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XII ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA Caderno de Resumos 28 e 29 de agosto de 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO CAMPUS MORRO DO CRUZEIRO CADERNO DE RESUMOS

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XII ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO

CURSO DE MEDICINA

Caderno de Resumos

28 e 29 de agosto de 2013

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

CAMPUS MORRO DO CRUZEIRO

CADERNO DE RESUMOS

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XII ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

Ouro Preto – Minas Gerais

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XII ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

Marcone Jamilson Freitas Souza

Reitor

Célia Maria Fernandes Nunes

Vice-Reitora

ESCOLA DE MEDICINA

Márcio Antônio Moreira Galvão

Diretor

George Luiz Lins Machado Coelho

Vice-Diretor

COLEGIADO DE MEDICINA

Fausto Aloísio Pedrosa Pimenta

Presidente

XII ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA

Gustavo Meirelles Ribeiro

Presidente Docente

Álisson Oliveira dos Santos

Presidente Discente

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CADERNO DE RESUMOS

ISSN 2178-0455

REALIZAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

COMISSÃO ORGANIZADORA

Professora Adriana Maria de Figueiredo (UFOP)

Professor Gustavo Meirelles Ribeiro (UFOP)

Acadêmico de Medicina Robson Moraes dos Santos (UFOP)

Acadêmica de Medicina Lídia Lelis Leal (UFOP)

Acadêmica de Medicina Júlia Carvalho Oliveira (UFOP)

Acadêmico de Medicina Gustavo Moura da Mata Machado Ferreira Pinto (UFOP)

Acadêmico de Medicina Álisson Oliveira dos Santos (UFOP)

CADERNO DE RESUMOS ORGANIZADO POR

Professora Adriana Maria de Figueiredo (UFOP)

Acadêmico de Medicina Robson Moraes dos Santos (UFOP)

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÕES ORAIS

PROJETO PEQUENOS AGENTES DA SAÚDE – PAS

PROJETO EDUCARE - EDUCAÇÃO EM SAÚDE VOLTADA PARA

PARTICIPANTES DO PROJETO HIPERATIVE EM PASSAGEM DE MARIANA

(MG)

DISCUSSÃO DOS ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DAS PRÁTICAS

MÉDICAS EM PACIENTES FORA DE POSSIBILIDADES TERAPÊUTICAS

PROJETO HIPERSAÚDE

ANÁLISE DAS ATUAIS POLÍTICAS DE CUIDADO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS NO BRASIL

PROJETO: ACOLHA O ACOLHIMENTO

SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA: REVISANDO SEU PARADIGMA NA

UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO DISTRITO DE ANTÔNIO PEREIRA

EFETIVIDADE DAS AÇÕES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E DO COMITÊ DE INVESTIGAÇÃO DE MORTALIDADE MATERNA, FETAL E

INFANTIL NA VIGILÂNCIA DE ÓBITOS INFANTIS NO MUNICÍPIO DE OURO

PRETO

ACESSIBILIDADE: UMA FORMA DE PROMOVER A INCLUSÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

INCLUSÃO SOCIAL DOS PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN NA

INFÂNCIA: CONQUISTAS E PARADIGMAS

BEM VINDO À UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

PRESENÇA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS ENTRE ESTUDANTES DE

MEDICINA DO SEGUNDO E SÉTIMO PERÍODOS DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DE OURO PRETO

ASPECTOS BIO-PSICO-SOCIAIS DO ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

MEDICINA EM CUBA: O SISTEMA DE SAÚDE E A FORMAÇÃO MÉDICA

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APRESENTAÇÕES DE PÔSTERES

ANÁLISE DOS ÓBITOS CLASSIFICADOS COMO CAUSAS MAL DEFINIDAS

NA CIDADE DE MARIANA/MG

ANÁLISE DE DADOS DO SINASC MARIANA - MG: INFLUÊNCIA DE FATORES COMO O TEMPO DE PRÉ-NATAL E O TEMPO DE GESTAÇÃO NO

PESO DO NASCIDO VIVO.

A ATUAÇÃO DA FUNDAÇÃO ROCKEFELLER NA AMÉRICA LATINA: INTERESSE OU FILANTROPIA?

A SAÚDE-DOENÇA COMO PROCESSO SOCIAL

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE OURO

PRETO/MG, NO PERÍODO DE 2002 A 2010

ANÁLISE DA VITALIDADE DOS RECÉM-NASCIDOS EM OURO PRETO DE 2009-2013

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA ESQUISTOSSOMOSE NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO, MG

JOHN SNOW E AS BASES DA EPIDEMIOLOGIA MODERNA

O MODELO DA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA

CARACTERÍSTICAS DA TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO, MINAS GERAIS, ENTRE 2002 E 2010

IDENTIFICAÇÃO: “ANÁLISE DA MORTALIDADE POR PARADA CARDÍACA NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO NOS ANOS DE 2011 A 2013”

FATORES DE RISCO PARA MORTALIDADE NEONATAL.

CASO DA DOENÇA DE CHAGAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

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PREFÁCIO

O Encontro Didático Científico (EDC) da Escola de Medicina da UFOP

representa uma oportunidade única de vivência. Significa a integração de

estudantes e professores e a oportunidade de aproximação de ambos por um

bem comum: uma formação médica de qualidade, voltada para a determinação

social do processo saúde doença, em consonância com os preceitos do Sistema

Único de Saúde (SUS).

Nesse contexto, a formação médica de excelência deve se pautar também em

uma qualificação técnica. Poder aprender e praticar a metodologia científica

em todas as suas esferas vai ao encontro dessa premissa.

O EDC está em concordância com a formação social e técnica do médico,

levando à reflexão e a aprendizados únicos. A participação de todos é

fundamental para que os próximos eventos sejam ainda mais proveitosos e

representem o que a Escola de Medicina da UFOP é de verdade: uma família.

Álisson Oliveira dos Santos

Presidente Discente e Acadêmico de Medicina da VI Turma

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

PROJETO PEQUENOS AGENTES DA SAÚDE – PAS

Leonardo Cançado Monteiro Savassi ([email protected])

Dafne Fernandes Machado ([email protected]) Letícia Rodrigues Silva ([email protected])

Lívia Maria de Oliveira Gomes ([email protected]) Míriam Cláudia Cardoso dos Santos Marçal ([email protected])

Taís Aparecida Coelho ([email protected]) Waleska Giarola Magalhães ([email protected])

IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA: Mediante visitas de campo para se conhecer a Unidade Básica de Saúde (UBS) Vida, de Cachoeira do Campo, houve a formulação do diagnóstico situacional da região, inferido a partir de uma estimativa rápida participativa, discussão e sistematização com o orientador e as organizadoras do projeto Pequenos Agentes da Saúde (PAS) em sala de aula. Nesse ínterim, constatou-se a contaminação de crianças por doenças relacionadas a hábitos irregulares de higiene e alimentação, o que ocasiona uma sobrecarga da UBS. CENÁRIO: Centro de Atenção Integral à Criança (CAIC) Felipe dos Santos, constituído pela Escola Municipal Professora Haydeé Antunes, e a UBS Vida, composta pelas equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) Nova Aliança e Vida, ambas localizadas em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto – Minas Gerais. DESENVOLVIMENTO: O projeto PAS foi realizado visando abranger não só as crianças da pré-escola, com faixa etária de 5 a 6 anos, mas também a comunidade atendida pela UBS, com intuito de apresentar métodos de prevenção de algumas doenças - gripe, verminoses, disenteria, anemia - com base em hábitos de higiene pessoal e alimentação adequada. Para isso, foram afixados cartazes informativos no CAIC e comércios da região. Concomitantemente, houve a realização de uma palestra com as Agentes Comunitárias de Saúde (ACSs) das duas equipes, na qual foi realizada tanto a apresentação do projeto PAS, quanto a entrega de folders informativos para serem distribuídos à comunidade. Com as crianças, foram realizadas palestras interativas com músicas, animações e imagens atrativas para a idade, além da entrega dos folders, para que estes alcançassem, também, seus familiares. Em um segundo momento, desenvolveu-se uma gincana com as mesmas por meio de jogos educativos, objetivando reiterar o conteúdo antes ministrado. Ao final, cada criança recebeu um brinde contendo uma escova de dente e um sabonete, sendo que a equipe vencedora, dentre as quatro participantes, ganhou, além do já citado, uma pasta de dente. PRINCIPAIS RESULTADOS: Observou-se que as crianças apresentavam indícios de possuírem um conhecimento prévio acerca da temática, entretanto aparentemente não o aplicavam de forma efetiva. O seminário e gincana ressaltaram a necessidade de se colocar em prática conhecimentos relacionados a hábitos de higienização e alimentação adequados. CONCLUSÕES: Após a realização das atividades, pelo relato das crianças e pelo grande número de acertos nos jogos, concluiu-se que elas estavam mais cientes de tais hábitos, bem como de sua importância para se evitar doenças. Percebeu-se que a escola é um ambiente propício para realização de programas em saúde e que a integração entre equipe pedagógica da escola e profissionais da saúde pode promover a educação em saúde de forma mais abrangente e efetiva. Palavras-chave: Crianças, doenças, prevenção. Referências: BARBA, P.; MARTINEZ, C.; CARRASCO, B. Promoção da saúde e educação infantil: caminhos para o desenvolvimento. 2003. Disponível em: <http://sites.ffclrp.usp.br/paidea/artigos/26/01>. Acesso em: 18 ago. 2013 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Promoção da saúde: 1998. Disponível em: <http:// www.saude.gov.br/sps>. Acesso em: 12 ago. 2013.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

PROJETO EDUCARE - EDUCAÇÃO EM SAÚDE VOLTADA PARA PARTICIPANTES DO PROJETO HIPERATIVE EM PASSAGEM DE MARIANA (MG)

Adriana Maria de Figueiredo ([email protected])

Felipe Guerra Quintão ([email protected]) Gustavo Moura da Mata Machado Ferreira Pinto ([email protected])

Isabella Gomes Santos ([email protected]) Lucas Villaça e Melo ([email protected])

Luiz Ricardo Mokfa Nogueira ([email protected]) Marismênia Tavares ([email protected])

Identificação do Problema: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é fator de risco para agravos comuns. Comumente assintomática, o diagnóstico e tratamento são, muitas vezes, negligenciados e a adesão dos pacientes ao tratamento é baixa. No Brasil, o índice de morbimortalidade devida à HAS é muito alto, configurando-a como um grave problema de saúde no país. Para a prevenção e tratamento da HAS, é de fundamental importância a prática de um estilo de vida saudável e a ação em conjunto com abordagens coletivas - melhores efetuadas em grupos de pessoas geneticamente dispostas de uma comunidade. Cenário: O projeto EDUCARE foi desenvolvido junto à Unidade de Atenção Primária à Saúde Oswaldo Guimarães, situada no distrito de Passagem de Mariana (MG) e atende à população local, sendo que 20% acima de 15 anos tem Hipertensão Arterial. O Projeto  foi desenvolvido em parceria com o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) que orienta e realiza práticas de atividades físicas e pesquisa voltadas para a perda de peso e controle da HAS em um grupo de pessoas acompanhadas pela UAPS:  o grupo HIPERATIVE. O Projeto EDUCARE tentou orientar essas pessoas em uma mudança nos seus hábitos, bem como promover a saúde de forma geral. Desenvolvimento: O Projeto desenvolveu estratégias de educação em saúde, de acordo com as necessidades da população e as Estratégias de Saúde da Família. Foram realizadas intervenções por meio de dinâmicas recreativas de cunho educativo como forma de tentar estimular a participação de todos os integrantes do HIPERATIVE e entrevistas com membros da comunidade local avaliando a interferência dos projetos em suas vidas e os motivos para a adesão e não adesão a eles. Principais Resultados: Houve aumento da adesão ao tratamento pelos participantes, grande aceitação ao projeto e relatos pessoais de melhora da qualidade de vida e bem-estar gerais. É notória a aprendizagem dos estudantes nessa interação ao desenvolver habilidades e construir competências para lidar com a promoção da saúde. Conclusões: Visto que os resultados foram os esperados, comprovou-se o pressuposto de que a adesão ao tratamento é essencial, juntamente com a mudança dos hábitos e estilo de vida e o auxilio da Unidade de Atenção Primária à Saúde. Palavras-chave: Hipertensão, Estudos de Intervenção, Epidemiologia Referências: Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 58 p. – (Cadernos de Atenção Básica; 16) SIAB (Sistema de Informação de Atenção Básica) – Departamento de Informática do SUS (DATASUS) – da Secretaria Municipal de Saúde de Mariana

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

DISCUSSÃO DOS ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DAS PRÁTICAS MÉDICAS EM PACIENTES FORA DE POSSIBILIDADES TERAPÊUTICAS

Leonardo Santos Bordoni ([email protected])

Adriana Maria de Figueiredo ([email protected]) Arthur Corradi Lavarini ([email protected])

Laura Rabelo Silva ([email protected]) Manainy Avezani Miranda Carrilho ([email protected])

Mateus Silva de Carvalho ([email protected]) Rachel Zarnowski ([email protected])

Thiago Guimarães Teixeira ([email protected])

Introdução: O evento morte é cercado por dilemas profissionais e legais; carregado de emoções que precisam ser trabalhadas e discutidas a partir de princípios éticos que podem ser resumidos por um forte anseio de pacientes terminais: dignidade. Objetivos: Este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica das bases éticas e legais das práticas médicas em pacientes fora de possibilidades terapêuticas. Reflete-se sobre a morte, os dilemas éticos e legais das práticas médicas em contextos de doentes terminais, abordando assuntos como a eutanásia, a distanásia e a ortotanásia, analisando ainda sobre a égide do princípio da dignidade humana, o papel dos cuidados paliativos no período final da vida. Discussão: Apesar de ser um acontecimento natural e inevitável, a morte há muito é temida pelo homem e, por mais que a ciência avance, o medo e a sua negação permanecem. Sob esta perspectiva, a morte é tida como algo negativo, e nos casos de doenças fora de possibilidades terapêuticas, a sua proximidade normalmente é acompanhada por muita dúvida e angústia, que resulta em um estado de profundo estresse tanto para o enfermo quanto para os familiares, pessoas do seu convívio e equipe que o assiste. Diante disso, a ética e a normatização das práticas médicas se fazem necessárias para nortear as ações dos profissionais, através dos Dispositivos Constitucionais, do que trata o Código Civil e Penal e, ainda, do que dispõem o Código de Ética Médica e as Resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM) e dos Conselhos Regionais de Medicina (CRM’s), mantendo sempre um grande respeito pelo paciente e abstendo-se do uso de técnicas de obstinação terapêutica, que em nada contribuem para o bem estar no contexto de terminalidade. O prolongamento da vida do paciente instaura situações muito complexas, em que o limite para investir deve ser definido pela concepção de morte digna, aliada à plena consciência da limitação das intervenções e às questões éticas e legais, as quais as práticas médicas estão subordinadas. Conclusão: A medicina não pode afastar indefinidamente a morte. Quando a terapia não consegue mais preservar a saúde ou aliviar o sofrimento, surge então a obrigação moral de suspender terapias ineficazes e intensificar esforços no sentindo de amenizar o desconforto do paciente no fim da vida. O paradigma do cuidar permite enfrentar os desafios da terminalidade de forma mais serena. Nesse sentido, o cuidar não representa uma consolação pela cura não obtida, mas sim parte essencial do tratamento da pessoa a partir de uma visão integral. Palavras-chave: Bioética, Morte, Ortotanásia. REFERÊNCIAS: VILLAS-BÔAS, Maria Elisa. Da eutanásia ao prolongamento artificial: aspectos polêmicos na disciplina jurídico-penal do final de vida. Rio de Janeiro: Forense, 2005. SANTOS M. O equilíbrio do pêndulo: a bioética e a lei, implicações médico-legais. São Paulo: Ícone; 1998.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

PROJETO HIPERSAÚDE

Adriana Maria de Figueiredo [email protected] Jorge Yamamoto [email protected]

Luciana Regina de Souza [email protected] Marco Antônio Soares [email protected]

Rafael Cândido Mota [email protected] Victor da Silveira Verona [email protected]

Ao longo de seis semanas, o grupo visitou a Unidade de Atenção Primária à Saúde Santo Antônio, situada à Rua B, SN, Bairro Santo Antônio no município de Mariana-MG. Nessa área, já foram cadastradas 550 famílias, totalizando 1965 pessoas vivendo, em sua maior parte, com baixa renda e escolaridade, estando expostas a um meio-ambiente violento. Desse universo de habitantes, 16% apresentam, sabidamente, hipertensão arterial sistêmica e muito pouco ou nada sabem a respeito dessa morbidade que pode levar a consequências sérias para o organismo do portador. Diante de tal situação e, contando com total apoio da equipe da unidade, decidimos retomar um grupo operativo para orientação de pacientes com hipertensão. Tendo conhecimento da maior funcionalidade de grupos menores, convidamos os pacientes para que participassem em datas diferentes, de modo a distribuí-los em dois dias, por acreditar que o aproveitamento de um grupo menor seria melhor. Além disso, imaginamos encontros com duração máxima de oitenta minutos, iniciando as quartas-feiras, às 09h00minh. Assim que chegávamos à UAPS organizávamos uma mesa de lanhe com alimentos leves, saudáveis e accessíveis (exemplificando que uma alimentação de qualidade não é necessariamente cara!): sucos, frutas e bolachas. Conforme os pacientes chegavam, nos apresentávamos e os conduzíamos a sala de reuniões da unidade, onde eram chamados a lanchar conosco. Suas pressões arteriais eram aferidas e registradas em uma ficha própria para as reuniões do grupo. Na sequência, explicávamos como seria a nossa principal atividade: a dinâmica com balões contendo perguntas simples sobre hipertensão que deveriam tentar responder caso seu balão estourasse. Davam respostas baseada naquilo que sabiam mesmo, contanto, no máximo, com a ajuda de um companheiro de grupo. Ao final do exercício oferecíamos as respostas corretas. Tivemos a oportunidade de perceber, como anteriormente falado, que muitos conceitos simples sobre a doença eram desconhecidos, mas, graças a nossa pequena intervenção, ficaram mais claros. Além disso, alguns convidados estavam com a pressão arterial muito elevada, por não estarem usando a medicação que lhes foi passada pelo seu médico. Mais do que prontamente, encaminhamos tais pacientes para a avaliação da equipe da unidade. Palavras-chave: Hipertensão; Atenção Primária à Saúde; Relação Comunidade-Instituição.

Referências: BESEN, C. P. et al. A Estratégia Saúde da Família como Objeto de Educação em Saúde. Saúde e Sociedade, Florianópolis, v.16, n.1, p.57-68, 2007. CARVALHO, F.; JUNIOR, R. J.; MACHADO, J. C. M. Uma investigação antropológica na terceira idade: concepções sobre a hipertensão arterial. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 14, n. 3, p. 617-621, 1998.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

ANÁLISE DAS ATUAIS POLÍTICAS DE CUIDADO ÀS DOENÇAS CRÔNICAS NO BRASIL

Rodrigo Pastor Alves Pereira([email protected]) Gabriela Santana Ataliba ([email protected]) Mariana da Silva Lopes ([email protected])

Renata Cristina Resende ([email protected]) Sarah Viana Fialho ([email protected])

Tatiane Nicolela Costa Prata ([email protected])

Introdução: As Doenças Crônicas são afecções de saúde caracterizadas por um longo período de latência, podendo ter duração de três meses ou mais, com dependência contínua de medicamentos, além de quase sempre ser incuráveis, irreversíveis e degenerativas, sendo que as quatro doenças crônicas de maior impacto mundial são: doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas. A maioria dessas doenças pode ser associada a fatores de risco como obesidade, sedentarismo, tabagismo e hábitos alimentares não saudáveis. Essas enfermidades exercem uma grande pressão sobre o uso e funcionamento dos serviços de saúde. Para diminuir o rápido aumento de números de doentes crônicos e o alto custo do governo e das próprias famílias o Brasil vem desenvolvendo várias ações e intervenções, em especial, o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Objetivos: Apresentar a situação epidemiológica das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil, bem como as políticas de enfrentamento desenvolvidas pelo Ministério da Saúde. Metodologia: Revisão bibliográfica sobre o tema, além de análise do Plano de ações estratégias para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Resultado: Devido aos diversos fatores de risco aos quais a população atual brasileira está exposta, as doenças crônicas vêm aumentando em ritmo exponencial, diante disso, alguns planos, como o de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, têm sido promovidos, a fim de desenvolver e implementar políticas públicas, bem como fortalecer os serviços de saúde. Discussão: O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis foi um enorme avanço, no entanto, não vem sendo aplicado em todas as esferas do país, pois, principalmente, as regiões mais pobres não veem recebendo o auxílio necessário. É preciso que o governo garanta a universalização da implementação dessas medidas de combate às doenças crônicas não transmissíveis, o programa de saúde ainda necessita ser fortalecido com a ampliação do acesso a medicamentos custo-efetivos e a programação de estratégias que melhorem as desigualdades em saúde, dentre outras medidas. Palavras-chave: Doenças Crônicas, Fatores de Risco, Estratégias nacionais Referências: SCHMIDT, M. I.; DUNCAN, B. B.; SILVA, G. A.; MENEZES, A. M.; MONTEIRO, C. A.; BARRETO, S. M.; CHO, D.; MENEZES, P. R. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: carga e desafios atuais. The Lancet, v.377, n. 9781, p.1949-1961,2011. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Brasília, 2011. 145p.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

PROJETO: ACOLHA O ACOLHIMENTO

Leonardo Cançado Monteiro Savassi (e-mail: [email protected]) Ana Carolina Silva Lima (e-mail: [email protected])

Lucas Wendell da Cruz (e-mail: [email protected]) Mariana Oliveira Teixeira (e-mail: [email protected])

Matheus Thomé Pinheiro (e-mail: [email protected]) Neila Caroline Alves Amaral (e-mail: [email protected])

Talita Ribeiro Monteiro (e-mail: [email protected])

Identificação do problema: realizou-se o planejamento sob metodologia da Estimativa Rápida Participativa, mediante a realização de conversas com informantes-chaves dentro da unidade e análise cuidadosa das opções de intervenção possíveis a partir dos pontos críticos identificados. Dessa forma, foi possível obter um panorama geral da situação da Unidade Básica de Saúde-Vida e a consequente definição e escolha do problema/tema sobre o qual realizaríamos o projeto nos moldes de um relato de experiência, sendo ele o “Acolhimento”. Cenário: o trabalho constituiu uma tentativa de aprimorar o funcionamento da UBS-Vida, localizada no município de Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto. Desenvolvimento: a partir disso, a preocupação em se compreender o acolhimento dentro da unidade - quem o realiza, os horários e os dias em que ocorre, quais documentos são necessários, o que é feito no acolhimento, se é necessária a consulta médica posteriormente e se apenas com o acolhimento a queixa é atendida - houve a elaboração de uma cartilha explicativa, contendo as principais informações acerca do “Acolhimento” disponível na unidade. Após confecção da cartilha, foram elaborados alguns cartazes, convidando a população para a melhor explicação do tema. A cartilha foi entregue à população que faz uso da unidade durante os encontros realizados nos dias sete (07) e quatorze (14) de agosto de 2013, sendo que no momento da entrega da cartilha, ocorreu também uma “Roda de Conversa” com os usuários, na tentativa de promover uma melhor comunicação entre os pacientes e os profissionais de saúde. Desse modo, buscou-se chamar mais a atenção para a importância do “Acolhimento”. Principais resultados: foram alcançados aqueles usuários presentes nas duas rodas de conversa, que versaram sobre o tema acolhimento, e, além disso, as demais cartilhas não entregues foram concedidas à unidade para posterior continuidade do trabalho. Conclusões: Percebe-se a importância desse trabalho na medida em que ao dialogar com a população, notou-se o desinteresse por esse tipo de informação. Além disso, esse trabalho também busca alertar outros setores da saúde da escassez de trabalhos apontando preocupações em relação a esse primeiro contato da população com a Atenção Primária em Saúde. Palavras-chave: Acolhimento; Unidade Básica de Saúde e Comunicação em Saúde. Referências: Brasil, 2011. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 56 p.: il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica n. 28, Volume I). ABBÊS, Cláudia, MASSARO, Altair. Acolhimento com Classificação de Risco, 2007.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA: REVISANDO SEU PARADIGMA NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DO DISTRITO DE ANTÔNIO PEREIRA

Adriana Maria de Figueiredo ([email protected])

Francisco de Assis Moura ([email protected]) Amanda Leal Brangioni ([email protected]),

Danilo Jorge da Silva ([email protected]), Gabriela Barros Luz ([email protected]),

Isabela Gonzaga Silva ([email protected]), Tamara Resende Costa ([email protected]).

Introdução: A sexualidade com parceiro é a transição de maior repercussão dentre as vividas na adolescência. A despeito da importância atribuída à discussão sobre a sexualidade na adolescência, muitos dos pontos que guiam profissionais de diversas áreas sobre como lidar com os jovens nesse contexto são obscuros, cercados por mitos e imprecisões. Objetivos: Revisar o paradigma da sexualidade na adolescência, baseado em uma comparação entre o que preconiza a literatura e os depoimentos de um grupo multiprofissional da Unidade Básica de Saúde do distrito de Antônio Pereira, pertencente ao município de Ouro Preto e colaborar com a equipe na reflexão sobre o processo de trabalho em saúde voltado para essa temática. Métodos: O trabalho foi dividido em duas oficinas, apresentadas in loco na unidade de saúde da qual toda equipe foi convidada: agentes comunitários de saúde, enfermeiros, farmacêutica, médica, auxiliares de enfermagem, auxiliar de dentista e gestores. A primeira, “(Re)Pensando a Sexualidade”, constitui-se de uma dinâmica de perguntas e respostas sobre tópicos relacionados à sexualidade na adolescência a fim de coletar a forma como cada profissional encarava o tema e quais eram suas dificuldades. As perguntas foram adaptadas do Guia de Formação de Profissionais de Saúde e Educação (Ministério da Saúde e Educação, 2007). A segunda, “Revisando o Paradigma da Sexualidade na Adolescência”, teve como estrutura uma palestra na qual se comparou as considerações realizadas pela equipe de saúde na primeira oficina com o que preconizam os órgãos normativos e as pesquisas sobre os pontos abordados, além de esclarecidas as dúvidas levantadas durante o encontro anterior. Resultados: As principais dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde ao lidarem com tópicos específicos relacionados à sexualidade na adolescência mostraram-se compatíveis com as apresentadas na literatura, o que não caracteriza Antônio Pereira como um caso isolado de fragilidade no trato da sexualidade, sendo elas: a ausência de programas voltados para os riscos do aborto na adolescência; a conciliação das diferentes visões familiares sobre a sexualidade entre os jovens; a compreensão dos processos que levam esses jovens a decidirem sobre a maternidade; a desinformação sobre a regulamentação na distribuição de preservativos masculinos para adolescentes; e o mito de que discutir a sexualidade incentiva a prática sexual. A equipe também apontou como necessária a ampliação do diálogo entre família, escola e unidade de saúde para se tecerem estratégias a fim de solucionar as dificuldades no trabalho com a sexualidade. Conclusão: A desinformação não se mostrou como fator determinante para a gravidez na adolescência e o aborto. A tomada de decisão para essas ações se dá em um contexto ainda não completamente compreendido. A boa relação dos profissionais de saúde com a população se mostrou fundamental para a aproximação das instituições: família e unidade de saúde. Por fim, faltam subsídios teóricos na literatura para guiarem a elaboração de estratégias que visem superar as dificuldades encontradas na rotina de trabalho desses profissionais. Palavras-chave: Saúde do Adolescente , Sexualidade , Educação em Saúde. Referências: Heilborn ML, Aquino EML, Bozon M, Knauth RD. O aprendizado da sexualidade - Reprodução e trajetórias sociais de jovens brasileiros. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2006. Ministério da Saúde. 20 anos de pesquisas sobre aborto no Brasil. Brasília – DF: 2009.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

EFETIVIDADE DAS AÇÕES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E DO COMITÊ DE INVESTIGAÇÃO DE MORTALIDADE MATERNA, FETAL E INFANTIL NA

VIGILÂNCIA DE ÓBITOS INFANTIS NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO

Débora Luzia Ferreira Gomes ([email protected])

Frederico Prado Abreu ([email protected]) Victor Hugo Carvalho Foureaux ([email protected])

Wagney Mendes Leal ([email protected]) Walfran Moraes Oliveira Peito ([email protected]) Profª. Drª. Palmira de Fátima Bonolo ([email protected])

Introdução: A mortalidade infantil consiste nos óbitos de crianças no primeiro ano de vida, cuja taxa é calculada para cada mil nascidos vivos. A morte de uma criança configura-se como evento relevante e desencadeador de ações, as quais têm por objetivo diminuir as ocorrências de falecimentos infantis, bem como ampliar o contato às informações referentes a suas causas. Esses parâmetros são de grande interesse no desenvolvimento do trabalho da Estratégia da Saúde da Família (ESF), no que tange a Atenção Primária à Saúde (APS), potencializando, assim, a prevenção da maioria das mortes. No município de Ouro Preto, a ESF surge em 2002, como Programa Saúde da Família, e, em 2008, é estabelecida como “estratégia” para a atenção integral. Além disso, em 2006, é implantado o Comitê de Investigação de Mortalidade Materna, Fetal e Infantil. Nesse sentido, esse comitê complementou os trabalhos executados pela ESF, contribuindo, assim, para as ações preventivas. Objetivos: Verificar a evolução dos índices de mortalidade infantil no município de Ouro Preto e estabelecer uma relação entre os resultados encontrados e a atuação da ESF e do Comitê de Investigação de Mortalidade Materna, Fetal e Infantil do município. Métodos: Foram coletados dados estatísticos nos portais eletrônicos do Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS), do Departamento de Atenção Básica (DAB), do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), da Secretaria Municipal de Saúde de Ouro Preto, além de uma revisão de literatura. Verificou-se índices de mortalidade no respectivo município e as atribuições do Comitê de Mortalidade Materno, Fetal e Infantil e da ESF, estabelecendo-se um comparativo entre esses dados e as funções dessas entidades, na tentativa de encontrar alguma correlação. Resultados: Ao se analisar os dados de mortalidade infantil no município de Ouro Preto, observa-se uma tendência de decréscimo nas taxas, apesar de não ser constante. Os índices que, em 2002, eram de 27 óbitos/1000 nascimentos, ao final de 2012, eram apenas 6/1000. Concomitante a esse decréscimo, nota-se um aumento de 36,2% para 97,7% na cobertura populacional pela ESF, no mesmo período. Conclusão: A ESF e o Comitê contribuem para a prevenção de óbitos maternos e infantis. Assim, um melhor conhecimento e esclarecimento das causas de óbitos evitáveis é necessário para que a ESF, no contexto da APS, tenha máxima efetividade na prevenção da mortalidade infantil. Palavras-Chave: Atenção Primária à Saúde; Mortalidade Infantil; Sistema Único de Saúde. Referências: BRASIL. Portal da Saúde. Painel de Monitoramento da Mortalidade Infantil e Fetal. Disponível em: <http://svs.aids.gov.br/dashboard/mortalidade/infantil.show.mtw>. Acesso em 21 de ago. 2013. BRASIL. Departamento de Informática do SUS. Informações de Saúde. Disponível em: <http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php>. Acesso em 21 de ago. 2013.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

ACESSIBILIDADE: UMA FORMA DE PROMOVER A INCLUSÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Bárbara Rodrigues Toneli ([email protected]) Débora Cristina De Freitas Batista ([email protected])

Pedro Calazans Rabello ([email protected]) Ruan Carling Schott Wondollinger ([email protected]) Yohanna Bastani De Mattos ([email protected])

Profa. Dra. Adriana Maria de Figueiredo ([email protected])

INTRODUÇÃO: Com o intuito de promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais para as pessoas com deficiência, a Organização das Nações Unidas, elaborou um documento, a ‘Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência’, que norteia as questões referentes à definição, inclusão e acessibilidade das pessoas com deficiência na sociedade. Segundo o Artigo 1, pessoas com deficiência “são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”. OBJETIVOS: Discutir os mecanismos de promoção da inclusão e da acessibilidade de pessoas com deficiência na cidade de Ouro Preto e na Universidade Federal de Ouro Preto, levando em consideração o espaço físico e as políticas públicas. DISCUSSÃO: A inclusão social das pessoas com deficiência passa pela acessibilidade além das fronteiras das instituições de educação, como as universidades. Esse processo abrange as instituições culturais, como museus e teatros, os meios de transporte públicos e a infraestrutura urbana. Baseado nisso, a pesquisadora Viviane Sarraf escreveu a tese “Reabilitação do Museu: Políticas de Inclusão Cultural por meio da Acessibilidade”, na qual descreve o pouco acesso das pessoas com deficiência aos museus, devido não só às dificuldades arquitetônicas, mas também à linguagem excludente e à exploração majoritária da visão como sentido de comunicação com a ferramenta cultural. Na cidade de Ouro Preto, percebe-se a ausência de estruturas que proporcionam a inclusão e acessibilidade, sobretudo no centro histórico, principalmente em museus, igrejas, bares e nas ruas da cidade. Da mesma forma, a Universidade Federal de Ouro Preto, ainda não apresenta uma estrutura física e organizacional apropriada. Contudo para a promoção da acessibilidade e inclusão dentro da universidade, o Núcleo de Educação Inclusiva, da Pró-Reitoria de Graduação apoia os alunos e servidores da universidade que apresentam algum tipo de deficiência. Para tanto, quanto à estrutura da universidade, inicialmente foi realizado um mapeamento dos pontos que dificultavam o acesso das pessoas com deficiência, em parceria com o Setor de Planejamento da UFOP/engenharia civil. Posteriormente, foram feitas adaptações nas instalações dos prédios dos campi, de acordo com a Norma 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que diz respeito à acessibilidade, edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, a fim de permitir o acesso de todos aos espaços da universidade, sem, contudo, segregá-los. CONCLUSÃO: De modo geral, a cidade de Ouro Preto e a Universidade Federal de Ouro Preto ainda não possuem espaços físicos adequados às pessoas com deficiências, o que vai de encontro ao pleno direito garantido e reafirmado pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Apesar disso, alguns mecanismos que visam maior integração e acessibilidade na Universidade são desenvolvidos por meio do Núcleo de Educação Inclusiva. Palavras-chave: deficiência, acessibilidade e inclusão REFERÊNCIAS: SARRAF, Viviane Panelli. Reabilitação do museu: políticas de inclusão cultural por meio da acessibilidade. 2008. Dissertação (Mestrado em Cultura e Informação) - Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.

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SEDH (Org.). Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência: Protocolo Facultativo à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Brasília: Tradução Oficial/brasil, 2007.

APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

INCLUSÃO SOCIAL DOS PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN NA INFÂNCIA: CONQUISTAS E PARADIGMAS

Adriana Maria de Figueiredo ([email protected]) Aline Souza de Oliveira ([email protected]) Denise Lucilia Xavier ([email protected])

Evanilde Aparecida Santos ([email protected]) Jaqueline Silva Vieira ([email protected])

Jéssica Lucia de Paula Rufino ([email protected]) Natalia Pimenta ([email protected])

Introdução: Diferentemente do que muitas pessoas pensam a Síndrome de Down (SD) não é uma doença, mas sim uma alteração genética que ocorre na formação do feto.Tem como causa a não-disjunção primaria na meiose tendo como consequência a trissomia do cromossomo 21. As manifestações fenotípicas mais comuns da SD são: características faciais, malformações congênitas, baixa estatura e comprometimento intelectual. No Brasil, a assistência aos pacientes com SD tem sido basicamente conduzida por Organizações Não Governamentais (como as Associações de Pais e Amigos de Excepcionais – APAE) ou por profissionais de saúde que trabalham na atenção especializada (FONTANELLA e MELO, 2013). Políticas recentes têm promovido mudanças nas relações sociais e nos padrões de atendimento à saúde e à educação dos portadores dessa síndrome. O objetivo deste trabalho é discutir a questão da inclusão social de portadores da SD com enfoque ao ensino regular, suas dificuldades de inclusão e conquistas. Foi realizada revisão assistemática de artigos e fontes especializadas que tratam a síndrome com ênfase na infância e adolescência. Ademais foi retratada a questão das conquistas político-sociais que culminaram nas recentes estratégias para inclusão e socialização destes indivíduos. Discussão: Embora a escola inclusiva seja de vital importância ao indivíduo com Síndrome de Down, seu êxito enquanto instrumento de socialização pode ser limitado. No nosso estudo, o relato de uma adolescente norte-americana evidencia as dificuldades de uma real inclusão; embora ela frequente regularmente uma escola inclusiva, onde é bem acolhida e na qual recebe apoio pedagógico e psicológico especializado para frequentar turmas convencionais, ela não possui amigos fora do ambiente escolar. Muitos esforços vem sendo feitos e algumas conquistas se consolidaram ao longo da história no que diz respeito à aceitação e inclusão de deficientes e portadores de síndromes em geral, mas, muitas vezes, a inclusão se torna restrita a um meio apenas. Portanto, a inclusão escolar e suas iniciativas não são uma resolução absoluta às dificuldades de integração da criança e do jovem com Down na sociedade. Embora a escolarização inclusiva seja imprescindível a esse processo, o jovem necessita de outras plataformas que lhes proporcionem uma vivência da sociedade, assim como qualquer outro jovem. Conclusões: A análise da efetividade do atendimento educacional especializado se justifica, pois este limitaria a interação do portador com a sociedade em geral uma vez que a escola inclusiva mimetiza o funcionamento real da sociedade. Coexistindo com tais questionamentos encontram-se ainda entraves à verdadeira socialização e integração da pessoa com SD no ambiente extra-escolar. Embora já se tenha muitos avanços nessa área, na prática ainda falta uma efetiva aceitação desses indivíduos na sociedade. Referências: FONTANELLA, Bruno José Barcellos; SETOUE, Cesar Seiji  e  MELO, Débora Gusmão. Afeto, proximidade, frequência e uma clínica hesitante: bases do "vínculo" entre pacientes com síndrome de Down e a Atenção Primária à Saúde?. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2013, vol.18, n.7, pp. 1881-1892. ISSN 1413-8123. D’HAEM, Jeanne. “Special at school but lonely at home: ‘An alternative friendship group for adolescents with Down Syndrome”. Revista: Down Syndrome Research and Practice. Vol 12, 2 ed, Out/2008. P 107- 111.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

BEM VINDO À UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

Leonardo Cançado Monteiro Savassi ([email protected]) Filipe Souza Faleiros ([email protected])

Jaqueline Iara Doneda ([email protected]) Nagibe Tayfour Oliveira ([email protected])

Rúbia Santos Freitas ([email protected]) Victor Luiz de Matos Franco ([email protected])

Vinícius Trevizam Soares ([email protected])

Identificação do Problema: A Unidade Básica de Saúde (UBS) Vida se localiza entre as áreas de atuação de duas Equipes de Saúde da Família. Por meio de entrevistas com funcionários, conversas informais com usuários da unidade e com internos percebeu-se que a população não tinha conhecimento sobre como a Unidade podia auxiliá-la, bem como não havia clareza sobre a importância da Atenção Primária à Saúde (APS). Cenário: O projeto foi realizado na UBS-Vida em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto (MG). Ela é composta por duas Equipes de Saúde da Família (Vida e Nova Aliança) e foi instalada em uma estrutura dedicada antes a ser um centro de saúde da escola CAIC. Por não ter sido previamente planejada, sua estrutura apresenta problemas. Desenvolvimento: O grupo confeccionou cartazes específicos para o público que mais frequenta o posto. Uma chamada na rádio Sideral convocou a população a procurar a Unidade quando necessário. Foi elaborado também um folder contendo o conceito de UBS, um passo a passo sobre que fazer para ser atendido na unidade, exposição e explicação dos programas e profissionais da Unidade. Principais Resultados: O projeto despertou grande interesse da população, que se mostrou receptiva. Os funcionários da rádio também foram compreensivos. Houve resultados positivos para a Unidade, para a população e para o próprio grupo. Conclusões: A divulgação foi efetiva devido a meios de comunicação que atingiram boa parte da comunidade. O grupo tentou mostrar que o uso da APS quando feito corretamente, é de grande auxilio para a população, pois tem como foco a prevenção e diminui o número de hospitalizações. Palavras-chave: Unidade Básica de Saúde, Sistema Único de Saúde, Promoção da Saúde Referências: Brasil. Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Atenção Primária e Promoção da Saúde / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. – Brasília: CONASS, 2011. MATTA, Gustavo Corrêa; MOROSINI, Márcia Valéria Guimarães. Atenção Primária à Saúde. <Disponível em: http://www.epsjv.fiocruz.br/upload/d/Atencao_Primaria_a_Saude_-_recortado.pdf> Acessado em 16/08/2013.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

PRESENÇA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS ENTRE ESTUDANTES DE MEDICINA DO SEGUNDO E SÉTIMO PERÍODOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

Francisco de Assis Moura ([email protected]) Augusto Almeida e Fonseca ([email protected])

Carolina Luísa de Lima Filardi ([email protected]) Lucas Arantes Siqueira ([email protected])

Matheus Martins ([email protected]) Matheus Silva de Castro ([email protected])

Introdução: As diversas situações de stress às quais são expostos os estudantes universitários podem levar ao aparecimento de um quadro de sintomas que evoluem para distúrbios emocionais, como a depressão. Estudantes de medicina tem ainda contato com situações que podem acentuar tais sintomas. Objetivo: Avaliar a existência de sintomas depressivos entre alunos do segundo e sétimo períodos da Escola de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto, bem como a influência do curso de medicina no aparecimento e/ou agravamento de tais sintomas. Métodos: Os sintomas depressivos foram rastreados utilizando o Inventário de Beck (IDB), que foi distribuído a 23 alunos, sendo 11 alunos matriculados no segundo período e 12 alunos matriculados no sétimo período, no primeiro semestre de 2013. Os níveis para determinação da escala dos sintomas em nenhum ou mínimo, leve, moderado e grave, foram 0-3, 4-7, 8-15 e 16 ou mais. Um questionário socioeconômico foi aplicado a fim de levantar dados demográficos. Resultados: A maior prevalência entre os entrevistados foi de sintomas moderados, sendo uma frequência de 39,13%, seguida de sintomas graves, que apresentaram frequência de 30,43%. Apenas 8,7% dos entrevistados apresentaram sintomas classificados em nenhum ou mínimo. Estudantes do segundo período apresentaram maior incidência de sintomas graves, quando comparados aos alunos do sétimo período. Conclusão: Os resultados indicam uma proporção de sintomas depressivos superior à encontrada na população em geral, havendo indicação de que o curso de medicina possa ser o causador ou um agravante dos sintomas depressivos. Palavras-chave: Depressão; Estudantes de Medicina; Educação Médica. Referências: Cataldo Neto A, et al. O estudante de medicina e o estresse acadêmico.R.Med.PUCRS. 1998; 8(1): 06-12. Amaral GC, Gomide LMP, Batista MP, Píccolo PP, et al. Sintomas depressivos em acadêmicos de medicina da Universidade Federal de Goiás: um estudo de prevalência. Rev Psiquiatr RS. 2008; 30(2):124-130.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

ASPECTOS BIO-PSICO-SOCIAIS DO ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

Núncio Antônio Araújo Sól ([email protected])

Ana Beatriz Castello Branco Fiume Pires ([email protected]) Bernardo Santos Correa ([email protected])

Kelly Cordeiro Silva ([email protected]) Maria Teresa de Andrade Sól ([email protected])

Mirelly Cota Quites ([email protected]) Introdução: O envelhecimento da população brasileira vem ocorrendo rapidamente. A população acima de 60 anos apresenta um crescimento relativo maior que qualquer outra faixa etária e dados do IBGE (2008) estimam que no ano de 2025 o Brasil tenha cerca de 32 milhões de pessoas acima de 60 anos, representando a sexta maior população mundial de idosos. Estes dados evidenciam a necessidade de um maior conhecimento sobre o envelhecimento, possibilitando o planejamento de ações direcionadas a esta faixa etária visando uma melhor qualidade de vida. Objetivo: estudar o processo de envelhecimento e os impactos físicos e psicológicos que este traz para o indivíduo. Discussão: O envelhecimento traz consigo uma diminuição progressiva das funções e habilidades em relação aos aspectos físico, psíquico e social, e a forma como o indivíduo percebe e lida com estas perdas influencia em sua qualidade de vida. Segundo Souza (2010) a "qualidade de vida e, consequentemente, a qualidade do envelhecimento se relacionam com a visão de mundo do indivíduo e da sociedade em que ele está inserido, assim como com o "estilo de vida" conferido a cada ser.”. Logo, não existe uma única forma de envelhecimento, sendo relevante o conhecimento da visão individual a respeito do processo e levando em consideração a interação entre o indivíduo e seu contexto social. Do ponto de vista biológico o envelhecimento é um processo natural de mudanças morfológicas associadas a alterações fisiológicas, a perdas cognitivas e de funções orgânicas, mas envelhecer é também um processo de mudanças psicológicas e sociais. Ao envelhecer, o ser humano precisa adaptar-se a cada situação nova do seu cotidiano e lidar com a proximidade da morte. Nas sociedades modernas, nos contextos de capitalismo, as relações sociais para com o idoso são alteradas em função da queda da produtividade, do poder físico e econômico, então o envelhecimento passa a ser visto como um problema social, adquire mais visibilidade e torna-se alvo de políticas públicas. O processo de envelhecimento para o idoso apresenta também como obstáculos a discriminação, a violência, as perdas emocionais e físicas, entre outros. A velhice torna-se difícil de ser conceituada, pois além de ser um processo vivido de forma diferente por cada indivíduo, existem ritmos distintos de envelhecimento biológico e é por isso que duas pessoas que possuem a mesma idade cronológica podem possuir diferentes idades biológicas. Assim o envelhecimento biológico torna-se difícil de ser mensurado. Conclusões: existem percepções distintas sobre o processo de envelhecer e para que esse ocorra de forma saudável e bem-sucedida é necessário balancear os aspectos negativos e positivos. Os grupos de terceira idade, a família, o geriatra e o sistema de saúde também são importantes para a promoção do envelhecimento saudável. Apesar de se tratar de um processo complexo e individual, o envelhecimento não pode ser associado apenas com o acúmulo de perdas e o abandono de perspectivas, o principal é poder envelhecer com dignidade e qualidade de vida. Palavras-chave: Envelhecimento; velhice; saúde do idoso; Referências: Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Caminhos do Envelhecer. Rio de Janeiro, Editora REVINTER -1994. HAYFLICK, Leonard. Como e Por Que Envelhecemos / Leonard Hayflick; tradução de Ana Beatriz Rodrigues, Priscila Martins Celeste. Rio de Janeiro, 1996.

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APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS

MEDICINA EM CUBA: O SISTEMA DE SAÚDE E A FORMAÇÃO MÉDICA

Allana Silva Mamédio ([email protected]) Amanda Cristina Virgílio Alves ([email protected])

Leila Batista Pena ([email protected]) Lucas Rocha Delatorre ([email protected]) Júlia Carvalho Oliveira ([email protected])

Adriana Maria de Figueiredo ([email protected])

INTRODUÇÃO: O quadro de má distribuição de médicos nas diferentes regiões do Brasil e suas respectivas condições socioeconômicas e estruturais trouxe à tona a proposta de importação de médicos estrangeiros (mais especificamente cubanos) como medida paliativa para suprir a necessidade de profissionais da saúde em áreas carentes de serviços médicos. Porém não se sabe ao certo se essa atitude tomada pelo governo será efetiva, por haver questionamentos quanto à qualidade dos profissionais vindos de fora. OBJETIVOS: Diante da discussão acerca da vinda de médicos cubanos para o Brasil, o trabalho realizado visa expor comparações entre a saúde de Cuba e a brasileira e refletir sobre a viabilidade dessa importação de profissionais da saúde, apresentando dados sobre o Sistema de Saúde cubano e a formação médica no país em questão. DISCUSSÃO: O Sistema de Saúde cubano tem ênfase na prevenção e Atenção Primária, sendo as Policlínicas multi-especializadas a peça central desse sistema. Estas atuam buscando a prestação de assistência universal, melhor cuidado e serviços mais organizados e integrados. A formação dos médicos de Cuba é voltada para o modelo de saúde adotado no país, o curso possui duração de seis anos e, diferentemente do Brasil, após o término da graduação, existe uma residência obrigatória de dois anos em Medicina da Família. Além disso, a formação é voltada para a preparação para o trabalho no exterior. Por outro lado, existem diferenças quanto à língua falada nos dois países, o quadro epidemiológico e os sistemas sanitários distintos. CONCLUSÕES: Existem pontos positivos e negativos no que diz respeito à importação de médicos cubanos, a demanda atual de profissionais da saúde no país é alta e sabe-se que a formação médica de Cuba é voltada para a Atenção Primária, o que poderia auxiliar no trabalho de desenvolvimento dessa área no Brasil e ajudaria na realização de trabalhos de prevenção e atenção básica. Além disso, há uma preparação para que os médicos atuem no exterior, o que facilitaria o desenvolvimento do trabalho. Entretanto, existem fatores que podem ser empecilhos para o exercício da medicina desses médicos, que podem dificultar o relacionamento adequado desses profissionais com as enfermidades e os casos clínicos apresentados

Palavras-chave: Formação médica. Cuba. Saúde Pública.

Referências:

REMEN, R. & HOLLOWAY, L. A Student Perspective on ELAM and its Educational Program. Social Medicine in Practice. v. 3, n. 2, Jul/ 2008. Disponível em: <www.socialmedicine.info>. Acesso em: 04 Agosto 2013 às 17h. CAMPION, E. W. & MORRISSEY, S. A Different Model: Medical Care in Cuba. The New England Journal of Medicine. v. 368;4, Jan 2013. Disponível em: <www.nejm.org> . Acesso em: 04 Agosto 2013 às 18h.

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APRESENTAÇÃO DE PÔSTER

ANÁLISE DOS ÓBITOS CLASSIFICADOS COMO CAUSAS MAL DEFINIDAS NA CIDADE DE MARIANA/MG

George Luiz Lins Machado Coelho ([email protected])

Aline Ferreira Ricieri ([email protected]) André Caldeira Grobério ([email protected])

Catarine Alves Silveira ([email protected]) Christiane Torres Felício da Silva ([email protected])

Roberta Alves Pereira ([email protected]) Silvio Vassão Junior ([email protected])

Introdução: As intervenções voltadas para a melhoria da notificação e da qualidade da informação sobre óbitos no Brasil têm se constituído em alternativas promissoras para o aperfeiçoamento do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e aumento da confiabilidade das informações de saúde. Estudos apontam metodologias para explicar a omissão ou imprecisão observada na ação de vigilância epidemiológica dos óbitos classificados no grupo de “causas mal definidas”. A causa da morte é fonte de informação relevante na análise do estado de saúde de determinada população. Caso haja um grande proporção de causas classificadas como mal definidas, há prejuízo na qualidade dos dados sobre mortalidade. Algumas categorias inseridas no grupo de causas mal definidas devem ser analisadas, tais como faixa etária, sexo e presença ou não de assistência médica. Isso porque, no Brasil, dentre o total de causas mal definidas, aproximadamente 53,3% correspondem aos óbitos sem assistência, além disso, com o envelhecimento da população tende a aumentar esse tipo de notificação, devido à complexidade do processo mórbido que acometem as faixas de idade mais avançadas. Objetivos: Analisar as taxas de óbitos classificados pelo CID-10 como causas mal definidas em Mariana de 2006 a 2011 segundo as variáveis sexo, faixa etária e assistência médica. Métodos: As informações de mortalidade foram obtidas no banco de dados do SIM de Mariana/MG de 2006 a 2011. Os óbitos foram agrupados em causas circulatórias, infecto-parasitárias, respiratórias, neoplasias, digestivas, causas externas, outras causas e causas mal definidas. A mortalidade proporcional foi analisada segundo sexo e faixa etária (>60, entre 21 a 59, entre 1 a 20 e <1), assim como também para as mortes sem assistência (cap. R98 do CID10). Resultados: Observou-se uma tendência geral de redução na proporção de causas mal definidas, indicando melhoria qualitativa das estatísticas de mortalidade, processo que pode estar relacionado com medidas de municipalização das ações e serviços de saúde voltada para melhoria do preenchimento das declarações de óbitos nas duas últimas décadas. No entanto, as causas de mortes mal definidas ainda representam a segunda maior causa de óbito em Mariana, fato que compromete a análise da mortalidade segundo causas nesse município. A porcentagem de óbitos sem assistência médica é significativamente menor em todo período considerado, o que indica problemas na qualidade do preenchimento da declaração de óbito, apesar das melhorias nos serviços de assistência em saúde. Minas gerais tem apresentado, nos últimos anos, aumento acelerado da população idosa e, principalmente, uma mudança no perfil etário da mortalidade. Os dados de mortalidade em Mariana apontam para uma maior participação de idosos no total de óbitos por causas mal definidas registrados a cada ano. Conclusões: Com o aumento da expectativa de vida, índices de mortalidade realistas são essenciais para a elaboração de políticas públicas de saúde adequadas.

Palavras-chave: mortalidade, notificação, declaração de óbito

Referências: MENEZES, Paulo Rossi. Causas mal definidas de morte e óbitos sem assistência, Brasil, 2003. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo , v. 54, n. 1, Feb. 2008 . Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302008000100002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 26 Aug. 2013.

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LIMA, Everton Emanuel Campos de; QUEIROZ, Bernardo Lanza. A evolução do sub-registro de mortes e causas de óbitos mal definidas em Minas Gerais: diferenciais regionais. Rev. bras. estud. popul., São Paulo , v. 28, n. 2, Dec. 2011. Disponivel em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982011000200004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 26 Aug. 2013.

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APRESENTAÇÃO DE PÔSTER

ANÁLISE DE DADOS DO SINASC MARIANA - MG: INFLUÊNCIA DE FATORES COMO O TEMPO DE PRÉ-NATAL E O TEMPO DE GESTAÇÃO NO PESO DO

NASCIDO VIVO.

George Luiz Lins Machado Coelho ([email protected]) Bruno de Araújo Pinheiro ([email protected])

Heloisa Cirilo Sousa ([email protected]) Jordan Mariano Souza Araújo ([email protected])

Maria Gabriela Ribeiro Madeira ([email protected])

INTRODUÇÃO: A assistência pré-natal é importante e deve ser iniciada tão logo a suspeita de gravidez e confirmado seu diagnóstico. O presente estudo visa demonstrar a influencia do pré-natal no tempo de gestação e no peso do nascido vivo. OBJETIVO GERAL: Analisar a influência do tempo de pré-natal no peso de nascidos vivos na cidade de Mariana – MG. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Conhecer o banco de dados do SINASC da cidade de Mariana – MG; Estudar os dados para a compreensão do padrão obstétrico e pediátrico dos nascidos vivos; Identificar a relação de significância entre a variável independente, tempo de pré-natal, e as dependentes: peso de gestação e peso do nascido vivo. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico no qual foram analisados 3887 registros de dados da amostra populacional de Mariana - MG, obtidos do SINASC. Foi utilizado o software Epi Info™ 7 para elaboração de gráficos e para análise de significância entre as variáveis. RESULTADOS: A análise do peso confrontada com o tempo de pré-natal mostrou-se significativa a partir de um P value= 0. A análise do tempo de gestação confrontada com o peso do nascido vivo também se mostrou significativa a partir de um P value = 0,00094. CONCLUSÃO: Baseado nas análises gráficas conclui-se que o tempo de pré-natal influencia no peso do nascido vivo.

PALAVRAS-CHAVE: SINASC, pré-natal e peso.

REFERÊNCIAS:

Sousa, MH. (2006). Utilização de sistemas de informações em saúde na área de morbidade materna grave (near miss) e mortalidade materna.Tese [Doutorado]. Universidade Estadual de Campinas. Campinas; Banco de dados do SINASC; SILVA,N.M.; JUNIOR,C.S.; FERREIRA,N.; NASCIMENTO, M. D.; Saúde Materna: a importância da assistência pré-nata. Edição Especial: agosto 2009.; Caderno UniFOA.; CORRÊA S. PAISM: uma história sem fim. Recife: SOS Corpo. 1993.

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APRESENTAÇÃO DE PÔSTER

A ATUAÇÃO DA FUNDAÇÃO ROCKEFELLER NA AMÉRICA LATINA: INTERESSE OU FILANTROPIA?

Márcio Antonio Moreira Galvão ([email protected]) Ana Cláudia dos Santos ([email protected])

Debora Dumont Cruz Nunes [email protected] Elen Cristina da Mata ([email protected])

Washington Miguel Almeida ([email protected]) Luciana Silva de Godoy ([email protected])

Najla Braz da Silva Vaz ([email protected]) Samira Karolyne da Silva Romão ([email protected])

Sara Helena Resende Carvalho ([email protected]) Vanessa Almeida de Camargos ([email protected])

Introdução: A Fundação Rockefeller foi criada em 1913 associada a um grande grupo industrial norte-americano liderado por John D. Rockefeller. O trabalho da fundação compreende aspectos de investigação médica, educação e aplicação de novos métodos para prevenir e tratar doenças. A Fundação atuou inicialmente no sul dos Estados Unidos, mas posteriormente estendeu os seus trabalhos para outros países que necessitavam de controle e erradicação de doenças. De acordo com uma análise histórica, somente uma visão idealista e não contextualizada permitiria entender todas as ações sanitárias desenvolvidas pela Fundação Rockefeller como pura procura pelo bem-estar e contra a dor e a doença. Objetivos: Compreender os aspectos históricos da Fundação Rockefeller, sua origem e os reais objetivos dessa instituição em um contexto de dominação imperialista. Discussão: Filha do monopólio petrolífero, a Fundação Rockefeller surgiu em 1913. Na linha filantrópica, a Fundação criou políticas de saúde pública, economicamente estratégicas e socialmente conturbadas aplicadas, primeiramente, em solo norte-americano. Foco: doenças que afetavam a produtividade dos EUA, como ancilostomíase e malária. A malária tornou-se um obstáculo para as atividades financeiras da potencia em território latino-americano; sendo um problema econômico. Decisão: combate “militar” ao vetor através pulverização de DDT com o objetivo de promover recuperação à custo mínino da força de trabalho e otimização das taxas de lucro. Concernente à relação Malária-Estado-Fundação Rockefeller, a Fundação introduzia tecnologia e financiava parcialmente os primeiros passos, para deixar a totalidade dos custos pelo modelo nas mãos do governo; além de impor suas ideologias a respeito da saúde da população, capitalizava a seu favor os êxitos. O modelo de atuação do combate ao vetor prevaleceu da década de 20 a década de 30. Os programas diretos em doenças tropicais foram suspensos e de e o foco foi direcionado para a medicina social. Com isso, mudaram- se as formas de participação, cujo objetivo é desenvolver instituições locais que proporcionaram benefícios nas áreas implicadas. A partir da década de 70, a preocupação com o controle de natalidade e as possíveis implicações na malária a respeito dele tornou-se explícito. Os obstáculos atuais estão encalçados na escassez de profissionais habilitados e na própria medicina social que sofre influencia de interesses dominantes. A proposta é de que a mesma seja utilizada como mecanismo de auxilio no replanejamento do programa, ao invés de chefiá-los, e na busca de novas alternativas. Conclusão: O objetivo anti- malárico dos programas de saúde da Fundação Rockefeller era apenas algo imediato a serviço de um projeto maior e não simplesmente filantrópico. As mudanças são determinadas pelos interesses econômicos, políticos, militares e ideológicos do modelo cujo serviço a Fundação Rockefeller atuou.

Palavras- chave: Saúde, Malária, América Latina

Referencias:

AGUDELO S.F. Saúde e imperialismo: a ação antimalárica na América Latina: Centro de Investigações Médicas, Universidade de Antioquia. Medellín, Colombia, 1981.

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HOCHMAN G.; MELLO T.; SANTOS P.R.; A malária em foto: imagens de campanhas e ações no Brasil da primeira metade do século XX. Hist. cienc. saúde - Manguinhos, Rio de Janeiro, vol.9, 2002.

APRESENTAÇÃO DE PÔSTER

A SAÚDE-DOENÇA COMO PROCESSO SOCIAL

Prof. Márcio Antônio Moreira Galvão([email protected]) Carla Paiva ([email protected])

Eric Braga ([email protected]) Izabela Zarnowski ( [email protected])

Laís Sato ( [email protected]) Larissa Meireles ( [email protected])

Luiz Gustavo Minare ([email protected]) Maria Alice Matias ([email protected])

Nicollai Silvério ( [email protected]) Paulo Henrique de Melo ( [email protected])

Rafael Ferreira ([email protected]) Rafaela Arantes ([email protected])

Introdução: Desde o final dos anos 60 intensificou-se a polêmica sobre o caráter da doença e passou-se a discutir se a doença é um processo biológico ou social. Em meio às limitações para se identificar o caráter da doença, propõe-se montar uma linha de raciocínio para melhor entendimento do processo saúde-doença. Tal processo é um conjunto de variáveis que envolvem a saúde e doença de um indivíduo ou população, onde ambas estão interligadas e são consequências de fatores semelhantes. Segundo SILVA, o processo envolvendo adoecimento e cura tem sido influenciado, através dos tempos, pelos paradigmas que regem a saúde e a doença. O conceito de saúde-doença é um processo social caracterizado pelas relações dos homens com a natureza e com outros homens (através do trabalho e das relações sociais, culturais e políticas) num determinado espaço geográfico e num determinado tempo histórico. (TANCREDI; BARRIOS; FERREIRA, 1998, p.29). Esse processo pretende obter possíveis causas para o surgimento das diversas enfermidades. Objetivos: Analisar o caráter histórico-social do processo saúde-doença. Discussão: A melhor forma de comprovar empiricamente o caráter histórico da doença é pelo processo que ocorre na coletividade humana e não pelas características individuais. A natureza social da doença se verifica no modo característico de adoecer e morrer nos grupos humanos e não clínico. Outra forma de mostrar o caráter social da doença e que permite também um aprofundamento nos determinantes sociais do perfil patológico é a análise das condições coletivas de saúde em diferentes sociedades, no mesmo momento histórico. O estudo do processo saúde-doença coletiva enfatiza a compreensão do problema da causalidade que readquire a unidade entre “a doença" e “a saúde", dicotomizada no pensamento médico clínico. O modelo monocausal apresenta um motivo etiológico específico, fundamentado na ideia de que as doenças se relacionam somente com as causas biológicas, sendo as causas sociais secundárias e irrelevantes para o processo de cura. O modelo multicausal já apresenta vários determinantes para a doença e incorpora fatores socioeconômicos, culturais, condições de trabalho e vida. No entanto, esse modelo é limitado por dar peso ao aparecimento da doença de acordo com sua distância. Cassel então situou a integração do social no complexo causal da doença, dando-lhe especificidade própria. O seu modelo se baseia em fatores de stress como causa da doença, sendo que este é oriundo dos métodos de adaptação social aos quais o indivíduo se propõe para ser aceito em grupo. Dessa maneira, qualifica a sociedade por seus efeitos biológicos e não por suas características próprias. Conclusão: Há necessidade de se avançar de uma posição crítica à explicação biológica da doença para a construção de uma interpretação distinta do processo saúde-doença que, tendo como eixo seu caráter social, pode impulsionar a geração de um novo conhecimento a seu respeito. A importância não se reside somente no fato de se agregar alguns elementos novos, mas de se oferecer a possibilidade de abordar toda a problemática de saúde a partir de um ângulo diferente, isto é, como fenômeno coletivo e como fato social.

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Palavras-chave: Processo saúde-doença, doença, promoção da saúde. Referências: SILVA, J. L. L. O processo saúde-doença e importância para a promoção da saúde. n.2.p.03-05. 2006. LAURELL, A. C. La salud-enfermedad como proceso social. Revista Latinoamericana de Salud, México, 2, 1982, pp. 7-25. Trad. E. D. Nunes.

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APRESENTAÇÃO DE PÔSTER

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO/MG, NO PERÍODO DE 2002 A 2010

Dr. George Luiz Lins Machado Coelho ([email protected]) Christhian Gomes Cardoso Viana ([email protected])

Gabriella Noronha Frois ([email protected]) Janaína Jubé Uhlein ([email protected])

Samuel Silva Ferreira ([email protected]) Túlio Henrique Versiani de Oliveira ([email protected])

Introdução: A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa de evolução lenta que se manifesta, principalmente, através de sinais e sintomas dermatoneurológicos. É considerada um grande problema de saúde pública nos países em desenvolvimento. No Brasil a doença é considerada endêmica. Estima-se que somente 1/3 dos doentes sejam notificados e que, dentre esses, muitos fazem tratamento irregular ou o abandonam, aumentando o impacto da doença. Dessa forma, é importante descrever o perfil epidemiológico da hanseníase em Ouro Preto/MG, com o intuito de caracterizar a magnitude da doença no município. Objetivo: Analisar e descrever o perfil epidemiológico da população com diagnóstico de hanseníase, no município de Ouro Preto, Estado de Minas Gerais, Brasil, no período de 2002 a 2010. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico observacional, retrospectivo, que utilizou os dados secundários de notificação de casos de hanseníase do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde do Brasil. Foram incluídos no estudo todos os casos notificados e com diagnóstico confirmado de hanseníase. Foram realizadas análises descritivas dos dados, a partir da apuração de frequências simples absolutas e percentuais para as variáveis sexo, idade, raça, local de habitação e escolaridade. Os dados foram gerenciados e analisados no software Epi-info 7, e os gráficos criados pelo software Excel 2007. Diferenças significativas para P<0,05. Resultados: Foram registrados 108 casos da doença entre os anos de 2002 e 2010, onde se observou predominância do sexo masculino (58,3%). A faixa etária dos 56 aos 65 anos (18,5 %) foi a mais afetada e a variação de idade dos indivíduos foi de 79 anos (7 a 86 anos). A maioria dos indivíduos era da cor parda (53,7%), seguida da cor negra (24,1%). A maioria dos casos notificados foi de pacientes oriundos da zona rural (67,59) do município de Ouro Preto. Constatou-se que 74,1% dos pacientes tinham baixo nível de escolaridade. Os anos de 2002 e 2006 foram os que registraram o maior número de casos. A partir de 2006 observa-se um decréscimo no número de casos chegando a não ter nenhuma notificação da doença em 2010. Conclusão: Predominaram pacientes do sexo masculino, cor parda, oriundos da zona rural e de baixa escolaridade. Houve redução da incidência de hanseníase a partir de 2006, mostrando que as ações de saúde pública que vêm sendo aplicadas no município para o controle da endemia podem estar sendo eficazes ou que existe um grande número de subnotificações na região, visto que não houve nenhum caso notificado no ano de 2010. Palavras-chaves: Hanseníase. Epidemiologia. Incidência Referências: LIMA, L., S. et al. Caracterização clínica-epidemiológica dos pacientes diagnosticados com hanseníase no município de Caxias, MA. Rev Bras Clin Med, v. 7, p. 74 – 83. Caxias, 2009. Disponível em http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2009/v7n2/a001.pdf. Acesso em: 24/08/13 MIRANZI, S., S., C.; PEREIRA, L., H., M.; NUNES, A., A. Perfil epidemiológico da Hanseníase. Rev Soc Bras Med Trop v. 43, n. 1, p. 62-67. Uberaba, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v43n1/a14v43n1.pdf. Acesso em: 24/08/13

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APRESENTAÇÃO DE PÔSTER

ANÁLISE DA VITALIDADE DOS RECÉM-NASCIDOS EM OURO PRETO DE 2009-2013

George Luiz Lins Machado Coelho ([email protected]) Cecília Carneiro e Silva ([email protected])

Fernanda Mendes de Oliveira Rossi ([email protected]) Larissa Amaral Lauriano ([email protected])

Renata Barbosa Nogueira ([email protected]) Rodrigo Vilela Ventura ([email protected])

Introdução: O Ministério da Saúde implantou o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), em 1990, que tem por objetivo coletar dados sobre os nascimentos informados em todo o território nacional e o fornecimento de dados sobre natalidade para todas as instâncias do sistema de saúde. O documento de entrada do sistema é a Declaração de Nascido Vivo (DN), padronizada em todo o país. De acordo com os dados obtidos da DN dos anos de 2009 a 2013 da cidade de Ouro Preto. As variáveis classicamente significativas para a vitalidade são: baixa escolaridade da mãe; idade gestacional até 36 semanas; número de consultas de pré-natal, e peso ao nascer. O índice de Apgar no quinto minuto mensura a vitalidade do recém-nascido através da avaliação de cinco sintomas objetivos: frequência cardíaca, respiração, irritabilidade reflexa, tônus muscular e cor. A escala de Apgar varia de 0 a 10, sendo que o índice abaixo de 0-6 é considerado ruim, e 7-10 é bom. Objetivo: Avaliar se as seguintes variáveis: tipo de parto, peso ao nascer, duração da gestação, número de consultas pré-natal, idade, estado civil e escolaridade da mãe são relevantes na vitalidade do recém-nascido. Métodos: Foi usado o banco de dados extraídos do SINASC de 2009 a 2013. O teste usado foi o QUI-QUADRADO, e foram significativas as variáveis com valor de p <0,05. A força da correlação foi obtida a partir da Odds Ratio (OR) e do Intervalo de Confiança (IC). Resultados: O tipo de parto se mostrou estatisticamente relevante. O parto cesáreo está negativamente relacionado ao apgar ruim (IC <1), apesar da correlação ser fraca (OR=0,5153). O peso é estatisticamente relevante, além disso, o baixo peso (<2500g) apresenta uma forte relação (OR expressivo) positiva (IC > 1) com o apgar ruim. As variáveis: duração da gestação (p=0,325), número de consultas pré-natal (p=0,8635) e escolaridade (p=0,5688) não foram estatisticamente relevantes. No entanto, as variáveis: idade da mãe (p=0,0362) e estado civil (p=0,1492) foram estatisticamente significativas. Conclusões: Observou-se que a idade precoce da mãe é mais fortemente correlacionada com apgar ruim (p=0,03469), já a correlação da idade avançada com apgar ruim não foi significativa (p =0,299). O parto cesáreo e o baixo peso ao nascer são fatores relacionados ao baixo índice de Apgar. Em relação ao estado civil, há diferenças na vitalidade do recém-nascido quando se compara as mulheres com união estável/casada às mulheres solteiras. Tais dados devem ser melhor analisados a partir de outros métodos e testes para conferir maior confiabilidade. Os parâmetros: duração da gestação, número de consulta no pré-natal, e escolaridade da mãe são classicamente relacionados ao apgar, porém em nosso estudo, esses parâmetros se mostraram irrelevantes. Assim, o não preenchimento correto e ausência do preenchimento dos bancos da DN é um fator limitante para concretização dos resultados.

Palavras-chave: índice Apgar, Declaração de Nascido Vivo (DN), gestação

Referências:

KILSZTAJN, Samuel et al . Vitalidade do recém-nascido por tipo de parto no Estado de São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 23, n. 8, Aug. 2007.

CARVALHO, Patrícia Ismael de et al . Fatores de risco para mortalidade neonatal em coorte hospitalar de nascidos vivos. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 16, n. 3, Set. 2007.

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APRESENTAÇÃO DE PÔSTER

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA ESQUISTOSSOMOSE NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO, MG

George Luiz Lins Machado Coelho ([email protected]) Amanda Freire Vieira ([email protected])

Letícia Aparecida de Figueiredo ([email protected]) Lídia Lelis Leal ([email protected])

Lígia Barros de Oliveira ([email protected]) Talles Augusto Martins Gomes ([email protected])

Thiago de Faria Galvão ([email protected])

Introdução: Considerada uma doença tropical negligenciada, a esquistossomose pode evoluir para formas clínicas graves até o óbito, sendo um importante problema de Saúde Pública, principalmente nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 207 milhões de pessoas estão infectadas em todo o mundo (WHO, 2010). O Brasil é o país mais afetado das Américas, com 25 milhões de pessoas vivendo em áreas endêmicas e 4-6 milhões de infectados. Cerca de 70% dos casos estão concentrados nos estados de Minas Gerais e Bahia (Drummond, 2006), onde a prevalência da esquistossomose situa-se próxima de 10% (Coura, 2004). Em áreas endêmicas apenas as formas graves devem ser notificadas. O município de Ouro Preto-MG é uma cidade histórica e endêmica para esquistossomose. Objetivos: Analisar estatisticamente os dados presentes no banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do município de Ouro Preto, referentes às notificações de esquistossomose nos anos de 2007 a 2009, correlacionando as variáveis mais relevantes. Métodos: Para a realização desse estudo, utilizou-se o banco de dados do SINAN Ouro Preto e partir destes, fornecidos pela Secretaria de Saúde do Município de Ouro Preto-MG, analisou-se os casos de esquistossomose no período de 2007 a 2009, cuja amostra foi de 26 pessoas. Estabeleceram-se as variáveis prioritárias para entendimento da situação da esquistossomose na região: sexo, idade, ano e localidade. As análises descritivas destas variáveis foram realizadas através do programa de computador Epi Info 7

TM. A amostra

possui indivíduos com idade variando de 2 a 57 anos. Segundo os critérios do SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional), crianças são indivíduos com idade de 0 a 10 anos e adolescentes aqueles com idade de 11 a 20 anos. Acima de 20 anos é considerado como adulto. Resultados: O número de notificações decresceu no distrito de Antônio Pereira no período analisado, decaindo de 16 notificações em 2007 para nenhuma em 2009. Quanto à análise considerando sexo e faixa etária, nota-se uma prevalência maior no sexo masculino, sendo mais comprometida a faixa etária entre 10 e 20 anos em ambos os sexos. Conclusões: As notificações foram significativamente maiores nos anos de 2007 questionando-se a possibilidade de preenchimento superestimado das fichas (notificação de casos não graves ao SINAN em área endêmica) ou uma subnotificação nos anos seguinte. Dessa forma, afirmar um padrão de decréscimo pode não condizer com a realidade. Houve dificuldade de encontrar dados de prevalência recentes. Este estudo permitiu avaliar o perfil dos indivíduos mais acometidos pela esquistossomose no município de Ouro Preto-MG. Comparando-se as faixas etárias com o número de casos por sexo se observa um maior número de notificações no sexo masculino na faixa etária de 10 a 20 anos. Essa observação corrobora estudos já realizados em outras regiões e uma justificativa para este fato possivelmente é o hábito infantil e juvenil de permanecer em maior contato com águas que por sua vez, podem estar contaminadas.

Palavras-Chaves: Esquistossomose; Epidemiologia; Endemia

Referências:

WHO. Schistosomiasis. Fact sheet no. 115. February 2010. Disponível em: < http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs115/en/index.html >. Acesso em 09 de junho de 2011.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN. Disponível em: < http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/ >. Acesso em 06 de agosto de 2013.

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APRESENTAÇÃO DE PÔSTER

JOHN SNOW E AS BASES DA EPIDEMIOLOGIA MODERNA

Aline Sanches Oliveira ([email protected]) Ana Clarisse da Costa Porto ([email protected])

Andressa Harpis Bastos ([email protected]) Eliana Fernandes Maia ([email protected])

Emília Calil Silva ([email protected]) Felipe Sabec Folgueral ([email protected])

Júlia Carvalho Oliveira ([email protected]) Márcio Antônio Moreira Galvão ([email protected])

Natália Dias do Nascimento ([email protected]) Simone Alves Edmundo ([email protected])

INTRODUÇÃO: John Snow é considerado um dos pais da epidemiologia, destacando-se seu trabalho em mapear e desvendar possíveis causas do surto de cólera em Londres no século XIX. Snow defendeu a teoria do contágio, contribuindo para a sistematização da metodologia epidemiológica, ampliando seu estudo, concentrando a visão da epidemiologia para o modo de transmissão e combate a epidemias. OBJETIVO: Analisar as contribuições de John Snow na resolução do surto londrino de cólera e na epidemiologia moderna. METODOLOGIA: Leu-se o livro “O mapa fantasma”, de Johnson, e procuraram-se artigos em bancos de dados como pubmed e scielo com intuito de realizar-se uma revisão bibliográfica acerca da contribuição de Snow para a epidemiologia moderna. DISCUSSÃO: No ano de 1854, a cidade de Londres - que fundamentalmente era formada por aglomerados urbanos com escassa infraestrutura e desprovidos de condições sanitárias - foi tomada por um surto de cólera na região do Soho. Apesar da teoria miasmática (defensora da presença de ‘emanações nocivas invisíveis’ no ar que agrediam o corpo humano) ser predominante na época e embasar as poucas políticas tomadas em favor de sanar o problema, John Snow questionou as manifestações da doença e sua maior incidência em determinadas classes da sociedade, como exemplo: a ausência de sintomas respiratórios e o não acometimento de grupos mais prováveis devido à maior exposição às tais emanações. Com notável empenho em sua pesquisa de campo nos locais atingidos, Snow conseguiu elaborar de forma empírica uma teoria extremamente avançada para o conhecimento científico contemporâneo, defendendo que a água da fonte de Broad Street era o principal fonte de contaminação pelo cólera, se adiantando aos estudos ainda vindouros sobre Microbiologia. Para chegar às suas conclusões e comprovar sua tese, o médico inglês analisou o sistema de abastecimento de água de cada residência do bairro londrino e, com os dados obtidos, foi capaz de elaborar um mapa. A partir dele, era possível observar que os domicílios cujo fornecimento era feito por determinada companhia – que captava água do Rio Tâmisa depois que dejetos eram nele jogados – possuíam significante aumento no número de casos de cólera; foi capaz de compreender, então, que “a doença era causada por algum agente que passava do doente para o são e tem a propriedade de se multiplicar no organismo”. CONCLUSÃO: John Snow teve papel determinante no advento da Epidemiologia Moderna. Sua intrepidez permitiu que, mesmo quando contestado, continuasse sua pesquisa e analisasse a frequência e distribuição dos óbitos a fim de elaborar hipóteses determinantes para a disseminação do cólera e assim colaborar para a implantação de políticas de saúdes efetivas para o controle da doença. Para o século XXI, restaram como heranças dos trabalhos de Snow os instrumentos de pesquisa embasados em preceitos epidemiológicos e o exemplo de persistência e confiança no uso da razão para a solução das complicações que surgem como charadas a serem resolvidas pela ciência.

REFERÊNCIAS:

JOHNSON, S. O mapa fantasma. Rio de Janeiro: Zahar, 2008;

SCLIAR, M. Do mágico ao social. Porto Alegre: L&PM, 1987

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APRESENTAÇÃO DE PÔSTER

O MODELO DA HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA

Amália Freitas Géssica Marota Clayton Santos

Ludyane Gomes Maira Kroetz Boufleur

Márcio Sueto Paulo Henrique Castanha Miranda

Priscila Cintra Campos Taylane Lanna¹,Márcio Galvão

INTRODUÇÃO: A História Natural das Doenças é a denominação ao conjunto de processos interativos que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou em qualquer outro lugar, passando pela resposta do homem ao estímulo até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte daquele. OBJETIVO: Compreender a estratégia proposta pelo modelo da história natural da doença, enfocando a promoção da saúde e a prevenção da doença em seu sentido mais amplo. Por ser o modelo mais utilizado no contexto de saúde-doença brasileiro, torna-se essencial o seu entendimento aos estudantes e aos profissionais da área da saúde. DISCUSSÃO: A origem deste modelo advém de duas vertentes: epidemiológica ou pré-patogênica, voltada para as interações entre a tríade: agente etiológico (o causador da doença), meio ambiente e o hospedeiro; e a patológica ou patogênica, que enfoca nas modificações que ocorrem no corpo do doente. Também desta estratégia, surgem os conceitos de prevenção primária e secundária. Analisam-se as variáveis intrínsecas dos sujeitos, ou da comunidade, como os fatores socioeconômicos e os ecológicos. Estuda-se as configuração e fatores facilitadores à instalação da doença, tanto para o diagnóstico quanto para a criação de atitudes profiláticas. A prevenção primária gerou uma demanda desnecessária de exames e procedimentos que não aumentaram a esperança de vida significativamente; esta busca compulsória foi estimulada pela própria produção industrial. Já a prevenção secundária visa o lucro, com intervenções desnecessárias, o que pode ser evidenciado pela proliferação de amigdalectomias, por exemplo. Para Illich, um crítico deste modelo, o que se faz não é curar a enfermidade, é prolongar o sofrimento do doente. CONCLUSÕES: O modelo de História Natural das Doenças, vertente epidemiológica, representa grande arma para avaliação de medidas profiláticas, fornecendo pistas para o diagnóstico e fornecendo dados consistentes para hipóteses de causalidade. Os fatores sociais e culturais são partes integrantes e condicionantes nos processos de saúde e doença, e devem sempre ser considerados nos estudos e análises de tratamento e cura de um indivíduo/grupo. PALAVRAS-CHAVE: História natural da doença; modelo; prevenção. REFERÊNCIAS FILHO, N. A.; ROUQUAYROL, M. Z.; Introdução á Epidemiologia Moderna.Belo Horizonte: COOPMED, 1992. QUADRA, A. A. F.; Viver é resistir: A história natural das doenças. Rio de Janeiro: Achiamé, 1983.

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APRESENTAÇÃO DE PÔSTER

CARACTERÍSTICAS DA TUBERCULOSE NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO, MINAS GERAIS, ENTRE 2002 E 2010

George Luiz Lins Machado Coelho ([email protected]) Fernanda de Faria Mariano ([email protected]) Natália Cristina Carvalho de Souza ([email protected])

Raquel Domingos da Costa ([email protected]) Waleska Brito Rabelo ([email protected])

Wanessa Torres Bernardes ([email protected])

INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. A apresentação pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante para a saúde pública, pois é a principal responsável pela transmissão da doença (DATASUS, 2013). Segundo estimativas atuais da Organização Mundial da Saúde (OMS), ocorrem 110.000 novos casos anuais de TB, ou seja, uma taxa de incidência de 62 por 100.000 habitantes, situando o país na 15ª posição entre os 22 países mais afetados pela doença (BIERRENBACH et al, 2007). Ruffino-Netto, 2002 assinala as principais causas para a gravidade da situação atual da TB no mundo os seguintes fatos: desigualdade social, advento da AIDS, envelhecimento da população e grandes movimentos migratórios. Por esse motivo, é uma doença de notificação compulsória, integrando o banco de dados do SINAN (Sistema Nacional de Agravos de Notificação), que é um sistema que visa colher, transmitir e disseminar dados gerados pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica. Dessa forma, o trabalho realizado objetiva analisar as características da tuberculose em Ouro Preto, por meio desse sistema. OBJETIVOS: -Geral: descrever e analisar determinados padrões epidemiológicos sobre a TB no município de Ouro Preto, entre 2002 e 2010, por meio do banco de dados SINAN. -Específicos: comparar a taxa de incidência em Ouro Preto com Minas Gerais e com o Brasil; analisar os seguintes dados demográficos: faixa etária, sexo, região habitacional e intervalo entre os primeiros sintomas e o encerramento da doença. MÉTODOS: realizou-se uma análise epidemiológica com levantamento de dados do SINAN entre os anos de 2002 a 2010, cuja amostra foi de 142 casos que compreendem a faixa etária de 3 a 82 anos, no município de Ouro Preto, Minas Gerais. Foram incluídos todos os dados das características selecionadas para o estudo, sendo analisados sexo, faixa etária (de acordo com critérios do DATASUS), região habitacional e intervalo entre o aparecimento dos primeiros sintomas e o encerramento da doença. As informações extraídas foram organizadas e as frequências analisadas utilizando-se o programa EpiInfo7. A incidência foi definida com base nos casos de tuberculose notificados no SINAN, entre o período citado acima. Já os dados da população foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo o Censo 2010. RESULTADOS: Após análise dos dados epidemiológicos observou-se a notificação de 142 casos de tuberculose durante os anos de 2002-2010, com incidência de 20,22/100.000 habitantes. Os indivíduos com tuberculose eram predominantemente do sexo masculino (67,61%), da faixa etária de 40-49 anos (21,13%), residentes na zona urbana de Ouro Preto (66,20%), com intervalo da data dos primeiros sintomas até a data de encerramento de até 181-270 dias (64,71%). CONCLUSÃO: De acordo com os registros do período estudado, observou-se uma maior frequência de tuberculose notificada no ano de 2005 (16,20%). Identificou-se, também, um grande número de dados negligenciados, bem como preenchidos inadequadamente, o que dificultou a análise de vários parâmetros. Dessa forma, percebeu-se a necessidade de maior precisão no preenchimento dos registros para que se conheça melhor a distribuição da doença, permitindo o controle efetivo da TB.

PALAVRAS-CHAVE: tuberculose, Ouro Preto, SINAN

REFERÊNCIAS:

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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [homepage on the internet]. Brasília: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. [cited 2011 Aug 25]. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/ > . Acesso em: 23/08/2013

Ministério da Saúde [internet]. Secretaria Executiva. Datasus [acesso em 23/08/2013]. Informações de saúde disponível em : http://www.datasus.gov.br

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APRESENTAÇÃO DE PÔSTER

IDENTIFICAÇÃO: “ANÁLISE DA MORTALIDADE POR PARADA CARDÍACA NO MUNICÍPIO DE OURO PRETO NOS ANOS DE 2011 A 2013”

George Lins Machado Coelho ([email protected]) Ana Luiza Martins Reggiani ([email protected])

Gabriela Oliveira Leopoldo ([email protected]) Jéssica Almeida Horta Duarte- ([email protected])

João Luiz de Freitas- ([email protected]) Luísa Martino Avelar- ([email protected])

Introdução: A parada cardíaca (CID-10 I46.9) pode ser definida como a cessação súbita e inesperada da atividade mecânica ventricular útil e suficiente do coração de um indivíduo. Dentre suas causas estão os traumas e doenças coronarianas. A incidência da doença varia de acordo com a presença regional dos fatores causais desse quadro. Essa doença é uma das principais causas de morte no Mundo todos os anos. O objetivo do presente trabalho é analisar os dados referente à mortalidade por parada cardíaca em Ouro Preto – MG no período de 2011 a 2013. Justificativa: No Brasil, as doenças cardiovasculares, principais causadoras da parada cardíaca, representavam 29,4% do total de mortes em 2007. Estudos mostram que 60% das vítimas são homens, média de idade de 56 anos. Avaliar os dados referentes à mortalidade por parada cardíaca em Ouro Preto pode orientar medidas de promoção à saúde pelo município. Metodologia: Avaliação das taxas de mortalidade por parada cardíaca em Ouro Preto de 2011 a 2013, segundo dados do DATASUS e comparação dos mesmos com dados nacionais e de Minas Gerais através do programa Epi Info. Resultados: No período de 2011 a 2013 houve um total de 76 óbitos em Ouro Preto – MG devido à parada cardíaca. A análise dos dados fornece informações acerca da idade, sexo e raça em relação ao número de óbitos por esse quadro clínico no período analisado. Percebe-se que os óbitos até os 59 anos predominam no sexo masculino, com 86% dos casos, enquanto os óbitos em mulheres da mesma faixa etária completam 14%. Já na faixa etária de 90 a 99 anos, a predominância de óbitos está no sexo feminino, com 83% dos casos. Em relação à cor da pele, pessoas brancas tiveram a maior parte dos óbitos na faixa etária até 59 anos. Já em pessoas de 90 a 99 anos, predominou o óbito em pardos. Observou-se que em 2011, a maior parte dos óbitos com 53% dos casos foram em homens. Em 2012 o número de casos foi igual para ambos os sexos. Já em 2013, houve predomínio de morte em mulheres, com 59%. Discussão: A morte súbita por problemas cardiovasculares é a maior causa de mortes no Brasil e no mundo. No Brasil, ocorrem aproximadamente 160 mil óbitos por parada cardíaca por ano, o que dá uma média de 800 óbitos por dia. Isso corresponde à 15% do total de mortes no país, enquanto que em Ouro Preto a parada cardíaca é responsavel por 6% do total de mortes no período de 2011 a 2013. Em comparação estatística realizada através programa Epi Info™, conclui-se que o município de Ouro Preto possui dados de mortalidade semelhantes aos encontrados no país. Referências: MÓDOLO, NSP. Parada Cardíaca e Reanimação.Disponível em:http://www.emv.fmb.unesp.br/moodle/anestesiologia/parada_cardiaca.pdf. Acesso em 23 de agosto de 2013. BRASIL, Ministério da Saúde. Prevenção clínica de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

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APRESENTAÇÃO DE PÔSTER

FATORES DE RISCO PARA MORTALIDADE NEONATAL.

George Luiz Lins Machado Coelho ([email protected]) Cecília Carneiro e Silva ([email protected])

Fernanda Mendes de Oliveira Rossi ([email protected]) Larissa Amaral Lauriano ([email protected])

Renata Barbosa Nogueira ([email protected]) Rodrigo Ventura Vilela ([email protected])

Introdução: O período neonatal corresponde ao intervalo de tempo entre o nascimento e o 27° dia de vida. As variáveis classicamente significativas para a mortalidade são: índice de Apgar no quinto minuto abaixo de 3 ou entre 4 e 7; baixa escolaridade da mãe; idade gestacional até 36 semanas; número de consultas de pré-natal abaixo de 3; baixo peso ao nascer; e raça preta/parda. O índice de Apgar mensura a vitalidade do recém-nascido, através da avaliação de cinco sintomas objetivos: frequência cardíaca, respiração, irritabilidade reflexa, tônus muscular e cor. A escala de Apgar varia de 0 a 10. A taxa de mortalidade infantil é um importante indicador social, utilizado para direcionar ações de políticas públicas. O Ministério da Saúde implantou o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), em 1990, que tem por objetivo coletar dados sobre os nascimentos informados em todo o território nacional e o fornecimento de dados sobre natalidade para todas as instâncias do sistema de saúde. O documento de entrada do sistema é a Declaração de Nascido Vivo (DN), padronizada em todo o país. Objetivos: Avaliar se as seguintes variáveis: tipo de parto, peso ao nascer, duração da gestação, número de consultas pré-natal, idade, estado civil e escolaridade da mãe são relevantes na mortalidade neonatal. Métodos: Foi usado o banco de dados extraídos do SINASC, de 2009 a 2013. O teste usado foi o QUI-QUADRADO, e foram significativas as variáveis com valor de p <0,2. Resultados: O tipo de parto se mostrou estatisticamente relevante (p< 0,05). O parto cesáreo está negativamente relacionado ao apgar ruim (IC <1), apesar da correlação ser fraca (OR=0,5153). O peso é estatisticamente relevante (p < 0,05). Além disso, o baixo peso (<2500g) apresenta uma forte relação (OR bastante alto) positiva (IC > 1) com o apgar ruim. As variáveis: duração da gestação (p=0,325), número de consultas pré-natal (p=0,8635) e escolaridade (p=0,5688) não foram estatisticamente relevantes. No entanto, as variáveis: idade da mãe (p=0,0362) e estado civil (p=0,1492) foram estatisticamente significativas. Conclusões: Os parâmetros: duração da Gestação, nº de consulta no pré-natal, e escolaridade da mãe são classicamente considerados como positivamente relacionados a um apgar ruim, porém em nosso estudo, esses parâmetros se mostraram irrelevantes. Isso pode ocorrer talvez devido ausência de resposta para esses critérios, atingindo quase metade da quantidade total de observações. Em relação à idade da mãe, é preciso distinguir se a avalição foi feita incluindo todas as idades ou se foram realizadas análises independentes para mulheres jovens demais e idosas demais. Quando cada um destes parâmetros foi analisado separadamente, observou-se que a idade precoce é mais fortemente correlacionada com apgar ruim (p=0,03469), enquanto que a correlação da idade avançada com apgar ruim não foi significativa (p =0,299). O parto cesáreo e o baixo peso ao nascer são fatores relacionados ao baixo índice de Apgar e consequentemente à mortalidade neonatal. Já em relação ao estado civil, há diferenças na mortalidade neonatal quando se compara as mulheres com união estável e mulheres solteiras.

Palavras-chave: mortalidade neonatal, índice Apgar, SINASC

Referências:

KILSZTAJN, Samuel et al . Vitalidade do recém-nascido por tipo de parto no Estado de São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 23, n. 8, Aug. 2007 .

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CARVALHO, Patrícia Ismael de et al . Fatores de risco para mortalidade neonatal em coorte hospitalar de nascidos vivos. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 16, n. 3, Set. 2007

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APRESENTAÇÃO DE PÔSTER

CASO DA DOENÇA DE CHAGAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

Márcio Antônio Moreira Galvão

1 ([email protected])

Bernardo Arantes Neves de Abreu2 ([email protected])

Daniel Guilherme de Oliveira e Silva2 ([email protected])

Fabio Fernandes de Mendonça2 ([email protected])

Filipe Nappi Mateus2 ([email protected])

Fernanda dos Santos da Silva2 ([email protected])

Giovanny Viegas R. Fernanades2 ([email protected])

Guilherme Angelo dos Santos Silva2 ([email protected])

Pedro Gadbem Bobst2 ([email protected])

Thaís Borges Finott2 ([email protected])

Introdução: A interação entre espaço geográfico e a incidência de doenças tem seus primórdios na obra de Hipócrates, Ares, água e lugares, em que há uma mistura de fatores ligados ao ambiente (clima) e os relacionados ao homem. Esta mistura reflete na etimologia da palavra endemia - demos significa tanto população quanto lugar. Para Hipócrates uma doença endêmica se refere às pessoas e ao lugar onde elas habitam. A Epidemiologia procura identificar os determinantes da diversidade de comportamento de doenças semelhantes. Classicamente, a Epidemiologia descritiva entende o espaço como um conjunto de determinantes de natureza biológica ou natural, como clima, vegetação, latitude e topografia. Objetivo: Analisar ao longo da história as concepções de espaço e as influências que este exerce nas doenças, em especial o desenvolvimento da doença de Chagas no Estado de São Paulo. Discussão: Analisando a influência do espaço ao longo do tempo, verificou-se que desde Aristóteles o lugar foi usado para explicar as endemias. Pavlovsky desenvolveu a teoria dos focos naturais das doenças transmissíveis durante a expansão da fronteira agrícola na Rússia, percebendo que o espaço era o cenário por onde o agente infeccioso circulava e o classificou em natural e antropopúrgico. A organização do espaço permitiu analisá-lo como um processo, aumentando a abrangência do conceito para além do local estático em que as endemias ocorrem. As doenças infecciosas emergentes tem associação com a ecologia, com a necessidade de interpretações mais abrangentes do processo saúde- doença e com o desenvolvimento de técnicas de investigação como geoprocessamento e de sensoriamento remoto, que trouxeram novas dimensões aos estudos do espaço em epidemiologia. Ao investigar o surgimento, disseminação e desaparecimento da endemia chagásica no Estado de São Paulo, percebeu-se que as informações epidemiológicas não poderiam ser interpretadas somente pelos conceitos clássicos, tendo que ser incorporado conceitos e métodos de análise em Geografia para se compreender este processo peculiar da doença em São Paulo. A doença de Chagas começou a ocorrer quando o homem perturbou o equilíbrio ecológico dos focos silvestres da doença, o que levou a domiciliação dos triatomíneos e a inclusão do homem em sua cadeia alimentar. Porém, o Triatoma infestans, espécie alóctone, não sofreu, em São Paulo, processo de domiciliação e a doença de Chagas ocorreu em regiões recém- desbravadas, próximas á fronteira agrícola. Os fatores que contribuíram para o declínio da transmissão da doença foram: a atividade de combate à endemia, reestruturação do espaço agrário, o êxodo rural, modernização da agricultura, processo de saneamento rural, consolidação da “marcha para o Leste” e investimento maciço de capital e trabalho para reabilitar a economia agrária. Conclusão: É possível perceber que a análise do espaço não mais como um local estático e sim dinâmico, foi necessário para que se pudesse estudar as endemias de forma mais completa, olhando não só o natural, biológico, como também o social, o econômico. Desta forma, as doenças não apresentam causas somente biológicas, mas também socioeconômica e histórica.

Palavras-chave: Epidemiologia, Espaço-doença, Endemia

Referência:

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SILVA, Luiz Jacintho da. Desbravamento, agricultura e doença: a doença de Chagas no Estado de São Paulo. Cad. Saúde Pública [online]. 1986, vol.2, n.2, pp. 124-140. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v2n2/v2n2a02.pdf,, Acessado em 20 de julho de 2013.

SILVA, Luiz Jacintho da. Ocupação do espaço e doenças endêmicas: A ocupação do espaço e a ocorrência de endemias. Editora Fio Cruz, 2000. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v2n2/v2n2a02.pdf. Acessado em 20 de julho de 2013.