colÉgio estadual coronel luiz josÉ dos santos – … · a matemática é uma das mais...
TRANSCRIPT
COLÉGIO ESTADUAL CORONEL LUIZ JOSÉ DOS SANTOS – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
Professoras: Luciana Mesquita Avanci
Marilza Montanari Dante
APUCARANA
2012
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A escola pública brasileira tem atendido cada vez mais estudantes de
classes populares, por isso faz – se necessário que ela assuma sua função procurando
contribuir para a formação de um cidadão que ocupe o seu lugar na sociedade, tendo
como meios básicos o domínio da leitura, da escrita e do cálculo, o desenvolvimento da
capacidade de aprendizagem, além de levar em conta o contexto histórico em que está
inserido.
A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade
moderna. Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui para
a formação do futuro cidadão, que se engajará no mundo do trabalho, das relações
sociais, culturais e políticas.
Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar,
medir, calcular, resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar
resultados, argumentar logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e
interpretar criticamente as informações, localizar, representar, etc.
Segundo Giovanni & Castrucci,
“ A matemática não deve ser considerada uma ciência à parte,
desvinculada da vida do aluno, mas uma ciência ligada à realidade. Ela está presente
em nossas vidas desde um simples troco até o seu uso em complexos computadores”.
A matemática deve estar a serviço do aluno em sua vida diária, para
auxiliá-lo em seu trabalho e em seu viver de modo geral, além de proporcionar-lhe um
melhor desenvolvimento do raciocínio lógico.
De acordo com as Diretrizes Curriculares é necessário compreender a
Matemática desde suas origens até sua constituição como campo científico e como
disciplina no currículo escolar brasileiro para ampliar a discussão acerca dessas duas
dimensões.
Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros
conhecimentos que vieram compor a Matemática conhecida hoje. Há menções na história
da Matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que
hoje podem ser classificados como álgebra elementar. Foram os primeiros registros da
humanidade a respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e
geométricas, da comparação das formas, tamanhos e quantidades. Para Ribnikov [1987],
esse período demarcou o nascimento da Matemática.
A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de
pessoas a partir do século I a. C, inserida no quadrivium, ou seja, desdobrada nas
disciplinas de aritmética, geometria, música e astronomia. O ensino da geometria e da
aritmética ocorria de acordo com o pensamento euclidiano, fundado no rigor das
demonstrações. A partir do século II d.C., o ensino da aritmética teve outra orientação e
privilegiou uma exposição mais completa de seus conceitos.
No século XVII, a Matemática desempenhou papel fundamental para a
comprovação e generalização de resultados. Surgiu a concepção de lei quantitativa que
levou ao conceito de função e do cálculo infinitesimal. Esses elementos caracterizaram as
bases da Matemática como se conhece hoje.
As discussões entre estudiosos matemáticos do início do século XX
procuravam trazer para a educação escolar um ensino da Matemática diferente daquele
proveniente das engenharias que prescrevia métodos puramente sintéticos, pautados no
rigor das demonstrações. Surgiram, então, proposições para um ensino baseado nas
explorações indutivas e intuitivas, o que configurou o campo de estudo da Educação
Matemática ( SCHUBRING, 2003).
A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em
que apenas o conhecimento da Matemática e a experiência de magistério não são
considerados suficientes para atuação profissional (FLORENTINI & LORENZATO, 2001),
pois envolve o estudo de fatores que influem direta ou indiretamente, sobre os processos
de ensino e de aprendizagem em Matemática (CARVALHO, 1991).
O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém,
está centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático (FLORENTINI & LORENZATO, 2001), e
envolve o estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se
apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de resultados, métodos,
procedimentos, algoritmos, etc”. (MIGUEL & MIORIM, 2004). Investiga, também, como o
aluno por intermédio do conhecimento matemático, desenvolve valores e atitudes de
natureza diversa visando a sua formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento
matemático sob uma visão histórica, de modo que os conceitos são apresentados,
discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do
aluno.
1.1 OBJETIVOS GERAIS
O processo de ensino-aprendizagem deve fortalecer e dar confiança ao aluno. Porém
não basta que o professor ministre suas aulas, o aluno é a personagem principal, cabe a
ele desenvolver as aptidões necessárias ao domínio dos conteúdos. Para isto o estudo de
Matemática no ensino fundamental deve levar o aluno a:
• Adotar uma atitude positiva em relação à Matemática, ou seja,
desenvolver sua capacidade de “fazer matemática” construindo
conceitos e procedimentos para resolver problemas.
• Pensar logicamente, relacionar ideias estimulando sua curiosidade,
seu espírito de investigação e sua criatividade.
• Aplicar os conteúdos de matemática no seu dia-a-dia sempre que
possível, usando também a historia da matemática como elemento
orientador na busca para compreensão do atual conhecimento (
conteúdo ).
• Entender a matemática e suas aplicações no mundo em que vivemos
através de processo de estudo e constante dedicação, para assim
indagar e/ou investigar, situações problemas de outras áreas do
conhecimento.
• Realizar análises, discussões, apropriações de conceitos e
formulação de ideias.
• Construir conhecimentos geométricos para a ampliação do raciocínio
matemático.
• Desenvolver a criatividade, o raciocínio lógico, o senso estético, o
raciocínio visual por meio das construções geométricas.
O estudo de Matemática no Ensino Médio objetiva manter uma postura
que possibilite ao estudante:
� Realizar análises, discussões, apropriações de conceitos e formulação de ideias.
� Desenvolver no campo de investigação e produção de conhecimento, a natureza
científica e a melhoria de qualidade de ensino e da aprendizagem da matemática.
� Compreender e se apropriar da própria matemática concebida como um conjunto
de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos, construindo valores para
formação integral do ser humano que contribui para uma formação social.
� Saber, codificar, ordenar, quantificar, interpretar compassos, taxas, dosagens,
coordenadas, tensões, frequências e tantas outras variáveis, presentes nas
atividades exercidas pelo homem, tais como a música, informática, comércio,
meteorologia, medicina, cartografia, engenharia, física, química, etc.
� Perceber a matemática como um sistema de código e regras que a torna uma
linguagem de comunicação de ideias e permite modelar a realidade e interpretá-
la.
� Constatar regularidades matemáticas, generalizações e apropriações de
linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à
matemática e a outras áreas do conhecimento, e em consequência disso, criticar
questões: sociais, políticas, econômicas e históricas.
� Construir conhecimentos geométricos para a ampliação do raciocínio matemático.
� Desenvolver a criatividade, o raciocínio lógico, o senso estético, o raciocínio
visual por meio das construções geométricas.
Quanto as avaliações, devem se fazer presente no processo educativo, tanto no
processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação pedagógica.
Assim eles devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades que
oferecem as avaliações, inclusive a recuperação.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Propõe-se o estudo dos números, tendo como meta primordial, no campo da
aritmética, a resolução de problemas e a investigação de situações concretas
relacionadas ao conceito de quantidade e com o cotidiano dos alunos.
Para o Ensino Fundamental o conteúdo estruturante Números e Álgebra se
desdobra nos seguintes conteúdos:
� Conjuntos numéricos e operações
� Equações e inequações
� Polinômios
� Proporcionalidade
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra se
desdobra nos seguintes conteúdos:
� Números reais
� Números complexos
� Sistemas lineares
� Matrizes e determinantes
� Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares
� Polinômios
GRANDEZAS E MEDIDAS
Propõe-se o uso das medidas como elemento de ligação entre os conteúdos
de numeração e os conteúdos de geometria; a ideia principal é a de que medir é
comparar.
Para o Ensino Fundamental o conteúdo estruturante Grandezas e Medidas
englobam os seguintes conteúdos:
• Sistema monetário
• Medidas de comprimento
• Medidas de massa
• Medidas de tempo
• Medidas derivadas: área e volumes
• Medidas de ângulos
• Medidas de temperatura
• Medidas de velocidade
• Trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações
trigonométricas nos triângulos
Para o Ensino Médio o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas
aprofunda e amplia os conteúdos do Ensino Fundamental:
� Medidas de massa
� Medidas derivadas: área e volume
� Medidas de informática
� Medidas de energia
� Medidas de grandezas vetoriais
� Trigonometria: relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo e
a trigonometria na circunferência
GEOMETRIAS
Propõe-se a partir da realidade explorar o espaço para situar-se nele e
analisá-lo, percebendo os objetos neste espaço para poder representá-los, através da
construção de formas e medições.
Para o Ensino Fundamental o conteúdo estruturante Geometrias se
desdobra nos seguintes conteúdos:
• Geometria plana
• Geometria espacial
• Geometria analítica
• Noções básicas de geometrias não-euclidianas
O conteúdo estruturante Geometrias no Ensino Fundamental tem o
espaço como referência, de modo que o aluno consiga analisa-lo e perceber seus objetos,
para, então, representa – lo.
Para o Ensino Médio o conteúdo Estruturante Geometrias se desdobra nos
seguintes conteúdos:
• Geometria plana
• Geometria espacial
• Geometria analítica
• Noções básicas de geometrias não-euclidianas
No Ensino Médio,deve-se garantir ao aluno o aprofundamento dos
conceitos da geometria plana e espacial em um nível de abstração mais complexo.
Também aprofundam-se os estudos das noções de geometrias não-euclidianas ao
abordar a geometria dos fractais, geometria hiperbólica e elíptica.
FUNÇÕES
Propõe-se o estudo das funções como instrumento que permeia as diversas
áreas do conhecimento, modelando matematicamente situações que, a partir de
resolução de problemas possam auxiliar as atividades humanas.
Para o Ensino Fundamental o conteúdo estruturante Funções engloba os
seguintes conteúdos:
• Função afim
• Função quadrática
Para o Ensino Médio o Conteúdo Estruturante Funções engloba os
conteúdos:
• Função afim
• Função quadrática
• Função polinomial
• Função exponencial
• Função logarítmica
• Função trigonométrica
• Função modular
• Progressão aritmética
• Progressão geométrica
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Propõe-se o uso de conceitos e métodos para coletar, organizar, interpretar
e analisar dados, que permitam ler e compreender uma realidade.
Para o Ensino Fundamental o conteúdo estruturante Tratamento da
Informação engloba os seguintes conteúdos:
� Noções de probabilidade
� Estatística
� Matemática financeira
� Noções de análise combinatória
Para o Ensino Médio o Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação
engloba os conteúdos:
• Análise combinatória
• Binômio de Newton
• Estatística
• Probabilidade
• Matemática financeira
2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Sistemas de numeração
Números naturais
Múltiplos e divisores
Potenciação e radiciação
Números fracionários
Números decimais
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de comprimento
Medidas de massa
Medidas de área
Medidas de volume
Medidas de tempo
Medidas de ângulos
Sistema monetário
GEOMETRIAS
Geometria plana
Geometria espacial
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Dados, tabelas e gráficos
Porcentagem
7º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números inteiros
Números racionais
Equação e inequação do 1º. Grau
Razão e proporção
Regra de três simples
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de temperatura
Medidas de ângulos
GEOMETRIAS
Geometria plana
Geometria espacial
Geometrias não-euclidianas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Pesquisa estatística
Média aritmética
Moda e mediana
Juros simples
8º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números racionais e irracionais
Sistemas de equações do 1º. Grau
Potências
Monômios e Polinômios
Produtos notáveis
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de comprimento
Medidas de área
Medidas de volume
Medidas de ângulos
GEOMETRIAS
Geometria plana
Geometria espacial
Geometria analítica
Geometrias não – euclidianas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Gráfico e informação
População e amostra
9º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números reais
Propriedades dos radicais
Equação do 2º. Grau
Teorema de Pitágoras
Equações Irracionais
Equações Biquadradas
Regra de três composta
GRANDEZAS E MEDIDAS
Relações métricas no triângulo retângulo
Trigonometria no triângulo retângulo
FUNÇÕES
Noção intuitiva de função afim
Noção intuitiva de função quadrática
GEOMETRIAS
Geometria plana
Geometria espacial
Geometria analítica
Geometrias não – euclidianas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Noções de análise combinatória
Noções de probabilidade
Estatística
Juros compostos
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
Números Reais
Números Complexos
Sistemas lineares
Matrizes e Determinantes
Polinômios
Equações e Inequações exponenciais, logarítmicas e modulares
GRANDEZAS E MEDIDAS
Medidas de Área
Medidas de Volume
Medidas de Grandezas Vetoriais
Medidas de Informática
Medidas de Energia
Trigonometria
FUNÇÕES
Função Afim
Função Quadrática
Função Polinomial
Função Exponencial
Função Logarítmica
Função Trigonométrica
Função Modular
Progressão Aritmética
Progressão Geométrica
GEOMETRIAS
Geometria Plana
Geometria Espacial
Geometria Analítica
Geometrias não – euclidianas
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
Análise Combinatória
Binômio de Newton
Estudo das Probabilidades
Estatística
Matemática Financeira
2.2.1 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO
Conjuntos numéricos e intervalos na reta real
Relações entre grandezas: funções
Funções do 1º. Grau (função afim)
Funções do 2º. Grau (função quadrática)
Sequencias, progressão aritmética e progressão geométrica
Função exponencial
Logaritmo e função logarítmica
Trigonometria no triangulo retângulo
Arcos de circunferência, ângulos e círculo trigonométrico
Funções trigonométricas: definição, periodicidade e gráfico
Relações trigonométricas num triangulo qualquer
Estatística
Contagem
Probabilidade
Sistemas lineares
Matrizes
Determinantes
Geometria de posição
Sólidos geométricos: poliedros
Sólidos geométricos: corpos redondos
Geometria métrica espacial
Funções trigonométricas: redução ao 1º. Quadrante
Equações trigonométricas
Funções trigonométricas da soma
Funções trigonométricas inversas
Noções de Matemática financeira
Estudo analítico do ponto
Estudo analítico da reta
Estudo analítico da circunferência
Estudo analítico das cônicas
Polinômios
Números complexos
Equações polinomiais
Taxa de variação de funções
Medidas de som, força, informática e energia.
3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Partir dos elementos vivenciais, do mundo conhecido dos alunos,
através de levantamento temáticos ou outras formas de diálogo que permitam explicar
as relações do mundo com a física, por intermédio dos meios de informação
contemporâneas disponíveis na realidade do aluno, tais como; notícias de jornais, livros
de ficção científica, literatura, programas de televisão, vídeos, internet, etc. Esses
instrumentos didáticos estarão incentivando diferentes leituras e /ou análises criticas.
O aprendizado deve ser planejado na perspectiva indisciplinar e
multidisciplinar. Os assuntos devem ser tratados numa compreensão global em grupos,
relatos e pesquisas ligadas à outras disciplinas e/ou a assuntos da vida do aluno e a
análise crítica dos mesmos.
Utilizar instrumentos que lhe permitam concretizar o conhecimento da
geometria, tais como: régua, compasso, transferidor, esquadro, mosaicos, dobraduras,
tangrans, recursos visuais.
Propõe-se a articulação dos conteúdos estruturantes com os
conteúdos específicos correlacionados, em relações de interdependências para o
enriquecimento do processo pedagógico.
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências
metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente, das quais
destacamos:
� Resolução de problemas;
� Modelagem matemática;
� Mídias tecnológicas;
� Etnomatemática;
� História da Matemática;
� Investigações matemáticas.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS:
Trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem oportunidade de
aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas situações, de modo a resolver a
questão proposta.
Fazer uso de práticas metodológicas para a resolução de problemas, como
exposição oral e resolução de exercícios, isso torna as aulas mais dinâmicas e não
restringe o ensino de Matemática a modelos clássicos. Ter espaço de discussão no qual
os alunos pensem sobre os problemas que irão resolver, elaborem uma estratégia,
apresentem suas hipóteses e façam o registro da solução encontrada ou de recursos que
utilizaram para chegarem ao resultado.
A resolução de problemas possibilita o aluno a pensar, compreender, e
enfrentar e argumentar os conhecimentos matemáticos de maneira a levantar hipóteses e
comprová-las, deixando as aulas de matemáticas mais interessantes e desafiadoras.
ETNOMATEMÁTICA
O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de relevância
social, que produzem conhecimentos matemáticos.
Essa metodologia é uma importante fonte de investigação da Educação
Matemática, por meio de um ensino que valoriza a história dos estudantes pelo
reconhecimento e respeito a suas raízes culturais.
O trabalho pedagógico deverá relacionar o conteúdo matemático com essa
questão maior – o ambiente do indivíduo e suas manifestações e relações de produção e
trabalho.
MODELAGEM MATEMÁTICA
A modelagem matemática propõe a valorização do aluno no contexto social,
procurando levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida .
O trabalho pedagógico com a modelagem matemática possibilita a
intervenção do estudante nos problemas reais do meio social e cultural em que vive,
contribuindo assim, para a sua formação crítica.
MÍDIAS TECNOLÓGICAS
Os recursos tecnológicos, como o software,a televisão, as calculadoras, os
aplicativos da Internet, entre outros tem favorecido as experimentações matemáticas,
potencializando formas diferenciadas de resolução de problemas.
Aplicativos de modelagem e simulação têm auxiliado estudantes e
professores a visualizarem, generalizarem e representarem o fazer matemático de uma
maneira passível de manipulação, pois permitem construção, interação, trabalho
colaborativo, processos de descoberta de forma dinâmica e o confronto ente a teoria e a
prática.
O trabalho com as mídias tecnológicas insere diversas formas de ensinar e
aprender, e valoriza o processo de produção de conhecimentos.
HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
A abordagem histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos
sociais e políticos, às circunstâncias e às correntes filosóficas que determinaram o
pensamento e influenciaram o avanço cientifico de cada época.
A história da matemática é um elemento orientador na elaboração de
atividades, na criação das situações-problemas, na busca de referências para
compreender melhor os conhecimentos matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e
discutir razões para aceitação de determinados conceitos, raciocínios e procedimentos.
INVESTIGAÇÕES MATEMÁTICAS
As investigações matemáticas (semelhantes às realizadas pelos
matemáticos) podem ser desencadeadas a partir da resolução de simples exercícios e se
relacionam com a resolução de problemas.
Em resumo, um problema é uma questão para a qual o aluno precisa
estabelecer uma estratégia heurística, isto é, ele não dispõe de um método que permita a
sua resolução imediata; enquanto que um exercício é uma questão que pode ser
resolvida usando um método já conhecido.
Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as coisas
acontecem de forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios.
Na investigação matemática, o aluno é chamado a agir como um
matemático, não apenas porque é solicitado a propor questões, mas, principalmente,
porque formula conjecturas a respeito do que está investigando.
Enfim, investigar significa procurar conhecer o que não se sabe, que é o
objetivo maior de toda ação pedagógica.
DESAFIOS SOCIOEDUCACIONAIS E LEIS
Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência
na Escola, Prevenção ao uso indevido de Drogas, Educação Ambiental (desafios
contemporâneos), História e Cultura dos Povos Indígenas (Lei 11.645/08), História e
Cultura Afro-brasileira e africana (Lei 10.639/03), Política Nacional de Educação Ambiental
( Lei 9795/99), serão inseridos através de situações problemas e sempre que houverem
possibilidades de associá-los aos conteúdos ou a situações vivenciadas pelo aluno, no
seu meio social ou através de fatos veiculados pela mídia.
4. AVALIAÇÃO
A sala de aula é compreendida com um lugar de encontro para as
relações educativas, com atividades interdisciplinares, englobando varias áreas do
conhecimento.
A avaliação da aprendizagem deve estar inserida numa visão integradora,
em que os conteúdos curriculares relacionem-se e organizem-se continuamente fazendo
das avaliações um processo integrante do dia-a-dia em sala de aula.
A avaliação tem uma função permanente de diagnóstico e acompanhamento
do processo pedagógico; avalia, portanto o educando, a escola e seu sistema escolar. O
resultado obtido deverá indicar o ponto em que o conteúdo deve ser retomado e em que
aspecto o processo pedagógico deve ser reformulado.
Não é aceitável que avaliação consista apenas na contagem de erros e
acertos, na utilização dos resultados para classificar e selecionar alunos. Antes disso, a
avaliação deve ser vista como um momento pra reflexão a partir dos resultados obtidos,
diagnosticando as deficiências apresentadas pelos alunos, para uma retomada dos
conteúdos, onde se efetue a aprendizagem. Visa-se a qualidade da avaliação efetuada e
não a quantidade.
Como processo contínuo deve utilizar-se de instrumentos avaliativos como:
observações e acompanhamento do desempenho de cada aluno, trabalhos individuais e
em grupos,debates, participação nas aulas, testes objetivos e subjetivos, maratonas,
simulados.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo
professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
� Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO,2004)
� Compreende, por meio da leitura, o problema matemático
� Elabora um plano que possibilite a solução do problema
� Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático
� Realiza o retrospecto da solução de um problema.
Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:
• Partir de situações-problemas internas o externas à matemática
• Pesquisar acerca dos conhecimentos que possam auxiliar na
solução dos problemas
• Elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las
• Perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades
• Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução
encontrada, generalizando, abstraindo e desvinculando-lo de
todas as condições particulares
• Socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma
linguagem adequada
• Argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO &
NOGUEIRA, 2006)
O professor deve considerar as noções que o estudante traz,
decorrentes de sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos
abordados nas aulas de matemática. Assim, será possível que as práticas avaliativas
finalmente superem a pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino
e da aprendizagem.
4.1 RECUPERAÇÃO
A recuperação de estudos deverá ser paralela, sendo realizada no decorrrer
de cada trimestre. Esta ocorre a após cada avaliação corrigida. Quando a mesma é
entregue aos alunos, é realizada a correção coletiva da avaliação em questão, onde são
questionados erros e acertos cometidos pelos alunos, aí se dá a recuperação de
conteúdos. Após a recuperação de conteúdos os alunos terão uma nova avaliação, onde
prevalecerá a maior nota obtida. De acordo com o PPP e Regimento escolar do colégio, a
recuperação de trabalhos é igual a 5,0 pontos (cinco pontos) mais 5,0 pontos (cinco
pontos) de recuperação de nota de provas e ou simulados.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
� Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental e Médio-
Seed Paraná 2008 – www.diaadiaeducacao.pr.gov.br (pesquisa realizada em
março de 2010)
� ANDRINI, Álvaro e VASCONCELLOS, Maria José – Novo Praticando
Matemática – Editora do Brasil
� SMOLE, Kátia Stocco & DINIZ, Maria Ignez – Matemática - Ensino Médio –
Editora Saraiva,2005
� NETTO, Scipione Di Pierrô – Matemática em Atividades – 1ª Edição – São
Paulo: Scipione, 2002
� DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática – 1ª Edição – São Paulo: Ed.Ática,
2004
� IEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antonio. Matemática e
realidade. São Paulo: Atual Editora, 2000.
� GIOVANNI, José Ruy & CASTRUCCI, Benedito & GIOVANNI JR, José Ruy –
A Conquista da Matemática – Editora FTD.
� PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação
– Departamento da Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Matemática
para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
� Projeto Político Pedagógico do Colégio.
� Regimento Escolar do Colégio.