catálogo tarsila do amaral

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Catálogo da artista Tarsila do Amaral realizado na disciplina de Projeto Editorial da UFRJ.

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Mulher do brasil

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A Cultura é o bem mais precioso de um povo. Através

da música,do teatro, da dança, da arquitetura e de tantas outras manifestações culturais, expressamos pensamentos e construímos diversas formas de conhecimento.

Nosso compromisso com a Cultura está fincado nesses pilares e vai muito além da visibilidade da Companhia ou do apoio a projetos já conhecidos pela maioria das pes-soas. Nosso foco está em garantir o acesso da população aos bens culturais e na afirmação da identidade brasileira. Eliane Sarmento Costa - Petrobras

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O começo da Arte moderna no Brasil, na segunda déca-da do século 20, foi marcado não só pelo confronto como pelas restrições à sua própria expansão, imposta por uma realidade sócioeconômica paradoxal: se por umlado as grandes cidades, sobretudo o Rio de Janeiro e São Paulo, vivivam um cotidiano moderno, propiciado pela industri-alização nascente, por outro lado, a articulação orgânica dessas metrópoles com uma econômia então predomi-nantemente agroexportadora, socialmente retrógada e da qual dependiam, conspirava contra a implantação gener-alizada do capitalismo que nelas se anunciava.

Traçada com alguns fios de modernidade e as amarras de uma estrutura arcaica, essa contradição histórica já apresentava aos intelectuais e artistas da época problemas urgentes, extra-artísticos, sobre os quais tinham que se pronunciar: qual a relação entre as questões universais nascidas no terreno moderno da cidade e as nacionais, germinadas havia séculos no solo conservador do latifún-dio e da monocultura? Como articula-las em um projeto cultural moderno que,criticando obstáculos sociais profundamente enraizados no passado, mantivesse suas tradições?

Formuladas ao longo dos anos 20 e 30 por artistas e intelectuais de algumas das regiões maisimportantes dopaís, como o Distrito Federal,São Paulo, Minas Gerais e

Da Antropofagia ao experimentalismo

Pernambuco, por exemplo,Vastas questões resultaram me projetos de moderni-

zação cultural que, em alguma medida,expressavam as contradições entre as oligarquias regionais e dimensiona-vam o peso que investiam por sua hegemonia no quadro nacional.

Entretanto, nos ultimos trinta anos, pelo menos os diversos modernismos brasileiros vêm sendo frequente-mente pensados apenas enquanto pálidos apêndicesdo Modernismo paulista. Essa versão enfim, vitoriosa não se deveu somente ao poder econômico e político de São Paulo,mas sobretudo a alguns acertos estratégicos e táticos ( a Semana); ao conteúdo de suas propostas, cujo Teor nacional permitiu a adesão de astistas de outras regiões brasileiras; e, posteriormente a cosntrução de uma historiografia favoravel.

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9 11 Infância e aprendizado 19 Contato com o cubismo 25 Pau Brasil35 Antropofagia 43 Social e Neo Pau Brasil

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Ela pintava flores simplesmentecopiando pelo espelho o lindo rosto.Era uma flor humana que, ao sol-postoou de manhã, se retratava ardente!...Assim, com seu semblante róseo em frenteao espelho – modelo pulcro exposto!...ela, beleza rosicler, com gosto

Olhando a rósea cor de sua faceem mescla com um brancor leve e fugaceflores róseas e brancas pintalgava!...E ao pintá-las, em meio às variegadasflores – níveas e rosas e encarnadas –ela, flor, com as flores se igualava!...

Do poeta e historiador Homero Dantas, seu conterrâneo.

À memoria de Tarsila do Amaral

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Anita Malfati. Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no grupo modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade.

Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, o também escritor Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Agitaram culturalmente São Paulo com reuniões, festas, conferências. Tarsila disse que entrou em contato com a arte moderna em São Paulo, pois antes ela só havia feito estudos acadêmicos. Em dezembro de 22, ela voltou a Paris e Oswald foi encontrá-la.

1886 Nasce Tarsila do Amaral, no Municí-pio de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha do fazendeiro José Estanislau do Amaral e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, passou a infância nas fazendas de seu pai. Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, ‘Sagrado Coração de Jesus’, 1904. Quando voltou, casou-se com André Teixeira Pinto, com quem teve a única filha, Dulce. Separaram-se alguns anos depois e então iniciou seus estudos em arte. Começou com escultura, com Zadig, passando a ter aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro Alexandrino em 1918, onde conheceu Anita Malfatti. Em 1920, foi estudar em Paris, na Aca-démie Julien e com Émile Renard. Ficou lá até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro) através das cartas da amiga

“Comecei a pintar enquanto estava na fazenda. Era criança ainda, tinha quatro para cinco anos. Meu pai tinha comprado diversas fazendas, gostava muito de ter-ras. Ele comprara uma muito bonita, de muito luxo, confortável. Então mudamos, fomos para Capivari, onde eu tinha nascido.Eu não pintava, ainda, mas gostava de ver, por exemplo, o que minha mãe tinha: uma porção de santinhos que eram da-dos nas igrejas. Os santos – eu gostava de olhar aquilo, ficava reparando” Tarsila

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‘O sagrado coração de Jesus” 1904

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“Fui para São Paulo, entrando no Colégio Sion. Eu já falava bem o francês e era a primeira em latim. Saí do colégio e fui estudar em casa. Já sabia pintar mais ou menos. O Cristo que eu fiz ficou até mais bonito que o quadro, fiz os olhos maiores. Fui dispensada dos trabalhos manuais, para fazer só pintura. Aqui, as professoras que me ensinavam pinturas não eram boas. Eu fazia tudo meio decalcando.

“Eu não conhecia a Anita Malfatti. Con-hecia, sim: quando houve a Semana de Arte Moderna e eu não estava aqui no Brasil, e ela me escreveu uma carta contando como se passou a Semana. Contou aquilo tudo. Ela já fazia uma pintura mais avançada. Era diferente a pintura dela. Teve um professor alemão, estudou na Alemanha. Eu recebia a carta. Ela explicava, contava tudo detalhadamente, aquelas brigas, as pessoas que vieram do Rio de Janeiro; era uma carta longa, que eu

“Voltei nos primeiros dias de julho de 22. Naquele tempo não havia avião nem nada. Só navios. Aqueles ingleses, muito bons, viagens de até 20 dias.”

Depoimentos de Tarsila

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“Passado algum tempo, a família toda foi para a Europa. E eu fui, então. Fomos a Madrid e Barcelona: lá tinha um colégio de freiras muito bom, com moças muito bonitas, todas nobres, muito instruí-das – tanto que elas não podiam falar o catalão, que era a língua de lá. “ ; (...) estudei muito bem aquilo tudo, com muita paciência, e na ocasião das provas fui a primeira da classe. Até a diretora da escola fez uma preleção. Falou que era uma vergonha uma estrangeira chegada havia apenas três meses ser a primeira da classe”

Academia nº 4 1922 Óleo sobre cartão-tela 76 x 53 cm

Natureza Morta ( cópia a partir de Pedro Alexandrino) 1918 Óleo sobre cartão-tela 53 x 63 cm

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As margaridas de Mário de Andrade 1922 Óleo sobre cartão-tela 100 x 96 cm

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‘“Retrato de Mário de Andrade” 1922

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‘“Retrato de Mário de Andrade” 1922

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contato com o cubismo

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211923 Neste ano, Tarsila encontrava-se em Paris acompanhada do seu namorado Oswald. Conheceram o poeta franco suíço Blaise Cendrars, que apresentou toda a intelec-tualidade parisiense para eles. Foi então que ela estudou com o mestre cubista Fernand Léger e pintou em seu ateliê, a tela ‘A Negra’. Léger ficou entusiasmado e até chamou os outros alunos para ver o quadro. A figura da Negra tinha muita ligação com sua infância, pois essas negras eram filhas de escravos que tomavam conta das crianças e, algumas vezes, serviam até de amas de leite. Com esta tela, Tarsila entrou para a estória da arte moderna brasileira. A artista estudou também com Lhote e Gleizes, outros mestres cubistas. Cendrars também apresentou a Tarsila pintores como Picasso, escultores como Brancusi, músicos como Stravinsky e Eric Satie. E ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o compositor Villa Lobos, o pintor Di Cavalcanti, e os mecenas Paulo Prado

e Olívia Guedes Penteado. Tarsila oferecia almoços bem brasilei-ros em seu ateliê, servindo feijoada e caipirinha. E era convidada para jantares na casa de personalidades da época, como o milionário Rolf de Maré. Além de linda, vestia-se com os melhores costureiros da época, como Poiret e Patou. Em uma homenagem a Santos Dumont, usou uma capa vermelha que foi eternizada por ela no auto-retrato ‘Manteau Rouge’, de 1923.

Composição Cubista (Mãos ao piano) 1923 Grafite e aquarela sobre papel 23 x 25 cm

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Estudo (Academia nº 2) 1923 Óleo sobre tela 61 x 50 cm

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Estudo (Academia nº 2) 1923 Óleo sobre tela 61 x 50 cm

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Estudo (Academia nº 2) 1923 Óleo sobre tela 61 x 50 cm

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“Ela dizia que queria

ser a pintora do Brasil.”

Pau Brasil, e temos quadros maravilhosos como ‘Carnaval em Madureira’, ‘Morro da Favela’, ‘EFCB’, ‘O Mamoeiro’, ‘São Paulo’, ‘O Pescador’, dentre outros.

Em 1926, Tarsila fez sua primeira Ex-posição individual em Paris, com uma crítica bem favorável. Neste mesmo ano, ela casou-se com Oswald (o pai de Tarsila conseguiu anular em 1925 o primeiro casamento da filha para que ela pudesse se casar com Oswald). Washington Luís, o Presidente do Brasil na época e Júlio Prestes, o Governador de São Paulo na época, foram os padrinhos deles.

1924 Blaise Cendrars veio ao Brasil e um grupo de modernistas passou com ele o Carnaval no Rio de Janeiro e a Semana Santa nas cidades históricas de Minas Gerais. No grupo estavam além de Tarsila, Oswald, Dona Olívia Guedes Penteado, Mário de Andrade, dentre outros. Tarsila disse que foi em Minas que ela viu as cores que gostava desde sua infância, mas que seus mestres diziam que eram caipiras e ela não devia usar em seus quadros. ‘Encon-tei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, ...’ E essas cores tornaram-se a marca da sua obra, assim como a temática brasileira, com as paisagens rurais e urbanas do nosso país, além da nossa fauna, flora e folclore.

Ela dizia que queria ser a pintora do Brasil. E esta fase da sua obra é chamada de

Encontrei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as min-has telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, ...’

Tarsila

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Carnaval em madureira 1924 oelo / tela 76 x 63 cm

A feira II 1925 Óleo sobre tela 45,3 x 54,5 cm

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Carnaval em madureira 1924 oelo / tela 76 x 63 cm

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Carnaval em Madureira 1924 Óleo sobre tela 76 x 63 cm

Ouro Preto I (Pag 28 / 29) Série viagem a Minas Gerais 1924 Grafite e aquarela sobre papel 16,5 x 22,5 cm

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A negra 1923 Óleo sobre tela 100 x 80 cm

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Morro da Favela 1924 Óleo sobre tela 64,5 x 76 cm

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O pescador 1925 oleo tela 66 x 75 cm

Religião Brasileira I 1927 Óleo sobre tela 63 x 76 cm

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antropofaGia

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A artista contou que o Abaporu era uma imagem do seu inconsciente, e tinha a ver com as estórias de monstros que comiam gente que as negras contavam para ela em sua infância. 1929 Tarsila fez sua primeira Exposição Individual no Brasil, e a crítica dividiu-se, pois ainda muitas pessoas ainda não entendiam sua arte.Ainda neste ano de 1929, teve a crise da bolsa de Nova Iorque e a crise do café no Brasil, e assim a realidade de Tarsila mudou. Seu pai perdeu muito dinheiro, teve as fazendas hipotecadas e ela teve que trabalhar. Separou-se de Oswald.

1928 Tarsila queria dar um presente de an-iversário especial ao seu marido, Oswald de Andrade. Pintou o ‘Abaporu’. Quando Oswald viu, ficou impressionado e disse que era o melhor quadro que Tarsila já havia feito. Chamou o amigo e escritor Raul Bopp, que também achou o quadro maravilhoso. Eles acharam que parecia uma figura indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou-se do dicionário Tupi Guarani de seu pai. Batizou-se o quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico. A figura do Abaporu simbolizou o Movimento que queria deglutir, engolir, a cultura européia, que era a cultura vigente na época, e transformá-la em algo bem brasileiro. Outros quadros desta fase Antropofágica são: ‘Sol Poente’, ‘A Lua’, ‘Cartão Postal’, ‘O Lago’, ‘Antropofagia’, etc. Nesta fase ela usou bichos e paisagens imaginárias, além das cores fortes.

Depoimento de Tarsila

>> Fui casada com Oswald de Andrade. Dizem que não, mas não é verdade. Casamos numa grande festa em minha casa na rua Vitória. Fiz um vestido de seda com um “manteau” maravilhoso. Mas Oswald era impossível. Adorava brigar. Estávamos casados quando ele brigou com o Mário de Andrade. Depois pediu que eu escrevesse uma carta de reconciliação. Mas o Mário não aceitou”.

Só a Antropofagia nos une.

Socialmente,

Economicamente,

Filosoficamente.

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“Queremos a Revolução Caraíba. Maior que a Revolução Francesa. A unificação de todas as revoltas eficazes na direção do homem. Sem nós a Europa não teria sequer a sua pobre declaração dos direitos do homem.”

“A intenção de promover o resgate da cultura primitiva é notável no manifesto, e o autor o faz por meio de um processo não harmonioso de tentar promover a assimilação mútua por ambas as culturas. Oswald, no entanto, não se opõe drastica-mente à civilização moderna e industriali-zada, mas propõe um certo tipo de cautela ao absorver aspectos culturais de outrem, para que a modernidade não se sobre-ponha totalmente às culturas primitivas. E também, para que haja maior cuidado ao absorver a cultura de outros lugares, para que não haja absorção do desnecessário e a cultura brasileira vire um amontoado de fragmentos de culturas exteriores.”

“Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.Única lei do mundo. Expressão mascara-da de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.Tupi, or not tupi that is the question.”

Trechos do manifesto antropofágico de Oswald Andrade.

Cartão postal 1929 oleo sobre tela 127,5 x 142,5 cm

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O ovo ou urutu 1928 Óle sobre tela 60 x 72 cm

Abaporu 1928 oleo tela 85 x 73 cm assin 11-1-1928

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O ovo ou urutu 1928 Óle sobre tela 60 x 72 cm

O lago 1928 oleo tela 75,5 x 93 cm

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Antropofagia 1929 oleo / tela 126 x 142 cm

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tentando salvar uma amiga em um lago em Petrópolis. Tarsila participou da I Bienal de São Paulo em 1951, teve sala especial na VII Bienal de São Paulo, e participou da Bienal de Veneza em 1964. Em 1969, a mestra em história da arte e curadora Aracy Amaral realizou a Exposição, ‘Tarsila 50 anos de pintura’. Sua filha faleceu antes dela, em 1966.Tarsila faleceu em janeiro de 1973.

1931 Já com um novo namorado, o médico comunista Osório Cesar, Tarsila expôs em Moscou. Ela sensibilizou-se com a causa operária e foi presa por participar de reuniões no Partido Comunista Brasileiro com o namorado. Depois deste episódio, nunca mais se envolveu com política. Em 1933 pintou a tela ‘Operários’. Desta fase Social, temos também a tela ‘Segunda Classe’. A temática triste da fase social não fazia parte de sua personalidade e durou pouco em sua obra. Ela acabou com o namoro com Osório, e em meados dos anos 30, Tarsila uniu-se com o escritor Luís Martins, mais de vinte anos mais novo que ela. Ela trabalhou como colunista nos Diários Associados por muitos anos, do seu amigo Assis Chateaubriand. Em 1950, ela voltou com a temática do Pau Brasil e pintou quadros como ‘Fazenda’, ‘Paisagem ou Al-deia’ e ‘Batizado de Macunaíma’. Em 1949, sua única neta Beatriz morreu afogada,

Paisagem com bicho antropofágico III 1930 Lápis de cor e pastel sobre papel 18 x cm

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Operários 1933 Óleo sobre tela 150 x 205 cm

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Segunda Classe 1933 Óleo sobre tela 110 x 151 cm

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Retrato de Luís Martins I 1933 - 1937 Óleo sobre tela 80 x 60 cm

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Batizado de Macunaíma 1956 Óleo sobre tela 132,5 x 250 cm

Costureiras 1936 / 1950 Óleo sobre tela 73 x 100 cm

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51“Tarsila viveu sua longa vida cercada não só dos aplausos e da admiração, sem desfal-ecimentos, do público e dos meios artísticos e intelectuais, mas também da estima e da amizade de seus companheiros de ofício, dos escritores, daqueles que tiveram a alegria do seu convívio e que nela viam não somente a grande artista, mas, igualmente, fundindo-se e confundindo-se com esta, uma grande figura humana”.

“Tarsila não se deixou abalar conforme a rosa dos ventos. Seu lugar, sua posição na história da arte brasileira, é inexpugnável. Ela brilhará, nesse firmamento, como estrela que não deixou e não deixará de nos comover com os raios da sua luminosa trajetória no mundo das formas, da cor, da luz”.

“Tarsila não parte. Chega com o futuro”

Paulo Bonfim (poeta)

Pedro Dantas

Fernando Góes (escritor)

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