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Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto na forma, de inteira responsabilidade de seus autores. Não traduzem, por isso mesmo, a opinião legal ou manifestação de integrante da SiqueiraCastro.

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Data de Criação: 11/11/2020

Criado por: Biblioteca

Clipping SCA

Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

na forma, de inteira responsabilidade de seus autores. Não traduzem, por isso

mesmo, a opinião legal ou manifestação de integrante da SiqueiraCastro.

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Sumário das

Matérias:

STF questiona Anvisa sobre vacina

Valor ––11 de novembro.............................................01

Crescem ciladas para quem quer viver de renda

Valor ––11 de novembro.............................................04

Situação no Amapá não interfere na venda da Eletrobras, diz secretário

Valor ––11 de novembro.............................................09

Diretor da Aneel rebate críticas sobre fiscalização

Valor ––11 de novembro.............................................11

Nova lei ambiental dá mais um passo no Reino Unido

Valor ––11 de novembro.............................................12

China amplia ação contra empresas ‘big tech’

Valor ––11 de novembro.............................................13

Pacote dá alívio aos Estados, mas ajuste precisa ser feito

Valor ––11 de novembro.............................................15

CGN fecha contrato que viabiliza geração eólica no PI

Valor ––11 de novembro.............................................17

Aneel dá aval para obra da Cteep sem relicitação

Valor ––11 de novembro.............................................19

Movimento falimentar

Valor ––11 de novembro.............................................21

Amazon é acusada de conduta anticompetitiva pela UE

Valor ––11 de novembro.............................................22

Liminares no RJ afetam receita da Yduqs

Valor ––11 de novembro.............................................24

Nova vitória do Brasil contra Indonésia na OMC

Valor ––11 de novembro.............................................26

Fraude financeira avança com juro baixo e rede social

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Valor ––11 de novembro.............................................27

TJ-SP eleva honorários de advogado de contribuinte com base em tese inédita

Valor ––11 de novembro.............................................32

Justiça entende que Carf errou na análise de recursos

Valor ––11 de novembro.............................................35

A União e citação de multinacionais no Brasil

Valor ––11 de novembro.............................................37

Pequenos empresários relatam dificuldades para pagar 13º neste ano

Folha ––11 de novembro.............................................40

Governo Bolsonaro se aproxima de proposta tecnológica dos EUA contra o 5G chinês

OESP ––11 de novembro.............................................45

Pioneira no e-commerce, B2W fica para trás das rivais Magalu e Mercado Livre

OESP ––11 de novembro.............................................48

PGFN recebe denúncias de decisões que afetem concorrência ou gerem isenções

Conjur ––11 de novembro...........................................50

Somente a falida pode intervir em processos em que é parte, diz TJ-SP

Conjur ––11 de novembro...........................................51

STF vai julgar diferença de correção monetária em saldos do FGTS referente ao Plano Collor II

Migalhas ––11 de novembro.......................................52

Considerações sobre o whistleblower e as companhias de capital aberto

Jota ––11 de novembro.............................................54

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Valor Econômico

Caderno: Primeira Página, quarta-feira 11 de novembro de 2020.

STF questiona Anvisa sobre vacina

Deliberação gerou reações

políticas e o ministro do STF,

Ricardo Lewandowski, deu 48

horas para agência explicar a

decisão de interromper os estudos

com a vacina

Por Murillo Camarotto — De

Brasília

O presidente da Anvisa, Antonio Barra

Torres, diz que a agência não sabia do

suicídio, mas o Butantan afirmou que

deu a informação no dia 6 — Foto:

Pablo Jacob/Agência O Globo

A decisão da Anvisa de suspender os

testes da vacina Coronavac,

desenvolvida com apoio do governo de

São Paulo, foi comemorada nas redes

sociais pelo presidente Jair Bolsonaro,

que a considerou uma vitória pessoal. A

deliberação gerou reações políticas e,

no fim do dia, o ministro do STF,

Ricardo Lewandowski, deu 48 horas

para a Anvisa explicar a decisão.

O presidente da Anvisa, Antonio Barra

Torres, disse que a medida foi técnica e

01

não política, diante de evento adverso

grave não previsto. O evento foi a morte

de um voluntário nos testes, que teria se

suicidado no dia 29, ato sem relação

com a vacina. Segundo Torres, a Anvisa

não sabia dos detalhes do “evento

grave”. “Essa informação está relatada à

Anvisa desde o dia 6”, afirmou Dimas

Covas, presidente do Instituto

Butantan, parceiro no desenvolvimento

da vacina.

Sob aplausos de Bolsonaro,

Anvisa suspende teste de vacina

Agência defende caráter técnico

da decisão; STF pede

esclarecimentos

Por Murillo Camarotto e Ana

Paula Machado — De Brasília e São

Paulo

O presidente da Anvisa, Antonio Barra

Torres (ao centro), dá entrevista para

explicar a interrupção dos testes:

agência diz que seguiu critérios técnicos

— Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

A direção da Agência Nacional de

Vigilância Sanitária (Anvisa) defendeu

ontem a sua decisão de suspender por

tempo indeterminado os testes clínicos

da Coronavac, vacina contra a covid-19

desenvolvida pelo laboratório chinês

Sinovac e o Instituto Butantan. A

deliberação gerou reações políticas e

judiciais. O presidente Jair Bolsonaro

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comemorou em suas redes sociais o que

considerou uma vitória pessoal. Já o

governador de São Paulo, João Doria,

disse acreditar na retomada imediata

dos estudos.

No fim do dia, o caso atravessou a Praça

dos Três Poderes. O ministro Ricardo

Lewandowski, do Supremo Tribunal

Federal (STF), deu 48 horas para a

Anvisa explicar os critérios técnicos que

justificam a decisão de interromper os

estudos com a vacina.

Na decisão, Lewandowski também pede

informações sobre o estágio de

aprovação da Coronavac e das demais

vacinas contra o coronavírus. O

ministro é o relator das ações que

tratam da obrigatoriedade, ou não, de

aplicação de vacinas contra a covid-19.

A suspensão dos ensaios clínicos,

anunciada na noite de segunda-feira,

teve como justificativa um evento

adverso grave não esperado ocorrido

com um dos voluntários dos testes,

morto no último dia 29. A medida

pegou de surpresa a direção do

Butantan e o governo paulista, que

convocaram uma coletiva de imprensa

para manifestar indignação com a

decisão da Anvisa.

O principal argumento do presidente do

Butantan, Dimas Covas, foi de que o

óbito do voluntário - ao que tudo indica,

um suicídio - não teve qualquer relação

com a vacina tomada. A alegação de

Covas foi ratificada pelo secretário

estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, e

pelo coordenador do Centro de

Contingência Contra a covid-19, João

Gabbardo, que foi secretário-executivo

do Ministério da Saúde na gestão de

Luiz Henrique Mandetta.

02

“Nós estamos tratando de evento

adverso que não tem relação com a

vacina. E essa informação está relatada

à Anvisa desde o dia 6”, afirmou Covas,

que também reclamou da rapidez com

que a agência suspendeu os testes e

comunicou a imprensa. Segundo seu

relato, o Butantan foi informado

oficialmente apenas 20 minutos antes

de a Anvisa divulgar a decisão ao

público. “Fomentar esse descrédito

gratuito, a troco de quê? Não seria mais

justo ligar e informar a reunião para

tratar isso? O efeito adverso grave

observado em um voluntário não tem

relação com a vacina”, reiterou o

presidente do Butantan.

Pouco tempo depois, Covas foi rebatido

pela Anvisa, também em coletiva. O

diretor-presidente da agência, Antonio

Barra Torres, procurou reforçar a ideia

de que a suspensão teve caráter técnico,

segundo ele tomada por servidores

concursados, sem passar pela diretoria

colegiada. Na versão de Torres, a Anvisa

foi notificada da ocorrência do evento

adverso e apenas seguiu os protocolos

ao determinar a interrupção imediata

dos testes. Segundo ele, a notificação

inicial era sucinta e não continha

informação sobre a relação entre a

vacina e a morte do voluntário.

Mesmo após tomar conhecimento dos

argumentos do Butantan, em reunião

realizada na manhã de ontem, a Anvisa

decidiu manter a suspensão. Segundo

Barra Torres, o estabelecimento de

vínculo entre o óbito e a vacina deve

estar baseado em documentação oficial,

encaminhada pelos canais apropriados

e pelos órgãos competentes, citando um

comitê independente que avalia todas

as vacinas em análise.

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“Quando há eventos adversos não

esperados, a ação é uma só:

interromper os testes”, afirmou o

presidente da agência, que é bastante

próximo de Bolsonaro. Ele também

afirmou que a Anvisa não recebeu a

totalidade dos documentos referentes

ao evento. “Não interromper seria

descumprir os protocolos.”

Barra Torres disse esperar que o

trabalho seja retomado “o mais rápido

possível”, mas não se comprometeu

com datas. A Resolução 9/2015 da

diretoria da Anvisa diz que os ensaios

interrompidos só poderão ser

reiniciados mediante autorização

expressa da agência. A mesma norma,

entretanto, não estabelece nenhum

prazo para a análise.

Principal responsável técnico pelos

testes, o gerente-geral da área de

medicamentos da Anvisa, Gustavo

Mendes, lembrou que a suspensão afeta

apenas a aplicação da vacina em novos

voluntários, ou seja, as demais análises

podem continuar sendo feitas. Ele

também defendeu a decisão, pediu

respeito ao corpo técnico e disse que os

testes seguem suspensos até que fique

comprovada a ausência de riscos à

saúde.

Logo após a entrevista da Anvisa, a

Comissão Nacional de Ética e Pesquisa

(Conep), vinculada ao Conselho

Nacional de Saúde, deu parecer a favor

da continuidade dos estudos. O órgão é

um dos responsáveis por dar aval à

realização de testes com vacinas.

O foco da Conep é garantir segurança

aos participantes dos testes. Para que a

pesquisa possa seguir, porém, é preciso

que haja aval também da Anvisa - a

atuação dos dois órgãos ocorre de

forma simultânea. “Entendemos que o

03

óbito do voluntário não estava

relacionado à aplicação da vacina, por

isso optamos por não suspender os

ensaios e recomendamos que os

pesquisadores nos trouxessem apenas a

avaliação final de seu comitê

independente”, informou em nota o

coordenador da Conep, Jorge Venâncio.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/202

0/11/11/sob-aplausos-de-bolsonaro-anvisa-

suspende-teste-de-vacina.ghtml

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Valor Econômico

Caderno: Brasil, quarta-feira 11 de novembro de 2020.

Crescem ciladas para quem quer viver de renda

Neste ano, até outubro, a CVM

recebeu 298 queixas de

investidores; autarquia criou

canal de denúncia anônima em

março

Por Adriana Cotias — De São Paulo

Enquanto o número de pessoas físicas

na bolsa ganha corpo, tendo

alcançado 3,1 milhões de CPFs, um

mundo paralelo se desenvolve pela

sedução do marketing digital. Ao se

pesquisar no Google as palavras

“curso de trader”, por exemplo,

aparecem 5,2 milhões de resultados.

São influenciadores que se propõem a

ensinar qualquer um a viver de renda

e ser trader de sucesso de

criptomoedas ou Forex (câmbio).

Esses profissionais se multiplicam e

vendem a imagem de experientes e

bem-sucedidos operadores,

ostentando uma vida de luxo. No

meio dessa fábrica de sonhos, ciladas.

04

Fraude financeira avança com juro baixo e rede social

Na busca por mais retorno,

investidor fica suscetível à oferta

maliciosa

Por Adriana Cotias — De São Paulo

Ao se pesquisar as palavras “curso de

trader” no Google, o site de buscas

traz mais de 5,2 milhões de resultados

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em português. Se o termo for “opções

binárias”, em questão de segundos

aparecem 6,4 milhões de sugestões. E

se for “Forex, como operar”, o site

traz outras 7,7 milhões de respostas.

Enquanto o número de pessoas físicas

com aplicações na bolsa começa a

ganhar corpo, tendo alcançado em

outubro mais de 3,1 milhões de CPFs,

saindo de pouco mais de 800 mil em

2018, um mundo paralelo se

desenvolve pela sedução do

marketing digital de influenciadores

que se multiplicam e vendem a

imagem de experientes e bem-

sucedidos operadores do mercado

financeiro. Ostentam carros luxuosos,

relógios de marca e um modo de vida

que inclui paisagens paradisíacas. No

meio dessa fábrica de sonhos, ciladas.

São incontáveis os casos de pirâmide,

esquemas “ponzi” ou fraudes

financeiras no Brasil e no mundo, e

na era da internet tudo ganhou

velocidade. O que não muda é o

comportamento do investidor, que

tem propensão a cair nessas

armadilhas.

“Um novo conceito de investir” é o

que promete a MVCF Investimentos,

que ensina qualquer mortal a ser um

trader de sucesso de criptomoedas ou

Forex e a viver de renda. Outra forma

de multiplicar os resultados,

conforme o descritivo do site, é criar a

própria rede de investimentos,

convidando amigos e familiares e

ganhando um percentual extra por

isso. Há testemunho de investidor

iniciante bem-sucedido e uma base de

27 mil clientes. Tudo falso.

Em quatro meses no ar, site de

corretora fictícia teve 16,3 mil

acessos e 20% de conversão

05

Ao clicar no “cadastrar", aparece a

mensagem: “Cuidado: você quase foi

enganado! A CVM criou esta página

para alertá-lo e preveni-lo dos riscos

que você pode correr ao investir seu

patrimônio em empresas e ofertas não

autorizadas ou com pessoas não

certificadas para atuar no mercado.

Informe-se e pesquise antes de

investir!”. A partir daí, há todo um

conteúdo educativo para ser

explorado.

O site da corretora fictícia foi criado

numa parceria do regulador com a

Anbima, entidade que representa o

mercado de capitais e de

investimentos. Em quatro meses no

ar, teve 16,3 mil acessos com a oferta

de aplicações com retornos

expressivos, e 3,2 mil pessoas

chegaram ao botão “quero investir”, o

equivalente a um percentual de 20%.

É uma taxa de conversão alta que

supera a abordagem via e-mail

marketing, de 3% a 5%, ou outras

ofertas regulares, em que se espera

10%, diz Ana Leoni, superintendente

de educação de investidores da

Anbima. O lado bom dessa história é

que a vítima em potencial navega no

conteúdo educacional tempo similar

ao da página “fake” e depois volta

nela, possivelmente, para checar por

que se rendeu àquela mensagem.

“Infelizmente, a fraude financeira não

é uma prática recente, o primeiro caso

data de 1870 - uma mulher chamada

Sarah Emily Howe fundou em Boston

um ‘banco para mulheres’ que

prometia rentabilidade de 8% ao mês

- e a história se repete”, diz Ana. Para

a especialista, o fenômeno de juros

baixos no Brasil, que tem servido para

popularizar o tema investimentos,

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também deixa as pessoas suscetíveis

às ofertas maliciosas.

Neste ano, até outubro, a CVM

recebeu 298 queixas de

investidores; autarquia criou

canal de denúncia anônima em

março

“Com a pandemia tem mais gente

acessando a internet, para o trabalho,

as compras do dia a dia e também

para investir. O uso do digital para

fazer tudo torna o ambiente mais

propício [aos golpes]”, afirma Ana.

Entre episódios recentes que

ganharam o noticiário está o de Jonas

Jaimovick, da JJ Invest, suspeito de

liderar um esquema que deixou um

prejuízo de R$ 170 milhões, e que foi

preso na segunda-feira. Na semana

passada, o caso que agitou os fóruns

de investidores foi o de Vinicius

Ibraim, que vendia cursos de day

trade e tomou prejuízo ao vivo numa

aula presencial usando a conta de

seguidores. Em paralelo, ele captava

recursos para um “fundo” com seu

nome e teria levantado R$ 30

milhões, de cerca de 200 pessoas. Em

Brasília, a Justiça determinou dias

atrás o bloqueio de bens do Grupo

G44 Brasil, cujas empresas e sócios

são investigados por um esquema de

pirâmide.

No Instagram, Gustavo Ramos, que

tem 257 mil seguidores, se apresenta

como “aposentado de opções binárias,

um dos jovens mais bem sucedidos do

Brasil, milionário aos 21 anos”.

Morador de Palmas (TO), ele até

mandou instalar outdoors na cidade,

como mostrou o “Portal do Bitcoin”.

Na rede social, Ramos vende a

participação nas suas salas de

negociação ao vivo pela plataforma IQ

06

Options, e em lives admite usar

contas de terceiros.

Em abril, a CVM já tinha soltado um

alerta de atuação irregular da IQ

Options no mercado de Forex

(Foreign Exchange, de moedas

internacionais), “Contracts for

Difference” (CFD) e opções binárias.

Baseada no Chipre, a empresa passou

a incluir no seu site um aviso legal,

afirmando que fornece seus serviços

exclusivamente onde é licenciada e

que não está autorizada pelo

regulador brasileiro a fazer a

distribuição de valores mobiliários a

investidores domiciliados no país.

No site “Se Liga na Fraude”, iniciativa

conjunta da CVM e da Anbima, a

seção mais visitada é a relativa ao top

5 “Esquemas”, que lista os golpes

mais comuns: pirâmide financeira,

marketing multinível, Forex,

operações de criptoativos e falsos

profissionais.

As mídias sociais têm sido uma caixa

que amplifica o alcance das ofertas

tradicionais e também das

irregulares, diz José Alexandre Vasco,

superintendente de proteção aos

investidores da CVM. Ele cita que em

poucos anos o número de reclamações

de investidores cresceu

significativamente, sendo uma das

fontes para investigar após algum

episódio. Neste ano, até outubro,

foram 298 queixas. Em março, a

autarquia criou um canal de

denúncias anônimas, que podem ou

não virar processos.

A área de supervisão tem mecanismos

para mapear o que se passa na

internet, pedir ajustes, diz Vasco. A

ideia não é proibir ninguém de falar

sobre o mercado de capitais, esse é

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um conteúdo bem-vindo, mas

monitorar quando os influenciadores

cruzam o limiar da análise ou

consultoria de investimentos. “As

técnicas são sempre demonstrar que a

pessoa é muito bem-sucedida (), há

promessas de lucro fácil, premiações”,

diz. Há casos disfarçados de venda

direta, de produtos de beleza e

alimentação, atividades que acabam

se provando sem valor econômico,

pois nunca teriam rentabilidade

suficiente para pagar toda a cadeia.

Anos atrás, uma dessas empresas de

marketing multinível fechou o estádio

Fonte Nova em Salvador, com

capacidade para 70 mil pessoas.

Anunciou falsamente a presença de

um representante da CVM, para dar

um ar de legitimidade ao projeto. De

quebra, sortearia uma Lamborghini.

Esse é um exemplo de como os

esquemas podem movimentar muito

dinheiro.

Do lado da fiscalização, a CVM faz

alerta sobre as distribuições de ativos

irregulares e impõe multa diária de

R$ 5 mil se a oferta não for cessada

Mas há limites para sua atuação. “A

CVM só pode proibir aquilo que tem

poder de autorizar”, afirma Vasco.

Numa pirâmide, diz, quem adere não

é só “investidor” ou vítima, mas

também quem atua como propagador

daquela oferta.

Enquanto a pirâmide escala

rapidamente, o esquema Ponzi cresce

devagar e para quebrar leva tempo,

não tem problema de liquidez

imediato, o investidor faz aportes não

tão grandes e acredita que o dinheiro

está sendo gerido por alguém. Lembra

do caso do ex-presidente da Nasdaq

Bernard Madoff? Ele prometia

retornos de 1% a 4% ao mês, mas não

07

investia em nada. Foi engolido pela

crise do Lehman Brothers em 2008 e

deixou um prejuízo de US$ 65

bilhões.

Em geral, se não é competência da

CVM, e se trata de uma pirâmide

financeira, esse é um crime contra a

economia popular (Lei 1251),

considerado de baixo potencial

ofensivo e com uma pena pequena,

diz Vasco. Ele explica que quando a

autarquia recebe uma queixa não

relacionada ao mercado de capitais,

ela é encaminha para o Ministério

Público Estadual ou Federal,

dependendo do caso. Questões

relativas à defesa do consumidor são

enviadas à Secretaria Nacional do

Consumidor (Senacon), ligada ao

Ministério da Justiça.

A primeira pergunta a ser feita,

sugere Ana, da Anbima, é se a pessoa

ou corretora que está fazendo a oferta

é licenciada pela CVM. Outra, se o

investimento é registrado e, ainda, se

vale o risco. “Não se pode confundir

fraude com o risco do investimento.

Um investimento pode ser

extremamente arrojado, você pode

perder dinheiro, mas não é fraude.

Essa é uma interpretação equivocada

do risco.”

Outro conceito útil, prossegue, é só

investir naquilo que você

compreendeu e se tem a ver com o seu

objetivo. “Se não entendeu, continue

perguntando, busque informação

profissional, um site confiável.

Ninguém fica milionário do dia para

noite. O investimento é o meio para

preservar o dinheiro do trabalho”, diz.

“Os fraudadores se aproveitam da

ganância das pessoas contra elas

mesmas.”

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Felipe Paiva, diretor de

relacionamento com clientes e

pessoas físicas da B3, diz que assim

como alguém que nunca fez exercícios

físicos não vira maratonista da noite

para o dia, o investidor também

precisa testar sua tolerância a risco,

avaliar quanto conhecimento precisa

ter para entrar no universo do day

trade. A sugestão é não usar o capital

completo, experimentar aos poucos.

Dos mais de 3 milhões de pessoas

físicas na bolsa, ele cita que só uma

parcela de 5% faz operações de

compra e venda de ações no mesmo

dia. “Isso mostra que o grande

público está vindo para o médio e

longo prazo.” Pelos dados da B3, nas

negociações de minicontratos, o

investidor individual responde por

39,9% das negociações, só perdendo

para os estrangeiros, com 45,8%.

Bruno Giovannetti, pesquisador da

Fundação Getulio Vargas (FGV),

observa que a maior parte das pessoas

que tem migrado para a renda

variável a partir das mídias sociais

vem com a mentalidade de ganhar

dinheiro no curto prazo. “Tenho medo

de quem vai para a bolsa achando que

é um lugar para ficar rico, porque

pode ser vítima de pirâmides”, diz.

“Se entra na bolsa com a cabeça

correta, que é um lugar para fazer a

poupança previdenciária, não tem

como ser vítima de nada.”

Ele acha que os reguladores, a B3 e as

corretoras precisam ter um papel

mais ativo. Como os intermediários e

a bolsa ganham dinheiro com

corretagem, a tendência é estimular o

giro. “Quanto mais gente operando,

maior é a receita, mas as instituições

também estão pensando no curto

prazo. Na hora que o investidor se

08

machuca, ele pode nunca mais

voltar.”

https://valor.globo.com/financas/noticia

/2020/11/11/fraude-financeira-avanca-

com-juro-baixo-e-rede-social.ghtml

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Valor Econômico

Caderno: Brasil, quarta-feira 11 de novembro de 2020.

Situação no Amapá não interfere na venda da Eletrobras, diz secretário

Para Diogo Mac Cord, apagão

alerta para fiscalização

Por Fabio Graner — De Brasília

Diogo Mac Cord: incidente alerta para

questão regulatória do setor — Foto:

Dênio Simões/Valor

O secretário especial de

desestatização, Diogo Mac Cord,

avalia que o apagão no Amapá não

deve afetar a tramitação do projeto de

privatização da Eletrobras. Segundo

ele, reações contrárias no “calor do

momento” são naturais, mas insistiu

que o caminho é melhorar a

regulação, evitando que problemas

desse tipo se repitam, com empresas

públicas ou privadas.

09

“Não é qualquer coisa um Estado

inteiro ter saído do sistema. Mas

passada essa fase, o que vai acontecer

é olhar para trás e avaliar o que

aconteceu de errado. Tenho certeza

de que a conclusão será o

aprimoramento regulatório”, disse.

“Já tivemos desastres de todos os

tipos. Aviões já caíram, a solução foi

estatizar o setor aéreo? Ou foi

aprimorar a regulação? Não faz

sentido dizer que a solução é

estatização do serviço.”

Para ele, pesa ainda em favor da

privatização o desenho que prevê

recursos de R$ 3,5 bilhões para

modernização do parque gerador de

energia da região Norte.

Mac Cord defende que se avance o

projeto que revisa o marco de

concessões e PPPs relatado pelo

deputado federal Arnaldo Jardim

(Cidadania-SP). O texto permite a

conversão de dívida empresas em

dificuldade em participação no capital

dos credores e no limite a relicitação

das concessões.

“Talvez esse acidente mostre mais

uma lição em termos de

monitoramento das operações.

Dentro do conjunto de propostas que

a gente fez há uma chamada ‘solução

crítica’. Nela, você monitora a

concessionária, independente do

setor, seus indicadores de solvência, e

a agência reguladora atua

imediatamente quando percebe que a

empresa está caminhando para uma

situação irreversível”, disse. “Se

tivesse algo parecido em vigor hoje,

talvez não tivesse tido esse problema

no Amapá”, acrescentou, lembrando

que a empresa Isolux quebrou na

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Espanha. No começo deste ano, a

Isolux transferiu a operação no

Amapá para fundos de investimento.

Ele admitiu a negociação de ajustes

no projeto de privatização da

Eletrobras, como a inclusão de uma

“golden share” - ação de classe

especial que daria alguns direitos de

veto ao governo. “Se tiver, não

atrapalha a modelagem. Não é uma

grande questão ao investidor. Se tiver,

não compromete. Há questões como

transferência de sede, nome da

empresa, coisas nesse sentido.

Absolutamente nada que comprometa

valor”, disse, sem revelar os termos

da negociação.

Mac Cord disse que também estão

avançadas as negociações sobre parte

dos recursos da capitalização da

empresa (o caminho escolhido para

fazer a privatização) serem

direcionados para a revitalização do

São Francisco. O valor previsto,

lembrou, seria de R$ 3,5 bilhões para

essa bacia. No projeto anterior, do

governo Michel Temer, os valores era

superiores.

Para o secretário, a privatização da

Eletrobras e a nova regulação do setor

elétrico (PLS 232) trarão novos

incentivos à melhoria do sistema.

“Esses projetos são a garantia da

transformação do setor elétrico

brasileiro”, disse.

Mac Cord também disse ser preciso

pensar em mecanismos de seguro no

setor elétrico. “Em vez de ter uma

estatal super ineficiente, que já teve

uma série de problemas no passado

inclusive com alguns dos maiores

escândalos de corrupção do mundo,

eu posso contratar um seguro com

uma empresa que pode ficar com

10

transformadores de todos os tipos,

diferentes tamanhos, à disposição

com sistema logísticos rápidos o

suficiente para atender o Brasil todo”,

defendeu, explicando que isso seria

mais barato do que manter uma

estatal como a Eletrobras.

Segundo ele, a privatização da estatal

por meio de capitalização deve mais

que dobrar seu valor. “Esse é melhor

modelo. Gera outorga para a União.

Perdemos o controle da empresa,

ficamos com 49% e eles valem muito

mais do que o controle que temos

hoje”.

O secretário especial afirmou que

trabalha também é para avançar com

privatizações dos Correios, portos de

Santos e Vitória, além da venda do

óleo do pré-sal administrado pela

estatal PPSA.

Sobre os Correios, ele disse haver

muitas possibilidades de modelagem.

Para ele, com o PL que retira o

monopólio do setor, há diversas

alternativas possíveis, como a

desverticalização ocorrida no Reino

Unido, uma capitalização como

ocorreu na Alemanha, ou a venda de

fatias por regiões.

“O PL vai me deixar livre nessa

modelagem”, disse. Segundo ele, há

possibilidade de segregação das

atividades da empresa, o que define

um tipo de interessado. A rede de

imóveis e a capilaridade da empresa

são ativos muito valiosos.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/

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Valor Econômico

Caderno: Brasil, quarta-feira 11 de novembro de 2020.

Diretor da Aneel rebate críticas sobre fiscalização

Agência “não é senhora de todos

os itens” em funcionamento no

sistema de transmissão, diz

André Pepitone, ao falar do

Amapá

Por Rafael Bitencourt — De

Brasília

A demora no restabelecimento do

fornecimento de energia no Amapá,

após a subestação de transmissão de

Macapá ser atingida por um raio na

semana passada, levou o diretor-geral

da Agência Nacional de Energia

Elétrica (Aneel), André Pepitone, a

defender ontem o trabalho de

fiscalização do órgão. A agência foi

criticada por não conseguir antever a

grave falha de segurança do sistema

de abastecimento local que provocou

a indisponibilidade de três grandes

transformadores e, principalmente,

não permitiu a retomada do

fornecimento de todo Estado nas

horas seguintes.

Ao abrir a reunião semanal da

diretoria, Pepitone buscou esclarecer

os procedimentos de fiscalização das

linhas de transmissão do país. Ele

afirmou que as linhas que integram a

11

rede básica são monitoradas por

indicadores de desempenho.

Segundo o diretor, somente após

perceber um “comportamento

inadequado” em algum segmento de

rede, a fiscalização da Aneel parte

para uma análise mais detalhada, com

inspeção in loco. Para Pepitone, a

Aneel “não é senhora de todos os

itens” em funcionamento no sistema

de transmissão que, ao todo, alcança

155 mil quilômetros de extensão. O

diretor classificou o desligamento da

rede da Isolux como “grave” e disse

que o órgão não mede esforços para

apurar as causas do blecaute e aplicar

as “medidas corretivas” necessárias

aos responsáveis.

Ao falar do desafio de fiscalizar as

redes de transmissão do país, o

diretor da agência informou que são

acompanhados os indicadores de

1.418 linhas de alta tensão e 409

subestações de energia espalhadas

por todo o país. “A Aneel não

consegue verificar sozinha a rede de

transmissão do Rio Grande do Sul ao

Amazonas”, afirmou.

A subestação de energia em Macapá é

de responsabilidade da Isolux. A

empresa já foi alvo punição pela

Aneel em 2017 quando sua matriz, na

Espanha, entrou em recuperação

extrajudicial e começou a atrasar a

entrega de linhas de transmissão no

Brasil. Pepitone classificou o apagão

como “grave” e ressaltou que, “antes

de uma questão técnica, é uma

questão social”.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2020/

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Page 15: Clipping SCA...2020/11/11  · Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

Valor Econômico

Caderno: Brasil, quarta-feira 11 de novembro de 2020.

Nova lei ambiental dá mais um passo no Reino Unido

Legislação busca conter o

desmatamento ligado às

importações do país de cacau,

borracha, soja e óleo de palma

Por Daniela Chiaretti — De São

Paulo

O Reino Unido avançou mais um

passo em ter uma legislação que

busque conter o desmatamento ligado

às importações do país de cacau,

borracha, soja e óleo de palma. A

nova legislação será introduzida na

Lei do Meio Ambiente, a

“Environment Bill 2020”, que vem

sendo baseada no resultado de

consultas públicas.

Os detalhes serão regulados em

legislação secundária, mas o país terá

regras para impedir que grandes

empresas usem commodities com

risco florestal, ou seja, que não

tenham sido produzidas de acordo

com as leis locais.

O governo britânico realizou uma

consulta pública sobre o tema com

mais de 200 empresas e organizações.

Foram mais de 60 mil respostas

recebidas e 99% desta amostra é a

favor da introdução de uma legislação

sobre o assunto.

12

O Reino Unido importa mais da

metade dos alimentos que consome. A

preocupação é que a demanda desses

produtos no país cause impacto cada

vez maior no desmatamento ilegal e

na mudança do clima. Os

supermercados britânicos

anunciaram a suspensão de compras

que podem estar associadas ao

desmatamento de florestas tropicais.

“Nossa nova lei de diligência prévia é

componente de um pacote muito

maior de medidas que estamos

implementando para combater o

desmatamento”, disse Zac Goldsmith,

ministro do Meio Ambiente. Jason

Tarry, CEO dos supermercados Tesco,

disse que a medida “se alinha com a

meta da empresa de desmatamento

zero”.

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2

020/11/11/nova-lei-ambiental-da-mais-

um-passo-no-reino-unido.ghtml

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Valor Econômico

Caderno: Brasil, quarta-feira 11 de novembro de 2020.

China amplia ação contra empresas ‘big tech’

Depois de barrar oferta de

ações, governo chinês prepara

órgão para conter o poder das

gigantes de tecnologia e proteger

os consumidores no país

Por Liza Lin — Dow Jones

Newswires

A China anunciou ontem o esboço de

novas regras antimonopólio para suas

plataformas da internet, sinalizando

uma disposição maior das

autoridades de Pequim de conter suas

empresas de tecnologia dominantes.

A Administração para a Regulação do

Mercado da China disse que vai

monitorar a reação às regras que

cobrem uma série de potenciais

práticas antimonopolistas nas

plataformas digitais do país,

incluindo a exposição de preços

diferentes de um mesmo produto,

para consumidores diferentes.

O anúncio do esboço das novas

regras, que surpreendeu pelo

momento da apresentação, logo após

uma intervenção abrupta das

autoridades na semana passada, para

suspender a oferta pública inicial de

ações do Ant Group.

13

O planejado IPO de US$ 34 bilhões da

Ant, subsidiária financeira do

Alibaba, maior companhia de

tecnologia da China em valor de

mercado, seria o maior da história. A

decisão das autoridades de suspender

a operação dois dias antes da estreia

de suas ações no mercado em Xangai

e Hong Kong, repercutiu nos setores

de finanças e tecnologia da China.

“As autoridades estão passando uma

mensagem para as plataformas

online, para que elas se comportem”,

disse He Jing, advogado do escritório

GEN Law Firm de Pequim, que disse

que o projeto de regulação deverá

ajudar no esforço recente dos

principais líderes chineses de

encorajar o consumo interno nos

próximos cinco anos.

Alcançar esse objetivo é o que pode

ter levado as autoridades a intervir no

setor, para buscar uma competição

mais justa e melhor proteção do

consumidor, disse He.

No documento divulgado ontem, a

autoridade reguladora disse que

pretende coibir práticas como a

fixação injusta de preços de produtos

com as práticas de inflar ou colocar os

preços abaixo do custo. Outras regras

poderão coibir o uso de dados e

algoritmos para oferecer preços

diferentes de um mesmo produto para

consumidores diferentes e o uso da

influência sobre o mercado para

restringir as vendas em plataformas

rivais.

A autoridade reguladora propôs a

criação de um sistema de análise para

garantir que as plataformas não

abusem de suas posições de mercado.

Page 17: Clipping SCA...2020/11/11  · Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

Violadores poderão ser forçados a

vender ativos, tecnologias ou

propriedade intelectual. A

infraestrutura de rede e o

licenciamento de tecnologias vitais

também poderão ser alvo de

checagens pelas autoridades.

O crescimento acelerado da economia

digital na China vem criando

problemas de concorrência, vendas

fraudulentas e vazamentos de

informações pessoais, disse ontem a

autoridade reguladora da internet, a

Administração do Espaço Cibernético.

Empresas de tecnologia não podem

permitir que os consumidores fiquem

“prisioneiros de algoritmos”, alertou.

As autoridades reguladoras do

mercado e da internet, juntamente

com a receita federal chinesa,

reuniram-se recentemente com 27

companhias chinesas da internet para

discutir meios de assegurar um

crescimento saudável da economia

digital, disse o órgão regulador da

internet em comunicado.

As principais gigantes tecnológicas da

China - como Alibaba, Tencent

Holdings (operadora do WeChat),

JD.com (empresa de e-commerce) e

Meituan Dianping (gigante das

entregas online) - participaram da

reunião.

O anúncio de ontem segue-se às

diretrizes publicadas na sexta-feira

pela principal autoridade reguladora

de mercado da China, voltadas para o

setor de “streaming” ao vivo. As

instruções endurecem a supervisão

sobre os tipos de produtos, preços e a

propagando em transmissões ao vivo

pela internet, que uma variedade de

empresas chinesas, de varejistas de

moda a gestoras de ativos, usam para

14

vender seus produtos, inclusive na

plataforma Taobao da Alibaba.

Casos de conluio de preços e fraudes

contra o consumidor em plataformas

da internet são um grande motivo de

frustração para os consumidores

chineses. A Trip.com, agência de

viagens online antes conhecida como

Ctrip.com, foi criticada no ano

passado depois que um usuário a

acusou de cobrar uma sobretaxa de

US$ 320 por uma passagem aérea.

Muitos consumidores chineses

acusaram a Ctrip de usar sua

capacidade de dados para cobrar mais

de alguns clientes. A empresa negou a

acusação, atribuindo o caso relatado a

um erro técnico.

Consumidores chineses também

temem que plataformas de compras

online, delivery de alimentos e

aplicativos de transporte estejam

usando dados dos usuários recolhidos

por elas para praticar a discriminação

de preços.

As ações da Alibaba listadas em Hong

Kong caíram 5,1% ontem, com outras

ações de tecnologia.

https://valor.globo.com/mundo/noticia/

2020/11/11/china-amplia-acao-contra-

empresas-big-tech.ghtml

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Page 18: Clipping SCA...2020/11/11  · Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

Valor Econômico

Caderno: Opiniao, quarta-feira 11 de novembro de 2020.

Pacote dá alívio aos Estados, mas ajuste precisa ser feito

O projeto ambiciona contemplar

os diferentes tipos de situação

fiscal

Em plena crise da pandemia e agudo

aperto fiscal, os Estados acumularam

disponibilidade consolidada de caixa

de R$ 165,8 bilhões em setembro, o

maior patamar da história. Houve um

aumento de 77,7% no segundo

quadrimestre em comparação com o

mesmo período do ano passado. O

volume respeitável levou uma das

responsáveis pela administração do

Tesouro a comentar em tom de

brincadeira que a situação dos

Estados era melhor do que a do

governo federal e que iria pedir

dinheiro emprestado aos

governadores.

A disponibilidade de caixa nesses

volumes é uma situação incomum nos

Estados. É consequência dos repasses

de recursos federais do pacote de

ajuda elaborado para mitigar o efeito

da pandemia e também de alguma

recuperação da arrecadação, com a

flexibilidade do isolamento e o início

da retomada da atividade econômica.

As contas da maioria dos Estados

vinham melhorando nos últimos dois

15

anos. O superávit primário

consolidado fechou 2019 em 0,22%

do Produto Interno Bruto (PIB), o

melhor resultado desde 2014. Mas as

despesas com pessoal e com juros

seguiam acelerando, do mesmo modo

que a queda dos investimentos.

Estados e Tesouro discutiam um novo

plano de renegociação de dívidas e

ajuste, o Plano Mansueto, que ganhou

o nome do ex-secretário Mansueto

Almeida.

Foi quando sobreveio a pandemia do

novo coronavírus. O governo federal

demorou, mas implementou o plano

de ajuda que transferiu de cerca de

R$ 60 bilhões para Estados (62%) e

municípios, a suspensão do

pagamento da dívida até o fim deste

ano, e R$ 16 bilhões para compensar

perdas de arrecadação nas

transferências da União. E os

reajustes de servidores foram

suspensos até o fim de 2021.

Mas o alívio é temporário e tem data

para terminar. No início do próximo

ano, as dívidas devem voltar a ser

pagas e o Teto de Gastos precisa ser

cumprido pelos que se

comprometeram com o limite. Por

isso, governadores se reuniram nos

últimos dias com congressistas para

pedir a votação de algumas medidas,

em debate desde 2019.

O presidente da Câmara dos

Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ),

prometeu aos governadores pautar

para votação, após o primeiro turno

da eleição municipal, um outro plano,

o projeto de lei PLP 101/2020. O

Senado promete agir em seguida. O

projeto que, em verdade, ainda não

está fechado e enfrenta resistência no

Page 19: Clipping SCA...2020/11/11  · Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

governo, ambiciona contemplar os

diferentes tipos de situação fiscal. Há

o caso dos Estados mais endividados,

como Rio de Janeiro, Minas Gerais,

Rio Grande do Sul e Goiás, que

estarão sujeitos a contrapartidas mais

duras, como privatizações. Estados

que não cumpriram o Teto de Gastos

como haviam prometido em

renegociação com a União no fim do

governo Temer - onze no total -

poderão se livrar das multas se

aceitarem o teto por mais três anos.

Os gastos com Saúde e Educação

ficarão fora do limite, quando houver

aumento de receita além da inflação.

Também deverá ser votado após as

eleições municipais o projeto que

regulamenta o acordo entre os

Estados exportadores e a União para

compensação das desonerações da Lei

Kandir. Isso garantirá repasse de

mais de R$ 60 bilhões em 15 anos

para esses Estados. O primeiro

pagamento da Lei Kandir pode sair

ainda neste ano, se várias etapas

legislativas forem vencidas. Até a

aprovação final, esses projetos podem

sofrer modificações, inclusive a

pedido do governo.

Mas eles não livram os Estados de

enfrentarem uma das principais

causas de seus problemas, que é a

elevada despesa com salários e

aposentadoria dos funcionários.

Segundo o Tesouro, os Estados

gastam em média 58% das receitas

correntes líquidas com pessoal, sendo

que nove estão acima do limite de

60% estabelecido pela Lei de

Responsabilidade Fiscal, mas que não

se ajustam porque usam outra

metodologia de apuração, respaldada

pelos tribunais de contas locais. No

16

Rio Grande do Sul, o índice chega a

81%.

A Previdência dos servidores é outra

fonte de pressão. Estados e

municípios ficaram fora da reforma

da Previdência sancionada em âmbito

federal no ano passado. Mas 15

Estados aprovaram mudanças nas

regras locais, segundo levantamento

do Instituto de Pesquisa Econômica

Aplicada. Simulações feitas pelo

instituto (Valor 3/11) mostram que,

com as reformas aprovadas, os 15

Estados, que gastaram com inativos e

pensionistas R$ 109,2 bilhões em

2019, vão dispender R$ 114,7 bilhões

em 2039, cerca de R$ 50 bilhões a

menos do que arcariam se as

mudanças não tivessem sido

implementadas.

https://valor.globo.com/opiniao/noticia/

2020/11/11/pacote-da-alivio-aos-

estados-mas-ajuste-precisa-ser-

feito.ghtml

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Page 20: Clipping SCA...2020/11/11  · Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

Valor Econômico

Caderno: Empresas, quarta-feira 11 de novembro de 2020.

CGN fecha contrato que viabiliza geração eólica no PI

Acordo, de R$ 90 milhões, foi

firmado com a comercializadora

Bolt Energy para o fornecimento

de 15 MW, no prazo de cinco

anos

Por Gabriela Ruddy — Do Rio

A CGN Energia Brasil, controlada

pela China General Nuclear Power

Group (CGN), fechou contrato de R$

90 milhões com a comercializadora

Bolt Energy para o fornecimento de

15 megawatts (MW) por cinco anos. O

acordo viabilizará a construção das

unidades 9 e 10 do complexo eólico de

Lagoa do Barro, no Piauí, parte do

plano de expansão da companhia para

alcançar um portfólio de geração de

energia renovável de 3 gigawatts

(GW) no Brasil.

Os dois novos parques vão adicionar

capacidade de cerca de 80 MW ao

complexo, que conta com potência

instalada de 195 MW. Os novos

projetos tiveram a construção iniciada

este mês e têm previsão de entrada

em operação comercial ao final de

2021. “Temos como objetivo

desenvolver PPAs (power purchase

agreements, acordos de compra de

energia) para alavancar nossos

17

projetos eólicos. A CGN tem vários

projetos no mercado regulado, mas

temos o projeto de ampliar nosso

portfólio no mercado livre, porque os

preços são mais atrativos”, disse a

chefe da área de trading da CGN, Ana

Carolina Molina.

O ambiente de contratação livre

(ACL) concentra as grandes

indústrias do país. Conforme o

presidente da Bolt, Gustavo Ayala, o

mercado livre passou por um período

de renegociação de contratos este ano

em meio à queda no consumo causada

pela pandemia, mas está em rota de

recuperação desde setembro. “O

próprio mercado se resolveu e

encontrou soluções contratuais, com

um desempenho muito bom perante a

crise inesperada. Houve um

alongamento de prazos de

pagamentos para os consumidores. O

mercado já voltou aos patamares do

ano passado e agora tende a crescer,

pois existe um cronograma de

abertura para mais consumidores”,

disse o executivo.

Page 21: Clipping SCA...2020/11/11  · Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

O limite mínimo de carga de

consumidores elegíveis para atuar no

ACL está em 2 MW desde janeiro de

2020. O cronograma do Ministério de

Minas e Energia prevê a redução do

consumo mínimo para 1 MW em

janeiro de 2022. No ano seguinte,

haverá nova redução, para 500

quilowatts (kW). A Agência Nacional

de Energia Elétrica (Aneel) e a

Câmara de Comercialização de

Energia Elétrica (CCEE) vão

apresentar nos próximos anos estudos

sobre as medidas regulatórias

necessárias para permitir a abertura

do mercado para os consumidores

com carga inferior a 500 kW.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/20

20/

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18

Page 22: Clipping SCA...2020/11/11  · Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

Valor Econômico

Caderno: Empresas, quarta-feira 11 de novembro de 2020.

Aneel dá aval para obra da Cteep sem relicitação

Agência considerou que são

intervenções de reforço à

infraestrutura já existente e

dispensou nova licitação

Por Rafael Bitencourt e Murillo

Camarotto — De Brasília

A diretoria da Agência Nacional de

Energia Elétrica (Aneel) acatou ontem

a recomendação da área técnica de

classificar um conjunto de obras na

rede da Companhia de Transmissão

de Energia Elétrica Paulista (Cteep)

como apenas um reforço à

infraestrutura existente. Na prática, a

agência garantirá um aumento de

receita para a transmissora realizar as

obras, sem que o novo projeto seja

submetido à licitação.

Autorizações para reforçar a estrutura

das redes de transmissão são

corriqueiras na Aneel. Porém,

representantes do setor, como o

advogado Luiz Felipe Hadlich, têm

chamado a atenção para o fato das

intervenções na concessão da Cteep

custarem cerca de R$ 400 milhões.

Hadlich defendeu, em ofício

apresentado à agência e em

sustentação oral ontem na reunião da

19

diretoria, que as obras têm relação

direta com os Lotes 3, 7 e 8 do leilão

de linhas de transmissão, marcado

para 17 de dezembro. O edital do

certame foi aprovado ontem pelo

comando da agência.

“Se as obras forem autorizadas haverá

prejuízo à modicidade tarifária na

medida em que não serão submetidas

ao procedimento competitivo, que nos

casos recentes de leilões tem

apresentado deságios de até 60%,

além de prejuízo à competição do

próprio leilão”, disse Hadlich. Ele

defendeu ainda que a agência deveria

aguardar a última análise, detida

especificamente aos reforços de rede

em São Paulo, por parte do Tribunal

de Contas da União (TCU).

No mês passado, os ministros do TCU

decidiram que, do ponto de vista

formal, a Aneel atendeu aos requisitos

necessários para realizar o leilão. A

decisão consta em acórdão relatado

pelo ministro Benjamin Zymler. Em

seguida, porém, os pontos levantados

sobre a inclusão ou não das obras da

Cteep voltaram a ser analisados pelos

auditores do tribunal.

Ontem, os diretores da Aneel

concluíram que a agência não

precisaria esperar o tribunal finalizar

a análise para aprovar a última versão

do edital.

O relator do caso, diretor da Aneel

Efrain Cruz, explicou que as

subestações da Cteep passarão apenas

por uma atualização tecnológica. Por

isso, ele considera que não se trata de

um novo empreendimento.

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Já o diretor Sandoval Feitosa Neto

afirmou que o valor elevado é

justificado pelo fato de se tratar de

reforços em equipamentos de grande

porte, que atendem a região central

de São Paulo.

Efrain também relatou ontem um

processo semelhante ao da Cteep, mas

com decisão tomada em sentido

oposto. Trata-se de obras vinculadas à

rede da Companhia Estadual de

Geração e Transmissão de Energia

Elétrica (CEEE -GT), em Porto

Alegre. Neste caso, as obras integram

lotes do próximo leilão de

transmissão, marcado para 17 de

dezembro.

O diretor-geral da Aneel, agência,

André Pepitone, afirmou que o

mecanismo de licitação é tratado

como regra para contratar novos

projetos. Por outro lado, o

reconhecimento de projetos como

obras de reforços, sem realizar

licitação, é a exceção.

Ontem, o advogado que contestou

autorização dada à Cteep para receber

um adicional de receita para executar

as obras de reforço afirmou que a

decisão implicará em “danos

potenciais” ao consumidor, da ordem

de R$ 80 milhões por ano.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/20

20/11/11/aneel-da-aval-para-obra-da-cteep-

sem-relicitacao.ghtml

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20

Page 24: Clipping SCA...2020/11/11  · Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

Valor Econômico

Caderno: Empresas, quarta-feira 11 de novembro de 2020.

Movimento falimentar

Falências Decretadas

Empresa: Parsun Tapetes Comércio e

Serviços Ltda. - CNPJ:

77.964.963/0001-30 - Endereço: Av.

Manoel Ribas, 1937, Bairro Mercês -

Administrador Judicial: Dr. Alvadir

Peri Moreira - Vara/Comarca: 2a Vara

de Falências e Recuperações Judiciais

de Curitiba/PR

Empresa: Safras Comércio de

Insumos Agrícolas Ltda. - CNPJ:

94.458.429/0001-70 - Endereço: Rua

João Adrião Gonçalves, 2045, Centro

- Administrador Judicial: A Própria

Administradora Judicial da

Recuperação Judicial Rescindida,

Scalzilli Fmv Advogados & Associados

S/s, Pelo Dr. Fabrício Nedel Scalzilli -

Vara/Comarca: 1a Vara de Palmeira

Das Missões/RS - Observação:

Recuperação Judicial convolada em

Falência.

Processos de Falência Extintos

Requerido: Mhfc Incorporações e

Engenharia Eireli - CNPJ:

18.325.830/0001-54 - Endereço: Rua

Alberto Faria, 923, Sala 01, Bairro

Alto de Pinheiros - Requerente:

Indústria de Máquinas Barral Ltda. -

Vara/Comarca: 1a Vara de Falências e

Recuperações Judiciais de São

21

Paulo/SP - Observação: Pedido

julgado improcedente.

Requerido: Nelma Baptista Dos

Santos ME - CNPJ: 09.231.894/0001-

03 - Requerente: Cambuí Finanças

Fundo de Investimento em Direitos

Creditórios Multissetorial Lp -

Vara/Comarca: 5a Vara de

Guarulhos/SP - Observação: Pedido

julgado improcedente.

Recuperação Judicial Requerida

Empresa: Indústrias Nardini S/A -

CNPJ: 43.244.565/0001-27 -

Endereço: Rua São Salvador, 300,

Bairro Vila Amorim - Vara/Comarca:

1a Vara de Americana/SP

Recuperação Judicial Deferida

Empresa: T Aço Estruturas Metálicas

Ltda. - CNPJ: 00.175.736/0001-09 -

Endereço: Rua Victor Fedumenti,

295, Térreo, Bairro Bela Vista -

Administrador Judicial: Medeiros &

Medeiros Administração de Falências

e Empresas em Recuperação Ltda. -

Vara/Comarca: 6a Vara de Caxias do

Sul/RS

https://valor.globo.com/empresas/notici

a/2020/11/11/528ea502-movimento-

falimentar.ghtml

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Valor Econômico

Caderno: Empresas, quarta-feira 11 de novembro de 2020.

Amazon é acusada de conduta anticompetitiva pela UE

Conclusão premilinar de

investigação aponta uso de

dados não públicos de terceiros

pela companhia, para favorecer

seus próprios produtos e

serviços

Por Javier Espinoza — Financial

Times, de Bruxelas

A União Europeia (UE) moveu

acusações antitruste formais contra a

Amazon a respeito do tratamento

dado pela empresa americana aos 150

mil comerciantes europeus que

vendem produtos por meio de seu

site.

Margrethe Vestager, que supervisiona

a política de concorrência da UE,

destacou dois conjuntos de

preocupações contra a varejista on-

line mundialmente dominante.

Primeiro, disse que, após um ano de

sindicância, a Comissão Europeia

chegou à conclusão preliminar de que

a Amazon infringiu as regras de

concorrência da UE ao usar dados não

públicos, reunidos por meio das

vendas feitas em seu site, para

formatar produtos e serviços de

marca própria.

22

Paralelamente, Vestager disse que a

UE abriu uma segunda investigação

formal antitruste para apurar se a

Amazon deu ou não tratamento

preferencial, em seu site, a seus

próprios produtos, e a mercadorias de

terceiros que pagaram taxas

adicionais para usar os serviços de

logística e entrega da Amazon.

“Temos de garantir que as

plataformas de duplo papel com

poder de mercado, como a Amazon,

não distorçam a concorrência”, disse

Vestager. “Dados sobre a atividade de

vendedores do site não deveriam ser

usados para beneficiar a Amazon

quando ela atua como concorrente

desses vendedores.”

Vestager ofereceu a possibilidade de a

UE trabalhar em um acordo com a

Amazon para resolver essas questões.

Ela reconhecera anteriormente que

multas vultosas não ajudaram a

reparar as posições dominantes

ocupadas pelas grandes empresas

tecnológicas americanas, conhecidas

em inglês como Big Tech.

“Reconheço que, em outros casos, a

Amazon tem se mostrado muito

acessível no sentido de solucionar os

problemas em questão. Algumas das

autoridades antitruste nacionais

tiveram a mesma experiência de

encontrar problemas para os quais

tiraram conclusões preliminares em

que a Amazon também se envolveu

para alcançar soluções. É muito mais

isso o que está em jogo nesse caso do

que não conseguir pôr um fim aos

processos”, disse ela.

Page 26: Clipping SCA...2020/11/11  · Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

A UE informou que sua investigação

revelou que a Amazon usa dados

comerciais privados sobre os

vendedores de seu enorme shopping

virtual (marketplace) a fim de

concorrer com esses comerciantes.

“Por exemplo, [os dados] permitem

que a Amazon concentre suas ofertas

nos produtos mais vendidos entre

todas as categorias de produtos e

ajuste suas ofertas com base em

informações não públicas de

vendedores concorrentes”, segundo o

comunicado.

Em decorrência disso, a Amazon

consegue “evitar os riscos comuns da

concorrência no varejo e [...]

alavancar sua dominância na [...]

França e na Alemanha - os maiores

mercados da Amazon na UE”. As

autoridades alemãs investigam o uso

de dados pela Amazon há dois anos,

mas não moveram denúncias contra a

empresa.

Amazon disse discordar das

conclusões e que “continuará a fazer

todos os esforços para garantir que [a

Comissão Europeia] tenha uma

compreensão precisa dos fatos”. “Há

mais de 150 mil empresas europeias

que vendem por meio das nossas lojas

e que geram dezenas de bilhões de

euros em receitas anuais”, observou a

Amazon.

Meses atrás, Nate Sutton, subchefe do

departamento jurídico da Amazon,

disse ao Congresso americano em

depoimento que a varejista não usa os

dados individuais sobre os

vendedores que utilizam sua

plataforma quando toma decisões de

lançar marcas próprias.

Mas, após uma reportagem do “The

Wall Street Journal” ter desmentido

23

frontalmente seu depoimento, Jeff

Bezos, o CEO da Amazon, prometeu

uma investigação e disse ao

Congresso americano “não estar

satisfeito de termos chegado ao fundo

da questão”.

Especialistas da área jurídica

levantaram dúvidas sobre a força do

processo da UE. “As [acusações da

UE] parecem ser voltadas contra um

modelo de negócios que é muito

comum no varejo e que, em geral, é

fonte de mais, e não de menos,

concorrência”, disse Alfonso

Lamadrid, um dos advogados do

escritório internacional de serviços

jurídicos Garrigues em Bruxelas. “De

acordo com a legislação da UE, nem

mesmo empresas dominantes estão

sujeitas ao dever geral de

neutralidade.”

E acrescentou: “Para se mover em

terreno seguro, a comissão precisaria

demonstrar que a Amazon é um canal

indispensável para os vendedores, e

que a conduta da Amazon tende a

alijar vendedores do mercado. Isso

pode ser difícil”.

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https://valor.globo.com/empresas/notici

a/2020/11/11/amazon-e-acusada-de-

conduta-anticompetitiva-pela-ue.ghtml

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Valor Econômico

Caderno: Agronegócios, quarta-feira 11 de novembro de 2020.

Liminares no RJ afetam receita da Yduqs

No Rio de Janeiro, lei determina

desconto de 30% na mensalidade

durante a pandemia

Por Beth Koike — De São Paulo

Parente, da Yduqs: avanços em curso de

medicina e nas graduações a distância —

Foto: Ana Paula Paiva/Valor

Após conceder cerca de 30 mil bolsas

integrais para alunos que perderam

renda com a pandemia, que provocou

uma redução de R$ 67,5 milhões na

receita do segundo trimestre, a Yduqs

foi impactada em outros R$ 79,3

milhões no terceiro trimestre por

24

conta de liminares e descontos de

30% exigidos por lei no Rio de

Janeiro.

As ações foram movidas pelo Procon e

Defensoria Pública do Rio de Janeiro.

A companhia está buscando acordos

com esses órgãos. Em outubro, outros

processos foram impetrados na

Justiça. “Estamos buscando acordos,

ainda sem perspectivas, para encerrar

essa disputa”, disse Eduardo Parente,

presidente da Yduqs, durante

teleconferência, ontem, para analistas

e investidores.

“Essas liminares têm prazo para

terminar. Acabam com a pandemia.

Há alguma expectativa do mercado de

que poderemos reaver essa receita

quando as liminares caírem, mas não

estamos contando com isso, se vier,

ótimo”, acrescentou Parente. Dona da

Estácio, a Yduqs é o segundo maior

grupo de ensino superior do país.

Questionado sobre uma possível

evasão de estudantes quando as

liminares caírem, Parente acredita

que não haverá esse problema. Pouco

mais de um quarto das ações são de

alunos de cursos de medicina. As

taxas de desistência e inadimplência

dos alunos dessa graduação são as

mais baixas no setor. A mensalidade

média de medicina é de R$ 8 mil.

No terceiro trimestre, a companhia

registrou uma receita líquida de R$

976 milhões, o que representa um

crescimento de 17% sobre igual

período de 2019. Desconsiderando o

impacto das liminares, a receita teria

atingido R$ 1 bilhão.

Page 28: Clipping SCA...2020/11/11  · Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

Esse avanço é consequência do bom

desempenho dos cursos a distância e

de medicina, que juntos representam

38% da receita total. O número de

alunos matriculados na graduação on-

line subiu 53,5% e na medicina,

32,5%.

Segundo analistas, esses dois pontos

compensaram a queda em outros

indicadores como a redução de 26,7%

no lucro líquido, que ficou em R$ 112

milhões. As ações da Yduqs fecharam,

ontem, com alta de 4,97% cotadas a

R$ 27,47.

“Apesar das ações judiciais e o valor

das mensalidades ter diminuído em

cerca de 4% (sem as liminares, seria

uma alta de 7%), a Yduqs foi capaz de

manter níveis saudáveis de retenção e

entrada. O ensino on-line continuou

crescendo e a base de cursos de

medicina está expandindo”, escreveu

Maurício Cepeda, analista do Credit

Suisse, em relatório.

“A Yduqs apresentou um resultado

trimestral fraco. Entretanto, nem

todo o resultado foi negativo. A forte

resiliência do EAD e a expansão das

vagas em medicina, que ainda tem

forte potencial de crescimento, e bons

números do ticket médio na

graduação presencial (excluindo Fies)

dão esperança para balanços futuros

mais positivos”, escreveu Leo

Monteiro, da Ativa Investimentos.

https://valor.globo.com/empresas/noticia/20

20/11/11/liminares-no-rj-afetam-receita-da-

yduqs.ghtml

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25

Page 29: Clipping SCA...2020/11/11  · Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

Valor Econômico

Caderno: Agronegócios, quarta-feira 11 de novembro de 2020.

Nova vitória do Brasil contra Indonésia na OMC

Juízes de “painel de

implementação” do órgão

constatam que o mercado do

país asiático segue fechado para

a carne de frango brasileira

Por Assis Moreira e Fernando

Lopes — De Genebra e São Paulo

Santin, presidente da ABPA: “Esperamos

que a Indonésia cumpra suas obrigações”

— Foto: Leonardo Rodrigues/Valor

O Brasil ganhou ontem, novamente,

uma disputa contra a Indonésia na

Organização Mundial do Comércio

(OMC) contra as barreiras do país

asiático à carne de frango, mas

mesmo assim ainda não tem

perspectivas de ver a efetiva abertura

daquele mercado às exportações.

26

Os juízes da OMC já tinham decidido,

em 2017, que a Indonésia deveria

adotar diversas medidas sobre a

questão, incluindo aceitar o

certificado sanitário internacional

para a entrada do frango brasileiro.

Mas Jacarta ignorou tanto as

recomendações dos juízes como a

pressão brasileira para resolver o

imbróglio.

O Brasil voltou então à OMC e pediu a

abertura de um “painel de

implementação” para os panelistas

decidirem se a Indonésia havia

adotado as recomendações e se o país

havia ou não tornado sua legislação

consistente com as regras

internacionais. E mais uma vez a

posição brasileira prevaleceu.

Agora, restará à Indonésia recorrer ao

Órgão de Apelação. Mas seria um

recurso no vazio, já que essa espécie

de “corte” do comércio internacional

não está funcionado por falta de

juízes -os EUA não aceitaram até

agora nomear novos representantes.

“A Indonésia é um importante

mercado, com mais de 250 milhões de

habitantes de maioria muçulmana e

um crescente consumo per capita.

Como grande produtor e exportador,

o Brasil se mantém aberto a colaborar

com a segurança alimentar desse

importante mercado,

complementando a produção local.

Esperamos que a Indonésia cumpra

suas obrigações como país membro da

OMC”, disse Ricardo Santin,

presidente da Associação Brasileira

de Proteína Animal (ABPA), em nota.

Page 30: Clipping SCA...2020/11/11  · Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

A ABPA lembra que as tentativas de

acesso ao mercado indonésio

começaram em 2009. A ação na OMC

foi iniciada em 2015. Dezoito países,

além da União Europeia,

acompanharam o processo como

terceiras partes interessadas. O Brasil

esperava vender até 3 mil toneladas

por ano em uma fase inicial no caso

de abertura daquele mercado.

Dezoito países, além da União

Europeia, acompanharam o processo

como terceira parte interessada. “O

interesse das diversas nações

produtoras e exportadores nesse

painel demonstra a relevância da

ação, bem como as razões sólidas que

levaram o Brasil a apresentar o

questionamento formal na

Organização”, observou Santin. A

ABPA acompanhou e deu suporte à

ação movida pelo Brasil na OMC.

https://valor.globo.com/agronegocios/noticia

/2020/11/11/nova-vitoria-do-brasil-contra-

indonesia-na-omc.ghtml

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27

Page 31: Clipping SCA...2020/11/11  · Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

Valor Econômico

Caderno: Opinião quarta-feira 11 de novembro de 2020.

Fraude financeira avança com juro baixo e rede social

Na busca por mais retorno,

investidor fica suscetível à oferta

maliciosa

Por Adriana Cotias — De São Paulo

28

Ao se pesquisar as palavras “curso de

trader” no Google, o site de buscas

traz mais de 5,2 milhões de resultados

em português. Se o termo for “opções

binárias”, em questão de segundos

aparecem 6,4 milhões de sugestões. E

se for “Forex, como operar”, o site

traz outras 7,7 milhões de respostas.

Enquanto o número de pessoas físicas

com aplicações na bolsa começa a

ganhar corpo, tendo alcançado em

outubro mais de 3,1 milhões de CPFs,

saindo de pouco mais de 800 mil em

2018, um mundo paralelo se

desenvolve pela sedução do

marketing digital de influenciadores

que se multiplicam e vendem a

imagem de experientes e bem-

sucedidos operadores do mercado

financeiro. Ostentam carros luxuosos,

relógios de marca e um modo de vida

que inclui paisagens paradisíacas. No

meio dessa fábrica de sonhos, ciladas.

São incontáveis os casos de pirâmide,

esquemas “ponzi” ou fraudes

financeiras no Brasil e no mundo, e

na era da internet tudo ganhou

velocidade. O que não muda é o

comportamento do investidor, que

tem propensão a cair nessas

armadilhas.

“Um novo conceito de investir” é o

que promete a MVCF Investimentos,

que ensina qualquer mortal a ser um

trader de sucesso de criptomoedas ou

Forex e a viver de renda. Outra forma

de multiplicar os resultados,

conforme o descritivo do site, é criar a

própria rede de investimentos,

convidando amigos e familiares e

ganhando um percentual extra por

isso. Há testemunho de investidor

Page 32: Clipping SCA...2020/11/11  · Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

iniciante bem-sucedido e uma base de

27 mil clientes. Tudo falso.

Em quatro meses no ar, site de

corretora fictícia teve 16,3 mil

acessos e 20% de conversão

Ao clicar no “cadastrar", aparece a

mensagem: “Cuidado: você quase foi

enganado! A CVM criou esta página

para alertá-lo e preveni-lo dos riscos

que você pode correr ao investir seu

patrimônio em empresas e ofertas não

autorizadas ou com pessoas não

certificadas para atuar no mercado.

Informe-se e pesquise antes de

investir!”. A partir daí, há todo um

conteúdo educativo para ser

explorado.

O site da corretora fictícia foi criado

numa parceria do regulador com a

Anbima, entidade que representa o

mercado de capitais e de

investimentos. Em quatro meses no

ar, teve 16,3 mil acessos com a oferta

de aplicações com retornos

expressivos, e 3,2 mil pessoas

chegaram ao botão “quero investir”, o

equivalente a um percentual de 20%.

É uma taxa de conversão alta que

supera a abordagem via e-mail

marketing, de 3% a 5%, ou outras

ofertas regulares, em que se espera

10%, diz Ana Leoni, superintendente

de educação de investidores da

Anbima. O lado bom dessa história é

que a vítima em potencial navega no

conteúdo educacional tempo similar

ao da página “fake” e depois volta

nela, possivelmente, para checar por

que se rendeu àquela mensagem.

“Infelizmente, a fraude financeira não

é uma prática recente, o primeiro caso

data de 1870 - uma mulher chamada

Sarah Emily Howe fundou em Boston

29

um ‘banco para mulheres’ que

prometia rentabilidade de 8% ao mês

- e a história se repete”, diz Ana. Para

a especialista, o fenômeno de juros

baixos no Brasil, que tem servido para

popularizar o tema investimentos,

também deixa as pessoas suscetíveis

às ofertas maliciosas.

Neste ano, até outubro, a CVM

recebeu 298 queixas de

investidores; autarquia criou

canal de denúncia anônima em

março

“Com a pandemia tem mais gente

acessando a internet, para o trabalho,

as compras do dia a dia e também

para investir. O uso do digital para

fazer tudo torna o ambiente mais

propício [aos golpes]”, afirma Ana.

Entre episódios recentes que

ganharam o noticiário está o de Jonas

Jaimovick, da JJ Invest, suspeito de

liderar um esquema que deixou um

prejuízo de R$ 170 milhões, e que foi

preso na segunda-feira. Na semana

passada, o caso que agitou os fóruns

de investidores foi o de Vinicius

Ibraim, que vendia cursos de day

trade e tomou prejuízo ao vivo numa

aula presencial usando a conta de

seguidores. Em paralelo, ele captava

recursos para um “fundo” com seu

nome e teria levantado R$ 30

milhões, de cerca de 200 pessoas. Em

Brasília, a Justiça determinou dias

atrás o bloqueio de bens do Grupo

G44 Brasil, cujas empresas e sócios

são investigados por um esquema de

pirâmide.

No Instagram, Gustavo Ramos, que

tem 257 mil seguidores, se apresenta

como “aposentado de opções binárias,

um dos jovens mais bem sucedidos do

Brasil, milionário aos 21 anos”.

Page 33: Clipping SCA...2020/11/11  · Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

Morador de Palmas (TO), ele até

mandou instalar outdoors na cidade,

como mostrou o “Portal do Bitcoin”.

Na rede social, Ramos vende a

participação nas suas salas de

negociação ao vivo pela plataforma IQ

Options, e em lives admite usar

contas de terceiros.

Em abril, a CVM já tinha soltado um

alerta de atuação irregular da IQ

Options no mercado de Forex

(Foreign Exchange, de moedas

internacionais), “Contracts for

Difference” (CFD) e opções binárias.

Baseada no Chipre, a empresa passou

a incluir no seu site um aviso legal,

afirmando que fornece seus serviços

exclusivamente onde é licenciada e

que não está autorizada pelo

regulador brasileiro a fazer a

distribuição de valores mobiliários a

investidores domiciliados no país.

No site “Se Liga na Fraude”, iniciativa

conjunta da CVM e da Anbima, a

seção mais visitada é a relativa ao top

5 “Esquemas”, que lista os golpes

mais comuns: pirâmide financeira,

marketing multinível, Forex,

operações de criptoativos e falsos

profissionais.

As mídias sociais têm sido uma caixa

que amplifica o alcance das ofertas

tradicionais e também das

irregulares, diz José Alexandre Vasco,

superintendente de proteção aos

investidores da CVM. Ele cita que em

poucos anos o número de reclamações

de investidores cresceu

significativamente, sendo uma das

fontes para investigar após algum

episódio. Neste ano, até outubro,

foram 298 queixas. Em março, a

autarquia criou um canal de

denúncias anônimas, que podem ou

não virar processos.

30

A área de supervisão tem mecanismos

para mapear o que se passa na

internet, pedir ajustes, diz Vasco. A

ideia não é proibir ninguém de falar

sobre o mercado de capitais, esse é

um conteúdo bem-vindo, mas

monitorar quando os influenciadores

cruzam o limiar da análise ou

consultoria de investimentos. “As

técnicas são sempre demonstrar que a

pessoa é muito bem-sucedida (), há

promessas de lucro fácil, premiações”,

diz. Há casos disfarçados de venda

direta, de produtos de beleza e

alimentação, atividades que acabam

se provando sem valor econômico,

pois nunca teriam rentabilidade

suficiente para pagar toda a cadeia.

Anos atrás, uma dessas empresas de

marketing multinível fechou o estádio

Fonte Nova em Salvador, com

capacidade para 70 mil pessoas.

Anunciou falsamente a presença de

um representante da CVM, para dar

um ar de legitimidade ao projeto. De

quebra, sortearia uma Lamborghini.

Esse é um exemplo de como os

esquemas podem movimentar muito

dinheiro.

Do lado da fiscalização, a CVM faz

alerta sobre as distribuições de ativos

irregulares e impõe multa diária de

R$ 5 mil se a oferta não for cessada

Mas há limites para sua atuação. “A

CVM só pode proibir aquilo que tem

poder de autorizar”, afirma Vasco.

Numa pirâmide, diz, quem adere não

é só “investidor” ou vítima, mas

também quem atua como propagador

daquela oferta.

Enquanto a pirâmide escala

rapidamente, o esquema Ponzi cresce

devagar e para quebrar leva tempo,

não tem problema de liquidez

imediato, o investidor faz aportes não

Page 34: Clipping SCA...2020/11/11  · Data de Criação: 11/11/2020 Criado por: Biblioteca Clipping SCA Os artigos reproduzidos neste clipping de notícias são, tanto no conteúdo quanto

tão grandes e acredita que o dinheiro

está sendo gerido por alguém. Lembra

do caso do ex-presidente da Nasdaq

Bernard Madoff? Ele prometia

retornos de 1% a 4% ao mês, mas não

investia em nada. Foi engolido pela

crise do Lehman Brothers em 2008 e

deixou um prejuízo de US$ 65

bilhões.

Em geral, se não é competência da

CVM, e se trata de uma pirâmide

financeira, esse é um crime contra a

economia popular (Lei 1251),

considerado de baixo potencial

ofensivo e com uma pena pequena,

diz Vasco. Ele explica que quando a

autarquia recebe uma queixa não

relacionada ao mercado de capitais,

ela é encaminha para o Ministério

Público Estadual ou Federal,

dependendo do caso. Questões

relativas à defesa do consumidor são

enviadas à Secretaria Nacional do

Consumidor (Senacon), ligada ao

Ministério da Justiça.

A primeira pergunta a ser feita,

sugere Ana, da Anbima, é se a pessoa

ou corretora que está fazendo a oferta

é licenciada pela CVM. Outra, se o

investimento é registrado e, ainda, se

vale o risco. “Não se pode confundir

fraude com o risco do investimento.

Um investimento pode ser

extremamente arrojado, você pode

perder dinheiro, mas não é fraude.

Essa é uma interpretação equivocada

do risco.”

Outro conceito útil, prossegue, é só

investir naquilo que você

compreendeu e se tem a ver com o seu

objetivo. “Se não entendeu, continue

perguntando, busque informação

profissional, um site confiável.

Ninguém fica milionário do dia para

noite. O investimento é o meio para

31

preservar o dinheiro do trabalho”, diz.

“Os fraudadores se aproveitam da

ganância das pessoas contra elas

mesmas.”

Felipe Paiva, diretor de

relacionamento com clientes e

pessoas físicas da B3, diz que assim

como alguém que nunca fez exercícios

físicos não vira maratonista da noite

para o dia, o investidor também

precisa testar sua tolerância a risco,

avaliar quanto conhecimento precisa

ter para entrar no universo do day

trade. A sugestão é não usar o capital

completo, experimentar aos poucos.

Dos mais de 3 milhões de pessoas

físicas na bolsa, ele cita que só uma

parcela de 5% faz operações de

compra e venda de ações no mesmo

dia. “Isso mostra que o grande

público está vindo para o médio e

longo prazo.” Pelos dados da B3, nas

negociações de minicontratos, o

investidor individual responde por

39,9% das negociações, só perdendo

para os estrangeiros, com 45,8%.

https://valor.globo.com/financas/noticia

/2020/11/11/fraude-financeira-avanca-

com-juro-baixo-e-rede-social.ghtml

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Valor Econômico

Caderno: Opinião quarta-feira 11 de novembro de 2020.

TJ-SP eleva honorários de advogado de contribuinte com base em tese inédita

Corte entendeu que advogados

públicos e privados têm de ser

tratados da mesma forma

Por Joice Bacelo — Do Rio

Eduardo Ramos Viçoso: decisão mostra

que não se pode tratar a advocacia

pública e a privada com tanta diferença —

Foto: Divulgação

Uma decisão do Tribunal de Justiça

de São Paulo (TJ-SP) está sendo

considerada pela advocacia como um

“divisor de águas” para a discussão

sobre os honorários de sucumbência -

percentual que a parte vencida paga

ao representante da vencedora. A 2ª

Câmara de Direito Público entendeu

32

que advogados públicos e privados

têm de ser tratados da mesma forma.

Essa argumentação, inédita no

Judiciário, foi usada pelos

desembargadores para negar um

pedido do Estado para reduzir os

valores que terá de pagar ao advogado

de um contribuinte. O tribunal fixou

honorários de 11% sobre o valor da

causa, o que representa cerca de R$

330 mil.

O percentual, apesar de considerado

alto pelo Estado de São Paulo, é

semelhante ao que os procuradores

receberiam se a Fazenda Pública

tivesse vencido o processo e estão

previstos no Código de Processo Civil

(CPC).

No novo CPC, que entrou em vigor em

2016, existe uma tabela com

percentuais preestabelecidos para

serem aplicados às disputas entre os

contribuintes e a Fazenda Pública.

Variam conforme a causa: quanto

mais alto o valor da condenação,

menor será o percentual.

Para causas de até 20 salários

mínimos, por exemplo, devem ser

fixados entre 10% e 20% de

honorários. Já condenações em

valores acima de 100 mil salários

mínimos o percentual fica entre 1% e

3%. O detalhamento consta no artigo

85.

No dia a dia, no entanto, o que se vê,

de maneira geral, são percentuais

muito inferiores nos casos em que a

Fazenda é derrotada. Há processos

em que juízes e desembargadores

fixaram 0,1% de honorários de

sucumbência ao advogado do

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contribuinte. Costumam justificar,

nessas situações, que se deve observar

o princípio da proporcionalidade,

razoabilidade, legalidade e eficiência.

Quando consideram que o valor ficará

muito alto ou que a causa não era tão

complexa e não exigiu tanto esforço

do advogado, juízes e

desembargadores, então, reduzem o

percentual. Afirmam que o próprio

CPC lhes dá essa opção.

A 2ª Câmara de Direito Público do

TJ-SP julgou o tema por meio de

embargos de declaração apresentados

pela Procuradoria-Geral do Estado

(PGE) para contestar os honorários

de sucumbência fixados no

julgamento de mérito. O processo

envolvia discussão sobre o

redirecionamento de uma dívida de

ICMS de uma empresa para um de

seus antigos sócios. Uma causa de

cerca de R$ 3 milhões (processo nº

2176271-29.2020.8.26.0000).

A decisão sobre os honorários se deu

por maioria de votos. A

desembargadora Luciana Bresciani,

que ficou vencida, sugeriu fixar o

valor que deveria ser pago pelo

Estado em R$ 15 mil - 0,5% do valor

da causa. A quantia seria suficiente

“para bem remunerar o trabalho

desenvolvido” pelo advogado, diz em

seu voto.

Ela adotou a argumentação-padrão,

de que se deveria fazer uma

“apreciação equitativa, que leva em

conta o grau de zelo profissional, a

natureza e a importância da causa,

bem como o trabalho desenvolvido

pelo advogado e o tempo exigido para

o serviço, sem onerar

demasiadamente o erário”.

33

Prevaleceu, no entanto, o voto da

relatora, a desembargadora Vera

Angrisani, fixando os 11% de

honorários de sucumbência. Ela levou

em conta os valores que seriam

recebidos pelos advogados do Estado

caso o contribuinte tivesse optado por

pagar a dívida em vez de apresentar

recurso ao tribunal. Seriam 10% do

valor do débito corrigido.

“Tivesse havido o pagamento à época

sem contestação, a Fazenda Pública

do Estado de São Paulo receberia

honorários expressivos sem que seus

patronos tivessem protocolado uma

única peça além da vestibular, a qual

é um modelo impresso e que não

demanda grande esforço ou defesa de

tese jurídica complexa para ser

elaborada. Aliás, se utilizado um

programa básico de computador que

integre os dados da dívida ativa,

bastará apertar dois ou três botões”,

afirma a relatora na decisão.

Vera Angrisani destaca ainda que não

havia indícios de que a Fazenda - que,

agora, contesta o percentual fixado -

tivesse aberto mão dos seus próprios

honorários. “O único argumento que a

embargante [Fazenda] não pode

defender para requerer a redução de

honorários com base na simplicidade

da atuação do defensor do embargado

[contribuinte] é o da equidade”,

enfatiza. O entendimento foi

acompanhado pelo desembargador

Renato Delbianco.

Representante do contribuinte,

Eduardo Ramos Viçoso, do escritório

Peluso, Stupp e Guaritá Advogados,

diz que a decisão “toca na ferida” da

discussão sobre os honorários de

sucumbência. “Mostra que não se

pode tratar a advocacia pública e a

privada com tanta diferença.”

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Essa discussão se dá em torno do

parágrafo 8º do artigo 85 do CPC.

Consta no dispositivo que “nas causas

em que for inestimável ou irrisório o

proveito econômico ou, ainda, quando

o valor da causa for muito baixo, o

juiz fixará o valor dos honorários por

apreciação equitativa”.

Apesar de o texto tratar de valores

baixos, os juízes, em geral, têm

aplicado esse dispositivo também aos

casos que consideram como de valor

excessivo. Eles se utilizam dos

princípios da razoabilidade e da

proporcionalidade para afastar a

aplicação dos percentuais do CPC.

Nem mesmo o Superior Tribunal de

Justiça (STJ), segundo Viçoso, tem

uma jurisprudência uniforme. Há

decisões tanto por validar a

interpretação mais ampla do

parágrafo 8º e, desta forma, permitir

que os próprios juízes fixem o

percentual que acharem mais

adequado e há também decisões para

aplicar o que consta de forma restrita

no texto.

Fábio Nieves Barreira, do escritório

Viseu, diz que essa interpretação

ampliada do parágrafo 8º entra em

critérios subjetivos. “O juiz entende

que a causa não exigiu do advogado

um esforço suficiente para que os

honorários fossem fixados naqueles

patamares fixados no CPC. Só que o

juiz tem essa visão porque ele já

julgou outras vezes. É como comentar

um jogo que já terminou”, afirma.

O advogado, quando inicia um caso,

acrescenta, não sabe o que vai

acontecer. Depende de produção de

provas, por exemplo, e da apreciação

de um terceiro. “Todo caso é

complexo”, frisa Barreira. Ele chama

34

a atenção ainda que os percentuais do

novo CPC geralmente são aplicados

quando o contribuinte é quem perde a

disputa. “Por que essa diferença de

tratamento? Esse dinheiro não vai

para os cofres públicos, é distribuído

entre os procuradores.”

A PGE de São Paulo informa que irá

recorrer e que a questão aguarda

julgamento do STJ (tema 1046) e do

TJ-SP, em caso semelhante. O

tribunal paulista admitiu recurso

representativo da controvérsia.

https://valor.globo.com/legislacao/notici

a/2020/11/11/tj-sp-eleva-honorarios-de-

advogado-de-contribuinte-com-base-em-

tese-inedita.ghtml

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Valor Econômico

Caderno: Empresas, quarta-feira 11 de novembro de 2020.

Justiça entende que Carf errou na análise de recursos

Justiça entende, em dois casos,

que a Câmara não teria adotado

os critérios corretos para aceitar

ou negar a apreciação de

recursos

Por Adriana Aguiar — De São

Paulo

Filipe Richter: decisões dão correção

de rota aos processos do Carf — Foto:

Leonardo Rodrigues/Valor

O Judiciário tem interferido em

decisões processuais do Conselho

Administrativo de Recursos Fiscais

(Carf) a pedido dos contribuintes. Em

35

pelo menos dois casos recentes,

magistrados entenderam que a última

instância do órgão, a Câmara

Superior, não teria adotado os

critérios corretos para aceitar ou

negar a apreciação de recurso.

Pelo regimento interno do Carf

(parágrafo 8º do artigo 67), a Câmara

Superior só pode receber um recurso

se a parte que perdeu apresentar caso

semelhante julgado pelos

conselheiros em sentido contrário. É

o que se chama de paradigma.

Uma das decisões, da Justiça Federal

de São Paulo, concedeu liminar

recentemente para suspender a

cobrança de uma autuação fiscal a

uma empresa do setor de higiene. É

relativa a ágio amortizado, no valor

de R$ 372 milhões (atualizado em

2018). O juiz Fernando Marcelo

Mendes, da 13ª Vara Cível Federal de

São Paulo, entendeu que a decisão

apresentada pela União não trata da

mesma situação.

A empresa apresentou na ação

pareceres dos professores Luís

Eduardo Schoueri e Cândido Rangel

Dinamarco. Nos documentos,

apontaram que o processo

apresentado pela União no Carf não

trata de discussão semelhante. Ao

analisar o pedido de liminar, o juiz

Fernando Marcelo Mendes suspendeu

a cobrança e aceitou o uso do seguro

garantia (processo nº 5028418-

41.2018.4.03.6100).

Em um caso julgado em setembro, o

juiz Bruno Anderson Santos da Silva,

da 3ª Vara Federal Cível do Distrito

Federal, determinou em sentença que

o Carf julgue novamente a

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admissibilidade de recurso para a

Câmara Superior de uma montadora

de celular. O magistrado entendeu

que a empresa apresentou processo

semelhante como paradigma

(processo nº 1007778-57.2019.

4.01.3400). A discussão é sobre a

existência de simulação numa

operação de exportação. Para a

Receita Federal, não houve

exportação, mas uma venda interna.

O advogado Filipe Richter, do Veirano

Advogados, que assessora a

companhia, afirma que, apesar de o

Fisco e alguns juízes entenderem que

não poderiam interferir em questões

processuais do Carf, essas decisões

representam uma “correção de rota”.

“Se existe uma falha no processo,

cabe sim ao Judiciário analisar

porque todo o processo

administrativo está contaminado”,

diz.

Ele afirma, porém, que mesmo com

decisão judicial favorável, o Carf

voltou a negar a admissão do recurso

para Câmara Superior. A discussão

sobre a autuação, por esse motivo,

está correndo na Justiça.

Para Richter, a sensação que se tem é

que o Carf tem um rigor maior para

admitir recurso do contribuinte na

Câmara Superior, em benefício do

poder público. Ele diz que a Câmara

Superior já chegou a não conhecer

recurso ao analisar como paradigma

um outro processo da mesma

empresa pelo mesmo fato.

“Mas alguns juízes são cautelosos em

dar liminares nesses casos. Por isso,

nem toda empresa tenta argumentar

na Justiça, o que só acontece quando

são valores muito relevantes”, diz.

36

Em 2015 e 2016, logo após a

Operação Zelotes, que apurou

irregularidades em julgamentos no

Carf, houve uma enxurrada de

recursos não conhecidos de

contribuintes para a Câmara

Superior, segundo o advogado Diego

Miguita, sócio do VBSO Advogados.

Naquela época, Miguita afirma que

chegou a discutir no Tribunal

Regional Federal (TRF) da 1ª Região,

em Brasília, um dos casos, porque os

processos apresentados eram muito

semelhantes. Segundo ele, num

primeiro momento o TRF foi

favorável para que o recurso fosse

novamente analisado, mas depois a

decisão foi cassada.

Procurada pelo Valor, a

Procuradoria-Geral da Fazenda

Nacional (PGFN) não deu retorno até

o fechamento da edição.

https://valor.globo.com/legislacao/noticia/2

020/11/11/justica-entende-que-carf-errou-na-

analise-de-recursos.ghtml

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Valor Econômico

Caderno: Legislação e Tributos quarta-feira 11 de novembro de 2020.

A União e citação de multinacionais no Brasil

A solução defendida pela União

contraria o posicionamento

declarado das autoridades

máximas do Executivo e

Legislativo

Por Filipe Scherer Oliveira

Em 08 de outubro, a União fez um

movimento relevante em recurso que

pende de julgamento no Superior

Tribunal de Justiça (STJ) e que decidirá

assunto de interesse de todas as

multinacionais que operam no Brasil.

A União pediu sua intervenção como

amicus curiae no Agravo Interno em

Embargos de Divergência (1.708.309)

para defender a tese de que o Código de

Processo Civil (CPC) deve ser

interpretado de forma “extensiva e

flexível” para permitir que empresas

estrangeiras sejam citadas em processos

que correm no Brasil por meio de suas

subsidiárias brasileiras, sem a utilização

de cartas rogatórias.

A solução defendida pela União

contraria o posicionamento

declarado das autoridades

máximas do Executivo e

Legislativo

Especificamente, a União sustenta uma

interpretação contrária ao texto

37

expresso e literal do art. 75, X e § 3º do

CPC, que atribuem a faculdade de

representação processual e a

autorização para receber citação de

empresa estrangeira a sua “filial,

agência ou sucursal” instalada no

Brasil. A tese da União é de que

“subsidiárias” devem ser equiparadas a

“filial, agência ou sucursal” - e é aí que

os múltiplos problemas jurídicos e

políticos começam.

Primeiro, há uma razão bastante

evidente pela qual o CPC usa as

expressões “filial, agência ou sucursal”:

ao contrário do termo “subsidiária”,

elas caracterizam um braço de uma

mesma pessoa jurídica. Isto é, uma

“filial, agência ou sucursal” é a mesma

pessoa jurídica que a sua “matriz”.

Assim, a empresa estrangeira que tenha

uma filial, agência ou sucursal no Brasil

opera diretamente no país e,

consequentemente, faz sentido que

possa ser representada e citada por

meio da estrutura aqui existente.

Por outro lado, uma “subsidiária”

brasileira é uma empresa distinta e

autônoma da empresa estrangeira.

Tem-se duas empresas distintas: a

estrangeira é sócia da empresa

constituída no Brasil. A diferença entre

subsidiária e filial/agência/sucursal

está longe de um detalhe de menor

importância: a separação de

personalidades jurídicas é um dos

pilares da economia moderna ao

separar patrimônios e obrigações e

limitar os riscos do investidor e da

sociedade investida.

O tema é tão relevante - e

historicamente tão negligenciado pelos

tribunais brasileiros - que no ano

passado a Lei da Liberdade Econômica,

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de iniciativa do Poder Executivo

Federal, incluiu regra no Código Civil

para dizer com todas as letras que “[a]

pessoa jurídica não se confunde com os

seus sócios, associados, instituidores ou

administradores”. Pois o que a União

está agora defendendo no STJ é

justamente a confusão da pessoa

jurídica (subsidiária) com seu sócio

(sociedade estrangeira), em

contrariedade ao texto expresso do CPC

e da Lei de Liberdade Econômica.

Para um país que tem notórios

problemas de segurança jurídica, e que

há apenas dois anos incluiu em lei regra

dispondo que “[a]s autoridades públicas

devem atuar para aumentar a segurança

jurídica na aplicação das normas (...)”, a

posição da União de defender

interpretação contrária ao texto

expresso do CPC (que entrou em vigor

há apenas quatro anos e manteve, no

ponto, redação muito similar à

existente no código antigo) é chocante,

pois vai na contramão daquilo que o

Poder Executivo tem publicamente

defendido e daquilo que o Poder

Legislativo tem transformado em lei

nos últimos anos.

A surpresa com o posicionamento da

União apenas aumenta com a análise

dos seus argumentos. Em suma, ela

afirma que há uma burocracia muito

grande (e há mesmo!) para que

empresas estrangeiras criem “filiais,

agências ou sucursais” no Brasil, sendo

mais fácil e rápido criar aqui uma

“subsidiária” - solução adotada pela

maioria das empresas estrangeiras.

Logo, a regra que permite a citação por

meio de filiais, agências ou sucursais

teria aplicabilidade limitada, razão pela

qual ela deveria ser expandida para

atingir também as subsidiárias e se

adequar “à realidade dinâmica atual dos

38

conglomerados empresariais

transacionais”.

Além de ser surpreendente que a União

defenda a modificação do conteúdo do

CPC em razão da burocracia por ela

própria criada (seja para criar “filiais,

agências ou sucursais”, seja para

expedir cartas rogatórias), é também

surpreendente que essa defesa esteja

sendo feita mediante a modificação de

interpretação da regra (para nela incluir

palavra que não está escrita -

“subsidiária”) e não por meio de uma

modificação legislativa.

A solução defendida pela União neste

caso contraria o posicionamento

declarado das autoridades máximas dos

Poderes Executivo e Legislativo no que

diz respeito aos esforços do país para

aumentar a segurança jurídica e cria a

legítima preocupação para empresas

multinacionais: se o ato de citação, que

é o mais formal de um processo judicial,

pode ser flexibilizado, que outras

surpresas as empresas estrangeiras

podem esperar?

O assunto está entre os mais relevantes

para as companhias multinacionais

operando no Brasil. Há poucos meses, a

Corte Especial do STJ permitiu, na

HDE n. 410/EX, a flexibilização do ato

citatório de empresa estrangeira - com a

ressalva de que os fatos daquele caso

eram muito peculiares, envolvendo

empresa sediada em notório paraíso

fiscal e com indícios de fraude. Agora, a

Segunda Seção do STJ terá a

oportunidade de revisar o tema e de

fazer as distinções e esclarecimentos

necessários para pacificar a questão.

Filipe Scherer Oliveira é sócio da

área de resolução de conflitos do

Veirano Advogados

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Este artigo reflete as opiniões do

autor, e não do jornal Valor

Econômico. O jornal não se

responsabiliza e nem pode ser

responsabilizado pelas

informações acima ou por

prejuízos de qualquer natureza

em decorrência do uso dessas

informações

https://valor.globo.com/legislacao/noticia/

2020/11/11/a-uniao-e-citacao-de-

multinacionais-no-brasil.ghtml

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39

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Caderno: Mercado, quarta-feira 11de novembro de 2020.

Pequenos empresários relatam dificuldades para pagar 13º neste ano

Em SP, 6 em cada 10 pequenas e

médias indústrias apontam situação

complicada para quitar o abono

natalino

Fernanda Brigatti

SÃO PAULO

A crise econômica deflagrada pela

pandemia do coronavírus agora é uma

ameaça para o pagamento do 13º,

especialmente entre pequenas e médias

empresas.

Pesquisa já contabiliza o tamanho do

problema em São Paulo. Entre as

pequenas e médias indústrias do

estado, seis em cada dez projetam

que terão dificuldades com o

pagamento do 13º salário de seus

funcionários e, na comparação com o

ano passado, mais da metade diz que a

situação está mais complicada agora.

Entidades de outros setores, que não

chegaram a fazer sondagem sobre o

tema, recebem relatos de pequenos

negócios com o mesmo problema.

Segundo boletim de tendências do

Simpi (Sindicato da Micro e Pequena

Indústria do Estado de São Paulo),

elaborado pelo Datafolha para

monitorar os impactos da pandemia

sobre os negócios, 24% dos empresários

desse segmento declaram que será

muito difícil pagar o abono de Natal.

40

Entre as pequenas indústrias, o índice

chega a 30% e é de 33% na região

metropolitana de São Paulo. Em relação

ao fim de 2019, somente 11% disseram

estar agora em situação melhor quanto

às condições para o pagamento do

abono. Para 36%, segue tudo igual.

Para o presidente do Simpi, Joseph

Couri, a chegada ao fim de ano com

problemas de caixa para pagar uma

despesa previsível, como é o 13º salário,

é resultado de uma combinação de

fatores próprios dos desequilíbrios

acentuados pela pandemia.

“Primeiro, temos falta de dinheiro

mesmo, pois o nível de acesso a crédito

está muito baixo. Segundo, muitas

empresas, sejam fornecedores ou

clientes, faliram, fecharam ou estão em

crise grave, o que resultou em uma

quebra na cadeia de produção”, diz

Couri.

Humberto Gonçalves é sócio em uma

indústria de parafusos, porcas e elementos

de fixação; diante das incertezas

econômicas trazidas pela pandemia, ele

fechou acordo com seus funcionários e vem

pagando o 13º salário desde julho - Zanone

Fraissat/Folhapress

Entidades que representam empresas

menores têm recebido relatos sobre

dificuldades para fechar as contas de

final de ano.

“A percepção é que muita gente vai ter

dificuldade”, diz Tito Bessa Júnior,

presidente da Ablos (Associação

Brasileira de Lojistas Satélites), que

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reúne pequenos lojistas de shoppings. A

esperança, diz ele, é que as medidas que

suspenderam jornada e salário, e por

conseguinte, reduzem a despesa com o

13º, possa dar alívio para alguns.

“Os lojistas estão em dificuldades

financeira, foram muitos meses

fechados, tem gente com dificuldade até

para pagar salário –a engrenagem

quebrou”, diz Aldo Macri, presidente do

Sindlojas (Sindicato de Lojistas do

Comércio de São Paulo), que representa

30 mil lojista, especialmente do ramo

de vestuário.

Segundo Percival Maricato, presidente

da Abrasel (Associação Brasileira de

Bares e Restaurantes), pagar o 13º é um

dos tantos problemas que os

empresários do setor quebram a cabeça

da resolver.

“Os empresários dizem que vão ter

dificuldades para pagar não apenas o

13º, mas todas as contas”, diz Maricato.

“Mais da metade dos estabelecimentos

não faturam nem 40% do resultado pré-

pandemia, e donos dos locais, que

concederam desconto, agora

pressionam para voltar o valor do

original do aluguel.” Segundo a

entidade, há 1 milhão de bares e

restaurantes no país.

São duas as leis que tratam do 13º –

uma cria a gratificação natalina e a

outra define regras para o pagamento.

Essa última prevê que que a data limite

é sempre o dia 20 de dezembro. Entre

fevereiro e novembro, o empregador

pode antecipar os valores.

Quem percebeu o problema lá atrás

tentou contorná-lo antecipando a

despesa, por exemplo. Uma forjaria da

Mooca, na zona leste da capital paulista,

decidiu pela antecipação do pagamento

41

do abono, para evitar que o pagamento

ficasse concentrado nos meses de

novembro ou dezembro.

“No começo [da pandemia] ficou claro

que não seria uma coisa que passaria

tão rápido, e vimos que não íamos

conseguir se deixássemos para o fim do

ano", diz Humberto Gonçalves, sócio da

TecStam, fábrica de parafusos, porcas e

outros elementos de fixação. "A ideia foi

bem aceita pelo pessoal da fábrica,

então começamos a pagar em julho."

Segundo o empresário, obras de

infraestrutura garantiram que a forjaria

mantivesse bom ritmo de trabalho,

evitando demissões.

O professor de direito do trabalho da

FMU (Faculdades Metropolitanas

Unidas) Ricardo Calcini diz que o

parcelamento do abono é possível, mas

não é obrigatório. Pode, por exemplo,

ser previsto em acordo coletivo e,

segundo ele, é comum em prédios e

condomínios.

O atraso nesse pagamento, por outro

lado, pode colocar a empresa em

situação mais delicada, pois configura

falta grave ante à legislação trabalhista.

O funcionário pode pedir rescisão

indireta do contrato e cobrar

indenização, por exemplo.

Entre as micro e pequenas indústrias de

São Paulo, 25% declararam na pesquisa

que veem o risco de atrasar esse

pagamento e o percentual chega a 30%

entre a menores.

Segundo o Simpi, são 290 mil micro e

pequenas indústrias no estado de São

Paulo, que empregam cerca de 1,9

milhão de pessoas.

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O boletim do Simpi vem monitorando

semanalmente pequenas e

microindústrias no estado de São Paulo.

Na semana encerrada em 30 de

outubro, 38% disseram que o capital de

giro estava insuficiente. Um pouco mais

da metade (53%) afirmou que o caixa

estava empatando –tinha exatamente o

necessário para manter o negócio.

“Quase 80% das empresas não têm

acesso a crédito. Como então elas

sobreviveram? Usando o cheque

especial como capital de giro”, afirma o

presidente do sindicato do setor.

Segundo a pesquisa, 27% das indústrias

usaram cheque especial em setembro

para honrar compromissos. Na região

metropolitana de São Paulo, o índice

chegou a 34%.

O presidente do Simpi lembra ainda

que a indústria vem sofrendo com alto

custo (87% das empresas), atraso (68%)

e falta (70%) de matéria-prima nos

fornecedores.

O desarranjo das cadeias produtivas

agrava o cenário financeiro. O comércio

de acessórios automotivos de Cleber

Oliveira Messias é uma demonstração

disso. “O mercado até reagiu, mas agora

estamos com problema com matéria-

prima. Quem tem matéria-prima não

tem quem produza. Poderia ser o

melhor mês, mas não vai chegar”, diz.

Para garantir capital de giro e o

dinheiro necessário ao 13º dos oito

funcionários, Messias tomou há alguns

meses um empréstimo com a

Desenvolve SP, a agência de

desenvolvimento ligada ao governo de

São Paulo.

42

“Nossa cultura é a de todo mês separar

um valor para o 13º, mas, com a

pandemia, não teve outro jeito,

pegamos o empréstimo”, afirma o

empresário. “A pessoa não vai deixar de

comer para comprar um acessório para

o carro durante a pandemia.”

O Sebrae-SP não monitora a situação

econômica das empresas que atende,

mas o consultor Felipe Chiconato diz

que a orientação é a de que 1/12 do

valor do 13º seja incluído como custo

mensal.

“Neste ano, com a economia

conturbada, vai ser ainda mais difícil

para quem não fez o provisionamento.

As empresas estão sentindo a pressão

de faturar o dobro para a conta fechar.”

Para ele, que atua orientando a

estratégia dos empreendedores, um

empréstimo pode até ser uma solução

para quem está apertado, mas faz um

alerta: “O empresário vai ganhar tempo,

mas, se não mudar a maneira como toca

o negócio, só acabará com uma dívida a

mais”.

No Bradesco, cresceu a busca pela linha

“capital de giro 13º”. A demanda já e

19% maior, em valores, do que a

registrada em 2019. Segundo o banco,

essa opção financia a folha de

pagamento e outras despesas de fim de

ano, como cobertura de gastos com

temporários e gratificações.

COMÉRCIO TEME CONSUMO

MENOR NO FINAL DO ANO COM

13º MENOR

Desemprego, antecipação de benefícios,

suspensão de contratos de trabalho. São

muitos os fatores que tendem a reduzir

o volume de 13º neste final de ano, com

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impactos sobre a renda, consumo e

resultados do varejo.

O economista Marcel Solimeo, da

Associação Comercial de São Paulo,

considera o cenário ainda muito

incerto, mesmo com a proximidade do

fim do ano.

Os balanços de vendas do varejo da

capital vêm mostrando crescimento em

relação ao mês anterior. Em outubro, o

avanço foi de 21,8%, em média, na

comparação com setembro. Houve, no

entanto, queda de 9,2% ante o mesmo

período do ano passado.

Para Solimeo, “são muitas incógnitas”.

Ele destaca em particular a redução do

auxílio emergencial e as mudanças, em

diversas frentes, que podem afetar o

pagamento do 13º.

Como medida de estímulo à economia,

o governo antecipou o pagamento do

13º dos beneficiários do INSS, por

exemplo,. Com isso, 30,7 milhões de

pessoas não terão o salário extra neste

fim de ano.

Os 5,3 milhões de trabalhadores que

tiveram seus contratos suspensos –

possibilidade permitida pela Medida

Provisória 936, depois convertida na

Lei 14.020– receberão um valor menor

de abono. Como o benefício é calculado

sobre 12 meses de salário, para cada

mês de contrato suspenso, o

trabalhador perderá 1/12 da

gratificação.

Em um exemplo fácil de visualizar:

quem ganhar R$ 2.400 ficará sem R$

200 a cada mês com o contrato

suspenso. Se a empresa adotar a

medida do governo por seis meses, o

13º desse funcionário será de R$ 1.200.

43

No caso do desemprego, o saldo de

vagas está negativo. Desde janeiro,

558,5 mil postos de trabalho formal

foram eliminados.

E ainda que os últimos três meses

tenham sido bons para a geração de

emprego –julho, agosto e setembro

registram 697,2 mil vagas criadas–

esses trabalhadores que voltaram ao

mercado formal terão uma gratificação

menor.

“Há certa recuperação, mas essa parte

pequena que voltou a trabalhar vai

receber menos, pois será sobre um

período menor”, diz o diretor técnico do

Dieese (Departamento Intersindical de

Estatística e Estudos Socioeconômicos),

Fausto Augusto Jr. Ele lembra ainda

que, tradicionalmente, o 13º é usado

para pagar dívidas e, em segundo lugar,

para bancar compras natalinas.

Para quem ficou desempregado e agora

volta a trabalhar, a tendência é que o

consumo não seja prioridade. “É

questionável até que ponto o 13º vai ser

o impulsionar da economia do fim do

ano, como costuma acontecer”, afirma.

Segundo o economista da Associação

Comercial, a esperança do varejo está

na retomada das atividades e na

redução de gastos das famílias com

despesas ordinárias, como lazer e

vestuário, durante a pandemia.

“Muitos consumidores não gastaram na

pandemia, por não ter muito onde ir.

Economizaram, fizeram poupança e há

chance disso se reverter em consumo,

mas ainda é uma hipótese apenas.

Ainda há muita incerteza.”

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O assessor econômico da

FecomercioSP, Altamiro Carvalho, no

entanto, diz que o tradicional aumento

de vendas no fim é “indubitavelmente

estimulado pelo 13º salário”, e as

expectativas não são as melhores com

um abono mais magro.

“Algumas categorias anteciparam esse

pagamento como medida de apoio, mas

o principal é que a renda caiu e as

famílias estarão mais endividadas e

com dívidas maiores. Com isso, elas já

estão comprando menos”, afirma.

Os meses de lojas fechadas e de

consumo baixo também reduziram a

capacidade de as lojas estarem

interessantes, avalia Carvalho. “A oferta

também estará combalida.”

Para a FecomercioSP, o resultado do

varejo em São Paulo dificilmente será

positivo. No balanço do ano, o assessor

econômico prevê comportamentos

muito distintos entre os setores –

enquanto supermercados, móveis e

materiais de construção terminarão

bem o ano, vestuário, tecidos e

automóveis fecharão no vermelho.

“A conjunção de renda menor, 13º

menor, dívidas e o auxílio menor tende

a impedir um diagnóstico mais

positivo”, afirma Altamiro Carvalho.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/

11/pequenos-empresarios-relatam-dificuldades-

para-pagar-13o-neste-ano.shtml

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44

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Caderno: Mercado, quarta-feira 11 de novembro de 2020.

Governo Bolsonaro se aproxima de proposta tecnológica dos EUA contra o 5G chinês

Anúncio da adesão ao programa 'Rede

Limpa' ocorreu nesta terça-feira;

programa do governo Trump quer

convencer países a banir de suas

redes de telecomunicações

'fornecedores não confiáveis'

Felipe Frazão e Bia Bulla,

correspondente, O Estado de

S.Paulo

BRASÍLIA E WASHINGTON - O

governo Jair Bolsonaro deu um

passo crucial nesta terça-feira, dia 10,

ao aderir aos princípios de um acordo

tecnológico com os Estados Unidos,

com efeito direto na possibilidade de

o Brasil adquirir sistemas de quinta

geração (5G) da China.

O governo brasileiro declarou apoio à

iniciativa “Clean Network” (Rede

Limpa, em português), lançada

pelo governo Donald Trump. O

anúncio ocorreu em cerimônia no

Itamaraty com o secretário de

Negociações Bilaterais e

Regionais nas Américas,

embaixador Pedro Miguel da

Costa e Silva, e o secretário de

Crescimento Econômico,

Energia e Meio Ambiente do

Departamento de Estado dos

Estados Unidos, Keith Krach.

45

Keith Krach, secretário de Crescimento

Econômico, Energia e Meio Ambiente do

Departamento de Estado dos EUA. Foto:

Leonardo Hladczuk/MRE

O programa Rede Limpa é uma

iniciativa diplomática dos EUA para

convencer países a banir de suas

redes de telecomunicações

“fornecedores não confiáveis”. O

programa de Trump é definido como

uma abordagem abrangente para

proteger a privacidade de cidadãos e

informações sensíveis de empresas de

invasões agressivas de “atores

malignos como o Partido

Comunista Chinês (PCC)”.

“O Brasil apoia os princípios contidos

na proposta do Clean Network feita

pelos Estados Unidos, inclusive

na Organização Para Cooperação

e Desenvolvimento Econômico

(OCDE), destinados a promover no

contexto do 5G e outras novas

tecnologias um ambiente seguro,

transparente e compatível com os

valores democráticos e liberdades

fundamentais”, disse o embaixador

Costa e Silva.

Segundo o embaixador, o chanceler

Ernesto Araújo afirmou

aos americanos que o País “está

determinado a participar de todas as

discussões de parâmetros e regras na

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OCDE”. Ele relatou que Krach, por

sua vez, manifestou-se em prol do

ingresso rápido do Brasil na

organização, promessa do governo

Trump.

O anúncio pode não ter oficializado a

negociação com sistemas de empresas

defendidas pelos americanos, mas

torna muito distante a possibilidade

de o Brasil firmar uma parceria com

a Huawei em relação ao 5G. A

decisão foi comemorada pelos

americanos. “O Brasil é o primeiro

país da América Latina a respaldar

os princípios da Rede Limpa”,

celebrou Krach. Segundo ele, 31 dos

37 países da OCDE já fazem parte do

programa.

Disputa

O Brasil é um dos palcos mundiais da

disputa entre China e EUA pela

liderança na tecnologia de última

geração, com um leilão do 5G

agendado para 2021. A chinesa

Huawei é líder em fornecimento de

aparelhos para rede 5G e outros de

telecomunicações no Brasil e no

mundo. A empresa sofre ofensiva dos

EUA que acusam a companhia de

permitir brechas nas redes para

espionagem e controle por parte do

governo do Partido Comunista

Chinês.

Representantes da diplomacia

americana e brasileira também

reforçaram o lançamento do diálogo

trilateral Japão-Estados Unidos-

Brasil (JUSBE), em mais uma

afronta geopolítica à China. Segundo

Krach, os países firmaram três

princípios na coalizão: fortalecer a

colaboração política em questões

regionais, segurança econômica e

governança democrática. “Japão,

46

Estados Unidos e Brasil expressam

compromisso para assegurar redes de

5G resilientes e seguras”, disse Krach.

Em Washington, o secretário de

Estado americano, Mike Pompeo, já

tinha afirmado nesta terça-feira que

recebeu notícias de que o Brasil

apoiaria os princípios do plano

do governo dos Estados Unidos

sobre redes 5G. Pompeo recebeu

relatos diretos de Keith Krach. "Tive

notícias dele nas últimas horas de que

o governo brasileiro apoia os

princípios do Clean Network e estou

confiante de que vamos assinar um

memorando de entendimento no

futuro próximo. Quero agradecer o

Brasil e seus líderes por fazerem

isso", afirmou o secretário de Estado.

Nem o Itamaraty, nem o

Departamento de Estado dos EUA

citaram, durante a declaração a

jornalistas em Brasília, que tenham

assinado documentos para formalizar

o ingresso do Brasil na Clean

Network. Na contraofensiva, Pequim

acusa a Casa Branca de inserir, de

forma unilateral, países na lista dos

30 que fazem parte do programa de

Trump.

Pela manhã, o ministro

da Economia, Paulo Guedes, disse

que o Brasil ainda não tinha uma

decisão tomada sobre o veto ou a

liberação de tecnologia chinesa

nas redes de 5G, cujo leilão de

espectro é esperado para 2021. Ele

admitiu, porém, que o governo leva

em consideração os alertas de países

como os Estados Unidos e o Reino

Unido, que barraram empresas como

a Huawei na tecnologia de telefonia e

internet móvel de quinta geração.

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“O Reino Unido impediu os

chineses no centro do sistema de 5G,

mas permitiu que as empresas

chinesas atuassem na periferia das

redes. Estávamos indo nessa direção

antes da pandemia. Não queremos

perder a revolução digital, mas há

esses alertas geopolíticos. No

momento, ainda estamos analisando e

estudando essa questão”, afirmou, em

participação virtual no Bloomberg

Emerging + Frontier Forum

2020.

Pressão

O governo do presidente Donald

Trump chegou a fazer pressão direta

sobre as autoridades brasileiras pela

proibição total à participação dos

chineses, alegando falhas na

segurança de dados que poderia

abrir portas a espionagem pelo

país asiático, que nega essas

acusações.

No âmbito das relações bilaterais, os

governos também lançaram um

“Diálogo Ambiental”, tema rebaixado

nas agendas dos presidentes Trump e

Bolsonaro, mas prioritário para Joe

Biden. O objetivo é identificar

possibilidades de cooperação para

bem-estar de comunidades indígenas,

promoção de bioeconomia,

saneamento básico e combate ao

extrativismo ilegal de madeira.

47

Conforme o Itamaraty, o governo

brasileiro estuda a possibilidade de

cooperar com o programa espacial

Artemis, da Nasa. Não há ainda

definição do papel do País. Prevista

para 2024, a missão tripulada à Lua

deve ser a primeira a levar uma

mulher astronauta.

https://economia.estadao.com.br/noticias/ge

ral,governo-bolsonaro-adere-a-iniciativa-dos-

eua-contra-5g-chines,70003509373

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Caderno: Mercado, quarta-feira 11 de novembro de 2020.

Pioneira no e-commerce, B2W fica para trás das rivais Magalu e Mercado Livre

Dona da Americanas.com e do

Submarino cresceu em ritmo inferior ao

das concorrentes no 3º trimestre e teve

alta discreta em suas ações; analistas

veem pouco dinamismo em aquisições

em comparação ao resto do setor

Talita Nascimento e Matheus

Piovesana, O Estado de S.Paulo

11 de novembro de 2020 | 05h00

O movimento das ações de varejo em

2020 mostra que há, na Bolsa

paulista, duas realidades distintas. De

um lado estão duas empresas do varejo

tradicional – Magazine Luiza e Via

Varejo –, com forte valorização de

seus papéis. De outro está a B2W, dona

de Americanas.com e Submarino,

com resultado bem mais discreto.

Segundo analistas, o desempenho

reflete a avaliação de que a pioneira no

segmento no País está perdendo terreno

no e-commerce.

E o problema não se restringe

ao Brasil. O desempenho do grupo

argentino Mercado Livre, que é

listado na bolsa americana Nasdaq,

também é considerado mais robusto.

Outro ponto gera desconforto em quem

acompanha o varejo online: ao

contrário da concorrência, a B2W fez

poucas aquisições em 2020, mesmo

após receber recursos da captação

48

bilionária feita em julho pela

controladora, a Americanas.

B2W recebeu capital da Americanas, mas

não começou a gastar com aquisições. Foto:

São Luis Shopping

O descompasso pode ser percebido no

desempenho das ações. Apesar das

quedas de ontem, resultado de um

movimento de realização de lucros por

investidores, o Magalu acumula alta de

112% ao longo de 2020, enquanto a

valorização da dona da Casas

Bahia ganhou 60%. A B2W, porém,

subiu 16,7%.

Para Eduardo Yamashita, diretor

de operações da consultoria de

varejo Gouvêa, as rivais da B2W têm

sido mais ágeis ao expandir seus

ecossistemas de varejo. Ele explica que

Magazine Luiza e Via Varejo fizeram

vários movimentos para avançar em

tecnologia e em áreas que vão além do

varejo tradicional. A B2W avançou ao

adquirir o Supermercado Now – mas,

depois, desacelerou.

Já o Magazine Luiza incorporou nove

empresas neste ano, entre aquisições

em logística, publicidade, conteúdo e

delivery de comida. A Via Varejo fez

quatro operações.

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A mais recente, anunciada na

segunda-feira, foi a compra de

16,67% da empresa de inovação

Distrito.

“É importante você ter uma oferta

completa, trocando ativos e

competências entre as empresas do

ecossistema e fomentando o

crescimento de todas elas”,

explica Yamashita, da Gouvêa. “As

concorrentes da B2W têm feito

movimentos nesse sentido, fazendo

com que o consumidor fique mais

tempo dentro do ecossistema e compre

de forma mais recorrente.

No terceiro trimestre, a B2W vendeu

56% a mais que um ano antes. Em

comparação com a operação física da

Americanas, os números foram bem

vistos. Frente às rivais, a percepção é

outra. Os números do Mercado Livre e

do Magazine Luiza acentuaram essa

impressão: as vendas da primeira

subiram 112%, enquanto o e-commerce

do Magazine Luiza cresceu 148%,

sempre considerando a mesma base de

comparação. Os resultados da Via

Varejo para o período de julho a

setembro serão divulgados hoje à noite.

Resultados

Analistas apontam que, além do dado

do terceiro trimestre, o histórico de

resultados da companhia pode ser

considerado problemático –

especialmente por investidores

estrangeiros. “A B2W e a Americanas

tiveram períodos erráticos, e há uma

reconstrução do portfólio. Temos a

Americanas na carteira, mas o

estrangeiro olha muito para a execução

passada”, explica Daniel Gewehr,

estrategista-chefe de ações para

Brasil e América Latina

do Santander.

49

Procurada pela reportagem, a B2W não

quis se pronunciar. Na última

divulgação de resultados da empresa,

porém, o diretor de relações com

investidores da companhia, Raoni

Lapagesse, afirmou que fez a opção

estratégica de aumentar a quantidade

de categorias à venda. Segundo ele, ao

colocar na prateleira virtual categorias

como alimentos, a B2W “plantou” uma

maior recorrência de compras e ganhos

de vendas.

No entanto, no curto prazo, analistas

dizem que preços e margens menores

do que a média podem afetar os

resultados. “Eles podem estar

investindo em ganhar mercado, o que

não significa que as margens ficarão

baixas para sempre”, disse Daniela

Bretthauer, da Eleven.

Em relação à destinação dos recursos

que a B2W recebeu na nova

capitalização, em julho, Lapagesse disse

que parte pode ser destinada a

aquisições. Mas adiantou que a B2W

não comprará qualquer empresa:

“Queremos reproduzir o que fizemos

com o Supermercado Now.”

https://economia.estadao.com.br/noticias/

geral,pioneira-no-e-commerce-b2w-fica-

para-tras-das-rivais-magalu-e-mercado-

livre,70003509612

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Quarta-feira, 11 de novembro de 2020

RISCO DE EXAGEROS

PGFN recebe denúncias de decisões que afetem concorrência ou gerem isenções

Por Sérgio Rodas

A Procuradoria-Geral da Fazenda

Nacional criou um canal para receber

denúncias de decisões judiciais que

interfiram na livre concorrência ou

gerem vantagens fiscais para uma

empresa ou grupo.

Advogados temem denúncias exageradas de

vantagens fiscaisReprodução

Quem tiver informações sobre casos do

tipo podem enviá-las à PGFN por meio

de seu site. O órgão assegura a proteção

dos dados e o anonimato do

denunciante.

Tributaristas ouvidos

pela ConJur criticaram a medida. Há o

receio de que empresas passem a

denunciar todas as decisões que seus

concorrentes obtiveram, mas elas, não.

50

E que advogados denunciem todas as

liminares e sentenças que os

desagradem.

Também há o entendimento de que a

PGFN já deveria poder saber das

decisões que interfiram na livre

concorrência ou gerem vantagens

fiscais indevidas, de forma a poder

contestá-las com rapidez.

"A prática do denuncismo é sempre

inadequada. Ainda mais quando sob

anonimato. Todavia, é positivo que a

PGFN olhe para o problema, que é sério

e deve ser objeto de análise cuidadosa,

caso a caso", afirmou o professor da

USP Fernando Facury Scaff.

O tributarista Igor Mauler

Santiago disse que quem se sente

prejudicado por decisões tributárias

pode ir ao Judiciário requerer medida

semelhante.

"Informação nunca é um problema.

Mas as discussões tributárias dizem

respeito à validade das exigências em si

mesmas, e não aos seus efeitos em

relação a terceiros. O Judiciário está

aberto a todos. Quem se julga

prejudicado por uma decisão favorável

a outrem tem o direito de pleitear igual

direito em juízo. No mais, a existência

de decisões díspares antes da

pacificação da matéria pelas cortes

superiores é normal em nosso sistema".

Sérgio Rodas é correspondente da

revista Consultor Jurídico no Rio de Janeiro.

Revista Consultor Jurídico, 10 de novembro

de 2020, 19h32

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Quarta-feira, 11 de novembro de 2020

RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Somente a falida pode intervir em processos em que é parte, diz TJ-SP

Decisão é da 5ª Câmara de Direito

Privado do Tribunal de Justiça de São

Paulo

Somente a falida pode intervir em

processos em que é parte. Com base

nesse entendimento, a 5ª Câmara de

Direito Privado do Tribunal de Justiça

de São Paulo negou recurso de um

antigo sócio da Mondelli Indústria de

Alimentos para ingressar como terceiro

interessado em uma ação de usucapião

movida pela massa falida da empresa.

O recurso contestou decisão de

primeiro grau que indeferiu a

intervenção do antigo sócio, o

advogado Constantino Mondelli

Filho, excluindo-o do cadastro dos

autos. Ao TJ-SP, ele alegou ser direito

do falido intervir nos processos onde a

massa falida for parte ou interessada,

nos termos do artigo 103, parágrafo

único, da Lei 11.101/2005.

51

No entanto, o relator, desembargador

Mônaco da Silva, afirmou que

o agravante não poderia pleitear a sua

intervenção nos autos, pois não ocupa a

posição de falido, como exige o

dispositivo legal em questão. O

entendimento foi seguido pelos demais

integrantes da turma julgadora.

"Antes da decretação da falência de

Mondelli Indústria de Alimentos S/A, o

agravante era um de seus sócios. A

sociedade foi extinta pela decretação da

falência (artigo 206, inc. II, letra c, da

Lei 6.404/1976), razão pela qual

somente a falida Mondelli tem a

faculdade de lançar mão do disposto no

artigo 103, parágrafo único, da Lei

11.101/2005", afirmou o

desembargador.

2237386-

51.2020.8.26.0000/50000

Revista Consultor Jurídico, 11 de

novembro de 2020, 7h31

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Quarta-feira, 11 de novembro de 2020

ARE 1.288.550

STF vai julgar diferença de correção monetária em saldos do FGTS referente ao Plano Collor II

Com repercussão geral reconhecida,

discussão envolve o direito adquirido à

diferença de correção monetária sobre

o saldo das contas vinculadas.

O STF decidirá se há direito adquirido à

diferença de correção monetária dos

saldos das contas vinculadas ao FGTS

referente ao Plano Collor II, de

fevereiro de 1991. O caso ganhou

repercussão geral tema 1112 e será

definido no âmbito do ARE 1.288.550.

(Imagem: Nelson Jr./SCO/STF.)

Caso

O recurso foi interposto por um

aposentado contra decisão da turma

Recursal do Juizado Especial Federal

do Paraná que julgou improcedente o

pedido de condenação da Caixa

Econômica Federal ao pagamento das

diferenças de expurgos inflacionários

do Plano Collor II utilizando como

52

parâmetro o IPC - Índice de Preços ao

Consumidor. A turma seguiu o

entendimento do STJ no sentido da

utilização da TR - Taxa Referencial na

correção monetária, e não do IPC,

também de acordo com precedente

firmado pelo STF.

Segundo o aposentado, a aplicação da

tese do STJ em relação ao Plano Collor

II estaria em desacordo com o

posicionamento mais recente do STF,

fixado no RE 611.503, de manter

decisão da Justiça Federal que

determinou o pagamento da correção

monetária sobre o saldo de contas do

FGTS em razão de perdas inflacionárias

ocorridas na vigência do plano.

Entendimento

Em manifestação no plenário virtual, o

relator, ministro Luiz Fux, salientou

que o tema constitucional traz

questionamento referente ao direito

adquirido a regime jurídico que

transcende os limites subjetivos da

causa, especialmente em razão da

multiplicidade de recursos

extraordinários sobre controvérsia

idêntica. O ministro destacou, ainda, a

relevância social e jurídica da matéria e

a necessidade de conferir estabilidade e

aplicação uniforme do entendimento do

Tribunal, mediante a sistemática da

repercussão geral.

O ministro propôs, ainda, o julgamento

de mérito, pronunciando-se pela

reafirmação da jurisprudência e pelo

desprovimento do recurso. Segundo

relator, ao contrário do sustentado pelo

recorrente, o entendimento firmado no

RE 226.855 não foi superado pelo

julgamento do RE 611.503. Mas, nesse

ponto, a manifestação do ministro não

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obteve o quórum necessário, e o mérito

do recurso será submetido a posterior

apreciação do colegiado.

Processo: ARE 1.288.550.

Informações: STF.

Por: Redação do Migalhas

Atualizado em: 11/11/2020 10:04

https://migalhas.uol.com.br/quentes/336208/stf-vai-julgar-diferenca-

de-correcao-monetaria-em-saldos-do-fgts-referente-ao-plano-collor-

ii

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53

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Quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Considerações sobre o whistleblower e as companhias de capital aberto

A famosa ‘SOX’ veio com o objetivo de

restaurar a confiança dos

investidores, e, com isso, agregar

valor às Companhias

• DEBORA MÜLLER BUENO

Crédito: Pixabay

Considerando o movimento dos

últimos anos, em que vemos as

sociedades empresárias darem cada

vez mais valor aos chamados

programas de Compliance, com o

objetivo de atender aos melhores

critérios de Governança Corporativa,

a figura do whistleblower se tornou

conhecida e, também, por demais

controvertida.

No mercado de capitais, preocupa-se

cada vez mais com índices que se

relacionam com a maior

transparência das informações

fornecidas, à sustentabilidade, à ética

e, obviamente, à prevenção de riscos.

Nesse sentido, vemos o crescimento

da importância que é dada, dentre

outros, às rotinas de Compliance e de

54

ESG[1] – índice que relaciona critérios

de Environmental, Social and

Governance, permitindo que

investidores busquem Companhias

mais sustentáveis para alocar seus

recursos.

Os programas de Compliance podem

ser definidos como os procedimentos

instituídos no âmbito das

Corporações, públicas ou privadas,

visando ao estrito cumprimento de

toda a normativa, seja ela legal ou

interna. O escopo é fazer com que a

legislação existente e o regramento da

própria Companhia sejam conhecidos

e observados por todos os seus

colaboradores, administradores, e,

também, por seus stakeholders. Essa

observância torna os procedimentos

cotidianos da Companhia mais

hígidos, idôneos e transparentes,

evitando desvios éticos e práticas

ilícitas, como atos de corrupção.

Na melhor estrutura dos programas

de Compliance, identificamos

diversas obrigações a serem

observadas, como as impostas pela

denominada Lei Sarbanes-Oxley,

uma resposta conferida pelo Governo

Estadounidense a diversos escândalos

envolvendo Companhias de grande

porte, causando impactos de grande

monta ao mercado financeiro local. A

famosa “SOX” veio com o objetivo de

restaurar a confiança dos

investidores, e, com isso, agregar

valor às Companhias por meio da

alocação dos recursos, tornando,

então, viável, o mercado de capitais.

As Companhias Abertas são aquelas

que negociam valores mobiliários de

sua emissão no mercado, conforme

definição trazida pelo artigo 4º, Lei n°

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6.404/1976. Por elas buscarem

recursos no mercado de capitais,

sobre elas incide maior

regulamentação, visando a manter

hígido o funcionamento do mercado

financeiro, por meio da proteção de

seus investidores, sejam

os players mais qualificados, sejam

aqueles que investem em títulos como

fonte de renda alternativa. Estas

Companhias, então, são obrigadas a

fornecerem maiores informações e a

seguirem procedimentos mais

complexos durante a sua rotina

operacional.

Estas espécies de Companhias são

listadas na B3 – Brasil, Bolsa e Balcão

S.A., em segmentos de listagem

diversos, a depender, também, das

práticas de Governança Corporativa

que são adotadas. O que nos interessa

mencionar depois do escrutínio

destas informações são as previsões

relacionadas aos programas

de Compliance para aquelas

Companhias que são listadas no

segmento do Novo Mercado,

reservado para as entidades que

atendam aos melhores critérios de

Governança Corporativa do mercado

de capitais, sob pena de seu

descredenciamento. Podemos

encontrar no Regulamento do Novo

Mercado as previsões contidas nos

artigos 24, 31, II, e 68, II, c.

Consideramos que um dos requisitos

essenciais para que o programa de

Compliance dentro das Companhias

tenha êxito é justamente a instalação

de um Canal de Denúncias, o que se

relaciona diretamente à figura

do whistleblower.

55

O que é, então, a figura

do whistleblower? O termo é

oriundo da expressão blow the

whistle” e é também

denominado como o

“informante do bem”. Seu

objetivo é alertar, dentro do

âmbito de uma Companhia, as

pessoas competentes, de

condutas que estejam em

desconformidade com a

legislação e/ou com os

normativos internos da

entidade.

Perceba que para essa postura

proativa, não é necessário que o

indivíduo que venha a atuar como

informante tenha participado

efetivamente da conduta, bastando

que dela venha a ter conhecimento.

É importante, desde já, a menção

relacionada ao grande estigma que a

figura do whistleblower carrega: é o

indivíduo que estaria sempre

monitorando o passo de seus pares e

esperando o momento mais oportuno

para, por meio de denúncias, apontar

irregularidades e falhas. Tal

estereótipo deve ser extirpado e

substituído pelo de uma figura com a

qual o Estado conta com o auxílio

daqueles que melhor conhecem

o business de cada Companhia em

que atua. Por outro lado, a

colaboração entre os funcionários

deve ter como finalidade a melhoria

contínua dos processos e fluxos, que,

obviamente, trará repercussões ao

mercado em geral e a todos os setores

da sociedade – econômico, político e

social.

Com o estigma, vem, talvez, a maior

preocupação em relação aos

informantes, qual seja, como manter

a sua segurança e protegê-los de

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ataques e retaliações? Como vimos

anteriormente, ainda que

timidamente, porque aplicável

somente no âmbito da Administração

Pública, o Pacote Anticrime tentou

conferir maior segurança à figura,

normatizando a sua proteção.

São inúmeros os normativos que

trazem previsões relacionadas

ao whistleblower e, também, ao Canal

de Denúncias, dentre eles: o Código

de Processo Penal; a Lei de

Contravenções Penais (artigo 66, I,

DL 3.688/1941); a Lei n° 9.613/1998,

que trata dos crimes de lavagem de

capitais; a Lei n° 9.807/1999, que

fixou diretivas para a proteção a

vítimas e testemunhas de crimes, que

estejam sendo coagidas ou ameaçadas

por terem colaborado com a

investigação policial ou com o

processo penal; a Lei n° 12.850/2013,

que define o crime de organização

criminosa, e que, além de todo o

regramento a ser seguido em delitos

desta natureza, prevê a colaboração

premiada, com a possibilidade de o

magistrado, a requerimento das

partes, conceder o perdão judicial, a

diminuição da pena ou, ainda, a

substituição da pena para aquele que

tenha aceitado colaborar com as

investigações, de maneira efetiva e

voluntária; a tão discutida Lei Geral

de Proteção de Dados, Lei n°

13.709/2018, que, em seu artigo 50,

determina aos controladores ou

operadores de dados a formulação de

regras e procedimentos que

possibilitem reclamações relativas à

proteção de dados pessoais, bem

como o estabelecimento de medidas

de Compliance; e, por fim, talvez a

maior modificação em relação ao

assunto de whistleblower trazida pelo

Pacote Anticrime, qual seja, a feita na

56

Lei n° 13.608/2018, que traz o

regramento sobre o “serviço

telefônico de recebimento de

denúncias e sobre recompensa por

informações que auxiliem nas

investigações policiais.” Trata-se do

“Disque-Denúncia”.

Antes das modificações promovidas

pela Lei n° 13.964/2019, era

autorizado que os entes federativos

estabelecessem os serviços de Disque-

Denúncia, além de criarem critérios

para oferecimento de recompensas

por informações que tenham sido

úteis para a investigação de crimes e

para apuração de ilícitos

administrativos ou quaisquer atos

lesivos ao interesse público.

Com a reforma operada pelo Pacote

Anticrime, podem ser destacadas

duas grandes alterações, quais sejam:

a instalação de ouvidorias no serviço

público e a adoção de mecanismos

para que seja efetivada a proteção

integral do whistleblower.

Novamente, frisamos que o Pacote

Anticrime, na temática, significou o

grande marco na tentativa de

normatizar e conferir a maior

proteção ao informante.

Apesar de a Lei n° 13.964/2019

determinar, no âmbito das

ouvidorias, a modalidade de

confidencialidade do informante

(modalidade de encaminhamento de

informações, junto com o anonimato)

– veja que no âmbito de sociedades

privadas, o programa

de compliance pode escolher

quaisquer dos critérios, ou, ainda,

combiná-los-, ressaltamos que o

próprio regramento busca mitigar

eventual constrangimento que o

indivíduo possa vir a sofrer quando

ponderar sobre realização da

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denúncia, já que prevê que sua

identidade somente será revelada em

caso de relevante interesse público ou

concreto para apuração dos fatos, e,

ainda assim, mediante comunicação

prévia e com sua concordância.

A Lei n° 13.608/2018 versa, ainda,

sobre a sistemática de recompensa,

que poderá ser fixada no montante de

até 5% (cinco por cento) do valor

recuperado, quando as informações

fornecidas permitirem a recuperação

do produto de crime, além da

previsão de outros mecanismos de

proteção contra ações ou omissões

praticadas em retaliação ao exercício

do direito de relatar. Isso o que

dispõe o artigo 4º-C da lei, que,

apesar de ser direcionada para a

Administração Pública, acreditamos

que servirá como guia para o

aperfeiçoamento de programas de

Compliance nas sociedades de direito

privado.

Trazendo a discussão

do whistleblower e da necessidade do

estabelecimento de Canal de

Denúncias para o êxito de programas

de Compliance no ambiente

corporativo, o Regulamento do Novo

Mercado traz, em seu artigo 31, a

obrigação das Companhias Abertas de

preverem o mecanismo, em conjunto

com medidas que evitem a retaliação

daqueles que participem com

informações.

Em nossa opinião, andou bem o

Regulamento do Novo Mercado.

Levando em consideração que se trata

de segmento de listagem reservado às

Companhias que possuem as

melhores práticas de Governança

Corporativa, a existência do Código

de Ética e de Conduta, com os valores

e princípios que são caros à entidade,

57

além de Políticas internas claras e

específicas, tratando, inclusive, dos

procedimentos de Compliance e do

Canal de Denúncias, é essencial.

Além da maior segurança jurídica

conferida, a existência destes

documentos permite também: (i)

maior transparência e mais

informação para os investidores que

injetarão recursos na Companhia –

dentro da ótica atual de que as

sociedades empresárias que melhor

atendem a índices sustentáveis

contam com maior “popularidade”

para a atração de recursos; (ii)

conhecimento, por seus

colaboradores, administradores e

demais stakeholders, dos normativos

que regem a entidade.

Sobre o tema, deixamos a reflexão de

que grandes Companhias possuem

enormes quantidades de Políticas,

Procedimentos e Códigos internos, e

que isso, assim como a quantidade de

leis (boom legislativo), origina o

efeito contrário ao do cumprimento,

isto é, gera a cultura do

desconhecimento – são tantos

normativos a serem conhecidos e

memorizados que, na verdade,

nenhum deles passa a ser de domínio

das pessoas que pretendem reger; e

(iii) maior segurança no

procedimento de investigação das

denúncias, uma vez que todos saberão

como elas serão tratadas, quais

órgãos sociais e diretorias são

responsáveis por suas avaliações, e o

mais importante, quais sanções

podem derivar da prática daquela

determinada conduta – aqui, deverão

ser consideradas, obviamente, as

sanções já previstas em lei para

ilícitos de ordem penal-, o que

confere a legitimidade necessária para

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a aplicação da punição, já que somos

adeptos, claro, à regência do princípio

constitucional do devido processo

legal, previsto no artigo 5°, LIV,

CRFB88, em seus consectários lógicos

do contraditório e da ampla defesa,

ainda mais quando se milita na área

penal.

É certo que os programas

de Compliance passaram a permear a

preocupação das grandes

Companhias, assim como de

entidades da Administração Pública.

Trata-se de passo importante na

tentativa de combater à corrupção. O

que devemos ter em mente, todavia, é

que o mecanismo para ser efetivo não

basta ter previsão legal, mas sim

contar com a colaboração daqueles

que aplicam a normativa no mundo

dos fatos.

Somado a isso, andou bem a

legislação, ainda que apenas para o

âmbito do Poder Público, quando

tentou conferir a maior proteção

àquele que colabora para a

idoneidade dos procedimentos, uma

vez que sem essa preocupação, o

instituto, por melhor das intenções

que tivesse, estaria esvaziado de

utilidade prática, porque haveria o

medo (e ainda há) de exposição

combinada com retaliações.

O episódio 42 do podcast Sem

Precedentes analisa as

acusações de Donald Trump

questionando a legalidade do

pleito eleitoral nos EUA. Ouça:

58

[1] Sobre o assunto, a B3 – Brasil,

Bolsa e Balcão, em setembro do

corrente ano, lançou, em conjunto

com a Dow Jones, o índice S&P/B3

Brasil ESG, permitindo ao mercado

de capitais alternativa de

investimento em sociedades que

apresentem melhores práticas

sustentáveis. O índice “utiliza

critérios baseados em práticas

ambientais, sociais e de governança

para selecionar empresas brasileiras

para sua carteira.” Disponível em:

<http://www.b3.com.br/pt_br/notici

as/parceria-

8AE490C973DB0F4F01746EC2BFF4

523B.htm>. Último acesso em:

22/10/2020.

DEBORA MÜLLER BUENO –

Advogada; Assistente de pesquisa e de

ensino dos cursos de L.L.M da

Fundação Getúlio Vargas (FGV); Pós-

graduanda em Advocacia Empresarial

pela Universidade do Estado do Rio

de Janeiro (UERJ); Pós-graduada em

Direito Processual Civil pela

Universidade Cândido Mendes

(UCAM); e Bacharel em direito pela

Universidade do Estado do Rio de

Janeiro (UERJ).

Os artigos publicados pelo JOTA não

refletem necessariamente a opinião

do site. Os textos buscam estimular o

debate sobre temas importantes para

o País, sempre prestigiando a

pluralidade de ideias.

https://www.jota.info/opiniao-e-

analise/artigos/whistleblower-companhias-capital-aberto-

11112020

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