código de conduta dos servidores do banco central do brasil

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SUMÁRIO

5 CódigodeCondutadosServidoresdoBC

17 Código da AltaAdministraçãoFederal

23 Código do ServidorPúblicoCivil

32 Decretonº6.029,de1ºdefevereirode2007

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CÓDIGO DE CONDUTA DOS SERVIDORES DO BANCO CENTRAL DO BRASIL

CAPÍTULOIDASDISPOSIÇÕESPRELIMINARES

Art. 1º Este Código de Conduta tem por finalidades:

I - traçar orientações em matéria de ética profissional para todos os servidoresemexercícionoBancoCentraldoBrasil;

II - promover ampla discussão a respeito do padrão ético a serobservado no Banco Central, sem prejuízo da aplicação do dispostono Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder ExecutivoFederale,quandoforocaso,noCódigodeCondutadaAltaAdministraçãoFederal;

III - prevenir situações que possam suscitar conflitos entre o interessepúblicoeointeresseprivado;

IV-resguardaraimageminstitucionaleareputaçãodosservidoresdoBancoCentral,comomeiodefortaleceragovernançacorporativa;

V-servirdebalizadorparaatomadadedecisãoemsituaçõesdeconflito de natureza ética;

VI - prover mecanismo de consulta destinado a possibilitar oesclarecimento de dúvidas quanto à correção ética de condutas específicas;

VII-disseminarconceitossobreéticapública,princípiosenormasdeconduta.

Art.2ºParaefeitodesteCódigo,sãoconsideradosservidoresosocupantesdecargoefetivonoBancoCentraleosocupantesdecargodenaturezaespecial.

Art.3ºTodoservidor,noatodeposse,deveprestarcompromissoformal de acatamento e observância das regras estabelecidas neste

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Código e no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do PoderExecutivoFederal.

Parágrafoúnico.CabeàComissãodeÉticadoBancoCentraldoBrasil (CEBCB), por meio de Resolução, definir a forma de cumprimento dodispostonocaputdesteartigopelosservidoresjáemexercícionadatadeentradaemvigordesteCódigo.

CAPÍTULOIIDOSPRINCÍPIOSGERAIS

Art.4ºNoexercíciodesuasatribuições,oservidordevepautarsuacondutaporelevadospadrõesdeética,comlealdadeaoBancoCentral,mediante a estrita observância dos seguintes princípios:

I - legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência;

II - honestidade, discrição, transparência, decoro e boa-fé, com vistasagarantiroatendimentodointeressepúblicoeamotivarorespeitoe a confiança do cidadão brasileiro;

III - zelo permanente pela reputação e integridade do BancoCentral, identificando e contribuindo para corrigir tempestivamente, pormeiodeinformaçãoàCEBCB,quandoforocaso,erroseomissões,própriosoudeterceiros,quepossamcomprometeraimagempúblicaeopatrimôniodainstituição.

CAPÍTULOIIIDOSPADRÕESGERAISDECONDUTA

Art. 5º O servidor deve:

I - ter consciência da importância de seus deveres e responsabilidadeseconsiderarasexpectativasdopúblicoarespeitodeseucomportamentomoraleético,paraconduzir-sedemodoamantere elevar a confiança do cidadão no Banco Central e contribuir para a eficiência e a eficácia da sua administração;

II-manteraobjetividadeeotratamentonãodiscriminatórionasrelaçõescompessoas,entidadespúblicasouprivadasecomosdemais

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servidores, abstendo-se de praticar qualquer forma de discriminação,em particular aquelas baseadas em origem, raça, sexo, cor, idade,nacionalidade, deficiência física, opiniões políticas e convicções filosóficas ou religiosas, devendo ainda evitar comportamento que possa criaratmosferadehostilidadeoudeintimidação;

III - exercer suas atividades profissionais com competência e diligência;

IV-agircomdiscrição,evitandocomentarassuntosdeserviçoemlocaispúblicos;

V-manterespíritoeatitudedecooperaçãoedecordialidadenotratocomosdemaisservidores;

VI - compartilhar os conhecimentos técnico-profissionais adquiridosnoexercíciodassuasatribuições,deformaacontribuirparaa formação de cultura que propicie continuada elevação do nível deconhecimentonoBancoCentral;

VII -pautaraexecuçãodesuasatribuiçõespelaobservânciadenormas,planos,programas,projetoseações,oqueimplicanãoapenasseuacatamentoformal,mastambémocompromissocomasuaefetividade;

VIII - lembrar, quando no papel de gestor público, que seussubordinados poderão tomá-lo como exemplo, motivo pelo qual suasaçõesdevemconstituirmodelodecondutaparasuaequipe;

IX- reconheceroméritodecadaservidorepropiciar igualdadede oportunidade para o desenvolvimento profissional, não admitindo qualquer atitude que possa afetar a carreira profissional de subordinados com base apenas em relacionamento pessoal ou em qualquer tipodediscriminação;

X - respeitar a hierarquia e dar cumprimento às determinaçõeslegaisdeseussuperiores;

XI-manifestar-seadequadaetempestivamente,deformaaalertarcontraqualquercomprometimentoindevidonagestãodoBancoCentralqueatentecontraosprincípiosdalegalidadeedaética;

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XII - debater com seus pares e com sua chefia, preliminarmente à tomada de decisão, situações de potencial conflito ético e, se for o caso, encaminharconsultaàCEBCB;

XIII-resistirapressõesdequalquerorigemquevisemàobtençãodefavores,benessesouvantagensdequalquernatureza,quesejammoral,ética ou legalmente condenáveis, e delas dar ciência à CEBCB;

XIV - denunciar imediatamente à CEBCB quaisquer situaçõescontrárias à ética, envolvendo servidores do Banco Central, de quetenhaconhecimento;

XV - consultar a CEBCB, em caso de dúvida, sobre situaçãopassíveldesercontráriaàética;

XVI-realizarsuasatividadesparticularesemcaráterestritamentepessoal,evitandovinculá-lasaonomeeàimagemdoBancoCentral;

XVII-abster-sedousodocargooudafunçãoparaobter,diretaouindiretamente,qualquerfavorecimentoembenefíciopróprio,deparentes,deamigosoudeterceiros;

XVIII-assegurarqueosrecursosdoBancoCentralsejamutilizadosexclusivamenteematividadesvoltadasaosobjetivosinstitucionais;

XIX - dedicar suas horas de trabalho aos interesses do BancoCentral, abstendo-se de realizar atividades do seu interesse privadoenquantoemserviço;

XX - fazer-se acompanhar de pelo menos outro servidor aoconceder audiência a particular, relacionada com o serviço público, dela mantendo registro específico, com a relação das pessoas presentes e a mençãodosassuntostratados;

XXI - pautar a realização das atividades do cargo, inclusivequando em representação externa, pelo atendimento da missão e dosinteressesinstitucionais;

XXII - abster-se de fazer indicações ou de influenciar na contratação, peloBancoCentral,defornecedores,deterceirizadosoudeestagiários;

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XXIII-apresentar-seaotrabalhocomvestimentasadequadasaoambiente,emrazãodanaturezadoserviçooudaatribuiçãodocargooudafunção;

XXIV - abster-se de exercer atividades políticas e de cunhoreligioso quando no exercício de suas atribuições profissionais.

§ 1º Para os efeitos do inciso XX, considera-se:

I - audiência – a reunião solicitada ao servidor para tratar de assuntosobreoqualdetenhaatribuiçãodedecidirousemanifestar,emsuaáreadeatuação;

II - particular – todo aquele que, mesmo ocupante de cargo ou função pública, solicita audiência para tratar de interesse privado, seu ou deterceiro.

§ 2º O disposto no inciso XX não se aplica:

I-aosassuntosrelacionadosàsupervisãobancáriaeàsegurançado serviço, bem como àqueles sujeitos a sigilo legal, estratégicoou profissional;

II-aoscasosdeatendimentoabertoaopúblicoederelacionamentodecorrentedoexercíciodasatribuiçõesprópriasdocargooudafunção.

§3ºParaefeitodoincisoIdo§2º,asupervisãobancáriacompreendeas atividades de regulação e fiscalização do sistema financeiro.

CAPÍTULOIVDASCONDUTASESPECÍFICAS

Seção IDos Conflitos de Interesses

Art. 6º O servidor deve evitar situações de conflitos de interesses reais,potenciaisouaparentes.

§ 1º Considera-se conflito de interesses a situação gerada pelo confrontoentreosinteressesdoBancoCentraleosinteressesprivadosdo

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servidor, que possa comprometer o interesse coletivo ou influenciar, de maneiraimprópria,odesempenhodafunçãopública.

§ 2º O conflito de interesses é real quando a situação geradora de conflito já se consumou; é potencial quando o servidor tem interesses particulares que podem gerar conflito de interesses em situação futura; é aparente quando, embora não haja ou não possa haver o conflito real, a situação apresentada parece gerar conflito, de forma a lançar dúvidas sobreaintegridadedoservidoredoBancoCentral.

§ 3º Suscita conflito de interesses a atividade particular cujo exercício:

I - seja incompatível comas atribuiçõesdo cargoouda funçãopública,comotalconsiderada,inclusiveaqueladesenvolvidaemáreasoumatérias afins à competência funcional;

II-violeoprincípiodaintegraldedicaçãopeloocupantedecargoemcomissão ou função de confiança, que exige a precedência das atribuições docargooudafunçãopúblicasobrequaisqueroutrasatividades;

III - implique prestação de serviços de qualquer natureza apessoa física ou jurídica que tenha interesse em decisão na qual oservidor tenha tido ou venha a ter participação, ainda que medianteassessoramento,ouaentidadequetenhaou,emrazãodoobjeto,possaterrelaçõescomoBancoCentral;

IV - possa transmitir à opinião pública dúvida a respeito daintegridade,moralidade,clarezadeposiçõesedodecorodoservidor.

§ 4o A ocorrência de conflito de interesses independe do recebimentodequalquerganhoouretribuição.

Art. 7º O servidordevedeclarar-se impedidode tomardecisãoou de participar de atividades quando perceber a existência de conflito de interesses real, potencial ou aparente, podendo evitá-lo ao adotar,conforme o caso, uma ou mais das seguintes providências:

I - abrir mão da atividade ou licenciar-se do cargo, enquantoperdurar a situação passível de suscitar conflito de interesses;

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II - alienar bens e direitos que integram seu patrimônio e cujamanutenção possa suscitar conflito de interesses;

III-comunicaraosuperiorhierárquico,ouaosdemaismembrosdeórgão colegiado de que faça parte, a ocorrência de conflito de interesses específico e transitório, abstendo-se de votar ou participar da discussão doassunto.

§1o A providência adotada pelo servidor para prevenir situação que possa suscitar conflito de interesses deve ser por ele informada à CEBCB, que opinará, em cada caso concreto, sobre a suficiência da medida.

§ 2o A participação em conselhos de administração e fiscal de empresaprivada,daqualaUniãosejaacionista,somenteserápermitidaquando resultar de indicação institucional da autoridade públicacompetente.Nessescasos,évedadoaoservidorparticipardedeliberaçãoque possa suscitar conflito de interesses com o Banco Central.

§ 3o No trabalho voluntário em organizações do terceirosetor, sem finalidade de lucro, também deverá ser observado o disposto nesteCódigo.

Seção IIDas Informações Privilegiadas

Art.8ºÉvedadoaoservidorfazerusodeinformaçõesprivilegiadas,adquiridasnoexercíciodocargo,embenefíciopróprio,deparentes,deamigosoudeterceiros.

§1ºParaosefeitosdesteCódigo,informaçãoprivilegiadaéaquelaquedigarespeitoaassuntossigilososouquetenharelevâncianoprocessodedecisãonoâmbitodoBancoCentral,comrepercussãoeconômicaoufinanceira, e que não seja de conhecimento público.

§ 2º Sem prejuízo de sua aplicação a todos os servidores, odispostonocaputdevemerecerespecialatençãodoservidorlotadoemáreassensíveisounoexercíciode funçõesquepossibilitemoacessoainformação privilegiada, tais como: supervisão e regulação do sistema financeiro, gestão de compras e de contratos, segurança, procuratório, política cambial, liquidação e desestatização, política econômica,

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relacionamento com investidores, operações bancárias e sistema depagamentos, operações do mercado aberto, operações das reservasinternacionais, tecnologia da informação, consultoria e assessoramentoimediatosaoPresidenteeaosDiretoresdoBancoCentral.

Art.9ºOservidorque,diretaouindiretamente,tenhaacessoadadosou informações sigilosos deverá firmar compromisso de manutenção de sigilo, nos termos da legislação e da regulamentação federal de regência, oqualserámantidomesmoapósotérminodarelaçãofuncionalcomoBancoCentral.

Seção IIIDas Atividades Paralelas

Art. 10. O servidor deve abster-se de:

I-exercertrabalhoouprestarserviçosdeconsultoria,deassessoria,de assistência técnica ou de treinamento, de forma remunerada, direta ou indiretamente,denaturezapermanenteoueventual,aindaqueforadeseuexpediente, a:

a)qualquerpessoafísicaoupessoajurídicadenaturezaprivadaquetenhaou,emrazãodoobjeto,possaterrelaçõescomoBancoCentral;ou

b) órgãos e entidades da administração direta, autárquica efundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, dosMunicípiosedoDistritoFederal, inclusiveos realizadosnoâmbitodeconvênios, acordos, ajustes ou instrumentos congêneres custeados com recursosdoOrçamentoGeraldaUnião;

II-exerceratividadeparalela,comousemcontratodetrabalho,quegeredescréditoàreputaçãodoBancoCentral,quesejaincompatívelcom suas atribuições legais ou que, ainda, interfira nas suas atividades eresponsabilidades.

Parágrafo único. O disposto no inciso I deste artigo não seaplicaàsatividadesdocentes,observadaacompatibilidadedehorários,nem às atividades exercidas em decorrência de designação específica doBancoCentral.

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Seção IVDas Publicações, Atividades Acadêmicas e de Pesquisa

Art. 11. O servidor deve assegurar-se de que a publicação deestudos, pareceres, pesquisas e demais trabalhos de sua autoria nãoexponhaminformaçõessigilosasouopiniõesquepossamserinterpretadascomo posicionamento institucional e/ou comprometer a reputação doBancoCentraljuntoaopúblico.

Parágrafo único. Em qualquer situação, o servidor deve deixarclaro que as contribuições científicas ou acadêmicas são realizadas em seupróprionomeenãorepresentamposicionamentoinstitucional.

Art.12.Oservidornãopodereceberqualquertipodecompensaçãopecuniáriaporescrever,ensinarouapresentarpalestraforadoâmbitodoBanco Central, sempre que essa atividade decorrer do desempenho desuasatribuições.

Art.13.Qualquerpublicaçãodeautoriadoservidorqueincorporeinformaçãoporeleobtidanoexercíciodesuasatribuiçõesdeveserpréviae expressamente autorizada pelo Presidente do Banco Central ou peloDiretordarespectivaárea.

Parágrafo único. Em se tratando de publicação decorrente daparticipação do servidor no Programa de Pós-Graduação do BancoCentral, devem ser observadas as regras específicas daquele programa.

Seção VDa Participação em Eventos Externos

Art. 14. A participação do servidor em cursos, seminários,congressosoueventossemelhantesdevesercusteadapeloBancoCentralquandosetratardeeventodeinteresseinstitucional,devendosercusteadapelopróprioservidorquandosetratardeeventodeinteresseparticular.

§ 1º Havendo interesse institucional, poderão ser admitidos:

I - o pagamento da taxa de inscrição pelo organizador oupatrocinador do evento, quando se tratar de entidades sem fins lucrativos,

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associaçõesdeclasseefederações,mantidasasdemaisdespesasàcustadoBancoCentral;

II-acoberturadasdespesasdeparticipaçãonoeventopororganismointernacionaldoqualoBrasilfaçaparteoucomoqualcoopere,porgovernoestrangeiro e por suas instituições, por entidade acadêmica, científica ou cultural, ou que possua vínculo contratual específico com o Banco Central.

§2ºNocasodeinteressedoservidor,podeseradmitidoocusteiopelo patrocinador do evento, desde que não haja conflito de interesses comoexercíciodocargooudafunçãopúblicaenãosetratedeinstituiçãosubmetidaàregulaçãoe/ousupervisãodoBancoCentral.

Seção VIDo Recebimento de Presentes

Art.15.Oservidordeveabster-sedeaceitarpresentes,refeições,transporte,hospedagem,serviços,diversões,compensaçãoouquaisquerfavoresemcaráterpessoal,salvoemsituaçõesprotocolares,quandoestejarepresentandooBancoCentral.

§1ºOspresentesrecebidosemsituaçõesprotocolaresdeverãoserincorporadosaoacervodoBancoCentral.

§2ºNãoseconsiderampresentesparaosefeitosdesteCódigoosbrindes que, por sua natureza:

I-sejamdesprovidosdevalorcomercial;ou

II-sejamdistribuídosatítulodecortesia,propaganda,divulgaçãohabitual ou por ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas,desde que não ultrapassem o valor fixado pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

Seção VIIDos Investimentos Financeiros

Art. 16. Ao realizar investimentos no próprio nome, em nomedocônjuge,docompanheiroou,ainda,deseusdependentes,oservidordeve levar em conta a hipótese de potencial conflito de interesses com

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as atividades exercidas e a possibilidade de ocorrência de situações que possam,direta ou indiretamente, lançar dúvidas quanto à utilizaçãodeinformaçõesprivilegiadas.

§1ºOservidordeveabster-sedeefetuaraplicaçõesderecursospróprios ou de terceiros em operação de que tenha conhecimento emrazãodocargooudafunçãopública.

§ 2º A CEBCB poderá especificar regras para a realização, por parte de servidores do Banco Central, de aplicações financeiras específicas.

§ 3º O servidor deve abster-se de fazer uso de informaçõesprivilegiadas,obtidasemrazãodoexercíciodocargooudafunçãopública,paraprestarconselho,assessoriaourecomendaçãosobreinvestimentosaqualquerpessoaouinstituição.

CAPÍTULOVDASSANÇÕES

Art. 17. A inobservância das normas estipuladas neste Códigopoderá acarretar ao servidor, sem prejuízo de outras sanções legais, aaplicaçãodapenadecensurapelaCEBCB.

Parágrafo único. Nos casos de inexistência de dolo, a CEBCB poderáexpedirorientaçãodecondutaparaoservidor.

CAPÍTULOVIDASDISPOSIÇÕESFINAIS

Art.18.Noseditaisdeconcursopúblicodestinadosàseleçãodeservidores para o Banco Central, deverá haver referência a este Código, paraprévioconhecimentodoscandidatos.

Art.19.PorocasiãodaentradaemexercícionoBancoCentral,oservidordeveráreceberexemplardoCódigodeCondutaeserorientadopelo superior hierárquico da necessidade de leitura e reflexão constantes sobreasprescriçõesneleestabelecidas.

Art.20.AresponsabilidadeporsupervisionaraobservânciadasdisposiçõesdesteCódigoédaCEBCB.

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Art.21.ACEBCBdeveráserconsultadaoupreviamenteinformadanoscasosdedúvidanainterpretaçãodopresenteCódigoou,ainda,nassituações em que a observância de alguma de suas regras venha a serconsideradainadequada.

Parágrafoúnico.AsconsultasdirigidasàCEBCBdeverãoestaracompanhadasdoselementosquecaracterizemasituaçãoexposta.

Art.22.EsteCódigodeCondutaseaplicaatodososservidoresdoBancoCentral,inclusiveàquelesemgozodelicença,noquecouber,bemcomoatodoagenteque,porforçadelei,contratoouqualqueratojurídico,lhepresteserviçosdenaturezapermanente, temporária,excepcionaloueventual, ainda que sem retribuição financeira.

Art. 23. Com o fito de promover a disseminação de valores, princípios,ideaisenormasrelacionadosàcondutaética,cabeàCEBCB,auxiliada pela Rede Interna de Promoção da Ética de que trata o seuRegimento Interno, a orientação e o esclarecimento de dúvidas dosservidoresearesponsabilidadepeloaperfeiçoamentodesteCódigo.

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CÓDIGO DE CONDUTA DA ALTA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL

Art.1ºFicainstituídooCódigodeCondutadaAltaAdministraçãoFederal, com as seguintes finalidades:

I – tornar claras as regras éticas de conduta das autoridades da altaAdministraçãoPúblicaFederal,paraqueasociedadepossaaferiraintegridadeealisuradoprocessodecisóriogovernamental;

II – contribuir para o aperfeiçoamento dos padrões éticos da AdministraçãoPúblicaFederal,apartirdoexemplodadopelasautoridadesdenívelhierárquicosuperior;

III – preservar a imagem e a reputação do administrador público, cuja condutaestejadeacordocomasnormaséticasestabelecidasnesteCódigo;

IV – estabelecer regras básicas sobre conflitos de interesses públicos e privados e limitações às atividades profissionais posteriores ao exercíciodecargopúblico;

V – minimizar a possibilidade de conflito entre o interesse privadoeodeverfuncionaldasautoridadespúblicasdaAdministraçãoPúblicaFederal;

VI – criar mecanismo de consulta, destinado a possibilitar o prévio e prontoesclarecimentodedúvidasquantoàcondutaéticadoadministrador.

Art. 2º As normas deste Código aplicam-se às seguintesautoridades públicas:

I – Ministros e Secretários de Estado;

II – titulares de cargos de natureza especial, secretários-executivos, secretários ou autoridades equivalentes ocupantes de cargo do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, nível seis;

III – presidentes e diretores de agências nacionais, autarquias, inclusiveasespeciais,fundaçõesmantidaspeloPoderPúblico,empresaspúblicasesociedadesdeeconomiamista.

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Art. 3º No exercício de suas funções, as autoridades públicasdeverãopautar-sepelospadrõesdaética,sobretudonoquedizrespeitoàintegridade,àmoralidade,àclarezadeposiçõeseaodecoro,comvistasamotivar o respeito e a confiança do público em geral.

Parágrafo único. Os padrões éticos de que trata este artigo sãoexigidosdaautoridadepúblicanarelaçãoentresuasatividadespúblicaseprivadas, de modo a prevenir eventuais conflitos de interesses.

Art.4ºAlémdadeclaraçãodebenserendasdequetrataaLeinº8.730,de10denovembrode1993,aautoridadepública,noprazodedezdiascontadosdesuaposse,enviaráàComissãodeÉticaPública– CEP, criada pelo Decreto de 26 de maio de 1999, publicado no Diário Oficial da União do dia 27 subseqüente, na forma por ela estabelecida, informaçõessobresuasituaçãopatrimonialque,realoupotencialmente,possa suscitar conflito com o interesse público, indicando o modo pelo qualiráevitá-lo.

Art. 5º As alterações relevantes no patrimônio da autoridadepública deverão ser imediatamente comunicadas à CEP, especialmentequando se tratar de:

I – atos de gestão patrimonial que envolvam:

a) transferência de bens a cônjuge, ascendente, descendente ou parentenalinhacolateral;

b)aquisição,diretaouindireta,docontroledeempresa;ou

c) outras alterações significativas ou relevantes no valor ou na naturezadopatrimônio;

II – atos de gestão de bens, cujo valor possa ser substancialmente alteradopordecisãooupolíticagovernamental.(Alterado pela Exposição de Motivos nº 360, de 14/9/2001, aprovada em 18/9/2001)

§1ºÉvedadooinvestimentoembenscujovaloroucotaçãopossaser afetadopordecisãooupolíticagovernamental a respeitodaqual aautoridadepública tenha informaçõesprivilegiadas, em razãodocargooufunção,inclusiveinvestimentosderendavariávelouemcommodities,

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contratos futuros e moedas para fim especulativo, excetuadas aplicações em modalidades de investimento que a CEP venha a especificar.

§ 2º Em caso de dúvida, a CEP poderá solicitar informaçõesadicionais e esclarecimentos sobre alterações patrimoniais a elacomunicadaspelaautoridadepúblicaouque,porqualqueroutromeio,cheguemaoseuconhecimento.

§3ºAautoridadepúblicapoderáconsultarpreviamenteaCEParespeito de ato específico de gestão de bens que pretenda realizar.

§ 4º A fim de preservar o caráter sigiloso das informações pertinentes àsituaçãopatrimonialdaautoridadepública,ascomunicaçõeseconsultas,apósseremconferidase respondidas, serãoacondicionadasemenvelopelacrado,quesomentepoderáserabertopordeterminaçãodaComissão.

Art.6ºAautoridadepúblicaquemantiverparticipaçãosuperioracincopor cento do capital de sociedade de economia mista, de instituição financeira, oudeempresaquenegociecomoPoderPúblico,tornarápúblicoestefato.

Art. 7º A autoridade pública não poderá receber salário ouqualquer outra remuneração de fonte privada em desacordo coma lei, nem receber transporte, hospedagem ou quaisquer favores departicularesdeformaapermitirsituaçãoquepossagerardúvidasobreasuaprobidadeouhonorabilidade.

Parágrafo único. É permitida a participação em seminários,congressos e eventos semelhantes, desde que tornada pública eventualremuneração, bem como o pagamento das despesas de viagem pelopromotor do evento, o qual não poderá ter interesse em decisão a sertomadapelaautoridade.

Art.8ºÉpermitidoàautoridadepúblicaoexercícionãoremuneradodeencargodemandatário,desdequenãoimpliqueapráticadeatosdecomércioouquaisqueroutrosincompatíveiscomoexercíciodoseucargooufunção,nostermosdalei.

Art. 9º É vedada à autoridade pública a aceitação de presentes,salvodeautoridadesestrangeirasnoscasosprotocolaresemquehouverreciprocidade.

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Parágrafo único. Não se consideram presentes para os fins deste artigo os brindes que:

I – não tenham valor comercial; ou

II – distribuídos por entidades de qualquer natureza a título de cortesia, propaganda, divulgação habitual ou por ocasião de eventosespeciaisoudatascomemorativas,nãoultrapassemovalordeR$100,00(cemreais).

Art. 10. No relacionamento com outros órgãos e funcionáriosda Administração, a autoridade pública deverá esclarecer a existência de eventual conflito de interesses, bem como comunicar qualquer circunstânciaoufatoimpeditivodesuaparticipaçãoemdecisãocoletivaouemórgãocolegiado.

Art. 11. As divergências entre autoridades públicas serão resolvidas internamente, mediante coordenação administrativa, não lhes cabendomanifestar-sepublicamentesobrematériaquenãosejaafetaasuaáreade competência.

Art. 12. É vedado à autoridade pública opinar publicamentea respeito:

I – da honorabilidade e do desempenho funcional de outra autoridadepúblicafederal;e

II – do mérito de questão que lhe será submetida, para decisão individualouemórgãocolegiado.

Art.13.Aspropostasde trabalhooudenegócio futuronosetorprivado, bem como qualquer negociação que envolva conflito de interesses,deverãoserimediatamenteinformadaspelaautoridadepúblicaàCEP,independentementedasuaaceitaçãoourejeição.

Art. 14. Após deixar o cargo, a autoridade pública não poderá:

I – atuar em benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica, inclusivesindicatoouassociaçãodeclasse,emprocessoounegóciodoqualtenhaparticipado,emrazãodocargo;

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II – prestar consultoria a pessoa física ou jurídica, inclusive sindicato ou associação de classe, valendo-se de informações nãodivulgadaspublicamentearespeitodeprogramasoupolíticasdoórgãooudaentidadedaAdministraçãoPúblicaFederalaqueestevevinculadooucomquetenhatidorelacionamentodiretoerelevantenosseismesesanterioresaotérminodoexercíciodefunçãopública.

Art. 15. Na ausência de lei dispondo sobre prazo diverso, será dequatromeses,contadosdaexoneração,operíodode interdiçãoparaatividadeincompatívelcomocargoanteriormenteexercido,obrigando-sea autoridade pública a observar, neste prazo, as seguintes regras:

I – não aceitar cargo de administrador ou conselheiro, ou estabelecer vínculo profissional com pessoa física ou jurídica com a qual tenha mantido relacionamento oficial direto e relevante nos seis meses anterioresàexoneração;

II – não intervir, em benefício ou em nome de pessoa física ou jurídica,juntoaórgãoouentidadedaAdministraçãoPúblicaFederalcomque tenha tido relacionamento oficial direto e relevante nos seis meses anterioresàexoneração.

Art.16.ParafacilitarocumprimentodasnormasprevistasnesteCódigo,aCEPinformaráàautoridadepúblicaasobrigaçõesdecorrentesda aceitação de trabalho no setor privado após o seu desligamento docargooufunção.

Art.17.AviolaçãodasnormasestipuladasnesteCódigoacarretará,conforme sua gravidade, as seguintes providências:

I – advertência, aplicável às autoridades no exercício do cargo;

II – censura ética, aplicável às autoridades que já tiverem deixado ocargo.

Parágrafoúnico.AssançõesprevistasnesteartigoserãoaplicadaspelaCEP,que,conformeocaso,poderáencaminharsugestãodedemissãoàautoridadehierarquicamentesuperior.

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Art.18.OprocessodeapuraçãodepráticadeatoemdesrespeitoaopreceituadonesteCódigoseráinstauradopelaCEP,deofícioouemrazão de denúncia fundamentada, desde que haja indícios suficientes.

§ 1º A autoridade pública será oficiada para manifestar-se no prazo decincodias.

§ 2º O eventual denunciante, a própria autoridade pública, bemassimaCEP,deofício,poderãoproduzirprovadocumental.

§ 3º A CEP poderá promover as diligências que considerar necessárias, bem assim solicitar parecer de especialista quando julgarimprescindível.

§ 4º Concluídas as diligências mencionadas no parágrafo anterior, a CEP oficiará a autoridade pública para nova manifestação, no prazo de três dias.

§ 5º Se a CEP concluir pela procedência da denúncia, adotará umadaspenalidadesprevistasnoartigoanterior, comcomunicaçãoaodenunciadoeaoseusuperiorhierárquico.

Art.19.ACEP,seentendernecessário,poderáfazerrecomendaçõesou sugerir ao Presidente da República normas complementares,interpretativaseorientadorasdasdisposiçõesdesteCódigo,bemassimresponderá às consultas formuladas por autoridades públicas sobresituações específicas.

PublicadonoD.O.de22/8/2000.

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DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994

Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,nousodasatribuiçõesquelheconfereoart.84,incisosIVeVI,eaindatendoemvistaodispostonoart.37daConstituição,bemcomonosarts.116e117daLein°8.112,de11dedezembrode1990,enosarts.10,11e12daLein°8.429,de2dejunhode1992,

DECRETA:

Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor PúblicoCivildoPoderExecutivoFederal,quecomestebaixa.

Art.2°OsórgãoseentidadesdaAdministraçãoPúblicaFederaldireta e indireta implementarão, em sessenta dias, as providências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três servidores ouempregadostitularesdecargoefetivoouempregopermanente.

Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética serácomunicada à Secretaria da Administração Federal da Presidência da República,comaindicaçãodosrespectivosmembrostitularesesuplentes.

Art.3°Estedecretoentraemvigornadatadesuapublicação.

Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e 106° daRepública.

ITAMARFRANCORomildo Canhim

EstetextonãosubstituiopublicadonoD.O.Ude23/6/1994.

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ANEXO

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DOSERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL

CAPÍTULOI

Seção IDas Regras Deontológicas

I – A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidorpúblico, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercíciodavocaçãodoprópriopoderestatal.Seusatos,comportamentoseatitudesserãodirecionadosparaapreservaçãodahonraedatradiçãodosserviçospúblicos.

II – O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento éticodesuaconduta.Assim,nãoteráquedecidirsomenteentreolegaleoilegal,ojustoeoinjusto,oconvenienteeoinconveniente,ooportunoeoinoportuno,masprincipalmenteentreohonestoeodesonesto,consoanteasregrascontidasnoart.37,caput,e§4°,daConstituiçãoFederal.

III – A moralidade da Administração Pública não se limita à distinçãoentreobemeomal,devendoseracrescidada idéiadequeo fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidadedoatoadministrativo.

IV – A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagosdiretaouindiretamenteportodos,atéporelepróprio,eporissoseexige,comocontrapartida,queamoralidadeadministrativaseintegrenoDireito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em fator de legalidade.

V – O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidadedeveserentendidocomoacréscimoaoseuprópriobem-estar,já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode serconsideradocomoseumaiorpatrimônio.

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VI – A função pública deve ser tida como exercício profissional e,portanto,seintegranavidaparticulardecadaservidorpúblico.Assim,os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderãoacresceroudiminuiroseubomconceitonavidafuncional.

VII – Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serempreservadosemprocessopreviamentedeclaradosigiloso,nostermosdalei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito deeficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contraobemcomum,imputávelaquemanegar.

VIII – Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-laoufalseá-la,aindaquecontráriaaosinteressesdaprópriapessoainteressadaoudaAdministraçãoPública.NenhumEstadopodecrescerouestabilizar-sesobreopodercorruptivodohábitodoerro,daopressãoou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humanaquantomaisadeumaNação.

IX – A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados aoserviçopúblicocaracterizamoesforçopeladisciplina.Tratarmaluma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhedanomoral.Damesmaforma,causardanoaqualquerbempertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido oumá vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e àsinstalaçõesouaoEstado,masatodososhomensdeboavontadequededicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços paraconstruí-los.

X – Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução quecompeteaosetoremqueexerçasuasfunções,permitindoaformaçãode longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, nãocaracterizaapenasatitudecontraaéticaouatodedesumanidade,masprincipalmentegravedanomoralaosusuáriosdosserviçospúblicos.

XI – O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais deseussuperiores,velandoatentamenteporseucumprimento,e,assim,evitandoacondutanegligente.Osrepetidoserros,odescasoeoacúmulode desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam atémesmo imprudência no desempenho da função pública.

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XII – Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalhoéfatordedesmoralizaçãodoserviçopúblico,oquequasesempreconduzàdesordemnasrelaçõeshumanas.

XIII – O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitandoseuscolegasecadaconcidadão,colaboraedetodospoderecebercolaboração,poissuaatividadepúblicaéagrandeoportunidadeparaocrescimentoeoengrandecimentodaNação.

Seção IIDos Principais Deveres do Servidor Público

XIV – São deveres fundamentais do servidor público:

a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ouempregopúblicodequesejatitular;

b)exercersuasatribuiçõescomrapidez,perfeiçãoerendimento,pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espéciedeatrasonaprestaçãodosserviçospelosetoremqueexerçasuasatribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;

c)serprobo,reto,lealejusto,demonstrandotodaaintegridadedoseucaráter,escolhendosempre,quandoestiverdiantededuasopções,amelhoreamaisvantajosaparaobemcomum;

d)jamaisretardarqualquerprestaçãodecontas,condiçãoessencialdagestãodosbens,direitoseserviçosdacoletividadeaseucargo;

e)tratarcuidadosamenteosusuáriosdosserviçosaperfeiçoandooprocessodecomunicaçãoecontatocomopúblico;

f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos quesematerializamnaadequadaprestaçãodosserviçospúblicos;

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos osusuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceitooudistinçãoderaça,sexo,nacionalidade,cor,idade,religião,cunho

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político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhesdanomoral;

h)terrespeitoàhierarquia,porémsemnenhumtemorderepresentarcontraqualquercomprometimentoindevidodaestruturaemquesefundaoPoderEstatal;

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, decontratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores,benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ouaéticasedenunciá-las;

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;

l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente emtodoosistema;

m)comunicarimediatamenteaseussuperiorestodoequalqueratoou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;

n)manterlimpoeemperfeitaordemolocaldetrabalho,seguindoosmétodosmaisadequadosàsuaorganizaçãoedistribuição;

o)participardosmovimentoseestudosqueserelacionemcomamelhoriadoexercíciodesuasfunções,tendoporescopoarealizaçãodobemcomum;

p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas aoexercíciodafunção;

q)manter-seatualizadocomasinstruções,asnormasdeserviçoealegislaçãopertinentesaoórgãoondeexercesuasfunções;

r)cumprir,deacordocomasnormasdoserviçoeas instruçõessuperiores,astarefasdeseucargooufunção,tantoquantopossível,comcritério,segurançaerapidez,mantendotudosempreemboaordem;

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s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem dedireito;

t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionaisque lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimosinteressesdosusuáriosdoserviçopúblicoedosjurisdicionadosadministrativos;

u)abster-se,deformaabsoluta,deexercersuafunção,poderouautoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violaçãoexpressaàlei;

v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classesobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

Seção IIIDas Vedações ao Servidor Público

XV – É vedado ao servidor público:

a)ousodocargooufunção,facilidades,amizades,tempo,posiçãoe influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem;

b)prejudicardeliberadamenteareputaçãodeoutrosservidoresoudecidadãosquedelesdependam;

c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, coniventecomerroouinfraçãoaesteCódigodeÉticaouaoCódigodeÉticadesua profissão;

d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moraloumaterial;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance oudoseuconhecimentoparaatendimentodoseumister;

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos,paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público,

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comosjurisdicionadosadministrativosoucomcolegashierarquicamentesuperioresouinferiores;

g)pleitear,solicitar,provocar,sugeriroureceberqualquertipodeajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquerespécie,parasi,familiaresouqualquerpessoa,paraocumprimentoda sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim;

h)alteraroudeturparoteordedocumentosquedevaencaminhar

para providências;

i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite doatendimentoemserviçospúblicos;

j)desviarservidorpúblicoparaatendimentoainteresseparticular;

l) retirarda repartiçãopública,semestar legalmenteautorizado,qualquerdocumento,livrooubempertencenteaopatrimôniopúblico;

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbitointernodeseuserviço,embenefíciopróprio,deparentes,deamigosoudeterceiros;

n)apresentar-seembriagadonoserviçoouforadelehabitualmente;

o)daroseuconcursoaqualquer instituiçãoqueatentecontraamoral,ahonestidadeouadignidadedapessoahumana;

p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentosdecunhoduvidoso.

CAPÍTULOIIDASCOMISSÕESDEÉTICA

XVI – Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federaldireta, indiretaautárquicaefundacional,ouemqualquerórgãoouentidadequeexerçaatribuiçõesdelegadaspelopoderpúblico,deverásercriadaumaComissãodeÉtica,encarregadadeorientareaconselharsobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente deimputaçãooudeprocedimentosusceptíveldecensura;

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XVII – Cada Comissão de Ética, integrada por três servidores públicos e respectivos suplentes, poderá instaurar, de ofício, processosobre ato, fato ou conduta que considerar passível de infringência a princípio ou norma ético-profissional, podendo ainda conhecer de consultas, denúncias ou representações formuladas contra o servidorpúblico,arepartiçãoouosetoremquehajaocorridoafalta,cujaanáliseedeliberaçãoforemrecomendáveisparaatenderouresguardaroexercíciodocargooufunçãopública,desdequeformuladasporautoridade,servidor,jurisdicionados administrativos, qualquer cidadão que se identifique ou quaisquer entidades associativas regularmente constituídas; (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)

XVIII – À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, osregistrossobresuacondutaética,paraoefeitodeinstruirefundamentarpromoçõeseparatodososdemaisprocedimentosprópriosdacarreiradoservidorpúblico;

XIX – Os procedimentos a serem adotados pela Comissão de Ética, para a apuração de fato ou ato que, em princípio, se apresentecontrário à ética, em conformidade com este Código, terão o ritosumário, ouvidos apenasoqueixoso e o servidor, ou apenas este, se aapuraçãodecorrerdeconhecimentodeofício,cabendosemprerecursoaorespectivoMinistrodeEstado;(Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)

XX – Dada a eventual gravidade da conduta do servidor ou sua reincidência, poderá a Comissão de Ética encaminhar a sua decisão e respectivoexpedienteparaaComissãoPermanentedeProcessoDisciplinardorespectivoórgão,sehouver,e,cumulativamente,seforocaso,àentidadeem que, por exercício profissional, o servidor público esteja inscrito, para as providências disciplinares cabíveis. O retardamento dos procedimentos aquiprescritos implicarácomprometimentoéticodaprópriaComissão,cabendoàComissãodeÉticadoórgãohierarquicamentesuperioroseuconhecimento e providências; (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)

XXI – As decisões da Comissão de Ética, na análise de qualquer fato ou ato submetido à sua apreciação ou por ela levantado, serãoresumidas em ementa e, com a omissão dos nomes dos interessados,divulgadasnopróprioórgão,bemcomoremetidasàsdemaisComissões

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de Ética, criadas com o fito de formação da consciência ética na prestação deserviçospúblicos.Umacópiacompletadetodooexpedientedeveráser remetida à Secretaria da Administração Federal da Presidência da República;(Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)

XXII – A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Éticaéadecensuraesuafundamentaçãoconstarádorespectivoparecer,assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso;

XXIII – A Comissão de Ética não poderá se eximir de fundamentar o julgamentodafaltadeéticadoservidorpúblicooudoprestadordeserviçoscontratado,alegandoafaltadeprevisãonesteCódigo,cabendo-lherecorreràanalogia,aoscostumeseaosprincípioséticosemoraisconhecidosemoutras profissões; (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)

XXIV – Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-seporservidorpúblicotodoaqueleque,porforçadelei,contratooudequalqueratojurídico,presteserviçosdenaturezapermanente,temporáriaou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como asautarquias,asfundaçõespúblicas,asentidadesparaestatais,asempresaspúblicaseassociedadesdeeconomiamista,ouemqualquersetorondeprevaleçaointeressedoEstado;

XXV – Em cada órgão do Poder Executivo Federal em que qualquer cidadãohouverdetomarposseouserinvestidoemfunçãopública,deveráser prestado, perante a respectiva Comissão de Ética, um compromissosolenedeacatamentoeobservânciadasregrasestabelecidasporesteCódigodeÉticaedetodososprincípioséticosemoraisestabelecidospelatradiçãoepelosbonscostumes.(Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)

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DECRETO Nº 6.029, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007

Institui Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,nousodaatribuiçãoquelheconfereoart.84,incisoVI,alínea“a”,daConstituição,

DECRETA :

Art. 1º Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do PoderExecutivo Federal com a finalidade de promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no âmbito do Executivo Federal, competindo-lhe:

I - integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com aéticapública;

II-contribuirparaaimplementaçãodepolíticaspúblicastendoatransparência e o acesso à informação como instrumentos fundamentais paraoexercíciodegestãodaéticapública;

III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, acompatibilização e interação de normas, procedimentos técnicos e degestãorelativosàéticapública;

IV - articular ações com vistas a estabelecer e efetivarprocedimentosdeincentivoeincrementoaodesempenhoinstitucionalnagestãodaéticapúblicadoEstadobrasileiro.

Art. 2º Integram o Sistema de Gestão da Ética do PoderExecutivo Federal:

I-aComissãodeÉticaPública-CEP,instituídapeloDecretode26demaiode1999;

II-asComissõesdeÉticadequetrataoDecretonº1.171,de22dejunhode1994;e

III-asdemaisComissõesdeÉticaeequivalentesnasentidadeseórgãosdoPoderExecutivoFederal.

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Art.3ºACEPseráintegradaporsetebrasileirosquepreenchamos requisitos de idoneidade moral, reputação ilibada e notóriaexperiência em administração pública, designados pelo Presidente da República, para mandatos de três anos, não coincidentes, permitida umaúnicarecondução.

§1ºAatuaçãonoâmbitodaCEPnãoensejaqualquerremuneraçãoparaseusmembroseos trabalhosneladesenvolvidossãoconsideradosprestaçãoderelevanteserviçopúblico.

§ 2º O Presidente terá o voto de qualidade nas deliberaçõesdaComissão.

§ 3º Os mandatos dos primeiros membros serão de um, dois três anos,estabelecidosnodecretodedesignação.

Art. 4º À CEP compete:

I-atuarcomoinstânciaconsultivadoPresidentedaRepúblicaeMinistrosdeEstadoemmatériadeéticapública;

II - administrar a aplicação do Código de Conduta da AltaAdministração Federal, devendo:

a) submeter ao Presidente da República medidas para seuaprimoramento;

b) dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas,deliberandosobrecasosomissos;

c) apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas emdesacordo com as normas nele previstas, quando praticadas pelasautoridadesaelesubmetidas;

III-dirimirdúvidasdeinterpretaçãosobreasnormasdoCódigodeÉtica Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal dequetrataoDecretono1.171,de1994;

IV - coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão daÉticaPúblicadoPoderExecutivoFederal;

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V-aprovaroseuregimentointerno;e

VI-escolheroseuPresidente.

Parágrafo único.A CEP contará com uma Secretaria-Executiva,vinculada à Casa Civil da Presidência da República, à qual competirá prestaroapoiotécnicoeadministrativoaostrabalhosdaComissão.

Art.5ºCadaComissãodeÉticadequetrataoDecretono1171,de1994, será integrada por três membros titulares e três suplentes, escolhidos entreservidoreseempregadosdoseuquadropermanente,edesignadospelodirigentemáximoda respectivaentidadeouórgão,paramandatosnão coincidentes de três anos.

Art.6ºÉdeverdotitulardeentidadeouórgãodaAdministraçãoPública Federal, direta e indireta:

I-assegurarascondiçõesdetrabalhoparaqueasComissõesdeÉticacumpramsuasfunções,inclusiveparaquedoexercíciodasatribuiçõesdeseusintegrantesnãolhesresultequalquerprejuízooudano;

II-conduziremseuâmbitoaavaliaçãodagestãodaéticaconformeprocessocoordenadopelaComissãodeÉticaPública.

Art.7ºCompeteàsComissõesdeÉticadequetratamosincisosII e III do art. 2º:

I-atuarcomoinstânciaconsultivadedirigenteseservidoresnoâmbitodeseurespectivoórgãoouentidade;

II - aplicar o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo Decreto 1.171, de1994, devendo:

a) submeter à Comissão de Ética Pública propostas para seuaperfeiçoamento;

b) dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas edeliberarsobrecasosomissos;

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c)apurar,mediantedenúnciaoudeofício,condutaemdesacordocomasnormaséticaspertinentes;e

d) recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgãoou entidade a que estiver vinculada, o desenvolvimento de açõesobjetivandoadisseminação,capacitaçãoetreinamentosobreasnormasdeéticaedisciplina;

III-representararespectivaentidadeouórgãonaRededeÉticadoPoderExecutivoFederalaqueserefereoart.9º;e

IV - supervisionar a observância do Código de Conduta daAltaAdministração Federal e comunicar à CEP situações que possamconfigurar descumprimento de suas normas.

§1ºCadaComissãodeÉticacontarácomumaSecretaria-Executiva,vinculadaadministrativamenteàinstânciamáximadaentidadeouórgão,paracumprirplanodetrabalhoporelaaprovadoeproveroapoiotécnicoematerialnecessárioaocumprimentodassuasatribuições.

§ 2º As Secretarias-Executivas das Comissões de Ética serãochefiadas por servidor ou empregado do quadro permanente da entidade ou órgão, ocupante de cargo de direção compatível com sua estrutura,alocadosemaumentodedespesas.

Art.8ºCompeteàsinstânciassuperioresdosórgãoseentidadesdoPoder Executivo Federal, abrangendo a administração direta e indireta:

I-observarefazerobservarasnormasdeéticaedisciplina;

II-constituirComissãodeÉtica;

III - garantir os recursos humanos, materiais e financeiros para que aComissãocumpracomsuasatribuições;e

IV-atendercomprioridadeàssolicitaçõesdaCEP.

Art. 9º Fica constituída a Rede de Ética do Poder ExecutivoFederal, integradapelos representantesdasComissõesdeÉticadeque

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tratam os incisos I, II e III do art. 2º, com o objetivo de promover acooperaçãotécnicaeaavaliaçãoemgestãodaética.

Parágrafoúnico.OsintegrantesdaRededeÉticasereunirãosobacoordenaçãodaComissãodeÉticaPública,pelomenosumavezporano,em fórum específico, para avaliar o programa e as ações para a promoção daéticanaadministraçãopública.

Art.10. OstrabalhosdaCEPedasdemaisComissõesdeÉticadevem ser desenvolvidos com celeridade e observância dos seguintesprincípios:

I-proteçãoàhonraeàimagemdapessoainvestigada;

II-proteçãoàidentidadedodenunciante,quedeverásermantidasobreserva,seesteassimodesejar;e

III - independência e imparcialidade dos seus membros na apuração dosfatos,comasgarantiasasseguradasnesteDecreto.

Art. 11. Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica dedireitoprivado,associaçãoouentidadedeclassepoderáprovocaraatuaçãodaCEPoudeComissãodeÉtica,visandoàapuraçãodeinfraçãoéticaimputada a agente público, órgão ou setor específico de ente estatal.

Parágrafo único. Entende-se por agente público, para os fins desteDecreto,todoaqueleque,porforçadelei,contratoouqualqueratojurídico,presteserviçosdenaturezapermanente,temporária,excepcionalou eventual, ainda que sem retribuição financeira, a órgão ou entidade da administraçãopúblicafederal,diretaeindireta.

Art.12.OprocessodeapuraçãodepráticadeatoemdesrespeitoaopreceituadonoCódigodeCondutadaAltaAdministraçãoFederale no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder ExecutivoFederalseráinstaurado,deofícioouemrazãodedenúnciafundamentada, respeitando-se, sempre, as garantias do contraditórioedaampladefesa,pelaComissãodeÉticaPúblicaouComissõesdeÉticadequetratamoincisosIIeIIIdoart.2º,conformeocaso,quenotificará o investigado para manifestar-se, por escrito, no prazo de dezdias.

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§1ºOinvestigadopoderáproduzirprovadocumentalnecessáriaàsuadefesa.

§ 2º As Comissões de Ética poderão requisitar os documentosqueentenderemnecessáriosàinstruçãoprobatóriae,também,promoverdiligências e solicitar parecer de especialista.

§ 3º Na hipótese de serem juntados aos autos da investigação,apósamanifestaçãoreferidanocaputdesteartigo,novoselementosdeprova, o investigado será notificado para nova manifestação, no prazo de dezdias.

§ 4º Concluída a instrução processual, as Comissões de Éticaproferirãodecisãoconclusivaefundamentada.

§ 5º Se a conclusão for pela existência de falta ética, além das providências previstas no Código de Conduta da Alta Administração Federal e no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, as Comissões de Ética tomarão as seguintesprovidências, no que couber:

I-encaminhamentodesugestãodeexoneraçãodecargooufunçãode confiança à autoridade hierarquicamente superior ou devolução ao órgãodeorigem,conformeocaso;

II - encaminhamento, conforme o caso, para a Controladoria-Geral da União ou unidade específica do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal de que trata o Decreto nº 5.480, de 30 de junho de2005,paraexamedeeventuaistransgressõesdisciplinares;e

III-recomendaçãodeaberturadeprocedimentoadministrativo,seagravidadedacondutaassimoexigir.

Art. 13. Será mantido com a chancela de “reservado”, até queesteja concluído, qualquer procedimento instaurado para apuração depráticaemdesrespeitoàsnormaséticas.

§1º Concluída a investigaçãoe após adeliberaçãodaCEPoudaComissãodeÉticadoórgãoouentidade,osautosdoprocedimentodeixarãodeserreservados.

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§2ºNahipótesedeosautosestareminstruídoscomdocumentoacobertadoporsigilolegal,oacessoaessetipodedocumentosomenteserápermitidoaquemdetiverigualdireitoperanteoórgãoouentidadeoriginariamenteencarregadodasuaguarda.

§ 3º Para resguardar o sigilo de documentos que assim devamser mantidos, as Comissões de Ética, depois de concluído o processode investigação, providenciarão para que tais documentos sejamdesentranhadosdosautos,lacradoseacautelados.

Art. 14. A qualquer pessoa que esteja sendo investigada éasseguradoodireitodesaberoquelheestásendoimputado,deconhecero teor da acusação e de ter vista dos autos, no recinto das Comissõesde Ética, mesmo que ainda não tenha sido notificada da existência do procedimentoinvestigatório.

Parágrafoúnico.Odireitoasseguradonesteartigoincluiodeobtercópiadosautosedecertidãodoseuteor.

Art. 15. Todo ato de posse, investidura em função pública oucelebração de contrato de trabalho, dos agentes públicos referidos noparágrafo único do art. 11, deverá ser acompanhado da prestação decompromissosolenedeacatamentoeobservânciadasregrasestabelecidaspeloCódigodeCondutadaAltaAdministraçãoFederal,peloCódigodeÉtica Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal epeloCódigodeÉticadoórgãoouentidade,conformeocaso.

Parágrafoúnico.Aposseemcargooufunçãopúblicaquesubmetaa autoridade às normas do Código de Conduta daAltaAdministraçãoFederaldeveserprecedidadeconsultadaautoridadeàComissãodeÉticaPública acerca de situação que possa suscitar conflito de interesses.

Art.16.AsComissõesdeÉticanãopoderãoescusar-sedeproferirdecisão sobre matéria de sua competência alegando omissão do Código de Conduta da Alta Administração Federal, do Código de Ética Profissional doServidorPúblicoCivildoPoderExecutivoFederaloudoCódigodeÉticadoórgãoouentidade,que,seexistente,serásupridapelaanalogiae invocação aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,publicidade e eficiência.

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§ 1º Havendo dúvida quanto à legalidade, a Comissão de Éticacompetentedeveráouvirpreviamenteaáreajurídicadoórgãoouentidade.

§2ºCumpreàCEPresponderaconsultassobreaspectoséticosquelheforemdirigidaspelasdemaisComissõesdeÉticaepelosórgãoseentidadesqueintegramoExecutivoFederal,bemcomopeloscidadãose servidores que venham a ser indicados para ocupar cargo ou funçãoabrangidapeloCódigodeCondutadaAltaAdministraçãoFederal.

Art.17.AsComissõesdeÉtica,semprequeconstataremapossívelocorrência de ilícitos penais, civis, de improbidade administrativa ou de infraçãodisciplinar,encaminharãocópiadosautosàsautoridadescompetentespara apuração de tais fatos, sem prejuízo das medidas de sua competência.

Art. 18. As decisões das Comissões de Ética, na análise dequalquer fatoou ato submetidoà sua apreciaçãooupor ela levantado,serãoresumidasemementae,comaomissãodosnomesdosinvestigados,divulgadasnosítiodopróprioórgão,bemcomoremetidasàComissãodeÉticaPública.

Art.19. Os trabalhosnasComissõesdeÉticadeque tratamosincisos II e III do art. 2º são considerados relevantes e têm prioridade sobreasatribuiçõesprópriasdoscargosdosseusmembros,quandoestesnãoatuaremcomexclusividadenaComissão.

Art.20.OsórgãoseentidadesdaAdministraçãoPúblicaFederaldarãotratamentoprioritárioàssolicitaçõesdedocumentosnecessáriosàinstruçãodosprocedimentosdeinvestigaçãoinstauradospelasComissõesdeÉtica.

§ 1º Na hipótese de haver inobservância do dever funcionalprevisto no caput, a Comissão de Ética adotará as providências previstas noincisoIIIdo§5ºdoart.12.

§2º AsautoridadescompetentesnãopoderãoalegarsigiloparadeixardeprestarinformaçãosolicitadapelasComissõesdeÉtica.

Art. 21. A infração de natureza ética cometida por membro deComissãodeÉticadequetratamosincisosIIeIIIdoart.2ºseráapuradapelaComissãodeÉticaPública.

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Art.22.AComissãodeÉticaPúblicamanterábancodedadosdesançõesaplicadaspelasComissõesdeÉticadequetratamosincisosIIeIII do art. 2º e de suas próprias sanções, para fins de consulta pelos órgãos ou entidades da administração pública federal, em casos de nomeaçãoparacargoemcomissãooudealtarelevânciapública.

Parágrafoúnico.Obancodedadosreferidonesteartigoenglobaas sanções aplicadas a qualquer dos agentes públicos mencionados noparágrafoúnicodoart.11desteDecreto.

Art.23.OsrepresentantesdasComissõesdeÉticadequetratamos incisos II e IIIdoart.2º atuarãocomoelementosde ligaçãocomaCEP,quedisporáemResoluçãoprópriasobreasatividadesquedeverãodesenvolverparaocumprimentodessemister.

Art.24.AsnormasdoCódigodeCondutadaAltaAdministraçãoFederal, do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e do Código de Ética do órgão ou entidadeaplicam-se, no que couber, às autoridades e agentes públicos nelesreferidos,mesmoquandoemgozodelicença.

Art.25.FicamrevogadososincisosXVII,XIX,XX,XXI,XXIIIe XXV do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do PoderExecutivoFederal,aprovadopeloDecretonº1.171,de22dejunhode1994,osarts.2ºe3ºdoDecretode26demaiode1999,quecriaaComissãodeÉticaPública,eosDecretosde30deagostode2000ede18demaiode2001,quedispõemsobreaComissãodeÉticaPública.

Art.26.EsteDecretoentraemvigornadatadasuapublicação.

Brasília, 1º de fevereiro de 2007; 186º da Independência e 119º daRepública.

LUIZINÁCIOLULADASILVADilma Rousseff