colÉgio estadual tarsila do amaral ensino … · apenas a organização do trabalho pedagógico,...
TRANSCRIPT
COLÉGIO ESTADUAL TARSILA DO AMARAL ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS 2010
2
INDICE
1. APRESENTAÇÃO....................................................................................................04
2. INTRODUÇÃO..........................................................................................................05
3. BIOGRAFIA DO PATRONO......................................................................................07
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................09
5. OBJETIVOS..............................................................................................................10
5.1 OBJETIVOS GERAIS ............................................................................................10
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................................10
6.0 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ..............................................................................11
6.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO..........................................................11
6.2 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR...........................................................12
6.3 ESTRUTURA FUNCIONAL DA ENTIDADE............................................................12
6.4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E FUNCIONAMENTO DA ENTIDADE............13
6.5 ATRASOS DIURNOS..............................................................................................13
6.6 ATRASOS NOTURNO............................................................................................13
6.7 ALUNOS MATRICULADOS EM 2010.....................................................................14
6.8 CRITÉRIOS PARA FORMAÇÃO DE TURMAS......................................................14
6.9 EQUIPE PEDAGOGICA E TECNICA – ADMINISTRATIVA...................................14
6.10 ESTRUTURA FÍSICA DO ESTABELECIMENTO.................................................14
6.11 ORGANIZACAO DO TEMPO E ESPACO ESCOLAR..........................................14
6.12 EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS...................................................15
6.13 FORMAÇÃO CONTINUADA.................................................................................15
7 . ORGANIZACAO DA HORA ATIVIDADE.................................................................15
8. MARCO SITUACIONAL, CONCEITUAL E OPERACIONAL ...................................16
9. ORGANIZAÇÃOO DO TRABALHO NO COLÉGIO ..................................................17
10. PERFIL DA COMUNIDADE....................................................................................18
11. PARTICIPAÇÃO DOS PAIS ...................................................................................19
12. ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS......................................19
3
13. GRÊMIO ESTUDANTIL........................................................................................20
14. CONSELHO ESCOLAR........................................................................................20
15. . PRÉ-CONSELHOS DE CLASSE ......................................................................22
16. CONSELHO DE CLASSE.....................................................................................22
17. INTERAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE ............................................................23
18. FILOSOFIA E OS PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS..............................24
19. GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA NO PROCESSO PEDAGÓGICO.............25
20. GESTÃO ADMINISTRATIVA ORGANIZACIONAL................................................27
21. ORGANOGRAMA ESCOLAR................................................................................30
22. INCLUSÃO EDUCACIONAL, OPORTUNIDADES PARA TODOS.........................31
23. CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA.......................................................32
24. MATRIZ CURRICULAR..........................................................................................33
25. AVALIAÇÃO............................................................................................................34
26. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO E PROCESSOS DE AVALIAÇÃO ......................37
27. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E PROMOÇÃO ..................................................40
28. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO............43
29. PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL.............................................................44
3.0 BIBLIOGRAFIA .......................................................................................................45
4
1. APRESENTAÇÃO
Colégio Estadual Tarsila do Amaral - Ensino Fundamental e Médio,
situado à Rua Ayrton Senna, nº. 480, Jardim Santana, na cidade de São José
dos Pinhais, atende alunos residentes na Vila Nova, Guatupê, Jardim Santana,
Jardim Guarani e Jardim Cristal. Funciona em dualidade administrativa em
estrutura predial cedida pelo município. Iniciou seus trabalhos em 22/02/2010,
atendendo aproximadamente 200 alunos, no período da manhã e da noite. Os
documentos apresentados neste trabalho são frutos de discussões e
participação da comunidade escolar (gestor escolar, pedagogos, professores,
serviços gerais, auxiliares administrativo), levantando problemas, e fazendo
uma análise critica na elaboração do Projeto Político Pedagógico que está em
construção, buscando propor um pensar e um fazer coletivo do caminho
democrático e da cidadania. Segue-se desta forma, uma apreciação do que foi
pensado e discutido.
5
2. INTRODUÇÃO
O Projeto Político Pedagógico procura desvelar a realidade da escola
pública, através de suas leis internas e externas e neste processo utilizando-se
o trabalho coletivo, a participação, a responsabilidade de todos com o
andamento na Escola, as dificuldades e os conflitos, construindo a base do que
se pretende melhorar. A identidade da escola pressupõe a participação da
comunidade escolar, envolvendo os educadores, funcionários, pais, alunos e a
comunidade escolar identificando o processo de construção do Projeto Político
Pedagógico na existência da escola, desvelando o fazer pedagógico. É visível
que a escola moderna está entre patamares tradicionais oscilando entre o
poder do saber. Tendo esta realidade, permitirá aos profissionais algumas
contradições ora incertas e até mesmo conflitos existenciais, pois frente ao
cenário educacional existem algumas inovações que não foram alcançadas. O
Projeto Político Pedagógico é uma construção coletiva e orienta-se pela
construção e reflexão implícita no Projeto Político Pedagógico e pela Lei de
Diretrizes e Base 9394I96 que fundamenta a legalidade do documento para dar
suporte as ações e procedimentos da escola. A construção coletiva da
proposta pedagógica, discutindo, refletindo, atualizando o que é necessário,
incorporando novas idéias ao que precisa ser modificado, pois é através do
Pedagógico-Educativo que norteará todo o trabalho desenvolvido com os
alunos e a comunidade escolar, do Colégio Estadual Tarsila do Amaral,
tornando o ser participante, atuante e cidadão. O Projeto Político Pedagógico é
a identidade da escola, embasador do trabalho pedagógico, o alicerce, que tem
por objetivo organizar e transformar, a partir da sociedade que envolve. Ele
exige reflexão, definição e uma elaboração coletiva, ou seja, a participação de
professores, funcionários, pais, alunos, comunidade no geral.
Projeto: significa rumo, direção, caminho.
Pedagógico: trata-se da organização dos meios (conteúdos, espaço, tempo e
procedimentos).
Político: compromisso com a formação do cidadão para um determinado tipo
de sociedade. Ele é a base da criatividade e dá subsídios para o
desenvolvimento dos trabalhos com apoio pedagógico e político para
construção do saber e deve ser realizado coletivamente. A gestão participativa
6
leva a construção de um Projeto Pedagógico em que todos se reconhecem e
com qual estejamos verdadeiramente comprometidos. Entendemos que o
Colégio é um ato de construção permanente, de mudar: o pensar, o sentir e o
agir, buscando a coerência, fazendo parte de um processo. A mudança vem de
uma vivência coletiva, de se identificar problemas, alternativas e soluções.
Trata-se, sobretudo, de pensar o próprio movimento de construção da
identidade da Escola Publica. Isto significa resgatar a Escola como espaço
público lugar de debate, do dialogo, fundado na reflexão coletiva. É nesse
processo que e público o trabalho coletivo, a participação, a responsabilidade
de todos com os rumos na Escola, as dificuldades e os conflitos que marcam a
convivência vão construindo a base de uma Escola que se pretende melhorar.
Escola cujo seu objetivo maior é inspirado nos princípios de liberdade e
solidariedade e o de proporcionar o pleno desenvolvimento do educando, seu
preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Para
BUSSMANN, a implementação do projeto Político Pedagógico é a condição
para que a identidade da Escola se afirme rumo a apontar formas democráticas
de participação dos vários segmentos, para que se torne, de fato, presente na
construção do país. Ressaltamos que o Projeto Político Pedagógico não visa
apenas a organização do trabalho pedagógico, mas a qualidade em todo o
processo, descentralizando ações em busca de sua verdadeira autonomia, que
está intimamente ligada à concepção emancipadora de educação. Essa
autonomia é relevante para a criação da identidade da escola, e envolve quatro
dimensões básicas, relacionadas e articuladas entre si: administrativa, jurídica,
financeira e pedagógica. Dimensões essas que implicam direitos e deveres e,
principalmente, alto grau de compromisso e responsabilidade de todos os
segmentos da comunidade escolar (VEIGA,1998, p.16-18). Com a qualidade e
o sucesso da tarefa educativa que visa a ruptura entre pensar e fazer/ teoria e
prática/ ciência e cultura, para formar cidadãos capazes de participar da vida
sócio-econômica, cultural e política, subsidiado os trabalhos com apoio
pedagógico e político para construção do saber. Tendo como pressupostos
concepções de: sociedade, homem, escola e mundo. Sendo proposto que
queremos viver, em uma sociedade com direitos e deveres de cidadania, onde
expresse a formação humanística de cada indivíduo, com qualidade,
segurança, liberdade e solidariedade no meio social, que o sujeito que se quer
7
formar como um cidadão tenha discernimento entre esses direitos e deveres e
que participe ativamente e com qualidade perante a sociedade e a escola que
se quer, onde prepare culturalmente, socialmente e profissionalmente os
indivíduos para uma melhor compreensão de que, se esta inserida num mundo
onde o respeito, igualdade, solidariedade, compromisso, liberdade, sejam
exercidos através da cidadania. A partir da gestão democrática onde se
constrói valores igualitários, com a participação de toda comunidade escolar. A
liberdade e à autonomia caminham juntas desde que saiba usar limites,
sabendo respeitar leis e regras. Sendo assim BASTOS, diz : “sob o ponto de
vista estratégico, de interesses comuns, a luta pela real democratização da
educação destinada a classe trabalhadora, a maioria da população, é preciso
reconhecer os sujeitos envolvidos – pais, alunos e professores”. A constituição
desses atores como sujeitos coletivos, envolve o conflito entre as partes e a
diversidade de orientações deve ser explicitada. As relações entre os
protagonistas das atividades educativas devem estar abertas ao conflito; se o
pressuposto for a harmonia e a mera adesão – não obstante o caráter
progressista das propostas, estaremos exprimindo apenas uma modalidade de
subordinação político cultural e qualquer orientação deixara de ser inovadora,
reiterando o fracasso. O consenso não e ponto de partida para a interação dos
protagonistas, pois e apenas obscurece a diversidade; ele deve ser buscado
numa trajetória que comporte a discussão, o conflito; enfim, o consenso e as
decisões devem ser construídos coletivamente.” (2001, p.52) A valorização do
profissional da educação para que ele reflita e atue na formação de cidadãos
críticos e conscientes da sociedade. Define as ações educativas dentro das
características, funções, capacidades e as condições que a envolvem. Aonde
as idéias venham de encontro com os anseios da comunidade escolar, com
esforço coletivo e participativo, visando uma sociedade mais justa e mais
consciente. Suas características de formar cidadãos para o mundo, onde ele
possa enfrentar as dificuldades e conquistar o seu espaço. O projeto precisa
ser executado para saber se o objetivo foi atingido, para isso, é necessário o
trabalho coletivo. Este tipo de participação elimina o autoritarismo, arrogância,
individualismo e relações "clientelistas", resistência, fragmentação,
desconfiança, discriminação, exclusão, rotina. Evitando o abuso hierárquico,
possibilitando um trabalho mais corporativo, resultando em um trabalho eficaz.
8
A relação de trabalho deve ser baseada em solidariedade, reciprocidade,
participação e organização. Trabalhando um Currículo onde se tenha uma
interação entre sujeitos que tem o mesmo objetiva, buscando novas formas de
organização, visando reduzir o isolamento e a fragmentação entre as diferentes
disciplinas, sendo assim, deve ocorrer a interdisciplinaridade, mas também a
reciclagem educacional. Efeitos intencionalmente pretendidos e almejados
como: preparar os indivíduos para compreensão da sociedade com finalidade
política e social, a partir dos direitos e deveres. A avaliação deve ser de acordo
com a realidade escolar, valorizando a compreensão do aluno. Deve-se partir
da realidade escolar, buscar compreender a existência de problemas para a
avaliação diagnóstica e propor alternativas, para um processo democrático de
decisões, que desvelem os processos de conflitos e contradições e que
busquem as construções de saberes. É função dos profissionais da área da
educação, colocar em prática a legislação em vigor, possibilitando a formação
humanística do aluno em relação ao ensino e aprendizagem. Já o pessoal
administrativo assegura locação e gestão de recursos humanos. Sendo assim,
é como organizar as ações administrativas a interação política, a aprendizagem
e o currículo, buscando, investindo até conceber o sucesso escolar. Onde
muitas vezes encontramos limites de trabalho, incoerência, resistência,
inexperiência, excesso de burocracia e dificuldade em respeitar os tempos e
espaços escolares.
9
3. BIOGRAFIA DO PATRONO
Tarsila do Amaral nasceu em 1º de setembro de 1886 na Fazenda São
Bernardo, município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha de
José Estanislau do Amaral e Lydia Dias de Aguiar do Amaral. Era neta de José
Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário” em razão da imensa fortuna
que acumulou abrindo fazendas no interior de São Paulo. Seu pai herdou
apreciável fortuna e diversas fazendas nas quais Tarsila passou a infância e
adolescência.
Estudou em São Paulo no Colégio Sion e completou seus estudos em
Barcelona, na Espanha, onde pintou seu primeiro quadro, “Sagrado Coração
de Jesus”, aos 16 anos. Casou-se em 1906 com André Teixeira Pinto com
quem teve sua única filha, Dulce. Separou-se dele e começou a estudar
escultura em 1916 com Zadig e Mantovani em São Paulo. Posteriormente
estudou desenho e pintura com Pedro Alexandrino. Em 1920 embarcou para a
Europa objetivando ingressar na Académie Julian em Paris. Frequentou
também o ateliê de Émile Renard. Em 1922 teve uma tela sua admitida no
Salão Oficial dos Artistas Franceses. Nesse mesmo ano regressou ao Brasil e
se integrou com os intelectuais do grupo modernista. Fez parte do “grupo dos
cinco” juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e
Menotti del Picchia. Nessa época começou seu namoro com o escritor Oswald
de Andrade. Embora não tenha sido participante da “Semana de 22” integrou-
se ao Modernismo que surgia no Brasil, visto que na Europa estava fazendo
estudos acadêmicos.
Voltou à Europa em 1923 e teve contato com os modernistas que lá se
encontravam: intelectuais, pintores, músicos e poetas. Estudou com Albert
Gleizes e Fernand Léger, grandes mestres cubistas. Manteve estreita amizade
com Blaise Cendrars, poeta franco-suiço que visita o Brasil em 1924. Iniciou
sua pintura “pau-brasil” dotada de cores e temas acentuadamente brasileiros.
Em 1926 expôs em Paris, obtendo grande sucesso, casou - se no mesmo ano
com Oswald de Andrade. Em 1928 pinta o “Abaporu” para dar de presente de
aniversário a Oswald que se empolga com a tela e cria o Movimento
Antropofágico. É deste período a fase antropofágica da sua pintura. Em 1929
10
expôs individualmente pela primeira vez no Brasil. Separou-se de Oswald em
1930.
Em 1933 pintou o quadro “Operários” e deu início à pintura social no
Brasil. No ano seguinte participou do I Salão Paulista de Belas Artes. Passou a
viver com o escritor Luís Martins por quase vinte anos, de meados dos anos 30
a meados dos anos 50. De 1936 à 1952, trabalhou como colunista nos Diários
Associados.
Nos anos 50 voltou ao tema “Pau Brasil”. Participou em 1951 da I
Bienal de São Paulo. Em 1963 teve sala especial na VII Bienal de São Paulo e
no ano seguinte participação especial na XXXII Bienal de Veneza. Faleceu em
São Paulo no dia 17 de janeiro de 1973.
11
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A educação no Brasil deve ser compreendida onde a escola se
identifica como instituição que privilegia a educação formal e sistematizada cujo
ponto de partida deve ser atender com qualidade as camadas populares, de
forma a efetivar transformações, no entanto de acordo com (PARO, 2000, p.40)
“No âmbito da unidade escolar a necessidade da comunidade participar
efetivamente da gestão da escola de modo a que esta ganhe autonomia em
relação aos interesses dominantes representados pelo Estado”. O pensador
acima, numa visão critica, alerta para a necessidade de reconstrução da
própria escola aonde essa, abandone a roupagem “tradicional’’ e busque
organizar-se no tempo e no espaço os quais já não são os mesmos de sua
“sustentação”. O ser analisado (ser pensante) vive numa “sociedade em
constante processo de aprendizado”, em que se observa a multiplicidade dos
espaços educativos, os quais juntamente com a escola, contribuem para formar
o aluno. Nesse contexto a escola tem o papel de auxiliar e minimizar o impacto
social e cultural enquanto conseqüências da sociedade do conhecimento. Na
implementação de uma educação de qualidade para todos, exige-se o
rompimento do modelo tradicional, ainda vigente, e que impregna e estaciona
qualquer tentativa de mudança, fragmenta teoria e pratica e mantém o controle
segundo os interesses de poder. Compreender a escola nesse contexto requer
de todos os envolvidos, reflexões constantes sobre a função que a escola
desempenha na sociedade, de forma a extrapolar os limites de seus muros.
Porem, tal conscientização permanece ainda no plano teórico haja vista que as
práticas educacionais alicerçadas em padrões ideológicos dominantes
continuam presentes nos espaços escolares, seja na ingenuidade ou no
processo manipulador das massas. PARO descreve: “... se o compromisso e
com as classes subalternas, trata-se de cuidar para que a educação escolar se
realize, na forma e no conteúdo, de acordo com seus interesses, o que exige a
participação dos próprios usuários da escola publica nas decisões que países
tomam. “Sem essa participação, dificilmente o Estado se disporá a atender os
interesses das populações que, por sua condição econômica encontram-se, em
nossa sociedade.” (PARO, 2000, p.78)
12
5. OBJETIVOS
5.1 OBJETIVO GERAL
Analisar, refletir e compreender o cotidiano escolar (pais, alunos, funcionários,
professores), para a reconstrução do Projeto Político Pedagógico.
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Construir de forma coletiva a identidade da escola;
• Analisar a prática educativa da escola;
• Verificar a prática pedagógica em sala de aula de acordo com o que é
proposto pela Secretaria de Estado da Educação;
• Refletir e analisar o pensar da comunidade escolar;
• Traçar o perfil da escola através da fala da comunidade;
• Identificar as várias faces da escola;
• Verificar como ocorre o envolvimento da comunidade nas ações
desenvolvidas na escola.
13
6. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
O Colégio Estadual Tarsila do Amaral – EFM foi fundado em
22/02/2010, devido a necessidade da demanda da comunidade oriundos da
Vila Nova, Guatupê, Jardim Santana, Jardim Guarani e Jardim Cristal,
funcionando a partir da data em dualidade administrativa na Escola Municipal
Maria de Rocco Persegona, através da parceria do Governo do Estado do
Paraná e Prefeitura de São José dos Pinhais, após reivindicação da
comunidade e Associações de Moradores da região, aguardando a entrega do
prédio próprio que está em construção. Sob administração como diretora Sra.
Chayane Callegalim Rocha e secretária Adriana Stoco Pereira.
6.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
i. - COLÉGIO ESTADUAL TARSILA DO AMARAL - EFM –
Código 02390, Endereço: Rua Ayrton Senna, Nº 480,
Telefone: 3283-6042.
ii. Município: São José dos Pinhais – Código 2570, Local:
Jardim Santana.
iii. Dependência Administrativa: Escola Municipal Maria de
Rocco Persegona.
iv. NRE: Área Metropolitana Sul, Código: 03
v. Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná -
SEED
vi. Distancia entre o Colégio e o NRE aproximadamente: 23
km
vii. Localização do colégio: Urbana
viii. E-mail: [email protected]
14
6.2 ORGANIZACAO DA ENTIDADE ESCOLAR
Atualmente o Colégio Estadual Tarsila do Amaral - EFM, oferta:
Ensino Fundamental (5ª a 7ª Séries) – Manhã.
Ensino Fundamental (8ª série) - Noturno
Ensino Médio regular (1ª Série) Noturno
6.3 ESTRUTURA FUNCIONAL DA ENTIDADE ESCOLAR
NOME FUNÇÃO
Chayane Callegalim Rocha Diretora Geral / Professora
Adriana Stoco Pereira Secretária/ Agente Educacional II
Roseli Callegalim Castro Pedagoga
Cristina Hortencia Neves Pedagoga
Ana Lucia de Macedo Ribeiro Professora / Arte
André Felix da Silva Neto Professor / Filosofia / História / Sociologia
Bianca Beatriz Ripoli Professora / Português
Everton Luiz Valesko da Costa Professor / Educação Física
Fellipe Roberto Dias Professor / Educação Física
Lilian da Silva Rocha Professora / Física
Luciana Vieira Cavalin Professora / Português / Espanhol
Luciane Viater Tureck Professora / Ciências
Mara Lucia Anunciação Silva Professora / Geografia
Paulo Sergio Coelho Professor / Matemática
Shirley Regina Pasquali Professora / Português / Inglês
Solange de Carvalho Professora / Ciências / Biologia
Tiago Vidal da Silva Professor / História
Vanessa de Oliveira Professor / Geografia
Maria Lucia Woitscheckovski Agente Educacional 1
Reginaldo Facundes de Brito Agente Educacional 1
Ana M° de Moraes dos Santos Agente Educacional 1
15
6.4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E FUNCIONAMENTO DA ENTIDADE
TURNO HORÁRIO ENSINO FUNDAMENTAL
ENSINO MÉDIO
TOTAL DE TURMAS
MANHÃ 7h 30 min.-
11h 55 min.
5ª a 7ª Série 00 04
NOITE 19h 00 min. –
23h 00 min.
8ª série 1º ano 02
6.5 ATRASOS DIURNOS
• Tolerância de 10 minutos, sendo essa situação considerada como
exceção;
• Após os 10 minutos a entrada será feita na 2ª aula;
• Persistindo os atrasos, os responsáveis serão comunicados para
justificarem a situação;
• Alunos atrasados em seu horário deverão vir acompanhados de seus
pais ou amparados por justificativas dos mesmos datados e assinadas.
6.6 ATRASOS NOTURNO
• Tolerância de 10 minutos, sendo essa situação considerada como
exceção (com justificativa);
• Após os 10 minutos: a entrada será feita na 2ª aula;
• Após a 2ª aula, não será permitida a entrada;
• Persistindo os atrasos, os responsáveis serão comunicados para
justificarem a situação;
6.7 ALUNOS MATRICULADOS EM 2010
5ª A 6ª A 6ª B 7ª A 8ª A 1ª A
32 31 32 40 35 23
Fonte: Secretaria do Colégio Tarsila do Amaral, 2010
16
6.8 CRITÉRIOS PARA FORMAÇÃO DE TURMAS
Ensino Fundamental e Médio: Os critérios para formação de turmas são a
relação do Sistema Escola (SERE), e idade x série.
6.9 EQUIPE PEDAGOGICA E TECNICA - ADMINISTRATIVA
EQUIPE NÚMERO DE SERVIDORES POR TURNO
MANHÂ NOITE
DIREÇÃO GERAL 01 01
PEDAGOGA 01 01
DOCENTES 08 06 AGENTE EDUCACIONAL I 02 01
6.10 ESTRUTURA FÍSICA DO ESTABELECIMENTO
NÚMERO DE SALAS FUNCIONAMENTO
04 SALAS DE AULA
01 SALA DOS PROFESSORES
01 SALA DA DIREÇÃO, PEDAGÓGICA E
SECRETARIA
6.11 ORGANIZACAO DO TEMPO E ESPACO ESCOLAR
O Colégio é organizado em series subdivididas em turmas dispostas em
salas de aula (contendo quadro de giz, cadeiras e carteiras individuais,
instalação elétrica de iluminação e tomadas). A carga horária semanal de aulas
por turno (25 horas) e dividida em 5 (cinco) períodos diários de 50 (cinqüenta
minutos de duração cada aula, mais um intervalo de 10 minutos para
recreação). A estrutura física da Escola é composta de:
• 04 salas de aula;
• 01 sala de direção / secretaria / pedagógico;
• 01 sala dos professores;
17
• Banheiros;
6.12 EQUIPAMENTOS FÍSICOS E PEDAGÓGICOS
Por sermos uma instituição nova e funcionarmos em dualidade
administrativa com o município, não possuímos nenhum recurso tecnológico.
6.13 FORMAÇÃO CONTINUADA
De acordo com a LDB, os sistemas de ensino deverão assegurar o
aperfeiçoamento continuado dos profissionais em Educação. Nesta categoria
estão, não só os professores, mas todos aqueles que apóiam o processo de
ensino e aprendizagem. O Nosso calendário Escolar contempla durante o ano
letivo nas reuniões pedagógicas ou cursos de Capacitação promovidos pela
SEED. Uso dos livros da Biblioteca do Professor, Temas Paranaenses, Cultura
Afro-descendentes e questões relacionadas ao Meio Ambiente e a Educação
Fiscal, nas reuniões pedagógicas e grupos de estudos e O.A.C. (Objeto de
Aprendizagem Colaborativa) sob orientação da equipe do CRTE/NRE amsul. O
processo de Formação Continuada tem como objetivo:
• Possibilitar a implementação da Proposta Pedagógica da Escola;
• Desenvolver o enriquecimento curricular;
• Promover a integração do colegiado;
• Intercambio cultural;
• Permitir a socialização e o compartilhamento de experiências,
dificuldades e descobertas de soluções;
• Permitir a construção do conjunto de ações da equipe com consonância
com os princípios filosóficos da Escola.
7 ORGANIZACAO DA HORA ATIVIDADE
A hora-atividade é de suma importância para o desenvolvimento do
trabalho pedagógico, tanto para o professor quanto para a equipe pedagógica,
visando a qualidade do processo ensino-aprendizagem. Consiste num
18
momento de reflexão onde o professor tem a oportunidade de se reorganizar e
planejar suas ações tanto coletivamente como individualmente, pois, a hora
atividade concentrada dos professores de áreas afins, oportuniza trocas de
conhecimentos entre os profissionais da instituição de ensino. Outro fator
importante, é o acompanhamento de alunos com déficit de aprendizagem,
correção de avaliações e atividades, e o atendimento aos pais e/ou
responsáveis.
8 MARCO SITUACIONAL, CONCEITUAL E OPERACIONAL
Neste documento apontamos três marcos fundamentais que serviram de
base para as discussões e para delinear as ações educativas da instituição,
num movimento dialético entre o instituído (leis, memórias, identidades) e o
instituinte (a revisão do instituído, no sentido de inová-lo), com a compreensão
de que o tempo é algo dinâmico e não simplesmente linear e seqüencial
(VEIGA, 2000). O Marco Situacional descreve as condições concretas de
organização em que se encontra a escola e os determinantes de seu contexto
econômico, educacional, político e cultural. O Marco Conceitual tomou como
base as referências de diferentes autores com vistas a dimensionar a
fundamentação teórica para dar suporte reflexivo às possibilidades de
transformações e avanços frente às questões levantadas e ações propostas,
sendo a escola um espaço físico que se utiliza da concepção de Educação
como o ato de transmitir o conhecimento e utilizar métodos diversos fazendo
que os discentes assimilem este conhecimento proposto, Segundo GASPARIN
(2007, p.15) “O primeiro passo do método de aprendizagem caracteriza-se por
uma preparação, uma mobilização do aluno para a construção do
conhecimento escolar. É uma primeira leitura da realidade, um contato inicial
com o tema a ser estudado. Uma das formas para motivar os alunos é
conhecer sua prática social imediata a respeito do conteúdo curricular
proposto” sendo avaliado diariamente em suas ações, definimos avaliação
aplicada à educação com Tyler (1949), considerado como o pai da avaliação
educacional, ele encara-a como a comparação constante entre os resultados
dos alunos, ou o seu desempenho e objectivos, previamente definidos, então
avaliação é, assim, o processo de determinação da extensão com que os
19
objectivos educacionais se realizam, tem se constituído como um instrumento
relevante na sociedade brasileira e às vezes tem sido definida por concepções
no processo histórico – critico. Segundo Freire (1967) o intermediador do
processo de educar é o educador que não ri da ingenuidade de seu educando,
pois a ingenuidade do aluno é só não saber, quando o educando não sabe tem
que superar junto ao aluno as suas limitações pelo não saber e na medida da
mediação deste professor o aluno aprende. Freire defende que ninguém ensina
nada a ninguém e ninguém aprende nada sozinho, ele diz que só se aprende
consociando uns com os outros, liderizados pelo mundo que nos cerca. O
Marco Operacional propõe ações de curto, médio e longo prazo para sanar as
dificuldades detectadas e elencadas no Marco Situacional, à luz da
fundamentação teórica apontada no Marco Conceitual. Nesse sentido, foram
consideradas as possibilidades concretas da instituição no que tange as
condições financeiras, estruturais e de recursos humanos que possam suprir as
necessidades levantadas e especialmente, cumprir a função social do Colégio
Estadual Tarsila do Amaral. O Marco Situacional refere-se ao diagnóstico da
realidade na qual se desenvolve a prática educativa e nele se julga a distância
entre o real e o ideal da prática (ROSSA, 1999; VEIGA, 1998). É o ato de
desvelar ou apreender os conflitos e contradições da prática pedagógica em
seu movimento, e as relações desta com a prática social mais ampla, para
além das aparências e de maneira transparente. O texto inicia com uma
contextualização social, política e econômica da educação pública, seguida de
uma análise da situação atual do Colégio Tarsila do Amaral. A elaboração do
Projeto Político-Pedagógico é constituída de faces, o Marco Situacional, o
Marco Conceitual ou Referencial e o Marco Operacional, onde se apresentam
em seqüência na formalidade técnica de um documento, porém na construção
do projeto vivencia-se um movimento entre as três faces, que embora distintas,
estão efetivamente interligadas e são interdependentes (ROSSA, 1999).
9 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO NO COLÉGIO
O maior compromisso dos profissionais do Colégio Estadual Tarsila do
Amaral e com a emancipação humana, ética e participativa convertendo-se em
20
formadores de cidadãos, garantindo a qualidade de ensino, a qualidade da
educação e da formação humana no âmbito escolar. É preciso que o
profissional da educação esteja comprometido com ações que possibilitem
liberdade, participação, diálogo, responsabilidade, crítica e transformação,
partindo do educador ao educando, em constantes trocas educacionais,
culturais, dialógicas, etc. Como FREIRE salienta que: “... enfatizar a atividade
prática na realidade concreta (atividade a que nunca falta uma dimensão
técnica, por isso, intelectual, por mais simples que seja) como geradora do
saber, o ato de estudar, de caráter e não apenas individual, se da aí também,
independentemente de estarem seus sujeitos conscientes disto ou não. No
fundo, o ato de estudar, enquanto ato curioso do sujeito diante do mundo, e
expressão da forma de estar sendo dos seres humanos, como seres sociais,
históricos, seres fazedores, transformadores, que não apenas sabem que
sabem.” (2008,p.6)”
10 PERFIL DA COMUNIDADE
Entendemos que a discussão de uma ação pedagógica coerente com
nossa realidade depende de um diagnóstico do perfil de nossa comunidade
para que possamos acolher as diversidades, possibilitando a igualdade nos
direitos mais básicos do cidadão e reconhecendo, respeitando o outro, sendo
assim, possíveis traços metas de caminhos que elevem o Colégio Estadual
Tarsila do Amaral como ponto chave para nossa comunidade no sentido de
trazer significado às ações de nossos alunos. Nos últimos anos houve um
aumento populacional considerável e diversificado na região. Pelo contato com
os pais dos alunos percebemos que as famílias trabalham na metrópole e os
filhos ficam sozinhos durante o dia (na escola e em casa). Existe a diversidade
religiosa entre nossos educandos, sempre respeitando a sua opção religiosa.
Encontramos a mesma heterogeneidade, comprovada pela população
diversificada que compõe a região: produtores rurais (famílias tradicionais),
trabalhadores assalariados, desempregados, recém-chegados, etc. A maioria
não possui o 1º grau completo, ou são semi-alfabetizados e ou não-
alfabetizados. A expectativa da comunidade, em relação à escola é que seus
21
filhos completem as últimas séries do Ensino Fundamental e de certa forma
consigam cursar o Ensino Médio. Mas apesar de todas as dificuldades que
acometem nossos alunos, tais como, desestrutura familiar, dificuldade de
atendimento a saúde, defasagem na idade escolar, difícil acesso a
profissionalização, etc. O Colégio Estadual Tarsila do Amaral compromete-se
para com eles, e a comunidade em geral um plano de ação de ensino e de
aprendizagem, respeitando nossas limitações e diversidades. Realizar os
diversos planos e planejamentos educacionais e escolares dentro de uma
perspectiva de acolhimento, de inserção garantir-nos um Projeto Político
Pedagógico existindo em conformidade com uma prática democrática e
pedagógica de socializar nossos problemas e vitórias com a Secretaria de
Estado da Educação, Direção, Equipe Pedagógica, Equipe administrativa,
Equipe de Auxiliar de Serviços Gerais, Associação de Pais, Mestres e
Funcionários, Conselho Escolar, Docentes e Discentes.
11 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS
A participação dos pais é efetiva na representatividade dos mesmos
nos Órgãos Colegiados – APM e Conselho Escolar, estratégias da Gestão
Democrática da Escola Pública, defendida pela LDB – Art. 14. Além disso, os
pais têm pleno acesso a escola a fim de tomarem ciência quanto ao
desempenho escolar de seus filhos, que ocorre não apenas em momentos
criados pela escola, mas em qualquer momento que achem necessário o
acompanhamento tanto pedagógico como o educacional. O Colégio Estadual
Tarsila do Amaral acolhe a todos os pais e participantes da comunidade e tem
sua participação garantida para trazer juntamente com a instituição benefícios
para a mesma.
12 ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS
É pessoa jurídica de direito privado, sendo a mesma representação dos pais,
professores e funcionários do estabelecimento. Ela não tem caráter político,
religioso, radical e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus
22
dirigentes e conselheiros. À APMF compete decidir e acompanhar juntamente
com a Direção e o Conselho Escolar a aplicação de receitas, assim como
mobilizar recursos humanos, materiais e financeiros da comunidade para
atender os alunos e para melhorias e conservação do colégio.
13 GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio Estudantil ainda em processo de efetivação tem por funções
congregar e representar o corpo discente, defendendo seus interesses
individuais e coletivos. A gestão democrática introduz na escola movimentos
importantes como: participação de alunos, pais, professores e comunidade.
Para Bastos (2001, p. 74) o grêmio é um órgão representativo do corpo
discente de cada unidade escolar e tem por finalidade favorecer o
desenvolvimento da consciência crítica, da prática democrática da criatividade
e iniciativa. Os alunos reconhecem como assuntos pertencentes ao grêmio: o
debate, participação nas decisões, escolha de representante, a comunicação
entre os membros da escola, trabalho coletivo, valorização da cultura e
independência do grupo.
14 CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar em processo de elaboração é um órgão colegiado,
representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva,
avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e a realização do trabalho
pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com
políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB,
o ECA, o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento Escolar, para o
cumprimento da função social e específica da escola. Os objetivos do Conselho
são: Realizar a gestão escolar numa perspectiva democrática; Constituir-se em
instrumento de democratização das relações no interior da escola, ampliando a
participação da comunidade escolar nos processos do trabalho escolar;
Promover o exercício da cidadania no interior da escola; Acompanhar e avaliar
o trabalho pedagógico desenvolvido pela comunidade escolar; Garantir o
cumprimento da função social e da especificidade do trabalho pedagógico da
escola. As atribuições do Conselho escolar são definidas em função das
23
condições reais da escola, da organização do próprio Conselho e das
competências dos profissionais em exercício na unidade escolar. São
atribuições do Conselho escolar: Aprovar e acompanhar a efetivação do
Projeto Político- Pedagógico da escola; Analisar e aprovar o plano anual da
escola, com base no Projeto Político-Pedagógico da mesma criar e garantir
mecanismos de participação efetiva e democrática na elaboração do Projeto
Político-Pedagógico, bem como do Regimento Escolar; Acompanhar e avaliar o
desempenho da escola face às diretrizes, prioridades e metas estabelecidas no
seu Plano Anual, redirecionando as ações quando necessário; Definir critérios
para a utilização do prédio escolar; Analisar projetos elaborados e/ou em
execução por quaisquer dos segmentos que compõem a comunidade escolar;
Analisar e propor alternativas de solução á questões de natureza pedagógica,
administrativa e financeira. Articular ações com segmentos da sociedade que
possam contribuir para a melhoria da qualidade do processo ensino-
aprendizagem; Elaborar e /ou reformular o Estatuto do Conselho escolar
sempre que se fizer necessário; Definir e aprovar o uso dos recursos
destinados à escola mediante Planos de Aplicação; Discutir, analisar, rejeitar
ou aprovar propostas de alterações do regimento escolar encaminhadas pela
comunidade escolar; Apoiar a criação e o fortalecimento de entidades
representantes dos segmentos escolares; Promover, regularmente, círculos de
estudos, objetivando a formação continuada dos Conselheiros a partir de
necessidades detectadas, proporcionando um melhor desempenho de seu
trabalho; Aprovar e acompanhar o cumprimento do Calendário escolar
observada a legislação vigente e diretrizes emanadas da Secretaria de Estado
da Educação; Discutir e acompanhar a efetivação da proposta curricular da
escola, objetivando o aprimoramento do processo pedagógico, respeitadas as
diretrizes emanadas da Secretaria de Estado de Educação;Estabelecer
critérios para a aquisição de material escolar e/ou de outras espécies
necessárias à efetivação da proposta pedagógica da escola; Zelar pelo
cumprimento e defesa aos Direitos da Criança e do Adolescente, com base na
Lei 8069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente; Avaliar, periodicamente e
sistematicamente, as informações referentes ao uso dos recursos financeiros,
os serviços prestados pela escola e resultados pedagógicos obtidos;
24
Assessorar, apoiar e colaborar com a direção em matéria de sua competência
e em todas as suas atribuições.
15. PRÉ-CONSELHOS DE CLASSE
É um espaço onde professores e coordenadores pedagógicos podem avaliar o
processo ensino-aprendizagem como um todo, onde o aluno será a figura
central das discussões e avaliações, estando presente por meio de seus
resultados, de seus sucessos, de seus desenvolvimentos, de suas resistências,
de seus fracassos, de suas necessidades e dificuldades, postos durante os
debates nas questões da prática de ensino e de aprendizagem: Perfil da turma
(aprendizagem, participação, compromisso, dificuldades, liderança, afetividade,
etc.). Alunos com dificuldades de relacionamento interpessoal, alunos faltosos
e número de faltas excessivos, quais foram as tentativas para a solução dos
problemas evidenciados, auto-avaliação do professor – sucessos, insucessos
evidenciados no processo pedagógico, sugestões do professor para resolver os
problemas evidenciados nas suas aulas no contexto escolar como um todo,
quais foram os instrumentos utilizados para o processo de avaliação, quantos
instrumentos e que instrumentos utilizaram, relação dos alunos que estão com
defasagem na aprendizagem, como está o desenvolvimento do plano de
ensino, há ajuda das pedagogas ou direção, o que você julga necessário para
o bom andamento das suas aulas e outros que surgem devido as discussão
ocorridas.
16. CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão colegiado, presente na organização da
escola, em que vários professores das diversas disciplinas, juntamente com os
coordenadores pedagógicos e direção reúnem se para refletir e avaliar o
desempenho pedagógico dos alunos das diversas turmas, séries ou ciclos. Ele
apresenta algumas características básicas que o fazem diferente de outros
órgãos colegiados e que lhe dão a importância para o desenvolvimento do
projeto pedagógico da escola. São elas: a forma de participação direta, efetiva
e entrelaçada dos profissionais que atuam no processo pedagógico, sua
organização interdisciplinar, a centralidade da avaliação escolar como foco de
trabalho da instância.
25
A participação direta dos profissionais se faz porque a constituição dos
Conselhos de Classe prevê o lugar garantido, durante a reunião, a todos os
professores que desenvolvem o trabalho pedagógico com as turmas que
estarão em avaliação. A possibilidade de participação dos professores promove
uma rede de relações entre os diversos profissionais da escola, permitindo a
interação entre os conteúdos, entre turnos e entre turmas nos ciclos ou séries.
O Conselho de Classe configura-se como um espaço interdisciplinar de estudo
e tomadas de decisões sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na escola e,
nesse sentido, é um órgão deliberativo sobre: objetivo de ensino a serem
alcançados, uso de metodologia e estratégias de ensino, critérios de seleção
de conteúdos curriculares, projetos coletivos de ensino e atividades, formas,
critérios e instrumentos de avaliação utilizados para o conhecimento do aluno,
formas de acompanhamento dos alunos em seu percurso nos ciclos, critérios
para apreciação do desempenho dos alunos ao final dos ciclos, elaboração de
fichas de registro do desempenho do aluno para o acompanhamento no
decorrer dos ciclos e para a informação aos pais, formas de relacionamento
com a família, propostas curriculares alternativas para alunos com dificuldades
específicas, adaptações curriculares para alunos portadores de necessidades
educativas especiais e propostas de organização dos estudos
complementares.
17. INTERAÇÃO ESCOLA E COMUNIDADE
A interação entre equipe escolar, alunos, pais e outros agentes
educativos, possibilitam a construção de projetos que visam a melhor e mais
completa formação do aluno. A separação entre escola e comunidade fica
demarcada pelas atribuições e responsabilidade que competem a cada um. A
ampla gama de conhecimentos construídos no ambiente escolar ganha sentido
quando há interação contínua e permanente entre o saber escolar e os demais
saberes, entre o que o aluno aprende na escola e o que traz para a escola. O
relacionamento contínuo e flexível com a comunidade favorece a compreensão
dos fatores políticos, sociais, culturais e psicológicos que se expressam no
ambiente escolar. O relacionamento entre escola e comunidade pode ainda ser
intensificado, quando há integração dos diversos espaços educacionais que
26
existem na sociedade, tendo como objetivo criar ambientes culturais
diversificados que contribuam para o conhecimento e para a aprendizagem.
18. FILOSOFIA E OS PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS
A missão da escola deve ser o de possibilitar o acesso ao ensino-
aprendizagem do educando e ao professor o papel de mediação, isto é a ação
de ensinar. Neste papel proporcionará ao discente o cenário necessário para
que ele receba, construa, amadureça e estabeleça relações como o
conhecimento, preparando-o para as relações sociais e para que perceba o
papel e a sua identidade, construindo, seus próprios valores que contemplem o
bem social. A execução desse papel de mediação pode ser ética, respeitando
os princípios da liberdade e os ideais de solidariedade ou meramente
informativa, onde o conhecimento será transmitido para que possa ser
discutido e reelaborado pelo aluno. A sociedade moderna delega cada vez
mais a escola o papel de formar o cidadão, visto que a família passa cada vez
menos tempo reunida. Os resultados do processo-ensino aprendizagem não
são imediatos visto que, cada indivíduo possui vivências diferentes e está
exposto à pluralidade cultural. A escola não deve pregar valores utópicos para
uma sociedade idealizada, pois ao deparar-se com as situações reais
acontecerá uma inversão ou a deformação desses valores. Enquanto a
sociedade tem reconhecido sua dinamicidade e escola não deve estacionar no
tempo e no espaço pois é, a serviço da sociedade que a escola deve construir
a fonte de conteúdos promovidos para dar conta de uma realidade social
moderna, e “...portanto, de construir uma escola publica universal- igual para
todos, unificada- mas que respeite as diferenças locais regionais, enfim, a
multiculturalidade...”(GADOTTI, 1995, p.55). O aluno é um ser coletivo e,
portanto já traz consigo um saber, embora, não seja elaborado, a escola no
processo ensino aprendizagem, intermediado pelo professor, possibilita que o
mesmo consiga ampliar e organizar o saber espontâneo do educando, de
capazes de transformar a realidade social deste parece ser o caminho
pedagógico mais humano e democrático. Assim a função da escola
comprometida com a transformação da sociedade não é meramente
administrativa nem meramente pedagógica, mas cada fato, e ato, devem ser
vinculados à totalidade das relações sociais das quais a escola pertence.
27
Portanto, toda ação educativa consciente e compromissada
politicamente deve levar à preparação do cidadão crítico, participativo com uma
visão ampla e analítica do mundo que o cerca. Levá-lo a aceitar a presença do
outro, reconhecendo suas idéias e respeitá-las como sua individualidade. Bem
como, ter consciência que fazemos parte de uma sociedade digna em contínua
evolução. Enfim, formamos um indivíduo sujeito da sua própria história.
Portanto, o construtor e não mero espectador do seu momento histórico. No
entanto, cabe ao docente, a tarefa de promover nas ações escolares, o
arrolamento dos conteúdos nos seus aspectos fundamentais: o pedagógico, o
psicológico e o sócio-político, preparando um indivíduo crítico e participativo da
sociedade. Entendemos que a discussão de uma ação pedagógica coerentes,
com nossa realidade depende de um diagnóstico do perfil de nossa
comunidade para que possamos acolher as diversidades, e possibilitar a
igualdade nos direitos mais básicos do ser humano e reconhecendo,
respeitando o outro, sendo assim possível traçar metas de caminhos que
elevem o Colégio Estadual Tarsila do Amaral como ponto chave para nossa
comunidade no sentido de trazer significado às ações de nossos educandos.
19. GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA NO PROCESSO PEDAGÓGICO
A gestão escolar democrática do ensino público representa um avanço
para a democracia no País, pois traduz a participação modelo de administração
que atende a gestão participativa na escola pública como instrumento de
legitimação do sistema escolar. No campo educacional, a democracia deve ser
o princípio norteador de todas as ações da escola e deve se configurar como
base das ações pedagógicas - administrativas. Nesse contexto, a sociedade
atual, caracteriza por novas condutas e determinações econômicas,
tecnológicas, sociais, políticas e culturais, exige a efetivação de um ensino de
qualidade como direito fundamental de todos os cidadãos. A escola, ao efetivar
um ensino de qualidade, instrumento de emancipação, assume a
responsabilidade social de formar integralmente seus estudantes, e o
desenvolvimento de práticas pedagógicas democráticas é parte da construção
de um sistema político que respeita os direitos de autonomia, interculturalismo,
inclusão e diversidade, em processos de participação e de cooperação na
construção de uma sociedade mais justa e igualitária, mas de acordo com
28
GADOTTI, podemos entender que: “...a questão essencial da educação que e
a relação entre a educação e a sociedade não e uma relação simétrica ou
matemática: o sistema escolar não é apenas um subsistema do sistema social.
Ele é, mas não é apenas isso. Há uma luta no interior da educação e do
sistema escolar entre a necessidade de transmissão de uma cultura existente
(ciência, valores, ideologia), que é a tarefa conservadora da educação, e a
necessidade de criação de uma nova cultura que é a tarefa revolucionária da
educação.” (1991, p.61 ) Tais conceitos, detalhados a seguir, caracterizam e
revelam o princípio da Gestão Democrática do Processo Pedagógico.
Autonomia nas unidades educacionais envolve as dimensões: pedagógica
(Projeto Político Pedagógico, planejamento, avaliação, organização dos tempos
escolares, etc.), administrativa (como, por exemplo, horário de funcionamento
da escola, divulgação valores de verbas, pesquisa de preços, elaboração de
orçamentos, etc.), implicando em direitos, deveres, compromissos e
responsabilidades de todos os segmentos da comunidade escolar e local. A
participação efetiva da coletividade na atividade educativa pressupõe
transparência nas decisões, e a escola deve apresentar espaço para que a
diversidade e o pluralismo de idéias se manifestem, possibilitando participação
de decisões relativas à socialização do conhecimento e à formação dos
estudantes. Portanto, se a escola tem como um de seus principais objetivos
propiciar aos educandos uma educação que conduza à cidadania deve
desenvolver relações horizontais de cooperação e solidariedade entre todos os
evolvidos no processo pedagógico. Nesse cenário, o processo cooperativo de
ensino aprendizagem se caracteriza como um dos aspectos essenciais para o
modo de vida democrático. A cooperação é compreendida como um dos
processos que decorre da vida em sociedade e tem características como o
respeito às diferenças, possibilitando a resolução de conflitos, o que favorece e
permite a concretização de objetivos coletivos. O respeito às diferenças
concretiza-se no respeito à diversidade, característica de todas as sociedades.
Educar na diversidade significa indivíduos capazes de conviver em sociedades
cada vez mais plurais, propiciando a superação das diferentes formas de
exclusão. A inclusão de todos no ambiente escolar, independentemente de
fatores como raça, religião, classe econômica, cultural ou capacidade de
aprendizagem, é essencial para a efetivação de uma sociedade mais
29
democrática, responsável e solidária. O Conselho de Escola promove essa
inclusão ao propiciar a participação e a valorização dos diferentes segmentos
escolares – estudantes, pais ou responsáveis, professores, funcionários,
traduzem as decisões coletivas que auxiliam e contribuem no enfrentamento de
situações que interferem pontualmente nos aspectos pedagógicos e
administrativos da escola. As ações que favorecem o diálogo de conteúdos e
vivências resultam em prática educativa que promove e favorece a relação
entre as pessoas de culturas diferentes enquanto membros de sociedades
históricas, caracterizadas culturalmente. Isso implica em mudanças profundas
na prática pedagógica, de modo particular na escola, que deve propiciar
oportunidades educativas a todos, respeitando e integrando a diversidade de
sujeitos. Para tanto, é importante desenvolver processos educativos,
metodologias e instrumentos pedagógicos que dêem sustentação à
complexidade das relações humanas entre indivíduos e culturais diferentes. A
gestão escolar, portanto, está associada ao fortalecimento da democratização
do processo pedagógico, à participação responsável de todos nas decisões
necessárias, mediante um compromisso coletivo com resultados educacionais
cada vez mais significativos, ao propiciar meios e estratégias para o alcance da
qualidade e eqüidade do processo educativo e fundamental, favorecer a
efetivação do compromisso social da escola em prol do melhor desempenho
dos seus estudantes. Sendo que de uma forma ou outra: “... a gestão
democrática poderá constituir um caminho real de melhoria da qualidade de
ensino se ela for concebida, em profundidade, como mecanismo capaz de
alterar práticas pedagógicas. Não há canal institucional que venha a ser criado
no sistema público de ensino que, por si só, transforme a qualidade da
educação pública, se não estiver pressuposta a possibilidade de redefinição e
se não existir uma vontade coletiva que queira transformar a existência
pedagógica concreta.” (SPOSITO, 2001, p.54) É de extrema importância, visto
que desejamos uma escola que possibilidade de apreensão de competências e
habilidades necessárias e facilitadoras da inserção social.
20. GESTÃO ADMINISTRATIVA ORGANIZACIONAL
O Ensino Fundamental compõe, juntamente com a Educação Infantil e o
Ensino Médio, o que a Lei Federal nº 9394, de 1996 – nova Lei de Diretrizes e
30
Bases da Educação Nacional -, nomeia como educação básica e que tem por
finalidade “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação indispensável
para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e
em estudos posteriores”. A LDB, no art. 58 determina, ainda que a educação
dos alunos que apresentam necessidades especiais deva ocorrer,
preferencialmente, na rede regular de ensino. Assim sendo, os serviços de
educação especial se nos inserem diferentes níveis de formação escolar
(educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação superior) e
na interatividade com as demais modalidades da educação escolar,
favorecendo alunos e professores, dentro dos princípios da escola inclusiva,
entendida como, aquela que, além de acolher todas as crianças, garante uma
dinâmica curricular que contemple mudar o caráter discriminatório do fazer
pedagógico, a partir das necessidades dos alunos.
O Colégio Estadual Tarsila do Amaral, buscando o cumprimento da Lei
9394.94 e fundamentando-se nos preceitos teóricos e filosóficos do Parecer nº.
15/98 PCN, organizou o seu Plano Curricular contextualizado e interdisciplinar
para ser implantado de forma gradativa e seriada. Caminhamos nesse
momento para um desafio, não só nosso como também das pessoas
envolvidas no processo ensino aprendizagem, que é o de implantar e
operacionalizar um novo conceito de Ensino Médio, vincular a ele novas
propostas pedagógicas que possibilitem ao educando a construção de sua
cidadania. Para contextualizada, a fim de alcançar o cumprimento das novas
diretrizes para a educação referente ao Ensino Médio. Atualmente não se pode
mais conviver com a idéia de que a escola é um espaço reservado para que os
educandos adquiram o conhecimento histórico acumulado, transmitido pelo
professor de forma abstrata e diretiva. Tampouco que as pedagogias não
diretivas foram sucesso. O que se concebe hoje e para que se tenha a
oportunidade, antes negada, de contar com subsídios de pequena, mas séria
bibliografia a respeito da história da educação brasileira, das suas tendências,
concepções e contradições. O resgate do saber que representa o patrimônio
cultural da humanidade deve sofrer uma aliança com o saber concreto, vivido
pelo aluno, e que esse saber, acumulado e construído historicamente é
passível de transformações. A função da escola comprometida com a
transformação da sociedade não é meramente administrativa e nem
31
pedagógica. Mas cada fato e cada ato devem ser vinculados à totalidade das
relações sociais das qual a escola é parte, e, portanto são políticos e, devem,
caminhar rumo a uma sociedade mais democrática.
Portanto, toda ação educativa consciente e compromissada
politicamente deve levar à preparação do cidadão crítico, participativo com uma
visão ampla e analítica do mundo que o cerca. Levá-lo a aceitar a presença do
outro reconhecendo suas idéias e respeitá-las como sua individualidade. Bem
como, ter consciência que fazemos parte de uma sociedade digna em contínua
evolução. Enfim, formamos um indivíduo sujeito da sua própria história. Como
confirma PARO: “Na medida, pois, em que, por sua própria natureza humana, o
aluno age no processo produtivo escolar, com vistas a consecução de um fim
educativo, revela se essa sua nova dimensão que e a de produtor ou, melhor
dizendo, de co-produtor, juntamente com as outras pessoas envolvidas
também ativamente no apenas de objeto de trabalho mas também de produtor,
ou seja, de realizador de sua própria educação, configura-se a participação do
aluno na atividade educativa não só enquanto objeto mas igualmente enquanto
sujeito da educação.” (1996, p.142) Tendo o trabalho, como princípio educativo
o nosso estabelecimento tem por objetivo um ensino predominantemente
histórico e renovador. Histórico no sentido da própria função educativa,
construindo conhecimentos socialmente relevantes, proporcionando a
apreensão do saber gerado nas grandes matrizes da ciência e da história,
oferecendo um aprendizado que permita a continuidade dos estudos e o
ingresso no trabalho. Renovador no sentido do caráter didático, permitindo aos
alunos a adequação do saber com sua atuação no mercado de trabalho. A
importância de que todas as disciplinas estejam direcionadas com uma filosofia
única de trabalho, visando sempre atingir uma formação geral do educando,
portanto cabe ao educador a tarefa de promover nas ações escolares a
transmissão dos conteúdos nos seus aspectos fundamentais: o pedagógico, o
psicológico e o sócio-político, preparando um indivíduo crítico participativo da
sociedade. A relação que até então se tinha do currículo com a realidade do
nosso aluno, passava-se pela integração entre professor e novas tendências. A
partir das Novas Diretrizes a prática pedagógica só tende a efetivar a
construção compartilhada sociedade x escola do nosso educando. Ela vem
somar-se ao nosso anseio de mudar sem que precisemos abandonar conceitos
32
(para a contextualização o aluno deve saber conceituar), precisamos sim
trabalhá-los de forma interdisciplinar. Cabe ressaltar, ainda que não basta, na
busca da melhoria da qualidade de ensino, a participação isolada dos agentes
educacionais. É preciso a participação efetiva e responsável de grupos que
tenham objetivos comuns, visando a busca de uma nova organização da
cultura escolar e de um trabalho pedagógico. A perspectiva sugerida aponta
para a necessidade de uma práxis educativa que reflita acerca de duas
questões básicas: a substituição da cultura da repetência e do insucesso pela
cultura da competência e do sucesso do educando. O combate ao estigma,
fortemente presente na escola, segundo o qual uns pensam e outros fazem. O
desafio lançado é o da construção coletiva de um projeto político pedagógico
que, apontando as fraquezas e forças da escola, redimensione e revitalize suas
práticas. Como conceitos norteadores para os tratamentos dos conteúdos, a
interdisciplinaridade e a contextualização devem sustentar a nova proposta de
organização curricular. O primeiro vai muito além da supervisão e/ou repetição
de conteúdos, a segunda parte do princípio de que todo conhecimento envolve
uma relação entre o sujeito e objeto, configurando-se com um tipo particular de
interdisciplinaridade. Essa nova lógica da organização curricular visa superar a
perspectiva enciclopédia de formação, avançando para a construção de
práticas efetivas de cidadania. Outro aspecto importante a considerar nas
novas diretrizes para o Ensino Médio refere-se ao conceito de trabalho, que se
apresenta como sendo o contexto mais importante para situar a experiência
curricular nesse nível de ensino. No que tange a binômia formação geral X
preparação básica para o trabalho, as novas perspectivas e o espírito da lei
não promovem dissociação entre estas dimensões do educando e assim
apresentam propostas de conciliação entre elas.
21. ORGANOGRAMA ESCOLAR:
I - Do Conselho Escolar
II - Da Equipe de Direção
a) Direção
b) Direção Auxiliar
III - Da Equipe Pedagógica:
a) Supervisão de Ensino e Orientação Educacional
33
b) Corpo Docente
c) Conselho de Classe
IV - Da Equipe Administrativa:
a) Secretária
b) Serviços Gerais
22. INCLUSÃO EDUCACIONAL, OPORTUNIDADES PARA TODOS.
Inclusão significa a modificação da sociedade como pré-requisito para
a pessoa com Necessidades Especiais na busca de seu desenvolvimento e
exercício da cidadania. Então, é preciso preparar a escola para incluir nela o
aluno e não ao contrário. A prática da inclusão social se baseia em princípios
diferentes do convencional: aceitação das diferenças individuais, valorização
de cada pessoa, convivência dentro da diversidade humana, aprendizagem por
meio da cooperação. Além disso, a dignidade humana não permite que se faça
discriminação, ao contrário exige-se que os direitos de igualdade de
oportunidade sejam respeitados. O respeito à dignidade da qual está revestido
todo ser humano impõe se, portanto, com base e valor fundamental de todo
estudo e ações práticas direcionada ao atendimento dos alunos que
apresentam necessidades especiais, independentes da forma que se
manifesta. Pelo princípio da igualdade toda e qualquer pessoa é digna e
merecedora do respeito de seus semelhantes, e tem o direito a boas condições
de vida e oportunidade de realizar seus projetos. Juntamente com o valor
fundamental da dignidade, impõe-se o da busca da identidade. Trata-se de um
caminho nunca suficientemente acabado. Todo cidadão deve, primeiro
conhecer a si mesmo, até que, finalmente, tenha sua identidade. Pode-se
registrar o direito a igualdade de oportunidades de acesso ao currículo escolar.
Se cada criança ou jovem brasileiro com necessidades educacionais especiais
tiver acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e
reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania, estaremos
dando um passo decisivo para a constituição de uma sociedade mais justa e
igualitária. As contribuições para a remoção de barreiras a aprendizagem e a
participação de alunos com necessidades especiais, e necessários que sejam
ofertados incentivos para a inclusão desses educando no contexto escolar:
34
• Estimular o aluno a se envolver em todas as atividades cívicas,
artísticas, esportivas e sociais da escola, juntamente com os demais
colegas.
• A escola deve ser receptiva, respeitar a diversidade e ressaltar suas
potencialidades.
• Estabelecer valores inclusivos, onde os rótulos pejorativos, preconceitos
e visões negativas sejam amenizados para o sucesso da inclusão de
todos.
• O professor precisa estabelecer com os alunos, os limites, as regras
necessárias para a convivência no coletivo.
• Estabelecer, juntamente com os alunos, padrões de conduta (normas e
regras) para a vivência coletiva. Visando o acesso do nosso educando
as dependências da escola, com necessidades especiais, foram
construídas rampas facilitando a inclusão do educando a sua sala de
aula.
23. CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA
Este Parecer visa a atender os propósitos expressos na Indicação
CNE/CP 06/2002, bem como regulamentar a alteração trazida à Lei 9394/96 de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, pela Lei 10639/2003 que estabelece
a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na
Educação Básica. Desta forma, busca cumprir o estabelecido na Constituição
Federal nos seus Art. 5º, I, Art. 210, Art. 206, I, § 1° do Art. 242, Art. 215 e Art.
216, bem como nos Art. 26, 26 A e 79 B na Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional, que asseguram o direito à igualdade de condições de
vida e de cidadania, assim como garantem igual direito às histórias e culturas
que compõem a nação brasileira, além do direito de acesso às diferentes
fontes da cultura nacional a todos brasileiros. O sucesso das políticas públicas
de Estado, institucionais e pedagógicas, visando a reparações, reconhecimento
e valorização da identidade, da cultura e da história dos negros brasileiros
depende necessariamente de condições físicas, materiais, intelectuais e
afetivas favoráveis para o ensino e para aprendizagens; em outras palavras,
35
todos os alunos negros e não negros, bem como seus professores, precisam
sentir-se valorizados e apoiados. Depende também, de maneira decisiva, da
reeducação das relações entre negros e brancos, o que aqui estamos
designando como relações étnico-raciais. Depende ainda do trabalho conjunto,
de articulação entre processos educativos escolares, políticas públicas,
movimentos sociais, visto que as mudanças éticas, culturais, pedagógicas e
políticas nas relações étnico-raciais não se limitam à escola. O ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, a educação das relações étnico-
raciais, se desenvolverá no cotidiano da escola, nos diferentes níveis e
modalidades de ensino, como conteúdo de disciplinas como Arte, História do
Brasil, Ensino Religioso, em atividades curriculares ou não, trabalhos em salas
de aula, nos laboratórios de ciências e de informática, biblioteca, áreas de
recreação e outros ambientes escolares.
24. MATRIZ CURRICULAR
A Matriz Curricular do Ensino Fundamental (5ª à 8ª séries), esta assim
composta:
BASE NACIONAL COMUM: Áreas do Conhecimento: Ensino Religioso,
Geografia, História, Ciências, Educação Física, Arte, Língua Portuguesa e
Matemática.
PARTE DIVERSIFICADA Áreas do Conhecimento: Língua Estrangeira
Moderna- Inglês.
A Matriz Curricular do Ensino Médio (1º ao 3º série) e estruturada da seguinte
forma:
BASE NACIONAL COMUM: Áreas do Conhecimento: Geografia, Historia,
Biologia, Educação Física, Arte, Língua Portuguesa, Matemática, Química,
Física, Filosofia e Sociologia.
PARTE DIVERSIFICADA Áreas do Conhecimento: Língua Estrangeira
Moderna - Espanhol.
36
25. AVALIAÇÃO
A questão da avaliação é amplamente discutida e abordada em todos os
segmentos externos e internos do Colégio Tarsila do Amaral. Nos últimos anos,
as escolas buscam constantemente redefinir e ressignificar o seu papel e a sua
função social. Elas estão elaborando o seu projeto educativo para nortear as
práticas educativas e conseqüentemente a avaliação. A escola que hoje
queremos, dentro da pedagogia Histórico-crítica preocupada com a
transformação, repensa o processo na sala de aula. A sala de aula existe em
função de seus alunos, e cabe a nós, educadores, refletir se realmente
respeitamos os alunos em relação ao acesso ao conhecimento e se
consideramos quem são eles, de onde vieram, em que contexto vivem, etc. A
avaliação é hoje compreendida pelos educadores como elemento integrador,
entre a aprendizagem e o ensino, que envolve múltiplos aspectos, como: o
ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da
melhor forma, obtenção de informações sobre os objetivos que foram
atingidos,o que foi aprendido e como, reflexão continua para o professor sobre
a sua pratica educativa, tomada de consciência de seus avanços, dificuldades
e possibilidades. É uma ação que ocorre durante todo o processo de ensino e
aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como
fechamento de grandes etapas de trabalho que envolve não somente o
professor, mas também alunos, pais e a comunidade escolar. As expectativas
de aprendizagem que se tem para os alunos devem estar claramente
expressas nos objetivos e nos critérios de avaliação propostos, assim como na
definição do que será considerado como testemunho das aprendizagens. Do
contraste entre os critérios de avaliação e os indicadores expressos na
produção dos alunos, surge o juízo de valor. A avaliação subsidia o professor
com elementos para uma reflexão continua sobre a sua prática, sobre a criação
de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser
revistos ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de
aprendizagem individual ou, de todo grupo. Para o aluno, e o instrumento de
tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para
reorganização de seu investimento localizar quais aspectos das ações
educacionais demandam maior apoio. O acompanhamento e a reorganização
37
do processo de ensino-aprendizagem na escola incluem, necessariamente,
uma avaliação inicial, para o planejamento do professor, e uma avaliação ao
final de uma etapa de trabalho. A avaliação investigativa inicial instrumentaliza
o professor para pôr em prática de forma adequada às características de seus
alunos. O professor, informando-se o que o aluno já sabe sobre determinado
conteúdo, pode estruturar seu planejamento, definir os conteúdos e nível de
profundidade em que devem ser abordados. É importante ter claro que a
avaliação inicial não implica a instauração de um longo período de diagnóstico,
que cabe por se destacar do processo de aprendizagem que está em curso.
Ela pode se realizar no interior do processo de ensino e aprendizagem. A
avaliação inclui a observação dos avanços e da qualidade da aprendizagem
alcançada pelos alunos ao final de um período de trabalho, seja este
determinado pelo fim de um trimestre, ou de um ano, seja pelo encerramento
de um projeto ou seqüência didática. A avaliação final é subsidiada pela
avaliação contínua, pois o professor recolhe todas as informações sobre o que
o aluno aprendeu ao acompanhá-lo, sistematicamente. Esses momentos de
formalização da avaliação são importantes por se constituírem em boas
situações para que alunos e professores formalizem o que foi e o que não foi
aprendido. Para obter informações em relação aos processos de aprendizagem
é necessário considerar a importância de uma diversidade de instrumentos e
situações, para possibilitar, por um lado, avaliar as diferentes capacidades de
conteúdos curriculares, e observar a transferência das aprendizagens em
contextos diferentes. É fundamental a utilização de diferentes linguagens, como
a verbal, a oral, a escrita, a gráfica, a numérica, a pictórica, de forma a se
considerar as diferentes aptidões dos alunos. Por exemplo, muito raciocínio
mais complexo sobre como compreende um fato histórico, mas pode fazê-lo
perfeitamente bem, em uma situação de intercambio oral, como em diálogo,
entrevistas ou debates. Considerando essas preocupações, o professor do
Colégio Estadual Tarsila do Amaral realiza a avaliação por meio de:
• Observação sistemática: acompanhamento do processo de
aprendizagem dos alunos, utilizando alguns instrumentos, como registro
em tabelas, listas de controle, diário de classe e outros;
38
• Analise das produções dos alunos: considerar a variedade de produções
realizadas pelos alunos, para que se possa ter um quadro real das
aprendizagens conquistadas. Por exemplo: se a avaliação se da sobre a
competência dos alunos na produção de textos, deve-se considerar a
totalidade dessa produção, que envolve desde os primeiros registros
escritos, no caderno de lição, ate os registros das atividades de outras
áreas e das atividades realizadas especificamente para esse
aprendizado além do texto produzido pelo aluno para os fins específicos
desta avaliação.
• Atividades específicas para a avaliação: os alunos devem ter
objetividade ao expor sobre um tema, ao responder um questionamento.
Para isso, é importante, em primeiro lugar, garantir que sejam
semelhantes as situações de aprendizagem comumente realizadas em
sala de aula: em segundo lugar, deixar claro para os alunos o que se
pretende avaliar, pois inevitavelmente, estarão mais atentos a esses
aspectos.
A avaliação, apesar da responsabilidade do professor, não deve ser
considerada função exclusiva delegá-la aos alunos, em determinados
momentos, e uma condição didática necessária para que construam
instrumentos e métodos para que o aluno desenvolva estratégias de análise e
interpretação de suas produções e dos diferentes procedimentos para se
avaliar. Além de o aprendizado ser, importante, porque é central para a
construção da autonomia dos alunos, cumpre o papel de contribuir com a
objetividade desejada na avaliação, uma vez que esta só poderá ser construída
com a coordenação dos diferentes pontos de vista tanto do aluno quanto do
professor. Tão importante quanto “o que” e “como” avaliar, são as decisões
pedagógicas decorrentes dos resultados da avaliação; elas orientam a
reorganização da prática educativa do professor no seu dia-a-dia e ações como
o acompanhamento individualizado feito pelo professor fora da classe, a
constituição de grupos de apoio, as lições extras, dentre outras que cada
escola pode criar, incluindo a solicitação de profissionais externos à escola
para debate sobre questões emergentes ao trabalho. Ressaltar que a não
realização das aprendizagens esperadas, muitas vezes não é problema do
39
aluno, mas tem suas origens em problemas do próprio sistema educacional,
que precisam ser identificados e solucionados. Na avaliação observam-se
avanços e dificuldades apresentados pelos alunos, dentro de uma perspectiva
qualitativa de aprendizagem que nos proporciona repensar sobre nossas
práticas de avaliar. A função da avaliação não recai na mera mensuração de
dados comparativos, pressupõe um processo contínuo e sistemático da
construção do saber pelo aluno. Esse estabelecimento propõe aos seus
educadores planejarem suas avaliações no sentido de diagnosticar o processo
ensino-aprendizagem como um todo, para podermos realizar a construção da
identidade do nosso educando sem cair em reducionismos quantitativos. Vários
são os níveis de interpretações e os profissionais devem estar atentos para
essas diversidades. Avaliar por competências e habilidades possibilita ao aluno
a construção de conceitos e poder contextualizá-los - integração prática de
avaliação desse estabelecimento. Seguindo esse sistema de avaliação
diagnóstica, contínua somatória e crescente, na qual o aluno terá capacidade
de auto-avaliar-se, conscientizando-se do processo de ensino-aprendizagem. A
Avaliação, no Colégio Tarsila do Amaral, será realizada de forma trimestral,
para o Ensino Fundamental e Médio, sendo diagnóstica e somatória. Na
promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino
Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis
vírgula zero), observando a freqüência mínima exigida por lei, assim calculada:
MF = 1º T + 2º T + 3º T = 6,0
__________________________
3
26. CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO E PROCESSOS DE AVALIAÇÃO
A análise da prática pedagógica assinala sempre uma preocupação – a
AVALIAÇÃO – pois os procedimentos atuam sempre com instrumentos de
controle e de limitação das atuações no âmbito da sala de aula, impedindo que
o processo ensino-aprendizagem incorpore a riqueza e variedade de ações e
conhecimentos presentes nas atividades escolares. Entendemos que é
necessária a construção de um processo de valorizando a multiplicidade de
conhecimentos e de processos de sua construção e socialização. Esta nova
40
concepção de avaliação deve proporcionar o seu distanciamento dos
professores de seleção e exclusão. Nesta perspectiva, avaliar é interrogar e
interrogar-se. O educador olhando para o que fazem seus alunos, procurando
compreender o que eles podem chegar a fazer e como deve ser a sua ação
docente no sentido de favorecer esse processo. Já os alunos apropriando-se
dos conhecimentos já produzidos, articulando-os à sua observação / ação e,
em conjunto com seus companheiros, produzindo novos conhecimentos.
Ressaltamos aqui a natureza coletiva e compartilhada do conhecimento, pois
em comemoração os sujeitos revelam seus conhecimentos potenciais e
desenvolvem novas potencialidades. A avaliação como prática de interrogação
se revela um instrumento relevante – para professores que, comprometidos
com uma Escola democrática, instiga e convida seus alunos para a aventura de
ir a busca do desconhecido, construindo novos e mais sólidos conhecimentos.
O processo de avaliação escolar deve caminhar junto com o compartilhar dos
saberes e a reflexão sobre a prática docente, contemplando e provocando a
continuidade da pesquisa, da leitura e da discussão. Constituindo-se um
processo contínuo contribuirá para o exercício pleno da cidadania, tendo como
objetivos principais o acesso, a permanência e o sucesso escolar de todos os
envolvidos no sistema de ensino. Em síntese, todas as atividades que
realizamos principalmente as pedagógicas, são avaliadas continuamente e são
essenciais para a formação humana, acontecendo de forma interpsicológica
para intrapsicológica (primeiramente aprendo com o outro, ou com o mais
experiente) elaborando, mostrando, interagindo com o saber, e estas
aprendizagens são transformadas em significativas ferramentas intelectuais,
capazes de transformar realidades. Na medida em que a nossa prática está em
contínuo parecer crítico das pessoas que nos rodeiam, estamos diante de uma
prática reflexiva da nossa ação, sem melindres. Porque educar e fazer ato de
sujeito, e problematizar o mundo em que vivemos para superar contradições
comprometendo-se com esse mundo e recriá-lo constantemente.
(GADOTTI,1984-90) “Ao considerarmos que o conhecimento e um processo de
superação continua tanto do aluno, quanto do professor, temos diante dessa a
leitura os objetivos da avaliação”:
41
• Permitir ao aluno tomar consciência das conquistas, dificuldades
e possibilidades para, em seguida, reorganizar e investir na
tarefa de aprender;
• Possibilitar ao professor refletir sobre a sua prática, isto é, reverter, reorientar, recriar e reorganizar os instrumentos de
trabalho;
• Auxiliar a Escola na aferição dos resultados da avaliação,
localizando os possíveis desvios e os limites da ação
pedagógica, bem como redefinir as prioridades conforme as
Diretrizes Curriculares Estaduais, distintas em três tipos
utilizados pela nossa instituição:
AVALIACAO INVESTIGATIVA acontece no inicio do processo e
permite investigar o que o aluno já sabe, quais os conceitos que
domina; esse procedimento pode acontecer a qualquer
momento, no inicio, no meio do ano, no inicio de um novo
conteúdo;
AVALIACAO SISTEMATICA deve ser organizada de acordo
com os conteúdos significativos e que leve ao conhecimento,
acompanhamento o processo, o contexto e o desenvolvimento
pessoal do aluno, isto e, observação sistemática através do
registro, diário de classe, listas de observações, analise da
produção do aluno.
AVALIAÇÃO DO PROCESSO – esta etapa informa que a
escola cumpriu seu objetivo que é o de ensinar e aprender bem;
além disso, um meio para desenvolver e possibilitar a avaliação
do desenvolvimento das competências, ênfase na produção,
sistematização e construção de conhecimento, oportunizando o
conhecer, o fazer, o relacionar e o transformar e acompanhar o
processo ensino – aprendizagem. A amplitude da proposta da
ação avaliativa, na educação, pressupõe um processo de
construção do conhecimento e que sustente a progressão
constante de todos. Portanto, avaliar não é um momento
42
isolado. É um rever seus objetivos, refazendo o processo,
retomando o caminho e realizando um novo projeto.
Conforme definição do princípio educativo da escola que é o da
formação humana integral, todas as ações didático-pedagógicas serão
contempladas num sistema de Áreas de conhecimentos e suas disciplinas,
porque entendemos que dessa forma o processo de avaliação é mais
abrangente. A preocupação está em avaliar o desenvolvimento do aluno de
forma global, tendo por objetivo desenvolver e ampliar suas capacidades
permitir-lhes compreender e lidar com o mundo criticamente, competente,
seguro e autônomo. Nesta mudança de um sistema por série para um sistema
de organização por Áreas do conhecimento e suas disciplinas percebe-se um
grande avanço, ou seja, mudando-se a centralidades, passa do simples ensinar
conteúdos para se dar ênfase à formação humana e a valorização da alta
estima, cuja função é de alimentar, sustentar e orientar a intervenção
pedagógica. A nossa proposta de avaliação está vinculada ao projeto político
pedagógica, sendo coerente com as suas atividades para que possa acontecer
um trabalho de ação – reflexão – ação.
27. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E PROMOÇÃO
A recuperação de estudos é um dos aspectos de todos os alunos em diferentes
momentos, objetivando do aluno constantes construções do conhecimento e
crescente aperfeiçoamento. Sendo o foco da avaliação o processo, importância
está na atividade crítica, na capacidade de síntese e elaboração pessoal, sobre
a memorização, visando o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Como
instrumentos e técnicas de avaliação são utilizados os desempenhos orais e
escritas tarefas específicas, pesquisa dirigida, trabalhos em grupo e/ou
individual, além de trocas de conhecimentos, habilidades, posturas, tomadas
de decisões, criatividade e assiduidade. As atividades de acompanhamento
escolar também ocorrem no processo e de forma contínua, garantindo as
especificidades e diferenças dos indivíduos, possibilitando a todos a construção
de competências adequadas. Este Projeto possui um eixo norteador, sempre
com visão de mundo, cultura, sociedade, escola, ensino – aprendizagem e
conhecimento. Cabendo ao professor a responsabilidade de formação de
43
consciência de caráter e de valor, não esquecendo as relações afetivas. O
diálogo aberto possibilita apontar os caminhos para o aprender e o ensinar, na
humanidade e do próprio ser. Também faz parte deste processo à observação
e a análise do aluno, aproveitando as suas experiências vividas, permitindo
assim uma percepção dinâmica da aprendizagem. Entendemos que a
efetivação de uma avaliação democrática na escola depende, em última
instância, da democratização da sociedade, de tal forma que não se precise
mais usar a escola como uma das instâncias de seleção social. Os educadores
devem se comprometer com o processo de transformação da realidade,
alimentando um projeto comum da escola e da sociedade. Coerentemente com
a concepção de conteúdos e com objetivos propostos, a avaliação deve
considerar o desenvolvimento das capacidades dos alunos com relação à
aprendizagem não só de conceitos, mas também de procedimentos e atitudes,
objetivando uma busca constante e contínua de abarcar a realidade. Para
tanto, é fundamental que o educador utilize técnicas e instrumentos
diversificados para poder avaliar, cujos critérios necessitam estar explícitos e
claros tanto ele como para o educando. É importante o resgate da avaliação
em sua essência constitutiva, da sua função diagnóstica e isso dependerá de
cada educador em sala de aula, para que se torne um processo de auxilio e de
cada educando no seu processo de competência e crescimento de autonomia.
A avaliação deverá verificar a aprendizagem não a partir dos mínimos
possíveis, mas sim a partir dos mínimos necessários. Mas ninguém deverá
ficar sem as condições mínimas de competências para convivência social. Há
real necessidade de prover meios aos alunos, para que se apropriem do
conhecimento, que por algum motivo alheio ou não à vontade deles ou do
professor, não foi efetivado. Então a recuperação paralela vem de encontro a
essas necessidades para dar aos alunos uma nova oportunidade de respeitar o
conteúdo já trabalhado, oportunizando uma segunda chance de superar suas
dificuldades nos critérios estabelecidos (avaliação do trimestre). Segundo o que
consta na LDB – Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional / artigo 13,
cabe ao professor estabelecer estratégias de recuperação, para os alunos com
menor rendimento. Estas devem ocorrer paralelamente às atividades
ministradas em sala, quando houver necessidade, para que ao final do ano
letivo o período não fique curto para recuperar o que não foi aprendido.
44
Também verificamos que no Regimento Escolar – artigo 91, recuperação deve
ser realizada sempre que o professor retomar, recapitular o conteúdo, de forma
planejada e com metodologia diferenciada, podendo ocorrer em qualquer dia
letivo, respeitando o caráter cumulativo das mesmas, através da somatória de
notas, conteúdo. Esses resultados serão expressos através de notas, numa
escala de 0 (zero) a 10 (dez); bem como ser registrados em documentos
próprios, a fim de ser assegurada à regularidade e a autenticidade da vida
escolar do educando. Os resultados trimestrais e finais, serão transcritos pela
Secretaria do Colégio nos Documentos Escolares, Fichas Individuais, e
comunicado ao alunos e/ou responsáveis através de Boletins, instrumento que
possibilita aos alunos o acompanhamento do seu rendimento e freqüência. A
PROMOÇÃO é o resultado da combinação dos dados obtidos no
aproveitamento escolar do aluno, aliado a apuração da assiduidade. Serão
considerados aprovados, na série os alunos que apresentarem: Freqüência
igual ou superior a 75% do total de horas letivas e médias anuais iguais ou
superiores a 6,0 (seis vírgula zero). Serão retidos na mesma série os alunos
que apresentarem freqüência anual inferior a 75% no global da carga
independentemente do rendimento escolar. No Ensino Fundamental e Médio
os componentes curriculares de Educação Física, Arte e Língua Estrangeira
Moderna e qualquer outra disciplina da parte diversificada serão objetivos de
reprovação, juntamente com outras disciplinas do currículo e nunca isoladas e
terão registro de notas e freqüência na documentação escolar do aluno.
A equipe pedagógica do Estabelecimento está à disposição dos pais
e/ou responsáveis sempre que necessário. E os mesmos serão convocados
pela Direção ou Equipe Pedagógica quando houver necessidade da parceria
com a Escola, com o intuito de promover o aluno, destacando pontos positivos
e negativos os quais contribuam para o desenvolvimento pessoal do educando,
bem como para a qualidade do ensino. Os pais serão informados através de:
Comunicados escritos – sobre as ocorrências disciplinares, para melhoria do
Estabelecimento, participação efetiva na organização escolar; Comunicados
orais – e/ou informes gerais em sala de aula sobre assuntos pertinentes ao
processo escolar; Boletim Escolar – solicitado pessoalmente pelos pais ou
responsáveis legais mediante assinatura de comprovante de comparecimento,
para efetivo acompanhamento do rendimento escolar e freqüência do aluno.
45
Sem dúvida, o acompanhamento dos pais é fundamental no processo de
desenvolvimento dos filhos, devendo os mesmos estar presentes e atentos no
transcorrer das suas vidas. Solicita-se dos pais e/ou responsáveis à atenção
especial a vida escolar (comparecimento quando solicitado, estar presente nas
entregas de Boletins e/ou reuniões, desde o início do ano letivo e, em todos os
momentos, não deixando tudo para o final, quando, na maioria das vezes, as
únicas soluções viáveis no momento são as de “apaziguamento” de ânimos). O
Colégio adota por orientação da Secretaria de Estado da Educação, o
Regimento Escolar, no qual são determinadas a legislação e as normas a
serem seguidas pela comunidade escolar. Neste Regimento, destacamos o
Regimento Interno, que um conjunto de normas estabelecidas no sentido de
facilitar o funcionamento diário, bem como estão inseridos nele os direitos e
deveres, proibições e sanções previstas à comunidade escolar.
28. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Nossa missão de educar com qualidade exclusivamente em prol do
aluno, existente da nossa organização, enquanto instituição de ensino. Deve
ser contínua a prática da ética, a promoção da qualificação, a educação
continuada, o bem estar dos nossos colaboradores no exercício de métodos
avançados de gestão, interagindo com a comunidade em programas sociais e
de interesse comum, promover a criatividade, a pesquisa e o desenvolvimento,
reconhecendo as iniciativas, especialmente visionárias, direcionadas à
organização educacional. Através das reflexões e discussões sobre o Projeto
Político Pedagógico, admitimos a ousadia em buscar protagonizar uma
educação tão visionária, mas crer no espaço público como agente primeiro de
transformação, num ambiente proporcionado do trabalho em equipe sem
abdicar do talento e iniciativas individuais, sobrepondo todas dificuldades por si
só em um ambiente auto motivador, transformador, cultural e estrutural. Todo
projeto lança desafios, os quais no momento em que estabelecemos, não têm
o alcance bem claro de suas conseqüências. Assim, é com o Projeto Político
Pedagógico. As certezas sobre a efetivação de nossos propósitos só virão por
meio de um processo de avaliação, o qual permitirá uma melhor compreensão
da realidade e, conseqüentemente fornecerá subsídios para a tomada de
decisões garantindo assim a qualidade do ensino. Para tanto, estamos
46
propondo um plano que possibilite uma avaliação mais ampla, processual, à
avaliação institucional, a qual deverá envolver todo o coletivo da escola.
Entendemos avaliação institucional como um processo que permite avaliar a
instituição de forma global, isto é envolvendo as várias dimensões que
interferem na escola. Tais dimensões estão presentes nos órgãos constituídos
como APMF, Conselho Escolar, nas condições físicas, materiais e na própria
prática pedagógica. A avaliação tem duplo objetivo, o de auto-conhecimento e
o de formulação de subsídios para tomada de decisão institucional, com a
concretização dos objetivos da sociedade ou grupo social a que se destina
(BELLONI,2003,p.45) Utilizaremos para análise da prática, os diversos
momentos do processo escolar (os momentos das aulas, os momentos de
planejamento pedagógico, os conselhos de classe, os momentos de formação
continuada e outros) tendo como parâmetros para avaliação a forma como
esses momentos se concretizam e estabelecem relações por conta de sua
efetivação. Enfim, a avaliação deve ser contínua, obedecendo a certa
periodicidade, utilizando os resultados dos trabalhos para análise e
direcionamento das ações.
29. PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
SETORES OU
ASPECTOS A
SEREM AVALIADOS
INDICADORES PARA
AVALIAÇÃO
PERIODICIDADE
Condições físicas e
materiais
Qualidade
Quantidade
Utilidade
Trimestralmente
Órgãos Constituídos:
APMF, Conselho
Escolar e Grêmio
Estudantil
Relação com os demais
envolvidos
Cumprir objetivos
propostos nos planos de
ação
Trimestralmente
Professores Resultados Educacionais
Funções descritas no
regimento
Trimestralmente
47
Formação continuada
Relação com os demais
envolvidos
Funcionários Funções descritas no
regimento
Relação com os demais
envolvidos
Trimestralmente
Equipe Pedagógica
Resultados Educacionais
Funções descritas no
regimento
Relação com os demais
envolvidos
Trimestralmente
3.0 BIBLIOGRAFIA
BASTOS, João Batista. Gestão Democrática. 2ª edição. Rio de Janeiro - RJ.
Ed. DP&A: SEPE,2001;
FERREIRA, Naura Sylvia Carapeto e AGUIAR, Márcia Ângela d
a S. (Org). Gestão Democrática da Educação: Atuais tendências, novos
desafios. 3ª Ed. São Paulo - SP: Cortez, 2001;
FREIRE, Paulo Régis Neves. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967.
GASPARIN, J. L. Uma didática para a Pedagogia Histórico-crítica. 4.ed. rev. e ampl. Campinas – SP: Autores Associados, 2007. (Coleção educação contemporânea).
HORA, Dinair Leal da. Gestão Democrática na Escola - Artes e ofícios da participação coletiva. 6ª Ed. Campinas - SP: Papirus, 1994;
KRAMER, Sonia. LEITE, Maria Isabel F. Pereira Leite ( Org.) Campinas:
Papirus, p. 11-24, 1999
LIBÂNIO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática.
Goiânia: Alternativa, 3ª edição, 2001.
48
Mc CARTHY, C. 5the uses of culture:education and the limits of ethnic
affiliation. New York: Routhedge, 1998.
PARANÁ, Prefeitura Municipal de Curitiba. Secretaria Municipal de Educação
de Curitiba. Diretrizes Curriculares para a educação municipal de Curitiba.
Curitiba, Vol. 3. 2006;
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola
pública do Estado do Paraná. 3. ed. Curitiba: SEED, 1997;
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Currículares para o
ensino fundamental. Curitiba: SEED, 2006;
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Currículares para o
ensino médio. Curitiba: SEED, 2006;
PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. São Paulo -
SP: Ática, 1997;
Revista Pedagógica Pátio. 2004
SARLO, B. Escenas de la vida posmoderna: intelectuales, arte Y videocultura
em la Argentina, Buenos Aires, 1999.
SAVIANI, Dermeval. Para Além da Curvatura da Vara. In Revista Série Idéias.
São Paulo: 1982;
TYLER, R. (1949) Principios Básicos de Currículuo e Ensino. Porto Alegre: Globo. VEIGA, Ilma Passo A. (Org). Projeto Político Pedagógico da Escola, Uma
Construção Possível. Campinas - SP: Papirus, 1995.