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COLÉGIO ESTADUAL CAPITÃO DOMINGOS VIEIRA LOPES ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO PROPOSTA CURRICULAR POR DISCIPLINA RIO D'AREIA/PRUDENTÓPOLIS/PR 2012 1

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COLÉGIO ESTADUAL CAPITÃO DOMINGOS VIEIRA LOPES

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

PROPOSTA CURRICULAR POR DISCIPLINA

RIO D'AREIA/PRUDENTÓPOLIS/PR

2012

1

SUMÁRIO

I. APRESENTAÇÃO ................................................................................................................4II. INTRODUÇÃO......................................................................................................................62.1 DESCRIÇÃO DO ESTABELECIMENTO.........................................................................72.2 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR.................................................................8III. OBJETIVOS.........................................................................................................................9IV. MARCO SITUACIONAL.................................................................................................124.1 CONTEXTUALIZAÇÃO...................................................................................................134.2 FINS EDUCATIVOS .......................................................................................................18V. MARCO CONCEITUAL.....................................................................................................215.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE......................................................................................215.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO......................................................................................225.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA................................................................245.4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO NO CAMPO.................................................................265.5 CONCEPÇÃO DE CULTURA INDÍGENA, AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA.......275.6 CONCEPÇÃO DE HOMEM..............................................................................................275.7 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA.......................................................285.8 CONCEPÇÃO DE ESCOLA..............................................................................................295.9 CONCEPÇÃO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM....................................................305.10 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO..........................................315.11 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO....................................................................................345.12 CONCEPÇÃO DE METODOLOGIA..............................................................................355.13 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO...................................................................................365.14 QUANTO À MATRÍCULA............................................................................................395.15 CALENDÁRIO ESCOLAR ...........................................................................................415.16 DISTRIBUIÇÃO DE AULAS POR TURMA..................................................................415.17 HORA ESTUDO / ATIVIDADE / PLANEJAMENTO...................................................425.18 CARGA HORÁRIA DE CADA DISCIPLINA................................................................42VI. MARCO OPERACIONAL.................................................................................................436.1 RECURSOS HUMANOS..................................................................................................436.2 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS......................................................................................486.3 RECURSOS MATERIAIS.................................................................................................506.4 RECURSOS DIDÁTICOS.................................................................................................516.5 PLANO DE AÇÃO ADMINISTRATIVO........................................................................516.6 PLANO DE AÇÃO PEDAGÓGICO..................................................................................526.7 CONSELHO DE CLASSE.................................................................................................556.8 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA E CORPO DOCENTE ..................................................................................566.9 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO.....................................................................................586.10 PLANO DE AVALIAÇÃO INTERNA E SISTEMÁTICO DE CURSO........................59VII. BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................62PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES...............................................................65PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ARTE..........................................................65PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – BIOLOGIA.................................................75

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – CIÊNCIAS..................................................87PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – EDUCAÇÃO FÍSICA...............................105PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ENSINO RELIGIOSO..............................112PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA...........................................124PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – FÍSICA......................................................140PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – GEOGRAFIA...........................................159PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – HISTÓRIA................................................175 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – L.E.M. ESPANHOL................................181PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – L.E.M. INGLÊS........................................190PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – LÍNGUA PORTUGUESA........................203PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – MATEMÁTICA.......................................230PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – QUÍMICA.................................................243PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – SOCIOLOGIA..........................................255

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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

I. APRESENTAÇÃO

O Projeto Político-Pedagógico constitui-se na construção coletiva da

identidade da escola pública de qualidade que pressupõe um projeto de sociedade,

de educação, de cultura e de cidadania, fundamentado na democracia e na justiça

social. É a própria organização do trabalho pedagógico escolar como um todo, em

suas especificidades, níveis e modalidades, no nosso caso o Ensino Fundamental

do 6º ao 9º ano e o Ensino Médio, propondo a reflexão e discussão crítica sobre os

problemas da sociedade e da educação, para encontrar as possibilidades de

intervenção na realidade.este sentido, articula a participação de todos os sujeitos do

processo educativo: professores, funcionários, pais, alunos e outros parceiros da

comunidade, para construir-se uma visão global da realidade e dos compromissos

coletivos; alicerça o trabalho pedagógico escolar enquanto processo de construção

contínua; fundamenta as transformações internas da organização escolar e explicita

suas relações com as transformações mais amplas, econômica, social, política,

educacional e cultural.

O planejamento das atividades escolares é uma necessidade ordenada e, por

esta razão, o objetivo deste Projeto Político-Pedagógico é propor um

encaminhamento para as ações pedagógicas apresentando a organização e

transformando ideias em ações do Colégio Estadual Capitão Domingos Vieira

Lopes - Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano e Ensino Médio, referente aos seus

princípios e metas para o desenvolvimento da aprendizagem, da melhoria da

qualidade de ensino, da pesquisa como processo de construção do conhecimento,

do respeito às diferenças e à diversidade, da formação continuada do professor, da

contextualização dos procedimentos avaliativos e da valorização do aluno como

sujeito do processo de ensino e aprendizagem.

Considerando a importância desses objetivos, nosso Projeto

Político-Pedagógico visa atender as dimensões política e pedagógica de educação

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resumidos em uma concepção de mundo, sociedade, educação, professor e aluno

que desejamos e que estão descritos na operacionalização de nossas ações. Com

isso, alicerça o trabalho pedagógico escolar enquanto processo de construção

contínua: nunca é pronto e acabado.

O Colégio Estadual Capitão Domingos Vieira Lopes - Ensino Fundamental do

6º ao 9º ano e Ensino Médio possui um perfil diante da comunidade, que é de

manter um ambiente de companheirismo, respeito, transparência, participação e

democracia. A gestão norteia as ações de forma integrada, com divisão de funções

e atribuições claras, por meio de reuniões onde são debatidos assuntos de ordem

pedagógica, física, humana e financeira. Numa gestão participativa, a escola conta

com o apoio de seus órgãos internos como o Conselho Escolar (instância maior da

Instituição) que, além da participação de pais, professores, funcionários e alunos,

conta com a participação de segmentos da comunidade externa e uma comissão

disciplinar (composto por todos os segmentos do colégio) para apoio na organização

e regras da escola.

Dessa forma, este documento articula todo o processo de funcionamento do

Colégio Estadual Capitão Domingos Vieira Lopes - Ensino Fundamental do 6º ao 9º

ano e Ensino Médio anunciando o que foi pensado coletivamente e que pode passar

da ideia à ação.

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II. INTRODUÇÃO

O Projeto Político-Pedagógico é construído e propõe novos caminhos, para

uma escola diferente. Todas as questões que envolvem o fazer pedagógico e as

suas relações com o currículo, conhecimento e com a função social da escola,

obriga a um pensar e uma reflexão contínua de todos os envolvidos neste processo.

Que escola queremos construir, que conhecimentos serão necessários aos

nossos alunos, para de fato exercer a sua cidadania, nesta sociedade tão cheia de

conflitos. Conflitos estes que estão presentes no espaço escolar, nas relações

pessoais, no confronto de ideias, e também do surgimento de novas concepções,

das dúvidas e da necessidade do diálogo entre os sujeitos da comunidade escolar.

Tais situações serão apresentadas no decorrer deste documento, nas linhas e

nas entrelinhas de cada parágrafo, resgatando o aspecto histórico de como cada

momento foi sendo produzido e construído. Pois este documento é o resultado de

um esforço conjunto dos profissionais da educação desta unidade escolar com o

objetivo de respaldar as ações administrativas e pedagógicas no âmbito desta

escola.

Há consciência, por parte dos que o produziram, de que representa apenas

um broto de Projeto Político Pedagógico e se encontra aberto a todo e qualquer tipo

de sugestão e encaminhamentos. Sabemos que nenhum Projeto Político

Pedagógico pode ser dado como pronto e acabado sob a pena de se cristalizar e

deixar de acompanhar os movimentos da história.

Portanto, nossa reflexão continua baseada principalmente na prática

pedagógica cotidiana e na discussão dos referenciais teóricos que nos encaminhem

para uma “práxis” responsável e compromissada com uma escola pública de

qualidade.

Esse processo requer o resgate da escola como espaço público para

debates, diálogos e reflexão coletiva, trabalhos pedagógicos, e, para isso adotamos

os pressupostos norteadores da concepção histórico-crítica, como princípios de

fundamentação, que propõem uma educação comprometida com a cidadania,

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baseados no texto constitucional, princípios segundo os quais orientam a educação

escolar.

Essas diretrizes estão sob o enfoque de que o processo educativo nasce da

necessidade de se construir uma referência nacional para o Ensino Fundamental

que possa ser discutida e traduzida em propostas regionais nos diferentes estados e

municípios brasileiros, em Projetos Educativos nas escolas e nas salas de aula, e,

para tanto, faz-se necessário redefinir claramente o papel da escola na sociedade

brasileira e que objetivos devem ser perseguidos durante todo o Ensino

Fundamental. Esta proposta pedagógica está fundamentada na nova LDB, nas

Diretrizes Curriculares Nacionais, Diretrizes Curriculares Estaduais, no Referencial

Curricular, Pareceres e nas Deliberações.

Para a elaboração do mesmo buscou-se conhecer o pensamento e anseio da

comunidade escolar a respeito da própria escola, do ser humano, do mundo, da

educação, a missão do educador e o papel do próprio aluno abrindo caminho para

um compromisso coletivo.

2.1 DESCRIÇÃO DO ESTABELECIMENTO

O presente Projeto Político Pedagógico foi elaborado para o Colégio Estadual

Capitão Domingos Vieira Lopes – Ensino Fundamental – do 6º ao 9º ano e 1ª série

do Ensino Medio, tendo como Ato de Autorização a Resolução nº 4.309/87 de

13.11.87 e Ato de Reconhecimento a Resolução nº 1.034/92 de 27.04.92 e Parecer

do NRE de aprovação do Regimento Escolar nº 2000/91 de 11.06.91, situado no Rio

D’ Areia, BR 277, Km 300, do município de Prudentópolis-Paraná. CEP: 84.400-000

e telefone: (42) 3414-1152.

O Colégio Estadual Capitão Domingos Vieira Lopes – Ensino Fundamental do

6º ao 9º ano séries e Ensino Médio situa-se aproximadamente a 55 km de distância

do Núcleo Regional de Educação de Irati. Este estabelecimento possui 338 metros

quadrados, tendo neste espaço sete salas de aula, uma sala de laboratório de

informática e biblioteca, uma secretaria e sala da direção, uma sala dos professores,

uma cozinha, um depósito de merenda escolar, um banheiro para uso dos

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funcionários, um banheiro coletivo feminino com 4 sanitários e dois lavatórios, um

banheiro coletivo masculino com 3 sanitários e dois lavatórios. Possui ainda uma

quadra de esporte poliesportiva coberta, uma quadra de areia aberta, um pátio, uma

horta, uma lavanderia, um depósito de lixo e um estacionamento para o transporte

escolar.

2.2 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

Este documento está fundamentado na nova LDB n.º 9394/96, nas Diretrizes

Curriculares Nacionais e Estadual, no Referencial Curricular, nas Deliberações

n.º 005/98, 014/99, 007/98, 016/99e 033/87, e no parecer 04/98, que apresenta

todos os indicadores para a elaboração deste documento. Esse estabelecimento

oferece o curso do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano e Ensino Médio.

O Colégio Estadual Capitão Domingos Vieira Lopes - Ensino Fundamental -

6º ao 9º ano e Ensino Médio, executa suas atividades pedagógicas durante o

período matutino, vespertino e noturno, com aulas regulares do ensino fundamental

do 5º ao 9º ano, no período matutino, sendo que o sistema organizacional deste

obedece à distribuição dos alunos em seis turmas: duas turmas do 6º ano, uma

turma do 7º ano, duas turmas do 8º ano e um turma do 9º ano, cuja carga horária é

distribuída por disciplinas; no período vespertino com CELEM-Espanhol, sendo uma

turma P1 CELEM-Espanhol, uma turma P2 CELEM-Espanhol e no período noturno,

uma turma do 1º ano do Ensino Médio, uma turma P1 CELEM-Espanhol e uma

turma P2 CELEM-Espanhol.

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III. OBJETIVOS

O estabelecimento de Ensino em conjunto com a comunidade escolar

proporcionará os objetivos gerais e específicos:

I. Compreender a cidadania como participação social e política, assim como

exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia a dia,

atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e

exigindo para si o mesmo respeito;

II. Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes

situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar

decisões coletivas;

III. Organizar as competências em partes e traduzem o perfil da cidadania através do

pleno domínio de leitura e escrita, a compreensão do ambiente natural e social, do

sistema político, de valores fundamentais, conhecimento das habilidades, a

formação de atitudes, dos vínculos da família e dos alunos, poderão e terão

oportunidades de adquirir sua plena cidadania, buscando o conhecimento a partir

dos quatro pilares da aprendizagem. Sendo ainda que as competências serão

organizadas por série.

IV. Garantir que a organização curricular esteja fundamentada e completada

considerando os aspectos legais e sociais da LDB 9394/96, do Estatuto da Criança e

do Adolescente (Lei 8069/90), Del. 002/2003 – Educação Especial, Del. 007/99 –

Avaliação, Del. 009/2001 – matrícula de ingresso, transferência, classificação,

reclassificação, adaptações, revalidação e equivalência de estudos, Del. nº 014/99 –

CEE/PR indicadores da PPP, Del. 016/99 – Regimento Escolar, em cada sistema

de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada exigida pela

característica regional e local, da cultura e da clientela.

V. Seguir a Instrução 008/2011 SUED/SEED referente ao Ensino Fundamental

de 9 anos;

VI. Seguir a Instrução 009/2011 SUED/SEED referente aos Conteúdos

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Obrigatórios;

VII. Contemplar a Lei 10.639/03 que faz considerações sobre a obrigatoriedade

da História Afro-Brasileira, Educação das Relações étnico-raciais, Ensino de História

e Cultura Afro-Brasileira e Africana;

VIII. Cumprir a Lei 13381/01 que instrui sobre a História do Paraná e a Lei

11645/08 sobre História e Cultura dos Povos Indígenas do Brasil;

IX. fazer cumprir o Parecer nº 01/09 CP/CEE que faz alusão ao nome social e as

Lei Estaduais 11.733 e 11.734 sobre a Educação Sexual;

X. Promover a difusão de direitos e valores fundamentais ao interesse social, aos

direitos e deveres do cidadão, de respeito ao bem comum e à ordem democrática,

considerando as condições de escolaridade dos alunos do estabelecimento.

XI. Possibilitar que os pressupostos teóricos sejam adaptados de acordo com a

realidade das comunidades da zona rural, respeitando os valores fundamentais ao

interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, e a promoção, as adaptações

necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida do campo e de cada região

escolar empregando a metodologia, as reais necessidades e interesses dos alunos

do campo.

XII. Proporcionar um espaço adequado para favorecer a aprendizagem individual

e/ou coletiva, apresentando carteiras móveis, salas amplas e adequadas para as

atividades escolares, bem como possuem materiais didáticos pedagógicos.

XIII. Organizar as disciplinas a serem ministradas, distribuindo-as proporcionalmente

de acordo com suas respectivas grades curriculares em cico aulas de cinquenta

minutos cada resultando assim uma carga horária de 800 horas distribuídas em 200

dias letivos de efetivo trabalho escolar.

XIV. Promover a interdisciplinaridade para que os conteúdos sejam contextualizados

e proporcionem o saber como um todo e não como conhecimentos fragmentados.

XV. Estimular no processo de ensino-aprendizagem a aprendizagem de

metodologias capazes de priorizar a construção do conhecimento, a construção de

argumentação capaz de controlar os resultados deste processo, desenvolvimento

crítico capaz de favorecer a criatividade com a compreensão, o desenvolvimento das

potencialidades do trabalho individual e também o trabalho coletivo, assim

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implicando o estímulo à autonomia do indivíduo sendo capaz de atuar em níveis de

informação mais complexas e diferenciadas.

XVI. A escola atenderá os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e alunos

do Ensino Médio, sendo que o candidato para ingressar no 6º ano deverá ter

comprovadamente concluído a 4ª série ou 5º ano, e, para ingressar nas séries

subsequentes será exigida a comprovação de escolaridade adequada.

XVII. Fornecer transferências através de pedido verbal e apresentação escrita de

declaração de vaga existente em outro estabelecimento.

XVIII. Classificar e reclassificar o aluno mediante avaliações escritas e orais dos

conteúdos pertinentes à turma/série em que se realizou a matrícula.

XIX. Avaliar os conteúdos das disciplinas através de provas orais e escritas,

exercícios específicos, trabalhos, participação nas aulas e atividades contínuas

diárias.

XX. Promover a inclusão de alunos portadores de necessidades especiais e buscar

atendê-los de acordo com estas necessidades.

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IV. MARCO SITUACIONAL

O mundo passa hoje por grandes mudanças, devido grande parte a

globalização e a tecnologia que neste momento está atingindo em cheio o ambiente

escolar. Diante de tanta evolução do homem, o mercado de trabalho está cada vez

mais restrito e seletivo, pois se procura pessoas com visão mundial. A escola como

parte integrante desta congregação global, não pode ser desligada deste todo.

Fazendo-se necessário levar o aluno ao conhecimento integral, completo e

utilizando para isso todos os meios possíveis.

O Brasil deve e pode ser apresentado na sua totalidade, com possível

conhecimento de tudo o que acontece no país hoje, através de jornais, revistas,

televisão, rádio, Internet, etc. Então, é necessário que o professor leve ao aluno

todas as informações possíveis para que o mesmo tenha uma visão mais ampla do

País onde vive.

Com relação ao Estado onde vivemos, o Paraná, ele também deve fazer parte

do conhecimento de nossos alunos, é preciso conhecer, para respeitar e aprender a

importância do nosso Estado.

O nosso Município, Prudentópolis, embora seja uma parte muito pequena do

globo, deve ser tratado com especial carinho, pois é aqui onde nossos alunos

encontram a primeira sociedade política e jurídica formada, e partindo do

conhecimento de seu Município que o aluno conhecerá o Mundo.

Para que, além do reconhecimento de pertencimento do mundo e espaço

ocupado por toda comunidade escolar deste estabelecimento, ainda inclui-se o

compromisso de executar os hinos nacional e do Paraná na rotina semanal da

escola, como forma de respeito e admiração do nosso espaço político e geográfico.

A escola, portanto, é a primeira sociedade coletiva e organizada, que

teoricamente o aluno conhece, é aqui que tudo começa, é aqui que a globalização,

os avanços nas ciências e tecnologias tomam forma. O Mundo está globalizado,

todos têm acesso a informações, o que torna a escola o pilar de sustentação de

todo o mundo civilizado e globalizado.

O Futuro de toda a espécie humana passa pelas mãos de milhões de

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professores e é através deles que o mundo dinamicamente se forma e se

transforma.

4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

4.1.1 O Mundo

A escola como parte integrante do mundo vem conduzindo então o nosso

aluno ao conhecimento global, onde tem mostrado, através da rotina escolar, o

futuro globalizado, informatizado e informado, utilizando para isso todos os meios

possíveis e necessários para preparar o educando para se viver neste novo

universo.

Queremos um mundo em que as relações de conflito entre capital e trabalho,

países desenvolvidos e subdesenvolvidos, entre raças, entre credos, entre sistemas

políticos de esquerda ou direita seja substituído pela cooperação econômica,

tecnológica ou científica, religiosa e política. Onde as minorias sejam respeitadas e a

cultura de todos valorizada e onde a paz não seja ancorada nas armas, mas nos

direitos universais.

Preparar o aluno para ser o cidadão do mundo é hoje o ponto crucial da

educação. Mas se faz necessário despertar exercício completo de sua cidadania,

pois o mesmo é o pilar central de todas as mudanças futuras e na formação de

pessoas conscientes do seu papel individual diretamente ligado ao global.

4.1.2 Brasil

Em questão cronológica, o Brasil é um jovem país. E como os seres

humanos, a juventude enfrenta problemas e procura se estruturar para enfrentar

esses desafios de nosso país.

É necessário dar ao aluno não só a visão acadêmica de nosso país, mas

também, deve-se acima de tudo prepará-lo para desenvolver o seu estado de

cidadania plena.

O brasileiro não deve apenas conhecer os fatos históricos, mas sim

interpretar as reais consequências que tais fatos trouxeram para o benefício da

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nação e necessariamente desenvolver o espírito de amor à Pátria, pois é através

das novas gerações que poderemos construir o Brasil do Futuro.

4.1.3 Paraná

Não é o maior Estado da Federação, mas com certeza um dos mais

importantes em termos de arrecadação fiscal. E sendo ele um dos maiores

produtores agrícolas, hoje se apresenta em processo de industrialização pelo seu

grande potencial aqui existente.

É de suma importância que o aluno receba conhecimento de todos os fatos,

não só econômicos, mas os sociais e políticos. O aluno precisa conhecer para

respeitar e aprender a importância do Estado.

4.1.4 Prudentópolis

Município localizado na região Centro–Sul do Paraná, a 840 m de altitude,

tem como atividade básica na agricultura, maior produtor de feijão preto do país,

também grandes produtores de soja, milho, fumo, arroz e cebola, merecendo ainda

destaques na economia do Município a extração de erva-mate e mel.

Pela situação geográfica o relevo acidentado conta com um potencial turístico

magnífico, a natureza premia a terra com rios e cachoeiras que se destacam pela

beleza e volume de águas. A beleza natural é apenas mais um dos pontos a ser

abordado na educação ambiental.

O município de Prudentópolis originou-se do sonho de Firmo Mendes de

Queiroz, descendente de bandeirantes paulistas, que por volta de 1880

aproximadamente à 6 km do Rio do Patos, construiu sua moradia com o objetivo de

cultivas as terras à beira da estrada de rodagem que se tencionava construir e da

linha telegráfica que encontrava-se apenas em planos traçados.

Em 1.884, por influência do Pároco Padre Stumbo (Paróquia de Guarapuava),

os munícipes deste vilarejo edificaram uma capela que foi consagrada a São João

Batista. Este município então que era denominado Vila São João passa a se

denominar São João de Capanema , e só em 1895 é que passa a ser chamada de

Prudentópolis, nome tal, que foi escolhido em homenagem ao então Presidente da

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República Dr. Prudente de Moraes.

Em 12 de agosto de 1906 Prudentópolis foi instituído como município do

Estado do Paraná com a área de 2.402,18 quilômetros quadrados, sendo que hoje

se caracteriza como a quinta maior extensão territorial, dentre os municípios

paranaenses e como um dos maiores municípios agrícolas. Estes dados nos

possibilitam compreender a predominância histórica da prática das relações

econômicas, políticas e culturais ligadas ao meio rural.

A formação acadêmica, nível superior, da população prudentopolitana tem

sido sólida e progressiva, que em virtude de não possuir uma instituição de nível

superior própria, os munícipes recorrem a Universidade Estadual do Centro-Oeste-

UNICENTRO (Campus de Guarapuava, Irati e Prudentópolis), à Universidade

Estadual de Ponta Grossa - UEPG, e, em menor escala à Universidade Federal do

Paraná - UFPR (Curitiba) e Pontifícia Universidade Católica - PUC-PR (Curitiba)

para de acordo com a LDB poderem efetivamente atuar no âmbito educacional.

4.1.5 Sociedade

Partindo dos pressupostos epistemológicos que permeiam os princípios

norteadores de uma sociedade democrática compreendemos que deveríamos viver

sob uma organização justa e igualitária. Todavia observa-se que vivemos em uma

sociedade organizada sob as premissas da exclusão e da desigualdade, tendo em

vista que a mesma não proporciona condições sócio econômicas e culturais em

igualdade para todos, embora a Lei Maior o preveja.

As proporções de desigualdade não se atêm apenas nas diferenças da renda

econômica, destaca-se também nas organizações sócio educativas, observando

que, durante o período preparatório escolar a maioria dos indivíduos é excluída, não

tão somente pela falta de educação sistematizada, mas também pelo analfabetismo

escolarizado, pelo despreparo, pela ausência de subsídios consistentes que

deveriam propiciar o aprender a aprender, o aprender no aprendido para

pudéssemos estabelecer condições igualitárias na defesa da convivência justa, na

aquisição do trabalho, da remuneração digna.

A construção de uma sociedade plural, onde cada ser humano tenha

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condições de se desenvolver e construir a sua personalidade, onde o grande desafio

seja a busca de mecanismos que assegurem a todos o acesso a cultura, ao lazer,

ao emprego, etc. Desta forma buscamos conscientizar nossos alunos sobre as

contradições e os falsos valores que permeiam o nosso universo social e o papel da

Escola frente a esses obstáculos.

4.1.6 A Escola

Considerando essa visão de sociedade excludente compreendemos que o

papel da escola está além do preparo para o trabalho, pois vemos que a

globalização vem proporcionando uma sociedade que não prevê “emprego”,

“trabalho” para todos, e, portanto, a escola necessita promover subsídios e quesitos

que possibilitem ao cidadão em crescimento saberes que inter-relacionem o

conhecimento científico aos conhecimentos de senso comum de maneira que

auxiliem-no na solução dos problemas vivenciados por ele.

É imprescindível que a escola deixe seus dogmas e paradigmas arraigados

ao “ratio studiurum” (planejamento jesuítico), para que supere a exclusão do

conhecimento, do econômico, do social e principalmente do ato educativo.

A escola para exercer efetivamente sua função de veículo educativo histórico

crítica e de formação humana necessita, através de seus sujeitos, estabelecer metas

e objetivos que supram as reais necessidades de convivência e sobrevivência nesta

organização social complexa. A escola deve constituir-se em uma ajuda intencional,

sistemática, planejada e continuada para crianças, adolescentes e jovens durante

um período contínuo e extensivo de tempo, sendo diferente dos outros processos

educativos que ocorrem em outras instâncias, como na família, no trabalho, na

mídia, no lazer e nos demais espaços de construção de conhecimentos e valores

para o convívio social.

Acreditando que a escola deva ser mais real e significativa e que mantenha

parceria real e viável com a comunidade escolar e social, para que o processo

educativo seja mais completo na formação humana dos alunos, propomo-nos

através desta proposta, conduzir este estabelecimento através dos princípios

norteadores da gestão compartilhada e aberta através de reuniões com os pais para

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que se discutam, analisem e definam as metas a serem atingidas.

Essas premissas se referem ao a prióri da função da APMF que é a de

integrar família e escola, para que adquiram experiências no mundo atual e obter

constante aproximação dos pais na escola sendo através das reuniões escolares,

eventos promovidos mediante atividades culturais, cívicas e sociais. Essas

atividades extracurriculares não só beneficiam no processo de

ensino-aprendizagem, como também as relações como as quais favorecem a

construção da autonomia do respeito e da solidariedade. Salientamos ainda que é

através destes encontros que são solucionados os problemas disciplinares

existentes no estabelecimento e são auxiliares no campo social através de palestras,

aconselhamentos e prevenções com o apoio do Núcleo de Educação de Irati,

Secretaria de Saúde, Conselho Tutelar e outros.

Uma instituição que reflete os problemas e anseios do mundo, da sociedade e

dos próprios homens, poderá atender as condições de prepará-los para

compreenderem e transformarem a realidade na qual estão inseridos.

4.1.7 Diagnóstico do Perfil da Comunidade

A comunidade de Rio D’Areia é constituída por cidadãos oriundos das

localidades de Rio do Meio, Rio Bonito, Xaxim, Pedra Branca, Cachoeira Branca,

Despraiado, Bracatinga, Baixada e Relógio. Uma das maiores dificuldades

enfrentadas, tendo em vista que a maioria dos alunos são filhos de agricultores,

sendo que grande parte dos pais não tem renda fixa, trabalham por dia nas lavouras,

nas estufas de fumo e na poda da erva-mate que acontece duas vezes por ano, é a

constante mudança de moradia e, portanto, o constante pedido de transferências e

de retorno à escola.

O problema financeiro é imenso, uma vez que os pais possuem sua formação

escolar incompleta, considerando-os semianalfabetos, com dificuldades

diversificadas em acompanhar o desenvolvimento rápido da sociedade que vem ao

encontro da escola para que seus filhos tenham a oportunidade e a garantia da

conclusão do Ensino Fundamental de nove anos, preparando-se para poder exercer

em sua plena cidadania com oportunidade de trabalhos diversificados podendo

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melhorar seu futuro.

Quanto aos questionamentos reais do nosso aluno, acrescentamos que

conhecemos a nossa clientela superficialmente e mesmo assim podemos acrescer

que eles não condizem com características apontadas em livros, até mesmo porque

trabalhamos com seres peculiares devido às suas formações ambientais e

biológicas, e, portanto estamos direcionando nossos trabalhos pedagógicos sob

princípios de respeito a pluralidade e diversidade cultural de nossa comunidade

escolar.

4.1.8 Perfil do Corpo Docente

Quanto aos professores envolvidos nesse processo observamos que os

mesmos possuam graduação em suas respectivas disciplinas ou estão cursando-as.

Além de todos estarem em constante aperfeiçoamento através dos cursos de

capacitação.

4.2 FINS EDUCATIVOS

A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando,

assegurando-lhe a educação comunitária indispensável para o exercício da

cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e nos estudos

posteriores.

O Colégio Estadual Capitão Domingos Vieira Lopes terá como missão refletir

sobre o papel e sobre a função da educação escolar como processo educativo do

ser humano bem como proporcionar a transformação intelectual, social e cognitiva

do indivíduo.

Este ato compreende toda a tomada de decisão conjunta no planejamento,

execução, acompanhamento e avaliação das questões administrativas e

pedagógicas, envolvendo a participação de toda a comunidade escolar e terá como

órgão máximo o Núcleo de Educação de Irati.

O Colégio desenvolverá suas atividades com vistas a internalização do

conhecimento pelo aluno, por uma parte diversificada pela característica regional da

18

cultura e da clientela abrangendo os conteúdos curriculares da educação na difusão

de valores fundamentais adaptando-se às necessidades, à adequação as

peculiaridades reais da vida rural do aluno e também mostrando outras realidades

tendo em vista a dialética inerente ao ser humano.

4.2.1 Parcerias e Projetos

O Colégio como uma entidade que busca trabalhar e repassar conhecimentos

com o intuito de formar cidadãos pensantes e conscientes precisa estar a par dos

avanços da educação e estar adaptada aos novos tempos e, para que o trabalho

seja realmente eficaz devemos contar com instrumentos que realmente avaliem de

forma global seu conhecimento, e se este está sendo assimilado pelo aluno.

Isto é o que está sendo repassado ao Corpo Docente, procurando incentivar o

professor no sentido de utilizar todos os instrumentos diagnósticos possíveis e

disponíveis e de forma frequente para que a avaliação seja global, concreta,

comutativa, processual, que para através dos resultados aferidos seja o trabalho

melhor direcionado.

O Colégio Estadual Capitão Domingos Vieira Lopes tem na educação um

valor primordial, a preocupação em qualificar o ensino e a aprendizagem dos

professores, alunos e demais elementos da comunidade escolar. Sob a ótica de

integrar a Escola ao Mundo que a rodeia a escola está sendo beneficiada com

projetos promovidos pelo NRE, SEED e pelo MEC, tais como: Atividades

Curriculares Complementares de Contraturno, CELEM e ainda projetos internos

como o de Leitura, Jogos Escolares, horta, entre outros que a comunidade julgar

adequado e o Projeto Pais na Escola com parceria da Patrulha Escolar, sendo que

temos ainda os desafios contemporâneos que considera ações sobre a Sexualidade,

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e

Indígena, As Relações Étnico-Raciais – ERER, Educação do Campo, Enfrentamento

à Violência na Escola e Educação Ambiental. Ainda contamos com um trabalho em

parceria com o Conselho Tutelar, Secretaria de Assistência Social e da Patrulha

Escolar buscando minimizar os possíveis e eventuais problemas existentes na

escola.

19

Além disso, a escola incentiva outros projetos. São realizados projetos

elaborados pela escola como: homenagem às Mães, Semana da Cultura Indígena,

Festa Junina, Dia do Estudante, Semana Cultural, Semana do Folclore, Semana da

Pátria, Semana da Consciência Negra, Jogos Escolares e Feira das Ciências –

integrando as escolas estaduais do município.

4.2.2 A Família

Fica claro no art. 205 da Constituição Federal Brasileira o dever dos pais na

educação dos filhos, “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família,

será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno

desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o trabalho.”

Nesse sentido, a família é o pilar fundamental da nossa sociedade e ela como toda a

humanidade está sofrendo mudanças profundas no decorrer de novos rumos

sociais. O ritmo imposto pela sociedade atual apresenta mudanças, nem sempre

boas para os nossos alunos, mas deve-se ele enquadrar-se neste currículo para não

ser então excluído por ela.

O colégio hoje, enfrenta problemas com crianças oriundas de famílias

desestruturadas, onde falta toda uma base para se dar continuidade ao

desenvolvimento pleno e necessário a criança, pois o sonho de uma sociedade justa

e humana nasce no berço familiar. É importante ressaltar que a escola é a segunda

família de nossas crianças e como tal, deve sempre trabalhar em harmonia com os

pais para se alcançar os objetivos comuns e procurar ultrapassar as falhas

existentes no âmbito familiar.

20

V. MARCO CONCEITUAL

5.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Quando se questiona a função social da escola e a natureza do trabalho

educativo, enquanto docente, parecemos sem iniciativa, “arredados ou deslocados

pela força arrolatadora dos fatos, pela vertiginosa sucessão de acontecimentos que

tornaram obsoletos os conteúdos e as práticas educativas” (GOMES, 1998). E para

que isso não aconteça é que precisamos entender em que tipo de sociedade

estamos inseridos.

Segundo SEVERINO (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma

série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências

individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas de

atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais,

instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica e é o jeito

específico do homem realizar sua humildade.

A sociedade é medidora do saber e da educação presente no trabalho

concreto do homem, que criam novas possibilidades de cultura e do agir social a

partir das contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.

Para Demerval SAVIANI (1998), o entendimento do modo como funciona a

sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que

regem o desenvolvimento da sociedade; de leis que se constituem historicamente.

Atílio BORON (1986) questiona que tipo de sociedade deixa como legado

estes quinze anos de hegemonia ideológica do neoliberalismo? Uma sociedade

heterogênea e fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo tipo –

classe, etnia, gênero, religião, etc. – que foram exacerbadas com a aplicação das

políticas neoliberais. Uma sociedade dos “dois terços” ou uma sociedade “com duas

velocidades”, como costuma ser denominada na Europa, porque há um amplo setor

social, um terço excluído e fatalmente condenado à marginalidade e que não pode

ser “reconvertido” em termos laborais, nem se inserir no mercado de trabalho formal

21

das capitais desenvolvidas.

Essa crescente fragmentação do social que potencializaram as políticas

conservadoras foi por sua vez reforçada pelo excepcional avanço tecnológico e

científico e seu impacto sobre o paradigma produtivo contemporâneo.

OLIVEIRA (1996) diz que “uma sociedade democrática não é, simplesmente,

aquela na qual os governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe uma

possibilidade de participação do conjunto dos membros da sociedade em todos os

processos decisórios que dizem respeito a sua vida”, (em casa, na escola, no bairro,

etc.)

PONT, no texto sobre democracia representativa e democracia participativa,

conclui que nossa convicção funda-se no processo histórico que nos ensina, que

não há verdades eternas e absolutas nas relações entre sociedade e o Estado e que

estas se fazem e se refazem pelo protagonismo dos seres sociais e que a busca de

uma democracia substantiva, participante, regida por princípios éticos de liberdade e

igualdade social, continua sendo o horizonte histórico, em suma, nossa utopia para a

humanidade.

5.2 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

5.2.1 Conceito Geral e Referencial Histórico

Segundo a LEI N.º 9.394/96 em seu artigo 1º: "A educação abrange os

processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana,

no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e

organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais".

Sob esta ótica, a educação é um processo constante, dialético e dialógico de

nossa sociedade. A escola como veículo participante direto deste processo deve

sempre levar em conta todo conhecimento pré-adquirido pelas crianças. O objetivo

maior é proporcionar a todos a formação básica para o exercício completo da

cidadania, a partir da criação na escola em condições de aprendizagem para que os

alunos desenvolvam a capacidade de aprender, tendo como princípio básico o pleno

domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

22

A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da

tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade,

desenvolvendo assim, a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição

de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores, fortalecendo os

vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em

que se assenta a vida social ( Art. 32, LDB).

Cada criança ou jovem brasileiro, mesmo de locais com pouca infra-estrutura

e condições socioeconômicas desfavoráveis, deve ter acesso ao conhecimento

socialmente elaborado e reconhecido como necessário para o exercício da

cidadania para dela usufruir.

Esta garantia é assegurada pela Constituição de 1988 no seu Capitulo III,

Seção I, artigos 205 e 206 e regulamentada pela Lei número 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

5.2.2 A Educação e a Construção da Cidadania

No art. 5º da Constituição Federal Brasileira consta que, “todos são iguais

perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros [...]

a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade”, e assim a educação básica tem por finalidade garantir ao educando a

formação comunitária indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes

meios para progredir no trabalho e nos estudos posteriores, hoje não mais se vê o

aluno pelo sua igualdade de condições e, sim, pelo seu sucesso educativo, não

existe um aluno ideal a servir de base para parâmetros e sim um aluno real para ser

respeitado em seu próprio desenvolvimento.

A educação escolar tem a possibilidade, o dever de criar condições para que

todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos

necessários para construírem instrumentos de compreensão de realidade e de

participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais

amplas, condições fundamentais para o exercício da cidadania na construção de

uma sociedade democrática e não excludente.

A escola, ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuarem

23

com competência e dignidade na sociedade, deve buscar eleger como objeto de

ensino conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que

marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são

consideradas essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e

deveres. Para tanto, é necessário que a instituição escolar garanta um conjunto de

práticas planejadas com propósito de contribuir para que os alunos se apropriem dos

conteúdos de maneira crítica e construtiva. A escola tem o compromisso de intervir

efetivamente para promover o desenvolvimento e a socialização de seus alunos.

A escola, na perspectiva de construção da cidadania, precisa assumir a

valorização da cultura de sua própria comunidade e, ao mesmo tempo buscar

ultrapassar seus limites, propiciando às crianças pertencentes aos diferentes grupos

sociais o acesso ao saber, tanto no que diz respeito aos conhecimentos socialmente

relevantes da cultura brasileira e no âmbito nacional e regional como no que faz

parte do patrimônio universal da humanidade.

A escola para exercer a função social precisa possibilitar o cultivo dos bens

culturais e sociais, considerando as expectativas e as necessidades dos alunos, dos

pais, dos membros da comunidade, dos professores, enfim, dos envolvidos

diretamente no processo educativo. É nesse universo que o aluno vivência situações

diversificadas que favorecem o aprendizado, para dialogar de maneira competente

com a comunidade, aprender a respeitar, a ouvir e a ser ouvido, reivindicar direitos e

cumprir obrigações, a participar ativamente da vida científica, cultural, social e

política do País e do Mundo.

5.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A intenção do princípio inclusivo exposto na Lei de Diretrizes e Bases visando

atender as diferenças evitando a exclusão de portadores de necessidades especiais

e/ou diferenças sociais, raciais, entre outras, pressupõe a adoção e a

implementação de currículo aberto e flexível que atenda à diversidade do alunado.

Em virtude disto entende-se que o conhecimento sistematizado deve oportunizar aos

alunos idênticas possibilidades e direitos, efetivando não apenas a igualdade de

24

oportunidades, mas oferecendo a equidade de condições.

Observando o histórico da Educação Especial podemos salientar que muitos

avanços aconteceram nessa área e que embora já se compreenda o portador de

necessidade especial como alguém que possui limitações físicas e/ou mentais em

relação ao aprendizado e desenvolvimento cognitivo e intelectual o atendimento

educacional deixa muito a desejar enquanto processo de inclusão pelo fato de que

não prepara os profissionais da educação para a efetivação desse processo o que

acaba gerando conflitos em sala de aula que por sua vez acabam promovendo

maior exclusão do aluno portador de deficiência do que inclusão.

Considerando as premissas norteadoras da concepção de flexibilização

curricular compreende-se que os aspectos fundamentais que visam facilitar as

adaptações a serem desenvolvidas e colocadas em prática para todos os alunos e

não tão somente para os portadores de necessidades especiais estão embasados

nas ações educativas que embora enfoquem o aluno portador de alguma

necessidade especial estão voltadas para o desenvolvimento e aprimoramento

coletivo da classe estudantil.

Salientamos que a prática pedagógica deve estruturar suas ações educativas

nos pressupostos da concepção construtivista, uma vez que esta proporciona a

construção do saber pela reflexão-ação-reflexão, e, portanto, promove o saber pela

construção ativa e transformadora do ser humano.

Em virtude dessa postura, a visão do grupo em relação ao modo que o

processo de flexibilização curricular vêm sendo conduzido deixa a desejar enquanto

preparação dos docentes para atuar e efetivar a práxis pedagógica o que reflete

diretamente sob o discente seja este portador de alguma necessidade especial e/ou

dos alunos que participam do processo de inclusão, sendo que essa falta de

compreensão e capacitação gera o descompromisso com o processo de inclusão

tendo em vista que o docente não se sente apto para atuar nesse processo.

Os aspectos positivos da direção e da equipe técnico-pedagógico em relação

ao processo de inclusão e da flexibilização curricular é que esta além de se colocar

à disposição para auxiliar nas dificuldades encontradas durante o processo

educativo, pois se predispõem a auxiliarem diretamente na elaboração dos planos

25

de ação pedagógica e no apoio à aplicabilidade destas.

Os docentes apresentam como ponto positivo em relação ao processo de

inclusão a postura aberta e sem preconceitos para o crescimento coletivo da classe

e principalmente do portador de necessidade especial.

Quanto aos pontos negativos todos os profissionais envolvidos nesse

processo, apontam a inabilidade em lidar com situações próprias e peculiares bem

como o fato de não estarem capacitados adequadamente através de cursos práticos

nas áreas de DA , DM , DV, entre outras e também a adequação do espaço físico

para receber esses alunos, já que essa adequação ocorre a longo prazo.

5.4 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO NO CAMPO

A Educação do Campo é uma política pública no Estado do Paraná e se

apresenta também como expressão de uma política nacional que promove o resgate

da divisa histórica social, frente a obrigatoriedade da oferta de educação para toda a

população e sob esse enfoque a concepção norteadora que conduz esse trabalho

pedagógico mais do que nunca deve estar voltada para a teoria sócio-interacionista

visto que é através da construção coletiva, escola-comunidade, que deve acontecer

o planejamento das atividades escolares bem como o próprio Projeto Político

Pedagógico.

A Educação do Campo representa o vínculo entre a prática pedagógica e a

realidade vivenciada pelo aluno oriundo do campo promovendo assim a junção dos

saberes sistematizados e assistemáticos para que se estabeleça concomitância

entre o saber e o agir.

Essas premissas sustentam o fato de construir um saber útil que proporcione

ao educando subsídios que o tornem realmente autônomo, consciente e

participantes ativos da construção de sua história e da História situando-o dentro de

suas condições sociais de existência e oportunizando condições de melhorar sua

qualidade de vida.

26

5.5 CONCEPÇÃO DE CULTURA INDÍGENA, AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA

A Educação Indígena e Afro-brasileira é uma política pública no Estado do

Paraná e se apresenta também como expressão de uma política nacional que

promove o resgate da divisa histórica social, frente a obrigatoriedade da oferta de

educação para toda a população.

Sob esse prisma, a concepção norteadora que permeia esse trabalho

pedagógico, está voltado para a teoria histórico crítica visto que é através da

construção coletiva, escola-comunidade, que deve acontecer o planejamento das

atividades escolares bem como o próprio Projeto Político Pedagógico.

5.6 CONCEPÇÃO DE HOMEM

5.6.1 Histórico Educacional

Podemos conceituar o homem como ser socialmente evoluído a partir do

momento que ele expressa suas ideias, seja por desenhos ou símbolos alfabéticos.

Quando o homem se expressou através da escrita, um grande saldo ocorreu para a

humanidade em geral. Embora muitos historiadores coloquem a roda como uma das

invenções que revolucionou a sociedade humana, é de suma importância observar

que o ato de perpetuar as suas ideias fez com que o homem evoluísse

constantemente.

Historicamente na educação, o ato de ler e escrever, sempre foram

intimamente ligados as elites. Nas sociedades romanas e atenienses, o ensino era

ministrado para pessoas previamente escolhidas. O período mais negro para a

humanidade está localizado na Idade Média, a educação nesta época estava

vinculada à educação religiosa, ministrada em mosteiros e com o evento do período

industrial, Idade Moderna, a educação se desvinculou parcialmente do processo

religioso e, no entanto, da mesma forma as classes mais baixas da sociedade não

tinham ainda acesso a educação. Com o avanço do crescimento industrial e

tecnológico, os governantes se viram coagidos por diversas organizações mundiais

27

e assim resolveram então investirem mais no ensino devido às transformações

sociais.

Retornando a nossa realidade podemos observar que o ser humano tem mais

oportunidade de aprender, apesar de teoricamente haver uma maior facilidade de

ingresso ao saber, pode-se observar que esta facilidade encontra uma enorme

barreira sócio-econômica.

Apesar da educação ser garantida pela Declaração Universal dos Direitos

Humanos: “Toda pessoa tem direito à educação. A instrução será gratuita, pelo

menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será

obrigatória[...] A educação será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da

personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do ser humano

e pelas liberdades fundamentais“, e pela Constituição do Brasil nos seus artigos 205

e 206, ela não é respeitada em sua plenitude.

5.7 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

Etimologicamente, a palavra infância vem do latim, infantia, e refere-se ao

indivíduo que ainda não é capaz de falar. Essa incapacidade, atribuída à primeira

infância, estende-se até os sete anos, que representaria a idade da razão.

Percebe-se, no entanto, que a idade cronológica não é suficiente para caracterizar a

infância.

A infância é compreendida como o período de crescimento que vai do

nascimento até o ingresso na puberdade, por volta dos doze anos de idade.

Segundo a Convenção sobre os Direitos da Criança, aprovada pela

Assembleia Geral das Nações Unidas, em novembro de 1989, "criança é toda a

pessoa menor de dezoito anos de idade". Já para o Estatuto da Criança e do

Adolescente (1990), criança é considerada a pessoa até os doze anos incompletos,

enquanto entre os doze e dezoito anos, idade da maioridade civil, encontra-se a

adolescência.

Em relação à adolescência, para a maior parte dos estudiosos do

desenvolvimento humano, ser adolescente é viver um período de mudanças físicas,

28

cognitivas.

Adolescência, período da vida humana entre a puberdade e a adultície, vem

do latim adolescentia, adolescer. É comumente associada à puberdade, palavra

derivada do latim pubertas-atis, referindo-se ao conjunto de transformações

fisiológicas ligadas à maturação sexual, que traduzem a passagem progressiva da

infância à adolescência. Esta perspectiva prioriza o aspecto fisiológico, quando

consideramos que ele não é suficiente para se pensar o que seja a adolescência.

Adolescência, portanto, deve ser pensada para além da idade cronológica, da

puberdade e transformações físicas que ela acarreta, dos ritos de passagem, ou de

elementos determinados aprioristicamente ou de modo natural. A adolescência deve

ser pensada como uma categoria que se constrói, se exercita e se re-constrói dentro

de uma história e tempo específicos.

5.8 CONCEPÇÃO DE ESCOLA

A educação escolar deve constituir-se em uma ajuda intencional, sistemática,

planejada e continuada para crianças, adolescentes e jovens, durante um período

contínuo e extensivo de tempo, diferindo de processos educativos que ocorrem em

outras instâncias, como na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nos demais

espaços de construção de conhecimento e valores para a abordagem simplista de

encarar a educação escolar como fator preponderante para as transformações

sociais, mesmo reconhecendo-se sua importância na construção da democracia.

A escola deve ser um ambiente de troca de conhecimento, sendo que o

envolvimento dos professores, alunos, pais e a comunidade como um todo é de

suma importância, para a construção de um espaço agradável e participativo com o

envolvimento de toda a sociedade. Reconhecer a diversidade e buscar formas de

acolhimento requer por parte da equipe escolar disponibilidade, informações,

discussões, reflexões e muitas vezes ajudas externas, ou seja, um envolvimento

maior da família no contexto.

O principal objetivo da escola hoje é valorizar os conhecimentos e formas de

expressões dos alunos, como pilares para o processo de socialização. A valorização

29

do conhecimento do aluno, considerando suas dúvidas e inquietações que levarão a

situações de aprendizagem que façam sentido para ele. O convívio social, no âmbito

escolar favorece a construção de uma identidade pessoal.

Logicamente a escola por si, só não alcançará todos os seus objetivos,

somente a interação entre equipe escolar, alunos, pais e outros agentes educativos

possibilitam a construção de projetos que visam a melhor e mais completa formação

do aluno. A interação contínua e flexível entre a escola e a comunidade, favorecem

a compreensão dos fatores políticos, sociais, culturais e psicológicos que se

expressam no ambiente escolar. A interação entre os diversos espaços

educacionais existentes na comunidade, também contribui para o conhecimento e

para a aprendizagem do convívio social.

5.9 CONCEPÇÃO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM

Por muito tempo a pedagogia valorizou o que deveria ser ensinado, supondo

que como decorrência estaria valorizando o conhecimento. O ensino, então, ganhou

autonomia em relação à aprendizagem, criou seus próprios métodos e o processo

de aprendizagem ficou relegado à segundo plano.

A construção do conhecimento que os alunos realizam na escola será

significativa na medida em que eles consigam estabelecer relações entre os

conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos, que atendam às

expectativas, intenções e propósitos de aprendizagem do aluno.

O conhecimento não é algo situado fora do indivíduo, a ser adquirido por meio

da cópia real, tampouco algo que o indivíduo constrói independentemente da

realidade exterior, dos demais indivíduos e de suas capacidades pessoais. É uma

construção histórica e social, na qual interferem fatores de ordem antropológica,

cultural e psicológica, entre outros.

A atividade de interação permite interpretar a realidade e construir

significados, permite também construir novas possibilidades de ação e de

conhecimento, que funcionam como verdadeiras explicações e que se orientam por

uma lógica interna que faz sentido para o sujeito.

30

A construção do conhecimento sobre os conteúdos escolares, sofre influência

das ações propostas pelo professor, pelos colegas e também dos meios de

comunicação dos pais, irmãos, dos amigos, das atividades de lazer, do tempo livre

deles. Dessa forma a escola precisa estar atenta às diversas influências para que

possa propor atividade que favoreçam a aprendizagens significativas.

Outro aspecto de influência educativa, é a organização e o funcionamento da

instituição escolar, a participação da comunidade na elaboração e implementação do

projeto educativo e os valores implícitos e explícitos que permeiam as relações entre

os membros da escola. Embora ainda se desconheça como esses aspectos

influenciam a aprendizagem escolar, ressalta-se que em escolas onde os

consideram relevantes, os alunos têm um aproveitamento melhor.

As reflexões sobre a educação em sala de aula, os debates e as teorias

ajudam a conhecer os fatores que interferem na aprendizagem do aluno. Ao serem

considerados, provocam mudanças significativas no diálogo entre o ensino e

aprendizagem e repercutem de maneira positiva no ambiente escolar, na

comunidade, na família, pois os envolvidos passam a atribuir sentido ao que fazem e

ao que aprendem.

Compreende-se portanto, que as atividades, independentemente de serem

citadas e enumeradas, devem ser apresentadas de maneira estimulante e co-

significante com a realidade pertinente para que realmente sejam internalizadas,

refletidas e re-construídas.

5.10 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Letramento é o resultado da ação de ensinar a ler e escrever. É o estado ou a

condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter-se

apropriado da escrita.

Surge um novo sentido para o adjetivo letrado, que significava apenas “que,

ou o que é versado em letras ou literatura; literato”, e que agora passa a caracterizar

o indivíduo que domina a leitura, ou seja, que não só sabe ler e escrever (atributo

daquele que é alfabetizado), mas também faz uso competente e frequente da leitura

e da escrita. Fala-se no letramento como ampliação do sentido de alfabetização.

31

A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como

código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida

como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e em suas variações.

Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas habilidades

mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas na capacidade de

interpretar, compreender, criticar, ressignificar e produzir conhecimento. Todas

essas capacidades citadas anteriormente só serão concretizadas se os alunos

tiverem acesso a todos os tipos de textos. O aluno precisa encontrar os usos sociais

da leitura e da escrita. A alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas

formas de compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral. A alfabetização

de um indivíduo promove sua socialização, já que possibilita o estabelecimento de

novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, acesso a bens culturais e a

facilidades oferecidas pelas instituições sociais. A alfabetização é um fator propulsor

do exercício consciente da cidadania e do desenvolvimento da sociedade como um

todo.

O nível de letramento é determinado pela variedade de gêneros de textos

escritos que a criança ou adulto reconhece. Segundo essa corrente, a criança que

vive em um ambiente em que se leem livros, jornais, revistas, bulas de remédios,

receitas culinárias e outros tipos de literatura (ou em que se conversa sobre o que se

leu, em que uns leem para os outros em voz alta, leem para a criança enriquecendo

com gestos e ilustrações), o nível de letramento será superior ao de uma criança

cujos pais não são alfabetizados, nem outras pessoas de seu convívio cotidiano lhe

favoreçam este contato com o mundo letrado.

Estudiosos afirmam que são muitos os fatores que interferem na

aprendizagem da língua escrita, porém estudos recentes incluem entre estes fatores

o nível de letramento. Paulo Freire afirma que "na verdade, o domínio sobre os

signos linguísticos escritos, mesmo pela criança que se alfabetiza, pressupõe uma

experiência social que o precede – a da 'leitura' do mundo, que aqui chamamos de

letramento.

E atualmente, o ensino passa por um momento complicado, pois a criança ou

o adulto, em sua maioria, é alfabetizado, mas não é letrado. Ela(e) lê o que está

32

escrito, mas não consegue compreender, interpretar o que leu e isso faz deste

indivíduo, alguém com muitas limitações, pois se ele não interpreta ou compreende

corretamente, ele terá problemas em todas as disciplinas que fazem parte do seu

currículo escolar. De acordo com Freire (1989, p. 58-9), “(...) o ato de estudar,

enquanto ato curioso do sujeito diante do mundo é expressão da forma de estar

sendo dos seres humanos, como seres sociais, históricos, seres fazedores,

transformadores, que não apenas sabem mas sabem que sabem.”

Sendo assim, o professor tem um primordial papel no sentido de transformar

esta pessoa alfabetizada, em uma pessoa letrada e isso se dá através de incentivos

variados, no que diz respeito à leitura de diversas tipologias textuais e também

utilizando-se de exercícios de interpretação e compreensão de diferentes tipos de

textos, em que vários tipos de ferramentas podem ser utilizados. Podem ser usados

materiais mais convencionais como livros, revistas, jornais, entre outros e materiais

mais modernos como internet, blogs, e-mails, etc.

Portanto, mais importante que decodificar símbolos (letras e palavras), é

preciso compreender a funcionalidade da língua escrita, pois é assim que o cidadão

torna-se mais atuante, participativo e autônomo, de forma significativa na sociedade

na qual este está inserido.

33

5.11 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO

Para Vygotsky o símbolo ocupa no plano cultural o mesmo papel que os

instrumentos materiais ocupam no processo de construção das sociedades, pois são

elementos de intermediação. O símbolo é o instrumento da cultura que possibilita,

através da linguagem, o processo de constituição dos sujeitos.

Por cognitivismo se entende o estudo dos processos mentais dos sujeitos a partir

dos circuitos simbólicos sociais.

A passagem de Piaget para autores como Vygotsky e Wallon vieram

introduzir na Pedagogia e Psicologia atuais uma outra idéia de desenvolvimento: um

desenvolvimento dialético. Pode-se mesmo dizer que um dos problemas atuais que

os professores enfrentam diz respeito ao uso do modelo evolucionista que foi feito

na pedagogia. Ele levou ao estabelecimento de formas estruturadas de encaixe dos

alunos em duas grandes categorias: os alunos normais e os alunos diferentes ou

deficientes.

O conceito de estrutura em Lacan introduzirá um outro diferencial sendo que

este não concebe nem uma leitura reduzida a um conteúdo empírico, nem a um

processo meramente compreensível do ponto de vista simbólico. O conceito de

estrutura em Lacan apresenta outros articuladores, vincula a estrutura ao registro do

real, que não se confunde com a realidade concreta das coisas e dos sujeitos. Para

Lacan, o registro do real é aquilo que o sujeito não consegue apreender através da

linguagem e da fala em um determinado momento.

O registro do real é tecido através do discurso sem palavras. “Algo” que não

pode ser captado através das imagens e dos símbolos. “Algo” que não se confunde

com o real simbolizado ou imaginado que a linguagem e a fala apresentam. Neste

sentido, diremos que com Lacan há um processo constante de captação da

Educação através de imagens e símbolos. No entanto, o registro do real escapa a

este processo. É nele que está o impossível de educar que Freud apontava. Um

impossível de educar que pressupõe uma passagem para a ficção da linguagem

para apreender a verdade do sujeito, a verdade do aluno, a verdade da escola.

Portanto, sob a concepção desses autores, estruturaremos um currículo

34

flexível, mutável e adaptável para podermos auxiliar e intermediar a construção do

conhecimento dos educandos através da oferta de conteúdos organizados de forma

sequêncial que facilitem e possibilitem tanto o discente como o docente dar

continuidade significativa e significante à elaboração sistematizada dos

conhecimentos.

5.12 CONCEPÇÃO DE METODOLOGIA

Para efetivarmos e efetuarmos uma proposta curricular apresentada sob esse

enfoque faz-se imprescindível, termos realmente vontade de mudar as estruturas

arcaicas do processo de aquisição do conhecimento científico sistematizado e

realizarmos na prática um trabalho coerente, participativo que resultará em bem

estar e prazer ao aprendiz e ao ensinante.

Considerando estas premissas, este descritivo visa compreender melhor as

concepções de metodologia e currículo bem como a necessidade de diversificação

das escolhas dos recursos psico-pedagógicos, para que estes possam proporcionar

aos educandos e educadores perspectivas mais enriquecedoras, criativas e úteis

sobre a aprendizagem através da leitura de mundo de todos os sujeitos envolvidos

com este processo educativo.

A metodologia é de fundamental importância para assegurar a conquista dos

objetivos. Ao desejar um aluno crítico, o desenvolvimento dessa atitude deve iniciar

com a crítica de seus próprios textos/contextos/vivencias. É consensual a idéia de

que não existe um caminho que possa ser identificada como único e melhor para o

ensino de qualquer disciplina. No entanto conhecer diversas possibilidades de

trabalho em sala de aula é fundamental para que o professor construa a sua prática.

É necessário desenvolver habilidades que permitam colocar à prova os resultados,

testar seus efeitos, comparar diferentes caminhos, para obter a solução. Nessa

forma de trabalho, o valor da resposta correta cede lugar ao valor do processo de

resolução. O fato de o aluno ser estimulado a questionar sua própria resposta, a

questionar problema, a transformar um dado problema numa fonte de novos

problemas, evidencia uma concepção de ensino e aprendizagem não pela mera

35

reprodução de conhecimentos, mas pela via da ação refletida que constrói

conhecimentos.

A organização de conteúdo pressupõe, portanto, que se analise a variedade

de conexões que podem ser estabelecido entre os diferentes blocos, ou seja, ao

planejar suas atividades, o professor procurará articular múltiplos aspectos dos

diferentes blocos, visando possibilitar a compreensão mais fundamental que o aluno

possa atingir a respeito dos princípios/métodos básicos do corpo de conhecimentos.

5.13 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

Dar valor a algo pode significar emitir um parecer ou uma opinião, porém

também sentenciar ou condenar. Geralmente uma prova representa o olhar do

educador sobre o conteúdo estudado e não contempla os múltiplos caminhos que

um educando pode percorrer para realizar suas aprendizagens. Essa circunstância

nos remete à importância de valorizarmos todas as aulas em todos os seus

momentos e para tanto, faz-se necessário que o professor registre adequadamente

as atividades propostas bem como o valor atribuído às mesmas.

Por tudo isto, o registro se constitui em um instrumento de comunicação entre

educando e educador, pois, a partir da análise conjunta do documento é possível

percorrer as histórias das aprendizagens num fundamental equilíbrio nas relações

de poder entre os indivíduos desse processo. Tanto educador quanto educando

terão como bases argumentativas a resultante construída processualmente. Ambas

as partes terão de dar conta do que fizeram, trocar sugestões para próximas

atividades, enfim aprender a lidar com as diferenças.

Sob essa visão, a avaliação processual é concebida como um instrumento

para ajudar o professor a aprender e faz parte integrante do trabalho realizado em

sala de aula. A partir dela o professor pode rever os procedimentos que vêm

utilizando e re-planejar o trabalho. Já para o aluno, ela permite perceber os avanços

e dificuldades, atingindo assim uma função permanente de diagnóstico e

acompanhamento do processo ensino-aprendizagem.

Nessa concepção de avaliação o educador assume o papel de um

36

pesquisador que investiga quais problemas os educandos enfrentam e o porquê,

estudando cuidadosamente as produções realizadas, conversando com os

educandos sobre elas. Quando o educador parte desse pressuposto teórico pode

utilizar as informações conseguidas para planejar suas intervenções, propondo

procedimentos que levem os educandos a atingirem novos patamares de

conhecimentos. Essas intervenções podem exigir formas diversificadas de

atendimento e alterações de várias naturezas na rotina diária da sala de aula, no uso

do tempo e do espaço, na organização dos grupos de trabalho, tornando-se assim, a

avaliação, uma prática emancipadora.

A avaliação, dessa forma, ocorrerá intimamente ligada às atividades do dia-a-

dia da sala de aula, possibilitando a reflexão contínua sobre o processo de

aprendizagem. É necessário que existam momentos específicos, para fazer um

balanço geral do trabalho, uma síntese do desempenho dos educandos, da classe e

do educador ao longo do período.

Essas “paradas” permitirão uma visão de conjunto do que cada um, classe e

educador, conseguiram desenvolver. Deverão ser momentos de profunda reflexão

sobre a relação-produto. Para a elaboração dessa síntese devem ser utilizados os

registros, as produções individuais dos educandos e da classe, as anotações do

educador e principalmente os exercícios/cadernos feitos pelos educandos.

Nesta abordagem, portanto, a avaliação é concebida e usada a favor da

aprendizagem do aluno, como instrumento auxiliar do trabalho do educador,

processando-se continuamente com a função de diagnóstico e acompanhamento.A

avaliação deve ser um instrumento que conduza a um melhor conhecimento e

compreensão do educando, a fim de melhor conduzi-lo a realizar-se em função da

sua realidade bio-psico-social. Deve ser um instrumento de aproximação do

educador com educando, em sentido de amizade, compreensão, ajuda e orientação.

Para tanto é necessário e imprescindível que o educador realiza ao início de

seus trabalhos pedagógicos uma avaliação diagnóstica dos conhecimentos que o

educando traz de seu contexto sócio-familiar e posteriormente deverá promover uma

avaliação construtiva, reparadora, processual.

37

5.13.1 Quanto aos Valores Avaliativos

A avaliação terá seu processo sistemático contínuo, integral e acumulativo

onde iria determinar o grau das atividades desenvolvidas, por meio dos quais se

determinaram as mudanças que ocorrem no acompanhamento do aluno como

também evidencia o desempenho do professor.

A avaliação será entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o

professor irá estudar e interpretar os dados da aprendizagem e de seu próprio

trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos alunos bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes

valor numérico, visto que este é exigido por lei. A avaliação utilizará técnicas e

instrumentos diversificados como: testes ou provas de aperfeiçoamento, orais ou

escritos, tarefas específicas, elaboração de relatório, exposição oral, trabalhos

criativos, observações espontâneas ou dirigidas, experimentações práticas,

interpretação, criação de textos, pesquisas, etc.

As avaliações escritas deverão ser realizadas em duas etapas

bimestralmente, sendo que cada uma terá peso de 3.5 pontos cada uma, totalizando

7.0 pontos e com peso de 3.0 pontos as atividades realizadas cotidianamente em

cadernos de registro e/ou pastas, totalizando assim 10.0 pontos.

5.13.2 Quanto à Recuperação

As atividades de recuperação de conteúdos deverão passar por novas

explicações com alternância de metodologia e aplicabilidade para que possibilite ao

educando uma aprendizagem mais eficaz para então o mesmo ser avaliado

novamente, sendo que a avaliação de recuperação só substituirá a nota anterior se

maior que esta. Uma avaliação de recuperação não poderá ser somatória a

prova/nota anterior.

As recuperações de conteúdos deverão ser imediatamente realizadas após o

resultado obtido nas avaliações bimestrais e/ou imediatamente a conclusão de que

os conteúdos não foram assimilados.

5.13.3 Quanto à Promoção

38

O aluno será promovido quando apresentar: freqüência igual ou superior a

75% (setenta e cinco por cento) de total carga horária do período letivo e média

anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) resultado médio aritmético dos

bimestres nas respectivas disciplinas como:

MA 1°. B + 2°.B + 3°. B + 4°.B = 6,0

4

O estabelecimento, através de boletins, comunicará os pais ou responsáveis

do rendimento e da vida escolar do aluno através de reuniões bimestrais e/ou

chamamento dos mesmos individualmente ou por turmas. Os pais serão convocados

para reuniões escolares através de bilhetes e visitas domiciliares quando

necessárias.

5.13.4 Quanto à Adaptação

A adaptação de alunos advindos da 4ª série, 5º ano ou de outros

estabelecimentos ou regiões será analisada de acordo com o procedimento do

estabelecimento anterior e dos procedimentos deste estabelecimento visando

melhor atender o educando procurando adaptá-lo ao ambiente escolar, dependendo

das suas necessidades individuais, trabalhando quais os direiros e deveres do aluno

para que este fique ciente das normas da escola e, principalmente, fazendo uma boa

acolhida para que se sinta bem e possa aproveitar dignamente a aprendizagem

ofertada.

5.13.5 Quanto ao Atendimento Pedagógico Especial

Quanto ao educando afastado das atividades escolares por motivos de saúde

e/ou circunstância amparada pelo ECA, a ética profissional nos amparará na decisão

de elaborarmos atividades extra-curriculares e visitas domiciliares que permitam ao

educando o desenvolvimento intelectual e cognitivo.

5.14 QUANTO À MATRÍCULA

39

Quanto à matrícula dos alunos sempre será de acordo com a Deliberação

005/98 da CEE, pois é o ato formal que vincula o educando a um estabelecimento

de ensino autorizado, conferindo-lhe a condição do aluno. Ao matricular-se o

estabelecimento dará a ciência ao aluno, pai ou responsável do Regimento Escolar

onde consistem as normas do mesmo. Aos alunos iniciantes, os mesmos deverão

ter 11 (onze) anos de idade ou, facultativamente, 10 (dez) anos completos.

Aos alunos portadores de necessidades especiais, são matriculados na rede

regular de ensino, respeitando o seu direito a atendimento adequado, também em

instituições especializadas.

Para alunos que vão confirmar sua permanência no estabelecimento de

ensino entende-se por matrícula renovada, na condição de promovido ou não, ou

quando retorna ao estabelecimento para prosseguir os estudos, sempre obedecendo

às normas regimentais da escola.

Fica assegurada ao aluno não vinculado ao estabelecimento de ensino a

possibilidade de ingressar na escola a qualquer tempo, desde que se submeta a

processo de classificação, sendo que o controle de freqüência se fará a partir da

data efetiva da matrícula.

Quando tratar-se de matrícula por transferência entende-se que é para

prosseguimento dos estudos sempre acompanhado com seus documentos para

comprovar a série anterior, cabe ao professor tomar medidas adequadas ao aluno

transferido como: rever os conteúdos quanto ao aluno, verificar as notas e a

freqüência, conhecer a família, apresentar aos colegas e conhecer o ambiente

escolar.

O estabelecimento não poderá recusar-se a conceder transferência aos

alunos bem como o seu histórico escolar com os dados completos com o prazo de

trinta dias a partir da data do requerimento, em casos de impossibilidade de

cumprimento do prazo, o estabelecimento deverá fornecer declaração com os dados

do aluno, série e ano, isto é, em qualquer época do ano.

Para matrícula extraordinária o estabelecimento atenderá ao disposto no

Título II, da Deliberação 023/86 da CEE, bem como o artigo 5°, a mesma tem por

finalidade integrar no sistema alunos com idade e que deveriam estar cursando, será

40

efetiva a matrícula extraordinária conforme a Deliberação 040/88 da CEE.

O aluno deverá cumprir 75% da carga horária de 800 horas anuais. A mesma

será inicial, renovada, para prosseguimentos de estudos, por transferência, por

ciclo/série, anual e sem dependência. Quanto às descrições de como e quando vai

ocorrer, da Classificação e Reclassificação e Equivalência de Estudos. Feitos no

Exterior, da Regularização da Vida Escolar do Estabelecimento para realizar e

acompanhar os alunos.

5.15 CALENDÁRIO ESCOLAR

O calendário escolar atendendo ao disposto na Legislação vigente, bem como

as normas baixadas em instruções específicas da Secretaria do Estado da

Educação. Caberá ao estabelecimento de ensino em conjunto com órgão municipal

da educação, elaborar e propor à apreciação e homologação do núcleo regional de

educação, de seu calendário escolar, fixando:

• dias letivos por mês e ano total 200 (duzentos);

• período de férias para professores, alunos e funcionários;

• recessos;

• dias destinados a reuniões pedagógicas, atividades extra-classe, APMF;

• dias de comemoração estabelecidos por Lei ou próprios do município ou da

escola;

• início e término do período letivo;

• feriados.

5.16 DISTRIBUIÇÃO DE AULAS POR TURMA

6º ano: 02 aulas de Arte, 03 aulas de Ciências, 03 aulas de Educação Física, 01

aula de Ensino Religioso, 03 aulas de Geografia, 03 aulas de História, 04 aulas de

Lingua Portuguesa, 04 aulas de Matemática e 02 aulas de Língua Estrangeira

Moderna – Inglês.

7º ano: 02 aulas de Arte, 03 aulas de Ciências, 03 aulas de Educação Física, 01

41

aula de Ensino Religioso, 03 aulas de Geografia, 03 aulas de História, 04 aulas de

Lingua Portuguesa, 04 aulas de Matemática e 02 aulas de Língua Estrangeira

Moderna – Inglês.

8º ano: 02 aulas de Arte, 03 aulas de Ciências, 03 aulas de Educação Física, 03

aulas de Geografia, 04 aulas de História, 04 aulas de Lingua Portuguesa, 04 aulas

de Matemática e 02 aulas de Língua Estrangeira Moderna – Inglês.

9º ano: 02 aulas de Arte, 04 aulas de Ciências, 03 aulas de Educação Física, 03

aulas de Geografia, 03 aulas de História, 04 aulas de Lingua Portuguesa, 04 aulas

de Matemática e 02 aulas de Língua Estrangeira Moderna – Inglês.

5.17 HORA ESTUDO / ATIVIDADE / PLANEJAMENTO

O Plano de Trabalho docente, feito diariamente em conformidade com o

Projeto Político-Pedagógico, é apenas um roteiro, um instrumento, não é uma

metodologia, mas sim uma forma de prever algumas posturas básicas, pois todo

tema comporta uma conversa, uma verificação do que a criança já traz como

conteúdo. No planejamento, é transformada idéias e promessas em planos de ação

pensados conforme as possibilidades e realidade existente.

A hora-atividade ocorre durante o horário escolar e o professor deverá

utilizá-la para organização e preparação de aula, correção de avaliações, pesquisas,

bem como atendimento a alunos e leitura de textos apoio sobre temas educacionais.

5.18 CARGA HORÁRIA DE CADA DISCIPLINA

ARTE: 08 horas-aula semanais;

CIÊNCIAS: 13 horas-aula semanais;

EDUCAÇÃO FÍSICA: 12 horas-aula semanais;

ENSINO RELIGIOSO: 02 horas-aula semanais;

GEOGRAFIA: 12 horas-aula semanais;

HISTÓRIA: 13 horas-aula semanais;

LÍNGUA PORTUGUESA: 16 horas-aula semanais;

MATEMÁTICA: 16 horas-aula semanais;

42

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: 08 horas-aula semanais;

VI. MARCO OPERACIONAL

Considerando as premissas descritas e abordadas nesta proposta pedagógica

compreendemos a importância deste marco para a pretensa operacionalização

deste estabelecimento e, portanto, pontuamos nossas pretensões para efetivarmos

a prática, a práxis e a administração pedagógica.

6.1 RECURSOS HUMANOS

Esse estabelecimento proporciona o curso do Ensino Fundamental – séreis

finais e Ensino Médio e deverá executar suas atividades pedagógicas durante o

período matutino, sendo que o sistema organizacional deste obedecerá a

distribuição dos alunos em sete turmas que assim discriminam-se duas turmas de

6º ano, uma turma de 7º ano, duas turmas de 8º ano e uma turma de 9º ano, cuja

carga horária será distribuída por disciplinas de acordo com as diretrizes

curriculares.

6.1.1 Corpo Docente

Os professores envolvidos com o processo educativo deste estabelecimento

deverão estar condizentes com o número de aulas e disciplinas a serem ministradas.

As horas-aula serão contadas com a soma das horas-atividade de cada disciplina.

Dessa forma, os professores, cada um com sua personalidade e suas

ideologias, deverão ter consciência de que seus alunos deverão buscar respostas

para suas perguntas bem como oferecer a possibilidade de pensar, criar, questionar,

dialogar e buscar inter-relações. O professor deverá possibilitar a aquisição do

conhecimento como um desafio permanente na vida do educando.

6.1.2 Equipe Pedagógica

A Equipe Pedagógica é formada por três Professoras Pedagogas e um

43

Diretor Escolar, sendo que cada Professora Pedagoga cumpre 20 horas/aula

semanais e o Diretor cumpre 20 horas semanais.

6.1.2.1 Direção

Como elemento integrante e integrador de seu grupo de trabalho, o diretor

procurará manter uma rede de relações interpessoais e o estabelecimento de

objetivos comuns dentro de comunicação satisfatória de significados e conceitos.

Caberá ao diretor ser mediador no caminho pelo qual é selecionado o

conjunto de possibilidades de transações de aprendizagens, incluindo o ambiente

total, as relações, o conteúdo cultural que deve ser político e problematizador e

organizado em forma de atividades interdisciplinares, centradas na pessoa e nas

suas necessidades emergentes na busca de libertação. Portanto, resumidamente, é

de sua competência:

• Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas, as

normas e orientações gerais emanadas da Secretaria de Estado da Educação, as

propostas de modificações e submeter à apreciação e aprovação da APMF;

• Representar o estabelecimento responsabilizando-se por sua organização e

funcionamento e manter o fluxo de informações entre o estabelecimento de ensino e

os órgãos da administração municipal e estadual de ensino;

• Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, mantendo comunicação com a

APMF, professores, funcionários e órgãos da administração através de reuniões, de

encontros, de grupos de estudo e outros eventos;

• Promover a integração do estabelecimento-família-comunidade, com vista à

prestação de assistência aos alunos em todas as modalidades;

• Assinar toda a documentação do estabelecimento e aquela relativa à vida escolar

dos alunos e tomar providências cabíveis, nos casos de aplicação das sansões

disciplinares definidas em lei, a professores e servidores que incorrem faltas;

• Programar a distribuição e o adequado aproveitamento dos recursos humanos e

materiais do estabelecimento;

• Colaborar na obtenção de clima favorável ao entrosamento dos alunos,

44

professores e demais pessoas do estabelecimento, com vista ao ajustamento e

integração de todos.

Na escola atual, o Diretor deve ser um verdadeiro profissional da Educação.

sua ação deverá partir de uma visão crítica, clara da proposta pedagógica da escola,

posicionando-se com coragem, coerência e responsabilidade diante dos imperativos

que se apresentam para encontrar soluções cabíveis. “O diretor não é mais aquele

sujeito que possui um super poder de assessorar, acompanhar, controlar e avaliar o

trabalho que os professores realizam nas escolar, mas aquele que constrói com os

professores seu trabalho diário”.(MEDINA in SILVA, 1997, p.21)

6.1.2.2 Professor Pedagogo

Como elemento integrante e integrador de seu grupo de trabalho, o Professor

Pedagogo procurará manter uma rede de relações interpessoais e o

estabelecimento de objetivos comuns dentro de comunicação satisfatória de

significados e conceitos.

Para tanto, é necessário que se crie um espaço de maior liberdade e, então,

possamos construir o saber de forma coletiva, útil e consistente. Pois, “a prática do

orientador, deverá valorizar a criatividade, respeitar o simbólico, permitir o sonho,

recuperar a poesia. O conhecimento não exclui o sentimento, o desejo e a paixão.

Precisamos encontrar em cada um de nós esse espaço e, simplesmente, deixá-lo

existir”.(GRIMSPUN, 1994; p. 30).

Visando otimizar e atingir o patamar dessas premissas, acima citadas, o

Plano de Ação da Professora Pedagoga, está imbuído de atividades, atos e ações

voltadas para a promoção da inter-relação dos sujeitos ativos e passivos do

processo ensino-aprendizagem.

Convém salientar que compreende-se toda a complexidade que permeia

todas as ações e metas a serem atingidas durante este ano letivo, e, portanto,

acrescentamos que compreendemos que o Professor Pedagogo é um elemento

educacional transformador que visa alterar o meio e subsidiar o indivíduo com

equilíbrio para que este possa dar continuidade às transformações necessárias para

seu bem viver.

45

Acreditamos que este profissional está elencado aos fatos reais da educação,

e, por conseguinte, reflete muito mais que conceitos e dogmas, reflete posturas,

ideais, sonhos, vida. De acordo com esse demonstrativo os objetivos e as atividades

que se propõem para a efetivação do encargo das funções de professor pedagogo

são, entre outras:

• Promover a integração e interação de todos os sujeitos envolvidos com o

processo de ensino e aprendizagem através de encontros, reuniões e atividades

lúdicas de aproximação humana;

• Recepcionar os professores, os funcionários e os alunos sempre com boas

mensagens que estimulem tanto a aprendizagem quanto a convivência social

destes;

• Aproximar os pais e a comunidade da esfera escolar através de reuniões

formativas e informativas que sejam do interesse da mesma;

• Promover a integração e participação de todos os indivíduos na elaboração do

Projeto Político-Pedagógico;

• Promover a participação destes sujeitos envolvidos na leitura, discussão e debate

do Estatuto do Conselho Escolar e do Regimento Escolar;

• Participar diretamente da elaboração e execução dos Projetos de Ação

Pedagógica para que possa inteirar-se do sucedido em sala de aula;

• Elaborar atividades/projetos que promovam a cidadania, o patriotismo e o resgate

de valores existenciais;

• Organizar as Reuniões de Pais e Mestres de maneira que seja atrativa, produtiva

e estimulante;

• Organizar as reuniões de Conselho de Classe de maneira a otimizar as reflexões

necessárias ao crescimento do professor e, conseqüentemente, do aluno;

• Detectar os casos de evasão escolar e buscar soluções para sanar esse déficit;

• Auxiliar os professores na elaboração do planejamento escolar, entre outros.

Neste quadro visualizamos a abrangência do trabalho a ser realizado:

PROPOSTA PEDAGÓGICA

46

Projeto

Político-Pedagógico

Estatuto do Conselho

Escolar

Regimento

Escolar

Projetos de Ação PedagógicaALUNOS

6.1.3 Agente Educacional II

A Equipe Administrativa conta com dois Agentes Educacionais II, sendo um

Secretário que cumpre 40 horas semanais e um Auxiliar Administrativo cumprindo,

neste estabelecimento, 40 horas semanais.

A Equipe Administrativa é setor que serve de suporte ao funcionamento de

todos os setores do estabelecimento do ensino, proporcionando condições para que

os mesmos cumpram suas reais funções.

O Agente Educacional II é o que tem a seu encargo todos os serviços de

estruturação escolar e correspondência do estabelecimento. Os serviços da

secretaria são coordenados e supervisionados pela Direção, ficando a ela

subordinados. Caberá aos Agentes Educacionais II:

• Redigir a correspondência que lhe for confiada e organizar e manter em dia a

coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de serviço, circulares, resoluções

e demais documentos;

• Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,

transferência, adaptação e conclusão do curso;

• Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à

secretaria e comunicar à Direção toda irregularidade que venha ocorrer na

secretaria.

• A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma que o

expediente da secretaria conte sempre com a presença de um responsável,

independente da duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamento do

47

estabelecimento.

6.1.4 Agente Educacional I

A equipe dos serviços gerais é composta por cinco funcionárias sendo que

três cumprem, neste estabelecimento, 40 horas semanais e duas cumprem, cada

uma, neste estabelecimento, 20 horas semanais.

Os Agentes Educacionais I têm a seu encargo o serviço de manutenção,

preservação, segurança e merenda escolar do estabelecimento de ensino, sendo

coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.

É de responsabilidade do Agente Educacional I efetuar a limpeza e manter

em ordem a escola, providenciando, junto à administração o material e produtos

necessários, bem como manter os arredores escolares, pátio e quadra de esportes,

em devida ordem e limpeza.

Cabe ao Agente Educacional I com a função de merendeira preparar e servir

a merenda escolar, informar ao diretor da necessidade de reposição de estoque e,

conservar o local de preparação da merenda escolar em boas condições de

trabalho, procedendo à limpeza e arrumação.

Pretende-se, ainda, pleitear um funcionário, capacitado, para atender a biblioteca escolar e promover os conhecimentos através da pesquisa e leitura.

6.2 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS

FUNÇÃO NOME FORMAÇÃO

Diretora Rosane Fátima Preussler Czui Licenciatura em Matemática

Professora

Pedagoga

Bernadete Doroch Cheuczuk

Pedagogia Maria Madalena Preslak Mehl

Rose Maria Koupak

Professor de

História

Anatólio Ratuchnei Licenciatura em História

Professora de

Adriana K. Schafranski Licenciatura em Letras/Literatura

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Língua Portuguesa Gislainne E. D. Menon Licenciatura em Letras/Inglês

Professora de

Educação Física

Eliane C. Campolim Licenciatura em

Educação Física

Professora de

Língua Estrangeira Moderna - Inglês

Gislainne E.D. Menon

Licenciatura em Letras/Inglês Maria de Lurdes Cassiano

Professora de

Ciências

Ani Paula Prestes

Licenciatura em CiênciasPriscila dos Santos F. Amarante

Professor de Matemática

Adriano Alves da Cruz Licenciatura em Matemática Mariza Roth

Professor de

Geografia

Antonio Reginaldo Neves Licenciatura em Geografia

Professor de

Arte

Cássio Samoel de França Acadêmicos do

Curso de ArtePetrena Zahaidak

Professor de

Ensino Religioso

Antonio Reginaldo Neves Licenciatura Geografia

Adriano Alves da Cruz Licenciatura em Matemática

Agente Educacional II

Bruno Eder V. Canesso Ciências Econômicas

Ana Claudia Mikos Licenciatura em Educação Física

Agente Educacional I

Bernadete de F. França Ensino Médio

Jocelma Ap. Lopes Ensino Médio

Marilene Americano Ensino Médio

Marli Salomão dos Santos Ensino Médio

Leoni Barhi Ensino Médio

49

6.3 RECURSOS MATERIAIS

A escola situa-se na zona rural, na localidade de Rio D’Areia, distante 20 Km

da sede do município de Prudentópolis na BR 277, Km 306. É um prédio de

alvenaria, construído em 1987. Possui uma área de 6.050 m2, toda cercada com

tela, inicialmente adquirida pela comunidade e, posteriormente, feita a doação pela

Prefeitura Municipal na data de 20 de dezembro de 1984.

Em 1987 iniciou o ensino de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental,

pertencente à Rede Municipal de Ensino, denominando-se Escola Rural Municipal

de Rio D’Areia - Rosa Ogg, que atualmente funciona no período vespertino.

No período matutino funciona o Ensino Fundamental – séries finais, que teve

sua implantação autorizada pela Resolução 4.309 de 23 de novembro de 1987 e a

partir de 1988 iniciou suas atividades com o nome de Escola Estadual Capitão

Domingos Vieira Lopes - Ensino de 1° Grau, sendo reconhecida em 27 de abril de

1992 pela Resolução 1.034, pertencente à Rede Estadual de Ensino.

Este estabelecimento possui 338 metros quadrados, tendo neste espaço sete

salas de aula, uma sala de laboratório e biblioteca, uma secretaria e sala da direção,

uma sala dos professores, uma cozinha, um depósito de merenda escolar, um

banheiro para uso dos funcionários, um banheiro coletivo feminino com 4 sanitários

e dois lavatórios, um banheiro coletivo masculino com 3 sanitários e dois lavatórios.

Possui ainda uma quadra poliesportiva coberta, uma quadra de areia aberta, uma

horta, uma lavanderia, um depósito de lixo e um estacionamento para o transporte

escolar.

Atualmente a escola passa por algumas dificuldades, por não possuir uma

sala exclusiva para a biblioteca com acervo bibliográfico suficiente para as

pesquisas escolares, sala para os professores, área coberta para os alunos e sala

exclusiva para reuniões e refeitório.

Em virtude desta realidade pretende-se construir novas salas, as quais serão

destinadas à salas de aula, para readequação da demais salas já existentes. Essa

proposta visa realizar-se através de parcerias entre APMF, Secretaria Municipal de

Educação e Secretaria Estadual de Educação.

50

6.4 RECURSOS DIDÁTICOS

Os recursos didáticos utilizados, tais como: retroprojetor, vídeo, televisor,

livros, apostilas, quadros, mapas, etc, serão disponibilizados adequadamente aos

professores e alunos de acordo com a demanda.

6.5 PLANO DE AÇÃO ADMINISTRATIVO

A caracterização da proposta em gestão do trabalho pedagógico da referida

escola demonstra ser compartilhado, tendo em vista que seu processo é coletivo e

participativo através de reuniões, planejamentos e palestras. A equipe pedagógica

administrativa busca permear suas ações nos pressupostos que fundamentam a

concepção de gestão democrática.

Entendendo a Educação como um processo coletivo, faz-se necessário

buscar articular as ações dentro do âmbito de cada organização devidamente

constituída, buscando o apoio da Associação de Pais, Mestres e Funcionários, tendo

em vista que a função da APMF é a de integrar família e escola, para que adquiram

experiências no mundo atual, e obter constante aproximação dos pais na escola

através das reuniões escolares, eventos promovidos mediante atividades culturais,

cívicas e sociais, como: Festa Junina, Culto Ecumênico em Ação de Graças e

Formatura.

No Conselho Escolar promover reuniões periódicas para através deste

colegiado buscar democratizar as decisões internas, visando ao bom funcionamento

do Estabelecimento, transformando-o num fórum permanente de debates, buscando

apoio para a solução de problemas administrativo-pedagógicos, assegurando o

interesse maior dos alunos e cumprindo a função da escola que é a de ensinar,

articulada com os profissionais da escola, preservando a especificidade de cada

área.

No Conselho de Classe realizar reuniões bimestrais cumprindo a sua

finalidade exposta no Regimento Interno do Estabelecimento.

Incentivar a mobilização do Grêmio Estudantil dentro do Estabelecimento,

51

acompanhando e sugerindo ações dentro do que compete à referida organização.

Incentivar a participação dos pais, com ações que visem conscientiza-los da

importância do acompanhamento dos seus filhos no processo ensino-aprendizado,

buscando maior integração através da promoção de atividades artísticas e

desportivas. Promover a realização de Feiras, Exposições e Atividades

Esportivas/culturais visando a integração.

Incentivar a participação do corpo docente e funcionários em Cursos de

Formação Continuada realizados pelo NRE e/ou SEED, bem como promover

palestras voltadas não só aos integrantes da Escola, mas também para a

comunidade.

A Avaliação do Plano será semestral, em conjunto com o Conselho Escolar,

baseada nos respectivos relatórios de cada atividade proposta dentro da agenda

mínima, aberta à complementação, de acordo com as necessidades que se

apresentarem, observando se os objetivos propostos dentro de cada atividade foram

atingidos, considerando-se os pontos positivos e negativos para uma posterior

adequação, buscando aperfeiçoá-las.

6.6 PLANO DE AÇÃO PEDAGÓGICO

Em concomitância às premissas abordadas nas concepções descritas e

refletidas no capítulo anterior, salientamos que nosso plano de ação pedagógico

estará imbuído e estruturado nos mesmos pressupostos e, portanto, fidedignamos

estes, salientando que compreendemos a educação como um ato que abrange os

processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana,

no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e

organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

A escola como veículo participante direto deste processo deve sempre levar

em conta todo conhecimento pré-adquirido pelos alunos. O objetivo maior é

proporcionar a todos a formação básica para o exercício completo da cidadania e

que os alunos desenvolvam a capacidade de aprender, tendo como princípio básico

o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo e a compreensão do ambiente

52

natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que

se fundamenta a sociedade, desenvolvendo assim, a capacidade de aprendizagem,

tendo em vista a aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes

e valores fortalecendo os vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e

de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

A educação escolar tem a possibilidade e o dever de criar condições para que

todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos

necessários para construírem instrumentos de compreensão de realidade e de

participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e, cada vez,

mais amplas, condições fundamentais para o exercício da cidadania na construção

de uma sociedade democrática e não excludente.

A escola, ao tomar para si o objetivo de formar cidadãos capazes de atuarem

com competência e dignidade na sociedade, deve buscar eleger como objeto de

ensino conteúdos que estejam em consonância com as questões sociais que

marcam cada momento histórico, cuja aprendizagem e assimilação são

consideradas essenciais para que os alunos possam exercer seus direitos e

deveres. Para tanto, é necessário que a instituição escolar garanta um conjunto de

práticas planejadas com propósito de contribuir para que os alunos se apropriem dos

conteúdos de maneira crítica e construtiva.

A educação escolar deve constituir-se em uma ajuda intencional, sistemática,

planejada e continuada para crianças, adolescentes e jovens, durante um período

contínuo e extensivo de tempo, diferindo de processos educativos que ocorrem em

outras instâncias, como na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nos demais

espaços de construção de conhecimento e valores para a abordagem simplista de

encarar a educação escolar como fator preponderante para as transformações

sociais, mesmo reconhecendo-se sua importância na construção da democracia.

A ação pedagógica deverá se ajustar ao que os alunos conseguem realizar

em cada momento de sua aprendizagem, para se constituir em verdadeira ação

educativa, bem como propiciar um ambiente acolhedor aos alunos advindos da 4ª

série e 5º ano, orientado estes em relação aos seus direitos e deveres no contexto

escolar bem como mostrando quanto é importante a presença e a frequencia de

53

todos na escola. Mas essencialmente fazendo-os compreender o Ensino

Fundamental de nove anos e que implantar progressivamente o Ensino

Fundamental de nove anos, pela inclusão das crianças de seis anos de idade, tem

duas intenções: “oferecer maiores oportunidades de aprendizagem no período da

escolarização obrigatória e assegurar que, ingressando mais cedo no sistema de

ensino, as crianças prossigam nos estudos, alcançando maior nível de

escolaridade”.

A organização de atividades de ensino e aprendizagem, a relação cooperativa

entre o professor e o aluno, os questionamentos e as controvérsias conceituais,

influenciarão no processo de construção de significado e o sentido que alunos

atribuem aos conteúdos escolares.

Concluímos que a melhor maneira de atingir as metas traçadas, imbuídas nos

princípios norteadores que descrevemos, é respeitando a diversidade cultural,

proporcionando aos alunos, textos intertextualizados e contextualizados, para que

estes promovam e propiciem a inter-relação entre o texto e o leitor, o que por

conseguinte possibilitem o desenvolvimento de conexões de construção de

conhecimentos.

Salientamos ainda que para realizar tal intento, faz-se necessário promover

reflexões sobre a prática pedagógica visando utiliza-se de uma metodologia dialética

e dialógica visto que o aprendiz e o ensinante também o são.

Compreende-se portanto, que as atividades, independentemente de serem

citadas e enumeradas, devem ser apresentadas de maneira estimulante e co-

significante com a realidade pertinente para que realmente sejam internalizadas,

refletidas e re-construídas.

O saber cientificamente sistematizado deverá estabelecer co-relação entre os

conteúdos escolares e os saberes assistemáticos para que os educandos sintam o

real significado da busca pelo aprender adquirindo assim quesitos para desenvolver

uma visão holística sobre o mundo.

A importância de pensarmos a questão da Educação à luz das colocações de

Jacques Lacan, Wallon Vygostki e Piaget, ocorre devido ao fato de que esta reflexão

diversificada nos possibilita uma ação mais abrangente, global sobre todos os

54

ângulos possíveis do ato educativo. Pois, é mister considerarmos que a educação

não pode bitolar-se a uma só concepção, e, portanto, essa reflexão nos possibilita

sairmos de uma concepção redutora do processo de constituição do sujeito de uma

concepção universalista que é bastante tradicional na história da humanidade.

Com relação aos direitos humanos e direitos à cidadania vamos nos ater as

demandas da Coordenação de Desenvolvimento Socioeducacional serão

contempladas através de ações referentes à Cidadania e Direitos Humanos: Bolsa

Família, Educação Fiscal, PETI, Programa Escola Aberta, Programa Saúde na

Escola, Educação Ambiental, Enfrentamento à Violência, Prevenção às Drogas

(PUID – Prevenção Ao Uso Indevido de Drogas Lei Est. 11.273/95, Lei Est.

13.198/01, Dec.5679/05). Estes programas são desenvolvidos com o intuito de

garantir a permanência do aluno na escola, bem como de prevenir sobre os vários

problemas sociais existentes. E para realizar tal intento faz-se necessário e

imprescindível que o educador realize no início de seus trabalhos pedagógicos uma

avaliação diagnóstica dos conhecimentos que o educando traz de seu contexto

sócio-familiar sobre essas demandas para posteriormente promover ações

pedagógicas e avaliação construtiva, reparadora, processual.

Portanto, as linhas gerais das ações pedagógicas aqui abordadas serão

realmente efetivadas através de atos/atividades curriculares e extra-curriculares,

sendo que daremos ênfase as datas pontuais, projetos que supram as necessidades

urgentes e reais da clientela escolar bem como Educação Ambiental, Prevenção,

ECA, Ação Jovem e demais projetos de áreas afins possíveis e compatíveis com a

realidade escolar deste estabelecimento.

6.7 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe

do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo

ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a

cada aluno.

55

Participam do Conselho de Classe o Diretor, Secretário e todos os

Professores que atuam no Estabelecimento reunindo-se ordinariamente em cada

bimestre, em datas previstas em calendário escolar, e extraordinariamente, sempre

que um fato relevante assim o exigir. A presidência do Conselho de Classe está a

cargo do Diretor que, em sua falta, será substituído pelo Professor Pedagogo.

É de finalidade do Conselho de Classe estudar e interpretar os dados da

aprendizagem na sua relação com o trabalho do professor, na direção do processo

ensino-aprendizagem, proposto pelo plano curricular. Acompanhar e aperfeiçoar o

processo de aprendizagem dos alunos, analisando os resultados da aprendizagem

na relação com o desempenho da turma, com a organização dos conteúdos e

encaminhamento metodológico, evitando a comparação dos alunos entre si.

Das reuniões do Conselho de Classe será lavrada Ata pelo secretário do

Estabelecimento, em livro próprio, para registro, divulgação ou comunicação aos

interessados.

6.8 PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA EQUIPE ADMINISTRATIVA E

PEDAGÓGICA E CORPO DOCENTE

Os professores, pedagogos, direção e funcionários deste estabelecimento

participarão de formação continuada e troca de experiência oferecidos pela SEED, o

qual é elaborado e executado pela Equipe Pedagógica do Núcleo Regional de

Educação.

A Escola também poderá ofertar grupos de estudos com troca de

experiências e visando levar ao conhecimento de todos os membros do contexto

escolar os trâmites legais relativos ao Ensino fundamental de nove anos, bem como

seus objetivos e especificidades, para que através dessa compreensão seja possível

desenvolver um trabalho pedagógico de qualidade com os alunos oriundos dessa

nova proposta, compreendendo que, não se trata de transferir para as crianças de

seis anos os conteúdos e atividades da tradicional primeira série, mas de conceber

uma nova estrutura de organização dos conteúdos em um Ensino Fundamental de

nove anos, considerando o perfil de seus alunos.

56

O objetivo de um maior número de anos de ensino obrigatório é assegurar a

todas as crianças um tempo mais longo de convívio escolar, maiores oportunidades

de aprender e, com isso, uma aprendizagem mais ampla. É evidente que a maior

aprendizagem não depende do aumento do tempo de permanência na escola, mas

sim do emprego mais eficaz do tempo. No entanto, a associação de ambos deve

contribuir significativamente para que os educandos aprendam mais,

compreendendo, principalmente que ingresso do aluno no Ensino Fundamental

obrigatório não pode constituir-se em medida meramente administrativa. O cuidado

na sequência do processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças de seis

anos de idade implica o conhecimento e a atenção às suas características etárias,

sociais e psicológicas. As orientações pedagógicas, por sua vez, estarão atentas a

essas características para que as crianças sejam respeitadas como sujeitos do

aprendizado.

Nessa perspectiva, é essencial assegurar ao professor programas de

formação continuada, privilegiando a especificidade do exercício docente em turmas

que atendem a crianças de seis anos.

Portanto, são muitos os desafios que se interpõem à tarefa de educar nos

dias de hoje. Cada vez mais é preciso saber lidar com novas situações que se

apresentam no dia-a-dia profissional e comunitário, e isso nos torna aprendizes na

sociedade do conhecimento.

Há necessidade de formação contínua que permitam desenvolver qualidades

profissionais e humanas.

6.8.1 Membros da APMF, Pais, Líderes de Turma, Grêmio Estudantil

Os Membros da APMF, pais e líderes de turma deste estabelecimento

participarão de formação continuada e, troca de experiência, oferecidos pela Equipe

Pedagógica através de Palestras, Seminários, Encontros, Debates sobre assuntos

pertinentes à demanda desta comunidade.

6.8.2 Reunião de Pais

Colocar em prática o princípio de Interação Escola/Sociedade implica

57

alteração radical do conceito de escola, porque deixa de ser um determinado espaço

físico (com mesas, quadro-de-giz, banco, carteiras, livros, professores, aluno) para

se converter em algo mais rico, mais amplo e dinâmico em comunidade onde há

pessoas, instituições, recursos naturais, enfim, tudo o que nela existe.

Para tanto deve haver interação entre escola, pais e comunidade de forma

clara, precisa, crítica, consciente, responsável e produtiva garantindo condições de

trabalho em benefício do aluno.

A participação dos pais na comunidade escolar é de suma importância e os pais não

apenas no dia da reunião de pais, mas a qualquer momento, tem a liberdade de

chegar até a administração do Estabelecimento para solicitar informações, tomar

conhecimento do rendimento e da vida escolar de seus filhos, da ausência às aulas,

das atitudes e também para apresentar sugestões de interesse da comunidade

escolar que venham trazer melhorias para o processo educacional.

É um dever do pai ou responsável participar efetivamente em projetos de

interesse comum que visem à melhoria do processo educativo, participar das

reuniões escolares quando convocados, respeitar a instituição e os professores e

responsabilizar-se com o Estabelecimento na conscientização de seus filhos quanto

aos seus deveres de alunos.

6.9 ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

A Lei nº 11.788/08, que dispõe sobre o estágio obrigatório e não obrigatório

de estudantes, e a Deliberação nº02/09 do CEE, que estabelece normas para a

organização e a realização dos Estágios, definem, também obrigações da Instituição

de Ensino para os estágios não obrigatórios.

No parágrafo único do Art. 7º da Lei 11.788/08: “O plano de atividades do

estagiário, elaborado em acordo das 3 (três) partes a que se refere o inciso II do

caput do art. 3º desta Lei, será incorporado ao termo de compromisso por meio de

aditivos à medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante.”

Na Deliberação 02/09 do CEE, Art. 1º, Parágrafo 1º, incisos I e II:

“I – o estágio, obrigatório, e, não-obrigatório assumido pela instituição de ensino,

58

deverá estar previsto no Projeto Político Pedagógico;

II – “o desenvolvimento do estágio deverá estar descrito no Plano de Estágio;”

A Deliberação 02/09, Art. 4º, Incisos III – “Plano de Estágio, a ser apresentado

para análise juntamente com o Projeto Político Pedagógico, ou em separado no

caso de estágio não obrigatório implantado posteriormente, visará assegurar a

importância da relação teoria-prática no desenvolvimento curricular, deverá ser

incorporado ao Termo de Compromisso e será adequado à medida da avaliação de

desempenho do aluno, por meio de aditivos”.

6.10 PLANO DE AVALIAÇÃO INTERNA E SISTEMÁTICO DE CURSO

• A avaliação interna dos trabalhos escolares será feita bimestralmente onde os

participantes farão uma análise do rendimento dos alunos, da participação dos pais

na vida escolar de seus filhos e na escola como um todo.

• A mesma será feita em forma de relatório registrado no livro próprio da escola.

• Para que a Proposta Pedagógica possa atingir seus objetivos e a comunidade

esteja integrada, serão realizadas, bimestralmente, reuniões com os alunos, pais e

APMF, para a verificação dos objetivos propostos e alcançados e os objetivos para o

próximo bimestre, com a elaboração de atas, descrevendo todo o processo da

reunião onde, no final, todos deverão assinar.

• Na reunião bimestral a escola irá propor uma reflexão onde levará em conta o

que deu certo, e o que não deu, bem como o que precisa ser mudado, dando

oportunidade aos alunos, pais e APMF, a expressar seus pensamentos propondo

ações, para que o trabalho em conjunto possa trazer benefícios à escola como um

todo, sendo da parte pedagógica, administrativa ou dos recursos financeiros.

59

6.10.1 Avaliação do Projeto Político-Pedagógico

O Projeto Politico-Pedagógico é fruto de um amplo processo de discussões

entre vários segmentos escolares que articulou desde o diagnóstico ao

planejamento das ações pedagógicas.

Ao definir intenções, identificar e analisar as dificuldades que foram se

apresentando, estes segmentos estabeleceram relações, apontaram metas e

objetivos comuns e vislumbraram algumas pistas para melhoria de sua própria

atuação, resultando num compromisso definido coletivamente.

A capacitação sistemática, através da reflexão coletiva, ajuda os profissionais

da educação e a família a perceberem que todos tomam parte nas decisões e ações

relativas ao ensino e ao funcionamento da escola, definindo os pontos de partida e

de chegada, auxiliando no Projeto Político-Pedagógico da mesma.

Este caminho contribui para que as relações se dêem de forma solidária,

incentivando o aluno a permanecer na escola proporcionando prazer e possibilidade

de ampliar e aplicar os conhecimentos ali construídos.

Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96 de 20 de

dezembro de 1996 reza que: os estabelecimentos de ensino serão incumbidos de

elaborar e executar sua proposta pedagógica, entre outros. Numa sociedade

democrática como a nossa, ao contrário do autoritarismo, o processo educacional

não pode ser imposto pelo Estado, mas sim investir na escola para que prepare

seus educandos para o processo democrático.

Através da democracia que é um modo de sociabilidade e expressa a

pluralidade, possuir espírito de justiça capaz de construir sua própria ética. A

sociedade cria normas e regras em sua Constituição, as quais o homem deve

observá-las não por medo de infringi-las, mas por ter como um valor legitimado.

Alguns vêem o conjunto de normas e aceitam em prol de sua felicidade, enquanto

outros cumprem apenas por medo de ser castigado. No entanto, há um desejo que

parece valer para todos e estar presente nos diversos projetos de felicidade: o

auto-respeito.

O presente estudo poderá, portanto, ampliar a compreensão sobre as

expectativas e percepções que os profissionais da educação e os alunos têm sobre

60

a ação educativa, proporcionar subsídios teóricos sobre a importância deste e

corroborar sua importância na vida e formação do ser humano através de reflexão,

análise e considerações.

61

VII. BIBLIOGRAFIA

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64

PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ARTE

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de arte visa o desenvolvimento do sujeito frente à sociedade,

ampliando o repertório cultural do aluno à partir dos conhecimentos estéticos,

artísticos e culturais. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de

pensamento, apreendendo e expandindo suas potencialidades criativas,

concretizada através da percepção, da análise, da criação/produção e

contextualização histórica.

A arte nasce da necessidade de expressão e manifestação da capacidade

criadora humana. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece

a realidade já humanizada pelo cotidiano. Em sua essência, representa a realidade,

expressa visões de mundo do artista e retrata aspectos políticos,

ideológicos e sócio-culturais.

No ensino fundamental, arte é relacionada com a sociedade, a partir de uma

dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a

linguagem.

OBJETIVOS

No transcorrer do Ensino Fundamental, o aluno poderá desenvolver sua

competência estética e artística nas diversas linguagens da área de Arte(Artes

Visuais, Dança, Música, Teatro). Tanto para produzir trabalhos pessoais e grupais,

como para que possa, progressivamente, apreciar, desfrutar, valorizar e julgar os

bens artísticos de distintos povos e culturas, produzidos ao longo da história e na

contemporaneidade.

Possibilitando assim, ao educando a experimentar e explorar cada linguagem

artística desenvolvendo potencialidades (percepção, observação, imaginação,

65

sensibilidade, criatividade, raciocínio lógico, olhar critico), construindo uma relação

de autoconfiança com a produção artística pessoal e o conhecimento estético.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Propiciar a educação do olhar estético, o saber e o fazer artístico estimulando

• percepção e a imaginação do aluno;

• Permitir que o aluno tenha acesso à fruição da obra;

• Perceber e apropriar a obra em contexto;

• Formar conceitos artísticos;

• Desenvolver trabalhos artísticos e o contato do individuo com outros trabalhos

Permitir a prática criativa, a expressão do individuo;

• Exercitar os elementos compositivos;

• Compreensão da arte como fator de transformação social;

• Refletir e discutir a cerca dos desafios encontrados contemporaneamente;

• Elaborar trabalhos com conteúdo crítico,e sensibilidade estética.

• Proporcionar análise crítica sobre a Arte e seu contexto.

• Compreensão da arte e função social, e a relação do artista e sociedade.

• Trabalhar com questões pertinentes a humanidade do seu tempo, os desafios

contemporâneos, criando assim uma reflexão em torno de sua vivencia, como

cidadão, pessoa, e sujeito, assim de certa forma, propiciando que o mesmo

crie uma visão mais crítica e sensível do mundo.

CONTEÚDO ESTRUTURASTES

6º ANO - MÚSICA

Elementos formais Composição Movimentos e Períodos AlturaDuraçãoTimbre

RitmoMelodiaGêneros: Folclórico

Pré – históriaAfricanaIndígena

66

Intensidade Densidade IndígenaPopular e ÉtnicoTécnicas: vocal einstrumental

6º ANO - ARTES VISUAIS

Elemento formais Composição Movimentos e Períodos PontoLinhaTexturaForma Superfície VolumeCorLuz

Bidimensional FigurativaGeométrica, simetriaTécnicas: pintura, esculturaGêneros: Cenas docotidiano, histórica,religiosa, da mitologia

Arte AfricanaArte Pré-HistóricaIndígena

6º ANO – TEATRO

Elementos formais Composição Movimentos e Períodos Personagem: expressõescorporais, vocais, gestuais e faciaisAçãoEspaço

Enredo, Roteiro.Espaço Cênico, adereçoTécnicas: Jogos teatraisDireto e Indireto, Improvisação,Manipulação, MáscaraGênero: Rituais

Pré-históriaAfricanoIndígena

6º ANO – DANÇA

Elementos formais Composição Movimentos e períodos Movimento CorporalTempoEspaço

KinesferaEixoPonto de ApoioMovimentos ArticularesFluxo Livre e InterrompidoRápido e LentoFormaçãoNíveis: Alto, Médio e BaixoDeslocamentos: Direto e

Pré-história

Africano

Indígena

67

IndiretoDimensões: Pequeno eGrandeTécnica de Improvisão

7º ANO – MÚSICAElementos formais Composição Movimentos e períodos AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaEscrita MusicalGênero: Popular Étnico,FolclóricoTécnicas: Vocal eInstrumental.Improvisação

Música PopularÉtnicaGrego RomanaBrasileiraParanaense

7º ANO - ARTES VISUAISElementos formais Composição Movimentos e períodos PontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz

ProporçãoTridimensionalFigura a fundoAbstrataTécnicas: Pintura, Escultura,Arquitetura , Modelagem eGravura...Gêneros: Paisagem, Retrato,Natureza morta, cenas docotidiano, histórica, religiosa,da mitologia...

Arte popularBrasileira e ParanaenseBarrocoGreco Romana

7º ANO - TEATRO

Elementos formais Composição Movimentos e períodos Personagens:Expressões Corporais,Vocais, Gestuais e Faciais.Ação

RepresentaçãoLeitura dramáticaCenografiaTécnicas: Jogos teatrais,mímicas, improvisação,

Teatro popular

Brasileiro Paranaense

Teatro Africano

68

Espaço formas animadas...Gêneros: Rua, Arena,Caracterização: Comédia e Tragédia

7º ANO - DANÇA

Elementos formais Composição Movimentos e períodos Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de apoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedaPeso (leve e pesado)Fluxo (livre, interrompido econduzido)Lento, rápido e moderado.Níveis: Alto, médio e baixo.Formação: direçãoGênero: folclórico, popular e étnico

PopularÉtnicaBrasileiraParanaenseGreco-romanaBarroco

8º ANO - DANÇAElementos formais Composição Movimentos e períodos Movimento corporal tempo e espaço

GiroRolamentoSaltosAceleração e desaceleraçãoDireções (frente, atrás,direita e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGenero: indústria culturalespetáculo

Hip Hop

Musicais

Dança contemporânea

8º ANO - MÚSICAElementos formais Composição Movimentos e períodos Altura Ritmo Rap

69

DuraçãoTimbreIntensidade Densidade

MelodiaTonal, modal e a fusão deambosTécnicas: vocal, instrumentale mista

Rock

Tecno (Ocidental e Oriental

8º ANO - ARTES VISUAISElementos formais Composição Movimentos e períodosLinhaTexturaForma Superfície VolumeCorLuz

SemelhançasContrastesRitmo visualEstilizaçãoDeformaçãoTécnicas: desenho,audiovisual e mista

Indústria cultural

Arte contemporânea

8º ANO - TEATROElementos formais Composição Movimentos e períodosPersonagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciaisAçãoEspaço

Texto dramáticoMaquiagemSonoplastiaRoteiroTécnicas: jogos teatrais,adaptação cênica

Realismo

Expressionismo

9º ANO - MÚSICAElementos formais Composição Movimentos e períodos AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaTécnicas: vocal, instrumental e mistaGêneros: popular, folclórico e etnico.

Música popular: brasileira, paranaense e popularMúsica ContemporâneaMúsica Latino-americana

9º ANO - ARTES VISUAISElementos formais Composição Movimentos e períodos LinhaTexturaForma Superfície VolumeCor

BidimensionalTridimensionalFigura fundoRitmo visualTécnica: pintura, grafitte,

Arte do século XXVanguardasMuralismoArte latino americanaHip Hop

70

Luz performance, fotografiaGêneros: paisagem urbana,cenas do cotidianoPropaganda

9º ANO - TEATROElementos formais Composição Movimentos e períodos Personagem: expressõescorporais, vocais, gestuais e faciais.AçãoEspaço

Técnicas: monólogo, jogosteatrais, direção, ensaio,teatro-fórum, ...DramaturgiaCenografiaSonoplastiaIluminaçãoFigurino

Teatro engajado

Teatro do absurdo

Vanguardas

Cinema Novo

9º ANO - DANÇAElementos formais Composição Movimentos e períodos Movimento corporal

Tempo

Espaço

KinesferaPonto de apoioPesoFluxoQuedasSaltosGirosRolamentosExtensão (perto e longe)CoreografiaDeslocamentoGênero: performance emoderna

Vanguardas

Indústria Cultural

Dança Moderna

Dança Contemporânea

ENSINO MÉDIOARTES VISUAISELEMENTOS FORMAIS ponto. Linha , forma ,textura, suoerfície, volume, cor, luz

CONTEÚDOS BÁSICOSBidimensionalidade: gravura e fotografiaTridimensionalidade: escultura e arquitetura;figura e fundo, figurativo, abstrato, perpectiva, semelhança, contraste, ritmo visual, simetria, deformação, estilização.

71

MOVIMENTOS E PERIODOSarte oriental, ocidental, africana, brasileira, paranaense, popular, de vanguarda, industria cultural, comtemporânea, latino-americana.

TEATROELEMENTOS FORMAISpersonagem, expressão corporal, vocal, gestual e facial, ação e espaçoCONTEÚDOS BÁSICOSjogos teatrais, teatro direto e indireto, mimica, ensaio, teatro-forum, roteiro, encenação e leitura dramática.

MOVIMENTOS E PERÍODOSteatro greco-romano, medieval, brasileiro, paranaense, popular, engajado, dialético, essencial, do oprimido, pobre, de vanguarda, renascentista, latino-americano, realista e simbolista.

DANÇAELEMENTOS FORMAISmovimento corporal, tempo, espaçoCONTEÚDOS BÁSICOSkinisfera, fluxo,peso, eixo, salto e queda, giro, soltos circulares, lento , rapido e moderado, aceleração e desacaleração, niveis e deslocamento,direções, planos, improvisação , coreografia.

MOVIMENTOS E PERÍODOSpré-história, greco-romanoedieval, renascimento, dança classica, popular, brasileira, paranaense africana, indigena, hip,hop, industria cultural, moderna, vanguarda, comtemporânea.

MÚSICAELEMENTOS FORMAISaltuta, duração, intensicade, timbre, dansidade.CONNTEÚDO BÁSICOritmo, melodia, harmonia, escalas, modal, tonal e fusão de anbas.MOVIMENTOS E PERÍODOSmúsica, popular, brasileira, paranaense , induntria cultural, engajada, vangueda, ocidental, oriental, africana, latino-americana.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Toda teoria será desenvolvida na prática, através de experimentações,

vivências e pesquisas onde o professor será o propositor e mediador de

conhecimento.

As aulas podem dar-se a partir da apreciação de determinada obra, bem

72

cultural, trajetória do artista, historicidade, além da materialidade contida em tal

poética, podendo ser esse material oriundo da natureza ou industrial, para que o

aluno possa experimentar os meios, suportes e conceitos que permeiam o processo

criativo em arte. A passagem de um conteúdo ao outro se dará mediante um gancho

temático e/ou conceitual que dialogue com o conteúdo em questão e a articulação

entre as linguagens artísticas, de forma que o aluno venha a participar ativamente

do processo criativo. Em todo momento será solicitado ao aluno que investigue em

jornais, revistas, no bairro em que mora e na cidade em que vive as manifestações e

ocorrências artísticas, a fim de permitir um aprendizado significativo que dialogue

com a história da arte nos diversos momentos da história da humanidade e que

também se fazem presentes nos dias de hoje no contexto urbano em que vive o

aluno. Dentro desse projeto haverá sempre o olhar para que as linguagens artísticas

sejam valorizadas e para que o aluno atente e observe para o fato de que a arte está

presente em todos os segmentos da sociedade, dentro da sua comunidade,

proporcionando dessa forma que o aluno perceba a arte em seu entorno

favorecendo uma situação de aprendizagem e criação artística.

Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011- SUED/SEEDA serão

tratados em conjunto aos conteúdos específicos, pertencentes a disciplina,

propostos nas DECs.

AVALIAÇÃO

Avaliação diagnóstica e processual. Envolvimento e dedicação nas atividades.

A assimilação de conteúdos transmitidos em sala de aula, e a identificação

nasproduções. A curiosidade, a inventividade, a inovação a reflexão e a abertura a

novas ideias. A clareza no momento de expressar idéias de maneira oral e escrita

sobre a arte. A descrição, análise e interpretação das obras apresentadas em sala

de aula.

BIBLIOGRAFIA

73

BARBOSA, A. M. (org.) Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.

BOAL, Augusto. Exercícios e jogos para o ator e o não-ator. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991.

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei nº 9394/96: Lei Diretizes e Bases da Educação Nacional – LDB.Brasília, 1996.

BUORO, ª B. Olhos que pintam: a leitura de imagem e o ensino da arte. São Paulo,Educ/Fapesp/Cortez, 2002.

FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino da arte. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1993.

FISCHER, Erneste. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.MARQUES, I. Dançando na escola. 2.ed. São Paulo, Cortez, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino.Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da EducaçãoBásica – Arte. Curitiba: SEED, 2008.

74

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Se buscarmos o significado da palavra Biologia nos mais simples livros

escolares encontramos Biologia como o estudo da VIDA, partindo desse princípio de

que ela estuda não só os seres vivos, mas os processos de interação entre os seres

vivos e a natureza, colocam o homem como um ser participante e atuante em um

ecossistema.

A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais

levou o homem a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel

enquanto parte deste mundo. Essa preocupação humana representa a necessidade

de garantir sua sobrevivência.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das

diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações para o ensino,

buscou-se na História da Ciência os contextos históricos nos quais pressões

religiosas, econômicas, políticas e sociais que impulsionaram mudanças conceituais

no modo de como o homem passou a compreender a natureza.

Platão (428/27 a.C. – 347 a.C) e Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C), deixaram

contribuições relevantes quanto à classificação dos seres vivos. As interpretações

filosóficas buscavam explicações para compreensão da natureza.

Na Idade Média (séc. V e séc. XV) o conhecimento do universo, sob

influência do cristianismo, foi associado a Deus e oficializado pela Igreja Católica

que o transforma em dogmas teocêntricos onde “para tudo que não podia ser

explicado, visto ou reproduzido, havia uma razão divina, Deus era responsável”.

(RAN, 2002, P.13).

No séc. XII criam-se as primeiras universidades medievais que prenunciaram

mudanças de pensamento dos que não se enquadravam à escolástica. Ao romper

com a visão teocêntrica e com a concepção filosófico – teológica medieval, os

conceitos sobre o homem passam para o primeiro plano e a explicação para tudo o

que ocorria na natureza inicia nova trajetória na história da humanidade.

Todo este movimento da Ciência compreende um momento de abandono de

75

idéias antigas e preferência por novos modelos que a filosofia natural, limitada pelo

pensamento teológico, apresentava como resposta intuitiva, mágica, voltada à

descrição da natureza imutável e às ações do homem sob a graça divina.

Entre a Idade Média e a Idade Moderna houve as revoluções industriais do

séc. XVIII que fez com que houvesse a queda do poder arbitrário da Igreja.

Em 1452-1519, Leonardo da Vinci, introduz a matemática para interpretar a

ordem mecânica da natureza.

O pensamento biológico descritivo conceituou então a VIDA “como expressão

da NATUREZA idealizada pelo sujeito racional”. (RUSS, 1994,P.360-363).

Descartes considerado fundador do pensamento científico moderno, baseou o

pensamento biológico mecanicista.

No início do séc. XIX, Charles Darwin, apresenta suas idéias sobre a

evolução das espécies. Foi o primeiro a utilizar o que é hoje conhecido como método

hipotético-dedutivo.

Gregor Mendel (1822-1884) apresenta em 1865 sua pesquisa sobre a

transmissão de características entre os seres vivos.

No séc. X a nova geração de geneticistas formulou a nova concepção do

pensamento biológico evolutivo.

Em meados dos anos 70 a busca pelo entendimento de como a Ciência

progride expõe a fragilidade da concepção positivista presa a uma epistemologia

empírica.

Assim surge um novo modelo explicativo a partir do pensamento biológico da

manipulação genética, demarcando a condição do homem em compreender a

estrutura físico-química dos seres vivos e as conseqüentes alterações biológicas.

Partindo-se da dimensão histórica da disciplina Biologia foram identificados os

marcos conceituais da construção do pensamento biológico.

A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) diz, em

seu artigo 22, que o Ensino Médio “tem por finalidade desenvolver o educando,

assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e

fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”.

Com a disciplina de Biologia objetiva-se:

76

• Compreender que a biologia,assim como as ciências em geral não é um conjunto

de conhecimentos definitivamente estabelecidos, mas que modifica ao longo do

tempo, buscando sempre corrigí-Ios e aprimorá-Ios;

• Compreender os conceitos científicos básicos, de modo que possa entender

melhor os fenômenos, sobretudos aqueles relacionados ao cotidiano e

acompanhar as descobertas científicas divulgadas pelos meios de comunicação

e avaliar os aspectos éticos destas descobertas, exercendo sua cidadania sendo

capaz de progredir no trabalho e em estudos posteriores;

• Desenvolver o pensamento lógico e o espírito crítico, utilizado para identificar e

resolver problemas, formulando perguntas e hipóteses, testando, discutindo e

redigindo explicações para os fenômenos e comunicando suas conclusões;

• Identificar as relações e a interdependência entre todos os seres vivos, até

mesmo da nossa espécie, e os demais elementos do ambiente, avaliando como

o equilíbrio destas relações é importante para a continuidade da vida em nosso

planeta;

• Aplicar os conhecimentos adquiridos de forma responsável, de modo a contribuir

para a melhoria das condições ambientais da saúde e das condições gerais da

vida de toda a sociedade;

• Conhecer melhor o próprio corpo, valorizando hábitos e atitudes que contribuam

para a saúde individual e coletiva;

• Desenvolver o pensamento biológico de forma a permitir a reflexão sobre a

origem, o significado, a estrutura orgânica e as relações do objeto de estudo da

disciplina, fenômeno da vida;

• Contemplar a diversidade cultural, motivando o respeito mútuo entre os

educandos, valorizando os conhecimentos ligados a vida de campo;

• Abordar temas referentes a educação fiscal, enfrentamento a violência, educação

ambiental, combate ao uso indevido de entorpecentes, cidadania e direitos

humanos.Sendo assim objetiva-se através da disciplina: desenvolver o pensamento

biológico de forma a permitir a reflexão sobre a origem, o significado, a estrutura

orgânica e as relações da VIDA – objeto de estudo desta ciência, compreendendo

77

que a Biologia não é um conjunto de conhecimentos definitivamente estabelecidos,

mas que se modifica ao longo do tempo, através de estudos e pesquisas

tecnológicas.

Para isso nós educadores, devemos mostrar para os alunos como podemos

interagir de forma mais consciente e mais racional com nosso meio ambiente.

Podemos perceber que para o real estudo da Biologia, devemos deixar de lado a

dependência da pura memorização, trabalhando de forma mais atuante e

significativa, estimulando nos alunos um espírito crítico e reflexivo na busca de

explicações de quais são as finalidades das coisas, em diferentes situações

ocorridas no nosso cotidiano.

Como vivemos em um mundo cada vez mais industrializado, percebemos um

crescente êxodo rural, pessoas do campo ainda em busca de melhores condições

de vida. A educação do campo é um meio de formação que nasce de um

compromisso e reconhece os sujeitos, recuperando a sua identidade como

trabalhador ou trabalhadora do campo, o campo como um espaço vivido e de

fundamental importância, criando alternativas de um outro tipo de conhecimento

muito mais prático e diversificado.

A educação do campo parte da terra como a unidade fundamental para a

construção do conhecimento e como meio de desenvolvimento sócio-cultural

Não se contesta a importância do professor, como um intermédio para a

construção dos conhecimentos pelos alunos, e na formação de cidadãos. Mas cabe

ao professor fazer adaptações dos objetivos, critérios de avaliações ou nas

atividades de ensino-aprendizagem para melhor atender as necessidades

educacionais especiais.

Políticas de educação como formação humana pautada pela necessidade de

estimular os sujeitos da educação pela sua capacidade de criar com outros um

espaço humano de convivência social desejável. A formação humana é constituir

todo o processo educativo que possibilita o sujeito enquanto ser social responsável e

livre, capaz de cooperar e de possuir um comportamento ético, porque não

desaparece em suas relações com os outros. Portanto, a educação como formação

humana é também uma ação cultural. A educação como estratégia fundamental

78

para o desenvolvimento sustentável do campo deve se constituir nas políticas

publicas como uma ação cultural comprometida com o projeto de reinvenção do

campo brasileiro.

Outro aspecto a ser abordado no cotidiano do trabalho docente eo da

Educação Inclusiva atenta a diversidade inerente à espécie humana, busca perceber

e atentar as necessidades especiais de todos os sujeitos-alunos, em salas de aulas

comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e

o desenvolvimento pessoal de todos. Prática pedagógico coletivo, multifacetadas,

dinâmicas e flexível requer mudanças significativas na estrutura e no funcionamento

das escolas, na formação humana dos professores e nas relações família –escola.

Com força trans formadora, a educação inclusiva aponta para uma sociedade

inclusiva.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Para que o trabalho seja bem desenvolvido e que os conteúdos sejam

adequados à realidade de nossa escola os conteúdos estruturantes serão

distribuídos no Ensino Médio relacionando diversos conhecimentos específicos e

priorizando o desenvolvimento de conceitos cientificamente produzidos para

propiciar reflexão constante sobre as mudanças de tais conceitos em decorrência de

questões emergentes sempre permeados por discussões éticas.

Os Conteúdos Estruturantes são os saberes, conhecimentos de grande

amplitude, que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina

escolar - e neste caso, da Biologia - considerados basilares e fundamentais para a

compreensão de seu objeto de estudo e de ensino.

Assim sendo, teremos os seguintes conteúdos estruturantes:

Organização dos seres vivos

A partir do pensamento biológico descritivo baseado na visão macroscópica

da NATUREZA, fazer análise da diversidade biológica, agrupando e categorizando

as espécies extintas e existentes. Conhecer, compreender e analisar a diversidade

biológica existente sem, no entanto, desconsiderar a influência dos demais

79

conteúdos estruturantes, introduzindo-se o estudo das características e fatores que

determinam o aparecimento e/ou extinção de algumas espécies ao longo da história.

Mecanismos biológicos

Por meio do pensamento biológico mecanicista, ampliar a discussão sobre o

pensamento biológico descritivo privilegiando o estudo dos mecanismos que

explicam como os organismos funcionam.

Pretende-se neste conteúdo, partindo da visão mecanicista do pensamento

biológico, baseada na visão macroscópica, descritiva e fragmentada da natureza,

ampliar a discussão sobre a organização dos seres vivos, analisando o

funcionamento dos sistemas orgânicos nos diferentes níveis de organização destes

seres – do celular ao sistêmico.

Biodiversidade

Discute os processos pelos quais os seres vivos sofrem modificações,

perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas,

garantindo a diversidade de seres vivos.

Manipulação genética

Aborda a aplicação do conhecimento biológico e as discussões bioéticas

decorrentes da manipulação e modificação do material genético, desenvolvidos pelo

homem, interferindo no fenômeno VIDA.

CONTEÚDOS BÁSICOS

De acordo com a DCE de Biologia o número de aulas para a disciplina de

biologia foi mantida, no entanto, na organização curricular por blocos a distribuição

elas estão concentradas no tempo semestral e um número maior de encontros

semanais. Esta organização curricular favorece a trabalho com aulas geminadas,

tornando-as interessantes e produtivas, permitindo a aplicação de diferentes

estratégias de ensino, desse modo os conteúdos ficaram distribuídos da seguinte

forma:

80

81

82

Durante as aulas de Biologia, serão contempladas temáticas referentes à

educação do campo, relações étnico-raciais e o ensino de História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana:

* Estudo sobre teorias antropológicas;

* Estudo das características biológicas dos diversos povos;

* Contribuição dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços

da ciência e tecnologia;

* Análise e reflexão sobre a saúde e as condições de higiene proporcionadas

à população;

* Estudo e reflexão do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

É preciso estimular a participação ativa do estudante no processo de

aprendizagem, enfatizando a pesquisa e a capacidade de resolver problemas,

compreendendo o que ele pensa a respeito dos fenômenos e dos conceitos

científicos, procurando sempre uma interação, um diálogo com o estudante, de

forma a estimular sua curiosidade.

Outro aspecto é que ensinar não é mera transmissão de fórmulas ou nomes

para serem decorados, é preciso estabelecer uma conexão entre os abstratos

conceitos científicos e as experiências do cotidiano – incluídas aquelas recebidas

por meios das notícias sobre ciência e tecnologia. E, para saber se o estudante

realmente aprendeu determinado conceito, é preciso lançar questões em que ele

use o raciocínio, aplique o que aprendeu a situações novas – em vez de usar

apenas questões que envolvem uma simples memorização de nomes ou fórmulas. E

é preciso que, em um mundo em que os conhecimentos científicos estão em

constante transformação, ele aprenda a pesquisar as informações pertinentes.

Deverá existir uma relação entre o que o aluno aprende na escola com seu

cotidiano e buscar também uma integração entre as diversas disciplinas, isto é, que

se busque uma interdisciplinaridade.

O ensino envolve também valores e atitudes em relação aos problemas atuais

83

e assim devemos ajudar o aluno a desenvolver uma atitude responsável, de modo

que ele possa contribuir para a melhoria das condições gerais de vida de toda a

sociedade. Assim é importante avaliar não apenas a aprendizagem de conceitos,

mas também a de procedimentos e atitudes, utilizando tarefas escritas, exposições

orais durante as atividades em grupo ou no laboratório.

Outra atividade que, além de integrar conhecimentos, veicula uma concepção

sobre as relações homem-ambiente e possibilita novas elaborações por meio da

pesquisa é o estudo do meio como parques, praças, terrenos baldios, praias,

bosques, rios, zoológicos, hortas, lixões, fábricas, etc.

Durante o trabalho da disciplina de Biologia, a diversidade e os desafios

educacionais contemporâneos serão abordados na forma de debates entre a turma,

assim como também, através de vídeos e apresentações de trabalhos.

Cabe ressaltar que o Ensino de Biologia deverá propiciar ao aluno condições

para refletir sobre seus conhecimentos e seu papel como sujeito capaz de atuar em

sua realidade de forma a não dicotomizar a relação homem-natureza, agindo com

responsabilidade consigo, com o outro e com o ambiente. A partir de recursos

pedagógicos tais como vídeos, textos de apoio, slides, atividade experimental de

manipulação de material ou demonstrativa, jogos didáticos, pesquisas.

Dentre os instrumentos usados para que tais proposições se efetivem

podemos destacar:

• Exposição de conteúdos utilizando fotos do cotidiano, como notícias de

jornais, revistas e exemplos do dia-a-dia;

• Valorizar os conhecimentos de mundo e as experiências que os alunos

trazem promovendo debates e discussões;

• Trabalhar a ciência de acordo com os princípios éticos, buscando sentido

para a existência humana inserida na natureza e no mundo técnico e

científico.

• Utilização das novas mídias (televisão multimídia, internet, TV Paulo Freire

entre outras).

• Realização de Palestras, exposição de trabalhos referentes aos desafio

educacionais contemporâneos:

84

1. Educação fiscal;

2. Enfrentamento a violência;

3. Educação ambiental;

4. Combate ao uso indevido de drogas;

5. Cidadania;

6. Direitos humanos;

7. Diversidades: afrodescendentes, indígena, campo e sexualidade

Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011- SUED/SEEDA serão

tratados em conjunto aos conteúdos específicos, pertencentes a disciplina,

propostos nas DECs.

AVALIAÇÃO

A LDB estabelece que a avaliação deve ser contínua e prioriza a qualidade e

o processo da aprendizagem, proporcionando a verificação do desempenho do

aluno ao longo de todo o ano e não apenas em uma prova ou um trabalho. Essa é

uma avaliação formativa e não terá como pressuposto a punição ou a premiação.

Devemos considerar que cada aluno possui um modo de aprender e faz isso em um

ritmo próprio, e propõe que o professor diversifique as estratégias de avaliação para

que possa acompanhar o processo de aprendizagem.

A avaliação será feita por meio de vários instrumentos, sendo resumidos da

seguinte forma:

• avaliação inicial ou diagnóstica;

• avaliação integradora;

• trabalhos individuais de pesquisa;

• trabalhos em grupo;

• provas escritas.

Os instrumentos de avaliação serão diversificadas, onde será observado

desenvolvimento de trabalhos individuais ou em grupo dos alunos, a partir disso

pode-se fazer uma análise do aproveitamento, os avanços e a evolução dos alunos.

A recuperação paralela será desenvolvida no decorrer do bimestre de acordo

85

com as necessidades individuais de cada aluno, para não prejudicar o

desenvolvimento dos mesmos, retomando se preciso os conteúdos já desenvolvidos

e não assimilados pelos alunos.

Em atendimento aos alunos com necessidades especiais, a avaliação será

realizada de maneira diferenciada, a qual será adaptada conforme a necessidade do

educando.

Neste estabelecimento utilizam-se como método para mensuração de valores

o seguintes:

• Duas ou mais avaliações com valores totais máximos de 7,0 pontos

• Dois ou mais trabalhos com valores totais máximos de 3,0 pontos

Por fim, não se pode esquecer que o aluno tem o direito de conhecer o

próprio processo de aprendizagem e avaliação para se empenhar na superação de

suas capacidades.

REFERÊNCIAS

AMABIS & MARTHO. Conceitos de Biologia. São Paulo: Moderna, 2001.

ARROYO, Miguel Gonzalez e outros (org.) Por uma Educação do Campo. 2ª ed., Petrópolis: Vozes, 2005.

Cadernos Temáticos. Educação do Campo. SEED – Pr., 2005.

Ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Lei n° 10.639/03. Brasília, 2003.

LAURENCE. J. Biologia. Ed. Nova Geração, 2007.

LOPES E ROSSO, Sônia, Sergio Ed. Saraiva, 2006. BIOLOGIA

LINHARES E GEWANDSZNAJDER; Sérgio, Fernando. Ed. Ática, 2006.

Favaretto e Mercadante; José Arnaldo, Clarinda. Ed. Moderna, 2006.

POSITIVO, Apostilas. Ensino Médio. Curitiba – PR.

RAVEN, Peter H. Biologia Vegetal. 6 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2002.

TV escola, VÍDEOS, REVISTAS E JORNAIS.

86

César e Sezar. Ed. Saraiva, 2006. BIOLOGIA.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Biologia. Curitiba: SEED, 2008.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico

que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por

Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda

sua complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos

observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais

como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.

A Natureza legitima, então, o objeto de estudo das ciências naturais e da

disciplina de Ciências. De acordo com Lopes (2007), denominar uma determinada

ciência de natural é uma maneira de enunciar tal forma de legitimação.

Chauí (2005) corrobora tal afirmação ao lembrar que no século XIX, sob

influência dos filósofos franceses e alemães, dividiu-se o conhecimento científico a

partir de critérios como: tipo de objeto estudado, tipo de método empregado e tipo de

resultado obtido. Assim, as chamadas ciências naturais passaram a ser tomadas

como um saber distinto das ciências matemáticas, das ciências sociais e das

ciências aplicadas, bem como dos conhecimentos filosóficos, artísticos e do saber

cotidiano.

As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a

Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a

interferência do ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências,

técnicas, conhecimentos e valores produzidos na coletividade e transmitidos

culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional

asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecem novas

87

formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e se apropriar dos

seus recursos. No entanto,

O método científico que levou à dominação cada vez mais eficaz da natureza passou assim a fornecer tanto os conceitos puros, como os instrumentos para a dominação cada vez mais eficaz do homem pelo próprio homem através da dominação da natureza [...]. Hoje a dominação se perpetua e se estende não apenas através da tecnologia, mas enquanto tecnologia, e esta garante a formidável legitimação do poder político em expansão que absorve todas as esferas da cultura (HABERMAS, 1980, p. 305).

Diante disso, a história e a filosofia da ciência mostram que a sistematização

do conhecimento científico evoluiu pela observação de regularidades percebidas na

Natureza, o que permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos

que nela ocorrem. Tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura

científica com repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas.

A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas (KNELLER, 1980; ANDERY et al., 1998).

Uma opção para conceituar ciência é considerá-la

[...] um conjunto de descrições, interpretações, teorias, leis, modelos, etc, visando ao conhecimento de uma parcela da realidade, em contínua ampliação e renovação, que resulta da aplicação deliberada de uma metodologia especial (metodologia científica) (FREIRE-MAIA, 2000, p. 24).

A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos

a partir da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com Kneller (1980) e

Fourez (1995), modelos científicos são construções humanas que permitem

interpretações a respeito de fenômenos resultantes das relações entre os elementos

fundamentais que compõem a Natureza. Muitas vezes esses modelos são utilizados

como paradigmas, leis e teorias.

Entretanto, percebemos que a ciência é uma construção humana que pode

apresentar falhas, é intencional e não acabada e pronta, sempre está mudando. É

88

importante salientar que é a partir da evolução do pensamento que se desenvolveu

a ciência e ainda continua evoluindo dentro de limites e possibilidades. O homem

formulou hipóteses, teorias, crenças, criou valores criando assim, a ciência racional

que é filosofia. E no decorrer da história mudou a forma de expressar o

conhecimento referente ao mundo e, assim a ciência passa a ser determinada pela

maneira com que se expressa esse conhecimento.

Alguns acontecimentos históricos marcaram profundamente o pensamento do

homem e, consequentemente a ciência. Tais acontecimentos nortearam o

pensamento do homem gerando mudanças na forma de entender o mundo e

transmitir o conhecimento e também no desenvolvimento do pensamento científico.

O desenvolvimento das indústrias se deu pela ciência e, dessa forma pode-se

perceber que os avanços científicos determinam o desenvolvimento e o crescimento

das indústrias, por sua vez, exige a ascendência da ciência para aperfeiçoar as

técnicas e, com isso, desenvolver novas tecnologias.

As contribuições que a ciência tem dado para a humanidade são inúmeras e

evolui muito nos últimos anos superando a evolução biológica do homem. Por

exemplo nos avanços da química, na física, na biologia, no lançamento de satélites,

nas telecomunicações, na medicina, na engenharia genética tem contribuído muito

para o desenvolvimento da ciência e do pensamento. Porém, a ciência também tem

seus efeitos negativos ao incrementar as guerras, influenciar a miséria, a fome, a

exclusão social de muitos, assim fica claro que a ciência é uma construção humana,

tem suas aplicações para melhorar e facilitar a vida das pessoas nas relações

sociais e ética por meio dos avanços tecnológicos.

Quanto a Educação no campo muitos são os métodos propostos para as

ciências, entretanto, deve-se salientar que muitas das ideias para melhoria de vida

do campesino podem ser propostas e conjeturadas na esfera de contato professor-

aluno e na troca de ideias entre os educadores. Sendo o ponto de partida para tal

metodologia a reflexão, sobre o local e público com que se está trabalhando.

Entre os paradigmas do ensino rural, está o de que basta uma educação

medíocre e precária dos conteúdos programáticos, prenunciando que a maioria dos

89

educandos permanecerá no campo e os que se destacarem por um melhor

desempenho, deverão ir para as cidades buscar uma vida melhor.

O pensamento inquietante de viver ou estudar na cidade, principalmente nos

jovens da área rural, instalou-se como uma marca registrada. Para muitos,

permanecer no campo, tornou-se prenúncio de inferioridade e atraso. Tal

pensamento acentuou cada vez mais a pobreza, não só nas cidades, mas

principalmente na zona rural, que se torna carente principalmente do entusiasmo e

energia de jovens inteligentes que abandonam seu trabalho no campo, por falta de

incentivos sociais educativos legítimos e planejados.

O educador ao pensar na sua prática cotidiana na escola, deve compreender

o universo de vida de seus educandos, refletir acima de tudo se é mesmo em

escolas do campo que ele deseja lecionar, se é correto trabalhar a mesma

metodologia e com os mesmos objetivos com que se leciona nas cidades.

A Educação Rural, ambiente no qual muitos educadores estão inseridos,

torna-se muitas vezes vazia e desinteressante. O professor convive com a

impressão de estar repassando conteúdos para serem esquecidos, Criando assim

um pernicioso abismo de identidade e conhecimento entre professor e seu aluno. O

Ensino no Campo, deve acima de tudo atuar na auto estima do aluno, na

observação das dificuldades reais do mesmo, convergindo em proposição de

idéias que exerçam relevância na vida dos campesinos.

Cabe ao educador, subsidiar conhecimentos que envolvam um despertar de

consciência sobre os problemas agrícolas no âmbito, político, social e cultural.

Questionar quando cabível os fatores que levaram ele e sua família a uma baixa

produção e ao endividamento.

A transformação da escola e para colocá-la a serviço da transformação social,

não basta alterar os conteúdos nela ensinados, é preciso mudar o jeito da escola,

suas práticas suas estrutura de organização e funcionamento tornando-a coerente

com os novos objetivos, capazes de participar ativamente do processo de

construção da nova sociedade CALDART (2000).

É fundamental que o professor de áreas campesinas possua entendimento

90

das interposições políticas que impedem o homem do campo de evoluir e torná-las

visíveis aos olhos do educando, para que este, ao longo de sua vida escolar possa

localizar os problemas que interferem no seu ciclo de produção e renda e

desenvolvimento.

O presente tema sempre foi trabalhado nos conteúdos de História:

miscigenação de povos, reinos africanos, tráfico de negros, origem dos grupos

étnicos, escravidão no Brasil, cultura afro-brasileira.

Tais conteúdos assumem extrema relevância no que diz respeito à formação

do caráter do educando, devendo ser enfatizado de maneira multidisciplinar com

abordagens profundas nos aspectos sociais, morais, econômicos e políticos, que

envolveram e acarretaram a “extinção” dos povos indígenas no Brasil.

Ao referenciar a cultura do povo indígena, deve ser enfatizado em sala de

aula como este processo ocorreu, pois processo semelhante pode estar ocorrendo

como um prenúncio da vida do homem no campo, através da destruição da pequena

propriedade em prol do latifúndio e a erradicação da vida e da cultura do trabalhador

rural.

O objetivo do ensino é a observação do aluno aos fenômenos da natureza,

sua interpretação racional levando ao conhecimento científico.

OBJETIVOS GERAIS

• O ensino de ciências oportuniza ao ser humano historicamente constituído,

aprimorando o indivíduo e contribuindo para o desenvolvimento autossustentável

que tem como base a pesquisa e o conhecimento científico produzido como

fundamento para o avanço social, a evolução do indivíduo a compreensão dos

fenômenos e principalmente que ele é parte integrante e responsável para exercer a

cidadania;

• O ensino de ciências colabora para a formação integral do aluno tornando-o apto

a desenvolver potencialidades, capacidades de questionamento e discussão tendo

em vista as ações do presente e do futuro, superando a visão fragmentada e

91

relacionando teoria e prática;

• A ciência deve ser um processo contínuo de construção, respeitando o

conhecimento prévio do educando, confrontando-o com o conhecimento científico.

A ciência inovadora, problematizadora, reflexiva, que relaciona a teoria com a

prática, possibilitando a formação de cidadãos de atuantes e comprometidos com a

qualidade de vida (ciência x tecnologia x ambiente);

• O conhecimento da ciência permite aplicar os conhecimentos adquiridos de

forma responsável, de modo a contribuir para a melhoria das condições ambientais,

da saúde e das condições gerais de vida de toda a sociedade;

• A ciência permite relacionar o conhecimento científico ao desenvolvimento da

tecnologia e às mudanças na sociedade, entendendo que esse conhecimento é uma

parte da cultura e está ligado a fatores políticos, sociais e econômicos de cada

época e que suas aplicações e a interdependência entre todos os seres vivos podem

servir aos interesses diversos;

• Permite identificar as relações e as interdependências entre todos os seres vivos,

inclusive a nossa espécie, e os demais elementos do ambiente, avaliando como o

equilíbrio dessas relações é importante para a comunidade da vida em nosso

planeta;

• Fazer campanha educativa contra acidentes de trânsito, promovendo uma

iniciativa própria do aluno na manutenção das condições de segurança dentro e fora

da escola. Alertar os alunos no sentido de uma maior atenção ao atravessar a rua.

Dos riscos de brincar ou jogar nas ruas, em frente de garagens, ao andar de

bicicleta, etc;

• Educar os alunos para outros tipos de segurança como afogamento, quedas,

queimaduras, envenenamento, armas de fogo, etc.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Para que o trabalho seja bem desenvolvido e que os conteúdos sejam

adequados à realidade de nossa escola os conteúdos estruturantes serão

92

distribuídos no Ensino Fundamental das Séries Finais relacionando diversos

conhecimentos específicos e priorizando o desenvolvimento de conceitos

cientificamente produzidos para propiciar reflexão constante sobre as mudanças de

tais conceitos em decorrência de questões emergentes sempre permeados por

discussões éticas.

Os Conteúdos Estruturantes são os saberes, conhecimentos de grande

amplitude, que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina

escolar - e neste caso, da Ciências - considerados basilares e fundamentais para a

compreensão de seu objeto de estudo e de ensino.

Nas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes

fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para

a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:

• Astronomia

• Matéria

• Sistemas Biológicos

• Energia

• Biodiversidade

Propõe-se que o professor trabalhe com os cinco conteúdos estruturantes em

todas as séries, a partir da seleção de conteúdos específicos da disciplina de

Ciências adequados ao nível de desenvolvimento cognitivo do estudante. Para o

trabalho pedagógico, o professor deverá manter o necessário rigor conceitual, adotar

uma linguagem adequada à série, problematizar os conteúdos em função das

realidades regionais, além de considerar os limites e possibilidades dos livros

didáticos de Ciências.

ASTRONOMIA

A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma

das ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos

celestes. Numa abordagem histórica traz as discussões sobre os modelos

geocêntrico e heliocêntrico, bem como sobre os métodos e instrumentos científicos,

93

conceitos e modelos explicativos que envolveram tais discussões. Além disso, os

fenômenos celestes são de grande interesse dos estudantes porque por meio deles

buscam-se explicações alternativas para acontecimentos regulares da realidade,

como o movimento aparente do Sol, as fases da Lua, as estações do ano, as

viagens espaciais, entre outros.

Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e

a evolução do Universo. Apresentam-se, a seguir, os conteúdos básicos que

envolvem conceitos científicos necessários para o entendimento de questões

astronômicas e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:

• universo;

• sistema solar;

• movimentos celestes e terrestres;

• astros;

• origem e evolução do universo;

• gravitação universal.

MATÉRIA

No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos

específicos que privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos

tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentam à nossa

percepção (RUSS, 1994). Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento

não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição,

indo além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.

Apresentam-se, a seguir, conteúdos básicos que envolvem conceitos

científicos essenciais para o entendimento da constituição e propriedades da matéria

e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:

• constituição da matéria;

• propriedades da matéria.

94

SISTEMAS BIOLÓGICOS

O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos

sistemas do organismo, bem como suas características específicas de

funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o

funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos,

como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração.

Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e amplia-se

a discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres

vivos, a fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que

formam o conjunto de sistemas que integram o organismo vivo.

Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos

básicos que envolvem conceitos científicos escolares para o entendimento de

questões sobre os sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos e para a

compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:

• níveis de organização;

• célula;

• morfologia e fisiologia dos seres vivos;

• mecanismos de herança genética.

ENERGIA

Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do

conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde

a Antiguidade. Discute-se tal conceito a partir de um modelo explicativo

fundamentado nas ideias do calórico, que representava as mudanças de

temperatura entre objetos ou sistemas. Ao propor o calor em substituição à teoria do

calórico, a pesquisa científica concebeu uma das leis mais importantes da ciência: a

lei da conservação da energia.

Nestas diretrizes destaca-se que a ciência não define energia. Assim, tem-se

o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de

95

compreender o conceito energia no que se refere às suas várias manifestações,

como por exemplo, energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia

luminosa, energia nuclear, bem como os mais variados tipos de conversão de uma

forma em outra.

Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básicos que

envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento de questões sobre a

conservação e a transformação de uma forma de energia em outra e para a

compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:

• formas de energia;

• conservação de energia;

• conversão de energia;

• transmissão de energia.

BIODIVERSIDADE

O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além

da mera diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número

de espécies seria o mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada

ao entendimento de que eles são organizados fora do ambiente em que vivem.

Pensar o conceito biodiversidade na contemporaneidade implica ampliar o

entendimento de que essa diversidade de espécies, considerada em diferentes

níveis de complexidade, habita em diferentes ambientes, mantém suas inter-

relações de dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON, 1997).

Esse conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos específicos de

Ciências, a compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos

intrarrelacionados. Espera-se que o estudante entenda o sistema complexo de

conhecimentos científicos que interagem num processo integrado e dinâmico

envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintas; as relações ecológicas

estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram, viveram

e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido

transformações.

96

Apresentam-se, para este conteúdo estruturante, alguns conteúdos básicos

que envolvem conceitos científicos para o entendimento de questões sobre a

biodiversidade e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:

• organização dos seres vivos;

• sistemática;

• ecossistemas;

• interações ecológicas;

• origem da vida;

• evolução dos seres vivos.

Todos os conteúdos básicos, apresentados nos conteúdos estruturantes, são

essenciais na disciplina de Ciências. No Plano de Trabalho Docente esses

conteúdosbásicos devem ser desdobrados em conteúdos específicos a serem

abordados pelos professores de Ciências em função de interesses regionais e do

avanço na produção do conhecimento científico.

Dos conteúdos básicos de ensino fundamental podem ser observados:

• Universo, Sistema Solar, Movimentos Terrestres, Movimentos Celestes,

Astros

• Constituição da Matéria

• Níveis de organização Celular

• Formas de Energia, Conversão de Energia, Transmissão de Energia

• Organização dos seres vivos, Evolução dos seres vivos

• Astros, Movimentos Terrestres e Movimentos Celestes

• Constituição da Matéria

• Célula, Morfologia e fisiologia dos seres vivos

• Formas de Energia, Transmissão de Energia

• Origem da Vida, Organização dos seres vivos e Sistemática

• Origem e Evolução do Universo

97

• Constituição da Matéria

• Célula, Morfologia e fisiologia dos seres vivos

• Formas de Energia

• Evolução dos seres vivos

• Astro, Gravitação Universal

• Propriedades da Matéria

• Morfologia e fisiologia dos seres vivos, Mecanismos de Herança Genética

• Formas de Energia, Conservação de Energia

• Interações Ecológicas

Durante as aulas de Ciências, serão contempladas temáticas referentes à

educação do campo, relações étnico-raciais e o ensino de História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana, uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação

ambiental.

* Estudo sobre teorias antropológicas;

* Estudo das características biológicas dos diversos povos;

* Contribuição dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços

da ciência e tecnologia;

* Análise e reflexão sobre a saúde e as condições de higiene proporcionadas

à população;

* Estudo e reflexão do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH);

* Estudo dos usos indevidos das drogas e suas consequências;

* Estudo do meio ambiente.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

• Exposição de conteúdos utilizando fatos do cotidiano, como notícias de jornais,

revistas e exemplos do dia a dia;

98

• Valorizar os conhecimentos de mundo e as experiências que os alunos trazem

promovendo debates e discussões;

• Trabalhar a ciência de acordo com os princípios da ética, buscando sentido para a

existência humana inserida na natureza e no mundo tecnocientífico;

• Utilização de TV multimídia;

• Elaboração de textos e pesquisas;

• Visitas a indústrias, museus, parques, estação de tratamento de água e esgoto;

• Realização de experiências com relatório;

• Uso de fitas de VHS, DVD, CD, CD-ROM educativo, entre outros;

• Participação coletiva dos professores, na elaboração de conteúdos didáticos

sobre educação no campo, para que sejam integrados a grade formal de ensino;

• Incluir nas aulas conteúdos referentes à organização social e política brasileira,

ressaltando a justiça e igualdade social, as leis de responsabilidade fiscal, prejuízo

das políticas assistencialistas e os direitos do homem do campo;

• Incentivar o aluno no processo de culturas alternativas, desvinculando o mesmo

da monocultura e do uso intensivo de agrotóxicos.

• Despertar a ideologia de um trabalho sem influência de transnacionais que

utilizam-se do solo e agricultor de forma exploratória e descartável;

• Impulsionar conhecimentos sobre associações de agricultores e cooperativismo.

• Promover palestras com técnicos agrícolas, agrônomos, EMATER etc...;

• Feira de ciências com apresentação de vídeos, discussões, mesas redondas,

conhecimentos da cultura campesina; etc...;

• Fornecer ao educando elementos para sua reflexão sobre a prejuízo social

acarretado pelo sistema latifundiário no Paraná;

• Identificar problemas a serem enfrentados como:

Globalização: A globalização e a liberalização do comércio deveriam favorecer

países que dispõem de competitividade natural. Na prática, os países ricos impõem

suas regras comerciais, prejudicando especialmente os países de vocação agrícola.

99

A implementação do processo de globalização deverá ter sua lógica revista, de

maneira que o processo seja justo e solidário, com respeito e equilíbrio entre os

parceiros comerciais, sem drenar recursos dos países pobres para os ricos.

Tecnologia: A tecnologia será o diferencial competitivo do novo século. Os avanços

em biologia molecular, química fina, energia e comunicação e informações,

aprofunda o fosso entre ricos e pobres. Pontes de conhecimento, assistência

técnica, parceria e cooperação devem ser implementados continuamente para evitar

uma separação tecnológica que implodiria as políticas de erradicação da fome,

tornando-as insustentáveis no longo prazo.

Recursos Naturais: Quando não é possível produzir de forma sustentável, há o

esgotamento dos recursos naturais, com destruição de vegetação nativa, matas

ciliares e nascentes, além da contaminação dos recursos hídricos superficiais e

subterrâneos.

Saúde: A pobreza, associada com a desnutrição, completa um círculo vicioso com

as más condições de saúde, aumentando o custo social da desnutrição. A

população afetada perde as condições de trabalho e a capacidade gerencial para

levar avante pequenos empreendimentos, que possam dar sustentabilidade a

programas de erradicação da fome.

Urbanização: Embora o custo de um emprego ou de manter um cidadão na área

rural seja mais baixo que o equivalente na área urbana, a falta de oportunidades e

de perspectivas no meio rural incentiva o êxodo. Como parcela considerável da

geografia da fome está localizada em áreas rurais, os fluxos migratórios aumentarão

o percentual de famélicos nas cidades e reduzirão o aporte de alimentos que,

embora insuficiente para sua subsistência, era produzido pelos retirantes.

Mudanças no campo: O êxodo rural, o envelhecimento da população rural e a

queda no valor das commodities agrícolas, estão mudando a face do campo e

inviabilizando a agricultura de subsistência autossustentada, exigindo políticas de

assistência social dirigidas a mitigar o impacto das forças de mercado, que expulsam

o homem do campo.

Conflitos: Ainda subsistem dezenas de conflitos localizados, embates étnicos, lutas

100

pelo poder em sociedades desestruturadas ou em via de reconstrução, drenando

recursos e energia que poderiam estar voltados para políticas de erradicação da

fome.

Mudanças climáticas: O aquecimento global, provocado pelas pesadas e contínuas

descargas de poluentes oriundos das plantas industriais dos países ricos, pode

afetar profundamente o ambiente rural, alterando parâmetros climáticos que afetem

o desenvolvimento dos cultivos. Sem tecnologia para conviver com as mudanças

climáticas, os habitantes de países pobres correm o risco de ver reduzidas suas

safras, ampliando o número de famintos em locais afetadas por episódios climáticos

adversos.

Junto aos encaminhamentos metodológicos pertinentes às aulas de

Ciências,,os conteúdos obrigatórios serão trabalhados, contemplando aspectos

relacionados a: História e Cultura Afro-brasileira Africana e Indígena - Lei nº

10.639/03 e Lei nº 11.645/2008; História do Paraná - Lei nº 13.381/01;Música – Lei

nº 11.769/2008; Direito das Crianças e Adolescentes – Lei nº 11.525/2007;

Educação Tributária/Fiscal – Decreto nº 1143/1999, Portaria nº 413/2002; Educação

Ambiental – Lei nº 9795/1999, Decreto 4201/2002; Prevenção ao uso indevido de

drogas; Sexualidade Humana (Gênero e Diversidade); Enfrentamento à violência

contra a criança e o adolescente.

Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011- SUED/SEEDA serão

tratados em conjunto aos conteúdos específicos, pertencentes a disciplina,

propostos nas DECs.

Em todos os momentos de interação pedagógica, os educandos serão

respeitados pela sua individualidade, considerando que possuem opiniões próprias e

história de vida que precisa ser respeitada e valorizada.

AVALIAÇÃO

A LDB estabelece que a avaliação deve ser contínua e prioriza a qualidade e

o processo da aprendizagem, proporcionando a verificação do desempenho do

101

aluno ao longo de todo o ano e não apenas em uma prova ou um trabalho. Essa é

uma avaliação formativa e não terá como pressuposto a punição ou a premiação.

Devemos considerar que cada aluno possui um modo de aprender e faz isso em um

ritmo próprio, e propõe que o professor diversifique as estratégias de avaliação para

que possa acompanhar o processo de aprendizagem.

Ao longo do processo da aprendizagem será feita a avaliação paralela dos alunos

que não conseguem acompanhar o desenvolvimento dos objetivos e conteúdos,

através de tarefas extraclasse, pesquisas, trabalhos em grupos ou duplas, exercícios

de reforço, etc.

A avaliação será feita por meio de várias estratégias, sendo resumidas da

seguinte forma:

• avaliação inicial ou diagnóstica;

• avaliação processual ou reguladora;

• avaliação integradora;

Instrumentos:

• trabalhos individuais de pesquisa;

• trabalhos em grupo;

• provas escritas.

• provas orais.

As avaliações serão diversificadas, com desenvolvimento de trabalhos

individuais ou em grupo dos alunos, a partir disso pode-se fazer uma análise do

aproveitamento, os avanços e a evolução dos alunos.

A avaliação será primeiramente diagnóstica para então perfazer o caminho

processual de observação diária para dar suporte à sistematização de:

- Duas provas de caráter somatório com valor 3,5 pontos cada. ( Total = 7,0).

- Trabalhos( interpretações de textos, exercícios ) = 2,0 pontos.

- Conceito participação em aula, feira de ciências e outras atividades extra-classe =

1,0 pontos.

102

A recuperação paralela será desenvolvida no decorrer do bimestre de acordo

com as necessidades individuais de cada aluno, para não prejudicar o

desenvolvimento dos mesmos, retomando se preciso os conteúdos já desenvolvidos

e não assimilados pelos alunos quando for de necessidade.

Em atendimento aos alunos com necessidades especiais, a avaliação será

realizada de maneira diferenciada, a qual será adaptada conforme a necessidade do

educando.

Espera- se que o aluno :

• Identifique e compare as características dos diferentes grupos dos seres

vivos;

• Estabeleça relações entre características específicas dos micro- organismos,

dos organismos vegetais e animais, e dos vírus;

• Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e

pluricelular), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de

obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e

assexuada);

• Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia dos sistemas biológicos

(digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,

esquelético, excretor, sensorial e nervoso);

• Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão,

reprodução, respiração, excreção, sensorial;

• Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a

evolução das espécies;

• Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e

as relações existentes entre estes;

• Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para

manutenção do equilíbrio dos ecossistemas;

• Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e

destes com o meio em que vivem;

103

Por fim, não se pode esquecer que o aluno tem o direito de conhecer o

próprio processo de aprendizagem e avaliação para se empenhar na superação de

suas capacidades.

BIBLIOGRAFIA

ANDRADE, Maria Hilda de Paiva, Ciências e vida 5ª série – Belo Horizonte: Dimensão, 2006.

ANDRADE, Maria Hilda de Paiva, Ciências e vida 6ª série – Belo Horizonte: Dimensão, 2006.

ANDRADE, Maria Hilda de Paiva, Ciências e vida 7ª série – Belo Horizonte: Dimensão, 2006.

ANDRADE, Maria Hilda de Paiva, Ciências e vida 8ª série – Belo Horizonte: Dimensão, 2006.

Construindo Consciências: ciências, 5ª série APEC 1 ed. São Paulo: Scipione, 2006.

Construindo Consciências: ciências, 6ª série APEC 1 ed. São Paulo: Scipione, 2006.

Construindo Consciências: ciências, 7ª série APEC 1 ed. São Paulo: Scipione, 2006.

Construindo Consciências: ciências, 8ª série APEC 1 ed. São Paulo: Scipione, 2006.

REVISTA SAÚDE É VITAL – fevereiro, 2007.

II CONFERÊNCIA NACIONAL POR UMA EDUCAÇÃO DO CAMPO. Luziânia, GO. 2004. Declaração Final : uma política pública de educação do campo.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica

– Ciências. Curitiba: SEED, 2008.

104

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física já vivenciou várias tendências ao longo de sua história...

Militarista,onde se preocupavam com o preparo do físico tendo em vista a luta nas

guerras, Tecnicista, onde se priorizava os aspectos técnicos, Higienista,onde a

maior preocupação era em relação à saúde, entre outras. Hoje passamos por

transformações e contínua busca por uma identidade. Porém, nos parece evidente o

papel da Educação Física nas escolas. Ela tem a função social de contribuir para

que os educandos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo,

adquirir uma especificidade corporal concreta e refletir criticamente sobre as práticas

corporais, pois nosso objeto de estudo é a cultura corporal. A Educação Física deve

ser fundamentada nas reflexões sobre necessidades atuais de ensino perante os

alunos, na superação de contradições e na valorização da educação. Há ainda que

se considerar as experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e

comunidade em geral.

Fundamentando-se nas DCE's, o currículo da Educação Básica oferece, ao

estudante, a formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação

da realidade social, econômica e política de seu tempo. Esta ambição remete às

reflexões de Gramsci em sua defesa de uma educação na qual o espaço de

conhecimento, na escola, deveria equivaler à ideia de atelier-biblioteca-oficina, em

favor de uma formação, a um só tempo, humanista e tecnológica. Trabalhar com a

disciplina de forma que o aluno saiba reconhecer os limites do seu corpo e de seus

colegas; aprender a trabalhar em grupo, para isto se aplique na vida cotidiana e em

sociedade desse aluno; utilizar-se da Educação Física para promover a interação de

todos os alunos, tanto daqueles com necessidades especiais quanto daqueles que

não se adaptam à disciplina por vergonha, falta de habilidade ou qualquer outro

motivo...fazer isto através de diálogos com as turmas e atividades cooperativas em

que todos se vejam obrigados a colaborar uns com os outros.

A princípio, a Educação Física, quando inserida no currículo escolar, era tida

105

como um momento para a prática da ginástica, com a finalidade de deixar o corpo

saudável. Após muitas reformas na própria ideia de Educação Física, atualmente ela

é uma disciplina complexa que deve, ao mesmo tempo, trabalhar as suas próprias

especificidades e se inter-relacionar com os outros componentes curriculares.

A Educação Física tem uma vantagem educacional que poucas disciplinas

têm: o poder de adequação do conteúdo ao grupo social em que será trabalhada.

Esse fato permite uma liberdade de trabalho, bem como uma liberdade de avaliação

– do grupo e do indivíduo – por parte do professor, que pode ser bastante benéfica

ao processo geral educacional do aluno.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os Conteúdos Estruturantes foram definidos como os conhecimentos de

grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de

estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para compreender

seu objeto de estudo/ensino. Constituem-se historicamente e são legitimados nas

relações sociais. O primeiro semestre, “jogos, ginásticas, esportes e lutas”,

compreende atividades como ginástica artística, ginástica rítmica, voleibol,

basquetebol, salto em altura, natação, capoeira e judô. O segundo semestre

abrange atividades relacionadas à expressão corporal, como a dança, por exemplo.

Já o terceiro bloco propõe ensinar ao aluno conceitos básicos sobre o próprio corpo,

que se estendem desde a noção estrutural anatômica, até a reflexão sobre como as

diferentes culturas lidam com esse instrumento.

Se analisarmos uma aula em que o professor trabalha apenas os quatro

esportes coletivos (voleibol, basquetebol, futebol e handebol), sob a ótica de uma

Educação Física que visa à reflexão do aluno sobre si e sobre a sociedade em que

está inserido, logo perceberemos o quão pobre se torna a experiência sobre o corpo

nessas aulas. Nesse sentido, é fundamental que a compreensão de si, de sua

cultura e de outras culturas seja ampliada, a fim de efetivar a disciplina de Educação

Física como um componente curricular educacional.

Os conteúdos Estruturantes propostos para a Educação Física na Educação

106

Básica são os seguintes:

• Esporte;

• Jogos;

• Ginástica;

• Lutas;

• Dança.

Conteúdos Básicos

• Esportes: Coletivos e individuais.

futebol; voleibol; basquetebol; punhobol;

handebol; futebol de salão; futevôlei;

beisebol .

• Jogos e Brincadeiras: jogos e brincadeiras populares, brincadeiras e cantigas de

rodas,jogos de tabuleiro, jogos coopeativos.

amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no

poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca;

fito; raiola; relha; corrida de sacos; pau

ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião;

jogo dos paus; queimada; policia e ladrão ;

gato e rato; adoletá; capelinha de melão;

atirei o pau no gato; escravos de jó; lenço atrás;

dança da cadeira .

• Dança:danças folclóricas,danças de rua e danças criativas.

fandango; quadrilha; dança de fitas; dança

de são Gonçalo; frevo; samba de roda;

batuque; baião;

valsa; merengue; forro; vanerão; samba;

soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango.

elementos de movimento ( tempo, espaço,

peso e fluência); qualidades de movimento;

improvisação; atividades de expressão

107

corporal.

• Ginástica: ginástica rítmica, circence e geral.

solo; corda; arco; bola; maças; fita.

alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica

localizada; step; pular corda;

pilates. jogos gímnicos; movimentos gímnicos

(balancinha, vela, rolamentos, paradas,

estrela, rodante, ponte).

• Lutas: lutas de aproximação e capoeira.

judô; luta olímpica; karatê;

ENSINO MÉDIOConteúdo Estruturante Conteúdo Básico

EsporteColetivosIndividuaisRadicais

Jogos e Brincadeiras

Jogos e Brincadeiras popularesBrincadeiras e cantigas de rodasJogos de TabuleiroJogos Cooperativos

Dança

Jogos DramáticosDanças FolclóricasDanças de SalãoDanças de RuaDanças CriativasDanças Circulares

Ginástica

Ginástica ArtísticaGinástica RítmicaGinástica de academiaGinástica Geral

Lutas

Lutas de aproximaçãoLutas que mantém distânciaInstrumento mediadorCapoeira

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado

108

nestas Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes

propostos – esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação

Física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos

capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal

consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

• Abordagem teórica dos conteúdos: origem e histórico, estudados através de

textos, pesquisas na internet e livro didático público.

• Vivência prática dos conteúdos estruturantes.

◦ Provocar reflexões entre o conhecimento popular e científico dos conteúdos

trabalhados, através de debates e seminários após o estudo acima citado.

• Desafios Educacionais Contemporâneos: Inclusão de alunos especiais,através de

jogos cooperativos, educação no campo através das brincadeiras típicas da

realidade dos alunos do campo, trazidos e compartilhados por eles, cultura africana,

através da dança e da luta como a capoeira.

• Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011 SUED / SEED serão tratados

em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina propostos nas

DCES.

Recursos Didáticos

• Utilização da TV Multimídia no recorte de filmes, jogos, lutas, danças e folclore.

• Utilzação de pesquisas, fazendo uso do laboratório de informática.]

• Utilização das quadras para aulas práticas.

• Utilização do quadro negro.

AVALIAÇÃO

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio

de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de

investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão

formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação

109

dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática

pedagógica.

A avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora

e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. É importante ressaltar que a

avaliação se concretiza de acordo com o que se estabelece nos documentos

escolares como o Projeto Político Pedagógico e, mais especificamente, a Proposta

Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente, documentos

necessariamente fundamentados nas Diretrizes Curriculares. Será somatória,

através de provas, trabalhos de pesquisa, resumos, e com recuperação paralela de

conteúdos, retomando o conteúdo não entendido pelos alunos e refazendo as

provas, os trabalhos e tudo que for necessário para essa recuperação.

Critérios: a avaliação se dará por meio de provas teóricas sobre os conteúdos

vistos no bimestre, trabalhos de pesquisa relacionados ao conteúdo do bimestre,

sobre história e cultura africana, com ênfase na luta da capoeira, história e herança

indígena, que pode ser abordado na história do atletismo, visto que, para sobreviver,

os índios praticavam corridas, arco e flecha entre outras atividades que hoje se

tornaram esportes. Nas aulas práticas, somente o esforço em realizar a atividade

pelo aluno será avaliado e não suas habilidades físicas.

Prova Teórica: 3,5

Trabalho em Grupo: 3,0

Aulas Práticas: 3,5

Total: 10,0

BIBLIOGRAFIA

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Ensino. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Educação Física. Curitiba: SEED, 2008.

STIGGER, P.M. Educação física, esporte e diversidade, 2005.

www.portaldaeducacaofisica.com.br

110

111

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ensino Religioso está pautada no entendimento do

conhecimento constituído sobre as diversas tradições e organizações religiosas, o

qual deve dimensionar o respeito na inter-relação entre as diferentes manifestações

e crenças religiosas. Esta concepção, que deve reger o Ensino Religioso, pautou-se

na necessidade de superação de uma situação historicamente constituída, que se

perfazia no ensino do catolicismo, o qual expressava a proximidade desde o Império

com a Igreja Católica. Depois, com o advento da República, a nova constituição

separou o Estado da Igreja e o ensino passou a ser laico. Mesmo assim, a presença

das aulas de religião foi mantida nos currículos escolares, devido ao poder da Igreja

Católica junto ao Estado brasileiro.

Tal influência pode ser constatada em todas as Constituições do Brasil, nas

quais o Ensino Religioso foi citado, com a representatividade hegemonicamente

cristã no processo de definição dos preceitos legais. Em consequência, desde a

época do Império, a doutrina cristã tem sido preferida na organização do currículo de

Ensino Religioso.

Entretanto, a vinculação do currículo de Ensino Religioso ao cristianismo e às

práticas catequéticas já não corresponde ao sentido dessa disciplina na escola. Os

debates em torno da sua permanência como disciplina escolar têm sido intensos e a

busca de explicações que justificam as novas configurações da disciplina não se

restringem ao contexto brasileiro.

Costella (2004) afirma que três fatores ajudam a entender a necessidade de

um novo enfoque para o Ensino Religioso:

• o primeiro é atribuído à pluralidade social, num Estado não confessional, laico e

que garante, por meio da constituição, a liberdade religiosa;

• o segundo fator diz respeito à própria maneira de apreender o conhecimento,

devido às profundas transformações ocorridas no campo da epistemologia, da

educação e da comunicação, e

112

• o terceiro fator, traço característico da cultura ocidental, mostra uma profunda

reviravolta nas concepções, em especial no séc. XIX, que atinge seu ápice na

célebre expressão do filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900):

“Deus está morto”, metáfora do autor transcendente e imanente. Isto conduz a uma

repulsa aos valores absolutos e também ao questionamento em qualquer valor

ditado por uma ordem superior, visto que o homem é um ser pensante, logo criador.

Para Nietzsche, esta posição subjetiva leva a sociedade ao niilismo, à

decadência moral-religiosa vinculada à manutenção de um local reservado ao

princípio transcendente e imanente, o qual vem sendo destruído pela sociedade.

Mesmo que aparentemente contraditório ao que se interpõem nos dias de hoje –

uma sociedade racional e tecnologicamente equipada –, há uma necessidade social

de retorno à busca de explicações no sagrado.

Nesse contexto, há um ressurgimento das religiões, já que as limitações da

racionalidade moderna e do saber científico se tornaram latentes, fenômeno já

apontados e estudados por autores como o filósofo alemão Edmund Husserl

(1859-1938), com a obra A Crise das Ciências Européias, e o filósofo austríaco

Ludwig Joham Wittgenstein (1889-1951) com seus escritos a respeito do

entendimento da linguagem que circunda o homem e o mundo. Foram críticas sobre

a redutibilidade dos saberes do mundo à linguagem científica e a sua pretensa

superioridade em relação às demais formas de conhecimento e expressão. Assim,

faz-se necessário superar modelos lineares e fragmentados de compreensão da

realidade e a busca de outros referenciais que permitam uma análise mais complexa

da sociedade. É essa realidade que se coloca como desafio para a disciplina de

Ensino Religioso e para toda a escola.

Desta forma, o processo de ensino e de aprendizagem proposto para este

documento, visa à construção e produção do conhecimento que se caracteriza pela

promoção do debate, da hipótese divergente, da dúvida – real ou metódica – do

confronto de ideias, de informações discordantes e, ainda, da exposição competente

de conteúdos formalizados. Opõe-se a um modelo educacional que centra o ensino

tão-somente na transmissão dos conteúdos pelo educador, o que reduz as

possibilidades de participação do aluno e não respeita a diversidade religiosa.

113

Nesse contexto, está a escola e nela o currículo do Ensino Religioso,

historicamente marcado como espaço de transposição do que era a catequese e

que permitia a introdução sistemática e orgânica do complexo doutrinal cristão.

Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar:

• a necessária superação das tradicionais aulas de religião;

• a inserção de conteúdos que tratem da diversidade de manifestações religiosas,

dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos;

• as relações culturais, sociais, políticas e econômicas de que são impregnadas as

diversas formas de religiosidade.

Além disso, é necessário que o Ensino Religioso escolar adquira status de

disciplina escolar, a partir da definição mais consistente de seus conteúdos

escolares, da produção de referenciais didático-pedagógicos e científicos, bem como

da formação dos educadores.

No processo de constituição do Ensino Religioso como disciplina escolar,

ainda persistem dúvidas quanto aos conteúdos a serem tratados na escola; portanto,

vale destacar que para a sociedade as religiões são confissões de fé e de crença.

No ambiente escolar, as religiões interessam como objeto de conhecimento a

ser tratado nas aulas de Ensino Religioso, por meio do estudo das manifestações

religiosas que delas decorrem e as constituem. As diferenças culturais são

abordadas para ampliar a compreensão da diversidade religiosa como expressão da

cultura, construída historicamente e, portanto, são marcadas por aspectos

econômicos, políticos e sociais.

Dessa forma, reafirma-se o compromisso da escola com o conhecimento,

sem excluir do horizonte os valores éticos que fazem parte do processo educacional.

Em outras palavras, pode-se dizer que:

aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para a escola é objeto de estudo. Isto supõe a distinção entre fé/crença e religião, entre o ato subjetivo de crer e o fato objetivo que o expressa. Essa condição implica a superação da identificação entre religião e igreja, salientando sua função social e o seu potencial de humanização das culturas. Por isso, o Ensino Religioso na escola pública não pode ser concebido, de maneira nenhuma, como uma espécie de licitação para as Igrejas (COSTELLA, 2004, pp. 97-107).

114

Desse modo, assim como para as Diretrizes Curriculares para o Ensino

Religioso, esta Proposta Curricular tem como objetivo orientar também a abordagem

e a seleção dos conteúdos. Nessa perspectiva, todas as religiões podem ser

tratadas como conteúdos nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o sagrado

compõe o universo cultural humano e faz parte do modelo de organização de

diferentes sociedades.

Assim, o currículo dessa disciplina propõe-se a subsidiar os alunos, por meio

dos conteúdos, à compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações

do sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados. A disciplina

de Ensino Religioso subsidiará os alunos na compreensão de conceitos básicos no

campo religioso e na forma como a sociedade sofre inferências das tradições

religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do sagrado.

Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e às suas

manifestações são significativos para todos os alunos no processo de escolarização,

por propiciarem subsídios para a compreensão de uma das interfaces da cultura e

da constituição da vida em sociedade.

O Ensino Religioso nas escolas é garantido, mesmo que facultativo, pela

Constituição de 1988, no art. 210, apresentado como parte integrante do Ensino

Fundamental e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.475/97,

como parte integrante da formação do cidadão. Estatuto da Criança e do

Adolescente também assegura o desenvolvimento espiritual como direito

fundamental da pessoa humana.

Mesmo que seja facultativo nas leis, o Ensino Religioso tem uma

contribuição social e uma função importantíssima na formação do cidadão.

Todavia, o seu conteúdo precisa estar alicerçado na pluralidade e na diversidade

religiosa e sua metodologia precisa estar fundamentada no principio da

imparcialidade.

Como em nossa sociedade todos necessitam da escola para ter acesso a

uma parcela de conhecimento histórico acumulado pela humanidade, através

dos conteúdos escolares, o conhecimento religioso enquanto patrimônio da

115

humanidade, necessita estar a disposição da escola. É preciso, portanto, prover

os educandos de oportunidades de se tornarem capazes de entender os

momentos específicos das diversas culturas, cujo abstrato religioso colabora no

aprofundamento para autentica cidadania. E, como o conhecimento religioso

está no substrato cultural, o Ensino Religioso contribui para a vida coletiva dos

educandos na perspectiva educadora que a Expressão Religiosa tem, de modo

próprio e diverso, diante dos desafios e conflitos.

ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Pela observância dos aspectos que marcam o sagrado e as relações que se

estabelecem em decorrência dele, nas diferentes manifestações religiosas a serem

tratadas pelo Ensino Religioso, ressalta-se a necessidade de definir como conteúdos

estruturantes desta disciplina referenciais que incluam nos conteúdos escolares a

pluralidade das tradições religiosas.

Dessa forma, os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os

conhecimentos de grande amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e

organizam os campos de estudos a serem contemplados no Ensino Religioso.

Apropriados das instâncias que contribuem para compreender o sagrado, os

conteúdos estruturantes propostos para o Ensino Religioso são:

• a Paisagem Religiosa;

• o Universo Simbólico Religioso;

• o Texto Sagrado.

Os conteúdos estruturantes de Ensino Religioso não devem ser entendidos

isoladamente; antes, são referências que se relacionam intensamente para a

compreensão do objeto de estudo em questão e se apresentam como orientadores

para a definição dos conteúdos escolares.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos básicos para a disciplina de Ensino Religioso têm como

116

referência os conteúdos estruturantes, já apresentados. Na escola, o conhecimento

é organizado de modo a favorecer a sua abordagem por meio de diferentes

disciplinas, conforme as prioridades de cada uma. No caso do Ensino Religioso, o

Sagrado é o objeto de estudo e o tratamento a ser dado aos conteúdos estará

sempre a ele relacionado.

6° Ano 7° Ano

Organizações religiosas Temporalidade Sagrada

Lugares Sagrados Festas Reigiosas

Textos Sagrados Orais ou Escritos Ritos

Símbolos Religiosos Vida e Morte

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O Ensino Religioso será trabalhado como parte de um contexto

democrático no qual os educandos terão liberdade de expressão e respeito às

diferentes tradições religiosas, sendo estimulados à descoberta e vivência dos

valores universais. Serão utilizadas aulas expositivas, debates, elaboração de

frases, confecção de cartazes, filmes, revistas, música e desenhos.

Deve-se fazer um trabalho que aborde os conteúdos obrigatórios da

instrução 009/11 SEED/SUED em consonância com os conteúdos pertencentes a

disciplina de Ensino Religioso:

1. Educação Ambiental – implementar a Lei 9795/99 como desenvolvimento da

Educação Ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações

entre o homem e o meio bio-físico;

2. Educação Fiscal – visando despertar a consciência dos estudantes sobre direitos

e deveres em relação ao valor social dos tributos e do controle social do estado

democrático;

3. Enfrentamento a Violência – busca-se a ampliação da compreensão e formação

de uma consciência crítica sobre violência e, assim, transformar a escola e espaço

117

onde o conhecimento toma o lugar da força;

4. História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – implementação da Lei

10.639/03 e para a consolidação das Diretrizes Curriculares para a Educação das

Relações Étnico-raciais e para o Ensino da História e cultura Afro-brasileira e

Africana, acrescida da Deliberação Estadual no 04/06 do CEE. Promovendo assim,

o reconhecimento da identidade, da história e da cultura da população negra,

assegurando a igualdade e a valorização das raízes africanas ao lado das

indígenas, europeias e asiáticas, a partir do ensino da história e cultura

Afro-brasileira e Africana.

5. Prevenção ao uso indevido de drogas – requer tratamento adequado e cuidadoso,

fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido de valores e crenças

pessoais. Os educadores e os alunos são instigados em conhecer assuntos

relacionados com a: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao

usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros;

6. Sexualidade – precisa ser discutida na escola, local privilegiado para o tratamento

pedagógico desse desafio educacional contemporâneo. Deve considerar os

referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e raça/etnia.

Também, faz-se necessário superar práticas que tradicionalmente têm

marcado o currículo da disciplina de Ensino Religioso, desvinculando-as das aulas

de religião, seja em relação aos fundamentos teóricos, ao objeto de estudos, aos

conteúdos selecionados, ou, ainda, em relação ao encaminhamento metodológico

adotado pelo educador.

Assim, um dos encaminhamentos propostos para este documento é a

abordagem dos conteúdos de Ensino Religioso, cujo objeto de estudo é o sagrado,

conceito discutido nos fundamentos teórico-metodológicos das Diretrizes

Curriculares da disciplina e a base a partir da qual serão tratados todos os demais

conteúdos.

Dessa forma, pretende-se assegurar a especificidade dos conteúdos da

disciplina, sem desconsiderar sua aproximação com as demais áreas do

conhecimento. Pode-se citar, por exemplo, que os espaços sagrados também

constituem conteúdos de geografia e de arte; no entanto, o significado atribuído a

118

esses espaços pelos adeptos desta ou daquela religião serão tratados de forma

mais aprofundada nas próprias aulas de Ensino Religioso, cujo foco é o sagrado.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um meio e não um fim em si mesmo. É um processo contínuo,

diagnóstico, dialético e deve ser tratada como parte integrante das relações de

ensino-aprendizagem. Para Luckesi (2000), a avaliação da aprendizagem, é um

recurso pedagógico sutil e necessário para auxiliar cada educador e cada aluno na

busca e na construção de si mesmo e do seu melhor modo de vida.

Dentre as orientações metodológicas para a disciplina de Ensino Religioso,

faz-se necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, uma vez

que este componente curricular não tem a mesma orientação que a maioria das

disciplinas no que se refere a atribuição de notas e ou conceitos. Ou seja, o Ensino

Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro

de notas ou conceitos na documentação escolar, isso se justifica pelo caráter

facultativo da matrícula na disciplina.

O processo de avaliação no Ensino Religioso faz parte do principio de

inclusão e não de exclusão. No processo de aprendizagem o que deverá nortear

a avaliação, será o cotidiano na sala de aula, em que o interesse, a assiduidade,

a execução das tarefas e o envolvimento do aluno nas atividades propostas

serão observadas.

Nesse sentido, a apropriação do conteúdo que fora antes trabalhado pode ser

observado pelo educador em diferentes situações de ensino e aprendizagem. Pode-

se avaliar, por exemplo, em que medida o aluno expressa uma relação respeitosa

com os colegas de classe que têm opções religiosas diferentes da sua; aceita as

diferenças e, principalmente, reconhece que o fenômeno religioso é um dado da

cultura e da identidade de cada grupo social; emprega conceitos adequados para

referir-se às diferentes manifestações do sagrado.

Diante da sistematização das informações provenientes dessas avaliações, o

educador terá elementos para planejar as necessárias intervenções no processo de

119

ensino e aprendizagem, retomando as lacunas identificadas no processo de

apropriação dos conteúdos pelos alunos, bem como terá elementos para

dimensionar os níveis de aprofundamento a serem adotados em relação aos

conteúdos que irá desenvolver posteriormente.

Nessa perspectiva, o educador de Ensino Religioso terá também, a partir do

processo avaliativo dos alunos, indicativos importantes para realizar a sua auto-

avaliação que orientará a continuidade do trabalho ou a imediata reorganização

daquilo que já tenha sido trabalhado, tendo como referência este documento de

diretrizes.

É importante lembrar que a disciplina de Ensino Religioso está num processo

recente de implementação nas escolas e que, o ato de avaliar é um dos fatores que

poderá contribuir para a sua legitimação como um dos componentes curriculares.

Mesmo que não haja aferição de notas ou conceitos que impliquem na reprovação

ou aprovação dos alunos, estas diretrizes orientam que o educador proceda ao

registro formal do processo avaliativo, adotando instrumentos que permitam à

escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis, identificarem os progressos

obtidos na disciplina.

Com essa prática, os alunos, especificamente, terão a oportunidade de

retomar os conteúdos, como também poderão perceber que a apropriação dos

conhecimentos dessa disciplina lhes possibilita conhecer e compreender melhor a

diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante, bem como

possibilitará a articulação desta disciplina com os demais componentes curriculares,

os quais também abordam aspectos relativos à cultura.

A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em

diferentes situações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões que podem

ser tomadas como amplos critérios de avaliação no Ensino Religioso:

• o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm

opções religiosas diferentes da sua?

• o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?

• o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade

de cada grupo social?

120

• o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações

do Sagrado?

A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo,

como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de

concepção da realidade social e, como, enfim, ampliou o seu conhecimento em

torno do objeto de estudo do Ensino Religioso, o Sagrado, sua complexidade,

pluralidade, amplitude e profundidade.

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123

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo

contextualizado, estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares e

colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam

quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Desta perspectiva, propõe-

se que tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais,

políticas e econômicas presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e

propiciem compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação

artística, nos contextos em que elas se constituem.

Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a Filosofia, que tem

a sua origem na Grécia antiga, traz consigo o problema de seu ensino a partir do

embate entre o pensamento de Platão e as teorias dos sofistas. Naquele

momento, tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e o papel

da retórica no ensino. Por um lado, Platão admitia que, sem uma noção básica

das técnicas de persuasão, a prática do ensino da Filosofia teria efeito nulo

sobre os jovens. Por outro lado, também pensava que se o ensino de Filosofia

se limitasse à transmissão de técnicas de sedução do ouvinte, por meio de

discursos, o perigo seria outro: a Filosofia favoreceria posturas polêmicas, como

o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento.

A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino

de Filosofia é garantir que os métodos de ensino não lhe deturpem o conteúdo.

A ideia de que não existem verdades absolutas em conteúdos como, por

exemplo, moral e política, é tese defendida com frequência por filósofos. Ocorre

que essa discussão, ao ser levada para o ensino, torna inevitável o

estranhamento que a ausência de conclusões definitivas provoca nos

estudantes. Essa é uma característica da Filosofia que, como lição preliminar a

qualquer conteúdo filosófico, deve ser bem compreendida. Russell (2001, p.

124

148), em Os Problemas da Filosofia, respondeu a essa polêmica:

O valor da filosofia, em grande parte, deve ser buscado na sua mesma

incerteza. Quem não tem umas tintas de filosofia é homem que caminha pela

vida fora sempre agrilhoado a preconceitos que se derivam do senso-comum,

das crenças habituais do seu tempo e do seu país, das convicções que

cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o consentimento de uma razão

deliberada. O mundo tende, para tal homem, a tornar-se finito, definido, óbvio;

para ele, os objectos habituais não erguem problemas, e as possibilidades

infamiliares são desdenhosamente rejeitadas. Quando começamos a filosofar,

pelo contrário, imediatamente caímos na conta de que até os objectos mais

ordinários conduzem o espírito a certas perguntas a que incompletissimamente

se dá resposta. A filosofia, se bem que incapaz de nos dizer ao certo qual venha

a ser a verdadeira resposta às variadas dúvidas que ela própria evoca, sugere

numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos,

descativando-nos da tirania do hábito. Embora diminua, por consequência, o

nosso sentimento de certeza no que diz respeito ao que as coisas são, aumenta

muitíssimo o conhecimento a respeito do que as coisas podem ser; varre o

dogmatismo, um tudo-nada arrogante, dos que nunca chegaram a empreender

viagens nas regiões da dúvida libertadora; e vivifica o sentimento de admiração,

porque mostra as coisas que nos são costumadas num determinado aspecto

que o não é.

A disciplina de Filosofia é a incessante busca para compreendermos a

realidade em nossa volta e principalmente a razão da nossa existência. Ela nos

proporciona auxilio para a compreensão do homem, como um ser situado numa

época em que ele próprio sente-se surpreso, perplexo com a realidade vivida, e

começa a questionar sobre tal realidade. Isso retrata o contexto histórico da

Filosofia, contrapondo com a atualidade percebemos que no “mito da caverna”,

descrito por Platão, essa questão é muito bem representada.

A Filosofia e o filosofar estão presentes em várias disciplinas, no ato de

pensar, em nosso dia-a-dia, etc. Porém, já autores como Hegel que afirmam que

não existe como conhecer os conteúdos da Filosofia sem filosofar. Já Kant

125

afirma que é necessário ensinar a filosofar para se entender a Filosofia. Na

verdade, ambos andam juntos, tanto a Filosofia como o filosofar, dependem um

do outro, são indissociáveis.

A Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que

possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino de Filosofia é

um espaço para análise e criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar

como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino dessa disciplina juntamente

com o exercício da leitura e da escrita.

Os filósofos não se ocuparam o bastante com a natureza do conceito como

realidade filosófica. Eles preferiram considerá-lo como um conhecimento ou uma

representação de dados, que se explicam por faculdades capazes de formá-lo

(abstração ou generalização) ou de utilizá-lo (o juízo). Mas o conceito não é dado, é

criado, está por criar; não é formado, ele próprio se põe em si mesmo, autoposição

[Hegel]. [...] Os pós-kantianos giravam em torno de uma enciclopédia universal do

conceito, que remeteria sua criação a uma pura subjetividade, em lugar de propor

uma tarefa mais modesta, uma pedagogia do conceito, que deveria analisar as

condições de criação como fatores de momentos que permanecem singulares. Se

as três idades do conceito são a enciclopédia, a pedagogia e a formação profissional

comercial, só a segunda pode nos impedir de cair, dos picos do primeiro, no

desastre absoluto do terceiro, desastre absoluto para o pensamento, quaisquer que

sejam, bem entendidos, os benefícios sociais do ponto de vista do capitalismo

universal (DELEUZE; GUATTARI, 1992, p. 20-21).

A Filosofia se constitui como pensamento há mais de 2.600 anos. Os

historiadores da Filosofia dizem que ela possui data e local de nascimento: final

do século VII e início do século VI antes de Cristo, nas colônias gregas da Ásia

Menor, na cidade de Mileto. Sendo o primeiro filósofo Tales de Mileto.

Os principais períodos da Filosofia:

• Filosofia Antiga (século VI a.C. ao século VI d.C.);

• Filosofia Patrística (século I ao século VII);

• Filosofia Medieval (século VII ao século XIV);

126

• Filosofia da Renascença (século XIV ao século XVI);

• Filosofia Moderna (século XVII ao século XVIII);

• Filosofia Contemporânea (abrange o pensamento filosófico que vai de

meados do século XIX e chega aos nossos dias).

A história da filosofia e as ideias dos filósofos que nos precederam

constituem,assim, uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar

constantemente as discussões realizadas pelo professor e pelos estudantes em

sala de aula. Os problemas, as ideias, os conceitos e os conteúdos estruturantes

devem ser desenvolvidos, portanto, de tal forma que os diversos períodos da

história da filosofia e as diversas maneiras através das quais eles discutem as

questões filosóficas sejam levados em consideração.

Ao examinar a Filosofia Antiga, por exemplo, percebe-se com facilidade

que ela se caracteriza, inicialmente, pela preocupação com as questões de

ordem cosmológica, isto é, com a exploração das perguntas relativas à natureza

e ao seu ordenamento. Posteriormente, ela amplia seus horizontes de discussão

e inclui investigações sobre a condição humana.

• o princípio originário (arché);

• as leis que regem o universo;

• os fenômenos atmosféricos;

• o movimento e a estática;

• o lugar do homem no cosmos;

• a questão da ética e da política.

Na Idade Média, a Filosofia era fortemente marcada pelo teocentrismo,

pensamento de características muito diferentes das que prevaleciam no período

anterior. A desestruturação do Império Romano foi concomitante ao crescimento

da Igreja como poder eclesiástico, fundamentado nas teologias políticas que

foram elaboradas pelos teóricos cristãos. A função dessas teologias políticas era

a ordenação, a hierarquização e o controle da sociedade, sob os auspícios da lei

divina. Nesse contexto, a filosofia, retirada do espaço público, passa a ser

prerrogativa da Igreja.

O medievo é, assim, marcado pela inspiração divina da Bíblia, pelo

127

monoteísmo,pelo criacionismo, pela ideia do pecado original, pelo conceito

cristão de amor (ágape) e por uma nova concepção de Homem, cuja essência

encerra a condição de igualdade como criatura divina. A Filosofia da Idade

Média, nos seus dois grandes períodos, Patrística (séc. II ao VIII) e Escolástica

(séc. IX ao XIV),

“...trata basicamente do aperfeiçoamento dos instrumentos lógicos para melhor compreensão dos textos bíblicos e dos ensinamentos dos Padres da Igreja. A razão é posta predominantemente em função da fé, ou seja, a Filosofia serve à teologia [...] não basta crer: é preciso também compreender a fé” (REALE, ANTISERI, 2003, p. 125).

Na modernidade, a busca da autonomia da razão e da constituição da

individualidade se confronta com os discursos abstratos sobre Deus e sobre a

alma, substituindo-os, paulatinamente, pelo pensamento antropocêntrico. A

Filosofia declara sua independência da Teologia e os pensadores passam a

tratar principalmente de questões filosófico-científicas (Racionalismo, Empirismo,

Criticismo). O homem descobre sua importância ao compreender as lógicas da

natureza, da sociedade e do universo. Ser moderno significa valorizar o homem

(antropocentrismo); não aceitar passivamente o critério da autoridade ou da

tradição; valorizar a experimentação; separar os campos da fé e da razão;

confiar na razão, que se bem empregada permite o conhecimento objetivo do

mundo com benefícios para o homem.

A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem,

principalmente no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da

consciência, o que se constata pelas inúmeras correntes de pensamento que

vêm constituindo esse período.

A partir do final do século XIX, a Filosofia é marcada pelo pluralismo de

ideias, o que permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos

estruturantes apresentados nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados

hoje também tenham se apresentado, anteriormente, como problemas, a

atividade filosófica deve considerar as características e perspectivas do

128

pensamento que marcam cada período da história da Filosofia.

OBJETIVOS

Quanto ao objetivo, a Filosofia não busca fins práticos, conteúdos

acabados, e sim se ocupa de questionamentos cujas respostas estão longe de

se obter através da Ciência. Por isso, é necessário dar espaço para que o aluno

faça uma reflexão, uma análise crítica, e que a partir de conceitos filosóficos, o

aluno possa ter autonomia para uma recriação de conceitos, tornando-se assim

pessoas críticas, que através de seus conhecimentos possam fazer a diferença

no exercício da cidadania, contribuindo para um mundo melhor.

CONTEÚDOS

1ª série

O que é o ser humano?

Filosofia:

Para que serve?

Sócrates, Platão e Aristóteles.

Por que filosofar no contexto atual?

Os pré-socráticos;

A lógica Aristotélica;

Teoria do Conhecimento (Idade Antiga, Média, Moderna e Contemporânea);

O que é conhecimento?

Possibilidades do conhecimento;

René Descartes, John Locke e Immanuel Kant;

2ª série

Filosofia:

Para que serve?

Sócrates, Platão e Aristóteles.

129

Por que filosofar no contexto atual?

Os pré-socráticos;

A lógica Aristotélica;

Teoria do Conhecimento (Idade Antiga, Média, Moderna e Contemporânea);

O que é conhecimento?

Possibilidades do conhecimento;

René Descartes, John Locke e Immanuel Kant;

Ética;

Os valores;

A moral;

Responsabilidade, dever e liberdade;

Destino e determinismo;

Liberdade incondicional e o livre-arbítrio;

A liberdade em Spinoza;

A morte;

Habermas e a ética do discurso;

3ª série

Filosofia:

Para que serve?

Sócrates, Platão e Aristóteles.

Por que filosofar no contexto atual?

Os pré-socráticos;

Teoria do Conhecimento (Idade Antiga, Média, Moderna e Contemporânea);

O que é conhecimento?

Possibilidades do conhecimento;

René Descartes, John Locke e Immanuel Kant;

Ética;

Os valores;

A moral;

Responsabilidade, dever e liberdade;

130

Liberdade incondicional e o livre-arbítrio;

A liberdade em Spinoza;

Habermas e a ética do discurso;

Filosofia Política;

Força e poder;

O exercício democrático;

A política na antiguidade e idade média

O pensamento político de Aristóteles;

Maquiavel e “O Príncipe”;

Hobbes e “Leviatã”;

Rousseau e “O contrato social”;

Estética;

O que é o belo;

A arte como forma de pensamento;

Concepções estéticas;

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Na atual polêmica mundial acerca dos possíveis sentidos dos valores

éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a

ocupar e muito a contribuir. Seus esforços dizem respeito, basicamente, aos

problemas e conceitos criados no decorrer de sua longa história, os quais por

sua vez geram discussões promissoras e criativas que desencadeiam, muitas

vezes, ações e transformações. Por isso, permanecem atuais.

Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluridimensional e

democrática,capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender

a complexidade do mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e

especializações. Nesse mundo, que se manifesta quase sempre de forma

fragmentada, o estudantes não pode prescindir de um saber que opere por

questionamentos, conceitos e

categorias e que busque articular o espaço-temporal e sócio-histórico em que

131

se dá o pensamento e a experiência humana.

A atual crise ambiental, com seus respectivos problemas, marcada pela

degradação socioambiental e fruto da fragilidade dos valores que orientam a

relação ser humano e natureza, se intensifica ao longo do tempo e de forma

cada vez mais acentuada, resultando na miséria, no consumismo e na exclusão

social e econômica. Esta deterioração gera crises, entre elas, a do

conhecimento. Nesse contexto, a educação é vista como um dos processos do

desenvolvimento humano, responsável pelas estruturas das políticas de

conhecimento, pela mudança de mentalidades, bem como pela formação de

novas identidades sociais. Portanto, é nessa construção e compreensão que a

educação ambiental parece surgir, como mediadora à problemática

socioambiental e caracterizada como um fenômeno social complexo. Assim,

este artigo teve o objetivo de apresentar o processo formativo da educação

ambiental, pautado na sua trajetória mundial e nacional, para compreender a

sua constituição e institucionalização, bem como as bases de pensamento que

permeiam a sua narrativa.

Acompanhamos, principalmente a partir do final dos anos 90, uma

grande discussão sobre a violência que estaria presente no cotidiano escolar,

afetando profundamente alunos, professores e funcionários. Afinal, do que

falamos quando falamos na violência que estaria presente no ambiente escolar?

Fala-se em agressões verbais, brigas, roubo, furto, indisciplina, incivilidades,

violência moral, violência física, violência contra o patrimônio público,

discriminação, humilhação, desrespeito... a lista parece interminável. O que

acontece nas escolas?, trata-se de relacionar a discussão sobre a violência nas

escolas – problema atual, sobre o qual se debruçam especialistas das mais

diversas áreas – com a discussão sobre a função da escola e suas

possibilidades de educar na sociedade contemporânea.

A sociedade contemporânea tem como características: o espaço

(escassez); o tempo (marcado fundamentalmente pelo fato social) e a

individualização (sujeito busca a satisfação dos seus desejos, sua segurança e

proteção). Essa multiplicidade de fatores favorece a competição, o consumo de

132

todo tipo de produtos e serviços e a perda do sentido de solidariedade e de

alteridade. Esse fato contribui para que a cidade trace uma fronteira simbólica

dividindo o espaço urbano em áreas espetaculares e áreas segregadas, criando

mundos heterogêneos - ocupados por grupos sociais diferentes, de acordo com

imagens construídas socialmente - e contribuindo para o surgimento de um

estado constante de tensão propicia à violência. A violência, embora não seja

uma forma específica de expressão na sociedade contemporânea, encontra na

atualidade, dispositivos, ancorados na facilidade de comunicação, para que seja

motivada e facilitada. O jovem disponível para experimentar novas situações e

aventuras, forma o grupo mais vulnerável à violência (vítima) e ocupa o lugar de

violento (culpado). Assim, é destacado pela mídia, pela sociedade civil, políticas

públicas, sistema de controle e repressão. Portanto, discutir a violência juvenil

na sociedade contemporânea exige uma contextualização e uma análise

cuidadosa desse grupo social.

Com o advento das revoluções modernas que estabeleceram os

modelos de legislação para grande parte do mundo ocidental, o conceito de

direitos e deveres vem se alterando. A própria definição de gênero, de infância,

de sexualidade, de família e tantas outras balizas constitutivas da sociedade

sofreram modificações. Nesse sentido, ao se pensar no ambiente escolar atual e

na convivência de diferentes grupos sociais, fica evidente o surgimento de

conflitos e ideias contrastantes a respeito de assuntos ligados aos variados

grupos. No que se refere à sexualidade, as discussões sejam talvez as mais

polêmicas por envolverem muito mais que conceitos científicos diversos:

referem-se, muitas vezes, a conceitos dogmáticos, especulativos,

preconceituosos, limitados e conservadores, que, aliados a uma formação

incipiente por parte das/os educadoras/es, gera a apropriação de um currículo

que geralmente ignora, trata com superficialidade ou desconsidera tal

perspectiva. Depreende-se disso que o ambiente escolar se constitui num

contexto propício não só para a propagação de concepções sociais

fundamentadas em referenciais hegemônicos mas também das ali produzidas,

que muitas vezes promovem as diferenças como produtoras de desigualdades

133

sociais. Pode-se assim, propor a inserção da discussão sobre orientação sexual

por meio de temas transversais, esse material sugere orientações pedagógicas

fundamentadas em uma concepção intencional e politicamente construída de

educação acerca da sexualidade, baseada na prevenção à gravidez na

adolescência e às DST/HIV/Aids, somente. Não estamos negando sua

importância documental e histórica, nem tampouco a discussão sobre tais

assuntos que se faz urgente em âmbito escolar, mas não podemos nos restringir

a fatores que são, muitas vezes, consequências de outros dois muito mais

amplos: as relações entre os gêneros e o desejo afetivo-sexual.

Além disso, a inclusão educacional constitui a prática mais recente no

processo de universalização da educação. Ela se caracteriza em princípios que

visam à aceitação das diferenças individuais, à valorização da contribuição de cada

pessoa, à aprendizagem através da cooperação e à convivência dentro da

diversidade humana.

Dessa forma, o papel da escola consiste em favorecer que cada um, de

forma livre e autônoma, reconheça nos demais a mesma esfera de direito que exige

para si. Neste âmbito, a prática da inclusão social se baseia em princípios diferentes

do convencional: consideração das diferenças individuais, valorização de cada

pessoa, convivência dentro da diversidade humana e aprendizagem por meio da

cooperação.

Tendo em vista o exposto acima, podemos concluir que o conceito de

inclusão engloba também aqueles que de certa forma são excluídos da sociedade e

não somente alunos com deficiências. Sendo assim, a educação inclusiva abrange

também alunos acometidos de alguma doença ou impossibilidade, alunos oriundos

de populações nômades e etnias, além dos alunos em situação de risco, entre

outros.

Temos ainda, outros discursos, como a educação do campo, como início

do século XXI apresenta inúmeros desafios à humanidade, e um deles é o de

superar as contradições sociais, especialmente nos países com alto grau de

concentração de renda e desigualdade. A fome, a miséria, a exclusão, a

exploração são condições que exigem projetos políticos nacionais e

134

internacionais de enfrentamento para sua superação. O Brasil é um exemplo de

país contraditório, com imenso potencial humano e de biodiversidade, mas com

excessiva concentração de renda e altos níveis de pobreza.

Dentre as contradições da sociedade brasileira, tem presença a questão

agrária, que, como diz Martins (2000, p. 98-99),

[...] tem a sua própria temporalidade, que não é o ‘tempo’ de um governo. Ela não é uma questão monolítica e invariante: em diferentes sociedades, e na nossa também, surge em circunstâncias históricas determinadas e passa a integrar o elenco de contradições, dilemas, tensões que mediatizam a dinâmica social e, nela, a dinâmica política.

Para o autor, a questão agrária é eminentemente histórica; trata-se do

tempo da conjuntura histórica e não simplesmente das diversas conjunturas

políticas e econômicas. “A questão agrária está no centro do processo

constitutivo do Estado republicano e oligárquico no Brasil, assim como a questão

da escravidão estava nas próprias raízes do Estado monárquico no Brasil

imperial” (MARTINS, 2000, p. 101).

Nesse contexto, é preciso pensar a educação do campo, que esteve à

margem das políticas educacionais, uma vez que, da ótica oficial, a educação

não era necessária aos povos trabalhadores da terra. A questão agrária esteve

visível em diferentes conjunturas políticas, em função da atuação dos

movimentos que reivindicam reforma agrária, muito embora ela tenha sido

tratada como problema social, como diz Martins (2000), e não como questão

estrutural.

Por sua vez, a educação do campo tem conquistado espaço político na

conjuntura atual, em função da atuação dos movimentos sociais e das iniciativas

governamentais que foram impulsionadas pela sociedade civil organizada. A

Coordenação da Educação do Campo do Estado do Paraná, há quatro anos,

discute e participa, com os movimentos e organizações sociais, da elaboração

de propostas de políticas públicas para a educação do campo.

Num momento político, final dos anos de 1990, em que os movimentos

135

sociais conquistaram espaço na agenda política e que as questões étnicas,

ecológicas e socioculturais têm sido discutida .

É importante fazer uma distinção dos termos “rural” e “campo”. A

concepção de

rural representa uma perspectiva política presente nos documentos oficiais, que

historicamente fizeram referência aos povos do campo como pessoas que

necessitam de assistência e proteção, na defesa de que o rural é o lugar do

atraso. Trata-se do rural pensado a partir de uma lógica economicista, e não

como um lugar de vida, de trabalho, de construção de significados, saberes e

culturas.

Como consequência das contradições desse modelo de

desenvolvimento, está, por um lado, a crise do emprego e a migração campo-

cidade e, por outro, a reação da população do campo que, diante do processo

de exclusão, organiza-se e luta por políticas públicas, construindo alternativas de

resistência econômica, política e cultural que também inclui iniciativas no setor

da educação.

Em tudo isso, o trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e

seus conteúdos básicos dar-se-á em quatro momentos:

• a mobilização para o conhecimento;

• a problematização;

• a investigação;

• a criação de conceitos.

e durante as aulas desenvolver-se-ão as seguintes etapas:

• Exposição dialogada dos conteúdos pelo professor com os estudantes;

• Elaboração de trabalhos em equipe e individual;

• Debates;

• Pesquisas;

• Filmes;

• Músicas.

Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011- SUED/SEEDA serão

136

tratados em conjunto aos conteúdos específicos, pertencentes a disciplina,

propostos nas DECs.

Assim, a Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como

exercício que possibilita ao estudante desenvolver o próprio pensamento. O

ensino de Filosofia é um espaço para análise e criação de conceitos, que une a

Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino

dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita. Por isso,a

atividade filosófica centrada, sobretudo no trabalho com o texto, propiciará

entender as estruturas lógicas e argumentativas, levando-se em conta o cuidado

com a precisão dos enunciados, com o encadeamento e clareza das ideias e

buscando a superação do caráter fragmentário do conhecimento.

AVALIAÇÃO

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como

meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de

investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão

formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação

dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática

pedagógica.

Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o

novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.

Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o

desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar

as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer

emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002).

Propõe-se formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que

compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que,

pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e

transformadora na sociedade.

137

A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das

dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias

para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da

comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço

onde os alunos estão inseridos.

Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno

aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas como

sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos que se

apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em suas

contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de aula

precisa contribuir para essa formação.O que deve ser levado em conta é a atividade

com conceitos, a capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios

e interesses subjacentes aos temas e discursos.

Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio

de trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:

• qual discurso tinha antes;

• qual conceito trabalhou;

• qual discurso tem após;

• qual conceito trabalhou.

O sistema de aferição de notas adotado será umas avaliações somatórias,

totalizando 10 (dez) pontos, que seja: formativa, contínua, processual, diagnóstica,

cumulativa e permanente.

De acordo com a deliberação 007/99 Artigo 3º, a avaliação do aproveitamento

escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de

aprendizagem como: avaliações escritas, apresentação no caderno, trabalhos

individuais e em grupo e apresentações orais.

De acordo com a Lei – 9394/96 os alunos participantes da sala de recursos

terão direita a avaliação diferenciada. Serão oferecidos recursos de apoio, tanto

visual, físico quanto nas especificações requeridas. Textos, atividades e avaliações

diferenciadas irão direcioná-los para chegar uma aprendizagem mais benéfica tanto

para o aluno como para o professor.

138

A seguir descrevem instrumentos avaliativos:

- Avaliação individual;

- Escrita ou oral dependendo da necessidade do aluno;

- Trabalhos individuais;

- Trabalho em grupos;

- Seminários;

- Debates;

- Apresentação de trabalho;

- Exercícios avaliativos;

- avaliações;

- recuperações paralelas de trabalhos e avaliações;

A referida recuperação de conteúdos será facultativo aos alunos com notas

superiores do valor atribuídos a avaliação. A recuperação paralela será diária

através da observação, intervenção, revisão dos conteúdos e trabalhos extra

classes.

A recuperação paralela dar-se à através da auto-avaliação dos trabalhos e

das avaliações em relação ao conhecimento através da sistematização do

conhecimento adquirido no desenvolvimento dos trabalhos práticos realizados. De

acordo com a necessidade poderá elaborar uma nova atividade.

Os critérios da avaliação serão:

- Provas – por números de acertos e tentativas.

- Trabalhos individual ou coletivo, o interesse, a participação e a pesquisa centrada

no assunto.

- Seminários, apresentação e coerência.

- Experimentos, criatividade, execução e compreensão do fenômeno físico.

- Envolvimento da teoria com a prática para uma melhor compreensão do conteúdo

estudados.

A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por

meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa

após o estudo. Com isso, torna-se possível entender a avaliação como um processo

contínuo, onde o aluno será avaliado diariamente.

139

BIBLIOGRAFIA

ANNUD, Jean-Jaques. A guerra do fogo. França; Canadá, 1981. Filme.

APOSTILAS DO POSITIVO.

APRENDE BRASIL. Ano 2, no. 9, Positivo, 2006.

CHAUÍ, Marilena. Filosofia. Volume único. São Paulo: Ática.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 7.ed. São Paulo: Ática, 2001.

FILOSOFIA, Discutindo. Ano 1, no. 3, Escola Educacional.

ARANHA, Maria Lúcia de A. Filosofando. Ed Moderna, 2003.

________________________. Temas de filosofia. Ed Moderna, 2003.

REALE, G. ; ANTISERI, D. História da Filosofia: Patrística e Escolástica. São Paulo: Paulus, 2003.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Filosofia para o Ensino Médio. 2006.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Física é a ciência que estuda os fenômenos naturais pela aplicação de um

método regido por determinados princípios gerais e disciplinado por relações entre

experimentos e teoria. Seu campo de ação compreende, em linhas gerais, o estudo

das propriedades da matéria - seus aspectos e níveis de organização - e leis de seu

movimento e transformações. Busca formular essas leis em uma linguagem

matemática capaz de abranger o maior número possível de fenômenos. O homem

sempre buscou compreender melhor os fenômenos naturais e a estrutura do

universo.

Para isso, tem procurado definir princípios e leis elementares. Todo esse

140

esforço levou ao surgimento da física como uma disciplina científica.

As fronteiras com a técnica têm origem na base empírica da física,

construída sobre métodos experimentais e instrumentos de medidas. A física ora

cria e aperfeiçoa esses instrumentos, ora busca em outras áreas de estudo. A luneta

telescópica, por exemplo, que permitiu a Galileu realizar observações de grande

impacto científico, foi criada para servir à técnica de navegação. A física também

contribui com variadas aplicações no lar, na indústria, na medicina e na pesquisa

científica, como é o caso da energia elétrica e do raio X.

O reconhecimento das imensas possibilidades da física para a criação de

técnica aproveitável pelas outras ciências e pela sociedade motivou a mobilização

de esforços e recursos humanos com o objetivo de explorá-la sistemática e

intencionalmente. O conjunto dessas atividades constitui a física aplicada, campo

em que se realizam, por exemplo, pesquisas sobre semicondutores voltadas para as

aplicações da eletrônica, e pesquisas sobre fusão nuclear controlada, em busca de

novas formas para a produção de energia.

O conhecimento da Física deve, necessariamente, começar pela pergunta,

pela inquietação, pela existência de problemas e pela curiosidade. Cabe ao

educador, antes de qualquer coisa, ensinar a perguntar. Essa é a questão

fundamental no processo de ensino-aprendizagem. Para que o educando possa

fazer perguntas, é necessário que o ponto de partida sejam situações concretas da

vida e do cotidiano.

O ensino de Física hoje proposto é o de intercalar ciência e cotidiano, onde

os educandos devem aprender a aplicar os princípios e generalizações aprendidas

nas aulas para a compreensão e controle de fenômenos e problemas do dia-a-dia.

Percebe-se que isto não está sendo vivenciado no âmbito escolar, o que

mostra a precariedade do ensino num mundo em constante evolução que a qualquer

momento uma grande quantidade de informações e conceitos físicos surgem ao

nosso redor.

Muitos dos conceitos abordados no ensino de Física - como força,

movimento, velocidade, temperatura etc. já tem um significado para o educando,

pois são fruto de suas experiências diárias. Nem sempre o modelo que o educando

141

traz para a sala de aula coincide com o científico. Na maioria das vezes, a

compreensão da realidade a partir da teoria científica implica, para o educando, uma

mudança na maneira de olhar determinado fenômeno. Assim, as situações de

aprendizagem devem permitir, em primeiro lugar, que o educando explicite suas

idéias sobre os assuntos em estudo e, posteriormente, apresentar problemas que

não sejam resolvidos pelos educandos. A percepção de que suas justificativas sobre

um fenômeno não explicam todas as questões relativas ao tema, favorece uma

postura de investigação da realidade pelo educando, permitindo-lhe avaliar suas

concepções diante das teorias científicas.

Para não continuarmos numa educação bancária, fazendo somente

depósitos de informações (assuntos ministrados sem preocupar-se com sua real

funcionalidade no dia-a-dia dos educandos), temos que nos preocupar com o

conhecimento do que realmente procuramos ensinar, despertando nos educandos a

curiosidade pela busca do conhecimento além da sala de aula, ou seja, o

conhecimento relacionado ao seu cotidiano que desperte o interesse pela Física na

sua totalidade.

A física é um produto da inteligência humana, que se mantém em contínua

construção e reelaboração. Seus princípios, seus conceitos e suas ideias,

formulados e retormulados ao longo de séculos de reflexão e pesquisa, nem sem

presão óbvios e muitas vezes contrariam o senso comum. São necessários tempo,

estudo e persistência para compreendê-Ios adequadamente.

Podemos, então, mostrar que é possível ensinar Física de maneira diferente

e voltada à realidade dos educandos, problematizando os conceitos e práticas,

buscando a participação e a colaboração dos educandos no âmbito escolar, fazendo

com que se aumente o diálogo problematizador entre educador-educando

observando os princípios de igualdade, liberdade, diversidade, participação e

solidariedade, definindo assim uma relação democrática entre educador-educando.

A importância de uma atividade preocupada com a dialogicidade entre

educador e educandos e a problematização de conceitos faz com que educador e

educandos façam dos questionamentos decorrentes dentro da sala de aula se

tornem uma atitude cotidiana de aprender, de construir conhecimento de forma

142

libertadora. Uma atividade dialógico-problematizadora possibilitará ao educador,

educandos e equipe escolar, conhecer, analisar e refletir como se dará a construção

e produção do conhecimento e como se dará à difusão desse conhecimento no

ambiente escolar.

Torna-se essencial desenvolvermos um trabalho que tenha por finalidade

promover mudanças nas práticas educacionais que estão sendo empregadas nas

escolas do Ensino Médio. É necessário aprender a dialogar e criticar, fazer com que

os educandos tenham algum interesse em buscar e adquirir conhecimentos além do

espaço da sala de aula. Em outras palavras problematizar as práticas e os conceitos

envolvidos relacionando-os com o cotidiano.

Para realizarmos mudanças nas práticas educacionais e superar todas estas

dificuldades que estão sendo empregadas nas escolas do ensino Médio torna-se

imprescindível analisarmos a própria prática docente passo a passo, buscando

novos meios de ensino-aprendizagem para uma educação qualificada e que faça

parte da cultura de cada um. Na Física é essencial que o conhecimento seja

explicitado como um processo histórico, objeto de contínua transformação e

associado às outras formas de expressão e produção humana.

A finalidade de estudos da Física no Ensino Médio é, primordialmente, a de

facilitar a aprendizagem de sua conceituação correta como Ciência na Natureza,

bem como examinar seu método e alguns de seus resultados. Espera-se que ao

final do curso os educandos tenham o conhecimento da terminologia para o uso de

termos corretos utilizados para descrever fenômenos, processos ou sistemas físicos,

bem como o conhecimento de símbolos e convenções adotadas na Física, estando

capacitado a usá-los correta e fluentemente. Espera-se ainda, que os educandos

assimilem os conhecimentos dos processos de cálculo usados na Física,

capacitando-os a utilizá-Ias na resolução de problemas simples.

Facilitar aos educandos o conhecimento das leis e princípios da Física,

como subsídios para a análise ou planejamento de sistemas físicos usuais, de modo

a formular hipóteses e estabelecer condições necessárias para a solução daqueles

problemas. Finalmente, propiciar aos educandos a objetividade para representar

modelos matemáticos e para interpretar os símbolos matemáticos correspondentes

143

aos fenômenos físicos representados, bem como o conhecimento de fatos

específicos necessários nas aplicações da Física.

CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes serão contemplados nas três séries do ensino

médio, buscando assim garantir o objeto de estudo da Física. Estes estão divididos

(didaticamente) em três campos:

1°) O estudo dos Movimentos (trajetórias, descrição clássica dos movimentos -

inércia e momentum, gravitação universal) está ligado a compreensão de

fenômenos relacionados ao cotidiano do educando fica mais claro e preciso. A

Cosmologia também será contemplada, enriquecendo as aulas propondo leituras e

atividades, e mostrando que estas ciências surgiram da necessidade postas pelas

diversas civilizações que nos antecederam.

2°) O estudo da Termodinâmica (modelos de calor, lei zero da termodinâmica, vapor

e movimento, pressão e movimento, verso e reverso - a ordem do universo, luz e

ondas) também está presente nos afazeres diários dos estudantes, e seus conceitos

fundamentais são de grande importância para ver a Física como uma ciência em

construção e assim ajudar a entender melhor o mundo em que vivemos.

3°) Os conceitos de Eletromagnetismo (carga elétrica, geração mais transformação

igual a conservação de energia, campos eletromagnéticos, dualidade onda partícula

da luz) são importantes para o entendimento das inovações tecnológicas. Trabalhos

de Maxwell serão amplamente explorados, assim como as leis do Eletromagnetismo

Clássico, para que assim, aconteça à compreensão da Teoria da Relatividade

Especial, proposta por Einstein.

Os conteúdos específicos relativos a Movimento, Termodinâmica e

Eletromagnetismo podem ser aprofundados e contextualizados em relações

interdisciplinares sob uma abordagem que contemple os avanços e as perspectivas

da Física nos últimos anos, o que contribui para a apresentação de uma ciência em

construção.

144

Porém a interdependência entre o estudo dos Movimentos, a

Termodinâmica e a Teoria do Eletromagnetismo fará com que para um mesmo

assunto trabalhado, os referenciais teóricos dos três campos sejam pesquisados e

revistos para estudar um mesmo conteúdo.

Ao professor caberá, a partir da proposta pedagógica e da matriz curricular

da sua escola, selecionar os conteúdos específicos que comporão seus planos de

trabalho docente, nas séries do Ensino Médio. O professor deve considerar a

realidade socioeconômica e cultural da região onde se situa a escola para

contextualizar os conteúdos e permitir aos estudantes ampliar as construções de

significados no acesso ao conhecimento científico.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos básicos englobam conhecimentos fundamentais, que não

podem ser suprimidos nem reduzidos, podendo o professor acrescentar outros

conteúdos, enriquecendo o trabalho de sua disciplina. Os conhecimentos básicos se

articulam com os conteúdos estruturantes da disciplina, tendo abordagens diversas

a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estuturante. Havendo

necessidade, serão desdobrados em conteúdos específicos, considerando o

aprofundamento para cada série e nível de ensino.

O plano de trabalho docente é o currículo em ação. Nele estará a expressão

singular e de autoria, de cada professor, da concepção curricular construída nas

discussões coletivas.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE - MOVIMENTO

CONTEÚDOS BÁSICOS:

momentum e inércia; conservação da quantidade de movimento; variação da

quantidade de movimento (impulso); 2a lei de Newton; 3a lei de Newton e condições

de equilíbrio.

Abordagem teórico-metodológica: Esses conteúdos serão considerando-se: o

contexto histórico-social, discutindo a construção científica um produto da cultura

humana. A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência. reconhecimento da

145

Física como um campo teórico, considerando-se os fundamentais que dão

sustentação à teoria dos movimentos. É fundamental o domínio das ideias, das leis,

dos conceitos e definições presentes na teoria. As relações da Física com a Física e

com outros campos do conhecimento. Que a ciência dos movimentos não se esgota

em Newton e seus sucessores. Textos de divulgação científica literários, etc.

Avaliação: Espera-se que o estudante:

- Formule uma visão geral da Física, presente no final do século XIX e compreenda

a visão de mundo dela decorrente.

- Compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de

partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios.

- Compreenda o conceito de massa (nas translações), entendendo-a como uma

resistência à variação do movimento.

- Compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações), relacionando este

conceito à massa do objeto e à distribuição dessa massa em relação ao eixo de

rotação,

- Entenda as medidas das grandezas como dependentes do referencial e de

natureza vetorial.

- Perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto

os translacionais como os rotacionais.

- Perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a

aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo.

- Reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais diferentes situações.

Energia e o Princípio da Conservação da energia.

Abordagem teórico-metodológica: esses conteúdos deverão considerar: o contexto

histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da cultura

humana. A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência. O campo teórico a

Física no qual a energia tem um lugar fundamental, pois se entende que para

146

ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e utilização de linguagem

própria da ciência, indispensável e inseparável do pensar ciência. As relações da

Física com a Física e com os outros campos de conhecimento. Textos de divulgação

científica, literários, etc. o cotidiano, o contexto social, as concepções dos

estudantes e a história da evolução dos conceitos e idéias em Física, como

possíveis pontos de partida para problematizações.

Avaliação: Espera-se que o estudante:

- Perceba a ideia de conservação de energia como uma construção humana,

originalmente concebida no contexto da Termodinâmica e, a amplitude do Princípio

da Conservação da Energia, aplicado a todos os campos de estudo da Física, bem

como outros campos externos à Física.

- Conceba a energia como uma grandeza Física que pode se manifestar de diversas

formas e, no caso da energia mecânica, em energias cinética, potencial elástica e

potencial gravitacional.

- Perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/

variação de energia.

- Compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico.

Gravitação.

Abordagem teórico-metodológica: os conteúdos básicos devem considerar: o

contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da

cultura humana; a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência; as relações da

Física com a Física e com os outros campos de conhecimento; o cotidiano, as

concepções dos estudantes e a história da evolução dos conceitos e ideias em

Física como possíveis pontos de partida para problematizações; textos de

divulgação científica, literários, etc; o modelo científico presente na gravitação

newtoniana a contemporaneidade da gravitação através da Teoria da Relatividade

Geral.

Avaliação: Espera-se que o estudante:

- Compreenda a lei da Gravitação Universal como uma construção científica

importante, pois unificou a compreensão dos fenômenos celestes e terrestres.

147

- Associe a gravitação com as leis de Kepler.

− Identifique a massa gravitacional, diferenciando-a da massa inercial, do ponto

de vista clássico.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: TERMODINÂMICA

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Leis da Termodinâmica: lei Zero da Termodinâmica, Primeira lei da

Termodinâmica e Segunda lei da Termodinâmica.

Abordagem teórico-metodológica: os conteúdos básicos devem considerar: o

contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da

cultura humana; as relações da Física com a Física e com os outros campos de

conhecimento; a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência; o

reconhecimento da Física como um campo teórico, sendo necessário o domínio das

ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem

científica; utilização de experimentação para formulação e discussão de conceitos e

ideias, bem como textos de divulgação científicas e literárias.

Avaliação: tem-se como expectativa que o estudante compreenda o quadro

teórico da Termodinâmica, composto por idéias expressas nas suas leis e em seus

conceitos fundamentais: temperatura, calor e entropia; assim, espera-se que ele:

- Compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido

para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e

fundamental para o desenvolvimento das idéias na Termodinâmica.

- Formule o conceito de pressão e de um fluido seja ele um líquido ou um gás, e

extrapole o conceito a outras aplicações físicas.

- Entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de

um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um

sistema.

- Diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das

formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da

Termodinâmica.

- Compreenda ala lei como a manifestação d Princípio de Conservação de Energia,

148

bem como a sua construção no contexto da Termodinâmica e a sua importância

para a revolução industrial a partir do entendimento do calor como uma forma de

energia.

- Associe ala lei a idéia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor.

- Compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como

propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor.

- Identifique dois processos físicos: os reversíveis e os irreversíveis, que vem

acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei.

- Compreenda a entro pia, uma grandeza que pode variar em processo espontâneo

e artificial como uma medida de desordem e probabilidade.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: ELETROMAGNETISMO

CONTEÚDOS BÁSICOS

Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas; Força

eletromagnética; Equação de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática (Lei de

Coulomb, Lei de Ampére, Lei de Gauss magnética, Lei de t=araday) e a natureza da

luz e suas propriedades.

Abordagem teórico-metodológica: os conteúdos básicos devem considerar: o

contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto da

cultura humana; as relações da Física com a Física e com os outros campos de

conhecimento; a Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência; o

reconhecimento da Física como um campo teórico com conceitos fundamentais que

dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio das idéias, das leis,

dos conceitos e definições presentes a teoria e sua linguagem científica; que o

estudo de ondulatória deve se iniciar pelas ondas mecânica, pois são mais "visíveis"

ou perceptíveis no cotidiano. No entanto as ondas eletromagnéticas, entre elas. a

luz visível, também estão presentes no dia-a-dia, porém o modelo matemático para

as ondas não encontram uma correspondência direta com os fenômenos, sendo

ótimo para mostrar a diferença entre modelo e fenômeno e diferenciando real do

abstrato. O contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano,

possíveis pontos de partida para problematização.

149

Avaliação: Espera-se que o estudante:

- Compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que

a fundamentam.

- Compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo.

- Compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o

campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim a ideia de

campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga.

- Compreenda as leis de Maxwell como leis que fornecem a base para a explicação

dos fenômenos eletromagnéticos.

- Entenda o campo como uma entidade física dotado de energia.

- Associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica.

- Conheça as propriedades elétricas dos materiais, como a resistividade e

condutividade.

- Compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético

sobre a corrente elétrica.

- Entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos

constituintes.

- Compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema

elétrico.

- Entenda o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo.

- Conceba a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre as

radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos: ondulatório

e o da partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria.

- Entenda o processo de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a

mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo

de reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio.

- Entenda os fenômenos luminosos, como os da reflexão total, reflexão difusa,

dispersão e absorção da luz, dentre outros importantes para a compreensão de

fenômenos cotidianos que ocorrem simultaneamente na natureza, porém, as vezes,

um ou outro se sobressai.

- Associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação

150

do arco-íris, a percepção das cores, a cor o céu dentre outros, aos fenômenos

luminosos estudados.

- Compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria

apresente alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o

efeito fotoelétrico), e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou

seja, entenda a luz a partir do comportamento dual.

− Extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por

exemplo, ao elétron.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O aprendizado tem o seu ponto de partida no universo vivencial comum

entre os educandos e o educador, que investiga ativamente o meio natural ou social

real, ou que faz uso do conhecimento prático de especialistas e outros profissionais,

desenvolve com vantagem o aprendizado significativo, criando condições para um

diálogo efetivo, de caráter interdisciplinar, em oposição ao discurso abstrato do

saber. Além disso, aproxima a escola do mundo real, entrando em contato com a

realidade natural, social, cultural e produtiva.

Para o aprendizado científico, a experimentação, seja ela de demonstração

e equipamentos do cotidiano do educando e até mesmo o laboratorial, é distinta

daquela conduzida para a descoberta científica e é particularmente importante

quando permite ao educando diferentes formas de percepção qualitativa e

quantitativa, de manuseio, observação, confronto, dúvida e de construção

conceitual.

É importante que o processo de ensino-aprendizagem, em Física, parta do

conhecimento prévio dos educandos, onde se incluem as concepções alternativas

ou concepções espontâneas que o educando adquire no seu cotidiano através da

interação com os diversos objetos no seu espaço de vivência, sobre as quais a

ciência tem um conceito científico que envolve um saber socialmente construído e

sistematizado, o qual necessita de metodologias específicas para ser transmitido no

ambiente escolar.

151

Deve-se iniciar o estudo sempre pelos aspectos qualitativos e só então

introduzir tratamento quantitativo. Esse deve ser feito de tal maneira que os

educandos percebam as relações quantitativas sem a necessidade de utilização de

algoritmos. Pode ser usada uma grande variedade de linguagens e recursos, de

meios e de formas de expressão, a exemplo dos mais tradicionais, os textos e as

aulas expositivas em sala de aula.

A ciência surge na tentativa humana de decifrar o universo físico,

determinado pela necessidade humana de resolver problemas práticos e

necessidades materiais em determinada época, logo é histórica, constituindo-se em

visão do mundo.

O fazer ciência está, em geral, associado a dois tipos de trabalhos, um

teórico e um experimental. Em ambos o objetivo é estabelecer um "modelo" de

representação da natureza ou de fenômeno. No teórico é feito um conjunto de

hipóteses, acompanhadas de um formalismo matemático, cujo conjunto de

equações deve permitir que se façam previsões, podendo, às vezes, receber o apoio

de experimentos, onde se confronta o dado coletado com os previstos pela teoria.

Um texto apresenta concepções filosóficas, visões do mundo, e deve-se

estimular o educando além de ler as palavras, aprender, avaliar e mesmo se

contrapor ao que se lê. Cabe ao educador problematizar o texto e oferecer novas

informações que caminhem para a compreensão do conceito pretendido. A aula

expositiva é só um dos muitos meios e deve ser o momento do diálogo, do exercício,

da criatividade do trabalho coletivo de elaboração do conhecimento. Através dessa

técnica podemos fornecer informações preparatórias para um debate, jogo ou outra

atividade em classe, análise e interpretação de dados coletados nos estudos do

meio.

A Física deve contribuir para a formação dos sujeitos, porém através de

conteúdos que dêem conta do entendimento do objeto de estudo da Física, ou seja,

a compreensão do universo, a sua evolução, suas transformações e as interações

que nele se apresentam.

O aprendizado deve ser conduzido de forma a estimular a efetiva

participação e responsabilidade social dos educandos, discutindo possíveis ações

152

na realidade em que vive desde a difusão de conhecimento a intervenções

significativas no bairro ou localidade de forma a que os educandos sintam-se de fato

detentos de um saber significativo.

Para que o educador vá além do limite de informação atingindo a fronteira

da formação é preciso uma mediação que não é aleatória, mas pelo conhecimento

físico, num processo organizado e sistematizado pelo educador. O objetivo é que

educador e educandos, em conjunto, compartilhem significados na busca da

aprendizagem que acontece quando novas informações interagem com o

conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam,

integram, modificam e enriquecem o conhecimento já existente, podendo inclusive

substituí-Io.

Na sequência são destacados recursos didáticos para enfatizar a

metodologia abordada:

- Aulas expositivas e explicativas sobre os temas centrais: produção de "notas de

aulas" em transparência para integrar os conteúdos;

- Uso de vídeos didáticos, com posterior debate;

-Aulas práticas (mesmo que a escola não disponha de laboratório, pode-se propor

algumas atividades experimentais com materiais trazidos pelos próprios educandos);

- Articulação com os educadores da área de linguagens e códigos e suas

tecnologias;

-Interação com os educadores da área de Ciências Humanas e Sociais;

- Seminários com temas propostos por séries;

- O ensino da Física e a informática;

- Visitas técnicas programadas.

Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011 SUED / SEED serão

tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina propostos

nas DCES.

Por isso, a escola, deve adotar uma metodologia que englobe esses

desafios, como o enfrentamento à violência, o combate ao uso indevido de drogas, a

cidadania e direitos humanos, a educação fiscal, a educação ambiental, entre

outros.

153

AVALIAÇÃO

A avaliação pode assumir um caráter eminentemente formativo, favorecedor

do progresso pessoal e da autonomia do educando, integrada ao processo ensino-

aprendizagem, para permitir aos educandos consciência de seu próprio caminhar

em relação ao conhecimento e permitir ao educador controlar e melhorar a sua

prática pedagógica. Uma vez que os conteúdos de aprendizagem abrangem os

domínios dos conceitos, das capacidades e das atitudes, é objeto da avaliação o

progresso dos educandos em todos esses domínios. De comum acordo com o

ensino desenvolvido, a avaliação deve dar informação sobre o conhecimento e

compreensão de conceitos e procedimentos.

A avaliação é algo mais do que buscar resultados. É um processo de

observação e verificação de como os educandos aprendem os conhecimentos

físicos e o que pensam sobre a física, é parte integrante do próprio processo de

aprendizagem e tem como objetivo aprimorar a qualidade dessa aprendizagem.

Por isso a avaliação será contínua, dinâmica, informal, e conforme normas

contidas no regimento, será realizada em três ou mais etapas por bimestre, em que

serão atribuídos os valores máximos de 3,5 (prova) + 3,5 (prova) + 3,0 (trabalhos,

participações) para que através desta série de observações sistemáticas possamos

emitir juízo valorativo sobre a evolução dos educandos na aprendizagem da Física.

A avaliação deve ter um caráter diversificado, levando em consideração

todos os aspectos: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise

de um texto; a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento qualquer

que envolva conceitos físicos.

Finalmente, pode-se afirmar que a avaliação é um elemento significativo do

processo de ensino-aprendizagem, que envolve a prática pedagógica do educador,

o desempenho do educando e os princípios que norteiam o trabalho da unidade

escolar, ou seja, a avaliação vai além de simplesmente quantificar os resultados de

um processo ao término de um período. Cabe ao educador apresentar o conceito ou

154

nota ao educando, desde que acompanhados de orientações sobre como ele pode

agir para aperfeiçoar seu desempenho e progredir no aprendizado de Física. Logo a

avaliação só tem sentido quando utilizada como instrumento para intervir no

processo de aprendizagem dos educandos, visando o seu crescimento intelectual e

científico.

A avaliação do desempenho dos educandos terá as seguintes finalidades:

* Em relação aos educandos: Verificar e medir seu conhecimento físico;

acompanhar o desenvolvimento de seus procedimentos físicos; observar sua

postura frente à física; possibilitar reflexão sobre seus êxitos e dificuldades.

* Em relação ao educador: colher informações para orientação e para tomada de

decisões em relação à atuação docente; identificar as áreas que apresentam

dificuldades para os educandos.

Serão adotados os seguintes componentes de avaliação: conceitos físicos,

procedimentos físicos, atitudes e raciocínio.

Terá como base:

* As respostas dos educandos, quando eles manifestam de forma implícita ou

explicativa suas certezas, dúvidas e erros.

* As observações das ações e discussões efetuadas durante as tarefas individuais,

em grupos pequenos ou com a classe toda.

* Análise de provas, tarefas feitas em casa, diárias e trabalhos escritos.

Será realizada através de:

* Exercícios, problemas, pesquisas, resumos, esquemas.

* Atividade extraclasse.

* Provas de tipos variados com respostas discursivas, curtas, testes de múltipla

escolha e somatórias.

* Realização de atividades experimentais. Procurando atender aqueles alunos

portadores de necessidades especiais, deve-se criar métodos alternativos de

avaliação, de acordo com cada necessidade, como por exemplo, exposições orais

por parte do educando, atividades lúdicas, etc.

A recuperação de conteúdos acontecerá a todo momento, sempre que

155

detectado pelo professor ou até mesmo pelo educando carências no processo

ensino-aprendizagem.

A possibilidade da recuperação paralela - que o professor faz a cada tema

trabalhado, objetivando assegurar a aquisição dos conceitos - pode ser tratada como

um processo de busca da compreensão, devendo ser participativa, de forma a

permitir que o aluno expresse suas inseguranças, tenha oportunidade de se

aprimorar e sanar suas dificuldades. Para tanto, o professor deve diagnosticar as

dificuldades e facilidades do aluno e procurar compreender seu processo de

aprendizagem.

Na recuperação, a mera repetição de exercícios e conteúdos dados não tem

significado para o aluno, pois dificilmente ele assimilará conceitos e atribuirá

significados pelo método da exaustão.

Assim, no processo de recuperação o professor deve oferecer um trabalho

que valorize e desperte mais o raciocínio e a produção da linguagem matemática,

dando oportunidade ao aluno de expressar-se, valorizando os mínimos avanços que

ele possa ter, fazendo sentir-se responsável pelos seus compromissos com o

aprendizado, do qual ele próprio irá usufruir.

Os métodos a serem utilizados serão definidos de acordo com a carência do

educando, podendo ser, trabalhos em grupo, lista de exercícios, revisão de

avaliação e conteúdo.

Durante todo esse processo avaliativo, professor deve considerar as noções

que o estudante traz, decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-Ias com os

novos conhecimentos abordados nas aulas de Matemática. Assim, será possível

que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia do exame para se

basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem.

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158

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Atualmente, a grande velocidade com que vem ocorrendo as transformações

no espaço planetário, tem levado a escola a rever conceitos e metodologias, pois

esses refletem diretamente nos elementos fundamentais do ensino da Geografia.

Para iniciar a reflexão sobre o ensino de Geografia se colocam algumas

questões: O que é Geografia? Para que serve? Como ensinar Geografia?

Para responder a essas questões, faz-se necessário esclarecer que a

Geografia como ciência, sofreu ao longo da história, profundas transformações,

tanto em nível teórico quanto metodológico. Até as primeiras décadas do século XX,

predominavam nas escolas concepções tradicionais e os livros se limitavam a uma

Geografia puramente descritiva e enumerativa, tipo catálogo. Os educandos eram

obrigados a memorizar listas intermináveis de nomes e números, ou confundiam a

Geografia com a topografia e a cartografia.

Esta Geografia tradicional, centrada na observação e na descrição

principalmente do quadro natural estrutura-se em três aspectos: os físicos, os

humanos e os econômicos.

Os aspectos físicos, nesta concepção, são considerados os mais importantes.

Abrangem especialmente a hidrografia (rios, bacias hidrográficas, redes fluviais e

tudo o que se refere ao mundo das águas); o relevo (planícies, planaltos, serras – ou

seja, as formas da superfície terrestre); o clima ( calor, frio, geada, neve e estados

do tempo em geral); e a vegetação (florestas, campos, cerrados, caatinga e temas

relacionados à distribuição das espécies vegetais pela superfície terrestre).

Os aspectos humanos referem-se ao homem “inserido” no quadro natural,

como se a paisagem tivesse sido moldada para recebê-lo e fornecer-lhe suas

“dádivas”, ou seja, seus recursos: solo, água, animais, vegetais e minerais, por

exemplo.

Por fim, na parte econômica busca-se explicar como o homem explora e

transforma o ambiente por meio das atividades econômicas, expressas pela

159

seguinte ordem: extrativismo, agricultura, pecuária, indústria, comércio, serviços e

meios de transporte – a circulação no território.

Observa-se que, na Geografia tradicional, o ensino desenvolve-se por meio

de blocos (Geografia física, humana e econômica) que não se relacionam nem

internamente, nem entre si, desarticulados no espaço e no tempo. Na Geografia

física, por exemplo, não é estabelecida uma relação entre clima, solo, relevo e

hidrografia, faz-se uma descrição sem correlações entre os elementos. Com tudo

isso, segundo MORAES (1993, p.93), no Brasil, “a partir de 1970, a Geografia

Tradicional está definitivamente enterrada; suas manifestações, dessa data em

diante, vão soar como sobrevivências, resquícios de um passado já superado”.

Assim, se faz necessário repensar o ensino e a construção do conhecimento

geográfico, bem como a serviço de quem está esse conhecimento. Qual o papel do

ensino de Geografia na formação de um cidadão crítico da organização da realidade

socio-espacial.

A partir da compreensão do espaço geográfico como “um conjunto

indissociável, solidário e também contraditório de sistemas, de objetos e sistemas de

ações, não considerados isoladamente, mas como quadro único no qual a história

se dá”, Santos (1996, p.51), propõe uma concepção de geografia que possibilite ao

educando desenvolver um conhecimento do espaço, que o auxilie na compreensão

do mundo, privilegiando a sua dimensão socioespacial. Para MORAES (1998,

p.166), “formar o indivíduo crítico implica estimular o aluno questionador, dando-lhe

não uma explicação pronta do mundo, mas elementos para o próprio

questionamento das várias explicações. Formar o cidadão democrático implica

investir na sedimentação no aluno do respeito à diferença, considerando a

pluralidade de visões como um valor em si”.

Nesse contexto, a Geografia explicita o seu objetivo, de analisar e interpretar

o espaço geográfico, partindo da compreensão de que o espaço é entendido como

produto das múltiplas, reais e complexas relações, pois, como mostra SANTOS

(2001, p.174) “vive-se em um mundo de indefinição entre o real e o que se imagina

dele”. E, em conformidade com RESENDE (1986, p.181) “é preciso reconhecer a

existência de um saber geográfico, que é próprio do educando trabalhador, um

160

saber que está diretamente ligado com sua atitude intelectiva, respondendo sempre

ao seu caráter social, objetivo, de um todo integrado, um espaço real”.

Desse modo, à Geografia escolar cabe fornecer subsídios que permitam aos

educandos compreenderem a realidade que os cerca em sua dimensão espacial, em

sua complexidade e em sua velocidade, onde o espaço seja entendido como o

produto das relações reais, que a sociedade estabelece entre si e com a natureza.

Segundo CARLOS (2002, p.165) “A sociedade não é passiva diante da natureza;

existe um procedimento dialético entre ambas que reproduz espaços e sociedades

diferenciados em função de momentos históricos específicos e diferenciados. Nesse

sentido, o espaço é humano não porque o homem o habita, mas porque o produz”.

Compreender as contradições presentes no espaço é o objetivo do

conhecimento geográfico, ou seja, perceber além da paisagem visível.

Torna-se urgente, assim, romper com a compartimentalização do

conhecimento geográfico. Neste sentido, faz-se necessário considerar o espaço

geográfico a partir de vários aspectos interligados e interdependentes, os fenômenos

naturais e as ações humanas, as transformações impostas pelas relações sociais e

as questões ambientais de alcance planetário, não desprezando a base local e

regional.

Nesse contexto, o homem passa a ser visto como sujeito, ser social e

histórico que produz o mundo e a si próprio. Segundo CAVALCANTI (1998, p.192)

“O ensino de geografia deve propiciar ao aluno a compreensão de espaço

geográfico na sua concretude, nas suas contradições, contribuindo para a formação

de raciocínios e concepções mais articulados e aprofundados a respeito do espaço,

pensando os fatos e acontecimentos mediante várias explicações”.

O ensino de Geografia comprometido com as mudanças sociais revela as

contradições presentes na construção do espaço, inerentes ao modo como homens

e mulheres transformam e se apropriam da natureza. Nesta perspectiva, há que se

tornar possível ao educando perceber-se como parte integrante da sociedade, do

espaço e da natureza. Daí a possibilidade dele poder (re)pensar a realidade em que

está inserido, descobrindo-se nela e percebendo-se na sua totalidade, onde se

revelam as desigualdades e as contradições. Sob tal perspectiva, o ensino de

161

Geografia contribui na formação de um cidadão mais completo, que se percebe

como agente das transformações socioespaciais, reconhecendo as temporalidades

e o seu papel ativo nos processos.

O espaço na geografia deve ser considerado uma totalidade dinâmica em que

interagem fatores naturais, sociais econômicas e políticas. Por ser dinâmica, ela se

transforma ao longo dos tempos históricos e as pessoas redefinem suas formas de

viver de percebê-la.

É fundamental que o espaço vivido pelos alunos sendo o ponto de partida dos

estudos ao longo dos quatro anos de estudo permitindo compreender como o local,

o regional e o global relacionam-se nesse espaço. Recomenda-se não trabalhar

hierarquicamente do nível local ao mundial: o espaço vivido pode não ser real

imediato, pois são muitos e variados os lugares com os quais os alunos têm contato

e, sobretudo, sobre os quais são capazes de pensar. A compreensão de como a

realidade local relaciona-se com o texto global é um trabalho a ser desenvolvido

durante toda a escolaridade, de modo cada vez mais abrangente, desde as séries

iniciais.

Outro aspecto fundamental é a opção de trabalhar a Geografia por meio de

grandes conteúdos estruturantes. Essa proposição se baseia no reconhecimento da

necessidade de incorporar tanto a ideia de flexibilização quanto à

interdisciplinaridade no tratamento com o conteúdo desta área.

Os conceitos expostos devem ser apropriados para guiar os alunos na

organização de um modo de olhar os fatos (objetos materiais e processos),

relacionando-os de forma que componha uma visão da pluralidade do mundo e dos

cotidianos.

OBJETIVOS

Espera-se que no final do ensino fundamental e médio, os alunos sejam

capazes de:

• Reconhecer que a sociedade e a natureza possuem princípios e leis próprias e

que o espaço geográfico resulta das interações entre elas, historicamente

162

definidas.

• Compreender a escala de importância no tempo e no espaço do local e do global

e da multiplicidade de vivência com os lugares.

• Reconhecer a importância da cartografia como uma forma de linguagem para

trabalhar em diferentes escalas espaciais.

• Distinguir as grandes unidades de paisagens em seus diferentes graus de

humanização da natureza, inclusive a dinâmica de sua fronteira.

• Compreender que os conhecimentos geográficos que adquiriram ao longo da

escolaridade são parte da construção de sua cidadania.

• Perceber a paisagem local e no lugar em que vivem, sua apropriação e

transformação pela ação da coletividade, e de seu grupo social.

• Reconhecer semelhanças e diferenças nos modos que diferentes grupos sociais

se apropriam da natureza e a transformam. Criar uma linguagem comunicativa

apropriando-se de elementos da linguagem gráfica utilizada nas representações

cartográficas.

• Reconhecer no seu cotidiano os referenciais espaciais de localização, orientação

e distância.

• Reconhecer a importância de uma responsável de cuidado com o meio em que

vivem, na preservação e conservação da natureza.

• Compreender as múltiplas interações entre sociedade e natureza nos conceitos

de território, lugar e região.

• Identificar e avaliar ações dos homens em sociedade e suas consequências em

diferentes espaços e tempos.

• Compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos,

estudados em suas dinâmicas e interações.

• Compreender que as melhorias das condições de vida, os direitos políticos os

avanços técnicos e tecnológicos e as transformações sócio-culturais são

conquistadas decorrentes de conflitos e acordos.

• Utilizar corretamente procedimentos de pesquisa da geografia.

• Valorizar o patrimônio sócio-cultural e respeitar a sócio–diversidade,

163

reconhecendo-os como direito dos povos e indivíduos e elementos de

fortalecimento de democracia.

• Relativizar a escala de importância, no tempo e no espaço do local e do global e

da multiplicidade e vivência com os lugares.

• Conseguir distinguir as grandes unidades de paisagens em seus diferentes graus

de humanização da natureza.

• Desenvolver no aluno espírito de pesquisa.

• Fortalecer o significado de cartografia como forma de linguagem que dá

identidade a Geografia.

• Criar condições para que o aluno possa começar, a partir de sua localidade e do

cotidiano do lugar, a construir sua ideia do mundo valorizando inclusive o

imaginário que tem ele.

Conteúdos Estruturantes

ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO

Estruturantes:

• Dimensão Econômica do espaço geográfico

• Dimensão Politica do espaço geográfico

• Dimensão Cultural e Demográfica do espaço geográfico

• Dimensão Socioambiental do espaço geográfico

Básicos:

A Geografia como uma possibilidade de leitura e compreensão do mundo.

• O estudo da natureza e sua importância para o homem.

• A cartografia como instrumento na aproximação dos lugares e do mundo.

• A construção do espaço; os territórios e os lugares (o tempo da sociedade e o

tempo da natureza).

164

• A natureza e as questões socioambientais.

• Ambiente urbano, indústria e modo de vida.

• Ambientalismo: pensar e agir.

7º ANO

Estruturantes:

• Dimensão Econômica do espaço geográfico

• Dimensão Politica do espaço geográfico

• Dimensão Cultural e Demográfica do espaço geográfico

• Dimensão Socioambiental do espaço geográfico

Básicos:

• Educação no campo e para o campo: transformações campo-cidade.

• O campo e a cidade como formações sócio-espaciais.

• Modernização, modo de vida e problemática ambiental.

• A conquista do lugar como conquista de cidadania.

• O espaço como acumulação de tempos desiguais.

• Paisagens e diversidade territorial no Brasil.

• Processo técnico-econômico, a política e os problemas socioambientais.

• O Brasil diante das questões ambientais.

8ª ANO

Estruturantes:

• Dimensão Econômica do espaço geográfico

• Dimensão Politica do espaço geográfico

• Dimensão Cultural e Demográfica do espaço geográfico

• Dimensão Socioambiental do espaço geográfico

Básicos:

165

• Os fenômenos naturais, sua regularidade e possibilidade de previsão pelo

homem.

• A modernização capitalista e a redefinição nas relações entre o campo e a

cidade.

• O papel do Estado e das classes sociais e a sociedade urbano-industrial

brasileira.

• Da alfabetização cartográfica à leitura crítica e mapeamento consciente.

• Os mapas como possibilidade de compreensão e estudos comparativos das

diferentes paisagens e lugares.

• Uma região em construção: o Mercosul.

9º ANO

Estruturantes:

• Dimensão Econômica do espaço geográfico

• Dimensão Politica do espaço geográfico

• Dimensão Cultural e Demográfica do espaço geográfico

• Dimensão Socioambiental do espaço geográfico

Básicos:

• A evolução das tecnologias e as novas territorialidades em redes.

• Um só mundo e muitos cenários geográficos.

• A cultura e o consumo: uma nova interação entre o campo e a cidade.

• A velocidade e a eficiência dos transportes e da comunicação como o novo

paradigma da globalização.

• A globalização e as novas hierarquias urbanas.

• Estado, povos e nações redesenhando suas fronteiras.

• Formação cultural e étnica da população brasileira: importância da cultura

afro na formação da identidade cultural brasileira e em outros países.

• Alimentar o mundo: os dilemas socioambientais para a segurança alimentar.

166

ENSINO MÉDIO

1ª SÉRIE

Estruturantes:

• Dimensão Econômica do espaço geográfico

• Dimensão Politica do espaço geográfico

• Dimensão Cultural e Demográfica do espaço geográfico

• Dimensão Socioambiental do espaço geográfico

Conteúdos Básicos:

• A formação e a transformação das paisagens

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção

• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais

• A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população

• Os movimentos migratórios e suas motivações

2ª SÉRIE

Estruturantes:

• Dimensão Econômica do espaço geográfico

• Dimensão Politica do espaço geográfico

• Dimensão Cultural e Demográfica do espaço geográfico

• Dimensão Socioambiental do espaço geográfico

Conteúdos Básicos:

167

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a reorganização do espaço

geográfico

• A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da

produção

• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações

• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios

• O comércio e as implicações socioespaciais

• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado

3ª SÉRIE

Estruturantes:

• Dimensão Econômica do espaço geográfico

• Dimensão Politica do espaço geográfico

• Dimensão Cultural e Demográfica do espaço geográfico

• Dimensão Socioambiental do espaço geográfico

Conteúdos Básicos:

• O espaço rural e a modernização da agricultura

• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual

configuração territorial

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista

• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização recente

• As implicações socioespaciais do processo de mundialização

• As diversas regionalizações do espaço geográfico

168

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Percebe-se que a prática metodológica no tocante ao ensino de Geografia,

tem sido assentada em aulas expositivas, na leitura de textos e em questionários

com respostas pré-determinadas, tendo como objetivo a memorização dos

conteúdos. Porém, tal prática tem se mostrado insuficiente para que se concretize a

construção do conhecimento geográfico. Portanto, faz-se necessário repensar a

metodologia para que, de fato, se assegurem os objetivos a que a disciplina de

Geografia se propõe.

É preciso que o educando se perceba enquanto sujeito, como produto e ao

mesmo tempo transformador do espaço, por meio de suas ações e até mesmo de

suas omissões.

É importante que a escolha da metodologia possibilite ao educando

mecanismos de análise e reflexão sobre sua condição. Segundo FREIRE (1983,

p.61): “não há educação fora das sociedades humanas e não há homens isolados”,

portanto, é importante a valorização dos saberes que os educandos possuem e que

foram acumulados ao longo de suas existências. Esses saberes devem ser o ponto

de partida para a construção de outros saberes. No caso da Geografia, tais

pressupostos se tornam mais evidentes e necessários.

A realidade dos educandos deve ser valorizada e a metodologia deve tornar

os conteúdos significativos para que, por intermédio do diálogo, se busque explicitar

e oportunizar a observação, a análise e a reflexão, categorias essenciais para o

desenvolvimento de “um olhar geográfico” da realidade, ou seja, do mundo vivido.

Nessa perspectiva a problematização surge como metodologia para a

abordagem dos conteúdos ou temas. Problematizar significa levantar questões

referentes ao tema e ao cotidiano dos educandos, o que implica em expor as

contradições que estão postas, buscar explicações e relações e construir conceitos.

Exemplo: ao trabalhar o tema “Indústrias no Brasil”, escolher uma indústria local e

questionar:

• Qual a necessidade de termos uma indústria na nossa cidade?

169

• Quais mudanças foram provocadas por sua instalação?

• Qual a sua importância para o município, estado, país?

• Qual sua importância para a população?

• Por que ela se instalou nessa região?

• Como é seu processo produtivo?

• Quais impactos vem causando no ambiente?

Se não houver indústria local, problematizar a razão disso e questionar se é

necessário uma indústria para garantir qualidade de vida na comunidade ou na

cidade.

A problematização pressupõe que se estabeleça o diálogo, ou seja, que o

educando seja ouvido, o que significa envolve-lo na construção do conhecimento.

Considerando a concepção do ensino de Geografia, numa perspectiva crítica

e dialética e tendo em vista que no seu encaminhamento metodológico é

fundamental considerar os saberes que os educandos trazem consigo, vinculados a

sua história de vida, optou-se pela organização do currículo de Geografia, em quatro

conteúdos estruturantes:

• Dimensão econômica do espaço geográfico;

• Dimensão política do espaço geográfico;

• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;

• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

Como dimensões geográficas da realidade, os conteúdos estruturantes da

Geografia estabelecem relações permanentes entre si. Os conteúdos específicos,

por sua vez, devem ser abordados a partir das dimensões geográficas próprias dos

quatro conteúdos estruturantes.

A depender da ênfase que o professor deseja dar a determinado conteúdo

específico, é possível priorizar ora a abordagem de um conteúdo estruturante, ora

de outro. Entretanto, a articulação entre todos eles deve ser explicitada pelo

professor para que o aluno compreenda que na realidade socioespacial eles não se

170

separam. Vale ressaltar, que a totalidade aqui não é a soma, mas o conjunto da

formação socioespacial. A compreensão da migração campo-cidade, por exemplo,

só ganha sentido quando a ela se relaciona a estrutura fundiária, a questão da má

distribuição das terras, a industrialização das grandes metrópoles, a periferização e

a qualidade de vida em si.

O conjunto dos eixos, o Espaço, as Relações Sociais e a Natureza articula-se

as temáticas expostas no quadro de conteúdos. Dessa maneira, os conteúdos

selecionados, devem ser trabalhados nas suas inter-relações, rompendo-se com a

compartimentalização e com a linearidade do conhecimento geográfico,

possibilitando a explicitação do processo de produção do espaço pelas sociedades.

Como vivemos num mundo globalizado, as tecnologias evoluem e nos cercam

a cada instante, sendo assim, não podemos ser indiferentes a ela; sejam elas: a TV

pendrive como meio de informações e complementações e conteúdos, através de

vídeos, músicas e apresentação de slides. A própria internet, que nos proporciona

novos conhecimentos e atualizações sobre o mundo globalizado, assim como, uma

maior integração de pessoas que estão distantes geograficamente; a própria mídia,

principalmente, os meios de comunicação de massa. O uso destas tecnologias,

muitas vezes, complementam e enriquecem as aulas e facilita o aprendizado dos

alunos, seja por meio de imagens, filmes, músicas, slides ou pesquisa na internet.

Os conteúdos obrigatórios referentes ao item “G” da instrução 009/11 SUED/

SEED serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a

disciplina propostos nas DCEs.

Cabe ao professor, como mediador na construção do conhecimento, criar

situações de aprendizagem, tomando como ponto de partida as experiências

concretas dos educandos no seu local de vivência, seja uma área rural, uma aldeia

indígena ou no meio urbano, de modo a permitir a ressignificação de sua visão de

mundo.

AVALIAÇÃO

Nessa perspectiva, para que a avaliação cumpra o seu papel como parte

171

integrante do processo ensino-aprendizagem, se faz necessário definir o objetivo da

atividade avaliativa e o conteúdo a ser avaliado. E ainda utilizar instrumentos como:

interpretação e produção de textos de Geografia; interpretação de fotos, imagens,

gráficos, tabelas e mapas; pesquisas bibliográficas; relatórios e discussão de temas

em seminários; construção, representação e análise do espaço através de

maquetes, entre outros instrumentos que nos permitam analisar e qualificar os

resultados, para que a partir deles o educando possa refletir e opinar sobre os

saberes construídos e os conhecimentos organizados e para que o educador possa

rever a sua prática pedagógica alcançando seus objetivos com todos os educandos

com necessidades educacionais especiais ou não.

De acordo com o Regimento Escolar serão feitas duas avaliações com o valor

de 3,5 pontos cada uma e 3,0 pontos para os trabalhos realizados durante o

bimestre.

Desta forma a recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica

simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação

do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para

que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar ao

conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a

possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação de nota é simples

decorrência da recuperação de conteúdo.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) determina que a

avaliação do processo de ensino-aprendizagem seja formativa, diagnóstica e

processual. Respeitando o prenuncio da lei, cada escola da rede estadual de ensino,

ao construir seu Projeto Político Pedagógico, deve explicitar detalhadamente a

concepção de avaliação que orientará a prática dos professores.

A avaliação deve contemplar situações formais e informais e utilizar diversas

linguagens.

Dessa forma, o educador deve encaminhar as ações do dia-a-dia,

possibilitando a construção de conceitos e, ao mesmo tempo, acompanhando o

172

desenvolvimento da aprendizagem dos educandos, para que, de fato, possa se

efetivar a construção da sua autonomia e cidadania plena.

BIBLIOGRAFIA

CARLOS, Ana Fani A. A Geografia brasileira hoje: Algumas reflexões. São Paulo: Terra Livre/AGB, vol. 1, nº 18, 2002.

CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos, (org.) Geografia em sala de aula: Práticas e Reflexões. Porto Alegre, RS: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/AGB, 1999.

CAVALCANTI, L.S. Geografia: escola e construção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 1998.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Geografia, Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 2008.

FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

MORAES, Antonio C R. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1993.

MOREIRA, Ruy. O que é Geografia. São Paulo: Brasiliense, 1981.

RESENDE, M.S. A Geografia do aluno trabalhador. São Paulo: Loyola, 1986.

RODRIGUES, Neidson. Por uma nova escola. São Paulo: Cortez, 1987.

SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.

_______ Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2001.

173

174

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Aprender a conhecer, a conhecer a fazer, aprender a viver com outros,

aprender a ser.

Segundo os objetivos da Educação do século XXI, é necessário conhecer

diversos povos e descobrir como viviam, trabalhavam e se divertiam, e os problemas

que enfrentavam e como tentavam solucioná-los. A partir do aprender, passa a

conhecer o fato histórico como um processo que está em constante

transformação.Ensinar História é criar a possibilidade da investigação, trabalho com

uma concepção que leve em conta as experiências dos diversos grupos e seja

capaz de dialogar com diferentes culturas. Nos mundos contemporâneos e

globalizados, que tende a uniformizar comportamentos e padrões culturais, impõe-se

de um lado a necessidade de formar a identidade dos sujeitos e, de outros, a luta

pela inclusão e acesso aos benefícios da tecnologia. Criar condições para que o

aluno entenda esse mundo e nele se insere de forma critica é preocupação do

ensino da História

A proposta de História está centrada na valorização do aluno enquanto

sujeito, levam em conta seu imaginário, suas experiências suas diferenças

pretendendo recuperar a capacidade de aprender desses alunos desenvolvendo a

autonomia necessária para continuar os estudos e compreender melhor o mundo em

que vive. A História como disciplina deve trabalhar a pratica social, procurar-se a

formar o pensamento histórico a partir de experiências sociais, vividas, diretas ou

indiretamente pelos alunos, no seu tempo e espaço. Pensar a História, e recuperar a

experiência da História como necessidades, desejos, realizações improvisam,

buscam soluções, resistem e submetem, numa relação contraditória. Recuperar a

ação dos diversos sujeitos que nela atuam, procurando entender por que o processo

tomou um rumo e não outro que desafios e conflitos se colocaram para os homens

em cada tempo e lugar.

A História deve rever a noção de cultura o modo de vida e luta daí a

175

importância do resgate da maneira como os sujeitos organizam suas formas de

representar o cotidiano, vida, trabalho, festividades, costumes, tradições etc.

Tendo em vista que o conhecimento é historicamente produzido resultante de

uma construção que se da através das relações sociais, é importante que o trabalho

com a História priorize diferentes leituras e versos das experiências vividas. O

ensino de História visa despertar no aluno o respeito participativo, qualidade que ele

deve ter tanto na vida escolar quanto na vida familiar e mais tarde no trabalho,

exercer papel de liderança do Município, Estado, Comunidade ou até país. É na

participação coletiva que se constrói e caracteriza-se a vida em sociedade O objetivo

final é formar alunos conscientes e responsáveis pelo seu mundo, pelas pessoas

que os cercam e pelo futuro que irão levar para as gerações.

OBJETIVOS

• Questionar a realidade, identificando problemas e possíveis soluções, conhecendo

formas político-institucionais e organizações da sociedade civil que possibilitem modos

de atuação;

• Conhecer e valorizar a pluralidade do património sociocultural brasileiro, bem como

aspectos socioculturais de outros povos e nações, posicionando-se contra qualquer

discriminação baseada em diferentes culturas, de classe social, de crença, de sexo, de

etnia ou outras características individuais e sociais;

• Compreender que as histórias individuais são parte integrante de histórias coletivas;

• Conhecer e respeitar o modo de vida de diferentes grupos em diversos tempos e espaços;

• Dominar procedimentos de pesquisa escolar e de produção de texto, aprendendo a

observar e colher informações de diferentes paisagens e registros escritos, iconográficos,

sonoros e materiais;

• Valorizar o património sociocultural e respeitar a diversidade social, considerando identificar

relações sociais no seu próprio grupo de convívio, na localidade, na região e no país e

outras manifestações estabelecidas em outros tempos e espaços;

• Situar acontecimentos históricos e localizá-los em uma multiplicidade de tempos;

176

• Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento interdisciplinar;

• Valorizar o direito da cidadania dos indivíduos, dos grupos e dos povos como condição de

fortalecimento da democracia, mantendo-se o respeito às diferenças e à luta contra as

desigualdades.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações culturais

Conteúdos Básicos:

6º ano

A experiência humana no tempo.

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

As culturas locais e a cultura comum.

7º ano

As relações de propriedade.

A constituição Histórica do mundo do campo e da cidade.

Conflitos e resistências e produção do campo/cidade.

8º ano

História das relações da humanidade com o trabalho.

O trabalho e a vida em sociedade.

O trabalho e as contradições da modernidade.

Os trabalhadores e as conquistas de direito.

9º ano

A constituição das instituições sociais.

A formação do Estado.

177

Sujeitos, guerras e revoluções.

Conteúdos Estruturantes

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações culturais

Conteúdos Básicos

1º ano

Trabalho escravo,servil,assalariado e o trabalho livre

Urbanização e industrialização

2º ano

O Estado e as relações de poder

Os sujeitos, as revoltas e as guerras

3º ano

Movimentos sociais,políticos emculturais e as guerras e revoluções

Cultura e religiosidade

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como

temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal das ações e

relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de

gerações. Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil

da América Latina, África e Ásia. Pretendem desenvolver a análise das

temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das

periodizações. Os conteúdos básicos devem estar articulados aos conteúdos

estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e

documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias históricas

próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.

178

Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011- SUED/SEEDA serão

tratados em conjunto aos conteúdos específicos, pertencentes a disciplina,

propostos nas DECs.

O ensino da História terá como pressuposto um estudo que parta da realidade

do aluno, do seu presente, se volte ao passado analisando o cotidiano e as

contribuições deixadas por outras sociedades e retome ao presente compreendendo

sua realidade. Para que esse estudo se concretize, serão utilizadas aulas

expositivas, análises de textos, debates históricos, seminários, relatórios de

pesquisas, pesquisas de campo, pesquisas orientadas em sala de aula, produções

de vídeos, vídeos, apresentação de trabalhos, questionamentos e interpretações de

textos, utilização de jornais e revistas, análises de documentos históricos,

interpretações de charges, interpretações musicais e atividades extra-curriculares

como visitações e excursões.

AVALIAÇÃO

A avaliação escolar, só faz sentido se tiver a intenção de buscar caminhos para

melhorar a aprendizagem.

Nesse sentido, a avaliação será contínua, cumulativa e permanente, com

predominância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, de acordo com a LDB.

De acordo com o currículo escolar, os resultados serão expressos em notas de O (zero) a

10 (dez), obedecendo os seguintes critérios: serão realizadas no mínimo 02 (duas) provas

no bimestre, perfazendo o total de7,0 (sete pontos) de domínio de conteúdo e os outros 3,5

(tres virgula cinco), acrescidos de um trabalho de pesquisa no valor de tres pontos, os quais

somarão os dez pontos da nota bimestral integral que serão computados e somados

considerando a realização de tarefas, pesquisas, trabalhos individuais e em grupos.

A média bimestral será resultante da soma dos valores atribuídos em cada instrumento

de avaliação. Os instrumentos de avaliação serão diversificados: provas orais, escritas, tarefas,

pesquisas, relatórios, trabalhos individuais e em grupos, experiências, etc.

179

para solucionar problemas que interferem no processo ensino- aprendizagem, levando-

se em conta o esforço por parte do educando. Após a avaliação, o professor deverá realizar a

recuperação paralela caso necessário, rever as práticas desenvolvidas de modo que sejam

identificadas lacunas no processo pedagógico. Essa ação permitirá ao professor planejar e

propor outros encaminhamentos para a superação das dificuldades constatadas.

Deve-se retomar os conteúdos trabalhados, modificar a metodologia, para assegurar a

aprendizagem. Para que a avaliação cumpra o seu papel como parte integrante do ensino-

aprendizagem, faz-se necessário definir o objetivo e o conteúdo a ser avaliado.E ainda utilizar

instrumentos como: Trabalhos, pesquisas, debates, seminários, etc . . .

Os alunos com necessidades educacionais especiais, devem ser avaliados de forma

diferenciada, já que não possuem as mesmas habilidades que os demais. A escola deve

fornecer infra-estrutura pedagógica educacional de acordo com a necessidade, bem como, na

parte física, possibilitar o acesso aos deficientes físicos através de rampas e outras facilidades,

que possam inserir tais alunos a uma educação de qualidade.

METODOLOGIA

DIRETRIZES CURRICULARES da educação fundamental da rede de educação básica do estado do Paraná, 2008.

FERRARINI, Sebastião. A escravidão no Paraná. Editora Lítero-Técnica, Curitiba.

DIRETRIZES OPERACIONAIS para a Educação Básica das Escolas do Campo. CNE/MEC, Brasília, 2002.

HOBSBAWM, Eric J. Sobre a História. São Paulo. Companhia das Letras, 1998.

LUCKES l, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2002.

NEMI LANA, Ana Lúcia et ROBERTI DOS REIS Anderson. Viver Juntos - História Ensino Fundamental, componente curricular. Edições SM São Paulo, 2009.

180

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – L.E.M. ESPANHOL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Aprender Língua Espanhola ou qualquer idioma estrangeiro não significa

aprender códigos ou apenas estruturas gramaticais, aprender uma língua consiste

em aprender noções de comunicação, como também conhecer a cultura do povo

que a fala, seus credos, costumes e aspectos particulares de sua fala. Segundo as

DCEs, propõe-se que a aula de LEM constitua um espaço para que o aluno

reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se

envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados

em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os

significados são sociais e historicamente construídos, e, portanto possíveis de

transformação na prática social.

O idioma estrangeiro auxilia o aluno em seu crescimento pessoal,

intelectual e profissional. É importante aprender espanhol não somente por razões

de trabalho e econômicas, mas também por ser fundamental no desenvolvimento

pessoal e conhecimento de mundo. Segundo estatísticas o espanhol é o terceiro

idioma mais falado no mundo, depois do chinês mandarim e do inglês, e é o

segundo em numero de falantes. No final do século XIX 60 milhões de pessoas o

falavam, hoje são cerca de 500 milhões em todo mundo. Além do mais o espanhol

é o segundo idioma mais utilizado na comunicação internacional do mundo e é

também uma das línguas oficiais das Nações Unidas e suas organizações. Em

relação à cultura pode-se destacar a influencia latino americana na arquitetura, na

arte e na literatura. Hoje 21 países adotaram o espanhol como língua oficial,

inclusive o sudeste dos Estados Unidos.

Aprender um segundo idioma amplia consideravelmente os horizontes de

uma pessoa e a sua capacidade de processar informações, já que “ (...) o

essencial na tarefa de decodificação não consiste em conhecer a forma linguística

utilizada, mas comprende-la em um contexto concreto preciso...” (BAKHTIN,1992).

Reforçando este argumento, segundo as Diretrizes de L.E.M., “o objeto de estudo

dessa disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade.

Torna-se fundamental que os professores compreendem o que se pretende

com o ensino da Língua estrangeira na Educação Básica, ou seja, ensinar e

aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras

de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça o uso da

língua os diferentes propósitos comunicativos, independente do graus de

proficiência atingido.”

Deve se ter em mente que o bom aprendizado de um novo idioma é bem

precioso, que se adquire por toda a vida e através do qual muitas outras coisas

boas podem ser adquiridas. Como a motivação vem através do sucesso, é de

extrema importância que se adquire através do sucesso, é de extrema importância

que se trabalhe com tarefas interessantes e estimulantes para os alunos.

O espanhol é mais que uma disciplina escolar. É um tópico cujas

contribuições podem vir de suas próprias áreas de interesses. Dessa forma, a

motivação e a autoconfiança do aluno pode aumentar levando o a ter um

rendimento no aprendizado.

O trabalho com a língua estrangeira na escola não deve ser entendido

apenas como um instrumento para que o aluno tenha acesso a novas

informações, mas como uma nova possibilidade de ver e entender o mundo, de

construir significados e valores. É preciso dar-lhes oportunidade de um “processo

educativo global, expondo-os à alteridade, à diversidade”. Sendo assim, a

aprendizagem de Línguas, neste caso a espanhola, não se restringe apenas a

propósitos instrumentais, mas à formação integral do aluno.

Os PCN para Língua Estrangeira justificam que a prática de leitura é o que atende

às necessidades da educação formal do aluno e que esta habilidade é a que o

aluno poderá utilizar no seu contexto social imediato com mais frequência. Esse

argumento pragmático para seleção de saberes, contudo, é uma prática

excludente porque desconsidera a escola como espaço de conhecimento, cuja

função social é formar para a cidadania. Neste aspecto, os fundamentos dos PCN

para Língua Estrangeira agravam as desigualdades sociais.

O MEC publicou em 1999 os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua

Estrangeira para Ensino Médio, o destaque está taxado na comunicação oral e

escrita, para supra as necessidades do estudante em relação à formação

pessoal, acadêmica e profissional. Esta diferença entre as concepções de língua

manifestada nos dois níveis de ensino influência os resultados da aprendizagem

desta disciplina na Educação Básica.

O ensino de Língua Espanhola expande-se também à interdisciplinaridade,

uma vez que a língua é resultado do processo de colonização e mestiçagem dos

povos. Em outros aspectos, a interdisciplinaridade tem o papel de complementar e

expandir conhecimentos, “o ensino de língua estrangeira não pode ser nem ter um

fim em si mesmo, mas precisa interagir com outras disciplinas, encontrar

interdependências, convergências, de modo que se estabeleçam as ligações de

nossa realidade complexa 9...), precisa, enfim, ocupar um papel diferenciado na

construção coletiva do conhecimento”.

CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTE:

Discurso como prática social.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

LEITURA:

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Marcadores do discurso;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Discurso direto e indireto

• Emprego do sentido denotativo e conotativo do texto;

• Recursos estilístico (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua; pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito etc.);

• Variedade linguística;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

ESCRITA:

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Condições de produção

• Informatividade (informações necessárias para a conferencia do texto);

• Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo;

• Léxico

• Coesão e coerência

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos;

• Marcas linguísticas

• Variedade linguística;

• Ortografia

• Acentuação gráfica.

ORALIDADE:

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;

• Adequação de fala ao contexto;

• Pronuncia

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

Esfera cotidiana de

circulação:

Bilhete

Carta pessoal

Cartão felicitações

Cartão postal

Convite

Letra de música

Receita culinária

Esfera publicitária

de circulação:

Anúncio**

Comercial para

rádio*

Folder

Paródia

Placa

Publicidade

Comercial

Slogan

Esfera produção

de circulação:

Bula

Embalagem

Placa

Regra de jogo

Rótulo

Esfera

jornalística de

circulação:

Anúncio

classificados

Cartum

Charge

Entrevista**

Horóscopo

Reportagem**

Sinopse de filmeEsfera artística de

circulação:

Autobiografia

Biografia

Esfera escolar de

circulação:

Cartaz

Diálogo**

Esfera literária de

circulação:

Conto

Crônica

Esfera midiática

de circulação:

Correio eletrônico

(e-mail)

Esfera cotidiana de

circulação:

Bilhete

Carta pessoal

Cartão felicitações

Cartão postal

Convite

Letra de música

Receita culinária

Esfera publicitária

de circulação:

Anúncio**

Comercial para

rádio*

Folder

Paródia

Placa

Publicidade

Comercial

Slogan

Esfera produção

de circulação:

Bula

Embalagem

Placa

Regra de jogo

Rótulo

Esfera

jornalística de

circulação:

Anúncio

classificados

Cartum

Charge

Entrevista**

Horóscopo

Reportagem**

Sinopse de filme Exposição oral*

Mapa

Resumo

Fábula

História em

quadrinhos

Poema

Mensagem de

texto (SMS)

Telejornal*

Telenovela*

Videoclipe*

* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.

** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de

uso da língua.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

Para que o processo ensino aprendizagem aconteça de forma duradoura e

eficiente, de modo a fazer parte da bagagem intelectual prática do aluno serão

utilizadas técnicas metodológicas linguísticas assim como as sociopragmáticas,

culturais e discursivas.

As três práticas dos usos da língua que estão inseridas na leitura, oralidade

e escrita. Os textos devem estar nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, estas

devem partir de um principio que é uma das unidades de linguagem inseridas na

comunicação verbal, escrita ou visual e a problematização surgira e

consequentemente a busca por uma solução devera desperta nos alunos as ideias

de analise e o propósito critico de resolução do tema, ampliando seus linguístico

culturais compreendendo que há envolvimentos sociais, históricos e ideológicos

sendo esses os responsáveis pelas diferenças sócio culturais.

O discurso e suas reflexões serão possíveis tanto na forma verbal e não

verbal e as produções terão como apoio outras produções e apresentações como

às práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de

circulação, considerando os conhecimentos prévios dos alunos e sua visão

interpretativa que é parte de sua subjetividade.

As atividades de leitura decorreram das seguintes etapas:

- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática,

construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura);

- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);

- pós leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita

objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto). A partir disso

formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto com

discussões sobre o tema relevando e apontando as intenções assim como a

intertextualidade contextualizando segundo a finalidade e época.

A escrita com a produção textual será planejada com uma delimitação do

tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade. Com objetivos de estimular a

ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto, com acompanhamento

da produção. Estimulando e encaminhando a re-escrita textual com revisões e

argumentos para os elementos que compõem o gênero;

A analise deverá seguir e respeitar os elementos que compõe a coerência e

coesão textual seguindo uma continuidade temática de finalidade e adequação da

linguagem ao contexto.

Portanto conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais

e normativos, oportunizando o uso adequado de palavras e expressões para

estabelecer a referência textual.

As orientações a respeito do contexto social e sobre os usos dos gêneros

propor reflexões e argumentações nas apresentações de textos produzidos pelos

alunos.

A pré-preparação mostrará ao aluno onde estarão as marcas linguísticas

típicas da oralidade em seu uso formal e informal. É importante a estimulação da

expressão oral nos recursos de entonação, expressão facial, corporal e gestual,

pausas e outros.

O reconhecimento dos alunos sobre a construção da realidade e os

discursos nas construções sociais lhes darão uma posição mais crítica, e lhes

servirão de base para uma futuro debate em classe. Nesta forma poderão mostrar

suas ideias assim como mostrarão sua aceitação ou rejeição, reconstruindo a

partir do universo de sentidos lhes dando coerência através dos significados.

As línguas nunca são neutras, o fato é que representam diversidade cultural

e social. As atividades farão com que o aluno assuma uma postura critica em

relação ao meio em que está inserido assim como transformando os discursos a

partir de seu conhecimento e inserção nessas diferenças sócias culturais e

linguísticas.

Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011 SUED / SEED serão

tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina

propostos nas DCES.

AVALIAÇÃO

A avaliação é base da atividade pedagógica e deve ser interpretada como

parte integrante do desenvolvimento da aprendizagem diária do aluno. De acordo

com a proposta metodológica a avaliação deve abranger as destrezas llinguisticas:

compreensão da leitura, produção de breves textos escritos e orais bem como a

interação oral. Acrescenta-se também a criticidade e a reflexão em relação aos

conteúdos expostos e trabalhados.

A avaliação deve abranger vários aspectos, pois assim o educando terá

êxito. O processo avaliativo deve ser visto tendo base à avaliação diagnóstica

global, paralela e contínua somando-se às atividades propostas nas três praticas:

oralidade, leitura e escrita.

O procedimento de recuperação compromete se com os registros dos

mesmos, conforme instrução 013/99, observados os aspectos abaixo indicados:

-Retomada do conteúdo anterior e posterior reavaliação;

-Solução as dúvidas;

-Orientações sobre processo de avaliações;

- desenvolvimento de fundamentos

- atividades adicionais para fixação

- atividades para desenvolver em casa com correção e revisão posterior em

classe;

- direção especial para obter melhor resultado nos estudos;

- informação aos pais e do aluno caso necessário direcionamento especial.

- conscientização dos alunos ao que se refere à necessidade de estudar desde o

início do ano letivo.

O aluno será auxiliado pela escola em todas as suas dificuldades e na

recuperação de estudos, considera se à aprendizagem do aluno no decorrer do

processo de ensino bimestral, que segue entre a nota da avaliação e da

recuperação, prevalecerá sempre a maior. As formas de recuperação serão

diferenciadas e avaliadas como pesquisas, provas ou atividades complementares

sobre orientação que serão ofertadas para todos os alunos, indiferentemente da

nota alcançada pelo aluno. Observando e colocando formas diferenciadas de

avaliação e recuperação aos alunos que tenham necessidades educativas

especiais.

BIBLIOGRAFIA

BAKHTIN, Mikhail M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fonte, 1992.

Secretaria de Estado da Educação - Superintendência da Educação: DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA PARA EDUCAÇÃO BÁSICA. Governo do Estado do Paraná: Curitiba, 2008.

LOBATO, Jesus & GARCÍA, Concha. Español Sin Fronteras. Madrid: Editora SGEL: 2000.

RINALDI, Simona & CALLEGARI, Marilia. Arriba. São Paulo: Moderna: 2004.

ROMANOS, Henrique & CARVALHO, Jacira. Interación en Español. São Paulo: FTP. 2000.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – L.E.M. INGLÊS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Em decorrência da organização social , política e econômica,o cenário do

ensino de língua estrangeira e a estrutura do currículo escolar foram alvo de

constantes mudanças em nosso país.

Desde o início da colonização do território brasileiro , o Estado português

preocupou-se em expandir o catolicismo, assim os Jesuítas ficavam com a

responsabilidade de ensinar o latim aos povos que ali habitavam.

No dia 22 de julho de 1809, D. João VI ,assinou o decreto com o objetivo de

melhorar a instrução pública e de atender as demandas advindas da abertura dos

portos ao comércio , assim o ensino das línguas modernas começou a ser

valorizado.

No ano de 1837 , com a fundação do Colégio Pedro II , o ensino voltado

para a língua Inglesa , teve grande ênfase pois contava em seu programa com

cinco anos de inglês , o que durou até o ano de 1929.

No século XIX e início do século XX a população foi aumentando , e foi

surgido a preocupação por parte de imigrantes em construir e manter escolas para

seus filhos , nos currículos destas , estava centrado o ensino de suas línguas

ascendentes.

Em 1917, o governo federal decidiu em fechar essas escolas , criou

portanto, em 1918 as escolas subvencionadas com recursos federais onde

estariam sob a responsabilidade do Estado.

A reforma de 1931 , intitulada por Francisco Campos , atribuía a escola

secundaria a responsabilidade pela formação geral e pela preparação para o

ensino superior dos estudantes. Essa reforma atingiu , todas as escolas do país.

Após essa reforma, estabeleceu – se um método oficial de Língua

Estrangeira : o método direto, onde atendia aos novos anseios sociais e valorizada

a língua propriamente dita como instrumento de comunicação e não somente a

escrita.

Com esse método , a língua materna perde o seu papel de mediadora do

ensino de Língua Estrangeira e tem como principio fundamental a aprendizagem

em constante contato com a língua em estudo , sem a intervenção da tradução ,

utilizava – se de gestos , gravuras , fotos , simulação etc , e a gramática era

praticada pelos alunos através de perguntas e respostas.

Em 1942 , com a Reforma Capanema o currículo oficial buscava atrelar

todos os conteúdos ao nacionalismo. Assim , o curso secundário foi dividido em

dois níveis : ginasial (4 anos) , colegial (3 anos). Nesta conjuntura o ensino da

Língua Inglesa , foi mantido no ginásio e seguram o método direto.

Com a dependência econômica do Brasil em relação aos Estados Unidos,

após a segunda guerra mundial intensificou – se a necessidade de aprender

Inglês , assim o ensino dessa língua ganhou cada vez mais espaço no currículo.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) N.4.024 , promulgada em

1961, criou os conselhos Estaduais de Educação onde valorizavam a Língua

Inglesa devido as demandas do mercado de trabalho que se expandiram nesse

período.

Partindo do Behaviorismo onde dizia que só é possível teorizar e agir sobre

o que é cientificamente observável , a língua passou a ser vista como um conjunto

de hábitos a serem trabalhados como : Audiovisual e Audio – oral.

Muitos estudiosos fizeram analises sobre tais métodos, Piaget aparece na

década de 1970 com sua abordagem construtivista e Vejgotsky (1896 -1934) onde

dizia que o conhecimento acontece através de trocar sociais.

Na década de 1970 no Estado do PR muitos professores encontravam – se

insatisfeitos com reformas do ensino. Em 1982 , foi criado nesse Estado, o centro

de Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do PR. Onde oferecia aulas de

Inglês, Espanhol, Frances e Alemão, aos alunos no contra turno .

Em meados de 1980, a redemocratização do país era o cenário propicio

para que os professores liderassem um movimento pelo retorno da pluralidade de

oferta de Língua Estrangeira nas escolas publicas.

Muitos intelectuais discutiam portanto, a abordagem comunicativa, método

de ensino desenvolvido na Europa desde os anos de 1970, onde a língua é

concebida como instrumento de comunicação .

Em 1996, a LDB N.9394 determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma

Língua Estrangeira no Ensino Fundamental a partir da 5ª serie e a escolha do

idioma era escolhida pela comunidade escolar. O MEC publicou os Parâmetros

Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de LE (PCN), pautado numa

concepção de língua como prática social fundamental na abordagem

comunicativa, onde abordou um trabalho pedagógico com ênfase na prática de

leitura oralidade e escrita.

Em 1999, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua

Estrangeira para o Ensino Médio, cuja ênfase está no ensino da comunicação oral

e escrita , para atender as demandas relativas a formação pessoal, acadêmica e

profissional .

Nesta perspectiva, necessita- se colocar a teoria na prática e dirigir um

trabalho mais comprometido com as demandas do atual contexto histórico social,

promovendo aulas mais criativas e dinâmicas, sejam utilizados materiais variados

e que condizem com a realidade do aluno, bem como com seus interesses e

necessidades, promovendo assim a consciência de que para valorizar a sua

própria cultura, é necessário também, conhecer e valorizar a cultura do outro.

• Promover o desenvolvimento integral do educando e ampliar as possibilidades

de agir discursivamente no mundo, habilitando-o a identificar a língua inglesa

como meio de comunicação oral e escrita aproximando-o de outras culturas,

ampliando o seu conhecimento na sua integração no mundo globalizado;

• Utilizar as diferentes linguagens - verbal, musical, gráfica, plástica e corporal

como meio para produzir e comunicar suas ideias, atendendo a diferentes

intenções e situações de comunicação;

• Saber utilizar as diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para

adquirir e construir conhecimentos;

• Apreciar os costumes e valores de outras culturas, contribuir para desenvolver

a percepção da própria cultura estrangeira. Essa compreensão intercultural,

promove a aceitação das diferentes maneiras de expressão e comportamento;

• Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro, bem

como aspectos socioculturais de outro povo e nação;

• Preparar o aluno para a vida universitária, ingresso no mundo do trabalho,

relacionamento e escolha profissional;

• Valorizar o trabalho como forma de realização humana;

• Valorizar o patrimônio cultural e natural e aprender a preservá-lo;

Ao longo do curso do Ensino Fundamental, o processo de

ensino-aprendizagem deverá levar o aluno a:

• Aprender a gostar da língua que está estudando;

• Dominar as estruturas básicas da comunicação: aprender ouvindo, falando e

escrevendo;

• Reconhecer a língua entre outras culturas;

• Escolher o vocabulário que melhor reflita as ideias que pretende comunicar;

• Expressar seus pensamentos e sentimentos na língua inglesa;

• Ler instruções de manuais e programas de computador;

• Perceber nos filmes em inglês, o que os atores estão falando;

• Entender as letras das músicas de que gosta.

Conteúdo Estruturante

Discurso como prática social

Conteúdos Básicos da Disciplina

6º ANO

Leitura

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade;

Léxico;

Coesão e coerência;

Fundações das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação;recursos gráficos(como

aspas, travessão, negrito ) ;

Variedade linguística;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

ESCRITA

Tema do texto

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade ( informações necessárias para a coerência do texto);

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas : particularidades da língua , pontuação, recursos gráficos

(como aspas , travessão, negrito);

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica.

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos:entonação, pausas, gestos, etc;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gíria, repetição;

Pronúncia.

7º ANO

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito );

Variedade linguística;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica.

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Pronúncia.

8º ANO

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito );

Variedade linguística;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica.

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

9º ANO

LEITURA

Identificação do tema;

Intertextualidade;

Intencionalidade

Vozes sociais presentes no texto;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Discurso direto e indireto ;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto ,

Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito );

Variedade linguística;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade do texto;

Intertextualidade;

Condições de produção;

Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

Vozes sociais presentes no texto;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto ;

Léxico;

Coesão e coerência;

Funções das classes gramaticais no texto;

Elementos semânticos;

Recursos estilísticos ( figuras de linguagem );

Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

( como aspas, travessão, negrito );

Variedade linguística;

Ortografia;

Acentuação gráfica.

ORALIDADE

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Vozes sociais presentes no texto;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

Adequação da fala ao contexto;

Pronúncia.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011 SUED / SEED serão

tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina

propostos nas DCES.

A realidade atual é fundamental para que o professor possa trabalhar com

seus alunos, fazendo com que os mesmos se interessem pela problematização

colocado pelo professor.

Para serem alcançados os objetivos propostos serão utilizados métodos

técnicos e os recursos disponíveis, tais como:

• Flashcards para auxiliar na visualização;

• Repetição (oral e em grupo);

• Leitura;

• Dramatização;

• Diálogo;

• Confecção de material didático;

• Textos informativos;

• Compreensão e interpretação de textos;

• Jogos;

• Bingos;

• Palavras cruzadas;

• Exercícios orais e escritos;

• Exercícios de dicção;

• Feedback;

• Utilização de gravador e vídeo;

• Músicas;

• Quadro-negro e giz;

• TV pendrive.

AVALIAÇÃO

A avaliação é uma importante dimensão do processo de

ensino-aprendizagem que permite aos sujeitos da ação escolar interpretar a

realidade do processo, redefinindo metas e repensando objetivos.

Entende-se que o processo ensino – aprendizagem é contínuo, então, a

sua avaliação não pode ser circunstancial e apenas considerar o seu produto.

Dessa forma, a avaliação da aprendizagem e do rendimento escolar do

aluno será contínua, cumulativa e permanente, prevalecendo os aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. Em consonância com o currículo escolar e os

objetivos propostos pelo estabelecimento de ensino, os resultados serão

expressos de 0 (zero) a 10 (dez ), obedecendo aos seguintes critérios: serão

realizadas duas provas bimestrais no valor de 3,5 (três e meio) , perfazendo o total

de 7,0 (sete ) pontos referentes ao domínio do conteúdo e os outros 3,0 (três)

serão computados somativamente, considerando a participação do aluno,

assiduidade, socialização, interesse e responsabilidade na realização de trabalhos

individuais ou em grupos, tarefa e pesquisas.

A nota do bimestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em

cada instrumento de avaliação, respeitando a sequencia e a ordenação dos

conteúdos, devendo incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações

de aprendizagem.

Os instrumentos de avaliação serão testes de aproveitamento orais e/ou

escritos, tarefas específicas, pesquisas, relatórios, exposições, trabalhos,

experiências e conclusões. É vedada a avaliação que oferece ao aluno apenas

uma oportunidade de aferição. E se mesmo assim, o aluno não atingir os objetivos

propostos cabe ao professor retomar os conteúdos, ou seja, a recuperação de

estudos e consequentemente a reavaliação.

A auto-superação e a cooperação entre indivíduos e grupos devem ser

estimuladas e também a autoavaliação, na qual os alunos exercitarão sua

autonomia a partir da reflexão individual e coletiva sobre seu processo de

aprendizagem.

Sob essa ótica, a avaliação constituirá um instrumento pedagógico de

ensino-aprendizagem com finalidades educativas bem definidas e não um

instrumento de sansão.

Os alunos com necessidades educacionais especiais serão avaliados de

forma diferenciada, conforme suas potencialidades, dificuldades e suas

necessidades.

BIBLIOGRAFIA

ANTUNES, C. Inteligências múltiplas e seus estímulos. São Paulo: Papirus, 1999.

DCE’s – Diretrizes Curriculares Estaduais. Língua Inglesa. Governo do Paraná, 2008.

FREIRE. P A importância do ato de ler. São Paulo: Paz e Terra, 1985.

LEFFA, V. J. O professor de Línguas: construindo a profissão. Pelotas: Educat,

2001.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Quando foi incluída no currículo, a Língua Portuguesa apareceu sob as

formas das disciplinas de Gramática, Retórica e Poética (abrangia a Literatura).

Com a Lei 5692/71, a disciplina de Português passou a denominar-se

Comunicação e Expressão (de 1ª a 4ª série) e Comunicação em Língua

Portuguesa (de 5ª a 8ª série). Deixando, assim, de ser a Gramática o seu enfoque

principal e tendo como referencial a teoria da comunicação.

Durante a década de 70 e início dos anos 80, o ensino da língua era

pautado em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de

habilidades de leitura. È nessa década (70) que chegaram ao Brasil, os estudos

lingüísticos (centrados no texto e na interação social das práticas discursivas) bem

como as novas concepções sobre a aquisição da língua materna. Essas ideias se

fortalecem a partir dos anos 80 com as contribuições de pensadores como Bakhtin

a quem deve-se o avanço dos estudos em torno da natureza sociológica da

linguagem.

Até as décadas de 60 e 70, a análise do texto literário objetivava a

transmissão da norma culta, a partir daí, simplificou-se para questionários sobre

as personagens, tempo e espaço da narrativa.

Na década de 90, surge a proposta de Currículo Básico do Paraná

fundamentada em pressupostos baseados na concepção dialógica e social da

linguagem. No final dessa década, os Parâmetros Curriculares Nacionais também

fundamentaram o ensino da Língua Portuguesa nas concepções discursivas,

propondo uma reflexão sobre o uso da linguagem oral e escrita.

Constata-se que até a década de 90, a ação pedagógica do ensino de

Língua Portuguesa seguiu, historicamente, uma concepção normativa de

linguagem pautando-se, ao ensinar a Língua Materna, no repasse de regras e

nomenclatura gramatical. Para superar essa postura, as Diretrizes da Língua

Portuguesa que fundamentam o trabalho pedagógico da disciplina consideram o

processo dinâmico e histórico das agentes na interação verbal.

Assim, a linguagem passa a ser vista como ação entre sujeitos situados,

histórico e socialmente, que se constituem e constituem uns aos outros em suas

relações dialógicas; e sendo seu ensino considerado como o trabalho e, ao

mesmo tempo, o produto deste trabalho.

Na concepção de língua como prática e interação social, o objeto de estudo

desta disciplina é a Língua e o conteúdo estruturante é o discurso, desdobrando-

se em três práticas: leitura, produção de texto (oral e escrito) permeadas pela

análise linguística. Desta forma, o campo da disciplina de Língua Portuguesa é

um campo de ação, onde se concretizam práticas de uso real da língua materna.

Neste contexto educativo, o trabalho com a leitura é entendido “como

processo de produção de sentido a partir de relações dialógicas entre o texto e o

leitor. Este, convocado pelo texto participa da elaboração dos significados,

contrapondo o que é lido com a sua experiência de vida” (DCEs,PARANÁ, 2006,

p. 18). Para tanto, o aluno deve entrar em contato com uma variedade de gêneros

de textos verbais e não-verbais para, aos poucos, aprimorar sua competência

leitora a partir de estratégias desenvolvidas para entender os textos: os ditos e os

não-ditos pelos textos.

O texto (oral ou escrito) passa a ser visto como o lugar onde os

participantes da interação dialógica se constroem e são construídos e se configura

como o evento que tem sua abrangência no antes, nas condições de produção, na

elaboração e no depois, na sua formalização. Este trabalho deve levar em conta,

além das condições de produção, as peculiaridades de composição, estrutura e

estilo de cada gênero de texto que precisam circular na sala de aula para que o

aluno os conheça e os diferencie. Dessa forma, este processo de produção

envolve vários momentos: o da motivação, o da reflexão e o da revisão: a re-

estruturação e re-escrita do texto.

A análise lingüística perpassa as três práticas – oralidade, escrita e leitura –

abrangendo assim, toda a dinâmica do sistema de linguagem. Nessa perspectiva,

o estudo da língua tem como base o discurso ou texto e através da análise

lingüística, busca-se verificar como os elementos verbais e não verbais atuam na

construção do sentido do texto. Partindo disso, busca-se que o aluno perceba os

muitos usos e funções da língua, reconhecendo diferentes possibilidades de

ligações e construções frasais, reflita sobre as particularidades linguísticas

observadas no texto, e assim, seja conduzido à construção de um saber linguístico

mais elaborado.

Diante de tudo isso, entende-se que as práticas de linguagem, fenômeno

de interlocução, perpassam todas as áreas do agir humano e potencializam a

interdisciplinaridade, pois é na escola que o aluno deve conhecer a língua padrão

e entender a necessidade real do seu uso em determinados contextos

comunicativos.

Assim, criam-se oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar

hipóteses a partir da leitura e escrita de diferentes gêneros textuais, a fim de que o

aluno compreenda como a língua funciona em suas mais variadas situações de

uso e, em conseqüência disso, desenvolva a competência discursiva.

O conteúdo estruturante em Língua Portuguesa e Literatura é o discurso

que se desenvolve a partir das práticas da oralidade, leitura e escrita que

acontecem através do contato com diversos gêneros textuais.

Em cumprimento a Lei nº 10.639 que estabelece a obrigatoriedade do

ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana na Educação Básica, o

Parecer do Conselho Nacional de Educação e as Diretrizes Curriculares para a

Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-

brasileira e Africana:

"propõe a divulgação e produção de conhecimentos, a formação de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos orgulhosos do seu pertencimento étnico-racial - descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus, asiáticos - para interagirem na construção de uma nação democrática, em que todos, igualmente, tenham seus direitos garantidos e sua identidade valorizada." (p. 4, 2004)

Assim, nas atividades propostas aos alunos serão trabalhados textos de

diversos gêneros literários, de imprensa, de divulgação científica abordando temas

referentes a Cultura afro-brasileira e africana, bem como a cultura indígena e as

origens e costumessublinhado, parênteses, etc.;

• da pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de

sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

• do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

• do valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos

propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

• do efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em

relação ao que diz – expressões modalizadoras (ex: felizmente,

comovedoramente, etc.);

• da associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos para

coesão e coerência pretendidas;

• dos procedimentos de concordância verbal e nominal;

• da função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do

sentido entre o que vem antes e o que vem depois em um texto.

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos

alunos a reflexão sobre o seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de

reestruturação ou refacção, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre

outros textos, de diversos gêneros que circulam no contexto escolar e

extraescolar.

Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos a Instrução 009/11

SUED/SEED. Serão trabalhados concomitantes aos conteúdos da disciplina em

consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa.

8.10.5 Avaliação

É imprescindível qu do povos do campo, serão realizadas pesquisas

referentes a variedade língüística, contribuição desses povos na formação cultura

nacional, discussões sobre o preconceito lingüístico, estudo de obras e autores de

origem afro-brasileira e africana, mitos, crenças, costumes e palavras de origem

indígena e histórias da tradição oral da família.

Uma proposta que dá ênfase à língua viva, dialógica, em constante

movimentação, permanentemente reflexiva e produtiva, traduz-se na adoção das

práticas de linguagem como ponto central do trabalho pedagógico.

Para alcançar tal objetivo, é importante pensar que o trabalho com a Língua

deve considerar as práticas linguísticas que o aluno traz ao ingressar na escola,e,

a partir disso, trabalhar a inclusão dos saberes necessários ao uso da norma

padrão e acesso aos conhecimentos para o multiletramento, a fim de constituírem-

se ferramentas básicas no aprimoramento das capacidades lingüísticas e

discursivas dos estudantes.

Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva

nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina

de língua, busca:

• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do

cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de

práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto

tratado, além do contexto de produção;

• analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno

amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;

• aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da

leitura e da escrita;

• aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às

ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos,

proporcionando ao aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes

contextos sociais, apropriando-se, também, da norma padrão.

É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes

práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de

inseri-los nas diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse

papel, o sujeito ficará à margem dos novos letramentos, não conseguindo se

constituir no âmbito de uma sociedade letrada. Dessa forma, será possível a

inserção de todos os que frequentam a escola pública em uma sociedade cheia de

conflitos sociais, raciais, religiosos e políticos de forma ativa, marcando, assim,

suas vozes no contexto em que estiverem inseridos.

Conteúdo Estruturante: discurso como prática social

Entende-se por Conteúdo Estruturante, em todas as disciplinas, o conjunto

de saberes e conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e

organizam uma disciplina escolar. A partir dele, advêm os conteúdos a serem

trabalhados no dia a dia da sala de aula.

A seleção do Conteúdo Estruturante está relacionada com o momento

histórico-social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de

linguagem como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo

assim, o Conteúdo Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o

discurso como prática social.

O discurso é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, ou

seja, não é um fim em si mesmo, mas tem sua gênese sempre numa atitude

responsiva a outros textos (BAKHTIN, 1999 apud PARANÁ, 2008). Discurso, aqui,

é entendido como resultado da interação – oral ou escrita – entre sujeitos, é “a

língua em sua integridade concreta e viva” (op. cit, p. 181).

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para

cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio,

considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas

diversas disciplinas da Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é

direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho

pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor.

Na disciplina de Língua Portuguesa/Literatura, o Conteúdo Estruturante é o

Discurso como prática social, a partir dele, advém os conteúdos básicos: os

gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas.

Conteúdos Básicos

GÊNEROS DISCURSIVOS

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita oralidade e análise

linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos

conforme suas esferas sociais de circulação.

6º ANO

Esfera Literária

Contos, contos de fadas, fábulas, lendas, poesias, haicai, HQs,

autobiografia, biografias,memórias;

Esfera Cotidiana

Piadas, charadas, adivinhações, canções, bilhetes, cantigas de roda,

anedotas,comunicados, convites;

Esfera imprensa:

Programas de TV, notícias, entrevistas, reportagens, fotos, charge, tiras;

Esfera escolar:

Cartazes, diálogo, exposição oral, discussão argumentativa, resumo,

relatório;

Esfera Produção e Consumo:

Bulas, placas, regras, rótulos e embalagens;

Esfera midiática:

Desenho animado, E-mail, torpedos, filmes;

Esfera Jurídica:

Boletim de ocorrência, declaração de direitos, depoimentos, estatutos;

Esfera Política:

Carta de emprego, carta de reclamação, carta de solicitação, debate;

Esfera Publicitária:

Música, paródia, cartazes, caricatura, anúncio, fotos;

7º ANO

Esfera Cotidiana

Cartão, carta pessoal,cartão postal,causos,parlendas,quadrinhas;

Esfera Literária/artística

Autobiografia, letras de música,narrativas de aventura, paródias, poemas;

Esfera escolar

Diálogo,,exposição oral, relatório, resumo, texto de opinião,verbetes de

Enciclopédia;

Esfera imprensa

Carta ao leitor, carta do leitor, cartum, classificados, horóscopo, tiras,

notícia;

Esfera publicitária

Anúncio, cartazes, e-mail, slogan,placas;

Esfera política

Carta de emprego, carta de reclamação, carta de solicitação, debate;

Esfera Jurídica

Contrato, boletim de ocorrência, declaração de direitos, depoimentos;

Esfera Produção e Consumo

Bulas, manuais de instrução, regras de jogos,rótulos/embalagens;

Esfera Midiática

Desenho animado, entrevistas, vídeo clip, e-mail,filmes;

8º ANO

Esfera Cotidiana

Relatos de experiências, álbum de família, provérbios, receitas, trava-

língua;

Esfera Literária/artística

Contos de fadas Contemporâneos, crônica de ficção, fábulas

contemporâneas, haicai,narrativas , romances;

Esfera Escolar

Mapas, palestra, pesquisas, cartazes, texto argumentativo, texto de opinião,

resenha;

Esfera imprensa

Mesa redonda, manchete, notícia, reportagens, infográfico, relato histórico,

exposição oral;

Esfera publicitária

Anúncio, caricatura, comercial para Tv, e-mail, folder, fotos, slogan,

paródia, publicidade comercial;

Esfera política

Abaixo-assinado, debate regrado, carta de emprego, carta de reclamação,

carta de solicitação, mesa redonda;

Esfera jurídica

Boletim de ocorrência, contrato, estatutos, leis, ofício, procuração,

regimentos, regulamentos, requerimentos;

Esfera Produção e Consumo

Manual técnico, regras de jogo, rótulos/embalagens, placas;

Esfera midiática

Chat, blog, telejornal, torpedos, filmes, e-mail, entrevista;

9º ANO

Esfera Cotidiana

Carta pessoal, comunicado, curriculum vitae, diário, exposição oral, relato

de experiências vividas, receitas;

Esfera Literária/artística

Textos dramáticos, romances, poemas, pinturas, paródias, narrativas de

humor, de terror,fantásticas, haicai;

Esfera escolar

Ata, debate regrado, diálogo, discussão argumentativa, seminário, resenha,

resumo, texto argumentativo, texto de opinião;

Esfera imprensa

Agenda cultural, anúncio de emprego, artigo de opinião, cartum, charge,

classificados, editorial, entrevista(oral e escrita), mesa redonda,notícia,

reportagem;

Esfera publicitária

Anúncio, caricatura, cartazes, e-mail, folder, slogan, músicas, publicidade

comercial e institucional, texto político;

Esfera política

Panfleto, manifesto, fórum, discurso político “de palanque”, assembleia,

debate, abaixo-assinado, cartas de emprego, de reclamação, de solicitação;

Esfera Jurídica

Constituição brasileira, contrato, declaração de direitos, discursos de

acusação, de defesa, ofício, procuração, regimentos, regulamentos,

requerimentos;

Esfera Produção e consumo

Bulas, manual técnico, placas, regras de jogo, rótulos/embalagens;

Esfera Midiática

Blog, chat, e-mail, entrevista, filmes, telejornal, telenovelas, torpedos, vídeo

clip;

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA TODOS OS ANOS

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Argumentos do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

• Intencionalidade do texto;

• Argumentos do texto;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido figurado;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

- polissemia;

ESCRITA

• Contexto de produção;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Argumentatividade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Divisão do texto em parágrafos;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

• Conteúdo temático;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Partículas conectivas do texto;

• Progressão referencial no texto;

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE- DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

ENSINO MÉDIO

1ª SÉRIE

ESFERAS SOCIAIS DE

CIRCULAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS

ORAIS E ESCRITOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Cotidiana Músicas - Elementos extra-linguísticos, conteúdo

temático,marcas linguísticas, finalidade,

figuras de linguagem

Piadas - Elementos composicionais, polissemia,

efeitos de humor/ironia,,conteúdo

temático variação linguística.

Literária/Artística Biografias - Marcas linguísticas, adequação ao

gênero, conteúdo temático

Memórias - Marcas linguísticas;

- Contexto de produção e recepção

- Elementos descritivos e

verossimilhança.

Contos,

contos de fadas

tradicionais e

contemporâneos

- Contexto de produção, conteúdo

temático, intertextualidade, elementos

semânticos, vozes sociais presentes no

texto, ideologia presente no texto,marcas

linguísticas

Lendas - Estrutura composicional; conteúdo

temático,intertextualidade

- Contexto de produção, finalidade,

intencionalidade

- Marcas linguísticas,papel do locutor e

interlocutor

Científica Pesquisas - Informatividade, conteúdo temático,

finalidade, marcas linguísticas,

Textos científicos e

de divulgação

científica

- Informatividade, conteúdo temático,

finalidade, marcas linguísticas,

argumentatividade,intencionalidade,

Escolar Resumo - Elementos composicionais, marcas

linguísticas, finalidade e interlocutor,

conteúdo temático.

Debate regrado - Turnos de fala, papel do locutor e

interlocutor;

- Argumentatividade, elementos

extralinguísticos

- Interlocutor,marcas linguísticas

- Adequação da fala.

Imprensa Anúncio de emprego - Marcas linguísticas, interlocutor e

elementos composicionais do gênero,

contexto de produção, argumentatividade,

intencionalidade;

Charge - Linguagem não-verbal,, recursos

gráficos e semântica, intertextualidade,

conteúdo temático,ideologia;

Artigo de opinião - Operadores argumentativos,

modalizadores, progressão referencial,

partículas conectivas e vozes

sociais,conteúdo temático,marcas

linguísticas.

Publicitária

Política

Jurídica

Midiática

Cartaz - Conteúdo temático, informatividade,

recursos gráficos e linguagem não-

verbal, intencionalidade.Caricatura - Intencionalidade, ideologia, linguagem

não-verbal e contexto de produção,

conteúdo temático.Carta de emprego - Interlocutor, finalidade do texto,

elementos composicionais e marcas

linguísticas.Abaixo-assinado - Vozes sociais, elementos

composicionais e argumentatividade,

finalidade,marcas linguísticas.Boletim de

ocorrência

- Situacionalidade, elementos

composicionais do gênero e escolhas

lexicais, intencionalidadeDepoimento - Elementos extralinguísticos, turnos de

fala e marcas linguísticas,argumentos,Entrevista - Variação linguística, elementos

extralinguísticos, turnos da fala, papel

do locutor e interlocutor, adequação da

fala.

2ª SÉRIE

ESFERAS

SOCIAIS DE

CIRCULAÇÃO

GÊNEROS

DISCURSIVOS

ORAIS E

ESCRITOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Cotidiana Relatos de

experiências vividas

- Elementos extra-linguísticos, turnos de

fala, variação linguística, adequação da

fala ao contexto,

intencionalidade,contexto de produção.Literária/ Crônicas de ficção - Contexto de produção da obra

artística literária, marcas linguísticas, elementos

composicionais, intertextualidade.Paródias - Figuras de linguagem, sentido

conotativo e denotativo,

intertextualidade, efeitos de humor e de

ironia, vícios de linguagem,elementos

extralinguísticos.Textos teatrais - Contexto de produção, elementos

extralinguísticos, marcas linguísticas,

elementos composicionais do

gênero,vozes sociais ,ideologia,

variações linguísticas. Científica Artigos - Marcas linguísticas, informatividade,

finalidade, conteúdo temático, sintaxe

de concordância e de regência.Escolar Relatório - Adequação ao gênero, conteúdo

temático, marcas linguísticas,

elementos composicionais do gêneroTexto

argumentativo

- Operadores argumentativos,

modalizadores, progressão referencial,

partículas conectivas, vozes sociais,

intencionalidade, finalidade.

Imprensa Carta do leitor - Interlocutor, intencionalidade,

operadores argumentativos, marcas

linguísticas, conteúdo temáticoEntrevista

Oral/escrita

- Papel do locutor e do interlocutor,

elementos extra-linguísticos, diferenças

e semelhanças entre o discurso oral e

escrito, adequação ao contexto, marcas

linguísticas.Notícia - Elementos semânticos (operadores

argumentativos, modalizadores, etc.),

vozes sociais presentes no texto,

ideologia.Sinopses e

resenhas

- Elementos composicionais, marcas

linguísticas, finalidade, interlocutor,

informatividade.Publicitária Paródia - Intertextualidade, semântica

(expressões que denotam ironia e

humor), ideologia e intencionalidade,

elementos extralinguísticos, variações

linguísticas.Publicidade

comercial

- Linguagem não-verbal, marcas

lingüísticas, interlocutor, elementos

composicionais, semântica (sentido

conotativo e

denotativo),intencionalidade,

informatividade,operadores

argumentativos, modalizadores,figuras

de linguagem.Política Carta de

reclamação

- Interlocutor, referência textual,

operadores argumentativos, adequação

ao gênero, marcas linguísticas, contexto

de produção, finalidade.Mesa redonda - Conteúdo temático, adequação da

fala ao contexto, informatividade,

elementos extra-linguísticos, turnos de

fala, discurso ideológico.Jurídica Contrato - Interlocutor, marcas linguísticas,

finalidade do texto, informatividade,

conteúdo temático.Estatutos - Interlocutor, marcas linguísticas,

finalidade do texto, conteúdo temático.Midiáticas Filmes: Adaptações

de obras

literárias,curta

metragens,

-Linguagem não-verbal,

intertextualidade, contexto de produção,

ideologia, vozes sociais,diferenças e

semelhanças entre o discurso oral e o

animações,etc. escrito.

3ª SÉRIE

ESFERAS SOCIAIS DE

CIRCULAÇÃO

GÊNEROS DISCURSIVOS

ORAIS E ESCRITOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Cotidiana Curriculum

vitae,convites,relatos

de experiência

vividas

- Interlocutor, adequação ao

gênero, finalidade do texto,

informatividade, contexto de

produção,elementos composicionais

do gênero.

Literária/

Artística

Autobiografia,letras

de

músicas,narrativas

intertextualidade, contexto de

produção, elementos linguísticos,

marcas linguísticas

Poemas - Contexto de produção da obra

literária, elementos composicionais,

marcas linguísticas, semântica.

Romances - Contexto de produção da obra

literária, elementos composicionais,

marcas linguísticas, semântica.

Científica Palestras - Conteúdo temático, interlocutor,

adequação da fala.

Escolar Júri simulado -Turnos da fala, conteúdo temático,

argumentatividade, interlocutor,

adequação da fala, finalidade.

Imprensa Crônica jornalística - Contexto de produção, elementos

composicionais, marcas linguísticas,

ideologia, conteúdo temático.

Mesa redonda - Turnos da fala, conteúdo temático,

argumentatividade, interlocutor,

adequação da fala ao contexto.

Tiras - Linguagem não-verbal, marcas

linguísticas, recursos

gráficossemântica (expressões que

denotam ironia e humor, figuras de

linguagem),intencionalidade.

Publicitária Publicidade

institucional-

-Linguagem não-verbal, marcas

linguísticas, interlocutor, elementos

composicionais, semântica

Publicidade oficial - Linguagem não-verbal, marcas

linguísticas, interlocutor, elementos

composicionais, semântica.

Política Debate -Turnos de fala, conteúdo temático,

argumentatividade, interlocutor e

adequação da fala ao contexto,

finalidade,intencionalidade

Fórum - Turnos de fala, conteúdo temático,

argumentatividade, interlocutor e

adequação da fala ao contexto.

Jurídica Leis -Elementos composicionais,

adequação ao gênero, marcas

linguísticas.

Regimentos - Elementos composicionais,

adequação ao gênero, marcas

linguísticas.

Midiática Telejornal - Conteúdo temático, interlocutor,

elementos extra-linguísticos,

diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e escrito, marcas

linguísticas.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Para a prática da oralidade, serão promovidos debates, discussões

improvisadas ou planejadas, entrevistas para compreender um tema, palestras,

leituras dramáticas, representações de peças teatrais, leitura expressiva ou

recitação pública de poemas, depoimentos sobre situações significativas

vivenciadas pelos alunos ou pessoas de seu convívio, apresentações de resumos

de livros lidos, relatos de acontecimentos.

Para se trabalhar a fala, a escuta e a reflexão acerca da língua oral é

importante que os alunos saibam que podem elaborar esquemas planejando a

exposição, preparar cartazes ou transparências, roteiros para realizar entrevistas

ou encenação de jogos dramáticos, preparar leitura expressiva de textos

dramáticos, memorizar textos poéticos a serem apresentados.

A análise dessas atividades a partir da observação de terceiros servirá para

avaliar as facilidades e dificuldades encontradas e a reação dos ouvintes de modo

que o aluno possa melhorar seu desempenho.

As práticas de leitura serão constantes, explorando a diversidade textual

para o aluno familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diferentes

práticas sociais reconhecendo-os como gêneros discursivos a partir de seu

conteúdo temático, organização composicional e recursos linguísticos, abordando

de forma concomitante vários temas como a cultura a afro-brasileira, africana,

indígena e regional valorizando as origens dos povos e a pluralidade cultural.

Haverá momentos de leitura livre de temas do interesse dos alunos e posterior

comentários das leituras para apreciação dos colegas; e, de forma dirigida através

de leitura silenciosa; oral pelo professor e alunos, por meio de questionamento

durante a mesma, observações sobre o conteúdo; leitura programada, para

posterior discussão em grupo sobre determinado tema.

A produção de textos envolverá os momentos da preparação, da execução

e da avaliação do escrito. Para isso, serão oportunizados aos alunos o contato e

conhecimento de diferentes gêneros textuais literários, de imprensa, lúdicos,

divulgação científica, publicidade para que os mesmos venham a produzi-los

sabendo utilizá-los nas situações que estes se fazem necessários. As produções

serão lidas pelos autores para os colegas em sala de aula e, posteriormente,

serão expostos em murais, nos corredores do colégio para apreciação e produção

de coletâneas.

Desta forma, será feita a reestruturação dos textos produzidos pelos

alunos, trabalhando-se as características dos diversos tipos textuais na prática da

escrita da língua que constitui um dos aspectos fundamentais da prática de

análise linguística.

Para esta tarefa, seleciona-se de um dos textos produzidos pelos alunos,

que seja representativo das dificuldades coletivas; apresenta-se o texto para

leitura, transcrevendo-o no quadro-negro o reproduzindo-o usando papel ou

transparência; será feita a análise e discussão dos problemas selecionados;

registra-se as respostas apresentadas pelos alunos às questões propostas e

discute-se as diferentes possibilidades de reescrita (uso de dicionários e

gramáticas); reelabora-se o texto, incorporando as alterações propostas.

Sob essa perspectiva, o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa

aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles

possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir

com esses discursos. Para isso, é relevante que a língua seja percebida como

uma arena em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando diferentes

opiniões. A esse respeito, Bakhtin/Volochinov (1999, p. 66) defende: “(...) cada

palavra se apresenta como uma arena em miniatura onde se entrecruzam e lutam

os valores sociais de orientação contraditória. A palavra revela-se, no momento de

sua expressão, como produto de relação viva das forças sociais.”

Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por

meio de uma gama de textos com diferentes funções sociais, o letramento do

aluno, para que ele se envolva nas práticas de uso da língua – sejam de leitura,

oralidade e escrita.

Destaca-se que o letramento vai além da alfabetização: esta é uma

atividade mecânica, que garante ao sujeito o conhecimento do código linguístico

(codificação e decodificação); já aquele, de acordo com Soares (1998), refere-se

ao indivíduo que não só sabe ler e escrever, mas usa socialmente a leitura e a

escrita, pratica a leitura e escrita, posiciona-se e interage com as exigências da

sociedade diante das práticas de linguagem, demarcando a sua voz no contexto

social.

O professor de Língua Portuguesa precisa, então, propiciar ao educando a

prática, a discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística,

literária, publicitária, digital, etc). Sob o exposto, defende-se que as práticas

discursivas abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da

linguagem verbal com outras linguagens (multiletramentos).

O trabalho com os gêneros, portanto, deverá levar em conta que a língua é

instrumento de poder e que o acesso ao poder, ou sua crítica, é legítimo e é direito

para todos os cidadãos. Para que isso se concretize, o estudante precisa

conhecer e ampliar o uso dos registros socialmente valorizados da língua, como a

norma culta.

É na escola que um imenso contingente de alunos que frequentam as

redes públicas de ensino tem a oportunidade de acesso à norma culta da língua,

ao conhecimento social e historicamente construído e à instrumentalização que

favoreça sua inserção social e exercício da cidadania. Contudo, a escola não pode

trabalhar só com a norma culta, porque não seria democrática, seria a-histórica e

elitista.

Os procedimentos didáticos para desenvolver o processo de ensino-

aprendizagem requerem um trabalho pedagógico comprometido com a identidade

do aluno e com o conhecimento que ele tem sobre o conteúdo a ser estudado.

Este procedimento orientará a ação do professor para que possa desenvolver

atividades que possibilitem ao aluno problematizar a sua leitura e interpretação do

mundo.

Para isso o conjunto de procedimentos a ser adotado obedecerá a um

esquema flexível que privilegiará, as seguintes estratégias:

Atividades que enfatizem a manifestação oral (debates, dramatizações,

entrevistas,exposições, relatos, etc.);

Atividades que promovam a linguagem escrita (registros, relatórios,

resumos, esquemas, elaboração de textos em gêneros variada com ênfase em

assuntos da atualidade e reescrita de textos);

Atividades de exploração das diferentes modalidades de leitura tais como:

ler para revisar, ler para obter informação, ler por lazer, etc.;

Trabalho com textos visando à interpretação, argumentação e

aprendizagem dos recursos linguísticos-discursivos necessários à organização e

produção de sentido dos gêneros discursivos em estudo.

Para a realização dessas atividades serão usados os seguintes recursos

didáticos e tecnológicos: Tv pen-drive, vídeos, Dvds, aparelho de som,

retroprojetor, aulas expositivas, quadro-negro e sala de informática.

A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de

leitura, oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita “a

reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos que

perpassam os usos linguísticos, seja no momento de ler/escutar, de produzir

textos ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua” (MENDONÇA, 2006, p.

204). Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos

linguísticos e seus efeitos de sentido nos textos. Antunes (2007, p. 130) ressalta

que o texto é a única forma de se usar a língua: “A gramática é constitutiva do

texto, e o texto é constitutivo da atividade da linguagem. [...] Tudo o que nos deve

interessar no estudo da língua culmina com a exploração das atividades textuais e

discursivas”.

Considerando a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o

texto, os conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos

funcionais na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí a

importância de considerar não somente a gramática normativa, mas também as

outras, como a descritiva, a internalizada e, em especial, a reflexiva no processo

de ensino de Língua Portuguesa.

O professor poderá instigar, no aluno, a compreensão das semelhanças e

diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação,

dos textos orais e escritos; a percepção da multiplicidade de usos e funções da

língua; o reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de

construções textuais; a reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas

observadas no texto, conduzindo-o às atividades epilinguísticas e metalinguísticas,

à construção gradativa de um saber linguístico mais elaborado, a um falar sobre a

língua.

Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes

gêneros discursivos (orais e escritos), mais fácil será assimilar as regularidades

que determinam o uso da língua em diferentes esferas sociais (BAKHTIN, 1992).

Tendo em vista que o estudo/reflexão da análise linguística acontece por

meio das práticas de oralidade, leitura e escrita, propõem-se alguns

encaminhamentos. No entanto, é necessário selecionar o gênero que se pretende

trabalhar e, depois de discutir sobre o conteúdo temático e o contexto de

produção/circulação, preparar atividades sobre a análise das marcas linguístico-

enunciativas, entre elas:

Oralidade:

• as variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso:

diferentes registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo;

• os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação (como a

repetição, o uso das gírias, a entonação), entre outros;

• as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal

e a informal;

• os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência do

texto, uma vez que tais conectivos são marcadores orais e, portanto, devem ser

utilizados conforme o grau de formalidade/informalidade do gênero, etc.

• as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e

do texto em registro informal;

• a repetição de palavras (que alguns gêneros permitem) e o efeito produzido;

• o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento (efeitos de humor,

ironia, ambiguidade, exagero, expressividade, etc);

• léxico;

• progressão referencial no texto;

• os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que

falam no texto.

Escrita:

Por meio do texto dos alunos, num trabalho de reescrita do texto ou de

partes do texto, o professor pode selecionar atividades que reflitam e analisam os

aspectos:

• discursivos (argumentos, vocabulário, grau de formalidade do gênero);

• textuais (coesão, coerência, modalizadores, operadores argumentativos,

ambiguidades, intertextualidade, processo de referenciação);

• estruturais (composição do gênero proposto para a escrita/oralidade do texto,

estruturação de parágrafos);

• normativos (ortografia, concordância verbal/nominal, sujeito, predicado,

complemento, regência, vícios da linguagem...);

Ainda nas atividades de leitura e escrita, ao que se refere à análise

linguística, partindo das sugestões de Antunes (2007, p. 134), ressaltam-se

algumas propostas que focalizam o texto como parte da atividade discursiva, tais

como análise:

• dos recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito,

itálico, sublinhado, parênteses, etc.;

• da pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de

sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;

• do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

• do valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos

propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;

• do efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em

relação ao que diz – expressões modalizadoras (ex: felizmente,

comovedoramente, etc.);

• da associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos para

coesão e coerência pretendidas;

• dos procedimentos de concordância verbal e nominal;

• da função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do

sentido entre o que vem antes e o que vem depois em um texto.

Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011 SUED / SEED serão

tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina

propostos nas DCES.

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos

alunos a reflexão sobre o seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de

reestruturação ou refacção, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre

outros textos, de diversos gêneros que circulam no contexto escolar e

extraescolar.

AVALIAÇÃO

É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja

um processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao

desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos

de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,

possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao

professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a

busca de estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.

Sob essa perspectiva, observar-se-á:

• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos

diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca

informal de ideias, numa entrevista, num relato de história, as exigências de

adequação da fala são diferentes e isso deve ser considerado numa análise da

produção oral.

• Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a

compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre

textos, relações de causa e consequência entre as partes do texto, o

reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos

efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das informações tanto

explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre outros. É importante

avaliar se, ao ler, o aluno ativa os conhecimentos prévios; se compreende o

significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; se faz inferências

corretas; se reconhece o gênero e o suporte textual. Tendo em vista o

multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do

texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc.

• Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de

produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto

escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir

daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo-textuais,

verificando: a adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está

de acordo com o contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a

coesão e coerência textual, a organização dos parágrafos.

• Análise Linguística: o professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem

formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos

causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos, as relações

estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem

como as relações semânticas entre as partes do texto (causa, tempo,

comparação, etc.). Uma vez entendidos estes mecanismos, os alunos podem

incluí-los em outras operações linguísticas, de reestruturação do texto, inclusive.

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados

continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e

refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o

aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.

Em consonância com o Projeto Político-Pedagógico e os objetivos

propostos pelo estabelecimento de ensino, os resultados serão expressos de zero

(zero) a 10 (dez), obedecendo aos seguintes critérios: serão realizadas provas

bimestrais, tantas quantas necessárias, perfazendo o total de 7,0 (seis) pontos

referentes ao domínio do conteúdo e os outros 3,0 (quatro) serão computados

somativamente, considerando a realização de trabalhos individuais ou em grupos,

tarefas e pesquisas.

A nota do bimestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em

cada instrumento de avaliação, respeitando a sequência e a ordenação dos

conteúdos, devendo incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações

de aprendizagem.

Os instrumentos de avaliação serão testes de aproveitamento orais e/ou

escritos, pesquisas, relatórios, exposições, trabalhos, experiências e conclusões.

É vedada a avaliação que oferece ao aluno apenas uma oportunidade de aferição.

Ao longo do processo, será feita a recuperação paralela para os alunos que

demonstrarem dificuldade na compreensão dos conteúdos que serão retomados

utilizando um desses instrumentos de avaliação como: atividade complementar

orientada, pesquisa, trabalho individual, atividade coletiva ( trabalho em parceria,

pequenos grupos, monitorias) ou prova para aferição de notas após constatação

que houve aprendizagem efetiva.

Os alunos com necessidades especiais serão avaliados de acordo com

suas necessidades e suas potencialidades, com avaliações diferenciadas quanto

ao número de questões e tempo para realizá-las, observando sempre o nível de

crescimento do aluno.

BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná - Língua Portuguesa, 2008.

Parecer 03/2004 do Conselho Nacional de Educação.

Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura afro-brasileira e africana, 2004.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de

pessoas a partir do século I a.C, desdobrada nas disciplinas de aritmética,

geometria, música e astronomia.

A partir do século V d.C, ocorreram produções entre os hindus, árabes,

persas e chineses.

Após o século XV d.C, o avanço nas navegações e as atividades

comerciais e industriais possibilitaram novas descobertas na matemática.

Enfatizou-se o ensino da matemática experimental que contribuiu na descoberta

de novos conhecimentos.

No século XVI alcançou novo período de sistematização da matemática

denominado por Ribnikov (1987) como período de matemáticas de grandezas

variáveis, contribuindo para uma fase de grande progresso científico e econômico.

No Brasil, na metade do século XVI a matemática foi introduzida como

disciplina nos currículos das escolas brasileiras.

No século XVII surgiu a concepção da lei quantitativa que levou ao conceito

de função e do cálculo infinitesimal.

No Brasil no final do século XVI ao início do século XIX era desdobrada em

aritmética, geometria, álgebra e geometria.

No século XIX foi denominado por Ribnkov (1987) como período das

matemáticas contemporâneas, ocorrendo também sistematizações das

geometrias não-euclidianas.

No final do século XIX e início do século XX os matemáticos antes

pesquisadores passaram a ser também professores preocupando-se mais

diretamente com as questões de ensino, observando entre outros estudos

psicológicos, filosóficos e sociológicos. Esse foi o início de um movimento mundial

de renovação do ensino da matemática.

De 1849 – 1925 surgiu a proposta de renovação do ensino da matemática,

surgindo as primeiras discussões sobre educação matemática. No Brasil Euclides

Roxo solicitou ao governo Federal, a junção das disciplinas, aritméticas, álgebra,

geometria e trigonometria numa única, denominada matemática.

Outras tendências, concomitantemente à Empírico Ativista, influenciaram o

ensino da matemática em nosso país. Muitas delas continuam fundamentando o

ensino da matemática até hoje.

Fiorentini (1995) destacou a Formalista Clássica, Formalista Moderna,

tecnicista, Construtivista, Socioetnocultural e Histórico – crítica.

A partir de 2003, a SEED abre discussões coletivas com os professores da

rede pública estadual resgatando importantes considerações a respeito de

abordagens de ensino aprendizagem da matemática, incluindo também a

educação no campo, indígena e afro – descendentes.

A matemática será trabalhada de forma dinâmica e aplicada para

oportunizar aos alunos condições de ler e interpretar textos matemáticos, incluindo

tabelas, gráficos diagramas presentes em veículos de comunicação, utilizando

recursos tecnológicos.

Para uma matemática aplicada, o aluno deverá aprender conceitos em sala

de aula. E como se tratam de uma escola rural, respeitar os valores fundamentais

ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, e promoção, as

adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades da vida rural e de

cada região escolar empregando a Metodologia, as reais necessidades e

interesses dos alunos da zona rural. Conceitos relacionados com medições de

grandes áreas como o hectare e o acre.

É essencial que se tenha sempre como prioridade formar um cidadão crítico

conhecedor dos seus próprios direitos e deveres. E para que estes objetivos

sejam alcançados a educação deverá ser diversificada, sendo um fator de

inclusão social e não de exclusão. Portanto para o aluno dser beneficiado com

uma formação que responda às suas necessidades educativas fundamentais

como: leitura, escrita, expressão oral, cálculo, resolução de problemas e

conceitos, tais como: atitudes, valores e cidadania.

A matemática também faz parte da vida das pessoas como criação

humana, ao mostrar que ela tem sido desenvolvida para dar respostas as

necessidades e preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos

históricos. Necessita-se então que se incorporem ao seu ensino os recursos das

tecnologias da comunicação, da estatística e das geometrias. E dessa maneira

desenvolver, a partir de suas experiências, um conhecimento organizado que

proporcione aprimorar seu pensamento reflexivo.

Ao indicar aspectos novos no estudo dos números e operações, deve-se

privilegiar o desenvolvimento do sentido numérico e a compreensão de diferentes

significados das operações, e assim propor novo enfoque para o tratamento de

álgebra, apresentando-a incorporada aos demais conteúdos estruturantes,

privilegiando o desenvolvimento do pensamento algébrico e não o exercício

mecânico do cálculo, compreendendo assim, os conceitos, procedimentos e

estratégias matemáticas que permitam desenvolver estudos posteriores e adquirir

uma formação científica geral. Ainda auxiliar os alunos na valorização de suas

raízes culturais relacionando o conteúdo matemático e maneiras específicas de

raciocínios.

Devemos também enfatizar a exploração do espaço e de suas

representações e a articulação entre as geometrias: plana, espacial, analítica e

não-euclidiana, e também grandezas e medidas, as quais fazem com que o aluno

possa exprimir-se com correção e clareza, na linguagem matemática, utilizando a

terminologia correta na interpretação e intervenção da realidade.

Conteúdos estruturantes

6º ano

Números e Álgebra

Sistemas de numeração decimal e não-decimal;

Números naturais e suas representações;

As seis operações e suas inversas;

Transformação de números fracionários em decimais;

Fatoração;

Expressões numéricas.

Grandezas e Medidas

Medidas de massa;

• Medidas de comprimento;

• Medidas de área;

• Medidas de volumes;

• Medidas de tempo;

• Medidas de ângulos;

• Sistema monetário.

Geometrias

Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;

Construções e representações no espaço e no plano;

Planificação de sólidos geométricos.

Tratamento da informação

Dados, tabelas e gráficos;

Porcentagem.

7º ano

Números e Álgebra

O conjunto dos números inteiros e racionais;

Estudo das equações;

Noções de inequações;

As seis operações e suas inversas;

Juros e porcentagens nos diferentes processos de cálculo (razão,

proporção, frações e decimais);

Noções de proporcionalidade;

Grandezas direta e inversamente proporcionais;

Grandezas e Medidas

• Medidas de temperatura;

• Medidas de ângulos;

• Estudo dos triângulos e quadriláteros.

Geometrias

• Geometria plana;

• Geometria espacial;

• Geometrias não-euclidianas.

Tratamento da informação

Pesquisa estatística;

• Média aritmética;

• Moda e mediana;

• Juros simples.

8ºano

Números e Álgebra

As seis operações e suas inversas;

Noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo pela

substituição de letras por valores numéricos;

Monômios e Polinômios

Produtos notáveis;

Fatoração de polinômios

• Equações de 1º grau com duas incógnitas

Sistemas de equações de 1º grau com duas icígnitas e os métodos de

resolução.

Noção de inequação

Ângulos;

Cálculo do número de diagonais de um polígono.

Grandezas e Medidas

Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo;

Triângulos: elementos, ângulos, classificação

Geometrias

Retas e condições de paralelismo e perpendicularidade;

Polígonos

Desenho geométrico com uso de régua e compasso

Noções de geometria espacial.

Tratamento da informação

Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e

histogramas.

9º ano

Números e Álgebra

Conjunto dos números reais;

As seis operações e suas inversas;

Equações, inequações e sistemas de equações de 2º graus;

• Teorema de Pitágoras;

• Regra de três composta.

Grandezas e Medidas

• Trigonometria no triângulo retângulo;

Relações métricas no triângulo retângulo .

Funções

• Noção intuitiva de função afim e função quadrática.

Geometrias

• Geometria Plana;

Geometria espacial;

Geometria analítica;

Geometria não-euclidianas.

Tratamento da informação

Noções de probabilidade;

• Estatística;

• Juros Compostos;

• Noções de análise combinatória;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO

Os Conteúdos Estruturantes propostos nas Diretrizes Curriculares, para a

Educação Básica da Rede Pública Estadual, são:

• Números e Álgebra

• Grandezas e Medidas

• Geometrias

• Funções

• Tratamento da Informação

1. NÚMEROS E ÁLGEBRA

Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Números e Álgebra se

desdobram nos seguintes conteúdos:

• números reais

• números complexos

• sistemas lineares

• matrizes e determinantes

• equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares.

• polinômios

2. GRANDEZAS E MEDIDAS

Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Grandezas e Medidas

aprofundam e ampliam os conteúdos do Ensino Fundamental:

• medidas de massa

• medidas derivadas: área e volume

• medidas de informática

• medidas de energia

• medidas de grandezas vetoriais

• trigonometria: relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo e a

trigonometria na circunferência

3. GEOMETRIAS

Para o Ensino Fundamental e Médio, o Conteúdo Estruturante Geometrias

se desdobra nos seguintes conteúdos:

• geometria plana

• geometria espacial

• geometria analítica

• noções básicas de geometrias não-euclidianas

4. FUNÇÕES

O Conteúdo Estruturante Funções engloba os conteúdos:

• função afim

• função quadrática

• função polinomial

• função exponencial

• função logarítmica

• função trigonométrica

• função modular

• progressão aritmética

• progressão geométrica

5. TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Tratamento da Informação

engloba os conteúdos:

• análise combinatória

• binômio de Newton

• estatística

• probabilidade

• matemática financeira

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

As propostas de trabalho para o aluno são de situações de aprendizagem,

de mediação e de orientação do professor para que o mesmo possa agir,

observar, relacionar aspectos, estabelecer relações e atribuir significados ao saber

matemático.

O desenvolvimento dos conteúdos se dará de modo articulado, partindo de

relações com contextos históricos, sociais e culturais, levando o aluno a

desenvolver o pensamento, produzir conhecimentos, valorizar as atividades

coletivas e desenvolver atividades lúdicas.

O desenvolvimento do trabalho se dará através de situações-problema,

jogos que instigam a investigação matemática, exercícios desafiadores,

proporcionando um caminho para compreender a natureza da matemática e sua

relevância na vida da humanidade.

Serão trabalhadas ainda atividades em grupos, fazendo correlações com o

cotidiano do aluno e estimulando os cálculos por estimativas, fazendo o uso de

diferentes instrumentos de Tratamento da Informação ( textos jornalísticos,

noticias, informações de diferentes naturezas).

Os conteúdos propostos serão abordados por meio de tendências

metodológicas da Educação Matemática, as quais fundamentam a pratica docente

são elas:

A Etnomatemática que busca uma organização da sociedade que permite o

exercício da critica e a analise da realidade. O seu enfoque deverá relacionar-se a

uma questão maior, como o ambiente do individuo e as relações de produção e

trabalho, assim como se vincular as manifestações culturais como arte e religião.

Esta tendência da Educação Matemática contempla com satisfação as

necessidades da escola do campo, já que é neste âmbito que os aspectos

culturais, religiosos e artísticos mais se manifestam.

Através da Modelagem Matemática serão levantados os problemas que

sugerem questionamentos sobre situações do cotidiano. Entendemos a

Modelagem Matemática como sendo um ambiente de aprendizagem no qual os

alunos serão convidados a indagar e/ou investigar situações oriundas de outras

áreas da realidade.

O uso de Mídias Tecnológicas suscita novas questões, em relação ao

currículo, a experimentação Matemática, e as possibilidades do surgimento de

novos conceitos e de novas teorias (BORBA, L999). O trabalho realizado com as

Mídias Tecnológicas, insere formas diferenciadas de ensinar e aprender, e

valoriza o processo de produção de conhecimento.

Já a abordagem dos conteúdos através da Resolução de Problemas é um

desafio da disciplina, pois trata-se de uma metodologia pela qual o estudante tem

a oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos em novas

situações, para resolver a situação proposta, tornando a aula mais dinâmica,

favorecendo a formação do pensamento matemático.

Considera-se a História da matemática como um elemento orientador na

elaboração de atividades, na criação das situações-problemas, na fonte de busca,

na compreensão e como elemento esclarecedor de conceitos matemáticos. Pela

História da Matemática o estudante tem a possibilidade de entender como o

conhecimento matemático foi historicamente construído.

A Investigação Matemática como pratica pedagógica tem sido utilizada e

recomendada como forma de contribuir para a compreensão da disciplina,

utilizando-se de problemas em aberto que resultem na formação de conjecturas a

respeito do que se está investigando, o aluno passa a agir como um matemático

propriamente.

Ao desenvolver os conteúdos de matemática o professor deverá, sempre

que possível, dar condições para que sejam debatidas e levantadas opiniões

relativas a questões sociais, tais como: Educação Ambiental, Educação Fiscal,

Enfrentamento a Violência, História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena,

Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade, bem como os demais

desafios educacionais contemporâneos. Considerando que esses temas são de

suma importância para a formação integral de nosso aluno. Tais questões serão

abordadas através de situações problemas, discussões, debates e seminários,

utilizando diferentes fontes de pesquisa no decorrer do ano letivo.

Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011 SUED / SEED serão

tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina

propostos nas DCES.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação será realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades

educativas expressas no Projeto Pedagógico da escola. Será também contínua,

cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global e democrático

do aluno, propondo atividades que explicitem os procedimentos adotados, e que

tenham oportunidade de explicar realmente e por escrito as suas afirmações.

O acompanhamento das atividades diárias do aluno é muito valioso, uma

vez que nos dá oportunidade de observar a responsabilidade, a cooperação, a

organização, as atitudes, as reações e os procedimentos em situações naturais e

espontâneas.

A avaliação na disciplina de Matemática deverá seguir alguns critérios, que

possibilitem ao professor verificar se o aluno:

• Comunica-se matematicamente, oral ou por escrito;

• Compreende por meio da leitura o problema matemático;

• Elabora um plano que possibilita a resolução do problema;

• Encontra meios para a solução do problema;

• Realiza o retrospecto da solução de um problema.

Salientamos que a avaliação deverá servir como indicativo aos professores

na conduta de sua pratica docente. Caberá ao professor buscar diversos

encaminhamentos e métodos avaliativos, desde o uso de materiais manipuláveis

até o conhecimento de vida do aluno, para poder dar condições de desenvolver

suas capacidades e ao mesmo tempo, respeitar suas limitações.

Na avaliação do aluno terá considerado os resultados obtidos durante todo

o período letivo, num processo continuo. A recuperação de estudos dar-se-à de

forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem, com

retomadas dos conteúdos sempre que se fizer necessário, prevalecendo sempre a

nota maior, sabendo que esta recuperação será de conteúdos, e que depois disto

automaticamente haverá a recuperação da nota.

A avaliação obedecerá aos procedimentos contidos no Regimento Escolar.

Para verificação final serão utilizados como instrumentos de avaliação:

• Atividades do dia-a-dia;

• Trabalhos, pesquisas, relatórios;

• Avaliação Objetivas e/ou subjetivas, priorizando a elaboração pessoal e

critica dos conhecimentos;

• Explanação oral e criação de textos matemáticos.

Deve-se ter consciência de que a avaliação é um processo continuo e

cumulativo, com recuperação paralela, durante todo o período letivo. E para

atender os objetivos propostos devem-se utilizar instrumentos diversos, buscando

detectar o grau de progresso de cada aluno, fazendo um levantamento de suas

dificuldades visando sua recuperação. Pois só assim, “será possível que as

práticas avaliativas superem a pedagogia do exame para se basearem numa

pedagogia do ensino e da aprendizagem.” (DCE< 2009, p. 70)

Os alunos com necessidades especiais serão avaliados de acordo com

suas necessidades e suas potencialidades, com avaliações diferenciadas quanto

ao numero de questões e tempo para realizá-las, observando sempre o nível de

crescimento do aluno.

BILIOGRAFIA

ARROYO, Miguel Gonzalez e outros (org.) Por uma Educação do Campo. 2ª ed., Petrópolis: Vozes, 2005.

Cadernos Temáticos. Educação do Campo. SEED – Pr., 2005.

LONGEN, ADILSON, Matemática – Ensino Médio - Governo do Paraná, Ed. Positivo.

Ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Lei nº 10.639/03. Brasília, 2003.

Sociedade Brasileira de educação Matemática, Educação Matemática em Revista.CORD e BOM JESUS, Matemática Aplicada – Governo do Estado- PARANÁ- Secretaria da Educação.

BONJORNO e GIOVANNI, José Roberto e José Rui – Matemática Fundamental, Volume único, FTD.BARRETO BENIGNO e XAVIER CLAUDIO, Matemática, Volume único, Ensino Médio, Ed. FTD.

CARVALHO, Dione Lucchesi de. Metodologia do ensino da Matemática. São Paulo, Cortez, 1991.

CENTURIÒN, Marilia. Conteúdo e metodologia da matemática - números e operações. São Paulo, Scipione, 1994.

D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Da realidade a ação – reflexões sobre educação e matemática. São Paulo, Summus, 1986.

D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autentica, 2001.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Matemática – 2008.

SILVA, Cláudio Xavier da. BARRETO, Benigno Filho. Matemática aula por aula – ensino médio. São Paulo. FTD. 2005.Vol: 01,02 e 03.

LONGEN, Adilson. Matemática - Ensino Médio. Curitiba. Positivo. 2004. 1ª ed. Vol: 01, 02 e 03.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – QUÍMICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A química às vezes é questionada por alguns alunos no sentido de: em que

ela vai servir no futuro? Já que português serve para se comunicar, por exemplo;

matemática para saber fazer diversos cálculos do dia-a-dia, história para se situar

no tempo; geografia para saber para onde vamos e de onde teoricamente viemos,

quais os problemas com a terra e possíveis soluções; a biologia para entender

como funciona nosso corpo e de seres vivos; já a química como também não é

diferente a física, para que servem?

Comparemos alguns exemplos: Se não entendêssemos de átomos, ou

moléculas, ou ainda como ocorrem as reações ou se ninguém se interessasse por

isso, será que existiriam os remédios que usamos hoje? Há se não fossem os

químicos! Bom, talvez não existisse a bomba atômica e contaminações por

agrotóxicos também, mas também não existiriam os aparelhos de raio X, usinas

nucleares, datação por carbono-14, controle de pragas, que usam o mesmo

principio! Também não existiram os computadores, pois a mecânica quântica

aplicada aos processadores não seria desenvolvida por nenhum químico e

nenhum físico. Então não existiria também este papel, que o possibilita ler este

texto crítico, muito menos existiria a tinta que tem propriedades eletrostáticas e

gruda no papel por diferença de carga, nem se quer uma lâmpada de W para

iluminar suas noites. Mas ainda, para que aprender o que já se sabe? Já dizia

Lavoisier, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, ou seja,

para que vejamos os horizontes é preciso subir nos ombros de gigantes (evoluir

usando conhecimentos antigos), citando como exemplo clássico, o computador,

uma excelente ferramenta rápida, mas lembra-se dos computadores 286, eles não

eram nada rápidos, logo no entanto, serviram como base para os de hoje como os

super Pentium quadri, por exemplo.

Nada melhor para um estudante (possível futuro cientista) desenvolver num

curso básico de química alguns pontos como:

• Perceber que a evolução da Química ocorre dentro de um processo

histórico da humanidade.

• Identificar diferentes tipos de matéria.

• Identificar e diferenciar substâncias puras de misturas e misturas de

homogêneas e heterogêneas.

• Perceber os tipos de modelos atômicos e suas relações.

• Compreender as estruturas da tabela periódica.

• Caracterizar e diferenciar ligação iônica de covalente.

• Entender sobre as forças de atração intermoleculares.

• Compreender o que são ácidos e bases de Arrhenius, seu nome, e fórmula,

bem como as principais aplicações dos mesmos no cotidiano.

• Identificar os sais neutros, sais ácidos e básicos.

• Identificar um óxido através de seu nome ou de sua formula, reconhecendo

os diferentes tipos de óxidos.

• compreender e explicar o conceito de massa atômica de um átomo e de um

elemento, bem como o conceito de massa molecular.

• Resolver problemas de cálculos estequiométricos, com base nas leis de

conservação de massa e das proporções fixas e definidas envolvendo as

relações: mol com mol; mol com massa; mol com volume gasoso nas

CNTP; volume gasoso com massa nas CNTP.

• Identificar o quanto uma reação nuclear é importante com relação as suas

aplicações no cotidiano.

• Ter noção das diferentes rapidezes de uma reação, quanto a variação da

temperatura do sistema, e quais os fatores que influenciam para um

aumento ou diminuição desta rapidez.

• conhecer o átomo de carbono, sua estrutura atômica e suas ligações

químicas.

• Classificar as cadeias carbônicas.

• Reconhecer a nomenclatura oficial dos hidrocarbonetos, álcoois, cetonas,

aldeídos, nitrilas, aminas, amidas, ácidos carboxílicos.

• Conhecer os principais derivados do petróleo.

• Definir isômeros(1).

• Relacionar a química e suas aplicações no campo, como por exemplo,

porque fazer uma análise de solo, ou porque tratar a água que bebem

mesmo esta sendo de um poço. Explicar porque não é vantajoso para o

ambiente e economicamente usar agrotóxicos em excesso. Porque a

adubação correta é muito importante. Analisar as possibilidades de

sobrevivência no campo com fabricação de produtos químicos, como por

exemplo o biogás, adubo orgânico etc.

• Desenvolver projetos interdisciplinarmente para o bom aproveitamento do

seu solo, caso agricultor, como é a nossa maior realidade, tomando-se

consciência do que se possui em termos de terreno e possibilidades da

implantação de novas culturas, tomando-se isso como ênfase

principalmente devido a extinção da fumicultura que desempregará seus

produtores.

• Adaptar a química para pessoas com necessidades especiais para que esta

lhe seja útil durante a vida e não apenas uma matéria obrigatória, que mais

tarde se tornará inútil.

OBJETIVOS

• Despertar no aluno o interesse pela pesquisa do campo, produção orgânica

e cuidados químicos com o solo e consequências.

• Cumprindo-se a lei nº10.639/03, referente à história e cultura Afro-

brasileira e africana, será abordado dados referentes a química, como a

porcentagem de químicos desta origem e quais os conhecimentos usados

por estes no passado, assim como detalhes químicos condizentes a

respeito da cor negra (melanina).

• Despertar no aluno o interesse pela pesquisa científica utilizando a química

no seu cotidiano.

• Estimular o conhecimento da natureza e das transformações que nelas

ocorrem.

• Desenvolver a capacidade do aluno na resolução de problemas propostos

visualizando a relação interdisciplinar na investigação científica.

• Incentivar o aluno a compreensão do papel que a ciência desempenha no

desenvolvimento do universo em que vive.

• Conscientizar o aluno de que o conhecimento científico é dinâmico, e

mutável, ajudando a ter uma necessária visão crítica da ciência.

• Estabelecer uma relação entre os processos químicos e o mundo de forma

abrangente e integrada.

• Possibilitar ao aluno a compreensão tanto de processos químicos em si,

quanto da construção de um conhecimento científico em estreita relação

com as aplicações tecnológicas e as suas implicações ambientais, sociais,

políticas e econômicas.

• Utilizar conhecimentos da química para explicar o mundo natural e planejar,

executar e avaliar intervenções pratica.

• Utilizar instrumentos de medição e cálculo.

• Elaborar estratégias de enfrentamento das questões.

• Articular o conhecimento científico e tecnológico em uma perspectiva

interdisciplinar.(1)

CONTEÚDO

1º ANO

Pretende-se colocar em prática o desenvolvimento interdisciplinar sobre a

organização e restruturação das culturas do campo. Desenvolvendo projetos para

o bom aproveitamento do seu solo pelos jovens agricultores, como é a nossa

maior realidade, tomando-se consciência do que se possui em termos de terreno e

possibilidades da implantação de novas culturas, tomando-se isso como ênfase

principalmente devido a extinção da fumicultura que desempregará seus

produtores.

Explicar os problemas do uso excessivo de agrotóxicos propondo

alternativas de uma química menos tóxica.

Expor possíveis produções de produtos químicos no campo como o biogás,

biodizel, fertilizantes etc.

MATÉRIA E SUA NATUREZA

Conteúdos Objetivos específicosPRIMEIRO BIMESTRE

Constituição da matéria Entender a formação da matéria

Natureza elétrica da matéria Entender as partículas e a constituição do átomo.

Modelos atômicos Entender a evolução dos modelos do átomo

SEGUNDO BIMESTREEstudo dos materiais Compreender a formação dos materiais

Tabela periódica Observar a organização dos elementos

Ligações químicas Entender como as ligações ocorremTERCEIRO BIMESTRE

Interações intermoleculares Identificar como a matéria interage entre si

Química inorgânica e efeitos de poluição

Estudar os ácidos, bases, sais e óxidos juntamente com suas propriedades e reações, juntamente com seus efeitos prejudiciais ao ambiente pelo mau uso.

QUARTO BIMESTRETipos de reações químicas inorgânicas

Entender os tipos de reações químicas existentes.

Grandezas químicas Promover o entendimento das medidas de massa da matéria

2º ANO

QUÍMICA SINTÉTICA

Pretende-se colocar em prática o desenvolvimento interdisciplinar sobre a

organização e restruturação das culturas do campo. Desenvolvendo projetos para

o bom aproveitamento do seu solo pelos jovens agricultores, como é a nossa

maior realidade, tomando-se consciência do que se possui em termos de terreno e

possibilidades da implantação de novas culturas, tomando-se isso como ênfase

principalmente devido a extinção da fumicultura que desempregará seus

produtores.

Explicar os problemas do uso excessivo de agrotóxicos propondo

alternativas de uma química menos tóxica.

Expor possíveis produções de produtos químicos no campo como o biogás,

biodizel, fertilizantes etc.

Conteúdo ObjetivosPRIMEIRO BIMESTRE

Química inorgânica e efeitos de poluição

Recuperar o assunto atrasado por professores anteriores, objetivando estudar os ácidos, bases, sais e óxidos juntamente com suas propriedades e reações, juntamente com seus efeitos prejudiciais ao ambiente pelo mau uso.

Grandezas químicas – conceito de massa e mol

Entender as medidas da matéria e seus cálculos

SEGUNDO BIMESTREEstudo dos gases Entendimento das propriedades dos

gasesCálculos estequiométricos Realizar reações balanceadas e

entender a relação massa/molSoluções Objetiva-se o entendimento dos

fenômenos das misturas e seu preparoTERCEIRO BIMESTRE

Termoquímica O aluno deve entender sobre a energia envolvida nas reações químicas. Liberação ou absorção de energia. Entender o funcionamento de motores a combustão

Conceito de oxidorredução Aprofundar-se no entendimento da natureza elétrica da matéria. Efeitos da obtenção de energia elétrica através de reações deste tipo. Efeitos ambientais do mau uso dos elementos nesta obtenção de energia

QUARTO BIMESTREReações nucleares Capacitar o aluno a entender a origem e

a nocividade das partículas subatômicas. Capacitar o aluno a descrever quais os perigos de tais reações

Cinética Mostrar ao aluno como ocorrem as

reações e como melhorar seu rendimento e velocidadeTambém promover o entendimento dos catalisadores contra poluição atmosférica.

3º ANO

BIOGEOQUÍMICA

Colocar em prática o desenvolvimento interdisciplinar sobre a organização e

restruturação das culturas do campo. Desenvolvendo projetos para o bom

aproveitamento do seu solo pelos jovens agricultores, como é a nossa maior

realidade, tomando-se consciência do que se possui em termos de terreno e

possibilidades da implantação de novas culturas, tomando-se isso como ênfase

principalmente devido a extinção da fumicultura que desempregará seus

produtores.

Explicar os problemas do uso excessivo de agrotóxicos propondo

alternativas de uma química menos tóxica.

Expor possíveis produções de produtos químicos no campo como o biogás,

biodiesel, fertilizantes etc.

Conteúdo Objetivos específicosPRIMEIRO BIMESTRE

Ciclo do carbono Promover entendimento da origem do carbono na natureza

Conhecendo o carbono Fazer com que o aluno entenda as propriedades físico-químicas do átomo de carbono para o entendimento da formação de seus compostos

Hidrocarbonetos Possibilitar o entendimento da estrutura de compostos orgânicos de H e C, juntamente com suas cadeias e seus tipos

SEGUNDO BIMESTRECiclo do oxigênio

Funções oxigenadas

Mostrar a origem e importância do oxigênio na vida

Objetiva-se o estudo de moléculas orgânicas que possuam em sua estrutura o átomo de oxigênio

TERCEIRO BIMESTRECiclo da água e nitrogênio Mostrar origem, formas e importância na

humanidadeFunções nitrogenadas Promover o entendimento da estrutura

molecular e propriedades físico-químicas de moléculas orgânicas nitrogenadas

QUARTO BIMESTREIsomeria Mostrar a importância da rotulação

adequada de substâncias que possuam formula molecular iguais, evitando assim intoxicações em farmácias e laboratórios em geral

Materiais importantes Mostrar a aplicação da química orgânica

EMCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Como uma ciência eminentemente experimental, a Química está em pleno

desenvolvimento e suas aplicações podem ser percebidas em muitos eventos

comuns que se passam conosco e ao nosso redor.

Situando o educando como agente da história, proporcionamos um suporte

para a construção de sua profissão no futuro e, na interação com as demais

disciplinas, o tornamos capazes de desenvolver o seu espírito critico,

compreender suas relações com o ambiente natural e social e, desta forma,

interagir construtivamente com ele. Apropriando-se do conhecimento científico o

estudante poderá utiliza-lo para “ler” (interpretar) o mundo.

Assim procurando, sempre que possível, estar inserido no contexto

histórico, cultural, social e político do educando, tendo em vista as aplicações no

seu cotidiano e também da participação da resolução das grandes questões da

sociedade destacando o papel da química como modificadora da realidade, seja

pelo histórico da sua evolução, seja pela análise e compreensão do impacto de

suas ações sobre a sociedade.

Contextualizar a disciplina de química significa, em primeiro lugar, observa-

la sob um dos pontos de vista, que a dos produtos problemáticos no que trata o

currículo escolar onde o professor deve buscar conhecimentos com referencia

científicas além dos conteúdos propostos e trabalhar de forma compartilhada com

os alunos.

A química pode ser vista como conteúdo científico-tecnológico a que implica

fazer breves inclusões nos diferentes e inúmeros setores da vida e mesma se faz

presente, como por exemplo: a química nas indústria das do creme dental, do

sabonete, dos alimentos, dos combustíveis, etc., que serão pesquisados pelo

educando com objetivo de acrescentar estes dados ao conhecimento do aluno,

fazendo a ligação entre a ciência química como disciplina é a química observada

como conteúdo científico-tecnológico.

Do mesmo modo este objetivo deve despertar no educando que a industria

química é para ele uma das alternativas de trabalho para o seu futuro.

O desenvolvimento teórico acontecerá da seguinte maneira: Explicação,

com perguntas dirigidas aos alunos ou leitura prévia do assunto teórico pelo aluno,

discussão em duplas das dúvidas e explanação do professor com exemplos.

Exposição do assunto com a utilização de recursos áudio-visuais e através

de esquemas, resumos e desenhos no quadro-negro o no retroprojetor.

Estudo em grupo, principalmente na resolução de exercícios.

Aulas práticas em laboratório, relacionando os assuntos teóricos.

Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/2011 SUED / SEED serão

tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina

propostos nas DCES.

CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO

A partir da lei de diretrizes e bases da educação nº 9394/96, a avaliação

passa a ter prioridade no processo educativo. Esse tipo de avaliação leva em

conta o conhecimento prévio do aluno e como ele supera suas concepções

espontâneas além de orientar e facilitar a aprendizagem. A avaliação não tem

finalidade em si, mas subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do

professor, em busca de assegurar a qualidade do processo educacional no

coletivo da escola. A avaliação pode ser estruturada como na tabela a seguir:

TIPO DEFINIÇÃO FUNÇÃO

Prova objetiva Série de perguntas diretas

Avaliar conteúdos específicos

Prova dissertativa Perguntas que exijam capacidade de resumir, analisar.

Abstrair, analisar problemas e formular idéias.

Seminário Exposição oral Possibilitar a transmissão verbal das informações

Trabalho em grupo Atividade de natureza coletiva

Desenvolver o espírito colaborativo

Debate Discussão em que os alunos expõem seu ponto de vista

Aprender a defender uma idéia

Relatório Individual Texto produzido pêlos alunos

Averiguar se o aluno adquiriu o conhecimento

Auto – avaliação Análise do seu próprio crescente.

Analisar seu ponto forte e fraco

A avaliação é algo mais do que buscar resultados. É um processo de

observação e verificação de como os educandos aprendem os conhecimentos

físicos e o que pensam sobre a Química, é parte integrante do próprio processo de

aprendizagem e tem como objetivo aprimorar a qualidade dessa aprendizagem.

Por isso a avaliação será contínua, dinâmica, informal, para que através de uma

série de observações sistemáticas possamos emitir juízo, valorativo sobre a

evolução dos educandos na aprendizagem da Química.

Finalmente, pode-se afirmar que a avaliação é um elemento significativo do

processo de ensino-aprendizagem, que envolve a prática pedagógica do

educador, o desempenho do educando e os princípios que norteiam o trabalho da

unidade escolar, ou seja, a avaliação vai além de simplesmente quantificar os

resultados de um processo ao término de um período. Cabe ao educador

apresentar o conceito ou nota ao educando, desde que acompanhados de

orientações sobre como ele pode agir para aperfeiçoar seu desempenho e

progredir no aprendizado de Química.

A avaliação do desempenho dos educandos terá as seguintes finalidades:

* Em relação aos educandos: Verificar e medir seu conhecimento Químicos;

acompanhar o desenvolvimento de seus procedimentos Químicos; observar sua

postura frente à Química; possibilitar reflexão sobre seus êxitos e dificuldades.

* Em relação ao educador: colher informações para orientação e para tomada de

decisões em relação à atuação docente; identificar as áreas que apresentam

dificuldades para os educandos.

Terá como base:

* As respostas dos educandos, quando eles manifestam de forma implícita ou

explicativa suas certezas, dúvidas e erros.

* As observações das ações e discussões efetuadas durante as tarefas

individuais, em grupos pequenos ou com a classe toda.

* Análise de provas, tarefas feitas em casa, diárias e trabalhos escritos.

Será realizada através de:

* Exercícios, problemas, pesquisas, resumos, esquemas e atividade extraclasse,

sendo esta com peso de 40% da nota total do bimestre.

* Provas de tipos variados com respostas discursivas, curtas, testes de múltipla

escolha e somatórias, sendo esta com 60% de peso na nota total bimestral.

* Realização de atividades experimentais.

* Realização de avaliações adaptadas para alunos portadores de necessidades

especais, analisando-se cada caso em especial, sendo que cada deficiência

proporciona uma limitação diferente para cada portador.

FORMAS DE RECUPERAÇÃO DE CONHECIMENTO

Para realizar uma recuperação plena é necessário investir com várias

estratégias e recursos possíveis para que todos aprendam. Deve-se retomar o

conteúdo com esforço, para garantir a aprendizagem direcionando assim os

métodos e conteúdos para uma recuperação paralela formativa, a cada bimestre.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do Ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 1992.

DEMO, P. Educar pela pesqunvestigação-Ação: Mudando o trabalho de formar professores. Ponta Grossa: Gráfica Planeta, 2001.

MONTANARI, V. Energia nossa de cada dia. 2ª ed. Coleção Desafios. São Paulo: Moderna, 2003.

PCNEM – Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio, Parte III. Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Ministério da Educação e Cultura. Brasília: 1998.

Revista Nova Escola – 2001

Diretrizes curriculares da rede pública de Educação Básica do Estado do Paraná.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO

Essa nova forma de ver a Sociologia como amplo campo de possibilidade,

sujeito a constantes mudanças e reelaborações, possibilitou a compreensão dos

fatos sociais como ações humanas que estão em constante mudança e que são

importantes em determinados períodos. Essa aliança escola e Sociologia assumem

um papel contributivo, numa nova visão mais ampla e profunda da sociedade.

A busca da identidade da autonomia e da plena cidadania faz com que o

ensino da Sociologia se volte para a reflexão crítica, onde o aluno precisa sentir-se

sujeito ativo e participativo das transformações sociais.

O ensino da Sociologia constrói uma concepção que é explicada pelos fatos e

acontecimentos sociais construídos e organizados pela sociedade humana

antepassada e pela atual que imprime nela suas características representadas pelas

suas ações, pelas suas necessidades de criar o seu espaço dentro desse contexto

social que a disciplina de Sociologia integra e exerce como um papel fundamental na

conscientização humana, e na formação de cidadãos conscientes.

Para compreendermos o sentido da Sociologia devemos compreender os

objetivos que por meio dela se pretende atingir. Deveremos dimensionar a

importância da Sociologia enquanto disciplina do Ensino Médio, o que significa

perguntar sobre sua definição, buscar compreender o que ela tem de específico que

não encontramos nas demais disciplinas. E acrescenta-se a isso o fato de que

transformar os saberes científicos em saberes escolares implica em um grau de

diferenciação e criação de identidades entre as diversas disciplinas. A Sociologia

conta com este agravante, qual seja, construir um saber organizado de modo a ser

viável sua introdução no nível Médio de ensino.

Uma sociedade marcada pelo mundo tecnológico onde diversas informações

conquistam seu espaço na sociedade a Sociologia com disciplina escolar devem

analisar essas interferências e transformá-la, mostrar ao aluno que se deve

questionar tudo e não se submeter a verdades prontas e definidas. A Sociologia

255

passa a ser uma disciplina de comunicação entre homens, desempenhando um

papel importante no auxilio e na conscientização humana.

A Sociologia surgiu num tempo de grandes transformações sociais, onde a

sociedade passa a ser pensada como uma ciência que necessita ser estudada para

conseguir a compreensão de tantas mudanças e soluções para os novos problemas

encontrados pela nova sociedade. Onde modificação, contradições, duvida a cercam

nesses novos valores inseridos pela sociedade que está entrando através das

transformações apos revoluções. Revoluções essas: A Revolução Francesa de

1789; as Revoluções Industriais, ambas as revoluções trouxeram grandes

mudanças de valores, cultura, de trabalhar, de pensar e de agir e outras o social foi

modificado a ciência ganha cada vez mais ênfase e surgi à necessidade de repensar

os conceitos sociais, tanto como compreensão da nova sociedade como resgate dos

seus valores dentro desse novo contexto que a compõem. A Sociologia ajudaria se

redescobrir, se transformar, visualizar onde está o erro e como consertar.

Sociologia é uma das Ciências Humanas que estuda o comportamento

humano que movem a sociedade. As revoluções industriais e a francesa

favoreceram instalação definitiva da sociedade capitalista e com essas instalações

veio à modificação dentro e na própria sociedade, o surgimento de uma nova classe

social, a dos operários fabris, onde a necessidade de um estudo sobre essas

transformações torna-se essencial para estabelecer a ordem. Surge a palavra

sociologia, fruto dos acontecimentos das duas revoluções citadas.

Surgem novas relações de trabalhos que são mediadas por sindicatos e

associações representantes dos interesses das sociedade, muitas vezes esses

interesses são buscados da mais variadas formas, que vai desde rebeliões, protesto,

greves, reformas e diálogos onde ambos os interessados expõe os seus interesses

a defender, mas antes de tudo isso existe uma consciência social que rege pela

sobrevivência e por melhorias das condições de vida.

No âmbito de profundas alterações onde a ciência e razão substituem a

explicação do mundo pela fé e tradição, surge um novo questionamento dentro da

sociedade e suas formas de pensar e para sancionar esses problemas surge à

sociologia. Surgiria à palavra sociologia, fruto dos acontecimentos das duas

256

revoluções citadas.

A Sociologia, termo empregado pela primeira vez por Auguste Comte (1798-

1857), torna-se uma ciência conclusiva e síntese de todo o caminho científico da

humanidade,considerada capaz de estruturar a sociedade com o auxílio das demais

ciências. Com o livro Curso de Filosofia Positiva (1830-1842), Comte garante-se o

títulode fundador do positivismo e admite ser a sociedade regida por leis naturais,

independentes da ação do homem.1

Ela vem como base teórica e metodológica, que serve para estudar e tentar

explicar os fenômenos sociais, analisando os homens em suas relações de

interligação com associações, grupos e instituições. O termo sociologia, ou seja,

sociologie foi criado por Auguste Comte.

A Sociologia é obra do trabalho de vários pensadores empenhados em

compreender as situações das novas de existência. A Sociologia constitui reflexões

sobre a sociedade e respostas às novas situações colocadas pela revolução

industrial, como por exemplo, a situação dos trabalhadores, o aparecimento das

cidades industriais, as transformações tecnológicas, a organização do trabalho na

fábrica, e outros2.

A Sociologia traz diferentes estudos e diferentes caminhos para a explicação

da realidade social. A Sociologia três linhas mestras explicativas, com a incumbência

de causar reflexões e buscas pela solução, fundadas pelos seus autores clássicos,

Comte, Durkheim, Weber e Marx.

A positivista-funcionalista, tendo como fundador Auguste Comte e seu

principal expoente clássico em Emilie Durkheim, de fundamentação analítica; (2) a

sociologia compreensiva iniciada por Max Weber, de matriz teórico-metodológica

hermenêutico-compreensiva; e (3) a linha de explicação sociológica dialética,

iniciada por Karl Marx, que mesmo não sendo um sociólogo e se quer se

pretendendo a tal, deu início a uma profícua linha de explicação sociológica3.

Émile Durkheim, escreveu, entre outros, A divisão do trabalho social (1893),

1 Diretrizes de bases do governo do Paraná / Sociologia p.40 Secretaria de Estado da Educação do Paraná

2 www.google.com.br3 www.google.com.br

257

As regras do método sociológico (1895), O Suicídio (1897). Para ele, a realidade

social possui natureza própria, ou seja, é o resultado da combinação das

consciências individuais onde, dentro dessas consciências encontramos falta de

normas, egoísmo das pessoas.Para Durkheim a sociedade também é vista de forma

solidária que está dividida em dois formatos solidariedade mecânica e solidariedade

orgânica, Durkheim também identifica tipos de suicídio (Altruísta, egoísta e

anômico).

Outro grande sociólogo foi Max Weber, Entende a Sociologia como a ciência

que pretende interpretar a ação social, explicando-a em seu desenvolvimento e

efeitos.

Emerge da obra de Weber, a racionalidade como princípio organizativo no

âmbito da sociedade moderna que o faz reconhecer no processo de secularização,a

expressão da racionalização social. (...) No âmbito da realidade política, a

contribuição de Weber sobre o fenômeno da dominação – seja racional, tradicional

ou carismática, como tipos ideais puros coloca luz na questão da autoridade e de

sua legitimidade, ao tratar o poder nas condições da ação humana disposta à

obediência no confronto com os dominadores que pretendem deter o poder

legítimo.4

Também temos a contribuição de Marx, que adota na Sociologia a

metodologia dialética do materialismo histórico. Onde foca sua interpretação na

formação da sociedade capitalista exposta na extensa obra O capital (1885-

1905),publicada após sua morte. Marx enfoco muito os conflitos existentes entre as

duas classes operários (proletariados) e patrões, também refletiu muito todas as

questões que envolvem o trabalho, que vais desde exploração do trabalho, meios

matérias de produção, modo de produção e outros, pois para ele :

Para ele, o trabalho humano é o único meio de produção capaz de agregar

valor aos bens produzidos, uma vez que os outros são meios materiais de produção

– a terra, o ar, as ferramentas, as máquinas, o dinheiro, os equipamentos, a infra-

estrutura física dos galpões, fábricas, escritórios etc. – os quais só se multiplicam se

a elesfor incorporado trabalho. Por isso, a força de trabalho é dispêndio físico e

4 Diretrizes de bases do governo do Paraná / Sociologia . Secretaria de Estado da Educação do Paraná p.58

258

mentalde energia humana que cria valor, ou seja, transforma a terra em plantações,

ocouro em sapatos, as idéias em livros, apenas para exemplificar.Ocorre que os

meios de produção, materiais ou não, apresentam-se na forma de propriedade

privada dos homens, com exceção do ar Assim, Marx demonstra que as relações de

produção são relações de propriedade estabelecidas entre os proprietários dos

meios materiais de produção (os capitalistas) e os proprietários da força de trabalho

(os trabalhadores).5

A sociologia no Brasil nas décadas de 20 e 30 focou-se num estudo sobre a

formação da sociedade brasileira, e analisou temas como abolição da escravatura,

êxodos, e estudos sobre índios e negros. Mas, também posteriormente voltou-se

para classe trabalhista como salários e jornadas de trabalho, e também

comunidades rurais. Um grande enfoque no Brasil foi a década de 60, onde o país

estava passando por um período político difícil, onde o trabalho dos sociólogos se

voltou para os problemas sócio políticos e econômicos originados pela tensão de se

viver em um país cuja forma de poder é o regime militar.

Mas, a sociologia também se preocupou com o processo de industrialização

do país, nas questões de reforma agrária e movimentos sociais na cidade e no

campo. A sociologia foi se mostrando cada vez mais presente, isso a nível mundial

onde ela se fez presente em varias datas importantes em grandes revoluções

tornando sua participação dentro da sociedade seja ela qual forma de extrema

importância.

No Brasil, a Sociologia repica os primeiros acordes de análise positiva.

Florestan Fernandes (1976), ao traçar três épocas de desenvolvimento da reflexão

sociológica na sociedade brasileira, considera aquela a primeira época, uma

conexão episódica entre o direito e a sociedade, A segunda é caracterizada pelo

pensamento racional como forma de consciência social das condições da sociedade,

nas primeiras décadas do século XX; a terceira época, em meados do século XX, é

marcada pela subordinação do estudo dos fenômenos sociais aos padrões de

cientificidade do trabalho intelectual com influência das tendências metodológicas

em países europeus e nos Estados Unidos.Os anos de 1930 foram de plena

5 Diretrizes de bases do governo do Paraná / Sociologia . Secretaria de Estado da Educação do Paraná p.60

259

efervescência para a Sociologia que se institucionalizou, no Brasil, graças a um

conjunto de iniciativas na área da educação, no campo da pesquisa e da editoração.

Nasce o ensino da disciplina e alavanca a reflexão sobre as peculiaridades da

cultura e sociedade brasileiras6.

A Sociologia, enquanto disciplina no ensino médio, fornece informações

acerca da estrutura e das relações sociais cria um espaço privilegiado para

discussões que nem sempre se fazem presentes na escola, também despertar o

interesse e a curiosidade dos estudantes objetivando a reflexão sobre a realidade

que os cerca.

Quando o aluno compreende que a finalidade de ser um cidadão e a

democracia de nosso país todo sai ganhando. Não basta apenas criar opinião

crítica, trata-se, em desenvolver possibilidades em que, numa dada realidade

observada e discutida o estudante possa, através de seu raciocínio e do trabalhado

em classe, vislumbrar outras possibilidades, outras formas de agir buscando

mudanças.

A Sociologia no Ensino Médio, deve orientar os alunos a formularem objetivos

de melhorar o mundo, diminuir as desigualdades sem que isso implique na

eliminação da Diferença.

As Culturas e as Diferenças devem ser elementos constantemente debatidos

em classe, onde o professor sempre deve salientar a necessidade do respeito para

com o outro e sua cultura, pois, dessa forma, estaremos contribuindo para a

construção de uma sociedade compreensiva, que respeita as várias culturas que a

compõe, permite espaços onde ela possa se realizar e possibilita através do ensino

da Sociologia no Ensino Médio ao jovem estudante compreender o mundo em que

vive, entender as possíveis causas e as motivações para o “ser como é, estar como

está” colocando em suas mãos uma ferramenta poderosa para a transformação: A

possibilidade de reflexão sobre o mundo7.

Finalmente, faz-se necessário destacar que a Sociologia surgiu como

disciplina essencial no ensino médio e universitário. Seus resultados podem ser

6 Diretrizes de bases do Governo do Paraná / Sociologia .Secretaria de Estado da Educação do

Paraná p.437 www.google.com.br

260

utilizados para a melhoria da sociedade e seus interesses e valores. Afinal, trata-se

de favorecer e ampliar os saberes humanos. Sem esses saberes criticamente

elaborados e transmitidos, certamente o social e ambiental nos distancia das

transformações que se fazem necessárias. Mais do que ser disciplina do ensino

médio ou universitário a Sociologia é importante para o resgate da cidadania em

nosso país, ensinar Sociologia é, antes de tudo, desenvolver uma nova postura

cognitiva ao aluno quando proporciona informações que os leva a refletir, questionar,

descordar e principalmente dialogar o social com a própria sociedade, tudo isso nos

proporciona saberes que só pode ser descoberto se conhecermos os saberes

sociológicos.

A Sociologia também trabalha a sociedade e seus contextos sociais num

atrativo da preservação da cultura como educação no campo, também trabalha a

valorização da cultura e suas riquezas como a cultura Afro-descendente, e contribui

e atribui novos valores aos padrões da sociedade como a questão da inclusão

escolar e social. A Sociologia está englobada a teoria e praticas tudo num âmbito

para melhorar os valores e padrões da sociedade formada, numa preocupação em

vincular teoria a realidade. Essa é uma preocupação Sociologia e escola, juntas

trabalharam para formação de bons cidadãos críticos, com atitudes, conhecedores e

apreciadores de suas culturas, num futuro em que o preconceito será apenas

palavra de dicionário velho.

OBJETIVOS

* Fornecer subsídios que permitam o educando compreender os fatos sociais como

ações humanas. Fornecendo base para que o mesmo possa interagir no meio

tornando-se um cidadão atuante;

* Proporcionar a construção da identidade social e política, de maneira que

venha perceber a si mesmo como elemento ativo de plena cidadania, dotado de

força política e capacidade de transformar a sociedade.

* Contribuir na formação de alunos capazes de desenvolver a cidadania e de

compreender a realidade;

261

* Valorizar as diferentes manifestações culturais através da compreensão e

construção de uma visão mais crítica dos meios de comunicação de massa;

* Possibilitar ao aluno condições necessárias para entender os problemas sociais,

políticos econômicos e culturais;

* Compreender as diferentes manifestações culturais e sociais, agindo de modo a

preservar o direito à diversidade, superando conflitos e tensões do mundo atual.

* Conduzir o aluno à reflexão, a crítica e a leitura;

* Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil de

qualificação exigida.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O ensino da Sociologia está em processo de mudanças e para entender esse

processo é necessário conhecer os fatos.

No mundo de hoje é preciso que o professor seja um incentivador, utilizando

história na formação do cidadão consciente e para isso é necessária a participação

do aluno. E para conduzir essa participação são necessárias novas metodologias,

que poderão ajudar no auxilio da obtenção de resultados significativos do trabalho

do professor e na melhor compreensão dos alunos. O ensino da Sociologia terá

como pressuposto um estudo que parte da realidade do aluno, analisando o

cotidiano e as contribuições deixadas por outras sociedades e retorne ao presente

compreendendo a sua realidade.

A disciplina tem um enfoque temático, procurando, a partir da leitura de

textos que vem a ser sobre os assuntos em destaque, analisar os problemas

indicados nos objetivos do programa. Consiste de aulas expositivas, porem

contando com intensa participação dos alunos, para o que se pressupõe a leitura

prévia dos textos obrigatórios indicados.Utiliza-se o método expositivo-participativo,

intercalando a exposição teórica com a referencia a casos práticos, provenientes

quer da leitura cientifica recomendada, quer da experiência profissional e da

pesquisa dos docentes.

É solicitada aos alunos uma participação informada, que pressupõe a leitura

262

atentada da bibliografia indicada em cada ponto do programa, no debate /análise

dos casos e exemplos apresentados. Na metodologia propõem-se redimensionar

aspectos da realidade, por meio de uma análise didática e crítica dos problemas

sociais, visto que a dinâmica da sociedade e do conhecimento cientifico que os

acompanha.O conhecimento sociológico deve ir além da classificação, descrição e

estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É tarefa

primordial do conhecimento sociológico explicar e explicar problemáticas sociais

concretas e contextualizadas, de modo a derrubar pré-noções e preconceitos que

dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e das ações políticas

direcionadas a transformação social.

É importante antes de realizar esses trabalhos fazer uma verificação da

vivência cultural dos educandos, através de conversas. Prestar atenção nas

questões culturais da região e da comunidade.

É intensa a questão da diversidade envolvido na área da Sociologia, onde

pode-se trabalhar os conteúdos em grupos, textos sobre o assunto,slides, aulas

expositivas na TV pendrive, pesquisas, debates, seminários, também serão usados

revistas, jornais que tragam referencias ao assunto.

Na questão de alunos com necessidades educacionais especiais, serão feitas

adaptações baseadas nas orientações pedagógicas como: Sínteses dos conteúdos,

xerox, e outros, porém sem que haja a exclusão dos conteúdos repassados à

classe.

Para que esse estudo se concretize será utilizada uma linha metodológica

que levará as informações até os alunos:

• Aulas expositivas;

• Leitura silenciosa e coletiva,

• Análise de textos,

• Debates,

• Seminários,

• Pesquisas orientadas em sala de aula,

• Produção de vídeos (vídeos, formulação e apresentação de trabalhos);

263

• Questionamentos e interpretações de texto;

• Resoluções de exercícios.

• Observação: Educação no campo será trabalhada de forma comunicativa e

informativa e expositiva. Na busca do resgate da suas culturas, desde suas raízes

até as modificações atuais.

• Observação: Educação Inclusiva. Será trabalhada de forma comunicativa,

informativa e também na prática, onde os alunos vão ser orientados para uma

melhor adaptação tanto da parte dos alunos como para o aluno especial. Priorizara o

trabalho em grupo como inclusão cotidiana.

• Educação ambiental, prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade,

violência nas escolas e relações étnicas raciais. As atividades poderão acontecer

individuais e coletivamente em caráter teórico e pratico. Aqui devemos atender para

a prática e a conscientização dos desafios educacionais contemporâneos como

Educação Ambiental, Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade, relações

étnicas raciais e violência na escola, principalmente na destruição do o patrimônio

público.

As avaliações serão teóricas e práticas utilizando textos diversificados sobre os

temas trabalhados. Utilizando imagens, aulas expositivas com vídeos e cartazes.

CONTEÚDOS

Conteúdo Estruturante

• O processo de Socialização e as instituições sociais;

Conteúdo Estruturante

• Cultura e Indústria Cultural;

Conteúdos Básicos

• Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na

análise das diferentes sociedades;

• Diversidade cultural;

• Identidade;

264

• Indústria cultural;

• Meios de comunicação de massa;

• Sociedade de consumo;

• Indústria cultural no Brasil;

• Questões de gênero;

• Culturas afro brasileiras e africanas;

• Culturas indígenas.

Conteúdo Estruturante

• Trabalho, Produção e Classes Sociais;

Conteúdos Básicos

• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

• Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais

• Globalização e Neoliberalismo;

• Relações de trabalho;

• Trabalho no Brasil.

Conteúdo Estruturante

• Poder, Política e Ideologia;

Conteúdos Básicos

• Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

• Democracia, autoritarismo, totalitarismo

• Estado no Brasil;

• Conceitos de Poder;

• Conceitos de Ideologia;

• Conceitos de dominação e legitimidade;

• As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

Conteúdo Estruturante

265

• Direitos Cidadania e Movimentos Sociais.

Conteúdos Básicos

• Direitos: civis, políticos e sociais;

• Direitos Humanos;

• Conceito de cidadania;

• Movimentos Sociais no Brasil;

• A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

• A questão das ONG’s.OS

Educação ambiental, prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade,

violência nas escolas e relações étnicas raciais. As atividades poderão acontecer

individuais e coletivamente em caráter teórico e pratico. Aqui devemos atender para

a prática e a conscientização dos desafios educacionais contemporâneos como

Educação Ambiental, Prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade, relações

étnicas raciais e violência na escola, principalmente na destruição do o patrimônio

público.

AVALIAÇÃO

A avaliação é uma continuidade do processo de ensino, dentro desse

contexto à avaliação deve ser feita de uma forma que o aluno exponha seus

conhecimentos. Sendo importante considerar conhecimento prévio as hipóteses e o

domínio dos alunos e relacioná-los com as mudanças que ocorre no processo de

ensino e aprendizagem. A avaliação é um processo continuo, estimulador, criativo,

atuante, parte integrante e fundamental do processo do ensino e aprendizagem.

A avaliação não deve mensurar simplesmente fatos ou conceitos assimilados

deve ter um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o seu próprio

desempenho como docente refletindo sobre as intervenções didáticas e outras

possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos. È

importante salientar que os métodos avaliativos envolvem todas as atividades,

trabalhos,pesquisas, participações e avaliações propriamente ditas.

266

A avaliação no mundo contemporâneo precisa tomar decisões com base nos

sujeitos que dela participam, com estudo, debate e critica sempre levando em conta

a sociedade em que dela participam, com estudo, debate e critica sempre levando

em conta a sociedade em que vivemos o mundo globalizado, as culturas, as

desigualdades e as diferenças culturais.

A educação da Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por objetivo a

divulgação e produção de conhecimento, o reconhecimento e valorização da

identidade, da história e da cultura dos afro-brasileiros, bem como de atitudes,

posturas e valores para promover a educação de cidadãos atuantes e conscientes

no meio da sociedade.

O sistema de aferição de notas adotado será avaliações somatórias,

totalizando 10 (dez) pontos, que seja: formativa, contínua, processual, diagnóstica,

cumulativa e permanente.

De acordo com a deliberação 007/99 Artigo 3º, a avaliação do aproveitamento

escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de

aprendizagem como: avaliações escritas, apresentação no caderno, trabalhos

individuais e em grupo e apresentações orais.

De acordo com a Lei – 9394/96 os alunos participantes da sala de recursos

terão direito a avaliação diferenciada. Serão oferecidos recursos de apoio, tanto

visual, físico quanto nas especificações requeridas. Textos, atividades e avaliações

diferenciadas irão direcioná-los para chegar uma aprendizagem mais benéfica tanto

para o aluno como para o professor.

A seguir descrevem instrumentos avaliativos:

- Avaliação individual;

- Escrita ou oral dependendo da necessidade do aluno;

- Trabalhos individuais;

- Trabalho em grupos;

- Seminários;

- Debates;

- Apresentação de trabalho;

- Exercícios avaliativos;

267

- avaliações;

- recuperações de conteúdos, de trabalhos e avaliações;

A referida recuperação de conteúdos será oferecida a todos os alunos. A

recuperação de conteúdo será diária através da observação, intervenção, revisão

dos conteúdos e trabalhos extra classes.

A recuperação de conteúdo dar-se à através da auto-avaliação dos trabalhos

e das avaliações em relação ao conhecimento através da sistematização do

conhecimento adquirido no desenvolvimento dos trabalhos práticos realizados. De

acordo com a necessidade poderá elaborar uma nova atividade.

Os critérios da avaliação serão:

- Provas.

- Trabalhos individual ou coletivo, o interesse, a participação e a pesquisa centrada

no assunto.

- Seminários, apresentação e coerência.

- Experimentos, criatividade, execução e compreensão do fenômeno físico.

- Envolvimento da teoria com a prática para uma melhor compreensão do conteúdo

estudado.

BIBLIOGRAFIA

Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Governo do Paraná / Sociologia. Secretaria de Estado da Educação do Paraná Departamento de Educação Básica.

SOCIOLOGIA/ Vários autores.-Curitiba: SEED-PR, 2006,- 280p. ISBN: 85-85380

SOCIOLOGIA/ Vários autores.-Curitiba: SEED-PR, 2006,- 266 ISBN: 85-85380-4

www.diadiaeducacao.pr.gov.br

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