cnc notícias n° 149

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www.cnc.org.br Ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, retoma o diálogo com o empresariado. Ele também confirma a recomposição do Codefat, com a volta das confederações empregadoras tradicionais, e pede a parceria do Senac em projetos de qualificação profissional do Ministério. Setembro de 2012 n° 149, ano XII NOVA MARCA DO SESC PÁGINA 31 REUNIÃO DA CET EM BRASÍLIA PÁGINA 39 E mais:

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Edição de setembro da revista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC)

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Page 1: CNC Notícias n° 149

www.cnc.org .br

Ministro do

Trabalho e Emprego,

Brizola Neto, retoma o

diálogo com o empresariado. Ele

também confirma a recomposição do

Codefat, com a volta das confederações

empregadoras tradicionais, e pede a parceria

do Senac em projetos de qualificação

profissional do Ministério.

Setembro de 2012n° 149, ano XII

nova marca do sesc página 31

reunião da ceT em brasíliapágina 39

e mais:

Page 2: CNC Notícias n° 149

UMA NOVA MARCA. A COMPETÊNCIA DE SEMPRE.

A marca do Senac está presente em todo o Brasil e faz parte da vida de milhares

de brasileiros que buscam, na formação profissional, uma oportunidade de

crescimento e realização pessoal. Eles se transformam e ajudam o país a se

transformar para melhor, como a nova marca do Senac.

s e n a c . b r • f a c e b o o k . c o m / S e n a c B r a s i l • t w i t t e r . c o m / S e n a c B r a s i l

Page 3: CNC Notícias n° 149

Novos aresO ambiente construtivo que vem se consolidando entre o setor em-

presarial e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) só tende a beneficiar o País.

O ministro Brizola Neto tem demonstrado que valoriza a relação com as confederações sindicais empresariais, que, por sua vez, per-cebem nele a real preocupação de buscar as melhores soluções para uma pasta que se relaciona com o dia a dia de milhões de trabalhado-res e empreendedores.

A sinalização da volta das confederações tradicionais na represen-tatividade do empresariado brasileiro – CNC, CNI, CNA, CNT e Con-sif – ao Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) é sintomática dos novos rumos do MTE sob o comando de Brizola Neto.

Quando a autoridade pública coloca os interesses do País aci-ma de todos os outros, sejam pessoais, de natureza partidária ou de grupos econômicos, forma-se o ambiente necessário a uma coorde-nação de esforços que é condição indispensável para que os desafios sejam superados.

É esse ambiente de colaboração, de construção de pontes, de con-vergência de vontades que precisa ser estimulado. E é nessa hora que homens e instituições com verdadeiras vocações realizadoras podem expressar todo o seu potencial, ajudando a levar a Nação ao lugar que ela merece.

Boa leitura!

EDITORIAL

1CNC NotíciasSetembro 2012 n°149 1

Page 4: CNC Notícias n° 149

www.cnc.org .br

NOVA MARCA DO SESC página 31

REUNIÃO DA CET EM BRASÍLIApágina 39

E mais:

Presidente: Antonio Oliveira Santos

Vice-presidentes: 1º ‑ José Roberto Tadros; 2º ‑ Darci Piana; 3º ‑ José Arteiro da Silva; Abram Szajman, Adelmir Araújo Santana, Bruno Breithaupt, José Evaristo dos Santos, José Marconi Medeiros de Souza, Laércio José de Oliveira, Leandro Domingos Teixeira Pinto, Orlando Santos Diniz

Vice-presidente Administrativo: Josias Silva de Albuquerque

Vice-presidente Financeiro: Luiz Gil Siuffo Pereira

Diretores: Alexandre Sampaio de Abreu, Antonio Airton Oliveira Dias, Antonio Osório, Carlos Fernando Amaral, Carlos Marx Tonini, Edison Ferreira de Araújo, Euclides Carli, Francisco Valdeci de Sousa Cavalcante, Hugo de Carvalho, Hugo Lima França, José Lino Sepulcri, Ladislao Pedroso Monte, Lázaro Luiz Gonzaga, Luiz Gastão Bittencourt da Silva, Marcelo Fernandes de Queiroz, Marco Aurélio Sprovieri Rodrigues, Pedro Jamil Nadaf, Raniery Araújo Coelho, Valdir Pietrobon, Wilton Malta de Almeida, Zildo De Marchi Conselho Fiscal: Arnaldo Soter Braga Cardoso, Lélio Vieira Carneiro e Valdemir Alves do Nascimento

CNC NOTÍCIASRevista mensal da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo

Ano XII, no 149, 2012Gabinete da Presidência:

Lenoura Schmidt (Chefe)Assessoria de Comunicação (Ascom):

[email protected]ção:

Cristina Calmon (editora‑chefe) e Celso Chagas (editor‑executivo – Mtb 30683)

Reportagem e redação:Celso Chagas, Geraldo Roque, Edson Chaves, Joanna Marini

e Marcos NascimentoDesign:

Programação Visual/AscomRevisão:Ascom

Impressão:Gráfica MCE

Colaboradores da CNC Notícias de setembro de 2012: Roberto Nogueira (consultor da Presidência‑CNC), Catarina Carneiro da Silva (Divisão Econômica‑CNC), Priscila Carolina Dalagnol (Fecomércio‑SC), Clarisse Ferreira (Fecomércio‑SP), Carlos Fiel (Fecomércio‑SE), Lucila Nastassia (Fecomércio‑PE), Juliana Marzulo (Fenacon).

Créditos fotográficos: Paulo Negreiros (Páginas 10, 11, 15, 16 e 17), Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr (Página 13), Carlos Terra (Páginas 28 e 39), Christina Bocayuva (Página 28), Marcos San‑tana (Página 29), Guarim de Lorena (Página 31), Tammy Faria (Página 32), Calão Jorge/Secovi‑SP (Página 33), Divulgação/ITI (Página 34), Divulgação/GPE‑CNC (Página 36), Marcos Nas‑cimento (Página 37), Maurício Cassano (Página 38), Santa Clara Comunicação (Página 40), Divulgação/Fecomércio‑TO (Página 40), Mafalda Press (Página 41), Divulgação/Fecomércio‑PE e Fecomércio‑SE (Página 43), Divulgação/Senac‑RS e Senac‑PR (Página 44), Nasa/JPL‑Caltech/Malin Space Science Systems (História em Imagem).

Ilustrações: Carolina Braga (Capa e Páginas 2, 8, 9, 10, 11, 18, 21, 23, 26, 27, 30 e 42).

Projeto Gráfico: Programação Visual/Ascom-CNC

A CNC Notícias adota a nova ortografia.

CNC - BrasíliaSBN Quadra 1 Bl. B ‑ n° 14 CEP.: 70041‑902PABX: (61) 3329-9500/3329-9501

CNC - Rio de JaneiroAv. General Justo, 307 CEP.: 20021‑130PABX: (21) 3804‑9200

Compromisso

26Lei de Cotas para pessoas com

deficiência é atualizadaNova instrução uniformiza as regras do Ministério do Trabalho e Emprego para a inclusão no mercado de trabalho de pessoas com

deficiência e beneficiários da Previdência Social. A atualização atende aos pleitos da CNC, que participa do Conselho Nacional dos

Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade).

O governo federal retoma o diálogo social com as entidades de classe, segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, em participação na reunião da Diretoria da CNC. As novas diretrizes incluem a reformulação dos Conselhos do FAT e do FGTS.

4 FIQUE POR DENTRO

5 BOA DICA

6 OPINIÃO

8 CAPA - Brizola Neto assume compromisso de diálogo com o empresariado - Entrevista: Brizola Neto

14 REUNIÃO DE DIRETORIA - Crise na Zona do Euro sem solução no curto prazo

18 PESQUISAS NACIONAIS CNC - Intenção de consumir das famílias recua na comparação anual - Brasileiros estão mais endividados -Confiançadoempresáriorecuaemagosto

Capa 08

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S U M Á R I O

Reunião teve a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que disse que o governo federal tem compromisso com o crescimento do Brasil, o que implica atenção especial, por sua relevância, à atividade turística. O ministro do Turismo, Gastão Vieira, também participou do encontro.

39Câmara Empresarial de Turismo se reúne em Brasília

A nova identidade visual do Serviço Social do Comércio foi apresentada aos brasileiros em 13 de setembro, dia em que completou 66 anos de atividades em prol do bem-estar social da população. Mudança da marca é resultado de estudo baseado na renovação do trabalho da entidade.

31Nova marca do Sesc é apresentada

Ação do Conselho Nacional de Imigração evita o trabalho dos “coiotes”, que trazem haitianos ilegalmente para o País. Portaria do Conselho Nacional de Imigração (CNIg) dispõe sobre a concessão de visto permanente.

32 Brasil aberto aos haitianos

24 ARTIGO - Ernane Galvêas: Conjuntura econômica

26 INSTITUCIONAL -CNCparticipadeatualizaçãodaLeideCotasparadeficientes - Renalegis debate Código Comercial - Instituída Comissão de Negociação Coletiva do Comércio - Comunicação para integrar as Federações do Comércio - Um sistema que pratica a transparência

31 EM FOCO - Sesc apresenta nova marca - Brasil de portas abertas para os haitianos - Mercado imobiliário debate o seu papel na sociedade -Crescimentodacertificaçãodigitalemdebate

35 PRODUTOS CNC -Benefíciosdacertificaçãodigital - Soluções para sindicatos mais sustentáveis - Preparativos para uma nova fase dos sites dos sindicatos

38 TURISMO - CNC-SESC-SENAC na Equipotel - Governo dará prioridade às demandas do turismo

40 SISTEMA COMÉRCIO - Sistema Comércio de olho nas Eleições 2012 - Fecomércio-SC premia jornalistas - E-commerce cresce em São Paulo - Fecomércio-PE promove X Congresso de Tecnologia na Educação - Empresários discutem proposta do novo Código Comercial - Sesc e Senac inauguram novas unidades no País

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Vendas de veículos batem recorde em agosto

Dívidas com precatórios somam R$ 94,3 bilhões

Brasil é o 3º em contratações no mundo

Segundo a Federação Nacional da Distri-buição de Veículos Automotores (Fenabra-ve), o mês de agosto foi o melhor da histó-ria da indústria automobilística, totalizando 420.101 unidades vendidas, um aumento de 15,3% sobre julho (364.201 unidades) e de 28,3% em relação a agosto do ano passado (327.360). O desempenho recorde do setor ocorreu em meio à expectativa dos consu-midores com o fim do desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que terminaria em agosto, mas foi prorrogado pelo governo para o fim de outubro.

As dívidas de estados e municípios com precatórios – débitos de entes públicos re-conhecidos em decisões judiciais finaliza-das – atingiram R$ 94,3 bilhões no primei-ro semestre, segundo um levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em 2009 esse valor estava em R$ 84 bilhões.

Só no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o maior do País, são R$ 51,8 bi-lhões em 40 mil processos. O número re-presenta 4,79% do PIB do Estado. Rondô-nia é o que tem a maior dívida em relação ao PIB: R$ 1,5 bilhão de precatórios, que representa 7,5% de sua produção.

O Brasil é o terceiro país que mais contrata no mundo, segundo um levantamento internacional da empresa de consultoria Grant Thornton. Os da-dos mostram que as contratações no Brasil cresce-ram 49% em relação a 2011. A pesquisa consultou mais de 11,5 mil empresas privadas em 40 países do mundo. À frente do Brasil estão Peru (64%) e Ín-dia (57%). Por conta da crise econômica, Grécia e Espanha apresentaram resultados negativos (-33% e -18%, respectivamente).

FIQUE POR DENTRO

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BOA DICA

Turismo receptivo e capacitação profissional

O cérebro e a inteligência emocional: Novas perspectivas

A capacitação profissional é um dos principais temas que despertam o interesse do empresariado do setor de turismo. A falta de mão de obra quali-ficada pode prejudicar o desempenho do País não apenas nos megaeventos esportivos que se aproxi-mam, mas também na receptividade a turistas de maneira geral. Foi com essa visão que o Conselho de Turismo da CNC debateu sobre o tema Turismo Receptivo e Capacitação Profissional, com o obje-tivo de produzir diretrizes que auxiliem os órgãos governamentais a compreender melhor o cenário brasileiro e, assim, estabelecer ações para contri-buir com o desenvolvimento do turismo no Bra-sil. O livro traz as contribuições de autoridades do setor, como Flávio Dino, presidente da Embratur.

Como viver na era digital estuda os efeitos da convivência on-line e off-line

Podemos viver bem com a tecnologia? Essa é uma das perguntas mais feitas pelos habitantes do século XXI. Hoje, mais da metade da população adulta do planeta passa mais tempo no trabalho “conectado” do que “desconectado”, seja pela internet, pelo celular ou por outra mídia digital. Esse novo padrão mundial de comportamento é discutido em Como viver na era digital, de Tom Chatfield. O livro faz par-te da coleção The School of Life, publicada pela editora Ob-jetiva, e examina o que nossa vida “conectada” está fazendo com nossas mentes, para o bem ou para o mal. Apresentando pesquisas inovadoras, ele nos mostra como prosperar em um século digital sem perder nossa humanidade.

Ao longo dos últimos anos, um fluxo constante de publi-cações com novas perspectivas esclarece e aprofunda ain-da mais a dinâmica da inteligência emocional. O psicólogo Daniel Goleman explica em seu novo livro O cérebro e a inteligência emocional: Novas perspectivas, publicado pela editora Objetiva, o que se sabe sobre a base cerebral da inte-ligência emocional e apresenta suas atualizações sobre o con-ceito. Trabalhando com a inteligência emocional, Goleman demonstra como intensificar os estados cerebrais ligados ao desempenho ótimo e à ação do circuito cerebral nas relações no ambiente de trabalho. O livro é uma continuação de Inte-ligência Emocional, também de Goleman.

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Afalta de informações e a obsessão dos ecologistas, fanáticos ou não, levou o governo do Estado do Rio

e as prefeituras de Belo Horizonte e São Paulo a proibir o uso das populares sacolas de plástico, que deram vida ao comércio e aos supermercados.

Alegando que a competência para le-gislar sobre a proteção do meio ambiente é da União, a CNC ajuizou Ação Dire-ta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra a Lei Estadual nº 5.502/2009, do Rio de Janeiro.

Comprovadamente, a sacola de plástico é útil, prática, barata, higiênica e antipo-luente. Antipoluente? Sim, antipoluente. Foi a sacola de plástico que desenvolveu a cultura doméstica de separar os restos de alimentos dos resíduos sólidos recicláveis, propiciando, de forma simples e eficaz, a higiene dos lares e dos edifícios, com enor-me economia de detergentes e outros ma-teriais tóxicos de limpeza.

As sacolas plásticas representam um dos mais úteis instrumentos para comba-ter a poluição dos restos de alimentação de residências, restaurantes e hotéis, as-sim como do lixo sanitário das farmácias e hospitais. Uma verdadeira revolução, em matéria de proteção do meio ambiente.

A maior parte dos plásticos advém do craqueamento do petróleo, que gera eteno e propeno, utilizados em uma proporção de 3% a 5% na produção de resinas que servem de matéria-prima para a fabrica-ção de produtos plásticos. Se essa fração não fosse utilizada para produzir plásti-

cos, teria que ser queimada, gerando CO2 (http://www.resbrasil.com.br).

Uma pesquisa recente da Life Cycle Assessment, publicada pela Environmen-tal Agency, garante que as sacolas de plás-tico representam a opção ambientalmente mais sustentável para transportar alimen-tos e protegê-los de contaminação.

A campanha desenvolvida contra as sacolas plásticas, feitas de polietileno, baseia-se no fato de que não são degradá-veis e, por isso, acabam poluindo o meio ambiente, principalmente quando são jo-gadas nos rios ou nos mares. É um argu-mento importante, mas esse inconvenien-te deve ser avaliado em comparação com a utilidade dessas sacolas no descarte do lixo orgânico, das latinhas metálicas, das garrafas PET e do lixo sanitário dos hos-pitais. Incluem-se, igualmente, no rol des-ses produtos descartáveis as pilhas e ba-terias, que também são transportadas nas discutidas sacolinhas.

A questão prática e objetiva se traduz em saber se existe uma solução para o pro-blema, ou seja: se há uma forma de degra-dar as sacolas de polietileno ou se existem alternativas que possam ser usadas econo-micamente. A resposta à primeira pergunta ainda não existe, embora se possa pensar em uma solução semelhante à que foi dada para os pneus velhos, descartados dos veí-culos e tratores. Registre-se, aliás, que a empresa Symphony Environmental está anunciando uma nova tecnologia, d2w, ca-paz de tornar degradáveis as tradicionais sacolas de plástico.

OPINIÃO

Sacolas de plástico

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Antonio Oliveira SantosPresidente da Confederação Nacional do

Comércio de Bens, Serviços e Turismo

Por outro lado, as alternativas não são confiáveis. Pelo que se sabe, existem três espécies de sacolas de plástico: 1) as saco-las de polietileno; 2) as biodegradáveis; e 3) as oxibiodegradáveis.

Nas sacolas de polietileno, a matéria-prima é derivada do petróleo. Nas biodegra-dáveis, a matéria-prima pode ser originária do papel (madeira), do algodão, do milho, etc. As oxibiodegradáveis são as mesmas biodegradáveis, porém dotadas de degrada-ção acelerada. Apenas para raciocinar, não dá para entender a ideia de fazer sacolas com um produto caro, como o algodão, ou mesmo usar o milho como matéria-prima, quando se sabe que o milho é um precioso alimento, consumido principalmente pelas populações pobres, de baixa renda.

Nas avaliações do ciclo de vida (ACVs) das sacolas, chegou-se à conclusão de que, para produzir um quilo de sacolas de bio-plástico, são necessários 4,86 kg de milho e despender cerca de 70% a mais de ener-gia que a usada para produzir sacolas de polietileno. Quanto às oxibiodegradáveis, sua eficiência é contestada em várias pes-quisas, tendo sido proibidas na Califórnia, nos Estados Unidos.

Uma pesquisa recente do governo bri-tânico, divulgada pelo jornal The Inde-pendent, revelou que as sacolas de plás-tico são menos poluentes que as sacolas de algodão e emitem um terço de CO2, em comparação com as sacolas de papel, usadas apenas uma vez.

Dentro das diversas formas sugeridas para resolver a poluição causada pelas sa-

colas plásticas, resta saber qual a maneira mais viável: acrescentar mais uma operação à produção da matéria-prima, encarecendo o produto ou proceder à sua destruição, me-diante um processo de incorporação à “ma-deira sintética” ou ao “asfalto-borracha”, pelo processo Asfalbor.

Colocada nesses termos, a questão do descarte das sacolas plásticas de polietile-no passa a ser um problema dos governos municipais, como é o caso do lixo comum. Exatamente como faz a Comlurb, no Rio de Janeiro. Em junho último, a juíza Cyn-thia Torres Cristófaro, da 1ª Vara Central de São Paulo, determinou que todos os su-permercados do Estado retomem a distri-buição gratuita das sacolas, para os clien-tes transportarem suas compras.

Em audiência pública promovida pela Comissão de Desenvolvimento Econômi-co, Indústria e Comércio, da Câmara dos Deputados, o presidente da Abras, Sussu-mo Honda, afirmou que a sustentabilidade faz parte da estratégia das empresas do se-tor, declarando-se contrário a qualquer lei sobre o uso e a restrição tecnológica das sacolas e defendeu liberdade para que os supermercados lidem com o tema, pois en-tende que o consumidor está cada dia mais consciente das questões ambientais.

Por tudo isso, a CNC tem se manifestado contrária à aprovação do Projeto de Lei nº 612/2007, de autoria do ex-deputado Flávio Bezerra, que pretende obrigar todos os es-tabelecimentos comerciais do País a substi-tuir as sacolas plásticas convencionais por sacolas plásticas oxibiodegradáveis.

OPINIÃO

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CAPA

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Page 11: CNC Notícias n° 149

O ministro do Trabalho e

Emprego disse ao presidente

da Confederação Nacional do

Comércio de Bens, Serviços e

Turismo (CNC), Antonio Oliveira

Santos, e a diretores da entidade que

vai focar suas ações na retomada do

diálogo social, por orientação da presidente

Dilma Rousseff. As novas diretrizes incluem a

reformulação dos Conselhos do FAT e do FGTS,

com o retorno da CNC e das demais confederações

patronais tradicionais.

CAPA

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CAPA

Em visita à CNC, ministro do Trabalho e Emprego confirmou reformulação dos Conselhos do FAT e do FGTS e pediu que o Senac

seja parceiro nos projetos de qualificação profissional do MTE

Brizola Neto assume compromisso de diálogo

com o empresariado

Oministro do Trabalho e Emprego (MTE), Brizola Neto, esteve na sede da Confederação Nacional

do Comércio de Bens, Serviços e Turis-mo (CNC), em Brasília, em 23 de agosto, onde declarou ao presidente e aos dire-tores o compromisso com a retomada do diálogo permanente com as instituições

patronais tradicionais e a ampla reformu-lação da composição do Conselho Delibe-rativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) e do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O jornalista Ilimar Franco publicou, no dia 13 deste mês, em sua coluna Pa-norama Político, de O Globo, que está pronto o Decreto presidencial que vai re-compor o Conselho Deliberativo do Fun-do de Amparo ao Trabalhador, o Codefat, “desestruturado há três anos, quando as confederações tradicionais deixaram o órgão”, então sob a gestão do ex-minis-tro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi. “CNA, CNI, CNC e Consif retomarão suas cadeiras, no lugar de CNTur, CNSer-viços e CNSaúde”, escreveu o jornalista.

Em sua fala aos diretores, o ministro agradeceu “a oportunidade de estar nesta casa iniciando um processo de retomada de diálogo social. Quem tem sentido falta das confederações patronais e do Sistema S é o Ministério do Trabalho, quando o assun-to é qualificação”. Ele anunciou um ajuste no valor da remuneração da hora-aula de R $ 4,50 para 9 reais, podendo chegar a 18 reais, para manter a qualificação de primei-ra classe e possibilitar a entrada de centros de excelência, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Brizola Neto destacou o desejo de ter o Senac como parceiro na qualificação de trabalhadores em projetos do MTE. “Por isso, queremos fazer um chamado à CNC, como faremos às demais confederações, para que voltem a participar dos proces-sos seletivos de qualificação profissional, porque precisamos da experiência, de instalações adequadas, da expertise e dos

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Page 13: CNC Notícias n° 149

Brizola Neto, ao lado do presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, e do vice-presidente Administrativo, Josias Albuquerque

CAPA

profissionais preparados que o Sistema S tem para oferecer a qualificação que o Bra-sil precisa”, afirmou o ministro.

Brizola explicou o motivo da rea-proximação com as confederações e por que ela é tão importante. “Com es-sas ações, na verdade, o que queremos é ter oportunidade de realmente mostrar que a retomada do diálogo não é apenas uma intenção. Trata-se, na verdade, de ações práticas, porque a falta dessas ini-ciativas fez o MTE perder espaço e pro-tagonismo e, acima de tudo, a sua con-dição primordial de ser o mediador das relações de trabalho.”

Ele afirmou que o Ministério conta com a parceria da CNC, e, para isso, abre as portas a todo o Sistema CNC-SESC-SENAC. “Quero me colocar à disposição de todas as representações da Confedera-ção Nacional do Comércio de Bens, Ser-viços e Turismo, inclusive as esta duais.

O Ministério está de portas abertas, e, mais do que isso, estamos estendendo um tapete vermelho e convidando a CNC e todo o seu sistema social para nos aju-dar nesse grande desafio que temos, de fazer com que o trabalhador brasileiro esteja qualificado à altura para esse gran-de momento de desenvolvimento que o Brasil atravessa e, podem ter certeza, vai continuar atravessando.”

Em nome da diretoria, o presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, des-tacou o compromisso do Sistema CNC-SESC-SENAC com o País: “A nossa missão, ministro, é pelo crescimento e engrandecimento da Nação, engajados na causa do trabalho decente, e pela dig-nidade da pessoa humana, com acesso à educação, à saúde e ao trabalho a que todos os brasileiros têm direito, propug-nando pela ética, pela honradez e pelo respeito ao próximo”.

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Ministro do Trabalho e Emprego – Brizola Neto

A sua chegada ao Ministério do Traba-lho trouxe à CNC expectativas positivas, dentre as quais o retorno da entidade ao Conselho Deliberativo do Fundo de Am-paro ao Trabalhador (Codefat). Quais são as perspectivas de uma reformulação am-pla do Codefat com a volta das confedera-ções patronais tradicionais?

É fundamental a participação de todas as confederações tradicionais no Code-fat. Essa reformulação ampla do conse-lho inclui a volta de CNC, CNI e CNA ao Conselho. Por se tratar de um organismo tripartite, que reúne representantes dos trabalhadores, do governo e dos emprega-dores, não haveria razão para que as con-federações patronais tradicionais ficassem de fora das discussões do Codefat.

Entre os temas mais sensíveis às rela-ções entre o Ministério e o setor empresa-rial sindical está a Portaria 186, que gerou a criação de sindicatos, federações e con-federações. Como o Ministério está tratan-do essa questão? O MTE pretende mudar as regras para o registro sindical? Quais serão as principais modificações?

Desde que assumimos o Ministério do Trabalho e Emprego, manifestamos nossa posição de que a Portaria 186 era um ins-trumento de intervenção indevida do Esta-do na organização sindical. A Constituição é clara: a organização sindical é livre e não

pode sofrer nenhum tipo de intervenção. Com base nesse entendimento, inicia-mos um amplo processo de diálogo so-cial, discutindo com representações dos trabalhadores e dos empregadores, para tentar achar uma fórmula que garanta as exigências estabelecidas na lei, ou seja, a unicidade e a representatividade des-sas organizações.

O Registro Eletrônico de Ponto (REP), disciplinado pela Portaria nº 1.510/2009, é mais uma entre as matérias sensíveis que a administração anterior implantou no País, e que não conta com o apoio consensual de empresários e de trabalha-dores. Para muitos, o sistema significa um retrocesso, é caro e deveria ser revis-to dentro de uma visão moderna das re-lações de trabalho, com forte regulação para evitar eventuais desvios de ambas as partes. Além disso, empresas estão recla-mando de abusos fiscalizatórios. Como o Ministério está tratando essa matéria? Há possibilidade de revisão?

A instalação do ponto eletrônico pode ser entendida como um retrocesso para alguns setores empresariais, mas é impor-tante ressaltar que se trata de uma garantia para a comprovação da jornada de traba-lho dos trabalhadores. Um dos argumentos mais utilizados pelos que são contrários à adoção do ponto eletrônico é que haveria

Confederações tradicionaistêm que estar no Codefat

Em entrevista à CNC Notícias, Brizola Neto destaca a importância do retorno das confederações patronais ao Codefat

e fala sobre questões sensíveis a empresários e trabalhadores, como a Portaria 186, o Registro Eletrônico de Ponto e a

Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente

ENTREVISTA

CNC NotíciasSetembro 2012 n°1491212

Page 15: CNC Notícias n° 149

ENTREVISTA

dificuldade de se implantar nas micros e pequenas empresas. De acordo com o le-vantamento que fizemos, utilizando os da-dos da Relação Anual de Informações So-ciais (RAIS), apesar do imenso universo de empresas nessas duas categorias – cer-ca de seis milhões de micros e pequenas empresas –, 80% delas estariam dispen-sadas de qualquer controle de jornada por terem menos de 10 empregados. Então, a entrada em vigor da Portaria 1.510 alcan-çaria menos de 20% das micros e peque-nas empresas do País. É preciso destacar, também, que essas empresas poderiam escolher fazer esse controle de outras for-mas, como adotar o ponto manual (livro ou fichas) ou por máquinas, em vez de utilizar o ponto eletrônico.

A CNC, por meio do Senac, é uma das entidades parceiras no Pronatec, dis-ponibilizando vagas para a qualificação profissional. Uma das vertentes do Pro-grama seria a qualificação de trabalha-dores na condição de seguro-desempre-go. Como esse arranjo tem evoluído no âmbito do MTE?

O Pronatec é um importante programa de qualificação de mão de obra, mas não o único. Com a elevação do preço pago por hora-aula, que passou de R$ 4,50 para até R$ 18, o Ministério do Trabalho e Empre-go pretende atrair os cursos de formação

profissional de todo o Sistema S, que estão entre aqueles mais reconhecidos do País. Os trabalhadores que solicitaram o segu-ro-desemprego até três vezes nos últimos dez anos já estão sendo encaminhados aos cursos de qualificação profissional. Com a modernização de todo o sistema de inter-mediação de mão de obra, a rede do Sis-tema Nacional de Emprego (SINE), esse processo ganhará mais agilidade e será um importante suporte para o trabalhador, porque facilitará a sua reinserção no mer-cado de trabalho.

Entre 8 e 11 de agosto, foi realizada, em Brasília, a I Conferência Nacional de Emprego e Trabalho Decente (CNETD). Qual a sua avaliação sobre os resultados do evento?

Apesar de não se ter chegado a um con-senso sobre as questões discutidas, o resul-tado da Conferência foi positivo. É preciso entender a CNETD como ponto de partida de um diálogo social. As discussões entre o governo e as representações de trabalhado-res e empregadores sobre aspectos impor-tantes do mundo do trabalho – muitos deles referendados pela Organização Internacio-nal do Trabalho (OIT) – não acabaram. São temas que continuam e continuarão sendo debatidos nos vários fóruns tripartites, den-tro das entidades sindicais patronais e de trabalhadores e no âmbito Legislativo.

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Page 16: CNC Notícias n° 149

Crise na Zona do Euro sem solução no curto prazo

Acrise econômica mundial é de lon-ga duração, sem perspectiva de solução no curto prazo. Por conta

do colapso da dívida pública na Zona do Euro – iniciada na Grécia, mas que se es-tendeu a diversos países europeus a partir de 2010 –, provavelmente as nações da-quele continente continuem a apresentar resultados negativos. Essa foi a análise da conjuntura internacional feita pelo chefe da Divisão Econômica da CNC, Carlos Thadeu de Freitas, na reunião de Diretoria realizada em Brasília, em 23 de agosto.

Esse quadro, segundo ele, afetará prin-cipalmente os 16 integrantes da Zona do Euro (união monetária criada em 1999 en-tre estados que utilizam o euro como moeda comum), onde a inflação acelerou-se para 2,6% em agosto, e a atividade industrial permaneceu abaixo de 50 pontos pelo 13º mês, o que sugere contração. Reflexo disso, realçou, haverá queda considerável da de-manda no mundo.

“O recado que transmiti aos diretores foi que a crise não é apenas europeia, mas glo-bal, de endividamento excessivo, resultante de décadas de expansão desenfreada do cré-dito.” Ele detalhou que a Alemanha, maior potência do continente, está momentanea-mente bem, mas tem apresentado resultados ruins em sua economia. A China já sinaliza que vai crescer menos neste ano. Isso quer dizer o seguinte, segundo o economista: o euro continuará existindo, porque, se for extinto, a crise será ainda maior (veja o grá-fico na página ao lado).

Mas enquanto não se chega a uma defi-nição do que será feito – porque na Europa precisa haver união fiscal e bancária –, e os países estão, como regra, muito endivida-

dos, haverá um crescimento mais fraco na-quela região do mundo. “Como os Estados Unidos vivem situação semelhante – tam-bém enfrentando elevado nível de endivida-mento público –, por óbvio, o mundo cres-cerá menos”, enfatizou.

Na avaliação de Carlos Thadeu, o Brasil está dentro desse contexto e não tem espa-ço para crescer muito. Em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB, soma, em valores mo-netários, de todas as riquezas do País) talvez avance entre 1,5% e 1,7%, e, no ano que vem, esse índice ficará num patamar muito bom, na avaliação do mercado, se variar entre 3% a 3,5%. Mas isso dependerá da evolução da crise internacional, alerta o economista.

“Se houver uma implosão no euro, o dólar vai disparar, e os juros terão de subir. Esse, felizmente, ainda não é o quadro, mas tal perspectiva precisa ser posta no radar do Brasil e das demais nações.” Internamente, a seu ver, a conjuntura é favorável, porque o País está com dados econômicos muito bons. Apesar do fraco crescimento previs-to, o governo está se comportando bem no que se refere ao controle de suas dívidas, atesta o economista. “O Brasil não vai que-brar, como aconteceu nas décadas de 1980 e 1990, mas não vamos crescer muito jus-tamente porque o mundo crescerá menos.”

Mas ser vítima da crise mundial não é a única razão. Parte disso deve-se à nossa incapacidade de elevar os investimentos pú-blicos e privados, por conta do desestímulo natural diante das circunstâncias desfavorá-veis. Carlos Thadeu concluiu que ainda há o perigo de um pico inflacionário, se o dólar continuar subindo, como está ocorrendo.

No final da reunião, os diretores recep-cionaram o ministro do Trabalho e Em-

REUNIÃO DE DIRETORIA

14 CNC NotíciasSetembro 2012 n°1491414

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Taxas de desemprego na Zona do EuroMédia na Zona do Euro: 10.3%

0%

5%

10%

15%

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

20%

25%

FrançaItália

Legendas: AlemanhaPortugal

GréciaEspanha

Irlanda

22.9%

18.8%

14.6%

13.2%

9.8%

8.6%

5.5%

prego, Brizola Neto, para quem a visita significou a retomada do diálogo entre o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e os representantes dos empregadores. O ministro falou, ainda, sobre a ampla re-formulação da composição do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Tra-balhador (Codefat) e do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Ele destacou o desejo de ter o Ser-

viço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) como parceiro na qualificação de trabalhadores em projetos do MTE.

O presidente da CNC, Antonio Oliveira Santos, por sua vez, afirmou que “os braços sociais da CNC – o Sesc e o Senac – as-sumiram a responsabilidade social daquele que empreende, levando educação, saúde, lazer, cultura e esporte, formando profissio-nais e realizando inclusão social”.

Na palestra aos diretores da CNC (acima), o economista Carlos Thadeu de Freitas disse que o Brasil está dentro do contexto da crise e não tem espaço para crescer muito

REUNIÃO DE DIRETORIA

Fonte: FMI

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Page 18: CNC Notícias n° 149

Como fica o comércio com a volta do IPI?

Marco Aurélio Sprovieri, diretor da CNC, questionou a situação do comércio após o fim da isenção do IPI. “Os setores de alimentos, bebidas e eletrodomésticos têm forte participação na es-tabilidade do comércio, pela isenção do IPI, que impacta mais os Estados e Municípios do que a União, porque o IPI compõe o Fundo de Partici-pação dos Estados e Municípios. Tenho dúvida se o comércio de São Paulo e do Brasil se segura com a volta do IPI nessas linhas, que estão pu-xando os indicadores do comércio”, disse.

Redução da taxa Selic X investimentos

Adelmir Santana, vice-presidente da CNC, pressupõe fuga de capitais com a redução da Selic no País. “É sabido que a presidente Dilma busca uma redução gradativa da taxa Selic. A Alemanha colocou alguns milhões de títulos de custo zero, com remuneração zero, e vendeu no primeiro dia. Por que os investidores não vieram para o Brasil, onde ganhariam 2,4%? Certamente, não querem correr riscos. Se baixarmos, a cada dia, como estamos baixando, a remuneração desses inves-timentos internacionais, qual é o risco de uma grande fuga de capitais do Brasil?”, indagou.

ECOS DA DIRETORIA

CNC NotíciasSetembro 2012 n°1491616

Page 19: CNC Notícias n° 149

Certificação digitalValdir Pietrobon, presidente da Federação Na-

cional das Empresas de Serviços Contábeis, Asses-soramento, Perícias, Informações e Pesquisas (Fe-nacon), considerou importante empreender novas discussões sobre a certificação digital. “A revista CNC Notícias diz que, em 2015, vamos ter 15 mi-lhões de certificações digitais no País. A certificação digital é o maior instrumento de desburocratização que se criou neste país, e devemos levá-la muito a sério. Sugiro que, numa próxima reunião, discuta-mos a utilidade da certificação digital e o objetivo de sua criação”, disse (Saiba mais na página 35).

Missão comercial a Bélgica e Itália

Nova missão comercial internacional foi apre-sentada à diretoria pelo vice-presidente Adminis-trativo da CNC: “Vamos fazer um seminário na Bélgica e outro na Itália. A crise é do Estado, e não da maioria dos empresários, que querem in-vestir, e o Brasil, agora, é para eles o grande des-tino. A Confederação é patrona da missão, que tem por finalidade a realização de reuniões com os empresários que nos procuraram. Acredito que seja uma grande oportunidade para aqueles que trabalham em benefício do desenvolvimento dos seus estados e querem trazer investimentos para o Brasil”, afirmou Josias Silva de Albuquerque.

17CNC NotíciasSetembro 2012 n°149 17

Page 20: CNC Notícias n° 149

PESQUISAS NACIONAIS CNC

Incertezas quanto aos impactos da desaceleração econômica no mercado de trabalho influenciaram os

resultados da ICF de agosto

Intenção de consumir das famílias recua na

comparação anual

Apesquisa nacional de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), da Confederação Nacional do

Co mércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apresentou leve aumento de 0,2% (135,6 pontos) em agosto, na comparação com julho, e recuo de 1,0% em relação a agosto de 2011. “O alto nível de compro-metimento de renda e da inadimplência ainda impede uma escalada mais forte da disposição ao consumo. Além disso, mesmo com a manutenção do aumento real da renda e da baixa taxa de desem-prego, as incertezas quanto aos impactos da desaceleração econômica no mercado de trabalho refletiram-se sobre a confian-ça das famílias, na comparação anual”,

explica Bruno Fernandes, da Divisão Econômica da CNC. Segundo ele, os ín di ces se mantêm acima da zona de in-diferença (100,0 pontos), indicando um nível favorável de consumo.

Na comparação mensal, alguns com-ponentes relacionados ao consumo e ao mercado de trabalho apresentaram va-riações positivas. O otimismo se deu, em especial, pelos itens Emprego atual e Renda atual, não só pela manutenção do crescimento real da massa salarial, mas principalmente pela base mais fraca de comparação, haja vista os sucessivos recuos dos respectivos componentes nos últimos meses. Mesmo com a elevação do índice agregado, a confiança ainda

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Page 21: CNC Notícias n° 149

PESQUISAS NACIONAIS CNC

vem sendo atenuada pelo alto compro-metimento da renda com o serviço da dí-vida, que impede uma maior disposição para gastos por parte das famílias, ini-bindo, assim, um crescimento mais forte da intenção de consumo.

Na comparação anual, após sete me-ses, a Intenção de Consumo das Famílias apresentou variação negativa (-1,0%), puxada por maior cautela em relação ao mercado de trabalho. Mais uma vez, to-dos os componentes da pesquisa relacio-nados ao emprego e à renda registraram recuo nessa base de comparação. Cená-rio econômico menos favorável e pers-pectiva de uma evolução mais lenta da atividade refletem-se diretamente sobre a confiança das famílias em relação à manutenção do emprego. Contudo, mes-mo com recuo no período, esses com-ponentes ainda situam-se num patamar expressivo, o que indica que a confiança das famílias ainda é elevada.

Por faixas de renda, os cortes mos-tram que o resultado do índice na com-paração mensal foi sustentado principal-mente pelo aumento da confiança das famílias de renda mais baixa (até dez sa-lários mínimos), com elevação de 0,3%. As famílias com renda acima de dez sa-lários mínimos apresentaram retração de 0,9%. O índice das famílias mais ricas encontra-se em 141,7 pontos, e o das de-mais, em 134,5 pontos.

Na mesma base comparativa, os da-dos regionais revelaram que o aumento do índice nacional foi puxado pelas ca-pitais do Sul e do Norte, que registraram

variação de +4,5% e +2,7%, respectiva-mente. Assim, essas regiões apresenta-ram níveis de confiança de 142,1 e 130,9 pontos, na ordem respectiva.

Trabalho

A perspectiva de uma evolução mais lenta da atividade vem impactando dire-tamente a confiança das famílias em rela-ção ao emprego, na comparação anual. O índice que mede a satisfação com o em-prego atual registrou recuo de 3,2% na comparação com agosto do ano passado.

Por outro lado, maior satisfação com o emprego em relação ao mês anterior acarretou um maior percentual de famí-lias que se sentem mais seguras (49,7%). A base mais fraca de comparação, além da manutenção do saldo positivo da cria-ção de postos de trabalho e do baixo níve l de desemprego, ainda alimenta o nível de confiança num patamar favorável.

“Um cenário mais adverso pode in-fluenciar negativamente a confiança das famílias em relação ao mercado de tra-balho. Contudo, a baixa taxa de desem-prego e a sustentação do crescimento nominal dos salários poderão manter os ganhos reais ao longo do ano, mitigando uma maior deterioração dos resultados dos componentes relacionados”, destaca Bruno Fernandes.

Analisando as condições atuais e as perspectivas futuras da economia do-méstica, a previsão da Divisão Econômica da Confederação é que o volume de ven-das do varejo obtenha um crescimento de, aproximadamente, 7,0% em 2012.

Indicado Ago./2012 Variação mensal Variação anual

Emprego atual 136,8 +1,8% -3,2%

Perspectiva profissional 132,1 -1,2% -5,2%

Renda atual 147,5 +3,3% -1,1%

Compras a prazo 144,1 -1,7% -1,5%

Nível de consumo atual 110,9 +0,4% +4,1%

Perspectiva de consumo 140,8 -1,4% +0,6%

Momento para duráveis 137,2 +0,1% +1,0%

ICF 135,6 +0,2% -1,0%Fonte: Pesquisa CNC

19CNC NotíciasSetembro 2012 n°149 19

Page 22: CNC Notícias n° 149

PESQUISAS NACIONAIS CNC

Percentual de famílias com dívidas aumentou pelo terceiro mês consecutivo no mês passado,

mostra Peic. Já o percentual de famílias sem condições de pagar seus débitos recuou

Brasileiros estão mais endividados

O percentual de famílias brasileiras que relataram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de cré-

dito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros aumentou em agosto de 2012, alcançando 59,8%, ante 57,6% em julho de 2012. É a terceira alta consecutiva, conforme aponta a Pesqui-sa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Na-cional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Entretanto, o número de famílias endividadas continua em patamar inferior ao observado no mesmo período de 2011, quando 62,5% haviam declarado ter dívidas.

O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso avançou entre julho e agosto, porém recuou na comparação anua l. O percentual de famílias inadimplentes al-cançou 21,3% do total em agosto de 2012, ante 21,0% em julho de 2012 e 24,4% em agosto de 2011. Já o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso recuou tanto na comparação mensal quanto na anua l. Em agosto de 2012, 7,1% das famí-lias declararam não ter condições de pagar seus débitos, ante 7,3% em julho de 2012 e 8,2% em agosto de 2011.

Faixas de renda

O aumento do número de famílias en-dividadas entre julho e agosto deu-se em ambas as faixas de renda pesquisadas. Na comparação com agosto de 2011, o indi-cador recuou apenas no grupo com renda inferior. Para a faixa com renda inferior a dez salários mínimos, o percentual de famílias com dívidas alcançou 61,1% em

agosto de 2012, ante 58,6% em julho de 2012 e 64,2% em agosto de 2011. Para as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o percentual de famílias endivi-dadas passou de 50,5%, em julho de 2012, para 53,6% em agosto de 2012. Em agosto de 2011 o percentual de famílias com dí-vidas nesse grupo de renda era de 52,6%.

O aumento do número de famílias com contas ou dívidas em atraso entre os meses de julho e agosto ocorreu apenas na faixa de renda inferior a 10 salários mínimos. Na comparação anual, houve queda em ambos os grupos de renda pesquisados. Na faixa de renda inferior a dez salários mínimos, o percentual de famílias com contas ou dí-vidas alcançou 23,7% em agosto de 2012, ante 22,4% em julho de 2012 e 26,1% em agosto de 2011. Já no grupo com renda superior a dez salários mínimos, o percen-tual de inadimplentes alcançou 10,9% em agosto de 2012, ante 11,4% em julho de 2012 e 14,5% em agosto de 2011.

A análise por faixa de renda do per-centual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas em atraso acusou aumento entre julho e agosto ape-nas para o grupo de renda inferior a dez salários mínimos. Na comparação com agosto de 2011, ambos os grupos de renda apresentaram recuo.

Para o grupo de famílias com renda inferior a dez salários mínimos, o indi-cador alcançou 8,4% em agosto de 2012, ante 8,0% em julho de 2012. Na compa-ração com agosto de 2011, houve queda de 0,5 ponto percentual. Para o grupo com renda acima de dez salários mínimos, o percentua l de famílias sem condições de quitar seus débitos permaneceu estável,

CNC NotíciasSetembro 2012 n°1492020

Page 23: CNC Notícias n° 149

Matéria do jornal Valor Econômico destaca uso da Peic pelo governo federal, para avaliação do cenário econômico

PESQUISAS NACIONAIS CNC

Peic - Síntese dos resultados (% em relação ao total de famílias)

Total de endividados

Dívidas ou contas em atraso

Não terão condições de pagar

Agosto/2011 62,5% 24,4% 8,2%

Julho/2012 57,6% 21,0% 7,3%

Agosto/2012 59,8% 21,3% 7,1%Fonte: Pesquisa CNC

em 2,7%. Na comparação com agosto de 2011, a queda foi de 1,1 ponto percentual.

Houve queda do percentual de famí-lias que relataram estar muito endivida-das, passando de 14,1% do total em julho de 2012 para 13,1% em agosto de 2012. Em agosto de 2011, esse percentual foi de 16,3%. Na comparação entre agosto de 2011 e agosto de 2012, a parcela que declarou estar mais ou menos endividada ficou estável, em 20,5%, e a parcela pouco endividada passou de 25,6% para 26,1% do total dos endividados.

Entre as famílias com contas ou dívi-das em atraso, o tempo médio de atraso foi de 58,4 dias em agosto de 2012, su-perior aos 57,5 dias de agosto de 2011. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 6,6 meses, sendo que 27,3% estão com-prometidas com dívidas até três meses, e 27,2%, por mais de um ano. Ainda entre

as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas re-cuou na comparação anual, passando de 30,0% para 29,6%, e 17,4% delas afirma-ram ter mais da metade de sua renda com-prometida com pagamento de dívidas.

Cartão de crédito

O cartão de crédito foi um dos princi-pais tipos de dívida para 73,2% das famí-lias, seguido por carnês, para 18,9%, e, em terceiro, por financiamento de carro, para 12,4%. Para as famílias com renda até dez salários mínimos, o cartão de crédito, por 74,7%, carnês, por 20,5%, e crédito pes-soal, por 11,0%, são os principais tipos de dívida apontados. Já para famílias com renda acima de dez salários mínimos, os principais tipos de dívida apontados em agosto de 2012 foram: cartão de crédito, para 66,6%, financiamento de carro, para 24,3%, e carnês, para 15,6%.

21CNC NotíciasSetembro 2012 n°149 21

Page 24: CNC Notícias n° 149

PESQUISAS NACIONAIS CNC

Resultados de agosto do Icec mostram algum pessimismo nas condições atuais dos

comerciantes, mas expectativas ainda estão em patamares favoráveis

Confiança do empresário recua em agosto

O Índice de Confiança do Empresá-rio do Comércio (Icec), da Con-federação Nacional do Comércio

de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apre-sentou alta de 5,9% no mês de agosto em relação a julho. Os resultados anuais e tri-mestrais apresentaram queda considerável: o Icec caiu 5,2% na comparação com o mesmo mês do ano anterior e 4,3% no tri-mestre finalizado, que vai de junho a agos-to. O indicador permaneceu em patamar favorável, com 122,5 pontos.

O resultado foi influenciado princi-palmente por uma melhora nas condições atuai s do empresário do setor, que avança-ram 14,2% ante o mês de julho. Apesar dis-so, os comerciantes consideram que a situa-ção atual permanece pior que a do mesmo período do ano de 2011 (-14,2%). Essa di-vergência de resultados pode ser indicação de um início de recuperação da confiança do empresário do comércio, após ter saído de 130,6 pontos em dezembro de 2011 para 115,7 pontos em julho de 2012.

O índice que mede as expectativas dos empresários do comércio apresentou alta mensal de 5,1%, mas recuou nas compara-ções anual (-2,1%) e trimestral (-1,9%). O nível das expectativas continuou bastante elevado, com 156,3 pontos, mostrando que o empresário do comércio continua otimista em relação ao desempenho de suas vendas no futuro.

Na avaliação por tamanho, nas empresas de maior porte, ou seja, aquelas com mais de 50 funcionários, o nível de confiança subiu 7,5% em relação a julho e recuou 0,9% em relação ao ano anterior, fechando o mês de agosto com 140,5 pontos. Nas empresas de menor porte, o nível de confiança apresen-

tou alta de 5,8% em relação ao mês anterior e queda de 5,3% na comparação interanual, com 122,2 pontos.

Condições atuais

Dentre os três subíndices que compõem o Icec, aquele que avalia as condições atuai s – o Índice de Condições Atuais do Empre-sário do Comércio (Icaec) – apresentou elevação na comparação mensal (+14,2%) e retração nas comparações anual (-14,2%) e trimestral (-2,9%). A comparação ante o mês de julho mostrou elevações nas condi-ções atuais da economia (+9,1%), do setor (+12,6%) e da empresa (+19,8%). Já o resul-tado em relação ao ano anterior foi influen-ciado por quedas de 19,2%, 15,5% e 8,7% na percepção dos comerciantes em relação às condições atuais da economia, do setor varejista e de sua própria empresa, respec-tivamente. Além disso, as variações trimes-trais negativas mostraram que a confiança do empresário ainda vem mostrando trajetória declinante. No trimestre findo em agosto, as condições atuais da economia caí ram 16,5%, do setor, 15,6%, e da empresa, 11,9%.

“Esses dados corroboram o cenário de maior taxa de inadimplência e depreciação da taxa de câmbio vivido pela economia do País. Se, por um lado, a maior inadim-plência reflete certa euforia na concessão de crédito no passado, a moeda brasileira vem enfrentando significativa depreciação no ano de 2012”, afirma Bruno Fernandes, da Divisão Econômica da CNC. Segundo ele, apesar dos aspectos negativos evidenciados pelas variações anuais e trimestrais, a varia-ção mensal positiva pode ser indicação de um início de melhora na confiança do em-presariado do comércio.

CNC NotíciasSetembro 2012 n°1492222

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PESQUISAS NACIONAIS CNC

Expectativas e investimentos

O Índice de Expectativas do Empre-sário do Comércio (IEEC) apresentou alta de 5,1% em relação ao mês ante-rior. O resultado foi influenciado princi-palmente pelo avanço nas expectativas dos empresários em relação à economia (+4,9%), ao setor varejista(+5,6%) e à sua própria empresa (+4,8%).

Já o Índice de Investimento do Empresá-rio do Comércio (IIEC) aumentou 0,6% em relação ao mês anterior e caiu 0,6% na com-paração com agosto de 2011. Na comparação trimestral, o nível de investimentos apresentou queda de 0,5%. O nível de investimentos per-maneceu em patamar favorável (112,8 pontos) corroborando o cenário de expectativas ainda favoráveis dos empresários do comércio.

Fonte: Pesquisa CNC

Índice Ago./2012Variação mensal

Variação anual

jun.-ago./2012

jun.-ago./2011

Condições atuais do empresário do comércio 98,4 +14,2% -14,2% -2,9%

Economia 87,0 +9,1% -19,2% -16,5%

Setor 94,2 +12,6% -15,5% -15,6%

Empresa 114,1 +19,8% -8,7% -11,9%

Expectativas do empresário do comércio 156,3 +5,1% -2,1% -1,9%

Economia 150,4 +4,9% +0,1% +2,1%

Setor 155,8 +5,6% -2,6% -1,1%

Empresa 162,8 +4,8% -3,6% -3,6%

Investimentos do empresário do comércio 112,8 +0,6% -0,6% -0,5%

Expectativa de contratação de funcionários 127,7 +1,8% -0,6% +1,2%

Nível de investimento das empresas 114,9 +0,4% -4,8% -2,1%

Situação atual dos estoques 96,0 -0,9% +4,7% +5,2%

Icec 122,5 +5,9% -5,2% -4,3%

2323CNC NotíciasSetembro 2012 n°149

Page 26: CNC Notícias n° 149

Conjuntura econômica

O consultor Econômico da CNC, Ernane Galvêas, analisa o debate em torno do fim do euro, defendendo que a questão seja tratada com mais responsabilidade por políticos e economistas

Não faz muito sentido pensar no fim do euro. Esse foi o consenso a que chegaram os especialistas, em se-

minário realizado na Fecomércio-SP, em 16/08, segundo Carlos Thadeu de Freitas, chefe da Divisão Econômica da CNC.

O cônsul Econômico da França, Stéphane Mousset, argumentou que o mercado está olhando para essa questão como se ela fosse puramente econômica. “É preciso lembrar que o euro não é sim-plesmente um assunto econômico, mas um elemento central da sociedade que es-tamos tentando construir”. Mousset afir-mou, ainda, que o tempo da democracia não é o tempo dos mercados, e “nós es-colhemos, com responsabilidade, seguir o tempo da democracia”.

A solução não é rápida, mas deve for-talecer o euro quando a Europa finalmente sair da crise. Ao menos é isso o que tam-bém acredita o cônsul-geral Adjunto da Alemanha, Rainer Müller. Mais enfático, o presidente do grupo formado pelos minis-tros das Finanças da Zona do Euro, Jean-Claude Juncker, afirma que a Grécia não sairá do euro.

O mesmo foi dito pelo economista Nouriel Roubini, que “o fim do euro seria como uma parada cardíaca para a Euro-pa”. E também a primeira-ministra Ange-la Merkel afirmou que a Alemanha está “comprometida em cumprir o objetivo de manter a moeda comum”. Os especula-dores estão apostando desenfreadamente no colapso do euro. Contra eles, disse o presidente do BCE, Mario Draghi: “vão quebrar a cara”.

Na revista Conjuntura Econômica, da Fundação Getulio Vargas (FGV), o eco-nomista Alberto Furuguem, após judicio-sa avaliação, acredita que a tendência da Zona do Euro é de “consolidação” e não de “implosão”.

Entretanto, causou espécie a declaração recente do ministro do Exterior da Finlândia: “Não é isso que se deseja, mas temos que estar preparados para uma ruptura do euro”. Certamente, essa questão é bastante séria e deveria ser tratada com maior sentido de res-ponsabilidade por parte de alguns econo-mistas e políticos.

Impunidade

A sociedade brasileira, o Congresso Na-cional e o Judiciário não podem deixar de manifestar uma indignação total contra as impatrióticas greves dos funcionários públi-cos, que solaparam o governo da presidente Dilma Rousseff, em uma hora crucial, em que se procura blindar a economia nacional contra os efeitos da crise mundial, tratando de garantir a normalidade das atividades econômicas e reforçar a competitividade da indústria nacional, com o sentido maior de estimular os investimentos, a sustentação do mercado de trabalho e a criação de novas oportunidades de emprego.

O governo procurou manter um ní-vel elevado no relacionamento com os servidores públicos, guardando o devido respeito ao que dispõe a Carta Magna em relação ao direito de greve, especial-mente nos serviços e atividades conside-rados essenciais. A intenção do governo, entretanto, não foi entendida pelas cen-

O fim do euro

ARTIGO

CNC NotíciasSetembro 2012 n°1492424

Page 27: CNC Notícias n° 149

Ernane GalvêasConsultor Econômico da CNC

trais sindicais e por diversos sindicatos de algumas categorias do serviço públi-co federal, que procuraram intimidar o governo e sobrepor suas reivindicações, justas ou não, aos interesses do povo e da sociedade.

O mesmo se diga dos policiais, princi-palmente da polícia rodoviária, que levou o desrespeito de suas atitudes à paralisação do tráfego na ponte Rio-Niterói, com a prá-tica do crime indesculpável de incendiar uma viatura de passageiros. Vale a pena lembrar que aos militares são proibidas a sindicalização e a greve (art. 142, §3º, item IV, da Constituição da República).

O movimento grevista dos caminhonei-ros teve igual sentido de irresponsabilida-de, paralisando o transporte de pessoas e de cargas nas rodovias nacionais.

A nosso ver, o governo deveria ter soli-citado à Justiça do Trabalho a declaração de ilegalidade da greve (vide art. 114, inciso II, da CF), embora, até hoje, decorridos mais de 25 anos da Carta de 1988, o Congres-so não tenha aprovado a lei regulatória do direito de greve dos servidores públicos, especialmente nas atividades essenciais (vide CF, artigos 9º e 37, VII).

O empresário Jorge Gerdau, conselhei-ro do governo, alertou que “os desperdí-cios da greve no setor público podem levar o Brasil a virar uma nova Grécia”.

Atividades Econômicas

Foram frustrantes os resultados do PIB no primeiro semestre, com crescimento de ape-nas 0,6%, o pior resultado nos últimos dois anos. No segundo trimestre, ante o primeiro, a expansão foi de 0,4%. O principal responsá-vel pelo fraco desempenho da economia foi a

indústria, com queda de 2,5% no segundo tri-mestre. O setor agropecuário recuperou-se da queda anterior de 6% e cresceu 4,9%. A expansão de serviços, incluindo comércio, foi de 0,7%. No semestre, a indústria acu-mula queda de 1,2%. É importante destacar que o investimento, que havia aumentado 7,5% no primeiro trimestre, despencou -3% no segundo.

O setor industrial cresceu no primeiro trimestre e caiu 2,5% no segundo, acumu-lando, no semestre, queda de 1,2%.

Indicador importante da atividade in-dustrial, o volume de vendas de máquinas e equipamentos, até julho, caiu 6,9% (Abi-maq). Segundo a CNI, o indicador de produ-ção subiu de 45,5, em junho, para 51,1 em julho, e a utilização da capacidade instalada chegou a 73% (baixa), ante 70% em junho. Para a FGV, esse índice chegou a 84% em agosto (alta). A produção de insumos típicos da construção civil caiu 0,6% no segundo tri-mestre em relação ao primeiro. No setor auto-motivo, a produção de julho foi de 297,8 mil veículos, e as vendas, de 364,2 mil.

Em São Paulo, o INA, da Fiesp sofreu queda de 4,4% nos últimos 12 meses ter-minados em julho.

O índice de confiança Inae, da CNI, su-biu 0,4% em agosto, ante julho.

As vendas domésticas de papéis, em volume, subiram 2% em julho sobre junho (Bracelpa). O consumo de energia elétrica aumentou 1,4% em julho sobre julho/2011, com destaque para os setores comércio e serviços (+6,6%) e residencial (+1,7%), e apresentou queda de -1,6% na indústria.

A produção mundial de aço, em julho, su-biu 2% na comparação com julho/2011. Na China, cresceu 4,2%, e no Japão, 1,2%.

ARTIGO

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INSTITUCIONAL

CNC participa de atualização da Lei de Cotas

para deficientes

OMinistério do Trabalho e Emprego (MTE) editou a Instrução Norma-tiva 98 (IN 98), em 16 de agosto

do corrente, atualizando os procedimentos de fiscalização da Lei de Cotas de defi-cientes e beneficiários da Previdência So-cial reabilitados, como é conhecida a Lei nº 8.213/1991.

A mudança nas regras atende aos pleitos da CNC, que atua no Grupo de Trabalho Pessoa com Deficiência, con-vocado para aperfeiçoar as normas de fiscalização sobre o tema. “A Confede-ração, como representante dos emprega-dores no Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), sinalizou para o Conselho e para o Mi-nistério que a dificuldade de contratação de deficientes não é culpa exclusiva das empresas. Expusemos as dificuldades existentes, entre elas a de encontrar em-pregados deficientes capacitados. E que existiam entendimentos diferentes na fiscalização”, explica Janilton Fernandes Lima, da Divisão Jurídica da CNC.

Com as soluções apresentadas, o MTE, uniformizou os procedimentos adotados pela fiscalização e revogou a norma ante-rior, em vigor desde 2001.

A partir da IN 98/12, os auditores deverão participar desde o processo de captação da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, até sua contrata-ção, adaptação ao ambiente de trabalho e eventual desligamento. Para esse fim, também poderão fazer reuniões locais com empregadores e entidades qualifica-doras, para informar sobre a qualificação profissional e a contratação de aprendizes e pessoas com deficiência.

Wany Liete Pasquarelli, chefe da As-sessoria de gestão das Representações (AGR), destaca que a nova IN traz mais mudanças: ela também especifica como se dará a caracterização da pessoa com defi-ciência, regulamenta a centralização das ações entre as Superintendências Regio-nais do Trabalho e Emprego (Sets), prevê as formas de combate a práticas discrimi-natórias, descreve o procedimento espe-

Nova instrução uniformiza regras do MTE nas inspeções sobre a cota legal de inclusão no trabalho de pessoas com

deficiência e beneficiários da Previdência Social reabilitados

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INSTITUCIONAL

cial de fiscalização e os procedimentos a serem utilizados na lavratura dos Autos de Infração. “Além disso, a Instrução nor-mativa obriga a fiscalização a verificar o cumprimento da reserva legal de cargos à Superintendência em cuja circunscrição territorial estiver instalada a matriz da em-presa, não mais ocorrendo de uma empre-sa ser fiscalizada em vários estados, como acontecia, e sendo considerado o número de empregados da totalidade dos estabele-cimentos da empresa”, aponta Wany.

Participação efetiva

Uma das principais sugestões da CNC foi quanto à questão das empresas que apresentam variações sazonais no quan-titativo de empregados, como no setor de serviços, quando a fiscalização poderá uti-lizar, para a composição da base de cálculo da cota a ser cumprida, a média aritmética da totalidade de empregados existentes ao final de cada um dos 12 últimos meses. A partir de agora, nas ações fiscais para afe-rição do cumprimento da Lei de Cotas, o fiscal deve verificar se as dispensas dos empregados reabilitados ou com deficiên-cia ocorreram mediante contratação prévia de substituto de condição semelhante, sal-vo quando a empresa mantiver atendido o cumprimento da reserva de cargos. “Essa parte, em especial, foi redigida após expli-cação da CNC de que, após cumprimento do percentual legal, não pode ser imposto à empresa dispensa apenas após contratação, se a empresa cumpre a cota”, complemen-ta Janilton Lima.

A IN também definiu a forma de com-provação do enquadramento na condição de empregado com deficiência ou segu-rado reabilitado da Previdência Social e a

inserção na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e no Cadastro Geral de Em-pregados e Desempregados (Caged), bem como estabeleceu normas relativas a pro-gramas de saúde e segurança no trabalho.

Os representantes dos trabalhadores eram contra a inclusão no percentual de deficientes dos empregados que adquiris-sem a deficiência ou a condição de reabi-litados no curso do contrato de trabalho, mas, apesar de estarem em maior número, foram convencidos pela argumentação da CNC de que tal procedimento prejudicaria esses empregados, uma vez que poderiam ser demitidos por não serem aceitos dentro das cotas. Por fim, a sugestão da CNC foi aceita na íntegra pelo Ministério do Traba-lho e Emprego.

O Ministério inseriu, ainda, normas sobre os programas de aprendizagem profissional que não ultrapassam as me-didas que o Senac já pratica. Outra novi-dade foi estabelecer procedimento espe-cial para a ação dos fiscais. Após constatar motivos que impossibilitam ou dificultam o cumprimento da reserva de cargos para pessoas com deficiência – como ocorre com empresas de vigilância, transpor-te de carga e de atividades insalubres e perigosas –, poderá ser lavrado termo de compromisso, sem aplicação de multa ou sanção, pelo prazo de 12 meses, o qual poderá ser renovado.

Por fim, uma das maiores reivindica-ções da CNC também foi comtemplada: a partir da IN 98, serão fiscalizados tam-bém concursos públicos para contratação de empregados com deficiência, o que permitirá, em médio prazo, comprovar, no âmbito do governo, as dificuldades que as empresas enfrentam com esse segmento.

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INSTITUCIONAL

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Instituída Comissão de Negociação Coletiva do Comércio

Renalegis debate projetos de interesse

A CNC quer envolver federações do co-mércio, sindicatos filiados e empresários na elaboração do Novo Código Comercial. Para isso, o deputado federal e vice-presidente da entidade, Laércio Oliveira (PR-SE), preten-de realizar seminários no País para debater o Projeto de Lei (PL) 1.572/2011, a fim de reu-nir contribuições para melhorar a proposta.

Ao anunciar a iniciativa na reunião da Rede Nacional de Assessorias Legislativas (Renalegis), em Brasília, com a presença do vice-presidente Financeiro, Gil Siuffo, o parlamentar pediu mobilização, pela

relevância do Projeto para o comércio. O novo Código, explicou, “quer dar seguran-ça aos contratos, de forma que os empresá-rios não tenham que embutir taxa de risco associada à insegurança jurídica”, disse.

O primeiro dos seminários foi reali-zado em Aracaju (SE), em 3 de agosto, e contou, a exemplo do que ocorrerá nas próximas edições, com o autor intelectual do PL, o professor Fábio Ulhoa Coelho, da PUC São Paulo. O prazo para apre-sentar emendas deve durar até três meses (Leia mais na página 43).

Gil Siuffo (C) destacou a

necessidade de mobilização

A Comissão de Negociação Co-letiva do Comércio (CNCC) da Rede de Negociadores da Confe-deração Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) foi instituída em 12 de setembro, para promover, no âmbito do Sis-tema Confederativo da Representa-ção Sindical do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o intercâmbio informativo sobre negociação cole-tiva de trabalho e formação de ne-gociadores. A Comissão é presidida por José Roberto Tadros, 1º vice-presidente da CNC, com a coorde-nação de Patrícia Duque, chefe da Divisão Sindical, e tendo como con-selheiro Renato Rodrigues, consul-tor Sindical da Presidência da CNC.

Primeira reunião da CNCC foi realizada

no Rio de Janeiro

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INSTITUCIONAL

Comunicação para integrar as Federações do Comércio

Está no dicionário: comunicação é ato ou efeito de comunicar(-se); a ação de transmitir uma mensagem

e, eventualmente, receber outra mensagem como resposta. Foi justamente essa troca de mensagens que aconteceu no IV Encon-tro de Assessores de Comunicação do Sis-tema Comércio, realizado nos dias 29, 30 e 31 de agosto na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) no Rio de Janeiro.

Durante os três dias do encontro, os as-sessores da CNC, de 24 federações estaduai s do comércio e seis federações nacionais e dos Departamentos Nacionais do Sesc e do Senac puderam trocar informações sobre práticas de comunicação e aprender sobre como se posicionar diante da imprensa e da sociedade em meio a situações de crise.

A abertura foi realizada pela chefe da Assessoria de Comunicação (Ascom) da CNC, Cristina Calmon, que lembrou en-contros anteriores para reforçar o papel da comunicação no fortalecimento do Siste-ma. O encontro foi conduzido por Paulo

Clemen, da Casa do Cliente. “Temos nos reunido ano a ano para aprimorar a co-municação e a união entre as entidades; e com este encontro, continuamos com esse trabalho, assumindo a importância da comunicação para o desenvolvimento do Sistema”, disse Clemen.

O diretor-secretário da CNC Pedro Na-daf esteve no encontro e destacou a im-portância do evento em um momento de mudanças estratégicas pelo qual o Sistema CNC-SESC-SENAC tem passado. “Este é um momento muito importante para a história do Sistema Comércio. Estamos vi-sando o fortalecimento das entidades por meio da divulgação dos nossos produtos e dos serviços prestados aos sindicatos, aos empresários do comércio de bens, serviços e turismo e à sociedade”, afirmou.

Os assessores puderam participar tam-bém de um treinamento com palestras e exercícios da Textual, empresa de consul-toria em comunicação, sobre como se por-tar em situações de crise que envolvam um trabalho mais elaborado da comunicação.

IV Encontro de Assessores de Comunicação do Sistema Comércio foi realizado na CNC para alinhar os processos de comunicação e proporcionar a troca de experiências

Assessores do Sistema Comércio na CNC (RJ)

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INSTITUCIONAL

Exigência incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2013 já é exercida espontaneamente pelo Sesc e pelo

Senac quanto à publicidade de cargos e salários

Um sistema que pratica a transparência

A Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2013 (LDO, nº 12.708), san-cionada em 17 de agosto pela pre-

sidente Dilma Rousseff, traz matéria de in-teresse do Sesc e do Senac. De acordo com a Lei, as entidades do Sistema S (Sesi, Se-nai, Sesc, Senac, Sest, Senat e Sebrae) terão que divulgar a estrutura remuneratória de seus cargos e funções, bem como a relação dos nomes de seus dirigentes e servidores.

O que a LDO estabelece, em seu artigo 115, é que as entidades constituídas sob a forma de serviço social autônomo – como é o caso do Senac e do Sesc – devem divul-gar, trimestralmente, na internet, os valores arrecadados e a especificação de receita e despesa discriminados por natureza, finali-dade e região.

Roberto Nogueira Ferreira, consultor da Presidência da CNC, destaca que a no-vidade não causa nenhuma reação nas en-tidades. “Sesc e Senac nada têm a escon-der. Exemplo disso é que há anos têm em seus conselhos representantes do governo e dos trabalhadores. Por outro lado, somos

parte da mesma sociedade que clama por transparência, e isso pauta nossa conduta”, explicou, acrescentando: esses conceitos, referenciais, foram emanados do presidente Antonio Oliveira Santos.

Outra obrigação, estabelecida no parágra-fo 2º do artigo 115 da LDO, estabelece que as entidades “divulgarão e manterão atuali-zada nos respectivos sítios na internet, além da estrutura remuneratória dos cargos e fun-ções, a relação dos nomes de seus dirigentes e dos demais membros do corpo técnico”. “Essa regra difere da estabelecida na Lei de Acesso à Informação, pois aquela vincula o servidor à sua remuneração, com divulgação de dados que, salvo melhor juízo, deveriam ser confidenciais. No caso em pauta, não há essa vinculação. De um lado, publica-se o plano de cargos e salários. De outro, a rela-ção de dirigentes e corpo técnico”, comenta Roberto Nogueira. Por fim, o consultor des-taca que a Confederação Nacional do Co-mércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) não está incluída nas regras, especificas para os serviços sociais autônomos.

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EM FOCO

Mudança da identidade é resultado de estudo baseado na ampliação e na renovação do trabalho da entidade ao longo do tempo

Sesc apresenta nova marca

No dia 13 de setembro, dia em que completou 66 anos de criação, o Sesc – Serviço Social do Comér-

cio – apresentou ao País a sua nova marca. A mudança da identidade, que, nas últimas décadas, marcou as ações e atividades da Instituição junto ao seu público e à socie-dade em geral, é fruto de estudo baseado na ampliação e na renovação do trabalho do Sesc ao longo do tempo.

O resultado da marca foi baseado na figu-ra do Mago, que, de acordo com a Teoria dos Arquétipos, defendida pelo psicanalista Carl Jung, posiciona-se no setor de mudança, entre os campos da liberdade e da estabilidade. A identidade mantém as cores azul e amarelo, tradicionais da instituição, mas modifica seu formato, com uma imagem mais moderna e dinâmica. Para marcar a data, o Departamen-to Nacional do Sesc reuniu todos os emprega-dos em seu auditório, no Rio de Janeiro.

Na ocasião, o diretor-geral da entidade, Maron Emile Abi-Abib, destacou a presen-ça do Sesc na vida dos brasileiros, por meio

de diversas atividades nas áreas de educa-ção, cultura, saúde e lazer. “É um trabalho que, diariamente, é reinventado e transfor-mado para atender às diversas realidades do País. Para acompanhar essa evolução, precisávamos de uma nova marca, mais moderna e atual, que pudesse traduzir o re-sultado dessa transformação e revelar toda a grandeza do Sesc”, afirmou Maron.

Em seguida, Christiane Caetano, geren-te da Assessoria de Divulgação e Promo-ção da entidade, anunciou o lançamento do novo selo e do carimbo postal do Sesc. O grupo Patubatê marcou a tarde com um show de percussão, com latas, baldes e música eletrônica.

No mesmo dia, a nova marca foi apresentada no intervalo da novela das 21 horas da TV Globo e dispo-nibilizada na internet. No período de um ano, as fachadas dos centros e espaços operacionais em todos os Estados serão modificadas, de forma a criar uma unidade nacional.

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Maron Emile Abi-Abib apresentou a nova marca do Sesc

Page 34: CNC Notícias n° 149

Antiga colônia francesa, funda do em 1804 por escravos, o Haiti é o país econo-micamente mais pobre das Américas.

Localizado na América Central, numa área de 27.750 km2, seus mais de 10 mi-lhões de habitantes convivem há décadas com guerra civil e problemas socioeco-nômicos. Cerca de 60% da população é subnutrida, e mais da metade vive abaixo da linha de pobreza, com menos de 1,25 dólar por dia.

O mais pobre das Américas

EM FOCO

Ação do Conselho Nacional de Imigração evita o trabalho dos

“coiotes”, que trazem haitianos ilegalmente. Portaria do CNIg dispõe

sobre a concessão de visto permanente

Brasil de portas abertas para os

haitianos

O crescente número de haitianos que migraram para o Brasil obrigou o governo a ser mais rigoroso na en-

trada pela fronteira na região Norte. A imi-gração aumentou porque o Haiti ainda não se recuperou da destruição causada pelo terremoto de janeiro de 2010.

A maior parte deles chegou clandesti-namente ao Brasil, trazida diretamente da capital, Porto Príncipe, pelos chamados “coiotes”. Num primeiro momento, ficaram na fronteira do Brasil com o Peru e o Equa-dor, e, de lá, foram para Brasileia, no Acre, e Tabatinga, no Amazonas. O assunto vinha sendo tratado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), organismo interminis-terial coordenado pelo Ministério da Justiça.

O Conare pediu ao Conselho Nacional de Imigração (CNIg) que encontrasse uma solução, já que não se tratava de refugia-dos. O CNIg entendeu que os processos poderiam ser examinados à luz da sua Re-solução Normativa (RN) 27, que trata de situações especiais e casos omissos, relata Marjolaine Julliard do Canto, chefe da As-sessoria junto ao Poder Executivo e há 18 anos representante da CNC no Conselho.

Enquanto o assunto tramitava na esfera administrativa, a presidente Dilma Rous-seff manifestou ao Ministério da Justiça sua preocupação, porque, apesar da ação da Polícia Federal, eles continuavam en-trando ilegalmente. O CNIg decidiu, en-tão, baixar a RN 97, que dispõe sobre a concessão do visto permanente a haitia-nos. “Tivemos a preocupação de evitar a

diáspora (dispersão do povo), para manter boas cabeças no País”, observa Marjolai-ne. Ainda assim, vieram para o Brasil pro-fessores, médicos, engenheiros e até juiz.

Pela RN 97, a embaixada do Brasil em Porto Príncipe poderá conceder, ao longo deste ano, até 1.200 vistos, beneficiando também os familiares. Até agosto, haviam sido expedidos 711 vistos. “Pode-se pre-ver que, até outubro, a cota original tenha se esgotado, deixando clara a necessidade de elevar a previsão inicial.” Hoje, exis-tem no Brasil 5.626 haitianos trabalhando com carteira assinada.

“O Brasil é um país generoso e ne-cessita de mão de obra. A qualidade dos profissionais que vieram do Haiti fez com que empresas do Rio Grande do Sul e do Paraná, por exemplo, fossem ao Acre e ao Amazonas buscar trabalhadores”, conta a executiva da CNC.

Marjolaine: Brasil necessita de mão

de obra

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Page 35: CNC Notícias n° 149

EM FOCO

Dirigentes do Secovi lembraram que as empresas do setor atuam dentro dos parâmetros da lei, recolhem impostos e contribuem para a melhoria do meio ambiente urbano

Mercado imobiliário debate o seu papel na sociedade

Secovi-SP promove Convenção e Fórum Urbanístico Internacional

O papel social que tem o mercado imobiliário foi um dos destaques das palestras na Convenção Secovi

2012, aberta em 13 de setembro. Realiza-do pelo Sindicato das Empresas de Com-pra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), o evento, que teve a presença do governador Geraldo Alckmin, também foi marcado pelo debate de ques-tões que têm gerado problemas para o setor.

Nas palestras, o atual presidente da entidade, Claudio Bernardes, e ex-pre-sidentes lembraram que as empresas do setor atuam dentro dos parâmetros da lei, cumprem ritos burocráticos, recolhem impostos e contribuem diretamente para a melhoria do meio ambiente urbano. Só na cidade de São Paulo, a título de “com-pensações”, muitas obras públicas foram construídas com recursos dos empreende-dores imobiliários. Mais de R$ 8 bilhões já foram entregues pelo setor imobiliário ao poder público, a título de “contrapartidas”.

Os presidentes observaram que, a des-peito de tantas contribuições, o setor rece-be críticas, como a responsabilidade pelo aumento de tráfego por conta da constru-ção de prédios. Outro tema debatido foi o pioneirismo do Secovi-SP na área de res-

ponsabilidade social, por meio do projeto Ampliar, que profissionaliza jovens em situação de risco. O evento prosseguiu até o dia 16 com o Fórum Urbanístico Interna-cional, que debateu o tema Qualidade de vida urbana e seus aspectos de mobilidade.

Feira Secovi

No Rio de Janeiro, o Sindicato da Ha-bitação (Secovi-RJ) encerrou a série de ati-vidades que marcaram, em 2012, os seus 70 anos com a Feira Secovi Rio de Con-domínios, realizada em 26 e 27 de setem-bro. O tema foi Condomínio Cidadão, para mostrar o compromisso da entidade com o bem-estar do cidadão e com a preservação dos recursos naturais.

Com patrocínio do Senac Rio e da Cai-xa Econômica Federal e o apoio institucio-nal da Fecomércio-RJ, a Feira trabalhou, pela primeira vez, com subtemas, os qua-tro pilares da cidadania: sustentabilidade, solidariedade, acessibilidade e convivên-cia. O objetivo foi incentivar a prática des-sas ações, consideradas essenciais para um condomínio ser “cidadão”.

O Secovi Rio também promoveu, de 11 a 16 de setembro, a Semana Imobiliária 2012, com palestras, visitas técnicas e ro-dadas de negócios.

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Page 36: CNC Notícias n° 149

EM FOCO

CNC participa da etapa Rio de Janeiro da 10a edição do Certforum, principal evento sobre certificação digital e

tecnologia da informação do Brasil

Crescimento da certificação digital em debate

Atenta à evolução das tecnologias da informação e de gestão, a Confedera-ção Nacional do Comércio de Bens,

Serviços e Turismo (CNC) esteve presente na etapa Rio de Janeiro do 10o Certforum, prin-cipal fórum sobre certificação digital do Bra-sil, realizado em 29 de agosto, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O diretor-secretário da CNC, Pedro Nadaf, participou do painel de abertura do evento: Plano Nacional de Desmateria-lização de Processos: o uso da certificação digital da ICP-Brasil na desburocratização da Administração Pública.

Nadaf mostrou as ações da CNC para disseminar a evolução de tecnologias e da gestão, entre elas a criação da Gerência de Programas Externos (GPE), o convênio da CNC para a comercialização de certificados digitais pelas entidades integrantes da Con-federação e a realização de eventos como o Empreendedorismo Digital, que, em 2011, levou o conhecimento das tecnologias a en-tidades e empresários do comércio de bens, serviços e turismo em 18 estados brasileiros. “A iniciativa privada precisa acompanhar a evolução das tecnologias. A CNC tem tra-balhado para que o empresariado brasileiro seja cada vez mais aderente às tecnologias e, tirando delas o melhor proveito, façam com que a evolução também ocorra na prestação

de serviços, na atividade comercial, entre tantas outras inerentes ao empresário brasi-leiro”, afirmou o diretor-secretário da CNC.

No mesmo painel, Renato Martini, presi-dente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), falou sobre a importância do certificado digital no processo de digitali-zação dos processos e apontou o crescimento exponencial do número de emissões de cer-tificados no Brasil. “Até o final deste ano, teremos entre 4,5 milhões e 5 milhões de cer-tificados digitais ICP-Brasil emitidos”, disse Martini. “O certificado digital ICP-Brasil está muito presente na vida da empresa brasileira, gerando economia e deslocando, positiva-mente, os profissionais de TI, já que seu co-nhecimento e experiência são muito mais de-mandados durante a tomada de decisões das empresas e dos órgãos do governo, em espe-cial na aquisição de equipamentos e soluções tecnológicas”, concluiu o presidente do ITI.

Além dele, Corinto Meffe, diretor do Departamento de Sistemas de Informação da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI), do Ministério do Pla-nejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), apresentou o Plano Nacional de Desmate-rialização de Processos, que envolve a des-burocratização, a modernização e a gestão de processos no âmbito da administração pública federal.

Pedro Nadaf, Corinto Meffe e Renato Martini

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Page 37: CNC Notícias n° 149

PRODUTOS CNC

Fenacon lança cartilha para esclarecer os empresários quanto às aplicações dos certificados digitais nas mais diversas áreas

Uma ferramenta para o empresariado

A Federação Nacional das Empre-sas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Pe-

rícias, Informações e Pesquisas (Fenacon) lançou uma cartilha sobre os usos e benefí-cios da certificação digital, explicando como a tecnologia funciona e por que ela é tão im-portante para os empresários. “Quando você tem o certificado digital, você consegue acessar todas as informações neces-sárias disponibilizadas pela Receita Federal para regularizar todas as pen-dências diretamente da sua empresa, do seu escritório”, afirmou o diretor de tecnologia e negócios da Fenacon, Carlos Roberto Vitorino.

A cartilha mostra o passo a passo para solicitar o certificado digital às Autoridades de Registro (AR), des-de o pedido de compra até a emissão pela AR, informando os documentos necessários e outros requisitos. Tam-bém são encontradas na publicação outras informações e curiosidades sobre o uso da certificação digital.

Para ver a cartilha, acesse o site da Fenacon em http://www.fena-con.org.br.

Novas ARs no Sistema

As Federações do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Dis-trito Federal (Fecomércio-DF) e do Estado de Minas Gerais (Feco-mércio-MG) tornaram-se Autoridades de Re-gistro para a emissão de certificados digitais. A medida oferece às em-presas mais facilidade e agilidade para conseguir a certificação digital.

Com o credenciamento, passa para 16 o número de fede-rações do comércio que atuam como

Autoridades de Registro (Alagoas, Bahia, Cea rá, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Nor-te, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe). Outras três federações (Amazonas, Amapá e Rio de Janeiro) fun-cionam como pontos de atendimento (PAs) para a emissão de certificados digitais.

Veja mais em http://bit.ly/certdigital

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Page 38: CNC Notícias n° 149

PRODUTOS CNC

CNC mostra como entidades do sistema podem ampliar a representatividade e a receita com o oferecimento de produtos e

serviços voltados para as empresas

Soluções para sindicatos mais sustentáveis

Em videoconferência realizada no Departamento Nacional do Sesc, no Rio de Janeiro, em 3 de setembro, a

Gerência de Programas Externos (GPE) da CNC levou a representantes de federações e sindicatos informações sobre um tema de grande interesse para o futuro das entida-des do sistema: a autossustentação a par-tir da oferta de produtos e serviços para as empresas do setor.

“A ampliação da representatividade é um dos maiores desafios dos sindicatos patronais do comércio de bens, serviços e turismo”, afirma Rodrigo Timm Wepster, gerente de Programas Externos, que apresentou, junto com Miguel Nicoletti, também da GPE, a videoconferência, assistida por 104 pessoas em 30 pontos de recepção de todo o Brasil. “A CNC tem trabalhado essa questão em várias frentes, com o objetivo de oferecer às entidades do Sicomércio as condições neces-sárias para alcançar a autossustentação.”

Logo no início da apresentação, foi pro-posto aos participantes que definissem o con-ceito de sustentabilidade. Na sequência, foi mostrado como identificar e ampliar o nível de sustentabilidade financeira das entidades, a partir de um ponto básico: o custo das ope-rações não pode exceder as receitas geradas, permitindo a continuidade da organização no longo prazo. “A busca do ponto de equi-líbrio é fundamental para a autossustentação

das entidades”, reforça Rodrigo Wepster. “Nosso objetivo é mostrar como isso pode ser alcançado com medidas que buscam in-tensificar a gestão, diminuir as despesas e incrementar as receitas dos sindicatos.”

A identificação de produtos e serviços que possam ser oferecidos às empresas mereceu uma abordagem especial. O me-lhor caminho, segundo a GPE, é estrutu-rar um Plano de Negócios que possibilite uma análise da viabilidade financeira da proposta. Como subsídio, a CNC dispo-nibiliza o Portfolio referencial de produ-tos e serviços e, por meio do Segs, ofe-rece capacitação para a construção de um Plano de Negócios eficaz.

A segunda parte da videoconferência mostrou duas parcerias da CNC para au-xiliar as entidades na aproximação com as empresas e na ampliação da receita. Uma delas é com a Boa Vista Serviços, empresa que administra o SCPC, banco de dados com mais de 350 milhões de informações comerciais sobre consumi-dores e 42 milhões de registros de tran-sações entre empresas. A outra é com a Certisign, que permite às federações funcionar como autoridades de registro, e aos sindicatos, como pontos de atendi-mento para a certificação digital, o docu-mento eletrônico que permite comprovar a identidade de uma pessoa ou empresa em transações on-line. “A certificação digital vem crescendo e se tornando fundamental para o dia a dia das empre-sas”, disse Miguel Nicoletti. Segundo o Instituto Nacional de Tecnologia da In-formação (ITI), o País conta, hoje, com cerca de 5 milhões de certificados ativos. Somente no ano passado, foram emitidos cerca de 2 milhões de novos certificados

digitais, com um crescimento mé-dio de 14% ao mês.

Rodrigo Wepster e Miguel Nicoletti:

ponto de equilíbrio

Veja mais em http://bit.ly/ProdutosCNC

CNC NotíciasSetembro 2012 n°1493636

Page 39: CNC Notícias n° 149

PRODUTOS CNC

Marcelo Vital e Marcia Alves durante apresentação aos facilitadores

Facilitadores das federações participantes debateram os aspectos positivos e negativos da primeira fase da implantação dos sites institucionais para sindicatos

Preparativos para uma nova fase dos sites dos sindicatos

Representantes de 12 federações do comércio estiveram na Confede-ração Nacional do Comércio de

Bens, Serviços e Turismo (CNC) no Rio de Janeiro para participar do 2° Encontro de Facilitadores do Programa Sites dos Sindicatos, realizado no dia 22 de agosto.

O encontro teve o objetivo de alinhar as estratégias para a abertura de novas adesões, debatendo os pontos positivos e negativos dos trabalhos no primeiro se-mestre. “O programa é algo em que esta-mos apostando muito, e vemos como uma inovação fundamental para o fortaleci-mento das entidades e do Sistema”, afir-mou o chefe do Departamento de Plane-jamento (Deplan) da CNC, Daniel Lopez.

Conduzido pelo designer da CNC Marcelo Vital (Assessoria de Comuni-cação) e pela assessora Marcia Alves (Gerência de Programas Externos), o encontro mostrou dados relativos ao re-torno das federações, avaliando questões como a funcionalidade das ferramentas,

a compreensão e a receptividade dos sin-dicatos em relação ao programa. “Com isso, podemos visualizar melhor o que deu certo e o que deu errado, para a in-clusão de sindicatos que ainda vão fazer a adesão ao programa, facilitando, as-sim, a implementação”, afirmou Marcia.

Participaram do encontro represen-tantes das Federações do Comércio de Alagoa s, Distrito Federal, Espírito San-to, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Ron-dônia, Santa Catarina e Tocantins e da Fe-deração Nacional de Hotéis, Restauran-tes, Bares e Similares (FNHRBS).

A iniciativa de desenvolver sites ins-titucionais para os sindicatos filiados ao Sicomércio é uma das estratégias do Pro-grama de Desenvolvimento Associativo (PDA), ampliando a atuação das entida-des em defesa dos direitos e interesses das empresas do comércio de bens, serviços e turismo. Até o momento, 56 sindicatos filiados a 13 federações fizeram a adesão.

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TURISMO

Sistema participa da maior feira de hotelaria e gastronomia da América Latina,

que, em 2012, completou 50 anos de atividades em prol do setor hoteleiro

CNC-SESC-SENAC na Equipotel

Existem no Brasil, atualmente, mais de 9 mil estabelecimentos hotelei-ros, com mais de 450 mil quartos

distribuídos pelas cinco regiões do País, segundo dados do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB). O desempe-nho dos hotéis superou o crescimento do PIB do País em 2010, demonstrando o sig-nificativo crescimento do setor. O Sistema CNC-SESC-SENAC tem atuado direta-mente pelo desenvolvimento do setor tu-rístico, o que também envolve a rede hote-leira, e, por isso, a participação em eventos como a Equipotel reforça o compromisso de estar sempre próximo do empresariado.

“A feira é uma grande oportunidade para receber os empresários e profissio-nais do setor e representantes das entida-des hoteleiras, para divulgar suas ações, interagir com sindicatos da categoria e promover o relacionamento com a cadeia de fornecedores”, afirmou o presidente do Conselho de Turismo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Alexandre Sampaio.

A Equipotel, maior feira do setor hote-leiro e gastronômico da América Latina, aconteceu entre os dias 10 e 13 de setembro, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo, reunindo mais de 1.300 empre-sas em 672 estandes. No estande do Sistema CNC-SESC-SENAC, os visitantes puderam conhecer as ações do Sistema em prol do tu-rismo e os cursos de capacitação profissional do Senac voltados para o turismo, a hotelaria e a gastronomia, bem como tiveram a opor-tunidade de adquirir livros das editoras do Senac, com desconto.

Em 2012, a Equipotel completa 50 anos e passa a ser controlada pelo grupo Reed Exhibitions Alcantara Machado. O presidente do grupo, Juan Pablo De Vera, comemorou o sucesso da feira nos seus quatro dias de realização. “É de um va-lor único saber que um grande número de profissionais está prestigiando a Equipo-tel, com um credenciamento recorde em 2012”, afirmou Juan Pablo, que agradeceu também aos expositores e aos represen-tantes de entidades e do público em geral.

Homenagem

Durante a cerimônia de abertura, Alexandre Sampaio recebeu uma home-nagem em nome da Federação Nacio-nal de Hotéis, Restaurantes, Bares e Si-milares (FNHRBS), em agradecimento às ações desenvolvidas pela Federação em prol da atividade hoteleira no País. “A FNHRBS é uma das maiores entida-des representativas da rede hoteleira e vem desenvolvendo um excelente traba-lho pelo desenvolvimento do setor”, afir-mou Kátia Castro, diretora executiva do grupo Equipotel.

Estande do Sistema CNC-SESC-SENAC

foi visitado por estudantes,

autoridades e operadores do turismo

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TURISMO

Governo dará prioridade às demandas do turismo

Apresidente Dilma Rousseff é sen-sível às demandas do turismo e tem encaminhado soluções re-

conhecendo a importância do setor para a economia e para o desenvolvimento do País. Ao fazer esse relato aos empresá-rios que integram a Câmara Empresarial de Turismo (CET), a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que o governo federal tem compromisso com o crescimento do Brasil, o que implica atenção especial, por sua relevância, à atividade turística.

Gleisi participou, junto com o minis-tro do Turismo, Gastão Vieira, da reunião da CET realizada em 11 de setembro, em Brasília. Ela se comprometeu a, junto com Gastão Vieira, receber o setor novamente para uma conversa mais detalhada sobre as prioridades do setor, entre as quais a libe-ração de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os elevados juros de cartões de crédito, a desoneração da folha de paga-mentos e a questão do trabalho intermiten-te, que preocupa vários subsetores.

Para o coordenador da CET, Alexandre Sampaio, foi fundamental a ministra Gleisi se comprometer a receber cada subsetor da cadeia turística. “Essa é uma demonstração de que comprou a ideia de, eventualmente, alavancar o turismo e de que vai fazer uma agenda de solução para todos os encaminha-mentos apresentados”, afirmou Sampaio.

Entre os participantes da reunião da CET, foram escolhidos sete para apresentar as prio-ridades de entidades e setores à ministra Glei-si. Falaram o presidente da Associação Brasi-leira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, pelo setor gastronômico; o presi-dente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Enrico Fermi; o presidente do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), Alain Baldacci; o presi-dente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav Nacional), Antonio Azevedo; a presidente do Conselho de Turismo e Ne-gócios da Fecomércio-SP, Jeanine Pires, pe-las Fecomércios; o presidente da Associação Brasileira de Trens Turísticos, Sávio Neves; e a presidente da Associação Brasileira de Em-presas de Eventos (Abeoc), Anita Pires.

Alexandre Sampaio, entre Gastão Vieira e Gleisi Hoffmann

Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, assumiu, junto com o ministro do Turismo, Gastão Vieira, o compromisso de debater as prioridades do setor

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SISTEMA COMÉRCIO

Abaixo, debate entre candidatos no Tocantins

(E) e entrevista na Fecomércio-BA

Federações do comércio promovem encontros com os candidatos à prefeitura de diversas capitais brasileiras

Sistema Comércio de olho nas Eleições 2012

Com a proximidade das eleições para os cargos de prefeito em todo o País, algumas federações do comércio têm

promovido encontros com os candidatos a prefeito em diversas capitais brasileiras.

No Tocantins, um debate promovido pela Federação do Comércio do Estado (Fe-comércio-TO) reuniu os candidatos à pre-feitura de Palmas no auditório da entidade, com a presença de 200 colaboradores.

No Rio Grande do Norte, a Fecomér-cio-RN promove o RN Em Foco, com sa-batinas individuais com os candidatos à prefeitura de Natal. “Promover um evento como este, em que podemos trazer o em-presariado para discutir com os candidatos suas propostas para o governo, com certe-za traz uma boa contribuição para a gestão do futuro prefeito”, afirmou o presidente da Fecomércio-RN, Marcelo de Queiroz.

Os candidatos à prefeitura de Salva-dor, na Bahia, participaram de um café da manhã promovido pela Fecomércio-BA em parceria com o jornal A Tarde. Com transmissão em tempo real pela TV A Tar-de, a série de encontros recebeu dois can-didatos por dia, com uma hora para cada um expor as suas propostas para a cidade. “Espero que este encontro traga sucesso a toda a população e que cada candidato, externando suas propostas, possa ajudar na decisão”, disse o presidente da entida-de, Carlos Amaral.

O presidente da Fecomércio-AM, José Roberto Tadros, participou de debate com candidatos em Manaus promovido pela Ação Empresarial no Amazonas, formado pela Fecomércio-AM e outras entidades representativas dos empresários no Estado.

Em Alagoas, a Fecomércio-AL pro-moveu, entre 6 e 9 de agosto, uma série de entrevistas com os candidatos à pre-feitura de Maceió. A iniciativa foi toma-da com o intuito de levar ao empresaria-do e à sociedade em geral as propostas de cada candidato.

A Fecomércio-RJ está promovendo, desde o dia 27 de agosto, encontros com os candidatos à prefeitura do Rio de Ja-neiro. A Federação do Comércio do Cea-rá participou de um encontro dos líderes empresariais do comércio de bens, servi-ços e turismo com candidatos a prefeito em Fortaleza. Em Rondônia, o presiden-te da Fecomércio-RO, Raniery Coelho, também participou de sabatina aos can-didatos de Porto Velho durante o projeto Porto Velho em Debate, realizado pelo Fórum Pró-Rondônia.

E no Espírito Santo, a Fecomércio-ES aderiu à campanha Voto Consciente, do Ministério Público do Estado. Com o lema O que você tem a ver com a corrupção?, o projeto tem como objetivo conscientizar a população acerca das boas práticas e es-timular a denúncia de corrupção eleitoral.

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Impresso

Jornalista Matéria/Tema Veículo

Alessandra Ogeda Novos Empreendedores: A procura pela próxima ideia milionária

Diário Catarinense

Alexandre Lenzi Os donos do mercado Diário Catarinense

Larissa Guerra e Maellen Muniz

Minha empresa, minha vida

A Notícia

Alexandre Lenzi Pequenos, por enquanto Diário Catarinense

Daniel Cardoso O comércio se atualiza, cresce e conquista clientes

Notícias do Dia

Telejornalismo

Jornalista Matéria/Tema Veículo

Alexandre de Mendonça

Mercados públicos do sul Ric TV Record

Adriana Krauss Fábio Cardoso Marlon Silva Thalita Franzoni e Rogênio Germinal

Empreendendo com sucesso

RBS TV

Francis Silvy Ronaldo Bruchado Marco Aurino e Rafael Beckhauser

Inovação, empreendedorismo e representatividade do comércio na economia catarinense

RBS TV

Marta Gomes Verticalização de Balneário Camboriú

Ric TV Record

Larissa Guerra e Maellen Muniz

Empreendorismo RBS TV

Radiojornalismo

Jornalista Matéria/Tema Veículo

Edson Honaiser Associativismo empresarial

Rádio Coroado AM

Marco Aurélio Gomes

Economia - capacitação profissional

RNA – Rede de Notícias Acaert

SISTEMA COMÉRCIO

1º Prêmio de Jornalismo teve a inscrição de mais de 50 trabalhos, que mostraram a força do setor terciário

Fecomércio-SC premia jornalistas

Numa cerimônia descontraída, a Fe-deração do Comércio do Estado de Santa Catarina anunciou, em 28 de

agosto, o nome dos vencedores do 1º Prêmio Fecomércio de Jornalismo. Concorreram mais de 50 trabalhos nas categorias telejor-nalismo, radiojornalismo e jornalismo im-presso. Entre os finalistas foram distribuídos R$ 51 mil em prêmios, além de diárias em hotéis do Sesc no Estado.

O presidente da entidade, Bruno Brei-thaupt, elogiou as reportagens “que nos ajudam a compreender melhor o mundo à nossa volta e auxiliam a repercutir te-mas urgentes e a prestar um serviço de utilidade pública, divulgando tendências e análises de mercado”. Na categoria TV, o ganhador foi o repórter Alexandre Mendonça, da RIC Record, com uma sé-rie de reportagens sobre as histórias dos mercados públicos das capitais do Sul do Brasil. Em radiojornalismo, quem levou o primeiro lugar foi Edson Honaiser, da Rádio Coroado AM, com matéria sobre associativismo empresarial. Em mídia impressa, a vitória foi da jornalista Ales-sandra Ogeda, do Diário Catarinense. Sua reportagem Novos Empreendedores: a procura pela próxima ideia milionária mostrou projetos inovadores de pequenas empresas para conquistar mercado.

No final da solenidade, o repórter Mar-celo Canellas, da TV Globo, ministrou pa-lestra sobre sua trajetória jornalística de 25 anos, pontuada por coberturas que passa-ram para a história da televisão brasileira.

Presidente Bruno Breithaupt e os profissionais vencedores

Fonte: Fecomércio-SC

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SISTEMA COMÉRCIO

E-commerce cresce em São Paulo

O e-commerce já atinge mais da metade dos paulistanos. Segun-do a 4a Pesquisa sobre o Com-

portamento dos Usuários da Internet, re-alizada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), 62,71% dos paulistanos têm o hábito de realizar compras pela internet – um crescimento de 11,21 pontos percentuais (p.p.) em relação a 2011.

De acordo com o estudo, a praticidade continua sendo o principal atrativo para a realização de compras pela internet. Con-tudo, o total de usuários que afirmou ser esta a principal razão para realizar com-pras na rede caiu 54,46% em 2011, para 39,27% este ano. A variedade de produ-tos, inclusive com alguns importados sendo vendidos para o mercado nacional somente pela internet, e o marketing fo-ram as razões que mais ganharam espaço, sendo mencionadas por, respectivamente, 11,13% e 5,56% dos paulistanos – avanço de 10,16 p.p. e 5,37 p.p.

Entretanto, preço e confiança na empresa ainda são o segundo e o terceiro motivos que mais atra-em consumidores para os sites de compras, sendo que o preço, fre-quentemente menor do que em lojas físicas, é apontado por 25,12% dos paulistanos como a principal mo-tivação para realizar compras na internet, e a confiança, por 16,38%.

Entre as razões para não aderir ao e-com-merce, o receio de fraudes é o que influen-cia a maior par-te da população: 61,04% – medo que se dissemi-nou ao longo

do último ano, já que, em 2011, ele atin-gia 52,69% dos paulistanos. A necessidade de ver pes soalmente o produto antes da com-pra é apontada com um fator impeditivo por 12,55% das pessoas – um avanço em rela-ção ao ano anterior, quando 23,15% dos paulistanos afirmavam que não se sentiam à vontade para comprar sem antes poder ver ou manusear o produto. O custo final da compra, após somar o frete ao preço do produto, deixou de ser um empecilho para a maior parte dos usuários que recla-mavam do custo do frete. Hoje, a questão é apontada somente por 2,16% dos inter-nautas – taxa 15,5 p.p. abaixo da registrada em 2011. Por outro lado, o receio de não receber um produto aumentou 10,19 p.p. e, agora, aflige 10,39% dos paulistanos.

Informações claras e objetivas

A Assessoria Técnica da Fecomércio-SP pondera que a falta de informações claras e objetivas a respeito dos produtos e serviços que são oferecidos na internet, apesar de ser um item que avançou na opi-nião dos internautas, ainda é um grande problema. Entre 2011 e 2012, houve in-cremento de 4,15 p.p. no total de usuá-

rios que se sentem satisfeitos com os dados fornecidos sobre as mercado-rias nos sites de compra. Contudo,

estes ainda são somente 47,66% do total – o que indica que

ainda há muito por fazer.

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SISTEMA COMÉRCIO

Fecomércio-PE promove X Congresso Internacional de Tecnologia na Educação

Empresários discutem propostado novo Código Comercial

Foram 45 atividades, divididas en-tre palestras, conferências e minicursos, e 3.690 participantes de 222 municípios de 26 estados brasileiros. Esses números mostram a dimensão do X Congresso In-ternacional de Tecnologia na Educação, promovido pelo Sistema Fecomércio-Sesc-Senac-PE, com patrocínio do Sebrae e da Caixa Econômica Federal, e realizado no Centro de Convenções de Pernambuco, de 4 a 6 de setembro.

O evento contou com a participação de pesquisadores de Espanha, Portugal e Colômbia e de várias universidades e ins-tituições de pesquisa e ensino brasileiras. “Discutimos os problemas da Educação para elevar o nível dela no Estado. Esta-mos vivendo um momento excepcional, em que Pernambuco lidera o crescimento no País, e queremos dar apoio às pessoas,

para acompanhar esse desenvolvimento”, afirmou Josias Albuquerque, presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac-PE. Du-rante os três dias de programação foram apresentados, ao todo, nove conferências, 20 palestras simultâneas e 16 minicursos.

Com o apoio da Federação do Comércio do Estado de Sergipe (Fecomércio-SE), o novo Código Comercial começou a ser deba-tido nacionalmente. Em evento realizado na Assembleia Legislativa, o autor intelectual do Projeto 1.572/2011, o professor Fábio Ulhoa Coelho, ministrou palestra mostrando as ne-cessidades da implantação de novas diretrizes para o comércio de forma geral.

Vice-presidente da Comissão Especial da Câmara que trata do assunto, o deputa-do Laércio Oliveira (PR-SE) afirmou que esse é o momento para sugerir ideias para aperfeiçoar o Projeto. “Ninguém melhor do que o empresário para mostrar quais são os pontos positivos e negativos da atua l legislação e o que mais atrapalha o comerciante atualmente.”

O presidente da Fecomércio-SE, Abel Gomes da Rocha, disse estar preocupado em relação à aprovação do novo Código. Ele tem a esperança de que o processo seja

mais rápido do que a proposta de reforma tributária, “que ainda hoje tramita no Con-gresso Nacional”.

O antigo Código Comercial, que data de 1850 – época do Império –, tornou-se defasado e teve sua maior parte revogada no ano de 2003, quando passou a vigorar o novo Código Civil.

Josias Albuquerque: “Vivemos momento excepcional, em que Pernambuco lidera o crescimento no País”

Empresários e políticos participaram do primeiro debate nacional sobre o novo Código Comercial

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SISTEMA COMÉRCIO

Instalações do Sesc e do Senac levam educação, qualificação profissional e qualidade de vida a várias partes do Brasil

Sesc e Senac inauguram novas unidades no País

Sesc Sorocaba

Em 1o de setembro, a cidade de Soro-caba, nona maior cidade de São Paulo, re-cebeu o primeiro edifício do Sesc com selo de desenvolvimento sustentável. O Sesc Sorocaba possui jardins verticais e respeita os mandamentos da construção sustentável de não agressão ao meio ambiente. As ino-vações renderam ao espaço a certificação Leed (Liderança em Energia e Design Am-biental, na sigla em inglês), concedida pelo US Green Building Council. O Sesc Soro-caba tem cerca de 30 mil metros quadrados e abriga consultórios odontológicos, anfi-teatro ao ar livre, quadras poliesportivas, teatro, biblioteca, área de recreação, restau-rante, academia, entre outros serviços.

Novo terreno pa ra o Senac no Acre

A prefeitura de Brasileia, no Acre, doou, em 29 de agosto, um terreno de 2010 m² para a construção de uma unidade do Senac no Município. “Peço aos jovens que aproveitem esse espaço que vai ser construído, pois será muito útil para o futuro de cada um”, afirmou o presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac no Acre, Leandro Domingos.

Unidades do Senac em Gramado (foto menor) e Umuarama (foto maior)

OSistema Comércio não para de crescer. A prova disso é a inaugu-ração de novas unidades do Sesc

e do Senac em todo o Brasil. Um exemplo foi a inauguração de uma unidade do Se-nac em Gramado, no Rio Grande do Sul, no dia 7 de agosto. A nova unidade abrirá espaço para cursos nas áreas de Gastro-nomia, Hotelaria, Idiomas e Informática, mas terá um diferencial: cursos especiais de chocolateria que abordarão receitas di-ferentes com chocolate. Em Gramado, o Senac ocupará um espaço de 800 metros quadrados, com capacidade para atender 150 alunos em cada turno.

Já em 18 de setembro foi a vez da ci-dade paranaense de Umuarama receber uma unidade do Senac, que poderá aten-der mais de mil alunos por dia. A escola tem auditório para 120 pessoas, bibliote-ca, ambiente pedagógico de beleza para os cursos de cabeleireiro e manicure, co-zinha pedagógica, lanchonete-escola, la-boratórios e outras dependências. “Quere-mos levar nossas escolas aos Municípios do interior do Paraná, proporcionando o acesso ao ensino profissionalizante a to-dos os paranaenses, e, com isso, contribuir para o desenvolvimento social e econô-mico dessas comunidades”, afirmou o diretor regional do Senac-PR, Vitor Monastier.

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HisTÓria em imaGem

(NASA/JPL-Caltech/Malin Space Science Systems)

Curiosidade em MarteTal como o seu nome, o robô Curiosity (curiosidade), que há um mês

percorre Marte, prende a atenção do mundo científico em sua missão em busca de sinais que comprovem, por meio de testes geológicos, ter existido vida no chamado planeta vermelho. A Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) liberou imagens de solo e rochas. Agora, o veí-culo mostra a si próprio. São autorretratos, capturados por uma câmera instalada em um dos seus braços, que mostram as rodas, instrumentos, ferramentas e o fundamental laboratório que analisará amostras do solo. O Curiosity ficará dois anos em Marte, ao lado do seu irmão mais velho, o Opportunity, que já está lá há oito anos.

UMA NOVA MARCA. A COMPETÊNCIA DE SEMPRE.

A marca do Senac está presente em todo o Brasil e faz parte da vida de milhares

de brasileiros que buscam, na formação profissional, uma oportunidade de

crescimento e realização pessoal. Eles se transformam e ajudam o país a se

transformar para melhor, como a nova marca do Senac.

s e n a c . b r • f a c e b o o k . c o m / S e n a c B r a s i l • t w i t t e r . c o m / S e n a c B r a s i l

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