colégio estadual dario vellozo · existe um método científico universal histórico. ......
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INTERVENÇÃO DO PIBID
BOLSISTA: José Luiz Giombelli Mariani
SUPERVISOR: André Luiz Reolon
ORIENTADOR: Douglas Antônio Bassani
Colégio Estadual Dario
Vellozo
PAUL FEYERABEND
Nasceu em Viena, 13 de janeiro de 1924,
foi um filósofo da ciência austríaco que
viveu em diversos países como Reino
Unido, Estados Unidos, Nova
Zelândia, Itália e Suíça. Tornou-se
famoso pela sua visão anarquista da
ciência e por sua suposta rejeição da
existência de regras metodológicas
universais. É uma figura influente
na filosofia da ciência, e também na
sociologia do conhecimento
científico. Faleceu no dia 11 de fevereiro
de 1994, em sua casa em Zurique, vítima
de um tumor cerebral.
Feyerabend mostra contra-exemplo de que
a (boa) ciência opera de acordo com um
certo método fixo. Ele examina alguns
exemplos de episódios da ciência que são
geralmente relacionados como instâncias
inegáveis de progresso e mostra como todas
as regras prescritivas comuns da ciência
são violadas nestas circunstâncias, um
exemplo fora mostrado no vídeo inicial,
como Galileu Galilei foi audacioso em ir
contra a física aristótelica, quebrando o
método ainda então vigente.
Sua principal obra chama-se
“Contra o Método”, e seus
principais conceitos são:
Anarquismo epistemológico;
pluralismo metodológico;
contra-regra;
contra-indução;
tudo-vale
ALGUNS PONTOS DO
PENSAMENTO DE
FEYERABEND
Feyerabend foi orientando de
Popper, mas em grande parte de
sua obra o critica, considerando-o um
racionalista.
Suas principais obras nas quais
está presente tais críticas
são “Matando o Tempo” e “Contra
o Método”.
De acordo com o seu pensamento, não
existe um método científico universal
histórico. Ele critica abertamente o
método científico.
Rejeita a existência de regras
universais, defende a violação dessas
regras metodológicas, este conceito
ficou conhecido como: contra regra
Na verdade, afirma que o avanço da
ciência se dá ao se violar as regras
metodológicas impostas.
Se opõe a um princípio científico único, absoluto, a uma ordem inevitável, ou seja, à unicidade.
O anarquismo epistemológico, assim ficou estabelecido seu conceito, deve ser entendido como uma defesa a um pluralismo epistemológico, ou seja, contra um método único de se fazer ciência.
Defende um “tudo-vale”, ou seja, um radical pluralismo metodológico.
De acordo com Feyerabend, a única regra é a violação de todas as regras.
Fora declarado o inimigo número um da ciência, mas muitas universidades da época o queriam em seu corpo docente.
Sua epistemologia afirma que nenhuma teoria interessante pode ser consistente com todos os fatos.
Mostrou que o progresso da ciência é desigual.
Seu conceito de tudo-vale não deve ser
visto como um princípio destrutivo da
ciência, mas como um meta-
princípio, ou princípio de ordem
superior sob o qual haveria um inferior,
que seria o “nem tudo vale”;
Feyerabend defende abertamente a
contra-regra, ou seja, se a regra é a
indução, deve-se usar a contra-
indução, a qual incide na aceitação de
hipóteses alternativas.
Deve-se introduzir hipóteses,
mesmo quando essas não se
ajustam aos fatos considerados
consolidados.
Se opõe fervorosamente às
regras: (só aceitar hipóteses que
se ajustem a teorias
confirmadas; descartar hipóteses
que não se ajustem aos fatos
bem estabelecidos).
De acordo com a visão de Feyerabend, todas as teorias são falíveis por natureza.
Teorias devem sempre ser vistas como aproximações, e jamais como definições. Não se pode atingir a verdade, mas apenas se aproximar dela.
Progresso: trata-se de uma competição entre teorias, ou seja, um pluralismo teórico.
A ciência, de acordo com a abordagem fundamental de Feyerabend, é um modo de dar sentido a uma unidade desconhecida que é o mundo.
Chegou a propor um controle democrático da ciência, onde todos os cidadãos deveriam opinar sobre ela, de modo a ditarem os seus rumos de investigação.
A tarefa do cientista não é mais a de
buscar a verdade ou a de louvar a
Deus ou a de sistematizar
observações ou a de aperfeiçoar
previsões . Esses são apenas efeitos
colaterais de uma atividade para a
qual a sua atenção se dirige
diretamente e que é tornar forte o
argumento fraco, tal como disse o
sofista, para, desse modo, garantir o
movimento do todo
(Feyerabend: 1977, p.40-41).
QUESTÃO VESTIBULAR DA UNIOESTE 2013
“A ideia de conduzir os negócios da ciência com o
auxílio de um método que encerre princípios firmes,
imutáveis e incondicionalmente obrigatórios, vê-se
diante de considerável dificuldade, quando posta em
confronto com os resultados da pesquisa histórica.
Verificamos, fazendo um confronto, que não há uma só
regra, embora plausível e bem fundada na
epistemologia, que deixe de ser violada em algum
momento. Torna-se claro que tais violações não são
eventos acidentais, não são o resultado de
conhecimento insuficiente ou de desatenção que
poderia ter sido evitada. Percebemos, ao contrário, que
as violações são necessárias para o progresso.
Com efeito, um dos notáveis traços dos recentes debates travados em torno da história e da filosofia da ciência é a compreensão de que acontecimentos e desenvolvimentos tais como a invenção do atomismo na Antiguidade, a revolução copernicana, o surgimento do moderno atomismo (teoria cinética; teoria da dispersão; estereoquímica; teoria quântica), o aparecimento gradual da teoria ondulatória da luz só ocorreram porque alguns pensadores decidiram não se deixar limitar por certas regras metodológicas ‘óbvias’ ou porque involuntariamente as violaram.”
PAUL FEYERABEND
Considerando o texto
acima, que trata do método
na ciência, seguem as
afirmativas abaixo,
MARQUEM V PARA AS
VERDADEIRAS E F
PARA AS FALSAS.
A história da atividade científica,
segundo Feyerabend, mostra que os
resultados alcançados pela ciência
são fruto da perseverança e do
trabalho duro dos cientistas em
torno de um conjunto de métodos
precisos.
Feyerabend critica o conjunto de metodologias
universais para a descrição da ciência, a
precisão de tais metodologias e as regras
rígidas para o desenvolvimento da ciência. Seu
principal conceito expõe isso, anarquismo
epistemológico.
O método em ciência, visto como a
construção de um caminho que leve,
inevitavelmente, a um conjunto de
verdades imutáveis, é algo
sumamente problemático. O conceito de “anarquismo epistemológico” problematiza
e muito, estas verdades imutáveis dos métodos
científicos. Outro conceito trabalhado pelo autor é de
pluralismo epistemológico, ou seja, a ciência possui
diversos métodos e não há um totalmente verdadeiro e
outro totalmente falso como a ciência tradicional
estipula, mas há diversos métodos no conceito que ele
chama de “tudo vale”, por isso da problematização
dessas verdades imutáveis no método científico.
O surgimento de avanços científicos
significativos está intimamente ligado à
violação involuntária de regras de método
que, na sua simplicidade, emperram o
avanço científico.
O surgimento de avanços científicos está
intimamente ligado a violação de regras de
métodos, porém esta violação não é involuntária
para Feyerabend, mas sim, proposital, e estas
não emperram o progresso científico, pois este
não é realizado por apenas um método vigente,
mas sim por diversos métodos em conjunto.
Dada qualquer regra, por mais
fundamental que se apresente para a
ciência, sempre surgirão ocasiões nas
quais é conveniente ignorar a regra e
mesmo adotar uma regra contrária.
Sempre teremos momentos na pesquisa em que
determinada regra deverá ser quebrada, e
precisará ser aplicada uma regra contrária.
Resumindo a teoria de Feyerabend é: a única
regra é a violação de todas as regras. Não há
uma regra que não seja violada em algum
momento, isto explica o pluralismo
epistemológico, a variedade de métodos e
regras que fazem com que a ciência progrida.
A epistemologia, à luz da pesquisa histórica, apresenta um conjunto de
eventos não acidentais que se mostraram decisivos quando se trata de compreender
o desenvolvimento exitoso de seus resultados.
Não podemos entender alguns episódios da ciência como acidentais, mas ao contrário, para Feyerabend, o progresso da ciência é uma competição entre as teorias, portanto há um pluralismo de métodos, e não é um erro que determina o avanço da ciência.