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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS ESCOLA DE ENFERMAGEM CÂNCER DE MAMA: MASTECTOMIA x QUALIDADE DE VIDA JOSIANE CAROLINE CÂNDIDO Belo Horizonte 2011

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Page 1: CÂNCER DE MAMA: MASTECTOMIA x QUALIDADE DE VIDA · 3.1 Câncer de mama O câncer de mama é hoje doença freqüente entre as mulheres de todo o mundo, em especial as ocidentais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE ENFERMAGEM

CÂNCER DE MAMA: MASTECTOMIA x

QUALIDADE DE VIDA

JOSIANE CAROLINE CÂNDIDO

Belo Horizonte

2011

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JOSIANE CAROLINE CÂNDIDO

CÂNCER DE MAMA: MASTECTOMIA x

QUALIDADE DE VIDA

Monografia apresentado ao

Curso de Especialização em

Enfermagem Hospitalar do

Departamento de Enfermagem

Básica da Escola de

Enfermagem da UFMG.

Área de concentração:

Oncologia.

Orientadora: Profª. Silma Maria

Cunha P. Ribeiro

Belo Horizonte

2011

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RESUMO

De todos os tipos de neoplasias, exceto o câncer de pele não-melanoma, o

câncer de mama é o mais incidente nas mulheres no mundo (cerca de um

milhão de casos novos estimados por ano). Hoje o maior desafio do INCA é

ampliar as ações de promoção da saúde, prevenção e diagnóstico precoce

para reduzir os índices de incidência e mortalidade do câncer, além de

propiciar qualidade de vida ao paciente. Neste sentido o presente estudo tem

como objetivo geral: analisar a interferência da mastectomia na qualidade de

vida dos pacientes. Trata-se de uma revisão integrativa, visto que ela permite

sumarizar as pesquisas já concluídas e obter conclusões a partir de um tema

de interesse. Para a coleta de dados foi elaborado um instrumento com o

objetivo de facilitar o processo de coleta e análise dos dados. Podemos

analisar que a maioria das publicações foram feitas por Médicos e Doutores,

publicações feitas por enfermeiros estão escassas, esta cada vez menor o

numero de publicações feitas pelos profissionais na área da Enfermagem,

sendo assim preciso um incentivo para que essa classe se desempenhe mais

para obter um índice significativo em suas publicações e mais conhecimento

cientifico; podemos analisar que a maior parte dos delineamentos são estudos

primários/qualitativos com nível de evidência fraco, onde o pesquisador busca

a resposta do problema de estudo nos sujeitos da pesquisa; podemos observar

uma concordância entre os autores das publicações, onde os autores

concordam que a mastectomia leva à uma imagem corporal afetada na mulher

e também uma discordância entre eles onde alguns citam que a mastectomia

causa angustia, aflição, estresse, depressão, seqüelas psicossociais, que leva

a uma série de fatores, onde um desencadeia outros sintomas. Diante do que

foi visto e analisado, pode-se concluir que a mulher diante do câncer de mama

esta susceptível a varias mudanças em sua vida tanto social quanto pessoal e

através deste estudo podemos ver que os profissionais da área de saúde,

principalmente os Enfermeiros que estão sempre acompanhando a paciente,

devem estar preparados para atender essas pacientes em uma forma holística

atendendo a todas as suas necessidades, a fim de promover a esta paciente

um atendimento humanizado.

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ABSTRACT

Of all types of cancer except skin cancer, melanoma, breast cancer is more

common in women worldwide (roughly one million new cases estimated each

year). Today the greatest challenge of INCA is to expand the actions of health

promotion, prevention and early diagnosis to reduce rates of cancer incidence

and mortality, as well as providing quality of life for patients. In this sense the

present study has the general objective: to analyze the interference of

mastectomy on quality of life of patients. It is an integrative review, since it

allows to summarize the research already completed, and draw conclusions

from a topic of interest. To collect data an instrument was developed in order to

facilitate the process of collecting and analyzing data. We consider that most

publications were made by doctors and teachers, publications made by nurses

are scarce in this increasingly smaller number of publications made by

professionals in the nursing area, so have an incentive for this class is to play

more obtain a meaningful content in their publications and more scientific

knowledge, we can consider that most of the designs are primary studies /

qualitative level of evidence, weak, where the researcher seeks to answer the

problem of study in the research subjects, we can observe an agreement

among the authors of the publications where the authors agree that mastectomy

leads to an affected body image in women and also a disagreement between

them where some cite that mastectomy causes anguish, grief, stress,

depression, psychosocial sequelae, which leads to a series of factors, with a

trigger other symptoms. Given what was seen and analyzed, it can be

concluded that women face breast cancer is susceptible to various changes in

your life both socially and personally and through this study we see that the

health professionals, especially nurses who are constantly monitoring the

patient must be prepared to treat these patients in a holistic manner to meet all

your needs in order to promote this humane patient care.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................6

2 OBJETIVO......................................................................................................10

3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA.................................................................12

3.1 Câncer de mama.........................................................................................13

3.2 Tratamento...................................................................................................14

3.3 Qualidade de vida e o papel da Enfermagem..............................................17

4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.......................................................20 4.1 Referencial teórico-metodológico................................................................21 4.2 Método e etapas..........................................................................................22 4.3 População e amostra...................................................................................22 4.4 Critérios de inclusão....................................................................................23 4.5 Variáveis de estudo.....................................................................................23 4.6 Instrumento de coleta de dados...................................................................24 4.7 Análise dos dados........................................................................................24

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES....................................................................25

6 CONCLUSÕES...............................................................................................35

REFERÊNCIAS.................................................................................................37

APÊNDICE.........................................................................................................44

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1 INTRODUÇÃO

______________________________________________________

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No final do ano de 2005, a história do controle do câncer no Brasil

ganhava um marco com a publicação da Política Nacional de Atenção

Oncológica. Assumia-se, por meio de portaria, que a doença é um problema de

saúde pública, o que implicava o envolvimento de toda a sociedade em ações

nesse campo (INCA, 2010).

A mobilização social passou a ser mais do que necessária: para o

Instituto Nacional de Câncer (INCA), tornou-se imprescindível. Várias ações de

comunicação começaram a ser desenvolvidas. Para conquistar a mobilização

de forma efetiva, era preciso ampliar o debate sobre o controle da doença,

alcançando novos espaços, adicionando outros discursos e enfatizando temas

de menor destaque (INCA, 2010).

O câncer corresponde a um conjunto de mais de cem doenças que têm

em comum o crescimento desordenado e a invasão de tecidos e órgãos,

podendo se espalhar e produzir metástases em diversas regiões do corpo. O

tratamento tem como principais objetivos prevenir, curar, prolongar e melhorar

a qualidade de vida do portador (DA SILVA et al., 2009).

No Brasil, as estimativas do Instituto Nacional de Câncer apontam que

até o final de 2008 deverão ocorrer mais de 470 mil novos casos de câncer.

Esse número é maior do que o de pessoas infectadas pelo vírus da Aids nos

últimos 25 anos, por exemplo (CASTRO, 2009).

O câncer é uma das causas de aumentada mortalidade e morbidade no

mundo, com mais de dez milhões de casos novos e mais de seis milhões de

mortes por ano (TRUFELLI, et al., 2008).

De todos os tipos de neoplasias, exceto o câncer de pele não-

melanoma, o câncer de mama é o mais incidente nas mulheres no mundo

(cerca de um milhão de casos novos estimados por ano). No Brasil, o câncer

de mama é o mais prevalente no sexo feminino, entre 40 e 69 anos, sendo a

maior causa de morte por câncer entre as mulheres (TRUFELLI et al., 2008).

Hoje o maior desafio do INCA é ampliar as ações de promoção da

saúde, prevenção e diagnóstico precoce para reduzir os índices de incidência e

mortalidade do câncer, além de temar qualidade de vida ao paciente acometido

pela doença (CASTRO, 2009).

O câncer como doença crônico-degenerativa pode impor aos pacientes

e familiares um grande desafio na adaptação a essa nova condição, pois o

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prognóstico da doença e a terapêutica a ser escolhida representam uma

ameaça à saúde e à integridade do corpo (COSTA; LEITE, 2009).

A vivência do diagnóstico de câncer de mama confronta a mulher com

uma série de eventos estressores, compatíveis com o enfrentamento de uma

doença que ameaça sua integridade física e que exige cuidados intensivos.

Além disso, tem repercussões emocionais, familiares, laborais e na vida de

relações decorrentes de um tratamento longo, invasivo e potencialmente

turbulento (DA SILVA; DOS SANTOS, 2008).

Pesquisas sobre a qualidade de vida das mulheres em tratamento do

câncer de mama evidenciam que as mudanças no trabalho, lazer, relações

familiares e sociais são originadas principalmente por aspectos psicológicos

que por limitações físicas (ELSNER; TRENTIN; HORN, 2009).

O impacto sobre o bem-estar no primeiro ano de tratamento é

acentuado, colocando à prova a capacidade adaptativa da paciente que,

repentinamente vê a linha de sua existência interceptada pela imersão em uma

dimensão da realidade até então completamente desconhecida; isto é, o

mundo inóspito do hospital; das consultas; dos exames e procedimentos

invasivos; do afastamento das atividades cotidianas e os prejuízos no convívio

familiar. Outra dimensão é a incerteza quanto ao futuro e o medo do contato

com a própria finitude (DA SILVA; DOS SANTOS, 2008).

O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, em

razão de sua alta freqüência e, sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, os

quais afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. Muitos

pacientes acabam experimentando mudanças de status no seu emprego, nas

relações sociais, na sua capacidade física e no seu papel dentro da família

(ELSNER; TRENTIN; HORN, 2009).

Diante do exposto, questiona-se qual a interferência do tratamento do

Câncer de Mama na qualidade de vida do paciente? Espera-se que a resposta

a esse questionamento, por meio de uma revisão bibliográfica, contribua para a

formação do enfermeiro facilitando sua compreensão acerca desse processo

para uma melhor abordagem desse problema na prática assistencial.

A partir dessa visão, entende-se que a enfermagem pode contribuir para

a prevenção e a promoção da saúde, prestando um cuidado de forma holística.

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Sendo o câncer um problema de saúde pública no Brasil é necessária a

atenção por parte dos profissionais de saúde, em especial da enfermagem, que

podem contribuir para o controle da doença por meio de ações de promoção de

saúde, prevenção e detecção precoce, que são realizadas nos serviços (DA

SILVA et al., 2010).

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2 OBJETIVO

______________________________________________________

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O objetivo dessa revisão é analisar a interferência da mastectomia na

qualidade de vida dos pacientes.

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3 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

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3.1 Câncer de mama

O câncer de mama é hoje doença freqüente entre as mulheres de todo o

mundo, em especial as ocidentais. A cada ano, representa cerca de 22% dos

novos casos de câncer entre as mulheres. Apesar dos recentes avanços no

conhecimento da tumorogênese, prevenção, rastreamento, diagnóstico e

tratamento do Câncer de mama, restam ainda lacunas (COUTO, 2007).

O câncer de mama é o câncer mais comum em mulheres; cerca de 10%

das mulheres nos países industrializados sofrem desta doença (DIAN et al.,

2007).

Estudos realizados no Brasil há mais de dez anos evidenciavam que

entre 60 e 70% dos casos de câncer de mama eram detectados em estádios

avançados. Mais recentemente, alguns estudos mostraram uma tendência ao

aumento do número de casos iniciais ao diagnóstico, esse é um achado

importante, mas são orivindos de estudos envolvendo poucos pacientes ou de

bases de dados de registros hospitalares (MARTINS et al., 2009).

Os fatores de risco associados ao câncer de mama são: história familiar

dessa doença; nuliparidade; idade tardia ao nascimento do primeiro filho; a

menarca precoce; menopausa tardia e história pessoal de atipia celular

(ASHIKARI et al., 2008).

Apesar de estar bem estabelecido que o diagnóstico precoce e o

tratamento adequado interferem nas taxas de mortalidade e na prevalência da

neoplasia, poucos são os dados disponíveis quanto ao tamanho do tumor no

momento do diagnóstico do câncer de mama no Brasil, trata-se de uma

informação elementar e que não se tem acesso (MARTINS et al., 2009).

A despeito do diagnóstico precoce e dos avanços no tratamento do

câncer de mama, a morbidade e a mortalidade associadas a esta doença

permanecem elevadas. A prevenção primária, portanto, parece oferecer as

melhores chances de impacto favorável sobre esta neoplasia; a mesma está

embasada na quimioprevenção, estilo de vida e nas cirurgias de redução de

risco (mastectomias, adenectomias e ooforectomias bilaterais) (DE OLIVEIRA;

ALDRIGHI; RINALDI, 2006).

Atualmente, a detecção precoce do nódulo mamário ainda é muito

significativa para a obtenção de tratamento e prognóstico satisfatórios. A

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prática do autoexame é fundamental para a detecção, sendo de fácil

compreensão e acessível à mulher. Esse exame mostra-se muitas vezes, como

uma forte arma contra a doença, impedindo a mutilação das mamas por meio

da mastectomia e até mesmo a morte da paciente (DA SILVA et al., 2010).

As ações direcionadas para detecção precoce nas mulheres de alto risco

são: a vigilância rigorosa por meio de exame clínico das mamas semestral ou

anual, e a mamografia anual (ASHIKARI et al., 2008).

3.2 Tratamento

A maioria das mulheres submetidas ao tratamento de câncer de mama é

submetida à cirurgia. Para estágios iniciais de câncer de mama, vários estudos

têm demonstrado sobrevida equivalente entre mastectomia conservadora e

radical (WALJEE et al., 2007).

O diagnóstico e o tratamento do câncer de mama pode ter um profundo

impacto na imagem corporal, especialmente porque a mama é um símbolo da

feminilidade e da sexualidade. O tratamento de câncer de mama pode afetar

negativamente a imagem corporal. Isso leva à adaptação de abordagens de

preservação da mama a fim de manter a integridade do corpo e da satisfação

com aparência (BAXTER et al., 2006).

O câncer de mama deve ser abordado por uma equipe multidisciplinar

visando ao tratamento integral da paciente. As modalidades terapêuticas

disponíveis, atualmente, são: a cirúrgica e a radioterápia para o tratamento

loco-regional; e a hormonioterapia e a quimioterapia para o tratamento

sistêmico (DA SILVA et al., 2010).

A cirurgia para o câncer de mama requer a excisão de qualquer tumor

invasivo ate o alcance de margens negativas. Logo o tumor deve ser retirado

"em bloco", com alguns centímetros de tecido normal. No final do século XIX,

William Halsted desenvolveu a técnica de mastectomia radical que

revolucionou a mastologia. Por volta dos anos 1870, somente 4% das mulheres

sobreviviam três anos após uma cirurgia de câncer de mama. Com a técnica de

Halsted, na qual a mama inteira era retirada, além de músculos da parede

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torácica e dos linfonodos axilares (Halsted, 1898). Assim, o número de

mulheres que sobreviviam três anos sem metástases passou para 46,5%

(CANTINELLI et al., 2006).

A mastectomia é um procedimento cirúrgico, cuja finalidade é erradicar a

presença local do câncer. A cirurgia é uma das formas de tratamento mais

temidas pela mulher, levando a sentimentos de tristeza, vergonha e depressão

(DA SILVA et al., 2010).

As mulheres submetidas à retirada cirúrgica de linfonodos axilares para

o tratamento do câncer de mama estão sujeitas a complicações, entre elas, o

linfedema de braço, definido como uma condição crônica, na qual existe

acúmulo excessivo de líquido, com alta concentração proteica no interstício e

de tratamento e reversibilidade difíceis e complexos (MEIRELLES; MAMEDE;

SOUZA e PANOBIANCO, 2006).

A alteração básica para a formação do linfedema deve-se à falência do

sistema linfático. O aumento anormal da concentração de proteínas no

interstício, resulta em um edema de alta concentração protéica (MEIRELLES;

MAMEDE; SOUZA e PANOBIANCO, 2006).

A principal causa do linfedema pós-cirurgia mamária para o tratamento

do câncer de mama é a retirada dos linfonodos axilares; alguns fatores como a

radioterapia, as complicações pós-operatórias, a infecção, a linfangite, o nível

da radicalidade da técnica cirúrgica e outros são relatados na literatura como

fatores desencadeantes ou agravantes do linfedema, o que indica sua natureza

multifatorial (MEIRELLES; MAMEDE; SOUZA e PANOBIANCO, 2006).

Protocolos fisioterapêuticos para o tratamento do linfedema, que incluem

drenagem linfática manual, enfaixamento compressivo funcional, exercícios,

orientações ao autocuidado e à automassagem e uso de braçadeira elástica,

divididos em uma fase intensiva e outra de manutenção do tratamento,

mostram que a fase intensiva de tratamento é eficiente para reduzir

significativamente o linfedema dessas mulheres, e que esta redução se dá,

principalmente, na primeira semana de tratamento, sendo que após a terceira

semana, a redução ocorre de maneira pouco significativa (MEIRELLES;

MAMEDE; SOUZA e PANOBIANCO, 2006).

A quimioterapia adjuvante vem sendo a opção de escolha no tratamento

em alguns casos de câncer de mama e câncer de intestino, diminuindo a

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chance de recidiva e aumentando a sobrevida dos pacientes (MACHADO;

SAWADA, 2008).

Os principais efeitos colaterais ou toxicidades do tratamento

quimioterápico são hematológicos, gastrointestinais, cardiotoxicidade,

hepatotoxicidade, toxicidade pulmonar, neurotoxicidade, disfunção reprodutiva,

toxicidade vesical e renal, alterações metabólicas, toxicidade dermatológicas e

reações alérgicas e anafilaxia (MACHADO; SAWADA, 2008).

A radioterapia é um tratamento localizado, que usa radiação ionizante,

produzida por aparelhos ou emitida por radioisótopos naturais. É, na sua

grande maioria, feita em regime ambulatorial. A dose total é fracionada em

aplicações diárias por um período variável de até dois meses (LORENCETTI;

SIMONETTI, 2005).

Sua indicação no tratamento do câncer ocorre em três circunstâncias:

não há outro tratamento curativo; a terapia alternativa é considerada tóxica ou

como função paliativa em casos avançados. Tem como finalidade a interrupção

do crescimento e reprodução de células cancerosas e normais. Como as

células malignas crescem rapidamente, muitas delas estarão se dividindo e

serão mais susceptíveis à radioterapia do que as células normais

(LORENCETTI; SIMONETTI, 2005).

Os pacientes tratados com a radioterapia podem experimentar diversos

efeitos colaterais como dor, fadiga, alterações cutâneas, perda da auto-estima

e confiança, mudanças na mobilidade e sensação no lado afetado, choque

emocional, confusão, ansiedade, angústia, medo, sentimentos de isolamento e

mudanças na rotina. O papel da enfermagem, portanto, é ajudar os pacientes

não só a lidar com os efeitos colaterais como também com problemas

emocionais durante a radioterapia (LORENCETTI; SIMONETTI, 2005).

A hormonioterapia adjuvante com Tamoxifeno 20 mg/dia por 5 anos

deve ser empregada em todas as pacientes com receptor hormonal positivo,

sendo o benefício observado nas pacientes na pré ou pós-menopausa, com ou

sem utilização de quimioterapia (BARROS; BARBOSA; GEBRIM, 2001).

Tanto o tamoxifeno como os inibidores da aromatase estão sendo

indicados no tratamento adjuvante e neoadjuvante do câncer de mama. Apesar

de apresentarem perfil de tolerabilidade melhor que o da quimioterapia, podem

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apresentar efeitos adversos que não devem ser desconsiderados (CONDE et

al., 2006).

O aumento no risco de câncer de endométrio, eventos tromboembólicos,

toxicidade ocular e ondas de calor nas usuárias de tamoxifeno, e a

intensificação da mialgia, artralgia e diminuição da massa óssea, para as

usuárias dos inibidores da aromatase, são alguns desses efeitos (CONDE et

al., 2006).

Os inibidores da aromatase representam outra classe de fármacos

indicados no tratamento hormonal da neoplasia de mama. Têm mostrado bons

resultados em termos de sobrevida livre de doença e de incidência de câncer

na mama contralateral (CONDE et al., 2006).

3.3 Qualidade de vida e o papel da Enfermagem

A palavra câncer carrega um estigma muito forte, pois, em geral as

pessoas logo o associam com a morte. No caso das mulheres, o câncer de

mama ainda é mais temido pelo fato de acometer uma parte valorizada do

corpo dessas mulheres e em muitas culturas desempenham uma função

significativa para sua sexualidade e identidade (DA SILVA et al., 2010).

A mama é a metonímia do feminino, e, dentro de uma espiral de

complexidade, o seu acometimento expõe as pacientes a uma série de

questões: o seu posicionamento como mulher, atraente e feminina, ou a mãe

que amamenta (CANTINELLI et al., 2006).

A mulher acometida do câncer de mama vivencia, em sua trajetória,

inúmeras situações. Essas, em geral, referem-se a sua integridade

biopsicossocial, a incerteza do sucesso do tratamento, a possibilidade da

recorrência e a morte. Aceitar a sua nova condição e adaptar-se à nova

imagem de seu corpo exige um esforço muito grande para o qual não estão

preparadas (DA SILVA et al., 2010).

Dos pacientes que se submetem mastectomia, poucas mulheres são

submetidas a reconstrução mamária. Na Austrália, as taxas de reconstrução de

mama variam de 6 a 8% após a mastectomia. A conservação da mama está

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associada com melhora na qualidade de vida em relação à mastectomia

(NANO et al., 2005).

A perda da mama é um acontecimento traumático na vida de uma

mulher e que o efeito benéfico de reconstrução da mama em seu psicossocial,

sexual e bem-estar tem sido notável (DIAN et al., 2007).

Os benefícios psicossociais da reconstrução mamária na gestão de

câncer de mama têm sido amplamente aceita por alguns, mas outros debate os

benefícios da reconstrução em termos de melhoria da qualidade de vida e

imagem corporal após a mastectomia (NANO et al., 2005).

Reações de ajustamento ou mesmo depressão e ansiedade têm forte

impacto sobre a sexualidade. A questão também pode ser muito significativa no

contexto de casais que ainda não tiveram prole e ainda estão em idade

reprodutiva. O medo de abandono também é um fator significativo, a partir do

pensamento de que essas mulheres podem estar privando seus parceiros de

atividade sexual. A autora enfatiza que mesmo mulheres mais velhas podem

sentir o impacto sobre a sua sexualidade (CANTINELLI et al., 2006).

A mastectomia ainda é um dos tratamentos a que a maioria das

mulheres com câncer é submetida. É uma intervenção temida e que, por fazer

parte do tratamento, interfere no estado físico, emocional e social, resultando

na mutilação de uma região do corpo que desperta libido e desejo sexual (DA

SILVA et al., 2010).

A assistência de enfermagem ao cliente com câncer é repleta de

desafios cotidianos, visto que, como mencionamos anteriormente, a própria

palavra câncer é carregada de significados e, para muitos, é sinônimo de dor e

morte (DA SILVA et al., 2010).

Desta forma, é necessário que os profissionais de enfermagem revejam

os conceitos, mitos e tabus acerca dos cuidados prestados a mulheres com

câncer de mama. Assim sendo, ressaltamos a importância de conhecer as

representações sociais que as mulheres mastectomizadas têm sobre a mama,

uma vez que possibilitará a reformulação de preconcepções e a elaboração de

novos conceitos sobre esse agravo (DA SILVA et al., 2010).

Portanto, o apoio, o carinho, a atenção e o suporte emocional são

essenciais para o cuidado às mulheres mastectomizadas, considerando que

proporcionam um melhor enfrentamento da doença e superação desses

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momentos difíceis de sua vivência. Ressalte-se que muito ainda precisa ser

feito para melhorar a qualidade de vida das mulheres mastectomizadas, a fim

de que possam conviver com as alterações corporais resultantes da doença e

de seus tratamentos (DA SILVA et al., 2010).

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4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

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4.1 Referencial teórico-metodológico

A Medicina Baseada em Evidências, ou baseada em informações

científicas de boa qualidade, é um movimento criado na década de 1990,

derivado da epidemiologia clínica, com o objetivo de organizar as informações

mais relevantes, buscando condutas em saúde mais eficientes, isto é, com

melhor resposta ao paciente, mais seguras e com custo adequado às

circunstâncias. Na verdade, trata-se não apenas de um privilégio da Medicina,

mas de todas as áreas de atenção à saúde (BORK, 2005).

A prática baseada em evidências é uma metodologia da prática clínica

difundida entre os profissionais de saúde. Consiste na utilização de evidências

científicas, produzidas por estudos desenvolvidos com rigor metodológico, para

tomada de decisões sobre as melhores condutas frente a cada caso. A

formação de uma evidência científica segue alguns passos: formulação de uma

questão clínica, busca de evidências, avaliação crítica da evidência encontrada

e tomada de decisão com base nessa evidência (PEDROLO et al., 2009).

Por definição, a Prática Baseada em Evidências compreende "o uso

consciente, explicito e judicioso da melhor evidência atual para a tomada de

decisão sobre o cuidar individual do paciente". Compreende um processo

integralizador da competência clínica individual com os achados clínicos

gerados pelas pesquisas sistemáticas existentes e nos princípios da

epidemiologia clínica (DOMENICO; IDE, 2003).

Considerando-se que as pesquisas são desenhadas para responderem

basicamente a uma questão clínica específica, cabe ao profissional de saúde

correlacionar os tipos de perguntas e os tipos de estudos. Assim sendo, busca-

se pelo melhor delineamento de pesquisa que responde a determinado tipo de

questão (BORK, 2005).

4.2 Métodos e etapas

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Para realizar este estudo optou-se pelo método de revisão integrativa,

visto que ele permite sumarizar as pesquisas já concluídas e obter conclusões

a partir de um tema de interesse.

A revisão integrativa é um método de pesquisa que permite a busca, a

avaliação crítica e a síntese das evidências disponíveis do tema investigado,

sendo o seu produto final o estado atual do conhecimento do tema investigado,

a implementação de intervenções efetivas na assistência à saúde e a redução

de custos, bem como a identificação de lacunas que direcionam para o

desenvolvimento de futuras pesquisas (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).

Para a elaboração da revisão integrativa, no primeiro momento o revisor

determina o objetivo específico, formula os questionamentos a serem

respondidos ou hipóteses a serem testadas, então realiza a busca para

identificar e coletar o máximo de pesquisas primárias relevantes dentro dos

critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos (MENDES;

SILVEIRA; GALVÃO, 2008).

De acordo com Roman e Friedlander (1998), a revisão integrativa de

pesquisa ou a pesquisa integrativa, como alguns autores preferem denominá-

la, possibilita ao interessado reconhecer os profissionais que mais investigam

um assunto, suas áreas de atuação e suas contribuições mais relevantes;

permite separar o achado científico de opiniões e idéias; permite descrever o

conhecimento no seu estado atual; e promove o impacto da pesquisa sobre a

prática profissional.

4.3 População e amostra

A população foi constituída por uma busca realizada nas bases de dados

LILACS e MEDLINE, da biblioteca virtual em saúde – BVS, e também na base

de dados PUBMED. Para definir a população no LILACS foi utilizado como

estratégias de busca o formulário básico, com o descritor de assunto "Câncer

da Mama" no primeiro campo, "Mastectomia" no segundo campo e "Aceitação

pelo Paciente de Cuidados de Saúde" no terceiro campo; no MEDLINE, a

busca também se deu através do formulário básico, com todos os índices nos

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dois campos, totalizando a população de 23 referencias; na PUBMED foi

realizada uma busca no campo pesquisa avançada com os descritores "Breast

Neoplasms"[Mesh] AND "Mastectomy"[Mesh] AND "Quality of Life"[Mesh] AND

"Patient Acceptance of Health Care"[Mesh], totalizando 63 referencias (Quadro

1). Na Biblioteca Virtual da UFMG foi realizada uma busca no campo pesquisa

avançada com a palavra “mastectomia” totalizando 14 referencias.

A amostra foi constituída por toda a produção científica que atenderam

aos critérios de inclusão definidos no estudo, após uma análise crítica da

literatura.

QUADRO 1 População e Amostra

FONTE POPULAÇÃO AMOSTRA

LILACS 1 - MEDLINE 22 - PUBMED 63 19 BVUFMG 14 - TOTAL 100 19

4.4 Critérios de inclusão

Para os critérios de inclusão foram selecionados somente os estudos

que respondem a pergunta da presente revisão, artigos publicados em

português, inglês e espanhol e que adotarem os tipos de delineamento,

primário, secundário e revisão e período de busca a partir do ano de 2005.

4.5 Variáveis de estudo

Foram selecionados as variáveis relacionadas aos autores: profissão,

área de atuação, qualificação; relacionada às publicações: fonte, ano de

publicação, periódico, tipo de publicação e delineamento; e à variável de

estudo: analisar a qualidade de vida física e emocional de pacientes que foram

submetidas à mastectomia.

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4.6 Instrumento de coleta de dados

Para a coleta de dados foi elaborado um instrumento com o objetivo

de facilitar o processo de coleta e análise dos dados (Apêndice). Este

instrumento contém questões relativas e todas as variáveis relacionadas ao

estudo.

4.7 Análise dos dados

Foi realizada a leitura crítica de literatura que fizeram parte da

amostra. Foram preenchidos os instrumentos de coleta de dados e,

posteriormente, construído os quadros sinópticos. A análise dos dados foi

realizada por meio de uma síntese, buscando a concordância/discordância

entre os autores sobre a pergunta deste estudo.

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5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

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De acordo com o instrumento utilizado para coleta de dados, a seguir

será exposto os quadros com os resultados e feito a discussão dos mesmos a

seguir.

No QUADRO 2 está caracterizado os autores das publicações que

fizeram parte da revisão.

QUADRO 2

Características dos autores das publicações que fizeram parte da revisão

LITERATURA PROFISSÃO QUALIFICAÇÃO AREA DE ATUAÇÃO

GALLAGHER et al. (2010)

5 Educadores 3 Doutores 2 Mestres

Enfermagem

DESHIELDS et al. (2007)

4 Médicos 1 não informado

5 Doutores 5 não informado

ALICIKUST et al. (2009)

7 Médicos 7 Doutores 7 Oncologia

CLAES et al. (2005)

5 Médicos 2 não informado

5 Doutores 2 Mestres

7 não informado

TEMPLE et al. (2009)

7 Médicos

7 Doutores

7 não informado

WARM et al. (2008)

7 Médicos

7 Doutores

4 Obstetrícia 3 não informado

SACKEY et al. (2010)

5 Médicos

5 Doutores

1 Patologia 4 Medicina Molecular

HAN et al. (2010)

5 Médicos

5 Doutores

2 Ginecologia 1 Psicologia 2 não informado

WALJEE et al. (2008)

6 Médicos

6 Doutores

6 não informado

ARNDT et al. (2008)

Não informado

Não informado

Não informado

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QUADRO 2

Características dos autores das publicações que fizeram parte da revisão

(continuação)

LITERATURA PROFISSÃO QUALIFICAÇÃO ÁREA DE ATUAÇÃO

NHO et al. (2008) 10 Médicos 10 Doutores Não informado

ISERN et al.

(2008)

5 Médicos 5 Doutores 2 Cirurgião

Plástico

1 Cirurgião

2 Oncologista

CHANG et al.

(2007)

6 Médicos 6 Doutores 6 Oncologista

DENEWER;

FAROUK (2007)

2 Médicos 2 Doutores 2 Cirurgia

Plástica

LEE et al. (2007) 4 Médicos 4 Doutores Não informado

ZERTUCHE;

VIDAL (2007)

2 Médicos 2 Doutores 2 Cirurgia

Plástica

DIAN et al. (2007) Não informado Não informado Não informado

BAXTER et al.

(2006)

6 Médicos 6 Doutores Não informado

NANO et al.

(2005)

6 Médicos 6 Doutores Não informado

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Observa-se que a maioria das publicações foram produzidas por

médicos e autores com a titulação de doutor. Nesse levantamento não foram

detectadas publicações realizadas por enfermeiros, pratica que precisa ser

incentivada.

Em relação a variável de atuação, verifica-se uma diversidade de

especialidades medicas como a cirurgia plástica oncológica, obstetrícia,

patologia, medicina nuclear, ginecologia e apenas 2 autores atuam na área de

psicologia e de enfermagem.

A seguir no QUADRO 3 estão apresentadas as características das

publicações que fizeram parte do estudo.

QUADRO 3

Características das publicações que fizeram parte do estudo

LITERATURA FONTE DELINEAMENTO NIVEL DE EVIDENCIA

GALLAGHER et al. (2010)

MedLine

Revisão Sistemática

Forte

DESHIELDS et al. (2007)

PubMed Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

ALICIKUST et al. (2009)

PubMed Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

CLAES et al. (2005)

PubMed Estudo Primário/Quantitativo

Forte

TEMPLE et al. (2009)

PubMed Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

WARM et al. (2008)

PubMed Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

SACKEY et al. (2010)

PubMed Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

HAN et al. (2010)

PubMed Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

WALJEE et al. (2008)

PubMed Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

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QUADRO 3

Características das publicações que fizeram parte do estudo (continuação)

LITERATURA FONTE DELINEAMENTO NIVEL DE EVIDENCIA

ARNDT et al. (2008)

PubMed Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

NOH et al. (2008)

PubMed

Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

ISERN et al. (2008)

PubMed

Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

CHANG et al. (2007)

PubMed

Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

DENEWER; FAROUK (2007)

PubMed

Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

LEE et al. (2007)

PubMed

Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

ZERTUCHE; VIDAL (2007)

PubMed

Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

DIAN et al. (2007)

PubMed

Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

BAXTER et al. (2006)

PubMed

Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

NANO et al. (2005)

PubMed

Estudo Primário/Qualitativo

Fraco

Diante do exposto no QUADRO 3, podemos verificar que a maior parte

dos delineamentos são estudos primários/qualitativos com nível de evidência

fraco, onde o pesquisador busca a resposta do problema de estudo nos

sujeitos da pesquisa, e possui também alguns estudos primários/quantitativos

dentre as características das publicações que fizeram parte do estudo, a maior

parte das publicações são da fonte PubMed.

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No QUADRO 4 a seguir estão apresentadas as interferências da

mastectomia na qualidade de vida dos pacientes.

QUADRO 4

Interferência da mastectomia na qualidade de vida dos pacientes

LITERATURA INTERFERÊNCIA DA MASTECTOMIA NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES (discordâncias)

DESHIELDS et al. (2007)

Angustia, estresse, aflição

ALICIKUST et al. (2009)

Deterioração da função sexual

CLAES et al. (2005)

Angustia, aflição

WALJEE et al. (2008)

Sintomas depressivos

ARNDT et al. (2008)

Seqüelas psicossociais

NOH et al. (2008)

Mudança emocional, cognitivo

ISERN et al. (2008)

Ansiedade, depressão

CHANG et al. (2007)

Sensação de piora da (ou) qualidade de vida

ZERTUCHE, VIDAL (2007)

Alteração psicossocial

DIAN et al. (2007)

Baixa auto estima

Embora esperávamos a nossa qualidade de resultados estéticos que

refletem uma revolução o objetivo a aparência física da mama, particularmente

os resultados indicam que as avaliações de pacientes provavelmente

incorporam fatores psicológicos que estão associados com a aflição e a

qualidade de vida (DESHIELDS et al., 2007).

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Problemas significativos de imagem psicossexual ocorrem em

pacientes tratados de câncer de mama com mastectomia, os problemas

surgem precocemente no curso da detecção da doença, e portanto o

tratamento destes problemas devem ser abordados durante a avaliação inicial

dos pacientes, e no inicio do tratamento (ALICIKUST et al., 2009).

Os resultados físicos e psicológicos dos tratamentos tem uma forte

influencia na vida dos pacientes, em particular, as dificuldades de imagem

corporal e função sexual (ALICIKUST et al., 2009).

As mulheres podem ser confrontadas com a decisão de se submeter à

cirurgia profilática em algum momento de sua vida, portanto, um longo período

de acompanhamento é obrigatório para avaliar o impacto relacionado à saúde

durante um longo período de tempo (CLAES et al., 2005).

Embora as diferenças de qualidade de vida global podem não ser

clinicamente significativos, observamos diferenças notáveis em relação a

determinados aspectos da qualidade de vida, incluindo sintomas de depressão

e medo da repetição da doença (WALJEE et al., 2008).

Considerando em medidas mais amplas, como psicossociais, bem

estar e qualidade de vida global aumenta gradualmente ao longo do tempo e se

torna totalmente aparente apenas ao longo prazo (ARNDT et al., 2008).

De acordo com NOH et al. (2008), as mulheres que tiveram problemas

para conseguir a cirurgia após o diagnostico apresentaram escores qualidade

de vida menores, incluindo estado de saúde emocional, cognitivo e social.

A percepção do individuo quanto ao efeito de uma doença ou o seu

tratamento em sua vida tem vindo a ser reconhecida como um importante sinal

de saúde. Os resultados estéticos são satisfatórios, e nenhuma mulher

lamentou o procedimento. Baixo nível de ansiedade e depressão foram

encontrados (ISERN et al., 2008).

A mastectomia teve um rendimento significamente quanto a qualidade

de vida, que tinha um mensurável efeito positivo sobre a imagem corporal e

satisfação com decisões de tratamento (CHANG et al., 2007).

Para a avaliação psicológica em nossa serie, após a reconstrução

cirúrgica das interações sociais e as mais intimas relações da maioria dos

pacientes foram encontrados para ser em grande media inalterada

(ZERTUCHE; VIDAL, 2007).

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Os mais importantes critérios comuns para avaliar a qualidade do

tratamento cirúrgico em abordagens em cirurgias de mamas são o pós

operatório, os resultados estéticos e o impacto dos procedimentos cirúrgicos

sobre a qualidade de vida (DIAN et al., 2007).

Analisando os dados do QUADRO 4 podemos observar uma

discordância entre os autores, pois em cada uma das citações teve uma

interferência na mastectomia na qualidade de vida dos pacientes diferente da

outra.

QUADRO 5

Interferência da mastectomia na qualidade de vida dos pacientes

LITERATURA INTERFERÊNCIA DA MASTECTOMIA NA QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES (concordância)

GALLAGHER et al. (2010) Mudanças na forma do corpo, auto estima baixa

TEMPLE et al. (2009) Deterioração da auto imagem

WARM et al. (2008)

Mudança gradual na imagem publica e social

SACKEY et al. (2010)

Imagem corporal afetada negativamente, ansiedade e depressão

HAN et al. (2010)

Imagem corporal afetada

DENEWER; FAROUK (2007)

Distúrbios na imagem, depressão

LEE et al. (2007)

Imagem corporal afetada e qualidade de vida

BAXTER et al. (2006)

Impacto na imagem corporal

NANO et al. (2005)

Imagem corporal afetada e qualidade de vida

De acordo com Gallagher et al. (2010), as pesquisas na área de pós -

mastectomia é escassa, que uma prótese de boa qualidade ajuda a mulher no

seu bem estar, na imagem corporal, psicossocial e feminilidade.

Segundo Temple et al. (2009), reconstrução da mama implica não só a

criação de um monte de tecido mole que é esteticamente agradável, mas

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também à restauração da função. Recriação de uma mama da mulher tem

ramificações importantes em sua auto-imagem e isso se relaciona com seu

parceiro, família e sociedade.

Mulheres tratadas por carcinoma ductal in situ tem uma qualidade de

vida satisfatória a longo prazo, a adição de radioterapia conservadora da mama

não parece ter qualquer impacto negativo sobre a qualidade de vida a longo

prazo. No entanto, a imagem corporal pareceu ser afetada em pacientes

mastectomizadas (SACKEY et al., 2010).

No que diz respeito à qualidade de vida relacionada à saúde, não

vimos nenhuma correlação significativa com o tipo de cirurgia. No entanto, o

estádio do tumor foi reduzido significamente correlacionados com melhor físico,

mas não com o bem estar psicológico (WARM et al., 2008).

A imagem corporal é definida como a imagem mental do corpo, uma

atitude sobre a aparência física e estado de saúde e sexualidade. As

percepções negativas da imagem corporal entre os sobreviventes do câncer de

mama incluem insatisfação com aparência é percebido como perda da

feminilidade e da integridade corporal, menos atraente sexualmente,

insatisfação com as cicatrizes cirúrgicas (HAN et al., 2010).

Segundo DENEWER e FAROUK, (2007), pesquisadores também

descobriram que algumas mulheres mastectomizadas apresentaram distúrbios

na imagem corporal, e os pacientes mais jovens muitas vezes relatam períodos

mais de depressão.

A cirurgia de câncer de mama é um tema emotivo e não apenas

simples questões de cosméticos, a aparência final da mama operada foi

mostrado para ter um impacto significativo no bem estar psicológico e a

qualidade de vida global (LEE et al., 2007).

O diagnostico e o tratamento do câncer de mama pode ter um

profundo impacto na imagem corporal, especialmente porque a mama é um

símbolo da feminilidade e da sexualidade. Os médicos percebem que o

tratamento de câncer de mama pode afetar negativamente a imagem corporal

e o que levou a adoção de abordagens de preservação da mama a fim de

manter a integridade do corpo e da satisfação com aparência (BAXTER et al.,

2006).

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Entre as três modalidades de tratamento em termos de qualidade de

vida, foi capaz de demonstrar a importância da conservação da mama e da

reconstrução na melhoria da imagem corporal (NANO et al., 2005).

Esse processo interfere na sexualidade, na autoimagem e na estética

feminina, hoje em dia muito valorizada e ressaltada. Além dessa dimensão que

simboliza a sexualidade, as mamas ainda são relacionadas à importante

função da maternidade, pois essas ao produzirem leite representam o sustento

dos primeiros meses de vida de qualquer ser humano (DA SILVA et al., 2010).

Assim, a operação altera a imagem corporal da mulher e a autoimagem

sexual, podendo repercutir no seu cotidiano, desencadeando sintomas como

depressão e ansiedade, pois a cirurgia traz em si um caráter agressivo e

traumatizante para a vida da mulher, levando a uma desfiguração e,

conseqüentemente, a uma modificação da autoimagem (DA SILVA et al.,

2010).

Analisando os dados podemos observar uma concordância entre os

autores das publicações, onde os autores concordam que a mastectomia leva à

uma imagem corporal afetada na mulher.

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6 CONCLUSÕES

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Diante do que foi visto e analisado, pode-se concluir que a mulher

diante do câncer de mama esta susceptível a varias mudanças em sua vida

tanto social quanto pessoal e através deste estudo podemos ver que os

profissionais da área de saúde, principalmente os Enfermeiros que estão

sempre acompanhando a paciente, devem estar preparados para atender

essas pacientes em uma forma holística atendendo a todas as suas

necessidades, afim de promover a esta paciente um atendimento humanizado.

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APÊNDICE

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Instrumento de Coleta de Dados Referência: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Profissão do autor: ___________________________________________ Área de atuação: ____________________________________________ Qualificação:________________________________________________ Fonte: ( ) LILACS ( ) MEDLINE ( ) PUBMED ( ) BVUFMG Título do periódico: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Tipo de estudo: _______________________________________________________________ Ano de Publicação: _______________________________________________________________ Delineamento do estudo: _______________________________________________________________ Tipo de publicação: ( ) Artigo ( ) Tese ( ) Dissertação Qual a interferência da mastectomia na qualidade de vida do paciente?

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