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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO--------------------------------------------------------------------------------- 03I – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO------------------ 041.1 Caracterização ----------------------------------------------------------------------------- 041.2 Trajetória Histórica do Colégio------------------------------------------------------ 051.3 Histórico da Comunidade--------------------------------------------------------------- 061.4 Organização do Espaço Físico-------------------------------------------------------- 071.5 Caracterização Escolar------------------------------------------------------------------- 1.5.1 Matrizes Curriculares ------------------------------------------------------------ 1.5.2 Quadro da Equipe Dario Vellozo----------------------------------------------
1.6 Organograma--------------------------------------------------------------------------------
1.7 Curso Técnico em Enfermagem ------------------------------------------------------
II – OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO-----------
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III – DESCRIÇÃO DA REALIDADE-------------------------------------------------------- 253.1 Comunidade Integração------------------------------------------------------------------ 263.2 Caracterização da Comunidade------------------------------------------------------- 27IV – PRINCÍPIOS E CONCEPÇÕES------------------------------------------------------- 284.1 Filosofia da Escola------------------------------------------------------------------------- 284.2 Concepção de Homem-------------------------------------------------------------------- 294.3 Concepção de Sociedade / Mundo--------------------------------------------------- 304.4 Concepção de Aprendizagem / Ensino / Conhecimento-------------------- 314.5 Concepção de Educação e Escola---------------------------------------------------- 334.6 Concepção de Avaliação-----------------------------------------------------------------
4.6.1 Critérios de Avaliação da Aprendizagem --------------------------------------
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364.7 Currículo--------------------------------------------------------------------------------------- 374.8 Princípios Didáticos-Pedagógicos---------------------------------------------------- 39V – LINHAS DE AÇÕES------------------------------------------------------------------------ 415.1 Gestão Democrática----------------------------------------------------------------------- 415.2 Instâncias Colegiadas--------------------------------------------------------------------- 425.2.1 Conselho Escolar------------------------------------------------------------------------- 425.2.2 Conselho de Classe---------------------------------------------------------------------- 435.2.3 APMF------------------------------------------------------------------------------------------ 465.2.4 Grêmio Estudantil----------------------------------------------------------------------- 475.2.5 Representante de Turma------------------------------------------------------------- 485.2.6 Plano de Ação Direção----------------------------------------------------------------- 495.2.7 Plano de Ação Equipe Pedagógica------------------------------------------------ 515.2.8 Plano de Ação dos Professores----------------------------------------------------- 535.2.9 Plano de Ação dos Funcionários-------------------------------------------------- 545.2.10 Plano de Ação Agente de Execução-------------------------------------------- 555.2.11 Plano de Ação Agente de Apoio-------------------------------------------------- 565.3 Linhas de Ação – Proposta Pedagógica-------------------------------------------- 575.3.1 Planejamento------------------------------------------------------------------------------ 645.3.2 Metodologia-------------------------------------------------------------------------------- 655.3.3 Hora Atividade---------------------------------------------------------------------------- 65
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5.3.4 Reuniões Pedagógicas----------------------------------------------------------------- 665.3.5 Práticas Avaliativas--------------------------------------------------------------------- 665.3.6 Recuperação de Estudos-------------------------------------------------------------- 666 Programas----------------------------------------------------------------------------------------
6.1 Educação Inclusiva e Sala de Recursos ------------------------------------------
6.2 Sala de Apoio --------------------------------------------------------------------------------
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696.3 Formação Continuada--------------------------------------------------------------------- 697 Qualificação de Espaços e Equipamentos------------------------------------------- 707.1 Biblioteca---------------------------------------------------------------------------------------
7.7.1 Do funcionamento da Biblioteca --------------------------------------------------
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717.2 Laboratório Bio-Químico----------------------------------------------------------------- 727.3 Laboratório de Informática (PARANÁ DIGITAL)------------------------------- 727.4 Secretaria-------------------------------------------------------------------------------------- 727.5 Sala Multi-uso-------------------------------------------------------------------------------- 728 Projetos e Eventos-----------------------------------------------------------------------------
8.1 Projetos ----------------------------------------------------------------------------------------
8.2 Eventos -----------------------------------------------------------------------------------------
9 As Relações entre Aspectos Administrativos e Pedagógicos---------------
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APRESENTAÇÃO
Este documento tem como finalidade apresentar o Projeto Político
Pedagógico do Colégio Estadual Dario Vellozo, contendo ainda, as Linhas
de Ações, buscando atender às inovadoras políticas educacionais.
De acordo com a LDB no seu artigo 12º “todos os Estabelecimentos
de Ensino, respeitando as normas comuns e as de seus sistemas de ensino
incumbir-se-ão de elaborar e executar seu Projeto Político Pedagógico” e
conforme o artigo 13º “os docentes participarão da elaboração”. Em seu
artigo 14º “os sistemas de ensino definirão as normas da gestão
democrática do ensino pública da Educação Básica de acordo com suas
peculiaridades”.
Portanto, os integrantes do coletivo escolar: Direção, Equipe
Pedagógica, Professores, Funcionários, Pais e Alunos envolveram-se no
processo de elaboração do Projeto Político Pedagógico, que ocorreu ao
longo do ano letivo, em momentos diferenciados, através de Estudos de
Textos, discussões e análises. De forma coletiva, democrática e
articulada.
Para a formação de um cidadão completo e atuante na nossa
sociedade há necessidade de uma reflexão e discussão permanente dos
problemas escolares e para isso o trabalho pedagógico necessita de uma
organização e efetiva atuação. A preocupação fundamental que deve
nortear a ação dos educadores realmente empenhados com a melhoria do
ensino e com a transformação social é a de lutar pela superação dos
problemas que fazem parte do seu cotidiano.
Contendo neste documento: Identificação do Estabelecimento de
Ensino, Objetivos Gerais do Projeto Político Pedagógico, Descrição da
Realidade, Princípios e Concepções e por fim Linhas de Ações da Escola.
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I – IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
DENOMINAÇÃO: Colégio Estadual Dario Vellozo Ensino Fundamental,
Médio e Profissionalizante.
Endereço: Rua Haroldo Hamilton, 271 CEP: 85.905-390
Telefone: 3378-5343
Município: Toledo Código: 2790
NRE: Toledo
Entidade Mantenedora: Governo Do Estado Do Paraná
1.1 CARACTERIZAÇÃO
Ato de Reconhecimento da Escola: Resolução nº 3424 DE 26/05/77
Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar: nº 63/03 de
08/09/03
Distância da Escola/Colégio do NRE : 02 KM
Modalidades da Educação Básica
( ) Educação Infantil
( X ) Ensino Fundamental ( X ) Regular ( ) Supletivo
( X ) Ensino Médio ( X ) Regular ( ) Supletivo
Turno de Funcionamento:
( X ) Matutino ( X ) Noturno
( X ) Vespertino ( ) Integral
Regime de Funcionamento do Curso/Currículo
Sistema: Seriado Anual
Ano Letivo de Implantação: simultânea a partir de 2004
Carga Horária Total: Ensino Fundamental: 4.000
Ensino Médio: 2.400
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
DENOMINAÇÃO DO CURSO: Curso Técnico em Enfermagem –
Organização Curricular Subseqüente.
ÁREA PROFISSIONAL: Enfermagem
CARGA HORÁRIA: 2.180 horas TURNO: VESPERTINO E
NOTURNO.
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1.2 - Trajetória Histórica do Colégio Estadual Dario Vellozo
Colégio Estadual Dario Vellozo foi criado em 28 de dezembro de
1965 pelo decreto nº 20.334, com o nome de Ginásio Estadual de Toledo.
Depois veio a denominação “Dario Vellozo”, oficializada através do
decreto nº 20.605, de 16 de junho de 1970. O senhor Dario Persiano de
Castro Vellozo foi uma personalidade que, embora nascido no Rio de
Janeiro, viveu em Curitiba, dedicando sua vida à educação, jornalismo e à
cultura paranaense. Esta denominação de Escola Dario Vellozo está
presente na cultura e na comunidade, desde 1.966.
No ano de 1966, deu-se início as atividades no prédio da Escola Dr.
João Cândido Ferreira até a construção da nova escola no bairro da Vila
Industrial. No início havia oito salas de aulas e demais dependências. Em
28/03/66 foi criado O Grêmio Estudantil Literário José De Alencar “
Gelja”.
O Colégio Estadual Dario Vellozo está situado à rua Haroldo
Hamilton, nº 271 no centro de Toledo, próximo ao fórum, Prefeitura
Municipal, Câmara e Teatro Municipal. Oferece Ensino Fundamental,
Médio e Profissionalizante funcionando nos três períodos, matutino,
vespertino e noturno, abrangendo cerca de 1.000 alunos anualmente.
Em 1993 foi autorizado o funcionamento da Habilitação Auxiliar de
Enfermagem pela resolução nº 2.847/93 e reconhecido pela resolução nº
81/97, no ano de 1993 tivemos autorizado o Curso de Educação Geral
pela Resolução nº 3.208/93 e reconhecimento através da resolução
4650/96.
No ano de 2005, foi implantado o curso subseqüente de Técnico em
Enfermagem, com o propósito único de subsidiar e qualificar os
profissionais e futuros profissionais da área da saúde.
Da sua fundação até a presente data, foram os seguintes os
diretores a administrar o estabelecimento.
• Ronaldt Grollmann – De Janeiro À Abril De 1.966
• Edy Videlsski Pereira Opaiva – De Abril De 1.966 Até 1.967
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• João George Klein – 1.968 A 1.969
• Aloísio Ruy Lunkes – 1.970
• Judith Maira Colombelli – 1.971 A 1.972
• José Maria Zanchettin – 1.973
• Orides Santo Riggo – 1974 A 1.977
• Agemir Linham de Lima – 1.978
• Nelci Dalanhol Nogueira – 1.979 a 1.983
• Denival Valentin Costa – 1.983 a 1.987
• Evaldo Bonfleur – 1.988 a 1.989
• Roque Huppes – 1.990 a 1.992
• Evaldo Bonfleur – 1.992 a julho de 1.993
• Denival Valentin Costa – Julho de 1993 a julho de 2.003
• Luciana Emilia Rhode – Julho 2.003 a janeiro de 2006.
• Euclides Jair Freese – Janeiro de 2006 até a presente data.
Os Primeiros Professores Foram:
• Eva Da Silva. Lauro Weber. João Klein. Darcysio Fritsch. João Carlos
Licheski.
• Edilio Ferreira. Gecilda Helena De Almeida. Dario Genari. Ronaldt
Grollmann.
• Edi Videlsski Pereira Opaiva. Pércimo Chiaretto.
1.3 Histórico da Comunidade
A história da Vila Industrial confunde-se com a história da
colonização de Toledo. Forma-se, inicialmente, com pessoas oriundas de
Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em meados de 1958, na simples
existência de duas laminadoras, Laminadoras Berneck e Laminadora
Toledo. Depois, vieram fábricas de palmito, facas, fumo da Souza Cruz e
outros. Aos poucos, crescia o bairro com o acréscimo de outros
estabelecimentos que se fariam necessário.
Chamamos de Pioneiros, pessoas como o Sr. Pedro O. Muller, Oreste
Mioranza, Mário Piazza, Caetano Bolson, Biasio Nesello, Alcides Grossi e
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muitos outros ainda vivos e que ainda prestam colaboração à Escola com
informações, diante de pesquisa de alunos e professores, na tentativa de
reviver e/ou conhecer a história da comunidade.
Com a modernização da agricultura paranaense, após 1970, houve
o êxodo rural. Grandes contingentes populacionais deixaram os campos
em busca da sobrevivência na cidade.
O aumento populacional faz crescer os bairros e surgir novos
loteamentos, a cidade de Toledo foi crescendo e hoje o Colégio está
localizado na área central. Paralelo a este movimento, os governos
públicos procuraram preocupar-se com a questão da urbanização.
Organização da cidade em termos de malha viária, serviços de
saneamento básico, saúde, educação, moradia etc.
A indústria e, paralelamente, o comércio vieram para suprir as
necessidades de consumo da população de emprego.
Além destas, surgem a cada dia novas unidades industriais de
pequeno porte nos mais variados ramos, desde metalurgia, a construção
civil, alimentos, calçados, confecções, relógios, etc.
Esta área em que se encontra o Colégio também tem o privilégio de
contar com a Escola do Trabalho - SENAI, que oferece ao município a
mão de obra especializada em diversos setores industriais, a qual é tão
cobiçada pelas indústrias.
Além disso na área da Educação contamos com quatro escolas:
Colégio Estadual Dario Vellozo, Escola Municipal Dr. Borges de Medeiros,
Escola Municipal Egon Werner Bercht, Escola Estadual Francisco Galdino
de Lima, uma creche municipal e ainda Escolas de Idiomas.
Na área de esportes há dois ginásios: o Alcides Pan e o Hugo Zeni,
com quadras polivalentes; e na cultura temos o Teatro Municipal de
Toledo. Neste mesmo entorno está o Lago Municipal Ecológico, o Aquário
Municipal, a Associação Zumbi dos Palmares (capoeira), cursos de violão,
flauta, teclado, guitarra, escolas de dança e teatro.
Na parte espiritual contamos com uma Igreja Católica, tendo como
padroeiro São Cristóvão, protetor dos motoristas, Igreja Evangélica
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Luterana do Brasil e outras religiões cujas igrejas foram construídas nos
últimos anos.
Além dos estabelecimentos comerciais como o SHOPPING
PANAMBI, também há algumas industriais. No residencial contamos con
quatro núcleos habitacionais: Conjunto Residencial Itaparica, BNH Jardim
Paraná, BNH Barão I, BNH Barão II.
E, para terminar esta breve localização do Colégio Estadual Dario
Vellozo é importante lembrar que este estabelecimento está a duas
quadras do Terminal Rodoviário e do transporte coletivo.
1.4 Organização do Espaço Físico
O Colégio Estadual Dario Vellozo encontra-se atualmente com a
seguinte estrutura física:
• 12 salas de aula.
• Biblioteca
• Laboratório de informática
• Laboratório Físico/químico e biológico
• Banheiro masculino e feminino com chuveiros
• Banheiros para os funcionários
• Duas quadras sem cobertura
• Uma quadra com cobertura
• Sala de direção e direção auxiliar
• Sala das Pedagogas
• Sala de Recursos
• Secretaria
• Cozinha
• Refeitório
• Cantina
• Coordenação de enfermagem
• Almoxarifado
• Bicicletário
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• Casa
• Sala de Educação Física
• Sala de apoio (multiuso)
Critérios de Formação de Turmas:
O critério de formação das turmas ocorre de acordo com o número
de alunos matriculados, cabendo à secretaria fazer a distribuição em
turmas por período e série, no Ensino Fundamental e Ensino Médio. Será
analisado como a turma apresentou-se quanto à aprendizagem,
aproveitamento, interação, disciplina, faixa etária e números de alunos.
Havendo a necessidade de estabelecer alguns remanejamentos entre as
turmas.
1.5 Caracterização Escolar
1.5.1 Matrizes Curriculares
ESTADO DO PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO.
MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DE 5ª A 8ª SÉRIENRE: 27 - TOLEDO MUNICIPIO: 2790 - TOLEDO ESTABELECIMENTO: 00048 - Dario Vellozo,C.E.- Ensino Fundamental, Médio e Profissional.
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 4000 – ENSINO FUND. 5/8 SERIE TURNO: MATUTINO VESPERTINO E NOTURNO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS.
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BASE NACIONAL COMUM
5ª SÉRIE 6ª SÉRIE
7ª SÉRIE
8 SÉRIE
Ciências 3 3 3 4Artes 2 2 2 2Educação Fisica 3 3 3 3Ensino Religioso *
1 1 0 0
Geografia 3 3 3 3História 3 3 4 3Lingua Portuguesa
4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4SUB-TOTAL 22 22 23 23
PARTE DIVERSIFICADA
Espanhol 2 2 2 2SUBTOTAL 2 2 2 2TOTAL GERAL
24 24 25 25
Nota: Matriz Curricular de Acordo Com a LDB Nº 9394/96* Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas.
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MATRIZ CURRICULAR – ENSINO MÉDIO REGULAR DE
1ª A 3ª SÉRIE NRE: 27- TOLEDO MUNICÍPIO: 2790 – TOLEDOESTABELECIMENTO: 00048- Dario Vellozo, C.E- Ensino Fundamental, Médio e
Profissional
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO. 1/3 SER TURNO: MATUTINO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
1ª série 2ª série 3ª
sérieArte 2 2 0Biologia 2 2 2Educação Física 2 2 2Física 2 2 3Filosofia 2Geografia 2 2 2História 2 2 2Língua Portuguesa
4 4 4
Matemática 4 3 4Química 3 2 2Sociologia 2SUB-TOTAL 23 23 23
Parte
Diversificada
Espanhol 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº. 9394/96.
No ano de 2006, o Ensino Fundamental e Médio e
profissionalizante atende a 32 (trinta e duas) turmas, com um total de
941 (novecentos e quarenta e um) alunos.
Nos quadros a seguir, vemos a distribuição das turmas, turnos dos
níveis de Ensino da Educação Básica e profissionalizante nos respectivos
números de alunos.
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TURNO Nº SERIES Nº TURMAS Nº ALUNOS
MATUTINO
5ª 2 576ª 2 617ª 2 648ª 2 54
1ª ANO 2 562ª ANO 1 373ª ANO 1 26
TOTAL 12 355
TURNO Nº SERIES Nº TURMAS Nº ALUNOS
VESPERTINO
5ª 2 636ª 2 577ª 2 508ª 2 40
1ª ANO 1 302ª ANO 1 173ª ANO 1 9
4ºSEM./ENFERMAGEM
1 36
TOTAL 12 302
TURNO Nº SERIES Nº TURMAS Nº ALUNOS
NOTURNO
8ª 1 391ª ANO 1 362ª ANO 1 343ª ANO 2 65
2ºSEM./ENFERMAGEM
1 36
4ºSEM./ENFERMAGEM
2 74
TOTAL 8 284
1.5.2 Quadro da equipe Dario Vellozo
Direção
Atualmente, as funções de Direção e Direção Auxiliar, no Colégio
Estadual Dario Vellozo são ocupadas pelos seguintes professores,
distribuídos conforme a necessidade da escola.
Direção è Euclides Jair Freese, exercendo sua função em horários
distribuídos nos três turnos.
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Direção Auxiliar è Rosan Luiz do Prado, exercendo sua função em
horários distribuídos nos turnos matutino, vespertino e noturno.
Equipe Pedagógica
A equipe Pedagógica é composta por Professoras Pedagogas que
exercem as funções de Orientação Educacional e Supervisão Escolar.
Matutino Soeli Regiane Hermes e Idelzide de Lima Gato
Vespertino: Elizandra Augusta Gafuri e Juliana F. da Costa
Noturno: Rosana Galiotti de Freitas
Coordenação do Curso de Enfermagem: Eli Teresinha Perondi e
Rosmari Gatto
Quadro da Equipe Técnico Administrativo
O quadro da Equipe Técnico Administrativo deste Estabelecimento
é formado por 7 (sete)funcionários.
• Aroldo da Silva
• Florentina Maria Bonetti Rubini
• Jamila El Tugoz
• Lucia Hochmann
• Sandro Marcos Martins
• Soleni Baldissera
• Vanilda de Souza Silva
Quadro da Equipe Auxiliar de Serviços Gerais
O quadro da Equipe Auxiliar de Serviços Gerais deste
Estabelecimento é formado por 8(oito)funcionários.
• José Dal Pisol
• Júlia da Fonseca Flois
• Maili Bugs Grahl
• Maria Ivani da Silva
• Maria Lucena Moreira
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• Marialva De Marchi Pinto
• Tânia Maria Perdoncin
A partir de 2007 uma funcionária está auxiliando o colégio exercendo
a função de inspetora de alunos. No período matutino e vespertino é a
Maria Lucena Moreira. Está sendo de grande valia para o funcionamento
do colégio, pois, ocorre o controle de entrada e saída de alunos tanto no
Estabelecimento como na sala de aula, deste modo coíbe a entrada de
pessoas estranhas e faz prevalecer à lei que proíbe o uso de cigarro nas
dependências do estabelecimento público.
Quadro de Professores e Professoras
O quadro de Docentes deste Estabelecimento é formado por 55
(cinqüenta e cinco) professores, dentre eles, a maioria são efetivos e
alguns celetistas PSS.
O quadro de docentes do curso de Técnico Enfermagem é formado
por 14 (quatorze) professores, dentre eles alguns efetivos e a maioria
celetistas, PSS.
São educadores, na sua maioria, com Licenciatura Plena na sua
área e atuam na Educação em diferentes níveis, mas nem todos estão
lotados nesta escola, devido à própria política educacional vigente.
Os professores possuem formação adequada. A maioria com
especialização. Há a formação continuada do professor para que esta
forneça subsídios para o trabalho pedagógico.
• Amilton Uber • Ana Maria Zeni• Anésio Jose Vitto• Anilton Cezar Feldaus• Aparecida Vieira Cintra• Celia Jandrey Jacobs• Célia Nadir Anselmi• Cladesnei Estefania Schneider Thiele• Dayane Gracite Ferreira
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• Edélcio Pelisson• Eide Reati De Oliveira• Elaine Bortolotto• Elena Maria Piva Marin• Eliane Reis Hipólito• Eliseu Engelmann• Iracema Ranucci• Ivonete Luiz Arienti Ramos• Josiane Aparecida Soares Ferreira• Jovita Giordani Stein• Jusara Marisa Figur Bolzon• Lisanha Maria Kliemann• Lorena Syrlei Schroeder
• Lucimar Jandrey• Luiz Rossatto• Marcelo Carlos Gimenes• Márcia Regina Ciambroni• Maria Roseli Salu Dos Santos• Marylis Cristina Zeni• Neide Maria Possamai• Neusa Volpato
• Nilda Gambaro
• Patricia Daniela Konzen• Paulo Rogerio Lemanski• Silvia Geralda Ferreira
• Silvana dos Santos• Terezinha Magnobosco
• Thais Kich Fogaça• Valeria Cristina Coladello• Vanusa Regina Dal Pozzo
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1.6 Organograma
COLÉGIO ESTADUAL DARIO VELLOZO
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DIREÇÃO/DIREÇÃO AUXILIAR
PEDAGOG
SERVIÇOS GERAIS
CORPO DISCENTE
CORPO DOCENTE
SECRETARI APMFCONSELHO ESCOLAR
1.7 Curso Técnico em Enfermagem
DENOMINAÇÃO DO CURSO: Curso Técnico em Enfermagem –
Organização Curricular Subseqüente.
ÁREA PROFISSIONAL: Enfermagem
CARGA HORÁRIA: 2.180 horas
MODALIDADE DE OFERTA: Presencial
REGIME DE FUNCIONAMENTO:
Semestral
Dias da semana: segunda à sexta-feira
Duração da h/a: 50 minutos
Turno: vespertino e noturno
Carga horária semanal: 20 horas
Objetivos
Além da formação profissional, o curso proporcionará aos
educandos os conhecimentos propostos a partir dos seguintes objetivos:
Uma reflexão dos desafios e atitudes em relação ao profissional
que se exige na atualidade, sendo o educando um construtor de
conhecimentos que adquire uma postura de transformador de
seu meio e co-responsável para a edificação de uma sociedade de
justiça.
Habilitar e qualificar profissionais de enfermagem, assentados
em sólida educação básica, permitindo acesso às conquistas,
pela apropriação do saber que alicerça a prática profissional,
isto é, o domínio da inteligência do trabalho, o que implica na
aquisição de habilidades e conhecimentos necessários ao
exercício profissional na área de saúde.
Desenvolver competências profissionais, isto é, a capacidade de
mobilizar, articular, colocar em ação conhecimentos, habilidades
e valores necessários ao desempenho eficiente e eficaz de
atividades requeridas pela natureza da saúde.
Contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços prestados à
comunidade através da promoção profissional e educacional dos
técnicos de enfermagem.
Fornecer o conhecimento técnico para a otimização e automação
das tarefas relacionadas ao cotidiano da vida profissional.
Promover o desenvolvimento profissional dos alunos para atuar
na área da saúde, mediante o exercício competente e ético,
conectadas com a dinâmica do ambiente.
Propiciar o conhecimento sobre os métodos quantitativos
necessários para auxiliar na tomada de decisão no campo de
saúde.
Contextualizar as relações entre as organizações e o meio em
que se inserem, quanto a aspectos humanos, políticos, sociais,
tecnológicos, governamentais, legais, éticos e ambientais.
Permitir a elaboração de conhecimentos humanos para o
exercício de atividades que contribuam com o desenvolvimento
da região e do país.
Disponibilizar uma formação integrada e humanística,
possibilitar o desenvolvimento da visão crítica do aluno,
oportunizar as atividades extracurriculares, principalmente,
aquelas ligadas às atividades práticas na área de saúde.
Valorizar a ética nas relações pessoais e profissionais e
proporcionar e propiciar condições de desenvolvimento pessoal e
relacionamento coletivo.
Oferecer à sociedade, profissionais de qualidade através da
articulação das teorias com as práticas organizacionais; de
prática supervisionadas; de reconhecimento dos conhecimentos,
saberes, habilidades e técnicas específicas extracurriculares; de
práticas pedagógicas e de métodos de ensino-aprendizagem 18
adequados; de sistemas de avaliações dos docentes, dos
discentes, das escolas, dos cursos e de infra-estrutura do sistema
educativo;
Perfil Profissional de Conclusão do Curso
O Técnico em Enfermagem deverá atender às necessidades da
realidade social embasado nas Diretrizes do Sistema Único de Saúde
(SUS), com responsabilidade e compromisso com o exercício da
cidadania, nos diversos níveis de complexidade das ações de saúde, desde
a prevenção de agravos e promoção à saúde até em situações mais
complexas de recuperação e reabilitação. Terá competência técnico-
científica para prestar assistência integral à saúde – individual e coletiva
– fundamentada nos princípios éticos, legais e humanos. Prestará
assistência integral à saúde do ser humano em todo seu ciclo de vida, do
nascimento à morte com dignidade, atuando em serviços de saúde
especializados considerados de média e alta complexidade, interagindo
com o cliente, família, comunidade e equipe multiprofissional.
Compreenderá e atuará no processo de trabalho de enfermagem de forma
crítica, reflexiva, criativa, com capacidade de tomar decisões em seu
âmbito de atuação, conforme legislação vigente.
Relação dos professores – Técnico Enfermagem
• Arlete Juçara Refosco
• Daniele C. Peroni
• Daniele de Biazi
• Eliane Suzete Pereira
• Flavia Cristina da Silva
• Janaina Verônica Lahm
• Leci Denise Brinker Siqueira
• Suzana Gema Colett
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Matriz Curricular
COLÉGIO ESTADUAL DARIO VELLOZO – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONALMUNICÍPIO: ToledoCURSO: TÉCNICO EM ENFERMAGEMFORMA: SUBSEQÜENTE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2005
TURNO: Vespertino /Noturno C H: 2180 h/a 1816 horasMÓDULO: 20 ORGANIZAÇÃO : SEMESTRAL
Disciplinas 1º S 2ºS 3º S 4º ST P T P T P T P H/A
Estágio / HÁ
1S 2S 3S 4S
Anatomia e Fisiologia à Enfermagem 4 - - - - - - - 80 - - - -
Saúde e Segurança no Trabalho 4 - - - - - - - 80 - - - -
Fundamentos da Enfermagem 4 - - - - - - - 80 - - - -Introdução a Assistência em Enfermagem
4 - - - - - - - 140 6 - - -
Processo de Trabalho em Saúde - - 2 - - - 2 - 80 - - - -
Enfermagem Clínica - - 4 1 4 - - - 180 - 3 2 -
Enfermagem Cirúrgica - - 4 1 4 - - - 180 - 3 3 -
Psicologia Aplicada e Enfermagem - - 3 - - - - - 60 - - - -
Saúde Coletiva - - 3 1 - - 3 - 140 - 5 - 2Assistência a Criança e ao Adolescente
- - - - 3 1 - - 80 - - 3 -
Enfermagem Obstétrica e Ginecológica
- - - - 4 1 - - 100 - - 3 -
Enfermagem Psiquiátrica - - - - 2 - - - 40 - - 1 -Assistência de Enfermagem a Pacientes Graves
- - - - - 3 1 80 - - - 3
Enfermagem em Urgências e Emergências
- - - - - 3 1 80 - - - 3
Pesquisa em Enfermagem - - - - - - 2 - 40 - - - -
6 11 12 8
Total 19 19 19 19 1440 740
20
Estágio Supervisionado
O estágio supervisionado do curso Técnico em Enfermagem é
elemento transformador do processo educativo, sendo indispensável na
formação dessa categoria profissional e é considerado obrigatório pela lei
do exercício profissional nº 7.498, DOU de 26/06/1986.
O estágio supervisionado do curso Técnico em Enfermagem está
subdividido em áreas de atuação deste profissional, ocorrendo em
diferentes serviços de saúde da região. Acontecerá concomitante ao
desenvolvimento das aulas teórico-práticas, tendo seu início já no 1º
semestre do curso e permanecendo em todos os outros semestres com a
carga horária total de 740 horas.
No 1º semestre, o aluno fará estágio supervisionado na disciplina
de Introdução a Assistência de Enfermagem com carga horária de 100
horas em unidades hospitalares, ambulatórios e unidades básicas de
saúde.
No 2º semestre, fará estágio supervisionado nas disciplinas de
Enfermagem Clínica (60 h), Enfermagem Cirúrgica (60 h) e Saúde
Coletiva (100 h) em unidades hospitalares, ambulatórios, unidades
básicas de saúde e atividades junto à comunidade.
No 3º semestre o aluno fará estágio supervisionado nas disciplinas
de Assistência à Criança e ao Adolescente (60 h), Enfermagem Obstétrica
e Ginecológica (60 h), Enfermagem Psiquiátrica (20 h), Enfermagem
Clínica I (40 h) e Enfermagem Cirúrgica I (60 h) em unidades
hospitalares, clínicas, ambulatórios, unidades básicas de saúde e
atividades junto à comunidade.
No 4º semestre o aluno fará estágio supervisionado nas disciplinas
de Saúde Coletiva I (40 h), Assistência de Enfermagem a Pacientes
Graves (60h), Enfermagem em Urgências e Emergências (60h) em
unidades hospitalares, clínicas, ambulatórios, unidades básicas de saúde
e atividades junto à comunidade.
O estágio supervisionado busca possibilitar a relação teoria e
prática durante o desenvolvimento de técnicas e procedimentos
específicos envolvidos na assistência prestada ao indivíduo, família e
21
comunidades. Assim como, visa oportunizar o conhecimento, análise e
compreensão da realidade social de saúde.
O estágio supervisionado do curso Técnico em Enfermagem deve
ser acompanhado de um enfermeiro professor que atuará como
supervisor de estágio. A proporção de estagiários deverá ser de no
máximo 06 (seis) alunos por enfermeiro educador.
Metodologia e Recursos
A metodologia proposta será a “Pedagogia da Problematização”, a
qual parte da base que em um mundo de mudanças rápidas, o importante
não são os conhecimentos ou idéias, mas sim o aumento da capacidade do
aluno-participante e agente da transformação social – para detectar os
problemas reais e buscar soluções originais e criativas.
Durante o curso será levado em consideração, que o educando é um
ser ativo, portador de concepções, costumes, hábitos e de determinadas
formas de pensar e atuar sobre a realidade, construindo os
conhecimentos progressivamente de sua prática.
Grande parte dos conteúdos serão ministrados através de
atividades teórico-práticas, em laboratório específico, utilizando-se de
dinâmicas, onde o aluno juntamente com o educador formará conceitos
baseados em sua vivência, utilizando-se de recursos audiovisuais como:
cartazes, slides, retroprojetor, quadro negro, papel craft, data show para
apresentação de seminários e dramatizações.
Serão utilizados diferentes cenários para o desenvolvimento do
processo ensino e aprendizagem como: sala de aula, laboratórios
específicos, ambientes dos serviços de saúde nos seus diversos níveis de
complexidade de atenção à saúde, visitas à comunidade, asilos , creches,
escolas, sistemas de tratamento de água, aterro sanitário, etc,
Durante os estágios supervisionados o aluno terá a oportunidade de
articular o que foi visto e discutido nas aulas teórico-práticas e assim
completar o processo de idas e vindas de reflexão e ação.
Os recurso necessários para o desenvolvimento das atividades de
ensino e aprendizagem envolvem todos os recursos materiais para
22
utilização em sala de aula (giz, apagador, cartazes, papel craft, pincéis
atômicos, apostilas, entre outros), recursos materiais permanente
(retroprojetor, tv, vídeo, data show, entre outros) e recursos materiais de
consumo (jalecos, material de consumo para o laboratório de enfermagem
e para os procedimentos realizados em campos de estágios, entre outros).
Plano de Capacitação para Docentes
Para que o Curso Profissional Técnico com organização curricular
subseqüente seja implantado com sucesso e cumpra sua proposta
pedagógica na íntegra é necessário investir na capacitação contínua dos
profissionais atuantes nas instituições de ensino. Neste sentido deverá
ser ofertada capacitação que contemple cursos de atualização,
aperfeiçoamento e principalmente de formação pedagógica que é a
necessidade maior dos profissionais da Educação Profissional.
A capacitação deverá ser ofertada pela própria SEED, levando em
consideração as necessidades prioritárias dos docentes, sem gerar ônus
para os mesmos e, contemplando todos os profissionais, principalmente
aos professores para que incorporem à sua prática a concepção que
norteia a proposta de organização curricular.
Plano e Avaliação do Curso
A avaliação do Curso será feita anualmente ou ao final de cada
turma, com a participação do corpo docente, da coordenação, da direção,
de alunos do curso e de segmentos empresariais da sociedade,
articulados com o estabelecimento de ensino.
Os resultados dessa avaliação servirão para corrigir eventuais
falhas, sendo, as observações, incorporadas na reformulação do
respectivo Plano de Curso, quando do pedido de renovação de sua
autorização, ou ainda, dos planos de aulas de cada docente.
Os cursos de Educação Profissional só iniciarão suas atividades
após sua aprovação pelo Conselho Estadual de Educação e da Resolução
de Autorização de seu Funcionamento, emitida pela Secretaria de Estado
da Educação.
23
Modelo de Gestão
Os sistemas educacionais e os estabelecimentos de ensino, como
unidades sociais, são organismos vivos e dinâmicos, e como tal devem ser
entendidos. Assim, ao se caracterizarem por uma rede de relações entre
os elementos que nelas interferem, direta ou indiretamente, a sua direção
demanda um novo enfoque de organização. É essa necessidade que a
gestão educacional tenta responder. A gestão abrange, portanto, a
dinâmica do seu trabalho, como prática social, que passa a ser o enfoque
orientador da ação diretiva executada na organização de ensino.
A tarefa educativa é extremamente complexa. O ato de ensinar
requer a existência de condições adequadas para que o educador possa
conceber e desenvolver o seu trabalho pedagógico.
Nesse sentido a escola adota o modelo de gestão participativa, que
na medida em que propicia o aperfeiçoamento da ação coletiva no
interior da escola, se apresenta como a alternativa mais adequada para
criar as condições favoráveis à melhoria da qualidade do ensino.
A gestão participativa possibilita a concepção de um projeto de
escola pensando pelo conjunto dos profissionais que, tendo o
conhecimento da realidade dos seus alunos, buscam soluções mais
adequadas as suas necessidades. O caminho utilizado para edificar novos
padrões de qualidade para o ensino ministrado na escola, abandona as
práticas individualistas, arraigadas no nosso cotidiano escolar, para
construir alternativas pensadas a partir do coletivo.
A gestão participativa também possibilita o aperfeiçoamento da
democracia, o que requer a participação do cidadão na concepção e no
controle das ações em todos os níveis. A participação organizada da
comunidade escolar na vida da instituição escolar é um imperativo no
atual momento.
Os componentes da comunidade escolar devem, cada vez mais,
interferir nos destinos da escola para assegurar que o ensino por ela
ministrado seja de qualidade. É preciso que sejam atuantes,
proporcionando conhecimento técnico sobre a organização e seu
24
funcionamento; compreendendo o significado enquanto instância de
decisão; e, integrando-se ao cotidiano escolar. Constatando assim, que
eles, no conjunto dos elementos, são imprescindíveis na construção de
práticas que podem germinar uma cultura democrática no espaço escolar
e contribuir para edificar uma escola pública de qualidade social.
São fundamentais o entendimento dessa ótica e o relacionamento
de que cada um faz parte da organização e do sistema educacional como
um todo, e de que a construção é realizada de modo interativo entre os
vários elementos que constróem em conjunto uma realidade social. Por
isso mesmo, interferem no seu processo de construção, quer tenham, ou
não, consciência desse fato.
A evolução da idéia de democracia, que conduz o conjunto de
elementos à maior participação, à maior implicação nas tomadas de
decisão, para a promoção de qualidade da educação, uma visão global do
estabelecimento de ensino como instituição social, capaz de promover a
sinergia pedagógica de que muitas das melhores instituições estão
carentes. Essa sinergia é conduzida pela equipe de gestão da escola, sob
a liderança de seu diretor, voltada para a dinamização e coordenação do
processo co-participativo, para atender às demandas educacionais da
sociedade dinâmica e centrada na tecnologia e conhecimentos.
25
II. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
É de conhecimento de todos que segundo o Art. 04/98 da LDB em
vigor, e em nível de Constituição Federal, todo cidadão brasileiro tem
direito ao ensino público gratuito sendo este o mesmo obrigatório em
nível de Ensino Fundamental, inclusive aos que não tiveram acesso em
idade própria. Em relação ao Ensino Médio, o Estado deverá ofertar
progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade.
Está previsto ainda na LDB, segundo Art. 14/98, que os sistemas de
ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na
educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os
seguintes princípios:
I – Participação dos profissionais da educação na elaboração do
Projeto Pedagógico da escola;
II – Participação das comunidades escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes.
O sistema de ensino assegurará as unidades escolares públicas de
educação básica que os integram progressivos graus de autonomia
pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as
normas gerais de direito financeiro público.
Conforme Art. 17/98, os sistemas de ensino dos Estados e Distrito
Federal compreendem:
I – As instituições de ensino mantidas respectivamente pelo Poder
Público Estadual e Distrito Federal;
II – As instituições de educação superior mantidas pelo Poder
Público Municipal;
III – As instituições de Ensino Fundamental e Médio criadas e
mantidas pela iniciativa privada;
IV – Os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal
respectivamente.
Para isso desenvolveremos um trabalho comum em função de um
currículo cuidadosamente planejado e coordenado, que assegure
26
conhecimentos e habilidades essenciais como condição para participação
ativa e consciente do processo social.
Revestida deste caráter dialógico e participativo a proposta
pedagógica irá conter um poder transformador.
Esta instituição tem como objetivo desenvolver um trabalho
educacional participativo que atenda aos reais interesses e necessidades
da comunidade, respeito e dignidade aos valores do ser humano,
despertando suas habilidades individuais e coletivas.
Analisando o contexto deste estabelecimento, verifica-se a
importância de um trabalho planejado, estruturado, pois não basta
oferecer vagas em número suficiente. O maior desafio é evitar a
repetência e a evasão1, assegurando que o aluno aprenda e seja bem
sucedido na escola e na vida. Para isso os passos são os seguintes:
• Buscar um ensino que promova uma educação ao alcance de todos,
com qualidade, através da aquisição, da assimilação e da
sistematização do conhecimento universal.
• Promover atividades extracurriculares aos alunos, estabelecendo um
elo entre teoria e prática, fundamento da teoria de SAVIANI e da
didática do professor João Luiz Gasparin, os quais são teóricos
estudados pela equipe pedagógica e docente, despertando maior
participação, entusiasmo e senso crítico nos alunos.
• Trabalhar com a filosofia de projetos.
• Reformular a metodologia de avaliação, pois percebemos que a
avaliação deve ser entendida num contexto mais amplo, observando o
aluno como um cidadão num processo integral e contínuo de
conhecimentos, minimizando a autoridade das notas para aprovação
ou reprovação, uma vez que a avaliação deve ser diagnóstica, contínua
e formativa.
• Buscar a participação dos pais/responsáveis assiduamente, dentro do
processo de ensino-aprendizagem, fazendo com que estes cumpram
seu papel de dirigentes orgânicos da nova escola que se propõe;
1 Conforme estatística da página 19.
27
juntamente com professores, pedagogos e diretores, promovendo
reuniões, por turma (alunos, pais, professores e equipe pedagógica)
buscando solucionar as dificuldades de aprendizagem apresentadas
pela mesma. Em alguns casos realizar reuniões por turma (alunos, pais
e professores), levantar possíveis soluções aos problemas
apresentados.
• Procurar da melhor forma possível um acompanhamento pedagógico a
todos os professores.
• Aumentar o acervo bibliográfico.
• Organizar salas ambientes para incentivar aos alunos a pesquisarem e
a buscarem novos conhecimentos através de experiências.
• Fazer do espaço físico escolar, um espaço bonito, tranqüilo, acolhedor,
onde crianças, pais, enfim toda a comunidade escolar sinta-se bem.
III – DESCRIÇÃO DA REALIDADE
Apesar de um momento de grandes mudanças e transformações
políticas e sociais no país, a educação não tem recebido a devida
importância, uma vez que os investimentos feitos bem como as verbas
destinadas representam um pequeno montante.
Esta situação propicia uma desestruturação interna na educação,
uma vez que a escola por si própria, não possui recursos atualizados ou
então não consegue mantê-lo, por falta de verbas ou pessoal
especializado, entre outras.
Por outro lado o Estado do Paraná está implantando a TV PENDRIVE
e o PARANÁ DIGITAL além da TV PAULO FREIRE e também a Biblioteca
do Professor. Iso constitui um marco para o desenvolvimento da educação
com recursos tecnológicos e formação adequada.
A nossa sociedade atual é enriquecida com pessoas dos mais
diversos pontos do país e de países vizinhos, transformou-se pela
miscigenação étnica, cultural e possui um bom nível sócio-econômico.
Na comunidade escolar, em sua maioria, segundo dados levantados,
66,6% das famílias possuem casa própria e 80,6% renda entre um a cinco
28
salários mínimos, 29% possuem renda acima de cinco salários mínimos.
No que tange a educação, 34,11% possuem 1° grau incompleto, 17%
possuem o 1º grau completo, 28% possuem o 2º grau e 10% o 2º grau
incompleto e 8% dos pais possuem ou estão cursando o terceiro grau, e
3% são pós-graduados.
O número de pessoas na família gira em torno de três a quatro
pessoas (médio) e quanto à atividade econômica exercida é das mais
variadas, temos: industriais, catadores de papel, professores, pedreiros,
comerciantes, bancários, agricultores e toda sorte de profissões
autônomas possíveis numa comunidade com essa diversidade
Etno/cultural.
Seguem mais alguns dados do colégio: 72% de nossos alunos vivem
com os pais, 90% deles gostam de estudar e 53% são do sexo feminino e
47% do masculino. 44% dos alunos possuem computador em sua
residência, dentre os quais 28% possuem e faz uso da internet como fonte
de pesquisa e informação.
Toda esta riqueza transparece em nossos alunos e confirma o
compromisso do Colégio Estadual Dario Vellozo, em buscar sempre mais,
a melhor qualidade de ensino.
Nos anos de 2002, 2003 e 2004 com relação à evasão, repetência e
aprovação obteve-se a seguinte estatística de 5ª a 8ª série do Ensino
Fundamental e do 1º ao 3º ano do Ensino Médio.
Ensino Fundamental e Médio
ANO ABANDONO REPROVAÇÃO APROVAÇÃO TOTAL DE ALUNOS
MATRICULADOS 2002 5% 10.4% 84.6% 1059
2003 2,7% 14% 83,30% 1047
2004 7.2% 16.4% 76.4% 1077
29
De acordo com a estatística tivemos nos três últimos anos 4.9% de
alunos que abandonaram os estudos, 13.6% alunos reprovaram e 81.4%
de alunos com aprovação num total de 3183 alunos matriculados neste
período, no Ensino Fundamental e Médio.2
3.1 Integração: comunidade e escolaA Escola tem buscado a participação mais efetiva da comunidade
através de encontros, reuniões, festas, atividades cívico-pedagógicas,
festival de teatro e de danças, fazendo com que as famílias se
comprometam mais com a educação dos filhos além da filosofia de
projetos na qual o envolvimento da família é maior. Entretanto, nem
sempre a resposta é satisfatória por parte da comunidade.
A formação do homem que a sociedade exige, depende não só do
trabalho sistemático da escola, como também das influências exercidas
pela família e meio. Daí a participação da comunidade é fundamental o
desenvolvimento integral do ser humano como um organismo dinâmico
que busca o equilíbrio constante de suas forças internas e externas.
Neste sentido a escola procura contribuir para o estabelecimento sadio
deste equilíbrio no indivíduo.
A ação da escola, através de seu currículo, propicia experiências de
aprendizagem que permitirão ao aluno modificar seu conhecimento e
comportamento, o que acontecerá quando o educando passar a emitir
novas formas de PENSAR, SENTIR E AGIR.
Para atingir tais objetivos, a escola propiciará um clima de amizade
e confiança, entre todos os membros que constituem a mesma, tanto
professores, funcionários, equipe pedagógica, quanto pais e alunos.
3.2Caracterização da Comunidade
Os dados coletados revelam que a faixa etária dos alunos é de 11 a
45 anos, que a proximidade da residência bem como o nível de ensino é
fator predominante para a escolha dos alunos, indicando o desejo de
continuidade dos estudos, com maior interesse para oportunidade de 2 Conforme atitudes propostas na página 20.
30
estudar e trabalhar, comprovando a necessidade sócio-econômica do
adolescente em entrar no mercado de trabalho.
Este alto percentual apontado pela vontade de estudar e trabalhar
demonstra o nível de inserção social/econômico que os estudantes já têm
incorporado em seu cotidiano escolar, reflexo das próprias condições
sócio-econômicos da realidade da região oeste do Paraná.
Considerando o contexto familiar, pode-se caracterizar que o nível
de escolaridade das mães é superior ao dos pais, apontando o predomínio
do Ensino Médio Completo para as mães e Ensino Fundamental
incompleto para os pais.
Analisando o setor de trabalho dos pais, percebe-se que predomina
o trabalho em empresa privada seguido do setor de agricultura, pecuária
e serviços ocasionais. O contingente feminino trabalha nas mais variadas
funções. Os trabalhos ocasionais dos pais dos alunos decorrem do próprio
nível de escolaridade dos mesmos, uma vez que com o Ensino
Fundamental incompleto aumentam as dificuldades de disputar o
mercado de trabalho no atual estágio do avanço científico e tecnológico,
que requer maior qualificação e escolaridade do trabalhador. Quanto à
renda familiar predomina a faixa de 01 a 05 salários mínimos.
A comunidade escolar é composta por alunos que residem nos mais
diferentes bairros, sendo a maioria residente na Industrial, Centro,
Gisele, Coopagro e Zona Rural.
O colégio quer possibilitar a formação humana, onde o educando
desenvolva o pensamento crítico, autônomo. Entretanto não se
descuidará de oferecer um ensino que dê condições para o
prosseguimento dos estudos para o acesso ao ensino superior.
31
IV - PRINCÍPIOS E CONCEPÇÕES
4.1 Filosofia da Escola
A comunidade escolar busca o crescimento em direção a uma
educação de qualidade através do conhecimento sistematizado, utilizando
o diálogo como instrumento de trabalho e participação, promovendo uma
escola consciente, transformadora, que desenvolva potencialidades e
habilidades do aluno através do conhecimento de sua realidade, afim de
que se torne um ser crítico, criativo, político, agente de sua própria
transformação e da sociedade. Por essa razão a filosofia de projetos está
sendo implantada no estabelecimento envolvendo toda a comunidade
escolar.
A atividade educacional é constituída não apenas de conteúdos, mas
de formas ou estruturas que possibilitem o pensar. Com isso, uma sala de
aula assim entendida é ativa, no sentido da experiência anterior, da fala e
da possibilidade de ensaio, simular, cometendo tantos erros quantos
forem necessários para produzir cada acerto. Conseqüentemente,
entendemos que o desenvolvimento do conhecimento deve ser concebido
como um processo em evolução, em que cada etapa desse processo
possibilite a produção de novas transformações numa sucessão temporal,
sem fim e sem começo absoluto. É a dialética
TEORIA=>PRÁTICA=>TEORIA apresentada pela teoria da pedagogia
histórico-crítica de SAVIANI adotada pela escola através do livro “Uma
didática para a Pedagogia Histórico-crítica de João Luiz Gasparin.
A busca da autonomia do espírito crítico e da preparação para o
trabalho e o desenvolvimento do exercício da cidadania passa por um
diálogo com uma outra visão de mundo, outra língua e outra cultura,
uma vez que a cultura e a língua são indissociáveis.
Desta forma, estará contribuindo para a promoção, libertação e
crescimento do homem agente de transformação do meio em que vive,
evoluindo econômico-social, cultural e politicamente, resgatando a
32
igualdade de direitos e deveres e exercendo conscientemente sua
cidadania.
4.2 Concepção de Homem
Em cada indivíduo, entrelaça-se, de modo particular, uma série de
relações sociais. Há uma série de padrões que, em cada sociedade
modelam o comportamento individual, variam de uma sociedade para
outra e, por isso, não tem sentido falar de uma individualidade radical
fora das relações que indivíduos contraem na sociedade.
O homem é um ser social, pois se constrói na medida em que se
relaciona com as demais. Ele age de acordo com as regras pré-
determinadas pela sociedade e precisa aprender a interagir na
coletividade. Desta forma, o homem estabelece relações com a natureza e
com os outros homens, ocasião em que vivência emoções e sentimentos,
isto é, reage afetivamente aos acontecimentos.
Qualquer ação humana se explica pelo fato de ser motivada: o
homem sente falta, precisa de alguma coisa e deseja alcançá-la, por isso
sai em busca de alimento, de abrigo, de repouso, conhecimento, como
também do reconhecimento dos outros. Para compreender a realidade e
solucionar problemas, projetar a ação e reavaliar o que foi feito, a razão é
muito importante.
O homem sabe que os acontecimentos na sua grande maioria
dependem dele, não de Deus. O ser humano não somente vive dentro
da história e possui a mentalidade histórica, isto é, de seu tempo. Ele
também faz história, é agente, constrói a ciência, a tecnologia, modifica
as instituições, questiona e recoloca as relações entre capital e trabalho e
possui posturas diferentes em relação a sua ação histórica.
Portanto, o homem, sendo agente da história, não pode agir de
qualquer modo, precisa refletir suas ações de forma racional, pois suas
atitudes terão conseqüências históricas.
33
O homem também é um ser estético, permanentemente atraído pelo
belo, sendo o único ser vivo capaz de experienciar emoções estéticas e
compreender o belo.
Em virtude dessa característica peculiarmente humana, ele se
enfeita, cria a moda e faz objetos sem qualquer finalidade utilitária, mas
somente para se deleitar e se contentar. O homem não é somente um
apreciador do belo e das coisas belas, ele cria, inventa e renova por meio
da arte, que nada mais é do que a maneira intuitiva pela qual percebe a
natureza, a realidade concreta e existencial que o cerca.
4.3 Concepção de Sociedade/Mundo
As transformações pelas quais a sociedade brasileira vem passando
nos últimos anos, tem evidenciado que a construção de uma sociedade
democrática impõe o resgate da dívida social, historicamente acumulada
com a maioria da população brasileira, que vem sendo marginalizada dos
direitos sociais básicos, o que pode ser observado também na Educação.
Para se entender o papel da escola na democratização social, é
importante lembrar que a educação escolar constitui instrumento
fundamental para a formação do cidadão, pois tem como função básica à
socialização do saber elaborado, indispensável para a compreensão do
mundo e a ação sobre ele. A escola pode contribuir no processo de
transformação histórica em direção a uma sociedade mais justa, pela
participação consciente dos seus egressos.
A questão central reside em repensar o ensino como condição para
ampliar as oportunidades de acesso ao conhecimento, utilizando-se de
projetos claros e ações coerentes, em que todos participem: alunos,
professores e família trabalhando de forma conjunta, pois as
transformações sociais acontecem com mudanças lentas, mas
persistentes. E os projetos podem abrir caminhos para este trabalho
integrado.
34
Desta forma, a sociedade que pretendemos, deve ser aquela em que
seus membros atuem de forma determinada, cooperativa, interativa,
solidária e igualitária, buscando o bem estar coletivo e valorização do ser
humano.
A maioria dos nossos alunos apresenta atitudes impróprias, no
entanto, com base na sociedade, deve-se trabalhar para a mudança de
atitudes, através de ações concretas, mantendo valores permanentes,
respeitando a individualidade de cada aluno e promovendo o trabalho
coletivo.
Busca-se formar educandos capazes de se referirem ao nosso
presente de forma menos passiva e mais crítica, para ter alunos com
condições de se relacionar usando da criticidade, sendo participantes e
com objetivos definidos, conhecedores de seus direitos e também de seus
deveres, reivindicando quando necessário, mas também construindo e
promovendo o desenvolvimento, sendo agente de mudança na sociedade
em que está inserido.
4.4 Concepção de Aprendizagem/Ensino/Conhecimento
Por muito tempo a Pedagogia valorizou o que deveria ser ensinado,
supondo que como decorrência, estaria valorizando o conhecimento.
Posteriormente, o ensino ganhou autonomia em relação à aprendizagem,
criaram-se métodos próprios, relegando-se o processo de aprendizagem
para segundo plano.
O processo de ensino e aprendizagem deve caminhar de forma
paralela, fazendo-se necessário utilizar métodos diferenciados para a
aprendizagem e valorizando-se o conhecimento empírico e o
conhecimento adquirido.
35
O conhecimento não é algo situado fora do sujeito, nem tão pouco
algo que o individuo constrói independentemente da realidade exterior,
dos demais indivíduos e de suas próprias capacidades pessoais. É, antes
de tudo, uma construção histórica e social, na qual interferem fatores de
ordem antropológica, epistemológica, cultural e psicológica, entre outros.
A realidade torna-se conhecida quando se interage com ela,
modificando-a física e mentalmente. A atividade de interação permite
interpretar a realidade e construir significados; permite também
construir novas possibilidades de ação e conhecimento.
Nesse processo de interação do sujeito com o objeto a ser
conhecido, o primeiro constrói representações, que funcionam como
verdadeiras explicações e que se orientam por uma lógica interna que faz
sentido para o sujeito. Essas idéias, construídas e transformadas ao longo
do desenvolvimento, fruto de aproximações sucessivas, são expressões de
uma construção inteligente por parte do sujeito. No entanto, muitas vezes
são incoerentes aos olhos de outros sujeitos que as interpretam como
erros.
A tradição escolar – que não faz diferença entre erros integrantes
do processo de aprendizagem, erros construtivos, e simples enganos ou
desconhecimentos – trabalha com a idéia de que a ausência de erros na
tarefa escolar é a manifestação da aprendizagem. Hoje, o erro construtivo
é interpretado como algo inerente ao processo de aprendizagem e fator
de ajuste da ação pedagógica na mesma perspectiva dialética da teoria-
prática-teoria.
O conhecimento, portanto, é resultado de um complexo e intrincado
processo de construção, modificação e reorganização, utilizado pelos
alunos para assimilar e interpretar os conteúdos escolares. O que o aluno
pode aprender em determinado momento da escolaridade, depende das
possibilidades delineadas pelas formas de pensamento de que dispõe
naquela fase de desenvolvimento, dos conhecimentos que já construiu
anteriormente e do ensino que recebe. Isto é, a ação pedagógica deve
ajustar-se a o que os alunos conseguem realizar em cada momento de sua
aprendizagem, para se constituir em verdadeiro processo educativo.
36
Por mais que, o professor, os companheiros de classe e os materiais
didáticos possam contribuir para que a aprendizagem se realize, nada
pode substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir
significados sobre os conteúdos da aprendizagem. É ele quem vai
modificar, enriquecer e, portanto, construir novos e mais potentes
instrumentos de ação e interpretação.
Assim as situações escolares de ensino e aprendizagem são
comunicativas, nas quais os alunos e professores co-participam, ambos
com uma influência decisiva para o êxito do processo.
A abordagem construtivista afirma um papel mediador dos padrões
culturais, para integrar, num único esquema explicativo, questões
relativas ao desenvolvimento individual, à pertinência cultural, à
construção de conhecimentos e interação social. Por outro lado a
histórico-crítica aborda as relações que se estabelecem na construção do
conhecimento através da dialética comentada anteriormente. (teoria-
prática-teoria)
A organização de atividades de ensino e aprendizagem, a relação
cooperativa entre professor e aluno, os questionamentos e as
controvérsias conceituais, influenciam o processo de construção de
significado e o sentido que os alunos atribuem aos conteúdos escolares.
A construção do conhecimento sobre os conteúdos escolares sofrem
influência das ações propostas pelo professor, pelos colegas e também
dos meios de comunicação, dos pais, irmãos, amigos, das atividades de
lazer e outras mais. Dessa forma, a escola precisa estar atenta a diversas
influências para que possa propor atividades que favoreçam a
aprendizagem significativa.
As aprendizagens que os alunos realizam na escola serão
significativas na medida em que eles consigam estabelecer relações entre
os conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos, que
atendam às expectativas, intenções e propósitos de aprendizagem do
aluno.
Se a aprendizagem for uma experiência bem-sucedida, o aluno
constrói uma representação de si mesmo como alguém capaz de
37
aprender. Se, ao contrário, for uma experiência mal sucedida, o ato de
aprender tenderá a se transformar em ameaça, e a ousadia necessária à
aprendizagem se transformará em medo, para o qual a defesa possível e a
manifestação de desinteresse.
Existem ainda, outros aspectos da influência educativa, como a
organização e o funcionamento da instituição escolar, a participação da
comunidade na elaboração e implementação do projeto educativo e os
valores implícitos e explícitos que permeiam as relações entre os
membros da escola. Embora, ainda se desconheça como esses aspectos
influenciam a aprendizagem, é sabido que, nas escolas que o consideram
relevantes, os alunos têm um aproveitamento melhor.
As reflexões sobre a atuação em sala de aula, os debates e as
teorias ajudam a conhecer os fatores que interferem na aprendizagem
dos alunos. Ao serem considerados, provocam mudanças significativas no
diálogo entre ensino e aprendizagem e repercutem de maneira positiva
no ambiente escolar, na comunidade, na família, pois os envolvidos
passam a atribuir sentido ao que fazem e ao que aprendem.
4.5 Concepção Educação/Escola
“Educação é o processo pelo qual a sociedade forma seus membros
à sua imagem e em função de seus interesses; conseqüentemente,
educação é formação do homem pela sociedade, ou seja, o processo
pelo qual a sociedade atua constantemente sobre o desenvolvimento do
ser humano, no intuito de integrá-lo no modo de ser social vigente e
de conduzi-lo a aceitar e buscar os fins coletivos”.(PINTO: 1994, pág.
29-30).
Assim sendo, a escola é reflexo da sociedade que temos, e, nesta
perspectiva de realidade, pretendemos uma educação para integração do
ser humano como ser social, globalizado, crítico, com múltiplos
olhares, no exercício da cidadania, sendo papel da educação preparar
o ser humano para um melhor ajustamento dentro dos padrões da
contemporaneidade.
38
A educação está diretamente ligada ao desenvolvimento integral do
indivíduo que acontece no processo de socialização no contexto escolar,
nas relações sociais, culturais e econômicas. Por isso, a mesma deve ver
o ser humano como um ser biológico e psicossocial, em constante
adaptação, que constrói sua personalidade nas relações sociais e
culturais.
Para realizar uma prática pedagógica competente e socialmente
comprometida, é necessário ter clareza da função da escola e do tipo de
cidadão que se pretende formar.
A escola deve ser valorizada como instrumento de apropriação do
saber, formando cidadãos que aspirem melhores padrões de vida e
de empregabilidade, ou seja, a escola deve contribuir para
aprendizagem de competência e habilidade de caráter geral,
visando à formação de pessoas mais aptas a assimilar mudanças,
mais autônomas, mais solidárias e que superem a segmentação social.
Nesta perspectiva, o ensino tem o sentido de possibilitar o
educando a compreender, usufruir e transformar a realidade na qual está
inserido.
A escola propiciará ao corpo docente a autonomia de aplicar sua
capacidade didática, em forma diversificada, estimulando inovações,
inspirado na estética da sensibilidade e cumplicidade na capacidade de
todas para aprender na busca de uma política de igualdades.
Ela é um meio essencial no processo educativo do aluno, devendo
ser de qualidade, transformadora, criativa e que auxilie o aluno a
construir seus conhecimentos de forma significativa.
4.6 Concepção de Avaliação
A avaliação deve ser vista enquanto componente indissociável do
processo ensino-aprendizagem devendo ter a sua função diagnóstica
muito mais privilegiada do que a classificatória, superando assim, a
prática fragmentária e mecanicista e as formas autoritárias e arbitrárias
de tratá-la no âmbito do contexto escolar.
39
Deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o
professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio
trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de
aprendizagem dos alunos, bem como, diagnosticar seus resultados e
atribuir-lhes valor. Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa
deverá ser contínua, permanente e cumulativa.
Entendida como parte integrante do processo ensino-aprendizagem,
a avaliação tem a finalidade de alimentar, sustentar e orientar a ação
pedagógica. Será diagnóstica, formativa, contínua e permanente,
para interpretar qualitativamente o conhecimento construído pelo aluno,
cujos resultados servirão de parâmetros para análise; reflexão e
aperfeiçoamento, subsidiando o docente na sua prática, na criação de
novos instrumentos de trabalho, na retomada de aspectos que devem ser
revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de
aprendizagem individual ou do grupo, e, ao estudante deve ser o
instrumento para tomada de consciência das conquistas, das dificuldades,
das possibilidades para reorganizar o seu investimento na tarefa de
aprender.
A concepção de avaliação diagnóstica, antes de uma área de
conhecimento, orienta o julgamento do professor para um aspecto mais
amplo do que o circunscrito às disciplinas e seus conteúdos. Essa
avaliação fica definida como produto desejável ao final do curso que tem
como pressuposto a capacidade dos alunos de desenvolvê-las ao longo
das experiências oferecidas nesta e nas demais áreas.
A compreensão do desenvolvimento do aluno, nesta perspectiva,
poderá suscitar estratégias de recuperação muito mais ricas do que a
mera repetição de conteúdos, uma vez que permite planejar atividades
interdisciplinares, em todas as áreas do conhecimento.
Portanto, a avaliação deve fazer parte do processo de ensinar e
aprender, construir e reconstruir o conhecimento, pois é pela coleta e
análise sistemático de dados que se pode intervir no momento necessário
para que todos os alunos prossigam aprendendo e conseqüentemente, o
professor possa atingir as metas propostas.
40
A avaliação, assim, procura adequar-se à natureza da
aprendizagem, levando em conta não só os resultados das tarefas
realizadas, o produto, mas também o que ocorreu no caminho, uma vez
que se trabalha com a diversidade, onde cada aluno apresenta riquezas,
facilidades, conhecimentos, dificuldades e por isso precisam ser
entendidos e percebidos em sua individualidade.
Para isso é preciso observar: Que tentativas o aluno fez para
realizar a atividade? Que dúvidas manifestaram? Como interagiu com
outros alunos? Demonstrou alguma independência? Revelou progresso
em relação ao ponto em que estava?
Dependendo desse desempenho o professor terá que rever o que foi
inicialmente proposto. Por isso, a avaliação diagnóstica sempre leva à
tomada de decisões, pois faz refletir sobre a ação.
Embora o professor trabalhe os instrumentos avaliativos de forma
coletiva, os critérios para fechamento de nota, devem ser individuais, pois
cada aluno só pode ser comparado consigo mesmo. Faz-se necessário
perceber cada aluno individualmente, analisando seus avanços e
necessidades, percebendo que existem objetivos educacionais comuns,
mas que cada aluno tem seu ritmo, seu tempo e forma de alcançá-los.
Como profissional do ensino temos a clareza que a avaliação deve
ser vista como processo permanente, cumulativo e contínuo, na qual o
professor se auto-avaliando, avalia também a aprendizagem do aluno.
A LDB Nº 9394/96 contempla no Art. 24 – A avaliação na educação
básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com
as seguintes regras comuns:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso
escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante
verificação do aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
41
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação paralelos ao período
letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados
pelas instituições de ensino em seus regimentos.
4.6.1 Critérios de Avaliação da Aprendizagem
A avaliação do rendimento escolar do aluno será feita de forma
continua, diagnóstica, permanente e cumulativa, com a finalidade de
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos,
obedecendo a ordenação e a seqüência dos conteúdos e a orientação
geral do currículo.
O objetivo é diagnosticar o aprendizado do aluno; possibilitar
intervenções pedagógicas; a promoção do aluno; oferecendo ao
educando uma auto-avaliação de seu rendimento e aprendizagem; e
valorização do seu aprendizado.
As avaliações do rendimento escolar serão realizadas de formas
diversificadas, tais como: avaliação escrita com peso 6,0 (sessenta) no
mínimo (1) uma por bimestre independente da quantidade de aulas das
disciplinas, mais 4,0 (quarenta) de nota livre, que destina-se aos
trabalhos, pesquisas, tarefas e participação. Soma-se a média máxima
igual a 10,0 (cem).
Todos os alunos terão direito a recuperação independente de sua
nota. Lembrando que esta é sobre os (6,0) sessenta sendo a critério do
professor realizar outra prova ou trabalhos. Também está acordado que
permanecerá a maior nota. Quanto aos alunos portadores de
necessidades especiais haverá adequação dos instrumentos de avaliação
e recuperação dos estudos.
Quanto ao Conselho de Classe ficaram determinados os seguintes
critérios para que o aluno tenha direito a entrar na discussão do mesmo:
• Obter nota igual ou superior a 40 (quarenta) por disciplina;
• Caso o aluno tenha média inferior a 40 (quarenta) em uma (1)
matéria ele será reprovado, perdendo assim o direito ao
Conselho Escolar;
42
Os critérios para aprovação/reprovação por Conselho ficam assim
definidos:
• Duas (2) disciplinas aprovação automática;
• Caso tenha sido aprovado por conselho do ano anterior não
terá direito à utilização deste benefício, sendo sua reprovação
automática;
Será considerado aprovado o aluno que obtiver média final mínima
de 6,0 (seis vírgula zero) composta pela média aritmética das avaliações
parciais de cada disciplina, e, com freqüência mínima de 75% da carga
horária da respectiva disciplina e será considerado reprovado o aluno que
obtiver aproveitamento inferior a 6,0 (seis vírgula zero) e freqüência
inferior a 75% (setenta e cinco por cento), em cada disciplina.
A avaliação será registrada em documentos próprios, a fim de que
seja assegurada a regularidade e a autenticidade da vida escolar dos
alunos regularmente matriculados.
A síntese do Sistema de Avaliação para os cursos de Educação
Profissional em Nível Técnico, autorizados nos termos da Deliberação nº
02/00 – CEE, e que constará no Histórico Escolar e no Relatório Final é a
seguinte.
Aprovado
Freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do
total de horas e rendimento igual ou superior a 6,0 (seis), em cada uma
das disciplinas ofertadas.
Reprovado
Freqüência igual ou inferior a 75% (setenta e cinco por cento) do
total de horas e rendimento menor ou inferior a 6,0 (seis), em cada uma
das disciplinas ofertadas.
4.7 Currículo
A presente proposta de reforma curricular para o Ensino se pauta
nas constatações sobre as mudanças no conhecimento e seus 43
desdobramentos, no que se refere à produção e às relações sociais de
modo geral, priorizando a formação e a capacidade para utilizar as
diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação.
Propõe-se a formação geral em oposição à formação específica, o
desenvolvimento da capacidade de pesquisar, buscar informações,
analisá-las e selecioná-las; a capacidade de aprender, de criar, de
formular, ao invés do simples exercício de memorização.
Caracterizam-se como uma proposta política, de incentivo a
melhoria do desempenho docente e discente, priorizando os princípios
acima expostos, princípios estes que orientam a reformulação curricular
do Ensino Fundamental e Médio e que se expressam na nova Lei de
Diretrizes e Bases da Educação – Lei 9.394/96.
Esta nova proposta pensa um novo currículo para o ensino,
colocando em destaque estes dois fatores: as mudanças estruturais que
decorrem da chamada “Revolução do Conhecimento”, alterando o modo
de organização do trabalho e as relações sociais e a expansão crescente
da rede pública, que deverá atender a padrões de qualidade que se
coordenem com as exigências dessa sociedade.
O ensino da Escola Pública tem sido alvo de inúmeras críticas no
que se refere à qualidade, aproveitamento, índice de repetência e evasão
escolar, entre outras. É fato facilmente constatável a ampliação do debate
público em torno da questão educacional.
Num processo lento de despertar das consciências, o cidadão cada
vez mais atento e participante, já consegue facilmente vislumbrar as
conseqüências letais da escola que não consegue direcionar as novas
gerações para ocupação positiva de seu papel no contexto social.
Diante dessas condições que se encontra o ensino, confiante de que
a consciência do problema é o primeiro passo a resolução do mesmo e,
analisando a finalidade da Educação Básica constante na Lei 9.394/96,
que é “desenvolver o educando e assegurar-lhe a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania, fornecendo-lhes meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores”, bem como uma das
finalidades da educação “aprimorar o educando como pessoa humana
44
incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual
e do pensamento crítico”, busca-se o aprimoramento de todo o processo,
através da implantação de uma nova proposta curricular.
O mundo está passando por uma transformação e o ensino deve
acompanhar estas mudanças que não se esgotam na universidade e no
trabalho, mas sim, como possibilidades dinâmicas que se constroem a
partir da ação humana, reflexivamente potencializada a cada dia pela
tecnologia por ela produzida.
A escola deve estabelecer um forte vínculo entre o conhecimento e
as situações de vida, de tal forma que a própria experiência de
escolaridade seja praticada pelos sujeitos da escola, no respeito aos seus
direitos e deveres, cuja historicidade, observância e reconstrução do
espaço da vida escolar propiciem uma experiência de cidadania a esses
sujeitos e a adjetivação de cidadã a esse tipo de escola.
Ao longo dos tempos a escola vem buscando atualizar-se e adaptar-
se às novas tecnologias e a globalização, ainda que esse processo se dê
lentamente. Hoje o Estado do Paraná entra com a TV PENDRIVE,
PARANÁ DIGITAL, TV PAULO FREIRE, BIBLIOTECA DO PROFESSOR
procurando dar um salto qualitativo no processo educativo.
Atualmente a nossa escola preconiza mais os conteúdos, estando
alheia ao desenvolvimento, uma vez que são poucos os recursos
disponíveis para que esta implantação seja possível.
A educação escolar deve constituir-se em uma ajuda intencional,
sistemática, planejada e continuada para crianças, adolescentes e jovens
durante um período contínuo e extensivo de tempo, processos educativos
que ocorrem em outras instâncias como na família, no trabalho, na mídia,
no lazer e nos demais espaços de construção de conhecimentos e valores
para o convívio social.
A proposta da escola busca, enfim, oferecer uma formação que
possibilite ao aluno a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação
científica, bem como saber exercer sua cidadania de forma crítica e
participativa.
45
Para isso é necessário que a escola apresente boas condições
físicas, tecnológicas, didático-pedagógicas, humanas, que garantam o
acesso e a permanência de todos os alunos, principalmente aos do Ensino
fundamental e Médio e que seja condizente com a realidade.
Ao delinear o papel da instituição escolar não se está buscando uma
uniformização dos estabelecimentos escolares, uma vez que cada escola
tem sua história, suas peculiaridades e sua identidade. O objetivo é
identificar os aspectos desejáveis e comuns a todas as escolas brasileiras
responsáveis pela educação.
4. 8 Princípios Didáticos – Pedagógicos
No mundo todo, a facilidade de acessar, selecionar e processar
informações está permitindo descobrir novas fronteiras do conhecimento,
que se revela cada vez mais integrada. Integradas são também, as
capacidades requeridas por uma organização da produção na qual a
criatividade e a autonomia de solucionar problemas serão cada vez mais
importantes.
Uma das metas da educação na atualidade é contribuir para
construção de uma sociedade igualitária, com oportunidades para todos.
O princípio da promoção da cidadania sem discriminação cumpre o
dispositivo constitucional que apregoa a Educação de Qualidade como
direito de todos. Embora haja esforços e iniciativas, ainda existem muitas
barreiras físicas e sociais que impedem a efetiva integração de todos os
alunos no processo educativo.
Neste sentido busca-se uma proposta de educação inclusiva, que
acolha todas as pessoas, sem exceção. É uma proposta de educação
voltada para os estudantes com necessidades especiais e todas as
minorias e também para a criança que é discriminada por qualquer
motivo. Ela permite aos que são discriminados pelas dificuldades, pela
classe social, pela cor, pela crença ou qualquer outra diferença, ocuparem
seu espaço na sociedade. Para isso temos a sala de recursos que
possibilita este trabalho inserindo a pessoa portadora de alguma
46
necessidade especial no meio escolar procurando amenizar os traumas
vividos e auxiliando os professores nos procedimentos didáticos que às
vezes são diferenciados.
Compreender a diversidade, aceitando e valorizando as diferenças
é um dos princípios que precisam nortear a educação na atualidade. O
ser humano é um ser de relações e cresce na medida em que se relaciona
com a natureza e com os demais. Neste sentido a relação entre os
diferentes é fundamental, pois possibilita a troca de conhecimentos,
experiências e saberes que contribuem com a formação integral do ser
humano.
As diferenças não só devem ser aceitas, mas também acolhidas
como subsídio para completar o cenário escolar. Para tanto é necessário
oferecer serviços complementares, adotar práticas criativas na sala de
aula, rever posturas e construir uma nova filosofia educativa pautada
pelos princípios da inclusão.
A diversidade entre os indivíduos é uma condição da natureza
humana e está sempre presente em qualquer abordagem pedagógica. É
fundamental aprender a lidar com a mesma procurando equilibrar
objetivos comuns e necessidades pessoais dos estudantes. Neste aspecto
é preciso cultivar conceitos como flexibilidade e tolerância. Eles são pré-
requisitos para a boa convivência e a adaptação de pessoas diferentes a
ambientes e objetivos comuns.
Em função da dificuldade que os sistemas educacionais
encontraram para lidar com a diversidade, os educandos especiais
encontram dificuldade de participar integralmente neste mundo de todos,
visto que os professores não se sentem preparados para trabalharem com
os alunos inclusos. Há necessidade de maior formação para que o
professor venha realizar com êxito e segurança o trabalho da inclusão.
47
V- LINHAS DE AÇÕES
5.1Gestão Democrática
Ao reconhecer a gestão democrática como um dos princípios
orientadores, a Constituição Federal focalizou a importância de todos os
agentes do fazer escolar.
Democracia sugere participação, consciência reflexiva e ação.
Participação que implica em oportunizar espaços para que todos os
agentes tenham acesso às informações e, ocorram tomadas de decisões
coletivas em prol dos direitos de todos. Dessa forma, a consciência
reflexiva se faz necessária pelo estabelecimento das relações com as
informações apresentadas e os rumos cotidianos que as decisões
acarretam. A ação somente acontece enquanto prática se a participação e
a consciência reflexiva forem entendidas para este fim.
A compreensão da gestão democrática somente estará delineada na
forma da lei. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96) foi o
foco de atenção na tentativa de perceber os meandros do processo da
gestão democrática nas instituições escolares.
A identificação da proposta de gestão democrática do ensino
público encontra-se atrelada a um discurso de princípios de liberdade e
de um preparo para o exercício da cidadania.
O “Art.14. Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I- A participação dos profissionais da educação na elaboração do
projeto pedagógico na escola;
II- “A participação das comunidades escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes.”
48
Dispõe a gestão democrática através do que define como
participação. Todavia, parte do documento sugere o entendimento da
gestão participativa como a ação da gestão democrática.
A gestão participativa é entendida como forma de envolvimento de
todos os agentes escolares no estabelecimento de objetivos, na solução de
problemas, na tomada de decisões, na formação e manutenção do
desempenho e na garantia do atendimento adequado às necessidades do
aluno, proporcionando a melhoria no processo pedagógico.
O entendimento destas relações produz à escola oportunidades de
vivenciar a sua própria construção pedagógica, permitindo o crescimento
de todos que lá estão inseridos.
5.2 Instâncias Colegiadas
5.2.1 Conselho Escolar
O Conselho Escolar abrange toda comunidade escolar, como o
diretor, corpo docente, equipe pedagógica, funcionários administrativos,
serviços gerais e alunos devidamente matriculados e freqüentando
regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos, representantes de
segmentos organizados presentes na comunidade: grêmio e movimentos
sociais. Sua principal atribuição é de aprovar e acompanhar a efetivação
do Projeto Político Pedagógico, eixo de toda e qualquer ação a ser
desenvolvida no estabelecimento de ensino.
O Conselho Escolar tem por objetivos:
• Discutir, decidir e acompanhar o desenvolvimento do currículo escolar,
para que seja voltado para o interesse e a vida dos educandos,
sugerindo e decidindo sobre as medidas de correção que julgar
necessário;
• Estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do
trabalho pedagógico do colégio:
• Promover o exercício da cidadania, articulando a integração e a
participação dos diversos segmentos da comunidade;
49
• Acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico.
PLANO DE AÇÃO
• Apresentação do Projeto P.P.P e o Plano de Ação aos membros do
Conselho Escolar e sua especificidade;
• Estudo, análise e reflexão do papel do conselho Escolar;
• Reuniões ordinárias;
• Convocações;
OBJETIVOS:
• Instrumentalizar o Conselho escolar afim de que exerça sua função
pedagógica e possa deliberar de acordo com a realidade da
comunidade escolar;
• Dinamizar ações para que o Conselho Escolar possa atuar como
instrumento de gestão democrática colegiada;
DETALHAMENTO DA AÇÃO
• Participação na Semana Pedagógica;
• Reuniões ordinárias;
• Estudo de textos sobre as funções, atribuições e o papel do
Conselho Escolar;
• Definição de metas com agenda de ações a serem desenvolvidas;
CONDIÇÕES/RECURSOS
• Estatuto do Conselho Escolar, P.P.P, Plano de Ação da escola;
• Sala para reuniões;
• Cópias de documentos
RESPONSÁVEL
50
Diretor, Equipe Pedagógica; Membros do Conselho Escolar.
CRONOGRAMA
Durante o ano letivo, reuniões mensais ou bimestrais.
5.2.2 Conselho de Classe
O conselho de classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático - pedagógicos, com atuação restrita a
cada classe do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o
processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os
procedimentos adequados a cada caso.
Haverá tantos conselhos de classe quantas forem as turmas do
estabelecimento.
O conselho de classe é constituído pelo Diretor, pelos pedagogos e
por todos os professores regentes de classe.
A presidência do conselho de classe ficará a cargo do Diretor que,
em sua falta ou impedimento, será substituído pelo diretor auxiliar ou
pelos pedagogos;
O conselho de classe reunir-se-à ordinariamente em cada bimestre,
em datas pré-estabelecidas em calendário escolar, e extraordinariamente,
sempre que um fato assim exigir.
O conselho de classe tem por finalidade:
- Estudar e interpretar dados da aprendizagem na sua relação
com o trabalho do professor, na direção do processo ensino-
aprendizagem, proposto pelo plano curricular;
- Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos
alunos;
- Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o
desempenho da turma, com organização dos conteúdos e o
encaminhamento metodológico, respeitando as diferenças e
limitações de cada um dentro dos critérios estabelecidos em
reunião.
São atribuições do conselho de classe:
51
- Levantar informações do por que do baixo rendimento
apresentado pelos alunos, no processo de ensino aprendizagem;
- Propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento
escolar, tendo em vista o respeito à cultura do educando,
integração e relacionamento com os alunos na classe;
- Estabelecer planos viáveis de recuperação dos alunos, em
consonância com o plano curricular do estabelecimento de
ensino;
- Decidir sobre aprovação ou reprovação do aluno que, após a
apuração dos resultados finais, não atinja o mínimo solicitado
pelo estabelecimento, levando-se em consideração o
desenvolvimento do aluno até então e as regras definidas pela
escola.
Das reuniões do conselho de classe será lavrada ata por secretário “
ad-doc” em livro próprio, para registro, divulgação ou comunicação
aos interessados.
PLANO DE AÇÃO
1- AÇÃO
Conselho de Classe
2- OBJETIVOS
Coordenar e organizar os encaminhamentos das etapas do conselho de
Classe visando a qualidade do ensino-aprendizagem de todos os
alunos.
Estudo coletivo de textos que fundamentam novas formas de
organização do conselho de Classe;
Analisar os resultados da aprendizagem na relação ao desempenho da
turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamento
metodológico. Sendo necessário colocar em prática.
52
3- DETALHAMENTO DA AÇÃO
Organização do Conselho de Classe: ficha de registro do Conselho de
classe e ficha de intervenção;
Levantamento dos problemas de cada turma e alunos identificando-os
e respectivos registros das informações;
Análise do problema e tomada de decisão;
Planejar as intervenções a serem encaminhadas após o Conselho de
Classe para as turmas (perfil da turma);
Orientações e intervenções individuais e com as turmas;
Conversas e orientações aos pais;
Palestras visando à necessidade da turma;
Propor medidas que viabilizam a recuperação dos alunos e sua
execução;
Em especial, no conselho de classe final, analisar-se-á individualmente
os alunos e quando o resultado não for o esperado em até duas
disciplinas o mesmo será aprovado por conselho de classe. Quando o
resultado não for o esperado em três ou mais disciplinas, cabe ao
conselho de classe analisar e tomar decisão de aprovação ou
reprovação.
4- CONDIÇÕES/ RECURSOS
Disponibilidade do horário no calendário;
Utilização de fotos individuais para reconhecimento dos alunos;
Profissionais de diferentes áreas: psicologia, pedagogia e segurança;
5- RESPONSÁVEL
Diretor e Equipe Pedagógica;
6- CRONOGRAMA53
Nos bimestres do ano letivo;
Datas do Conselho de Classe previstas pela Direção, Equipe
Pedagógica, professores, para viabilizar o maior número de
professores possíveis.
5.2.3 APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários
Objetivos:
- Programar o uso do estabelecimento de ensino nos períodos
ociosos, tornando-o um centro de atividades comunitário,
responsabilizando-se pela sua conservação;
- Promover atividades complementares, não formais, a alunos com
dificuldades de aprendizagem, recrutando recursos e materiais
necessários;
- Decidir e acompanhar a aplicação das receitas oriundas de
qualquer cobrança ou doação, convocando assembléia geral para
discutir e decidir sobre as irregularidades que forem
constatadas;
- Aprovar em primeira instância, em assembléia geral, a prestação
de contas da aplicação de recursos das contribuições
comunitárias apresentadas pelo diretor do estabelecimento;
- Receber doações e contribuições voluntárias fornecendo o
competente recibo;
- Convocar, por escrito, em lugar visível e com setenta e duas
horas de antecedência, a reunião da assembléia geral, em
horário compatível com o da maioria dos associados;
- Fazer reuniões periódicas para tomada de decisões e prestação
de contas das receitas oriundas de contribuições;
- Apresentar balancete das receitas, bimestralmente, aos
associados, através de editais;
- Registrar as reuniões em livro ata assinado pelos presentes;
- Proceder, em ata, a tomada de contas de valores e bens do
estabelecimento quando da substituição da direção.
54
PLANO DE AÇÃO - APMF
1. AÇÃO
Reativação e Mobilização dos membros da APMF
OBJETIVO
Integrar a comunidade – escola - pais com o intuito de efetivar as
ações propostas no P.P.P.
2. DETALHAMENTO DA AÇÃO
Reuniões (Assembléias)
Debates;
Leituras;
Explanações.
3. CONDIÇÕES/RECURSOS
Estatuto da APMF,
Palestrante; Salas, transparências, cópias de documentos.
4. RESPONSÁVEL
Diretor, equipe pedagógica e diretoria da APMF
5. CRONOGRAMA
Fevereiro/ dezembro
5.2.4 Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil é a associação dos estudantes do
estabelecimento, regidos pelo seu próprio estatuto.
55
O Grêmio Estudantil tem por objetivos:
• Congregar o corpo discente do referido colégio;
• Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos;
• Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de lazer, bem como
eventos, festas e excursões de seus membros;
• Promover a cooperação entre administradores, professores,
funcionários e alunos, no trabalho escolar, buscando seu
aprimoramento;
• Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural, educacional,
político, desportivo e social com entidades congêneres;
• Pugnar pela democracia, pela independência e respeito às liberdades
fundamentais do homem, sem distinção de raça, cor, sexo,
nacionalidade, convicção política e religiosa;
• Pugnar pela adequação do ensino as reais necessidades da juventude e
do povo, bem como pelo ensino público e gratuito;
• Lutar pela democracia permanente dentro e fora do colégio, através
do direito de participação nos fóruns deliberativos adequados.
Da organização do Grêmio Estudantil:
• A Assembléia Geral dos Estudantes;
• O Conselho de Representantes de Classe;
• A Diretoria do Grêmio.
As atividades do Grêmio Estudantil são regidas pelo Estatuto,
aprovado em assembléia geral.
5.2.5 Representante de turma
Os alunos representantes de turma serão escolhidos através de
eleição entre os alunos de sala, sendo que o líder escolhido deve ter um
perfil de aluno dedicado, comprometido, que tenha um bom
relacionamento com o grupo e que venha contribuir para o crescimento
dos seus companheiros.
56
PLANO DE AÇÃO
• Formação de liderança – perfil de um líder;
• Escolha dos representantes de turma
• Preparo dos alunos para o exercício de liderança;
• Trabalho com todos os alunos, nas diversas disciplinas, sobre
os conceitos de representação, democracia, cidadania,
liderança e outros que contemplam gestão democrática.
• Envolvimento e participação direta com os integrantes do
Grêmio estudantil
OBJETIVO
• Estudar, preparar e oportunizar o exercício da liderança;
• Vivenciar a prática da democracia através de seu exercício
através de representante de turma, visando desenvolver a
participação, iniciativa, representatividade, mobilização,
criatividade e outros componentes da prática da gestão
democrática.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
• Através de votação com os alunos da turma se escolhe o líder e
vice-líder;
• Fazer reuniões mensais com os líderes de todas as salas;
•
CONDIÇÕES/RECURSOS
• Previsão de horário e dias para realização das atividades;
• Preparo do professor pedagogo;
• Uso de recursos visuais para facilitar a explicitação.
RESPONSÁVEL
57
• Equipe pedagógica e professor regente de classe e outros
professores das disciplinas.
CRONOGRAMA
Durante o ano letivo.
5.2.6 Plano de Ação da Direção Gestão 2006/2007/2008
“O nascimento do pensamento é igual
ao nascimento de uma criança: tudo
começa com um ato de amor. Uma
semente há de ser depositada no
ventre vazio. E a semente do
pensamento é o sonho. Por isso os
educadores, antes de serem
especialistas em ferramentas do saber,
deveriam ser especialistas em amor:
intérpretes de sonhos” (ALVES,
Rubem. Alegria de ensinar. Campinas,
Papirus, 2004)
"Mentes grandes discutem idéias;
mentes medianas discutem
eventos; mentes pequenas
discutem pessoas." Blaise Pascal
APRESENTAÇÃO
O presente Plano de Ação tem como objetivo explicitar a proposta
de trabalho para a gestão 2006/2007/2008 desta Instituição Educacional.
O conteúdo do Plano se apresenta de forma a demonstrar que o
mesmo tem base os focos pertinentes ao Processo Educacional, ou seja:
a) envolvimento com a comunidade;
b) desenvolvimento da competência do Professor na Escola;
58
c) permanência do aluno, com êxito, no sistema;
JUSTIFICATIVA
Com a proposta de incentivo ao conceito da ação em GESTÃO
COMPARTILHADA, na busca da promoção da excelência na educação é
necessário que se formulem ações concretas em face da realidade de
cada unidade educacional. E também é importante fundamentar a prática
pedagógica.
Esta realidade só pode ser expressa à medida que se possibilitem
canais eficientes de comunicação entre os alunos, equipe pedagógica e
demais funcionários envolvidos nesta tarefa.
Partindo do princípio da co-participação e comprometimento com
uma educação de qualidade e de conformidade com as reais aspirações e
necessidades do contexto em que vivemos, é que apresentamos este
plano, o qual segue com as principais informações quanto à meta,
objetivos e ações.
META
Que possa ser estabelecida parceria de ação, com os outros
segmentos da comunidade e os demais agentes educativos deste
processo para alcançar a QUALIDADE DE ENSINO procurando
estabelecer uma IDENTIDADE para a escola fundamentando-se em
pensadores e educadores como Rubem Alves, Celso Antunes e João
Luis Gasparim
OBJETIVOS
• Criar formas de apoio aos professores para sanar as dificuldades
enfrentadas no dia-a-dia, na relação ensino-aprendizagem, através de
cursos de capacitação, palestras educativas, trabalhos em equipe,
acompanhamento psíquico-social.
• Estabelecer uma linha de pensamento educacional com base em um
educador e que todos possam conhecer esta ideologia de trabalho.
• Criar uma identidade para o estabelecimento.59
• Valorizar e estimular a ação docente na escola.
• Viabilizar junto a APMF e SEED ampliação e reformas (melhorias)
necessárias no espaço físico da escola.
• Desenvolver projetos de ensino que envolva a pluralidade cultural do
nosso povo;
• Promover grupo de estudos com a equipe escolar.
• Organizar palestras, encontros para pais com profissionais da área.
• Atender educandos de forma prazerosa e lúdica.
• Estimular a participação dos pais dos alunos no processo de ensino-
aprendizagem.
• Propiciar trabalhos de parceria com instituições e organizações da
comunidade, assim como ampliar os já existentes.
• Ampliar acervo bibliográfico.
• Estimular a união do grupo para um trabalho de comum acordo com
metas específicas e claras para todos.
AÇÕES
• Resgate de valores estruturais da família.
• Discussão sobre o papel da escola.
• Incentivo à leitura.
• Palestras/reuniões com profissionais afins para os docentes.
• Dinâmicas de grupo.
• Reuniões mensais para pais com profissionais de diferentes áreas
(conforme a necessidade emergente).
• Manter diálogo constante com a equipe escolar e comunidade escolar
para que se possa, na medida do possível, efetivar todos os objetivos
propostos.
5.2.7 Plano de Ação da Equipe Pedagógica
A equipe Pedagógica é a responsável pela articulação entre todos os
segmentos da escola envolvidos no contexto educacional.
Junto aos professores:
60
1. Apoiar, acompanhar e assessorar o trabalho pedagógico do professor,
observando se o mesmo está de acordo com o planejamento para que o
resultado do processo ensino – aprendizagem seja positivo. Como
parte deste item citamos algumas ações: fazer uma auto-avaliação
junto com o professor, fornecer textos e material de apoio pedagógico,
sugerir materiais que favoreçam a aprendizagem, discutir soluções e
buscar alternativas para os problemas, acompanhamento e sugestões
de atividades sempre que necessário. Subsidiar o professor na
realização de projetos, eventos, planejamentos, organização das
atividades, etc.
2. Manter com a Direção da escola uma relação harmoniosa e articulada
para que o trabalho pedagógico venha realizar-se com eficácia;
3. Realizar reuniões pedagógicas focalizando assuntos inerentes ao
processo ensino – aprendizagem;
4. 0Manter contatos e envolver junto às ações pedagógicas a equipe
administrativa e funcionários;
5. Promover situações que forneçam ao professor, condições de um bom
relacionamento intra e inter pessoal, propiciando ao mesmo, senso de
autovalor positivo.
Junto aos alunos:
O aluno é o alvo de todo o trabalho e, para tanto necessita de atenção
especial em:
• Nas 5ª séries realizar uma sondagem da aprendizagem (resgate
dos conteúdos da 4ª série), verificando-se as dificuldades para os
encaminhamentos adequados para: sala de apoio, sala de recursos
e a outros profissionais, conforme o necessário. Deve-se também
buscar trabalhos diferenciados, tendo em vista serem alunos que
acabam de sair da 4ª série, acostumados com um ritmo diferente e
que necessitam de atenção, acompanhamento, orientação e
aprender o modo de se conduzir, se organizar para melhor
apropriarem – se dos conhecimentos sistematizados;
• Promover palestras, discussões de assuntos inerentes de cada
série tais como: sexualidade, drogas, adolescência, orientação 61
profissional, vocacional, valores humanos, relacionamentos e
orientações de estudos;
• Chamar individualmente os alunos após conselho de classe,
mostrando a eles onde evoluiu e no que precisa melhorar;
• Propiciar um ambiente onde o aluno possa sentir-se a vontade
para expor seus anseios, suas dificuldades, seus problemas, assim
como, opinar, ouvir e ser ouvido.
Junto a Família:
A família é a parceira indispensável para que o trabalho da escola
tenha êxito, por isso a equipe pedagógica deve estabelecer contatos
freqüentes com ela, o que favorecerá no processo ensino – aprendizagem.
No 1º bimestre, logo no início do período letivo, promover uma
reunião apresentando aos pais o Regimento Interno do Colégio e
Regulamento do Aluno, dando aos pais a responsabilidade no
cumprimento juntamente com o aluno e escola.
Na entrega dos boletins promover palestras que abordem temas para
as famílias, apresentações de trabalhos dos alunos bem como danças e ou
dramatizações e, reuniões abordando assuntos do dia-a-dia do aluno e da
escola, como: aproveitamento escolar, indisciplina, limite, auto-estima,
compromisso com os estudos, acompanhamento da família na vida escolar
do filho, entre outros assuntos podendo ser elencados na melhoria do
processo ensino-aprendizagem.
Aceitar sugestões procedentes dos pais, envolvendo-os nas atividades
promovidas pelo colégio.
5.2.8 Plano de Ação dos Professores
De acordo com a LDB, o professor deve se envolver na elaboração
do Projeto Político Pedagógico e:
62
• Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a
compreensão do conhecimento pelo aluno;
• Envolver em todas as atividades realizadas na escola, no decorrer do
ano letivo;
• Realizar intervenções pedagógicas junto aos alunos sempre que
necessário;
• Elaborar atividades de recuperação aos alunos que obtiverem
aproveitamento abaixo do desejado;
• Participar de reuniões com os pais e entrega de boletins;
• Envolver-se em atividades culturais e eventos promovidos pela escola;
• Promover e participar de grupos de estudos, capacitações, cursos e
outros eventos, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento
profissional e pessoal;
• Assegurar que no âmbito escolar não ocorra tratamento discriminativo
de etnia, de gênero, religião e classe social;
• Promover no processo de ensino-aprendizagem o respeito humano, o
relacionamento cooperativo de trabalho com os seus colegas, alunos,
funcionários, pais e com os diversos segmentos da comunidade;
• Criar e desenvolver projetos;
• Propiciar um ambiente escolar positivo e agradável;
• Participar das práticas avaliativas da escola;
• Demonstrar gosto, dedicação e compromisso ao trabalho.
5.2.9 Plano de Ação – Equipe Administrativa
No início do período letivo, reunião com direção e equipe para
determinar horários para o bom funcionamento da secretaria, biblioteca e
informática.
OBJETIVO
• Melhorar o atendimento para pais, alunos e professores.
63
• Organizar os setores para que tudo esteja funcionando no início do
período letivo.
• Fazer cronograma de novas estratégias para cada setor
aprimorando a qualidade do trabalho.
DETALHAMENTO DA AÇÃO
A secretaria escolar é a parte de entrada da escola para a
comunidade externa. É produtora e guardiã da memória e da
documentação da escola, de seus alunos e professores.
E garante o controle de toda a situação: Atendimento, qualidade
dos serviços, funcionamento.
É responsável pelos serviços de escrituração, documentação,
correspondência e processos referente a vida escolar dos alunos.
A biblioteca organiza e controla os livros de leitura, pesquisa,
videoteca e dvdteca e organiza as aulas de leitura com os professores, faz
empréstimos de livros para alunos e professores e VHS e DVD aos
professores, digita e imprime o Livro Ponto. Incentiva o hábito de leitura
através de indicações de livros atuais, interessantes que venham atender
necessidades e a realidade dos educandos.
Informática cuida da parte das cópias de provas dos professores e
apostilas, empréstimo de vídeos para as aulas auxilia em pesquisa na
internet, manutenção site na escola.
RECURSOS
Todo material disponível para (que as tarefas sejam realizadas)R.H.
treinamento, capacitação estudo em grupo sobre a legislação, cursos de
aperfeiçoamento para uso das multimídias.
RESPONSÁVEL
Direção
CRONOGRAMA
64
No início do período letivo faz-se um cronograma para que todo o
trabalho seja desenvolvido dentro dos prazos estabelecidos.
Estabelecer datas das reuniões semestrais para avaliação das
atividades desenvolvidas da equipe.
5.2.10 Plano de Ação – Agente de Execução
AÇÃO
Reunião com professores de Biologia, Física e Química.
OBJETIVO
• Melhorar o atendimento aos professores e alunos.
• Discutir metodologias a ser aplicadas na utilização adequada
aos alunos para seu melhor funcionamento.
• Organizar e controlar vidrarias, reagentes, equipamentos
acervos zoológicos e materiais didáticos, assim como sua
manutenção correta.
DETALHAMENTO DA AÇÃO:
Discussão de metidas para evitar acidentes durante a execução das
metodologias aplicadas.
Cooperação e compromisso com o pedagógico, visando maior
qualidade do atendimento aos professores e aos alunos.
CONDIÇÕES / RECURSOS - Laboratórios de Ciências: -
Vidrarias
Reagentes
Equipamentos
Acervo Biológico
65
RESPONSÁVEL - Agente de Execução – Laboratório.
CRONOGRAMA – Durante o ano letivo.
OUTRAS ESPECÍFICIDADES: - Atividades Práticas de experiências
de Ciências,
5.2.11 Plano de Ação – Agente de Apoio
1. AÇÃO
Reunião para definir funções por cada setor do Estabelecimento de
Ensino.
2. OBJETIVO
• Promover a ordem e a limpeza no colégio, preservando os
ambientes e zelando pela segurança de todos;
• Auxiliar no bom funcionamento do colégio, assegurando a
permanência dos educandos em sala de aula;
• Preservando um intervalo sem conflitos;
• Preparar e servir a merenda escolar seguindo o padrão de higiene e
qualidade;
• Manter o bom relacionamento entre todos os envolvidos da escola;
3. DETALHAMENTO DA AÇÃO:
Reunião com os funcionários no início do ano letivo para discussão
das funções de cada setor assim como as atribuições e horários de cada
funcionário;
Enfatizar a importância do espírito de cooperação, compromisso e
responsabilidade de cada um para o bom funcionamento do trabalho,
visando qualidade no atendimento aos alunos e a comunidade escolar;
66
4. CONDIÇÕES / RECURSOS:
Retroprojetor, sala de vídeo, mensagens.
5. RESPONSÁVEL -
Direção
6. CRONOGRAMA -
Reuniões bimestrais
5.3 LINHAS DE AÇÃO: PROPOSTA PEDAGÓGICA
Segundo Gasparin (2002), muitas críticas são feitas à escola
tradicional, considerada mera transmissora de conteúdos prontos,
acabados, estáticos e desconectados de suas finalidades sociais. Porém, é
importante lembrar que esta mesma escola é fruto do momento histórico
vivido. Ela participa de um contexto social e por sua vez reflete este meio
em que se encontra. Se por muito tempo a aprendizagem dos conteúdos
era requisito para tirar uma boa nota e ser promovido, hoje surge uma
nova dimensão a ser considerada: qual a finalidade social dos conteúdos
escolares?
O Colégio Estadual Dario Vellozo quer fomentar uma identidade de
trabalho integrado no qual professor e alunos são co-autores do processo
de aprendizagem. Desafio para o mestre e ao mesmo tempo para os
discentes. Juntos terão que descobrir a finalidade social dos conteúdos-
científicos culturais propostos pela escola.
Assim o objetivo fundamental é que o conteúdo sistematizado
responda às indagações e anseios dos alunos e do próprio professor que
passa a ser agente de formação e transformação do meio em que vive.
Nesta nova perspectiva o conteúdo de todas as áreas deverá ser
trabalhado de forma contextualizada e significativa a partir da realidade
vivida pelos alunos e comunidade. Portanto, cada fragmento do
conhecimento só adquire sentido num todo maior. E, o privilégio será o da
67
contradição, da dúvida, do questionamento e que se interroguem os
“conhecimentos” advindos do senso comum.
A fim de mais claramente visualizarmos o processo pedagógico que
levamos a efeito no estudo teórico-prático dessa teoria, descreveremos,
resumidamente, cada uma das cinco fases em que se divide a proposta
metodológica da Pedagogia Histórico-Crítica de SAVIANI abordada no
livro: “Uma didática para a pedagogia histórico-critica” João Luiz
Gasparin, se evidencia como cada um desses passos deva ser traduzido
para a prática escolar.
A - Prática Social Inicial
Saviani (1991:79-80) ao explicitar essa primeira fase de seu método
pedagógico afirma que ela é o ponto de partida de todo trabalho docente.
Este passo consiste no primeiro contato que o aluno mantém com o
conteúdo que será trabalhado pelo professor. É a percepção que o
educando possui sobre o tema de estudo. Freqüentemente é uma visão de
senso comum, empírica, geral, um tanto confusa, sincrética, onde tudo de
certa forma aparece como natural.
O professor, por seu lado, posiciona-se em relação à mesma
realidade de maneira mais clara e, ao mesmo tempo, com uma visão mais
sintética.
A diferença entre os dois posicionamentos deve-se, entre outras
razões, ao fato de o professor, antes de iniciar o seu trabalho com os
alunos, já ter realizado o planejamento de suas atividades, onde
vislumbrou todo o caminho a ser percorrido. Isso lhe possibilita conduzir
o processo pedagógico com segurança dentro de uma visão de totalidade.
Esse passo caracteriza-se por ser uma preparação e uma
mobilização do aluno para a construção do conhecimento. É uma primeira
leitura da realidade, ou seja, o contato inicial com o tema a ser estudado.
(Vasconcelos 1993:44).
O professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado.
Dialoga com eles sobre esse tema buscando verificar qual o domínio que
já possuem e que uso fazem na prática social cotidiana.
68
Realiza um levantamento de questões ou problemas envolvendo
essa temática; mostra aos alunos o quanto já conhecem, ainda que de
forma caótica, a respeito do conteúdo que será trabalhado; evidencia que
qualquer assunto a ser desenvolvido em aula, já está presente na prática
social como parte constitutiva dela.
Esta fase consiste em desafiar os alunos a mostrarem o que já
sabem sobre cada um dos itens que serão estudados. O levantamento
sobre a prática social do conteúdo é sempre feito a partir do referencial
dos alunos.
Esta forma de encaminhamento mostra aos educandos que eles já
conhecem na prática o conteúdo que a escola pretende lhes ensinar.
A prática social inicial é sempre uma contextualização do conteúdo.
É a conscientização do que ocorre na sociedade relativamente àquele
tópico a ser trabalhado. Mas como trabalhar com a prática social,
com essa leitura da realidade, em cada campo específico do
conhecimento?
Esta é uma tarefa que cada professor, em sua área, deve aos poucos
descobrir a fim de criar um clima favorável para a construção do
conhecimento.
Para a realização dessa primeira fase os cursistas constituem
equipes de estudo por disciplinas ou áreas afins. Sua primeira tarefa
consiste na definição dos conteúdos (unidade, tópicos e subtópicos) que
seriam trabalhados posteriormente com seus alunos.
Ainda que na seqüência formal do plano, os conteúdos apareçam
listados na segunda fase do processo, ou seja, na instrumentalização, na
prática escolar, porém, eles são o ponto inicial do trabalho pedagógico.
De posse dos itens de conteúdo que efetivamente se espera
desenvolver, cada equipe inicia a elaboração de uma grande quantidade
de perguntas sobre cada tópico a ser estudado. Na prática cotidiana essa
tarefa será realizada pelo professor e seus respectivos alunos em sala de
aula.
Para a construção dessas questões, no momento de planejamento,
os professores colocam-se no papel de alunos, buscando prever as
69
perguntas que eles fariam, levando em conta o domínio e uso do conteúdo
na vida social dos educandos.
Esse trabalho consiste no levantamento e listagem de questões da
vivência cotidiana do educando sobre o conteúdo a ser ministrado. É a
demonstração daquilo que o aluno já sabe e a explicitação de que já
existe em sua prática o conteúdo escolar. E a mobilização do aluno para a
construção do conhecimento. É a sua visão sobre o conteúdo até aquele
momento.
B - Problematização
Esse passo constitui o elo entre a Prática Social e a
Instrumentalização. É a “identificação dos principais problemas postos
pela prática social. (...) Trata-se detectar que questões precisam ser
resolvidas no âmbito da Prática Social e, em conseqüência, que
conhecimento é necessário dominar” (Saviani, 1991:80).
O conhecimento de que estamos falando são os conteúdos
historicizados.
Para fins de estudo, delimitamos e entendemos que os principais
problemas postos pela prática social são os relativos aos conteúdos que
estão sendo trabalhados numa determinada unidade do programa.
Os “principais problemas” são as questões fundamentais que foram
apreendidas pelo professor e pelos alunos e que precisam ser resolvidas,
não pela escola, mas no âmbito da sociedade como um todo. Para isso se
torna necessário definir quais os conteúdos os educadores e os
educandos precisam dominar para resolver tais problemas, ainda que,
inicialmente, na esfera intelectual.
A problematização tem como finalidade as principais questões
levantadas na prática social a respeito de determinado conteúdo. Essas
questões orientam todo o trabalho a ser desenvolvido pelo professor e
pelos alunos.
Essa fase consiste, na verdade, em selecionar e discutir problemas
que tem sua origem na prática social, descrita no primeiro passo desse
método, mas que se ligam e procedem ao mesmo tempo também do
70
conteúdo a ser trabalhado. Serão, portanto, grandes questões sociais,
mas limitadas ao conteúdo da unidade que está sendo trabalhado pelo
professor.
A problematização é o questionamento do conteúdo relacionado à
prática social, em função dos problemas que precisam ser resolvidos no
cotidiano das pessoas.
Relacionando o conteúdo com a prática social definem-se as
questões que através desse conteúdo especifico podem ser encaminhadas
e resolvidas. Elabora-se uma serie de perguntas que orientam a análise e
a apropriação do conteúdo.
O processo ensino-aprendizagem, neste caso, está em função das
questões levantadas na prática social e retomadas de forma mais
profunda e sistematizada nessa segunda fase.
Nesta etapa do processo duas são as tarefas principais;
1- Determinação dos conteúdos em suas dimensões cientifica,
social e histórica.
2- Levantamento, em cada tópico ou subtópico, das principais
questões das praticas sociais, diretamente relacionadas aos
conteúdos, levando em conta as três dimensões apontadas.
Para a execução de cada um desses passos há que tomar o conteúdo
do programa elaborado e levantar junto com os alunos as questões sociais
básicas que abrangem o conteúdo a ser desenvolvido.
Como o conteúdo será trabalhado levando-se em conta as
dimensões científica, social e histórica, as perguntas que forem
elaboradas devem expressar a mesma perspectiva. Como forma prática
para selecionar as questões fundamentais proceda-se da seguinte
maneira: repita-se cada item do conteúdo e, em seguida, formule-se junto
com os alunos, questões que abranjam a totalidade desse tópico nas
dimensões assinaladas.
As questões formuladas serão respondidas na fase de
instrumentalização, quando os alunos estarão efetivamente construindo,
de forma mais elaborada, seu conhecimento. A problematização é o fio
71
condutor de todas as atividades que os alunos desenvolverão no processo
de construção do conhecimento.
C - Instrumentalização
Esta fase, segundo Saviani (1991:103) consiste na apreensão “dos
conhecimentos teóricos e práticos necessários ao equacionamento dos
problemas detectados na prática social. (...) Trata-se da apropriação pelas
camadas populares das ferramentas culturais necessárias à luta que
travam diuturnamente para se libertar das condições de exploração em
que vivem”.
É o momento de evidenciar que o estudo dos conteúdos propostos
está em função das respostas a serem dadas às questões da prática social
que foram consideradas fundamentais na fase da Problematização.
A tarefa do professor e dos alunos desenvolver-se-á através de
ações didático-pedagógicas necessárias à efetiva construção conjunta do
conhecimento nas dimensões científica, social e histórica. Em cada área
de conhecimento, os professores utilizarão as formas e os instrumentos
mais adequados para a apropriação construtiva dos conteúdos.
Em sentido prático, retomam-se os conteúdos e, a cada tópico,
especificam-se os processos e os recursos que foram utilizados para a
efetiva incorporação dos conteúdos, não apenas como exercício mental,
mas como uma necessidade social.
Cada tópico que vai sendo trabalhado deverá responder às questões
que a partir dele foram levantadas e selecionadas na Problematização.
Este é o momento do método que faz passar da síncrese à síntese a visão
do aluno sobre o conteúdo escolar presente em sua vida social.
Essa etapa consiste em realizar as operações mentais de analisar,
comparar, criticar, levantar hipóteses, julgar, classificar, conceituar,
deduzir, generalizar, discutir e explicar.
Na instrumentalização o educando e o professor efetivam o
processo dialético de construção do conhecimento que vai do empírico e
abstrato para o concreto.
72
D - Catarse
Uma vez incorporados os conteúdos e os processos de sua
construção, ainda que de forma provisória, é chegado o momento em que
o aluno é solicitado a mostrar o quanto se aproximou da solução dos
problemas anteriormente levantados sobre o tema em questão.
Esta é a fase em que o educando manifesta que assimilou os
conteúdos e os métodos de trabalho em funções das questões
anteriormente enunciadas.
Agora ele traduz oralmente ou por escrito a compreensão que teve
de todo o processo de trabalho. Expressa sua nova maneira de ver a
pratica social. É capaz de entendê-la em um novo patamar, mais elevado,
mais consciente e estruturado. É a síntese que o aluno efetua, marcando
sua nova posição em relação ao conteúdo e a forma de sua construção no
globo social.
O educando mostra que de uma síncrese inicial sobre a realidade
social do conteúdo que foi trabalhado, chega agora a uma síntese, que é o
momento em que ele estrutura, em nova forma, seu pensamento sobre as
questões que conduziram a construção do conhecimento. Esta é a nova
maneira de entender a prática social. É o momento em que o aluno
evidencia se de fato incorporou ou não os conteúdos trabalhados.
Segundo Saviani, (1991:80-1) “catarse é a expressão elaborada da
nova forma de entendimento da prática social a que ascendeu. (...) O
momento catártico pode ser considerado como o ponto culminante do
processo educativo, já que é aí que se realiza pela mediação da análise
levada a cabo no processo de ensino, a passagem da síncrese à síntese.
Conforme Wachowicz (1989: 107), a catarse “ é a verdadeira
apropriação do saber por parte dos alunos. Na catarse o aluno mostrará
que a realidade que ele conhecia antes como “natural”, não é exatamente
desta forma, mas é “histórica”, porque é produzida pelos homens em
determinado tempo e lugar, com intenções políticas implícitas ou
explícitas, atendendo a necessidades sócio-econômicas históricas,
situadas desses mesmos homens.
73
Este é o momento da avaliação que traduz o crescimento do aluno,
que expressa como se apropriou do conteúdo, como resolveu as questões
propostas, como reconstituiu seu processo de concepção da realidade
social e, como, enfim, passou da síncrese à síntese.
É a avaliação da aprendizagem do conteúdo, entendido como
instrumento de transformação social.
Como o aluno mostrará que aprendeu. Neste momento são
montados os instrumentos e definidos os critérios que mostram o quanto
o aluno se apropriou de um conteúdo particular como uma parte do todo
social. Conforme as circunstâncias, a avaliação pode ser realizada de
maneira informal ou formal. No primeiro caso, o aluno, por iniciativa
própria, manifesta se incorporou ou não os conteúdos e os métodos na
perspectiva proposta pelas questões da problematização. No segundo, o
professor elabora as questões que deverão oferecer ao educando a
oportunidade de se manifestar sobre o conteúdo aprendido.
E - Prática Social Final
O ponto de chegada do processo pedagógico na perspectiva
histórico-crítica é o retorno a pratica social.
Conforme Saviani, (1991: 82) a prática social inicial e final é a
mesma, embora não seja. É a mesma enquanto se constitui “o suporte e o
contexto, o pressuposto e o alvo, o fundamento da pratica pedagógica. E
não é a mesma, se consideramos que o modo de nos situarmos em seu
interior se alterou qualitativamente pela mediação da ação pedagógica”...
Professores e alunos se modificam intelectual e qualitativamente
em relação a suas concepções sobre o conteúdo que reconstruíram,
passando de um estagio de menor compreensão científica, social e
histórica a uma fase de maior clareza e de compreensão dessas mesmas
concepções dentro da totalidade.
Este é o momento em que docentes e educandos elaborarão um
plano de ação a partir do conteúdo que foi trabalhado. É a previsão do
que o aluno fará e como o desempenhará por ter aprendido um
determinado conteúdo. É o seu compromisso com a prática social, uma
74
vez que esse método de estudo tem como pressuposto a articulação entre
educando e sociedade.
O passo final desta proposta didático-pedagógica consiste
basicamente de dois pontos:
a) Nova postura mental do aluno frente à realidade estudada.
É a nova maneira de compreender o conteúdo estudado
situando-se de maneira histórico-concreta na totalidade.
b) Proposta concreta de ação por ter aprendido um
determinado conteúdo. É o compromisso concreto do aluno.
E o que ele fará na vida prática, em seu cotidiano, tanto
individualmente quanto coletivamente. Essa proposta de
trabalho pode referir-se tanto a ações intelectuais quanto a
trabalhos manuais ou físicos.
A prática social final é o momento da ação consciente do educando
na realidade em que vive. A proposta metodológica da Pedagogia
Histórico-Crítica é um caminho de apropriação e de reconstrução do
conhecimento sistematizado, buscando evidenciar que todo o conteúdo
que é trabalhado na escola é uma expressão de necessidades sociais
historicamente situadas.
Assim, as Práticas Sociais Inicial e Final são o contexto de onde
provém e para onde retorna o conteúdo reelaborado pelo processo
escolar. A problematização, a instrumentalização e a catarse são os três
passos de efetiva construção do conhecimento na e para a prática social.
Ao utilizar este método de avaliação, automaticamente os
professores garantirão a recuperação dos conteúdos, uma vez que se fará
o processo de ir e vir várias vezes durante a aprendizagem, possibilitando
ao mesmo obter melhores resultados, oferecendo atividades em
momentos alternativos com atendimento mais individualizado,
oportunizando assim, ao educando vencer as dificuldades e avançar no
processo de ensino, possibilitando aos alunos que possuem dificuldades
na aprendizagem, a interação e a construção de estruturas do
conhecimento.
75
5.4 Planejamento
Nos últimos tempos mais se tem falado sobre a realidade, em todos
os campos, inclusive no processo de planejamento. Isso se deve a um
crescimento, entre a sociologia (também a da educação) e a uma
perspectiva crescente em termos de compreender o significado de uma
prática transformadora que se situe mais na ação do “aqui” e do “agora”
do que os princípios universais.
No campo do planejamento, pensar mais a realidade é promissor,
faz com que se repense ações mais concretas, para políticas e estratégias
mais consistentes. Mesmo porque a concepção de planejamento que se
firma e que tem sentido é aquela que o considera uma metodologia
científica para construir a realidade.
Para compreender este enfoque de planejamento, não se pode
tomar a realidade como um conjunto compacto e inespecífico: é prudente
fazer algumas distinções que , são profundamente produtivas.
A realidade pode ser concebida como:
• Global, incluindo todo o complexo sócio-econômico-cultural; ela é
assim classificada por abranger a totalidade, tanto de conteúdo
natural e humano, como de espaço ;
• De campo de ação do grupo ou da instituição que planeja, esta
realidade se restringe dentro do que opera a instituição ou o grupo
planeja.
• Do grupo ou da instituição, realidade restrita e específica do processo
planejado.
O planejamento consiste no processo de explicar a realidade desejada
e de construir (transformar) a realidade existente tendo como rumo
aquela realidade desejada.
No meio escolar o planejamento precisa ser conduzido de forma que,
ao mesmo tempo em que transmite a cultura acumulada, contribui para a
formação de novos conhecimentos. Para que isso aconteça ele precisa ser
sempre refletido, analisado e repensado, realimentando, passando a ser
um instrumento de ação efetiva e essencial ao processo de ensino e não
76
documento burocrático e mecânico do trabalho docente, devendo desta
forma ser previsto bimestralmente por área de conhecimento.
5.5 Metodologia
A metodologia proposta será derivada de três aspectos básicos:
1º passo: ver a prática social dos sujeitos da educação;
2º passo: consiste na teorização sobre a prática social;
3º passo: retorno à prática social para transformá-la.
Portanto o conhecimento passa a ser um guia de ação. Possui
significado prático e sentido. Segundo Gasparín, em seu conjunto, essa
metodologia de ensino-aprendizagem apresenta três características
desafiadoras:
1) Nova maneira de planejar as atividades docentes-discentes;
2) Novo processo de estudo por parte do professor;
3) Novo método de trabalho docente-discente, que tem com base o
processo dialético: prática-teoria-prática.
5.6 Hora Atividade
A escola tem pretensão que a hora atividade dos professores seja
realizada por área de conhecimento para o melhor aproveitamento de
estudo do professor. Porém, isso ainda não foi possível em função da
distribuição das aulas sem o padrão fixado no colégio.
A Equipe Pedagógica aproveita esse momento para sugerir, orientar
possíveis soluções às necessidades dos professores e dos educandos,
através de textos dirigidos, reflexões e discussão. Procura-se fazer a
elaboração de ações pedagógicas bimestrais, compartilhar experiências
afim de melhorar as ações pedagógicas com o registro de todas as
informações.
Esse é um momento para o professor planejar suas aulas, fazer
correção das atividades realizadas pelos seus alunos e pesquisar sobre os
conteúdos propostos.
5.7 Reuniões Pedagógicas
77
Com objetivo de socializar conhecimentos e informações promovendo
aos professores novas possibilidades de adquirir conhecimentos e
compartilhar experiências afim de melhorar suas ações educativas, como
também propiciar um momento para ouvir e atender as necessidades dos
professores, rediscutir projetos e regimento escolar, elaborar metas,
refletir sobre a prática pedagógica e planejar cronograma de atividades
durante o ano letivo. O colégio proporciona reuniões pedagógicas a cada
bimestre procurando envolver todos os professores.
5.8 Práticas Avaliativas
O Colégio Estadual Dario Vellozo propicia situações em que a escola
como um todo venha repensar e construir o processo avaliativo da prática
pedagógica. Este processo terá como encaminhamento as propostas:
• Relato de experiências bem sucedidas com os professores;
• Estudo e reflexão do processo de avaliação;
• Fundamentar as propostas previstas no Projeto Político Pedagógico e
as práticas de avaliação;
• Pesquisa junto aos alunos para obter maiores informações sobre as
prioridades e interesses dos mesmos, bem como o andamento em sala
dos docentes;
• Avaliação Institucional oferecida pela SEED.
Também será feita uma avaliação diagnóstica com todos os
alunos. O objetivo é levantar um mapa da atuação do professor, do
pedagogo e da direção sob a ótica do estudante. Esta prática se fará
em dois momentos, em junho no primeiro semestre e em outubro no
segundo semestre.
5.9 Recuperação de Estudos
A recuperação deve ser entendida como um dos aspectos de
aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, no qual o aluno com
aproveitamento insuficiente, ou seja, não atingindo o necessário dos
78
objetivos propostos para cada conteúdo deverá realizar recuperação
pensada a partir dos conteúdos trabalhados.
O professor deverá retomar os conteúdos promovendo atividades
complementares e diferenciadas em forma de trabalho, pesquisa, estudo
dirigido, atividades diversas realizadas em classe e extraclasse sendo
possível nova avaliação ou um trabalho direcionado no final do bimestre.
Os resultados da recuperação deverão incorporar-se aos das
avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais
um componente na totalidade do aproveitamento escolar, sempre
prevalecendo a maior nota.
6 Programas
6.1 Educação Inclusiva e Sala de Recursos
A Constituição Brasileira de 1988 garante o acesso ao Ensino
Fundamental regular a todas as crianças e adolescentes, sem exceção.
Deixa claro que a criança com necessidades especiais deve receber
atendimento especializado complementar, de preferência dentro da
escola. A inclusão ganhou reforços com a LDB, de 1996 e com a
convenção da Guatemala, de 2001. Esta última proíbe qualquer tipo de
restrição baseada na deficiência das pessoas. Sendo assim, mantê-las fora
do ensino regular é considerado exclusão e crime. Desde 1996 o portador
de qualquer tipo de necessidade especial tem assegurado por lei o direito
de estudar nas escolas comuns.
A LDB, de 1996 garante a todos os portadores de necessidades
especiais serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender
às peculiaridades da clientela de educação especial. No Art. 58 é
atribuída aos sistemas de ensino a função de assegurar métodos,
currículos, técnicas e recursos educativos para atender as necessidades
dos educandos. Garante também o atendimento de professores
especializados para a integração destes estudantes nas classes comuns.
A Deliberação 02/03 do Conselho Estadual e Educação do Paraná,
no Art. 2o, diz que a Educação Especial é dever do Estado e da família e
será oferecida, preferencialmente, na rede regular de ensino. No Art. 13
79
prevê, entre outros serviços de apoio, as Salas de Recursos. No Capítulo
V, estabelece orientações referentes à avaliação, que deve ocorrer no
contexto escolar em que o aluno está inserido.
A Educação Especial é entendida como a modalidade de ensino que
tem como objetivo quebrar as barreiras que impedem a criança de
conviver, relacionar-se e exercer a sua cidadania. O atendimento
educacional é apenas um complemento da escolarização, e não um
substituto.
Neste sentido percebe-se a importância da educação formal
concentrar-se nas diferenças e não nas deficiências. Os alunos precisam
ter liberdade para aprender do seu modo e acordo com suas condições.
Isso vale para os alunos com necessidade especiais ou não.
A Educação Especial é uma modalidade da educação escolar, que
assegura um conjunto de recursos, apoios, e serviços educacionais
especiais, organizados para apoiar, complementar, suplementar, e em
alguns casos substituir os serviços educacionais comuns de modo a
garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das
potencialidades dos educandos que apresentam necessidades
educacionais especiais.
Têm direito a educação especial, os portadores de necessidades
educacionais especiais, cujas necessidades são decorrentes de sua
elevada capacidade ou de suas dificuldades para aprender. O foco muda
das condições pessoais do aluno para as respostas educativas que ele
requer.
As necessidades educacionais especiais compreendem:
I- Dificuldades de aprendizagem ou limitação no processo de
desenvolvimento;
II- Dificuldades de comunicação e sinalização;
III- Condutas típicas;
IV- Superdotação/ altas habilidades.
Trabalhar com uma proposta de educação inclusiva não é apenas
corresponder aos anseios e necessidades de uma comunidade pautada
pela diversidade, mas é também o cumprimento dos dispositivos legais
80
que asseguram a todas as pessoas o direito ao acesso e permanência na
educação formal, que é destinada a todos. Neste sentido o Colégio
Estadual Dario Vellozo responde a este trabalho oferecendo sala de
recursos e dois profissionais que atendem no contra-turno alunos com
estas necessidades de forma individualizada.
De acordo com as diretrizes Nacionais para a Educação Especial, o
colégio promoverá a organização de classes comuns e o serviço de apoio
especializado através da Sala de Recursos. Prevê ainda a flexibilização e
adaptações curriculares, metodologia de ensino, recursos didáticos
diferenciados e processo de avaliação adequada ao desenvolvimento dos
alunos que apresentem necessidades educacionais especiais, respeitada a
freqüência obrigatória; avaliação pedagógica no processo ensino
aprendizagem, inclusive para identificação das necessidades
educacionais e a eventual indicação dos apoios pedagógicos adequados.
A sala de recursos iniciou suas atividades no ano de 2005 oferecendo
inicialmente atendimento individualizado a 15 alunos no período
matutino. No ano de 2006 atendeu 21 alunos, já avaliados no contexto
escolar e 20 alunos em processo de avaliação nos períodos matutinos e
vespertino. Em 2007 continuou o trabalho inclusive atendendo não só
alunos do próprio colégio, mas também outros de instituições públicas em
nível estadual.
6.2 Sala de Apoio
O Colégio Estadual Dario Vellozo vem oportunizando aos estudantes
da 5ª série do Ensino Fundamental a participarem da Sala de Apoio de
Língua Portuguesa e Matemática nos períodos matutino e vespertino,
com a finalidade de auxiliar os estudantes a superarem as dificuldades
apresentadas na aprendizagem da leitura, escrita e nos cálculos
fundamentais de maneira que o aluno venha a compreender e dominar os
conteúdos básicos da Língua Portuguesa e Matemática. Apenas no ano de
2007, não foi possível por falta de espaço físico, pois o Colégio Estadual
Dario Vellozo passou por reformas. Este ano de 2008 o trabalho já foi
retomado.
81
6.3 Formação Continuada
A proposta de Formação Continuada acontece do âmbito de Estado,
oferecida pela Secretaria de Educação e Núcleo Regional de Educação
através das capacitações, grupos de estudos, simpósios, jornadas
pedagógicas, seminários regionais e outros.
É ofertada também a Proposta de formação continuada aos
funcionários da escola, do setor administrativo e serviços gerais.
O Colégio Estadual Dario Vellozo realiza com os professores estudos
dirigido de textos, visando a construção da identidade da escola e o
desenvolvimento teórico, à implementação prática.
Cronograma da Proposta da Formação Continuada:
1º Bimestre:
• Música (Recepção);
• Dinâmica de grupo;
• Capacitação da SEED;
• Planejamento Anual;
• Estudo e Discussão de um fragmento do Livro “Uma Didática
para a Pedagogia Histórico – Crítica”. Autor: João Luiz
Gasparin;
2º Bimestre:
• Dinâmica de grupo;
• Palestra de reflexão;
• Estudo e Discussão de um fragmento do Livro “Uma Didática
para a Pedagogia Histórico – Crítica”. Autor: João Luiz
Gasparin;
• Leitura e reflexão do texto (Evasão e repetência);
3º Bimestre:
• Dinâmica de grupo;
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• Capacitação da SEED;
• Revisão do Planejamento;
• Estudo e Discussão de um fragmento do Livro “Uma Didática
para a Pedagogia Histórico – Crítica”. Autor: João Luiz
Gasparin;
• Relato de experiências bem sucedidas sobre o conselho de
classe (algumas reflexões);
4º Bimestre:
• Estudo e Discussão de um fragmento do Livro “Uma Didática
para a Pedagogia Histórico – Crítica”. Autor: João Luiz
Gasparin;
• Reflexão sobre avaliação da prática pedagógica;
• Avaliação Institucional;
• Dinâmica de grupo e confraternização;
7 Qualificação de Espaços e Equipamentos
7.1 Biblioteca
A biblioteca constitui-se em um espaço pedagógico, cujo acervo
estará à disposição de toda comunidade escolar.
Seu regulamento será elaborado pelo seu responsável, sob
orientação da Equipe Pedagógica, com aprovação da Direção e Conselho
Escolar.
A biblioteca estará a cargo de um profissional qualificado, de acordo
com a legislação em vigor.
7.7.1 Do funcionamento da biblioteca:
Para um bom funcionamento da biblioteca e com o objetivo de
garantir um atendimento de qualidade, tanto para alunos quanto para
professores serão seguidos os seguintes critérios:
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• O uso da biblioteca para pesquisa estará liberado para todos os
alunos e professores do colégio, e para outros com a devida
autorização da direção da escola;
• Para ser sócio e obter a carteirinha o aluno terá que estar
regularmente matriculado;
• Para retirar o livro da biblioteca os alunos devem apresentar a
carteirinha de sócio;
• O sócio tem direito de retirar um livro de cada vez;
• O prazo de empréstimo de livros é de até sete dias, a partir da data
de retirada, podendo ser renovado por mais sete dias;
• O cuidado e zelo pelos livros são de responsabilidade do sócio que
os retira; em caso de extravio ou danos, deverá substituí-los ou
pagar pelos danos;
• Somente serão emprestados livros de leitura; livros de pesquisa,
enciclopédias, dicionários, revistas, serão de uso exclusivo no
colégio;
• Para o uso em sala de aula o próprio professor deve responsabilizar-
se pelo material retirado da Biblioteca;
• Os livros utilizados na Biblioteca devem ser deixados sobre a mesa,
pelo usuário;
• A Biblioteca atende nos três períodos de funcionamento, em horário
de aula, inclusive no recreio;
• Quando estiver em trabalho na Biblioteca, o usuário deve observar
o Regimento da Escola, estando sujeito às penalidades previstas no
momento;
• Ao entrar na Biblioteca, o usuário deve deixar os materiais como:
bolsas, mochilas, na entrada, levando apenas lápis e caderno para
registrar.
7.2 Laboratório Bio – Químico
O laboratório tem por finalidade de aplicar os conceitos teóricos das
disciplinas de ciências/Biologia, Química e Física. Onde poderá estar
84
utilizando equipamentos como o microscópio na visualização de células
vegetais e animais, bem como na utilização de reagentes para demonstrar
as diversas reações e ainda identificar ácidos e bases.
Este espaço é mais um recurso didático para o exercício dos
conceitos obtidos em sala de aula e comprovados neste, ou seja, para uma
melhor compreensão do conhecimento sistematizado.
7.3 Laboratório de Informática
O Paraná Digital é uma realidade no colégio. São vinte (20) terminais
que os estudantes tem acesso juntamente com o professor. Todos estão
conectados a internet através do cabo de fibra óptica. Este espaço visa
desenvolver o conhecimento tecnológico. É utilizado para complementar
e ampliar os conteúdos construídos em sala de aula, através da pesquisa,
aula com recursos diferenciados como áudio, imagens, textos e todas as
informações que esta rede pode fornecer tanto ao professor quanto ao
aluno.
7.4 Secretaria
A Secretaria é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de
escrituração escolar e correspondência do estabelecimento:
- Os serviços da secretaria são coordenados e supervisionados pela
Direção ficando a ela subordinados.
• O cargo de Secretária é exercido por um profissional devidamente
qualificado para o exercício dessa função, indicado pelo Diretor do
Estabelecimento, de acordo com as normas da Secretaria de Estado da
Educação, em ato específico.
7.5 Sala Multi-uso
É um espaço didático pedagógico utilizado pelos professores como
recurso para auxiliar a construção do conhecimento. É uma forma de
aprimorar o conhecimento sistematizado desenvolvido em sala de aula.
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Esta sala será equipada com recursos tecnológicos como áudio e
instalação de um projetor mulitmídia.
8 Projetos e Eventos
8.1 Projetos
- Projeto Anti-Tabagismo: Conscientização da proibição do uso
de cigarro, álcool e qualquer tipo de drogas dentro do
estabelecimento escolar;
- Projeto Inspetora em Ação: Orientação da inspetora para
manter em sala o aluno em seus horários de aula;
- Projeto Orientando para o Futuro para alunos do Ensino
Médio;
- Projeto PIETA – Intercâmbio Estudantil Internacional com o
Colégio CEPB de Assunção para alunos do Ensino Médio;
- Projeto Xadrez Ensino e prática para todos os alunos
matriculados no Ensino Fundamental e Médio;
- Projeto Festival de Danças e expressão corporal;
- Projeto de Leitura Concurso Literário para todos os alunos
matriculados no Ensino Fundamental e Médio;
- Projeto Tênis de Quadra: todos os alunos matriculados no
Ensino Fundamental e Médio;
- Projeto Futsal Masculino para os alunos de 5ª e 6ª masculino
e feminino;
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- Projeto de basquetebol, com alunos das 5ªs e 6ªs séries,
masculino e feminino com parceria da Prefeitura Municipal;
- Projeto Anti Furto: Trabalho de conscientização para evitar os
furtos de bicicletas no pátio da escola e construção de um
bicicletário;
- Projeto Sou Mais Dario: Conscientização: do uso do uniforme
visando a identificação do aluno e do Colégio;
- Projeto Escola Iluminada: Melhorias na iluminação do pátio,
na entrada e na quadra da escola;
- Projeto Ambiental: Voltado para conscientização da limpeza
nas salas e no pátio da escola e ajardinamento da escola;
- Projeto de resgate histórico do Dario Vellozo 40 anos através
do FESTIVAL DE DANÇAS;
8.2 Eventos
- Realização, com sucesso, do “16º Festival de Danças” com o
tema CULTURAL AFRO-BRASILEIRA;
- Comemoração do Dia do Estudante com um torneio Inter-
séries de futsal masculino e feminino tendo premiação e
sorteio de brindes para os alunos, participando a maioria dos
professores, funcionários e alunos;
- Realização da Festa julina;
- Participação do Colégio Dario Vellozo em eventos como:
Jocobs (Palotina e Curitiba), na modalidade de futebol de
campo masculino e feminino; No Fera (Cascavel), com o grupo
de danças; No Com Ciência, com dois trabalhos apresentados;
- Festival do Sorvete;
- Confraternização dia dos Professores;
- Confraternização Encerramento do Ano Letivo.
87
Na seqüência, temos sugestões de metas que podem ser
implementadas na medida que houver consenso da maioria da
comunidade escolar:
- Construir um ginásio na quadra de esportes coberta, com palco,
vestiários, banheiros e sala de jogos, que possa ser utilizado para
práticas esportivas, palestras, atividades culturais, etc;
- Ter um cronograma efetivado com o auxílio da comunidade escolar,
definindo as datas dos eventos: Festival de Danças, Formatura,
Torneios Inter-Séries, Festa Julina, etc;
- Reviver os concursos “Garota Dario vellozo” e “Brotinho Dario
Vellozo”.
- Organizar palestras voltadas à orientação profissional, à área da
saúde, etc;
- Ampliar e equipar o laboratório de enfermagem visando oferecer
condições para que os professores realizem suas aulas práticas;
- Elaborar um jornal interno, conduzido e organizado por alunos,
professores e grêmio estudantil;
- Auxiliar os estudantes através de projetos com intuito de inseri-los
no mercado de trabalho;
- Produzir temperos e chás medicinais com o cultivo de uma horta;
- Ampliar e renovar o acervo bibliográfico da biblioteca nos três
níveis de ensino, bem como a colocação de dois computadores para
a consulta controlada dos alunos ao acervo e a sites de pesquisa;
- Reformular e equipar o laboratório de Física – Química – Biologia
fazendo com que o mesmo seja utilizado;
- Articular parceria entre a escola e as famílias, no sentido de
colaborar no desenvolvimento educacional dos estudantes;
- Realizar um jantar típico, visando arrecadar recursos para serem
aplicados na escola e principalmente tornar-se um evento anual;
- Remodelar o refeitório (piso, forro, mesas e cadeiras), oferecendo
condições do aluno opinar sobre o cardápio;
- Equipar o laboratório de informática e a secretaria da escola com
computadores novos do programa Paraná Digital;
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- Implementar a auto-avaliação, e posteriormente, a avaliação da
Direção,
- Equipe Pedagógica, Professores e Funcionários, com intuito de
melhorar os resultado da escola e valorizar os profissionais da
educação do nosso estabelecimento de ensino, bem como aumentar
o comprometimento com a escola;
- Colocar o Dario Vellozo entre os melhores colégios do Paraná, não
somente em estrutura física, mas principalmente com um modelo
pedagógico coerente, alicerçado por um excelente corpo de
Professores, Funcionários, e Equipe Pedagógica;
- Possibilitar, após a reforma, a instalação de circuladores de ar
(Splinter) nas salas, evitando os problemas causados pelo ar
condicionado;
- Definir o regimento interno com a comunidade escolar verificando a
base legal;
- Continuar a conscientização do uso do uniforme, ressaltando a
importância do mesmo no que se refere à segurança, economia e
disciplina;
- Estruturar uma APMF e um Conselho Escolar atuante, onde estes
contribuam efetivamente, sentindo-se parte integrante e importante
da escola;
- Reforçar o trabalho pedagógico realizado pela Equipe Pedagógica
junto à comunidade escolar, buscando oferecer condições de torná-
lo cada vez mais eficaz;
- Realizar confraternizações mais freqüentes entre os profissionais
da educação da nossa escola;
- Conscientizar que a contribuição da APMF deve ser espontânea e
natural, a partir do momento em que a família perceba que
realmente os recursos estão sendo aplicados na escola;
- Continuar oferecendo uma merenda alternativa (bolachas) no
período noturno;
- Reorganizar o quadro de Funcionários (Administrativo e Serviços
Gerais), visando melhorar cada vez mais o atendimento nesses
89
setores importantes para o funcionamento do estabelecimento
escolar;
- Instalar bebedouros novos de forma a atender as necessidades da
comunidade escolar;
- Criar um diferencial educacional em termos de aprendizagem,
através de metodologias visando melhorar as condições de nosso
aluno enfrentar um Vestibular, um Enem, um Concurso Público, o
mercado de trabalho, a vida em sociedade;
Assim, percebemos que muitas “ações” de nosso “Plano de Ações”
devem ser repensadas, que “novas ações” devem ser incluídas, outras
excluídas, ou seja, é um processo dinâmico que exige uma postura de
transformar, de experimentar, e principalmente de acreditar que é
possível diferenciar e melhorar a educação em nosso país.
9 As Relações entre os Aspectos Administrativos e
Pedagógicos
A escola, de forma geral, dispõe de dois aspectos de estrutura:
administrativas e pedagógicas. As primeiras asseguram praticamente a
locação e a gestão dos recursos humanos, físicos e financeiros. Fazem
parte, ainda das estruturas administrativas todos os elementos que têm
uma forma material como, por exemplo, a arquitetura do edifício escolar
e a maneira como ele se apresenta do ponto de vista de sua imagem:
equipamentos e materiais didáticos, mobiliário, distribuição das
dependências escolares e espaços livres, cores, limpeza e saneamento
básico (água, esgoto, lixo e energia elétrica).
As pedagógicas, que, teoricamente, determinam a ação das
administrativas, organizam as funções educativas para que a escola
alcance de forma eficiente e eficaz as suas finalidades.
As estruturas pedagógicas referem-se, fundamentalmente às
interações políticas, às questões do ensino-aprendizagem e às de
currículo. Nas estruturas pedagógicas incluem-se todos os setores
necessários ao desenvolvimento do trabalho educacional.
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