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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA-ENSINO MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Engenheiro Beltrão, Novembro – 2007

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA-ENSINO MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Engenheiro Beltrão, Novembro – 2007

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Curitiba – ParanáMaurício Requião

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃOCampo Mourão - Paraná

João Luiz Conrado

COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIOEngenheiro Beltrão - Paraná

Eiridan Viana Pereira

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DEDICADO

A TODO JOVEM QUE OUSA SER...

Todo o jovem

Esconde, em algum lugar,

Razões que a escola

Não vai imaginar

Todo jovem

Oculta, em algum lugar,

Emoções que o currículo

Não vai abarcar

Todo jovem

Põe, em algum lugar,

Cismas que o mestre

Não vai desvendar

Todo jovem

Deposita, em algum lugar,

Motivos que a avaliação

Não vai captar

Todo jovem

Aponta, em algum lugar,

Novelos de vida

Para desnovelar

Todo jovem

Enxerga, em algum lugar,

Sinais luminosos

Para decifrar

Todo jovem

Guarda, em algum lugar,

Ícones que a lógica

Não vai decifrar

Todo jovem

Busca, em algum lugar,

Lições que o livro

Não vai ensinar

Todo jovem

Espera, em algum lugar,

Uma sala de aula

Que saiba encenar

Todo jovem

Pensa, em algum lugar,

Achar uma escola

Capaz de sonhar.

Moacir Alves Carneiro

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HOMENAGEM

A quem interessar posso chamar educador.

Primeiro, àqueles que enfrentam bem as,

circunstâncias com que se deparam no dia-a-dia...

Depois, àqueles que são honrados em suas;

relações com todos os homens, agüentando

com facilidade e bom humor aquilo que é

ofensivo para outros, então, sendo tão

agradável e razoável com seus companheiros

Quando é humanamente possível...

Àqueles que têm seus prazeres sob controle

E não acabam derrubados por suas infelicidades.

Àqueles a quem o sucesso não estraga.

Que não fogem, do seu próprio eu, mas sim,

se mantêm firmes, como homens de

sabedoria e sobriedade.

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SUMÁRIO

1- APRESENTAÇÃO .........................................................................................................................072- INTRODUÇÃO .............................................................................................................................082.1- Identificação ...........................................................................................................................092.2- Histórico da Escola ..................................................................................................................092.3- Biografia do Patrono ...............................................................................................................092.4- Espaços Físicos .......................................................................................................................112.5- Cursos e Turmas......................................................................................................................122.5.1- Séries e números de alunos .................................................................................................122.5.2- Corpo administrativo............................................................................................................132.5.3- Corpo docente .....................................................................................................................132.6- Caracterização da População ..................................................................................................143- OBJETIVO GERAL ........................................................................................................................153.1- Objetivos Específicos ..............................................................................................................154- PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR ...................................................................165- PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO.................................................. ..............................185.1- Constituição Federal................................................................................................................185.2- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional .....................................................................185.3- Uma construção Coletiva ........................................................................................................186- DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA .................207- ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICO – PRÁTICA.........................................................................................................................228- CONCEPÇÕES QUE SUSTENTAM O TRABALHO EDUCATIVO DO COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA .............................................................................................................................238.1- Concepção de Homem ............................................................................................................238.2- Concepção de Sociedade.........................................................................................................238.3- Concepção de Educação..........................................................................................................238.4- Concepção de Cultura .............................................................................................................238.5- Concepção de Ciência .............................................................................................................238.6- Concepção de Conhecimento .................................................................................................238.7- Concepção de Currículo ..........................................................................................................248.8- Concepção de Tecnologia ........................................................................................................248.9- Concepção de Trabalho ...........................................................................................................248.10- Concepção de Cidadania ......................................................................................................248.11- Concepção de Avaliação .......................................................................................................249- ORGANOGRAMA DA ESCOLA ......................................................................................................2510- PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA: ACESSO, PERMANÊNCIA, E QUALIDADE DO ENSINO-APRENDIZAGEM .............................................................................................................................2610.1 – Conselho Escolar .................................................................................................................2710.2 – Associação de Pais e Mestres e Funcionários .....................................................................2710.3 – Grêmio Estudantil ................................................................................................................2710.4 – Capacitação Continuada de Educadores .............................................................................2710.5 - Trabalho Coletivo ................................................................................................................2811- O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÍTICO-PEDAGÓGICO ...........................3012- REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO .......................................................................................................................................................3212.1- O Papel do Diretor .................................................................................................................3312.2- O Papel da Secretaria e Auxiliares.........................................................................................3412.3- O Papel da Bibliotecária .......................................................................................................3512.4- Coordenador Financeiro ........................................................................................................3512.5- Papel do Professor Pedagogo ................................................................................................3512.5.1- Organização da Hora/Atividade no Horário Escolar ...........................................................36 12.6- Papel dos Serviços Gerais .....................................................................................................3612.7- Papel do Professor ................................................................................................................3713- PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO ..................................................................................................3814- PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA ..............................................................................4115- PLANO DE AÇÃO DOCENTE ......................................................................................................4616- RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO ..........................................4717- CALENDÁRIO ESCOLAR ............................................................................................................4718- ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS .....................................................4818.1- Salas Ambiente ....................................................................................................................4818.2- Laboratório de Informática....................................................................................................48

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18.3- Laboratório de Biologia, Física e Química .............................................................................4919- ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR................................................4920- DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE, DO CURRÍCULO, DAS ATIVIDADES EXTRA-CURRICULARES E DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO .......................................................................................................................................................5020.1 – Currículo e Avaliação: reciprocidade na construção de um conhecimento solidariedade/emancipação ...........................................................................................................5120.2- Trabalho Pedagógico Emancipador .......................................................................................5220.3- Finalidade da Avaliação Formativa Emancipatória ................................................................5320.4- Pesquisa de Avaliação dos Serviços educacionais ................................................................5321- INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS.................................................................5722- INCLUSÃO ................................................................................................................................5823- VALORIZAÇÃO A CULTURA AFRO NA PROPOSTA PEDAGÓGICA .................................................6024- PRÁTICAS AVALIATIVAS .............................................................................................................6324.1- Conselho de Classe................................................................................................................6424.2- Recuperação Paralela ...........................................................................................................6424.3- Progressão Parcial .................................................................................................................6425- PROJETOS .................................................................................................................................6525.1- Cultura Afro ...........................................................................................................................6525.2- Em Ação Contra a Evasão – “Nenhum a Menos” ...................................................................6725.3 – Agenda 21............................................................................................................................6925.4 – Educação Fiscal ...................................................................................................................7425.5- Educação Tecnológica ...........................................................................................................7926- ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO ................................................8127- CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................... 8228- REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................8329- ANEXOS....................................................................................................................................8429.1- APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICO CURRICULAR .................................................8529.2- MATRIZ CURRICULAR.............................................................................................................8629.3- PROPOSTA CURRICULAR POR DISCIPLINA .............................................................................8729.4 RESOLUÇÃO Nº 1968/82 ......................................................................................................22529.5ATO ADMINISTRATIVO Nº 090/2003 .......................................................................................22629.6 ATO ADMINISTRATIVO Nº 323/2005 ......................................................................................22729.7 ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL DOS ESTUDANTES PARA A ELEIÇÃO E POSSE DA DIRETORIA DO GRÊMIO ESTUDANTIL DO COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – EM ..............................22829.8 ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES E FUNCIONÁRIOS DO COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO ...............................................................................................................22929.9-ATA DE APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ..................................................23030.1- ATA DE APROVAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICO CURRICULAR ....................................... 231

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1- APRESENTAÇÃO

O presente projeto Político Pedagógico é um compromisso definido coletivamente, e sua intencionalidade é a contribuição para a formação do cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo. Ele é pedagógico no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias para cumprir seus propósitos. Preocupa-se em instaurar uma fórmula de organização do trabalho pedagógico coerente com as mudanças que se fazem necessárias.

Ainda é preciso considerar que ele não se limita as orientações legais e políticas, mas supõe a revisão e a mudança de nossas concepções e práticas, no sentido de torná-las críticas para atingir as raízes das questões, que melhor se ajuste as necessidades de alunos com características diferenciadas promovendo dessa forma um processo de educação e inclusão responsável.

Vivemos um momento de revisão da educação escolar, de seu papel e seu alcance. O Projeto Político Pedagógico do Colégio Padre Antonio Vieira foi construído nesse contexto e pretende ser um instrumento teórico-metodológico a ser disponibilizado, (re)construído e utilizado por aqueles que desejam efetivamente a mudança.

O presente Projeto foi elaborado coletivamente pela comunidade Escolar e seu foco é o processo educativo com mais qualidade, organizado para garantir que os alunos permaneçam com êxito na Escola. Coerentemente com essa temática propomos um referencial teórico e prático seguindo as concepções da Pedagogia Histórico Crítica que pretende ser o direcionador de ações efetivas para organizar o ensino Médio proporcionando a preparação para a cidadania e para o mundo do trabalho, incluindo o desenvolvimento da autonomia intelectual, do pensamento crítico e da formação ética.

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2- INTRODUÇÃO

O presente projeto pretende ser na sua totalidade o caminho que norteará a prática efetiva da nossa escola.

A princípio apresentamos a identificação e o histórico do Colégio dando ênfase ao Patrono Padre Antonio Vieira, através de sua biografia, citando o Sermão da União como referência ao nosso propósito maior que é valorizar essa prática.

Fazemos a seguir a descrição do espaço físico, cursos e turmas, caracterizando a população, de maneira que possamos identificar a escola pelas nossas iniciativas e experiências que pela vontade e interesse de todos será bem sucedida e permeará nossas atitudes de êxito.

A escola é o espaço que por característica está dedicada à tarefa de organizar o conhecimento e apresentá-lo aos alunos pela mediação da linguagem, de modo que seja apreendido. Cabe a ela ainda a complexa tarefa de organizar competências cognitivas complexas como: autonomia intelectual, criatividade, solução de problemas, e outros, formando um sujeito com história, fazendo história.

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2.1- Identificação

Nome da Escola: Colégio Estadual Padre Antonio Vieira- Ensino MédioCódigo: 00251

2.2- Endereço: Rua Duque de Caxias, nº 431, Engenheiro Beltrão –Código: 0750 – Estado do Paraná - CEP 87 270 000

2.3- Telefone/Fax- 0 xx 44-3537-1231 – e-mail: Colé[email protected]

2.4- Núcleo Regional de Educação- Código:05 – Município de Campo Mourão, situado a 30 Km do município de Engenheiro Beltrão/Colégio Estadual Pe.Antonio Vieira- Ensino Médio.

2.2- Histórico da Escola

O Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino Médio, é mantido pelo Governo do Estado do Paraná e foi instalado no ano de 1949. Este estabelecimento recebeu a denominação de Grupo Escolar de Engenheiro Beltrão, de acordo com o Decreto nº. 16.122, publicado no Diário Oficial de 08/03/55.

Foi criada a Escola Normal Colegial Estadual de Engenheiro Beltrão, pelo Decreto nº. 182/67, de 28/12/67; a autorização de funcionamento deu-se pela Portaria nº. 12.884, de 29/12/67.

O Colégio Comercial Estadual de Engenheiro Beltrão foi criado pelo Decreto nº. 17,781 de 30/12/69 e autorizado a funcionar pela Portaria nº. 4.830 de 06/05/70.

A reorganização do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino de 1º e 2º Graus foi através do Parecer nº. 158/78 e Processo nº. 116/78 e o reconhecimento deu-se pelo Decreto nº. 1348 de 22/07/82 e Resolução nº. 1968/82.

Ofereceu os Cursos de Magistério e Auxiliar/Técnico em Contabilidade, os quais foram reconhecidos pela Resolução nº. 1968/82 de 22/07/82, e também o Curso de Educação Geral/Preparação Universal, que foi reconhecido pela Resolução nº. 1350/85 de 28/03/85.

Com a municipalização das escolas de 1ª a 4ª séries ocorrida em 1992 em nosso município, o Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino de 1º e 2º Graus passa denominar-se Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino de 2º Grau.

Atendendo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº. 9394/96, a Deliberação nº. 003-CEE e Resolução nº. 3120/98, este estabelecimento de ensino passou a denominar-se COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO.

2.3- Biografia do Patrono

Padre Antonio Vieira nasceu em Lisboa, em 1608, e com sete anos veio para a Bahia. Em 1623, entra na companhia de Jesus, ordenando-se padre em 1634. após a Restauração, movimento pelo qual Portugal liberta-se do domínio espanhol em 1640, retorna à terra natal, saudando o rei D. João IV, de quem se torna confessor.

Estréia na Capela Real de Lisboa em 1642 com o Sermão dos bons anos. A partir de então, dedica-se com muita disposição às questões políticas de Portugal.

Politicamente, Vieira tinha contra si: a pequena burguesia cristã, por defender o capitalismo judaico e os cristãos- novos; os pequenos comerciantes do Brasil, por ter ajudado na criação de um monopólio mercantil no Maranhão ( que geraria a Revolta de Beckman, em 1648); os administradores e os colonos, por defender os índios. Essas posições, notadamente a defesa dos cristãos-novos, custaram a Vieira uma condenação pela inquisição (permaneceu dois anos preso). Faleceu em 1697, na Bahia.

Podemos dividir a obra de Antonio Vieira em profecias, cartas e sermões.As profecias constam de três obras: História do Futuro, esperanças de Portugal e Clavis

Prophetarum, onde se notam a defesa do sebastianismo (crença segundo a qual o rei D. Sebastião, desaparecido em combate na África, voltaria para colocar Portugal em posição de destaque) e um nacionalismo megalomaníaco.

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As cartas somam cerca de quinhentas, versando sobre o relacionamento entre Portugal e Holanda, a Inquisição e a atuação dos jesuítas na colônia.

Os sermões são quase duzentos e constituem o melhor da obra de Vieira. De estilo conceptista, totalmente oposto ao Gongorismo, o pregador português joga com as idéias e os conceitos, segundo os ensinamentos de retórica dos jesuítas. “Se gostas de afetação, pompa de palavras e do estilo que chamam culto, não leias.”

Seus principais sermões:Sermão da Sexagésima – pregado na Capela Real de Lisboa, em 1655, também conhecido

como “A palavra de Deus”. Polêmico, esse sermão aborda a arte de pregar. Ao analisar por que “não frutificava a palavra de Deus na terra”, Vieira visava aos seus adversários católicos – os gongóricos dominicanos.

Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda – pregado na Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, Bahia, em 1640. Vieira incita o povo a combater os invasores holandeses, realçando os horrores e depredações que os protestantes fariam:

“Entraram por esta cidade com fúria de hereges e vencedores; não perdoarão o estado, o sexo nem a idade”.

Sermão de Santo Antonio – também conhecido com Sermão aos peixes, pregado em São Luís do Maranhão, em 1654. Vieira critica os costumes corruptos e os aprisionamento dos índios.

Os Sermões de Padre Antonio Vieira é uma obra composta de 15 volumes. Padre Vieira, grande clássico nos sermões e nas cartas, foi também gongórico, por abusar das antíteses, dos trocadilhos, da hipérboles.

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SERMÃO DA UNIÃOPe. Antonio Vieira

“Toda a vida (ainda das coisas que não têm vida) não é mais que uma união. Uma união de pedras é um edifício: uma união de tábuas é um navio: uma união de homens é um exército.E sem essa união, tudo perde o nome e mais o ser. O edifício sem união é ruína: o navio sem

união é naufrágio: o exército sem união é despojo. Até o homem (cuja vida consiste na união de alma e corpo) com união é homem, sem união é cadáver. Por mais alta que esteja a cabeça, se

não está unida, é pés. Por mais ilustre que seja o outro, se não está unido, é barro. Nobreza desunida, não pode ser, porque em sendo desunida, logo deixa de ser nobreza, logo é vileza.

Para derrubar um reino e muitos reinos onde há desunião, não são necessárias baterias; não são necessários canhões; não são necessários trabucos; não são necessárias balas, nem pólvora. Basta uma pedra: o lápis. Para derrubar um reino e muitos reinos onde falta a união não são

necessários exércitos, não são necessárias campanhas, não são necessárias batalhas, não são necessários cavalos, não são necessários homens, nem um homem, nem um braço, nem uma

mão.Nós temos muito boas mãos e o sabem muitos bem os nossos competidores.

Mas se não tivermos união, nem eles haverão mister mãos para nós, nem a nós nos hão de valer as nossas”

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2.4- Espaço Físico

Área do terreno: 13.112,00 m2

Área construída: 3.628,86 mNúmero de salas construídas: 16

O Colégio Estadual Padre Antonio Vieira conta com um terreno composto de uma quadra, cuja área chega a 13.112,00 m2 e uma área construída de 1 976,02 m2. Possui 16 salas de aula, sendo que uma é utilizada para Sala de Vídeo.

Possui uma área coberta com cerca de 260 m2, área gramada de 5.000 m2, uma área livre com asfalto de 2.100 m2. Possui ainda uma quadra coberta de esportes com 1.100 m2 e arquibancadas com cerca de 875 m2. Tem ainda um terreno com 300 m2 que é destinado para uma horta escolar.

Em relação às dependências existentes, pode-se citar: área administrativa (direção, secretaria, biblioteca, sala dos professores, sala de orientação Educacional, Sala de Supervisão escolar); refeitório, laboratório de informática, laboratório de Física, Química e Biologia; Cantina escolar, Salão Nobre, Sala do Grêmio Estudantil e uma sala pequena que funciona como depósito.

2.5- Curso e Turmas

O Colégio Estadual Padre Antonio Vieira, oferece o Ensino Médio, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº. 9394/96, o qual é desvinculado do ensino profissionalizante e se constitui etapa final da educação básica. Tem duração de três anos, com turno de funcionamento diurno (matutino e vespertino) e noturno, é ministrado em regime anual. Suas finalidades são: a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos em nível superior; a preparação básica para o trabalho e a cidadania, para o educando continuar aprendendo de modo a ser capaz de adaptar com flexibilidade às novas condições de ocupação no mercado de trabalho ou realização de aperfeiçoamentos posteriores; o aprimoramento do educando como pessoa, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. (Documento do MEC, s.d. 8).

O currículo do Ensino Médio é constituído de Base Nacional Comum e Parte Diversificada, onde as Disciplinas são organizadas alfabeticamente.

2.5.1- Séries e número de alunos

Ano Série Matriculas

Aprovados

Reprovados

Desistentes

Transferidos

Sem Freqüência

Remanejado

2000

1ª 257 158 8 22 28 23 182ª 249 164 9 14 30 17 153ª 167 122 2 5 25 5 8

20011ª 192 123 13 22 30 4 -2ª 193 117 16 13 44 3 -3ª 181 144 2 4 29 2 -

2002

1ª 199 132 29 18 20 - -2ª 167 123 13 6 20 5 -3ª 132 108 5 6 11 2 -

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2003

1ª 249 168 15 30 32 4 -2ª 151 115 6 7 23 - -3ª 141 114 6 7 13 1 -

2004

1ª 215 134 27 25 29 - -2ª 192 151 11 6 24 - -3ª 133 108 5 8 12 - -

2005 1ª -2012ª- 1913ª- 156

498 - - - - - -

2006 1ª -2142ª

-2083ª-163

- - - - - - -

2007 1ª-1932ª-1833ª-170

- - - - - - -

2.5.2- Corpo administrativo

Nome Função Escolaridade Tempo de serviço

Eiridan V. Pereira Diretora Pós-graduação 09 anosMarlene Ap.Vieira Milani Secretária Sup. Completo 20 anosAldeir Lopes Kitayama Supervisora Pós-graduação 20 anosDiva Selma Sontag dos Reis Orient. Educac. Pós-graduação 13 anosEdwirges Paro Aux. Administrativo Sup. Imcompleto 08 anosFátima Aparecida C. dos Reis Assist. Admin. Sup. Completo 20 anosCleuza Coaresma Aux. Serv.Gerais 2º Grau

completo02 anos

Izabel da Silva Santana Aux. Serv. Gerais 1º Grau completo

18 anos

Luzia Penha dos Santos Aux. Serv. Gerais 2º Grau Completo

02 anos

Maria Aparecida Catore Aux. Serv. Gerais 2º Grau completo

20 anos

Celia Terezinha de Souza Aux. Serv. Gerais 2º Grau completo

19 anos

2.5.3- Corpo docente

Nome Vínculo EscolaridadeArmelindo Corte dos Reis QPM Pós-graduadoChristina Samsel QPM Pós-graduadaDiva Selma Sontag dos Reis QPM Pós-graduadaEvanil Maria Campus QPM Pós -graduadaFrancisco de Assis Ferreira TF57 Pós-graduadoGraciele P. Riso de França QPMHelena Senger de Godoy QPM Pós-graduada

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Iluina Pereira Gimenez QPM Pós-graduadaIvani Jacira Fantucci QPM Pós-graduadaIvanir de Souza Garbim QPM Pós-graduadaLaura Corte dos Reis Medeiros QPM Pós-graduadaLeonard Van Spitizenberg QPM Pós-graduadoLucineide Margarete Ravazzi SCO2 Pós-graduadaLuiz Carlos Hernandes QPM Pós-graduadoMaria Socorro Brito SCO2 Pós-graduadaMarly Perdona Boni QPM Pós-graduadaNeuza Toyoko Tsuzuki QPM Pós-graduadaSimone Lopes de Souza QPM Pós-graduadaVerônica Lopes Aguiar QPM Pós-graduada

2.6- Caracterização da população

A comunidade escolar, em sua maioria, pertence a um nível sócio-econômico médio-baixo, sendo que 25% dos alunos vêm da zona rural, incluindo os distrito, 22% vêm de bairros próximos ao centro da cidade; o restante é da zona central da cidade.

Do total de alunos da escola 64% concentram-se no período diurno; 35% no período noturno. A clientela do diurno a grande maioria não trabalha fora; a do noturno, 80% trabalha, porém, a minoria (cerca de 25%) possui emprego legalmente constituído; os demais prestam algum tipo de trabalho, sem uma inserção legal no mercado (trabalho informal).

Dos que trabalham, 30% ganham menos que um salário mínimo; 35% recebem um salário mínimo, e apenas cerca de 8% ganham mais que um salário mínimo, enquanto a renda familiar da maioria é de, no máximo, de dois salários mínimos.

Assim, o Ensino Médio no Colégio Estadual Padre Antonio Vieira, insere-se nos dados que apresenta o MEC, por ser um ensino urbano, mantido pelo poder público.

Com as características que a clientela apresenta, sabe-se que pequena percentagem vai para o Ensino Superior e também que o mercado de trabalho não absorve formalmente os que concluem o Ensino Médio.

Então, é necessário que as necessidades desta clientela sejam atendidas da melhor forma possível, oferecendo através das disciplinas da matriz curricular, uma formação geral que, ao sair do Ensino Médio, o nossos alunos sintam-se preparados para enfrentar os desafios do mundo atual.

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3- OBJETIVO GERAL

Formar cidadãos priorizando a ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico, que saibam se posicionar frente as dificuldades, construindo e aplicando conceitos das várias áreas do conhecimento, para compreensão de fenômenos naturais e tecnológicos, dos processos históricos, geográficos e filosóficos, das várias manifestações artísticas e culturais, articulando informações para a formação e construção da cidadania em função dos processos sociais que se modificam.

3.1 Objetivos Específicos

- Analisar criticamente, de forma qualitativa ou quantitativa, as implicações ambientais, e os processos de utilização dos recursos naturais.

- Analisar do ponto de vista biológico, físico ou químico, padrões comuns nas estruturas e nos processos que garantem a continuidade e a evolução dos seres vivos.

- Compreender o caráter sistêmico do planeta e reconhecer a importância da biodiversidade para a preservação da vida, relacionando condições do meio e intervenção humana.

- Confrontar interpretações diversas de situação ou fatos da natureza ou do cotidiano comparando diferentes pontos de vista e analisando os argumentos utilizados.

- Desenvolver a postura reflexiva e investigativa.

- Compreender o mundo e atuar como cidadão consciente respeitando o ambiente que está inserido e o próprio corpo.

- Compreender-se como agente transformador da sociedade.

- Formar hábitos e valores que favoreçam o convívio com as mudanças e com as diferenças para se produzirem a solidariedade e a rejeição às desigualdades sociais.

- Mediar conhecimentos, exercitando a pesquisa de novos saberes, em sintonia com as necessidades dos tempos atuais.

- Educar contribuindo para a superação das desigualdades sociais, dos conflitos e da violência.

- Proporcionar uma visão abrangente sobre a estrutura e o funcionamento da escola.

- Capacitar o aluno não só para a plena cidadania como também para o trabalho.

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4- PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR

“Os filósofos não tem feito senão interpretar o mundo de diferentes maneiras: O que importa é transformá-lo. Karl Marx

Para organizar os princípios filosóficos desse Colégio nos reportamos as idéias de Karl Max que admite ser possível reformar a sociedade mediante a boa vontade e a participação de todos.

Karl Marx e Engels formulam suas idéias a partir da realidade social por eles observada: de um lado, o avanço técnico, o aumento do poder humano sobre a natureza, o enriquecimento e o progresso; do outro, e contraditoriamente, a escravização crescente da classe operária, cada vez mais empobrecida.

De acordo com Marx, na medida em que cada indivíduo for capaz de se reproduzir como indivíduo social, menos intensa será a luta entre a existência e a essência, entre a liberdade e a necessidade e entre o indivíduo e sua espécie. Este postulado se encontra baseado no pressuposto da participação efetiva do homem na determinação de todos os aspectos de sua própria vida, desde os mais imediatos, até as questões mais gerais de política, de organização socioeconômica e de cultura.

A construção da autonomia, dentro dessa visão, supõe a saída do estágio de alienação que amarra o homem como instrumento submisso para o acúmulo do capital. Sair desse estágio de alienação é compreender como se define a relação entre salários e lucros; entre capital e trabalho e capital e terra.

O mundo do século XXI é na verdade uma grande incógnita, um grande desafio. O aceleramento tecnológico, o mundo mediado pela Telecomunicação, pela Internet, tem mexido nos referenciais. É preciso pensar o homem enquanto um ser de interação com este novo mundo.

Hoje, vivemos em um mundo onde a avareza e a competição são forças devidamente reconhecidas, mesmo levando os trabalhadores a ficarem mais pobres à medida que produzem mais riqueza, mesmo desqualificando-os enquanto indivíduos e transformando sua mão-de-obra mais barata. A consequência desse ciclo se expressa no processo de produção, cujo resultado é a falta de prazer na execução de sua tarefa, a pressa em executá-la, tornando-o em momentos de sofrimento, de má vontade, de contrariedade. O trabalho deixa de ser voluntário, para se tornar imposto, já que é o meio de satisfazer outras necessidades, como a de manter a existência.

Diante da realidade onde milhares de jovens estão à deriva em um mundo de incertezas, sem previsão do que vão ser ou fazer no futuro. Apesar disso, o jovem brasileiro tenta romper com a alienação e como imperialismo cultural que invadiu seu mundo, construindo a sua dimensão política e buscando sua própria história. Hoje parece que estamos politicamente mais esclarecidos e com uma maior capacidade de discernir as coisas. Porém, o que está faltando ainda para que o jovem extrapole uma atitude de contestação inconseqüente e não comprometida?

Está faltando seu envolvimento e preocupação com os problemas sociais.Passamos agora a definir os princípios que deverão nortear nossas reflexões e direcionar

nossas práticas fazendo uma avaliação do que representam esses saberes historicamente acumulados e a serviço de quem eles se tornaram organizados. Nessa perspectiva o ato de ensinar e refletir se torna imprescindível para abrir os espaços da mente para a luz do pensamento, para conhecermos a verdade e dar razões significativas para o “estar aí” no mundo.

Num nível social e político, ser indiferente para com o futuro da cultura ou do caminho político, é demonstrar não querer viver a liberdade e a possibilidade de construir a própria história.

Se estamos descontentes com aquilo que vemos, a única resposta que não podemos dar é a indiferença.

O compromisso com a mudança exige participação.A medida em que os jovens assumirem seu papel na História, tornar-se-ão esperança de um

novo amanhã. Nossas ações no interior desse colégio devem ser para que nosso jovem ouse pensar, e

pensar melhor, construindo sentido para sua vida. Sentido único para uma vida que também é única. Integrando-se na sociedade como ser maduro e autônomo como sujeito que pensa e constrói sua cidadania criticamente.

O professor pode oferecer parte da sua aula para o exercício do pensar sobre as coisas, para produzir trabalhos reflexivos. Dez minutos da sua aula, podem ser direcionados ao pensar a respeito do que se está ensinando, para que serve, e onde se quer chegar. Por que você está aí, nessa sala de aula? O que você, seus alunos, sua escola e sua comunidade almejam? Esse tempo será de muita valia.

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O que pretendemos com esses princípios, é contribuir para a discussão, pois acreditamos que a superação da alienação e a reinvenção do poder somente será construída na prática do dia a dia, com a participação efetiva de todos os envolvidos no processo educacional, com o objetivo de superar a apatia e o ceticismo dos que não acreditam ser possível a construção de uma nova ordem social.

É muito importante que criemos alternativas reais e viáveis para os conteúdos e métodos educacionais que não sejam discriminatórios e que tratemos nossos alunos dentro de princípios que os ajudem a caminhar, a progredir, em busca da plena realização do indivíduo social.

“Mais vale uma cabeça bem feita que bem cheia”Montaigne

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5- PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

Obedecendo os princípios que determinam a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional cabe a escola cumprir seu dever maior que é garantir todos os princípios de igualdade de condições.

“O grande desafio da escola pública está em garantir um padrão de qualidade para todos e, ao mesmo tempo, respeitando a diversidade local, étnica, social e cultural. Portanto, o nosso desafio educacional continua sendo educar e ser educado” (GADOTTI, 1998)

5.1 Constituição Federal:

Art. 206 – O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:I- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;II- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o

saber;III- Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições

públicas e privadas de ensino.IV- Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;V- Valorização dos profissionais do ensino, garantido na forma da lei, planos de

carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, assegurado regime jurídico único para todas as instituições mantidas pela União;

VI- Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;VII- Garantia de padrão de qualidade.

5.2- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional:

Art. 3º- O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:VIII- Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;IX- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a

arte e o saber;X- Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;XI- Respeito à liberdade e apreço à tolerância;XII- Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;XIII- Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;XIV- Valorização do profissional da educação escolar;XV- Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos

sistemas de ensino;XVI- Garantia de padrão de qualidade;XVII- Valorização da experiência extra-escolar;XVIII- Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

5.3- Uma Construção coletiva

Acreditamos que a possibilidade concedida a cada escola para coletivamente organizar seu Projeto, é sem duvida uma conquista.

Pensar o espaço de formação dos nossos alunos de ensino médio diante dos desafios emergente da sociedade, é no mínimo caracterizar uma escola pluralista, preocupada com a formação de novas identidades sociais e culturais, contribuindo para consolidar o patrimônio escola/vida, assegurando consistência nas múltiplas relações existentes no interior da escola e fora dela.

“O Projeto Político-pedagógico, ao mesmo tempo em que exige dos educadores, funcionários, alunos e pais a definição clara do tipo de escola que intentam, requer a definição de fins. Assim todos deverão definir o tipo de sociedade e o tipo de cidadão que pretendem formar. As ações específicas para obtenção desses fins são os meios. Essa distinção clara entre fins e meios é essencial para a construção do Projeto Político Pedagógico”(Veiga, Ilma Passos).

Definir a princípio nossa clientela, torna-se fundamental diante da intencionalidade do PPP, uma vez que precisamos de clareza para o planejamento de nossas ações. Já não é possível prever com antecipação. O clima participativo da comunidade escolar deve ser harmônico, saudável efetivo e compromissado para que a escola planeje e ao mesmo tempo possa colher os

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resultados.Portanto, mais que palavras bonitas e textos bem elaborados, precisamos de ações

conjuntas na definição de estratégias que promovam a participação de todos.Somos assim uma escola real, com dificuldades, com limitações, mas ao mesmo tempo,

uma escola preocupada com os novos paradigmas, com as novas relações escola/vida, com os novos avanços tecnológicos.

Pensamos que o ato ensinar/aprender tem muito a ver com a afetividade, resultado de uma auto estima em evidência, produto de uma relação transparente onde todos aprendem ao mesmo tempo.

Outro aspecto a considerar é a liberdade, posta como fruto de discussões e acertos envolvendo limites e possibilidades.

Considerando ainda que o reflexo de uma aprendizagem duradoura está no significado atribuindo a esse conhecimento, precisamos estabelecer uma relação efetiva entre quem aprende e o que é aprendido.

A escola contribui ainda para construção de referências, respeitando as preferências juvenis, sobre modalidades esportivas estilos musicais, manifestações artísticas e culturais, etc. Diversos aspectos da cultura juvenil viabilizam intensas discussões em várias disciplinas, adequando dessa forma a validade do alunoa realidade da escola.

Interagir com o grupo e com o ambiente de aprendizagem é extremamente significativo nesse momento de busca e consolidação de valores que caracterizam a juventude.

Entendemos ainda, que as relações de trabalho no interior da escola devem estar pautadas no respeito, solidariedade, justiça, participação coletiva, enfim, na função política de cada cidadão ao exercer seus direitos e seus deveres frente aos novos desafios.

Se queremos uma escola voltada para os princípios que norteiam o PPP, devemos privilegiar as ações de cada elemento do grupo na condução deste processo coletivo.

A promoção do processo participativo é uma responsabilidade das lideranças democráticas, e isto vem somar na apresentação dos resultados.

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6- DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA

Apenas um terço da população do país – 53 milhões de pessoas- freqüenta uma instituição de ensino. Com a ampliação da oferta de matrícula, inovações pedagógicas e uma legislação que visa a garantir serviços de maior qualidade, a educação brasileira passa por transformações. Há, no entanto, muito ainda por fazer. De cada dez brasileiros, um é analfabeto. Há falta de profissionais em alguns setores e boa parte dos professores não possui o nível de qualificação exigido por lei.

Dos avanços da educação nos últimos anos, destaca-se o obtido no ensino médio, cujo número de alunos cresceu quase 700% em três décadas. Em parte, esse crescimento se deve à melhoria do fluxo escolar: cada vez um número maior de alunos consegue dar continuidade aos estudo.

O ensino fundamental atende 97% das crianças de 7 a 14 anos, uma abrangência semelhante à dos países desenvolvidos. O principal problema desse nível de ensino é garantir a todos um padrão de ensino de qualidade. Outro setor que vive forte expansão é o do ensino superior, com a abertura de centenas de faculdades particulares. Hoje, o ingresso dos alunos na faculdade não depende apenas do desempenho no vestibular, já que existem várias formas de acesso ao ensino superior. A pós-graduação brasileira ganha terreno e mostra-se mais presente, respondendo por quase metade de toda a produção científica publicada da América Latina

A aplicação de testes aos alunos dos níveis fundamental, médio e superior tem permitido ao Ministério da Educação (MEC) avaliar as carências do ensino e definir estratégias para seu aprimoramento, pois a média dos alunos situa-se abaixo dos 50%, revelando muitos desafios a ser superados para a melhora do padrão da educação do pais. Apesar das críticas feitas ao Programa “Bolsa Família”, percebe-se que isso fez com que muitas crianças permanecessem na sala de aula.

O programa além de ter um aspecto social, tem importância de incentivar a permanência e à frequência deste aluno na escola.

É de competência e responsabilidade do Estado apenas o Ensino Fundamental e com a progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade do Ensino Médio. Apesar do avanço imposto pela LDB, quando considera o Ensino Médio como parte da Educação Básica, a escolarização nesse nível para todos os brasileiros ainda está longe de ser alcançada no nosso país.

Apesar da expressiva expansão da oferta pública pelas redes estaduais de ensino ainda existem muitos jovens brasileiros sem acesso ao Ensino Médio. No ano de 2000, um terço dos brasileiros com idade entre 15 e 19 anos estava fora da escola. Na realidade, uma boa parte desses jovens já estava trabalhando, o Censo de 2000, do IBGE, mostrou que menos da metade (46%) estava nas classes de Ensino Médio. A maior parte deles (48%) estava ainda no ensino Fundamental.

Para os que conseguem estudar, nem sempre a qualidade da oferta de Ensino Médio está garantida. As condições precárias, em especial na escola noturna, se revelam na freqüente inexistência de laboratórios de informática e de ciências ou na indisponibilidade da biblioteca, na insuficiência do próprio conteúdo, na ausência de condições de trabalho e no despreparo e na falta de habilitação do professor.

A legislação que regulamentou a LDB definiu que o Ensino Médio, não pode ser oferecido de forma integrada à educação profissional, em uma só proposta, apenas. Isso significa que o aluno que busca uma profissão em nível médio terá que cursar ao mesmo tempo ou depois de concluir o Ensino Médio um curso de educação profissional, em nível técnico.

Ao pensar na realidade do Estado do Paraná, segundo o Censo de 2000, 24,8% dos jovens com idade entre 15 e 17 anos trabalhava e estudava ao mesmo tempo e outros 12,5% só trabalhavam.

Em pesquisa promovida pela UNESCO e pelo Instituto Ayrton Senna, em Curitiba, no Paraná mostram que:

“Um aspecto fundamental revelado pela fala dos jovens estudantes de escola pública da periferia é o seu assombro, diante do estreitamento efetivo de suas oportunidades de trabalho. Nesse grupo de jovens trabalhadores, a palavra que não foi mencionada foi universidade, que deixa de existir em seu horizonte de expectativas como fato e com amor e representação. Para eles , o que conta é ter o quanto antes uma profissão e não compreendem o processo de retirada dos cursos profissionalizantes dos currículos das escolas estaduais de segundo grau, que transformam seus currículos em educação Geral. (SALLAS, ibd., P. 189).

Entretanto, a LDB em vigor é mais indicativa do que prescritiva e no caso do Ensino Médio há brechas para se repensar essa etapa da educação básica priorizando as necessidades dos aluno. Para isso exige-se recursos, equipamentos, mas requer também conhecer em profundidade nossos alunos e suas demandas. Mais do que isso, exige compromisso dos professores para

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enfrentar os desafios de uma realidade tão complexa e tão desigual como a nossa. Este, aliás, é um dos compromissos de quem é educador.

De acordo com a atual legislação, o Ensino Médio não prepara para nenhuma profissão. Tal preparação está no âmbito da educação Profissional. Mas o ensino Médio, diz a LDB, deve preparar para o trabalho.

Mencionada no Art. 35, da LDB, vinculando essa preparação à possibilidade do educando de continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores, o assunto foi detalhado nas Diretrizes Curriculares Nacionais de Nível Médio: a preparação será básica, ou seja, aquela que deve ser base para a formação de todos e para todos os tipos de trabalho.

Acreditamos que, na nossa realidade, a proposta mais democrática de ensino médio é a que assegure para todos e de forma concreta as finalidades que a própria LDB define para este nível de ensino. Tal proposta se opõe ao ensino tradicional que beneficia os já incluídos e também se distancia de um ensino profissionalizante estreito, do tipo tecnocrático, voltado para a produção em série de especialistas que aprendem a fazer, apenas, mantendo-se condenados à pobreza cultural.

É esse o desafio maior da escola de Ensino Médio, o ponto de chegada de propostas mais democráticas e que não acentuam as desigualdades já existentes na nossa sociedade. O ponto de partida será sempre nosso aluno e suas demandas.

O Colégio Estadual Padre Antonio Vieira encontra-se tanto no aspecto físico como pedagógico equipado e em condições de oferecer um ensino de qualidade aos alunos. O maior problema detectado pela escola é a evasão escolar, onde muitos dos alunos deixam de freqüentar os estudos e observações tem mostrado que é devido a:

- Fatores sócio-econômicos;- Falta de pré-requisitos do aluno;- Falta de perspectiva para o futuro, isto é, não há razão para estudar, já que o

desemprego é muito grande;- Falta de perspectiva em dar continuidade aos estudos- fazer um curso superior;- Despreparo da escola por não acompanhar a evolução da sociedade e o avanço

tecnológico;Outro problema que ainda preocupa é a reprovação escolar, e, mais uma vez muitas causas

são apontadas, especialmente aquelas que recaem na própria escola, como a falta de bom relacionamento entre o professor e aluno, e a falta de atrativos na escola para que o aluno sinta prazer em estudar e aprender.

As salas são organizadas como salas ambientes, onde cada professor permanece e os alunos encaminham-se para as respectivas salas. Apesar de ser uma experiência positiva, temos dificuldade quanto à própria ambientação, sendo necessário ainda para cada sala por exemplo, armários, livros específicos da disciplina.

Em relação a proposta pedagógica ainda encontramos dificuldades em trabalhar todos os conteúdos, devido a falta de livro didático para todas as disciplinas e falta ainda alguns itens para o laboratório como equipamentos adequados para a realização de experiências práticas, bem como a falta de um maior número de computadores para atender a todos no laboratório de informática, uma vez que o Colégio conta com apenas 09 computadores funcionando porém todos ligados a Internet.

Outro problema grave que temos enfrentado é a falta de recursos humanos e financeiros para atender as necessidades emergenciais referentes a compra de equipamentos e profissionais qualificados para atender os alunos em todos os horários de funcionamento da escola.

Enfrentamos ainda a defasagem de acervo bibliográfico, referentes a pesquisa às disciplinas, para pesquisa na biblioteca, onde contamos com livros velhos doados e alguns poucos comprados com recursos da APMF arrecadados através de promoções e temos recebido livros de literatura repassados pela Fundepar e SEED.

Outro obstáculo enfrentado na escola é a falta de articulação entre a comunidade e a escola e isso às vezes se dá pelo próprio excesso de “confiança” que os pais e a própria comunidade têm na escola e até na direção da mesma, restringindo a participação.

Outro fator que contribui para que a escola tenha dificuldades em atender melhor o aluno é o excesso de carga horária de alguns professores e isso prejudica o relacionamento com os alunos; onde percebemos os professores que não preparam bem suas aulas , estão sempre estressados ao lidar com os adolescentes e com o seu conteúdo, gerando aulas não atrativas. Há ainda a questão da falta de reconhecimento do trabalho do professor, a falta de material didático apropriado, falta de capacitação e muitos outros fatores que acabam por contribuir para o pouco rendimento dos alunos e automaticamente trazem insatisfação por parte do professor.

O número de alunos por turma também é um problema que a escola tem enfrentado, especialmente no que se refere à utilização de atividades e métodos diversificados de trabalho, bem como ao atendimento individualizado aos alunos.

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7- ANÁLISE DAS CONTRADIÇÕES E CONFLITOS PRESENTES NA PRÁTICA DOCENTE: REFLEXÃO TEÓRICO-PRÁTICA.

A formação do professor e seu nível de participação nas decisões políticas da educação assumem papel relevante no processo pedagógico de qualquer grau de ensino. Outrossim, temos percebido a incoerência com que o discurso político dos professores tem sido transplantado para a prática. O que se tem visto é uma oscilação entre idéias progressistas e práticas conservadoras.

Sentimos a deficiência na formação dos professores, tanto nas suas dimensões pedagógicas específicas, quanto em sua dimensão política, enquanto cidadãos críticos e conscientes de seu papel social.

Por outro lado, apesar de a produção sobre esse tema (papel social) ter sido bastante numerosa nos últimos anos e as discussões estarem envolvendo interlocutores de diferentes tendências, os estudos não têm avançado sobre a figura do professor, enquanto cidadão, formador de outros cidadãos, um sujeito histórico, concreto, relacionado com um certo lugar, um certo tempo, inserido na adversidade do cotidiano das escolas.

Não podemos esquecer também que qualquer reflexão sobre a formação do professor, apontará para discussões político-pedagógicas sobre a sociedade que se pretende, o que se entende por cidadania, o papel social da escola neste contexto, os tipos de vinculação existentes entre as demais políticas públicas e a educação e as formas de participação dos professores na formulação das políticas do país.

Há portanto, outro lado da formação do professor a ser estudado – o do cidadão, visto que sua atuação tem duas dimensões políticas: no nível do ensino, com respeito ao currículo desenvolvido dentro da sala de aula, e, com o que se constrói fora dela – o currículo oculto, que explicita relações de poder, formas de organização interna da escola e de relação da escola com a comunidade e, em nível sindical ou associativo, na construção de seu próprio currículo oculto, engajado nas lutas comuns dos professores e dos trabalhadores em geral, ambos sinalizando para a construção de uma sociedade, na qual a igualdade de direitos humanos não seja encarada como utopia.

Quanto a formação docente, a mais qualificada e contínua pode estimular o professor a adotar uma postura proativa. Tal atitude é vital para a consolidação das mudanças necessárias no ensino médio. Isso porque elas dependem, em grande escala, na assenção de um projeto ético, político e pedagógico em cuja elaboração os docentes tenham efetiva participação. De modo geral, as políticas e diretrizes da educação nascem em gabinetes distanciados das realidades das escolas e os professores são chamados para tomar ciência dessas novas recomendações por meio de várias modalidades de eventos, quando é desconsiderada a importância que as experiência acumuladas em suas trajetórias docentes poderiam oferecer. Essa prática é fruto da desconfiança na capacidade dos professores de contribuir para discutir criticamente a natureza e o processo das mudanças necessárias, sem considerá-los uma liderança intelectual e moral para os nossos jovens, no sentido da sua preparação para serem cidadãos ativos e críticos.

Os programas para o aprimoramento das atividades docentes também devem valorizar a perspectiva intelectual do professor. Parece não haver um reconhecimento da atividade docente como uma atividade intelectual, tampouco da dimensão política da sua prática. Não se reconhece o professor como um intelectual transformador, um intelectual público. Essa visão geralmente concebe os professores como objetos das reformas educacionais, chamados a cumprir o que os especialistas definiram, o que faz deles administradores e implementadores de programas curriculares.

Existe hoje uma preocupação com a formação do docente para que ele torne capaz de utilizar os conhecimentos específicos de sua área e os conhecimentos derivados das teorias pedagógicas para melhor definir a sua prática, analisá-la, articulá-la com o projeto político-pedagógico da escola e com o processo educacional mais amplo, a partir da apreensão das suas relações com a sociedade contemporânea.

A escola de qualidade tem obrigação de evitar de todas as maneiras possíveis a repetência e a evasão.

Na nossa escola os conflitos encontrados são solucionados procurando utilizar da maior diplomacia possível, através do diálogo obedecendo o contido no regulamento interno e o contrato didático estabelecido pelo professor com seus alunos.

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8- CONCEPÇÕES QUE SUSTENTAM O TRABALHO EDUCATIVO DO COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

8.1- Concepção de homem:

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem.

Entendendo que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se destaca sobre a realidade, desde que participe ativamante nesta realidade.

8.2- Concepção de sociedade:

“A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece a sua comunidade”.(Pinto, 1994).

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social a partir das contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.

8.3- Concepção de educação:

“Educação é um processo de desenvolvimento integral do homem, isto é, de sua capacidade física, intelectual e moral, visando não somente a formação de habilidades, mas também do caráter e da personalidade social. É a partir da consciência de sua própria experiência e da experiência da humanidade que o homem tem condições de formar-se como um ser moral e político”.(Maria Lúcia A. Aranha 1996, p.51)

8.4- Concepção de Cultura

Conjunto de práticas significativas nas relações sociais, assimétricas, relação de poder, nas quais se atribuem e compartilham significados e se formam identidades. Entendemos também a cultura como saber humano, que resulta na intervenção do homem na natureza através do trabalho, da técnica e das idéias, bem como os produtos que resultam dessa intervenção transformadora.

8.5- Concepção de ciência:A ciência é uma das formas de conhecimentos, e entre todas a forma mais valorizada e por

isso privilegiada de conhecimento, o conhecimento científico deve-se muito ao desenvolvimento tecnológico, cheio de êxitos, que a ciência tornou possível e fez real. Por isso, socialmente a ciência impõe-se não tanto pelo que ela é mas sobretudo pelo que faz e permite fazer, isto é, ela é socialmente reconhecida pelas suas conseqüências, bem visíveis no quotidiano do homem, permitindo-lhe agir eficazmente sobre as coisas, controlá-las e dominá-las, e assim tornam o homem não apenas o rei das criaturas – que o era por criação divina – mas dono e senhor do universo, pelo poder que põe ao alcance das suas mãos.

8.6- Concepção de Conhecimento:

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais mediadas pelo trabalho.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando portanto a forma de interferir na realidade.

Para Booff(2000, p.82), “O ato de conhecer, representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em ação”.

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8.7- Concepção de Currículo

O currículo é o caminho que se percorre ao longo de um tempo escolar. Considerado também como o centro da Educação, é a essência em torno da qual se constroem as práticas pedagógicas. No currículo fica determinado e organizado o conteúdo que a escola deve trabalhar. Por isso é que nele encontramos uma seleção de conhecimentos escolares significativos e relevantes para que as novas gerações apreendam.

Este colégio preocupa-se em concretizar um currículo que reflita a diversidade étnico racial e cultural, com uma educação inclusiva, considerando a realidade do jovem que vem do campo, bem como a superação das desigualdades barbárie e injustiças produzidas nas relações de exploração do capitalismo.

8.8- Concepção de TecnologiaA tecnologia deve ser utilizada na escola para ampliar as opções de ação didática, com o

objetivo de criar ambientes de ensino e aprendizagem que favoreçam a postura crítica, a curiosidade, a observação e análise, a troca de idéias, de forma que o aluno possa ter autonomia no seu processo de aprendizagem, buscando e ampliando conhecimentos. Dispõe-se da tecnologia como instrumento capaz de aumentar a motivação dos alunos.

Não é possível acompanhar os rápidos progressos tecnológicos.Em geral eles surgem modificando apenas alguns elementos do funcionamento básico, introduzindo um recurso a mais, realizando com mais rapidez um tarefa. Por isso o que importa não é manter-se atualizado em relação à modernização dos equipamentos, mas aprender a relacionar-se com a tecnologia na vida moderna.

8.9- Concepção de trabalho:

Ação transformadora, dirigida por finalidade consciente, a partir da qual o homem produz sua própria existência, tendo em vista suas necessidades.

É pelo trabalho que os homens se relacionam na luta para transformar o mundo e dar sentido global à história.

No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e é nesta dimensão que esta posto a formação do homem.

8.10- Concepção de cidadania:

“Cidadania é um processo histórico-social que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização, de elaboração, de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a ser povo,como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino”. (Boff(2000,p.51)

Segundo Martins, “a cidadania exige instituições, mediações e comportamentos próprios, constituindo-se na criação de espaços sociais de luta na definição de instituições permanentes para expressão política. A cidadania requer a consciência clara sobre o papel da educação e as novas exigências colocadas para a escola que, como instituição para o ensino – educação formal- pode ser um lócus excelente para a construção da cidadania”.

Portanto, a educação como um dos principais instrumentos de formação da cidadania, deve ser entendida como a concretização dos direitos que permitem ao indivíduo, sua inserção na sociedade.

8.11- Concepção de avaliação

A avaliação é a mediação entre o ensino do professor e as aprendizagens do aluno, é o fio da comunicação entre formas de ensinar e formas de aprender.

É preciso considerar que os alunos aprendem diferentemente porque têm histórias de vida diferentes, são sujeitos históricos, e isso condiciona sua relação com o mundo e influencia sua forma de aprender. Avaliar,então, é também buscar informações sobre o aluno, é conhecer o sujeito e seu jeito de aprender.

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DIREÇÃO

Atribuições

Horários

Professor

Atribuições Horários

Coordenação

Atribuições Horários

Atribuições

Atribuições

Secreta Serviços

Conselho

Grêmio APMF

Conselh

Atribuições

Merende

Atribuições

Atribuições

Porteiro e

Atribuições

Coordenador

Atribuições

Laboratório de Informática Atribuiçõ

es

Laboratório de Física,

Atribuições

O professor não pode planejar e avaliar pensando em um aluno ideal, mas sim no contexto real da sala de aula.

Para conhecer o aluno real, se faz necessário uma avaliação diagnóstica, que dirá quem são esses indivíduos, qual é a sua perspectiva histórica e cognitiva no momento seguinte, o professor quer ver como o que ensinou contribuiu para modificar o aluno, não para dar nota, mas para verificar se atingiu os objetivos pretendidos, esta é a avaliação reguladora. Quer dizer, se o aluno não aprendeu os conceitos, procedimentos e atitudes que constam no planejamento, então o professor volta para regular seu trabalho, para pensar como atender melhor o aluno. A preocupação é conscientizá-lo do que aprendeu e da maneira pela qual está aprendendo, para que se auto-avalie e se auto-regule.

A avaliação somativa expressa a atuação em um período pedagógico previsto ( neste caso bimestralmente), para que o professor possa repensar sua prática e dar um parecer sobre o aluno, ou uma nota.

A avaliação diagnóstica, reguladora e somativa compõem uma perspectiva de avaliação formadora e emancipatória que busca acompanhar o processo de ensino, formulando interveções diferenciadas.

Portanto a avaliação deixa de ser seletiva para selecionar os melhores e passa a oferecer a cada um dos alunos a oportunidade de desenvolver, no maior grau possível, todas as suas capacidades individuais.

9- ORGANOGRAMA DA ESCOLA

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10- PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA: ACESSO, PERMANÊNCIA, E QUALIDADE DO ENSINO APRENDIZAGEM

A gestão democrática numa escola é uma ação coletiva e integral visando uma educação de qualidade. A palavra gerir tem o sentido de produzir, criar, executar, administrar, governar, dirigir.

Significa ainda ter clareza com relação aos resultados que se quer alcançar e a partir daí planejar e mobilizar esforços e recursos, realizando auto-avaliação sistemática e as correções de rumo necessárias, na busca incessante da excelência.

É fundamental definir quais são os resultados (objetivos) que se pretende alcançar, estratégias metas e ações para ir em busca de tais resultados, estabelecendo ainda indicadores de desempenho, para acompanhar os progressos alcançados em relação aos resultados pretendidos.

A gestão democrática só será efetivada com a participação dos diferentes grupos que integram a comunidade escolar na definição de linhas de ação da escola. O envolvimento de pais e alunos no processo permitirá a construção de um processo de diálogo entre Estado e sociedade civil, na busca de condições para que todos sejam escolarizados com a mesma qualidade.

As principais decisões serão tomadas pelo conjunto de pessoas envolvidas no processo educativo e projetos pedagógicos capazes de articular o desempenho individual com o engajamento do coletivo dos educadores e educandos. Sendo assim a direção coordena as atividades, interligando as ações e compartilhando responsabilidades com alunos, professores, pais e funcionários, num processo contínuo de avaliação.

A escola enquanto formadora, deve dar ao educando condições para administrar as informações, de forma a ter comportamento adequado com a situação que se defronta, que seja capaz de decidir com autonomia, atuando como ser livre, fazendo sua história na própria história da sociedade da qual participa. Neste contexto a gestão escolar é responsável por todo o processo educacional, fazendo parte dela todas as pessoas efetivamente envolvidas com a escola.

O gestor escolar deve enfrentar com competência técnica e política todos os desafios sociais, sejam eles de ordem pedagógica, econômica, operacional e outros. Ele é antes de tudo, gestor de recursos humanos, para tanto, necessita conhecer cada um dos envolvidos no processo, procurando valorizar cada conquista e encorajar cada obstáculo enfrentado. Deve ainda manter comunicação com toda comunidade, formando uma rede de interação, numa constante troca de experiências.

As gestões públicas eficientes e eficazes devem ter um perfil claramente identificado pela equipe de trabalho e desenvolver um estilo de liderança que consiga alavancar resultados positivos no âmbito de sua atuação. Deve ainda solucionar problemas e articular saberes e competências dos membros da equipe em situações específicas para gerar as modificações necessárias.

Os princípios educacionais definidos pela Constituição foram discutidos e aprofundados por ocasião da elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Essa lei alterou alguns pontos da legislação, como o estabelecimento do princípio da gestão democrática no sistema educacional e garantia de qualidade do ensino a todos os níveis.

Contempla ainda a reorganização do sistema educacional, e por conseqüência da própria escola, com base nos pressupostos democráticos e na participação da sociedade civil, fortalecendo o caráter público do Estado e de suas instâncias.

Dessa forma, o sentido democrático empregado para qualificar a condução de um processo de gestão está intimamente ligado aos valores da sociedade, da cultura da escola e fundamentalmente, à concepção de cidadania do saber que se promove para este exercício de transformação da escola e da sociedade. Neste processo a gestão democrática está vinculada ao processo pedagógico-educativo mais amplo, a escola educa e forma o cidadão por suas relações políticas e pedagógicas.

No mundo complexo em que vivemos, educar é, mais do que nunca, uma construção feita coletivamente. É importante o estabelecimento e a manutenção de redes de conexões que privilegiam a ação coletiva através de acordos e parcerias e a participação de todos os segmentos da comunidade escolar no processo de tomada de decisões e o compromisso com uma aprendizagem de qualidade, como resposta aos interesses da sociedade.

Vivemos uma nova perspectiva no conceito de gestão frente aos desafios da inclusão, tendo em vista os problemas da evasão e repetência. Com isto evidencia-se a necessidade de adoção de políticas orientadoras de estratégias e mecanismos de gestão, capazes de confrontar os problemas em todas as suas manifestações e, superá-los.

A Gestão Democrática busca o equilíbrio de poderes e de participação dos segmentos no interior da escola em direção a uma nova prática de exercício do poder: a democracia

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participante; através dos órgãos colegiados e de apoio.

10.1- Conselho Escolar

Aos Conselhos Escolares cabe reforçar o Projeto Político Pedagógico da escola, como a própria expressão da organização educativa da unidade escolar, que deverá orientar-se pelo princípio democrático da participação.

Tem ainda a finalidade de assegurar a participação de educadores, funcionários, alunos e pais na gestão democrática escolar. O conselho tem funções de caráter consultivo, normativo, deliberativo e avaliativo das ações administrativas e pedagógicas, para promover o fortalecimento da autonomia pedagógica, administrativa, financeira nas unidades escolares.

O funcionamento do Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, no qual são definidos seus objetivos, sua natureza e os mecanismos e procedimentos que regulam seu funcionamento,

A atuação do Conselho deve contribuir com o trabalho do gestor escolar, legitimando suas decisões, colaborando na execução de algumas ações e monitorando os resultados alcançados.

10.2- Associação de Pais, Mestre e funcionários

Associação civil, entidade de direito privado representativa de pais, professores e funcionários, vinculada à escola. É amparada pela constituição Federal/88. A Associação de Pais, Mestres e Funcionários têm autonomia para exercer direitos e contrair obrigações, com atribuições que variam conforme a realidade de cada escola. Entre estas atribuições destacam-se a integração da escola com a comunidade, administrando, de acordo com normas legais, os recursos provindos de subvenções sociais, doações e arrecadações. Tem ainda como foco contribuir para a elaboração e implementação da proposta Pedagógica da escola acompanhando os resultados obtidos e contribuindo para sua melhoria contínua

É através da Associação de Pais, Mestres e Funcionários, que a gestão dos recursos financeiros pode se tornar um processo efetivo de discussão e decisão democrática, uma vez que é através da associação que a maior parte dos recursos destinados à escola é movimentado, pois a aplicação desses recursos só pode ser feita depois de aprovado em assembléia geral.

10.3- Grêmio Estudantil

O grêmio Estudantil foi criado como entidade autônoma, independente da direção da escola, pela Lei nº 7398/95, com finalidades educacionais, culturais, desportistas e sociais. A atribuição mais importante do grêmio é a participação dos alunos na construção e consolidação da gestão democrática, além de ser um espaço de discussão; é defensor do aluno e promove a sua participação na política, na arte e na cultura.

Cabe ao Grêmio Estudantil ainda:

- Representar condignamente o corpo discente;- Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do Colégio;- Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus membros;- Promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho escolar buscando seus aprimoramentos;- Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras instituições de caráter educacional;- Lutar pela democracia permanente na escola, através do direitos de participação nos fóruns internos de deliberação da escola;

10.4- Capacitação Continuada de Educadores

A capacitação na escola será atendida por meio de “reuniões sistemáticas” e coletivas. Este mecanismo produzirá, além de estudos, troca de informações, reflexão sobre os problemas surgidos em sala de aula, tomadas de decisões em relação ao processo educativo.

Este trabalho será coordenado pelos professores pedagogos que através do seu acompanhamento no cotidiano levantarão um diagnóstico. O diagnóstico servirá, ainda, para identificar quais as dificuldades encontradas no trabalho, como eles aparecem, causas e possíveis encaminhamentos.

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A capacitação sistemática também tem a função de alimentar a prática pedagógica, por meio da reflexão coletiva, apoiada em textos e/ou vídeos de cunho teórico, como forma de ajudar os profissionais a perceberem as relações entre educação e escola.

A teoria aliada à prática, além de fundamentar as novas idéias, ajudou ampliando o horizonte do grupo.

Para um trabalho mais complexo, pretende-se buscar parcerias em instituições de formação de profissionais (Universidades) acessores pedagógicos etc; conforme a necessidade e as condições do colégio.

É importante o registro das discussões e conclusão do grupo, porque apresentarão pistas para a continuidade do trabalho, formará o banco de memória dos encontros e servirá de material para a avaliação do mesmo.

“... Existe um tempo para melhorar; para se preparar e planejar, igualmente existe um tempo para partir para a ação. Porque um dia é preciso parar de sonhar, tirar os planos da gaveta e, de algum modo começar.”

(Amyr Klint)10.5- Trabalho Coletivo

Um dos grandes papéis da educação na atualidade é de efetivar-se enquanto instrumento fundamental de transformação da sociedade; isto é, a educação através de suas ações pode possibilitar a mudança das pessoas, dos grupos, da instituição onde está inserida. Dessa forma, não podemos conceber a educação como uma ação imobilizadora, muito pelo contrário, deve ser entendida em sua plena função mobilizadora, dinâmica, construtora de uma sociedade mais cidadã, em uma perspectiva de democratização de seus espaços.

A prática pedagógica é uma prática social, uma prática política, pois não se pode conceber a educação sem um vínculo sócio-histórico. A educação não pode ser compreendida fora de um contexto histórico-social concreto, sendo a prática social o ponto de partida e o ponto de chegada da ação pedagógica.

“A educação é uma prática humana direcionada por uma determinada concepção teórica. A prática pedagógica está articulada com uma pedagogia, que nada mais é que uma concepção filosófica da educação. Tal Concepção ordena os elementos que direcionam a prática educacional”.(LUCKESI, 1994, p.21).

A aprendizagem é um dos principais objetivos de toda prática pedagógica, e a compreensão ampla do que se entende por aprender é fundamental na construção de uma proposta de educação, também mais aberta e dinâmica, definindo, por consequência, práticas pedagógicas transformadoras.

O ato de aprender a aprender é, sem dúvida alguma, uma das principais funções do ato de ensinar, ou melhor, do ato de educar. A formação de uma pessoa mais autônoma, no processo de aprender, torna-a mais autônoma no processo de viver – de definir os rumos de sua vida. Mas, para que isso não se transforme em uma ação individualista, é fundamental tornar a prática pedagógica em uma prática ética, comprometida, coerente, ao mesmo tempo, consciente e competente.

A ação educativa – evidenciada a partir de suas práticas – permite aos alunos darem saltos na aprendizagem e no desenvolvimento, é a ação sobre o que o aluno consegue fazer, com a ajuda do outro, para que consiga fazê-lo sozinho. Entretanto, é princípio de toda instituição de ensino (principalmente da escola) garantir a aprendizagem a todos, visto que todos são capazes de aprender.

O educador tem também função importante neste processo, pois as práticas pedagógicas devem permitir aos alunos não somente acessarem o conhecimento, mas também transformá-los, inová-los. O educador tem a função de mediador entre o conhecimento historicamente acumulado e o aluno. Ser mediador, no entanto, implica em também ter apropriado esse conhecimento.

Portanto, se deve pensar um novo professor, mediador do conhecimento, sensível e crítico, aprendiz permanente e organizador do trabalho na escola, um orientador, um cooperador, curioso e, sobretudo, um construtor de sentido.

Entende-se que não mais cabe uma educação na qual somente se pensa em uma onipotência do educador e da escola, mas é sempre preciso estar colocando em questão as práticas pedagógicas desenvolvidas por estes agentes da educação. A educação deve buscar novos parâmetros, novas perspectivas, e permitir-se inovar, transformar.

A escola, por sua vez, passa a ter uma nova função – ser espaço de otimização dos processos de aprendizagem e dos processos de construção de cidadãos. Cada sistema de educação é um meio político para manter ou para modificar a apropriação do discurso. O que é um sistema educacional senão a ritualização da palavra, a qualificação de alguns papéis fixos para interlocutores e a distribuição e a apropriação do discurso, com todas as suas aprendizagens

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e poderes.A educação produz suas práticas em virtude do projeto de sociedade a que está vinculada.

Portanto, para que as práticas pedagógicas garantam o desenvolvimento de pessoas capazes de aprender, cidadãs, solidárias, produtoras de conhecimento, a educação deverá ser um instrumento importante de uma sociedade que acredita nestas características.

Diante do exposto e partindo do ponto de vista político pedagógico enunciamos uma lista de características que em princípio aparecem como desejáveis e necessárias para se alcançar o objetivo do colégio e que vem de encontro com a filosofia da escola.

a) Uma instituição aberta que valoriza e considera os interesses, expectativas, e conhecimento dos jovens;

b) Uma escola que favorece e dá lugar ao protagonismo dos jovens e na qual os direitos da adolescência se expressam em instituições e práticas (de participação, expressão, comunicação, etc.) e não só se enunciam nos programas e conteúdos escolares.

c) Uma instituição que não se limita a ensinar, mas que se propõe a motivar, interessar, mobilizar e desenvolver conhecimentos significativos na vida das pessoas.

d) Uma instituição que se interessa pelos adolescentes e jovens como pessoas totais que se desempenham em diversos campos sociais (a família, o bairro, o esporte, etc.) e não só pelos alunos aprendizes de determinadas disciplinas.

e) Uma instituição flexível em tempos, seqüências, metodologias, modelos de avaliação, sistemas de convivência, etc e que leva em conta a diversidade da condição adolescente e juvenil ( de gênero, cultura, social, étnica, religiosa, territorial, etc).

f) Uma instituição que forma pessoas e cidadãos e não “expertos”, ou seja, que desenvolve competências e conhecimentos transdisciplinares, úteis para a vida e não esquemas abstratos e conhecimentos que só tem valor na escola.

g) Uma instituição que atende a todas as dimensões do desenvolvimento humano: física, afetiva e cognitiva. Uma instituição na qual os jovens aprendem a aprender com prazer e que integra o desenvolvimento da sensibilidade, a ética, a identidade e o conhecimento técnico-racional.

h) Uma instituição que acompanha e facilita a construção de um projeto de vida para os jovens, onde fique caracterizado o compromisso, a abertura e a reciprocidade do mundo adulto para com os adolescentes e os jovens.

i) Uma instituição que desenvolve o sentido de pertinência e com a qual os jovens “se identificam”.

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11- O QUE A ESCOLA PRETENDE DO PONTO DE VISTA POLÍTICO PEDAGÓGICO

A escola que surgiu no início da colonização do Brasil com os padres Jesuítas, instituída com a intenção de repassar a ideologia do catolicismo, com o passar do tempo perde este caráter religioso e com idéias iluministas foram sendo introduzidas novas áreas de conhecimento pelo avanço da ciência.

A partir daí assumiu várias posições visando atender a classe dominante, aos interesses políticos, individuais, de classes.

A produção e difusão do conhecimento constituem o modo mais promissor para se obter subsídios capazes de operar mudanças norteadoras na vida social do indivíduo. São recursos que garantem à sociedade equilíbrio respondendo aos desafios mais emergentes da população.

A sociedade passa atualmente por profundas transformações sociais, econômicas, culturais, filosóficas, científicas, é a busca da auto-afirmação.

A realidade aponta novas demandas, novos saberes, novos caminhos. Com a disponibilidade crescente de leituras na Internet ou em bibliotecas virtuais, o computador está se tornando uma forma mais viável de acesso aos materiais impressos. Os livros são caros, as bibliotecas defasadas. Para os que podem o papel é o luxo do consumo, para os demais o acesso ao computador é a solução.

A escola nesta visão tem muitas dificuldades para dar conta dos diversos aspectos legais a ela destinados. Compromisso com a aprendizagem, programas sociais, falta de recurso, indisciplina, descomprometimento, falta de recursos pedagógicos, falta de funcionário, entre outros.

As vezes é preciso ser artista para cumprir as demandas do marcado, os sonhos, as cobranças institucionais, etc.

Cada vez mais nos deparamos com saberes desvinculados da realidade. A escola nesta perspectiva vem cumprindo funções inerentes a sua especificidade.

Observamos que a cada mudança política, a educação sofre essas influências.Os processos históricos juntamente com os culturais passaram a contribuir para a

universalização da educação sistemática.A função da escola hoje é fazer com que o aluno, através dos conhecimentos adquiridos

seja capaz de estar apto para exercer sua cidadania. Ser competente para o mundo do trabalho e lutar por melhorias da qualidade de vida. Deve orientar o aluno a ter objetivos e metas definidas para seu bem estar, físico, psicológico e mental. Enquanto espaço reservado para formação humana, deve proporcionar uma prática emancipadora de transformação social, atendendo às classes populares. Deve contribuir para o sujeito sair do senso comum construindo um conhecimento sistematizado, podendo atuar e interferir nessa sociedade de forma consciente, visando o bem comum. Deve visualizar alunos, que consigam pensar com autonomia e independência e sejam capazes de se importar com eles mesmos, com a comunidade, com o meio ambiente e com o planeta. Que saibam usar bem os recursos disponibilizados pela escola, adquirindo competências básicas de falar, escrever, ler, ouvir, raciocinar, interpretar. E mais importante ainda, que nossos alunos tenham prazer na busca por novos conhecimentos, que sejam capazes de sonhar com o futuro, através do imediato que sejam eles mesmos, antes de tudo.

A escola deve ser um espaço aberto que possibilite a todos tomar parte na vida da Instituição, considerando os limites e a normas de forma clara e transparente.

A construção de um clima escolar democrático supõe estabelecer um conjunto de valores que delimitem e referenciem as práticas pedagógicas que, de acordo com esses valores definem a vida e o trabalho escolar. Esse conjunto de valores devem estar vinculados à liberdade, a autonomia, o desenvolvimento do espírito crítico, da iniciativa e da responsabilidade. Neste sentido alcançar uma disciplina não impositiva, resultante de acordos, que no fim seja reconhecida e desejada por cada um, através da participação e do diálogo.

Uma escola será democrática quando os seus valores e as suas práticas respeitarem os princípios democráticos, onde os alunos sejam protagonistas da própria educação. Onde exista ainda espaço de valorização da história da cultura de seu povo, sua identidade, seus direitos, garantindo que a cultura Afro-Brasileira não fique restrita aos negros, mas a todos os brasileiros, enquanto cidadãos atuantes numa sociedade multicultural e pluriétinica.

Nesta perspectiva a escola deve ampliar o currículo escolar para diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira. Incluindo ainda no contexto de suas atividades e estudos as contribuições histórico-culturais dos povos indígenas, descendentes de asiáticos, além das de raiz africana e européia.

É preciso ainda, garantir o acesso a inclusão e a permanência de todos que por interesse queiram fazer parte do sistema educacional. Quando colocamos garantir, queremos reforçar que

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não basta criar um sistema legal de matrícula como direito do cidadão, mas o acesso e a permanência deste aluno com sucesso no interior da escola. Direito esse garantido através de projetos diferenciados de atendimento aos alunos com dificuldades de aprendizagem. Proporcionar ainda ações conjuntas entre família, escola, comunidade buscando parcerias e propostas que reforcem o currículo escolar, voltado para a realidade emergente da sociedade local. É preciso ainda que conheçamos e reconheçamos cada caso, para tomarmos as medidas e as providências necessárias para solucioná-lo.

A escola mais que um espaço de semelhanças, faz a diferença quando assume suas diferenças, ter autonomia nesse sentido, é ser responsável, como parte e como todo, em uma relação.

A educação inclusiva veio tornar mais complexa a nossa vida, mais desafiadora nossa tarefa enquanto educadores. Vamos ter que pensar alguns conceitos, aprender a ouvir mais, rever as nossas expectativas como professores, as nossas formas de avaliar, de aprovar, de reprovar.

É importante assumirmos o preconceito, nosso medo, nossa resistência, nossa dificuldade, a nossa impotência, porque só assim vamos poder, pouco a pouco, assumir, uma formação que promova a educação inclusiva.

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12- REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

O projeto educativo compreende um instrumento de transformação da escola na medida em que expressa o compromisso do grupo com uma caminhada definida em conjunto. Nesse sentido destaca como finalidades do projeto educativo:

- Aglutinar pessoas em torno de uma causa comum;- Ser um canal de participação efetiva- Dar um referencial de conjunto para a caminhada- Ajudar a conquistar e consolidar a autonomia da escola.- Ser um instrumento de transformação da realidade.- Colaborar na formação dos participantes.Um dos grandes papéis da educação na atualidade é de efetivar-se enquanto instrumento

fundamental de transformação da sociedade; isto é, a educação através de suas ações pode possibilitar a mudança das pessoas, dos grupos, das instituições onde está inserida. Dessa forma, não podemos conceber a educação como uma ação imobilizadora, muito pelo contrário, deve ser entendida em sua plena função mobilizadora, dinâmica, construtora de uma sociedade mais cidadã, em uma perspectiva de democratização de seus espaços.

A prática pedagógica é uma prática social, uma prática política, pois não se pode conceber a educação sem um vínculo sócio-histórico. Segundo ARANHA 1996) a educação não pode ser compreendida fora de um contexto histórico-social concreto, sendo a prática social o ponto de partida e o ponto de chegada da ação pedagógica.

O ato de aprender a aprender é, sem dúvida alguma, uma das principais funções do ato de ensinar, ou melhor, do ato de educar. A construção de uma pessoa mais autônoma, no processo de aprender, torna-a mais autônoma no processo de viver – de definir os rumos de sua vida. Mas, para que isso não se transforme em uma ação individualista, é fundamental tornar a prática pedagógica em uma prática ética, comprometida, coerente, ao mesmo tempo, consciente e competente.

A ação educativa – evidenciada a partir de suas práticas- permite aos alunos darem saltos na aprendizagem e no desenvolvimento, é a ação sobre o que o aluno consegue fazer, com a ajuda do outro, para que consiga fazê-lo sozinho. Entretanto, é princípio de toda instituição de ensino (principalmente da escola) garantir a aprendizagem a todos, visto que todos são capazes de aprender.

O educador tem também função importante no processo, pois as práticas pedagógicas devem permitir aos alunos não somente acessarem o conhecimento, mas também transformá-lo, inová-lo. O educador tem a função de mediador entre o conhecimento historicamente acumulado e o aluno. Ser mediador, no entanto, implica em também ter apropriado esse conhecimento.

Portanto devemos pensar num novo professor, mediador do conhecimento, sensível e crítico, aprendiz permanente e organizador do trabalho na escola, um orientador, um cooperador, curioso e, sobretudo, um construtor de sentido.

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. É preciso que, pelo contrário, desde o começo do processo, vá ficando cada vez mais claro que, embora diferentes entre si, quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. Não há docência sem discência, as duas explicam-se e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem á condição de objeto um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.

O trabalho pedagógico como princípio educativo deve ser essencialmente cooperativo. Todas as atividades, coletivas e/ou individuais, devem ser organizadas como plano de trabalho para não perder o caráter de coisa comum. O professor deve ser gerenciador das atividades e o intermediário das relações, garantindo as condições de trabalho, informando, sugerindo e estimulando o aprendizado.

Os princípios que devem nortear o trabalho pedagógico são: a confiança e o respeito mútuo entre os seres humanos; a necessidade de um escola aberta e flexível; a livre expressão; o cooperativismo; a coletividade; o trabalho enquanto agente central do processo educativo e formador.

O trabalho pedagógico deve ainda possuir instrumentos que pode auxiliar na busca incessante por uma educação que recupera e reforça, no homem, o que ele tem de melhor: sua criatividade, sua autonomia, sua condição histórica de sujeito e não de objeto a ser modelado.

Há ainda que atentar para o fato de que toda educação é direcionada para uma realidade especifica, e é partir das peculiaridades, cultural e social, de cada realidade, que as teorias do

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conhecimento e da aprendizagem devem ser pensadas no âmbito da prática escolar. É um erro pensar a educação descolada da vida cotidiana e imediata dos indivíduos, de seus limites e de suas possibilidades.

Uma educação, de fato, transformadora caminha no sentido de promover o respeito pela diferença, de estimular a riqueza da diversidade.

O educador lida com a arte de educar. O instrumento de sua arte é a pedagogia. Ciência da educação, do ensinar. É no seu ensinar que se dá seu aprendizado de artista. Toda pedagogia sedimenta-se num método. Maneira de ordenar, organizar com disciplina, a ação pedagógica segundo certos pressupostos teóricos. Toda pedagogia está sempre engajada a uma concepção de sociedade, política. É neste sentido que, nesta concepção de educação, este educador faz arte, ciência e política. Faz política, quando alicerça seu fazer pedagógico a favor ou contra uma classe social determinada. Faz ciência, quando apoiado no método de investigação científica estrutura sua ação pedagógica. Faz arte, porque cotidianamente enfrenta-se com o processo de criação na sua prática educativa, em que, no dia-a-dia, lida com o imaginário e o inusitado. A ação criadora envolve o estruturar, dar forma significativa ao conhecimento. Toda ação criadora consiste em transpor certas possibilidades latentes para o campo do possível, do real.

É um grande desafio para a educação e seus agentes repensar e resignificar suas práticas pedagógicas, assim como sua proposta político-pedagógica. Para tanto, a formação dos educadores precisa ser potencializada para fomentar o desenvolver das competência no processo de ensino-aprendizagem; ou seja, para potencializar as competências dos alunos, o professor precisa, antes, ter suas próprias competências potencializadas. Rever algumas práticas e ampliar as competências em diversas outras áreas do processo educativo é fundamental para atingir-se uma ampla formação educacional.

Ao nos propormos trabalhar com educação, temos por princípio nossas intenções e as intenções do projeto ao qual estamos vinculados (intencionalidades); temos, de algum modo explícito, o público com o qual vamos trabalhar (sujeitos); temos, consciente ou inconscientemente, vínculo com uma proposta de educação e, por consequência, uma proposta de sociedade, expressa muitas vezes pelos objetivos ou pelas justificativas.

O professor ao desenvolver suas ações pedagógicas deve aprender a aprender, pois, ao ensinar, também se aprende, coloca em debate seu conhecimento. O professor não é onipresente, oniscente, muito menos, onipotente e, sim, é mais um aprendiz no processo da educação. Não podemos, contudo, pensar que não existem diferenças entre os diversos agentes envolvidos no processo pedagógico, pois o professor tem suas funções e os educandos as suas, mas ambos podem aprender ensinando e ensinar aprendendo.

Dessa forma, é interessante percebermos que a educação não é algo estático. A educação é dinâmica e, como a vida, é um permanente processo em movimento, em transformação. Assim, a educação não pode ser vista como espaço de sofrimento, de pura disciplina, de autoritarismo, pelo contrário, a educação, na medida do possível, deve ser espaço de prazer, de desenvolvimento, de alegria. A ação pedagógica deve expressar uma ação amorosa.

12.1 O Papel do Diretor

- Coordenar a elaboração e atualização do regimento escolar e a utilização deste como instrumento de suporte pedagógico.

- Participar do processo de escolha de representantes de turmas (aluno, professor);- Participar da elaboração, execução, acompanhamento e avaliação de projetos, planos, programas e outros objetivando o atendimento e acompanhamento dos aluno, nos aspectos que se referem ao processo ensino-aprendizagem.- Participar junto com os professores da sistematização e divulgação dos informações sobre o aluno para conhecimento dos pais, e em conjunto discutir os possíveis encaminhamentos.- Participar junto a coordenação pedagógica e professores, do processo de identificação, de análise dos causa e acompanhamento dos alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem, visando o redimensionamento da ação pedagógica.- Coordenar, atualizar, organizar e socializar a legislação de ensino e de administração de pessoal da unidade escolar.- Coordenar junto com a equipe administrativa, a organização, atualização e trâmite legal dos documentos recebidos e expelidos pela unidade escolar.- Desenvolver o trabalho administrativo e pedagógico escolar considerando a ética profissional, sendo o articulador da proposta pedagógica.

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- Contribuir para o acesso e permanência dos alunos com necessidades educacionais especiais na escola, intervindo como mediador das condições necessárias a organização escolar e qualificação do processo ensino- aprendizagem, através da composição, caracterização e acompanhamento das turmas, do horário escolar, listas de materiais, atividades extra classes e de outras questões curriculares.- Divulgar aos pais e comunidade os resultados das ações educacionais voltada para a aprendizagem dos alunos.- Adoção de mecanismos de monitoramento e proposição de planos de melhoria da escola e sua gestão.- Promoção de práticas de valorização e reconhecimento do trabalho dos

professores e funcionários, no sentido de reforçar ações voltadas para melhoria da qualidade do ensino.

- Mediar conflitos e favorecer a organização dos segmentos escolares, em clima de compromisso ético e solidário.- Propiciar momentos de discussão organizados, com pauta definida, com tempo e espaço para que todos participem.- Definir problemas e identificar soluções, levando em consideração a opinião de todos.- Ressaltar as funções educativas de todos os funcionários.- Providenciar condições materiais e estruturais para que todos possam realizar seu trabalho.

12.2- O Papel da Secretaria e Auxiliares

- Prestar serviço ágil e atualizado de documentação, escrituração e informação escolar, devidamente, organizando registros, documentação dos alunos, estatísticas, legislação e outros.

- Recepção ao público, atendimento e encaminhamento aos departamentos solicitados.

1-Atendimento:. Aos professores, funcionários, alunos e pais.. telefônico e localização de pessoas;. comunicação interna;. Na ausência da direção a secretária(o) responde pela escola.

2- Endereços:- Manter enderços e telefones de professores, funcionários e alunos atualizados.

3- Reorganização:- Manter o arquivo morto organizado.

4- Livro Ponto:- Organização- Controle diário.

5- Documentos e correspondências:- Supervisionar o expediente a ser submetido ao despacho da direção;- Redigir e expedir correspondências(solicitação, agradecimentos, atas de reuniões e

conselhos de classes);- Controlar a documentação oficial do colégio.

6- Infra-Estrutura:- Controle de bens patrimoniais;- Organizar controle de chaves;- Solicitar a todos os setores materiais necessários pra a compra;- Disponibilizar a infra-estrutura necessária para a viabilização de projetos e eventos

desenvolvidos na escola;- Acompanhar os serviços e reformas mantendo a direção informada.- Manter o professor informado sobre a movimentação dos alunos (desistentes,

transferidos)

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12.3- Papel da Bibliotecária

- Atender o público em geral ( alunos, professores, e funcionários);- Catalogar e classificar os livros;- Restaurar livros e mapas quando danificados;- Auxiliar nas pesquisas e consultas nos livros e na Internet.- Controlar a entrada e saída de livros cobrando os retardatários na devolução de livros.- Conscientizar os alunos da aplicação de multa mediante atrasos, perdas ou danos de livros.

12.4- Coordenador Financeiro

- Buscar formas alternativas para obter recursos, espaços e materiais

complementares para a melhoria da realização do projeto pedagógico;

- Planejamento, acompanhamento e avaliação da execução dos recursos financeiros da escola, levando em conta as necessidades do projeto pedagógico, os princípios da gestão pública e a prestação de contas à comunidade.- Coordenar e promover ações que favoreçam a conservação, higiene, limpeza, manutenção e preservação do patrimônio escolar – instalações, equipamentos e materiais pedagógicos.- Aplicar e administrar as verbas escolares em concordância com a Direção e em articulação com o Conselho Deliberativo Escolar, APMF, conforme o caso.- Administrar os recursos financeiro, destinando-os a prioridades eleitas pelo Conselho Deliberativo Escolar.

12.5 – Papel do Professor Pedagogo

Começamos definindo a função pedagógica como a articuladora do Projeto Político Pedagógico, que organiza a reflexão, a participação e os meios para que a escola possa cumprir sua tarefa de propiciar que todos os alunos aprendam e se desenvolvam como seres humanos plenos, partindo do pressuposto que todos tem direito e são capazes de aprender. O professor pedagogo em princípio assume então esse papel de educador mais experiente, o ponto de referência do processo pedagógico.

A tarefa é essencialmente pedagógica. Há necessidade do especialista em refletir sobre o trabalho em sala de aula. Estudar muito e usar as teorias para fundamentar o fazer e o pensar dos docentes. Elencar os pontos considerados fundamentais e assumir o que é relevante estipulado pelos coordenadores da escola..

- Ajudar a elaborar a proposta pedagógica da escola e garantir que ela seja

posta em prática.

- Procurar estar junto com o professor, discutindo com eles os problemas e buscando soluções, conhecendo bem os alunos.- Buscar meios de auxiliar o professor e tornar sua tarefa menos árdua.- Trabalhar em cima da idéia de processo de transformação, acolhendo o professor em suas angústias e ajudando-o a perceber suas contradições (e não acobertá-las).- Ajudar a produzir as mudanças necessárias.- Acompanhar e desenvolver nas horas-atividades uma prática de colaboração,

oferecendo suporte didático metodológico; ao professor - Orientar como devem ser os registros no livro de chamada e verifica-se os objetivos a

que se propuseram estão sendo alcançados.- Acompanhar o processo Ensino aprendizagem subsidiando o professor no planejamento

da ação pedagógica.- Buscar em todos os segmentos escolares as soluções indicadas para os problemas

apresentados.- Responder pela formação dos docentes, organizando encontros, proporcionando

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momentos de reflexão e estudando temas pedagógicos e das áreas do saber para o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades, atitudes e elevar a motivação e a auto estima dos professores.

- Planejar, executar e avaliar os desdobramento e encaminhamentos de forma permanente: Conselhos de Classe, Reuniões Pedagógicas, Reunião de pais, Reuniões de planejamento, Grupos de Estudos e Projetos.

- Acompanhar através das notas e das queixas o rendimento dos alunos que apresentam defasagens na aprendizagem e faltas constantes, objetivando atendimento ou encaminhamentos que se fizerem necessários.

- Orientar pedagogicamente pais, alunos, educadores e demais funcionários da instituição.

- Fazer ainda o atendimento aos pais e ajudar a resolver problemas de disciplina dos estudantes.

- Realizar pesquisas, diagnósticos e estudos emitindo pareceres de informações técnicas e pedagógicas para a área de Ensino no NRE.

- Participar de reuniões e jornada pedagógica e outros, buscando a fundamentação, atualizando e redimensionando a ação do pedagogo.

- É responsável pelas retificações ou modificações nos trabalhos sempre que necessários. Ressaltando méritos e tentando recuperar deficiências.

- Desenvolver o trabalho educacional considerando a ética profissional.

“Por tudo isso, o Professor Pedagogo (coordenador pedagógico) só vai desempenhar bem a sua função se for um líder e tiver apoio da direção em suas ações e reivindicações, como infra-estrutura de trabalho e tempo de estudo para todos os professores”.

(Revista Nova Escola, Maio 2003)

12.5.1 – Organização da hora/atividade no horário escolar

Corresponde as horas remuneradas para que os professores com regência de classe realizem atividades complementares ao processo pedagógico fora dos horários de aula.

A hora atividade faz parte da organização e distribuição de aulas realizada no início do ano letivo. Pretende ser um instrumento de planejamento a mais de que dispõe o professor para organizar suas aulas e seu trabalho efetivo, comprometido com a qualidade e o desenvolvimento do aluno.

A Equipe Pedagógica gerencia esse espaço de tempo obedecendo o critério de organização e distribuição de aulas e seu turno de funcionamento. Objetivando efetivar a proposta pedagógica para o ano letivo de 2006, pretendemos distribuir e organizar a hora atividade por disciplina, respeitando o número de professores e as melhores possibilidades de agrupá-las por área e turno.

Reconhecemos ainda, a grande dificuldade para que isso aconteça de maneira satisfatória, atendendo as necessidades do professor, devido a carga horária atribuída a múltiplas escola.

Para hora-atividade esta é insuficiente para o planejamento de uma boa aula.

“ Sabedoria não é ter, é saber onde encontrar.”

12.6 – Papel dos Auxiliares de Serviços Gerais

Os Auxiliares de Serviços Gerais compreende os serviços de manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino, sendo coordenado e supervisionado pela Direção.

Cabe a Servente:- Proceder à abertura e fechamento do prédio, no horário regulamentar fixado pelo

Diretor;- Manter sob sua guarda as chaves do prédio e de todas as suas dependências;- Controlar o acesso e saída de pessoas e matériaiss e manter a vigilância do prédio e de

suas dependências;- Efetuar a limpeza e zelar pela conservação dos móveis e equipamentos do

estabelecimento;- Requisitar materiais de limpeza e, quando for o caso, e controlar o seu consumo;- Efetuar a limpeza interna e externa do prédio;- Zelar pela conservação e asseio do edifício, instalações, móveis e utensílios.

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- Executar outras tarefas relacionadas com sua área de atuação que forem determinadas pela Direção da Escola;

Cabe à Merendeira:- Preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativa e qualitativamente;- Informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição do

estoque;- Conservar o local de preparação de merenda em boas condições de trabalho,

procedendo a limpeza e arrumação;- Efetuar tarefas correlatas à sua função.

12.7 – Papel do Professor

Nesse projeto educativo, considerando todos os aspectos é preciso pensar também sobre o papel do professor, pois, para superar os limites dessa escola, será necessário investir continuamente na sua formação, retomando e repensando o seu papel diante dessa escola cidadã. Nela não caberá um professor conteudista, tecnicista, preocupado somente com provas e notas, mas, sim um professor mais humano, ético, estético, justo, solidário que se preocupe com a aprendizagem e a qualidade do que é ensinado.

É preciso um profissional com competência, tanto política quanto técnica, que conheça e domine os conteúdos escolares e os atitudinais, saiba trabalhar em sala de aula utilizando uma metodologia dialética, que tenha compromisso político, social, seja pesquisador, um eterno aprendiz e estudioso, tenha uma prática coerente com a teoria, seja consciente do seu papel como cidadão. Um verdadeiro mediador entre sujeito e o objeto do conhecimento, trabalhando de forma que, a partir dos conteúdos, dos conhecimentos apropriados pelos alunos, eles possam compreender a realidade, atuar na sociedade em que vivem e transformá-la.

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13- PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO

EIXO NORTEADOR

ENVOLVIDOS

OBJETIVOS AÇÃO CRONOGRAMA

GESTÃO

DEMOCRÁTICA

DIREÇÃO

CONSELHO

ESCOLAR

PROFESSORES

ALUNOSE

FUNCIONÁRIOS

- Legitimar as ações do gestor escolar- Colaborar na tomada de decisões;- Legitimar a proposta pedagógica;- Acompanhar os resultados obtidos pela escola;- Cuidar para que seja respeitado os direitos e deveres dos educandos, professores e funcionários;

- Planejamento e divulgação para toda comunidade escolar dos objetivos, metas e indicadores dos resultados da escola para o ano letivo que se inicia;- Estabelecimento das formas de acompanhamento dos resultados;- Projeto e parcerias com a comunidade, através de voluntariado;

- Início do ano letivo.- Através de reuniões mensais.-Durante o ano letivo.

GESTÃO

DEMOCRÁTICA

CONSELHO

DECLAS

SE

-Direção- Professores- Alunos

- Melhoria na qualidade pedagógica do processo educacional da escola.- Refletir através da avaliação coletiva os resultados que a escola vem alcançando.- Definir as ações para melhoria dos resultados.- Estabelecer intervenções pedagógicas para a melhoria da prática cotidiana.

- Levantamento de dados;- avaliação dos resultados;- Intervenções pedagógicas;-Avaliação do processo ensino/aprendizagem;- Auto avaliação

-Durante o ano letivo estabelecido no calendário escolar, e sempre que se fizer necessário.

GESTÃO

DEMOCRÁTICA

- Direção -Alunos representantes de turmas;- Professores;- Equipe Pedagógica.

- Estabelecer através da liderança de turmas uma relação efetiva entre as instâncias escolares.- Criar um espaço para discussão acompanhamento dos progressos e dificuldades encontradas em sala de aula.- Participar de maneira criativa e responsável das ações da escola.

- Palestras para preparar os alunos sobre o conceito de liderança e representatividade;

- eleição democrática para escolha dos representantes de turmas;

- Preparação e elaboração de um plano de ação para os líderes de turma.

- Durante o ano letivo.

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GESTÃO

DEMOCRÁTICA

- Direção- Grêmio Estudantil- Alunos- Professores- Funcionário

- Incentivar as ações desenvolvidas pelo Grêmio Estudantil através do seu Plano de Ação;- Estabelecer parcerias juntamente com o grêmio para a implementação da Proposta Pedagógica da Escola;-Mobilizar o Grêmio Estudantil e todos os alunos para o Protagonismo Juvenil, assumindo uma postura mais participativa na sociedade com suas ações

- Mostra cultural e Pedagógica;- Projetos de Ação Jovem e cidadania;- Ampliação da sala de xadrez;- Monitoria aos alunos com dificuldades em algumas disciplinas;- Gincana cultural e Pedagógica;- Atividades festivas e resgates culturais;- Criação do Jornal da escola;- Premiação aos alunos destaques do ano;- Participação dos alunos na construção e consolidação da Gestão democrática;

- Em reuniões mensais- Durante o ano letivo;

GESTÃO

DEMOCRÁTICA

- Direção- APMF- Professores- Funcionários

- Contribuir para elaboração e implementação da Proposta Pedagógica;- Apoiar as ações da escola;- Acompanhar os resultados obtidos pela escola;- Contribuir para gestão dos recursos financeiros;- Promover campanhas e promoção;- Colaborar para a integração da família/escola;- Representar os interesses da comunidade e dos pais;- Promover o entrosamento entre pais, professores e alunos.- Contribuir para melhoria e conservação das instalações e equipamentos;- Receber e gerenciar recursos recebidos;

- Reuniões para discussão, apresentação e acompanhamento dos resultados escolares;

- Atividades festivas e resgates culturais, através de festivais e quermesse;

- Reforma dos banheiros;

- Estruturação das salas ambientes, com material de apoio para cada disciplina/série;

- Torneios desportivos;

- Promoção – jantar dançante.

- Em reuniões durante o ano letivo, sempre que se fizer necessário;

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GESTÃO

DEMOCRÁTICA

- Direção- Equipe Pedagógica- Pais- professores- Funcionários

- Discutir, colabora e decidir sobre as ações para acompanhamento dos alunos e Integração família e escola;- Colaborar nas tomadas de decisões;- Acompanhar o progresso do filho na escola;- Fortalecer o relacionamento escola, comunidade;- Conhecer as intervenções pedagógicas utilizadas pela escola para proporcionar o sucesso do ensino- aprendizagem do aluno;

- Reuniões periódicas;- Visitas as famílias;- Divulgação para as famílias dos trabalhos realizados pelos alunos nas Gincanas Culturais e Pedagógicas e Mostra Cultural e Pedagógica;- Torneios desportivas;- Festas, festivais e quermesses.- Projetos e Parcerias.

- Durante o ano letivo;

PROPOSTA PEDAGÓGICA

- Direção- Equipe Pedagógica - Professores

- estabelecer o propósito central que norteia a existência da escola, sua função, participação e efetivação na sociedade.- Construir através da Proposta Pedagógica a Identidade da escola;- Conhecer os princípios norteadores de cada área do conhecimento;- Refletir sobre a sistemática da avaliação, práticas, concepções e critérios.- Garantir o ensino aprendizagem através da recuperação paralela.

- Leitura, reflexão e discussão coletiva da LDB, Instruções e resoluções afins;- Salas ambientes.- Acompanhamento pedagógico considerando a diversidade sócio-cultural dos educandos.- Monitoria em parceria com os alunos.

- Durante o ano letivo.

FORMAÇÃ

O CONTINUADA

- Direção- Equipe Pedagógica- Professores-Pais- Funcionários

- Oportunizar a todos o aperfeiçoamento profissional, através de capacitação contínua.

- Reuniões Pedagógicas- Grupos de Estudos- Seminários em parcerias com as Universidades;- Palestras;- Oficinas;

- Durante o anos letivo;

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QUALIFICAÇÃODOS EQUIPAMENTOS

E ESPAÇOSFÍSICOS

- Direção;- APMF;- Conselho Escolar;- Professores;- Funcionários;-Grêmio Estudantil;

- Proporcionar um ambiente físico que contribua para a educação e a formação dos alunos;- Garantir o funcionamento eficaz e harmônico dos diversos processos de apoio;- Administrar os recursos de forma planejada, visando a racionalização das atividades e a qualidade dos resultados;- Identificar os principais pontos a serem melhorados visando a qualidade do resultado pedagógico.

- Equipar as salas ambientes com matérias didáticos pedagógicos;- Convênio e parcerias para aquisição de livros e revistas para a biblioteca;- Ampliação da sala de Xadrez;- Reforma dos banheiros.- Construção de um espaço para o teatro ao ar livre;- Planejamento e construção da quadra de vôlei de areia;- Ampliação do laboratório de Informática;

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14- PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

EIXO NORTEADOR

ENVOLVIDOS

OBJETIVOS AÇÃO CRONOGRAMA

A P C E O DM AP GA ÓN G

H I A C M O E N T O

PROFESSORES

1- Acompanhar o Processo de Ensino-Aprendizagem subsidiando o professor no planejamento da ação pedagógica

- Encontros para Planejamento e organização do ano letivo.- Elaboração do contrato Pedagógico, estabelecendo regras de parceria e convívio ético par o ano que se inicia.

Fevereiro

e julho

2- Fortalecer o professor organizando encontros de formação continuada, para o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes, bem como para elevar a motivação e auto estima do grupo

- Encontros para levantamento de necessidades, proporcionando momentos de estudo reflexão e troca de experiências.

Um encontro por bimestre

3- Localizar práticas novas já presentes na realidade dos professores, para o grupo perceber que é possível, que funciona.

- Momentos para troca de experiências. Planejamento coletivo nas horas atividade.

Um encontro em março e

outro em julho.

4- Acompanhar e desenvolver nas horas atividades uma prática de estudo e colaboração.

- Organizando um espaço e horários o mais coletivo possível para estar dialogando com os professores.

Semanalmente

5- Verificar os registros nos livros de chamada

- Analisando periodicamente os objetivos a que se propuseram estão sendo alcançados

No final do bimestre

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6- Planejar, executar, avaliar os desdobramentos e encaminhamentos, de forma permanente dos conselhos de classe, das reuniões pedagógicas, reunião de pais, de planejamento, Projetos, Fóruns etc.

-Reuniões e Conselho de classe(Organizando a dinâmica para que aconteça de forma democrática e participativa)

No final de cada

Bimestre

7- Estar atualizado com pesquisas e Bibliografias para orientar professores na busca de soluções.

- Através de leituras, pesquisas e visitas a outras escolas para apreciação de práticas inovadoras

Sem definição de datas ou seja

durante o ano letivo

8- Realizar pesquisas e estudo emitindo pareceres e informações técnicas para à área de ensino

- Fazendo e enviando relatórios para a área de ensino do NRE

Quando necessário

EIXO NORTEADOR

ENVOLVID-OS

OBJETIVOS AÇÃO CRONOGRAMA

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A PC EO D

M A P G A Ó N G H I A C M O E N T O

A PC EO D

M A

P GA ÓN G

H I A C M O E N T O

A

LUNOS

ALUNOS

- Construir e divulgar o regulamento interno, despertando no educando a consciência da liberdade, o respeito pelas diferenças individuais, o sentimento de responsabilidade

- Visita nas turmas para apresentação da Função do Orientador e Supervisor e das situações que necessitam de regras para a harmonia do grupo no Colégio.- Levantamento de sugestões dos alunos.

Primeira semana de aula

- Escolher por turma um aluno que represente e coordene o grupo

- Apresentando o papel do Líder;

- Fazendo a escolha através do voto.

- Reunindo os escolhidos para conscientização das funções.

Março

3- Planejar momentos para palestras sobre assuntos sugeridos na própria turma.

- Convidando profissionais habilitados e organizando um cronograma de palestras.

Datas a definir.

4- Promover o bom relacionamento e cumprimento do Regimento Interno.

- Aconselhamento buscando sempre a harmonia.

Durante todo ano letivo

5- Identificar conflitos orientando alunos com problemas de ajustamento no grupo.

- Registro de ocorrências mais graves.

- Comunicando os responsáveis.

Durante todo ano letivo

6-Assistir o aluno na análise de seu desempenho escolar e no desenvolvimento de atitudes responsáveis em relação ao estudo.- Intervir com ações pedagógicas àqueles que apresentam faltas constantes e dificuldades de aprendizagem.

- Organizando momentos de entrevistas individuais e entrega dos boletins.

- Através de grupos de estudo em contra-turno com monitoramento dos próprios colegas – voluntários.

-No final do bimestre – sempre que necessário.- 2 vezes por semana cada disciplina.

7- Fazer diagnóstico nas turmas, coletando informações e sugestões sobre a dinâmica escolar de cada disciplina bem como a sua participação.

- aplicação de questionários, coletando dados para uma possível participação nos conselhos de classe.

Trimestral3 a 4 vezes no ano.

8- Incentivar e acessorar todas as iniciativas de Projetos e melhorias;

- Através de apoio e coordenação de projetos como – Agenda 21(meio ambiente, Oficinas de dança, teatro, etc.

- Durante o período letivo.

9- Previnir, conscientizando o aluno e a família da importância de não interromper seus estudos

- Fazendo um trabalho de prevenção junto com os professores e responsáveis de salsa para que não haja desistentes.- Projetos criativos como: “Nenhum a menos”. Premiando a sala que terminar

Durante todo o período letivo

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A P

C EO DM AP GA Ó N GH IA CM O

E N T O

P A R L O U F N E O S S S O R E S

1- Oportunizar apresentação à comunidade e aos familiares o que estão explorando e aprendendo em determinadas áreas específicas do conhecimento

- Promovendo e acessorando:

. Mostras pedagógicas;

. Seminários;

. Fóruns;

. Apresentações culturais e gincanas;. Participação na Feira com Ciência, Fera e demais eventos.

Durante o transcorrer do ano.

A P

C EO DM AP GA ÓN GH IA CM O

E N T O

FAMILIAR

- Dialogar com os pais para que juntos busquemos as melhores medidas educacionais, cultivam a participação produtiva da família na escola

- Reuniões- Palestras

- Entrevistas individuais

- Eventos de confraternização (gincana, sessão de filme etc.)

- Bimestralmente.- 3 vezes ao ano (data a definir)- Sempre que necessário.- Datas a definir.

A PC EO DM AP GA ÓN G

H I A C M O E N

DIREÇÃO

EQUIPEPEDAGÓGICA

-Avaliar e intervir no processo educativo

- Reunir-se a cada 15 dias para organizar a escola, planejar ações, verificar o que está dando certo e o que esta tendo dificuldade, que mudanças podem ser feitas.

PeriodicamenteA cada 15 dias.

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T O

15- PLANO DE AÇÃO DOCENTE

Este Plano consiste na especificação dos procedimentos que serão usados para o estudo dos conteúdos. Para isso poderemos adotar um quadro seguindo critérios: Explicitar, para cada unidade de conteúdo, as atividades e os processos mais adequados para desenvolver a aula; ou fazer uma previsão geral de todas as estratégias de ensino-aprendizagem, considerando o que se lhe quer ensinar.

Objetivo Conteúdo Ações “Estratégias”

Recursos Avaliações

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16- RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR SEU PROJETO

O Colégio hoje possui mecanismos comuns existentes nas várias escolas públicas do Estado. Queremos com isso mostrar nossa prática voltada para uma política que garanta a princípio a qualidade, nos comprometendo com ações que envolvem o Grêmio estudantil e a APMF na geração de recursos financeiros para manter as despesas da escola.

A cantina escolar contribui com uma parcela da arrecadação e sua exploração é feita pela APMF, sob a supervisão da direção e do Conselho Escolar, respeitando às normas sanitárias. Os recursos obtidos com sua operação são revertidos em benefício dos alunos.

Outra fonte que gera recursos para a escola são as promoções feitas duas vezes ao ano. Uma em forma de arrecadação de recursos é o baile dos estudantes, com o objetivo de recepcionar os alunos no começo do ano letivo, e a realiação de um desfile para leger a garote e o garoto CEPAV. Este evento será realizado um vez ao ano.

Outra forma de angariar fundos financeiros é a realização do bingo feito através da Gincana Cultural, também realizado uma vez ao ano. Toda renda é revertida em prol de benfeitorias que beneficiam o ambiente escolar e aluno.

Todo o dinheiro arrecadado para ser gasto é submetido a análise dos membros da APMF e no disposto do seu Estatuto, bem como o do Conselho Escolar e seus representantes.

É respeitado sempre o princípio da qualidade do ensino para investir as verbas arrecadadas. Com isso pode-se realizar os reparos mais urgentes, corte de grama poda de árvores, substituição de alguns utensílios e outros. Fazemos ainda as confraternizações do final do ano, dia dos professores, dia dos estudantes, páscoa, visando manter a união de professores, alunos, pais, instâncias colegiados através dos recursos oriundos dessas promoções.

Contamos ainda com a ajuda da Prefeitura Municipal que colabora com a escola fornecendo trator para o corte de grama no terreno da quadra, bem como sede alguns homens bimestralmente para a realização de reparos mais urgentes.

Recebemos através do Fundo Rotativo um cota mensal destinada à aquisição de materiais (de expediente, de limpeza, esportivos, etc), à execução de pequenos reparos e à complementação de gêneros alimentícios para a merenda escolar, através da Cota suplementar.

As verbas são aplicadas de acordo com a necessidades da escola, com acompanhamento do Conselho Escolar.

17- CALENDÁRIO ESCOLAR

O Calendário Escolar para a rede pública estadual de Educação Básica define o início e o término do ano letivo, férias escolares, recessos escolares, feriados oficiais, semana de planejamento, de capacitação, semana cultural, garantindo o mínimo de 800 (oitocentas) horas, distribuídas por um mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar.

Lembramos que, de acordo com o Art. 2º da Deliberação nº 02/2002 – CEE: “São consideradas como efetivo trabalho escolar as reuniões pedagógicas, organizadas, estruturadas a partir da Proposta Pedagógica do estabelecimento e inseridas no seu planejamento anual”, e que o Parágrafo único do Art. 3º determina: “O estabelecimento deverá organizar o ano letivo de modo que os alunos tenham garantidas as oitocentas horas de efetivo trabalho escolar previstas em lei”(grifo nosso);

Para garantia das 800 horas, são considerados dias de efetivo trabalho escolar todas as atividades de cunho pedagógico, incluídas na Proposta Pedagógica da instituição, com freqüência exigível dos alunos e efetiva orientação por professores/profissionais, realizados em sala de aula ou em outros locais adequados ao processo ensino-aprendizagem;

Portanto, os Estabelecimentos poderão considerar como dia letivo, além dos dois dias de Planejamento Escolar, os dias destinados para reuniões pedagógicas, (conselhos de Classe e outros) até o total de dez(10) dias no decorrer do ano letivo, ou organizar as reuniões pedagógicas fora dos dias letivos previstos no calendário escolar.

Deverão ser considerados também, os dias letivos, com outras atividades como, jogos escolares, gincanas desde que tenham cunho cultural e esportivo, pois envolvem professores e alunos.

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18- ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS EDUCATIVOS

A organização dos espaços internos do Colégio Padre Antonio Vieira procura destinar espaços específicos para as atividades de ensino aprendizagem e sua distribuição diferencia da escola tradicional, pois procurou transformar as salas comuns em setor ambiente,novos espaços instaurando um novo modelo educacional “mais vivo” e dinâmico, cercado de cuidados especiais e para isso contamos com uma Biblioteca (precisando atualização e melhoria dos acervos).

Temos também um laboratório de Informática com 9 computadores e uma linha de Internet, conseguida pelo Grêmio e mantida pela cantina da escola. Existe um Laboratório de Biologia Física e Química com alguns recursos mínimos para as experiências práticas. Uma Quadra esportiva que atende o lazer e qualidade de vida também da comunidade escolar. Possui uma sala de vídeo e DVD, com 50 cadeiras brancas. Uma sala maior pra reuniões e palestras e em especial as salas tradicionais foram transformadas em salas ambiente que passamos agora a relatar sobre seus objetivos e critérios de funcionamento.

18.1- Salas Ambiente

A proposta dessa alternativa pedagógica foi adotada no Colégio no início de 2005 e tem por objetivo facilitar o processo ensino-aprendizagem.

Mais do que um espaço diferenciado, a sala ambiente significa uma concepção de ensino que se organiza para que o conhecimento se desenvolva numa dinâmica interativa oferecendo-lhes o melhor para que se desenvolvam em um ambiente rico e verdadeiramente estimulador de suas potencialidades.

O colégio tem condições físicas para trabalhar nesse regime visto que possui 12 salas de aula, laboratório, para atender alunos do Ensino Médio. No primeiro ano de implantação dessas salas, trabalhamos com os recursos didáticos que o colégio já possuía e a meta para 2006 é providenciar materiais que ajudarão a enriquecer as aulas, estimulando a pesquisa e favorecendo um atendimento às diferenças individuais, reunindo teoria e prática, pois trabalhamos com turmas heterogêneas. No planejamento das aulas, precisa ser levado em consideração a utilização dos recursos disponíveis e a organização dos grupos. Para diminuir o fluxo de estudantes e melhor aproveitamento do tempo as aulas foram organizadas em duplas (geminadas).

Cada disciplina tem uma única sala, sendo que Português e Matemática que contam com maior número de carga horária, fez-se necessário dois ambientes. A permanência do profissional em seu ambiente faz com que possa adaptá-lo de acordo com o seu trabalho e sua criatividade, tornando este ambiente mais agradável e mais produtivo, ou seja, um lugar construído por eles mesmos interagindo aluno/professor/ambiente de forma significativa,

Para o funcionamento prático e pedagógico das salas ambiente, enfatizamos que a mudança não deveria ser apenas visual, refletindo-se no exercício efetivo de técnicas e utilização de materiais que promovessem uma melhor aprendizagem para o aluno.

Quanto aos recursos necessários para organização das salas virá por duas vias:- A Direção e APMF, que pretendem oferecer um mínimo de recursos materiais e

equipamentos para cada disciplina.- O professor através de um planejamento especial em conjunto com os alunos

confeccionando materiais necessários para as aulas de acordo com a criatividade de cada um.

Com a implantação destas salas, tivemos resultados positivos, como por exemplo o controle da limpeza das salas, sem quebra de equipamentos ou estrago de materiais. Depoimentos de professores, pais e alunos confirmam que as aulas tornaram-se mais proveitosas e o ensino se desenvolveu de forma prática e condizente com a realidade. Portanto estamos motivados a continuar e aperfeiçoar esse modelo de organização do espaço educativo.

18.2- Laboratório de Informática

“O cidadão de hoje tem de estar instrumentalizado para compreender as novas tecnologias”.

Para aprimorar e promover o acesso de todos os jovens do Colégio ao mundo informatizado, uma das metas priorizada foi a reinstalação de 09 computadores e uma linha de Internet Banda Larga (ADSL), conseguida em parceria com o Grêmio Estudantil e sustentada com recursos da Cantina Escolar.

Passou assim a funcionar esse espaço em 2005, mesmo que precariamente, tendo em vista a falta de funcionário disponível para esse atendimento.

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Esse espaço está sendo utilizado numa dinâmica de pesquisa previamente e pretende em 2007 contemplar também cursos de digitação e aprimoramentos.

A sala de informática será utilizada pelos alunos juntamente com o professor durante o perído de aula, e fora deste por um funcionário do colégio.

O perfil da sociedade contemporânea exige profissionais que dominem a tecnologia como requisito fundamental.

Neste contexto estamos cientes que precisamos de indivíduos que saibam se posicionar frente aos novos desafios e de acordo com as nossas possibilidades procuramos atender a tais requisitos.

18.3- Laboratório de Biologia, Física e Química

O laboratório é utilizado em parceria com as três disciplinas e neste ano de 2005 foi adquirido vários materiais, viabilizando as aulas práticas e melhorando a qualidade do ensino ofertado. Pretendemos neste ano de 2006 oferecer aos alunos aulas de laboratório com maior qualidade relacionando a teoria através das práticas buscando o maior entendimento dos conceitos estudados.

As aulas práticas de laboratório são de responsabilidade do professor da disciplina de Química Física e Biologia, uma vez que não dispomos de um responsável específico para este fim.

19- ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E DISTRIBUIÇÃO POR PROFESSOR

Os critérios para organização das turmas e distribuição de professores obedece o contido nas normas da Secretaria de Estado da Educação, buscando distribuir os alunos bem como os professores da melhor forma possível, para que possamos atingir os objetivos propostos. A distribuição das turmas obedece rigorosamente o número mínimo de 40 e máximo de 45 alunos por turma, o que torna difícil o atendimento individual por parte do professor. Os professores são distribuídos obedecendo a ordem de classificação e habilitação em razão da especificidade de cada um.

Quanto ao calendário a escolha é feita em conjunto com as demais escolas do município- Estaduais e Municipais, uma vez que a maioria de nossos alunos dependem do transporte escolar necessitando assim da coincidência dos feriados e recessos no mesmo dia para não haver prejuízo aos alunos que dependem de transporte para freqüentar as aulas.

Quando necessário a pedido dos professores, será realizado o mapeamento dos alunos na sala com o intuito de melhorar o ensino aprendizagem.

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20- DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE E NÃO DOCENTE, DO CURRÍCULO, DA ATIVIDADES EXTRA-CURRICULARES E DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.

A avaliação do Processo funciona como um instrumento de controle de qualidade, visando intervenções corretivas ao longo da realização, no sentido de assegurar resultados favoráveis.

A avaliação que acreditamos ser favorável ao bom desempenho de todos os seguimentos escolares é a Avaliação Institucional, uma vez que, seus objetivos fundamentais são aprimorar, comparar e fornecer elementos que possam servir de subsídios para a manutenção ou correção de ações que conduzam à qualidade da produção e transmissão do conhecimento.

A avaliação educacional engloba as situações em que os indivíduos ou grupos são submetidos a processos ou situações com vistas à aquisição de novos conhecimentos ou habilidades, remetendo-se à análise de desempenho. É também, aquela que se destina à análise dos currículos ou programas de ensino. Já a avaliação institucional tem como objeto as instituições, os sistemas e projetos ou políticas públicas. Refere-se à análise do desempenho global da instituição, dos processos de funcionamento e seus resultados.

Para dimensionar a real posição da avaliação institucional ela deve estar articulada com todo o processo de gestão estratégica e de construção do projeto institucional de modo a fornecer subsídios para a tomada de decisões e a correção de desvios e problemas na instituição. Sob essa perspectiva, a avaliação institucional significa um processo permanente de elaboração de conhecimento e de intervenção prática, que permite retroalimentar todas as demais atividades da instituição.

Cabe aqui ressaltar a importância da criação de uma cultura de avaliação, na qual o processo avaliativo seja um espaço de reflexão e mudança das ações institucionais. A consolidação dessa cultura se dá com a intensa participação de toda a comunidade, que deve ocorrer tanto na definição de procedimentos avaliativos e sua implantação, como na apropriação dos resultados, que devem ser traduzidos em ações direcionadas ao aperfeiçoamento das práticas acadêmicas e administrativas da instituição escolar.

Nenhuma avaliação institucional pode ser bem realizada, sem que tenha a participação da comunidade nos procedimentos de análise dos resultados obtidos e na tomada de decisões, e não apenas na coleta de dados ou como fontes desses dados. È inevitável construir uma “cultura institucional avaliativa”, um hábito cotidiano, coletivo e democrático de avaliar, para desmistificar qualquer tonalidade ameaçadora que a avaliação possa ter, dentro de nós.

A avaliação institucional é uma ferramenta indispensável para o planejamento, a gestão e as demais atividades que constituem o currículo da instituição de ensino, devendo basear-se em uma visão crítica, porém compreensiva das partes componentes da instituição, das relações desenvolvidas e das articulações entre elas, formando um “todo institucional”.

Deve ser desenvolvida segundo uma metodologia definida de forma democrática, com processos e instrumentos rigorosos e consistentes – dos pontos de vista teórico, técnico e político – abrangendo mais que a produção e a qualidade do trabalho das pessoas, ou as notas obtidas pelos alunos, mas a própria instituição, sua missão (fins, objetivos) funcionamento (meios, recursos e processos), relações internas e externas, produtos e, acima de tudo, os padrões de qualidade que deseja alcançar e que lhe são impostos pela realidade.

Cada avaliação traz, como pano de fundo, um paradígma teórico – conseqüentemente ideológico – que norteia, e que se expressa por meio de uma visão de homem, de mundo e de Educação. Isso significa que ela sofre influências da conjuntura histórica, política, cultural, sócio-econômica em que está inserida.

A avaliação formativa por exemplo tem como objetivo, verificar o ritmo e os estilos de aprendizagem dos alunos, realimentar o processo ensino aprendizagem dos alunos, permitindo efetuar correções,enfatizando os conteúdos e objetivos mais importantes e oportunizar a obtenção de maior sucesso escolar, por meio da detecção e da correção dos erros mais freqüentes, aumentando a motivação dos alunos e minimizando a evasão e a repetência escolar.

A importância que a avaliação formativa dá aos processos de gestão faz com que ela tenha forte impacto, não apenas na avaliação da aprendizagem dos alunos, mas na avaliação institucional em si.

Diante da avaliação institucional deve-se avaliar:a) Organização didático – pedagógica da escola- Estrutura acadêmico-administrativa;- Currículo desenvolvido, sistema de avaliação etc;- Atividades acadêmicas desenvolvidas pela escola;

b) Corpo docente:- Formação acadêmica e profissional;- Condições de trabalho (regime de trabalho, plano de carreira, incentivos profissionais,

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relação docente/alunos e turmas;- Atuação e desempenho acadêmico e profissional;

c) Instalações:- Instalações gerais da escola;- Biblioteca- Laboratórios e salas ambiente.

Porém para que a avaliação Institucional seja completa, é necessário que ela conjugue dois momentos: a Avaliação Interna e a Avaliação externa.

A avaliação Interna corresponde às atividades relacionadas ao diagnóstico da realidade institucional, à análise dos problemas identificados nesse diagnóstico e à tomada de decisão, baseada na análise, direcionada à melhoria de qualidade.

Na avaliação Interna destacamos alguns estágios que a comporão:a) Diagnóstico – antes de tudo, é necessário determinar, com bastante clareza, o

objeto de estudo e os possíveis problemas que se deseja detectar. Um bom diagnóstico deve ser o mais objetivo possível, centrado exclusivamente nos aspectos fundamentais à compreensão da realidade que se deseja conhecer.

b) Análise – A análise dos resultados deve ser procedido do envolvimento de representações – quando não da totalidade – dos segmentos envolvidos, por meio de reuniões de grupos focais. Desta forma, assegura-se que os resultados recebam a crítica adequada quanto às relações de causa e efeito e quanto à sua fidedignidade, contribuindo para a identificação dos pontos críticos e para a indicação das medidas de correção dos desvios percebidos ou de melhoria do processo ensino-aprendizagem.

c) Tomada de decisão – Por meio de reuniões com os membros dos setores envolvidos, busca-se a solução para os problemas apontados. É importante, nesta etapa garantir a objetividade das discussões. As decisões devem ser expostas de forma mais clara possível, com definição de prazos, responsabilidade e recursos a serem mobilizados.

d) Divulgação – É o pleno conhecimento dos resultados do diagnóstico e das decisões tomadas, por parte de toda a comunidade institucional. Só quando da divulgação desses aspectos é possível promover o engajamento de todos, para a mudança desejada. É, ainda, fator crucial para a permanência da sensibilização de todos, quanto à avaliação institucional.

e) Meta-Avaliação – Como todo o processo avaliativo, esta fase da avaliação institucional deve considerar uma etapa de autocrítica, em que os seus aspectos metodológicos e instrumentais são submetidos a um criterioso julgamento, para determinar se a sua eficiência, eficácia e efetividade permitem a continuidade da sua utilização, ou se devem ser repensados (no todo ou em parte).

A avaliação Externa corresponde à submissão dos trabalhos executados na Avaliação Interna, dos resultados alcançados e das mudanças por elas induzidas, ao crivo de examinadores externos que, por não estarem envolvidos com aquela realidade, podem realizar uma crítica isenta e construtiva.

A Avaliação Externa tem, assim o objetivo de evitar que a Avaliação Institucional, como um todo, resulte num retrato corporativo de como a instituição, pretende ser, não do que ela é e do que dela espera a sociedade.

Concluímos diante do exposto a importância da avaliação Institucional para a qualidade do ensino.

20.1- Currículo e Avaliação: reciprocidade na construção de um conhecimento-solidariedade/emancipação

Constatamos que educação, cultura, currículo e avaliação estão em relação íntima e orgânica. A sala de aula foi “local” de um processo de comunicação mais amplo, em que histórias sociais estavam em jogo, posições de classe, questões de gênero, crenças, valores e que definiram “a entrada ou não na escola” de uma questão política. Em outras palavras, definem a política da escola em lidar com questões políticas.

Ao realizar um currículo, a escola realiza cultura, pois a cultura é o conteúdo substancial da educação. Educação não é nada fora da cultura e sem ela, alerta FORQUIN(1993).

Há uma reciprocidade entre currículo e avaliação dentro da proposta pedagógica da escola. Ao realizar um currículo, a escola amplia o universo cultural de símbolos e significações, consolidando uma tradicional cultura ou questionando-a, ressignificando-a, promovendo

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condições de rupturas. Nesse sentido, a escola realiza “uma versão autorizada da cultura” e, ao assim fazer, define os rumos de uma cultura que também se constrói no cotidiano escolar – realiza avaliação.

O currículo escolar é a expressão de um campo contestado. Ele precisa ser compreendido como práticas de significação.

Paulo Freire explica em suas obras Educação na Cidade e Pedagogia da Autonomia, que a avaliação precisa deixar de ser apenas uma retórica democrática, ela precisa ser expressão de participação coletiva, de um trabalho intrinsicamente articulado de educadores(a) com seus educandos – a avaliação fundamentada no diálogo, na participação, na autonomia, na emancipação, em especial, no trabalho pedagógico ético-crítico que mude a “cara da escola”, suas relações de poder autocrática que se materializam no interior das salas de aula, nos processos de gestão escolar, e se afirme como substantividade democrática em todos os espaços e tempos escolares

20.2- Trabalho Pedagógico Emancipador

O trabalho pedagógico emancipador exige, como afirma ABRAMOWICZ(1992), que se recupere “o humano na condição existencial”, valorizando “o aluno como pessoa situada, com uma história, com emoções, motivos, interesses. Um aluno com uma face, um nome, uma esperança, uma estória a ser contada”, para possibilitar que os alunos possam compreender sua história como uma história cultural e social. A ação pedagógica formadora-emancipadora precisa garantir a vez e a voz dos seus sujeitos, caracterizando-se como práxis educativa de possibilidades “libertadoras/emancipadoras”.

Dentro do trabalho pedagógico emancipatório há a necessidade de ampliar a discussão sobre o currículo escolar, seus conteúdos, suas práticas de sala de aula, seus projetos interdisciplinares, seus compromissos sociais, entre outras questões; em síntese, avaliar a escola e na escola numa perspectiva emancipadora, consolidando mecanismos e estratégias de participação, convertendo a comunidade escolar em comunidade social – fonte de autoconhecimento e autonomia.

A avaliação emancipatória então tem como compromisso principal “fazer com que as pessoas direta ou indiretamente envolvidas em uma ação educacional escrevam a sua própria história e gerem as suas próprias alternativas de ação”(SAUL, 1988, P. 61)

A avaliação emancipatória tem como objetivo:a) indicar o compromisso da avaliação com o futuro que se quer transformar;b) permitir ao homem, através da consciência crítica, imprimir uma direção às suas ações

nos contextos em que se situa, de acordo com valores que elege e com os quais se compromete no decurso de sua historicidade;

A avaliação é compreendida como síntese de múltiplas determinações sociais e culturais, numa perspectiva de totalidade. O diálogo é tanto o objetivo como o método desta perspectiva de avaliação; a reflexão sobre a própria vida, nossos projetos e ações; o diálogo que estabelecemos com o passado e com o futuro, analisando criticamente o presente, gerando novas ações – tudo converge para esta unidade na diversidade: reflexão, ação, transformação.

A avaliação formativa emancipatória destaca:- A comunicação – a avaliação é essencialmente um processo e um problema de

comunciação. Precisa ser construída formativamente;- Oposição ao modelo da psicometria – necessidade de uma abordagem sociocognitiva e

qualitativa;- A avaliação é socialmente condicionada – a avaliação se constrói em função da história

das interações do professor com os alunos; da história escolar; da história social;- A intencionalidade formativa – precisa haver uma intencionalidade formativa, para além

da regulação do processo ensino – aprendizagem;- A vinculação ao projeto político-pedagógico – ela é movimento – a avaliação não é

formativa por acaso, ela se torna formativa, vinculada a um projeto pedagógico explícito, construído coletivamente;

- A avaliação deve estar a serviço das aprendizagens dos alunos – a metodologia da avaliação formativa caracteriza-se por desencadear aprendizagens, observar e interpretar essas aprendizagens, comunicar e informar os resultados com a máxima transparência e participação dos envolvidos no processo para apresentar uma apreciação final;

- As dificuldades são fontes de aprendizagem, e a formatividade só acontece quando elas são remediadas e/ou reorientadas – a avaliação só se define, como formativa, quando a partir das dificuldades analisadas, há um propósito de remediá-las, de reorientação do

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processo, de construção de novas alternativas para a efetivação da aprendizagem significativa;

- A construção coletiva e declarada de critérios (alunos e professores) orienta a auto-avaliação – a construção de critérios de avaliação, compartilhadamente, é fundamental para que se compreenda os propósitos do ensino, para que se tenha clareza das aprendizagens a serem perseguidas e, em especial, para possibilitar aos alunos a compreensão de seu próprio processo de aprendizagem: exercitarem a auto-avaliação;

- A pluridimensionalidade metodológica (técnicas e instrumentos) com intencionalidade formativa – a avaliação deve se apoiar numa variedade de técnicas e instrumentos e acompanhar os processos de ensino e aprendizagem em diferentes momentos de sua realização;

- A formulação dos exames e seus resultados sujeitos à análise crítica – problemas de entendimento do aluno, das respostas esperadas pelo professor e daquilo que realmente o aluno é capaz de fazer naquele momento do exame devem ser seriamente analisados. Os resultados devem ser contextuados e servirem de base para a resignificação do processo de ensino e aprendizagem;

- Construção do referente da avaliação – a avaliação é uma leitura que implica a construção de um modelo reduzido do objeto a ser avaliado. A avaliação sempre informará muito menos do que o aluno realmente sabe fazer/aprendeu.

Na visão de mundo dentro da avaliação emancipatória e a avaliação formativa, podemos perceber que uma não pode ser construída sem a outra. A avaliação que defendemos e queremos construir é uma prática avaliativa ética-crítica que articula as diferente dimensões e áreas do currículo, do projeto de escola, das práticas pedagógicas de sala de aula.

A avaliação deve contribuir para o desenvolvimento das capacidades dos alunos, pode-se dizer que ela se converte em uma ferramenta pedagógica, em um elemento que melhora a aprendizagem do aluno e a qualidade do ensino. Este é o sentido definitivo de um processo de avaliação formativa emancipatória.

20.3- Finalidade da Avaliação Formativa Emancipatória:

b) Conhecer melhor o aluno: suas competências curriculares, seu estilo de aprendizagem, seus interesses, suas técnicas de trabalho. A isso poderíamos chamar de avaliação inicial.

c) Constatar o que está sendo aprendido: o professor vai recolhendo informações, de forma contínua e com diversos procedimentos metodológicos e julgando o grau de aprendizagem, ora em relação à todo grupo-classe, ora em relação a um determinado aluno em particular.

d) Adequar o processo de ensino aos alunos como grupo e àqueles que apresentam dificuldades, tendo em vista os objetivos propostos.

e) Julgar globalmente um processo de ensino-aprendizagem: ao término de uma determinada unidade, por exemplo, se faz uma análise e reflexão sobre o sucesso alcançado em função dos objetivos previstos e revê-los de acordo com os resultados apresentados.

A partir das finalidades a avaliação formativa emancipatória para se concretizar necessita apresentar as seguintes características:

a) A avaliação deve ser contínua e integrada ao fazer diário do professor: o que nos coloca que ela deve ser realizada sempre que possível em situações normais, evitando a exclusividade da rotina artificial das situações de provas, na qual o aluno é medido somente naquela situação específica, abandonando-se tudo aquilo que foi realizado em sala de aula antes da prova. A observação, registrada, é de grande ajuda para o professor na realização de um processo de avaliação contínua.

b) A avaliação será global: quando se realiza tendo em vista as várias áreas de capacidades do aluno: cognitiva, motora, de relações interpessoais, de atuação etc. E, a situação do aluno nos variados componentes do currículo escolar.

c) A avaliação será formativa: se concebida como um meio pedagógico para ajudar o aluno em seu processo educativo.

20.4- Pesquisa de Avaliação dos Serviços EducacionaisObs: Este quadro foi adaptado do quadro avaliativo do Colégio Integrado.

Para que tenhamos um diagnóstico da qualidade de nossos serviços, pedimos a sua

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colaboração em responder os itens que compõem esse questionário.

NOTAS A SEREM ATRIBUÍDAS1 2 3 4

Insuficiente Regular Bom Excelente

1- Infra-Estrutura (Instalações físicas em geral)

Nota1 Instalações esportivas para as Atividade

Educação Física1 2 3 4

2 Limpeza e higiene do colégio 1 2 3 43 Instalações das salas de aula 1 2 3 44 Espaço de convivência (pátio) 1 2 3 4Observações:

2- Aspectos organizacionais e disciplinaresOrganização Nota

1 Uniforme 1 2 3 42 Regulamento Interno 1 2 3 43 1 2 3 44 1 2 3 4Observações:

3- Recursos HumanosÁrea Administrativa e de Apoio Nota

01 Atendimento prestado pela Direção 1 2 3 402 Atendimento prestado pela

coordenação1 2 3 4

03 Atendimento prestado pela Orientação

1 2 3 4

04 Serviço de Atendimento aos pais 1 2 3 405 Relacionamento Professor/aluno 1 2 3 406 Atendimento da Secretaria 1 2 3 407 Atendimento da Biblioteca 1 2 3 408 Atendimento do Laboratório de

Informática1 2 3 4

09 Atendimento da Cantina 1 2 3 410 Atendimento das Zeladoras 1 2 3 411 Atendimento da Merendeira 1 2 3 4Obeservações

4- Área PedagógicaAulas Nota

01 Práticas realizadas no Laboratório 1 2 3 402 Atendimento dado pelo professor

no laboratório1 2 3 4

03 Metodologia aplicada nas aulas de modo geral

1 2 3 4

04 Sistema de avaliação 1 2 3 405 Recuperação Paralela 1 2 3 406 Atividades complementares

(projetos, visitas, etc.)1 2 3 4

07 O Colégio propicia formação para a cidadania

1 2 3 4

08 O colégio atende às suas expectativas

1 2 3 4

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09 Importância dada por você as aulas 1 2 3 4Obeservações

5- Serviços Prestados Nota

01 Merenda 1 2 3 402 Sala de Vídeo- televisão 1 2 3 403 Informação 1 2 3 404 Comunicação Geral do Colégio 1 2 3 405 1 2 3 4Obeservações

6- Auto AvaliaçãoALUNO Nota

01 Sou assíduo e pontual 1 2 3 402 Realizo todas as tarefas propostas

pelo Colégio1 2 3 4

03 Pesquiso além do que o professor solicita

1 2 3 4

04 Participo dos eventos realizados pelo colégio

1 2 3 4

05 Sou pontual na entrega dos trabalhos e tarefas do cotidiano

1 2 3 4

06 Procuro sanar dúvidas 1 2 3 407 Sou de fácil relacionamento com

colegas professores e funcionários1 2 3 4

08 1 2 3 409 1 2 3 410 1 2 3 411 1 2 3 4Obeservações

7- Auto Avaliação - PaisPais 1- Sim 2- não 3- ás vezes

4- nunca01 Participo das reuniões proposta

pela escola1 2 3 4

02 Acompanho o bom desenvolvimento do meu filho através de:( ) Boletim ( ) visita à escola ( ) pessoalmente ( ) não acompanho

03 Sou um bom leitor 1 2 3 404 Discuto assuntos polêmicos com

meu filho1 2 3 4

05 Procuro estar sempre informado sobre as atividades extra-classe (trabalhos, tarefas, provas, etc)

1 2 3 4

Obeservações

8-Avaliação dos professores1 Tem domínio do conteúdos ministrados?

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2 Tem objetividade e clareza na apresentação do conteúdo?3- Apresenta o conteúdo de forma adequada aos objetivos?4- Proporciona questionamentos e reflexões que contribuem para o

diálogo?5- Orienta os alunos em sua dificuldades, demonstrando interesse na

aprendizagem da turma?6- Diversifica as atividades para trabalhar diferentes conteúdos?7- Utiliza instrumentos de avaliação variados: como trabalhos seminários,

apresentação em grupo, individual?8- Propõe avaliação adequada ao conteúdo ministrado nas aulas?9- É assíduo e Pontual?10- Consegue resolver problemas surgidos durante a aula com eficiência?

Professor(a) Professor(a) Professor(a) Professor(a) Professor(a)

1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 41 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 41 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 41 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 41 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 41 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 41 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4Observações:

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21- INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS

A escola pública brasileira vem buscando garantir um espaço de qualidade a todos os alunos que nela ingressam.

A problemática surge diante das seguintes questões.- Como dar conta dos alunos que se evadem e que retornam após um período, ou que

efetivam a matrícula tardia?- Ou ainda, aquele aluno que embora freqüentando não consegue apropriar-se dos

conteúdos essenciais, o que fazer?Para outras profissões, como por exemplo para o médico, um caso complicado, com certeza

seria um grande desafio.Para alguns educadores do século XXI, trabalhar com essas problemáticas ainda causam

um grande transtorno.Nós enquanto escola acreditamos ser possível dar conta dessas questões tendo em vista o

comprometimento e envolvimento de professores, pais, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, Direção e os próprios alunos.

O princípio que move a prática educativa pauta-se no compromisso ético da inclusão.Experimentar este desafio é uma forma de mobilizar a sociedade na busca de uma

qualidade de relações que respeite as diferenças e as particularidades do ser humano. Levando-se em conta que cada sujeito possui limitações, déficits cognitivos, físicos, sociais, culturais, entre outros. Portanto, é preciso reformular e redimensionar as propostas metodológicos, de acordo com a riqueza plural da realidade da sala de aula e do desafio da educação para diversidade.

Neste processo, a sala de aula, não pode ser um todo homogêneo. Não pode haver um planejamento único, para dar conta de todos. Cada caso deve ser tratado na sua especificidade.

Possuímos no interior da escola casos que confirmam esta situação, onde a aceitabilidade, a parceria, o apoio do grupo, vem consolidando esta prática.

Preocupados ainda com a questão, criamos um grupo de monitoria para dar conta da apreensão dos conteúdos de algumas disciplinas tidas como mais difíceis.

A equipe pedagógica pretende ainda um atendimento individual ligado, através de um acompanhamento numa ficha individual para perceber o avanço do aluno, verificando a freqüência e seu rendimento.

O trabalho prestado ainda não conseguiu dar conta de todos os casos, mais com certeza, está ajudando a minimizar o problema.

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22- INCLUSÃO

O espaço escolar, hoje, tem que ser visto como espaço de todos e para todos. Trata-se de um processo gradual e dinâmico, que assume várias formas segundo às necessidades e características de cada aluno, procurando atender à diversidade dos alunos que compõem o grupo e necessidades educativas especiais. Dessa forma vai democratizando a educação, oferecendo igualdade de oportunidade em meio à diferença, visando o exercício pleno da cidadania. Estaremos ainda abrindo discussões sobre igualdade de direitos, a dignidade do ser humano, a recusa de qualquer forma de discriminação.

A inclusão beneficia a todos, uma vez que sadios sentimentos de respeito a diferença, de cooperação e de solidariedade podem se desenvolver.

A inclusão faz parte da tentativa de adequar a escola às necessidades de uma sociedade exigente no que se refere à igualdade de oportunidades.

A partir dessa realidade reconhecemos a urgência na transformação de quatro pontos básicos: currículo, adaptação curricular, metodologia e avaliação, de forma a proporcionar uma educação centrada na diversidade. Nesse sentido, se incluem também a capacidade e a prática num universo diversificado que requer reflexão, flexibilidade e atualização contínua.

Numa abordagem educacional voltada para a diversidade humana, o currículo escolar deve proporcionar possibilidades que conduzam ao ideal da igualdade de oportunidade e traduzir a importância dos novos meios de acesso, seleção, tratamento e uso da informação para fins pessoal e socialmente úteis, o que reforça a necessidade de adaptar a escola às necessidades dos alunos.

Inserido neste novo paradigma, o currículo também deve ser flexível, o que abrange uma proposta de conteúdos a partir da realidade da instituição a sua comunidade, e numa visão mais específica do aluno, de forma a possibilitar que o educando busque direção própria.

No processo formativo, o currículo voltado para a inclusão deve considerar as seguintes características:

- Contemplar as necessidades educativas dos alunos.

- Dar atenção à diversidade na aula.

- Estimular a heterogeneidade.

- Favorecer a individualização e a socialização do ensino.

- Potencializar processo de colaboração reflexivo entre os profissionais.

- Desenvolver intervenções pedagógicas para os alunos com necessidades educativas especiais em uma dimensão mais cognitiva.

- Adequar e adaptar o currículo ás necessidades dos alunos.

É nossa preocupação o atendimento à diversidade social e para isso buscaremos, estabelecer uma proposta de ensino que reconheça e valorize práticas culturais voltado indistintamente pra a inclusão de todos os indivíduos.

Vale considerar também que enquanto Escola Regular sentimos-nos despreparados para o atendimento aos alunos com deficiência mais severas, com necessidades especiais e não abrimos mão de recorrer a redes de ajuda e apoio.

Os princípios que nortearão o sistema educacional inclusivo do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira são:

a) A educação inclusiva veio tornar mais complexa e desafiadora a nossa tarefa e portanto vamos precisar estudar o que antes estávamos dispensados de estudar, vamos ter de aprender técnicas nas quais antes não precisávamos pensar, vamos ter de aprender a ver mais devagar quando estávamos acostumados a ver em uma certa velocidade, vamos ter de aprender a ouvir sem audição. Vamos ter de rever as nossas expectativas como professores, as nossas formas de avaliar, de aprovar, de reprovar. Temos de rever as estratégias para ensinar, rever a matriz curricular e rever nossa posição frente a esses outros outrora excluídos que agora fazem parte do todo. Enfim reorganizar nossa concepção de Escola porque ela é para “Todos”.

b) Devemos saber pesquisar o que o aluno com necessidades especiais pode fazer, o que, em sua deficiência, ele tem condições de melhorar. Tenho de vê-lo não por

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aquilo que eu tenho a mais do que ele, mas por aquilo em que ele sendo o que é, pode ser melhor, ou seja, conseguir fazer o educando avançar dentro de seus limites, possibilidades.

c) A deficiência não faz ninguém menos. Ela só é um limite com a qual nós temos que conviver.

Cabe a nós enquanto escola preparar “Todos” e com esse desafio preparar também o jovem que não tem deficiência para a importância de se aproximar, conviver com quem as têm. Somente a convivência vai quebrar os preconceitos, e fazer perceber que as pessoas diferentes são, em primeiro lugar, pessoas e, em segundo lugar, elas tem uma deficiência. As pessoas com deficiência tem os mesmos desejos, vontades de ter amigos, fazer programas, mas o preconceito faz com que os sem deficiência se afastem dela.

Incluir significa aprender, reorganizar grupos, significa ainda promover a interação entre os jovens de um outro modo. Essa interação servirá como “vacina” para convivência com as diferenças e a prevenção de preconceitos e valorização do outro como ser humano, desenvolvendo o espírito de solidariedade. Demonstrando aos pais e à sociedade que a principal função da escola é formar o cidadão, garantindo o seu crescimento pessoal e social.

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23- VALORIZAÇÃO A CULTURA AFRO NA PROPOSTA PEDAGÓGICA

A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira e africana não se restringem à população negra, ao contrário, dizem respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriética, capazes de construir uma nação democrática.

É importante destacar que não se trata de mudar um foco etnocêntrico marcadamente de raiz européia por um africano, mas de ampliar o foco dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira. Nesta perspectiva, cabe às escolas incluir no contexto dos estudos e atividades, que proporciona diariamente, também as contribuições histórico-culturais dos povos indígenas e dos descendentes de asiáticos, além das de raiz africana e européia.

Aos estabelecimentos de ensino está sendo atribuída responsabilidade de acabar com o modo falso e reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e de seus descendentes para a construção da nação brasileira; de fiscalizar para que, no seu interior, os alunos negros deixem de sofrer os primeiros e continuados atos de racismo de que são vítimas. Sem dúvidas, assumir estas responsabilidades implica compromisso com o entorno sócio-cultural da escola da comunidade onde esta se encontra e a que serve, compromisso com a formação de cidadãos atuantes e democráticos, capazes de compreender as relações sociais e étinico-raciais de que participam e ajudam a manter e/ou a reelaborar, capazes de decodificar palavras, fatos e situações a partir de diferentes perspectivas, de desempenhar-se em áreas de competências que lhes permitam continuar e aprofundar estudos em diferentes níveis de formação.

Muitas são as finalidades por que devemos incluir a cultura Afro no nosso currículo e procedimentos pedagógicos.

Estudos já realizados apontam que todas as áreas do conheciemnto a compõem desde que abordadas sem perder a perspectiva da cultura e da história dos povos africanos ou deles descendentes.

As Africanidades Brasileiras, no que diz respeito ao processo ensino-aprendizagem, conduzem a uma pedagogia anti racista, cujos princípios são:

Respeito: entendido não como mera tolerância, mas como diálogo em que seres humanos diferentes miram-se uns aos outros, sem sentimentos de superioridade ou de inferioridade.

Reconstrução do discurso pedagógico: no sentido de que a escola venha a participar do processo de resistência dos grupos e classes postos à margem, bem como contribuir para a afirmação da sua identidade e da sua cidadania.

Estudo da recriação das diferentes raízes da cultura brasileria, que nos encontros e desencontros de umas com as outras se fizeram e hoje não são mais portuguesa, japonesa, italiana, alemã, mas brasileira de origem africana, européia, asiática.

As africanidades brasileiras abrangem diferentes aspectos, não precisam, por isso, constituir-se numa única área, pois podem estar presentes em conteúdos e metodologias nas diferentes áreas de conhecimento constitutivas do currículo escolar.

Passamos agora a elencar algumas sugestões que nossos professores podem utilizar e descobrir a riqueza das ciências, da tecnologia e da história dos povos desse continente bem como dos afrodescendentes para rechear suas aulas, combatendo os próprios preconceitos e os gestos de discriminação tão fortemente enraizados na personalidade dos brasileiros.

Vejamos algumas sugestões:

Português: Para mostrar a influência dos falares africanos no Brasil, centenas já incorporadas no nosso vocabulário, montar dicionários especiais, murais etc. Sugere-se também que leve para a sala lendas africanas e histórias que tratem de diversidade. Produção de poesias, paródias, acrósticos etc. Usando das pesquisas. Para atividades de leitura e escrita, familiares dos alunos afro-descendentes podem ser convidados para contar histórias de sua vida, informações que serão transformadas em texto (reunidos num livro, ou de outra forma pra serem divulgados)

História: Mostrar como o continente africano era dividido em reinos antes da chegada dos europeus. Pesquisas em Livros e na Internet são fontes para os alunos perceberem a estrutura social e política dos diversos povos.

A história do Brasil, enquanto construção de uma nação, inclui todos os povos que a constituem. Assim, ignorar a história dos povos indígenas, do povo negro é estudar de forma incompleta a história brasileira.

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Se a história ensinada na escola souber contemplar, também, a vida vivida no dia-a-dia, pelos grupos menosprezados pela sociedade, então estaremos ensinando-aprendendo a história brasileira integralmente realizada. A valorização da história dos grupos populares, registrando o que em suas memórias está guardado de sua experiências, é tarefa que pode ser realizada por professores e alunos, a partir da comunidade em que a escola está inserida. Desta forma, todos os que constroem o Brasil estarão presentes nos conteúdos escolares.

Geografia – Sugerimos que a primeira coisa a se fazer é a pesquisa e também que o professor localize em mapas os diversos povos que vieram para o Brasil e as riquezas de cada região, principalmente as minas de ouro e diamantes, para a turma entender os motivos da exploração. Ao falar sobre os diversos povos, é possível destacar as contribuições de cada um para a economia do Brasil colônia. “Eles trouxeram para cá a melhor tecnologia dos trópicos”, informa o Prof. Rafael Sânzio. A enxada, o arado e técnicas de irrigação vieram para o Brasil com os negros. Maquetes da Casa Grande, Senzala e Quilombos também fazem parte da sugestão, desde que acompanhadas das melhores pesquisas.

Biologia: Partir em primeiro lugar da Pesquisa. “Douglas Verrangia”, biólogo e pesquisador, ressalta a importância de o professor

mencionar os fósseis encontrados no Vale da Grande Fenda, ao abordar a evolução das espécies, esclarecendo que biologicamente todas os seres humanos são parecidos e que as pequenas diferenças físicas não interferem na capacidade intelectual. Deve lembrar também que alguns povos tem mais melanina na pele em conseqüência da adaptação ao ambiente em que viviam etc.

Matemática e Física: Ao desenvolver conteúdos de matemática, se o professor estiver atento às africanidades brasileiras, poderá valer-se, certamente, de obras, ainda raras entre nós, que mostram construções matemáticas africanas de diferentes culturas. Com isso, os alunos irão aprendendo diferentes caminhos trilhados pela humanidade.

Outra sugestão seria na geometria, simetria, cálculos etc.A turma da professora Carla F. De Sena após estudos criaram símbolos simétricos para

valores como, amizade, respeito e solidariedade.

Inglês: Pode ser através do resgate a língua de seus ancestrais. Mas, mesmo quando o idioma a ser aprendido é o inglês, é possível inserir a cultura africana e afro descendente. Levando para a sala letras de músicas do afro-descendente jamaicano Bob Marley e de outros cantores negros e textos em inglês sobre a vida de lideranças como as americanos Malcom X e Martim Luther King, ou seja, Reggae e Biografias.

Química: Pesquisas da influência da culinária na nossa cultura. A culinária enriquecida com o vatapá, o caruru e outros quitutes.

Em química também diz respeito a ideologias do racismo, do “branqueamento”.Pesquisa como busca para promover a mudança conceitual.

Filosofia: Analisar e discutir as dificuldades encontradas por descendentes de africanos para terem sua identidade respeitada. Preconceitos, ideologias do racismo são questões para discutir, conviver e pensar. Estudo e Pesquisa da influência dessa cultura nas religiões, também são importantes pesquisar.

Educação Física: Existem muitas brincadeiras e jogos que herdamos da cultura afro e conhecê-los sempre será proveitoso. Poderá também incluir sessões de dança de raízes africanas e na área de jogos, aprender a jogar capoeira.

Arte: Na dança, do ponto de vista das africanidades brasileiras, não tem cabimento a musicalização que não inclua os ritmos de origem africana. E, do mesmo ponto de vista, não bastará ouvir textos musicais e reconhecer instrumentos típicos. Será preciso ouvir e fazer tentativas de tirar som e ritmo de instrumentos típicos: caixa de fósforo, pandeiro, agogô chocalho, atabaque, berinbau, ect, com o auxílio de quem sabe faze-lo. E não basta saber tocar instrumentos, é importante saber de que são feitos, como são feitos e, sempre que possível, aprender a construir, pelo menos alguns deles. Mais ainda, as músicas de origem africana são feitas para serem ouvidas e dançadas. Portanto, ensinar música afro, na perspectiva das africanidades, implica ouvir, produzir ritmos, construir instrumentos, dançar, conhecer a origem dos ritmos e dos instrumentos, as recriações que eles tem sofrido através dos tempos e os lugares por onde tem passado e se enraizado.

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Considerações Finais

Como vimos nestes textos procuramos contemplar que as Africanidades Brasileiras ou a Cultura Afro ultrapassa o evento material, como um prato de sarapatel ou um apresentação de rapp. Elas se constituem também dos valores que motivaram tais processos e deles resultaram. Então isto significa estudar um jeito de ver a vida, o mundo, o trabalho, de conviver e lutar por sua dignidade, próprio dos descendentes de africanos que, ao participar da construção brasileira, vão deixando nos outros grupos suas influências e suas marcas.

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24- PRÁTICAS AVALIATIVAS

A nossa concepção de avaliação compreende-a como elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino.

Ela permite ajustar nosso modo de trabalhar para que o aluno aprenda da melhor forma possível e nos possibilita obter informações sobre o que foi aprendido e como isso ocorre. É portanto, uma reflexão contínua que fazemos de nossa prática em sala de aula, ajudando-nos a tornar consciência de quanto nós e nossos alunos estamos avançando quais as dificuldades e possibilidades.

As expectativas de aprendizagem que temos em relação aos alunos estão expressas nos objetivos, e para saber se eles foram atingidos é importante que escolhamos alguns critérios de avaliação.

A diversidade de instrumentos avaliativos é que vai possibilitar ao professor obter mais e melhores informações sobre o trabalho em classe:

1- Provas bem elaboradas ainda são recomendáveis, mas deve obedecer princípios como:1.1 Estar ligada a uma situação do mundo real.(tempo real)1.2 As questões devem evitar textos ambíguos e observar o tempo que será necessário

para responder adequadamente;1.3 O valor de cada questão deve estar mensurado ao lado;1.4 Todos as avaliações devem ser corrigidas e desenvolvidas para dar uma devolutiva

da sua aprendizagem e oportunidade de revisar os conteúdos;1.5 Não devemos usar só provas como instrumento avaliativo;1.6 Nosso teste escrito terá um valor de 60 e 40 serão acrescentados com as outras

atividades solicitadas;

2- Saber separar e ter claro as situações de aprendizagem (não valem nota) e as situações de avaliações (valem nota mas tem direito a recuperação)

“Não esquecer nunca que uma avaliação precisa cumprir sua função de diagnosticar, reforçar e permitir crescer.

3- Pesquisa deve ser usada como uma situação de aprendizagem e uma produção pessoal de Introdução e Conclusão para ser analisada se a mesma cumpri o objetivo proposto.

- Deverá ser manuscrita quando só o professor for o interlocutor.- Digitada quando assim o professor orientar;

4- Coletânea de atividades, provas, relatórios e organização de uma pasta, para acompanhamento das aprendizagens avanços ou defasagens durante o ano.

5- Auto avaliação – Muitos autores trazem a auto avaliação como condição essencial para haver melhoria contínua no processo. É preciso passar por uma conscientização da importância desse recurso. Vai possibilitar ao aluno e ao professor um momento reflexivo acerca do trabalho realizado. Essa técnica pode ser desenvolvida em linguagem oral ou escrita.

6- Outras possibilidades: Não devemos esquecer que para examinar habilidades e conhecimentos tecnicamente adquiridos, provas bem elaboradas, ainda são recomendáveis. Porém se o objetivo for examinar valores, atitudes, habilidades comportamentais etc, o enfoque será na avaliação alternativa composta de outras atividades como:

- Projetos- Seminários com apresentações e debates;- Atividades artísticas que demonstrem o conhecimento adquirido;- Relatórios.- Criação, desenvolvimento e construção de produtos e maquetes.- Realização de experimentos;- Prova com consulta, prova em equipe etc.

Concluímos que os resultados das avaliações passam a ser um subsídio, um recurso para delinear novas ações.

Quanto a avaliação no processo, cabe ao professor coletar dados e informações, com o objetivo de constatar evidências do que realmente está acontecendo com a aprendizagem. Essa coleta poderá ser em aula, ao final dela, ou assim que terminar um assunto específico da matéria. Se for diagnosticada qualquer dificuldade cabe ao professor acessar todos os mecanismos, métodos e práticas pedagógicas para que o problema seja sanado. Busca-se, portanto, de todas

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as formas possíveis, evitar o fracasso e garantir o sucesso.

24.1- Conselho de Classe

Reunião marcada a cada final de bimestre e liderada pela direção e equipe pedagógica onde o objetivo é compartilhar informações sobre a turma e sobre cada aluno para embasar a tomada de decisões.

Todos os participantes tem direito à palavra para enriquecer o diagnóstico dos problemas, suas causas e soluções.

O resultado final deve levar a um consenso da equipe em relação às intervenções necessárias no processo de ensino-aprendizagem considerando às diferenças e necessidades pedagógicas especiais.

Pretendemos iniciar em 2006 um avanço cauteloso para o Conselho de Classe que sugere a lei “Participativo” e para isso daremos um primeiro passo organizando uma coleta de dados através de questionários, trazendo para a pauta de discussões e o professor deve usar como auto-análise.

Tão fundamental quanto avaliar nesse encontro é decidir o que fazer com o resultados obtidos, ou seja, decidir sobre a necessidade de acompanhamento individualizado, constituição de grupos de estudos, reforço de trabalhos extras, etc.

24.2- Recuperação Paralela

Essa organização visa atender na nossa escola às necessidades dos alunos com aproveitamento insuficiente. Nesse Colégio ela é ofertada mediante um atendimento mais individualizado. Não é feita em períodos específicos mas sim durante todo o processo, quando após diagnóstico o professor detecta a necessidade de uma intervenção mais formalizada. Aqui essa organização didática vem acontecendo conforme a dinâmica de cada professor que após as avaliações vai introduzindo atividades novas reguladoras que comportam desafios mais adequados e ajudas mais contingentes, ou seja, são previsões do que é necessário fazer de novo.

24.3- Progressão Parcial

O aluno que não conseguir atingir os objetivos da série em que está matriculado tem o direito de matricular-se na série seguinte em regime de Progressão Parcial conforme rege o Regimento Interno. Tem direito a matrícula com Progressão Parcial o aluno que reprovar em até três disciplinas. As disciplinas em que o aluno ficou retido na série serão realizadas em turno diferente ao turno em que está matriculado, freqüentando aos aulas e cumprindo os requisitos necessários para a promoção.

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25- PROJETOS

25.1 CULTURA AFRO

Problemática: Com que finalidades estudar a Cultura Afro, e quais os motivos que levaram

essas africanidades brasileiras a serem excluídas da sala de aula? E ainda como usar elementos

dessa cultura em cada uma das disciplinas do Ensino Médio para enriquecer e amenizar os

preconceitos da nossa cultura.

Justificativa: A cultura africana agora faz parte do currículo e é preciso levar o educando a

descobrir a riqueza das ciências, da tecnologia e da história dos povos desse continente, tendo

em vista que o ensino de História sempre privilegiou as civilizações que viveram em torno do mar

Mediterrâneo.

O pouco caso como é tratada a cultura africana em sala de aula, deixou diminuída a noção

de diversidade de nosso povo, minimizando a importância dos afro-descendentes. Por isso, em

20/03, entrou em vigor a Lei nº 10.639 que tenta corrigir essa dívida, incluindo o ensino de

história e cultura africana e afro-brasileiras nas escolas, fazendo parte oficial de todas as

disciplinas.

Objetivo Geral: Buscar estratégias úteis para proceder mudanças , para apagar preconceitos,

corrigir idéias, atitudes forjadas com base nas destruidoras ideologias do racismo.

Objetivo Específico:

- Ensinar e aprender como os descendentes de africanos vêm, nos mais de quinhentos

anos de Brasil, construindo suas vidas e suas histórias, no interior do seu grupo étnico e

no convívio com outros grupos.

- Conhecer e aprender a respeitar as expressões culturais negras que compõem a história

e a vida de nosso país, mas, no entanto, são pouco valorizadas.

- Compreender e respeitar diferentes modos de ser, viver, conviver e pensar.

- Discutir as relações étnicas, no Brasil, e analisar a perversidade da designada

democracia racial;

- Refazer concepções relativas à população negra, forjadas com base em preconceitos.

Metodologia:

A aprendizagem consiste em reorganização e desenvolvimento das concepções dos alunos

e para isso será trabalhado numa dinâmica diversificando estratégias e atividades. Será

necessário que o ponto de partida do professor seja planejado em cima das concepções prévias

de seus alunos a respeito do estudado, ouvindo-os falar conscientizando que as concepções

resultam do que ouvimos outras pessoas dizerem, mas que também resultam de nossas

observações e estudos.

Será necessário que se lancem desafios para que os alunos ampliem e/ou reformulem suas

concepções prévias, incentivando-os a pesquisa, debates, observação da vida cotidiana, danças,

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dramatizações, trabalhos em grupos, envolvendo leituras e produções etc.

As atividades serão desenvolvidas de maneira interdisciplinar e organizada em cada

disciplina na modalidade de mini-projetos e os resultados serão apresentados no mês de agosto

numa “mostra Cultural para a comunidade local, desejando sinceramente superar a ignorância

relativamente. À história e à cultura dos brasileiros descendentes de africanos.

Tempo de duração: 5 meses.

Recursos:

Que serão utilizados: textos, Internet, Livros, Revistas, Vídeos, roupas, CDS, aparelho de

som, produtos alimentícios; materiais sucatas e outros para confecção de instrumentos etc.

As despesas financeiras que forem surgindo, serão quitadas com recursos da APMF e

Cantina Escolar.

Produto Final: “Mostra Pedagógica”- Apresentação à comunidade de todas as aprendizagens

pesquisadas bem como a seleção em diversas formas das nossas heranças culturais”.

Plano de Ação por Disciplina

Tema: Produto Final:Disciplin

a

Envolvido

s

Turma

O quê? Por quê?

(objetivo

s)

Como?

(ações)

Recurso

s

Materiai

s

Quando?

(Cronograma –

meses)

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25.2- Em Ação Contra Evasão -“ NENHUM A MENOS”

Problemática: A escola ao estabelecer sua proposta pedagógica, consegue garantir que todos

os alunos matriculados e egressos permanecem em seu interior com sucesso?

Objetivo Geral: Proporcionar ao aluno matriculado na escola a garantia de permanência,

através de uma política diferenciada, que respeite a especificidade de cada um.

- Criar mecanismos de controle da evasão, promovendo inclusão de todos na escola.

- Garantir a permanência do aluno através de um trabalho que promova a qualidade e respeite a

diferença.

- Promover a parceria entre alunos e professores, ressaltando a importância da organização para o

sucesso do projeto.

Justificativa: Tendo em vista a grande preocupação que a maioria das escolas escolas públicas

do Paraná tem enfrentado nas últimas décadas com evasão, estamos propondo um trabalho

visando consolidar uma política que garanta a permanência de todos os alunos matriculados. Os

resultados indicam que vários fatores contribuem para que os alunos acabem saindo da escola,

entre eles fatores econômicos, sociais, ineficiência da própria escola em lidar com a situação, e

outros. É considerável e significativa a taxa de evadidos, fazendo com que a escola passe a

levantar esses resultados e procure alternativas eficientes para reverter a problemática. Diante de

tais constatações apresentamos uma proposta visando minimizar esse levantamento,

considerando as possibilidades reais da escola.

Metodologia: O projeto “Nenhum a Menos” será desenvolvido considerando dois aspectos:

Inicialmente faremos no início do ano letivo a eleição para representantes de turmas e seus

respectivos professores. Em seguida a equipe pedagógica desenvolverá um trabalho de formação

com esses representantes através de um programa de capacitação e liderança para encorajar o

professor líder de turma e os representantes de cada turma a desenvolverem programas que

sejam apropriadas às expectativas (necessidades) do grupo através de palestras, oficinas e

reuniões.

Num segundo momento esses alunos e professores assistirão o filme “Nenhum a Menos”.

De posse desses recursos iniciarão o trabalho efetivo de sala de aula, onde cada turma,

juntamente com seus representantes, assumirão a tarefa de terminar o ano sem nenhuma

desistência. Importante ressaltar que o grupo que melhor se organizar, será no final do ano

contemplado com aquilo que ficar decidido em reunião no início do ano. Podendo ser uma viagem,

ou um prêmio de igual valor.

O Grêmio Estudantil e o Conselho Escolar serão parceiros na organização e

acompanhamento dos resultados.

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Duração: Durante o ano letivo de 2006

Produto Final: Comprovação da Diminuição da taxa de Evasão através dos Relatórios no Final do

Período Letivo.

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25.3- AGENDA 21

Tema: AGRICULTURA SUSTENTÁVEL – agrotóxico e fertilizante x orgânico.

Problema:

O uso indiscriminado de agro químicos na agricultura destrói os inimigos naturais e

estimula o aparecimento de novas pragas, conseqüentemente os agricultores são obrigados a

manipular fórmulas cada vez mais fortes, aumentando significativamente a contaminação dos

produtos que chegam à mesa da população e contaminando o ambiente e prejudicando a

qualidade das águas dos rios e a saúde da comunidade, principalmente do próprio homem do

campo.

Dentro desse contexto, como a escola poderá contribuir, através de investigação

científica, para minimizar e melhorar esse quadro?

Poderá a escola, juntamente com a comunidade incorporar nos agricultores da região o

modelo de agricultura sustentável?

Objetivo geral:

Alertar a comunidade sobre as desvantagens da utilização de práticas agrícolas

insustentáveis e incorporar, gradativamente, o modelo de agricultura sustentável, visando a

otimização da produção.

Objetivos Específicos:

• Propiciar palestras, visitas para que se possa investigar e colher informações sobre a realidade

social da região em que se encontra inserida a Escola.

• Orientar os alunos sobre as vantagens da implantação de um modelo de agricultura

sustentável.

• Alertar para os riscos de contaminação, por produtos agrícolas, na alimentação e na

degradação do meio ambiente.

• Oportunizar aos alunos e comunidade o conhecimento de um modelo de agricultura

sustentável.

• Promover a reflexão sustentada por um trabalho analítico, crítico que incorpore o

conhecimento empírico praticado pelo homem do campo, com o conhecimento científico

praticado na escola.

Fundamentação Teórica:

Todos sabemos, embora pouco se faz, sobre os impactos ambientais sofridos pelo

planeta em função da intervenção do homem no meio ambiente. Essa preocupação tornou-se

crescente desde 1972 na Conferência das Nações Unidas para o meio ambiente, realizada em

Estocolmo em 1972, onde foi elaborado um relatório que avaliava o estado do Meio Ambiente no

planeta. De lá para cá, diferentes segmentos da sociedade mundial vem se preocupando com a

qualidade de vida da população.

Durante a ECO-92 (Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e

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Desenvolvimento) realizada no Rio de Janeiro, foi firmado um acordo com 179 países chamando-o

de Agenda 21, que enfocava o conceito de desenvolvimento sustentável, indicando as estratégias

para que esse desenvolvimento se efetivasse. A partir disso, várias ações foram implementadas

envolvendo todos os segmentos da sociedade pública e civil visando um modelo de

sustentabilidade.

Quando da implantação da Agenda 21 Brasileira, foram destacados os seguintes temas

centrais:

- Cidade Sustentável

- Agricultura sustentável

- Infra-estrutura

- Integração Regional

- Gestão de Recursos Naturais

- Redução das desigualdades Sociais

- Ciência e Tecnologia para o desenvolvimento sustentável.

O compromisso da Agenda 21 é de todos na sociedade. Nós, enquanto promotores de

uma educação de qualidade, temos o compromisso e a responsabilidade de fornecer uma

educação globalizada no sentido intelectual, humano e principalmente de responsabilidade social.

Portanto, nosso papel dentro da agenda 21 é de desenvolver valores na cultura humana,

incluindo a imposição de novas posturas, tendo como princípio a idéia de consumo responsável, o

não desperdício, reúso e a reciclagem de resíduos e produtos, fazendo cumprir as normas legais

de proteção ambiental especialmente na manutenção e reflorestamento das áreas degradadas

pela ação irresponsável do homem sobre as florestas através do desmatamento desordenado,

destruição das espécies animais, poluição das águas, emissão de gases tóxicos e uso

irresponsável de agrotóxicos.

A agricultura sempre foi um marco no desenvolvimento humano, pois possibilitou a

produção de alimentos, a sofisticação de ferramentas, manufaturados gerando empregos e o

desenvolvimento econômico.

As práticas utilizadas na agricultura são fundamentadas no manejo dos recursos

naturais, visando canalizar tais recursos na concentração de nutrientes e energia que os animais

e plantas cultivados necessitam para se desenvolver, aumentando com isso, a produtividade e

atendendo a ampla demanda na produção de alimentos e matérias primas.

O modelo de agricultura contemporânea é composto por diferentes práticas agrícolas e

de diferentes níveis de desenvolvimento cultural e econômico, desde a força braçal até os altos

recursos tecnológicos.

Buscar hoje uma agricultura sustentável é de suma importância, pois a prática da

agricultura convencional levou à degradação ambiental observada em diversos cantos de nosso

planeta a exemplo disso, são os sinais de erosão, desequilíbrio climático, assoreamento dos rios, a

extinção de nascentes.

No ambiente natural, existe uma grande inter-relação entre as diferentes espécies

vegetais e os organismos consumidores. Os insetos herbívoros, por exemplo, se alimentam dos

vegetais, os insetos predadores se alimentam desses, estabelecendo assim o equilíbrio entre

essas populações. Quando o homem substitui a vegetação natural pela agricultura, promove uma

intensa simplificação do meio natural. No entanto, nas ultimas décadas, o consumo de produtos

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químicos aumentou significativamente para o controle de pragas e ervas daninhas, o uso destes,

também levam à destruição dos inimigos naturais, induzindo o aparecimento de novas pragas,

tornando necessário várias aplicações num mesmo plantio para controlar a praga. O que acontece

é que além de contaminar os alimentos produzidos, esse agrotóxico penetra no solo, causando a

contaminação das águas, do ar e das pessoas que aplicam esses produtos.

Enquanto a agricultura convencional causa irreversíveis conseqüências no ambiente, a

orgânica engloba todos os processos de cultivo e produção de alimentos, imitando a natureza.

Nesta não são utilizados agrotóxicos e fertilizantes sintéticos, sua base é o solo. Em solo fértil as

plantas serão saudáveis ficando menos suscetíveis ao ataque de pragas e doenças. A agricultura

orgânica procura integrar a produção e o homem ao ambiente, causando menores impactos

ambientais e sociais.

Plano de Trabalho:

1. Fazer um levantamento da situação ambiental nas propriedades rurais do município de

Engenheiro Beltrão, por meio de entrevistas com agricultores, envolvendo:

- Tipo de solo;

- Sistema de cultivo adotado;

- Tipos de agricultura desenvolvida;

- Tipos de agroquimicos utilizados na produção;

- Classe toxológica dos produtos aplicados;

- Uso de equipamentos de segurança;

- Propriedades que matem irrigação

- Conhecimento do produtor da questão ambiental;

- Quantidade necessária de agro químicos por cultura.

2. Promover uma reunião na escola, convidando para fazer parte desta, agricultores da região,

técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos, Secretário municipal do meio ambiente, alunos

e professores, para troca de experiências e levantamento das vantagens e desvantagens

da agricultura convencional e orgânica.

3. Promover pesquisas bibliográficas sobre todos os assuntos e após a posse do referencial

teórico todas as disciplinas trabalharão o tema abordado, usando o seguinte procedimento:

- Matemática:

- Trabalhar com o questionário de coleta de dados, transferir os dados em gráficos

estatísticos.

- Elaborar uma tabela de custo agrícola por hectare envolvendo uma ampla pesquisa de

preços no plantio convencional e orgânico.

- Química.

- Trabalhar os compostos químicos dos fertilizantes, agrotóxicos utilizados na

agricultura, suas fórmulas químicas, processo de fabricação, etc.

- fazer uma análise química dos produtos do mercado quanto ao grau de toxidade dos

alimentos comercializados.

- Biologia.

- abordar os aspectos relativos à saúde, visando à qualidade de vida e as vantagens e

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desvantagens dos produtos produzidos pelo processo convencional e orgânico.

- Alimentos transgênicos.

- História

- Fazer um levantamento histórico do desenvolvimento do homem do campo

demonstrando a evolução da agricultura, suas influencias econômicas e sociais,

modelos e técnicas desenvolvidas até os dias atuais, modelos e técnicas utilizadas

hoje na comunidade.

- Geografia.

- topografia da região, tipo de solo, produtos adequados ao solo, relevo etc.

- Língua Portuguesa.

Confecção de um jornal informativo, envolvendo todo o processo de pesquisa,

reuniões, etc.

- Língua estrangeira.

- Multinacionais que produzem e comercializam os agroquimicos vendidos no Brasil.

- Artes.

- Artesanato produzido pelo homem do campo, peças de museus, reprodução dos

materiais utilizados antigamente, (pilão, etc).

- Filosofia.

- Costumes, crenças do homem do campo.

- Física.

- Bio-enegia, auto-sustentabilidade do homem do campo.

- Educação Física.

- Alimentos, vitaminas e nutrientes contidos nos principais alimentos produzidos pelo

homem do campo.

Cronograma:

Será montado junto com os professores na semana pedagógica.

Parcerias:

- Cooperativas da região.

- Agrônomos e técnicos agrícolas

- Agricultores

- Comunidade.

Projeção para o futuro:

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Busca-se com o presente projeto um trabalho continuado não somente no ano de 2006,

mas nos anos vindouros, promovendo feiras de produtos orgânicos, abrindo espaço para

artesanato e comidas típicas elaboradas pela comunidade, buscando uma constante parceria

entre comunidade e escola e valorizando a cultura regional.

Entendemos que esse trabalho venha contemplar amplamente a educação no campo. A

escola busca com esses projetos transcender os limites das disciplinas construindo um currículo a

partir da articulação dos saberes de acordo com a vivência dos alunos e das problemáticas da

região em que a escola esta inserida, ocorrendo assim, uma transdisciplinaridade.

Bibliografia:

TORRES, Patrícia Lupion, et al, PROGRAMA RIO LIMPO, Intervenção da escola no curso do rio.

SEMA.

LIMA, Wilson, eta al, Revista- MEIO AMBIENTE E CIDADANIA, junho/ 2003.

ANTUNES, Paula Bessa, DIREITO AMBIENTAL. Rio de Janeiro, Luem Júris, 2000.

BOFF, Leonardo. SABER CUIDAR, Petrópoles, Vozes, 2001.LENVAL, L. de. A EDUCAÇÃO DO HOMEM

CONSCIENTE. São Paulo: Flamboyant, s.d.

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25.4 EDUCAÇÃO FISCAL

Tema: Formando Cidadão no Século XXI.

Problema: Estamos vivendo em uma era de transformação tecnológica, cultural, política, mas

que ainda há milhares de brasileiros passando fome, vivendo em condições precárias, com

deficiência no atendimento à saúde, ao saneamento básico, sem trabalho, portanto sem

dignidade. Se a educação deve formar o jovem para ser um cidadão crítico, autônomo, é

imprescindível que ele compreenda o papel do Estado, seu financiamento e sua função social, e

do processo decisório de alocação do recurso público. Como mobilizar nosso jovem a participar do

processo de (re) construção social?

Objetivo Geral: Fornecer uma formação plena para o jovem autogovernar-se, fornecendo

condições para que ele entenda os contextos sociais, históricos e econômicos em que está

inserido, democratizando as informações sobre finanças públicas propiciando o acompanhamento

e o controle do gasto público.

Objetivo específico.

• Ensinar e aprender sobre políticas públicas e distribuição de renda.

• Compreender, dentro do processo histórico, como as sociedades se organizam.

• Discutir sobre as transformações sociais desejadas, distribuição de renda, construção

coletiva da democracia.

• Exercer o papel de cidadão democrático, participativo, fiscalizador da gestão pública

e da gestão escolar.

• Compreender o real sentido dos tributos, seus diferenciais, a parcela cabível a cada

setor social, a forma de aplicação e percentuais cabíveis a cada instância pública.

• Incentivar a vigilância cidadã da aplicação dos recursos públicos.

Fundamentação Teórica:

Analisando o cenário brasileiro, e as constantes notícias que nos são repassadas pelos

meios de comunicação, jornais, revistas, televisão, notamos que existem milhares de pessoas que

vivem em condições precárias de sobrevivência, alimentando-se nos lixões de nossas cidades,

sem acesso à água, ao saneamento, saúde, moradia. Não dá mais para fechar os olhos e virar o

rosto do lado e fingir que nada está acontecendo.

Mediante dados do IBGE, encontrados nos documentos da Secretaria da Receita Federal,

1% da população mundial detém 53% de renda. O Brasil é um país potencialmente rico, tendo

alcançado 15% PIB (Produto interno bruto) do mundo. Mas temos umas das piores distribuições de

renda. Só somos comparados com alguns países da África subsaariana, ou seja, os países que se

situam abaixo do deserto do Saara. No Brasil, 53 milhões de pessoas estão abaixo da linha da

pobreza, ou seja, 34% da população. A taxa de desemprego cresce a cada dia, segundo dados do

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IBGE 2003. 50% da população economicamente ativa têm emprego com carteira assinada, os

restantes estão desempregados ou sujeitando-se a condições precárias de trabalho. Enquanto

isso vivemos num cenário de corrupção pública. A cada dia o noticiário nos informa que milhares

de dólares são desviados dos cofres públicos para financiar campanhas eleitoreiras e para

corromper deputados e senadores que se dizem estar trabalhando para defender os direitos dos

cidadãos.

Diante desse cenário, cabe à educação fornecer informações para que essa situação mude.

Torna-se necessário democratizar as informações sobre finanças públicas, propiciando ao cidadão

fazer o acompanhamento e o controle do gasto público, para que os tributos arrecadados sejam

efetivamente aplicados conforme a vontade popular, beneficiando a população que vive abaixo da

linha da pobreza.

“O programa de Educação fiscal é constituído pelas mãos de cada um, a partir de sua visão

de mundo e da participação consciente no contexto das relações humanas, sociais e econômicas,

em que cada um é sujeito da sua história e da história de todos”.(Secretaria da Receita Federal).

Metodologia:

Paulo freire, (PEDAGOGIA DA AUTONOMIA, 2005. P. 47) diz que “ensinar não é transferir

conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”.

Partindo desse pressuposto, a primeira estratégia que deverá ser aplicada é diagnosticar qual o

conhecimento do aluno sobre os tributos, ouvindo-os através de um diálogo aberto e investigando

de onde vem o conhecimento que têm a respeito do assunto. Após esse diálogo informal, será

necessário lançar-lhes desafios provocando a curiosidade e ampliarem seus conhecimentos.

Começando assim, um trabalho interdisciplinar, organizada em cada disciplina na forma de mini

projetos a serem executados durante o ano letivo.

Algumas sugestões procedimentais por disciplina:

• Matemática.

1. Propor uma pesquisa na Internet, no Site da Receita Federal sobre o que é o ICMS, IPVA,

IPTU, parcelas cabíveis em cada ente tributante.

2. Quais os percentuais cobrados nos produtos da cesta básica. .

3. Como é feito o repasse do ICMS ao Estado. Quem paga a conta?

4. Elaborar gráficos estatísticos, verificando as condições de vida da população do município,

qual a renda per capta da população.

5. Verificar os percentuais que são repassados para a educação, quanto sua escola recebe,

onde e como são aplicados esses recursos, elaborar os percentuais gastos na escola.

6. Trazer textos de jornais e revistas dos valores e percentuais divulgados pelo governo

federal dos investimentos e recortes dos desvios de dinheiro público, fazendo um

parâmetro do que poderia ser melhorado se os valores desviados dos cofres públicos

fossem investidos na melhoria da qualidade de vida da população, dentro dos limites legais

destinados a cada segmento da sociedade.

7. Onde e como o IPTU, ISS são aplicados no município, qual o valor recebido mensalmente.

8. Elaborar uma tabela de classificação dos impostos quanto ao contribuinte.

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. História.

1. Pesquisar a origem dos tributos desde a idade antiga até a contemporânea.

2. Estudar e fazer um panorama da história dos tributos no Brasil desde a época das

descobertas até os dias atuais.

3. Fornecer as definições e o papel do Estado, suas organizações.

4. Estudar a história política do Brasil, os principais marcos.

5. Estudar a história do orçamento público no Brasil.

• Português:

1. Elaborar um dicionário sobre os conceitos de tributos e suas classificações.

2. Elaborar um jornal informativo sobre orçamento participativo, sonegação fiscal, etc.

3. Produzir textos e materiais informativos.

• Geografia:

1- Promover uma visita em campo, para averiguar e pesquisar as condições de moradia e

salário dos munícipes.

2- Mapear o Brasil e verificar quais são as regiões onde se concentra o maior índice de

pobreza.

3- Quais os instrumentos necessários para a elaboração de um orçamento público? Como é

feito o orçamento público do município?

4- Mapear qual a área da cidade onde se concentre o maior índice de pobreza. Quais as

condições de vida dessa população, quanto ao saneamento básico, saúde pública, quais os

projetos que há no município para reverter o quadro atual?

• Artes.

1- Elaborar cartazes informativos e divulgá-los em murais no colégio.

2- Elaborar charges, diversas informativas a respeito de PPA, LDO, LO.

3- Promover peças teatrais com a participação da comunidade de caráter informativo.

. Educação Física

Promover uma gincana cultural, com os temas propostos na educação fiscal, formando

equipes e elaborando provas na quadra que envolvem os conhecimentos adquiridos.

- Filosofia.

Trabalhar os valores embutidos na Educação fiscal, como liberdade, igualdade, justiça

social, superioridade de homem sobre o Estado.

Qual a diferença entre imposto, taxa, contribuição de melhoria, como esses recursos devem

ser aplicados e onde o são.

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- Física.

Trabalhar a energia elétrica, aproveitando não somente o consumo e as transformações de

kw. Mas também os valores dos impostos constantes nas faturas de energia.

- Química.

Quando trabalhar as composições químicas, aproveitar para trabalhar a água, envolvendo

contaminações, consumo e impostos embutidos nas faturas de água.

- Inglês.

Produtos importados. Elaborar uma pesquisa no mercado sobre quais são os produtos

importados, quais as taxas e impostos aplicados na importação e também na exportação dos

produtos, pesquisar quais são os critérios das importações e das exportações.

- Biologia.

Quais as conseqüências causadas pela falta de saneamento básico, riscos de epidemia,

verbas destinadas à saúde pública, como são aplicadas no município como fiscalizar a aplicação

desses recursos

Cronograma Ações- Fevereiro Divulgação e formação de grupos de

estudos entre os professores.- Março Montagem dos mini-projetos dentro

das disciplinas.

- Início dos trabalhos com os alunos.

- Palestras agendadas com técnicos

da receita federal.- Abril a Novembro - Trabalho com os alunos, de forma

interdisciplinar.Dezembro - Fechamento dos trabalhos.

Avaliação:

A avaliação do projeto será feita dentro de cada disciplina de forma processual, com critérios

estabelecidos em acordo com os alunos. Como produtos finais, os alunos envolvidos no projeto,

montarão um orçamento popular para melhorias da escola e também para melhoria do município.

Referências Bibliográficas.

ARAÚJO, José Prata. Cidadania – Políticas de Igualdade no Brasil. Minas Gerais, Editora

Bis, 2002.

MORIM, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. Publicado no Boletim da

SEMTEC-MEC Informativo Eletrônico da Secretaria de Educação Média e Tecnológica – Ano 1 –

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Número 4 – junho/julho de 2000.

Programa Nacional de Educação Fiscal. Educação Fiscal no contexto social. Brasília. 2004.

Programa Nacional de Educação Fiscal. Sistema tributário nacional / Programa

Nacional de Educação Fiscal. – Brasília, 2004.

Programa Nacional de Educação Fiscal. Gestão democrática dos recursos públicos /

Programa Nacional de Educação Fiscal. – Brasília, 2004.

Programa Nacional de Educação Fiscal. Relação Estado - Sociedade / Programa Nacional de

Educação Fiscal. – Brasília, 2004.

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25.5 EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

Problemática: A inovações tecnológicas tem contribuído para a prática pedagógica e a

efetivação da aprendizagem.

Objetivo Geral: Proporcionar avanços na melhoria e qualidade do ensino fazendo uso das

diversas tecnologias.

Objetivo Específico: Conhecer todo o potencial que as tecnologias podem trazer para a

melhoria da qualidade da aprendizagem dos alunos.

Justificativa: O mundo vive um acelerado desenvolvimento, em que a tecnologia está presente

direta ou indiretamente em atividades bastante comuns. A escola faz parte do mundo e para

cumprir sua função de contribuir para a formação de indivíduos que possam exercer plenamente

sua cidadania, participando dos processos de formação e construção da realidade, devendo estar

aberta e incorporar novos hábitos, comportamentos, percepções e demandas, justificamos este

projeto.

Metodologia: Entendemos por tecnologia todo o conhecimento que permite alterar nossas

relações com o ambiente e com os outros seres humanos. Na era moderna e industrial em que

vivemos, a tecnologia geralmente é derivada de princípios científicos, ou seja, de adaptações

daquilo que é descoberto num laboratório de pesquisa, de forma a permitir que possa ser

produzido em maior quantidade.

A incorporação das inovações tecnológicas só tem sentido se contribuir para a melhoria da

qualidade do ensino. A simples presença de novas tecnologias na escola não é, por si só, garantia

de maior qualidade na educação, pois a aparente modernidade pode mascarar um ensino

tradicional baseado na recepção e na memorização de informações.

A concepção de ensino e aprendizagem revela-se na prática de sala de aula e na forma

como professores e alunos utilizam os recursos tecnológicos disponíveis – livro didático, giz e

lousa, televisão ou computador. A presença de aparato tecnológico na sala de aula não garante

mudanças na forma de ensinar e aprender. A tecnologia deve servir para enriquecer o ambiente

educacional, propiciando a construção de conhecimentos por meio de uma atuação ativa, crítica e

criativa por parte de alunos e professores.

Se entendermos a escola como um local de construção do conhecimento e de socialização

do saber; como um ambiente de discussão, troca de experiências e de elaboração de uma nova

sociedade, é fundamental que a utilização dos recursos tecnológicos seja amplamente discutida e

elaborada conjuntamente com a comunidade escolar.

A tecnologia eletrônica – televisão, videocassete, DVD, máquina de calcular, gravador e

computador – pode ser utilizada para gerar situações de aprendizagem com maior qualidade, ou

seja, para criar ambientes de aprendizagem em que a problematização, a atividade reflexiva,

atitude crítica, capacidade decisória e a autonomia sejam privilegiados.

Algumas tecnologias informacionais, como livros, jornais, revistas, retroprojetor, vídeos e

televisão, já fazem parte da escola há muito tempo. Mas para a grande maioria das escolas, os

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meios eletrônicos de comunicação e informação ainda constituem-se como “novidades”, embora

socialmente sejam instrumentos bastante conhecidos e utilizados.

Em virtude da necessidade da escola acompanhar os processos de transformação da

sociedade, atendendo às novas demandas. É premente que se instaure o debate, a implantação

de políticas e estratégias para o desenvolvimento e disseminação de propostas de trabalho

inovadores utilizando os meios eletrônicos de informação e comunicação, já que eles possuem um

enorme potencial educativo para complementar e aperfeiçoar o processo de ensino e

aprendizagem.

Utilizar recursos tecnológicos não significa utilizar técnicas simplesmente, e não é

condições suficiente para garantir a aprendizagem dos conteúdos escolares. Por isso, é

fundamental criar um ambiente de aprendizagem em que os alunos possam ter iniciativas,

problemas a resolver, possibilidades para corrigir erros e criar soluções pessoais, utilizando os

recursos tecnológicos como auxílio na aprendizagem que exijam atitudes rápidas.

É importante que os alunos tenham os recursos tecnológicos como alternativas possíveis

para a realização de determinadas tarefas. A escola deve possibilitar e incentivar que os alunos

usem seus conhecimentos sobre tecnologia pra apresentar trabalhos escritos das diferentes

áreas; pesquisar sobre assuntos variados; sem que a realização dessas atividades esteja

necessariamente atrelada a uma situação didática planejada pelo professor.

A moderna sociedade tecnologia, cujos aspectos mais diretamente observáveis modificam-

se rapidamente, parece não deixar tempo nem para a crítica nem para a contemplação e a

satisfação com o estudo, exigindo apenas conhecimentos de caráter mais usual. Porém, uma

educação de caráter humanista, capaz de fazer frente aos desafios da contemporaneidade, não

pode dispensar a contribuição da educação tecnológica, nas relações sociais e culturais instituídas

a partir do impacto das novas tecnologias.

É importante ressaltar a utilização desses recursos tecnológicos de forma consciente para

que o aluno não utilize de forma errada mas sim com fim que aprimore sua formação intelectual.

Plano de Trabalho: Será trabalhada de forma interdisciplinar. De acordo com a necessidade de

cada conteúdo será feito o uso de recursos tecnológicos correspondente.

Cronograma: Durante todo o ano letivo, no decorrer da execução do trabalho pedagógico do

professor junto aos alunos.

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26- ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO

Todo projeto em andamento precisa ser avaliado durante sua execução e também no final.

A avaliação serve para corrigir metas, ver os possíveis erros e falhas, analisar o progresso e se

estamos seguindo ao que se propõe.

Para isso é preciso reflexões constantes; se o trabalho que estamos desenvolvendo está

nos fazendo avançar na direção geral pretendida. Pretendemos então realizar essas reflexões de

forma organizada e registrada em fichas pré-elaboradas, em grupos de estudo, reuniões com a

APMF, Grêmio, Conselho Escolar e representantes de sala.

Os participantes serão consultados e orientados a examinar cada item do projeto político

pedagógico confrontando a concepções com a prática vivenciada na realidade.

Questionamentos que podem ser considerados:

Obs: Essas questões devem ser respondidas com relação a cada uma das áreas temáticas,

a fim de que o diagnóstico cubra inteiramente em seus diversos aspectos:

1- Até que ponto nossa prática está coerente com o que estabelecemos em nosso objetivo

maior?

1- Nossa prática ajuda os jovens a serem críticos participativos e autônomos?

2- Até que ponto em nosso Colégio, o aluno é sujeito de seu próprio desenvolvimento?

De modo geral:

3- Relatório de fatos e situações que evidenciam as ações positivas da escola como um

todo.(nossos pontos positivos)

4- Relatório de fatos e situações que evidenciam os aspectos negativos (nossos pontos

negativos)

5- O que já existe interna e externamente que ajuda a superar as falhas?

Serão anexados assim relatórios com as devidas conclusões.

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27- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em primeiro lugar queremos ressaltar que projeto refere-se a algo que ainda não é, mas

que se quer tornar.

Mais que organizar um conjunto de formações gerais, agora consiste em saber regulá-las

em favor do que se pretende que seja específico. Um dos meios que possibilitará a realização e a

transformação é o trabalho em equipe.

Ele será tanto melhor quanto se puder ser assumido no cotidiano daqueles que foram os

seus protagonistas e que se tornaram responsáveis por ele e, por isso mesmo, beneficiários de

sua realização.

O desafio do nosso Colégio é considerarmos uma realidade de evasão e repetência que

pode mudar, cabendo ao professor e a todos os outros profissionais que aqui trabalham levar em

conta essas mudanças, empenhadas em atingir o objetivo mais geral. “Fazer com que todos

aprendam”.

Nossa esperança, é que ele venha a se concretizar nas pequenas, sucessivas e simultâneas

coisas que vão pouco a pouco, dando-lhe consistência, tendo por base relações solidárias.

O desafio está posto neste Projeto para todos e a contribuição de cada um é fundamental

nesta caminhada.

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28- REFERÊNCIAS

- GASPARIM, João Luiz, Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica, Campinas, SP,

2002.

- HORA, Dinair Leal da, Gestão Democrática na Escola, Ed. Papirus.

- VASCONCELOS, Celso dos S., Coordenação do Trabalho Pedagógico, Ed. Libertad, São Paulo.

- MACEDO, Lino de, Ensaios Pedagógicos – Como Construir uma Escola para Todos? Ed.

Artmed.

- FREIRE, Paulo,Pedagogia da Autonomia.

- CARNEIRO, Moaci Alves. Os Projetos Juvenis na Escola de Ensino Médio, Ed, Vozes,

Petrópolis, 2002.

- SEED - Seminário de Desseminação das Políticas de Gestão Escolar para Diretores da Rede

Estadual, Maringá, 2004.

- GESTÃO EM REDE – Outubro de 2001 – nº 32

- GESTÃO EM REDE – Abril de 2001 – nº 27

- GESTÃO EM REDE – Maio de 2001 – nº 36

- IESDE BRASIL S.A – Homem, Cultura e Sociedade. Curitiba Pr.

- IESDE BRASIL S.A – Fundamentos Sócio- Filosóficos da Educação. Curitiba Pr.

- IESDE BRASIL S.A – Teorias da Aprendizagem. Curitiba, Pr.

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ANEXOS

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA - ENSINO MÉDIO.

ENGENHEIRO BELTRÃO-PR.

APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR

O grande desafio da Proposta Curricular é estabelecer um projeto de ensino voltado para

uma inclusão de todos os alunos.

Com esse propósito foi elaborado o currículo de nosso Colégio onde as diferenças

individuais deverão ser respeitadas, por meio de planejamento de propostas diversificadas. Trata-

se da realização de um trabalho compartilhado, visando otimizar a provisão de serviços e recursos

para o atendimento de todos os alunos em função das necessidades individuais, reconhecendo

que a escola tem como fim desenvolver as capacidades acadêmicas, cognitivas, afetivo-

emocionais e sociais que potencializem o desenvolvimento pessoal e social de todos os

educandos.

Para conceber e praticar uma educação para todos, pressupõe a prática de currículos

abertos e flexíveis com adaptações para atender a diversidade.

Portanto nossa Proposta Curricular deverá viabilizar as necessárias mediações para que os

jovens desenvolvam conhecimentos que lhes permitam trabalhar intelectualmente e pensar com

praticidade, utilizando conhecimentos científicos e estabelecendo relações sociais de modo

articulado na resolução de problemas.

Dessa forma o desenvolvimento humano em sua integralidade deverá estar articulado de

conhecimento, emoções e atitudes, que conduzam à autonomia intelectual e ética.

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MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO

NRE: Campo Mourão MUNICÍPIO: Engenheiro Beltrão

ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino Médio

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

Base

Nacional

Comum

Disciplina 1ª série

2ª série

3ª série

C.Horária

Arte 2 - - 80

Biologia 3 2 2 280

Educação Física 2 2 2 240

Física 2 2 3 280

Geografia 2 2 2 240

História 2 2 2 240

LínguaPortuguesa 4 4 4 480

Matemática 4 4 4 480

Química 2 3 2 280Sociologia - 2 - 80

Filosofia’ - - 2 80

Sub-Total 23 23 23 2760

L.E.M. Inglês 2 2 2 240

Sociologia - 2 - 80

Sub-Total 2 4 4 400

Total Geral 25 25 25 3000 Total de horas 2500

Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96• O idioma será definido pelo Estabelecimento de Ensino

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24.4 – PROPOSTA CURRICULAR POR DISCIPLINA

COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

ARTE

ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA- ARTE

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Nas diversas teorias sobre a arte são estabelecidas algumas referências sobre sua função, o

que resulta também em diferentes posições: como a arte pode servir à ética, à política, à religião,

à ideologia; ser utilitária ou mágica e transformar-se em mercadoria ou meramente proporcionar

prazer.

As concepções presentes no senso comum, identificam-se no campo de estudos da estética

no mundo ocidental, com as teorias essencialistas de arte: a mímesis e a representação; a

arte como expressão e o formalismo. Essas teorias pretendem definir um conceito fixo e

único sobre a arte , defendem a idéia de que existe uma essência, ou seja, propriedades

essenciais comuns a todas as obras de arte e que somente nelas se encontram.

A teoria da mímesis, desenvolvida na Grécia antiga, tem por definição que a arte é

imitação. Assim a mímesis somente considerava perfeita a obra que atingisse maior semelhança

com o modelo configurado na representação da realidade, segundo a expectativa do artista,

então considerado como artífice.

Na arte essas concepções vem desde a Antiguidade Clássica, passando pelo Renascimento,

vindo até o século XIX, no início da segunda fase da revolução industrial. São a mímesis e a

representação, as mais antigas teorias da arte e foram aceitas pelos próprios artistas, por muito

tempo, como inquestionáveis, nas quais o valor da arte está nas suas referências, na mensagem

nela contida.

Ainda hoje, a teoria da representação é referência no cotidiano das escolas e implica no

senso de repetição da forma a partir de um modelo pré-estabelecido, aceito como referência

formativa no ensino da Arte. Essa idéia da arte como representação, muito presente na escola,

enfatiza o fazer técnico e científico de conteúdos reprodutivistas, com uso de modelos e cópias do

natural.

Contrapondo-se a um modelo de arte, fundamentada na representação fiel ou idealizada da

natureza, a arte sob a perspectiva da Teoria expresssionista, iniciou-se com filósofos e artistas

românticos do final do século XVIII. Essa concepção defendia que a arte deveria libertar-se das

limitações das teorias anteriores (mimesis e representação), ao mesmo tempo que deslocava para

o artista, ou criador, a chave da compreensão da arte.

A concepção expressionista em sua base, evidenciou as contradições da sociedade, a partir

das impressões pessoais dos artistas desse tempo histórico. Essa concepção, dividiu-se em dois

momentos distintos: A arte como expressão e a arte como forma significante ou formalismo.

Aproximando-se dessa idéia do romantismo, na arte como expressão, detacaram-se artistas

e filósofos como: Kant, Tolstoy, Van Gogh, Edward Munch, Goethe, Ibsen, Wagner entre outros,

que em algumas de suas obras representaram essas características. Esse movimento tem como

objetivo aprofundar o olhar diante da realidade. O artista é considerado como gênio em seu

processo de criação. Não contempla mais as cenas do cotidiano de uma forma distanciada, de

fora para dentro, e sim deixa transparecer em suas obras as impressões dos sentidos, projeções e

visões subjetivas do real, que se caracterizam, nessa teoria, de dentro para fora. A arte, nesse

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movimento, é considerada como expressão dramática, visível, que exprime sentimentos e

emoções.

Na concepção expressionista, uma importante função da arte foi a de revelar as

contradições da sociedade, prestando-se desse modo a uma crítica social que representava os

conflitos internos dos sujeitos, profundamente marcada por uma localização histórica em

transformação.

Para uma proposta de inclusão e diversidade a metodologia não pode ser apoiada na

homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas, trabalhar em

torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que todos alcancem o domínio

básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser empregado mais tempo e recursos para

alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O importante é

que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento do estudante que sempre

possa obter algum proveito do que faça seja qual for o nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e dedicação dos

envolvidos na educação.

Enfim, é preciso primar para que todos tenham um transcurso contínuo e progressivo

neste estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados efetivos de aprendizagem,

assegurando-lhes a possibilidade de participação plena na vida social em igualdade de condições.

3- OBJETIVOS GERAIS

- Fazer o aluno sentir, invadir a razão e a emoção, levando-o à reflexão sobre o homem e o

mundo através da análise e criação de uma obra-de-arte.

- Ampliar a capacidade dos educandos de representar e compreender o mundo;

- Entender a arte como modo de ação produtiva do homem, como fenômeno social e parte da

cultura.

- Relacionar a arte com a totalidade da existência humana, mantendo íntimas as conexões com

o processo histórico;

- Compreender a arte como produto de produção cultural nascida por força das práticas sociais;

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4- CONTEÚDOS:

PRIMEIRA SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Elementos Formais

• A composição

• Os movimentos e períodos

• O tempo e espaço (estará presente no interior dos conteúdos e é um elemento articulador

entre os mesmo).

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

1- figurativa

2- abstrata

3- figura/fundo

4- bidimensional / tridimensional

MÚSICA

1- ritmo

2- melodia

3- harmonia

4- intervalo melódico

5- intervalo harmônico

TEATRO

1- representação

2- sonoplastia / iluminação / cenografia

3- figurino / caracterização / maquiagem e adereços

DANÇA

1- ponto de apoio

2- salto e queda

3- rotação

4- formação

5- deslocamento

MOVIMENTOS E PERÍODOS

1- arte Pré-histórica

2- arte no Egito Antigo

3- arte Grego-romana

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4- arte Pré-colombiana nas Américas

5- arte Oriental

6- arte Africana

7- arte Medieval

8- Renascimento

9- Barroco

10- Neoclassicismo

SEGUNDA SÉRIE

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

ARTES VISUAIS

1- semelhanças

2- contrastes

3- ritmo visual

4- gêneros

5- técnicas

MÚSICA

1- tonal

2- modal

3- gêneros

4- técnicas

5- improvisação

TEATRO

1- jogos teatrais

2- roteiro

3- enredo

4- gêneros

5- técnicas

DANÇA

1- sonoplastia

2- coreografia

3- gêneros

4- técnicas

MOVIMENTOS E PERÍODOS

• Romantismo

• Realismo

• Movimentos de vanguarda (Futurismo, Cubismo...)

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• Op-art

• Pop-art

• Teatro pobre

• Teatro do oprimido

• Música eletrônica

• Rap, funk, técnico

• Música minimalista

• Arte engajada

• Hip hop

• Dança moderna

• Vanguardas artísticas

• Arte brasileira

• Arte paranaense

• Indústria cultural

5- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Tendo os pressupostos teóricos como referência, devemos pensar na metodologia, que

pode ser concebida como “A arte de dirigir o espírito na investigação da verdade” (FERREIRA,

1986). Este é o elemento da pedagogia que está mais intimamente ligado à prática em sala de

aula.

Quando se trata de metodologia, precisamos direcionar o pensamento par o método a ser

aplicado: para quem, como, por que e o quê? O trabalho em sala de aula deve-se pautar pela

relação que o ser humano tem com a arte, essa relação é de produzir arte, desenvolver um

trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras artísticas.

No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. Desta forma devemos

contemplar, na metodologia do ensino da arte, três momentos da organização pedagógica: o

sentir e perceber, que são as formas de apreciação e apropriação, o trabalho artístico, que é a

prática criativa, o conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um

trabalho artístico mais sistematizado, de modo a direcionar o aluno à formação de conceitos

artísticos.

A seguir explicitaremos cada um desses três momentos. Tendo em vista que os mesmos

constituem-se numa totalidade, o trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um deles, ou pelos

três simultaneamente. O importante é que no final das atividades (em uma ou várias aulas) com o

conteúdo desenvolvido, todos esses momentos tenham sido realizados com os alunos.

4.1 Sentir e Perceber

A apreciação e apropriação das obras artísticas se dão inicialmente pelos sentidos, sendo

que a fruição e a percepção serão superficiais ou mais aprofundadas, de acordo com as

experiências e conhecimentos em Arte que o aluno tiver em sua vida.

O trabalho do professor é o de possibilitar o acesso e mediar essa apreciação e apropriação

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com o conhecimento sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras e a realidade,

transcendendo as aparências, aprendendo, através da arte, parte da totalidade da realidade

humano social.

Na análise da obra de arte deve-se perceber que o artista, no processo de composição de

sua obra, imprime na mesma, sua visão de mundo, a ideologia ao qual se identifica, o seu

momento histórico e outras determinações sociais. Além do artista ser um sujeito histórico e

social, é também singular e na sua obra, apresenta uma nova realidade social.

Ressalta-se ainda que a humanização dos objetos e dos sentidos realiza-se tanto na

apreciação dos objetos, quanto a percepção mediada pelo conhecimento em arte sistematizado.

4.2 Conhecimento em Arte

Este é o momento privilegiado da cognição, onde a racionalidade opera para aprender o

conhecimento historicamente produzido sobre arte.

O conhecimento em arte, na perspectiva destas diretrizes materializa-se no trabalho

escolar com os conteúdos estruturantes (elementos formais, composição, movimentos e períodos,

tempo e espaço) da disciplina e como eles se constituem nas artes visuais, dança , música e

teatro.

É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social dos alunos,

trabalhando em suas aulas os conhecimentos produzidos na comunidade e as manifestações

artísticas que produzem significado de vida para estes alunos, tanto na produção como na fruição.

A abordagem dos conteúdos (conhecimento) não deve ser feita somente como aula teórica

e sim estar contida no sentir e perceber e no trabalho artístico, pois o conhecimento em arte se

efetiva somente quando esses três momentos são trabalhados.

Arte é um campo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho de

indivíduos, histórica e socialmente datados, onde cada conteúdo tem sua origem e história, que

devem ser conhecidas para melhor compreensão por parte do aluno.

Este conhecimento transforma-se, através do tempo, em função dos modos de produção

social, o que implica, para o aluno, conhecer como se organizam as várias formas de produzir

arte, como também, a maneira pela qual a sociedade estrutura-se historicamente.

4.3 – Trabalho Artístico

A prática artística (trabalho criador) é expressão privilegiada do aluno e momento do

exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola encontra para

desenvolver estas práticas, elas são fundamentais, pois a arte não pode ser aprendida somente

de forma abstrata, o processo de produção do aluno acontece quando ele interioriza e se

familiariza com os processos artísticos e humaniza os sentidos.

Essa abordagem metodológica é essencial no processo ensino-aprendizagem em arte. Estes

três momentos metodológicos são importantes para o trabalho em sala de aula, pois apesar de

serem interdependentes, é preciso planejar as aulas com recursos e metodologia específica para

cada um desses momentos.

O encaminhamento pode iniciar-se por qualquer desses momentos, mas o fundamental é

que no processo o aluno tenha realizado trabalhos referentes ao sentir e perceber, ao

conhecimento e ao trabalho artístico.

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5- AVALIAÇÃO

A avaliação na disciplina de Arte é diagnóstica e processual, diagnóstica por ser a

referência para o planejamento das aulas e de avaliação dos alunos, processual por pertencer a

todos os momentos da prática pedagógica. Para isso o planejamento deve ser constantemente

redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da classe sobre o desenvolvimento das aulas e

também a auto-avaliação dos alunos.

A avaliação diagnóstica serve de base para o planejamento das aulas, pois mesmo que já

estejam definidos os conteúdos que serão trabalhados, a forma e a profundidade de sua

abordagem dependem do conhecimento que os alunos possuem.

Portanto o conhecimento que o aluno possui deve ser socializado entre os colegas de sala e

ao mesmo tempo é a referência para o professor propor abordagens diferenciadas. Por exemplo, o

conteúdo a ser trabalhado com o aluno que possui um conhecimento, técnica ou habilidade deve

servir para que ele possa ampliá-lo e principalmente sistematizá-lo, já o aluno que não conhece

esse conteúdo deve ser iniciado na sua aprendizagem.

Para possibilitar essa avaliação individual e coletiva, é necessário utilizar vários

instrumentos de avaliação, como o diagnóstico inicial, durante o percurso e final do aluno e do

grupo, trabalhos artísticos, pesquisas, provas teóricas e práticas, entre outras.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as práticas avaliativas

devem estar fundamentadas na diversidade e partir de diagnósticos para reconhecê-las e

valorizá-las a fim de estabelecer diálogos pedagógicos mais reflexivos e de uma prática

diversificada também nos critérios e na organização didática das tarefas em que todos não sejam

obrigados a fazer as mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades muito específicas um recurso viável a ser utilizado é

oferecer opções para situações pontuais ou seja material opcional pré-elaborados para as

necessidades particulares (na medida do possível). Sempre cuidando para que esses critérios ou

atividades permitam que cada estudante se encontre em condições propícias, seja qual forma for

o seu ritmo.

Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é, quando nossa

Escola for promotora de todos é que realmente iremos sustentar a proposta de Educação

Inclusiva.

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6- REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da educação. Departamento de ensino Médio. Texto

elaborado pelos participantes dos encontros de formação continuada/Orientações

Curriculares. Curitiba: SEED/DEM, 2003/2005. Mimeo.

- Diretrizes Curriculares de arte para o ensino médio.

- Livro didático público – Arte no Ensino Médio (Secretaria de Estado da Educação).

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

BIOLOGIA

ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA – BIOLOGIA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como estudo o fenômeno Vida. O homem tem, através dos

tempos, tentado explicá-lo e compreendê-lo.

Os conhecimentos da disciplina de biologia se firmam em modelos teóricos elaborados pelo

homem ( paradigmas teóricos), que apresentam o esforço para entender, explicar, utilizar e

manipular os recursos naturais.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes

concepções sobre o fenômeno vida e suas implicações para o ensino, buscou-se, na história os

contextos nos quais pressões religiosas, políticas e sociais impulsionaram mudanças conceituais

no modo como o homem passou a compreender a natureza.

O homem primitivo retratou as suas observações através das pinturas rupestres, o que

representa o seu interesse em explorar a natureza.

Os filósofos Platão e Aristóteles deixaram suas contribuições quanto à classificação dos seres

vivos. As interpretações filosóficas buscaram explicações para a compreensão da natureza.

Na idade média ( séc. V – séc. XV), através do cristianismo, o conhecimento do universo foi

associado a Deus e oficializado pela Igreja Católica que o transforma em dogmas,

institucionalizando o dogmatismo egocêntrico ( Deus é o centro).

Neste período, nascem as primeiras universidades procurando organizar, sistematizar e

agrupar o conhecimento produzido pelo homem.

Na história da Ciência, na Renascença, encontra-se também um período marcado por

contradições. Leonardo da Vinci introduz o pensamento matemático como instrumento que

permite interpretar a ordem mecânica da natureza.

Neste período, surgem novas contribuições com Carl Von Linné, que resultou no

pensamento biológico descritivo.

O médico Willian Harvey introduz as bases do pensamento biológico mecanicista.

Com Erasmus Darwin surge a evolução dos seres vivos - mutação das espécies ao longo

do tempo. Lamarck, parte para a classificação dos seres vivos, criando o conhecimento de

sistema evolutivo em constante mudança.

Gregor Mendel propõe as leis que regulam a hereditariedade – transmissão de

características entre os seres vivos.

No século XIX, surge a proposição da teoria celular, a partir de descrições feitas pelo

Botânico alemão Mathias Schliden e pelo naturalista alemão Theodor Schwann, afirmam que

todas as coisas vivas, os animais e vegetais, eram compostos por células e com aperfeiçoamento

dos estudos sobre a origem da vida.

No século XX, a influência do pensamento biológico evolutivo surge a partir do pensamento

biológico da manipulação genética, demarcando a condição do homem em compreender a estrutura

físico-química dos seres vivos e as conseqüentes alterações biológicas.

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Após estes fatos evolutivos da vida, o ensino passa a trabalhar três fatores que provocaram

alterações no Ensino de Ciências no Brasil: o progresso da Biologia, a constatação internacional e

nacional da importância do Ensino de Ciências, como fator de desenvolvimento e a Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional.

Na atualidade as mudanças pedagógicas são rápidas.

Ao analisar a situação do ensino público em 2003, percebeu-se a descaracterização do objeto

de estudo da disciplina de Biologia. Estabeleceu, assim, a construção das Diretrizes Curriculares,

considerando-se a concepção histórica da ciência articulada com os princípios da filosofia da

Ciência.

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2- OBJETIVOS GERAIS

- Compreender as rápidas transformações científicas e tecnológicas provocadas, por

exemplo, pela engenharia genética - e os grandes problemas de nosso tempo, como a

fome, a aids, as drogas e os desequilíbrios ambientais.

- Reconhecer o sentido histórico de ciência e da tecnologia e sua relação com a vida na terra.

- Possibilitar ao aluno o desenvolvimento das habilidades necessárias para a compreensão

do papel do homem na natureza.

- Propiciar condições para que o educando compreenda a vida como manifestação de

sistema organizados e integrados, em constante interação com o ambiente físico-químico.

- Reconhecer como agente capaz de modificar ativamente o processo evolutivo, alterando a

biodiversidade e as relações estabelecidas entre os organismos.

- Compreender e interpretar fatos e fenômenos naturais sob a óptica da Biologia, servindo

como instrumento para orientar decisões e intervenções.

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3- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para o ensino de Biologia compreender o fenômeno Vida e sua complexidade de relações,

significa pensar em uma ciência em transformação, cujo caráter provisório garante a reavaliação dos

seus resultados e possibilita o repensar e a mudança constante de conceitos e teorias elaboradas em

cada momento histórico,social, político, econômico e cultural.

A proposta curricular do ensino de Biologia firma-se na construção da práxis do professor.

Objetiva trazer os conteúdos de volta para os currículos escolares, mas numa perspectiva

diferenciada, onde retome a história da produção do conhecimento científico e da disciplina escolar e

seus determinantes políticos, sociais e ideológicos.

O ensino dos conteúdos específicos de Biologia apontam para as seguintes estratégias

metodológicas de ensino:

1- Prática social;

2-Problematização:

3-Instrumentalização;

4-Catarse;

5-Retorno à pratica social.

Para cada conteúdo estruturante, propõe-se:

1-Organização dos seres vivos;

2-Mecanismos biológicos;

3-Biodiversidade;

4-Implicações dos avanços biológicos no fenômeno da vida.

Compreendendo-se a proposta dos conteúdos estruturantes, uma atenção especial deve ser

dada ao modo como os recursos pedagógicos serão utilizados e aos critérios político-pedagógicos da

seleção de recursos didáticos, que podem contribuir para crítica que permitirá realizar os recortes

necessários dos conteúdos específicos como significativos para o Ensino Médio.

Recursos utilizados:

- aula dialogada;

- a leitura;

- a escrita;

- a experimentação;

- as analogias.

Recursos audio visuais:

- vídeo:

- transparência;

- fotos;

- atividades experimentais.

Atividades que veiculam uma concepção sobre a relação homem-ambiente, e o estudo do

meio como parques, praças, terrenos baldios, praias, bosques, rios, zoológicos, hortas, mercados,

lixões, fábricas, hortos florestais, etc.

Jogos didáticos contribuem para gerar desafios e detém conteúdo com finalidade de desenvolver

habilidades de resolução de problemas, o que possibilita a oportunidade de traçar planos de ações

para atingir determinados objetivos.

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Para uma proposta de Inclusão e diversidade, a metodologia não pode ser apoiada na

homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas, trabalhar em

torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que todos alcancem o domínio

básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser empregado mais tempo e recursos para

alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O importante é

que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento do estudante que sempre

possa obter algum proveito do que faça seja qual for o nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e dedicação dos

envolvidos na educação.

Enfim, é preciso primar para que “todos tenham um transcurso contínuo e progressivo

neste estabelecimento de Ensino, com a apresentação de resultados efetivos de aprendizagem,

assegurando-lhes a possibilidade de participação plena na vida social em igualdade de condições.

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3-CONTEÚDOS

PRIMEIRA SÉRIE

Organização dos seres vivos.

1. Vida e composição química dos seres vivos.

Como definir “vida”?

Características gerais dos seres vivos.

A química das células.

2. Vida e energia.

Níveis de organização dos seres vivos.

Biosfera,ecossistemas,comunidades e populações.

Transferência de matéria e de energia nos ecossistemas.

As pirâmides ecológicas.

Redes e teias alimentares.

O equilíbrio na natureza.

Biodiversidade.

3. Ciclos da matéria,sucessão ecológica e desequilíbrios ambientais.

Introdução.

Ciclos da matéria.

Sucessão ecológica.

Desafios para o futuro.

4. Ecossistemas e populações.

Introdução.

Ecossistemas aquáticos.

Ecossistemas terrestres.

Manguezais.

Ecologia das populações.

5. Relações entre os seres vivos.

Interações ecológicas.

Relações intra-específicas.

Relações interespecíficas ou Simbioses.

Mecanismos biológicos.

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6. Origem da vida.

Universo, Sistema Solar e planeta Terra.

Geração espontânea.

Teoria da biogênese.

E os primeiros seres vivos,como surgiram?

A hipótese heterotrófica sobre a origem da vida.

7. Introdução à citologia e membranas celulares.

Citologia: estudo da célula.

Célula:tamanho,forma e funções.

Estrutura básica de uma célula eucariótica.

Os envoltórios das células.

Mecanismos de transporte através de membranas.

Endocitose e exocitose.

8. Citoplasma e organelas.

Citoplasma:características gerais.

Ribossomos.

Inclusões.

Citoesqueleto.

Centríolos.

Organelas membranosas.

9. Metabolismo energético da célula.

Conceitos gerais.

Fotossíntese.

Quimiossíntese.

Respiração aeróbia.

Respiração anaeróbia.

Fermentação.

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida.

10.Núcleo e divisão celular.

10.l Núcleo noções gerais.

10.1 Estrutura do núcleo.

10.2 Divisão celular.

10.3 Ciclo celular:interfase e mitose.

10.4 Meiose.

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11.Embriologia animal.

Gametogênese.

Fecundação

As fases do desenvolvimento embrionário.

Anexos embrionários.

O desenvolvimento embrionário humano.

12.Histologia animal.

A multicelularidade.

Tecidos epiteliais.

Tecidos conjuntivos.

Tecidos musculares.

Tecido nervoso.

SEGUNDA SÉRIE

Organização dos seres vivos.

13.Os seres vivos e os vírus.

Classificação dos seres vivos.

Reinos de seres vivos.

A proposta do sistema dos três domínios.

Vírus características gerais.

Mecanismos biológicos.

Moneras

Introdução.

Eubactérias.

14.Protistas.

Os termos protista e protoctista.

Os protozoários.

Os protozoários e a saúde humana.

As algas.

15.Fungos.

Introdução.

Fungos e mutualismo.

Estrutura básica de um fungo multicelular.

Os fungos e o ser humano.

Classificação e reprodução dos fungos.

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Biodiversidade.

16.Os grandes grupos de plantas.

Classificação das plantas.

Briófitas

Pteridófitas.

Gimnospermas.

Angiospermas.

17.Morfologia das angiospermas.

Germinação da semente.

A raiz.

O caule.

AS folhas.

Os frutos.

18.Histologia vegetal.

Classificação dos tecidos vegetais.

Tecidos meristemáticos ( meristemas ).

Tecidos permanentes.

Estrutura interna das raízes.

Estrutura interna do caule.

Estrutura interna da folha.

19.Fisiologia das fanerógamas.

Transpiração e transporte de seiva bruta.

Fotossíntese e transporte de seiva elaborada.

Fotossíntese e respiração.

Movimentos.

20.Introdução ao reino animal: Porífera e Cnidária.

Classificação e nomenclatura.

Filo Porífera.

Filo Cnidária.

21.Platyhelminthes e Nematelminthes.

O significado dos nomes.

Platelmintos.

Nematelmintos.

22.Mollusca e Annelida.

Filo dos moluscos.

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Filo dos anelídeos.

23.Arthropoda

O maior grupo de seres vivos: os artrópodes.

Classificação dos artrópodes.

Desenvolvimento.

Reprodução.

Fisiologia dos artrópodes: respiração,circulação e excreção.

Os grupos de artrópodes.

24.Echinodermata e Introdução ao filo Chordata.

Equinodermos

Cordados.

25.Peixes.

Peixes e tetrápodes.

Características gerais dos peixes com maxila.

Os grupos de peixes.

26.Anfíbios.

Quem são os anfíbios.

Características gerais.

Anuros.

Urodelos.

Ápodas.

27.Répteis.

A origem dos répteis.

Os répteis atuais e suas principais características.

Anatomia e fisiologia dos répteis.

Classificação dos répteis.

28.Aves.

Características gerais das aves.

Sentidos.

Temperatura corpórea.

Fisiologia.

Origem das aves.

Um pouco mais sobre a classificação das aves.

29.Mamíferos.

Características gerais.

Regulação de temperatura corporal

Anatomia e fisiologia.

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Prototérios ou monotremados.

Metatérios ou marsupiais.

Eutérios.

A origem evolutiva dos mamíferos.

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno da vida.

30.Evolução humana; Fisiologia humana I:coordenação nervosa e locomoção.

Evolução humana.

Anatomia e fisiologia humana.

31.Fisiologia humana II:digestão e nutrição.

Digestão.

O sistema digestório humano.

Nutrição e saúde.

32.Fisiologia humana III: respiração,circulação e excreção.

Sistema respiratório.

Sistema cardiovascular.

Circulação linfática e mecanismos de defesa.

Seres humanos e a manutenção da temperatura interna.

Sistema urinário.

33.Fisiologia humana IV:controle hormonal e repdução.

Controle hormonal.

O ciclo menstrual.

Reprodução humana.

TERCEIRA SÉRIE

Organização dos seres vivos.

34.Genética: a primeira lei de Mendel.

O início da Genética.

O trabalho de Mendel e a primeira lei.

Heredogramas.

Cruzamento-teste.

Exemplo de monoibridismo.

Monoibridismo e modificações nas proporções fenotípicas.

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Mecanismos biológicos.

35.Polialelia.

Conceitos básicos.

Herança da cor da pelagem em coelhos.

Herança dos grupos sanguíneos do sistema ABO.

Transfusão de sangue.

36.A segunda lei de Mendel.

Mendel e a herança de dois caracteres.

Probabilidade e leis de Mendel.

37.Genética pós-Mendel.

Introdução.

Pleiotropia e interação gênica.

Vinculação ou ligação gênica.

Herança do sexo na espécie humana.

Herança ligada ao sexo e herança holândrica.

Herança influenciada pelo sexo.

Herança limitada ao sexo.

38.Biologia molecular do gene:síntese protéica e engenharia genética.

Introdução.

A síntese de proteínas.

Mutações no material genético.

Biotecnologia:engenharia genética.

Biodiversidade.

39.Evolução:conceito e evidências.

Introdução.

Evidências da evolução:descobrindo relações de parentesco.

Adaptação e teoria evolutiva.

Irradiação adaptativa e evolução convergente.

Potencial biótico e resistência do meio.

4l. Teoria sintética da evolução, especiação e genética de populações.

41.1 Introdução.

41.2 Teoria sintética da evolução.

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41.3 Genética de populações.

41.4 Especiação:o processo de formação de novas espécies.

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida.

42. Dinâmica das populações biológicas.

Características das populações.

Fatores que regulam o tamanho de populações biológicas.

Oscilações em populações naturais.

43. Fundamentos da Ecologia.

Conceitos básicos em Ecologia.

Cadeias e teias alimentares.

44. Energia e matéria nos ecossistemas.

Fluxo de energia e níveis tróficos.

Ciclos biogeoquímicos.

45. Relações ecológicas entre seres vivos.

Tipos de relação ecológica.

Relações intra-específicas.

Relações interespecíficas.

46. Sucessão ecológica e biomas.

Sucessão ecológica.

Fatores que afetam a evolução dos ecossistemas.

47. Conteúdos complementares

47.1 Agenda 21.

47.2 Cultura-Afro.

47.3 Educação Fiscal.

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5- AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo que precisa ser definido pela unidade escolar e, em especial, pelos

professores, que atuam diretamente com os alunos.

Muitos caminhos são apontados para que se proceda a avaliação dos alunos, mas somente o

professor poderá definir o caminho a ser trilhado.

A avaliação deve:

a) ser entendida como uma alavanca que impulsiona o êxito dos alunos e da escola como um todo.

Para tanto, deve ser contínua e evolutiva, o que dará ao professor subsídios para a percepção de

dificuldades e dos avanços dos alunos;

b) desenvolver-se paralelamente ao processo de construção do conhecimento;

c) ser considerada um instrumento para auxiliar a ação pedagógica;

d) servir para desencadear e interpretar comportamentos a serem observados.

Para dar conta desse papel, o professor pode avaliar, por exemplo:

. a postura do aluno diante dos problemas;

. os caminhos que o aluno percorre para solucionar esses problemas;

. as estratégias que utiliza para construir e sistematizar novos conhecimentos;

. a maneira como sintetiza os conhecimentos construídos;

. a forma como socializa seus conhecimentos;

. o que o aluno diz e como diz.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as práticas avaliativas

devem estar fundamentadas na diversidade e partir de diagnósticos para reconhecê-las e

valorizá-las, a fim de estabelecer diálogos pedagógicos mais reflexivos e de uma prática

diversificada também nos critérios e na organização didática das tarefas em que todos não sejam

obrigados a fazer as mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades muito específicas, um recurso viável a ser utilizado é

oferecer opções para situações pontuais, ou seja, material opcional pré-elaborados para as

necessidades particulares (na medida do possível). Sempre cuidando para que esses critérios ou

atividades permitam que cada estudante se encontre em condições propícias, seja qual forma for

o seu ritmo.

Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é quando nossa

Escola for promotora de todos é que realmente iremos sustentar a proposta de Educação

Inclusiva.

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6- REFERENCIAS:

DIRETRIZES CURRICULARES DO ENSINO DE BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO,

julho 2006.

PAULINO w. R. Biologia Coleção ,Editora Saraiva.

PAULINO W. R. BIOLOGIA , EDITORA ÁTICA.

SÕNIA L. e SÉRGIO R. BIOLOGIA, EDITORA SARAIVA.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

EDUCAÇÃO FÍSICA

ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA - EDUCAÇÃO FÍSICA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A educação Física no contexto escolar possui uma particularidade em relação aos demais

componentes curriculares. Trata-se de um componente que contribui para a formação do cidadão

com instrumentos e conhecimentos diferenciados daqueles chamados tradicionais no mundo

escolar. O conhecimento da Educação Física é socializado e apropriado sob manifestação de

conjunto de práticas, produzidas historicamente pela humanidade em suas relações sociais.

Portanto, trata-se de uma área de conhecimento que exige espaços e tempos diferenciados dos

espaços e dos tempos tradicionalmente tratados na escola, uma prática que exige ambiente físico

amplo, arejado, protegido do excesso de sol e da chuva, equipado com materiais apropriados, que

requer ajustes circunstanciais para o desenvolvimento dos temas específicos. Essa estrutura física

vai além dos muros da escola, com a disciplina interagindo com a comunidade escolar, podendo

explorar espaços para além dos espaços escolares, como ruas, rios, praias, praças públicas,

montanhas, etc.

O que se espera é que os alunos do ensino médio tenham a oportunidade de vivenciarem o

maior número de práticas corporais possíveis. Ao realizarem a construção e vivência coletiva

dessas práticas, estabelecem relações individuais e sociais, tendo como pano de fundo o corpo

em movimento. Assim, a idéia é de que os jovens adquiram maior autonomia na vivência, criação,

elaboração e organização dessas práticas corporais.

Espera-se, que os saberes da Educação física tratados no ensino médio possam preparar os

jovens para uma participação política mais efetiva no que se refere à organização dos espaços e

recursos públicos de prática de esporte, ginástica, dança, luta, jogos populares, entre outros.

Sendo que ao término do Ensino Médio o aluno possa com esses conhecimentos optar por

uma atividade física para uma melhor qualidade de vida.

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2- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

- Oportunizar a vivência das práticas corporais;

- Participação efetiva do educando no mundo do trabalho no que se refere à compreensão

do papel do corpo no mundo da produção, no que tange ao controle sobre o próprio

esforço e do direito ao repouso e ao lazer;

- Conhecer as práticas desportivas, não só como parte do currículo, mas como prática de

lazer e organização da comunidade nas manifestações, vivência e na produção de

cultura.

- Possuir iniciativa pessoal para criar, planejar ou buscar orientação para suas próprias

práticas corporais.

- Valorizar outras práticas corporais oriundas dos diversos grupos étnicos que constituem

a sociedade brasileira.

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3- CONTEÚDOS ANO/SÉRIE:

PRIMEIRA SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

1 ESPORTES – Origem e regras

1.1 Voleibol :

1.2 Handebol:

1.3 Futsal:

1.4 Basquetebol:

1.5 Atletismo

2 JOGOS

2.1 Ping-pong

2.2 Xadrez

3 LUTAS

3.1 Capoeira – origem, história

4 DANÇA

4.1 Folclórica - do Estado do Paraná – origem, história, transformações, ritmos, coreografia.

4.2 Moderna – funk – origem, história, transformação e evolução, ritmo.

4.3 Afro-brasileira

5 GINÁSTICA

5.1 Localizada

5.2 Academia

5.3 Artística

5.4 Geral

6 ELEMENTOS ARTICULADORES

6.1 A desportivização

6.2 Mídia

6.3 Saúde

6.3.1 Nutrição

6.3.2 Aspectos anato-fisiológicos da prática corporal

6.3.3 Lesões e primeiros socorros

6.3.4 Doping

6.4 O corpo

6.5 A tática e a técnica

6.6 O lazer

6.7 A diversidade

SEGUNDA SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

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1 ESPORTES – Origem, regras, histórico.

1.1-Voleibol:

1.2- Handebol:

1.3- Futsal:

1.4- Basquetebol:

1.5-Atletismo

2 - JOGOS

2.1 Ping-pong – origem, como jogar, regras básicas.

2.2 Xadrez – aprofundamento do jogo e jogadas.

2.3 Jogos intelectivos – origem, variações regionais do jogo (dama, trilha...).

3 - LUTAS

3.1 Tae ko dow – origem, histórico, propósito filosófico, evoluções através do tempo, contribuição

da mesma para o desenvolvimento do indivíduo.

4 - DANÇA

4.1 Folclórica – das regiões brasileiras – origem, história, transformações, ritmos, coreografia.

4.2 Moderna – Rap – origem, história, transformação e evolução, ritmo.

4.3 Afro – brasileira

5 - GINÁSTICA

5.1 Localizada

5.2 Academia

5.3 Artística

5.5 Geral

6 ELEMENTOS ARTICULADORES

6.8 A desportivização

6.9 Mídia

6.10Saúde

6.10.1Nutrição

6.10.2Aspectos anato-fisiológicos da prática corporal

6.10.3Lesões e primeiros socorros

6.10.4Doping

6.11O corpo

6.12A tática e a técnica

6.13O lazer

6.14A diversidade

TERCEIRA SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

1 - ESPORTES

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1.1 Voleibol:

1.2- Handebol:

1.3- Futsal:

1.4- Basquetebol:

1.5 Atletismo

2 - JOGOS

2.1 Ping-pong – regras complementares, pontuação e arbitragem.

2.2 Xadrez – conhecimento de súmula e relógio dentro do jogo propriamente dito.

2.4 Jogos intelectivos – origem, variações regionais do jogo (dama, trilha).

3 - LUTAS

3.1-Judô – origem, histórico, propósito filosófico, evoluções através do tempo, contribuição da

mesma para o desenvolvimento do indivíduo.

4 - DANÇA

4.1-Folclórica – tradicionais dos países do mercosul – origem, história, transformações, ritmos,

coreografia.

4.2- Moderna – danças de salão – origem, história, transformação e evolução, ritmo.

4.3- Afro-brasileira

7- GINÁSTICA

5.1- Localizada

5.2- Academia

5.3- Artística

5.4- Geral

6 ELEMENTOS ARTICULADORES

6.15A desportivização

6.16Mídia

6.17Saúde

6.17.1Nutrição

6.17.2Aspectos anato-fisiológicos da prática corporal

6.17.3Lesões e primeiros socorros

6.17.4Doping

6.18O corpo

6.19A tática e a técnica

6.20O lazer

6.21A diversidade

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4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Através da articulação pedagógica, que tem como provocadores de todo o processo e que

se desencadeia a partir das intenções educativas, os conteúdos de ginástica, esporte, jogos, lutas

e dança como saberes construídos pela humanidade podem ser palco de abordagem, entre

outros. Alem disso cada um desses conteúdos possui uma vinculação social com a realidade atual,

tal como a vinculação do esporte à indústria cultural. A dança por sua vez, também possui

vinculações étnicas, culturais e históricas, bem como relações de gênero a serem discutidas na

escola.

A Ginástica e as Lutas possuem a riqueza das influências dos vários povos e culturas que

construíram o Brasil. Estão ligadas a questões estéticas e às tradições da “boa condição Física”.

Carregam consigo o simbolismo da beleza corporal e o mito da longevidade, do corpo saudável e

dos rituais de passagem presentes na história e nos modos de vida dos vários grupos étnicos.

Os jogos carreiam as intenções lúdicas de cada prática corporal desenvolvida no campo das

transformações culturais. Quando se fala em possibilidades de práticas de lazer, em processo

criativo na escola ou em relações solidárias e diversidade cultural, os jogos, como conteúdo,

representam a possibilidade da singularidade, do algo descoberto, aquilo que representa a

identidade dos grupos.

Temas e conteúdos demandam ações pedagógicas que poderão ser contempladas com

pesquisas acerca das práticas comuns da comunidade e de práticas latentes, vivenciadas em

espaço, e com equipamentos específicos para cada modalidade.

A articulação dos conteúdos, envolvidos pelo tratamento pedagógico, dará condições de

fazer a Educação Física cumprir algumas de suas perspectivas em relação à formação dos alunos,

dentre elas a questão da autonomia sobre as práticas corporais, o acúmulo e a produção cultural

a partir dos conhecimentos construídos.

Para uma proposta de Inclusão e diversidade a metodologia não pode ser apoiada na

homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas, trabalhar em

torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que todos alcancem o domínio

básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser empregado mais tempo e recursos para

alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O importante é

que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento do estudante que sempre

possa obter algum proveito do que faça seja qual for o nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e dedicação dos

envolvidos na educação.

Enfim é preciso primar para que todos tenham um transcurso contínuo e progressivo neste

estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados efetivos de aprendizagem,

assegurando-lhes a possibilidade de participação plena na vida social em igualdade de condições.

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5- AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Educação Física tem conduzido os professores à reflexão,

ao estudo e ao aprofundamento, visando buscar novas formas de entendimento e compreensão

de seus significados no contexto escolar.

Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de Educação Física nesta proposta

curricular, objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção defendida e as práticas

avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem. Nesta perspectiva, a avaliação

deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o

conjunto das ações pedagógicas e não como um elemento externo a este processo.

De acordo com as especificidades da disciplina que Educação Física, a avaliação deve

conter critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de

ensino e aprendizagem, sendo contínua, identificando, dessa forma, os progressos do aluno

durante o ano letivo, levando-se em consideração o que preconiza a LDB 9394/96 pela chamada

avaliação formativa em comparação à avaliação tradicional, qual seja, somativa ou classificatória,

com vistas à diminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e mais

humana.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto professor quanto os alunos poderão revisitar o

processo desenvolvido até então para identificar lacunas no processo de ensino e aprendizagem,

bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades

constatadas. Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor estará

organizando e reorganizando o seu trabalho tendo no horizonte as diversas manifestações

corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas,

levando os alunos a refletirem e a se posicionarem criticamente com o intuito de construir uma

suposta relação com o mundo.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as práticas avaliativas

devem estar fundamentadas na diversidade e partir de diagnósticos para reconhecê-las e

valorizá-las a fim de estabelecer diálogos pedagógicos mais reflexivos e de uma prática

diversificada também nos critérios e na organização didática das tarefas em que todos não sejam

obrigados a fazer as mesmas coisas.

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6- REFERÊNCIAS

DIRETRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO.Versão preliminar

junho/2006 SEED

www.saudeemmovimento.com

Regras oficiais – Editora Sprint (vôlei, futsal, basquetebol, handebol, atletismo)

BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física;In: Caderno Cedes, ano XIX, n. 48, Agosto/99.

________Educação física e aprendizagem social. Porto Alegre. Magister, 1992.

BRUHNS, H. T. ° jogo nas diferentes perspectivas teóricas. In: Revista Motrivivência, Ano VIII, n.09, Dezembro/96.

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 2. ed. Campinas: Papirus, 1991.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo. Cortez, 1992.

CORDEIRO Jr, O. Proposta Teórico- metodológica do ensino do judô escolar a partir dos princípios da pedagogia crítico-superadora: uma construção possível. Goiás: UFG, 1999. Memórias de Licenciatura.

DAOLlO, J. . Educação Física e o conceito de cultura. Campinas. Autores Associados, 2004.

DARIDO, S. C. e RANGEL, I. C. A. Educação física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

ESCOBAR, M. O. Cultura Corporal na Escola: tarefas da educação física. In:Revista Motrivivência, nº 08, p. 91-100, Florianópolis: Ijuí, 1995.

FALCÃO, J. L. C. Capoeira. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3 ed.Ijuí: Ed. Unijuí, 2003 p. 55-94

FIAMONCINI, L; SARAIVA, M. do. Dança na escola a criação e a co-educação em pauta. In: KUNZ, E. Didática da Educação Física 1. 3 ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2003 p.95-120

FOUCAUL T, Michela. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. 30 ed. Trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987.

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas:Autores Associados, 2002

LlBÂNEO, J. C. Democratização da Escola Pública: a Pedagogia CríticoSocial dos Conteúdos. São Paulo' Loyola, 1985.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, ' 1995.

MARX, K. O Capital: Crítica da economia política. 18 ed. Trad. Reginaldo . Sant'Anna.. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.

MATOS, R. Dançar. pela chuvinha. In: www.correiodamanha.ptlnoticias.asp?idCanal=1 O&id= 149078. Acesso em maio/2006.

NOZAKI, H. T. Educação física e reordenamento, no mundo do trabalho: mediações da regulamentação da profissão. Tese de doutorado - Niterói: UFF, 2004. .

TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino de educação física na escola básica? Pensar a prática, Goiânia, 2:1-23, jun./jul. 1998.

SOARES, Carmem Lúcia. Educação física: raízes européias e Brasil. 2 ed.Campinas: Autores Associados, 2001.

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SOARES, Carmem Lúcia. Imagens do corpo "educado" : um olhar sobre a ginástica do século XIX. In. FERREIRA NETO, Amarílio (org)..Pesquisa Histórica na Educação Física. 1 ed. Vitória: 1997, v.2, p. 05-32.

SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica: Primeiras Aproximações. São Paulo:Cortez/Autores Associados, 1991.

___________Escola e Democracia. 32. ed. Campinas: Autores Associados, 1999.

VAZ, Alexandre Fernandes; PETERS, Leila Lira; LOSSO, Cristina Doneda.Identidade cultural e infância em uma experiência curricular integrada a partir do resgate das

brincadeiras açorianas. Revista da Educação Física UEM, Maringá, v. 13, n.1, p. 71-77,2002.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

FÍSICA

ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA- ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: FÍSICA

1- APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Física é a ciência básica da natureza, presente em todos os momentos da

nossa vida. Por exemplo: nos movimentos das pessoas e dos carros, nas batidas do coração que

bombeiam sangue pelas veias, no calor que aquece a água; no barulho de um motor; na luz de

um relâmpago, nas ondas que formam na superfície da água quando uma pedra é lançada nela;

lâmpada que se acende ao ligarmos o interruptor; no vazamento de radiação em uma usina

nuclear.

Um princípio que sempre norteou a Física e a Ciência como um todo foram os

avanços tecnológicos e temos inúmeros exemplos como: a união entre técnicos e cientistas para o

entendimento da ciência do calor, indispensável para melhorar a potência das máquinas térmicas

e busca por novas tecnologias de guerra, iniciada com o desenvolvimento da bomba atômica, o

lançamento do primeiro satélite artificial, o Sputnik, pela antiga União Soviética, etc.

Essa busca pela melhoria e avanços para a sociedade que começou a muitos

anos, continuará geração após geração e dessa forma, esta proposta busca construir em ensino

de Física centrado em conteúdos e metodologias capazes de levar aos estudantes uma reflexão

sobre o mundo das ciências sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da pura

racionalidade científica. Entende-se, então, que a Física deve educar para a cidadania,

contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da

produção científica ao longo da história e compreender a necessidade desta dimensão de

fenômenos que o cerca. Mas, também, que percebam a não neutralidade de sua produção, bem

como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência, sem comprometimento

e envolvimento com as estruturas que representam esses aspectos.

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2- OBJETIVOS GERAIS

- Contribuir para formação de uma cultura efetiva, permitindo ao indivíduo a interpretação

de fatos, fenômenos e processos naturais, redimensionando sua relação com a natureza em

transformação.

- Ajudar o estudante a compreender como a ciência através dos conteúdos da Física

contribui para a construção da sociedade em que estamos inseridos.

- Apresentar os fenômenos físicos de modo prático e vivencial, privilegiando a

interdisciplinaridade e a visão não fragmentada da ciência, a fim de que o ensino possa ser

articulado e dinâmico.

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3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Estudo dos Movimentos, Termodinâmica e Eletromagnetismo.

PRIMEIRA SÉRIE

Estudo dos MovimentosEntidades Fundamentais: Espaço, Tempo e Massa.

Conceitos Fundamentais: Inércia, Momentum de um corpo, a variação do Momentum e

suas Conseqüências.

Conteúdos Específicos

Quantidade de movimentos(momentum) e inércia, o papel da massa.

A conservação do momentum;

Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª lei de Newton – a idéia da força;

Conceito de Equilíbrio e 3ª lei de Newton;

Potência;

Movimentos retilíneos e curvilíneos;

Gravitação universal;

A energia e o princípio da conservação de energia;

Sistemas oscilatórios: movimentos periódicos, oscilações num sistema massa mola, ondulatória,

acústica;

Movimento dos Fluídos: propriedades físicas da matéria, estados de agregação, viscosidade dos

fluídos, comportamento de superfícies e interfaces, estrutura dos materiais;

Introdução a sistemas caóticos.

SEGUNDA SÉRIE

TermodinâmicaEntidades Fundamentais: Calor e entropia.

Conceitos Fundamentais: Temperatura e calos, reversibilidade e irreversibilidade dos fenômenos físicos, a conservação da energia.

Conteúdos Específicos

Temperatura e Calor;

Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, equilíbrio térmico, propriedades termométricas, medidas de temperatura;1ª Lei do Termo: idéia de calor como energia, sistemas termodinâmicos que realizam trabalho, a conservação da energia.2ª Lei da Termo: máquinas térmicas, a idéia de entropria, processos irreversíveis/

reversíveis;

3ª Lei da Termo: as hipóteses da sua formulação, o comportamento da matéria nas

proximidades do zero absoluto;

As idéias da termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e da

Mecânica Estatística. A quantização da energia no contexto da Termodinâmica.

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TERCEIRA SÉRIE

EletromagnetismoEntidades Fundamentais: Carga, pólos magnéticos e campos.

Conceitos Fundamentais: As quatro Leis de Maxwell, a luz como onda eletromagnética

Conteúdos Específicos

Conceitos de carga e pólos magnéticos;

As leis de Maxwell: Lei de Coulomb, Leis de Gaus, Lei de Faraday, Lei de Ampere e Lei

de Lenz.

Campo elétrico e magnético, as linhas de campo;

Força elétrica e Magnética, Força de Lorentz.

Circuitos elétricos e magnéticos: elementos do circuito, fontes de energia num circuito; As

ondas eletromagnéticas: a luz como onda eletromagnética; Propriedades da luz como

uma onda e como uma partícula: a dualidade onda-partícula; Óptica Física e Geométrica.

A dualidade da matéria;

As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria.

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4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A ciência surge na tentativa de decifrar os universos físicos, determinados pela necessidade

humana de resolver problemas práticos e necessidades matérias em determinada época, logo é

historia, constituindo-se em visão de mundo.

O fazer ciência está, em geral, associado a dois tipos de trabalhos um teórico e

um experimental. Em ambos o objetivo é estabelecer um modelo de representação da

natureza ou de um fenômeno. No teórico é feito um conjunto de hipóteses, acompanhados de

um formalismo matemático, cujo conjunto de equações devem permitir que se façam

previsões, podendo, às vezes, receber após de experimentos, onde se confrontam os dados

coletados com os previstos pela teoria.

Nesse fazer ciência, independência da instituição de pesquisa ou quem financia o

cientista ou pesquisador, ele é um ser humano que vive num determinado local, o qual, por sua

vez, é determinado por um contexto econômico, político, social e cultural. Logo, o conhecimento é

socialmente produzido uma vez que ele, o cientista, não o constrói sozinho. Entender a ciência

significa considerá-la na sociedade onde ela é produzida, a instituição de pesquisas que apóia e

sustenta, os avanços técnicos e científicos, pois isso muda em função dessa sociedade.

É importante que o ensino de Física não deixe de lado a Filosofia da Ciência, especialmente

aquela baseada na História, pois a Filosofia apresenta elementos para análise que nos permite

dialogar de forma mais enriquecedora com a natureza. Ela contribui para o repensar do ensino da

Física, o qual nos impõe uma reflexão a partir de suas múltiplas faces.

A Física deve contribuir para a formação dos sujeitos, porém através de conteúdos que

dêem conta do entendimento do objeto de estudo da Física, ou seja, a compreensão do universo,

a sua evolução, suas transformações e as interações que nele se apresentem.

O domínio da cultura científica constitui instrumento indispensável à participação política,

fato que somente poderá acontecer com conteúdos historicamente e socialmente constituídos, e

o mais próximo possível da produção científica.

Para uma proposta de Inclusão e diversidade a metodologia não pode ser apoiada na

homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas, trabalhar em

torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que todos alcancem o domínio

básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser empregado mais tempo e recursos para

alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O importante é

que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento do estudante que sempre

possa obter algum proveito do que faça seja qual for o nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e dedicação dos

envolvidos na educação.

Enfim, é preciso primar para que todos tenham um transcurso contínuo e progressivo neste

estabelecimento de Ensino, com a apresentação de resultados efetivos de aprendizagem,

assegurando-lhes a possibilidade de participação plena na vida social em igualdade de condições.

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5- AVALIAÇÃO

A avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos por esta diretriz. Ao

considerarmos importantes os aspectos históricos, conceituais e culturais, a evolução das idéias

em Física e a não neutralidade da ciência, nossa avaliação deve levar em conta o progresso do

estudante quanto a esses aspectos. Ainda, se o objetivo é garantir o objeto de estudo da Física,

então ao avaliar deve-se também considerar a apropriação desses objetos pelos estudantes.

Dessa forma, a avaliação deva ter um caráter diversificado, levando em consideração

todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade conta o conteúdo físico; a

capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva

a Física, como por exemplo, uma visita a um parque de ciência , dentre outros.

No entanto, a avaliação não pode ser utilizada para classificar os alunos com uma nota,

como tradicionalmente tem sido feita, com o objetivo de testar o aluno ou mesmo puni-lo, mas

sim de auxilia-lo na aprendizagem. Ou seja, avaliar só tem sentido quando utilizada como

instrumento para intervir no processo de aprendizagem dos estudantes, visando o seu

crescimento.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as práticas avaliativas

devem estar fundamentadas na diversidade e partir de diagnósticos para reconhecê-las e

valorizá-las a fim de estabelecer diálogos pedagógicos mais reflexivos e de uma prática

diversificada também nos critérios e na organização didática das tarefas em que todos não sejam

obrigados a fazer as mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades muito específicas, um recurso viável a ser utilizado é

oferecer opções para situações pontuais, ou seja, material opcional pré-elaborados para as

necessidades particulares (na medida do possível). Sempre cuidando para que esses critérios ou

atividades permitam que cada estudante se encontre em condições propícias, seja qual forma for

o seu ritmo.

Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é quando nossa

Escola for promotora de todos, é que realmente iremos sustentar a proposta de Educação

Inclusiva.

6- REFERENCIAS

- DIRETRIZES CURRICULARES DE FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO. Versão preliminar Junho/2006

SEED

- BONJORNO, Regina Azenha e outros. Física Completa Completa, Editora

FTD S.A. FÍSICA PARANÁ, Editora Ática, Djalma Nunes da Silva

-SECRETARIA ESPECIAL DE PRÁTICA E PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

GEOGRAFIA

ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

ÁREA DO CONHECIMENTO – GEOGRAFIA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A discussão acerca do ensino de Geografia inicia-se pelas reflexões epistemológicas do seu

objeto de estudo. Muitas foram as denominações propostas para esse objeto, hoje entendido

como o Espaço Geográfico e sua composição conceitual básica – lugar, paisagem, região,

território, natureza, sociedade, entre outros.

Na histórica tentativa de conceituar o objeto de estudo, de especificar os conceitos básicos

e de entender e agir sobre o espaço geográfico, os geógrafos de diferentes correntes de

pensamentos especializaram-se em seus estudos, percorreram caminhos e métodos de pesquisas

distintos e, em alguns momentos aprofundaram a dicotomia entre Geografia Física e Geografia

Humana.

Essa dicotomia permanece até hoje em alguns currículos universitários, assim como, em

algumas práticas escolares. Construção histórico do pensamento geográfico, com o qual os

professores de Geografia convivem pedagógica e teoricamente há muito tempo.

Nessa apresentação o Espaço Geográfico, entendido como o espaço produzido e apropriado

pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações sociais,

culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados.

Os objetos que interessam à Geografia não são apenas objetos móveis, mas também

imóveis, tal uma cidade, uma barragem, uma estrada de rodagem, um porto, uma floresta, uma

plantação, um lago, uma montanha. Tudo isso são objetos geográficos. Esses objetos são do

domínio tanto do que se chama a Geografia Física como do domínio do que se chama a Geografia

Humana e através da história desses objetos, isto é, da forma como foram essa Geografia Física e

essa Geografia Humana se encontram.

Assim, a espacialização dos conteúdos de ensino, bem como a explicação das localizações

relacionais dos eventos (objetos e ações ) em estudo, são próprios do olhar geográfico sobre a

realidade. Nesse sentido, algumas perguntas orientam o pensamento geográfico tais como:

Onde? Quando? Por quem? Por que aqui e não em outro lugar? Como é este lugar? Por que este

lugar é assim? Por que as coisas estão dispostas desta maneira? Qual o significado deste

ordenamento espacial? Quais as conseqüências deste ordenamento espacial?

Para responder aos questionamentos acima, de acordo com a concepção de Espaço

Geográfico adotado, torna-se necessário compreender as escolhas das localizações e as relações

políticas, sociais, culturais e econômicas que as orientam. Para tanto é preciso um referencial

teórico (conceitos geográficos) que sustente essa reflexão.

No desejo de uma sala de aula melhorada, esperamos que as atuais orientações legais e

teóricas, expressas em tantos documentos que estão chegando aos professores, criem os

espaços e os tempos apropriados para que as mudanças de pensares e práticas tomem vulto e

se concretizem em ações ampliadas, solidárias, pertinentes.

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Acreditamos que este é o tempo e o lugar para retomar e aprofundar o diálogo com nossos

colegas sobre o que, para nós, seja a geografia, seus limites e suas possibilidades, seus

descaminhos e suas perspectivas. É um momento propício para que sugestões e orientações

quanto a novas abordagens temáticas se representem, provocando o debate; e também para

recriar procedimentos e discutir nossas linguagens específicas, como o mapa, o trabalho de

campo e o livro de geografia.

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2- OBJETIVOS GERAIS

- Estimular as reflexões a respeito da Geografia e do seu ensino, problematizando a

abrangência dos conteúdos desse campo do conhecimento, necessária para compreensão

do espaço geográfico no atual período histórico crítico, que vincula o objeto da Geografia,

seus conceitos referenciais, conteúdos de ensino e abordagens metodológicas aos

determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais ao atual contexto histórico.

- Proporcionar aos estudantes, a compreensão geral do universo enfocando o planeta Terra

em todos os aspectos desde sua formação, evolução e dinâmica, seus movimentos e

fenômenos naturais.

- Permitir um conhecimento mais amplo no que diz respeito à posição geográfica, a geologia,

os tipos de clima e a influência da geopolítica. Entendendo a formação da nossa nação e

sua respectiva formação étnica.

- Compreender as mudanças ocorridas no espaço geográfico, identificando-as em seu

contexto histórico e estabelecendo entre elas uma relação temporal.

- Identificar as diversidades culturais e econômicas, analisando o papel que desempenham

nas diferentes nações existentes entre países desenvolvidos e não desenvolvidos.

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3- CONTEÚDOS

PRIMEIRA SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A Dimensão Econômica da Produção no Espaço Geográfico

Geopolítica

Dimensão Sócio ambiental

A Dinâmica Cultural Demográfica

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Economia Mundial: Agricultura antiga e atual, a industria, a divisão do trabalho e os

setores da economia: primária, secundária e terciária, dentro do espaço Urbano e Rural.

2. Blocos econômicos

3. Novos blocos e das novas relações de poder e o enfraquecimento do estado-nação.

4. 5-Apresentar os elementos para a localização das indústrias.

5. Medir os fatores positivos e negativos das indústrias.

6. Analisar as transformações que as indústrias exercem sobre o meio.

7. O relevo terrestre: o espaço natural do planeta.

8. Divisão atual do globo: A regionalização dos continentes e países, Evolução histórica da

regionalização.

9. Coordenadas geográficas: Localização na superfície terrestre.

10.Fusos Horários: Divisões do globo em fusos horários e localização dos mesmos.

11.Cartografia: Mapas ou representações cartográficas em várias escalas regionais e globais

12.Os tipos de climas: influencias regionais na latitude e longitude

13.Rede hidrográfica: uso da água no meio urbano, poluição dos rios.

14.Biosfera: Flora e Fauna e o meio Físico

15.Energia e o Meio ambiental: A questão ecológica dos vários ecossistemas regionais e

globais.

16.Dinâmica populacional: Etnias, migrações, culturas, economia e história.

17.A geografia do Paraná: contexto histórico, formação de etnias e a economia.

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CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

-Introdução a Cultura Afro, quanto a sua origem e história.

-Projeto – Agenda 21

-Educação Fiscal

SEGUNDA SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A Dimensão Econômica da Produção no Espaço Geográfico

Geopolítica

Dimensão Sócio ambiental

A Dinâmica Cultural Demográfica

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Nomear quais os problemas os problemas urbanos

2. Classificar os níveis dos problemas urbanos.

3. Indicar métodos para solucionar amenizar os problemas urbanos.

4. Nomear os problemas ambientais

5. Classificar o nível dos problemas ambientais com relação à preservação da natureza.

6. Compreender as relações entre preservação ou degradação da natureza em função das

organizações das cidades.

7. Posição geográfica, relevo, hidrografia e climas: Localização e extensão. A questão

Ambiental brasileira.

8. Nomear os tipos de fontes de energia.

9. Justificar os métodos de uso das fontes.

10. Estabelecer inter-relações entre as várias fontes de energia

11.Divisão política administrativa e geoeconômicas nas divisões estaduais, municipais e

distritos nos respectivos países.

12.A população: Movimentos migratórios, etnias, transporte.Energia, agropecuária e a questão

fundiária.

13. Formação dos blocos econômicos.

14.Justificar qual a função deles.

15.Compreender a formação de novos blocos e das novas relações de poder e o

enfraquecimento do estado-nação.

16.O Brasil na Globalização: População e regiões geoeconômicas.

17.Geografia do Paraná: O território e a regionalização, influência rural e urbana.

18.Os conflitos territoriais urbanos e rurais e a hierarquia da sociedade.

19.Movimentos migratórios e a ocupação urbana.

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CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

-Cultura Afro, localização e extensão do continente Africano.

-Projeto – Agenda 21.

-Educação Fiscal.

TERCEIRA SÉRIE

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A Dimensão Econômica da Produção no Espaço Geográfico

Geopolítica

Dimensão Sócio ambiental

A Dinâmica Cultural Demográfica

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. Economia e Geopolítica: relações ambientais e culturais, socioeconômicas locais, regionais,

nacionais e globais.

2. O panorama do mundo atual.

3. A Geografia dos conflitos: o homem e natureza.

4. As novas migrações internacionais e a xenofobia.

5. Nacionalismos – Minorias étnicas e separatismo.

6. Estados Unidos, potência mundial.

7. A regionalização e o estudo dos países em seus respectivos continentes.

8. Identificar as diferentes formas de uso deste recurso natural.

9. Justificar a problemática ambiental relativa à falta de água.

10.Realizar um debate sobre os impactos da atual sociedade sobre os recursos hídricos e

identificar possíveis medidas para reverter esse quadro.

11.Seriar os principais agentes formadores do clima.

12.Inter-relacionar os diferentes domínios climáticos e suas vegetações típicas.

13.Avaliar as mudanças climáticas, seus efeitos e as mudanças na paisagem.

14.A Demografia: distribuição e mobilidade demográfica, no mundo atual.

15.Abordagem Cultural.

16.Transformações políticas, econômicas e sociais após a 2ª Guerra Mundial.

17.Cidades: a urbanização da humanidade.

18.A busca pelo desenvolvimento sustentável

19.Apontar os diversos fatores que contribuíram para o surgimento das sociedades.

20.Classificar os diferentes modos de ocupação e exploração das áreas.

21.Interpretar a organização das sociedades segundo as economias locais e regionais.

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

-Cultura Afro, seus movimentos e influências atuais no mundo.

-Projeto- Agenda 21

-Educação Fiscal

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4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A discussão acerca do ensino de geografia inicia-se pelas reflexões epistemológicas do seu

objetivo de estudo. Muitas foram as denominações propostas para esse objeto, hoje entendido

como o espaço Geográfico e sua composição conceitual básica – lugar, paisagem, região,

território, natureza, sociedade, entre outros.

Na histórica tentativa de conceituar o objeto de estudo, de especificar os conceitos básicos

e de entender e agir sobre o espaço geográfico, os geógrafos de diferentes correntes de

pensamentos especializaram-se em seus estudos, percorreram caminhos e métodos de pesquisas

distintos e, com isso, evidenciaram e, em alguns momentos aprofundaram a dicotomia entre

Geografia Física e Geografia Humana.

A partir disso, o conceito adotado para o objeto de estudo das Geografia nessa proposta

curricular é Espaço Geográfico, entendido como o espaço produzido (LEFEBVRE, 1974) e

apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações (relações

sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados (SANTOS, 1996b). De acordo com

Santos:

Os objetos que interessam à Geografia não são apenas objetos móveis, mas também

imóveis, tal uma cidade, uma barragem, uma estrada de rodagem, um porto, uma floresta, uma

plantação, um lago, uma montanha. Tudo isso são objetos geográficos. Esses objetos são do

domínio tanto do que se chama a Geografia Física como do domínio do que se chama a Geografia

Humana e através da história desses objetos, isto é, da forma como foram produzidos e mudam,

essa Geografia Física e essa Geografia Humana se encontram. (1996b, p.599).

Propõe-se que os conteúdos geográficos sejam trabalhados de uma forma crítica e

dinâmica, mantendo coerência com os fundamentos teóricos aqui propostos. No exemplo abaixo

destaca-se que os conteúdos específicos são abordados a partir do enfoque de cada conteúdo

Estruturante e que esses enfoques perpassam uns aos outros, constantemente.

O conteúdo específico meio urbano pode e deve ser abordado nos quatro conteúdos

estruturantes. Os desenvolvimentos receberão, no momento da aula, as ênfases especificas de

cada conteúdo estruturante, porém, não acontecerá uma separação nas abordagens, pois na

realidade concreta as dimensões socioambiental, cultural, demográfica, econômica e geopolítica

do meio urbano não se separam, mas se intercruzam o tempo todo.

A aula de campo é, na escola, um rico encaminhamento metodológico para que o aluno

analise a área em estudo (urbano ou rural), diferenciando, por exemplo, paisagem de espaço

geográfico.

Para organizar uma aula de campo, o professor deverá delimitar previamente o trajeto, de

acordo com os objetivos a serem alcançados, e estabelecer os contatos com possíveis

entrevistados, quando for o caso. Feito isso, deverá mobilizar seus alunos para o trabalho,

explicando detalhadamente como será cada etapa e deixando claro quais os objetivos a serem

atingidos.

De qualquer forma, é necessário, ainda, trabalhar previamente, em sala de aula, aspectos

como o processo de ocupação e desenvolvimento da área visitada, bem como as relações que

estabelece com espaço mais amplo (escala geográfica).

Durante a visita a campo, sugerem-se alguns passos a serem seguidos, tais como:

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observação sistemática orientada; descrição, seleção, ordenação e organização de informações;

registro das informações de forma criativa (croquis, maquetes, desenho, produção de texto, fotos,

figuras, etc.).( SCHAFFER, in CASTROGIOVANNI, 1999).

No retorno à sala de aula, o professor deve problematizar os fenômenos observados pelos

alunos. Estes, por sua vez, devem buscar fontes que expliquem forma e função da paisagem da

área visitada e identificar as transformações que

A paisagem é percebida sensorialmente, empiricamente, mas não é o espaço, é, isto sim, a

materialização de um momento histórico. Por isso o tratamento pedagógico a ser dado ao

conceito de paisagem, na escola, deve ser o de “par dialético” do espaço geográfico, de

materialidade que não se auto-explica completamente.

O conceito de território foi ampliado e associado às relações de poder que vão da escala

micro (local) à macro (global).

O conceito de lugar ganhou destaque com a chamada Geografia Humanística que trouxe a

dimensão afetiva e subjetiva para os estudos a respeito do espaço.

Já os conceitos de sociedade e natureza enquanto par conceitual compõem o pensamento

geográfico e ultrapassam a condição de conceitos básicos da Geografia tornando-se categoria de

análise do espaço geográfico.

Considerando, então, que cada conceito geográfico se constitui em diferentes momentos

históricos e, em função das transformações sociais, e econômicas, que alteram maneiras e ritmos

de produzir e organizar o espaço, foram ressignificados várias vezes, é fundamental que se

explicite quais referenciais teóricos serão adotados.

Assim, para a formação de um aluno consciente das relações sócio-espaciais de seu tempo,

assume-se, nestas diretrizes o quadro conceitual das teorias criticas da Geografia, que

incorporam, em suas construções conceituais, os conflitos e as contradições sociais, econômicas,

culturais e políticas que constituem o espaço geográfico.

Ao pesquisar os aspectos históricos de uma paisagem e refletir sobre as ações que a

produzem, remodelam, e lhe conferem novos usos, ultrapassa-se o conceito de paisagem em

direção à construção do conceito de espaço geográfico.

A aula de campo abre, ainda, possibilidades de desenvolver múltiplas atividades práticas,

tais como consultas bibliográficas (livros e periódicos), análise de fotos antigas, interpretação de

mapas, entrevistas com moradores, elaboração de maquetes, murais etc. (NIDELCOFF, 1986).

Filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral (fotografias,

slides, charges, ilustrações) podem ser utilizados para a problematização dos conteúdos da

Geografia, desde que sejam explorados à luz de seus fundamentos teórico-conceituais. Para isso,

é preciso observar alguns critérios e cuidados para utilização desse tipo de recurso.

Deve-se evitar, por exemplo, o uso de filmes e programas de televisão apenas como

ilustração daquilo que o professor explicou ou que pretende explicar do conteúdo.

A partir da exibição de um filme, da observação de uma imagem (foto, ilustração, charge,

entre outros), deve iniciar-se uma pesquisa que se fundamente nas categorias de análise do

espaço geográfico e nos fundamentos teóricos conceituais da Geografia. O recurso áudio visual

assume, assim o papel que lhe cabe: problematizador, estimulador para pesquisas mais

aprofundadas sobre os assuntos que, provocadas pelo {fragmento de} filme assistido pode

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desvelar preconceitos e leituras rasas, ideológicas e estereotipadas sobre os lugares e povos.

Quanto ao uso de recursos áudio visuais como mobilização para a pesquisa deve levar o

aluno suspeitar das verdades anunciadas e das paisagens exibidas nas imagens. Essa suspeita

instigará a busca de outras fontes de pesquisa pra investigação das raízes históricas da

configuração sócio-espacial exibida, necessária para uma análise crítica da mesma.

(VASCONCELOS, 1993).

Quanto ao uso da cartografia nas aulas de Geografia, cabem algumas considerações

teóricas e metodológicas importantes. A cartografia tem sido utilizada, no ensino de Geografia,

para leitura e interpretação do espaço do espaço geográfico, porém como recurso didático teve

abordagens variadas em função da perspectiva teórico-metodológico assumida pelo professor.

Durante muito tempo, os mapas foram considerados um instrumento básico da geografia,

usados apenas para a localização e descrição dos fenômenos espaciais. Não havia no trabalho

metodológico cartográfico, a preocupação em explicar o ordenamento territorial da sociedade.

Essa perspectiva teórico-metodológica foi associada e identificada com a chamada Geografia

Tradicional.

Esta proposta sugere que os mapas e seus conteúdos sejam lidos pelos estudantes, como

texto que são passíveis de interpretação, problematização e análises críticas. Que jamais sejam

meros instrumentos de localização e análises críticas. Que jamais sejam meros instrumentos de

localização dos eventos e acidentes geográficos, pois ao final do Ensino Médio espera-se que os

alunos sejam capazes, por exemplo, de “correlacionar duas cartas simples, ler uma carta regional

simples, [...] saber levantar hipóteses reais sobre a origem de uma paisagem, analisar uma carta

temática que apresenta vários fenômenos, [º”. (SIMIELLI in CARLOS, 1999, p. 104).

Para uma proposta de Inclusão e diversidade a metodologia não pode ser apoiada na

homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas, trabalhar em

torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que todos alcancem o domínio

básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser empregado mais tempo e recursos para

alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O importante é

que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento do estudante que sempre

possa obter algum proveito do que faça seja qual for o nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e dedicação dos

envolvidos na educação.

Enfim é preciso primar para que todos tenham um transcurso contínuo e progressivo neste

estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados efetivos de aprendizagem,

assegurando-lhes a possibilidade de participação plena na vida social em igualdade de condições.

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5- AVALIAÇÃO

A avaliação é parte do processo de ensino-aprendizagem e, por isso, deve servir não

apenas para acompanhar a aprendizagem dos alunos, mas também o trabalho pedagógico do

professor.

É fundamental que a avaliação seja mais do que apenas para definir uma nota ou

estabelecer um conceito. É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o

processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional, determina a avaliação formativa, que é desenvolvida no

processo de ensino-aprendizagem e considera um avanço em relação à avaliação tradicional

somativa ou classificatória.

Desta perspectiva, a avaliação formativa deve ser diagnóstica e continuada, pois, dá

ênfase ao aprender. Considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem

diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta as dificuldades, possibilitando assim que a

intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo. Informa os sujeitos do processo (professor e

alunos), ajuda-os a refletir. Faz com que o professor procure caminhos para que todos os alunos

aprendam e participem mais das aulas, envolvendo-se realmente no processo de ensino e de

aprendizagem.

Não se trata, porém de excluir a avaliação formal somativa do sistema escolar, mas sim de

desenvolver as duas formas de avaliação, formativa e somativa, registradas de maneira

organizada e criteriosa, pois servem para diferentes finalidades.

Por isso, em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar

instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura

e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos,

tabelas e mapas, pesquisas bibliográficas, relatórios, de aulas de campo, apresentação de

seminários, construção e análise de maquetes, entre outros. Esses instrumentos devem ser

selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.

A partir dessas considerações sobre as formas de avaliação é preciso refletir sobre os

critérios que devem norteá-la. Em geografia, os principais critérios a serem observados na

avaliação são as formações dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações

sócio-espaciais. O professor deve observar, então, se os alunos compreendem e utilizam os

conceitos geográficos e as relações espaço-tempo e sociedade-natureza para a compreensão do

espaço nas diversas escalas geográficas.

Para isso o professor deve estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na

condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação pedagógica e

que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário aprofundamento teórico. Tal

prática requer um professor que, em primeiro lugar, compreenda a concepção de ensino de

Geografia na perspectiva crítica.

Finalmente, é necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem claros para os

alunos, como direito que tem de acompanhar todo o processo.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as práticas avaliativas

devem estar fundamentadas na diversidade e partir de diagnósticos para reconhecê-las e

valorizá-las a fim de estabelecer diálogos pedagógicos mais reflexivos e de uma prática

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diversificada também nos critérios e na organização didática das tarefas em que todos não sejam

obrigados a fazer as mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades muito específicas um recurso viável a ser utilizado é

oferecer opções para situações pontuais ou seja material opcional pré-elaborados para as

necessidades particulares (na medida do possível). Sempre cuidando para que esses critérios ou

atividades permitam que cada estudante se encontre em condições propícias, seja qual forma for

o seu ritmo.

Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é quando nossa

Escola for promotora de todos é que realmente iremos sustentar a proposta de Educação

Inclusiva.

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6- BIBLIOGRAFIA:

ALMEIDA, L.M. de Geografia – Novo Ensino Médio. São Paulo –Ática, 2005.

CAMARGO, J. B. de Geografia – Física, Humana e Econômica do Paraná. Maringá – Ideal

Gráfica, 2001.

MORAES A. C. R. Geografia – Pequena História Crítica. São Paulo – Hucitec, 1987.

SANTOS, M. Por Uma Geografia Nova. São Paulo – Hucitec 1986.

SIMIELLI, M. E. Geoatlas. Sao Paulo – Ática 2005.

REFERÊNCIA DE APOIO:

Diretrizes Curriculares de Geografia para Ensino Médio, Versão Preliminar Julho/2006. Secretaria

de estado e de Educação.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

HISTÓRIA

ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: HISTÓRIA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As diretrizes curriculares recusam uma concepção de história como verdade pronta e

definitiva, vinculada a uma determinada vertente do pensamento humano, sem diálogo com

outras vertentes, pois não se pode admitir que o ensino de história seja marcado pelo

dogmatismo e pela ortodoxia. Por outro lado, recusam-se também as produções historiográficas

que afirmam não existir objetividade possível em história, sendo, portanto, todas as afirmativas

igualmente válidas.

A história tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e às

relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às

mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já as relações humanas produzidas por estas

ações podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, de

pensar ou de raciocinar, de representar, de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social,

cultural e politicamente.

A investigação histórica pode detectar causalidades externas voltadas para descobertas de

relações humanas, e causalidades internas que buscam compreender/interpretar os sentidos que

os sujeitos atribuem ás suas ações.

Além disso, a produção do conhecimento histórico, realizada pelo historiador possui um

método específico, baseado na explicação e interpretação de fatos do passado. A

problematização, construída a partir dos documentos e da experiência do historiador, produz uma

narrativa histórica que tem como desafio contemplar a diversidade das experiências sociais,

culturais e políticas dos sujeitos e suas relações.

A finalidade da história é expressa no processo de produção do conhecimento humano sob

a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a interpretação dos sentidos do

pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão da provisoriedade deste conhecimento.

Esta provisoriedade não significa relativismo teórico, mas que, além de existirem várias

explicações e/ou interpretações para um determinado fato, algumas delas são mais válidas

historiograficamente do que outras. Esta validade é constituída pelo estado atual da ciência

histórica em relação ao seu objeto e a seu método. O conhecimento histórico possui formas

diferentes de explicar seu objeto de investigação, construídas a partir das experiências dos

sujeitos.

A história enquanto conhecimento passa, na virada dos séculos XX e XXI, por um conflito

entre as diferentes correntes historiográficas. Entretanto, este quadro não se caracteriza por uma

ruptura de paradigmas inconciliáveis, mas por novas configurações e construções que se

expressam por meio de contrapontos e consensos.

As concepções que marcam a produção historiográfica, a partir da adoção de referenciais

teóricos e de métodos, permitem a compreensão de que o conhecimento histórico possui

diferentes formas de explicar o seu objeto de investigação, constituídos nas experiências dos

sujeitos. Ao se apropriar dessas produções e concepções, o ensino de história contribui para a

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formação de uma consciência histórica crítica dos alunos, uma vez que o estudo das experiências

do passado, nessa perspectiva, permite formar pontos de vista históricos por negação aos tipos

tradicional e exemplar de consciência histórica. A ruptura com os modelos históricos que pautam

suas produções na linearidade temporal e na redução das interpretações a causas e

conseqüências, permite a ampliação das possibilidades de explicação e compreensão do fato

histórico.

Ao optar pelas contribuições das correntes historiográficas identificadas como Nova História

Cultural e Nova Esquerda Inglesa como referenciais teóricos das diretrizes curriculares de História,

objetiva-se propiciar aos alunos, ao longo da Educação Básica, a formação da consciência

histórica genética. Para que esse objetivo seja alcançado, a abordagem dos conteúdos, nessa

perspectiva, possibilita que o professor explore os novos métodos de produção do conhecimento

histórico e amplie as possibilidades: de recortes temporais, do conceito de documento, de sujeitos

e de suas experiências, de problematização em relação ao passado. Além disso, permite que o

aluno elabore conceitos que o permitam pensar historicamente, superando também a idéia de

história como algo dado, como verdade absoluta.

Para uma proposta de Inclusão e diversidade a metodologia não pode ser apoiada na

homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas, trabalhar em

torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que todos alcancem o domínio

básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser empregado mais tempo e recursos para

alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O importante é

que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento do estudante que sempre

possa obter algum proveito do que faça seja qual for o nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e dedicação dos

envolvidos na educação.

Enfim é preciso primar para que todos tenham um transcurso contínuo e progressivo neste

estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados efetivos de aprendizagem,

assegurando-lhes a possibilidade de participação plena na vida social em igualdade de condições.

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2-OBJETIVOS GERAIS

- Utilizar os conceitos básicos da História na interpretação da realidade, desenvolvendo o

conhecimento do mundo e das características das diferentes sociedades ao longo do tempo.

- Desenvolver o pensamento crítico na solução de situações que envolvam as relações

humanas.

- Reconhecer os diferentes agentes sociais e os contextos envolvidos na produção do

conhecimento histórico.

- Perceber os processos históricos como dinâmicos e não determinados por forças externas às

ações humanas.

- Compreender o passado como construção cognitiva que se baseia em registros deixados pela

humanidade e pela natureza.

- Reconhecer nas ações e nas relações humanas as permanências e as rupturas, as diferenças e

as semelhanças, os conflitos e as solidariedades, as igualdades e as desigualdades.

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3- CONTEÚDOS SÉRIE/ANO

Conteúdos Estruturantes para as três séries: Trabalho, Relações Culturais e Poder

PRIMEIRA SÉRIE

1- Trabalho

- Pré-História

- Antigas civilizações: Egito e Fenícia

- Antigas civilizações Ocidentais: Roma

- O mundo germânico

- Os árabes

- Feudalismo

- A empresa açucareira

- A escravidão

2- Relações Culturais

- Os bizantinos

- Herança Cultural da Idade Média

- O Renascimento cultural e científico

- As reformas religiosas

- História e cultura Afro-Brasileira e Africana

3- Poder:

- Roma

- Características Políticas do Feudalismo

- A igreja medieval

- As cruzadas

- O mercantilismo

- Os sistemas coloniais

- Invasões estrangeiras

- História do Paraná –Primeiros Exploradores e Colonização

SEGUNDA SÉRIE:

TRABALHO

- Ciclo da mineração

- A exploração das minas

- O liberalismo econômico

- A escravidão

- História do Paraná - Imigração.

RELAÇÕES CULTURAIS

- Transformação da vida colonial

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- Os movimentos sociais após a revolução Industrial

- O Iluminismo

- O Brasil se transformou após a vinda da família real

- Os movimentos sociais do século XIX

- O socialismo utópico

- História e Cultura Afro – Brasileira e Africana

PODER

- Crise do sistema colonial e revoltas coloniais

- O despotismo esclarecido

- Leis Intoleráveis

- Revolução Francesa

- As guerras napoleônicas

- Os movimentos emancipacionistas

- A Independência

- O primeiro reinado

- A unificação italiana e alemã

- A proclamação da República

- O imperialismo

- O período entre guerras

- História do Paraná - Emancipação Política.

TERCEIRA SÉRIE

TRABALHO

- Descolonização da Índia e da Ásia

- O ciclo da cafeicultura na 1ª República

- Agitação democrática e o Golpe Militar

- A discussão ideológica no Brasil contemporâneo

- História do Paraná – Urbanização e Industrialização.

RELAÇÕES CULTURAIS

- A cultura contemporânea

- História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

- A república da espada

- O domínio das oligarquias

- A era Vargas

- História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

PODER

- A Segunda Guerra Mundial

- A Guerra – Fria

- O populismo

- Ditadura Militar

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- O Socialismo de Cuba e da China

- O monopólio norte-americano / Guerras do Oriente

- História do Paraná – revolução Federalista e Revolta do Contestado.

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4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia proposta pela diretriz curricular do Ensino Médio tem como base a utilização

dos conteúdos estruturantes, os quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica e

os temas selecionados.

A problematização de situações relacionadas as dimensões econômico-social, política e

cultural leva a seleção de objetos históricos. Esses objetos são as ações e relações humanas no

tempo, ou seja, articulam-se aos conteúdos estruturantes propostos: as relações de trabalho, as

relações de poder e as relações culturais. Para abordar esses conteúdos estruturantes torna-se

necessário que se ponha recortes espaço-temporais e conceiturais à luz da historiografia de

referência. Estes recortes se constituem nos conteúdos específicos (tais como: conceitos,

acontecimentos, processos, entre outros) a serem estudados pelos alunos do Ensino Médio. O

professor ao elaborar o problema e selecionar o conteúdo estruturante que melhor responde a

problemática, constitui o tema E este se desdobra nos conteúdos específicos que fundamentam a

resposta para problemática.

Assim, esta proposta traz como encaminhamento metodológico que os conteúdos

estruturantes da disciplina de História sejam abordados através de temas, na compreensão de

que não é possível representar o passado em todo sua complexidade.

Segundo o historiador Ivo Mattozzi pode-se estabelecer uma metodologia para estudar um

tema observando três dimensões.

Primeiramente deve-se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se quer

representar do ponto de vista da historiografia. Em segundo lugar, delimitar o tema histórico em

um período bem definido demarcando referências temporais fixas e estabelecer uma separação

entre seu início e seu final. Por fim, os professores e alunos definem um espaço ou território de

observação do conteúdo tematizado. O que delimita esta demarcação espaço-temporal é a

historiografia específica escolhida e os documentos históricos disponíveis. Além dessas três

dimensões, faz-se necessário instituir um sentido a seleção temática realizada, o qual é dado

pela problematização.

O historiador Ivo Mattozzi, depois de selecionado o tema, o professor se utilizará de três

formas para construir uma narrativa histórica, sendo elas:

- Narração: uma forma de discurso na qual o professor e o aluno ordenam os fatos históricos

que se sucederam em um período de tempo. Esta reconstrução representa o processo

histórico relativo as mudanças e transformações por meio de acontecimentos que levem de

um contexto inicial a um final.

- Descrição: é a forma de representar um contexto histórico. Ela é utilizada para representar

as permanências que ocorrem entre diferentes contextos históricos. Esta descrição permite

também a utilização de narrações como exemplos ou provas da descrição do contexto

histórico abordado.

- Argumentação, explicação e problematização: A problematização fundamenta a explicação

e a argumentação histórica. Diante disso, a narrativa histórica é a construção uma resposta

para a problemática focalizada. A explicação é a busca das causas e origens de

determinadas ações e relações humanas e a argumentação é a resposta dada a

problemática, a qual é construída através da narração e da descrição.

Dentro dessa concepção, o uso de documentos em sala de aula proporciona a

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produção de conhecimento histórico quando usado como fonte na qual buscam-se

respostas para as problematizações anteriormente formuladas. Assim os documentos

permitem a criação de conceitos sobre o passado e o questionamento dos conceitos já

construídos.

As imagens, livros, jornais histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras, museus,

filmes, músicas, etc. são documentos que podem ser transformados em materiais didáticos de

grande valia na constituição do conhecimento histórico.

Os documentos acima citados podem ser utilizados de diferentes maneiras em sala de aula,

como : na elaboração de biografias, confecção de dossiê, representação de danças folclóricas,

exposição de objetos sobre o passado que esteja no alcance do aluno, com a descrição de cada

objeto exposto e o contexto em que os mesmos foram produzidos e estabelecer relações entre as

fontes.

A proposta de seleção de temas é também pautada em relações interdisciplinares

considerando que é na disciplina de história, que ocorre a articulação dos conceitos e

metodologias entre as diversas áreas do conhecimento. Assim, narrativas, imagens, sons, etc. de

outras disciplinas relacionadas devem ser tratadas como documentos a ser abordados

historiograficamente.

Para uma proposta de Inclusão e diversidade a metodologia não pode ser apoiada na

homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas, trabalhar em

torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que todos alcancem o domínio

básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser empregado mais tempo e recursos para

alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O importante é

que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento do estudante que sempre

possa obter algum proveito do que faça seja qual for o nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e dedicação dos

envolvidos na educação.

Enfim é preciso primar para que todos tenham um transcurso contínuo e progressivo neste

estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados efetivos de aprendizagem,

assegurando-lhes a possibilidade de participação plena na vida social em igualdade de condições.

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5- AVALIAÇÃO

O acompanhamento do processo-ensino-aprendizagem, tem como finalidade principal dar

uma resposta ao professor e ao aluno sobre o desenvolvimento desse processo e, assim, permite

refletir sobre o método de trabalho utilizado pelo professor, possibilitando o redimensionando

deste, caso seja necessário. A avaliação não deve ser realizada em momentos separados do

processo de ensino aprendizagem. O professor deve acompanhar o processo, percebendo o

quanto cada educando desenvolveu na apropriação do conhecimento histórico.

Propõe-se uma avaliação formal, processual, continuada e diagnóstica. A avaliação deve

estar contemplada no planejamento do professor e ser registrada de maneira formal e criteriosa.

Ao longo do Ensino Médio o aluno deverá entender que as relações de trabalho, de poder e

as relações culturais, as quais se articulam e constituem o processo histórico. E compreender que

o estudo do passado se realiza a partir de questionamentos feitos no presente por meio da análise

de diferentes documentos históricos.

O aluno deverá compreender como se encontram as relações de trabalho no mundo

contemporâneo, como estas se configuraram e como o mundo do trabalho se constitui em

diferentes períodos históricos, considerando os conflitos inerentes ás relações de trabalho.

No que diz respeito as relações de poder, o aluno deve compreender que estas encontram-

se em todos os espaços sociais e também deve identificar, localizar as arenas decisórias e os

mecanismos que as constituíram.

E ainda, quanto às relações culturais, o aluno deverá reconhecer a si e aos outros como

construtores de uma cultura comum, compreendendo a especificidade de cada sociedade e as

relações entre elas. O aluno deverá entender como se constituíram as experiências culturais dos

sujeitos ao longo do tempo e detectar as permanências e mudanças nas diversas tradições e

costumes sociais.

Para tanto, o professor deve utilizar-se de diferentes atividades como: leitura, interpretação

e análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos; produção de narrativas

históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de

seminários, entre outras.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as práticas avaliativas

devem estar fundamentadas na diversidade e partir de diagnósticos para reconhecê-las e

valorizá-las a fim de estabelecer diálogos pedagógicos mais reflexivos e de uma prática

diversificada também nos critérios e na organização didática das tarefas em que todos não sejam

obrigados a fazer as mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades muito específicas um recurso viável a ser utilizado é

oferecer opções para situações pontuais ou seja material opcional pré-elaborados para as

necessidades particulares (na medida do possível). Sempre cuidando para que esses critérios ou

atividades permitam que cada estudante se encontre em condições propícias, seja qual forma for

o seu ritmo.

Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é quando nossa

Escola for promotora de todos é que realmente iremos sustentar a proposta de Educação

Inclusiva.

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- REFERÊNCIAS:

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Currículo básico para a escola pública do

estado do Paraná. Curitiba:SEED, 1990.

DIRETRIZES CURRICULARES DE HISTÓRIA DO ENSINO MÉDIO, Julho 2006 SEED.

PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Restruturação do ensino de segundo grau

no Paraná: história/geografia.2 ed. Curitiba: SEED, 1993.

BARCA, Isabel. O Pensamento Histórico dos Jovens: idéias dos adolescentes acerca da

provisoriedade da explicação história. Braga: Universidade do Minho, 2000.

BARROS, José D’ Assunção. O campo da História: especialidades e abordagens. 2ª ed.Petrópolis:

Vozes, 2004.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

LÍNGUA PORTUGUESA

ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA – LÍNGUA PORTUGUESA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Todos que se colocam a trabalhar com a língua portuguesa percebem que a situação

está muito longe de ser a ideal, e isso vem decorrente da própria história, pois foi introduzida

como disciplina somente no final do século XIX, e o profissional desta área começou a receber

formação na década de 1930.

A identidade do povo brasileiro está intimamente relacionada à sua língua.

No período colonial houve uma mistura da língua portuguesa com a língua tupi

(língua falada em grande extensão da costa brasileira), pois os portugueses estavam afastados

das metrópoles e os colonos se achavam isolados e em contato constante com os índios. Neste

período não houve uma educação em moldes institucionais, mas sim voltada para a alfabetização,

determinada pelo caráter político, social e de organização e controle de classes. Quando foi

institucionalizada, as primeiras práticas pedagógicas adaptaram-se ao ensino do latim e

destinavam-se para os poucos que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada, e era

um ensino eloqüente, retórico, imitativo, elitista e ornamental, visando apontar para obediência à

fé, ao rei e à lei.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o ensino da

língua portuguesa em Portugal e não no Brasil. Em 1837, ela foi incluída no currículo sob as

formas das disciplinas de gramática, retórica e poética, esta incluía Literatura.Somente no século

XX, o conteúdo gramatical ganhou a denominação de português, e em 1871 foi criado o cargo de

Professor de Português.

Somente em meados do século XX, o ensino da língua portuguesa deixou de ser

elitisado, com isso se ampliou e passou a atender um maior número de pessoas, porém esse

aumento de vagas desencadeou outras necessidades, como também não pôde atender às

necessidades pedagógicas que surgiram. Junto a este contexto, o país estava passando por um

processo de industrialização e o ensino se voltou para o profissionalizante.

Durante a década de 1970 e até os primeiros anos da década de 1980, o ensino da

língua portuguesa pautava-se em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de

habilidades de leitura.

O contexto social brasileiro exigia um número maior de docentes e de forma rápida,

acarretando num despreparo por parte destes, que adotaram o livro didático como meio de

trabalho, o que trouxe como conseqüência a falta de autonomia da prática pedagógica,

desconsiderando o conhecimento do professor, seu senso crítico diante de um ensino

reprodutivista e de pedagogia de reprodução.

A partir dos anos 80, a dimensão tradicional de ensino da língua cedeu espaço a

novos paradigmas, envolvendo questões de uso, contextuais, valorizando o texto como unidade

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fundamental de análise. Houve um grande avanço dos estudos em torno da natureza sociológica

da linguagem, ou seja, a língua se constitui um espaço de interação entre sujeitos que se

constituem através dessa interação. Ela mesma, a língua, só se constitui pelo uso, ou seja,

movida pelos sujeitos que interagem. Essa concepção diverge das abordagens de cunho

formalista-estruturalista que enfocam o caráter normativo da língua. Essa atitude dá prioridade à

função referencial da linguagem em detrimento da função poética.

Desde que a preocupação com a formação dos professores emergiu no campo do

ensino, pôde-se observar um movimento que procurava se libertar do ensino normativo inicial.

Embora tenha ocorrido um avanço teórico considerável nas pesquisas acerca do ensino da língua,

com enfoque nas práticas discursivas, o que se percebe é que houve uma apropriação, por

grande parte dos professores, dos novos conceitos, sem que isso se refletisse na mudança de sua

prática. Sobre o ensino da literatura, vigorou, até meados do século XX, a predominância do

cânone. Para esse ensino, baseado na Antiguidade Clássica, o principal instrumento do trabalho

pedagógico eram as antologias literárias. Até as décadas de 1960-70, a leitura do texto literário,

no ensino primário e ginasial, tinha por finalidade transmitir a norma culta da língua, constituindo

base para exercícios gramaticais e estratégias para incutir valores religiosos, morais e cívicos.

Como tentativa de rompimento com essa prática, a abordagem do texto literário passa a centrar-

se numa análise literária simplificada, a partir de questionários sobre personagens principais e

secundários, tempo e espaço da narrativa.

A partir dos anos 70, o ensino de Literatura restringiu-se ao então 2º. Grau, com

abordagens estruturais ou historiográficas do texto literário. Nesse processo de ensino, cabia ao

professor a condução da análise literária e aos alunos a condição de meros ouvintes.

Os livros didáticos, em grande medida, tendem a priorizar determinados autores para

estudos diacrônicos, com base nos períodos literários, características, biografias, fragmentos de

textos, privando o aluno de uma efetiva prática de leitura do texto literário.

A partir dos anos 80, os estudos lingüísticos mobilizaram os professores para a

discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna e para a reflexão sobre o trabalho

realizado nas salas de aula, chegando-se a conclusão da necessidade de novos posicionamentos

em relação às práticas de ensino e envolvimento direto dos professores na construção de

alternativas.

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2- OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

- Garantir a todos estudantes o domínio das práticas sócio-verbais que são indispensáveis à

vida cidadã e que transcendem os limites das vivências cotidianas informais;

- ter o domínio amplo da leitura, da escrita e da fala em situações formais, quanto do

desenvolvimento de uma compreensão da própria realidade da linguagem nas suas dimensões

sociais, históricas e estruturais;

- admitir a linguagem como um conjunto de práticas sociointeracionais, garantindo um

tratamento pedagógico à leitura, à escrita e à oralidade, sendo concebidas como atividades

sociais significativas entre sujeitos históricos, realizadas sob condições concretas;

- fazer uso da linguagem oral de maneira que o sujeito seja capaz de empregá-la em

diferentes situações, sabendo adequá-la a cada contexto e interagir com diferentes

interlocutores, bem como, conseguindo posicionar-se diante destas situações de forma segura e

fluente;

- familiarizar-se com diferentes tipos de textos, oriundos das mais variadas

práticas sociais, de forma a ter uma recepção crítica, reagindo a este, dando-lhe uma resposta;

- empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a

cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do

cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

- desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por

meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado,

os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;

- refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e

tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

- aprimorar, pelo contato com os texto literários, a capacidade de pensamento crítico e a

sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a constituição de um espaço

dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da

escrita.

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3- CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Discurso – Prática Social – Leitura – oralidade e Escrita.

PRIMEIRA SÉRIE

CONTEÚDO

Leitura

- Crônicas;

- Contos sobre os mais variados temas incluindo cultura afro e agenda 21 e Educação Fiscal;

- Narrativas longas e curtas;

- Textos diversificados (poéticos, científicos, bíblicos, jornalísticos, informativos, literários,

publicitários, entre outros), privilegiando a mistura de gêneros, os intertextos e os textos que

apontam para outro).

Escrita

- Enumeração;

- Classes de palavras;

- Pontuação;

- Tipos de discurso;

- Ortografia;

- Aspecto estrutural da poesia;

- Figuras de linguagem;

- Linguagem figurada;

- Tipos de linguagens;

- Normas da língua;

- Variações lingüísticas;

- Interpretações de texto;

- Produção de texto.

- Análise de textos que se referem implícita ou explicitamente a outro texto, notando-se a mistura

de gêneros;

Oralidade

- Leituras lúdicas;

- Crônicas em letras de música;

- Poemas;

- Haicai;

- Fábulas;

- Textos científicos, reportagens, artigos;

- Leitura de textos diversos quanto à estrutura, mas que abordam o mesmo tema.

SEGUNDA SÉRIE

Leitura

- Textos informativos: notícia, reportagem, entrevistas;

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- Da notícia à ficção;

- Reportagem com infográfico;

- Narrativas longas: romances;

- Principais elementos da narrativa;

- Crônicas;

- Agenda 21;

-Cultura afro-brasileira- Educação fiscal

Escrita

- Estruturação do texto jornalístico;

- Fonologia: pontuação, acentuação, aspectos gráficos;

- Morfologia: pronomes, verbos, estrutura e formação das palavras, substantivo, adjetivo, artigo,

numerais;

- Sintaxe: concordância nominal e verbal, passiva sintética e analítica, sentenças coordenadas,

substantivas e complexas;

- Produção de texto: em prosa, poema, jornalístico, resumo, conto.

Oralidade

- Lendo a imprensa criticamente;

- Pausa poética;

- Leitura de classificados poéticos;

- Plano de leitura de narrativas longas;

- “Deslocamento” do texto jornalístico para o poético;

- Textos que abordam temas afro-brasileiros;

- Cultura indígena;

- Questão ambiental;

- Poesia.

TERCEIRA SÉRIE

Leitura

- Tema abordado por vários tipos de textos.

Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada, primeiramente, em função da adequação do

discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca

informal de idéias, numa entrevista, numa

- Textos de opinião e editoriais;

- Ponto de vista e argumentação;- Texto publicitário e sua linguagem;

- Literatura brasileira, período colonial e autores; Romantismo e autores; Realismo e autores;

Parnasianismo e autores; Simbolismo e Naturalismo e autores; Semana da Arte Moderna,

Modernismo e literatura Contemporânea e autores;

- Literatura em Portugal;

- Do Renascimento ao Romantismo e autores;

- Realismo, Simbolismo, Modernismo e autores;

- Literatura africana, autores e obras;

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Escrita

- Interpretação dos textos;

- Produzir texto com o tema “cidade” ou outro que julgar melhor;

- Produção de carta do leitor;

- Bilhete;

- Pronomes

- Uso do infinitivo;

- Crase;

- Uso do hífen e parênteses;

- Dissertação;

- Acentuação, pontuação e resumo;

- Produção de texto de editorial.

ORALIDADE- Contação de histórias;

- Poemas;

- Texto teatral;

- Análise dos meios de comunicação;

- Texto não-verbal e gráficos;

- Contos;

- Crônicas;

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4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O papel dos professores de Língua Portuguesa e Literatura é o de garantir aos

estudantes o aprimoramento do domínio discursivo no âmbito da oralidade, da leitura e da

escrita, de modo a permitir que compreendam e interfiram nas relações de poder com seus

próprios pontos de vista, bem como, permitam a emancipação e a autonomia em relação ao

pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social. O professor deve

ainda estabelecer parceria real em sala de aula, dar voz aos alunos, escutar o que eles têm a

dizer, em experiências de uso concreto da língua.

Fundamentar a metodologia do trabalho pedagógico com a Língua Materna na

natureza social do discurso e da própria língua significa compreender que são os produtos das

ações com a linguagem que constituem os objetos de ensino.

Nessa perspectiva, é a partir das experiências dos estudantes que a Língua se

transforma em objeto de reflexão, tendo em vista o resultado de sua produção oral ou escrita ou

de sua leitura. Trabalhando dessa forma, o professor valoriza os alunos enquanto sujeitos da

linguagem, os quais selecionam os recursos mais coerentes para interpretar, não caso da leitura,

e para significar, quando produzem seu texto oral ou escrito.

NA ORALIDADE

As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas e nos apontam

diferentes caminhos: debates, discussões, seminários. transmissão de informações, de troca

de opiniões, de defesa de ponto de vista (argumentação), contação de histórias, declamação

de poemas, representação teatral, relatos de experiência, entrevistas, etc. Além disso,

podemos analisar a linguagem em uso: em programas televisivos, como jornais, novelas,

propagandas; em programas radiofônicos; no discurso do poder em suas diferentes

instâncias; no discurso público; no discurso privado, enfim, nas mais diversas realizações do

discurso oral: No que concerne à literatura oral, cabe considerar a potência dos textos

literários como Arte, produzindo a necessidade de considerar seus estatutos, sua dimensão

estética e suas forças políticas particulares.

NA LEITURA

As atividades de leitura devem consideram a formação do leitor e isso implica não só

diferentes leitura do mundo, diferentes experiências de vida e, conseqüentemente,

diferentes leituras, mas também o diálogo dos estudantes com o texto e não sobre o texto,

dirigido pelo professor.

A formação de leitores contará com atividades que contemplem as linhas que tecem a

leitura, que Yunes (1995) aponta como sendo:

•Memória: o ato de ler, quando pede a atitude responsiva do leitor, suscita suas

memórias, que guardam seus sonhos, suas opiniões, sua visão de mundo. O ato de ler

convoca o leitor ao ato de pensar;

•Intersubjetividade: o ato .de leitura é interação não apenas do leitor com o texto, mas

com as vozes presentes nos textos, marcas do uso que os falantes fazem da língua,

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discursos que atravessam os textos e os leitores;

Interpretação: a leitura não acontece no vazio. O encontro de subjetividades e

memórias resulta na interpretação. As perguntas de interpretação de textos, que

tradicionalmente dirigimos aos alunos,· buscam desvendar um possível mistério do texto e

esquecem do mistério do leitor.

Fruição: a fruição do ato de ler não se esgota ao final da leitura e das

sensações. Ela permanece. E nisso ela difere do prazer que se esgota

rapidamente. Ela decorre de "uma percepção mista de necessidade e prazer

( ... )".(YUNES, 1995, P. 194)

Intertextualidade: o ato de ler envolve resposta a muitos textos, em

diferentes linguagens, que antes do ato de leitura permeiam o mundo e criam

uma rede de referências e recriações: palavras, sons, cores, imagens, versos,

ritmos, títulos, gestos, vozes, etc. No ato de ler enquanto conhecimento de

mundo, a memória recupera intertextualidades.

Além disso, o trabalho com a leitura demanda atividades que percebam a

incompletude dos textos, os vazios que eles apresentam implícitos, pressupostos,

subentendidos - que devem ser preenchidos pelo leitor.

NA ESCRITA

O exercício da escrita, da produção textual, deve levar em conta a relação pragmática

entre o uso e o aprendizado da língua, percebendo o texto come, elo de interação social e os

gêneros como construções coletivas. O que se sugere, sobretudo, é a noção de uma escrita

como formadora de subjetividades. O desvelamento das relações de poder no discurso, ,já

apontada na prática da leitura, potencializa, agora, na escrita, a possibilidade de resistência

aos valores prescritos socialmente. Esses valores afastam a linguagem escrita do universo

de vida dos usuários, como se ela fosse um processo à parte, externo aos falantes, que,

nessa perspectiva, não constroem a língua, mas apenas aprendem o que os outros criaram.

LAJOLO (1982, p.60) defende que "as atividades que visem à produção de texto sejam

(também) fundadas numa concepção que privilegie não o texto redigido, mas o ato de

redigir". Escrita é, antes de tudo, ação, experiência.

NA LITERATURA

Uma nova perspectiva de trabalho com o texto literário seria o que poderíamos

chamar de método rizomático. Um professor de Literatura, para operar na perspectiva rizomática,

será um contínuo leitor, capaz ele mesmo de selecionar os textos que trabalhará com os seus

alunos. Ele estabelecerá, como critérios para a seleção desses textos, não a linearidade da

historiografia literária, nem a adaptabilidade do texto ou tema. à linguagem dos alunos,

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subestimando suas capacidades cognitivas, nem levará em conta a facilidade do texto, mas,

fundamentado no seu percurso de leitura, levará aos estudantes textos com maior possibilidades

de relações dentro do rizoma. O professor estimulará as conexões entre “um ponto e outro”, a

serem realizadas pelos alunos, e estabelecerá, ele mesmo, suas conexões a partir dos textos

apresentados pelos alunos, produzidos por eles ou não. Ao trabalhar com os textos selecionados

por ele mesmo, o professor estimulará as relações dos textos escolhidos com o contexto presente.

Terá sempre em vista o presente da leitura - há quem diga que ler um texto é escrevê-Io, que a

escritura de um texto só se concretiza no instante da leitura - e as múltiplas possibilidades de

construção do significado a partir desse instante que carrega em si alguma magia.

Para uma proposta de inclusão e diversidade, a metodologia não pode ser apoiada na

homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo. Diversificar estratégias e

ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas, trabalhar em torno de projetos adequados às

possibilidades de cada um. Para que todos alcancem o domínio básico em grau aceitável,

necessariamente deverá ser empregado mais tempo e recursos para alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O importante é

que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento do estudante que sempre

possa obter algum proveito do que faça seja qual for o nível de competência do qual parta. A

efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e dedicação dos envolvidos na

educação.

Enfim é preciso primar para que “todos tenham um transcurso contínuo e progressivo

neste estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados efetivos de aprendizagem,

assegurando-lhes a possibilidade de participação plena na vida social em igualdade de condições.

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5- AVALIAÇÃO

Quando se reconhece a linguagem como um processo dialógico, discursivo, a avaliação

precisa ser analisada sob novos parâmetros, precisa dar ao professor

pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando para aprimorar sua capacidade lingüística

e discursiva em práticas de oralidade, leitura e escrita.

Nessa concepção, a avaliação formativa, que considera ritmos e processos de

aprendizagens diferentes nos estudantes e, na sua condição de contínua e diagnóstica, aponta

as dificuldades, possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a tempo, informando os

sujeitos do processo (professor e alunos), ajudando-os a refletirem e tomarem decisões.

contação de história, as exigências de adequação da fala são diferentes, e isso deve ser

considerado numa análise da produção oral dos estudantes. Mas é necessário, também, que o

aluno se posicione como avaliador de textos orais com os quais convive (noticiários, discursos

políticos, programas televisivos, etc.) e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em

vista o resultado esperado.

A avaliação da leitura deve considerar as estratégias que os estudantes empregaram no

decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído para o texto, sua reflexão

e sua resposta ao texto. Não é demais lembrar que essa avaliação precisa considerar as

diferenças de leituras de mundo e repertório de experiências dos alunos.

Em relação à escrita, retomamos o que já se disse: o que determina a adequação do texto

escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o

texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o

aluno precisa, também aqui, posicionar-se como avaliador tanto dos textos que o rodeiam

quanto de seu próprio texto.

O posicionamento do aluno como avaliador de seus textos orais e escritos é essencial

para que ele adquira autonomia. É necessário que o professor perceba a dimensão deste

posicionamento.

A avaliação será conduzida tendo em vista a aprendizagem de cada um dos alunos dentro de

suas especificidades dentro de um produto pré-estabelecido, tendo como pressuposto a

capacidade de cada aluno em desenvolver suas habilidades ao longo do processo escolar.

A avaliação será diagnóstica, somativa, qualitativa, formativa, continua, permanente,

cumulativa, levando em consideração as atividades desenvolvidas, a capacidade de síntese e a

elaboração pessoal sobre a memorização.

A função diagnóstica deve ser usada como subsídio para visão do processo ensino-

aprendizagem como instrumento de diagnóstico do próprio trabalho, valorizando os

conhecimentos dos alunos.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as práticas avaliativas

devem estar fundamentadas na diversidade e partir de diagnósticos para reconhecê-las e

valoriza-las a fim de estabelecer diálogos pedagógicos mais reflexivos e de uma prática

diversificada também nos critérios e na organização didática das tarefas em que todos não sejam

obrigados a fazer as mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades muito específicas um recurso viável a ser utilizado é

oferecer opções para situações pontuais ou seja material opcional pré-elaborados para as

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necessidades particulares (na medida do possível). Sempre cuidando para que esses critérios ou

atividades permita que cada estudante se encontre em condições propícias, seja qual for o seu

ritmo.

Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é quando nossa

Escola for promotora de todos é que realmente iremos sustentar a proposta de Educação

Inclusiva.

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6- REFERÊNCIAS:

Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Médio, Julho 2006 SEED

BAGNO, Marcos. A norma oculta – Língua e poder na sociedade. São Paulo:

Parábola, 2003.

ESTADO DO PARANÁ. Currículo Básico para a escola pública do estado do

Paraná. Curitiba, 1990., pp. 50-82.

FARACO, Carlos Alberto. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua

organização. In. KUENZER,Acácia.(org.) Ensino Médio – Construindo uma

proposta para os que vivem do trabalho. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

MATEMÁTICA

ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA-ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA: MATEMÁTICA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Quando analisamos historicamente o desenvolvimento científico, podemos perceber que

no constante processo de intervenção intencional na realidade por parte do homem, a fim de

assegurar sua existência, encontramos uma clara relação entre os diferentes modos de produção

da sociedade e a ciência produzida a partir desses modos de produção. A Ciência constitui-se,

então, como uma das principais atividades de intervenção na realidade. Essa ação intencional do

homem sobre a realidade, que tem raízes na atividade prática, proporciona a elaboração de

construções mentais que podem antecipar novas atividades, numa relação dialética entre o

concreto e o abstrato.

A relação entre concreto e abstrato, acompanha o desenvolvimento da Matemática ao

longo de toda sua história, na medida em que “aparecem sucessivamente períodos em que o

trabalho matemático inspira-se diretamente na experiência sensível e períodos onde as noções,

os resultados mal-estruturados da fase anterior são sistematizados e generalizados, de forma

aparentemente abstrata”. (MACHADO, 1994, p.11).

Nesse sentido, um breve olhar para a história da Matemática nos mostra que, após um

período de utilização prática com os egípcios e os babilônios, surge uma fase de grande

sistematização na Grécia, que atinge seu auge com os Elementos de Euclides, no século III a.C. A

esse período de pujança grega, segue-se outro, com os Hindus e Árabes que, sem trabalhar de

forma axiomática como os gregos, desenvolveram interessantes resultados, em especial na

Álgebra. Somente no século XV, com Descartes, Leibniz e Newton entre outros, é que surge um

novo período de sistematização que estimula, no século XVIII, uma fase de grande progresso

científico até a primeira metade do século XIX, quando o grande acúmulo de resultados práticos

leva a uma nova etapa de sistematização e, principalmente, de crítica dos fundamentos. É nesse

período que surgem as primeiras sistematizações das geometrias não euclidianas, com

Lobachevsky e Riemann, que ganharam destaque por terem sido utilizadas pela Teoria da

Relatividade de Einstein na interpretação do universo.

A despeito da histórica dicotomia entre o abstrato e o concreto, o sucesso excessivo dos

valores formais, inspirou os matemáticos desse período a apresentarem a Matemática com

caráter de definitiva, como se só então tivesse encontrado seu significado.

Encontramos essa concepção formalista de matemática ainda presente nos dias de hoje

e, em que pese alguns movimentos no sentido de dar novos rumos à mesma, podemos afirmar

que tal concepção foi, e ainda é, determinante na prática pedagógica adotada pelos

professores no ensino dessa disciplina.

Ou seja, nosso interesse em analisar alguns modos de conceber o ensino da Matemática

no Brasil ao longo da história, se justifica na medida em que a maneira como vemos a

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Matemática influencia de maneira determinante o modo como a ensinamos, especialmente se

considerarmos que nossas concepções são construídas em nossa prática pedagógica, a partir

de determinantes sócio-políticos e ideológicos, pois,

(...) a escola cumpre funções que lhe são dadas pela sociedade que, por sua vez,

apresenta-se constituídas por classes sociais com interesses antagônicos (...). Fica claro,

portanto, que o modo como os professores realizam seu trabalho, selecionam e organizam

os conteúdos escolares, ou escolhem as técnicas de ensino e avaliação, tem a ver com

pressupostos teórico-metodológicos, explícita ou implicitamente. (LIBÂNEO apud

FIORENTINI, 1995, P.4).

Assim, temos que, até o final da década de 50, predominava a chamada Matemática

Clássica, caracterizada por uma ênfase ao modelo euclidiano, com o ensino expositivo, centrado

no professor. Ao aluno cabia apenas copiar, repetir, memorizar e devolver, nos momentos de

avaliação, aquilo que tinha recebido anteriormente do professor. Ainda durante esse período, a

Matemática Clássica sofre oposição da chamada Pedagogia Ativa, onde o aluno passa a ser o

centro da aprendizagem. No entanto, da mesma forma que a Matemática Clássica, essa tendência

continua a considerar que as idéias matemáticas são obtidas através da descoberta. Entretanto,

enquanto para a primeira, a descoberta se dava num mundo ideal, platônico, para essa, é no

mundo em que vivemos que as descobertas acontecem. Essa tendência, além de auxiliar na

unificação da Matemática como disciplina, contribuiu com as diretrizes do ensino de Matemática

na Reforma Francisco Campos.

Com uma grande mobilização após 1950, promovida por vários congressos de ensino da

Matemática, o Brasil adere ao movimento internacional de reforma do currículo escolar que ficou

conhecido como Movimento da Matemática Moderna nos anos 50 e 60. É preciso ter claro que

esse movimento se deu em nível internacional em função da expansão industrial impulsionada

pela necessidade de reconstrução pós-guerra, ou seja, a reforma do ensino da Matemática surge

para atender a uma política de formação a serviço da modernização econômica.

Epistemologicamente, o movimento promove o retorno ao formalismo matemático, enfatizando o

uso preciso da linguagem matemática, o rigor e os aspectos estruturais e lógicos da mesma. De

um modo geral o ensino volta a centrar-se no professor, de forma autoritária, através de

exposições e demonstrações, cabendo aos alunos a mera reprodução do que foi exposto pelo

mesmo. A diferença entre o formalismo promovido pela Matemática Clássica, e o promovido pela

Matemática Moderna, está no fato de que enquanto aquele enfatizava o encadeamento lógico do

raciocínio matemático, este procura os desdobramentos lógico-estruturais das idéias da

matemática.

Com o golpe de 64, apesar das resistências, a escola acaba assumindo uma função

primordial na manutenção do regime militar, adaptando o aluno à sociedade, tornando-o útil ao

sistema. A tendência tecnicista, implantada com a reforma pela lei 5692/71, surge então com

ênfase nas tecnologias do ensino, fundamentadas psicologicamente no Behaviorismo. Tirando o

centro do processo de ensino-aprendizagem do professor e do aluno e focando-o nos objetivos

instrucionais e nas técnicas de ensino, a tendência tecnicista tem como finalidade do ensino da

Matemática, o desenvolvimento de habilidades computacionais, bem como de resoluções de

exercícios ou de problemas-padrão.

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Em oposição à tendência tecnicista, surge o construtivismo, a partir da epistemologia

genética de Piageti e que passa a influenciar fortemente o ensino de Matemática. Para essa

tendência, o conhecimento matemático resulta de uma ação interativa e reflexiva do homem com

o meio em que vive, ou seja, para o construtivismo a Matemática é uma construção humana. Por

isso, o importante para essa concepção é o processo e não o produto do conhecimento.

O fracasso da Matemática Moderna, aliado às dificuldades de aprendizagem da Matemática

por alunos das classes economicamente menos favorecidas, impulsiona o aparecimento da

tendência sócio - etnocultural, apoiada em Paulo Freire e que tem como ícone na Educação

Matemática o professor Ubiratan D’Ambrosio, idealizador do que veio a ser conhecido como

etnomatemática. Para essa tendência, o conhecimento matemático é considerado um saber

prático, produzido histórico-culturalmente nas práticas sociais, tendo como ponto de partida os

problemas da realidade, utilizando-se da Modelagem Matemática e da relação dialógica entre

professor e aluno, na solução da problematização inicialmente proposta. Devido a esse caráter,

surge como uma possibilidade de transformação da realidade e da libertação dos oprimidos e

marginalizados sócio-culturalmente. A década de 90 é marcada pelas discussões em torno da

tendência histórico-crítica que considera a Matemática como,

(...) um saber vivo, dinâmico e que, historicamente, vem sendo construído,

atendendo a estímulos externos (necessidades sociais) e internos (necessidades teóricas de

ampliação dos conceitos). Esse processo de construção foi longo e tortuoso. É obra de

várias culturas e de milhares de homens que, movidos pelas necessidades concretas,

construíram coletivamente a Matemática que conhecemos hoje. (FIORENTINI, 1995, p.31)

Nesse contexto, a tendência histórico crítica considera o que o aluno aprendeu

significativamente, pois ele atribui sentido e significado à aprendizagem. Juntamente a essa

tendência surge a tendência sociointeracionista , que é fundamentada por Vygotski, como a

maneira que o conhecimento matemático é produzido e aceito por uma comunidade científica

ou grupos culturais, destacando as contribuições da cultura, da interação social e a dimensão

histórica do desenvolvimento mental.

Dentro do contexto apresentado, propomos um currículo de matemática consciente, que

atenda as prioridades dos educandos, tanto para sua atuação no mercado de trabalho, quanto

na continuidade de seus estudos, preparando-o para o ingresso no ensino superior.

A matemática é importante porque nos ensina a pensar tornando-nos mais aptos a

abstrair e fazer raciocínios dedutivos, é uma linguagem universal, desenvolve valores estéticos

envolvendo diversas dimensões, entre as quais destacamos os aspectos culturais, sociais,

formativos e políticos, além de estar sempre ligada aos problemas da ciência e da técnica de

cada época estimulando o desenvolvimento de novos conceitos e novas teorias.

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2- OBJETIVOS

1- Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental,

possibilitando o prosseguimento dos estudos.

2- Compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos,

ralacionando a teoria com a prática, no ensino de cada conteúdo abordado.

3- Preparação básica para o trabalho e cidadania do educando, de maneira que ele

continue aprendendo e se adaptando às futuras ocupações ou aperfeiçoamentos.

4- Promover uma aprendizagem significativa da matemática com conteúdos

relacionados ao cotidiano visando desenvolver as seguintes capacidades:

• Capacidade de resolver problemas diversos do cotidiano.

• Capacidade de trabalhar em equipe, respeitando opiniões divergentes.

• Capacidade de ser criativo em situações diversas.

• Capacidade de tomar decisões.

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3- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Na proposta abaixo foram citadas várias estratégias de ensino por conteúdo abordado.

Porém quando se trata do ensino da matemática se faz necessário discutir cada uma dessas

estratégias.

• Investigação dos conceitos prévios

Quando o aluno chega ao ensino médio, o professor não tem conhecimento de como a

matemática estudada até aquele momento foi assimilada, e se ele simplesmente poderá

introduzir um novo conceito julgando que ou o aluno sabe do que ele esta falando ou não sabe

nada. Para tanto, é necessário investigar qual o conhecimento que o aluno tem a respeito do

conteúdo, no caso exposto, temos de saber qual o conhecimento de número que o aluno chegou

ao ensino médio. Para tanto, no primeiro dia de aula será aplicada uma atividade envolvendo

cálculos numéricos e questionamentos a respeito dos conjuntos numéricos, para saber qual o

ponto de partida nosso, quanto ao trato do conteúdo citado.

• Propor situações problema no tratamento dos conteúdos.

Essa metodologia é essencial, quando se trata de aproximar a matemática do cotidiano das

pessoas, ou para suprir os muitos questionamentos que os alunos fazem para que serve este ou

aquele conteúdo. O problema também tem a finalidade de desenvolver o raciocínio lógico do

aluno, fazendo-o pensar, ler, interpretar, pois, a matemática não é somente cálculo, mas

principalmente leitura e interpretação, quando propomos que o aluno deverá formular novos

problemas, este procedimento fará com que ele organize seu raciocínio e pesquise situações de

aplicabilidade do conteúdo estudado em sala.

• Propor exercícios diferenciados.

Quando o professor trabalha exercícios diferenciados daquele do livro didático adotado pela

escola, ele oportuniza o aluno a ter contato com atividades diferenciadas, contextualizadas, com

um encaminhamento diferenciado, tornando-o capaz de resolver qualquer outra situação

diferente, sendo capaz de abrir qualquer livro de qualquer autor e resolver o exercício em

questão.

• Utilizar dados ou situações concretas.

Um exemplo disso é trabalhar funções mediante coleta das faturas de água e luz dos

alunos, essa técnica permite aproximar o conteúdo de matemática do aluno. Ou mesmo uma

notícia de um jornal ou revista, ou uma situação ocorrida no contexto da escola ou da sala de

aula.

• Utilizar recursos gráficos tecnológicos.

O uso do computador é essencial ao ensino quando o assunto é gráfico. Hoje, ninguém

apresenta um trabalho de pesquisa de forma manual, tudo é digitalizado, portanto a matemática

do ensino médio tem a obrigação de ensinar como elaborar um gráfico no Excel, ou mesmo no

Word.

• Uso da calculadora.

Fazendo uma análise superficial no dia a dia de uma pessoa comum, notamos que são raras

as pessoas que vão ao supermercado ou a uma loja qualquer, e leve consigo um lápis e um papel

na mão para fazer a conta de quanto estão gastando. Ou seja, hoje os indivíduos se querem

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conferir um cálculo qualquer recorrem a uma calculadora comum. Embora, não são todos que têm

afinidade com a mesma, se atrapalham na hora se somar ou fazer qualquer operação que envolva

valores muito elevados, confundem o ponto do teclado da calculadora com o sistema de

numeração da milhar.

Existem educadores que ainda resistem ao uso da calculadora em sala de aula, utilizando

um discurso antigo dizendo que o aluno não raciocina quando usa a calculadora. Isso só ocorre se

o cálculo não estiver relacionado a uma situação problema, pois a máquina não pensa, somente

efetua o cálculo ela não dá ao aluno se o cálculo é uma soma ou subtração ou outra operação

qualquer, ela simplesmente ajuda na obtenção de um resultado mais rápido, pois, o mundo atual

exige rapidez e habilidades pra enfrentar e resolver situações complexas do cotidiano.

• Uso da Internet.

Outro recurso que deve ser explorado é a informação, esta tem de estar permeando todo o

processo de ensino e aprendizagem da matemática. Recurso este, extraído de jornais, revistas e

principalmente a Internet. Nosso aluno do ensino médio tem contato com a Internet, mas não a

utiliza como aquisição de novos conhecimentos, mas sim nas redes de relacionamentos virtuais,

como o orkut. Quando solicitados a fazer uma pesquisa, os mesmos não sabem colocar uma

referência extraída da Internet, não filtram as informações, transcrevendo dos textos com os

mesmos erros da página de pesquisa. Portanto a matemática também tem o compromisso de

ensinar o aluno a pesquisar e apresentar essa pesquisa de forma correta.

• Uso de periódicos.

A leitura de jornais e revistas, principalmente à parte de economia tem fundamental

importância ao ensino, pois quando falamos que a matemática tem relação direta com a vida e

o futuro das pessoas e empresas, o aluno deverá vivenciar essa relação acompanhando os

noticiários e a influencia dos números na vida das pessoas. Uma simples leitura exige uma série

de recursos matemáticos que propiciam a interpretação adequada das manchetes e

informações veiculadas.

• Jogos.

Outra estratégia importante são os jogos, estes quando especificamente relacionados ao

conteúdo abordado, serve como meio de fixar e estimular o aprendizado daquele aluno que tem

dificuldade de aprendizagem. Embora é muito importante que o jogo não seja todo ele dado

pronto ao aluno, somente como forma de recreação, é de suma importância que o aluno adquira

durante o processo de ensino-aprendizagem condições dele mesmo elaborar o jogo e criar as

próprias regras. Com esse procedimento ele fixará o conteúdo de um modo natural, e também

promovendo o trabalho em grupo e o respeito pelas idéias do outro.

• Quadro de giz e aula expositiva dialogada.

Não é porque temos recursos tecnológicos ao nosso dispor que vamos excluir o tradicional

quadro de giz e a aula expositiva dialogada, pois sem o diálogo e a interferência do professor a

educação não se concretiza. O contato e a relação professor aluno é essencial para a vida em

grupo e o aprendizado da matemática. Zabala se diz que o aluno compreende o conteúdo

abordado, a partir do momento que o professor dá sentido ao mesmo, ou seja, a forma como este

apresenta o conteúdo e como ele o motiva, fazendo com que sua contribuição seja necessária

para que o aprendizado se concretize. É claro que a organização do conteúdo, as revisões e o

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acompanhamento do professor são fundamentais no processo.

• Pesquisa relacionando o conteúdo com outras disciplinas.

A interdisciplinaridade acontece realmente quando o aluno é capaz de resolver um

problema de física, por exemplo, usando os recursos aprendidos em matemática ou vice versa, é

importante que o aluno seja estimulado a pesquisar essa relação, para que o aprendizado da

matemática não fique somente na matemática, mas que ele consiga fazer o elo de ligação dessa

com outras disciplinas, mas isso só irá ocorrer se este for incentivado a buscar essa informação

ensinando-o a pesquisar e demonstrar aos demais colegas o resultado de sua pesquisa e como

resolver uma situação de forma diferente.

• Inter relacionar os conteúdos de matemática.

Essa técnica permite resolver outras situações matemáticas usando os recursos aprendidos

com o conteúdo abordado. Um exemplo disso seria resolver juros compostos usando logaritmos.

Para uma proposta de Inclusão e diversidade a metodologia não pode ser apoiada na

homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas, trabalhar em

torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que todos alcancem o domínio

básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser empregado mais tempo e recursos para

alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O importante é

que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento do estudante que sempre

possa obter algum proveito do que faça seja qual for o nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e dedicação dos

envolvidos na educação.

Enfim é preciso primar para que “todos tenham um transcurso contínuo e progressivo neste

estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados efetivos de aprendizagem,

assegurando-lhes a possibilidade de participação plena na vida social em igualdade de

condições”.

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4- CONTEÚDOS SÉRIE/ANO

PRIMEIRA SÉRIE

NÚMEROS E ÁLGEBRA

1- Conjuntos de números reais.

2- Conjuntos Numéricos

2- Conjuntos Números complexos.

FUNÇÕES

1- Trigonometria no triângulo retângulo

2- Relações trigonométricas em um triângulo qualquer.

3- Introdução de função.

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

1- Porcentagem

- Calculando porcentagem por meio de uma função

- Educação Fiscal – Percentual de ICMS aplicado sobre os produtos.

- Cultura Afro-Percentual de descendentes Africanos.

FUNÇÃO

1- Função Afim

- Agenda 21 – IMC (índice de massa corpórea) Cálculo e representação gráfica.

- Cultura afro: Análise gráfica do tráfico negreiro no Brasil.

2-Função Quadrática

3- Função Exponencial

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

1- Juros Compostos

FUNÇÃO

1- Função Logarítmica

2- Seqüência

- Progressão aritmética

- Progressão Geométrica

SEGUNDA SÉRIE

FUNÇÕES1- Trigonométrica na circunferência2- Razões trigonométricas na circunferência de Raio Unitário

TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

1-Estatística

- Cultura Afro – Dados Estatísticos do Município: grau de escolaridade dos afro-descendentes, nível

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salarial.

- Educação Fiscal – Pesquisa conhecimento dos cidadãos de onde e como são aplicados os

recursos no município.

- Agenda 21 – água, recurso em extinção. Gráficos Estatísticos.

2- Análise combinatória

GEOMETRIAS

-Noções Primitivas e Postulados

- Determinações de reta e plano

- Posições relativas entre reta e plano

- Projeção.

TERCEIRA SÉRIE

TRATAMENTO DE INFORMAÇÕES

1- Probabilidade

2- Triangulo de Pascal

3-Binômio de Newton.

4- Teorema binomial.

NÚMEROS E ALGEBRA

1-Matrizes2-Determinantes.

GEOMETRIAS

1-Geometria Plana2-Geometria analítica4-Geometria Espacial.- Prismas- Pirâmide- Cilindro- Cone- Esferas

NÚMEROS E ALGEBRA1- Polinômios

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5-AVALIAÇÃO

Avaliar, em matemática, visa promover indistintamente todos os alunos de forma coerente e reflexiva visando a construção do conhecimento, para tanto será utilizado os seguintes critérios:

-Elaboração de jogos, voltados ao conteúdo abordado.

-provas escritas individuais e em grupos.

-Trabalhos de pesquisas.

-resolução e elaboração de problemas do cotidiano do aluno.

-Pesquisas e noticiários relativos à matemática.

-Auto – avaliação.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as práticas avaliativas devem estar fundamentadas na diversidade e partir de diagnósticos para reconhecê-las e valorizá-las a fim de estabelecer diálogos pedagógicos mais reflexivos e de uma prática diversificada também nos critérios e na organização didática das tarefas em que todos não sejam obrigados a fazer as mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades muito específicas um recurso viável a ser utilizado é oferecer opções para situações pontuais, ou seja, material opcional pré-elaborados para as necessidades particulares (na medida do possível). Sempre cuidando para que esses critérios ou atividades permitam que cada estudante encontre condições propícias para seu aprendizado.

Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é quando nossa Escola for promotora de todos é que realmente iremos sustentar a proposta de Educação Inclusiva.

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7- REFERÊNCIAS

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BIANCHINI, Edvaldo & PACCOLA, Herval. MATEMÁTICA. São Paulo Moderna. 1996.

CRESPO, Antonio Arnot. ESTATÍSTICA.São Paulo. Saraiva.1993.

CRESPO, Antonio Arnot. MATEMÁTICA COMERCIAL E FINANCEIRA. São Paulo. Saraiva. 1996.

DANTE, Luiz Roberto. MATEMÁTICA, CONTEXTO & APLICAÇÕES. São Paulo. Ática. 2002.

FACCHINI, Walter. MATEMÁTICA, São Paulo, Saraiva.2002.

FIORENTINI, D. ALGUNS MODOS DE VER E CONCEBER O ENSINO DA MATEMÁTICA NO

BRASIL: in Cadernos de orientações curriculares de matemática. SEED. 2006.

GUELLI, Oscar. MATEMÁTICA SÉRIE BRASIL, São Paulo, Ática, 2003.

HOFFMANN, Jussara. AVALIAR PARA PROMOVER. Porto Alegre. Mediação, 2003.

HOGBEN, Lancelot. MARAVILHAS DA MATEMÁTICA. Porto Alegre. Globo. 1970.

IEZZI, Gelson, et al.MATEMÁTICA, São Paulo, Atual, 2000.

LONGEN, Adilson.MATEMÁTICA, Curitiba, Positivo. 2004.

LIBÂNEO, J. C., Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos,

São Paulo: Loyola, 1985, p.19. in Cadernos de orientações curriculares de matematica. SEED.

2006.

MACHADO, Antonio dos Santos. MATEMÁTICA NA ESCOLA DO SEGUNDO GRAU.São Paulo,

Atual. 1997.

MACHADO, N. Matemática e Realidade. Análise dos pressupostos filosóficos que fundamentam

o ensino da matemática. São Paulo, Cortez, 1994. in Cadernos de orientações curriculares de

matemática. SEED. 2006.

PAIVA, Manoel. MATEMÁTICA, São Paulo, Moderna, 2004.

SACRISTÁN, J.G. O Currículo: Uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre, ArtMed, 2000. in

Cadernos de orientações curriculares de matemática. SEED. 2006.

SANT’ANA, Ilza Martins. POR QUE AVALIAR?. Petrópolis, Vozes. 2001.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, cadernos de Orientações curriculares. Curitiba. 2006.

ZABALA, Antoni. A PRÁTICA EDUCATIVA COMO ENSINAR. Porto Alegre. Artmed. 1998.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

QUÍMICA

ENGENHEIRO BELTRÃO – 2006

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

DISCIPLINA – QUÍMICA

1 – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A abordagem no Ensino de Química será norteada pela construção/reconstrução de

significados dos conceitos científicos e experimentais, vinculada aos contextos históricos,

políticos, econômicos e culturais do nosso cotidiano; estruturando um conhecimento que se

estabelece mediante relações complexas e dinâmicas na qual pretende que o aluno reconheça e

compreenda de forma integrada e significativa as transformações químicas que ocorrem com os

processos naturais e tecnológicos.

Embora muitos professores ainda concebam a sua prática de sala de aula como um mundo

à parte da teoria, há um movimento reflexivo por parte dos profissionais da educação, no sentido

de estabelecer vínculos entre a história, os saberes, a metodologia, a avaliação para o ensino de

Química.

Nessa proposta a preocupação central é resgatar a especificidade da disciplina de química,

recuperando a importância do seu papel no currículo escolar e deixando de vê-la como área do

conhecimento teórico. Por isso é importante dar ênfase ao estudo da história da disciplina

buscando uma seleção de conteúdos que a identifique como campo de conhecimento.

Esses pressupostos são fundamentais para uma abordagem pedagógica crítica da disciplina

de química que ultrapasse a postura subserviente da educação, formando um aluno crítico que se

aproprie de conhecimentos químicos, tornando-se capaz de refletir sobre o período atual.

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2 – OBJETIVOS

A disciplina de Química tem o propósito de formar cidadãos que possam

exercer com responsabilidade e discernimento a sua cidadania nas ações sobre a natureza e a sua

recuperação, através dos conhecimentos elementares de Química.

Assim, os objetivos a enfatizar, dentro do ensino dessa disciplina são:

• Interpretar os fenômenos da natureza resolvendo problemas práticos usando o

conhecimento químico;

• Proporcionar oportunidades aos alunos de perceberem a relação entre o conhecimento

desenvolvido na química e a vida cotidiana;

• Desenvolver habilidades de manuseio de materiais e dispositivos químicos, promovendo o

conhecimento por meio de suas propriedades de transformações, produção e utilização;

• Favorecer a compreensão da dinâmica da constituição química como resultado das

pesquisas realizadas e que estão sujeitas às mudanças;

• Favorecer a compreensão que a evolução do conhecimento químico tem sob os aspectos

históricos e sócio-econômicos;

• Desenvolver a capacidade de investigação e senso crítico frente aos problemas oriundos do

desenvolvimento desta ciência;

• Utilização da experimentação química com o intuito de melhor compreensão do conteúdo

teórico;

• Selecionar e utilizar idéias e procedimentos científicos (leis, teorias e modelos) para

resolução de problemas qualitativos e quantitativos da química, identificando e

acompanhando as variáveis relevantes;

• Compreender os códigos e símbolos próprios da química e utilizar a representação

simbólica das transformações químicas reconhecendo suas modificações no tempo atual.

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3 – CONTEÚDOS

PRIMEIRO ANO

1ª SÉRIE

ESTRUTURANTE: MATÉRIA E SUA NATUREZA

ESPECÍFICOS:

- Estrutura da matéria;

- Substâncias;

- Misturas;

- Métodos de separação;

- Fenômenos Físicos e Químicos;

- Propriedades Coligativas;

- Estrutura Atômica;

- Distribuição Eletrônica;

- Tabela Periódica;

- Ligações Químicas;

- Funções Químicas;

- Reações Químicas;

- Radioatividade;

- Eletroquímica;

2ª SÉRIE

ESTRUTURANTE: BIOGEOQUÍMICA

ESPECÍFICOS:

- Soluções

- Termoquímica

- Cinética Química

- Equilíbrio Químico

3ª SÉRIE

ESTRUTURANTE: QUÍMICA SINTÉTICA

ESPECÍFICOS:

- Química do Carbono;

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- Funções Oxigenadas;

- Polímeros

- Funções Nitrogenadas

- Isomeria

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4 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA

As diretrizes propõem que a compreensão e apropriação do conhecimento químico

aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo, a Química. Considera-se

que na perspectiva da abordagem conceitual do conteúdo químico, a experimentação favorece a

apropriação efetiva do conceito e “o importante é a reflexão advinda das situações nas qual o

professor integra o trabalho prático na sua argumentação”.

A metodologia utilizada tem o intuito de tratar a Química com os alunos de modo a

possibilitar o entendimento do mundo e a sua interação com ele, portanto cabe ao professor:

• Criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense mais criticamente sobre a

importância da utilização da Química.

• Fazer com que o aluno entenda as idéias fundamentais das ciências, levando-o a utilizá-las

para compreender melhor o funcionamento e sua interação com o mundo.

• Desenvolver um conceito científico mediante uma linguagem usual para os assuntos da

vida cotidiana.

• Estimular as atividades experimentais, pois elas despertam a curiosidades dos alunos

sendo uma forma de explicitar as suas idéias sobre os fenômenos a serem estudados,

melhor entendê-los e até modificar seus modelos distorcidos sobre determinadas teorias

científicas.

• Associar a teoria com a prática é de importância fundamental.

• Aplicar exercícios, de preferência, ligados às situações concretas da vida do aluno, embora

possam exigir tratamento em diferentes níveis de abstração.

• Estimular o aluno a fazer leituras em livros, revistas, jornais e computadores (internet).

• Trabalhar a aprendizagem de modo a ser moldada e constituída em interdisciplinaridade,

na formação do ser crítico, consciente, que trabalha em harmonia com o meio ambiente.

• Criar situações de aprendizagem no processo de inclusão de culturas, religiões e limitações

físicas, sensoriais, utilizando estratégias diferenciadas de ensino e avaliação.

5 – AVALIAÇÃO

A proposta de uma avaliação formativa e processual, como uma forma de questionamento

daquelas relações de poder, passa a ser o método mais adequado para o processo educativo.

Esse tipo de avaliação leva em conta a todo o conhecimento prévio do aluno e como ele supera

suas concepções espontâneas, além de orientar e facilitar a aprendizagem.

Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos, isso se

dá a partir de uma ação pedagógica em que a partir de conhecimentos anteriores dos alunos; seja

permitido aos mesmos o entendimento e a interação com a dinâmica dos fenômenos naturais por

meio de conceitos químicos.

Por isso, em lugar de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar

instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura,

interpretação e construção de textos, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas de laboratórios,

apresentação de seminários, entre outros. Esses instrumentos devem ser selecionados de acordo

com cada conteúdo e objetivo de ensino, bem como que possa contemplar a aprendizagem de

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cada aluno dentro de suas capacidades de superar as dificuldades de aprender os conteúdos.

Tal prática avaliativa requer um professor que, em primeiro lugar, compreenda a concepção

de ensino de Química na perspectiva crítica.

Finalmente, é necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem claros para os

alunos, como direito que têm de acompanhar todo o processo.

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6 – BIBLIOGRAFIA

BELTRAN, N. O. E CISCATO, C. A. M. Química. São Paulo: Cortez, 1991.

CARVALHO, Geraldo C. Química para o ensino médio. Scipione, vol. único, 2003.

Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio. Versão Preliminar - Junho/2006.

Secretaria de Estado e da Educação.

GASPAR, Alberto. Experiências de Ciências. Editora Ática, 2005.

HALL, Nina. Neoquímica. A química moderna e suas aplicações. Porto Alegre: Bookman, 2004.

MATEUS, Alfredo L. Química na Cabeça. Editora UFMG, 2005.

MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de Química:

Professor/Pesquisador. 2º Ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2003. p. 120.

NETO, B.B, IED. S. S. e BRUNS R. E. Como fazer expermimentos, Editora Unicamp, 2º Ed. 2003.

PERUZZO, Tito M. e CANTO, Eduardo L. DO. Química. Editora Moderna. Vol. único, 1998.

PESQUIS – Projeto de Ensino de Química e Sociedade – módulo 3. Nova Geração, Brasília,

2004.

Revista Química Nova na Escola – Sociedade Brasileira de Química

SARDELLA, A. e FALCONE, M. Química: Série Brasil. São Paulo: Editora Àtica, 2004.

USBERCO, João e SALVADOR, Edgard. Química Essencial. Editora Saraiva.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

FILOSOFIA

“A primeira tarefa da educação é ensinar a ver. Não é obrigatório que elas gostem do que vêem. Mas é importante que seus horizontes se alargem.”

(Nietzsche)

ENGENHEIRO BELTRÃO- 2006

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA-ENSINO MÉDIO

ÁREA DO CONHECIMENTO – FILOSOFIA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Considerando que todos os conteúdos filosóficos configuram-se como discursos, os quais

apresentam um caráter crítico-reflexivo e problematizador, o papel formativo específico da

Filosofia no Ensino Médio volta-se, primariamente, para a tarefa de fazer o educando aceder a um

discurso-filosófico, à medida que este, indissociavelmente, constrói e exercita a capacidade de

problematização e apropria-se reflexivamente do conteúdo. De fato, a conexão interna entre

conteúdo (discurso) e método (forma de análise, interpretação, crítica, problematização,

reconstrução racional, argumentação e posicionamento) deve tornar-se evidentemente, sem a

qual esvazia-se o especifico do ensino filosófico. Apesar dos diferentes conteúdos filosóficos e

diferentes métodos de acesso, há algo de comum que lhe é inerente: a problematização e a

reflexão. Portanto, nisto consiste, talvez, a contribuição mais especifica da Filosofia na formação

do aluno do Ensino Médio.

Nesta proposta, o conhecimento é concebido como um processo de construção: cada

conteúdo não deve ser vinculado como algo definitivamente acabado, como uma doutrina

fechada, constituída de certezas indiscutíveis; o que não significa, por sua vez, fazer concessão ao

ceticismo ou ao relativismo. Entende-se que o filosofar caracteriza-se como busca de um saber

instituinte, aberto e não acabado, que permite colocar os educandos em contato com diferentes

referenciais conceituais do campo filosófico, assegurando-lhes a possibilidade de questionarem os

problemas e construírem suas próprias tentativas de resposta, na perspectiva metodológica de

rigor, radicalidade e totalidade. Deste modo, esta proposta entende que cada conteúdo

selecionado, com ênfase no tratamento temático, deve configurar esta dimensão

problematizadora, apresentando-se na forma de questões distribuídas em três eixos temáticos,

referindo-se às questões ético-politicas, epistemológicas e estéticas, que emergem das

transformações sócio-culturais da contemporaneidade e suas implicações do Ensino Médio,

articulando-as interdisciplinarmente com outras áreas de conhecimento relevantes. Como se pode

observar, aqui se privilegia o tratamento interdisciplinar e contextualizado para os conhecimentos

de filosofia, possibilitando ao educando a inserção crítica no universo da cultura, tendo em vista

sua formação para uma cidadania participativa. Com efeito, a LDB, no seu artigo 36, §1º, tratou

de dimensionar o papel da Filosofia no Ensino Médio referendo-se aos conhecimentos filosóficos

que são necessários ao exercício da cidadania.

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2- OBJETIVOS

- Desenvolver a capacidade humana de pensar, de pensar bem, de pensar melhor, de forma

coerente e crítica.

- Tornar temático o que está implícito, estruturar ações e informações.

- Relacionar informações e conhecimentos compreendendo as raízes das concepções de homem

e de mundo disponíveis em textos filosóficos para construir uma argumentação consistente.

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3- CONTEÚDO

SEGUNDA SÉRIE

1 - MITO E FILOSOFIA

- Do mito à razão: O nascimento da Filosofia.

- Principais Períodos as história da Filosofia.

- Porque estudar Filosofia

- A Filosofia no nosso dia a dia.

- Mito – funções

- Mito e religião

- O mito hoje.

2 – TEORIA DO CONHECIMENTO

- O que existe além do que vemos.

- O que é conhecimento?

- Percepção de mundo.

- Período do conhecimento da idade antiga e média.

- “O mito da caverna” Platão

- Os tipos de conhecimentos

• Conhecimento mitológico

• Senso comum

• Conhecimento científico

• Conhecimento filosófico

- Verdade

- Lógica Aristotélica

• Definições e princípios

• Proposições e argumentos

• Tipos de argumentação: Dedução, Indução e Analogia.

• Falácias

- A Lógica Pós Aristotélica.

3 - ÉTICA

- Definição da Ética

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- A Ética e seus fundamentos.

• Os primeiros a iniciarem reflexão sobre Ética – Sócrates, Platão e Aristóteles.

- A construção da identidade moral.

• Ninguém nasce moral – Teoria de Piaget

- A construção da Personalidade moral.

- Responsabilidade moral, determinismo e liberdade.

- Os valores.

- O bem e o mal.

4 – FILOSOFIA POLÍTICA

- O que é Política.

- O estado, sociedade e poder.

- As filosofias Políticas.

- Os regimes políticos.

- Participação do Povo Democracia.

- A política e o cotidiano.

• Globalização

• Trabalho

• Desemprego

• Fome

• Violência

• Segurança

• Saúde

• Educação

5- FILOSOFIA DA CIÊNCIA

• O conhecimentos científico

• Ciência e Valores

• Benefícios das ciências

• A ciência antiga e a medieval

• A revolução científica

• As transformações produzidas pelas novas ciências.

6- ESTÉTICA

• Introdução conceitual

• Funções da arte

• Criatividade como capacidade humana

• Concepções estéticas

a) Naturalismo Grego

b) A Estética Medieval (Santo Agostinho e São Tomás de Aquino)

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c) A Estética Romântica

d) O Pós-Modernismo

• O pensamento estético no Brasil

3ª SÉRIE

1 – MITO E FILOSOFIA

- Mito e Filosofia – (continuidade e ruptura )

- Um breve percurso na história da Filosofia da idade antiga à contemporânea

- Os primeiros Filósofos.

- Os Pré – Socráticos – Os sofistas.

- Etapas da Filosofia.

- A Filosofia no Brasil.

2 – TEORIA DO CONHECIMENTO

- Formas de conhecer.

- Razão, Verdade e Conhecimentos.

- Dogmatismo ( Posso conhecer tudo? )

- Ceticismo ( Posso duvidar de tudo? )

- Pragmatismo ( Como tornar clara as nossas idéias )

- Silogismo ( Indicado por Aristóteles como tipo perfeito do raciocínio)

- Ideologia – Conceito – Discurso não ideológico- A ideologia em ação – A ideologia da mídia).

- Teoria do conhecimentos na idade moderna.

• Empirismo (John Locke, Thomas Hobbes e David Hume)

• Racionalismo (René Descartes e Baruch Spinoza)

• Idealismo (Immanuel Kant)

- Teorias do conhecimento na idade contemporânea.

• zIdealismo Hegeliano – Wilhelm Hegel

• Materialismo – Karl Marx

• Positivismo – Augusto Comte

3 - ÉTICA

- Os princípios morais básicos.

- Obrigação moral – (A teoria Kantiana da Obrigação moral)

- A moral e os comportamentos humanos.

• Moral e Religião

• Moral e Política

• Moral e Direito (Vivência social)

• Moral e Ciência

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- Doutrinas éticas fundamentais.

• Ética e história

• Ética grega

• Ética cristã medieval

• Ética moderna

• A ética contemporânea.

4 – FILOSOFIA POLÍTICA

- Conhecendo alguns Filósofos que pensaram sobre Política.

Platão

• No mundo grego <

Aristóteles

Nicolau Maquiavel

• No mundo moderno<

Thomas Morus

Antonio Gramsci

• No mundo contemporâneo <

Walter Benjamim

- As Teorias Política

• Liberalismo

• Neoliberalismo

• Socialismo / Anarquismo / Comunismo

• Materialismo

• Totalitarismo / Fascismo / Nazismo

• Terrorismo

- A Política que vivemos em nosso país nos dias de hoje

• A crise política

• A indiferença política

5- FILOSOFIA DA CIÊNCIA

• As ciências da natureza

• As ciências humanas

• A ciência e a Ética

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• A genética e os problemas éticos (genoma, transgênicos, clonagem)

6- ESTÉTICA

• A arte como forma de pensamento

• Kant e a crítica do juízo estético.

• Arte e Sociedade: indústria cultural e cultura de massas

• Meios de comunicação (televisão, cinema);

• Arte e Filosofia

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4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos específicos se

dará em quatro momentos: a sensibilização, a problematização, a investigação e a criação de

conceitos.

O ensino da Filosofia pode começar pela exibição de um filme ou de uma imagem; da

leitura de um texto jornalístico ou literário; da audição de uma música – tantas são as

possibilidades para atividades geralmente conduzidas pelo professor, com o objetivo de instigar e

motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser

desenvolvido. A isso se chama sensibilização.

Após a sensibilização inicia-se o trabalho propriamente filosófico – a problematização, a

investigação, a criação de conceitos, o que não significa dizer que a sensibilização não possa

correr diretamente a partir do conteúdo problematizado.

A problematização ocorre quando um professor e estudantes, a partir do conteúdo em

discussão, levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. É importante

ressaltar que os recursos utilizados para sensibilização, sejam filme, música ou o texto, podem ser

retomados a qualquer momento.

Problematizando, o professor convida o estudante a analisar o problema, o que se faz por

meio da investigação, que pode ser o primeiro passo para possibilitar a experiência filosófica.

Recorrendo à história da filosofia e aos clássicos, o estudante defronta-se com diferentes

maneiras de entender o problema e com as possíveis soluções já elaboradas, que embora não

resolvam o problema, orienta a discussão.

O ensino da Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso é

importante que na busca de resolução do problema haja preocupação também com uma análise

da atualidade, com uma abordagem contemporânea que remeta o estudante a sua própria

realidade. Dessa forma, partindo de problemas atuais, estudados a partir da história da filosofia,

dos estudos dos textos clássicos, de interpretação cientifica e de sua abordagem contemporânea,

o estudante do Ensino Médio pode formular seus conceitos, construir seu discurso filosófico. O

texto filosófico que ajudou os filósofos a entender e analisar filosoficamente o problema em

questão será trazido para o presente com o objetivo de fazer entender o que ocorre hoje e como

podemos, a partir da filosofia, entender os problemas de nossa sociedade.

Ao final desse processo, o estudante, via de regra, encontrar-se-á apto a elaborar um texto,

um construto teórico; terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e criativo e

as socializará para discussão. É esse o sentido que se deve atribuir à criação de conceitos no nível

médio.

Após esse exercício, o estudante terá condições de perceber o que está implícito nas idéias

e como elas se tornam conhecimento e por vezes ideologia, criando assim a possibilidade de

argumentar filosoficamente por meio de raciocínios lógicos num pensar coerente e crítico.

É imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeado por atividades investigativas

individuais e coletivas que organizem e orientem o debate filosófico, dando-lhe caráter dinâmico e

participativo.

O ensino de Filosofia, uma vez que articula vários elementos, pressupõe um bom

planejamento que inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras estratégias, a fim de

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que a investigação seja de fato a diretriz do ensino.

Na proposta de trabalhar determinado conteúdo a partir de problemas significativos para

estudantes do Ensino Médio, é importante que haja a preocupação de não ser superficial e de

demorar o tempo necessário para realização de todo o processo de ensino proposto, desde a

sensibilização para o problema passando pelo estudo dos textos filosóficos, até a elaboração de

conceitos, para que se garanta de fato a reflexão filosófica.

Para uma proposta de Inclusão e diversidade a metodologia não pode ser apoiada na

homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas, trabalhar em

torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que todos alcancem o domínio

básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser empregado mais tempo e recursos para

alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O importante é

que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento do estudante que sempre

possa obter algum proveito do que faça seja qual for o nível de aprendizagem do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e dedicação dos

envolvidos na educação.

Enfim é preciso primar para que “todos tenham um transcurso contínuo e progressivo

neste estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados efetivos de aprendizagem,

assegurando-lhes a possibilidade de participação plena na vida social em igualdade de condições.

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AVALIAÇÃO

Segundo Kohan e Waksman, (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade que deve

ser levada em conta no processo de avaliação. A Filosofia como prática, como discussão com o

outro, como construção de conceitos encontra seu sentido na experiência de pensamento

filosófico. Entendemos por experiência esse acontecimento inusitado que o educador pode

propiciar, preparar, porém não determinar e, menos ainda, avaliar ou medir.

A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não tem finalidade

em si mesma, mas sim tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no

processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade que professores, estudantes

e a própria instituição de ensino estão construindo coletivamente. Sendo assim, apesar de sua

inequívoca importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria apenas a

perceber quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história de Filosofia, de texto, ou

dos problemas filosóficos, nem inclusive a examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele

tema.

Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante, mesmo que

não concorde com elas, pois o que está em jogo é a capacidade dele de argumentar e de

identificar os limites dessas posições. O que deve ser levado em considerações é a atividade com

conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses

subjacentes aos temas e discursos.

É relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de trabalhar e criar

conceitos: qual conceito trabalhou e criou; qual discurso tinha antes e qual discurso tem após o

estudo da Filosofia. A avaliação de Filosofia tem início já com a sensibilização, coletando o que o

estudante pensava antes e o que pensa após o estudo. Com isso é possível entender avaliação

como um processo que se dá no processo e não como um momento separado, visto em si mesmo.

5.1 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

• Ficha de acompanhamento da participação individual;

• Produção de texto dissertativo;

• Teste escrito com múltipla escolha;

• Relatórios;

• Apresentação de pesquisa;

• Apresentação teatros, cartazes, mural, paródias, usando o conteúdo estudado;

• Auto-avaliação – Oral e Escrita;

• Observação direta do professor com registro no livro da participação em debates;

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as práticas avaliativas

devem estar fundamentadas na diversidade e partir de diagnósticos para reconhecê-las e

valorizá-las a fim de estabelecer diálogos pedagógicos mais reflexivos e de uma prática

diversificada também nos critérios e na organização didática das tarefas em que todos não sejam

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obrigados a fazer as mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades específicas um recurso viável a ser utilizado é oferecer

opções para situações pontuais ou seja material opcional pré-elaborados para as necessidades

particulares (na medida do possível). Sempre cuidando para que esses critérios ou atividades

permitam que cada estudante encontre-se em condições propícias, seja qual forma for o seu

ritmo.

Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é quando nossa

Escola for promotora de todos é que realmente iremos sustentar a proposta de Educação

Inclusiva.

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6- REFERÊNCIAS:

Diretriz Curricular de Filosofia para o Ensino Médio, Julho 2006 – Secretaria de estado da Educação.

ARANHA, M.Lúcia de Arruda: MARTINS, M. Helena Pires, Filosofando: Introdução à filosofia

Moderna, 1993.

_____________, temas de filosofia. 2. ed. São Paulo: Moderna, 1998.

CHAUÍ, Marilena. Convite a filosofia. E. ed. São Paulo. Ática, 1995.

CORDI, Cassiano; SANTOS, Antônio R. dos; et alli. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 1995.

CUNHA, José Auri, Iniciação á investifação filosófica, São Paulo, atual. 1992.

MATOS, Arnaldo Moreira de .Filosofia. Curitiba/IESDE Brasil, 2003

MAYER, Sergio, Filosofia com jovens. Ed. Vozes.

WONSORICZ, Silvio. Filosofia início de uma mudança Ed. Sophos.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR

LÍNGUA ESTRANGERIA MODERNA-INGLÊS

ENGENHEIRO BELTRÃO-2006

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

ÁREA DO CONHECIMENTO – INGLÊS

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No início da colonização, os jesuítas, ensinavam o latim como exemplo de língua culta. Em

1759, foi implantado pelo Marques de Pombal o sistema de ensino régio , ensinando as línguas

clássicas: o latim e o grego . O ensino das línguas modernas teve um leve incremento com a

chegada da família real em 1808 e, mais tarde , em 1837, quando se fundou a primeira escola

pública de nível médio e implantou um currículo nos moldes franceses,e em seu programa

constavam 7 anos de francês, 5 de inglês e 3 de alemão . Esse modelo de ensino de línguas

se manteve até 1929. O francês esteve sempre em primeiro lugar por representar um ideal de

cultura e civilização, seguido do inglês e depois do alemão a partir de 1929, do italiano que fez

parte do currículo até 1931.

Nessa época, a abordagem era Tradicional, pois concebia a língua como um conjunto de

regras e privilegiava a escrita, seguindo uma tradição do ensino do grego e do latim. Na

Europa, neste período, Ferdinand Saussure,1916, inaugurou os estudos entre oposição de

“langue”, o sistema lingüístico propriamente dito e parole, e o uso desse sistema em contextos

sociais, tornou-se um marco histórico. No governo de Getúlio Vargas, iniciou-se estudos para uma

reforma do sistema de ensino, a Reforma Francisco Campos, propunha que a escola secundária

proporcionasse formação geral e preparação para o ensino superior. Um método de ensino de

língua Estrangeira foi estabelecido – o Método Direto, Sendo este método usado para induzir o

aprendiz ao acesso direto dos sentidos, sem a tradução, de forma que se pensasse diretamente

na língua estrangeira. A língua materna perde o seu papel de mediadora e a aprendizagem

estava em constante contato com a língua em estudo.

Em 1942, com a reforma Capanema , a educação ficou centralizada no Ministério de

Educação que decidia sobre quais línguas deveriam ser ensinadas , a metodologia e o programa

a serem trabalhados .O uso do Método Direto não deveria ter apenas fins instrumentais , mas

também educativos . Nesse período, a língua espanhola foi valorizada como disciplina

curricular ,pois representava, um modelo de patriotismo.O inglês tinha seu espaço garantido por

ser o idioma mais usado nas transações comerciais, enquanto que o francês mantinha o seu

prestígio por continuar representando um ideal de cultura.

Nos anos 50 e 60, com o desenvolvimento da ciência lingüística surgem mudanças

significativas quanto às abordagens e aos métodos de ensino. Os lingüistas estruturalistas da

época, Leonardo Bloomfield, Charles Fries e Robert Lado, dentre outro, apoiavam-se na

psicologia da escola Behaviourista para trabalhar a língua, a partir da forma para chegar ao

significado, tais lingüistas sistematizaram os métodos audiovisual e áudio-oral surgidos nos

Estados Unidos, em 1942. A partir de 1950 surge o modelo de descrição lingüística criado por

Chomsky, a gramática Gerativa Transformacional, que reestruturou a visão de língua e de sua

aquisição. A partir de então, o princípio do foco na oralidade cede espaço ao ensino de todas as

habilidades: falar , ouvir, ler, e escrever. Permitia-se o uso da língua materna e a gramática era

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explicada de forma dedutiva.

A política de incentivo à industrialização que ocorreu na década de 50 fez com que o

ensino de humanidades fosse substituído, paulatinamente, por um currículo cada vez mais

técnico, o que acarretou a diminuição da carga horária das línguas estrangeiras. Com o golpe

militar em 64, o Ministério de Educação e Cultura recebeu ajuda financeira e técnica da agência

Americana para o desenvolvimento internacional brasileiro, pelos estudos realizados por este

convênio, direcionou o governo a preocupar-se em formar profissionais e não cidadãos, por não

ser política e economicamente interessante. A partir da Lei de Diretrizes e Bases nº 5692/71, esta

desobrigava a inclusão de línguas estrangeiras no currículo de 1º E 2º GRAUS, pois alegava que

a escola não deveria se prestar a ser a porta de entrada de mecanismos de impregnação

cultural estrangeira. Na década de 70, esse pensamento tomava o ensino de línguas estrangeiras

como um instrumento das classes favorecidas . De acordo com o parecer 58176 do conselho

Federal, a língua estrangeira seria ensinada por acréscimo. Isso fez com que muitos deles

suprimissem a língua estrangeira ou reduzissem seu ensino. Os métodos áudio-linguais,

fundamentados na lingüística estrutural norte-americana de Skinner, tinha finalidade

estritamente instrumental, era um incentivo a mais para justificar o ensino de inglês como única

opção.

Na década de 80 desenvolveu-se o cognitivismo construtivista, teoria baseada nos estudos

epistemológicos de Piaget, que serviu de base para os estudos de Vygotsky. Segundo ele a

linguagem se desenvolveu primeiro nas trocas sociais e após as representações originadas dessas

interações, há um movimento de interiorização que parte para o mental. O interacionismo social,

leva em conta fatores sociais comunicativos e culturais na aquisição da linguagem . Vygotsky

afirma que é a a partir e através da interação com o outro, mediada pela linguagem que o homem

se transforma de ser biológico em ser sócio histórico.

É uma vertente dessa perspectiva o conceito da competência comunicativa elaborada por

Hymes em 1972. Esta teoria dá ênfase à importância de, na situação de aquisição da linguagem,

abordar os problemas práticos que ocorrem numa comunidade heterogênea e na qual os aspectos

sócio-culturais são fundamentais. Competência comunicativa vem portanto a ser o domínio por

parte do falante dos valores sócio-culturais da comunidade em que se realiza a comunicação e da

adequação do discurso aos usuários e a intenção do falante.

Canale ampliou este conceito de competência comunicativa, no sentido de ser voltada para

o uso efetivo da língua e não apenas da precisão, para autenticidade da língua e contextos,

atendento às necessidades dos alunos no mundo real

A abordagem comunicativa é uma vertente da competência comunicativa, que recebeu

influência do audiolingualismo, estudos de pragmática e interacionismo. Através dela surge a

integração das quatro habilidades: ler, escrever, ouvir e falar. Essa abordagem não se centra em

normas padrões, mas em modos de se expressar adequados a cada situação e contexto. O maior

objetivo é a produção de significados e o contexto sociolingüístico, os papéis do falantes e os

meios não lingüísticos e estruturas típicas de situações de comunicação.

Alguns adeptos da pedagogia crítica, consideram essa abordagem de uma dimensão

político-ideológica e relações de poder marginalizadas.

Os estudos da linguagem realizados por Hymes em aproximam a Lingüística da

Sociologia. Inicia-se dessa forma, ao considerar os aspectos semânticos da linguagem,opõe-se ao

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estruturalismo de Chomsky. No Brasil a pedagogia crítica é inspirada por Paulo Freire. Ela se

baseia no surgimento das teorias da análise do discurso que, ao contrário da lingüística ortodoxa,

se nega a separar o lingüístico das condições sócio-histórico-ideológicas de produção, deslocando

a análise do discurso para além do gramatical e para além do meramente lingüístico.

No Brasil, a partir do início dos anos 90, impulsionadas por um ideal de redemocratização

do país e pela criação do Mercosul, as escolas voltam a ofertar o espanhol como alternativa ao

inglês sem suplantá-lo. Em 1996 com a LDB (Lei nº 9.394), há o registro da obrigatoriedade do

ensino da língua estrangeira no ensino fundamental. Referindo ao Ensino Médio a lei determina

que será incluída uma língua estrangeira moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela

comunidade escolar e uma segunda, em caráter optativo. Em 1999 os PCNs são publicados

para o ensino de língua estrangeira, apresentando uma concepção de língua como prática social,

mas privilegiam a prática da leitura restringindo o conceito de contextualização. Outra falha

apresentada é ao utilizar o critério de tipologia textual. Em 2005, foi criada a Lei 11.161, que

decreta a obrigatoriedade para a oferta de Língua espanhola nos estabelecimentos de Ensino

Médio. Sendo assim a oferta é obrigatória para a escola, mas de matrícula facultativa para o

aluno.

1.1 Língua Estrangeira Moderna No Paraná

A imigração teve papel fundamental na colonização do Paraná. Os imigrantes que para o

Paraná vieram mantiveram seus costumes vivos e também a língua. É por essa razão que no

Paraná é possível encontrar comunidades bilíngües.O resgate do prestígio do ensino de língua

estrangeira se dá no Paraná em 1976, quando esta passa a ser obrigatória, somente no 2º grau.

Em 1986 foi criado o CELEM pela SEED. Esses Centros de Línguas funcionavam no contra-turno,

sem custo financeiro a alunos da rede pública estadual. Esse foi um projeto, que proporciona até

hoje aulas de espanhol, inglês, alemão, francês, italiano, japonês, ucraniano e polonês a mais de

21.000 alunos da rede pública estadual do Paraná. Com relação ao ensino de línguas estrangeiras,

uma nova perspectiva chegou ao Paraná em 1992 com a publicação do currículo Básico. É um

texto que apregoa a indissociabilidade entre língua e cultura, e propõe uma concepção de língua

entendida como prática social e historicamente construída.

As Diretrizes curriculares, construídas junto com os professores de língua estrangeira do

Paraná, propõem portanto um jeito novo de olhar o discurso, como algo que se possa ser

construído nas interações sociais. É trabalhar a língua enquanto discurso – entendido com prática

social significativa. É uma nova possibilidade de ver e entender o mundo e de construir

significados.

A abordagem sócio-interacionista possibilita uma nova perspectiva que privilegia a prática

lingüística: o falante e o uso que faz da linguagem. O discurso não é apenas transmitido, mas

refletido, analisado e é passível de transformações, já que neste enfoque o aluno não é um ser

passivo, mas crítico e transformador, capaz de criar novas realidades.

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2- OBJETIVOS GERAIS

- Proporcionar ao aluno uma prática significativa, na qual ele tenha acesso a discursos

variados, orais e escritos, na língua inglesa, a fim de que ele possa ampliar o seu conhecimento

de mundo e posicionar-se criticamente em relação ao outro e a si mesmo.

- Proporcionar subsídios para que ele seja capaz de atribuir e produzir significados em

inglês.

- Levar o aluno a refletir e transformar a sua realidade através de um entendimento dela,

de seus processos sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e culturais. Perceber que ela está

em constante movimento e transformação e que ele pode ser o sujeito ativo disso.

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3- CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes

O discurso, concebido como produto de interações em práticas sociais significativas é a

base dos conteúdos, onde serão ativados os diversos conhecimentos necessários para a formação

integral de nossos alunos. Serão, portanto discursos variados envolvendo oralidade e escrita.

Conteúdos Específicos

PRIMEIRA SÉRIE

A) Conhecimentos textuais

- Tipos de textos

• e-mails

• documentos e formulários

• propaganda e catálogos

• classificados e anúncios

• artigo de jornal e revistas

• programação de TV

• coluna de aconselhamentos

• anedotas

• letras de músicas sobre variados temas

• biografias

• comentários

• pesquisa de opinião

• listas

B) Os Conhecimentos sócio-lingüístico, estratégico, e discursivo estão inseridos nas quatro

habilidades: ler, ouvir, falar e escrever.

SPEAKING

• Preencher formulários através de perguntas e respostas.

• Falar sobre membros da família.

• Perguntar e responder sobre informação pessoal em 1ª e 3ª pessoa

• Descrever-se e descrever alguém física e intelectualmente.

• Perguntar e responder sobre tempo, quantidade e posse.

• Narrar ações em desenvolvimento.

• Expressar gostos ou aversões por objetos ou atividades.

WRITING

• Responder perguntas sobre si mesmo

• Completar frases com informações pessoais

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• Escrever pequenos parágrafos dando informações sobre si.

• Descrever ações em desenvolvimento.

• Escrever um parágrafo sobre hábitos e costumes de si mesma ou rotina e atividades diária,

passatempos e atividades de lazer.

• Dar informações sobre uma terceira pessoa do singular ou pessoas da família.

• Descrever lugares e pessoas.

• Escrever instruções.

READING

Pré-leitura

Levar em consideração todas estas estratégias durante o trabalho com textos em

todas as séries.

• Apresentar o tema e estimular o interesse dos alunos.

• Dar aos alunos um motivo para a leitura de um texto, relacionando com a vida real.

• Oferecer apoio em relação aos itens lingüísticos, de modo que possam entender os

pontos-chave.

Leitura

• Utilizar estratégias como skimming, scanning, predicting

• Usar contexto para descobrir palavras desconhecidas .

• Prever o assunto através de títulos e ilustrações.

• Ajudar a entender o propósito do autor.

• Ajudar a entender os aspectos lingüísticos.

• Esclarecer o conteúdo.

• Identificar cognatos.

• Utilizar recursos visuais e palavras conhecidas.

• Estabelecer relações lógicas.

• Compreender definições.

Pós-leitura

• Relacionar o conteúdo com o conhecimento ou a experiência do próprio aluno.

• Elaborar atividades complementares

LISTENING

Levar em consideração todas estas estratégias durante o trabalho com textos

Pré-listening

• Preparar os alunos para o que vão ouvir, destacando o que sabem sobre o tema, trazendo

gravuras ou outros estímulos visuais ou escritos.

• Oferecer diferentes tipos de texto oral, sempre respeitando a idade e a necessidade dos

alunos, como propagandas de pontos turísticos, diálogos e descrições.

Listening

• Solicitar sempre que identifiquem informação específica através de exercícios de ouvir e

anotar, ouvir e fazer, ouvir e falar ou apenas ouvir.

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• Abrir espaços para que tragam músicas que gostem, para ouvir, entender e cantar.

Post-listening

• Estender o enfoque do assunto ou da linguagem à prática do aluno.

C) Conhecimentos gramaticais

Conhecimentos gramaticais: É importante evitar a organização de conteúdos baseados em itens

gramaticais, pois tal procedimento contraria a visão de língua como contexto e espaço de

construção de sentidos. Devem estar portanto, apenas subordinados aos usos que se faz da LEM,

devem ser tratados de modo contextualizado.

Os textos escolhidos definirão os conteúdos lingüísticos-discursivos.

SEGUNDA SÉRIE

A) Conhecimentos textuais

• Reconhecer padrões de sequenciação em narrativas: then, next, at first, in the beginning,

after that, at last, finally

• Causa e efeito em textos de caráter científico

• Idéia principal e idéias de apoio

• d)Instruções

• descrição de processo

• estratégias de leitura: skimming, scanning, conhecimento prévio

• g)referentes pronominais

• h) artigos biográficos

• conselhos e sugestões

• pontos importante em uma entrevista

• correspondência comercial

• tabelas

• receitas

B) Os Conhecimentos sócio-lingüístico, estratégico e discursivo estão inseridos

nas quatro habilidades: ler, ouvir, falar e escrever.

SPEAKING AND WRITING

• Descrever sobre eventos passados.

• Narrar fatos a partir de gráficos, linha do tempo ou tabela.

• Narrar fatos em pequenos parágrafos.

• Identificar erros gramaticais em pequenos textos.

• Escrever pequenas hipóteses

• Reescrever diálogos na forma indireta.

• Fazer comparações

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• Produzir anúncios

• Escrever cartazes

READING

Levar em consideração todas estas estratégias durante o trabalho com textos em

todas as séries.

• Levantar em sala de aula os tipos de texto que mais agradam aos alunos.

• Apresentar textos para escolha dos alunos.

• Elaborar atividades de pré-leitura e de compreensão geral do texto, focalizando aspectos

mais amplos de sua produção.

Pré-leitura

• Apresentar o tema e estimular o interesse dos alunos.

• Dar aos alunos um motivo para a leitura de um texto, relacionando com a vida real.

• Oferecer apoio em relação aos itens lingüísticos, de modo que possam entender os

pontos-chave.

Leitura

• Perceber estratégias do autor através de vocábulos

• Perceber situações de produção

• Ajudar a entender o propósito do autor.

• Ajudar a entender os aspectos lingüísticos.

• Esclarecer o conteúdo.

• Identificar cognatos.

• Utilizar recursos visuais e palavras conhecidas.

• Estabelecer relações lógicas.

• Compreender definições.

Pós-leitura

• Relacionar o conteúdo com o conhecimento ou a experiência do próprio aluno.

• Elaborar atividades complementares

LISTENING

Levar em consideração todas estas estratégias durante o trabalho com textos em

todas as séries.

Pré-listening

• Preparar os alunos para o que vão ouvir, destacando o que sabem sobre o tema, trazendo

gravuras ou outros estímulos visuais ou escritos.

• Oferecer diferentes tipos de texto oral, sempre respeitando a idade e a necessidade dos

alunos.

Listening

• Solicitar sempre que identifiquem informação específica através de exercícios de ouvir e

anotar, ouvir e fazer, ouvir e falar ou apenas ouvir.

• Abrir espaços para que tragam músicas que gostem, para ouvir, entender e cantar.

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Post-listening

• Estender o enfoque do assunto ou da linguagem à prática do aluno.

C) Conhecimentos gramaticais

TERCEIRA SÉRIE

A) CONHECIMENTOS TEXTUAIS

-Tipos de texto

• Jornal escolar

• Artigos de revistas

• Artigos de jornais

• Entrevista

• Resumos

• Coluna de aconselhamentos

• Textos informativos

• Letras de músicas sobre os mais variados temas

• Textos literários

• Propagandas

• Contos e fábulas

• Textos de páginas da internet

• Gráficos e tabelas

B) Os Conhecimentos sócio-lingüístico, estratégico e discursivo estão inseridos

nas quatro habilidades: ler, ouvir, falar e escrever.

SPEAKING

• Perguntar e responder sobre sobre ideais profissionais.

• Fazer pequenos relatos de sua infância ou de seu passado.

• Perguntar e responder sobre gostos e preferências.

• Expressar opiniões

• Narrar sobre o passado de pessoas que fizeram história no Brasil ou no mundo.

• Resumir fatos oralmente

• Expressar suas preocupações ambientais através de perguntas e respostas.

• Textos que expressem traços de obrigação

READING

• Ler artigos biográficos, narrativas de acontecimentos passados, planejamento ações

futuras, artigos de jornais e revistas entrevistas, resumos, reportagens,seções de

aconselhamento, pesquisas, ideais ou ambições da ciência.

• Textos informativos de caráter históricos ou científicos.

• Levantar em sala de aula os tipos de texto que mais agradam aos alunos.

• Apresentar textos para escolha dos alunos.

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• Elaborar atividades de pré-leitura e de compreensão geral do texto, focalizando aspectos

mais amplos de sua produção.

Pré-leitura

• Apresentar o tema e estimular o interesse dos alunos.

• Dar aos alunos um motivo para a leitura de um texto, relacionando com a vida real.

• Oferecer apoio em relação aos itens lingüísticos, de modo que possam entender os

pontos-chave.

Leitura

• Ajudar a entender o propósito do autor.

• Ajudar a entender os aspectos lingüísticos.

• Esclarecer o conteúdo.

• Identificar cognatos.

• Utilizar recursos visuais e palavras conhecidas.

• Estabelecer relações lógicas.

• Compreender definições.

Pós-leitura

• Relacionar o conteúdo com o conhecimento ou a experiência do próprio aluno.

• Elaborar atividades complementares

LISTENING

Pré-listening

• Preparar os alunos para o que vão ouvir, destacando o que sabem sobre o tema, trazendo

gravuras ou outros estímulos visuais ou escritos.

• Oferecer diferentes tipos de texto oral, sempre respeitando a idade e a necessidade dos

alunos, como propagandas de pontos turísticos, diálogos e descrições.

Listening

• Solicitar sempre que identifiquem informação específica através de exercícios de ouvir e

anotar, ouvir e fazer, ouvir e falar ou apenas ouvir.

• Abrir espaços para que tragam músicas que gostem, para ouvir, entender e cantar.

Post-listening

• Estender o enfoque do assunto ou da linguagem à prática do aluno.

WRITING

• Escrever diálogos

• Escrever narrativas

• Escrever anúncios e cartazes

• Preencher formulários

• Descrever ações em narrativas

CONTEÚDOS COMPLEMENTARES

• Agenda 21

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• Cultura Afro

• Educação Fiscal

Esses conteúdos serão readaptados para a língua inglesa, de forma a contemplar, o discurso, seus

instrumentos, seus processos de construção. Já que estes temas são atuais e necessários serem

vistos dentro da esfera não apenas nacional, mas global. Estas são propostas que pode ou não

serem alteradas de acordo com as transformações históricas da sociedade, lembrando que a

informação se movimenta e por isso mesmo torna-se complexo trabalhar apenas isto ou aquilo.

Há materiais extensos que possibilitem estarmos olhando para a nova ordem mundial, suas

exigências e o que pensam os poderes constituídos não apenas em nosso país mas no mundo.

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4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Dentro da perspectiva da Pedagogia Histórico Crítica o ensino de língua estrangeira assume

uma abordagem sociointeracionista. Esta teoria é orientada pelas contribuições dos teóricos

russos do Círculo de Bakhtin – Voloshinov, Medvedev e Bakhtin – que a partir de uma concepção

interacionista definem a linguagem. Em suas teorias o conceito de língua é mais que um conjunto

de normas e formas, mais que uma manifestação psíquica individual; a língua é entendida como

uma produção construída nas interações sociais, marcadamente dialogistas. É um espaço de

construções discursivas inseparáveis das comunidades interpretativas que as constroem e que

são por ela construídas. É na língua que se percebe, se entende e se constrói a realidade.

Apresentar ao aluno apenas o discurso que tenta explicar o funcionamento da língua e as

regras formais de gramática é muito pouco. Ao trabalhar exclusivamente com esse discurso

pedagógico, a escola apresenta ao aluno uma realidade lingüística que não corresponde à

realidade cotidiana cultural dos países que vivenciam a LEM. É preciso trabalhar a língua

enquanto discurso – entendido como prática social significativa - (oral e/ou escrito)pois, como

afirma Voloshinov: “...o essencial na tarefa de decodificação não consiste em reconhecer a forma

utilizada, mas compreendê-la num contexto concreto preciso, compreender sua significação numa

enunciação particular.”(VOLOSHINOV, 1992). Portanto, é preciso proporcionar ao aluno uma

prática significativa, na qual ele tenha acesso a discursos variados, orais e escritos, na LEM e com

a qual possa se sentir inserido numa determinada realidade e capaz de interagir com ela, só

assim ele terá a possibilidade de ampliar seu conhecimento de mundo e desenvolver seu espírito

crítico com relação ao outro e a si mesmo.

Ao interagir com outras culturas através da LEM, o aluno deverá ser capaz de perceber a

língua como algo que constrói e é construído por uma determinada comunidade, constatar que

língua e cultura são indissociáveis, perceber a diversidade cultural, ter oportunidade de contrastar

outras culturas com a sua própria, afirmando assim a sua identidade cultural e, até mesmo

modificando-a a partir do contato com a(s) outra(s).

Partindo dessa perspectiva, a função do professor de LEM é proporcionar subsídios para

que seus alunos sejam capazes de atribuir e produzir significados na língua meta. O professor de

LEM precisa estar consciente de que ensinar uma língua não é apenas ensinar estruturas

consideradas fundamentais em sua prática de ensino mas, ir além das questões lingüísticas

incluindo questões culturais e extralingüísticas. Como a LEM no ensino médio é orientada no

sentido da formação integral do aluno será, necessariamente, articulada com as demais

disciplinas do currículo, objetivando desenvolver formas de pensamento relacionando os vários

conhecimentos. Isso não significa obrigatoriamente desenvolver projetos envolvendo inúmeras

disciplinas, mas fazer com que o aluno perceba que conteúdos de disciplinas distintas podem

muitas vezes estar relacionados, por exemplo: variação lingüística existe tanto na LEM como na

língua materna, a literatura inevitavelmente estará relacionada à história ou, os costumes

alimentares ou de vestuário de uma comunidade são influenciados pela sua localização

geográfica.

Segundo Volpi (2001), o professor de língua estrangeira se limitava à simples aplicação de

um método ou de um material didático previamente elaborado e a transmitir seus conhecimentos

a partir de decisões tomadas sem a sua participação e embasadas em teorias lingüísticas

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desconhecidas por ele. Em uma nova visão da função docente, o professor precisa ser um

indivíduo consciente de que não é detentor de todo o saber, de que o conhecimento representa

um desafio permanente às suas crenças e convicções e de que a sua responsabilidade não se

limita à transmissão de informações, mas deve atender a funções sociais mais abrangentes.

O professor deve levar o aluno a olhar para o texto de modo diferente proporcionando

atividades reflexivas que o façam perceber qual a intenção do autor, qual a carga de

informatividade, qual o formato de texto, quais instrumentos argumentativos se fizeram

necessários, que princípios éticos estão envolvidos na articulação do discurso. É preciso que o

aluno se posicione em relação aos textos, compare a sua realidade com a realidade construída

nos textos. A leitura tem espaço previlegiado na sala de aula, mas o professor deve integrar as

habilidades de escrever, falar e ouvir também. Abrir espaços para que discursos de caráter orais

possam ser vinculados na sala de aula como textos de música, trechos de diálogos de filmes,

discursos e entrevistas em áudio, ou outros com a finalidade de perceber a trama dos diálogos,

das falas ou intenções: as idéias que vão se estabelecendo na produção da oralidade.

Motivar o aluno e proporcionar momentos para que possa se expressar utilizando a língua

alvo, se fazer entender com possível produtor de discursos, utilizando instrumentos lingüísticos

apropriados, tanto para atividades orais como escritas. Estas produções devem ter a finalidade

ou propósito não apenas de ser avaliado, mas de se fazer entender, de se reconhecer como

construtor de sentidos e principalmente de se sentir compreendido. Estas estruturas de fala

devem ser negociadas, o professor deve estar aberto para atender as necessidades na medida

em que elas forem surgindo.

Para uma proposta de Inclusão e diversidade a metodologia não pode ser apoiada na

homogeneidade de formas de trabalhar que exijam de todos o mesmo.

Diversificar estratégias e ritmos de aprendizagem, propor atividades variadas, trabalhar em

torno de projetos adequados às possibilidades de cada um. Para que todos alcancem o domínio

básico em grau aceitável, necessariamente deverá ser empregado mais tempo e recursos para

alguns do que para outros.

Acolher as diversidades nas práticas educativas é um trabalho complexo. O importante é

que a medida adotada colabore para ampliar o nível de conhecimento do estudante que sempre

possa obter algum proveito do que faça seja qual for o nível de competência do qual parta.

A efetivação desses avanços e progressos depende da sensibilidade e dedicação dos

envolvidos na educação.

Enfim é preciso primar para que “todos tenham um transcurso contínuo e progressivo neste

estabelecimento de Ensino com a apresentação de resultados efetivos de aprendizagem,

assegurando-lhes a possibilidade de participação plena na vida social em igualdade de condições.

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5- AVALIAÇÃO

A avaliação deve estar presente em todo o processo de ensino-aprendizagem e contribuir

tanto para a construção de saberes quanto para reflexão da prática do professor. Deve ser

contínua e cumulativa, muito mais qualitativa do que quantitativa.

A prática dela deve levar a uma reflexão sobre a metodologia e o alcance dos objetivos

propostos. Deve levar o aluno a desenvolver sua capacidade de pensar, analisar, pesquisar e

criar. As atividades avaliativas devem ser contextualizadas e estar de acordo com os conteúdos

desenvolvidos.

Toda a capacidade de produção do aluno na sala de aula bem como os trabalhos de

pesquisa, sua articulação da língua via escrita ou oralidade e a sua capacidade de compreensão

tanto oral, quanto escrita deve ser acompanhada e se não bem processada pelo aluno deve ser

retomada.

Deve-se ter certeza de que o aluno realmente conseguiu construir sentidos na língua alvo

através de provas escritas, realização de pesquisa e exposição de idéias e impressões.

Através de atividades de compreensão de texto o professor deve verificar como o aluno se

posiciona, se domina os conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais.

Através das atividades de produção deve-se observar a capacidade do aluno de fazer uso

dela nos mais diversos aspectos dos conhecimentos trabalhados em sala de aula.

5.1 Critérios de Avaliação

Leitura e compreensão oral

- Exercícios de compreensão de texto e posicionamento crítico.

- Capacidade de perceber a intencionalidade do autor através dos mais variados discursos e

tipologias textuais.

Produção oral e escrita

Com relação a produção escrita é importante avaliar a capacidade do aluno de utilizar a

língua observando alguns aspectos lingüísticos e discursivos.

A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir para a

construção de saberes.

A lei de diretrizes e bases de 1996 determina que a avaliação seja continua e cumulativa e

que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos.

Servirá, principalmente, para que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas

aulas de acordo com as necessidades de seus alunos. É através dela que é possível perceber

quais são os conhecimentos – lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais- e as

praticas- leitura, escrita ou oralidade- que ainda não foram suficientemente trabalhados e que

precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os

discursos em língua estrangeira.

Quanto ao currículo inclusivo, nessa disciplina se pode reafirmar que as práticas avaliativas

devem estar fundamentadas na diversidade e partir de diagnósticos para reconhecê-las e

valorizá-las a fim de estabelecer diálogos pedagógicos mais reflexivos e de uma prática

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diversificada também nos critérios e na organização didática das tarefas em que todos não sejam

obrigados a fazer as mesmas coisas.

Para estudantes com necessidades muito específicas um recurso viável a ser utilizado é

oferecer opções para situações pontuais, ou seja, materiais opcionais pré-elaborados para as

necessidades particulares (na medida do possível). Sempre cuidando para que esses critérios ou

atividades permitam que cada estudante se encontre em condições propícias, seja qual forma for

o seu ritmo.

Somente quando for constatado que houve avanço, aproveitamento, isto é quando nossa

Escola for promotora de todos é que realmente iremos sustentar a proposta de Educação

Inclusiva.

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6- REFERÊNCIA:

- DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRAGEIRA MODERNA PARA O ENSINO MÉDIO, julho

2006. versão preliminar MOITA Lopes, Luiz Paulo. A nova ordem mundial, os parâmetros

curriculares nacionais e o ensino de inglês no Brasil: a base intelectual para uma nova

ação política in BARBARA, L, Ramos R. C. O ( Org) Reflexões e ações no ensino-aprendizagem da

línguas. Campinas: Mercado de Letras. 2003

- SARMENTO, S. Aspectos Culturais Presentes no Ensino de Língua Inglesa. I MULLER, V;

Sarmento, S. O Ensino do Inglês com Língua Estrangeira: estudos e reflexões. Porto

Alegre: APIRS, 2004

- LEFFA, V J. Metodologias de ensino de línguas. In: BOHN, H. I.; VANDRESEN, P. Tópicos em

lingüística aplicada: O ensino de línguas estrangeiras.Florianópolis. Ed. Da UFSCA, 1988

- GIMENEZ – “Eles comem cornflakes, nós comemos pão com manteiga”: espaços para reflexão

sobre a cultura na aula de língua estrangeira. Texto apresentado durante palestra de abertura

proferida no IXEPLE, em 04 de outubro de 2001.

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA

SOCIOLOGIA

ENGENHEIRO BELTRÃO-2007

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COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO

ÁREA DO CONHECIMENTO – SOCIOLOGIA

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Sociologia originou-se, em grande parte, de uma ambição filosófica: explicar o

desenvolvimento da história humana e as crises sociais do século XIX na Europa.

Voltando um pouco mais longe no tempo, observa-se que os sofistas gregos contribuíram

indiretamente para o surgimento da Sociologia, pois abriram caminho para o entendimento da

ordem social como domínio regido por princípios específicos, apontado para a existência de leis

sociais reconhecidas como produto do próprio homem e independentes de fatores sobrenaturais.

Os primeiros pensamentos sobre o assunto não obtiveram êxito, pois não se alicerçavam na

investigação científica dos fenômenos. Esses pensamentos baseavam-se mais na especulação,

recorrendo, por exemplo, a deuses e heróis para explicar os fenômenos sociais, cuja explicação,

até a Idade Média e início da Idade Moderna, foi muito calcada na Filosofia e na Religião.

No século XVI, a igreja, por meio da autoridade do Papa, entrou em conflito com os

protestantes, gerando a Reforma Protestante. Após esse processo, houve maior desenvolvimento

dos pensadores deste campo de ação como, por exemplo, Galileu Galilei, Francis Bacon, René

Descartes e Isaac Newton.

Somente no século XVI surgiram escritores que trataram os problemas da vida em nível

mais realista, com Maquiavel, com O Princípe; Tomas Morus, com Utopia; Tomaso Campanella,

com Cidade do Sol; e Francis Bacon, com Nova Atlântica. Mais tarde, obras básicas deram grande

contribuição ao desenvolvimento das Ciências Sócias, como: Elogia a Loucura, de Erasmo de

Roterdã; e O Leviatã de tomas Hobbes.

O Príncipe, de Maquiavel, publicada em 1513, retrata uma discussão objetiva do Estado e

da arte de governar; Utopia, de Tomas Morus, publicado em 1515, retrata uma ordem social ideal,

descrevendo um Estado perfeito no qual os problemas enfrentados pela sociedade tiveram

solução; O Espírito das Leis, de Montesquieu, faz uma análise do papel desempenhando por

certos fatores externos na vida das pessoas; A Nova Ciência, de Giambattista Vico, enfatiza que a

sociedade é subordinada a leis definidas que podem ser descobertas pelo estudo e pela

observação; e O Contrato Social, de Jean-Jacques Rousseau, já no século XVIII, considera o Estado

natural e basicamente selvagem sem o homem, ficando ratificada a importância e influência da

sociedade na vida do indivíduo.

No século XIX, o movimento de pensamento que deu condições para a gênese da

Sociologia era alicerçado em duas correntes: organicismo e positivismo. A primeira era idealista e

contra e empirismo(preocupava-se com a teoria); já a segunda era basicamente

empírica(preocupava-se com o método), por isso elas se completavam.

A pré-história da Sociologia pode ser compreendida entre 1750 e 1850, uma etapa de 100

anos que engloba parte do século XVIII e parte do século XIX.

No século XIX, Augusto Comte, Herbert Spencer, Gabriel Tarde e, principalmente, Émile

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Durkheim, Max weber e karl Marx investigaram os fenômenos sociais com uma visão totalmente

científica.

Com esses pensadores, a Sociologia, em sua nova dimensão, tem como propósito essencial

o tratamento objetivo e científico da sociedade e a geração dos problemas sociais em sua

acepção mais global. Ela surgiu sob dois campos de atuação: sob o ponto de vista teórico e sob o

ponto de vista prático.

A Sociologia pode ser dividida em quatro grandes etapas: de 1839 a 1875, com os

trabalhos de Comte e Spencer; o final do século XIX; os primeiros 25 anos do século XX; e até os

dias de hoje,caracterizada pela essência do vasto campo de proposições empíricas.

A Sociologia surgiu no contexto de duas importantes revoluções: a Revolução Francesa, em

1789, e a Revolução Industrial, no século XIX. Essas revoluções são marcos da passagem de

sociedade tradicional pré-capitalista para a sociedade moderna, fato que provocou intensas e

profundas mudanças sociais.

A Sociologia surgiu para compreender esses fenômenos sociais que alteraram

definitivamente o comportamento da sociedade. Ela estuda as relações sociais e a formas de

associação, considerando as interações que ocorrem na vida em sociedade. Abrange, portanto, o

estudo dos grupos sociais;dos fatos sociais; da divisão da sociedade em camadas; da mobilidade

social; dos processos de cooperação, competição e conflito na sociedade.

Em 1887, após muitos impedimentos, a Sociologia foi, enfim, elevada oficialmente à

categoria de ciência. No sentido amplo de estudo da sociedade, a denominação de ciência foi

utilizada pela primeira vez em 24 de dezembro de 1824. Considerando essa data como marco, a

Sociologia como ciência tem, então, quase dois séculos de existência.

Os maiores teóricos da Sociologia foram Émile Durkheim, Max Weber e Karl Marx.

A evolução da Sociologia foi caracterizada por esses pensadores, mas houve outros,

também de grande importância, como Saint Simon; Herbert Spencer; L. T. Hobhouse; Simmel; Von

Wiese, Ferdinand Tonnies; Gabriel Tarde e Pareto.

Esse estudo da sociedade hoje divide-se em diversas ares, entre elas:

• Sociologia Política – analisa as bases sociais do poder em todos os setores institucionais da

sociedade, as implicações de caráter social de movimentos políticos, bem como o

desenvolvimento e funções do governo e do Estado.

• Sociologia da Religião – estuda a natureza do fenômeno social religioso como componente

da estrutura das relações sociais.

• Sociologia da Arte – estuda as relações entre as diversas manifestações artísticas e as

características das sociedades em que elas ocorrem.

A Sociologia volta-se, em todo o tempo, para os problemas que nós enfrentamos no a dia-a-

dia de nossos vidas em sociedade. Ela pretende ser um conhecimento científico sobre a

realidade social e, enquanto tal, visa a estabelecer teorias, bem como confrontá-las com a

realidade.

Quando se coloca numa posição crítica, a Sociologia incomoda muito, pois, como toda

ciência, revela coisas ocultas. Quem oculta, não deseja que os segredos sejam colocados a

público. Essas “coisas”, ao serem esclarecidas de alguma forma, podem perturbar uma série

de interesses ou mesmo concepções, explicações e até convicções.

Uma das preocupações de quem ensina Sociologia é formar indivíduos autônomos, que

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se transformem em pensadores independentes, que tenham a capacidade de analisar o

noticiário, as novelas da TV, os programas do dia-a-dia e as entrevistas das autoridades,

percebendo os engodos e falácias presentes nesses discursos e quem eles efetivamente

representam.

Assim, os professores dessa matéria pretendem que os indivíduos tenham a capacidade

de ler um jornal ou um livro e formar seu próprio pensamento e julgamento sobre os fatos.

Querem, também, que se tenha a capacidade de fazer as próprias perguntas para alcançar um

conhecimento mais preciso da realidade em que vivemos e ao mesmo tempo criar uma

hostilidade às explicações fáceis e simplistas.

A busca principal é pelo desenvolvimento de uma imaginação sociológica, isto é,a

capacidade de analisar nosso cotidiano e ver as relações existentes com situações mais

amplas que nos condicionam e nos limitam, mas que explicam o que acontece com nossas

vidas. Usando uma metáfora, pode-se dizer que o objetivo da Sociologia é fazer com que as

pessoas possam ver e analisar o bosque e as árvores ao mesmo tempo.

Pelas razões acima expostas é que batalhamos por longos anos para que a Sociologia

voltasse obrigatoriamente às escolas de Ensino Médio do país, pois desde a década de 1940

isso não acontecia. Agora que ela será obrigatória, a partir de 2007, é nosso propósito que

esta disciplina seja ministrada com qualidade e para isso é necessário o empenho de todos,

professores qualificados e alunos exigentes, nesta nova caminhada em busca de uma melhor

educação para este país.

Diante da realidade contemporânea não há mais espaço para discussões pretensamente

neutras da Sociologia do século XIX. A sociologia no presente tem o papel histórico que vai

muito além da leitura e explicações teóricas da sociedade. Não cabem mais explicações e

compreensões das normas sociais e institucionais, para a melhor adequação social, ou mesmo

para a mera crítica social, mas sim a desconstrução e a desnaturalização do social no sentido

de sua transformação. Os grandes problemas que vivemos hoje, provenientes do acirramento

das forças do capitalismo mundial e do desenvolvimento industrial desenfreado, entre outras

causas, exigem indivíduos capazes de romper com a lógica neoliberal da destruição social e

planetária. È tarefa inadiável da escola e da sociologia a formação de novos valores, de uma

ética e de novas práticas sociais que apontem para a possibilidade de construção de novas

relações sociais.

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2- OBJETIVOS GERAIS

• Promover o conhecimento das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em

grupos bem como as relações que se estabelecem no interior e entre esses diferentes

grupos.

• Ter acesso a conhecimentos elaborados de forma rigorosa, complexa e crítica, acerca da

realidade social na qual está inserido.

• Estabelecer questionamento que descortine as desigualdades e as diversidades.

• Resgatar dialeticamente o movimento do real e do pensado a partir dos grupos e classe

que compõem a maioria do povo brasileiro.

• Desenvolver compreensão crítica através de um saber sistematizado da trama das relações

sociais de classe, gênero e etnia, na qual os sujeitos da sociedade capitalista neoliberal

estão inseridos.

• Fornecer conhecimentos teóricos aos alunos para que possam melhor compreender e

transformar o mundo atual.

• Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos, e conseqüentemente a agir nas

diversas instâncias sociais, implicando numa atitude ativa e participativa.

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3- CONTEÚDOS

O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas

1. O surgimento da Sociologia

2. As teorias sociológicas na compreensão do presente

3. A produção sociológica brasileira

O Processo de Socialização e as Instituições Sociais

1. A instituição Escolar

2. A instituição Religiosa

3. A instituição Familiar

Cultura e Indústria Cultural

1. Cultura ou culturas: uma contribuição antropológica

2. Diversidade Cultural Brasileira

3. Cultura: criação ou apropriação?

Trabalho, Produção e Classes Sociais.

1. O processo de trabalho e a desigualdade social

2. A questão da pobreza

3. Globalização

Poder, Política e Ideologia

1. Ideologia

2. Formação do Estado Moderno

Direito, Cidadania e Movimentos Sociais

1. Movimentos Sociais

2. Movimentos Agrários no Brasil

3. Movimento Estudantil

4. A Violência Humana

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4- METODOLOGIA DA DISCIPLINA

No ensino de Sociologia é fundamental a utilização de múltiplos instrumentos

metodológicos, os quais devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a leitura e

esclarecimento do significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários),

a análise, a discussão, a pesquisa de campo e bibliografia ou outros. Os encaminhamentos

metodológicos e o processo de avaliação também devem estar relacionados à própria

construção histórica da Sociologia crítica, caracterizada portanto por posturas teóricas e práticas

favorecedoras ao desenvolvimento de uma pensamento criativo e instigante.

O aluno do Ensino Médio deve ser colocado como sujeito de seu aprendizado, não importa

que o encaminhamento seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo, ou a análise de filmes, mas

importa que o aluno esteja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever

conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes.

Dentre outros, dois encaminhamentos metodológicos são próprios do conhecimento

sociológico: a pesquisa de campo e o uso de recursos áudio-visuais, especialmente, vídeos e

filmes.

A pesquisa de campo deve ser iniciada a partir da discussão com o grupo de alunos para

a definição do tema a ser pesquisado e do enfoque ou recorte a ser privilegiado; em seguida

deverá ser elaborado um pré-projeto de pesquisa, a partir de uma revisão bibliográfica, da

elaboração de um roteiro de observação e/ou de entrevistas, ida à campo para levantamento

dos dados, organização dosdados coletados, confecção de tabelas ou gráficos, e se necessária

a interpretação dos mesmos e finalmente a análise e a articulação com a teoria.

Um filme deve ser entendido também com “texto”, e como tal deve passível de uma

“leitura” pelo aluno, pois o cinema e a TV são dotados de linguagem próprias e compreendê-

los não significa apenas apreciar imagens e sons. É preciso que o professor proponha uma

“leitura” reflexiva, inserida em um determinado contexto. Portanto alguns passos devem ser

seguidos: escolha do filme que não deve atender somente aos interesses do conteúdo, mas

também à faixa etária e o repertório cultural do aluno; discussão da ficha técnica do filme;

elaboração de um roteiro que contemple aspectos fundamentais para o conteúdo em estudo;

exibição do filme; discussão e articulação das temáticas contempladas com a teoria

sociológica; sistematização através da produção de texto ou utilização de outra

linguagem(visual, musical, literária).

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AVALIAÇÃO

A avaliação no âmbito do ensino da Sociologia, deve perpassar todas as atividades

relacionadas à disciplina, portanto necessita de uma tratamento metódico e sistemático. Deve ser

pensada e elaborada de forma transparente e coletiva, ou seja, seus critérios devem ser

debatidos, criticados e acompanhados por todos os envolvidos pela disciplina. A apreensão de

alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social; a capacidade de

argumentação fundamentada teoricamente; a clareza e coerência na exposição das idéias, seja

no texto oral ou escrito, são alguns critérios possíveis de serem verificados no decorrer do curso.

Também a mudança na forma de olhar para os problemas sociais assim como iniciativa e a

autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, que rompam com acomodação e o senso

comum, são dados que informarão aos professores, o alcance e a importância de seu trabalho no

cotidiano de seus alunos.

As formas de avaliação em sociologia portanto, acompanham as próprias práticas de ensino

e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates, que acompanham os textos

ou filmes, seja a participação nas pesquisas de campo, seja a produção de textos que

demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, enfim várias podem ser as formas,

desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende

atingir, no sentido da apreensão/compreensão dos conteúdos pelo aluno.

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6- REFERÊNCIA:

COSTA,Cristina. Sociologia, Introdução à Ciência da Sociedade, São Paulo, Moderna, 1997.

CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Brasiliense, 1980.

COMTE, A. Sociologia. São Paulo:Ática, 1978.

DURKHEIM, E. Educação e sociologia. 6 ed. São Paulo: Melhoramentos, 1965.

MARX, K. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

ROUSSEAU, J. J. Do contrato social. São Paulo: Nova Cultural, 1999.v.1.

WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.

GIDDENS , Anthony, Sociologia. Artmed

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ –

SOCIOLOGIA.

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ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

RESOLUÇÃO Nº 1.968/82

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso das aribuições que lhe foram delegadas pelo Art. 1º, inciso V, letra d do Decreto nº 3.037, de 09 de outubro de 1980, e tendo em vista o disposto no Art. 80 da Deliberação nº/80, do Conselho Estadual de Educação.

RESOLVE

Art. 1º - Fica reconhecido o curso de 2º Grau – Regular, com as habilitações plenas: Magistério e Contabilidade, do Colégio Padre Antonio Vieira – Ensino de 1º e 2º Graus, no município de Engenheiro Beltrão.

Art. 2º - Em decorrência do disposto no artigo anterior, fica reconehcido o Colégio Padre Antonio Vieira – Endino de 1º e 2º Graus, de Engenheiro Beltrão, mantido pelo Governo do Estado do Paraná

Art. 3º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, em 22 de julho de 1982.

IRAN MARTIN SANCHESSecretário de Estado da Educação

PUBLICADO NO D.O.E. Nº 1348 EM 05/08/1982

Cópia fiel do documento original que está aquivado no Colégio.

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NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃOSETOR DE ESTRUTURA E FUNICIONAMENTO

CAMPO MOURÃO – PARANÁ

ATO ADMINISTRATIVO Nº 090/2003

A Chefia do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão, no uso de atribuições que lhe foram confiadas por Lei e, em obediência aos parâmetros estabelecidos pela Resolução nº 2122/2000 – SEED.

RESOLVE:

Art. 1º - Homologar o Parecer nº 065/2003 de 08/05/2003, emitido pelo Setor de Estrutura e Funcionamento do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão, resultado da análise da Proposta de Regiemnto Escolar.

Art. 2º - Aprovar o Regimento Escolar do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino Médio, do município de Engenheiro Beltrão – Paraná.

Art. 3º - Este ATO entra em vigor nesta data, revogando-se as disposições em contrário.

Campo Mourão. NRE/SEF, 08 de maio de 2003.

Professor João Luiz ConradoChefe do NRE. Dec 179/03

Cópia fiel do documento original que está arquivado no Colégio.

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NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃOSETOR DE ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO

CAMPO MOURÃO – PARANÁ

ATO ADMINISTRATIVO Nº 323/2005

A chefia do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão, com fundamento no disposto no artigo 1º da Resolução nº 2124/2005, DOE de 15.08.2005, e nos estritos termos das normas estampadas na Deliberação 016/99, do Conselho Estadual de Educação,

RESOLVE

Art. 1º APROVAR a alteração dos membros do Conselho Escolar aprovados pelo Parecer nº 031/00 e Ato Administrativo nº 095/2000 de 12 de junho de 2000, do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino Médio, do município de Engenheiro Beltrão – Pr.

Art. 2º - HOMOLOGAR os nomes de:Eiridan Viana PereiraAldeir LopesFátima A. Chiminello ReisVerônica LopesCleuza CoresmaRenan Vinicius RosolenLeandro Batista DagustinMaria Angelina Ruzzon PereiraVilson GainoMaurílio Lima

Para comporem a partir de setembro de 2005, o Conselho Escolar do referido Estabelecimento.

Art. 3º - Este Ato entrará em vigor na presente dada, revogadas as disposições em contrário.

Campo Mourão, 29 de setembro de 2005.

Professor João Luiz ConradoChefe do NRE-Dec. 179/03

Cópia fiel do documento original, que faz parte do arquivo da escola

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ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL DOS ESTUDANTES PARA A ELEIÇÃO E POSSE DA DIRETORIA DO GRÊMIO ESTUDANTIL DO COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO

MÉDIO

Aos dois dias do mês de Dezembro de dois mil e cinco, sito a Rua Duque de Caxias, 431, foi dado início a eleição para a escolha do Grêmio Estudantil do Colégio Padre Antonio Vieira – Ensino Médio. A eleição foi feita por meio do voto direto e secreto, em cédulas de papel, contando com duzentos e cinqüenta e cinco votantes, além da Diretoria do Grêmio Estudantil, Conselho Fiscal e seus suplentes. Duas chapas foram apresentadas, sendo a chapa um em cabeçada por Leandro Pacheco Leite e a chapa três tendo como líder Nathany Nayany Rodrigues.A eleição iniciou-se às oito horas (08:00) e terminou às vinte e uma horas (21:00) no Salão Nobre do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino Médio, a mesa 01 foi composta pelos mesários: Sonia Maria Magni da Silva – presidente, Marlene Aparecida Vieira Milani – secretária, Elias Rigamonte – Membro e a a mesa 02 foi composta pelos mesários: Aldeir Lopes – presidente, Fatima Aparecida Chiminello – secretária, Tiago José de Moraes – Membro.. Encerrada a votação, iniciou-se logo a seguir a apuração dos votos, pelos componentes da mesa escrutinadora, composta pelos elementos: Marlene Aparecida Vieira Milani (Presidente da Mesa), Gislaine da Silva Lopes e Larissa Parolin Grego (escrutinadores). O resultado foi o que segue: votos a favor da chapa um, cento e trinta e seis (136); votos a favor da chapa três, cento e oito (108); votos brancos: três (3); votos nulos: oito (8). Anunciado o resultado da eleição da chapa um e três, foi dado como ganho a chapa um, cujos componentes são:Presidente: Leandro LeiteVice Presidente: Aline RodriguesSecretário Geral: Renan RosolemPrimeira Secretária: AlessandraTesoureiro Geral: Leandro DagostinPrimeiro Tesoureiro: Jéssica PinessoDiretor Social: Élvio FernandoVice Diretor Social: Lucas ZucchelloDiretor de Imprensa: Guilherme RavazziDiretor de Esporte: Jhonatan OmuraVice Diretor de Esporte: Rodolpho ZuffaDiretor Cultural: Danielle PetschVice Diretor Cultural: Emerson CoutoDiretor de Saúde e Meio Ambiente: Maurício SoaresSuplente: Gleidson FerreiraA posse desta diretoria, cujo mandato será de um (01) ano, conforme prevê o Estatuto do Grêmio, será realizada no dia quatorze de Dezembro de dois mil e cinco às vinte horas nas dependências do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira, durante um jantar de confraternização dos professores e funcionários, APMF e membros do Conselho Escolar.Nada mais havendo a constar, eu Marlene Aparecida Vieira Milani, secretária deste Estabelecimento de Ensino, lavrei a presente ata em livro próprio que vai assinada por mim e pelos membros da mesa receptora de votos e demais presentes.

Engenheiro Beltrão, 02 de Dezembro de 2005.____________________Leandro Pacheco Leite

Presidente

Cópia fiel extraída do Livro de Registro de Atas do Grêmio Estudantil , páginas 15 e 15v

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ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS DO COLÉGIO ESTADUAL PADRE ANTONIO VIEIRA – ENSINO MÉDIO.

ENGENHEIRO BELTRÃO – PARANÁ

ATA Nº 02/2005 - ELEIÇÃO APMF – CHAPA ÚNICA

Aos oito dias do mês de março de dois mil e cinco (08-03-05), realizou-se no Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino Médio, a eleição para a diretoria da Associação de Pais, Mestres e funcionários. Concorreu à eleição para a diretoria, a seguinte chapa, assim formada: CHAPA ÚNICA DA DIRETORIA DA APMF. – Presidente: Júlio Polido; Vice-presidente: Maria Helena Rodrigues Petsch; Secretária: Sônia Maria Magni da Silva ; Segunda Secretária: Marlene Aparecida Vieira Milani; Primeiro Tesoureiro: Ana Lucia Florêncio Caíres; Segundo Tesoureiro: Maria Angelina Ruzzon Pereira; Diretor Social:Rosangela Pagliarini; Diretor Cultural: Gilberto Aparecido Ferreira e Roberto Rodrigues Chaves; Diretor de Esportes: Valdir Hermes da Silva; Conselho Fiscal: Aldeir Lopes, Diva Selma Sontag do Reis, Amarildo Pezente; Suplentes: Divino Aparecido Barbosa, Fátima Morisco da Silva, Tarciso Paulino Rodrigues e Pascoal Faria. Compareceram a eleição sessenta e sete (67) votantes e assinaram em livro próprio. A eleição iniciou-se às vinte horas (19:30 h) no Salão Nobre do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino Médio, composta pelos mesários: Aldeir Lopes – presidente, Fátima Aparecida Chiminello Reis – secretária, Diva Selma Sontag dos Reis – Membro. Encerrada a votação, iniciou-se logo a seguir a apuração dos votos, pelos componentes da mesa escrutinadora, composta pelos elementos: Christina Samsel (Presidente da Mesa), Tereza Acutu e Armelindo Cortes dos Reis (escrutinadores). O resultado foi o que segue: votos a favor: sessenta e sete (67); votos brancos: zero (0); votos nulos: zero (0). Anunciado o resultado da eleição da chapa única, foi dado posse imediata a sua diretoria, cujo mandato será de dois (02) anos, conforme prevê o Estatuto da Associação. Nada mais havendo a constar, eu Sônia Maria Magni da Silva, secretária desta Associação, lavrei a presente ata em livro próprio que vai assinada por mim e pelos membros da mesa receptora de votos e demais presentes.

Engenheiro Beltrão, 08 de Março de 2005.

____________________________ Júlio Polido

Presidente

Cópia fiel extraída do Livro de Registro de Atas da APMF, página 12, 12V e 13 e 13VColégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino Médio

Engenheiro Beltrão – Paraná

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Ata de Reunião para Aprovação do Projeto Político Pedagógico

Aos quatorze dias do mês de novembro de dois mil e cinco (14-11-2005), às 19H e 30 m, reuniram-se em uma das salas do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira sob a presidência da Diretora do Estabelecimento, a professora Eiridan Viana Pereira, os membros do Conselho Escolar, onde a pauta prevista era especificamente a apresentação do registro escrito e conteúdo do Projeto Político Pedagógico para leitura, análise e aprovação. Após realização da leitura, análise e aprovação. Após realização da leitura em pequenos grupos foi discutido e considerado uma proposta viável na sua aplicação e flexível para possíveis mudanças, reajustes durante sua execução. Por acreditar estar ali o que de melhor atende às necessidades de nossa escola foi aprovado por todos os presentes o referido Projeto, para constar lavrou-se a presente ata que será assinada por todos os componentes deste conselho:

Cópia fiel extraído do Livro de Registro de Atas do Colégio.

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Colégio Estadual Padre Antonio Vieira – Ensino MédioEngenheiro Beltrão – Paraná

Ata de Reunião para Aprovação da Proposta Pedagógico Curricular

Aos quinze dias do mês de marçlo de dois mil e sete, às 19h e 30m, reuniram-se em uma das salas do Colégio Estadual Padre Antonio Vieira sob a presidência da Diretora do Estabelecimento, a professora Eiridan Viana Pereira, os membros do Conselho Escolar, onde a pauta prevista é a apresetação da Proposta Pedagógica para leitura, análise e aprovação. Após realização da leitura e sendo considerada a Proposta viável na sua aplicação e flexível a possíveis mudanças e reajustes durante sua execução, atendendo às necessidades da nossa Escola, foi aprovada por todos os presentes a Proposta Pedagógico Curricular. Para constar lavrou-se a presente ata que será assinada por todos os componestes deste Coselho Escolar.

Cópia fiel extraído do Livro de Registro de Atas do Colégio.

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