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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE GOIÁS 1 RESOLUÇÃO N.º 871/1996 O Tribunal de Contas do Estado de Goiás, no uso de suas atribuições legais, principalmente o disposto no item XII do art. 1º da Lei 12.785, de 21 de dezembro de l995 e o art. 18 da Resolução n° 2631, de 05 de junho de l996 e, considerando as atribuições estabelecidas pela Constituição Estadual em seu art. 26, X e XI, regulamenta a competência e atribuições da Coordenação de Fiscalização Estadual e suas unidades subordinadas, adequando-a à nova realidade administrativa buscada por esta Corte de Contas. RESOLVE CAPÍTULO I Art. 1º - A COORDENAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO ESTADUAL é composta de : I- Gabinete do Coordenador; II- Assessoria Técnica; Art. 2° Compete à Coordenação de Fiscalização Estadual : I – planejar, organizar, coordenar, supervisionar e orientar as atividades das Unidades Técnicas Executivas que lhe são subordinadas, necessárias ao desempenho das atribuições de controle e fiscalização a cargo do Tribunal; II – a verificação ou constatação de Atos e Fatos da Administração; III – o juízo de legalidade e de mérito, considerando os princípios da legitimidade, economicidade, razoabilidade e moralidade; IV – a orientação pedagógica de caráter preventivo ou da eventual providência a ser adotada pela Administração;

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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE GOIÁS

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RESOLUÇÃO N.º 871/1996 O Tribunal de Contas do Estado de Goiás, no uso de suas atribuições legais, principalmente o disposto no item XII do art. 1º da Lei 12.785, de 21 de dezembro de l995 e o art. 18 da Resolução n° 2631, de 05 de junho de l996 e, considerando as atribuições estabelecidas pela Constituição Estadual em seu art. 26, X e XI, regulamenta a competência e atribuições da Coordenação de Fiscalização Estadual e suas unidades subordinadas, adequando-a à nova realidade administrativa buscada por esta Corte de Contas. RESOLVE

CAPÍTULO I

Art. 1º - A COORDENAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO ESTADUAL é composta de :

I- Gabinete do Coordenador; II- Assessoria Técnica;

Art. 2° Compete à Coordenação de Fiscalização Estadual :

I – planejar, organizar, coordenar, supervisionar e orientar as atividades das Unidades Técnicas Executivas que lhe são subordinadas, necessárias ao desempenho das atribuições de controle e fiscalização a cargo do Tribunal;

II – a verificação ou constatação de Atos e Fatos da Administração;

III – o juízo de legalidade e de mérito, considerando os princípios da legitimidade, economicidade, razoabilidade e moralidade;

IV – a orientação pedagógica de caráter preventivo ou da eventual providência a ser adotada pela Administração;

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V – assistir e assessorar o Presidente, Conselheiros e Auditores no exercício de suas funções, diretamente ou por meio das Unidades Técnicas Executivas; VI - assessorar o Tribunal na elaboração e execução dos planos de controle externo, e das auditorias financeiras, orçamentárias, operacionais, especiais e de irregularidades;

VII – prestar informações de consultas e pareceres solicitados pelos Conselheiros, Auditores, Procurador Geral de Contas bem como pelos diversos setores desta Casa, Inspetores e Entidades Estaduais; VIII – acompanhamento e orientação das atividades a cargo das unidades subordinadas à Coordenação, dando suporte necessário ao desempenho dos trabalhos;

IX – manter registro sistemático da legislação comparada e da jurisprudência relativa ao controle das finanças públicas, inclusive das publicações de editais de licitação dos órgãos sujeitos à fiscalização do Tribunal;

X – manter arquivo de cópias das Leis, Decretos de criação e Regulamentos com suas alterações, das Secretarias, Autarquias, Fundações, Fundos Especiais e Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista, objetivando consultas das Divisões e Inspetorias subordinadas;

XI – indicar por determinação superior, juntamente com as Divisões subordinadas, membros de comissão de auditoria e coordenar a lotação dos inspetores, atos estes homologados pelo Presidente do Tribunal de Contas do Estado. XII - solicitar aos órgãos técnicos do Tribunal de Contas, auxílio e informações complementares que considerar convenientes para o desempenho de suas funções; XIII - acompanhar as freqüências de todo o pessoal de sua jurisdição.

Art. 3º - Subordinam-se à Coordenação de Fiscalização Estadual – C.F.E., as seguintes Unidades Técnicas Executivas:

I – Divisão de Fiscalização Financeira e Orçamentária do Estado - DFFOE;

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II – Divisão de Fiscalização Financeira das Empresas Econômicas - DFFEE;

III – Divisão de Verificação Processual - DVP; IV – Divisão de Verificação e Controle de Contratos e Convênios - DVCCC; V – Divisão de Cadastro e Controle de Pessoal do Estado - DCCPE.

CAPÍTULO II

DA DIVISÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA DO ESTADO – DFFOE Art. 4° - A Divisão de Fiscalização Financeira e Orçamentária do Estado – DFFOE, subordinada à Coordenação de Fiscalização Estadual, é composta: I – Gabinete do Diretor; II – Inspetoria Supervisora; III – Inspetorias Fiscais da Despesa Pública; IV - Inspetorias Regionais; V – Auxiliares de Inspetorias. Art. 5° - O controle externo da despesa e receita públicas dos poderes Legislativo, Executivo, Judiciário, Ministério Público, Autarquias, Fundações e Fundos Especiais a cargo do Tribunal de Contas, é tarefa dos Inspetores Fiscais da Despesa Pública, mediante inspeções permanentes nas áreas contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, das auditorias programadas, especiais e de irregularidades; Art. 6° - Compete ao Diretor de Fiscalização organizar, orientar e dirigir a Divisão, dando suporte aos Inspetores Fiscais no desempenho de suas atribuições; I – fazer as alterações necessárias para cobrir os afastamentos legais dos inspetores tais como, férias, licenças e outros previstos no Estatuto dos Servidor Público, propondo ainda à Coordenação de Fiscalização Estadual, remanejamentos e ajustes para o melhor desempenho dos Inspetores Supervisores, Inspetores Fiscais e Auxiliares de

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Inspetor, e ainda encaminhando mensalmente à Divisão de Pessoal os relatórios de frequência dos servidores da Divisão; II – despachar, nos prazos legais, todos os processos e demais documentos submetidos à Divisão, observando o Regimento Interno e as Resoluções Normativas pertinentes ao assunto; III – representar à Coordenação de Fiscalização Estadual, qualquer denúncia por parte de populares, dirigentes e servidores das unidades orçamentárias fiscalizadas e ainda por qualquer desídia ou abuso verificado pelos inspetores; IV – exercer outras atribuições regimentais e normatizadas em resoluções pertinentes à fiscalização da despesa e receita públicas, e ainda as que forem delegadas pela Coordenação de Fiscalização Estadual, Presidência e Conselheiros; Art. 7° - As atribuições dos Inspetores Supervisores, subordinados a esta Divisão, além das regimentais e previstas em Resolução Normativa, competem precisamente em : I – levar às Inspetorias as orientações e recomendações emanadas da Divisão da Fiscalização Financeira e Orçamentária e colher sugestões e outras contribuições advindas dos mesmos; II – assistir as inspetorias em suas dúvidas quanto aos procedimentos adotados no exame de processos e trabalhos de auditorias; III – certificar o cumprimento das atribuições conferidas aos inspetores quanto:

a) à execução dos controles orçamentários e financeiros; b) ao registro e execução de outros controles; c) à padronização de papéis e métodos de trabalho; d) ao cumprimento de horário de trabalho estabelecido

para os inspetores; e) à aferição dos conhecimentos exigidos para o exercício

das funções; f) à guarda dos atos normativos, circulares, instruções de

interesse e necessidade dos inspetores para o exercício de suas funções, em pastas especiais;

IV – verificar o relacionamento dos inspetores e auxiliares com as autoridades e servidores dos órgãos por eles fiscalizados;

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V – certificar o cumprimento de outras determinações partidas da divisão de fiscalização externa junto às inspetorias; VI – apresentar relatório mensal, onde ficará evidenciado o trabalho das inspetorias a eles subordinadas, informando o desempenho, as deficiências, o comportamento, os problemas de cada Inspetoria e de cada inspetor, bem como as decisões exaradas pelas Inspetorias; VII – substituir eventualmente os inspetores, examinando e visando processos, quando necessário; Art. 8° - Ao Inspetor Fiscal da Despesa Pública cabe representar o Tribunal de Contas junto às Unidades Administrativas sujeitas à fiscalização do Tribunal, no exercício do controle externo, exercendo as atribuições reguladas na Lei Orgânica e no Regimento Interno do Tribunal e Resoluções Normativas, observando os princípios da legalidade, legitimidade, moralidade, economicidade, efetividade e eficácia: I – organizar materiais de trabalho, arquivando as instruções, resoluções, decretos e leis relacionados à fiscalização, mantendo ainda, nas inspetorias, os controles de inspeção de almoxarifado, patrimônio e pessoal; II – representar à sua Divisão de Fiscalização o conhecimento de indício ou malversação na conduta ou procedimento de autoridades ou servidores da unidade a que serve; III – exercer outras atribuições determinadas pela Divisão, Coordenação, Conselheiros e Presidência;

CAPÍTULO III

DA DIVISÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA DAS

EMPRESAS ECONÔMICAS – DFFEE Art. 9º - A Divisão de Fiscalização Financeira das Empresas Econômicas tem a seu cargo a fiscalização das Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista, mediante inspeções permanentes e auditorias nas áreas contábil, financeira, orçamentária, patrimonial e operacional.

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Art.10 - A Divisão de Fiscalização Financeira das Empresas Econômicas, é composta: I – Gabinete do Diretor II – Serviço de Apoio III – Inspetoria Supervisora das Empresas Econômicas IV – Inspetoria das Empresas Econômicas V – Inspetorias Regionais Art. 11 - Compete ao Diretor de Fiscalização das Empresas Econômicas: I – atender solicitações da Presidência do Tribunal, dos Conselheiros, e do Coordenador de Fiscalização Estadual; II – orientar e supervisionar os trabalhos das inspeções e auditorias, bem como efetuar a revisão final de todos os relatórios emitidos pela Divisão; III – planejar, junto aos Inspetores Supervisores, as atividades a serem desenvolvidas nas Inspetorias; IV – certificar que as determinações da Presidência, da Coordenação e da Direção estejam sendo cumpridas; V – encaminhar mensalmente à Divisão do Pessoal desta Casa, os relatórios de freqüência dos servidores da Divisão; VI – exercer outras atribuições regimentais, normatizadas e outras por determinação superior. Art. 12 – São atribuições do Supervisor e do Inspetor: I – do Inspetor Supervisor das Empresas Econômicas: a) - planejar com os inspetores os trabalhos a serem realizados;

b) - coordenar e orientar os trabalhos em execução;

c) – revisar e atualizar os programas e papéis de trabalhos feitos pelo inspetores; d) – revisar os relatórios preliminares e finais;

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e) – manter-se atualizado nas áreas concernentes ao exercício da função; f) – verificar o cumprimento do cronograma de execução de trabalho, previamente estabelecido pela Supervisão, com o aceite da direção da Divisão; g) atestar freqüência e produção dos Inspetores das Empresas Econômicas e demais servidores que estiverem exercendo funções sob sua coordenação; h) – atender às solicitações da Presidência desta Casa, dos Conselheiros, da Coordenação de Fiscalização Estadual e da Direção da Divisão de Fiscalização Financeira das Empresas Econômicas. II - do Inspetor das Empresas Econômicas: a) – planejar com o Supervisor os trabalhos a serem realizados; b) – elaborar programas de trabalhos; c) – executar os programas de trabalhos pré-estabelecidos; d) – revisar e ordenar as pastas de trabalho; e) – emitir os relatórios preliminares e finais; f) – solicitar orientação, tanto ao Supervisor quanto à Divisão, quando necessário; g) – atender às solicitações da Presidência da Casa, dos Conselheiros, da Coordenação de Fiscalização Estadual, da Divisão e das Supervisões. §1º - Os Inspetores são hierarquicamente subordinados a um Inspetor Supervisor, e estes por sua vez ao Diretor da Divisão de Fiscalização das Empresas Econômicas. I – DAS INSPEÇÕES

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Art. 13 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, patrimonial e operacional das Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista será realizada supletivamente, através de inspeções programadas e especiais. Art. 14 - As inspeções terão como objetivo verificar a organização e a eficiência dos mecanismos de controle interno, bem como a regularidade dos atos e fatos ligados à administração contábil, financeira, orçamentária, patrimonial e operacional, no que tange a: I - atualização e exatidão de registros contábeis, controle de bens móveis e imóveis, material de consumo e movimentação de numerário; II - procedimentos concernentes às licitações e à execução de contratos e convênios;

III - concessão e aplicação de recursos relativos a suprimentos, fundos de caixa, fundos rotativos e outras denominações equivalentes;

IV - concessão e comprovação de subvenções sociais, auxílios, contribuições e doações;

V - outros atos e fatos, envolvendo receitas e/ou despesas, que resultem em variações patrimoniais.

Art. 15 - Realizar-se-ão, ainda, inspeções para:

I - atender às solicitações do Poder Legislativo;

II - acompanhar o efetivo cumprimento das decisões do Tribunal; III - apurar e elucidar fatos relacionados com denúncias ou representações;

IV - suprir omissões ou esclarecer pontos duvidosos em documentos e processos;

V - obter documentos ou elementos indispensáveis à instrução de processos.

Art. 16 - O Tribunal solicitará à administração de cada empresa econômica ,quando necessário:

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I - o inteiro teor da lei estadual de criação da entidade,

com o texto das modificações que porventura houver sofrido o ato legislativo original;

II - um exemplar dos estatutos sociais, de contexto atualizado, ou dos estatutos da empresa pública, tal como estiver em vigor;

III - regimentos, instruções e outras normas reguladoras da administração.

Art. 17 - Para que o Tribunal possa realizar inspeções é necessário que as empresas econômicas mantenham à disposição, com dados atualizados, os seguintes elementos:

I - relação detalhada dos convênios e contratos, decorrentes de quaisquer fontes de recursos, estadual, federal e municipal, acompanhada de seus aditivos e demais instrumentos formalizadores de despesas, indicando ainda o certame licitatório a que se vincularam, ou, atos de dispensa/inexigibilidade;

II - balancetes mensais acompanhados dos seguintes documentos:

a) termos de conferência dos saldos em caixa e almoxarifado; b) extratos de contas correntes ou memorandos bancários comprobatórios dos saldos em bancos devidamente conciliados;

c) demonstrativos discriminados das aplicações financeiras realizadas, evidenciando: valor aplicado, valor resgatado, imposto de renda retido, outras retenções legais e receita auferida;

d) relação dos suprimentos concedidos e das comprovações apresentadas, inclusive as referentes a fundos de caixa, fundos rotativos ou outras demonstrações equivalentes;

e) relação dos auxílios, subvenções, doações e contribuições concedidas;

f) relação dos repasses recebidos do Estado sob quaisquer títulos (subvenções econômicas, repasses para aumento de capital, etc..) havidos no período;

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III - livro de atas das reuniões dos órgãos colegiados, realizadas no período;

IV - plano de contas da empresa, com a indicação das funções das contas;

V - os elementos relacionados no itens I a V deverão estar à disposição dos Inspetores do Tribunal de Contas, até 90 ( noventa ) dias do término do período a que se referem, ou da data em que tenham sofrido alterações.

Art. 18 - As inspeções e auditorias serão realizadas por Inspetores do Tribunal, e a eles deverá ser facultado amplo acesso a todos os documentos e informações necessários a assegurar condições para o eficiente desempenho do encargo. § 1º - A administração da entidade fiscalizada atenderá, com prioridade, às requisições e cópias de documentos e aos pedidos de informações apresentados durante a inspeção.

§ 2º - Nenhum processo, informação ou documento poderá ser recusado ou sonegado pela empresa ao responsável pela inspeção, sob pretexto algum.

§ 3º - Em caso de recusa ou sonegação, a Direção da Divisão de Fiscalização Financeira das Empresas Econômicas representará ao Presidente do Tribunal, para medidas cabíveis, conforme art. 40 da Lei Orgânica e art. 79 do Regimento Interno.

Art. 19 - O inspetor no exercício de sua função, deverá observar as determinações contidas no art. 81 do Regimento Interno, sendo vedado ao mesmo apresentar sugestões ou fazer recomendações pessoais à entidade inspecionada.

Art. 20 - Durante a inspeção, o servidor dela encarregado comunicará ao seu superior hierárquico imediato as irregularidades que, por sua gravidade, devem ser objeto de providências imediatas do Tribunal.

Art. 21 - Os resultados das inspeções serão apresentados em relatórios minuciosos, com a indicação das irregularidades, falhas, omissões, especificações e sugestões se for o caso, das que tiverem ensejado a comunicação como prevista no art. 8º, inciso ll, desta resolução.

Art. 22 - Os relatórios deverão ser encaminhados à Presidência do Tribunal, após orientação e revisão final da Direção da

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Divisão de Fiscalização das Empresas Econômicas, acompanhados dos documentos que darão suporte aos mesmos.

II – DAS TOMADAS DE CONTAS ESPECIAIS

Art. 23 - Os servidores que, por ação ou omissão, derem causa à perda, subtração ou extravio de bens e valores pertencentes ou sob a guarda da Administração do Estado de Goiás, responderão, perante o Tribunal de Contas, pelo ressarcimento do prejuízo provocado aos cofres públicos.

Parágrafo Único - Ocorrendo qualquer dos fatos indicados neste artigo, ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao patrimônio do Estado de Goiás ou entidade de sua administração descentralizada, a autoridade competente, sob pena de co-responsabilidade, deverá, no prazo de 10 ( dez ) dias, comunicar o fato ao Tribunal e instaurar tomada de contas especial, sem embargo dos procedimentos administrativos ou disciplinares cabíveis. Art. 24 - As tomadas de contas especiais de que trata este capítulo deverão conter:

I - as de dirigentes das empresas econômicas, os seguintes elementos:

a) documentos periciais, se for o caso;

b) resultados de sindicância realizada;

c) cópias de inquérito administrativo, quando for o caso;

d) outros documentos que fundamentarem as conclusões da comissão. II - as de agente de material, almoxarifados e tesourarias das empresas econômicas, os elementos indicados nas alíneas “a” , “b” e “d” do inciso I deste artigo, e os pronunciamentos conclusivos do dirigente da entidade e do Conselho Fiscal ou órgão equivalente.

III - as dos demais responsáveis, os elementos indicados nas alíneas “a” a “d” do inciso I deste artigo, demonstrativos financeiros relativos à apuração do fato e pronunciamentos conclusivos da comissão e do controle interno, em conformidade com o inciso II deste artigo, observadas as peculiaridades de cada caso.

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§ 1º - Quando se tratar de desaparecimento ou furto de bens de qualquer das empresas econômicas, ou pelos quais estas respondam, a tomada de contas especial deverá ser organizada com os elementos referidos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d” do inciso I deste artigo, e relatório conclusivo da comissão para esse fim designada, com indicação:

a) dos nomes e endereços dos responsáveis pela guarda dos bens e, se for o caso, de outros que, por ação ou omissão, deram causa ao desaparecimento ou furto;

b) das características, localização, registro patrimonial, condições ou estado de uso, valor histórico e data de aquisição de bens;

c) do valor atualizado dos bens e depreciações cabíveis;

d) da data do desaparecimento ou da ocorrência do furto. § 2º - Além dos elementos mencionados neste artigo, o Tribunal poderá, em cada caso, requisitar outros que entender necessários à complementação ou apreciação das tomadas de contas especiais. Art. 25 - As tomadas de contas especiais deverão ser entregues ao Tribunal no prazo de 60 ( sessenta ) dias, contados do conhecimento da ocorrência que as motivou.

III – DAS DILIGÊNCIAS

Art. 26 – As diligências propostas nos relatórios das Inspetorias e Comissões serão submetidas ao Conselheiro Relator e obedecerão aos ditames do art. 133, do Regimento Interno e § único do art. 1º da Resolução nº 4536/98.

§ 1º - Fixado, começará o prazo a correr do recebimento do expediente que ordenar a diligência, conforme art. 166, do Regimento Interno.

IV - DAS DECISÕES Art. 27 - As decisões sobre os relatórios das inspeções e Auditorias nas empresas públicas e sociedades de economia mista são da competência do Tribunal Pleno, subseguindo-se a:

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I - exame e pronunciamento preliminar , através de Relatórios, da Divisão de Fiscalização Financeira das Empresas Econômicas;

II - interveniência da Procuradoria Geral de Contas, a quem competirá propor o que entender necessário à defesa do interesse público;

III - apreciação e laudo pericial de auditores ou auditores substitutos do Tribunal, com relatório e parecer conclusivos. Art. 28 - Se o Tribunal, na apreciação dos relatórios das inspeções, entender:

I - não ter havido a constatação de quaisquer irregularidades, comunicará essa decisão ao Governador, ao dirigente e à assembléia dos acionistas da entidade fiscalizada e à Secretaria de Estado à qual esteja vinculada;

II - ter havido a constatação de irregularidades, embora não de natureza grave, passíveis de serem evitadas futuramente, consistentes especialmente em falhas na interpretação da lei ou imperfeições do controle interno, recomendará ao dirigente da entidade que adote as providências necessárias à regularização, e dessa decisão, bem como do relatório da inspeção, dará ciência ao Governador, à Assembléia Legislativa, à Procuradoria Geral de Justiça e à Assembléia de Acionistas da empresa fiscalizada e à Secretaria de Estado à qual seja vinculada;

III - ter havido a constatação de irregularidades graves, que importaram em burla clara à lei e conduziram a vício insanável ou tenham causado prejuízo à empresa, representará ao Governador e à Assembléia Legislativa e à Procuradoria Geral de Justiça sobre elas.

§ 1º - Na hipótese das irregularidades previstas no item III deste artigo, quando se revelar inútil a concessão de prazo para a correção das mesmas, o Tribunal de Contas poderá ainda, quando for o caso, julgar o responsável em débito ou aplicar contra ele quaisquer outras sanções cabíveis, comunicando ao Governador e à Assembléia Legislativa a decisão proferida;

§ 2º - Antes de emitir sua decisão sobre o relatório das

inspeções, o relator poderá, a qualquer tempo, solicitar explicações complementares à empresa fiscalizada, bem como conceder à parte interessada novos prazos para defesa, desde que não excedentes a 30 ( trinta ) dias.

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CAPÍTULO IV

DA DIVISÃO DE VERIFICAÇÃO PROCESSUAL Art. 29 - A Divisão de Verificação Processual – DVP, subordinada diretamente à Coordenação de Fiscalização Estadual – CFE, é composta de: I – Gabinete do Diretor; II – Analista. Art. 30 – A Divisão de Verificação Processual – DVP, tem como função básica, realizar as instruções referentes às prestações de contas de adiantamento e fundos rotativos, encaminhadas a esta Corte em atendimento aos Artigos 42 e 48 do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado. Art. 31 – Compete à Divisão de Verificação Processual –DVP: I – em caso de processos de prestações de contas de adiantamentos: a) – receber os processos de prestações de contas de adiantamentos, remetidos pela Divisão dos Cartórios de Contas, para instrução; b) – após a instrução processual, que será exarada em impresso próprio, o processo será encaminhado à Procuradoria Geral de Contas; c) – se na fase de instrução, houver necessidade de diligências junto ao responsável pelo adiantamento, encaminhará o processo à Divisão dos Cartórios de Contas, para oficiar o tomador, voltando o processo à DVP para pronunciamento conclusivo. Na necessidade de diligências internas, os autos devem ser encaminhamos diretamente pela DVP; d) – em casos de adiantamentos para obras, a DVP deve, antes de concluir a instrução das contas, encaminhar o processo à Auditoria Técnica de Engenharia – ATE, para que emita relatório sobre os trabalhos realizados, tanto no aspecto físico-financeiro, como também referente à documentação técnica;

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e) – a DVP pode, mediante manifestação expressa do Conselheiro Relator, manter sob sua inspeção a existência e o emprego dos suprimentos adiantados, mesmo antes de escoar-se o prazo de que as aplicações sejam admitidas, contando para tanto, com o apoio da Divisão de Fiscalização Financeira e Orçamentária do Estado – DFFOE; II – em caso de processos de prestações de contas de fundos rotativos: a) – receber os processos de prestações de contas de fundos rotativos, remetidos pela Contadoria Geral, para instrução; b) – após a instrução processual, que será exarada em impresso próprio, o processo será encaminhado à Procuradoria Geral de Contas; c) – se na fase de instrução, houver necessidade de diligências junto ao responsável, encaminhará o processo à Divisão dos Cartórios de Contas para oficiar ao gestor do fundo rotativo. Na necessidade de diligências internas, os autos deverão ser encaminhados diretamente pela DVP.

CAPÍTULO V

DA DIVISÃO DE VERIFICAÇÃO E CONTROLE DE CONTRATOS E

CONVÊNIOS – DVCCC Art. 32 - A Divisão de Verificação e Controle de Contratos e Convênios – DVCCC é subordinada diretamente à Coordenação de Fiscalização Estadual – CFE, tendo como função básica: I – verificar e analisar, na fase de instrução, os contratos e convênios a serem registrados neste Tribunal, oferecendo suporte para a fase de apreciação de sua legalidade, através de Resoluções; II – verificar, ainda, a regularidade, correção e legalidade das prestações de contas da execução dos convênios, indicando a solução que lhe afigure certa, como suporte aos Acórdãos proferidos por esta Corte de Contas. Parágrafo Único – Os trabalhos de responsabilidade da Divisão são executados com suporte de duas Unidades Técnicas de Trabalho, a saber:

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I – Unidade de Análise de Contratos e Convênios - UACC; II –Unidade de Análise de Prestação de Contas de Convênio - UAPC I - DAS ATRIBUIÇÕES DO GABINETE DO DIRETOR Art. 33 – O Gabinete do Diretor da Divisão de Verificação e Controle de Contratos e Convênios terá as seguintes normas e procedimentos: I – receber, organizar e distribuir, por data de entrada, os processos que tramitam na DVCCC; II – verificar, preliminarmente, se os autos estão instruídos com toda a documentação necessária para análise e, em caso negativo, providenciar o saneamento imediato, propiciando, com isso, sua agilização; III – certificar as informações proferidas pelos analistas indicados; IV – proceder ao controle dos contratos e respectivos termos aditivos registrados neste Tribunal. § 1º - Para execução do inciso IV deste artigo, as repartições interessadas deverão encaminhar a este Tribunal, referente aos exercícios compreendidos entre 1º de julho de 1993 a 31 de dezembro de 1998: I – listagem cumulativa relacionando todos os contratos, convênios e assemelhados, seus aditivos, rescisões e ajustes e demais atos bilaterais que devam constar do arquivo cronológico previsto no art. 60, da Lei Federal nº 8.666/93, com os dados constantes dos anexos I e II desta Resolução; § 2º - O envio ao Tribunal de Contas do Estado da listagem mencionada no inciso I do § 1º deste artigo se dará no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, após conhecimento dos termos desta regulamentação

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II - DAS ATRIBUIÇÕES DAS UNIDADES TÉCNICAS DE TRABALHO Art. 34 – Compete à Unidade de Análise de Contratos e Convênios – UACC: I – informar à superior instância, para apreciação e registro dos contratos, convênios, acordos ou outros ajustes, se guardam os mesmos obediência às normas do direito comum administrativo, reguladoras da espécie, observando e verificando se: a) – foram precedidos de licitação, quando exigida em lei e se estão na modalidade correta, cumprindo todas as fases e prazos legais; b) – deram preferência à proposta vitoriosa na licitação; c) – foram celebrados por órgãos e autoridades competentes, se as partes eram legítimas e se estavam bem representadas; d) – evidenciaram, com clareza, o objeto e seus elementos característicos; e) – fixaram o regime de execução ou a forma de fornecimento; f) – estabeleceram o preço e as condições de pagamento, os critérios, a data-base e a periodicidade do reajustamento de preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento; g) – fixaram os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento definitivo, conforme o caso; h) - informaram o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da categoria econômica; i) – constaram as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas; j) – estabeleceram os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas;

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k) – previram os casos de rescisão; l) – determinaram o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 da Lei Federal nº 8.666/93; m) – contêm as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso;

n) – fixaram a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor;

o) – informaram a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;

p) – previram a obrigação do contrato de manter, durante toda a sua execução, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação;

q) – nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive aquelas domiciliadas no estrangeiro, constou cláusula que declare competente o foro da sede da Administração para dirimir qualquer questão contratual, salvo o disposto no § 6º do art. 32 da Lei 8.666/93.

Art. 35 – No caso de convênios, aplicam-se as disposições contidas na Lei Federal 8.666/93 e suas posteriores modificações, no que couber, devendo conter, ainda:

I – autorização governamental conforme determina a Lei Complementar nº 24, de 08 de junho de 1998 (arts. 37 e 38,conforme o caso);

II – abertura de conta bancária específica e vinculada ao convênio para movimentação dos recursos, junto ao Banco do Brasil S/A, quando os recursos forem oriundos do Governo Federal, ou junto ao Banco do Estado de Goiás, quando advirem do Governo Estadual;

III – prazo máximo de 6 (seis) meses para prestação de contas, contados do recebimento do recurso, e não superior a 30 (trinta) dias, contados do término do convênio, podendo no caso de vários repasses nesse período, serem encaminhados num único processo, observadas as disposições do termo assinado.

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IV – informação da Contadoria Geral de Contas deste Tribunal quanto à comprovação da boa e regular aplicação do recurso anteriormente recebido;

V – certidão expedida pelo Tribunal de Contas dos Municípios, relativa ao cumprimento, no ano anterior, da Lei de Diretrizes Orçamentárias, quando se tratar de transferência de recursos para Municípios, em virtude de convênio, acordo ou instrumento congênere, ressalvada a destinada a atender caso de calamidade pública;

VI – legislação pertinente à entidade beneficiária;

VII – plano de aplicação dos recursos financeiros;

VIII – metas a serem atingidas;

IX – etapas ou fases de execução;

X – plano de aplicação dos recursos financeiros;

XI – cronograma de desembolso;

XII – previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão das etapas ou fases programadas;

XIII – se o ajuste compreender obra ou serviço de engenharia, comprovação de que os recursos próprios para complementar a execução do objeto estão devidamente assegurados, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a entidade ou órgão descentralizador.

Art. 36 – Compete à Unidade de Análise de Prestação de Contas de Convênios – UAPC, verificar se a prestação de contas está constituída dos seguintes elementos e documentos, na ordem enunciada a seguir:

I – cópia ou fotocópia do termo pactuado, registrado por este Tribunal;

II – cópia do plano de aplicação, quando for o caso;

III – cópia do projeto e memorial descritivo, quando os recursos se destinarem a obras ou serviços de engenharia;

IV – cópia do ato de designação do responsável pela aplicação (gestor ou executor);

V – notas explicativas;

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VI – balancete financeiro sintético;

VII – cópias dos extratos bancários relativos às contas abertas especificamente para a movimentação dos recursos oriundos do convênio (com autenticação do agente financeiro que os emitiu), evidenciando, quando for o caso, os rendimentos obtidos com a aplicação do recurso no mercado financeiro;

VIII – cópias dos cheques nominais emitidos, inclusive os relativos aos gastos utilizando-se o produto da aplicação dos recursos no mercado financeiro, distinguindo-se o número e o valor de cada, ou das ordens de crédito devidamente contabilizadas pelo agente financeiro;

IX – comprovantes da receita, constituídos de avisos bancários ou de ordens de pagamento cumpridas pelo órgão repassador;

X – cópia do ato que abriu o crédito adicional, ou do orçamento, quando já previsto, necessário ao registro orçamentário da movimentação dos recursos quando o aplicador for órgão público ou prefeitura;

XI – cópia do parecer emitido pelo Conselho Fiscal ou Consultivo sobre a aplicação dos recursos, quando a entidade aplicadora for da iniciativa privada;

XII – parecer da Secretaria de Estado da Fazenda, quando a movimentação dos recursos se der da forma extra-orçamentária e o agente aplicador for órgão da administração direta, autarquia ou fundação do Estado;

XIII – cópias das notas de empenho e das ordens de pagamento cumpridas, devidamente visadas pelo Tribunal de Contas do Estado, quando o aplicador for órgão estadual;

XIV – documentos comprobatórios da despesa em 1ª (primeira) via, em ordem cronológica segundo o desembolso (notas fiscais devidamente quitadas e recibos com os dados completos sobre o emitente);

XV – documentação relativa à licitação porventura realizada, ou de sua dispensa/inexigibilidade, em conformidade com a legislação em vigor;

XVI – relação analítica dos gastos que não possam ser comprovados por documento hábil, devidamente autenticada pelo gestor ou executor;

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XVII – guia de recolhimento, devidamente contabilizada, relativa aos resíduos ou valores não aplicados que, por expressa disposição, devem ser recolhidos ao Tesouro;

XVIII – comprovação de que os bens móveis e imóveis adquiridos foram incorporados ao patrimônio do órgão executor ou de outro organismo, quando for o caso;

XIX – declaração da regular aplicação dos recursos, de acordo com o objetivo do termo pactuado, passada pelo agente repassador.

§ 1º - As notas explicativas previstas no inciso V, deste artigo, referem-se a:

I – justificativa quanto ao não cumprimento da presente Resolução, no todo ou em parte, quando suas prescrições colidirem com o previsto na legislação aplicável à entidade;

II – esclarecimentos necessários e convenientes para uma perfeita compreensão da prestação de contas.

§ 2º - O balancete financeiro sintético previsto no inciso VI deste artigo, elaborado mensalmente e visado pelo Tribunal de Contas fiscalizador da entidade, se for órgão público ou município, consignará, além dos títulos normais, em especial sobre os recursos do termo ajustado:

1 – RECEITA

1.1 – os ingressos ocorridos no período, codificados segundo a sua natureza e especificação;

1.2 – o produto da aplicação dos recursos no mercado financeiro, codificado e especificado;

1.3 – os saldos disponíveis anteriores, remanescentes de parcela ou termo anterior, para aplicação no período a que se referir a prestação de contas.

2 – DESPESA

2.1 – os gastos realizados no período, codificados por grupos segundo os programas e elementos de despesa;

2.2 – os saldos disponíveis a serem utilizados ou incluídos em nova programação.

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§ 3º - Os extratos bancários mencionados no inciso VII, deste artigo serão fornecidos:

I – pelo Banco do Brasil S/A, quando os recursos forem oriundos do Governo Federal;

II – pelo Banco do Estado de Goiás S/A, quando os recursos forem oriundos do Governo Estadual;

III – por outros agentes financeiros, quando expressamente previstos em lei, normas, termo ajustado ou legalmente autorizada a movimentação.

III - DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 37 – Os processos de contrato, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, com duas das vias do instrumento, ambas em original, deverão ser apresentados ao Tribunal, e recebidos pelo seu Protocolo, quando serão encaminhados à DVCCC para a análise e verificação da regularidade e da legalidade do ato.

Parágrafo Único – A Divisão, no prazo de 02 (dois) dias, se pronunciará sobre eventuais vícios, sanáveis ou não, do instrumento e submeterá o processo:

I – diretamente à Procuradoria Geral de Contas quando não for detectada qualquer irregularidade;

II – à Auditoria Técnica de Engenharia, quando se tratar de obra ou serviço de engenharia,

III – à Auditoria Financeira e Orçamentária, designada nos autos, na ocorrência de quaisquer irregularidades.

Art. 38 – Os processos de convênios, bem como os de prestação de contas da execução desses, serão encaminhados à DVCCC, pela Contadoria Geral de Contas deste Tribunal, após seu pronunciamento, para análise e/ou verificação de suas contas, conforme o caso.

Parágrafo Único – A tramitação dada aos processos referidos neste artigo será a mesma estabelecida no parágrafo único do artigo anterior.

CAPÍTULO VI

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DA DIVISÃO DE CADASTRO E CONTROLE DE PESSOAL

Art. 39 – A Divisão de Cadastro e Controle de Pessoal do Estado – DCCPE, subordinada diretamente à Coordenação de Fiscalização Estadual – CFE, é composta de:

I – Gabinete do Diretor;

II – Analistas;

Parágrafo Único – A Divisão tem como norma manter atualizado o cadastro de pessoal do Estado, constando além dos Poderes Legislativo, Executivo, Judiciário, o Ministério Público, as Autarquias e Fundações, os Tribunais de Contas, as Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista.

Art. 40 – A Divisão de Cadastro e Controle de Pessoal do Estado – DCCPE, tem competência para exercer as seguintes funções:

§ 1º – Antecipar informações para a fiscalização (Inspetorias Fiscais, DFFOE, DFFEE e CFE), concernentes a pagamentos a servidores:

I – por ocasião dos pagamentos de vencimentos aos servidores, a Divisão poderá prestar informações sobre os arquivos de dados constantes do Cadastro, mediante solicitação expressa das Inspetorias Fiscais;

II – a qualquer tempo, pela constante pesquisa nos referidos arquivos, constatada alguma variação em qualquer nível cadastral, a DCCPE apontará a questão às Inspetorias Fiscais, via expediente informativo detalhado à DFFOE e DFFEE, para as providências de fiscalização pertinentes;

§ 2º – Verificar e pronunciar preliminarmente sobre prestação de contas das folhas de pagamento de pessoal, inclusive realizando confrontos automáticos de folhas de pagamento do mesmo órgão referentes a meses diversos, como segue:

I – a Divisão de Cadastro e Controle de Pessoal do Estado, mediante procedimento informatizado, receberá mensalmente dos órgãos encarregados da confecção das Folhas de Pagamento de Pessoal do Estado todos os dados das mesmas, antecipadamente ao cumprimento das aludidas folhas;

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II – efetivado o pagamento da folha, no prazo constitucional (art. 96 C E), a autoridade terá o prazo de 10 (dez) dias, para apresentar ao Tribunal de Contas (exceto as empresas estatais), via Inspetoria Fiscal, a seguinte documentação:

1 – ofício do órgão, encaminhando prestação de contas da folha de pagamento de pessoal;

2 – notas de empenhos, suas eventuais anulações, ordens de provisão financeira, ordens de pagamentos e guias de recolhimentos;

3 – documentos oficiais sobre variações de vencimentos porventura ocorridas;

4 – o agente financeiro oficial, do mesmo modo repassará as folhas ao Tribunal, depois de devidamente contabilizadas, também mediante procedimento informatizado;

5 – de posse do que mencionam os itens anteriores, a DCCPE efetuará as verificações a seu cargo, registrando em informações o seu resultado:

a) – utilizando os dados colhidos, somados aos dos arquivos do mencionado cadastro, é feita a verificação orçamentária e financeira;

b) – a verificação pormenorizada dos quantitativos referentes a pessoal e valores de vencimentos;

c) – a verificação contábil dos pagamentos concernentes aos vencimentos brutos, descontos e líquidos, inclusive dos documentos oficiais comprobatórios de variações ocorridas no período.

III – além disso, a DCCPE realizará o confronto automático de folhas de pagamento de pessoal, entre a do último mês e a do mês anterior, emitindo relatório detalhado de possíveis variações, providenciando os saneamentos devidos ou representando supostas irregularidades.

IV – feitas as verificações mencionadas, se dentro da regularidade, o processo montado segue sua tramitação normal para julgamento com conseqüentes anotações e registros pertinentes.

V – feitas as referidas verificações e constatadas variações e supostas irregularidades, estas serão apontadas em informações

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detalhadas com encaminhamento à Procuradoria Geral de Contas para sua tramitação regimental.

§ 3º – Consoante dispõe o inciso III do artigo 26 da Constituição Estadual, fica estabelecido aqui, que a verificação e pronunciamento preliminar sobre atos de admissão de pessoal, exoneração, aposentadoria, reforma e pensão, para apreciação, julgamento e registro serão assim procedidos:

I – obrigam-se todos os órgãos constantes do parágrafo único do artigo 39 desta Resolução, por seus ordenadores de despesas ou dirigentes responsáveis, a submeter a esta Corte, mediante processos formalizados, os atos oficiais de admissão de pessoal, das concessões de aposentadoria, reformas e pensões;

II – conforme estabelece o artigo 103, I a III do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado (Resolução nº 2.631, de 05 junho de 1996), fica aqui determinado que compete à DCCPE verificar tais itens, em forma auxílio às auditorias financeira e orçamentária e informar se:

1 – o ato emanou de autoridade competente e se foi dado ao conhecimento público;

2 – os dispositivos legais invocados para a prática do ato estão em vigor, e se tiveram correta e efetiva aplicação na espécie;

3 - os proventos ou benefícios foram corretamente calculados e concedidos;

4 – há, no processo, título declaratório do ato, passado por autoridade competente, e se tal documento reproduz com fidelidade todos elementos essenciais da decretação ou concessão;

5 – em relação à admissão de pessoal, aplicam-se os itens anteriores, no que couber, ressaltando nesse caso, que é imprescindível a comprovação de aprovação em concurso público, conforme mandamento constitucional, o que deve estar devidamente comprovado nesse processo de admissão, por ato oficial publicado. E assim, proceder à verificação;

6 – realizadas as verificações, a DCCPE procederá, de modo detalhado, as informações e/ou providenciará as diligências cabíveis, para em seguida dar prosseguimento de trâmite regimental e conseqüentes registros em arquivos próprios.

§ 4º – Para atendimento do artigo 25 da Constituição Estadual, para efeito de cadastro, os órgãos do Estado obrigam-se a

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repassar ao Tribunal de Contas todos os dados pessoais, funcionais e financeiros dos nomeados em cargos de provimento em comissão.

§ 5º – Criar estatísticas para pesquisas de controle de pessoal, com constante atualização e adequação de arquivos de dados, em diversos níveis, sobre os dados pessoais, funcionais e financeiros.

§ 6º – Exercer sistemático monitoramento dos arquivos de dados, a fim de prestar constante apoio à Coordenação de Fiscalização Estadual (DFFOE-DFFEE), Secretaria Geral (Serviço de Execução e Registro), Contadoria, Procuradoria Geral de Contas, Auditorias e Presidência do Tribunal, em casos de consultas e denúncias, demonstrando dados e sugerindo providências cabíveis, através de expedientes e relatórios.

Art. 41 – Para cumprimento do que estabelecem os artigos anteriores, a Divisão de Processamento de Dados deste Tribunal deverá prestar à referida DCCPE, o respaldo técnico necessário para a devida implantação, implementação e aperfeiçoamento dos mencionados serviços.

Art. 42 – O acesso às informações constantes do mencionado cadastro e controle, especialmente as de nível personalizado dos servidores, só poderá ser liberado por ordem judicial e/ou através de deliberação competente da alta direção desta Corte de Contas, e desde que em solicitação expressa e justificada.

§ 1º – A concessão de informações no âmbito deste Tribunal é restrita aos procedimentos fiscalizadores específicos e também mediante solicitações expressas e fundamentadas.

§ 2º – Os servidores desta Corte, que pelo exercício de suas atribuições detêm e manipulam dados referentes ao referido cadastro e controle, têm o dever de zelar pelo cumprimento do que trata o artigo e parágrafo anteriores, bem como pelo devido sigilo que requer o trato das questões de pessoal, inclusive sob pena de responsabilidade.

Art. 43 – A implantação do Cadastro e Controle aqui tratados, representa além de cumprimento de ordem constitucional, a busca de parâmetros norteadores para se conhecer o perfil dos servidores do Estado ou o retrato da administração de pessoal do Estado. E com isso, tornar viável o controle efetivo, especialmente, podendo esta Corte orientar a Administração Pública sobre questões de pessoal, realizando, assim, não só a fiscalização que procura irregularidades, representações, punições e indenizações aos cofres públicos mediante procedimentos específicos, mas também exercer a fiscalização preventiva.

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Art. 44 – Para seguimento regular da marcha dos ditos serviços, a DCCPE se utilizará das normas legais pertinentes a pessoal, bem como, no que couber, das resoluções desta Casa.

CAPÍTULO VII

DAS AUDITORIAS DE CONTROLE EXTERNO

Art. 45 - Consistem em exames objetivos, isentos de emissão de juízo pessoal, imotivados, sintéticos e independentes, as auditorias operacionais, financeiras, administrativas e de qualquer natureza, objetivando verificar os resultados dos respectivos programas, de denúncias e das auditorias solicitadas pela Assembléia Legislativa e Ministério Público, sob os critérios da legalidade, legitimidade, moralidade, economicidade e razoabilidade, tendo em vista sua eficiência e eficácia. .

Art. 46 - As auditorias classificam-se em:

I – programadas, incluídas em um plano anual, cuja alteração só ocorrerá se as circunstâncias, devidamente justificadas, assim determinarem. Será dado preferência aos programas prioritários do Governo, aqueles de importância estratégica para o desenvolvimento do Estado, de amplo alcance social ou que demandem grandes investimentos.

II – especiais, cuja realização depende da ocorrência de situações específicas não previstas no plano anual;

III – de irregularidade, quando se evidenciar a ocorrência de fatos ou a prática de atos que, configurando ilícito administrativo ou penal, causem danos ao erário ou ao patrimônio público;

Art. 47 - o Tribunal de Contas, no exercício de sua competência poderá determinar, também, a realização de inspeções que considerar necessárias, com objetivo de:

I – verificar o cumprimento de suas decisões por seus jurisdicionados;

II – obter dados ou informações sobre a ocorrência de fatos ou a prática de atos objeto de denúncia ou representação;

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III – suprir omissões e falhas ou esclarecer pontos duvidosos relativos a documentos ou processos;

IV – verificar a ocorrência de fatos ou a prática de atos circunscritos a determinadas situações que não podem ser objeto de auditoria.

Art. 48 - As inspeções e auditorias serão realizadas por determinação do Presidente do Tribunal de Contas, nos termos do Regimento Interno.

Art. 49 - A critério da Presidência do Tribunal poderão ser instituídas Comissões Técnicas de Auditoria, para a realização de trabalhos específicos.

§ 1° - As auditorias serão exercidas por equipes interdisciplinares, de forma integrada e concomitante com a execução dos atos e fatos investigados, abrangendo as ações da administração direta, indireta e autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista e daqueles responsáveis pela guarda de dinheiro, bens e valores públicos.

§ 2° - Os Inspetores lotados nos órgãos integrarão as referidas comissões de auditoria, sem prejuízo de suas atribuições rotineiras.

§-3°- Os resultados das auditorias serão apresentados em relatórios minuciosos com a indicação das irregularidades, falhas, omissões, esclarecimentos e sugestões, se for o caso, devendo os mesmos serem encaminhados à Presidência do Tribunal, acompanhados dos documentos que darão suporte aos mesmos , pela Divisão a qual a Comissão estiver subordinada.

Art. 50 – As inspeções e auditorias referidas nos artigos 48 e 49 terão a subordinação, supervisão e orientação da Divisão de Fiscalização Financeira e Orçamentária – DFFOE ou da Divisão de Fiscalização Financeira das Empresas Econômicas – DFFEE, sendo definidas através de Portaria da Presidência desta Casa.

CAPÍTULO VIII

I- DAS SANÇÕES

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Art. 51 - A infração das leis, regulamentos ou atos e

decisões do Tribunal, relativos à administração orçamentária, financeira e patrimonial, está sujeita às sanções previstas nos arts. 53 a 58 da Lei Orgânica, arts. 147 a 152 do Regimento Interno, e Resolução nº 2810, de 05/06/97, desta Casa.

II- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 52 - As diligências propostas em relatórios de inspeções e auditorias, bem como as decisões e sanções advindas dos mesmos, cumprirão as determinações previstas no Regimento Interno e Lei Orgânica deste Tribunal;

Art. 53 - Os Relatórios de inspeções e de auditorias instruirão, oportunamente, o correspondente processo de prestação de contas anual;

Art. 54 - Terão prioridade as inspeções solicitadas

pelo Poder Legislativo.

Art. 55 – As Divisões constantes do art. 3º elaborarão relatórios trimestrais de suas atividades e de seus subordinados, encaminhando-os à Coordenação de Fiscalização Estadual;

Art. 56 - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE GOIÁS, em Goiânia, aos

Presidente,

Relator,

Procurador.