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Brincadeiras que brincamos Coletânea das brincadeiras do cotidiano escolar dos alunos da Escola Municipal Benjamim Ferreira

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Brincadeiras que brincamos

Coletânea das brincadeiras do cotidiano escolar dos alunos da Escola Municipal

“Benjamim Ferreira”

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Brincadeiras que brincamos

Coletânea de textos das brincadeiras realizadas no cotidiano escolar dos alunos da Escola Municipal

“Benjamim Ferreira”

Apoio:

SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO DE RIO CLARO

2009

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Brincadeiras que brincamos – 1ª ed. – Rio Claro – SP - 2009

Elaborado pelos alunos e professores da Escola Municipal “Benjamim Ferreira” Diretora:

Profª Maria Christina Camargo Abdalla Gioria Vice diretora:

Profª Valeria Cristina de Camargo Cascone Professora Coordenadora

Profª Rosemeire Marques Ribeiro Archangelo Organização:

Profª Rosemeire Marques Ribeiro Archangelo Revisão:

Fátima Aparecida Soares Professores responsáveis:

PRÉ I A – Danielle Cristina Tofolo Góes PRÉ I B – Patrícia Bertoluci Correa Bueno PRÉ II A - Ana Carolina Dezotti de Miranda PRÉ II B - Sabrina de Souza Pereira PRÉ III A - Daniela Viviane Barbi PRÉ III B - Nilza Helena Vaz PR II - Maria Lidioneta Luiz PRI – Kátia Regina de Souza Educação Física: Iara Rossi de Carvalho Colaboração: Catia Giselli Faria Janaina Carla Rodrigues Maria Aparecida Salvador Sozzia Maria de Lourdes da Silva Marisilda da Costa Riccomi Valquiria dos Santos Zilda dos Santos Vieira

Luiz Alberto Gonçalvez Martins Ellen Lirani Silva Luiza Herminia Gallo Marilia Ceccato Cinthya Aparecida da Rocha Juliana Boza Sarita Eterna Lopes Casarim

E.M “Benjamim Ferreira”

Rua 4B, 70 – Bairro Cidade Nova Rio Claro – SP

Fones: (19) 3533-3646 [email protected]

Grafema Editora Gráfica Av. Presidente Kennedy, 900

Jd. Quitandinha – Rio Claro SP Fone: 19-3524-8502

[email protected]

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"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver

meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em

salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do

homem."

(Carlos Drummond de Andrade)

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Apresentação

A proposta pedagógica da EM Benjamin Ferreira tem como

objetivo central promover e operacionalizar uma educação que atenda aos vários aspectos do desenvolvimento cognitivo, social, físico, moral e afetivo, por meio da organização de situações propícias à construção da autonomia intelectual, social e moral.

Dentro dessa visão de educação, escola, criança e ensino-aprendizagem é que os conteúdos da grade curricular são trabalhados por meio de uma pedagogia de projetos e o que será apresentado neste livro é, nada mais e nada menos, que o trabalho realizado por professores, crianças e pais, caracterizando uma verdadeira integração escola-família.

A realização da Festa Junina é um exemplo dessa integração, quando os professores elaboraram o conteúdo relativo ao tema da Festa e lembrando que o brincar é uma necessidade natural da criança, optou-se por centralizar as brincadeiras presentes na comemoração. Foi enviada uma pesquisa para casa, por uma das salas, permitindo que os pais colaborassem com os títulos das brincadeiras e as respostas dadas por eles, além das brincadeiras típicas desse evento cultural, revelaram outras que, provavelmente, fizeram parte de sua história de vida. Essa contribuição dos pais foi discutida na roda da conversa e as crianças decidiram que todas as contribuições enviadas pelos pais deveriam ser inseridas no trabalho.

A operacionalização dessa ação pedagógica consistiu na exploração do título; na antecipação, no caso de uma brincadeira cujo título era desconhecido, sobre como ela se realizaria; na produção de um texto coletivo; na realização da atividade em si finalizando com o registro da brincadeira. Um dia, após a produção do texto coletivo no qual continha o título da brincadeira e como se brinca, um aluno quis levar para casa o texto produzido em sala de aula para mostrar e ensinar os pais a brincar. As crianças perceberam o valor do registro, a função social da escrita. E dessa forma, surgiu a ideia de sistematizar nesse livro todo o processo do trabalho feito coletivamente, envolvendo criança, pais, professores.

Vale a pena ressaltar que a partir dessa etapa do projeto todas as salas se integraram a ele, pois entendemos que esse trabalho foi

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significativo para todos e a socialização, um presente ao leitor, que poderão averiguar, por meio de reflexões da importância do brincar, do trabalho com a leitura e escrita em situações reais de uso e o resgate das brincadeiras culturais que muitas vezes fizeram parte da história do leitor enquanto criança. Convidamos a todos para se deliciar e junto com as crianças reviver as BRINCADEIRAS QUE BRINCAMOS.

Profª Rosemeire Marques Ribeiro Archangelo

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Sumário

Prefácio Profª Drª Áurea Maria de Oliveira................................................... 11

Brincar para Aprender Profª Marinete Beluzzo Luccas....................................................... 13

Brincar com Pré IIIA Profª Daniela Viviane Barbi............................................................ 19

Brincar com o Pré IIIB Profª Nilza Helena Vaz................................................................... 33

Brincar com Pré IIA Profª Ana Carolina Dezotti de Miranda........................................... 47

Brincar com Pré IIB Profª Sabrina de Souza Pereira..................................................... 59

Brincar com Pré IA Profª Danielle Cristina Tofolo Góes................................................ 73

Brincar com Pré IB Profª Patrícia Bertoluci Correa Bueno............................................ 87

Brincar com o Projeto Recreando Profª Kátia Regina de Souza.......................................................... 103

Profª Maria Lidioneta Luiz............................................................... 105

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Prefácio A organização do ambiente alfabetizador pressupõe, por parte do

educador, além do conhecimento sobre o processo de construção da leitura e escrita pela criança, o conhecimento sobre o conteúdo a ser desenvolvido. A presença de materiais portadores de textos é imprescindível para que o ato de leitura seja trabalhado e para que a criança venha a perceber que existem diferentes tipos de textos que eles se "arrumam" de formas diferentes. O material portador de texto não serve somente para recortar gravuras, letras ou palavras. Ao se deparar com o material portador de texto, a criança demonstra existir dois níveis de interpretação, níveis estes que FERREIRO1 (1991) identificou como sendo, respectivamente: nível 01: hipótese do nome - a criança não compreende que o texto traz uma informação sobre o material; nível 02: função social da escrita - a criança, ainda não sabe ler, mas acredita que o texto traz uma informação sobre o produto, ou seja, o texto informa o leitor. Já a construção do processo de leitura-escrita, pela criança, exige dois quesitos essenciais. O primeiro é a exploração e a manipulação de diferentes materiais portadores de textos, tais como: jornais, revistas, cartazes, bulas de remédios, listas de compras, de preços, de aniversariantes, folhetos informativos, folhetos de missa, manuais, livros (histórias, receitas, pensamentos, didáticos), rótulos, carnês, cheques, extratos bancários, notas fiscais, mapas, dicionários, propagandas, placas, cartas, telegramas, bilhetes, cartões. O segundo é que, a professora proporcione situações nas quais as crianças deverão produzir diferentes materiais portadores de textos, organizando o ambiente de sala de aula de tal forma que este venha a ser rico em materiais que envolvam o uso da escrita e da leitura, sem a preocupação de selecionar letras, palavras e textos “fáceis” para a criança.

Nesse sentido, a organização da ação pedagógica por intermédio de um tema central e/ou um projeto de ensino, pelo educador, deve partir do pressuposto de que a criança é um sujeito em desenvolvimento, que explora situações, formula significados e modifica certos aspectos do ambiente e que o BRINCAR deve ser inserido na rotina de trabalho diária do professor e fazer parte de um plano de

1 FERREIRO, E. ; TEBEROSKY,Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991 (4a.

edição).

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trabalho pedagógico contendo: conteúdo, objetivos, estratégias de ensino e avaliação da aprendizagem. O que significa que a utilização do brincar, pelo educador, deve pautar-se no conhecimento sobre o processo do desenvolvimento infantil e no domínio do conteúdo programático que deve ser desenvolvido de acordo com cada faixa etária. Nicolau (1988:78)2 afirma que o educador infantil precisa se conscientizar de que

"Brincar não constitui perda de tempo, nem é simplesmente uma forma de preencher o tempo(...). O brinquedo possibilita o desenvolvimento integral da criança, já que ela se envolve afetivamente e opera mentalmente; tudo isso de uma maneira envolvente, em que a criança imagina, constrói conhecimento e cria alternativas para resolver os imprevistos que surgem no ato de brincar. O brinquedo facilita a apreensão da realidade e é muito mais um processo do que um produto(...). É ao mesmo tempo a atividade e a experiência envolvendo a participação do indivíduo (...).O brinquedo é a essência da infância ; é o veículo do crescimento; é um meio natural que possibilita a criança a explorar o mundo(...) permitindo-lhe as oportunidades de descobrir seu pensamento (...) elaborando regras, construindo conceitos, selecionando idéias, estabelecendo relações lógicas e integrando percepções."

Em outras palavras, conscientizar-se sobre a importância do

brincar, enquanto estratégia metodológica de trabalho pedagógico, não significa que está ocorrendo um descaso ou um desleixo com a aprendizagem do conteúdo formal. Ao desenvolver o conteúdo programático mediante a proposição de atividades lúdicas, o educador estará trabalhando com o processo de construção do conhecimento respeitando o estágio evolutivo no qual a criança se encontra, de uma forma agradável e significativa para o educando.

A organização desse livro explicita exatamente esse processo, essa preocupação, essa filosofia de trabalho. As professoras organizaram o trabalho com a alfabetização por meio do tema FESTA JUNINA e dentro dele, selecionaram o conteúdo BRINCADEIRAS EXISTENTES NA FESTA JUNINA como fio condutor, o que resultou na sistematização de um trabalho significativo para a criança, promovendo, além da integração com outras áreas do conhecimento, a integração Escola-Família.

Profª Drª Áurea Maria de Oliveira

2 NICOLAU, Marieta Lúcia Machado. A Educação Pré-Escolar.São Paulo:Editora Ática, 1988, p. 78.

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Brincar para aprender

Profª Marinete Beluzzo Luccas

A brincadeira é coisa séria na vida da criança, além de ser uma fonte de prazer e alegria. Vamos entender isto melhor.

Muitos estudiosos afirmam a importância das atividades lúdicas, como jogos e brincadeiras, para o processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças. Vejamos alguns.

Para Piaget (1998), o jogo é essencial na vida da criança, constituindo-se em uma das condições para o desenvolvimento infantil, já que as crianças quando jogam assimilam e podem transformar a realidade. A atividade lúdica é indispensável no trabalho educativo, pois a toma como o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança.

Segundo Vygotsky (1991), a criança é interativa, isto é, usa as interações sociais como formas de acesso a informações: aprende a regra do jogo através dos outros e não como o resultado de um esforço individual na solução de problemas. Aprende a regular seu comportamento pelas reações, quer elas pareçam agradáveis ou não. O brincar é uma atividade humana criadora, pois imaginação, fantasia e realidade, interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, além da construção de relações sociais com outros sujeitos.

No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual da sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade. Como no foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo, ele mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento (VYGOTSKY, 1991, p.117).

Wajskop (2007) reforça:

[...] a brincadeira é uma situação privilegiada de aprendizagem infantil onde o desenvolvimento pode alcançar níveis mais complexos, exatamente pela possibilidade de interação entre os pares em uma situação imaginária e pela negociação de regras de convivência e de conteúdos temáticos (WAJSKOP, 2007, p.35).

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Kishimoto (2005) escreve que, se desejamos formar seres criativos, críticos e capazes de tomar decisões é imprescindível o enriquecimento do cotidiano infantil com a inclusão de contos, lendas, brinquedos e brincadeiras.

Referindo-se a brincadeira, Brougére (2001) a define com muita clareza no seguinte parágrafo de seu livro:

A brincadeira é, antes de tudo, uma confrontação com a cultura. Na brincadeira, a criança se relaciona com conteúdos culturais que ela reproduz e transforma, dos quais ela se apropria e lhes dá uma significação. A brincadeira é a entrada na cultura particular, tal como ela existe num dado momento, mas com todo seu peso histórico. A criança se apodera do universo que a rodeia para harmonizá-lo com sua própria dinâmica. Isso se faz num quadro específico, por meio de uma atividade conduzida pela iniciativa da criança, quer dizer, uma atividade que ela domina, e reproduz em função do interesse e do prazer que extrai. A apropriação do mundo exterior passa por transformações, por modificações, por adaptações, para se transformar numa brincadeira: é a liberdade de iniciativa e de desdobramento daquele que brinca sem a qual não existe a verdadeira brincadeira (BROUGÈRE, 2001, p.77).

Os jogos e as brincadeiras são naturalmente educativos, pois

contribuem no desenvolvimento integral (físico, cognitivo, afetivo e social) da criança, na construção da sua individualidade e na formação da sua personalidade. Seu caráter educativo se configura em aprendizagens diversas, entre elas a das regras da brincadeira, de conduta adequada, de respeito aos sentimentos, da interação com o outro e com a sua cultura.

Quando se pensa em brincadeira vem logo à mente a imagem de criança brincando, pressupondo que brincar é inerente à infância.

Mas, afinal, o comportamento de brincar é inato? Se não, qual é a origem da brincadeira na vida da criança?

A brincadeira não é algo inato na vida do ser humano, mas desde cedo se aprende a brincar nas relações que se estabelece com os outros e com a cultura. É uma atividade social da criança, fundamental para a compreensão de sua cultura, sendo necessária a garantia de espaço e tempo para que aprendam a brincar. Mas onde estão estes espaço e tempo? Quem, onde e como podem ser proporcionados?

Para responder a estes questionamentos é preciso fazer um breve retorno há algumas décadas. Muitos ainda lembram, com saudosismo, a alegria e euforia que era brincar nas ruas, praças, calçadas ou amplos quintais com as crianças da vizinhança. Divertindo-

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se por horas com brincadeiras como: queimada, mãe da rua, o mestre mandou, pular corda, bolinhas de gude, cinco marias, boneca, cavalo de pau. Enfim, é possível fazer uma lista imensa de brincadeiras e jogos. Porém, estes espaços para brincadeiras no meio urbano foram deixando de existir. O que era antes espaço de socialização e produção de cultura transformou-se em espaço de exclusão social e violência.

Estudos mostram como a expansão das cidades reduziu o espaço para a brincadeira:

Se antes a criança podia circular e brincar livremente pelos diversos espaços das cidades, pautados em leis e regulamentos produzidos pelas próprias crianças [...], com o rápido processo de urbanização e crescimento dos grandes centros, caracterizado pela exclusão da classe trabalhadora, os espaços públicos de socialização e produção culturais foram cedendo terreno para os espaços privados e, consequentemente, assistimos a um processo de privatização e de encurtamento do tempo e do espaço da infância, na contemporaneidade (PINTO, 2007, p. 98).

A criança não tem mais espaço para brincar livremente pelas ruas

de seu bairro. As famílias, vivendo numa sociedade pautada pela lógica do trabalho, não têm mais tempo para brincar com seus filhos. Quem assumirá a função de socialização e inserção das crianças no mundo cultural? A quem recorrer? Pressupõe-se que é no espaço institucionalizado da escola que este direito deve ser garantido.

Mas a forma como esta socialização vem sendo conduzida no interior da escola pública precisa ser discutida e revista pelos profissionais que nela atuam e pelos pais.

É necessário rever o papel social da escola na nossa sociedade e revalorizá-la enquanto espaço privilegiado da infância nos nossos tempos. A escola precisa rever os conceitos de infância, educação e sociedade com o objetivo de rever a sua estrutura e modo de tratar a criança (PINTO, 2007 p. 92).

A ideia, ainda muito latente, de que é função da “pré-escola”

preparar a criança para o ingresso na “escola obrigatória” (ensino fundamental) levou a escolarização da Educação Infantil, incorporando, em sua rotina, práticas e modelos de atividades próprias daquela etapa do ensino. O lúdico deu lugar às crianças sentadas em carteiras enfileiradas para a transmissão de conteúdos sistematizados e para tempos fragmentados. À medida que as instituições escolares proliferam,

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os espaços e tempos do brincar se reduzem e as crianças vão deixando de serem crianças para serem alunos (BORBA, 2007, p. 33).

Observa-se ainda muita resistência por parte de gestores e professores em tornar a brincadeira parte integrante do currículo da educação infantil. Muitos pais, também, acreditam que o tempo da brincadeira no espaço escolar é um tempo perdido, sem valor educativo. Muitas vezes, horários de parque e casinha de boneca são substituídos por atividades consideradas “mais importantes”, esquecendo-se que a brincadeira está ligada aos processos de aprendizagem e conhecimento das crianças. Muitas escolas de educação infantil ainda adotam um modelo escolarizado de educação para as crianças pequenas com propostas conteudísticas, incluindo na rotina diária atividades gráficas voltadas para tarefas de alfabetização.

Poucos são os espaços para brincadeiras livres. Os horários são rígidos, com turmas homogêneas, atividades padronizadas e pouca escolha da criança. A socialização pela brincadeira fica ausente deste modelo que prioriza a escolarização e a aquisição de rudimentos de escrita e cálculo (KISHIMOTO, 2007, p. 5).

Outras escolas acreditam que o brincar deve se restringir a espaços como o playground, à uma sala como a brinquedoteca ou às aulas de educação física, com professor devidamente capacitado para este tipo de atividade, mostrando o quanto o brincar está ausente de uma proposta pedagógica que incorpore o lúdico como eixo do trabalho infantil. O brincar não deve ser visto como uma atividade isolada, a parte, mas sim como eixo norteador das atividades com as crianças pequenas (KISHIMOTO, 2007, p. 7).

Vale lembrar que a escola é, em muitos casos, o único espaço que a criança dispõe para momentos de brincadeira e de interação com seus pares.

Portanto, é preciso organizar o espaço e o tempo das escolas públicas de educação infantil de modo que as crianças tenham respeitadas as especificidades de sua idade e de sua cultura. Deve estar garantido a estas crianças, além do direito à aquisição dos conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade (importantes para sua participação ativa na sociedade), também o espaço e o tempo que favoreça o seu desenvolvimento integral, incluindo os aspectos afetivo, lúdico e criativo, enfim, deve estar garantido espaço e tempo para viverem suas infâncias.

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É preciso que as rotinas, os quadros de horários, a organização dos conteúdos e das atividades abram espaço e tempo para o lúdico.

Alguns caminhos são possíveis:

Organizando rotinas que propiciem a iniciativa, a autonomia e as interações entre as crianças. Criando espaços em que a vida pulse, onde se construam ações conjuntas, amizades sejam feitas e criem culturas. Colocando à disposição das crianças materiais e objetos para descobertas, ressignificações e transgressões. Compartilhando brincadeiras com as crianças, sendo cúmplices, parceiros, apoiando-as e contribuindo para ampliar seu repertório. Observando-as para melhor conhecê-las, compreendendo seus universos e referências culturais, seus modos próprios de sentir, pensar e agir. Percebendo as alianças, amizades, hierarquias e relações de poder entre pares. Estabelecendo pontes, com base nessas observações, entre o que se aprende no brincar e em outras atividades, fornecendo para as crianças a possibilidade de enriquecerem-se e enriquecerem-nas. Centrando a ação pedagógica no diálogo com as crianças e os adolescentes, trocando saberes e experiências, trazendo a dimensão da imaginação para a prática cotidiana de ensinar e aprender. (BORBA, 2007, p. 44)

O educador só promove o brincar quando, além de possibilitar a

participação coletiva, inclusive da criança, no planejamento da forma de utilização dos espaços existentes na escola e do tempo que esta criança passa nela, considera também importante a movimentação e a transformação dos corpos, o autoconhecimento e a estimulação do lúdico. Quando se nega o uso dos espaços e tempos constituídos na escola para as interações espontâneas entre os pares através das mais diversas brincadeiras, rouba-se o direito à infância. Mas ainda assim, a criança encontra subterfúgios para brincar: antes de entrar para a aula, nos intervalos entre uma lição e outra, na hora da merenda, no recreio, quando a professora se ausenta da sala, enfim, é curiosamente criativa e dada por indisciplinada e bagunceira.

A infância só se apresenta realmente reconhecida quando os educadores consideram o contexto em que a criança vive e quando dão importância ao seu contexto lúdico, seu universo de fantasias, de habilidades motoras e seu cotidiano.

A criança, no sistema escolar, precisa ser vista como criança e não como um modelo ideal de aluno. É necessário que se invista numa pedagogia que reconheça essa criança que ri, chora, grita e fantasia.

Nas instituições escolares de educação infantil não se deve privilegiar operações cognitivas desvinculadas das experiências sensoriais; elas devem existir, mas não podem ter maior importância que

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qualquer outra atividade. A escola pública tem por dever garantir o espaço e tempo para as atividades lúdicas, não somente as de caráter meramente educativos, mas também e principalmente, as atividades lúdicas livres, espontâneas, de mero lazer, divertimento e prazer, onde a criança possa expressar seus sentimentos, confrontar seus pontos de vista, dialogar, ser solidário, construir regras, imaginar, imitar o adulto, transcender o real, ser feliz. .

Referências

BORBA, Ângela Meyer. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. In: BRASIL, Ministério da Educação (Ed.). Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. 2ª edição. Brasília: Leograf Editora, 2007. p. 33-45. BROUGÈRE, Gilles. Brinquedo e cultura. 4ª edição São Paulo: Cortez Editora, 2001. KISHIMOTO, Tizuko Morchida. A brincadeira e a cultura infantil. Construir Notícias. Recife, PE, mar/abril 2005, v.4, nº 21, p.5 Disponível em: www.construirnoticias.com.br/asp./materias Acesso em: 20/03/2007. KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Escolarização e brincadeira na educação infantil. Disponível em: www.fe.usp.br/laboratorios/labrimp/escola.htm Acesso em: 20/03/2007. PIAGET, J. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998. PINTO, Maria Raquel Barreto. Tempo e espaço escolares: o (des)confinamento da infância. In: QUINTEIRO, Jucirema; CARVALHO, Diana Carvalho de (Orgs.) Participar, brincar e aprender: exercitando os direitos da criança na escola. 1ª edição Araraquara – SP: Junqueira & Marin, 2007. p. 91-115. VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. 4ª edição brasileira São Paulo: Martins Fontes, 1991. WAJSKOP, Gisela. Brincar na Pré-escola. 7ª edição São Paulo: Cortez, 2007.

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AUTORES Média de idade dos alunos: 5 anos e seis meses

Ana Carolina Pizoli Beatriz de Castro de Oliveira Brenda Duarte Frolini Caio Daniel Ferreira Bueno Danilo Rodrigues dos Santos Diogo Camargo Penteado Enzo Vinicius Noventa Gabriel dos Santos Ferreira Isabella de Paula Ramalho Jeowana de Oliveira Pereira Jonathan Luiz da S. Nascimento João Pedro Silveira de Almeida Jose Roberto Santos de Lima Kamilly Cristini Brechoti Kauan Stahlbergue M. de Arruda Letícia Bevilaqua Vieira de Souza Leticia Souza Teles Luis Felipe Camargo Favoreto Matheus Eduardo Ribeiro Renata Gonçalves de Assis Rubens Belluzzo Luccas Vinicius Lourenço Pinto Yago Riccomi Silveira Yan Willian Caetano Liz Camargo Abdalla Giória

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AGACHA – AGACHA Idade: a partir de 4 anos Local: ao ar livre Material: nenhum Participantes: todos os alunos da sala Desenvolvimento: Um participante é escolhido como pegador, os demais devem fugir, agachando para não serem pegos. Quando o pegador conseguir encostar-se a um participante não agachado, este tomará o seu lugar.

Ilustração: Vinicius e Diogo

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BOLA ATRÁS Idade: a partir de 4 anos Local: ao ar livre Material: bola Participantes: todos os alunos da sala Desenvolvimento: Um dos participantes de posse da bola fica de costas para os demais e arremessa a bola. O companheiro que pegar a bola deve escondê-la, para que o primeiro descubra com quem está. Se isso acontecer, aquele que a pegou toma o lugar do arremessador. Caso contrário, ele permanece em uma nova tentativa

Ilustração: Ana Carolina e Yago

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PEGA-PEGA DE GRUPOS Idade: a partir de 4 anos Local: ao ar livre Material: nenhum Participantes: todos os alunos da sala Desenvolvimento: É um tipo de Pique em que o perseguidor corre atrás dos participantes e quem for tocado auxilia na tarefa de pegar os outros, colocando-se nas proximidades do pique para evitar que algum participante se aproxime e se libere de perseguição.

Ilustração: Letícia Teles, Jhonathan e Diogo

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COBRA-CEGA Idade: a partir de 3 anos Local: um grande espaço Material: pano para vendar os olhos Participantes: toda a sala Desenvolvimento: As crianças formam uma roda, um participante é escolhido para ser a cobra-cega, fica com os olhos vendados e vai para o centro da roda. Todos cantam uma música: cobra-cega de onde vem? Vem do mato para pegar alguém! Ao término da música, a cobra toca em um participante e tenta adivinhar quem é e se conseguir continua sendo a cobra até errar.

Ilustração: Kamilly e Brenda

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PEGA-PEGA DAS CORES Idade: a partir de 4 anos Local: um grande espaço Material: tiras de crepom várias cores Participante: a sala toda Desenvolvimento: Dividem-se as crianças em grupos, cada um com sua cor determinada de crepom, a professora indica a cor que deve ser pega e os outros grupos correm atrás desse grupo. Exemplo: O grupo vermelho pega o grupo de tiras verdes, o azul pega o rosa e assim por diante.

Ilustração: Luis Felipe e Enzo

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CARNIÇA Idade: a partir de 3 anos Local: grande espaço Material: nenhum Participantes: a sala toda Desenvolvimento: Consiste em um alinhamento de crianças em rápido deslocamento, uma a uma, pulando sobre as costas dos companheiros parados e curvados. Pulada a última criança, o jogador corre e para adiante, esperando que os demais saltem sobre ele e assim seguem, sempre revezando.

Ilustração: Renata e Leticia

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CHICOTE QUEIMADO Idade: a partir de 5 anos Local: grande espaço Material: corda Participantes: toda a sala Desenvolvimento: Faz-se uma roda, um participante no centro arrasta uma corda pelo chão, enquanto os outros saltam para não serem queimados pela corda. Quem for queimado vai para o centro da roda arrastar a corda.

Ilustração: Rubens e Matheus

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CANGURU Idade: a partir de 5 anos Local: grande espaço Material: bola Participantes: a sala toda Desenvolvimento: Sobre uma linha de partida, os participantes, divididos em duas equipes, com as pernas afastadas e o primeiro de cada equipe estará de posse de uma bola. Ao sinal, passam a bola sob as pernas que formam o túnel, que será rolada pelo demais até chegar ao último da fila. O último deve colocar a bola entre os joelhos e saltar até a frente da coluna, passando novamente a bola. A brincadeira prossegue da mesma forma até que o primeiro volte à frente da coluna.

Ilustração: Letícia Teles e Liz

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MACACO NA RODA Idade: a partir de 4 anos Local: grande espaço Material: nenhum Participantes: sala toda Desenvolvimento: Forma-se uma grande roda, uma criança fica no centro, pois ela será o macaco. Canta-se a música: Olha o macaco na roda, olha o macaco na roda, ele quer sair 1, ele quer sair 2, ele quer sair 3... E o macaco tenta sair do centro da roda e se conseguir, outro participante é escolhido para ser o macaco.

Ilustração: Matheus

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BOLINHA DE GUDE Idade: a partir de 4 anos Local: espaço de terra Material: bolinhas de gude Participantes: grupos de 4 crianças Desenvolvimento: O objetivo do jogo é lançar a bola com o polegar em determinada direção, pode ser um buraco, círculo. Ganha quem lançar o maior número de bolinhas no local escolhido.

Ilustração: Liz, João Pedro e Danilo

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Outras ilustrações

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AUTORES Média de idade dos alunos: 5 anos e seis meses

Adrian Matheus Correa Alex Fernando Tonetti Figueiredo Emilio Paoli Neto Emily Carolina de Souza Zotto Felipe de Oliveira Guimarães Bataglini Felippe Fernando Cavalheiro Gabriel Meyer Zuccolo Geovana Toledo Pinatti Gleiciane Farias de Souza Jéssica Kantovitz Dias João Vitor Marques João Vitor Pereira Mancini Jose Galhota Neto Kauã Riquelme de Souza Luciene de Azevedo Luiz Guilherme Harteman Sarah Vittoria Rodrigues Vilas Boas Sofia de Andrade Velozo Kaik Rodrigues Androlli Larissa Elianara da F.Schnetzler Renan Willian Custódio Amorim

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CAMINHÃO CARREGADO Formação inicial: Formar um círculo. Idade: A partir de 4 anos. Participantes: Todos os alunos da classe. Local para brincar: Sala de aula ou área livre. Material necessário: Nenhum. Desenvolvimento: Em círculo, a professora fala aos alunos: “Lá vem o caminhão carregado de cores” e cada aluno deve dizer uma cor, sem repetir. A brincadeira continua trocando a “mercadoria” do caminhão, por exemplo: caminhão de alimentos, de objetos, de letras, palavras dentre outras. OBS: Os alunos só devem dizer palavras relacionadas ao tema proposto pela professora, os quais podem ser diversos.

Ilustração: Kauã e Kaike

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PEGA-PEGA DO SACI Formação inicial: Crianças espalhadas pelo ambiente, apenas um pegador. Idade: A partir de 5 anos. Participantes: Todos os alunos da classe. Local para brincar: Área livre. Material necessário: Nenhum Desenvolvimento: Espalhados pelo local haverá um pegador que pode correr com as duas pernas, enquanto os demais alunos, para não serem pegos, poderão correr apenas com uma das pernas, igual ao Saci Pererê. O pegador é trocado quando consegue tocar um colega, quando este se torna o pegador.

Ilustração: João Neto

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AMARELINHA Formação inicial: Crianças enfileiradas. Idade: A partir de 5 anos. Participantes: Todos os alunos da classe. Local para brincar: Área livre ou local onde seja possível desenhar uma amarelinha. Material necessário: Giz e uma pedrinha ou tampinha Desenvolvimento: Inicialmente, é necessário desenhar no chão o formato da amarelinha, no qual alternam-se um e dois quadrados. Cada quadrado é numerado de 1 a 10. Antes e depois dos quadrados iniciais e finais, há desenhado um meio círculo, simbolizando o “céu” e “inferno”, respectivamente. A brincadeira tem início com um aluno jogando a pedrinha no número 1. Ele deve pisar em todos os quadrados, com um ou dois pés, exceto no quadrado em que está a pedrinha e no círculo escrito “inferno”. O aluno deve pular até o final e voltar pelo mesmo caminho, quando chegar antes do quadrado em que está a pedrinha, ele deve recolhê-la, sem pisar no quadrado. Caso erre, este deve ir para o final da fila e passar a pedrinha para o amigo. A próxima vez em que for pular, o aluno deverá retomar do número seguinte ao último que pulou.

Ilustração: Sarah

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BOLA ERRANTE Formação inicial: em círculo Idade: a partir dos 3 anos Local para brincar: área livre Material: uma bola Desenvolvimento: Fazer um círculo com as crianças e colocar uma delas no centro. O participante que está no meio, joga a bola para um colega e diz o nome dele. Ele pega a bola e devolve para o que está no meio da roda e assim sucessivamente. Quem deixar cair à bola no chão, vai para o centro jogar a bola para os outros.

Ilustração: João Vitor Pereira, Neto e João Vitor Marques

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BOLA AÉREA Formação: 2 fileiras Idade: a partir dos 4 anos Local para brincar: área livre Material necessário: uma bola Desenvolvimento: Formam-se duas fileiras com número igual de crianças. Pode ser os meninos contra as meninas. As fileiras ficam com as crianças em pé, sentadas ou deitadas e passa-se a bola por cima da cabeça para o colega que está atrás. Quando chegar no último, ele pega a bola e sai correndo para ser o primeiro da fila, e assim por diante. Depois que todas as crianças saírem correndo para frente da fileira e ficar na posição do início da brincadeira, a primeira fileira formada será a vencedora.

Ilustração: Renan e João

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PEGA-PEGA CACHORRINHO Formação inicial: livre Idade: a partir dos 3 anos Local para brincar: área livre Material: nenhum Desenvolvimento: Escolhe-se uma criança para ser o pegador. As crianças saem correndo livremente em um espaço determinado e o pegador sai latindo e pegando as crianças. Cada criança que é pega começa a imitar um cachorrinho e assim por diante. A última criança que fica sem imitar um cachorrinho é quem irá recomeçar a brincadeira como cachorrinho.

Ilustração: João Neto

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COMPETIÇÃO DO ALGODÃO Formação inicial: Em fila ou em círculo ao redor de uma mesa Idade: A partir dos 3 anos Local para brincar: Sala de aula Material: Uma mesa, barbante e algodão. Desenvolvimento: Colocar em linha reta um pedaço de barbante em cima da mesa. As crianças deverão assoprar o algodão sem deixá-lo sair de cima do barbante uma de cada vez. O objetivo é seguir a linha sem derrubar o algodão no chão.

Ilustração: Jéssica e Sofia

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IRMÃO ENCONTRA IRMÃO Formação inicial: Alunos em duplas Idade: A partir dos 4 anos Local para brincar: Sala de aula ou área livre Material necessário: Aparelho de som, CD Desenvolvimento: Cada um escolhe um irmão ou uma irmã com quem quer dançar. Quando a música começa a tocar, cada um dança próximo do seu irmão. Ao sinal do professor separam-se dele, continuando a dançar livremente, procurando distanciar-se do seu par. A outro sinal, deverão rapidamente encontrar o irmão. Quem demorar a encontrar o irmão ou que se distanciar muito dele durante a dança, vai saindo da brincadeira. A brincadeira termina quando restar somente um par de irmãos dançando.

Ilustração: Sarah e Jéssica

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ANEL NO PALITO Formação inicial: Aluno sentado em cadeiras colocadas em colunas tendo número igual de participantes em cada equipe. Idade: A partir dos 4 anos Local para brincar: Sala de aula ou área livre Material necessário: Palito de picolé e um anel Desenvolvimento: Todos os alunos devem estar com um palito de picolé, segurando-os com os dentes, exceto o último de cada coluna que deverá estar com um anel no seu palito para ser pendurado no palito do colega da frente. Ao sinal do professor, o último aluno de cada equipe colocará as mãos sobre os ombros do colega, posicionando-se de frente para ele e tentará passar o anel do seu palito do colega e assim por diante. Se o anel cair, será colocado no palito do colega que estava passando o anel. Será vencedora a equipe que terminar em primeiro lugar o “transporte” do anel.

Ilustração: Alex e Emily

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TIP – TOP

Formação inicial: Alunos dispostos aleatoriamente de frente para o professor. Idade: A partir dos 4 anos Local para brincar: Sala de aula ou área livre Material necessário: Nenhum Desenvolvimento: O professor dará códigos aos alunos. Cada código indicará uma tarefa que eles deverão executar. Todos os alunos terão que memorizar os códigos que poderão ser modificados após uma rodada: - Tip – pular - Tip – Tip – bater palmas - Tip – Top – levantar - Top – sentar - Top – Top – abraçar um colega - Top – Tip – dar as mãos a um colega

Ilustração: Geovana

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Outras Ilustrações

Felippe

Adrian

Emilio

Felipe Gabriel

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AUTORES Média de idade dos alunos: 5 anos

Andrey Vitor Vieira Daubertty Weslley dos Santos Loterio Deric Nogueira de Souza FIlipe Vieira Milani Gabriel Coelho Sobrinho Geovana Francisconi Graziela Lucas da silva João Pedro de O. Mesquita Santos João Vitor Domingues Larissa Victoria A. dos S. dos Reis Marcelo Antonio Oliveira Rodrigues Maria Clara Conduta Lazzarini Maria Leticia do Prado Nicolas Aires Queiroga Theo Orlandi Widmer Vitor Hugo Braga Silveira Bernardes Victor Orlando Poli Vitoria Pereira Santos William Fonseca Geralde Ygor Willian Caetano Sofia Alves Silvério da Silva

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CORRIDA DO OVO NA COLHER Idade: A partir dos 3 anos Participantes: No mínimo 4 Material:

- 2 colheres - Ovos cozidos - Giz - Apito - 1 cone

Desenvolvimento: Marca-se um local de partida e um de chegada, onde se colocará um cone. Cada corredor deve segurar com uma das mãos (ou a boca) uma colher com um ovo, dar a volta no cone e refazer o percurso até o ponto de partida, entregando a colher com o ovo para o próximo participante. Vence o time que chegar primeiro ao ponto de partida, sem derrubar o ovo. Se quiser variar, substitua o ovo cozido por uma batata ou limão.

Ilustração: Andrey e Vitor Hugo

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CORRIDA DO SACO3 Idade: A partir dos 3 anos Participantes: No mínimo 4 Material:

- 2 sacos - Giz - Apito - 1 cone

Desenvolvimento: A prova é composta por duas equipes, onde cada um dos participantes sai de uma linha demarcada com giz, pulando dentro do saco, dá a volta no cone, volta no ponto de partida, entregando o saco para o próximo participante e assim por diante. Os participantes devem segurar bem o saco e não podem atrapalhar as outras equipes. Vence a equipe em que o último participante chegar ao ponto de partida primeiro.

Ilustração: Ygor e Larissa

3 Essa brincadeira também foi realizada com todos os alunos da escola na aula de

Educação Física.

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CORRIDA DO MILHO Idade: A partir dos 3 anos Participantes: No mínimo 4 Material:

- Colheres - Milho - Copos descartáveis - Bacia - Giz - Apito

Desenvolvimento: Traçam-se duas linhas paralelas e distantes. Atrás de uma delas coloca-se uma bacia com grãos de milho. Atrás da outra, os participantes são reunidos em grupos - um deles segura uma colher e o outro um copo descartável. Dado o sinal, os participantes com a colher correm até a bacia, enchem a colher com milho e voltam para a linha de largada. Lá chegando, colocam o milho dentro do copo que seu companheiro segura e passa a colher para o próximo repetir o percurso. Vence a equipe que primeiro encher o copinho com milho.

Ilustração: Daubertty e João Pedro

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SAPOS EM FILA Idade: A partir dos 3 anos Participantes: No mínimo 6 Material:

- Giz - Apito

Desenvolvimento: Traçam-se duas linhas paralelas e distantes. Atrás de uma delas os participantes são reunidos em grupos iguais. Em fila, os jogadores seguram bem firme na cintura de quem está na frente. Dado o sinal, os participantes avançam pulando com os dois pés ao mesmo tempo. Se a fila se romper, o grupo volta à linha de largada. Vence a equipe que alcançar a linha de chegada primeiro.

Ilustração: Graziela e João Vitor

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PULA FOGUEIRA Idade: A partir dos 3 anos Participantes: No mínimo 3 Material:

- Giz -Papéis coloridos picados

Desenvolvimento: Trace duas linhas no chão, representando a largura da fogueira. O intervalo deve ser pequeno. Os jogadores ficam em fila e começam, um a um, a pular a “fogueira”. Quem não atingir o lado oposto, é “queimado” e sai do jogo. Conforme toda a fila pula a fogueira, a distância entre as linhas vai aumentando. Ganha quem pular a maior distância sem se queimar.

Ilustração: Vitória e Geovana

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ESTOURA BALÕES Idade: A partir dos 3 anos Participantes: No mínimo 6 Material:

- Bexigas - Barbantes - Aparelho de som - Músicas de festa junina

Desenvolvimento: Os participantes são divididos em duplas. Cada pé de cada um deles é amarrado com um barbante, uma bexiga, totalizando quatro bexigas por dupla. As duplas devem dançar e, enquanto isso, tentam estourar as bexigas das outras duplas, não deixando que estourem as suas. Vence a dupla que ficar com pelo menos uma bexiga cheia.

Ilustração: Sofia e Victor

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CORRIDA DE TRÊS PÉS Idade: A partir dos 3 anos Participantes: No mínimo 6 Material:

- Fita ou barbante - Giz - Apito

Desenvolvimento: Marca-se um local de partida e um de chegada. Os participantes são reunidos em duplas. Com uma fita (ou barbante), amarra-se uma perna de cada participante juntas, formando assim os três pés. Dado o sinal, as duplas devem correr até a chegada sem cair. Vence a dupla que chegar primeiro.

Ilustração: Maria Clara, Deric e Theo

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O PÉ DA CADEIRA Idade: A partir dos 3 anos Participantes: No mínimo 6 Material:

- 3 cadeiras - Sapatos dos participantes - Cronômetro ou relógio.

Desenvolvimento: Dividir os participantes em dois ou três grupos com o mesmo número, que devem ficar descalços e ceder os sapatos para a atividade. Os sapatos são espalhados pelo local da brincadeira e uma criança de cada grupo deve procurar os dois pares iguais e vestir os pés das cadeiras. O grupo deve ficar nas laterais do local, orientando o colega na busca pelo sapato. Todo o processo é cronometrado e vence a equipe que calçar os quatro pés das três cadeiras no menor tempo.

Ilustração: Willian e Felipe

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DANÇA DA LARANJA Idade: A partir dos 3 anos Participantes: No mínimo 6 Material:

- Laranjas - Aparelho de som - Músicas de festa junina

Desenvolvimento: Formam-se algumas duplas para a dança. Uma laranja é colocada entre as testas de cada par. Quando a música começa, as duplas devem dançar com as mãos para trás, sem tocar na laranja. Se a laranja cair, a dupla é imediatamente desclassificada. Vence a última dupla que estiver com a laranja.

Ilustração: Nicolas e Maria Leticia

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CARRINHO DE MÃO Idade: A partir dos 4 anos Participantes: No mínimo 6 Material:

- Giz - Apito

Desenvolvimento: Traçam-se duas linhas paralelas a uma distância de cinco metros uma da outra: a linha de partida e a linha de chegada. Os jogadores formam duas fileiras, uma atrás da outra. A um primeiro sinal, os jogadores que estiverem na fileira da frente apóiam as mãos no solo, estendendo ao mesmo tempo as pernas para trás. Os jogadores da retaguarda elevam as pernas dos companheiros, ficando entre elas e segurando-as à altura do joelho. A um segundo sinal, os jogadores correm em direção à linha de chegada. Os jogadores que caírem durante a corrida serão desclassificados. Ganhará a dupla que alcançar primeiro a linha de chegada.

Ilustração: Gabriel e Marcelo

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AUTORES Média de idade dos alunos: 4 anos e oito meses

Adriano Aparecido Evens Junior André Luis Bombonatti Germano Elnatã de oliveira Vilar Gabriel Hilário da Silva Gabrielly Marques Geovana de Azevedo Gustavo Teixeira Rangel Gustavo Faria Campos Henrique Araújo Mendonça Hillary dos Santos João Pedro G.Texeira de Almeida João Pedro da Silva Jonatan Henrique Evangelista Costa Julia de Lucca da Silva Rigo Letícia Nataly Peruchi de Oliveira Luiz Antonio Ferraz Luiz Guilherme Zanfelice da silva Maria Eduarda Lima Ferreira Matheus Alves dos Santos Murilo Rodrigues Mancini Nicolas Costa Diniz Sara Talia Caperucci Vitórya Fernanda da Silva Candido Vitória Proença Ferreira Erick Nunes de Souza

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CANTO DOS BICHOS

Formação inicial: Formam-se dois cantos com as crianças Idade:a partir dos 3 anos Participantes: número igual de participantes nos dois cantos Local para brincar: sala ampla ou gramado Material necessário: figuras de animais (macho e fêmea) Desenvolvimento: Formar pares para a integração social e conhecimento por parte do grupo através da imitação dos bichos (ex. burro e burra, égua e cavalo, papagaio e maritaca, galo e galinha, gato e gata, etc.). Cada participante recebe o nome de um bicho, dado o sinal de início, começam a imitar o animal, tendo que encontrar o seu par.

Ilustração: Leticia

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COLHER CORRENTE

Formação inicial: Dispor as crianças em duas filas Idade: a partir dos 4 anos Participantes: número igual de participantes nas duas filas Local para brincar: Área livre ou sala ampla Material necessário: Colher de sobremesa para cada criança e duas bolinhas de gude. Desenvolvimento: Formam-se duas filas de crianças que ficam sentadas frente a frente, cada um com uma colher de sobremesa. O primeiro da fila recebe na sua colher, presa na boca pelo cabo, uma bola de gude, que deverá passar para colher do vizinho. A brincadeira começa e sob uma ordem dada pelo animador, cada um deverá passar a bola de gude, com a colher na boca, para a colher do vizinho, sem ajuda das mãos, que se encontram cruzadas nas costas. Toda vez que a bola de gude cair, poderá recolhê-lo com a mão e continuar a brincadeira. Será vencedora a fileira que primeiro conseguir passar o seu objeto de colher para colher até o final.

Ilustração: Henrique, Erick e Murilo

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CORRIDA DO ARO

Formação inicial: Dispor os alunos em duas filas Idade: a partir dos 3 anos Participantes: número igual de participantes nas duas filas Local para brincar: gramado ou sala ampla. Material necessário: um aro grande para cada participante Desenvolvimento: Formar duas filas de igual número de participantes. Para iniciar o jogo, o dirigente da brincadeira dará um sinal e o primeiro participante de cada fila deverá colocar o aro através da cabeça e tirando-o pelos pés, imediatamente entregá-lo ao seguinte participante, que também fará o mesmo. O último participante da fila, depois de ter atravessado o aro, deve correr até o limite designado para deixar o aro, voltando para o seu lugar. Vencerá a unidade que o fizer em menos tempo. .

Ilustração: Elnatã e Vitoria

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DANÇA DA BEXIGA

Formação inicial: crianças em pares Idade: a partir dos 4 anos Participantes: mínimo de quatro crianças, número par de participantes Local para brincar: sala ampla ou gramado Material necessário: bexigas, cd com ritmos variados Desenvolvimento: Cada dupla receberá uma bexiga, já cheia e a colocará entre as testas. Assim que começar a tocar a música, a dupla começa a dançar. Não é permitido arrumar a bexiga com as mãos. As duplas saem da brincadeira quando deixarem as bexigas cair. Ganhará a última dupla que conseguir ficar com a bexiga.

Ilustração: Gabriel e Geovana

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PUXE O RABINHO

Formação inicial: posição livre Idade: a partir dos 4 anos Participantes: Mínimo de 3 pessoas Local para brincar: gramado Material necessário: tiras de tecido ou jornal Desenvolvimento: Todos os participantes recebem uma tira de tecido ou jornal. Deve colocar a tira na parte de trás do corpo, formando um rabinho. Dado o sinal pelo dirigente, os participantes terão que pegar o rabinho do adversário e proteger o seu. Será vencedor o participante que tiver o rabinho e o maior número de rabinhos dos adversários.

Ilustração: Vitórya Fernanda

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CORRIDA DA LATINHA

Formação inicial: roda Idade: a partir dos 4 anos Participantes: mínimo de quatro Local para brincar: sala ampla, gramado ou salão Material necessário: Latinha com tampa e tarefas fáceis e rápidas de realizar, rádio e cds. Desenvolvimento: Prepare uma latinha com tampa e dentro coloque algumas tarefas fáceis e rápidas de realizar. Coloque uma música e mande a latinha começar a passar de mão em mão. Faça a música parar e a pessoa que estiver com a latinha abre e retira um papel com a tarefa. Após realizar a tarefa, a música continua e pára em outra pessoa, que realiza outra tarefa e assim até terminarem as tarefas ou o tempo. Tarefas simples: - Dar um abraço em uma criança. - Convidar um amigo para almoçar no próximo sábado. - Dar um perto de mão no diretor do programa. - Sentar-se junto a alguém idoso. - Trazer uma participação para o dia seguinte. A finalidade é descontrair e arrancar sorrisos.

Ilustração: Murilo e André

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CORRIDA DO LEQUE

Formação inicial: dois grupos Idade: a partir dos 4 anos Participantes: número igual de participantes nas duas equipes Local para brincar: sala ampla Material necessário: bolinhas de ping-pong e leques Desenvolvimento: Os participantes ficam atrás da linha de saída. Entregue a cada grupo uma bolinha de pingue-pongue e um leque. Dado um sinal, o primeiro participante de cada grupo deve colocar a bolinha no chão e abaná-la com o leque, tentando levá-la até o gol. Não pode tocar a bolinha com as mãos, porém, deve estar atento para protegê-la porque é permitido abanar a bolinha do adversário para dificultar o seu percurso. Feito o gol, a pessoa volta correndo com a bolinha nas mãos e entrega ao próximo participante, que vai repetir a operação. O primeiro grupo que fizer 10 gols (ou outro número estipulado de acordo com o número de participante) é o vencedor.

Ilustração: Hillary e Julia

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BOLA AO ALTO

Formação inicial: roda Idade: a partir dos 4 anos Participantes: Mínimo de 3 Local para brincar: gramado Material necessário: uma bola Desenvolvimento: Um participante fica no meio da roda com a bola. Dado um sinal pelo dirigente, o participante joga a bola para o alto e diz o nome de um colega que está na roda. Esse colega vai pegar a bola e dizer bem alto: - Peguei! Imediatamente os outros participantes terão que ficar imóveis. O participante que está com a bola tenta acertá-la no participante mais próximo. Se acertar, o participante sai, senão, recomeça a brincadeira. Sempre mudando o participante que jogará a bola para o alto.

Ilustração: Letícia, João e Matheus

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BOLA NA PAREDE

Formação inicial: em fila Idade: a partir dos 4 anos Participantes: sozinho ou em grupo Local para brincar: local amplo com parede alta Material necessário: uma bola Desenvolvimento: Lançar uma bola na parede sem deixá-la cair no chão. Porém, a cada lançamento, o jogador deve jogá-la de um jeito diferente, dizendo uma palavra, assim: Primeiro! (joga a bola e a segura de volta); Seu lugar! (joga a bola e a segura sem sair do lugar); Sem rir! (joga a bola e a segura sem rir); Sem falar! (joga a bola e a segura com a boca fechada); Uma mão! (joga a bola e a segura com a mão direita); A outra! (joga a bola e a segura com a mão esquerda); Uma palma! (joga a bola, bate palma e a segura); Duas palmas! (joga a bola, bate duas palmas e a segura); Pirueta! (joga a bola, enrola os braços e a segura); Quietas! (bate nas coxas com as palmas das mãos, antes de segurar a bola). Você pode jogar sozinho ou em grupo. Se jogar sozinho, cada vez que errar deve começar tudo de novo. Se não, passe a vez quando errar. Ganha quem fizer primeiro a sequência até o fim.

Ilustração: João G, Luiz Guilherme e Nicolas

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O GATO E O RATO

Formação inicial: roda Idade: a partir dos 4 anos Participantes: Mínimo de 6 Local para brincar: gramado ou sala ampla Desenvolvimento: Os amigos fazem uma roda, dando-se as mãos. Alguém deve fazer o papel do rato e içar4 dentro da roda. Outra pessoa representa o gato e fica do lado de fora. O gato pergunta e a roda responde:

- O senhor rato está em casa?

- Não!

- A que horas chega?

- Às oito horas!

A roda, então, começa a girar, contando as horas combinadas. Que horas são? Uma hora! Que horas são? ... (até chegar o número de horas ditas pela roda). Quando terminar, soltam os braços, mas mantendo a posição. O gato entra na roda para tentar pegar o rato. Gato e rato podem entrar e sair da roda até que o gato agarre o rato. Quando o rato for preso, recomeça o Jogo. Quem foi o rato, é o gato na vez seguinte. Outra pessoa da roda será o gato.

Ilustração: Gustavo e Gabriellly

4 (içar: V. t. d. 1. Erguer, alçar, levantar: - içar velas)

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Outras ilustrações

Gustavo F. (bola ao alto)

Adriano (corrida da colher)

Jonathan (bola na parede)

Maria Eduarda ( Bola ao alto)

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AUTORES

Média de idade dos alunos: 4 anos

Alice Moraes

Amanda Assunção Camargo

Amanda Louise Vicenso

Antonio Algusto de Lima

Beatriz Fernanda Pedersen

Beatriz Suzana Cardoso

Cauã Henrique Gonçalves da Silva

César Henrique de Castro Gonçalvez

Gabriel Henrique dos Santos Oliveira

Gabriela Luft de Melo Alves

Geovana Fernanda Caperucci

Íris Gobato Ricci

Kaique Pontes da Rocha

Marco Antonio Cassab

Maria Eduarda da Silva Santos

Maria Eduarda Gonçalves da Silva

Mell Gabrielly Silveira Sartori Campos

Peterson de Oliveira Santos

Rafaele Crystina Speretta

Raissa Stefany Almeida da Silva

Renata Cristina Cardoso

Vitória Cristina Francisco

Yasmin Rafaelly dos Santos de Araujo

Kemilin Bianca Paiva da Silva

Sabrina Aparecida Mattos de Oliveira

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BARATA ASSUSTADA Formação inicial: Formar um círculo; um participante recebe uma bola. Idade: 3 a 4 anos. Participantes: Todos os alunos da classe. Local para brincar: Gramado. Material necessário: Uma bola. Desenvolvimento: Ao sinal de início, a bola vai sendo passada, de um em um, à volta do círculo, o mais depressa possível. De repente, a professora bate palmas ou toca um apito e o jogador que estiver com a bola naquele momento deve mandá-la, rapidamente na direção contrária. Assim, se a bola estiver sendo passada no círculo da direita para a esquerda, ao sinal, a bola começa a ser passada em sentido contrário, isto é, da esquerda para a direita. A cada novo sinal, a bola muda de direção. Quem não prestar atenção ao sinal e continuar passando a bola no mesmo sentido, sai da roda. O círculo vai ficando cada vez menor, até restarem apenas dois jogadores, que serão os vencedores.

Ilustração: Amanda Louise; Cesar

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BONECO DE PANO Formação inicial: Crianças ficam em duplas. Idade: 3 a 4 anos. Participantes: Todos os alunos da classe, formados em duplas. Local para brincar: Ambientes fechados ou ao ar livre. Desenvolvimento: Um dos participantes da dupla faz o papel de boneco de pano (relaxado e mole), deixando com que o outro toque em partes de seu corpo, colocando-as na posição que desejar. Exemplo: levantar os braços, pé juntos, as mãos fechadas, etc

Ilustração: Marco Antonio e Iris

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TELEFONE SEM FIO Formação inicial: Formar um círculo. Idade: 3 a 4 anos. Participantes: Todos os alunos da classe. Local para brincar: Ambientes fechados ou ao ar livre. Material necessário: Nenhum. Desenvolvimento: O professor escolhe uma palavra ou frase a ser passada ao colega do lado, em forma de cochicho no ouvido por todos da roda até o último participante, que terá que revelar o que lhe foi dito.

Ilustração: Maria Eduarda Silva e Renata

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LOCALIZAR FIGURAS GEOMÉTRICAS Formação inicial: Participantes ficam ao lado da professora aguardando as orientações. Idade: 3 a 4 anos. Participantes: Todos os alunos da classe. Local para brincar: Áreas livres cimentadas. Material necessário: Giz de lousa e cartões desenhados diversas formas geométricas. Desenvolvimento: Desenhar com giz, no chão do pátio, figuras geométricas. As crianças se movimentam livremente e quando a professora mostrar um cartão contendo determinada forma geométrica, elas correrão, colocando-se sobre a figura traçada no solo, correspondente ao modelo apresentado.

Ilustração: Sabrina e Alice

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ONDE ESTÁ A BOLA? Formação inicial: Ficar dispostos à vontade; destacar um participante para colocar-se a certa distância do grupo, de posse de uma bola. Idade: 3 a 4 anos. Participantes: Todos os alunos da classe. Local para brincar: Áreas livres. Material necessário: Uma bola. Desenvolvimento: Dado o sinal para começar, a criança que está com a bola volta-se de costas para os companheiros e atira para eles. O que apanhar a bola põe as mãos para trás, escondendo-a atrás do corpo. Todos os demais jogadores também colocam as mãos para trás. A um sinal da professora, a criança que estava de costas vira-se para os companheiros e tenta descobrir quem está com a bola. Se acertar, continua o seu papel; se errar é substituído pelo companheiro que pegou a bola e a oculta.

Ilustração: Kaique

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CORRENTE Formação inicial: Ficar dispostos à vontade; um participante será colocado para ser o “pegador”. Idade: 3 a 4 anos. Participantes: Todos os alunos da classe. Local para brincar: Área livre. Material necessário: Nenhum. Desenvolvimento: A um sinal combinado, ou após terem cantado a quadrinha abaixo, o “pegador” corre ao encalço dos demais, que devem fugir para não serem pegos. Caso seja pego dará a mão ao pegador, iniciando a corrente. O jogo prossegue e a corrente vai aumentando. Então, a professora dirá: - dividir a corrente. A corrente divide-se ao meio e ambas as partes tentam pegar os demais. Observação: somente os jogadores que estiverem nas extremidades da corrente é que podem aprisionar os demais.

Ilustração: Geovana e Mell

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A CABEÇA PEGA O RABO Formação inicial: Formar colunas de mais ou menos oito elementos, cada um segurando nas mãos do companheiro do seu lado. Idade: 3 a 4 anos. Participantes: Todos os alunos da classe. Local para brincar: Área livre. Material necessário: Nenhum. Desenvolvimento: O primeiro jogador tenta pegar o último da coluna, que procura desviar-se para não ser pego. Uma vez obtendo sucesso, o primeiro jogador de cada coluna troca de lugar com o último.

Ilustração: Beatriz Fernanda

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ELEFANTINHO COLORIDO Formação inicial: As crianças ficam dispostas livremente no gramado. Idade: 3 a 4 anos. Participantes: Todos os alunos da classe. Local para brincar: Ambientes fechados ou ao ar livre. Material necessário: Nenhum. Desenvolvimento: A professora fala às crianças: - elefantinho colorido; as crianças respondem: - que cor? Então, a professora fala uma cor e as crianças têm que correr para achar algum objeto que tenha a cor mencionada.

Ilustração: Renata

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SEU SAPÃO Formação inicial: As crianças ficam em pé dispostas livremente. Idade: 3 a 4 anos. Participantes: Todos os alunos da classe. Local para brincar: Ambientes fechados ou ao ar livre. Material necessário: Nenhum. Desenvolvimento: A professora canta a música e as crianças pulam, realizando o que lhes for solicitado:

Pula, pula seu sapinho. Pula, pula seu sapão.

Pula, pula seu sapinho. Coloca a (mão) no chão.

O educador deve ir intercalando as partes do corpo.

Ilustração: Marco Antonio e Amanda A.

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O LOBO Formação inicial: Uma criança será o lobo e as demais ficam livres. Idade: 3 a 4 anos. Participantes: Todos os alunos da classe. Local para brincar: Área livre. Material necessário: Nenhum. Desenvolvimento: A professora e as demais crianças (exceto o lobo) cantam: Crianças: - Nós vamos passear no bosque enquanto seu lobo não vem! -seu lobo está pronto? Lobo: - Não, estou colocando a camisa... Crianças: - Nós vamos passear no bosque enquanto seu lobo não vem! – seu lobo está pronto? Lobo: - Não, estou colocando as meias... (e assim por diante. O professor pode usar a imaginação e elaborar a sequência com todo o vestuário até que...). Lobo: - Estou e vou pegar todos vocês! As crianças saem correndo, fugindo do lobo. A criança que for pega será o próximo lobo.

Ilustração: Kemilin

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Outras ilustrações

Vitória Beatriz S. Rafaele (cabeça pega o rabo)

Gabriela (Corrente) Marco Antonio (Seu Lobo)

Peterson (Cabeça pega o rabo) Raissa

Cauã Maria E. G.

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AUTORES Média de idade dos alunos: 3 anos e 6 meses

Anna Julia de Carvalho Bruno Batista Valdanha Davi Dezan Scupin Pereira Felipe Gatto Wendel Ferreira Giovani Tureta Giovani Bonaldo de Oliveira João Pedro Mendonça da Silva Karla Cristina Stauzert Leonardo Emanuel Marciano Letícia Cavalheiro de Araujo Murilo Vinicius Marques Paulo Henrique Amadio Basto Pedro Viti Lorenzzetti Pietra Degasperi Chinaglia Raphael Rodrigues dos Santos Tayssa Mireli de Oliveira Vagner Matheus Poli Rian Silva Rodrigues Renan Marchiori Gabriel Buschinellli Martins

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MARCHA DO JORNAL Formação Inicial: Traçam-se duas retas paralelas no chão a uma distância de 04metros, aproximadamente, sendo que uma reta será referente à largada e a outra à chegada e colocam-se, então, 02 crianças, lado a lado, atrás da linha que representa a largada Idade: 3 e 4 anos. Participantes: Todas as crianças presentes. Local para brincar: área interna ou externa da escola. Material: 01 giz e 01 jornal. . Desenvolvimento: Cada criança, com 02 folhas de jornais em mãos, deverá colocar os 02 pés sobre uma das folhas de jornal no chão e a outra folha, segura pelas mãos, deverá ser colocada a sua frente, no chão. Em seguida, colocam-se os pés sobre a folha de jornal que está na sua frente e transporta para frente, a que ficou para trás e assim, sucessivamente. Ganha quem alcançar primeiro na reta da chegada.

Ilustração: Paulo

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BOCA DE FORNO Formação Inicial: Em roda. Idade: 3 e 4 anos. Participantes: Todas as crianças presentes. Local para brincar: área interna ou externa da escola. Material: Não há necessidade de material específico. Desenvolvimento: As crianças devem responder às seguintes colocações: Prof: Boca de Forno Cçs: Forno? Prof: Fazer o bolo Cçs: Bolo? Prof: Seu Mestre mandou Cçs: Fazer o que? Desta forma, a professora solicita o que as crianças devem fazer. Exemplo: colocar as mãos na cabeça, procurar determinada cor, etc.

Ilustração: Karla

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DANÇA DA CADEIRA Formação Inicial: Forma-se uma roda de cadeiras com uma cadeira a menos que o número de crianças presentes. Idade: 3 e 4 anos. Participantes: Todas as crianças presentes. Local para brincar: área interna ou externa da escola. Material: Cadeiras. Desenvolvimento: Ao som de uma música, as crianças devem andar ao redor das cadeiras. Assim que a música parar, devem se sentar rapidamente nas cadeiras. A criança que não conseguir sentar deve ausentar-se temporariamente da brincadeira, que prossegue diminuindo-se cadeiras à medida que as crianças forem saindo, até que apenas uma criança consiga permanecer sentada.

Ilustração: Pietra

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MORTO-VIVO Formação Inicial: Forma-se uma fila indiana de frente para o professor Idade: 3 e 4 anos. Participantes: Todas as crianças presentes. Local para brincar: área interna ou externa da escola. Material: Não há necessidade de material específico. Desenvolvimento: A professora pode falar MORTO ou VIVO. Ao falar: MORTO, as crianças devem se abaixar rapidamente. Quando ela falar: VIVO, as crianças devem se levantar, também rapidamente. A criança que não cumprir as tarefas rapidamente deve se ausentar da brincadeira e assim, a brincadeira se desenvolve até que a última criança permaneça na brincadeira.

Ilustração: Renan

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BOLICHE Formação Inicial: Colocam-se 06 garrafas de boliche organizadas no chão, formando um triângulo. Idade: 3 e 4 anos. Participantes: Uma criança de cada vez. Local para brincar: área interna ou externa da escola. Material: Garrafas Pet e uma bola. Desenvolvimento: Uma criança de cada vez deverá jogar uma bola nas garrafas organizadas, visando derrubar o maior número de garrafas com a bola. A criança que conseguir derrubar o maior número será a ganhadora do jogo.

Ilustração: Giovane

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EU SOU A LINDA PASTORA... Formação Inicial: Formam-se duas filas indianas uma de frente para a outra e com um espaço de cerca de 02 metros entre uma e outra. Idade: 3 e 4 anos. Participantes: Todas as crianças presentes. Local para brincar: Área interna ou externa da escola. Material: Não há necessidade de material específico. Desenvolvimento: Uma das crianças será a linda pastora e entoará a seguinte cantiga:

Eu sou a linda pastora que passeava pelo pomar

Por isso que me chamavam linda pastora, param pan-pan.

Morena mexe a cintura Morena mexe o pan-pan.

Param pan-pan. A criança que está no centro, passeando ao som da cantiga, faz o movimento do... paran panpan e escolhe a próxima criança que será a nova linda pastora ou pastor.

Ilustração: João Pedro e Rafhael

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ADVINHAR QUEM ESTÁ FALTANDO Formação Inicial: As crianças deverão formar uma roda; Idade: 3 e 4 anos. Participantes: Todas as crianças presentes. Local para brincar: área interna ou externa da escola. Material: Não há necessidade de material específico. Desenvolvimento: As crianças sentam-se formando uma roda, onde deverão ficar com os olhos fechados, enquanto uma das crianças sai de seu lugar na roda. Quando for determinado que as crianças abram os olhos, elas devem descobrir qual é a criança que se ausentou da roda. A criança que descobrir será a próxima a sair da roda.

Ilustração: Leonardo

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PATO-GANSO Formação Inicial: Forma-se uma roda com as crianças sentadas no chão. Idade: 3 e 4 anos. Participantes: Todas as crianças presentes. Local para brincar: área interna ou externa da escola. Material: Não há necessidade de material específico. Desenvolvimento: Uma das crianças será o PATO-GANSO e ficará do lado de fora da roda e andando ao redor desta. Deverá ir passando a mão na cabeça de cada criança falando a palavra PATO, PATO, PATO e ao escolher um colega dirá a palavra GANSO. O escolhido deve se levantar e correr atrás daquele que o escolheu e procurar pegá-lo antes dele conseguir se sentar no lugar do escolhido. Se o PATO-GANSO conseguir se sentar antes de ser pego, a criança escolhida será o novo PATO-GANSO. Caso ele seja pego, aquele que foi pego deve se sentar no centro da roda.

Ilustração: Letícia

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AMARELINHA NO CARACOL

Idade: 3 e 4 anos Material: giz de lousa e bola de papel Participantes: todas as crianças da sala, uma de cada vez Local onde brincar: no chão Desenvolvimento: A criança deverá ficar posicionada dentro do espaço que se refere ao rabo do caracol e arremessar uma bola de papel dentro da casa do número 1. Ao pular a criança não deve tocar com os pés o espaço onde arremessou a bola, pulando a casa e seguindo adiante até finalizar com o número 10. Em seguida, joga-se no número 2 e segue-se adiante. A brincadeira somente finaliza quando a criança tiver arremessado em todas as casas numéricas (1 ao 10). Caso a criança pule na casa onde a bola estiver, deverá iniciar a brincadeira novamente ou passar a sua vez. As regras devem ser combinadas antes de iniciar a brincadeira.

Ilustração: Paulo e Taissa

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TOM-TOM

Formação Inicial: as crianças dispostas em roda Idade: 3 e 4 anos Participantes: todas as crianças presentes Local onde brincar: área externa Desenvolvimento: Em roda, escolhe-se uma criança para ser o tom-tom que ficará dentro da roda, caminhando com os braços abertos ao som de uma música cantada pelas crianças (sugestão: atirei o pau no gato). Quando a música finalizar, a criança, que é o tom-tom, deverá parar entre duas crianças, de modo que, a criança que estiver do lado direito do tom-tom correrá para o lado direito e a do lado esquerdo para o lado oposto do lado de fora da roda. Quem primeiro bater na mão do tom-tom será o próximo a ficar dentro da roda no lugar do Tom-Tom.

Ilustração: Murilo

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Outras ilustrações

Anna Julia (Boca de forno) Gabriel5 Davi6

Pedro (boca de forno) Vagner7

Felipe8

5 Marcha do jornal.

6 Advinhe quem está faltando.

7 Dança da cadeira.

8 Eu sou o lindo pastor

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AUTORES

Amanda Assunção Camargo Beatriz Fernanda Pedersen Cauã Henrique da Silva César Henrique de Castro Gonçalves Davi Dezan Sarpin Pereira Felipe Gatto Wendel Ferreira Giovani Bonaldo de Oliveira Íris Gobato Ricci João Pedro Mendonça da Silva Kaique Pontes da Rocha Marco Antonio Cassab Mell Gabriely Silveira Sartori Campos Paulo Henrique Amadio Basto Renata Cristina Cardoso Tayssa Mireli de Oliveira Vagner Matheus Poli Vitória Cristina Francisco Rian Silva Rodrigues Pietra Degasperi Chinaglia

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VIRE ESTÁTUA Formação inicial: Crianças em círculo Idade: a partir de 3. Participantes: Todos os alunos da classe. Local para brincar: Área livre ou sala de aula. Material necessário: Rádio e CDs. Desenvolvimento: Ao som de uma música divertida, os alunos devem dançar no lugar. Quando a professora parar o som e gritar “Estátua”, eles devem ficar parados, como se realmente fossem estátuas. A professora irá “brincar” com os alunos fazendo caretas para que estes quebrem as regras: não pode sorrir, se mexer, virar ou fazer qualquer movimento. Perde o jogo aquele que não conseguir cumprir as regras e permanecer como estátua.

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AUTORES Ana Carolina Pizoli Brenda Duarte Frolini Caio Daniel Ferreira Bueno Gabriel dos Santos Ferreira Jhonathan Luiz da Silva Nascimento João Pedro de Oliveira Mesquita Santos João Pedro Silveira de Almeida Jose Roberto santos de Lima João Vitor Domingues Kamily Cristini Brechoti Kauan Stahlbergue Milla de Arruda Luis Felipe Camargo Favoreto Nicolas Aires Queiroga Renata Gonçalves de Assis Rubens Belluzzo Luccas Theo Orlandini Widmer Victor Orlando Poli Vitor Hugo Bragailveira Yago Ricomi Silveira Yan Willian Caetano

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BOM BARQUEIRO OU PASSARÃO Formação inicial: Fila de todos os participantes; Idade: a partir de 5 anos; Participantes: todas as crianças da sala; Local: Área livre; Desenvolvimento: Primeiro, escolher duas crianças que serão a ponte, dando as mãos um para o outro. Sem que o restante da turma saiba, eles decidem quem será pera ou maçã, ou em outra versão céu ou inferno. Os demais fazem uma fila, que passará por debaixo da ponte. A dupla que forma a ponte canta:

“Passa, passa, passa, passa Todo mundo passa

Mas alguém há de ficar Se não for o da frente

Tem que ser o de trás”. Nesta hora quando alguém falar: “de traz” a dupla prende nos braços quem está passando e perguntam baixinho sem que os outros ouçam: Você quer pera ou maçã? (céu ou inferno). O participante se dirige atrás de quem escolheu (frutas ou céu e inferno). No final, ganha o participante que tiver mais gente atrás de si. Para comemorar, o time vencedor canta: Céu, Céu, Céu, ou Inferno, inferno, inferno, ou ainda o nome da pera ou maçã, se essa foi a escolha.

Ilustração: Ana Carolina e Renata

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