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sumaeconomica.com.br CONSULTORIA E PUBLICAÇÕES JULHO DE 2016 | Edição: 458 ISSN 0100-8595 Fundamentos para voltar a crescer Câmbio e orçamento equilibrado serão importantes para a retomada Nesta Edição, caderno especial sobre Seguro de Automóveis Seguro popular e serviços agregados são opções Alternativas para a queda nas vendas Estudo Setorial Revista Suma Economica ISSN 0100-8595 - Edição Especial 83 - Julho de 2016

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sumaeconomica.com.br CONSULTORIA E PUBLICAÇÕESJULHO DE 2016 | Edição: 458

ISSN

0100

-859

5

Fundamentos paravoltar a crescer

Câmbio e orçamento equilibradoserão importantes para a retomada

Nesta Edição, caderno especialsobre Seguro de Automóveis

Seguro popular e serviços

agregados são opções

Alternativas para a

queda nas vendas

Estudo SetorialRevista Suma Economica

ISSN 0100-8595 - Edição Especial 83 - Julho de 2016

Page 2: Câmbio e orçamento equilibrado - Suma Economicasumaeconomica.com.br/revistas/pdfs/suma_julho1.pdf · principais tendências que você deve considerar para os seus negócios e investimentos

Orçamento operacional e de vendas

Baixe um leitor de QR code em seu celular, aproxime o telefone do código

e aproveite as promoções no site:www.suma.com.br

Saiba como identificar e aproveitar oportunidades, controlar custos, diminuir riscos e avaliar os rumos da empresa.

Um orçamento operacional e de vendas bem feito precisa envolver todo o pessoal-chave de sua empresa: finanças, RH, logística, marketing, vendas, produção e pessoal de apoio.

Saiba como maximizar os lucros fazendo o trade-off entre preços e quantidade de vendas, como preparar a matriz de preços de sua empresa para atingir o melhor resultado financeiro. Aprenda melhorar o mix de seus produtos e fazer a estratégia de preços.

O planejamento do orçamentário é um diferencial que determina muitas vezes o sucesso ou fracasso de uma empresa. Aprenda a calcular todos os aspectos essenciais de seu negócio, tais como a receita à vista, o cálculo das despesas proporcionais a venda, o prazo de recebimento, a projeção futura de resultados e outros.

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Revista Suma Economica 3

O Estado da Economiathe state of the economy

Orçamento operacional e de vendas

Baixe um leitor de QR code em seu celular, aproxime o telefone do código

e aproveite as promoções no site:www.suma.com.br

Saiba como identificar e aproveitar oportunidades, controlar custos, diminuir riscos e avaliar os rumos da empresa.

Um orçamento operacional e de vendas bem feito precisa envolver todo o pessoal-chave de sua empresa: finanças, RH, logística, marketing, vendas, produção e pessoal de apoio.

Saiba como maximizar os lucros fazendo o trade-off entre preços e quantidade de vendas, como preparar a matriz de preços de sua empresa para atingir o melhor resultado financeiro. Aprenda melhorar o mix de seus produtos e fazer a estratégia de preços.

O planejamento do orçamentário é um diferencial que determina muitas vezes o sucesso ou fracasso de uma empresa. Aprenda a calcular todos os aspectos essenciais de seu negócio, tais como a receita à vista, o cálculo das despesas proporcionais a venda, o prazo de recebimento, a projeção futura de resultados e outros.

Câmbio e crescimento do PIBNo curto período em que assumiu a presidência, Michel

Temer conseguiu importantes avanços com o Congresso. Fez o que podia, como interino no cargo, consolidando

apoios e evitando atritos, o que ele sabe fazer muito bem.

Sabia-se que, até a votação definitiva do impeachment, a conta seria alta com os governos estaduais e com o funcionalismo, acompanhada de negociação intensa no Congresso. E, até o fim de agosto, a situação continuará igual.

As concessões e os aumentos de salários, embora indesejáveis, são um preço relativamente pequeno quando comparado com a recessão e com o desastre para onde caminhava a economia brasileira.

A grande questão, agora, é: o que esperar do período entre setembro e dezembro de 2016?

Até o fim de agosto deve estar pronta e avaliada a “Agenda para o Crescimento”, com três partes principais:

1. Marcos regulatórios.

2. Financiamentos e infraestrutura.

3. Ambiente de negócio.

Sendo levada a frente esta agenda, como é provável, vai destravar os principais gargalos da economia e ela pode crescer, em 2017, mais de 3%. Podendo ser mais, dependendo da confiança que transmita à sociedade como um todo, pois a capacidade ociosa e a quantidade de mão de obra disponível têm condições de permitir que o país dê um salto de crescimento. Além disso, a base de comparação, após um longo período de recessão, é baixa.

Em termos práticos, nos meses de julho e agosto a situação econômica tende a continuar em lenta recuperação, pois a confiança no futuro melhorou com o novo governo. E, as vendas do comércio, de agosto a dezembro tendem a crescer, impulsionadas pelo melhor ambiente econômico e pela própria sazonalidade das vendas no fim do ano.

A grande questão, com fortíssimo impacto na recuperação econômica e que precede qualquer “pacote econômico”, é o câmbio. Em um passado relativamente recente o dólar flutuou entre R$ 3,80 e R$ 4,00, dando um impulso à indústria de manufaturas, que sofreu quase vinte anos de real supervalorizado, como âncora para a inflação. Como resultado, destroçou-se a base industrial brasileira, mas não segurou a inflação, alimentada pelos contínuos déficits públicos.

Enquanto se festejava o saldo comercial do primeiro

semestre, passava-se despercebido o fato de que o comércio exterior brasileiro está encolhendo e que - em relação a junho de 2015 - a exportação de manufaturados caiu 21%.

Será difícil e demorado o crescimento do país se a corrente de comércio mundial continuar se deteriorando. A inserção do Brasil no mercado internacional é um passo fundamental para o crescimento e para a estabilidade dos preços.

E, a nomeação de José Serra, um político experiente e gestor de talento, foi um passo certo nesta direção. Porém, sem uma taxa de câmbio competitiva e pouco volátil não se chegará a lugar nenhum.

A exportação de manufaturas demanda um ciclo de negócios que raramente é inferior a seis meses. O que, com o câmbio instável, é uma loteria que inviabiliza a expansão do comércio exterior.

Além do câmbio, a disponibilidade de capital para investimentos é outro gargalo.

No curtíssimo prazo, até outubro-novembro deste ano, quando se espera que o atual governo tenha anunciado e comece a colocar em prática, efetivamente, um plano de redução do déficit público, os juros sobre a dívida pública tendem a continuar alto. E continuarão escassos os recursos disponíveis para a iniciativa privada.

Atualmente, no mundo, acumula-se uma imensa quantidade de capitais sub-remunerados, com taxas reais - e mesmo nominais - negativas, uma oportunidade atraente para se obter recursos para infraestrutura e para outros projetos que são imprescindíveis para o desenvolvimento do país.

Considerando o ambiente político e econômico, as principais tendências que você deve considerar para os seus negócios e investimentos são:

•PIBmundialcrescendoentre3,0%e3,4%nesteano.

•PIBnacionalnegativo,entre-3,5%e-3,7%em2016.

• Inflaçãodesacelerandopara7,5%em12meses.Muitodifícilalcançarmosametade4,5%para2017.

• Incertezanomercadodecâmbio.Sóumacoisaécerta:asupervalorizaçãodorealpodeprolongararecessãoaté2017.

• Juros básicos de 14,25% até outubro. Queda emcâmeralenta.

•o“pacoteeconômico”desetembrotendeabeneficiaromercadodeações.

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Índice

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FATOS, TENDÊNCIAS & OPORTUNIDADESBrexit,ChinaeEUA

31

CÂMBIO & COMÉRCIO EXTERIORMercadoconfusocomo“Brexit”

20

AÇÕESApesardacrise,Ibovespatemresultadopositivonosemestre

26

PRODUÇÃO INDUSTRIALInvestimentomenor

18

TAXA DE JUROSJuros:umlongoprocessodeajuste

PRINCIPAIS INDICADORES08

EVOLUÇÃO E PREVISÕES12FUNDOS DE INVESTIMENTO

22 Resgatelíquidoretorna

SEGUROS

23Maisinvestimentos

VENDAS DO COMÉRCIO

24Melhoraaintençãodeinvestimento

33

ECONOMIA INTERNACIONALComércioglobalestagnado

34

AGRÍCOLA ECOMMODITIESRecordenãovirá

ATUALIZAÇÃO DE ATIVOS36

ESTATÍSTICA38

BRIEFINGS06

DIRETOR: Alexis Cavicchini - [email protected]

BANCO DE DADOS E PESQUISA ECONÔMICA: Fernando Lopes de Mello - [email protected]

COLABORAÇÃO:Alexis Cavichini Filho - Jorge Clapp - Melanie Siqueira

TRADUÇÃO:Melanie Siqueira

PROjETO GRAfICO E DIAGRAMAÇÃO:CRIA Comunicação - www.criavisual.com.br

DIRETORIA COMERCIAL:Salete Gondim - [email protected]

ATENDIMENTO:Maristella Orlando - [email protected]

WEB DESIGNER/INTERNET:Alessandra Moura - [email protected]

CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE:(0xx21) 2501-2001www.sumaeconomica.com.br

CIRCULAÇÃO:Otacílio Vieira Filho

RIO DE jANEIRO: Rua Baronesa do Engenho Novo, 189 - Cep 20961-210Engenho Novo - Rio de Janeiro - RJ.Tel.: (0xx21) 2501-2001 - Fax: (0xx21) 2501-2648

TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 45.000 exemplares.

Todas as análises e estatísticas são cuidadosamente preparadas pela equipe da SUMA ECONOMICA, de acordo com os últimos dados disponíveis no seu fechamento. Contudo, o uso destas informações para fins comerciais e de investimento é de exclusiva responsabilidade e risco dos seus usuários.

O ESTADO DA ECONOMIACâmbioecrescimentodoPIB

THE STATE OF THE ECONOMYExchangeRateandGDPGrowth

ANÁLISE DA CONJUNTURAFundamentosparavoltaracrescer16

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05

Fundamentos para voltar a crescer

A revista SUMA ECONOMICA é uma publicação mensal da COP EDITORA LTDA.Suma Economica

Câmbio e orçamentoequilibrado serão importantes

para a retomada

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Revista Suma Economica 5

The State of the Economyo estado da economia

Exchange Rate and GDP GrowthIn the short period since he assumed the presidential

powers, Michel Temer made important advances with Congress. He has been acting withing his possibilities,

consolidating support and avoiding friction - and he does that really well.

It was known that until the definitive impeachment vote, the bill would be high with the state governments and the civil service, accompanied by intense negotiations in Congress. And until the end of August, the situation will remain the same.

Concessions and wage increases, although undesirable, are a relatively small price compared to the recession and the gloomy economic outlook that were rapidly developing.

Now the big question is: what to expect from the period between September and December 2016?

By the end of August the “Agenda for Growth” should be ready, comprising three main parts:

1. Regulatory frameworks.

2. Financing and infrastructure.

3. Business Environment.

If this agenda is carried forward, as is likely, it will unlock the main bottlenecks of the economy, facilitating a growth above 3% in 2017. It might be higher, depending on the ability to transmit trust to the society as a whole, since the spare capacity and the amount of available manpower are factors that allow the country to take a growth spurt. Furthermore, the comparison basis is low, after a long period of recession.

In practical terms, in the months of July and August the economic situation is likely to continue recovering slowly, because confidence in the future has improved with the new government. Trade sales tend to grow from August to December, driven by better economic environment and by the seasonality of sales at the end of the year.

The big question, with very strong impact on economic recovery and above any “economic package” is the exchange rate. In a relatively recent past the dollar fluctuated between R$ 3.80 and R$ 4.00, giving a boost to the manufacturing industry, which suffered nearly twenty years of overvalued BRL, as an anchor for inflation. As a result, Brazil’s industrial base was shattered, but did not hold inflation, fueled by continued government deficits.

While the trade balance of the first half was celebrated,

the fact that the Brazilian foreign trade is shrinking went unnoticed: in relation to June 2015, manufactured exports fell 21%.

The country will face hard times and slow growth if global trade flows continue to deteriorate. The insertion of Brazil in the international market is a key step for growth and price stability.

The appointment of José Serra, an experienced politician and talented manager, was a right step in this direction. However, without a competitive rate and less volatile exchange, the country will get nowhere.

The export of manufactured goods demands a business cycle that is rarely inferior to six months. Considering the unstable exchange rate, it is a lottery, which prevents the expansion of foreign trade.

In addition to the exchange, the availability of capital for investment is another bottleneck.

In the very short term, until October-November this year, when a public debt reduction plan is expected to be in motion, interest on the public debt tend to remain high. Therefore, resources available to the private sector will remain scarce.

It should be noted that an immense amount of underpaid capital is globally available, with negative real - and even nominal - rates, an attractive opportunity to raise funds for infrastructure and other projects that are essential for the development of the country.

Considering the political and economic environment, the main trends that you should consider for your business and investments are:

•WorldGDPgrowingbetween3.0%and3.4%thisyear.

•NegativeGDPbetween-3.5%and-3.7%in2016.

• Inflationdecelerating to7.5% in12months.Hard tohitinflationtargetof4.5%for2017.

•Uncertaintyinthecurrencymarket.Onlyonethingiscertain:BRLovervaluationmayprolongtherecessionuntil2017.

•BasicInterestat14.25%untilOctober.Slow-motiondrop.

•September’s“Economicpackage”tendstobenefitthestockmarket.

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Briefings

Volume do setor de serviçosDe acordo com o IBGE, o volume do setor de serviços apresentou queda de 4,5% em abril na comparação com o mesmo mês de 2015, mantendo a trajetória de queda. No ano, retração de 4,9%. Em 12 meses o resultado apontou uma queda de 4,6%.

Em receita, houve alta de 0,4% frente ao mês de abril de 2015, com o resultado acumulado em 12 meses fechando em alta de 0,6%. No quadrimestre, alta de 0,5%.

O destaque no volume de serviços ficou para Serviços de Tecnologia da Informação, único a apresentar alta no quarto mês de ano, fechando em 1,6%. Pelo lado negativo, queda de 8,8% em Transporte Terrestre. Em receita, o melhor resultado ficou para Outros Serviços Prestados às Famílias, com elevação de 6,2%. No ano, o ramo também tem o melhor desempenho, com alta de 7,4%.

Por estado, os destaques foram Rondônia, com alta de 7,2% no volume de serviços, seguido por Roraima e Tocantins, com crescimento de 6,5%. Pelo lado negativo a maior queda foi apresentada pelo Amazonas: -15,3%.

Comportamento da Demanda por crédito por parte das empresas De acordo com o Serasa Experian, a demanda das empresas por crédito cresceu 11,1% em maio na comparação com o mes-mo mês de 2015. Frente a abril de 2016, houve alta de 12,0%. O resultado acumulado nos primeiros cinco meses aponta uma queda de 4,6%. Em 12 meses, desaceleração de 5,4%.

Por porte de empresa, as micro e pequenas empresas tiveram alta de 12,1% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado. Médias e Grandes apresentaram retração nesta base. Frente ao mês de abril, apenas as Grandes tiveram que-da, mesmo assim, muito pequena. O resultado acumulado do ano aponta ainda retração de dois dígitos tanto para Médias quanto para Grandes empresas. Para as MPE a retração entre janeiro e maio chegou a 3,9%. Em 12 meses o comportamento semelhante ao acumulado anual em todos os portes.

Na análise por setor, houve alta generalizada na procura por crédito frente ao mês de maio de 2015. Na comparação com abril, a alta foi de dois dígitos em todos os pesquisados. O resultado nos cinco primeiros meses do ano aponta retração em todos os setores, mantendo a trajetória de quedas que vêm se tornando menores a cada mês de pesquisa. Em 12 meses, ainda queda acumulada generalizada

Na pesquisa por região, frente ao mês de maio do ano passado, todas apresentaram aceleração, comportamento registrado também quando a comparação é feita com abril deste ano. O resultado do ano aponta para uma retração em todas as regi-ões. Em 12 meses, também.

Abates no primeiro trimestreDe acordo com o IBGE, no primeiro trimestre deste ano foram abatidas 7,29 milhões de cabeças, queda de 5,8% frente ao mesmo trimestre de 2015 e de 5,2% frente ao último trimestre do ano passado. 21 dos 27 estados da federação tiveram retração no abate, destaque para as quedas em Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. O ranking aponta para a liderança no abate de bovinos para o Mato Grosso.

Para suínos, foram 10,06 milhões de cabeças entre janeiro e março deste ano, aumento de 9,6% frente ao mesmo período do ano passado, mas retração de 1,5% na comparação com o último trimestre de 2015. Os estados da região Sul mantêm a liderança no abate de bovinos, sendo Santa Catariana a primeira no ranking.

No caso do abate de frangos, foram 1,48 bilhão de cabeças, alta de 7,1% na comparação com o com o primeiro trimestre do ano passado. Frente ao período entre outubro e dezembro, retração de 1,8%. A liderança pertence ao estado do Paraná.

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Fatos, Tendências & Oportunidadesfacts, trends and opportunities

Por Alexis Cavicchini, Editor

Brexit, China e EUAO Brexit foi uma decisão desastrada, o que mostra não ser privilégio dos brasileiros votar errado. Considerando o

“imbróglio” político na Inglaterra, não se sabe qual o caminho tomará o Parlamento - que deve decidir sobre a saída da Grã-Bretanha. Se for pela saída, o PIB da Inglaterra cairá mais de 3% no próximo ano. Porém, o impacto sobre o crescimento mundial será pequeno, pois a economia bretã já não tem a importância do passado.

Por outro lado, se for chamado um novo referendo e o “fica” ganhar, a Grã-Bretanha, provavelmente, parará de reclamar da Comunidade Europeia e se integrará à liderança do bloco.

Quanto à China, os analistas internacionais prenunciam uma “recessão iminente no país”, como já fazem há mais de cinco anos. Entretanto, o que tem ocorrido é uma desaceleração do crescimento para 6% ao ano, pois a base do PIB cresceu muito nos últimos trinta anos. Provavelmente continuará se desacelerando nos próximos anos, na medida em que se reduz o “gap tecnológico” entre a China e os países desenvolvidos.

Por fim, o mais importante. Nos EUA a economia está crescendo com uma inflação baixíssima. Os juros reais são negativos e devem continuar neste patamar até depois das eleições presidenciais.

O PIB mundial internacional está crescendo a mais de 3% ao ano e o Brasil terá, em 2017, um bom momento para aumentar a inserção na economia.

Juros baixíssimos e grande liquidez internacionalAtualmente no mundo, acumula-se uma imensa quantidade de capitais sub-remunerados, com taxas reais

baixíssimas ou negativas. O excesso de dinheiro disponível decorre de duas causas: (i) a forte expansão monetária pós-crise de 2008 nos EUA, na Inglaterra, no Japão e, atualmente na Comunidade Econômica Europeia e; (ii) o fato de que as famílias e as empresas, nos países desenvolvidos, estão gerando um acúmulo de riquezas, que se transforma em poupança financeira em proporção maior do que os bancos conseguem alocar em financiamentos.

Em suma, a demanda de capitais por parte China decresce. Logo, falta um tomador de recursos, no mercado internacional, que demande grandes volumes para investimentos.

Se o atual governo brasileiro conseguir transmitir segurança aos empreendedores do país e aos investidores internacionais, haverá uma montanha de recursos para infraestrutura e outros projetos que são imprescindíveis para o crescimento.

Subsídios à agricultura chinesaNo decorrer deste ano, os subsídios da China para a sua agricultura devem somar 50% de todos os recursos que

são concedidos no mundo, a fundos perdidos ou a taxas de juros negativas, para a produção de alimentos.

Faz sentido, pois a China é a maior demandante de alimentos do planeta e, por uma questão de segurança alimentar, precisa manter uma produção agrícola interna capaz de alimentar mais de 1,3 bilhão de habitantes.

O custo da produção subsidiada é um dos maiores do mundo, o que mostra que estão sendo criados novos espaços agriculturáveis a um custo muito alto e a disponibilidade de mão de obra é mais escassa, na medida em que a demanda de mão de obra para a indústria e para os serviços é cada vez mais forte nos centros urbanos.

Pelo que, a demanda de alimentos - e, em particular, de proteicos - continuará firme por parte da China.

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