº 209 - 25/JUNHO/2014

MOBILIDADE URBANA

Tecnologia pode ser utilizada para atrair usuários ao transporte coletivo

Disponibilizar internet wi-fi, interligar os ônibus a um sistema central que seja capaz de controlar a rota, a distância e a velocidade dos veículos e fornecer informa-ções em tempo real e modernizar as estruturas físicas. Estas foram algumas das sugestões levanta-das durante a Cúpula das Cidades Conectadas: Belo Horizonte – Su-perando Desafios em Mobilidade Urbana, evento promovido no dia 6 de junho, pela Great Britain House, com apoio do governo do Reino Unido. O evento foi reali-zado na Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e contou com a participação de especialis-tas britânicos e do presidente da BHTrans, Ramon Victor César, en-tre outras autoridades.

Robert Rogerson, vice-diretor do Institute for Future Cities, na Universidade de Strathclyde, no Reino Unido, ministrou a pales-tra “Cidades Inteligentes para a mobilidade urbana sustentável” e explicou que, para resolver a questão da mobilidade, são ne-cessárias três soluções. “É preciso repensar o sistema e desenvolver o plano de mobilidade ao redor do transporte coletivo. Precisa-mos pensar o uso da terra junta-mente com o uso do transporte. E não existe apenas um modal que vai resolver o problema. É necessária a integração de vários meios de transporte para que se garanta a mobilidade”, disse.

Rogerson defende que há

O Sindicato de Engenheiros mantém parcerias e convênios com empresas de diversos seg-mentos para oferecer a seus associados descontos e outros benefícios. Os convênios es-tão organizados no hotsite de Serviços do Sindicato (www.sengemg.org.br/servicos). Nele você encontra todos os parcei-ros do Senge-MG, além de ter acesso aos cursos, planos de saúde e ao Banco de Talentos, que disponibiliza vagas de em-prego, estágio e trainee e ainda oferece o Banco de Currículos, espaço em que os profissionais podem cadastrar o currículo para consulta pelas empresas.

Novos ConvêniosPara melhor atender aos

associados, o Sindicato de En-genheiros fechou novos convê-nios com instituições de ensino e consultórios na região metro-politana de Belo Horizonte e na Zona da Mata. São descontos especiais que variam de 5% a 30%. Confira, abaixo, os novos convênios:

REGIÃO METROPOLITANADE BELO HORIZONTEwww.mastermind.com.brwww.ipog.edu.brwww.psikatiabh.wix.com/consultoriowww.fumec.brwww.fdc.org.brZONA DA MATAwww.atuallys.com.brwww.galvaoconcursos.com.brwww.vianajr.edu.br

Compras onlineO Sindicato de Engenheiros

mantém convênios com diver-sos e-commerces que garan-tem descontos especiais para os associados como Ricardo Eletro, Walmart, Insinuante, Citylar, Eletroshopping, Cipela e Ecolchão. Para usufruir dos be-nefícios, basta acessar as lojas online através do hotsite www.sengemg.org.br/servicos.

três estratégias para resolver a questão da mobilidade. “A pri-meira coisa é mudar o modo de transporte e estimular o uso do transporte coletivo. A segunda estratégia é mudar os padrões de mobilidade, ou seja, evitar que as pessoas tenham que se des-locar em grandes trajetos. E, em terceiro, é preciso alterar os pa-drões dos transportes existentes, ou seja, criar atrativos, fornecer informações em tempo real para os usuários, mais conforto. Isso tudo para tornar o transporte co-letivo mais atrativo”, afirmou. O especialista foi adiante e afirmou que são necessárias medidas mais fortes, como “reestruturação dos estacionamentos, cobrança por congestionamento, restrições de circulação, entre outros”.

Transporte inteligente A experiência do Reino Unido

com os problemas de mobilidade urbana e as soluções encontradas foram apresentadas por Sharon Kindleysides, presidente da Intel-ligent Transport System (ITS). Se-gundo Sharon, todas as cidades acabam tendo problema de mo-bilidade e, com isso, surgem pro-blemas como, por exemplo, “a imprevisibilidade no tempo gasto nas viagens, a poluição, a falta de confiança no transporte público e o conflito entre pedestres, ciclis-tas e motoristas”.

De acordo com Sharon, exis-tem três formas de reduzir os

congestionamentos. “Primeiro, temos que reduzir a necessidade de mobilidade, ou seja, descen-tralizar as atividades comerciais para que não haja necessidade de deslocamentos tão longos. É preciso, também, pagar pelo congestionamento, ou seja, proi-bir a circulação em certas áreas e cobrar pelo acesso e, por último, estimular o uso do ônibus e do metrô”, pontuou. A especialista britânica conta que, no Reino Uni-do, foram introduzidas licenças eletrônicas de circulação, barrei-ras físicas para impedir a entrada de carros e taxas de circulação. “A ideia não é ganhar dinheiro com isso, mas sim melhorar a qualida-de do ar, manter os centros histó-ricos preservados e interessantes para os turistas e tentar resolver o problema dos congestionamen-tos”, explicou Sharon.

Kindleysides concordou com a necessidade de se investir em tecnologia quando se trata de mobilidade urbana, mas tam-bém lembrou a importância de uma sinalização física efetiva que possa ser vista e entendida por todos. “Precisamos lembrar que não são todas as pessoas que estão conectadas. Daí, a impor-tância de usar menos aplicativos e mais sinais para facilitar o en-tendimento, principalmente para turistas. E vamos precisar de uma linguagem universal pois, no fu-turo, a língua inglesa não será suficiente”, disse.

Investir em tecnologia é maneira de atrair usuários para o transporte coletivo

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11 SENGE INFORMA Nº 209 - 25/JUNHO/2014

NEGOCIAÇÕES COLETIVAS

Veja aqui como estão asnegociações com a sua empresa

Engenheiros e arquitetosrejeitam proposta da BHTrans

Em Assembleia Geral realizada no dia 18 de junho, os engenheiros e arquitetos rejeita-ram a proposta da BHTrans e querem a criação de um grupo de trabalhadores para estudar a questão do Salário Mínimo Profissional dentro da empresa, entre outras questões que impac-tam as categorias. Os administradores, secre-tários e jornalistas que trabalham na empresa aprovaram a contraproposta, que ofereceu reajuste dos salários de 7%, dividido em duas parcelas: 5,82% (referente ao INPC de 1º de maio) em julho e mais 1,18% em novembro. A proposta prevê, ainda, aumento de R$ 1,00 no vale refeição e oferece um abono que varia de R$200,00 a R$600, de acordo com o salá-rio recebido. Além disso, oferece uma bonifi-cação durante a Copa para os trabalhadores envolvidos no evento.

Contraproposta do Sinaencoé recusada em AGE

Os trabalhadores da Consultoria rejeita-ram a contraproposta do Sinaenco (sindicato patronal) de 4,88% de reajuste salarial, piso salarial e demais cláusulas econômicas em AGE, realizada no dia 18 de junho. O valor fica abaixo da inflação para o período, de 5,82%. A contraproposta do patronal ainda oferece a inclusão dos pisos salariais de dese-nhistas/projetistas com curso técnico, de de-senhista/copista sem formação/curso técnico e de biólogo. Ela traz, também, a inclusão de cláusula que autoriza as empresas a implan-tarem Banco de Horas nos moldes da CLT e inclusão de cláusula que autoriza as empresas a implantarem Turnos de Trabalho. As demais reivindicações dos trabalhadores não foram contempladas.

Proposta da Copasa nãoavança e é rejeitada

Em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada em 16 de junho, os engenheiros e engenheiras da Copasa decidiram por una-nimidade pela rejeição da contraproposta da companhia. A empresa ofereceu apenas o INPC de 5,82%, de reajuste salarial. As demais cláusulas econômicas também receberiam o mesmo percentual de reajuste. Quanto a pau-ta dos engenheiros, a Copasa só se manifes-tou sobre duas reivindicações, que são a libe-ração de um dirigente sindical e o abono para acompanhamento de filhos. As reivindicações

de pagamento das horas extras para os ana-listas, da incidência da GDI sobre a remunera-ção total e não apenas sobre o salário base, o adicional de periculosidade/insalubridade e a remuneração de substituição não foram con-templadas.

Prefeitura de Belo Horizonteresponde a reivindicações

A primeira reunião específica para discutir a pauta de reivindicações dos engenheiros e engenheiras servidores da administração dire-ta e indireta da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) foi realizada em 16 de maio. A PBH apre-sentou respostas a algumas reivindicações. Com relação ao reajuste das gratificações, o percentual será o mesmo oferecido para os salários, ou seja, apenas o INPC. Além disso, a PBH informou que pretende estudar e rees-truturar as carreiras. A reunião contou com a participação de representantes do Senge-MG, da Aplena e das demais entidades que nego-ciam pelos engenheiros, e com o secretário municipal adjunto de Recursos Humanos da PBH, Gleison Pereira de Souza, e sua equipe.

Gasmig se nega anegociar metas para a PLR

Os funcionários da Gasmig rejeitaram a proposta de Participação nos Lucros e Resulta-dos (PLR) da empresa, durante as assembleias realizadas em Belo Horizonte e Contagem, no dia 13 de junho. Após análise dos indicadores, metas e modos de avaliação, algumas ques-tões causaram preocupação aos trabalhadores. A primeira é que a Gasmig informou que não está disposta a discutir e negociar as metas es-tabelecidas. Outro ponto incômodo é no cál-culo de desempenho. Segundo a proposta, em alguns indicadores, os trabalhadores que atin-girem 100% ou mais das metas, só poderão receber o equivalente aos 100%. Quem ficar na faixa entre 80% e 100% de desempenho rece-be o valor que atingir e quem obtiver desem-penho entre 70% e 80% terá um desconto de 10 pontos percentuais. Durante a AGE os tra-balhadores também elegeram a comissão que vai acompanhar as discussões de PLR.

Prefeitura de Juiz de Foraoferece reajuste de 6,5%

A Diretoria Regional Zona da Mata do Senge-MG, representada pelos diretores Fernando José e Ilza Conceição Maurício e o Sinarq-MG, representado por Paulo

Gawryszewski e Marcello Amara se reuni-ram, no dia 9 de junho, com a secretária de Administração e Recursos Humanos da Prefeitura de Juiz de Fora, Andréia Gores-ke, para mais uma rodada de negociações. Na ocasião, a Prefeitura ofereceu 6,5% de reajuste, retroativo à 1º de maio. Este índi-ce foi oferecido a todos os sindicatos que negociam com a PJF. Quanto à pauta es-pecífica de engenheiros e arquitetos, ficou acertado que uma nova reunião será agen-dada para dar início às negociações.

AGE dos engenheirosaprova proposta da CBTU

Os engenheiros da CBTU que trabalham em Belo Horizonte, aprovaram em Assem-bleia Geral Extraordinária, realizada no dia 4 de junho, a contraproposta apresentada pela empresa, que prevê reajuste linear de 6,28% (IPCA) na tabela salarial e concessão de um nível na tabela salarial para todos os empregados efetivos, ficando assegurado aos que se encontram nos níveis finais de carreira a garantia da mesma vantagem per-centual (2,7%).

A CBTU oferece, ainda, auxílio creche no valor de R$ 312,93 e vale-alimentação mensal de R$ 700,00, entre outros. Sobre o Salário Mínimo Profissional, a CBTU informou que vai recompor os salários em processo administra-tivo ainda em 2014.

Previc aprova proposta daGerdau Previdência

Em decisão publicada no Diário Oficial em 4 de junho, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) apro-vou a proposta de distribuição do superávit do Plano BD feita pela Gerdau Previdência. A proposta prevê a reversão à patrocinadora de R$ 174.690.419,48 no prazo de 36 me-ses, em parcelas mensais, sucessivas, atuali-zadas pelo retorno de investimento do Plano de Benefício Previdenciário I. Já os participan-tes e assistidos deste Plano devem receber R$ 94.727.254,00 no mesmo prazo de 36 me-ses, sob as mesmas condições. No entanto, a justiça de Ouro Branco concedeu liminar, pe-dida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Ouro Branco, para bloquear R$ 32.427.828,94 dos quase R$ 95 milhões destinados aos par-ticipantes e assistidos do Plano BD. Os meta-lúrgicos querem usar o montante bloqueado para pagar os participantes e assistidos que migraram do Plano BD para o Plano CD.

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