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CLIQUEAQUI PARA VIRARAPÁGINA A Organização Social no Brasil Autoria: Francisco Carlos Orlandini Tema 01 O pensamento Social Brasileiro

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CLIQUEAQUIPARAVIRARAPÁGINAA Organização Social

no BrasilAutoria: Francisco Carlos Orlandini

Tema 01O pensamento Social Brasileiro

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Tema 01O pensamento Social Brasileiro

Como citar este material:ORLANDINI, Francisco Carlos. A Organização Social no Brasil: O pensamento Social Brasileiro. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.

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Conteúdo

Nessa aula você estudará:

• A nação brasileira vista por seus intelectuais.

• A mudança representada pelo pensamento acadêmico.

• A mudança representada pelas obras de Caio Prado Jr., Gilberto Freyre e Sergio Buarque de Holanda.

CONTEÚDOSEHABILIDADES

Introdução ao Estudo da Disciplina

Caro(a) aluno(a).

Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Três leituras básicas para entender a cultura brasileira, do autor Gabriel Lomba Santiago, editora Alínea, ano 2011, Livro-Texto n. 350.

Roteiro de Estudo:

Francisco Carlos OrlandiniA Organização Social no Brasil

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Habilidades

Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:

• Quais as preocupações que orientavam a produção anterior aos três autores tratados?

• Qual a inovação representada pelos trabalhos de Caio Prado Junior, Gilberto Freyre e Sergio Buarque de Holanda?

• Quais as principais categorias analíticas presentes em cada um destes autores?

CONTEÚDOSEHABILIDADES

LEITURAOBRIGATÓRIA

O Pensamento Social Brasileiro

Na época em que foram publicados os livros de Caio Prado jr., Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre o Brasil estava numa encruzilhada: o século XIX havia ficado para trás, mas o jogo político e as marcas da escravidão estavam ali presentes para quem quisesse ver. Esses autores aceitaram o desafio e inovaram na maneira de olhar para o futuro do país, incorporando a História, a Sociologia e a Economia. Ao fazerem isso romperam com um conhecimento gerado ainda no século XIX e que teimava em se manter.

Até então o Brasil fora visto como um grande laboratório onde a experiência em curso era o contato entre povos totalmente diferentes entre si: o habitante nativo, o europeu colonizador e o africano escravizado.

A colonização fora uma forma de levar a civilização aos lugares mais atrasados. Como contrapartida, essas regiões passaram a abastecer o mercado europeu com alguns produtos novos (pau brasil, especiarias, cana-de-açúcar) e outros nem tanto, apesar de valiosos como o ouro e a prata.

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LEITURAOBRIGATÓRIAO que ninguém contava era com a possibilidade de uma interação entre povos tão diferentes; primeiro o europeu se misturando com o índio e depois com os escravos trazidos da África. Qual seria o povo formado nesses territórios?

A incógnita que os pensadores se colocavam ao longo do século XIX era: o que vai ser de uma nação constituída dessa maneira?

O conhecimento científico sobre as populações naquela época era baseado numa associação entre teorias da evolução (uma espécie de darwinismo social) e um conjunto de preconceitos com base na aparência do indivíduo, resumidos na palavra “raça” (naquela época o racismo das explicações sobre o comportamento individual ainda era bastante comum).

Dessa forma, considerando que as populações evoluem ao longo do tempo, imaginava-se os europeus como um estágio civilizatório mais avançado, enquanto que, no extremo oposto, estavam os africanos e os indígenas.

Alguns somavam a mestiçagem com o clima tropical e calculavam o tempo que levaria até que a população estivesse totalmente degenerada. Outros enxergavam na imigração europeia a única salvação para o país, por meio do chamado “branqueamento” da nação (acreditava-se ser necessário, e possível, limitar a influência africana a partir da vinda de imigrantes europeus para o país).

A base dessas percepções combinava um pensamento racial e seu argumento era que a mistura de raças levava à mestiçagem, a degenerescência e ao crime.

É em relação a esse panorama pessimista sobre o futuro do país que se apresenta a originalidade dos três autores. Deixando de lado as metáforas biológicas, ou seja, a comparação da sociedade com um organismo vivo com estágios evolutivos, em lugar disso, passaram a trabalhar com categorias próprias às Ciências Sociais. É por isso que se irá encontrar as ideias de Karl Marx, em Caio Prado Jr., de Franz Boas no livro de Gilberto Freyre e de Max Weber na obra de Sergio Buarque de Holanda.

O “materialismo histórico dialético”, que marca o trabalho de Caio Prado Jr., exemplifica a aplicação do ideário marxista na análise da formação da sociedade brasileira. O termo “materialista” implica a observação da história como um conjunto de transformações na estrutura social. Ao invés de esmiuçar a ação de indivíduos, o historiador compreende as mudanças sociais a partir do movimento de uma estrutura produtiva (ou seja, as relações

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sociais de produção). Dito de outra forma, na perspectiva materialista, a sociedade se constitui por meio da formação e enfrentamento de classes sociais, sendo que a produção é o local privilegiado para se observar essa relação. Assim a história de uma sociedade é a própria história dessa luta entre classes sociais que procuram fazer valer seus interesses econômicos. As manifestações políticas e culturais presentes em uma sociedade devem também ser compreendidas desse ponto de vista, qual seja, do enfrentamento ou da luta de classes. Quando se agrega o termo “dialético” ao “materialismo histórico” se está afirmando que as mudanças sociais resultam do próprio desenvolvimento de uma sociedade. Ou seja, não se trata da vontade de um indivíduo ou de um soberano, a mudança social é resultado de certa evolução de um conjunto de circunstâncias existentes em uma estrutura social.

Na prática, isso significa dizer que a formação da sociedade brasileira é resultado da evolução de uma estrutura produtiva, no caso, a economia capitalista em sua fase de expansão mercantil.

É essa expansão mercantil, ou comercial, que fomenta a organização da produção de gêneros para o mercado internacional e até mesmo a introdução do trabalho escravo na então colônia portuguesa.

Dentre os três autores, Gilberto Freyre é aquele que encara a questão colocada pela miscigenação no Brasil. Seu esforço é duplamente original: em primeiro lugar recupera o contato cultural e o coloca na perspectiva da construção de uma nova sociedade. Além disso, suas fontes são tão inéditas quanto pouco usuais para a época. Essas duas particularidades são provenientes do culturalismo norte-americano. Nesse sentido, a miscigenação é a marca registrada de “Casa Grande & Senzala” e sua descrição apresenta o surgimento de uma “civilização do açúcar” (posto que sua origem fora a cultura canavieira do norte agrário (ou o que hoje é o nordeste brasileiro, especificamente Bahia e Pernambuco). Essa descrição é a marca do culturalismo: o cotidiano das fazendas, dominado pela convivência entre elementos culturais que formam um mundo novo. Aparecem ali os doces portugueses e a culinária africana, o cuidado com as crianças e a educação sexual dos jovens. Esses assuntos não eram tema de pesquisa e mostram a importância concedida por Gilberto Freyre ao estudo da cultura, mostrando uma composição de elementos étnicos da qual surgiu a nação brasileira. É importante fixar este aspecto: não se trata mais de se preocupar com a “biologia” da mestiçagem; Gilberto Freyre chama atenção para o fato de que a ocupação territorial fundada na interação entre diferentes etnias levou ao surgimento de um povo mestiço valorizado pela soma de culturas.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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É verdade que o autor passa ao largo da violência inerente ao fenômeno da escravidão. É o preço pago pela construção do seu argumento: para destacar, acertadamente, a interação entre culturas constrói uma representação do patriarcado em que os açoites e os estupros são acobertados.

O terceiro nome, Sergio Buarque de Holanda, também irá enfatizar aspectos culturais presentes na constituição histórica da sociedade brasileira. Ao invés da raça, porém, sua ênfase recai sobre elementos políticos presentes neste processo, ou seja, as relações de poder estabelecidas a partir da presença de certos aspectos culturais peculiares à colonização portuguesa.

Assim como no caso dos autores tratados anteriormente, esse esforço interpretativo também indica a influências teóricas importantes, no caso, a Sociologia alemã, particularmente, Max Weber. Este autor constrói uma categoria explicativa, o “tipo ideal”, uma síntese de determinado comportamento que seria significativo de uma sociedade. Em “Raízes do Brasil”, encontra-se uma aplicação deste método na figura do “homem cordial”, uma tipificação do processo de formação da sociedade brasileira. Em sua construção ao longo do livro, Sergio Buarque de Holanda vai recolhendo características do empreendimento colonial português que, uma vez combinadas, resultariam nessa figura peculiar.

A maneira como essa construção é apresentada também ilustra outra característica do método weberiano: o trabalho comparativo. Sergio Buarque coteja diferentes aspectos das colonizações portuguesa e espanhola, desde a ocupação territorial (o “semeador” versus o “ladrilhador”), passando pela organização da produção (“trabalho” e “aventura”) até chegar na figura do “homem cordial”, ou aquele que coloca os interesses pessoais (os afetos, as coisas do coração) acima das regras impessoais construídas para a coletividade.

Tamanha é a surpresa que provoca a identificação de comportamentos contemporâneos ao longo destas páginas escritas há tanto tempo que é difícil não perguntar se ou quanto o país mudou ao longo desses anos. Ao colocar tal pergunta entende-se enfim por que estes três livros resistem ao tempo e, dessa forma, se tornam clássicos do pensamento social brasileiro.

LEITURAOBRIGATÓRIA

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LINKSIMPORTANTES

Quer saber mais sobre o assunto? Então:

SitesUm comentário sobre os três autores feito por Fernando Novais. Disponível em:<http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/as-raizes-e-seus-frutos>.Acesso em: 03 fev. 2014.

Um comentário sobre o pensamento social brasileiro na apresentação do livro “Um enigma chamado Brasil”. Disponível em: <http://www.companhiadasletras.com.br/trechos/12863.pdf>. Acesso em 03 fev. 2014.

Uma resenha do livro “História das Ciências Sociais no Brasil”, volume 1, organizado por Sérgio Miceli e publicado em São Paulo pela Vértice e pela Editora Revista dos Tribunais, IDESP em 1989, p. 490. Escrita por Simon Schwartzman, apresenta rapidamente a expansão do campo das Ciências Sociais no Brasil. A importância deste processo e perceber como frutificou a obra iniciada pelos três autores tratados nesta aula. Disponível em: <http://www.schwartzman.org.br/simon/miceli.htm>. Acesso em: 03 fev. 2014.

Vídeos“Entre cantos e chibatas – conversa com Lilia Schwarcz” é um conjunto com de quatro vídeos produzidos pelo Instituto Moreira Sales em que, a partir de uma coleção de fotos do século XIX, são expostas as tensões entre a violência da escravidão e a delicadeza dedicada ao cuidado com os filhos da casa grande por esses mesmos escravos. Disponível em:Parte 1: <http://youtu.be/oJ-oWxKDhW0>.Parte 2: <http://youtu.be/HmU28Rn1A9c>.

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LINKSIMPORTANTESParte 3: <http://youtu.be/y2P9VtABG78>.Parte 4: <http://youtu.be/WJZ08gl8y-g>.Acesso em: 03 fev. 2014.

Assista ao vídeo “Mistura e invenção - Aspectos da cultura brasileira” em que aparecem trechos da obra “O povo brasileiro”, de Darcy Ribeiro. Nele você encontrará uma breve reflexão sobre as origens do povo brasileiro e terá um ponto de partida para os temas seguintes. Disponível em: <http://youtu.be/SszH1iNUm3U>.Acesso em: 03 fev. 2014.

Instruções:

Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.

AGORAÉASUAVEZ

Questão 1:

Do ponto de vista histórico, quais as refe-rências do século XIX que ainda perduram e influenciam o contexto social e político com o qual se deparam nossos autores?

Questão 2:O “materialismo histórico”, que orienta a abordagem de Caio Prado Jr., aparece em sua análise dos seguintes aspectos da so-ciedade brasileira:

a) As manifestações religiosas das populações africanas trazidas para o Brasil.

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b) A exploração comercial que caracteriza o processo de colonização.

c) O patriarcado presente na sociedade constituída em torno da produção açucareira no Nordeste.

d) A cultura trazida pelos imigrantes europeus.

Questão 3:

Para Gilberto Freyre o tema das relações raciais muda de perspectiva. Para ele é im-portante:

a) Alertar para o risco representado pela presença das culturas africana e indígena para o desenvolvimento socioeconômico brasileiro.

b) Promover a imigração europeia e com isso modernizar a sociedade brasileira.

c) Integrar os ex-escravos à sociedade industrial em formação.

d) Destacar a importância da contribuição cultural dos africanos na constituição da cultura brasileira.

Questão 4:

São grandes influências em Caio Prado Jr., Gilberto Freyre e Sergio Buarque de Holan-da, respectivamente, os seguintes autores:

a) Karl Marx, Claude Lévi-Strauss e Antonio Candido.

b) Max Weber, Ruth Benedict e Karl Marx.

c) Karl Marx, Franz Boas e Max Weber.

d) Fernand Braudel, Darcy Ribeiro e Antonio Candido.

Questão 5:

A vida doméstica é um elemento importan-te tanto na obra de Sergio Buarque de Ho-landa quanto em Gilberto Freyre, quando analisam a cultura brasileira. Cada um de-les, porém, chama atenção para um aspec-to específico. Enquanto Sergio Buarque de Holanda destaca o_________ Gilberto Freyre chama atenção para o predomínio do ___________ nas relações familiares.

a) coronelismo,mandonismo.

b) personalismo, patriarcado.

c) arrivismo, personalismo.

d) culturalismo, materialismo.

Questão 6:

Por que os trabalhos de Caio Prado Jr., Gil-berto Freyre e Sergio Buarque de Holanda são tratados uma “redescoberta do Brasil no sentido cultural e intelectual”?

AGORAÉASUAVEZ

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AGORAÉASUAVEZQuestão 7:

Como o “culturalismo” norte americano se manifesta na obra de Gilberto Freyre?

Questão 8:

O “materialismo histórico” que orienta Caio Prado Jr. o leva a observar a formação do Brasil na perspectiva do desenvolvimento capitalista. Como é explicada a ocupação territorial brasileira desse ponto de vista?

Questão 9:

Assim como Caio Prado Jr., Sergio Buar-que de Holanda também recorre à história para explicar a sociedade brasileira. Expli-que como a história o ajuda a interpretar a sociedade brasileira.

Questão 10:

Explique a “nova perspectiva” para as re-lações raciais trazida pela obra de Gilberto Freyre.

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Nesta aula você aprendeu que Caio Prado Jr., Gilberto Freyre e Sergio Buarque de Holanda, além de grandes intelectuais inauguraram uma nova perspectiva para a observação da sociedade brasileira. Deixaram de lado o pessimismo do pensamento racial do século XIX e lançaram mão das teorias que serviram de base à formação das Ciências Sociais no Brasil.

Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!

FINALIZANDO

SANTIAGO, Gabriel Lomba. Três leituras básicas para entender a cultura brasileira. Campinas: Alínea, 2011, Livro-Texto n. 350.

BOTELHO, André; SCHWARCZ, Lilia Moritz (org.) Um enigma chamado Brasil: 29 intérpretes e um país. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

REFERÊNCIAS

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Teoria da evolução: no caso deste texto, trata-se de uma analogia com a ideia do campo da Biologia para pensar a sociedade. Sem se preocupar com a fundamentação científica original, seria pensar que a adaptação dos organismos vivos ao ambiente se processa sob a forma de um processo de seleção natural que levaria a um contínuo aperfeiçoamento.

Darwinismo social: transposição para o campo das ciências sociais da teoria da evolução. Neste caso, baseadas na tese da sobrevivência do mais adaptado, existiriam características biológicas e sociais que determinariam a supremacia de um grupo sobre outro, de tal forma que o grupo com maior habilidade tenderia, naturalmente a levar seus valores aos demais, como forma de promover o desenvolvimento destes.

Racismo: partindo da ideia (equivocada) de que existam raças humanas, definidas por características físicas hereditárias, essa forma de pensar relaciona tais aspectos (biológicos) a determinados traços de caráter, inteligência ou manifestações culturais. Serviu de apoio aos defensores do “darwinismo social”.

Expansão mercantil: etapa histórica do desenvolvimento da economia capitalista caracterizado por práticas econômicas desenvolvidas na Europa entre o século XV e o final do século XVIII. O mercantilismo originou um conjunto de medidas econômicas criadas para fortalecer os estados: o uso do outro e da prata como referência e medida de valor, a adoção de praticas comerciais visando o acúmulo de moeda (em ouro), e a colonização moderna (voltada para o abastecimento do mercado europeu).

Materialismo: explicação sobre a vida social de acordo com a qual a organização da economia (vida material) determina o conjunto da vida social.

GLOSSÁRIO

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Questão 1

Resposta: O final da Escravidão em 1888 e a Proclamação da República no ano seguinte.

Questão 2

Resposta: Alternativa B. A exploração comercial que caracteriza o processo de colonização.

Questão 3

Resposta: Alternativa D. Destacar a importância da contribuição cultural dos africanos na constituição da cultura brasileira.

Questão 4

Resposta: Alternativa C. Karl Marx, Franz Boas e Max Weber.

Questão 5

Resposta: Alternativa B. Personalismo, patriarcado.

Questão 6

Resposta: Trata-se de uma nova perspectiva para percepção da nação (um elemento cultural, portanto, otimista, ainda que problemático, pela pobreza e pouco caso com alguns aspectos da modernidade); além disso, essas obras têm em comum a abordagem científica, embasada no conhecimento gerado no campo das Ciências Sociais.

Questão 7

Resposta: Na incorporação de traços das etnias africanas na formação de uma cultura brasileira; deixando de lado o aspecto biológico da miscigenação.

GABARITO

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GABARITOQuestão 8

Resposta: Ela ocorre a partir da expectativa de abastecer o mercado europeu com produ-tos tropicais.

Questão 9

Resposta: Na comparação com a colonização espanhola, com a qual compara o empreendimento colonial lusitano na América.

Questão 10

Resposta: Há uma ênfase no aspecto cultural do encontro de europeus, africanos e indí-genas e é isso que importa a ele ao realizar sua interpretação da dinâmica social brasileira.

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