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COLÉGIO ESTADUAL PAULO VI ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO XAMBRÊ – PARANÁ 2010 1

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COLÉGIO ESTADUAL

PAULO VI

ENSINO FUNDAMENTAL

E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

XAMBRÊ – PARANÁ

2010

1

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Sumário

1.Apresentação..........................................................................03

2.Identificação............................................................................03

3.Objetivos Gerais......................................................................09

4. Marco Situacional..................................................................09

5. Marco Conceitual...................................................................14

6. Marco Operacional.................................................................18

7. Avaliação.................................................................................20

8. Referências..............................................................................20

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1. APRESENTAÇÃO

A construção do Projeto Político Pedagógico permite refletir

coletivamente a respeito da organização do trabalho pedagógico escolar

como um todo.

Este documento é resultado de amplos debates com a participação

de professores, funcionários, alunos e pais, durante as Práticas

Pedagógicas, Conselhos de Classe, Reuniões de Pais, Conselho Escolar,

questionamentos com alunos no dia a dia escolar, debates sobre o CONAE,

além de observações e reflexões sobre o cotidiano escolar .

2. IDENTIFICAÇÃO

Nome da Instituição: Colégio Estadual Paulo VI- Ensino Fundamental e

Médio.

Código 0246 – Município 2900 - Xambrê

Endereço: Rua Florianópolis Nº 463 - – Fone: (44)36321213

CEP 87.535-000

Xambrê – Paraná.

O colégio está localizado em uma região agrícola e está a uma

distância de aproximadamente vinte e cinco quilômetros do Núcleo

Regional de Educação de Umuarama.

O Colégio Estadual Paulo VI – Ensino Fundamental e Médio é

resultante da reorganização da Escola Colegial Estadual de Xambrê, criada

pelo decreto nº 22.114/70 de 30 de dezembro de 1970, sendo implantada

pela Portaria nº 365/71 de 27 de fevereiro de 1971.

Em 1979 se iniciou a reformulação da Escola Normal Colegial

Estadual de Xambrê, em atendimento à Lei nº 5.692/71 e pelo parecer nº

288/79 do Conselho Estadual de Educação, foi aprovado o projeto de

implantação do Ensino de 2º Grau, com as habilitações em: Básico em

Química, Básico em Administração e Plena em Magistério.

Em 1981, a Resolução nº3.303/81 de 30 de dezembro de 1981, o

transformou em um único estabelecimento de ensino, denominado Colégio

Paulo VI – Ensino de 1º e 2º graus, ficando autorizado o funcionamento das

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habilitações em Básico em Química, Básico em Administração, Plena em

Magistério e as 04 (quatro) primeiras séries do 1º Grau.(1ª a 4ª séries).

Finalmente, em 1983, por meio da Resolução nº 2.585/83 de 30 de

junho de 1983, passou a ter a denominação de Colégio Estadual Paulo VI -

Ensino de 1º e 2º graus. A resolução nº 4.302/83 de 27 de dezembro de

1983, reconheceu os Cursos de Básico em Química, Básico em

Administração, Plena em Magistério e as 04(quatro) primeiras séries do 1º

Grau (1ª a 4ª série).

Em 1984, pela resolução nº 5.487/84 de 06 de Junho de 1984, foi

extinto gradativamente o Curso de Básico em Química e por meio da

Resolução nº 5.513/84 de julho de 1984, ficou autorizado o funcionamento

do Curso de 2º Grau Regular – Propedêutico (Educação Geral).

Em 1985, pela resolução 1.347/85, foi reconhecido oficialmente o

Curso de 2º Grau Regular – Propedêutico (Educação Geral).

Em 1991, por meio da Resolução Nº 1.296/91 foram cessadas as

atividades de 1ª a 4ª séries do 1º Grau e com a extinção da Escola Estadual

Presidente Castelo Branco- Ensino de 1º Grau, se passou a atender as 04

últimas séries do Ensino de 1º Grau – 5ª/8ª Séries do 1º Grau Regular.

Em 1995, através da Resolução Nº 5.414/94 de 07 de novembro de

1994, foi implantada a habilitação de Auxiliar de Contabilidade, 2º Grau,

cessando gradativamente o Curso de Básico em Administração a partir de

1995.

Em 1996, por meio da resolução Nº 1.553/97 SEED, de 24 de abril de

1997, foi autorizada a criação do Programa de Adequação Idade- Série:

Correção de Fluxo.

Em 1997, pela resolução Nº4.003/97 de 09 de janeiro de 1998, ficou

reconhecido o Curso de Habilitação Auxiliar de Contabilidade do referido

colégio.

Em 1999, foi implantado, gradativamente, o Ensino Médio, trocando

a denominação para: Colégio Estadual Paulo VI- Ensino Fundamental e

Médio, sendo extintos, gradativamente, os cursos: Magistério, Auxiliar de

Contabilidade e Educação Geral.

Em 18/09/2000, pelo Parecer 94, é aprovado o Regimento Escolar .

Em 07/05/2004, pelo Parecer 0026, é aprovado o Regimento Escolar.

Em 16/12/2005 pela autorização 3.659, foi autorizado o

funcionamento da Sala de Recursos - Ensino Fundamental - 5ª a 8ª séries -

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Área da Deficiência Mental e Distúrbios de Aprendizagem. A partir de

2006, seu funcionamento passou a ser autorizado pelo Parecer 2.285/2005

CEE.

Pela Resolução nº 3.683/2008 foi instituído o Programa Viva a

Escola, passando a funcionar no colégio, a partir do ano de 2009.

Após a constatação das dificuldades de aprendizagem dos alunos de

5ª série, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, foi

autorizada, pela Instrução 22/2008-SUED/SEED, a abertura de 01 Sala de

Apoio à Aprendizagem, no período matutino, a partir do ano de 2010.

Atendendo aos preceitos legais da Lei nº 11.788/2008 e da Instrução

nº 006/2009 – SUED/SEED, foi aprovado o plano do estágio não obrigatório

de Ensino Médio, da Educação Profissional e da Educação de Jovens e

Adultos do colégio.

Tendo em vista a Lei Federal 11.161/2005, que dispõe sobre o ensino

de língua espanhola e a Instrução 011/2009 SUED/SEED, foi implantada,

no ano letivo de 2010, uma turma de Curso Básico de Língua Espanhola,

no período vespertino (das 17 às 19h).

O Colégio recebeu este nome em homenagem ao Papa Paulo VI.

O Colégio Estadual Paulo VI - Ensino Fundamental e Médio,

funciona nos três períodos: matutino, vespertino e noturno.

No ano de 2010, o Colégio oferece as seguintes modalidades:

Modalidade: Ensino Fundamental - 5ª a 8ª Séries

Turno: Matutino e Vespertino

Turmas: 8 turmas - 5ª Série A ; 5ª Série B

6ª Série A ; 6ª Série B

7ª Série A ; 7ª Série B

8ª Série A ; 8ª Série B

Total de alunos do Ensino Fundamental: 230 alunos

O colégio possui 1 sala de recursos, no período vespertino, onde são

atendidos 07 alunos com deficiência intelectual e transtornos funcionais

específicos, que frequentam o Ensino Fundamental no período matutino.

Modalidade : Ensino Médio - 1ª a 3ª Séries

Turno: Matutino e Noturno:

Turmas: 7 (sete) - 1ª série A ; 1ª série B; 1ª Série C

2ª Série A ; 2ª Série B

3ª Série A ; 3ª Série B

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Total de Alunos Ensino Médio : 228 alunos

Modalidade : EJA – FASE II

Turno: Noturno:

Turmas: 3 (três) – LPORTFC; MATFC e HISTFC.

Total de Alunos EJA Fase II: 50

Modalidade : EJA – ENSINO MÉDIO

Turno: Noturno:

Turmas: 4 (quatro) - LPORTFC; MATFC; GEOMC e HISTFC

Total de Alunos EJA - Ensino Médio: 69

O corpo docente do colégio é composto, na sua maioria de

professores concursados, com um e dois padrões na escola. Os

funcionários são na maioria concursados e quando têm oportunidade

aprimoram suas habilidades através de cursos de capacitação oferecidos

pela SEED. A maioria dos professores e funcionários mora no município. A

escolha da Direção acontece por meio de consulta.

Quadro Geral de Pessoal

Função Nome Disciplina Formação

Diretora Helena Cristina Martins

Rosa

-------------------- 3º Grau/Pós

Graduação

Diretor

Auxiliar

Michael Peres dos

Santos

----------------- 3º Grau/Pós

Graduação

Secretária Garlete Ferratto ---------------------- 3º grau

Professora Adenice Batista de

Oliveira Panissa

Matemática 3º Grau/Pós

Graduação

Técnico

Administrativo

Alvaro Barbosa da Silva -------------------- 3º grau

Professor André Juliano Mendes Educação Física 3º Grau

Professor Aparecido dos Santos

Barros

Arte 3º Grau/Pós

Graduação

Professor Carmem Cristina de

Moraes Rosa Botelho

História 3º Grau/Pós

Graduação

Auxiliar de

serviços gerais

Carolinda Borges Celeri ------------------- 2º Grau

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Professor Durvalino Inácio Pinto Física 3º Grau/Pós

Graduação

Professora Elizabete Regina

Parreira Fenili

Língua

Portuguesa

3º Grau/Pós

Graduação

Professor Flavio Fabrini Filosofia 3º Grau/Pós

Graduação

Técnico

Administrativo

Florisvaldo da Gama

Ribeiro

------------------- 2º Grau

Auxiliar de

serviços gerais

Geni Carvalho da Silva -------------------- 2º Grau

Professora Helena Cardozo dos

Santos

História/Sociolo

gia/Filosofia

3º Grau/Pós

Graduação

Professora

Pedagogo

Helena Cardozo dos

Santos

----------------- 3º Grau/Pós

Graduação

Professora Irene Cardoso Leite História/Ensino

Religioso

3º Grau/Pós

Graduação

Professora Ivani Meira Ercolin Artes/Inglês 3º Grau/Pós

graduação

Auxiliar de

serviços gerais

Ivone Ferraregi Pires ------------------ 2º Grau

Professora Janaína da Silva Química 3º grau

Professor Joel Tadeu Tosta Química/Ciência

s

3º Grau/Pós

Graduação

Professora Lucimar de Fátima

Manzole dos Santos

Ciências/Matem

ática

3º Grau/Pós

Graduação

Auxiliar de

serviços gerais

Luzia Maria de Oliveira ----------------------- 2º grau

Professor Maria de Fátima dos

Santos

Língua

Portuguesa

3º Grau/Pós

Graduação

Professora Maria dos Anjos

Abrantes Prates

Sala de

Recursos

3º Grau/Pós

Graduação

Auxiliar de

serviços gerais

Maria Francisca Filha

Ribeiro

--------------------- 2º Grau

Professora Maria Honório da Silva Língua

Portuguesa

3º Grau/Pós

Graduação

Professora Maria Leonor da Silva

Branco

Língua

Portuguesa

3º grau

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Professora Maria Lucinéia da Silva Ciências 3º Grau/Pós

Graduação

Secretária Maria Odete Rodrigues

Bernardelli

-------------------- 3º Grau/Pós

Graduação

Professora Marisa Aparecida

Baraviera Tosta

Ciências/Biologi

a

3º Grau/Pós

Graduação

Professora Marli Adriana Suffi da

Silva

Ciências/Matem

ática

3º Grau/Pós

Graduação

Professora Marly Cristina Biaca

Campanholi Geografia

3º Grau/Pós

Graduação

Professora Mayara Aline Prates Matemática 3º grau

Professor Michael Peres dos

Santos

Matemática 3º Grau/Pós

Graduação

Professor

Pedagogo

Miriam Aparecida

Jarenko Ziliotto

----------------- 3º Grau/Pós

Graduação

Auxiliar de

erviços gerais

Nadir Firmino Pedroso --------------- 1º Grau

Incompleto

Auxiliar de

serviços gerais

Nair de Paula Ferrareze --------------- 2º Grau

Auxiliar de

serviços gerais

Natalina Pires Colonello ---------------- 1º Grau

Incompleto

Técnico

Administrativo

Neide Faria de Oliveira ---------------- 2º Grau

Professora Neide Maria de Oliveira

Botelho

Geografia 3º Grau/Pós

Graduação

Auxiliar de

serviços gerais

Ogilda Araujo de

Oliveira

---------------------- 2º grau

Professora

Pedagoga

Olga Dancini Matiazi ------------------------- 3º Grau/Pós

Graduação

Professor Osnir Trentim Matemática/Ciê

ncias

3º Grau/Pós

Graduação

Professora Rafaela Dancini Matiazi

Biaca Bassalobre

Biologia 3º grau

Professor Sérgio Botelho Sociologia 3º grau

Professora Silvana Terezinha de

Paula Seleti

Educação Física 3º Grau/Pós

Graduação

Técnico Silvano Campos Leite ----------------- 2º Grau

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Administrativo

Professora Sílvia de Souza Língua Inglesa 3º Grau/Pós

Graduação

Professora Sonia Maria Ercolin

Elias

Língua

Portuguesa

3º Grau/Pós

Graduação

Professora Vanessa dos Santos

Pereira

Língua

Portuguesa

3º grau

Ambientes Pedagógicos: A Escola possui 10 salas de aula, 1

Biblioteca, 06 banheiros, 1 Sala para Professores, 1 Sala para Direção, 1

Sala para Secretaria,1 Sala de Informática, 1 Sala para Pedagoga, 1 sala de

almoxarife, 1 sala de refeitório aberta, 1 Laboratório de Biologia, Física,

Química e Ciências, 1 Sala de Recursos e 1 quadra coberta.

A opção do colégio é pela organização disciplinar do currículo,

proposta pela SEED do Paraná, tomando-o numa perspectiva

interdisciplinar, para, em conjunto, ampliar a abordagem dos conteúdos,

buscando a totalidade, numa prática pedagógica que leve em conta as

dimensões: científica, filosófica e artística.

A organização do trabalho pedagógico em todos os níveis e

modalidades de ensino segue as orientações expressas nas Diretrizes

Curriculares Nacionais e Estaduais.

O regime de oferta da Educação Básica é de forma presencial, com a

seguinte organização: por séries, nos anos finais do Ensino Fundamental e

no Ensino Médio; por disciplina, no Ensino Fundamental – Fase II e Ensino

Médio, na modalidade Educação de Jovens e Adultos; por serviços e apoios

especializados na área de Deficiência Mental/Intelectual na modalidade

Educação Especial.

Quanto ao regime escolar, o Colégio Estadual Paulo VI oferece o

sistema de classificação (por promoção, transferência ou mediante

avaliação) e reclassificação, em todos os níveis e modalidades de ensino,

para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade,

experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais.

A promoção será o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do

aluno, aliada à apuração da frequência mínima.

No Ensino Fundamental e Médio, o sistema de avaliação é bimestral,

composto pela somatória da nota 4,0 (quatro) referente a atividades

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diversificadas, mais a nota 6,0(seis), resultante de no mínimo duas

avaliações, utilizando-se instrumentos diversificados, totalizando nota final

de valor 10,0.

Na modalidade Educação de Jovens e Adultos serão registradas de

duas a seis notas por disciplina, que corresponderão a provas individuais

escritas e a outros instrumentos avaliativos adotados, aos quais,

obrigatoriamente, o aluno submeter-se-á na presença do professor.

O estabelecimento proporcionará a Recuperação Bimestral a todos

os alunos que não atingirem a nota integral.

Os alunos que apresentarem frequência mínima de 75% do total de

horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em

cada disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano letivo.

No Ensino Fundamental e Médio, o aluno que não obtiver aprovação

final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las

subsequente e concomitantemente às séries seguintes, em turno contrário

ao da série em que foi matriculado. Para aprovação na dependência neste

Regime de Progressão Parcial, é necessário frequência de no mínimo 75% e

o aproveitamento escolar estabelecido no Regimento. É vedada a matrícula

inicial no Ensino Médio, ao aluno com dependência do Ensino

Fundamental.

A organização da prática pedagógica da Sala de Recursos se

estrutura por meio da identificação das habilidades e necessidades

educacionais específicas de cada aluno. As atividades são planejadas de

acordo com a avaliação do desenvolvimento e acompanhamento dos alunos,

que são atendidos de forma individual ou em pequenos grupos, conforme

cronograma pré determinado, considerando as necessidades e

possibilidades de cada um.

A comunidade escolar é formada por indivíduos de vários níveis

socio-econômico-cultural. Advindos da classe trabalhadora rural e urbana,

os alunos enfrentam problemas e necessidades específicas da realidade

social, política e econômica, em que estão inseridos.

3. OBJETIVOS GERAIS

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• Oferecer aos alunos a formação necessária para o

enfrentamento e transformação da realidade social, econômica e

política;

• Possibilitar ao aluno, através do conhecimento, a compreensão

de sua condição como sujeito histórico;

• Garantir aos alunos o acesso ao conhecimento e à cultura

acumulada pela sociedade;

• Promover a formação do cidadão crítico e participativo diante

das questões do dia a dia.

4. MARCO SITUACIONAL

A Escola Pública Brasileira atende a um número cada vez maior de

estudantes oriundos da classe trabalhadora.

A formação integral do homem não só é fruto de seu tempo histórico,

das relações sociais em que está inserido, mas ele é, também, um ser

singular, que atua no mundo a partir do modo como compreende e como

dele lhe é possível participar. Para tanto o estado e o município devem

oferecer condições para os alunos terem acesso à educação gratuita e de

qualidade, tendo acesso ao conhecimento, como forma de apropriação do

saber e interação nas mudanças sociais.

A função da escola pública é a socialização do conhecimento para

todos. Sendo assim, o aluno do Colégio Estadual Paulo VI, deverá ter

acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, através dos

conteúdos das disciplinas escolares. Esta instituição escolar é muito

importante para a comunidade local, pois, será por meio dela, que poderão

ter acesso ao mundo letrado do conhecimento científico, da reflexão

filosófica e do contato com a Arte.

Analisando as notas do IDEB do colégio, em 2009, se verificou que a

média foi 4,0. Em relação ao ano de 2007, cuja nota era 4,1, houve uma

queda, ficando também com média inferior a do município: 4,2, apenas

superando a meta projetada, de 3,9. A média é, também, inferior a das

escolas municipais de Ensino Fundamental das séries iniciais (4,8).

De acordo com o relatório final do ano de 2009, se observou o

seguinte resultado:

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No Ensino Fundamental, dos 133 alunos matriculados no período

matutino, na 5ª série, foram: 4 alunos reprovados, nenhum aluno

desistente, 8 alunos aprovados pelo conselho de classe e 2 alunos com

dependência. Na 6ª série foram: 2 alunos reprovados, nenhum aluno

desistente, 4 alunos aprovados pelo conselho de classe e 1 aluno com

dependência. Na 7ª série não houve reprova, 1 aluno desistente, 6 alunos

aprovados pelo conselho de classe e 1 aluno com dependência. Na 8ª série,

2 alunos reprovados, 1 aluno desistente e 6 alunos aprovados pelo conselho

de classe. Dos 88 alunos matriculados no período vespertino, na 5ª série,

foram: 2 alunos reprovados, 2 alunos desistentes, 5 alunos aprovados pelo

conselho de classe e 1 aluno com dependência. Na 6ª série foram: 2 alunos

reprovados, 3 alunos desistentes, 1 aluno aprovado pelo conselho de classe

e 1 aluno com dependência. Na 7ª série foram: 2 alunos reprovados, 5

alunos desistentes, 1 aluno aprovado pelo conselho de classe e nenhum

aluno com dependência. Na 8ª série, 1 aluno reprovado, nenhum aluno

desistente, 1 aluno aprovado pelo conselho de classe e nenhum aluno com

dependência.

No Ensino Médio, dos 85 alunos matriculados no período matutino,

no 1º ano houve 1 aluno reprovado, 1 aluno desistente, 3 alunos aprovados

pelo conselho de classe e nenhum aluno com dependência. No 2º ano, 1

aluno reprovado, 1 aluno desistente, 2 alunos aprovados pelo conselho de

classe e nenhum aluno com dependência. No 3º ano todos foram aprovados

por nota. Dos 100 alunos matriculados no período noturno, no 1º ano,

foram: 12 alunos reprovados por frequência, 8 desistentes, 3 aprovados

pelo conselho de classe e 1 aluno com dependência. No 2º ano, foram: 5

alunos reprovados por frequência, 6 alunos desistentes, 3 alunos aprovados

pelo conselho de classe e 2 alunos com dependência. No 3º ano 1 aluno foi

reprovado, 9 alunos desistentes, 1 aluno aprovado pelo conselho de classe

e nenhum aluno com dependência.

O Currículo que temos é de boa qualidade, estando em fase de

implementação as novas Diretrizes Curriculares exigidas pela legislação

em vigor, efetivadas com a participação coletiva dos professores, sob a

coordenação da Equipe de Ensino do NRE de Umuarama.

Analisando, no dia a dia, a prática pedagógica do colégio, foram

identificados alguns problemas que interferem no ensino-aprendizagem,

relacionados à:

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Direção

• excesso de trabalho burocrático, sobrando pouco tempo para

dedicar à parte pedagógica;

Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil

• dificuldades em realizar as reuniões com todos os membros;

• falta de capacitação;

Agente Educacional I e II

• número insuficiente de funcionários ( porteiro, guardião de

pátio, auxiliar para a sala de informática e laboratório,

bibliotecário);

• necessidade de substituição dos funcionários que se afastam

em licença;

Equipe Pedagógica

• excesso de atividades que não são de sua competência;

• dificuldade em se reunir com os professores na hora atividade;

• dificuldade em colocar a hora atividade de professores da

mesma disciplina nos dias pré determinados, devido ao fato de vários

professores terem aulas em diferentes escolas;

• necessidade de substituição de pedagogos no caso de

afastamento em licença;

Professores

• alta rotatividade de professores substitutos;

• falta de professores em algumas disciplinas, como Arte, e em

excesso em outras, com o inconveniente do professor ter que

completar suas aulas em outro município.

• muitas faltas por atestado médico;

• atrasos no horário de entrada;

• dificuldade em se reunir com colegas da mesma disciplina na

hora atividade;

• não cumprimento da hora atividade no horário determinado;

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• atrasos na entrega dos Planos de Trabalho Docente e livros

Registro de Classe;

• excesso de permissão de saída de alunos durante as aulas;

• permissão de saída de alunos antes do término da aula;

• excesso de alunos no pátio no horário de aula;

Alunos

• falta do uniforme escolar e de Educação Física;

• atraso no horário de entrada;

• saída da sala a cada troca do professor;

• falta de respeito entre colegas e com o professor;

• uso de celular, aparelhos eletrônicos, etc., nas dependências

do colégio;

• falta nas avaliações;

• grande nº de alunos evadidos no período vespertino e noturno;

• muitos alunos reprovados por baixa frequência, no período

noturno;

• alunos que permanecem no pátio, após iniciada a aula;

• indisciplina;

• pouca frequência na sala de Apoio, da EJA, do CELEM e do

Viva Escola;

• falta nas aulas de sexta-feira no período noturno;

• destruição de materiais pertencentes ao bem público (portas,

carteiras, ventiladores, copos, pratos, talheres, paredes riscadas,

etc.);

Pais ou Responsáveis

• não comparecimento às reuniões;

• não comparecimento na entrega de boletins, principalmente

no período noturno;

Espaço Físico e Recursos Pedagógicos

• mau uso da Sala de Informática, Laboratório de Ciências e

Biblioteca;

• Pouco uso da TV Pendrive

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• falta de materiais necessários para o laboratório de Ciências,

Sala de Apoio e Sala de Recursos;

Conselho de Classe

• Falta de estabelecimento de critérios para análise do

aproveitamento escolar do aluno;

• número elevado de aprovações pelo conselho;

5. Marco Conceitual

O direito à educação, que durante longos anos no Brasil significou o

direito à matricula, depois dos avanços recentes e da reflexão sobre

direitos individuais consagrados na Constituição Federal de 1988 deve

significar, o direito à aprendizagem. Em relação ao aprendizado, o Colégio

Estadual Paulo VI, Ensino Fundamental e Médio, representado pelo seu

coletivo, concorda, com o conceito teórico, com as ideias pedagógicas de

equilíbrio e de beleza propostas por Antônio Nóvoa, sociólogo português.

“Vale a pena ser ensinado tudo o que une e tudo o que liberta. Tudo o que

une, isto é, tudo o que integra cada indivíduo num espaço de cultura e de

sentidos. Tudo o que liberta, isto é, tudo o que promove a aquisição de

conhecimentos, o despertar do espírito científico e tudo o que torna a vida

mais decente”.

Entende-se, que muitos são os conhecimentos necessários à

formação da cidadania, e que variadas estruturas, organizações, e

instituições educativas têm responsabilidades na transmissão destes

conhecimentos. Sob esta ótica, a família e a religião, são forças tão

poderosas quanto a escola na formação da visão de mundo e dos valores de

cada criança ou jovem. Mas é por meio da escola que o homem terá

contato com o conhecimento acumulado pela humanidade, organizado de

forma sistematizada.

“O trabalho educativo é o ato de produzir direta e intencionalmente,

em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida historicamente

e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objetivo da educação

básica diz respeito de um lado à identificação dos elementos culturais que

precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles

se tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, a descoberta

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das formas mais adequadas para atingir esse objetivo.”(Saviani,1992.

P.17).

Refletir sobre a democratização das práticas e dos saberes escolares

na organização do trabalho pedagógico, de forma emancipadora, implica,

em primeiro lugar, adentrar o cotidiano da escola, para analisar o

significado de suas práticas pedagógicas no processo de produção de

sujeitos e de construção de um projeto de sociedade. Implica em analisar o

trabalho pedagógico escolar, com olhar atento no currículo, em especial na

definição dos saberes trabalhados na prática escolar. Neste sentido, é

fundamental ter a clareza de que a escola, como uma instituição histórica e

cultural, pela forma como se organiza, como distribui seus tempos e

espaços, pelos saberes e práticas culturais que legitima ou silencia, marca

os sujeitos que nela interagem e reforça ou contesta um projeto histórico

crítico. (Freire, 2001)

Precisamos perceber quais grupos sociais foram incluídos

historicamente no trabalho escolar e quais foram excluídos. Além disso,

precisamos perceber como são trabalhados os saberes e as práticas

culturais dos grupos sociais marginalizados historicamente. Neste

contexto, é necessário compreender como as relações de poder definem o

conhecimento que deve ser ensinado e aprendido no trabalho escolar. Os

conteúdos selecionados dificilmente têm o mesmo significado para cada um

dos indivíduos. A falta de atenção a essa falta de ’representatividade’

cultural do currículo escolar repercute, imediatamente, na desigualdade de

oportunidades e na incapacidade da cultura da escola para dotar os alunos

de instrumentos que lhes permitam compreender melhor o mundo e a

sociedade que os rodeia.

Na sua organização, nas suas relações pedagógicas, no seu

conteúdo, a escola, na maioria das vezes, tem valorizado a história dos

heróis, o conhecimento e a cultura dos grupos hegemônicos, afirmando a

sua superioridade. Além disso, tem classificado os papéis atribuídos

socialmente a mulheres e homens, negros e brancos, pobres e ricos, o que

contribui para uma dominação cultural. Neste contexto, tem silenciado,

deformado e reproduzido esteriótipos machistas, preconceituosos,

autoritários e antidemocráticos. Desse modo, a escola, a partir de seu

currículo assumido no projeto político pedagógico, poderá se constituir

num espaço para a discussão e desconstrução das relações estabelecidas

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historicamente entre as diferentes classes, raças, entre mulheres e

homens. Poderá contribuir para a compreensão dos porquês da

discriminação e da exclusão social, de como elas foram construídas na

história e se manifestam nas diferentes práticas culturais e espaços sociais.

Assumir uma proposta emancipadora onde diferentes saberes construídos

socialmente e as distintas formas culturais sejam valorizados e

problematizados, requer, entre outros elementos, que os educadores e a

equipe pedagógica conheçam a realidade social em que atuam,

compreendam seus determinantes, conheçam a história das culturas

silenciadas historicamente, os seus espaços de organização, suas práticas

culturais e de resistência, bem como o processo educativo que constroem

nas suas lutas, contemplando a diversidade por meio do trabalho com os

Desafios Educacionais Contemporâneos.

A escola se constitui num dos espaços fundamentais na formação de

sujeitos. Neste sentido, dar voz a todos os sujeitos envolvidos no processo

pedagógico, incluir os diferentes saberes e formas culturais, criar espaços

de participação e vivência da democracia faz diferença quando nos

propomos a contribuir com a construção de uma sociedade democrática,

pois o que ela faz do período de tempo que dispõe e dentro dos limites de

seu espaço e o que funcionários e alunos fazem dentro dela, tem, portanto,

relevância e pode fazer diferença, pode abrir ou fechar possibilidades na

construção de uma sociedade mais ou menos igualitária. A democratização

das práticas e dos saberes escolares que implica num compromisso político

pedagógico, passa tanto pela inclusão dos diferentes saberes e formas

culturais construídas socialmente, como pela construção de um processo

pedagógico participativo, construído com os alunos e não para os alunos, a

partir de uma relação dialógica, de troca, de um mútuo ensinar e aprender,

de modo que educadores e educandos sejam sujeitos do processo

educativo.

A escola tem como horizonte a promoção humana, a ruptura com a

alienação e está voltada para a formação do pensamento teórico que se dá

de forma sistematizada na escola, pois o seu trabalho é intencional, assim

como intencional e consciente é o ato de aprender.

A teoria dialética do conhecimento pressupõe a construção

recíproca, entre o sujeito e o objeto, pois, é pela práxis do homem sobre o

mundo, que o homem e o mundo se modificam e se movimentam.

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Se analisarmos historicamente o trabalho pedagógico escolar,

perceberemos as marcas das culturas hegemônicas no currículo escolar.

Construir um projeto político pedagógico, numa perspectiva de escola

includente, exige, portanto: reorientar radicalmente o currículo, em todos

os seus aspectos, desde à organização das turmas, à escolha de cada

professor ou professora para cada grupo de alunos, a horários de aula, à

seleção dos conteúdos estruturantes, básicos e específicos, à escolha dos

materiais didáticos, das metodologias e recursos, ao tipo de relações que se

dão na sala de aula e no espaço fora da sala de aula, à relação da escola

com as famílias dos alunos e com a comunidade circundante e, até a

repensar a avaliação e em suas consequências na vida dos alunos. A

reorganização curricular leva a um novo projeto político pedagógico

orientado por uma visão intercultural que acolha todas as etnias,

contribuindo assim para que a escola se torne efetivamente uma escola

includente, sintonizada com um projeto de sociedade mais democrática.

“A relação da criança com o conceito científico é mediada por outros

conceitos elaborados anteriormente.” (SFORNI, 2004). Nessa perspectiva,

o currículo é ação, é trajetória, é caminhada construída coletivamente e em

cada realidade escolar de forma diferenciada. É um processo dinâmico,

mutante, sujeito a inúmeras influências, portanto, aberto e flexível. Essa

concepção de currículo veicula toda uma concepção de pessoa, sociedade,

conhecimento, cultura, poder e destinação das classes sociais às quais os

indivíduos pertencem, portanto, referida sempre a uma proposta política

pedagógica que explicita intenções e revela sempre graus diferenciados da

consciência e do compromisso social.

Quando definimos currículo, estamos descrevendo e concretizando

as funções da própria escola e a forma particular de enfocá-la num

momento histórico e social determinado, para um nível ou modalidade de

educação, e, ainda no nosso caso, numa rede pública e institucional.

Currículo é uma prática, é expressão da função socializadora e

cultural de uma instituição no conjunto de atividades, mediante às quais

um grupo assegura que seus membros adquiram a experiência social

historicamente acumulada e culturalmente organizada. Os instrumentos

cognitivos de natureza simbólica e seus usos e os processos psicológicos

superiores, formam parte desta experiência. As atividades educacionais

adotam diferentes modos de organização social, segundo o volume e

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também o conteúdo concreto do legado cultural. É uma prática em que se

estabelece um diálogo entre agentes sociais, educandos e educadores.

Deste modo, é preciso ver os envolvidos no processo curricular não apenas

como sujeitos cognitivos, mas também, como sujeitos sociais.

Nesta direção, o currículo se constitui não só nas oportunidades que

a escola provê, mas igualmente no modo pelo qual o educando vive essas

oportunidades, no sentido de ampliar sua maneira de ver o mundo. Assim,

é sempre uma construção social, uma prática que revela seu compromisso

com sujeitos, com a história, com a sociedade e com a cultura.

No que se refere à avaliação, ela não será compreendida como um

processo punitivo, mas sim, como um conjunto de ações organizadas com

finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu, de que

forma e em que condições, procurando sanar as dificuldades detectadas.

A Educação de Jovem e Adultos – EJA, enquanto modalidade

educacional que atende educandos trabalhadores, tem como finalidade e

objetivos o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura

geral de modo a que os educandos venham a participar da política e

produtivamente das relações sociais, através do desenvolvimento da

autonomia intelectual e moral.

Os princípios filosóficos didáticos pedagógicos da Educação de

Jovens e Adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento

do jovem adulto como sujeito e nos coloca o desafio de pautar o processo

educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade.

Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de

adultos, há de se buscar uma educação qualitativamente diferente, tendo

como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece

ao longo da vida como direito inalienável de todos.

6. Marco Operacional

As ações propostas serão desenvolvidas no decorrer do ano letivo,

de maneira flexível, com a participação de todo o coletivo escolar. O

momento destinado à execução das ações é aquele em que procuramos nos

aproximar do ideal, buscando atingir os objetivos propostos na sua

totalidade. Como a realidade é mutável e os alunos, professores, pais e

funcionários não são estáticos, a programação não pode ser fechada, ou

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seja, sempre que necessário, procuraremos contemplar novas propostas de

ação. A cada ano, novas turmas de alunos entram para o colégio, e também

têm o direito de participar deste planejamento. Por isso, todos devem

tomar conhecimento do Projeto Político Pedagógico do Colégio, procurando

contribuir na construção de novas propostas, bem como desenvolvendo as

ações previstas:

Fazer cumprir o regimento escolar quanto aos problemas

relacionados aos alunos.

Realizar reuniões com toda a comunidade escolar, sempre que

necessário para definir atitudes que serão tomadas quanto aos problemas

detectados, divulgando para toda a comunidade escolar as decisões

tomadas.

Solicitar junto à SEED, agente educacional (guardião de pátio e

porteiro) para o período noturno, onde ocorrem os maiores problemas, bem

como a substituição de funcionários afastados por licença.

A Equipe Pedagógica deverá organizar melhor o tempo, procurando

se reunir mais com os professores durante as horas atividades, os

auxiliando na construção e execução do Plano de Trabalho Docente,

procurando melhorar a qualidade de ensino e aprendizagem oferecido no

colégio, evitando atrasos na entrega de documentos organizadores da

prática escolar.

O professor deverá repensar constantemente a avaliação, analisando

em que medida as relações pedagógicas estabelecidas estão contribuindo

para o processo de ensino e aprendizagem. Esta reflexão deverá ser a

base para o planejamento das futuras ações docentes.

A Equipe Pedagógica deverá promover a reestruturação do

Conselho de Classe, tornando-o mais participativo, com análise não só de

notas, mas de todo o processo de avaliação/recuperação, procurando

solucionar os problemas de aprendizagem em cada bimestre, evitando o

alto número de aprovação pelo conselho. Para tanto, realizar o pré e o pós

conselho com alunos e professores.

Toda a comunidade escolar deverá se unir, na busca de formas

diferenciadas de mediação, buscando atingir a melhoria da qualidade do

ensino e da aprendizagem oferecidos no colégio, para que de fato haja

aprendizagem por parte de todos os alunos, melhorando,

consequentemente , a nota do IDEB.

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O professor, enquanto detentor dos fundamentos do conhecimento

científico, deverá desenvolver bem o seu papel de mediador buscando

metodologias e recursos que dê condições ao aluno de se apropriar desse

conhecimento. Sendo assim, é necessário que o professor se mantenha

constantemente atualizado por meio dos cursos de capacitação oferecidos

pela SEED.

O trabalho docente deverá ser constantemente revisto para que seja

garantido o atendimento às necessidades de aprendizagem dos estudantes.

Para tanto, professores e pedagogos deverão reunir-se nas horas

atividades, para juntos, buscar sanar estas dificuldades, por meio de

estudos, planejamentos e elaboração de meios para melhoria pedagógica.

Priorizar o trabalho conjunto tanto nas horas atividades, como em

reuniões pedagógicas, e em todos os momentos que se fizerem necessário,

envolvendo professores, direção, equipe pedagógica e agentes

educacionais, bem como a comunidade, com um único objetivo: promover

um ensino de qualidade.

7. AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A avaliação do Projeto Político Pedagógico será constante, por meio

do acompanhamento das atividades escolares, e colocado em discussão

nas reuniões pedagógicas, reuniões com pais e comunidade, reuniões com

o Conselho Escolar, procurando compreender as causas das insuficiências

e problemas, as relações entre essas causas e as necessidades de atuar

sobre elas, buscando criar ações alternativas, coletivamente.

Assim, este documento poderá ser constantemente reformulado, de

acordo com a aprovação dos colegiados, visando solucionar os problemas e

necessidades educacionais, que possam interferir na melhoria do ensino e

da aprendizagem proposta pelo colégio.

8. REFERÊNCIAS

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Miriam Ap. Jarenko Ziliotto HELENA CRISTINA MARTINS ROSA

Professora Pedagoga Diretora - RG Nº 1.080.162-4

RG 1.024.265-7 RG.Nº 4.031.199-8

RES. 5909/2008 DOE: 24/12/2008

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