código de hamurabi
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Código de HamurabiO código de Hamurabi é o nome que se dá ao conjunto das 282 leis da Babilônia, que
ocupava o território que hoje corresponde ao Iraque, e que datam de 1772 a.C. Hamurabi
era o nome do sexto rei da antiga Babilônia. Foi ele quem criou as leis que levaram seu
nome e que foram conservadas até os dias atuais.
O código de Hamurabi foi encontrado em uma expedição francesa que data do ano de
1901. O documento tem características interessantes: é uma pedra (ou monólito) feita em
escrita cuneiforme, composta por 46 colunas e 3.600 linhas. O tamanho da pedra onde
está o código é 2,25 metros de altura 1,90 metros na circunferência de sua base e 1,50
metros de circunferência na parte superior.
A sociedade babilônia, que está implicada no código de Hamurabi, era dividida em três
camadas sociais. A primeira era composta por proprietários de terra e também por homens
livres, ou seja, que não dependiam de ninguém, sendo essa camada chamada de Awilum.
A segunda era composta pelos funcionários que possuíam alguns privilégios no uso da
terra, sendo essa uma camada intermediária e recebendo o nome de Muskênum.
Já a terceira era composta por escravos, sendo que sua compra e venda era permitida até
o momento em que conseguissem a liberdade. Essa camada recebe o nome de Wardum.
Essa sociedade marcada pelas diferenças está intimamente ligada ao código de
Hamurabi, já que as leis se relacionam à sociedade à qual serão aplicadas.
Há alguns pontos do código de Hamurabi que valem a pena serem destacados. O primeiro
ponto é a famosa lei de Talião, que consista na máxima “Olho por olho, dentre por dente”.
Outro ponto importante dizia respeito ao falso testemunho. Um trecho do código diz que
se alguém é acusado e o acusador não tem provas da acusação que faz, deve ser morto.
O estupro também era um ponto de destaque no código, sendo que a reparação desse
crime era a pena de morte. Com relação à família, há alguns pontos interessantes. Um
deles diz que se alguém conhece sua filha (sendo esse “conhecer” no sentido sexual) deve
ser expulso da terra. Outro ponto diz que se a esposa morre o marido não pode tomar
parte no seu donativo, pois ele pertence aos filhos.
Os crimes de roubo também são citados no código de Hamurabi. O código diz que se
alguém encontra escravos e os devolve ao dono, este deve pagar dois siclos como
recompensa. Além disso, se alguém comete roubo e é preso, deve ser morto. É possível
perceber que a morte é a pena para vários crimes, de acordo com o código de Hamurabi.
É importante ressaltar que essas leis ilustram um conceito que diz que determinadas leis
estão tão arraigadas na base da sociedade que nem mesmo um rei pode mudá-las. Além
disso, o fato de estarem escritas em uma pedra não é por acaso: isso as torna imutáveis.
Parte do Código de Hamurabi:
“Se um homem negligenciar a fortificação do seu dique, se
ocorrer urna brecha e o cantão inundar-se, o homem será
condenado a restituir o trigo destruído por sua falta. Se não
puder restituí-lo, será vendido assim como os seus bens, e as
pessoas do cantão de onde a água arrebatou o trigo
repartirão entre si o produto da venda.
Se um homem der a um jardineiro um campo para ser
transformado em pomar, se o jardineiro plantar o pomar e
dele cuidar durante quatro anos, no quinto ano o pomar será
repartido igualmente entre o proprietário e o jardineiro; o
proprietário poderá escolher a sua parte.
Se um homem alugar um boi ou um asno, e se nos campos o
ledo matar o gado, é o proprietário do gado quem sofrerá a
perda.
Se um homem bater em seu pai, terá as mãos cortadas, Se
um homem furar o olho de um homem livre, ser-lhe-á furado
um olho, Se um médico tratar da ferida grave de outro
homem, com punção de bronze, e se ele morrer, terá as mãos
decepadas.
Se um arquiteto construir para um outro uma casa e não a
fizer bastante sólida, se a casa cair matando o dono, esse
arquiteto é possível de morte. Se for o filho do dono da casa
quem morrer, o filho do arquiteto será também morto.”
Isaac. J. e Alba. A. História Universal – Grécia e Roma. São Paulo, Editora Mestre Jou,
1964. p. 77.