a aura, essa desconhecida

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Ensaio sobre a Aura e a sua atuação sobre os corpos.

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A Aura,

Essa

Desconhecida

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UMA ABORDAGEM

CIENTÍFICA E

METAFÍSICA

Ensaio

Vitor de Figueiredo FRC

LISBOA – 2006

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A AURA,

ESSA DESCONHECIDA

UMA ABORDAGEM CIENTÍFICA

E METAFÍSICA

(Ensaio baseado numa série de 4 Artigos publicados

no "Jornal do Incrível" de 14/4/87 a 5/5/87, com o Pseudónimo de Prof.

Kheops, na Secção criada pelo autor “A Vista da Pirâmide”

1ª Parte

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Embora os múltiplos aspectos que estão implícitos neste assunto

pudessem levar-nos a um tratamento de maior extensão e profundidade,

desenvolveremos o tema limitando-o apenas a quatro questões que,

normalmente, são colocadas sobre a Aura, e que foram enviadas por

leitores do Jornal do Incrível:

1. Pode a Aura ser vista a olho nu ou apenas se vê com aparelhos

próprios?

2. Dizer-se que uma pessoa tem boa vibração pode significar que

tem uma boa Aura?

3. É possível as pessoas serem afectadas pelas auras das outras?

4. É verdade que a Aura tem cores? Por que razão aparecem e o que

significam?

Estas questões parecem provir de não membros Rosacruzes mas,

acreditamos nós, as considerações que elas nos suscitaram e aqui iremos

explanar serão, com certeza, úteis também a alguns deles.

Com a possível clareza e concisão, avançaremos algumas ideias que

auxiliem a compreensão racional sobre a Aura, e não somente a Aura

Humana, tentando que as referidas questões sejam abordadas aqui de modo

simples e objectivo para serem plenamente entendidas pelos leitores não

familiarizados com o assunto.

Julgamos não ser pretensioso dizer que, nas reuniões com não

membros na Comissão de Expansão da Loja Curitiba - AMORC, há poucos

anos, procurávamos recorrer a exemplos claros e racionais para que as

nossas afirmações não se revestissem do carácter esotérico que envolve

certos temas de natureza metafísica.

Estávamos conscientes de que o foro do nosso trabalho de

divulgação transcendia normalmente a experiência e conhecimento das

pessoas que buscam evolução, as quais, de modo geral, estão mais ligadas

sensorialmente ao lado objectivo, real e material da vida.

Todavia, esse mundo que elas julgam real, é um mundo de enganos e

ilusões, o Mundo de “Maya”, no conceito dos mestres hindus. Por isso lhes

é difícil visualizar e compreender os aspectos autênticos do mundo em que

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vivem, quer no nível material quer no nível psíquico, confiantes nos seus

cinco sentidos que, afinal, as enganam.

Através deles jamais conseguirão entrever a realidade, e a grande

maioria continuará caminhando como sonâmbula numa existência de

involuntária e desconhecida cegueira. “Dormirão” de olhos abertos por

longos anos ou, normalmente, uma vida inteira e, geralmente, tendo

dificuldade ou recusando-se a acordar quando alguém lhes fala do

verdadeiro mundo que ignoram.

E porque as palavras nos encaminham neste sentido e ilustrando o

que dizemos, resumimos aqui o famoso diálogo de Sócrates e Glauco, duas

personagens de “A República”, de Platão, denominado “Alegoria da

Caverna”. Citamo-la de memória:

Imaginem que alguns homens estão presos, desde que nasceram,

numa caverna escura, sem nunca terem visto o mundo exterior. Estão

acorrentados por grossas correntes de ferro, presas ao pescoço e às pernas,

de modo que mal se podem mexer e nem sequer virar a cabeça, sendo, por

consequência, obrigados a olhar permanentemente para uma parede à sua

frente. Atrás deles, e um pouco distante, existe uma fogueira. Entre eles e

essa fogueira há um caminho pelo qual passam, de vez em quando, vários

homens carregando estátuas de madeira e de pedra, que eles não vêem, os

quais, durante esse trajecto, conversam em voz baixa. Não podendo ver

esses carregadores de estátuas, os acorrentados vão certamente supor que as

vozes destes são articuladas pelas sombras que eles projectam na parede.

Acreditarão também que todas as sombras, mesmo as das estátuas, são reais

e não sombras de pessoas. E, sobretudo, jamais poderão imaginar que

exista fora da caverna um outro mundo diferente daquele que conhecem.

Que aconteceria se um deles pudesse, um dia, soltar-se das correntes

e, de repente, saísse da caverna e olhasse, brusca e directamente, a luz do

Sol? Acostumado à treva, ser-lhe-ia penoso encarar a luz do dia.

E se o fizesse à noite e olhasse a Lua e as estrelas, nunca antes vistas

por ele, perceberia que o mundo da caverna era ilusório e que o verdadeiro

mundo é, afinal, bem diferente. Depois de conhecer o Sol, as árvores, os

rios, o luar, as pessoas deste Mundo, não desejaria com certeza voltar a

permanecer na caverna, em clausura e treva. E então, sem dúvida, tentaria

convencer os companheiros, ainda acorrentados e iludidos, da existência de

um outro mundo real e cheio de luz. Obviamente, seria incompreendido.

Como poderiam os outros prisioneiros entender algo que nunca tinham

visto e sentido?

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Platão procurou fazer-nos entender esta alegoria, explicando o

seguinte:

A caverna significa aquele mundo habitual onde a maioria das

pessoas vive sem suspeitar da existência de uma outra realidade. A luz do

fogo no interior da caverna é a luz solar deste nosso mundo limitado. O

cativo que saiu da caverna e que descobriu, extasiado, um outro mundo,

tentando descrevê-lo aos ex-companheiros ainda presos, representa a alma

daquele homem que se eleva a um nível superior de consciência,

percebendo a Realidade e compreendendo que o seu mundo anterior – a

Caverna em treva – era um mundo de inconsciência e de ilusão.

O Homem – conclui Platão – é feito de Corpo e Alma, pertencendo

simultaneamente a esses dois mundos – o Real falso e o Real Verdadeiro –

o ilusório e o verdadeiro. E Platão acha finalmente que é tarefa da Filosofia

libertá-lo da caverna e encaminhá-lo à Luz.

Em nossa opinião, e considerando que a Filosofia da época de Platão

é bem diferente da actual, a tarefa já não é da Filosofia – que parece nunca

ter conseguido atingir esse objectivo – mas do Misticismo, capaz de tirar a

venda de ignorância que o Homem ainda usa dentro das suas actuais

“cavernas”, impedindo-lhe a visão da Realidade e da verdadeira dimensão

das coisas do Universo.

Para uma compreensão mais fácil e posterior da Aura, vamos simular

aqui um diálogo semelhante àqueles que provocávamos no Brasil com os

participantes das nossas palestras e reuniões:

Suponha, leitor, que o inquirimos sobre a mesa de madeira que lhe

está próxima. E perguntamos-lhe: “De que é feita?”

Responderá, certamente, que “é de madeira”, naturalmente. E então

insistimos:

“Sim, mas o que é madeira?”

O leitor pensará um pouco e dirá que “é o produto de uma árvore que

foi cortada, preparada”, etc.

Continuamos: “Sim. Mas qual é a natureza da árvore?”

O leitor deduz isso facilmente: “São células vegetais” – responde.

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“Tudo bem”, concordamos. “Mas o que são células?”

Tendo feito um 12º. Ano regular, a sua resposta é óbvia: “São grupos

de moléculas de vários elementos químicos.”

“E como define moléculas? “

O leitor, já um tanto enfastiado, não se atrapalha: “São aglomerados

de átomos...”

“Sim, e o que são átomos?”

O leitor pode hesitar um pouco mas não se dá por vencido: “O átomo

é um elemento da molécula – uma espécie de microscópico sistema solar,

com um núcleo de protões e neutrões, em torno do qual gravitam electrões

planetários.”

E para rematar, disparamos-lhe a pergunta final, que obtém uma

resposta rápida e concisa:

O que há, então, entre o núcleo e os electrões?”

“Nada. É espaço vazio.”

Não continuámos o dialogo, redutor quanto baste, embora esta última

resposta do leitor fosse, por si só, susceptível de polémica, porque não é

cientifica e misticamente verdadeira. Não existe o “Vazio”, realmente. Mas

ficamos por aqui, já que o diálogo é suficiente para que se compreenda

como os nossos sentidos físicos nos iludem, fazendo-nos crer que uma

mesa, uma parede, uma cadeira, ou qualquer outro objecto material, são

sólidos, de matéria dura, compacta, quando, na realidade, são compostos de

muitos milhares de milhões de átomos agregados, com enormes espaços

(percebidos ilusoriamente como vazios) no seu interior.

Por exemplo, num átomo de Hidrogénio (com um só protão nuclear e

um só electrão em sua órbita), a distância entre o protão e o electrão é,

relativamente, a mesma que a de uma bola de pingue-pongue (um protão)

no centro do relvado do Estádio Nacional e as arquibancadas mais

distantes. Exemplo dado para o leitor ter uma imagem aproximada, pois o

tamanho do protão é dez mil vezes menor que o volume total e

aparentemente “vazio” do átomo, em cujo limite gravita o electrão.

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Os nossos sentidos enganam-nos ainda mais, já que ao

considerarmos a mesa como matéria inerte, como parece, ocultam-nos, na

verdade, que todos os átomos e suas partículas subatómicas estão em

constante movimento, dinamicamente trocando energia e interagindo, como

se estivessem vivos, pulsantes em contínua vibração. O átomo vibra entre 5

a 10 milhões de vezes por segundo e o electrão move-se quase à velocidade

da luz (cerca de 300 mil quilómetros por segundo, lembram-se?)

Assim, se o leitor bater com uma das mãos na mesa, o tacto, que é

um dos grandes mentirosos, informa-o, falsamente, que a mesa é de

madeira, compacta e imóvel. Já percebemos com certeza que nada disto é

verdade, mas pura ilusão. O que lhe dá essa errónea impressão de solidez e

inércia é a diferente frequência vibratória dos átomos da sua mão (porque o

leitor é feito deles também). Ponha-a num pacote de manteiga ou de

algodão e a ilusão é a mesma, mas contrária. Sentirá que a sua mão é mais

dura do que estes. E que a sua mão se move e eles não.

Um outro exemplo: por que motivo o leitor ao colocar uma das mãos

na mesa ou na parede não a afunda nessa massa atómica que, afinal, é

muito mais “vazia” do que cheia? Pela simples razão de que as nuvens de

electrões que orbitam nos átomos da sua mão repelem as nuvens de

electrões dos átomos da mesa (ou da parede) – e vice-versa – pelo facto da

sua carga eléctrica ser negativa, não obstante o átomo ser electricamente –

em si mesmo, na totalidade – neutro. É neutro porque em cada átomo os

protões positivos são iguais em número aos electrões que orbitam à sua

volta e, sendo estes negativos, anulam-se na carga eléctrica.

Imagine, agora, que possui um microscópio electrónico, potente,

capaz de poder observar uma massa de átomos. Coloque-o na mesa e veja-

a, à semelhança do que fazem os técnicos de “offset” com a lupa, ao

olharem as manchas dos desenhos impressos.

Eles observam que a mancha de cor é apenas um aglomerado de

pontos separados uns dos outros por espaços vazios. E o que vê o leitor?

Uma espécie de queijo suíço cheio de buracos, havendo, é claro, muito

mais buracos do que queijo. Isto, para lhe dar uma imagem da massa

atómica. E esta é a grande ilusão da matéria que compõe tudo o que nos

rodeia e que, como uma imensa teia de vibrações de energia, é, finalmente,

algo impalpável e imaterial na sua essência.

Depois destas breves e simples considerações sobre a natureza da

matéria, que julgámos necessárias, existe um outro aspecto, talvez mais

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importante, cuja abordagem é indispensável para a compreensão da Aura:

AS VIBRAÇÕES.

Embora os sábios do antigo Egipto tenham revelado o Princípio

Hermético da Vibração há muitos Séculos atrás, o qual foi adoptado mais

tarde por alguns filósofos gregos, Fraternidades e Seitas místicas, bem

como a Ordem Rosacruz–Amorc, só muito recentemente os físicos

admitiram a natureza vibratória da matéria, classificando-a em radiações de

várias frequências, depois da descoberta do Rádio e da Radioactividade.

Todas as coisas da Criação vibram, tudo está em eterno movimento,

nada está imóvel no Universo, desde as mais microscópicas partículas

materiais (infusas da Energia Negativa de “Espírito”) (1) até aos agregados

macromoleculares e celulares das formas vivas mais complexas e

organizadas (dotadas não só de “Espírito” mas também de “Força Vital”)

(2), como o Homem, ser vivo a quem os Divinos atributos de Alma e

Autoconsciência tornaram o ser privilegiado da Criação.

Apesar das provas científicas, a nossa consciência racional, de raiz

Cartesiana, resiste ainda a aceitar que o Universo seja composto de uma

única substância primordial, uma única Energia, interligando tudo numa

infinita cadeia de vibrações, na qual apenas as diferenças de frequência

vibratória (número de vibrações por segundo) estabelecem os vários tipos

de manifestação perceptíveis e imperceptíveis aos nossos sentidos

humanos. Não é, realmente, a Energia (a Essência) que confere às coisas,

aos objectos, às formas, a sua natureza concreta ou abstracta. É, sim, a sua

qualidade e graus vibratórios. Isto é válido para tudo em que se possa

pensar, dentro e fora de nós: o doce que se comeu ao almoço, o gato da

vizinha, o pensamento que teve há pouco, o sabor da maçã cozida, o ar que

se respira, o filme erótico de ontem na Televisão...

Para as limitações dos nossos sentidos físicos, as manifestações de

mais baixa frequência (vibrações mais lentas) tomam a aparência de

energia “condensada”, “solidificada”, a que chamamos matéria ou massa

(objectos e coisas materiais), sem percebermos que são pura energia. E isto

ocorre na escala que vai do mais “sólido” – as pedras, os metais – ao menos

“sólido” – líquidos como a água, gasosos como o ar, o anidrido carbónico,

etc.

Àquelas vibrações energéticas de mais alta e gradativa frequência no

espectro vibratório, chamamos de invisíveis, abstractas ou espirituais, numa

escala que considera primeiro os aromas, cores e sons, não palpáveis mas

perceptíveis, passando depois aos Raios X, Raios Gama e Raios Cósmicos,

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que sabemos que existem mas não podemos sentir; e, por último, às

“Energias espirituais”, “Psíquicas”, que não só não sentimos fisicamente

como até duvidamos que existam. São estas últimas que relegamos para o

foro do Paranormal, do Místico e do Metafísico. Todavia, todas elas

procedem da mesma e única Energia da Mente Cósmica e se diversifica sob

diferentes vibrações.

Como os nossos sentidos apenas detectam as baixas vibrações, os

leitores vêem as batatas fritas no prato mas não a energia emocional das

suas esposas; ouvem a voz de um amigo ao telefone mas não percebem as

ondas de rádio, a não ser através de um aparelho que as amplifique; vêem a

luz, as cores, mas não os raios infravermelhos quando fazem fisioterapia;

sentem a chuva a cair mas não sentem os neutrinos e os raios cósmicos que

lhes bombardeiam o corpo diariamente, vindos do espaço. A Natureza fez-

nos uma partida: dotou-nos com uma percepção mínima das coisas, a nível

sensorial. Podemos, contudo, conhecer toda a Verdade Cósmica pela

percepção interior, que podemos desenvolver.

É possível que tudo isto seja confuso. Recapitulemos: Tudo o que

existe na Criação Universal são átomos e suas partículas subatómicas,

correcto? Eles vibram intensamente o tempo todo; logo, tudo é vibração

electromagnética, sempre, dentro e fora de nós. Todavia, como existe uma

imensa escala destas vibrações (ou radiações, segundo a Física) não apenas

nos átomos, obviamente, mas também nos seus conjuntos – moléculas e

células – cada coisa é diferente das outras conforme o seu grau vibratório

total. O chá é diferente do café, o cristal do vidro; o carbono diferencia-se

do diamante; a água do gelo e da nuvem. Apenas porque os átomos e seus

enormes conjuntos vibram mais ou menos vezes por segundo. Se vibrarem

demasiado depressa, não podemos senti-los como objectos ou coisas

concretas; num nível vibratório menor será possível para nós percebê-los

pelos sentidos mas com a ilusão de serem unicamente massas sólidas,

líquidas ou mesmo gasosas, sem “vazios” e sem movimento.

Alguns leitores talvez não possam avaliar a grande importância do

que estamos dizendo aqui, que é um dos mais esotéricos segredos do

Universo, estudado amplamente a nível empírico pela Física Quântica e,

numa abordagem metafísica, pelos místicos. É que alterando as vibrações

das coisas (e dos seres animados), conforme os ensinamentos dos antigos

discípulos de Hermes Trismegistus, modificamos-lhe não só as suas

características mas também a sua natureza e finalidade. Como exemplo,

basta acrescentar um simples protão ao mercúrio para ele se transformar em

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ouro. Era esta chave secreta que os alquimistas usavam para a transmutação

dos elementos. E foi da Alquimia que emergiu a Química moderna e a

Biofísica, as quais manipulam esses elementos científica e tecnicamente.

Mas os nossos leitores são também alquimistas. Não gostam de

comer alimentos crus e alteram-lhes as suas vibrações pela cozedura ou

fritura, pelo fogo e pelos condimentos que lhes adicionam. Usam essa

forma alquímica natural e quase inconscientemente (pelo que lhes parece

óbvio o que dizemos), em muitas transformações quotidianas e rotineiras.

Seja juntando café em pó à água fervente, seja alterando o seu gosto

amargo com a junção de açúcar ou sacarina, ou até mesmo queimando um

cigarro para aspirar o seu fumo. Por outro lado também transmutamos as

vibrações da energia (vital, mental, nervosa, etc.) em trabalho e realizações,

falando ao telefone, escrevendo, vendendo um produto, comendo uma

refeição, relacionando-se afectiva e sexualmente, etc.

O Homem utiliza há muito este poder e se, normalmente, o aplica

para fins pacíficos, transformando a energia solar em calor, por exemplo,

também infelizmente o usa, às vezes, de modo insensato e perigoso, na

fissão do núcleo do átomo ou na alteração do ADN dos animais, em

mutações genéticas sem objectivos úteis, etc. O Grande Alquimista e

Supremo Arquitecto do Cosmos colocou o segredo nas mãos do Homem

para o usar para o bem da Humanidade e atingir sua grandeza potencial e

não para destruir o Planeta.

Vem a propósito referir que só os espiritualistas e místicos evoluídos

usam as vibrações da Energia Mental, com a qual sabem harmonizar-se, e

que é a “Chave” das suas realizações, criatividade e êxito na terapêutica e

cura de doenças, quer pela aplicação directa das mais elevadas vibrações

cósmicas em si mesmos e noutras pessoas, quer na cura à distância.

Sintonizar-se e aplicá-las correctamente, estando ao alcance de qualquer

pessoa, demanda, todavia, um longo e esforçado aprendizado.

Há variadíssimos exemplos, muito interessantes, de como a vibração

existente na essência das coisas pode afectar outras, sem intervenção

humana, seja pela denominada ressonância (na Física), onde existe uma

invisível afinidade vibratória, seja pela alteração do padrão vibratório de

uma estrutura. Vamos apresentar dois casos. No primeiro, se uma pessoa

qualquer entrar numa loja de instrumentos musicais onde haja vários pianos

devidamente afinados e tocar uma nota musical num deles (um “Lá”, por

exemplo), provocará o acorde dessa nota em todos os outros pianos. Todas

as notas “Lá” (maior ou menor) soarão ao mesmo tempo. No segundo caso,

temos um exemplo claro e também verídico: o comandante de um

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destacamento militar permitiu, certo dia, que os militares iniciassem a

travessia de uma ponte, bem construída, marchando ritmicamente, o que

devia ter evitado. Ignorante deste princípio, provocou a queda de todo o

agrupamento para a morte – para o rio, em baixo – pois a ponte ruiu pela

desagregação da estrutura. Esta reagiu à vibração ritmada e prolongada das

botas dos soldados, alterando a vibração que sustentava a coesão atómica

dos seus materiais.

Há pouco aludimos ao espectro universal das vibrações perceptíveis

e imperceptíveis aos nossos sentidos. Não é possível traçá-lo aqui,

totalmente, mas podemos trazer aqui alguns exemplos parciais ilustrativos:

Aquelas vibrações que nós percebemos fixam-se, exclusivamente,

entre as faixas de 1125 milhões (Raios Ultravioletas) e 281 vibrações por

segundo. Acima e abaixo desta escala nada podemos perceber através dos

sentidos.

Na Física, a unidade de medida das radiações é o Ängstrom. E a

visão humana das cores (decompostas da luz solar) abrange apenas o

comprimento de onda (que é inversamente proporcional à frequência

vibratória) entre 4000 Ängstroms – O VIOLETA – e 7000 Ängstroms – O

VERMELHO, compreendendo esta faixa todo o espectro solar do Arco-

Íris: Índigo (a seguir ao Violeta), Azul, Verde, Amarelo e Laranja (antes do

Vermelho). Sabemos, todavia, que num extremo da escala, no comprimento

de onda de 0, 0001, se encontram os Raios Cósmicos e, no outro extremo,

as Ondas de Rádio, acima de um milhão de Ängstroms. Dentro da faixa de

percepção das vibrações e das cores está, mais ou menos, a faixa dos sons

audíveis pelo ouvido humano e dos aromas distinguidos pelo olfacto.

Acima dos Raios Cósmicos, em valores vibratórios imensuráveis pela

Física mas conhecidas dos místicos Rosacruzes, situam-se as subtis e

altíssimas vibrações da Energia da Mente Cósmica. Nos ensinamentos da

AMORC o espectro vibratório é detalhada e completamente divulgado aos

membros de certo grau do estudo.

Permitam lembrar que desde 1927 se conhece a escala das vibrações

cerebrais, ou ondas mentais, no sentido vulgar do termo “mental”, emitidas

pelo cérebro humano, as quais foram registadas, através do

Electroencefalograma, do modo seguinte:

(a unidade de medida (frequência) é o Hertz, que é igual a 1 Ciclo

por segundo)

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RITMO BETA – acima de 13 e até 26 Hertz – corresponde ao estado

normal de vigília e actividade mental; (genericamente consideram-se as

ondas “Gama” incluídas neste Ritmo, por não terem sido suficientemente

investigadas para se tornarem distintas. Mas estariam acima de 26 Hertz).

RITMO ALFA – entre 8 e 13 Hertz – corresponde aos estados de

meditação, relaxamento, sonolência, serenidade, e induzidos para

terapêutica psíquica, criação mental, etc.

RITMO TETA – entre 4 e 8 Hertz – sono – inactividade cerebral

quase total – Meditação Zen.

RITMO DELTA – entre 0,5 e 4 Hertz – sono profundo – actividade

cerebral quase nula.

Estas vibrações – ou ondas cerebrais – foram assim designadas pela

Parapsicologia. O Ritmo ALFA, em especial, pode ser usado de modo

consciente para vários fins, nomeadamente em terapêutica de “Stress”,

práticas místicas de Harmonização, Telepatia, Visualização, Musicoterapia

e facilitação de estados alterados de consciência.

Ocorre-nos citar aqui, a propósito da Aura, propriamente dita, de que

vamos falar a seguir, um pensamento do Bhagwan Shree Rajneesh, de que

fomos discípulos, e que extraímos do seu livro “The Book of Secrets” –

Vol. III:

“Neste mundo de ilusão, nada é tangível. O Universo é como um

Arco-Íris de cores. Elas parecem existir, mas quando nos aproximamos, as

cores desaparecem... O Universo parece um Arco-Íris e, realmente, o é.”

Antes de procurarmos definições para a Aura, parece-nos importante

esclarecer que a Aura não é um privilégio do Homem, como é normal

pensar-se. Também os animais e as plantas (seres vivos), e as coisas não

vivas, designadas como inanimadas por não terem qualquer movimento

aparente, são dotadas de uma Aura, em razão das vibrações do campo

electromagnético dos átomos e moléculas que lhes dão forma e existência.

Todavia, há uma importante distinção: as várias substâncias da

natureza, sem “Energia Vital “, possuem somente uma “Aura Física”, uma

cercadura que envolve a sua forma com uma “camada” vibratória de

poucos centímetros, resultante da Energia Negativa de “Espírito”, que é

pouco expansiva, normalmente oculta à visão humana, podendo ser visível

através de meios técnicos e físicos de que adiante falaremos.

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Todavia, no Homem e nos animais a Aura é composta de duas

espécies:

1. A AURA FÍSICA: Semelhante àquela que citámos atrás, sempre

bastante próxima do corpo e praticamente inalterável, resultante da

constituição atómica e molecular do corpo humano (na sua maior parte de

Carbono) e respectivas vibrações electromagnéticas, que é detectável com a

Fotografia Kirlian;

2. A AURA PSÍQUICA: Com vibrações de elevada frequência e um

campo luminoso de grande expansão, que circunda o corpo e se projecta

para fora dele em todas as direcções, com extensão variável, que pode

chegar a 6 metros ou mais, sem nunca se desligar dele. Esta Aura, chamada

de Humana pela sua qualidade psíquica, só pode ser observada por “olhos

psíquicos”, isto é, por pessoas dotadas de clarividência e visão subjectiva,

como, muito justamente, sublinhou Rudolf Steiner. Para o efeito, são

auxiliadas, por vezes e parcialmente, por artefactos técnicos e físicos

especiais, como o Filtro de Kilner, por exemplo, os quais, em nossa

opinião, apenas criam condições favoráveis de luz (vibratórias) à visão

desta Aura. O Dr. Walter Kilner construiu este filtro em 1911, no Hospital

de Saint Thomas, em Londres, para poder ver o que chamou de “Human

Atmosphere”.

Considerando que todas as coisas são duais, porque se compõem

sempre de duas forças opostas, embora complementares para produzirem

uma manifestação, podemos assim constatar, agora, essa natureza dual na

Aura Humana. Combina a Energia Negativa de “Espírito”, de menor

vibração (mais material) na Aura Física, e a “Energia Vital”, positiva, de

elevada vibração e, portanto, de Natureza Mental (não cerebral), na Aura

Psíquica.

Nesta afirmação relativa à dualidade, parece paradoxal termos dito

atrás que a Aura das coisas não vivas possui apenas a Energia Negativa de

“Espírito”. É um paradoxo simplesmente aparente, que passamos a

esclarecer, tendo sido assim afirmado para simplificação e clareza do texto

e tendo em atenção os leitores não familiarizados com as Leis físicas e

místicas, que quase sempre acabam concordantes. Nada poderia existir sem

o seu pólo oposto, pelo que a própria Energia referida, sendo também dual,

é qualificada assim por ser predominantemente negativa relativamente ao

seu pólo oposto, que é mais positivo. Este último, tem menor expressão

vibratória nas coisas materiais. Para isto não parecer uma afirmação

improvável aos leitores, clarificamos o conceito com o exemplo do átomo,

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com o protão como pólo positivo e o electrão como pólo negativo,

sustentáculos de toda a estrutura da matéria do Universo. Não nos

admiraremos que os leitores mais imaginativos sejam levados a pensar em

Universos Paralelos, de acordo com a Lei da Dualidade Cósmica, mas não

é oportuno abordarmos agora esse aspecto.

Posto isto, podemos arriscar imediatamente uma definição sintética

da Aura Humana e dos animais, como sendo um fenómeno decorrente das

Leis naturais da Organização Cósmica, constituída por dois campos de

energia vibratória – Positiva (Vital), procedente do Sol, e Negativa

(electromagnética), de “Espírito”, procedente da Terra. Estes dois campos

de energia manifestam-se no corpo físico de todos os seres humanos e dos

animais e a eles se junta a vibração não fisicamente mensurável da Psique,

ou Alma, facto que lhes confere, em graus diferentes de consciência,

também uma natureza psíquica.

Por analogia, que pretendemos simples, aqui, a Aura dos seres

animados (com Alma) pode imaginar-se como algo vibrante que se projecta

do corpo físico à semelhança dos fluxos dos campos magnéticos dos pólos

de um íman, com efeitos similares de atracção e de repulsão à sua volta.

Todavia, realçamos a singularidade de na Electricidade e no

Magnetismo os pólos opostos se atraírem e os iguais se repelirem (como se

demonstra nos pólos do íman ou na corrente eléctrica), ocorrendo

exactamente o contrário na Aura Humana. Quando as nossas vibrações, de

natureza física, emocional, mental ou psíquica, se harmonizam com as

vibrações da aura de outra pessoa, independentemente do sexo, é criada

uma empatia na consciência, uma sensação que atrai pela igualdade, pela

proximidade; ou, em caso contrário, sente-se uma desarmonia, uma

repulsão instintiva, quase inconsciente. Por isso, a compatibilidade ou

incompatibilidade das Auras são sumamente condicionantes do equilíbrio e

harmonia nos interesses, vivência e objectivos de um casal, e da sua

felicidade ou infelicidade. O mesmo se pode dizer relativamente à união de

pessoas em torno de um ideal ou Religião, ou tão-somente para amizade e

congregação de esforços para qualquer outro objectivo concertado.

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A AURA,

ESSA DESCONHECIDA

UMA ABORDAGEM CIENTÍFICA

E METAFÍSICA

2ª Parte

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Falámos anteriormente sobre a máquina de fotografar Kirlian e sobre

o Filtro de Kilner. Não obstante termos de prestar homenagem ao

investigador russo Semyon Kirlian (e a sua esposa, Valentina) assim como

ao Dr. Walter Kilner, pelos dedicados esforços pioneiros despendidos na

busca de um aparelho eficaz para a visão da Aura, nenhum dos sistemas

técnicos referidos conseguiu atingir plenamente o seu objectivo.

Posto isto, vamos responder agora à primeira questão que nos foi

colocada por um leitor, e que agora relembramos: “Pode a Aura ser vista a

olho nu ou apenas se vê com aparelhos próprios?”

Somente a Aura Física do Ser Humano, assim como dos animais,

vegetais e minerais, pode ser vista com a Kirliangrafia (fotografia de uma

espécie de aura de uma parte de um organismo vivo), que Kirlian

desenvolveu e apresentou originalmente com sua esposa, em 1930.

Posteriormente, essa máquina foi reproduzida e utilizada por outras pessoas

e organizações espiritualistas e, normalmente, como nós tivemos ocasião de

ver, fotografava-se a palma da mão de uma pessoa, a ponta de um dedo de

um sujeito ou uma folha de uma planta. Do mesmo modo, somente a Aura

Física pode ser vista com a Tela (ou Filtro) de Kilner (consistindo de duas

peças de vidro com uma solução de Diacinina entre elas (uma tintura

índigo-violeta), aparelho que ele criou para o diagnóstico de várias

doenças, pelo espectro das cores áuricas dos seus pacientes. Kilner

explicou detalhadamente esta técnica em seu livro “A Atmosfera Humana”,

considerando a Aura detentora de três camadas, as quais não

ultrapassavam, juntas, em regra, mais do que 25 centímetros.

Repetimos pois, enfaticamente, a nossa convicção de que a Aura

Psíquica só pode ser vista psiquicamente por clarividentes ou místicos que

desenvolveram a capacidade de visão interior. Por vezes, e para a visão da

sua própria aura, recorrem à construção de máquinas simples, feitas por

eles mesmos, as quais, em condições especiais de luz, auxiliam a percepção

da Aura total. Em certo grau do estudo, os estudantes da AMORC recebem

instruções especiais para a construção pessoal de uma destas máquinas.

De acordo com as experiências feitas nos Laboratórios de Pesquisa

da Universidade Rosacruz, nos E.U.A., nem a “Coroa Eléctrica” da

Fotografia Kirlian, nem a “Aura de Orla”, na tela de Kilner, poderão ser

consideradas como sendo a Aura Psíquica.

Além da Fotografia Kirlian, experimentámos pessoalmente, no

Brasil, alguns aparelhos concebidos para a detecção da Aura,

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nomeadamente o “Dual-Rod”, o “Aurameter” e o “Aura-Center”. Todos

eles são vendidos em centros clínicos de Parapsicologia, institutos de

tratamentos paranormais, etc., e auxiliam, não a ver, mas a perceber a Aura

total (talvez seja mais correcto dizer “sentir”, no caso do Dual-Rod e do

Aurameter), possibilitando tomar-se consciência de uma determinada

extensão e amplitude da mesma ao redor do corpo das pessoas, quando se

usam as duas varetas de metal do Dual-Rod e o artefacto de metal que é o

Aurameter. No caso do “Aura-Center”, ao qual nós fomos submetidos,

delicados sensores coloridos registam as vibrações da Aura total,

permitindo, segundo o criador desta máquina, fazer diagnósticos de

doenças já manifestadas no corpo físico ou que, potencialmente já

declaradas no corpo psíquico e detectadas pelo “Aura-Center”, só mais

tarde se declarariam no corpo físico.

Muitos leitores leram já, certamente, vários livros sobre a Aura e, por

isso, desejamos explicar aqui o facto de termos intencionalmente reduzido

a Aura Humana a dois únicos aspectos: o Físico e o Psíquico, assim como

reduzimos as auras dos objectos materiais a um único aspecto físico.

Visámos apenas a simplificação, tendo em vista que, em nosso

entendimento, estes são os aspectos científico-místicos interessantes e

“verdadeiros”, do ponto de vista da nossa experiência sobre a Aura.

Na vasta literatura existente, a Aura Humana tem sido designada por

variadíssimos nomes – Corpo Astral, Duplo Etérico, Corpo Mental, Corpo

Psíquico, Perispírito, etc. – Classificando, ora a camada ou camadas áuricas

próximas do corpo físico, ora uma aura intermédia, e até mesmo a Aura

mais expansiva e afastada do corpo físico, e a que nós, aqui, chamamos de

Psíquica.

Precisaríamos de muito espaço para detalharmos e situarmos estas

designações e as Organizações e autores que as classificaram e difundiram.

Como apontamento, o actual conhecimento, embora ainda reduzido, sobre

a Aura Humana, deve muito aos livros dos mentores da Sociedade

Teosófica e, porque não dizê-lo, aos livros de T. Lobsang Rampa, que se

dedicou, com muito interesse, à pesquisa da Aura Humana, intentando

produzir, sem resultado, ao longo de toda a sua vida, uma máquina que

permitisse a sua visão total.

Temos de afirmar que as Leis Naturais não podem ser iludidas pelo

Homem. É inglória e fadada ao fracasso qualquer tentativa de observar com

a consciência objectiva aquilo que, pela natureza da sua elevada frequência

vibratória, ultrapassa a capacidade sensorial, normal e humana, de

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A Aura, essa desconhecida Página 19

percepção visual, já que essa frequência está muito distante do espectro

visível que a Sabedoria da Criação permitiu ao Homem.

Se uma boa percentagem de clarividentes e místicos vêm a Aura

Psíquica, mesmo sem máquinas ou recursos auxiliares, é porque

desenvolveram a sua sensibilidade psíquica, num elevado nível do

subconsciente, e com a prática de algumas disciplinas esotéricas e,

provavelmente, também pelo seu merecimento pessoal. Esta é, realmente a

“Terceira Visão” ou o “Terceiro Olho”, que a prática profunda da

espiritualidade permite desenvolver. É o “Olho da Alma”.

Pessoas “normais” (e as aspas significam que não existe um padrão

de normalidade em comportamento) nas quais a predominância da sua

Aura Física (negativa) é superior à da sua Aura Psíquica (positiva), não

podem ver a Aura. Infelizmente, é a grande maioria dos seres humanos,

ligada quase totalmente à prática dos aspectos sensoriais, intelectuais e

materiais da existência.

Quanto à segunda questão, igualmente motivadora deste trabalho –

“Dizer-se que uma pessoa tem boa vibração pode significar que tem uma

boa Aura?” – Nós consideramos que é mais correcto dizer que uma pessoa

que tenha uma boa Aura terá necessariamente uma boa vibração pessoal. E

por “boa vibração” devemos entender a da Aura Psíquica, de natureza

elevada e espiritual, predominante sobre a Aura Física. São aquelas

pessoas, poucas, é certo, de personalidade magnética, que nos atraem sem

objectivamente sabermos porquê. Qualquer dos nossos leitores sabe do que

falamos, pois a tentação aparentemente absurda de abraçar aquele homem

ou aquela mulher, desconhecidos que, de repente, se cruza connosco,

ocorre com todos nós, de vez em quando. E não é atracção sexual... É algo

mais... Inusitado e estranho. Uma empatia áurica.

Passamos agora à terceira pergunta: - “É possível as pessoas serem

afectadas pelas auras das outras?

Sem querer exagerar, porque a resposta nos parece cristalina e óbvia,

temos de dizer já, antes de outras apreciações complementares, que todos

nós somos afectados, não só pela Aura das outras pessoas que dividem

connosco o direito de existir na Terra, no espaço e no tempo, mas também

pela Aura de uma infinidade de objectos e elementos materiais, com os

quais lidamos e nos confrontamos no quotidiano, e em razão da natureza

das suas vibrações. A inversa também é verdadeira: a nossa Aura também

perturba, no bom ou mau sentido, as pessoas e coisas com as quais

interagimos neste Mundo, que é, afinal, um imenso oceano vibratório.

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Estamos imersos neste oceano como uma gota vibrante que age, reage e

pensa.

Quem é que ao entrar num quarto vazio de um hotel, na casa de

alguém, numa carruagem do Metro ou numa biblioteca pública, por

exemplo, não teve já uma estranha sensação de mal-estar, de perturbação

física e emocional, que não sabe definir?

Quem é que ao apertar a mão de alguém que não conhecia ou ao

sentar-se ao lado de alguém, num cinema ou num transporte público, não se

sentiu insolitamente incomodado, com uma sensação de agonia, fraqueza

ou angústia, como se estivesse perdendo forças ou vitalidade, sem poder

explicar a razão dessas sensações?

As explicações para estas sensações perturbadoras parecem-nos

simples, e certamente serão úteis aos leitores que as entenderem e

aceitarem:

1. As auras físicas dos objectos e coisas materiais são influenciadas

e, até certo ponto, alteradas pelas auras dos seres humanos (e dos animais)

– paredes, quadros, aparelhos diversos, móveis, etc. – retendo em seu

campo electromagnético as vibrações dos pensamentos, emoções e

sentimentos humanos, mesmo durante muito tempo depois das pessoas que

os afectaram deixarem de contactar com eles.

2. As auras de pessoas vibratoriamente negativas, em razão de

doenças, perturbações emocionais (raiva, ciúme, ódio, etc.,), ou por

supremacia de interesses inferiores no seu carácter (egoísmo, frivolidade,

viciações no álcool, comida, drogas ou jogo, e exacerbada sensualidade

e/ou perversões sexuais), cuja Aura Física predomina sobre a Psíquica,

perturbam gravemente a Aura das pessoas mais positivas, tendendo a

absorver de imediato (geralmente de modo involuntário), como se fossem

uma esponja, a sua energia física e psíquica. Estas pessoas são conhecidas

pelos espiritualistas como “sugadoras de energia” ou “vampiros psíquicos”.

São, obviamente, perigosas no convívio social ou familiar, e mesmo num

contacto ocasional. Consideramo-las mais perigosas do que os fumadores,

de quem tanto se fala como poluidores do ambiente, e mesmo mais do que

os ladrões de carteiras nos transportes.

Os místicos sabem há muito que a inconsideração, ou ignorância,

acerca das vibrações da Aura Humana dos semelhantes e da Aura Física

das coisas materiais, fazem pagar um alto preço nos danos à saúde e ao

equilíbrio psicossomático. Esses místicos, não podendo furtar-se ao

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convívio social e à vida intensa do mundo actual, usam técnicas de “defesa

psíquica” contra a influência vibratória que essas auras exercem sobre o

corpo e a mente.

O uso de incenso faz parte dessas técnicas, como auxiliar, não para

perfumar o ambiente mas para alterar e elevar as vibrações do lugar onde

vivem e se reúnem com outras pessoas. Protegem-se, quanto possível, das

imagens, sons e aromas perturbadores e de ambientes ruidosos e violentos,

recorrendo a mantras, sons vocálicos e exercícios respiratórios, assim como

de harmonização com a Mente Cósmica. Praticam tudo isso, segundo

métodos esotéricos que aprenderam e não podem divulgar publicamente, e

servem-lhes para fortalecer e tornar a sua aura positiva, de modo que ela

funcione como um autêntico “pára-choques” de oposição às auras que os

rodeiam em toda a parte. De resto, a própria aura já é, por si mesma, um

corpo vibratório protector contra os impactes e radiações violentas do

mundo que nos cerca e um valioso meio de resistência aos contactos

áuricos dos outros seres vivos e do mundo material.

Os raros indivíduos que conseguem observar a aura alheia, com

relativa facilidade (mas há uma grande maioria que apenas afirma fazê-lo,

mentindo, para impressionar os “novatos” na senda mística), detêm

efectivamente um poder invulgar de ver com incrível exactidão a extensão

e aspecto de uma aura humana, e do estado físico, mental e psicológico

reflectidos na intensidade, cores e vibrações do sujeito observado.

Sentimentos, emoções, estado de espírito e de saúde, afectividade,

egocentrismo, estágio evolutivo da personalidade, etc., tudo aparece nas

várias gradações positivas ou negativas na aura de cada pessoa. É uma

transcendente experiência de natureza subjectiva, que o clarividente

descodifica em cores diversas.

Aquela maioria que ainda não pode fazê-lo deve exercitar a intuição,

a autoconfiança e a sensibilidade para, com a prática, virem a “sentir” as

auras daqueles com quem convivem e dos objectos que possuem, passando

gradativamente a fazê-lo com os estranhos. Mesmo sem aprofundarem as

técnicas de Psicometria e de Criptestesia, com a continuidade conseguirão,

sem análise racional, perceber as pessoas fracas ou fortes, doentes ou

saudáveis, agressivas ou não, bem ou mal intencionadas, invejosas,

ciumentas, etc., assim como os instintos, saúde e necessidades dos animais

e as condições vitais das plantas (que também têm emoções). Poderão

ainda perceber os metais e as pedras preciosas que lhes convêm usar, boas

ou falsas, já que uns ser-lhe-ão benéficos e outros prejudiciais.

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Para aquelas pessoas que lideram reuniões, dão aulas e fazem

conferências, expondo-se vulneravelmente ao público, é imprescindível

conhecer as referidas técnicas para reforçarem o seu próprio campo áurico,

pois a presença de muitas pessoas juntas – às vezes doentes, angustiadas,

carentes ou, por exemplo, em estado de tensão ou “stress”, nervosas,

cansadas ou mal alimentadas – exerce um efeito colectivo poderoso e de

influência perniciosa no orador e em algumas outras pessoas presentes. Isto

acontece normalmente nos templos, salas de estudo, anfiteatros de

organizações religiosas e espiritualistas, e nos grandes aglomerados

humanos, como em Fátima ou Lourdes, festividades e reuniões políticas,

etc.

Mesmo sem regras de trabalho metódicas, de âmbito metafísico,

podemos tornar a nossa aura expansiva, dominante e protegida,

simplesmente pela prática de bons pensamentos, sentimentos positivos de

amor, altruísmo, tolerância e compaixão pelos semelhantes, equilíbrio das

emoções e elevados desejos de Paz para o Mundo. Ética, honestidade e

higiene física e mental farão o resto.

Para terminar este trabalho, resta-nos abordar a última questão de um

leitor, se estão lembrados: - “É verdade que a Aura tem cores? Por que

razão aparecem e o que significam?”.

É uma questão controversa, que sempre provoca larga discussão

quando se expõe, não somente porque há várias interpretações sobre o

significado das cores na Aura Humana, mas também por sempre

afirmarmos inicialmente algo que, sendo elementar em Física e óbvio para

algumas pessoas, é incompreensível para outras: As cores, como são

vulgarmente concebidas, não existem! Todavia, temos de falar delas como

se existissem!

Newton, talvez o maior expoente da Ciência, demonstrou, em 1666,

experimentalmente, que um raio de luz solar, filtrado através de um prisma

de vidro transparente, triangular, se decompunha sempre em sete cores

básicas. Essas cores foram classificadas em três cores primárias – Azul,

Amarelo e Vermelho – e quatro secundárias – Violeta, Verde, Laranja e

Índigo, sendo todas elas as cores inalteráveis do Arco-Íris. Por isso se diz,

com verdade, que o Branco é a mistura de todas as cores e o Preto a

ausência de cor. Se o leitor fizer rodar a grande velocidade um disco com

os gomos destas sete cores, verá apenas o branco.

Os objectos da nossa vivência comum, que percebemos como

coloridos, em infinitos matizes, não têm cor neles mesmos. Uma coisa que

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digamos ser Azul (uma parede, ou o céu, por exemplo), parece apenas sê-lo

porque a sua constituição atómica e molecular absorve todas as ondas

luminosas que incidem nele (ondas em que estão contidas as sete cores

básicas) com excepção da onda vibratoriamente azul, que é reflectida. Uma

parede branca reflectirá toda a luz (fotões) que sobre ela incidir e, assim,

parecerá branca. Já um quadro que dizemos ser preto, absorveu todas as

ondas de luz, não reflectindo nenhuma, e é por isso que se diz do Preto ser

a ausência de luz e também ser a cor da Morte (no Ocidente), enquanto o

Branco é a cor da Pureza e da Divindade, pelo simbolismo da Luz.

São, pois, as vibrações luminosas do espectro solar (em seus

diferentes comprimentos de onda) que, em nosso cérebro e consciência,

interpretamos pessoalmente como “Cores”. Poucos conseguirão diferenciar

a cor violeta da púrpura, do roxo e do vermelho-escuro. Os daltónicos vêm

cores diferentes das que são vistas por outras pessoas.

Assim, para não desapontar o leitor, esquecendo o Preto, o Cinzento

e o Castanho, demasiado negativos, damos, para finalizar um apontamento

breve da simbologia das cores que são percebidas na Aura Humana,

relevando o facto de elas não serem fixas e em absoluto independentes

umas das outras, pois misturam-se e alteram-se constantemente, consoante

o estado de saúde física, mental e psicológica do sujeito:

BRANCO: Natureza absolutamente espiritual, vocacionada para o

bem, a pureza, a compaixão, e superando já o instinto sexual.

VIOLETA: Natureza auto controlada, introvertida, bondosa e

humilde, com grande tendência para a Metafísica e o Misticismo e,

geralmente, bastante evoluída nestes domínios.

AZUL: Natureza tranquila, sociável, racional, intelectual, altruísta,

inclinada à justiça e à espiritualidade.

VERDE: Natureza dinâmica mas equilibrada, inclinada aos aspectos

nobres e puros, com tendência à sociabilidade e à espiritualização.

AMARELO: Natureza intuitiva, idealista, original, poética,

filosófica, bondosa e inclinada à espiritualidade.

LARANJA: Natureza alegre, extrovertida, com senso de humor,

emocional e voltada para o prazer; pouco inclinada à espiritualidade.

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A Aura, essa desconhecida Página 24

VERMELHO: Natureza agressiva, dinâmica, materialista, maldosa e

sexual, não espiritualista.

PÚRPURA: Natureza agressiva, digna, justa e íntegra, fortemente

inclinada para a Religião.

ROXO: Natureza fantasista, misteriosa, inclinada para a Magia

Negra e a bruxaria.

E, AFINAL, “A TERRA É AZUL”!

(1): Para finalizar, e porque na página 8 deste Ensaio há duas

referências, a primeira ao “Espírito” (Energia Negativa de Espírito), e a

segunda à “Força Vital” (forma sucinta de falar da “Energia Essencial de

Vida”), designações que são explicadas no “Manual Rosacruz”, da

AMORC, que é de venda livre ao público, acrescentamos aqui alguns

comentários que possam fazer luz na mente do leitor para uma melhor

compreensão, comentários que não fizemos quando da publicação dos

quatro artigos, em resposta aos leitores na nossa Secção de correspondência

no Jornal do Incrível.

Socorremo-nos, para estes comentários, do nosso livro – ainda não

acabado – “O Sorriso do Gato – Ensaio sobre a Alma”, cuja elaboração tem

sofrido várias soluções de continuidade ao longo de 12 anos, e no qual

escrevi um capítulo sobre o Espírito e outro sobre a Força Vital, na

tentativa de destrinçar as imensas conotações e significados que estes

termos conheceram ao longo dos Séculos, de acordo com a visão particular

das muitas religiões e organizações espiritualistas.

Começamos pelo Espírito.

“Conforme a concepção Rosacruz, da Amorc, fundamentada na

Tradição Egípcia antiga, das Escolas de Mistério, “Espírito” é uma essência

imanente e estimulante da matéria, penetrando-a, e permeando todo o

espaço e todas as formas, quer as formas vivas, incluindo o Homem, quer

também as não vivas;

Na Amorc, o “Espírito” é considerado também como uma das

polaridades de “Nous”, com qualidade definida, limitada, finita e negativa,

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responsável pelas forças de adesão e coesão, bem conhecidas na Física e na

Química. Define o “Nous”, ainda, como sendo de frequência vibratória

inferior à da Alma.

Há anos, curiosamente, e então com grata surpresa, encontrámos esta

noção de “Espírito” num dos grandes génios da Humanidade – o Rosacruz,

Sir Isaac Newton – que a usa como uma original explicação, mais mística

do que científica (e que deve ter passado despercebida aos cientistas da

época), para a sua famosa Lei da Gravitação – a Lei de Atracção que todos

os corpos exercem entre si, sobejamente conhecida.

No seu livro “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural”, diz

Newton (extraímos somente a parte elucidativa sobre o assunto que vimos

tratando):

“Este é o local indicado para acrescentar algo sobre esta qualidade de

Espírito muito subtil que penetra todos os corpos sólidos e que está oculto

na sua substância. É pela força e acção deste Espírito que as partículas dos

corpos se atraem umas às outras nas mais pequenas distâncias e se unem

quando estão próximas. É por meio do Espírito que os corpos eléctricos

agem a distâncias maiores, quer para atrair, quer para repelir os corpúsculos

próximos. E é ainda através da acção do Espírito que a luz emana, se

reflecte, se inflecte, se retrai e aquece os corpos.”

(Escólio Geral - “Princípios”)

E porque falámos anteriormente de “Nous”, do qual o “Espírito” é a

polaridade negativa e a “Energia Essencial de Vida” a positiva, ocorre-nos

deixar aqui, especialmente para o leitor não familiarizado com estes

conceitos, a concepção de Anaxágoras, filósofo pré-Socrático e um dos que

apresentou uma das mais interessantes cosmogonias do Universo.

Anaxágoras definiu o “Nous” como sendo a Fonte Mental,

Teleológica, Pensante e Criadora do Cosmos, uma Consciência Cósmica

causadora do Todo que conhecemos e não conhecemos.

Num prisma místico, nós entendemos o “Nous” como uma Energia

Dual, Vibratória, da Fonte Divina, com Polaridades Positiva e Negativa, a

que anteriormente aludimos, causa de todas as forças visíveis e invisíveis,

sob uma Ordem de Leis Naturais.

Por outras palavras, compreendemos “Nous” como uma Energia

Cósmica, Criativa e Universal que, pela acção da natureza das suas

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vibrações se manifesta na diversidade das formas materiais e das coisas

imateriais.

(2): Quanto à Força Vital, ou “Energia Essencial de Vida”, o pólo

oposto do “Espírito”, conforme a concepção mística que vimos

apresentando, esta é também de natureza vibratória, mas num grau mais

elevado do que o “Espírito”, embora, também, de frequência inferior à da

Alma.

Podemos defini-la como uma energia indispensável e essencial à

Vida, de qualidade infinita, ilimitada e indefinida, oriunda directamente do

Sol, de natureza positiva, presente em todas as formas vivas e animando-as,

mesmo quando estas formas não sejam conscientes de si mesmas. Penetra

no Corpo Humano por ocasião do nascimento e deixa-o por ocasião da

“morte” ou, mais exactamente, da “transição”, já que o corpo não passa por

um processo de morte mas, em obediência à Lei, somente por um processo

de mudança e de transformação.

Para terminar, e como informação ao leitor que possa supor estes

conceitos uma alucinação dos místicos, divorciados de uma abordagem

científica, relevamos aqui o facto de o Físico francês Jean Charon ter

“colocado” o “Espírito” nos electrões do Átomo, isto é, unindo numa

singular aglutinação (em sua teoria) as partículas imaterialíssimas do

“Espírito” às imateriais partículas-ondas do Electrão, situando aquelas no

“Espaço-Tempo” (a 4ª. Dimensão Einsteiniana) do próprio Electrão.

Charon explica isso no seu livro “O Espírito, Esse Desconhecido”,

que tem uma versão para leigos e outra para Físicos, nesta última com a

demonstração inequívoca e matemática da sua surpreendente teoria.

Não sabemos se Jean Charon é ou não Rosacruz, ou se terá sido

inspirado por Newton, mas surpreende-nos que a sua teoria concorde com a

interpretação da Amorc, a qual postula, há muitos anos, que a essência do

“Espírito” está concentrada nos electrões do Átomo, para se manifestar na

matéria, englobando, quer o Electrão, de carga negativa, quer o Positrão

(ou antielectrão), de massa e carga igual, mas de sinal positivo.

Obviamente, muito mais haveria a dizer. Mas o objectivo principal

deste Ensaio, resultante dos nossos quatro artigos, é que o leitor possa

pesquisar mais sobre a Aura e, porque não, sobre o Misticismo e a Ciência

que, desde sempre, procuraram entender e explicar este Universo onde nos

situamos.

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Nota 1: Colectânea de artigos publicados pelo autor no “Jornal do

Incrível” – Lisboa – na Secção com o mesmo nome. Página criada pelo

autor para responder às cartas de leitores do Jornal sobre temas de

espiritualidade, esoterismo, metafísica e parapsicologia, mais tarde revistas

e coligidas aqui como Ensaio Sobre a Aura.

Direitos registados nos termos legais. Proibida a reprodução por

qualquer meio e para qualquer fim, sem autorização expressa do autor.

Vítor de Figueiredo FRC